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A Expointer em sua 38ª Edição, mostra todo seu potencial como feira de agrobussiness internacional


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ESPECIAL

Foto Sérgio Sanderson

‘‘ O campo está inserido na cidade, a cidade está inserida no campo. O crescimento no campo é economicamente urbano ’’


EDITORIAL

Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso e trabalhar em conjunto é a vitoria Henry Ford

Caros leitores, estamos vivendo tempos de extrema adaptabilidade em alguns setores da economia brasileira, principalmente nos segmentos de produtividade, no agronegócio e nas indústrias. A maior riqueza deste pais está no campo que aquece e, simultaneamente, é o pulmão do nosso crescimento socioeconômico. Sendo assim, precisamos ser realistas e racionalistas para promovermos uma união de estabilização na política administrativa e principalmente das classes empresariais. A hora nos cobra ( Sugestão:o momento exige/ o momento em que vivemos exige) posturas de reconhecimento entre as extremidades, estanquicidade total, e avanços qualitativos para vivenciarmos o melhor nessa união. Unidos, governo e empresários, cada um em seu papel bem desempenhados em servir de apoio a todas as deficiências em alguns

setores políticos, administrativos e das industrias de produtividade, com investimentos seguros, estratégicos e tecnológicos. Cada um em suas funções bem definidas para que o conjunto como um todo venha desfrutar desta união. O momento é de criarmos mecanismos de organizabilidade (sugestão: organizacionais) em um curto prazo de tempo, para a reestruturação das perdas ocorridas anteriormente na política econômica mundial, pois somos referência de crescimento dentre os países emergentes. Projetando e direcionando seus investimentos, acreditando que tempos melhores virão. Com nossos esforços e na esperança de que o amanhã seguramente será bem melhor. Como dizem os papados... DEUS é Brasileiríssimo. Boa leitura.

EXPEDIENTE Revista Paraná Rural Ltda - ME - CNPJ 15.454.495/0001 - 04 Rua Aroeira, 362, Parque Verde - Cascavel/PR - CEP 85807 - 802 - Fone (45) 9966 9667 DIREÇÃO GERAL Mauro Silva DIREÇÃO FOTOGRAFIA Sérgio Fernando Sanderson EDITOR Mauro Silva ASSESSORIA JORNALÍSTICO E EDITORIAL Maycon Henrique da Silva DIAGRAMAÇÃO Duplicidade C.I. (45) 9931 6180 duplicidade.contato@gmail.com

COLABORADORES Gilda Mercosul Pereira Cigano Emater Embrapa Assessoria Imprensa AIBA Ana Max Inara Gabrielle Rafaela Pontes(Jornalista) Alexandre dos S. Pacheco Assessoria FAG IAPAR - Dr. Elir Oliveira Expointer - Alexandre Farina Arielso - Midia Reinaldo - Cool Seed

ASSESSORIA JURÍDICA Advogados Assossiados Dr. Reneu DEPARTAMENTO COMERCIAL Mauro Silva (45) 9966 9667 maurosilvapr@hotmail.com CONTATOS PUBLICITÁRIOS Maringá (44) 3026 4457 glaucia@guerreiro.agr.br São Paulo (11) 5092 3305 jorge@agromidiapubli.com.br Cascavel (45) 9966 9667 ASSESSORIA CONTÁBIL Bomfin Contabilidade



Indice

16

Soja plus

08

22

Emater e prefeitura oferecem Curso de derivados de Mandioca Expointer 2015 ĂŠ apresentada na Europa

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Aiba completa 25 anos celebrando parcerias

18


24

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Venda de consórcio de máquinas CASE deve dobrar este ano

28

FAG consolida pesquisas com óleos vegetais isolantes Aiba e Assomiba se reúnem para discutir a Bahia Farm Show 2016

“Sentados sobre uma mina de ouro” Produtores podem

máquinas 32 adquirir agrícolas por meio de commodities

Monte Roraima 38 Oénatural um monumento de incomparável beleza

34

New Holland Construction amplia linha de equipamentos ofertados no Brasil

Industrial é uma 36 CNH das 100 empresas mais inovadoras no Brasil

alimentação de 44 na bovinos

Aveias e forma de uso

46

A 9ª loja agropecuária e o primeiro investiemento no município de Cascavel

lucrativos 54 Negócios sustentáveis

58 Dinheiro no lixo


C A PA

Expointer 2015 é apresentada na Europa Da Assessoria de Imprensa Expointer A 38ª edição da Expointer, uma das maiores feiras do agronegócio da América Latina, que acontece na cidade de Esteio, no RS, foi divulgada para representantes de 47 países, em encontro na Embaixada do Brasil em Paris, nesta quarta-feira ,27. O evento integrou a agenda da missão internacional liderada pelo governador José Ivo Sartori e reuniu participantes da 83ª Assembleia de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Ernani Polo, informou que neste ano a feira ocorre entre os dias 29 de agosto e 6 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil. – É importante divulgar a Expointer em todas as oportunidades, pois a feira demonstra todo potencial que temos no Rio Grande do Sul, seja na agricultura, na pecuária, como no setor de máquinas. Isso representa maior interesse internacional ao setor agropecuário gaúcho, permitindo, consequentemente, mais investimentos e aquecimento de nossa economia – afirmou. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, destacou

o tema da Expointer 2015. – Com o campo, todo Estado cresce. Essa, com certeza, é a realidade do Rio Grande do Sul, mas que também serve para outras comunidades. A internacionalização da feira do evento representa o seu aprimoramento e melhores resultados – disse o empresário. O governador José Ivo Sartori cumprimentou os delegados da OIE e colocou sua equipe à disposição para estreitar contatos com os países interessados. – A Expointer é uma oportunidade para bons negócios. Esperamos contar com a presença de vocês na maior feira agropecuária da América Latina – disse Sartori. No ano passado, os negócios na Expointer somaram R$ 2,729 bilhões. No setor de máquinas, foram R$ 2,713 bilhões em propostas encaminhadas. A venda de animais totalizou R$ 12,41 milhões, a comercialização no pavilhão da agricultura familiar atingiu R$ 1,953 milhão e as vendas do artesanato chegaram a 1,4 milhão. Foram 502.074 visitantes nos nove dias da feira no Parque Assis Brasil, em Esteio.


C A PA

Expointer 2015 ocorre de 29 de agosto a 06 de setembro Da Assessoria de Imprensa Expointer

Evento reúne as novidades da tecnologia agropecuária e agroindustrial A Expointer chega a sua 38ª edição já consolidada como um dos mais importantes eventos agropecuários e de maquinário da América Latina, a Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários. A feira ocorrerá entre os dias 29 de agosto e 06 de setembro de 2015, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e reunirá as últimas novidades da tecnologia agropecuária e agroindustrial. Neste ano, 4.758 animais estão inscritos, totalizando cerca de 160 raças. A programação conta com mais de 500 atrações simultâneas, que ocorrerão nos 141 hectares do parque. Uma das novidades para 2015 é o aplicativo destinado para celulares e tablets, que trará informações sobre clima, programação, indicadores econômicos, mapa e atrações.

Depois do temporal que atingiu o Parque Estadual Assis Brasil, em dezembro do ano passado, reformas foram realizadas com o apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e de entidades parceiras. Hoje, as obras no parque estão em fase final. Para 2016, outras melhorias estão previstas. Devido ao momento econômico desfavorável e, tendo em vista a queda nos resultados de outras feiras do setor, não é possível prever aumento nas vendas, porém, o valor arrecadado com aluguel de espaços ultrapassou o do ano passado, o que permite dizer que teremos uma grande feira. Em 2014, a Expointer totalizou R$ 2,729 bilhões em negócios e, para este ano, a expectativa é que se atinja R$ 2 bilhões em vendas.

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Números da Expointer 2014 Visitantes 502.074 Comercialização: Animais: R$ 12.419.410,00 Artesanato: R$ 1.400.000,00 Agroindústria Familiar: R$ 1.953.000,00 Máquinas e Implementos agrícolas: R$ 2.713.250.000,00 Total: R$ 2.729.022.410,00


SOBRE A FEIRA A Expointer teve sua origem em 1901 no Campo da Redenção, em Porto Alegre, como uma exposição estadual de animais, produtos agrícolas e industriais. Em sua primeira edição a feira já era considerada um sucesso, registrando a presença de 67 mil pessoas no Parque, números expressivos para a época. Com a grande demanda de expositores e público, ampliouse a estrutura para o Parque Menino Deus. Um pavilhão metálico foi encomendado

a uma indústria inglesa. Em torno do pavilhão foram construídas baias e pistas para desfile de animais, galpões para armazenamento de forrageiras e alojamentos para os peões. Devido ao crescente interesse pela exposição estadual inaugurou-se em 1970, o Parque de Esteio, atual Parque de Exposições Assis Brasil. Já em Esteio, é realizada a 1ª Exposição Internacional de Animais denominada EXPOINTER. Tem início então o ciclo de exposições com a participação de diversos países.

Além dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Paraná, a 1ª Expointer contou com a presença de 13 países, Canadá, Holanda, França, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Áustria, Suécia, Dinamarca, Bélgica, Uruguai, Argentina e Chile. Em 1974 são doadas pelo governo da então Alemanha Ocidental três esferas para o Estado. Hoje, as estruturas, que possuem as cores do Rio Grande do Sul, são a marca da Expointer.




E N T R E V I S TA

Em seu segundo mandato, o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, explica de que maneira estas parcerias estão sendo estabelecidas e a importância delas para o agronegócio baiano.

Aiba completa 25 anos celebrando parcerias PARANÁ RURAL: Como o senhor avalia a união entre as entidades do agronegócio do oeste baiano? JULIO: É de fundamental importância. Nós estamos trabalhando juntos, dividindo as tarefas para que consigamos sucesso naquilo que estamos fazendo que é defender os interesses do o agricultor do oeste baiano. Para isso, estamos orientando para que ele esteja legalizado nos aspectos trabalhista e ambiental, buscando melhoria da tecnologia e redução de custos das fazendas. São várias frentes de trabalho que temos tido nesta divisão de tarefas, dentro da atuação de cada uma das entidades, e os resultados disso estão começando a aparecer. PARANÁ

RURAL:

E

cada

uma

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dessas

instituições, atuando dentro de suas competências, faz com que se consiga mais benefícios para o agricultor, não é? JULIO: No começo a Aiba foi fundada somente por irrigantes e era onde podíamos nos organizar, principalmente por conta das outorgas de água que, no primeiro momento, nós imaginamos que seria um entrave, um problema se fazer agricultura irrigada. Mas ao longo do tempo nós entendemos que isso era necessário principalmente na manutenção de nossos rios para que nós jamais corrêssemos o risco deles virem a secar. Isso seria um prejuízo enorme para os agricultores que tem seus sistemas de irrigação que são muito caros. Com isso, houve uma aproximação maior do governo do Estado, principalmente das


E N T R E V I S TA secretarias de Meio Ambiente (Sema), Agricultura (Seagri), Infraestrutura (Seinfra) e Fazenda (Sefaz), e nós começamos a construir juntos esses 127 mil hectares irrigados de hoje. Depois disso, a associação foi aberta para os demais produtores, ganhando força e representatividades. 25 anos depois, a Aiba é uma associação que responde por quase 4% de tudo o que é produzido de grãos e fibras no país, possui 1300 associados, tem 2,36 milhões de hectares representados, e assumiu uma excelente representatividade entre os governos municipal, estadual e federal, ampliando a comunicação e a reciprocidade. Hoje temos ações em conjunto com esses governos, quer seja na parte ambiental, social, tecnológica ou de infraestrutura e isso tem se mostrado de grande valia com excelentes resultados. Este é o caminho a ser seguido! PARANÁ RURAL: Podemos dizer que a Aiba está mais influente diante dos governos municipal, estadual e federal? JULIO: Com certeza. Ao longo dos anos ela foi conquistando isso. É uma associação de pessoas que possuem integridade e responsabilidade com a região e isso é percebido pelos governos. PARANÁ RURAL: Sabemos que a Aiba é uma entidade de classe, mas as ações dela têm ultrapassado apenas o interesse do associado e se estendido por toda a região com ações, principalmente, nas áreas social e ambiental. Este é um dos exemplos do desenvolvimento que o agronegócio pode proporcionar a uma região? JULIO: O agronegócio e os agricultores. O que está acontecendo hoje é que o agricultor entendeu sua responsabilidade social e ambiental para com a região onde ele vive. Ele está doando parte disso, tá doando recursos voluntariamente para que as coisas aconteçam, melhorando a vida de milhares de pessoas, preparando para o futuro e para o mercado de trabalho. Isso se reflete no bem estar social. Quanto ao meio ambiente, tem as ações que temos feito com o PrevFogo onde o agricultor, voluntariamente, doa suas máquinas e cede seus funcionários que fazem treinamento de brigadistas. Esse trabalho é feito juntamente com as secretarias municiais de Meio Ambiente e o Inema. Isso tem tido um resultado muito interessante. PARANÁ RURAL: Qual o papel da Aiba no contexto político da região? JULIO: Repito que a Aiba tem o papel de ser o grande canal de comunicação entre os agricultores do oeste e os governos, sejam eles quais forem; levando

projetos, soluções e até participando das ações. As pessoas às vezes se enganam por achar que a associação tem um cunho político, mas a associação e a política não podem ocupar o mesmo espaço porque entre os nossos 1300 associados, existem pessoas que possuem seus candidatos e partidos diferentes. O voto é um direito dele, que não pode ser influenciado pela associação, e muito menos, a diretoria desta associação assumir compromisso com qualquer candidato ou partido político para ter benefícios eleitorais passageiros. Da mesma forma, as diretorias não podem tentar ou querer se beneficiar da associação para seus interesses políticos. Isso não cabe e não deve existir dentro da associação. PARANÁ RURAL: O que o senhor diria ao associado que confia na associação e que contribuiu para que ela chegasse aos 25 anos? JULIO: Eu diria que nós somos vencedores, somos vitoriosos. Seria muito bom que ela chegasse aos 50 anos servindo a nossos filhos e netos da mesma forma que tem cuidado de nossos interesses. Mas para que isso aconteça, os produtores precisam participar mais da Aiba e entender melhor o trabalho que ela tem feito ao longo desses 25 anos. Eles precisam estar mais presentes e apoiar nossas ações. Se não estivermos unidos, se ficarmos lutando sozinhos, não vamos conseguir resolver os problemas que nos afligem e que surgem praticamente o tempo todo, sejam eles de ordem ambiental, trabalhista ou de infraestrutura. Somente com a união e com a participação efetiva de nossos associados é que vamos nos tornar cada vez maiores e melhores para enfrentar o futuro.

No dia 22 de junho de 1990 era fundada a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia. O objetivo era reunir esforços para lutar pelos interesses e necessidades dos agricultores do oeste baiano. Na época, eram 16 agricultores. O Oeste cultivava cerca de 500 mil hectares. Hoje, a associação representa 1300 agricultores e o número de hectares cultivados passou para 2,36 milhões. Completando 25 anos, a Aiba traça novas diretrizes e vê na união das entidades do agronegócio da região oeste, o caminho para um desenvolvimento sólido e estruturado.

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Soja plus

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Programa Soja Plus inicia assistência técnica no Oeste da Bahia

Da

O Programa Soja Plus Bahia, realizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), começou no dia 07, terça-feira, sua segunda fase, agora prática, com o trabalho de visitas técnicas para orientação dos produtores rurais quanto ao atendimento da legislação socioambiental brasileira. Durante todo o mês de julho, três equipes formadas por técnicos da Aiba e da Universidade Federal de Viçosa – parceira do programa - irão percorrer as regiões de Cascudeiro, Barreiras, Coaceral, Garganta, Rosário, Roda Velha, Bela Vista e Luís Eduardo Magalhães. Em cada fazenda visitada, é realizada uma análise técnica gratuita, através de um questionário com mais de 176 indicadores que avaliam questões trabalhistas, sociais

e ambientais da propriedade. Além da aplicação do questionário, é distribuído um kit, sem custo, para as fazendas visitadas. Cada kit possui cerca de 10 itens, entre eles, 50 placas de sinalização, manual de construções rurais, vídeos técnicos, fichário de controle de documentos e caixas de primeiros socorros. O técnico da Aiba para o Soja Plus, Samuel Leite Lopes, explicou que “com as visitas nas fazendas, os produtores recebem orientações personalizadas e tiram dúvidas na hora com a equipe”. O produtor Franco Bosa, da região de Luís Eduardo Magalhães, recebeu na tarde da terça-feira (07) em sua propriedade, a primeira visita da equipe técnica do Soja Plus. “Para nós, que já estávamos realizando algumas adequações na nossa propriedade, essa visita veio enriquecer ainda mais o trabalho desenvolvido,

principalmente tirando dúvidas”, disse o produtor. Segundo o coordenador técnico do Soja Plus na Bahia, Luiz Stahlke, estão sendo visitadas, primeiramente, as fazendas que participaram dos cursos de capacitação da primeira fase do programa, realizada no ano passado. “A meta são 50 propriedades durante o mês de julho, começando pelas regiões do Cascudeiro e Bela Vista”, disse Stahlke. Até dezembro de 2016, a meta é atender 100 produtores, com revisitas para acompanhar as adequações propostas e capacitações complementares. Para participar do programa Soja Plus, basta ser produtor de soja e associado da Aiba. A inscrição deve ser feita na Aiba pelo telefone 77 3613 8000 ou pelo e-mail aiba@aiba.org. br. Tanto a inscrição quanto os cursos do programa são gratuitos.

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EVENTOS

Aiba e Assomiba se reúnem para discutir a Bahia Farm Show 2016 Da Assessoria AIBA

Realizar um balanço da Bahia Farm Show 2015 e iniciar a preparação da feira do ano que vem; esse foi o motivo que reuniu na quarta-feira, dia 09 de julho, a Associação dos Revendedores de Máquinas e Implementos do Oeste da Bahia (Assomiba) e a organização da Bahia Farm Show, representada pelo

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presidente da Aiba, Júlio Busato; o vice-presidente da Aiba, Odacil Ranzi e o diretor executivo da Aiba, Thiago Pimenta. Durante a reunião, foram apresentados os resultados da Bahia Farm Show 2015, mostrando que novamente a feira foi um sucesso e movimentou


EVENTOS R$ 1,033 bilhão em volume de negócios, apesar da preocupação com a possível tendência econômica de retração que atingiu eventos agropecuários de grande porte no país este ano. Maquinário e implementos foram os segmentos que mais colaboraram para que a Bahia Farm Show atingisse novamente o bilhão. Para alcançar o sucesso deste ano, a feira continuou realizando grande investimento em infraestrutura, o que contribuiu para deixar a Bahia Farm Show ainda mais agradável e preparada para receber os visitantes e expositores; e isso foi comentado pelos participantes da reunião. “A feira está melhor a cada ano; quem vem gosta e quer voltar”, disse Chico Oliveira da Agrosul Máquinas, concessionário John Deere na Bahia. Para a Bahia Farm Show 2016, algumas mudanças nas áreas de infraestrutura, segurança e limpeza foram solicitadas. “Nada grave ou urgente, apenas para melhorar ainda mais a nossa feira”, disse a

presidente da Assomiba, Ida Barcelos. A Assomiba é parceira na organização da Bahia Farm Show, junto com a Aiba, a Abapa e a Fundação Bahia, e desempenha um papel fundamental no processo de melhorias estruturais e operacionais para a feira. “Essa reunião pós-feira é muito importante para alinharmos ideias e discutir melhorias e necessidades de investimentos com esses importantes parceiros. A partir desse balanço é que identificamos algumas falhas e possibilidades de melhorias, considerando a visão estratégica do expositor, que, de fato, é quem dá o brilho maior ao evento junto com os visitantes”, disse Thiago Pimenta. A Bahia Farm Show – Em 2015, 63.772 visitantes puderam conferir as novidades tecnológicas apresentadas pelos 210 expositores. Para o ano que vem a maior feira de tecnologia agrícola e negócios do Matopiba será realizada de 24 a 28 de maio.

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AGRONEGÓCIO

Emater e prefeitura oferecem Curso de derivados de Mandioca Da Assessoria de Imprensa e Relações Públicas A EMATER com apoio da prefeitura de Santa Tereza do Oeste, através das secretarias de agricultura e de assistência social realizou ontem, no Clube de Mães do município o Curso de Derivados de Mandioca. Ao todo foram 17 mulheres, a maioria delas da área rural que participaram do curso. As técnicas foram ministradas pela coordenadora regional de agroindústria da Emater, Eloide Capitanio Nouseuer. Segundo ela foram trabalhados 11 pratos com a utilização da mandioca, polvilho entre outros alimentos. “Elas buscam alternativas para produção de derivados de mandioca. Podem comercializar na feira e para o próprio consumo familiar”, explicou Eloide. O objetivo do curso é gerar a comercialização de

produtos. De acordo com Eloide, o grupo de mulheres tem a possibilidade de por no mercado o produto desde que esteja legalizado na Vigilância Sanitária, tornando uma fonte de renda para a família. “O aumento de renda da propriedade é o objetivo principal, com alternativas não agrícolas, por que além do plantio e da colheita o produto é transformado, legalizado e o produtor acessa o mercado com seus produtos”, afirmou. A feirante Suellen Aparecida da Silva, foi uma das alunas e disse que não teve dificuldades em apreender. “Gostei de fazer o biscoito de polvilho. Uma delícia”, relatou a aluna. Segundo ela aprender a fazer outros pratos possibilita comercializar na feira.



AGRONEGÓCIO

FAG consolida pesquisas com óleos vegetais isolantes Da Assessoria Fag

Projeto AGBIOELETRIC® e os estudos envolvendo o Óleo Isolante de Crambe (OVIC) são os destaques Desde 2007, acadêmicos e professores do curso de Agronomia vêm se dedicando a pesquisas relacionadas a óleos vegetais. No Centro de Desenvolvimento e Difusão de Tecnologias (CEDETEC), se destacam as pesquisas envolvendo o projeto AGBIOELETRIC® e os estudos sobre o Óleo Isolante de Crambe (OVIC). Foi a partir das pesquisas com diversas oleaginosas para a fabricação do Biodiesel, que o professor Cornélio Primieri descobriu que o óleo

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vegetal poderia ter a função isolante, e também ser utilizado dentro dos transformadores, substituindo o óleo mineral. Desta forma, surgiu o AGBIOELETRIC®, um produto patenteado pela FAG, já consolidado e comercializado junto a empresas que fabricam transformadores. Há mais de cinco anos, é utilizado por várias concessionárias de energia em todo o território brasileiro. “Empresas como a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e


AGRONEGÓCIO a Light Serviços de Eletricidade do Rio de Janeiro já empregam o AGBIOELETRIC® em larga escala. Na orla marítima de Copacabana foram instalados transformadores subterrâneos novos e todos utilizam o óleo vegetal produzido aqui na FAG”, ressalta o professor Cornélio. Hoje o AGBIOELETRIC® é fabricado a partir de óleo de soja, adquirido refinado e a partir daí é processado na indústria que foi montada no CEDETEC. De acordo com o docente, enquanto o óleo mineral isolante é altamente prejudicial ao meio ambiente e a saúde humana e animal, o óleo vegetal é um produto agrícola e biodegradável. “Produzido a partir de grãos e sementes de oleaginosas comestíveis ou não, o óleo vegetal isolante é uma energia totalmente renovável, já que todas as culturas podem ser plantadas novamente. Vários produtos encontrados no campo podem ser transformados tanto em óleo isolante como em biocombustível. É possível extrair o óleo de mais de 19 oleaginosas”, esclarece Cornélio. Sementes de macaúba, tungue, cártamo, crambe, girassol, soja, pinhão manso, gergelim e linhaça são só algumas das matériasprimas utilizadas. Quanto ao Óleo Isolante de Crambe (OVIC), está em teste em transformadores de distribuição e potência em empresas e subestações da Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel). O projeto teve duração de três anos e agora será prorrogado por mais um ano para a finalização de análises do óleo que está em uso nos equipamentos. “Se os

estudos indicarem viabilidade técnica, será iniciado o estudo de viabilidade econômica para fabricação em escala comercial”, destaca o coordenador do projeto Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), da FAG, professor Renato Cassol. A pesquisa envolvendo o Crambe começou em 2007 e despertou o interesse da Companhia de Energia Elétrica do Paraná. Foi firmado um convênio entre a faculdade e a empresa, e é a Copel quem avalia o desempenho do óleo vegetal de crambe em transformadores de distribuição e potência, inserido na rede elétrica. “Além de não ser prejudicial ao meio ambiente, os transformadores com óleo vegetal podem atingir uma potência 40% maior do que os convencionais. O risco de incêndio e explosões também é bastante reduzido”, finaliza Renato.

PARANÁ RURAL | Agosto 2015 / Setembro 2015 | 25


MÁQUINAS AGRICOLAS

Venda de consórcio de máquinas CASE deve dobrar este ano Da Assessoria Case O Consórcio Nacional de Máquinas CASE, da marca Case Construction Equipment, deve chegar a 900 contratos fechados em 2015, quase o dobro dos 580 comercializados em 2014. O número comprova que essa modalidade de crédito vem se tornando cada vez mais popular, em especial nos últimos três anos. O crescimento se deve a três fatores principais, destaca o gerente nacional de Vendas da CASE, Reinaldo Remião. Um deles é a popularização e a credibilidade da modalidade em outras áreas, como na aquisição de imóveis e carros, chegando agora às máquinas de construção. Outra vantagem é a facilidade de aquisição, já que o consórcio não conta como dívida ou financiamento, e as facilidades de liberação de crédito são maiores. E o terceiro fator é a maior divulgação do produto no mercado, entre a rede de concessionários da marca e a realização de campanhas especiais. “O cliente que tem dificuldade para aprovar financiamento porque já está alavancado tem a opção do consórcio, que funciona como uma

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poupança e não aparece como dívida no balanço”, explica Remião. A primeira mega-assembleia do Consórcio Nacional CASE no segundo semestre será realizada na quarta-feira dia 28 de julho. Serão oferecidas para aquisição imediata 32 máquinas, entre retroescavadeiras 580N, pás carregadeiras W20E, motoniveladoras 845B e 865B e os recém-lançados tratores de esteiras modelos 1150L, 1650L e 2050M. Os mesmos modelos serão oferecidos na segunda mega-assembleia, agendada para o dia 25 de setembro. “No consórcio, pode-se programar a aquisição de um determinado bem sem pagar juros, somente uma taxa de administração, que, se diluída pelo período de pagamento, é muito mais atrativa do que qualquer outra modalidade, como Finame, leasing ou CDC. Uma opção como essa atrai novos clientes e fideliza”, afirma Remião. Informações sobre o Consórcio Nacional CASE podem ser obtidas nos concessionários da marca ou no telefone 0800 7718101.


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AGRONEGÓCIO

“Sentados sobre uma mina de ouro” Da Assessoria Case

Com essa frase, o vice-presidente da CASE resumiu as necessidades de obras de infraestrutura no Brasil, durante sua participação no Seminário Autodata Revisão das Perspectivas 2015 O mercado de máquinas de construção deve começar a se estabilizar a partir de 2016, depois de um período de queda nas vendas que começou em 2014. A avaliação foi feita pelo vice-presidente da Case Constrution Equipment para a América Latina, Roque Reis, durante sua participação no Seminário Autodata Revisão das Perspectivas 2015 (Painel Máquinas Agrícolas e de Construção), realizada na última segunda-feira, dia 20 de julho, em São Paulo. A boa notícia, segundo ele, é que há uma demanda muito grande por obras de infraestrutura, essenciais para o desenvolvimento do país e o crescimento de todos os setores da economia, no Brasil e em toda a América Latina. “Estamos sentados sobre uma mina de ouro”, resumiu ele. Para Reis, as ações mais recentes para incrementar o setor, como o Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado em junho pelo Governo Federal e que prevê investimentos de quase R$ 200 bilhões, terão reflexo a partir do ano que vem. Uma das marcas com maior participação de mercado e uma das mais tradicionais do Brasil, a CASE mantém seus investimentos para atender o mercado. Este ano, já investiu mais de US$ 10 milhões em novas tecnologias e produtos, como a linha de trator de esteiras, e mais novidades estão previstas para o próximo ano. Uma das melhores montadoras - A Case Construction Equipment é finalista do Prêmio AutoData 2015, considerado um dos mais disputados da indústria automotiva no país. A fabricante foi escolhida uma das melhores empresas na categoria “Montadora de Máquinas Agrícolas e de Construção”, cuja vencedora será anunciada em novembro durante a cerimônia de entrega da premiação. O Prêmio AutaData, realizado há 15 anos pela Editora Autodata, elege e reconhece publicamente empresas, produtos e personalidades que se destacam no setor automotivo, segundo a avaliação de especialistas e executivos que atuam no segmento. A cada ano, os casos de sucesso são monitorados, avaliados e selecionados pelos jornalistas que 28 | Agosto 2015 / Setembro 2015 | PARANÁ RURAL

compõem o corpo editorial da AutoData Editora. Em seguida, a lista completa e as histórias de cada empresa são publicadas na revista Autodata. A escolha dos vencedores é feita por meio do voto direto dos assinantes da revista, da Agência AutoData de Notícias e participantes do Congresso AutoData Perspectivas, realizado anualmente. Em 2015, 51 empresas concorrem em 21 categorias. “A CASE fez história no Brasil, onde está presente há mais de 90 anos, investe continuamente em produção local e novas tecnologias para atender o mercado em todas as suas necessidades. Para nós, a indicação a este prêmio é muito importante pelo reconhecimento do trabalho que temos realizado”, comenda Roque Reis, vice-presidente da CASE para a América Latina.

Roque Reis, vice-presidente da CASE para a América Latina.


De produtor para produtor A Dalmina, Vieira e Cia Ltda com uma estrutura de armazém para 300 mil sacas, equipamentos de ultima geração tecnológica e mão de obra qualificada a em presa superou seus objetivos neste primeiro ano e realiza novos investimentos visando agregar valores com a implantação da filial insumos e busca superar-se em agilidade ao recebimento, qualidade no produto armazenado e confiabilidade nos negócios realizados. Trabalhando com uma comercialização própria a Agricola Vieira proporciona ótimos ganhos aos seus parceiros comerciais, pela facilidade e agilidade na entrega dos grãos, e buscando produtos em excelência para oferecer a seus clientes. com o propósito de sair da comodidade da beira do asfalto a empresa levou uma estrutura sofisticada próxima ao produtor e sua produção proporcionado desenvolvimento tecnológico e financeiro para toda a região onde ela atua. Construir um empresa sólida de que seja referência em credibilidade, reconhecida pela quantidade e inovação na prestação de seus serviçoes, esta é a visão da Agricola Vieira e seus colaboradores.

Matriz

Linha Cachoeira Alta - Distrito de São João do Oeste

Cascavel - PR 45| 3039 6035 | 45| 9821 0506 www.agricolavieira.com.br


Concurso de melhor estande, melhor porco e melhor recheio. CLUBE CAÇA E PESCA DE TOLEDO

20

de

SETEMBRO

DE 2015


AVES BOVINOS INGREDIENTES PET SAÚDE SUÍNOS ADITIVOS

Representações:

AVENIDA MINISTRO CIRNE LIMA, 3651 JARDIM COOPAGRO - TOLEDO - PR

Endereço Av. Ministro Cime Lima, 2288 Fone: (45) 3054-5332 / 3054-5333 Endereço Av. Rio Grande do Sul, 5407 Fone (45) 3254-7943


MÁQUINAS AGRICOLAS

Produtores podem adquirir máquinas agrícolas por meio de commodities Da Assessoria New Holland

New Holland lança estratégia comercial, conhecida como barter, e se torna a única do mercado a aceitar soja na operação A New Holland adota uma nova modalidade de negócio: o barter. A operação, comum entre produtores rurais para a aquisição de sementes, defensivos e fertilizantes, consiste na negociação de máquinas agrícolas utilizando como moeda de troca sacas de soja, com parceria da Cargill. A New Holland se torna a única do mercado a aceitar a oleaginosa na negociação. A expectativa é de que as vendas com essa operação atinjam R$ 20 milhões somente este ano. A operação foi criada para que o cliente tenha mais uma opção de negócio que facilite a aquisição de produtos novos, garantindo ao produtor brasileiro a possibilidade de continuar batendo recordes de produtividade. “Quando começamos a montar a estratégia, em 2014, havia muitas dúvidas em relação à mudança no cenário político e precisávamos já traçar planos para minimizar essa insegurança, pois sabemos que o produtor quer e precisa de tecnologia no campo”, afirma Jefferson Kohler, gerente de Marketing da New Holland. Todo o portfólio de máquinas, implementos e agricultura de precisão da New Holland está disponível para ser negociado por barter. O cliente tem a liberdade de pagar o valor integral da máquina ou somente uma parte, e o restante financiar de outra maneira. Na compra de até US$ 250 mil pela

modalidade, deve ser apresentado a Cédula de Produto Rural (CPR) e um aval. Acima desse valor, mais hipoteca. O produtor também tem a possibilidade de já travar o preço do produto com a trading no ato da negociação, ou deixar a fixar, devendo, neste caso, respeitar os critérios para definição da quantidade de sacas. Desde quando foi lançada em todo o país, em abril, a procura por essa modalidade é alta. “Geralmente, os produtores estão interessados em pagar 10% de entrada em sacas e o saldo através do Finame Agrícola, mas já houve casos de 40% do valor ser negociado por barter”, explica o gerente. TECNOLOGIA DE FORA As máquinas importadas também podem ser compradas com o auxílio da modalidade de troca. De acordo com Kohler, como esses produtos não podem ser financiados pelo governo, o barter facilita novos negócios. Os produtores podem, por exemplo, dar a entrada em sacas de soja e pagar ou financiar o restante pelo Banco CNH Industrial. CONSÓRCIO NEW HOLLAND Outra opção dentro do barter é o pagamento do lance para contemplação da carta de crédito do Consórcio New Holland com sacas dos grãos. Neste caso, o produtor já recebe a nova máquina e só terá o desembolso financeiro em maio de 2016.



MÁQUINAS AGRICOLAS

New Holland Construction amplia linha de equipamentos ofertados no Brasil Da Assessoria New Holland

Escavadeira de rodas é adequada para o trabalho urbano, locais em que as esteiras da máquina hidráulica podem danificar o solo ou atividades onde o deslocamento é importante Pensando no perfil do mercado brasileiro, que tende a incorporar novidades e tendências muito mais rapidamente que outros mercados, a New Holland Construction amplia sua linha de equipamentos ofertados no Brasil com duas versões da escavadeira de rodas WE190B PRO. A máquina é uma eficiente opção para realizar trabalhos de uma escavadeira na faixa de 20 toneladas e que demandam mobilidade rápida, gerando economia. “Estamos trazendo para nossos clientes uma tendência bemsucedida de outros mercados, como a Europa. Em alguns casos, mover-se rapidamente de uma obra para outra significa reduzir custos de transporte e atuar em mais projetos”, explica Nicola D´Arpino, vice-presidente da New Holland Construction para a América Latina. Com a escavadeira de rodas, também conhecida como escavadeira móvel, o número de lançamentos

da marca na última década sobe para 53 modelos. A WE190B PRO se junta aos três novos produtos New Holland apresentados ao mercado brasileiro, no primeiro trimestre de 2015: o trator de esteiras D180C e as escavadeiras hidráulicas E215C e E245C ME. “Com eles, nossa linha de produtos se consolida como uma das mais amplas e completas do mercado”, afirma D´Arpino. Além de fabricante de máquinas de classe mundial, a empresa oferece também sistemas e soluções de tecnologia para controle total da frota, o FleetForce New Holland; e alta produtividade, economia e precisão na execução dos trabalhos, com o machine control da marca, o FleetGrade New Holland. A rede de concessionários da marca possui pontos de distribuição em todos os estados do país e também na América Latina, com uma das mais amplas coberturas de mercado da indústria de equipamentos de construção - representação comercial e de pósvendas (suporte técnico e reposição de peças). MAIS SOBRE A WE190B PRO A escavadeira de rodas WE190B PRO, produzida na Itália, chega ao mercado brasileiro em duas versões na faixa de 20 toneladas. “A máquina móvel pode ser conduzida até 35 km /h (opcional para essa velocidade, a máquina vem com velocidade de 20 km/h) nas vias públicas e é bem adequada para o trabalho em áreas urbanas, locais em que as esteiras da escavadeira hidráulica podem danificar o solo ou atividades onde o deslocamento é importante”, explica Rafael Barbosa, especialista de Marketing de Produto da New Holland Construction. Outro ponto importante a ser destacado nesse equipamento é a possibilidade de apoio do chassi

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MÁQUINAS AGRICOLAS inferior no solo por meio de sapatas e lâmina frontal. “Isso configura a estabilidade necessária para a obtenção das melhores capacidades de carga sem comprometimento da segurança”, explica Barbosa. ESTRUTURA SUPERIOR – BRAÇOS, IMPLEMENTOS E GIRO Os braços monobloco e de penetração foram projetados para suportar os mais altos esforços de escavação, permitindo elevadas forças de desagregação e cargas operacionais. A WE190B PRO está equipada com uma caçamba de 1.230 mm de largura com capacidade volumétrica de 0,8 m3, que permite trabalhos em vários tipos de aplicação. O sistema de pivotamento da caçamba e dos braços possui buchas duplas de baixa manutenção com intervalos de lubrificação mais longos (500 horas).

sem fadiga. A cabine conta com Proteção ROPS/ FOPS, controles intuitivos e de fácil manuseio, além de motor de alto desempenho e torque, com Power Boost automático (aumenta a potência em situações específicas), sistema hidráulico de três bombas e uma bomba de giro exclusiva. A escavadeira de rodas New Holland possui sistema de lubrificação na altura do solo, no chassi superior. Há apenas um local de lubrificação para os cilindros do braço monobloco e cilindros do braço de penetração.

SEGURANÇA PARA O OPERADOR E MANUTENÇÃO FÁCIL A WE190B PRO oferece ao operador o que há de mais avançado em ergonomia e conforto de operação. A cabine é ampla com grande área envidraçada para total visibilidade do campo de trabalho. Os comandos estão bem localizados e com fácil acesso, permitindo longas jornadas de trabalho

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MÁQUINAS AGRICOLAS

CNH Industrial é uma das 100 empresas mais inovadoras no Brasil Da

Empresa ficou no top 5 da categoria Bens de Capital e em 30° no ranking geral A CNH Industrial foi reconhecida como uma das 100 mais inovadoras pelo ranking Inovação Brasil, conquistando o 5º lugar na categoria Bens de Capital e 30º no ranking geral. O resultado confirma a liderança que a companhia, bem como suas marcas, exerce no domínio das novas tecnologias, com projetos pioneiros em todos os segmentos em que atua. Além disso, reforça o comprometimento da companhia com a busca contínua pela inovação, pesquisa, desenvolvimento e máxima qualidade de seus produtos. Promovido por uma ação conjunta entre o jornal Valor Econômico e a consultoria Strategy&, o estudo avaliou as maiores empresas do país, com faturamento superior a R$ 750 milhões, e analisou quatro grandes critérios: intenção de inovar, esforço para realizar a inovação, resultados obtidos e avaliação do mercado. As empresas classificadas são as que mais geram valor por meio

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de novos produtos, processos, modelos de negócios e serviços. Todas elas carregam a inovação no DNA de suas estratégias de negócios. Após o resultado do ranking, pôde-se notar que o setor de bens de capital é um dos que mais investem no país. O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Produto da CNH Industrial, Carlos Visconti, representou a empresa na premiação, promovida ontem (06/07), em São Paulo (SP). Segundo ele, é uma satisfação para a CNH Industrial ser reconhecida em um ranking tão importante. “A verdadeira inovação é aquela que atende às expectativas dos clientes. Para isso, na América Latina, a empresa conta com seis centros de pesquisa e desenvolvimento e mais de 400 engenheiros dedicados. Trabalhamos dia a dia para melhorar ainda mais os equipamentos, buscamos inovar sempre, aumentar a produtividade e otimizar os custos”, conclui Visconti.


O VERDADEIRO SHOW

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R E P O RTAG E M E S P E C I A L

O Monte Roraima é um monumento natural de incomparável beleza Da Assessoria Infoglobo Comunicação e Participações S.A

Disposição física e mental são essenciais no Monte Roraima O Monte Roraima é um monumento natural de incomparável beleza e que reserva grandes surpresas a quem se arrisca a desbravá-lo. Para aqueles viajantes que são apaixonados pelo contato com a natureza, e não perdem uma boa dose de adrenalina por nada, eis aqui um destino desafiador, que pode ser mais acessível do que se imagina. Por ano, estimase que cerca de três mil aventureiros passem por ele, principalmente vindos de Europa, Ásia e América do Sul. Apesar de ser o sétimo ponto mais alto do Brasil, a altitude de 2.734 metros estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não é seu maior atrativo. O formato de mesa (denominado tepui), a presença de animais incomuns e plantas exóticas, suas formas improváveis e seus dois milhões

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de anos de formação fazem do Roraima a grande estrela dos mais de cem tepuis da Venezuela. O monte preserva em seu platô de cerca de 31 quilômetros quadrados uma biodiversidade única, com várias espécies endêmicas como plantas carnívoras e um pequeno sapo preto do tamanho de uma unha. Suas rochas, castigadas pela erosão causada pela chuva e pelo vento ao longo dos milhares de anos, formam silhuetas incríveis que desafiam a lei da gravidade e se confundem com os contornos de animais, pessoas e dinossauros. O Monte Roraima já inspirou filmes de Hollywood, como o inesquecível “O parque dos dinossauros” (1993), dirigido por Steven Spielberg. Na realidade, o filme tem como referência a obra “O mundo perdido” de Conan Doyle - o criador de Sherlock


R E P O RTAG E M E S P E C I A L Holmes - que, por sua vez, foi influenciado pelos relatos do botânico Everard im Thurn, que subiu o Roraima em 1884. Mais recentemente, há dois anos, a animação “Up, altas aventuras”, da Disney/Pixar, conta a história de um vovô solitário que cumpre uma promessa feita à mulher e realiza o sonho de viajar para um lugar paradisíaco no meio de uma floresta da América do Sul. Quando os produtores visitaram a região do Monte Roraima, bateram o martelo. Era o lugar ideal para ilustrar as aventuras do protagonista por reunir belezas naturais como o Salto Angel, no lado venezuelano, e seus mistérios. A subida do Monte Roraima a pé, por trekking, só é possível pelo lado da Venezuela, por dentro do Parque Nacional Canaima - nomeado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1994. É preciso estar bem preparado fisicamente e estar pronto mentalmente para enfrentar alguns “perrengues” na viagem. Mas tudo é recompensado pelas experiências vividas e pelas paisagens exuberantes. Assim como na trilha inca para Machu Picchu, no Peru, ou no Nepal, quem sobe o Roraima pode contar com a ajuda de carregadores locais - indígenas da aldeia de Paraitepuy - que sustentam suas famílias principalmente com a renda gerada pelo turismo. Apesar de o monte estar longe dos principais centros urbanos brasileiros e de ser de difícil acesso, há agências e operadoras de ecoturismo no país que trabalham com este destino há alguns anos e que se profissionalizaram, permitindo que os expedicionários vivam esta aventura em segurança e com toda a logística necessária para os duros dias de caminhada e as noites de acampamento,

respeitando com consciência as normas ambientais do parque. Essas operadoras também se encarregam de providenciar as autorizações necessárias junto ao Inparques (Instituto Nacional de Parques da Venezuela), que limita o número de visitantes no Roraima. Diferentemente do que ocorre na subida de uma montanha comum, a chegada ao topo do monte não é o principal objetivo. Pelas características geológicas do Roraima, quando se conquista o topo, a viagem parece começar a tomar um novo rumo, já que o viajante tem a possibilidade de explorar sua área por alguns dias. A paisagem única e misteriosa dá a sensação de se estar em um planeta completamente distinto daquele que conhecemos. A hospedagem durante o percurso é feita em barracas de camping montadas em acampamentos que contam com o abrigo de pedras. O banho, invariavelmente com água fria, só é permitido em alguns lugares específicos, para não poluir os pontos de água potável ou causar qualquer outro tipo de dano ambiental. Na subida, a dificuldade maior é o peso das mochilas, caso você prefira dispensar a contratação de um carregador extra. O percurso feito no cume dependerá do número de dias contratados pelo viajante, tendo como mínimo o período de duas noites lá em cima. Conhecido por seu clima volátil e pelas variações de temperatura, a melhor época para visitar o monte é no início do ano, quando chove menos por lá. Nas noites de céu limpo, o Roraima se transforma em um planetário, permitindo que se enxerguem a olho nu as mais variadas constelações, planeta e satélites.

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R E P O RTAG E M E S P E C I A L NO TOPO, CRISTAIS, FORMAÇÕES ROCHOSAS E POÇOS NATURAIS A subida da aldeia indígena ao topo do Monte Roraima, estimada em 1.700 metros, se faz em três dias. No platô, os atrativos são variados. As caminhadas podem levar às chamadas janelas, de onde é possível apreciar a vista de toda a Gran Sabana ou da Floresta Amazônica que se estende à beira do monte, além de pontos interessantes e exóticos, tais como o Vale dos Cristais, que concentra uma quantidade incrível de exemplares de quartzo; grandes poços naturais apelidados de “jacuzzis”, o Fosso, o Vale das Figuras, o Lago Gladys e a Proa - este último o lugar mais inóspito do Monte, localizado no extremo norte, onde só é possível chegar com o uso de cordas e técnicas de escalada e rapel. A rotina no topo é cansativa durante a expedição. As caminhadas sobre as pedras se tornam difíceis não apenas por seu relevo acidentado, mas principalmente pelo peso das mochilas. O cuidado precisa ser redobrado para evitar torções e acidentes mais sérios. Caso alguém se machuque e não tenha como caminhar de volta, um helicóptero é acionado pelo guia por rádio, mas só conseguirá pousar para o resgate se as condições climáticas permitirem. Além do preparo físico, para quem encara uma expedição como esta, é importante estar bem de saúde, com a imunidade em alta, para evitar ficar doente. Comparando outros grupos que encontramos pelo caminho, percebemos que não são todas as empresas de viagem que se preocupam devidamente com a questão da preservação ambiental da montanha. Apesar de o Brasil ser o país com o menor território

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no Monte Roraima, com apenas 5%, contra 10% da Guiana e 85% da Venezuela, as agências brasileiras parecem ter dado um passo à frente neste quesito. As principais praticam o chamado turismo ecológico e defendem a preservação ambiental de toda a região. Oferecem infraestrutura para dar o destino correto para todo o lixo produzido e orientam seus guias e os turistas sobre as regras ambientais da montanha. Por concentrar as nascentes de vários rios da região, o Monte Roraima é conhecido como a “Mãe das águas.” De origem indígena, a palavra Roraima seria uma contração, segundo os locais, de “roro” (verde-azulado) com “imã” (grande), nome dado em homenagem às suas variações de cor quando visto de longe ao longo do dia. O monte é considerado sagrado por diversas etnias indígenas da região, que veneram seu deus, Macunaíma. Diferentemente do que se pensa, o nome do estado brasileiro foi dado em referência ao Roraima, e não o contrário. Uma das características do monte é seu clima inconstante. Ele está em uma região que possui grandes variações de temperatura, ventos fortes e chuvas repentinas. De acordo com especialistas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet-Brasília), de uma forma geral, o clima de Roraima é típico de regiões equatoriais: quente e úmido. Porém, no Nordeste do estado, onde está localizado o monte, existe o efeito da altitude. Ou seja, a temperatura cai à medida que se sobe - aproximadamente 0,7ºC a menos, a cada cem metros de altitude vencidos. Por isso, o Roraima acaba tendo uma grande amplitude térmica, com a temperatura variando de 25ºC, pela manhã, a menos de 10ºC, nas noites de céu limpo.


R E P O RTAG E M E S P E C I A L Vá preparado para o frio. É importante dormir bem agasalhado. Leve um saco de dormir próprio para 0ºC e meias quentes somente para a noite. Posicione bem a barraca fora de correntes de vento e em terreno plano. Improvise um travesseiro com as roupas ou use um inflável. Abrigue-se com agasalhos corta-vento e capas, que ajudam a proteger dos ventos repentinos e das chuvas. A umidade do Monte Roraima dificulta a secagem das roupas. Leve camisetas dry-fit para as caminhadas e lave-as quando possível. NOVAS REGRAS NO LADO BRASILEIRO O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do governo federal, negocia atualmente com o Inparques, seu correspondente na Venezuela, e com operadoras de viagens, a criação de normas mais claras para o turismo no Monte Roraima. Magno Souza, empresário do setor em Boa Vista, acredita que um novo regulamento pode profissionalizar mais a exploração turística da região. - A tendência é que as agências voltadas para a preservação ambiental ganhem força. A preocupação com o patrimônio histórico e natural também afeta a economia, porque os impactos ambientais gerados pelo turismo poderiam levar, a um médio prazo, ao fechamento do parque - alerta Souza, que implementou em sua empresa procedimentos de proteção ambiental após conhecer as experiências de Bonito, no Mato Grosso do Sul, considerado modelo de referência em ecoturismo.

(indicados pelo Inparques). É importante lembrar que nenhuma planta, animal ou pedra podem ser retirados da montanha, sob severas penas que variam de multa em dinheiro a reclusão por alguns dias na Venezuela, caso a vistoria do Instituto de Parques Nacionais da Venezuela (Inparques) flagre alguma irregularidade ao fim da viagem. - É importante que o viajante procure uma agência que forneça a estrutura ideal para cuidar dos dejetos produzidos e que o lixo também seja guardado e trazido de volta à base pelas próprias equipes para evitar qualquer tipo de contaminação ou impacto ambiental no monte - diz o consultor ambiental. PREPARANDO-SE PARA A AVENTURA: COMO CHEGAR: Partindo do Brasil, as expedições ao Monte Roraima começam em Boa Vista, capital do estado, no extremo Norte do país. Os grupos organizados pelas operadoras de turismo costumam ter entre cinco e 14 pessoas. De Boa Vista, os viajantes seguem por terra, geralmente em vans, até a cidade de Santa Elena de Uairén, já no lado venezuelano. É preciso levar passaporte para passar pela fronteira, assim como a autorização para subir o monte emitida pelo Inparques (o documento venezuelano é providenciado pelas agências). Em Santa Elena, os grupos trocam de veículo. Em um jipe 4x4, seguem até a aldeia de Paraitepuy, onde são apresentados aos seus carregadores da comunidade e iniciam a subida do Roraima.

PEQUENOS SERES CRESCEM EM ESPAÇOS INUSITADOS Na fauna do Monte Roraima, animais endêmicos como sapos (Oreophrynella quelchii) e pequenos roedores se escondem num ambiente onde os insetos são os animais mais perceptíveis. O mais estranho deles é uma espécie de gafanhoto que vive debaixo d’água. Roberto Vámos, fotógrafo e consultor ambiental da expedição da Miramundos ao Monte Roraima, destaca a riqueza biológica existente na montanha. - No monte, a vida ocupa os espaços mais inusitados: Algumas plantas crescem em cristais e as pedras apresentam uma coloração negra devido ao tipo de musgo existente no local. As árvores parecem bonsais, e há por toda a parte pequenos arranjos naturais de plantas onde bromélias e espécies carnívoras vivem juntas em total harmonia - explica. Vámos recomenda que os turistas tomem cuidado para não pisar em nenhuma planta, como as pequenas carnívoras Urticularia quelchii. O ideal é se manter sempre na trilha, para não criar caminhos alternativos e usar apenas sabonetes biodegradáveis PARANÁ RURAL | Agosto 2015 / Setembro 2015 | 41




AGRONEGÓCIO

Aveias e forma de uso na alimentação de bovinos Da Assessoria IAPAR A aveia ocupa o sétimo lugar entre os cereais cultivados e, segundo alguns, é originária da Ásia e do Mediterrâneo. Desde séculos antes de Cristo a aveia é reconhecida como alimento saudável e, ao longo dos anos, é crescente o uso da aveia para consumo humano como alimento funcional. Nos grãos de aveia estão presentes fibras altamente solúveis, como as beta-glucanas que possuem propriedades benéficas ao sistema cardiovascular, contribuindo para a diminuição dos níveis do colesterol sanguíneo indesejável LDL. Comparativamente ao milho, os grãos de aveia são superiores no balanço de aminoácidos essenciais como treonina, metionina, triptofano, lisina, entre outros. Atualmente o cultivo de aveia se dividem em dois grupos distintos. A espécie Avena strigosa Schreb é representada

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pelo grupo denominado de aveia preta e normalmente é cultivada como planta forrageira ou como planta melhoradora do solo, controle de plantas daninhas e cobertura do solo promovendo o aporte de palhada para o sistema de plantio direto. A espécie Avena sativa L. é representada pelo grupo de aveias brancas que subdividem em cultivares de aveia branca graníferas e cultivares de aveia branca forrageiras. As aveias graníferas passaram por um processo de melhoramento genético através de seleção, cruzamento visando potencializar as suas qualidades agronômicas como rendimento e qualidade de grãos, resistência às doenças, ao acamamento. As aveias brancas graníferas não são adequadas para pastejo, possui baixa capacidade de rebrote e, ao máximo, podem ser utilizadas para produção de feno ou silagem de


AGRONEGÓCIO planta inteira. As aveias brancas forrageiras foram selecionadas, melhoradas para a produção de forrageiras e, dependendo da cultivar, permite de 3 a 8 ciclos de pastejo, podendo produzir 6-7 toneladas de matéria seca por hectare como resultado da soma de cortes ou pastejos sucessivos. As aveias forrageiras, independente se preta ou branca, possui excelente palatabilidade para os herbívoros, são ricas em proteína bruta podendo atingir percentuais de 20 a 38% da matéria seca, dependendo da idade da planta ou do rebrote. No Paraná, a área cultivada com aveia granífera tem aumentado nos últimos anos. Apesar da carência de agroindústrias de farinha e flocos de aveia na região Oeste, muitos produtores têm adotado o plantio da aveia para uso dos grãos na alimentação animal, na rotação de culturas como planta de cobertura para melhorar o solo, controle de plantas daninhas como buva a capim amargoso e manejo de nematoides. HORA DE COLHER OS GRÃOS DE AVEIA O Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, através do pesquisador – Dr. Elir de Oliveira, sediado no Polo Regional de Pesquisa do órgão, em Santa Teresa do Oeste, tem divulgado o potencial do uso dos grãos de aveia branca na alimentação dos bovinos. Com os novos cultivares de aveia como IPR Afrodite, URS Brava, URS Corona, UPFA Farroupilha, Brisasul, entre outros, a produtividade de grãos chega a atingir 6-7 toneladas por hectare.

Segundo o pesquisador, a aveia branca granífera possui 14-20% de proteína bruta, dependendo da cultivar, do ano, época de semeadura e tecnologia adotada e lembra ainda que o peso de mil grãos é cerca de 35 gramas enquanto que o peso de mil da aveia preta é cerca de 15 gramas. “Os grãos de aveia apresentam excelente palatabilidade para os bovinos, além de serem ricos em proteínas, aminoácidos essenciais e fundamentais para a síntese do leite como metionina, lisina e treonina, também possui cerca de 12% fibras, que são importantes para o processo de ruminação”, afirma o pesquisador do IAPAR. Para o fornecimento aos animais, os grãos não precisam ser moídos ou umedecidos, podendo fornecer secos in natura, oriundos de armazenamentos em big-bag. Finalizando, o pesquisador do IAPAR, Elir de Oliveira, acredita que com o recente lançamento do programa estadual Pecuária Moderna o uso de grãos de aveia será cada vez mais importante. A tecnologia vai estimular sistemas de integração lavoura e pecuária, melhorar a alimentação animal, auxiliar no manejo das pastagens perenes utilizando a aveia como suplementação e, por consequência melhorar os índices zootécnicos, desde aumentar a taxa de lotação, taxa de natalidade, peso de desmame, idade do abate, qualidade da carne e taxa de desfrute.

PARANÁ RURAL | Agosto 2015 / Setembro 2015 | 45


AGRONEGÓCIO

A 9ª loja agropecuária e o primeiro investiemento no município de Cascavel Da Assessoria Primato A nova loja inicia suas atividades com a missão primeira de fortalecer e suprir o produtor rural. “O momento é controverso e nós estamos focados em apoiar o produtor, com soluções assertivas, contra as intempéries econômicas que o país atravessa e com facilidades para a melhor gestão da produção”, comentou o presidente. A Primato passa a ter 28 unidades de negócio sendo esta, a 9ª loja agropecuária e o primeiro investimento no município de Cascavel. “Além

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da ração e concentrados Prima Raça, a Primato também oferece farmácia veterinária, ordenhadeiras, resfriadores, acessórios, pneus, baterias, fertilizantes, sementes, silos, assistência técnica veterinária, fomento à produção de leite, suíno, gado de corte e ovinos e um universo de soluções para auxiliar nas tarefas diárias do produtor rural e impulsionar sua produtividade”, explicou o diretor geral da cooperativa, Anderson Sabadin.


NOVA LOJA - Rua Tancredo Neves 1783 - Cascavel Pr PARANร RURAL

I Fevereiro / Marรงo de 2015 I 41






AGRONEGÓCIO

Negócios lucrativos sustentáveis Assessoria Paraná Rural

Micro e pequenas empresas, como a Linken, dão bons exemplos de como gerir o negócio com responsabilidade. Empresas mineiras mostram que, além de entender de negócios, sabem ser lucrativas de forma sustentável. Destaques da 2á edição do “Prêmio Sebrae Minas de Práticas Sustentáveis”, elas investem em ações que não agridem o meio ambiente, evitam desperdícios, estimulam a reciclagem, apoiam a unidade local e ainda conseguem bons resultados nos negócios. Há 15 anos no mercado, a fábrica de conservas Linken descobriu na sustentabilidade uma forma de diminuir gastos e gerar renda para famílias no Norte de Minas. Entre 12 empresas finalistas, a Linken teve suas práticas sustentáveis reconhecidas e foi selecionada com o em presa-destaque em 2012. Com o prêmio. a empresa será contemplada com uma consultoria tecnológica oferecida pelo Sebrae Minas. A empresa começou depois que a família gaúcha de Isabel Linck Warken teve que se mudar de Uberlândia para Janaúba, a 545 quilômetros da capital mineira. N o início, a mudança seria para investir nas plantações de bananas, mas o negócio não deu certo e resolveram apostar em uma receita de família. “Servíamos as conservas que a minha mãe fazia para os amigos, e muitos perguntavam porque ela não fazia para vender”, lembra Felipe Warken, filho de Isabel que hoje administra a empresa. A produção, que antes era de dez potes por dia, atualmente chega a 1.500 potes. São dezoito tipos de verduras e legumes cultivados e adquiridos de 38 pequenos produtores da agricultura familiar dos municípios de Porteirinha, N ova Porteirinha e Jaíba. “No início da produção financiamos adubos e sementes; em alguns casos pagamos até a mão de obra para que o produtor consiga depois tocar o negócio sozinho”, acrescenta Felipe. O trabalho manual vai desde o preparo da terra para o plantio até a produção da receita caseira aprovada pelos consumidores. A procura aumentou. Hoje os dez funcionários garantem o segredo da longevidade e sucesso 52 | Agosto 2015 / Setembro 2015 | PARANÁ RURAL

da aposta. -É tudo in na tura. Não são conservas industrializadas. É a qualidade da receita da vovó, mas produzida em grande escala”. orgulha-se Felipe. A em presa também adota a logística reversa com as embalagens dos produtos. De 85 a 90% dos seus potes de vidro são reaproveitados. As embalagens de dois quilos, vendidas para churrascarias e restaurantes. também são devolvidas, e os recipientes são trocados por descontos na compra de novos produtos. Já as embalagens menores e as caixas de papelão são adquiridas de associações de catadores da região. O custo é praticamente o mesmo de uma caixa nova, mas oferece menos danos ao meio ambiente, pois reduz o volume de lixo gerado. Os vasilhames são selecionados e passam por um rígido processo de higienização, feito pela própria empresa, para serem reutilizados. Já as caixas de papel mais resistentes são viradas pelo avesso e utilizadas para o transporte das mercadorias. “Somos uma empresa economicamente viável. O nosso sucesso depende do sucesso da comunidade local”, conclui o administrador.



AGRONEGÓCIO

Projeto boulevard ecológicamente correto Da Assessoria Prefeitura de Sabará

É o que a Prefeitura de Sabará fez até hoje com o projeto de boulevard ecológico que também propõe recuperar as águas do “rio de sua aldeia” É o que a Prefeitura de Sabará fez até hoje com o projeto de boulevard ecológico que também propõe recuperar as águas do “rio de sua aldeia” Já dizia o poeta português Fernando Pessoa que o “maior rio do mundo” o não é geograficamente o maior rio do mundo. Mas, afetivamente, de modo que as populações ribeirinhas tenham pertencimento dele e passem a cuidar, recuperá-lo e amá-lo verdadeiramente, esse maior rio do planeta é simplesmente o “rio de nossa aldeia”. Qualquer curso d’água que passe perto de nós, faça parte de nossa cidade, de nossa esperança e de nossas vidas. Esse recado, simples assim, não conseguiu ser capitado pelos três últimos prefeitos

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que administraram o ex-arraial pelo bandeirante Borba Gato às margens do Rio Sabará. Muito menos conseguiram despoluir, bem à entrada da cidade hoje mais visitada da Região Metropolitana de BH, o seu encontro com o Rio das Velhas, principal afluente da Bacia do Velho Chico, no coração histórico de Minas Gerais. Como mostrou o jornal Estado de Minas, em uma bela e triste reportagem assinada pela repórter Flávia Ayer e publicada na última lua cheia de fevereiro, os esgotos “podres e cinzas” gerados pela população e as indústrias do município continuam caindo “como cascata dos canos” feios, fétidos e a céu aberto, até o fatídico encontro dos dois


AGRONEGÓCIO rios, manchando o seu cartão -postal. São mais de 32 milhões de litros de esgoto por dia lançados justamente onde os últimos governantes de Minas, de Aécio a Anastasia, poderiam mergulhar e renovar mais facilmente as promessas públicas de despoluir suas águas, liberando-as para o consumo das populações ribeirinhas, para a volta dos peixes e para o lazer social. Objetivos possíveis pelo Projeto Manuelzão, desde que haja vontade política. E por que isso não acontece, mesmo com as autoridades e os ambientalistas sabendo que o Rio Sabará é o curso d’água urbano mais fácil de ser recuperado em toda a Grande BH, por receber os esgotos praticamente só do município que lhe dá nome, uma vez que a vizinha Caeté, única e distante cidade à sua jusante, já tem sua estação de tratamento? Não acontece porque seus últimos três prefeitos (Wander Borges, Sergio Freitas e Willian Borges) e a própria Copasa não, tiveram essa vontade capaz de remover montanhas. Muito menos, diante de tantos outros desafios, eles souberam enxergar, valorizar, colocar debaixo do braço e lutar pelo financiamento conjunto de um projeto executivo final cujos registros, num total de oito caixas de documentos técnicos que custam R$ 2,1 milhões, jazem esquecidos e apodrecendo na sede da prefeitura. Trata-se do Projeto de Recuperação Ambiental, Urbanística e Paisagística do Rio Sabará

- intitulado “Boulevard de Sabará” - no mesmo modelo que o prefeito Márcio Lacerda promete implantar ainda este ano, ao longo do Arrudas, entre a Ponte do Perrela e a Penitenciária das Mulheres, na capital mineira. Com custo zero para a Prefeitura de Sabará, uma vez que foi totalmente abraçado e financiado pela Arcelor Mittal (exBelgo Mineira, que nasceu ali) e as mineradoras Anglogold e Vale, também sediadas no município, este projeto também só não foi implantado por causa de um impasse político com o Governo do Estado. A Copasa, que tradicionalmente já detém a conta de água da cidade, mantém a sua posição: ela s6 aporta um investimento hoje de R$ 100 milhões para a captação e esgotamento sanitário de todo o município, resolvendo grandemente a poluição do Rio das Velhas, se a prefeitura também lhe passasse a conta do esgoto. Foi por isso, ficar mal e perder votos perante seus eleitores, aumentando em 50% o que cada cidadão já paga na sua conta d’água, que os exprefeitos evitaram e alegaram não levar o projeto em frente. A Copasa, no final da Administração Sérgio Freitas, chegou a lhe propor informalmente um caminho político e do meio. A empresa do Estado aplicaria uma taxa “social”, muito mais barata perante a população, para tratar os esgotos, dentro do escopo do projeto de recuperação ambiental, adotando -o. E em contrapartida, a Prefeitura.

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A arte de criar peixes Há alguns anos eram poucos os que apostavam na piscicultura, mas ela se consolidou, transformando-se em boa culinária e lazer, com lucratividade Adilar Venites Presidente da Associação de Aquicultura de Toledo

Até bem pouco tempo, era poucos os que acreditavam no cultivo de peixes ou simplesmente ignoravam o fato de que essa atividade um dia fosse dar certo. As dificuldades eram grandes, nem rações existiam, muito menos melhoramento genético, enfim tudo era difícil. Em busca de forma de comercializar os peixes gordos , foram surgindo ideias que vieram inovando o setor da piscicultura; uma delas foi o surgimento dos “Pesque-Pagues”, unindo o útil ao agradável, daí em diante o amor pela criação foi tomando conta dos produtores, que souberam vencer todos os obstáculos dessa criação tão recente e prazerosa. Não querendo comparar com outras criações, o percentual do lucro da produção é incomparável podendo chegar a 50% , enquanto

que em outras criações o percentual de lucro é muito inferior à essa atividade, outro fator limitante é a disponibilidade de área, onde o cultivo de peixe pode chegar até 15kg de peixe /m², em tanque escavado. Fator esse que comprova a superioridade em relação as demais criações. Áreas pequenas podem produzir grande quantidade de peixe, o fator implicante é ter uma boa qualidade de água. Tem muitos piscicultores construindo tanques em áreas secas e bombeando água, tamanha é a satisfação em criar peixe, e saber que temos muito em aprender com essa atividade, e que ainda pouco é aproveitado na indústria, são tantas coisas que podem ser inventadas e que possam trazer ainda mais lucratividade para o setor. Aqui ainda podemos nos dar o luxo de comer só o filé do peixe, pois o restante ainda é pouco aproveitado. Fica um desafio lançado aos investidores que querem garantia de produto , o que realmente falta para a piscicultura é ter parceiros que possam assimilar essa evolução da piscicultura montando industrias que consigam absorver toda essa produção, pois potencial temos e o mais importante é que temos um povo trabalhador que não tem preguiça para produzir e estamos muito bem amparados com técnicas de cultivo que a cada dia que passa vem melhorando cada vez mais. E um dos maiores motivos dessa criação é que o povo brasileiro está consumindo mais carne de peixe, obtendo com isso uma alimentação muito mais saudável, e saúde está acima de tudo.



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Dinheiro no lixo Da Assessoria Paraná Rural

Mercado bilionário de reaproveitamento e de manejo de desperdícios Já não é preciso ser Midas para transformar o inútil e o descartável – vulgo, lixo – em emprego, negócios e lucro. Tampouco chafurdar em lixões fétidos em busca de materiais recicláveis para vender como matéria-prima. O trabalho de evitar prejuízos à natureza e ao bolso de gestores públicos e privados – que precisam bancar uma infraestrutura adequada ao que antes era amontoado em qualquer lugar – está criando um novo mercado no Brasil. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é o mais recente impulso dessa mudança de mentalidade. Tendo entrado em vigor em 2010, determinou, até 2 de agosto passado, o fim dos “lixões” – as áreas ilegais de depósito de rejeitos a céu aberto sem tratamento subterrâneo, que causam a contaminação do solo, da água e do ar. Apenas 40% dos 5.565 municípios cumpriram a lei principalmente nas regiões Sul e Sudeste) depositando resíduos em aterros sanitários. Mas os Ministérios Públicos Estaduais não pretendem dar folga aos faltosos. Ao mesmo tempo, o volume de lixo está aumentando. Em 2013, foram geradas 76 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos no país, 4% a mais do que em 2012. Há mais desperdício, e a destinação correta num aterro sanitário custa caro, cerca de R$ 2,7 milhões por ano para uma cidade de 100 mil habitantes. Dado o alto preço de ser ambientalmente correto, as prefeituras e as empresas só têm uma saída: reaproveitar ao máximo e diminuir ao mínimo o dejeto final que termina morto e enterrado. “O crescimento da geração de resíduos é maior que o crescimento da população nacional. A destinação correta dos rejeitos não acompanha o ritmo do consumo”, afirma Ariovaldo Caodaglio, presidente do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo e diretor da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública.

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Enquanto as empresas e as prefeituras retardatárias correm para se ajustar à lei, proliferam exemplos, pelo país afora, de usos inteligentes e fins lucrativos dados ao que se costumava tratar como lixo. MERCADO BILIONÁRIO Diferentes linhas de negócio com residuos sólidos movimentam um mercado de R$ 22 bilhões por ano, com crescimento anual de 10./o. Conheça algumas delas. Usina de reciclagem - separaçãodos residuos secos proveniente da coleta seletiva e venda de matéria-prima não virgempara a indústria. Aterro sanitário - depósito de residuos com engenharia ambiental. Combustível Derivado de Resíduo (CDR) trituração de restos secos para criar mix inflamável. Usina de biogás - geração de eletricidade a partir do gás liberado na decomposição do lixo. 0 Usina de GNV - envasamentode biogás gerado no aterro para uso como gás natural veicular. Crédito de carbono - venda de créditos pela não emissão de metano. Cornpostagem - conversão de resíduos orgânicos úmidos em biofertilizante. Coprocessarnento - beneficiamento de entulho para reúno na construção civil.


AGRONEGÓCIO ENERGIA LIMPA Entre as últimas novidades em reaproveitamento desponta o Combustível Derivado de Resíduo (CDR). Uma parte dos desperdícios encaminhados para o Aterro de Paulínia (SP), da empresa Estre Ambiental, passa por uma seqüência de separações mecânicas e segue para um maquinário importado da Finlândia, único na América Latina. Apelidado de “tiranossauro”, seu sistema de trituração reduz um sofá a pedaços menores de seis centímetros. O resultado final é um massa de alto poder inflamável capaz de substituir combustíveis fósseis (como carvão e madeira), usada em caldeiras da indústria de cimento. “Estamos em fase de testes e desenvolvimento de mercado. Queremos comercializar o produto até o fim do ano”, diz Alexandre Alvim, diretor de novos negócios da Estre. Com capacidade para gerar até sete mil toneladas por mês de CDR, o tiranossauro não só vai gerar novos ingressos para a empresa, como estender a vida útil do seu aterro que deixa de receber esses volumes diários de resíduos. “A valorização do resíduo é uma mudança de paradigma que está acontecendo agora. Seu benefício ambiental é claro e transforma custo em rendimento.” A Estre possui 19 aterros próprios em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas e Sergipe. Essas áreas são impermeabilizadas por uma espessa camada de argila e manta acrílica para evitar a infiltração do chorume (o líquido tóxico derivado do apodrecimento dos restos orgânicos). Além disso, como em todos os aterros, captam e tratam os gases inflamáveis e poluentes derivados da decomposição. Os resíduos são compactados por máquinas e, diariamente, cobertos por terra, para evitar a proliferação de vetores de doenças, como o mosquito da dengue e ratos. Mas a empresa não se restringe ao serviços dos aterros. Mais de 80% do seu faturamento vêm da coleta e aterro, mas num futuro não muito distante essa proporção promete mudar drasticamente. Em meados de agosto, a Estre inaugurou, na unidade de

Guatapará (SP), uma usina de energia elétrica por biogás, a primeira das dez planejadas até 2017. Com capacidade para gerar 3 mil megawatts por hora (MWh), a planta pode abastecer uma cidade de 18 mil habitantes. Com o aumento do preço da eletricidade no país e os incentivos fiscais do governo, na visão de Alvim, este é o melhor momento para investir nessa tecnologia. O mercado está aberto para empreendimentos. Atualmente há 21 projetos de geração de energia a partir de biogás de aterro, em vários Estados, somando um potencial de 254 MWh. Somados todos os aterros existentes no país, o potencial de geração chega a 2 gigawatts. O primeiro leilão de energia para compra dessa fonte vai acontecer em outubro, o que deve criar um preço de referência e atrair mais atenção para o setor do lixo. A Biogás Energia Ambiental, que já atua no mercado há dez anos, tem hoje as usinas de Gramacho, no Rio de Janeiro, e São João e Bandeirantes, ambas em São Paulo. A São João, em São Miguel, opera no limite máximo de geração, 20 MWh (gerando energia para 150 mil habitantes). A usina extrai gás do aterro de mesmo nome – que recebeu 28 milhões de toneladas de resíduos até ser fechado em 2009, e vai gerar metano por de duas décadas – e da Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL), aberta em 2010 logo ao lado, também na estrada do Sapopemba. Já o Aterro Bandeirantes (no km 26 da Rodovia Bandeirantes) atingiu sua capacidade de 30 milhões de toneladas, não recebe mais rejeitos e parou de produzir eletricidade. As geradoras instaladas ali pelo banco Itaú estão desligadas. Procurado pela reportagem da PLANETA, o banco não quis comentar o caso. Resta à Biogás continuar fazendo a queima controlada de gases para transformar metano em dióxido de carbono (CO2), que retém 25 vezes menos calor do Sol, e comercializar créditos de carbono. É verdadeque o mercado criado com a assinatura do protocolo de Kyoto, já não é rentável como antes. Um crédito de carbono – equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono não emitida ou

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AGRONEGÓCIO retirada da atmosfera – já valeu 17 euros, mas hoje é comercializado por centavos. PEQUENAS CIDADES, GRANDES PROBLEMAS Enquanto aguarda a construção do gasoduto que ligará o Aterro Dois Arcos, em São Pedro da Aldeia (RJ), à rede da Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro (CEG-Rio), previsto para 2015, a Usina de Tratamento de Biogás dará outro fim para o biogás. Além de comprimir e entregar o gás gerado a um consumidor industrial, vai usá-lo como gás natural veicular (GNV) na sua frota de carros e caminhões de lixo. Os oito municípios da Região dos Lagos, atendidos pelo aterro, representam melhor a realidade do mercado de lixo brasileira do que as grandes capitais do país. Quase 95% das cidades brasileiras não chegam a somar uma população de 100 mil pessoas. Cerca de metade tem menos de 20 mil habitantes. Quanto menor o município, mais cara e insustentável fica a conta do aterro correto. “O custo operacional do aterro é muito grande para uma cidade pequena ou média. Portanto, o ganho de escala reduz esses custos”, explica Glauco Rodrigo Kozerski, diretor técnico do Consórcio Intermunicipal de Saneamento da Região Central de Rondônia (Cisan). For graças à união de 14 municípiosmembro que eles conseguiram construir um aterro em Arequemes para atender os

214 mil habitantes (no total) da zona urbana de suas cidades. Embora se possa aproveitar de diferentes formas o gás dos aterros, é crucial fazer cada vez mais materiais retornarem à cadeia de produção. Constituído em 2007, o Consórcio Pró-Sinos, que reúne 27 dos 32 municípios da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (RS) – onde vivem 1,7 milhão de pessoas – apostou em outra solução para outro grande problema ambiental: construiu uma usina de beneficiamento de resíduos da construção civil, em São Leopoldo. A construção civil é o maior gerador de lixo da economia moderna. No Brasil inteiro, esse tipo de desperdício superou 42 milhões de toneladas só em 2013 – 4,6% a mais que em 2012. “Transformamos entulho em material para o próprio setor de construção, e nos livramos desse passivo, que costumava ser despejado nas margens dos rios e em terrenos baldios”, conta Viviane Diogo, diretora do Consórcio. O entulho levado para lá é processado para se tornar brita, areia reciclada, bica corrida (brita com granulação maior) e material para aterro. O produto mais barato é a areia, que custa R$ 28 por metro cúbico para particulares, R$ 24 para municípios em geral e R$ 20 para municípios associados. Desde que a usina entrou em operação, em dezembro de 2013, o consórcio recebe 16% do faturamento da empresa


AGRONEGÓCIO que ganhou a concessão de 20 anos do negócio. BIOFERTILIZANTES De volta a Arequemes, a Cisan ainda quer inaugurar uma área de compostagem no seu aterro. A compostagem transforma os restos orgânicos em biofertilizantes e é indicada para municípios pequenos, pelo tipo de lixo que geram e pela maior demanda por adubo. Segundo Kozerski, isso não traz lucro direto, principalmente sem bioaceleradores e biodigestores (tecnologias mais novas nessa área), mas aumenta a vida útil do aterro e sobretudo o retorno do investimento feito nele. Outra forma de estender a vida útil do aterro é fazer uma boa coleta seletiva para reciclagem, porque assim as prefeituras podem levar menos coisa ao aterro e reduzir seus gastos com transporte. Machadinho, o município mais distante, está a 150 km de Arequemes. E há ainda outro estímulo: muitos termos de ajuste de conduta estão sendo assinados nas cidades. “No dia 4 de agosto, na segunda- feira após o vencimento do prazo, todos os integrantes do Cisan foram notifi cados pelo Ministério Público, porque ainda têm lixões”, revela Kozerski. A promotoria não vai dar mole. O que pode assustar, na verdade é promissor. “Em 1998, com a Lei de Crimes Ambientais, os Ministérios Públicos Estaduais foram atrás das prefeituras, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, e foram feito vários termos de ajuste de conduta. Hoje elas são as regiões mais próximas da total adequação”, analisa Albino Rodrigues Alvarez, coordenador da PNRS no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

pedagoga, férias, 13o salário e outras coisinhas mais. No ano que vem, a Finep vai permitir à Cooperlínia comprar uma máquina de triagem de R$ 12 milhões. “Ninguém se assusta com a mecanização. Vamos pular de 32 profissionais na operação para 90”, adianta José Carlos da Silva. De uma média de produção de 1 ton/h, vão passar para 10 ton/h, e o custo operacional vai cair de R$ 380 pra R$ 150 por tonelada, em um único produto que representa 50% da produção da cooperativa. A parte fina, de separar 54 itens finais para reciclagem continuará nas mãos dos sócios e funcionários e seus “salários” devem dobrar. Com o reaproveitamento, a pressão sobre recursos virgens (madeira, água, areia, pedra, etc) fica menor. “Mas enquanto houver espaço para tirar os desperdícios do alcance da vista, eles vão continuar a existir. O que não é escasso não é objeto de preocupação econômica”, alerta Alvarez. Em alguns países europeus essa frase está deixando de fazer sentido, como a Noruega, que importa lixo de outros países para alimentar usinas de energia elétrica e térmica. Mas ainda estamos longe da proposta do químico e ambientalista alemão Michael Braungart, autor do clássico Cradle to Cradle: Criar e Reciclar Ilimitadamente, recém traduzido no Brasil (Editora GGbrasil, 2014). Braungart defende que todo produto deve ser projetado para se decompor sem causar dano, ou para ser reciclado sem perder a qualidade. A seu ver, todas as práticas atuais da economia são subdesenvolvidas, pois o lixo ainda se acumula. Tudo deveria se transformar, como na natureza.

ANTES DO FIM O aterro deve ser a última opção. A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina a redução gradual dos resíduos secos dispostos em aterros sanitários e a inclusão nesse processo de 600 mil catadores brasileiros – segundo estimativas do Ministério do Meio Ambiente. São Leopoldo, cidademembro do Consórcio Pró-Sinos, é a primeira do Brasil a ter 100% da gestão de recicláveis feita por cooperativas. Caxias do Sul já recicla quase 25% do lixo que produz, enquanto São Paulo não chega a 1,5%. O Aterro de Paulínia da Estre tem reservado um espaço para a Cooperlínia, cooperativa de catadores reconhecido pelo Programa de Investimento Direto em Empresas Inovadoras (da Finep). Seus sócios vão para o trabalho de van com ar condicionado e DVD, têm plano de saúde e odontológico, almoço de restaurante, nutricionista, psicóloga, psicopedagoga,

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A M I G O S DA PA R A N Á

Amigos da Paraná Rural Amigos é pra si guardar dentro das nossas lembranças, nos marca profundamente e nos faz mais humanos.

Roque comemora aniversário e brindando em familia

Gilda Mercosul, duas pátrias em um só coração. Ana Max e Edson, longe de casa.

bella donna Irene do Sanderson 66 | Agosto 2015 / Setembro 2015 | PARANÁ RURAL

de irmão para irmão Artur e Inara Rufati.


A M I G O S DA PA R A N Á

Marcel e familia, geração abençoada.

família Sanderson

irmãos do coração Alexandre e Inara Rufati Xandão essencialmente ecologicamente

o mago da lente Lorena, nobreza de princesa

Vitória em estilo junina

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ESPECIAL

Foto Sérgio Sanderson

Tudo está na mente. É onde tudo começa. Saber o que você quer é o primeiro passo na direção certa. O instante mágico é o momento em que um sim ou um não, pode mudar toda a nossa história.

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