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Ciência e atualidade do setor dentário - ano XIV

Falamos com...

ESPECIAL 38 IDS ª

Ronald Ordinola-Zapata, professor da Faculdade de Odontologia da Universidade de Minnesota

Nuno Cruz, presidente da Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração

Salão dentário de Colónia atraiu mais de 160.000 visitantes de 166 países

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destaques

Ciência e atualidade do setor dentário - ano XIV

Especial 38 a IDS

Crónica Governo reitera empenho em ampliar a cobertura do SNS na área da saúde oral.

Estudantes de Medicina Dentária partilham ideias e conhecimentos.

Salão dentário de Colónia atraiu mais de 160.000 visitantes de 166 países.

RELATOS

Guilherme Minhota, médico dentista e voluntário da Mundo A Sorrir.

Falamos com...

Ronald Ordinola-Zapata, professor da Faculdade de Odontologia da Universidade de Minnesota (EUA). Revolução digital

Nuno Cruz, presidente da Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração (SOPIO).

João Pato assina artigo sobre ortodontia digital.

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Palestras confirmadas Rafael Jaén Gutiérrez Fluxo digital entre a clínica e o laboratório com a tecnologia DGSHAPE de fresagem por via húmida.

Elena Cervino Influência da tecnologia digital na ortodontia

Diogo Viegas The Power of Digital Dentistry - day by day practice

Esteban Xam-mar A passagem a digital, um salto no vazio?

(Conferência em inglês)

João Fonseca Palestra

Digitalização facial 3D: como fazer, suas aplicações e potencial no diagnóstico e tratamento Workshop

Introdução ao uso e ferramentas de desenho CAD utilizando software open source

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Com o apoio da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa

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o Ciência e prática

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Nuno Menezes Gonçalves: “Regeneração óssea guiada minimamente invasiva: técnica SMART. A propósito de dois casos clínicos". 50 Ricardo Maia: “Técnica de socket-shield: A propósito de um caso clínico”.

sumário

o Revolução digital

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o Crónica

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o Quiz de medicina oral

Governo reitera empenho em ampliar a cobertura do SNS na área da saúde oral.

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Estudantes de Medicina Dentária partilham ideias e conhecimentos.

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ª

Salão dentário de Colónia atraiu mais de 160.000 visitantes de 166 países.

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Rita Noites, presidente da comissão organizadora das XIV Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa.

o Relatos

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o Falamos com...

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Demonstre os seus conhecimentos no teste elaborado para a Maxillaris por Germán Esparza Gómez.

o Ponto de vista

o Especial 38 IDS

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João Pato: "Ortodontia digital: conceito recente ou nem por isso?".

Guilherme Minhota, médico dentista e voluntário da Mundo A Sorrir.

o Calendário

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Ronald Ordinola-Zapata, experto em Endodontia e professor da Faculdade de Odontologia da Universidade de Minnesota: “Algo que visualizo para o futuro é o auxílio da inteligência artificial nos tratamentos odontológicos”.

Agenda de cursos para os profissionais e calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais.

o Novidades

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Nuno Cruz, presidente da Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração: “É na área da regeneração óssea que acredito que irão surgir os maiores desenvolvimentos clínicos nos próximos anos".

Produtos e equipamentos.

o Indústria

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Notícias de empresas.

A Maxillaris é uma marca registada a nível europeu pelo Departamento de Harmonização do Mercado Interior Europeu de Marcas e Desenhos com o Nº 003098449. Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: Maria João Miranda. comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.

Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Francisco Teixeira Barbosa. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Bilhoto. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Rui Figueiredo. Susana Noronha. Consultor para a América Latina: Pérsio Mariani. REDAÇÃO: Rua Francisco Sanches, 122, 2O 1170-144 Lisboa • Tel./Fax: 218 874 085.

Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 €, resto 80 € . ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 DE 9/6 ART. 12o No 1

7.000 assinantes

• Periodicidade mensal. • A Maxillaris não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores. • Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito da Cyan Editores.

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Editorial

No passado mês de março teve lugar uma nova edição da feira IDS, que voltou a surpreender o público pela dimensão e sofisticação dos stands – constata-se que ao cliente há que conquistá-lo desde o primeiro minuto. A feira alemã experimenta desde há vários anos um contínuo crescimento que parece não ter fim: nesta ocasião, nada menos que 2.300 expositores oriundos de mais de 60 países. Ao contrário de outros certames de muito menor tamanho, neste caso é verdaderamente um encontro internacional que reflete a globalização do setor dentário. Este ano despertaram a atenção os expositores asiáticos, o pavilhão dedicado aos Estados Unidos ou a presença de muitos países sul-americanos, sobretudo o Brasil. Segundo os dados da organização, as maiores participações de empresas estrangeiras tiveram como origem Itália, Estados Unidos, Coreia do Sul, China, Suíça, França e Grã-Bretanha.

Do stand ao consultório

A par desta tendência para a globalização, também se constató na feira que se mantêm os processos de concentração empresarial. As fusões, aquisições e alianças estão na ordem do dia e cada vez mais observamos maiores grupos industriais a dominar boa parte do mercado. Naturalmente, também surgem empresas de tamanho médio que procuram o seu espaço, mas ninguém pode garantir que em pouco tempo não farão parte de uma grande companhia. Uma vez mais, a Maxillaris assistiu à exposição alemã para sondar a tendência do setor e comprovar em primeira mão que a dinâmica inovadora está em pleno auge. Exibiu-se todo o tipo de materias para prótese, superfícies de implantes diferentes às habituais, novos sistemas de ortodontia e muitos, muitos sistemas digitais. A tecnologia deu um salto qualitativo impressionante nos últimos anos e não só se aceitou e implantou o ambiente 3D, como também se fala já de realidade virtual e inteligência artificial. As estratégias da indústria no âmbito digital são muito diversas, mas todos os entendidos coincidem em assinalar que estamos perante um processo imparável que pressupõe uma mudança de rumo integral. A prová-lo, podemos apontar que a IDS transmitiu aos meios profissionais que a impressão 3D crescerá até 2030 entre 13 e 23% no mercado mundial, atingindo um volume de negócio de 22.600 milhões de euros. Após da celebração de um certame como a IDS, resta-nos observar atentamente como chega toda essa inovação às clínicas e como afeta essa concentração de empresas aos profissionais do setor.

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Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com

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Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com

Anthogyr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com

BTI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com

Carestream . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com

Ceodont . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 e 81 Clínica Dentária Real Biuti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com

EAO Lisboa 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Coordenadora de projetos: Marta Esquinas marta.esquinas@maxillaris.com

EMS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com

Eurodent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Foquim Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Serviços Administrativos: Inmaculada Barrio. administracion@maxillaris.com

Galimplant . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 e 27

REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45

Gnathos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 GSK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

Edição online espanhola: www.maxillaris.com

Ledosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Baoluo Gao. Beatriz Giménez González. Blas Noguerol Rodríguez. Carlos Fernández Villares. Emilio Serena Rincón. Esther Nevado Rodríguez. Francisco Teixeira Barbosa. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chemez. María Rosa Mourelle Martínez. Rafael Flores Ruiz. Rafael Martín-Granizo López. Rui Figueiredo.

Malo Clinic . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 Mundo A Sorrir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 MX Day Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4, 5 e 83 OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 SEPES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 e 41 Sociedade Portuguesa de Ortodontia . . . . . . . . . . . . . . . . 65 VOCO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Zhermack . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

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crónica Curso de Prótese Dentária da FMDUL inicia uma nova era com a inauguração de um centro de formação em CAD-CAM A Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL) inaugurou, no dia 27 de março, um centro de formação em CAD-CAM, destinado aos alunos da licenciatura de Prótese Dentária. O novo espaço é patrocinado pela Zirkonzahn, cujo CEO, Enrico Steger, marcou presença no ato inaugural, acompanhado por Luís Pires Lopes, diretor da FMDUL, e João Carlos Roque, regente das disciplinas de Prótese Fixa e membro da Comissão Coordenadora da Licenciatura em Prótese Dentária da faculdade lisboeta. O novo projeto da FMDUL marca o início da formação digital de forma transversal no curso de Prótese Dentária. “Com esta parceria com a Zirkonzahn, aquilo que fizemos foi tornar o ensino digital transversal a todas as áreas do curso, isto é, todas as disciplinas da componente teórica-prática – e que estão diretamente relacionadas com o fabrico das próteses dentárias – passam a ter uma vertente digital”, esclarece à MAXILLARIS João Carlos Roque, acrescentando que os alunos “vão ter a possibilidade de estar cinco semanas a fazer exercícios digitais – e a praticar com equipamento digital – e 10 semanas a fazê-lo pelo processo tradicional manual”.

de Prótese Dentária terem essa formação digital. “Hoje em dia, temos à disposição a capacidade de poder fazer, utilizando tecnologia digital e os equipamentos que lhe estão ligados, os mesmos projetos que fazíamos antes só pela via manual e com as técnicas tradicionais”, refere João Carlos Roque. Trata-se, assim, de um novo paradigma no ensino da área dentária. Embora os alunos da FMDUL já tivessem (desde há 15 anos) contacto com o universo digital numa só disciplina, “esta nova fase passa por tornar a formação digital transversal ao curso e a todas as disciplinas com uma componente prática”, adianta o mentor do projeto, acentuando o carácter inédito do mesmo: “Não existe ainda nenhuma faculdade no contexto dentário que tenha um ensino transversal em todas as suas áreas ao nível digital. Estamos perante a concretização de uma ideia, que esperamos que possa vir a ser seguida por outras faculdades”.

João Carlos Roque, professor do curso de Prótese Dentária da FMDUL, é o grande mentor do projeto.

O centro de formação foi inaugurado por Luís Pires Lopes (à esquerda), diretor da FMDUL, e Enrico Steger, CEO da Zirkonzahn.

Novo paradigma A sala, que foi montada através da parceria com a Zirkonzahn, está munida de sete computadores, uma fresadora, um scanner, fornos de sinterização dos vários materiais utilizados, entre outro equipamento, permitindo aos cerca de 40 alunos que iniciaram este ano a licenciatura

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Dia Mundial da Saúde Oral foi assinalado com cerimónia em Lisboa

Governo reitera empenho em ampliar a cobertura do SNS na área da saúde oral O Dia Mundial da Saúde Oral foi assinalado com pompa e circunstância, no passado dia 20 de março, nas instalações do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, numa iniciativa promovida pela Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), que contou com a participação dos protagonistas da comunidade da Medicina Dentária nacional e alguns convidados, entre os quais se incluiu a diretora-geral da Saúde, Graça Feitas. A ministra da Saúde, Marta Temido, presidiu a sessão de encerramento da data comemorativa que foi instituída pela Federação Dentária Internacional (FDI) com o objetivo de reforçar junto de todos a importância da saúde oral. Marta Temido começou por realçar o trabalho que a OMD tem feito em prol da saúde oral dos portugueses e enalteceu o sentido de oportunidade desta celebração “por nos recordar que todos os indivíduos devem ter acesso a cuidados de saúde oral, de forma a que no mínimo mantenham 20 dos seus dentes naturais até ao final da vida”. Para a detentora da pasta da Saúde, “esta data também permite assinalar que é essencial olhar para a saúde oral desde tenra idade”. Marta Temido afirmou que uma das prioridades do governo continua a ser “ampliar e melhorar a cobertura do Serviço Nacional de Saúde (SNS) também na área da saúde oral”. Até ao momento, 3,8 milhões de pessoas beneficiaram de cuidados de saúde oral públicos, num total de 17 milhões de tratamentos, na sua maioria preventivos. “Isso aconteceu, por um lado, graças ao cheque-dentista, que é a prova do investimento que tem sido feito na saúde oral dos portugueses”, constata a ministra, revelando a propósito que só foi possível implementar este projeto graças à adesão de 4.900 médicos dentistas e de 9.300 consultórios privados.

projeto, testámos um modelo de prestação de cuidados que já envolve 60 médicos dentistas e 107 higienistas orais que exercem em diversos Agrupamentos de Centros de Saúde. Fizemos até à data mais de 100.000 consultas a mais de 72.000 utentes, num total de 120.000 tratamentos. É esta aposta que, a par com a do cheque-dentista, teremos de prosseguir”. Carreira aguarda aprovação O bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, recordou, por seu lado, que a carreira dos médicos dentistas no SNS continua a aguardar aprovação por parte do Ministério das Finanças. Mais de um ano depois do Ministério da Saúde ter dado luz verde a esta velha aspiração da classe dos médicos dentistas, ainda não foram dados mais passos para a concretização da medida. “Aguardamos que o Ministério das Finanças dê o ‘ok’ para esta carreira”, observou Monteiro da Silva, apelando ao desbloqueio desta questão, que domina a agenda dos profissionais do setor. O Dia Mundial da Saúde Oral assume anualmente uma crescente relevância, tendo em vista que as doenças orais encontram-se entre as mais comuns a nível mundial. Noventa por cento da população mundial está em risco de algum tipo de distúrbio a nível oral, desde lesões de cárie a doenças peridontais ou cancro oral.

A ministra da Saúde, Marta Temido, associou-se às comemorações, que decorreram no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

A intenção de levar a saúde oral ainda mais perto dos portugueses teve um ganho significativo com a instalação de gabinetes de saúde oral nos cuidados de saúde primários. “Com este

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SPDOF lançou em Coimbra segunda edição do livro Bruxismo: do diagnóstico à reabilitação A Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SPDOF) na sua multidisciplinariedade tem procurado desenvolver ferramentas de apoio, de informação e de formação clínica e científica relativas às áreas de interesse da sociedade. Neste contexto, lançou em Coimbra, no passado dia 16 de março, a segunda edição do livro sobre bruxismo, em que colaboraram autores nacionais e internacionais. A adesão ao projeto de muitos dos autores e investigadores de centros de referência internacionais sobre bruxismo, nos quais mais se investiga e publica sobre esta temática, é demonstrativa da credibilidade cientifica da SPDOF a nível nacional e internacional. O livro intitulado Bruxismo: do diagnóstico à reabilitação, teve como coordenadores os médicos dentistas e professores universitários Júlio Fonseca, André Mariz de Almeida e Ricardo Dias. Esta publicação é distribuída gratuitamente a todos os participantes dos congressos da SPDOF e a todos os sócios desta sociedade científica e apoiado pela indústria farmacêutica. No mesmo dia em que foi lançada a segunda edição do livro, a SPDOF realizou, também em Coimbra, uma palestra sobre bruxismo em crianças, com Júnia Serra Negra, professora na Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil) e uma referência mundial na área, e Rosário Ferreira, da Sociedade Portuguesa de Pediatria.

A partir da esquerda, Júlio Fonseca, André Mariz de Almeida e Ricardo Dias, coordenadores do livro sobre bruxismo, que foi lançado no passado dia 16 de março, em Coimbra.

A SPDOF é uma sociedade sem fins lucrativos fundada em 2014, sendo pioneira em Portugal nesta área. Abrange uma elevada diversidade de sócios, profissionais de saúde, maioritariamente médicos dentistas, fisioterapeutas, cirurgiões maxilofaciais, terapeutas da fala, assim como profissionais de saúde de neurologia, anestesiologia, estomatologia, psicologia e outros profissionais de saúde que exerçam a sua atividade na saúde pública e/ou privada e na docência e investigação. Os estudos cientificos têm revelado o caráter etiológico multifactorial da disfunção temporomandibular e dor orofacial. Nesse sentido a abordagem destas patologias tem que ser obrigatoriamente interdisciplinar.

SPEMD associa-se a grupo que alerta para riscos de tabaco aquecido Doze sociedades científicas e organizações de saúde portuguesas, onde se inclui a Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD), uniram-se numa posição conjunta em relação aos produtos de tabaco aquecido por estarem ´fortemente preocupadas com o surgimento de novos produtos de tabaco e com as alegações da indústria sobre o risco reduzido destes dispositivos´. Este grupo não recomenda a utilização de produtos de tabaco aquecido, alerta para os riscos e mantêm a convicção de que a melhor forma de salvaguardar a saúde é a prevenção da iniciação de qualquer forma de consumo e a procura de apoio médico para a cessação tabágica.

Do grupo fazem parte, para além da SPEMD, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, a Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, a Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho, a Sociedade Portuguesa de Oncologia, a Ordem dos Enfermeiros, a Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia Pediátrica.

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Simpósio anual da ANEMD realizou-se em Lisboa

Estudantes de Medicina Dentária partilham ideias e conhecimentos A segunda edição do Simpósio Anual de Estudantes de Medicina Dentária (SAEMD) reuniu no passado mês de fevereiro, na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, mais de 180 participantes, em todas as sessões, cursos e atividades que a direção da Associação Nacional de Estudantes de Medicina Dentária (ANEMD) preparou no âmbito deste evento. Para além da importância científica e de complemento de formação dos estudantes, este simpósio procura aproximar os estudantes das escolas médico-dentárias do país. “Esta proximidade é única no que diz respeito à partilha de ideias e conhecimentos, a base e o pilar de um simpósio. Além de ser um ponto de encontro de diversas entidades e de discussão de temas mais diversificados que envolvem a Medicina Dentária”. Quem o afirma é Tiago do Nascimento Borges, presidente da ANEMD.

Em declarações à MAXILLARIS, o estudante do quarto ano do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto adianta que a ANEMD “tinha para este ano os objetivos bem traçados quanto ao que deveria ser o segundo: consolidar um simpósio que se encontra em grande crescimento desde a sua primeira edição”. O programa contou com mais cursos hands-on, um painel de oradores portugueses de requinte, desde jovens promessas a oradores de renome internacional, que abordaram praticamente todas as áreas da Medicina Dentária. “Ainda houve a oportunidade, por exemplo, de transmitir aos nossos congressistas o universo da Medicina Dentária Forense, abrindo os seus horizontes para áreas que nem sempre são tão abordadas, mas que merecem a devida atenção”, acrescenta Tiago do Nascimento Borges, para quem o encontro deste ano “foi marcado pela sua crescente maturidade e inovação”.

Tiago Borges do Nascimento, presidente da ANEMD, no uso da palavra durante a sessão de abertura do simpósio, que decorreu no Auditório Professor Doutor Simões dos Santos da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa.

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A partir da esquerda, Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas; Luís Pires Lopes, diretor da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa; Tiago do Nascimento Borges, presidente da direção da ANEMD, e Nuno Rodrigues dos Santos, presidente da Comissão Organizadora do II SAEMD.

No âmbito da exposição comercial do simpósio, criou-se uma nova dinâmica com o “Passaporte do congressista”. Este tem o objetivo de premiar o estudante que procura conhecer as novidades que as empresas e casas comerciais divulgam. “Um estudante mais informado será um estudante melhor preparado no futuro”, esclarece o dirigente estudantil. Convocatória geral Tudo isto visa tornar o simpósio num evento dinâmico, original, irreverente e que se mostra preocupado com as necessidades e interesses dos estudantes. Por isso mesmo, a ANEMD anunciou na sessão de abertura que convidará e

convocará para breve todos os diretores das escolas médico-dentárias portuguesas para o Conselho das Escolas Médico-Dentárias (CEMD), para que todos juntos reunidos possam discutir e trabalhar os problemas que são dos estudantes. Entretanto, a ANEMD já prepara a oitava edição do Encontro Nacional de Estudantes de Medicina Dentária (ENEMD), que irá realizar-se entre os dias 14 e 18 deste mês, em Albufeira. “Serão dias marcados pela grande vivência e partilha entre os participantes, procurando fazer renascer a dinâmica de tempos passados e aproximando a associação nacional de estudantes, e a sua estrutura, aos seus associados”, conclui Tiago do Nascimento Borges.

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Crianças portuguesas com a segunda pior saúde dentária da Europa O gabinete de estatísticas da Comissão Europeia apresentou um estudo sobre a saúde geral das crianças europeias (acesso externo), que inclui informação sobre a saúde oral. O Eurostat conclui que Letónia (7,3%), Portugal (6%), Espanha e Roménia (ambas com 5,7%) são os países com maior percentagem de crianças com necessidades de cuidados médico-dentários. A incapacidade de pagar o tratamento, as longas listas de espera, a distância até aos locais de tratamento ou a inexistência de transporte para esses locais, e ainda a falta de tempo para cuidar dos membros da família devido ao trabalho são alguns dos motivos apontados para justificar as ausências nas idas ao médico dentista. As carências são maiores em crianças de famílias monoparentais (8,1%), quando comparadas com os lares em que vivem dois adultos (5,8%). Embora o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO), conhecido por cheque-dentista, já tenha possibilitado o acesso de 3,8 milhões de utentes a consultas de Medicina Dentária, de acordo com o Eurostat, o país continua abaixo da média europeia no que toca a cuidados prestados às crianças. Recorde-se que o PNPSO abrange todas as crianças e jovens com particular ênfase nas de sete, 10, 13, 16 e, mais recentemente, 18 anos. No entanto, não chega a todas as crianças abaixo dos sete anos, não contempla o tratamento dos dentes decíduos (de leite) na maior parte das situações e exclui os que frequentam escolas privadas sem contrato de associação. Daí que a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) defenda o alargamento do programa às crianças a partir dos dois anos. Uma solução que, segundo o bastonário Orlando Monteiro da Silva, “traz ganhos no futuro”, pois possibilita o acesso a cuidados de saúde oral cada vez mais cedo, “o que permite que sejam tratadas atempadamente e ensinadas a prevenir a doença”.

Maioria da população adulta escova os dentes duas vezes por dia O Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), por seu lado, utilizou os dados recolhidos pelo Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), realizado em 2015, para estudar os hábitos de higiene oral em Portugal. Neste estudo, conclui-se que 65% da população adulta (25-74 anos) escova os dentes, pelo menos, duas vezes por dia, nomeadamente antes de dormir.

Embora o cheque-dentista já tenha possibilitado o acesso a 3,8 milhões de utentes a consultas dentárias, o país continua aquém da média europeia no que toca a cuidados prestados às crianças.

O documento compara estes hábitos com o contexto demográfico e socioeconómico e conclui que são os indivíduos com níveis de escolaridade mais elevados, a residir nas áreas urbanas e maioritariamente do sexo feminino (75,1% de mulheres vs 53,9% de homens) quem mais segue as recomendações da Direção-Geral da Saúde no que concerne a esta matéria. O estudo realizado pelo INSA considera que a escovagem regular dos dentes, enquanto cuidado preventivo, é determinante para uma boa saúde oral e preservação da dentição. Estes fatores contribuem para a redução do risco de ocorrência de doenças orais mas, também, para a saúde geral e qualidade de vida dos indivíduos.

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38a edição do certame alemão contou com 2.300 empresas de 64 nações

Salão dentário IDS atraiu mais de 160.000 visitantes de 166 países A 38a edição da feira IDS, que no passado dia 16 de março encerrou as suas portas em Colónia (Alemannha) depois de cinco dias muito concorridos, superou as elevadas expectativas traçadas pela organização do certame dentário. Com 2.327 empresas oriundas de 64 países (mais duas dezenas de expositores que em 2017), a IDS 2019 voltou a evidenciar a sua posição de liderança na Europa e no mundo. O certame da indústria dentária deu continuidade aos muito bons resultados da edição anterior e, além disso, tornou realidade os ambiciosos objetivos que se tinham traçado quanto a um maior nível de internacionalização e qualidade. A feira conseguiu que durante a sua realização se respirasse um ambiente de satisfação, tanto por parte dos expositores como dos visitantes profissionais. Com 2.327 empresas oriundas de 64 países, conseguiu-se incrementar o volume de expositores com 20 novas inscrições, que se encontraram com mais de 160.000 visitantes de 166 países. Com isto, o número total de público aumentou 3,2% e o de visitantes estrangeiros 6%. Por outro lado, a superfície de exposição cresceu em mais de 4%, atingindo os 170.000 m².

Um inquérito independente confirma esta impressão: mais de 80% dos visitantes deste ano participa nas decisões de compras e inclusive cerca de 32% fá-lo com carácter determinante. Ainda mais alta é a capacidade de decisão dos visitantes estrangeiros, tendo em consideração que mais de 49% indicou ser o único responsável das compras. Aspeto da entrada principal do concorrido certame dentário de Colónia.

Mark Stephen Pace, presidente da Associação da Indústria Dentária Alemã (VDDI), observa que “a concorrência leal da IDS expressa em poucas palavras as qualidades desta feira de referência: a singular, completa e internacional oferta, assim como a extraordinária potência e capacidade de inovação do setor, unidas à clara vontade de todas as empresas de conseguirem ser cada vez melhores e buscarem o êxito”. O dirigente da VDDI indica que todos os que querem triunfar no setor dentário “submetem-se em Colónia a esta comparação de ofertas. Por isso, não é por acaso que se alcançou um nível de internacionalização da IDS de enormes dimensões”. Por seu lado, Gerald Böse, presidente da feira de Colónia (Köelnmesse), acrescenta que “a IDS supera em cada edição os já extraordinários resultados da anterior. Tanto os visitantes como os expositores estão entusiasmados e só aqui encontram a oferta e a demanda com estas dimensões, esta qualidade e este nível de internacionalização. Indiscutivelmente, a IDS é a feira global de referência para o setor dentário”. Os expositores da IDS 2019 não elogiaram apenas o nível de internacionalização e a quantidade de visitantes. Em muitos stands era possível ouvir que o certame satisfaz pela qualidade do público.

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Na IDS estiveram representados todos os grupos profssionais. De acordo com os resultados do mesmo inquérito, os principais grupos correspondiam a consultórios dentários, laboratórios, responsáveis do comércio dentário e representantes da indústria. Também tiveram um notável papel os centros de ensino e as universidades. Quase 30% dos consultados são membros das equipas diretivas das empresas. Cerca de 80% dos visitantes manifestou sentir-se satisfeito ou muito satisfeito com a oferta apresentada, um abrangente 93% assegurou que recomendaria a visita à IDS e 70% dos inquiridos tem já projetado visitar a próxima IDS, que se celebrará de 9 a 13 de março de 2021. Markus Heibach, diretor da VDDI, congratulou-se com estes dados no final do certame, manifestando que “o elevado nível de satisfação dos nossos visitantes profissionais e expositores representa para nós uma impressionante confirmação do resultado dos nossos esforços para conseguir que a estadia na feira, com serviços cosmopolitas, acolhedores e perfeitos, resulte o mais agradável e bem sucedido possível”. Grande interesse pelas inovações A capacidade de atração da IDS como a plataforma ideal de negócios é uma constatação para muitas empresas do mercado dentário que querem ter uma presença através de inovações de alto nível qualitativo.

A IDS 2019 suscitou um grande interesse do comércio especializado e dos utilizadores de produtos e tecnologias inovadoras.

Assim, este ano despertaram particular atenção os produtos e sistemas destinados aos fluxos de trabalho digitais. Observaram-se modernos sistemas de fabricação, novos materiais, inovadores scanners intraorais e muitos desenhos de implantes. Também se apreciaram fluxos de trabalho flexíveis para a gestão no laboratório. O certame refletiu também a velocidade a que se desenvolve o universo dentário digital. Além disso, colocou sobre a mesa o futuro papel que terão os laboratórios de prótese dentária.

A IDS 2019 em números Na mais recente edição da IDS, sobre uma superfície bruta de exposição de 170.000 m² (2017: 163.000 m²), participaram 2.327 empresas de 64 países (2017: 2.305 firmas de 60 países). Entre estas houve 610 expositores da Alemanha, aos quais se somaram 18 empresas representadas (2017: 624 expositores e 20 companhias representadas), bem como 1.650 expositores do estrangeiro, mais 49 empresas representadas (2017: 1.617 expositores e 44 representadas). A percentagem de companhias estrangeiras situou-se em cerca de 73% (2017: 72%). Ao certame assistiram mais de 160.000 visitantes profissionais de 166 países (2017: 155.000 de 156 países), dos quais aproximadamente 62% (2017: 60%) deslocou-se a partir do estrangeiro.

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Durante o certame de Colónia, várias empresas com presença no mercado dentário ibérico mostraram as suas últimas inovações.

BIEN-AIR. A marca suíça celebrou na IDS o seu 60o aniversario com o lançamento de uma edição especial da turbina Tornado X, com 60 meses de garantia. No stand da Bien-Air também se destacou a solução integrada ¡Optima, para médicos dentistas com cadeiras antigas que queiram aderir às novas tecnologias. Este produto oferece uma ampla gama de opções de tratamento.

BIOHORIZONS. Um dos pontos destacados desta empresa foi o lançamento de uma gama de implantes que se soma à família Tapered: os novos Tapered Short e Tapered Immediate Molar. Além disso, a BioHorizons amplia a carteira de soluções regenerativas com Intra-Spin, uma centrifugadora que cria L-PRF, e apresentou NovoMatrix, uma matriz dérmica acelular derivada de tecido porcino e destinada a aplicações de tecidos moles. Foi desenhado para o repovoamento celular e a revascularização. Já conta com a certificação CE.

3SHAPE. Esta firma, experta em soluções de escaneado 3D e software CAD-CAM, apresentou-se na IDS com uma novidade em particular: o scanner intraoral 3Shape Trios 4, que estará disponível no mercado ibérico a partir de junho próximo. Trata-se de tecnologia de escaneado com inteligência artificial (AI), incluindo a deteção de cáries em superficie e em espaço interproximal.

Josep María Munté, Area Sales Manager.

CARESTREAM DENTAL. O produto desta marca que mais se destacou no último salão dentário de Colónia foi o sistema de escaneado CS 9600, versátil e inovador, que oferece a mais ampla gama de tamanhos de volume e aplicações de software, cobrindo todas as necessidades radiológicas atuais e futuras.

Manuel Alejo, National Product Manager & Regional Sales Manager da BioHorizons Ibérica.

Luis Molina, Country Manager Spain & Portugal.

José Manuel Domínguez, Dental Sales Manager.

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DGSHAPE. A filial de Roland DG Corporation apresentou no certame de Colónia a atualização da sua marca corporativa (DGSHAPE A Roland Company) e anunciou um importante crescimento da companhia. Em 2017, a empresa anunciou que tinha comercializado a nível mundial 5.000 das suas unidades de fresado. Este ano duplicou este número e vendeu a unidade número 10.000 durante a maior cimeira da indústria dentária mundial.

IVOCLAR VIVADENT. O amplo stand da firma proporcionou inovações digitais e analógicas para médicos dentistas e técnicos dentários. Os produtos apresentados incluem o compósito universal de alta resistência e estética IPS e.max ZirCAD Prime, o sistema restaurativo direto 3s PowerCure, o Bluephase G4 light e a impressora 3D PrograPrint para laboratórios dentários.

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DÜRR DENTAL. A empresa especializada em sistemas de imagem, entre outras soluções, exibiu várias inovações. Destacam-se o sistema de radiologia VistaVox S Ceph, que capta imagens com excecional qualidade, e o software VistaSoft, simples, intuitivo e ajustado às necessidades do fluxo de trabalho digital. O também novo VistaSoft Monitor integra todos os dispositivos da prática em rede: sistemas de distribuição, unidades de higiene, soluções de imagem, etc.

David Bañuelos, DG Shape Business Development.

VITA. Os visitantes do stand que a marca alemã instalou no recinto de Colónia depararam-se com várias novidades, tais como o bloco de cerâmica híbrida Vita Enamic multicor, para dentes mais longos, ou o spray de glaseado Fluoglaze LT, com fluorescência. Outra destacada novidade da Vita foi a solução para clínica Vita Adiva, que se destina à cimentação de interfaces. Pode ser aplicada em componentes de cerâmica, zircónio e metal.

Sonia Gómara Muñoz, Managing Director para a Península Ibérica.

Rafael Cue-Baer, International Sales & Sales Director.

Jorge Vizcaíno Luque, Sales Manager Ibérica.

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ORISLINE. Esta empresa especializada em software para clínicas e laboratórios dentários apresentou na feira de Colónia as suas mais recentes soluções, em particular OrisDent Q, o software mais inovador e moderno para a gestão otimizada da clínica dentária. Trata-se de um software completamente novo, com um desenho e uma imagem modernos, com íconos mais intuitivos e detalhes gráficos aperfeiçoados. Inclui as seguintes funções avançadas: nova prescrição eletrónica, cálculo de marginalidade, cálculo de retorno sobre investimento (ROI) e novo motor.

DENTSPLY SIRONA. A marca apresentou o novo inLab Prosinter, a última geração em fornos de sinterização, que no seu novo desenho oferece segurança com um manejo muito cómodo. Herda a tecnologia para a aplicação flexível, rápida e segura na sinterização de óxido de zircónio e metal sinterizado do forno inFire HTC, e a complementa com um desenho elegante e moderno, com um guia de utilizador completamente novo, validações de material adicionais e outras opções de programa. A principal prioridade no desenvolvimento de inLab Prosinter foi a segurança ao longo do processo de sinterização, algo que se garante mediante elementos térmicos de alta qualidade e uma distribuição homogénea da temperatura na câmara do forno. Consegue-se assim um controlo preciso da temperatura durante todo o processo de sinterização e resultados de alta qualidade com uma reprodutibilidade fiável. O forno de sinterização facilita um rápido acesso a todas as funções.

NOBEL BIOCARE. A companhia convidou os profisionais dentários a unirem-se à era da Mucointegration e a integração dos tecidos a um novo nível com o lançamento das superfícies Xeal e TiUltra na IDS de Colónia (Alemanha). Baseando-se em décadas de experiência em tecnologia de anodização aplicada, a Nobel Biocare entendeu que, para uma integração otimizada das restaurações com implantes, os diferentes tecidos requerem superfícies diferentes e reimaginou as propriedades químicas e a topografia das superfícies de Xeal para pilares e TiUltra para implantes com o fim de manter a saúde e a estabilidade dos tecidos a longo prazo. As novas e revolucionárias superfícies estão disponíveis desde este mês para a base On1 e os pilares Multi-unit e para os implantes NobelActive e NobelParallel CC.

VOCO. A firma alemã exibiu no seu amplo stand alguns dos seus produtos mais inovadores. Um dos mais destacados foi a impressora 3D SolFlex, que permite ao utilizador iniciar-se facilmente na tecnologia de fabricação aditiva. Recorrendo a procedimentos combinados de digitalização, desenho e impressão 3D, é muito rápido elaborar com precisão, por exemplo, modelos para tratamentos ortodónticos. A impressora SolFlex está disponível em três tamanhos e pode utilizar-se tanto na consulta como no laboratório.

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Ronald Ordinola-Zapata experto em Endodontia e professor da Faculdade de Odontologia da Universidade de Minnesota (Estados Unidos)

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Algo que visualizo para o futuro é o auxílio da inteligência artificial nos tratamentos odontológicos

Ronald Ordinola-Zapata é uma presença assídua em congressos de Medicina Dentária nos quatro cantos do mundo (Portugal incluído), na qualidade de experto na disciplina de Endodontia. Em entrevista à MAXILLARIS, o médico dentista de nacionalidade peruana, que faz parte do quadro docente do Departamento de Endodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de Minnesota (Estados Unidos), adianta os principais (e atuais) contornos do tratamento endodôntico e enaltece o papel educativo que o endodontista deve exercer sobre o paciente. Antecipa para os próximos anos um especial protagonismo da tecnologia de ponta no contexto da prática clínica endodôntica, bem como preparos protéticos mais conservadores e um aumento do uso de implantes para pacientes edêntulos.

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Que fatores interferem diretamente no prognóstico do paciente? Assim como cada doença tem um prognóstico médico que vai depender da etapa na qual a enfermidade se encontra e do estado sistémico do paciente, podemos dizer que cada tratamento endodôntico também tem um prognóstico. Isso irá depender a longo prazo da quantidade de tecido remanescente perdido por cárie ou por fratura e da qualidade da restauração coronária realizada. Outros fatores, tais como oclusão ou predisposição a novas cáries, também devem ser levados em conta.

Quais são, na sua opinião, os aspetos determinantes para um bem sucedido tratamento endodôntico? O prognóstico do tratamento endodôntico é multifatorial. Podemos dizer que a experiência do profissional e a tecnologia são importantes e caminham de mãos dadas. É importante mencionar que milhões de dentes são salvos a cada ano graças à terapia endodôntica. A experiência do profissional é indispensável. Os endodontistas podem chegar a completar de 300 a 400 casos na especialização antes de atender pacientes no seu consultório particular. Essa experiência é significativa a curto e longo prazo, principalmente para as novas gerações de médicos dentistas. A tecnologia também desempenhou um papel fundamental, principalmente após a introdução da microscopia e da tomografia computadorizada de feixe cónico em Medicina Dentária. Tais fatores permitiram a obtenção de diagnósticos mais precisos e a realização de tratamentos cada vez menos invasivos.

Parte da função do endodontista ou do médico dentista é educar o paciente para então poder romper o ciclo da doença e do fator etiológico

Que importância atribui à formação dos profissionais que intervêm neste campo específico da Medicina Dentária para poderem ultrapassar os desafios da prática clínica diária? A formação continuada é indispensável. Porém, idealmente deve estar acompanhada da vertente clínica. O melhor curso de formação é a especialização, na qual o princípio Repetitio est mater studiorum guia o modo de ensino. Os procedimentos clínicos e diagnósticos são praticados e estudados centenas de vezes até que estejam perfeitamente absorvidos e fixados na forma de atuar do operador. Que papel deve assumir o próprio paciente no processo preventivo das complicações do foro endodôntico? A nossa função como profissionais é a de educar os nossos pacientes. O endodontista deve explicar o motivo pelo qual a polpa dentária foi afetada e também detalhar as medidas que devem ser tomadas para evitar que futuros problemas surjam nos demais dentes. Por exemplo, se a exposição cariosa é devida a uma alta ingestão de açúcares, devemos certificar-nos de que o paciente seja informado sobre os efeitos do excesso de açúcar na cavidade bucal. Se o paciente procura o profissional por conta de trauma dentário devido à prática desportiva deve ser instruído quanto ao uso de protetores bucais. O mesmo se aplica para os casos de oclusão traumática. O tratamento endodôntico pode controlar e eliminar os sintomas da doença pulpar, mas não a etiologia. Parte da função do endodontista ou do médico dentista é educar o paciente para então poder romper o ciclo da doença e do fator etiológico.

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Nos próximos anos teremos preparos protéticos mais conservadores e também se antevê um aumento no uso de implantes para pacientes edêntulos No plano científico e da investigação, que técnicas inovadoras ou fatores evolutivos se antecipam, a curto ou médio prazo, no domínio da endodontia? Definitivamente, a endodontia minimamente invasiva, que é consequência do uso da magnificação em endodontia. O objetivo é obter os mesmos resultados cortando menor quantidade de dente a fim de evitar a falha estrutural dentária. Outra tecnologia é o uso de equipamentos que ativem ultrasonicamente as soluções irrigadoras no nível da câmara pulpar. Usando essa tecnologia, o hipoclorito de sódio distribui-se de forma equitativa a todos os canais radiculares com volume e concentração constantes. No futuro, definitivamente, será possível realizar tratamentos endodônticos cortando minimamente a dentina radicular.

De um modo geral, como perspetiva a evolução da Medicina Dentária nos próximos anos (ao nível da técnica, da digitalização, etcétera)? Nos próximos anos teremos preparos protéticos mais conservadores e também se antevê um aumento no uso de implantes para pacientes edêntulos. Algo que visualizo para o futuro é o auxílio da inteligência artificial nos tratamentos odontológicos. Essa tecnologia irá ajudar os profissionais na tomada de decisão diagnóstica e no plano de tratamento. Além disso, poderá estar integrada com braços robóticos que serão capazes de ir guiando as nossas ferramentas durante os diferentes procedimentos cirúrgicos ou restauradores.

Na sua mais recente deslocação a Portugal, Ronald Ordinola-Zapata abordou o tema “Anatomia endodôntica: da pesquisa à clínica” no âmbito do programa científico do congresso anual da SPEMD, realizado em outubro passado, em Lisboa.

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Natural do Peru, Ronald Ordinola-Zapata é também editor associado do International Endodontic Journal (Reino Unido), que é considerada por muitos a revista de endodontia de maior impacto na atualidade.

Comparte a opinião de que o futuro passa pelo exercício da profissão numa óptica multidisciplinar? Qual é para si a importância deste aspeto? Concordo, sim. A prática da odontologia geral é exigente e, apesar de não ser impossível tornar-se competente em todas as diversas áreas da profissão, essa é uma tendência que provavelmente ficará em desuso. A visão multidisciplinar, onde vários especialistas intervêm, possui muitas vantagens para o paciente. Como mencionou Aristóteles, a perfeição não é um ato, é um hábito. Portanto, a perfeição vem com a repetição. Quando nós buscamos atendimento médico, preferimos que os procedimentos cirúrgicos sejam realizados por um especialista que esteja constantemente realizando o mesmo tipo de procedimento. O mesmo ocorrerá em Medicina Dentária, quando as pessoas aceitarem as vantagens do tratamento multidisciplinar. Já esteve em Portugal mais de uma vez na qualidade de orador convidado de vários congressos nacionais. Qual é a sua opinião sobre os seus colegas portugueses e sobre a Medicina Dentária em geral que se pratica neste país? A endodontia portuguesa e europeia de modo geral é de alto nível. Muitos dentistas têm acesso nos seus consultórios a diversas tecnologias, tais

como microscópios, equipamentos CAD-CAM e tomógrafos de feixe cónico (CBCT). Além disso, a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, graças ao seu Departamento de Endodontia, contribui significativamente com diversas publicações científicas de impacto, lideradas pelo doutor Jorge Martins, que elevou a produção e o ranking da universidade. O programa de Pós-Graduação em Endodontia, que é de 36 meses em tempo integral, garante à população portuguesa a formação de profissionais capazes de oferecer um atendimento especializado de qualidade.

A prática da odontologia geral é exigente e, apesar de não ser impossível tornar-se competente em todas as diversas áreas da profissão, essa é uma tendência que provavelmente ficará em desuso

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Nuno Cruz presidente da Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração (SOPIO)

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É na área da regeneração óssea que acredito que irão surgir os maiores desenvolvimentos clínicos nos próximos anos

Nuno Cruz, coordenador do Serviço de Medicina Dentária do Hospital da Luz Coimbra, preside a Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração (SOPIO) desde a sua criação, em 2016. Esta entidade científica, sem fins lucrativos, tem como principais objetivos a divulgação, o apoio e a dinamização da implantologia dentária portuguesa quer a nível nacional quer no panorama internacional. O Centro de Congressos de Aveiro vai acolher, no próximo dia 11 de maio, o III Meeting da SOPIO, que conta com um painel de palestrantes de grande nível clínico e científico, abordando temas que vão das ciências básicas aos conceitos e metodologias clínicas.

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Quais são as principais linhas de orientação da SOPIO? A Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração é uma sociedade científica jovem, edificada em três linhas de atuação principais: promover e divulgar a evolução clínica e científica da implantologia dentária e das metodologias de regeneração óssea, proporcionar formação de qualidade gratuita ou a custo simbólico aos seus associados e criar sinergias com sociedades congéneres num contexto europeu. Tanto quanto julgo saber, a SOPIO é bastante inclusiva no que diz respeito aos seus associados. Quem são afinal os profissionais abrangidos por esta sociedade científica? No nosso entender, a existência das sociedades científicas só fazem sentido se o seu foco de trabalho forem os profissionais que direta ou indiretamente estão ligados clinicamente ao objeto de estudo, independentemente de serem associados ou não.

No caso da SOPIO, a porta está sempre aberta para todos os colegas que clinicamente se encontram ligados à implantologia, à cirurgia e regeneração óssea e que queiram contribuir para o crescimento de uma sociedade científica que a todos pertence. Que pormenores pode adiantar sobre o programa do terceiro Meeting SOPIO, que vai ter lugar em maio, em Aveiro? O programa do terceiro Meeting da SOPIO apresenta um painel de palestrantes de grande nível clínico e científico, abordando temas que vão das ciências básicas aos conceitos e metodologias clínicas. Como em anos anteriores, é um programa de que muito nos orgulhamos e cujos palestrantes convidados nos honram com a sua presença. Para além do Dr. Joseph Choukroun, que dispensa apresentações, do Prof. Dr. Javier Gil Mur, reitor da Universidade Internacional da Catalunha (Espanha) e do Dr. Alfonso Caiazzo, presidente da Italian Academy of Osseointegration, temos como palestrantes portugueses dois colegas de um altíssimo nível clínico e científico e que, de alguma forma, espelham a qualidade da implantologia em Portugal. Estou naturalmente a falar dos doutores Helder Moura e Paulo Carvalho. Em que momento se encontra a implantologia sob o ponto de vista científico e terapêutico? A implantologia encontra-se em constante movimento, com avanços e recuos, sustentada por umas comunidades científica, académica e clínica fortemente motivadas e com um objetivo comum: a saúde dos pacientes. Numa altura em que o fluxo de trabalho digital se encontra em franca expansão, continuamos a debatermo-nos com problemas clássicos e diários como é o da manutenção da saúde dos tecidos periimplantares. Por outro lado, a diversidade e qualidade das ferramentas de diagnóstico e planeamento que hoje dispomos permitem-nos ter uma perceção real da necessidade de dominarmos técnicas e protocolos de regeneração óssea que, de acordo com a literatura disponível, se prevêem necessários em mais de metade das reabilitações orais com recurso a implantes dentários.

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A utilização de implantes dentários como opção terapêutica cresceu muito nos últimos anos. Na minha opinião, isso deveu-se ao aparecimento de um grande número de formações na área da implantologia Em que domínios pensa que se produzirão avanços (a curto ou médio prazo) e quais lhe parecem ser os mais determinantes: uso de células-mãe na regeneração de tecidos, biomateriais, superfícies dos implantes ou técnicas cirúrgicas? A pergunta é sobre um tema que me é particularmente querido e que envolve fundamentalmente a área da regeneração óssea. E é nesta área que acredito que irão surgir os maiores desenvolvimentos clínicos nos próximos anos, não apenas pela forte aposta da investigação dos biomateriais numa escala nanométrica, mas também na utilização dos mesmos como scaffolds e como transportadores biológicos e terapêuticos. Semanalmente são publicadas dezenas de artigos nestes campos de investigação, o que nos permite seguir muito de perto a sua evolução. Outra área sobre a qual estou convencido que iremos assistir a uma forte evolução é a da patient specific solutions, ou seja, soluções de regeneração e reabilitação planeadas e executadas de acordo com as necesidades específicas de cada paciente.

No que respeita à prática clínica, a implantologia como opção terapêutica nas clínicas dentárias parece estar generalizada. Mas, quando se trata de aplicar estes tratamentos (especialização), estará bem definido o papel que cabe aos profissionais e aos centros que prestam estes serviços? Desde que sejam cumpridas as exigências legais em vigor e exista uma direção clínica efetiva que estabeleça critérios de regulamentação interna e protocolos e que estes sejam respeitados, o bom funcionamento estará seguramente garantido. Este assunto é muito mais amplo e abrange qualquer área de tratamento específico dentro da Medicina Dentária. No passado recente, acha que se recorreu à implantologia com mais frequência do que seria aconselhável sob o ponto de vista clínico? Este problema subsiste? Efetivamente, a utilização de implantes dentários como opção terapêutica cresceu muito nos últimos anos. Na minha opinião, isso deveu-se ao aparecimento de um grande número de formações na área da implantologia, ao mesmo tempo que os pacientes começaram a estar mais informados sobre a fiabilidade e a versatilidade das reabilitações orais com recurso à utilização de implantes dentários. Estes dois fatores juntos permitiram que as clínicas tivessem capacidade de resposta ao aumento da procura por parte dos pacientes.

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À margem da presidência da SOPIO, Nuno Cruz exerce o cargo de coordenador do Serviço de Medicina Dentária do Hospital da Luz - Unidade Hospitalar de Coimbra.

Em termos gerais, considera que a implantologia que se está a oferecer nos consultórios portugueses é de boa qualidade? Que eventuais carências se evidenciam neste contexto? Embora não tenha dados concretos para responder a esta questão, estou convicto que sim. E hoje em dia não há razão para que assim não seja, embora com o crescente número de médicos dentistas e de clínicas dentárias seja difícil rastrear essa mesma qualidade. Há suficientes médicos dentistas formados em implantologia e com um nível de formação adequado? Na verdade, não temos números. É de facto muito difícil aferir quantos médicos dentistas com formação adequada se dedicam à implantologia. Para tal, primeiro teríamos que regulamentar o que se entende por formação adequada. Em seguida, quantificar quantos centros de formação estão ou são capazes de o fazer e, finalmente, contabilizar o número de formandos que recebem anualmente. Talvez no futuro, integrando uma estratégia europeia, possamos assistir a uma organização da formação pós-graduada na área da implantologia e não só.

Qual é o perfil do implantologista atual e como pensa que vai evoluir este profissional? Qual seria o mais desejável? Na minha opinião, o perfil desejável de um médico dentista que se dedique à implantologia deverá ser exatamente igual ao que se dedique a qualquer outra área da Medicina Dentária: rigoroso, focado no bem-estar do paciente e com a humildade suficiente para reconhecer a formação continua não como uma opção mas sim como uma obrigação moral e profissional.

Talvez no futuro, integrando uma estratégia europeia, possamos assistir a uma organização da formação pós-graduada na área da implantologia e não só

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Regeneração óssea guiada minimamente invasiva: técnica SMART. A propósito de dois casos clínicos

Nuno Menezes Gonçalves Médico dentista. Mestrado Integrado em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. Diploma Universitário em Periodontologia pela Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Formação Avançada em Implantologia pelo Instituto Sorriso Natural (Porto). Autor de várias publicações científicas. Participação em vários cursos de formação e congressos na área da Cirurgia e Reabilitação Oral. Membro da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes e da Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração. Prática clínica privada dirigida para a Implantologia, Reabilitação Oral e Cirurgia Periodontal. Lisboa.

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CiÊncia e prática

Além destes fatores, há que expectar uma maior morbilidade no período pós-operatório, bem como dor, edema e cicatrização demorada2,4,6.

Introdução Uma crista alveolar atrófica constitui um grande desafio para o planeamento de colocação de implantes dentários. Para o seu tratamento, existem vários métodos de regeneração óssea guiada. As abordagens mais comuns consistem em elevar um retalho de espessura total para aceder à zona afetada e inserir um biomaterial de regeneração óssea, com ou sem membrana barreira, e a expansão da crista através de distracção óssea. No entanto, sabe-se que se obtém maior previsibilidade no resultado final com recurso a técnicas minimamente invasivas. A necrose do retalho e o aparecimento de deiscências são os principais problemas da cirurgia convencional de enxerto ósseo e contribuem para a exposição do enxerto, infeções pós-operatórias e falha do aumento ósseo.

Os procedimentos minimamente invasivos oferecem o potencial de diminuir o desconforto pós-operatório, edema, complicações e morbilidade, enquanto preservam ou melhoram o perfil dos tecidos moles4. As técnicas tunelizadas usam-se correntemente no tratamento de defeitos mucogengivais. Os primeiros relatos da sua associação à regeneração óssea são de Dibart e col. (2009), em corticotomias adjuvantes a tratamento ortodôntico, e de Nevins e col. (2009), em regeneração de defeitos ósseos na zona estética da maxila3,5. Neste artigo, propõe-se a utilização da técnica SMART (Subperiosteal Minimally Invasive Aesthetic Ridge Augmentation Technique) para regeneração óssea horizontal de dois pacientes. No primeiro caso, o objetivo será apresentar uma alternativa à elevação de seio maxilar num paciente fumador com patologia inflamatória crónica sinusal. No segundo caso, será proposta para a regeneração horizontal na maxila anterior.

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Ciência e prática

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Caso clínico 1 Pelo facto de o paciente não prescindir do uso diário da prótese removível superior, deveria ser excluída a abordagem lateral em detrimento da elevação de seio com janela lateral. No entanto, a insuficiente altura de osso basal conjuntamente ao diagnóstico clínico e radiográfico de sinusite crónica levaram à decisão de seguir essa abordagem.

J.P., de 61 anos, sexo masculino. Paciente fumador, sem antecedentes médicos relevantes, excetuando sinusite crónica e rinite alérgica sazonal. Portador de prótese total superior removível e prótese parcial inferior removível. Periodontite crónica grave generalizada. Motivo da consulta: “quero colocar dentes fixos em cima e em baixo”.

Submeteu-se o paciente a toma prévia profilática de Amoxicilina 1.000 mg bi-diária dois dias antes do procedimento e a tratamento periodontal de manutenção oito dias antes.

Após exame clínico, verificou-se a necessidade de solicitar uma tomografia axial computorizada (TAC) para avaliar tridimensionalmente o osso existente. A consulta da TAC comprovou a insuficiência de volume ósseo horizontal na crista óssea alveolar maxilar e mandibular (figs. 1 a 3). Propõs-se regeneração óssea por elevação de seio bimaxilar ou abordagem lateral da crista.

Administrou-se anestesia local infiltrativa com articaína mais epinefrina. Efetuaram-se duas incisões verticais nos locais que requeriam aumento ósseo, afastadas da margem gengival (fig. 4).

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3 2 Figs. 1 a 3. Tomografia axial computorizada: cortes sagitais do primeiro e terceiro sextantes (figs. 1 e 2) e cortes frontais da maxila (fig. 3).

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Ciência e prática

Fig. 4. Desenho da incisão vertical.

Fig. 5. Preparação dos túneis subperiósteos.

Fig. 6. Adaptação da membrana de colagénio (Osteobiol Evolution) à bolsa subperióstea.

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Ciência e prática

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Com lâmina de bisturi #15C perfurou-se a gengiva, mucosa oral e periósteo até obter contacto com o osso. Com abordagem laparoscópica, elevou-se a espessura total da mucosa mantendo a integridade do periósteo. Criou-se uma bolsa subperióstea que pudesse acomodar o volume e a extensão adequados de biomaterial ósseo, fazendo sempre todos os esforços possíveis para manter a integridade do periósteo (fig. 5). Não se realizou corticotomia ou penetração intramedular. Injetou-se biomaterial ósseo de origem bovina (Osteobiol mp3) através do túnel laparoscópico, nas descargas mesiais, até atingir as áreas distais dos defeitos (fig. 7). Quando se obteve um volume adequado de material particulado, fez-se a compactação e conformação do mesmo (fig. 8). Optou-se pelo uso de uma membrana de colagénio (Osteobiol Evolution Dried Std) num dos dois locais intervencionados, colocada entre o biomaterial e o tecido mole (fig. 6). Obteve-se encerramento primário das feridas operatórias com pontos simples de sutura de nylon 5/0 (fig. 9).

Fig. 7. Injeção do xenoenxerto (Osteobiol mp3) no leito preparado.

Para minimizar o trauma protético no período de cicatrização, realizou-se um desgaste significativo do acrílico da prótese e seu rebase mole. Prescreveu-se Etoricoxib 90 mg de toma diária durante sete dias; Metamizol Magnésico 575 mg de toma em SOS; Amoxicilina 500 mg de 12 em12 horas durante seis dias, e gel de clorohexidina (2%) para aplicação local. Removeram-se as suturas 14 dias após o procedimento cirúrgico e ajustou-se novamente o acrílico da prótese superior. O paciente referiu como sintomas pós-operatórios apenas edema facial bilateral e ligeira dor no contacto da prótese superior com as suturas. Comparando os dois locais intervencionados, no primeiro sextante, onde não se usou membrana de colagénio, observaram-se algumas partículas de biomaterial junto às descargas verticais, ao passo que no terceiro sextante a cicatrização decorreu com perfeita normalidade. Isto pode indicar que será recomendável o uso de uma membrana como barreira nos procedimentos de regeneração óssea, ainda que a técnica SMART padronize que tal não seja necessário. Os tecidos moles apresentavam boa coloração e ausência de deiscências e sangramento gengival. Observou-se a manutenção do volume tecidual obtido após a colocação do biomaterial e membrana.

Fig. 8. Verificação da acomodação do biomaterial.

Fig. 9. Sutura da ferida operatória.

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Caso clínico 2 J.S., de 42 anos, sexo masculino. Paciente fumador, portador de prótese parcial removível superior. Relata acidente de viação aos 21 anos com sequelas profundas na integridade da maxila. Periodontite crónica moderada generalizada.

mucosa oral e periósteo até obter contacto com o osso. Com abordagem laparoscópica, elevou-se a espessura total da mucosa mantendo a integridade do periósteo e criou-se a bolsa subperióstea (fig. 9).

Motivo da consulta: “está na hora de arranjar a minha boca”.

Colocaram-se duas membranas de colagénio adjacentes uma à outra, seguidamente de biomaterial ósseo de origem bovina (Straumann Xenograft), através das descargas mesais do túnel até atingir os limites distais dos defeitos (figs. 10 e 11). Quando se obteve um volume adequado de material particulado, fez-se a compactação e conformação do mesmo. Obteve-se o encerramento primário das feridas operatórias com pontos simples de sutura de nylon 5/0 (fig. 12).

Após exame clínico da cavidade oral, com TAC previamente requisitada, verificou-se irregularidade nas dimensões ósseas da maxila, quer horizontal quer vertical (figs. 1 a 6). O plano de tratamento da reabilitação oral apresentado foi uma reabilitação total implantossuportada, com elevação de seio bimaxilar e regeneração óssea do segundo sextante através da técnica tunelizada. Submeteu-se o paciente previamente a tratamento periodontal e de cáries. Administrou-se anestesia local infiltrativa vestibular e lingual com articaína mais epinefrina. Efetuaram-se quatro incisões verticais vestibulares na maxila anterior, afastadas da margem gengival (figs. 7 e 8). Com lâmina de bisturi #15C perfurou-se a gengiva,

Realizou-se um desgaste significativo do acrílico da aba vestibular da prótese e o seu rebase mole. Prescreveu-se Etoricoxib 90 mg de uma toma diária durante sete dias; Paracetamol 1 g toma em SOS; Amoxicilina 500 mg de toma bi-diária durante seis dias, e gel de clorohexidina (2%) para aplicação local. Removeram-se as suturas 10 dias após o procedimento cirúrgico e ajustou-se novamente o acrílico da prótese superior.

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Figs. 1 a 4. Tomografia axial computorizada: cortes sagitais do segundo sextante.

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Figs. 5 e 6. Tomografia axial computorizada: reconstrução em 3D.

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Ciência e prática

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Fig. 7. Vista intraoral do segundo sextante.

Fig. 8. Desenho das incisões.

Fig. 9. Preparação do túnel subperiósteo.

Fig. 10. Adaptação da membrana de colagénio (Osteobiol Evolution).

Fig. 11. Colocação e adaptação do biomaterial ósseo (Straumann Xenograft).

Fig. 12. Sutura da ferida operatória.

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O paciente referiu como sintomas pós-operatórios apenas edema facial anterior. Os tecidos moles apresentavam boa coloração e ausência de deiscências e sangramento gengival. Observou-se manutenção do volume tecidual obtido após a colocação do biomaterial e membrana. Discussão Em cirurgia oral, o aumento ósseo vertical e/ou horizontal é muitas vezes necessário para estabelecer um volume ósseo adequado para a colocação de implantes dentários. Para tal, é necessário um sobre-preenchimento ósseo, visto que os biomateriais sujeitam-se a uma gradual reabsorção tanto em altura como em largura.

Ciência e prática

As complicações maiores do aumento da crista alveolar convencional são a exposição prematura da membrana, que compromete o processo regenerativo, e o aparecimento de deiscências, que podem ter impacto estético ou levar ao desenvolvimento de infeções pós-operatórias. Assim, é mandatório que haja um encerramento primário da ferida para melhorar o prognóstico. As vantagens desta técnica minimamente invasiva são: diminuta morbilidade; técnica menos sensível ao operador; não requer elevação de retalho, o que assegura melhor preservação de tecido queratinizado; melhor preenchimento ósseo, visto que se consegue assegurar o encerramento primário da ferida, e melhor estabilidade mecânica do biomaterial ósseo.

Conclusão As técnicas tradicionais de regeneração óssea incluem a elevação de um retalho e a colocação de enxerto ósseo em conjunto com dispositivos de manutenção de espaço e membranas oclusivas. Esta abordagem costuma resultar em complicações que podem aumentar a morbilidade, afetar negativamente o resultado da cirurgia e prejudicar os tecidos moles periimplantares. As técnicas tunelizadas atuais, como a que foi descrita, oferecem maior previsibilidade e melhor resultado no aumento de volume ósseo, enquanto também evitam complicações nos tecidos moles. Tem uma curva de aprendizagem mais rápida e um maior leque de aplicações, embora seja necessária uma maior minúcia cirúrgica e uso de instrumentos e materiais mais diferenciados.

Bibliografia 1. Hasson O e col. Augmentation of deficient lateral alveolar ridge using the subperiosteal tunneling dissection approach. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod, 2007; 103: e14-e19.

4. Lee E. Subperiosteal Minimally Invasive Aesthetic Ridge Augmentation Technique (SMART): a new standard for bone reconstruction of the jaws. The International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry, 2017.

2. Buser D e col. Lateral ridge augmentation using autografts and barrier membranes: a clinical study with 40 partially edentulous patients. J Oral Maxillofac Surg, 1998; 54: 420-432.

5. Nevins L e col. Minimally invasive alveolar ridge augmentation procedure (tunneling technique) using rhPDGF-BB in combination with three matrices: a case series. The International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry, 2009; 29: 371-383.

3. Urban I e col. Horizontal ridge augmentation with a collagen membrane and a combination of particulated autogenous bone and anorganic bovine bone-derived mineral: a prospective case series in 25 patients. The International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry, 2013; 33: 299-307.

6. Kim HS e col. Minimal invasive horizontal ridge augmentation using subperiosteal tunneling technique. Maxillofac Plast Reconstr Surg, 2016 Dec; 38 (1): 41.

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Técnica de socket-shield. A propósito de um caso clínico

Ricardo Maia Médico dentista. Implantologista e formador no Centro de Formação FA (Porto). Fernando Almeida Médico dentista. Phd pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (2006). Administrador da Clínica Dentária Infante Sagres, da Clínica Dentária dos Carvalhos e da Labdent - Laboratório de Prótese Dentária. Coordenador do Curso Privado em Implantologia, no Porto e Lisboa. Consultor científico de vários produtos de implantologia. Orador convidado de várias conferências nacionais e internacionais. Autor de vários artigos científicos publicados em revistas nacionais e estrangeiras. Porto.

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CiÊncia e prática

Introdução Nos dias de hoje, a técnica de socket-shield já demonstrou o potencial enorme que tem, no que diz respeito à preservação de osso alveolar, em casos que requerem a colocação de implantes imediatos. Esta preservação obtém-se devido a um princípio: manutenção do complexo periodontal, incluindo o cemento, ligamento periodontal e osso alveolar1. Esta técnica foi introduzida por Hurzeler et al em 2010, e baseia-se na manutenção de um fragmento parcial da raiz (secção vestibular) em conjunto com um implante de colocação imediata, com o objetivo de evitar

todas as alterações dos tecidos que estão inerentes após uma extração dentária1-4. A secção vestibular da raiz depois de preparada tem que manter intacta a sua relação fisiológica entre o osso, ou seja, o ligamento periodontal, a sua vascularização, cemento radicular, osso esponjoso e osso alveolar não devem sofrer alterações na sua vitalidade. Quando estas características se mantêm, a secção da raiz preparada atua como um “escudo” e previne a diminuição e remodelação dos tecidos vestibulares4,5.

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Ciência e prática

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Caso clínico Paciente do sexo masculino, de 52 anos, com fratura da coroa do dente 12 (fig. 1). Verificou-se que o dente já havia sido reabilitado com coroa com espigão de fibra de vidro. Ao exame clínico da raiz, não se detetou nenhuma fractura radicular, e à sondagem periodontal também não se vislumbrou nenhuma bolsa superior a 2 mm. Ao exame radiográfico verificou-se boa disponibilidade óssea ao redor dos dentes adjacentes e ausência de patologia periapical (fig. 2). Efetuou-se também um CBCT em que se confirmou mais uma vez a ausência de patologia apical e a presença de tábua vestibular fina (fig. 3). Procedimento clínico Seccionou-se a raíz fraturada no sentido mesio-distal ao longo do eixo da raíz com o objetivo de se obter duas metades, uma vestibular e outra palatina, seguida da extração da porção palatina o mais conservadora possível, de modo a evitar qualquer agressão na porção vestibular, nunca esquecendo que o objetivo principal é manter toda a relação fisiológica intacta entre o osso (fig. 4).

Fig. 1. Situação inicial.

De seguida colocou-se o implante de acordo com a sequência do fabricante, que neste caso foi um implante Nobel 3 x 5-16 mm Replace CC (fig. 5). Uma vez que se conseguiu uma boa estabilidade primária, optou-se por fazer uma coroa provisória aparafusada ao implante (figs. 7 e 8 ). A reabilitação final – coroa em zircónia aparafusada – efetuou-se após seis meses da colocação do implante (figs. 9 a 11).

Fig. 2. Raio X inicial.

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Fig. 3. CBCT em que se verifica presença da tábua vestibular.

Fig. 4. Situação do shield após remoção do fragmento palatino.

Fig. 5. Situação clínica após colocação de implante.

Fig. 6. Raio X após colocação de implante.

Fig. 7. Raio X com pilar provisório.

Fig. 8. Provisório imediato.

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Fig. 9. Vista oclusal do perfil de emergência após seis meses.

Fig. 10. Vista frontal em que se verifica arquitetura dos tecidos praticamente intacta.

Fig. 11. Coroa definitiva aparafusada em zircónio.

Conclusão Este caso evidencia todas as vantagens que esta técnica proporciona. A manutenção tridimensional de todos os tecidos envolventes, desde o osso a todos os tecidos moles, permanece quase intacta, o que não aconteceria caso se optasse pela extração do dente. Ainda assim é uma técnica que envolve muitos requisitos para poder utilizar-se, obrigando a uma seleção criteriosa dos casos a aplicar.

Bibliografia 1. Baumer D, Zuhr O, Rebele S, Hurzeler M. Socket-shield technique for immediate implant placement: clinical, radiographic and volumetric data after 5 years. Clin. Oral Impl. Res. 2017; 0: 1-9.

4. Mahajan T, Massey SN, Bajwa W, Sinha A, Banerjea A, Tandon P. Socket-shield technique. O Pub of Soc of Med Dent & Pub Health, 2015; 7. 5. Gluckman H, Toit JD, Salama M. The socket-shield technique to support the buccofacial tissues at immediate implant placement. Int Dent - African edition; 5:3.

2. Chen C, Pan Y. Socket-shield technique for ridge preservation: a case report. Jounal of Prosth and Impl. 2013; 2:2. 3. Hurzeler MB, Zuhr O, Schupbach P, Rebele SF, Emmanouilidis N, Fickl S. The socket-shield technique: a proof-of-principle report. J Clin Periodontol 2010; 37: 855-862.

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Esta secção é assegurada pela Sociedade Portuguesa de Medicina Dentária Digital.

João Pato Médico dentista. Pós-graduado em Ortodontia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Pós-graduado em Ortodontia Lingual pela Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Experto em Cirurgia Ortognática e Ortodontia Cirúrgica pela Universidade Internacional da Catalunha (Espanha).

Ortodontia digital: conceito recente ou nem por isso?

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Na sequência da colaboração protocolada entre a Sociedade Portuguesa de Medicina Dentária Digital (D2) e a revista Maxillaris surge esta publicação como a primeira relacionada com ortodontia (tendo a anterior sido dedicada à implantologia). E sendo que um dos objetivos da sociedade científica é clarificar o que é a Medicina Dentária Digital e, consequentemente, todas as vertentes que ela compreende parece-me que fará sentido na primeira publicação relacionada com ortodontia falar acerca do passado, presente e eventual futuro do processo digital aliado a esta especialidade.

A Medicina Dentária tem vindo progressivamente a “digitalizar-se” e a ortodontia não é exceção. Apesar do termo Medicina Dentária Digital ser cada vez mais utilizado muitas das vezes é uma questão de marketing e surge como resposta a um mercado super competitivo bem como a uma sociedade consumista, ávida de tudo o que é high-tech.

Fig. 1. Setup digital com sobreposição da localização inicial e final dos dentes – prescrição individualizada.

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Revolução Digital

mos este termo mais aos scanners intraorais, à tomografia computorizada de feixe cónico (CBCT), aos planeamentos virtuais ou às impressões 3D, por exemplo. Mas é fácil perceber, tendo em conta o que foi referido, que o mundo digital já entrou nos nossos consultórios há mais tempo do que eventualmente achamos. Uma simples radiografia realizada com um sensor, e não com película, remete-nos para esse mundo.

Na realidade a ortodontia digital já se pratica há muitos anos. Programas informáticos como os de análise cefalométrica ou tratamento de fotografia já se utilizam regularmente desde há bastante tempo e mesmo as soluções de planeamento virtual, cada vez mais promovidas pelas marcas e procuradas pelos colegas, começaram a utilizar-se para ortodontia lingual no final dos anos 80 do século passado com o doutor Didier Fillion, o qual combinou o sistema BEST (Bonding with Equal Specific Thickness) com o DALI (Dessin d’Arcs Lingual Informatise) e veio mais tarde a desenvolver um software de planeamento virtual para ortodontia lingual com arco reto, em colaboração com uma empresa coreana (Orapix). Nessa altura, não se utilizava tanto a palavra digital e, provavelmente por esse motivo, hoje em dia associa-

Fig. 2. Setup digital com individualização dos dentes para planeamento de tratamento ortodôntico (Eline System).

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Fig. 3. Planeamento de movimentos em cirurgia ortognática para confeção de férulas cirúrgicas – software 3D com integração de scanner intraoral e CBCT.

As ferramentas digitais mais recentes vieram realmente facilitar e melhorar a prática clínica. Os meios complementares de diagnóstico como o CBCT, por exemplo, possibilitam um diagnóstico mais preciso ao permitir visualizar a posição dentária e sua relação com as estruturas de suporte, nomeadamente o osso alveolar, o que por sua vez conduz a um melhor plano de tratamento. Também os moldes digitais possibilitam, entre outras coisas, o planeamento virtual (setup digital), facilitando o delinear do tratamento ortodôntico, permitem avaliar as discrepâncias dento-dentárias instantaneamente, tornam mais fácil

programar a distribuição de espaços para a reabilitação protética, permitem a confeção de alinhadores ou outro tipo de aparelhos e possibilitam a individualização de brackets. Desta forma e por tudo isto, as técnicas digitais facilitam a comunicação entre colegas (no caso dos tratamentos multidisciplinares) e entre médico e paciente (tornando mais fácil a discussão dos planos de tratamento e a aceitação dos mesmos). Além disso, também o contacto entre o ortodontista e o laboratório se tornou mais simples, fazendo surgir o work flow digital.

Fig. 4. ClinCheck Pro Invisalign.

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Na realidade umas impressões realizadas com silicone apresentam uma precisão mais do que adequada para a confeção de todo o tipo de aparelhos ortodônticos, mas é mais fácil, rápido e cómodo enviar um modelo digital (ficheiro .stl), para o “outro lado do mundo” se necessário, do que um modelo físico. Quanto a planos de tratamento o futuro próximo continuará a contemplar a ortodontia convencional com colagem direta dos brackets, no entanto a tendência é que cada vez mais o digital seja parte integrante dos tratamentos e que estes sejam totalmente customizados obtendo uma prescrição individualizada para cada dente, seja através de alinhadores, seja através de brackets com bases individualizadas (técnica lingual e vestibular).

A desvantagem das técnicas digitais está relacionada principalmente com dois aspetos que são os custos de aquisição (muito altos) de alguns aparelhos e a curva de aprendizagem que requerem, uma vez que inicialmente toma bastante tempo de consulta até que a sua utilização se torne rotinada. Isso pode constituir um problema para o médico dentista mas por vezes há que dar um passo atrás para depois dar dois à frente. E, não obstante, a técnica digital trazer muitas vantagens para a ortodontia, o mais importante na elaboração de um plano de tratamento, seja ele convencional ou virtual, é o conhecimento e respeito dos princípios biológicos dos tecidos (dentes e suas estruturas de suporte) porque nem tudo o que planeamos num computador é passível de acontecer na boca.

Fig. 5. Prescrição individualizada de brackets para ortodontia lingual após planeamento virtual.

Conclusão Em jeito de conclusão, as ferramentas digitais que temos hoje em dia ao nosso dispor são sem dúvida uma grande mais-valia, mas as duas ferramentas que foram, são e continuarão a ser as mais importantes são o conhecimento dos princípios biológicos da ortodontia e a experiência clínica.

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Quiz de Medicina Oral Demonstre os seus conhecimentos no teste da MAXILLARIS Durante mais de treze anos a edição espanhola da MAXILLARIS (e mais recentemente a portuguesa) publicou a secção “Imagens da Medicina Oral”, do médico dentista e professor catedrático espanhol Germán Esparza Gómez. Nela se descreveram uma série de casos clínicos, dando conta assim, de uma maneira simples e prática, das principais patologias desta área. Convencidos de que a prevenção é a principal ferramenta terapêutica e que a Medicina Oral deve continuar a ter o seu peso na MAXILLARIS, criámos uma nova secção que sobressai pela sua grande utilidade. Germán Esparza Gómez proporcionará todos os meses um Quiz (teste) no qual se inclui uma breve descrição de um caso e uma ou duas imagens do mesmo. Com estes dados, se lançará uma pergunta sobre um possível diagnóstico. O resultado desta pergunta publicar-se-á no mês seguinte, explicando tanto a argumentação da opção correta como a das respostas invalidadas. Para responder a esta pergunta e obter a solução correta de forma imediata, basta aceder à seguinte página eletrónica: www.maxillaris.com/quiz–pt. É um processo simples que não leva mais de um minuto. Aos participantes que obtenham os melhores resultados, a MAXILLARIS oferecerá um prémio muito especial.

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Germán Esparza Gómez Médico estomatologista. Doutorado em Medicina e Cirurgia. Professor titular de Medicina Oral no Departamento de Medicina e Cirurgia Bucofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade Complutense de Madrid (Espanha). medoral@infomed.es

Responda a esta pregunta em: www.maxillaris.com/quiz

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Perante um aspeto do dorso lingual como o da imagem, a primeira hipótese em que pensaria é: A. Uma candidíase.

B. Um líquen plano.

C. Uma intoxicação alimentar. A solução publicar-se-á no próximo número e de forma imediata no site.

D. Uma língua geográfica.

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Quiz de Medicina Oral

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Solução do Quiz no 7 (dezembro 2018)

A resposta correta é a C: Grânulos de Fordyce.

Os grânulos de Fordyce são glândulas sebáceas que se encontram localizadas na mucosa oral. No passado, consideravam-se como glândulas ectópicas, mas demonstrou-se que podem estar presentes até em 80% da população, pelo que em sentido mais estrito deveriam considerar-se como normais ou como variações anatómicas da normalidade. As localizações mais frequentes são as mucosas jugais, seguidas do bordo vermelhão do lábio superior. Diagnosticam-se facilmente pelo seu aspeto clínico e não requerem nenhum tratamento para além de informar o paciente da sua natureza.

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ponto de vista Viseu celebra no próximo mês de maio as XIV Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa

Rita Noites

Médica dentista e professora auxiliar convidada do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa. Presidente da Comissão Organizadora das XIV Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa.

No ano em que a Universidade Católica Portuguesa comemora os 18 anos do curso de Medicina Dentária, as XIV Jornadas de Medicina Dentária refletem a maturidade institucional na formação dos médicos dentistas do futuro. No sentido de fazer face aos desafios que nos são colocados diariamente pelos avanços científicos e tecnológicos e à constante necessidade de atualização de conhecimentos, os estudantes finalistas do Mestrado Integrado em Medicina Dentária prepararam um programa de conferências atual e cientificamente suportado. Este ano, a aposta da comissão organizadora das jornadas que vão decorrer em Viseu é, mais uma vez, direcionada para a dinamização de palestras ministradas por oradores de renome, com experiência em áreas especial-

mente desafiantes ou inovadoras da Medicina Dentária atual. Resta acrescentar que as jornadas deste ano estão agendadas para os próximos dias 9 a 11 de maio, e têm assegurado um programa abrangente e transversal, incluindo, para além de um vasto rol de conferências, cursos práticos hands-on. Em nome da Comissão Organizadora permitam-me que os convide para as nossas jornadas que dignificam o nome desta instituição e que serão certamente uma mais-valia para todos os participantes: estudantes, professores, investigadores e profissionais de Medicina Dentária no ativo. Sejam bem-vindos às XIV Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa. Para nós, será um prazer recebê-los!

No ano em que a Universidade Católica Portuguesa comemora os 18 anos do curso de Medicina Dentária, as XIV Jornadas de Medicina Dentária refletem a maturidade institucional na formação dos médicos dentistas do futuro

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Relatos Guilherme Minhota Médico dentista. Mestre em Medicina Dentária pelo Instituto Universitário Egas Moniz. É voluntário da Mundo A Sorrir desde 2017.

Durante a missão na Guiné-Bissau, Guilherme Minhota e a restante equipa da Mundo A Sorrir percorreu escolas de norte a sul do país e ilhas, onde se realizaram inúmeras ações de capacitação na área da saúde oral, com distribuição de escovas de dentes e pastas dentífricas, bem como a aplicação de flúor.

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A missão na Guiné-Bissau foi uma forma de desligar-me por um período e reavaliar os meus princípios Guilherme Minhota, de 25 anos, é voluntário da Mundo A Sorrir desde 2017. O médico dentista, que concluiu o Mestrado em Medicina Dentária no Instituto Universitário Egas Moniz, com sede no Monte da Caparica (Lisboa), participou em iniciativas nacionais, como os projetos “Aprender a ser saudável” e CASO (Centro de Apoio à Saúde Oral), antes de ter percorrido a Guiné-Bissau, de norte a sul, durante um período de três meses, onde realizou inúmeras ações de capacitação na área da saúde oral, tratamentos dentários e distribuiu escovas e pastas dentífricas em remotos estabelecimentos de ensino. O jovem lisboeta considera que a missão no exterior proporcionou-lhe um enorme desenvolvimento profissional e pessoal, e espera poder repetir (a curto prazo) a experiência noutras paragens africanas.

Desde pequeno que o voluntariado faz parte da minha vida tendo participado em diversos projetos, entre eles causas de apoio social, como a da Casa dos Rapazes ou o do Instituto de Surdos-Mudos da Imaculada Conceição, onde também se encontram crianças dentro do espectro autista.

ainda do projeto CASO (Centro de Apoio à Saúde Oral), em Lisboa. Já há algum tempo que tinha em mente realizar voluntariado, em contexto internacional, e surgiu a oportunidade de ir em missão por um período de três meses para a Guiné-Bissau, juntamente com uma enfermeira para prestar auxílio na vertente de saúde comunitária.

Em 2017, surgiu a oportunidade de ser voluntário da Mundo A Sorrir e apoiar causas solidárias, colocando ao dispor parte do meu tempo e conhecimentos dentro da área de Medicina Dentária. Participei no projeto “Aprender a ser saudável”, que promove hábitos de saúde oral e geral, existindo a implementação da escovagem dentária em contexto escolar e fiz parte

Durante a missão, percorremos o país de norte a sul e ilhas, onde realizámos nos estabelecimentos de ensino inúmeras ações de capacitação na área da saúde oral, com distribuição de escovas de dentes e pastas dentífricas, bem como a aplicação de flúor.

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Para complementar, realizávamos tratamentos dentários à população com mais necessidades, mas também às crianças que eram sinalizadas nas escolas, através de uma unidade portátil de atendimento médico dentário. Foi uma experiência incrível, que me proporcionou um enorme desenvolvimento profissional, permitindo adaptar-me a qualquer tipo de situação, e pessoal, por toda a aventura inerente e por estar a desenvolver um trabalho de imensa importância para o país e a sua população, tendo prestado cuidados de saúde oral em zonas remotas e de carência a pessoas que nunca antes tinham tido essa oportunidade. Foi muito gratificante ter sido tão bem recebido tanto pelos parceiros que nos ajudavam no terreno, como pelas várias comunidades guineenses por onde passávamos e permitiu-me ganhar uma nova visão deste país pelo qual se têm muitas ideias distorcidas – eu incluído – e as quais não podiam estar mais erradas. Vontade de evoluir Fomos passando por imensos sítios sempre envolvidos por uma natureza luxuriante e por um ambiente hospitaleiro e recetivo por parte das pessoas, e é notável a vontade de continuarem a evoluir, apesar de ainda terem bastantes necessidades a nível sanitário, de educação e de saúde. Ter testemunhado uma realidade tão diferente da nossa, onde a ausência de água potável e um espírito comunitário e de entreajuda tão fortes coabitam, permitiu-me observar que as pessoas e as relações que mantemos com elas, sejam amigos, familiares, colegas ou vizinhos são aquilo que temos de mais importante e que nos permitem ser felizes. Esta realidade foi especialmente importante para mim por vivermos numa sociedade cada vez mais virada para si própria e para os bens de consumo e foi uma forma de desligar-me por um período e reavaliar os meus princípios. Foi uma experiência muito recompensadora e pela qual agradeço à Mundo A Sorrir e que despertou em mim uma vontade de ajudar mais e penso em realizar, brevemente, uma nova missão em qualquer outro país africano de língua oficial portuguesa (PALOP).

A experiência “muito recompensadora” que viveu na Guiné-Bissau despertou no jovem médico dentista a vontade de participar numa nova missão de voluntariado noutro país africano de língua oficial portuguesa.

Foi muito gratificante ter sido tão bem recebido tanto pelos parceiros que nos ajudavam no terreno, como pelas várias comunidades guineenses por onde passávamos e permitiu-me ganhar uma nova visão deste país

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CIRURGIA ORAL

ENDODONTIA

Curso modular de regeneração óssea

Título de experto em endodontia

No âmbito do calendário de formação contínua que a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) definiu para este ano, está a decorrer no Porto um curso modular de regeneração óssea. Eis os próximos módulos do programa: • 2. Procedimentos clínicos (João Caramês); 15 deste mês. • 3. Regeneração óssea guiada: os princípios, a clínica e as complicações (Manuel Neves); 6 de maio. O programa abrange uma sessão hands-on sobre L-PRF, no dia 25 de maio, orientada por Ernesto Tocantins, Francisco Brandão de Brito, Manuel Francisco e Patrícia Almeida Santos.

A CEOdont prepara uma nova edição deste curso orientado por Juan Manuel Liñares Sixto e dirigido a todos os pós-graduados que queiram iniciar-se ou aperfeiçoar-se no mundo da endodontia. O programa consta dos seguintes módulos: • 1. Abertura cameral e preparação de condutos; de 3 a 5 de outubro. • 2. Instrumentação mecânica; de 14 a 16 de novembro. • 3. Obturação de condutos radiculares, de 12 a 14 de dezembro. • 4. Restauração após a endodontia; de 30 de janeiro a 1 de fevereiro de 2020. • 5. Retratamento e endodontia cirúrgica; de 27 a 29 de fevereiro de 2020.

226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

IMPLANTOLOGIA

ESTÉTICA DENTÁRIA Título de experto em estética dentária

III Meeting da SOPIO celebra-se em Aveiro

A CEOdont celebra em Madrid (Espanha) uma nova edição do curso de experto em estética dentária, que se iniciou no passado mês de janeiro. Eis os próximos módulos deste programa formativo: • 4. Periodontia clínica na prática geral; 7 e 8 de junho. • 5. Cirurgia plástica periodontal; 5 e 6 de julho. • 6. Cirurgia mucogengival e estética; 13 e 14 de setembro. • 7. Restauração com compósitos I; de 17 a 19 de outubro. • 8. Restauração com compósitos II, de 21 a 23 de novembro. • 9. Curso teórico-prático em Nova Iorque (EUA); de 17 a 21 de junho.

O Centro de Congressos de Aveiro vai acolher, no próximo dia 11 de maio, o III Meeting da Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração (SOPIO), com um painel de palestrantes nacionais e estrangeiros de grande nível clínico e científico, que abordarão temas que vão das ciências básicas aos conceitos e metodologias clínicas. Para além dos convidados estrangeiros Joseph Choukroun, Javier Gil Mur e Alfonso Caiazzo, integram o programa alguns oradores portugueses de alto nível clínico e científico e que, de alguma forma, espelham a qualidade da implantologia em Portugal. Helder Moura e Paulo Carvalho são exemplos disso. www.sopio.pt

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

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IMPLANTOLOGIA

IMPLANTOLOGIA Novos cursos na área da implantologia

Título de experto em cirurgia e prótese sobre implantes

Eckermann, em colaboração com Aula Dental, prepara em Espanha uma nova edição do curso de implantologia geral, uma oportunidade para a iniciação do profissional na implantologia dentária, que vai decorrer de 19 a 22 de novembro. Os profissionais que já estão familiarizados com o tema e pretendem aperfeiçoar certas técnicas cirúrgicas, como a elevação de seio, poderão frequentar o curso de implantologia avançada, agendado para os dias 22 a 25 de outubro. Durante esta formação os alunos aprenderão a planear casos através da visualização de TACs-3D, selecionar o tipo de implante e a técnica adequada a cada situação com a vantagem de desenvolver todas as práticas sobre pacientes reais sob a supervisão e guia de um profissional.

A CEOdont celebra em Madrid (Espanha) uma nova edição desta formação, orientada por Mariano Sanz Alonso, José de Rábago Vega e Guillermo Pradíes, cujo objetivo é oferecer ao médico dentista generalista uma série de cursos estruturados, de modo a poder obter uma formação tanto teórica como clínica, que lhe permita familiarizar-se na área da implantologia . Eis os próximos módulos do programa: • 2. Diagnóstico e plano de tratamento; de 23 a 25 de maio. • 3. Cirurgia sobre implantes; de 13 a 15 de junho. • 4. Curso de enxerto ósseo e elevação de seio; de 11 a 13 de julho. • 5. As novas tecnologias digitais em implantologia; de 19 a 21 de setembro.

www.eckermann.es

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

IMPLANTOLOGIA

ORTODONTIA

Congresso internacional Galimplant

Pós-graduação de ortodontia

A Galimplant celebrará com todos os seus clientes um novo congresso internacional nos dias 27 e 28 de setembro, na histórica cidade espanhola de Santiago de Compostela. De acordo com a empresa, este encontro, subordinado ao lema “Continuemos a somar juntos”, juntará os mais importantes profissionais do universo dentário oriundos de todos os cantos do mundo. Todos e cada um deles realizarão a composição de um único e exclusivo programa de conferências, que abordará os mais destacados temas da atualidade do setor. O congresso oferecerá a possibilidade de alcançar uma perspetiva científica atual num ambiente familiar e festivo.

A ORTOCERVERA prepara a 89a edição da sua pós-graduação em ortodontia funcional, aparatologia fixa estética e alinhadores, orientada por Alberto Cervera. Esta formação vai decorrer entre os dias 26 e 28 do próximo mês de setembro, em Madrid (Espanha). Esta especialização está estruturada em quatro áreas formativas, designadamente protocolo de diagnóstico e tratamento, estudos de síndromes clínicos, práticas em tipodontos com brackets estéticos Camaleão e práticas clínicas tutorizadas.

www.galimplant.com

(0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

ORTODONTIA Curso de certificação no sistema Orthocaps O curso “Certificação Orthocaps”, organizado pela Dentina em colaboração com a Orthocaps, realiza-se nos próximos dias 17 e 18 de maio no Porto e em Lisboa, respetivamente, sob a orientação do fundador da Orthocaps, Wajeeh Khan. Trata-se de um sistema de alinhadores duplo indicado para cerca de 90% das maloclusões. É o único sistema que abrange dois tipos de alinhadores para cada etapa de tratamento, que diferem um do outro, tanto na sua composição como na força de pressão que exercem. Este sistema de alinhadores poderá ser utilizado por crianças, adolescentes e adultos e possibilita a conjugação com ortodontia lingual em casos mais complexos.

Curso de Assistentes de Clínica Dentária A clínica dentária Real Biuti aposta na formação profissional para assistentes dentários, desenvolvendo cursos lecionados por especialistas na área da Medicina Dentária. A Real Biuti disponibiliza aos seus formandos, da teoria à prática e em regime laboral ou pós-laboral (part-time e full-time), todas as ferramentas e conhecimentos necessários para o exercício confiante das suas funções. Início do próximo curso: dia 22 de abril. Telf: 912 118 035 - biuti.learningcenter@gmail.com http://learningcenter.realbiuti.com

210 317 700 - 228 303 844 - dentina@dentina.pt

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DESTAQUE

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Lisboa organiza em setembro congresso da EAO

EAO 2019 Centro de Congressos de Lisboa www.eao.org

O congresso anual da European Association of Osseointegration (EAO) vai decorrer nos dias 26 a 28 de setembro próximo, em Lisboa, sob o lema “A ponte para o futuro”. O programa científico do maior encontro europeu centrado na temática da osteointegração contará com o contributo de especialistas dos quatro cantos do mundo. O congresso é presidido pelos médicos dentistas e professores catedráticos Gil Alcoforado (presidente) e Susana Noronha (vice-presidente). O Brasil será o país convidado da edição lisboeta da cimeira da EAO, que terá como cenário o Centro de Congressos de Lisboa. A MAXILLARIS associa-se a este destacado evento do calendário internacional da área da Medicina Dentária, na qualidade de Media Partner.

VÁRIOS

ORTODONTIA Formação Ortocervera em parceria com Campus Clinic

Curso de fotografia em Medicina Dentária

A ORTOCERVERA, liderada por Alberto Cervera e Isabel Cervera, tem o intutito de divulgar de forma presencial a sua formação em Portugal, rea- A partir da esquerda, Isabel Cervera, Alberto Cervera e Rui Monterroso. lizando uma parceria com o centro de excelência no norte de Portugal, Campus Clinic, liderado por Rui Monterroso. A formação destina-se aos antigos alunos e profissionais interessados na ortodontia que pretendem atualizar a sua prática com avanços neste domínio. O programa consta dos seguintes módulos: • 1. Tratamento da classe II e diagnóstico 3D, de 27 a 29 de maio. • 2. Ortodontia multidisciplinar, estética e alinhadores, de 2 a 4 dezembro.

No âmbito do seu calendário anual de formação contínua, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) programou para os próximos dias 24 e 25 de maio um curso de fotografia em Medicina Dentária. Esta formação vai decorrer no espaço físico da OMD no Funchal, sob a orientação do médico dentista Bruno Seabra, com licenciatura e mestrado pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. Exerce a sua prática clínica em reabilitação oral e é formador na área da imagiologia, fotografia geral e fotografia em Medicina Dentária. 226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

(0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

VÁRIOS Eckermann organiza congresso em Alicante Eckermann prepara um novo congresso que se realizará em Alicante (Espanha), nos dias 4 e 5 de outubro deste ano. A marca escolheu esta cidade por ser a sede geográfica das suas instalações desde há mais de 20 anos. O Palácio de Congressos de Alicante será o cenário deste evento dedicado à área digital sob o título “O universo digital: como nos está a mudar”, que contará com um programa científico no qual participarão clínicos de renome a nível mundial. Esta iniciativa destina-se a todo o setor: médicos dentistas, higienistas orais, protésicos e assistentes dentários. www.eckermann.es

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VÁRIOS

Curso de formação em fibrina autóloga

Formação para assistentes dentário

A CESPU celebra no próximo mês de junho, no Campus Académico de Vila Nova de Famalicão, um curso subordinado ao tema da fibrina autóloga e a sua aplicação em Medicina Dentária. O objetivo desta formação é compreender os princípios biológicos sobre a fibrina autóloga, selecionar os casos adequados e o planeamento para a sua aplicação clínica, compreender as técnicas cirúrgicas e de preparação da fibrina autóloga, bem como gerir complicações e cuidados pós-operatórios. Este curso destina-se a licenciados ou mestres em Medicina Dentária e licenciados em Medicina especialistas em Estomatologia.

Ao abrigo do calendário do Centro de Formação Contínua da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), vai ter lugar no próximo dia 18 de maio, em Braga, um curso para assistentes dentários, subordinado aos temas: dentisteria, endodontia e odontopediatria. Esta formação tem como orientadora Ana Sofia Coelho, mestre em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP) e pós-graduada em Dentisteria Operatória e Estética pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC). É também pós-graduada em Odontopediatria (Barcelona, Espanha) e doutorada pela FMDUP.

www.cespu.pt

226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

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Coimbra celebra este mês reunião de Medicina Dentária

Plano de formação contínua SPDOF

A XXVIII reunião de Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra (RAMDEC) realiza-se nos dias 12 e 13 deste mês no Convento de São Francisco, em Coimbra. Espera-se a presença de conferencistas nacionais e estrangeiros que impõem a excelência, permitindo apresentar um programa científico atual e pertinente, que a organização pretende estender a toda a comunidade da saúde oral da região centro. O programa da RAMDEC complementa-se com vários cursos teóricos e teórico-práticos pré-congresso (dias 10 e 11 deste mês).

A Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SPDOF) estreou um plano de formação contínua, que se prolonga até novembro próximo, com o seguinte programa e calendário: • Comunicação em dor, terapia cognitivo-comportamental e mindfulness; 25 de maio (Lisboa). • Ozonoterapia no contexto da dor orofacial e da patologia da ATM; 5 de outubro (Lisboa). • Workshop de cafaleias: da teoria à prática; 30 de novembro (Porto).

http://www.uc.pt/fmuc/ramdec

DESTAQUE

#MXDAY celebra-se em Madrid e Lisboa

MAXILLARIS - D2 Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa www.maxillaris.com/mxday

geral@spdof.pt - www.spdof.pt

A MAXILLARIS, em colaboração com a Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica e Estética (SEPES) e a Sociedade Portuguesa de Medicina Dentária Digital (D2), organiza nos próximos dias 14 de junho, em Madrid (Espanha), e 6 de setembro, nas instalações da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, uma jornada dedicada à integração digital na clínica: #MXDayDigital. Nesta jornada, os participantes vão ter a oportunidade de conhecer as inovações mais marcantes e as experiências dos especialistas do setor. Além disso, poderão realizar interessantes práticas, já que o programa inclui a realização de workshops no período da manhã, ao passo que durante a tarde realizar-se-ão conferências dinâmicas com uma série de oradores.

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VÁRIOS 28o congresso da OMD vai ter lugar em Lisboa

SPEMD realiza no Porto congresso do centenário

O 28o congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) está marcado para os dias 14 a 16 do próximo mês de novembro, em Lisboa. Eis os conferencistas estrangeiros que já confirmaram a sua presença no programa da cimeira de 2019: Homa H. Zadeh, José María Suárez, Oswaldo Scopin, Mariano Sanz, Leonardo Trombeli, Luca Cordaro, Fernando Borba Araújo, Giovanni Lodi, Pasquale Venuti, Juan Carlos Pérez Varela, Juliana Ramacciato e Antonis Chaniotis.

A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai celebrar no Porto, nos dias 18 e 19 do próximo mês de outubro, o seu 39o congresso, que coincide com as celebrações do centenário da sociedade científica, deixando antever um programa especial. Esta edição vai decorrer no Seminário de Vilar, o que representa um regresso a uma casa que a SPEMD tão bem conhece, pois organizou nesse local vários congressos na década de 90 e no início do novo milénio.

www.omd.pt

www.spemd.pt

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Viseu prepara XIV Jornadas de Medicina Dentária

Dentsply Sirona World Madrid 2019

As XIV Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa, em Viseu, realizam-se nos próximos dias 9 a 11 de maio com um programa abrangente e transversal às diferentes áreas da Medicina Dentária e incluem, para além do programa principal, cursos práticos hands-on. A necessidade de atualizar conhecimentos, permitindo fazer face aos desafios que são colocados pelos avanços científicos e tecnológicos, motivam os estudantes finalistas desta instituição de ensino a prepararem, todos os anos, um programa científico de elevada qualidade.

A Dentsply Sirona levará a cabo nos dias 28 e 29 de junho, em Madrid (Espanha), um encontro chave para a comunidade da Medicina Dentária da Península Ibérica, que incluirá conferências de primeiro nível, workshops, networking e atividades sociais com um único propósito: promover uma prática profissional mais segura, mais rápida e de maior qualidade. Conferencistas internacionais, líderes nas suas especialidades, participarão no Dentsply Sirona World Madrid para partilharem os avanços que experimentaram na sua prática graças à odontologia digital. Durante o encontro também se proporcionarão sessões formativas com a tecnologia mais inovadora.

www.crb.ucp.pt

www.dentsplysirona.com

VÁRIOS Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS A ORTOCERVERA organiza este curso personalizado, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS (conceitos básicos e definições), protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado e “a la carta”. (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

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maio 119o American Association of Orthodontists AAO Los Angeles Convention Center (EUA) www.aaoinfo.org/meetings Congresso SELO Sociedade Espanhola de Laser e Fototerapia em Odontologia Burgos (Espanha) www.selo.org.es

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III Meeting SOPIO Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração Centro de Congressos de Aveiro www.sopio.pt

11

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XXXIII Jornadas de Medicina Oral Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa Lisboa www.fmd.ulisboa.pt

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13

Congresso SEPA’19 Sociedade Espanhola de Periodontia e Osteointegração Centro de Eventos. Feira de Valência (Espanha) www.sepa2019.es

abril AAE Annual Meeting American Associations of Endodontists Palais des congrès de Montréal (Canadá) www.aae.org XXVIII Reunião Anual de Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra Área de Medicina Dentária - Universidade de Coimbra Coimbra www.uc.pt/fmuc/ramdec III Congresso Anual da ALDATMD Associação Lusófona de Assistentes e Técnicos de Medicina Dentária Lisboa geral@aldatmd.pt

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junho 65o Congresso SEDO Sociedade Espanhola de Ortodontia e Ortopedia Dentofacial Palácio de Congressos de Granada (Espanha) www.sedo.es #MXDAYSEPESDigital MAXILLARIS e Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica e Estética (SEPES) COEM. Madrid (Espanha) www.maxillaris.com/mxday

5 8 14

15 17

setembro +

World Dental Congress (ADA – FDI) American Dental Association e FDI Moscone Center San Francisco (EUA) www.world-dental-congress.org

+

#MXDAYDigital MAXILLARIS e Sociedade Portuguesa de Medicina Dentária Digital (D2) Universidade de Lisboa portugal@maxillaris.com

19 21

EAO 2019 European Association of Osseointegration Centro de Congressos de Lisboa www.eao.org/page/FutureCongresses

26 28

outubro

agosto ICOI World Congress 2019 The International Congress of Oral Implantologists New York Marriott Marquis (EUA) www.icoi.org

CED-IADR/NOF CED-IADR Hotel Meliá Castilla - Madrid (Espanha) www.ced-iadr.eu/madrid-2019

Congresso Mundial de Estética Dentária IFED-SEPES Palácio de Congressos de Catalunha (Barcelona) www.sepes-ifed2019.sepes.org

10 12

XXXIX Congresso SPEMD Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária Porto www.spemd.pt

18 19

novembro 4 8

40o Congresso AEDE Associação Espanhola de Endodontia Valência (Espanha) www.aede.info

28o Congresso OMD Ordem dos Médicos Dentistas Lisboa www.omd.pt

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Novidades

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Novidades

VisCalor bulk, compósito para restauração em bloco

Novo scanner intraoral 3Shape Trios 4 www.3shape.com

937 083 146 – p.vilela@voco.com

A 3Shape, marca especializada em soluções de escaneado 3D e software CAD-CAM, exibiu-se no último salão dentário IDS, que decorreu no recinto de feiras de Colónia (Alemanha) no passado mês de março, com uma novidade na categoria de escaneado. Trata-se do scanner intraoral 3Shape Trios 4, que estará disponível no mercado ibérico a partir do próximo mês de junho. O novo 3Shape Trios 4 apresenta uma tecnologia de escaneado com inteligência artificial (AI), que permite, a título de exemplo, a deteção de cáries em superficie e no espaço interproximal.

O inovador compósito VisCalor bulk, da VOCO, combina para os tratamentos de obturações as vantagens dos compósitos fluidos e as dos materiais condensáveis (composite bonded to flow). VisCalor bulk é o primeiro material de restauração com tecnologia termoviscosa, desenhado especificamente para ser aquecido. Mediante o aquecimento extraoral é possível introdudir o compósito na cavidade num estado inicialmente fluido, mas em questão de segundos a sua consistência altera-se e torna-se moldável. O VisCalor bulk está disponível em quatro tons (A1, A2, A3 e universal) e cobre todos os campos de aplicação para as obturações das classes I, II e V.

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Novidades

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Lâmpada de polimerização SmartLite Pro

IPS e.max ZirCAD Prime, zircónio de alta resistência www.dentsplysirona.com

www.ivoclarvivadent.com

A Dentsply Sirona anuncia o lançamento da lâmpada de polimerização modular SmartLite Pro, que combina um impressionante desenho estilo caneta com as vantagens de uma peça de mão ligeira e bem equilibrada. As pontas giratórias de 360º e a cabeça de pequeno tamanho garantem um fácil acesso clínico. A ótica de vanguarda com 4 LED de alto rendimento e a ampla área de polimerização de 10 mm proporcionam uma qualidade líder para resultados clínicos fiáveis. A SmartLite Pro vem com uma base de carga de desenho moderno com um radiómetro incorporado e espaço para pontas adicionais. Inclui duas baterias de conexão rápida para uma disponibilidade constante.

A Ivoclar Vivadent lançou uma série de produtos, por ocasião da última edição do salão dentário IDS 2019, que se realizou nos passados dias 12 a 16 de março em Colónia (Alemanha), entre os quais se destacou o material de alta resistência e estética em zircónio IPS e.max ZirCAD Prime. O revolucionário material assegura uma qualidade e estética excecionais e, ao mesmo tempo, otimiza a eficiência e a rentabilidade dos laboratórios dentários: como solução de um só disco, IPS e.max ZirCAD Prime é adequado para todas as indicações, desde coroas individuais até pontes de 14 unidades. Isto é possível graças a Gradient Technology, a nova e exclusiva técnica de fabricação. Neste passo, a matéria prima de alta resistência 3Y-TZP e a matéria prima altamente translúcida 5Y-TZP combinam-se de uma maneira muito especial.

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Indústria

Dentsply Sirona potencia o papel da mulher na Medicina Dentária

Eckermann estreia imagem com um pacote exclusivo

De acordo com os objetivos do Dia Internacional da Mulher, que se celebrou no passado dia 8 de março sob o tema “Balance for better” (equilíbrio para melhor), o programa de impulso global da Dentsply Sirona é uma força essencial para promover os interesses das mulheres do setor dentário. A empresa oferece diversos programas excelentes adaptados às necessidades das médicas dentistas, higienistas orais e técnicas dentárias de todo o mundo. Com estes programas pioneiros, pretende-se desenvolver as suas capacidades de liderança, acelerar o seu desenvolvimento profissional e estabelecer relações entre profissionais com ideias afins.

Com o fim de facilitar ao utilizador da marca a experiência com o produto, a Eckermann desenhou um novo formato de packaging Novo packaging com as cores da Eckermann. para os seus clientes. A sua apresentação externa exibe um desenho mais minimalista com as cores corporativas (azul e branco), em que o protagonista será a indicação do produto que contém, tipo de implante, medidas, etc. No seu interior encontra-se uma dupla embalagem estéril, totalmente transparente, na qual o utilizador poderá identificar o diâmetro do implante dependendo da cor da cesta em que o mesmo se apoia. Uma das novas vantagens é que o implante mantém-se totalmente imóvel para um melhor uso da chave transportadora.

Dentsply Sirona apoia mulheres do setor.

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Composi-Tight 3D Fusion premiado por The Dental Advisor

DGSHAPE com participação muito ativa na IDS 2019

O produto Composi-Tight 3D Fusion, da Garrison Dental Solutions, foi galardoado com o prémio Top Sectional Matrix de 2019 pela organização norte-americana The Dental Advisor. Desenhado para reduzir o tempo do procedimento e melhorar os resultados das restaurações de compósito da clase II, o produto foi reconhecido como um passo importante na tecnologia das matrizes seccionais. “Estamos encantados de que os nossos esforços coletivos tenham conseguido que o sistema de matrizes seccionais número um do mundo seja reconhecido por uma organização tão prestigiada como é The Dental Advisor”, declarou Troy Allan, diretor de Desenvolvmento de Produto e Engenharia da Garrison. “A inclusão dos comentários de uma ampla variedade de clínicos de todo o mundo, definitivamente, converteu o 3D Fusion num vencedor”, concluiu o dirigente da empresa.

Com demonstrações ao vivo dos dispositivos de fresagem a seco e em húmido, 11 seminários apresentados por sete líderes de opinião reconhecidos e um evento de celebração de alto nível com centenas de convidados, o stand da DGSHAPE foi de novo um destino de visita obrigatória no recente salão IDS em Colónia (Alemanha). Os visitantes ficaram impressionados com a facilidade de uso, a compatibilidade entre materiais e a capacidade de produção autónoma dos dispositivos DGSHAPE. Stand da DGSHAPE na feira de Colónia.

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Indústria

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Ethisphere Institute renova voto de confiança na Henry Schein A Henry Schein, um dos maiores distribuidores de produtos e serviços para médicos dentistas e profissionais da medicina, foi reconhecida pelo oitavo ano consecutivo pelo Ethisphere Institute, líder mundial na definição e desenvolvimento de standards de práticas comerciais éticas, como una das companhias mais éticas do mundo. O Ethisphere reconheceu este ano 128 entidades de 21 países e 50 setores como exemplo de empresas que atuam como força motriz para melhorar comunidades, criar mão de obra capacitada e fomentar culturas corporativas centradas na ética e com um forte sentido de propósito. A Henry Schein foi a única empresa da sua área a receber esta distinção. www.henryschein.pt

Ravagnani Dental fornece ao exército unidade móvel de radiologia

Regras de publicação dos artigos científicos: • Os artigos não podem ter sido editados em outra publicação (nesse caso, precisamos de autorização expressa dessa publicação). • O texto deve ser enviado em formato word. • O conteúdo não deve ser publicitário (não admitimos comparações entre produtos nem trabalhos destinados a exaltar as características de marcas comerciais), ainda que possam constar nomes de produtos ou aparelhos utilizados no decorrer do trabalho. • O artigo deve estar estruturado, no mínimo, em: introdução, desenvolvimento, conclusões e bibliografia. • A bibliografia deverá ser organizada respeitando a ordem em que for apresentada no texto (quando a ela se faça referência) ou por ordem alfabética, e indicada da seguinte maneira: Silverman E, Cohen M. The Twenty minute full strip up. J Clin Orthod. 1976; 10: 764. • Fotografias em formato jpg ou tif, escaneadas a 300 pixéis por polegada, com dimensões mínimas de 9 cm de largura. Pelo menos uma das imagens do artigo (página de introdução) deve ter um tamanho mínimo de 20 x 26 cm. • Foto do primeiro autor (meio corpo). • Nome, apelidos e titulação de todos os autores, assim como um breve currículo de todos eles (formação principal e prática habitual). • E-mail do autor, ao qual enviaremos pdf com o resultado final para revisão antes da publicação. Nota: após receção do artigo, este será enviado à nossa Comissão Científica para aprovação.

A Ravagnani Dental, em parceria com a Oralclean, cumpriu o desafio de instalar a primeira unidade móvel de radiologia 3D CBCT do exército português. Este equipamento tem como principais características no modo 2D: exame ao peito (PA/AP/lateral), laringologia, cabeça (PA/AP/lateral e waters), pescoço e carpo. A nível 3D, conta com o mais recente avanço na aquisição de tomografia computorizada (CBCT) e tem disponíveis os seguintes protocolos dedicados: otologia e implantes cocleares, neurologia e osso temporal, rinologia e cirurgia sinusal e otorrinolaringologia pediátrica.

Unidade móvel de radiologia 3D CBCT.

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Ivoclar Vivadent cresce em 2018 e prepara-se para nova etapa A Ivoclar Vivadent finalizou 2018 com vendas totais de 810 milhões de francos suíços, superando em 1,3 milhões o fecho do ano anterior. As vendas de produtos clínicos cresceram cerca de 5%, lideradas pelas restaurações direDiego Gabathuler assumirá em julho direção geral da Ivoclar Vivadent. tas (4%) e os cimentos (8%). A empresa prepara-se para o futuro sob uma nova liderança, já que, a partir de julho, Diego Gabathuler assumirá o cargo de diretor geral. A companhia, com sede no Liechtenstein, apostará em soluções inovadoras para o cuidado bucodental e a odontologia estética, com especial atenção na odontologia preventiva. Prevê também ampliar as suas instalações tanto na sua sede central como no seu centro de Ellwangen (Alemanha). www.ivoclarvivadent.es

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