MAXILLARIS Dezembro 2016

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Boas Festas! Publicidade

Crónica EFP centra o seu plano estratégico em três conceitos: globalização, profissionalização e consciencialização

Especial OMD 25o congresso da Ordem dos Médicos Dentistas atraiu à Exponor mais de 12.000 visitantes

Falamos com... André Mariz de Almeida, Tiago Oliveira e Ricardo Santos, coorganizadores dos meetings internacionais da SPDOF Mariano Sanz Alonso, Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra


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Sumario dic.PT_Maquetación 1 30/11/16 15:12 Página 3

Destaques

dezembro 2016

Especial Congresso da OMD

Ciência e prática

Ana Almeida 25º congresso da Ordem dos Médicos Dentistas atraiu à Exponor mais de 12.000 visitantes.

Bastonário assinala que os tempos são de mudança.

Reabilitação ortodôntica de paciente disfuncional.

Falamos com...

Nuno Menezes Gonçalves Implantes unitários pós-extracionais na zona estética com regeneração óssea e tecidular e carga imediata (a propósito de um caso clínico).

André Mariz de Almeida, Tiago Oliveira e Ricardo Santos, coorganizadores dos meetings internacionais da Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial.

Mariano Sanz Alonso,

Ponto de vista

Imagens da medicina oral

Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra.

Helena Rebelo,

Germán Esparza Gómez

presidente da Comissão Organizadora da Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes.

Herpes labial recorrente.

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Sumário

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Crónica 10

Recurso ao cheque-dentista acima dos 80% nos primeiros nove meses do ano.

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EFP centra o seu plano estratégico em três conceitos: globalização, profissionalização e consciencialização.

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Especial Congresso da OMD 18

25º congresso da Ordem dos Médicos Dentistas atraiu à Exponor mais de 12.000 visitantes.

Falamos com… 24

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Imagens da medicina oral 67

André Mariz de Almeida, Tiago Oliveira e Ricardo Santos, coorganizadores dos meetings internacionais da Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial: “A SPDOF pretende implementar um programa de formação diferenciado e alargado a vários pontos do território nacional”. Mariano Sanz Alonso, Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra: “Portugal demonstrou largamente como se devem realizar processos complexos com seriedade”.

Helena Rebelo, presidente da Comissão Organizadora da Reunião Anual da SPPI: “A evolução científica como guia da clínica moderna”.

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Agenda de cursos para os profissionais.

Congressos e reuniões 76

Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

Novidades da indústria 78

Produtos e equipamentos.

Página empresarial

Ciência e prática 44

Germán Esparza Gómez: “Herpes labial recorrente”.

Calendário de cursos

Ponto de vista 40

Nuno Menezes de Oliveira: “Implantes unitários pós-extracionais na zona estética com regeneração óssea e tecidular e carga imediata (a propósito de um caso clínico)”.

Ana Almeida: “Reabilitação ortodôntica de paciente disfuncional”.

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Notícias de empresas.

A MAXILLARIS® é uma marca registada a nível europeu pelo Departamento de Harmonização do Mercado Interior Europeu de Marcas e Desenhos com o Nº 003098449. Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: Maria João Miranda. comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.

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MAXILLARIS DEZEMBRO 2016

Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Bilhoto. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Susana Noronha.

Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 €, resto 80 €. ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 de 9/6 art 12º nº 1ª

Tiragem: 6.500 exemplares

Consultor para a América Latina: Pérsio Mariani. REDAÇÃO: Rua Francisco Sanches, 122, 2º 1170-144 Lisboa. Tel./Fax: 218 874 085.

• Periodicidade mensal. • MAXILLARIS não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores. • Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito de CYAN EDITORES.


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EDITORIAL

Editorial

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MAXILLARIS DEZEMBRO 2016

Um ano inspirador Após uma “mão cheia” de anos marcados por sérias dificuldades inerentes à crise económica-financeira, por uma acentuada crispação política e alguma turbulência social, este 2016 (que agora finda) pode não ser ainda o ano da grande retoma, mas deixa boas recordações e sobretudo motivos acrescidos para encarar os tempos que se avizinham com mais esperança e convicção na capacidade de superação face aos desígnios que o país enfrenta. Os sinais que apontam para a chegada de um novo e bem-aventurado ciclo aplicam-se a múltiplos quadrantes da sociedade portuguesa: do desporto à política, da economia à diplomacia, passando pelo empreendedorismo e, no caso concreto da Medicina Dentária, por alguns passos inovadores e auspiciosos (que mais adiante se recordam). No plano desportivo, a conquista do primeiro campeonato europeu de futebol foi, sem dúvida, o feito mais destacado (ao qual se poderia acrescentar o título continental de hóquei em patins) e quiçá aquele que melhor demonstrou aos portugueses que os resultados de excelência são atingíveis quando se trabalha verdadeiramente em equipa, com espírito de sacrifício e plena concentração. No espectro político, a “boa vizinhança” entre os partidos que sustentam o governo e a (renovada) Presidência da República reintroduziu na sociedade portuguesa uma sã convivência institucional – inversa à conflitualidade que marcou o período anterior – e lançou uma etapa de cooperação “pela positiva” aliada a uma oportuna sintonia em matéria de objetivos estratégicos nacionais. Esta união de esforços foi decisiva, aliás, para a maior conquista da diplomacia lusa: a eleição de António Guterres como secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). É já no início de janeiro que o ex-primeiro ministro assumirá a liderança do prestigiado cargo internacional. O balanço positivo do ano estende-se ainda a setores da economia como o turismo, que voltou a crescer, e as novas tecnologias, com a recente realização da Web Summit que juntou em Lisboa mais de 55 mil gestores e representantes da comunidade tecnológica, oriundos de 165 países. Resta acrescentar que 2016 registou igualmente avanços fundamentais para a Medicina Dentária portuguesa, nomeadamente a implementação das novas especialidades de cirurgia oral, de odontopediatria e de periodontologia, um processo inspirador e passível de vir a servir de exemplo para outros países europeus. Outro passo importante (e recente) foi o arranque do projeto-piloto que assinala a presença de médicos dentistas, de higienistas e de assistentes orais em centros de saúde e unidades de saúde familiar. A fase experimental incide, para já, na região de Lisboa e no Alentejo, num total de 11 unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Numa altura em que a profissão enfrenta grandes desafios, em particular no plano das oportunidades de trabalho, a previsível inclusão definitiva da classe médico-dentária na rede de cuidados de saúde primários do SNS não deixa de ser um bom presságio para os próximos tempos. Espera-se que em 2017 se repita este período de bonança e de bons auspícios e, acima de tudo, de renovada prosperidade. Estes são também os votos da MAXILLARIS a todos os seus leitores e anunciantes nesta quadra festiva de Natal e Ano Novo!


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Índice de anunciantes

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BioConcept . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Biotech Dental Portugal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 BTI. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Congresso COEM Madrid 2017 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Dentsply Sirona. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Douromed . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42, 43, 70 e 71 Euro Technew . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 Exceldent. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Exocad. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Exomed . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 FDI World Dental Congress Madrid 2017 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Henry Schein. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 e 17 IDS 2017 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Instituto Casan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Ivoclar Vivadent. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 e 84 KLOCKNER . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 e 33

Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com Coordenadora de projetos: Marta Esquinas marta.esquinas@maxillaris.com Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com Serviços Administrativos: Inmaculada Barrio. administracion@maxillaris.com REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45 Fax: (0034) 917 25 01 80

Ledosa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Edição online espanhola: www.maxillaris.com

OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Oral-B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 Procoven . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Ravagnani Dental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 e 23 Sineldent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

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Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Blas Noguerol Rodríguez. Emilio Serena Rincón. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chémez. Rafael Martín-Granizo López.


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Crónica

Cronica dic PT_Maquetación 1 30/11/16 09:11 Página 10

Recurso ao cheque-dentista acima dos 80% nos primeiros nove meses do ano Entre janeiro e final de setembro deste ano, mais de 227 mil pessoas utilizaram o cheque-dentista, o que representa uma taxa de utilização de 83%, valor superior aos 76% verificados no ano passado. Dos mais de 385 mil cheques-dentista emitidos este ano já foram utilizados perto de 320 mil. A taxa de utilização mais alta (92%) regista-se no grupo das crianças de sete, 10 e 13 anos. Nos primeiros nove meses do ano, mais de 121 mil crianças com as referidas idades tiveram acesso ao programa, tendo sido realizadas mais de 222 mil consultas. As crianças que aos 13 anos beneficiaram do programa, e apenas estas, têm a possibilidade de voltar a utilizar cheques-dentista aos 16 e aos 18 anos. É um alargamento recente e limitado que faz com que as taxas de utilização nestes dois grupos sejam inferiores à média dos outros grupos. Nos jovens com 16 anos, cujo alargamento começou há dois anos, a taxa de utilização está nos 38%, tendo ainda assim já sido utilizados mais de oito mil cheques-dentista. Já para os jovens com 18 anos, o programa começou a ser implementado este ano, tendo sido utilizados 726 cheques-dentista para uma taxa de utilização de 43%. Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), explica que no caso dos jovens de 16 e 18 anos “há ainda outra condicionante, que é o facto de, em ambos os grupos, os cheques terem de ser emitidos pelos centros de saúde, a pedido do interessado ou por iniciativa do médico de família, e como este alargamento do programa a estes dois grupos etários tem sido pouco divulgado, ainda são poucos os utilizadores”.

com os anos anteriores e à semelhança do que se regista no caso dos idosos (81%) e dos portadores de VIH/Sida (81%). Orlando Monteiro da Silva destaca ainda os resultados disponibilizados pela Direção Geral da Saúde sobre o Programa de Intervenção Precoce do Cancro Oral (PIPCO), que arrancou há menos de dois anos: “Entre 1 de março de 2014 e 31 de agosto de 2016 detetaram-se 78 casos de cancro oral e 109 lesões potencialmente malignas que foram encaminhadas pelos médicos de família para os hospitais de referência dos doentes. Estamos a contabilizar apenas doentes detetados através deste programa. Até ao final do ano, conta-se chegar aos cinco mil rastreios de cancro oral e mais de três mil biópsias. É de sublinhar que aos utentes com biópsias com resultado positivo será efetuada a pesquisa de HPV, o vírus do papiloma humano”. Desde o seu início em 2008, o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral, em que está inserido o cheque-dentista, já beneficiou dois milhões e meio de utentes. Mais de 4.400 médicos dentistas aderiram a este programa numa rede que cobre todo o país, havendo ainda 240 profissionais da área da Medicina Dentária na sub-rede para diagnóstico de cancro oral que também funciona em todo o território nacional. No início do próximo ano, a Direção-Geral da Saúde prevê realizar uma auditoria ao programa, componente essencial para assegurar que está a ser cumprido e atinge os objetivos propostos.

O bastonário da OMD salienta ainda “a faixa etária dos seis anos, que também apresenta uma taxa de utilização baixa, de 56%, mas neste caso é apenas porque há cheques que são emitidos pelos médicos de família para intervenções que não fazem parte do programa, e assim não podem ser usados. No terreno, esta faixa etária está a utilizar o cheque-dentista normalmente e dentro do expectável”. A taxa de utilização das grávidas está nos 81%, para mais de 60 mil cheques-dentista utilizados, em linha

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A taxa de utilização mais elevada, na ordem dos 92%, regista-se no grupo das crianças de sete, 10 e 13 anos.


Crónica

Cronica dic PT_Maquetación 1 30/11/16 09:11 Página 11

OMD debate evolução da saúde oral na Madeira com representante do governo regional Uma delegação da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), liderada pelo bastonário, Orlando Monteiro da Silva, e pelo representante da Madeira no Conselho Diretivo da OMD, Gil Fernandes Alves, reuniu com o secretário regional da Saúde da Madeira, João Faria Nunes, para discutir a evolução da saúde oral na ilha.

“Com a implementação do programa, os médicos dentistas podem, além da seleção dos casos a enviar para o hospital, iniciar os procedimentos de diagnóstico e assim evitar que o paciente esteja à espera da biópsia sem qualquer tratamento”, acrescentou o mesmo dirigente da OMD.

“Em primeiro lugar, destaco a abordagem pragmática da secretaria regional da Saúde sobre as opções seguidas em matéria de saúde oral, através de uma abordagem centrada no interesse dos utentes e não em aspetos ideológicos ou partidários”, referiu Gil Fernandes Alves, após o encontro com João Faria Nunes, que decorreu no passado dia 18 de novembro, na sede deste organismo madeirense.

No final da reunião, o governante madeirense assegurou que o programa é para avançar e a OMD comprometeu-se a enviar à Secretaria Regional da Saúde toda a informação sobre o PIPCO.

O programa “Madeira a sorrir”, relançado em outubro, e a implementação do Programa de Intervenção Precoce no Cancro Oral (PIPCO) na região foram os temas centrais da reunião.

Quanto ao PIPCO, a OMD mostrou os resultados que está a ter no continente, “que são muito bons”, e defendeu a sua execução nos mesmos moldes, ao invés da adaptação do atual programa às especificidades da região.

Orlando Monteiro da Silva salientou a “ambição da Medicina Dentária na Região A partir da esquerda, Alexandra Abreu Gomes, Miguel Stringer, Autónoma da Madeira, lide- João Faria Nunes, Orlando Monteiro da Silva e Gil Fernandes Alves. rada por Gil Fernandes Alves, consubstanciada nos projetos em curso”, nomeadamente a convenção entre o governo regional e os médicos dentistas, que assegura a comparticipação aos utentes do Serviço Regional de Saúde, a integração de médicos dentistas em meio hospitalar e em alguns centros de saúde, a proposta de criar um PIPCO na Madeira e a decisão de consultar a OMD no âmbito do novo programa “Madeira a sorrir”.

“Gostava de reiterar o nosso empenho em desenvolver na região o PIPCO. Chamámos a atenção do secretário regional de Saúde para a necessidade de implementar o programa de raiz e não adaptações deste”, defendeu Gil Fernandes Alves.

No encontro participaram ainda Alexandra Abreu Gomes, representante da Região Autónoma da Madeira no Centro de Formação Contínua da OMD, e o chefe de gabinete do secretário regional da Saúde, Miguel Stringer.

No caso do Programa Regional de Saúde Oral, João Faria Nunes comprometeu-se a remeter o projeto para análise da Ordem dos Médicos Dentistas, que poderá assim apresentar as suas propostas ao programa.

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Crónica

Cronica dic PT_Maquetación 1 30/11/16 09:11 Página 12

EFP centra o seu plano estratégico em três conceitos: globalização, profissionalização e consciencialização Os membros do comité executivo da Federação Europeia de Periodontologia (EFP, na sigla em inglês) reuniram-se durante os dias 28 e 29 de outubro, em Lisboa, para debater o novo plano estratégico da organização, entre outros temas. O plano proposto para o período 2017-2021 baseia-se no atual e prossegue com o lema “a saúde periodontal de uma vida melhor”. Segundo o presidente da EFP, o médico dentista espanhol Juan Blanco Carrión, a nova estratégia resume-se em três conceitos fundamentais: globalização, profissionalização e consciencialização. Dito de outro modo, “a transmissão do conhecimento periodontal a todo o mundo, a necessidade de profissionalizar uma organização que cresceu muito nos últimos 25 anos e a consciencialização das pessoas, não apenas no plano profissional mas também no âmbito institucional e social”, esclareceu à MAXILLARIS Juan Blanco Carrión. Neste contexto, o mesmo dirigente destacou que a EFP conta com 29 sociedades científicas que têm diferentes níveis de participação, “e é muito importante, sob o ponto de vista político, gerir esta situação. Neste sentido, fizemos um estudo descritivo de todas as sociedades para avaliar a capacidade que tem cada uma delas no sentido de criar atividade ou desenvolver possíveis projetos”. Por seu lado, Iain Chapple, secretário geral da federação, assinalou que na reunião de Lisboa “a EFP refletiu sobre a maneira de manter todas as nossas sociedades comprometidas, assim como em consonância com o nosso plano estratégico, e começámos a definir o nosso perfil operativo para os próximos quatro anos". Este novo plano estratégico será aprovado na próxima assembleia geral da organização, que vai ter lugar em abril, em Santiago de Compostela (Espanha). Durante o encontro do comité executivo, que se celebra de seis em seis meses, abordaram-se ou tros assuntos, como os crescentes contactos institucionais da EFP com outras entidades, como a Organização Mundial da Saúde e a Federação Internacional de Diabetes.

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Os membros do comité executivo da EFP durante a reunião que decorreu em Lisboa.

Também se efetuou uma atualização sobre os avanços da campanha para o reconhecimento da periodontologia como especialidade da Medicina Dentária na União Europeia. Além disso, aprofundaram-se os preparativos dos próximos encontros da organização, tais como o Máster Clínico EFP 2017, que se realizará em Malta no próximo mês de março; o Dia Europeu de Periodontologia, que terá lugar em maio, e o congresso EuroPerio9, que se celebrará em Amesterdão (Holanda) en junho de 2018. O médico dentista turco Korkud Demirel, presidente da comissão organizadora do Máster Clínico EFP 2017, adiantou à MAXILLARIS, em Lisboa, que espera uma “grande adesão à reunião de Malta”, subordinada ao tema “Periimplantite: da etiologia ao tratamento”. Este encontro vai decorrer no Centro de Conferências do Mediterrâneo em La Valetta (Malta) nos próximos dias 3 e 4 de março.

Juan Blanco Carrión, presidente da EFP.

Korkud Demirel, presidente da comissão organizadora do Máster Clínico EFP 2017, que vai ter lugar em Malta.


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Crónica

Cronica dic PT_Maquetación 1 30/11/16 09:11 Página 14

OMD promove sessões de esclarecimento sobre o programa de prescrição eletrónica médica Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), com o apoio da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), promoveram uma série de ações por todo o país sobre o programa de prescrição de receitas desmaterializadas. As regras de prescrição e dispensa de medicamentos entraram em vigor a 1 de setembro e são aplicáveis a médicos dentistas que prescrevam eletronicamente e não aos que se enquadram nas exceções que possibilitam a prescrição por via manual. Desde essa data, o programa de prescrição eletrónica médica (PEM) encontra-se disponível para os profissionais da área da saúde. No sentido de responder às várias dúvidas e dar a conhecer todas as funcionalidades introduzidas nesta versão da aplicação PEM, realizaram-se uma série de jornadas de esclarecimento em vários pontos do país. De 31 de outubro a 17 de novembro organizaram-se sessões no 25º congresso anual da OMD, no Porto, bem como nas cidades de Lisboa, Coimbra e Funchal. Foram muitos os médicos dentistas que participaram nestes eventos, durante os quais receberam formação sobre o programa de emissão de receitas desmaterializadas e puderam participar de forma ativa, colocando as suas questões. A primeira sessão, que decorreu no Porto, contou com a presença do presidente dos SPMS, Henrique Martins, e do bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, que também participou na última sessão, no Funchal. As sessões de esclarecimento fo ram ministradas por Celina Costa, dos SPMS, em colaboração, em duas delas, por António Alexandre, também dos SPMS. Em cinco destas sessões, a OMD esteve representada por Paulo Ribeiro de Me lo, presidente do Conselho Geral da OMD. Os médicos dentistas prescritores, associados da OMD, poderão desde já começar a utilizar a prescrição eletrónica em ambiente de exercício profissional privado. Os SPMS disponibilizam no seu site o formulário de registo que os associados devem preencher para que possam solicitar o acesso: http://spms.min-saude.pt/product/pem/.

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Coimbra foi uma das cidades abrangidas pelas sessões de esclarecimento sobre o novo programa de prescrição eletrónica médica (PEM), disponível para os profissionais de Medicina Dentária.

Após receberem a validação do registo como utilizadores da PEM, por parte dos SPMS, os prescritores que desejem utilizar a aplicação deverão verificar que o posto de trabalho se encontra de acordo com os requisitos elencados no documento “Guia para a utilização da PEM”. Complementarmente, poderão consultar os documentos “Manual de instalação middleware para autenticação na PEM através de smart card”, “Documento de apoio à instalação e FAQ’s prescrição eletrónica médica” e “Manual do utilizador da PEM”. Após a confirmação de que o posto de trabalho cumpre os requisitos referidos, os profissionais poderão aceder à PEM através do site do Ministério da Saúde. Os utilizadores podem ter acesso às funcionalidades que encontrarão no decorrer da gestão da aplicação consultando o “Manual do utilizador da PEM”, podendo este ser usado como meio de esclarecimento de dúvidas futuras. Os SPMS disponibilizam também um serviço de apoio técnico à aplicação PEM (24 horas por dia e sete dias por semana) através do seu centro de suporte. Qualquer dúvida ou questão deverá ser encaminhada para este serviço de apoio técnico.


Cronica dic PT_Maquetación 1 30/11/16 15:13 Página 15

O canoísta português Fernando Pimenta, atual campeão europeu em K1 1.000 e 5.000, decidiu aderir à criopreservação das células da polpa dentária, um serviço exclusivo disponibilizado em Portugal pelo banco privado de criopreservação Future Health Biobank, criado em 2002. A extração do dente efetuou-se em Ponte de Lima, de onde é natural o canoísta. “O processo de extração do dente é muito simples e realizado numa ida normal ao dentista. Numa profissão com o nível de exigência que a minha tem, é mais uma forma de sentir-me protegido”, refere Fernando Pimenta, acrescentando que também pesou na sua decisão “o facto das células poderem ser utilizadas por mim ou por qualquer membro da família mais direta”. A criopreservação das células da polpa dentária, com base na extração dos dentes de leite ou definitivos saudáveis, assume-se como uma segunda oportunidade nos casos em que não se realizou a recolha das células estaminais na altura do parto. A criopreservação das células, que podem ajudar a tratar

Crónica

Canoísta Fernando Pimenta adere à criopreservação das células da polpa dentária doenças como a diabetes e doenças cardíacas, fica disponível para utilização durante um período de 25 anos. Além disso, estas células poderão ainda ser utilizadas na intervenção em doenças do foro neurológico, e como coadjuvantes num processo de transplante ao diminuir a reação de rejeição ao enxerto. A extração da polpa do dente é um processo não invasivo e pode ser realizado naturalmente ou durante o período de troca dos dentes da criança - entre os cinco e os 12 anos - ou no momento da extração de um dente do siso. Estas células estão protegidas pela estrutura dos dentes, de todas as formas de stress e a sua recolha não tem implicações éticas, uma vez que o destino dos dentes seria o lixo.

Fernando Pimenta marca presença assídua nas principais provas mundiais de canoagem.

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Henry Schein_Maquetación 1 29/11/16 17:19 Página 1

Henry Schein Portugal anuncia um leque de novas soluções para 2017

Empresa reuniu-se, durante a última edição da Expo-Dentária, com os representantes da imprensa especializada no setor.

A Henry Schein Portugal marcou (novamente) presença no recente congresso da Ordem Dos Médicos Dentistas (OMD), que se realizou nas instalações da Exponor (Porto) entre os passados dias 10 e 12 de novembro. A empresa apresentou-se na Expo-Dentária com um amplo stand, onde exibiu todas as novidades em tecnologia e serviços para 2017.

A Henry Schein apresentou-se com um amplo stand na última edição da Expo-Dentária, no âmbito do 25º Congresso Anual da Ordem dos Médicos Dentistas.

A partir da esquerda, Steven Dennis, diretor de marketing, e Juan M. Molina, diretor geral da Henry Schein em Portugal e Espanha, durante o encontro com a imprensa especializada no setor.

A Henry Schein antecipou no certame da indústria dentária uma série de inovações destinadas aos profissionais da saúde oral.

Juan M. Molina explicou detalhadamente, aos representantes dos órgãos de comunicação social, as últimas soluções da empresa.

Durante uma visita guiada aos representantes dos órgãos de comunicação social especializados no setor dentário – entre os quais se incluiu a MAXILLARIS –, o diretor geral da empresa em Portugal e Espanha, Juan M. Molina, apresentou pormenorizadamente as novas soluções que irá oferecer aos seus clientes no próximo ano, entre os quais se destaca o projeto “Business Solutions”, em resposta às necessidades dos profissionais da área da Medicina Dentária. Trata-se de um conceito de soluções integrais de valor acrescentado que ajudam a melhorar a eficiência da clínica ou do laboratório para oferecer ao paciente uma atenção de qualidade. Entre outros serviços, destacam-se a consultadoria, a formação, o marketing digital, o software de gestão e a conceção de clínicas, juntamente com o ProService – especializado em novas tecnologias – e os Financial Services, uma modalidade de financiamento à medida para facilitar o acesso aos serviços e produtos tecnológicos de alto valor acrescentado. Segundo Juan M. Molina, “reunimos todas estas ofertas para a gestão com êxito da clínica ou do laboratório e para ajudar o profissional a desenvolver o seu projeto da forma mais fácil possível”.

Entre outras inovações, também será tratado o desenvolvimento da plataforma Henry Schein ConnectDental. A empresa apresenta novos componentes desta solução estratégica completa que se concentra na digitalização odontológica e no fluxo de trabalho digital ótimo entre a clínica do dentista e o laboratório. Desde o arranque da ConnectDental, a Henry Schein já integrou vários produtos e serviços adicionais sob este “chapéu de chuva”, que ajudam os profissionais a navegar através da odontologia digital, a melhorar a eficiência da consulta e do laboratório e, portanto, a melhorar a experiência para o paciente. A equipa de especialistas da Henry Schein levará a cabo algumas demonstrações de informação sobre as melhores práticas nos sistemas de captura digital CAD-CAM, as radiografias digitais, as impressoras 3D e a higiene, assim como sobre os sistemas laser, confirmando a liderança da empresa no portefólio tão heterogéneo que apresenta ao mercado.

“Dá-me uma enorme satisfação poder apresentar todas estas novidades este ano, neste evento tão importante para o setor que é a Expo-Dentária e, deste modo, ajudar os profissionais de clínicas e laboratórios a desenvolverem os seus projetos com êxito, para oferecerem ao paciente uma atenção de qualidade, ponto central absoluto de todo o processo”, afirmou na mesma ocasião Juan M. Molina, revelando que a empresa que dirige voltou a renovar o acordo de patrocínio e cooperação com a OMD e, assim, “o nosso compromisso com a melhoria da divulgação da informação e da tecnologia digital instalada em Portugal”.

Neste segundo encontro com os representantes das diversas publicações do setor, em direto a partir do stand da Henry Schein, Juan M. Molina foi acompanhado por Steven Dennis e María Dolores Ruiz, diretor de marketing e responsável pela área de comunicação da empresa, respetivamente. A imprensa especializada teve assim a oportunidade de conhecer, em primeira mão, todas as inovações expostas ao público profissional e de aprofundar melhor a proposta da Henry Schein quanto ao futuro da Medicina Dentária em Portugal.


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Especial congresso da OMD

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MAXILLARIS participou no encontro como patrocinador científico

25º congresso da Ordem dos Médicos Dentistas atraiu à Exponor mais de 12.000 visitantes A 25ª edição da cimeira anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) atraiu às instalações da Exponor (Porto), entre os dias 10 e 12 de novembro, mais de 12.000 profissionais do setor, entre congressistas e visitantes da Expo-Dentária. Ao longo dos três dias, debateram-se os principais temas clínico-profissionais do setor e exibiram-se as últimas novidades da indústria. Este ano, o congresso celebrou as suas bodas de prata com um programa comemorativo, que incluiu uma retrospetiva das edições anteriores e um registo dos momentos mais destacados da OMD. Além de um vasto programa científico, com apresentações sobre os principais avanços da Medicina Dentária, o congresso dedicou um espaço ao debate das questões relacionadas com a prática profissional. Assim, na primeira jornada teve lugar uma sessão centrada na “Regulação da Medicina Dentária: reconhecimento de qualificações profissionais”, que juntou os presidentes das entidades que representam o setor em Portugal, Espanha e França: Orlando Monteiro da Silva, Óscar Castro Reino e Gilbert Bouteille, respetivamente, bem como o presidente do Conselho Europeu de Dentistas (CED), Marco Landi, e Gerhard Seeberger, dirigente da Federação Dentária Internacional (FDI), entre outros. As conferências científicas contaram com a colaboração de mais de 70 oradores portugueses e três dezenas de estrangeiros, destacando-se as intervenções de Waldemar Polido, Federico Ferraris, Paulo Kano, Nigel Pitts, Walter Devoto e Mitsushiro Tsukiboshi.

Ana Mano Azul e Pedro Trancoso Ferreira, presidentes da comissão organizadora do congresso de 2017 e da última edição do encontro anual da OMD, respetivamente, durante a sua visita ao stand da MAXILLARIS.

Na primeira jornada realizou-se uma sessão dedicada à regulação da Medicina Dentária, que juntou os presidentes das entidades que representam o setor em Portugal, Espanha e França, entre outros dirigentes da profissão a nível internacional.

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Especial congresso da OMD

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A conferência de Germán Esparza Gómez despertou grande interesse entre os congressistas.

A vizinha Espanha esteve representada por Domingo Martín, Eva Berroeta, Javier Gil Mur e Germán Esparza Gómez. Este último proferiu, com o apoio da MAXILLARIS (como pa trocinador científico do congresso), uma concorrida conferência de cirurgia oral dedicada à temática “Atitude do médico dentista face ao pré-cancro e ao cancro oral precoce”. A sessão decorreu ao início da manhã da jornada inaugural (dia 10) e despertou grande interesse entre os muitos assistentes que marcaram presença no auditório B da Exponor. O especialista em medicina oral e professor titular da Universidade Complutense de Madrid, repassou as principais desordens potencialmente malignas (leucoplasia, eritroplasia, eritroleucoplasia, líquen plano e queilite actínica) e as suas formas de apresentação, assim como o cancro oral nas suas fases mais precoces, enfatizando o papel do médico dentista para o seu diagnóstico e tratamento. O orador espanhol contou com a colaboração dos médicos dentistas António Mano Azul e Otília Adelina Pereira Lopes, ambos na qualidade de moderadores do debate que se seguiu.

Um momento da conferência de Germán Esparza Gómez.

Paralelamente ao congresso, o tradicional certame da indústria dentária (Expo-Dentária), instalado numa área de exposição de cerca de 8.000 metros quadrados, apresentou aos milhares de visitantes as últimas novidades em matéria de produtos e serviços. Esta edição da Expo-Dentária contou com a presença de 111 empresas, na sua maioria portuguesas, mas também oriundas de países como Espanha, Itália, Suíça, Alemanha, Polónia, Brasil e Reino Unido.

A Expo-Dentária contou com a presença de mais de uma centena de empresas.

Pedro Ferreira Trancoso, presidente da comissão organizadora do 25º congresso anual da OMD, observou à MAXILLARIS que “os resultados desta edição demonstram o vigor da Medicina Dentária nacional”, sublinhando em particular “a presença no evento dos nomes maiores da profissão a nível nacional e estrangeiro”. Destacou ainda o aumento da área de exposição da Expo-Dentária, concluindo que “conseguimos registar um crescimento do número de congressistas e do número de entradas na Expo-Dentária nos três dias”.

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Especial congresso da OMD

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A 26ª edição do congresso da OMD vai decorrer de 16 a 18 de novembro do próximo ano, em Lisboa, e conta com Ana Mano Azul como presidente da comissão organizadora. A médica dentista considera que a experiência que tem na organização de outros eventos no contexto da Medicina Dentária “será um importante trunfo para a gestão de um congresso com este nível de exigência”. Ana Mano Azul constata que o encontro anual da OMD “já atingiu um patamar de excelência”, pelo que a sua equipa tratará de assegurar a mesma receita, “ainda que possam sempre ser introduzidas algumas melhorias e inovações”, conclui. Stand da MAXILLARIS na Expo-Dentária.

MAXILLARIS assina com o Consejo General de Dentistas um duplo acordo para a promoção do World Dental Congress (FDI), em Portugal e Espanha A MAXILLARIS teve uma presença ativa na última reunião da OMD. Além do patrocínio da conferência sobre medicina oral que proferiu Germán Esparza Gómez no âmbito do programa científico, esta publicação participou na Expo-Dentária (stand 65-66), onde repartiu exemplares da última edição portuguesa e ofereceu novas assinaturas da revista aos visitantes do certame. Durante os três dias do congresso, a MAXILLARIS recebeu a visita de muitos clientes, colaboradores e destacados dirigentes do setor dentário nacional. Além disso, deslocou-se ao stand desta publicação o presidente do Consejo General de Dentistas da vizinha Espanha, Óscar Castro Reino, que assinou junto a Miguel Ángel Cañizares, diretor da revista, um duplo acordo de colaboração para a difusão do World Dental Congress Madrid 2017, da Federação Dentária Internacional (FDI). Por um lado, firmou-se a colaboração com a MAXILLARIS Es panha para realizar a melhor difusão do certame entre os profissionais espanhóis, a partir de agora e até à realização do encontro, e, por outro, acordou-se que a MAXILLARIS Portugal assumirá, desde já, o papel de media partner do World Dental Congress para o mercado português. Deste modo, os profissionais portugueses poderão disfrutar, no seu idioma e através de uma revista totalmente portuguesa, da informação relativa ao congresso e das condições precisas para assistir ao mesmo. Em suma, a MAXILLARIS oferece ao Consejo General de Dentistas, como organizador do certame, todo o seu apoio e de forma integral através das suas duas publicações.

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Óscar Castro Reino (à esquerda), presidente do Consejo General de Dentistas de Espanha, e Miguel Ángel Cañizares, diretor da revista MAXILLARIS, durante a assinatura dos dois acordos para a difusão do World Dental Congress através da MAXILLARIS Portugal e MAXILLARIS Espanha.


Especial congresso da OMD

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Bastonário assinala que os tempos são de mudança e apela a um elevado sentido de ética, de responsabilidade e de verdade A intervenção do bastonário da OMD na sessão solene de abertura, que decorreu ao final da manhã da segunda jornada do congresso, iniciou-se ao som do recém-laureado com o prémio Nobel da Literatura. “Já em 1963, ano em que nasci, Bob Dylan referia no refrão da canção que se viria a tornar um verdadeiro hino: os tempos estão a mudar...”, constatou Orlando Monteiro da Silva, perante um auditório repleto de representantes da classe e na presença do secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Araújo, entre outros destacados convidados. “Vivemos atualmente uma época de profundas alterações, introduzidas essencialmente pela globalização em curso, pelo aparecimento da internet e das novas tecnologias da comunicação e informação”, prosseguiu o bastonário, para quem “o refrão de Bob Dylan é, assim, mais atual do que nunca, talvez como o próprio nunca teria imaginado quando o escreveu há mais de 50 anos”. O máximo representante da classe dos médicos dentistas observou que as profissões qualificadas, de resto, não têm escapado a esta realidade. “As diversas entidades reguladoras na área da saúde em Portugal “têm tido muita dificuldade em coordenar-se, por forma a estabelecer normas de regulação integradas, compatíveis entre si e que protejam o interesse global. Melhor regulação em suma”.

OMD exemplar na regulação O bastonário recordou, a propósito, que as ordens profissionais “não detêm per si os poderes de intervenção em diversas áreas regulatórias”, sublinhando, porém, que a OMD “é exemplar na regulação dos aspetos da profissão que de si apenas dependem. É também uma referência amplamente reconhecida na articulação com outras entidades reguladoras em matérias de corregulação transversal”. Na sua opinião, “agora, é fundamental que as restantes entidades reguladoras estejam também à altura das suas responsabilidades, com impacto na Medicina Dentária e que apenas a elas foram atribuídas”. Disse ainda que nos tempos exaltantes que se vivem “é mais importante que nunca que os médicos dentistas estejam animados de um elevado sentido de ética, de responsabilidade e de verdade”.

Orlando Monteiro da Silva durante a sua intervenção na sessão de abertura do congresso.

Por outro lado, lembrou que “num tempo também diferente, há 25 anos, nascia o congresso da OMD”, na mesma altura em que aparecia o primeiro website público na internet. “O congresso da Ordem é uma estória de sucesso, de progressão, de superação, de alegria, de resiliência, de qualidade, de envolvimento da profissão e dos médicos dentistas”, sublinhou, motivo pelo qual “estamos todos de parabéns pela vigésima quinta edição”. Na intervenção que dirigiu aos congressistas, o secretário de Estado Adjunto da Saúde recordou “o bem sucedido trabalho” desenvolvido ao abrigo do programa nacional de promoção da saúde oral, que já abrangeu 2,5 milhões de utentes, sem deixar de reconhecer que “ainda há um longo caminho a percorrer” neste domínio. Fernando Araújo destacou que o projeto-piloto de inclusão dos profissionais de Medicina Dentária no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que está em marcha em 13 centros e unidades de saúde, “constitui mais um passo com vista a assegurar os cuidados de saúde oral a todos os portugueses”. O governante considerou que “embora haja muito a melhorar, o mais importante é que a porta foi aberta”, concluindo que o SNS “está a mudar a vida de muitos utentes”.

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FALamos coM... André Mariz de Almeida, Tiago Oliveira e Ricardo Santos coorganizadores dos meetings internacionais da Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SPDOF) que se celebram nos próximos meses de março (no Porto) e outubro (no Algarve)

A SPDOF pretende implementar um programa de formação diferenciado e alargado a vários pontos do território nacional MAXILLARIS DEZEMBRO 2016

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Falamos com... Desde que foi criada, em janeiro de 2015, a Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SPDOF) já celebrou dois congressos anuais (em Coimbra e Lisboa) que atraíram largas centenas de profissionais dos mais diversos quadrantes do setor da saúde. Em 2017, o calendário da organização assume um novo perfil, mais vocacionado para a formação diferenciada e alargada a outros pontos do país. O tradicional congresso da SPDOF dará, assim, lugar a dois meetings internacionais, agendados para os próximos meses de março (Porto) e outubro (Algarve). O médico dentista André Mariz de Almeida, o fisioterapeuta Tiago Oliveira e o terapeuta da fala Ricardo Santos antecipam à MAXILLARIS – como coorganizadores desta inédita iniciativa – os contornos das duas reuniões científicas e explicam as razões desta aposta na descentralização da sociedade científica à qual todos pertencem na qualidade de sócios-fundadores.

Quais são os motivos que levaram a SPDOF a adoptar um novo formato (meeting day) para as suas cimeiras? Esta opção substitui definitivamente o congresso anual ou trata-se de uma mera decisão pontual para 2017? Tiago Oliveira. A SPDOF nasceu formalmente em janeiro de 2015, e desde então já fez dois congressos de grande dimensão, para além de ter lançado dois livros e de ter organizado outros eventos de menor dimensão. Em 2017, pretendemos implementar um programa de formação diferenciado e alargado a vários pontos do território nacional, e desta forma surgem os dois meetings no lugar do congresso anual. É de salientar o facto de que haverá ao longo do ano, em vários pontos do país, conferências e programas formativos para distintos profissionais com diferentes níveis de diferenciação. Em 2018, retomaremos o nosso congresso anual. Depois disso, a experiência e o percurso acumulado o dirão.

A partir da esquerda, André Mariz de Almeida, presidente da organização do meeting do Algarve, e Tiago Oliveira e Ricardo Santos, coorganizadores do meeting do Porto. Estas reuniões científicas vão decorrer nos dias 25 de março e 7 de outubro de 2017, respetivamente.

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Este encontro científico vai decorrer, em dois momentos diferentes do ano, no Porto e no Algarve. Como justifica esta opção pela descentralização do evento? André Mariz de Almeida. São dois eventos com temas distintos, embora igualmente interessantes para todos, uma vez que é essencial a abordagem multidisciplinar da disfunção temporo-


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Falamos com... André Mariz de Almeida: Temos a certeza que a adesão será grande e iremos tentar receber todos os interessados. As nossas expectativas são as melhores e trabalhamos todos os dias para que a qualidade seja o cunho de todas as ações da SPDOF

mandibular (DTM). A escolha do Porto prende-se com a ausência de eventos da SPDOF no norte do país, ao passo que o Algarve surge como uma forma de descentralização das grandes cidades. Esta iniciativa irá acontecer num fim de semana prolongado, permitindo aproveitar uma das mais bonitas regiões do país. Um outro motivo para a escolha ter recaído no Algarve prende-se com a proximidade de Espanha e o elevado interesse que a SPDOF e o debate sobre o bruxismo suscitam no país vizinho.

combina estas duas grandes temáticas: o bruxismo e a medicina do sono. Em ambos os casos (Porto e Algarve), o programa abrange diferentes áreas da saúde? Quais delas merecem especial destaque? Tiago Oliveira. Na SPDOF acreditamos que todas as profissões que têm o seu lugar de atuação em determinada patologia ou condição clínica merecem sempre destaque, na procura de um maior grau de diferenciação dos profissionais, que se irá reverter em melhores cuidados de saúde prestados à população. Por isso, defendemos um verdadeiro trabalho em equipa. Em relação ao meeting do Porto, e pela natureza da sua temática, os profissionais mais interventivos serão os fisioterapeutas, terapeutas da fala e médicos dentistas. Quanto ao meeting do Algarve, o leque de áreas da saúde é amplamente extenso: iremos falar sobre Medicina Dentária, cirurgia maxilofacial, medicina do sono, pneumonologia, dor, otorrinolaringologia, fisioterapia, terapia da fala, prótese e neurologia, entre outras.

Quais são os principais contornos/características do programa científico do meeting que se realizará no Porto? Ricardo Santos. O tema do meeting do Porto centra-se nos distúrbios musculares associados à DTM. O encontro está pensado para abordar esta temática desde o diagnóstico ao tratamento, pelo que haverá uma especial incidência no trabalho interdisciplinar realizado por fisioterapeutas, terapeutas da fala e médicos dentistas, entre outros profissionais. Contará com um programa científico com palestras diferenciadoras, mas também com uma jornada pré-meeting de workshops, onde se desenvolverão de forma prática algumas destas temáticas. A agenda do meeting algarvio obedece ao mesmo programa ou apresenta outro formato? Quais são as respetivas linhas programáticas? André Mariz de Almeida. No encontro que vai decorrer no Algarve, iremos seguir exatamente o mesmo esquema que adotamos para o primeiro meeting day. No entanto, é com grande prazer que anuncio que a edição do Algarve abordará não só o bruxismo, como também a temática do sono, uma alteração que faz todo o sentido, uma vez que abordamos estas duas áreas. Em breve estaremos prontos para apresentar o programa final, sublinhando desde já o facto de ser um evento único, pois

André Mariz de Almeida é médico dentista e assistente de Reabilitação Oral e de Dor Orofacial e ATM no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, com sede no Monte da Caparica.

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Falamos com... Relativamente à temática do bruxismo, temos confirmado o excelente conferencista espanhol doutor José Luís de La Hoz, um brilhante investigador e um excelente comunicador. Que pormenores se podem adiantar relativamente ao programa global (formativo, lúdico, etcétera)? André Mariz de Almeida. O programa científico do meeting do Porto está disponível e pode ser consultado em detalhe na seguinte página electrónica: www.spdof.pt. Quanto aos pormenores, poderemos garantir que, à semelhança dos eventos já realizados, serão de grande qualidade a todos os níveis: formativo, científico e social. O meeting do Algarve será realizado, como já referi, num fim-de-semana que possivelmente será de ponte para muitos portugueses, como tal, queremos complementar a alta qualidade do programa científico – que começará com um pré-meeting no dia 6 de outubro do próximo ano – com um completo programa lúdico para os nossos conferencistas e as suas famílias. Queremos que seja um momento de partilha não só de conhecimento, mas também de troca de contactos e de experiências. De resto, toda a família será bem-vinda e iremos assegurar que todos aproveitem da melhor forma o encontro algarvio. Tiago Oliveira é fisioterapeuta na Orisclinic, em Coimbra.

Que conferencistas vão marcar presença no Porto? Ricardo Santos. O programa científico agendado para março contará com um painel de palestrantes nacionais de elevado valor clínico e científico. Destacamos o conjunto de enorme qualidade. A maioria são nomes já reconhecidos nesta área de atuação, cuja partilha das mais recentes evidências científicas, aliadas à sua prática clínica, trarão benefícios para todos os congressistas. Salientamos a presença dos nossos palestrantes internacionais, os professores doutores Juan Mesa, fisioterapeuta espanhol, e Cláudia Felício, fonoaudióloga/terapeuta da fala, de nacionalidade brasileira. Pela experiência clínica, científica e académica destes oradores, para esta comissão organizadora é uma honra poder contar com a sua participação, na certeza de que todos os congressistas irão assistir a palestras e workshops de elevado nível. Quais são os nomes que já estão confirmados no “cartaz” do Algarve? André Mariz de Almeida. No Algarve estamos a construir e a ultimar o programa, devido à introdução da medicina do sono. Neste sentido, prometemos trazer um nome muito forte desta área no plano internacional, mas ainda aguardamos confirmação.

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Quais são as expectativas da comissão organizadora quanto ao número de participantes em cada um dos meetings? E já agora quanto à adesão de casas comerciais? André Mariz de Almeida. Os dois meetings, pela sua natureza e a sua temática específica, não pretendem ser, de forma nenhuma, um congresso; são mais dirigidos a um determinado público-alvo.

Tiago Oliveira: Na SPDOF acreditamos que todas as profissões que têm o seu lugar de atuação em determinada patologia ou condição clínica merecem sempre destaque, na procura de um maior grau de diferenciação dos profissionais


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Falamos com... O nosso principal objetivo é reunir os profissionais que atuam nestas áreas específicas, criar momentos de discussão e partilha, assim como desenvolvimento de competências que os tornam ainda mais diferenciados nestas áreas de actuação. Sabemos que habituámos todos a bater recordes nos nossos congressos, como tal temos a certeza que a adesão será grande e iremos tentar receber todos os interessados. As nossas expectativas são as melhores, e trabalhamos todos os dias para que a qualidade seja o cunho de todas as ações desenvolvidas pela SPDOF. No que diz respeito à adesão das casas comerciais, a indústria já percebeu a importância de uma sociedade como a nossa e a qualidade do trabalho que temos desenvolvido. Contamos já com alguns apoios e temos parceiros importantes que apoiam a SPDOF desde o início e que renovam continuamente a sua confiança em nós. No entanto, contaremos ainda com mais apoio até às datas da celebração no Porto e no Algarve. Relembramos, porém, que os meeting day não são um congresso e, portanto, é natural que a exposição comercial seja mais selecionada e direcionada para determinados produtos.

Ricardo Santos é mestre em Ciências da Fala e da Audição, e professor convidado na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto.

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Ricardo Santos: Salientamos a presença dos professores doutores Juan Mesa, fisioterapeuta espanhol, e Cláudia Felício, terapeuta da fala brasileira. Pela experiência clínica, científica e académica destes oradores, é uma honra podermos contar com a sua participação

A título pessoal, que objetivos esperam ter alcançado no final dos meetings? Tiago Oliveira. A SPDOF já nos habituou a palestras de elevada qualidade e total satisfação dos nossos congressistas. A expectativa é muito alta após o estrondoso sucesso dos congressos de Coimbra e Lisboa. Em suma, esperamos dois eventos com uma proximidade muito grande entre os intervenientes e a formação de novos laços profissionais, enquanto sedimentamos e assimilamos todas as mais recentes informações sobre os temas. Na opinião de cada um de vós, que desafios se impõem presentemente no domínio da dor orofacial e da disfunção temporomandibular? Tiago Oliveira. Os desafios são e serão sempre imensos. O maior que enfrentámos, até ao momento, foi a concretização de uma sociedade interdisciplinar como a nossa e o trabalho de congregar, a partir do mesmo sítio, os mais variados profissionais de saúde que se dedicam a esta área. Penso que o grande desafio futuro assenta na melhoria da comunicação para que consigamos, além de trabalhar juntos, potenciar ainda mais os nossos resultados. Ricardo Santos. Para mim, os desafios são o motor da mudança, e são várias as mudanças necessárias neste domínio. A identificação precoce, o reconhecimento e a valorização da sintomatologia associada, a referenciação atempada e adequada são alguns dos eixos fundamentais, assentes numa dinâmica e interação entre diferentes profissionais onde impere a interdisciplinaridade e a partilha de comunicação.


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Falamos com... André Mariz de Almeida. Neste momento, o maior desafio que temos é voltarmo-nos para a sociedade e para o público em geral. Estamos a fazer um trabalho único de partilha e discussão de ideias e protocolos com os profissionais da classe, mas agora é essencial que a população saiba e consiga identificar o que é a dor orofacial e a disfunção temporomandibular. É fácil percebermos que uma perna partida dói – toda a gente tem essa perceção –, mas viver com uma dor silenciosa e cega de nevralgia do trigémio é desesperante e muitas vezes incompreendida por membros da família e médicos. É aqui que devemos agora atuar na sociedade. Permitam-me referir também o importante desafio de ligar a patologia do sono à dor orofacial, será igualmente uma área na qual iremos investir.

Para terminar, que balanço fazem da atividade que tem vindo a ser desenvolvida pela SPODF? Tiago Oliveira. Acho que nesta altura, ainda sem ter completado dois anos de existência, ter dois eventos de grande dimensão realizados com sucesso, dois livros editados e mais de 250 sócios é um sucesso vastíssimo. Somos agora vistos como uma exemplar sociedade científica com trabalho reconhecido a nível nacional e no estrangeiro, mas com a jovialidade e a exuberância de uma equipa jovem e com ganas de continuar a surpreender, inovar e formar. O trabalho ainda agora começou, e 2017 vai ser o ano em que nos viramos para o público, para que as pessoas percebam o que a SPDOF representa para todos.

Perfil ANDRÉ MARIZ DE ALMEIDA é formado em Medicina Dentária pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, com sede no Monte da Caparica, onde exerce o cargo de assistente de Reabilitação Oral I e II e de Dor Orofacial e ATM no Mestrado Integrado em Medicina Dentária. No plano académico, é também doutorando na Universidade de Granada (Espanha). Exerce a sua prática clínica exclusiva em Lisboa, centrada nas áreas da dor orofacial, da disfunção temporomandibular e da reabilitação oral. É sócio-fundador da Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial.

TIAGO OLIVEIRA é licenciado em Fisioterapia pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra. Exerce a sua prática privada na Orisclinic, em Coimbra, e na Clínica da Foz, na Figueira da Foz. É sócio-fundador e presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, bem como membro do Conselho Fiscal da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas. O seu nome está também associado ao livro “Disfunções temporomandibulares: uma abordagem multidisciplinar”, na qualidade de co-coordenador.

RICARDO SANTOS é mestre em Ciências da Fala e da Audição, especialista em Terapia e Reabilitação, e doutorando em Ciências e Tecnologias da Saúde. Este professor convidado na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto (ESS-IPP) exerce a sua prática privada no Hospital da Trofa e no Hospital CUF (Porto). É membro do Executive Board da Academy of Applied Myofuncional Sciences (AAMS) e da Comissão Científica da Sociedade Portuguesa de Dis função Temporomandibular e Dor Orofacial.

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Klockner apresenta a sua revolucionária superfície ContacTi em grande evento

A Klockner apresentou, no passado mês de outubro, a nova superfície dos implantes Klockner Implant System, ContacTi, que acelera extraordinariamente a estabilidade biológica, permitindo a carga definitiva do implante em quatro semanas. Esta superfície é o resultado de 15 anos de investigação e desenvolvimento científico impulsionado pela companhia e liderado pelo prestigioso comité científico da Klockner Implant System.

O lançamento no mercado português realizou-se no Porto, no dia 28 de outubro, no emblemático Palácio do Freixo. O diretor-geral da Klockner, Daniel Díez, abriu o congresso com a apresentação sobre a importância da ciência, que garante principalmente três vantagens à empresa: a literatura científica, o desenvolvimento dos seus produtos e a inovação. Díez explicou que o desenvolvimento de produtos revolucionários como o ContacTi requer um processo longo, incerto e difícil, mas realizá-lo representa um dos principais valores da empresa, que suporta sua missão de ajudar os clientes a conseguir a excelência nos seus tratamentos. Moderadas pelo doutor Mariano Herrero, seguiram-se as apresentações de Jordi Martínez, diretor de I+D+i, com as principais características da superfície, e do doutor Javier Gil Mur, diretor do comité científico da Klockner Implant System, que explicou os fundamentos biológicos e o seu processo de desenvolvimento. Em seguida, o doutor Aritza Brizuela centrou-se na “Necessidade clínica de uma nova superfície”, demonstrando que a implantologia deve evoluir para acompanhar os avanços da medicina, que permitem que se possa viver mais, e melhor. Para apresentar distintos casos clínicos de sucesso, o doutor Pedro Lázaro abordou os aspetos cirúrgicos do uso da superfície. Os doutores Federico Herrero e Carlos Falcão encerraram a jornada

Daniel Díez, diretor-geral da Klockner, durante a sua intervenção no congresso que decorreu no Porto.

O evento atraiu ao emblemático Palácio do Freixo, no Porto, centenas de profissionais do setor da Medicina Dentária.

Javier Gil Mur, diretor do comité científico da Klockner Implant System.

com explicações sobre os aspetos prostodônticos na busca pela excelência na odontologia.

O tempo é o elemento diferenciador do ContacTi. Ao ter a capacidade de absorção seletiva de proteínas, favorece a formação óssea e gera um maior contacto osso-implante, que alcança 80% em três semanas. A neoformação óssea conduz a uma maior estabilidade biológica e a uma osteointegração mais previsível. Por esta razão, a superfície ContacTi está especialmente indicada em casos de carga imediata, além de gerar mais confiança em casos críticos com pacientes de risco. A superfície ContacTi já está disponível nos implantes VEGA da Klockner Implant System.

A partir da esquerda, Mariano Herrero Climent, Alejandro Padrós, Pedro J. Lázaro Calvo, Jordi Martínez, Aritza Brizuela Velasco, Daniel Díez, Carlos Falcão e Federico Herrero Climent.

PUBLIRREPORTAGEM


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Falamos com... Mariano Sanz Alonso, Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra

Portugal demonstrou largamente como se devem realizar processos complexos com seriedade

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Falamos com... Mariano Sanz Alonso, ex-decano da Faculdade de Odontologia da Universidade Complutense de Madrid (Espanha) e atual presidente da Osteology Foundation, recebeu no passado dia 23 de outubro o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra, uma distinção especial que se soma às que lhe foram atribuídas pelas universidades de Gotemburgo (Suécia) e de San Sebastián (Chile). O médico dentista espanhol mantém desde há muito tempo uma magnífica relação com muitos docentes e profissionais portugueses, que merecem todo o seu respeito e admiração. De resto, não hesita em afirmar que Portugal seria um bom exemplo para Espanha pela forma como está a levar a cabo o processo de aprovação das especialidades em Medicina Dentária.

Com o seu longo trajeto académico, assim como na área clínica e da investigação, que representa para si a recente atribuição do título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra? Representa muitíssimo, já que esta é a máxima distinção que se pode obter na carrera académica. Além disso, estas nomeações são votadas pelos claustros das universidades sobre um percurso académico apresentado por um orador (neste caso, a Área de Medicina Dentária da Universidade de Coimbra) e a grande maioria do claustro pertence a outras disciplinas e áreas científicas, pelo que aqueles que votaram em mim não me conhecem pessoalmente, a não ser através das minhas publicações, escritos, etcétera, o que atribui a este ato uma relevância muito maior. Por outro lado, a Universidade de Coimbra é uma das mais antigas e prestigiadas da Europa (data do século treze), o que reveste esta nomeação de um grau de solenidade que, na verdade, me comove um pouco. Que relação mantém atualmente com as entidades académicas e os profissionais portugueses? Sempre mantive uma colaboração muito estreita, sobretudo com as três faculdades de Medicina Dentária das universidades públicas (Lisboa, Porto e Coimbra). Há cerca de 15 anos tive a oportunidade de colaborar com o governo português e participei na avaliação da qualidade da educação do setor dentário nesse país, pelo que visitei todas as faculdades de Medicina Dentária e, por isso, fiz muitas viagens a Portugal e pude conhecer muitos professores, estudantes, autoridades académicas, etcétera. Sempre fui muito bem recebido e com uma cordialidade que perdura no presente. Conheci profundamente a realidade da educação no campo da Medicina Dentária e participei de algum modo na introdução das diretrizes do Espaço de Educação Superior Europeu (o também chamado processo de Bolonha) nas referidas faculdades, que aliás fizeram uma profunda alteração curricular para adaptar-se a este processo.

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Falamos com... No ano passado foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade de Gotemburgo e agora pela Universidad de Coimbra. Chegou a hora de recolher os frutos dos seus muitos anos de dedicação académica? A verdade é que não se trabalha ao longo de muitos anos pensando em recolher prémios e distinções, mas é muito agradável quando os nossos parceiros em diversas partes do mundo reconhecem esse percurso, neste caso a vertente académica e investigadora. Gotemburgo foi uma situação muito especial, já que esta universidade representa para mim a Meca da Medicina Dentária moderna e o seu reconhecimento deu sentido a todos os esforços realizados durante muitos anos. No mundo científico e académico, quando vimos do sul da Europa sempre temos que vencer certos preconceitos, o que nos obriga a esforçar-nos um pouco mais, ainda que uma vez demonstrada a qualidade do nosso trabalho, a nossa intrínseca capacidade para criar e improvisar permite-nos por vezes chegar um pouco mais além, o que nem sempre se valoriza. É por isso que este reconhecimento por parte dos nossos colegas escandinavos tem um sabor muito especial. Não obstante, também o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de San Sebastián, em Santiago do Chile, foi uma enorme satisfação, pelo reconhecimento que representa por parte das universidades da América Latina. Nesta região desenvolvi múltiplas atividades e mantenho uma grande quantidade de amigos, discípulos e eminentes colegas universitários. Nesta ocasião, o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Coimbra pressupõe o reconhecimento de uma “universidade clássica”, com muita tradição e com uns códigos de solenidade notáveis. Para mim é muito importante que possamos combinar inovação e criatividade com história e tradição. Por isso, esta nomeação em Coimbra é também muito especial.

Não se trabalha ao longo de muitos anos pensando em recolher prémios e distinções, mas é muito agradável quando os nossos parceiros em diversas partes do mundo reconhecem esse percurso

Mariano Sanz Alonso foi o primeiro médico dentista a receber o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra.

É uma referência para os estudantes espanhóis, mas também o é para os alunos europeus e de outros países. Que aspetos da formação em Espanha podem servir de exemplo além-fronteiras? Os estudantes espanhóis têm alguns atributos que os tornam especiais: fundamentalmente, o seu espírito aberto e cordial, o seu entusiasmo, a sua criatividade, a sua capacidade para trabajar em grupo e a sua generosidade. Tudo isso, se se combina com o trabalho e a dedicação, faz com que esses bons estudantes se destaquem onde quer que estejam. Há múltiplos exemplos de excelentes estudantes, tanto em universidades espanholas como estrangeiras, quer seja no âmbito da licenciatura como da pos-graduação. Uma boa formação é o que conduz à aprendizagem e ao desenvolvimento de competências que permitem aos jovens médicos dentistas progredir na sua carreira profissional com sucesso. Neste sentido, creio que a formação em Espanha é adequada e, de resto, devido à conjuntura económica, muitos jovens que saíram das universidades espanholas e que tiveram de emigrar demonstraram, em termos gerais, que são muito capazes e competentes. Não creio que a sua formação seja muito diferente da de outros países da nossa região. Tal como nesses países, em Espanha também há instituições de melhor ou pior qualidade, assim como professores e estudantes melhores e piores.

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Falamos com... Há aspetos da formação de outros países que gostaria de importar para Espanha? Mais do que aspetos da formação, por vezes gostaria de importar certos atributos de excelência, que talvez se observem em outros ambientes universitários, sobretudo do norte da Europa, com mais frequência que em Espanha. Entre outros, aprecio especialmente a paixão pelo trabalho bem feito, a retidão e a honestidade com a aquisição e a transmissão do conhecimento, a valorização da avaliação como componente fundamental da aprendizagem e o desenvolvimento de processos onde a garantia da qualidade seja tão importante como os resultados alcançados. Introduzir estes atributos na nossa rotina universitária é chave para poder ser competitivo no contexto internacional. Já se manifestou a favor das especialidades em Medicina Dentária e Portugal está mais adiantado neste sentido, já que está precisamente a atravessar uma fase de ampliação das mesmas, onde se inclui a periodontologia. Que opinião tem sobre o sistema de aprovação das especialidades de Portugal? Deve ser um exemplo para Espanha? No campo da Medicina Dentária, Portugal demonstrou-nos largamente como se devem realizar processos complexos com seriedade e, ao mesmo tempo, alcançando um amplo apoio tanto do mundo universitário como profissional. O tema das especialidades é um claro exemplo. Adotaram rigorosamente as diretivas europeias quanto à formação de especialistas em Medicina Dentária, pelo que assimilaram processos formativos rigorosos e de alta qualidade. Ao mesmo tiempo, conceberam um sistema para adaptar a todos os profissionais que há muito tempo limitavam a su atividade profissional a uma área de especialidade ou que tinham uma formação avançada nessa matéria, o que permitiu que a transição se realize praticamente sem traumas nem problemas. Efetivamente, em Portugal a periodontologia é uma especialidade reconhecida como em muitos outros países, tanto da Europa como de outras partes do mundo, e além disso adotaram o modelo não restritivo, que implica que qualquer profissional pelo facto de ser médico dentista tem competência para realizar tratamentos periodontais. No entanto, o especialista tem um nível de formação mais avançado, ainda que as suas competências profissionais não sejam muito diferentes. Creio que seria um magnífico exemplo para Espanha.

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Em Portugal a periodontologia é uma especialidade reconhecida como em muitos outros países, tanto da Europa como de outras partes do mundo, e além disso adotaram o modelo não restritivo

É possível chegar a um sistema de especialidades sem antes regular a formação pós-graduada existente em Espanha? Na sua opinião, qual seria o modelo adequado a este tipo de formação? A formação pós-graduada e a formação de especialistas são conceitos diferentes que por vezes se confundem. A formação pós-graduada é toda aquela que se realiza uma vez que se tenha alcançado o grau, neste caso o de Medicina Dentária. Esta formação pós-graduada pode ser regulamentada (programas a tempo inteiro ou parcial) ou não regulamentada (programas de formação contínua, programas modulares, formação online, etcétera). Por isso, a formação pós-graduada é muito vasta e de difícil regulamentação por parte das autoridades governamentais. Devem definir-se as condições de qualidade da formação pós-graduada mais que a formação em si.

O professor catedrático espanhol durante a sua intervenção na cerimónia que decorreu na emblemática Sala dos Capelos da mais antiga instituição de ensino superior portuguesa.


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Falamos com... Estamos convencidos de que as medicinas regenerativas e as medicinas personalizadas serão o futuro de qualquer área da saúde e, certamente, da Medicina Dentária

A formação de especialistas, no entanto, é algo muito diferente e específica, já que se trata de formar profissionais numa área determinada da Medicina Dentária para alcançar habilitações profissionais muito concretas, tanto no âmbito dos conhecimentos como das competências. Esta formação deve estar regulamentada no contexto estatal, já que a sociedade deve assegurar-se de que os especialistas, independentemente de onde se tenham formado, possuem as mesmas habilitações. Existem diretrizes europeias que se devem cumprir e a legislação espanhola deve adaptar-se para conseguir uma formação de especialistas de qualidade. Depois da sua intensa etapa na gestão académica, presume-se que agora tem mais tempo para a investigação. Sobre que temáticas está a trabalhar atualmente? Considera que a regeneração é o grande futuro da Medicina Dentária? Efetivamente, levo quase quatro anos sem responsabilidades de gestão académica, o que me permitiu dedicar mais tempo ao nosso grupo de investigação na Universidade Complutense. Trabalhamos em diferentes

linhas de investigação, levando a cabo tanto investigação básica como aplicada, sempre na nossa área da periodontologia e dos implantes dentários. De facto, estamos a desenvolver um importante número de projetos valorizando e estudando várias tecnologias regenerativas, tanto de tecidos duros como leves, e estamos convencidos de que as medicinas regenerativas e as medicinas personalizadas serão o futuro de qualquer área da saúde e, certamente, da Medicina Dentária. Como foi o seu primeiro ano à frente da Osteology Foundation? Está-se a conseguir aproximar a investigação, sobretudo em matéria de regeneração, ao conjunto da profissão? Está a ser uma experiência apaixonante, já que a Osteology Foundation desenvolve atividades educativas e científicas em todo o mundo e, como tal, tem um alcance global. Neste sentido, desenvolvemos uma plataforma eletrónica, designada por “The Box”, que nos permite estar interligados com profissionais e investigadores de qualquer canto do planeta. Em Espanha, estabelecemos um acordo com a Sociedade Espanhola de Periodontologia (SEPA) e formalizámos um convénio para realizar atividades conjuntas, o que certamente resultará numa melhor difusão desta área da Medicina Dentária e na interação entre ciência e prática, que é o objetivo básico da nossa Fundação. Como exemplo, estamos a organizar o Symposium Osteology Espanha, que se celebrará em Barcelona no próximo mês de fevereiro, onde vamos reunir os melhores especialistas internacionais em regeneração oral, tanto de tecidos duros como leves. Estou certo de que será um grande sucesso.

Perfil MARIANO SANZ ALONSO é professor catedrático da Universidade Complutense de Madrid (Espanha) onde dirige atualmente o Mestrado de Periodontologia da respetiva Faculdade de Odontologia, da qual é também o ex-decano. À escala internacional, o médico dentista espanhol é especialista em Periodontologia pela Universidade da Califórnia (UCLA), com sede em Los Angeles (EUA), presidente do Workshop da Federação Europeia de Periodontologia e lidera a Osteology Foundation. Publicou numerosos artigos científicos relacionados com as temáticas da periodontologia e dos implantes dentários, e já participou como orador e conferencista em mais de 300 cursos e palestras nesta área, realizados em Espanha e em muitos outros pontos da Europa e do mundo.

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Ponto de vista

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Helena Rebelo Médica dentista. Mestrado Universitário em Periodontologia pela Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Presidente da Comissão Organizadora da Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI). Lisboa.

Reunião Anual da SPPI 2017: a evolução científica como guia da clínica moderna No próximo dia 18 de fevereiro terá lugar em Lisboa, no Hotel Olissippo Oriente (Parque das Nações), a Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI). Este ano, a Comissão Organizadora do encontro, onde me incluo com os colegas Alexandre Santos, Francisco Brandão de Brito, Inês Faria, João Branco, José Maria Cardoso e Rita Montenegro, teve um objetivo claro: fazer mudar de ideias todos os colegas que ainda consideram a periodontologia como uma área pouco interessante da Medicina Dentária. Esse nosso objetivo teve o total apoio da direção da SPPI, na pessoa do nosso presidente, Ricardo Faria Almeida. Assim, apostamos num conferencista de enorme prestígio da periodontologia mundial: o professor Pierpaolo Cortellini, que alia um profundo conhecimento da biologia do periodonto à utilização de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas e a um sentido pedagógico excecional. Logo no início da manhã, o professor Cor tellini irá fazer uma apresentação 3D sobre regeneração periodontal – subordinada ao tema “State of the art of regenerative microsurgical treatment” –, em que a tecnologia audiovisual de ponta irá certamente fascinar os colegas com a beleza e a minúcia deste tipo de procedimentos. Assistirão à autêntica biomimética a três dimensões. Ainda durante a manhã, o mesmo orador irá fazer uma apresentação sobre os aspetos essenciais para as mais recentes técnicas de regeneração periodontal, designadamente os instrumentos necessários, as técnicas de cirurgia minimamente invasiva, incluindo os retalhos de preservação de papilas, e ainda os cuidados posteriores necessários nestes casos.

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Esta conferência servirá de introdução para o curso hands-on que irá decorrer durante toda a tarde, cujo tema é também a regeneração periodontal. Cada colega terá lupas de amplificação e irá praticar, em modelos de silicone especialmente concebidos para o efeito montados em suportes móveis, as diferentes técnicas de microcirurgia e a aplicação dos materiais de regeneração, sob a supervisão do professor Cortellini. O curso é limitado a 24 participantes e, a quatro meses do evento, estava já esgotado, pelo que haverá uma segunda edição no domingo de manhã. Durante toda a tarde, decidimos debater, em formato de “controvérsias”, temas importantes em periodontologia e implantes em que consideramos estar longe de existir consenso. Para tal contaremos com colegas portugueses, já bem conhecidos de todos pela qualidade das suas apresentações que, aos pares, irão defender a abordagem de cada tema sob duas perspetivas diferentes: “Cirurgia plástica periodontal: abordagem convencional versus minimamente invasiva” (Patrícia Almeida Santos e Célia Alves); “Maxilar posterior atrófico: implantes angulados versus elevação do pavimento do seio maxilar” (Ana Ferro e Paulo Mascarenhas); “Tratamento das periimplantites: abordagem reconstrutiva versus ressetiva” (Helena Francisco e Orlando Martins); “Implantes pós-extração: colocação imediata versus regeneração do alvéolo” (Gil Alcoforado e Susana Noronha) e “Lesões endo-periodontais: tratamento endodôntico ver sus extração e implante” (Rui Pereira da Costa e André Chen). Haverá ainda a apresentação de pósteres científicos e será entregue o prémio MAXILLARIS para o melhor trabalho. Contamos com todos os colegas neste evento da nossa SPPI! (Para obter mais informações e formalizar a inscrição basta entrar no site: www.sppi.pt).


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Ciência e prática

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Reabilitação ortodôntica de paciente disfuncional

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Ciência e prática

Médica dentista. Licenciada em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (1997). Pós-graduada em Ortodontia pela Fundação Gnathos (2005). Professora auxiliar dos cursos clínicos de Mecânica Avançada em Técnica de Arco Recto, da Fundação Gnathos/Orthoquick (desde 2011). Porto.

Ana Almeida

Introdução Na consulta de ortodontia encontram-se frequentemente pacientes com algum grau de disfunção temporo-mandibular, cujo fator etiológico é a sua própria alteração oclusal. É um problema que atinge uma grande percentagem da população mundial. Estas disfunções comprometem em diferentes graus o complexo disco-articular da articulação temporo-mandibular (ATM) e também a musculatura do sistema mastigatório que fica afetada em termos de sincronização e coordenação devido às ins-

truções da neuro-oclusão. Isto traduz-se numa alteração da dinâmica mandibular e da postura da mandíbula. As disfunções podem manifestar-se através de uma quantidade de sinais e sintomas que são facilmente reconhecidas pelo médico, tais como: limitação dos movimentos mandibulares, sons articulares, dores musculares, cansaço e/ou perda de qualidade na trituração, dores de cabeça, retrações gengivais sem processos inflamatórios, abrasões, fraturas dentárias ou movimentos dentários.

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Ciência e prática

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São alterações que se podem classificar como crónicas porque, na maioria dos casos, desenvolveram-se ao longo de muito tempo, apresentando sintomatologia em diferentes episódios durante a vida do paciente. Esta característica torna difícil estabelecer uma relação causa/efeito, tanto para o médico como para o paciente, entre a alteração oclusal e os sinais e sintomas que o paciente apresenta nos diferentes campos do sistema estomatognático. Mas é importante salientar que nem todas as disfunções articulares e musculares do sistema estomatognático têm como fator etiológico único a oclusão. Existe uma imensa quantidade de fatores que podem afetar a integridade e a função destes componentes. Assim sendo, é importante fazer um diagnóstico diferencial que nos permita definir os quadros cujo fator etiológico seja especificamente a oclusão. Desta forma, a correção da oclusão será suficiente para corrigir a disfunção.

Em pacientes disfuncionais o uso de uma goteira tipo Michigan é um ótimo método de diagnóstico diferencial. É suficiente ajustar a goteira ao longo de um período de uso, com controlos clínicos periódicos, para que esta devolva a estabilidade ortopédica mandibular, através de contactos bilaterais e simultâneos dos segmentos posteriores e também de uma guia anterior que ofereça uma guia canina e uma guia incisiva. Estas são as características de uma oclusão mutuamente protegida que será o objetivo do possível tratamento. Com o uso frequente e com ajustes periódicos desta goteira, deveríamos assistir à remissão completa dos sintomas do paciente. A goteira é uma forma de fazer uma reabilitação oclusal temporária. Tendo desaparecido a sintomatologia, fazemos uma montagem em articulador para visualizar a nova posição mandibular e a relação oclusal intermaxilar em relação cêntrica (RC). Assim, fazemos o diagnóstico diferencial e podemos planificar a modificação oclusal necessária para a estabilização do caso.

Motivo da consulta Paciente do sexo feminino, adulta, vem à consulta pela primeira vez por motivo de dor articular recorrente, limitação da abertura da boca e dores de cabeça; sintomas que apareceram após um tratamento de ortodontia prévio.

Figs. 1 a 3. Fotografias iniciais da face.

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Ciência e prática

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Figs. 4 a 8. Fotografias iniciais da boca.

No exame clínico observa-se um bom estado geral da boca, com várias obturações. Denota-se a ausência de quatro pré-molares e de overjet e overbite. Não se contempla guia anterior, nem incisiva nem canina. Apresenta-se uma classe II dentária esquerda e uma classe I direita. Observa-se o desvio da linha média dentária superior.

Figs. 9 e 10. Raios X iniciais.

Nome medida

Valor

Média

VERT

Tipo

Eixo facial

80.9

90.0

-09.1

Dólico

Profundidade facial

88.3

89.7

-01.4

Meso.

Ângulo plano mandibular 33.8

23.3

-10.5

Dólico

Altura facial inferior

53.1

47.0

-06.1

Dólico

Arco mandibular

28.3

30.5

-02.2

Meso.

Tabela 1. VERT = -1,6 dólico facial severo.

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Dólico

Mesofacial Braquifacial


Ciência e prática

CC Almeida_Maquetación 1 30/11/16 09:01 Página 49

A paciente já tinha feito, há uns anos, um tratamento ortodôntico com quatro extrações (14, 24, 34 e 44) e na altura da primeira consulta apresentava dor articular intensa e limitação da abertura da boca.

Figs. 11 e 12. Articulador; montagem inicial.

Na montagem em articulador inicial, percebe-se que se trata de uma classe II com mordida aberta, só havendo contacto a nível dos sétimos e sisos. Numa primeira fase, o tratamento consistiu na eliminação da sintomatologia e desprogramação muscular, com extração dos quatro sisos e uso de uma goteira. Com a utilização da goteira, só para dormir, rapidamente desapareceu a dor articular e passados seis meses efetuou-se nova montagem em articulador, onde se consegue notar o recuo mandibular.

Figs. 13 e 14. Articulador; montagem após goteira.

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Ciência e prática

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A partir daqui elaborou-se um plano de tratamento que consistiu basicamente no controlo vertical posterior, fazendo intrusão molar superior e inferior utilizando micro-implantes. Pretende-se com isto alcançar uma auto-rotação mandibular que vai fechar a mordida e corrigir a classe II, permitindo obter guias incisiva e caninas. A aparatologia fixa colocou-se a princípio só nos setores posteriores (quintos, sextos e sétimos superiores e inferiores) e com micro-implantes e cadeias elásticas deu-se início ao movimento de intrusão molar. Os micro-implantes localizaram-se: - No primeiro e segundo quadrantes, por vestibular e distal do sétimo e por palatino entre o quinto e o sexto. - No terceiro quadrante, no trígono retromolar e por vestibular entre o sexto e o sétimo. - No quarto quadrante, por vestibular e distal do sétimo (não se conseguiu a colocação no trígono retromolar) e por vestibular entre o sexto e o sétimo.

Figs. 15 a 19. Intrusão molar com micro-implantes.

Em quatro meses conseguiu-se o movimento de intrusão molar, ficando a paciente já só com contactos anteriores.

Figs. 20 a 24. Intrusão molar conseguida.

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Ciência e prática

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De seguida, a aparatologia colocou-se no resto das arcadas, estando os molares seguros com ligaduras metálicas. Utilizou-se aparatologia com prescrição Roth e técnica de .022. Fez-se uma sequência de arcos com o objetivo de alinhar, nivelar e, numa fase posterior, fechar alguns espaços que apareceram por expansão.

Figs. 25 a 29. Alinhamento e nivelação.

Figs. 30 a 34. Fecho de espaços.

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Ciência e prática

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Para o fecho de espaços utilizou-se mecânica de arco de poste sobre arcos de aço de .017 x .025 e módulos elásticos.

Figs. 35 a 39. Fecho de espaços.

Por fim, soltaram-se os molares e procedeu-se ao assentamento e à finalização do caso.

Figs. 40 a 47. Fotografias finais.

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Ciência e prática

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Fazendo a comparação entre as montagens em articulador, as cefalometrias e as fotos de perfil iniciais e finais, pode avaliar-se o movimento de auto-rotação mandibular conseguido (note-se a diferença de valores do ângulo do plano mandibular), o que permitiu normalizar a oclusão.

Figs. 48 a 51. Articulador; comparação entre as montagens inicial e final.

Figs. 52. Cefalometria final.

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Nome medida

Valor

Média

VERT

Tipo

Eixo facial

82.9

90.0

-7.1

Dólico

Profundidade facial

89.4

89.7

-0.3

Meso.

Ângulo plano mandibular 31.4

23.3

-8.1

Dólico

Altura facial inferior

50.6

47.0

-3.6

Meso.

Arco mandibular

32.1

30.5

-1.6

Meso.

Dólico

Mesofacial

Ciência e prática

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Braquifacial

Tabela 2. VERT = -1 dólico facial.

Figs. 53. Sobreposição de traçados e áreas de sobreposição.

Figs. 54 e 55. Fotografias de perfil; comparação entre inicial e final.

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Ciência e prática

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Efetuaram-se controlos após seis meses e após um ano de o caso ter sido terminado, observando-se a estabilidade do mesmo e a ausência de sintomatologia.

Figs. 56 a 60. Fotografias de controlo após um ano.

Já passado um ano e meio de o caso ter sido terminado, a paciente submeteu-se a uma sessão T-scan, tendo-se efetuado uns desgastes posteriores muito leves com a finalidade de equilibrar por completo a oclusão, fazendo a coincidência da oclusão máxima com a relação cêntrica, sendo assim possível retirar a contenção fixa inferior.

Fig. 61. Primeiro registo com T-Scan.

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Ciência e prática

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Efetuou-se um primeiro registo com T-Scan que permitiu detetar um ligeiro excesso de contacto posterior ao nível das peças 17 e 27 e um desvio da carga oclusal para o lado direito. A carga oclusal distribui-se numa relação de 61,1% contra 38,9%.

Fig. 62. Segundo registo com T-Scan (após ajuste oclusal).

Realizou-se um ajuste oclusal, procurando equilíbrio na distribuição das forças da mastigação, tendo-se conseguido o resultado exposto no gráfico. 55,2% para o lado direito e 44,8 % para o lado esquerdo. Eliminaram-se os excessos de carga posterior e a distribuição das forças tornou-se homogénea.

Conclusões A paciente tinha sido tratada ortodonticamente sem se ter considerado o problema vertical posterior, que só pode identificar-se através da montagem em articulador. Por esse motivo, o primeiro tratamento não satisfez as necessidades terapêuticas adequadas ao problema da paciente. Neste segundo tratamento, e devido ao protocolo de diagnóstico, identificaram-se os problemas tridimensionais, que se resolveram através de uma mecânica adequada aos requisitos da reabilitação.

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Implantes unitários pós-extracionais na zona estética com regeneração óssea e tecidular e carga imediata A propósito de um caso clínico

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Ciência e prática

Médico dentista. Mestrado integrado em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. Diploma Universitário em Periodontologia pela Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Formação Avançada em Implantologia pelo Instituto Sorriso Natural. Participação em vários cursos de formação e congressos. Lisboa.

Nuno Menezes Gonçalves

Introdução O tempo de tratamento e a estética imediata são, atualmente, requisitos fundamentais para os pacientes que procuram a reabilitação oral com implantes dentários para substituir dentes perdidos1. Uma cascata de eventos biomecânicos e histológicos desen rola-se durante o processo de cicatrização de uma exodontia, que culmina com mudanças morfológicas e fisiológicas da região. É durante o intervalo de tempo que decorre entre uma exodontia e a colocação de implante que se verifica a

maior parte da reabsorção óssea e remodelação gengival, das quais resulta um compromisso estético e funcional. Estas alterações podem reduzir-se através do uso de técnicas de preservação de alvéolo associadas ou não a enxertos de tecidos duros e/ou tecidos moles. Normalmente, os alvéolos que não sofreram alterações estruturais das tábuas ósseas e do contorno gengival podem receber implantes imediatos; nas situações que existam alterações dos tecidos duros e/ou moles, aconselha-se usar técnicas de reconstrução e regeneração do alvéolo, para numa segunda etapa instalar o implante2.

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Ciência e prática

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A colocação de um implante pós-extracional e a sua carga imediata respondem à necessidade de os pacientes receberem as suas próteses dentárias no mesmo dia da instalação dos implantes, fator ainda mais relevante quando abordamos a zona estética. As principais vantagens decorrentes deste processo são: reduzir o número de procedimentos cirúrgicos, preservar os tecidos periimplantares, permitir a manipulação gradual de tecidos moles e recuperar a estética da região afetada imediatamente após a cirurgia3. A regeneração óssea guiada (ROG) tem provado ser um procedimento previsível para a preservação ou aumento do rebordo alveolar. Uma membrana de barreira impede a formação de fibroblastos e proporciona um espaço para a osteogénese, aprisionando um coágulo, que é necessário para a nova formação óssea, além de que exclui fatores inibidores e preserva os fatores de crescimento4. Protocolos e diretrizes tradicionais recomendam aguardar um período de dois a três meses para remodelação óssea após a extração do dente, visando a posterior colocação do implante, e um período de três a seis meses de cicatrização sem carga oclusal, que é essencial para a osteointegração5. Nos últimos anos, tem-se verificado um aumento do número de estudos nesta área que relatam elevadas taxas de sucesso na

presença de carga imediata, tendo os autores optado por esta via por razões estéticas ou funcionais6. Neste artigo científico pretende-se demonstrar a reabilitação de um incisivo central superior sem viabilidade através do uso de técnicas de regeneração associadas a colocação de implante com carga imediata após exodontia do mesmo.

Materiais e métodos Situação inicial M.I.L., paciente do sexo feminino, 63 anos, saudável e sem patologias sistémicas associadas, apresentou-se na consulta com queixas estéticas relativamente ao incisivo central superior esquerdo (dente 2.1). Tinha sido vista por outro médico dentista e, insatisfeita com o plano de tratamento proposto, resolveu procurar uma segunda opinião médica. Após exame clínico, verificou-se que este dente tinha uma coroa metalocerâmica com margens desadaptadas e cor desadequada, e recessão gengival classe I de Miller. Observou-se radiograficamente uma imagem compatível com abcesso apical agudo ou quisto apical de origem dentária, bem como uma reabsorção radicular externa do dente 2.1 (figuras 1 a 3).

Figs. 1 e 2. Situação inicial (vista frontal do sorriso).

Fig. 3. Situação inicial (vista intraoral).

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Baseado nas exigências estéticas da paciente, o plano de tratamento proposto consistiu em: 1- Primeira fase (julho de 2016): a. Exodontia do dente 2.1. b. Colocação imediata de implante, juntamente com xenoenxerto e membrana de colagénio. c. Carga imediata com coroa acrílica provisória cimentada sobre pilar provisório. 2- Segunda fase (julho a setembro de 2016): manipulação de tecidos moles através da coroa provisória. 3- Terceira fase (setembro de 2016): branqueamento dentário externo. 4- Quarta fase (outubro de 2016 a janeiro de 2017): colocação de coroa definitiva.

tou-se o alvéolo e irrigou-se com soro fisiológico e clorohexidina 0,2%. Verificou-se a integridade das tábuas ósseas através de sondagem do alvéolo (figura 4).

A distância temporal da segunda fase para a quarta fase dependeria de fatores como a estética gengival obtida e a adequada osteointegração do implante.

Para a provisionalização, adaptou-se o transportador do implante a um pilar provisório e com recurso a uma coroa pré-formada de policarbonato (Polycarbonate Crowns, Henry Schein) preenchida com acrílico (TAB 2000, Kerr) de cor clara. Colocou-se compósito fluído (Filtek Flow, 3M) na zona cervical da coroa provisória para melhorar a adaptação da coroa aos tecidos moles. Após polimento com discos de polimento de contra-ângulo (Soflex, 3M), fixou-se a coroa provisória no implante através de um orifício criado na membrana para ajudar também a sua fixação. Verificaram-se os contactos oclusais e prematuridades com papel articular, de modo a não colocar a coroa provisória em função imediata. A sutura utilizada para encerrar a ferida operatória era reabsorvível (figuras 7 a 9).

Discussão Aquando da exodontia do dente 2.1, o objetivo primordial foi efetuá-la de um modo atraumático de forma a preservar a integridade da gengiva marginal, das papilas interdentárias e das tábuas ósseas vestibular e palatina. Assim, procedeu-se primeiro a uma incisão intra-sulcular com bisturi e lâmina 15 C ao longo de todo o perímetro do dente, seguida de luxação suave e avulsão do dente com boticão. De seguida, cure-

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Antes da colocação do implante, implantou-se uma pequena porção de biomaterial ósseo no alvéolo para preencher a zona mais apical e alguns gap’s que existiriam entre o implante e a parede do alvéolo, de forma a melhorar a sua osteointegração. O implante colocado foi um cónico de conexão externa, com diâmetro e comprimento 4,1 x 11,5 (Outlink, Sweden&Martina). O torque conseguido foi de 45 N, o que transmitiu segurança para avançar para a carga imediata. Preencheram-se os espaços do alvéolo com xenoenxerto ósseo e recobriu-se a zona cirúrgica com uma membrana de colagénio (figuras 5 e 6).

Fig. 4. Exodontia atraumática do dente 2.1.

Fig. 5. Implante colocado com eixo bastante satisfatório.

Fig. 6. Implante colocado com xenoenxerto (Endobon Xenograft, Biomet 3i) e membrana de colagénio (Osseoguard, Biomet 3i).

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Fig. 7. Coroa provisória acrílica adaptada em pilar provisório.

Fig. 8. Carga imediata sem função imediata. Coroa provisória aparafusada com torque 20 N.

Fig. 9. Resultado estético pós-cirurgia.

A medicação prescrita para controlo de dor e infeção no pós-operatório foi a seguinte: Amoxicilina 1.000 mg (de 12 em 12 horas), Etoricoxib 90 mg (uma vez por dia), Metamizol magnésico (de oito em oito horas em caso de emergência), Gel de clorohexidina (2%) para aplicação local com escova pós-cirúrgica. Deram-se instruções à paciente no sentido de evitar o uso da coroa provisória na mastigação e de técnicas para proceder à sua correta higienização, designadamente através da aplicação do gel de clorohexidina e do uso de fio dentário. A paciente compareceu na consulta de controlo pós-cirúrgica três semanas depois, para avaliar a cicatrização inicial e a adaptação da coroa provisória, tendo referido que não houve complicações a não ser uma dor ligeira na gengiva nos primeiros dois dias. Dois meses após a cirurgia, a paciente compareceu na consulta para trabalhar o perfil gengival do implante, através de

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desgastes suaves com discos de polimento e acrescento de compósito fluído na coroa provisória. Observou-se maturação do epitélio de união e um perfil de emergência preliminar adequado para a moldagem da coroa definitiva. Nesta consulta procedeu-se também à restauração a compósito do dente 2.2, por se ter detetado uma cárie infiltrativa na sua restauração (figuras 10 a 12). Previamente à realização da coroa definitiva, a paciente solicitou que lhe fosse prescrito um branqueamento dentário, por estar insatisfeita com a coloração amarelada de alguns dentes da zona estética. Considerando que alguns dentes já possuíam pouca espessura de esmalte, optou-se por uma solução de branqueamento caseiro (Polanight SDI), a realizar durante duas semanas, todas as noites durante 45 minutos após a escovagem dentária. Na consulta de controlo, após finalizado o branqueamento dentário, a paciente mostrou-se satisfeita com o resultado obtido e agendou a consulta de moldagem da coroa definitiva (figura 13).


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Figs. 10 e 11. Comportamento dos tecidos moles dois meses após a cirurgia.

Fig. 12. Resultado radiográfico dois meses após a cirurgia (com pilar provisório instalado).

Fig. 13. Resultado estético após o branqueamento dentário.

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Três meses após a cirurgia, removeu-se novamente a coroa provisória para observar o resultado gengival obtido. Os aspetos mais positivos que se detetaram foram a preservação da arquitetura óssea, que naturalmente sofre alterações negativas após uma exodontia, e a formação de papilas gengivais bastante semelhantes às do dente 1.1. Após análise radiográfica, pode-se inclusive afirmar que a crista óssea manteve-se estável ao longo do processo de remodelação óssea, desde a colocação do implante até aos moldes para a coroa definitiva. Estando reunidas as condições referidas, avançou-se para a moldagem da coroa definitiva. O material selecionado para a confeção da coroa foi zircónia Prettau. Escolheu-se, através da escala VITA, a cor C2 para os dois

terços incisais da coroa e a cor A3,5 para o terço cervical (figuras 14 e 15). Uma semana após a moldagem, efetuou-se uma consulta de prova de biscuit para avaliar a escolha da cor previamente à aplicação de glaze. Na consulta final, procedeu-se à colocação da coroa definitiva, aparafusada com torque 35 N. A paciente ficou muito safisfeita com o resultado estético final. Perguntou-se à paciente o que a satisfez mais durante este tratamento, tendo referido que foi a estética imediata com espaço temporal curto (figuras 16 e 17).

Fig. 14. Resultado estético três meses após a cirurgia.

Fig. 15. Resultado radiográfico três meses após a cirurgia.

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Fig. 16. Colocação da coroa definitiva em Prettau, aparafusada a 35 N.

Fig. 17. Implante com coroa definitiva aparafusada.

Conclusões Com base no que foi exposto, podemos considerar viável a aplicação de carga imediata sobre implantes instalados em áreas de exodontias recentes, sempre que sejam planificados e executados todos os fatores indispensáveis para obter o êxito esperado com este tipo de tratamento, nomeadamente a obtenção de uma boa estabilidade primária. Também é muito importante que, sempre que for possível, se considere a instalação dos implantes sem o levantamento de retalho cirúrgico, para preservar os tecidos moles e duros, evitar cicatrizes, reduzir os tempos cirúrgicos, melhorar o pós-operatório dos pacientes e obter uma estética satisfatória.

Bibliografia 1. Buser D, Chen ST, Weber HP, Belser UC. Early implant placement following single-tooth extraction in the esthetic zone:biologic rationale and surgical procedures. Int J Periodontics Restorative Dent 2008; 28: 441-51. 2. Lorenzoni M, Pertl C, Zhang K, Wimmer G, Wegscheider WA. Immediate loading of single-tooth implants in the anterior maxilla: preliminary results after one year. Clin Oral Implants Res., Copenhagen, v. 14, p. 180-187, 2003. 3. Norton MR. A short-term clinical evaluation of immediately restored maxillary TiOblast single-tooth implants. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 19, p. 274-281, 2004.

4. Araújo M, Linder E, Lindhe J. Effect of a xenograft on early bone formation in extraction sockets: an experimental study in dog. Clin. Oral Impl. Res.2009; 20: 1–6. 5. Chen CL, Chang CL, Lin SJ. Immediate implant placement and provisionalization with simultaneous guided bone regeneration in the esthetic zone. Journal of Dental Sciences 2011; 6: 53-60. 6. Enríquez C, Barona C, Calvo JL, Leco I, Martínez JM. Immediate post-extraction implants subject to immediate loading: A meta-analytic study. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2011 Nov 1;16 (7): e919-24.

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Patrocinador científico do XXV Congresso Anual da Ordem dos Médicos Dentistas com a conferência do Prof. Dr. Germán Esparza Gómez

Os médicos dentistas Otília Adelina Pereira e António Mano Azul moderaram o debate que se seguiu à conferência do professor catedrático espanhol.

Um momento da conferência de Germán Esparza Gómez.

A conferência de Germán Esparza Gómez preencheu por completo o auditório B da Exponor.


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Imagens da medicina oral Caso clínico Germán Esparza Gómez Médico estomatologista. Doutorado em Medicina e Cirurgia. Professor titular de Medicina Oral. Departamento de Medicina e Cirurgia Orofacial da Faculdade de Odontologia da Universidad Complutense de Madrid (Espanha). Conferencista patrocinado pela MAXILLARIS no 25º Congresso Anual da OMD. medoral@infomed.es

Descrição do caso Uma jovem de 25 anos submeteu-se a diversos tratamentos de Medicina Dentária conservadora pelo seu médico dentista. Dois dias depois da última consulta, regressou ao consultório queixando-se de mal-estar nos lábios. Na exploração puderam observar-se diversas lesões eritematosas na zona esquerda dos lábios superior e inferior, determinada tumefação no lábio inferior e a formação de pequenas ve sículas de conteúdo líquido. Refere que sente dores na zona. Em outras ocasiões apresentou le sões semelhantes após os tratamentos dentários.

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Imagens da medicina oral

Diagnóstico clínico:

Herpes labial recorrente Comentários As lesões da imagem correspondem à primeira fase de um herpes labial recorrente. O lugar mais frequente onde costumam produzir-se as recorrências da infeção pelo VHS tipo 1 é o bordo vermelhão labial e a pele adjacente aos lábios. Menos frequentemente se veem afetados a pele das bochechas, o nariz ou o queixo (em menos ocasiões ainda as recorrências surgem intraoralmente). Este quadro é conhecido em linguagem popular como “quenturas”. Alguns estudos de prevalência sugerem que mais de dois terços da população mundial tiveram herpes labial recorrente em algum momento da sua vida. Em alguns indivíduos produz-se uma reativação do seu vírus latente desde os gânglios até à pele da zona, perante determinados desencadeantes, entre os quais se incluem os traumatismos, a exposição ao sol ou ao frio, o stress, a febre, o catarro, os transtornos gástricos ou a menstruação. Relativamente à parte clínica, o quadro tem uma fase prodrómica na qual o indivíduo afetado sente dor ou parestesia, sensação de comichão ou ardor, calor, eritema, etc., na zona do epitélio afetada e que costuma surgir entre seis e 24 horas antes de se produzirem as lesões. Posteriormente, desenvolvem-se múltiplas pápulas eritematosas que se enchem de conteúdo líquido e se organizam em grupos de pequenas vesículas. No período de 48 horas as vesículas rompem-se libertando o fluido (carregado de vírus), que pode provocar a disseminação das lesões sobre os lábios e zonas periorais. Nos dias seguintes, dá-se a dessecação lenta de todas as lesões, dando lugar ao aparecimento de crostas nas zonas afetadas, que pouco a pouco (em 7-10 dias) se vão resolvendo sem sequelas. Deve-se insistir sempre no risco de disseminação da infeção a outras zonas ao manipular-se as le sões, pelo que se exige especial cuidado, sobretudo no caso das crianças, e na possibilidade de auto-inoculação nos olhos. Nos sujeitos imunocompetentes, o quadro considera-se banal e é auto-limitado, mas em pacientes imunodeprimidos pode

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complicar-se com persistência do quadro e surgimento de maior número de lesões que se extendem dramaticamente aos tecidos circundantes. Face a situações de herpes labial graves e/ou repetidos, deve-se considerar a existência de um compromisso imune e realizar as análises que se considerem convenientes para comprovar o estado imunológico do paciente. Na maioria dos casos, o diagnóstico do processo pode realizar-se mediante as conclusões clínicas que são bastante sugestivas, e só em esporádicas ocasiões poderão ser necessárias outras técnicas como a citologia ou a biópsia. O examen histopatológico das lesões mostraria a formação de vesículas intraepiteliais e as células epiteliais alteradas pela degeneração balonizante produzida pela inclusão dos vírus intracelularmente. Com menos frequência, podem ser necessárias outras técnicas mais complexas, como os cultivos, a deteção de antigénios virais por técnicas imunohistoquímicas ou ELISA, ou a deteção por PCR do DNA viral. No que respeita ao tratamento, no passado o herpes labial recorrente era tratado com uma ampla variedade de remédios que vão desde o éter até ao vudú. Mas nada parece ter resolvido o problema definitivamente. De uma forma geral, a resolução das lesões virais depende do sistema imunitário de cada paciente, e pode-se dizer que o tratamento das lesões recorrentes labiais não mostraram um índice de sucesso uniforme. O Aciclovir continua a ser o antivírus mais utilizado e aquele que está associado a uma maior experiência clínica. Tudo indica que quando se administra sistemicamente no período prodrómico (sobretudo se o desencadeante for conhecido) pode reduzir, em parte, a dor, o número de lesões e o tempo de evolução. Outros antivirais mais modernos, como o Valciclovir ou o Famciclovir, parecem ter uma efetividade semelhante. A aplicação de Aciclovir em creme sobre as lesões é um tema muito controverso: consta que só permite obter resultados positivos se se aplicar antes, inclusive, dos pródromos. Assim, só seria efetivo em pacientes que têm recorrências perante desencadeantes conhecidos e que o apliquem profilaticamente antes de que apareçam os sintomas. No caso dos indivíduos imunodeprimidos, estas lesões devem tratar-se sempre de modo sistémico.


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Festa Douromed_Maquetación 1 29/11/16 16:41 Página 52

Douromed festeja 16º aniversário com os seus clientes A Douromed festejou o seu 16º aniversário no passado dia 11 de novembro. A concorrida festa da empresa, com sede em Gandra, realizou-se no Clube Kasa da Praia (do Grupo K), no Porto, num ambiente descontraído e com muita animação, incluindo atuações ao vivo.

Para festejar um momento tão especial, a Douromed convidou clientes, fornecedores, colaboradores e amigos para estarem presentes num dos marcos mais importantes da empresa fundada (em finais do ano 2000) por Diogo Alves e Joana Tavares, que atualmente exercem os cargos de CEO e diretora geral, respetivamente. O evento teve início às 21 horas do passado dia 11 de novembro com um jantar-convívio. A atuação de

O serão no Clube Kasa da Praia incluiu a oferta de viagens na limousine da Douromed, a atuação de um dueto musical e uma boa dose de humor.

um dueto musical tornou o serão mais descontraído, e todos puderam comunicar, partilhar histórias e experiências num ambiente informal. À entrada foi oferecido um vale para uma viagem na limousine da Douromed. O percurso entre a Foz e a Ribeira permitiu aos convidados apreciar algumas das paisagens mais genuínas e pitorescas do Porto. Após o jantar, vários grupos se juntarem para usufruir deste passeio.


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Durante a concorrida festa da Douromed, todos os convidados puderam partilhar histórias e experiências num ambiente informal.

Hoje, o sentimento é de admiração pelo que alcançaram e de vontade de serem cada vez maiores e melhores. Foi este o espírito com que se celebrou o aniversário da empresa. Este evento significou também a celebração de um compromisso com os seus colaboradores, com os fornecedores, com o mercado e, acima de tudo, com todos os clientes da Douromed.

Enquanto isso, uma área VIP estava reservada para todos os convidados da Douromed, em que “dança”, “diversão” e “animação” foram as palavras da noite. A celebração deste aniversário serviu para mostrar a garra da empresa. Estes 16 anos de trabalho nem sempre foram fáceis, pois ao longo do tempo surgiram barreiras e dificuldades. Mas com a determinação e inteligência de toda a equipa, todas as adversidades foram superadas.

E agora, como vão preparar outros tantos anos? A resposta é simples: os responsáveis da empresa pretendem manter os seus clientes, satisfazê-los e torná-los verdadeiros fãs dos seus produtos. Em suma, a Douromed vai continuar a inspirar confiança, a cumprir promessas e a facilitar a realização de negócios. A Douromed aproveita este espaço também para agradecer todo o apoio e incentivo dos clientes e fornecedores, dirigindo-lhes um agradecimento e uma lembrança muito especial.

Foram muitos os clientes, fornecedores, colaboradores e amigos da empresa que marcaram presença na animada celebração.

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Calendário de cursos

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ENDODONTIA

ENDODONTIA

Curso modular de endodontia

Título de especialista em endodontia

O Centro de Formação Contínua da Ordem dos Médicos Dentistas inicia o seu programa anual de cursos modulares com uma formação na área da endodontia, dividida em vários módulos. Os dois primeiros vão decorrer nos dias 16 de janeiro e 6 de fevereiro, em Lisboa, e 17 de abril e 8 de maio, no Porto. O módulo inicial, orientado por Natália Pestana de Vasconcelos, é dedicado à temática “Diagnóstico e urgências em endodontia”, ao passo que o segundo, sob a orientação de Rui Pedro Costa, centrar-se-á na “Instrumentação em endodontia”.

A CEOdont (Grupo Ceosa) prepara mais uma edição deste curso, que se celebra em Madrid (Espanha) sob a orientação do médico dentista Juan Manuel Liñares Sixto. O programa está agendado para o segundo semestre de 2017, de acordo com o seguinte calendário: • 1. Abertura de câmara e preparação de condutos; de 2 a 4 de junho. • 2. Instrumentação mecânica; de 20 a 22 de julho. • 3. Obturação de condutos radiculares; de 7 a 9 de setembro. • 4. Restauração após a endodontia; de 5 a 7 de outubro.

OMD. 226 197 699 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

ESTÉTICA

ODONTOPEDIATRIA

Título de especialista em estética dentária

Título de especialista em odontopediatria

A CEOdont (Grupo Ceosa) leva a cabo mais uma edição desta formação especializada, que se celebra em Madrid (Espanha). Os próximos módulos celebram-se de acordo com o seguinte calendário: • 5. Restauração com compósito II; 15 e 16 deste mês. • 6. Capas de porcelana I; de 26 a 28 de janeiro de 2017. • 7. Capas de porcelana II; de 23 a 25 de fevereiro de 2017. • 8. Coroas de recobrimento total; 24 e 25 de março de 2017. • 9. Curso na Universidade de Nova Iorque; de 19 a 23 de junho de 2017.

A CEOdont organiza no próximo ano, em Madrid (Espanha), este curso modular com o objetivo de responder à necessidade de formação no conhecimento da Medicina Dentária centrada no paciente em crescimento. O programa é composto pelos seguintes módulos: • 1. O êxito no controlo do comportamento na criança; 20 e 21 de janeiro. • 2. Desafios da prevenção e odontologia conservadora nas crianças; 17 e 18 de fevereiro. • 3. Traumatismos e patologia pulpar na dentição temporária e permanente jovem; 10 e 11 de março. • 4. Patologia médico-cirúrgica infantil; 28 e 29 abril.

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

ORTODONTIA

Pós-graduação em ortodontia A Ortocervera (Grupo CEOSA) prepara a 84ª edição da pós-graduação em ortodontia funcional, aparatologia fixa e autoligado, orientada por Alberto Cervera. O iní cio do novo curso está agendado para o dia 23 de março do próximo ano, em Madrid (Espanha). Esta especialização está estruturada em quatro áreas formativas: protocolo de diagnóstico e tratamento, estudos de síndromes clínicos, práticas em tipodontos com brackets de autoligado e práticas clínicas tutorizadas. Ortocervera (Grupo CEOSA). (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

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Calendário de cursos

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ORTODONTIA

Programa de formação contínua do sistema CCO

Cursos práticos de periodontia

A Dentsply Sirona leva a cabo entre os próximos meses de fevereiro e setembro, no Porto, a primeira edição do programa de formação contínua dedicado ao sistema Complete Clinical Orthodontics (CCO). Trata-se da evolução mais importante, desenvolvida pela empresa, em técnica auto-ligável contemporânea, uma vez que permite o controlo absoluto da expressão de torque e da resolução rotacional, entre outras vantagens. Este programa, cujo primeiro módulo se realiza nos dias 10 e 11 de fevereiro, é dirigido pelos especialistas em ortodontia Armando Dias da Silva e Álvaro Larriu.

O Instituto Casan tem programado um novo ciclo de cursos práticos de periodontia, que decorre na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Ciências Médicas de Villa Clara, em Cuba, sob a orientação da médica dentista Mitdray Corrales Álvarez, chefe do Serviço de Periodontia da referida faculdade cubana. Os participantes poderão realizar cirurgias periodontais ressectivas e regenerativas para o tratamento de bolsas periodontais, vestibuloplastias, usar biomateriais em periodontia e proceder a alongamentos coronários, etc.

Dentsply Sirona. 917 160 907 - ccoiberia@gmail.com

Instituto Casan. (0034) 918 586 594 - info@institutocasan.net

VÁRIOS

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PERIODONTIA

VÁRIOS

Curso sobre gestão da clínica dentária

Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS

Nos próximos dias 17 e 18 de fevereiro, a etk organiza em Valência (Espanha) um curso exclusivo, em colaboração com o grupo Dentaldoctors, subordinado ao tema “Gerir com êxito a sua clínica dentária”. Esta formação é dirigida pelo médico dentista espanhol Primitivo Roig e pelos colaboradores da clínica Dentaldoctors. A etk tem à disposição dos interessados uma série de promoções associadas à inscrição neste curso, cujas vagas são limitadas.

A Ortocervera (Grupo CEOSA) organiza este curso personalizado, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado.

etk. 800 203 879 - euroteknika@euroteknika.es - www.etk.dental

Ortocervera (Grupo CEOSA). (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

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Maxillaris Normas_Maquetación 1 06/04/16 13:32 Página 1

Publique o seu artigo na MAXILLARIS

Regras de publicação dos artigos científicos: • Os artigos não podem ter sido editados em outra publicação. • O texto deve ser enviado em formato word (CD ou correio eletrónico). • O conteúdo não deve ser publicitário (não admitimos comparações entre produtos nem trabalhos destinados a exaltar as características de marcas comerciais), ainda que possam constar nomes de produtos ou aparelhos utilizados no decorrer do trabalho. • O artigo deve estar estruturado, no mínimo, em: introdução, desenvolvimento, conclusões e bibliografia. • A bibliografia deverá ser organizada respeitando a ordem em que for apresentada no texto (quando a ela se faça referência) ou por ordem alfabética, e indicada da seguinte maneira: Silverman E, Cohen M. The Twenty minute full strip up. J Clin Orthod. 1976; 10: 764. • Fotografias em formato jpg ou tif, escaneadas a 250/300 pixéis por polegada, com dimensões mínimas de 9 cm de largura. Caso não seja possível, poderão enviar-se os originais para ser escaneados na nossa redação. • Foto do primeiro autor (meio corpo ou corpo inteiro, de modo a poder ser recortada). • Nome, apelidos e titulação de todos os autores. • Correio eletrónico do autor, ao qual enviaremos a maqueta para revisão antes da publicação.

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Nota: após receção do artigo, este será enviado à nossa Comissão Científica para aprovação.


Congressos e reuniões

ND Congresos dic. PT_Maquetación 1 02/12/16 08:32 Página 76

29º congresso da SPODF vai decorrer em Vila Real

Congresso da OMD regressa a Lisboa

Coimbra acolhe próximo congresso da SPEMD

A 29ª reunião científica anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dentofacial (SPODF) vai ter lugar entre os dias 16 e 18 de março. O cenário desta edição será o grande auditório do teatro de Vila Real, onde um completo e diversificado programa científico será protagonizado por uma série de oradores nacionais e estrangeiros, destacando-se a presença do médico dentista Vince Kockich. Trata-se de um renomado especialista na área da ortodontia que exerce o cargo de docente no departamento desta especialidade da Medicina Dentária da Universidade de Washington (Estados Unidos).

A 26ª edição do congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) já tem data marcada: vai realizar-se entre os dias 16 e 18 de novembro do próximo ano. Lisboa voltará a ser o cenário do principal encontro da classe dos médicos dentistas, que promete oferecer mais um multifacetado programa científico pautado pela excelência dos seus intervenientes. Entre os conferencistas que já confirmaram a sua participação no congresso de 2017, contam-se os brasileiros Ronaldo Hirata, Ewerton Nocchi e Marco Versiani, os italianos Massimo de Sanctis, Matteo Chiapasco e Renato Cocconi, bem como o norte-americano Joseph Kan.

A 37ª edição do congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai decorrer nos dias 13 e 14 do próximo mês de outubro no emblemático Convento de São Francisco, em Coimbra. O encontro anual da SPEMD reunirá dezenas de oradores nacionais e estrangeiros especializados nos mais diversos campos da saúde oral, num programa científico multidisciplinar que promete atrair largas centenas de congressistas de todas as vertentes do setor: médicos dentistas, médicos estomatologistas, técnicos de prótese, higienistas orais e assistentes dentários. www.spemd.pt

spodf2017@gmail.com

www.omd.pt

Encontro anual da SPPI realiza-se em fevereiro

SPDOF organiza meetings em março e outubro

Universidade de Coimbra prepara reunião anual de Medicina Dentária

A reunião anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI) vai decorrer no próximo dia 18 de fevereiro num hotel do Parque das Nações, em Lisboa. Nesta edição, destaca-se a presença do conferencista Pierpaolo Cortellini, cuja intervenção preencherá todo o período da manhã com uma abordagem ao tema “Tratamento microcirúrgico periodontal regenerativo: o estado da arte”. Também está prevista a participação de um vasto leque de oradores nacionais, nomeadamente Patrícia Almeida Santos, Célia Alves, Ana Ferro, Paulo Mascarenhas, Helena Francisco, Orlando Martins, Gil Alcoforado, Susa na Noronha, Rui Pereira da Costa e André Chen.

A Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandi bular e Dor Orofacial (SPDOF) vai realizar dois meetings internacionais em 2017. O primeiro terá lugar no dia 25 de março, na cidade do Porto, ao passo que o segundo está agendado para o dia 7 de outubro, no Algarve. Ambos os encontros científicos, que reunirão oradores de renome internacional de diferentes áreas da saúde, têm por objetivo principal divulgar e debater a informação mais significativa no domínio da dor orofacial e da disfunção temporomandibular, sem descurar a atualidade em outras vertentes da medicina e da saúde oral.

A 26ª reunião anual de Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra vai decorrer nos dia 24 e 25 do próximo mês de março, sob a égide da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. A comissão organizadora, empenhada em oferecer um programa com os mais elevados padrões científicos e clínicos, antecipa uma abordagem aos principais tópicos da atualidade da profissão mediante a intervenção de oradores portugueses e estrangeiros de renome. Como habitualmente, espera-se uma enorme afluência de estudantes, médicos dentistas e estomatologistas de diversas áreas geográficas.

www.spdof.pt www.uc.pt

sppi2017@gmail.com

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ND Congresos dic. PT_Maquetación 1 29/11/16 11:52 Página 77

Congressos e reuniões OMD organiza em Tróia Jornadas da Primavera 2017

Reunião de inverno da APMO agendada para fevereiro

As próximas Jornadas da Primavera sob a égide da Or dem dos Médicos Dentistas vão realizar-se de 12 a 15 de abril, num hotel da península de Tróia. Esta edição apresenta-se com um programa científico multidisciplinar, que alia a componente teórica com a prática clínica. Dentisteria, endodontia, periodontologia, implantologia, prótese fixa e removível, odontopediatria e ortodontia são as áreas a abordar. O curso hands-on dará enfoque à regeneração óssea e está limitado a 20 lugares. Por outro lado, a organização incluiu na programação uma série de atividades desportivas, para promover o convívio entre os participantes.

A próxima reunião de inverno da Academia Portuguesa de Medicina Oral (APMO) vai ter lugar nos próximos dias 3 e 4 de fevereiro, em Lisboa. Este encontro científico, aberto a todos os profissionais e estudantes da área da saúde, tratará as áreas da medicina, da patologia e cirurgia orais, os doentes medicamente comprometidos e os idosos, bem como temáticas em relação às quais continuam a existir lacunas de formação e conhecimento. Durante a reunião vão realizar-se diversos cursos práticos dirigidos a várias categorias profissionais. www.apmo.pt

www.omd.pt/formacao/jornadas/2017

Congresso de São Paulo celebra-se em fevereiro

Próximo congresso da FDI vai decorrer em Madrid

O principal encontro anual do setor dentário brasileiro (e da América Latina) vai decorrer de 1 a 4 de fevereiro. A 35ª edição do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP) abordará as últimas inovações nas diversas especialidades da Medicina Dentária, com o contributo de renomados conferencistas brasileiros e internacionais. Na mesma ocasião, o Expo Center Norte de São Paulo acolherá largas centenas de expositores da indústria dentária dos quatro cantos do mundo, com as mais recentes novidades de produtos, tecnologia e serviços do setor.

Espanha é o país anfitrião do próximo congresso mundial da Federação Dentária Internacional (FDI), que terá lugar entre os dias 29 de agosto e 1 de setembro de 2017. Concretamente, o certame vai decorrer na Feira de Madrid (Ifema), sob a organização do Consejo General de Dentistas do país vizinho. Espera-se que este congresso atraia mais de 10.000 profissionais de cerca de 150 países. O objetivo de todos eles será conhecer, em primeira mão, as novidades científicas e as últimas técnicas apresentadas por especialistas de prestígio internacional. De acordo com Óscar Castro, presidente do Consejo General de Dentistas, “a nossa organização está muito satisfeita pelo facto de Espanha ter sido elegida e, sinceramente, pensamos que foi uma decisão muito acertada”.

www.ciosp.com.br

www.fdiworldental.org

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Novidades da indústria

Novidades dez PT_Maquetación 1 30/11/16 16:11 Página 78

Estruturas de titânio Atlantis SLM

Zenostar com nova versão mais eficiente e estética info.es@ivoclarvivadent.com - www.ivoclarvivadent.es

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901 100 111 - www.dentsplysirona.com

Os discos Zenostar MT (nas cores um a quatro) já estão disponíveis para uma produção eficiente das restaurações de óxido de zircónio. Não é necessária a infiltração de cor nem a pré-secagem das restaurações, o que representa uma poupança de tempo. Zenostar MT 1-4 complementa a gama de produtos já existentes. O seu nível de translucidez é equivalente ao Zenostar MT0. A coordenada transmissão de luminosidade caracteriza-se por uma aparência estética e natural na boca do paciente. O conceito de cor foi desenhado com base na popular guia de cor A-D e requer apenas uma cocção de maquilhagem e outra de glaseado após a sinterização. A cor desejada poderá então reproduzir-se com maior facilidade e eficiência. Com os novos discos, disponíveis com 14 e 18 mm de grossura, é possível fabricar coroas individuais a volume total e pontes de até três unidades na região posterior e anterior. As adaptações de cor e as caracterizações personalizadas podem realizar-se com a gama de maquilhagens da IPS Ivocolor.

A Dentsply Sirona Implants continua a desenvolver a sua nova tecnologia de produção de estruturas CAD-CAM de elevado nível. A fabricação aditiva por fusão laser de estruturas de implantes Atlantis dá mais um passo em matéria de CAD-CAM. À impressão 3D de pontes de cromo-cobalto juntam-se agora as híbridas e as pontes de titânio, com desenhos totalmente inovadores. Tratam-se de estruturas totalmente maciças e resistentes, com ajuste passivo, graças ao mecanizado das conexões, tudo numa única peça, sem soldagens, sem porosidades e sem problemas. E com a maior garantia do mercado para os principais sistemas de implantes.

Novo kit de profilaxia

Helizyme, para limpeza de instrumentos cirúrgicos info@voco.com - www.voco.com

214 368 200 - www.bbraun.pt

Limpeza, selamento, aplicação de flúor e outros cuidados dentários: no novo kit de profilaxia da Voco o profissional encontrará reunidos todos os produtos relevantes para a profilaxia dentária. O kit permite que o médico dentista e a sua equipa experimentem um grande número de produtos e, assim, possam conhecer as suas diferentes aplicações e verificar a sua eficácia. Inclui a pasta de profilaxia e polimento CleanJoy, com três graus de intensidade de limpeza, codificadas pelas cores do semáforo. Também está contido no kit o selante de fissuras Grandio Seal, por cujas propriedades excelentes é particularmente indicado na odontopediatria. Voco Profluorid Varnish, o verniz fluoretado para a dessensibilização dentinária, é fornecido no kit em quatro deliciosos sabores (melão, caramelo, menta e cereja). Os cremes de proteção den tária Remin Pro, com fluoreto e hidroxiapa tite, e Remin Pro forte, com extratos antibacterianos de gengibre e cúrcuma, completam o abrangente kit. Os produtos podem usar-se em conjunto ou isoladamente nos procedimentos profiláticos.

A B.Braun apresenta o produto de limpeza manual Helizyme, para instrumentos cirúrgicos e materiais termossensíveis. Com uma ação rápida (cinco minutos) e um ph neutro (compatível com materiais termossensíveis), o Helizyme tem um excelente poder solvente contra contaminantes que contêm lípidos e proteínas. Pode utilizar-se em procedimentos ultrasónicos e é extremamente eficaz na eliminação de biofilmes difíceis de eliminar. Uma combinação inovadora de um surfactante quaternário com enzimas proteolíticas. O Helizyme utiliza-se numa diluição de 1%, o que o converte num produto de baixo custo. A solução deverá ser renovada diariamente ou quando a tina estiver visivelmente suja. Está disponível em recipientes de cinco litros e utiliza-se a 1% durante cinco minutos.

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Novidades da indústria

Novidades dez PT_Maquetación 1 30/11/16 16:11 Página 79

Sistema de imagiologia Hyperion X5

Novo Starter Kit CAD-CAM info.es@ivoclarvivadent.com - www.ivoclarvivadent.es

800 201 192 - www.casa-schmidt.pt

A Ivoclar Vivadent apresenta o Starter Kit CAD-CAM, com uma ampla seleção de consumíveis e acessórios, ideal para os clientes que se iniciam num novo sistema de fresagem. O kit contém blocos tanto de disilicato de lítio IPS e.max como da gama de provisórios da SR Telio, bem como uma completa oferta dos produtos mais inovadores do mercado dirigidos ao sistema CAD-CAM. Os profissionais interessados em dispor de um destes completos kits devem entrar em contacto com os seus representantes de vendas da Ivoclar Vivadent, e se estrearem um sistema de fresado compatível poderão adquiri-lo de maneira totalmente gratuita.

A Casa Schmidt apresenta o primeiro sistema suspenso 3D/2D em miniatura. A mais moderna tecnologia 3D de alta definição e 2D MultiPAN. Com um desenho limpo, essencial e ultracompacto, o Hyperion X5 é o mais pequeno do mercado e pode instalar-se em qualquer consultório. Trata-se de um sistema de imagiologia evoluído, rápido e simples, com doses mínimas de raios e máxima qualidade de imagem. Captura todos os detalhes graças à tecnologia 3D e expande a sua visão à terceira dimensão. Com o 3D é possível avaliar todos os pontos de interesse diagnóstico no contexto anatómico, superando amplamente a panorâ mica tradicional.

Xenoenxerto Symbios Xenograft Granules

FinalTouch, compósito fotopolimerizável 901 100 111 - www.dentsplysirona.com

Chegou ao mercado o xenoenxerto de origem porcina Symbios Xenograft Granules. Amplia-se assim o leque de produtos disponíveis dentro do portefólio de regenerativos da Dentsply Sirona Implants. O novo Symbios Xenograft Granules apresenta-se em dois tamanhos de grão: grão pequeno (de 0,25-1,0 mm), com volumes de 0,5 até 4,0 ml, e grão grande (de 1,0-2,0 mm), com volumes de 1,0 a 2,0 ml. Este produto junta-se à gama de regenerativos da Dentsply Sirona Implants que abrange os seguintes produtos: Algipore, composto por hidroxiapatite de origem marinha; Biphasic Bone Graft Material, composto por hidroxiapatite e fosfato tricálcico, também de origem marinha, e Xenograft Granules, composto por hidroxiapatite de origem porcina, com a sua alta porosidade como principal característica diferenciadora relativamente aos xenoenxertos animais existentes no mercado.

info@voco.com - www.voco.com

FinalTouch é um compósito fotopolimerizável para a caracterização individualizada da cor de restaurações em compósito diretas e indiretas e para a cobertura de alterações de cor na estrutura dentária. Aplica-se por baixo ou entre as camadas do material de restauração de compósito ou ORMOCER. Disponível em cinco cores (branco, azul, amarelo, laranja e castanho), o FinalTouch permite reproduzir fielmente características individuais, como fissuras ou manchas brancas, e, assim, trabalhar a restauração nos seus menores detalhes. Também é possível acentuar cúspides e cristas, imitar zonas de esmalte translúcidas e zonas opacas, destacar o núcleo dentinário, bem como reproduzir manchas cervicais ou fissuras em esmalte escurecidas. Desse modo, o FinalTouch complementa de forma ideal os compósitos da Voco como o GrandioSO, o Amaris ou o Admira Fusion.

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Página empresarial

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Bien-Air lança promoção especial de Natal

Bontempi atribui prémio na Expo-Dentária

Como é tradição nesta quadra festiva, a Bien-Air lança este mês a sua promoção exclusiva de Natal oferecendo interessantes composições de instrumentos rotativos de qualidade em variados estojos de pele com as cores que caracterizam a imagem da marca. A Bien-Air assegura que dará uma resposta rápida e eficiente a todos os pedidos dos interessados nesta oferta, mediante o recurso a uma grande quantidade de distribuidores. A empresa deseja a todos Boas Festas e um 2017 especialmente repleto de saúde e trabalho, e espera poder contar com a confiança dos profissionais do setor, garantindo que vai continuar a trabalhar para oferecer o melhor serviço aos seus clientes e distribuidores.

A Bontempi Surgical Instruments Portugal esteve presente na recente edição da Expo-Dentária, que decorreu no Porto. A empresa decidiu abrilhantar a sua participação no certame com a atribuição do prémio “Gold Bisturi” para a maior aquiA partir da esquerda, Luísa Gomes, diretora comercial da Bontempi, e os médicos dentistas sição de instrumentos Bontempi (Germa José L. Moinheiro e Maria do Rosário. ny Stainless) durante o certame. A disputa foi muito renhida entre vários participantes, tendo o troféu recaído na Clínica Dentária Moinheiro, com sede em Aveiro. O prémio foi entregue no stand da empresa aos médicos dentistas José L. Moinheiro e Maria do Rosário, em representação da referida clínica, pela diretora comercial da Bontempi, Luísa Gomes.

(0034) 934 253 040 - comercial@bienair.com

21 096 8925 - info@bontempiportugal.pt - bontempiportugal.pt

Ivoclar Vivadent lança edição especial sobre o IPS e.max

Roland DG exibe na Expo-Dentária soluções de fresagem

A Ivoclar Vivadent tem à disposição na internet, para descarga totalmente gratuita, uma edição especial ilustrada com imagens de grande qualidade sobre os trabalhos que o técnico de prótese Oliver Brix Capa da edição especial que compila os trabalhos elaborou para pôr à prova os novos matedo técnico de prótese Oliver Brix. riais da gama IPS e.max. Esta edição inclui interessantes exemplos sobre como podem utilizar-se os produtos IPS e.max Selection, Power Dentin e Power Incisal, que possuem características especiais, tais como a capacidade de exatidão na cor e nos valores de luminosidade. São o complemento perfeito para a gama de materiais da IPS e.max Ceram.

A Roland DG, especializada em tecnologias de fresagem dentária, marcou presença na última edição da Expo-Dentária, que se celebrou en tre os dias 10 e 12 do passado mês de novembro, no Porto. Nuria Roca e Eduardo García, membros A empresa aproveitou esta oportunidade para da equipa da Roland DG, no stand da empresa. dar a conhecer as suas últimas soluções para laboratórios dentários que utilizam o sistema CAD-CAM para a elaboração de próteses. Os produtos que despertaram particular atenção dos visitantes que se deslocaram ao stand da Roland DG foram as sofisticadas fresadoras DWX-4W (de mecanizado em húmido) e DWX-51D (de cinco eixos).

info.es@ivoclarvivadent.com - www.ivoclarvivadent.es

229 392 380 - www.rolandeasyshape.com

MAXILLARIS DEZEMBRO 2016

Desejamos a todos Boas Festas!


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Página empresarial

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Voco marca presença no congresso da OMD

Bien-Air realiza sorteio na Expo-Dentária

A Voco foi uma das empresas expositoras da Expo-Dentária 2016, que se realizou entre os dias 10 e 12 do passado mês de novembro, na Exponor (Porto). A empresa alemã, presença habitual no congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas, exibiu aos congressistas as suas Stand da Voco na Expo-Dentária. mais recentes novidades, com destaque para o Rebilda Post, espigão intrarradicular em feixe, de compósito reforçado com fibra de vidro, e o material de caracterização fotopolimerizável Final Touch, entre outros. A Voco agradece a todos os visitantes da Expo-Dentária o interesse demonstrado nos seus produtos.

No passado mês de novembro, a Bien-Air marcou presença na Expo-Dentária, que decorreu nas instalações da Exponor (Porto). Na ocasião, a empresa sorteou entre os novos inscritos no site www.club-bien-air.com um kit da turbina Tornado + Unifix e um contra-ângulo Evo 15 1.5 L. Esta oferta recaiu nas médicas dentistas Inês Guimarães e Tânia Soares, respetivamente. Os prémios foram entregues por Miguel Rolo, Area Sales Manager para Portugal e a América do Sul. (0034) 934 253 040 - comercial@bienair.com As médicas dentistas Inês Guimarães (arriba) e Tânia Soares com Miguel Rolo, representante da Bien-Air.

936 083 146 (Pedro Vilela) - p.vilela@voco.com

Sinusmax apresenta novidades na Expo-Dentária

Dentsply Sirona estreia instalações em Barcelona

A Sinusmax voltou a marcar presença no congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas, o principal evento do setor dentário nacional, que se realizou no passado mês de novembro, no Porto. A empresa ocuStand da Sinusmax na Expo-Dentária. pou o stand 375 a 377 da Expo-Dentária, onde exibiu os seus produtos, nomeadamente os equipamentos de laser Doctor Smile, Solase e Litemedics. Na mesma ocasião, apresentou ao mercado nacional os implantes da conceituada marca Leader Itália. A Sinusmax agradece a todos os clientes, colaboradores e amigos que visitaram o seu stand durante o congresso.

A nova sede da Dentsply Sirona Ibéria situa-se no edifício inteligente Torre Auditori, em Barcelona.

www.dentsplysirona.com

229 377 749 - sinusmax@sinusmax.com - www.sinusmax.com

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A Dentsply Sirona transferiu recentemente os seus escritórios centrais na Península Ibérica para o moderno recinto de negócios Porta Firal, em Barcelona (Espanha). As novas e amplas instalações da empresa situam-se no quinto andar do edifício inteligente Torre Auditori, com a seguinte morada: Passeig de la Zona Franca, nº 111, planta 5, Porta Firal - Torre Auditori, 08038 Barcelona.

etk promove os seus sistemas de implantes na Expo-Dentária

Ivoclar Vivadent tem nova estrutura organizativa

Como habitualmente, a etk marcou presença no maior certame da indústria dentária nacional, com um consolidado e crescente sucesso ano após ano. A empresa exibiu, entre os dias 10 e 12 do passado mês de novembro, na ExpoStand da etk na Expo-Dentária. nor (Porto), os seus mais recentes produtos num amplo stand na Expo-Dentária, onde os visitantes tiveram oportunidade de conhecer e experimentar os sistemas de implantes da etk, que se baseiam em mais de 20 anos de estudos científicos. A marca agradece a todos os congressistas que se deslocaram ao seu stand.

O mercado da Ivoclar Vivadent na Europa tem observado, nos últimos anos, um constante crescimento. Por este motivo, e com o propósito de servir melhor os seus clientes e distribuidores, a empresa reestruturou a região em três novas zonas. Assim, o norte da Europa, liderado por Norbert Wild, abarca os seguintes países: Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, Reino Unido, Irlanda, Polónia, Rúsia, bem como a região da Escandinávia. O leste de Europa, sob a direção de Gernot Schuller, inclui a Áustria e o conjunto dos países de leste: Albânia, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Kosovo, Croácia, Macedónia, Montenegro, Roménia, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia, República Checa e Hungria. A cargo de Diego Gabathuler está a região sul e oeste da Europa, que abrange França, Grécia, Itália, Espanha, Portugal, Suíça, Malta e Chipre, assim como os países do Médio Oriente e do continente africano.

www.etk.dental/es

info.es@ivoclarvivadent.com - www.ivoclarvivadent.es

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