MAXILLARIS PORTUGAL Setembro 2018 by GRUPO ASÍS

setembro 2018 no 92 P

Ciência e atualidade do setor dentário - ano XIII Outros perfis

Marta Costa Quinta, pintora e médica dentista

Crónica

Portugal tem praticamente o dobro de médicos dentistas face ao rácio recomendado pela OMS Falamos com...

Filomena Salazar, presidente da Comissão Organizadora do 27o congresso anual da OMD

Kathryn Kell, presidente da FDI

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Ciência e atualidade do setor dentário - ano XIII

destaques Crónica Próxima edição do salão dentário IDS colocará em destaque o grande potencial de futuro que oferece a profilaxia.

Portugal tem praticamente o dobro de médicos dentistas face ao rácio recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

outros perfis

Falamos com... Marta Costa Quinta, pintora e médica dentista.

Filomena Salazar, presdente da Comissão Organizadora do 27o congresso anual da OMD.

Ponto de vista

Kathryn Kell, presidente da Federação Dentária Internacional (FDI).

Bruno Seabra, presidente da Comissão Organizadora do XXXVIII congresso anual da SPEMD.

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o Ciência e prática

sumário

Rita Lamas: “Abordagem periodontal em coroas clínicas curtas: alongamento coronário bimaxilar”. 46 Irineu Gregnanin Pedron: “Remissão do líquen plano oral em paciente com baixa autoestima: aplicação de toxina botulínica na estética facial incrementa qualidade de vida”.

o Crónica

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o Quiz de medicina oral

Portugal tem praticamente o dobro de médicos dentistas face ao rácio recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

o Outros perfis 60 Marta Costa Quinta, pintora e médica dentista: “É uma paixão que já nasceu comigo”.

Próxima edição do salão dentário IDS colocará em destaque o grande potencial de futuro que oferece a profilaxia.

o Calendário

o Falamos com...

Filomena Salazar, presidente da Comissão organizadora do 27o congresso anual da OMD: “Esta edição do congresso vai ter, pela primeira vez, um fórum de investigação em Medicina Dentária”. 26 Kathryn Kell, presidente da Federação Dentária Internacional (FDI): “Trabalhar em conjunto é a única forma que temos para enfrentar os elevados custos globais das doenças do foro oral”.

Agenda de cursos para os profissionais.

o Reuniões

Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

o Novidades

o Ponto de vista

Demonstre os seus conhecimentos no teste elaborado para a Maxillaris por Germán Esparza Gómez.

Bruno Seabra: “Congresso Anual da SPEMD regressa a Lisboa em outubro”.

Produtos e equipamentos.

o Indústria

Notícias de empresas.

A Maxillaris é uma marca registada a nível europeu pelo Departamento de Harmonização do Mercado Interior Europeu de Marcas e Desenhos com o Nº 003098449. Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: Maria João Miranda. comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.

Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Francisco Teixeira Barbosa. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Bilhoto. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Rui Figueiredo. Susana Noronha. Consultor para a América Latina: Pérsio Mariani. REDAÇÃO: Rua Francisco Sanches, 122, 2O 1170-144 Lisboa • Tel./Fax: 218 874 085.

Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 € , resto 80 € . ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 DE 9/6 ART. 12o No 1

TIRAGEM: 6.500 exemplares

• Periodicidade mensal. • A Maxillaris não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores. • Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito da Cyan Editores.

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Editorial Após o tradicional período de descanso estival, entre investidas turísticas além-fronteiras, mergulhos no mar nacional e passeios rurais no Portugal profundo – que vieram dar um novo fôlego aos profissionais da área da saúde em geral e aos representantes da classe dos médicos dentistas em particular –, setembro assinala o regresso à rotina, que se antevê, neste derradeiro quadrante de 2018, muito ativa no contexto médico-dentário.

Em plena rentrée

À margem da atividade corrente nas clínicas, nos laboratórios, nas faculdades e em outras organizações representativas do setor, a reta final deste verão significa a retoma dos desígnios em torno da formação e da atualização de conhecimentos, que voltam a estar na ordem do dia em diferentes coordenadas geográficas, sob a égide de distintas sociedades científicas e com o fundamental apoio da indústria do setor. O sugestivo rol de eventos que se vislumbra até ao final do ano inicia-se já este mês (dias 20 a 22) com a realização do 25o encontro anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO), cuja organização está a cargo da médica dentista Ana Paula Amorim. A cidade do Porto foi o cenário escolhido por esta sociedade científica para celebrar o programa “Ortodontia de Excelência”, abordando os temas mais contemporâneos que merecem discussão na comunidade ortodôntica. No final deste mês (dias 28 e 29) será a vez da Associação dos Médicos Estomatologistas Portugueses (AMEP) convocar os profissionais da área para um debate alargado, no Centro Hospitalar do Porto, sobre os desígnios da estomatologia nacional. Nos dias 12 e 13 de outubro, a estomatologia regressa à ribalta pela mão da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD), que celebra o seu 38o congresso anual na região de Lisboa. O programa científico deste congresso multidisciplinar promete atrair ao Centro de Congressos Lagoas Park, em Oeiras, cerca de um milhar de profissionais de todos os quadrantes da saúde oral. O programa científico contará com a intervenção de dezenas de oradores nacionais e estrangeiros. A lista das reuniões do setor (com periodicidade anual) encerrará com a 27a cimeira da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), agendada para os dias 8 a 10 de novembro. O recinto da Exponor, em Matosinhos (Porto), volta a acolher o principal evento da saúde que se realiza em Portugal, que contará pelo segundo ano consecutivo com o Alto Patrocínio da Presidência da República. O congresso da OMD volta assim a receber o maior apoio institucional do Palácio de Belém, limitado a alguns eventos de maior relevância nacional. Esta edição do congresso é especial, já que será o culminar das comemorações do vigésimo aniversário da OMD. Prevê-se que seja uma das reuniões magnas mais participadas de sempre. A Maxillaris, como habitualmente, acompanhará de perto os momentos mais relevantes dos congressos do setor.

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Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com

índice

Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com

Anthogyr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 e 84

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Bien-Air . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

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Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com

CEOdont . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 e 67

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Colgate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 e 33

Coordenadora de projetos: Marta Esquinas marta.esquinas@maxillaris.com

Couleur & Connection . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Dentsply Sirona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com

Douromed . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

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Dürr Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45

Gnathos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

Edição online espanhola: www.maxillaris.com

Hepi Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Baoluo Gao. Beatriz Giménez González. Blas Noguerol Rodríguez. Carlos Fernández Villares. Emilio Serena Rincón. Esther Nevado Rodríguez. Francisco Teixeira Barbosa. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chemez. María Rosa Mourelle Martínez. Rafael Flores Ruiz. Rafael Martín-Granizo López. Rui Figueiredo.

Instituto Casan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Klockner . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Lusobionic . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 Malo Clinic . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Roland DG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Sineldent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 SPEMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

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crónica Portugal tem praticamente o dobro de médicos dentistas face ao rácio recomendado pela Organização Mundial da Saúde Portugal atingiu em 2017 um rácio de um médico dentista por 1.033 habitantes, praticamente o dobro da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de um médico dentista por 2.000 habitantes.

regista-se, no entanto, um aumento exponencial no volume de inativos há mais de cinco anos, número de anos em que, previsivelmente, um médico dentista inativo não voltará a exercer atividade de Medicina Dentária.

No ano passado, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) tinha 11.387 inscritos, um aumento de 699 face a 2016, segundo o estudo “Números da Ordem” que sistematiza os principais dados da profissão de médico dentista em Portugal e apresenta uma projeção do que é expectável para os próximos anos.

Nos últimos 10 anos, o número de membros inativos da OMD mais do que duplicou, passando de 689 em 2007 para 1.420 no ano passado.

Analisando o crescimento previsto do número de médicos dentistas ativos em Portugal e a diminuição do número de habitantes em território português, é esperado que, a partir do próximo ano, exista um médico dentista para menos de 1.000 habitantes. Contudo, em termos de distribuição geográfica existem diferenças significativas no país. Com um médico dentista por cada 707, a Área Metropolitana do Porto é a região com menor rácio. Seguem-se as regiões de Coimbra, Viseu Dão-Lafões, Trás-os-Montes, Cávado e Área Metropolitana de Lisboa. Em termos relativos, os locais com menos dentistas ativos por habitante são o Baixo Alentejo e o Alentejo Litoral, uma vez que o rácio população/dentista é mais alto. No Baixo Alentejo, região com o maior rácio do país, existe um médico dentista por 2.741 habitantes.

Radiograﬁa da proﬁssão mostra que a OMD tem pela primeira vez mais de 11.000 inscritos.

Se o número total de membros da OMD continua a apresentar uma evidente tendência de crescimento,

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Flagelo proﬁssional Orlando Monteiro da Silva, bastonário da OMD, justifica este aumento com a emigração. “O excesso de médicos dentistas está a criar um ﬂagelo na profissão. Portugal não tem como absorver tantos profissionais pelo que a emigração tem crescido para valores impensáveis”. Os ‘Números da Ordem’ mostram apenas uma parte do problema, já que muitos médicos dentistas emigram, mas continuam inscritos na OMD, alguns inclusive trabalham em vários países. “Há anos que alertamos os sucessivos governos para a necessidade imperativa de diminuir o número de vagas em Medicina Dentária nas faculdades, mas nem o setor privado nem o Estado querem reduzir as receitas, pelo que na prática e para os alunos, concluído o mestrado, resta um caminho, o da emigração”, observa o bastonário.

com os estudantes de França, Espanha e Itália a destacarem-se neste capítulo. No total de todos os alunos, 26% tem nacionalidade estrangeira, número bastante superior à percentagem de estrangeiros entre os membros ativos da OMD, que não atinge os 9%”. Orlando Monteiro da Silva explica esta situação com “o reconhecimento internacional do ensino da Medicina Dentária em Portugal, que tem sido cada vez maior e muitos são os que escolhem o nosso país para fazer a sua formação de base, prevendo-se que regressem depois ao seu país de origem”.

O Reino Unido continua a ser o principal destino de emigração para os médicos dentistas portugueses, seguido da França. Outra novidade, salienta, “é o número de estudantes estrangeiros a formar-se nas instituições portuguesas,

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Morreu o médico João Semedo, antigo coordenador do Bloco de Esquerda Faleceu no passado dia 17 de julho, aos 67 anos, o médico e antigo coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo, na sequência de uma batalha contra o cancro nos últimos anos.

João Semedo lançou em janeiro deste ano, em conjunto com António Arnaut, o livro “Salvar o SNS – Uma nova lei de bases da Saúde para defender a democracia”.

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), que apresentou condolências à família, amigos e colegas, recorda a presença de João Semedo no congresso da OMD, em 2010, enquanto deputado à Assembleia da República em representação da Comissão Parlamentar da Saúde. No discurso de abertura, o bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, agradecendo a presença de João Semedo, realçou que nos assuntos de saúde “é particularmente reconfortante ter connosco um colega médico, tomando contacto, através do congresso, com a Medicina Dentária”. João Semedo nasceu em Lisboa, cidade onde se licenciou na Faculdade de Medicina, em 1975, mas foi no Porto que viveu durante 40 anos, onde exerceu a sua proﬁssão e desenvolveu a sua atividade política, social e cultural. Participou na fundação do Sindicato dos Médicos do Norte e da Universidade Popular do Porto, integrou a direção do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI) e da cooperativa artística Árvore. Trabalhou em diversos serviços de saúde públicos, privados e sociais.

Presidência da República renova o Alto Patrocínio à reunião magna da Ordem dos Médicos Dentistas O próximo congresso da OMD voltará a ter como cenário o recinto da Exponor, em Matosinhos (Porto).

O 27o Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), que se realiza de 8 a 10 de novembro, na Exponor (Porto), vai contar pelo segundo ano consecutivo com o Alto Patrocínio da Presidência da República.

A renovação do Alto Patrocínio foi comunicada à OMD pelo chefe da Casa Civil do Presidente da República. O congresso da OMD volta assim a receber o maior apoio institucional da Presidência da República, limitado a alguns eventos de maior relevância nacional. Esta edição do congresso é especial, já que será o culminar das comemorações do vigésimo aniversário da OMD. Prevê-se que seja uma das reuniões magnas mais participadas de sempre e a organização decidiu, este ano, excecionalmente pela efeméride, reduzir o preço da inscrição (até ao passado mês de julho) para 20 euros para médicos dentistas e estudantes de Medicina Dentária, como forma de retribuir o apoio que, ao longo dos anos, tem recebido de todos os membros da OMD. Ao longo do corrente ano, está a decorrer a iniciativa “Encontros com a Ordem”, que já reuniu milhares de participantes, e que percorre, até ao congresso, várias cidades do país, incluindo as regiões autónomas.

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Londres acolheu congresso de dor orofacial sob a presidência de professora de Coimbra Nos passados dias 20 e 21 de julho, realizou-se em Londres (Reino Unido) a sétima edição do congresso mundial de dor orofacial e disfunção temporomandibular, realizado pela European Academy of Craniomandibular Disorders (EACD), sob a presidência de Maria João Rodrigues, professora universitária e diretora do Instituto de Oclusão e Dor Orofacial da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. O seu mandato coincidiu com a realização do congresso mundial desta área médica, que reuniu especialistas dos quatro cantos do mundo. Existe um acordo entre cinco academias irmãs (American Academy of Orofacial Pain, Academia Ibero Latinoamericana de Disfunción Cráneo-mandibular y Dolor Facial, Asian Academy of Craniomandibular Disorders e Australia & New Zealand Academy of Orofacial Pain) que inclui a organização rotativa de um congresso mundial a cada quatro anos, denominado International Congress of Orofacial Pain and Temporomandibular Disorders (ICOT). Coube este ano à Europa a organização do sétimo ICOT, que precede a nonagésima sexta General Session of the International Association for Dental Research (IADR), pelo que os profissionais desta área tiveram dois importantes desafios intelectuais para empreender a viagem rumo a Londres. O congresso, que decorrereu no Royal College of Physicians, apresentou um aliciante programa científico subordinado ao tema “Latest data on orofacial pain: clinical implications”. Programa multidisciplinar

Nikitas Giannakopoulos, com quem a professora catedrática portuguesa dividiu a presidência do congresso. Seguiu-se uma série de conferências sobre as últimas inovações em materia de medicamentos, nomeadamente para o tratamento da neuralgia trigeminal (Joanna Zakrzewska) e boca ardente (Osamu Komiyama), e a apresentação dos trabalhos ao abrigo do tradicional concurso de pósteres científicos do congresso. O período da tarde foi dedicado às novas formas de abordar a dor e a disfunção orofacial, designadamente em idosos com condição neurodegenerativa (Frank Lobbezoo), e às implicações clínicas dos pacientes com perfil somatossensorial (Paulo Conti). A segunda jornada arrancou com uma sessão centrada na vulnerabilidade diferencial da dor. Chris Peck abordou os fatores que influenciam as diferenças individuais em matéria de dor, ao passo que Daniela Gonçalves dissertou sobre o papel central da sensibilização na dor do foro temporomandibular e na dor de cabeça. A tarde do derradeiro dia do congresso foi preenchida com a temática da nova geração de tratamentos, com intervenções sobre o plasma rico no tratamento da osteoartrite da articulação temporomandibular (Eduardo Vázquez), a estimulação transcranial magnética repetitiva no alívio da dor (Satu Jäskelainen) ou o papel do laser na dor oral (Raj Nair).

O programa iniciou-se na manhã do dia 20, com uma sessão de boas-vindas presidida por Maria João Rodrigues e

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Miguel Oliveira vai competir no Mundial de Moto GP O piloto de motociclismo (e estudante de Medicina Dentária) Miguel Oliveira está confirmado no Mundial de Moto GP em 2019, na equipa Tech3/KTM. O piloto português assinou por dois anos com a KTM e vai estar ao serviço da referida equipa com motos iguais às que vão ser utilizadas pela equipa oficial da marca austríaca. Desta forma, Miguel Oliveira torna-se no primeiro português no Mundial de Moto GP, depois de Felisberto Teixeira ter sido o primeiro piloto luso no Mundial de 500 cc em 1998, ao alinhar no GP de Espanha, em Jerez de la Frontera. “O sonho desde menino tornou-se realidade e é com orgulho e felicidade que anuncio a minha entrada para o Moto GP pela KTM. Obrigado pela oportunidade e vamos a isso!”, escreveu no Instagram, partilhando a fotografia da assinatura do contrato.

Universitário Egas Moniz, com sede no Monte da Caparica, em Lisboa, Miguel Oliveira é um nome que se afirma cada vez mais no desporto nacional, como se viu na eleição de Atleta do Ano (2017) no âmbito da Confederação do Desporto. O piloto de 23 anos, natural de Almada, estreou-se no mundial de motociclismo de velocidade em 2011, ainda no campeonato de 125 cc. Seguiram-se quatro temporadas na categoria de Moto 3, tendo, na última das quais, em 2015, sido vice-campeão do mundo, antes de ascender ao campeonato de Moto 2, no qual foi terceiro na época de 2017 e vigésimo primeiro no ano anterior. Na presente temporada, disputa o Mundial de Moto 2 pela equipa Red Bull KTM Ajo.

A frequentar o Mestrado Integrado de Medicina Dentária no Instituto

A partir da época de 2019, o piloto português vai competir na classe rainha do motociclismo mundial.

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Osteology Foundation atribui bolsa a investigador da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Miguel Marto, assistente convidado e investigador na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), foi distinguido com uma Osteology Education Grant, bolsa que é atribuída pela Osteology Foundation, com sede na cidade de Lucerna (Suíça).

pelas prestigiadas University of Michigan School of Dentistry e Harvard School of Dental Medicine, em parceria com a Osteology Foudation, vão ser abordados os aspetos mais relevantes em estudos pré-clínicos e clínicos. Os participantes terão a oportunidade de assistir a sessões com especialistas, discutir casos de estudo, realizar diversos exercícios em equipa e participar em aulas interativas.

Esta bolsa permitirá ao galardoado participar na Research Academy Ann Arbor, um evento que se realizará de 17 a 20 deste mês, em Michigan (EUA), e que reúne alguns dos mais importantes investigadores na área de Medicina Dentária regenerativa e craniofacial. Neste curso intensivo, inteiramente dedicado a jovens investigadores e organizado

Miguel Marto é assistente convidado e investigador na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

A Osteology Foundation tem como objetivo promover a investigação, educação e colaboração entre universidades e indústria no âmbito da regeneração oral e maxilofacial.

Mundo A Sorrir divulga projeto ao abrigo do programa Aldeia da Inovação Social O projeto Centro de Apoio à Saúde Oral (CASO), da organização não governamental Mundo A Sorrir, foi um dos 37 projetos apresentados ao abrigo do programa Aldeia da Inovação Social. Nos dias 4 e 5 de julho, a Aldeia do Xisto da Cerdeira, na Serra da Lousã, abriu as portas às entidades e empreendedores sociais mais emblemáticos do país com o objetivo de mostrar o impacto dos projetos apoiados pela Portugal Inovação Social.

tratamentos médico-dentários. Trata-se de uma resposta social que cria sorrisos reais e que conta com o apoio dos investidores sociais: Município do Porto, Município de Braga e a Santa Casa da Misericórdia do Porto.

O projeto de voluntariado promove a reinserção social da população mais fragilizada através de cuidados de saúde oral.

O projeto CASO eleito pelo programa Portugal Inovação Social, na categoria de Iniciativa de Inovação e Empreendedorismo Social, promove a reinserção social da população mais fragilizada socioeconomicamente através de cuidados de saúde oral e acompanhamento psicossocial personalizado. Desde julho de 2017 que é apoiado pelo programa e, neste primeiro ano, já realizou um total de 2.530 consultas e colocou 106 próteses dentárias. O projeto de intervenção possibilitou que 519 pessoas, de 60 instituições sociais do Porto e Braga, recebessem 5.327

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Próxima edição do salão dentário IDS colocará em destaque o grande potencial de futuro que oferece a profilaxia A profilaxia funciona e oferece um grande potencial de futuro. Isso mesmo tratará de demonstrar a próxima exposição dentária internacional (IDS), agendada para os dias 12 a 16 de março, em Colónia (Alemanha). Na profilaxia dentária, os médicos dentistas optaram pelo caminho correto. Nos últimos anos, o V Estudo Alemão sobre Saúde Dentária (DMS-V) registou uma clara descida no número de cáries em crianças e jovens na Alemanha e um número inferior de pessoas entre os 65 e os 74 anos sem dentes. Agora, é necessário assegurar os êxitos conseguidos e ampliá-los. As inovações no campo da profilaxia proporcionam a base para tal. Uma das atuais tecnologias que oferecem mais possibilidades é o laser: na profilaxia profissional, especialmente o laser de diodos (por exemplo em 635 e 660 nm) complementando o creditado processo clássico (scaling e root-planing com curetas manuais ou sistemas de ultrassons ou aparelhos de abrasão por ar ou air-flow) proporciona possibilidades adicionais para a destruição de germes, a descontaminação de superfícies, etc.

O maior certame da indústria dentária mundial regressa a Colónia (Alemanha) nos dias 12 a 16 de março de 2019.

Nas doenças periodontais estão a conseguir bons resultados as terapias clássicas utilizando antibióticos, hexidina de cloro, hidroxilapatite e produtos naturais antibacterianos, tanto na consulta como em estudos sobre o tema. As tecnologias digitais convertem as escovas de dentes elétricas numa ferramenta de monitorização e ensaio para um cuidado mais eficaz da boca. No futuro, as crianças e os jovens poderão aprender jogando com a

“Na próxima edição da IDS mostrar-se-á toda a gama de possibilidades de uma profilaxia atual” antecipa Markus Heibach, secretário-geral da Associação da Indústria Dentária Alemã (VDDI). Devido à enorme variedade de oferta da IDS, o dirigente alemão recomenda especialmente uma visita ao recinto de feiras de Colónia (Koelnmesse) na companhia de toda a equipa que colabora no consultório.

profilaxia uma vez que os jogos de computador tornam a prevenção mais divertida.

Novo sistema 3D em hidrogel permite cultivar células salivares a partir de células-mãe Uma equipa de investigadores dos Estados Unidos, liderada por Mary C. Farach-Carson e Swati Pradhan-Bhatt, desenvolveu um sistema 3D em hidrogel para cultivar, a partir de células-mãe das glândulas salivares humanas, células acinares capazes de secretar saliva. O trabalho, publicado recentemente em Stem Cells Translational Medicine, abre a porta a novas vias de tratamento para a xerostomia mediante terapia regenerativa.

Muitos dos pacientes afetados por este problema são pessoas que receberam radioterapia e um dos procedimentos que se propõem é preservar as células-mãe da glândula antes das sessões de radiação, para poder cultivá-las depois e realizar um autoenxerto do paciente. Nas suas experiências, o grupo de investigação norte-americano conseguiu manter vivo o tecido salivar após implantá-lo em ratos, pelo que agora se propõem continuar a desenvolver os ensaios e o procedimento em modelos animais.

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Esta edição do congresso vai ter, pela primeira vez, um fórum de investigação em Medicina Dentária

O 27o congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), agendado para os dias 8 a 10 do próximo mês de novembro, nas instalações da Exponor (Porto), apresenta novidades ao nível da programação, incluindo uma inédita proposta gastronómica, e um reforço das salas onde vão decorrer as sessões científicas. Também se antecipa um aumento substancial da área destinada à Expo-Dentária. No ano em que se comemoram os 20 anos da OMD, a comissão organizadora presidida pela médica dentista Filomena Salazar espera a maior adesão de sempre em matéria de congressistas e representantes da indústria do setor.

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O congresso da OMD está de volta ao Norte (e à Exponor). Estão previstas alterações em termos de utilização do espaço físico? O Congresso da OMD deste ano vai ter várias novidades. Delineámos um layout mais funcional e vamos utilizar uma área maior. No total, vamos ter sete espaços para o programa científico, serão quatro auditórios e três salas com capacidade para cerca de 3.700 congressistas. Aumentámos ainda substancialmente o número de espaços para a Expo-Dentária Portugal. Por ser um ano especial, no âmbito da comemoração dos 20 anos da Ordem, esperamos um maior número de participantes e assegurámos já a possibilidade de ampliar os auditórios nas suas capacidades pré-definidas. Estamos preparados e com capacidade de oferecer condições excelentes neste congresso. Todos os anos surge alguma novidade com o cunho pessoal do presidente da Comissão Organizadora. No seu caso, que fator(es) inovador(es) pretende introduzir no programa? Para muitos médicos dentistas, o congresso é também um momento de convívio, uma oportunidade de rever e conhecer novos colegas. Um ponto de encontro para fazer contactos. Neste sentido, decidimos nesta edição impulsionar uma maior confraternização entre todos e criámos uma novidade, o espaço Meeting Point, uma praça de alimentação concebida para os três dias do encontro, local próprio para uma das principais vantagens de um congresso que é o networking, e retomámos o jantar do congresso aberto a todos os participantes, que antecede a festa na Alfândega do Porto. Como definiria a equipa que a acompanha na organização do congresso? É uma equipa grande, com uma enorme capacidade para realizar um evento com o nível de excelência que nos têm habituado os congressos da OMD. Esta equipa é a Comissão Organizadora,

constituída por pessoas que acompanham o congresso há já alguns anos com grande experiência, e também elementos novos que trazem contributos fundamentais para a dinâmica deste grande evento. A Comissão Científica participa ativamente na elaboração de todo o programa científico. O Conselho Diretivo e o bastonário também estão envolvidos na Comissão Organizadora. Além disso, contamos com a cooperação de todos os colaboradores da Ordem. Toda esta equipa reacende em nós o orgulho de sermos médicos dentistas, porque se trata de um congresso feito por nós e para nós. Quais são os principais destaques do programa científico, designadamente os temas mais proeminentes e o volume de oradores (portugueses e estrangeiros) convidados? O programa é rico e diversificado como sempre. Além de um excelente conteúdo científico, teremos a oportunidade de refletir sobre os desafios que se colocam hoje à Medicina Dentária e até mesmo às políticas de saúde oral. É um programa impulsionador da formação contínua e da valorização profissional para todos os médicos dentistas nas diferentes áreas da Medicina Dentária, objetivo principal na sua elaboração por parte da Comissão Científica e da Comissão Organizadora. Vamos ter dezasseis conferencistas de renome internacional e 35 nacionais, que abrangem temas como a reabilitação oral, a implantologia, a periodontologia, a odontopediatria, a ortodontia, a endodontia, a medicina oral, a dentisteria e a cirurgia oral. Esta edição do congresso vai ter, pela primeira vez, um fórum de investigação em Medicina Dentária, um maior número de cursos hands-on, um workshop de cirurgia oral e um curso de fotografia, para além do curso já habitual para assistentes dentários e os já conhecidos temas socioprofissionais.

A Exponor volta a ser o cenário da principal cimeira do setor dentário.

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Decidimos nesta edição impulsionar uma maior confraternização entre todos e criámos uma novidade, o espaço Meeting Point Que cursos vão decorrer no âmbito do programa formativo paralelo às sessões científicas? Este ano aumentámos para o dobro os cursos hands-on, vão ser quatro: dois de dentisteria, um de periodontologia e um de técnicas de L-PRF. Que outras iniciativas (do foro social, recreativo, etc.) vão assumir particular relevo no contexto global do congresso da OMD? A título de exemplo: vai repetir-se o espaço criativo (dedicado às artes)? Este ano o congresso recebe o encerramento das comemorações dos 20 anos da Ordem dos Médicos Dentistas. Nesta edição, não poderemos deixar de nos associar a esta data simbólica, dando continuidade ao que a OMD fez ao longo do ano. Assim, de uma forma inédita e num momento único, resolvemos disponibilizar aos médicos dentistas e aos estudantes de Medicina Dentária condições excecionais para estarem presentes. Todos os que se inscreveram até dia 18 de julho, exclusivamente online, podem participar em todas as atividades do congresso por um valor idealizado para esta celebração, 20 euros, o que é uma oportunidade ímpar. Esta foi a primeira iniciativa que antecede o congresso. Existem outras novidades preparadas, como o lançamento do livro dos 20 anos da OMD, e um momento especial no 27o congresso, que é a cerimónia de entrega de diplomas do título profissional de médico dentista aos membros inscritos na Ordem de 1 de janeiro a 15 de outubro de 2018 e que será, doravante, efetuada em todos os congressos da OMD. A inscrição no congresso é gratuita para estes médicos dentistas.

O 27o congresso da OMD não só conta com um maior número de expositores, como ocupa um espaço bastante maior que nos anos anteriores. Temos a certeza de que a Expo-Dentária, no seu todo, vai ser a maior de sempre. Dispomos de dois pavilhões com 550 espaços, um reforço de 17,2%, face à última edição realizada na Exponor, há dois anos. O aumento da área de exposição deve-se às solicitações de participação de novos expositores e, também, ao incremento do número de espaço de alguns expositores. Com a adesão que estamos a ter por parte da indústria, achamos que vamos superar todas as expectativas. As empresas expositoras vão apresentar as inovações mais recentes do mercado de produtos, equipamentos e serviços, e vão seguramente surpreender com a dinâmica que vão implementar aos seus stands.

Quais são as previsões quanto ao número de congressistas? As previsões são sempre de superar o número de inscrições do ano anterior, no entanto, este ano, pelas condições excecionais que estão disponibilizadas para a inscrição, sabemos desde já que será a maior adesão de sempre. Quais são os contornos da Expo-Dentária, nomeadamente quanto à área de exposição e ao número de expositores e stands? É expectável um reforço da participação comparativamente à última edição que decorreu no Porto (em 2016)?

Cartaz do congresso da OMD. Este ano, pelas condições excecionais que estão disponibilizadas para a inscrição, tudo indica que será a maior adesão de sempre.

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Prevê-se um aumento do número de expositores estrangeiros na Expo-Dentária? Que países estarão representados no recinto da Exponor? Neste momento a ocupação do espaço já está nos 95%. É um crescimento assinalável! Não esperamos um aumento do número de expositores estrangeiros, mas nesta altura e para além de muitas empresas portuguesas, temos inscritas empresas de Espanha, de França, de Itália, da Suíça e da Alemanha, para citar alguns dos países europeus presentes; mas também temos inscritas empresas brasileiras, norte-americanas, sul-coreanas, paquistanesas, chinesas, entre outros países. A Expo-Dentária tornou-se, nos últimos anos, uma feira muito atrativa para empresas de todo o mundo. Os pedidos para participação na feira têm vindo a aumentar de ano para ano.

Filomena Salazar antecipa que a Expo-Dentária, no seu todo, vai ser a maior de sempre, com dois pavilhões que dispõem de 550 espaços, um aumento de 17,2%, face à última edição realizada na Exponor, há dois anos.

Este ano o congresso recebe o encerramento das comemorações dos 20 anos da Ordem dos Médicos Dentistas. Nesta edição, não poderemos deixar de nos associar a esta data simbólica, dando continuidade ao que a OMD fez ao longo do ano

Antecipam-se mudanças relevantes no certame da indústria ou medidas adicionais para reforçar a vertente comercial do congresso? Sim, tivemos muito cuidado com o layout, onde todo o congresso vai decorrer, para que a Expo-Dentária Portugal fique no local de passagem para os auditórios, com uma circulação que satisfaça os expositores e os visitantes, proporcionando uma excelente oportunidade para os negócios e social networking. Num contexto mais pessoal, como encara o desafio de organizar o principal encontro da área da saúde oral (e da saúde geral) e que metas espera ter alcançado no rescaldo da 27a edição do congresso? Encaro este desafio com um grande sentido de responsabilidade e com uma força motriz muito poderosa, a vontade de impulsionar a formação contínua e a valorização profissional da Medicina Dentária. Considerando que é o grande evento do setor em Portugal, a meta que esperamos ter alcançado no rescaldo do congresso é ter dado continuidade à excelência que nos habituou, ano após ano, e ter superado todas as expectativas. E que cada um dos participantes tenha o ânimo e a consciência de que a formação será sempre o que nos eleva profissionalmente. Assim, esperamos que no final dos três dias todos possam comentar que foi um verdadeiro acontecimento de partilha científica, social e comercial. Este alcance só é possível com o empenho de toda a equipa que constitui a Comissão Organizadora e a Comissão Cientifica, os colaboradores da OMD e todas as empresas que constituem a Expo-Dentária que são os nossos parceiros.

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Kathryn Kell presidente da Federação Dentária Internacional (FDI)

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Trabalhar em conjunto é a única forma que temos para enfrentar os elevados custos globais das doenças do foro oral

Kathryn Kell assumiu a presidência da Federação Dentária Internacional (FDI) em setembro do ano passado, durante o congresso mundial que esta organização celebrou em Madrid (Espanha). Um ano depois, a médica dentista norte-americana, que soma duas décadas de experiência no seio da FDI, traça à MAXILLARIS as prioridades da classe dos médicos dentistas à escala global e antecipa que uma das chaves do desenvolvimento da entidade máxima da proﬁssão passa pelo plano estratégico 2018-2021, que assenta em três pilares fundamentais: mobilização, promoção e transferência de conhecimento.

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A boca é o espelho do corpo e dá-nos pistas sobre o estado geral da saúde de cada indivíduo. Muitas doenças aumentam o risco das patologias do foro oral e vice-versa. As doenças orais podem ter impacto em todos os aspetos da vida quotidiana Como encara o desafio de presidir a FDI? Considera que a sua já longa experiência no seio desta organização é uma vantagem para o exercício desse papel? Mais que um desafio, gosto de encarar o meu mandato presidencial como uma oportunidade. O cargo de presidente da FDI dá-me a possibilidade de viajar por todo o mundo. Em todos os lugares por onde passo, todas as pessoas que conheço e todas as histórias que ouço, tenho constatado um forte empenho na saúde oral. Tenho visto toda a gente – crianças, pais e cidadãos mais velhos – a cuidar da sua saúde oral e a inspirar outros a fazer o mesmo. Este é, sem dúvida, um dos aspetos mais compensadores da minha presidência. Foi há 20 anos que aderi pela primeira vez à FDI, quando ingressei na Comissão de Educação e do Congresso desta organização. Ao longo dos anos, aprendi que só trabalhando em conjunto e com políticas de inclusão para todas as pessoas, os países e horizontes é que se torna possível atingir o objetivo de consagrar uma saúde oral de excelência para todos. As organizações nacionais do setor dentário que integram a FDI são o nosso principal ativo para atingir esse fim. A minha meta enquanto presidente da FDI é colaborar de forma estreita com os nossos associados a fim de encontrarmos uma visão comum. Sempre que for possível, devemos proporcionar recursos aos membros da FDI para desenvolverem projetos que possam incrementar os resultados da saúde oral. Trabalhar

em conjunto é a única forma que temos para enfrentar os elevados custos globais das doenças do foro oral. Uma das chaves do desenvolvimento da FDI passa pelo plano estratégico 2018-2021 que orientará a organização para os próximos quatro anos. Como e quando espera que a comunidade da Medicina Dentária possa atingir os três pilares deste plano? Os três pilares do novo plano estratégico da FDI – mobilização, promoção e transferência de co– nhecimento – serão os nossos fios condutores durante os próximos quatro anos. Conseguir uma adesão forte e coesa é muito importante para nós. Vamos continuar a desenvolver iniciativas que correspondam às necesidades dos nossos associados e ajudar a valorizar a perceção da saúde oral no plano nacional. A FDI conduzirá um amplo esforço mundial de promoção no sentido de aumentar a literacia em saúde oral e alcançar o compromisso político neste campo em todos os países. Num espírito de troca de conhecimentos e colaboração, a FDI prometeu fazer avançar a ciência e a prática em Medicina Dentária mobilizando a comunidade do setor para desenvolver melhores práticas em termos científicos e educacionais e partilhar conhecimentos em matéria de cuidados e tratramentos preventivos. Esperamos que o nosso plano estratégico possa apoiar e inspirar outros parceiros da comunidade da Medicina Dentária no sentido de implementarem objetivos semelhantes, de modo a que possamos trabalhar em conjunto para atingir melhores resultados no domínio da saúde oral a nível global. Que outras prioridades definiu para o seu mandato presidencial? Uma das minhas prioridades é reforçar os laços entre a saúde oral e a saúde geral. Ao valorizar esta relação, julgo que será possível melhorar a saúde de uma forma tangível e sustentável. A saúde oral e a saúde geral têm uma estreita relação bilateral.

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A boca é o espelho do corpo e dá-nos pistas sobre o estado geral da saúde de cada indivíduo. Muitas doenças aumentam o risco das patologias do foro oral e vice-versa. As doenças orais podem ter impacto em todos os aspetos da vida quotidiana, desde as relações pessoais à auto-confiança passando pelo desempenho escolar e profissional. Manter uma boca saudável contribui para o bem-estar permanente e ajuda as pessoas a ter uma boa qualidade de vida até uma idade mais avançada. Esta é uma prioridade que me é particularmente cara bem como à FDI no seu todo. Há alguma questão global que desperte especial atenção ou interesse da presidência da FDI? O flagelo mundial das doenças orais continua a ser significativo e abrangente. A maioria das pessoas serão afetadas por uma doença oral ao longo da vida. Todos os dias me concentro nos passos que poderei dar para inverter esta tendência e melhorar a saúde oral. Embora esteja consciente de que este é um desafio de grande complexidade, julgo que a resposta mais eficaz passa pela aposta na prevenção. Devemos desviar a nossa atenção de uma abordagem restaurativa tradicional para uma visão que saliente a prevenção das doenças e a promoção da saúde oral. Os profissionais desta área devem desempenhar um papel determinante na educação dos pacientes quanto às várias implicações que estão associadas à proteção da saúde oral. Uma abordagem mais integrada dos cuidados de saúde pode ajudar a atingir melhores resultados para os pacientes com patologias orais. Em suma, adotar hábitos saudáveis de higiene oral, uma boa dieta alimentar – baixa em açúcares –, evitar o consumo de tabaco, reduzir a ingestão de bebidas alcóolicas e manter check-ups dentários regulares são fatores que ajudam a proteger a boca e o corpo em todas as idades. Apesar dos esforços da FDI, os cuidados de saúde oral continuam a ser encarados por muitos governos como uma questão secundária em termos de saúde global. Quais são as suas expectativas neste âmbito? É verdade que a mensagem de que uma boa saúde oral é uma parte essencial do estado de saúde – e, portanto, da qualidade de vida de cada indivíduo – ainda não foi assumida em

A presidente da FDI com o seu antecessor, o médico dentista francês Patrick Hescot, durante a tomada de posse em Madrid, no contexto do congresso mundial de 2017.

todo o lado. Muitas pessoas em vários pontos do mundo continuam a ser vítimas de uma precária saúde oral. Isto tem de mudar. Ao promovermos a importância da saúde oral, bem como a prevenção e o controlo das doenças do foro oral, podemos contribuir para uma mudança de atitude face a esta questão, tornando-a cada vez mais num tema de saúde prioritário no contexto nacional e internacional. Estou confiante que através do nosso esforço de sensibilização e dos projetos que estão em marcha no terreno vamos obter progressos no que toca a assegurar que a saúde oral é tratada como uma prioridade e integrada nos planos da saúde global.

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A FDI defende o reforço da qualidade da prática clínica dos profissionais do setor como uma das formas de melhorar os indicadores em matéria de saúde oral.

Temos conseguido introduzir no terreno projetos que permitem melhorar os resultados da saúde oral e do combate às doenças do foro oral nas zonas mais carenciadas dos quatro cantos do mundo

Os cuidados dentários continuam a ser maioritariamente assegurados pelos sistemas de saúde privados. Qual é a sua opinião sobre o papel que os sistemas públicos devem ter neste âmbito? A saúde oral é essencial para manter uma boa qualidade de vida. No entanto, como acontece com muitos outros serviços de saúde, os cuidados básicos de saúde oral continuam a não abranger milhões de pessoas. A FDI defende que esses cuidados básicos devem ser considerados como um serviço de saúde indispensável para melhorar os resultados neste domínio, bem como reduzir as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde geral. As associações nacionais que pertencem à FDI trabalham localmente com os seus governos no sentido de acentuar a importância de uma boa saúde oral para todos. A FDI publica livros brancos e guias práticos para ajudar os seus associados a promover uma boa saúde oral. Nas minhas deslocações aos países membros já me reuni com ministros da Saúde e chefes de governo com os quais tive a oportunidade de trocar impressões sobre a importância da saúde oral e em que medida a falta dela afeta a saúde geral dos seus cidadãos.

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Que ações tem desenvolvido a FDI com vista a combater a precária situação dos cuidados de saúde oral em algumas regiões da América Latina, África e Ásia? A saúde oral pode ver-se afetada por uma série de determinantes sociais com impacto no acesso a esses cuidados. A falta de educação neste campo, no entanto, continua a ser uma das grandes barreiras que impedem que se registe uma boa saúde oral em determinadas regiões do planeta. Ao reconhecer isto, a FDI tem reforçado muito a sua missão de alertar sobre a importância da saúde oral e de educar as pessoas, sempre numa relação intrínseca entre a saúde oral e a saúde geral. Temos conseguido introduzir no terreno projetos que permitem melhorar os resultados da saúde oral e do combate às doenças do foro oral nas zonas mais carenciadas dos quatro cantos do mundo. A nossa iniciativa “Smile Around the World”, por exemplo, está fortemente focada na educação infantil com o fim de estimular bons hábitos de saúde oral em idade precoce. Este projeto promove a educação em saúde oral e a prevenção de doenças orais entre as crianças que têm um acesso limitado a estes cuidados. Presentemente, o programa está a ser imple-

mentado em três províncias chinesas e abrange cerca de 3.000 crianças em idade escolar. Quais são as recomendações da FDI para inverter o elevado volume de profissionais do setor dentário que se regista em alguns países, como Portugal e Espanha, e minimizar os riscos de excesso de tratamentos dentários e de perda de controlo da qualidade dos mesmos? A qualidade em Medicina Dentária é um aspeto fundamental para a FDI. Trabalhamos em estreita colaboração com os nossos associados, incluindo o Consejo General de Dentistas, em Espanha, e a Ordem dos Médicos Dentistas e a Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária, em Portugal, com o intuito de alertar para a importância dessa qualidade para se alcançarem bons índices de saúde e de saúde oral a nível mundial. Acreditamos que uma relação de confiança entre o paciente e o médico dentista é particularmente importante para aumentar a qualidade em Medicina Dentária. Uma comunicação clara e aberta entre o paciente e o dentista pode ajudar a reduzir os procedimentos dentários desnecessários e incrementar os cuidados globais do paciente. Na FDI defendemos a implementação de ciclos permanentes de melhoria da qualidade na prática clínica e a promoção da investigação como forma de apoiar o desenvolvimento dos indicadores em matéria de saúde oral.

Kathryn Kell sublinha que a qualidade em Medicina Dentária é um aspeto fundamental para a organização que preside.

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ponto de vista Congresso Anual da SPEMD regressa a Lisboa em outubro

Bruno Seabra

Médico dentista. Presidente da Comissão Organizadora do XXXVIII Congresso Anual da SPEMD.

Nos dias 12 e 13 de outubro próximo irá realizar-se o XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) na região de Lisboa, mais concretamente no Centro de Congressos Lagoas Park, em Oeiras.

que, não precisando de apresentação, provam a qualidade e a excelência que pretendíamos alcançar também este ano: Jorge Perdigão, Carlos Saratti, Ronald Ordinola-Zapata, Rui Pereira da Costa, Sérgio Bernardes e Tábata Muro.

Foi um espaço que agradou, na edição de 2015, a praticamente todos os congressistas e patrocinadores, o que levou a que a Comissão Organizadora deste ano voltasse a apostar neste local.

Repetiremos o Fórum de Medicina Oral em moldes muito semelhantes ao realizado o ano passado, em Coimbra, e que constituiu um enorme sucesso, e criámos um Fórum de Reabilitação Oral com discussão de vários casos clínicos e a participação dos congressistas presentes, com um sistema de votação em direto.

O programa multidisciplinar abrangente a que a SPEMD já nos habituou irá contar com a presença de conferencistas nacionais e estrangeiros de topo, que irão partilhar o estado da arte nas diferentes áreas da Medicina Dentária e da Estomatologia. O congresso foi pensado e estruturado com uma determinada linha condutora começando com temas como a dentisteria e a endodontia, passando pela estética até culminar nos tratamentos com recurso a implantes e reabilitações mais complexas. Apesar de todos os conferencistas convidados serem de referência, destacamos alguns

À imagem da SPEMD e dos seus princípios estatutários, enquanto sociedade científica que para o ano celebrará os seus 100 anos, iremos manter uma forte aposta no apoio à divulgação da investigação, organizando diferentes iniciativas. Assim, voltaremos a apostar no Fórum de Investigação, que este ano incide sobre temas relacionados com a elaboração de um artigo científico. Iremos continuar a apoiar a apresentação e discussão de trabalhos sob a forma de póster com a enorme vantagem, tal como sucede há vários anos, de os resumos serem publicados numa

Temos a plena consciência que criámos um programa muito forte e que este congresso será mais um sucesso com a marca SPEMD

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edição especial da Revista Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. Procuramos, desta forma contribuir para o reconhecimento e a valorização do esforço e trabalho dos colegas, ajudando ao aumento da qualidade da investigação científica realizada em Portugal. Convidamos e incentivamos os vários centros de investigação nacionais e os colegas em geral a submeterem trabalhos e a motivarem outros jovens investigadores a seguirem o seu exemplo. A SPEMD considera que o seu congresso anual constitui um local privilegiado para a apresentação pública destes trabalhos. À semelhança dos anos anteriores, durante a sessão solene de abertura será entregue o Prémio de Investigação SPEMD, que tem por objetivo recompensar o mérito e estimular o gosto pela investigação científica dos nossos sócios. O encontro anual da SPEMD é o único congresso à escala nacional que congrega todos os profissionais da área da saúde oral, permitindo juntar no mesmo espaço médicos estomatologistas, médicos dentistas, estudantes de Medicina Dentária, cirurgiões maxilofaciais, médicos, técnicos de prótese dentária, higienistas e assistentes dentários. Mantendo esta tradição, o programa foi

preparado para que no sábado pudessem também participar os técnicos laboratoriais de prótese dentária, os higienistas orais – estes últimos com a realização da sua reunião anual – e os assistentes dentários com a organização de um curso de formação com um programa muito interessante e atual. A área de exposição comercial, devido ao elevado número de casas que nos contactaram, foi consideravelmente aumentada. Penso que conseguimos encontrar uma solução bastante equilibrada que com certeza agradará a todos e permitirá um melhor contacto entre as casas comerciais e os congressistas. Temos a plena consciência que criámos um programa muito forte e que este congresso será mais um sucesso com a marca SPEMD. Convido os colegas a visitarem o programa no sítio http://www.spemd.pt/congresso/congresso_2018 e a fazerem gosto na página do Facebook dedicada ao XXXVIII Congresso Anual da SPEMD. Fica lançado o convite e contamos mais uma vez com a vossa presença e participação.

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Abordagem periodontal em coroas clínicas curtas: alongamento coronário bimaxilar

Rita Lamas Médica dentista. Licenciada pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). Aluna da Especialização de Periodontologia e Implantes da FMDUL. rita.nunes.lamas@gmail.com Vanessa Rodrigues Médica dentista. Licenciada pela Universidade Fernando Pessoa (Porto). Aluna da Especialização de Periodontologia e Implantes da FMDUL. Pedro Rocha Médico dentista. Licenciado pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz. Aluno da Especialização de Periodontologia e Implantes da FMDUL. Pedro Otão Médico dentista. Licenciado pelo Instituto Universitário de Ciências da Saúde (CESPU). Aluno da Especialização de Periodontologia e Implantes da FMDUL. Francisco Brandão de Brito Médico dentista. Licenciado pela FMDUL. Especialista em Periodontologia pela Ordem dos Médicos Dentistas. Docente da Especialização de Periodontologia e Implantes da FMDUL. Lisboa.

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Ciência e prática

Dessa forma, torna-se fundamental a interação entre o periodontologista e o prostodontista, no que respeita à reabilitação prostodôntica de dentes, cuja localização das margens gengivais e/ou contornos das restaurações podem comprometer a resposta dos tecidos periodontais (Padbury et al., 2003). Neste contexto, surgiu o conceito de integração biológica das restaurações que implica o respeito pelo espaço livre biológico.

juntiva supra-alveolar (com um valor médio de 1,07 mm) e o epitélio juncional (com um valor médio de 0,97 mm), dando uma dimensão média total de 2,04 mm (Gargiulo et al., 1961). A invasão do espaço biológico tem consequências no periodonto que variam consoante o seu biótipo. Num biótipo periodontal fino, com contorno tecidual pronunciado, é expectável a recessão gengival com consequente restabelecimento apical do espaço biológico. Por outro lado, num biótipo periodontal grosso, com contorno menos pronunciado, é frequente a existência de uma inflamação crónica, independentemente dos procedimentos de controlo de placa bacteriana (Kao & Pasquinelli, 2002). Situações clínicas em que a reabilitação possa implicar a agressão dos tecidos periodontais e invasão do espaço livre biológico, como é o caso de lesões cariosas subgengivais, perfurações endodônticas, fraturas corono-radiculares ou desgaste excessivo da dentição por hábitos parafuncionais, onde a estrutura dentária supragengival disponível é insuficiente para uma adequada retenção da restauração (Pontoriero & Carnevale, 2001), indica-se o aumento da coroa clínica. O alongamento coronário pode então ter indicação estética e/ou funcional de forma a que as linhas de terminação em prótese fixa, se encontrem acessíveis à toma de impressões, à correta adaptação das coroas e ao adequado controlo da placa bacteriana.

O espaço livre biológico foi definido, pela primeira vez, por Gargiulo, em 1961, como sendo a junção dentogengival, ou seja, a porção de tecidos moles que se localiza coronariamente à crista óssea. Dela fazem parte a inserção con-

Neste artigo apresentamos um caso clínico de um paciente reabilitado com prótese fixa, tornando notória a necessidade de uma abordagem multidisciplinar entre a periodontologia e a prostodontia fixa.

Introdução A manutenção da saúde dos tecidos periodontais é essencial quando se efetua qualquer procedimento restaurador. A existência de um periodonto saudável possibilita uma harmoniosa integração biológica das restaurações, garantindo uma adequada função e estética de toda a dentição, a longo prazo.

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Desenvolvimento O caso clínico que de seguida descrevemos diz respeito a um paciente do sexo masculino, de 59 anos, sistemicamente saudável, que se dirigiu à consulta com o objetivo de melhorar a sua eficiência mastigatória e estética. Após exame clínico detalhado, constatou-se um desgaste dentário generalizado, com inúmeras facetas de desgaste, perda de dimensão vertical de oclusão e uma mordida anterior do tipo “topo a topo”. Verificou-se ainda a existência de múltiplas restaurações debordantes, bem como a presença de lesões cervicais cariosas. No exame radiográfico constatou-se a ausência de algumas peças dentárias e a presença de dentes com prognóstico questionável.

Para estabelecer um correto diagnóstico e plano de tratamento recolheu-se informação do exame clínico, do exame radiográfico (ortopantomografia e status radiográfico), da análise dos modelos de estudo e da observação de fotografias extra e intraorais. Após avaliação dos meios auxiliares de diagnóstico e tendo em conta critérios estéticos, funcionais e biológicos, confecionou-se um enceramento diagnóstico. Todos estes elementos, constituíram a base para a realização do tratamento em que, para uma adequada integração biológica das restaurações no periodonto, indicou-se a realização de uma cirurgia para alongamento coronário, do segundo e quinto sextantes.

Figs. 1 a 6. Vista clínica extra e intraoral, onde se verifica um compromisso estético e funcional do sorriso do paciente. Destaca-se a existência de perda de dimensão vertical e a presença de extensas facetas de desgaste.

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Fig. 7. Ortopantomografia do paciente onde se observa a ausência de várias peças dentárias, presença de lesões apicais bem como de restaurações mal adaptadas e infiltradas.

Fig. 8. Radiografias periapicais dos dentes do segundo e quinto sextantes.

Fig. 9. Modelos de estudo através dos quais se confirma o acentuado desgaste dentário, perda de dimensão vertical e oclusão anterior “topo a topo”.

Fig. 10. Enceramento diagnóstico realizado com base nos critérios estéticos e funcionais reabilitadores e peridontais. É evidente a presença de simetria das margens bem como a ideal localização dos “zenith”.

Figs. 11 e 12. Goteiras cirúrgicas fabricadas em material termoplástico que serviram de guias para a marcação das incisões cirúrgicas.

O objetivo deste artigo é destacar a necessidade de uma estreita interação entre a periodontologia e a prostodontia fixa no planeamento e tratamento dos sextantes anteriores. Dessa forma, faremos uma descrição passo a passo da técnica cirúrgica selecionada para o plano de tratamento proposto. Apesar deste artigo se focar unicamente no tratamento realizado nos segundo e quinto sextantes, é importante realçar que nos setores posteriores colocaram-se

implantes dentários, de forma a devolver a capacidade mastigatória, bem como garantir um adequado suporte de oclusão posterior. Após a fase higiénica, que incluiu o ensino e a motivação para técnicas de controlo de placa bacteriana, destartarização ultrassónica e polimento, realizaram-se as exodontias dos dentes com prognóstico questionável.

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Figs. 13 e 14. Imagens clínicas relativas ao segundo e quinto sextantes aquando da marcação da futura posição da margem gengival e respetivos “zenith”.

Figs. 15 a 20. Incisões e descolamento do retalho de espessura total.

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Figs. 21 a 25. Cirurgia óssea onde se recorreu a broca esférica de tungsténio, em turbina, e cinzel ósseo.

No dia da cirurgia utilizaram-se como guias cirúrgicas goteiras, que se fabricaram a partir do enceramento. Após anestesia infiltrativa, começou-se por desenhar a futura posição das margens gengivais, que serviu de ponto de partida à marcação das incisões. Uma vez concluídas as incisões parasulculares, elevou-se o retalho de espessura total e efetuou-se a osteotomia e osteoplastia de forma a restabelecer uma arquitetura óssea positiva. O cálculo da quantidade de osso a remover realizou-se a partir da posição da futura margem das restaurações, que respeitando o espaço biológico, deverá encontrar-se a cerca de 3 mm da crista óssea. Terminou-se a cirurgia com sutura

descontínua (pontos de colchoeiro vertical modificado e simples), de forma a obter uma estreita adaptação dos retalhos, bem como garantir um adequado reposicionamento apical. Após decorridas quatro semanas de cicatrização, iniciou-se a fase de provisionalização com o talhe e a confeção de pontes acrílicas provisórias, que incluíram os elementos de 15 a 24 e de 35 a 45. Tal como se recomenda no artigo de Pontoriero e Carnevale (2001), aguardou-se cerca de seis meses antes de reabilitar os dentes com coroas definitivas, de forma a possibilitar a maturação e estabilidade dos tecidos periodontais.

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Figs. 26 a 28. Sutura dos retalhos com seda 4/0, onde se destaca o encerramento primário dos mesmos.

Figs. 29 a 35. Talhe e provisionalização com pontes acrílicas, onde se destaca o correto rebasamento que proporcionou uma satisfatória adaptação bem como o polimento das margens, permitindo uma integração saudável nos tecidos periodontais circundantes.

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Figs. 36 a 38. Imagens relativas à reabilitação definitiva com coroas em cerâmica.

Conclusão Este caso clínico realça a importância de uma abordagem multidisciplinar, evidenciando a estreita relação entre duas áreas da Medicina Dentária: a periodontologia e a prostodontia fixa. É um facto que, para assegurar um adequado prognóstico a longo prazo, todas as fases do diagnóstico e tratamento deverão ser respeitadas, desde a recolha de todos os elementos clínicos e radiográficos ao planeamento e a fase de manutenção. A provisionalização efetuada após a cirurgia de alongamento coronário é de elevada relevância no sentido de permitir uma efetiva cicatrização dos tecidos, bem como um restabelecimento da função e estética. Assim, no momento da reabilitação definitiva, os tecidos já terão estabilidade, permitindo uma adequada integração das restaurações. Em conclusão, salienta-se a necessidade das restaurações apresentarem um desenho adequado, que permita um efetivo controlo de placa bacteriana, pelo clínico e pelo paciente, assegurando a longevidade do tratamento realizado. Bibliografia 6. Pontoriero R, Carnevale G. Surgical crown lengthening: a 12-Month clinical wound healing study. J Periodontol 2001; 72: 841-848.

1. Gargiulo A, Wentz F, Orban B. Dimension and relations of the dento-gingival junction in humans. J Periodontol 1961, 32, 261.  2. Gracis S, Fradeani M, Celletti R, Bracchetti G. Biological integration of aesthetic restorations: factors influencing appearance and long term success. Periodontology 2000; 2001; 27, 29-44.

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Remissão do líquen plano oral em paciente com baixa autoestima: aplicação de toxina botulínica na estética facial incrementa qualidade de vida

Irineu Gregnanin Pedron Médico dentista. Especialista em Periodontologia e Implantologia. Mestre em Ciências Odontológicas pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Brasil). Autor do livro “Toxina botulínica: aplicações em odontologia” (Ed. Ponto, 2016). Professor do curso de Toxina Botulínica em Odontologia (Bottoxindent), em São Paulo. Professor do Curso de Odontologia na Universidade do Brasil, com sede em São Paulo. Talitha Dantas de Oliveira Aluna do Curso de Odontologia da Universidade do Brasil.

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Introdução Na clínica estomatológica, diversas lesões orais podem manifestar-se em decorrência de condições psicossomáticas. Entre elas, o líquen plano é uma doença mucocutânea inflamatória crónica relativamente frequente, cuja etiopatogénese ainda permanece indefinida, embora geralmente associada ao stress emocional. Foi descrita pela primeira vez pelo dermatologista britânico Erasmus Wilson, em 1869, cuja denominação se deve à semelhança com espécies de algas e fungos simbióticos1. Clinicamente podem observar-se algumas formas como a reticular, papular, erosiva, em placa, bolhosa e atrófica, sendo a primeira a mais frequente2,3. Há maior predisposição pelo género feminino, acometendo a faixa etária de 40 a 70 anos de idade3-5. A mucosa jugal é a região mais acometida, seguida pela gengiva, lábio, soalho bucal e palato1-5.

Resumo

Referente a etiopatogenia, tem sido postulada a influência do estado emocional (como o stress e a ansiedade), iatrogenia medicamentosa ou doenças sistémicas, particularmente o comprometimento imunológico ou a diabetes, na iniciação ou no curso clínico da doença. Entretanto, o papel do stress e da ansiedade ainda não foi bem definido. A lesão aparece como uma resposta imune mediada por células, na qual há interação entre células epiteliais e linfócitos1. Diversos medicamentos podem induzir lesões clinicamente semelhantes ao líquen plano. Entretanto, sugeriram-se os termos mucosite ou dermatite liquenóide, dependendo da região acometida, bem como reações liquenóides como a gengivite liquenóide de corpo estranho, quando induzidas por outras substâncias1.

O líquen plano é uma doença mucocutânea inflamatória crónica relativamente frequente na clínica estomatológica, geralmente associada ao stress emocional. Nesta perspetiva, diversas desordens psicológicas podem favorecer o aparecimento destas lesões. Em contrapartida, a toxina botulínica vem sendo amplamente utilizada na Medicina Dentária, tanto em procedimentos estéticos quanto terapêuticos. O propósito deste trabalho é apresentar o caso de uma paciente com baixa autoestima que apresentou líquen plano oral. A paciente recebeu aplicações de toxina botulínica para estética facial, angariando uma melhora da autoestima e da qualidade de vida, alcançando a remissão das lesões orais do líquen plano.

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Em contrapartida, na atualidade a busca por procedimentos estéticos e cosméticos vem crescendo exponencialmente, tanto nas áreas da Medicina como na Medicina Dentária, particularmente em relação à estética facial. Além de almejarem o princípio de promoção de saúde, buscam a estética facial, favorecendo a comunicação e socialização6,7. Entre os procedimentos estéticos que mais contribuíram para este crescimento destaca-se a aplicação da toxina botulínica tipo A. A previsibilidade, a segurança e a mínima morbidade da toxina botulínica deram o seu contributo para sua popularidade, além claramente de todos os efeitos clínicos estéticos ou terapêuticos na saúde humana. Adicionalmente, não são incomuns os relatos da satisfação dos pacientes, tanto pela finalidade terapêutica quanto da estética. Nesta última perspetiva, há ainda relatos de pacientes que mencionam a melhora da autoestima8,9. A aprovação para uso estético nos EUA verificou-se em 20026,8. No Brasil, a libertação de procedimentos estéticos realizados pelos médicos dentistas deu-se no dia 1 de setembro de 2016, por meio da Resolução 176, do Conselho Federal de Odontologia, autorizando os médicos dentistas a praticarem a aplicação da toxina botulínica em nível facial, com a finalidade estética de harmonização facial10. A toxina botulínica sintetiza-se pela bactéria Gram-positiva anaeróbica Clostridium botulinum, e atua inibindo a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular, impedindo a contração do músculo. Existem sete sorotipos distintos da toxina (A, B, C1, D, E, F e G). Entretanto, o tipo A é o subtipo mais frequentemente utilizado na clínica e o mais potente6,7.

Fig. 1. Lesão de aspeto liquenóide esbranquiçada em mucosa jugal esquerda.

Considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”10,11, o propósito deste trabalho foi relatar o caso de uma paciente que apresentou líquen plano oral e baixa autoestima. A paciente recebeu aplicações de toxina botulínica para estética facial, reportando melhora da autoestima e da qualidade de vida e observada a remissão das lesões orais.

Caso clínico Paciente leucoderma, do sexo feminino, 48 anos de idade, compareceu na clínica, com queixa de lesões na mucosa oral. Clinicamente a paciente apresentou lesões esbranquiçadas sintomáticas na mucosa jugal bilateral (figs. 1 a 4), com aspecto reticular, com tempo de evolução de dois meses. Referente a condição sistémica, não foi constatada alteração, embora a paciente tenha reportado quadro de stress, síndroma do pânico, ansiedade e baixa autoestima, coincidindo com o tempo de evolução da lesão. Fig. 2. Lesão de aspeto liquenóide esbranquiçada em mucosa jugal direita.

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Fig. 3. Lesão de aspeto liquenóide esbranquiçada, apresentando as estrias de Wickham em mucosa jugal direita.

Fig. 5: Aspetos clínicos iniciais: paciente em repouso.

Fig. 4. Lesão de aspeto liquenóide esbranquiçada em mucosa jugal esquerda.

Fig. 6. Aspetos clínicos iniciais: contração do músculo frontal.

Sob anestesia local realizou-se biópsia incisional da lesão da mucosa jugal do lado esquerdo. O fragmento da lesão fixou-se em formol a 10% e encaminhou-se ao Laboratório de Patologia Cirúrgica da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Brasil). O exame histopatológico revelou fragmento de mucosa revestida por epitélio pavimentoso estratificado, exibindo projeções curtas em direção ao conjuntivo, exocitose e degeneração da camada basal. A lâmina própria, constituída por tecido conjuntivo denso, apresentou infiltrado inflamatório crónico predominantemente linfocitário com localização justaepitelial. O tecido muscular estriado esquelético complementou o quadro examinado. O diagnóstico foi líquen plano.

Fig. 7. Aspetos clínicos iniciais: contração da região glabelar.

Simultaneamente, solicitou-se pela paciente a aplicação da toxina botulínica para estética facial. A dinâmica muscular registou-se a partir das fotografias dos músculos da mímica em repouso (fig. 5) nas regiões frontal (fig. 6), glabelar (fig. 7) e orbicular dos olhos (fig. 8). Apresentaram-se 23 pontos de aplicação, definidos com caneta demarcadora e recobertos pelo anestésico dermatológico (Emla®, Astra, São Paulo, Brasil), que permaneceu por 15 minutos (fig. 9). Cada ponto recebeu duas unidades de toxina botulínica tipo A (Botox®, Allergan Pharmaceuticals, Westport, Irlanda). A toxina botulínica diluiu-se de acordo com as orientações sugeridas pelo fabricante (1 ml de soro fisiológico estéril e resfriado para 100 unidades).

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Fig. 8. Aspetos clínicos iniciais: contração dos músculos orbiculares dos olhos (A: meio-perfil direito; B: vista frontal; C: meio-perfil esquerdo).

Decorridos 30 dias da aplicação, observou-se a atenuação das linhas de expressão (figs. 10 a 13). Não se reportaram complicações ou eventos adversos decorrentes da aplicação. Adicionalmente, detetou-se a melhora da autoestima e a mudança de hábitos que favoreceram o incremento da qualidade de vida da paciente. Relatou-se a redução da sintomatologia dolorosa e, clinicamente, avaliou-se a remissão das lesões orais do líquen plano.

Diversas lesões compõem o diagnóstico diferencial clínico, entre elas reações liquenóides, leucoedema, nevo branco esponjoso, grânulos de Fordyce, língua geográfica, candidose pseudomembranosa, queilite, leucoplasia (hiperqueratose), ulcerações aftosas, herpes, gengivite descamativa, eritroplasia, psoríase, pênfigo, penfigóide benigno da mucosa, lúpus eritematoso, eritema multiforme, Síndrome de Behcet, carcinoma epidermóide e sífilis3,4,12.

Orientou-se a paciente quanto à duração dos efeitos clínico-estéticos da toxina botulínica (de quatro a seis meses). No que respeita à sintomatologia e à presença de lesões orais do líquen plano, sugeriu-se à paciente que retornasse à clínica odontológica para tratamento, caso houvesse a recorrência das lesões.

A terapêutica do líquen plano oral é sintomático. Tratando-se de uma condição imunologicamente mediada, o tratamento preconizado normalmente é a corticoterapia3,4,12. Entretanto, não é aconselhável a terapia sistémica, tendo em vista os efeitos colaterais. O tratamento com corticosteróides tópicos é o mais empregado. No entanto, a falta de aderência sustentada na formulação dos medicamentos tópicos para os locais afetados tem sido considerada, pois reduz a eficácia do tratamento3. A associação entre a corticoterapia sistémica e tópica em comparação com a terapêutica tópica sozinha apresentou-se inferior, em vista dos efeitos colaterais da administração sistémica, tornando-a como segunda escolha12.

Discussão

Na cavidade bucal, a forma clínica mais prevalente do líquen plano é a reticular, na qual são características as pápulas esbranquiçadas bilaterais e simétricas, com as estrias de Wickham, observadas no presente relato. Acomete normalmente a mucosa jugal, podendo ainda envolver a língua, a gengiva, os lábios e o palato. Adicionalmente, podem relatar-se dor e ardência1,3, como reportadas pela paciente neste caso. A sintomatologia e as características clínicas auxiliam no diagnóstico. O exame histopatológico revela características típicas, mas não específicas, visto que outras lesões, como as reações liquenóides (medicamentosa ou por outras substâncias) e lúpus eritematoso apresentam padrão histopatológico semelhante1. O emprego de exames sorológicos e imunofluorescência direta e indireta podem auxiliar na determinação do diagnóstico de anticorpos envolvidos no padrão imunopatológico da doença1,12.

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Fig. 9. Pontos demarcados e aplicação do anestésico tópico dermatológico.

Fig. 10. Aspetos clínicos após a aplicação da toxina botulínica: paciente em repouso.

Fig. 11. Aspetos clínicos após a aplicação da toxina botulínica: contração do músculo frontal.

Fig. 12. Aspetos clínicos após a aplicação da toxina botulínica: contração da região glabelar.

Pacientes com líquen plano oral são muitas vezes emocionalmente instáveis e ansiosos e podem desenvolver distúrbios sistêmicos concomitantes13. As doenças da mucosa oral têm um impacto negativo na saúde e na qualidade de vida13,14. A presença de ansiedade e depressão em pacientes com líquen plano oral e o impacto negativo da desordem na qualidade de vida do paciente como indicado por comprometimento do aspecto físico, vitalidade, saúde mental e domínios de aspecto social foram demonstrados. Isso pode indicar que o tratamento psicológico associado pode ser importante no seguimento desses pacientes13. Bergdahl et al.15 (1995) reportaram que os pacientes com reações liquenóides orais apresentaram pensamentos significativamente mais tristes, sendo mais ansiosos e desorientados, e com maior dificuldade em se concentrar. Adicionalmente, os resultados indicaram que os pacientes com reações liquenóides orais tinham tendência a ser depressivos.

A avaliação por meio de questionários específicos é importante para mensurar a qualidade de vida dos pacientes, estado psicossocial e sintomas da lesão, além de relacionar esta causa com a evolução das doenças da mucosa oral11,14,16. Vale enaltecer a importância da avaliação da medicina estética baseada em experiências objetivas validadas, e não apenas em medidas subjetivas, preferencialmente quantificáveis, reproduzíveis e padronizadas8. No presente relato, entretanto, a avaliação das melhorias clínicas observadas só se visualizaram comparando-se as figuras 6 e 11 (em repouso), 7 e 12 (músculo frontal), 8 e 13 (região glabelar) e 9 e 14 (músculo orbicular dos olhos).

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Os neuromoduladores botulínicos mantêm uma forte popularidade entre médicos e consumidores. A acessibilidade e os resultados previsíveis podem, em parte, explicar sua aceitação8. Dayan et al.8 (2010), utilizando o Questionário de Resultados da Linha Facial no tratamento de múltiplas rítides faciais superiores com toxina botulínica tipo A, observaram que os pacientes pareceram mais jovens e sentiram-se melhores. Foram observadas melhorias significativas nas atividades sociais (relações pessoais) e domésticas, satisfação geral da vida, satisfação da aparência corporal, autoconsciência, autointeligência percebida, autoestima, aparência, compreensão, satisfação com peso, atratividade, sensação de bem-estar, autoestima relacionada à aparência, estima autossocial, e autoestima relacionada ao desempenho. Adicionalmente, os autores concluíram que a melhoria da autoestima pode contribuir para melhorar a qualidade de vida. Consistentemente, Jandhyala9 (2013) reportou a melhora significativa na qualidade de vida, pela aplicação da toxina botulínica tipo A em rítides frontais, glabelares e nos músculos orbiculares dos olhos (“pés de galinha”) em 53 pacientes (87% do género feminino e com idade média de 39,5 anos), empregando o programa para avaliação da qualidade de vida individual (ferramenta de pontuação direta). Finzi e Wasserman17 (2006) reportaram uma série de casos do tratamento dos sintomas da depressão com a aplicação da toxina botulínica em rítides glabelares.

Alternativamente, postulou-se que a toxina botulínica atue em nível bioquímico, afetando os neurotransmissores que são importantes para o humor, embora seja improvável que a toxina botulínica atravesse a barreira hematoencefálica8. Na Medicina Dentária, a toxina botulínica vem sendo empregada com fins terapêuticos, em casos de desordens temporomandibulares (bruxismo, briquismo e hipertrofia massetérica), dor orofacial6 e exposição gengival acentuada6,7, além da indicação em estética facial, como apresentado neste caso. A toxina botulínica do tipo A é um pó hidrofílico, armazenado a vácuo, estéril e estável. A reconstituição ocorre a partir da injeção suave do diluente (cloreto de sódio 0,9%) no interior do frasco, devendo ser armazenada de 2 a 8ºC, e utilizada em quatro a oito horas, com o propósito de garantir sua eficácia6,7. Os efeitos clínicos apresentam-se em dois a 10 dias após a injeção, e o efeito máximo visível ocorre após 14 dias da injeção. O efeito clínico apresenta duração de aproximadamente de quatro a seis meses6,7.

Portanto, parece plausível que a autoimpressão resulte em um melhor tratamento, que por sua vez pode desencadear um mecanismo de biofeedback, resultando em pacientes sentindo-se melhores sobre si mesmos. Além disso, é possível que a maior autoestima melhore a autoconfiança, resultando em melhor qualidade de vida.

Fig. 13. Aspetos clínicos após a aplicação da toxina botulínica: contração dos músculos orbicular dos olhos (A: meio-perfil direito; B: vista frontal; C: meio-perfil esquerdo).

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As contraindicações da utilização da toxina botulínica são a gestação, lactação, hipersensibilidade à própria toxina botulínica, lactose e albumina, doenças musculares e neurodegenerativas (miastenia gravis, síndrome de Eaton-Lambert, doença de Charcot e Esclerose Lateral Amiotrófica), e uso simultâneo de antibiótico aminoglicosídico, que pode potencializar a ação da toxina6,7.

A injeção da toxina botulínica, apesar de ser um procedimento simples e seguro, pode estar associada a alguns eventos adversos como dor no local da injeção, hematomas, infecção, edema, ptose palpebral e assimetria. O médico dentista deve estar atento em relação a posologia, precisão da técnica e localização da puntura6. No presente relato, não se reportaram queixas ou alterações decorrentes da aplicação.

Conclusão A partir do diagnóstico da lesão, ponderou-se a terapêutica do líquen plano oral. Entretanto, em vista do perfil psicológico da paciente, solicitou-se e realizou-se a aplicação da toxina botulínica na área da estética facial, com o propósito de favorecer a autoestima e qualidade de vida da paciente. Adicionalmente, o resultado estético ainda favoreceu a remissão das lesões orais do líquen plano. A aplicação da toxina botulínica, mesmo apresentando efeito temporário, é um procedimento menos invasivo, rápido, seguro, efetivo e que produz resultados harmónicos e satisfatórios quando se injeta nos músculos alvo, respeitando a dose apropriada.

Bibliografia 1. Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Doenças dermatológicas. In: Patologia oral e maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004, p. 615-675. 2. Mollaoglu N. Oral lichen planus: a review. Br J Oral Maxillofac Surg 2000 Aug; 38(4):370-377. 3. López-Jomet P, Camacho-Alonso F. Application of a motivation-behavioral skills protocol in gingival lichen planus: a short-term study. J Periodontol 2010; 81(10):1449-54. 4. Guimarães Jr J. Líquen plano bucal: dos livros à atualidade. Rev Odontol Univ São Paulo 1994; 8(2):145-151. 5. Amorim, RFB et al. Líquen plano oral com presentación clínica variada e historia familiar: relato de un caso. Acta Odontol Venezoelana, n.42, n.2, p.110-113, May. 2003. 6. Pedron IG. Toxina botulínica - Aplicações em Odontologia. Florianópolis: Ed. Ponto, 2016. 195 pág. 7. Pedron IG. Otimização do sorriso: associação entre a gengivoplastia e a toxina botulínica tipo A. Rev Maxillaris Portugal 2017;78:56-60. 8. Dayan SH, Arkins JP, Patel AB, Gal TJ. A double-blind, randomized, placebo-controlled health-outcomes survey of the effect of botulinum toxin type A injections on quality of life and self-esteem. Dermatol Surg 2010; 36(Suppl 4):2088-97. 9. Jandhyala R. Impact of botulinum toxin A on the quality of life of subjects following treatment of facial lines. J Clin Aesthet Dermatol 2013; 6(9):41-5.

10. Brasil. Conselho Federal de Odontologia. Resolução CFO-176/2016. Revoga as Resoluções CFO112/2011, 145/2014 e 146/2014, referentes à utilização da toxina botulínica e preenchedores faciais, e aprova outra em substituição. 11. Sadick NS. The impact of cosmetic interventions on quality of life. Dermatol Online J 2008; 14(8):2. 12. Carbone M, Goss E, Carrozzo M, Castellano S, Conrotto D, Broccoletti R, Gandolfo S. Systemic and topical corticosteroid treatment of oral lichen planus: a comparative study with long-term follow-up. J Oral Pathol Med 2003 Jul; 32(6):323-329. 13. Alves MG, do Carmo Carvalho BF, Balducci I, Cabral LA, Nicodemo D, Almeida JD. Emotional assessment of patients with oral lichen planus. Int J Dermatol 2015; 54(1):29-32. 14. López-Jornet P, Camacho-Alonso F, Lucero Berdugo M. Measuring the impact of oral mucosa disease on quality of life. Eur J Dermatol 2009; 19(6):603-6. 15. Bergdahl J, Ostman PO, Anneroth G, Perris H, Skoglund A. Psychologic aspects of patients with oral lichenoid reactions. Acta Odontol Scand 1995; 53(4):236-41. 16. Ni Riordain R, McCreary C. Validity and reliability of a newly developed quality of life questionnaire for patients with chronic oral mucosal diseases. J Oral Pathol Med 2011; 40(8):604-9. 17. Finzi E, Wasserman E. Treatment of depression with botulinum toxin A: a case series. Dermatol Surg 2006; 32(5):645-50.

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Quiz de Medicina Oral Demonstre os seus conhecimentos no teste da MAXILLARIS Durante mais de treze anos a edição espanhola da MAXILLARIS (e mais recentemente a portuguesa) publicou a secção “Imagens da Medicina Oral”, do médico dentista e professor catedrático espanhol Germán Esparza Gómez. Nela se descreveram uma série de casos clínicos, dando conta assim, de uma maneira simples e prática, das principais patologias desta área. Convencidos de que a prevenção é a principal ferramenta terapêutica e que a Medicina Oral deve continuar a ter o seu peso na MAXILLARIS, criámos uma nova secção que sobressai pela sua grande utilidade. Germán Esparza Gómez proporcionará todos os meses um Quiz (teste) no qual se inclui uma breve descrição de um caso e uma ou duas imagens do mesmo. Com estes dados, se lançará uma pergunta sobre um possível diagnóstico. O resultado desta pergunta publicar-se-á no mês seguinte, explicando tanto a argumentação da opção correta como a das respostas invalidadas. Para responder a esta pergunta e obter a solução correta de forma imediata, basta aceder à seguinte página eletrónica: www.maxillaris.com/quiz–pt. É um processo simples que não leva mais de um minuto. Aos participantes que obtenham os melhores resultados, a MAXILLARIS oferecerá um prémio muito especial.

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de Medicina Oral

Dr. Germán Esparza Gómez Médico estomatologista. Doutorado em Medicina e Cirurgia. Professor titular de Medicina Oral no Departamento de Medicina e Cirurgia Bucofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade Complutense de Madrid (Espanha). medoral@infomed.es

Uma jovem de 23 anos consulta o seu dentista referindo que desde há quatro dias sente dor e comichão na cavidade oral, para além de algum incómodo ao engolir alimentos. É fumadora de 10 cigarros por dia e na semana anterior tinha recebido um tratamento com amoxicilina devido a um processo infeccioso das vias respiratórias altas.

Responda a esta pregunta em www.maxillaris.com/quiz

Que diagnóstico lhe parece mais provável? A. Herpes recorrente intraoral. B. Líquen plano reticular.

C. Leucolasia não homogénea.

D. Candidíase pseudomembranosa aguda. A solução publicar-se-á no próximo número e de maneira imediata no site.

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Solução do Quiz no 4 (maio 2018)

A resposta correta é a C: Herpes recorrente intraoral.

Na maioria das recorrências pelo vírus do herpes simples (VHS) costumam produzir-se ao nível do lábio. Com menor frequência manifestam-se dentro da cavidad oral; nestes casos, localizam-se sempre no paladar ou em zonas de gengiva queratinizada. Produz-se uma erupção com múltiplas vesículas que, posteriormente, perdem o teto, dando lugar a pequenas erosões milimétricas, planas, rodeadas de uma auréola eritematosa e que, com a passagem dos dias, vão-se unindo gerando formas irregulares. É um processo muito doloroso mas auto-limitado e que em pessoas imunocomprometidas requer apenas tratamento sintomático (analgésicos, dieta suave, bochechos de clorhexidina, etc.).

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outros perfis

Marta Costa Quinta pintora e médica dentista

“É uma paixão que já nasceu comigo” Desde muito pequena, já fazia desenhos para oferecer à família e não havia restaurante com toalha de papel que não acabasse rabiscado por Marta Costa Quinta, cujo currículo artístico soma hoje três exposições coletivas, e antecipa-se uma quarta mostra, que espera conseguir pôr em prática no próximo ano. A médica dentista lisboeta, com origens angolanas do lado materno, divide o seu tempo entre a prática clínica na área da reabilitação oral e da dentisteria estética, a atividade docente no Instituto Universitário Egas Moniz – é assistente convidada do curso de Reabilitação Oral – e o persistente hobbie em torno das artes plásticas.

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A sua dedicação ao universo da pintura remonta aos tempos da infância ou é uma paixão mais recente? Não consigo precisar a idade em que comecei a pintar, mas sei que foi muito cedo. Sempre adorei as aulas de educação visual e tenho, desde muito pequena, desenhos que fazia para oferecer à família. Lembro-me de não haver restaurante com toalha de papel que não acabasse rabiscado por mim e da minha mãe guardar dezenas de cadernos com desenhos e pinturas das diferentes fases da minha infância. Claro que, com o crescimento e amadurecimento, o tipo de desenhos e gostos foi mudando, mas sem dúvida que é uma paixão que já nasceu comigo. Descreva-nos com mais detalhe o seu percurso nesta incursão artística. Cedo comecei a querer desenhar e copiar imagens e objetos do meu dia a dia. Na altura não havia a oferta de formação para crianças nesta área que há hoje, mas lembro-me de passar grande parte das férias dedicada a estes projetos. Quando cheguei ao nono ano e tive de escolher a área, tive imensas dúvidas entre saúde e artes. Apesar de fazer testes psicotécnicos, as dúvidas persistiram pois as percentagens para uma e outra área eram idênticas. Acabei por ir para saúde, influenciada também pelos meus pais, ambos médicos, já que era mais fácil manter as artes como um hobbie, ao contrário da medicina. Como a minha veia artística “pulsava”, dava largas a essa vertente pelo teatro e num atelier que frequentava aos sábados para pintar. Daí surgiram os primeiros quadros e a primeira exposição, coletiva, na junta de freguesia de Benfica (Lisboa).

Marta Costa Quinta diz que a escultura é um amor antigo, que apenas explorou de forma mais séria recentemente. Ainda só se aventurou num trabalho do qual resultou o busto que figura na imagem.

Posteriormente, no fim do curso e ainda em Barcelona (entre 2002 e 2005), participei na ilustração de um livro, orientada pelo meu antigo professor e amigo, de quem tenho muitas saudades, Professor Doutor José Martins dos Santos. Estava a criar-se um manual-compêndio de Anatomia, primeiro geral e mais tarde da cabeça e do pescoço, e precisavam de ilustradores. Fazia esboços simples anatómicos e deu-me imenso gozo participar neste projeto, já que foi a primeira vez que juntei, de forma mais séria, duas áreas a que me dedicava: a Medicina Dentária e o desenho.

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Maxillaris Outros perfis

Em 2008 frequentei o curso de desenho de modelo da Sociedade Nacional de Belas Artes, que acabei por não concluir não só pela dificuldade em conciliar a vida de médica dentista, mas porque nasceu a minha primeira filha. Em 2011 regressei às lides da pintura de forma autodidata e pintei alguns quadros nesse ano. Tive algumas aulas com o amigo e pintor Luís Camilo Alves, no atelier Terra de Siena. Em 2012 participei numa coletiva de pintura “Seis divisões: seis artistas” na Travessa do Alcaide, em Lisboa, e em 2013, com o nascimento da minha segunda filha, voltei a ficar estagnada durante uns tempos. Pintei apenas um quadro em 2015 e fiz alguns desenhos de ilustração. Em 2016 senti uma vontade enorme de recomeçar e fiz um workshop de três a quatro dias, de novo na Sociedade Nacional de Belas Artes, de “Estudo da cabeça: desenho e escultura”. Foi desse workshop que surgiu o gosto pela escultura e onde concluí o meu primeiro e único trabalho nessa área, que acabei por expor no espaço criativo da Ordem dos Médicos Dentistas, no congresso do ano passado, a convite da sempre entusiasta doutora Ana Mano Azul. Há uns meses fiz um workshop de aguarela, na NextArt, que é outra técnica que muito aprecio. Desde então tenho dedicado parte do meu tempo livre, quando é possível, à elaboração de quadros, nesta fase, dentro de uma temática que ando para desenvolver desde 2012, depois de uma viagem que fiz ao arquipélago de São Tomé e Príncipe.

O retrato de técnica mais impressionista é talvez o género que mais gosto de pintar. Mas tudo de forma autodidata, não sou de todo uma profissional

Ao lado: quadro abstrato sem título, acrílico sobre tela (2017). Em baixo: “Equador”, acrílico sobre tela (2013), um dos trabalhos de inspiração africana que resultaram da viagem que fez a São Tomé e Príncipe.

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Em que categoria(s) se enquadra o estilo de pintura que produz? Não consigo categorizar. Nós somos o resultado de uma enorme mescla de influências que por nós vão passando ao longo do tempo, e essas mesmas influências não são estanques, vão evoluindo, dependem da idade, da maturidade, da inspiração e do estado de espírito. Tenho fases mais abstractas, em que sou mais intuitiva com a estética das cores, e outras mais figurativas. No entanto, a figura humana, o brincar com as cores e sombras, as texturas e os espatulados são técnicas e temas a que regresso muitas vezes. O retrato de técnica mais impressionista é talvez o género que mais gosto de pintar. Mas tudo de forma autodidata, não sou de todo uma profissional. Quais são as suas principais referências no universo da pintura? Começando pelos clássicos, sem dúvida, dentro dos impressionistas aprecio Monet, pela forma como trabalhou a cor, cronologicamente Degas, Seurat, Van Gogh, Toulouse Lautrec e Henri Matisse. Os jogos de sombras dos pintores da escola holandesa. Depois o incontornável Picasso, seja na forma como

desafiou os estatutos pré-definidos da pintura clássica, como também por ser um dos principais responsáveis pelo cubismo. Alguns surrealistas, como Renée Magritte, e alguns pintores americanos, com especial destaque para Edward Hopper. Dos pintores portugueses gosto de Amadeo de Souza Cardoso, Cargaleiro, Pomar, Chichorro, e muito de Alfredo Coelho. Ultimamente, tenho descoberto alguns pintores que sigo pelo Instagram ou Pinterest, como Françoise Nielly, Solly Smook, Peter Pharoah e Teil Duncan, com os quais me identifico, seja pela técnica ou pela emoção que passam para a tela.

O quadro “Garota Brasil”, acrílico sobre tela (2012), exibido na exposição “Seis divisões: seis artistas”, é para Marta Costa Quinta um dos seus trabalhos mais marcantes.

Tem no seu portfolio algum trabalho que se destaca pelo contexto em que foi pintado? Sim, há um quadro em particular, intitulado “Garota Brasil”. Foi um desafio de vinte e quatro horas em que me propus retratar a mulher de um amigo, que foi o organizador da exposição “Seis divisões: seis artistas” e cuja temática devia ser livre e surpresa. Trabalhei normalmente, dando consultas nesse dia, pelo que a pintura foi num curto espaço de tempo e em velocidade limite das tintas secarem para poder ser transportado. Permitiu-me acreditar que conseguia pintar sem ter de estar inspirada e em tempo record, desde que com um objetivo bem traçado.

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“Diário Gráfico”, desenho com aguarela (2016-2017).

Também se dedica, ainda que pontualmente, à escultura. Qual é a sua relação com esta disciplina artística? A escultura é um amor antigo, mas que apenas explorei de forma mais séria recentemente. Só me aventurei num trabalho. Foi uma experiência que adorei, mas até agora única. Daí surgiu o busto que foi exposto. A escultura necessita de um investimento de tempo e espaço diferente da pintura, é mais complicada de levar a cabo se não tivermos espaço físico para tal. É um processo que exige outro tipo de logística e organização. Além de que, para ser finalizada, necessita outros materiais e a parceria com outros profissionais, se quisermos finalizar em bronze ou outro metal fundido. Isto, se a levarmos a sério, claro. Posso sempre brincar às esculturas de plasticina e barro com as minhas filhas e matar saudades com as minhas esculturas dentárias. É difícil conciliar a atividade artística com a rotina no consultório dentário? Se só introduzirmos essas duas variáveis, não é muito difícil. Se juntarmos a essas variáveis uma família com duas crianças que exigem muita atenção, aí sim, torna-se complicado. Mas com força de vontade, disciplina e algum apoio familiar, tudo se consegue. Nem sempre com a frequência que desejaria, mas consegue-se. O fundamental é querer.

A pintura também funciona como um escape ao stress imposto no dia a dia da nossa área profissional. Permite-me “desligar” e preenche-me de outra forma

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A área que exerço tem imensos pontos em comum com a arte: a busca da simetria, das proporções, da recuperação dos volumes e formas perdidas, segue a mesma linha da análise estética e crítica de uma escultura ou pintura Que paralelo é possível estabelecer entre estas duas vertentes: arte e Medicina Dentária? Acha que existem pontos em comum ou encara a pintura apenas como um escape, complementar à sua rotina profissional? As duas coisas... A área que exerço (reabilitação oral e dentisteria estética) tem imensos pontos em comum com a arte: a busca da simetria, das proporções, da recuperação dos volumes e formas perdidas, segue a mesma linha da análise estética e crítica de uma escultura ou pintura, já que o “belo” pressupõe algumas regras que devem ser respeitadas, mas que também são passíveis de ser alteradas até determinado ponto, desde que o final seja bonito e harmónico, em suma, equilibrado. O resultado de uma reabilitação oral, para além de funcional, tem de ser natural e semelhante às referencias anatómicas adaptadas aquela pessoa, como um retrato deve ser fiel ao tipo e natureza de um rosto. Só assim pode haver estética e harmonia. Há outro ponto em comum: a criatividade. É possível em ambas as áreas. Criar um sorriso sem referencias anteriores, enquadrado numa face, fotografar o mesmo, são formas de arte. Por outro lado, a pintura também funciona como um escape ao stress imposto no dia a dia da nossa área profissional. Permite-me “desligar” e preenche-me de outra forma. O que mais a fascina na sua profissão? Por um lado, a parte estética, poder mudar um sorriso ou criar um sorriso bonito e funcional, isto é, o lado artístico da minha profissão. Por outro, o lado humano da Medicina, poder apoiar física e psicologicamente alguém que precisa ou nos pede ajuda; poder contribuir para melhorar a qualidade de vida de uma pessoa ou recuperar a sua autoestima perdida.

“Puro Sangue”, óleo sobre tela (1996). Foi o primeiro quadro que concebeu para a exposição coletiva na junta de freguesia de Benfica (Lisboa).

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Como avalia a conjuntura da Medicina Dentária em Portugal? Há alguma questão que lhe suscite especial preocupação? Atualmente, creio que vivemos numa era onde temos tudo ao nosso alcance para trabalhar com excelência, como aliás vemos cada vez mais nos trabalhos que se apresentam publicamente. Começando pela formação excelente que vemos que existe, não só pré-graduada mas particularmente nos cursos de pós-graduação que vão surgindo, que permitem dar as ferramentas de última linha aos alunos acabados de formar, permitindo-lhes aprender com os melhores, sem necessidade de irem para fora. É mérito das faculdades que os impulsionam como a que tenho o privilégio de fazer parte. Vemos também cada vez mais congressos de especialidade e investigação, assim como o crescente interesse das classes mais jovens em participarem em congressos no estrangeiro, não apenas como espectadores mas também como convidados. Tudo isto, associado às novas tecnologias de impressão e aos materiais, permite-nos exercer um nível de trabalho que em nada fica atrás de outros países da Europa e do mundo. No entanto, se é certo que o crescente aumento das seguradoras permitiram um acesso mais facilitado aos tratamentos dentários mais complexos, preocupa-me a pressão avassaladora das mesmas nas clínicas por todo o país. Os estudantes formam-se para tomar decisões clínicas e fazerem planos de tratamento tendo em vista o melhor para o doente e é para isso que são treinados. Mas infelizmente, com um em cada quatro portugueses com seguros dentários, o que vemos na realidade é os médicos dentistas cada vez

mais sufocados pelas condições espartilhadas de algumas seguradoras, escravos de relatórios e pedidos de autorização e com os seus planos de tratamento constantemente questionados e condicionados, pelo que é permitido pelas regras das respetivas seguradoras. Preocupa-me que os interesses comerciais se sobreponham à nossa soberania enquanto médicos dentistas, de decidir o melhor para o nosso doente. Que a nossa autonomia e idoneidade na toma de decisões clinicas deixe de ser uma bandeira. E, acima de tudo, que deixemos de ver o paciente na vertente médica e humana, como uma pessoa que necessita de ajuda e tratamento especializado e individualizado e que passemos à massificação dos tratamentos despersonalizados e, consequentemente, de baixa qualidade clínica e técnica.

Marta Costa Quinta considera que vivemos numa era em que os profissionais de Medicina Dentária têm tudo ao seu alcance para trabalhar com excelência.

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Calendário

ESTÉTICA DENTÁRIA

Título de experto em estética dentária

Restaurações diretas e indiretas à base de cerâmica

A CEOdont (Grupo Ceosa) leva a cabo em Madrid (Espanha) uma nova edição deste curso. Eis os próximos módulos do programa: • 3. Cirurgia mucogengival e estética ; 14 e 15 deste mês. • 4. Restauração com compósitos I; 16 e 17 de novembro. • 5. Restauração com compósitos II; 17 e 18 de dezembro. • 6. Capas de porcelana I; de 24 a 26 de janeiro de 2019. • 7. Capas de porcelana II; de 21 a 23 de fevereiro de 2019. • 8. Coroas de recobrimento total e inscrustações; 8 e 9 de março de 2019. • 9. Curso teórico-prático em Nova Iorque; de 18 a 22 de junho de 2019.

A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) agendou para o próximo dia 27 de outubro, na sua sede do Conselho Regional Norte (Porto), um curso subordinado ao tema “Restaurações diretas e indiretas à base de cerâmica: do primeiro ao último passo”, que conta com o patrocínio da VOCO. Esta formação será orientada pelo médico dentista Cristiano Alves, que exerce a sua prática exclusiva em Reabilitação Oral e é assistente convidado da disciplina de Prótese Fixa na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Ao abrigo do programa do curso serão apresentados alguns casos clínicos onde se abordarão as restaurações anteriores e posteriores e as técnicas de utilização e otimização de alguns produtos da VOCO.

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

www.spemd.pt

ESTÉTICA DENTÁRIA

IMPLANTOLOGIA

Odontologia multidisciplinar

Residências clínicas com implantes zigoma

Nos dias 26 e 27 de outubro, o médico dentista Rafael Piñeiro voltará a orientar, nas instalações do Centro de Formação da Ivoclar Vivadent (ICDE), em Madrid (Espanha), o seu mais recente curso sobre odontoloRafael Piñeiro. gia multidisciplinar. Ao abrigo deste programa, o formador mostrará a solução de casos complexos de forma detalhada em todos os seus passos, com suporte tanto fotográfico como em vídeo. Mediante o seguimento estrito do protocolo explicado, poderão solucionar-se todos os casos multidisciplinares e complexos de modo simples e com procedimentos minimamente invasivos para, assim, padronizar os tratamentos e poder conseguir resultados previsíveis na clínica quotidiana.

Nos dias 19 e 20 de outubro, as instalações da Malo Clinic em Lisboa voltam a acolher o programa de residência clínica zigoma, que permitirá o acompanhamento detalhado do trabalho diário e o cronograma cirúrgico da equipa Malo Clinic com foco em casos altamente qualificados, bem como a combinação do protocolo cirúrgico All-on-4 com o uso de implantes de zigoma para maxilares severamente atróficos. Os participantes poderão acompanhar vários procedimentos diferentes na sala de operação, assistir a uma cirurgia de zigômio e também ao protocolo All-on-4 Hybrid & Double-Zygoma. Esta formação permitirá aos assistentes adquirir habilidades e know-how para reabilitar maxilas atróficas, com sucesso e em poucas horas, usando o protocolo Malo Clinic.

icde.es@ivoclarvivadent.com

217 247 080 - education@maloclinics.com - www.maloeducation.com

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IMPLANTOLOGIA

Título de experto em cirurgia e prótese sobre implantes

Iniciação ao ﬂuxo digital em implantologia

A CEOdont (Grupo Ceosa) celebrará em 2019 uma nova edição deste curso, orientado por Mariano Sanz Alonso, José de Rábago Vega y Guillermo Pradíes e com a colaboração de Bertil Friberg. O objetivo é proporcionar ao médico dentista generalista uma série de cursos estruturados em implantologia. O programa consta dos seguintes módulos: • 1. Diagnóstico e plano de tratamento; de 4 a 6 de abril. • 2. Cirurgia sobre implantes; de 23 a 25 de maio. • 3. Prótese sobre implantes, de 13 a 15 de junho. • 4. Curso de enxerto ósseo e elevação do seio; de 11 a 13 de julho. • 5. As novas tecnologias digitais em implantologia; de 5 a 7 de setembro.

No próximo dia 26 de outubro, a Dentsply Sirona Academy apresenta, em Madrid (Espanha), um workshop de iniciação ao fluxo digital em implantologia, orientado por Nicolás Gutiérrez. Esta formação tem como objetivo descrever em que consiste o fluxo digital em implantologia em todos os seus aspetos para assim ajudar a incorporá-lo na prática diária. Durante o programa estudar-se-á como afeta o nosso fluxo de trabalho do dia a dia e quais são os contributos clínicos, biológicos e económicos desta nova dimensão da implantologia. Nicolás Gutiérrez explicará, entre outros aspetos, como adaptar a clínica dentária ao fluxo digital atual e as vantagens e limitações baseadas na evidência científica. formacion@dentsplysirona.com

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

IMPLANTOLOGIA

IMPLANTOLOGIA Curso avançado em estética com implantes imediatos

Programa de formação BTI

Com o patrocínio da Sinusmax, terá lugar nos dias 28 e 29 deste mês, em Matosinhos, o “Curso avançado em estética com implantes imediatos cone Morse”, tendo como formadores Alexandre Gonçalves, Marcelo Harduin Couto, Anjos Pereira e Diogo Cunha. Com uma componente teórica no primeiro dia e prática na segunda jornada, o curso vai conduzir os alunos nas técnicas clássicas de cirurgia e prótese periimplantar imediata, utilizando o sistema de conexão Morse e possibilitando a aprendizagem e consequente execução dos procedimentos nos seus pacientes.

O Biotechnology Institute (BTI), fiel ao seu compromisso de oferecer formação de máxima qualidade que contribua para melhorar a prática diária dos profissionais, organiza numerosos cursos e jornadas formativas. As jornadas de formação orientadas pelo corpo docente do BTI, liderado pelo médico dentista espanhol Eduardo Anitua, permitem aprofundar os conhecimentos sobre os últimos avanços em implantologia, reabilitação oral e aplicações de terapias regenerativas. O BTI conta desde há um ano com o seu próprio centro de formação online, plataforma através da qual se realizam numerosos cursos e seminários..

229 377 749 - formacao@sinusmax.com

www.bti-biotechnologyinstitute.com/es/formacion

MEDICINA ORAL Lesões mais comuns na cavidade oral com indicação para biópsia A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), no contexto do programa anual do Centro de Formação Contínua, leva a cabo no próximo dia 15 de outubro, num hotel de Tomar, um curso teórico subordinado ao tema “Lesões mais comuns na cavidade oral com indicação para biópsia”, sob a orientação da médica dentista Otília Adelina Pereira Lopes. Formada pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, a oradora deste curso aliou a sua atividade profissional com a atividade no Serviço de Medicina Oral da referida faculdade. É professora convidada nas Unidades Curriculares de Medicina Oral e Biopatologia.

COMUNICAÇÃO GLOBAL EM MEDICINA DENTÁRIA

226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

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ODONTOPEDIATRIA

ORTODONTIA

Curso intensivo de odontopediatria

Pós-graduação em ortodontia

Lecionado pelas médicas dentistas Filipa Maria Roque, Vera Barroso Janeiro e Joana Marinhas, o curso intensivo de odontopediatria (do bébe ao adolescente) aborda vários temas relevantes de forma prática e sistematizada, pretendendo dotar os médicos dentistas das ferramentas necessárias para realizar uma prática clínica de forma simples, segura e eficaz. Esta formação, que conta com o patrocínio da Dentina e da 3M, decorrerá de 16 a 20 de outubro nas instalações da Malo Clinic Education, em Lisboa. A componente teórica pode ser complementada com sessões de hands-on em coroas de aço, restauração de dentes anteriores e sedação consciente, estando estas últimas limitadas a 10 participantes.

A Ortocervera (Grupo CEOSA) prepara a 87a edição da pós-graduação em ortodontia funcional, aparatologia fixa e autoligado, orientada por Alberto Cervera. Esta formação vai ter lugar entre os dias 20 e 22 deste mês, em Madrid (Espanha). Esta especialização está estruturada em quatro áreas, designadamente protocolo de diagnóstico e tratamento, estudos de síndromes clínicos, práticas em tipodontos com brackets de auto-ligado e práticas clínicas tutorizadas.

217 247 080 - education@maloclinics.com

(0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

ORTODONTIA

Tratamento ortopédico das classes II esqueléticas

Título de experto em alinhadores invisíveis

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), no âmbito do programa anual do Centro de Formação Contínua, organiza no dia 24 deste mês, num hotel de Faro, um curso subordinado ao tema “Tratamento ortopédico das classes II esqueléticas”, orientado pelo médico dentista Pedro Braga. Licenciado em Medicina Dentária pela Universidade de Coimbra, o orador deste curso é doutorado em Ortodontia pela Universidade de Santiago de Compostela (Espanha) e especialista em Ortodontia pela OMD. Exerce a sua prática exclusiva em Ortodontia e Odontopediatria.

A CEOdont (Grupo Ceosa) prepara mais uma edição deste curso, orientado por Andrade Neto. O programa inicia-se no dia 14 de março do próximo ano e consta de dois módulos de três dias cada um. O principal objetivo é que o aluno realize os processos de elaboração de férulas invisíveis com a nossa metodologia avançada para o trabalho, melhorando assim os resultados nos pacientes, planificando clinicamente e desenvolvendo um trabalho com diversas técnicas, sendo capaz de realizar tratamentos sem depender de uma empresa específica. Ao finalizar o curso o aluno disporá de apoio diagnóstico e de laboratório para os seus primeiros casos.

226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

VÁRIOS

Aplicações do laser em cirurgia, periodontologia e implantologia

Mestrados em ortodontia, oclusão e cirurgia ortognática

Para além das técnicas convencionais, a tecnologia de laser tem inúmeras aplicações diferentes e providencia novas abordagens invasivas e não invasivas. É com o intuito de as divulgar que a formação sobre “Aplicações do laser em cirurgia, periodontologia e implantologia” vai decorrer nos dias 16 a 21 deste mês na sede da Sinusmax, em Matosinhos. Com uma carga horária de 54 horas, este curso vai dotar o profissional de competências básicas para introduzir a aplicação do laser no dia a dia clínico.

A Orthoquick, em colaboração com a Universidade à Distância de Madrid (Espanha), tem à disposição de todos os interessados na área da Medicina Dentária um mestrado especializado em ortodontia, oclusão e cirurgia ortognática. Esta formação, agora aberta ao público português, está vocacionada para alunos recém licenciados e outros profissionais, com mais experiência, que precisem de atualizar os seus procedimentos médicos de intervenção. 919 839 595 - sferreira@orthoquick.es - www.orthoquick.es

229 377 749 - formacao@sinusmax.com

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VÁRIOS

VÁRIOS Curso de oclusão e odontologia restauradora e estética

Aulas D´Ouro 2018

Inicia-se este mês a décima edição do curso de oclusão e odontologia restauradora e estética do grupo Galván-Lobo Formación, com sede em Valladolid (Espanha). Este grupo promove a investigação e o ensino multidisciplinar e integrado, utilizando metodologias inovadoras de aprendizagem. Neste curso, composto por quatro módulos e que conta com a colaboração da Dentsply Sirona, ensinam-se temas como o diagnóstico e a planificação integral, a análise funcional e estética do paciente, os tratamentos restauradores diretos e indiretos e a implantologia estética guiada protesicamente.

No seguimento das últimas edições das Aulas D’ouro, realizadas no ano passado, a Douromed continua a apostar na formação dos seus clientes em 2018. A próxima formação destinada aos profissionais do setor dentário, ao abrigo deste programa formativo, está agendada para os dias 9 e 10 de novembro, no Porto. Serão abordadas várias temáticas, nomeadamente as facetas, os biomateriais, a endodontia, a dentisteria estética, a implantologia, a rastreabilidade em esterilização e a sedação consciente, entre outras.

www.galvanloboformacion.com

224 152 279 - formacao@douromed.com - www.douromed.com

VÁRIOS

Curso especializado em odontologia digital

Cursos dirigidos a assistentes dentários

No próximo dia 23 de novembro, as empresas Ambros&Barrado Formação e Dentsply Sirona Academy apresentam na Clínica Barrado, com sede em Barcelona (Espanha), um programa especializado na área da odontologia digital. O curso intitulado “CEREC Omnicam: do analógico ao digital. Porquê, como e quando” tem como objetivo familiarizar os assistentes com as vantagens do fluxo de trabalho digital comparado com o analógico, e o seu uso em próteses sobre dentes naturais, sobre implantes, ortodontia e cirurgia guiada. Carlos Barrado e Juan Ambrós, ambos com uma vasta experiência neste campo, explicarão todos os passos para adaptar a consulta e os tratamentos ao campo da odontologia digital.

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), ao abrigo do programa do Centro de Formação Contínua, organiza no dia 22 deste mês dois cursos dirigidos a assistentes dentários, que vão decorrer no Espaço Físico da OMD no Funchal (Madeira) e num hotel de Ponta Delgada (Açores). O primeiro será orientado pela médica dentista Ana Sofia Coelho, mestre em Medicina Dentária pela Universidade do Porto, e abordará temas como a dentisteria, a endodontia e a odontopediatria. O segundo, intitulado “Prótese parcial removível e fixa”, terá como oradora a médica dentista Rita Reis, assistente convidada da Área de Medicina Dentária da Universidade de Coimbra.

(0034) 933 230 702 - info@clínicabarrado.com

226 197 690 - www.omd.pt

VÁRIOS Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS A Ortocervera (Grupo Ceosa) organiza este curso personalizado, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado. (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

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Maxillaris Reuniões

Reuniões

2018 ADA 2018 Annual Meeting

setembro

De 18 a 20 de outubro - Honolulu , EUA American Dental Association

48o Congresso Anual SPO

AAP 2018 - American Academy of Periodontology 104th Annual Meeting

De 20 a 22 de setembro - Porto Sociedade Portuguesa de Ortodontia

De 27 a 30 de outubro - Vancouver, Canadá American Academy of Periodontology

ICOI World Congress 2018 De 27 a 29 de setembro - Las Vegas, EUA The International Congress of Oral Implantologists

novembro

Congresso Nacional de Estomatologia AMEP

AEDE

De 28 a 29 de setembro - Po Associação dos Médicos Estomatologistas Portugueses

De 1 a 3 de novembro - Málaga, Espanha Associação Espanhola de Endodontia

outubro

27o Congresso OMD De 8 a 10 de novembro - Porto Ordem dos Médicos Dentistas

EAO 2018 - European Association of Osseointegration Congress

XVI Congreso SECIB

De 11 a 13 de outubro - Viena, Áustria European Association of Osseointegration

De 15 a 17 de novembro - Palma de Maiorca, Espanha Sociedade Espanhola de Cirurgia Bucal

38o Congresso Anual SPEMD

Great New York Dental Meeting

12 e 13 de outubro - Lisboa Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária

De 23 a 28 de novembro - Nova Iorque, EUA

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MAXILLARIS Reuniões

SPO realiza no Porto a sua 25a cimeira anual

SPEMD celebra em Lisboa o seu 38o congresso anual

27o congresso da OMD realiza-se na Exponor

O encontro anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO) vai realizar-se de 20 a 22 deste mês, na cidade do Porto. A 25a cimeira da SPO, cuja organização está a cargo da médica dentista Ana Paula Amorim, pretende consolidar-se como o evento de maior participação por ortodontistas em Portugal. O programa do congresso conta com as presenças confirmadas de Tomás Castellanos (pré-curso), Andrés Giraldo, Álvaro Larriú, Beatriz Solano, Enrique Solano, Isabel Flores, Itamar Friedlander, Júlio Fonseca, Júlio Cifuentes, Juan Carlos Rivero Lesmes, Nuno Gil e Roberto Fernandes.

A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) agendou para os dias 12 e 13 de outubro deste ano a 38a edição do seu congresso anual. O Centro de Congressos Lagoas Park, em Oeiras, voltará a ser o cenário da edição lisboeta do encontro da SPEMD, que obedece a um regime de rotatividade entre a capital e as cidades de Coimbra e Porto. O programa científico contará com dezenas de oradores nacionais e estrangeiros e deverá atrair mais de um milhar de profissionais de todos os quadrantes da saúde oral.

O 27o congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) está agendado para os dias 8 a 10 de novembro próximo. O recinto da Exponor, em Matosinhos, voltará a acolher a edição nortenha da principal cimeira anual da classe dos médicos dentistas. Eis os conferencistas estrangeiros que vão dar corpo ao programa do congresso: Fouad Khoury, Dudu Medeiros, Andrea Ricci, Cheen Loo, Flávio Ferrari, Fernando Goldberg, Anton Sculean, Mauricio Araujo, Juan Blanco Carrión, Víctor Clavijo, Karin Becktor, Marco Ferrari, Carlos Eduardo Francischone, Sérgio Khan, Patricia Gatón, Ophir Fromovich, Jair Carneiro Leão e Jacobo Limeres.

www.spemd.pt

www.facebook.com/sportodontia/

www.omd.pt

AMEP organiza congresso nacional de estomatologia

Orthodontic World Congress vai ter lugar em Malta

Cimeira anual da EAO celebra-se na Áustria

A Associação dos Médicos Estomatologistas Portugueses (AMEP) organiza nos dias 28 e 29 deste mês, no Centro Hospitalar do Porto, o segundo congresso nacional de estomatologia. De acordo com o programa provisório do encontro, na primeira jornada serão abordados temas como a descompressão de quistos dos maxilares (Adélia Ramazanova), a cirurgia de terceiros molares inclusos (Mariana Moreira e Catarina Fraga) ou a dor crónica e dor orofacial (José Romão). No segundo dia estarão em destaque a codificação instrumental na endodontia (Ricardo Grazina e Miguel André Martins) e as precauções em cirurgia apical (João Mendes de Abreu e Miguel André Martins), entre outros temas.

A Dentsply Sirona celebra o Orthodontic World Congress entre os dias 20 e 22 deste mês, em Malta, onde se exibirão as últimas tendências nesta disciplina, conceitos multidisciplinares e ideias modernas e inovadoras no universo da saúde oral. Este encontro combinará workshops práticos com apresentações de mais de 12 oradores internacionais e um evento de networking no período da noite. A sessão principal do congresso contará com um seleto painel de oradores, entre os quais se incluem Frank Weiland (membro do European Board of Orthodontists) e Julia García Baeza (associada do American Board of Orthodontics).

O próximo congresso anual da European Association of Osseointegration (EAO) vai decorrer entre os dias 11 e 13 do próximo mês de outubro, em Viena (Áustria). O programa do principal encontro europeu dedicado à osteointegração contará com o contributo de especialistas dos quatro cantos do mundo, que farão uma atualização dos temas dominantes nesta área. Como é habitual, os representantes da indústria dentária aproveitarão a cimeira da EAO para exibirem as últimas novidades em matéria de produtos e serviços.

www.owceurope.com

www.eao.org

https://pt-pt.facebook.com/amep.portugal/

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Maxillaris Reuniões

Valladolid acolhe reunião anual da SEPES

Congresso da SECIB realiza-se em Palma de Maiorca

Tour mySimplant abrange vários pontos da Península Ibérica

A 48a reunião anual da Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica (SEPES) vai ter lugar entre os dias 11 e 13 de outubro, na cidade de Valladolid (Espanha). A organização do evento preparou um programa científico que permita aos participantes atualizar os seus conhecimentos científicos e interagir com a indústria, tendo ainda tempo para cultivar as relações pessoais com os colegas e amigos e desfrutar da oferta cultural da referida cidade. Entre os oradores da reunião contam-se Angelo Putignano, Williams Robins e José Rábago.

Nos dias 15 a 17 do próximo mês de novembro vai ter lugar, no Palácio de Congressos de Palma de Maiorca (Espanha), o XVI Congresso da Sociedade Espanhola de Cirurgia Bucal (SECIB). O encontro, presidido pela médica dentista espanhola Catalina Jaume Riera, contempla uma série de conferências sobre cirurgia oral, implantologia, regeneração óssea e medicina. Também está programada uma sessão clínica sobre patologia oral.

A Dentsply Sirona apresenta o “Tour mySimplant”, dirigido a todos os que pretendam iniciar-se no tratamento implantológico guiado por computador. Com o serviço de planificação mySimplant, o clínico não tem que dominar o software de planificação de implantes. O técnico de Simplant prepara a planificação e a única tarefa do médico dentista é rever, editar e aprovar o caso através da plataforma online intuitiva do mySimplant. O tour decorre em diversas cidades da Península Ibérica e com diferentes oradores especialistas em mySimplant.

www.secibonline.com

www.sepes.org

formacion-implants@dentsplysirona.com

BioHorizons realiza em outubro encontro Ibérica Summit

Sexta edição da Expoorto-Expooral agendada para março de 2019

European Prosthodontics Association celebra encontro em Madrid

A BioHorizons Ibérica organiza no próximo dia 27 de outubro, em Madrid (Espanha), o evento Ibérica Summit, programa que encerrará o Global Education Tour 2018, uma iniciativa de formação da companhia, a nível internacional, cujo objetivo é oferecer formação de vanguarda sobre a terapia de implantes em seis países. Esta cimeira consistirá numa jornada intensiva de aprendizagem sobre como superar os desafios anatómicos na implantologia, que terá Craig Misch como protagonista. O programa divide-se em duas partes: abordagem dos desafios através de enxertos e enfoques alternativos com implantes curtos e angulados.

O congresso Expoorto-Expooral celebrará a sua sexta edição nos dias 29 e 30 de março do próximo ano, em Madrid (Espanha). Desta vez, o encontro será presidido por Manuel Míguez Contreras, diretor do Título de Especialista Universitário em Medicina Dentária do Sono e professor do Mestrado de Ortodontia na Universidade Alfonso X el Sabio de Madrid. Expoorto-Expooral inclui diversos fóruns, conferências simultâneas em várias salas e mesas de debate, para além da abertura de uma sala de exposição comercial com mais de 70 stands para empresas especializadas no setor.

A European Prosthodontic Association (EPA) celebrará nos dias 13 a 15 deste mês, em Madrid (Espanha), o seu 42o congresso anual. A Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica (SEPES) coorganizará esta reunião conjunta, que contará com a participação de Mariano Sanz, Stefano Gracis, Josef Kunkela, Roberto Cocchetto e Jürgen Setz, entre outros oradores de renome. Sob o lema “Nativos digitais em prostodontia”, o congresso abordará os procedimentos obtidos mediante fluxos digitais para soluções protésicas sobre dentes e implantes. Também tratará os materiais de reabilitação protésica e a sua forma de utilização com tecnologia digitalizada, etc.

www.expoorto.com

GET. Biohorizons.com

www.epadental.org

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MAXILLARIS Reuniões

EFP Perio Master Clinic realiza-se em Hong Kong

Paris acolhe em setembro simpósio europeu Carriere

Dentsply Sirona World Madrid 2019

A European Federation of Periodontology (EFP) vai organizar nos dias 1 e 2 de março de 2019, em Hong Kong (China), mais uma edição do EFP Perio Master Clinic, que atrairá especialistas na área da periodontologia dos quatro cantos do mundo. Este importante encontro centrar-se-á na periimplantite, nomeadamente na prevenção e no tratamento de defeitos dos tecidos moles e duros. Depois das bem-sucedidas edições de França e Malta, a EFP pretende repetir, agora no continente asiático, um programa de alta qualidade e orientado para a vertente clínica.

A Henry Schein Orthodontics celebrará o quarto simpósio anual europeu Carriere de 20 a 22 deste mês, em Paris (França). Esta reunião centrar-se-á nas últimas tecnologias e protocolos de tratamento baseados na evidência para atingir um nível completamente novo de excelência em ortodontia. Os assistentes terão a oportunidade de aprender sobre conceitos e ferramentas novas e inovadoras que marcam uma diferença na saúde dos pacientes. Oradores de renome apresentarão conceitos inovadores para ajudar a diagnosticar e estabelecer planos de tratamento, desde a filosofia de Sagittal First até ao novo sistema completo de suportes Carriere SLX 3D e os dispositivos Carriere Motion 3D.

A Dentsply Sirona levará a cabo nos dias 28 e 29 de junho de 2019, em Madrid (Espanha), um encontro chave para a comunidade da Medicina Dentária da Península Ibérica, que incluirá conferências de primeiro nível, workshops, networking e atividades sociais com um único propósito: promover uma prática profissional mais segura, mais rápida e de maior qualidade. Conferencistas internacionais, líderes nas suas especialidades, participarão no Dentsply Sirona World Madrid para partilharem os avanços que experimentaram na sua prática diária graças à odontologia digital. Durante o encontro também se proporcionarão conferências e sessões formativas com a tecnologia mais inovadora.

www.efp.org

www.CarriereSymposium.com

www.dentsplysirona.com

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Maxillaris Novidades

Novidades

BrackFix, adesivo fotopolimerizável

Microscópio cirúrgico Zumax OMS 2350 LED 937 083 146 - www.voco.com

www.ravagnanidental-portugal.com

A remoção de brackets deve dar-se de forma simples e rápida. Durante o procedimento, as superfícies dentárias devem permanecer ilesas e os restos de adesivo ser completamente removidos. No entanto, muitas vezes é impossível enxergar o adesivo, pelo que o procedimento com brocas pode ser demasiado demorado. O novo adesivo fotopolimerizável BrackFix tem a vantagem de ser distinguível sob a luz UVA, ou seja o invisível torna-se visível, graças a um corante fluorescente. É possível identificar imediatamente os restos de adesivo, evitando assim que o esmalte venha a ser lesado. A viscosidade do BrackFix permite que os brackets sejam colocados com precisão, sem escorregar nem se deslocar da posição desejada. Pode utilizar-se de duas maneiras diferentes: com um primer que requer o prévio condicionamento ácido do esmalte ou com um primer autocondicionante (self-etch). BrackFix é indicado para brackets metálicos ou cerâmicos.

A Ravagnani Dental convida os profissionais do setor a conhecerem o último avanço tecnológico no campo da microscopia, através do microscópio cirúrgico Zumax OMS 2350 LED. Este apresenta uma qualidade e tecnologia superiores e está rapidamente a ganhar terreno como o microscópio de cirurgia mais recomendado. O consumidor tem a possibilidade de optar pelo simples entry level kit, pronto a funcionar e com Iluminação LED, binoculares inclináveis a 180º, lentes alemãs com multirrevestimento e anti-reflexo, mas também poderá fazer escolhas à sua medida: câmara 3D, adaptador para o telemóvel para produzir streaming para as redes sociais, etc.

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Maxillaris Novidades

Novo material de impressão Impregum Super Quick

Celtra Press: pastilhas agora também em B3, C3 e D3 www.3m.com.pt

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O novo material de impressão de poliéter Impregum Super Quick, da 3M, o primeiro poliéter verdadeiramente super-rápido, combina o desempenho de confiança e a fiabilidade deste com a velocidade do VPS. Está disponível em duas consistências (medium body e light body) e pode usar-se com técnicas de impressão monofásicas e em um só passo. Ambos os materiais apresentam um tempo de aplicação de 45 segundos e um período de secagem intraoral de dois minutos, tornando-os na escolha perfeita para próteses unitárias como coroas, implantes, inlays e onlays e pontes mais pequenas até três unidades. O tempo de secagem intraoral curto, combinado com um sabor a menta fresca significativamente melhorado, oferece um maior conforto ao doente. O novo material também apresenta os benefícios do poliéter que são dignos de confiança: tolerância à humidade, excelente fluidez e um fluxo consistente durante o período de aplicação. Estes asseguram impressões altamente detalhadas e precisas.

O dissilicato de lítio reforçado com óxido de zircónio (ZLS) prensável Celtra Press, da Dentsply Sirona Lab, caracteriza-se especialmente pelas suas propriedades foto-óticas. O material oferece tal volume de opalescência, translucidez e fluorescência que na maior parte dos casos basta uma estratificação minimalista para obter uma restauração altamente estética. A partir de agora, as pastilhas de ZLS estão disponíveis em três cores adicionais: B3, C3 e D3 (para além das já existentes BL2, A1, A2 e A3, e B1, C1 e D2), cada cor em dois graus de translucidez (LT e MT). Isto facilita ainda mais ao técnico de prótese a reprodução fiável da cor e a obtenção de uma estética excelente.

Para mais informação: +34 934 253 040 comercial@bienair.com www.bienair.com

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Indústria

Ivoclar Vivadent estreia plataforma para envios diretos

Dentsply Sirona Lab apresenta soluções globais

A Ivoclar Vivadent implantou em 2012 o sistema de envios diretos através do qual o cliente podia solicitar diretamente à companhia o envio do brinde correspondente a uma oferta. Agora a empresa dá mais um passo no sentido de profissionalizar e melhorar o serviço, de tal modo que o cliente poderá solicitar e anexar a fatura através de uma nova plataforma que lhe assegurará a receção e tramitação desta oferta. Se o profissional do setor adquiriu recentemente uma oferta e quer tramitar o envio direto, agora poderá fazê-lo comodamente acedendo ao site da Ivoclar Vivadent.

Em fevereiro passado entrou em funcionamento a estratégica unidade de negócio (SBU) de laboratório da Dentsply Sirona. Alguns meses depois, a marca pode olhar para trás e ver o bem sucedido começo da nova SBU de laboratório. Recentemente, a empresa apresentou soluções globais para todo o tipo de fluxos de trabalho dos clientes em duas conferências na Alemanha e Estados Unidos. Os técnicos dentários puderam testemunhar de perto a dedicação da marca aos laboratórios, e as conferências converteram-se num excelente meio de contacto e comunicação entre profissionais. Com a Dentsply Sirona Lab como solução integral, os laboratórios e os técnicos podem confiar num parceiro forte para fornecer-lhes todo o equipamento e materiais que necessitam para o seu trabalho diário: desde tecnologia e aparelhos até soluções CAD-CAM, passando por materiais tradicionais.

www.ivoclarvivadent.es

www.dentsplysirona.com

Henry Schein e Internet Brands criam a marca tecnológica Henry Schein One

Biotech Dental anuncia Partner’s Day em Lisboa

Henry Schein e a companhia de software e meios em linha Internet Brands anunciaram, no início de julho, a criação de uma empresa conjunta para formar Henry Schein One, que oferecerá tecnologia odontológica integrada com o fim de ajudar os profissionais do setor a melhorar a gestão e o marketing das suas clínicas, assim como a comunicação com os pacientes. Henry Schein One combinará os produtos e serviços da Henry Schein Practice Solutions e os sistemas de gestão de clínicas dentárias da marca com os negócios odontológicos da Internet Brands. A empresa oferecerá tecnologia avançada e produtos para a integração desta nas clínicas dentárias.

Nos dias 21 e 22 do passado mês de junho, a Biotech Dental realizou o seu primeiro Partner’s Day, em Marselha (França), com o objetivo de fortalecer os laços do grupo com as suas filiais e distribuidores. Uma centena de parceiros, a representar mais de 40 países, frequentaram a primeira edição de forma a partilhar os valores e a estratégia do grupo francês. A segunda edição já está a ser planeada, e irá decorrer em junho de 2019, durante a segunda edição do International Meeting, em Lisboa. Estes eventos não só fortalecem o grupo, como estabelecem a sua presença internacional.

www.henryscheinone.com

www.biotech-dental.com

O Partner’s Day consiste em dois dias de experiências partilhadas e workshops.

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Máxima difusão

Se a sua publicidade é dirigida às clínicas dentárias, não perca tempo nem dinheiro, O seu meio de comunicação é

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Dentaleader lança novo blog

Dentsply Sirona Ibéria tem novo vice-presidente

Três anos depois do lançamento da sua atual loja online, a Dentaleader dá mais um passo na sua consolidação no mundo digital, estreando um espaço destinado a partilhar conteúdos com os profissionais do setor, que terá como desafio a proximidade dos utilizadores. O novo blog tem um desenho versátil que permite aos utilizadores aceder à página eletrónica a partir de meios diferentes, tais como dispositivos móveis ou tablets, adaptando-se às diversas resoluções de ecrã. Os conteúdos serão apresentados de uma forma muito simples e intuitiva.

Xavier Carro é, desde o passado mês de julho, o vice-presidente e diretor geral da Dentsply Sirona Ibéria. A empresa agradece ao seu antecessor no cargo, Davide Fazioni, o seu contributo a implementar e trabalhar numa estratégia centrada nas necessidades do cliente, assim como em oferecer Xavier Carro assume a direção estratégica as melhores soluções odontológicas e orientação operativa da empresa. do mercado. Xavier Carro assume a responsabilidade da direção estratégica e orientação operativa da companhia, onde ingressou em setembro de 2017 como líder da unidade de negócio de implantes. www.dentsplysirona.com

dentaleader.com/dentablog

OrthoApnea e Universidade de Málaga desenvolvem novo dispositivo

Instituto de provas dos EUA recomenda material SR Ivocap

A OrthoApnea, empresa dedicada à fabricação de dispositivos de avance mandibular, leva três anos a trabalhar com a Universidade de Málaga (Espanha) para o desenvolvimento de um novo dispositivo, NOA, que se apresentará em 2019 e servirá, como o seu antecessor, o OrthoApnea Classic, para tratar o ronco e o sindroma da apneia do sono. O objetivo desta colaboração entre os investigadores da universidade e a equipa de I+D da OrthoApnea foi desde o início desenvolver um dispositivo totalmente personalizado para cada paciente, de acordo com a sua biomecânica mandibular e adaptado à sua morfologia bucal. NOA é, portanto, a versão melhorada do dispositivo OrthoApnea.

Um instituto de provas dos Estados Unidos (EUA) recomenda o material SR Ivocap, da Ivoclar Vivadent, como melhor produto de 2018. Todos os anos, o instituto de provas de Gordon J. Christensen publica uma recomendação dos melhores artigos dentários. Para tal, baseia-se nas avaliações do produto dos últimos 12 meses. Estas são realizadas pela equipa científica e o especialista clínico do Clinicians Report. SR Ivocap foi uma vez mais um dos poucos produtos odontológicos recomendados pelo instituto. No total, foram incluídos 13 produtos da Ivoclar Vivadent entre as recomendações do Clinicians Report de 2018.

A equipa que participa no desenvolvimento do novo dispositivo.

www.ortoplus.es

BTI volta ser a empresa biotecnológica com maior produção científica

O SR Ivocap foi um dos poucos produtos odontológicos recomendados.

DENTISTA Aceito para trabalhar em clínica dentária antiga,

O Biotechnology Institute (BTI) consolida-se como a empresa biotecnológica com maior produção científica de Espanha pelo terceiro ano consecutivo. A associação espanhola de bioempresas (ASEBIO) publicou no passado dia 9 de julho o seu relatório anual de 2017, que repassa a situação e as tendências do setor da biotecnologia no país vizinho, em que se situa o BTI como a empresa espanhola com maior número de publicações científicas (33 no total). Este dado consolida definitivamente a firma como uma das empresas espanholas com uma maior dedicação e implicação na I+D. bti-biotechnologyinstitute.com

www.ivoclarvivadent.es

em Vila Franca de Xira. Contacto:

clinicasoares@gmail.com

Um técnico num laboratório do BTI.

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