MAXILLARIS PORTUGAL - JULHO Nº 91 "ESPECIAL IMPLANTOLOGIA"

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Ciência e atualidade do setor dentário - ano XIII

Falamos com...

Gil Alcoforado, médico dentista e Professor Catedrático especializado em Periodontologia

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Especial Implantología Ciência e prática

Paul Coulthard, diretor de Cirurgia Oral e Maxilofacial na Universidade de Manchester (Reino Unido)

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• Nuno Menezes Gonçalves • Tiago Rodrigues • Paulo Maló Dossier

• João Mouzinho

Ponto de vista

André Chen: O estado da arte da implantologia em Portugal

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Ciência e atualidade do setor dentário - ano XIII

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destaques Crónica EuroPerio9 leva a Amesterdão todas as inovações da periodontologia e dos implantes.

Nova SPMD2 reúne profissionais de diferentes áreas em torno da Medicina Dentária digital.

Especial Implantologia Ciência e prática

Ponto de vista

• Nuno Menezes Gonçalves: “Implantes imediatos na zona molar com recurso à técnica Drilling Through Roots (DTR)”. • Tiago Rodrigues: “Regeneração óssea horizontal para colocação de implantes. Abordagem prosteticamente guiada”. • Paulo Maló: “All-on-4 standard e extra-maxila na reabilitação de maxilares atróficos”.

André Chen: O estado da arte da implantologia em Portugal.

Dossier • João Mouzinho: “Sistema Trefoil: a revolução da arcada completa”.

Falamos com... Paul Coulthard, decano e diretor de Cirurgia Oral e Maxilofacial na Faculdade de Odontologia da Universidade de Manchester (Reino Unido): “Os pacientes necessitam educação sobre como controlar a dor pós-cirúrgica”.

Gil Alcoforado, médico dentista e Professor Catedrático especializado na área da Periodontologia: “Com a evidência dos problemas periimplantares, a manutenção dos dentes, sempre que possível, irá estar cada vez mais na ordem do dia”.

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o Ponto de vista

sumário

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André Chen: “O estado da arte da implantologia em Portugal”.

o Ciência e prática

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Nuno Menezes Gonçalves: “Implantes imediatos na zona molar com recurso à técnica Drilling Through Roots (DTR)”. 40 Tiago Rodrigues: “Regeneração óssea horizontal para colocação de implantes. Abordagem prosteticamente guiada”. 52 Paulo Maló: “All-on-4 standard e extra-maxila na reabilitação de maxilares atróficos”.

o Crónica

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Nova SPMD2 reúne profissionais de diferentes áeras em torno da Medicina Dentária digital.

EuroPerio9 leva a Amesterdão todas as inovações da periodontologia e dos implantes.

o Dossier

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ESPECIAL IMPLANTOLOGIA

João Mouzinho: “Sistema Trefoil: a revolução da arcada completa”.

o Calendário

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o Falamos com... 20 Gil Alcoforado, médico dentista e Professor Catedrático especializado na área da Periodontologia: “Com a evidência dos problemas periimplantares, a manutenção dos dentes, sempre que possível, irá estar cada vez mais na ordem do dia”. 26 Paul Coulthard, decano e diretor de Cirurgia Oral e Maxilofacial na Faculdade de Odontologia da Universidade de Manchester (Reino Unido): “Os pacientes necessitam educação sobre como controlar a dor pós-cirúrgica”.

Agenda de cursos para os profissionais.

o Reuniões

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Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

o Novidades

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Produtos e equipamentos.

o Indústria

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Notícias de empresas.

A Maxillaris é uma marca registada a nível europeu pelo Departamento de Harmonização do Mercado Interior Europeu de Marcas e Desenhos com o Nº 003098449. Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: Maria João Miranda. comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.

Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Francisco Teixeira Barbosa. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Bilhoto. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Rui Figueiredo. Susana Noronha. Consultor para a América Latina: Pérsio Mariani. REDAÇÃO: Rua Francisco Sanches, 122, 2O 1170-144 Lisboa • Tel./Fax: 218 874 085.

Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 € , resto 80 € . ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 DE 9/6 ART. 12o No 1

TIRAGEM: 6.500 exemplares

• Periodicidade mensal. • A Maxillaris não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores. • Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito da Cyan Editores.

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Editorial Como é habitual, a edição de julho da Maxillaris volta a debruçar-se sobre os contornos da implantologia no contexto da Medicina Dentária. Este número, que anualmente dedicamos a uma das disciplinas que suscitam maior interesse (e debate) na classe dos médicos dentistas, pretende dar a conhecer os pontos de vista de alguns profissionais de renome e divulgar casos clínicos que refletem as últimas tendências no que diz respeito às técnicas e aos tratamentos com implantes.

O estado da implantologia

Neste contexto, o médico dentista André Chen, ao abrigo da secção “Ponto de vista”, passa em revista o estado da arte em implantologia e traça-nos as grandes metas que se colocam neste domínio, no contexto nacional, entre as quais se destacam o controlo da qualidade dos atos clínicos praticados e a necessidade das academias, das sociedades científicas e das especialidades clínicas adotarem o caminho da partilha de conhecimento de ponta. A evidência dos problemas periimplantares representa, por seu lado, um desafio cada vez mais exigente para os profissionais que se dedicam aos tratamentos com implantes, tanto mais que ainda não é conhecida uma fórmula definitiva para os solucionar. Isso mesmo é sublinhado na entrevista que nos concede Gil Alcoforado, Professor Catedrático especializado na área da Periodontologia e recém-empossado reitor do Instituto Universitário Egas Moniz, para quem o perfil ideal do implantólogo passa, em primeiro lugar, por uma boa e sólida preparação de base, exigindo, por outro lado, uma educação contínua que só deverá cessar no dia em que o clínico se reformar. Também falamos (em exclusivo) com o médico dentista Paul Coulthard, decano e diretor de Cirurgia Oral e Maxilofacial na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Manchester (Reino Unido), que nos revela as particularidades que estão associadas aos casos de implantes no que respeita ao manejo da dor pós-operatória, entre outros temas que marcam a atualidade do setor. Além disso, uma série de artigos de teor clínico-científico, da autoria de profissionais com provas dadas no tratamento com implantes, completam o conteúdo deste monográfico que abrange temáticas como os implantes imediatos na zona molar com recurso à técnica Drilling Through Roots (Nuno Menezes Gonçalves), a técnica All-on-4 standard e extra-maxila na reabilitação de maxilares atróficos (Paulo Maló), o revolucionário sistema Trefoil (João Mouzinho) e uma abordagem prosteticamente guiada da regeneração óssea horizontal para colocação de implantes (Tiago Rodrigues). A Maxillaris espera que esta edição possa, como acontece todos os meses de julho, dar o seu contributo para a formação e informação do foro implantológico, aproveitando desde já para dese­jar a todos os seus leitores e anunciantes uma excelente época estival! Em setembro, cá estaremos, de novo, com toda a atualidade do setor dentário.

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Lusobionic . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Osteoclass . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 SEPES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Sineldent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Sinusmax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 e 59 SPEMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

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crónica Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas debate estado da diáspora com membros do CNOP O secretário de Estado das Comuni­ dades Portuguesas, José Luís Carneiro, reu­ niu-se na sede da Ordem dos Nutricionistas, no Porto, com membros do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) para dar conta do tra­ balho desenvolvido junto da diáspora portuguesa e ouvir as preocupações das Ordens, com destaque para a crescente mobilidade, quer de estudantes e profissionais portugueses no estrangeiro, quer de emigrantes que vêm para Portugal. O governante salientou a importância da expe­ riência internacional e partilha de conhecimento, destacando nesta matéria os recentes acordos de mobilidade, para a atribuição de visto especial a estudantes e trabalhadores em países como a Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Japão, Canadá, Uruguai e Coreia do Sul. O secretário de Estado está a dinamizar, através de parcerias, as redes das várias comunidades portu­ guesas que, através da eleição de representantes, procuram dar resposta às necessidades do dia a dia dos emigrantes nacionais. Para além das redes de cidadãos, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tem embaixadas e consula­ dos em 117 países, a que se somam 284 cônsules honorários. O presidente do CNOP e bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), Orlando Monteiro da Silva, enalteceu a importância destas represen­ tações, recordando o apoio que recebeu da Secretaria de Estado das Comunidades em deslo­ cações ao Irão e México. Ordens alertam governo À Ordem dos Médicos têm chegado muitos pedi­ dos fora dos protocolos em vigor. Para Alexandre Lourenço, presidente do Conselho Regional do Sul

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas e presidente do CNOP, Orlando Monteiro da Silva (à esquerda), com José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

da Ordem dos Médicos, Portugal é hoje uma plataforma de entrada na Europa para cidadãos estrangeiros, nomeadamente brasileiros, que sem se fixarem em Portugal, usam o nosso país para outros destinos dentro da União Europeia, mostrando-se preocupado com a falta de celeridade de alguns países no reconhecimento mútuo de diplomas. A preocupação com o reconhecimento dos diplo­ mas de profissionais qualificados de origem por­ tuguesa e radicados na Venezuela que estão a regressar a Portugal também foi referida. Em resposta a estas e outras questões, o secre­ tário de Estado das Comunidades Portuguesas lembrou a autonomia das universidades e das Ordens Profissionais, considerando, ainda assim, que a legislação possa estar a necessitar de algum rejuvenescimento e que Portugal possa eventualmente não dar permissão auto­ mática aos outros países europeus.

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Nova SPMD2 reúne profissionais de diferentes áreas em torno da Medicina Dentária digital No passado dia 27 de maio teve lugar, em Coimbra, a primeira Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Medicina Dentária Digital (SPMD2 ou D2), onde estiveram representados 103 associados fundadores e co-fundadores. Na ocasião, procedeu-se à eleição e tomada de posse dos primeiros órgãos sociais, à defi­ nição dos estatutos e à discussão sobre assuntos vários da gestão e futuro da SPMD2. A nova sociedade científica assume-se como inclusiva e pretende reunir os médicos dentistas, técnicos de prótese dentária e médicos de diferentes especialida­ des em torno do desenvolvimento da Medicina Dentária digital. Neste âmbito, tal como foi acentuado durante a Assembleia Geral, a área digital, habitualmente rotula­ da com o desenho e produção de restaurações por meio de scanners, fresadoras e impressoras, é na reali­ dade muito mais abrangente. Alguns exemplos bem difundidos da área digital são: o registo fotográfico ou vídeo para planeamento e documentação; a utilização de exames complementares de diagnóstico como o recurso a RVG ou CBCT; aplicação de tecnologia ultras­ sónica em áreas cirúrgicas, reabilitadoras ou endodon­ tia; o recurso a localizadores apicais ou instrumen­ tação mecanizada; execução de técnicas cirúrgicas, protéticas ou endodônticas guiadas; aplicação de diversos meios tecnológicos na ortodontia ou na DTM, entre outros exemplos.

país nesta área. O mais importante é não termos um plano fechado e imutável. Queremos uma filosofia fluida onde possamos adaptar-nos às especificidades de cada área e à realidade de cada associado”. Ainda durante a reunião, à qual assistiu uma repre­ sentação da Sociedade Espanhola de Odontologia Computorizada, congénere da SPMD2, assinou-se a “Declaração de Coimbra” na qual ambas estabelecem um pacto de cooperação. Corpos sociais Para além de Rui Falacho (presidente), a direção da nova sociedade científica é composta por Carlos Falcão (vice-presidente); André Chen (secretário); Luís Fonseca (tesoureiro); José Francisco Basto, João Fernandes e Joana Marques (vogais); João Pato e João Mouzinho (suplentes). Os membros da Mesa da Assembleia Geral são: Duarte Marques (presidente); Paulo Júlio Almeida (primeiro secretário); Hélder Oliveira (segundo secretário) e Raphaël Gameiro (suplente). O Conselho Fiscal é presidido por Salomão Rocha e inclui ainda João Brochado (vice-presidente); Pedro Miguel Brito (vogal) e Tomás Amorim (suplen­ te). A Comissão Científica será nomeada na primeira reunião da direção, sendo que o presidente e ambos os secretários são já conhecidos: Pedro Nicolau e João Carlos Ramos e João Carlos Roque, respetivamente.

A partir da esquerda, Luís Fonseca, tesoureiro da SPMD2; Duarte Marques, presidente da Mesa da Assembleia Geral; Rui Falacho e Carlos Falcão, presidente e vice-presidente da direção, respetivamente.

No seu discurso, o médico dentista Rui Falacho, presi­ dente da SPMD2, afirmou que a medicina e a prótese dentárias digitais “não são, como muitos fazem acredi­ tar, o futuro; são o presente, e um presente já bem difundido”. Quanto ao âmbito de ação previsto para esta socieda­ de, Rui Falacho observou que “existiremos para difun­ dir conhecimento e proporcionar formação de quali­ dade aos nossos associados, fomentar o acesso livre à informação e promover o desenvolvimento tecnológi­ co, bem como a inovação e a investigação científica na área digital da medicina e prótese dentárias. Estabeleceremos pontes com outras realidades e não só absorveremos o que de melhor têm, como também transmitiremos todo o potencial que existe no nosso

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Organização da IDS 2019 reforça área de exposição e antecipa novo recorde de participantes Faltam oito meses para a comunidade internacional da Medicina Dentária voltar a concentrar-se em Colónia (Alemanha), ao abrigo de mais uma edição do salão IDS. Os preparativos para a 38a edição da feira líder mundial do setor, agendada para os dias 12 a 16 de março de 2019, decorrem a bom ritmo. Neste momento, já se inscreveram mais empresas do que há dois anos no mesmo período e todos os dias chegam novas inscrições para participar no certame. A organização da IDS 2019, a cargo da indústria alemã do setor dentário (VDDI) e da feira de Colónia (Koelnmesse), espera registar outro recorde de participação, depois dos números alcançados na edição de 2017 com 2.305 expositores de 59 nacionalidades e mais de 155.000 visitantes oriundos de 157 países. “A alta procura nacional e internacional demonstra que a IDS é a plataforma de negócios favorita e sobretudo indispensável para o setor dentário global”, sublinha Mark Stephen Pace, presidente da VDDI, numa primeira tomada de posição sobre o próximo certame. Por seu lado, Katharina C. Hamma, diretora geral da Koelnmesse, observa que “quem quiser ter sucesso neste setor, deve assistir à IDS, em Colónia”. A organização adianta, de resto, que recebeu múltiplos pedidos de novos expositores potenciais e que 20 participações coletivas estrangeiras já confirmaram a sua presença no certame. Mais área de exposição Com a integração do pavilhão 5, no qual se encontrarão, entre outros, importantes distribuidores de profilaxia para pacientes, a IDS oferece a capacidade necessária para cobrir a elevada procura por parte de expositores e de visitantes. O referido pavilhão adapta-se perfeitamente à disposição natural circular da feira e está perfeitamente conectado à nova entrada do recinto e aos parques de estacionamento para visitantes na zona circundante. Além disso, este pavilhão adicional estabelece outra revalorização da qualidade geral da estância para os visitantes da IDS: os corredores amplos e muito bem iluminados facilitam a orientação e melhoram mais a organização espacial do evento. A IDS 2019 ocupa agora os pavilhões 2, 3, 4, 5, 10 e 11, com uma superfície total de 170.000 metros quadrados brutos. A indiscutível posição da IDS como feira líder mundial do setor dentário confirma-se também através dos resultados de uma sondagem independente realizada entre os

Vista aérea da cidade de Colónia, destacando-se o seu amplo recinto de feiras (Koelnmesse).

visitantes e expositores da edição de 2017. Como habitualmente, o evento juntou em Colónia representantes da Medicina Dentária e dos laboratórios dentários, do comércio especializado e da indústria de todo o mundo, o que foi motivo de grande satisfação entre os expositores da IDS. Cerca de 95% dos expositores alemães encontrou ali importantes clientes do território nacional, e 91% dos clientes estratégicos do estrangeiro. Entre os expositores estrangeiros, 98% estabeleceram contacto com os seus clientes internacionais e 79% com os seus clientes estratégicos alemães. Por seu lado, 93% dos expositores alemães e 99% dos estrangeiros fizeram contactos internacionais. Os visitantes da IDS mostraram o mesmo índice de satisfação: mais de três quartos dos inquiridos manifestaram interesse em visitar a exposição de março de 2019. Graças à vasta gama de produtos e às numerosas novidades apresentadas no certame, 76% dos visitantes especializados alemães e 82% dos estrangeiros qualificaram a oferta expositiva da IDS 2017 como muito boa ou boa.

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Presidente da FDI antecipa à Maxillaris as suas expectativas relativamente ao congresso mundial de Buenos Aires O congresso anual da Federação Dentária Internacional (FDI) vai ter lugar nos dias 5 a 8 do próximo mês de setembro, em Buenos Aires (Argentina). Trata-se do principal evento mundial do setor dentário “e um dos momentos chave para a comunidade da área da saúde oral”. Isso mes­ mo sublinha, em declarações exclusivas à Maxillaris, a médica dentista norte-americana Kathryn Kell, presidente da FDI, para quem o encontro deste ano “voltará a englobar cursos e workshops de primeira linha em todos os domínios da Medicina Dentária e da saúde oral, bem como centenas de stands com as últi­ mas novidades de produtos e serviços do setor dentário”. Para Kathryn Kell, “é a plataforma ideal para os membros das associações nacionais, da indús­ tria e outras partes interessadas encontra­ rem-se e reforçarem a sua colaboração”.

O congresso anual da FDI oferece aos médicos dentistas e outros profissionais de saúde oral a oportunidade de se informarem sobre a última tecnologia e as práticas mais avançadas em matéria de tratamentos dentários. “Todos os anos anseio por este evento, uma vez que o con­ sidero uma oportunidade única para reunir a comunidade representativa da saúde oral, criar sinergias e formas de melhorar a agen­ da internacional neste campo, num con­ texto de intensa colaboração”, sublinha a esta revista a presidente da FDI.

Nasce uma nova sociedade científica europeia para promover o uso de implantes de porcelana Neutral, científica, baseada na evidência e sem fins lucrativos, eis as premissas da European Society for Ceramic Implantology (ESCI), fundada em novembro de 2017, em Zurique (Suíça), que agora abre as suas portas, após um intenso processo de pre­ paração e organização. A ESCI pretende promover o uso de implan­ tes dentários de porcelana com base em pro­ vas científicas. “Além disso, queremos esta­ belecê-los como um complemento útil aos implantes de titânio e como uma extensão do espectro de tratamento na prática diária implantológica”, refere o médico dentista suíço Jens Tartsch, presidente na nova socie­ dade científica.

A odontologia restauradora com recurso a implantes de porcelana é, atualmente, uma das áreas da Medicina Dentária em franco crescimento, uma das mais inovadoras e mais investigadas. “Uma sociedade científi­ ca independente, sem fins lucrativos, faz falta aos médicos dentistas, pacientes e ter­ ceiros, representando os seus interesses e criando a aceitação dos implantes de porce­ lana no campo da implantologia”, sustenta Jens Tartsch. O conselho consultivo científico da ESCI reunir-se-á pelo menos uma vez por ano e o primeiro congresso anual da sociedade científica deverá celebrar-se pela primeira vez em 2019.

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Mundo A Sorrir organiza conferência no Parlamento Europeu sobre saúde e água potável “Saúde e água potável, uma estratégia de cooperação para o desenvolvimen­ to” foi o tema debatido, no passado dia 25 de junho, no Parlamento Europeu, em Bruxelas (Bélgica), ao abrigo de uma conferência organizada pela Mundo A Sorrir, em parceria com o Eurodeputado Francisco Manuel de Assis. Este encontro salientou a impor­ tância da saúde e do acesso à água potável numa perspetiva da coope­ ração e ajuda ao desenvolvimento das comunidades. A iniciativa contou com a presença de um membro da Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia (REPER), que ajudou a enfatizar a impor­ tância que a sociedade civil e nomeada­ mente as organizações não governa­ mentais podem ter no apoio estruturado e coeso aos países menos desenvolvi­ dos. Também participaram no debate Miguel Pavão, presidente da Mundo A Sorrir, e Fernando Almeida, presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

O jornalista Manuel Vitorino apresen­ tou na mesma ocasião o livro “Guiné-Bissau, um país adiado”, de sua auto­ ria, deixando em aberto o desafio para o lançamento de uma nova publicação em parceria com uma série de entida­ des locais e internacionais. A Mundo A Sorrir é uma organização não governamental (ONG) presente em todo o território nacional, assim como em países lusófonos com necessidades de cuidados de saúde, atuando em áreas como a assistência médica, a rein­ serção social e laboral e a cooperação para o desenvolvimento. Entre os grupos de intervenção estão crianças e jovens, pessoas em situação de carência social e idosos. Esta associação, com sede no Porto, foi fundada pelo médico dentista Miguel Pavão, em 2005, após uma experiên­ cia de voluntariado em Cabo Verde, e conta já com mais de 80 parceiros em todo o mundo.

A sessão organizada pela Mundo A Sorrir decorreu na sede do Parlamento Europeu, em Bruxelas, no passado dia 25 de junho.

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Delegação portuguesa envolveu mais de uma centena de profissionais

EuroPerio9 leva a Amesterdão todas as inovações da periodontologia e dos implantes Um número recorde de 10.232 profissionais de saúde oral oriundos dos quatro cantos do mundo deslocaram-se a Amesterdão (Holanda), nos passados dias 20 a 23 de junho, para conhecerem as últimas novidades sobre as doenças periodontais e a implantologia, no contexto do EuroPerio, o maior congresso mundial da especialidade, que se realiza de três em três anos. Um total de 111 países estiveram representados na nona edição do encontro, com Holanda, Alemanha e França a contribuirem com as maiores delegações da Europa. A representação portuguesa, encabeçada por Inês Faria, embaixadora do evento em Portugal, somou um total de 124 profissionais, entre médicos dentistas generalistas e especializados na área da Periodontologia e higienistas orais. Os médicos dentistas Susana Noronha – presidente da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI) – e Gil Alcoforado – reitor do Instituto Universitário Egas Moniz – figuram entre os membros da delegação nacional, que teve uma presença ativa no contexto das comunicações apresentadas no EuroPerio9. O programa científico, que incluiu mais de 1.720 comunicações, representou outro recorde para o EuroPerio9. Além disso, 134 oradores convidados apresentaram as suas conferências em 42 sessões. Os novos formatos (“PerioTalks”, “Nightmare sessions”, cirurgias ao vivo, debates, sessões interativas de planos de tratamento e sessões 3D) foram bem acolhidos pelos congressistas e o habitual concurso de pósteres e comunicações reuniu o total de 308 trabalhos. Alguns membros da delegação portuguesa no EuroPerio9.

Entre as sessões memoráveis do EuroPerio9, a médica dentista belga Michèle Reners, presidente do congresso, destaca o máster clínico sobre “Saving teeth” e as “Nightmare sessions”. Por seu lado, o médico dentista alemão Soren Jepsen, responsável pelo programa científico, congratula-se pela sessão de cirurgia ao vivo que juntou 4.500 pessoas “em silêncio e totalmente concentradas naquilo a que assistiam. Foi algo que nunca tinha vivenciado”, observa o dirigente germânico, salientando, por outro lado, o sucesso da sessão sobre a nova classificação das doenças do foro periodontal. Na referida sessão anunciaram-se, na sequência do consenso alcançado no recente World Workshop de Chicago (EUA), diferenças significativas relativamente à classificação anterior, que data de 1999, tais como a substituição das definições “crónica” e “agressiva” por um modelo baseado em etapas e graus. Durante o congresso, foram apresentados à imprensa especializada importantes estudos sobre o impacto de uma dieta saudável na rápida redução da gengivite e sobre a influência da saúde periodontal no desempenho dos atletas de elite, entre outros. A décima edição do EuroPerio vai decorrer de 2 a 5 de junho de 2021, no Bella Centre de Copenhaga, na Dinamarca. O encontro atraiu a Amesterdão mais de 10.000 profissionais de saúde oral de todo o mundo.

Vista do auditório durante uma das sessões.

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Projeto Dentista do Bem distinguido em Espanha com prémio de “Melhor iniciativa em ação social” A Fundação MAPFRE realizou no passado dia 14 de junho, em Madrid (Espanha), a cerimónia de entrega dos prémios que reconhecem o trabalho de várias ins­ tituições e pessoas que contribuem para melhorar a vida da sociedade em áreas relacionadas com o com­ promisso social, a investigação, a saúde, a prevenção de acidentes e a área dos seguros. O ato foi presidido pela rainha emérita do país vizinho, Dona Sofía de Borbón, e contou com a presença da ministra do Trabalho do governo espanhol, Magdalena Valerio, e do presidente da Fundação MAPFRE, Antonio Huertas, entre outros. Este ano, a referida fundação, que recebeu um total de 884 candidaturas de todo o mundo, decidiu premiar o compromisso solidário de Vicente del Bosque, ex-técni­ co da seleção espanhola de futebol, à margem da sua carreira desportiva, e quatro entidades internacionais que trabalham em prol da sociedade. Entre estas, inclui-se a organização não governamental brasileira Turma do Bem, que recebeu o prémio de “Melhor ini­ ciativa em ação social” pelo projeto Dentista do Bem. Este projeto, que proporciona atenção dentária gratuita a 71.000 menores com escassos recursos em mais de 14 países, é considerada a maior rede de voluntariado especializado do mundo e o principal projeto desta ONG, fundada pelo médico dentista brasileiro Fábio Bibancos, em finais dos anos noventa do século passa­ do. O seu objetivo é contribuir para a inclusão social de crianças e jovens entre 11 e 17 anos com escassos recursos através de tratamentos que lhes propor­ cionam de forma gratuita os mais de 17.000 médicos dentistas que fazem parte da organização. Espalhar sorrisos pelo mundo Durante o ato, Fábio Bibancos agradeceu à Fundação MAPFRE “por dar luz a este grande projeto que nos per­ mite continuar a espalhar sorrisos pelo mundo, através dos quais devolvemos a saúde, a alegria e a esperança de vida”, sublinhou. O programa é levado a cabo no Brasil e em Portugal, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Os pacientes são sele­ cionados em função do estado de saúde oral e se estão em idade próxima de entrar no mercado de trabalho.

O médico dentista Fábio Bibancos, fundador da ONG brasileira Turma do Bem, recebeu o prémio de “Melhor iniciativa em ação social” das mãos da rainha emérita de Espanha, Dona Sofía de Borbón.

A origem do projeto surge na sequência do livro que Fábio Bibancos publicou en 1995 sob o título, “Um sorriso feliz para o seu filho”, centrado na prevenção de proble­ mas odontológicos. Nas conferências que proferia nas escolas, as mães transmitiam-lhe que a prevenção não era suficiente, motivo pelo qual em 2002 decidiu reunir 15 colegas médicos dentistas para atender gra­ tuitamente crianças e jovens. Além da Turma do Bem, foram também premiadas pela Fundação MAPFRE a Organização de Bombeiros Americanos (OBA), como “Melhor iniciativa em pre­ venção de acidentes”, e a Fundação Enlace Hispano Americano de Saúde (EHAS), como “Melhor iniciativa em promoção da saúde”. Por último, o prémio interna­ cional de seguros, que reconhece as entidades que se dedicam a este setor e propiciam estabilidade econó­ mica, recaiu no centro Wharton Risk Management and Decision Processes, que funciona na Universidade da Pensilvânia (EUA).

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Mais de 400 especialistas em tabaquismo participam em Madrid na III Conferência Internacional sobre o Controlo do Tabaco

Madrid (Espanha) acolheu entre os dias 14 e 16 de junho a tercei­ ra Conferência Internacional sobre o Controlo do Tabaco, conside­ rado um dos maiores encontros científicos mundiais sobre este tema. O evento, organizado pela European Network for Smoking and Tobacco Prevention (ENSP) e o Comité Nacional para a Prevenção do Tabaquismo (CNPT) do país vizinho, reuniu mais de 400 especialistas de 44 nacionalidades, que abordaram as últi­ mas estratégias e iniciativas de carácter científico para combater o perigoso e ainda muito abrangente hábito de fumar. Os organiza­ dores alertaram os responsáveis políticos para que assumam um papel ativo na redução desta epidemia, que causa 700.000 mor­ tes por ano na Europa. Entre os assistentes encontravam-se os principais expertos em tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da direção de saúde da Comissão Europeia. Um dos protagonistas foi também o estomatologista espanhol Francisco Rodríguez Lozano, presi­ dente da ENSP, que reclamou a necessidade de se darem passos mais decididos em alguns países, como Espanha e Portugal, para avançar na luta contra o tabaco: “Na Europa, pese embora a recen­ te diretiva de produtos do tabaco ter melhorado a situação nos países que estavam pior, continua a haver grandes diferenças. Reclamam-se mais medidas A diretiva era de mínimos e enquanto algunos países a ado­ taram literalmente, muitos outros aproveitaram para melhorar as suas leis de prevenção do tabaquismo.

A partir da esquerda, Regina Dalmau, Francisco Rodríguez Lozano, e Laurent Hubert, diretor excutivo de Action on Smoking and Health.

Os aspetos mais importantes que suscitam um maior avanço no combate contra o consumo do tabaco são a introdução do pacote genérico (já presente em França, no Reino Unido, na Irlanda e na Noruega, entre outros países), as políticas de preços altos para dissuadir os jovens de iniciarem o consumo, a proibição de fumar nos veículos na presença de menores e de expor os produ­ tos do tabaco nos lugares de venda e a elaboração de estratégias de endgame ou fim do tabaco conseguir prevalências menores de 5%. Segundo destacou Regina Dalmau, presidente do CNPT, o taba­ quismo é o principal problema de saúde pública na Península Ibérica e a primeira causa de morte evitável. Para a dirigente espanhola, “as políticas de controlo do tabaquismo requerem um esforço constante de atualização e uma forte vontade política”. Numa das sessões do programa científico participaram vários especialistas do âmbito da saúde oral, que destacaram o impor­ tante papel do médico dentista no diagnóstico do cancro oral, uma das principais doenças causadas pelo tabaco, bem como o importante desempenho da classe no trabalho de prevenção e na eliminação do hábito tabáquico no contexto da clínica dentária.

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Gil Alcoforado Médico dentista e Professor Catedrático especializado na área da Periodontologia

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Com a evidência dos problemas periimplantares, a manutenção dos dentes, sempre que possível, irá estar cada vez mais na ordem do dia

O médico dentista e Professor Catedrático Gil Alcoforado, especializado na área da Periodontologia, que assumiu recentemente o cargo de reitor do Instituto Universitário Egas Moniz, com sede no Monte da Caparica (Lisboa), partilha com a MAXILLARIS o seu olhar sobre a atualidade implantológica. O também destacado membro de várias organizações internacionais, tais como a European Association of Osseointegration (EAO) e o International College of Dentists (ICD), considera que o perfil ideal do implantólogo passa por uma boa e sólida preparação de base, e exige uma educação contínua que só deverá parar no dia em que o profissional se reformar.

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Terá que residir nos clínicos o bom senso de não “embarcar” em técnicas ou materiais novos sem que haja um mínimo de recuo e de prova científica de que esses métodos e materiais são adequados e fiáveis Em que momento se encontra a implantologia sob o ponto de vista científico e terapêutico? A implantologia tem evoluído muito nestes últimos anos, nem sempre num bom sentido. A necessidade de resolver problemas estéticos, num espaço de tempo mais curto possível, tem vindo a provocar problemas que são resultado da falta de estudos a todos os níveis: animal, humano e dos próprios materiais. A competição entre as companhias de implantes resulta também na colocação no mercado de materiais que não estão devidamente testados. Tudo isto acaba por confundir os clínicos e colocar os pacientes numa situação de risco.

Gil Alcoforado considera que foram extraídos demasiados dentes, que poderiam ter sido salvos, para serem substituídos por implantes.

Em que domínios pensa que se produzirão avanços (a curto ou médio prazo) e quais lhe parecem ser os mais determinantes: uso de células-mães na regeneração de tecidos, biomateriais, superfícies dos implantes ou técnicas cirúrgicas? A utilização de células-mães já é uma certeza em determinadas áreas da

medicina. Estão a fazer-se esforços nesse sentido em Medicina Dentária, mas julgo que a substituição dos implantes dentários por essas células ainda estará longe de ser uma realidade. Outras áreas estão a desenvolver-se muito rapidamente, nomeadamente as do tratamento microcirúrgico dos tecidos moles, dos diferentes protocolos de carga e estética imediatas, entre outras. O grande problema reside na dificuldade da investigação em acompanhar todos estes desenvolvimentos. Devemos recordar que o Professor Brånemark reteve os seus resultados de reabilitação com implantes dentários em humanos durante 15 anos. Só depois de ter uma avaliação científica de longo prazo, apresentou os seus trabalhos à comunidade científica. Hoje em dia, parece que se inverteram as coisas; lançam-se as técnicas cirúrgicas e os novos protocolos e materiais, e só mais tarde aparecem os estudos científicos. É a consequência da concorrência entre marcas de implantes e o respetivo marketing. Terá que residir nos clínicos o bom senso de não “embarcar” em técnicas ou materiais novos sem que haja um mínimo de recuo e de prova científica de que esses métodos e materiais possam ser adequados e fiáveis. No que respeita à prática clínica, a implantologia como opção terapêutica nas clínicas dentárias parece estar generalizada. Mas, quando se trata de aplicar estes tratamentos (especialização), estará bem definido o papel que cabe aos profissionais e aos centros que prestam estes serviços? Qualquer médico dentista poderá colocar implantes. Fica, por isso, na consciência de cada um saber se está, de facto, habilitado a fazê-lo. Cada um de nós deverá ter muito bem presente as suas próprias limitações, saber com exatidão se está ou não preparado para conduzir determinado tratamento, ir à procura de formação que o habilite a chegar mais longe. Só que, para isso, tem de ter bem presente aquilo que é capaz ou não de fazer, independentemente do tipo de clínica onde trabalha.

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Em termos gerais, considera que a implantologia que se está a oferecer nas clínicas portuguesas é de qualidade aceitável? O nível tem vindo a subir muito em Portugal e pode ser comparado com aquilo que se faz no mundo. Como em qualquer lado, há qualidades distintas de trabalho. Na minha perspetiva, essas diferenças são reflexos diretos dos vários níveis de preparação dos clínicos. Julgo que haverá que apostar mais na educação continuada de qualidade.

Gil Alcoforado constata que o nível da implantologia que se pratica em Portugal pode ser comparado com aquilo que se faz no mundo.

Como irá evoluir a implantação do tratamento com implantes? Vai continuar a crescer ou existe uma tendência para estabilizar ou mesmo para a sua redefinição como opção terapêutica? A reabilitação com implantes vai continuar a evoluir, sendo cada vez mais especializada. Com a evidência dos problemas periimplantares, a manutenção dos dentes, sempre que possível, irá estar cada vez mais na ordem do dia. A periodontologia avançada e os trabalhos restauradores sobre dentes vão voltar a ser alternativas às reabilitações com implantes em doentes de risco. No passado recente, coincidindo com o boom da implantologia, acha que se recorreu à implantologia com mais frequência do que seria aconselhável sob o ponto de vista clínico? Este problema subsiste na atualidade? Sem qualquer dúvida. Foram extraídos demasiados dentes que poderiam ter sido salvos para serem substituídos por implantes. Mais uma vez, trata-se de um problema ético e de responsabilidade profissional de cada médico dentista.

Atualmente, quais são os principais contornos das doenças periimplantárias? A inflamação/infeção dos tecidos periimplantares devido à acumulação de placa bacteriana ao redor dos colos dos implantes é, de longe, a maior ameaça para a sobrevivência a longo prazo dos implantes dentários. A periimplantite tem que ser colocada em equação em todos os casos que são reabilitados com implantes e, sempre, de uma forma preventiva. Inicia-se na primeira consulta com o diagnóstico das condições inflamatórias do periodonto, caso se trate de um desdentado parcial. Depois de avaliação dos fatores de risco para a periimplantite, deverá ser dada uma explicação ao paciente desses mesmos riscos. Caso existam situações de gengivite ou periodontite, essas afeções deverão ser tratadas em primeiro lugar. Só após ter sido restabelecida uma completa saúde oral (periodontal, endodôntica, lesões cariosas, etcétera) se deverá iniciar a reabilitação com implantes. A planificação correta e exaustiva poderá fornecer condições para que a prevenção da periimplantite seja possível. Temos de considerar que a determinação do local exato para a colocação do futuro centro do implante poderá, ou não, favorecer a prevenção de uma futura periimplantite. Daí poderá concluir-se que a correta planificação é fundamental e deverá ser feita com o maior dos cuidados. Mais tarde, quando se executa a prótese sobre os implantes, esta deverá ser desenhada para que torne possível a limpeza bi-diária, pelo paciente, das áreas contíguas ao colar de cada implante. Assim que a prótese se coloca, deverá ser dada a devida instrução ao paciente, para além dos meios apropriados em termos de escovas, fita dentária e escovilhões, para tornar possível um controlo perfeito da acumulação de placa bacteriana ao redor dos implantes. Deverá estabelecer-se um programa de acompanhamento a longo prazo para que se possam diagnosticar os primeiros sinais de inflamação periimplantar e definir o respetivo tratamento adequado. O tratamento de uma mucosite é fácil e eficaz enquanto o tratamento de uma periimplantite é difícil e ainda não muito fiável nos dias de hoje.

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Depois de ter obtido alguma experiência com casos simples, o clínico deverá acompanhar a evolução das novas técnicas com uma educação contínua que só deverá parar no dia em que se reformar É legítimo afirmar-se que a periimplantite é um grande obstáculo na reabilitação com implantes? Pela dificuldade que ainda temos hoje em dia de tratar estas afeções, eu diria que sim. De qualquer forma, este problema nunca deverá ser menosprezado e o seu diagnóstico precoce deverá ser a chave do sucesso no controlo do problema. Qual é o retrato do implantólogo atual e como pensa que vai evoluir este profissional? Qual seria o perfil desejável? A resposta é simples. Inicia-se por uma boa e sólida preparação de base. A curva de aprendizagem não deverá

ser menosprezada. Ela existe e é divergente com todos os clínicos já que a respetiva habilidade psico-motora é diferente em todos nós, podendo ser ultrapassada com trabalho e formação ou aprendizagem. A partir daí, e depois de ter obtido alguma experiência com casos simples, o clínico deverá acompanhar a evolução das novas técnicas com uma educação contínua que só deverá parar no dia em que se reformar. Assumiu recentemente as funções de reitor do Instituto Universitário Egas Moniz, com sede no Monte da Caparica (Lisboa). Como encara este novo desafio profissional? O instituto está a atravessar uma fase de grande expansão e tem vindo a consolidar-se nestes últimos anos em várias das suas vertentes na área da saúde. Todas elas estão em franco desenvolvimento, em particular no contexto da internacionalização. Este é, de resto, um dos âmbitos em que fui chamado a colaborar. Recebi com enorme surpresa e muito agrado o convite do presidente e da direção do Instituto Universitário Egas Moniz. Neste momento, estou ainda numa fase de reconhecimento do campo para estabelecer objetivos, a médio e longo prazo, nas diversas vertentes do instituto.

O recém-empossado reitor do Instituto Universitário Egas Moniz exerce a sua prática na sua própria clínica, situada em Lisboa.

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Paul Coulthard

decano e diretor de Cirurgia Oral e Maxilofacial na Faculdade de Medicina Dentรกria da Universidade de Manchester (Reino Unido)

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Os pacientes necessitam educação sobre como controlar a dor pós-cirúrgica

Paul Coulthard é o decano da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Manchester (Reino Unido), bem como diretor do Departamento de Cirurgia Oral e Maxilofacial do prestigiado estabelecimento de ensino superior britânico. A sua experiência clínica e na área da investigação no que respeita ao controlo da dor pós-cirúrgica tornou-o numa referência para os médicos dentistas de todo o mundo. Os pilares básicos da sua conduta profissional são: conhecimento profundo dos prós e dos contras dos analgésicos, tratamentos simples e informação prévia aos pacientes para garantir uma relação de confiança.

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O profissional deve considerar a efetividade analgésica, antecipar a intensidade da dor ou os sintomas que possa experimentar o paciente e ter em conta os efeitos adversos conhecidos dos analgésicos, assim como a saúde geral do paciente A dor pós-operatória preocupa muitos profisionais da cirurgia devido às dúvidas sobre como devem atuar quando alcança níveis muito elevados ou persistentes. Que diretrizes essenciais recomenda para enfrentar este tipo de dor? Recomendo uma prática baseada na evidência, integrando os melhores resultados da investigação com um conhecimento clínico profundo e os valores do paciente. O profissional deve considerar a efetividade analgésica, antecipar a intensidade da dor ou os sintomas que possa experimentar o paciente e ter em conta os efeitos adversos conhecidos dos analPara Paul Coulthard, o rumo que deve assumir a investigação passa por compreender os obstáculos que se impõem aos dentistas e aos cirurgiões orais no momento de prestarem uma melhor gestão da dor pós-operatória e assim atingirem uma melhor execução.

gésicos, assim como a saúde geral do paciente. Podem utilizar-se métodos estatísticos inteligentes, como o Number Needed to Treat, para comparar a efetividade de distintos analgésicos, mas o profissional necessita compreender a importância da gestão da dor para os seus pacientes e depois usar um protocolo simples para a dor suave, moderada ou intensa. Que precauções há que ter quando se indicam medicamentos anti-inflamatórios ou analgésicos? Os analgésicos anti-inflamatórios não esteróides (AINE) são seguros e toleram-se bem, mas devem evitar-se em pacientes idosos ou sensíveis à aspirina e a outros tipos de AINE, em grávidas ou mulheres em período de lactância ou em pessoas com um historial de sangramento gastrointestinal, disfunção renal ou defeitos de coagulação. Deveríamos facilitar aos pacientes suficiente informação para que tenham confiança para tomar a dose correta e também para recorrer a mais de um tipo de analgésico ao mesmo tempo. É mais seguro tomar a dose correta de um AINE, junto a um paracetamol e um opiáceo, do que chegar ao extremo de que um paciente tome uma overdose de um analgésico anti-inflamatório na tentativa de contornar o seu estado. Os pacientes necessitam educação sobre como controlar a dor pós-cirúrgica. Que rumo está a tomar a investigação em termos da gestão da dor pós-operatória? Existe muita investigação excelente publicada sobre analgésicos e a gestão da dor pós-operatória. Portanto, a base de evidência nesta área é uma das mais destacadas em Medicina Dentária. Na minha opinião, o problema está em aplicar na prática diária estas provas da investigação. O rumo que deve assumir a investigação passa por compreender os obstáculos que se impõem aos dentistas e aos cirurgiões orais no momento de prestarem uma melhor gestão da dor pós-operatória e assim conseguirem uma melhor execução.

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É autor de uma interessante investigação sobre o nervo alveolar inferior e o nervo lingual. Que casos clínicos requerem particular cuidado? A gestão efetiva de uma lesão nervosa não é linear. Quando uma lesão se considera como permanente, então a cirurgia pode ser indicada, ainda que seja mais frequente adotar um enfoque mais holístico, que inclui o tratamento cognitivo comportamental, lidocaína tópica (adesivos) e medicamentos sistémicos como Gabapentin quando há sintomas de dor. Os resultados cirúrgicos não são espectaculares, de resto são especialmente fracos quando se analisam com horizontes a longo prazo, para além de um ano. Portanto, a prevenção da lesão nervosa é importante. Se a

radiografia inicial sugere uma relação íntima de um nervo com a raiz de um dente, nesse caso deve indicar-se uma tomografia computorizada (CBCT), ainda que esta situação seja rara uma vez que normalmente não afeta a planificação cirúrgica. Ultimamente considerou-se a coronectomia, embora eu prefira simplesmente conservar o ápice da raiz, tal como se levou a cabo ao longo de muitas décadas como tratamento de eleição. Não se conhecem com certeza as consequências a longo prazo da coronectomia, embora se saiba que a taxa de fracasso é muito elevada, já que as raízes movimentam-se quando se secciona a coroa. Recentemente liderei uma revisão sistemática Cochrane sobre técnicas cirúrgicas e não se recomenda a coronectomia devido a estes aspetos.

Paul Coulthard durante uma recente deslocação a Barcelona (Espanha), com Rui Figueiredo (esquerda) e Eduard Valmaseda, tesoureiro e presidente da Sociedade Espanhola de Cirurgia Oral (SECIB), respetivamente.

Ao paciente deve-se oferecer confiança antes da cirurgia uma vez que, apesar de ser comum experimentar uma dor pós-operatória significativa, os clínicos devem garantir que esta se reduzirá com o uso apropriado de medicamentos

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A remoção do osso para colocar implantes dentários raramente provoca uma dor aguda, constata o especialista britânico, para quem o uso de paracetamol, junto com um analgésico anti-inflamatório não esteróide, será o mais apropriado neste caso.

Que particularidades apresentam os casos de implantes no que respeita ao manejo da dor pós-operatória? Quais são as suas recomendações? A remoção cirúrgica do osso para permitir a extração de um dente do siso retido ou outro dente está associada à dor pós-operatória aguda, mas curiosamente a remoção do osso para colocar implantes dentários raramente provoca uma dor deste tipo. Espera-se que o paciente experimente uma dor suave ou moderada, pelo que o uso unicamente de paracetamol, junto com um analgésico anti-inflamatório não esteróide, seria o mais apropriado. A extração do terceiro molar requer uma gestão específica da dor? Uma vez que a remoção do terceiro molar impactado associa-se habitualmente a uma dor aguda no pós-operatório, recomenda-se o uso de analgésicos apropriados, incluindo o paracetamol, um AINE como o ibuprofeno e um opiáceo como a codeína. Adicionalmente, ao paciente deve-se oferecer confiança antes da cirurgia uma vez que, apesar de ser comum experimentar uma dor pós-operatória significativa, os clínicos devem garantir que esta se reduzirá com o uso apropriado de medicamentos, nas suas doses correspondentes. Este voto de confiança pré-opera­tório reduzirá por si só a experiência da dor pós-operatória.

No campo da implantologia, un aspeto do debate está em saber como conseguir a regeneração dos tecidos duros. Pode explicar-nos, em termos gerais, qual é a sua proposta neste domínio? O reconhecimento de contar ou não com um volume adequado de osso é uma parte importante da avaliação pré-operatória e não é invulgar entre os clínicos sobrestimar este aspeto. A avaliação deve ser clínica e radiográfica. Eu prefiro o enxerto ósseo em bloco autógeno para a reconstrução de um defeito ósseo significativo e colocar os implantes três ou quatro meses depois. Faço a captura a partir da mandíbula ou da crista ilíaca (osso da anca) do paciente. Para defeitos menores utilizo partículas de substitutos ósseos. Quanto ao aumento do seio, provavelmente nestes casos tem menos importância o tipo de material que se utiliza nesta zona protegida, segundo indica o Cochrane Review sobre enxertos ósseos para o tratamento com implantes.

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ponto de vista O estado da arte da implantologia em Portugal

André Chen

médico dentista especializado na área da implantologia.

Celebra-se este ano o 53o aniversário desde a colocação do primeiro implante de titânio pelo Professor Per-Ingvar Brånemark, na Universidade de Gotemburgo (Suécia). Esta descoberta não só marcou uma evolução, mas acima de tudo uma revolução que mudaria a face da medicina dentária mundial. Uma ciência que emerge na Europa, transita nos Estados Unidos da América e finalmente torna-se “viral” para todo o mundo (ainda que o termo, nessa altura, estivesse mais relacionado com a varíola ou a gripe espanhola do que propriamente com conceitos cibernéticos). Portugal não foi uma exceção e, dentro da sua idiossincrasia, lá abraçou timidamente esta nova disciplina. Assistiu-se a um grupo de pioneiros que transportaram a “bandeira” de uma maneira exímia, absorvendo conhecimento no estrangeiro e aplicando-o nas suas clínicas em prol dos pacientes. Durante 20 anos lutaram e carregaram o fardo de levar a implantologia a lugares de excelência, credíveis para a população e idónea para todos os colegas. Teses de doutoramento floresciam nos corredores da academia e de uma forma estruturada a ciência ganhou credibilidade, e a técnica implantar inúmeros adeptos. A época dourada da implantologia atingia o seu auge em meados da primeira década do século XXI.

Temos hoje um grupo jovem de implantologistas no país capaz de rivalizar com os melhores nomes europeus e mundiais

A massificação da técnica, a abertura a grupos de profissionais sem qualificação, o aumento da incidência de problemas periimplantares aliado a preços exorbitantes (reservados apenas a algumas classes sociais) levam a um declínio de popularidade na sociedade, e a idoneidade da técnica gradualmente vai caindo. Em 2018, o estado da técnica em Portugal é dicotómico no que respeita à qualidade: somos os “melhores do mundo”, mas também sabemos fazer o pior que a técnica tem. Vivemos num limbo estacionário no que diz respeito à evolução social da implantologia dentária. Se, por um lado, temos clínicas que têm o melhor equipamento existente a nível mundial e profissionais de ponta, por outro, o insuficiente conhecimento, o alto número de médicos dentistas no mercado e a pressão das casas comerciais levam a que certos atos de implantologia praticados em Portugal sejam de nível insuficiente. Qual é o caminho a seguir? O primeiro passo foi reconhecer os problemas aliados à técnica, e nesse aspeto as casas comerciais e as unidades de investigação deram um salto importante, principalmente no diagnóstico, na prevenção e na terapêutica de problemas periimplantares. O passo mais importante tem de ser dado por nós, médicos dentistas, e segue apenas um caminho: o da diferenciação qualitativa da classe. Apenas uma classe devidamente treinada, instruída e unida vai conseguir fazer avançar a implantologia moderna no nosso país.

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Maxillaris ponto de vista

Não existe, hoje em dia, espaço para o medíocre, o bom ou o muito bom; apenas existe margem para o excelente, o excelente mais e o muito excelente. Não existe espaço para quezílias e egos entre pares, não existe margem para o “ora vamos lá ver…”, nem para o “eu fui, faço e aconteço” e muito menos para o jogo das “escondidas”. Existe apenas espaço para a união e o espírito de crescimento mútuo. O dignificante é que temos hoje um grupo jovem de implantologistas no país capaz de rivalizar com os melhores nomes europeus e mundiais. De norte a sul, temos profissionais preparados para executar implantologia de uma forma exímia, formados nas mais prestigiadas universidades norte-americanas e europeias. Temos clínicas com os melhores equipamentos existentes a nível mundial e projetando-nos como um país de ponta no que respeita à medicina dentária e à implantologia. Na minha opinião, o grande desafio da implantologia em Portugal em 2018 reside nos seguintes fatores: 1. Os líderes emergentes da profissão não podem esquecer todo o trabalho feito pelos que, agora, meritoriamente se começam a retirar. O mérito de ser pioneiro tem de ser reconhecido na nova geração de especialistas ou corremos o risco de cair num vazio de tradição, ou num esquecimento perigoso de aprender com aqueles que outrora estiveram na mesma posição. 2. Não tenho dúvidas de que a classe que agora emerge chegará mais longe, melhor e mais resiliente que a anterior, assim como a próxima será certamente melhor que a atual. É o caminho normal da evolução, mas atenção: a classe terá obrigatoriamente de se nivelar por cima ou perecerá não como classe, mas como médicos dentistas isolados. 3. O caminho das academias, das sociedades científicas e das especialidades clínicas terá de ser o da partilha de conhecimento de ponta, de uma forma nobre, humilde, isenta de influências ou de conflito de interesses pessoais ou de marcas comerciais. 4. As entidades de regulação, administração e gestão têm de estar atentas ao controlo da qualidade dos atos clínicos praticados e à informação veiculada na implantologia dentária, para que a defesa

do paciente seja sempre um valor salvaguardado das influências negativas de âmbito pessoal ou comercial. 5. Os clínicos, investigadores e restantes profissionais de saúde dentária devem ser transparentes, claros e honestos com a casuística clínica ou científica que apresentam, quer em eventos científicos quer em redes sociais digitais, pois cada um de nós é responsável por fornecer informação que beneficie o paciente. Não existe pior informação do que aquela que é falsa, enganosa, com o intuito de beneficiar quem a publicou e não quem recebe tratamento. É um autêntico “tiro no pé” na classe com grave prejuízo para os doentes que nos procuram. Neste dois últimos anos tive o privilégio de poder partilhar conhecimento nas mais variadas academias, sociedades e certames a nível mundial e não existe maior orgulho que constatar que, em qualquer sítio, em qualquer universidade ou clínica do mundo existe um investigador, um clínico, um professor ou um profissional português a exercer as suas funções de uma forma exímia, responsável e de mérito reconhecido no domínio da implantologia. Em Portugal a evolução tem sido similar, a competitividade inerente ao mundo das tecnologias digitais e das redes sociais traz uma competição constante entre clínicos e clínicas pela excelência dos atos praticados com claro benefício para o paciente. Quem vai aos congressos de especialidade presencia, hoje em dia, um nível bastante elevado dos nossos palestrantes, capazes de rivalizar com clínicos de todo o mundo. Mas não chega... Como classe, a média não pode ser suficiente, significando que uns são muito bons e outros muito maus; a nossa média deve ser a excelência, englobando todos (sem exceção). Se alcançarmos essa utopia, tal significa que a classe avançou e a implantologia também com claro benefício da nossa sociedade e dos nossos doentes.

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Implantes imediatos na zona molar com recurso à técnica Drilling Through Roots (DTR): a propósito de um caso clínico

Nuno Menezes Gonçalves Médico dentista. Mestrado Integrado em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. Diploma Universitário em Periodontologia pela Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Formação Avançada em Implantologia pelo Instituto Sorriso Natural. Membro da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes e da Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração. Autor de várias publicações científicas. Participação em vários cursos de formação e congressos. Dárcio Fonseca Médico dentista. Licenciado pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde-Sul. Fellow em Implant Dentistry pela Universidade de Miami (EUA). Pós-graduado em Implantes, Dentisteria Estética e Ortodontia. Docente do curso ministrado em Portugal pelo Departamento de Cirurgia Maxilo-Facial da Universidade de Miami. Docente convidado da pós-graduação em Implantologia do Instituto Universitário de Ciências da Saúde e do Master Online em Medicina Oral e Cirurgia Implantológica Avançada. Alebat Education e Universidade Católica de Múrcia (Espanha). Prática clínica exclusiva de implantologia e reabilitação oral. Lisboa.

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Ciência e prática

remodelação e reabsorção substanciais. O alvéolo cicatrizará com a formação de osso não lamelar, o estabelecimento de uma nova crista óssea e a substituição do osso não lamelar por osso lamelar e medula. Os aspetos vestibular e lingual da crista sofrem uma perda vertical mínima de tecido e uma perda horizontal mais significativa4,6.

Introdução A colocação imediata de implantes dentários é um procedimento de reabilitação oral que demonstrou ter várias vantagens, comparativamente à técnica convencional: menor número de intervenções cirúrgicas, custo reduzido do tratamento, redução do período de edentulismo e preservação das dimensões do rebordo alveolar. No entanto, a técnica só é bem-sucedida se os locais forem cuidadosamente selecionados1-5. Após a extração dentária, o rebordo alveolar residual geralmente fornece um volume ósseo limitado devido à progressiva reabsorção óssea em decurso. Os eventos de cicatrização no alvéolo pós-extraccional reduzem as suas dimensões ao longo do tempo. Normalmente, após a instalação do implante, recomenda-se que o gap entre o corpo do implante e a tábua óssea no alvéolo pós-extraccional seja preenchido com recurso a osso autólogo ou heterólogo, ainda que em certos casos este possa previsivelmente cicatrizar com a formação de novo osso e a resolução do defeito sem recurso a técnicas de aumento ósseo1,2,6. Observações feitas em ensaios clínicos e estudos experimentais animais documentaram que, após a extração de um dente, o alvéolo e o osso circundante passam por uma

Em estudos histológicos demonstrou-se que após a extração dentária verifica-se uma cascata de eventos de cicatrização que leva à reabsorção da crista alveolar residual, dificultando a colocação de implantes sem recurso a técnicas de regeneração óssea. Assim, a colocação de implantes imediatos não só preserva as dimensões da crista alveolar como também economiza tempo, diminui o custo do tratamento, reduz a necessidade de uma segunda fase cirúrgica e previne problemas relacionados com o enxerto ósseo, como rejeição ou infeção. Também auxilia na colocação tridimensional correta do implante, e a estética dos tecidos moles pode ser mais facilmente alcançada por poder ser trabalhada mais precocemente7,8. A literatura revela que um fator essencial para a colocação imediata do implante com sucesso é a estabilização inicial do implante no osso apical e/ou proximal. No entanto, em alvéolos pós-extracionais de molares, obter estabilidade primária do implante pode ser um desafio devido às dimensões do alvéolo, qualidade do osso e limitações anatómicas como o seio maxilar e o nervo alveolar inferior. A morfologia do alvéolo pós-extracional determinará se será possível atingir a estabilidade adequada para a colocação imediata do implante. O septo ósseo de molares multirradiculares e a periferia dos alvéolos de molares com raízes fundidas ou convergentes são as principais áreas ósseas com disponibilidade para colocação imediata do implante. Alguns alvéolos não permitem essa estabilidade primária do implante, o que exigirá um protocolo de colocação atrasado, com ou sem técnicas de regeneração óssea2,8.

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Os alvéolos pós-extracionais de molares dividem-se em três categorias2: • Tipo A: tem osso septal adequado para conter circunferencialmente a porção coronária do implante dentro do osso. • Tipo B: tem osso septal suficiente para estabilizar o implante, mas não o contém totalmente. • Tipo C: não tem osso suficiente dentro do alvéolo para estabilizar o implante sem abordar as paredes externas do alvéolo.

A colocação imediata do implante após exodontia de molares levanta uma série de desafios para o implantologista. Em primeiro lugar, há a necessidade de preservar o osso interradicular no momento da remoção do dente; a posição frequentemente problemática do seio maxilar ou do nervo alveolar inferior na proximidade das raízes do dente a ser extraído; além disso, a natureza comprometida do osso interradicular residual no caso de doenças periodontais; mais ainda, a dificuldade de posicionamento do implante, como resultado da posição do osso interradicular residual, para que ele possa receber uma correta reabilitação protética. Por estas razões, dentes monorradiculares, predominantemente incisivos e pré-molares são os locais mais frequentemente escolhidos para realizar um implante imediato, por vezes com carga imediata. A colocação do implante numa

das cavidades radiculares existentes após a remoção do molar resultará num perfil de emergência do implante não adequado, cargas oblíquas significativas e a criação de um cantilever1,3,5,8. Para que seja considerada uma opção de tratamento viável, os implantes imediatos devem demonstrar previsibilidade na osteointegração. Relatos clínicos sugerem que pacientes com infeções periodontais ou endodônticas representam casos de risco para infeção e falha do implante3,5. Independentemente da morfologia da raiz ou do tipo de alvéolo que se antecipa verificar, um princípio essencial do protocolo de colocação imediata é a exodontia minimamente invasiva e sem retalho: evitar um retalho de espessura total minimizará o teor de remodelação da crista óssea. Para preservar o máximo possível do septo ósseo durante a exodontia, os molares devem ser seccionados previamente e só de seguida luxados, para permitir a remoção individual das raízes2. Para ajudar a garantir que os resultados finais do tratamento funcional e estético da colocação do implante no momento da extração do molar sejam pelo menos iguais àqueles obtidos por meio da técnica de preservação alveolar pós-extracional com enxerto ósseo e colocação tardia do implante, o implante deve colocar-se numa posição restauradora favorável3,5.

Fig. 1. Ortopantomografia inicial.

Fig. 2. Situação intraoral inicial.

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Fig. 3. Seccionamento horizontal da coroa do dente 2.7 e desenho de seccionamento das raízes.

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Este artigo prevê a demonstração, através do relato de um caso clínico, de uma técnica cirúrgica facilitadora da correta posição tridimensional do implante imediato em alvéolos pós-extracionais de molares: Drilling Through Roots (DTR). Caso clínico • A.V., de 30 anos, sexo feminino, sem antecedentes médicos relevantes. • Motivo da consulta: tratamento multidisciplinar ortodontia-implantologia para reabilitação do terceiro sextante devido a ausência das peças dentárias 2.5 e 2.6. • Estado periodontal saudável. • Dente 2.7 com tratamento endodôntico e evidência radiográfica de lesão apical e instrumento endodôntico fraturado. • Limitação anatómica óssea na zona edêntula do 2.6: pneumatização do seio maxilar. • Sem terapêutica farmacológica diária.

Na vertente multidisciplinar, evitando uma abordagem de regeneração óssea com elevação de seio maxilar, propôs-se a colocação de dois implantes dentários no espaço edêntulo da peça 2.5 e na peça dentária 2.7 (considerando o seu prognóstico reservado), previamente ao tratamento ortodôntico, uma vez que a correção ortodôntica se iria focar na estética do setor anterior. Discussão A abordagem cirúrgica deste caso clínico seguiu uma filosofia flapless (sem retalho), de forma a prevenir a perda do periósteo após a exodontia do dente 2.7, periósteo este que será a fonte de suprimento sanguíneo nutritivo para a integração do implante e incorporação do biomaterial ósseo de enxerto que se utilizará. Sempre que se levanta um retalho, o periósteo perde a sua qualidade de membrana e a inibição do suprimento sanguíneo dos tecidos duros aumenta a percentagem de remodelação e reabsorção óssea pós-cirurgia.

Fig. 4. Preparação do leito implantar.

Fig. 5. Resultado após o final da perfuração com brocas implantares e remoção das raízes.

Fig. 6. Implante cónico de conexão cone Morse.

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Fig. 7. Instalação bem-sucedida do implante no septo interradicular, verificando-se um alvéolo do tipo B seguindo a classificação de Smith e Tarnow (2013).

Após administração de articaína e adrenalina sob a forma de anestesia infiltrativa por vestibular e palatino, procedeu-se ao seccionamento horizontal da coroa do dente 2.7, expondo o solo da prévia câmara pulpar para visualizar as furcas. Seguidamente, efetuou-se um pequeno preparo para desenhar o limite coronal das raízes do dente. A preparação do leito implantar fez-se acedendo ao centro das raízes, onde se situaria o septo interradicular, com a seguinte sequência de brocas implantares: lança, broca de diâmetro 2,0 mm e broca de diâmetro 3,5 mm. Terminada a preparação do leito implantar, as raízes do dente encontravam-se praticamente separadas, sendo menos invasiva a luxação de cada raiz do dente individualmente. Depois da remoção de todas as raízes, observou-se que o septo ósseo interradicular se encontrava íntegro e com uma ótima prepa-

Fig. 8. Preenchimento do gap entre implante e paredes do alvéolo com xenoenxerto ósseo.

ração do leito implantar. Segundo a classificação de Smith e Tarnow (2013), considerou-se um alvéolo do tipo B: osso septal suficiente para estabilizar o implante, mas não o contendo totalmente. Na colocação de implantes imediatos na zona molar, uma das maiores dificuldades é a manutenção do septo ósseo interradicular após a exodontia do dente depois da luxação do mesmo, e esta técnica permite uma melhor abordagem nesse sentido. O implante escolhido para instalar foi um implante cónico de conexão cone Morse (Neodent Drive CM) de diâmetro 3,5 mm e comprimento 13 mm. O torque adquirido foi de 35N/cm, pelo que se considerou que havia sido obtida uma boa estabilidade primária. Para terminar, preencheu-se o gap entre o implante e as paredes do alvéolo com xenoenxerto ósseo (Straumann Xenograft) e suturou-se a ferida operatória com sutura monofilamento de nylon de calibre 5/0.

Figs. 9 e 10. Preparação do leito implantar para o implante na zona edêntula 2.5.

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Fig. 11. Radiografia apical após a colocação dos implantes.

Fig. 12. Vista intraoral no controlo de dois meses após a cirurgia.

Fig. 13. Radiografia apical no controlo de dois meses após a cirurgia.

Conclusão A técnica Drilling Through Roots (DTR) revela-se uma abordagem cirúrgica eficaz e promissora na colocação de implantes imediatos em alvéolos pós-extracionais de molares superiores e inferiores, na medida em que facilita a correta instalação do implante e assegura com maior previsibilidade a manutenção da arquitetura do septo ósseo interradicular, comparativamente às restantes técnicas convencionais de exodontia e colocação de implante, nas quais a preparação do leito implantar só se efetua após a avulsão do dente. Permite-nos, por isso, contrariar algumas dificuldades e alguns erros na cirurgia implantar neste cenário concreto, nomeadamente a colocação do implante numa posição reabilitadora desfavorável, a não obtenção de estabilidade primária e a perda da integridade do septo ósseo interradicular. Apresenta-se como uma técnica com uma curva de aprendizagem relativamente acessível, pelo que deveria incorporar-se na prática habitual da cirurgia implantar. A desvantagem desta técnica é que uma raiz infetada ou raiz móvel não pode usar-se como guia cirúrgica. Além disso, no caso de haver infeção, o procedimento de colocação do implante através da raiz não é possível, pois pode levar à disseminação da infeção.

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Regeneração óssea horizontal para colocação de implantes. Abordagem prosteticamente guiada

Tiago Rodrigues Médico dentista. Aluno do Curso de Especialização em Periodontologia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). Vanessa Rocha Rodrigues Médica dentista. Aluna do Curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Ana Rita Fradinho Médica dentista. Aluna do Curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Pedro Lopes Otão Médico dentista. Aluno do Curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Pedro Rocha Médico dentista. Aluno do Curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Rita Lamas Médica dentista. Aluna do Curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Francisco Brandão de Brito Médico dentista. Docente do Curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Lisboa.

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funcional. Seguindo este conceito, como a osteointegração era o objetivo primário da cirurgia, muitas das vezes a reabilitação protética não cumpria os parâmetros estéticos ideais. (Brånemark et al., 1995; Lindquist et al., 1996).

Introdução Estudos clínicos e experimentais demostram que a osteointegração é altamente previsível, sendo que atualmente os implantes dentários representam um meio confiável para restaurar a função dentária em pacientes parcial e completamente desdentados (Adell et al., 1990; Buser et al., 1997; Chiapasco et al., 1997). Embora os procedimentos cirúrgicos e protéticos estejam bem consolidados, o planeamento do tratamento em implantologia oral, nos últimos anos, sofreu uma tremenda evolução. Originalmente os implantes eram utilizados na reabilitação de pacientes desdentados totais com base no conceito de “colocação de implantes cirurgicamente e anatomicamente guiados”. A colocação dos implantes era determinada principalmente pela localização do osso disponível, e o objetivo principal era permitir uma adequada ancoragem óssea para fornecer uma reabilitação protética

Um bom resultado estético só pode ser alcançado se se colocar o implante numa posição cuidadosamente planeada, conforme determinado pelas necessidades protéticas. Portanto, o conceito de “colocação de implantes prosteticamente guiados” foi introduzido para otimizar a função e a estética (Garber &, Belser, 1995). Como a posição correta do implante é vital para alcançar um bom resultado estético (Buser et al., 2004; Buser et al., 2007), as condições ideais do osso alveolar, em termos de volume, bem como as condições ideais dos tecidos moles circundantes, são pré-requisitos fundamentais para obter um bom resultado clínico. Quando essas condições não são as adequadas, devido a deficiências de tecidos duros e moles (por exemplo, após atrofia, sequelas de doença periodontal, traumas ou malformações congénitas), o volume ósseo e/ou o tecido mole circundante deve ser aumentado (Chiapasco et al., 2018). Existem diversas técnicas de aumento ósseo, como a regeneração óssea guiada (Buser et al., 1996; Hammerle et al., 2002; Simion et al., 2001), técnicas de enxerto ósseo (Breine & Brånemark, 1980; Chiapasco et al., 1999), expansão óssea alveolar (Anitua et al., 2011; Chiapasco et al., 1999), entre outras, (Aghaloo & Moy, 2007; Boardman et al., 2015; Milinkovic & Cordaro, 2014).

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Classificação de defeitos horizontais de acordo com um protocolo de diagnóstico protético e as respetivas opções cirúrgicas (Chiapasco et al., 2018): Classe 1 Na classe 1 não existe discrepância entre a posição ideal do implante, a unidade protética implanto-suportada e a anatomia do osso alveolar. Nenhum aumento ósseo é necessário e os implantes podem-se colocar diretamente no osso residual. Neste caso, o implante será completamente envolvido por um volume adequado de osso (> 1,5 a 2 mm em cada superfície). Na realidade, essa situação é raramente encontrada e, se for encontrada, está associada a colocações imediatas em alvéolos pós-extracionais ou recentemente submetidos a protocolos de preservação alveolar (Darby et al., 2009; Hammerle et al., 2012).

Fig. 1. Pré-operatório (vista frontal): coroa provisória do #21 com comprimento excessivo.

Em alguns casos, embora a anatomia óssea possa ser ideal para colocar um implante na posição tridimensional correta, pode existir um defeito nos tecidos moles. Neste caso, recomenda-se um enxerto de tecido conjuntivo para melhorar o resultado estético final. Esta situação clínica está frequentemente presente na área estética (Gruender, 2011). Fig. 2. Pré-operatório (vista oclusal): defeito horizontal associado ao #21.

Classe 2 Na classe 2 está presente um defeito horizontal moderado. Nesta situação, o implante pode colocar-se na posição correta (guiado pela prótese), mas está indicada a realização concomitante de um procedimento de aumento do tecido duro. Durante a preparação do local do implante é frequente verificar uma fenestração ou deiscência da tábua vestibular, ou que a espessura da tábua óssea vestibular residual (< 1 mm) não é capaz de garantir um prognóstico favorável a longo prazo (Chiapasco et al., 2018). As principais opções terapêuticas nos casos de classe 2 envolvem a colocação de implantes associados a técnicas de regeneração óssea guiada recorrendo a materiais ósseos autógenos e/ou aloplásticos em associação com uma barreira semipermeável (reabsorvível ou não reabsorvível) e técnicas de osteotomia sagital e/ou o uso de osteótomos para expandir o volume ósseo disponível. Técnicas de aumento de tecidos duros podem ser combinadas com o aumento de tecidos moles por meio de um enxerto de tecido conjuntivo retirado do palato. Mais uma vez, na área estética, onde uma maior quantidade de tecido mole ajuda a alcançar uma morfologia favorável da mucosa periimplantar, esse procedimento recomenda-se frequentemente para melhorar o resultado estético final (Kan et al., 2005).

Fig. 3. Pré-operatório (vista frontal): tecidos moles da zona desdentada associada ao #21.

Fig. 4. Pré-operatório (vista oclusal): defeito horizontal da zona desdentada associada ao #21.

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Fig. 5. Pré-operatório (vista frontal): adaptação da coroa provisória do #21 no comprimento ideal.

Fig. 6. Pré-operatório (vista frontal): adaptação da coroa provisória do #21 no comprimento ideal.

Fig. 7. Pré-operatório (vista frontal): remodelação dos tecidos moles após adaptação da provisória do #21 (30 dias).

Fig. 8. Pré-operatório (vista frontal): tecidos moles da zona desdentada associada ao #21, após adaptação da provisória (30 dias).

Classe 3

Classe 4

Na classe 3 está presente um defeito horizontal significativo e a anatomia óssea residual não permite que o implante se coloque na posição protética ideal e alcance a estabilidade primária. Após a correção do defeito horizontal deve-se aguardar um período de cicatrização adequado (quatro a nove meses, dependendo da técnica selecionada e do material de enxerto) antes da colocação do implante (segunda fase cirúrgica). As principais técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas para a correção de defeitos horizontais avançados são: (i) técnicas de regeneração óssea guiadas utilizando osso particulado autógeno e/ou materiais aloplásticos em associação com barreiras semipermeáveis (reabsorvíveis ou não reabsorvíveis) e (ii) blocos ósseos autógenos colhidos de locais doadores intra/extraorais e blocos ósseos não autógenos. Técnicas como a regeneração óssea guiada e a reconstrução com blocos ósseos autógenos são apoiadas por um volume significativo de literatura, como demonstrado por algumas revisões sistemáticas (Chiapasco et al., 2009; Jensen & Terheyden, 2009). Por outro lado, o uso de blocos ósseos não autógenos, incluindo aloenxertos e xenoenxertos, é apoiado por uma literatura mais escassa e muitas vezes contraditória, com algumas publicações a relatarem resultados positivos e outros resultados questionáveis (Araújo et al., 2013; Barone et al., 2009; Chiapasco et al., 2015). Os procedimentos de aumento do tecido duro são frequentemente combinados com enxertos de tecido mole para obter uma forma ideal da crista desdentada antes da colocação das restaurações implanto-suportadas (Chiapasco et al., 2018).

Na classe 4 está presente um defeito combinado horizontal e vertical. A deteção do componente vertical do defeito ósseo é evidenciada pelo enceramento de diagnóstico revelando coroas clínicas mais longas e/ou um volume de cera rosa. A correção de defeitos verticais aumenta a complexidade do tratamento e exige o uso de técnicas cirúrgicas mais exigentes, que estão associadas a uma maior incidência de complicações (Chiapasco et al., 2009; Chiapasco et al., 2006). A complexidade e potenciais riscos/desvantagens do tratamento, como a exposição precoce do enxerto, infeção, reabsorção e aumento da morbidade, devem ser considerados e discutidos com o paciente. Em alguns casos, o tratamento pode ser simplificado limitando a reconstrução à correção do componente horizontal do defeito. Uma quantidade de cerâmica rosa pode reproduzir os tecidos moles verticais ausentes e obter coroas clínicas com o comprimento correto. As principais alternativas cirúrgicas para a correção de defeitos combinados (horizontais e verticais) são: (i) blocos ósseos autógenos colhidos de locais doadores intra/extraorais; (ii) técnicas de regeneração óssea guiadas, utilizando osso particulado autógeno e/ou materiais aloplásticos em associação com barreiras semipermeáveis (reabsorvíveis ou não reabsorvíveis), e (iii) osteotomia Le Fort I com avanço e rebaixamento dos enxertos ósseos maxilares e interposicionais (Chiapasco et al., 2018).

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Descrição de caso clínico Paciente do género masculino, de 34 anos, raça caucasiana e com tratamento ortodôntico finalizado, encaminhado para a consulta da especialização em periodontologia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa para reabilitação da zona desdentada. Não apresentava problemas sistémicos e referiu não tomar qualquer medicação. Após avaliação clínica e radiográfica, realização de enceramento de diagnóstico e guia cirúrgica, classificou-se o rebordo residual associado ao dente 21 como classe 3, sendo caracterizado por um defeito horizontal significativo, em que a anatomia óssea residual não permitia a colocação do implante na posição protética ideal com estabilidade primária. Após a correção do defeito horizontal, planeámos aguardar cerca de seis meses antes da colocação do implante. Optámos por fazer um procedimento em duas fases: 1) Regeneração horizontal da crista com recurso a membranas reabsorvíveis e xenoenxerto. 2) Colocação do implante e coroa com carga imediata associado a um enxerto de tecido conjuntivo.

Fig. 9. Pré-operatório (vista oclusal): defeito horizontal da zona desdentada associada ao #21, após adaptação da provisória (30 dias).

Previamente à cirurgia, adaptou-se a coroa provisória, adequando o seu perfil de emergência e mantendo a sua fixação ao arco do aparelho ortodôntico, por forma a que a sua remoção e colocação fosse o mais fácil e reversível possível. No dia da cirurgia removeu-se o arco e a coroa. Realizou-se uma anestesia infiltrativa (articaína c/ epinefrina – 1: 100 000) na região vestibular e palatina, compreendida entre os caninos maxilares. Realizou-se uma incisão crestal, sendo estendida através de incisões sulculares até pelo menos dois dentes adjacentes ao defeito; as incisões terminaram com uma descarga vertical ao nível do dente 23. Uma vez realizadas as incisões, elevou-se um retalho de espessura total, permitindo a visualização do defeito e confirmação do diagnóstico efetuado previamente.

Fig. 10. Pré-operatório (vista frontal): guia cirúrgica efetuada com base num enceramento de diagnóstico.

De seguida, efetuaram-se perfurações na tábua vestibular com uma broca esférica de turbina com o intuito de melhorar a vascularização do material de enxerto colocado posteriormente. Libertou-se o retalho através da realização de incisões ao nível do periósteo, por forma a permitir um recobrimento completo da membrana e xenoenxerto, assegurando um encerramento primário da ferida. Efetuou-se um “template” com a forma da membrana, que foi testado e replicado numa membrana de colagénio reabsorvível (CREOS Xenoprotect – Nobel Biocare). Estabilizou-se a membrana em vestibular com auxílio de um Prichard, sendo adicionado o xenoenxerto (CREOS Xenogain – Nobel Biocare) previamente hidratado. Após a colocação do xenoenxerto posicionou-se a membrana por forma a envolver o mesmo e estabilizou-se por baixo do retalho palatino. Após a confirmação do encerramento primário da ferida, efetuaram-se as suturas (monofilamento 5/0).

Fig. 11. Pré-operatório (vista oclusal): guia cirúrgica efetuada com base num enceramento de diagnóstico.

Fig. 12. Intra-operatório (vista frontal): incisão crestal de #13 a #23.

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Finalizado o procedimento cirúrgico, recolocou-se a coroa provisória, prescreveu-se a medicação (Amoxicilina 1.000 mg, um comprimido 12/12h oito dias; Ibuprofeno 600 mg, um comprimido 12/12h cinco dias; Paracetamol 1.000 mg, um comprimido SOS) e mencionaram-se os cuidados pós-operatórios (bochechos com Clorohexidina 0,2%, duas vezes por dia durante 15 dias). Removeram-se as suturas aos 15 dias. Discussão A escolha da técnica de regeneração óssea a utilizar está relacionada com a morfologia do defeito e habilidade/preferência do clínico. O procedimento deve guiar-se pela futura posição da reabilitação, sendo sempre definido pela posição final do componente protético (Chen et al., 2009; Chiapasco et al., 2006). A ausência de osso na dimensão horizontal e/ou vertical em locais a reabilitar com implantes pode causar grandes problemas clínicos (Lekholm et al., 1986) e em alguns casos necessita de ser corrigida antes da colocação dos mesmos. Por forma a regenerar uma quantidade adequada de osso para que a colocação do implante seja bem-sucedida e guiada pela prótese, é frequentemente necessária uma técnica para aumentar o rebordo residual (Jie Liu & Kerns, 2014).

Com esse objetivo, a regeneração óssea guiada (ROG) é uma das técnicas utilizadas para aumentar o rebordo; consiste num procedimento cirúrgico que utiliza membranas de barreira com ou sem enxertos ósseos particulados e/ou substitutos ósseos. O princípio da ROG consiste na criação de condições para que se verifique a migração de células osteogénicas e pluripotenciais (por exemplo, osteoblastos derivados do periósteo e/ou osso adjacente e/ou medula óssea) para o local do defeito ósseo, e exclusão de células que impedem a formação óssea (por exemplo, células epiteliais e fibroblastos) (Dahlin et al., 1988; Becker & Becker, 1990; Becker et al., 1990). A taxa de osteogénese que se estende para o mesmo, a partir das margens ósseas adjacentes, deve ser superior à taxa de fibrinogénese, proveniente do tecido mole circundante (Gher et al., 1994). Numa situação clínica, muitas vezes é difícil prever a eficácia do aumento do rebordo. Para garantir o sucesso da ROG existem quatro princípios fundamentais: exclusão do epitélio e tecido conjuntivo, manutenção do espaço, estabilidade do coágulo de fibrina e encerramento primário da ferida (Wang & Boyapati, 2006).

Fig. 13. Intra-operatório (vista oclusal): incisão crestal de #13 a #23.

Fig. 14. Intra-operatório: elevação de retalho muco-periósteo de espessura total.

Fig. 15. Intra-operatório: observação clínica do tipo de defeito associado ao #21.

Fig. 16. Intra-operatório: observação clínica da componente horizontal do defeito associado ao #21.

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Fig. 17. Intra-operatório: perfuração da cortical vestibular para aumento da vascularização do enxerto.

Fig. 18. Intra-operatório: perfuração da cortical vestibular para aumento da vascularização do enxerto.

Fig. 19. Intra-operatório: incisões no periósteo para libertação do retalho.

Fig. 20. Intra-operatório (vista frontal): adaptação do template na zona a regenerar.

Fig. 21. Intra-operatório (vista oclusal): adaptação do template na zona a regenerar.

Fig. 22. Intra-operatório: transposição da forma do template para a membrana de colagénio reabsorvível.

Nas últimas duas décadas tem-se verificado um aumento substancial de publicações sobre ROG para o aumento do rebordo ósseo recorrendo a membranas reabsorvíveis. Com base nos achados da revisão sistemática e meta-análise de Wessing & Zechner em 2018, a ROG com recurso a xenoenxerto e membranas de colagénio reabsorvíveis é uma técnica eficaz para aumento do rebordo alveolar, antes ou simultaneamente à colocação de implantes; para além disso, a taxa de sobrevivência dos implantes colocados através desta técnica é comparável aos casos em que se utilizou osso autógeno. Contudo, uma abordagem de ROG e colocação simultânea do implante será sempre a primeira opção de tratamento, tendo em conta que reduz o número de cirurgias, diminui a morbilidade, reduz o tempo de tratamento e aumenta o conforto do paciente (Wessing & Zechner em 2018). No caso apresentado, o implante não se colocou no mesmo procedimento da ROG por não haver osso residual suficiente, para colocar o mesmo na posição prostética ideal.

A mesma técnica revela resultados menos favoráveis ou até mesmo imprevisíveis quando o defeito apresenta um componente vertical (Wessing & Zechner em 2018). A utilização de xenoenxerto de origem bovina é eficiente no processo de ROG, promovendo a formação de novo osso, traduzindo-se numa elevada taxa de sobrevivência dos implantes. A exposição precoce da membrana durante a ROG é uma complicação relativamente comum e deve ser expectável de de se verificar em um quinto dos casos. Contudo, a exposição das membranas reabsorvíveis não é tão problemática como no caso das não reabsorvíveis. Dentro das membranas reabsorvíveis, verificou-se que as reforçadas (cross-linked) apresentam mais 30% de probabilidades de expor quando comparadas com as não reforçadas (Wessing & Zechner em 2018).

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Fig. 23. Intra-operatório: colocação e estabilização da membrana de colagénio reabsorvível.

Fig. 24. Intra-operatório: colocação do xenoenxerto.

Fig. 25. Intra-operatório (vista frontal): membrana de colagénio colocada e estabilizada.

Fig. 26. Intra-operatório (vista oclusal): membrana de colagénio colocada e estabilizada.

Fig. 27. Pós-operatório imediato (vista frontal): sutura do retalho.

Fig. 28. Pós-operatório imediato (vista oclusal): sutura do retalho.

Fig. 29. Pós-operatório imediato (vista lateral): sutura do retalho.

Fig. 30. Pós-operatório imediato (vista frontal): colocação da coroa provisória #21.

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Fig. 32. Pós-operatório aos 15 dias (vista frontal): remoção de suturas.

Fig.31. Pós-operatório imediato (vista oclusal): colocação da coroa provisória #21.

Fig. 33: Pós-operatório aos 15 dias (vista frontal): após remoção de suturas.

Conclusão A reabilitação com implantes deve ter sempre em conta o resultado protético final. Para que isso seja possível, a maioria dos casos, ao apresentarem perda óssea horizontal e/ou vertical, requerem ser planeados por forma a realizar regeneração óssea e de tecidos moles. Para esse fim podem utilizar-se diversas técnicas e selecionar-se vários materiais. Após uma correta avaliação e diagnóstico, será necessário programar o tipo de regeneração a realizar, bem como os tempos cirúrgicos; em casos mais simples poderá ser possível realizar a colocação do implante e a ROG em simultâneo, sendo que, nos mais complexos, os procedimentos poderão efetuar-se em dois ou mais tempos cirúrgicos.

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Maxillaris Ciência e prática

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All-on-4 standard e extra-maxila na reabilitação de maxilares atróficos

Paulo Maló Médico dentista. Licenciado em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). Doutorado em Biologia Oral na área de Implantologia pela Universidade Sagrado Coração, Bauru (Brasil). Prática privada exclusiva de Cirurgia Oral e Reabilitação Protésica. Fundador e presidente da Malo Clinic. Responsável pelo desenvolvimento do Malo Clinic Protocol (técnicas cirúrgicas e produtos inovadores tais como o All-on-4®, o novo implante zigomático, a cirurgia extra-maxila, o implante NobelSpeedy® e a Malo Clinic Bridge). Professor convidado em várias universidades de prestígio. Mariana Nunes Médica dentista. Licenciada pela FMDUL. Especialista universitária em Implantologia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha.) Mestre em Cirurgia Oral pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. Especialista em Cirurgia Oral pelo colégio da especialidade da Ordem dos Médicos Dentistas. Sub-diretora dos departamentos de cirurgia, periodontologia e implantologia da Malo Clinic Lisboa. Prática clinica exclusiva em implantologia e cirurgia oral na Malo Clinic Lisboa desde 2007. Lisboa.

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Ciência e prática

pneumatização do seio maxilar, faz com que a reabilitação com implantes deste maxilar seja complexa e obrigue a recorrer a osso «fora desse osso». Em situações de reduzido volume ósseo, o All-on-4 e as suas constantes modificações e aperfeiçoamentos trouxeram a solução para muitos doentes com maxilas atróficas que até ao seu aparecimento eram obrigatoriamente sujeitos a grandes cirurgias de reconstrução maxilar2,3.

Introdução A osteointegração, descoberta realizada pelo Professor Per-Ingvar Brånemark, veio mudar para sempre o percurso da medicina dentária. A possibilidade de substituir raízes de dentes perdidos por peças em titânio trouxe para a especialidade um sem número de soluções de reabilitação fixa para desdentados totais. A primeira reabilitação fixa da história realizou-se no osso da mandíbula pois, devido às suas características, é o osso que mais facilmente oferece quantidade e qualidade para o procedimento1. As dificuldades são mais comuns quando se reabilita o maxilar superior. A mais frequente perda prematura dos dentes com a utilização de próteses removíveis desde cedo, o que conduz à reabsorção da crista óssea, associada à permanente

Seguindo a lógica da Malo Clinic de constante aperfeiçoamento, de evolução e redução de morbilidade, surge em 2004 o All-on-4 Híbrido e o All-on-4 Extra-Maxila4, técnicas em que se utilizam implantes ancorados no osso do zigomático seguindo uma técnica cirúrgica inovadora de posicionamento extra-maxila. Deste modo, em lugar de enxertar osso para posteriormente colocar implantes, colocam-se, no mesmo dia, implantes (em osso nativo) e dentes fixos. Esta técnica veio realizar o sonho de muitos doentes com longas histórias de sofrimento, de dificuldades na utilização de prótese ou mesmo completa incapacidade em utilizá-las por, por exemplo, simplesmente não terem osso maxilar para isso5. O caso exposto adiante representa uma situação não rara de severa atrofia óssea maxilar decorrente do prolongado uso de próteses removíveis. Para a reabilitação fixa imediata recorreu-se ao uso de implantes zigomáticos seguindo a técnica acima referida de All-on-4 Extra-Maxila.

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Caso clínico Paciente do sexo feminino, de 68 anos, sem história médica relevante, apresentou-se na consulta com falta de várias peças dentárias, encontrando-se reabilitada com uma prótese total superior e uma parcial inferior. Utilizava “cola” para suportar a prótese superior e tinha o desejo de voltar a ter dentes fixos. Realizou-se ortopantomografia e tomografia computorizada (CBCT), e da avaliação clinica e radiográfica concluiu-se existir uma severa atrofia óssea do maxilar superior e da região posterior da mandíbula (figs. 1-9). Para a reabilitação do maxilar superior planeou-se a colocação de implantes zigomáticos de modo a restabelecer a função sem recurso a enxertos e resolvendo assim as principais queixas da doente.

Fig. 1. Ortopantomografia inicial.

Fig. 2a. CBCT do maxilar superior.

Fig. 2b. Reconstrução tridimensional do maxilar superior.

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Fig. 3a. CBCT da mandíbula.

Fig. 3b. Reconstrução tridimensional da mandíbula.

Figs. 4 a 7. Fotos iniciais extraorais.

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Figs. 8 e 9. Fotos iniciais intraorais superior (esquerda) e inferior (direita).

Para a mandíbula propôs-se a extração de todas as peças dentárias já que decorrente da utilização prolongada de próteses removíveis estas apresentavam também uma perda óssea severa, e a colocação imediata de implantes seguindo a técnica All-on-4. A cirurgia de ambos os maxilares realizou-se sob anestesia geral. A incisão no maxilar superior realizou-se ao longo da crista com descargas ao nível dos primeiros molares e afastamento de retalho muco-periósteo para identificação das estruturas limites; base do nariz, bordo postero-superior do osso zigomático, saída do nervo infra-orbitário e parede posterior do osso maxilar.

Colocaram-se os implantes segundo a técnica All-on-4 Extra-Maxila descrita anteriormente pelo autor, permitindo a visualização direta de todas as brocas durante a preparação óssea4. Utilizaram-se quatro implantes Nobel Zygoma 0º. Os dois posteriores mais curtos (ambos com 35 mm) e os dois anteriores mais longos (ambos com 37,5 mm). A sua posição, direção e inclinação foram condicionadas pela anatomia da parede anterior do osso maxilar e avaliadas previamente através de uma análise tridimensional como software Nobel Clinician (fig. 10). Todos os implantes alcançaram uma estabilidade primária suficiente para a reabilitação imediata (≥ 30 N).

Fig. 10. Planeamento pré-cirúrgico do maxilar superior com o software Nobel Clinician.

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Conectaram-se os pilares desenvolvidos especificamente para estes implantes com uma inclinação de 45º e 6 mm de altura de modo a compensar a elevada inclinação dos mesmos em casos de grande atrofia óssea como no presente caso clínico. Após a sutura procedeu-se ao molde ferulizado utilizando peças de impressão e moldeira aberta com recurso a silicone de consistência putty. Seguiu-se a cirurgia da mandíbula com as extrações dos dentes remanescentes, regularização da crista óssea e colocação de implantes seguindo o protocolo All-on-42. Colocaram-se as próteses provisórias fixas ao final desse dia e utilizaram-se durante seis meses. Após a cirurgia teve inicio o período de follow-up, de controlos periódicos de HO (de dois em dois meses até aos seis meses seguindo o protocolo de manutenção) e instruiu-se a

doente a iniciar uma dieta mais mole e evitando o uso de jato de água. Em todas essas consultas removeram-se as próteses para avaliação clínica dos implantes, procedeu-se à higienização dos pilares (com cúpula e gel de clorohexidina a 0,12%), bem como ao reforço dos cuidados de higiene. Passado o período de cicatrização e adaptação (seis meses) teve início a realização de próteses definitivas. Embora para a reabilitação definitiva sejam mais comuns as próteses com barra (Malo Clinic acrylic e ceramic bridge), em situações de grande perda óssea, e se o volume da prótese permitir, podem utilizar-se como solução definitiva próteses totalmente em acrílico (Malo Clinic all-acrylic, fig. 14) o que, por motivos económicos, foi a opção da doente para a mandíbula. Para a maxila optou-se por Malo Clinic acrylic bridge (fig. 15).

Fig. 11. Implante Nobel Zygoma 0º. Pilares de 45º (6 e 8 mm) e 60º (6 e 8 mm).

Figs. 12 e 13. Vista intraoral após cicatrização dos implantes: mandíbula (esquerda) e maxila (direita).

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Figs 14 e 15. Fotos intraorais finais: oclusal inferior (esquerda) e oclusal superior (direita).

Figs. 16 a 19. Fotos extraorais finais.

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Fig. 20. Ortopantomografia final.

Conclusão A colocação de implantes pode ficar comprometida pela falta de volume ósseo necessário à sua ancoragem. Para solucionar este problema estão descritas inúmeras técnicas de enxerto em que, na maioria das vezes, se recorre a colheita de osso de uma zona (dadora) para colocação na zona onde se pretende colocar implantes – transplante ósseo. Estas são cirurgias complexas de elevada morbilidade a longos períodos de recuperação tanto da zona dadora como do osso enxertado. Os doentes chegam a ter de aguardar mais de um ano e realizar duas a três cirurgias até à colocação de uma prótese fixa6. O All-on-4 Extra-Maxila, que é usado no tipo mais severo de atrofia óssea maxilar e em que apenas se utilizam implantes ancorados no osso do zigomático, vem mudar radicalmente o paradigma da reabilitação destes casos. Permite uma reabilitação fixa imediata e os estudos apontam para menos complicações tais como perda de implantes7. A abordagem extra-maxila adaptada pela Malo Clinic por comparação à técnica clássica de colocação de implantes zigomáticos é mais segura e permite uma reabilitação protética mais favorável. O desenvolvimento na área da implantologia, nomeadamente o aperfeiçoamento do desenho dos implantes e pilares veio solucionar (figs. 16 a 20) algumas das limitações que inicialmente a reabilitação com estes implantes apresentavam. O implante Nobel Zygoma 0º combinado com os pilares de 45º e 60º permitem otimizar as saídas protéticas dando às próteses a mesma arquitetura de uma prótese sobre implantes convencionais e desta forma melhorando a dicção, a higiene oral e até a função.

Bibliografia 1. Adell R, Lekholm U, Rockler B, Brånemark PI. A 15-year study of osseointegrated implants in the treatment of the edentulous jaw. Int J Oral Surg. 1981 Dec;10(6):387-416.

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Sistema Trefoil: a revolução da arcada completa

João Mouzinho Médico dentista. Docente da Pós-graduação de Reabilitação Oral Biomimética Avançada na Cooperativa de Ensino Superior Politécnico Uni­ versitário (CESPU). Docente da Pós-graduação de Implantologia Oral - CESPU (2012 a 2016). Mestre em Periodontologia pelo Insti­tuto Superior de Ciências da Saúde - Norte. Curso em Implan­ to­logia e Enxertos ósseos pela Faculdade de São Leopoldo Mandic (Brasil). Pós-graduado em Reabilitação Intra e Extraoral com Implantes Osteointegrados pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Pós-graduado em Reabilitação Oral Bio­ mimética avançada pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz. Responsável do Departamento de Reabi­li­t ação Oral e Implantologia da Molar Clinic. mouzinhojoao@gmail.com Porto. Catarina Vitorino Mouzinho Médica dentista. Mestrado em Medicina Dentária (CESPU). Docente da Pós-graduação de Dentisteria Adesiva com resinas compostas na CESPU. Responsável do Departamento de Dentisteria da Molar Clinic (Porto). Vítor Peixoto Técnico de prótese dentária. Responsável do Laboratório Vitor Peixoto (Porto).

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ossier

Esta barra pré-fabricada aparafusa-se sobre três implantes na mandíbula, colocados a partir de um sistema de guias. Introdução

Caso clínico

O sistema Trefoil da marca Nobel Biocare apresenta um grau avançado de eficácia no tratamento de arcada completa na mandíbula. Utiliza uma barra pré-fabricada com um exclusivo mecanismo de fixação, que se pode ajustar para compensar os desvios inerentes à posição ideal da colocação de implantes. Permite colocar dentes definitivos em um dia.

Paciente do sexo masculino, de 68 anos, hipertenso, apresenta-se à consulta com o objetivo da colocação de implantes na mandíbula. Na primeira consulta foi feito o diagnóstico, fotografias intra e extraorais, tomografia computorizada (CBCT), impressões preliminares, modelos de estudo, confeção de moldeiras individuais e cera de mordida com arco facial, para a produção de uma prótese total removível superior e uma prótese fixa inferior sobre implantes. Na segunda consulta procedemos à cirurgia mandibular e a carga imediata com prótese fixa metaloacrílica definitiva colocou-se no dia da cirurgia num espaço de seis horas.

Vários estudos confirmam que as próteses fixas completas sobre implantes têm vantagens em relação às sobredentaduras: melhoram a função e a força de mordida, provocam uma maior retenção e estabilidade evitando problemas na mucosa e desgastes dos componentes relativamente às sobredentaduras. A barra Trefoil simplifica a criação de uma prótese fixa metaloacrílica definitiva a partir de um sistema de compensação, para que a barra pré-fabricada de titânio tenha um ajuste passivo. O sistema de compensação permite um desvio angular de quatro graus, um desvio horizontal de 0,4 mm e um desvio vertical de 0,5 mm.

Fig. 1. Fotografia extraoral inicial.

Discussão Os resultados obtidos são consistentes com os resultados que constam no estudo multicêntrico em curso de cinco anos, realizado pela Nobel Biocare em quatro continentes e que envolveu 110 pacientes.

Fig. 2. Impressão em moldeira individual.

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Fig. 3. Cera de mordida bimaxilar.

Fig. 4. Arco facial.

Fig. 5. Fotografia intraoral.

Fig. 6. Exodontias.

Fig. 7. Incisão de espessura total.

Fig. 8. Identificação da saída do nervo alveolar inferior (buraco mentoniano).

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Fig. 9. Regularização óssea.

Fig. 10. Marcação dos leitos implantares (primeira guia).

Fig. 11. Guia de avaliação estabilizada com pinos.

Fig. 12. Segunda guia de preparação do leito implantar.

Fig. 13. Colocação do primeiro implante.

Fig. 14. Estabilidade primária do primeiro implante.

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Fig. 15. Fresagem para o segundo implante.

Fig. 16. Barra de try-in.

Fig. 17. Imagem dos três implantes colocados (Trefoil CC RP), com colo de 4,5 mm.

Fig. 18. Pilares de transferência unidos com Pattern Resin GC.

Fig. 19. Pilares de cicatrização e sutura final.

Fig. 20. Modelo de gesso com os três análogos.

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Fig. 21. Comprovação do ajuste da barra Trefoil.

Fig. 22. Montagem dos dentes em articulador (processamento de uma prótese híbrida em titânio acrílico convencional).

Fig. 23. Prótese finalizada.

Fig. 24. Superfície basal polida e convexa para facilitar a higienização.

Fig. 25. Colocação de ponte definitiva no dia da cirurgia.

Fig. 26. Fotografia extraoral final.

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Maxillaris Dossier

Fig. 27. Fotografia extraoral final.

Fig. 29. Ortopantomografia final.

Fig. 28. Ortopantomografia inicial.

Conclusão A literatura acerca do Trefoil ainda não é muito extensa, mas este sistema baseou-se no sistema Novum com algumas modificações proféticas e cirúrgicas. Esta solução permite colocar três implantes, com conexão cónica e colo mecanizado, a partir de guias cirúrgicas, assim com uma barra fixa de titânio pré-construída, possibilitando fazer uma reabilitação manipular fixa em metaloacrílica no dia da cirurgia de forma definitiva. São necessários mais estudos, mas parece uma solução promissora na reabilitação total da mandíbula.

Bibliografia 1. Brunski JB. A novel prefabricated final fixed solution for edentulous mandible. J Dent Res 96 (Spec Iss A): 3348, 2017.

3. Nobel Biocare. The Trefoil concept: 5 years clinical investigation. http://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02940353. June 22, 2017.

2. Karl M, Albrektsson T. Clinical performance of dental implants with a moderately rough (TiUnite) surface. A meta-analysis of prospective clinical studies. Int J Oral Maxillofac Implants. 2017 jul/aug: 32(4): 717-734. Dog.11607/jomi.5699.

4. Romanos G, Froum S, Henry C, Cho SC, Tarnow D. Survival rate of immediately vs delayed loaded implants: analysis of the current literature. J Oral Implants 2010; 36(4): 315-24.

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Calendário

ENDODONTIA

ESTÉTICA DENTÁRIA

Instrumentação em endodontia

Restaurações diretas e indiretas à base de cerâmica

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), no contexto do programa anual do Centro de Formação Contínua, leva a cabo no próximo dia 8 de setembro, nas suas instalações em Angra do Heroísmo (Ilha Terceira, Açores), um curso teórico subordinado ao tema “Instrumentação em endodontia”, sob a orientação do médico dentista Rui Pereira da Costa. Formado pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, o orador deste curso é professor do Mestrado em Endodontia na Universidade Internacional da Catalunha, com sede em Barcelona (Espanha), e assistente convidado da Pós-graduação em Endodontia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa.

A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) agendou para o próximo dia 27 de outubro, na sua sede do Conselho Regional Norte (Porto), um curso subordinado ao tema “Restaurações diretas e indiretas à base de cerâmica: do primeiro ao último passo”, que conta com o patrocínio da VOCO. Esta formação será orientada pelo médico dentista Cristiano Alves, que exerce a sua prática exclusiva em Reabilitação Oral e é assistente convidado da disciplina de Prótese Fixa na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Ao abrigo do programa do curso serão apresentados alguns casos clínicos onde se abordarão as restaurações anteriores e posteriores e as técnicas de utilização e otimização de alguns produtos da VOCO.

226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

www.spemd.pt

ESTÉTICA DENTÁRIA

ESTÉTICA DENTÁRIA

Título de experto em estética dentária

Odontologia multidisciplinar

A CEOdont (Grupo Ceosa) leva a cabo em Madrid (Espanha) uma nova edição deste curso. Eis os próximos módulos do programa: • 3. Cirurgia mucogengival e estética ; 14 e 15 de setembro. • 4. Restauração com compósitos I; 16 e 17 de novembro. • 5. Restauração com compósitos II; 17 e 18 de dezembro. • 6. Capas de porcelana I; de 24 a 26 de janeiro de 2019. • 7. Capas de porcelana II; de 21 a 23 de fevereiro de 2019. • 8. Coroas de recobrimento total e inscrustações; 8 e 9 de março de 2019. • 9. Curso teórico-prático em Nova Iorque; de 18 a 22 de junho de 2019.

Nos dias 26 e 27 de outubro, o médico dentista Rafael Piñeiro voltará a orientar, nas instalações do Centro de Formação da Ivoclar Vivadent (ICDE), em Madrid (Espanha), o seu mais recente curso sobre odontoloRafael Piñeiro. gia multidisciplinar. Ao abrigo deste programa, o formador mostrará a solução de casos complexos de forma detalhada em todos os seus passos, com suporte tanto fotográfico como em vídeo. Mediante o seguimento estrito do protocolo explicado, poderão solucionar-se todos os casos multidisciplinares e complexos de modo simples e com procedimentos minimamente invasivos para, assim, padronizar os tratamentos e poder conseguir resultados previsíveis na clínica quotidiana.

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

icde.es@ivoclarvivadent.com

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IMPLANTOLOGIA

IMPLANTOLOGIA

Residências clínicas com implantes zigoma

Iniciação ao fluxo digital em implantologia

Nos dias 19 e 20 de outubro, as instalações da Malo Clinic em Lisboa voltam a acolher o programa de residência clínica zigoma, que permitirá o acompanhamento detalhado do trabalho diário e o cronograma cirúrgico da equipa Malo Clinic com foco em casos altamente qualificados, bem como a combinação do protocolo cirúrgico All-on-4 com o uso de implantes de zigoma para maxilares severamente atróficos. Os participantes poderão acompanhar vários procedimentos diferentes na sala de operação, assistir a uma cirurgia de zigômio e também ao protocolo All-on-4 Hybrid & Double-Zygoma. Esta formação permitirá aos assistentes adquirir habilidades e know-how para reabilitar maxilas atróficas, com sucesso e em poucas horas, usando o protocolo Malo Clinic.

No próximo dia 26 de outubro, a Dentsply Sirona Academy apresenta, em Madrid (Espanha), um workshop de iniciação ao fluxo digital em implantologia, orientado por Nicolás Gutiérrez. Esta formação tem como objetivo descrever em que consiste o fluxo digital em implantologia em todos os seus aspetos para assim ajudar a incorporá-lo na prática diária. Durante o programa estudar-se-á como afeta o nosso fluxo de trabalho do dia a dia e quais são os contributos clínicos, biológicos e económicos desta nova dimensão da implantologia. Nicolás Gutiérrez explicará, entre outros aspetos, como adaptar a clínica dentária ao fluxo digital atual e as vantagens e limitações baseadas na evidência científica.

217 247 080 - education@maloclinics.com - www.maloeducation.com

formacion@dentsplysirona.com

IMPLANTOLOGIA

IMPLANTOLOGIA Curso avançado em estética com implantes imediatos

Programa de formação BTI

Com o patrocínio da Sinusmax, terá lugar nos dias 28 e 29 de setembro, em Matosinhos, o “Curso avançado em estética com implantes imediatos cone Morse”, tendo como formadores Alexandre Gonçalves, Marcelo Harduin Couto, Anjos Pereira e Diogo Cunha. Com uma componente teórica no primeiro dia e prática na segunda jornada, o curso vai conduzir os médicos dentistas nas técnicas clássicas de cirurgia e prótese periimplantar imediata, utilizando o sistema de conexão Morse e possibilitando ao aluno a aprendizagem e consequente execução dos procedimentos nos seus pacientes.

O Biotechnology Institute (BTI), fiel ao seu compromisso de oferecer formação de máxima qualidade que contribua para melhorar a prática diária dos profissionais, organiza numerosos cursos e jornadas formativas. As jornadas de formação orientadas pelo corpo docente do BTI, liderado pelo médico dentista espanhol Eduardo Anitua, permitem aprofundar os conhecimentos sobre os últimos avanços em implantologia, reabilitação oral e aplicações de terapias regenerativas. O BTI conta desde há um ano com o seu próprio centro de formação online, plataforma através da qual se realizam numerosos cursos e seminários sobre temas específicos como CAD-CAM, tratamentos da apneia e roncopatia, BTI Scan, etc.

229 377 749 - formacao@sinusmax.com

www.bti-biotechnologyinstitute.com/es/formacion

Biblioteca Multimédia

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Maxillaris Calendário

ORTODONTIA

ORTODONTIA

Título de experto em alinhadores invisíveis

Pós-graduação em ortodontia

A CEOdont (Grupo Ceosa) organiza nos próximos dias 20 a 23 de setembro, em Madrid (Espanha), este curso orientado por Andrade Neto e dirigido aos pós-graduados que queiram iniciar-se ou aperfeiçoar os seus conhecimentos sobre os alinhadores invisíveis. Trata-se de uma interessante oportunidade para conhecer os últimos avanços em matéria de diagnóstico, tratamento, instrumental, técnicas e materiais. O principal objetivo do conteúdo prático é transmitir conhecimentos teóricos e assegurar as habilitações e a confiança necessárias para que o aluno possa adotar os procedimentos mais adequados a cada caso clínico.

A Ortocervera (Grupo CEOSA) prepara a 87a edição da pós-graduação em ortodontia funcional, aparatologia fixa e autoligado, orientada por Alberto Cervera. O curso vai decorrer entre os dias 20 e 22 do próximo mês de setembro, em Madrid (Espa­nha). Esta especialização está estruturada em quatro áreas, designadamente protocolo de diagnóstico e tratamento, estudos de síndromes clí­nicos, práticas em tipodontos com brackets de auto-ligado e práticas clínicas tutorizadas.

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

(0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

VÁRIOS

VÁRIOS

Curso especializado em odontologia digital

Curso de oclusão e odontologia restauradora e estética

No próximo dia 23 de novembro, as empresas Ambros&Barrado Formação e Dentsply Sirona Academy apresentam na Clínica Barrado, com sede em Barcelona (Espanha), um programa especializado na área da odontologia digital. O curso intitulado “CEREC Omnicam: do analógico ao digital. Porquê, como e quando” tem como objetivo familiarizar os assistentes com as vantagens do fluxo de trabalho digital comparado com o analógico, e o seu uso em próteses sobre dentes naturais, sobre implantes, ortodontia e cirurgia guiada. Carlos Barrado e Juan Ambrós, ambos com uma vasta experiência neste campo, explicarão todos os passos para adaptar a consulta e os tratamentos ao campo da odontologia digital.

A décima edição do curso de oclusão e odontologia restauradora e estética do grupo Galván-Lobo Formación, com sede em Valladolid (Espanha), vai ter início em setembro próximo. Este grupo promove a investigação e o ensino multidisciplinar e integrado, utilizando metodologias inovadoras de aprendizagem. Neste curso, composto por quatro módulos e que conta com a colaboração da Dentsply Sirona, ensinam-se temas como o diagnóstico e a planificação integral, a análise funcional e estética do paciente, os tratamentos restauradores diretos e indiretos e a implantologia estética guiada protesicamente.

VÁRIOS

VÁRIOS

(0034) 933 230 702 - info@clínicabarrado.com

www.galvanloboformacion.com

Aplicações do laser em cirurgia, periodontologia e implantologia

Mestrados em ortodontia, oclusão e cirurgia ortognática

Para além das técnicas convencionais, a tecnologia de laser tem inúmeras aplicações diferentes e providencia novas abordagens invasivas e não invasivas. É com o intuito de as divulgar que a formação sobre “Aplicações do laser em cirurgia, periodontologia e implantologia” vai decorrer nos dias 16 a 21 de setembro na sede da Sinusmax, em Matosinhos. Com uma carga horária de 54 horas, este curso vai dotar o profissional de competências básicas para introduzir a aplicação do laser no dia a dia clínico.

A Orthoquick, em colaboração com a Universidade à Distância de Madrid (Espanha), tem à disposição de todos os interessados na área da Medicina Dentária um mestrado especializado em ortodontia, oclusão e cirurgia ortognática. Esta formação, agora aberta ao público português, está vocacionada para alunos recém licenciados e outros profissionais, com mais experiência, que precisem de atualizar os seus procedimentos médicos de intervenção. 919 839 595 - sferreira@orthoquick.es - www.orthoquick.es

229 377 749 - formacao@sinusmax.com

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Maxillaris Calendário

VÁRIOS

VÁRIOS Curso de oclusão e reabilitação

Aulas D´Ouro 2018

A CEOdont (Grupo Ceosa) vai realizar nos dias 19 a 21 deste mês, em Madrid (Espanha), um curso de oclusão e reabilitação, orientado por Diego G. Soler. Este curso teórico-prático estará centrado principalmente no diagnóstico como ponto de partida para o correto tratamento em reabilitação oral baseado em conceitos funcionais, percorrendo o caminho até à mínima invasão mediante a utilização de procedimentos simples. Alcançar uma integração estética e funcional nas diferentes situações clínicas que se apresentam é um desafio atual cada vez mais exigente. Muitas vezes, no momento de enfrentar uma reabilitação oral, faz falta um protocolo para conseguir um tratamento bem sucedido.

No seguimento das últimas edições das Aulas D’ouro, realizadas no ano passado, a Douromed continua a apostar na formação dos seus clientes em 2018. A próxima formação destinada aos profissionais do setor dentário, ao abrigo deste programa formativo, está agendada para os dias 9 e 10 de novembro, no Porto. Serão abordadas várias temáticas, nomeadamente as facetas, os biomateriais, a endodontia, a dentisteria estética, a implantologia, a rastreabilidade em esterilização e a sedação consciente, entre outras. 224 152 279 - formacao@douromed.com - www.douromed.com

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

VÁRIOS

VÁRIOS

Atualização em materiais e técnicas de impressão

Cursos dirigidos a assistentes dentários

Com João Paulo Tondela como formador, terá lugar no dia 21 deste mês na sede da Sinusmax, em Matosinhos, uma ação de formação subordinada ao tema “Atualização em materiais de impressão e técnicas de impressão”. Do programa do curso constam os seguintes temas: técnicas e impressão, otimização de resultados e aplicações clínicas em prótese fixa e implantologia.

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), ao abrigo do programa do Centro de Formação Contínua, organiza no próximo dia 22 de setembro dois cursos dirigidos a assistentes dentários, que vão decorrer no Espaço Físico da OMD no Funchal e num hotel de Ponta Delgada. O primeiro será orientado pela médica dentista Ana Sofia Coelho, mestre em Medicina Dentária pela Universidade do Porto, e abordará temas como a dentisteria, a endodontia e a odontopediatria. O segundo, intitulado “Prótese parcial removível e fixa”, terá como oradora a médica dentista Rita Reis, assistente convidada da Área de Medicina Dentária da Universidade de Coimbra.

João Paulo Tondela.

229 377 749 - formacao@sinusmax.com

226 197 690 - www.omd.pt

VÁRIOS Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS A Ortocervera (Grupo Ceosa) organiza este curso personalizado, ministrado por Mó­nica Simón Pardell em Ma­drid (Espanha), para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado. (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

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Maxillaris Reuniões

Reuniões

2018 ADA 2018 Annual Meeting

setembro

De 18 a 20 de outubro - Honolulu , EUA American Dental Association

World Dental Congress 2018

AAP 2018 - American Academy of Periodontology 104th Annual Meeting

De 5 a 8 de setembro - Buenos Aires, Argentina FDI

De 27 a 30 de outubro - Vancouver, Canadá American Academy of Periodontology

48o Congresso Anual SPO De 20 a 22 de setembro - Porto Sociedade Portuguesa de Ortodontia

novembro

ICOI World Congress 2018

AEDE

De 27 a 29 de setembro - Las Vegas, EUA The International Congress of Oral Implantologists

De 1 a 3 de novembro - Málaga, Espanha Associação Espanhola de Endodontia

outubro

27o Congresso OMD De 8 a 10 de novembro - Porto Ordem dos Médicos Dentistas

EAO 2018 - European Association of Osseointegration Congress

XVI Congreso SECIB

De 11 a 13 de outubro - Viena, Áustria European Association of Osseointegration

De 15 a 17 de novembro - Palma de Maiorca, Espanha Sociedade Espanhola de Cirurgia Bucal

38o Congresso Anual SPEMD

Great New York Dental Meeting

12 e 13 de outubro - Lisboa Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária

De 23 a 28 de novembro - Nova Iorque, EUA

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MAXILLARIS Reuniões

SPO realiza no Porto a sua 25a cimeira anual

SPEMD celebra em Lisboa o seu 38o congresso anual

27o congresso da OMD realiza-se na Exponor

O encontro anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO) vai realizar-se de 20 a 22 de setembro, na cidade do Porto. A 25a cimeira da SPO, cuja organização está a cargo da médica dentista Ana Paula Amorim, pretende consolidar-se como o evento de maior participação por ortodontistas em Portugal. O programa do congresso conta já com as presenças confirmadas de Tomás Castellanos (pré-curso), Andrés Giraldo, Álvaro Larriú, Beatriz Solano, Enrique Solano, Isabel Flores, Itamar Friedlander, Júlio Fonseca, Júlio Cifuentes, Juan Carlos Rivero Lesmes, Nuno Gil e Roberto Fernandes.

A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) agendou para os dias 12 e 13 de outubro deste ano a 38a edição do seu congresso anual. O Centro de Congressos Lagoas Park, em Oeiras, voltará a ser o cenário da edição lisboeta do encontro da SPEMD, que obedece a um regime de rotatividade entre a capital e as cidades de Coimbra e Porto. O programa científico contará com dezenas de oradores nacionais e estrangeiros e deverá atrair mais de um milhar de profissionais de todos os quadrantes da saúde oral.

O 27o congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) está agendado para os dias 8 a 10 de novembro próximo. O recinto da Exponor, em Matosinhos, voltará a acolher a edição nortenha da principal cimeira anual da classe dos médicos dentistas. Eis os conferencistas estrangeiros que vão dar corpo ao programa do congresso: Fouad Khoury, Dudu Medeiros, Andrea Ricci, Cheen Loo, Flávio Ferrari, Fernando Goldberg, Anton Sculean, Mauricio Araujo, Juan Blanco Carrión, Víctor Clavijo, Karin Becktor, Marco Ferrari, Carlos Eduardo Francischone, Sérgio Khan, Patricia Gatón, Ophir Fromovich, Jair Carneiro Leão e Jacobo Limeres.

www.spemd.pt

www.facebook.com/sportodontia/

www.omd.pt

AMEP organiza congresso nacional de estomatologia

Buenos Aires acolhe em setembro encontro mundial da FDI

Cimeira anual da EAO vai ter lugar na Áustria

A Associação dos Médicos Estomatologistas Portugueses (AMEP) organiza nos dias 28 e 29 de setembro, no Centro Hospitalar do Porto, o segundo congresso nacional de estomatologia. De acordo com o programa provisório do encontro, na primeira jornada serão abordados temas como a descompressão de quistos dos maxilares (Adélia Ramazanova), a cirurgia de terceiros molares inclusos (Mariana Moreira e Catarina Fraga) ou a dor crónica e dor orofacial (José Romão). No segundo dia estarão em destaque a codificação instrumental na endodontia (Ricardo Grazina e Miguel André Martins) e as precauções em cirurgia apical (João Mendes de Abreu e Miguel André Martins), entre outros temas.

A cimeira anual da Federação Dentária Internacional (FDI) vai ter lugar nos dias 5 a 8 do próximo mês de setembro, em Buenos Aires (Argentina). O programa do principal encontro mundial na área da Medicina Dentária vai reunir no centro de congressos e convenções da capital argentina oradores de renome especializados nas mais diversas disciplinas que marcam a atualidade do setor, bem como milhares de profissionais dos quatro cantos do mundo. Por seu turno, os representantes da indústria dentária aproveitarão o congresso da FDI para apresentarem as últimas inovações de produtos e serviços dentários.

O próximo congresso anual da European Association of Osseointegration (EAO) vai decorrer entre os dias 11 e 13 do próximo mês de outubro, em Viena (Áustria). O programa do principal encontro europeu dedicado à osteointegração contará com o contributo de especialistas dos quatro cantos do mundo, que farão uma atualização dos temas dominantes nesta área. Como é habitual, os representantes da indústria dentária aproveitarão a cimeira da EAO para exibirem as últimas novidades em matéria de produtos e serviços.

www.fdicongress2018.org

www.eao.org

https://pt-pt.facebook.com/amep.portugal/

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Maxillaris Reuniões

Valladolid acolhe reunião anual da SEPES

Congresso da SECIB realiza-se em Palma de Maiorca

Tour mySimplant abrange vários pontos da Península Ibérica

A 48a reunião anual da Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica (SEPES) vai ter lugar entre os dias 11 e 13 de outubro próximo, na cidade de Valladolid (Espanha). A organização do evento preparou um programa científico que permita aos participantes atualizar os seus conhecimentos científicos e interagir com a indústria, tendo ainda tempo para cultivar as relações pessoais com os colegas e amigos e desfrutar da oferta cultural da referida cidade. Entre os oradores da reunião contam-se Angelo Putignano, Williams Robins e José Rábago.

Nos dias 15 a 17 do próximo mês de novembro vai ter lugar, no Palácio de Congressos de Palma de Maiorca (Espanha), o XVI Congresso da Sociedade Espanhola de Cirurgia Bucal (SECIB). O encontro, presidido pela médica dentista espanhola Catalina Jaume Riera, contempla uma série de conferências sobre cirurgia oral, implantologia, regeneração óssea e medicina. Também está programada uma sessão clínica sobre patologia oral.

A Dentsply Sirona apresenta o “Tour mySimplant”, dirigido a todos os que pretendam iniciar-se no tratamento implantológico guiado por computador. Com o serviço de planificação mySimplant, o clínico não tem que dominar o software de planificação de implantes. O técnico de Simplant prepara a planificação e a única tarefa do médico dentista é rever, editar e aprovar o caso através da plataforma online intuitiva do mySimplant. O tour vai decorrer em diversas cidades da Península Ibérica e com diferentes oradores especialistas em mySimplant.

www.secibonline.com

www.sepes.org

formacion-implants@dentsplysirona.com

BioHorizons realiza em outubro encontro Ibérica Summit

Sexta edição da Expoorto-Expooral agendada para março de 2019

European Prosthodontics Association celebra encontro em Madrid

A BioHorizons Ibérica organiza no próximo dia 27 de outubro, em Madrid (Espanha), o evento Ibérica Summit, programa que encerrará o Global Education Tour 2018, uma iniciativa de formação da companhia, a nível internacional, cujo objetivo é oferecer formação de vanguarda sobre a terapia de implantes em seis países. Esta cimeira consistirá numa jornada intensiva de aprendizagem sobre como superar os desafios anatómicos na implantologia, que terá Craig Misch como protagonista. O programa divide-se em duas partes: abordagem dos desafios através de enxertos e enfoques alternativos com implantes curtos e angulados.

O congresso Expoorto-Expooral celebrará a sua sexta edição nos dias 29 e 30 de março do próximo ano, em Madrid (Espanha). Desta vez, o encontro será presidido por Manuel Míguez Contreras, diretor do Título de Especialista Universitário em Medicina Dentária do Sono e professor do Mestrado de Ortodontia na Universidade Alfonso X El Sabio de Madrid. Expoorto-Expooral inclui diversos fóruns, conferências simultâneas em várias salas e mesas de debate, para além da abertura de uma sala de exposição comercial com mais de 70 stands para empresas especializadas no setor.

A European Prosthodontic Association (EPA) celebrará nos dias 13 a 15 de setembro, em Madrid (Espanha), o seu 42o congresso anual. A Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica (SEPES) coorganizará esta reunião conjunta, que contará com a participação de Mariano Sanz, Stefano Gracis, Josef Kunkela, Roberto Cocchetto e Jürgen Setz, entre outros oradores de renome. Sob o lema “Nativos digitais em prostodontia”, o congresso abordará os procedimentos obtidos mediante fluxos digitais para soluções protésicas sobre dentes e implantes. Também tratará os materiais de reabilitação protésica e a sua forma de utilização com tecnologia digitalizada, etc.

www.expoorto.com

GET. Biohorizons.com

www.epadental.org

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Maxillaris Novidades

Novidades

Novo equipamento laser Solase

Impressora dentária 3D Raydent Studio 229 377 749 - sinusmax@sinusmax.com

www.ravagnanidental-portugal.com

O Solase é um equipamento de laser diodo que permite uma gama de utilizações alargada, desde tratamentos de periodontologia, endodontia, cirurgia a bioestimulação e cosmética. As vantagens deste pequeno aparelho são a sua versatilidade e a simplicidade de utilização. O equipamento contempla já 30 programas de tratamento predefinidos, para os iniciantes, mas com a possibilidade de ajustes e alterações para os profissionais mais experientes em tratamentos laser. Por este motivo, este equipamento oferece a garantia de total satisfação. A sua portabilidade e funcionamento em Iphone promove o seu uso e simplifica todo o processo de tratamentos.

Raydent Studio é a verdadeira impressora dentária 3D para produção rápida e fácil de próteses dentárias, guias cirúrgicas, modelos, etc. Com o seu fluxo de trabalho simplificado, a tecnologia de impressão mais avançada e com o software Raydent, esta solução converte-se num valor acrescentado para a clínica ou o laboratório do setor dentário. A sua resina é lavável em água e certificada para a Medicina Dentária, o que a torna única no mundo. A excelência em termos de desenho do Raydent Studio foi reconhecida através da atribuição do prémio internacional IF Design Award 2017.

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Maxillaris Novidades

Novos implantes Leader

Software CEREC 4.6, restauração rápida e segura 229 377 749 - sinusmax@sinusmax.com

www.dentsplysirona.com

A Leader Itália acaba de lançar três novos modelos de implantes que se juntam à vasta família de implantes das linhas Tixos e Implus. Um deles é o novo D22, implante cilíndrico cónico, anatómico, de conexão cone Morse, com colo polido e micro-espiras na parte superior e apex atraumático. Com corpo com duplas espiras e sistema de auto-perfuração e auto-atarraxamento, é um implante indicado para todos os procedimentos cirúrgicos e todas as tipologias ósseas. A versão D22 PX distingue-se pela sua anatomia apical concebida especificamente para casos de pós-extração, sendo o seu apex cortante com excelente ancoragem capaz de penetrar em diâmetros de preparo limitados e tendo lâminas anti-reverse para permitir ajustes no seu posicionamento. Por seu lado, o novo DNA é um implante lasermade com colo tratado e corpo fabricado com a tecnologia Direct Metal Forming Technique (DLMF), resultando num produto altamente poroso com elevadíssima capacidade de adesão óssea e rapidez de osteointegração.

A Dentsply Sirona apresenta o novo software CEREC 4.6, que eleva a tecnologia CAD-CAM a um novo patamar de qualidade na consulta: os seus fluxos de trabalho bem estruturados permitem realizar muitos processos de forma automática e mais rápida. O conceito de cinco clics ajuda os utilizadores a realizarem uma restauração de forma mais fácil, segura e rápida que nunca. Para os médicos dentistas isto significa uma poupança de tempo e ainda mais comodidade no manuseamento. A fórmula do sucesso de CEREC 4.6 é a automatização dos processos manuais e a redução dos tempos de cálculo. O software agiliza o fluxo de trabalho para a criação de uma restauração a um só clic por cada passo: administração, aceitação, modelagem, desenho e produção. Isto significa que cinco clics são suficientes para fabricar uma coroa que cumpra as mais altas exigências. O software está claramente orientado para as indicações mais frequentes que os dentistas podem produzir numa sessão do seu trabalho diário.

Este espaço pode ser seu! Consulte as nossas tarifas de pequenos anúncios através do telefone

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comercialportugal@maxillaris.com

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Indústria

Madrid acolheu a última edição do evento “Ortodontia in focus”

Douromed convoca profissionais do setor

A terceira edição de “Ortodontia in focus”, uma iniciativa da Dentsply Sirona, reuniu no passado mês de maio, em Madrid (Espanha), mais de 300 pessoas num encontro que superou todas as expectati- Evento reuniu mais de 300 participantes. vas, tanto a nivel científico como social. Mais de duas dezenas de oradores levaram a cabo um vasto programa que abrangeu temas como a ortodontia digital, atualizações sobre tratamentos ortodônticos, cirurgia ortognática, stripping, o novo bracket In-Ovation X, o sistema CCO, guia para higienistas, classe III em adultos, etc. Durante o encontro, celebrou-se o concurso para escolher as três fotos mais divertidas. Os vencedores receberam um convite para assistirem ao Orthodontics World Congress Europe, que terá lugar de 20 a 22 de setembro, em Malta.

A Douromed convida os profissionais do setor a participarem no evento “Evolution”, que se celebra nos dias 13 e 14 deste mês na sede da empresa, em Gandra (Paredes). Esta iniciativa visa dar a conhecer as mais recentes evoluções da grande aparatologia dentária, tais como a nova unidade dentária Partner Evo, da Swident, o CBCT X-View 3D, da Trident, entre outras novidades que a Douromed reservou para os participantes do “Evolution”.

Osteotech marcou presença em jornadas de prótese dentária

Ivoclar Vivadent lança nova edição da revista “Reflect”

A Osteotech esteve presente nas quartas jornadas de prótese dentária que decorreram, nos passados dias 15 e 16 de junho, no Campus Universitário Egas Moniz, com sede no Monte da Caparica (Lisboa). A empresa aproveitou a ocasião para divulgar junto dos participantes as suas soluções no domínio do CAD-CAM. No stand que instalou na área comercial das jornadas foram também exibidos os implantes da marca Bioinnovation, entre outros produtos. A colaboração da Osteotech com esta instituição de ensino não se limita às jornadas, já que também organiza ao longo do ano palestras dedicadas aos estudantes. Stand da Osteotech nas jornadas

A Ivoclar Vivadent tem à disposição dos profissionais do setor mais uma edição da revista “Reflect”, dedicada a casos clínicos, que reúne artigos de prestigiados especialistas internacionais. Os casos clínicos são cuidadosamente escolhidos e documentados, com a odontologia estética mais Capa da nova publicação. avançada como fator comum. Com uma leitura amena e interessante, o profissional poderá atualizar-se sobre as mais avançadas técnicas de trabalho e as últimas inovações em odontologia conservadora, restaurações diretas, próteses fixas, próteses removíveis e tecnologia CAD-CAM. Os assinantes da “Reflect”, que tem uma periodicidade bianual, receberão em breve esta nova edição, de forma totalmente gratuita, na sua clínica ou no seu laboratório dentário.

800 912 279 - www.douromed.com

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de prótese dentária.

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MAXILLARIS Reuniões

Dentsply Sirona Academy com instalações remodeladas

Ticare reforça a sua expansão internacional estreitando laços com a China

A Dentsply Sirona Academy, com sede em Bensheim (Alemanha), espera os seus visitantes com instalações completamente remodeladas, que permitem oferecer uma formação avançada de qualidade, com um desenho purista e elegante. Numa superfície de cerca de 2.000 metros quadrados, formam-se anualmente até 10.000 assessores técnicos de vendas, médicos dentistas e técnicos dentários, empregados das consultas e os próprios empregados da Dentsply Sirona. As unidades de tratamento ali instaladas estão conectadas digitalmente com a secção de radiologia e com o laboratório para poder mostrar os fluxos de trabalho digitais de forma otimizada. O mobiliário desenhou-se de modo flexível para que possa adaptar-se aos novos produtos e soluções em qualquer momento.

A Ticare organizou na última semana de maio um intenso programa formativo em Espanha destinado a 14 médicos dentistas oriundos de várias cidades chinesas. O grupo visitou a Faculdade de Odontologia da Universidade de Barcelona para participar num workshop de elevação de seio a cargo de Rui Figueiredo e Eduard Valmaseda; posteriormente, na clínica de Alberto Salgado (Alicante), assistiu a uma cirurgia real numa amena jornada de formação. Fernando Mozo, CEO da Ticare, recebeu-os na sede da Ticare, em Valladolid, para realizar uma visita à fábrica durante a qual tiveram a oportunidade de conhecer as últimas novidades da companhia. Grupo de profissionais chineses

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na sede da Ticare, em Espanha.

Ivoclar Vivadent tem novo portal de produtos

Henry Schein será o sócio exclusivo do centenário do International College of Dentists

A Ivoclar Vivadent anunciou a criação de um novo portal de produtos para completar os seus serviços em linha. Sob a designação de “Highlights”, este portal oferece aos profissionais do setor dentário, tanto de clínica como de laboratório, as últimas notícias sobre os produtos da companhia. Esta ferramenta complementa os já conhecidos blogs para o médico dentista e para o técnico dentário, os quais se centram em temas relacionados com o dia a dia da prática profissional. No portal “Highlights” não só se encontram inovações em novos produtos, como também se disponibiliza o acesso aos últimos resultados em investigações do departamento de investigação e desenvolvimento (I&D).

A Henry Schein anunciou em junho um novo acordo de associação com o International College of Dentists (ICD) para converter-se no sócio exclusivo do centenário desta entidade. O ICD, que conta com mais de 12.000 profissionais filiados em 122 países, organizará ao longo de 2020 uma série de atos para comemorar os seus cem anos de história, que culminarão com a celebração de uma gala durante a reunião do seu Conselho Internacional em novembro de 2020, em Nagoya (Japão). A Henry Schein colaborará na difusão da organização e trabalhará para expandir a projeção mundial de ambas as entidades através de iniciativas educativas, formativas e humanitárias.

https://highlights.ivoclarvivadent.com

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Representantes do ICD e da Henry Schein durante a assinatura do acordo.

BTI prossegue comercialização de kit Endoret-PRGF específico para o alvéolo pós-extração O Biotechnology Institute (BTI), pioneiro no desenvolvimento de técnicas de regeneração tissular mediante a utilização terapêutica do plasma rico em fatores de crecismento, comercializa um kit específico para a aplicação de tecnologia Endoret-PRGF no alvéolo pós-extração, denominado KMU16 e constituído por todos os acessórios necessários para a obtenção dos biomateriais. A tecnologia Endoret-PRGF permite obter uma série de biomateriais 100% autólogos de alto potencial regenerativo e cicatrizante. Demonstrou uma grande eficácia nos procedimentos de extração dentária, com preservação dos tecidos orais e minimização da atrofia alveolar.

COMUNICAÇÃO GLOBAL EM MEDICINA DENTÁRIA

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