STEMBRO-OUTUBRO 2011 - Revista MAXILLARIS

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MAXILLARIS www.maxillaris.com.pt

Ciência e atualidade do setor dentário • ano VI • no 36 • setembro-outubro 2011

Falamos com... • Orlando Monteiro da Silva, presidente eleito da Federação Dentária Internacional (FDI)

• Eunice Carrilho, presidente da Comissão Organizadora do congresso da OMD

Ponto de vista • Jaime Portugal antecipa os contornos do próximo congresso da SPEMD

Secções científicas: • Ciência e prática • Cadernos formativos • Fichas clínicas odontológicas

Novo contacto: 218 874 085 Setembro-outubro 11

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MAXILLARIS Atualidade científica, profissional e industrial do setor dentário. Ano VI, nº 36, setembro-outubro 11

Índice de anunciantes Acteon Ibérica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 9

Glavis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 5

Avinent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 e 8 4

Instituto Casan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 5

Bien-Air . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 9 e 7 2

Laboratórios Inibsa. . . . . . . . . . . 1 3 e 3 1

Coltène/Whaledent. . . . . . . . . . . . . . . . 4 1

Ledosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

Centro Internacional de Medicinas

OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 4 e 2 5

Complementares . . . . . . . . . . . . . . . . 1 0

Osstem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 7

Dentsply Friadent . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 5

Phibo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Dürr Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Simesp. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1

Eckermann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3

Straumann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7

Expodental - Madrid 2012. . . . . . . . . . 6 3

Úbeda Dental Estudio . . . . . . . . . . . . . 5 9

Faculdade Odontologia de Sevilha . . . 5 3

Universidade de Sevilha . . . . . . . 1 8 e 1 9

Fedesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Voco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 5

Encarte: Proprietário: Cyan Editores, S.L. Editores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com Director: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com Subdirector: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com Redacção: Sandra Ramos. redaccion@maxillaris.com

• Clínica Aparicio

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Sumário

Setembro-outubro 2011

Crónica de setembro 6

Universidade de Lisboa dedica semana aos caloiros de Medicina Dentária.

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Mundo a Sorrir conclui missão na Guiné-Bissau.

Falamos com... 14

Orlando Monteiro da Silva, presidente-eleito da Federação Dentária Internacional: “Governos devem investir muito mais em programas de promoção da saúde oral”.

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Eunice Carrilho, presidente da Comissão Organizadora do XX Congresso Anual da OMD: “Dedicaremos especial destaque aos temas sócio-profissionais”.

Ponto de vista 26

Jaime Portugal: “XXXI Congresso Anual da SPEMD.

Ciência e prática 28

Inês Faria: “Limitações do tratamento periodontal não cirúrgico”.

42

César Luchetti: “Tratamento de lesões ósseas periimplantárias e reosseointegração”.

Cadernos formativos 56

Domingos Brandão: “Complementaridade entre dentisteria adesiva e prótese fixa”.

Fichas clínicas odontológicas 60

Javier García Fernández: “Epulis abcessado em hemangioma capilar”.

O meu sorriso 68

Sandra Celas, atriz: “Tratar dos dentes é uma prioridade”.

Calendário de cursos 70

Agenda de cursos para os profissionais.

Congressos e reuniões 74

Calendário de congressos, simpósios, reuniões, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

Novidades da indústria 77

Produtos e equipamentos.

Página empresarial 79

Notícias de empresas.

Breves 82

Oferta e pedidos de emprego, produtos e imóveis.

Comissão Científica Director científico: Javier García Fernández PORTUGAL: Ana Cristina Mano Azul, Carlos Falcão, Gil Alcoforado, Jaime Guimarães, José Pedro Figueiredo, Manuel Neves, Ricardo Faria e Almeida, Susana Noronha. ESPANHA: Armando Badet de Mena, Blas Noguerol Rodríguez, Emilio Serena Rincón, Germán Esparza Gómez, Héctor Tafalla Pastor, Jaime Jiménez García, Jaume Janer Suñé, Luis Calatrava Larragán, Manuel Cueto Suárez, Rafael Martín-Granizo López, Javier Sanz Serrulla, Juan López Palafox, Ramón Palomero Rodríguez.

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Crónica de setembro Universidade de Lisboa dedica semana aos caloiros de Medicina Dentária

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A Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMUDL) assinala, entre os dias 19 e 23 deste mês, a tradicional semana de “Receção ao Caloiro”. Organizado pela Associação Académica de Medicina Dentária de Lisboa, o programa deste ano engloba uma série de iniciativas de modo a promover a integração dos novos alunos do curso de Medicina Dentária, tais como uma aula fantasma, uma garraiada ou um peddy paper, competição em que os caloiros percorrerão a cidade de Lisboa à procura de pistas. A receção aos novos estudantes inclui também diversas atividades no campus da Cidade Universitária e da Universidade de Lisboa, bem como a habitual tomatina (em que os alunos participam numa guerra de tomates). O “cartaz” deste ano completa-se com uma mega festa, organizada em conjunto com outras associações de estudantes da Universidade de Lisboa, e com a tradicional “festa da bifana”, que envolve um churrasco e música popular. A MAXILLARIS associa-se, pela primeira vez, à festa dedicada aos estreantes do curso de Medicina Dentária, na qualidade de patrocinador do “Kit Caloiro” que será oferecido aos novos alunos e que incluirá exemplares desta edição.

O programa da receção ao caloiro engloba diversas atividades no campus da Cidade Universitária e da Universidade de Lisboa.

MAXILLARIS adere ao acordo ortográfico

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cpartir da presente edição, a MAXILLARIS adapta a redação do seu conteúdo informativo e científico ao último acordo ortográfico entre Portugal e o Brasil, formalizado em 2009. A decisão desta revista no sentido de adotar as novas regras ortográficas coincide com o mês em que se inicia o novo ano letivo e com ele a entrada em vigor do referido acordo nos estabelecimentos de ensino portugueses.

Turma do Bem recruta novos voluntários no Brasil

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Turma do Bem, organização brasileira de voluntariado na área da Medicina Dentária que desenvolve a sua atividade em diversos países, designadamente em Portugal, participou no Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro (Brasil), no passado mês de julho, com o intuito de recrutar novos dentistas para o projecto “Dentista do Bem”. Esta iniciativa, que se estende ao voluntariado nacional, visa apoiar escolas ou instituições carenciadas no rastreio, definição de prioridades e apoio clínico e social no domínio da saúde oral. O congresso do Rio de Janeiro contou com a participação de um total de 55 mil pessoas, nos quatro dias do

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evento. A Turma do Bem espera conseguir 600 novas vagas de atendimento a crianças carenciadas naquela região brasileira. A participação da Turma do Bem no congresso (CIORJ) foi possível devido às parcerias com a Associação Brasileira de Odontologia, que cedeu o espaço, e com Andrea Mattar na realização de uma festa no Clube de Regatas Guanabara, cuja receita reverte parcialmente para esta rede de voluntariado. Além de Portugal e Brasil, a Turma do Bem está presente na Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Paraguai, Peru e Venezuela.


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Crónica de setembro

Ana Palma não esquecerá a sua primeira experiência de voluntariado internacional.

Passados dois meses da missão, Catarina Sanchez sente-se “mais forte, mais capaz”.

Mundo a Sorrir conclui missão na Guiné-Bissau

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projeto “Nascendo e Crescendo com Saúde Oral” é uma iniciativa que a Associação de Médicos Dentistas Solidários Portugueses (Mundo a Sorrir) desenvolve desde 2005, na Guiné-Bissau, no âmbito da solidariedade social na área da saúde oral. Os mais recentes objectivos dos voluntários da Mundo a Sorrir naquele pais africano, onde recentemente teve lugar mais uma missão humanitária, são direcionados especificamente para a redução do índice de cárie dentária e para o aumento dos conhecimentos básicos sobre higiene oral e alimentação saudável. No âmbito de uma candidatura realizada no final de 2010 à Fundacao Starbucks, a Mundo a Sorrir conseguiu melhorar as condições da sua Clínica Dentária em Bissau, criada em 2009 em parceria com a Associação Orfanato Casa Emanuel, enviando material indispensável como um auto-clave, um ultra-som, um aparelho de Rx portátil, um frigorífico e um aparelho de ar condicionado. Além disso, foi ainda possível enviar uma carrinha para o transporte dos voluntários e produtos de uso diário que o Orfanato Casa Emanuel necessitava (roupas, alimentos, medicamentos e materiais de limpeza). Paralelamente à realização de consultas dentárias, estão a ser promovidas campanhas de sensibilização/informação e de prevenção dirigidas à população guineense e ainda campanhas de comunicação (em programas de rádio e televisão) na cidade de Bissau. O projeto da Mundo a Sorrir na Guiné-Bissau tem como público-alvo principal as crianças entre os 6 e os 12 anos, embora procure envolver toda a comunidade nas atividades. O seu impacto na comunidade guineense é, de resto, muito acentuado, ao possibilitar que um grande número de jovens possam receber tratamento odontológico e assistir a palestras sobre saúde oral. É cada vez mais percetível que a população em geral está interessada nas atividades e projetos da Mundo a Sorrir. Isso mesmo constata Ana Palma, uma das voluntárias que participou, durante 15 dias, na mais recente ação humanitária na Guiné-Bissau. “Foi a minha primeira experiência de voluntariado internacional e que maravilhosa maneira de começar! Os guineenses têm uma grande falha nos cuidados de saúde

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oral e infelizmente ainda são muito motivados por crenças locais o que dificulta e agrava os tratamentos”. Os objectivos da missão eram a prestação de cuidados e promoção de saúde oral à comunidade guineense, mas o resultado final da experiência, naturalmente, foi muito além disso: “Criámos amigos guineenses, espanhóis, porto riquenhos, brasileiros e senegaleses. Vivemos a Guiné o máximo que conseguimos”. No caminho de regresso a casa, Ana Palma ouviu “uma frase de despedida do nosso guia, tradutor, protetor, taxista” que não irá esquecer: “Sinto que coisa boa se aproxima: a saudade. Só sentimos saudades de quem gostamos. Obrigado amigas”. Também Catarina Sanchez recordará sempre esta missão que decorreu no Gabinete de Medicina Dentária do Hospital da Casa Emanuel. “O trabalho foi árduo e desafiante e, para ser franca, nos primeiros dias não sentimos o tão afamado conforto de fazer o bem, o orgulho do altruísmo ou sentimentos de paz interior. Nada disso... O que sentimos foi medo, cansaço e stress ao tentar impor o ritmo de trabalho lisboeta numa cidade como Bissau. Logo percebemos que o tempo de África é o tempo de África e que teríamos de nos habituar a ele”, esclarece a voluntária, acrescentando que “foi a partir do momento que deixámos entrar esta acalmia dentro de nós que passámos a desfrutar de toda a experiência. Começámos a fazer parte daquela comunidade”. Para Catarina Sanchez, a Guiné “tem o dom de nos modificar, lenta, discreta e suavemente, sem nos darmos conta saímos pessoas mais completas, mais sensíveis e mais agradecidas. Passados dois meses da minha experiência sinto-me mais forte, mais capaz”. Em termos internacionais a Mundo a Sorrir é cada vez mais procurada para o estabelecimento de parcerias, incrementado as suas atividades e número de pessoas envolvidas. Recentemente, o presidente desta associação, Miguel Pavão, e o vice-presidente da Assembleia-Geral, Gil Alcoforado, foram convidados a efetuar uma palestra no congresso anual do prestigiado International College of Dentists, em Viena (Áustria). Paralelamente, a Mundo a Sorrir foi também convidada para ser consultora em saúde oral para um projeto da Fundação Internacional da Juventude.


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Crónica de setembro Vários estudos refletem a importância das receitas económicas nos cuidados de saúde oral dos idosos

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Associação Americana Internacional para a Investigação Dentária (IADR) publicou dois estudos nos quais se vincula a saúde oral com a idade e o nível económico da população. Os artigos intitulados “As desigualdades das receitas económicas relacionadas com a utilização dos serviços dentários em europeus maiores de 50 anos”, da autoria de Stefan Listl, e “A desigualdade das receitas económicas e a perda de dentes nos Estados Unidos”, de Eduardo Bernabe e Wagner Marcenes, foram divulgados no Journal of Dental Research, a revista oficial da IADR. O estudo referente aos Estados Unidos analisa a relação existente entre as receitas familiares e a perda de dentes numa amostra de 386.629 adultos. No processo foram tidos em conta factores de comportamento e de risco durante 2008. Os diferentes modelos apresentaram uma relação evidente entre a desigualdade das receitas e a perda de dentes; contemplaram-se parâmetros como as receitas médias por lar, o sexo, a idade, a raça, a educação, o estado civil ou a frequência de visitas ao dentista. A conclusão é que a desigualdade em matéria de receitas, medida pelo coeficiente de Gini, está associada de forma significativa à perda de dentes. Por seu lado, o estudo de Stefan Listl teve por objetivo descrever as desigualdades existentes no que respeita à utilização dos serviços dentários por parte da população idosa de distintos países europeus, tudo medido sob a perspectiva das receitas destes cidadãos. Para isso, o autor e a sua equipa manejaram dados do Inquérito de Saúde, Envelhecimento e Aposentação na Europa (SHARE Wave 2), que contém informação sobre o uso que fazem dos serviços dentários 33.358 pessoas maiores de 50 anos em 14 países. As conclusões da equipa de investigação assinalam que existe uma grande desproporção em praticamente todos os países analisados entre a população rica, que tem acesso a diversos tratamentos dentários, e a população com receitas mais baixas, que não pode dispor destes serviços.

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Crónica de setembro Falta de higiene bucal pode afetar fertilidade

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m estudo australiano sugere que problemas de saúde bucal podem afetar a fertilidade feminina. A pesquisa da Universidade do Oeste da Austrália sugere que uma higiene bucal precária é tão prejudicial para a fertilidade de uma mulher quanto a obesidade, fazendo com que estas demorem em média dois meses a mais para engravidar. Os cientistas apresentaram o estudo numa conferência sobre fertilidade na Suécia. Segundo os investigadores, mulheres com gengivas doentes precisaram de sete meses para conceber, comparados com o prazo considerado normal, de cinco meses. De acordo com a equipa de investigação, a causa pode estar ligada à doença periodontal, caracterizada por inflamação na gengiva. Se esta não for tratada, poderá desencadear uma série de reações capaz de prejudicar o funcionamento normal do corpo. A doença periodontal já foi ligada às doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e aborto, além de baixa qualidade do esperma em homens. «Até agora não existiam estudos publicados que investigavam se a doença nas gengivas pode afetar as probabilidades de uma mulher conceber. Portanto, este é o primeiro relatório que sugere que a doença na gengiva pode ser um dos vários fatores que podem ser modificados para mulher melhorar as hipóteses de uma gravidez», afirmou Roger Hart, professor líder da pesquisa. O estudo da Universidade do Oeste da Austrália contou com a participação de mais de 3,5 mil mulheres. Aquelas com problemas de gengiva apresentaram níveis elevados de marcadores para inflamação no sangue.

Segundo os investigadores, mulheres com gengivas doentes precisaram de sete meses para conceber.

Estudo sueco relaciona asma com cárie dentária e gengivite

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s crianças e os adolescentes com asma têm maior probabilidade de contrair cárie dentária e gengivite. Esta conclusão foi recentemente apresentada na Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo (Suécia). O estudo analisou quatro grupos compostos por crianças de três e seis anos, adolescentes com idades comprendidas entre 12 e 16 anos, e jovens entre 18 e 24 anos. Em geral, observou-se em todos estes grupos uma maior incidência de cáries e gengivites. “As crianças com asma têm maior tendência a respirar pela boca. Isso provoca sequidão na boca e, como tal, a necessidade de beber e tomar, com mais frequência, bebidas açucaradas”, explica a higienista dentária e investigadora do Instituto de Medicina Dentária da referida academia sueca, Malin Stensson. Por outro lado, no que respeita ao grupo de adolescentes abrangido pelo estudo, os investigadores destacam o facto de “apenas um de cada 20 asmáticos não ter cáries, uma circunstância que no caso dos não asmáticos aumentava para 13”. Segundo Malin Stensson, “a baixa secreção da saliva”, propiciada pelos medicamentos que tomam, “pode incrementar a formação de cáries”. Por tudo isto, e embora reconhecendo que o número de envolvidos no estudo “é reduzido”, os especialistas suecos recomendam que os médicos, os médicos dentistas e os pais das crianças com asma “ganhem consciência da relação entre a asma e a higiene oral”. Estudo envolveu quatro grupos de crianças, adolescentes e jovens.

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Orlando Monteiro da Silva presidente eleito da FDI

Orlando Monteiro da Silva assume este mês a presidência da Federação Dentária Internacional (FDI) com vários objetivos em mente, entre os quais a integração da saúde oral na estratégia da OMS para as doenças não comunicáveis. O primeiro português a assumir o topo da hierarquia mundial do sector defende um maior investimento dos governos em programas vocacionados p a ra a p r o m o ç ã o d a s a ú d e o r a l e, no contexto da medicina dentária nacional, espera que o seu mandato possa “abrir novas possibilidades em termos de mobilidade num mundo que não tem limites”. Em entrevista à M A X I L L A R I S, M o n t e i r o d a S i l v a antecipa as principais linhas da próxima presidência da FDI.

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Governos devem investir muito mais em programas de promoção da saúde oral 14

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Falamos com... M AXILLARIS. Com que espírito encara o desafio de dirigir os destinos do principal organismo mundial da área da Medicina Dentária? O r l a n d o M o n t e i r o d a S i l v a . Com o entusiasmo que coloco em todos os projetos em que me envolvo, mas com espírito de missão e ciente das responsabilidades que me aguardam e à equipa que me acompanha. A FDI é uma organização não governamental, fundada em 1900, em Paris, e é uma das mais antigas organizações de saúde a nível mundial. Serve como principal estrutura representativa de mais de um milhão de médicos dentistas no mundo inteiro. Desenvolve políticas e orientações de saúde e programas de formação contínua, sendo a voz mundial para a medicina dentária no panorama internacional. Dá apoio às associações membros na promoção da saúde oral pelo mundo inteiro. A FDI promove as suas actividades a nível internacional e nacional através dos seus membros, ordens e associações dentárias. É uma ONG com relações oficiais com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e membro da Aliança Mundial dos Profissionais de Saúde (WHPA), ocupando um espaço que nenhuma outra organização não lucrativa pode evocar. É um universo de responsabilidades de uma seriedade inquestionável. M Em que medida o seu próximo estatuto de presidente da Federação Dentária Internacional poderá beneficiar ou projetar o panorama do setor em Portugal? O r l a n d o M o n t e i r o d a S i l v a . Em larga medida. E positivamente. Vai aumentar muito a visibilidade da medicina dentária portuguesa e dos seus médicos dentistas. Temos profissionais muito reputados, reconhecidos na Europa e nos países de língua portuguesa. Mas, pela qualidade do que se produz no nosso país, podemos ambicionar a mais. Vamos tentar alargar esse reconhecimento a outras partes do mundo. E, claro, o facto de um português ser o presidente da FDI pode contribuir. Quero ajudar a medicina dentária portuguesa a sair da caixa: abrir novas oportunidades, novos desafios, novas possibilidades em termos de mobilidade num mundo que não tem limites. Outro aspecto para o qual quero chamar atenção é para os países africanos de língua e expressão portuguesa, como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Têm imensas carências em termos de saúde oral e de médicos dentistas. Necessitam de apoio e ação internacional, ao nível da decisão política na área da saúde e na profissão.

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Também ao nível dos grandes congressos e fóruns internacionais, quero continuar a ajudar a abrir portas aos bons palestrantes portugueses, como tem sido feito para o Brasil, Espanha e Estados Unidos.

M Em linhas gerais, quais são os objetivos que traçou para o seu mandato à frente da FDI? O r l a n d o M o n t e i r o d a S i l v a . Neste momento, a FDI está a pugnar pela integração da saúde oral na estratégia da OMS para as doenças não comunicáveis. Se alcançarmos este objectivo, de alguma forma, a saúde oral e os médicos dentistas no mundo inteiro estarão ainda mais integrados na esfera médica. Beneficiará os doentes e contribuirá para uma abordagem da saúde mais aprofundada, mais transversal, na qual a medicina dentária terá um papel de maior relevância a nível global. Em termos de economia da saúde, as doenças da cavidade oral são a quarta área mais dispendiosa nos orçamentos nacionais de saúde. É um facto que tem de ser enfrentado. Os mais pobres e desfavorecidos são os mais atingidos. Tanto nas doenças da cavidade oral como noutras doenças crónicas. Assim, as estratégias de prevenção devem debruçar-se sobre os factores de risco e determinantes sociais que afectam a saúde. Os médicos dentistas são um grupo chave na saúde comunitária e estão numa posição única para diagnosticar e detetar pacientes, no que respeita a factores de risco – por exemplo, tabaco, álcool – em particular através do uso da tecnologia, que está em franco desenvolvimento, de diagnóstico e prognóstico através da saliva. A FDI está também a contribuir para áreas específicas de política de saúde, nomeadamente dando aconselhamento ativo para o Programa Ambiental das Nações Unidas, no que respeita à utilização mundial de mercúrio. Queremos garantir que o tratado a estabelecer a este propósito contenha disposições específicas para o amálgama dentário. Também o projeto FDI Iniciativa Global Contra a Cárie será uma das minhas prioridades. Apresentado em 2009, é hoje reconhecido como uma iniciativa pioneira e de vanguarda, na mudança de paradigma para um modelo de prevenção na abordagem da cárie dentária. Uma das consequências foi desde logo, o desenvolvimento de um sistema de classificação da cárie dentária. A FDI é também uma “fonte“ de formação contínua no mundo inteiro para os médicos dentistas. Esta é uma aposta a reforçar.

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A FDI aborda as diferentes áreas da Medicina Dentária numa perspectiva igualitária; não dá privilégios a nenhuma em concreto

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Falamos com... O r l a n d o M o n t e i r o d a S i l v a nasceu no Porto, em 1963, e licenciou-se em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, em 1987. Desde essa data exerce em clínica privada própria. Cumpriu serviço militar na Força Aérea Portuguesa como médico dentista (Segundo Tenente). Entre 1991 e 1995, foi professor assistente de “Política de Saúde na Europa”, na Universidade Moderna do Porto. É bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, tendo sido eleito pela primeira vez em 2000, e vice-presidente da Associação Dentária Lusófona (ADL), cargos que acumula, desde o passado mês de Fevereiro, com o de presidente do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP). Exerceu ainda um mandato à frente do Conselho Europeu dos Médicos Dentistas. Há dois anos, foi a sufrágio durante a Assembleia-Geral da FDI – onde estão representados mais de um milhão de médicos dentistas a nível mundial – para o lugar de presidente eleito, tomando posse do cargo em meados deste mês, por ocasião do congresso anual desta organização, que se celebra na Cidade do México. O Fundo Dentário Mundial que a FDI gere irá também merecer uma atenção especial. Este fundo é financiado por doações individuais, de associações de medicina dentária e de parceiros da indústria, para financiar projetos inovadores de promoção de saúde em países de baixo e médio rendimento, particularmente em África. São todos estes projetos, e outros que continuamente brotam da FDI, que me proponho enfrentar.

M Nos últimos anos tem-se assistido a uma nítida ascensão da comunidade ibero-americana no seio da FDI. Como justifica este “fenómeno” e quais são as suas expectativas quanto a um eventual reforço do papel desses países nas decisões da Federação? O r l a n d o M o n t e i r o d a S i l v a . É um fenómeno que acompanha a projeção desses países a outros níveis, como em termos de crescimento económico, por exemplo. Inteiramente justificável. A comunidade ibero-americana tem efetivamente um peso crescente na Federação. Não só estes países, mas também China, Índia, Coreia... O mundo é hoje mais global. M Num contexto mundial, que especialidades justificam uma maior divulgação ou particular atenção por parte da FDI? No domínio da implantologia, por exemplo, existem disparidades muito grandes entre os vários países que é necessário colmatar? O r l a n d o M o n t e i r o d a S i l v a . A abordagem da FDI é igualitária para as variadíssimas áreas da medicina dentária, não privilegiando nenhuma em concreto. A implantologia é, sobretudo, uma técnica que tem sido capaz de trazer uma melhoria assinalável da qualidade de vida a milhões de pessoas no mundo inteiro. Disso não há dúvida. O nosso esforço visará tornar esta área cada vez mais acessível e divulgada, contribuindo para a reabilitação de milhões de pessoas com a deficiência de serem mutilados dos seus dentes. A ausência completa de dentes (edentulismo) diminuiu nos últimos anos, mas continuamos a ter uma grande percentagem de edêntulos, especialmente nas faixas etárias mais elevadas.

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O edentulismo, não colocando em risco a vida dos afetados, tem enormes implicações em importantes funções individuais, com graves limitações sociais e de qualidade de vida. A implantologia tem, também nesta situação, uma enorme oportunidade.

M Num mundo cada vez mais globalizado, que importância atribui ao papel de uma organização como a FDI na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde oral à escala planetária? O r l a n d o M o n t e i r o d a S i l v a . A visão da FDI (“Leading the World to Optimal Oral Health”), liderando o mundo para uma melhor saúde oral, fala por si. O principal papel da FDI é congregar as vontades do mundo da medicina dentária e representar a profissão a nível mundial. Facilitar e promover a troca de informação entre profissionais e decisores da área, com o objectivo de promover a saúde oral para todos os povos; solidificar uma voz credível e forte para todos os profissionais de saúde oral no mundo inteiro; pugnar por uma abordagem holística, centrada no paciente da medicina dentária; incrementar ao mais alto nível a forma como a prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças da cavidade oral são disponibilizadas são objectivos que não descuraremos. A FDI está empenhada em alcançar mudanças significativas na saúde oral, através dos seus programas e atividades, de forma a assegurar que as necessidades de serviços de medicina dentária no mundo sejam abordadas de uma maneira equitativa e apropriada, liderando para melhorar a saúde oral e qualidade de vida das populações. M Quais são as suas prioridades em matéria de normas internacionais a adotar? O r l a n d o M o n t e i r o d a S i l v a . Nas quatro grandes áreas de atuação da FDI, as prioridades centram-se na promoção global da saúde oral, na advocacia e política de saúde, na formação contínua e na responsabilidade social e desenvolvimento. Em todas existem normas a adoptar e a atualizar. Cada área tem a sua importância e todas se interrelacionam e se condicionam mutuamente.


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Falamos com... As minhas prioridades serão naturalmente, em cada um destes campos, aquelas que melhor servirem o interesse das populações, dos profissionais, em súmula da medicina dentária.

M Que resolução defende para o projeto sobre amálgama dentário que a federação tem em mãos? O r l a n d o M o n t e i r o d a S i l v a . Defendo um modelo de mudança de paradigma, com enfoque na prevenção na saúde oral. Esta é a estratégia mais consistente, a longo prazo, para enfrentar a questão da utilização do amálgama dentário. Defendo que, antes de se adoptarem medidas no sentido da restrição na utilização deste material, os governos devem investir mais, muito mais, em programas dirigidos às populações de prevenção efetiva da cárie dentária e de promoção da saúde oral. Só esta aproximação, que se traduzirá na diminuição da utilização de matérias restauradores, incluindo o amálgama dentário, assegurará, a prazo, uma efetiva melhoria de índices de saúde oral, particularmente para os grupos populacionais mais desfavorecidos e excluídos. O amálgama dentário é um material de restauração seguro e altamente eficaz. Para se proteger uma estratégia de saúde oral à escala global, a diminuição da utilização deste material deverá suceder, por motivos fundamentalmente ambientais, quando materiais alternativos e igualmente eficazes estiverem disponíveis, o que ainda não é o caso.

M Que aspirações tem em mente, a curto ou médio prazo, para o maior fórum mundial de médicos dentistas e profissionais de saúde associados? Acha que se justificam alterações ou melhorias no figurino/programa do congresso anual da FDI? O r l a n d o M o n t e i r o d a S i l v a . Sim, o congresso da FDI está num constante brainstorming, no sentido da sua adequação as realidades atuais. Nessa medida, não se pode adormecer à sombra de um modelo de sucesso. Recordo que no próximo ano, iremos celebrar o nosso centésimo congresso mundial em Hong Kong (China). Esta longevidade não nos pode distrair da necessidade de ir adequando o congresso anual mundial da organização às necessidades dos médicos dentistas, às realidades de crescimento de alguns países emergentes, à questão da globalização, às expectativas dos nossos parceiros estratégicos, científicos, da indústria, das associações profissionais mundiais... M Há alguma expectativa no sentido de uma futura edição do congresso mundial, ou qualquer outro evento sob a égide da FDI, poder vir a realizar-se na Península Ibérica durante o seu mandato? O r l a n d o M o n t e i r o d a S i l v a . Sei que Portugal e Espanha têm a ambição de uma realização conjunta de um Congresso Mundial na Península Ibérica... Porque não em Lisboa ou Madrid?

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Pela qualidade do que se produz no nosso país, podemos ambicionar a mais. Vamos tentar alargar esse reconhecimento a outras partes do mundo. E, claro, o facto de um português ser o presidente da FDI pode contribuir

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Orlando Monteiro da Silva reconhece o papel que devem ter na FDI os países emergentes.

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A Universidade de Sevilha prepara-se para iniciar a 8ª Convocatória da sua pós-graduação em Implantologia Oral durante o ano académico de 2011-12, no qual irão participar mais de 50 professores da Universidade Hispalense, de dez universidades espanholas e seis universidades estrangeiras, para além de oradores de outras instituições docentes e hospitalares e de profissionais de prestígio na área da implantologia oral. Nestes últimos 7 anos, mais de 750 alunos realizaram o programa de pós-graduação em Implantologia Oral da Universidade de Sevilha. Alunos procedentes de Espanha, Europa (França, Itália, Portugal, Reino Unido, Suíça), Amarica Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba, México, Paraguai, Peru, Porto Rico, Republica Dominicana, Venezuela, Uruguai) e outros países (Jordânia, Marrocos, Síria, Tunísia); realizaram a sua formação em implantologia oral, confirmando a vocação europeia, da América Latina e internacional da Universidade de Sevilha. A Universidade de Sevilha, fiel aos seus 500 anos de história, organiza com vocação científica e humanitária esta pós-graduação em Implantologia Oral com um carácter de formação permanente dos profissionais da saúde oral num campo tão importante como é a Implantologia Oral.

Ano Académico 2011-12


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UNIVERSIDADE DE SEVILHA

VICE-REITORADO DE PÓS-GRADUAÇAO E DOUTORAMENTO Títulos próprios PÓS-GRADUAÇÃO UNIVERSITÁRIA EM IMPLANTOLOGIA ORAL FORMAÇÃO ESPECIALIZADA EM IMPLANTOLOGIA DENTÁRIA. 150 horas. 1 ano. 1.520 euros. ESPECIALISTA EM IMPLANTOLOGIA ORAL CLÍNICA. 420 horas. 1 ano. 5.559 euros. ESPECIALISTA EM IMPLANTOLOGIA ORAL AVANÇADA. 580 horas. 1 ano. 6.059 euros. MESTRADO EM IMPLANTOLOGIA ORAL. 1.000 horas. 2 anos. (Especialista 1 + Especialista 2).

FORMAÇÃO CONTÍNUA EM IMPLANTOLOGIA ORAL GUIADA ASSISTIDA POR COMPUTADOR. 740 euros. 60 horas.

INFORMAÇÃO E INSCRIÇÃO Prof. Eugenio Velasco Ortega. Facultad de Odontología de Sevilla. C/ Avicena s/n 41009 SEVILHA ESPANHA Tfno: +34 954 48 11 26. email: implantoral@us.es www.implantologiaoral.es


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Falamos com...

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Eunice Carrilho, presidente da Comissão Organizadora do XX Congresso Anual da Ordem dos Médicos Dentistas

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Dedicaremos especial destaque aos temas sócio-profissionais

A organização do próximo congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas pretende, uma vez mais, “primar pelo nível científico do programa e pelo crescimento e novas apostas na Expo-Dentária”. Quem o afirma é Eunice Carrilho, presidente da Comissão Organizadora da XX edição do principal evento da classe dos médicos dentistas, que este ano regressa ao Centro de Congressos de Lisboa, entre 10 e 12 de Novembro. Os temas sócio-profissionais vão dominar o programa dos 20 anos do congresso, já que os tempos “não estão para festas ou comemorações, mas sim para nos dedicarmos à resolução dos problemas da classe”, sublinha Eunice Carrilho, q u e r e v e l a à M AXILLARIS os pormenores do encontro científico e do habitual certame da indústria, desta vez, “com novos expositores e patrocinadores”. 20

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Falamos com... M AXILLARIS. Em linhas gerais, quais são as metas traçadas para o próximo congresso da OMD? E u n i c e C a r r i l h o . Pretendemos, uma vez mais, primar pelo nível científico do programa deste congresso e pelo crescimento e novas apostas na Expo-Dentária. Quanto ao primeiro, temos conferencistas de renome internacional, bem como conferencistas nacionais, cuja qualidade se equipara aos colegas estrangeiros convidados. Em relação à Expo-Dentária, contamos com novos expositores cujos contactos foram sendo feitos no decorrer da nossa presença no Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (Brasil), no International Dental Show (Colónia, Alemanha), e no Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro (Brasil). Este ano, temos, também, novos patrocinadores oficiais e, pela primeira vez, um patrocinador platina. A nossa aposta no mercado comercial brasileiro e espanhol é cada vez maior. Pelo segundo ano consecutivo, na Expo-Dentária, apostamos no “Speakers Corner”, um espaço destinado a dar voz a pequenas conferências ou a cursos de índole científica ou comercial, aberto a todos os visitantes. M Uma vez que se trata da vigésima edição de um dos maiores eventos do sector da saúde em Portugal, que iniciativas (à margem da programação habitual) estão previstas para assinalar esta efeméride? E u n i c e C a r r i l h o . Ao longo de duas décadas deram-se muitas mudanças. Hoje, somos confrontados com uma mudança de paradigma. Começámos com a esperança de uma classe profissional nova com um futuro risonho e desafiador que o excesso na proliferação de faculdades de medicina dentária, fruto de sucessivas políticas de ensino superior desgovernadas, conduziu a um exagerado número de profissionais. Somos mais de sete mil médicos dentistas. O nosso país não tem capacidade de criar oportunidades de trabalho para os nossos colegas mais novos. Os tempos que se avizinham serão de grandes dificuldades mesmo para os mais velhos. Frequentemente, somos confrontados com problemas e inovações que apanham desprevenidos mesmo os mais previdentes. Este é um ano de balanço, dedicado a todos os que têm contribuído para a melhoria da saúde oral no nosso país e a todos os jovens médicos dentistas que pretendem dar o seu contributo, tão necessário, num país onde tantos portugueses carecem destes cuidados. Assim, foi desejo do bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, este ano, dar grande importância aos temas sócio-profissionais que serão abordados nos três dias do congresso. Os tempos não estão para festas ou comemorações, mas sim para nos dedicarmos à resolução dos problemas da classe. M Em que medida poderá representar uma mais-valia para o congresso o facto de este ano se celebrar em pleno mandato do bastonário Orlando Monteiro da Silva à frente da FDI? E u n i c e C a r r i l h o . É um orgulho para todos os médicos dentistas portugueses que o seu bastonário ocupe este elevado cargo. Atualmente presidente do Conselho Nacional das Ordens Profissionais, depois de ter sido presidente

do Conselho Europeu dos Médicos Dentistas, o bastonário tomará posse como presidente da Federação Dentária Internacional (FDI) no congresso anual. É, sem dúvida, um marco para a medicina dentária portuguesa. A FDI é uma das mais antigas organizações internacionais de profissionais de saúde (fundada em 1900) e defende um projecto de condução da saúde oral a um estado de equilibrio ótimo. É uma voz global da saúde oral e essa voz será a do nosso bastonário. Este facto é da maior importância, sabendo que os seus parceiros de trabalho serão estruturas de referência como a Organização Mundial de Saúde e a Organização das Nações Unidas. Acredito que tudo fará para projectar a medicina dentária portuguesa. Como vê, este é um congresso muito especial!

M Que especialidades da Medicina Dentária vão predominar nas intervenções científicas deste ano? E u n i c e C a r r i l h o. Procurámos ser o mais abrangentes possível. Abordaremos a implantologia, a dentisteria estética, a periodontologia, a prótese fixa, a medicina dentária preventiva, a cariologia, a endodontia, a reabilitação fixa/removível, a terapêutica, a odontopediatria e a ortodontia. Teremos novamente o Fórum Ibérico, um curso para assistentes dentários e introduzimos um fórum multidisciplinar de controvérsias. Uma das novidades deste congresso é a realização de um curso de Medicina Baseada na Evidência, que decorrerá numa das tardes. Dedicaremos, ainda, especial atenção e destaque aos temas socioprofissionais. M O Fórum Ibérico vai manter a configuração inicial? Que vantagens trouxe, efetivamente, esta iniciativa ao congresso anual da OMD? E u n i c e C a r r i l h o . O Fórum Ibérico foi uma iniciativa muito bem sucedida, pelo que decidimos manter a sua realização, com uma configuração semelhante à do ano passado, apenas com pequenas alterações. Este espaço de discussão de casos clínicos complexos, numa perspectiva multidisciplinar, com especialistas portugueses e espanhóis de grande qualidade científica, permite que os médicos dentistas possam rever, aprender e planear a terapêutica dos seus doentes quando tantas vezes se debatem com questões difíceis de resolver e cuja evidência científica nem sempre se encontra ao seu alcance. O iberismo desta sessão estreita, ainda mais, os laços entre as sociedades profissionais espanholas e a OMD.

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O Fórum Ibérico foi muito bem sucedido, pelo que decidimos manter a sua realização, com uma configuração semelhante à do ano passado, apenas com pequenas alterações

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Falamos com... E u n i c e C a r r i l h o é médica dentista e professora auxiliar com agregação de Dentisteria Operatória da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde acumula ainda as funções de coordenadora da Pós-graduação de Dentisteria/Endodontia e de investigadora do Instituto Biomédico de Investigação, da Luz e Imagem. Membro do Conselho Científico da referida faculdade da Universidade de Coimbra, a presidente da Comissão Organizadora do XX Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas também faz parte da American Dental Association.

M Que conferencistas e/ou convidados de renome já confirmaram a sua presença no Centro de Congressos de Lisboa, no próximo mês de Novembro? E u n i c e C a r r i l h o . Os nomes já foram divulgados no programa provisório do congresso. Do estrangeiro contamos com nomes como Otto Zühr, Lorenzo Vanini, Edson Araújo, Jan Lindhe, Peter Wohrle, Jane Forrest, Syrene Miller. Dennis McTigue, Jorge Faber, Michael Glick, Antonio Liñares, Juan Carlos Varela, Elena Sánchez e Dolores Andújar, entre outros. M A complexa conjuntura económico-financeira do país está (ou pode vir) a ter repercussões na organização da Expo-Dentária? E u n i c e C a r r i l h o . A Expo-Dentária já se afirmou como o maior evento comercial nesta área. Os tempos de crise

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Contamos esgotar a capacidade dos três pavilhões de exposição do Centro de Congressos de Lisboa

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poderão fazer-se sentir na quebra pontual de vendas, mas é também uma época para novas oportunidades de investimentos e a economia não pode parar, sendo este um espaço único de exposição e divulgação de novos materiais, aparelhos e tecnologia, criando oportunidades de negócio. Penso que os expositores apostarão, cada vez mais, no que é seguro e com provas dadas, sem dúvida contemplados na Expo-Dentária.

M Quais são as expectativas da organização quanto ao número de expositores e visitantes? E u n i c e C a r r i l h o . Os números povoam a nossa mente e mentiria se não dissesse que este ano gostaria de superar o número de congressistas inscritos e o número de visitantes da Expo-Dentária de 2010.


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Falamos com... Quanto aos expositores, como lhe referi, contamos esgotar a capacidade dos três pavilhões de exposição do Centro de Congressos de Lisboa.

M Que alterações ou novidades serão introduzidas no certame da indústria dentária? E u n i c e C a r r i l h o . Este ano, tivemos de introduzir um novo pavilhão dada a dimensão que a Expo-Dentária atingiu. Aos habituais pavilhões um e dois, ligamos um terceiro pavilhão. Aumentamos, assim, a área de exposição comparativamente aos últimos congressos em Lisboa. M Está previsto um reforço da vertente internacional da Expo-Dentária? E u n i c e C a r r i l h o . A divulgação que tem sido feita noutras exposições internacionais deu a conhecer a Expo-Dentária e angariou novos expositores e patrocinadores. Além disso, a aposta no mercado espanhol e brasileiro foi muito proveitosa. Contamos com a grande participação destes países na área comercial e na científica. M Que outras aspirações tem em mente a OMD, a médio ou longo prazo, para o congresso anual da classe dos médicos dentistas? E u n i c e C a r r i l h o . Quando um modelo tem sucesso, é previdente que não se modifique. É o que se passa com o congresso, quer na sua vertente científica como na comercial. O programa científico tem sido de elevado nível, que queremos preservado e cada vez melhor. A Expo-Dentária tem crescido, tem-se internacionalizado e é o maior evento nacional desta natureza. Este é o caminho que queremos continuar a seguir. Continuaremos a alternar a sua realização entre Lisboa e Porto. M Nesta sua estreia como presidente da Comissão Organizadora, que resultados espera ter atingido, a título pessoal e profissional, no final do encontro de 2011? E u n i c e C a r r i l h o . Espero contribuir para mais um sucesso deste congresso. Para tal, não interessa somente aumentar o número de congressistas e de visitantes da Expo-Dentária, mas também contribuir para o enriquecimento científico nas várias áreas da medicina dentária. Atingimos um grau de exigência e qualidade que não se compadece com a consulta “João semana”. Os médicos dentistas estão em formação contínua e o congresso anual oferece, também, essa oportunidade que espero atingir com sucesso. Na área comercial pretendemos manter a presença dos expositores habituais e reforçar a feira com a participação de novas empresas. Desejamos, pois, chegar ao fim deste processo com o sentimento de que estes contributos foram conseguidos com uma boa gestão de todos os recursos que estiveram à nossa disposição.

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Quando um modelo tem sucesso, é previdente que não se modifique. É o que acontece com o congresso, quer na sua vertente científica como na comercial

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Ponto de vista Jaime Portugal Presidente da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD)

XXXI Congresso Anual da SPEMD

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Será realizado um fórum de patologia e cirurgia oral, que se pretende interativo, com a discussão de casos clínicos. Por outro lado, é feita, uma vez mais, uma forte aposta na investigação científica com a realização de um fórum de investigação, onde de uma forma mais institucional, se pretende dar a conhecer à comunidade científica os projetos que estão a ser desenvolvidos nas sete Faculdades de Medicina Dentária nacionais. O objetivo é divulgar os trabalhos de investigação que estão atualmente em curso e promover o contacto entre os investigadores. Esta iniciativa consistirá, com certeza, numa oportunidade para se fazer o ponto da situação atual e desenvolver sinergias para o futuro. Nos últimos anos, temos assistido a um aumento qualitativo da investiga-

os próximos dias 21 e 22 de Outubro, irá realizar-se mais um congresso anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD). Como é do conhecimento de todos, trata-se do congresso com maior tradição em Portugal na área da Estomatologia e da Medicina Dentária. Este ano decorrerá, nos Auditórios dos Hospitais da Universidade de Coimbra, a sua trigésima primeira edição. Após o sucesso em que se traduziu a edição do ano passado, no Porto, encontramo-nos empenhados em que o congresso da SPEMD seja visto, não apenas como um local onde os profissionais poderão ter acesso aos mais recentes avanços científicos e tecnológicos, mas acima de tudo, onde poderão apresentar e debater as suas ideias. Neste sentido, a Comissão Organizadora, constituída maioritariamente por membros da Secção Regional Centro da SPEMD, preparou um programa científico apelativo e abrangente, com a participação de palestrantes de renome internacional. Além das habituais conferências de elevado interesse e rigor científico, realizar-se-ão vários cursos práticos ‘’hands-on’’, que pretendem abranger as várias áreas de interesse dos médicos estomatologistas e médicos dentistas. Além de uma ampla oferta na área da implantologia e da reabilitação oral, não foram esquecidas áreas como a odontopediatria, ortodontia, dentisteria, endodontia, patologia e cirurgia oral. Aliás, este ano, fruto de uma parceria com a Sociedade Portuguesa de Cirurgia Oral irá dedicar-se uma tarde a estes últimos temas.

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No congresso deste ano é feita, uma vez mais, uma forte aposta na investigação científica com a realização de um fórum de investigação

ção científica realizada em Portugal e por portugueses no estrangeiro, que a SPEMD tem procurado valorizar e reconhecer. Nesse sentido, iremos continuar a privilegiar as sessões de apresentação e discussão destes trabalhos. Inserindo-se no âmbito do esforço que esta direção tem vindo a realizar para desenvolver e difundir o progresso científico na área da saúde oral, irá ser entregue, durante o congresso, o Prémio de Investigação da SPEMD. Este prémio tem por objetivo recompensar o mérito e estimular o gosto pela investigação científica dos seus sócios mais jovens e que começam a dar os primeiros passos em Medicina Dentária. Puderam candidatar-se todos os sócios da SPEMD, que tenham frequentado o quinto ano do Mestrado Integrado em Medicina Dentária, durante o ano letivo de 2010/2011, ou que o tenham concluído no ano lectivo de 2009/2010. Foram considerados trabalhos originais de investigação em todas as áreas da Medicina Dentária. Por fim, e porque acreditamos que a saúde oral dos portugueses depende do trabalho de toda uma equipa, procurou-se integrar neste congresso, à semelhança do tem vindo a ser feito em anos anteriores, o XI Congresso da Associação Portuguesa de Higiene Oral. Para assistentes dentários e técnicos de prótese dentária serão ministrados cursos teórico-práticos específicos. O XXXI Congresso Anual da SPEMD será uma vez mais, um evento privilegiado para aquisição de conhecimentos científicos e técnicos, assim como um espaço de confraternização e salutar convívio entre todos. Contamos com a vossa presença.


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Limitações do tratamento periodontal não cirúrgico

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Ciência e prática Introdução A periodontite é o resultado de interações complexas entre os fatores dos microorganismos, do ambiente e do hospedeiro (Offenbacher et al., 1996). Em consequência do papel evidente dos microorganismos na etiopatogenia da periodontite, a terapia é direcionada, fundamentalmente, para a redução dos mesmos (Cobb, 1996). Os objetivos principais do tratamento periodontal são: melhoria e estabilidade dos parâmetros periodontais, estabelecimento de um equilíbrio entre o hospedeiro e os microorganismos, manutenção das peças dentárias a longo prazo e melhoria da saúde, do conforto e da estética (Adriaens & Adriaens, 2004).

Inês Faria Médica dentista. Especialização em Periodontologia pela FMDUL. Mestrado em Periodontologia pela FMDUL. Docente do Departamento de Periodontologia da FMDUL. Prática exclusiva em Periodontologia e Implantes. ines_faria81@hotmail.com

A abordagem terapêutica de um caso de periodontite poderá incluir as seguintes fases: fase sistémica, fase higiénica/causal/inicial, fase corretiva e fase de tratamento periodontal de suporte (Lang & Baur, 2008). As medidas empregues na fase higiénica têm como objetivos a eliminação dos depósitos bacterianos localizados supra e subgengivalmente nas superfícies dentárias, permitindo o restabelecimento de uma união dento-gengival saudável (World Workshop of Clinical Periodontics, 1989; Petersilka et al., 2002). Assim, esta fase inclui: motivação do paciente (salientando a importância da sua colaboração para atingir o sucesso do tratamento), instrução e ensino de técnicas de

Inês Faria

Francisco Brandão de Brito Médico dentista. Especialização em Periodontologia pela FMDUL. Mestrado em Periodontologia pela FMDUL. Docente do Departamento de Periodontologia da FMDUL. Prática exclusiva em Periodontologia e Implantes. Patrícia de Almeida Santos Médica dentista. Especialização em Periodontologia pela FMDUL. Mestrado em Periodontologia pela FMDUL. Docente do Departamento de Periodontologia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa (Porto). Prática exclusiva em Periodontologia e Implantes. João Branco Médico dentista. Pós-graduação em Periodontologia pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). Aluno do 3º ano da Especialização em Periodontologia pela FMDUL. Prática exclusiva em Periodontologia e Implantes.

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Ciência e prática Recessão gengival

Formação de epitélio longo de união

Ganho de inserção à sondagem

Fig. 1. Esquema da variação dos parâmetros periodontais após alisamento radicular.

higiene oral adaptadas a cada caso, alisamento radicular e/ou destartarização e eliminação de fatores adicionais que possam favorecer a retenção de placa bacteriana. O tratamento não cirúrgico tem como objetivo a melhoria dos resultados clinicos, histológicos e microbiológicos advenientes da eliminação da placa bacteriana (Hammerle et al., 1991). Ao longo dos anos foram publicados inúmeros artigos focados nos resultados do tratamento não cirúrgico. Múltiplos aspetos relacionados com o tratamento periodontal não cirúrgico têm vindo a ser debatidos, no entanto, neste artigo iremos focar essencialmente as situações nas quais os resultados clínicos do alisamento radicular parecem estar limitados.

Desenvolvimento De todos os parâmetros periodontais que podem apresentar variação após alisamento radicular destacam-se: índice de placa, índice gengival, profundidade de sondagem, nível de inserção clínico, recessão gengival e índice de hemorragia. Fowler et al. (1982) descreveram a variação da profundidade de sondagem, da recessão gengival e do nível de inserção clínico após realização de alisamento radicular (fig. 1). Profundidade de sondagem Relativamente à profundidade de sondagem é expetável que diminua devido a um aumento da recessão gengival (por redução do componente inflamatório e do edema) e a um ganho de inserção clínico. Efetivamente após alisamento radicular forma-se um epitélio longo de união. A profundidade de sondagem, tal como os restantes parâmetros periodontais, parece variar de acordo com a profundidade de sondagem inicial. Assim, para bolsas com uma profundidade de sondagem inicial de 1 a 3 mm espera-se que ocorra um aumento em média de 0,5 mm por perda de inserção. Para bolsas com profundidade inicial de 4 a 6 mm pode ocorrer uma redução da profundidade de sondagem compreendida entre 1 e 2 mm. Já para bolsas inicialmente

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mais profundas (com profundidade de sondagem superior a 6 mm) a variação na redução da profundidade de sondagem ocorre entre 2 a 3 mm (Cobb, 1996). Os resultados evidenciam a maior diminuição da profundidade de sondagem em localizações com uma profundidade de sondagem inicial superior. No entanto, é importante destacar que bolsas muito profundas podem constituir uma limitação na eficácia do alisamento radicular. Em dentes com envolvimento de furca a redução da profundidade de sondagem, nestas localizações, também ocorre de forma mais limitada. De acordo com Nordland et al. (1987), em dentes com envolvimento de furca ocorre uma redução de 1 mm na profundidade de sondagem em comparação com dentes sem envolvimento de furca onde a redução é de aproximadamente 2,3 mm. A existência de uma complexa anatomia radicular dificulta a realização de destartarização e alisamento radicular, bem como a manutenção a longo prazo, por existir uma dificuldade acrescida no acesso ao fator etiológico na profundidade das bolsas (Cobb, 1996). Stambaugh et al. (1981) definiu os conceitos de eficácia e limite da instrumentação subgengival. A e f i c á c i a d a s c u r e t a s de Gracey é definida pela profundidade de sondagem à qual as curetas conseguem eliminar toda a placa bacteriana depositada sobre a superfície radicular, assumindo o valor de 3,73 mm. O l i m i t e d a s c u r e t a s diz respeito à profundidade máxima que as curetas conseguem alcançar, sendo aproximadamente de 6,21 mm. É importante realçar que se trata de um estudo clássico, sendo que atualmente as pontas de ultrasons e a própria configuração de algumas curetas facilitam a sua utilização em bolsas mais profundas e sinuosas. Nível de inserção clínico Os estudos clínicos longitudinais apontam uma variação do nível de inserção clínico, também dependente da profundidade de sondagem inicial. Assim, para uma profundidade de sondagem inicial de 1 a 3 mm espera-se que ocorra uma per-


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Ciência e prática PS inicial de 1 a 3 mm

PS inicial de 4 a 6 mm

Redução de 55% para 15%

Redução de 80% para 25%

PS inicial > 6 mm Redução de 90 para 30%

Tabela 1. Descrição da variação do índice de hemorragia após alisamento radicular.

da de inserção de aproximadamente 0,5 mm. Para bolsas de profundidade moderada (4 a 6 mm) um ganho de inserção de cerca de 1 mm e para bolsas inicialmente mais profundas (> 6 mm), um ganho neste parâmetro compreendido entre 1 a 2 mm (Badersten et al., 1981; Proye et al., 1982). Tal como se verifica em relação à profundidade de sondagem, também o nível de inserção clínico parece sofrer maior amplitude de variação quando se tratam de bolsas inicialmente mais profundas. Recessão gengival: A realização do alisamento radicular com remoção e eliminação de placa bacteriana sobre a superfície radicular é acompanhada por uma redução do componente inflamatório e diminuição do edema. Clinicamente, estas alterações traduzem-se por um aumento da recessão gengival. O parâmetro recessão gengival varia de acordo com a profundidade de sondagem inicial: para bolsas inicialmente pouco profundas de 1 a 3 mm a recessão esperada é de 0,5 mm, para bolsas moderadas (4 a 6 mm) de 0 a 1 mm e para bolsas com profundidade superior a 6 mm de 1 a 2 mm (Badersten et al., 1990; Claffey et al., 1990). Índice de hemorragia: Os estudos longitudinais destacam, após tratamento não cirúrgico, uma redução significativa da hemorragia após sondagem – Claffey et al., 2004 – (tabela 1). A avaliação deste parâmetro é de extrema importância já que é tido como um fator de prognóstico. De acordo com Lang et al. (1986), a ausência de hemorragia após sondagem está associada a uma estabilidade da localização periodontal com ausência de atividade inflamatória. Pelo contrário, localizações que apresentam hemorragia de sondagem repetida durante a fase de tratamento periodontal de suporte parecem ter um risco superior de vir a perder inserção no futuro. Perda dentária A redução da perda dentária e a manutenção dos dentes a longo prazo é indiscutivelmente um dos objetivos principais

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do tratamento periodontal (Adriens & Adriens, 2004). Neste sentido, o impacto do tratamento periodontal não cirúrgico neste parâmetro é importante de avaliar. No estudo de Hujoel et al. (2000) foram constituídos três grupos de estudo: tratamento periodontal não cirúrgico contínuo (pacientes que efetuaram tratamento periodontal e que cumpriram um programa de suporte periodontal), tratamento periodontal não cirúrgico descontínuo (pacientes submetidos a tratamento periodontal não cirúrgico e que não efetuaram manutenção) e sem tratamento periodontal. Verificou-se que, ao longo de três anos de follow-up, os grupos submetidos a tratamento periodontal apresentaram uma significativa redução da perda dentária em comparação com o grupo não submetido a tratamento. Ao comparar os grupos contínuo e descontínuo, verificou-se que o grupo contínuo apresentou maior redução da perda dentária. Tártaro residual A obtenção de dados acerca da quantidade de cálculo residual foi conseguido através de estudos que analisaram dentes extraídos. Tal como seria de esperar, a maior quantidade de cálculo residual foi encontrada em zonas de difícil acesso à instrumentação, tais como furcas, concavidades e em localizações com uma elevada profundidade de sondagem (Rabbani et al., 1981; Cobb, 1996; Brayer et al., 1989; Sherman et al., 1990). A interpretação de estudos sobre dentes extraídos, avaliando a quantidade e a percentagem de superfície radicular com tártaro residual após alisamento radicular, permitiu chegar à conclusão de que na realidade é praticamente utópico considerar que após alisamento radicular se encontre uma superfície totalmente livre de placa bacteriana e/ou tártaro (Cafesse et al., 1986; Adriens & Adriens, 2004). De acordo com a revisão de Cobb (1996) é esperado que tanto após alisamento radicular como após instrumentação realizada durante cirurgia periodontal se mantenha uma elevada percentagem da superficie radicular com tártaro.


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Ciência e prática Tratamento periodontal não cirúrgico Clínicos mais experientes

17% a 69%

Clínicos menos experientes

82%

Tratamento periodontal cirúrgico 14% a 24% 55%

Tabela 2. Percentagem de cálculo residual nas superfícies radiculares submetidas a instrumentação durante alisamento radicular ou cirurgia periodontal. Em clínicos menos experientes, a percentagem de cálculo residual é superior em comparação com clínicos mais experientes, o que destaca a importância da curva de aprendizagem do operador.

No ano de 2002, Cobb definiu o conceito de critical mass. De acordo com este autor, apesar de ser evidente que em algumas localizações se mantém uma considerável quantidade de tártaro residual e/ou placa bacteriana, os resultados clínicos são satisfatórios. Tratamento cirúrgico versus não cirúrgico Numa revisão sistemática publicada em 2002, por HeitzMayfield, baseada em cinco estudos clínicos aleatorizados, foi efetuada a comparação entre as modalidades não cirúrgicas e cirúrgicas. De acordo com o estudo, para bolsas com profundidade de 1 a 3 mm, não foram detetadas diferenças na variação da profundidade de sondagem entre os tratamentos, apesar de se ter encontrado maior perda de inserção com cirurgia periodontal. Para bolsas de profundidade moderada (4 a 6 mm), a cirurgia foi a modalidade que permitiu maior redução da profundidade de sondagem, apesar do maior ganho de inserção ter ocorrido com destartarização e alisamento radicular. Em bolsas profundas (> 6 mm) a modalidade cirúrgica permite maior redução da profundidade de sondagem, bem como um maior ganho de inserção, em comparação com alisamento radicular. Desta revisão bibliográfica podemos aferir que em certas situações clínicas, com as quais nos deparamos diariamente, o alisamento radicular poderá apresentar limitações que condicionam a necessidade de terapia periodontal cirúrgica.

Caso clínico Este artigo será ilustrado por um caso clínico no qual o alisamento radicular não se demonstrou suficiente para per-

mitir uma redução significativa dos parâmetros periodontais e assim garantir uma manutenção adequada da condição periodontal a longo prazo. Diagnóstico Relativamente à história médica, a paciente não apresentava nada de relevante a assinalar. No que concerne à análise de fatores de risco, verificou-se que era uma exfumadora, que suspendeu os hábitos tabágicos há 12 anos. Assim, parece não ser aplicável a fase sistémica, ou seja, não existem patologias sistémicas nem fatores de risco que condicionem a condição e o tratamento periodontal (Lang & Baur, 2008). A paciente apresentava como principal motivo da consulta “tratar o problema de gengivas”, relatando a presença de hipersensibilidade dentária e de mobilidade em alguns dentes. Ao avaliar detalhadamente a sua condição dentária verificou-se apenas a ausência do dente 18, apresentando, de resto, uma dentição não submetida a qualquer tipo de tratamento. Iniciou-se a análise pormenorizada da condição periodontal. Relativamente ao índice percentual de placa e gengival, avaliados de forma dicotómica, eram de 27% e de 17%, respetivamente. Efetivamente, o índice de placa inicial não se apresentava elevado, podendo ser explicado pelo facto da paciente ter efectuado, uns dias anteriores, uma sessão de destartarização ultrasónica e por lhe ter sido ensinado alguns procedimentos de higiene oral a realizar em domicílio. No que diz respeito à análise por sextante, verificou-se a existência de bolsas profundas em praticamente todas as localizações, com a presença de mobilidade dentária em alguns dentes.

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Fig. 2. Imagens clínicas do maxilar superior no dia da consulta de diagnóstico. Salienta-se a importância da sondagem e análise radiográfica, sem os quais nos possam passar despercebidos casos de periodontite ativa, tal como este onde apenas o exame objetivo se pode revelar insuficiente.

Fig. 3. Imagens clínicas do maxilar inferior no dia da consulta de diagnóstico.

Após exame clínico e radiográfico completos chegou-se a um diagnóstico periodontal de Periodontite Crónica Severa Generalizada. É fundamental que na fase de diagnóstico sejam identificados os fatores etiológicos que possam ter contribuído para a condição periodontal. Neste caso em particular, destaca-se como fator etiológico principal a presença de placa bacteriana num paciente suscetível e como fatores etiológicos coadjuvantes a presença de tártaro subgengival, má posição dentária e diastemas.

Fig. 4. Status radiográfico. O padrão de perda óssea é predominantemente horizontal. Em algumas zonas destaca-se a presença de defeitos verticais, tal como no dente 15.

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Ciência e prática Fase higiénica A fase higiénica iniciou-se por uma adequada motivação da paciente explicando a importância da sua colaboração para um sucesso do tratamento periodontal a longo prazo. Após explicação cuidada e detalhada da condição periodontal à paciente, passou-se ao ensino das técnicas de controlo de placa bacteriana (escovagem com técnica de Bass e utilização de escovilhões interdentários). A destartarização e alisamento radicular foram efetuados em duas sessões. Após conclusão da fase higiénica aguardou-se cerca de seis semanas para voltar a monitorizar os parâmetros periodontais (Badersten et al., 1984). Na consulta de reavaliação, verificou-se que persistiam bolsas profundas com hemorragia após sondagem em algumas localizações, apesar de uma percentagem relativamente baixa de índice de placa, o que indica que a doença ainda se encontra ativa nestas localizações. Fase corretiva A persistência de bolsas profundas com hemorragia após sondagem ditou a necessidade de efetuar cirurgia periodontal. Os objetivos da cirurgia periodontal são: instrumentação de zonas profundas inacessíveis ao alisamento radicular e a obtenção de uma anatomia que favoreça a realização de um adequado e adaptado controlo de placa bacteriana pelo paciente e pelo clínico a longo prazo. Decidiu-se efetuar cirurgia periodontal no 1º, 4º, 5º e 6º sextantes.

Fig. 5. Imagens clínicas da cirurgia de eliminação de bolsas no 1º sextante. Foram efetuadas incisões parasulculares por palatino e por vestibular. Após elevação do retalho procedeu-se à instrumentação da superfície radicular. É de destacar a presença de defeitos infra-ósseos profundos no dente 15. No final, foi efetuada cirurgia óssea e sutura de colchoeiro vertical modificada.

Fig. 6. Imagens clínicas da cirurgia de eliminação de bolsas no 4º sextante. Após realização de incisões sulculares por vestibular e parasulculares por palatino, foi elevado o retalho de espessura total. Após eliminação do tecido de granulação e do cálculo subgengival foi efetuada cirurgia óssea. Antes de proceder à realização do encerramento primário dos retalhos por suturas foi feita extração do dente 38, que não apresentava oponente.

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Fig. 7. Antes da cirurgia de eliminação de bolsas do 5º sextante, efetuou-se a ferulização dos dentes. Este procedimento foi feito apenas para garantir o conforto da paciente ao realizar o seu controlo de placa diário. O dente 41 apresentava elevada mobilidade que provavelmente aumentaria após cirurgia, podendo condicionar a eficácia no controlo de placa, já que aumentava o desconforto nessa zona.

Fig. 8. Imagens clínicas da cirurgia de eliminação de bolsas efectuada no 5º sextante. Na vista lingual destaca-se a perda óssea severa no dente 41.

Fig. 9. Imagens clínicas da cirurgia de eliminação de bolsas efetuada no 6º sextante. Foram realizadas incisões parasulculares por lingual e sulculares por vestibular. Após elevação do retalho e de eliminado o fator etiológico procedeu-se à osteoplastia. Encerraram-se os retalhos através de suturas de colchoeiro vertical modificado.

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Ciência e prática Após conclusão da fase corretiva e decorrido o período de cicatrização inicial, iniciou-se a fase de suporte periodontal. Durante as consultas de suporte periodontal, cujo intervalo foi estipulado de acordo com o risco individual (três em três meses durante o primeiro ano e de quatro em quatro meses nos anos seguintes), verificou-se um adequado controlo de placa bacteriana, uma estabilidade dos parâmetros periodontais e uma correta assiduidade da paciente às consultas.

Fig. 10. Imagens clínicas do maxilar superior no decorrer da fase de suporte periodontal.

Fig. 11. Imagens clínicas do maxilar inferior no decorrer da fase de suporte periodontal.

Conclusões O alisamento radicular representa uma modalidade de tratamento válida para tratamento da maioria dos casos de periodontite, apresentando resultados clínicos satisfatórios a longo prazo. No entanto, é importante realçar que esta modalidade apresenta limitações inerentes. A presença de bolsas profundas, a existência de uma anatomia radicular sinuosa, a experiência do clínico, a posição do dente na arcada, entre outros fatores, parecem condicionar o resultado do alisamento radicular. Assim, em casos mais severos, é de esperar a necessidade de se recorrer à abordagem cirúrgica de forma a melhorar a acessibilidade para a eliminação de fator etiológico e para criar uma anatomia mais favorável à eliminação de placa bacteriana, favorecendo a estabilidade periodontal a longo prazo.

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Ciência e prática Bibliografia

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Tratamento de lesões ósseas periimplantárias e reosseointegração

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Ciência e prática Introdução O tratamento dos defeitos ósseos é hoje um procedimento de rotina na implantologia oral que, de resto, se torna mais predizível à medida que avançam as técnicas e os materiais empregues1. No entanto, quando se produz um defeito ósseo adjacente a um implante já osseointegrado a situação muda: o procedimento torna-se mais complexo e os resultados diminuem a sua predizibilidade. Este tipo de lesões costuma ser causado por duas situações diferentes. A primeira pode ser simplesmente por sobrecarga oclusal ou uma infecção periimplantária, não controlada, que avança a um nível que gera uma perda óssea à volta do implante. Os agentes causadores mais comuns são espiroquetas e bac-

térias anaeróbias Gram-negativas. A segunda causa é por infecções de peças vizinhas, que, por progressão, afectam implantes adjacentes e provocam perda óssea. De qualquer modo, o elemento principal é o estabelecimento do diagnóstico causal, com o fim de eliminar o problema e proceder de imediato ao tratamento regenerativo. O referido procedimento regenerativo tem características de maior complexidade nestes casos, ao contrário de quando tratamos apenas uma perda óssea. Aqui, além de uma limpeza da cavidad óssea presente, é necessária uma correcta descontaminação da superfície implantária exposta, de maneira a permitir posteriormente a reintegração2.

César Luchetti Licenciado em Medicina Dentária. Mestre em Implantologia Oral. Professor adjunto da cátedra de Prótese A e professor e co-director do Mestrado em Implantología Oral na Universidade Nacional de La Plata. La Plata (Buenos Aires), Argentina.

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Ciência e prática Neste sentido, entende-se por reosseointegração a nova formação óssea sobre a superfície de um implante previamente contaminado3. Em seguida, apresentamos um caso clínico para ilustrar o nosso protocolo de preparação do defeito ósseo e a superfície implantária, prévio ao tratamento regenerativo com insertos e membranas.

Caso clínico, protocolo de tratamento Paciente de 48 anos, que apresenta uma fractura longitudinal da peça 24, com uma lesão óssea infecciosa associada, que afecta mais de metade da altura por mesial do implante localizado na zona do 25. A peça 24 não é restaurável nem tratável sob nenhum tipo de procedimento; porém, o implante em 25 está estável (figs. 1 e 2). Decidese proceder à exodontia da peça 24, com colocação simultânea de um implante, conjuntamente com um procedi-

mento regenerativo, em que se utilizará um substituto ósseo e membrana de colagénio. A medicação pré-operatória foi amoxicilina 875 mg/ácido clavulânico 125 mg, de 12 em 12 horas, e metronidazol 500 mg, também a cada 12 horas. Começa-se no dia anterior à cirurgia. Após a anestesia da zona, realizou-se a exodontia da peça 24. Recolheu-se uma amostra para cultivo microbiológico e antibiograma e procedeu-se à eliminação de todo o tecido infectado presente, utilizando curetas manuais de maneira exaustiva. Posteriormente, realizou-se a primeira descontaminação química da cavidade, mediante lavados com peróxido de hidrógeneo a 3% e, em seguida, com uma gaze embebida com ácido cítrico a 2% durante um minuto. Pretendia-se que a gaze penetrasse em todos os espaços do defeito, incluindo a fenestração presente na tábua vestibular. Depois, realizou-se uma limpeza meticulosa, com curetas manuais, da superfície do implante, que, posteriormente, se descontaminou com ácido cítrico a 2% durante um minuto (figs. 3 a 6).

Fig.1. Radiografia pré-operatória, realizada no dia 26 de novembro de 2008.

Fig. 2. Situação clínica pré-operatória.

Fig.3. Exodontia e eliminação do tecido infectado.

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Fig. 4. Aplicação de ácido cítrico a 2%.

Fig. 5. Aspeto da cavidade óssea depois da descontaminação.

Fig. 6. Aspeto da superfície implantária após a descontaminação.

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Ciência e prática Após verificar a correcta limpeza do defeito e da superfície do implante, escavou-se o leito para o implante na posição 24, através de fresado apical ao presente defeito e colocou-se o implante cónico de 4 mm de diâmetro por 13 mm de comprimento (Implante NG, B&W, Argentina). O defeito remanente insertou-se com um substituto ósseo de origem bovino (Bio-Oss, Geistlich, Suíça), até encher completamente a cavidade. Em seguida, colocou-se uma membrana de colagénio (Collagene AT, Itália) para proteger o inserto nesta situação crítica e tornar mais predizível

Fig. 7. Situação prévia à colocação do inserto.

o tratamento. Com este propósito, realizaram-se duas perfurações na membrana, uma por distal, de maior tamanho, e outra mais pequena por mesial. A perfuração maior fez-se para permitir a colocação da membrana sobre o pilar do implante em 25, de maneira que esta fique perfeitamente ajustada à volta do colo do mesmo. A perfuração mesial, de apenas 1 mm de diâmetro, utilizou-se para assegurar a membrana com o pilar de cicatrização gengival, colocado sobre o implante em 24. Finalmente, realizou-se uma sutura com pontos simples (figs.7 a 9).

Fig. 8. Inserto ósseo.

Fig. 9. Membrana já colocada e assegurada, com o pilar de cicatrização gengival do implante em 24.

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Fig. 10. Sutura.

O resultado do cultivo mostrou presença de bacilos Gram-negativos; a sua tipificação foi Citrobacter Freundii. Por seu lado, o antibiograma indicou sensibilidade dos microrganismos desenvolvidos a ciprofloxacina, sendo a combinação amoxicilina-ácido clavulânico medianamente sensível. Por este motivo, modificou-se a medicação antimicrobiana, ao segundo dia do pós-operatório, por ciprofloxacina 500 mg, de 12 em 12 horas, durante dez dias. Passados cinco meses, recolheram-se impressões e confeccionou-se coroas de metal-porcelana, ferulizadas sobre os implantes 24 e 25, e individual sobre a peça 26 (figs. 11 a 18).

Fig. 11. Comparação radiográfica pré-operatória e pós-operatória imediata (26 de novembro de 2008).

Fig. 12. Control radiográfico, realizado em 10 de fevereiro de 2009.

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Fig. 13. Pilares em posição.


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Fig. 15. Coroas definitivas.

Fig. 14. Radiografia dos pilares em posição, realizada em 28 de abril de 2009.

Fig. 17. Radiografia pós-operatória, realizada em 16 de junho de 2009.

Fig. 16. Comparação clínica pré e pós-operatória.

a

b

c

d

Fig. 18. Resumo da sequência radiográfica. Imagens realizadas nos dias: a) e b) 28 de novembro de 2008, c) 28 de abril de 2009 e d) 16 de junho de 2009.

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Ciência e prática O control imediato aos 30 dias de colocadas as coroas, e aos 14 meses de realizado o procedimento regenerativo, mostra estabilidade dos tecidos regenerados (figs. 19 a 22).

Fig. 19. Situação clínica 38 dias depois da colocação das coroas definitivas.

Fig. 20. Situação clínica 14 meses depois de ter sido realizado o procedimento regenerativo.

Fig. 21. Radiografia 14 meses depois de ter sido realizado o procedimento regenerativo (1 de fevereiro de 2010).

Discussão Nas situações em que nos enfrentamos a lesões ósseas periimplantárias devemos considerar três elementos, para que o tratamento tenha boas probabilidades de êxito. Estes são: 1. Eliminação da lesão e adequada limpeza da cavidade ósea, incluindo uma correcta medicação sistémica. 2. Adequada limpeza e acondicionamento da superfície implantária exposta. 3. Adequado procedimento regenerativo. A eliminação da lesão macroscópica não representa, em geral, maior dificuldade; no entanto, a adequada limpeza da cavidade óssea residual tem os seus desafios. Em geral, aceita-se que a curetagem manual é insuficiente para uma completa eliminação dos microrganismos presentes4,5. Por esta razão, foram propostos diversos procedimentos químicos para a antisepsia do mesmo, entre os quais se pode mencionar o ácido cítrico, o peróxido de hidrogénio, a iodopovidona diluida em solução fisiológica, a

clorhexidina, entre outros6. Não obstante, muitas destas recomendações realizam-se apenas em função das propriedades dos compostos mencionados, mas sem um reconhecimento científico real no caso que nos ocupa. O ácido cítrico teve um uso extenso em Medicina Dentária. Os resultados preliminares de um estudo actualmente em curso indicam que o ácido cítrico tem a capacidade de diminuir drasticamente a recontagem de microorganismos em cultivos a partir de amostras tomadas após a sua aplicação sobre o osso infectado7. Além disso, a aplicação tópica de ácido cítrico provoca uma hemostasia transitória, que ajuda na visualização de qualquer tecido infectado remanente. Relativamente à medicação sistémica, é importante iniciar o tratamento empírico prévio à cirurgia e recolher amostras para cultivos de maneira intracirúrgica, para assim adequar a medicação, no caso de ser necessário, durante o pós-operatório. No caso exposto, o microrganismo identificado apresentava sensibilidade diminuida à amoxicilina-

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Fig. 22. Sequência radiográfica comparativa, incluindo o control 14 meses depois de ter sido realizado o procedimento regenerativo. Imagens realizadas nos dias: a) e b) 28 de novembro de 2008, c) 16 de junho de 2009 e d) 1 de fevereiro de 2010.

-ácido clavulânico. O facto de ter sido realizado um cultivo e um antibiograma permitiu-nos modificar a medicação por uma mais efectiva. A discussão acerca da microbiologia deste tipo de lesões escapa dos limites do presente artigo; contudo, a nossa intenção é deixar clara a importância de realizar cultivos para um adequado manuseamento das mesmas. A descontaminação da superfície implantária é talvez o elemento mais complexo. As possibilidades de uma adequada limpeza dependem da configuração da superfície, tanto macro como microscópica, bem como do padrão de perda óssea que tenha ocurrido, o que afecta as possibilidades de acesso. De maneira lógica, quanto mais porosa ou rugosa é uma superfície, mais difícil é a limpeza no âmbito microscópico. Porém, estudos experimentais demonstraram que, se esta descontaminação se faz correctamente, a percentagem de reosseointegração é maior em superfícies rugosas do que em superfícies lisas2. Para se conseguir uma limpeza adequada, a literatura faz referência a muitas opções. Entre estas, refere-se o uso de curetas específicas, as pontas de cirurgia ultrasónica, o polimento da superfície implantária, a aplicação de ácido cítrico, a clorhexidina8,9, o peróxido de hidrogénio, o uso de laser de ER:YAG10 ou de dióxido de carbono. Não obstante, os resultados variam e não são conclusivos. O nosso protocolo baseia-se no uso de curetas específicas e na aplicação de ácido cítrico, pelas razões expostas anteriormente. Por último, a fase final é o tratamento regenerativo. Também aqui os estudos referem muitas opções e combi-

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nações de materiais, com o uso de diferentes insertos combinados ou não com membranas, sejam estas reabsorvíveis ou não. De acordo com estudos prévios próprios, os nossos insertos de eleição, além do osso autólogo, são o beta fosfato tricálcico e a hidroaxiapatita de origem bovino11. No entanto, nestes casos particulares é necessária, também, uma correta contenção do material de inserto e um adequado fecho da cavidade óssea e da zona periimplantária, para que a regeneração e a reosseointegração possam ocorrer. Com este fim deveria utilizar-se uma membrana, seja esta reabsorvível ou não; não há dados conclusivos sobre a melhor função de uma ou outra na literatura. Fundamental é que se produza um correto fecho da cavidade óssea, contendo o material de inserto, e que sejam fáceis de manipular. Na nossa experiência preferimos utilizar membranas reabsorvíveis, dada a conveniência de não ter que as retirar. A membrana usada no caso que se apresenta possui características muito interessantes quanto à sua densidade, o que produz um bom efeito de barreira; flexibilidade, já que permite uma ótima adaptação tanto nas margens do defeito como no colo dos implantes, e adesividade, visto que se une de maneira fiável às paredes ósseas e evita a necessidade de usar tachas ou parafusos de estabilização de maneira conjunta. Finalmente, deve efetuar-se uma sutura minuciosa, com fio monofilamento, para conseguir um bom fecho primário dos tecidos moles.


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Ciência e prática Protocolo utilizado: Fase de limpeza e descontaminação: Sobre a superfície óssea: • Curetagem manual minuciosa. • Lavagens com peróxido de hidrogénio a 3%. • Aplicação de gaze com ácido cítrico a 2% durante um minuto. Sobre a superfície do implante exposto: • Curetagem manual minuciosa. • Aplicação de gaze com ácido cítrico a 2% durante um minuto. Fase de regeneração: • Utilização de substituto ósseo (bovino). • Colocação de membrana de colagénio reabsorvível. • Sutura com nylon monofilamento. Antibióticos sistémicos: De maneira empírica, amoxicilina 875 mg/ácido clavulânico 125 mg, de 12 em 12 horas, e metronidazol 500 mg, cada 12 horas, desde o dia prévio. Posteriormente, após os resultados do antibiograma, substituiu-se por ciprofloxacina 500 mg durante 10 dias.

Conclusões É possível tratar satisfatoriamente defeitos ósseos produzidos à volta de implantes que estiveram em funções durante um tempo. Dada a infinidade de enfoques apresentados na literatura, fica claro que a solução ideal ainda não foi encontrada. O protocolo apresentado provou ser eficaz: manteve os resultados obtidos num acompanhamento de 14 meses. O mesmo, embora ainda não seja perfeito, nem provavelmente adaptável a todas as situações clínicas, procura proporcionar um guia para o manuseamento deste tipo de lesões.

Bibliografia 1. 2. 3. 4. 5. 6.

Luchetti C. Injertos autólogos,alógenos,xenógenos y sintéticos en el tratamiento de grandes defectos estructurales del hueso. Revista Argentina de Osteología, 2005, 4 (1): 9-23. Sánchez-Gárces MA, Gay-Escoda C. Periimplantitis. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2004; 9 Suppl:69-74; 63-9. Renvert S, Polyzois I, Maguire R. Re-osseointegration on previously contaminated surfaces: a systematic review. Clin Oral Impl Res. 2009, 20 (Suppl.4): 216-227. Casap N, Zeltser C, Wexler A et al. Immediate placement of dental implants into debrided infected dentoalveolar sockets. J Oral Maxillofac Surg. 2007 Mar; 65(3): 384-92. Villa R, Rangert B. Immediate and early function of implants placed in extraction sockets of maxillary infected teeth: a pilot study. J Prosthet Dent. 2008 Mar; 99 (3): 167. Renvert S, Lessem J, Dahlén G, et al. Topical minocycline microspheres versus topical chlorhexidine gel as an adjunct to mechanical debridement of incipient periimplant infections: a randomized clinical trial. J Clin Periodontol. 2006 May; 33(5): 362-9. 7. Luchetti C. Estudio microbiológico en implantes inmediatos postexodoncia en alvéolos con lesiones periapicales. Análisis del perfil microbiológico y de la estabilidad del implante. Tese de Doutoramento em curso. Não publicado. 8. Schou S, Holmstrup P, Jørgensen T, Skovgaard LT, Stoltze K, Hjørting-Hansen E, Wenzel A. Implant surface preparation in the surgical treatment of experimental peri-implantitis with autogenous bone graft and ePTFE membrane in cynomolgus monkeys. Clin Oral Implants Res. 2003 Aug; 14(4): 412-22. 9. Wetzel AC, Vlassis J, Caffesse RG, Hämmerle CH, Lang NP. Attempts to obtain re-osseointegration following experimental peri-implantitis in dogs. Clin Oral Implants Res. 1999 Apr; 10(2): 111-9. 10. Schawartz F, Hertten M, Sager M, Bieling K, Sculean A, Becker J. Influence of different treatment approaches on non-submerged and submerged healing of ligatured induced peri-implantitis lesions: an experimental study in dogs. J Clin Periodontol.2006, 33 (8): 584-595. 11. Deppe H, Horch HH, Henke J, Donath K. Peri-implant care of ailing implants with the carbon dioxide laser. Int J Oral Maxillofac Implants. 2001 Sep-Oct; 16(5): 659-67.

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Domingos Brandão Médico dentista. Prática clínica em Dentisteria e Prótese Fixa no Centro de Diagnóstico e Reabilitação Oral da Maia. Mestrando em Dentisteria Estética e Restauradora.

Complementaridade entre dentisteria adesiva e prótese fixa (enceramento de diagnóstico e provisionalização) A utilização conjunta de diferentes materiais e técnicas é cada vez mais necessária na Medicina Dentaria atual e neste contexto os incisivos centrais superiores apresentam-se como dos mais difíceis de restaurar. Devido ao seu efeito predominante no sorriso, torna-se difícil obter uma complementaridade estética entre diferentes materiais de restauração, não se conseguindo um pleno efeito camaleonico das restaurações com as estruturas dentárias e sendo perceptível a utilização de diferentes materiais. No entanto, a Dentisteria Adesiva moderna possui materiais que permitem um mimetismo quase perfeito com a estrutura dentária e com outros materiais, nomeadamente as

cerâmicas, pelo que é possível restaurar incisivos centrais superiores praticamente sem se diferenciarem os materiais utilizados. Nesse sentido, para se obter um mimetismo perfeito é necessário um bom planeamento, um bom conhecimento e uma boa curva de aprendizagem dos materiais e técnicas que se vão utilizar (nomeadamente das resinas compostas). Na utilização conjunta de Prótese Fixa e Dentisteria Adesiva na reabilitação de incisivos centrais superiores o enceramento de diagnóstico (Wax-up) e a provisionalização apresentam-se como dos fatores mais importantes para a obtenção de ótimos resultados estéticos, conforme exemplificamos a seguir.

Figs. 1 a 3. Discrepância visível entre o dente 11 e 21, com os zénites gengivais, a forma, dimensões e alinhamento dos dentes não coincidentes. O dente 11 com coroa ouro-cerâmica desadaptada, sobredimensionada, desalinhada e anatomicamente diferente em relação ao 21. A textura superficial, assim como a cor, mais ou menos bem conseguidas.

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Cadernos formativos P r i m e i r o p a s s o : enceramento de diagnóstico (Wax-up) O enceramento de diagnóstico aumenta a previsibilidade do tratamento através da modelagem em cera do resultado desejado. Representa um modelo 3-D de dentes modelados em cera com o efeito estético e funcional desejado nos dentes a serem restaurados (Simon e Magne, 2008). Neste caso, após verificação, discussão e aceitação por parte do paciente procedeu-se à remoção da coroa do 11, à correção e acerto do talhe e à confeção do provisório com base no enceramento.

Fig. 4. Adaptação, colocação e cimentação imediata do provisório após a correção do talhe. Note-se a boa adaptação conferindo logo de inicio uma boa integração com o tecido gengival, um contorno bem definido e sem inflamação gengival.

S e g u n d o p a s s o: provisionalização Esta etapa é fundamental, pois quando é executada corretamente promove uma plena integração da restauração com a mucosa oral, definindo contornos e preservando a saúde gengival. Depois de ajustar, moldar e adaptar o provisório tendo por base o enceramento, procedeu-se à cimentação e remoção atenta dos excessos do cimento provisório, aguardando até se obter uma gengiva em perfeitas condições e de acordo com o pretendido.

Fig. 5. Provisório após um mês em boca. A correção do zénite gengival e da papila inter-incisiva foi obtida graças à correta adaptação do provisório. Note-se o aspeto saudável da gengiva mesmo com uma higiene local não muito eficiente.

Fig. 6. Aspeto do talhe e da gengiva após remoção do provisório, sem presença de inflamação e hemorragia gengival. Condições excelentes para a moldagem.

Figs. 7 e 8. Aspeto gengival durante a verificação do assentamento e pós-cimentação de uma coroa cerâmica. Note-se a perfeita integração da coroa com o tecido gengival saudável.

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Cadernos formativos T e r c e i r o p a s s o: restauração a resina composta Utilização do enceramento de diagnóstico como base para a correta aplicação da resina composta. A curva de aprendizagem na utilização das resinas compostas é um elemento fulcral para a obtenção de bons resultados estéticos.

Fig. 9. Correção do dente 21 com resina composta tendo por base o enceramento de diagnóstico (encerramento de diastema por distal e correção por mesial, incisal e vestibular utilizando chave de silicone e técnica de estratificação de resina).

Fig. 10. Pós-texturização e acabamento da resina composta, obtendo-se uma integração perfeita da resina composta com o tecido dentario e a cerâmica (21, 22, 11).

Fig. 11. Integração perfeita de resina composta, cerâmica, tecido dentário e gengival.

Resumidamente, um bom enceramento de diagnóstico, uma correta provisionalização, uma gengiva saudável e uma boa comunicação com o laboratório permite-nos a obtenção de resultados estéticos excelentes no domínio da Prótese Fixa. Trabalhar com base num enceramento de diagnóstico, num bom conhecimento dos materiais a utilizar e numa correta utilização das resinas compostas permite-nos adequar e integrar as restaurações a resina composta no meio envolvente, tornando impercetíveis as diferenças entre os materiais.

Bibliografia 1 . S i m o n H , M a g n e P . Clinically based diagnostic wax-up for optimal esthetics: The diagnostic Mock-up. CDA journal 2008; 36: 355-362.

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Fichas clínicas odontológicas Javier García Fernández

Epulis abcessado em hemangioma capilar

Médico estomatologista. Periodontia e Implantologia em exclusividade. Diretor da Clínica Gingiva. Madrid (Espanha). www.gingiva.net

Apresentação do caso Paciente jovem do sexo feminino, primípara em periodo de lactância. Ao longo de seis anos, foi tratada com extirpações localizadas de processos tumorais a nível da gengiva. Durante a gravidez, contraiu um epulis gravídico de crescimento progressivo, que sangra abundantemente de forma espontânea, doloroso e que chega a impedir a oclusão dos dentes. Tanto a nível facial como em mucosas de maxilar superior, apresenta um hemangioma capilar muito extenso.

Resolução do caso (comentários à técnica) A paciente apresenta grande hipertrofia gengival, observando-se na exploração periodontal a co-existência de epulis gengival junto com uma periodontite crónica do adulto subjacente. Após a fase desinflamatória de raspagem e alisamento radicular, procede-se à exérese cirúrgica dos epulis junto com um procedimento de gengivectomia a bisel externo e levantamento de retalho periodontal para obter acesso e tratar o processo crónico periodontal, tanto em maxilar superior como em inferior.

Imagem do hemangioma facial da paciente.

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A paciente apresenta grande hipertrofia gengival de ambos os maxilares, com epulis pediculados nos espaços interdentais do 12-11, 21-22.


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Clínica Gingiva Aspeto vestibular em detalhe dos aumentos gengivais a nível do sextante superior central.

Imagem da peça cirúrgica extirpada. O estudo histopatológico foi feito com base em fragmentos revestidos por um epitélio malpigiano com abundantes infiltrações inflamatórias mistas com proliferação de áreas abcessadas (Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Clínico de San Carlos, Madrid).

Imagem palatina do sextante superior central, onde se constata que o crescimento gengival também invade os espaços interdentais palatinos. Em seguida, traçamos incisões a bisel externo até à crista óssea.

Inicia-se a intervenção com a extirpação em cunha do epulis a nível do espaço interdental 21-22, a incisão com bisturi do 15 efectua-se em forma de cunha a nível do pedículo ou base da tumoração.

Com a ajuda de um periosteótomo, levantamos um retalho de espessura total, que exponha todo o osso maxilar.

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Fichas clínicas odontológicas

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Estes mesmos passos efetuam-se na vertente palatina. Incisão a bisel externo…

Incisão interdentária com bisturi de Orban na vertente vestibular e na vertente palatina.

…e levantamento do retalho de espessura total com periosteótomo. Ao efetuar as anteriores manobras, delimitaremos perfeitamente os tecidos hipertrofiados que serão extirpados.

Eliminação dos tecidos hipertrofiados mediante instrumento K-13 de Kirkland.

Para isso, seguiremos os passos que efetuámos quando levámos a cabo o procedimento de retalho de reposição apical de espessura total. Incisão intrasulcular a nível dos colos dentários, tanto na vertente vestibular como na vertente palatina.

Raspagem e alisamento radicular definitivo com curetas cirúrgicas.

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Fichas clínicas odontológicas Mediante uma lima de osso, realizaremos uma osteotomia manual de pequenos defeitos ou crateras interdentárias.

Imagem aos sete dias, prévia à retirada das suturas.

Imagem palatina do pós-operatório aos sete dias.

Imagem da sutura interdentária ao concluir a intervenção. Vista vestibular.

Imagem do pós-operatório um mês após a intervenção.

Vista palatina da sutura.

Imagem um ano depois de concluída a intervenção.

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Clínica Gingiva No sextante inferior efetuou-se o mesmo procedimento de gengivectomia e retalho de reposição apical.

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Imagens prévias à imagem final, tanto vestibulares como palatinas.

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A nossa secção de “Ciência e Prática” está à disposição dos profissionais do setor…

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Sandra Celas,

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Tratar dos dentes é uma prioridade

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O meu sorriso

M AXILLARIS. Com que regularidade vai ao dentista? S a n d r a C e l a s . Tento fazer uma higiene horal de seis em seis meses. De resto, vou conforme as situações que vão surgindo. M Com qual (ou quais) das seguintes sensações se identifica mais quando se senta na cadeira do dentista: pavor, resignação ou determinação. S a n d r a C e l a s . Com um pouco de todas [risos]... depende do que vou fazer. Mas aprendi à minha própria custa que adiar uma consulta no dentista é um trabalho redobrado no final. É claro que, hoje em dia, as técnicas de abordagem ao paciente são mais adequadas e as anestesias vieram operar milagres. Ainda assim, ir ao dentista é para mim uma coisa que faço na base de “o que tem de

ser tem muita força”! Geralmente, na consulta de higiene horal são-me logo diagnosticadas alguns problemas que se podem tratar antes da temida dor de dentes.

M Em criança ou adolescente usou aparelho ortodôntico? S a n d r a C e l a s . Tive a sorte de nascer com uns dentes proporcionados e direitinhos. Nunca tive de usar aparelho.

M Que cuidados de higiene oral tem diariamente? S a n d r a C e l a s . Lavo os dentes sempre a seguir às refeições, uso fio dental e uma pasta especial para dentes com tendência para manchas, como é o meu caso.

M De que forma ter um sorriso bonito e uma boa higiene oral é importante na sua profissão? S a n d r a C e l a s . É importantíssimo! Não posso, nem quero ter pudor de me rir. E os dentes são de facto um reflexo de saúde e bem estar numa pessoa. Para além das implicações no próprio processo da fala, articulação e dicção. Infelizmente, os portugueses ainda têm uma boca “mal tratada” devido à mentalidade, mas também pelo facto desta consulta não estar inserida no sistema nacional de saúde (o que já devia ter acontecido). Para mim, tratar dos dentes é uma prioridade.

M Que tipo de escova de dentes usa? S a n d r a C e l a s . Alterno entre uma suave e uma média, conforme a sensibilidade do momento. M Já recorreu a tratamentos dentários específicos? S a n d r a C e l a s . Aos tratamentos mais normais como desvitalização, reconstrução. Tenho uns implantes para fazer na minha agenda.

M Qual foi o maior elogio que já ouviu M Evita fumar ou comer algum tipo de ao seu sorriso? alimento ou bebida que escureça os dentes? S a n d r a C e l a s . Tenho um tipo de dentes cujo esmalte nunca foi muito branco e que é muito susceptível a manchas. Tenho de ter cuidado até pela minha profissão. Por isso, faço a higiene oral regularmente e desde que deixei de fumar e uso uma pasta específica vou conseguindo manter uns dentes bonitos.

S a n d r a C e l a s . Sempre tive elogios ao meu sorriso, embora não me lembre de nenhum em particular. Sempre me elogiaram os dentes direitinhos.

M Qual é o sorriso que não a deixa indiferente? S a n d r a C e l a s . Qualquer um que seja verdadeiro e espontâneo. O da minha filha, sem dúvida!

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Infelizmente, os portugueses ainda têm uma boca “mal tratada” devido à mentalidade, mas também pelo facto desta consulta não estar inserida no sistema nacional de saúde, o que já devia ter acontecido

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FOTO: SÉRGIO MATOS

Esteve ligada ao jornalismo (em finais dos anos noventa), mas acabou por abraçar o mundo da representação. Sandra Celas revelou-se uma atriz versátil no panorama nacional, onde acumula experiência no cinema, teatro e televisão, sendo uma presença assídua em séries e novelas de diferentes estações televisivas. O canto e a dança são outras especialidades da jovem atriz, que tem perfeita conciência da importância da saúde oral na sua área de atividade. A começar pelas “implicações no próprio processo da fala, articulação e dicção”.

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Calendário de cursos Curso modular de dentisteria estética A quarta edição do curso modular teórico-prático de Dentisteria Estética realiza-se no próximo dia 16, em Lisboa, no Centro de Formação da Malo Clinic Education. O caráter iminentemente prático deste curso modular, durante o qual serão abordados vários temas cruciais da Dentisteria Estética, destaca-se agora ainda mais com a introdução de uma nova sessão de hands-on sobre onlays, complementada também por uma sessão demonstrativa. Para além da sessão “Confeção de um onlay em resina composta pela técnica de estratificação”, que permitirá aos participantes não só apreender conceitos práticos sobre a técnica, mas também sobre as restaurações diretas, o curso, que conta com o apoio da Dentina, tem ainda outras sessões práticas que permitirão aos participantes uma melhor assimilação dos conceitos teóricos: branqueamento Take-Home - confeção de moldeiras; elaboração de um dente anterior em resina composta pela técnica de estratificação, em matriz de silicone; preparação canalar, cimentação de espigão de fibra de vidro e reconstrução de um dente. Malo Education • education@maloclinics.com • www.maloeducation.com

Curso intensivo de implantologia Com um painel de 11 experientes formadores, e com mais de 20 anos a formar médicos dentistas em implantologia, a Académie Internationale d´ Implantologie Orale (AIIO) leva a cabo na capital francesa, nos dias 24 a 28 do próximo mês de outubro, mais uma edição da sua formação intensiva em implantologia. São cinco dias intensos com prática em cadáver (na Faculdade de Medicina Paris V) e em pacientes (no International Medical Center). Este curso satisfaz uma componente equilibrada de teoria e prática de modo a garantir os conhecimentos teóricos necessários para o cirurgião gerir novas situações, obtendo assim conhecimentos para saber o que faz, como faz e porque faz. O apoio e acompanhamento após a formação, assim como sessões de formação antes do curso, são garantidos em Portugal pela Sinusmax. Vagas limitadas no grupo português. Sinusmax. 228 377 749 • formacao@sinusmax.com

Formação em estética dentária Ceodont (Grupo Ceosa) tem em marcha um curso de experto em Estética Dentária. Os próximos módulos do programa, que conta com Mariano Sanz Alonso, Manuel Antón Radigales e José A. de Rábago Vega como ministrantes, são os seguintes: 3. Restauração com compósitos I: compósitos no sector anterior; 23 e 24 deste mês. • 4. Restauração con compósitos II: pontes fibra de vidro, malposições e alteração de cor; 4 e 5 de novembro.• 5. Carilhas de porcelana I: indicações, talhado e impressões; 20 e 21 de janeiro de 2012.• 6. Carilhas de porcelana II: cementado e ajuste oclusal; 17 e 18 de fevereiro de 2012.• 7. Coroas de recobrimento total e incrustações; 16 e 17 de março de 2012. Ceodont (Grupo Ceosa). (0034) 915 540 979 • cursos@ceodont.com

Curso sobre prótese total implanto-suportada removível e híbrida A Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa organiza, entre o próximo mês de outubro e março de 2012, um curso modular teórico-prático dedicado ao tema da prótese total implanto-suportada removível e híbrida, que tem como destinatários médicos dentistas e técnicos de prótese dentária, num total de 12 vagas. O curso prevê uma abordagem a temáticas como o planeamento de reabilitações de desdentados totais com implantes ou tipos de estruturas em próteses híbridas. A parte prática será preenchida com a reabilitação de seis pacientes desdentados totais ou uni ou bimaxilares com fase cirúrgica e osteointegração concluida. FMDUL. 217 922 626 • helenamatos@fmd.ul.pt • www.fmd.ul.pt

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Calendário de cursos Programa de formação contínua em implantologia e reabilitação oral A BTI inicia este mês, em Lisboa, mais um curso de formação contínua em implantologia e reabilitação oral. O programa, que também prevê formação destinada ao pessoal auxiliar, decorrerá ao abrigo do seguinte calendário: Módulos médicos • Módulo 1: Atualização em cirurgia de implantes; 9 e 10 deste mês. • Módulo 2: Atualização em prótese sobre implantes; 14 e 15 de outubro. • Módulo 3: Avançado de cirurgia. Técnicas de regeneraçao tecidular: PRGF®-Endoret®; 4 e 5 de novembro. • Módulo 4: Técnicas de cirurgia mucogengival; 25 e 26 de Novembro. • Módulo 5: Avançado de prótese e planeamento de casos complexos; 16 e 17 de dezembro. Módulo exclusivo • Residência clínica BTI (para médicos inscritos no curso completo); 16 e 17 de janeiro 2012. Módulos auxiliares BTI Portugal. 226 189 791 • Módulo 1: Implantologia; 4 de novembro. bti.portugal@sapo.pt • Módulo 2: PRGF®-Endoret®; 5 de novembro.

Formação contínua na Universidade de Sevilha Estão abertas as inscrições para a quinta edição do título de formação contínua da Universidade de Sevilha em “Anatomia oral aplicada à implantologia e implantoprótese” , dirigido pelos professores Jesus Ambrosiani, Eugenia Asian e Daniel Torres, que se realiza em cadáveres formolizados e criopreservados. O curso realiza-se nos próximos dias 16 e 17 de dezembro, 20 e 21 de janeiro, 10 e 11 de fevereiro e 16 e 17 de março, com a participação de prestigiados conferencistas. Universidade de Sevilha. e_asian@us.es • cursoimplantessevilla.blogspot.com

Curso de implantologia Está aberto o periodo de inscrições para o curso de implantes que a Camlog vai realizar, a partir de outubro e até março de 2012, na Clínica Alcoforado, em Lisboa. O curso divide-se em seis módulos (um por mês). Cada módulo inclui práticas e/ou cirurgias em pacientes seleccionados. O objetivo do curso é a integração prática da implantologia na consulta dos participantes. Este curso será ministrado por Gil Acoforado, especialista em Periodontia e professor catedrático da Universidade de Lisboa, contando com a colaboração de Luís Redinha, médico dentista, especialista em Prostodontia pela Universidade de Nova Iorque e assistente de Prostodontia na mesma universidade lisboeta. Camlog. 213 839 100 (Clínica Alcoforado) • info@camlogmed.es

Curso sobre cerâmica sem metal IPS e.max

August Bruguera.

Ivoclar Vivadent organiza nos dias 22 e 23 deste mês, em Madrid, um curso sobre cerâmica sem metal IPS e.max, que será orientado pelo técnico August Bruguera. O curso pretende clarificar que tipo de material de estruturas é melhor para cada paciente. Por outro lado, o programa tentará dar resposta aos limites dos sistemas Cad-Cam e às suas possibilidades reais, já que não só servem para fazer coroas e pontes como também podem ajudar o profissional nas próteses implanto-suportadas. Durante esta acção formativa, também se discutirão os prós e contras de trabalhar zircónio sobre implantes, e como se podem integrar os produtos e.max Cad e e.max press neste tipo de trabalhos. Ivoclar Vivadent. (0034) 913 757 820 • ICDE@ivoclarvivadent.es

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Calendário de cursos Curso avançado em implantologia A Camlog prevê para novembro, ao abrigo do seu programa internacional de formação contínua, um novo curso subordinado ao tema “Técnicas associadas e avançadas em implantologia”. Esta iniciativa, de dois dias de duração, vai ter lugar no Departamento de Medicina Dentária da Universidade de Coimbra. Dirigido a médicos dentistas com experiência em implantologia, o curso conta, como responsáveis do programa, com Fernando Guerra e Pedro Nicolau, professores do referido departamento da Universidade de Coimbra, e a sua equipa de docentes. Entre os temas que vão ser abordados durante esta ação de formação, constam os seguintes: carga imediata, restaurações provisórias, tratamento estético, implantes em pacientes periodontais, perioimplantite, biomateriais e cirurgia ao vivo. Camlog. (0034) 914 560 872 info@camlogmed.es • www.camlog.com

Curso de cirurgia Sinuslift A próxima edição do curso de Sinuslift, patrocinado pela Sinusmax em parceria com a “Sorriso Natural”, está agendada para o dia 29 deste mês, em Valongo. O programa de formação abarca teoria, workshop e clínica, e inclui a demonstração do sistema Osteosinus de elevação do seio maxilar por via crestal, da IDI System. Engloba a realização de cirurgias sinuslift pelos participantes. Sinusmax. 229 377 749 • sinusmax@sinusmax.com

Curso de ortodontia prática Ledosa (Grupo Ceosa) organiza um curso de ortodontia prática, subordinado ao tema Expert em Arco Recto-C, ministrado por Alberto J. Cervera Durán, Alberto Cervera Sabater e Mónica Simón Pardell, cujo objetivo é divulgar a prática clínica da ortodontia fixa, de acordo com a técnica de Arco Recto. Os próximos módulos do curso obedecem ao seguinte calendário: 1. Diagnóstico e cefalometria; 29 e 30 deste mês e 1 de outubro • 2. Estudo da classe II; de 27 a 29 de outubro • 3. Cementado e biomecânica; de 24 a 26 de novembro. • 4. Estudo da classe II; de 15 a 17 de dezembro. • 5. Estudo da classe III; de 26 a 28 de janeiro de 2012. • 6. Diagnóstico e plano de tratamento; de 1 a 3 de março de 2012. • 7. Biomecânica avançada e autoligado; de 12 a 14 de abril de 2012. • 8. Ortodontia multidisciplinar; de 10 a 12 de maio de 2012. Ledosa (Grupo Ceosa). (0034) 915 542 455 cursos@ledosa.com • www.ledosa.com

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Calendário de cursos Formação em cirurgia e prótese sobre implantes Ceodont anuncia mais uma edição do curso de cirurgia e prótese sobre implantes, ministrado por Mariano Sanz Alonso e José de Rábago Vega, com a colaboração de Bertil Friberg. O objetivo é proporcionar ao médico dentista generalista uma série de conhecimentos em Implantologia, de modo a que o profissional possa obter uma formação teórica e clínica, que lhe permita familiarizar-se neste domínio da medicina dentária. O programa divide-se em quatro módulos com o seguinte calendário e conteúdo: • Módulo 1: Diagnóstico e plano de tratamento; de 8 a 10 de março de 2012. • Módulo 2: Cirurgia de implantes; de 26 a 28 de abril 2012. • Módulo 3: Prótese sobre implantes; de 17 a 19 de maio 2012. • Módulo 4: Curso sobre cadáveres e cirurgia e prótese em casos complexos: de 14 a 16 de junho de 2012. Ceodont (Grupo Ceosa). (0034) 915 540 979• cursos@ceodont.com

Curso superior em endodontia integral Já estão abertas as inscrições para o próximo curso superior de formação contínua em endodontia integral que o especialista espanhol Hipólito Fabra Campos orienta anualmente em Valência. O programa do curso divide-se em cinco módulos de dois dias de duração cada um. O curso inicia-se em janeiro (dias 13 e 14), com a realização do primeiro módulo, e prossegue até maio do próximo ano. Esta formação consiste em mais de 80 horas lectivas, parte das quais dedicadas a sessões práticas de manuseamento do equipamento mais atual em endodontia. Clínica Fabra. (0034) 963 512 085.

Camlog Guide e cirurgia minimamente invasiva O sistema de implantes Camlog agendou para outubro mais uma edição do curso teórico-prático sobre Camlog Guide e Cirurgia Minimamente Invasiva. Esta acção de formação, que abrange um intensivo programa de dois dias de duração, realiza-se na sede da Camlog no Porto e na clínica +Saúde. Sob a direcção científica de Fausto Tadeo, este curso tem como objetivo impulsionar a abordagem e integração prática da técnica de cirurgia guiada. Além da parte teórica, estão previstas sessões práticas com mandíbulas artificiais e com pacientes. Camlog. (0034) 914 560 872 • info@camlogmed.es • www.camlog.com

Atualização em cirurgia reconstrutiva O primeiro curso ao abrigo do Programa de Formação Continuada em Cirurgia Oral e Maxilofacial organizado pelo Hospital La Paz, com sede em Madrid (Espanha), em colaboração com a Osteoplac, está agendado para os dias 21 a 24 deste mês. O primeiro dia do curso será preenchido com um workshop dirigido exclusivamente a médicos residentes. A partir do dia 22 e até ao final do curso, participam nesta iniciativa, aberta a todos os profissionais da área interesados, numerosos oradores internacionais, designadamente do Japão, França e Estados Unidos. Osteoplac. congresos@osteoplac.com • www.ceoms.eu

Curso de aperfeiçoamento em prótese fixa sobre dentes e implantes O Centro de Prevenção e Reabilitação Oral Dr. Genilson Silva Neto, em colaboração com a Straumann, inicia este mês a 26ª edição do curso de aperfeiçoamento em prótese fixa sobre dentes e implantes, ministrado por Genilson Neto. O curso vai decorrer em Lisboa, nas instalações do referido centro, nas suas componentes teórica e teórica-prática, e desenvolver-se-á até janeiro de 2012. Straumann. 217 816 710 • clinica@gsilvaneto.com

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Congressos e reuniões Congresso do Sono em Odontoestomatologia estreia este mês A Sociedade Portuguesa de Medicina Oral do Sono realiza no dia 17 do corrente mês, em Lisboa, a primeira edição do seu congresso nacional dedicado ao sono em odontoestomatologia. O inédito encontro, que vai decorrer no Auditório dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, contará com a presença de oradores nacionais e estrangeiros que se destacam nesta área, bem como de representantes das sociedades congéneres de Espanha, Alemanha, Reino Unido e da European Academy of Dental Sleep Medicine. Durante o congresso serão aprofundados temas como a interseção da Medicina do Sono com as restantes especialidades médicas ou o tratamento das apneias obstrutivas do sono com sistemas de pressão positiva. Também estão previstos workshops sobre protocolos terapêuticos com dispositivos orais, técnicas de diagnóstico e terapêutica do Bruxismo Noturno ou ainda protocolos de tratamento por pressão positiva. www.congressosono.com

XX Congresso da OMD agendado para meados de novembro O congresso da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) cumpre este ano na capital portuguesa a sua vigésima edição, com um variado programa científico que engloba a realização do segundo fórum ibérico, para além da participação já confirmada de oradores de renome nacionais e internacionais, designadamente procedentes de Espanha, Itália, Suécia, Brasil e Estados Unidos da América. O próximo encontro anual da classe dos médicos dentistas, cuja Comissão Organizadora é presidida por Eunice Carrilho, está agendado para o periodo entre 10 e 12 de novembro no Centro de Congressos de Lisboa, onde decorrerá em simultâneo mais uma edição da Expo-Dentária, com as últimas novidades da indústria. www.omd.pt

Coimbra acolhe XXXI Congresso da SPEMD A 31ª edição do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai ter lugar nos dias 21 e 22 de outubro, em Coimbra. A comissão organizadora do encontro (este ano presidida por Francisco Coelho Gil) preparou um programa científico apelativo e abrangente, com a participação de oradores de renome internacional, que terá como cenário os Hospitais da Universidade de Coimbra. Paralelamente às habituais conferências, realizar-se-ão vários cursos práticos “hands-on”, abrangendo as várias áreas de interesse dos médicos estomatologistas e médicos dentistas. Também estão contemplados cursos específicos para assistentes dentários, higienistas orais e técnicos de prótese dentária. www.spemd.pt

Sessão especial das “Conversas Redondas” No próximo dia 30, a Sinusmax oferece aos seus clientes e amigos uma sessão especial de início de temporada das “Conversas Redondas”. Na aprazível Quinta do Gestal, em Leça do Balio, a atenção recairá, entre outros, sobre Daniel Ostrowicz que dissertará sobre o tema “Enfoque actual en reabilitação oral interdisciplinar”. A sessão é gratuita sujeita a inscrição. Sinusmax. 229 377 749 • sinusmax@sinusmax.com

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Congressos e reuniões IV Congresso da Sociedade Portuguesa de Estética Dentária O quarto congresso da Sociedade Portuguesa de Estética Dentária está agendado para os dias 30 do corrente mês e 1 de outubro, no Auditório da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. O programa deste ano conta com as intervenções nacionais de Paulo Monteiro, Luís Redinha, João Paulo Tondela e Duarte Marques, bem como com a participação dos oradores estrangeiros Harry Levy (França), Miguel Ángel Cano e Javier Fábrega (ambos espanhóis). O segundo dia do congresso será preenchido com a intervenção do britânico Tidu Mankoo (convidado especial desta edição do encontro), cuja apresentação irá focar conceitos actuais na abordagem estética, funcional e biológica nas reabilitações extensas de dentições muito comprometidas. As técnicas cirúrgicas e protéticas aplicadas à restauração de dentes naturais e implantes serão debatidas sob uma perspectiva interdisciplinar.

www.eadph.org

Congresso anual da FDI inicia-se no próximo dia 14 O congresso anual da Federação Dentária Internacional (FDI) vai ter lugar este mês na Cidade do México. A edição deste ano da reunião mundial da FDI vai juntar, entre os próximos dias 14 e 17, delegados e representantes da indústria dentária de mais de cem países no Centro de Convenções e Exibições Banamex da capital mexicana. Durante o encontro, e para além da habitual reunião da Assembleia Geral da FDI, vai formalizar-se a tomada de posse como presidente da FDI (para o periodo 2011/2013) do bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva. À semelhança do programa das edições anteriores, a par da parte científica do congresso, a FDI organizará uma ampla exposição comercial, onde serão apresentadas as últimas inovações, serviços e produtos da indústria dentária. congress@fdiworldental.org

Expodental regressa à capital espanhola em fevereiro de 2012 A Expodental 2012 vai ter lugar entre os dias 23 e 25 de fevereiro. Deste modo, a principal feira do setor dentário da Península Ibérica (e uma das mais destacadas no contexto europeu), que se assinala de forma bienal no recinto de feiras de Madrid (Ifema), adianta o seu calendário, já que habitualmente tinha lugar em meados de março. Em relação à edição de 2010, a mostra do próximo ano prevê um aumento da área de exposição e mudará a sua localização dentro das referidas instalações da capital espanhola: desta vez, ocupará os pavilhões 7 e 9, próximos à entrada norte de Ifema. www.ifema.es

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Congressos e reuniões I Simpósio de Novas Tecnologias Pela mão de reconhecidos profissionais como Javier Pérez López e Guillermo Pradíes, a Straumann apresenta em Madrid (Espanha), no próximo dia 5 de novembro, o I Simpósio de Novas Tecnologias, que tem como objectivo apresentar aos assistentes toda a actualidade na restauração dentária, baseada num critério clínico, com especial ênfase nas soluções digitais tanto em laboratório como em clínica. Com este propósito em mente, desenvolveu-se um programa científico onde os profissionais destacados e comprometidos com os últimos avanços tecnológicos apresentarão as suas experiências clínicas e científicas a partir de um enfoque multidisciplinar. www.straumann.pt

Madrid acolhe evento sobre odontologia computorizada A terceira edição do congresso da Sociedade Espanhola de Odontología Computorizada (SOCE) vai realizar-se nos dias 2 e 3 de dezembro, em Madrid. O objetivo deste evento é promover o uso das novas tecnologias nas clínicas dentárias e laboratórios. Neste sentido, o programa científico centra-se na medicina dentária avançada, assistida por alta tecnologia. Entre os temas a abordar durante o congresso da SOCE, incluem-se o diagnóstico por imagem, cirurgia e implantologia assistidas por computador, restauração e próteses por sistema computorizados. secretariatecnica@soce2011.org.es • www.infomed.es/soce

Astra Tech celebra encontro mundial em maio do próximo ano Astra Tech vai reunir três mil profissionais do setor da medicina dentária de todo o mundo no Astra Tech World Congress, que terá lugar em Gotemburgo (Suécia), de 9 a 12 de maio de 2012. O congresso contará com um programa de inspiração científica de três dias, com mais de 100 professores de renome mundial, complementado com sessões práticas e demonstrações de produtos. A rede de delegados da Astra Tech estará presente no evento do próximo ano. Gotemburgo não é apenas a casa matriz de Astra Tech, mas também da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, que leva a cabo as mais avançadas investigações e desenvolvimentos no campo dentário. É também desde há muito uma das instituições colaboradoras da Astra Tech. www.astratechdental.pt

Simpósio de medicina regenerativa traslacional A Fundação Eduardo Anitua organiza no próximo dia 1 de outubro, na cidade espanhola de Vitoria (Gasteiz) a segunda edição do simpósio internacional de medicina regenerativa traslacional, durante o qual alguns dos principais especialistas mundiais na matéria darão uma visão multidisciplinar sobre o estado atual e os desafios da medicina regenerativa através da exposição de casos e ensaios clínicos. Questões como a terapia celular, a engenharia de tecidos, a investigação com células mãe ou o uso de fatores de crescimento autólogos são temas de grande atualidade a abordar durante o encontro. O simpósio abordará uma visão global da medicina regenerativa com três sessões mais específicas, subordinadas aos temas: “PRGF - Endoret e o seu potencial terapêutico”, “A medicina regenerativa nas doenças cardiovasculares” e “Cultivo de órgãos artificiais mediante a combinação de biomateriais, tecidos e células”. www.simposio-bti.org/es

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Novidades Set11.qxp

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Novidades da indústria MiniLED Supercharged Com a lâmpada de polimerização MiniLED Supercharged, a Satelec disponibiliza um equipamento versátil, completo e potente. Graças aos seus três modos e oito tempos diferentes (três, quatro, cinco ou dez segundos em modo rápido; cinco (0034) 937 154 520 info@es.acteongroup.com ou dez segundos em modo pulsado; nove ou 15 segundos em modo inclinado), a nova lâmpada pode configurar os parâmetros adequados ao seu tratamento. A sua leve (150 gramas) peça de mão oferece um ecran LCD que mostra todas as informações úteis, como o tempo, o modo selecionado ou a carga da bateria. Tudo combinado com o desenho moderno da Supercharged.

Implantes Conelog de 7 mm (0034) 914 560 872 info@camlogmed.es www.camlog.com

O Sistema de Implantes Camlog desenvolveu um novo implante com união cónica entre o implante e o pilar, que estará à disposição do mercado português a partir deste mês. O implante Conelog Screw-Line, além dos tamanho de 9, 11, 13 e 16 mm, para os diâmetros 3,3/3,8/4,3/5,0 mm, também está disponível em 7 mm de comprimento para os diâmetros de 3,8/4,3/5,0 mm. O cone de auto-retenção combina com as três ranhuras do sistema Camlog, o que permite colocar o pilar com facilidade e precisão. A união cónica entre o implante e o pilar com um cone para o bloqueio anti-rotacional permite uma excelente transmissão de forças. A utilização das três ranhuras Camlog proporciona uma fácil manipulação e uma alta precisão. A união cónica produz-se uma vez que se coloca o pilar e a su forma cónica não requer altura de deslocamento durante a tomada de impressão. Os implantes Conelog dispõem de um cone interno de 7,5° para uma transferência de forças de alta fidelidade. MAXILLARIS, s e t e m b r o 2 0 1 1

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Novidades da indústria Novo X-Mind 3D A Satelec (marca do Grupo Acteón) lança ao mercado um novo equipamento panorâmico digital, que pode adaptar-se a qualquer necessidade de diagnóstico: panorâmico digital com ou sem cefalometria e sistema de ima(0034) 937 154 520 gens Cone Beam 3D. info@es.acteongroup.com O novo X-Mind reúne três características em particular: é dinâmico, direto e duradouro. Dinâmico, porque graças à sua interface prática e simples, à sua qualidade de imagem e gama versátil de programas, o X-Mind 3D otimiza o tempo de manuseamento e de diagnóstico; direto, porque o painel de controle “ClearTouch” oferece uma seleção simples e rápida da zona a radiografar e a função “EasyScout” permite um posicionamento adecuado, isto é, um controle direto do equipamento; duradouro, porque o X-Mind 3D segue a linha robusta e fiável dos modelos já existentes da gama.

Liga metálica Colado NC Colado NC é uma liga metálica base com características mecânicas e físicas coordenadas para utilização junto a cerâmica sobre metal e compósito convencionais. Entre as vantagens do novo produto de Ivoclar Vivadent, destacam-se a alta resistência a (0034) 913 757 820 temperaturas elevadas para um ajustamento preciso nas restaurações, bem como o facto de www.ivoclarvivadent.com não serem necessários longos periodos de arrefecimento, os seus valores de alta resistência (ótimos para as restaurações de grande envergadura) e a sua validade para sistemas de adesão e compósitos de recobrimento. Colado NC é indicado para onlays, coroas parciais, coroas, coroas cónicas e telescópicas, pilares radiculares, pontes de extensão curta e longa, escorrimento de modelos e superestruturas de implantes.

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Página empresarial Curso de implantes encerra no Porto com jantar e entrega de diplomas No passado dia 1 de julho teve lugar, num hotel do Porto, o jantar de encerramento e a entrega de diplomas aos alunos da segunda do curso de implantes organizado naquela cidade pelo sistema de implantes Camlog. Com uma duração total de 60 horas, o curso iniciou-se em Janeiro deste ano e envolveu oito ciclos, tendo sido ministrado por profissionais do Centro de Estudos de Medicina Dentária do Amial, designadamente por Manuel Neves, Pedro Couto Viana, Célia Alves, Ivo Lopes, Gonçalo Silva, Nuno Alves e André Correia. O acto de encerramento contou com a participação da equipa de formadores, dos presidentes de Camlog Med, Assis Monteiro, e Camlog Biotechnologies, Jurg Eichenberger. A marca agradece a todos os envolvidos nesta iniciativa o interesse demonstrado e a excelente recetividade e apoio ao curso.

O final do curso foi assinalado pelos participantes, em ambiente festivo, num hotel do Porto.

info@camlogmed.es • www.camlog.com

Bego tem novo distribuidor em Portugal A Bego Implant Systems Ibéria conta com um novo distribuidor em Portugal. Trata-se da empresa Dentalglam Serviços Médico, Lda., com sede em Famalicão, que passa a ser o distribuidor autorizado da marca em todo o território português. Através da Dentalglam, os profissionais do setor poderão recolher toda a informação relacionada com os implantes Bego, a sua gama de biomateriais e todo o material asociado à prática da implantologia. Dentalglam. 252 310 575 • geral@dentalglam.com

Sinusmax patrocina curso de Sinuslift A Sinusmax patrocinou mais uma edição do curso de Sinuslift da “Sorriso Natural”, que se realizou entre os dias 12 e 14 do passado mês de maio, em Braga. O curso incluiu formação teórica e uma forte componente prática, contando com o tutorial sobre o sistema de elevação do seio maxilar por via crestal Osteosinus, da I.D.I. System. O terceiro e último dia do curso foi dedicado exclusivamente à realização de cirurgias Sinuslift pelas dezenas de participantes que aderiram a esta iniciativa. O curso reuniu em Braga dezenas de profissionais.

Sinusmax. 229 377 749 • formacao@sinusmax.com

Aluna portuguesa vence projecto internacional Diana Bastos Aires, aluna da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP), venceu a primeira edição portuguesa do projecto internacional Jules Allemand Trophy da Universidade de Chieti, em Itália. Esta iniciativa da Micerium, que teve o apoio da Dentina, contou com a presença do professor e diretor do Departamento de Dentisteria Restaurativa da Universidade de Chieti, Camillo d’Arcangelo, e de Jana Dostalova, responsável pela organização deste projecto, que incluiu a realização de uma sessão teórico-prática sobre técnicas de estratificação anatómica com o compósito Enamel Plus HRi ad modum. Através da sessão teórico-prática foi selecionada a melhor restauração, a qual foi enviada para a Micerium para respetiva avaliação. A final do campeonato internacional realizou-se no dia 13 de junho na Universidade de Chieti. Esta fase englobou a escolha dos melhores alunos selecionados de cada universidade dos países que participaram no projecto. O grande vencedor entre todos os participantes foi Diana Bastos Aires, da FMDUP, que terá a pos- dentina@dentina.pt www.dentina.pt sibilidade de estagiar no Departamento do Professor Camillo d’Arcangelo na Universidade de Chieti.

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Página empresarial Ivoclar Vivadent reforça campanha internacional Os técnicos dentários Joan Sampol e Carlos de Gracia são os novos rostos da campanha internacional “O mundo fala e.max”, da Ivoclar Vivadent. Os dois técnicos espanhóis juntam-se assim a outros ilustres profissionais do setor como Sidney Kina, Oliver Brix e August Bruguera, como parte desta campanha. A Ivoclar Vivadent agradece o contributo destes profissionais do setor dentário para a campanha publicitária, que tem vindo a angariar cada vez mais utilizadores IPS e.max, inovador sistema baseado em cerâmica vítrea de disilicato de lítio. www.ivoclarvivadent.com

Ivoclar lança novos anúncios com a imagem de técnicos dentários.

Inibsa apoia formação em odontologia interdisciplinar Os Laboratórios Inibsa colaboraram no último curso de formação avançada em odontologia interdisciplinária que se realizou no início de julho, em Múrcia (Espanha), sob a orientação de Rodrigo Castillo. Este curso integrou as “chaves” essenciais da odontologia estética, sob uma perspetiva interdisciplinar, com o fim de obter resultados predizíveis, precisos e satisfatórios para os pacientes. Os Laboratórios Inibsa agradecem e felicitam Rodrigo Castillo pela excelente organização do curso, pela qualidade das suas exposições e capacidade de transmitir a sua vasta experiência clínica. Rodrigo Castillo orientando uma das sessões do recente curso.

www.rodrigocastillodentalenclosed.com

Astra Tech lança nova garantia Atlantis A Astra Tech apresenta a nova garantia personalizada para os pilares Atlantis, que inclui com cada envio um certificado individual que garante aos clínicos que o produto é um pilar original. Desta forma, a solução de pilares personalizados está também suportada pela garantia mais completa. Com esta novidade o clínico receberá do seu laboratorio Atlantis o novo certificado de autenticidade, incluído na Atlantis CaseSafe, informando da garantia com cobertura total. Este identificador único de pilar deve guardar-se no registo do paciente, sendo imprescindível para qualquer reclamação da garantia. Os pilares Atlantis são desenhados através do software VAD (Virtual Abutment Design) de Atlantis a partir da forma do dente definitivo. Todo o processo patenteado combina scanners 3D óticos de última geração com software e métodos de fabrico avançados, com a finalidade de oferecer pilares específicos para cada paciente que evitem o investimento em recursos e tempo para modificar os pilares manualmente. www.astratechdental.pt

Sistema Wave On apresentado em Valência

A contar da esquerda, Rafael Cisneros, Carlos García, Javier Solano, José Mañes e Pedro Micó.

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Rafael Cisneros, da Universidade Europeia de Madrid, apresentou na delegação deste organismo em Valência, no passado dia 25 de junho, o novo sistema de instrumentação rotatória Wave On. Esta técnica de movimento giratório, da Simesp, torna possível moldar a maioria dos condutos radiculares utilizando uma única lima de níquel-titânio Wave One. Durante a apresentação, que contou com a presença de outros especialistas espanhóis deste setor, foram destacadas as vantagens do referido sistema, nomeadamente o facto de não ser necessário mudar de instrumento durante a moldagem do conduto radicular e a redução em cerca de 40% do tempo global, comparado com a técnica tradicional de rotação contínua. www.simesp.com


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Página empresarial Sistema Astra Tech já é suportado por 500 artigos científicos A Direção Científica Global da Astra Tech anuncia que já existem mais de 500 artigos científicos publicados que apoiam o uso dos produtos Astra Tech Dental. Desde o início do primeiro estudo clínico sobre o Astra Tech Implant System, no Hospital Universitário Karolinska (Suécia), em 1985, passaram já mais de 25 anos durante os quais a Astra Tech manteve continuamente o seu compromisso com a investigação e a documentação científica. Durante o presente ano, a companhia de implantes conseguiu uma nova marca: um total de 500 artigos foram publicados, desde 1990, em revistas científicas de renome. Os artigos foram escritos por autores de diferentes países de todo o mundo e foram examinados pelos comités editoriais independentes das respectivas revistas, antes de ser aceites para publicação. Quarenta e oito destes artigos informam sobre estudos clínicos com seguimento a longo prazo sobre implantes Astra Tech, ou seja, períodos de seguimento de cinco anos ou mais, incluindo uma ampla gama de tratamentos, como podem ser a instalação de implantes em alvéolos pós-extração e a aplicação de protocolos de carga imediata e precoce. www.astratechdental.pt

Ivoclar Vivadent colabora com Universidade de Valência Dez médicos dentistas que frequentam o mestrado de Odontologia Estética da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Valência (Espanha) assistiram, em julho passado, a uma apresentação sobre cimentação estética com técnica aderente, por parte do técnico Antonio Ruiz. A sessão permitiu conhecer as soluções completas que a Ivoclar Vivadent tem ao dispor neste domínio. Os participantes receberam ainda a nova ferramenta multimédia da Ivoclar Vivadent, CNS – Cementation Navigation System, que oferece uma orientação direta na seleção do cimento ideal e ajuda a identificar a solução ideal para cada caso. Alunos do mestrado de Odontologia Estética receberam ferramenta multimédia.

www.ivoclarvivadent.com

Camlog apoia congresso de sociedade científica espanhola Camlog colaborará no IX Congresso da Sociedade Espanhola de Cirurgia Bucal (SECIB), que terá lugar entre os dias 29 deste mês e 1 de outubro em Saragoça. A empresa convida todos os participantes a visitarem o seu stand, onde serão apresentadas novidades como os implantes de conexão cónica Camlog que, a partir deste mês, estarão à disposição dos mercados português e espanhol. Além disso, a marca contribuirá para o programa científico do congresso através da participação de Marcus Beschnidt, de Baden-Baden (Alemanha), que apresentará, no próximo dia 30, uma conferência subordinada ao tema “Suporte ótimo de tecidos leves em torno dos dentes: em busca da perfeição”. Camlog patrocina ainda a intervenção de Rodrigo Andrés García, no mesmo evento, sobre “Elevação do solo do seio com osteótomos: onde está o limite?”. info@camlog.es • www.camlog.com

Inibsa organizou curso de implantologia avançada No passado dia 11 de junho, em colaboração com o Grupo de Estudos Implantológicos de España (GEIDE), os Laboratórios Inibsa organizaram em Madrid um curso de atualização em implantologia avançada, que contou com a participação de um grupo de profissionais de prestígio, asociados à clínica I2 Implantología, com sede na capital espanhola e dirigida por Luis Cuadrado de Vicente, médico estomatólogo, especialista en cirugía plástica reparadora e estética. Durante o curso, foram abordados diferentes temas da atualidade, como o uso da radiologia e os programas de cirurgia guiada na avaliação do paciente implantológico, o manejo de tecidos leves em implantologia, entre outros. Inibsa agradece a todos os intervenientes pela profissionalidade, entusiasmo e proximidade permanentes no decurso desta formação. infodental@inibsa.com

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