JANEIRO - FEVEREIRO

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Crónica

Atualidade académica

Falamos com…

Orlando Monteiro da Silva define prioridades para quinto mandato

Rui Amaral Mendes quer conselho nacional para o ensino médico-dentário

Liliana Castro, presidente da jornada inédita sobre branqueamento dentário


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Proprietário: Cyan Editores.

Casa Schmidt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com

Ceodont. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Di&B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Douromed . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Dürr Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Eckermann. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Fedesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Implant Direct . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Instituto Casan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Kalma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Ledosa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Oral B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56, 57 e 84 Osteoplac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 PFR Clínica e Formação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Índice de anunciantes

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Publicidade: comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira. Comissão Científica: Jaimes Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Carlos Falcão. Gil Alcoforado. José Pedro Figueiredo. Manuel Neves. Ricardo Faria e Almeida. Susana Noronha. REDAÇÃO: Av. Almirante Reis, 18, 3º Dto. Rtg. 1150-017 Lisboa. Tel./Fax: 218 874 085. Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Impressão: I.G. CAYFOSA.

Procoven . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

Assinatura anual: Portugal 35 €, resto 80 €.

Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 de 9/6 art 12º nº 1ª

Simesp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Tiragem: 6.100 exemplares

Sinusmax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Vitaldent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 e 41

• Periodicidade bimestral. • MAXILLARIS não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores.

• Proibida a sua reprodução total ou parcial em

Encartes:

O Clínica Ruher

O KMD

outras publicações sem a autorização expressa e por escrito de CYAN EDITORES.

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Sumário

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Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com

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Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com

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Serviços Administrativos: Marta Esquinas. administracion@maxillaris.com REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45 Fax: (0034) 917 25 01 80

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Edição online espanhola: www.maxillaris.com Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Blas Noguerol Rodríguez. Emilio Serena Rincón. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chémez. Rafael Martín-Granizo López. Ramón Palomero Rodríguez.

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Crónica Orlando Monteiro da Silva define prioridades para quinto mandato. Edição espanhola da MAXILLARIS comemora 15º aniversário com profissionais do setor. Mais de 1.900 expositores de 55 países vão participar na 35ª exposição de Colónia. XXI Congresso anual da OMD: crise não impede recorde de congressistas e expositores. Fotogaleria Expo-Dentária.

Atualidade académica Rui Amaral Mendes, coordenador do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Universidade Católica: “É urgente a criação de um conselho nacional para o ensino médico-dentário”.

Falamos com… Liliana Castro, presidente da X Jornada de Branqueamento Dentário da Associação Universitária Valenciana de Branqueamento Dentário: “É o primeiro evento em Portugal inteiramente dedicado ao branqueamento dentário”. Ángel Alcaide Raya, diretor dos cursos de sedação consciente do Conselho Geral de Dentistas de Espanha: “O controlo da dor e da ansiedade é um dever do dentista e um direito do paciente”.

Ciência e prática Nuno Braz de Oliveira: “Reabilitação oral em doentes oncológicos (caso clínico)”. José Ferreira: “Utilização de pilares dinâmicos em implantologia (casos clínicos)”.

Calendário de cursos Agenda de cursos para os profissionais.

Congressos e reuniões Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

Novidades da indústria Produtos e equipamentos.

Página empresarial Notícias de empresas.


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Crónica

Novos órgãos diretivos da OMD tomam posse

Orlando Monteiro da Silva define prioridades para quinto mandato A lista A, liderada por Orlando Monteiro da Silva, venceu as eleições para os órgãos diretivos da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), que se realizaram no passado dia 1 de dezembro. A única lista concorrente ao sufrágio para a nova direção da OMD obteve 966 votos de um universo de 1.158 votos aceites. Relativamente ao Conselho Deontológico e de Disciplina da OMD, apresentaram-se a sufrágio duas listas encabeçadas pelos médicos dentistas Luís Filipe Correia (lista B) e Américo Afonso (lista C). A lista B venceu o escrutínio, com um total de 721 votos, ao passo que a lista C obteve 310 votos.

A partir da esquerda, Luís Filipe Correia, presidente do Conselho Deontológico e de Disciplina da OMD; Orlando Monteiro da Silva, bastonário; João Caramês, presidente da Mesa da Assembleia Geral; Paulo Ribeiro de Melo, secretário geral, e Ana Cristina Mano Azul, presidente do Conselho Fiscal.

Orlando Monteiro da Silva inicia o quinto mandato consecutivo à frente da OMD acompanhado pela mesma equipa diretiva do mandato anterior: Paulo Ribeiro de Melo (secretário geral), João Caramês (Mesa da Assembleia Geral) e Ana Cristina Mano Azul (Conselho Fiscal). Entre as prioridades para o próximo triénio, figuram a elaboração de um novo estatuto da OMD em consonância com a recente aprovação da Lei Quadro das associações públicas profissionais, a valorização do exercício da profissão, o estabelecimento de parcerias estratégicas adicionais entre a OMD e outras entidades reguladoras e a aposta na formação contínua. Durante a cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais para o triénio 2013-2015, que decorreu num hotel do Porto, no dia 15 de dezembro passado, Orlando Monteiro da Silva realçou, a propósito da lista única candidata aos órgãos diretivos, “a enorme confiança que nos foi dada pelos médicos dentistas”. Para o reeleito bastonário, concorrer em lista única “traduz um enorme consenso, uma enorme confiança no projeto que apresentamos e que temos vindo a implementar para a OMD”. Por seu lado, Luís Filipe Correia, ao tomar posse do cargo de presidente do Conselho Deontológico e de Disciplina, evocou a base de apoio obtida pela lista B como suporte para a “legitimidade em defender livremente as nossas ideias, defender quem nos elegeu e defender a autonomia que este órgão exige”. Durante o ato, ao qual assistiram diversos bastonários e representantes de outras ordens profissionais, bem como académicos, responsáveis políticos e associativos, foi lida uma mensagem do ministro da Saúde, Paulo Macedo, em que o governante felicita os novos órgãos sociais e defende que o caminho a prosseguir “é o da continuação e aprofundamento da parceria entre os setores público, privado e social, desenvolvendo-se a adequada regulação no sentido de, através destes dois últimos, proporcionar cuidados de saúde oral à população".

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A cerimónia contou com a presença de diversos bastonários e representantes de outras ordens profissionais, bem como de académicos, responsáveis políticos e associativos.


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Crónica

Ministro da Saúde realiza reunião de trabalho na sede da OMD O ministro da Saúde, Paulo Macedo, deslocou-se pela primeira vez, no passado dia 14 de dezembro, à sede da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), no Porto, para debater com os representantes da classe as questões mais pertinentes para a saúde oral e para os profissionais da Medicina Dentária. O bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, alertou Paulo Macedo para a importância da prevenção na saúde oral, lembrando os resultados positivos que têm sido alcançados com o cheque dentista e que permitem tratar precocemente crianças, evitando problemas mais graves e dispendiosos no futuro. Durante o encontro nas instalações da OMD, o governante fez questão de realçar “o papel de grande responsabilidade e a mais-valia” que a OMD tem constituído na parceria com o Ministério da Saúde em diversos domínios, nomeadamente no acompanhamento do Programa Nacional da Saúde Oral (cheque dentista), no licenciamento das clínicas e consultórios, na implementação do sistema de receituário eletrónico e no levantamento epidemiológico, em curso, do estado de saúde oral da população portuguesa. Paulo Macedo considera que “a parceria estratégica que tem sido possível implementar com o regulador da profissão em várias vertentes – a OMD – tem sido crucial para a população portuguesa, para o Ministério da Saúde e para os médicos dentistas”.

Reunião de trabalho entre as equipas do Ministério da Saúde e da Ordem dos Médicos Dentistas.

Queixa contra empresas de planos de saúde oral A Ordem dos Médicos Dentistas entregou à Entidade Reguladora da Saúde, Autoridade da Concorrência e Instituto de Seguros de Portugal uma queixa contra empresas que comercializam planos de saúde oral. Na base da queixa estão dados compilados pela OMD junto dos seus membros, através de um inquérito exaustivo que obteve 2.767 respostas. Os planos de saúde oral são habitualmente confundidos com seguros de saúde. No entanto, são produtos diferentes. Os seguros, para além de incluírem uma cobertura de risco, são contratos que só podem ser comercializados por empresas legalmente constituídas e registadas como seguradoras e, como tal, sujeitas à supervisão do regulador. Foram detetadas várias situações em que são as companhias de seguros a comercializar estes planos de saúde oral, como complemento aos seus seguros de saúde tradicionais, o que leva a que os subscritores pensem que estão a contratar um seguro de saúde oral quando, na realidade, estão a apenas a ter acesso a uma tabela de desconto. “É uma situação de legalidade duvidosa e que tem causado conflitos entre os médicos dentistas e os seus pacientes porque, como não existe cobertura de risco, muitos tratamentos saem fora do âmbito do plano”, alerta o bastonário Orlando Monteiro da Silva, para quem “é imperativo que haja regulamentação, sob pena de ficar posta em causa a relação entre estas duas partes, completamente subjugadas às exigências de quem comercializa estes planos de saúde oral”.

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Crónica

Edição espanhola da MAXILLARIS comemora 15º aniversário com profissionais do setor No passado dia 29 de novembro, mais de 130 profissionais do setor dentário de Espanha reuniram-se num céntrico hotel em Madrid, para celebrar o décimo quinto aniversário da edição espanhola da MAXILLARIS e conhecer o novo grafismo da revista (que estreamos também neste número da edição portuguesa). A MAXILLARIS, exemplo de inovação ao longo do seu percurso, levou a cabo uma forte aposta no sentido de dar um novo visual à apresentação dos seus conteúdos. Optou-se por um formato ligeiramente mais pequeno que o anterior e foram introduzidas importantes alterações relativamente à qualidade do papel e do grafismo, de acordo com as atuais tendências editoriais. A gala de aniversário, realizada em ambiente de confraternização, contou com a participação do presidente do Conselho Geral de Dentistas de Espanha, Alfonso Villa Vigil, que usou da palavra para fazer um minucioso balanço sobre a evolução da MAXILLARIS. No seu discurso, também elogiou “o rigor e a imparcialidade das informações publicadas, à margem de conflitos desnecessários”, bem como o “valor formativo dos artigos científicos”. Por seu lado, Orlando Monteiro da Silva, na qualidade de presidente da Federação Dentária Internacional, não pôde assistir ao ato, devido ao recente processo eleitoral da Ordem dos Médicos Dentistas, mas enviou uma mensagem, gravada em vídeo, na qual destacou a função que a MAXILLARIS desempenha na Península Ibérica, através das suas edições para Espanha e Portugal. “É um exemplo de credibilidade e informação muito útil para os dentistas, assim como para outras profissões relacionadas com a saúde”.

À esquerda, Alfonso Villa Vigil, presidente do Conselho Geral de Dentistas de Espanha; acima, a partir da esquerda, José Antonio Moyano e Marisol Martín, administradores e sócios fundadores da revista, e Javier García Fernández, diretor científico da edição espanhola.

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Crónica

Outras personalidades que se associaram às comemorações da revista foram Francisco Rodríguez Lozano, vice-presidente do Conselho Europeu de Dentistas; María José Sánchez, diretora da Expodental; Federico Schmitd, presidente do setor dentário da Fenin; Jaime Guimarães e Javier García Fernández, diretores científicos da edição portuguesa e espanhola da MAXILLARIS, respetivamente, assim como vários dirigentes de sociedades científicas do país vizinho.

Aposta na inovação O presidente da FDI, Orlando Monteiro da Silva, associou-se às comemorações, através de uma mensagem gravada em vídeo.

José Antonio Moyano (à esquerda) e Miguel Ángel Cañizares, administrador e diretor da revista, respetivamente.

Jaime Guimarães, diretor científico da edição portuguesa, agradeceu a aposta da MAXILLARIS em Portugal.

Durante a sessão, os administradores e fundadores da MAXILLARIS, José Antonio Moyano e Marisol Martín, recordaram como a ideia de criar uma revista profissional do setor dental se tornou realidade em 1998 e como, ao longo do tempo, os projetos se foram consolidando, de tal forma que, atualmente, a MAXILLARIS é um meio de comunicação global. “Além dos quinze anos da edição espanhola, contamos com a edição portuguesa, o Anuário Espanhol de Implantes Dentários, do qual já se publicaram seis edições, a produção de DVD’s clínicos e uma plataforma web que se complementa perfeitamente com o papel”, referiu no seu discurso José Antonio Moyano. Durante a sua intervenção, o diretor da Comissão Científica da edição portuguesa, Jaime Guimarães, agradeceu a aposta em Portugal, onde a MAXILLARIS tem hoje “uma grande importância”. Esta revista estreou-se há oito anos, “quando eram escassas as publicações deste tipo, e converteu-se numa referência. Sem deixar de ser uma revista puramente portuguesa, é também um exemplo da colaboração que deve haver entre os setores dentários de ambos os países”, afirmou Jaime Guimarães. A sessão terminou com a projeção de um vídeo no qual se relata a evolução da revista nestes 15 anos e com a distribuição da nova MAXILLARIS. Seguiu-se um cocktail, animado por um grupo de jazz e uma atuação de sapateado, durante o qual os convidados puderam partilhar opiniões sobre o novo look da revista em ambiente descontraído.

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Crónica

35º IDS realiza-se de 12 a 16 de março

Mais de 1.900 expositores de 55 países vão participar na exposição de Colónia Mais de 1.900 expositores de 55 países vão participar na maior feira do mundo dedicada à medicina dentária e à prótese dentária, que terá lugar en Colónia (Alemanha) de 12 a 16 de março. A 35ª edição do International Dental Show (IDS) será de novo o ponto de encontro global do setor. Os países com maior representação são Alemanha, Itália, Estados Unidos, Coreia do Sul, China, Suíça, França e Reino Unido. O certame também acolherá um total de 13 participações coletivas, apoiadas por organizações estatais ou privadas para a promoção das exportações. Quanto à presença portuguesa, esperam-se seis expositores no recinto de feiras de Colónia (Koelnmesse), um número aparentemente reduzido que, no entanto, representa o dobro dos participantes da edição de 2011. Em declarações à MAXILLARIS, o presidente da associação da indústria dentária alemã (VDDI), Martin Rickert, referiu que a Península Ibérica “sempre foi e continua a ser um mercado importante para a indústria dentária alemã”. Apesar da “complexa situação económica” em Portugal e Espanha, o dirigente alemão acredita que “há sinais que apontam para uma recuperação a curto e médio prazo”, garantindo que o mercado ibérico “continuará a ser uma prioridade no contexto dos investimentos da indústria dentária alemã”.

A tecnología Cad-Cam será um dos temas centrais no certame de Colónia.

A organização do certame, a cargo da sociedade alemã para a promoção da indústria dentária (GFDI) – empresa que pertence à VDDI – e da Koelnmesse, considera “muito satisfatório” o nível de inscrições, esperando que o sucesso obtido na edição de 2011, quando se registaram perto de 118.000 visitantes, se repita este ano. Neste sentido, calcula-se que a IDS 2013 “alcançará de novo valores máximos quanto ao número de expositores e visitantes, superfície coberta e nível de internacionalização”. A tecnologia Cad-Cam volta a ser um dos temas centrais da feira de Colónia. Assim, vão ser apresentadas todas as inovações neste campo, tais como a ampliação da cadeia digital de processos, os progressos em scanners intraorais e os softwares de planificação. Outro tema em destaque nesta edição é a tecnologia laser e as possibilidades de aplicação da luz monocromática na consulta. Também serão apresentadas na feira alemã as mais recentes tendências nas diferentes categorias de aparatologia, bem como as últimas novidades em implantes, endodontia, prótese, cerâmica e estética.

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Martin Rickert, presidente da VDDI, assegura à MAXILLARIS o interesse da indústria alemã no mercado ibérico.


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21ª edição do congresso anual da OMD

Crise não impede recorde de congressistas e expositores Mais de 2.800 profissionais do setor dentário participaram, entre os dias 8 e 10 de novembro passado, na 21ª edição do congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas, que decorreu nas instalações da feira internacional do Porto (Exponor). O encontro superou as expetativas da organização, tendo em consideração que, apesar da precária conjuntura económica que o país atravessa, os resultados finais traduzem-se num recorde de congressistas (1.707 médicos dentistas, 579 estudantes, 63 conferencistas, 389 assistentes dentários e 149 representantes de outras categorias), bem como de participantes na Expo-Dentária: um total de 7.512 pessoas visitaram os stands das 121 empresas expositoras nacionais e estrangeiras que esgotaram o recinto. O programa científico do congresso incluiu um total de 178 apresentações científicas em que estiveram envolvidos oradores de renome internacional como Dennis Tarnow (implantologia), Marga Ree (endodontia), Ricardo Mitrani (prótese fixa) ou André Ritter (dentisteria estética). Pelo terceiro ano consecutivo, o Fórum Ibérico, que conta com o apoio científico da MAXILLARIS, juntou profissionais portugueses e espanhóis em torno da discussão de casos clínicos complexos. A manhã da última jornada do congresso foi, assim, preenchida com as intervenções de Gil Alcoforado, Afonso Pinhão Ferreira, João Carvalho e Salomão Rocha, do lado português, e de Bettina Pérez Dorao (SECIB), José Rábago (SEPES), Juan Blanco Carrión (SEPA) e Juan Carlos Pérez Varela (SEDO), em representação de Espanha. O presidente da Comissão Organizadora do congresso da OMD, Artur Lima, considera que o “grande sucesso” desta edição baseia-se em três determinantes: quantidade, qualidade e inovação. “A quantidade, neste caso, resulta do número extraordinário de congressistas e expositores, sobretudo tendo em conta o período de austeridade que vivemos”, realça Artur Lima, destacando, por outro lado, “a alta qualidade dos conferencistas e das suas palestras”. No que respeita à inovação, a transferência do congresso para as instalações da Exponor proporcionou aos congressistas “um espaço mais central, intimista e funcional”. Além disso, foi também inovadora a aposta nas novas tecnologias, nomeadamente na introduçao das inscrições e pagamentos online para todos os profissionais. A tudo isto soma-se ainda “uma atenção que fizemos nos preços da inscrição, que permitiu realmente maximizar toda a estrutura do congresso e conseguir um sucesso para todos: expositores, palestrantes, congressistas e organização”, conclui Artur Lima. O coordenador da Expo-Dentária, Pedro Pires, evoca a mudança de local como a grande novidade do certame de 2012. Com efeito, desde há muitos anos que o congresso

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No stand da MAXILLARIS, a partir da esquerda, Pedro Pires, coordenador da Expo-Dentária; Jaime Mota, presidente da Comissão Organizadora da edição de 2013, e Artur Lima, responsável pela organização do recente congresso anual da OMD.


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do Porto se realizava no Europarque, mas a grave situação económica deste recinto de feiras “não nos permitiu arriscar a realização da exposição”, esclarece. Daí a opção pela Exponor que, mais do que um centro de congressos, é um espaço vocacionado para exposições. “À partida, a Expo-Dentária teria melhores garantias”, adianta Pedro Pires, sem deixar de ressalvar as limitações do recinto alternativo no que respeita ao congresso propriamente dito: para assegurar a parte científica, “foi necessário construir um grande auditório pré-fabricado para cerca de 700 pessoas”. Relativamente à feira da indústria, o desafio era manter, apesar da desfavorável conjuntura económica, o número de stands registado nas anteriores exposições e, se possível, aumentá-lo. “Felizmente, isso foi conseguido. Em termos puramente comerciais, vendemos mais espaços do que nunca (um total de 344 stands de 9 metros cuadrados) e registámos o maior número de sempre de patrocinadores”, revela Pedro Pires.

Mais de 7.500 pessoas visitaram o certame da indústria, que contou com um total de 121 empresas expositoras.

Estes resultados devem-se a uma série de fatores, tais como a redução substancial do preço dos congressistas que se inscreveram através da internet e do valor investido pelos expositores (desde que mantivessem ou aumentassem a área em relação ao ano anterior). O coordenador da Expo-Dentária adianta à MAXILLARIS que este tipo de apoio aos congressistas e expositores “vai manter-se” na edição de 2013, uma vez que, à primeira vista, não se auguram grandes mudanças no panorama da economia nacional. O regresso do certame à capital, nos dias 21 a 23 de novembro deste ano, representa um problema acrescido para a OMD, tendo em vista que o Centro de Congressos de Lisboa não tem reunido as condições para ter numa só área todos os expositores. “Embora isso não dependa de nós, vamos tentar encontrar uma solução que, desta vez, permita juntar no mesmo pavilhão todos os nossos parceiros da indústria que alimentam e fazem girar os consultórios de medicina dentária”, diz Pedro Pires.

Jaime Mota lidera organização do 22º congresso A Comissão Organizadora da 22ª edição do congresso anual da OMD é presidida pelo médico dentista Jaime Mota, licenciado pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, que exerce a sua atividade no distrito de Braga. Jaime Mota tem a vantagem de ter assistido à grande maioria dos congressos da OMD, quer na qualidade de congressista (desde que se licenciou, em 1996) quer como membro da organização (desde 2010). “Já estou familiarizado com o processo organizativo”, adianta à MAXILLARIS o novo presidente da Comissão Organizadora, que tem pela frente o desafio de manter a fasquia de um congresso que é hoje elogiado por todos os intervenientes: dos congressistas aos expositores, passando pelos conferencistas internacionais. “É evidente que isto me deixa com mais responsabilidade para o ano seguinte, sendo certo que este ciclo económico não ajuda”, afirma Jaime Mota, que traça como objetivos para a edição de 2013 “manter o elevado número de participantes e congregar tudo aquilo que vai de encontro aos objetivos dos expositores”.

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É intenção da sua equipa “tentar eliminar a burocracia de papéis que, por vezes, faz encravar um bocadinho a máquina, e procurar que as tecnologias nos ajudem a transmitir a nossa mensagem e a dos expositores”, isto é, conseguir que estes “obtenham um retorno cada vez maior do investimento que fazem no congresso”. Jaime Mota recorda que a Comissão Organizadora é constituída por médicos dentistas, todos em regime de voluntariado, deixando claro que “ninguém recebe rigorosamente nada” por participar no congresso. Todo este trabalho é desenvolvido, ao longo do ano, por profissionais que “estão envolvidos nisto por uma questão de gosto pessoal e que desmarcam consultas para poderem colaborar”. Em suma, trata-se de um congresso “feito por colegas e para colegas, que implica um esforço pessoal e profissional para trazer cá os melhores congressistas”, acrescenta, concluindo que o apoio da indústria “é fundamental em todo este processo”.

MAXILLARIS assegura apoio científico da quarta edição do Fórum Ibérico Como habitualmente, a MAXILLARIS teve uma presença ativa na Expo-Dentária, onde participou com um stand de desenho. Durante os três dias que durou a exposição, foram distribuídos aos visitantes mais de um milhar de exemplares da revista e oferecidas dezenas de assinaturas. Por outro lado, a MAXILLARIS apoiou oficialmente, pelo terceiro ano consecutivo, o Fórum Ibérico que preencheu boa parte da última jornada do programa. De acordo com Pedro Pires, coordenador da Expo-Dentária, o congresso da OMD “conseguiu muito mais visibilidade em Espanha a partir do momento em que fizemos com a vossa revista (em 2010) este acordo de promoção do Fórum Ibérico”. Pedro Pires considera que esta colaboração “tem permitido atrair não só congressistas espanhóis, como também parceiros comerciais do país vizinho”.

Durante a inauguração da Expo-Dentária, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e a comitiva que o acompanhou passaram pelo stand da MAXILLARIS.

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Esta revista já tem assegurado o apoio científico da quarta edição do fórum luso-espanhol dedicado à discussão de casos clínicos complexos, que se realizará no próximo mês de novembro, em Lisboa, ao abrigo da 22º edição do congresso anual da classe dos médicos dentistas.


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Orlando Monteiro da Silva na sessão solene:

“Não há crise que se sobreponha à utilidade da nossa profissão” A sessão solene do XXI Congresso da OMD contou com a presença de muitos representantes de entidades nacionais e internacionais do setor dentário e da saúde em geral, para além dos bastonários das diversas ordens profissionais portuguesas e de alguns deputados da Assembleia da República, entre outros. A diversidade em matéria de personalidades que assistiram ao evento refletiu-se, desde logo, na mesa de honra, composta por Ricardo Faria e Almeida, presidente da Comissão Científica; Paulo Ribeiro de Melo, secretário geral da OMD; Alfonso Villa Vigil, presidente do Conselho Geral de Dentistas de Espanha; Fernando Leal da Costa, secretário de Estado Adjunto e da Saúde; Gilberto Pucca, em representação do Ministério da Saúde do governo brasileiro; Ana Cristina Mano Azul, presidente do Conselho Fiscal da OMD; João Caramês, presidente da Mesa da Assembleia Geral da OMD, e Artur Lima, presidente da Comissão Organizadora do congresso. A ocasião foi aproveitada para anunciar a atribuição da medalha de ouro da OMD a Carlos César, presidente cessante do governo regional dos Açores, pelo seu papel na promoção da saúde oral nesta região autónoma, onde os centros de saúde das diversas ilhas contam hoje com a presença de médicos dentistas e os respetivos utentes dispõem de um boletim individual de saúde oral. A atribuição de bolsas de apoio à formação de médicos dentistas e a divulgação dos princípios básicos de saúde oral no seio das escolas açorianas são outras medidas que, de acordo com a direção da OMD, justificam plenamente a entrega da medalha a Carlos César. O dirigente político açoriano não esteve presente no grande auditório da Exponor, mas nem por isso deixou de manifestar o seu agradecimento pela distinção, através de uma breve mensagem que foi lida durante a sessão. No discurso que dirigiu à classe dos médicos dentistas, Fernando Leal da Costa destacou os bons resultados do programa de saúde oral lançado pelo Governo em 2009 e garantiu que o apoio à causa irá manter-se em 2013, suportado por um orçamento de 16 milhões de euros. “Apesar de estarmos perante um Orçamento de Estado particularmente difícil, tentou-se preservar as verbas da saúde, ainda que o resultado não seja o que todos desejaríamos”, esclareceu o secretario de Estado Adjunto e da Saúde, assegurando também que os 12 mil cheques-dentista que foram suspendidos no final de 2012 “serão compensados” no corrente ano. Leal da Costa revelou ainda que o Ministério da Saúde “está a preparar um programa nacional de rastreio e diagnóstico precoce do cancro oral”, iniciativa que corresponde a uma forte aspiração da OMD. O governante fez um apelo aos médicos dentistas no sentido de “desempenharem um papel ativo na prevenção de patologias como o tabaco, a diabetes ou o pugnar por uma alimentação saudável”, terminando o seu discurso com um alerta associado à nova conjuntura do país (e do setor): “Temos de estar preparados para a mobilidade em Portugal ou no estrangeiro”.

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O bastonário sublinhou a sua determinação em manter uma Ordem “referenciada, por todos, como credível” e “comprometida com os desafios que tem pela frente”.


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Por seu lado, Orlando Monteiro da Silva sublinhou a determinação da OMD no sentido de continuar a ser “uma Ordem referenciada, por todos, como credível (...) e comprometida com os desafios que tem pela frente”. O bastonário enumerou como os mais relevantes a nova Lei-quadro das APP e, posteriormente, a elaboração de um novo estatuto para propor ao Governo e à Assembleia da República a implementação da Tabela de Nomenclatura, assim como as especialidades e a alteração da legislação sobre branqueamentos dentários (a este propósito, durante o congresso foi assinado um protocolo com o INFARMED, com vista à colaboração da OMD no processo de transposição da nova legislação comunitária a este respeito para a legislação portuguesa). Destacou também “o desafio da cultura da lusofonia e do intercâmbio internacional, com os nossos colegas dos países de língua e expressão portuguesa, através do estabelecimento de plataformas de reconhecimento de diplomas e atribuição do título profissional, de tratamento de doentes em Portugal, de apoio à formação e ensino pré e pós-graduado”. Neste contexto, acentuou a importância da presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, na abertura oficial da Expo-Dentária, já que “é desta estratégia de diplomacia na área da saúde que necessitamos para levar a cabo estes objetivos”.

No discurso que dirigiu á classe dos médicos dentistas, Fernando Leal da Costa garantiu que o apoio do Governo ao programa de saúde oral vai manter-se em 2013.

O bastonário salientou, por outro lado, o papel “insubstituível” da profissão de médico dentista, tendo em mente que nove em dez pessoas no mundo inteiro sofrem de uma das duas grandes patologias que preocupam a classe (cárie dentária e doença periodontal). “Não há crise que se sobreponha a esta utilidade da nossa profissão para as pessoas”, sustentou, com a certeza de que “atrás de uma crise virá a recuperação”.

Diplomas para novos especialistas em ortodontia e prémios para trabalhos científicos Durante o congresso da OMD, quatro novos especialistas em ortodontia receberam os respetivos diplomas. Trata-se de Paula Bebiano, Cristina Figueiredo, Duarte Senra e Telmo Moreira, cujos exames de acesso ao título de especialidade de ortodontia realizaram-se em setembro passado, no Porto. Até ao momento, o colégio da especialidade de ortodontia conta com 52 especialistas.

A partir da esquerda, Telmo Moreira, Cristina Figueiredo, Paula Bebiano e Duarte Senra exibem os certificados na especialidade de ortodontia.

No âmbito das comunicações orais submetidas ao XXI Congresso da OMD, foram distinguidas duas apresentações dedicadas à temática da implantologia. Na área da investigação foi premiado um trabalho conjunto da FMDUP, intitulado “Avaliação da osteointegração de implantes no tratamento de defeitos periimplantares no coelho” e assinado por Isabel Guerra, Maria Helena Figueiral, Mário Ramalho Vasconcelos e Fernando Morais Branco. No contexto da revisão de casos clínicos foi premiada Maria Teresa Mendes, em representação da FMDUL, pela sua abordagem ao tema “Guias radiológicas e cirúrgicas em pacientes desdentados totais”. O prémio ao melhor póster de investigação recaiu num trabalho de dentisteria operatória da UFP, dedicado ao tema “Desempenho clínico de restaurações classe II aos 18 meses: etch-and-rinse e all-in-one”, da autoria de Liliana Gavinha Costa, Patrícia Manarte Monteiro, Sandra Gavinha, Sandra Veloso Faria e Maria Conceição Manso. O melhor póster de revisão de casos clínicos está associado à temática da periodontologia e intitula-se “Influência da rugosidade implantar no desenvolvimento de lesões periimplantares – revisão narrativa”. Os seus autores são Elsa Domingues, Diana Valente, Fábio Santos, Gonçalo Sanches e Nuno Calha, todos em representação da FMDUL.

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Bien-Air.

Biotech Portugal.

BTI.

Carestream.

Coltène.

Dentsply Implants.

Douromed.

Dürr Dental.

Euroteknika.


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GT-Medical.

Laboratรณrios Inibsa.

MAXILLARIS.

Neodent.

Oral-B.

Simesp.

SIN Sistema de Implante.

Sinusmax.

TP Orthodontics.

Voco.

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Atualidade académica

Rui Amaral Mendes,

coordenador do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa

É urgente a criação de um conselho nacional para o ensino médico-dentário Rui Amaral Mendes, coordenador do Mestrado Integrado em Medicina Dentária do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, adianta à MAXILLARIS os contornos do ano letivo 2012/2013 nesta instituição de ensino, com sede em Viseu, destacando a oferta de “uma nova pós-graduação única no país, no campo da patologia oro-maxilofacial”. O também diretor clínico da clínica dentária universitária do referido instituto defende, por outro lado, a criação urgente de um órgão que congregue as diversas instituições de ensino superior e a Ordem dos Médicos Dentistas, de modo a “conferir uma consistência e coerência nacional ao ensino universitário nesta área”.

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Atualidade académica Quais são as perspetivas do Instituto de Ciências da Saúde para o corrente ano letivo no que toca à formação em Medicina Dentária? Trata-se de um ano de transição, decorrente da mudança, entretanto ocorrida, a nível da coordenação do Mestrado Integrado em Medicina Dentária, com a saída do Professor Doutor Jorge Leitão, a quem a Universidade Católica Portuguesa muito deve pelo importante papel que desempenhou na restruturação do curso de Medicina Dentária, numa altura crucial como foi a da transição imposta pelo processo de Bolonha. Contudo, enquanto novo coordenador do Mestrado Integrado, estou convicto que as alterações introduzidas na estruturação do curso, em geral, e de algumas áreas disciplinares, em particular, contribuirão para a consolidação e reforço dos níveis de qualidade do Mestrado Integrado em Medicina Dentária, com a sua afirmação enquanto modelo formativo assente nos critérios de excelência, que são reconhecidos noutros domínios do ensino da Universidade Católica Portuguesa. Estão contempladas outras alterações no plano curricular ou no domínio da pós-graduação? O processo de Bolonha pressupõe a existência de um plano curricular relativamente dinâmico, que reflita os processos de autoavaliação levados a cabo no final de cada ano académico. No que diz respeito ao Mestrado Integrado, creio que a grande novidade decorre do aprofundamento da relação que tem vindo a ser estabelecida com o Hospital de São Teotónio. No entanto, sob o ponto de vista formativo, as grandes novidades ocorrem a nível do ensino pós-graduado, com a

Não posso afirmar que a crise económica tenha afetado a gestão ou o funcionamento do Mestrado Integrado em Medicina Dentária. Pelo contrário, verificou-se um aumento sensivelmente de 20 por cento no que concerne à atividade clínica

oferta de uma nova pós-graduação em Patologia Oro-Maxilofacial. Trata-se de uma pós-graduação única no país, que visa qualificar profissionais de saúde cuja atividade envolva a região oro-maxilofacial para o desenvolvimento de competências técnicas e científicas, direcionadas para o diagnóstico, tratamento e prevenção das patologias não dentárias que afetam o sistema estomatognático e as estruturas anexas, enquadrando-as num conhecimento aprofundado das bases anatomo-patológicas subjacentes ao seu diagnóstico. Este novo curso completa a nossa oferta na área do ensino pós-graduado, onde dispomos ainda de outros cursos, designadamente em Biomateriais e Medicina Regenerativa, Envelhecimento e Regeneração, Epidemiologia Molecular e Clínica e Informática em Saúde. Este último visa dar resposta às necessidades de formação nesta área específica da saúde, fornecendo um suporte sólido em sistemas de informação em saúde, informática biomédica e metodologias estatísticas de análise de dados, focando ainda a telemedicina, dando um destaque especial à qualidade e processamento da imagem médica. Considera que as reformas de Bolonha estão consolidadas nesta vertente do ensino? No essencial, sim. Contudo, o processo de Bolonha é, na sua essência, um processo dinâmico e deve ser encarado como tal.

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Atualidade académica Assim como assim, a operacionalização dos objetivos foi gradualmente desenvolvida ao longo dos três anos de transição para Bolonha, implicando o treino dos docentes em novos métodos de ensino-aprendizagem, com a homogeneização de conceitos científicos e pedagógicos – tais como o e-learning, a avaliação contínua, etcétera –, a construção de planos de estudo modulados, a definição de protocolos de diagnóstico e decisão e, sobretudo, uma estruturação curricular integrativa, assente num paradigma de complexidade crescente. Ora, todo este processo assente num ensino de proximidade e na interação entre aluno, representante de curso, docente, regente de área de conhecimento científico e coordenador do curso, em modelo aberto, permite monitorizar a dinâmica implementada e efetuar correções, sempre que se detetam desvios na curva de aprendizagem. Qual é o presente cenário em termos de investigação no domínio da Medicina Dentária? Que projetos ou parcerias mais se destacam neste campo? O Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa apresenta uma especificidade única, decorrente da ligação estreita com a licenciatura em Ciên-

cias Biomédicas desta mesma Universidade, algo que se reflete também nas atividades de I&D. Por outro lado, foi estabelecido um protocolo com a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, que prevê a nossa colaboração na lecionação de alguns módulos dos cursos do terceiro ciclo, designadamente a nível do doutoramento em Biomedicina. No âmbito mais específico da Medicina Dentária, é de destacar um estudo randomizado multicêntrico, liderado pela Universidade Católica, na área da deteção de lesões potencialmente malignas e que inclui como parceiros as Universidades de Valência, São Paulo, Michigan, Harvard e a Pritzker Medical School. Estamos também a coordenar um estudo randomizado duplamente cego, na área da antibioterapia em Cirurgia Oral. Em que medida a crise económica e financeira tem vindo a afetar a gestão do Mestrado Integrado em Medicina Dentária? Não posso afirmar, de todo, que a crise económica tenha afetado a gestão ou o funcionamento do Mestrado Integrado em Medicina Dentária. Pelo contrário, no corrente ano verificou-se, por exemplo, um aumento sensivelmente de 20 por cento no que concerne à atividade clínica. Penso que as principais repercussões em matéria financeira se têm verificado, sobretudo, no contexto da disponibilidade de fundos para o desenvolvimento quer de atividades de investigação, quer de atividades de extensão extracurricular. Qual é o ponto da situação quanto ao volume de alunos inscritos e à média anual de licenciados? Atualmente, o curso de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa apresenta aproximadamente um total de 250 alunos, tendo terminado o mestrado integrado, no ano letivo transato, cerca de 40 alunos. De que forma estão a ser geridas as eventuais dificuldades entre os estudantes para dar resposta ao pagamento das propinas? As eventuais dificuldades socioeconómicas manifestadas por alguns alunos são dirimidas através do recurso às bolsas de estudo de ensino superior privado atribuídas pela Direcção Geral do Ensino Superior. Para o efeito, o Serviço de Ação Social da UCP procura divulgar e promover as candidaturas, facilitando uma maior aproximação entre o estudante e a DGES. Concomitantemente, a Universidade instituiu a designada “Bolsa de Irmãos”, que permite beneficiar as famílias que têm mais do que um filho a frequentar simultaneamente

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Atualidade académica cursos da UCP, sendo atribuída uma redução de 25 por cento no valor da propina do segundo irmão e de 50 por cento aos seguintes. Como classifica a vossa situação no respeita às instalações físicas? Acha que dão uma resposta cabal às atuais necessidades? Globalmente, desde que a Universidade continue a privilegiar, como tem feito até aqui, a qualidade formativa, em detrimento da quantidade ou da massificação, penso que as nossas instalações permitem dar uma resposta adequada às necessidades e especificidades do processo de ensino e aprendizagem em Medicina Dentária.

Parece-me urgente assegurar mecanismos de garantia da qualidade formativa, algo que deve ser transversal a toda a classe e que deve incluir a realização de um estágio profissionalizante por parte dos colegas recém-formados

Partilha da opinião de que existe um excesso de oferta em Portugal em matéria de formação universitária em Medicina Dentária? Em caso afirmativo, que soluções ou medidas considera necessárias para inverter este cenário nacional? Sem dúvida. A pletora de profissionais na área da Medicina Dentária constitui hoje uma situação inquestionavelmente preocupante, pelo que o número de vagas nos diversos cursos deve refletir, adequadamente, esta realidade. Contudo, um pouco contra a opinião dominante, não creio que esta medida, geralmente apresentada como a grande panaceia para o elevado número de profissionais, permita, per si, a inversão deste cenário, dado que, frequentemente, a redução de numerus clausus é alvo de um “mecanismo compensatório”, recorrendo à abertura de vagas para trans-

ferências, facto que vicia qualquer possibilidade de uma análise e planificação séria do número global de alunos em formação a nível nacional. Neste contexto, julgo ser cada vez mais urgente a criação de um conselho nacional para o ensino médico-dentário que congregue as diversas instituições de ensino superior e a Ordem dos Médicos Dentistas e proceda à definição de políticas de educação, conferindo uma consistência e coerência nacional ao ensino universitário nesta área. Dados os constrangimentos de natureza política associados ao estabelecimento de limites no que concerne à quantidade de profissionais, parece-me urgente assegurar, sobretudo, mecanismos de garantia da qualidade formativa, algo que deve ser transversal a toda a classe e que deve incluir a realização de um estágio profissionalizante por parte dos colegas recém-formados, bem como o estabelecimento de um sistema de acreditação da formação contínua dos colegas mais velhos. Por último, na sua opinião, qual é a imagem de marca da Universidade Católica Portuguesa em termos de formação em Medicina Dentária? Penso que o curso de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa se distingue pela prática clínica significativa, apresentada pelos nossos estudantes, e pela ligação entre o Mestrado Integrado em Medicina Dentária e a licenciatura em Ciências Biomédicas, facto que os torna particularmente aptos para o desenvolvimento de atividades no campo da investigação.

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Liliana Castro,

presidente da X Jornada de Branqueamento Dentário da Associação Universitária Valenciana de Branqueamento Dentário

É o primeiro evento em Portugal inteiramente dedicado ao branqueamento dentário MAXILLARIS JANEIRO 2013

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Falamos com... A Associação Universitária Valenciana de Branqueamento Dentário (AUVBD), com sede em Valência (Espanha), vai realizar no próximo dia 9 de março, no Porto, a sua décima reunião científica anual, que se celebra pela primeira vez em Portugal. Liliana Castro, que preside à organização, espera uma forte adesão à inédita jornada nacional, totalmente dedicada ao branqueamento dentário, tendo em vista que se trata de um tema “com alguma carência de informação científica no nosso país”. Como surgiu a vossa parceria com a Associação Universitária Valenciana de Branqueamento Dentário e que razões estão na origem da consequente organização da reunião científica que se vai estrear no Porto, no próximo mês de março? Desde 2002, altura em que o professor Rui Madureira iniciou o seu doutoramento na Universidade de Valência, a convite do professor Leopoldo Forner, surgiu uma colaboração entre a Universidade de Valência e o ISCS-Norte, que até hoje se mantém em diversas vertentes. Mais tarde, iniciei o meu doutoramento, também em Valência, e tendo enveredado pelo estudo do branqueamento dentário, tornei-me membro da AUVBD e, desde então, manifestei o meu interesse em trazer para Portugal esta jornada, para divulgar este tema no nosso país. Que importância atribui à realização deste evento em Portugal? Parece-me muito importante aproveitarmos a experiência de vários anos desta associação no estudo e implementação do branqueamento dentário, uma vez que em Portugal esta área é muitas vezes divulgada de forma menos correta, devido a alguma carência na divulgação dos conceitos teóricos e clínicos da mesma. Quais são os principais pontos do programa? Penso que o programa é bastante completo, já que vão ser discutidas as principais técnicas de branqueamento vital e não vital e a sua integração nos planos de reabilitação oral. Estão confirmados como conferencistas os professores Rui Madureira, Leopoldo Forner e Benjamín Martín Biedma. Que outras vertentes da reunião científica merecem destaque? A apresentação de casos clínicos e a discussão, na mesa redonda, sobre o estado atual do branqueamento dentário, parecem-me de extrema importância para que os participantes tenham uma visão global sobre o tema. Por outro lado, este ano foi incluída a apresentação de pósteres para incentivar os participantes a colaborar com os seus próprios casos. Quais são as expetativas da organização quanto aos participantes? A nossa expetativa é conseguir preencher a maioria das vagas, já que é a primeira vez que se organiza uma jornada inteiramente dedicada ao branqueamento dentário em Portugal. Este é um tema com alguma carência de informação científica no nosso país.

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Falamos com... Que resultados espera deste encontro e que outras formas de colaboração gostaria de empreender futuramente nesta área? Dependerá muito da adesão da comunidade dentária portuguesa a esta iniciativa. Como já disse, penso que teremos uma boa adesão, pois são temas, no mínimo, muito falados pelos colegas em algumas iniciativas e muitas vezes em conversas de corredor, etcétera. Assim, se o interesse for grande, necessariamente serão implementadas outras iniciativas no futuro. Na sua opinião, quais são as atuais dificuldades ou prioridades dos profissionais portugueses em matéria de estética dentária? A estética é um conceito muito lato, subjetivo e variável de indivíduo para indivíduo, e tem que ser entendido não só como branqueamento dentário mas nas suas diversas vertentes: cor, forma, textura, posição, nível gengival e muitas outras coisas. A grande dificuldade é a multidisciplinaridade implicada. Pelo que temos visto, muitos encaram a estética de uma forma muito limitada e de acordo com a sua área de interesse. Para uns, a estética passa apenas pelo branqueamento; outros nem pensam em branqueamento. Discordo disto, pois o branqueamento, quando indicado, pode melhorar muito a estética, mas se for mal aplicado pode arruinar um tratamento. Quais são as técnicas mais recentes e inovadoras que estão disponíveis no mercado neste campo específico da Medicina Dentária? A tendência atual no branqueamento dentário é procurar produtos e técnicas com eficácia e rapidez, aumentando a sua segurança. Neste sentido, as linhas de investigação dirigem-se para a otimização dos produtos, nomeadamente através da utilização de procedimentos de ativação que permitem alcançar os resultados desejados em menos tempo e com concentrações menores do agente ativo, diminuindo a possibilidade de efeitos adversos. Já temos no mercado alguns produtos com este tipo de ativadores químicos e luminosos, mas ainda há muito para melhorar, designadamente no que diz respeito à previsibilidade deste tratamento. Não posso deixar de salientar que o branqueamento dentário já é um tratamento eficaz e seguro, desde que se cumpram todas as suas indi-

O branqueamento dentário já é um tratamento eficaz e seguro, desde que se cumpram todas as suas indicações terapêuticas e técnicas. A base do sucesso deste tratamento reside num bom diagnóstico

cações terapêuticas e técnicas. A base do sucesso deste tratamento, tal como de todos os outros, reside num bom diagnóstico e só depois na correta utilização dos produtos e técnicas disponíveis. Numa perspetiva mais global, que comentário lhe merece o atual panorama do setor dentário nacional? Esta é uma questão difícil, que nos levaria muito tempo a discutir. Temos em Portugal uma Medicina Dentária a várias velocidades. Quero dizer, temos alguma com qualidade, ao nível do que melhor se faz no mundo, mas também temos, infelizmente, muita medicina dentária de baixa ou muito baixa qualidade. Isto prende-se com vários aspetos. Por exemplo, muita gente faz formação contínua, mas outros saem da faculdade e não voltam a pegar sequer num livro. Depois, há aqueles que, como têm pouco trabalho, não evoluem porque praticam pouco e porque a formação é dispendiosa. Há ainda outros que, pura e simplesmente, não querem evoluir. Por outro lado, os tratamentos de qualidade são caros para a maioria da população, que procura preços mais baixos, condicionando a qualidade dos tratamentos.

Perfil LILIANA CASTRO é licenciada em Medicina Dentária pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde (Norte), onde exerce a sua atividade académica como professora auxiliar convidada de Técnicas Endodônticas e docente da pós-graduação em Endodontia. Doutorada em Espanha, pela Faculdade de Medicina e Odontologia da Universidade de Valência (Departamento de Estomatologia), Liliana Castro é membro da Associação Universitária Valenciana de Branqueamento Dentário. À margem da sua atividade docente, é autora de várias comunicações orais e pósteres em congressos nacionais e internacionais.

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Ángel Alcaide Raya,

diretor dos cursos de sedação consciente do Conselho Geral de Dentistas de Espanha

O controlo da dor e da ansiedade é um dever do dentista e um direito do paciente MAXILLARIS JANEIRO 2013

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Falamos com... Ángel Alcaide Raya é o diretor dos cursos de sedação consciente do Conselho Geral de Dentistas de Espanha. Em entrevista à MAXILLARIS, este especialista espanhol, com vasta experiência nesta área no país vizinho e no Reino Unido, considera que o uso de óxido nitroso tem como grandes vantagens o facto de ser administrado conjuntamente com oxigénio e a possibilidade de modificar a dose, de acordo com as necessidades do paciente. Ángel Alcaide Raya assegura que com este gás “é possível reduzir a ansiedade do paciente, o que permite trabalhar de uma maneira mais cómoda e segura”. Em que se fundamenta a sedação consciente mediante óxido nitroso aplicada às clínicas dentárias? É um tipo de sedação inalada que produz uma depressão mínima da consciência. É idónea para os pacientes que se submetem a tratamentos simples, mas que mostram um certo grau de nervosismo ou medo. São casos em que não vale a pena recorrer à presença de um anestesista para levar a cabo uma sedação intravenosa, com os custos que isso implica, mas em que não deixa de ser muito conveniente baixar a tensão do paciente. Como se diferenciam os tratamentos indicados para este tipo de sedação? Não há uma regra estrita para diferenciar os tratamentos suscetíveis de ser tratados com óxido nitroso. A bagagem do profissional será fundamental para saber escolher os casos. A minha experiência de vários anos en Inglaterra, país de referência na Europa relativamente ao uso deste gás em Medicina Dentária, permite-me afirmar que o seu espetro de aplicação é muito amplo. Utilizei-o em limpezas dentárias, obturações, tratamentos periodontais e até em cirurgias de implantes. Não se pode recorrer ao óxido nitroso quando o paciente não mostre um nível de cooperação mínimo. Nestas situações haverá que continuar a optar por técnicas como a sedação intravenosa. Apesar disso, o óxido nitroso produz uma ansiólise suficiente para a grande maioria dos pacientes do foro dentário, o que permite fazer tratamentos de uma maneira muito mais cómoda tanto para o paciente como para a equipa clínica. Que tipo de cooperação oferece o paciente tratado com óxido nitroso? A sedação consciente com óxido nitroso e a sedação consciente em geral permitem que o paciente possa colaborar em todo o momento, saiba o que lhe estamos a fazer e execute os movimentos que lhe solicitamos. Para o dentista, trabalhar com um paciente consciente é muito positivo, porque lhe dá uma grande margem de segurança. 36

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Falamos com... É generalizado o nervosismo ou a ansiedade dos pacientes nas consultas? É muito complicado indicar dados concretos, mas há, sem dúvida, pacientes que não vão ao dentista por medo; talvez representem uma percentagem mínima, mas os casos existem. Agora, o que temos constatado é um alto volume de pacientes que mostra certo grau de ansiedade e nervosismo no momento de começar o tratamento, e que simplesmente aprendem a aguentar. O óxido nitroso pode ser uma solução para estes casos. Há que ter em conta que a ansiedade e a dor estão muito relacionadas. Quanto mais ansiedade tiver um paciente, mais dor manifestará face a um estímulo, mesmo que este não seja especialmente doloroso. Se conseguirmos reduzir a ansiedade, a resposta ao estímulo será sempre mais moderada e a sua cooperação e comodidade serão maiores. Como se deve aplicar esta sedação? É administrada mediante uma máscara nasal que se coloca sobre o nariz, pelo que o nosso acesso à boca pode apresentar, inicialmente, algumas dificuldades, mas uma vez que o profissional ganhe certa experiência, poderá comprovar que a interferência da máscara é nula. O óxido nitroso chega à máscara, sempre misturado com oxigénio, através de um equipamento portátil, que podemos mover entre os diferentes gabinetes ou mediante uma instalação fixa. Devido à sua farmacologia, o óxido nitroso permite modificar os níveis de sedação durante o tratamento de uma maneira muito simples. Não obstante, não convém que estas variações sejam constantes, já que provocariam incómodos ao paciente. Por exemplo, nas minhas cirurgias aplico a sedação com óxido nitroso até o paciente me dar a sua conformidade para iniciar o tratamento; graças a este recurso, a aplicação da anestesia incomoda menos. Posteriormente, faço uma avaliação sobre a necessidade de reduzir a dose ou mesmo de a suprimir.

Tem de haver sintonia no controlo da ansiedade e da dor. Se controlamos muito bem a dor e descuramos a ansiedade, os estímulos continuarão a provocar uma reação negativa do paciente

A regra de ouro em qualquer sedação consciente é manter o contacto verbal com o paciente. A combinação com a anestesia é sempre necessária? Sim, como regra geral deve fazer-se assim. Se um tratamento necessita anestesia, não pretendamos fazê-lo sem esta, pelo facto de administrar óxido nitroso. É possível que em determinados casos, como um tratamento periodontal, se possa limitar em algumas zonas o uso de anestesia, porque o paciente responde bem ao óxido nitroso e tolera certos incómodos, mas isso não nos deve levar a renunciar à anestesia como regra geral. Tem de haver sintonia no controlo da ansiedade e da dor. Se controlamos muito bem a dor e descuramos a ansiedade, os estímulos continuarão a provocar uma reação negativa do paciente. Quem deve aplicar esta técnica nas consultas dentárias? A sedação consciente com óxido nitroso deve ser aplicada pelo dentista diretamente sobre o paciente, com uma equipa auxiliar devidamente treinada. Não é necessária a presença de um anestesista. A sua segurança é elevada – isso está comprovado nos manuais e estudos sobre a matéria –, mas a nossa formação e a da equipa auxiliar são um aspeto fundamental. Entre todos, devemos criar um clima de tranquilidade que beneficie o paciente e o tratamento. Há riscos associados ao uso de óxido nitroso? Trata-se de um fármaco e como tal deve aplicar-se corretamente. Há relatos de casos de abusos, com clínicos que o utilizaram sobre si mesmos e assim, evidentemente, surgem problemas. Quanto ao seu uso correto, os efeitos adversos

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Falamos com... que foram descritos, na maioria dos casos, são alterações neurológicas (tonturas) ou gastrointestinais (náuseas e vómitos). É muito difícil encontrar nos manuais da especialidade complicações relacionadas com o óxido nitroso que ponham em perigo a vida do paciente. Este gás tem duas virtudes fundamentais: por um lado, é sempre administrado conjuntamente com oxigénio – as máquinas não permitem que este seja inferior a 30 por cento da mistura – e, por outro, a flexibilidade para modificar a dose em qualquer momento. Se o paciente nos avisa que sente tonturas, podemos reduzir a dose para que recupere. Se ainda assim o mal estar persistir, podemos eliminar completamente a administração de óxido nitroso e a máquina pasará a abastecer cem por cento de oxigénio, desaparecendo assim o gás sedante muito rapidamente e por completo do organismo do paciente. A recuperação, portanto, é praticamente imediata. Como reagem os pacientes quando são informados de que se lhes vai aplicar óxido nitroso? Segundo a minha experiência em Inglaterra, os pacientes estão sempre abertos a medidas que lhes tornem o tratamento mais cómodo. Explica-se-lhes devidamente como funciona e eles assinam o consentimento. Nunca me deparei com um paciente que o tivesse rejeitado. A máscara nasal pode parecer algo incómoda ao princípio, mas uma vez iniciado o tratamento, e desde que o paciente esteja tranquilo, este nem se lembra que a tem colocada. É caro aplicar o óxido nitroso na consulta? O equipamento para começar a aplicá-lo não é mais caro que o necessário para colocar implantes. As dúvidas surgem no momento de fazer refletir este investimento nos

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Ángel Alcaide Raya tem ampla experiência no uso de óxido de nitroso em centros clínicos espanhóis e ingleses.

preços dos pacientes. Na minha opinião, cada profissional deve decidir se o oferece como mais um serviço ou se o cobra à parte. A sedação intravenosa corre o risco de passar para segundo plano? A sedação com óxido nitroso não vem substituir a sedação endovenosa, nem se pretende dispensar o anestesista das consultas dentárias quando realmente faz falta. O óxido nitroso é indicado para os casos em que administrar um sedativo endovenoso implica um custo e um incómodo excessivos. Os casos claros de sedação endovenosa vão continuar a existir como até agora, embora em intervenções simples, como fazer uma obturação ou um tratamiento periodontal básico a um paciente nervoso, se possa reduzir gastos e incómodos mediante o recurso ao óxido nitroso, tirando partido das vantajens da sedação consciente. Considera que se trata de um sistema com futuro promissor? Temos a experiência de muitos países em que os dentistas utilizam este tipo de sedação de maneira habitual. Sem dúvida que os pacientes vão pedi-lo e os dentistas também, porque lhes dá segurança. Os estudos são claros quando referem que os pacientes stressados ou com um alto nível de ansiedade são mais suscetíveis de sofrer crises cardíacas, respiratórias ou epiléticas do que aqueles que não estão nessa situação. Se reduzirmos esse stress e mantivermos o nosso paciente hiperoxigenado, estaremos perante uma situação muito mais favorável. O óxido nitroso não tem limitações no que diz respeito à idade dos pacientes, mas é evidente que uma das camadas etárias que mais beneficiam da sua aplicação é a das crianças. Em odontopediatria é habitual trabalhar com crianças com medo, pelo que reduzir a sua ansiedade é fundamental. Outro grupo especialmente suscetível é o dos pacientes com deficiências psíquicas ou especiais. A experiência diz-nos que aplicar óxido nitroso nestes pacientes facilita em grande medida o trabalho.


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Ciência e prática AUTORES: Nuno Braz de Oliveira Médico Dentista. Pós-graduado em Ortodontia pela Universidade de Nova Iorque (NYU). Residência de dois anos em Cirurgia Oral na NYU. Prática exclusiva em Ortodontia e Cirurgia Oral. Diretor clínico da Clínica Dental Face em Lisboa. José Nuno Ramos Licenciatura em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa. Especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética C.H.L.O. Guilherme Guerra Médico Dentista. Bacharelato em Prótese Dentária. Prática exclusiva em Prostodontia e Oclusão. Clínica Dental Face em Lisboa. Duarte Braz de Oliveira Médico Dentista. Clínica Dental Face em Lisboa. Francisco Brandão de Brito Médico Dentista. Especialização em Periodontologia pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). Mestrado em Periodontologia pela FMDUL. Docente da Especialização em Periodontologia da FMDUL. Tesoureiro da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI). Prática exclusiva em Periodontologia e Implantes. Clínica Dental Face em Lisboa. Lisboa.

Nuno Braz de Oliveira Introdução O cancro oral refere-se ao conjunto de tumores localizados na região dos lábios, cavidade oral e/ou orofaringe, sendo o quinto tumor mais comum do mundo e com valores de incidência que rondam os 500.000/ano2. Durante as cinco últimas décadas, a taxa de sobrevivência a cinco anos não tem sofrido alterações, verificando-se que aproximadamen-

te 47% dos pacientes com carcinoma na cavidade oral ou faringe e 44% na laringe morrem cinco anos após terem sido diagnosticados1. 95% dos cancros orais são detetados em pacientes com mais de 40 anos, apresentando uma média de 65 anos na

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altura do diagnóstico. Os seus principais factores etiológicos são o tabaco e o álcool, salientando-se a sinergia que apresentam, quando ambos estão presentes. Normalmente é assintomático nos estádios iniciais e o seu diagnóstico é geralmente tardio, devido à inespecificidade dos sintomas que o paciente apresenta, o que atrasa a procura de cuidados médicos. A abordagem dos pacientes com cancro oral representa um desafio multidisciplinar, devido à complexidade e diversidade de tratamentos que estes doentes requerem. Os princípios gerais de abordagem do paciente com cancro oral são: avaliação minuciosa do paciente e da doença; diagnóstico, classificação e estadiamento da doença tumoral; realização de um plano de tratamento rigoroso; coordenação das várias modalidades terapêuticas; reconstrução e reabilitação pós-tratamento e suporte fisiológico e social. O médico dentista tem assim um papel ativo, não só no rastreio e diagnóstico precoce desta patologia, porque disponibiliza cuidados de saúde oral à população em geral, que lhe permitem intervir sobre fatores de risco como o tabaco e/ou álcool, mas também no acompanhamento durante e após o tratamento.

O paciente oncológico O tratamento do paciente oncológico comporta um conjunto de possíveis complicações e efeitos secundários resultantes do tratamento da patologia, aos quais o médico dentista deve estar atento e saber como agir,

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não só durante as consultas de rotina, como também durante o planeamento do tratamento. O tratamento do cancro oral passa, normalmente, pela realização de um procedimento cirúrgico, quimioterapia ou radioterapia, podendo haver a associação de alguns destes em situações de maior malignidade. Os procedimentos cirúrgicos podem envolver a remoção de grandes quantidades de tecidos e, por sua vez, a radioterapia e quimioterapia vão causar alterações a nível celular. Algumas das principais complicações a nível dentário e oral descritas na literatura como consequência destas terapias são a mucosite e infeções orais, hiposalivação, desmineralização dentária, disgeusia (alteração do paladar), alterações funcionais (fonação, deglutição e mastigação), trismos, osteorradionecrose e malnutrição. A mucosite e as infeções orais resultantes da quimio e radioterapia criam desconforto e dor durante a utilização de próteses que fiquem assentes ou em contacto com a mucosa. A hiposalivação vai causar alterações a diversos níveis, desde maior propensão para o desenvolvimento de cáries, por ausência do efeito tampão e lavagem, à alteração do paladar, não esquecendo também que a saliva desempenha um papel importante na retenção de algumas próteses. A alteração das funções básicas como a deglutição e mastigação irá refletir-se na capacidade de recuperação do paciente. Os trismos causam uma limitação da abertura da boca, que dificulta a mastigação e o acesso às zonas a reabilitar.


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A osteorradionecrose é uma situação de difícil tratamento e pode levar à falha das reabilitações por perda ou alteração do osso de suporte.

começar depois do tratamento da patologia, mas sim a partir do momento do diagnóstico, de modo a que haja uma maior coordenação entre as diferentes equipas envolvidas.

Salienta-se, ainda, um quadro de alterações sistémicas e psicológicas que também podem condicionar o plano de tratamento, quer por défice nutricional, reduzindo a capacidade de cicatrização, quer pela própria motivação do paciente.

Numa fase pré-cirúrgica deve-se debater com o paciente as suas necessidades e expetativas face à reabilitação e idealmente registar e recolher toda a informação que vá influenciar ou condicionar a reabilitação. A realização de impressões das duas arcadas, registo de mordida e fotografias extra e intraorais podem vir a facilitar os trabalhos a realizar no futuro2. Após a cirurgia de remoção de tumores da maxila e/ou mandíbula o paciente encontra-se normalmente “mutilado” pela extensão da mesma, pelo que a reabilitação é fundamental para prevenir deformações faciais, manter a continuidade óssea e facilitar as funções de mastigação, deglutição e fonação, não esquecendo que a redução da morbilidade e o estabelecimento de uma qualidade de vida aceitável são também essenciais. As diferenças entre os defeitos criados na maxila e na mandíbula vão influenciar a reabilitação, a qualidade de vida, o nível de função psico-social, entre outros. As principais diferenças relacionadas com a reabilitação encontram-se resumidas no quadro 15.

Reabilitação A reabilitação do paciente oncológico tem como objetivo principal devolver-lhe a qualidade de vida pessoal e social. Ela é de índole multidisciplinar, envolvendo uma equipa de especialistas muito diversa que inclui o cirurgião, o médico oncologista, enfermeiras, o psicólogo, o médico dentista, o higienista oral, fisioterapeutas, nutricionistas, técnicos de prótese e a assistente social. O planeamento da reabilitação não deve

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A reconstrução cirúrgica, apesar de permitir obter resultados aceitáveis na restauração de defeitos ósseos e de tecidos moles, da continuidade da mandíbula e da forma da língua5, se não for associada a uma adequada reabilitação oral, pode permanecer insatisfatória no que se refere à mastigação, fonética, estética e deglutição2. As soluções disponíveis para

Defeitos na maxila qualidade

Defeitos na mandíbula

• Alguns casos permitem reabilitar ao ponto de restituir níveis quase normais de função e estética. • Qualidade de vida aceitável.

• Maioria dos casos com comprometimento da função e estética. Difícil de reabilitar a níveis pré-cirúrgicos. • Qualidade de vida limitada.

modo

• Normalmente imediata e relativamente simples. • Resultados mais previsíveis.

• Primariamente cirúrgico. • Demorado. • Resultados menos previsíveis.

eficácia

• Eficazes a curto e a longo prazo.

• Menos eficazes.

• Não é a primeira escolha devido à eficácia da reabilitação prostodôntica. • Pode atrasar o diagnóstico de recidivas.

• Melhoramento estético e funcional. • Condiciona a reabilitação prostodôntica.

• Pode ser realizada apenas pelo prostodontista, mas não é o ideal.

• Obriga necessariamente uma equipa multidisciplinar.

Reabilitação

Cirurgia de reconstrução

Equipa de reabilitação

Quadro 1. Adaptado de Roumanas et al., 2006.

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a reabilitação prostodôntica do paciente oncológico, após a reconstrução, são as próteses removíveis e as próteses fixas dento e implantosuportadas. As próteses removíveis normalmente resultam em próteses instáveis e pouco funcionais e as próteses fixas dentosuportadas, nos casos de ressecções extensas, são na maioria das vezes inviáveis. Assim, o recurso a implantes endósseos permite providenciar soluções protéticas mais estáveis e satisfatórias a nível funcional5-7. Contudo, a adesão do paciente à reabilitação com implantes muitas vezes é comprometida pelo seu estado psicológico, face ao esforço adicional que terá de fazer ao submeter-se a mais cirurgias. Quando se opta por esta solução surgem duas questões importantes que envolvem os pacientes submetidos à radioterapia. A primeira refere-se à viabilidade dos implantes colocados nestes pacientes, ou seja, a preocupação de que as alterações causadas nos tecidos moles e duros pela radiação comprometam a osteointegração dos implantes colocados. A literatura científica indica que a extensão destas alterações depende da dose, local e duração do tratamento com radiação e torna, à partida, o doente irradiado na cabeça e pescoço, mais suscetível ao desenvolvimento de osteorradionecrose dos maxilares e sujeito a maiores taxas de insucesso implantar19. A segunda questão está relacionada com a altura da colocação dos implantes. Existem autores que defendem que os implantes devem ser inseridos na altura da cirurgia de ressecção – colocação primária8, enquanto que outros advogam que devem ser colocados depois do tratamento oncológico estar completo – colocação secundária8,

Vantagens da colocação primária 1. Evita que a cirurgia de implantes seja realizada em osso irradiado, podendo esperar-se um menor risco de osteorradionecrose. 2. Permite que a osteointegração se inicie antes da radioterapia. 3. Permite a realização de obturadores cirúrgicos retidos nos implantes, permitindo um pós-operatório mais favorável na mastigação e na fala. 4. Evita ao paciente mais um tempo cirúrgico. 5. Diminui o tempo de profilaxia e necessidade de terapia hiperbárica. 6. Período de reabilitação mais curto. Quadro 2. Adaptado de Schepers et al., 2006, e Schoen et al., 2008.

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aproximadamente seis a 12 meses após radioterapia2. As vantagens de cada uma das situações estão resumidas no quadro 22,8,9.

Reabilitação na maxila Os maxilares são os ossos mais importantes do esqueleto do terço médio da face. Juntamente com os ossos malares fornecem o suporte para os músculos responsáveis por funções como a expressão facial, mastigação, fonação, respiração e deglutição. Têm, ainda, importância no estabelecimento de grande parte do contorno facial. A decisão de reconstrução maxilar depende, em parte, da extensão da maxiletomia – que frequentemente causa uma comunicação entre as cavidades oral, nasal e do seio maxilar. Na reconstrução da maxila são usados diversos tipos de enxertos, entre eles, enxertos osteocutâneos do perónio e do rádio, da grelha costal e enxertos vascularizados e não vascularizados da crista ilíaca interna, com retalho do músculo oblíquo10. Segundo Sarukawa10, são várias as indicações para a reconstrução maxilar, incluindo-se a reconstrução imediata após extirpação de um tumor maligno/benigno ou a reconstrução secundária. A reconstrução imediata após a cirurgia ressectiva de um tumor maligno distingue-se dos outros tipos de reconstrução maxilar, pois está em causa a malignidade da doença, sendo o primeiro objetivo a remissão da mesma e prevenção de recidiva local, em detrimento da reconstrução, que passa assim para segundo plano. A reabilitação protética dos defeitos maxilares ganha, assim, uma maior importância, principalmente quando o objetivo imediato é encerrar a comunicação entre a cavidade oral e a nasal e/ou sinusal, pois a circulação de ar e fluídos entre estas cavidades é bastante comprometedora da função.

Vantagens da colocação secundária 1. Evita que haja um posicionamento incorreto dos implantes, impossibilitando a reabilitação protética em casos em que a cicatrização crie alterações anatómicas importantes. 2. Evitar que a colocação de implantes interfira com o tratamento oncológico, atrasando a radioterapia. 3. A percentagem alta de recorrência local ou morte nos 13 meses a dois anos após a ressecção tumoral faz com que a terapia com implantes imediatos, com o dispêndio de esforço, custo e potenciais complicações, resulte em próteses que não chegariam a ser usadas. 4. Permite que o paciente estabilize, haja a cicatrização dos tecidos, conseguindo-se avaliar assim a necessidade de retenção e estabilidade adicional necessária.


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Têm sido publicados vários sistemas de classificação dos defeitos ósseos, entre eles o proposto por Okay11 em 2011, e vários algoritmos para os procedimentos de reconstrução, onde se sugere que a maioria desses defeitos maxilares seja reconstruída com enxertos osteocutâneos livres10. Os sistemas de classificação permitem aos cirurgiões e médicos dentistas responsáveis pela reabilitação o estabelecimento de um prognóstico com base nas características de um defeito em particular. O sistema de classificação dos defeitos criados pelas maxiletomias, proposto por Okay, baseia-se na localização, tamanho, conformação do defeito e peças dentárias presentes11. Geralmente uma reabilitação imediata, ou de curto prazo, passa pela confeção de uma prótese cirúrgica imediata, colocada durante o tempo da intervenção cirúrgica, devido ao facto de uma prótese definitiva não se encontrar indicada até à estabilização do sítio cirúrgico4,13. A reabilitação dentária na maxila pode ser obtida através de próteses removíveis dento-mucosuportadas ou de próteses sobre implantes endósseos2,4,12. No planeamento da reabilitação devem ser tidos em consideração fatores como os movimentos da prótese, as alterações do tecido local, a presença de próteses obturadoras no palato, a extensão do defeito, a presença de dentes e o seu prognóstico, assim como o peso, o volume da reabilitação protética e a zona neutra, para além de fatores como a quimioterapia ou radioterapia e a condição médica geral2,4,12. Por ser dependente de uma multiplicidade de fatores, a reabilitação maxilar com próteses removíveis pode tornar-se bastante complexa e, por vezes, funcionalmente insuficiente, o que torna a reabilitação com implantes osteointegrados uma alternativa viável, segura, confortável, eficaz biomecanicamente e mais satisfatória para o paciente2. Atualmente, é possível reabilitar as peças dentárias através de uma reabilitação implantosuportada independente do obturador2, simplificando a manutenção protética e aumentando a estética e qualidade de vida do paciente.

Ciência e prática

Em relação ao tipo de solução prostodôntica, esta pode ser fixa ou removível, onde a removível ganha relativa vantagem por permitir uma higienização facilitada, um follow-up visual do defeito e das margens cirúrgicas, para além do custo inicial e manutenção serem relativamente reduzidos quando comparados com a fixa2. Quando utilizada uma reabilitação fixa, esta deve ser separada da prótese obturadora, de modo a permitir a remoção desta última para facilitar a higienização e o follow-up da lesão, e deve ficar suficientemente afastada das mucosas de modo a prevenir lesões traumáticas que podem evoluir para osteorradionecrose. Mais recentemente surgiram os implantes zigomáticos que, em associação com os implantes convencionais, podem minimizar ou excluir a necessidade de enxerto ósseo ou mucoso, o que se traduz num menor tempo de hospitalização e menos dor e morbilidade2,14. Este tipo de implantes encontram-se geralmente indicados para a reabilitação prostodôntica em situações de reabsorção maxilar extensa, ou como forma de ancoragem de reabilitações protéticas, em defeitos maxilares, nomeadamente aqueles secundários à cirurgia oncológica2,14. As principais desvantagens apontadas a estes implantes são o acesso cirúrgico dificultado e a visibilidade reduzida, principalmente quando o paciente apresenta trismos e o potencial risco de dano ocular2,14. Cada caso de reabilitação maxilar deve ser analisado individualmente considerando todas as hipóteses, pois não existe uma única solução para a reabilitação de todos os defeitos secundários à cirurgia oncológica.

Reabilitação na mandíbula O osso mandibular é um componente chave na função orofaríngea e na estética facial. A ressecção parcial ou total da mandíbula pode estar indicada por razões oncológicas, o que acarreta uma significativa morbilidade15. A reconstrução e reabilitação funcional de pacientes sujeitos a ressecção mandibular permanece um dos grandes desafios para a cirurgia maxilofacial e para a equipa de Medicina Dentária, pois a ressecção mandibular envolve problemas estéticos e psicológicos, principalmente se for acompanhada de condiletomia16, assim como incompetência na fala, mastigação, deglutição, controlo das funções salivares, respiração e desvio mandibular para o lado

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que sofreu a ressecção2,16. Quanto maior for a extensão do defeito mandibular, pior será a disfunção e consequentemente o prognóstico da reabilitação protética, na medida em que, para além do tecido ósseo, também se encontra envolvido tecido mucoso, muscular e nervoso (sensitivo e motor)16.

altura óssea suficiente, tecido mucoso alterado, xerostomia e perda de inervação motora e sensitiva, o que tanto pode influenciar negativamente a utilização de uma prótese dentária removível mucosuportada como a utilização de uma prótese implantosuportada2,15,18.

A reabilitação destes defeitos mandibulares, unicamente através de componentes protéticos, não é, frequentemente, viável, uma vez que é necessária a reposição de tecido ósseo, mucoso e cutâneo2. Assim, na maioria das vezes, é possível maximizar a mastigação do lado não afetado, sem o recurso a uma solução mais dispendiosa para o paciente17.

De qualquer forma, parece que a estabilidade e retenção da reabilitação prostodôntica pode ser melhor assegurada com o recurso a implantes endósseos 2,15. Uma eventual contraindicação da utilização dos implantes prende-se com a radioterapia, muitas vezes necessária e potencialmente prejudicial à osteointegração do implante2,15. Durante alguns anos defendeu-se que a oxigenoterapia hiperbárica contribuía para reduzir esse risco, aumentando o sucesso da osteointegração de implantes em doentes oncológicos sujeitos a essa radioterapia2,15. Mais recentemente, Coulthard et al, em 2003, numa revisão sistemática, mostraram que não havia evidência científica de qualidade a provar que o oxigénio hiperbárico possa melhorar a sobrevivência de implantes em pacientes irradiados20.

Para um defeito criado por uma mandibuletomia parcial encontra-se geralmente indicada a reposição da forma e função através de reconstrução óssea2,15,16,18. A reconstrução da mandíbula pode ser executada no mesmo tempo cirúrgico da ressecção mandibular2, sendo colocado um enxerto ósseo suportado por placas metálicas adaptadas ao contorno da mandíbula, permitindo assim reestabelecer a continuidade da mesma2,15,18. A decisão de reconstruir a mandíbula concomitantemente com a ressecção do tumor, ou aguardar para uma segunda intervenção cirúrgica, prende-se com o potencial de malignidade do tumor. No caso de ser benigno, está indicada a reconstrução imediata ou aguardar pela estabilização da primeira intervenção para posterior reconstrução. No caso de ser maligno, está indicado aguardar um a dois anos antes de se realizar a reconstrução, de modo a poder vigiar-se possíveis recorrências2. A reabilitação prostodôntica neste “ambiente” reconstruído pode ser complexa devido à existência de comorbilidade médica do paciente, necessidade de quimioterapia ou radioterapia,

A primeira escolha para a reconstrução mandibular tem sido o enxerto osteocutâneo do perónio, com ou sem o componente cutâneo, pois proporciona um osso de comprimento significativo, bicortical e com boa qualidade para a osteointegração de implantes2,15. Outras técnicas de reconstrução mandibular recorrem a materiais de enxerto aloplásticos ou autólogos em combinação com retalhos musculares pediculados, mas parecem ter uma taxa de complicações superior à encontrada nos enxertos livres15. As próteses fixas e removíveis suportadas nos implantes endósseos constituem as duas principais opções de tratamento para restaurar as arcadas dentárias dos pacientes sujeitos a cirurgia ressectiva da mandíbula18 e devem ser capazes de repor a função mastigatória. No sentido de maximizar a reabilitação mandibular, todo o planeamento prostodôntico deve incluir e detetar elementos base do desenho de uma prótese, nomeadamente a distribuição das tensões exercidas durante a função, a estabilidade da arcada, localização de componentes e a substituição de dentes, bem como do reposicionamento do plano oclusal18. Posteriormente à reabilitação dentária, é necessário um acompanhamento próximo no sentido de prevenir possíveis complicações da reabilitação, como a mucosite, a periimplantite ou outras complicações tardias, tanto nos implantes como nos enxertos18. Uma vez mais, cada caso de reabilitação mandibular deve ser analisado individualmente, considerando todas as hipóteses, pois também aqui não existe uma única solução para a reabilitação de todos os defeitos secundários à cirurgia oncológica.

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Paciente do sexo feminino, com 71 anos de idade, que compareceu na nossa consulta com queixas de úlcera crónica na mucosa lingual mandibular direita. Foi-lhe diagnosticado um carcinoma espinocelular. Para remoção do tumor, foi-lhe efetuada uma mandibuletomia segmentar, bem como um esvaziamento cervical radical modificado. Na mesma intervenção foi realizada uma reconstrução provisória com placa de osteosíntese e parafusos. Para reabilitação funcional e estética da paciente, dois meses depois, foram colocados cinco implantes endósseos,

Ciência e prática

Caso clínico num protocolo de carga imediata, com uma prótese híbrida metalo-acrílica. Passado um ano da reabilitação com implantes, verificou-se a falência do material de osteossíntese, que foi detetada, aquando de uma consulta de rotina, através da observação de uma mordida aberta do lado direito. A paciente foi, de novo, intervencionada de forma à realização de uma reconstrução definitiva do defeito segmentar anteriormente criado, através de uma abordagem submandibular extraoral, pela colocação de um distrator interno univetorial para se conseguir uma distracção do segmento mandibular proximal até conseguir o preenchimento do defeito. Mais tarde, o distrator foi removido e foi colocada uma placa de reconstrução do sistema matriz AO.

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Fig. 1. Aspeto da cirurgia de mandibuletomia segmentar com esvaziamento cervical radical modificado.

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Figs. 2 e 3. Fotografias intraorais da paciente, imediatamente antes da colocação dos implantes endósseos.

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Figs. 4 e 5. Fotografias extraorais da paciente, imediatamente antes da colocação dos implantes endósseos.

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Fig. 6. Ortopantomografia após cirurgia de recessão tumoral e antes da colocação dos implantes endósseos.

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Fig. 7. Ortopantomografia após a colocação de cinco implantes.

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Figs. 8 a 11. Fotografias intraorais das próteses acrílicas definitivas. A inferior implantosuportada e a superior prótese total acrílica mucosuportada.

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Figs. 12 a 14. Fotografias intraorais, em oclusão, nas quais se verifica uma mordida aberta do lado direito, que veio a significar uma falência do material de osteossíntese.

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Figs. 15 a 19. Fotografias intra e extraorais com quatro anos de follow-up.

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Figs. 20 a 22. Ortopantomografia e telerradiografia atuais, com quatro anos de follow-up.

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Conclusões A reabilitação oral do paciente oncológico é um desafio multidisciplinar de elevada complexidade que deve ser planeada de modo a integrar-se nos diversos procedimentos terapêuticos a que estes pacientes são sujeitos. Apesar dos elevados níveis de sucesso que se conseguem atingir no que toca à qualidade de vida, em alguns casos, o paciente vê-se desmotivado perante o aumento da morbilidade frequentemente associada aos procedimentos efetuados e acaba por desistir antes de concluir a reabilitação. É essencial que o médico dentista, como membro da equipa multidisciplinar, tenha conhecimento das complicações e alterações sistémicas subjacentes ao tratamento oncológico, de modo a ajudar o paciente a eleger a melhor opção de reabilitação. Por outro lado, como prestador de cuidados básicos de saúde da cavidade oral, o médico dentista encontra-se numa posição privilegiada, não só para fazer o rastreio da patologia, permitindo eventualmente detetá-la numa fase mais precoce, aumentando assim a probabilidade de sobrevivência do paciente, como também o controlo desta depois de concluída a terapêutica e a reabilitação do paciente.

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PUBLIRREPORTAGEM

Oral-B Pro-Expert

apresentado em Portugal No passado dia 8 de novembro, durante um jantar para líderes de opinião organizado pela Comissão Organizadora do XXI Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas, a Dra. Xiana Pousa apresentou o novo dentífrico Oral-B Pro-Expert perante mais de 80 líderes de opinião de países como Portugal, Espanha, Brasil ou Cabo Verde. O jantar decorreu no Hotel The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, e resultou num tremendo sucesso em todos os sentidos. A Oral-B obsequiou os assistentes com uma A partir da esquerda, Dr. António Felino, Dr. Ricardo Faria e Almeida, Dr. Pedro Pires, Dra. Xiana Pousa, escova eléctrica de última geração (Triumph Dr. Artur Lima, Alejandro Íñiguez, Dr. Orlando Monteiro da Silva, Dra. Natália Lucas e Dr. Jaime Mota. 5.000 com SmartGuide) e uma amostra de Oral-B Pro-Expert. Este novo e revolucionário dentífrico combina, na sua fórmula, fluoruro de estanho estabilizado com hexametafosfato de sódio, o que lhe confere benefícios cientificamente demonstrados nas oito áreas que mais interessam aos médicos dentistas: cárie, sensibilidade, control da placa, gengivite, halitose, eliminação e prevenção de manchas extrínsecas, erosão do esmalte e prevenção do sarro. A Oral-B esteve presente na última edição da Expo-Dentária, que se realizou nos passados dias 8, 9 e 10 de novembro, com um stand pelo qual passaram mais de 3.000 visitantes, a fim de experimentarem o novo dentífrico e conhecerem a gama de escovas elétricas e irrigadores. O stand da Oral-B foi, de resto, um dos mais bem sucedidos de toda a exposição comercial. Depois de vários anos de ausência em eventos profissionais, a Oral-B regressa a Portugal com os melhores produtos para a eliminação mecânica e química da placa dentária, o que proA Dra. Xiana Pousa durante a apresentação do novo dentífrico da Oral-B. mete um futuro muito saudável para os pacientes e profissionais do setor dentário.

Mais de 3.000 pessoas visitaram o stand da Oral-B na Expo-Dentária.

Para além do novo dentífrico, a Oral-B exibiu no certame a sua gama de escovas elétricas e irrigadores.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, durante a sua passagem pelo stand da Oral-B.


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AUTORES: José Ferreira Médico-dentista. Prática clínica em implantologia. Aluno do doutoramento em Engenharia Biomédica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Porto. denteseleis@kanguru.pt Paulo Marques Técnico de prótese dentária. Diretor do laboratório de prótese Mdental. Guimarães. paulojorgemarques@hotmail.com

José Ferreira

Resumo A perda de dentes resulta em remodelação do osso alvéolar o que pode ter implicações na posição dos implantes e dos orifícios de acesso aos parafusos protéticos. Do mesmo modo, por erro cirúrgico, os implantes podem ser colocados em posições proteticamente desfavoráveis.

Várias são as técnicas que, em qualquer caso, podem coadjuvar à obtenção de um resultado funcionalmente e esteticamente aceitável. A utilização de pilares dinâmicos apresenta-se como mais uma possibilidade que, em situações específicas, pode apresentar vantagens em relação às soluções existentes.

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Palavras-chave: pilares dinâmicos; remodelação óssea; correção de angulação.

Introdução São sabidas as consequências da perda de dentes, nomeadamente ao nível da remodelação do osso alvéolar. A classificação de Lekholm and Zarb1, universalmente aceite, descreve o padrão de remodelação óssea, podendo verificar-se que, a nível vestibular, esta se faz sentir de um modo mais acentuado2. Este facto pode dificultar a colocação de implantes numa posição proteticamente favorável ou ter mesmo implicações estéticas, pois a localização da chaminé de acesso ao parafuso protético, poderá emergir na face vestibular o que, em reabilitações esteticamente mais exigentes, como na região anterosuperior, obrigará a encontrar outro tipo de soluções. A realização de um enceramento de diagnóstico3 (figs. 1 e 2) e de um cuidadoso exame clínico pode revelar a necessidade de recorrermos a técnicas mais avançadas como a realização da expansão das tábuas ósseas4,5 (figs. 3 e 4), enxertos ósseos6-8 (figs. 5 e 6), aumento do volume do tecido gengival com enxerto de tecido conjuntivo (figs. 7 e 8) ou uma combinação de várias técnicas9. Do mesmo modo, a utilização de guias cirúrgicas10 permitirá a colocação dos implantes na posição mais favorável proteticamente (figs. 9 e 10). Com o mesmo objetivo, as várias companhias de implantes disponibilizam pilares de várias angulações qua possibilitam a correção do posicionamento de implantes e, por fim, é também possível a utilização de pilares personalizados e de próteses cimentadas (figs. 11 e 12).

Fig. 1. Modelos iniciais montados em articulador.

Fig. 2. Enceramento de diagnóstico.

Fig. 3. Expansão óssea realizada no maxilar superior na região de 2.4 a 2.6.

Fig. 4. O mesmo caso clínico da figura 3 após três meses de evolução.

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Fig. 5. Reconstrução tridimensional onde pode ser observado um enxerto ósseo na região dos incisivos superiores.

Fig. 6. Corte ortoradial da reconstrução mostrada na figura 2. O ponteado marca a transição entre o osso remanescente e o osso enxertado.

Fig. 7. Ausência do dente 2.2 e consequente remodelação óssea vestibular com diminuição do volume dos tecidos.

Fig. 8. Ganho de volume conseguido com um enxerto de tecido conjuntivo.

Fig. 9. Guia cirúrgica realizada em laboratório.

Fig. 10. Imagem de uma guia cirúrgica realizada por Cad-Cam.

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Fig. 11. Radiografia de pilar personalizado realizado em zircónio.

Fig. 12. Imagem clínica de pilar personalizado em zircónio, com o orifício de acesso ao parafuso em vestibular.

Todavia, com o objetivo de contornar as desvantagens que cada alternativa atrás referida poderá revelar, e para corrigir erros de colocação, dispomos agora dos denominados pilares dinâmicos. Estes permitem corrigir angulações até 20°, fazendo o orifício de acesso aos parafusos protéticos deslocar-se conforme a necessidade de cada caso concreto, evitando o ombro que vários pilares angulados apresentam (fig. 13).

Os pilares dinâmicos, realizados com recurso à tecnologia Cad-Cam, são fresados tendo por base vários materiais, como as ligas de crómio-coblato, o zircónio ou o titânio, e incorporados nas infraestruturas protéticas. A utilização de peças fresadas resulta em superfícies mais polidas (figs. 14 e 15), e numa interface implante-pilar de maior precisão11, diminuindo o biofilme e os micromovimentos (figs. 16 a 19) com os consequentes efeitos benéficos12 na organização do espaço biológico.

Fig. 13. Imagem realçando o aspeto inestético de um pilar angulado.

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Fig. 14. Aspeto de uma estrutura fresada para um implante de conexão interna (neste caso para um implante NobelActive).

Fig. 15. Aspeto de uma estrutura fresada para um implante de conexão externa.

Fig. 16. Coifa de coroa em crómio-cobalto fundido aparafusada sobre réplica de implante.

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Fig. 17. Ampliação da figura 12 na região da conexão coroa/implante.

Fig. 18. Coifa de coroa em crómio-cobalto fresado aparafusada sobre réplica de implante.

Fig. 19. Ampliação da figura 14 na região da conexão coroa/implante.

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Casos clínicos Caso clínico 1 Paciente do sexo masculino, com 52 anos de idade, portador de uma ponte anterior, tendo como pilares os dentes 1.3 e 2.1 (fig. 20). A falência do dente 1.3 originou a necessidade de equacionar uma nova reabilitação anterior. Na figura 16 é possível verificar a falta de tecidos moles na região dos dentes 1.2 e 1.1, pelo que, simultaneamente à colocação de implantes nas posições 1.3 e 1.1, foi realizado um enxerto de tecido conjuntivo e a colocação de uma ponte provisória com o pôntico (1.2) ovóide (fig. 21). Como resultado da cicatrização foi obtido o aspeto gengival demostrado na figura 22.

A opção para a reabilitação final recaiu na realização de uma ponte metalo-cerâmica, em Cr-Co fresado, uma vez que o dente 2.1, também parte da reabilitação, apresentava um falso coto metálico. Após o scaneamento verificou-se que a chaminé de acesso aos parafusos protéticos se encontrava sobre o bordo incisal de ambos os pilares (fig. 23). Recorrendo aos pilares dinâmicos, foi possível palatinizar o acesso aos parafusos (fig. 24), obtendo um resultado estético bastante aceitável, como pode ver-se na figura 25.

Fig. 20. Aspeto inicial.

Fig. 21. Ponte provisória com o pôntico ovóide na posição 1.2.

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Fig. 22. Aspeto do festonamento gengival onde é também possível verificar o volume de tecidos moles obtido.


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Fig. 23. Saída dos orifícios de acesso aos parafusos protéticos localizados sobre o bordo incisal do 1.1 e sobre a cúspide do 1.3.

Fig. 24. Correção da angulação com recurso a pilares dinâmicos.

Fig. 25. Aspeto final.

Caso clínico 2 Paciente do sexo feminino, desdentada completa mandibular, que foi reabilitada recorrendo ao conceito all-on4. Realizado o scaneamento verificou-se que a chaminé de acesso aos parafusos protéticos se encontrava sobre a face vestibular do dente 3.2 e sobre o bordo incisal do dente 4.1 (fig. 26). Na prótese provisória foram realizadas restaurações com compósito para fechar a chaminé de acesso

aos parafusos protéticos. A figura 27 mostra, eliminando o enceramento, o eixo de colocação do parafuso. Evitando o uso de pilares angulados e utilizando pilares dinâmicos, o mesmo eixo foi lingualizado em 18° para o dente 3.2 e em 10° para o dente 4.1 (figs. 28 e 29), evitando a sua localização anterior. Assim, foi conseguido um melhor resultado estético.

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Fig. 26. Imagem da posição de saída dos orifícios de acesso aos parafusos protéticos.

Fig. 27. Aspeto do caso anterior, em vista lateral e eliminando o modelo e o enceramento.

Fig. 28. É possível verificar a angulação da chaminé em relação ao eixo do implante.

Fig. 29. A utilização de pilares dinâmicos possibilitou a correção da saída da chaminé, evitando problemas estéticos.

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Conclusão Embora pouco divulgados, os pilares dinâmicos incorporados nas infraestruturas protéticas parecem ser uma solução que permite contornar com sucesso algumas dificuldades relacionadas com um posicionamento menos correto dos implantes, quer este ocorra por causas ligadas à natural remodelação óssea após a perda de dentes, quer por erros de colocação. Os casos clínicos apresentados apontam no sentido de este tipo de solução evitar também os problemas estéticos relacionados com a utilização de pilares angulados. O facto de serem incorporados em estruturas fresadas apresenta-se como uma mais-valia no que diz respeito ao ajuste passivo e à formação do espaço biológico.

Bibliografia 1. Lekholm U. & Zarb GA. Patient selection and preparation. Brånemark, P-I, Zarb, GA, Albrektsson, T, edsTissue Integrated Prostheses: Osseointegration in Clinical Dentistry. Chicago: Quintessence Publ Co. ; 1985. p. 199-209. 2. Barone A, Ricci M, Tonelli P, Santini S, Covani U. Tissue changes of extraction sockets in humans: a comparison of spontaneous healing vs. ridge preservation with secondary soft tissue healing. Clinical Oral Implants Research. 2012:n/a-n/a. 3. Viana PC CA, Neves M, Kovacs Z, Neugbauer R. Soft Tissue Waxup and Mock-up as Key Factors in a Treatment Plan: Case Presentation. Eur J Esthet Dent. 2012;7(3):310-23. 4. Anitua E, Begoña L, Orive G. Clinical Evaluation of Split-Crest Technique with Ultrasonic Bone Surgery for Narrow Ridge Expansion: Status of Soft and Hard Tissues and Implant Success. Clinical Implant Dentistry and Related Research. 2011:no-no. 5. Simion M, Baldoni M, Zaffe D. Jawbone enlargement using immediate implant placement associated with a split-crest technique and guided tissue regeneration. The International journal of periodontics & restorative dentistry. 1992;12(6):462-73. 6. Annibali S BI, Sammartino G, La Monaca G, Cristalli MP. Horizontal and vertical ridge augmentation in localized alveolar deficient sites: a retrospective case series. Implant Dent. 2012;21(3):175-85. 7. Block MS, Ducote CW, Mercante DE. Horizontal Augmentation of Thin Maxillary Ridge With Bovine Particulate Xenograft Is Stable During 500 Days of Follow-Up: Preliminary Results of 12 Consecutive Patients. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 2012;70(6):1321-30. 8. Sisti A, Canullo L, Mottola MP, Covani U, Barone A, Botticelli D. Clinical evaluation of a ridge augmentation procedure for the severely resorbed alveolar socket: multicenter randomized controlled trial, preliminary results. Clinical Oral Implants Research. 2012;23(5):526-35. 9. Stimmelmayr M, Güth J-F, Iglhaut G, Beuer F. Preservation of the ridge and sealing of the socket with a combination epithelialised and subepithelial connective tissue graft for management of defects in the buccal bone before insertion of implants: a case series. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 2012;50(6):550-5. 10. Ferreira J. Colocação imediata de implantes utilizando cirurgia guiada por computador - caso clínico. Cadernos científicos da revista da Ordem dos Médicos Dentistas. 2010;7:2-6. 11. Ortorp A JT, Bäck T, Jälevik T. Comparisons of precision of fit between cast and CNC-milled titanium implant frameworks for the edentulous mandible. Int J Prosthodont. 2003 Mar-Apr;16(2):194200. 12. S.M. Heckmann JJL, F. Graef, Ch. Foitzik, M.G. Wichmann and H.-P. Weber. Stress and Inflammation as a Detrimental Combination for Peri-implant Bone Loss. J Dent Res 2006; 85(8):711-6.

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CIRURGIA ORAL

Curso modular de regeneração óssea

Novo programa de especialização

A Ordem dos Médicos Dentistas inicia este mês, no âmbito do seu programa anual de formação contínua, um curso modular de regeneração óssea. Esta ação de formação, dividida em quatro módulos, vai decorrer em Lisboa, nas instalações da OMD. Eis os principais temas e as datas do programa: • 1. Princípios biológicos da regeneração óssea; 21 deste mês. • 2. Procedimentos clínicos; 11 de fevereiro. • 3. Complicações clínicas; 25 de fevereiro. • 4. Hands-on (regeneração óssea); 9 de março.

A Ceodont (Grupo Ceosa) tem programado um novo curso de especialização em estética dentária, que conta com Mariano Sanz Alonso, Manuel Antón Radigales e José de Rábago Vega como orientadores. Dividido em sete módulos, o programa realiza-se a partir do próximo mês de junho, em Madrid. Eis o calendário dos primeiros módulos: • 1. Cirurgia plástica peridontal; 1 e 2 de junho. • 2. Cirurgia mucogengival e estética; 6 e 7 de julho. • 3. Restauração com composites I; 21 e 22 de setembro. • 4. Restauração com composites II; 16 e 17 de novembro.

OMD. 226 197 690 - www.omd..pt

Ceodont (Grupo Ceosa). (0034) 915 540 979 cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

ESTÉTICA

IMPLANTOLOGIA

Curso modular de dentisteria

Formação em Paris

A Ordem dos Médicos Dentistas estreia este mês, ao abrigo do seu programa anual de formação contínua, um curso modular de dentisteria. Este curso é composto por quatro módulos e vai decorrer no Porto, de acordo com o seguinte calendário: • 1. Resinas compostas (conceitos atuais); 21 deste mês. • 2. Restaurações diretas vs indiretas com resinas compostas; 11 de fevereiro. • 3. Restaurações diretas e indiretas (procedimentos clínicos); 25 de fevereiro. • 4. Hands-on (restaurações diretas em resina composta); 9 de março.

Entre os dias 28 deste mês e 1 de fevereiro, vai ter lugar na capital francesa mais uma edição do curso de Implantologia Académie Internationale d’Implantologie Orale (AIIO), que conta com o apoio da Sinusmax. Esta formação será ministrada por uma dezena de especialistas nas áreas relacionadas com a implantologia oral. Trata-se de um curso intensivo com uma forte componente formativa em múltiplas disciplinas que envolvem a implantologia, tais como: esterilização de bloco, anatomia, oclusão, prótese complexa, PRF, colocação de implantes em modelo, em cadáver e in vivo.

OMD. 226 197 690 - www.omd..pt

Sinusmax. 229 377 749 - sinusmax@sinusmax.com

IMPLANTOLOGIA

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ESTÉTICA

ODONTOPEDIATRIA

Cirurgia e prótese sobre implantes

III Curso de odontopediatria

A Ceodont (Grupo Ceosa) inicia en fevereiro uma formação na área de cirurgia e prótese sobre implantes, orientada por Mariano Sanz Alonso e José de Rábago Vega, com a colaboração de Bertil Friberg. O programa consta dos seguintes módulos: • 1. Diagnóstico e plano de tratamento; de 21 a 23 de fevereiro. • 2. Cirurgia de implantes; de 18 a 20 de abril. • 3. Prótese sobre implantes; de 16 a 18 de maio. • 4. Curso sobre cadáveres e cirurgia e prótese em casos complexos; de 27 a 29 de junho.

O Centro de Estudos de Medicina Dentária do Amial, no Porto, inicia em fevereiro a terceira edição do curso de odontopediatria que conta com a supervisão de Elena Barbería Leache, professora catedrática da Universidade Complutense de Madrid. O curso divide-se nos seguintes módulos: • 1. Diagnóstico e plano de tratamento; 22 e 23 de fevereiro. • 2. Terapia pulpar em dentição decídua e permanente jovem; 22 e 23 de março. • 3. Desenvolvimento da oclusão; 19 e 20 de abril. • 4. Traumatismos dentários no paciente em crescimento; 17 e 18 de maio.

Ceodont (Grupo Ceosa). (0034) 915 541 029 cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

Centro de Estudos do Amial. 228 347 769 - anacristina@manuelneves.com

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ORTODONTIA

ORTODONTIA

Curso de certificação LingualJet

Curso de ortodontia prática

A Dentina organiza nos próximos dias 22 e 23 de fevereiro, em Lisboa, um curso teórico-prático de certificação LingualJet (Lingual Straight Wire Technique), da Rocky Mountain, direcionado não só para quem deseja iniciar o percurso na filosofia LingualJet, mas também para quem já utiliza a técnica e quer melhorar o seu desempenho. Este curso será lecionado em inglês (sem tradução em simultâneo) por Christophe Gualano, especialista em ortodontia e coinventor deste tipo de tratamento ortodôntico lingual.

A Ledosa (Grupo Ceosa) prepara uma nova formação em ortodontia prática (especialista em técnica de baixa fricção e autoligado), que será ministrada por Alberto Cervera Durán, Alberto Cervera Sabater e Mónica Simón Pardell. A primeira fase do programa inicia-se no próximo mês de março, de acordo com o seguinte calendário: • 1. Diagnóstico e cefalometria; de 14 a 16 de março. • 2. Estudo da Classe I; de 11 a 13 de abril. • 3. Cimentado e biomecânica; de 9 a 11 de maio. • 4. Estudo da Classe II; de 13 a 15 de junho. • 5. Estudo da Classe III; de 11 a 13 de julho.

Dentina. 210 317 700 - dentina@dentina.pt

Ledosa. (0034) 915 540 979 - cursos@ledosa.com - www.ledosa.com

VÁRIOS

VÁRIOS

Cursos de fim de dia

Workshop para assistentes dentários

O programa de formação contínua de 2013 da Ordem dos Médicos Dentistas inclui uma série de cursos de fim de dia, a realizar em diversas cidades do país. Neste contexto, o Centro de Formação Contínua da OMD reservou para o primeiro trimestre do ano os seguintes temas: • Implantes imediatos; 4 de fevereiro (Viseu). • Resultados do tratamento periodontal a longo prazo; 4 de março (Setúbal). • Sequência clínica na reabilitação com prótese total; 18 de março (Tomar).

A Dentina e a mindFlow vão organizar mais um workshop direcionado para assistentes dentários a nível nacional. O programa desta nova edição é dedicado aos profissionais que pretendem marcar a diferença no atendimento de situações mais delicadas. A temática do workshop, a realizar no primeiro semestre deste ano, será dedicada aos “pacientes irritados” e incidirá sobre os seguintes aspetos: lidar com reclamações, relação com pacientes irritados, conflito ao telefone, dar más notícias e tipologia dos diferentes tipos de pacientes.

OMD. 226 197 690 - www.omd..pt

Dentina. 210 317 700 - dentina@dentina.pt

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Sinusmax faz balanço da última edição do certame da indústria

“Expo-Dentária ultrapassou as nossas expetativas” A direção da Sinusmax – constituída pelo médico dentista Anjos Pereira (diretor técnico) e a empresária Maria José Pires (sócia-gerente), considera que a última edição da Expo-Dentária foi um êxito, quer a nível da organização do evento como da qualidade dos visitantes. A empresa sedeada em Matosinhos aproveitou o certame anual da indústria dentária para promover os seus produtos, nomeadamente o sistema implantar IDI, o equipamento de anestesia QuickSleeper, a única marca nacional de substituto ósseo (Medbone) e os materiais de impressão da Kettenbach. Este ano espera reforçar a sua oferta com o lançamento de novos componentes protéticos, implantes e acondicionamentos.

A última edição da Expo-Dentária correspondeu às expetativas da Sinusmax? Anjos Pereira. Ultrapassou as nossas expetativas. Pela própria organização do evento e pela qualidade dos visitantes, que estão cada vez mais informados e interessados. Que produtos ou serviços despertaram particular interesse por parte dos visitantes? Anjos Pereira. O sistema implantar IDI em geral, pela particularidade das suas brocas (patenteadas), e os novos implantes IDCam e IDBio em particular. Por outro lado, o equipamento de anestesia QuickSleeper é cada vez mais procurado. A única marca nacional de substituto ósseo – a Medbone – também obteve uma enorme procura, bem como os materiais de impressão da Kettenbach, nomeadamente o Panasil, que viu reconhecida a sua qualidade pelos recordes de vendas. Estão previstos novos lançamentos de produtos ou equipamentos a curto ou médio prazo? Anjos Pereira. Sim. Novos componentes protéticos e novos implantes, assim como novos acondicionamentos, surgirão em 2013.

A Sinusmax mobilizou toda a sua equipa para a Expo-Dentária 2012.

Anjos Pereira e Maria José Pires, diretor técnico e sócia-gerente da Sinusmax, respetivamente.

Em termos de formação e sessões dedicadas aos profissionais do setor, qual é a programação da Sinusmax para os próximos tempos? Maria José Pires. Continuamos a formar implantologistas em Paris, na Academie International de Implantologie Orale, e prevemos organizar, ainda no primeiro trimestre do ano, cursos na área de prótese. Para abril temos agendado o simpósio do Porto e em junho decorrerá outro na Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. A jornada “10 horas de Implantologia”, que se realiza em novembro, em Paris, será outro ponto alto a nível da formação. Que objetivos traçou a vossa empresa para 2013, tendo em consideração a difícil conjuntura económica do país? Maria José Pires. A estratégia é só uma: proporcionar as melhores condições aos nossos clientes, para que eles próprios possam ter instrumentos para continuar a trabalhar o melhor possível. Que parcerias estratégicas mantém a Sinusmax com outros operadores do setor dentário? Maria José Pires. Os nossos parceiros são os nossos clientes.

Todos os produtos da empresa despertaram particular interesse junto dos visitantes da feira.

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Congressos e reuniões

ND Congresos.qxp

3/1/13

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Jornadas de Medicina Dentária na Universidade Fernando Pessoa

Porto acolhe próxima edição do congresso da SPEMD

Congresso anual da OMD regressa a Lisboa

A Universidade Fernando Pessoa vai acolher, nos próximos dias 13 e 14 de março, as XII Jornadas de Medicina Dentária. De acordo com o programa provisório deste evento anual organizado pelos estudantes da UFP, estão previstas sessões orientadas por Marcolino Gomes (ortodontia), Eunice Carrilho (dentisteria), Filipe Aguilar (endodontia) e João Tondela (prótese fixa). As jornadas englobam ainda uma série de comunicações orais e um fórum clínico, entre outras iniciativas.

A 33ª edição do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai ter lugar nos dias 11 e 12 do próximo mês de outubro, no Porto. O cenário do encontro de 2013, cuja organização é da responsabilidade do Conselho Regional do Norte, será a Fundação Dr. António Cupertino de Miranda. O programa científico, ainda em fase de elaboração, procurará refletir os últimos progressos em áreas da Medicina Dentária como a cirurgia, a implantologia, a reabilitação oral sobre impantes, a patologia oral, a endodontia, a dentisteria estética, a odontopediatria e os branqueamentos dentários, entre outras, com a participação de oradores de elevado nível.

O congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas regressa este ano ao Centro de Congressos de Lisboa. A 22ª edição do principal evento nacional do setor dentário está agendada para os dias 21 a 23 de novembro. De acordo com a Comissão Organizadora, presidida por Jaime Mota, está já garantida a presença em Lisboa de vários conferencistas de renome mundial, entre os quais o italiano Carlo Tinti (periodontologia), o francês David Nisano (implantologia), o belga Jan Berghmans (endodontia), o espanhol Juan Boj (odontopediatria) e o brasileiro Paulo Conti (oclusão).

ufp.jornadas.md@gmail.com

www.omd.pt

www.spemd.pt

Faculdade de Coimbra prepara próxima reunião anual

SPODF celebra em abril 25ª reunião científica anual

PADS organiza em março II CNEMD e III ENEMD

A Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra vai realizar, de 23 a 25 de maio próximo, a XXII reunião anual de Medicina Dentária e Estomatologia, que decorrerá no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. De acordo com a organização (presidida por José Pedro Figueiredo), o programa científico deste encontro é inteiramente transversal às diversas áreas da Medicina Dentária. Foi pensado com base nas necessidades dos profissionais e dos seus doentes, orientando-o essencialmente para a resolução de problemas da clínica diária. Neste contexto, estão previstos cursos teóricos e práticos em áreas cruciais do exercício profissional.

A próxima reunião científica da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-facial (SPODF) está agendada para os dias 18 a 20 de abril, em Lisboa, e terá como tema a “Ortodontia sem dogmas”. No ano em que o encontro anual da SPODF comemora o seu 25º aniversário, a temática escolhida pretende abrir novos horizontes quer no diagnóstico quer na terapêutica ortodôntica. A Comissão Organizadora, presidida por Pedro Mariano Pereira, antecipa a participação no programa científico de prestigiados oradores nacionais e internacionais, como Sadao Sato, Anoop Sondhi, Afonso Pinhão Ferreira, Ramón Perera e Javier Mareque.

A Associação Portuguesa de Estudantes de Medicina Dentária (PADS) agendou para os dias 1 e 2 de março, nas instalações da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, o II Congresso Nacional de Estudantes de Medicina Dentária (CNEMD). A partir do dia 22 do mesmo mês, terá lugar em Tavira o terceiro encontro nacional de estudantes (ENEMD), que conta este ano com o envolvimento da Associação Internacional de Estudantes de Medicina Dentária (IADS). Depois, entre os dias 26 e 30, os estudantes nacionais e estrangeiros voltam a reunir-se, num hotel de Lisboa, para assistirem a uma série de sessões científicas.

www.spodf2013.com

iadsmym2013@gmail.com

md@fmed.uc.pt

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MAXILLARIS JANEIRO 2013


28/12/12

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PUBLIRREPORTAGEM

Maqueta Kalma.qxp

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“É nossa intenção continuar a crescer e representar novas marcas para dar uma solução global” Javier Schmidt, diretor geral da Kalma, S.A.

Na indústria dentária “há muitas razões para ser positivo”, já que, contrariamente a outros setores, “existe uma certa estabilidade”. Quem o afirma é Javier Schmidt, diretor geral da Kalma, S.A., para quem a atual conjuntura económica na Península Ibérica não tem impedido a empresa de “continuar a crescer”. O empresário faz o balanço do ano que findou e revela as aspirações da Kalma, S.A., para 2013.

No entanto, pessoalmente, considero que há muitas razões para ser positivo, já que, contrariamente a outros setores, existe uma certa estabilidade. Qualquer empresa deve proceder a uma reinvenção periódica da sua forma de relacionar-se com os clientes e este é um momento oportuno para o fazer. Isto aplica-se tanto ao profissional dentário como às empresas que trabalham no setor.

Que balanço faz a Kalma, S.A., do ano 2012? Javier Schmidt. O ano 2012 segue a linha dos últimos anos: um travão total no investimento. Os profissionais do setor somam cerca de quatro anos de uma crise que nos esgota psicologicamente; somos um reflexo da sociedade nesse sentido.

Que soluções ou fórmulas adotou a vossa empresa para contornar o período de crise que se vive na Península Ibérica? Javier Schmidt. A nossa empresa oferece serviços de valor acrescentado, pelo que a nossa função é continuar a investir na contratação de profissionais que possam assessorar sobre os produtos ade-

quados para cada tipo de procedimento. É isto que nos tem permitido continuar a crescer numa época difícil como esta. No campo financeiro, a nossa política foi de sempre no sentido da contenção de gastos e de manter uma nula dependência bancária. Nesse sentido, não foi necessário tomar nenhuma medida adicional. Que produtos, equipamentos ou serviços mais se destacaram no último ano? Javier Schmidt. Não se verifica nenhuma diferença superior a 5 por cento nas diferentes categorias de produtos no setor de mercado em que estamos presentes, pelo que não há nada de relevante neste aspeto. Estão previstos novos lançamentos a curto ou médio prazo? Javier Schmidt. Brevemente, vai realizar-se a IDS de Colónia. Nesta feira serão apresentadas as maiores novidades a nível europeu e os anos pares costumam ser de transição, esperando este congresso tão importante. Que iniciativas dedicadas aos profissionais portugueses do setor estão programadas pela

Kalma, S.A., para os próximos tempos? Javier Schmidt. Tentamos estar presentes nos congressos mais importantes que se realizam em Portugal, mas fazemos especial finca-pé na visita ao profissional no seu local de trabalho. Temos três pessoas com um alto grau de formação que podem ajudar e aconselhar o profissional sobre a melhor utilização dos nossos produtos. Qual é a estratégia global da Kalma para 2013? Javier Schmidt. É nossa intenção continuar a crescer e representar novas marcas para dar uma solução global. Queremos ser uma empresa que abarque cada vez mais segmentos do setor dentário. O que distingue a vossa empresa na sua relação com os profissionais do setor dentário? Javier Schmidt. Na nossa opinião, é a proximidade e a honestidade. Não queremos relações de curto prazo e, portanto, tentamos entender os problemas do profissional. Se as soluções que oferecemos não se ajustam às suas necessidades, não tentaremos fazer algo que não consideremos benéfico para ambas as partes.


Congressos e reuniões

ND Congresos.qxp

3/1/13

17:39

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Jornadas da Universidade do Porto realizam-se na primeira semana de abril

AEEDC Dubai 2013 celebra-se em fevereiro

CIOSP regressa este mês a São Paulo

As XXIV Jornadas de Medicina Dentária da Universidade do Porto estão agendadas para os próximos dias 5 e 6 de abril. Este evento, presidido por Ricardo Faria e Almeida, pretende reunir, uma vez mais, alunos, médicos dentistas e demais profissionais das diversas áreas da saúde oral, contribuindo para o seu desenvolvimento científico e para o convívio interpessoal. Esta edição das jornadas dará especial relevo às seguintes temáticas: reabilitação oral, prótese fixa, odontopediatria, tratamento multidisciplinar, endodontia, prótese removible, oclusão e dentisteria estética.

A 17ª edição do congresso e exposição internacionais do setor dentário dos Emiratos Árabes Unidos (AEEDC 2013) vai ter lugar no Dubai nos próximos dias 5 a 7 de fevereiro. O programa científico deste evento conta com a participação de oradores de renome internacional e deverá atrair mais de 6.000 congressistas e 70 representantes oficiais de associações e organismos dentários de todo o mundo, incluindo a Federação Dentária Internacional. A exposição internacional da indústria é composta por 900 expositores em representação de cerca de 70 países. Espera-se a visita ao centro de congressos do Dubai de 28 mil profissionais de medicina dentária oriundos de mais de 130 países.

O maior evento do sector dentário da América Latina regressa este mês a São Paulo (Brasil), numa organização da Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas (APCD). Promover a integração das especialidades odontológicas é a grande novidade do CIOSP 2013, que vai decorrer no Expo Center Norte da grande urbe brasileira, entre os dias 31 do corrente mês e 3 de fevereiro. Entre os oradores do congresso, figuram o português Fernando Duarte (Instituto Superior do Alto Ave) e o espanhol Mariano Sanz Alonso (Universidade Complutense de Madrid). Paralelamente, realiza-se no mesmo recinto a 16ª Feira Internacional de Odontologia de São Paulo (FIOSP).

jornadasfmdup2013@gmail.com

www.ciosp.com.br

www.aeedc.com

Áustria prepara evento internacional de medicina dentária digital

35ª edição da IDS realiza-se em março

Istambul organiza em agosto congresso anual da FDI

A cidade austríaca de Kitzbühel vai acolher, nos dias 6 e 7 de setembro próximo, um congresso internacional dedicado à medicina dentária digital. O programa do encontro prevê uma abordagem às últimas inovações em matéria de imagem digital, laboratório digital, prática digital, bem como uma atualização da tecnologia digital ao serviço da medicina dentária. Está confirmada a presença no congresso de especialistas espanhóis, suíços, holandeses, alemães, austríacos, libaneses e norte-americanos.

A Exposição Dentária Internacional (IDS na sigla em inglês) comemora a sua trigésima quinta edição entre os dias 12 e 16 de março próximo, em Colónia (Alemanha). A reunião deste ano girará em torno das tendências atuais dos implantes e dos abutments individuais. Também estarão em foco os novos materiais e as técnicas digitais na colocação de implantes e o tratamento ulterior. Os visitantes poderão conhecer ainda os últimos progressos em matéria de implantes com óxido de zircónio. Por outro lado, serão abordados os avanços conseguidos na melhoria do workflow, especialmente no uso de sistemas informáticos no campo da implantologia.

O 101º congresso anual da Federação Dentária Internacional (FDI) vai decorrer entre os dias 28 e 31 do próximo mês de agosto, em Istambul (Turquia). A edição de 2013 do principal encontro mundial do setor dentário terá lugar no Centro de Convenções e Exposições da capital turca, que acolherá milhares de médicos dentistas e representantes de cerca de 200 organizações associadas à FDI. Este encontro representa ainda uma nova oportunidade para centenas de empresas internacionais apresentarem as últimas novidades em matéria de equipamento e materiais dentários.

www.cidd-2013.com

www.ids-cologne.de

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MAXILLARIS JANEIRO 2013

www.fdiworldental.org


Douromed.qxp

3/1/13

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J o ã o F e r r e i r a, diretor comercial da Douromed:

“Formação é um elemento chave da nossa estratégia” A Douromed trabalha constantemente no lançamento de novas marcas, produtos e equipamentos, mas é na área da formação que se irá refletir, em 2013, “o elemento chave da nossa estratégia de fidelização”. Quem o afirma é João Ferreira, diretor comercial da empresa, que faz um balanço positivo – “claramente de viragem em relação ao ano anterior” – da última edição da Expo-Dentária. No ano em que cumpre o 12º aniversário ao serviço do setor dentário, a Douromed conta com uma vasta equipa no terreno para dar a melhor resposta a uma das suas prioridades: a relação de proximidade com as clínicas.

se revelado pelo elevado número de inscrições nos nossos cursos, que surgem sempre associados como um complemento do nosso serviço na venda dos equipamentos. Em 2013, este será, sem dúvida, um elemento chave da nossa estratégia de fidelização, mas a seu tempo serão divulgadas as novidades. Mais do que vender, é preciso que quem compra veja as suas dúvidas esclarecidas e isso é o que a Douromed tem proporcionado nos seus 12 anos de vida. É isso que leva à expansão da quota de mercado.

Que balanço faz a Douromed da sua participação na última edição da Expo-Dentária? J o ã o F e r r e i r a. O balanço foi bastante positivo, claramente uma viragem em relação ao ano anterior no qual foram poucos os clientes e compradores. Tivemos imensas visitas dos nossos clientes habituais e daqueles que, trazidos pelas promoções e pela curiosidade, se juntaram a nós para um momento de compras e convívio. João Ferreira, diretor comercial da empresa.

Que produtos ou serviços mais se destacaram no certame? J o ã o F e r r e i r a . Em destaque tivemos o laser de díodos portátil e sem fios laser, bem como a Penlase, que é um equipamento que suscitou muita curiosidade no cliente, seja pelas suas potencialidades, características ou diversidade de aplicações. Também se destacou o novo motor de implantes da Bien Air iChiropro, que traz integrado um ipad. Que estratégia ou metas delineou a vossa empresa para 2013, nomeadamente em termos de expansão de mercado, tendo em consideração o momento de crise que o país atravessa? J o ã o F e r r e i r a . A formação é certamente algo que temos vindo a acarinhar na empresa, cada vez mais especializada. Os profissionais querem estar mais informados e isso tem-

Douromed apresentou novos produtos na Expo-Dentária 2012.

Estão previstos novos lançamentos de produtos ou equipamentos a curto ou médio prazo? J o ã o F e r r e i r a . A Douromed trabalha constantemente no lançamento de novas marcas, produtos e equipamentos. Não é algo que se faça de forma eufórica; tem de ser algo sustentado. De outra forma, não há a tal expansão de mercado. Em todo o caso, e respondendo diretamente à questão, claramente que vamos ter novidades ao longo do ano, como é habitual. O que diferencia a Douromed na sua relação com os profissionais do setor dentário? J o ã o F e r r e i r a . Essencialmente, trata-se de uma empresa de pessoas para pessoas, na qual privilegiamos a interação que não é possível obter com catálogos ou páginas da internet, nem mesmo nas campanhas promocionais telefónicas. Somos uma empresa de rostos que aparecem nas clínicas, de forma sistemática, com o intuito de vender de modo prático e sustentado na informação que transmite. Os gestores de clientes fazem a cobertura de Portugal continental e Ilhas, para além dos negócios pontuais que surgem no estrangeiro. Acredito que possamos ter, neste momento, uma das maiores equipas no terreno (atualmente, já contamos com dez elementos). Oferecemos tranquilidade a quem compra na medida em que estamos certificados e cumprimos com as normas e leis do setor.


ND Novedades.qxp

2/1/13

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Novidades da indústria

Nova versão de Rebilda Post

Bambach Saddle Seat www.voco.com (0034) 946 680 403

Rebilda Post, o espigão de compósito da Voco reforçado com fibra de vidro, agora também está disponível com um diâmetro de 1,0 mm. Este novo tamanho vem juntar-se aos já existentes Ø 1,2 mm, Ø 1,5 mm e Ø 2,0 mm. Para além dos espigões, a variedade de brocas do sistema Rebilda Post também aumentou. Em virtude do seu pequeno diâmetro, o novo espigão e a nova broca são perfeitamente compatíveis com a anatomia dos canais radiculares, possibilitando uma maior preservação das estruturas dentárias e um tratamento mais seguro, particularmente de pré-molares e pequenos molares. Desta forma, podem evitar-se perfurações da raiz. A Voco fornece o novo tamanho em embalagens blister individuais que contêm cinco espigões. Também se encontra disponível a broca de tamanho correspondente.

info@bambach.es Já se encontra à disposiçâo do setor dentário www.bambach.es português a cadeira Bambach Saddle Seat, agora com apoio de braço. Aparentemente simples no seu desenho, incorpora refinamentos e fisionomias que permitem ao profissional de medicina dentária sentar-se, durante largos períodos de tempo, sem perder as saudáveis curvaturas naturais da coluna. A utilização desta cadeira fomenta a posição erguida, com as ancas em rotação e flexionadas a 45º. Os joelhos e calcanhares também se colocam numa posiçâo intermédia que inibe os movimentos incorretos.

Pilar SmartFix

Regenerador Smart Builder (0034) 932 643 560 rosa.berges@dentsply.com www.dentsplyimplants.es

A Dentsply Implants apresenta o conceito de pilar SmartFix para os seus sistemas de implantes XiVE e Ankylos. Trata-se de uma solução desenhada para a restauração protésica em pacientes edêntulos com barras e pontes aparafusadas, tanto em maxilar como em mandíbula, e que tem como objetivo corrigir angulações de emergências desfavoráveis entre os implantes. Para corrigir essas divergências, os pilares SmartFix estão disponíveis em duas angulações diferentes: 15 e 30 graus. Graças a este pilar, é possível utilizar avançadas técnicas de Cad-Cam para confecionar a supraestrutura.

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MAXILLARIS JANEIRO 2013

211 550 829 geral@biofisa.com A Osstem, que conta com a Biofisa como distribuiwww.biofisa.com dor exclusivo em Portugal, desenvolveu um novo mecanismo – Smart Builder – que permite estimular a regeneração dos tecidos periodontais. As diversas formas tridimensionais previnem a exposição do tecido mole e estimulam o aumento ósseo após o transplante. A conceção da malha é feita em titânio e não é absorvível. Possibilita a remoção sem causar danos nos tecidos.


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Supraestruturas Atlantis Isus

Compómero Twinky Star Flow

Novidades da indústria

ND Novedades.qxp

www.voco.com (0034) 932 643 560 rosa.berges@dentsply.com www.dentsplyimplants.es

O Atlantis Isus, um conjunto de supraestruturas Cad-Cam únicas e específicas para cada paciente, é o novo “dois em um” da família de soluções digitais da Dentsply Implants. Esta construção dupla para próteses removíveis tem um encaixe por fricção cónica de alta precisão, com um desenho baseado no encaixe dos dentes. Está disponível em titânio.

Com o lançamento do Twinky Star Flow, a Voco introduz no mercado um inusitado compómero fluido, colorido e cintilante para a restauração de dentes decíduos. Este compómero possui todas as propriedades da comprovada versão compactável do Twinky Star. Graças à sua elevada fluidez, Twinky Star Flow é especialmente indicado para o tratamento de cavidades pequenas e de difícil acesso, muito comuns nas crianças mais novas. O novo produto da Voco está disponível nas cores rosa e azul. O material de restauração especial para crianças é fornecido na prática seringa antigotejamento NDT.

Instrumentos EndoSuccess CAP

Autobone Collector (0034) 937 154 520 info@es.acteongroup.com www.es.acteongroup.com

Acteon Ibérica e Satelec ampliam a sua gama de encaixes para tratamentos endodônticos graças à comercialização dos instrumentos EndoSuccess CAP (Preparação do Acesso ao Conduto). Estes três instrumentos completam a gama EndoSuccess e oferecem mais versatilidade aos seus geradores de ultrasons Satelec. Os encaixes CAP1, CAP2 e CAP3, todos com uma extremidade estriada ainda que com um desenho diferente, proporcionam uma solução ideal para a retificação e o acabamento da cavidade de acesso, assim como para a procura dos acessos e a abertura dos condutos ocultos ou calcificados. Com esta novidade, a Satelec reforça a sua posição como especialista em endodontia, ao oferecer uma gama completa de equipamentos e instrumentos.

Autobone Collector foi desenvolvido para recolher osso autógeno sem necessidade de recorrer a outro tipo de osso. Este novo produto da Osstem permite a colheita de fragmentos de osso com corte simples e estável. A sua configuração de lâmina dupla possibilita o corte ideal com uma fácil irrigação. Autobone Collector é acompanhado de um stop de segurança que permite uma perfuração óssea até 4 mm de profundidade.

211 550 829 geral@biofisa.com www.biofisa.com

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Página empresarial

ND P EmpresaNews.qxp

3/1/13

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Neodent apresenta portfólio na Expo-Dentária

Carestream e Denta Leader promovem evento sobre 3D

Toda a equipa comercial da Neodent Portugal esteve presente na Expo-Dentária, que se realizou em novembro passado, no Porto, no âmbito do XXI Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas. A oportunidade foi aproveitada para apresentar o portfólio da empresa, com as soluções mais indicadas para a reabilitação oral com implantes dentários. A equipa da Neodent prestou, igualmente, assistência técnica aos clientes, esclarecendo dúvidas e demonstrando a correta utilização dos produtos e técnicas desenStand da Neodent no certame da indústria. volvidos pela empresa.

No passado dia 1 de dezembro, a Carestream Dental e a Denta Leader realizaram un evento sobre 3D, dirigido a profissionais do setor dentário português. Esta iniciativa, que decorreu Participantes no evento que decorreu em Cascais. num hotel de Cascais, contou com a participação de Paulo Maia e José Manuel Sacramento, que expuseram as vantagens do diagnóstico que oferece a tecnologia 3D, com recurso à apresentação de casos clínicos.

210 134 400 - www.neodent.com.br

937 237 776 - www.carestreamdental.com

Casa Schmidt promove Programa Premium

SIN marca nova presença na Expo-Dentária

A Casa Schmidt dispõe de um Programa Premium através do qual é possível obter pontos que podem ser trocados por presentes exclusivos do catálogo Premium. Ao realizar as compras habituais de consumo e instrumental na Casa Schmidt, os clientes da empresa somarão pontos que podem ser trocados por prémios. Todos os clientes Gold Clínica podem aceder a este programa e beneficiar do mesmo. A acumulação de pontos é feita através de pedidos recebidos e faturados mediante o Call Center da Casa Schmidt. Casa Schmidt tem nova campanha.

A SIN – Sistema de Implante marcou presença na última edição da Expo-Dentária, que decorreu na Exponor (Porto) no passado mês de novembro. A marca brasileira aproveitou a ocasião SIN participou na Expo-Dentária. para divulgar os seus produtos, entre os quais se destacaram a linha Strong SW, composta pelos implantes SW Morse e SW HI, e o implante Tryon, fabricado em titânio comercialmente puro. A SIN agradece, aos muitos visitantes do certame que se deslocaram ao seu stand, o interesse demonstrado pelos produtos da marca.

800 201 192 - www.casa-schmidt.com

214 120 336 - www.sinimplante.com.br

KMD Europa divulga produtos na Expo-Dentária

Catálogo da Dentsply Implants com suporte científico sólido

A KMD Europa marcou presença na maior feira do setor dentário nacional (Expo-Dentária), que decorreu na Exponor, em Matosinhos, nos dias 8 a 10 de novembro passado. A empresa aproveitou a oportunidade para apresentar oficialmente a sua nova linha de produto DPS Line. A KMD Europa reforçou a sua presença no mercado português, distribuindo os seus produtos através dos depósitos Take a Smile, na zona norte, e Portudente, nas zonas centro e sul do país. Todos os instrumentos KMD Classic e DPS Line estão reconhecidos com o certificado EN ISO 13485 e cumprem a norma Europeia CE.

A Dentsply Implants dá continuidade ao seu compromisso para com a inovação e a evidência clínica. O seu catálogo de produtos está agora suportado por mais de mil artigos publicados em revistas científicas de renome e revistas por pares. Produtos da Dentsply estão bem documentados. AnnaKarin Lundgren, diretora do departamento de Assuntos Científicos da empresa, destaca com orgulho o número de artigos publicados. “Isto significa que os clínicos podem confiar em que temos produtos bem documentados e que podem sentir-se seguros quando escolhem um para tratar os seus pacientes”, conclui.

967 607 001 (zona norte) e 925 093 792 (centro e sul) info@kmd-europa.com

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MAXILLARIS JANEIRO 2013

(0034) 932 643 560 - www.dentsplyimplants.es


Ravagnani.qxp

28/12/12

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A empresa faz um balanço “muito positivo” da última edição da Expo-Dentária.

Ravagnani Dental

lança linha completa de consumíveis A Ravagnani Dental lançou, por ocasião da Expo-Dentária 2012, uma linha completa de consumíveis nas áreas da obturação, endodontia, descartáveis, cirurgia, profilaxia, higiene, instrumental, impressão e materiais para laboratório. Luís Filipe Correia, diretor geral da empresa, revela os contornos da aposta neste segmento do mercado dentário e antecipa outras novidades atrativas para os profissionais de Medicina Dentária. Que balanço faz da recente Expo-Dentária 2012? Luís Filipe Correia. Foi um certame muito positivo para a Ravagnani Dental, quer a nível de afluência como de vendas. Nestes tempos incertos, foi muito bom. Penso que funcionou bem a passagem de Santa Maria da Feira para a Exponor, em Matosinhos. Que produtos e equipamentos foram apresentados no certame que decorreu na Exponor? Luís Filipe Correia. A Ravagnani Dental lançou, na última Expo-Dentária, uma linha completa de consumíveis. O destaque foi o fabricante Prevest, com uma linha completa de materiais para obturação, endodontia e laboratório. Na área de descartáveis e instrumental, iremos trabalhar com as marcas Steriblue, Dent-o-Plast e Chicago Instruments, que pertencem ao grupo Prodentis/France Dentaire. Ainda nos descartáveis, contamos com a Dispotech e Maxgloves, com luvas de latex, vinilo e nitrilo, ao passo que na parte de matrizes e cunhas contamos com o fabricante AnGer. Temos também uma linha de higiene da marca Xanit. Nas áreas de cirurgia, obturação e endodontia iremos trabalhar igualmente com os produtos da Technew. A Ravagnani Dental procura, desde a sua criação, oferecer ao mercado a melhor relação qualidade-preço, e esta

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Luís Filipe Correia, diretor geral da Ravagnani Dental.

nova divisão de empresa continuará a ser orientada pela mesma diretriz. Apresentamos, como novidade na parte de equipamentos, a linha de sistemas de imagem Fona, fabricados em Itália, com dois modelos: X-Pan DG orto digital e X-Pan DG Plus orto (com tela digital). Para este tipo de produto, oferecemos o mais atrativo binómio qualidade-preço do mercado. Do mesmo fabricante, foi lançado o ScaNeo, um scanner de placas de fósforo de radiologia intraoral, que oferece aos profissionais uma variedade de tamanhos para radiologia intraoral de uso mais fácil para o trabalho com os pacientes, aliada a um software simples e prático.

Como novidade, também na área de equipamentos, foi apresentada uma remodelação do modelo de unidade dentária Ecoline, do fabricante Sinol, e foram estreados em Portugal os modelos de unidades dentárias da Shinhung, fabricados na Coreia do Sul. Que outras novidades estão reservadas aos profissionais do setor dentário, a curto ou médio prazo? Luís Filipe Correia. Pensamos alargar mais a nossa nova divisão de consumíveis, com mais e melhores produtos, privilegiando sempre a qualidade e o preço. Vamos tam-

bém lançar, no início deste ano, o nosso catálogo de equipamentos, com algumas boas novidades para o setor. Qual é a presente estratégia da Ravagnani Dental para o mercado dentário português e espanhol? Luís Filipe Correia. A nossa estratégia em Portugal passa por disponibilizar aos profissionais do setor equipamentos adequados para o exercício da sua função. A nossa preocupação é, cada vez mais, garantir uma rápida resposta para todo o país no que respeita à entrega de equipamentos e assistência técnica. Somos a única empresa em Portugal que tem lojas ou escritórios de norte a sul do país. Na linha de consumíveis queremos crescer de forma sustentada, sem entrar em loucuras, mas sempre com produtos atrativos para os profissionais. Em Espanha, queremos continuar a nossa aposta na rede de distribução já criada. No próximo mês de abril, por ocasião do FDM de Barcelona, iremos lançar também a nossa linha de consumíveis. Como tem vindo a empresa a encarar (e contornar) a crise financeira e económica que a Península Ibérica está a atravessar? Luís Filipe Correia. Da forma mais tranquila possível. Encaramos o mercado como um todo; para haver crescimento, é necessário haver vendas. Nunca podemos entrar em loucuras que possam provocar, no futuro, problemas de sustentabilidade. Penso que as empresas devem vender os seus serviços ou produtos sempre de uma forma leal. Hoje em dia, o mercado está muito desregulado; as empresas estão a aplicar políticas de dumping muito agresivas. Hoje não interessa fazer número; interessa, sim, ser sustentável, pois o acesso ao crédito, como sabemos, está muito reduzido em relação ao que havia algum tempo atrás.


ND Breves.qxp

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Preços Imobiliária e Equipamento* Oferta de emprego MEDIDA

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Prazo próxima edição: dia 21 de fevereiro (número de março/abril 2013)

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