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Biohorizons . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Proprietário: Cyan Editores.
Carestream Health. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com
Casa Schmidt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Ceodont. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Clínica Aparicio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Douromed . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 e 17 Dürr Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Gnathos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Eckermann. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Expodental Madrid 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Implant Direct . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 e 37
Índice de anunciantes
ND indice julio PT_Maquetación 1 04/07/13 13:37 Página 3
Publicidade: comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira. Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Susana Noronha.
Instituto Casan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Jornada Ibérica MAXILLARIS . . . . . . . . . . . . . . . 6 e 7 Ledosa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Megagen Portugal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Mis Portugal/SDS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Nobel Biocare . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 e 29 OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
REDAÇÃO: Av. Almirante Reis, 18, 3º Dto. Rtg. 1150-017 Lisboa. Tel./Fax: 218 874 085. Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Impressão: MONTERREINA.
Oral B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
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Procoven . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 de 9/6 art 12º nº 1ª
Simesp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Tiragem: 6.100 exemplares
SIN - Sistema de Implante . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 SPEMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
• Periodicidade bimestral. • MAXILLARIS não se responsabiliza pelas opiniões
Universidade de Sevilha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
manifestadas pelos seus colaboradores.
• Proibida a sua reprodução total ou parcial em
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Sumário
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Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com
Crónica 8 10 14
REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45 Fax: (0034) 917 25 01 80
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OMS inclui patologias orais no novo plano de combate a doenças crónicas.
O estado da implantologia.
Falamos com… 30
Lisa Mestrinho, médica veterinária e especialista em odontologia e cirurgia maxilofacial: “A implantologia veterinária é um segmento da medicina com potencial e futuro”.
Ciência e prática 38
Nuno Braz de Oliveira: “Lateralização do nervo dentário inferior para a colocação de implantes na mandíbula atrófica”.
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Artur Caleres: “Diferentes incisões em zona estética: principais indicações e contra indicações (casos clínicos)”. Melhor poster científico do II Congresso Nacional dos Estudantes de Medicina Dentária (premiado com o patrocínio da MAXILLARIS).
Cadernos formativos 68
André Macedo: “Antibioterapia em implantologia: evidência científica ou empirismo clínico?”.
Ponto de vista 72
Edição online espanhola: www.maxillaris.com Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Blas Noguerol Rodríguez. Emilio Serena Rincón. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chémez. Rafael Martín-Granizo López. Ramón Palomero Rodríguez.
Adesão ao congresso da SPED confirma vitalidade do setor da estética dentária.
Perspetivas
Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com Serviços Administrativos: Marta Esquinas. administracion@maxillaris.com
Jornadas da FMDUL apostam em novas abordagens.
Jaime Mota, presidente da Comissão Organizadora do XXII Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas: “A implantologia num congresso diferente”.
Calendário de cursos 74
Agenda de cursos para os profissionais.
Congressos e reuniões 76
Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.
Novidades da indústria 78
Produtos e equipamentos.
Página empresarial 82
Notícias de empresas.
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Jornadas Maxillaris Ñ_Maquetación 1 03/07/13 10:21 Página 2
JORNADA IBÉRICA Com a participação de oradores de Portugal e Espanha, membros das comissões científicas das edições portuguesa e espanhola da MAxiLLARiS
PROGRAMA Sessão da manhã: • Susana Noronha (Lisboa) membro da comissão científica da MAxiLLARiS Portugal: “Complicações no tratamento com implantes”. Dra. Susana Noronha.
- Pausa para café* • Jaime Guimarães (Porto), diretor científico da MAxiLLARiS Portugal: “Reabilitação com implantes dos maxilares edêntulos (ciência e prática)”.
- Almoço no hotel* Sessão da tarde: • Javier García Fernández (Madrid), diretor científico da MAxiLLARiS Espanha: “A problemática dos implantes no contexto periodontal”.
Dr. Jaime Guimarães.
- Atividades após as sessões científicas: - Prova de vinhos*. - Sorteio de um Piezon Master 600, da empresa EMS, no valor de 3.290 €.
Dr. Javier García Fernández.
*Café, almoço e prova de vinhos com queijos gratuitos para todos os participantes.
Preço especial até 31/07/13 para estudantes 55 € e para profissionais 90 €. Faça a sua inscrição através do tel. 218 874 085 ou email: portugal@maxillaris.com
Com o apoio de:
Organização:
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Sábado, 28 de setembro de 2013
Troia Design Hotel (Troia, Portugal)
Grátis um DVD
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Crónica
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Jornadas da FMDUL apostam em novas abordagens A 27ª edição das Jornadas de Medicina Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL) reuniu, no passado mês de maio, cerca de 500 participantes, dos quais 165 frequentaram cursos teórico-práticos destinados a médicos dentistas, técnicos de prótese dentária, higienistas orais e assistentes dentários. A comissão organizadora do evento, presidida pelo médico dentista António Moacho, mostra-se “muito satisfeita” com a edição deste ano, enaltecendo a elevada afluência aos cursos que foram promovidos durante os três dias das jornadas. “Continuamos a acreditar que o ver-fazer é uma fórmula de sucesso. Tivemos ao todo 11 cursos teórico-práticos, praticamente todos lotados”, revela António Moacho, sem deixar de destacar a “qualidade científica inquestionável dos palestrantes, figuras reconhecidas tanto a nível nacional como internacional”, que considera uma das “razões principais do sucesso do evento deste ano”.
António Moacho, presidente da comissão organizadora das jornadas da FMDUL.
As jornadas deste ano ficaram marcadas pela sua forte componente eclética. Com efeito, houve conferências de todas as áreas, até das menos comuns, como o marketing em sáude, a sociologia da saúde ou a importância das cefaleias para o médico dentista, temas que geralmente são pouco abordados, mas que assumem grande importância no contexto da prática clínica. Esta aposta em novas abordagens e temas com alguma novidade foi “bem recebida pelos participantes”, refere António Moacho, embora ressalvando que a implantologia, a reabilitação oral e a endodontia são as àreas mais absorvidas pelos alunos. “Creio que também não os dececionámos nestes temas”. Realça ainda a “coragem” das casas comerciais que aderiram à iniciativa anual da FMDUL. “Neste momento caracterizado por grandes dificuldades sócio-económicas, decidiram continuar a apostar no evento e na contribuição para a formação dos nossos congressistas”.
Filipa Neto, presidente da Associação Académica de Medicina Dentária de Lisboa.
Por seu lado, a presidente da Associação Académica de Medicina Dentária de Lisboa, Filipa Neto, considera que as jornadas de 2013 tiveram como ponto forte “a dinâmica entre a grande diversidade de palestras e cursos que ocorreram ao longo das várias sessões, oferecendo desta forma, excelentes oportunidades a todos os estudantes para enriquecerem a sua vida académica e futura vida profissional”. Esta aluna do terceiro ano do curso de Medicina Dentária, natural de Setúbal, destaca a elevada abrangência do programa científico, “envolvendo sempre as várias vertentes da medicina oral, conjuntamente com o mundo da prótese, higiene oral e assistência dentária”, e felicita a comissão organizadora “pelo trabalho de excelência conseguido”. Instada a pronunciar-se sobre as dificuldades com que se deparam os estudantes de Medicina Dentária, Filipa Neto invoca “o comprometimento da qualidade do ensino face à conjuntura económica atual do nosso país”, constatando que é notória “a diminuição progressiva da afluência de pacientes às nossas clínicas”. A dirigente académica considera avassalador o facto de as universidades públicas “terem vindo a ser submetidas a uma redução orçamental drástica, o que se reflete cada vez mais na aquisição de material utilizado nas diversas aulas práticas e clínicas
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Telma Miranda (esquerda) e Ana Cepêda receberam o prémio ao melhor caso clínico, patrocinado pela MAXILLARIS.
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na nossa faculdade”. É face a este problema que se concentra o esforço dos alunos para tentar amenizar esta situação, “esforço este que se está a aproximar cada vez mais do limite, tanto para os estudantes como para a própria faculdade”, alerta Filipa Neto. Ao abrigo do programa das XXVII Jornadas de Medicina Oral foram atribuídos prémios aos melhores trabalhos científicos. Na área da investigação foi distinguido o estudo intitulado “Mal oclusão em pessoas com deficiência intelectual, trissomia 21 e paralisia cerebral”, assinado por Joana Cabrita e Fátima Bizarra. No âmbito dos casos clínicos o prémio recaiu no trabalho “Reabilitação com prótese removível na presença de espaço interoclusal limitado”, da autoria de Telma Miranda, Ana Cepêda, Isabel Gomes e Luís Pires Lopes. Este prémio foi patrocinado pela MAXILLARIS e será publicado numa próxima edição desta revista. A MAXILLARIS aproveitou o evento para distribuir exemplares da revista e promover a jornada científica ibérica que vai ter lugar em setembro, em Troia.
Faculdade de Lisboa reflete sobre modelo de ensino A Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL) equaciona proceder a alterações ao atual modelo de ensino, com o objetivo de contornar as limitações financeiras com que se deparam as instituições públicas de ensino superior. Esta possibilidade foi adiantada à MAXILLARIS pelo próprio diretor da faculdade lisboeta, João Aquino, durante as Jornadas de Medicina Oral.
João Aquino, diretor da FMDUL.
Face à presente conjuntura económica, “torna-se necessário olharmos para os modelos de ensino que temos e avaliarmos se ainda se coadunam com a situação do país”, refere João Aquino, para quem as faculdades “não podem viver isoladas” da realidade nacional. Se o orçamento do Estado a nível das faculdades públicas tem vindo a decrescer, “teremos de repensar o conteúdo prático clínico da formação”, sustenta o diretor da FMDUL, que defende a necessidade de apostar mais noutro tipo de métodos pedagógicos. “Estamos precisamente numa fase de discussão desta matéria”, adianta. No seu ponto de vista, há uma grande valorização do ensino prático clínico e “tende-se a descurar um pouco” o ensino teórico. “O próprio nome – teórico – dá a sensação que estamos perante qualquer coisa que não é relevante, quando na verdade está em causa a discussão sobre casos clínicos, sobre princípios fundamentais e biológicos, sobre a história da evolução das coisas e a questão da autonomia do doente, entre outros aspetos”. Para João Aquino, está por demonstrar a ideia de que o ensino da Medicina Dentária é bom porque há muita prática clínica. “Podemos estar a promover muito a prática clínica, mas se não seguirmos os princípios corretos, essa prática, por si só, não vale nada. A prática só melhora a formação quando se aplicam conhecimentos teóricos”, sublinha, concluindo que uma eventual readaptação do modelo de ensino “deve passar mais pelas demonstrações e discussões dos casos, ainda que sem pôr em causa a prática clínica”.
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Adesão ao congresso da SPED confirma vitalidade do setor da estética dentária A sexta edição do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Estética Dentária (SPED) reuniu no Porto, nos passados dias 7 e 8 de junho, cerca de três centenas de congressistas com um objetivo comum: a vontade de nivelar a Medicina Dentária portuguesa pelo que de melhor se faz no mundo da estética dentária. Esta aspiração ficou bem demonstrada no programa científico oferecido pela organização do evento, que incluiu intervenções de alguns dos melhores especialistas nacionais e a participação do médico dentista espanhol Iñaki Gamborena, um dos mais destacados conferencistas internacionais da área da estética dentária. A sua palestra, dedicada ao tema “Tratamentos previsíveis: estética em dentes e implantes”, preencheu por completo o programa da segunda jornada. Um total de nove oradores deram ênfase a estudos e investigações recentes e partilharam as suas experiências sobre temas como as recessões gengivais, a tecnologia Cad-Cam, a arte dentária, a opção de tratamento com platform-switching ou os parâmetros para otimizar a estética branca.
Cerca de 300 congressistas aderiram ao evento que decorreu no Porto, no passado mês de junho.
A forte adesão ao congresso revela o “bom momento que a estética dentária está a atravessar e o interesse que esta vertente da Medicina Dentária desperta junto dos profissionais portugueses”, afirma à MAXILLARIS Manuel Neves, presidente da SPED, que considera “inegável o salto qualitativo que uma geração, ainda muito jovem, de médicos dentistas e de técnicos de prótese está a trazer a este setor em Portugal”. Um dos destaques desta edição do evento foi o reforço da presença de técnicos de prótese. Três dos oito conferencistas que preencheram a primeira jornada do congresso eram profissionais desta área, quando no ano anterior esta proporção foi de um para sete. Este acréscimo reflete o crescente empenho da SPED no sentido de “dinamizar o contacto e a partilha de informação entre ambas as profissões”, adianta Manuel Neves, acentuando o “importante papel destes técnicos” na divulgação das questões laboratoriais, nomeadamente no que respeita às mais recentes inovações a nível de técnicas e materiais.
Isabel Gomes foi distinguida com o primeiro prémio (oferecido pela MAXILLARIS) do concurso de pósteres científicos.
A MAXILLARIS patrocinou o primeiro prémio ao melhor póster científico do congresso, através da atribuição da nossa biblioteca multimédia composta por três DVD’s sobre cirurgia oral, periodontia e implantologia. O trabalho vencedor, da autoria da médica dentista Isabel Gomes e do técnico de prótese Luís Macieira, é dedicado à temática “Coroas cerâmicas no setor anterior (caso clínico)” e será publicado numa próxima edição desta revista. Foram ainda distinguidos, com o segundo e terceiro prémios, os trabalhos intitulados “Implantes em zircónia: série de casos clínicos” e “Estética branca: fatores de decisão”, cujos autores principais são os médicos dentistas João Mouzinho e Maria Carlos Quaresma, respetivamente. A sétima edição do encontro anual da SPED, cuja data e local ainda estão por confirmar, deverá ter lugar numa cidade da região centro do país (provavelmente em Coimbra) em setembro do próximo ano.
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O conferencista espanhol Iñaki Gamborena (esquerda) e Manuel Neves, presidente da SPED, durante o congresso.
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Universidade de Sevilha distingue médico dentista português Um inovador protocolo para o tratamento médico da halitose, desenvolvido por Jonas Nunes, foi recentemente distinguido pela Universidade de Sevilha com o Prémio Extraordinário de Doutoramento na área das Ciências da Saúde. O trabalho premiado corresponde à tese de doutoramento defendida, em outubro de 2010, por este médico dentista português e orientada pelos professores espanhóis Ángel Martínez-Sahuquillo e Isabel Gallardo. Subordinada ao tema “Proposta de um protocolo de diagnóstico e tratamento da halitose”, a tese de Jonas Nunes estabelece um revolucionário método científico no tratamento das alterações do hálito, partindo do princípio que existem mais de 70 causas possíveis que podem provocá-las, em função da parte do corpo em que têm origem: boca, nariz, garganta, pulmões, estômago, intestino, fígado, rins, etc. O autor e a sua equipa de investigação provaram, ao longo de três anos, o protocolo em 714 pessoas com diferentes tipos de halitose e obtiveram una taxa de sucesso de 97%, o que, a nível científico, representa o maior resultado conseguido até à data neste campo. Para o diagnóstico das causas e a medição dos resultados foi utilizada tecnologia japonesa capaz de identificar e medir os gases existentes no hálito.
Jonas Nunes (esquerda) durante a sessão de entrega do prémio.
Ministério da saúde confirma alterações ao cheque-dentista Desde o início do passado mês de junho o valor do cheque-dentista passou a ser de 35 euros, abrangendo os cheques já emitidos mas ainda não utilizados, de acordo com um despacho do Ministério da Saúde que estabelece disposições referentes a esta matéria, no âmbito do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral. No preâmbulo da legislação, o secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, afirma que a atual conjuntura económico-financeira implica a realização de esforços, que devem ser repartidos por todos. “É, pois, diminuído o valor do cheque-dentista, por um lado, sem diminuição do acesso e cobertura da população e, por outro, com reforço da cobertura dos jovens de 15 anos completos", esclarece o governante. Assim, a intervenção de âmbito comunitário nas crianças e jovens em meio escolar “tem como objetivo que, no final de cada ciclo de intervenção aos 7, 10, 13 e 15 anos completos, todos os dentes molares e pré-molares permanentes erupcionados deverão estar tratados ou protegidos com selantes de fissuras", acrescenta Leal da Costa no preâmbulo do citado despacho.
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Aluguer de casas tradicionais num recanto paradisíaco de Marrocos
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OMS inclui patologias orais no novo plano de combate a doenças crónicas O plano de ação global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prevenção e controlo de doenças crónicas adotado no passado mês de maio, durante a 66ª Assembleia Mundial da Saúde que decorreu em Genebra (Suíça), contém menções específicas às doenças orais. Esta referência reflete o compromisso dos governos na Declaração Política das Nações Unidas de 2011, sobre doenças crónicas, ao reconhecerem que as patologias do foro oral partilham fatores de risco com as quatro principais doenças crónicas (cancro, diabetes, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias) e devem, por isso, beneficiar de uma abordagem comum. Comentando esta inclusão na agenda de combate às doenças crónicas, Oleg Chestnov, diretor geral da OMS, afirmou, na reunião de Genebra, que a adoção do plano de ação global “move o processo da esfera política para a esfera prática". Com a nova diretriz de acompanhamento global, “todos os governos são, pela primeira vez, responsabilizados pelo progresso conseguido no combate às doenças crónicas”, acentuou Oleg Chestnov. Para Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas e presidente da Federação Dentária Internacional (FDI), o documento da OMS, em linha com a declaração política da ONU, “reconhece que uma resposta abrangente para a prevenção e controlo de doenças crónicas deve levar em conta as doenças orais. Esta é uma conquista importante para a nossa profissão e um marco para a inclusão da saúde oral na saúde global". Orlando Monteiro da Silva considera “especialmente encorajador” para a FDI verificar que o rastreio do cancro oral “seja recomendado aos Estados-membros como uma das opções de políticas e intervenções economicamente eficientes a adotar para prevenir e controlar as principais doenças crónicas". A FDI realça ainda o destaque dado no documento a este tópico, ao sublinhar que o rastreio do cancro oral “só faz sentido se associado à capacidade de diagnóstico, encaminhamento e tratamento". 14
Orlando Monteiro da Silva considera o novo plano da OMS “uma conquista importante para a nossa profissão”.
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A nossa secção de “Ciência e Prática” está à disposição dos profissionais do setor…
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O boom da implantologia que se registou nos consultórios dentários portugueses, nos últimos anos, enfrenta agora um inevitável volte-face devido à crise económica. No entanto, sob o ponto de vista científico e terapêutico, o setor dos implantes continua a brilhar com luz própria. O futuro promete mais surpresas, ainda que também suscite desafios importantes, como a necessidade de reforçar a formação e abordar problemas clínicos como a periimplantite.
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O estado da implantologia
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Perspetivas Apesar da débil conjuntura económica portuguesa e europeia, que tem vindo a impor um inevitável “travão” no boom que a implantologia experimentou nos últimos anos, esta vertente da Medicina Dentária mantém uma evolução notável sob o ponto de vista científico e terapêutico, nomeadamente no que diz respeito aos materiais e aos protocolos de tratamento. “A sua indicação como opção terapêutica tem aumentado, generalizando-se a quase todas as situações clínicas”, confirma Ricardo Faria de Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Periodontia e Implantes (SPPI). No entanto, este médico dentista, especializado na área da implantologia e membro do Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas, sublinha a necessidade de “termos sempre presente que o êxito dos tratamentos passa por um diagnóstico adequado de cada condição clínica, não só a nível local como também a nível sistémico”.
Ricardo Faria e Almeida,
presidente da Sociedade Portuguesa Gil Alcoforado, outro destacado especialista na matéria, que exerce a sua prática clínica e atividade docente (é diretor da Especialização em de Periodontologia e Implantes (SPPI) Periodontologia da Universidade de Lisboa) na capital do país, destaca a grande evolução do setor nos últimos 15 anos, lembrando que as reabilitações com implantes que fazem parte do nosso dia a dia “são muitíssimo diferentes daquelas que eram propostas aos pacienfuturo: uso de células-mãe na regeneração de tecidos, biomateriais, tes há alguns anos”. Contudo, haverá que conhecer “mais a fundo superfícies dos implantes ou técnicas cirúrgicas. algumas variáveis que nos escapam”. Alguns dos gestos e técnicas que são hoje em dia realizados diariamente “ainda “A implantologia e qualquer área da Medicina Dentária em carecem de verificação científica”, diz o médigeral que envolva materiais, tem potencial para se co dentista que já presidiu à Federação desenvolver e de algum modo evoluir”, resEuropeia de Periodontologia (em ponde Paulo Malo, presidente do Grupo 1996/1997), para quem, nestes Malo Clinic, que tem prestado um Ricardo Faria e Almeida: últimos anos, “andou-se dedestacado contributo em matéria Compete a cada um saber quais pressa demais” por pressão de investigação e inovação, prodo mercado, dos pacientes movendo a imagem do país os tratamentos que se sente, ou não, capaz e sobretudo do marketing nesta área à escala mundial, de algumas empresas. através das 35 clínicas que o de realizar, bem como os seus limites. O mesmo No seu ponto de vista, no grupo português gere nos cinco se aplica à implantologia e a qualquer início desta nova fase da continentes. Na opinião do emimplantologia, após a verifipresário e médico dentista, o estuárea da Medicina Dentária cação científica da osteointedo da aplicabilidade de células-mãe gração, há quase 40 anos, “os na regeneração dos tecidos, que está produtos eram testados com mais cuiem curso, “só terá repercussões práticas a dado e tempo que hoje em dia”. A conmédio ou longo prazo, prevendo-se que corrência e a tentativa de baixar o custo “aniquilase traduza numa enorme revolução no ram a verificação científica dos primeiros anos em que apenas exisque toca à reabilitação”. tiam duas ou três marcas válidas de implantes”. Em suma, “houve um retrocesso na medicina baseada na evidência, no que diz respeiNo que respeita aos biomateriais, Paulo Malo recorda que o apogeu to aos implantes dentários com o alargamento da sua utilização”. da sua utilização foi há cerca de 20 anos. “Os fracos resultados verificados nessa primeira fase traduziram-se no encerramento de alguQuanto aos avanços que se irão produzir no domínio da implantolomas indústrias responsáveis pela sua produção”. Reconhece, pogia, a médio ou longo prazo, a questão que se impõe passa por saber rém, que os biomateriais poderão, no futuro, “voltar a ser bastante qual ou quais dos seguintes fatores serão mais determinantes no interessantes, uma vez que nesta área a investigação é constante”.
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Perspetivas Embora acredite que continuarão a surgir diferentes superfícies de implantes, Paulo Malo tem dúvidas que se traduzam em verdadeiros avanços científicos. “Serão, sobretudo, novas estratégias de marketing, uma vez que as de hoje não diferem grandemente entre si”. Para Gil Alcoforado, a substituição de implantes por células-mãe “está longe de ser algo que iremos ver a curto prazo”. Existem outras áreas onde espera que venham a surgir evoluções importantes. “É possível que se venha a conhecer melhor a influência da anatomia macroscópica do implante e da sua relação com a estabilidade óssea, na saúde e na doença, isto é, quando do aparecimento da inflamação”, antecipa, salientando, a propósito, que o setor continua a servir-se do paralelismo entre as estruturas periodontais e as estruturas periimplantares. “Infelizmente, elas podem ser parecidas, mas estão longe de ser iguais e reagem de forma diferente ao ataque microbiológico. É nesta área que teremos que avançar muito, caso contrário, não estaremos preparados para o problema de saúde pública que nos espera dentro de poucos anos”. Estudos epidemiológicos recentes apontam para que um a dois de cada quatro implantes que se colocam possam vir a desenvolver problemas de periimplantite. “Quando a nossa habilidade e conhecimento clínico no tratamento destas afeções são ainda escassos, é imperioso que nos preparemos rapidamente para esse problema que nos espera”, adverte. Ricardo Faria e Almeida constata que os avanços registados “permitiram um aumento do leque de indicações e uma maior simplificação das técnicas e protocolos”. Na sua opinião, tudo isto resulta precisamente dos vários fatores acima enumerados como potencialmente determinantes para os avanços do setor. “O futuro, no meu entender, seguirá no mesmo caminho, assegurando altas taxas de êxito, não só nos tratamentos mais simples, mas também nas situações clínicas com elevados graus de complexidade”.
Gil Alcoforado: Não tenho qualquer dúvida que a utilização de implantes, em certos casos, atinge aspetos pouco éticos, essencialmente nas situações em que são sacrificados dentes em perfeito estado
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Gil Alcoforado, Diretor da Especialização em Periodontologia da Universidade de Lisboa e ex-presidente da Federação Europeia de Periodontologia
O papel dos profissionais No que respeita à prática clínica, a implantologia como opção terapêutica nas clínicas dentárias parece estar generalizada. Falta saber se estará bem definido o papel que cabe aos profissionais e aos centros que prestam estes serviços, quando se trata de aplicar estes tratamentos. Ricardo Faria e Almeida recorda que no quadro de ação do médico dentista “figura a execução destes tratamentos sem qualquer tipo de restrição”. Na sua ótica, “compete a cada um saber quais os tratamentos que se sente, ou não, capaz de realizar, bem como os seus limites. O mesmo se aplica à implantologia e a qualquer área da Medicina Dentária. Parte da consciência de cada um”. Sobre esta matéria, Paulo Malo lembra que a implantologia, enquanto especialidade, “ainda não está devidamente reconhecida”. Quem executa este tipo de trabalho, “recebe habitualmente formação em cursos de curta duração, muitas vezes de exigência e grau de qualidade reduzidos, e nem sempre com o conteúdo e apoio prático que toda a formação cirúrgica exige”. Admite que a definição do papel dos profissionais e centros que prestam estes serviços é, sem dúvida, uma tarefa difícil. “Há que legislar, definindo parâmetros de qualidade necessários ao exercício destas funções pelos profissionais. A avaliação da qualidade dos trabalhos e, quando necessário, a determinação de penalizações é essencial e deve ser uma função dos tribunais”. Esse controlo, na sua perspetiva, “será sempre realizado à posteriori e deve ser independente, livre de associações e esquemas de secretariado que promovam minorias ou lobbys, beneficiando elementos em posições de poder que podem impedir outros colegas de usufruir dos mesmos direitos”.
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Perspetivas “A utilização de implantes endo-ósseos por médicos dentistas repousa, daquilo que sei, na consciência de cada um”, observa, por seu lado, Gil Alcoforado, que remete para os profissionais a capacidade de decidirem “se estão ou não preparados para executar tais tratamentos”. Por ora, “a preparação para este tipo de tratamentos reside nos cursos de pós-graduação, mais ou menos estruturados”, acrescenta.
Tratamento mantém tendência crescente Outra questão recorrente no contexto da implantologia prende-se com as expetativas relativamente à evolução do tratamento com implantes. As hipóteses de resposta dividem-se entre a possibilidade de continuar a crescer e a tendência para estabilizar ou mesmo para a sua redefinição como opção terapêutica. “Creio que a implantologia não pode ser entendida como a melhor opção de tratamento em qualquer situação clínica”, alerta Ricardo Faria e Almeida, que encara esta questão apenas como “mais uma opção terapêutica ao dispor dos médicos dentistas” para solucionar os problemas dos seus pacientes. “Será seguramente a melhor escolha em determinadas situações e não o será em outras. Cabe ao profissional fazer o correto diagnóstico e tomar a melhor opção para cada caso clínico”. Neste sentido, acentua o médico dentista, “é impossível fazer futurologia a este respeito e o importante é reconhecer a implantologia como mais uma alternativa ao dispor do médico dentista para tratar os pacientes”.
Paulo Malo, médico dentista e presidente do Grupo Malo Clinic
do com mais frequência do que seria aconselhável sob o ponto de vista clínico. Será que a questão se coloca na atualidade? “Em consciência, não poderei aceitar essa suposição como verdadeira porque estaria a ser demagógico. Sinceramente, não sei”, comenta o presidente da SPPI. “Diria que o importante é que os médicos dentistas portugueses, na sua generalidade, sabem bem o que fazem e estão altamente habilitados a tratar os seus pacientes”. Neste sentido, o médico dentista mostra-se convicto de que em Portugal “se pratica uma Medicina Dentária de qualidade, não só ao nível da implantologia como de outras áreas. Vemos que os colegas que emigraram estão a Paulo Malo: triunfar nos países para onde foram exercer, o que é um sinal claro da qualidade da MeA implantologia em Portugal está dicina Dentária portuguesa”.
Paulo Malo revela uma posição contundente sobre o mesmo tema: “Irá, naturalmente, continuar a crescer, pois ainda ao nível dos parâmetros de excelência hoje existe uma granPaulo Malo associa esse boom ao facto de falha de informado mundo e é realizada com responsabilidade de a implantologia ter vindo revolucionar ção entre colegas so a reabilitação oral. “É, por isso, mais que e competência por muitos bre as vantagens desjustificável”. A sua aplicação, de resto, “contas soluções para os pacolegas portugueses tinuará a crescer, tendo em consideração que cientes. Pode evidenteainda há muitos colegas pouco informados” mente haver uma redefinição sobre o tema. dos preços, já que se prevê uma baixa dos custos devido à concorrênGil Alcoforado tem uma perspetiva diferente cia e ao surgimento de novas técnicas”. Esta desta temática. “Julgo que, por vezes, esse opinião é partilhada por Gil Alcoforado, que observa que a tendência crescimento é desmesurado, pois não tenho atual deixa antever que o tratamento com implantes “continuará ainda qualquer dúvida que a utilização de implantes, em certos casos, atina crescer”. ge aspetos pouco éticos, essencialmente nas situações em que são sacrificados dentes em perfeito estado para que se possam colocar Há quem sustente que no passado recente, coincidindo com o boom implantes”. da implantologia, o recurso ao tratamento com implantes foi utiliza-
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Perspetivas Os três médicos dentistas revelam unanimidade relativamente ao bom nível da implantologia que se está a oferecer nas clínicas portuguesas. Ricardo Faria e Almeida não tem dúvidas de que, em termos gerais, “é de qualidade”. No entanto, ressalva, é necessário ter consciência de que o tratamento com implantes não termina no momento em que acaba a reabilitação do paciente. “Estes pacientes requerem um controlo periódico, de forma a assegurar as altas taxas de êxito retratadas na literatura. Todos, sem exceção, temos que estar conscientes deste facto”. Paulo Malo também reconhece que a implantologia em Portugal “está ao nível dos parâmetros de excelência do mundo” e é realizada “com responsabilidade e competência” por muitos profissionais portugueses. “Sendo claro que existem países onde se pratica uma implantologia com qualidade igual ou inferior, o facto é que a nossa realidade é de alto nível”. Não deixa de salientar que existem falhas, “como em todo o lado”. Uma dessas carências, adianta, “é a inexistência de um sistema de avaliação, para que quem falhe possa ser punido, se for condenado”. Gil Alcoforado contribui para o rol de elogios à implantologia nacional com base na sua própria experiência de conferencista internacional. “Tendo tido a possibilidade de viajar bastante, por motivos profissionais, chego à conclusão que o médico dentista português está muitíssimo bem preparado quando comparado com países ditos mais desenvolvidos que Portugal”. Isso também está “bem patente na qualidade dos tratamentos que são feitos nesses países, quando comparados com os nossos”. Observa, contudo, que a generalização “é inimiga da razão, havendo exceções em ambos os lados”. Outro ponto em que os nossos interlocutores estão de acordo diz respeito às consequências negativas da presente conjuntura económica na prática implantológica, nomeadamente no que se refere à procura. “A crise afeta gravemente a prática da implantologia e da Medicina Dentária em geral, como seria de esperar”, constata Paulo Malo, ao passo que Ricardo Faria e Almeida sustenta que a crise “é transversal a qualquer atividade e, como tal, todas as profissões, de uma forma generalizada, estão
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a ressentir-se com os tempos de austeridade que vivemos”. O presidente da SPPI lembra que é nos tempos de crise que se dão as grandes evoluções, ou seja, “tal obriga todos a sair da zona de conforto e a procurar outros desafios”. No mesmo contexto, Gil Alcoforado refere que, com o aumento do número de médicos dentistas e a baixa de procura por retração geral dos portugueses, “será normal que os médicos dentistas trabalhem menos, sobretudo os mais novos que ainda não tenham uma clínica bem estabelecida”. A diminuição do número de tratamentos executados pelos profissionais mais jovens “irá entravar a sua rápida progressão e desenvolvimento, não só na diversidade de tipo de tratamentos como no aumento da qualidade dos mesmos”, faz notar. Tendo em vista, por um lado, o presente cenário económico e, por outro, o crescente número de sistemas de implantes que estão à disposição do mercado, resta saber se os tratamentos e materiais estão mais baratos ou se essa tendência é provável no futuro mais próximo. “Digamos que o aumento do número de sistemas de implantes permitiu aumentar o leque de opções. Nesse sentido, existem hoje em dia inúmeros sistemas de implantes com valores mais acessíveis para o médico dentista e isto reflete-se, seguramente, no preço dos tratamentos”, refere Ricardo Faria e Almeida. Em contrapartida, realça que os sistemas de implantes “antigos” mantêm os valores que sempre tiveram (mais elevados), “daí que os médicos dentistas que se mantêm fiéis a estes sistemas, estarão necessariamente limitados aos valores dos mesmos e consequentemente aos valores que praticam”. O membro da Comissão Científica da OMD remata a questão, defendendo que “cabe a cada um escolher, em consciência, aquilo que é melhor para os seus pacientes”. Paulo Malo confirma que os preços “estão mais baixos” e pensa que “continuarão a baixar”, esclarecendo que o valor dos materiais “representa uma pequena parte do custo que determina o preço do tratamento”. Para se baixarem os custos, “os médicos dentistas têm ainda que melhorar a sua eficiência”, antecipa o médico dentista.
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Perspetivas Gil Alcoforado destaca, por seu lado, o esforço de várias empresas, “incluindo algumas de gama alta”, no sentido de baixarem alguns preços. “Vamos ver se essa tendência se mantém. Por ora, esse esforço é ainda muito ténue”, conclui.
Evolução positiva no ensino da implantologia No contexto universitário nacional, o ensino da implantologia tem evoluído de forma positiva em termos qualitativos. Esta ideia é partilhada por dois experientes docentes dos cursos de Medicina Dentária das Universidades do Porto e de Coimbra: os médicos dentistas António Felino e Fernando Guerra, respetivamente. “Assim como aumentou o número de pacientes que procuram o médico dentista para a colocação de implantes, também aumentou o número de médicos dentistas a procurar formação nesta área e, consequentemente, aumentou o número de cursos. A qualidade destes cursos melhorou, mas pode e deve continuar sempre a melhorar”. Quem o afirma é António Felino, professor de cirurgia oral na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP), para quem, apesar da qualidade “raramente atingir os padrões a que nos propomos”, houve uma evolução qualitativa e a implantologia que é exercida hoje pelos médicos dentistas que fizeram formação pós-graduada “é de excelente qualidade em qualquer parte do mundo”. Na opinião do também subdiretor da FMDUP, de um modo geral, “a preparação é adequada e está assegurada”. Fernando Guerra também considera que a evolução do ensino da implantologia “tem sido globalmente positiva”. No campo da formação continuada, Portugal conta com profissionais que “podem assegurar uma elevada qualidade formativa”. Em relação à pós-graduação, num contexto universitário, “houve um grande salto qualitativo
António Felino: A investigação, para ser credível, deve ser cêntrica e, sobretudo, envolver universidades idóneas de diferentes países para se poderem aferir os resultados das investigações, evitando resultados enviesados
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António Felino, professor e subdiretor da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto e as instituições facultam uma formação adequada ao nível das suas congéneres europeias”, sublinha o professor auxiliar da Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e membro do Conselho Científico da mesma instituição de ensino superior. Os dois académicos e especialistas na área da implantologia revelam também os seus pontos de vista quanto ao modelo de formação que consideram mais adequado nesta vertente da Medicina Dentária. António Felino defende que deve haver uma formação em cirurgia oral prévia à especialização em implantologia, tendo em consideração que, atualmente, os alunos que saem das faculdades “não apresentam preparação suficiente para começar a fazer cirurgia implantar”. A título de exemplo, refere que começam a aparecer muitos casos de complicações, “precisamente porque não há suficiente preparação dos médicos dentistas generalistas para a execução de atos cirúrgicos mais complexos, com os cursos reduzidos que fazem”. Apesar desta tendência, ressalva que a implantologia também deve ser feita por médicos dentistas generalistas, “desde que tenham uma preparação cirúrgica adequada”. Para Fernando Guerra, o contacto dos estudantes com a implantologia “deve ser promovido desde cedo no seu processo de aprendizagem”. Segundo adianta à MAXILLARIS, no Mestrado Integrado da Universidade de Coimbra isso acontece na unidade curricular de introdução à Medicina Dentária, logo no primeiro ano, e posteriormente existe uma progressiva integração vertical noutras unidades, como é o caso dos materiais dentários (segundo ano) e daquelas que se situam na área da prostodontia (quarto e quinto anos), “havendo mesmo a possibilidade dos estudantes reabilitarem pacientes nas suas aulas clínicas”. Assim, “julgo que terminam a sua formação
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Perspetivas com uma visão abrangente e bastante aprofundada sobre esta matéria”, diz Fernando Guerra. Instado a pronunciar-se sobre o índice de médicos dentistas portugueses formados em implantologia e com nível de formação adequado, António Felino refere que “podia haver muitos mais, com melhor preparação e melhor formação”. Apesar de existirem muitos profissionais dedicados à prática da implantologia, “penso que nem todos têm a preparação adequada e que deveria ser exigida”. No futuro, quando se pensar numa especialidade de implantologia para os médicos dentistas, “obviamente que os padrões de seleção terão que ser muito bem pensados para que a implantologia seja feita com padrões de elevada qualidade no interesse dos nossos doentes”. Fernando Guerra tem uma perspetiva mais otimista sobre esta temática, já que entende que existem “profissionais em número suficiente para responderem às necesidades” e que o seu nível de formação “é adequado”. No que respeita à investigação universitária, António Felino revela-se um acérrimo defensor das parcerias entre as universidades e os privados. “A investigação, para ser credível, deve ser cêntrica e, sobretudo, envolver universidades idóneas de diferentes países para se poderem aferir os resultados das investigações, evitando resultados enviesados”. Por vezes, constata, “são apresentados resultados pelos interesses comerciais e, portanto, há que refinar o tipo de investigação e o tipo de propósitos”. Acrescenta ainda que na própria comunidade científica “existem enviesamentos e aparecem quase sempre resultados excelentes, o que levanta por vezes algumas dúvidas à comunidade científica”. No mesmo contexto, Fernando Guerra adianta que a Universidade de Coimbra “tem vindo a desenvolver um intenso trabalho de investigação no campo da implantologia, consubstanciado em inúmeros projetos laboratoriais e em vários ensaios clínicos, alguns já publicados em revistas internacionais de elevado fator de impacto”. Muitos destes estudos “têm sido executados em parceria com a indústria e outros encontraram diferentes fontes de financiamento”, esclarece. Sob o ponto de vista científico e terapêutico, ambos os especialistas estão de acordo quanto ao momento francamente positivo que a implantologia atravessa. “As técnicas hoje adotadas estão muito avançadas. Quando comecei, há 25 anos, ainda existiam implantes de agulhas, implantes de lâminas, implantes impactados; hoje, temos uma uniformização da comunidade científica mundial”, nota o representante da Universidade do Porto, acrescentando que há um “reconhecimento pela comunidade científica das técnicas atuais, dos implantes rosqueados, com pequenas variações no desenho estrutural e com vários
Fernando Guerra, professor auxiliar da Área de Medicina Dentária da Universidade de Coimbra tipos de revestimentos, segundo as escolas e diferentes fabricantes”. Por isso, António Felino pensa que estão reunidas “as condições científicas e terapêuticas, com satisfação plena, quer funcional quer biológica e estética, dos nossos pacientes”. O professor universitario de Coimbra reconhece, igualmente, que a implantologia, ao nível científico, “vive um momento interessante em que se buscam respostas para alguns aspetos que carecem de um melhor esclarecimento”. Em relação às terapêuticas que se proporcionam aos pacientes, Fernando Guerra conclui que “estamos num patamar em que as diferentes soluções e alternativas contribuem para um incremento da qualidade de vida”.
Fernando Guerra: Em relação à pós-graduação, num contexto universitário, houve um grande salto qualitativo e as instituições facultam uma formação adequada ao nível das suas congéneres europeias
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Mais de 2.000 profissionais do setor dentário assistiram à reunião mundial Global Symposium da Nobel Biocare, que este ano teve lugar no famoso Hotel Waldorf Astoria de Nova Iorque (EUA), sob o título genérico “Designing for life: today and in the future” (“Desenhando para a vida: hoje e no futuro”). Entre os dias 20 e 23 do passado mês de junho, mais de uma centena de prestigiados investigadores, cientistas, clínicos e académicos partilharam os seus conhecimentos e as perspetivas mais atuais sobre os melhores tratamentos com implantes. Entre os oradores internacionais que partici-
Mais de 2.000 profissionais assistem a uma nova edição do Global Symposium
Nobel Biocare anuncia em Nova Iorque um novo fluxo de trabalho digital
param no programa científico estiveram os médicos dentistas portugueses Paulo Malo e Armando Lopes. A Nobel Biocare aproveitou a concorrida reunião – em que a MAXILLARIS esteve representada pelo seu diretor, Miguel Ángel Cañizares – para anunciar as suas novas soluções nas áreas de fluxos digitais de trabalho (workflow) e regeneração. Também se inaugurou a Fundação para a Reabilitação Oral (FOR na sigla em inglês). “Continuamos a melhorar constantemente a nossa eficiência e a investir, ao mesmo tempo e de forma significativa, no nosso futuro”, afirmou na ocasião Richard Laube, diretor geral (CEO) da Nobel Biocare, que destacou o sucesso do Global Symposium de Nova Iorque – que esgotou o seu número de lugares disponíveis meses antes da sua realização – como um exemplo da diversidade dos investimentos da marca. “O estabelecimento da nova fundação é outro claro exemplo, assim como os nossos esforços de inovação através do lançamento de novos produtos e soluções”, acrescentou o dirigente da Nobel Biocare. Com um enfoque centrado essencialmente na segurança do paciente e na eficácia dos tratamentos, a Nobel Biocare anunciou que em breve estará disponível um sistema de fluxo de trabalho contínuo que inclui desde o diagnóstico do paciente e o plano de tratamento até à cirurgia (e, numa fase posterior, à prótese). O sistema NobelConnect, a segura rede on line da marca, vincula digitalmente e de forma eficaz todos os processos de maneira integral. Os próximos passos, que foram antecipados durante o encontro de Nova Iorque, baseiam-se nos esforços e na experiência individual dentro das equipas de tratamento, com vista a ligar digitalmente os técnicos de laboratório que utilizam NobelProcera e os clínicos que usam NobelClinician. Entre as vantagens de NobelConnect, destaca-se o facto de que, começando com o diagnóstico e o plano de tratamento que oferece o software NobelClinician, o modelo de superfície de alta precisão que se obtém com o scanner de segunda geração NobelProcera 2G pode ser acrescentado ao processo em qualquer etapa do tratamento, através de uma
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fusão de tecnologia inteligente totalmente automatizada e precisa. Tal permite uma representação melhorada dos tecidos intraorais com vista ao diagnóstico e ao plano de tratamento. Além disso, reduz os gastos e a duração do processo, ao permitir scannear (CB)CT o paciente na primeira visita, o que oferece ao clínico uma forma de trabalhar muito flexível. Outra vantagem da nova solução é que deixa de ser necessário recorrer às guias radiográficas, aos marcadores específicos e aos protocolos de scanner. A opção pela cirurgia guiada pode tomar-se em qualquer etapa do processo.
Um momento da apresentação que levou a cabo Richard Laube, diretor geral da Nobel Biocare.
Novidades de produto No âmbito do Global Symposium, a Nobel Biocare anunciou, também, a incorporação de produtos regenerativos ao seu catálogo. A recente entrada da Nobel Biocare no segmento das soluções regenerativas traduz-se na oferta de uma nova membrana (creosTM xeno.protect) em alguns mercados selecionados da Europa. Esta membrana de colagéneo biodegradável é indicada para uso dentário nos procedimentos associados às regenerações guiadas de osso (GBR) e tecidos (GTR). Cria um ambiente favorável à regeneração óssea na zona defeituosa, ao prevenir a migração de células indesejáveis do tecido leve envolvente e ao permitir o crescimento interno das células osteogénicas. Os primeiros resultados demonstram um excelente comportamento em termos de revascularização e compatibilidade de tecidos, o que combina com a sua função de barreira extendida. Na reunião de Nova Iorque também se destacou o NobelProcera Abutment. Este novo produto, com um canal de aparafusamento angulado, até 25°, permite uma posição de acesso e uma estética mais otimizadas.
Foundation for Oral Rehabilitation (FOR) Um dos momentos altos do Global Symposium 2013 teve lugar durante a primeira jornada, com a inauguração oficial da Fundação para a Reabilitação Oral, formada por renomados clínicos e investigadores que centrarão os seus esforços em três áreas fundamentais: científica, educacional e humanitária. Esta iniciativa internacional une profissionais de diferentes campos com o objetivo de melhorar a saúde oral e apoiar a liderança humanitária. A sua missão é conseguir uma atenção efetiva e centrada no paciente à escala mundial mediante a concessão de bolsas e a promoção de projetos humanitários. O embaixador da boa vontade das Nações Unidas, Bertrand Piccard, foi a primeira individualidade a ser distinguida com o prémio humanitário (FOR Humanity Award) da nova organização, em reconhecimento à sua dedicação a projetos como a fundação “Winds of Hope”. Por seu lado, o doutor P. I. Bränemark foi eleito como o primeiro Honorary Fellow da FOR.
O simpósio da Nobel captou o interesse de profissionais de todo o mundo.
A reunião contou com a participação de destacados conferencistas internacionais do setor dentário.
Após a apresentação da Fundação, os congressistas partilharam os seus pontos de vista.
A bandeira da Nobel Biocare foi hasteada na fachada do Hotel Waldorf Astoria.
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Falamos coM... Lisa Mestrinho
médica veterinária e especialista em odontologia e cirurgia maxilofacial em animais de companhia
A implantologia veterinária é um segmento da medicina com potencial e futuro
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Falamos com... Embora ainda numa fase embrionária em Portugal – tal como acontece, de resto, na esmagadora maioria da comunidade internacional –, a implantologia veterinária tem todas as condições para se transformar numa próspera prática clínica, “se houver uma maior cooperação entre médicos dentistas e médicos veterinários, um maior esclarecimento dos proprietários dos animais, bem como um envolvimento da própria indústria”. Quem o augura é Lisa Mestrinho, especialista em odontologia e cirugia maxilofacial em animais de companhia. Em entrevista à MAXILLARIS, a médica veterinária e professora do mestrado integrado desta especialidade na Universidade Lusófona (Lisboa) faz o ponto da situação dos tratamentos com implantes – entre outras intervenções dentárias – em animais e revela as lacunas e as perspetivas de futuro associadas a este particular segmento da medicina.
A implantologia aplicada ao universo da medicina veterinária é uma prática recente em Portugal? Em Portugal, à semelhança do que se passa em praticamente todos os países, a utilização de implantes com indicação clínica é uma prática recente. Trata-se, na verdade, de uma situação curiosa porque a investigação em implantes para a utilização em humanos começou por ser feita no cão e no porco. Posteriormente, a medicina veterinária retomou parte desses estudos para justamente iniciar a sua aplicação clínica em cães, não como modelos experimentais mas agora como pacientes. Acha que os médicos dentistas estão suficientemente sensibilizados para esta temática? Que passos devem ser dados nesse sentido? De um modo geral, os médicos dentistas desconhecem a existência da medicina estomatológico-dentária veterinária enquanto especialidade. Porém, têm vindo a ser dados passos muito importantes no sentido de haver uma cooperação entre as duas classes. Por exemplo, em 2010 foi criada a Sociedade Portuguesa de Medicina Estomatológico-Dentária Veterinária e Experimental que integra não apenas médicos veterinários, mas também médicos dentistas, médicos, bem como investigadores de áreas como a engenharia de biomateriais, entre outras. Esta sociedade tem procurado desenvolver um conjunto de iniciativas de formação e informação. Começou com a organização, logo em 2010, de um congresso ibérico, realizado em Vila Real, em parceria com a sua congénere espanhola, e depois o Congresso Europeu de Odontologia Veterinária, em 2012, realizado em Lisboa. Em ambos os congressos contámos com a participação de alguns médicos dentistas que ou são também médicos veterinários ou colaboram habitualmente com médicos veterinários. No entanto, penso que seria vantajoso para as duas classes haver uma cooperação mais bem consolidada. Em termos de prática clínica, que papel cabe à classe dos médicos dentistas neste âmbito específico da medicina veterinária? A Associação Portuguesa de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de Companhia (APMVEAC) organizou recentemente o seu vigési-
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Falamos com... mo primeiro congresso nacional que contou com a participação do doutor João Moreira da Fonseca, médico estomatologista, que apresentou uma palestra muito interessante sobre o potencial da implantologia em medicina veterinária. Ora, o caminho é justamente por aqui, ou seja, a colaboração próxima entre as duas classes, que pode passar pela partilha de ideias, conhecimentos e experiências, bem como pelo eventual aconselhamento e discussão de determinados casos. Por exemplo, recentemente estive em Praga, na República Checa, a frequentar um curso prático de restauro, cujos formadores eram um médico veterinário e um médico dentista. No plano académico, que medidas ou modelos de formação poderiam ser implementados, ao abrigo dos cursos de Medicina Dentária e de Medicina Veterinária, com vista a dinamizar a prática da implantologia – e do tratamento da boca em geral – em animais? O curso de Medicina Veterinária não contempla, na sua estrutura, qualquer especialização. Embora exista o título de especialista em medicina estomatológico-dentária veterinária conferido por um colégio europeu. Trata-se de um título que se obtém fora da academia. Há, no entanto, uma exceção. A Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Complutense de Madrid, em Espanha, já oferece, há vários anos, o curso de Odontologia e Cirurgia Maxilofacial Veterinária, coordenado pelo professor Fidel San Román, que confere o grau de especialista universitário. Toda a formação complementar ou especializada é, pois, pós-graduada, embora algumas faculdades ofereçam unidades curriculares opcionais bem como cursos extracurriculares de introdução à estomatologia veterinária. Neste sentido, julgo que, no domínio académico, a colaboração entre médicos veterinários e médicos dentistas insere-se mais no campo da investigação. Quais são as especificidades próprias do tratamento com implantes em animais? O médico veterinário lida com uma ampla diversidade de espécies. No entanto, a maior aplicabilidade clínica dos implantes é obviamente no cão. Enquanto carnívoro, esta espécie possui particularidades esqueléticas e dentárias específicas, entre outras, a sua morfologia dentária é do tipo braquiodonte e secodonte. Estas características morfológicas impõem desa -
Perfil
De um modo geral, os médicos dentistas desconhecem a existência da medicina estomatológico-dentária veterinária enquanto especialidade. Porém, têm vindo a ser dados passos no sentido de haver uma cooperação entre as duas classes
fios na colocação de um implante para substituir um dente ausente. Por exemplo, num Rottweiler com dois anos de idade, que perdeu um dente pré-molar superior, foi necessário proceder à colocação de dois implantes por forma a sustentar uma coroa clínica. Atualmente, quais são os tratamentos dentários ou bucais mais frequentes nos animais dos portugueses? A colocação de implantes em animais de companhia ainda é pouco habitual. Os tratamentos mais frequentes são os periodontais. De facto, a doença periodontal é a doença oral mais frequente no cão e no gato. Praticamente todos os animais a partir dos dois anos de idade são afetados por esta doença. Mas há ainda os tratamentos endodônticos e ortodônticos que, apesar de tudo, são também frequentes. Os critérios que ditam os tratamentos dos animais são muito distintos dos que regem um consultório dentário? O principal critério que condiciona bastante o tratamento dentário ou bucal é a necessidade do animal ter que ser
LISA MESTRINHO é licenciada pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa, desde 2003, e especialista universitária em Odontologia e Cirurgia Maxilofacial pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Complutense de Madrid (2006). É também detentora do título de mestre em Oncologia, outorgado pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (2010). Fez vários estágios e cursos, entre os quais se destacam o estágio no Laboratório de Odontologia Comparada do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (2003) e o de Surgery of the Head and Neck do Royal Veterinary College da European School for Advanced Veterinary Studies. Iniciou a sua atividade clínica em 2003 e atualmente é professora auxiliar convidada do Mestrado Integrado de Medicina Veterinária da Universidade Lusófona. Está a desenvolver os seus trabalhos de doutoramento (em tumores orais no cão) na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa. É também autora de várias publicações em revistas indexadas. À margem da sua atividade académica, acumula ainda os cargos de presidente da European Veterinary Dental Society e de vice-presidente da Associação Portuguesa de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de Companhia e da Sociedade Portuguesa de Medicina Estomatológico-Dentária Veterinária e Experimental.
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Falamos com... sempre submetido a uma anestesia geral. Como é fácil de imaginar, a cooperação do paciente animal é diferente da cooperação do paciente humano. Animais agressivos, por exemplo, podem comprometer o sucesso de alguns tratamentos orais simplesmente porque o tratamento local é impossível. Um outro critério está relacionado com questões éticas. Discute-se atualmente, a nível mundial, se os tratamentos que visam a colocação de um dente, cuja ausência se deve a uma condição congénita ou potencialmente hereditária, devem ou não ser censurados. Finalmente, há também limitações de ordem económica, mas estas não são muito determinantes, uma vez que a escolha de um tratamento dentário de um animal não depende propriamente do valor pecuniário envolvido, mas antes do grau de satisfação do seu proprietário. Acha que a indústria do setor dentário tem dado suficiente resposta em matéria de produção de implantes e de outros materiais necessários para o tratamento dentário dos animais? Em matéria de produção de implantes, uma vez que a procura é baixa, o mercado não oferece implantes especialmente desenhados para animais e suportados por estudos confiáveis. No entanto, relativamente a outros materiais e tecnologias, diria que a indústria do setor dentário fornece de modo igual tanto os médicos dentistas como os médicos veterinários. Por exemplo, o meu sistema de imagem é igual ao utilizado pelos médicos dentistas. Quais são as principais lacunas associadas aos materiais dentários para animais? Existem poucos materiais especialmente desenhados ou estudados para animais. Muitos dos materiais utilizados em Medicina Dentária não são resistentes quando, por exemplo, os aplicamos em cães de trabalho,
Em matéria de produção de implantes, uma vez que a procura é baixa, o mercado não oferece implantes especialmente desenhados para animais e suportados por estudos confiáveis
uma vez que as forças oclusais nestes animais são muito superiores às dos humanos. Além disso, os dentes são submetidos a um maior stress mecânico. É previsível, a curto ou médio prazo, um maior interesse da indústria neste segmento? É previsível e desejável, sobretudo porque havendo uma maior sensibilização dos médicos veterinários para estes assuntos, naturalmente, haverá uma maior procura. As normas legislativas na área dos tratamentos dentários em animais estão devidamente asseguradas no nosso país? Sim, estão asseguradas. Por exemplo, o ato médico veterinário define, de forma clara, as práticas exclusivas do médico veterinário. Quais são as conclusões mais frequentes dos estudos existentes sobre esta temática? Os estudos clínicos veterinários são escassos – realizados sobretudo em animais de trabalho – e indicam que os implantes estão relacionados com um elevado sucesso em termos de osteointegração e resistência. Perante estas indicações, quais são as suas expetativas, a médio ou longo prazo, relativamente ao tratamento com implantes nos animais? Tudo indica que é um segmento com futuro. A implantologia veterinária é um segmento com potencial e futuro, mas ainda está numa fase embrionária. São, pois, necessários estudos clínicos, uma maior cooperação entre médicos dentistas e médicos veterinários, um maior esclarecimento dos proprietários dos animais, bem como um envolvimento da própria indústria.
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Ciência e prática
Lateralização do nervo dentário inferior para a colocação de implantes na mandíbula atrófica
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Ciência e prática AUTORES: Nuno Braz de Oliveira Médico dentista. Pós-graduado em Ortodontia pela Universidade de Nova Iorque (NYU). Residência de dois anos em Cirurgia Oral na NYU. Prática exclusiva em Ortodontia e Cirurgia Oral. Diretor clínico da Clínica Dental Face. Francisco Brandão de Brito Médico dentista. Especialização em Periodontologia pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). Mestrado em Periodontologia pela FMDUL. Docente da Especialização em Periodontologia da FMDUL. Tesoureiro da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI). Prática exclusiva em Periodontologia e Implantes. Clínica Dental Face. Guilherme Guerra Médico dentista. Bacharelato em Prótese Dentária. Prática exclusiva em Prostodontia e Oclusão. Clínica Dental Face. Roque Braz de Oliveira Médico dentista. Pós-graduado em Prostodontia e Implantologia pela NYU. Prática exclusiva em Prostodontia e Implantologia. Clínica Dental Face. Ana Filipa Soares Médica dentista. Clínica Dental Face. Sara Freitas Médica dentista. Clínica Dental Face. Lisboa.
Nuno Braz de Oliveira
Introdução O uso de implantes dentários, para a reabilitação de pacientes desdentados totais e parciais, é uma realidade atual. A eficácia destes depende de pré-requisitos já bem estudados e descritos na literatura, como a existência de volume ósseo suficiente, que facilita a sua colocação, e é por isso um fator preponderante para o sucesso (Fiorellini e Nevins, 2003).
Podemos salientar três diferentes abordagens para a reabilitação com implantes de pacientes com mandíbulas atróficas: a colocação de implantes curtos na zona posterior da mandíbula, o aumento vertical da crista óssea (AVCO) e a lateralização do nervo dentário inferior (Annibali et al., 2012; Karthikeyan et al., 2012).
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Conceitos anatómicos O nervo trigémio é constituído por duas raízes, uma sensitiva e outra motora. Inerva os músculos mastigatórios e dá sensibilidade à face, órbita, fossas nasais e cavidade oral. Apresenta três ramos terminais: o nervo oftálmico, o nervo maxilar superior e o nervo mandibular. Deste último ramo derivam o nervo lingual e o nervo dentário inferior, onde este trabalho se irá focar (Esperança Pina, 2000). O nervo dentário inferior está inserido num feixe vasculo-nervoso que percorre o canal dentário situado na mandíbula. Anatomicamente, a veia alveolar inferior é a estrutura situada mais superiormente dentro do canal. Quando os instrumentos rotatórios penetram no canal, a hemorragia é um sinal de alerta para o cirurgião, que indica que houve invasão do mesmo. Uma hemorragia mais perfusa, normalmente indica lesão da artéria alveolar inferior, que se situa inferiormente à veia e superiormente ao nervo (Jerjes et al., 2010). Os seus ramos terminais têm origem ao nível do buraco mentoniano e daí derivam o nervo incisivo, que inerva os dentes incisivos e canino, o nervo mentoniano, que sai do buraco mentoniano para inervar a mucosa do lábio inferior e a pele do mento (Esperança Pina, 2000; Tubbs et al., 2010). Foi feito um estudo que mostrou que em média o canal dentário inferior situa-se horizontalmente a 4,9 mm da parede cortical vestibular e verticalmente a 16,4 mm da crista alveolar. Este estudo sugere também que pacientes mais velhos e de raça caucasiana têm uma menor distância horizontal, entre a zona vestibular do canal dentário e o bordo vestibular mandibular (Levine et al., 2007).
Tabela 1 Classificação das lesões neurológicas
Classe
Todos os casos devem ter uma tomografia computadorizada com imagens tratadas tridimensionalmente, que definam a posição lateral e mesial do canal e do buraco mentoniano. Definidas a posição e o grau do loop do nervo mentoniano, bem como a posição e trajeto do nervo alveolar inferior, o caso deve ser planeado, e escolhidos o tamanho, diâmetro, posição e número de implantes (Solar et al., 1994).
Classificação das lesões neurológicas Em 1951, Sunderland propôs uma classificação de lesões nervosas, que é baseada na teoria de que o nível de distúrbio sensitivo e consequente recuperação da lesão dependem da severidade da mesma (Jerjes et al., 2010).
Síntomas
Tratamento
I Neuropraxia
Metabolitos tóxicos, compressão, estiramento.
Parestesia aguda. Reflexo normal dentro de uma a 12 semanas.
Suporte. Não cirúrgico.
II Axonotmese
Estiramento, compressão, esmagamento.
Parestesia, hiperpatia. Recuperação espontânea dentro de três a seis meses.
Suporte. Não cirúrgico. Terapia de bloqueio.
III
Estiramento, compressão crónica.
Hiperpatia, simpatalgia, hiperalgesia.
Descompressão cirúrgica, terapia de bloqueio.
IV
Estiramento, esmagamento, rompimento, perfuração.
Alodinia, dor referida, dor fantasma.
Descompressão, ressecção do neuroma, reparo microcirúrgico.
Laceração, esmagamento severo, avulsão.
Anestesia dolorosa, síndrome complexa.
Avaliar tratamento.
VI
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Com base nos dados atuais, recomenda-se que seja mantida uma distância de segurança mínima de 6 mm anterior ao buraco mentoniano, em cirurgias na região pré-molar mandibular.
Etiologia
V Neurotmese
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A posição e a classificação do trajeto intra-ósseo do nervo mentoniano foi documentada por Solar et al. (1994), utilizando 37 mandíbulas secas. Foram observados dois tipos de trajetos. Na maioria (22 casos), foi observado o tipo I, em que a medida da distância entre o buraco mentoniano e o ponto mais anterior do canal é ˃ 5 mm, existindo uma curvatura anterior. Não foi verificada correlação entre a distância e o grau de atrofia. Nos outros 15 casos, o canal mentoniano ascendeu diretamente do canal mandibular para o buraco mentoniano, sem curvatura anterior (tipo II).
Lesões conjuntas.
Reparo conjunto, lise, descompressão.
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Opções cirúrgicas para a reabilitação de mandíbulas atróficas Existem essencialmente três possíveis abordagens para ultrapassar as limitações de pacientes que possuem mandíbulas atróficas e que necessitam da sua reabilitação.
Tabela 2
Desvantagens
Vantagens
Indicações
Implantes curtos (< 10 mm)
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Aumento Vertical da Crista (AVCO)
Lateralização do nervo dentário inferior
• Desdentados parciais. • Associados a implantes longos ou AVCO. • Existência de 5 a 7 mm da crista alveolar ao canal dentário.
• Para obter osso suficiente para a colocação de implantes, como em situações de defeitos de desenvolvimento ósseo, doença periodontal, perda dentária, reabsorção óssea devido a infeção, inflamação ou trauma.
• Nervo dentário inferior muito próximo do rebordo superior da mandíbula, impossibilitando a colocação de implantes com um rácio coroa/implante favorável. • Quando os enxertos ósseos estiverem contraindicados por questões sistémicas e/ou locais. • Enxerto vertical com prognóstico pouco previsível. • Escolha do paciente.
• Face ao AVCO: taxa de sucesso de 92,3%, menor morbidez, menor tempo de tratamento e custos. • Face aos implantes mais longos: diminuição de complicações como perfuração do canal dentário. • Taxa de sobrevivência: 99,1%. • Baixa incidência de complicações biológicas e biomecânicas.
• Permite aumentar o número, comprimento e diâmetro dos implantes a serem colocados. • Maior previsibilidade para fazer carga imediata. • Maior estabilidade a longo prazo da reabilitação sobre implantes. • Resultados semelhantes aos implantes colocados em osso nativo. • Vantagem quando feito com aloenxerto, comparativamente ao autoenxerto.
• Menor tempo de tratamento comparativamente aos enxertos ósseos. • Colocação de implantes sem fazer enxerto ósseo.
• Pouca densidade óssea. • Localização posterior. • Rácio coroa/implante desfavorável, resultando em restaurações protéticas muito largas, pesadas, inestéticas e desconfortáveis. • Carga imediata pode falhar nestes implantes.
• Maior período de cicatrização. • Complicações cirúrgicas: parestesia pós-operatória, lesão dos tecidos moles e infeção. • Tecnicamente é mais sensível do que a colocação de implantes curtos, sem AVCO. • Aumento do custo da cirurgia. • Maior tempo de tratamento comparativamente aos implantes curtos e lateralização. • No caso de autoenxerto: morbilidade associada ao local dador do enxerto e a sua perda de volume.
• Técnica cirúrgica exigente. • Risco de lesão nervosa transitória pós-operatória ou permanente. • Tempo de recuperação neurossensitiva prolongada. • Risco de fratura mandibular em casos de atrofias severas.
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Tabela 2
Técnica
Sucesso/insucesso
Contra-indicações
Implantes curtos (< 10 mm)
Aumento Vertical da Crista (AVCO)
• Evitar cantilevers. • Maior número de implantes. • Unir/ferulizar os implantes.
• As falhas envolvem, na maioria das vezes, defeitos posteriores da mandibula (71%), que tipicamente se manifestam com deiscência dos tecidos moles e/ou infeção e ocorrem cerca de um ano após a colocação do enxerto (86%).
• Colocados imediatamente pós-extração tendem a falhar. • Causas de insucesso: pouco volume ósseo, implantes distais com forças oclusais excessivas, osso de baixa densidade, implantes de superfície maquinada e osso osteoporótico. • Não se pode comparar com o sucesso de implantes longos em osso nativo.
• Aumento com DFDBA: 3,14 mm. • Aumento com autoenxerto: 5,02 mm. • Taxa de sobrevivência de 97,5% dos implantes colocados (follow-up de um a cinco anos). • Aumento com factor de crescimento combinado com proteína morfogénica (rhBMP-2) de osso humano, associada a uma esponja reabsorvível de colagénio, foi reportada uma taxa de sobrevivência dos implantes colocados de 100% (follow-up de três anos). • ROG: 2 a 8 mm de aumento, com uma perda de osso marginal após a colocação de implantes. 1,8 a 2 mm após um a sete anos de follow-up. • Distração osteogénica: 5 a 15 mm de aumento, com uma perda de osso marginal após a colocação de implantes e de 1 a 1,4 mm após um a cinco anos de follow-up. • Enxerto ósseo: 4,2 a 4,6 mm de aumento com uma perda de osso marginal até aos 4,9 mm, após a colocação de implantes, com um follow-up de um a três anos.
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(continuação)
Lateralização do nervo dentário inferior • Tábua externa da mandíbula muito corticalizada dificulta o acesso ao nervo. • Extrema reabsorção óssea pode causar fragilidade ou fratura mandibular. • Feixe nervoso delgado, maior probabilidade de danificá-lo. • Patologias da ATM, limitando a abertura da boca. • Problemas sistémicos e/ou locais que dificultem a cicatrização. • Pacientes que não aceitem a possibilidade de insucesso da técnica.
• Podem associar-se a implantes longos. • Regeneração óssea guiada com uma • Eliminar contactos laterais nos movimentos membrana a cobrir o enxerto é o ideal. excursivos da mandíbula. • O aumento pode ser feito na mesma etapa • Em situações mais comprometedoras cirúrgica em que são colocados os implantes, pode-se aumentar o diâmetro do implante. ou faz-se primeiro o enxerto, aguardando-se um período de cicatrização.
Adaptado de Jensen et al. 1994; Rosenquist et al., 1994; Howell et al., 1997; Acero et al. 1998; Grunder e Polizzi, 1999; Cochran et al., 2000; Simion et al., 2001; Fiorellini e Nevins, 2003; Misch et al., 2006; Tonetti e Hämmerle, 2008; Waasdorp e Reynolds, 2010; Yoshimoto, M. 2011; Annibali et al., 2012; Hashemi, H.M. 2012; Karthikeyan et al., 2012.
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Técnica cirúrgica de lateralização do nervo dentário inferior A técnica cirúrgica engloba passos indispensáveis ao sucesso da mesma, dos quais podemos enumerar (Ruskin et al., 1995; Davis et al. 1992; Babush et al., 1991; Hashemi, H.M. 2012):
osteotomia normalmente é 3 a 4 mm distal do buraco mentoniano, estendendo-se para posterior 4 a 6 mm em relação à posição mais distal do implante a colocar (fig. 3).
1. Incisão, que se inicia na região retromolar e segue até mesial do canino, onde é feita uma incisão de descarga, prevenindo a lesão do feixe nervoso que normalmente se situa entre o primeiro e segundo pré-molares (fig. 1).
7. Com cinzéis retos e curvos separam-se as pontes ósseas residuais e remove-se a janela. Uma vez removida a placa cortical, é realizada uma dissecção utilizando instrumentos manuais (fig. 3).
2. Descolamento do retalho mucoperiósteo, com espessura total, até ao bordo inferior da mandíbula, expondo o buraco mentoniano (fig. 1).
8. Com um retrator, o nervo dentário inferior é mobilizado da sua posição original e é usada uma banda elástica neurológica, lateralizando-o (fig. 4).
3. Marca-se com lápis estéril o trajeto do canal alveolar inferior, com a ajuda de meios complementares de diagnóstico (ortopantomografia, CBCT, TAC).
9. São colocados os implantes e o nervo é reposicionado sobre a face lateral dos mesmos. Note-se que não há condução térmica do implante ao nervo. Alguns autores advogam que o nervo não deve entrar em contacto com o implante devendo ser colocadas partículas de osso da tábua vestibular ou substituto ósseo entre o nervo e os implante e o restante material é colocado sobre o feixe vascular prevenindo que se criem aderências entre este e o periósteo (figs. 5 a 7).
4. Com guia cirúrgica, determina-se o local dos futuros implantes. 5. Efetua-se uma osteotomia retangular com aproximadamente 8 mm de altura à volta do canal mandibular, com uma broca tronco-cónica em peça cirúrgica rotatória reta, de baixa rotação e excelente irrigação (fig. 2). 6. Com o objetivo de lateralizar o nervo, a margem anterior da
10. São reposicionados os tecidos mucoperiósteos e é realizada a sutura. Deve-se aguardar seis meses até se fazer a exposição dos implantes e reabilitação prostodôntica do caso.
Figura 1.
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Figura 2.
Figura 3.
Figura 4.
Figura 5.
Figura 6.
Figura 7.
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Complicações inerentes à técnica Hirsch e Branemark (1995) avaliaram um total de 18 pacientes e 24 segmentos posteriores tratados com esta técnica. Observaram hipostesia em todos os pacientes, durante uma média de 4,7 semanas e em três pacientes persistiu a alteração neuronal. Rosenquist et al. (1994) efetuaram 100 procedimentos cirúrgicos usando esta técnica cirúrgica e verificaram apenas 4,2% de casos com diminuição da função neurossensorial e 1,4% com perda total da sensibilidade aos 18 meses do pós-operatório, com uma taxa de sucesso implantar de 94% (Gutiérrez et al., 1998). Mesmo que a técnica tenha sido bem efetuada e a manipulação do tronco nervoso tenha sido bem sucedida, podem ser sempre esperadas sequelas pós-operatórias, que tendem a recuperar num espaço de um a três meses (Kan et al., 1997). Os distúrbios neurossensitivos são comuns até uma semana depois da cirurgia e a maioria destes efeitos adversos desaparecem após seis meses (Hashemi, H.M. 2012).
Tratamento das lesões neurológicas O tratamento nas lesões nervosas tem como objectivo eliminar ou minimizar as complicações secundárias à lesão,
esperando uma reinervação funcional (Silva e Camargo, 2010). O tratamento pode incidir nas lesões agudas e crónicas. Como tratamento imediato, um complexo multivitamínico como a prescrição de vitaminas B1, B6 e B12 pode ser usado, pelo seu efeito neurotrófico (Nagaraj e Chitre, 2009). A associação com a laserterapia no pós-operatório aumenta a ação anti-inflamatória, analgésica e relaxante (Yoshimoto, M., 2011). Outros autores sugerem a aplicação de gelo nos tecidos perineurais e a minimização dos movimentos maxilares nos primeiros três dias após a lesão, para prevenir a excessiva compressão pelo edema e hematoma, que também pode ser melhorado com a toma de corticosteróides. O controlo químico da placa bacteriana, com o uso de bochechos de clorohexidina, deverá ser feito associação com antibioticoterapia. Também pode estar indicada a toma de anti-inflamatórios não esteróides diários (Jerjes et al., 2010; Alling et al., 1993). As lesões crónicas devem ser acompanhadas com fisioterapia ou com neuroestimulação eléctrica transcutânea (TENS), pelas suas propriedades analgésicas ou através da estimulação eléctrica funcional (FES), ultrassons terapêuticos ou ainda terapia com laser. A terapia farmacológica também é importante, como o uso de corticosteróides, anticonvulsionantes e antidepressivos.
Casos clínicos Caso 1 Paciente do sexo feminino com 62 anos. Prótese acrílica implantomucossuportada através de dois attachments em bola. Motivo da lateralização: queria reabilitação fixa.
Fig. 8. Ortopantomografia inicial (2012).
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Fig. 9. Incisão e descolamento do retalho.
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Fig. 10. Osteotomia.
Fig. 11. Afastamento da janela óssea e retração do nervo.
Fig. 12. Colocação de Bio-oss e encerramento da ferida cirúrgica.
Fig. 13. Ortopantomografia após colocação de três implantes no IV Q (2012).
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Caso 2 Paciente do sexo feminino com 38 anos. Ponte provisória dentossuportada na arcada superior, arcada inferior sem reabilitação protética. Motivo da consulta: queria pôr dentes fixos em cima e em baixo.
Fig. 14. Ortopantomografia Inicial (2002).
Figs. 15 e 16. Ortopantomografias. Follow-up de quatro (2006) e dez (2012) anos, respetivamente.
Caso 3 Paciente do sexo feminino com 46 anos de idade. Próteses removíveis superior e inferior. Queixava-se das próteses por estarem desadaptadas e queria algo mais fixo para não voltar a ter este problema. Foram executadas duas técnicas diferentes na arcada inferior, tendo em conta a altura óssea existente: no III Q foram colocados dois implantes curtos enquanto no IV Q foi feita cirurgia de lateralização do nervo seguida da colocação de três implantes compridos. Fig. 17. Ortopantomografia inicial (2003).
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Fig. 18. Ortopantomografia após reabilitação (2005).
Fig. 19. Ortopantomografia final. Follow-up de quatro anos (2009).
Conclusão A técnica de lateralização do nervo dentário inferior está indicada em pacientes com mandíbulas atróficas ou em casos onde se verifica uma localização alta do canal mandibular, relativamente próxima do rebordo alveolar, onde não é possível a colocação de implantes curtos. Mesmo que a manipulação do tronco vasculo-nervoso seja a ideal, devem ser sempre esperadas complicações neurossensoriais pós-operatórias que, normalmente, recuperam no espaço de um a três meses. Devido à alteração neurossensitiva, este procedimento é considerado de alto risco. A hipostesia e anestesia, perda parcial ou total da sensibilidade, são as alterações mais comuns, que podem persistir até aos 18 meses após a cirurgia e em 3 a 5% dos casos pode ser definitiva. Por ser um procedimento muito sensível, que requer uma grande experiência e habilidade cirúrgica e que está associada a complicações pós-operatórias, é extremamente importante que o efetuemos com a garantia de que o paciente está plenamente informado sobre o procedimento, alternativas terapêuticas e vantagens e desvantagens da técnica. Antes da sua realização, devemos ainda avaliar bem o paciente, de modo a saber se é um candidato a esta técnica e ter sempre em consideração qual a queixa principal e quais as suas expetativas.
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Diferentes incisões em zona estética: principais indicações e contra indicações (casos clínicos) Melhor poster científico do II Congresso Nacional dos Estudantes de Medicina Dentária (premiado com o patrocínio da MAXILLARIS)
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Ciência e prática AUTORES: Artur Caleres Médico dentista. Aluno do Curso de Especialização em Implantologia (2010/2013) da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). arturgd@gmail.com Filipe Araújo Vieira Médico dentista. Aluno do Curso de Especialização em Implantologia (2010/2013) da FMDUL. André Chen Médico dentista. Assistente do Curso de Especialização em Implantologia da FMDUL. Helena Francisco Médica dentista. Assistente do Curso de Especialização em Implantologia da FMDUL. João Caramês Médico dentista. Professor catedrático da FMDUL. Coordenador do Curso de Especialização em Implantologia da FMDUL. Lisboa.
Artur Caleres
Introdução A ausência dentária na zona anterior representa, na maioria dos casos, um desafio para o clínico. A crescente utilização de implantes endósseos para colmatar estas ausências deve-se ao facto de ser uma opção terapêutica com taxas de sucesso elevadas (> 90%) quando determinados critérios são respeitados1,2.
Antes de avançarmos para a fase cirúrgica é fundamental um planeamento adequado do nosso caso clínico. O enceramento de diagnóstico e os exames complementares como a tomografia computorizada convencional (TC) ou de feixe cónico (CBCT) são ferramentas que nos auxiliam a esclarecer a real necessidade de realizar técnicas de regeneração, sejam elas tecidulares ou ósseas, assim como a prever a futura posição dos dentes.
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No início da fase cirúrgica, a seleção do tipo de incisão mais adequada é também de extrema importância. Essa decisão é normalmente definida pela linha do sorriso, biótipo gengival, número de fases cirúrgicas previstas, necessidade de realizar algum tipo de regeneração de tecidos, disponibilidade e morfologia óssea1,2,3.
Objetivo Com este trabalho, pretendemos mostrar, através de quatro casos clínicos, várias técnicas de incisão em zona estética utilizadas na cirurgia de implantes endósseos. Para cada técnica, serão apresentadas as várias vantagens e desvantagens com base na literatura disponível.
Discussão de casos clínicos No caso clínico 1 apresentamos uma técnica flapless em que foi utilizado um bisturi circular manual (diâmetro 4,0 mm) (figs. 1 e 2). Existem situações em que a elevação de um retalho para a colocação de implantes não é essencial para alcançar um bom resultado final, nomeadamente, situações com disponibilidade óssea adequada e risco de complicação reduzido. Uma das razões que nos leva a optar pela técnica flapless é a reabsorção óssea provocada pela elevação de um retalho4. Sabemos que na presença de dentes, o suprimento sanguíneo é conseguido através de três vias: o ligamento periodontal, o periósteo e o osso propriamente dito. Quando a perda desses dentes ocorre, apenas duas vias de suprimento são mantidas. Como o osso cortical é fracamente vascularizado quando comparado com o osso medular, ao elevarmos um retalho, o suprimento sanguíneo fica limitado.
Fig. 1. Zona do canino edêntula. Caso favorável para utilização de uma técnica flapless uma vez que apresenta uma boa disponbilidade óssea e gengiva queratinizada.
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Por esta razão, irá acontecer uma reabsorção óssea durante a fase de cicatrização, cuja extensão parece depender da própria espessura óssea5,6,7. A este processo é também associado maior edema, dor e desconforto pós-operatório. Com a técnica flapless o trauma cirúrgico é mínimo, levando a uma diminuição destes sinais e sintomas. Na cirurgia minimamente invasiva, ao utilizarmos guias cirúrgicas confecionadas segundo o enceramento e os exames complementares de diagnóstico, minimizamos o risco de perfuração óssea e de angulação incorreta dos implantes4. Ainda assim, apesar da evolução nos softwares e nos sistemas imagiológicos ao nosso dispor, a técnica de flapless apresenta um erro horizontal entre 1,1 e 1,6 mm. Esse erro é influenciado pelo tipo de fixação da guia, técnica de confeção e pela experiência do clínico8,9. Canizzaro, num ECR em que comparou a técnica de elevação de retalho com a técnica flapless, reportou que os pacientes sujeitos a esta técnica apresentaram menor edema e consumiram menos analgésicos. Inclusivamente, demonstrou ser mais rápida (12 vs 29 minutos). Por estas razões, a aceitação do paciente para este tipo de abordagem é maior9,10. Apesar das vantagens já descritas, esta técnica não permite visualizar a relação do implante com as corticais ósseas, assim como não deve ser executada em zonas com ausência de gengiva queratinizada9,11. Após avaliação dos exames complementares de diagnóstico (CBCT e ortopantomografia) concluímos que a excelente disponibilidade óssea ( > 8 mm de largura vestibulo-palatina) e a presença de gengiva queratinizada tornava este paciente num bom candidato para a colocação de um implante com a técnica de “flapless”.
Fig. 2. Bisturi circular manual.
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Após a incisão circular foi colocado um implante de plataforma RP, conexão externa (Biomet 3i®) (fig. 3). Assim como em todas as técnicas, existem vantagens e desvantagens associadas.
Ao contrário da mucosa alveolar edêntula, o suprimento vascular da papila é conseguido por anastomoses vasculares que atravessam o rebordo alveolar15. Como tal, na tentativa de preservar esta estrutura foi sugerido por alguns autores a incisão com preservação de papila1.
A decisão de colocar implantes pela técnica flapless deverá ser baseada na quantidade e morfologia óssea, morfologia dos tecidos moles, expertise e capacidade técnica do cirurgião5,12. No caso clínico 2 apresentamos a técnica de incisão com preservação de papila (papilla sparing incision) (figs. 4 a 7). A papila interproximal atua com uma barreira biológica na proteção das estruturas periodontais. Para além disso, é uma componente fundamental nas estética dos tecidos moles. Por estas razões, é de extrema importância a manutenção da integridade da papila durante a cirurgia de implantes, especialmente na zona estética13,14.
Figs. 4 a 7. Incisão com preservação de papila.
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Fig. 3. Colocação do implante.
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Esta técnica tem como principal vantagem a diminuição da recessão gengival junto aos dentes adjacentes após elevação de retalho. No entanto não existe nenhum ensaio clínico randomizado que comprove esta afirmação1,15,16. A ausência de papila interdentária pode levar a um compromisso estético, alterações na fonética e impactação alimentar13. Para que ocorra a sua formação é importante respeitar a distância entre a crista óssea e o ponto de contacto dentário. Entre dois dentes adjacentes essa distância deve ser menor que 5 mm para permitir a formação da papila em praticamente 100% dos casos. Entre um dente e um implante essa distância mínima deve ser de 4,5 mm e entre implantes deve ser de 3,4 mm17,18,19. Para que a reabilitação não fique comprometida e respeitando o espaço biológico, os implantes devem estar a uma distância mínima de 3 mm, enquanto que a distância entre um implante e um dente adjacente deve ser no mínimo de 1,5 mm19. Neste caso clínico optámos por utilizar esta técnica
por sabermos, à partida, que iríamos realizar uma ROG apenas na zona apical (para eliminação de tecido de granulação) e que a linha do sorriso era média. Se essa linha do sorriso fosse alta haveria o risco de as linhas de incisão serem visíveis por ser um paciente com um biotipo gengival espesso. Colocámos um implante de conexão cónica Neodent Drive® (3,5 x 10 mm), utilizando um protocolo infracrestal de 1 mm. Foi realizada uma regeneração óssea guiada utilizando um biomaterial composto por hidroxiapatite (75%) e e trifosfato de cálcio (25%) (Adbone®BCP). No dia da cirurgia, ao termos atingido uma boa estabilidade primária (torque de inserção >35 N.cm) (fig. 10), optámos por fazer uma provisionalização imediata mediante o pilar GT com 2,5 mm de altura transmucosa (Neodent®) (figs. 8 a 18). Quando a técnica de ROG é mais ampla, a utilização deste tipo de incisão poderá comprometer a regeneração.
Fig. 8.. Remoção do tecido de granulação com cureta de Miller e broca esférica multilaminada de peça de mão (diâmetro 1,8 mm).
Fig. 10. Torque de inserção 50 N.cm.
Fig. 9. Colocação de implante Neodent ® Drive (3,5 x 10 mm), utilizando um protocolo infracrestal de 1 mm.
Fig. 11. Provisionalização imediata sobre pilar intermédio ® de 2,5 mm de altura (Pilar GT ). Para a provisionalização foi utilizada a prótese removível do paciente.
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Figs. 12 e 13. Regeneração óssea do defeito com biomaterial (Adbone®BCP) e membrana reabsorvível (Collagene AT®).
Fig. 14. Dafilon® 4.0 e Vycril® 4.0.
Fig. 16. Pós-operatório aos sete dias.
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Fig. 15. Radiografia de controlo aos três meses.
Fig. 17. Linha do sorrisso média, com manutenção do nível de papila.
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Fig. 18. Três meses de follow-up.
No caso clínico 3 apresentamos uma técnica de incisão crestal acompanhada por uma incisão vertical (fig. 19). Existem vários estudos a comprovar que a incisão crestal apresenta melhor cicatrização dos tecidos e um menor edema quando comparada a outras incisões fora do centro da crista (paracrestal e vestibular)20. O centro da crista de zonas edêntulas é caracterizado por uma porção avascular com cerca de 1 a 2 mm, não comprometendo assim a vascularização do retalho15. Num estudo retrospetivo, realizado em desdentados totais reabilitados com implantes, ficou demonstrado que a taxa de sucesso não é influenciada pelo tipo de incisão. Porém, o edema e o desconforto pós-operatório foi mais acentuada quando utilizada uma incisão para-crestal1,20.
Fig. 19. Incisão crestal e vertical.
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Ao realizarmos uma incisão crestal acompanhada por uma incisão vertical conseguimos uma maior visibilidade cirúrgica, permitindo-nos também realizar regenerações ósseas ou tecidulares com maior facilidade. Com alguma experiência, é possível detetar uma perfuração da tábua vestibular sem ter uma visão direta. Essa perfuração pode ser confirmada através de uma sonda (fig. 20). Como, neste caso, já sabiamos previamente que poderia ser necessário realizar uma ROG devido à concavidade do pré-molar, optámos por esta incisão. Após a colocação de um implante Bone Level® 4,1 x 12 mm (Straumann®), regenerámos a perfuração vestibular com um xenoenxerto (Gen-Os®) e com uma membrana reabsorvível (Bio-Gide®) (figs. 21 a 23).
Fig. 20. Sonda milimetrada com ponta esférica.
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Fig. 21. Colocação de implante Straumann®, Bone Level® 4.1 x 12 mm. Torque de inserção de 40 N.cm.
Figs. 22 e 23. Regeneração óssea guiada utilizando um xenoenxerto (Bio-oss®) e membrana reabsorvível (Bio-gide®).
Figs. 24 e 25. Prova de pilar em zircónia Cares® e cimentação de coroa em zircónia. Estrutura Zirkonzahn®, cerâmica de revestimento Ivoclar, IPS e.max Ceram®.
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A paciente foi reabilitada com um pilar em zircónia Cares® (Straumann®) e coroa totalmente cerâmica (estrutura Zirkonzhan® e cerâmica de revestimento Ivoclar IPS e.max Ceram®) (figs. 24 a 26). Apesar desta técnica estar associada uma maior morbilidade pós-operatória, ela permite uma melhor noção tridimensional do implante e uma maior visibilidade por parte do operador. Como tal, poderá estar indicada para cirurgiões menos experientes11,12. No caso clínico 4 apresentamos uma técnica de incisão crestal e intrasulcular dos dentes adjacentes à zona onde pretendemos colocar o implante. A principal vantagem deste tipo de incisão é a de promover um melhor pós-operatório. Como o campo de visão é limitado, poderá dificultar a execução de casos mais complexos, como tal, cabe ao cirurgião avaliar a real necessidade de uma incisão vertical10,15. Como a paciente apresentava um defeito horizontal na zona do 12, linha do sorriso média e suficiente disponibilidade
óssea para a colocação de um implante (avaliado mediante a tomografia computorizada), optámos por realizar um enxerto de tecido conjuntivo no dia da colocação do implante (figs. 26 a 33). Para esta intervenção foram realizados controlos periódicos (figs. 34 a 38). Ao não realizarmos nenhuma incisão vertical, melhoramos o pós-operatório do paciente. No entanto, poderá haver casos que necessitem de incisões verticais para podermos aumentar o campo de visão, como tal, cabe ao cirurgião avaliar a necessidade desse tipo de incisão10,15. Três meses após a colocação do implante, foi realizada uma coroa provisória através do método direto (figs. 39 a 42). Após modelação dos tecidos moles pela provisória, realizámos um molde definitivo para a realização da coroa definitiva. Neste caso, optámos por uma coroa em cerâmica pura (Atlantis, Dentsply®) (figs. 43 a 46).
Fig. 26. Paciente com ausência dos dentes número 12, 14 e 24.
Fig. 27. Defeito horizontal na zona do 12.
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Fig. 28. Incisão crestal e intrasulcular. Perfuração com a broca 2,0. Caso haja necessidade de modificar a angulação do implante esta é a fase ideal. Através da guia cirúrgica executada com base no enceramento de diagnóstico avaliamos a futura posição do implante.
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Fig. 29. Colocação do implante. Últi ma broca utilizada: 3,2 x 13 (protocolo recomendado para um osso de maior densidade). Torque de inserção de 30 N/cm.
Figs. 30 e 31. Após verificar a espessura do tecido da zona dadora com sonda periodontal, foi realizada uma incisão vertical 3 mm para apical da margem gengival (ao nível dos pré-molares). O tecido conjuntivo foi separado do tecido epitelial deixando apenas uma banda de tecido epitelial para facilitar a técnica.
Figs. 32 e 33. Após remoção da banda de tecido epitelial o enxerto foi fixado no periósteo da zona recetora e suturado com sutura vycril® 4,02.
Fig. 34. Fotografia inicial.
Fig. 35. Pós-operatório aos sete dias.
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Fig. 36. Pós-operatório aos 15 dias.
Fig. 37. Pós-operatório aos 30 dias.
Fig. 38. Pós-operatório aos 90 dias.
Figs. 39 a 41. Três meses após a cirurgia realizamos a segunda fase cirúrgica utilizando um bisturi circular. Para a confeção da coroa provisória pelo método direto, foi utilizado um pilar provisório. O pilar poderá ser aparafusado a um análogo para facilitar a confeção da coroa provisória.
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Fig. 42. Resultado logo após a colocação da coroa provisória. A compressão da coroa no tecido gengival provoca isquémia que deve ser transitória.
Figs. 43 e 44. Coroa definitiva aparafusada em zircónia cerâmica de revestimento.
Figs. 45 e 46. Follow-up de seis meses.
Fig. 47. Controlo radiográfico aos seis meses.
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Conclusões: • A técnica flapless deverá realizar-se em casos com boa disponibilidade óssea e em gengiva queratinizada. Cirurgiões com menos experiência deverão optar por técnicas de incisão que permitam uma visão intraoperatória mais ampla. • A incisão crestal e vertical permite uma visão intraoperatória mais ampla, sendo possível detetar perfurações ósseas e realizar regenerações ósseas com maior facilidade. A esta técnica está associada uma maior morbilidade pós-operatória. • A incisão com preservação de papila parece diminuir o risco de recessão gengival ao nível dos dentes adjacentes. No entanto, não existe suporte científico para confirmar esta afirmação. Como tal, esta técnica deve ser utilizada em casos muito específicos, tendo em conta o biotipo gengival do paciente. • A incisão crestal e intrasulcular é uma técnica que permite uma melhor visibilidade intraoperatória quando comparada com a técnica flapless. Caso haja necessidade de regeneração óssea, podemos optar por associar uma ou duas incisões verticais para facilitar a técnica e diminuir a tensão do retalho.
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Cadernos formativos
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Antibioterapia em implantologia: evidência científica ou empirismo clínico?
André Macedo Médico dentista licenciado pelo ISCS-N em 2008. Mestrando em Cirurgia Oral no ISCS-N. Docente convidado à disciplina de Farmacologia e Terapêutica no ISCS-N, ESSVS e ESSVA desde 2008. ITI Fellow. Prática em medicina dentária generalista e implantologia em clínicas na zona norte. Porto.
Os implantes dentários são um tipo de tratamento amplamente utilizado nas últimas duas décadas em casos de ausência de órgãos dentários. Apesar das altas taxas de sucesso descritas na ciência, também se reportam perdas de implantes. Presume-se que uma percentagem da perda prematura de implantes se deve a contaminação bacteriana no momento da colocação do implante e consequente falha na osteintegração1. Os médicos dentistas deparam-se diariamente com um número elevado de complicações pós-cirúrgicas depois destes procedimentos. Antes de todo o ato cirúrgico, a anamnese clínica do paciente, quer a nível sistémico quer a nível local, é fundamental. Há uma tendência generalizada para o uso de antibióticos prévios à cirurgia, principalmente, quando há a colocação de mais que dois implantes, quando trabalhamos com grandes enxertos teciduais e ósseos
(autólogos), nos casos de elevações do pavimento do seio maxilar e transposições nervosas. Estas técnicas envolvem grandes áreas de exposição óssea e risco elevado de contaminação por bactérias da flora da cavidade oral2. Os pacientes que apresentam alto risco de infeção são: fumadores, diabéticos, pacientes com história prévia de endocardite, insuficientes renais e insuficientes hepáticos. Fundamental também será otimizar o tempo de trabalho e a técnica cirúrgica, bem como o uso de material perfeitamente esterilizado. Atualmente, não há protocolos ou indicações estabelecidas para o uso de antibioterapia na implantologia, sendo que cada vez mais se encontram relatos descritos de resistência bacteriana aos antibióticos comunmente usados. Os mais comuns antimicrobianos usados na implantologia são os antibióticos e o digluconato de clorohexidina. Bochechos com clorohexidina a 0,12% antes da cirurgia e duas a três vezes por dia após a cirurgia, durante cinco a sete dias, reduzem drasticamente a carga bacteriana. A proporção na flora bacteriana da cavidade oral de anaeróbios para aeróbios usualmente é de 2:1, sendo fundamental escolher um antibiótico bactericida, que combata ambos os patogénios e que apresente um menor espetro de efeitos laterais. Também é recomendado que os níveis plasmáticos do medicamento a usar, alcancem três a quatro vezes a concentração inibitória mínima necessária para matar o microrganismo em causa. Genericamente, a dose necessária para que este nível seja atingido, passa pela administração uma hora
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Cadernos f o r m a t i v o s antes da cirurgia; se for dada pós-cirúrgica, após contaminação bacteriana, os resultados serão como se não se tivesse administrado nada pré-cirurgicamente. Uma dose única de antibiótico normalmente é suficiente num paciente saudável. O uso prolongado pós-cirúrgico não está indicado. É de eleição na cavidade oral o uso de antibióticos β lactâmicos (tais como a penicilina V) que apresentam uma farmacodinâmica boa, mas com níveis plasmáticos circulantes a rondar as quatro horas, necessitando de muitas dosagens para manter os níveis mínimos circulantes; a amoxicilina, que tem melhor absorção e biodisponibilidade que a penicilina V, com baixa toxicidade em doses terapêuticas. De eleição no paciente não alérgico, a penicilina; a associação amoxicilina com inibidor das β lactamases (ácido clavulânico ) é preferida nos casos de grandes enxertos ósseos e elevação do pavimento do seio maxilar devido a presença de bactérias produtoras de penicilinases; cefalexina, sendo que a cefalosporina de primeira geração apresenta espetro de ação semelhante, mas menor destruição por bactérias produtoras de β lactamases; a cefuroxima, sendo uma cefalosporina de segunda geração, apresenta um espetro de ação mais alargado comparativamente à amoxicilina, menor reação cruzada e maior resistência às bactérias produtoras de β lactamases; a ciprofloxacina com amplo espetro de ação, sendo bactericida; a moxifloxacina, sendo quinolona de quarta geração, é muito útil em casos de elevada resistência bacteriana e anaeróbios, com indicação mais especifica na elevação do pavimento do seio maxilar. Nos pacientes alérgicos a penicilina, a clindamicina apresenta bons parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos. No entanto, note-se que este fármaco é bacteriostático. Outra opção é a eritromicina, que
apresenta boa absorção por via oral, baixa toxicidade, sendo também bacteriostática. No que concerne à administração parentérica, esta também deve ser contemplada, sendo uma possível escolha o uso de benzilpenicilina benzatínica ou, em casos mais extremos, a associação entre benzilpenicilina benzatínica, benzilpenicilina potássica e benzilpenicilina procaínica em suspensão injetável. O objectivo deste trabalho é revisar a efetividade de antibióticos pré-cirúrgica e a eventual necessidade de continuação terapêutica no pós-cirúrgico em cirurgia implantar.
Efectividade de antibioterapia pré-cirúrgica Neste tópico não há consenso entre a comunidade científica, quer no real benefício quer na duração e dosagens medicamentosas. Será que o antibiótico aumentará o sucesso da osteintegraçao do implante? Será um custo-efetivo em relação à taxa de perda precoce e ou tardia do implante? O seu uso incorrerá em toxicidade e risco inaceitável para o paciente? A revisão de Esposito e colaboradores mostra que há uma redução de 6% na perda precoce de implantes aquando do uso de uma dose única de amoxicilina de 2 g, uma hora antes da cirurgia, comparativamente com o grupo que não fez antibióticos1. Estes resultados são reiterados pelos estudos de Kashani, em 2005, pelo estudo de Laskin, em 2000, e pelo estudo de Sharaf, em 20113,4,5. Os estudos de Esposito e colaboradores, em 2008, mostraram que, em relação às dosagens e tempo terapêutico, há consenso na comunidade científica que apoia o uso de antibióticos pré-cirúrgicos1. Uma dose única de antibiótico uma hora antes da cirurgia é suficiente comparativamente a começar a toma do antibiótico dois a três dias antes e estendê-la no pós-cirúrgico1. Os resultados deste trabalho foram reiterados por Binahmed, em 20056. Para contrariar estas correntes, os estudos de Mazocchi, em 2007, Karaky, em 2011, Gynter GW, em 1998, e Ahmad N, em 2012, defendem que a diferença média da taxa de sucesso dos
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Cadernos formativos
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implantes com o uso de antibiótico profilático ronda os 95% e que o não uso de antibiótico ronda os 92%, daí ser claro o não benefício do uso de antibióticos pré-cirúrgico7-10.
Efetividade da antibioterapia pré e pós-cirúrgica Neste tópico a comunidade científica é consensual. Aquando do uso de antibioterapia prévia à cirurgia, não existem evidências científicas que justifiquem, na maior parte dos casos, a continuidade da terapêutica pós-cirúrgica. No entanto, estes resultados necessitam de estudos com maiores amostras e mais prolongados no tempo1-10. Baseado nos dados encontrados na literatura, podemos observar que ainda existem muitas controvérsias em torno deste assunto. É fulcral imperar o bom senso do profissional, sendo que previamente à cirurgia, a saúde geral do paciente deve ser muito bem avaliada; se o mesmo possuir alguma condição sistémica que possa dar origem a alguma complicação de ordem infeciosa, parece razoável a utilização de antibióticos pré-cirúrgicos como coadjuvante, para o sucesso do tratamento.
Em contrapartida, se estivermos a falar de pacientes saudáveis, a opção por uma rigorosa assepsia local, correta manipulação dos tecidos e a utilização da técnica adequada parecem ser perfeitamente aceitáveis para proporcionar ao paciente um excelente pós-operatório e igualmente sucesso no tratamento. Parece comprovado que a manutenção de antibioterapia no período pós-operatório não contribui para melhores resultados em implantologia, podendo pelo contrário trazer maiores riscos ao paciente, que poderá desenvolver resistência aos antibióticos em causa e sofrer os efeitos laterais da medicação.
Nota do autor: como clínico, mas também como académico, tento sensibilizar a nossa classe para o eventual uso exagerado dos antibióticos e alertar para o exponencial aumento da resistência bacteriana aos antibióticos, mesmo os de largo espetro.
Bibliografia 1. Esposito M, Grusovin MG, Talati M, Coulthard P, Oliver R, Worthington HV. Interventions for replacing missing teeth: antibiotics at dental implant placement to prevent complications. Inter. Cochrane Database Syst Rev. 2008 Jul 16;(3):CD004152. Review. 2. Misch C, Resnik R. Prophylatic antibiotic regimend in oral implantology – Rationale and protocol. Dental Implant Summaries: volume 17, number 1. July/August 2008. 3. Kashani H, Dahlin C, Alse'n B. Influence of different prophylactic antibiotic regimens on implant survival rate: a retrospective clinical study. Clin Implant Dent Relat Res. 2005;7(1):32-5. 4. Laskin DM, Dent CD, Morris HF, Ochi S, Olson JW. The influence of preoperative antibiotics on success of endosseous implants at 36 months Department of Oral & Maxillofacial Surgery, Virginia Commonwealth University School of Dentistry, Richmond, VA, USA. Ann Periodontol. 2000 Dec;5(1):166-74.
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5. Sharaf B, Jandali-Rifai M, Susarla SM, Dodson TB. Do perioperative antibiotics decrease implant failure? Journal Oral Maxillofacial Surgery. 2011 Sep;69(9)2345-50. 6. Binahmed A, Stoykewych A, Peterson L. Single preoperative dose versus longterm prophylactic regimens in dental implants surgery. Int J Oral Maxilofac Implants 2005 Jan-Feb;20(1):115-7. 7. Mazzocchi A, Passi L, Moretti R. Retrospective analysis of 736 implants inserted without antibiotic therapy. J Oral Maxillofac Surg. 2007 Nov;65(11):2321-3. 8. Karaky AE, Sawair FA, AL-Karadsheh AO, Eimar HA, Algarugly SA, Bagain ZH. Antibiotic prophylaxis and early implant failure: a quasi-random controlled clinical trial. Eur J Oral Implantol. 2011 Spring;4(1):31-8. 9. Gynther GW, Köndell PA, Moberg LE, Heimdahl A. Dental implant installation without antibiotic prophylaxis. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 1998 May;85(5):509-11. 10. Ahmad N, Saad N. Effects of antibiotics on dental implants: a review. J Clin Med Res. 2012 Feb;4(1):1-6.
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Ponto de vista
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Jaime Mota Médico dentista. Presidente da Comissão Organizadora do XXII Congresso Anual da Ordem dos Médicos Dentistas
A implantologia num congresso diferente É incontestável o desenvolvimento da Medicina Dentária nos últimos 30 anos. Foi das áreas médicas em que mais se evoluiu nos últimos tempos. Envolve um vasto universo de técnicas e conhecimentos que permitem que um mesmo problema possa ter interpretações, opiniões e caminhos diferentes para a sua resolução. Torna-se necessário entender esta multidisciplinariedade para que se consiga proporcionar, propor e realizar o plano de tratamento mais próximo do ideal. Neste contexto, a implantologia assume um papel primordial. De facto, este avanço permite hoje concretizar tratamentos e reabilitações que, não há muito tempo, eram impensáveis.
que a formação e debate de ideias estará sempre presente no congresso. Os dogmas serão sempre colocados em causa, haverá sempre motivos e momentos para reflexão, discussão de diferentes abordagens terapêuticas e procedimentos clínicos. Sempre foi o local de discussão e debate das diferentes áreas da Medicina Dentária, num contexto global e multidisciplinar, não esquecendo nunca a particularidade de cada uma, tal como acontece com a implantologia. Foi com este ideal, com muita dedicação e empenho que preparámos o XXII Congresso da OMD, que se realizará em Lisboa, de 21 a 23 de novembro.
Podemos assegurar um programa científico, de qualidade e No entanto, não devemos esquecer que a implantologia é apealiciante, onde estarão presentes nomes da implantologia/reanas uma parte da solução que se deve entender por multidiscibilitação como Stefano Gracis ("Plano de tratamento na reabiplinar. Deve estar intimamente ligada à reabilitação protética litação estética de casos complexos"; apresentará a sua aborescolhida. Daí ser fundamental que quem mesmo não fazendo a dagem terapêutica neste tipo de casos com vista a conseguir parte cirúrgica da reabilitação – mas que faça a parte protética – tratamentos mais previsíveis), David Nisand ("Quando extrair tenha noção de como a abordagem dentes periodontalmente comprometicirúrgica deve ser executada. O médico Não devemos esquecer que a implantologia dos e colocar implantes" e “Implantes dentista, mesmo não realizando ciruré apenas uma parte da solução que se deve curtos – serão uma solução previsível?”; gia de implantes, deve saber o necessátemáticas muito atuais e que irão, de cerentender por multidisciplinar. Deve estar rio para poder diagnosticar e programar teza, ao encontro de todos aqueles que intimamente ligada à reabilitação protética se dedicam à implantologia), Carlo Tinti a reabilitação do paciente. É imporescolhida. tante que não se perca a noção da abor("Regeneração óssea - 25 anos de histódagem do paciente como um todo. ria"; uma conferência a não perder de uma das personalidades do setor dentário mundial com mais É por tudo isto que no congresso anual da Ordem dos Médicos casuística na regeneração óssea), Eduardo Anítua ("Técnicas Dentistas procuramos ter conferencistas de renome mundial, minimamente invasivas para o tratamento do maxilar atrófico"; que contribuam para proporcionar um aumento dos conheciabordará o tratamento do maxilar atrófico recorrendo a técnimentos nas diferentes vertentes relacionadas com a implantolocas pouco invasivas, apresentando resultados com dez anos gia, quer na vertente cirúrgica quer na vertente protética, interlide follow-up), France Lambert ("Substituição de dentes na gando-as, mas tendo sempre como base o paciente. zona estética - qual é o timing correto e como estruturar um correto plano de tratamento?"; a dicotomia tempo e estética É com grande satisfação que constatamos, fazendo uma retrosassumem especial relevo nesta intervenção), entre muitos petiva, que o congresso da OMD tem sido o palco para os granoutros oradores, que nos enriquecerão com o seu saber e a des nomes mundiais da Medicina Dentária transmitirem o seu sua experiência. saber e experiência. Os elevados padrões de qualidade e rigor científicos são também uma garantia e uma responsabilidade Será certamente uma excelente opção a presença no XXII Conpara os anos vindouros, assegurando aos médicos dentistas gresso Anual da Ordem dos Médicos Dentistas.
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Calendário de cursos
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ENDODONTIA
ENDODONTIA
Diagnóstico, planeamento e tratamento endodôntico
Componente teórica e curso prático hands on
A OMD celebra no próximo dia 16 de setembro, em Leiria, mais um curso de fim de dia, dedicado à temática “Diagnóstico, planeamento e tratamento endodôntico”. Neste curso, ministrado pelo médico dentista Pedro Cruz, serão apresentados diversos casos clínicos, através de slides e vídeos, que ajudarão a compreender os limites e os novos horizontes da endodontia clínica atual, convencional e cirúrgica, numa tentativa de evitar tanto a extração precoce (e eventual substituição por implantes) como a manutenção “forçada” de peças dentárias.
No âmbito do programa anual do Centro de For mação Contínua da Ordem dos Médicos Dentistas, vai ter lugar no dia 21 de setembro, no Funchal, uma ação de formação subordinada ao tema “Endodontia: componente teórica e curso prático hands on”, sob a orientação dos médicos dentistas Natália Pestana de Vasconcelos e José Manuel Sacramento, ambos docentes universitários de endodontia. O curso decorrerá nas instalações da delegação madeirense da OMD.
OMD. 226 197 690 - www.omd.pt
OMD. 226 197 690 - www.omd.pt
ESTÉTICA
IMPLANTOLOGIA
Título de especialista em estética dentária
Formação continuada em implantologia
A Ceodont leva a cabo uma nova edição deste curso, ministrado por Mariano Sanz Alonso, Manuel Antón Radigales e José A. de Rábago Vega. Os próximos módulos são: • 3. Restauração com compósites I; 25 e 26 de outubro. • 4. Restauração com compósites II; 29 e 30 de novembro. •5. Capas de porcelana I; 17 e 18 de janeiro de 2014. • 6. Capas de porcelana II; 14 e 15 de fevereiro de 2014 • 7. Coroas de recobrimento total e incrustações; 21 e 22 de março de 2014.
Este curso, exclusivamente prático e clínico, só admite dois alunos por cada edição. Cada aluno colocará 20 implantes como mínimo e assistirá à colocação de outros tantos, já que durante as cirurgias cada médico dentista se converte em assistente do seu colega de curso. Estão previstos trabalhos em pacientes com ausência unitária, múltipla ou total de peças dentárias de ambos os maxilares, devidamente selecionados e preparados de forma integral com a finalidade implantológica.
Ceodont (Grupo Ceosa). (0034) 915 540 979 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com
Medical Import. info@medicalimportrd.com - www.medicalimportrd.com
JORNADA IBÉRICA
IMPLANTOLOGIA
Título de especialista em cirurgia e prótese sobre implantes 28 de setembro de 2013
Troia Design Hotel (Troia) Preço especial até 31/07/13 para estudantes 55 € e para profissionais 90 €.
A Ceodont (Grupo Ceosa) organiza este curso, orientado por Mariano Sanz Alonso y José de Rábago Vega com a colaboração de Bertil Friberg. O programa consta dos seguintes módulos: • 1. Diagnóstico e plano de tratamento; de 27 de fevereiro a 1 de março de 2014. • 2. Cirurgia de implantes; de 3 a 5 de abril de 2014. • 3. Prótese sobre implantes; de 29 a 31 de maio de 2014. • 4. Curso sobre cadáveres e cirurgia e prótese em casos complexos; de 19 a 21 de junho de 2014.
Faça a sua inscrição através do tel. 218 874 085 ou email: portugal@maxillaris.com
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Ceodont (Grupo Ceosa). (0034) 915 540 979 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com
VÁRIOS
ORTODONTIA
Formação sobre ortodontia prática
Curso de sedação consciente
Esta formação da Ledosa divide-se em dois cursos. Um deles é dedicado à temática “Técnica de aparelho fixo de baixa fricção”, cujos restantes módulos são: • 5. Estudo da Classe III; de 11 a 13 deste mês. O outro curso centra-se na “Técnica de autoligado e ortodontia multidisciplinar”, com os módulos: • 1. Diagnóstico atual e introdução ao autoligado estético; de 12 a 14 de setembro. • 2. Biomecânica avançada e autoligado; de 3 a 5 de outubro. • 3. Ortodontia multidisciplinar; de 7 a 9 de novembro.
A Malo Clinic Education agendou para 4 e 5 de outubro próximo a 12ª edição do curso de sedação consciente, que abordará temas como as técnicas de administração clínica, entre outros, seguidos por uma sessão prática e por uma cirurgia em direto com sedação consciente. Lecionado por Filipa Maria Roque, Ana Ferro e Rodolfo Morganho, com o apoio de outros membros da equipa clínica da Malo Clinic, o curso pretende mostrar como introduzir a sedação consciente com protóxido de azoto e oxigénio na prática clínica diária de uma forma simples, e centra-se na segurança e na utilização prática da sedação em adultos e crianças.
Ledosa. (0034) 915 540 979 - cursos@ledosa.com - www.ledosa.com
Malo Clinic. 217 247 080 - education@maloclinics.com
Calendário de cursos
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VÁRIOS
VÁRIOS
O papel do assistente dentário na cirurgia e implantologia oral
Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS
O médico dentista Pedro Mesquita será o protagonista de um curso (com entrada livre) dedicado ao tema “O papel do assistente dentário na cirurgia e implantologia oral, que a Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária agendou para o dia 13 deste mês, no Porto. Esta sessão, ao abrigo da iniciativa “Noites da SPEMD”, abordará temas como o papel do assistente dentário antes, durante e depois da cirurgia, o instrumental cirúrgico e implantológico, a preparação do gabinete dentário, da assistente e do paciente.
A Ledosa organiza este curso, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), que transmite formação adequada e personalizada para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. O curso decorrerá com um número reduzido de alunos, de acordo com o seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado.
SPEMD. idalia.godinho@spemd.pt
Ledosa. (0034) 915 540 979 - cursos@ledosa.com - www.ledosa.com MAXILLARIS JULHO 2013
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Congressos e reuniões
ANÚNCIOS CLASSIFICADOS Divulgue a sua oferta a mais de 6.000 profissionais do setor
Prazo próxima edição: dia 20 de julho (número de setembro/outubro 2013)
Congresso anual da OMD regressa a Lisboa
Congresso europeu de endodontia celebra-se em Lisboa
O congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas regressa este ano ao Centro de Congressos de Lisboa. A 22ª edição do principal evento nacional do setor dentário está agendada para os dias 21 a 23 de novembro. De acordo com a Comissão Organizadora, presidida por Jaime Mota, está garantida a presença em Lisboa de vários conferencistas de renome mundial, entre os quais o italiano Carlo Tinti (periodontologia), o francês David Nisano (implantologia), o belga Jan Berghmans (endodontia), o espanhol Juan Boj (odontopediatria) e o brasileiro Paulo Conti (oclusão).
O Centro de Congressos de Lisboa vai ser o cenário da 16ª edição do congresso europeu de endodontia, agendado para os dias 12 a 14 de setembro deste ano. Este encontro bienal, organizado pela Sociedade Europeia de Endodontia, reunirá os maiores especialistas internacionais neste campo da Medicina Dentária. O programa inclui uma exposição comercial (numa área de mais de 1.500 metros quadrados) que dará a conhecer aos congressistas os últimos instrumentos e materiais ao serviço dos profissionais do setor. www.e-s-e.eu
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Guimarães acolhe próxima reunião científica da SPODF
MAXILLARIS organiza jornada ibérica em Troia
A 26ª reunião científica anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-facial vai ter lugar de 3 a 5 de abril do próximo ano, em Guimarães. Subordinada à temática “Soluções terapêuticas multidisciplinares”, a reunião de 2014 vai ter como cenário o Centro Cultural Vila Flor da “Cidade Berço”, onde estão já confirmadas as intervenções dos conferencistas internacionais Domingo Martin e Íñigo Sada (ortodontia), Giulio Rasperini (periodontia) e Cristina Teixeira (biomateriais).
A MAXILLARIS celebra este ano, pela primeira vez, um evento de carácter científico com a participação de oradores de Portugal e Espanha, membros das comissões científicas das edições portuguesa e espanhola desta revista. Trata-se da Jornada Ibérica MAXILLARIS, que terá lugar no próximo dia 28 de setembro, no Troia Design Hotel. O programa científico, dedicado à temática dos implantes, contará com as intervenções de Susana Noronha (Lisboa), Jaime Guimarães (Porto) e Javier García Fernández (Madrid). A jornada inclui ainda uma mini exposição comercial e terminará com uma prova de vinhos.
fax: 218 874 085 correio: Av. Almirante Reis, 18 3º Dto. Rtg. 1150-017 Lisboa email: portugal@maxillaris.com
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218 874 085 - portugal@maxillaris.com
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SPEMD celebra no Porto 33º congresso anual
VII Congresso de ortodontia na Universidade do Porto
II International Education Week
A 33ª edição do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai ter lugar nos dias 11 e 12 de outubro, na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda (Porto). O programa científico procurará refletir os últimos progressos em áreas da Medicina Dentária como a cirurgia, a implantologia, a reabilitação oral sobre implantes, a patologia oral, a endodontia, a dentisteria estética, a odontopediatria e os branqueamentos dentários, entre outras. Está prevista a participação de oradores de elevado nível.
O Centro de Investigação Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto vai acolher, nos dias 12 a 14 do próximo mês de setembro, a sétima edição do congresso de ortodontia. Este encontro abordará, entre outros temas, os últimos avanços nas técnicas autoligável e lingual e contará com as intervenções dos médicos dentistas espanhóis Álvaro Larriu, Francisco González-Dans e María Dolores Oteo. A nível nacional, estão confirmados Carlos Mota, Fernando Peres, Francisco Vale, Marcus Veiga, Maria Manuel Brito e Teresa Alonso.
A II International Education Week, iniciativa organizada pela Straumann, vai ter lugar entre 25 e 29 de setembro em Reiquiavique (Islândia). A Universidade da Islândia será o cenário da reunião destinada a divulgar as últimas novidades no tratamento de complicações cirúrgicas, periimplantares e prostodônticas. Como novidade desta segunda edição, os participantes poderão assistir a cirurgias em direto e visualizar assim os passos necessários para serem bem sucedidos nas restaurações estéticas.
www.spemd.pt
congressoortodontiafmup@gmail.com
Congressos e reuniões
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www.straumann.com
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Novidades da indústria
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Novo material de impressão Imprint 4
Implantes com dupla plataforma www.3mespe.es www.abimplantes.com
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3M Espe apresenta o novo material de impressão VPS, Imprint™ 4, uma nova família de materiais de impressão de Silicone-A que, graças à sua propriedade de auto-aquecimento ativo, acelera o tempo de presa em boca. O seu comportamento extremamente hidrofílico, mesmo quando está a tomar presa, proporciona uma reprodução dos detalhes mais finos. Além disso, apresenta-se sob um código de cores vivas e alegres, para facilitar a leitura do material, e com sabor e odor a menta, que complementa o conforto tanto do profissional como do paciente. O novo material é indicado para coroas e pontes, inlays e onlays, implantes e impressões ortodônticas.
A AB Dental Devices lançou uma solução patenteada para reabilitação aparafusada sobre os implantes não paralelos. A equipa de pesquisa e desenvolvimento desta marca desenvolveu implantes com uma plataforma de conexão dupla. Cada implante possui uma conexão hexagonal (normal) e uma conexão plana para facilitar a inserção da estrutura protética (barra) aparafusada ao implante. Os implantes são concebidos para acomodar duas plataformas restauradoras: conexão profunda (interna hexagonal de 1,8 milímetros), para todos os pilares com hexágono antirrotacional, e conexão plana (0,2 mm), projetada para pilares com conexão plana (não hexagonal).
Kit Full Osseointegration
Blocos IPS e.max Cad Abutment 213 304 634 - www.conexao.com.br
(0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.es
A Conexão - Sistemas de Prótese tem à disposição do mercado dentário português o Kit Full Osseointegration, desenvolvido para acomodar os instrumentos cirúrgicos para instalação dos implantes Conexão. Este kit é confecionado em polissulfona, material que permite ser autoclavado. Disponibiliza um protocolo de perfuração gravado no kit para instalação dos implantes, correspondente com a marcação das fresas.
Graças aos novos blocos IPS e.max Cad Abutment, da Ivoclar Vivadent, os utilizadores dos sistemas Cerec/Inlab poderão fresar pilares de implante híbridos personalizados de alta estética. Estes blocos de cerâmica sem metal têm uma incisão do tamanho preciso para as interfaces de pilares de Sirona. Estão disponíveis em dois níveis de translucidez, dependendo da indicação: opacidade média (MO), se o que se pretende é realizar um pilar de implante híbrido onde posteriormente se cimentará uma coroa, ou baixa translucidez (LT), para a criação da eficiente solução “dois em um” coroa-pilar híbrida, em que numa só peça é possível realizar uma coroa a volume total, diretamente aparafusada à interface do implante.
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Nova gama de limas Irace e Irace Plus
Novidades da indústria
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Lâmpada LedWhite para branqueamentos www.douromed.com
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As novas limas Irace, da marca FKG, chegam as mãos dos profissionais através do seu distribuidor exclusivo para Portugal e Espanha (Douromed). Este inovador sistema de tratamento de canal, de apenas três instrumentos para canais simples e cinco para canais curvos, permite uma preparação mais fisiológica, pois utiliza baixas conicidades respeitando a anatomia natural dos canais radiculares. Caracterizadas pela sua grande flexibilidade, estas limas garantem uma endodontia perfeita e rápida graças ao tratamento electroquímico, que torna estes instrumentos lisos e muito eficientes. Todos os instrumentos Irace e Irace Plus têm um disco (safety memo disc) que permite a contagem do número de utilizações através da remoção de uma pétala a cada utilização.
Os Laboratórios Clarben apresentam a nova lâmpada LedWhite, um inovador sistema Led. Trata-se de um dispositivo de fácil utilização para branqueamentos e fotopolimerização. Esta lâmpada de nova geração possui dupla função devido à grande potência e ultra brilho da sua luz azul, que funciona com uma fibra óptica melhorada. LedWhite gera uma grande intensidade de luz, conseguindo solidificar todas as marcas de resina dental e também pode ser utilizada em tratamentos de branqueamento. Conta ainda com écran LCD, onde o utilizador poderá ver todos os modos de uso e escolher aquele que mais se adapte às suas necessidades. Inclui uma bateria de lítio de grande capacidade, que pode ser usada com ou sem ligação à corrente.
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Com a nova Zirkonzahn Cad-Cam 5-Tec, de cinco eixos e os módulos de software correspondentes, é possível desenhar pilares e perfis de emergência de uma forma livre e individual. Restaurações por implante de um só dente ou pontes oclusais completas, aparafusadas, em zircónio (PrettauBridge), podem ser manufaturadas no próprio laboratório com alta qualidade. As bases em titânio manufaturadas pela Zirkonzahn existem em cinco alturas diferentes da plataforma: normal, L10, L20, L30 ou L40. Desta forma, há soluções ideais para gengivas de diversas alturas. Também estão disponíveis bases em dourado. Este novo esquema de cor reduz a escala do cinzento em todo o trabalho.
A Casa Schmidt tem à disposição dos profissionais do setor o equipamento Hyperion X9, que responde a todas as necessidades em cirurgia dental e permite realizar exames 2D panorâmico e cefalometria até cone beam 3D. Este aparelho foi criado para ser um equipamento de utilização simples e desenhado para obter, de forma mais rápida, exames clínicos de alta qualidade. As suas principais características são: capacidade de arcada completa, painel de controlo onboard, posicionamento cara a cara, painel de controlo virtual, avaliação do caso em tempo real, precisão na informação (incluindo a densidade do osso), localização do canal mandibular e modelos de implantes virtuais.
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Novidades da indústria
ND Novidades julioPT_Maquetación 1 02/07/13 13:43 Página 80
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Genesys, sistema de obturação 3D (0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.es
www.douromed.com
Os novos blocos IPS e.max Cad B32, da Ivoclar Vivadent, permitem ao utilizador do sistema Cerec/InLab criar pontes de alta estética, resistência e funcionalidade de disilicato de lítio. Entre os distintos graus de translucidez e opacidade que o sistema IPS e.max proporciona, elegeu-se a baixa translucidez (LT) para estes novos blocos, que estão disponíveis nas cores mais comuns da guia A-D. Ao criar pontes monolíticos de até três peças para o setor anterior com IPS e.max Cad, o utilizador do sistema Cerec/InLab tem acesso a um novo standard de eficiência e estética, juntando o que este segmento tem de melhor: a produção digital e a cerâmica sem metal.
A Douromed comercializa o recente e inovador sistema Genesys, destinado à obturação de canais 3D. Este sistema é constituído por duas partes independentes: o condensador Pack, que permite a obturação do terço apical com um tip com rotação a 360 graus, e o componente Fill, que consiste num dispensador de gutta líquida a alta temperatura, para obturação dos terços médios e coronário. Este novo sistema é portátil, sem fios e utiliza baterias de ion-lítio. A dosagem da gutta é inteiramente eléctrica, permitindo maior controlo na obturação.
Aditamento protético P14
Nova gama de compósitos nano-híbridos www.abimplantes.com
clarben@clarben.com - www.clarben.com
A AB Dental Devices disponibiliza o novo aditamento protético P14, composto por base e cone. É usado para reabilitação aparafusada, corrigindo ângulos extremos de vários implantes quando colocados não paralelos. O ângulo do implante é corrigido pela utilização da base, que está disponível em ângulos de 17 e 30 graus e com alturas de 1 e 3 mm. O cone permite a conexão de um pilar de titânio temporário, um pilar de titânio permanente ou um pilar de plástico para fundição.
Os Laboratórios Clarben ampliam a sua gama de compósitos, colocando à disposição dos profissionais do setor Octolight e Octolight Flow, materiais de restauração nano-híbridos, altamente estéticos, de excelente polido e fácil manipulação, com elevada estabilidade de cor e grande resistência à abrasão. São compatíveis com todos os compósitos e adesivos baseados em Bis-GMA. Apresentam um elevado conteúdo inorgânico, o que evita a contração das resinas, possibilita uma maior estabilidade do material e uma maior resistência ao desgaste. Octolight apresenta-se em seringa de 4 g (A1, A2, A3 y A3.5), ao passo que Octolight Flow está disponível em seringa de 2 g (A2, A3 y A3.5).
MAXILLARIS JULHO 2013
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AB Implantes chega a Portugal
A-dec comunica o falecimento da sua cofundadora
AB Implantes, com 30 anos de existência e representação em mais de 75 países, chega finalmente ao mercado dentário português. Esta marca israelita, especializada em pesquisa e desenvolvimento R&D de soluções na área da implantologia, passa a estar representada em Portugal através da empresa AB Portugal, pertencente ao grupo Douromed. Com uma ampla gama de implantes e soluções protéticas inovadoras, a AB Portugal está confiante que irá oferecer uma resposta eficaz e inovadora às necessidades dos implantologistas e de outros profissionais do setor dentário nacional.
A empresa británica A-dec comunicou, no passado dia 5 de junho, a morte da sua cofundadora Joan Austin, aos 81 anos, na sua residência de Newberg (Reino Unido). Scott Parris, presidente da A-dec e genro de Joan Austin, expressou a sua profunda tristeza pela morte da antiga dirigente da empresa, destacando a sua grande dedicação, experiência e capacidade empresarial, bem como a sua vocação altruista e solidária. Fundada por Joan Austin e o seu marido Ken em 1964, a A-dec emprega atualmente mais de 1.000 funcionários e os seus produtos dentários são coJoan Austin, cofundadora da A-dec. mercializados em mais de 100 países.
www.abimplantes.com
www.a-dec.com
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Encerramento de curso de endodontia assinalado em Valência
Sidney Kina e August Bruguera lecionam curso em Portugal
No passado dia 18 de maio teve lugar, em Valência (Espanha), a sessão de encerramento do curso superior de formação continuada em endodontia integral, dirigido e lecionado por Hipólito Fabra Campos. O programa envolve mais de 80 horas letivas, parte das quais dedicadas a sessões práticas de manejo dos equipamentos mais atuais em endodontia. Já está disponível o programa do próximo curso (2013-2014) que contará com a colaboração do endodontista Javier Rodríguez Vallejo, que exerce a sua prática clínica na capital espanhola. Grupo de participantes do curso de endodontia.
Nos pasados dias 31 de maio e 1 de junho realizou-se, em Leiria, o primeiro módulo do curso “Estratégia para a confeção de restaurações estéticas de cerâmicas”, que contou com a participação de duas destacadas figuras do setor da estética dentária: o médico dentista Sidney Kina e o técnico de prótese August Bruguera. Os participantes tiveram oportunidade de comprovar os bons resultados, em termos de resistência e estética, conseguidos pelas restaurações realizadas com produtos da Ivoclar Vivadent, designadamente o IPS e.max. Para o sistema de cimentação, os orientadores do curso recorreram ao Multilink Automix. No próximo mês de outubro, os dois especialistas em estética dentária regressam a Portugal para ministrar o segundo módulo do curso.
www.infomed.es/hfabra
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Douromed intala-se no mercado de Espanha
Malo Clinic Macau vence troféu de excelência
A Douromed iniciou, no passado mês de maio, o processo de alargamento da sua área de trabalho ao país vizinho. Cumprindo um objetivo que figurava há vários anos no seu plano de expansão comercial, esta empresa, com sede em Gandra (Paredes), apresenta-se em Espanha com o compromisso de garantir aos clínicos deste país produtos de alta qualidade, a preços competitivos. Com uma oferta variada em diferentes segmentos de produtos, a Douromed promete deixar a sua marca no mercado espanhol. A empresa agradece a todos os clientes que têm acarinhado a sua entrada em Espanha e estão a contribuir para o sucesso desta nova investida comercial.
A Malo Clinic Macau foi premiada pelo Mediazone Group, no Hong Kong’s Most Valuable Companies Services Award 2013, com o troféu de excelência como marca de confiança no setor da Medicina Dentária da China. Este prémio não tem antecedentes e foi atribuído exclusivamente à Malo Clinic, tendo como base os seguintes critérios: inovação, qualidade no atendimento, eficiência dos serviços, reputação e reconhecimento, gestão de qualidade e Malo Clinic foi premiada na China. responsabilidade social.
224 152 279 - www.douromed.com
217 247 080 - www.maloclinics.com
MAXILLARIS JULHO 2013
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