Revista MAXILLARIS Julho 2016

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Publicidade

Especial Implantologia • Falamos com...:

- Ricardo Faria e Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes - Juan Blanco Carrión, presidente da Federação Europeia de Periodontologia

• Ciencia e prática

- Artigos de Jaime Guimarães, João Mouzinho e João M. Gomes

Ponto de vista Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas: Novas especialidades da OMD


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Sumario julho PT_Maquetación 1 05/07/16 09:49 Página 3

Destaques

julho 2016

Crónica

Ciência e prática SPPI Jovem organizou em Lisboa programa abrangente sobre periodontologia e reabilitação com implantes.

Jaime Guimarães Implantes angulados na reabilitação dos setores posteriores dos maxilares. A propósito de um caso clínico.

MAXILLARIS Espanha assinala a sua edição 200 com uma grande Festa Solidária, em Madrid.

Falamos com...

João Mouzinho Técnica socket-shield em implantes imediatos na zona estética (caso clínico).

Ricardo Faria e Almeida,

Juan Blanco Carrión,

presidente da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes.

presidente da Federação Europeia de Periodontologia.

Ponto de vista Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas.

João Miguel Gomes Preservação do alvéolo pós-extração: o estado da arte.

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Sumario julho PT_Maquetación 1 06/07/16 10:30 Página 4

Sumário

Crónica 10

SPPI Jovem organizou em Lisboa programa abrangente sobre periodontologia e reabilitação com implantes.

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OMD associou-se ao encontro “eHealth Week” organizado pelo Ministério da Saúde.

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MAXILLARIS Espanha assinala a sua edição 200 com uma grande Festa Solidária, em Madrid.

Ponto de vista 22

Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas: “Novas especialidades da OMD: um projeto fundamental para a Medicina Dentária portuguesa”.

Especial Implantologia Falamos com… 24

32

Ricardo Faria e Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes: “Cada vez mais nos confrontamos com problemas ao redor dos implantes, os quais ainda não sabemos solucionar de forma clara”. Juan Blanco Carrión, presidente da Federação Europeia de Periodontologia: “É preferível investir na prevenção e não gastar no tratamento das doenças”.

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Agenda de cursos para os profissionais.

Congressos e reuniões 72

Ciência e prática

Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

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Jaime Guimarães: “Implantes angulados na reabilitação dos setores posteriores dos maxilares. A propósito de um caso clínico”.

Novidades da indústria

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João Mouzinho: “Técnica socket-shield em implantes imediatos na zona estética (caso clínico)”.

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João Miguel Gomes: “Preservação do alvéolo pós-extração: o estado da arte”.

Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: Maria João Miranda. comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.

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Calendário de cursos

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Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Bilhoto. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Susana Noronha.

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Produtos e equipamentos.

Página empresarial 80

Notícias de empresas.

Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 €, resto 80 €. ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 de 9/6 art 12º nº 1ª

Tiragem: 6.100 exemplares

Consultor para a América Latina: Pérsio Mariani. REDAÇÃO (nova morada): Rua Francisco Sanches, 122, 2º 1170-144 Lisboa. Tel./Fax: 218 874 085.

• Periodicidade mensal. • MAXILLARIS não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores. • Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito de CYAN EDITORES.


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Atualidade implantológica Como é tradição, há mais de uma década, a edição de julho da MAXILLARIS volta a centrar-se na atualidade implantológica do setor dentário. Este número, que anualmente dedicamos, em pleno início da época balnear, a uma das disciplinas que despertam maior interesse entre a classe dos médicos dentistas, pretende dar a conhecer as opiniões de alguns profissionais de renome e divulgar casos clínicos que refletem as últimas tendências em matéria de técnicas e tratamentos com implantes. Neste contexto, vale a pena fazer uma referência ao processo em torno das três novas especialidades da Medicina Dentária sob a égide da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) – odontopediatria, cirurgia oral e periodontologia –, tendo em mente que a implantologia, como uma opção de tratamento reabilitadora, é transversal a diferentes áreas, nomeadamente as duas últimas especialidades acima referidas, mas também a prótese e a oclusão, entre outras. Assim, seguindo a tendência que prevalece na Europa, a OMD entendeu que seria preferível enquadrar a implantologia como uma modalidade de tratamento que deve estar inserida em várias especialidades. Os contornos das três novas especialidades que estão à disposição dos profissionais portugueses é precisamente um dos temas em destaque neste número, onde publicamos um artigo de opinião assinado pelo bastonário Orlando Monteiro da Silva. Os problemas em redor dos implantes constituem um desafio, cada vez mais acentuado, para os médicos dentistas que se dedicam aos tratamentos neste campo, tanto mais que ainda não é conhecida uma forma clara de os solucionar. Esta questão assume particular relevância na entrevista que nos concede Ricardo Faria e Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes. Também falamos (em exclusivo) com o médico dentista espanhol Juan Blanco Carrión, presidente da Federação Europeia de Periodontologia, que nos revela as prioridades que traçou para o seu mandato, iniciado no passado mês de abril. Por outro lado, vários artigos de teor clínico-científico, da autoria de profissionais que se dedicam ao tratamento com implantes, completam o conteúdo desta edição temática, numa abordagem a temas como a utilização de implantes angulados na reabilitação dos setores posteriores dos maxilares (Jaime Guimarães), a técnica socket-shield em implantes imediatos na zona estética (João Mouzinho) e a preservação do alvéolo pós-extração (João Miguel Gomes). A MAXILLARIS espera que esta edição possa, uma vez mais, contribuir para a formação e informação em matéria de atualidade implantológica, e aproveita esta ocasião para dese jar a todos os leitores e anunciantes uma excelente (e revigorante) temporada de verão. Até setembro!

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EDITORIAL

Editorial

Editorial julhoPT_Maquetación 1 04/07/16 13:47 Página 6


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Índice de anunciantes

ND indice julho PT_Maquetación 1 06/07/16 10:32 Página 8

Biotech Dental Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 BTI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com

CEOdont. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Cortex . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Dentsply Sirona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 etk . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Euro Technew. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Exocad . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 FMDUL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 GSK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Implantes AB Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Instituto Casan. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Ivoclar Vivadent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59, 82 e 83 KLOCKNER . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Ledosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Moving People. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Neobiotech. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Oral-B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Procoven . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Sinusmax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 SMILEIMPLANT. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 SPEMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

Encartes:

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MAXILLARIS JULHO 2016

O HSS Portugal

Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com Coordenadora de projetos: Marta Esquinas marta.esquinas@maxillaris.com Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com Serviços Administrativos: Inmaculada Barrio. administracion@maxillaris.com REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45 Fax: (0034) 917 25 01 80 Edição online espanhola: www.maxillaris.com Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Blas Noguerol Rodríguez. Emilio Serena Rincón. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chémez. Rafael Martín-Granizo López.


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Crónica

Cronica julioPT_Maquetación 1 05/07/16 08:08 Página 10

SPPI Jovem organizou em Lisboa programa abrangente sobre periodontologia e reabilitação com implantes A terceira reunião anual da SPPI Jovem reuniu no passado dia 2 de julho, num hotel de Lisboa, mais de uma centena de congressistas e 15 conferencistas de renome, que deram corpo a um programa científico bastante abrangente e apelativo nas áreas da periodontologia e da reabilitação com implantes. O encontro anual dos jovens associados da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI) iniciou-se com a intervenção do especialista espanhol David González, dedicada à temática “Regeneração óssea tridimensional em implantologia oral: trata- O médico dentista David González foi o protagonista da conferência sobre mento de fracassos na zona estética”. Esta concorrida conferência o tratamento de fracassos na zona estética, que inaugurou o programa da reunião. preencheu totalmente a manhã da jornada, ao passo que o período da tarde foi protagonizado por um vasto leque de oradores portugueses, que fizeram as suas apresentações “em dupla” sobre os mais diversos temas: “Fatores críticos no tratamento das periimplantites” (Helena Rebelo e Ana Ferro); “Manipulação tecidular prévia à reabilitação protética” (Mónica Pinho e Cristina Lima); “Cirurgia periodontal minimamente invasiva” (Sérgio Matos e Lucas Pedrosa); “Tratamento de defeitos de recessão múltiplos” (Alexandre Santos e Elsa Domingues); “Fatores que condicionam o sucesso do recobrimento radicular” (Filomena Salazar e Ana Sofia Vinhais) e “Resolução de complicações estéticas em implantes” (Ricardo Faria e Almeida e Francisco Correia). De acordo com a organização do encontro, sob a coordenação das médicas dentistas Inês Faria e Patrícia Almeida Santos, o programa científico “aliou um vasto conhecimento teórico à experiência clínica inegável de cada um dos conferencistas”. Por outro lado, o crescente número de participantes que a reunião SPPI Jovem tem vindo a registar, ano após ano, revela o especial interesse das camadas mais jovens nas áreas da periodontologia e da reabilitação com implantes. A comissão organizadora considera ainda que parte do sucesso deste encontro anual “deve-se aos parceiros da indústria que têm vindo a apoiar a SPPI Jovem de forma sistemática e desde a primeira reunião”, celebrada em abril de 2013. A MAXILLARIS voltou a patrocinar o prémio ao melhor póster científico – através da atribuição de exemplares da sua Biblioteca Multimédia – que recaiu no trabalho intitulado “Cirurgia de alongamento coronário - série de casos clínicos”, da autoria de Tony Rolo. Este trabalho será publicado numa próxima edição desta revista.

Os membros da comissão organizadora da terceira reunião SPPI Jovem: a partir da esquerda, Francisco Brandão de Brito, Inês Faria, João Branco, Patrícia Almeida Santos e José Maria Cardoso.

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Crónica

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Médicos dentistas europeus têm novo código deontólogico A Federação Europeia das Autoridades Competentes e Reguladores de Medicina Dentária (FEDCAR) lançou recentemente o seu código deontológico, que se destina aos profissionais do setor dentário a trabalhar em países europeus. Os membros da referida federação acordaram um conjunto de 18 princípios que os médicos dentistas registados na União Europeia devem manter durante a sua atividade, independentemente do país onde exercem e onde se encontra o consultório/clínica. O documento é, assim, composto por vários pontos que englobam o contacto com o paciente, com a atividade de saúde pública e com a profissão. O novo código contempla um conjunto de 18 princípios

Este documento é uma referência para a profissão na Europa e foi adotado pelos que devem ser seguidos pelos médicos dentistas da União Europeia. membros da FEDCAR, onde estão representados 20 países. A necessidade de criar este código deontológico surgiu na sequência do aumento da atividade profissional transfronteiriça e do desenvolvimento de um mercado interno dos serviços, que obrigam a uma maior convergência das regras profissionais a nível europeu. Este código tem como objetivo estabelecer regras comuns aos vários países, que garantam a igualdade na proteção para os beneficiários e na qualidade dos serviços de saúde. O documento estabelece as disposições mínimas, que serão complementadas com a legislação de cada membro da FEDCAR. Além do mais, aplica-se a todos os médicos dentistas, quer exerçam no setor público ou privado, como trabalhadores dependentes ou independentes. MAXILLARIS JULHO 2016

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Crónica

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OMD esclarece estudantes finalistas dos sete cursos de Medicina Dentária A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) percorreu, entre os passados dias 30 de maio e 16 de junho, as sete instituições de ensino superior que lecionam o curso de Medicina Dentária para informar os alunos finalistas sobre o exercício da profissão e a sua futura ordem profissional. Este é o sétimo ano consecutivo em que a OMD organiza estas sessões, que têm por objetivo esclarecer temas como o funcionamento, as competências e o Estatuto da OMD, o processo de inscrição (nomeadamente a isenção de pagamento de quotas no primeiro ano após a conclusão da formação), as medidas de estágio, o seguro de responsabilidade civil, a formação contínua e o cheque-dentista. As sessões de esclarecimento destinadas aos finalistas decorreram no Instituto Universitário de Ciências da Saúde, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, na Universidade Católica Portuguesa, na Universidade Fernando Pessoa, na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz e na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa.

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Crónica

Cronica julioPT_Maquetación 1 05/07/16 08:08 Página 14

OMD associou-se ao encontro “eHealth Week” organizado pelo Ministério da Saúde O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, foi um dos oradores do evento “eHealth Week”, que se realizou entre os dias 27 e 30 do passado mês de junho, no centro de reuniões da Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações (Lisboa). Esta iniciativa do Ministério da Saúde teve como mote a partilha de experiências e a promoção de um debate que abordou várias temáticas sobre a saúde no contexto das novas tecnologias. Os novos desafios da telemedicina, as recentes inovações na área do mobile (aplicações móveis na saúde), a segurança dos dados de saúde, os serviços de saúde transfronteiriços, a inovação, a literacia em saúde e a informação para o utente foram alguns dos assuntos abordados. O bastonário da OMD foi um dos oradores convidados e integrou o painel “O eHealth e as ordens profissionais”, que decorreu na manhã do dia 30 de junho, juntamente com Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros; Frederico Reis, membro da Comissão Consultiva para as Novas Tecnologias na Saúde da Seção Regional Norte da Ordem dos Médicos, e um representante da Ordem dos Farmacêuticos. O programa da semana dedicada ao eHealth contou ainda com a participação de especialistas nacionais e estrangeiros dos vários segmentos desta área, que abordaram questões relacionadas com a inovação tecnológica no setor da saúde.

Mundo a Sorrir assinala primeiro aniversário do programa “Braga a sorrir” No âmbito do programa “Braga a sorrir”, o Centro de Apoio à Saúde Oral (CASO) que a organização Mundo a Sorrir instalou na capital do Minho já prestou cuidados a mais de 900 pessoas desta região do país, nomeadamente a indivíduos em situação de carência socioeconómica, pobreza e exclusão social, num total de 4.549 consultas e 5.592 tratamentos. Com um ano de atividade, a clínica conta com uma equipa de nove colaboradores e com o apoio de 16 voluntários e 19 instituições parceiras. No total, já foram colocadas mais de uma centena de próteses dentárias e doadas mais de 1.800 escovas e pastas de dentes. Ricardo Rio, presidente da Cämara Municipal de Braga (à direita), durante a sua intervenção na cerimónia. "Este balanço revela que os nossos objetivos foram plenamente cumpridos e que a intervenção no concelho de Braga era, de facto, fundamental. Os ganhos são diretos na saúde e indiretos pelas condicionantes sociais", referiu o médico dentista Miguel Pavão, presidente da Mundo a Sorrir, sublinhando que “para a maioria destes doentes, esta é a única resposta, para uma necessidade premente de cuidados ao nível da saúde oral". A cerimónia que assinalou o aniversário do CASO Braga decorreu, no passado dia 27 de maio, na presença do presidente do município bracarense, Ricardo Rio, e da vereadora que tutela a área da saúde, Sameiro Araújo.

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Crónica

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Exposição aos químicos de plásticos e fungicidas pode enfraquecer os dentes das crianças de forma irreversível Os químicos frequentemente associados aos plásticos e fungicidas podem enfraquecer os dentes das crianças ao desregularem as hormonas que estimulam o crescimento do esmalte dentário, indica um estudo divulgado durante o último congresso europeu de endocrinologia. Os desreguladores endócrinos são químicos que interferem nas hormonas dos mamíferos. O bisfenol A (BPA) é um dos mais predominantes e encontra-se em produtos de uso diário, tais como garrafas de plástico e recipientes para a conservação de alimentos. A vinclozolina é outro desregulador endócrino, normalmente utilizado como fungicida em vinhas, pomares e campos de golfe. A hipermineralização dos molares e incisivos (MIH, na sigla em inglês) é uma patologia que afeta mais de 18% das crianças entre os seis e os nove anos de idade, em que os primeiros molares e incisivos permanentes têm pontos sensíveis que se tornam dolorosos e suscetíveis a cáries. Estes pontos encontram-se no esmalte dentário. Ao contrário do que sucede com o osso, o esmalte não se regenera, pelo que qualquer dano torna-se irreversível. Neste estudo, investigadores do Instituto Nacional Francês de Investigação Médica introduziram em ratos de laboratório doses diárias de BPA isoladamente ou em combinação com a vinclozolina, equivalentes à dose média que um humano poderia experimentar diariamente entre o nascimento e os primeiros 30 dias de vida. Em seguida, os investigadores franceses recolheram células da superfície dos dentes dos ratos e descobriram que o BPA e a vinclozolina alteraram a expressão de dois genes que controlam a mineralização do esmalte dentário.

Estudo francês revela um potencial mecanismo através do qual os desreguladores endócrinos enfraquecem os dentes das crianças.

Na segunda parte da experiência, a equipa cultivou e estudou ameloblastomas em ratos, que depositam o esmalte durante o desenvolvimento do dente. Detetou-se que a presença de hormonas sexuais, como o estrogénio e a testosterona, impulsionaram a expressão dos genes que produzem o esmalte dentário, especialmente as hormonas sexuais masculinas. Uma vez que o BPA e a vinclozolina são conhecidos por bloquear o efeito das hormonas sexuais masculinas, esta descoberta revela um potencial mecanismo através do qual os desreguladores endócrinos enfraquecem os dentes. "O esmalte dentário inicia-se no terceiro trimestre da gravidez e termina aos cinco anos de idade, pelo que minimizar a exposição aos desreguladores endócrinos neste período de vida, como medida de precaução, pode ser uma forma de reduzir o risco de enfraquecimento do esmalte", conclui a investigadora Katia Jedeon, que liderou a equipa que levou a cabo este estudo.

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Crónica

Cronica julioPT_Maquetación 1 06/07/16 10:33 Página 17

Economista Sofia Silva assume presidência da Entidade Reguladora da Saúde A economista Sofia Silva é a nova presidente da Entidade Reguladora de Saúde (ERS), na sequência da cessação do mandato do seu antecessor, Jorge Simões. A nomeação teve lugar na reunião do Conselho de Ministros do passado dia 2 de junho. Sofia Silva foi nomeada para o cargo sob proposta do Ministério da Saúde, e a sua designação teve o parecer favorável da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP). O mandato terá uma duração de seis anos.

Sofia Silva foi nomeada para o cargo sob proposta do Ministério da Saúde.

A nova presidente do Conselho de Administração da ERS é professora auxiliar na Católica Porto Business School e tem um doutoramento em Economia e um mestrado em Economia da Saúde, na Universidade de York (Reino Unido). Liderou e participou em estudos para entidades como a Comissão Europeia, o Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde, a Autoridade da Concorrência, o Tribunal de Contas, o Infarmed, a Associação Portuguesa de Seguradores e a Fundação Francisco Manuel dos Santos. MAXILLARIS JULHO 2016

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Festa solidária

Cronica de FIESTA_Maquetación 1 06/07/16 11:34 Página 18

NÚMEROS

Toda a recaudação do ato destinou-se a três ONG espanholas: Caminos Solidarios, Zerca y Lejos e Médicos del Mundo

MAXILLARIS Espanha assinala a sua edição 200 com uma grande Festa Solidária, em Madrid A MAXILLARIS atingiu a sua edição 200 em Espanha, um número especial por tudo o que representa relativamente ao seu percurso. Para celebrá-lo, no passado dia 23 de junho realizou-se na sede do COEM, em Madrid, uma Festa Solidária que teve por objetivo partilhar o sucesso da revista com aqueles que menos têm. Toda a recaudação da festa destinou-se aos projetos humanitários de três ONG espanholas: Caminos Solidarios, que tem iniciativas educativas e sanitárias na Gâmbia; Zerca y Lejos, que atua em diferentes pontos de África e América do Sul, e Médicos del Mundo, que desenvolve um importante trabalho de acolhimento e assistência aos refugiados que atravessam o Mediterrâneo com destino à Europa.

No passado dia 23 de junho, a MAXILLARIS Espanha celebrou na sede do Colegio de Dentistas de la I Región (COEM), em Madrid, uma grande Festa Solidária que assinalou a publicação do seu número 200. Este sucesso, que já soma 18 anos no setor da Medicina Dentária, foi partilhado com cerca de 300 participantes, entre os quais se incluiram muitos leitores da publicação, representantes da indústria dentária, assim como dirigentes das principais organizações profissionais do país vizinho. Todos os fundos angariados durante a festa (entradas e sorteios benéficos) destinaram-se às ONG Caminos Solidarios, Zerca y Lejos e Médicos del Mundo.

A equipa da MAXILLARIS Espanha e vários membros da sua comissão científica posaram junto ao humorista espanhol Leo Harlem (primeiro a partir da esquerda).

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Cronica de FIESTA_Maquetación 1 04/07/16 15:17 Página 19

FESTA SOLIDÁRIA A festa propriamente dita decorreu num ambiente aprazível em que os desejos da noite de São João serviram de fio condutor. O solstício de verão celebra-se em muitos pontos da Península Ibérica como uma noite mágica, pelo que esta foi uma excelente ocasião para celebrar o presente e formular os votos para o futuro.

Desejos partilhados

Miguel Ángel Cañizares, diretor da MAXILLARIS, e a apresentadora Paloma Fernández conduziram a gala.

Veja o vídeo da festa.

Neste sentido, Miguel Ángel Cañizares, diretor da MAXILLARIS, tomou a palavra para recordar o caminho percorrido pela revista até alcançar os 200 números. Acompanhado pela apresentadora do ato, Paloma Fernández, enumerou o alcance das edições em Espanha e Portugal – onde também já se publica há 11 anos –, as diferentes iniciativas multimédia, as nove edições do Anuário de Implantes Dentários, ou a grande aceitação que a MAXILLARIS regista diariamente nas redes sociais, assim como as suas diferentes páginas web. Ano após ano, a editoria Cyan Editores tem vindo a desenvolver ferramentas de grande utilidade para os profissionais do setor dentário, o que permitiu que a MAXILLARIS seja hoje uma referência da comunicação global. No que respeita ao futuro, Miguel Ángel Cañizares expressou a motivação da equipa da MAXILLARIS para continuar a informar e transmitir conhecimento científico ao setor, desenvolvendo novas vias de comunicação, mas também defenden do o protagonismo da publicação em papel, que continuará a ter um lugar de destaque. Em seguida interveio o presidente do COEM, Antonio Montero, que, para além de felicitar a MAXILLARIS, manifestou o seu desejo de que a Medicina Dentária se mantenha na linha da qualidade e do rigor científicos, superando assim muitos dos problemas que hoje enfrenta, tais como a publicidade enganosa, o mercantilismo ou a plétora profissional. Um momento da atuação de Leo Harlem.

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Cronica de FIESTA_Maquetación 1 06/07/16 11:46 Página 20

Festa solidária

A Medicina Dentária passou por muitas etapas nos últimos 20 anos e, em paralelo ao seu progresso, a MAXILLARIS foi-se adaptando aos novos tempos. Para explicar esta evolução subiram ao palco os administradores da publicação, Marisol Martín e José Antonio Moyano, que recordaram alguns momentos dos seus mais de 30 anos de experiência no setor dentário. Neste contexto, dedicaram os 200 números da revista aos profissionais que a recebem mensalmente nas suas clínicas ou domicílios; à indústria, cujo apoio foi decisivo para chegar até aqui; às instituções da profissão e a toda a equipa que faz parte da MAXILLARIS. Como não podia deixar de ser, numa festa com vocação solidária os verdadeiros protagonistas do serão foram as três ONG às quais se destinaram os fundos angariados. Os representantes de Caminos Solidarios, Zerca y Lejos e Médicos del Mundo tiveram a oportunidade de descrever brevemente os seus projetos e de agradecer à MAXILLARIS a sua vontade de cooperação e ajuda aos mais necessitados. A Festa Solidária foi um ato especial em si mesmo, embora mês após mês a MAXILLARIS doe parte dos ingressos de publicidade para fins solidários.

Momentos de diversão A celebração do número 200 contou com um espaço de diversão, para o qual contribuiu a actuação especial de Leo Harlem. Com o seu monólogo de mais de uma hora de duração, este popular humorista espanhol arrancou as gargalhadas dos assistentes que praticamente encheram por completo o auditório do COEM. Com um sorriso no rosto, após a atuação de Leo Harlem todos os membros da equipa da MAXILLARIS Espanha, assim como os membros da comissão científica, subiram ao palco para soprar as velas de um bolo comemorativo do número 200. Para completar a festa, seguidamente todos os participantes foram convidados para um cocktail oferecido por uma empresa de integração social, que foi animado pela música do conhecido Dj madrileno Álex Bueno.

Cerca de 300 pessoas assistiram à Festa Solidária.

Durante o cocktail, os representantes das três ONG tiveram o seu próprio espaço para oferecer informação sobre os seus projetos, vender produtos elaborados pelas comunidades em que trabalham e distribuir os bilhetes das rifas solidárias (dentária e não dentária), que se puderam levar a cabo graças ao contributo de diferentes empresas do setor. Na rifa dentária sortearam-se produtos da Henry Schein (duas licenças Gesden), Bien-Air (uma peça de mão Diamline 1:1) e EMS (um Endo Master e dois Deep Blue), ao passo que na não dentária distribuiram-se as ofertas da Proclinic (três iPad Mini) e La Tienda del Dentista (quatro malas). Além disso, sorteou-se mais um iPad Mini (cortesia também da Proclinic) com as entradas da festa. Uma gala deste tipo não teria sido possível sem a ajuda das empresas do setor. Neste sentido, participaram como patrocinadoras as firmas Procoven, BioHorizons, Henry Schein, Casa Schmidt, Bien-Air, EMS e Proclinic, assim como a Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica e Estética (SEPES). A todas estas agradecemos a colaboração nesta iniciativa. Extendemos este agradecimento a outras entidades e empresas que colaboraram de diversos modos: Consejo General de Dentistas, Colégio de Dentistas da I Região, Sociedade Espanhola de Periodontia e Osteointegración (SEPA), Sociedade Espanhola de Implantes (SEI), Sociedade Espanhola de Laser Odontológico (SELO), Colégio de Protésicos da Comunidade de Madrid, Colégio de Higienistas Dentários de Madrid, Neodent, BTI, La Tienda del Dentista, Grupo Amas, When & Where e 100 Gaviotas.

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Orlando Monteiro da Silva Médico dentista. Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD). Porto.

Novas especialidades da OMD: um projeto fundamental para a Medicina Dentária portuguesa Terminou, no passado dia 10 de maio, a fase de candidatura ao processo transitório de acesso às especialidades de cirurgia oral, de odontopediatria e de periodontologia, iniciado a 10 de agosto de 2015. Foi, até esta fase, um enorme sucesso.

Ordem recebeu é perfeitamente consentâneo com a realidade da profissão e enquadrável com as de outros países europeus.

O que nos leva a concluir que os requisitos exigidos, aprovados sempre por unanimidade pelo Conselho Diretivo e Pelo quadro (que se publica na página ao lado) verificamos sujeitos por quatro vezes a consulta pública, foram suficienque foram recebidas um total de 282 candidaturas, ainda em temente abrangentes para possibilitar a candidatura de méfase de validação, distribuídas segundo as três especialidades. dicos dentistas dedicados às áreas de especialidade em questão e com perfis absolutamente diversos, desde o clíniMais à direita no mesmo quadro, temos co ao docente, passando por aqueles os resultados de um inquérito eletrónico, que já têm a sua formação certificaO projeto das especialidades enviado pela Ordem dos Médicos da noutros países, em particular da é de fundamental importância Dentistas (OMD) a todos os profissioUnião Europeia, até aos já detentores para a Medicina Dentária portuguesa. nais, onde se registaram então as inde formação pós-graduada na respeEstá a ser implementado tenções de candidatura a cada uma das tiva área de especialidade. pela Ordem com ponderação, especialidades. Conclui-se, também, que os critérios identificando as melhores práticas Verifica-se que as intenções expressas da profissão ao nível europeu e mundial. definidos foram exigentes, na medida de candidatura em 2013 eram substanem que capacitaram à decisão de não Não é por acaso que os países onde cialmente superiores em número às concorrer quem a eles não obedecia, a Medicina Dentária está mais candidaturas efetivamente submetidas. com a credibilidade que é devida a desenvolvida têm todos eles uma ordem profissional e entidade especialidades convenientemente As candidaturas submetidas serão, após reguladora da profissão e autoridade implementadas a validação final dos serviços adminis competente na União Europeia como trativos, que decorre, submetidas a análié o caso da OMD. se curricular por parte das comissões constitutivas, para ulterior decisão final sobre a atribuição ou não do título de especialisComo se trata de candidaturas a um título de especialidata por parte do Conselho Diretivo da OMD. de profissional, e não um título académico, estabeleceu-se como condição-regra obrigatória que todos os candidatos Numa profissão com quase 40 anos, e com 10.381 médifossem obrigados a apresentar casos clínicos relativos cos dentistas registados, o número de candidaturas que a aos temas definidos em cada área de especialidade, ou em

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alternativa – alternativa esta aplicável a todos os perfis – a apresentação de modelo previamente definido nos regulamentos da OMD, ou o seu equivalente, ou ainda um certificado por entidade idónea (nacional ou estrangeira) comprovativa da prévia apresentação e defesa pública de casos clínicos na área de especialidade por parte dos candidatos, sempre que da análise da certidão narrativa curricular dos candidatos não se retire de forma expressa a natureza dos requisitos elencados. Nesta etapa de acesso a estas três especialidades, é fundamental agora uma análise profunda e detalhada das diferentes candidaturas, identificando aquelas que reúnem todas as condições necessárias à apreciação curricular do nível do conhecimento e da prática do candidato dentro da respetiva área. Tratamos assim com total equidade todos os médicos dentistas. Ou seja, estabelecemos perfis diversos e tratamos por igual o que era igual e de forma diferente o que era diferente, nessa linha equitativa. O projeto das especialidades é de fundamental importância para a Medicina Dentária portuguesa. Está a ser implementado pela Ordem dos Médicos Dentistas com ponderação, identificando as melhores práticas da profissão ao nível europeu e mundial. Não é por acaso que os países onde a Medicina Dentária está mais desenvolvida têm todos eles especialidades convenientemente implementadas. A experiência de outras realidades, onde há especialidades, é a da melhoria da qualidade de prestação de serviços, da formação contínua, da qualificação dos profissionais, do aumento generalizado da procura de cuidados de medicina

dentária e da literacia da população que a todos, profissionais e público em geral, beneficia. Constitui ainda um argumento adicional, para além dos legais, da defesa do título de “especialista”, pela existência de profissionais titulados pela Ordem. Sendo competência exclusiva da OMD, em Portugal, a atribuição do título de médico dentista e de médico dentista especialista, três notas fundamentais cumpre desde já realçar: 1. As competências do médico dentista, definidas essencialmente no seu Estatuto e nas Diretivas da União Europeia, não são, de forma alguma, afetadas pela criação de áreas de especialidade por parte da Ordem. Assim, ao médico dentista não está vedado, ou de alguma forma limitado ou condicionado, o exercício da profissão nas suas diversas vertentes pelo facto de existirem especialidades reconhecidas pela OMD. 2. As especialidades criadas pela Ordem dos Médicos Dentistas não constituem assim subprofissões nem têm atos próprios exclusivos. 3. Aos médicos dentistas a quem a Ordem atribui o título de especialista em determinada área é reconhecida publicamente a formação e capacidade específica em termos profissionais na respetiva área de especialidade, bem como o uso do respetivo título. Temos os “olhos” da profissão na Europa – em particular na vizinha Espanha, onde as especialidades ainda estão em fase de criação – atentos ao dossier português das especializações. Estamos certos que este processo será inspirador e passível de vir a servir de exemplo para outros colegas europeus.

Submissões enviadas online até 10 maio 2016

% do total

Intenções de candidatura no inquérito das especialidades (setembro 2013)

% do total

153

54,09

598

55,83

Odontopediatria

65

23,13

253

23,62

Periodontologia

64

22,77

220

20,54

Cirurgia oral

Total

282

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FALamos coM... Ricardo Faria e Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes

Cada vez mais nos confrontamos com problemas ao redor dos implantes, os quais ainda não sabemos solucionar de forma clara

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Falamos com...

Em primeiro lugar, interessa começar por dizer que, independentemente da criação de diferentes especialidades, nenhum médico dentista fica inibido de realizar qualquer tratamento e, como tal, não se vê com isso privado da sua prática clínica, como até agora o vinha fazendo. Aliás, isso acontece ao abrigo do próprio estatuto do médico dentista. Ora, dito isto, a criação das especialidades no seio da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) segue o contexto europeu, ou seja, com a cada vez maior especialização da profissão, como aconteceu com a medicina, no passado. Essa maior especialização da profissão poderá ter vantagens, mas também é necessário estar atento a possíveis desvantagens. No campo das vantagens, eu destacaria as óbvias, como uma maior qualidade na prestação de cuidados de saúde oral associada a uma formação mais especifica direcionada para a área de especialidade. No entanto, não se pode perder de vista que somos médicos dentistas e, como tal, devemos estar atentos e atualizados nas outras áreas porque só assim poderemos ser uma mais-valia para os nossos pacientes. Em suma, é nossa obrigação manter, enquanto médicos dentistas, a visão do todo e não restringir a nossa ação – pelo menos em matéria de diagnóstico – à área de especialidade onde estamos inseridos.

Uma das discussões que desde logo existiu foi o porquê da não existência de uma especialidade de implantologia. Ora, quando observamos o contexto europeu, esta não existe como especialidade, portanto, concluiu-se que faria sentido fazer o mesmo em Portugal. Outro aspeto importante é que a implantologia, como uma opção de tratamento reabilitadora dos nossos pacientes, toca transversalmente diferentes áreas, desde a periodontologia à cirurgia oral, passando pela prótese e a oclusão, etcétera. Por este motivo, entendeu-se que seria preferível en quadrar a implantologia como uma opção/modalidade de tratamento que deve estar inserida transversalmente em várias especialidades. Quanto ao impulso que poderá ter, relativamente a isso creio que pouco ou nada vai mudar, já que o tratamento com implantes faz parte das atribuições do médico dentista e não necessita legalmente de nenhuma especialidade para executá-lo. Creio, como em tudo na vida, que deveremos, enquanto médicos dentistas, ser conscientes e efetuar os tratamentos que consideramos estar habilitados para fazer, sejam eles de implantes, de periodontologia, de ortodontia ou outros. Ou seja, independentemente do estatuto, devemos fazer o que sentimos ser capazes.

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Falamos com... Os tratamentos com implantes têm que ser entendidos como uma opção que em muitas situações é a mais adequada e em outras não. Ou seja, digamos que temos mais uma “arma” para atuar, mas sem nunca perder de vista que existem outras, com as suas próprias indicações e que muitas vezes são até mais adequadas. A implantologia nunca deve ser entendida como a melhor ou como sendo sempre a primeira opção. É certo que atualmente, quer com o avanço da ciência quer com o avanço tecnológico, os tratamentos com implantes são cada vez mais previsíveis e estão ao alcance de um maior número de médicos dentistas. Por outro lado, os tratamentos associados aos implantes, onde se exigem enxertos de tecidos moles e/ou duros, são hoje mais previsíveis e bem sucedidos que no passado. Tudo isto permite um aumento do número de tratamentos com implantes com maior qualidade e previsibilidade. No entanto, também sabemos hoje que estes tratamentos não estão imunes a problemas e complicações. Estão retratadas na literatura taxas de fracassos nos tratamentos com implantes, podendo estes ocorrer a curto prazo e/ou a médio e longo prazo. E é aqui que as dificuldades aumentam. Ou seja, cada vez mais nos confrontamos com problemas ao redor dos implantes, os quais ainda não sabemos solucionar de forma clara. Refiro-me à ocorrência de periimplantites que, hoje em dia, podem até atingir uma altíssima prevalência. Em resumo, temos de perceber que os implantes são mais uma opção, algumas vezes a mais indicada, mas essa opção não está imune a problemas. Ou seja, podem não ser para toda a vida.

Mais que um obstáculo, é algo que acontece. Os estudos variam quanto à sua prevalência, fruto do próprio diagnóstico da periimplantite que também não é consensual. Esses valores podem chegar, nos piores resultados, a um em cada dois implantes. Ora, isto é um problema, quando o tratamento não é previsível. A tudo isto acresce que – e isso sabemos – as periimplantites surgem em determinados grupos de pacientes e, portanto, enquanto médicos dentistas devemos preocupar-nos com identificar de formar clara esse grupo de pacientes, antes de colocar implantes. Talvez assim consigamos evitar problemas futuros.

Uma periimplantite é idêntica à periodontite, mas está associada a implantes e não aos dentes. No entanto, esse problema é ainda maior, porque tratar uma periodontite é algo que sabemos fazer de forma eficaz; no caso da periimplantite isso ainda não se verificou.

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Sabemos que é preciso eliminar as bactérias, descontaminar os implantes afetados, controlar os fatores de risco associados ao paciente e aos próprios implantes, mas não temos o tratamento, e as opções que existem não são previsíveis. Como já referi, neste momento, é fundamental ter a consciência que estes problemas existem, em percentagens maiores do que pensávamos, assim sendo, o melhor tratamento é um diagnóstico adequado para perceber se determinado paciente é efetivamente candidato a implantes e, no caso de o ser, como poderemos diminuir o risco de problemas.

Sem dúvida. Diria que não somente na implantologia, mas em toda a Medicina Dentária. Vemos cada vez mais colegas portugueses nos grandes eventos mundiais, e isso é um sinal claro do nosso nível profissional. Obviamente que me refiro à qualidade clínica. Quanto aos aspetos relacionados com a investigação, o problema é que Portugal é um país pequeno, por isso, é sempre difícil trazer investigação de ponta nesta e em outras áreas. No entanto, mesmo neste campo estão a ser dados passos enormes comparativamente com o passado. Sinceramente, acho que todos nos devemos orgulhar.

O diagnóstico é a base do êxito de qualquer tratamento. Falhando o diagnóstico, as possibilidades do tratamento não resultar são enormes. Nesse sentido, considero que é a parte fundamental. Quanto aos cuidados que devem ter os médicos dentistas, não gostaria de manifestar aqui qualquer tipo de conselho paternal nessa matéria. Todos sabemos os fatores de risco, sistémicos, locais e outros associados aos nossos tratamentos e, como tal, sabemos o que devemos fazer.


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Falamos com... Essa colaboração é fundamental: ter um diagnóstico adequado, explicá-lo e enquadrar esse diagnóstico com as expectativas do próprio paciente. Se o paciente quiser algo impossível, devemos dizê-lo claramente para evitar problemas. Outro aspeto importante é que os pacientes percebam que um tratamento exige cooperação e tempo, e essa disponibilidade é fulcral para não terem expectativas desadequadas. Por último, sublinho algo que considero fundamental: uma vez terminado o tratamento, o paciente deve perceber que os controlos periódicos são necessários e determinam ou não o êxito a médio e longo prazo. Sem esses controlos, o fracasso está mais próximo e será mais acentuado quanto maiores forem os fatores de risco presentes.

A SPPI é uma sociedade pequena que foi criada há mais de 20 anos, na altura, graças ao empenho e trabalho de um conjunto de colegas dedicados à periodontologia, aos quais devemos estar profundamente agradecidos por terem sido os pioneiros e nos terem aberto o caminho. Destacaria aqui o colega Gil Alcoforado por ter sido o impulsionador da criação desta sociedade científica. Ora, desde então muito tempo passou, e a sociedade teve que se ir adequando aos novos tempos. Quando assumimos a direção da SPPI, em 2011, fizemo-lo com um projeto que passava por quatro áreas fundamentais: ciência, comunicação, juventude e parcerias científicas. Apostámos na ciência com o objetivo de revitalizar os eventos realizados no seio do congresso anual da SPPI e os cursos hands-on; na comunicação porque pretendemos aumentar as vias de promoção da nossa sociedade no setor dentário e na sociedade civil; na juventude porque queremos atrair para o seio da sociedade gente jovem e com energia, através da SPPI Jovem, e nas relações institucionais com o propósito de estabelecer parcerias com outras sociedades científicas do ramo médico-dentário e médico. Creio que conseguimos alcançar a grande maioria desses objetivos e com isso aumentar o número de sócios e a sua envolvência nos projetos da SPPI. Senão vejamos: atualmente contamos com 128 membros, e tivemos na última edição do Europerio a maior presença de colegas portugueses: mais de 180, dos quais cerca de 40 apresentaram pósteres, o que constitui um sinal evidente da vitalidade da periodontologia e da SPPI em Portugal.

Quanto ao segundo objetivo, lançámos o nosso site, com perguntas frequentes ao dispor dos profissionais, dos estudantes e dos pacientes, envolvendo assim e promovendo a nossa sociedade a todos os níveis, desde os médicos dentistas à sociedade civil. Criámos a SPPI Jovem que vem realizando eventos de cariz científico anualmente, bem como ações nas faculdades, dando a conhecer assim a periodontologia e a nossa sociedade científica.

Ricardo Faria e Almeida considera que um diagnóstico adequado é a melhor forma de perceber se determinado paciente é candidato a implantes e (em caso afirmativo) de saber como diminuir os riscos.

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Falamos com... Creio que a prioridade da SPPI deve ser manter a linha que vimos seguindo, aumentando o número de associados e a intervenção da sociedade na consciencialização da população e das outras áreas médicas para os problemas das patologias periodontais

Por último, estabelecemos um protocolo com a Sociedade Portuguesa de Hipertensão, com uma contínua troca de informação, de consciencialização dos profissionais de ambas as sociedades para a relação entre as patologias cardiovasculares e a doença periodontal, e ainda possibilitando a troca de oradores nos diferentes eventos científicos organizados por ambas as sociedades. Ou seja, conseguimos revitalizar a sociedade e cumprir os objetivos propostos. Gostaria ainda de enaltecer o trabalho de reorganização interna que foi completamente alcançado, algo que vinha sendo a grande dificuldade interna da SPPI, com prejuízo evidente na comunicação com os nossos membros. Quanto ao futuro, julgo que está completamente assegurado com o envolvimento de todos. Creio que as prioridades devem ser manter a linha que vimos seguindo, aumentando o numero de associados e a intervenção da sociedade na consciencialização da população e das outras áreas médicas para os problemas das patologias periodontais.

Neste domínio, também evoluímos muito nos últimos anos. Além da atividade desenvolvida pela SPPI Jovem, com eventos anuais e nas faculdades, passámos a ter sempre um evento nacional. Em todos temos tido uma grande adesão, com mais de 200 inscritos, o que, nos dias de hoje, é um feito do qual nos orgulhamos muito. Quero neste momento de balanço agradecer a todos os que contribuíram, independentemente dos cargos que ocupam, para o êxito do trabalho desenvolvido. Não vou mencionar nomes porque iria esquecer-me seguramente de alguns, no entanto, é de enaltecer que, mesmo alguns colegas que não fazem parte da direção, têm sempre ajudado de forma ativa sem qualquer reserva e com total empenho.

Ambas as reuniões vão manter o mesmo padrão que temos vindo a seguir. No caso do congresso SPPI 2017, voltaremos a ter um orador de nível internacional: trata-se do professor Pier Paolo Cortellini que, para além de apresentar uma conferência, orientará um curso hands-on ao abrigo do programa pré-congresso. Resta acrescentar que a Comissão Organizadora do encontro do próximo ano será presidida pela doutora Helena Rebelo. No que diz respeito à reunião anual da SPPI Jovem, iremos manter igualmente um orador internacional e a realização de cursos práticos, mas neste caso o programa será complementado com conferencistas mais jovens, que foi sempre a essência desta reunião, ou seja, lançar novos talentos na área da periodontologia.

Perfil RICARDO FARIA E ALMEIDA licenciou-se em Medicina Dentária pela Universidade do Porto em 1996 e concluiu o mestrado em Periodontologia e o doutoramento em Cirugia e Medicina Oral na Universidade Complutense de Madrid (Espanha) em 2002 e 2004, respetivamente. Desempenha a sua atividade docente na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, na qualidade de professor catedrático, e na Universidade Complutense de Madrid, como professor convidado do Mestrado de Periodontologia. Para além de dirigir a Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI), é presidente da Comissão Científica e do Centro de Formação Contínua da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), bem como membro do Conselho Diretivo da referida entidade que representa a classe dos médicos dentistas. É também delegado de educação da Secção Ibérica do International Team for Implantology (ITI). Exerce a sua prática clínica (exclusiva em periodontologia) no Porto.

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faLamos com... Juan Blanco Carrión, presidente da Federação Europeia de Periodontologia

É preferível investir na prevenção e não gastar no tratamento das doenças

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Falamos com... Depois de quatro anos na Comissão Executiva da Federação Europeia de Periodontologia (EFP, na sigla em inglês), o médico dentista espanhol Juan Blanco Carrión assumiu no passado mês de abril a presidência deste organismo de referência no âmbito da periodontologia. Entre as suas linhas de ação, Juan Blanco Carrión destaca a vontade de reforçar a aposta na educação, sobretudo no campo das pós-graduações, e dinamizar a colaboração das 29 sociedades científicas que fazem parte da EFP, no âmbito da investigação. Por outro lado, o dirigente espanhol considera que a Federação não deve poupar esforços na difusão da prevenção e na evidência científica que vincula a periodontologia com diferentes doenças sistémicas. Desde que assumiu a presidência da Federação Europeia de Periodontologia, que objetivos traçou para o seu mandato? Evidentemente, há objetivos muito claros. O primeiro prende-se com a educação. Temos de continuar a promover os cursos de pós-graduação de periodontologia acreditados pela EFP e, si for possível, aumentar o número de países implicados nesses programas. Desta forma poderemos difundir melhor a ciência da periodontologia entre a comunidade da Medicina Dentária. En segundo lugar, queremos melhorar a cooperação entre as 29 sociedades nacionais, de pequena ou grande dimensão, e envolvê-las em projetos de investigação sobre a relação da periodontite com patologias sistémicas, mediante estudos epidemiológicos, genéticos, etcétera, tendo como base de dados a comunidade europeia. É claro que este tipo de investigação deve realizar-se com fundos europeus. Por outro lado, é fundamental consciencializar também os meios de comunicação especializados e generalistas, para que nos ajudem a divulgar a periodontologia e a sua importância na saúde das pessoas, com uma chamada de atenção para as instituições que representam a saúde pública. E, finalmente, chegar a toda a população com campanhas de promoção e divulgação da saúde em geral. ¿Qual será a sua primeira medida? Considero que a Federação precisa de criar uma estrutura de organização e gestão estável, com pes soal muito profissional que ajude a Comissão Executiva a desenvolver os objetivos e as ideias que vão surgindo. De outro modo, o nosso projeto limitar-se-ia a um conjunto de boas intenções e a evolução da EFP estagnaria. Atualmente, a informação difunde-se muito rapidamente de um lugar para outro, e temos de acompanhar este ritmo para não ficarmos para trás e evoluirmos. Só com uma estrutura moderna poderemos avançar. Que balanço faz dos seus quatro anos na Comissão Científica da EFP? O que melhor está a ser feito na Federação, e o que mais me chamou a atenção, é sem dúvida o plano de educação, onde temos os nossos melhores sinais de identidade: os programas de pós-graduação; os workshops internacionais, que são de grande utilidade para todos os clínicos, e também a nossa revista científica com um índice de impacto acima de quatro, que é o Journal of Clinical Periodontology. Por outro lado, todos os anos se vão inscrevendo novos países, sendo na atualidade 29 Estados – 24 membros e cinco associados.

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Falamos com... O último European Workshop centrou-se na prevenção e deste encontro emanou a elaboração de algumas diretrizes concretas sobre prevenção primária e secundária. Do seu ponto de vista, que estratégias se devem levar a cabo para Delegação da EFP no Parlamento Europeu; a partir da esquerda, Maurizio Tonetti, Juan Blanco Carrión, Soren Jepsen, Phoebus Madianos e Nairn Wilson. favorecer a prevenção das patologias periodontais? Várias sociedades científicas que integram a EFP, nomeaO primeiro aspeto que devemos ter em conta é a relevância que têm as damente as de Portugal e de Espanha, têm vindo a defendoenças periodontais num paciente. Além dos problemas locais, como o der que o médico dentista deve mudar a sua atitude e ser sangramento das gengivas, a supuração, o mau hálito, a deslocação de um promotor de saúde, detetando pacientes que possam dentes e até a sua perda, com os problemas estéticos e de baixa auto-estisofrer diabetes, por exemplo. Há países europeus que já ma que isso provoca, há que ter em conta a relação que tem a periodontite têm experiência neste sentido? avançada, aproximadamente 10 por cento da população padece desta patologia, com as doenças cardiovasculares – formação de ateromas, enfartes Uma coisa é clara: o médico dentista é o profissional de do miocárdio e acidentes vasculares-cerebrais de índole isquémica – e a saúde que vê mais pacientes sistemicamente sãos na sua diabetes tipo II, onde o tratamento da periodontite diminui em 0,4 por cenconsulta. É nestes pacientes que se deve fazer mais preto a hemoglobina glicosilada, tal como ocorre com a aplicação de um venção e alertar que há, por exemplo, muitos diabéticos segundo fármaco para o controlo da diabetes tipo II neste tipo de paciensem diagnosticar e que acorrem às nossas consultas. A tes. Se a isto se acrescentar que fazer prevenção pressupõe uma poupança Federação Internacional de Diabetes estima que cerca de económica, evitando que se produzam certas patologias ou tratando uma 40 por cento de pacientes estão sem diagnosticar. É muipatologia menos avançada, creio que não restam dúvidas sobre o grande to fácil medir-lhes a gleucémia ou pedir-lhes uma análise impacto que isto tem na saúde geral e na saúde pública. As estratégias que permita diagnosticar o que não está diagnosticado, dependem, em primeiro lugar, da consciencialização dos políticos da área aquilo a que os anglo-saxónicos chamam diagnose the da saúde e, em segundo lugar, da educação das equipas que trabalham undiagnosed. Isto é algo que também se está a promover neste setor, onde temos que implicar médicos dentistas, higienistas, carna EFP a pensar nas sociedades membros, mas cada reprediologistas, médicos de familia, etcétera. É preferível investir na prevenção, sentação nacional deve encarregar-se do seu país. evitar a propagação da doença, e não gastar no tratamento das patologias. Se se conhece a relação da doença periodontal com a diabetes tipo II ou as patologias cardiovasculares, por que motivo as autoridades da saúde ainda não dão a esta matéria a importância que tem, incluindo tratamentos periodontais nas prestações públicas? Creio que tudo tem o seu caminho. As provas científicas de peso são relativamente O médico dentista recentes e é muito provável que as autoé o profissional de saúde que vê ridades sanitárias ainda desconheçam estas associações entre doenças. Está mais pacientes sistemicamente sãos claro que a partir de agora, e com os dados que dispomos, já não há desna sua consulta. É nestes pacientes culpa. É um bem para a humanidade, que se deve fazer não apenas por motivos de sáude como também por poupança económica. A EFP mais prevenção está obrigada a divulgar todo o conhecimento sobre a periodontologia e as patologias associadas a toda a comunidade da saúde, aos meios de comunicação – que devem ajudar-nos na sua difusão – e à população em geral. 36

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Falamos com...

Podemos assegurar, sem qualquer dúvida, que a periodontologia deve ser reconhecida como especialidade da Medicina Dentária na generalidade dos países da União Europeia

Juan Blanco Carrión é professor da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha).

Dentro da EFP há países que já contam, ou vão contar em breve, com a especialidade de periodontologia, mas outros não. Qual é a importância de reconhecer esta especialidade? Sob que critérios se pode regular? Com tudo o que foi argumentado nas respostas anteriores podemos assegurar, sem qualquer dúvida, que a periodontologia deve ser reconhecida como especialidade da Medicina Dentária na generalidade dos países da União Europeia.

Provavelmente, à medida que aumente o conhecimento científico e, sobretudo, a necessidade social de formar profissionais dedicados a certas patologias com um nível máximo, tanto teórico como prático, será necessário que os ministérios, as universidades e a profissão decidam, de forma concertada, desenvolver as especialidades do setor dentário. Não tenho qualquer dúvida de que a periodontologia, de acordo com o conhecimento científico atual, deve ser uma prioridade. Tanto a EFP como as sociedades nacionais de periodontologia vão continuar a trabalhar para que assim seja. Afinal, quem sai beneficiado é o paciente.

Perfil JUAN BLANCO CARRIÓN licenciou-se em Medicina e Cirurgia pela Universidade de Santiago de Compostela (USC), em 1986, e dois anos mais tarde especializou-se em Estomatologia na mesma instituição de ensino superior espanhola. Em 1991, terminou o mestrado em Periodontologia pela Universidade Complutense de Madrid (Espanha), onde também concluiu, em 1995, o doutoramento em Medicina Dentária. É professor titular no Departamento de Estomatologia da USC, exercendo ainda o cargo de diretor do mestrado de Periodontia na mesma universidade. A sua atividade académica estende-se ainda ao programa do mestrado de Periodontia da Universidade Complutense de Madrid. O médico dentista espanhol foi presidente da Sociedade Espanhola de Periodontia (SEPA), entre 2007 e 2010, e preside atualmente a Secção Ibérica do International Team for Implantology (ITI).

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Ciência e prática

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Implantes angulados na reabilitação dos setores posteriores dos maxilares A propósito de um caso clínico

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Ciência e prática Médico dentista. Licenciado em Medicina Dentária pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde - Norte (ISCS-N). Pós-graduação em Implantologia e Reabilitação Oral pelo ISCS-N. Curso de Especialização em Cirurgia Oral na Universidade de Santiago de Compostela (Espanha). Fellow of the European Board of Oral Surgery. Diretor científico da revista MAXILLARIS (edição portuguesa). Porto.

Jaime Guimarães

Introdução A reabilitação com implantes dos setores posteriores dos maxilares representa um desafio, devido às frequentes limitações anatómicas encontradas. Estas limitações resultam de três aspetos fundamentais: 1. Menor volume ósseo, resultante de pneumatização do seio maxilar, localização do nervo dentário inferior ou

deformação da crista óssea alveolar resultante das extrações dentárias. 2. Menor qualidade óssea, fator importante para a estabilidade dos implantes. 3. Zonas com carga oclusal aumentada.

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Não havendo disponibilidade óssea para a colocação de implantes de uma forma convencional, pode ser necessário recorrer a outras opções de tratamento, tais como: 1. Enxertos ósseos. 2. Técnicas de elevação do seio maxilar. 3. Distração osteogénica. 4. Transposição do nervo dentário inferior. 5. Utilização de implantes curtos. 6. Angulação de implantes. 7. Implantes com ancoragem em outras localizações (implantes na tuberosidade, implantes zigomáticos ou implantes pterigoideus). Neste artigo, vamos dar destaque à utilização de implantes angulados na reabilitação destes casos de extremos livres maxilares e mandibulares.

Implantes angulados Krekmanov (2000) foi o primeiro autor a propor a inclinação de implantes distais com o objetivo de se conseguir um apoio protético mais posterior (diminuindo o cantilever quando comparado com implantes paralelos), evitando técnicas adicionais como levantamento do seio maxilar, transposição do nervo dentário inferior ou a realização de enxertos ósseos.

Esta técnica permitiu ainda a colocação de implantes mais longos, com maior ancoragem óssea e melhor estabilidade primária. Neste estudo de Krekmanov não se registou a perda de qualquer implante na mandíbula, enquanto que na maxila a taxa de êxito foi de 93% para os implantes retos e de 98% para os angulados. Como resultado da inclinação dos implantes, foi possível realizar próteses com um aumento médio de apoio de 6,5 mm na mandíbula e 9,3 mm na maxila. Este estudo demonstrou que os implantes angulados não apresentam qualquer desvantagem biológica e permitem reabilitações mais favoráveis sob o ponto de vista biomecânico. Num estudo de biomecânica de Zampelis (2007) concluiu-se que a angulação de implantes não aumenta a tensão a nível do osso e observou-se que o stress ósseo é menor quando comparado com reabilitações com cantilever. Maló (2011) apresentou um estudo sobre utilização de implantes inclinados em reabilitações parciais com carga imediata, na maxila. Com uma sobrevivência dos implantes de 98,8% ao fim de oito anos de seguimento, verificou-se também que não havia diferenças significativas na rebsorção óssea marginal quando comparados implantes retos e angulados. Este estudo permitiu concluir que a utilização de implantes inclinados é uma opção válida na reabilitação dos setores posteriores da maxila.

Caso clínico

Fig. 1. Raio X panorâmico, com falência da ponte do segundo quadrante, por fratura do dente 2.6.

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Figs. 2 e 3. Imagens da TAC. Pouca disponibilidade óssea para um implante convencional na localização 2.6.

Fig. 4. Após a remoção da ponte e exodontia do dente 26, colocou-se um implante reto na posição 2.4 e um implante angulado, pós-extracional, na posição 2.6.

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Fig. 5. Colocação de um pilar reto no implante 2.4 e um pilar angulado no implante 2.6.


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Fig. 6. Prótese provisória aparafusada imediata (função imediata).

Fig. 7. Coroa provisória no dente 2.3 e ponte provisória sobre os implantes 2.4 e 2.6.

Fig. 8. Raio X panorâmico após colocação das coroas provisórias.

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Figs. 9 e 10. Restaurações definitivas. Coroa em zircónia cimentada sobre o dente 2.3 e ponte em zircónia aparafusada sobre os implantes 2.4 e 2.6.

Conclusões A utilização de implantes angulados na reabilitação dos setores posteriores dos maxilares é uma opção de tratamento válida, apresentando as seguintes vantagens: • Evitam técnicas mais complexas como enxertos ósseos, lateralização do nervo dentário inferior ou levantamento do seio maxilar. • Pode aplicar-se em doentes com condições sistémicas que possam contra-indicar a realização de enxertos. • Possibilita a colocação de implantes mais longos, aumentando a estabilidade primária. • Permite reabilitações com função imediata. • Eliminação ou diminuição de cantilevers. • Os implantes colocam-se de modo a evitar estruturas anatómicas importantes. • Técnica mais simples, rápida e económica. • Menor morbilidade. • Bons resultados clínicos.

Bibliografia 1.

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Técnica socket-shield em implantes imediatos na zona estética (caso clínico)

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Ciência e prática João Mouzinho Médico dentista. Docente da Pós-graduação de Reabilitação Oral Biomimética Avançada da Cooperativa de Ensino Superior, Politécnico e Universitário (CESPU). Mestre em Periodontologia pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde – Norte (ISCS-N). Curso de Capacitação em Implantologia e Enxertos Ósseos pela Faculdade de São Leopoldo Mandic (Brasil). Pós-graduado em Reabilitação Intra e Extra Oral com Implantes Osteointegrados pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Pós-graduado em Reabilitação Oral Biomimética Avançada pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM). Responsável pelo Departamento de Reabilitação Oral e Implantologia da Molar Clinic. mouzinhojoao@gmail.com

Catarina Eufémia Vitorino Médica dentista. Responsável pelo Departamento de Dentisteria Estética na Molar Clinic. Zsolt Kovacs Técnico de prótese dentária. Diretor técnico do laboratório Inovesmile. Porto.

João Mouzinho Introdução A colocação de implantes imediatos é uma opção de tratamento de sucesso bem reconhecida, após exodontia de peças dentarias1. A literatura reporta que após extrações dentárias há altera ções dimensionais do contorno alveolar, tanto ósseo como gengival após implantes imediatos, no mínimo de 1 mm na zona vestibular, ou pior em biótipos gengivas finos2,3.

A técnica socket-shield previne estes riscos, preservando os tecidos ósseos e gengivais em implantes imediatos. O princípio baseia-se em fazer a exodontia de um dente de forma atraumática, mas deixando o fragmento vestibular da raiz no osso, mantendo assim a tábua óssea vestibular intacta, logo o ligamento periodontal, fibras de ligação, cemento radicular e o osso alveolar mantêm-se vitais, prevenindo o suporte dos tecidos ósseos e das gengivas.

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Caso clínico Paciente do sexo feminino, 27 anos, apresenta-se à consulta com uma fratura radicular do dente 11. Pretendia um tratamento definitivo porque “o dente estava sempre a soltar-se”. Paciente não fumadora, sem história médica relevante. O dente tinha passado por um tratamento endodôntico radical, e durante o branqueamento não vital sofreu uma fratura envolvendo o primeiro terço radicular. Colocou-se um espigão de fibra de vidro em episódio de emergência e adesão da coroa dentária, de forma transitória até à cirurgia de colocação do implante imediato. Na cirurgia de colocação do implante dentário, efetuou-se uma anestesia loco regional e a exodontia da raiz do dente 11, mantendo o fragmento vestibular. Seguidamente colocou-se um implante MIS V3 (3,9 x 16 mm). O gap entre o implante e o fragmento vestibular preencheu-se com um xenoenxerto (Bio-oss, Geistlish). A estabilidade primária foi superior a 35 N e o ISQ = 74. Em seguida procedeu-se à estética imediata com um pilar provisório tipo PEEK, aproveitando a sua coroa dentária. A cicatrização produziu-se durante quatro meses sem ne nhum evento negativo importante.

Durante a fase de reabilitação, efetuou-se um branqueamento dentário (Philips ZOOM) e uma restauração em resina composta de uma mancha na zona central do dente 21 (enamel plus HRI UD3, Micerium). Fez-se uma impressão com um polieter (Impregum, 3M) ao perfil de emergência definido pelo provisório, personalizada com compósito tipo flow (enamel plus HRI flow). Reabilitou-se o implante com uma coroa zircónia-cerâmica aparafusada com interface de titânio. A paciente ficou satisfeita com o resultado obtido.

Discussão Os resultados obtidos são consistentes com o artigo original de Hurzeler e seus colaboradores, onde a retenção da secção vestibular da raiz, num implante imediato, permite a osteointegração sem reabsorção do fragmento da raiz4. A técnica descreveu-se em 2010, mas baseia-se em conceitos introduzidos em 1950, quando se viu que a retenção de raízes limita as alterações tecidulares após uma exodontia. A utilização de um implante MIS V3 com uma forma cónica na parte apical e triangular na parte coronal permite que haja um espaço entre o fragmento de raiz e o implante, parecendo ser um implante indicado para este tipo de técnica.

Caso clínico

Fig. 1. Fotografias extraorais: inicial vs final.

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Fig. 2. Fotografias intraorais: inicial vs final.

Fig. 3. Detalhes e radiografia inicial.

Fig. 4. Manutenção do fragmento vestibular da raiz, resto radicular e dentário.

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Fig. 5. Implante dentário MIS V3.

Fig. 6. Fragmento radicular vestibular e xenoenxerto.

Fig. 7. Coroa provisória (aproveitou-se a coroa da paciente) e raio X da carga imediata.

Fig. 8. Modelo de gesso, impressão personalizada e imagens do projeto em CAD-CAM.

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Fig. 9. Estrutura em zircónia, interface Ti no modelo laboratorial e aplicação da cerâmica.

Fig. 10. Detalhes do volume gengival obtido.

Fig. 11. Resultado final intraoral.

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Fig. 12. Integração entre dentes e lábio, e raio X final.

Fig. 13. Resultado final.

Conclusões A literatura reporta que a manutenção de um fragmento vestibular da raiz durante a colocação de implantes dentários imediatos não parece interferir na osteointegração. Este tipo de processo pode beneficiar a preservação da tábua óssea vestibular e do contorno gengival. A técnica de socket-shield pode ser, no futuro, muito promissora na implantologia. Este caso clínico demonstra o procedimento na prática clínica diária.

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Preservação do alvéolo pós-extração: o estado da arte

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Ciência e prática João Miguel Gomes Médico dentista. Aluno do Curso de Especialização de Periodontologia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). joaomiguel289@gmail.com Ana Ribeiro Soares Médica dentista. Aluna do Curso de Especialização de Periodontologia da FMDUL. Catarina Martinho Médica dentista. Aluna do Curso de Especialização de Periodontologia da FMDUL. Cátia Ferreira da Silva Médica dentista. Aluna do Curso de Especialização de Periodontologia da FMDUL. João Branco Médico dentista. Assistente convidado do curso de Especialização de Periodontologia da FMDUL. Susana Noronha Médica dentista. Assistente convidada do curso de Especialização de Periodontologia da FMDUL. Lisboa.

João Miguel Gomes

Introdução No tratamento com implantes, o conhecimento da arquitetura e do volume ósseo da área edêntula candidata à reabilitação é um requisito fundamental para o êxito do tratamento e prevenção de complicações. Após a exodontia de um dente, a crista óssea residual atravessa um período de alterações morfológicas em que a quantidade e a taxa de reabsorção é muito variável de indivíduo para indivíduo e de zona para zona (Pietrokovski, 1975; Misch, 2008). Entre as múltiplas causas da perda de um ou vários dentes, uma série de condições patológicas como por exemplo a periodontite severa, as lesões endodônticas ou os acidentes iatrogénicos/traumáticos

podem afetar negativamente a quantidade de tecido ósseo reabsorvido (Gazabatt e cols., 1965; Pietrokovski, 1975; Cawood & Howell, 1988, e Vittorini Orgeas e cols., 2013). Após a exodontia, o osso alveolar muda significativamente a sua morfologia nos eixos horizontal e vertical, seguindo normalmente um padrão preditivo. A perda óssea horizontal é predominante em vestibular, ocorrendo também uma redução da altura óssea no eixo vertical, ainda que em menor quantidade (Cawood & Howell, 1988). Este processo de reabsorção tridimensional na zona em que se extraiu um dente resulta numa diminuição da quantidade óssea podendo condicionar a correta colocação do implante e confeção apropriada da coroa (Vittorini Orgeas e cols., 2013).

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BIOMATERIAL Enxerto ósseo autógeno

Enxerto ósseo alógeno (aloenxerto)

Enxerto ósseo xenólogo (xenoenxerto)

Enxerto ósseo aloplástico

Outros

DEFINIÇÃO Enxerto ósseo recolhido de uma zona intraoral ou extraoral do mesmo indivíduo. Enxerto com características genéticas distintas mas de indivíduos da mesma espécie. Exemplo: osso ilíaco medular e esponjoso, aloenxerto ósseo liofilizado, aloenxerto ósseo liofilizado desmineralizado. Enxerto obtido de espécies diferentes, também designado de heteroenxerto. Materiais de enxerto como hidroxiapatite (HA), fosfato tri-cálcio (TCP), polímero polimetilmetacrilato (PMMA), polímero hidroxietilmetacrilato (HEMA), vidro bioativo sintético ou derivado de uma fonte inerte. Plasma rico em plaquetas (PRP), fibrina rica em plaquetas (PRF), proteína óssea morfogenética (BMP), Emdogain (EMD), terapia celular.

Tabela 1. Vários tipos de biomateriais utilizados na preservação do alvéolo pós-extração. Adaptado de Jambhekar e cols., 2015.

Ao longo dos últimos anos têm-se descrito várias técnicas cirúrgicas para a preservação/regeneração do alvéolo após a exodontia, em que se associam diferentes materiais regeneradores (tabela 1) (Jambhekar e cols., 2015). As técnicas descritas têm utilizado diferentes abordagens como a utilização de enxerto ósseo, membrana, reabsorvível ou não, ou a conjugação do enxerto ósseo com membrana (Vittorini Orgeas e cols., 2013). Este artigo tem como objetivo realizar uma revisão dos resultados clínicos disponíveis na literatura focando os vários materiais e as técnicas cirúrgicas utilizadas na preservação do alvéolo pós-extração.

Quais são as vantagens de preservar/regenerar um alvéolo pós-extração? Nos últimos anos a preservação do alvéolo pós-extração tem recebido uma atenção especial. No entanto, é necessário perceber se este procedimento apresenta, efetivamente, um benefício clínico adicional quando comparado com as zonas não regeneradas. Para responder a esta questão publicaram-se, recentemente, 13 revisões bibliográficas que avaliaram o efeito benéfico da preservação do alvéolo na limitação da reabsorção da crista óssea alveolar (Darby e cols., 2009; Ten Heggeler e cols., 2011; Horowitz e cols., 2012; Vignoletti e cols., 2012; Hämmerle e cols., 2012; Chan e cols., 2013; Vittorini Orgeas e cols., 2013; Horváth e cols., 2013; Ávila Ortiz e cols., 2014; Morjaria e cols., 2014; Tomlin e cols., 2014; Kassim e cols., 2014, e Jambhekar e cols., 2015). Todas as revisões sistemáticas encontradas referem que a preservação do alvéolo com materiais de regeneração limita a reabsorção óssea. A revisão sistemática de Ten Heggeler e

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cols. (2011) avaliou o efeito das terapias de preservação do alvéolo em regiões não molares de seres humanos. Os resultados dos nove artigos selecionados por estes autores indicaram uma diferença estatisticamente significativa na redução da reabsorção óssea vertical e horizontal entre os grupos de controlo e experimental. Nos grupos em que não se efetuou regeneração após exodontia observou-se uma reabsorção horizontal entre 2,6 a 4,6 mm, e, entre 0,4 mm e 3,9 mm no sentido vertical. No que diz respeito aos grupos em que se executou preservação do alvéolo também se observou uma redução em largura do processo alveolar, variando entre 1,2 mm e 3,48 mm. Em altura registou-se uma redução entre 0,38 mm e 0,7 mm. Apenas num estudo em que se usou aloenxerto liofilizado verificou-se um ganho vertical concomitante a uma perda óssea de 1,2 mm em largura. (Ten Heggeler e cols., 2011). À semelhança deste artigo, Ávila Ortiz e cols. (2014) também realizaram uma revisão sistemática sobre o efeito da preservação do alvéolo com enxerto ósseo em dentes não molares. Mais uma vez, esta revisão concluiu que a preservação do alvéolo é eficaz na diminuição da redução da reabsorção fisiológica da crista quando comparada com a exodontia sem preservação. Estes autores dividiram o defeito em terços (porção mesial, médio e distal). Nos casos em que houve preservação encontraram-se fortes evidências na manutenção da largura vestíbulo-lingual, altura médio-vestibular e altura médio-lingual. Em relação à altura da porção mesial do defeito não se observou um efeito positivo tão pronunciado, e, por fim na altura distal não se verificou uma diferença significativa entre regenerar e não-regenerar (Ávila Ortiz e cols., 2014).


Em 2012, Horowitz e cols. (2012) referiram que quando se utiliza a técnica de preservação do alvéolo pode-se esperar uma reabsorção óssea horizontal de menos de 1 mm e uma desprezável reabsorção óssea vertical. Por sua vez, se não se utilizarem materiais de regeneração óssea é expectável que ocorra uma reabsorção horizontal de 3 mm e vertical de pelo menos 1 mm (Horowitz e cols., 2012). Apesar dos resultados promissores com as técnicas de preservação, os autores das várias revisões sistemáticas afirmaram que existem dados limitados sobre a eficácia destas terapias quando comparados com os grupos de controlo. No geral, as terapias de regeneração do alvéolo promovem a redução das alterações dimensionais do rebordo alveolar pós-extração, mas não são capazes de prevenir a sua reabsorção. Ávila Ortiz e cols. (2014) referiram que os resultados invulgares presentes em alguns estudos com parâmetros aumentados em relação aos valores iniciais (Cardaropoli e cols., 2012) podiam atribuir-se a erros de medição. Estes erros podiam ter como causa o facto de não existir calibração do examinador ou por medições efetuadas em modelos de gesso (Ávila Ortiz e cols., 2014).

Existe diferença nos resultados obtidos com os diferentes biomateriais utilizados para a preservação? Os enxertos ósseos utilizados na regeneração de um alvéolo pós-extração podem ser categorizados em cinco grupos: autógeno, alógeno, xenólogo, aloplástico e outros materiais como por exemplo proteína óssea morfogenética. De acordo com Buck & Malinin (1994), os vários tipos de enxertos possuem evidência científica suficiente que apoia a sua segurança, aplicabilidade clínica e baixa antigenecidade (Buck & Malinin, 1994). O grau de alteração da qualidade óssea está largamente dependente da taxa de reabsorção de um dado material de regeneração e da sua capacidade em promover nova formação óssea. Pelegrine e cols. (2010) concluíram que o uso de enxerto autógeno não provoca uma alteração na porção de osso vital. Também não se observaram alterações na quantidade de osso vital com o uso de enxerto ósseo liofilizado desmineralizado (aloenxerto) (Urist, 1965; Chan e cols., 2013). Por sua vez, assistiu-se a um aumento da percentagem de osso vital quando se usou material aloplástico (vidro bioativo; sulfato de cálcio e hidroxiapatite). Alguns estudos sugeriram que o aumento da percentagem de osso vital podia atribuir-se ao potencial osteocondutivo e à taxa de reabsorção destes materiais. O material mais reabsorvível é o sulfato de cálcio, seguido de vidro bioativo e hidroxiapatite. O vidro bioativo demorou seis meses a mostrar novo crescimento (Norton & Wilson, 2002), demonstrando que este material tem um poten-

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cial regenerador limitado e pode impedir a formação óssea quando se aplica em defeitos ósseos (Stavropoulos e cols., 2004). Estes resultados estão de acordo com outros artigos de revisão (Chan e cols., 2013, e Jambhekar e cols., 2015). A preservação efetuada com material xenólogo apresentou resultados contraditórios. Alguns artigos publicados mostraram uma percentagem de osso vital significativamente maior enquanto que outros autores relataram percentagens reduzidas em relação ao grupo de controlo (diferença média entre grupo de teste e grupo controlo de -22,2% a 9,8%). As variações individuais dos enxertos e a sua localização apico-coronal durante a análise pode contribuir para a diversidade dos resultados observados. Alguns estudos demonstraram alguma preocupação com a limitada formação de novo osso pelo xenoenxerto devido à sua baixa taxa de reabsorção (Becker e cols., 1998, e Stavropoulos e cols., 2004). Refira-se que quando se incorpora o xenoenxerto, este passa a ser parte integrante do osso (Araújo e cols., 2010). A revisão sistemática de Ten Heggeler e cols. (2011) comparou vários tipos de materiais de enxerto e avaliou a quantidade de osso preservado. Este estudo abrangeu vários artigos com dados acerca de aloenxertos (enxerto ósseo liofilizado), enxertos aloplásticos (sulfato de cálcio e hidroxiapatite) e xenoenxertos (xenoenxerto de origem suína). Dos vários tipos de enxertos, os mais promissores foram o enxerto ósseo liofilizado e o xenoenxerto que mostraram um efeito positivo sobre a altura e a largura quando se comparam com o grupo de controlo (Ten Heggeler e cols., 2011). Fiorellini e cols. (2005) apresentaram outra abordagem promissora. Estes autores demonstraram que a maior concentração do fator de crescimento ósseo pode preservar a crista alveolar em altura, apresentando uma baixa reabsorção óssea (0,02 mm) ao fim de quatro meses (Fiorellini e cols., 2005). As proteínas ósseas morfogenéticas descrevem-se frequentemente como fatores de crescimento, mas na realidade são um grupo distinto de proteínas, sendo mitogénicas para vários tipos celulares (Salata e cols., 2002). Os fatores de crescimento relacionados com o osso existem principalmente na matriz óssea e libertam-se durante a remodelação ou em resposta a trauma. As proteínas ósseas morfogenéticas são fatores osteo-indutores que podem estimular as células mesenquimais a diferenciarem-se em condrócitos e osteoblastos. Embora estas proteínas tenham sido isoladas há décadas, os progressos na sua utilidade clínica têm evoluído de maneira relativamente lenta (Ten Heggeler e cols., 2011). Segundo Jambhekar e cols. (2015), ainda não é possível avaliar os resultados destas proteínas ou plasma rico em plaquetas devido à heterogeneidade do material e da limitada dimensão da amostra dos artigos (Jambhekar e cols., 2015).

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A utilização de membrana é benéfica? Muitos tipos de materiais desenvolveram-se para servir como barreira, distinguindo-se, principalmente, em membranas não reabsorvíveis e reabsorvíveis (Tomlin e cols., 2014). No que se refere às membranas não reabsorvíveis, a primeira comercializada produziu-se a partir de Teflon®, um politetrafluoretileno expandido (e-PTFE). Mais tarde introduziu-se titânio de modo a tratar tanto defeitos periodontais como ósseos (Tomlin e cols., 2014). Buser e cols. (1990) foram dos primeiros clínicos a demonstrarem sucesso no aumento da crista óssea utilizando membranas e-PTFE. Após seis a 10 meses de cicatrização, os autores demonstraram um aumento de volume ósseo suficiente para permitir a colocação de implantes em nove de 12 zonas a reabilitar. O aumento da zona regenerada variou entre 1,5 a 5,5 mm. Os autores concluíram que o princípio biológico da osteoindução era altamente previsível para o aumento do volume ósseo e regeneração do defeito desde que não existissem complicações (Buser e cols., 1990). No entanto, as complicações durante a fase de cicatrização eram comuns. Adicionalmente, a utilização de membranas não reabsorvíveis implica uma segunda cirurgia, o que pode perturbar a fase de cicatrização. A exposição da membrana durante a cicatrização é uma complicação pós-cirúrgica frequente, criando uma comunicação entre o ambiente oral e a regeneração dos tecidos, com possibilidade de infeção (Lang e cols., 1994). Machtei (2001) realizou uma meta-análise em que avaliou o efeito da exposição da membrana nos procedimentos de regeneração óssea guiada e regeneração tecidular guiada. Nos casos em que houve exposição observou-se 0,56 mm de osso neoformado enquanto nos locais que permaneceram recobertos registou-se 3,01 mm. Além disso, a exposição da membrana precoce (primeiras seis semanas) parece ser mais prejudicial do que uma exposição mais tardia (Machtei, 2001). De modo a contrariar as complicações da e-PTFE desenvolveu-se uma membrana de politetrafluoroetileno de alta densidade (d-PTFE). Um estudo retrospetivo avaliou a quantidade de reabsorção óssea quando esta membrana se mantinha exposta durante quatro semanas. Os autores deste estudo concluíram que, apesar desta exposição, havia uma preservação significativa em todos os alvéolos avaliados. A grande vantagem da membrana d-PTFE em relação à e-PTFE é a de não necessitar de contacto primário entre os bordos da ferida cirúrgica. Como esta membrana não é porosa, não é passível de ser penetrada por bactérias, ao contrário do que se observa na membrana de e-PTFE (Hoffmann e cols., 2008).

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Existem três tipos de membranas reabsorvíveis: co-polímeros poliglicosídeos sintéticos (ácido poliáctido, resoluto poligalactídeo, viacril-poligalactina 910), colagénio e sulfato de cálcio. Este tipo de membranas apresenta a grande vantagem, em relação às membranas não reabsorvíveis, de não necessitarem de uma segunda cirurgia para a sua recuperação (Tomlin e cols., 2014). O colagénio presente nas membranas reabsorvíveis é um agente hemostático e quimiotático, com capacidade de estimular as plaquetas e melhorar a ligação da fibrina. Deste modo, pode ajudar na formação de coágulo e na estabilização inicial, levando a uma melhoria na regeneração (Bunyaratavej & Wang, 2001). Lekovic e cols. mostraram que a utilização de membrana tem um efeito benéfico na redução da reabsorção, que se situa entre 0,38 e 0,5 mm em altura e 1,3 a 1,8 mm em largura (Lekovic e cols., 1998). Na revisão sistemática conduzida por Vittorini e cols. (2013), os autores concluíram que o uso de membranas de barreira melhora a cicatrização normal da ferida. Na meta-análise, estes autores dividiram os estudos selecionados em três grupos de acordo com os procedimentos cirúrgicos e os biomateriais utilizados (só enxerto ósseo, enxerto ósseo com membrana, só membrana). Os resultados mostraram que a utilização de apenas membrana produziu melhores resultados clínicos do que a utilização de membrana com enxerto ósseo ou só enxerto ósseo. Os autores explicaram estas diferenças com a capacidade protetora e de criar espaço das membranas, de modo a estabilizar o coágulo dentro do alvéolo. Deste modo, a membrana atua como uma barreira, aumentando o processo fisiológico da cicatrização, minimizando a perda óssea e maximizando a reparação óssea (Vittorini Orgeas e cols., 2013).

O encerramento primário da ferida cirúrgica é necessário? Ao longo dos anos, vários estudos propuseram diferentes técnicas cirúrgicas, com diferentes desenhos de incisões, na tentativa de se conseguir um contacto primário entre os bordos da ferida cirúrgica. Podemos admitir que os resultados das técnicas de preservação podem ser influenciadas por não existir contacto primário entre os bordos, ou que as incisões de descarga possam influenciar a cicatrização normal do tecido mole e duro (Vittorini Orgeas e cols., 2013). Os resultados da meta-análise de Vignoletti e cols. (2012) mostraram que este era o fator que mais influenciava os resultados (Vignoletti e cols., 2012).


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Jambhekar e cols. (2015) referem que as extrações sem elevação de retalho são um método simples, atraumático e conservador. Vários autores descreveram uma melhoria dos resultados clínicos quando se efetuava uma abordagem sem retalho, com tempos de cicatrização reduzidos, menos desconforto e inflamação. A não elevação do retalho implica a manutenção do periósteo aderido ao osso, preservando desta maneira o suprimento sanguíneo ao osso subjacente. A técnica sem retalho pode preservar a dimensão horizontal do tecido duro e aumentar a quantidade de gengiva queratinizada, quando comparada com a técnica de elevação do retalho (Jambhekar e cols., 2015).

Contrariamente a estes autores, as revisões sistemáticas conduzidas por Vignoletti e cols. (2012) e Ávila Ortiz e cols. (2014) concluíram que os alvéolos que foram submetidos à cirurgia de retalho apresentavam uma menor reabsorção óssea. Os resultados são interessantes na medida em que geralmente se reconhece que a elevação do retalho tem um impacto negativo na remodelação óssea devido à interrupção do suprimento vascular e ao aumento da inflamação. No entanto, a evidência mostra que a elevação do retalho na cirurgia de preservação/regeneração de alvéolo não promove uma perda adicional de osso alveolar (Vignoletti e cols., 2012; Ávila Ortiz e cols., 2014).

Caso clínico Descrição do caso clínico Paciente do género masculino, de 54 anos, hipertenso controlado, apresentou-se na consulta de Periodontologia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL) para avaliação da mobilidade aumentada do dente 21. O paciente refere traumatismo no dente 21 há 15 anos. Na avaliação intraoral o dente apresenta mobilidade de grau III, com profundidades de sondagem superiores a 10 mm em todas as localizações e dor à percussão. Realizou-se tratamento endodôntico três meses antes. A resposta ao tratamento endodôntico não foi favorável e a avaliação clínica e radiográfica mostra uma extensa lesão endo-perio com o envolvimento da parede vestibular do alvéolo. Planeou-se a exodontia do dente com preservação do alvéolo com xenoenxerto (Endobon®) e membrana de colagénio reabsorvível (OsseoGuard®).

Figs. 1 e 2. Situação intraoral inicial. Dente 21 planeado para exodontia devido a uma fratura vertical.

Fig. 3. Tomografia axial computorizada (TAC) do dente 21.

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Figs. 4 e 5. Exodontia do dente 21.

Fig. 6. Retalho de espessura total com exposição de defeito ósseo combinado.

Figs. 7 e 8. Regeneração do alvéolo com membrana de colagénio reabsorvível (OsseoGuard®) e xenoenxerto (Endobon®).

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Figs. 9 e 10. Sutura.

Figs. 11 e 12. Ferulização da coroa do dente 21 aos dentes adjacentes.

Figs. 13 e 14. Duas semanas após a cirurgia de preservação do alvéolo pós-extração.

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Esparza Maxillaris PT_Maquetación 1 01/06/16 13:02 Página 3

DVD interativo

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PROF. DR. GERMÁN ESPARZA GÓMEZ

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(EM ESPANHOL) Recompilação de artigos que Germán Esparza publicou na edição espanhola da MAXILLARIS, com imagens de casos clínicos representativos, onde se oferece uma série de variáveis que possibilitam determinar a que tipologia corresponde cada lesão. O objetivo deste DVD interativo e as suas aplicações é ajudar o profissional a identificar as alterações que podem surgir na mucosa oral.


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Figs. 15 e 16. Controlo aos três meses.

Figs. 17 e 18. Controlo aos nove meses.

Fig. 19. Cone Beam Computarized Tomography (CBCT) aos nove meses.

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Conclusão A utilização de diferentes técnicas cirúrgicas e biomateriais ainda é controversa, não sendo possível tirar uma conclusão definitiva. Segundo a evidência disponível até à atualidade, podemos afirmar que a preservação do alvéolo pós-extração é eficaz na limitação da reabsorção da crista alveolar, mas não impede a sua reabsorção fisiológica.

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CIRURGIA ORAL

CIRURGIA ORAL

Curso clínico intensivo de cirurgia avançada

Pós-graduação em cirurgia oral

A Microdent realiza nos dias 22 a 29 deste mês, em Lisboa, a 18ª edição do curso clínico intensivo de cirurgia avançada orientado para a formação profissional e dirigido pelo médico dentista espanhol Holmes Ortega Mejía. Trata-se de uma formação clínica intensiva teórica e prática, com a duração de uma semana, durante a qual os participantes poderão adquirir os conhecimentos e a habilidade necessários para realizar o correto diagnóstico, a planificação do tratamento e selecionar a técnica cirúrgica mais adequada.

A B. Braun Dental Care prossegue a sua aposta na formação dos profissionais de Medicina Dentária, através do seu apoio à primeira pós-graduação em cirurgia oral do Instituto de Ciências da Saúde do Centro Regional de Viseu da Universidade Católica Portuguesa (UCP). O programa desta formação, que conta com a colaboração de mais de uma dezena de professores residentes e convidados, centrar-se-á em temas como a prática clínica em pacientes, a patologia oral, quistos e tumores dos maxillares, cirurgia regenerativa em implantologia e infeções odontogenéticas, entre outros.

Microdent. 618 387 792 - luiscomercial@microdentsystem.com

UCP. 232 419 500 - www.viseu.ucp.pt

ESTÉTICA

Título de especialista em estética dentária

Blocos de dissilicato de lítio IPS e-max

A CEOdont (Grupo Ceosa) leva a cabo em Madrid (Espanha) mais uma edição desta formação especializada. Eis os próximos módulos do curso: • 2. Cirurgia plástica periodontal; 8 e 9 deste mês. • 3. Cirurgia mucogengival e estética; 16 e 17 de setembro. • 4. Restauração com compósito I; 14 e 15 de outubro. • 5. Restauração com compósito II; 25 e 26 de novembro. • 6. Capas de porcelana I; de 26 a 28 de janeiro de 2017. • 7. Capas de porcelana II; de 23 a 25 de fevereiro de 2017. • 8. Coroas de recobrimento total; 24 e 25 de março de 2017. • 9. Curso na Universidade de Nova Iorque; de 20 a 24 de junho de 2017.

O técnico dentário Michele Temperani realiza no próximo mês de outubro, no Centro de Formação da Ivoclar Vivadent em Madrid (Espanha), um curso sobre os blocos de Michele Temperani. dissilicato de lítio IPS e.max (LT, HT e Impulse). Este especialista em estética dentária abordará temas como o uso da cerâmica, a tomada de fotografias, bem como alguns truques e conselhos sobre a apresentação multimédia do caso. Os participantes poderão completar e refinar uma ponte pré-formada em resina de seis elementos superiores anteriores, assim como a fabricação de uma coroa completamente anatómica.

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

ESTÉTICA

Ivoclar Vivadent. icde.es@ivoclarvivadent.com - www.ivoclarvivadent.com

ESTÉTICA

Curso de pós-graduação em estética dentária integrada

Protocolo para a confeção direta de capas de compósito

A Universidade do País Vasco (UPV), com sede na cidade espanhola de Bilbau, prepara um curso de pós-graduação na área da estética dentária integrada, dirigido pelo médico dentista Manuel Gómez. Esta formação inicia-se no próximo mês de setembro e termina em junho de 2017. Conta com a colaboração de reconhecidos especialistas em estética dentária integrada, designadamente Sydney Kina, Paulo F. M. Carvalho, Victor Clavijo, Cláudio Pinho e Murilo Calgaro, entre outros. Cada módulo será lecionado para um máximo de 12 alunos.

Predictable Direct Veneer (PDV) é o novo protocolo criado pelo médico dentista espanhol Rafael Piñeiro para a confeção direta de capas de compósito. Para explicar Rafael Piñeiro. passo a passo em que consiste e como se consegue evitar os problemas típicos na confeção deste tipo de capas, Rafael Piñeiro orientará duas sessões em Espanha nos dias 21 e 22 de outubro, no seu estúdio em Vigo, e 18 e 19 de novembro, no Centro de Formação da Ivoclar Vivadent em Alcobendas (Madrid). Durante o curso, com uma grande carga prática, os participantes confecionarão capas diretas em diversos casos clínicos.

UPV. (0034) 946 012 917 - cristina.garcia@ehu.es - www.ehu.es/esteticadental

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IMPLANTOLOGIA

ODONTOPEDIATRIA

Cursos intensivos de implantologia

Título de especialista em odontopediatria

A AB Implantes, em parceria com a Oralklass, prossegue a sua aposta na transmissão dos conceitos teórico-práticos necessários à implantologia, que têm suscitado cada vez mais interesse por parte dos clínicos. Os próximos cursos de nível avançado realizam-se em outubro e novembro, sendo que estes já se encontram lotados. No entanto, no mês de dezembro ainda existem lugares disponíveis para médicos dentistas que queiram iniciar esta prática clínica. A AB Implantes garante que todos os inscritos irão adquirir, ao longo de seis dias intensos, os conhecimentos fundamentais nesta área.

CEOdont organiza no próximo ano este curso modular com o objetivo de responder à necessidade de formação no conhecimento da Medicina Dentária centrada no paciente em crescimento. O programa é composto pelos seguintes módulos: • 1. O êxito no controlo do comportamento na criança; 20 e 21 de janeiro. • 2. Desafios da prevenção e odontologia conservadora nas crianças; 17 e 18 de fevereiro. • 3. Traumatismos e patologia pulpar na dentição temporária e permanente jovem; 10 e 11 de março. • 4. Patologia médico-cirúrgica infantil; 28 e 29 abril.

Implantes AB Portugal. 220 927 540 / 220 927 410 - geral@abimplantes.com

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

ORTODONTIA

ORTODONTIA

Anomalias da classe II: do simples ao complexo

Título de especialista em alinhadores invisíveis

A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) realiza no dia 14 deste mês a sessão formativa intitulada “Anomalias da classe II: do simples ao complexo”, que será orientada pelo médico dentista espanhol Álvaro Larriu. Esta formação desenvolve-se no âmbito do quarto módulo da técnica auto-ligável do curso de especialização em Ortodontia Clínica da FMUP. A parte final da sessão será dedicada à importância do papel do ortodontista na preparação de espaços para a colocação de implantes no setor anterior, com valorização das escolas/abordagens sueca e norte-americana.

A CEOdont (Grupo Ceosa) organiza nos dias 27 a 30 de outubro um curso de especialista em alinhadores invisíveis, orientado por Andrade Neto. Esta formação é dirigida a todos os pós-graduados que queiram iniciar-se ou aperfeiçoar-se nesta área. Serão abordadas varias técnicas, desde os sistemas que realizam set-up de laboratório aos que utilizam alicates ou elásticos e botões, facilitando ao profissional um amplo conteúdo para a sua prática diária com alinhadores invisíveis. Ao concluir o curso, os alunos contarão com apoio diagnóstico e de laboratório para os seus primeiros casos.

FMUP. congressoortodontiafmup@gmail.com

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PERIODONTIA

ORTODONTIA

Pós-graduação em ortodontia

Cursos práticos de periodontia

A Ortocervera (Grupo CEOSA) prepara mais uma edição deste curso, orientado por Alberto J. Cervera, que se celebra em Madrid (Espanha) com os seguintes módulos: • 1. Cefalometria e diagnóstico; de 22 a 24 de setembro. • 2. Estudo da classe I; de 20 a 22 de outubro. • 3. Cimentado e biomecânica; de 17 a 19 de novembro. • 4. Estudo da classe II; de 15 a 17 de dezembro. • 5. Estudo da classe III; de 12 a 14 de janeiro de 2017. • 6. Diagnóstico multidisciplinar e introdução ao autoligado estético; de 9 a 11 de fevereiro de 2017. • 7. Biomecânica avançada multidisciplinar; de 9 a 11 de março de 2017. • 8. Ortodontia multidisciplinar; de 6 a 8 de abril de 2017.

O Instituto Casan tem programado um novo ciclo de cursos práticos de periodontia, que decorre na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Ciências Médicas de Villa Clara, em Cuba, sob a orientação da médica dentista Mitdray Corrales Álvarez, chefe do Serviço de Periodontia da referida faculdade cubana. Os participantes poderão realizar cirurgias periodontais ressectivas e regenerativas para o tratamento de bolsas periodontais, vestibuloplastias, usar biomateriais em periodontia e proceder a alongamentos coronários, etc.

Ortocervera (Grupo CEOSA). (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

Instituto Casan. (0034) 918 586 594 - info@institutocasan.net

VÁRIOS

VÁRIOS

Cursos de especialização e pós-graduação

Novos conceitos em endodontia, odontologia restauradora e estética

A Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL) prepara uma série de cursos de especialização, com a duração de três anos letivos (2016-2019), nas áreas de cirurgia oral, de implantologia, de ortodontia e de endodontia. Estão igualmente abertas as inscrições para as pós-graduações, com a duração de um ano (2016-2017), em clínica integrada e em higiene oral para pessoas com necessidades especiais. No próximo ano letivo estão ainda previstos 13 cursos em metodologias de ensino, sendo 11 em disciplinas do curso de Medicinia Dentária, um no curso de Higiene Oral e outro no de Prótese Dentária.

A Dentsply Sirona prepara um curso modular subordinado à temática “Novos conceitos em endodontia, odontologia restauradora e estética”, que se iniciará em novembro, em Barcelona (Espanha). Esta formação teórico-prática tem por objetivo solucionar problemas na rotina diária da clínica dentária. O programa divide-se nos seguintes módulos: • 1. Atualização em endodontia; 18 e 19 de novembro. • 2. Atualização em odontologia restauradora no setor posterior (restauração do dente endodonciado); 16 e 17 de dezembro. • 3. Atualização em odontologia restauradora estética no setor anterior (capas de compósito e capas de porcelana); 20 e 21 de janeiro de 2017.

FMDUL. 217 922 600 - correio@fmd.ul.pt - www.ul.pt

Dentsply Sirona. formación@dentsplysirona.com

VÁRIOS

Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS A Ortocervera (Grupo CEOSA) organiza este curso personalizado, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado. Ortocervera (Grupo CEOSA). (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

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Congressos e reuniões

ND Congresos junioPT_Maquetación 1 04/07/16 14:10 Página 72

SPDOF celebra no Porto meeting internacional

9º congresso da SPED realiza-se em setembro

APMO prepara reunião de inverno

A Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandi bular e Dor Orofacial (SPDOF) vai realizar o seu primeiro meeting internacional no dia 25 de março do próximo ano, na cidade do Porto. Este encontro científico, que reunirá oradores de renome internacional de diferentes áreas da saúde, tem por objetivo principal divulgar e debater a informação mais significativa no domínio da dor orofacial e da disfunção temporomandibular, sem descurar a atualidade em outras vertentes da medicina e da saúde oral.

A nona edição do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Estética Dentária (SPED) está agendada para os dias 9 e 10 de setembro, no Porto. O programa científico deste ano terá como principal orador o norte-americano Edward McLaren, professor universitário e diretor do curso de pós-graduação em Estética Dentária da Universidade da Califórnia, com sede em Los Angeles (EUA). Entre os temas que serão debatidos no congresso da SPED, destacam-se os últimos avanços em matéria de estética, cerâmica, aderência e dentisteria digital. Na mesma ocasião, os representantes da indústria dentária exibirão as últimas novidades nesta área da Medicina Dentária.

A próxima reunião de inverno da Academia Portuguesa de Medicina Oral (APMO) vai ter lugar nos dias 3 e 4 de fevereiro, em Lisboa. Este encontro científico, aberto a todos os profissionais e estudantes da área da saúde, tratará as áreas da medicina, da patologia e cirurgia orais, os doentes medicamente comprometidos e os idosos, bem como temáticas em relação às quais continuam a existir lacunas de formação e conhecimento. O programa prevê uma abordagem a temas como o cancro oral, os tumores e quistos dos maxilares, a reabilitação com implantes em maxilares com marcada reabsorção óssea, entre outros. Durante a reunião vão realizar-se ainda diversos cursos práticos dirigidos a várias categorias profissionais.

www.spedportugal.com

www.apmo.pt

www.spdof.pt

Congresso anual da OMD regressa à Exponor

Peniche recebe em setembro congresso anual da SPO

SPEMD organiza no Porto o seu 36º congresso anual

A 25ª edição do congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) vai ter lugar entre os dias 10 e 12 de novembro, na Exponor (Porto). O encontro da OMD caracteriza-se pela qualidade científica dos seus programas. Entre os conferencistas que já confirmaram a sua presença no congresso deste ano, destacam-se os brasileiros Christian Coachman e Wal demar Polido, os britânicos Nigel Pitts e Nicola West, os espanhóis Germán Esparza Gómez, Javier Gil Mur e Eva Berroeta, o italiano Federico Ferraris e o japonês Mitsuhiro Tsukiboshi.

O XXIII Congresso da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO) vai realizar-se de 29 de setembro a 1 de outubro, em Peniche. Os profissionais da área terão a oportunidade de atualizar os seus conhecimentos num cenário invulgar em congressos do setor, já que se trata da “capital do surf” em Portugal. Sob o lema “Desafiando o futuro na ortodontia do presente”, o congresso abordará os temas mais atuais desta especialidade e permitirá que conferencistas nacionais e estrangeiros divulguem as suas experiências nas mais diversas técnicas.

O próximo congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai realizar-se no Porto. A 36ª edição desta reunião científica médico-dentária está agendada para os dias 7 e 8 de outubro, na Fundação António Cupertino de Miranda. O programa científico da SPEMD, que se encontra em fase de elaboração, promete, de acordo com a organização, mobilizar uma vez mais largas centenas de profissionais de todos os quadrantes da Medicina Dentária, bem como dezenas de representantes da indústria do setor.

www.omd.pt

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www.spemd.pt www.sportodontia.pt


ND Congresos junioPT_Maquetación 1 05/07/16 11:52 Página 73

Congressos e reuniões MIS Day celebra-se em outubro

KLOCKNER promove Bone & Tissue Day

Nitzan Bichacho será o principal orador no evento MIS Day, uma iniciativa anual da SDS que vai decorrer no próximo dia 22 de outubro no Auditório de Serralves, no Porto. A conferência irá abordar o fundamento bio-fisiológico do novo desenho do implante V3 da MIS, bem como o conceito V como um todo. Para além do já referido docente e especialista nas áreas da terapia de implantes dentários, da prótese fixa e da odontologia estética, o MIS Day contará com a participação de outros oradores nacionais e estrangeiros, designadamente Patrick Palacci, João Pimenta, Miguel de Melo Costa, Alexandra Marques e Diogo Bezerra.

A KLOCKNER realiza no dia 9 deste mês, no Porto, a segunda edição do Bone & Tissue Day, dedicado às mais recentes técnicas e inovações para a regeneração óssea e tecidular. O programa científico deste encontro conta com a participação dos conferencistas Joaquim Martins, Paulo Magalhães, Hélder Oliveira, Pablo Galindo, Adrian Kasaj, João Paulo Tondela, Mariano Herrero e Paulo Maia. Adrian Kasaj realizará também o workshop “As tendências atuais no recobrimento da recessão gengival: será que ainda precisamos de enxerto autógeno?“. 222 026 087 - comercial@klockner.pt

www.sds.pt

DENTSPLY Implants World Summit Tour

Ivoclar Vivadent organiza road shows

O DENTSPLY Implants World Summit Tour, que se realiza ao longo deste ano e de 2017, vai decorrer na China, no Japão, nos Estados Unidos e na Europa. O encontro deverá mobilizar 5.000 profissionais do setor dentário de todo o mundo. O programa conta com a colaboração conjunta de cientistas e investigadores conhecidos mundialmente, e consistirá em palestras de oradores internacionais, bem como de conferencistas conhecidos a nível regional. Além disso, o World Summit Tour será uma boa oportunidade para os clientes e potenciais clientes da DENTSPLY Implants descobrirem o seu leque de soluções.

O especialista português em tecnologia digital Hugo Costa será o protagonista de uma série de road shows da Wieland Dental, marca associada ao grupo Ivoclar Vivadent, que se celebram este mês em várias cidades portuguesas. As próximas sessões estão agendadas para os dias 7 e 8, em Lisboa, e 13 e 14, no Porto. A primeira jornada será preenchida com uma apresentação da inovadora tecnologia da Wieland Dental e o segundo dia será dedicado a demonstrações do funcionamento da tecnologia em pequenos grupos. www.ivoclarvivadent.com

www.dentsplyimplants.es

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ND Congresos junioPT_Maquetación 1 06/07/16 13:58 Página 74

Congressos e reuniões ANÚNCIOS CLASSIFICADOS Divulgue a sua oferta a mais de 6.000 profissionais do setor

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* Para compra e venda entre particulares. A redação da MAXILLARIS reserva-se o direito de adaptar o texto ao espaço do anúncio.

37ª edição da IDS celebra-se em março do próximo ano

Nona edição do Europerio vai ter lugar em Amesterdão

O próximo salão dentário internacional (IDS) de Colónia (Alemanha) vai realizar-se de 21 a 25 de março de 2017. O principal encontro mundial do mercado dentário voltará a mobilizar o setor e apresentará, uma vez mais, uma vasta gama de produtos e serviços: desde o âmbito da Medicina Dentária e da tecnologia dentária, passando pelo controlo de infeções e a prevenção, até aos sistemas de serviços, informação e comunicação, assim como os recursos organizativos. Mais de 1.400 empresas de 50 países já confirmaram a sua participação na 37ª edição da IDS, que ocupará uma superfície bruta de exposição de 157.000 metros quadrados.

Amesterdão (Holanda) será a cidade antiftriã da nona edição do congresso Europerio, agendada para os dias 20 a 23 de junho de 2018, sob a égide da Federação Europeia de Periodontologia (EFP, na sigla em inglês). O principal evento internacional dedicado à área da periodontologia, que se realiza de três em três anos, reunirá na capital holandesa largas dezenas de conferencistas de vários pontos do mundo, que farão uma atualização das técnicas e dos tratamentos mais inovadores neste domínio da Medicina Dentária. Paralelamente ao programa científico, os representantes da indústria mundial do setor apresentarão, numa ampla área de exposição, as últimas novidades em matéria de produtos e serviços dentários.

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Prazo próxima edição: dia 20 de julho (número de setembro 2016)

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fax: 218 874 085

correio: Rua Francisco Sanches, 122, 2º 1170-144 Lisboa

email: portugal@maxillaris.com

KLOCKNER celebra congressos no Porto e em Espanha

Congresso anual da FDI realiza-se na Polónia

A KLOCKNER celebrará um congresso nas cidades espanholas de Barcelona e Madrid nos próximos dias 16 e 23 de setembro, respetivamente, e no Porto, no dia 28 de outubro. O objetivo desta iniciativa é apresentar as vantagens e os avanços técnicos da nova superfície para implantes Contacti. Os três congressos contarão com a participação de oradores de Portugal e Espanha, dirigentes da KLOCKNER e membros da comissão científica que liderou as investigações e desenvolveu a superfície Contacti.

O congresso anual da Federação Dentária Internacional (FDI) vai ter lugar nos próximos dias 7 a 11 de setembro, em Poznan (Polónia). Após uma série de edições na América Latina e no continente asiático, o principal encontro mundial do setor dentário, que em 2015 reuniu na Tailândia mais de 16.000 profissionais dos cinco continentes, regressa à Europa, assinalando a estreia da Polónia como país organizador. O congresso da FDI contará, como habitualmente, com a presença dos mais prestigiados conferencistas da área da Medicina Dentária e com as últimas novidades de produtos e materiais da indústria internacional do setor.

www.klockner.es

congress@fdiworldental.org

Dados: •

Nome, apelido, morada e nº contribuinte (ou sociedade e nº de pessoa colectiva).

Texto do anúncio a publicar e tamanho pretendido.

Copia do depósito ou transferência bancária realizada em nome de CYAN EDITORES, S.L., pelo valor da opção escolhida, para a seguinte conta corrente: Banco Popular Portugal, 0046-0021-00670006954-18

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Novidades da indústria

ND Novidades julioPT_Maquetación 1 05/07/16 11:58 Página 76

Adesivo fotopolimerizável Adhese Universal

SYMBIOS Biphasic BGM para a regeneração óssea (0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.com

(0034) 900 878 765 - www.dentsply.es

O adesivo fotopolimerizável e monocomponente Adhese Universal, da Ivoclar Vivadent, é compatível com todas as técnicas de gravado para aderências diretas e indiretas. Agora também se destaca pelo efeito desensibilizante que milhares de utilizadores em todo o mundo já tiveram oportunidade de comprovar. A hipersensibilidade dentinária é uma condição muito comum depois de um trabalho restaurativo. Graças aos solventes hidrofílicos e monómeros de metacrilatos do Adhese Universal, que bloqueiam e selam os túbulos dentinários, é possível impedir o movimento de fluído dentinal dentro dos túbulos minimizando assim o risco da microfiltração e a sensibilidade pós-operatória. A esta característica junta-se a eficiente distribuição em VivaPen, com uma percentagem mínima de desgaste de material, que faz do adesivo Adhese Universal a melhor eleição para a clínica dentária.

A DENTSPLY Implants lançou recentemente o SYMBIOS Biphasic Bone Graft Material (BGM). Este material reabsorvível e inorgânico para a regeneração óssea é de origem vegetal e obtém-se a partir de algas vermelhas. As propriedades físicas conferem ao produto uma grande porosidade e, portanto, um acentuado efeito osteocondutivo. A composição química do SYMBIOS Biphasic BGM é equiparável à do osso humano. Tem uma relação de fase de 20% de hidroxipatite e 80% de betafosfato tricálcico, que lhe permite uma reabsorção mais rápida. O SYMBIOS Biphasic BGM deve misturar-se com o próprio sangue do paciente, processo através do qual o produto absorve proteínas séricas e fatores de crescimento. É um produto especialmente indicado para aumentos ou reconstruções da crista, defeitos ósseos ou preenchimento de defeitos pós-extração, entre outros. As embalagens apresentam-se com dois tamanhos de grão e com dois volumes: 0,2-1,0 mm (embalagem de 0,5 ml ou 1,0 ml) e 1,0-2,0 mm (embalagem de 1,0 ml o 2,0 ml).

Perfusor Space com opção de módulo TCI - Target Controlled Infusion Ueda Europa S.A. Empresa do setor dentário seleciona delegado técnico e comercial para a sua delegação de Portugal (Lisboa)

Requere-se: conhecimentos em mecânica, informática, bases de dados e eletrónica, inglês fluído, aptidões comerciais e disponibilidade para viajar. Valoriza-se experiência no setor dentário. Oferece-se: carteira de clientes, fazer parte de uma empresa com mais de 30 anos no setor, salário fixo + comissões + incentivos. Os interessados devem enviar CV para: cristina.uralde@ueda.es

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214 368 200 - dentalcare.bbmp@bbraun.com - www.bbraun.pt

A BBraun Space TCI é a terceira geração de TCI e representa um marco a nível de viabilidade económica e simplicidade para a Target Controlled Infusion. Permite ao profissional simplificar e facilitar o manuseamento e a logística, usando um equipamento que proporciona todas as terapêuticas de rotina clínica incluindo TCI. Para a sedação e anestesia intravenosa dos pacientes basta selecionar o fármaco (Propofol, Remifentanil), o nível de anestesia pretendido e inserir os dados do paciente (peso, altura e idade). Descubra o fascínio de uma sedação e anestesia intravenosa controlada e sem riscos.


Novidades da indústria

ND Novidades julioPT_Maquetación 1 04/07/16 13:48 Página 77

Novo bracket Wave SL

Sistema de modelos de facetas Uvenner 210 317 700 - dentina@dentina.pt - www.dentina.pt

223 753 879 - www.manuel-amaro.com

Uvenner, da Ultradent, é um sistema de modelos de facetas diretas em compósito, minimamente invasivo, com simetria e forma previsível. O novo sistema permite realizar restaurações naturais de elevada qualidade, de forma fácil e rápida, em apenas uma consulta. As facetas são autoclaváveis e reutilizáveis, o que proporciona a rentabilidade máxima deste sistema. Uvenner é adaptável a qualquer tipo de compósito.

A Maf Dental distribui em Portugal o novo Wave SL, bracket de níquel titânio muito versátil. O clip de forma biónica superelástico está perfeitamente integrado na base numa só peça de onda SL. Tem um encaixe passivo para baixo atrito e um melhor deslizamento mecânico. O bracket Wave SL assegura uma ótima higiene oral devido à sua forma lisa e arredondada.

Nota: por lapso, na edição anterior reproduziu-se uma imagem que não correspondia ao novo Wave SL. Por este motivo, aqui se publica de novo a nota da Maf Dental com a devida fotografia.

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Novidades da indústria

ND Novidades julioPT_Maquetación 1 04/07/16 13:48 Página 78

Arco térmico Bio Force Plus

Nova gama de cores Telio CAD para Zenotec

(0034) 900 878 765 - www.dentsply.es

(0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.com

Os blocos da Ivoclar Vivadent obtidos por polimerização do monómero metilmetacrilato (PMMA) reticulado para a fabricação eficiente de provisórios a longo prazo, usando a técnica CAD-CAM, apresentam agora uma nova gama de cores. Neste contexto, destaca-se o novo Telio CAD Clear, disco transparente especialmente indicado para a fabricação de férulas oclusais e disponível em duas grossuras: 16 e 20 mm. As novas cores B3, C2 e D2 complementam a completa gama de Telio CAD para Zenotec. Com estas novidades a atual gama de materiais para provisórios CAD-CAM Telio está disponível em nove cores LT (BL3, A1, A2, A3, A3.5, B1 e as três novas cores) nas grossuras de 16, 20 e 25 mm. Resta acrescentar as grandes vantagens de Telio CAD: em resultado do processo de polimerização industrial, os blocos apresentam uma grande homogeneidade de material e, graças ao sistema CAD-CAM, o provisório pode elaborar-se facilmente em qualquer momento.

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Bio Force Plus é um arco de NiTi superelástico térmico com memória de forma, capaz de produzir forças graduais no sentido anterior-posterior, gerando movimentos biológicos, suaves e contínuos, e sobretudo especificamente desenhado para manifestar a informação do sistema com maior efetividade em menor tempo. O novo arco oferece três zonas de forças diferentes e graduais, a possibilidade de iniciar com a etapa de trabalho com a devida antecedência, diminuindo em alguns casos a sequência habitual, bem como a opção de deformação de 90° sem sofrer deformação permanente.

Biblioteca Multimédia

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Em l espanho


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Página empresarial

Empresa julio PT_Maquetación 1 04/07/16 14:05 Página 80

Bien-Air marcou presença nas jornadas de Viseu

Dentaleader reforça divisão de tecnologia dentária

Nos passados dias 20 e 21 de maio, a Bien-Air esteve presente com um mini-stand, na 11ª edição das jornadas de Medicina Dentária da Universidade Católica de Viseu. Esta primeira presença no encontro fez todo o sentido para a marca que tem com Miguel Rolo, Area Sales Manager da Bien-Air a referida instituição de ensino superior um acordo para Portugal e América Latina. de cooperação institucional. Os participantes tiveram oportunidade de observar e testar os motores de implantes Chiropro L e iChiropro da Bien-Air, bem como algumas turbinas e contra-ângulos. A presença nestes eventos visa reforçar a notoriedade da marca suíça em Portugal.

Ricard Roca foi nomeado Product Manager da Divisão de Equipamentos e Tecnologia da Dentaleader, a divisão de tecnologia dentária da companhia. Ricard Roca contribuirá com o seu amplo conhecimento (e a sua experiênRicard Roca é o novo Product Manager cia de 20 anos) num setor que está a crescer da divisão de tecnologia dentária da empresa. a passos largos em Portugal. No seu novo cargo, assume a responsabilidade de assegurar o correto desenvolvimento dos produtos tecnológicos dentários na Dentaleader, trabalhando na estratégia comercial e de marketing da ampla gama de equipamento disponível no Odontomecum, o manual para o profissional de Medicina Dentária da Dentaleader.

(0034) 934 253 040 (ext. 1) - comercial@bienair.com

800 203 976 - www.dentaleader.com

PROCOVEN amplia a sua equipa diretiva

Best Quality Dental Centers celebrou reunião em Lisboa

Pedro Badanelli é o novo Business Development Manager da PROCOVEN, multinacional espanhola dedicada à prótese dentária. O novo dirigente inicia esta nova etapa oferecendo a sua vasta experiência na direção e desenvolvimento de negócio em diferentes setores: odontológico, retail, serviços, segurador, etc. Todo este trajeto deu-lhe uma visão global do universo das empresas, com um enfoque internacional depois de ter desenvolvido a sua carreira profissional em vários países. A PROCOVEN considera a contratação de Pedro Badanelli um importante valor acrescentado para a expansão internacional da empresa.

Nos passados dias 24 e 25 de junho, decorreu no Instituto de Implantologia, em Lisboa, uma reunião do grupo Best Quality Dental Centers (BQDC) centrada na gestão de clínicas dentárias e nas novas tecnologias digitais em saúde oral. Várias dezenas de médicos dentistas marcaram presença neste encontro, que contou com o patrocínio da Straumann. O BQDC é um grupo de clínicas dentárias que se juntaram para oferecer o melhor tratamento e cuidados de qualidade aos seus pacientes.

(0034) 916 407 410 - www.grupoprocoven.com

214 229 170 - www.straumann.pt

Clínica Médica Dentária

VENDE-SE 90.000,00€

em Queluz (acesso IC 19, A5, próximo BVQ, PSP, CP, Centro de Saúde, Hospital Amadora/Sintra). Devidamente licenciada para funcionamento pela ERS, Câmara Municipal e DGS no âmbito da proteção radiológica. Piso térreo, dois WC’s (um deles adaptado a pessoas com mobilidade reduzida). Contacto: 964 049 530.

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Montellano disponibiliza catálogo geral de 2016

O novo catálogo já está disponível no site da empresa.

A Montellano lançou no mercado português, no passado dia 1 de maio, o seu catálogo geral de 2016. Trata-se de uma das publicações do género mais completas nas áreas da Medicina Dentária e da estomatologia, com todas as novidades e os produtos inovadores que a Montellano selecionou para os profissionais do setor. O novo catálogo está disponível (para descarga ou pedido gratuito) no site da empresa. 808 300 240 - www.montellano.pt


Bien-Air participou em congresso espanhol

Aplicação BTI já supera as 1.000 descargas

A Bien-Air marcou presença no encontro anual da Sociedade Espanhola de Periodontia (SEPA), que se realizou no passado mês de maio em Valência (Espanha). A empresa apresentou aos congressistas e fabricantes de implantes que assistiram à reunião os seus motores de cirurgia e imEquipa comercial da Bien-Air Espanha. plantes Chiropro L e iChiropro. O software do iChiropro atualizou-se para ampliar as sequências de marcas de implantes pré-instaladas, bem como a compatibilidade com o programa de planificação de implantologia e cirurgia guiada coDiagnostiX.

O Biotechnology Institute (BTI), fiel à sua aposta nas novas tecnologias e inovação, alcançou mais de 1.000 descargas da sua aplicação em dispositivos móveis e tablets em pouco mais de seis meses. Tal como foi apresentada na última edição do BTI Aplicação BTI disponibiliza as últimas Day, esta aplicação está disponível para tablets novidades da empresa. nas plataformas Android e iOS, permitindo o acesso a uma seleção de artigos altamente especializados que abordam diversos temas científico-clínicos de grande interesse para o profissional do setor dentário. Além disso, a app BTI oferece as últimas novidades da empresa, a sua oferta formativa e outra série de serviços, tudo isto em várias línguas e em formato digital.

(0034) 934 253 040 (ext. 1) - comercial@bienair.com

www.bti-biotechnologyinstitute.pt

Divulgados os vencedores do IPS e.max Smile Award

KLOCKNER renova equipa de diretores

Coincidindo com o terceiro simpósio internacional da Ivoclar Vivadent, que decorreu em Madrid (Espanha) no passado mês de junho, realizou-se a cerimónia de entrega dos prémios do concurso IPS e.max Smile Award 2016. Este concurso internacional foi criado Os vencedores asiáticos do concurso Michiro para encontrar o melhor caso dentário realiManaka (esquerda) e Tetsuya Uchiyama. zado com o sistema cerâmico IPS e.max. Na cerimónia foram galardoados com o primeiro prémio as equipas finalistas compostas por Tetsuya Uchiyama e Michiro Manaka (Japão); Petra Gierthmühlen e Udo Plaster (Alemanha), e Luis R. Sánchez Rámirez e Alen Alic (Estados Unidos). O painel de jurados do concurso mostrou-se impressionado pela alta qualidade dos trabalhos apresentados.

A KLOCKNER anuncia a incorporação de Xavier Carro, como novo diretor comercial, e Jaime Lucea, na qualidade de diretor de marketing. A empresa realizou estas nomeações com o objetivo de impulsionar o desenvolviA partir da esquerda, Xavier Carro mento da marca nos canais digitais, dinamizar e Jaime Lucea. e profissionalizar o atendimento comercial que presta aos profissionais e iniciar uma nova etapa em que incorporará novos produtos e serviços no seu portfólio, para gerar ainda mais valor ao mercado, oferecendo soluções integrais ao setor dentário que se revela cada dia mais competitivo. A KLOCKNER reforça assim as suas bases para um futuro cheio de novos objetivos e propostas.

(0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.es

222 026 087 - comercial@klockner.pt

Dentaleader associa-se às jornadas de Coimbra A Dentaleader participou na 25ª reunião anual de Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra, realizada no Centro de Eventos Bissaya Barreto e na Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. A empresa colaborou nestas jornadas mediante a organização do curso pré-congresso de suporte básico de vida pediátrico, ministrado pelos conferencistas Miguel Félix, Patrícia Vaz Silva e Fernando Marques, com o objetivo de preparar os profissionais de saúde que lidam com crianças para reconhecer e lidar com situações de risco das funções vitais básicas (via aérea permeável, respiração e circulação). Durante o curso transmitiram-se os conhecimentos para reconhecer uma criança gravemente doente ou em paragem cardiorrespiratória e permitir o treino de suporte básico, incluindo a utilização de desfibrilhação automática externa (DAE). 800 203 976 - www.dentaleader.com

Página empresarial

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ALUGA-SE

Clínica dentária na Maia

As instalações da clínica localizam-se na Rua Fernando Pessoa, nº 277, Maia (área metropolitana do Porto). Contacto através do telemóvel:

938 424 475

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