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Especial Implantes

Ciência e atualidade do setor dentário • ano VII • no 41 • julho-agosto 2012

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MAXILLARIS Atualidade científica, profissional e industrial do setor dentário. Ano VII, nº 41, julho-agosto 12

Índice de anunciantes Avinent. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 4

Ledosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

Bien-Air . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3 e 7 4

MD Formação . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 5

Bredent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 7 BTI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1 e 6 5 Casa Schmidt Portugal . . . . . . . . . . . 3 3

Megagen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1 Neodent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 9 OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1 e 5 3

Ceodont . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 9 Procoven . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1 Dürr Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Eckermann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3 Universidade de Lisboa . . . . . . . . . . . 1 5

Simesp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1 SIN Sistema de Implante . . . . . . . . . 3 1

GT-Medical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Sinusmax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 5

Instituto Casan. . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 6

Sysdentrix . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1

Laboratórios Inibsa . . . . . . . . . . . . . . . 5

Universidade de Sevilha . . . . . . . . . . 4 5

Encartes:

Clínica de Santo António da Marinha Grande

Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.

Comissão Científica: Jaimes Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Carlos Falcão. Gil Alcoforado. José Pedro Figueiredo. Manuel Neves. Ricardo Faria e Almeida. Susana Noronha. R E D A Ç Ã O: Av. Almirante Reis, 18, 3º Dto. Rtg. 1150-017 Lisboa. Tel./Fax: 218 874 085.

ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 de 9/6 art 12º nº 1ª

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• Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito de CYAN EDITORES.

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Sumário Crónica de julho 6

Congresso de implantologia reúne em Lisboa ex-alunos da Universidade de Nova Iorque.

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OMD entrega ao Governo dossier sobre a Medicina Dentária.

Ponto de vista

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Susana Noronha: “A propósito do tratamento reabilitado com recurso a implantes”.

Falamos com...

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Helena Francisco, co-coordenadora da pós-graduação de implantologia na FMDUL: “Recurso a células estaminais pode colocar a implantologia em risco”.

24

Isabel Poiares Baptista, presidente da Comissão Organizadora da reunião anual da SPPI: “Queremos apostar no envolvimento de colegas mais jovens”.

Tópicos de cirurgia oral 28

Jaime Guimarães: “Colocação de implantes dentários em doentes que fazem tratamento com bifosfonatos”.

Ciência e prática 36

Daniel Alves: “Manipulação de tecidos duros e moles para reabilitação fixa sobre implantes”.

48

Nuno Braz de Oliveira: “Displasia ectodérmica hipohidrótica: relato de um caso clínico”.

58

Eduardo Anitua Aldecoa: “Implantes curtos e extracurtos (sobrevivência e sucesso do tratamento)”.

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Cadernos formativos

André Macedo: “Colocação de implantes no doente com osteoporose”.

Calendário de cursos

Agenda de cursos para os profissionais.

Congressos e reuniões

Calendário de congressos, simpósios, reuniões, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

Novidades da indústria Produtos e equipamentos.

Página empresarial Notícias de empresas.

Breves

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Oferta e pedidos de emprego, produtos e imóveis.

CYAN EDITORES – MAXILLARIS – Administradores: Marisol Martín. José Antonio Moyano. Diretor: Miguel Ángel Cañizares. Subdiretor: Julián Delgado. Redação: María Santos.

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Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. Diretora Comercial: Verónica Chichón. Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. Serviços Administrativos: Marta Esquinas. REDAÇÃO ESPANHA C/ Clara del Rey, 30 bajo. E-28002 Madrid. Tel.: (0034) 917 255 245. E-mail: maxillaris@maxillaris.com

Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena, Blas Noguerol Rodríguez, Emilio Serena Rincón, Germán Esparza Gómez, Héctor Tafalla Pastor, Jaime Jiménez García, Jaume Janer Suñé, Luis Calatrava Larragán, Manuel Cueto Suárez, Rafael Martín-Granizo López, Juan López Palafox, Ramón Palomero Rodríguez.


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Crónica de julho Congresso de implantologia junta em Lisboa ex-alunos da Universidade de Nova Iorque

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auditório Professor Doutor Armando Simões dos Santos da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa acolheu, nos dias 1 e 2 do passado mês de junho, o 4º Congresso Internacional de Atualidades em Implantologia, uma iniciativa acreditada pela Ordem dos Médicos Dentistas que conta com a colaboração ativa da Universidade de Nova Iorque (College of Dentistry). Esta edição do congresso, dedicada à temática “Desafios interdisciplinares e opções de tratamento em implantologia”, contou com as intervenções de cerca de duas dezenas de profissionais nacionais e estrangeiros, incluindo quatro convidados especiais: os norte-americanos George Romanos e Michael Sonnick, o espanhol August Bruguera e o português João Caramês. Este último foi também o responsável pela organização deste evento, que se assume como um espaço privilegiado de partilha de conhecimento e de intercâmbio científico e académico, o que justifica a inclusão no programa de uma série de cursos teórico-práticos para todos os profissionais de saúde oral. Em declarações à MAXILLARIS, João Caramês congratulou-se pelo facto de este ano a organização ter tido “a oportunidade de contar com oradores de alta qualidade que nos trouxeram muitas novidades sobre a implantologia”, destacando, por outro lado, a realização em simultâneo do inédito encontro de ex-alunos da Universidade de Nova Iorque. Pela primeira vez em Portugal, cerca de 60 profissionais nacionais e estrangeiros, nomeadamente espanhóis, italianos e franceses, “puderam assistir ao nosso programa num contexto que visou reunir e reviver um pouco os momentos passados em Nova Iorque”. João Caramês sublinha a alta qualidade dos ex-alunos e dos trabalhos por eles apresentados, que mostram “o grande nível da formação e do ensino de pós-graduação da Universidade de Nova Iorque, bem como a projeção internacional que esses antigos estudantes conseguem ter nos dias de hoje”. A Universidade de Nova Iorque é a mais internacional das escolas de Medicina Dentária de todo o mundo, contando com 1.600 estudantes de mais de 40 países. Cerca de 800 ex-alunos desta instituição de ensino superior são hoje formadores em pelo menos 60 países. “A nossa missão é abrir ao mundo o universo da medicina dentária e todos os estudantes são bem-vindos”, sublinha a esta revista o representante da universidade nova-iorquina Kendall Beacham.

João Caramês durante a sessão solene de abertura do congresso de Lisboa.

Portugal é um dos 18 países com os quais o College of Dentistry colabora todos os anos através de programas como este. “A ideia é partilhar o nosso conhecimento e providenciar a informação mais atual aos futuros profissionais do setor, tentando identificar as áreas onde há maior necessidade, particularmente no campo da implantologia, que é realmente o tema mais importante em Medicina Dentária nos dias de hoje”, refere Kendall Beacham, recordando que esta vertente “surgiu nos últimos 25 anos, ou seja, é um tema relativamente recente, o que significa que é um objetivo importante na formação dos nossos alunos”. Além de trazer a Portugal oradores de renome, a Universidade de Nova Iorque conta também com a presença regular de estudantes portugueses em workshops e outras iniciativas que decorrem nas suas instalações. Kendall Beacham observa que “os estudantes e profissionais que participam nos nossos congressos são, normalmente, progressivos e mostram um grande interesse na informação mais atualizada, para aplicarem à sua prática privada novas técnicas e novos materiais”. Este professor norte-americano conclui que os médicos dentistas em Portugal “têm um nível bastante elevado de conhecimento e aptidões, e estão sempre interessados em atualizar os seus conhecimentos”. Kendall Beacham, representante da Universidade de Nova Iorque.

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Crónica de julho

Portugal esteve representado por 91 congressistas

Europerio 7 reúne em Viena cerca de 8.000 profissionais

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uroperio, o congresso de referência na Europa sobre periodontia, realizou a sua sétima edição entre os dias 6 e 9 de junho em Viena (Áustria). A organização deste encontro esteve a cargo da European Federation of Periodontology (EFP), que nomeou Gernot Wimmer como presidente da comissão organizadora. O congresso destacou-se pela alta participação, já que o recinto de feiras de Messe Wien registou a entrada de mais de 7.800 congressistas. Quanto à presença portuguesa nesta reunião, também se saldou por um elevado número de assistentes: a delegação era composta por quase uma centena de profissionais, na sua grande maioria membros da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI), que atualmente é presidida pelo médico dentista Ricardo Faria e Almeida. Também foi notável o número de comunicações apresentadas em Viena: 1.200. O contributo científico da comitiva nacional foi o mais significativo de sempre numa edição do Europério, tendo em consideração que os profissionais portugueses apresentaram 20 comunicações orais. No contexto clínico, o congresso contou com grandes novidades. A primeira delas foi uma sessão de vídeo em 3D através da qual se abordou a regeneração periodontal e óssea. Esta exposição foi acompanhada pelas conferências “The surgical approach to intrabony defects: from flap design to suturing techniques”, da autoria de Pierpaolo Cortellini, e “Maxillary sinus elevation and guided surgery: from 3D planning to step by step surgical phase”, a cargo de Tiziano Testori. Outra novidade deste certame foi a possibilidade dada aos utilizadores de smartphones de descarregarem, de forma gratuita, a aplicação Europerio 7 Conference App, através da qual podiam consultar toda a informação referente ao congresso. Também foi colocado à disposição dos congressistas um dossier industrial, ao qual se pode aderir pela via on line.

A comitiva portuguesa, na sua maioria membros da SPPI, foi responsável pela apresentação de cerca de uma vintena de trabalhos.

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OMD entrega ao Governo dossier sobre a Medicina Dentária

secretário de Estado para o Ensino Superior, João Filipe Queiró, recebeu da Ordem dos Médicos Dentistas um dossier com a situação da Medicina Dentária em Portugal, onde se destaca o excesso de formação de médicos dentistas. O bastonário Orlando Monteiro da Silva apresentou ao governante duas propostas: a racionalização na formação dos recursos humanos (diminuição da formação do número de médicos dentistas) e a implementação de um estágio profissional (internato clínico remunerado). Os documentos foram entregues durante a palestra "Estado da Medicina Dentária em Portugal", que decorreu no passado dia 30 de maio, em Coimbra, sob a organização do Núcleo de Estudantes de Medicina Dentária da Associação Académica de Coimbra. A moderação da palestra esteve a cargo de José Pedro Figueiredo, diretor clínico do Centro Hospitalar e Universidade de Coimbra e subdiretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Na ocasião, o secretário de Estado admitiu que o panorama da Medicina Dentária “levanta questões de especificidade”, em particular em comparação com a medicina. “É uma formação muito cara, das mais caras do universo português. Os elevados custos começam, desde logo, nas instalações necessárias”. João Filipe Queiró destacou que a Medicina Dentária caracteriza-se por uma forte presença privada. "O exercício autónomo da profissão pode ser exercido logo após a formação. Aqui a situação é diferente dos médicos, e também não é assim noutras profissões, como os advogados". O secretário de Estado para o Ensino Superior, que mostrou disponibilidade para reunir com o Ministério da Saúde e discutir a necessidade de rever o processo de Bolonha, explicou que o Estado “só tem total poder regulatório sobre as instituições de ensino públicas, através da definição anual dos numerus clausus, enquanto as instituições privadas têm de cumprir um conjunto de requisitos para justificar a sua proposta para esse número, os quais o Ministério confirma e valida”. A proposta elaborada pela OMD visa alterar a situação atual que permite o exercício da profissão imediatamente

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após a conclusão do mestrado integrado (cinco anos), ao contrário do que se passa, por exemplo, nos cursos de Medicina e de Direito e à semelhança do que acontece com a Medicina Dentária na maioria dos países europeus. A atual situação é consequência da adopção das regras de Bolonha que acabaram com o sexto ano do curso de Medicina Dentária. O bastonário revela que a proposta entregue ao Executivo “reflete o crescente consenso dentro da profissão e das faculdades de Medicina Dentária de que a formação deve ser alargada” e, por isso, propõe a criação de um estágio clínico profissional, remunerado, “com carácter de internato, que poderá permitir um período profissionalizante de acesso ao mercado, através de formação acompanhada e de contacto direto com pacientes”. O documento foi O documento apresentado entregue durante ao Governo revela ainda uma palestra dados atualizados sobre os em Coimbra. profissionais a exercer em Portugal. Na Ordem estão registados 7.419 médicos dentistas de 33 nacionalidades, sendo que quase metade destes está concentrada nos distritos de Lisboa e do Porto. Há 20 anos, estavam registados na OMD 761 profissionais. Orlando Monteiro da Silva refere que, pelas previsões da Ordem, “este número vai aumentar ainda mais”, podendo chegar aos 11 mil e 500 médicos dentistas, dentro de quatro anos. “É um número que nos deve fazer refletir porque demonstra a necessidade de racionalizar os recursos humanos nesta área”. Há cerca 2.900 alunos nas várias licenciaturas de Medicina Dentária. A média etária dos profissionais não ultrapassa os 38 anos, o que quer dizer que há mais médicos dentistas a entrar no mercado de trabalho do que a sair. “E é preciso ter em consideração que ainda há muitos médicos dentistas estrangeiros a pedir equivalências para poderem trabalhar em Portugal”, alerta o bastonário. A OMD teme que a situação de muitos profissionais possa agravar-se, “porque quando a economia contrai, o mal vem ao de cima e o desemprego nesta profissão não é um desemprego como em qualquer outra área. É um subemprego precário e envergonhado, o que é algo muito difícil de aceitar socialmente”, conclui Orlando Monteiro da Silva.


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Crónica de julho Jornadas da FMDUL reforçam componente formativa

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erca de 600 estudantes e várias dezenas de oradores nacionais e estrangeiros estiveram envolvidos nas XXVI Jornadas de Medicina Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL), que se realizaram nos dias 17 e 18 de maio passado. Durante dois dias de intenso programa científico, os participantes tiveram oportunidade de aprofundar as últimas técnicas e protocolos em diferentes áreas da Medicina Dentária (implantologia, periodontia, endodontia, ortodontia e dentisteria, entre outras), bem como nos domínios da prótese dentária, higiene oral e dos assistentes dentários. O reforço da componente formativa foi uma das novidades das jornadas da FMDUL, que contemplaram a realização de uma série de cursos teórico-práticos sobre vários temas da saúde oral. “Este ano a grande aposta foi nos cursos. Tivemos um dos dias praticamente todo preenchido com cursos para alunos, higienistas, assistentes dentários e protésicos”, referiu à MAXILLARIS João Aquino, diretor da faculdade. A pesar da difícil situação económica que o país atravessa, João Aquino constata que, em termos de organização e dos trabalhos apresentados, “não há qualquer ressentimento da crise”. A organização tem conseguido manter “uma boa produção e o mesmo patamar de qualidade ao nível dos oradores convidados”. Os únicos efeitos da crise estão talvez associados à “disponibilidade das empresas em aderir à exposição comercial”, que registou este ano uma ligeira quebra. “Felizmente, de uma maneira geral, a crise não se nota nas jornadas”, sublinha o diretor da faculdade, sem deixar de reconhecer que os estudantes de Medicina Dentária devem estar preparados para um cenário de dificuldades. “Evidentemente que, com o evo-

João Aquino, diretor da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa.

António Moacho, presidente da comissão organizadora das Jornadas de Medicina Oral.

luir da situação em Portugal, vai ser cada vez mais difícil entrar no mercado de trabalho”. Numa mensagem de incentivo aos estudantes, João Aquino defende a aposta na formação como forma de aumentar as possibilidades de colocação. “A saída dos futuros médicos dentistas passa por terem uma boa base científica e inclusivamente cultural. É isso que vai fazer a diferença”, conclui. António Moacho, presidente da comissão organizadora, destaca o facto das jornadas terem ultrapassado as 600 inscrições. “Julgo que é um bom número, tendo em consideração a situação de crise que se vive”. António Moacho considera que a forte componente prática do programa “foi uma mais valia que atraiu muitas pessoas”. Adianta ainda que a organização procurou que as conferências tivessem uma forte componente de video. “As reações foram positivas. Julgo que é uma medida para manter nos próximos congressos”.

MAXILLARIS atribui prémio ao melhor póster científico das jornadas A MAXILLARIS foi um dos patrocinadores do prémio ao melhor póster científico das XXVI Jornadas de Medicina Oral da FMDUL. Entre a dezena de trabalhos que foram apresentados a concurso, o prémio acabou por recair num estudo da área da ortodontia, intitulado “Efeito do tempo de polimerização na resistência adesiva de brackets ortodônticos com fotopolimerizador LED de elevada intensidade”. O póster foi levado a cabo conjuntamente por Patrícia Gomes, Jaime Portugal e Luís Jardim, todos ligados à Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. Esta revista ofereceu aos autores do trabalho vencedor exemplares da nossa biblioteca multimédia, que consiste em três DVD de periodontia, implantologia e cirurgia oral. A biblioteca multimédia da MAXILLARIS foi entregue a Jaime Portugal, um dos autores do póster vencedor.

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Crónica de julho Projeto CASO assinala terceiro aniversário

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o passado dia 15 de junho, a associação Mundo a Sorrir (MAS) assinalou o terceiro aniversário do Centro de Apoio à Saúde Oral (projeto CASO) numa cerimónia que reuniu, no auditório do Hospital Conde Ferreira, Isabel Jonet, da organização Entrajuda, António Tavares, provedor da Santa Casa de Misericórdia do Porto, Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Guilhermina Rego, vereadora do Conhecimento e da Coesão Social da Câmara Municipal do Porto, e Miguel Pavão, presidente da MAS. O tema em debate foi a “Assistência dentária a populações desfavorecidas e a intervenção do Estado”. Na sua intervenção, e no âmbito do tema em análise, Miguel Pavão referiu que o importante é “tornar os ciclos viciosos em ciclos virtuosos”. As intervenções foram unânimes no enaltecimento do projeto CASO. Guilhermina Rego afirmou que a Câmara Municipal do Porto já reconheceu publicamente que esta iniciativa da MAS “é, efetivamente, um projeto de inovação social”. Já o bastonário Orlando Monteiro da Silva defendeu que se trata de um “projeto de mérito para o qual todos devemos sorrir”. Isabel Jonet, em representação da Entrajuda, referiuse ao protocolo assinado com a Mundo a Sorrir no âmbito do projeto “Dr. Risadas”. “Não é preciso fazer mega rastreios, temos é que andar no terreno”, sublinhou. No final das intervenções foram entregues diplomas aos médicos dentistas voluntários no projeto CASO. Seguiu-se uma visita às instalações do centro. O projeto CASO foi implementado em 2009 e, desde essa altura, já acompanhou e tratou milhares de crianças carenciadas. No total, foram realizadas 3.783 consultas. Com este projecto, a MAS recebeu, em 2010, o Prémio Cidadania e foi destacada pelo Presidente da República

A contar da esquerda, Orlando Monteiro da Silva, Guilhermina Rego, Miguel Pavão, António Tavares e Isabel Jonet.

como ONG de Boas Práticas. O projeto está, desde final de 2010, cotado na Bolsa de Valores Sociais (BVS) e foi distinguido, em outubro de 2011, pela Clínica da Educação no âmbito do projecto “Sorrir na Educação”, que pretende destacar e reconhecer, anualmente, o mérito de causas, instituições ou projetos que se destaquem pela excelência no desempenho das suas funções na Educação. O projeto CASO é dirigido a crianças, idosos, grávidas e populações especiais e recebe utentes encaminhados de diversas instituições. Nas consultas, para além dos diferentes tratamentos como restaurações, exodontias, próteses, etc., são também oferecidos aos utentes kits que incluem escovas e pastas dentífricas.

Turma do Bem realiza rastreio no Algarve

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organização não governamental Turma do Bem, cujo principal projeto é o Dentista do Bem, continua a espalhar sorrisos de norte a sul de Portugal. A última cidade a receber o projeto foi Albufeira, onde esta organização efetuou, no passado dia 29 de junho, um rastreio de saúde oral a jovens estudantes integrados no Projeto XKolhaXKola (Escolhe a Escola), implementado na freguesia de Ferreiras, que promove a inclusão na comunidade das pessoas em desfavorecimento social. A triagem na cidade algarvia abrangeu jovens com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos. Os jovens selecionados foram encaminhados para os consultórios dos Dentistas do Bem de Albufeira, onde serão acompanhados por estes profissionais, gratuitamente, até completarem 18 anos. A triagem envolveu jovens com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos.

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Crónica de julho Investigação coloca em dúvida a relação da periodontite com as doenças cardiovasculares

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egundo um estudo elaborado por cientistas do Carolinas Medical Center, na Carolina do Norte (EUA), a doença periodontal não aumenta o risco de sofrer problemas cardíacos. Esta instituição levou a cabo um estudo em que se recolhe a informação de 500 trabalhos realizados sobre este tema. Os resultados, publicados na revista Circulation, indicam que não se encontraram provas de que a infeção das gengivas afete a saúde do coração. Tal como afirmam os investigadores, “a limpeza oral é muito importante para a saúde geral de uma pessoa, mas não se encontraram provas de que a infeção das gengivas afete a saúde do coração”. Na opinião dos autores do estudo, “os dados disponíveis não indicam, por exemplo, que a escovagem dos dentes, o uso regular do fio dentário ou o tratamento da periodontite possa reduzir a incidência de arteroesclerose”. Reconhecem, contudo, que tanto a doença periodontal como as patologias cardiovasculares produzem compostos que causam inflamação, como a proteína C reativa. Ambos os transtornos têm também fatores de risco comuns, tais como o hábito de fumar, o envelhecimento e a diabetes. "A mensagem que alguns profissionais da saúde estão a divulgar, no sentido de que os infartes e a doença cerebro-vascular estão diretamente vinculados às patologias das gengivas, pode distorcer os factos, alarmar os pacientes e talvez até desviar a atenção na prevenção dos fatores de risco destas doenças", afirma Peter Lockhart, especialista em medicina oral e principal autor do estudo. Não obstante, segundo assinala o referido investigador, “agora será necessário levar a cabo um estudo mais amplo e de mais longo prazo para comprovar se realmente a periodontite causa problemas cardiovasculares”.

Regaliz é possível protetor dos dentes

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uas substâncias que se encontram no regaliz são capazes de eliminar as bactérias que produzem as doenças das gengivas e a cárie. O cientista suíço Stefan Gafner explicou à publicação Journal of Natural Products que a raíz dissecada de regaliz é um remédio comum na medicina tradicional chinesa, que se emprega para tratar transtornos respiratórios e digestivos. No entanto, até agora não se tinha comprovado cientificamente a sua eficácia antibacteriana. “Dois compostos de regaliz, a licoricidina e a licorisofiavana A, mostraram-se capazes de eliminar duas bactérias que provocam à cárie e uma terceira que prejudica as gengivas; por isso, estas substâncias e o extrato de regaliz poderiam utilizar-se como ingredientes de rebuçados e pastas dentífricas, para tratar e prevenir as infeções orais”, assegura Stefan Gafner.

Novo relatório alerta para os problemas dos piercings

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egundo um estudo publicado recentemente pela revista American Journal of Clinical Dermatology, 20% das pessoas que usam piercings sofre de algum problema de saúde. Apesar de geralmente serem pequenas infeções localizadas, as complicações com estes adornos corporais podem chegar inclusivamente a gerar hepatite. Este relatório põe em evidência que as mucosas são especialmente sensíveis quando recebem um corpo estranho. Os piercings que se colocam na língua são os que mais problemas provocam: podem criar dificuldades quando é necessário entubar um paciente crítico ou causar a rotura de peças dentárias, ao morder o brinco. Por outro lado, os situados nos lábios ou na língua geram, habitualmente, um aumento do nível da placa bacteriana.

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Crónica de julho Estudo indica que radiografias dentárias aumentam probabilidade de padecer de um tumor cerebral

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egundo um estudo publicado na revista norte-americana Cancer, os pacientes que foram submetidos de forma regular a radiografias interproximais têm o dobro das posibilidades de padecer de um cancro cerebral. Esta investigação foi levada a cabo com os dados recolhidos de 1.433 pessoas, às quais foram diagnosticados tumores entre os 20 e os 79 anos. Este trabalho foi dirigido por Elizabeth Claus, que afirma que “o estudo proporciona uma oportunidade ideal para que no âmbito da saúde pública se tome maior consciência sobre o uso dos raios X dentários que, ao contrário de outros fatores de risco, pode ser modificado”. Atualmente, os pacientes dentários estão expostos a níveis de radiação mais baixos que no passado, mas esta investigação insta a que os profissionais de medicina dentária reavaliem quando e porquê se utilizam os raios X. Michael Schulder, chefe adjunto do Departamento de Neurocirurgia do Instituto de Neurociência de Cushing (Oklahoma, EUA), afirma que “a possibilidade de estes tumores aparecerem em pacientes que se submeteram a radiografias bucodentárias anuais continua a ser baixa”. No entanto, acrescenta que os médicos dentistas “devem considerar realizar placas de raios X com menos frequência, a não ser que os sintomas indiquem a necessidade de imagens”. MAXILLARIS, j u l h o 2 0 1 2

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Ponto de vista Susana Noronha

A propósito do tratamento reabilitado com recurso a implantes O

Médica dentista. Professora e investigadora na área de Periodontologia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa.

tratamento reabilitador com rejá que não existe evidência científitífica com décadas de evolução, curso a implantes evoluiu treca sólida que documente a eficácia que documenta o êxito do tratamendamente nos últimos anos de das diversas abordagens terapêutimento periodontal de forma a eviuma área de “tentativa e erro” para cas propostas para os casos de tar ou, pelo menos, retardar a desum campo de tratamento fiável, periimplantite. truição periodontal e a perda dencada vez mais suportado pela evitária. Apesar disso, os tratamentos dência científica. No entanto, ainda periodontais são exigentes, para existe uma limitação importante nos os doentes e para os clínicos, e o conhecimentos que nos permita seu resultado pode não ser conconsiderar objetivamente a avasiderado “ideal”, principalliação do resultado do tratamente pelas possíveis seSerá que não está na hora mento evidence-based. quelas – recessão gengival Com base na literatura e hipersensibilidade – fredos médicos dentistas regressarem às quentes e, em alguns científica disponível, o tratamento com recurso casos, inevitáveis. origens? Há que fazer tudo a implantes apresenta Sendo então possível, uma grande previsibilicom base no conhecipara salvar os dentes e manter dade no que diz respeimento atual, deter efito à osteointegração e cazmente a destruição os doentes sob um controlo adequado, periodontal mas não a ao seu sucesso avaliado pela longevidade dos periimplantária, como poespecialmente os doentes implantes colocados mantiderá ser aceitável extrair dendos em função. tes por terem – devido a um periodontais Apesar disso, podem surgir passado de periodontite – pouco uma série de complicações cirúrgiosso de suporte? cas, protéticas, estéticas e biológiOs implantes não são nem devem cas que comprometem de forma nunca ser utilizados como substitutos irreversível o resultado do trataNos últimos anos temos assistido de dentes e só devem ser uma altermento. As complicações biológicas, a uma tendência crescente no sentinativa para substituir dentes perdidos. em particular as periimplantites do de extrair dentes para colocar Será que não está na hora dos constituem, atualmente, uma verimplantes, principalmente dentes médicos dentistas regressarem às dadeira preocupação não só pelo com periodontite, com o objetivo origens? Há que fazer tudo o que aumento exponencial de prevalênde melhorar ou facilitar o resultado seja possível para salvar os dentes e cia como também pelas limitações final da reabilitação. Mas, ao contrámanter os doentes sob um controlo existentes no conhecimento relatirio do que se verifica nos casos de adequado, especialmente os doenvo à sua prevenção e tratamento, periimplantite, existe evidência cientes periodontais.

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Helena Francisco,

Co-coordenadora da pós-graduação de implantologia na FMDUL

Helena Francisco partilha (com João Caramês) a coordenação da primeira pós-graduação de Implantologia na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. Em entrevista à MAXILLARIS, a docente universitária – pós-graduada em implantologia e periodontologia pela Universidade de Nova Iorque – reflete sobre a atualidade implantológica nas mais diversas facetas. No plano da investigação, Helena Francisco considera que a aplicação das células estaminais “não passa apenas pela implantologia”. A periodontologia e a endodontia são outras áreas da profissão que vão ser “alvo de uma revolução”. Quanto ao ensino, sustenta que a inevitável criação da especialidade de implantologia “será um passo decisivo” para que a Medicina Dentária portuguesa “alcance a sua plena maturidade”.

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Recurso a células estaminais poderá colocar a implantologia em risco

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M AXILLARIS. Tendo em vista a crescente evolução em termos de osteointegração e da investigação em áreas como a genética e a biologia molecular, que futuros cenários se podem antever no contexto dos implantes dentários? H e l e n a F r a n c i s c o . A engenharia genética tem vindo a emergir com alternativas estratégicas para a regeneração óssea, com a produção artificial de proteínas recombinantes. Por outro lado, o advento da biologia molecular em particular da tecnologia do DNA, aumentou a compreensão das moléculas que induzem a formação e crescimento ósseo. O desenvolvimento das BMPs (Bone Morphogenetic Proteins), aprovado pela FDA desde 2007, tem tido um papel importante na regeneração óssea. Atualmente, as BMPs estão a ser também utilizadas no revestimento de implantes dentários de forma a acelerar o processo de osteointegração. Outra evolução em termos de osteointegração é o revestimento da superfície dos implantes com células estaminais. No entanto, são necessários mais estudos de forma a comprovar o sucesso da sua aplicação clínica.

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M É legítimo pensar que os novos avanços – nomeada-

mente o recurso a células estaminais –, mais tarde ou mais cedo, irão provocar uma espécie de “revolução” na Medicina Dentária? H e l e n a F r a n c i s c o . Atualmente, as células estaminais estão a ser estudas no tratamentos de várias áreas da Medicina, nomeadamente em doenças como o Parkinson, a diabetes, lesões na medula óssea, entre outras. Sem dúvida que as células estaminais irão revolucionar a Medicina Dentária e a implantologia que conhecemos atualmente. O recurso a células estaminais para substituição de dentes naturais, poderá colocar a implantologia em risco ou então colocá-la como uma segunda opção de tratamento. Este avanço tecnológico poderá também ser muito significativo no tratamento das patologias periimplantares, como a regeneração de tecidos ósseos e gengival. Mas, acima de tudo, as células estaminais poderão ter um papel importante na regeneração e reparação de tecidos em pacientes oncológicos. Presentemente, há imensa investigação nesta área, principalmente na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde em apenas nove semanas conseguem “cultivar” um dente e restabelecer a forma e função num espaço edêntulo. Mas a aplicação das célebres stem cells não passa só pela área da implantologia. Nas diversas áreas da Medicina Dentária, irá haver uma revolução, nomeadamente na periodontologia e na endodontia. Um dado curioso: nos Estados Unidos existem empresas que já armazenam dentes criopreservados.

M A periimplantite é encarada como um dos principais entraves à prática com implantes. Qual é a sua opinião sobre este problema? H e l e n a F r a n c i s c o . A periimplantite não é um mito, é uma realidade e faz parte da prática clínica diária do implantologista. A macrogeometria e a microgeometria do implante assumem assim o papel de mea culpa na progressão da periimplantite. Por um lado, temos as conexões dos implantes e a perda óssea marginal, e, por outro, temos o desenvolvimento de superfícies cada vez mais rugosas, que são apetecíveis do ponto de vista ósseo da osteointegração, mas quando expostas ao meio oral são excelentes nichos ecológicos de proliferação bacteriana, com consequências devastadoras. É de elevada importância também o acompanhamento regular do paciente com implantes por parte de uma equipa diferenciada que englobe o implantologista, o periodontologista, o prostodontista e o higienista oral, de forma a minimizar o risco de periimplantite. M Acha que os atuais critérios científicos em matéria de reabilitação oral são suficientes para dissipar quaisquer dúvidas entre a opção de extrair ou manter os dentes? H e l e n a F r a n c i s c o . Acho que não. Os critérios utilizados para determinar se devemos manter ou extrair um dente, infelizmente, ainda são baseados em empirismo e experiência clínica. A decisão de manter ou extrair determinada peça dentária é das mais difíceis na Medicina Dentária. Nos últimos anos, as elevadas taxas de sobrevivência e de sucesso dos implantes dentários vieram dificultar ainda mais esta decisão. Cada caso é um caso e não há regras universais nem receitas mágicas que possam ser usadas em todos os casos. Muita vezes na tomada de decisão entre extrair ou manter o dente, o que prevalece é a experiência do clínico com uma boa dose de bom senso. É evidente a importância das várias áreas da Medicina Dentária nesta decisão e do planeamento multidisciplinar. Sou da opinião que não há nada como os nossos dentes naturais, daí defender o máximo a sua conservação. No entanto, todos nós sabemos que os implantes dentários são a melhor forma de os substituir com a qualidade e a previsibilidade desejadas.

A decisão de manter ou extrair determinada peça dentária é das mais difíceis na Medicina Dentária

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M Que outras questões considera relevantes no atual contexto da implantologia? H e l e n a F r a n c i s c o . Um dos maiores desafios da implantologia atual tem consistido em preservar e/ou recuperar a anatomia alveolar após a extração dentária. Diversas opções cirúrgicas, incluindo inovadoras técnicas regenerativas, a par de novos desenhos de implantes e biomateriais, têm sido

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Falamos com... propostas pela comunidade científica para reconstruir de forma previsível a anatomia perdida. É impressionante a quantidade e qualidade da evidência científica disponível na literatura atual. A investigação, feita sobretudo no âmbito das universidades, tem dado um importante contributo para esclarecer este e outros temas.

M Que limites deve impor a si próprio o implantologista? H e l e n a F r a n c i s c o . A implantologia é uma das áreas médicas onde se tem verificado uma maior evolução tecnológica. Os novos materiais e técnicas têm permitido tratamentos considerados impensáveis há alguns anos. A par de técnicas regenerativas que permitem, de uma forma inovadora, recuperar ou modificar a anatomia humana, também o tempo e a simplificação dos tratamentos têm vindo ao encontro de expetativas cada vez mais exigentes. A implantologia apresenta elevadas taxas de sucesso, quando realizada por profissionais médicos dentistas com formação científica específica e experiência profissional adequada. A atuação clínica deve assentar em bases cientificamente válidas e comprovadas, evitando a experimentação desnecessária na pessoa humana. O implantologista deve impor a si próprio limites de atuação, de acordo com o seu nível de especialização, respeitando a curva de aprendizagem individual, absolutamente essencial no exercício responsável da implantologia. Se um determinado caso clínico está fora das capacidades do implantologista, este deverá referir o caso a um colega da sua confiança. M No plano do ensino, que requisitos considera fundamentais para a formação de um implantologista? H e l e n a F r a n c i s c o . O ensino da Medicina Dentária em Portugal enfrenta uma conjuntura difícil, fruto das reformas inadiáveis impostas pelo Processo de Bolonha e pela atualização permanente exigida pela constante evolução dos conhecimentos médico-dentários. O elevado número de faculdades existente em Portugal torna crucial a aposta na qualidade pedagógica e científica do ensino. Acredito, no entanto, que o ensino da Medicina Dentária em Portugal se encontra ao nível do que é praticado nas melhores instituições de ensino europeias e mundiais. Em particular, a oferta de formação pós-graduada aumentou consideravelmente nos últimos anos, em quantidade e qualidade. Portugal melhorou muito na oferta de pós-graduações e a formação base dos médicos dentistas portugueses é hoje muito elogiada no estrangeiro, fruto da excelência pedagógica e científica que caracteriza o ensino no nosso país.

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A implantologia, sendo uma área em constante evolução, requer uma formação diferenciada e devidamente qualificada. A previsibilidade dos resultados estéticos e funcionais dos tratamentos exige conhecimentos teóricos fundamentados em adequada evidência científica. Só assim, a introdução de conceitos inovadores pode ser capitalizada a favor do sucesso clínico. O meu conselho para os colegas que pretendam dedicar-se de uma forma honesta à implantologia vai no sentido de uma aprendizagem bem estruturada cientificamente, preferencialmente através da frequência de programas de ensino pós-graduado universitário, em detrimento dos célebres “cursos de hotel em fim-de-semana”, patrocinados essencialmente por marcas comerciais. Perante a necessidade de formação credenciada, tornase essencial que as nossas universidades possam facultar programas de pós-graduação na área de implantologia, assim como a introdução das suas bases no ensino pré-graduado. Só preparando profissionais de uma forma adequada, poderá a implantologia portuguesa prosseguir no seu prestigiado caminho, que tanto tem contribuído para o bem estar da população.

M O reconhecimento da Implantologia enquanto especialidade da Medicina Dentária é um passo inevitável a curto ou médio prazo? Que argumentos justificam a necessidade desse estatuto? H e l e n a F r a n c i s c o . A Medicina compreendeu há muitos anos a necessidade de se organizar em especialidades médicas. Hoje, apesar da grande importância do clínico geral na assistência médica às populações, ninguém duvida sobre a necessidade de consultar um especialista, quando estão em causa áreas médicas diferenciadas. Nas últimas décadas a Medicina Dentária tem vivido uma espantosa evolução, criando a necessidade por parte dos médicos dentistas de aprofundar o conhecimento em muitas e novas áreas do saber. O nível de informação é tal, que se tornou praticamente impossível para o médico dentista generalista um conhecimento alargado em todas as áreas da profissão.

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Portugal melhorou muito na oferta de pós-graduações e a formação base dos médicos dentistas portugueses é hoje muito elogiada no estrangeiro

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Falamos com... PERFIL H e l e n a F r a n c i s c o é licenciada em Medicina Dentária pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz. Frequentou os cursos de pós-graduação em Periodontologia (2005/2006) e Implantologia (2006/2008) em tempo integral no College of Dentistry da Universidade de Nova Iorque (Estados Unidos). Mestre em Medicina Dentária pela Universidade de Lisboa (2008-2009), iniciou em 2010 o doutoramento (ainda por terminar) na Faculdade de Medicina Dentária da mesma universidade (FMDUL), onde exerce, atualmente, as funções de professora assistente convidada e de co-coordenadora da pós-graduação de Implantologia, para além de integrar a Unidade de Investigação em Ciências Orais e Biomédicas. À margem da FMDUL, Helena Francisco coordena o Departamento de Periodontologia e Higiene Oral do Instituto de Implantologia, com sede em Lisboa, e é membro do Young Clinicians Committee da Academia Americana de Osteointegração. No seu currículo consta ainda o prémio de International Student Leadership, que lhe foi atribuído pela Universidade de Nova Iorque. A sua prática privada é dedicada em exclusividade à periodontologia e implantologia.

Compreende-se que a Medicina Dentária, à semelhança da Medicina, também sinta a necessidade de especialização em determinadas áreas médico-dentárias, procurando aprofundar o nível de conhecimento, essencial na criação de competências e habilitando o profissional para um exercício clínico consciente e responsável. Acredito na necessidade de um ensino pós-graduado bem estruturado cientificamente, que permita de forma séria e credível uma diferenciação profissional nas várias especialidades, existentes ou a criar brevemente, e devidamente reconhecidas pela nossa Ordem. Temos de reconhecer o esforço das faculdades portuguesas em desenvolver, nos últimos anos, diferentes programas de especialização, que vão ao encontro da necessidade atual de diferenciação pós-graduada dos nossos médicos dentistas. O curso de especialização em implantologia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa é um exemplo. A implantologia é hoje reconhecidamente uma área de conhecimento tão vasto, que em nada fica atrás de áreas como a ortodontia ou a cirurgia oral, já estabelecidas como especialidades da Medicina Dentária. Pela sua importância e identidade adquirida é inevitável e necessária no futuro próximo a criação da especialidade de implantologia. Cabe à Ordem dos Médicos Dentistas a oportunidade de proceder à implementação efetiva e organizada desta e

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de várias especialidades reconhecidas e a reconhecer. Será certamente um passo decisivo para que a Medicina Dentária portuguesa alcance a sua plena maturidade. Acho que a abertura da implantologia como especialidade só irá credibilizar os médicos dentistas que se dedicam a esta área.

M Que pensa do facto de haver sete faculdades portuguesas a formar médicos dentistas? É um cenário sustentável? H e l e n a F r a n c i s c o . O número de faculdades parece-me claramente excedentário face à relação de procura/oferta por parte do mercado de trabalho. É do conhecimento de toda a classe que o ratio médico dentista-população portuguesa está inflacionado. Atualmente, já conseguimos ver alguns dos efeitos do excesso de profissionais do setor no mercado de trabalho, nomeadamente o desemprego, exploração de recém-licenciados e emigração de médicos dentistas para vários países da comunidade europeia. Como é óbvio, este cenário não é sustentável. A inevitável e necessária redução do numerus clausus no ensino pré-graduado poderá tornar insustentável financeiramente o futuro de algumas faculdades. Penso que, à semelhança de outros países, as faculdades portuguesas deverão fazer um esforço de reconversão, adequando a formação de profissionais às reais necessidades da população, diminuindo a oferta de ensino pré-graduado excedentário e aumentando o ensino pós-graduado ainda deficitário.


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Falamos com... Haverá no futuro faculdades dedicadas em exclusividade à formação pós-graduada para o mercado nacional e internacional. A sua sobrevivência, a médio e longo prazo, está disso dependente.

M À margem da temática dos implantes, como avalia o presente momento da Medicina Dentária portuguesa? H e l e n a F r a n c i s c o . Penso que se vive um período determinante na história da profissão em Portugal por diversos fatores que se conjugam no momento atual. A formação de elevado número de novos profissionais, aliada a uma eventual diminuição da procura pela conjuntura económica nacional e internacional, sobejamente conhecida e noticiada, leva a que o mercado procure soluções não raras vezes desesperadas e insustentáveis a curto/médio prazo. São disso exemplo os inúmeros atos médicos, supostamente gratuitos e/ou subvalorizados, divulgados e praticados um pouco por todo o país. Estes, surgindo muitas vezes associados a grupos de clínicas ou a seguradoras cuja gestão não passa direta nem indiretamente pelo médico prestador do serviço (convenientemente apelidado de “mau gestor”), ignoram o valor do ato – leia-se cuidado de saúde prestado – numa busca cega pelo resultado económico final. Não percebo, do ponto de vista das seguradoras, porque é que a Medicina

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Dentária é tratada como filho ilegítimo e não recebe o mesmo tratamento que recebem outras áreas de especialidade da Medicina. Acredito que este sistema de “bons gestores” que têm procurado implementar na Medicina Dentária, cavará um fosso entre uma prática economicista e industrializada e uma outra verdadeiramente médica, com as desvantagens económicas que, por vezes, implica na obtenção de um resultado final satisfatório para médico e paciente – princípio que nunca deixará de nortear a profissão.

M Partilha da opinião que o futuro da profissão passa pelo tratamento multidisciplinar? H e l e n a F r a n c i s c o . Sem dúvida. Acho que não podemos ser bons em tudo. Hoje em dia, produz-se ciência a uma velocidade verdadeiramente impossível de acompanhar pelo profissional generalista, seja em Medicina Dentária ou em qualquer outra área científica. Temos pois a incontornável necessidade de aprofundar e centrar a nossa atividade em áreas cada vez mais específicas, não ignorando a visão integrada do tratamento e sem esquecer o doente como um todo. O trabalho em equipa multidisciplinar favorece todos os elementos, mas acima de tudo beneficia o doente pela excelência e qualidade dos tratamentos.

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O implantologista deve impor a si próprio limites de atuação, de acordo com o seu nível de especialização, respeitando a curva de aprendizagem individual

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Presidente da Comissão Organizadora da reunião anual da SPPI

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Queremos apostar no envolvimento de colegas mais jovens

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Falamos com... A próxima reunião anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI) está agendada para outubro, em data por confirmar. Coimbra é a cidade anfitriã do encontro, que pretende estimular a periodontologia nacional e reforçar o envolvimento dos profissionais mais jovens. Isabel Poiares Baptista, presidente da Comissão Organizadora da reunião, adianta à MAXILLARIS os detalhes provisórios do programa, destacando a apresentação de técnicas avançadas de regeneração óssea e o tratamento das periimplantites. M AXILLARIS. Quais são os principais contornos da próxima reunião anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes? I s a b e l P o i a r e s B a p t i s t a . Esta será a primeira reunião anual organizada pela nova direção, no último trimestre do ano, na zona centro, estando ainda a decorrer os acertos finais. Em ano em que decorre a grande reunião europeia, ou mesmo mundial, da periodontologia (Europerio 7), será mais uma organização com o objetivo de estimular a periodontologia portuguesa. M Que programa científico está delineado para o encontro deste ano e quem são os protagonistas das conferências? I s a b e l P o i a r e s B a p t i s t a . O programa terá uma componente de conferências tanto de periodontologia como de implantologia. Vai ser também possibilitada a apresentação de casos clínicos e trabalhos de investigação, de modo a partilhar experiências. M Tendo em mente a atualidade no domínio da implantologia, que tema merece particular destaque, ou poderá despertar maior interesse, ao abrigo do programa da reunião? I s a b e l P o i a r e s B a p t i s t a . Na área da implantologia, penso que o tema de mais interesse terá a ver com a apresentação de técnicas avançadas de regeneração óssea, assim como do tratamento das periimplantites. M Que outras novidades ou iniciativas estão previstas? I s a b e l P o i a r e s B a p t i s t a . Poderemos contar igualmente com workshops práticos. M Em tempos de crise, quais são as expetativas quanto ao número de participantes? I s a b e l P o i a r e s B a p t i s t a . Tendo uma visão realista da situação atual do país, e tendo em consideração a realiza-

ção, também no último trimestre do ano, dos dois grandes congressos nacionais, apontamos para a participação de cerca de uma centena de pessoas.

M Que mensagem espera a SPPI ter conseguido transmitir aos congressistas, no rescaldo da reunião de 2012? I s a b e l P o i a r e s B a p t i s t a . Que a periodontologia portuguesa está cada vez mais forte, tanto em número como em qualidade científica. Por outro lado, queremos apostar no envolvimento de colegas mais jovens. M À margem do encontro de Coimbra, que passos estão a ser dados, a nível nacional e internacional, para reforçar o papel da SPPI na promoção e divulgação desta importante vertente da Medicina Dentária? I s a b e l P o i a r e s B a p t i s t a . A nível internacional, temos como exemplo o trabalho desenvolvido pela Federação Europeia de Periodontologia, no âmbito da organização do Europerio 7, um dos maiores congressos alguma vez realizados nesta especialidade. É de salientar a forte participação da comitiva portuguesa, com a apresentação de cerca de uma vintena de trabalhos. A nível nacional, estamos a levar a cabo um conjunto de iniciativas com o objetivo de divulgar e descentralizar as atividades científicas patrocinadas pela nossa sociedade científica. No contexto da aposta forte no sentido de angariar a população mais jovem de médicos dentistas, temos levado a cabo uma série de conferências sob a denominação “SPPI Jovem”, realizadas em diversas faculdades de Medicina Dentária, com o apoio dos núcleos de estudantes. Além disso, temos vindo a realizar uma série de conferências nas três cidades mais importantes do país, contando com o patrocínio comercial de empresas ligadas à área. A próxima realizar-se-á em Coimbra, a 14 de setembro, e depois no Porto, a 15 de novembro. É de salientar o estabelecimento de protocolos de colaboração entre a SPPI e algumas sociedades científicas de outras especialidades médicas, como as da hipertensão, diabetologia e obstetrícia e medicina materno-fetal.

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A mensagem que queremos transmitir aos participantes é a de que a periodontologia portuguesa está cada vez mais forte, tanto em número como em qualidade científica

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ENVIE JÁ O SEU ARTIGO CIENTÍFICO Regras de publicação: • Os artigos não podem ter sido editados em outra publicação. • O texto deve ser enviado em formato word (CD ou correio eletrónico). • O conteúdo não deve ser publicitário (não admitimos comparações entre produtos nem trabalhos destinados a exaltar as características de marcas comerciais), ainda que possam constar nomes de produtos ou aparelhos utilizados no decorrer do trabalho. • O artigo deve estar estruturado, no mínimo, em: introdução, desenvolvimento, conclusões e bibliografia. • A bibliografia deverá ser organizada respeitando a ordem em que for apresentada no texto (quando a ela se faça referência) ou por ordem alfabética, e indicada da seguinte maneira: Silverman E, Cohen M: The Twenty minute full strip up. J Clin Orthod. 1976; 10: 764. • Fotografias em formato jpg ou tif, escaneadas a 250/300 pixéis por polegada, com dimensões mínimas de 9 cm de largura. Caso não seja possível, poderão enviar-se os originais para ser escaneados na nossa redação. • Foto do primeiro autor (meio corpo ou corpo inteiro), de modo a poder ser recortada. • Nome, apelidos e titulação de todos os autores. • Correio eletrónico do autor, ao qual enviaremos a maqueta para revisão antes da publicação. N o t a : após receção do artigo, este será enviado à nossa Comissão Científica para aprovação.

para

MAXILLARIS portugal@maxillaris.com


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A nossa secção de “Ciência e Prática” está à disposição dos profissionais do setor…


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Tópicos de cirurgia oral Colocação de implantes dentários em doentes que fazem tratamento com bifosfonatos. Um procedimento seguro? Introdução Os bifosfonatos são fármacos utilizados com o objetivo de suprimir a remodelação óssea, atuando principalmente a nível dos osteoclastos inibindo a quimiotaxia, encurtando o seu tempo de vida, diminuindo a sua atividade e induzindo apoptose. Além destes efeitos no osso, os bifosfonatos apresentam ainda propriedades anti-invasivas, antiangiogénicas e antiproliferativas. Estas substâncias são utilizadas no tratamento da doença de Paget, das patologias ósseas associadas a neoplasias malignas como o cancro da mama, próstata ou pulmão e no tratamento da osteoporose. Nos pacientes com osteoporose o objetivo é a contenção da perda de estrutura óssea, além de um aumento da densidade dos ossos, diminuindo o risco de fratura patológica. As formas intravenosas são mais usadas no combate às neoplasias, enquanto os administrados oralmente são mais utilizados nos pacientes com osteoporose, sem dúvida a indicação mais prevalente. Devido à sua carga negativa e estrutura química, estas drogas podem ficar retidas nos ossos por períodos até dez anos.

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Médico dentista. Pós-graduação em Implantologia e Reabilitação Oral no ISCSN. Curso de Especialização em Cirurgia Oral na Universidade de Santiago de Compostela. Fellow of the European Board of Oral Surgery. Diretor do Departamento de Cirurgia e diretor clínico da Malo Clinic (Porto).

Bifosfonatos e sua forma de administração Princípio ativo

Nome comercial

Administração

Ac. Aledrónico + Colecalciferol Alendronato Clodronato Etidronato Ibandronato Ibandronato Risedronato Tiludronato Ac. Zoledrónico Clodronato Pamidronato

Adrovance, Fosavance Adronat; Fosamax Bofenos Didronel Bonviva Bonviva IV Actonel Skelid Aclasta, Reclast, Zometa Bofenos Aredia

oral oral oral oral oral IV oral oral IV IV IV

Osteonecrose dos maxilares associada aos bifosfonatos Apesar do sucesso terapêutico destes fármacos, em 2003 surgiram os primeiros relatos de osteonecrose dos maxilares em doentes submetidos a tratamento com bifosfonatos. Esta ocorrência é mais frequente nos ossos maxilares porque apresentam um turnover celular cerca de dez

vezes maior do que nos ossos longos. Além disso, também existem algumas diferenças nas características dos osteoclastos. Outro fator é o facto destes ossos apenas estarem protegidos por uma fina camada de mucoperiósteo. Quando ocorre uma descontinuidade nesta camada,

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Tópicos de cirurgia oral por traumatismo ou ato cirúrgico, as bactérias da cavidade oral podem facilmente atingir o osso que não consegue reparar esta agressão; daí resultando a osteonecrose. Considera-se que estamos em presença de uma osteonecrose maxilar associada a bifosfonatos quando se verificam estas três condições: 1. Doente em tratamento (presente ou passado) com bifosfonatos. 2. Área de osso exposto há mais de oito semanas. 3. Sem história de radioterapia. A incidência desta complicação é da ordem dos 0,8 a 12% nos casos associados às formas intravenosas, sendo muito inferior nos pacientes que tomam os fármacos por via oral, em que encontramos valores entre 0,01 e 0,06% . Os principais fatores de risco são a exposição a bifosfonatos na forma intravenosa e procedimentos cirúrgicos dento-alveolares. No entanto, também pode ocorrer associada a próteses mal adaptadas. Esta complicação pode permanecer assintomática durante semanas ou meses e tornar-se evidente apenas após exposição óssea. As lesões são mais frequentes na mandíbula do que no maxilar superior (relação 2:1) e em áreas de mucosa fina sobre proeminências ósseas como exostoses, torus ou linha milohioideia. Pacientes com neoplasias em tratamento com bifosfonatos intravenosos e com história de abcessos dentários ou doença periodontal, apresentam um risco aumentado em cerca de sete vezes. Apesar do risco ser baixo, sabemos que está aumentado nos casos em que o tratamento dura há mais de três anos ou quando está associado a uso crónico de corticosteróides. Se a condição sistémica o permitir, a medicação pode ser interrompida por um período de

três meses, antes e após um procedimento cirúrgico, de modo a diminuir o risco de osteonecrose. A osteonecrose associada às formas orais difere significativamente da originada pelas formas intravenosas em três aspetos: 1) requer um período mais longo de tratamento para que apareça osso exposto; 2) a área de exposição óssea é menor e os sintomas são menos severos; 3) os sintomas melhoram e o osso exposto cicatriza melhor após interrupção da toma dos bifosfonatos.

Estratégias de tratamento 1. Pacientes que vão iniciar bifosfonatos intravenosos: Se a condição sistémica o permitir, o início do tratamento com bifosfonatos deve ser adiado até a sáude oral estar otimizada, o que inclui realizar todos os procedimentos cirúrgicos que estejam indicados e nos portadores de próteses removíveis aliviar zonas de possível traumatismo. 2. Pacientes em tratamento com bifosfonatos intravenosos mas assintomáticos: Nestes casos a prevenção é o mais importante. Manutenção de boa higiene oral e cuidados dentários de modo a evitar procedimentos cirúrgicos. Não existe consenso quanto ao tempo de suspensão necessário para proceder a uma cirurgia dento-alveolar. 3. Pacientes em tratamento com bifosfonatos orais mas assintomáticos: No caso de pacientes que tomam bifosfonatos há menos de três anos e sem fatores de risco associados, não é necessária qualquer alteração da terapêutica. Quando o tratamento já se prolonga há mais de três anos, é aconselhada a suspensão por um período

Fig. 1. Rx panorâmico de paciente com implante perdido no terceiro quadrante. Tomava bifosfonatos há cerca de oito anos.

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Tópicos de cirurgia oral

Fig. 2. Área de osso necrosado na zona de implante perdido.

de três meses antes de qualquer procedimento cirúrgico e até estar completa a cicatrização óssea. Esta suspensão só é possível se a condição sistémica a permitir. 4. Pacientes com manifestações de necrose óssea associada a bifosfonatos: Os objetivos do tratamento são a eliminação da dor, o controlo da infeção e minimizar a progressão da necrose óssea. Dadas as características desta infeção, a resposta aos tratamentos cirúrgicos é diferente da que ocorre nos casos de osteomielite ou osteorradionecrose. A curetagem não é muito eficaz, uma vez que é difícil obter uma margem cirúrgica sangrante porque todo o maxilar foi afetado pelo efeito do fármaco. Assim, o tratamento cirúrgico deve ser adiado quando possível e ficar reservado para os casos mais avançados ou em que existem sequestros ósseos bem definidos. A extração de dentes sintomáticos em zonas de osso exposto pode ser considerada uma opção uma vez que se acredita que não vai piorar o quadro já estabelecido. A interrupção da terapêutica com bifosfonatos está associada a uma melhoria gradual da patologia. Se a condição sistémica o permitir a medicação deve ser abandonada ou substituída.

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Se a exposição de osso necrótico não for acompanhada de dor, a estratégia inicial passa apenas por fazer bochechos com clorhexidina a 0,12%. Se houver dor ou sinais clínicos de infeção deve-se adicionar tratamento com antibiótico. A primeira escolha é a penicilina e o tratamento deve ser feito durante 14 dias ou até a dor desaparecer. Nos casos mais resistentes devemos adicionar o metronidazol. A clindamicina não está indicada, pois não atua nos micro-organismos presentes neste tipo de necrose óssea. A utilização de oxigénio hiperbárico, plasma rico em plaquetas, PTH e BMP tem sido investigada mas ainda com pouca casuística para que possa haver dados conclusivos.

Implantes dentários Permanece alguma controvérsia acerca da segurança da reabilitação com implantes de pacientes que tomam bifosfonatos. Na literatura científica tanto encontramos relatos de casos de perda de implantes nestes pacientes, como outros em que isso não se verifica. Estamos perante um assunto que compreende uma complexa inter-relação entre os bifosfonatos e os seus efeitos nos ossos maxilares, interagindo com o fenómeno de osteointegração e a sua manutenção no tempo.


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Tópicos de cirurgia oral A integração de um implante nos ossos maxilares envolve três fases: 1) osteocondução, que promove a adesão de células osteogénicas à superfície do implante; 2) formação de novo osso em redor do implante; 3) remodelação óssea. Uma vez que os bifosfonatos reduzem significativamente a reposição óssea, é provável que um paciente em tratamento com estas drogas possa ter problemas no processo de osteointegração. Já existem vários estudos publicados sobre este tema. No entanto, existe uma dificuldade em encontrar uma amostra suficientemente representativa uma vez que a taxa de ocorrência de complicações é muito baixa. Robert Marx recomenda a determinação, em jejum, do telopeptídeo C-terminal (CTX) no soro, pois trata-se de um marcador específico da reabsorção óssea. Assim, será possível determinar o risco de osteonecrose em pacientes que estão em tratamento com bifosfonatos há mais de três anos. Os valores encontrados permitem classificar o risco da seguinte forma: 1. Menos do que 100 pg/mL – risco elevado. 2. Entre 100 e 150 pg/mL – risco moderado. 3. Entre 150 e 299 pg/mL – risco mínimo. 4. Mais do que 300 pg/mL – risco nulo. No entanto, a validade deste teste já foi questionada por outros autores. Num estudo realizado na Austrália, que envolveu cerca de 28.000 implantes colocados em 16.000 pacientes, foram encontrados sete casos de perda de implantes relacionada com a toma de bifosfonatos. Destes sete

casos, três foram de não osteointegração e quatro estavam relacionados com perdas tardias, após os pacientes iniciarem tratamento com bifosfonatos. Outros estudos, que envolveram 115, 101, 61 e 11 indivíduos em tratamento com bifosfonatos, não encontraram qualquer ocorrência de osteonecrose. No entanto, nestes estudos, além da amostra ser pequena, apenas foram considerados os bifosfonatos na forma oral. Um estudo recente, realizado na Universidade de Nova Iorque, que envolveu 337 pacientes do sexo feminino e com mais de 40 anos, indica que naquelas em que houve perda de implantes a probabilidade de tomarem bifosfonatos foi três vezes maior do que no grupo em que não houve perda de implantes. Numa revisão sistemática muito recente, Chadha e cols. chegam à conclusão que o tratamento com bifosfonatos não é uma contraindicação absoluta para a colocação de implantes. Referem ainda que os estudos publicados têm baixa a moderada relevância científica, com limitações nomeadamente no tamanho das amostras. Apesar de ainda não haver um consenso bem definido, está recomendada a cessação do tratamento com bifosfonatos durante três a seis meses antes e após a colocação de implantes. No entanto, tem que ser bem avaliado o risco-benefício da interrupção do tratamento versus a progressão da doença, o que deve ser sempre feito juntamente com o médico que acompanha o paciente em causa.

Bibliografia 1 . Advisory Task Force on Bisphosphonate-Related Osteonecrosis of the Jaws, American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons. American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons position paper on bisphosphonate-related osteonecrosis of the jaws. J Oral Maxillofac Surg 2007; 65: 369-76. 2 . B o r r o m e o G L , T s a o C E , D a r b y I B , E b e l i n g P R . A review of the clinical implications of bisphosphonates in dentistry. Aust Dent J 2011; 56: 2-9. 3 . C h a d h a G K , A h m a d i e h A , K u m a r S K , S e d g h i z a d e h P P . Osseointegration of dental implants and osteonecrosis of the jaw in patients treated with bisphosphonate therapy: a systematic review. J Oral Implantol 2012. In-Press. 4 . D e v o g e l a e r J P . Clinical use of bisphosphonates. Curr Opin Rheumatol 1996; 8: 384-91. 5 . E d w a r d s B J , H e l l s t e i n J W , J a c o b s e n P L , K a l t m a n S , M a r i o t t i A , M i g l i o r a t i C A . American Dental Association Council on Scientific Affairs Expert Panel on Bisphosphonate-associated osteonecrosis of the jaw. J Am Dent Assoc 2008; 139: 1674-77. 6 . F l i c h y - F e r n á n d e z A J , B a l a g u e r - M a r t í n e z J , P e ñ a r r o c h a - D i a g o M , B á g a n J V . Bisphosphonates and dental implants: current problems. Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2009; 14: E355-60. 7 . F l i c h y - F e r n á n d e z A J , G o n z á l e z - L e m o n n i e r S , B a l a g u e r - M a r t í n e z J , P e ñ a r r o c h a - O l t r a D , P e ñ a r r o c h a - D i a g o M A , B a g á n - s e b a s t i á n J V . Bone necrosis around dental implants: a patient treated with oral bisphosphonates, drug holiday and no risk according to serum CTX. J Clin Exp Dent 2012; 4: e82-5. 8 . G o s s A , B a r t o l d M , S a m b r o o k P , H a w k e r P . The nature and frequency of bisphosphonate-associated osteonecrosis of the jaws in dental implant patients: a south Australian case series. J Oral Maxillofac Surg 2010; 68: 337-43. 9 . G r a n t B , A m e n e d o C , F r e e m a n K , K r a u t R A . Outcomes of placing dental implants in patients taking oral bisphosphonates: a review of 115 cases. J Oral Maxillofac Surg 2008; 66: 223-30. 1 0 . M i g l i o r a t i C A , C a s i g l i a J , E p s t e i n J , J a c o b s e n P L , S i e g e l M , W o o S B . Managing the care of patients with bisphosphonate-associated osteonecrosis. An American Academy of Oral Medicine position paper. J Am Dent Assoc 2006; 136: 1658-68. 1 1 . M a r i o t t i A . Bisphosphonates and Osteonecrosis of the jaws. J Dent Edu 2008; 139: 919-29. 1 2 . M a r x R E . Pamdironate (Aredia) and zoledronate (Zometa) induced avascular necrosis of the jaws: a growing epidemic. J Oral Maxillofac Surg 2003; 61: 1115 (letter). 1 3 . M a r x R E , C i l l o J E , U l l o a J J . Oral bisphosphonate-induced osteonecrosis: risk factors, prediction of risk using serum ctx testing, prevention and treatment. J Oral Maxillofac Surg 2007; 65: 2397-410. 1 4 . M o n t o y a - C a r r a l e r o J M , P a r r a - M i n o P , R a m í r e z - F e r n á n d e z P , M o r a t a - M u r c i a I M , M o n p e á n - G a m b í n M C , C a l v o - G u i r a d o J L . Dental implants in patients treated with oral bisphosphonates: a bibliographic review. Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2010; 15: e65-9. 1 5 . R u g g i e r o S L , D o d s o n T B , A s s a e l L A , L a n d e s b e r g R , M a r x R E , M e h r o t r a B . Task force on bisphosphonate-related osteonecrosis of the jaws. American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons position paper on bisphosphonate-related osteonecrosis of the jaw – 2009 update. Aust Endod J 2009; 35: 119-30. 1 6 . Y i p J K , B o r r e l l L N , C h o S - C , F r a n c i s c o H , T a r n o w D P . Association between oral bisphosphonate use and dental implant failure among middle-aged women. J Clin Periodontol 2012; 39: 408-14.

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Manipulação de tecidos duros e moles para reabilitação fixa sobre implantes

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Ciência e prática Introdução As técnicas cirúrgicas para colocação de implantes têm evoluído muito nos últimos 50 anos. No entanto, existem dificuldades acrescidas quando é necessário fazer regeneração óssea prévia à colocação dos implantes. E se para a regeneração óssea guiada (ROG) horizontal existe já alguma evidência científica, isso não acontece para a ROG vertical1-3.

A evolução dos materiais utilizados na ROG e na manipulação de tecidos moles têm permitido a obtenção de melhores resultados clínicos (estéticos e biológicos) na reabilitação implanto-suportada. As taxas de sucesso serão seguramente influenciadas pela utilização de novas técnicas e materiais.

Daniel Alves Daniel Alves Médico dentista. Prática na Clínica Dentária dos Carvalhos. Formador nas áreas de Implantologia e Reabilitação Oral no Centro de Formação FA. Aluno de Mestrado de Cirurgia Oral na FMDUP. Aluno do curso Experto Universitario en Periodoncia na USC. daniel_sa_alves@hotmail.com Fernando Almeida Médico dentista. Doutorado pela FMDUP com a Tese “Carga Imediata sobre Implantes”. Coordenador da Formação em Implantologia e Reabilitação Oral no Centro de Formação FA. Gestor clínico da Clínica Dentária dos Carvalhos e da Clínica Infante Sagres e Labdent. Porto.

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Ciência e prática Caso clínico Paciente do género masculino, de 34 anos, compareceu na consulta de medicina dentária com lesão infeciosa e presença de fístula em dois dentes pilares de uma prótese parcial fixa de três elementos (1.2, 1.1 e 2.1). O paciente disse não ter nenhuma patologia sistémica e fumar cinco cigarros por dia. Após exame clínico, fizeram-se os exames complementares de diagnóstico ortopantomografia e tomografia computorizada (TC) convencional onde se observou perda óssea vertical em redor da raiz do dente 2.1 e perda óssea horizontal nas zonas do dente 1.2 e do pôntico 1.1.

Fig. 1. Ortopantomografia inicial.

Fig. 2. Tomografia computorizada convencional inicial.

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Fig. 3. Fotografia inicial (lesão infeciosa e presença de fístula nos dentes pilares da prótese fixa).

A exodontia dos dentes pilares (1.2 e 2.1) foi efetuada após sete dias de antibioterapia com amoxicilina 875 mg mais ácido clavulânico 125 mg. Após oito semanas de cicatrização dos tecidos moles, foi feita a cirurgia de ROG. Com ajuda de bisturi piezoelétrico, removeram-se dois blocos de osso autólogo do

Fig. 4. Zona dadora junto ao dente 4.8.

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ramo da mandíbula (após exodontia do dente 48) para se utilizar como onlays nas zonas recetoras (1.1 e 2.1). Depois de aparafusados os blocos de osso autólogo preencheram-se os espaços com partículas de xeno-enxerto de origem bovina e recobriu-se todo o enxerto com membrana de colagéneo não reabsorvível.

Fig. 5. Zona dadora após remoção do dente 4.8 e dos blocos de osso autólogo.


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Fig. 6. Blocos de osso autólogo.

Fig. 7. Zona recetora com blocos de osso autólogo aparafusados.

Fig. 8. Preenchimento com xeno-enxerto de origem bovina.

Fig. 9. Recobrimento com membrana de colagéneo não reabsorvível.

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Ciência e prática Após seis meses foi feita uma tomografia computorizada de feixe cónico (CBCT) e foram colocados dois implantes Nobel Replace® (3,5 x 13 mm) nas zonas dos dentes 1.1 e 2.1. Três meses depois da colocação dos implantes, procedeu-se à segunda fase cirúrgica e confeção de provisórios sobre os implantes. Nesta fase, colocou-

se uma matriz de colagéneo de dermis de origem animal para dar volume ao tecido mole nas zonas dos dentes 1.2 e 1.1. A prótese definitiva totalmente cerâmica (infraestrutura de zircónia) foi confecionada 12 semanas depois da colocação dos provisórios, porque se verificou completa estabilidade dos tecidos moles.

Fig. 10. CBCT seis meses após enxerto.

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Fig. 11. Zona recetora seis meses após enxerto (dia da colocação dos implantes).

Fig. 12. Colocação de dois implantes nas zonas dos dentes 1.1 e 2.1 (vista oclusal).

Fig. 13. Colocação dos implantes nas zonas dos dentes 1.1 e 2.1 (vista frontal).

Fig. 14. Colocação da matriz de colagéneo no dia da provisionalização.

Fig. 15. Sutura da matriz de colagéneo e do retalho após colocação dos provisórios.

Fig. 16. Provisórios três meses após colocação.

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Fig. 17. Imagem digital da infraestrutura de zircónio.

Fig. 18. Infraestrutura de zircónio no modelo de trabalho.

Fig. 19. Infraestrutura de zircónio em boca.

Fig. 21. Fotografia final do sorriso.

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Fig. 20. Fotografia final de perfil.


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Fig. 22. Fotografia final com afastadores.

Conclusão Os pacientes submetidos a reabilitação fixa implanto-suportada são cada vez mais exigentes. A reabilitação não passa apenas pela reposição das peças dentárias mas também pela reabilitação dos tecidos de suporte duros e moles até onde é técnica e biologicamente possível. Os novos materiais existentes no mercado permitem que esta reabilitação seja cada vez mais previsível. No caso clínico apresentado após ROG horizontal e vertical conseguiu-se um bom suporte ósseo para colocação dos implantes. O manuseamento dos tecidos moles permitiram confecionar uma prótese fixa implanto-suportada obedecendo aos princípios da anatomia e biologia periodontal.

Bibliografia 1 . D o n o s , N . , N . M a r d a s , a n d V . C h a d h a . Clinical outcomes of implants following lateral bone augmentation: systematic assessment of available options (barrier membranes, bone grafts, split osteotomy). J Clin Periodontol, 2008. 35(8 Suppl): p. 173-202. 2 . E s p o s i t o , M . , e t a l . The efficacy of horizontal and vertical bone augmentation procedures for dental implants - a Cochrane systematic review. Eur J Oral Implantol, 2009. 2(3): p. 167-84. 3 . R o c c h i e t t a , I . , F . F o n t a n a , a n d M . S i m i o n . Clinical outcomes of vertical bone augmentation to enable dental implant placement: a systematic review. J Clin Periodontol, 2008. 35(8 Suppl): p. 203-15.

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Displasia ectodérmica hipohidrótica: relato de um caso clínico

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Ciência e prática Introdução A displasia ectodérmica (ED) é um grupo de desordens heterogéneas que afetam os tecidos de origem ectodérmica e ocasionalmente os de origem não ectodérmica. Estão descritos, na literatura científica, mais de 170 subtipos de displasias ectodérmicas, sendo que as formas mais conhecidas e frequentes desta doença são a ED hipohidrótica e a ED hidrótica (também designada por síndrome de Christ-Siemens-Touraine). A displasia ectodérmica hipohidrótica (DEH) foi descrita, pela primeira vez, por Wefferburn em 1838. Em 1913, Christ definiu-a como um defeito ectodérmico congénito. Esta displasia é uma doença genética de herança recessiva ligada ao cromossoma X, o que justifica a predominância da doença em pacientes do sexo masculino. A proporção

entre indivíduos afetados do género masculino e feminino é de cinco para um. A DEH é caracterizada pela tríade hipotricose (presença irregular de cabelos, sobrancelhas e pestanas finas), hipohidrose (transpiração deficiente) e hipodontia (ausência parcial de dentes decíduos ou permanentes). As alterações dentárias que estão descritas na literatura como estando associadas a este síndrome são: alterações na erupção dentária, alterações da forma dos dentes (cónicos ou pontiagudos) e hipoplasia do esmalte. Existe também a possibilidade de ocorrer anodontia (ausência total de dentes decíduos e/ou permanentes), atrofia do osso alveolar (apesar do crescimento ósseo normal, a ausência de dentes leva à atrofia), assim como uma redução

Nuno Braz de Oliveira Nuno Braz de Oliveira Médico dentista. Pós-graduado em Ortodontia pela Universidade de Nova Iorque (NYU). Residência de dois anos em Cirurgia Oral na NYU. Prática exclusiva em Ortodontia e Cirurgia Oral. Diretor clínico da Clínica Dental Face em Lisboa. Roque Braz de Oliveira Médico dentista. Pós-graduado em Prostodontia pela NYU. Pós-graduado em Implantologia pela NYU. Prática exclusiva em Prostodontia e Implantologia. Clínica Dental Face em Lisboa. Guilherme Guerra Médico dentista. Bacharelato em Prótese Dentária. Prática exclusiva em Prostodontia e Oclusão. Clínica Dental Face em Lisboa. Carlos Nobre Pereira Médico dentista. Clínica Dental Face em Lisboa. Francisco Brandão de Brito Médico dentista. Especialização em Periodontologia pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). Mestrado em Periodontologia pela FMDUL. Docente da Especialização em Periodontologia da FMDUL. Tesoureiro da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI); ITI speaker. Prática exclusiva em Periodontologia e Implantes. MAXILLARIS, j u l h o 2 0 1 2

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Ciência e prática da dimensão vertical, hipoplasia do terço médio do rosto e protuberância labial. A acompanhar estas alterações orofaciais podem encontrar-se outras, das quais se destacam as seguintes: alterações glandulares sudoríferas, mucosas, e sebáceas; hipertermia resultante da transpiração deficiente ou ausente; pele fina, seca e delicada; hiperpigmentação cutânea; hiperqueratose palmar; nariz “em sela” (depressão do osso nasal); protuberância frontal; forte suscetibilidade a problemas alérgicos como asma ou eczema.

Desenvolvimento A reabilitação orofacial de indivíduos afetados por síndromes genéticos raros ainda hoje não contempla, em muitos dos casos, as mais avançadas opções terapêuticas, muitas vezes por falta de condições económicas dos próprios pacientes,

outras por razões que se prendem com o próprio profissional de saúde que os acompanha. O presente caso clínico pretende ilustrar as vantagens estéticas e biomecânicas da reabilitação prostodôntica orofacial com implantes, num protocolo de carga imediata, num paciente com displasia ectodérmica e alertar para a melhoria da qualidade de vida que é possível proporcionar a estes pacientes. Um indivíduo de sexo masculino, 28 anos de idade, apresentou-se à consulta com a queixa principal de dificuldade de mastigação, devido à falta congénita de dentes e uso de próteses removíveis desadaptadas. No exame clínico extraoral, observaram-se vários sinais concordantes com o diagnóstico previamente estabelecido de DEH tais como: hipotricose, pele fina e seca, nariz “em sela”, protuberância frontal, protuberância labial e hiperpigmentação da região periocular (figs. 1 a 4). Durante a anam-

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Figs. 1 a 4. Fotografias extraorais de frente e perfil.

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Ciência e prática nese, o paciente relatou incapacidade de transpirar e de executar atividades físicas intensas. No exame clínico intraoral, a hipodontia foi constatada, verificando-se a existência de apenas dois dentes e ausência dos restantes dentes permanentes (figs. 5 a 7),

facto que foi confirmado através da realização de uma ortopantomografia (fig. 11). O paciente usava próteses parciais removíveis, tanto na maxila como na mandíbula, que haviam sido confecionadas há cerca de 15 anos. Ambas se encontravam

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Figs. 5 a 7. Fotografias intraorais sem próteses.

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Ciência e prática desadaptadas e haviam sido realizadas com base numa dimensão vertical diminuída (figs. 8 a 10). Foi ainda observado que os dentes presentes na cavidade oral, correspondentes às peças dentárias 21 e 43, apesar de estarem clinicamente saudáveis, apresentavam uma forma cónica (fig. 6).

A agenésia dentária levou a uma atrofia muito significativa do osso alveolar que, por sua vez, comprometia a estabilidade das próteses usadas pelo nosso paciente. Não foi detetado nenhum problema funcional nas glândulas salivares major.

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Figs. 8 a 10. Fotografias intraorais com próteses.

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Ciência e prática Além da avaliação clínica e com o objetivo de uma reabilitação implanto-suportada, realizou-se um exaustivo estudo radiográfico composto por ortopantomografia, telerradiografia e tomografia axial computorizada (figs. 11 a 14). Constatou-se que o dente 43 apresentava uma perda de inserção severa e mobilidade grau III, pelo que o seu prognóstico foi considerado mau (fig. 13). Verificou-se também que na maxila o rebordo ósseo mandibular era extremamente fino, pelo que a reabilitação com implantes implicaria recorrer à regeneração óssea guiada (fig. 14).

Foi então elaborado um plano de tratamento que incluiu a exodontia dos dentes 21 (fig. 15) e 43 e a colocação de implantes em protocolo de carga imediata na mandíbula e de carga diferida na maxila. Iniciou-se a cirurgia para a colocação dos implantes inferiores, onde antes de mais se procedeu ao aplanamento da crista alveolar. De início manteve-se o dente 43 como “guia” e após colocação de quatro implantes, o dente foi extraído e no seu alvéolo colocado um quinto implante imediato (figs. 16 a 20). Três dos implantes colocados apresentaram deiscências

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Figs. 11 a 14. Exames complementares de diagnóstico (ortopantomografia, telerradiografia e tomografia axial computorizada).

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Fig. 15. Fotografia intraoral oclusal superior onde é visível a atrofia óssea.

ósseas vestibulares, pelo que se colocou uma mistura de xenoenxerto com osso autólogo, recolhido na altura das preparações dos leitos implantares, cobertos com uma membrana de colagénio. Visto todos os implantes apresentarem estabilidade primária adequada, procedeu-se à adaptação de uma

prótese acrílica inferior (confecionada previamente) que serviu, durante o período de osteointegração, como prótese provisória (figs. 21 e 22). Relativamente à arcada superior, colocaram-se cinco implantes que foram reabilitados, após período de osteointegração, com uma prótese híbrida metalo-acrílica.

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Figs. 16 a 20. Cirurgia para colocação dos implantes mandibulares e respetiva reabilitação protética.

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Figs. 21 y 22. Uma prótese acrílica inferior serviu, durante o período de osteointegração, como prótese provisória.

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Figs. 23 e 24. Aspeto radiográfico final da reabilitação bimaxilar com próteses metalo-acrílicas.

Fig. 25. Aspeto do sorriso do paciente no final da reabilitação.

Conclusão O presente caso clínico pretende ilustrar as vantagens estéticas e biomecânicas da reabilitação prostodôntica sobre implantes num paciente com displasia ectodérmica hipohidrótica. Pretende também alertar os clínicos para a melhoria de vida que é possível proporcionar a estes pacientes.

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Implantes curtos e extracurtos Sobrevivência e sucesso do tratamento

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Ciência e práctica Introdução Os desenhos dos implantes evoluíram ao longo da história para conseguirem adaptar-se aos requerimentos funcionais de cada situação. Passámos dos implantes maciços aos ocos, dos impactados aos roscados e por várias modificações da forma do corpo, ápice e espiras. Em todo o momento, procurou-se melhorar a osteointegração e a transmissão de cargas através deles ao

osso sobre o qual assentam. Os diâmetros e comprimentos dos implantes também foram amplamente modificados. Assim, foram conseguidos sistemas muito estreitos, para serem adequados a zonas onde o espaço é reduzido, assim como de reduzido comprimento, de modo a conseguir reabilitar setores edêntulos com extrema reabsorção vertical.

Eduardo Anitua Aldecoa

Médico estomatólogo. Prática privada em implantologia e reabilitação oral, em Vitória (Espanha). eduardoanitua@eduardoanitua.com

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Ciência e prática O tratamento dos pacientes que apresentam reabsorções graves do maxilar e da mandíbula em setores posteriores é um desafio para todos os cirurgiões. As alternativas atuais para a abordagem destas zonas são: enxertos ósseos em bloco; enxertos ósseos particulados, com ou sem membranas; materiais substitutos ósseos e sistemas de distração vertical1-5. A principal limitação que apresentam todos estes tratamentos de aumento vertical é a reabsorção de parte do enxerto empregue, principalmente pela pobre vascularização do leito recetor, que nestas zonas mandibulares posteriores de edentulismo prolongado costuma ser muito cortical e com pouca celularidade. Por outro lado, a presença de tecidos moles muito delgados nestas áreas torna muito difícil a obtenção de uma boa cobertura do enxerto com a gengiva e um fecho primário sem tensão nem possibilidade de deiscência da sutura quando se coloca grande quantidade de enxerto6-9. A chegada dos implantes curtos possibilitou a resolução de casos de atrofia maxilar e mandibular severa, sem a necessidade de recorrer a técnicas especiais de aumento ósseo, que têm uma maior morbilidade para o paciente. A previsibilidade dos implantes curtos foi inicialmente controversa. De resto, ainda que os primeiros artigos mostraram taxas de sobrevivência ligeiramente mais baixas do que as dos implantes de comprimento standard, os últimos estudos e revisões sistemáticas sugerem que as taxas de sobrevivência são semelhantes. Estas primeiras provas clínicas, que indicam a alta previsibilidade dos implantes curtos, foram reforçadas com diferentes estudos biomecânicos, nos quais se reportou que o stress ósseo máximo é, praticamente, independente do comprimento do implante. É mais importante a largura do mesmo que o próprio comprimento10,18-20. Dada a boa previsibilidade dos implantes curtos, o principal inconveniente que se nos apresenta quando optamos por eles para reabilitar os nossos pacientes é o comportamento biomecânico das proporções coroa-implante, consideradas como “desfavoráveis” (maiores de 1:1), já que com frequência se utilizam restaurações protésicas de dimensões desproporcionadas ao comprimento dos implantes sobre os quais assentam. Apesar de que estas diferenças entre o comprimento das restaurações e os implantes pareceriam indicar um mau comportamento biomecânico do conjunto, com repercussão na perda óssea marginal mediante o aumento da taxa de fracasso, não existem protocolos clínicos nem documentos de consenso que comprovem este facto, tal como não há recomendações sobre as relações adequadas para estes casos10-16. Neste artigo, apresentamos uma alternativa ao uso das principais técnicas de aumento vertical por aposição ou distração vertical, consistente na utilização de implantes curtos e extracurtos. Analisa-se a sobrevivência dos mesmos e as

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repercussões que pudessem desencadear-se das relações coroa-implante desfavoráveis.

Material e métodos Para avaliar a sobrevivência e o sucesso do tratamento com implantes curtos, realizou-se um estudo prospetivo no qual 1.054 pacientes receberam 2.248 implantes curtos BTI em zonas posteriores do maxilar e da mandíbula, durante os anos de 2001 a 2011, ambos inclusive, em Vitória (Espanha). Todos os implantes foram enxertados por um cirurgião com experiência e as reabilitações foram efetuadas por quatro prostodontistas. Posteriormente, estudaram-se à parte os implantes que apresentaram uma proporção coroa-implante desfavorável (maior de 1:1), com o fim de objetivar as possíveis repercussões que esta relação desfavorável pudesse ter na sobrevivência e sucesso do tratamento com implantes curtos. Nestes implantes analisou-se a perda óssea, acompanhada de outras variáveis, tais como as fases cirúrgicas (uma ou duas); a coexistência de técnicas especiais (carga imediata ou enxerto ósseo para conseguir crescimento vertical); o tipo de prótese sobre o implante e o antagonista; a existência de angulação no implante ou na prótese e a presença de consolas. Para o seu posterior estudo estatístico, dividiram-se estes implantes em dois grupos: os que apresentavam uma relação coroa-implante compreendida entre 1,1 e 2 (desfavorável) e aqueles cuja relação era maior de 2, que se considerou como muito desfavorável.

Protocolo cirúrgico Em primeiro lugar, realizou-se uma adequada avaliação da história clínica do paciente para detetar fatores que pudessem desaconselhar o tratamento implantológico. Posteriormente, após uma avaliação radiológica completa (radiografia panorâmica convencional e estudo mediante CT Scanner e o programa BTI-Scan®), levou-se a cabo a cirurgia implantológica. Todos os implantes foram enxertados mediante um procedimento de fresado a baixas rotações (50-125 rpm), sem irrigação, segundo a filosofia do fresado biológico para garantir a manutenção de um leito biologicamente são e ativo21. Utilizou-se uma sequência de fresado crescente em diâmetro (fig. 1), recolhendo todo o osso obtido desta operação. Este foi conservado durante a cirurgia en PRGF-Endoret, para o manter imerso nas proteínas do paciente e preservar a viabilidade das células ósseas21-23. Uma vez terminada a cirurgia, todo o osso recolhido utilizou-se como enxerto particulado para conseguir crescimento vertical22-23. O passo final do fresado realizou-se com uma broca de ataque frontal, que permite a operação


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Fig. 1. Sequência de fresado para a colocação de implantes extracurtos num setor posterior mandibular. Pode observar-se, da esquerda para a direita, a medição da altura óssea no software de planificação, o fresado até às proximidades do dentário inferior, a terminação do fresado com a broca de ataque frontal e a colocação do implante.

com segurança e respeitando as estruturas anatómicas circundantes (seio maxilar e nervo dentário inferior), além de gerar um leito cilíndrico até ao ápice necessário, pela morfologia específica que apresentam os implantes curtos. Antes da inserção, os implantes foram humetados cuidadosamente con PRGF-Endoret líquido (fração 2), com o fim de bioativar a superfície do implante e favorecer a sua osteointegração24-25. Uma vez insertados os implantes, colocou-se sobre eles uma membrana de fibrina autóloga, elaborada a partir da fração 1 de PRGF-Endoret, e suturaram-se os retalhos com um monofilamento não reabsorvível de 5/0. O tempo de integração esperado para a reentrada cirúrgica foi de três meses para a

mandíbula e de entre quatro e cinco meses para o maxilar (segundo a densidade óssea).

Resultados A idade média dos 1.054 pacientes foi de 59 anos (numa escala de 28 a 94) ao início do estudo. Um total de 762 eram mulheres (72,3%) e 220 sujeitos eram fumadores (20,9%). A frequência dos comprimentos e dos diâmetros dos 2.248 implantes curtos está patente na tabela 1. Quanto à localização anatómica dos implantes, 1.013 foram enxertados no maxilar superior (45,1%), ao passo que 1.235 foram colocados na mandíbula. As características dos implantes apresentam-se na figura 2.

Tabela 1. Características dos implantes incluídos no estudo.

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Ciência e prática Um total de 1.012 implantes (45%) foram colocados numa fase cirúrgica. No que respeita à prótese utilizada, a maioria dos implantes foram reabilitados com pontes fixas (85,6%), enquanto que 247 formaram parte de próteses híbridas (11%) e apenas 74 se reabilitaram com próteses unitárias (3,3%). Ao final do período de observação do estudo, a taxa de sobrevivência dos implantes curtos foi de 99,1% e de 98,1% para análises baseadas no implante e no paciente, respetivamente (fig. 3).

A média do período de acompanhamento para todos os implantes foi de 55,94 meses (4,7 anos). Apenas 21 dos 2.248 implantes fracassaram durante o periodo de acompanhamento. Do total de implantes, identificaram-se 128 colocados em 63 pacientes com uma relação coroa-implante desfavorável (> 1). A relação coroa-implante média foi de 1,82 (SD = 0,42) e variou entre 1,04 e 3,31. Oitenta e seis destes implantes apresentaram um resultado considerado como desfavorável (67,2%)

Fig. 2. Localizações dos implantes incluídos no estudo.

Fig. 3. Sobrevivência dos implantes incluídos no estudo, apresentada por implante e paciente.

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Ciência e prática e 42 implantes (32,8%) tiveram um resultado muito desfavorável. A perda óssea média foi de 0,35 mm (SD = 0,50) o primeiro ano pós-carga e de 0,45 mm (SD = 0,46) posteriormente. As taxas de sobrevivência dos implantes e as próteses com resultado desfavorável foram de 100%. Não se encontrou nenhuma influência significativa entre a perda óssea do primeiro ano pós-carga ou os

restantes para os implantes com uma proporção coroa-implante desfavorável ou muito desfavorável. Apenas o uso de voladizos mostrou uma influência negativa na perda óssea no primeiro ano pós-carga (p < 0,05). Nenhuma das outras variáveis analisadas, tanto cirúrgicas como protésicas e biomecânicas, mostrou influência na perda óssea, nem no primeiro ano pós-carga nem posteriormente (fig. 4).

Fig 4. Perda óssea dos implantes com coroa-implante desfavorável. Na zona esquerda da imagem, mostra-se como a presença de voladizo afeta a perda óssea. Na parte direita, podem ver-se as distribuições das distintas proporções coroa-implante (desfavorável e muito desfavorável).

Conclusões Estes resultados são uma demonstração clara da previsibilidade e segurança destes implantes curtos, quando se utilizam sob adequados protocolos clínicos. Na nossa prática diária, a possibilidade de utilizar estes sistemas de uma maneira previsível permite a redução das indicações de técnicas especiais mais invasivas, tais como a elevação do seio maxilar e as de enxertos ósseos. Além disso, constata-se que a relação coroa-implante desfavorável no contexto em que se veem habitualmente expostos estes implantes não tem influência na perda óssea durante o primeiro ano pós-carga nem posteriormente. Em todos os casos, os implantes estavam ferulizados pelo menos a outro implante. Devemos ter em conta que o uso de voladizos associados a estes implantes demonstrou ter uma repercussão importante na perda óssea nos dados compilados pelo presente estudo. Por isso, podemos dizer, de acordo com os dados obtidos e analisados, que este tipo de próteses com extensões sobre os implantes curtos devem ser evitadas.

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Ciência e prática Caso clínico 1 Neste caso clínico apresenta-se, passo a passo, a inserção de dois implantes extracurtos na região mandibular posterior, em estreito contacto com o nervo dentário.

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Planificação do caso mediante software implantológico.

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Colocação virtual do implante.

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Imagem cirúrgica em que se pode observar, no fundo dos alvéolos, a trajectória do nervo dentário.

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Imagem clínica da reentrada para a segunda fase cirúrgica. Pode apreciar-se como foi conseguido o crecimiento vertical nos dois implantes posteriores; chegou-se a cobrir até os parafusos de fecho.

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Imagem pós-cirúrgica do implante colocado.

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Radiografia dos implantes com a prótese definitiva colocada.


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Ciência e prática Caso clínico 2 Neste caso clínico, podemos observar como se solucionou a situação com implantes curtos em setores posteriores maxilares, evitando as elevações de seio.

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Paciente do sexo feminino, de 55 anos de idade, com doença periodontal avançada.

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O scanner permite a adequada planificação cirúrgica do caso.

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A ortopantomografia mostra o estado oclusal e periodontal.

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Radiografia dois anos após o tratamento.

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Situação antes do tratamento. Observe-se a má oclusão.

Situação dois años depois do início do tratamento.

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Ciência e prática Bibliografia 1 . C h i a p a s c o M , F e r r i n i F , C a s e n t i n i P , A c c a r d i S , Z a n i b o n i M . Dental implants placed in expanded narrow edentulous ridges with the Extension Crests device. A 1-3 year multicenter follow-up study. Clin. Oral Impl. Res. 2006; 17: 265-72. 2 . S t o r g a r d S , T e r h e y d e n H . B o n e Augmentation Procedures in Localized Defects in the Alveolar Ridge: Clinical Results with Different Bone Grafts and Bone-Substitute Materials. JOMI 2009; 24: 218-36. 3 . B l u s C , S z m u k l e r - M o n c l e r S . Split-crest and immediate implant placement with ultra-sonic bone surgery: a 3year life-table analysis with 230 treated sites. Clin. Oral Impl. Res. 2006; 17: 700-7. 4 . D e m a r o s i F , L e g h i s s a G C , S a r d e l l a A , L o d i G , C a r r a s s i A . Localised maxillary ridge expansión with simultaneous implant placement: A case series. Br. J. Oral Maxillofac. Surg. 2009; 47: 535-40. 5 . 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E n o u a r d F , N i s a n d D . Short implants in the severely resorbed maxilla: a 2-year retrospective clinical study. Clin. Implant Dent. Relat. Res. 2005; 7 (Suppl 1): S104-110. 2 0 . A n n i b a l i S , C r i s t a l l i M P , D e l l ’ A q u i l a D , B i g n o z z i I , L a M o n a c a G , P i l l o n i A . Short dental implants: A systematic Review. J. Dent. Res. 2012; 91: 25-32. 2 1 . A n i t u a E , C a r d a C , A n d i a I . A novel drilling procedure and subsequent bone autograft preparation: a technical note. Int. J. Oral Maxillofac. Implants. 2007; 22: 138-145. 2 2 . A n i t u a E . The use of plasma-rich growth factors (PRGF) in oral surgery. Pract. Proc. Aesthetic Dent. 2001; 13: 487-493. 2 3 . A n i t u a E , A n d i a I , A r d a n z a B , N u r d e n P , N u d e r n A T . Autologous platelets as a source of proteins for healing and tissue regeneration. Thromb Haemost 2004; 91: 4-15. 2 4 . A n i t u a E , A n d í a I . BTI implant system: el primer sistema de implantes con superficie bioactiva. Maxillaris 2001; 39: 2-7. 2 5 . A n i t u a E . Enhancement of osseointegration by generating a dynamic implant surface. J Oral Implant 2006; 22: 72-76.

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André Macedo Médico Dentista licenciado pelo ISCS-N. Docente convidado à disciplina de Farmacologia e Terapêutica no ISCS-N, ESSVS e ESSVA. Mestrando em Cirurgia Oral no ISCS-N. Prática de medicina dentária generalista na Clínica de Medicina Dentária Monte dos Burgos e na Memorial Clínica Médica. Responsável pela consulta de Cirurgia e Reabilitação Oral no Centro de Medicina Dentária de Freamunde e nas clínicas Medicis Leiria e Medicis Ansião. Porto.

Colocação de implantes no doente com osteoporose

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a Osteoporose é uma doença caracterizada por redução da massa óssea e deterioração microarquitetural do tecido ósseo, que provoca uma maior fragilidade e aumento na suscetibilidade para fraturas. A osteoporose é uma das alterações sistémicas que podem ocorrer durante a terceira e quarta épocas de vida, acometendo indivíduos de ambos os sexos, embora haja nítida evidência de aceleração deste processo no sexo feminino, particularmente a partir dos primeiros anos da quinta década de vida, sendo importante lembrar a associação entre a menopausa e a osteoporose descrita em inúmeros estudos. Ocorre uma modificação do metabolismo dos tecidos ósseos, interferindo na fisiologia do trabeculado ósseo, do osso cortical e do osso alveolar, responsável pela sustentação do órgão dentário. Histologicamente, ocorre uma redução significativa da espessura e número de trabéculas ósseas, diminuindo drasticamente o seu potencial de atividade osteogénica, levando à redução da massa óssea e desorganização da arquitetura trabecular. Alguns fatores de risco são: hereditariedade, menopausa precoce, menopausa artificial, função testicular reduzida (hipogonadismo masculino), nulíparas, estados de reposição de estrogénios, consumo de tabaco e

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álcool, cafeína, obesidade, ausência de atividade física, etnia, alterações do nível de cálcio, estados de desnutrição, diminuição dos níveis de calciferol, elevação dos níveis de paratormona e outras hormonas que, associadas à menopausa, podem estar presentes na osteoporose, tratamento com corticoesteróides (5 mg/dia por um período de três meses ou mais de prednisolona ou equivalente), híper ou hipotiroidismo. O diagnóstico de osteoporose é estabelecido baseado nos valores clássicos de densidade óssea mineral determinados numa densitometria óssea. Atualmente, o valor de densitometria óssea é apenas um fator de risco que deve ser analisado num contexto dos fatores de risco supra citados. No tratamento da osteoporose, a escolha recai nos bifosfonatos orais (na maioria dos casos) ou agentes farmacológicos endovenosos que pelo seu mecanismo de ação são eficazes no aumento da densidade óssea mineral e na redução do risco de fraturas. Nos últimos anos, a complicação mais descrita associada ao uso de bifosfonatos foi a osteonecrose que consiste no aparecimento de focos de osso necrosado com exposição do osso maxilar ou mandibular com um processo de cicatrização muito lento ou mesmo ausência de cicatrização. A relação do uso de bifosfonatos com a osteonecrose ainda é alvo de estudos mas parece haver uma


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clara correlação aquando de uma administração sistémica de aminobifosfonatos. Ou seja, a osteonecrose ocorre com mais incidência em bifosfonatos administrados parentericamente e com elevada atividade – pamidronato e ácido zoledrónico, usados em grande percentagem no tratamento de doentes com mieloma múltiplo e tumores sólidos com metastização óssea. De administração oral é de referir o alendronato mas sendo de baixa frequência a ocorrência de osteonecrose com este medicamento.

Efeitos da osteoporose na osteointegração de implantes Tem sido referido que a osteoporose afeta a maxila e a mandíbula do mesmo modo que os restantes ossos do esqueleto (estudos sugerem que a mandíbula é mais afetada em comparação com a maxila), e que o metabolismo ósseo alterado pode reduzir a cicatrização em torno dos implantes. Alguns autores ainda afirmam que o osso osteoporótico deve ser encarado como um osso tipo IV. A literatura demonstra que a osteoporose induzida em modelos animais, antes, depois ou simultaneamente à colocação de implantes, altera o processo de osteointegração, especialmente no osso trabecular e produz uma redução significativa do contacto osso-implante. No entanto, estudos histológicos em humanos com implantes osteointegrados que foram removidos por falha protética mostraram osso saudável em íntimo contacto com a superfície implantar e a percentagem de contacto osso-implante confirma que ocorreu osteointegração. Sendo que o sucesso da osteointegração depende em grande escala do estado de saúde geral do paciente, a prevalência da osteoporose aumenta com a idade e pós menopausa, a literatura não demonstra relação direta da falha implantar com idade e sexo. A redução da densidade óssea e do conteúdo mineral dos ossos periféricos tem sido associado com eleva-

da reabsorção e atrofia das maxilas edêntulas, mas não foi encontrada relação com maior perda de implantes. O uso de implantes com superfícies bioativas, nomeadamente com hidroxiapatite, têm sido referidos como mais vantajosos uma vez que aumentam ou estimulam a formação de novo osso. Nas superfícies bioativas sucede uma alteração cinética, tempo-dependente, que ocorre apos a implantação. A superfície do implante forma uma camada de hidroxicarbonato de apatite que é química e estruturalmente equivalente à fase mineral do osso. A matriz óssea fica depositada sobre a superfície da hidroxiapatite através de uma interação físico-química entre o colagénio do osso e os cristais de hidroxiapatite do implante.

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Alguns autores sugerem que o tratamento com implantes em pacientes com osteoporose deve decorrer de forma convencional exceto no que diz respeito ao período de cicatrização que deverá ser mais prolongado (seis meses). Outros autores referem a necessidade nestes doentes de aumentar o diâmetro dos implantes usados e a geometria dos mesmos, sempre que possível. Para a realização do tratamento com implantes em pacientes portadores de osteoporose, torna-se necessário estabelecer critérios de avaliação da maxila e da mandíbula, utilizando métodos de diagnóstico apropriados.

Apesar da osteoporose ser um fator significativo quanto à quantidade e tipo de osso, é possível que, ainda que severa, não seja uma contraindicação para a cirurgia de colocação de implantes. É imperativo o conhecimento do diagnóstico e a avaliação da sua gravidade, sendo que a tomografia é um meio auxiliar obrigatório no planeamento da reabilitação oral com implantes do doente com osteoporose. Recomenda-se um elevado grau de higiene oral nestes pacientes e, no caso dos sujeitos a medicação com bifosfonatos, deverão assinar um consentimento informado após devidas explicações de todos os riscos por parte do profissional.

Bibliografia 1 . D a o T T , A n d e r s o n J D , Z a r b G A . Is osteoporosis a risk factor for osseointegration of dental implants? Int J Oral Maxillofac Implants. 1993;8(2):137-44. 2 . G a e t t i - J a r d i m E C e t a l . Dental implants in patients with osteoporosis: a clinical reality? J Craniofac Surg. 2011 May;22(3):1111-3. 3 . M a c h a d o A P e t a l . Celiac Disease and Osteoporosis: literature review. R. Ci. méd. biol. 2010; 9(Supl.1):65-72. 4 . M e l l a d o - V a l e r o A , F e r r e r - G a r c í a J C , C a l v o - C a t a l á J , L a b a i g - R u e d a C . Implant treatment in patients with osteoporosis. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2010 Jan 1;15(1):e52-7. 5 . T s o l a k i I N , M a d i a n o s P N , V r o t s o s J A . Outcomes of dental implants in osteoporotic patients. A literature review. J Prosthodont. 2009 Jun;18(4):309-23.

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Nasce o Museu dos Aromas Recentemente foi inaugurado em Santa Cruz de la Salceda (Burgos), a 14 kms de Aranda de Duero, o Museu dos Aromas, primeiro e único museu existente em Espanha e na Europa que desenvolve, de maneira integral, o universo dos aromas. Um centro que une uma parte lúdica dedicada ao reconhecimento e à análise de diferentes aromas e outra centrada na investigação sobre o olfato; tão esquecido nos nossos dias e tão importante para os seres humanos. No “Museu dos Aromas” coexistem os aromas da recordação, os que curam, os que adoecem, os de perigo, os do vinho, os dos citrinos, os de cafés, os de azeites, a aromoterapia, os perfumes, etc. Desenhado como uma casa com as suas distintas divisões – e explicado em braille para invisuais –, em cada uma delas propõe-se ao público comprovar a sua destreza no reconhecimento dos distintos aromas e o conhecimento da sua origem desde a antiguidade até ao presente. Informação:

Concha Vargas Diretora do Museu dos Aromas www.museodelosaromas.com

Os aromas da natureza.

A fisiologia do olfato.

Além do singular percurso por este museu único… a região tem muitos outros atrativos quer em relação à natureza como à boa mesa. Na Pousada de Las Baronas, a escassos metros do Museu dos Aromas, é possível degustar o famoso borrego assado da zona e provar excelentes vinhos da Ribera del Duero. E para o viaVinho recomendado: jante que prefira aproveitar a excursão e passar a noite, a Pousada conta com um reduzido número de quartos muito acolhedores.

Vetusta 2009

Informação:

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Calendário de cursos Formação em estética dentária Ceodont (Grupo Ceosa) prossegue o programa de especialização em estética dentária. Esta ação de formação conta com Mariano Sanz Alonso, Manuel Antón Radigales e José A. de Rábago Vega como orientadores. Eis os restantes módulos do curso: • 3. Restauração com compósites I; 21 e 22 de setembro. • 4. Restauração com compósites II; 16 e 17 de novembro. • 5. Capas de porcelana I; 18 e 19 de janeiro de 2013. • 6. Capas de porcelana II; 15 e 16 de fevereiro de 2013. • 7. Coroas de recobrimento total e incrustações; 15 e 16 de março de 2013. Ceodont (Grupo Ceosa). (0034) 915 540 979 cursos@ceodont.com

Injetáveis estéticos e terapêuticos em Medicina Dentária A MD Formação vai realizar, nos próximos dias 28 e 29 de setembro, um curso subordinado ao tema “Injetáveis estéticos e terapêuticos em Medicina Dentária”. Esta ação formativa conta com a participação de David Dana, médico dentista em Beverly Hills (Estados Unidos), especializado em medicina dentária estética. O programa do curso prevê uma abordagem à história e características da toxina botulínica, indicações e contra-indicações deste produto, bem como a demonstração de um caso com paciente. A segunda jornada será dedicada aos contornos do aumento de volume de lábio recorrendo ao uso de Microfillers. 213 828 550 • lsofio@mdclinica.com

Workshop intensivo de implantologia A Avinent e a Universidade de Barcelona voltam a colaborar na organização do workshop intensivo de implantologia, destinado à capacitação básica para a colocação de implantes. A segunda edição do curso terá lugar, entre os dias 17 e 22 de setembro, na Clínica Odontológica Universitária da citada universidade espanhola. Sob a direção de Carles Subirà, esta formação destina-se a médicos dentistas generalistas ou especialistas. Oferece aos participantes um quadro docente formado por professores universitários com comprovados méritos no âmbito clínico e académico. O curso vai decorrer na Clínica Odontológica da Universidade de Barcelona.

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cursos@avinent.com


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Calendário de cursos Centro de Formação Contínua da OMD A Ordem dos Médicos Dentistas prossegue, ao abrigo do programa anual do Centro de Formação Contínua, com a realização de uma série de cursos de fim de dia e cursos modulares de endodontia e dentisteria. Eis o calendário das iniciativas que a OMD reservou para o segundo semestre do ano: Cursos de fim de dia: • Prótese removível: técnica do modelo alterado ou modificado (Cláudia Silva); 17 de setembro, Braga. • Pulpotomias (Joana Amaral Monteiro); 15 de outubro, Viseu. Cursos modulares de dentisteria: • Versatilidade clínica das resinas compostas (Paulo Júlio Almeida, Jorge André Cardoso e Rui Negrão); 20 de outubro, Madeira. Cursos modulares de endodontia: • Diagnóstico e urgências, técnicas de instrumentação e obturação em endodontia (João Dias); 22 de setembro, Açores. • Curso prático (hands-on) em instrumentação e obturação em endodontia (Paulo Miller); 22 de setembro, Açores. 226 197 690 • www.omd.pt

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Calendário de cursos Curso de tratamento interdisciplinar de fenda lábio-palatina A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto organiza entre os próximos dias 6 e 8 de setembro, nas instalações portuenses do Centro de Congressos e Cultura da Ordem dos Médicos, a terceira edição do curso teórico-prático de tratamento interdisciplinar de fenda lábio-palatina. O tratamento desta anomalia apresenta a particularidade de envolver múltiplos profissionais da saúde ao longo da vida do paciente, constituindo um exemplo do que deve representar uma atuação de equipa transdisciplinar. Por este motivo, estarão presentes vários oradores de indubitável valor científico internacional, que enriquecerão o programa com a realização e transmissão direta de cirurgias de enxerto ósseo. cursofendafmup@gmail.com • http://cursofendafmup.blogspot.pt

Nova edição do curso de sedação consciente A décima edição do curso de sedação consciente organizado pela Malo Clinic Education tem data marcada para 21 e 22 de setembro próximo. Esta ação de formação abordará temas como as técnicas de administração clínica, indicações e contraindicações, estando também programadas uma sessão prática e uma cirurgia em direto com sedação consciente. Durante o curso, que será lecionado por Ernesto Rocatins e Filipa Maria Roque nas instalações da Malo Clinic em Lisboa, os participantes terão a oportunidade de aplicar diversas técnicas, quer ao nível da sedação quer ao nível da monitorização e suporte básico de vida, através de cenários simulados e reais. 217 247 080 • education@maloclinics.com

Curso de ortodontia prática A Ledosa (Grupo Ceosa) leva a cabo mais um curso de ortodontia prática, na especialidade de Arco Reto-C, ministrado por Alberto J. Cervera Durán, Alberto Cervera Sabater e Mónica Simón Pardell. O objetivo é divulgar a prática clínica da ortodontia fixa, segundo a técnica de Arco Reto. Os próximos módulos são: • 5. Estudo da classe 3ª; de 19 a 21 deste mês. • 6. Diagnóstico atual e introdução à autoligação estética; de 13 a 15 de setembro. • 7. Biomecânica avançada e autoligação; de 4 a 6 de outubro. • 8. Ortodontia multidisciplinar; de 8 a 10 de novembro. Ledosa. (0034) 915 540 979 • cursos@ledosa.com • www.ledosa.com

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Congressos e reuniões 21st Century Orthodontic Congress 2012 realiza-se em outubro A Dentsply GAC organiza em Lisboa, nos dias 5 e 6 do próximo mês de outubro, a terceira edição do programa 21st Century Orthodontic Congress, subordinado ao tema “A arte da ortodontia”. Na véspera do congresso (dia 4), vai ter lugar um workshop intitulado “Introdução ao sistema eclips lingual”, durante o qual os participantes assistirão a uma apresentação sobre os últimos avanços nos tratamentos linguais. O 21st Century Orthodontic Congress conta com a participação de reconhecidos ortodontistas e outros profissionais do setor, oriundos dos seguintes países: Portugal, Alemanha, Suécia, França, Holanda, Bélgica, Reino Unido, México, Estados Unidos da América e Uruguai. www.gac21st.com

SPED organiza quinto congresso em setembro Nos próximos dia 28 e 29 de setembro, o auditório da Fundação de Serralves, na cidade do Porto, acolhe a quinta edição do congresso da Sociedade Portuguesa de Estética Dentária (SPED). O encontro deste ano reunirá, uma vez mais, um painel de conferencistas de renome nacional e internacional, que darão ênfase a estudos e investigações recentes, bem como às suas experiências e situações clínicas. Neste âmbito, estão já confirmadas as intervenções de Marcelo Calamita e Christian Coachman. Numa lógica de renovação e oportunidade, a organização do congresso dará lugar e voz, pela primeira vez, a novos colegas através da apresentação de pósteres científicos. www.spedportugal.com

Congresso mundial de traumatologia dentária celebra-se no Rio de Janeiro A 17ª edição do congresso mundial de traumatologia dentária vai decorrer no Rio de Janeiro (Brasil), de 19 a 22 de setembro próximo, sob a égide da Associação Internacional de Traumatologia Dentária (IADT na sigla em inglês) e com a colaboração da sociedade brasileira desta especialidade (SBTD) e do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilofacial. Subordinado ao tema “Ciência e arte: expandindo os limites do conhecimento”, o encontro contará com um leque de professores e profissionais do setor de reconhecimento internacional, estando confirmada a presença de oradores do Brasil, EUA, Suécia, França, Noruega, Dinamarca, Reino Unido, Kuwait e Japão. O congresso propiciará aos investigadores e clínicos a oportunidade de apresentarem e discutirem os seus trabalhos na sessão de painéis. www.eos2012.com

Hong Kong organiza 100ª edição do congresso anual da FDI O 100º congresso anual da Federação Dentária Internacional (FDI) vai ter lugar em Hong Kong (China), de 29 de agosto a 1 de setembro. A organização do congresso de 2012, a cargo da Hong Kong Dental Association, compromete-se a realizar um encontro de alto nível, marcado pelo intercâmbio científico entre os representantes das cerca de 200 organizações que integram a FDI. O programa do encontro, que decorrerá no Centro de Convenções e Exibições de Hong Kong, inclui a habitual exposição mundial da indústria, onde será apresentada a última tecnologia em produtos dentários. www.fdiworlddental.org

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Congressos e reuniões Museu do Oriente acolhe congresso da SPO O próximo congresso da Socidedade Portuguesa de Ortodontia vai ter lugar de 4 a 6 de outubro, no auditório do Museu do Oriente (Lisboa), e conta com Teresa Alonso como presidente da organização do evento. O programa deste ano, subordinado ao tema genérico “Os paradigmas em ortodontia: novos conceitos, novas técnicas”, prevê uma abordagem a questões como o diagnóstico e oclusão, apneia do sono, insígnia, cirurgia ortognática e articulação temporomandibular, entre outras. Também está prevista uma exposição de pósteres científicos e as habituais comunicações livres de vários congressistas. www.congressospo2012.com

Congresso anual da OMD muda-se para a Exponor A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) alterou o local de realização do seu congresso anual. Inicialmente previsto para o Europarque, em Santa Maria da Feira, o encontro deste ano vai ter lugar, afinal, nas instalações da Exponor, em Matosinhos, entre os dias 8 e 10 de novembro. Num ano antecipadamente reconhecido como de conjuntura económica difícil, a OMD procurou adequar-se a esta realidade, antecipando melhores condições para os expositores. Ao eleger a Exponor, a organização passa a oferecer uma localização com melhores condições de acesso, com maior oferta hoteleira e a preços mais acessíveis, criando condições para que se aumente o conforto dos participantes e se consiga aproximar o congresso do centro da cidade do Porto. www.omd.pt

SPEMD organiza XXXII congresso anual A XXXII edição do congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) está agendada para os dias 12 e 13 de outubro próximo. Lisboa é a cidade anfitriã do encontro anual da SPEMD, cujo programa irá decorrer nos auditórios do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). A nível de conferencistas internacionais, está já confirmada a presença de Roberto Spreafico (Itália), Serge Bouiallaguet (Suíça) e Paulo Coelho (EUA). As intervenções nacionais estarão a cargo de Joana Godinho, Eugénio Martins, Ana Coelho, Ana Luísa Costa, Mário Bernardo, António Mata, João Pedro Canta, João Tiago Ferreira, Carlos Falcão, José Carracho, Miguel Fraga Gomes, António José Sousa, Miguel Seruca Marques e Pedro Trancoso. www.spemd.pt

SPPI celebra reunião anual em Coimbra A próxima reunião anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes vai ter lugar no próximo mês de outubro (em data por confirmar), em Coimbra. Este encontro, que conta com Isabel Poiares Baptista como presidente da Comissão Organizadora, tem por objetivo estimular a peridontologia portuguesa, nomeadamente junto dos profissionais mais jovens. O programa terá uma componente de conferências tanto de periodontologia como de implantologia. Vai ser também possibilitada a apresentação de casos clínicos e trabalhos de investigação, de modo a partilhar experiências, estando ainda prevista a realização de workshops práticos. www.facebook.com/sppi.pt

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Novidades da indústria Consumíveis provisórios para Cad-Cam (0034) 913 806 575 gt@gt-medical.com www.gt-medical.com

A GT-Medical reforça a sua oferta de consumíveis provisórios, acrescentando à sua gama de produtos para Cad-Cam os discos de acetal com diferentes cores A0, A1, A3, B1, B2 y F1 gengival, aptos para provisórios de longa duração e que oferecem uma alta estética no resultado final. Também estão disponíveis discos multicapa cuja variação de cinco cores torna possível uma solução realista do trabalho a realizar. Ambos apresentam vantagens na sua duração, já que podem ser mantidos na boca de 12 a 18 meses. Além deste tipo de discos, a GT disponibiliza os discos de prova (cor esmalte), úteis para certas necessidades protésicas de ensaio. Todos estes produtos são compatíveis com o formato Wieland e Best-Fit.

Expansor Osmed para tecidos moles

(0034) 917 216 730 www.dib.es

A DI&B coloca ao dispor do mercado ibérico o expansor auto-expandível para tecidos moles Osmed. Mediante a utilização deste expansor tissular, obtém-se uma grande expansão de tecidos moles previamente ao aumento das crestas alveolares. O recurso a expansores Osmed, antes da utilização de material de enxerto ósseo para aumento vertical e lateral de crestas alveolares, apresenta as seguintes vantagens: por um lado, durante o período pós-operatório, reduz de 25% para 4% a incidência média da exposição do enxerto; por outro, incrementa o ganho ósseo vertical em média entre 4,0 mm e 7,5 mm, em comparação com os aumentos de crestas mediante material de enxerto sem expansão prévia do tecido mole.

Intensiv ProxoContour

229 811 345 geral@sysdentrix.pt

A Sysdentrix tem à disposição do mercado dentário Intensiv ProxoContour, um strip de metal diamantado de um só lado em 60 µm e 40 µm, com extremos perfurados que permitem uma aderência mais segura na execução de um tratamento eficaz. Indicado para restaurações estéticas nas zonas proximais, permite manter a morfologia natural do dente. As principais características deste produto são: strip altura 2,5 mm, largura 80 mm, zona livre de diamante no centro do strip, forma ergonómica, strip perfurado nos extremos, esterilizável e reutilizável.

Novos produtos protésicos (0034) 913 806 575 gt@gt-medical.com www.gt-medical.com

GT-Medical amplia a sua gama de produtos protésicos, com a introdução de novos materiais de cera, oferecendo distintas possibilidades ao setor, pela sua variedade de modelos, tamanhos e formatos. Deste modo, a GT-Medical trata de adaptar-se a qualquer forma de prótese que o protésico necessite utilizar: próteses removíveis (como os rodetes), fixas (como as pré-formas e os fios), ou para esqueléticos (ganchos, redes de diferentes materiais, préformas de paladar, etc.). A estes produtos acresce a cera para o colo de cofia, entre outras opções.

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Página empresarial SIN inicia programa de formação 2012

Ana Rogeiro, responsável pela organização dos cursos, com os formadores (a partir da esquerda) Luís Pinheiro, Marcio Nucci e Fernando Duarte.

A SIN - Sistema de Implante iniciou em Lisboa, nos passados dias 8 e 9 de junho, o seu programa de formação 2012, com as primeiras sessões do curso de implantologia step-by-step. A decorrer nas instalações do Centro de Formação We Care, este curso de nível 1 (introdutório), com uma carga total de 60 horas, conta com a participação de uma dezena de alunos. Na jornada inaugural participaram como formadores os médicos dentistas Fernando Duarte, Marcio Nucci e Luís Pinheiro. As restantes sessões desta ação formativa estão marcadas para os dias 13, 14, 27 e 28 deste mês e 26 e 27 de outubro. Até ao final do corrente ano, a SIN tem agendados outros quatro cursos subordinados às seguintes temáticas: estética e reabilitação oral, seio maxilar (enxertos ósseos), desdentados totais e implantes zigomáticos. 214 120 336 • susana.seguro@sinimplante.com.br

GT-Medical assinala dez anos de formação em Cad-Cam A GT-Medical iniciou, no passado mês de junho, uma nova série de cursos em tecnologia Cad-Cam, a título gratuito. Este ciclo coincide com o décimo aniversário da aposta desta empresa neste tipo de formação. O programa abordou o desenho de próteses por Cad-Cam, com o fim de integrar e facilitar o trabalho dos protésicos de uma maneira prática e sólida. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer as possibilidades de desenho de próteses que o novo Scan-Fit tem para oferecer, através do uso do programa Exocad, que permite realizar próteses cimentadas, com anatomias completas, reduzidas e individuais, bem como trabalhos sobre implantes, tanto unitários como múltiplos, num único desenho e barras.

A formação da GT-Medical centrou-se no desenho de próteses com recurso a tecnologia Cad-Cam.

(0034) 915 700 401 • gt@gt-medical.com

Megagen Dental Implant instala-se em Portugal A Megagen Dental Implant Specialty Company chegou a Portugal pela mão da Megagen Portugal Lda., que irá colocar ao dispor do mercado nacional todo o know-how e estudos desenvolvidos pela empresa, sendo a grande novidade o implante AnyRidge que proporciona ao clínico e ao paciente soluções mais vocacionadas para uma melhor reabilitação oral, para além das restantes linhas estudadas e desenvolvidas pela Megagen. Como em todos os países em que está presente, a Megagen vai proporcionar aos profissionais portugueses cursos, seminários e uma formação contínua. O último evento científico realizou-se em Bucareste (Roménia) e os próximos estão agendados para novembro, no âmbito do XXI congresso da OMD (Expo-Dentária) e num simpósio anual que vai ter lugar na Coreia do Sul. No site da Megagen estarão brevemente disponíveis as inscrições para outros eventos. Carmina Conde, diretora comercial deste projeto, e com larga experiência no setor da implantologia, acredita que o sucesso da Megagen assentará na qualidade, serviço, competitividade e formação. 223 756 052 / 910 600 877 (Carmina Conde) megagenportugal@gmail.com • www.megagenportugal.pt

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Página empresarial Casa Schmidt organiza open day A Casa Schmidt Portugal organiza este mês, nas suas instalações de Lisboa, duas jornadas de open day, agendadas para os dias 20 (entre as 15 e as 18 horas) e 21 (entre as 10 e as 13 horas). Esta iniciativa, aberta a todos os clientes, dará a possibilidade de ter acesso a promoções exclusivas, assim como de conhecer as novidades de radiologia, cadeiras e outros equipamentos. Estas jornadas são também uma forma de agradecer aos clientes que têm acompanhado a Casa Schmidt, nos últimos 20 anos, e ajudado a empresa a crescer no mercado nacional. 800 201 192 (linha verde) ana.vieira@casa-schmidt.es

Camlog celebra congresso em Lucerna O quarto congresso internacional da Camlog, que teve lugar entre os dias 3 e 5 do passado mês de maio, juntou na cidade de Lucerna (Suíça) 1.300 congressistas de 22 países. As conferências conGil Alcoforado foi um dos portugueses taram com tradução para que intervieram no congresso. espanhol, inglês, alemão e japonês. Camlog Med participou no encontro com um numeroso grupo de profissionais portugueses e espanhóis, entre os quais Gil Alcoforado, Fernando Guerra e Mariano Sanz. A Camlog Med agradece a todos os clientes e amigos que acompanharam o congresso. (0034) 914 560 872 • www.camlog.com

GT-Medical reforça equipa comercial A GT-Medical prossegue com o processo de reestruturação e ampliação do seu departamento comercial. Após a recente incorporação em Espanha dos profissionais Guillermo Ríos e José Ángel Madrid, ambos com grande experiência no setor dentário, três novos comerciais aderiram à equipa. São eles Miguel Nápoles, responsável pela parte comercial da empresa em Portugal, no seguimento da abertura da nova filial no nosso país, Delicia Falcón e Coral Hernanz, respetivamente, a cargo das zonas sul e norte da capital espanhola. (0034) 915 700 401 gt@gt-medical.com

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