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Ciência e atualidade do setor dentário - ano XIII Falamos com...
Perspetivas
Médicos dentistas no SNS: projeto-piloto arrancou há dois anos.
Tiago Fonseca, médico estomatologista dedicado às doenças das glândulas salivares
Entrevista com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo
Outros perfis
Yvonne Nyblom, presidente da Federação Europeia de Higienistas Orais
Filipa Brazão, bailarina de flamenco e médica dentista
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destaques Crónica
Perspetivas
Estudo liderado pela Universidade de Coimbra revela que a terapia fotodinâmica é eficaz no tratamento de infeções dentárias. Médicos dentistas no SNS: projeto-piloto arrancou há dois anos. Entrevista exclusiva com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.
Falamos com...
Ciência e prática
Tiago Fonseca, médico estomatologista dedicado às doenças das glândulas salivares.
Luis Horacio Escobar Parada: “Contenção dinâmica em ortodontia”.
Yvonne Nyblom, presidente da Federação Europeia de Higienistas Orais.
Liliana Ferreira: “Saúde oral e parto prematuro”.
outros perfis
Joana Ferreira Azevedo: “Coroas de zircónia pré-formadas em dentição decídua. Revisão bibliográfica”.
Filipa Brazão, bailarina de flamenco e médica dentista.
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Crónica Jornadas de Medicina Oral da FMDUl reuniram 400 participantes. Estudo liderado pela Universidade de Coimbra revela que a terapia fotodinâmica é eficaz no tratamento de infeções dentárias. Comemorações dos 20 anos da OMD iniciaram-se em maio, no Porto.
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Perspetivas Médicos dentistas no sNs: projeto-piloto arrancou há dois anos.
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Falamos com… Tiago Fonseca, médico estomatologista dedicado às doenças das glândulas salivares: “Os profissionais de saúde oral têm, naturalmente, um papel preponderante na prevenção e na deteção dos problemas das glândulas salivares”. Yvonne Nyblom, presidente da Federação Europeia de Higienistas Orais: “Nos países onde as equipas de saúde oral incluem higienistas, a saúde global geralmente tem melhores resultados”.
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Ciência e prática Luis Horacio Escobar Parada: “Contenção dinâmica em ortodontia”. Liliana Ferreira: “saúde oral e parto prematuro”. Joana Ferreira Azevedo: “Coroas de zircónia pré-formadas em dentição decídua. revisão bibliográfica”. outros perfis Filipa Brazão, bailarina de flamenco e médica dentista: “A dança tornou-me uma pessoa mais extrovertida e isso ajuda-me muito no contacto com os pacientes”. A indústria a fundo Inês Faria, cofundadora da learn More. Calendário Agenda de cursos para os profissionais. Reuniões Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras. Novidades Produtos e equipamentos. Indústria Notícias de empresas.
A MAxillAris é uma marca registada a nível europeu pelo Departamento de Harmonização do Mercado interior Europeu de Marcas e Desenhos com o Nº 003098449. Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: Maria João Miranda. comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos santos. Maria inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.
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Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 € , resto 80 € . isENTO DE rEGisTO AO ABriGO DO DECrETO rEGUlAMENTAr 8/99 de 9/6 art 12º nº 1ª
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Editorial Depois da campanha de sensibilização que se assinalou no passado mês de maio em Portugal e em vários pontos da Europa, ao abrigo do Dia Europeu da Saúde Periodontal, a saúde gengival e a ameaça que as doenças periodontais representam para a saúde global voltam a assumir particular protagonismo neste mês de junho, e de novo sob a égide da Federação Europeia de Periodontologia (EFP, na sigla em inglês).
Junho holandês
Desta vez, todas as atenções voltam-se para Amesterdão (Holanda), onde vai ter lugar, entre os dias 20 e 23 deste mês, a nona edição do EuroPerio, encontro que reúne, de três em três anos, a mais “fina flor” dos especialiastas em periodontologia oriundos dos quatro cantos da Europa e até de outras coordenadas do globo. Com efeito, trata-se do evento na área da periodontologia (e dos implantes) mais relevante em território europeu. A edição de Amesterdão, de resto, contará não apenas com a participação das sociedades científicas que integram a EFP, como também da Academia Americana de Periodontologia e da Sociedade Japonesa de Periodontologia, entre outras. Como tal, estarão presentes alguns dos principais nomes de relevo mundial neste domínio, que apresentarão conferências subordinadas a diferentes temas, através de formatos inovadores. Tal como refere a médica dentista Inês Faria, embaixadora do congresso em Portugal, “é uma oportunidade única de participar num evento que contará com uma enorme concentração de grande talento científico”. No que respeita ao programa científico, espera-se naturalmente a presença de alguns dos maiores especialistas desta área da Medicina Dentária, que partilharão a sua experiência, as mais recentes tendências e as técnicas particularmente inovadoras. Serão abordados fatores críticos para o sucesso a longo prazo em periodontologia e cirurgia de implantes, nomeadamente em defeitos periodontais e periimplantares. Temas como a etipatogénese, fatores de risco, epidemiologia das doenças periodontais e periimplantares serão tratados em diferentes sessões com abordagens dos principais aspetos em debate na comunidade científica, entre muitas outras temáticas. A vertente comercial do EuroPerio9 merece igualmente destaque, com uma exposição que contempla a presença das mais diversas empresas do setor. A área comercial apresenta um incremento de 25 por cento do espaço em comparação com a edição anterior. Os milhares de participantes ficarão a par das tecnologias mais recentes, que irão certamente beneficiar a sua prática diária. Por outro lado, o crescente interesse que a área da periodontologia tem assumido em Portugal deverá refletir-se numa robusta representação nacional e em concordância com os exigentes requisitos de qualidade do EuroPerio9. O congresso tem contado, de resto, com um número crescente de participantes portugueses ao longo das nove edições, e no panorama nacional são diversos os médicos dentistas que se dedicam, com arte e engenho, à prática clínica, à formação e à vertente académica. Hoje em dia, é habitual depararmo-nos com nomes de profissionais portugueses no programa científico de um congresso internacional ou nas mais prestigiadas publicações científicas do setor. Este mês, tudo indica que o cenário se repetirá no Centro de Exibições e Convenções de Amesterdão.
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Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com Coordenadora de projetos: Marta Esquinas marta.esquinas@maxillaris.com Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com Serviços Administrativos: Inmaculada Barrio. administracion@maxillaris.com
índice 3Shape. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Algasiv . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 BTI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Carestream . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Ceodont . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Dentina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Gnathos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45
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Edição online espanhola: www.maxillaris.com Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Baoluo Gao. Beatriz Giménez González. Blas Noguerol Rodríguez. Carlos Fernández Villares. Emilio Serena Rincón. Esther Nevado Rodríguez. Francisco Teixeira Barbosa. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chemez. María Rosa Mourelle Martínez. Rafael Flores Ruiz. Rafael Martín-Granizo López. Rui Figueiredo.
HePi Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 Klockner . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Ledosa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 Orisline. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Orthoquick. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Sineldent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 VOCO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
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crónica Cronica Jornadas de Medicina Oral da FMDUL reuniram 400 participantes A 32a edição das Jornadas de Medicina Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL), que se realizou nos dias 17 e 18 de maio, somou cerca de 400 incrições e mais de uma dezena de representantes da indústria. O encontro contou com a participação de duas dezenas de oradores especializados em várias disciplinas, designadamente a endodontia, a implantologia, a periodontologia, a ortodontia, a cirurgia, a higiene oral e o CAD-CAM. Na primeira jornada estiveram em foco palestras dedicadas a temas como o “Tratamento endodôntico vs implantologia: fatores de decisão” (André Chen), “Breaking news about cracked teeth” (Jan Berghmans) e “A construção do pensamento e fundamentos para a morfologia e a escultura dentária” (Hilton Riquieri). “Recessões gengivais: abordagem cirúrgica” (Ana Ferro) e “Manutenção periimplantar: a perspetiva clínica do higienista oral” (Susana Castro) foram outros temas tratados na jornada inaugural, durante a qual se realizou também a cerimónia de abertura, que incluiu a entrega dos prémios Professor Simões dos Santos aos melhores alunos dos cursos de Higiene Oral, Prótese Dentária e Medicina Dentária.
O programa englobou ainda a realização de cinco cursos sobre temáticas como o alongamento coronário (Gonçalo Assis) e o enceramento (Hilton Riquieri), entre outras. A MAXILLARIS patrocinou, uma vez mais, o concurso de pósteres das jornadas da FMDUL, através da atribuição de exemplares da sua Biblioteca Multimédia. Na categoria de caso clínico foi distinguido o póster "Abordagem terapêutica da hipomineralização incisivo-molar: a propósito de um caso clínico", que tem como autora principal Rita Ramos, ao passo que o trabalho vencedor na área da investigação intitula-se "Conhecimentos, atitudes e comportamentos de saúde oral da população chinesa adulta residente em Portugal" (Shuangshuang Wu). Na categoria de comunicação livre premiou-se o trabalho de Alexandra Lucas sobre o "Efeito do Triclosan na fase de manutenção da terapia periodontal". Foi ainda atribuída uma menção honrosa ao póster de investigação "Retração gengival: que técnica e tempo utilizar?", com assinatura de Cristina Sterbet.
O programa abrangeu cinco cursos sobre várias temáticas, destinados aos estudantes da FMDUL.
Universidade de Lisboa acolheu nos dias 17 e 18 de maio as habituais Jornadas de Medicina Oral.
O segundo dia iniciou-se com uma sessão sobre “Os desafios da odontologia moderna com CAD-CAM” (Guilherme Saavedra), seguindo-se outras palestras dedicadas à “Preservação alveolar” (Vanessa Rodrigues), às “Facetas indiretas em resina composta” (Inês Vaz) ou ao “Efeito do Triclosan na fase de manutenção da terapia periodontal” (Alexandra Lucas).
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MAXILLARIS
crónica
Morreu António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde António Arnaut, antigo ministro dos Assuntos Sociais do governo socialista e fundador do Serviço Nacional de Saúde (SNS), morreu em Coimbra no passado dia 21 de maio, aos 82 anos, vítima de doença prolongada. Advogado, cofundador do Partido Socialista (PS), António Arnaut era, desde 2016, presidente honorário do partido. Natural de Penela, Coimbra, era Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano e foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. António Costa, primeiro-ministro e secretário-geral do PS, lembrou que António Arnaut será recordado para sempre como o “pai” do SNS, “resistente à ditadura e militante socialista honrado”.
Por seu lado, Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), deslocou-se à Federação Distrital do Porto do PS para, em nome da classe dos médicos dentistas, assinar o livro de condolências que posteriormente foi entregue à família de António Arnaut. Na ocasião, o bastonário recordou que quando António Arnaut criou o SNS, “esta lei representou um passo importante para a prestação de cuidados globais de saúde da população, universais e gratuitos, salvaguardando o direito à proteção da saúde”, lamentando que “posteriormente, aquando da sua implementação prática, não tenha sido incluída a Medicina Dentária, dando assim uma resposta verdadeiramente integrada aos portugueses”.
António Arnaut, ex-ministro do governo socialista, será recordado para sempre como o grande fundador do Serviço Nacional de Saúde.
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M AXILLARIS
crónica
Estudo liderado pela Universidade de Coimbra revela que a terapia fotodinâmica é eficaz no tratamento de infeções dentárias Um estudo liderado por investigadores da Universidade de Coimbra, designadamente da Área de Medicina Dentária, do Instituto de Microbiologia da Faculdade de Medicina e do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), revelou que a terapia fotodinâmica (PDT) é eficaz no tratamento de infeções dentárias. Um dos grandes problemas atuais do tratamento endodôntico, vulgarmente conhecido como desvitalização do dente, é garantir a completa destruição dos biofilmes microbianos – populações complexas de microrganismos que se formam no interior dos canais da raiz do dente e que provocam infeção –, por forma a assegurar o sucesso da intervenção. Por isso, o estudo desenvolvido no âmbito do trabalho de doutoramento de Patrícia Diogo, e já publicado nas revistas Frontiers in Microbiology e Photodiagnosis and Photodynamic Therapy, o jornal oficial da Plataforma Europeia de Medicina Fotodinâmica, focou-se em explorar novas estratégias terapêuticas e compará-las com as técnicas convencionais. A PDT, já aplicada com sucesso no tratamento de vários tipos de cancro, carateriza-se por ser uma terapia não invasiva que permite eliminar diferentes células envolvendo a combinação de um fotossensibilizador (medicamento) ativado com uma fonte de luz inofensiva. Neste estudo, os investigadores testaram, pela primeira vez, um derivado de clorofila extraída de uma alga como fotossensibilizador. E os resultados foram altamente promissores. Da intensa bateria de testes realizados, primeiro em materiais de laboratório e posteriormente em material dentário humano colhido na prática clínica, “um fotossensibilizador, constituído por uma molécula de clorofila modificada, revelou-se muito mais eficaz relativamente às técnicas clássicas usadas atualmente na prática clínica”, revelam os coordenadores do estudo, João Miguel Santos e Teresa Gonçalves.
Além da eficiente eliminação dos biofilmes microbianos (desinfeção dos canais da raiz do dente), este fotossensibilizador “não apresentou toxicidade para as células humanas. E ao contrário do que acontece com os antibióticos muitas vezes utilizados nestas infeções, este novo extrato natural não gera resistência bacteriana, uma questão crítica em saúde”, sublinham os também docentes da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Estratégia de futuro
A partir da esquerda, os investigadores envolvidos no estudo João Miguel Santos, Patrícia Diogo e Teresa Gonçalves.
Considerando que os biofilmes microbianos são a principal causa de infeção da raiz do dente, e que o sucesso da desvitalização depende da completa eliminação desses biofilmes, os investigadores estão otimistas: “a aplicação da terapia fotodinâmica na Medicina Dentária apresenta-se como uma estratégia de futuro. Os atuais tratamentos são insuficientes para assegurar o sucesso da intervenção e evitar complicações a médio-longo prazo”. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, estudos anteriores demonstraram que mais de 50 por cento da população com idade superior a 50 anos sofre deste tipo de infeções. Por isso, concluem João Miguel Santos e Teresa Gonçalves, “é essencial apostar em abordagens avançadas para combater este problema e aumentar a taxa de sucesso do tratamento endodôntico”. O estudo, que teve a colaboração da Universidade de Aveiro e da Universidade Federal de São Carlos (Brasil), foi desenvolvido ao longo de três anos e envolveu 13 investigadores de áreas do saber distintas (médicos dentistas, microbiologistas e químicos).
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Microscopia eletró́nica de varrimento que mostra os microrganismos (em biofilme) na dentina e nos canais deste material dentário.
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crónica
Jornadas da Universidade do Porto atraíram mais de 280 participantes As recentes Jornadas da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto reuniram mais de 280 participantes, entre profissionais, estudantes e académicos do setor. A comissão organizadora da 29a edição deste encontro anual apostou na ampliação da exposição comercial e do número de cursos hands-on, que contaram com uma centena e meia de inscritos. Os temas abordados abrangeram um leque considerável de áreas da Medicina Dentária, tais como: odontopediatria, periodontologia, ortodontia, endodontia, cirurgia e patologia oral, reabilitação, dentisteria estética e oclusão. Um total de 15 oradores participaram no programa científico das jornadas, entre os quais Nicholas Gutiérrez, Gil Fernandes Alves, Fábio Abreu Alves, Helena Rebelo, Luís Redinha, Rui Pereira da Costa e Cristian Higashi. “O feedback da generalidade dos participantes, oradores, congressistas e das empresas comerciais, foi
muito positivo”, observou à MAXILLARIS a estudante Tatiana Abreu, presidente da comissão organizadora das jornadas, sem deixar de agradecer às 17 empresas “que apoiaram e estiveram presentes neste evento e que fizeram da exposição comercial um sucesso”. Nas últimas décadas a Medicina Dentária lecionada e praticada na Universidade do Porto “tem sido referência nacional e internacional”, constata Tatiana Abreu, para quem este evento anual “pretende incentivar o empreendedorismo e a procura de conhecimento na área da saúde oral”. Como já vai sendo habitual, a MAXILLARIS patrocinou o concurso de pósteres das jornadas que contou com a participação de 32 trabalhos. Foram premiados com exemplares da Biblioteca Multimédia desta revista os melhores pósteres nas categorias de investigação (Mónica Ferreira), caso clínico (Daniel Pinto Ferreira) e revisão bibliográfica (Ricardo Borges).
Entrega do prémio ao melhor caso clínico, com o patrocínio da MAXILLARIS: a partir da esquerda, Pedro Mesquita, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária; Daniel Pinto Ferreira, autor do trabalho premiado, e Tatiana Abreu, presidente da comissão organizadora das jornadas da Universidade do Porto.
Cerca de 200 representantes do setor assistiram à reunião anual de Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra A XXVII reunião anual de Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra reuniu no passado mês de março, na Fundação Bissaya Barreto, cerca de 200 profissionais do setor, entre médicos dentistas, estudantes e professores da Área de Medicina Dentária da Universidade de Coimbra. A comissão organizadora, presidida pela médica dentista Sónia Alves e que contou com a estudante Maria Moreira como secretária Membros da comissão organizadora da XXVII reunião anual geral, teve como intuito proporciode Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra. nar aos participantes um programa de grande diversidade temática, onde diversos conferencistas nacionais e estrangeiros de renome, como Daniela Garib, Borja Zabalegui e Jon Gurrea, JUNHO 2018
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abordaram, com elevado rigor científico, os tópicos mais relevantes da atualidade da Medicina Dentária. Foram ainda realizados 11 cursos hands-on pré-congresso, nos dois dias que antecederam as jornadas, que permitiram aos participantes incrementarem as suas competências clínicas. O objetivo global da reunião foi levar até aos interessados ferramentas e práticas com vista a uma melhor preparação para o dia a dia clínico. Verificou-se uma submissão de 68 resumos de trabalhos científicos, dos quais nove foram selecionados para as Olimpíadas associadas ao prémio João Luís Maló de Abreu, tendo havido três vencedores. Resta acrescentar que a exposição que decorreu paralelamente ao programa científico da reunião contou com a participação de 20 casas comerciais.
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crónica
Comemorações dos 20 anos da OMD iniciaram-se no Porto O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, presidiu no passado dia 19 de maio, no Porto, à primeira sessão da iniciativa “Encontros da Ordem” que marcou o início das comemorações dos 20 anos da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD). Na cerimónia foi entregue um diploma que celebra o reconhecimento do título de médico dentista. O encontro decorreu no Palácio da Bolsa e perante uma plateia de 500 médicos dentistas e acompanhantes, o governante afirmou que “celebrar a vida das instituições é honrar todos aqueles que trabalharam por elas e, portanto, para além dos médicos dentistas aqui presentes, gostaria de valorizar a memória daqueles que tanto deram a esta classe profissional ao longo destas duas décadas”.
A primeira e muito concorrida sessão comemorativa do vigésimo aniversário da OMD decorreu no Palácio da Bolsa, no Porto.
Fernando Araújo reiterou, na mesma ocasião, que a aposta na saúde oral é para continuar e o compromisso de Portugal é assumido internacionalmente, ao mais alto nível. “Este ano, a todos os estados membros da Organização Mundial de Saúde foi pedido que assumissem com a comunidade internacional três compromissos com vista à Cobertura Universal de Cuidados de Saúde. E é nesse contexto que gostaria de partilhar convosco que um dos três compromissos que Portugal assumirá será a cobertura de cuidados de saúde oral através da integração de mais médicos dentistas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde”.
afirmar-se num patamar que poucos almejaram”, acrescentou Orlando Monteiro da Silva.
Até ao final de outubro, a OMD vai percorrer o país com a iniciativa “Encontros com a Ordem”. São, no total, 13 encontros que se realizam de norte a sul, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Em termos de opinião pública também muito foi feito: “a afirmação do perfil profissional do médico dentista, a promoção da saúde oral, a educação e consciencialização da população sobre a importância da saúde oral na saúde geral, na estética, no bem-estar e na qualidade de vida. A OMD continua a percorrer o caminho da acessibilidade para todos a cuidados de Medicina Dentária”.
O bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, explica que esta iniciativa “simboliza a afirmação da profissão e o reconhecimento que alcançou ao longo dos anos. Um esforço para o qual muitos contribuíram desde meados dos anos 70. Esta profissão, primeiro com a Associação Portuguesa de Medicina Dentária, em 1991, e depois com a OMD, em 1998, conseguiu, perante circunstâncias muito adversas, de incompreensão e até, por vezes, de hostilidade,
Credibilidade e confiança Na opinião do bastonário, a Ordem e os médicos dentistas “são hoje uma referência de credibilidade e confiança, reconhecidos pelos nossos pares, responsáveis governamentais, stakeholders, agentes políticos, reguladores. Recorda que nestes 20 anos “muita coisa mudou, o combate ao exercício ilegal da profissão, umas das primeiras batalhas da OMD, o licenciamento de clínicas e consultórios, a regulação da profissão, a afirmação nacional e internacional da Ordem”.
Os próximos “Encontros com a Ordem” vão decorrer ao abrigo do seguinte calendário: Braga, 16 deste mês; Setúbal, 30 deste mês; Covilhã, 7 de julho, Coimbra, 14 de julho; Évora, 22 de setembro; Lisboa, 29 de setembro; Angra do Heroísmo, 10 de outubro; São Miguel, 11 de outubro, e Funchal, 20 de outubro. JUNHO 2018
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Na cerimónia foi entregue uma caixa com um diploma que celebra o reconhecimento do título de médico dentista.
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crónica
Conselho Europeu de Dentistas reitera o seu compromisso com a saúde oral dos idosos e dos mais débeis O Conselho Europeu de Dentistas (CED), que representa 340.000 profissionais do setor de 32 associações dentárias de países membros da União Europeia (UE), divulgou recentemente o seu relatório anual de 2017. Neste documento reitera-se que as doenças orais são um grande problema de saúde pública na Europa, com um considerável impacto negativo na saúde geral e na qualidade de vida das populações, em particular dos idosos e das pessoas mais debilitadas. O relatório anual do CED considera que uma má saúde oral está relacionada com dificuldades em falar, comer, beber, engolir e tomar medicamentos. Além disso, uma malnutrição e afeções de saúde mais graves, como a pneumonia, podem estar associadas a uma saúde oral descuidada. Existe uma urgente necessidade de melhorar a saúde oral dos idosos e os mais débeis. De acordo com o CED os serviços públicos do foro social e da saúde, os poderes políticos e os profissionais da área da saúde devem trabalhar juntos de forma a desenvolver estratégias apropriadas. Estas iniciativas devem envolver um programa específico de formação em saúde oral para quem tem um contacto habitual com idosos e pessoas debilitadas. “Os cuidados integrais são parte da solução”, sublinha no relatório o médico dentista italiano Marco Landi, presidente do
CED, acrescentando que, face à crescente conjuntura de envelhecimento global da população, as autoridades têm o dever de garantir recursos suficientes para fazer frente a este desafio. Além disso, a alta qualidade dos currículos educativos deve espelhar as necessidades da população mais envelhecida. Cabe ao CED promover e supervisionar as competências específicas da formação dos médicos dentistas europeus neste processo que visa alcançar uma atenção de excelência. O relatório, agora divulgado pelo órgão que representa os médicos dentistas europeus, conclui que num mercado comum, estabelecer-se normas para avaliar a proporcionalidade das regras sobre as profissões da área da saúde deve continuar a ser uma tarefa chave dos Estados membros para garantir a segurança do paciente, uma prestação de cuidados de alta qualidade e serviços seguros e acessíveis.
FDI promove saúde oral com desenhos animados “Mouth Patrol” é o nome da série de desenhos animados que a Federação Dentária Internacional (FDI) lançou recentemente para promover bons hábitos de saúde oral entre as crianças. O protagonista dos vídeos é um pequeno castor chamado Toothie, que interage com as crianças e os adultos. Até ao momento, estão disponíveis sete episódios, que foram apresentados no Dia Mundial da Saúde Oral 2018. O projeto é da autoria do Comité de Saúde Pública da FDI, que tem como vice-presidente o médico dentista português Paulo Ribeiro de Melo, também presidente do Conselho Geral da Ordem dos Médicos Dentistas.
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Bastonário da OMD nomeado vice-presidente da FEDCAR Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), foi nomeado vice-presidente da Federação Europeia das Autoridades Competentes e dos Reguladores de Medicina Dentária (FEDCAR) para 2018. Esta federação reúne várias ordens e órgãos europeus responsáveis pela regulamentação, registo e supervisão dos profissionais do setor. Nos seus objetivos, a FEDCAR procura promover a segurança dos pacientes na Europa, o fomento de um nível de cuidados de saúde oral elevado e a contribuição para uma mobilidade mais fácil e segura dos profissionais de Medicina Dentária entre os Estados europeus. Na prática, além de uma regular partilha de informação e da promoção das boas práticas no âmbito da regulamentação dos médicos dentistas, a FEDCAR tem como meta alcançar posições conjuntas perante o legislador da União Europeia, relativas ao desenvolvimento de iniciativas e legislação a nível europeu que afe-
tam a regulamentação da classe dos médicos dentistas. Com sede em Bruxelas (Bégica), a FEDCAR foi formalmente criada em abril de 2004 pela Declaração de Roma, e realiza por ano duas reuniões plenárias: uma reunião no outono, em Paris (França), e uma reunião na primavera, que já está agendada para abril de 2019, em Portugal. Orlando Monteiro da Silva licenciou-se, em 1987, em Medicina Dentária pela Universidade do Porto, e desde então tem dedicado grande parte do seu tempo à promoção da profissão e da saúde oral em todo o mundo. Foi presidente da Federação Dentária Internacional (FDI) e do Conselho Europeu dos Médicos Dentistas (CED). Atualmente, é ainda vice-presidente da Associação Dentária Lusófona (ADL) e lidera o Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP).
Orlando Monteiro da Silva assume novo cargo europeu.
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Quando se cumprem dois anos sobre a estreia do projeto-piloto de integração das consultas de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a Maxillaris faz o balanço – junto dos principais intervenientes – da medida governamental que tem vindo a ser adotada de modo faseado e que veio abrir novos horizontes à classe dos médicos dentistas. Neste momento, o processo já abrange largas dezenas de centros de saúde de norte a sul do país e só em 2017 foram realizadas mais de 39.000 consultas de saúde oral e prestados cuidados a 14.000 utentes do SNS. O objetivo traçado pelo governo é garantir nesta legislatura a criação de, pelo menos, um consultório de saúde oral em todos os agrupamentos de centros de saúde do país.
A propósito do processo de integração dos médicos dentistas no Serviço Nacional de Dentistas (SNS), introduzido em julho de 2016 com experiências piloto que decorreram em algumas unidades da Grande Lisboa e do Alentejo, Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), constata que “em função do feedback obtido por parte do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, o balanço do impacto dos médicos dentistas nas populações abrangidas tem sido extremamente positivo”. Numa abordagem meramente quantitativa, “os números são impressionantes”, sublinha o bastonário da OMD. Com efeito, a Direção-Geral da Saúde indicou que as primeiras 13 unidades de saúde aderentes ao projeto receberam 16.760 utentes e realizaram 25.640 consultas de Medicina Dentária, que deram origem a 28.900 tratamentos básicos e 20.270 procedimentos complementares. Se no balanço forem incluídos os 11 centros de saúde da segunda fase do processo, a contabilidade total sobe para 56.824 consultas e 32.882 utentes atendidos até 30 de setembro de 2017.
para 2017: disponibilizar consultas de medicina dentária em 58 centros de saúde, de norte a sul do país. “Achamos fundamental que esta disponibilidade seja efetuada prioritariamente a doentes com patologias crónicas, diabetes, patologia cerebrovascular, respiratória, mental de entre outras e de menores recursos. Em suma, aqueles que mais necessitam”, defende Orlando Monteiro da Silva. “Na realidade, entendo que a adesão destes colegas ao atual SNS é orientada na perspetiva das populações com vulnerabilidade, algo pelo que todos os portugueses só podem estar satisfeitos”, observa o bastonário, acrescentando que “o balanço social que fazemos enquanto Ordem é o do visível reforço de uma visão de necessidade, a da Medicina Dentária como elemento base da saúde geral”.
Até ao final do ano passado, o Governo concluiu a terceira fase do projeto, que englobou mais 34 unidades de cuidados primários. Desta forma, alcançou a meta estabelecida
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Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas
“O balanço social que fazemos enquanto Ordem é o do visível reforço de uma visão de necessidade, a da Medicina Dentária como elemento base da saúde geral”
O objetivo do Governo é que nos próximos dois anos todos os agrupamentos de centros de saúde tenham pelo menos um médico dentista a trabalhar. Resta saber se esta meta corresponde às expetativas da OMD: “A meta é decidida pelo Governo. A perspetiva da Ordem é sempre a de que todos os cidadãos tenham acesso a uma saúde oral plena. É um direito fundamental que está em causa e que durante décadas foi negado a muitos”. Para Orlando Monteiro da Silva, “se essa falha for devidamente colmatada – realço, devidamente colmatada – ou seja, com os locais bem equipados e dotados de profissionais suficientes para que possam exercer dentro de padrões de qualidade comprovados, é bom para todos”. O representante máximo da classe dos médicos dentistas conclui que tal desígnio “poderá vir a refletir-se num ganho de centenas de milhares de euros para o país”.
A Unidade de Saúde Familiar (USF) de Monte da Caparica foi a primeira a iniciar plenas funções no âmbito do projeto-piloto de cuidados de saúde oral para utentes de risco. Além da USF de Monte da Caparica, a fase inicial do projeto-piloto envolveu outras unidades da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo e da ARS do Alentejo, por serem regiões onde já existiam as condições necessárias em termos de espaço e de material, designadamente nas seguintes localidades: Moita, Fátima, Salvaterra de Magos, Cartaxo, Rio Maior, Azambuja, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Lourinhã, Mafra-Ericeira, Montemor-o-Novo e Portel. Ao todo, foram integrados 13 médicos dentistas e os doentes abrangidos eram os de alto risco, designadamente utentes com diabetes, neoplasias, patologia cardíaca ou respiratória crónica, insuficiência renal em hemodiálise ou diálise peritoneal e transplantados. Projeto tardio Luís Amaro, diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Almada-Seixal, que abrange 25 unidades funcionais incluindo a USF onde o projeto se estreou, recorda à Maxillaris que esta experiência veio colmatar as dificuldades de acesso aos cuidados de saúde oral, “principalmente numa região onde as condições socioeconómicas não permitem a ida ao setor privado”. O dirigente do ACES faz um balanço “extremamente positivo” da introdução da equipa de saúde oral na unidade sediada em Monte da Caparica e diz que “o projeto só peca por tardio. Os cuidados de saúde primários e o SNS, de uma forma geral, deveriam ter tido acesso a esta opção há mais tempo”.
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A equipa que avançou em setembro de 2016 era composta por uma médica dentista e uma assistente dentária, e aproveitou-se o grupo de higiene oral que desde há muito integra a estrutura da ACES de Almada-Seixal. Seis meses depois, a equipa foi reforçada com uma assistente técnica, que assumiu a responsabilidade de convocar os utentes e alertá-los para que não faltem às consultas. Para Luís Amaro, este passo foi determinante porque, no início, “quem fazia esse trabalho era a assistente dentária, o que representava uma perda de tempo. Algumas atividades deixavam de ser feitas, como por exemplo a gestão dos equipamentos e materiais”. Além disso, acrescenta, “a assistente técnica conhece melhor os utentes e os outros médicos do ACES, interage com eles com facilidade e depois alerta as pessoas para a necessidade de não faltarem às consultas, porque a não comparência numa consulta implica um espaço que não está a ser aproveitado. Esta simbiose com a restante equipa foi fundamental para aumentar o rendimento do trabalho na área da saúde oral”. Caso de sucesso Luís Amaro considera que “o projeto-piloto revelou-se, desde a primeira hora, um sucesso porque foi muito bem estruturado e houve uma boa divulgação. Assim que se perspetivou que nós entraríamos no projeto, divulgámo-lo imediatamente aos coordenadores que, por sua vez, informaram os médicos de medicina geral e familiar”. O mesmo
responsável revela que houve a necessidade de fazer um alargamento, “uma vez que o projeto não teve extensão a todas as unidades funcionais. Elegeram-se três e foram os médicos dessas unidades funcionais que começaram a referenciar os utentes, isto é, a avaliar a necessidade de serem encaminhados para o dentista”, mediante um conjunto de critérios definidos à partida: inicialmente, apenas pacientes com determinadas patologias eram passíveis de ser referenciados, mas depois os critérios foram alargados. “Agora toda a população pode ser referenciada. À medida que foi feita a avaliação do projeto-piloto em si, foi-se alargando a mais unidades funcionais”, esclarece. Até ao primeiro trimestre deste ano, estavam referenciados mais de 2.150 utentes, dos quais foi necessário priorizar o atendimento. A equipa de saúde oral deu prioridade a cerca de um milhar de utentes, que foram convocados para consultas. Em lista de espera ficou outro milhar, “o que significa que se tivessemos mais um médico dentista estaríamos a trabalhar em pleno”, observa Luís Amaro, para quem “o ideal seria criar uma equipa igual a esta no Seixal”. Foram também assinalados mais de 160 utentes, na sua maioria crianças, com o propósito de serem reencaminhados para programas de saúde oral que já estavam pré-estabelecidos (por exemplo, o cheque-dentista). Resta acrescentar que existiam no mesmo período 361 pacientes com plano de tratamento em curso e 553 com plano de tratamento concluído.
Luís Amaro, diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Almada-Seixal
“O projeto-piloto revelou-se, desde a primeira hora, um sucesso porque foi muito bem estruturado e houve uma boa divulgação. Assim que se perspetivou que nós entraríamos no projeto, divulgámo-lo aos coordenadores que, por sua vez, informaram os médicos de medicina geral e familiar”
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Margarida Morais,
médica dentista na equipa de cuidados de saúde oral da Unidade de Saúde Familiar de Monte da Caparica
“Aqui (USF de Monte da Caparica) tenho um volume muito elevado de pacientes, trabalho num ritmo diferente, mas a relação interpessoal com os pacientes é muito enriquecedora” Quanto a eventuais contributos para um funcionamento mais eficaz da consulta de saúde oral, Luís Amaro refere que, no caso concreto do ACES Almada-Seixal, “o que pode ser melhorado é a questão dos sistemas de informação, que nos impossibilita fazer uma plena referenciação dos utentes”. É crucial uma de duas opções: mudar de sistema de informação ou que a empresa que detém o Medicine One – o sistema de informação de apoio aos médicos e enfermeiros dos cuidados de saúde primários que é utilizado na referenciação para as outras consultas hospitalares – faça um up-grade do sistema que permita fazer a ponte com o médico dentista. “É determinante melhorar essa questão sob a pena de se criar aqui uma barreira administrativa de acesso à consulta”, acentua Luís Amaro.
ter integrado o projeto, a jovem médica dentista destaca a importância desta unidade de cuidados de saúde oral junto da comunidade local, “porque muitas pessoas não sabiam sequer o que era estar sentado numa cadeira de dentista, nunca tinham feito uma higiene oral nem tratado uma cárie ou extraído um dente”. Margarida Morais observa que são utentes que “têm muitos problemas a nível de saúde oral. Por vezes, diagnosticam-se aqui situações graves que acabo por ter de encaminhar para outras especialidades”.
A propósito da anunciada criação da carreira de médico dentista no SNS, Luís Amaro considera a medida “um fator muito positivo, porque os jovens que trabalham connosco estão contratados num regime de outsourcing, ou seja, uma prestação de serviços que a Administração Regional de Saúde estabelece com uma empresa. Do ponto de vista do sentido de pertença, e até de salvaguarda dos direitos das pessoas, é fundamental criar uma carreira dentro do SNS”, conclui. Experiência marcante A médica dentista Margarida Morais aderiu ao projeto-piloto no ACES Almada-Seixal no segundo semestre de 2017, em substituição de uma colega que decidiu mudar de profissão. Soube que o lugar estava disponível através de um anúncio, ao qual concorreu com o objetivo de alargar a sua experiência profissional ao setor público. Cerca de um ano depois de
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Na fase inicial, o projeto abrangia apenas utentes com determinadas patologias, tais como insuficiências cardíacas, respiratórias ou diabetes. A partir do momento em que começou a abranger toda a população (no início deste ano), as vagas ficaram todas preenchidas. Apesar do elevado volume de trabalho inerente às suas funções, Margarida Morais não hesita em aconselhar qualquer colega a participar nesta experiência piloto. “Já trabalhei e continuo a trabalhar no particular, e posso asegurar que o ambiente é completamente diferente. A começar pelo perfil dos utentes, quer a nível económico como a nível da sua saúde oral. O ritmo aqui é completamente diferente da rotina no setor privado”. As diferenças entre público e privado estendem-se, de resto, ao tipo de tratamentos dentários: aqui efetuam-se tratamentos mais primários, ao passo que no setor privado também predomina o fator estético. Margarida Morais considera a experiência marcante a nível do exercício profissional. “Sinto que cresci não em termos de técnica ou prática, mas no sentido de resolver determinadas situações e conseguir adaptar-me às condições que me oferecem. Aqui tenho um volume muito elevado de pacientes, trabalho num ritmo diferente, mas a relação interpessoal com os pacientes é muito enriquecedora”. Instada a enumerar medidas que possam beneficiar a rotina dos cuidados de saúde oral na USF de Monte da Caparica, a médica dentista defende a necessidade de reforçar a equipa e alargar o tipo de tratamentos. “Sinto que fazia falta contratar outro médico dentista, porque são muitos os pacientes que necessitam de tratamento e estão em lista de espera. É um exagero”. Por outro lado, muitos pacientes têm a expectativa de poderem colocar próteses, implantes ou efetuar outros tratamentos que não estão disponíveis. “Compreendo que não seja viável assegurar todos esses tratamentos, mas no que respeita às próteses acho que seria um fator muito positivo introduzi-las, já que, em termos funcionais, este tratamento é essencial”. Margarida Morais vê com bons olhos a anunciada criação da carreira de médico dentista no Serviço Nacional de Saúde. “É justo que seja integrada, como acontece com outras especialidades médicas, quando é sabido que uma boa saúde oral pode evitar outras patologias. Além disso, a saúde oral exige cuidados e tratamentos que devem ser de acesso universal, pois muitas pessoas não têm a possibilidade de recorrer às consultas privadas”.
Para a higienista oral Filomena Alves Branco, a experiência de cuidados de saúde oral no ACES Almada-Seixal não é novidade, já que soma quase 20 anos de trabalho neste contexto. De resto, não foi por acaso que o projeto-piloto recaiu desde logo neste agrupamento de centros de saúde, onde a prevenção e os cuidados de saúde oral remontam à década de oitenta do século passado. “Nós aqui somos um bocadinho privilegiados porque tinhamos um médico dentista antes do projeto-piloto, entretanto, por motivos vários, deixámos de ter essa presença em 2013. Foi um dos centros ao qual foi dada a prioridade porque já tinha alguma experiência”, esclarece a higienista oral, para quem “é fundamental dispormos de médicos dentistas para dar apoio ao programa de prevenção que a nossa equipa desenvolve há muitos anos na região de Almada-Seixal. Nós fazemos a prevenção, realizamos consultas de higiene oral, identificamos problemas, mas depois é preciso encaminhar para alguém as situações de cáries ou de doenças periodontais com que nos deparamos”.
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Filomena Alves Branco, higienista oral no ACES de Almada-Seixal
“A melhoria dos resultados vai levar tempo a consolidar, porque as mentalidades não se mudam de um dia para outro. Existe um medo de sentar na cadeira do dentista que envolve várias gerações” Faltam gabinetes Para Filomena Alves Branco, a introdução experimental das consultas de Medicina Dentária no SNS, em 2016, “veio sobretudo colmatar uma lacuna que estava criada desde 2013”, quando o agrupamento a que pertence deixou de ter médico dentista. Lamenta, porém, a presente falta de condições ao nível de instalações físicas destinadas ao trabalho da equipa de higiene oral. “Com a introdução do projeto-piloto, nós acabamos por ser um bocadinho prejudicados, porque o gabinete que tínhamos ao nosso dispor está a ser usado para as consultas de Medicina Dentária”, constata a higienista oral. “Tentamos gerir ao máximo o equipamento que temos disponível, mas houve uma certa restrição na parte clínica, ou seja, na nossa atuação em gabinete, o número de horas é menor. O ideal seria existirem dois ou três gabinetes a funcionar. A falta de espaços físicos é uma das lacunas mais acentuadas neste projeto-piloto, não só no nosso agrupamento como em outros centros – tanto quanto julgo saber – onde esta experiência está a decorrer”. Num concelho onde a população estudantil é de 18.000 alunos, a prevenção de doenças orais no meio escolar continua a ser uma missão fundamental da equipa de higienistas do ACES de Almada-Seixal, bem como nos lares de idosos e outras instituições de solidariedade social. “O trabalho no terreno continua a ser feito, até porque só com muita persistência é que poderemos mudar as mentalidades e melhorar os resultados em matéria de saúde oral”, sustenta Filomena Alves Branco, recordando a elevada percentagem de pessoas que nunca foram a uma consulta.
dos portugueses não marcam consulta há mais de um ano e há 27% que nunca vão ao dentista ou só recorrem em situação de urgência. Filomena Alves Branco admite que “a melhoria dos resultados vai levar tempo a consolidar, porque as mentalidades não se mudam de um dia para outro. Existe um medo de sentar na cadeira do dentista que envolve várias gerações. Se insistirmos até à exaustão junto das populações, chegará uma altura em que serão vencidas, ou convencidas, nem que seja por cansaço”. Certo é que, apesar do trabalho desenvolvido neste campo, há sempre entraves que limitam a evolução do processo: uma mentalidade pouco aberta, uma má experiência no dentista ou uma reduzida capacidade económica para fazer face às consultas no setor privado. “Há muitos fatores que interferem na parte preventiva e nos resultados dos ganhos em saúde”, mas a higienista oral acredita que o novo desígnio da saúde oral no SNS e o esforço conjunto entre os diferentes intervenientes no processo “vão certamente dar bons resultados no futuro”.
O último Barómetro de Saúde Oral, realizado em 2017 a pedido da Ordem dos Médicos Dentistas, revela que 42%
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Entrevista Fernando Araújo,
secretário de Estado Adjunto e da Saúde
“É inadiável a consagração da carreira do médico dentista no Serviço Nacional de Saúde” O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, faz à Maxillaris um balanço positivo e exaustivo do projeto-piloto que, na sua opinião, constituiu o início de uma mudança cultural no Serviço Nacional de Saúde. As consultas de saúde oral em centros de saúde começaram a ser introduzidas em julho de 2016, com experiências piloto em algumas unidades da Grande Lisboa e do Alentejo. O projeto foi, entretanto, alargado a várias dezenas de centros de saúde de norte a sul do país. Que balanço faz deste (inédito) processo de integração dos médicos dentistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS)? A Medicina Dentária foi uma área esquecida pelo Serviço Nacional de Saúde durante largos anos. O primeiro passo com vista à mudança desse paradigma foi a criação do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO), no âmbito da Direção-Geral de Saúde. Mais recentemente o projeto do cheque-dentista marcou um novo avanço na direção do acesso e diminuição das desigualdades entre os cidadãos. O cheque-dentista teve uma evolução que a todos nos orgulha e cuja reputação já almejou honras internacionais. Desde 2008 foram investidos neste projeto cerca de 97 milhões de euros, focados essencialmente nas populações mais vulneráveis, como as crianças e adolescentes (numa lógica de prevenção e promoção da saúde oral), para além dos idosos, grávidas e utentes portadores de VIH/Sida. Por isso, e reconhecendo a importância inquestionável do projeto do cheque-dentista, ainda há um longo caminho a percorrer na promoção da saúde oral em Portugal. Torna-se necessário uma intervenção forte e concreta na capacitação dos Cuidados de Saúde Primários na área da saúde oral. Nesse sentido, o Governo estabeleceu no seu programa, enquanto medida prioritária, a expansão e melhoraria da capacidade da rede dos cuidados de saúde primários, através da ampliação da cobertura do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na área da saúde oral. A implementação do projeto-piloto de integração de médicos dentistas nos Cuidados de Saúde Primários do SNS apenas foi possível graças a uma colaboração próxima com a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD).
Desde o início efetivo do projeto-piloto nos 13 Centros de Saúde nas regiões do Alentejo e em Lisboa, que começou em meados de outubro de 2016, iniciaram-se consultas de medicina dentária e tratamentos em locais que nunca tinham tido acesso a este serviço e providenciando uma resposta única aos utentes. Assim, este projeto-piloto constituiu o princípio de uma mudança cultural do SNS. Lançou as bases para o alargamento das suas boas práticas ao resto do país ainda em 2017. Com o seu desenvolvimento efetivo, em dezembro de 2017 são já mais de 50 os consultórios de saúde oral, com médico dentista e assistente de medicina dentária, a prestar cuidados de saúde oral em todo o país. Vale a pena sublinhar os investimentos que foram necessários realizar, em obras e equipamento (incluindo Raio X), adaptação dos sistemas de informação, licenciamento dos espaços, integração das equipas, ou seja, toda uma atenção especial das várias estruturas do SNS para este relevante objetivo. Agora é tempo de continuar a consolidar essa mudança e as conquistas a ela associadas, em termos de maior acesso por parte dos utentes do SNS a cuidados de saúde oral. Graças a este alargamento, durante o ano de 2017, foram realizadas 39.268 consultas de saúde oral, e prestados cuidados a 14.041 utentes do SNS.
Que consequências imediatas teve o projeto no SNS? A verdade é que o simples arranque deste projeto constituiu a abertura de uma porta rumo a uma realidade futura.
Qual é o objetivo do Governo para os próximos tempos? Neste momento, existem em Portugal continental mais de 50 centros de saúde com consultório de saúde oral em funcionamento.
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Os centros de saúde referidos integram-se em 24 agrupamentos de centros de saúde (ACES) diferentes, sendo que existem alguns em que exercem a sua atividade mais do que um médico dentista. Com vista a garantir a equidade no acesso aos cuidados de saúde oral em todas as regiões do país, o Governo tem como objetivo garantir nesta legislatura a criação de, pelo menos, um consultório de saúde oral em todos os ACES do país.
cidadãos, bem como aumentar a segurança e estabilidade dos profissionais e das equipas onde se encontram inseridos. De qualquer forma, este processo não está concluído e compete-nos a todos demonstrar claramente à sociedade, que faz sentido a criação desta carreira e do lado do Ministério da Saúde poderão contar seguramente com um agente ativo e altamente motivado na sua defesa.
A anunciada criação da carreira de médico dentista na Administração Pública é uma velha aspiração (com 35 anos) dos profissionais da classe. No ano em que se assinalam os 20 anos da Ordem dos Médicos Dentistas, que passos se antecipam com vista à concretização deste desígnio? Num ambiente cada vez mais dinâmico caracterizado por custos de saúde elevados, a procura crescente de serviços de saúde e o aumento dos encargos associados às doenças crónicas, o objetivo de continuar a garantir o acesso de todos os cidadãos a serviços de saúde de qualidade, só pode ser alcançado se existirem profissionais em quantidade adequada, que tornem os serviços acessíveis aos que deles necessitam. No entanto, as reformas do SNS conduzidas ao longo das últimas décadas têm-se concentrado demasiado em aspetos relacionados com o financiamento da atividade assistencial e com modelos organizacionais. Uma maior atenção aos aspetos ligados aos recursos humanos em saúde permanece como um desafio a superar. Defendemos a consolidação do papel dos médicos dentistas no SNS. Para isso, além de dar continuidade ao investimento crescente no reforço do seu número é inadiável a consagração da carreira do médico dentista no SNS. E foi precisamente nesse sentido que o Governo determinou, através do Despacho Nº 4326/2017, a criação de um grupo de trabalho com o objetivo de proceder à definição do conteúdo funcional da atividade de médico dentista em contexto de vínculo de emprego público. Esse grupo de trabalho concluiu as suas funções e propôs para os médicos dentistas uma carreira especial da Administração Pública, classificada como de grau 3, em função da sua complexidade funcional, atenta a especialização da atividade, justificando uma carreira pluricategorial e a respetiva graduação. Pela sua pertinência, estas recomendações mereceram o parecer favorável do Ministério da Saúde, e a proposta foi remetida nos termos legais para o Ministério das Finanças. Estou certo de que, caso mereça o parecer positivo do Ministério das Finanças, estarão criadas as bases técnico-científicas e jurídicas para a criação de algo inovador. Esta evolução permitirá seguramente contribuir para a diferenciação e para a melhoria da qualidade na prestação de cuidados de saúde oral aos
Que outras medidas tem o Governo em marcha (ou em mente) na área da saúde oral? Paralelamente a uma intervenção na área da saúde oral, quer através do investimento na capacidade resolutiva dos Cuidados de Saúde Primários na área da saúde oral, quer através do início do processo de discussão da criação da carreira de medicina dentária na administração pública, é importante nunca perder a perspetiva integrada dos cuidados de saúde oral enquanto parte integrante do Serviço Nacional de Saúde. Portanto, torna-se pertinente uma revisão do PNPSO. É convicção do atual executivo que os médicos dentistas a execer a sua atividade nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde deverão assumir um papel central na versão do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral cuja revisão foi já iniciada pela Direção-Geral de Saúde. Deve, no entanto, destacar-se todo o trabalho realizado desde 1985 pelos profissionais dos centros de saúde (higienistas orais e enfermeiros, entre outros) a nível da prevenção da doença e promoção da saúde oral.
“O Governo tem como
objetivo garantir nesta
legislatura a criação de, pelo
menos, um consultório de saúde oral em todos os agrupamentos de centros de saúde do país”
Esta é uma área da saúde onde as lacunas ainda são evidentes, como aliás denunciam os indicadores do Barómetro de Saúde Oral 2017. Qual é a sua expectativa, a médio/longo prazo, no que respeita à (ainda precária) relação dos portugueses com a consulta dentária? O desempenho de funções de liderança política na área da saúde implica, inevitavelmente, um comprometimento e sentido de responsabilidade para com a prestação de cuidados àqueles que deles mais precisam, nunca esquecendo, no entanto, as futuras gerações. Portanto, de uma coisa todos os portugueses e, em particular, os médicos dentistas podem estar certos: tudo faremos para consolidar a importância da saúde oral no âmbito do SNS, combatendo as desigualdades em saúde, e promovendo a equidade no acesso.
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Tiago Fonseca médico estomatologista dedicado às doenças das glândulas salivares
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Os profissionais de saúde oral têm, naturalmente, um papel preponderante na prevenção e na deteção dos problemas das glândulas salivares
Tiago Fonseca é o fundador e coordenador da Clínica de Glândulas Salivares da Casa de Saúde da Boavista, com sede no Porto, uma das raras estruturas em Portugal que se dedicam à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento das patologias associadas às glândulas salivares. O médico estomatologista revela à MAXILLARIS os rasgos do projeto que lançou em outubro de 2016 e antecipa a realização no último trimestre deste ano de um evento científico centrado neste tema.
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A perceção que a população tem, fruto do conhecimento oriundo do cada vez maior acesso a informação, tem ditado que a patologia salivar tenha vindo a assumir uma visibilidade crescente e, deste modo, uma maior importância A abordagem das doenças das glândulas salivares encontra-se dispersa por vários profissionais da área da saúde, entre os quais se incluem os médicos dentistas e os estomatologistas. Que importância assume hoje a patologia do foro salivar? Em primeiro lugar, a patologia das glândulas salivares é abordada por esses e por outros profissionais, de muitas outras áreas. Institucionalmente, se assim chamarmos, não existe o especialista de glândulas salivares (como há o especialista do coração, do rim ou do olho). As glândulas salivares não são órgãos de uma só especialidade. Mas as glândulas localizam-se em torno da boca, pois é com esta que se relacionam (a saliva vai para a boca). E na boca, e em seu torno, atuam várias áreas do conhecimento. Isso tem um lado bom... e um nem tanto. O aspeto positivo é que diversos profissionais podem ser competentes no diagnóstico e no tratamento de patologias salivares; o aspeto menos favorável passa pela relativa escassez de experiência dos profissionais e pela frequente dificuldade de referenciação dos doentes. Em segundo lugar, a importância das patologias pode ser vista pela sua maior incidência ou prevalência, pela gravidade das suas manifestações
Tiago Fonseca considera que não há hoje mais doenças salivares do que antigamente, mas existem melhores meios de diagnóstico e possibilidades de terapêutica.
ou consequências e/ou pela importância que as pessoas lhes dão. Em termos generalistas, não se pode afirmar que a epidemiologia ou a clínica das glândulas salivares se tenha modificado nos últimos anos ou mesmo décadas. Não é o que se passa, por exemplo, com determinadas doenças infeciosas. Não há hoje mais doenças salivares do que antigamente! Mas existem melhores meios de diagnóstico e possibilidades de terapêutica! E a perceção que a população tem, fruto do conhecimento oriundo do cada vez maior acesso a informação, tem ditado que a patologia salivar tenha vindo a assumir uma visibilidade crescente e, deste modo, uma maior importância. Que papel cabe aos profissionais da área da saúde oral na prevenção e deteção de problemas das glândulas salivares? Os profissionais de saúde oral, especificamente os médicos dentistas e os estomatologistas, têm, naturalmente, um papel preponderante na prevenção e na deteção dos problemas das glândulas salivares. Pelo seu número, são os médicos dentistas que estão na linha da frente da “batalha”. Mas, mercê da sua atividade clínica quotidiana, esta temática – apesar de poder ser considerada importante – acaba por não ser o seu foco. Mas existe um outro grupo profissional, comummente conhecido como “médicos de família”, que também têm extrema relevância no “rastreio” da patologia salivar. Também pelo seu número, são estes profissionais que assumem um papel fundamental na referenciação (e terapêutica) das doenças salivares. Mas se à Medicina Geral e Familiar a boca quase já “passa ao lado”, então a disponibilidade para a patologia salivar... Sucintamente, posso adiantar que as glândulas salivares têm patologias intrínsecas, mas outras resultam de doenças sistémicas e outras de iatrogenia. As doenças inflamatórias – e, dentro destas, as infeciosas – e as alterações da saliva são os problemas mais comuns. E os três pilares da prevenção de muitos desses problemas são a ingestão hídrica, a massagem glandular e a higiene oral.
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Mas para existirem números têm de existir grupos de trabalho ou, pelo menos, profissionais dedicados. Voltamos à questão da dispersão... há que estudar e há que publicar! Em que consiste o processo de diagnóstico? Na área das glândulas salivares, como em qualquer outra área, o diagnóstico assenta em três vertentes: a história clínica, o exame objetivo e os exames complementares. Por esta ordem decrescente de importância. Ou seja, a anamnese assume sempre o papel principal no diagnóstico. A entrevista clínica direciona o exame físico; e a interpretação de ambos determina a requisição/realização – ou não – de meios complementares de diagnóstico. Sem diagnóstico não há tratamento. O diagnóstico correto é a premissa para o tratamento dirigido. Um diagnóstico atempado é a base para um tratamento eficaz. O diagnóstico é a chave! Se não se puder tratar, ao menos que se possa diagnosticar. Podem parecer verdades de La Palice, mas se não se tiverem presentes os fundamentos da Medicina, pouco ou nada se contribui para o seu bem último: o melhor cuidado ao doente.
O que sabe a população sobre glândulas salivares? Muito ajudaria se se soubesse, por exemplo, o que são, quais são e onde se localizam.
Qual é a prevalência destas doenças em Portugal? Não existe um teste, um valor, para a “patologia salivar”, como existem referências, por exemplo, para a pressão arterial ou para a glicémia (diagnósticos da hipertensão arterial e da diabetes mellitus, respetivamente). Existem múltiplas entidades nosológicas (agrupadas em várias “doenças”), umas próprias das glândulas salivares e outras motivadas por problemas de outros órgãos, aparelhos ou sistemas. E umas estão diagnosticadas, outras não. Por isso, é possível conhecer-se a epidemiologia da patologia salivar? Se nos focarmos em patologias específicas, como a Síndrome de Sjögren, a Parotidite Juvenil Recorrente, a litíase ou as neoplasias, talvez aí haja hipótese de se conseguirem números.
Os problemas afetos às glândulas salivares são, por vezes, confundidos com outras patologias (tais como abcessos dentários ou amigdalites). Como se podem evitar estes mal-entendidos? Conhecimento. É só. É simples. O conhecimento teórico só necessita de motivação; o conhecimento de experiência feito precisa de doentes. É o conhecimento que determina a adequação da história clínica, do exame objetivo e dos exames complementares. E é preciso integrar conhecimentos. Pegando nos exemplos mencionados, se um otorrinolaringologista e um médico dentista/estomatologista têm conhecimentos escassos ou não pensam em patologia dento-alveolar ou orofaríngea, respetivamente, como podem fazer diagnósticos diferenciais? Uma vez mais, é a integração de conhecimentos. Refiro-me, claro, ao conhecimento por parte do profissional, que é fundamental. Mas a população também poderia ser mais sabedora. Todos sabem o que são e onde estão o coração, o fígado ou os rins. Por experiência própria ou de outrém, as pessoas conhecem problemas nos dentes ou na garganta. Mas o que sabem sobre glândulas salivares? Pouco ou nada. Sabem o que é a saliva, mas sabem de onde vem? Muito ajudaria se sobre glândulas salivares se soubesse, por exemplo, o que são, quais são e onde se localizam. Mas aí entra a instrução individual e a educação social.
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A Casa de Saúde da Boavista, no Porto, acolherá em outubro um evento sobre glândulas salivares, que inclui um curso de sialoendoscopia.
Em que medida a Clínica de Glândulas Salivares tem contribuído para a divulgação junto do público? O primeiro e principal objetivo da Clínica de Glândulas Salivares (CGS) é, naturalmente, a atividade clínica. Pretende-se o melhor tratamento ao doente. Mas quem tem consulta na CGS tem a explicação da sua situação. Atrever-me-ia a dizer que é praticamente uma pequena “aula”. Depois de diagnosticar, o segundo passo deve ser explicar. Se não prestarmos o devido esclarecimento da situação, a adesão do doente à terapêutica pode ficar comprometida. Mas a Clínica também tem procurado dar o seu contributo para o conhecimento/divulgação das glândulas salivares através da página própria no sítio da internet da Casa de Saúde da Boavista (www.csaudeboavista.com/clinica-de-glandulas-salivares), por determinados artigos na secção de notícias e por variadas publicações na página de Facebook (www.facebook.com/glandulas.salivares). E, claro, através de entrevistas como esta... A propósito, que balanço global faz do inovador projeto que lançou, em 2016, com a abertura da Clínica de Glândulas Salivares? O balanço é, sem dúvida, positivo. Em primeiro lugar, porque se começa a dar resposta a pessoas “perdidas”, ou seja, doentes com problemas por resolver ou mal resolvidos, muitos deles após anos de falta de soluções ou soluções circunstanciais, após passagem por “n” profissionais. Em segundo lugar, pelo crescimento da procura. Em terceiro lugar, pela procura de pessoas de todo o país.
A Clínica também tem procurado dar o seu contributo para o conhecimento e a divulgação das glândulas salivares pelo site www.csaudeboavista.com/ clinica-de-glandulas-salivares
E quando há pessoas que se deslocam centenas de quilómetros, algumas até pernoitando no Porto, a responsabilidade para com a prestação do melhor cuidado possível aumenta consideravelmente. Como disse em tempos, sem soberba mas refletindo a constatação da realidade, “se souberem que existimos, passamos a ser opção”. Sim, tem-se revelado uma atividade bastante gratificante. No próximo mês de outubro vai realizar-se um evento científico subordinado à temática “Actualização em Glândulas Salivares”. Que pormenores pode adiantar sobre este encontro? A “Actualização em Glândulas Salivares”, que decorrerá a 20 de outubro deste ano na Casa de Saúde da Boavista, no Porto, vem no seguimento da “Conferência em Glândulas Salivares”, realizada no Hospital de São João, também no Porto, em 2016. O evento é constituído por duas componentes de inscrição independente: uma reunião de manhã e um curso de tarde. Todas as informações encontram-se disponíveis na página do evento, em www.csaudeboavista.com/glandulas-salivares. A reunião, teórica, contempla dez apresentações, quatro sobre conceitos basilares (anatomia, fisiologia, semiologia e imagiologia) e seis sobre patologias salivares (como a Síndrome de Sjögren e a Parotidite Recorrente Juvenil e as patologias litiásica e neoplásica). O foco é o diagnóstico e a orientação é, maioritariamente, para estudantes e médicos internos e para a Medicina Dentária e a Medicina Geral e Familiar. O curso, teórico-prático, é sobre endoscopia salivar (sialoendoscopia) e conta com uma súmula sobre a técnica, a demonstração de equipamentos e materiais e a experimentação em modelos anatómicos e animais (cabeça de porco e rim de cordeiro). O objetivo é permitir a familiarização com as suas possibilidades diagnósticas e terapêuticas. Tem como público-alvo, sobretudo, os médicos especialistas. É uma iniciativa que, acredito, apresenta uma excelente relação custo-benefício. Realiza-se num só dia, sábado, e tem preços bastante acessíveis. Condensa o essencial, apresentado por quem, na sua área, melhor consegue dar a conhecer sobre cada assunto. E contará com um profissional internacional de renome, o professor Pasquale Capaccio, da Universidade de Milão (Itália), como palestrante e como formador. A não perder!
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Yvonne Nyblom presidente da Federação Europeia de Higienistas Orais
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Nos países onde as equipas de saúde oral incluem higienistas, a saúde global geralmente tem melhores resultados
Yvonne Nyblom acumula os cargos de presidente da Associação de Higienistas Orais da Suécia e da Federação Europeia de Higienistas Orais (EDHF, na sigla em inglês). A higienista oral sueca esteve recentemente em Portugal para participar no programa do último congresso da Associação Portuguesa de Higienistas Orais. Em entrevista à MAXILLARIS, revela as prioridades da organização europeia que lidera e faz o ponto da situação de uma profissão determinante no contexto da saúde oral, mas nem sempre com o devido reconhecimento dos seus parceiros e do público em geral.
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Um higienista oral bem preparado, conhecido e aceite em toda a Europa, tal como acontece com os médicos dentistas e outros profissionais de saúde, é um fator chave para reforçar a profissão Em termos gerais, qual é a missão da Federação Europeia de Higienistas Orais (EDHF, na sigla em inglês) e quantos profissionais abrange em toda a Europa? A EDHF foi fundada em 1999 e é uma organização não lucrativa que representa 20 associações nacionais de higienistas orais de toda a Europa, sob a égide da Organização Mundial da Saúde (Regional Office for Europe). No seu conjunto, os 20 membros da EDHF representam aproximadamente 38.000 higienistas orais. Esta federação oferece uma plataforma comum para a troca de informação entre as associações nacionais de higienistas orais e coopera com outras organizações europeias de profissionais de saúde oral em diferentes tipos de projetos. Quais são as atuais prioridades da EDHF? As principais prioridades passam por consolidar a profissão de higienista oral como um recurso valioso no contexto dos cuidados de saúde oral em toda a Europa. Para alcançar este objetivo, a EDHF está a desenvolver um quadro comum para os higienistas orais europeus, de modo a definir as suas habilitações e competências incluindo o nível educativo/formativo desta classe profissional. Neste contexto, a colaboração com importantes parceiros da comunidade da saúde oral constitui uma das prioridades da federação.
Com que regularidade se reúnem os membros da federação com o propósito de discutir os principais temas da profissão? Está previsto algum congresso ou evento internacional com a chancela da EDHF? Dois representantes de cada associação nacional que integra a EDHF reúnem-se anualmente para debaterem o progresso dos trabalhos da federação e fazerem o ponto da situação relativamente às metas e objetivos que estão em marcha. Além disso, realiza-se um seminário com o objetivo de refletir sobre os projetos em que estamos envolvidos. A EDHF é uma pequena federação e ainda não atingiu uma posição que lhe permita organizar um congresso internacional. No entanto, a Federação Internacional de Higienistas Orais (IFDH, na sigla em inglês) costuma celebrar um simpósio internacional de três em três anos. A próxima edição deste encontro vai ter lugar em agosto de 2019, em Brisbane (Austrália). Na sua opinião, que importância assume o papel dos higienistas orais na prevenção e no combate de doenças do foro oral como a cárie ou a periodontite? O seu papel é extremamente importante. A principal competência e interesse do higienista oral é promover a saúde oral e prevenir doenças. Este profissional pode contribuir para uma melhor saúde oral e desta forma fortalecer a saúde geral. Se se recorrer às competências do higienista oral de uma forma profissional e eficaz em termos de custos, as desigualdades na área da saúde podem ser reduzidas. Não é viável limitarmo-nos a reparar os efeitos da cárie e das doenças do foro peridontal; ao prevenirmos estas patologias, podemos alcançar uma importante mudança em termos individuais e da sociedade no seu todo. Os custos diretos dos cuidados restaurativos na Europa atingem hoje cerca de 73.000 milhões de euros, as perdas de produtividade representam aproximadamente 37.000 milhões, e os custos continuam a aumentar.
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Considera que o papel do higienista oral é hoje suficientemente reconhecido pelo público e pelos seus parceiros da área da saúde oral? A situação varia de país para país, mas em termos gerais o higienista oral poderia ser mais reconhecido e melhor utilizado com o fim de fortalecer a saúde oral. Cada paciente que recebe uma coroa, uma ponte ou um implante deveria conhecer um higienista oral para assegurar-se que compreende como deve agir de forma a manter a restauração pelo maior tempo possível. Sabemos que nos países onde as equipas de saúde oral incluem higienistas, a saúde global geralmente tem melhores resultados. O higienista oral também pode ser um recurso eficiente em ambientes interprofissionais, em hospitais, em cuidados primários e assistência aos idosos, mas também na colaboração com escolas e creches. Em termos de legislação europeia, existe alguma medida pendente que possa proteger e reforçar melhor a profissão? Sim, o processo de harmonização da educação dos higienistas orais poderá fortalecer a profissão. O reconhecimento através de diretivas gerais pode ser um passo importante, mas a realidade é que cada país decide como regular os profissionais da área da saúde. Um higienista oral bem preparado, conhecido e aceite em toda a Europa, tal como acontece com os médicos dentistas e outros profissionais de saúde, é um fator chave para reforçar a profissão. Acha que a população europeia tem consciência da importância da saúde oral e da relação entre uma má higiene oral e doenças como a diabetes ou problemas do foro cardíaco? Que ações podem ser adotadas para reforçar esta mensagem? Também neste caso a situação difere de país para país, mas não existe uma solução isolada para o problema. É preciso envolver todos os profissionais de saúde oral, informar bem outros profissionais de saúde e professores, que podem contribuir para a divulgação de informação neste campo, e mobilizar as empresas do setor dentário no sentido de transmitirem mensagens saudáveis junto com os seus produtos. A solução também passa pela indústria alimentar que deve assumir a sua responsabilidade de evitar o excesso de açucar na comida. Por seu lado, os políticos podem influenciar e decidir
Yvonne Nyblom defende a necessidade de harmonizar a educação dos higienistas orais com recurso a diretrizes europeias, sendo esta uma das formas de fortalecer a profissão.
sobre políticas e reformas na área da saúde no que diz respeito ao acesso aos cuidados de saúde oral. Por último, é preciso assegurar neste domínio uma mensagem unificada desde a mais tenra idade e durante todo o ciclo de vida. Como classifica a cooperação entre a EDHF e as associações nacionais de higienistas orais de Portugal e Espanha? Tanto Portugal como Espanha fazem parte do leque de fundadores da EDHF e têm uma longa experiência de colaboração à escala europeia. Ambos os países têm demonstrado uma grande abertura e recetividade à adesão de novos membros, isto teve um importante impacto no desenvolvimento do trabalho da EDHF. Numa pequena federação como a nossa, todas as partes envolvidas são extremamente importantes, e cada país tem a missão de transmitir e clarificar tudo o que diz respeito às nossas atividades. O sucesso da EDHF reside no contributo de cada país membro para um projeto comum. Que apreciação faz dos profissionais de higiene oral de Portugal e Espanha? São profissionais dedicados e empenhados, conscientes da importância da sua profissão e do trabalho que desempenham. Aliás, como acontece com a maioria dos higienistas orais, são pessoas felizes e orgulhosas da sua missão.
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Contenção dinâmica em ortodontia
Luis Horacio Escobar Parada Médico dentista. Diretor do Máster de Ortodontia da Universidade à Distância de Madrid (Espanha). Diretor do Centro de Estudos de Ortodontia Gnathos. Diretor e docente de cursos da Fundação Gnathos na Europa. Diretor da Orthoquick. Ortodontista de prática exclusiva em Madrid. Madrid (Espanha).
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esqueléticas que podem não alcançar reabilitações integrais devido às características próprias do paciente. Em outros casos, será o incorreto desenvolvimento do tratamento proposto o que levará a que o caso termine muito longe do cumprimento dos objetivos de estabilidade. Nestes casos, a opção de contenção permanente torna-se imprescindível. Se quiséssemos fazer um esquema básico de tipos de dispositivos de contenção, planearíamos sobre este tipo de formato uma classificação geral:
Introdução Existem diferentes tipos de contenção como elementos de estabilização após o tratamento ortodôntico, desde o uso de aparelhos removíveis até os que são cimentados em grupos de peças. Em relação ao tempo de uso, alguns podem considerar-se temporários e outros de uso permanente. As mais comuns são as contenções fixas e permanentes que se colocam nas faces palatina ou lingual do grupo dentário anterior de canino a canino, tanto na arcada superior como na arcada inferior. A literatura é abundante na descrição dos diferentes tipos de contenções, mas, mesmo assim, não parece haver um protocolo definido para o seu uso. É necessário então dizer que existem tratamentos ortodônticos que não requerem elementos permanentes de contenção. Aqueles que alcançam a reabilitação oclusal e funcional do paciente e outros que não atingem esses objetivos estabilizam-se “a qualquer custo” para evitar a recidiva precoce do tratamento, na tentativa de retardar a evidência do fracasso. Escusado será dizer que existem manobras ortodônticas solicitadas pelos próprios pacientes que demandam tratamentos para fins estéticos e cujas alterações se baseiam em desarmonias
Diferentes tipos de contenção: • Dinâmica: – Posicionador elástico. – Alinhadores invisíveis. • Passiva: – Placas removíveis. – Ferulizações. Neste esquema básico, temos que esclarecer que a contenção dinâmica projeta-se para aqueles casos em que estamos próximos de atingir os objetivos oclusais ideais e perto de alcançar os conceitos de uma oclusão mutuamente protegida e uma estabilidade ortopédica mandibular na máxima intercuspidação. O que é uma contenção dinâmica? São dispositivos de estabilização que se projetam, após a montagem de ambas as arcadas para modificar a relação intermaxilar, em busca de uma melhor relação interoclusal. Através do set-up, as peças dentárias de ambas as arcadas movem-se para melhorar a relação cúspide/fossa, refinar a taxa de overjet e overbite para otimizar as guias anteriores, eliminar contactos prematuros posteriores e interferências nos movimentos bordejantes da mandíbula.
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Fig. 1. Preparação do posicionador gnatológico. Caso concluído. Removeu-se o aparelho e montaram-se os modelos no articulador. Em seguida, realizou-se o set-up dos modelos e remontaram-se para fazer os movimentos dentários necessários para o assentamento e refinamento final.
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Estes dispositivos de contenção dinâmica alcançaram, há trinta anos, o seu maior expoente nos posicionadores gnatológicos. Construíam-se em silicone macio e funcionavam como um dispositivo de correção e contenção bimaxilar. Fazia-se um set-up manual dos modelos previamente articulados e os técnicos do laboratório transformavam a montagem de modelos rígidos (gesso) em modelos maleáveis (gesso e cera). A posição individual das peças dentárias de cada arcada modificava-se, respeitando e melhorando a relação com o antagonista. Nessa nova posição dentária, construía-se o posicionador gnatológico. O silicone que tinha a impressão da nova posição dentária pressionava diferentes áreas dentárias, provocando deslocamentos individuais das peças dentárias, aproveitando o espessamento periodontal e corrigindo as relações intermaxilares. O paciente utilizava este tipo de dispositivo apenas para dormir, por seis ou oito meses. Portanto, era um dispositivo removível para uso noturno e temporário. Ao tratar-se de um dispositivo bimaxilar, era muito desconfortável para o paciente porque selava a sua boca e só lhe permitia respirar pelo nariz. Essa característica, que inicialmente parecia oferecer um efeito de reabilitação na função da respiração, tornou-se um grande problema em pacientes
com rinite alérgica ou com processos gripais que os impediam de respirar pelo nariz. Portanto, a colaboração e a perseverança do paciente no seu uso eram essenciais. Por outro lado, era necessária a colaboração de técnicos de laboratório altamente qualificados para a preparação deste tipo de aparatologia. Durante muitos anos fizemos contenção temporária com esse tipo de dispositivo até que progressivamente a incorporação de novas tecnologias nos permitiu avançar na criação de set-ups virtuais e impressões tridimensionais para usar os mesmos argumentos de dispositivos de contenção dinâmicos em alinhadores invisíveis. Hoje, a maioria dos laboratórios possui programas informáticos que lhes permitem fazer set-ups virtuais e mover os dentes de acordo com as necessidades do caso. O uso de alinhadores invisíveis popularizou-se e também se incorporaram como elementos estabilizadores e temporários. Os alinhadores invisíveis são, por si só, altamente eficazes em alguns movimentos dentários e com a adição de ataches ganham maior eficiência nos movimentos que eram menos ágeis.
Fig. 2. O caso clínico antes e depois do período de contenção dinâmica. Utilizou-se um posicionador gnatológico de uso noturno durante seis meses.
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Portanto, é nossa prática usual delegar nos alinhadores invisíveis alguns movimentos dentários de finalização e assentamento da oclusão dos tratamentos ortodônticos, onde estamos próximos de alcançar a reabilitação do paciente. Especificamente, a coordenação transversal das arcadas permite uma boa relação cúspide/fossa, a quantidade e qualidade de guias incisivas e caninas, o contacto anterior de menor magnitude que o posterior. Esses detalhes que são sensíveis e complexos ao trabalhar com brackets tornam-se relativamente simples com o desenho virtual. Na fase de finalização do tratamento ortodôntico, em que provavelmente necessitamos de máxima participação e comprometimento por parte do paciente para alcançar os detalhes de assentamento do caso, geralmente encontramo-nos com um paciente que está cansado devido à extensão do tempo de tratamento. Para o paciente, os objetivos da sua demanda terapêutica foram satisfeitos logo após o alinhamento e o nivelamento. Se acrescentarmos a isto a expressão mínima de alterações dentárias nesta fase de tratamento, os pacientes tendem a desmotivar-se e a vontade de colaborar diminui.
Por essas razões, tentamos reduzir o período de uso de brackets e delegar os detalhes de finalização nos alinhadores. O controlo tridimensional dos movimentos dentários é muito maior no set-up virtual e os movimentos planificados são previsíveis, já que os movimentos mais complexos já se alcançaram durante o tratamento. Os custos de fazer os alinhadores dependerão do número de férulas necessárias para atingir o objetivo proposto. É prática comum incluir nos orçamentos de tratamento ortodôntico um valor estimado para os dispositivos de contenção. O aumento deste custo é compensado pela redução do tempo de trabalho com brackets e pelo uso do último alinhador como elemento final de contenção. Na prática clínica é possível fazer os tradicionais modelos de gesso ou digitalizar diretamente a boca do paciente para obter um arquivo STL que será transferido para o laboratório para que este possa realizar o procedimento laboratorial. É importante que o clínico direcione e instrua o técnico nos movimentos necessários para atingir o objetivo de finalização. Apenas o operador conhece as características do caso e as condições necessárias para a sua finalização.
Fig. 3. Fazem-se tantas impressões segundo a quantidade do movimento previsto, considerando um set-up de 0,25 mm até um máximo de 0,40 mm.
Fig. 4. Os arquivos STL ou DCM permitirão ao laboratório a manipulação individualizada das peças dentárias.
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Fig. 5. Todos os movimentos necessários realizam-se para refinar a posição individual das peças dentárias em busca de uma relação intermaxilar correta.
Fig. 6. O uso de uma ampla biblioteca de ataches permite um controlo tridimensional dos movimentos planificados.
Caso clínico Paciente do sexo masculino, adulto de classe II esquelética, alveolar e dentária. Apresenta discrepância de Bolton, déficit superior ao nível do incisivo lateral. O paciente tratou-se com exodontia dos primeiros pré-molares superiores. Houve retrusão do grupo anterosuperior e assentamento da classe II molar. Prescrição de Roth de .022.
Ao finalizar a parte ativa do tratamento ortodôntico, removeu-se a aparatologia e planificou-se o assentamento com alinhadores invisíveis. No caso seguinte apresentamos uma finalização deficiente do ponto de vista da função anterior. O caso tratou-se com extração assimétrica e ao remover a aparatologia não tinha relação de overjet e overbite.
Fig. 7. Nos modelos articulados, observa-se uma importante alteração sagital dentária. Classe II dentária completa.
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Fig. 8. Aspeto clínico do caso ao remover a aparatologia.
Fig. 9. Caso finalizado com a restauração da discrepância de Bolton.
Fig. 10. Finalização com uma ótima relação anterior. Guia canina e incisivos funcionais e bom acoplamento anterior.
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Fig. 11. Caso sem fase de assentamento. Assim, durante o uso de alinhadores invisíveis, alcançam-se os objetivos do tratamento.
Fig. 12. Fase imediatamente após o uso de alinhadores.
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Fig. 13. Comparação de imagens antes da contenção dinâmica e após a sua utilização.
Conclusão A incorporação de novas tecnologias abre novas opções e avanços em recursos mecânicos e oferece outras possibilidades terapêuticas que permitam ao clínico melhorar a sua prestação profissional e atingir objetivos funcionais de maneira precisa e segura. É óbvio mas é necessário destacar que estes recursos só serão úteis em pacientes que se comprometem a colaborar. O facto de retirar a aparatologia antes do previsto e passar de um tratamento com brackets para um tratamento com alinhadores invisíveis geralmente provoca uma mudança na atitude do paciente, tornando-o mais colaborador e comprometido com o resultado da terapia. Observe-se também que os movimentos propostos para o set-up são da responsabilidade do clínico e não do técnico de laboratório, que somente cumpre a obrigação de executar o planificado.
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Saúde oral e parto prematuro
Liliana Ferreira Médica dentista. Mestre em Medicina Dentária pelo Instituto Superior de Saúde Egas Moniz. Quadro da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (Agrupamento de Centros de Saúde Almada- Seixal). liliana.s.ferreira@arslvt.min-saude.pt Lisboa.
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Conclusões: a doença de cárie é um problema de saúde oral frequente em parturientes que não vão com regularidade a consultas de medicina dentária e que podem contribuir para a prematuridade.
Introdução: vários estudos indicam haver uma associação entre a periodontite e o parto pré-termo (PPT), com a cárie dentária a ser um fator pouco investigado. O objetivo é avaliar a associação entre a saúde oral e o parto prematuro. Métodos: para este estudo, os dados registaram-se num questionário escrito dividido em quatro partes, englobando variáveis relacionadas com a caracterização sociodemográfica, gravidez, antecedentes pessoais e saúde oral. Para a avaliação do periodonto e existência de dentes com cárie em fase ativa, realizou-se um exame clínico intraoral. A amostra foi constituída por 60 puérperas internadas no serviço de puerpério do Hospital Garcia de Orta (HGO). A análise estatística realizou-se através do programa informático IBM SPSS Statistics, na versão 24.0. Resultados: a doença de cárie em fase ativa tem associação com o PPT (Teste Exato de Fisher:p = 0,033; N = 60), mas não existe associação entre o PPT e a doença periodontal (Teste Exato de Fisher: p = 0,5; N = 60). Para a prematuridade também contribui a presença de risco clínico durante a gravidez, como a pré-eclâmpsia (Teste Exato de Fisher: p = 0,004; N = 60). A gengivite e a doença de cárie observaram-se com maior frequência, existindo ainda associação entre a regularidade das consultas de medicina dentária com a cárie (X² (2) = 7,703; p = 0,006; N = 60).
Implicações clínicas: de forma a prevenir complicações de saúde oral, compreende-se a necessidade de termos uma assistência de saúde oral, de modo a prevenir complicações, que podem contribuir para a prematuridade. Palavras-chave: cárie, doença periodontal, gravidez, parto pré-termo e saúde oral.
Introdução A incidência global relativa dos PPT é de cerca de 9,6% de todos os partos, num universo de 12,9 milhões: 12 a 13% nos Estados Unidos da América, 5% a 9% na Europa e 18% em África, não tendo diminuído nos últimos 10 anos1,2,3,4. As mulheres grávidas encontram-se entre um dos grupos da população mais vulnerável, com risco para o desenvolvimento de doenças periodontais, principalmente devido às barreiras existentes para o acesso a cuidados de saúde oral, assim como à falta de conhecimentos sobre a importância dos cuidados de saúde oral e a sua repercussão no bom desenvolvimento da gestação5. As infeções orais durante a gravidez podem contribuir para acelerar a inflamação dos tecidos orais e a degradação do esmalte, sendo consideradas um fator de risco para o PPT, uma vez que podem causar uma infeção sistémica, que contribui para a rutura de membranas e o parto prematuro, através da translocação de produtos bacterianos (como endotoxinas) e pela ativação de mediadores inflamatórios5,6.
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Offnbacher et al. em 1996 introduziram a hipótese de que as doenças periodontais poderiam ser um potencial fator de risco para o PPT, tendo sido realizados diversos estudos para explorar esta relação, que revelam existir uma forte associação entre a doença periodontal e a incidência de partos prematuros, aumentando o risco com a severidade da periodontite3.
observacional, já que se pretende descrever e compreender a realidade em estudo sem haver manipulação de variáveis (Ribeiro, 1999). De modo a aplicar os instrumentos de recolha de dados, pediu-se autorização prévia por escrito ao diretor clínico do Internamento de Puérperas e à Comissão de Ética do Hospital Garcia de Orta, tendo ambos sido aprovados.
A associação entre a cárie e o PPT tem sido pouco investigada e não demonstra associação na maioria dos estudos realizados7,8,9.
Após a autorização concedida, aplicaram-se os questionários às puérperas que se encontravam no Internamento de Puérperas do Hospital Garcia de Orta que correspondiam aos critérios acima definidos. As orientações para o preenchimento dos instrumentos de recolha de dados foram dadas por mim e pessoalmente, de modo a esclarecer dúvidas inerentes ao preenchimento do mesmo.
Métodos No presente estudo a população alvo corresponde a puérperas até ao terceiro dia após o parto, sem edentulismo, sem aparelho ortodôntico e sem gravidez múltipla. Neste estudo de investigação as puérperas selecionaram-se aleatoriamente no internamento de puérperas do Hospital Garcia de Orta, de acordo com os critérios acima descritos, em que as orientações para o preenchimento dos instrumentos de recolha de dados foram dadas pessoalmente, de modo a esclarecer dúvidas inerentes ao preenchimento do mesmo. As participantes neste estudo são 60 puérperas que se encontravam no Internamento de Puérperas do Hospital Garcia de Orta, de 9 até 21 de maio de 2017. O desenho de investigação deste estudo é observacional – descritivo transversal. É um estudo
Após o questionário, efetuou-se o exame clínico intraoral que inclui avaliação do periodonto (saudável, gengivite, periodontite) e existência de dentes cariados em fase ativa, pelo método de diagnóstico visual e tátil, com recurso aos materiais: espelho intraoral, sonda periodontal calibrada, luvas, máscara de proteção individual, babete e porta-babete. Para avaliar o periodonto, utilizou-se o Índice Periodontal Comunitário (IPC) e recorreu-se ao índice de Perda de Inserção Periodontal (PIP), que são os índices mais indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para este tipo de análise10.
Variáveis relacionadas com a saúde oral Frequência % Semestral 13 21,70 Regularidade de consultas Anual 12 20,00 ao médico dentista Não vou regularidade 35 58,30 Consultas de Medicina Dentária Sim 27 45,00 Durante a gravidez Não 33 55,00 Destartarização 12 20,00 Tratamento realizado Restauração 11 18,30 durante a gravidez Extração 2 3,30 Observação 2 3,30 Uma vez por dia 1 1,70 Frequência de escovagem Duas vez por dia 44 73,30 Três ou mais vezes por dia 15 25,00 Sim 19 31,70 Uso de fio dentário Não 41 68,37 Sim 02 3,30 Uso de escovilhão Não 58 96,70 Tabela 1. Variáveis relacionadas com a saúde oral.
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Todas as observações efetuaram-se com a puérpera em decúbito dorsal, sob luz artificial e após escovagem dos dentes. A cada participante explicou-se as regras básicas de higiene oral relativamente à escovagem e ao uso de fio dentário. Quando for detetada a necessidade de tratamento/correção dentária as participantes foram aconselhadas a dirigir-se a uma consulta de Medicina Dentária. Nas medições do IPC e PIP, utilizou-se uma sonda periodontal calibrada de 3 em 3 mm, tendo-se realizado a sondagem do PIP, logo após o IPC, em seis localizações: disto-vestibular, centro-vestibular, mesio-vestibular, mesio-palatino/lingual, centro palatino/ lingual e disto-palatino/lingual. Para a definição dos casos de periodontite, além da medição dos valores de perda de inserção tivemos em consideração os critérios adotados pela AAP (2015), que inclui a medição da profundidade de sondagem com uma sonda periodontal calibrada entre a margem gengival e o fundo da bolsa periodontal, superior a 4 mm, em pelo menos uma das localizações dos dentes índice. Os pacientes com profundidade de sondagem igual ou inferior a 3 mm, sem sinais inflamatórios (edema, vermelhidão, hemorragia à sondagem e exsudado purulento) consideram-se como saudáveis. Os pacientes que apresentam sinais inflamatórios, com profundidade de sondagem igual ou inferior a 3 mm, devem ser diagnosticados com gengivite.
Resultados Características gerais da amostra A nossa amostra tem uma média de idades de 29,8 e o intervalo de idades situa-se entre os 19 e 43 anos. Quanto ao estado civil, a maior percentagem (55%) é solteira, 26,7% da amostra encontram-se casadas, 16,7% vivem em união de facto e 1,7% divorciadas. A maior percentagem das participantes da amostra (35%) concluiu o ensino secundário e 31,7% da amostra completou o ensino básico. Dentro dos graus de ensino superior, 25% concluiu uma licenciatura e 8,3% era detentora de um mestrado. A maioria das participantes (58,3%) eram trabalhadoras, 30% encontrava-se desempregada e 11,7% eram domésticas. 95% não eram fumadoras, enquanto apenas 5% tiveram hábitos tabágicos durante a gravidez. Nenhuma das participantes ingeriu bebidas alcoólicas durante a gravidez, 86,7% das participantes não tinham tido doenças ou cirurgias anteriores à gravidez e apenas 13,3%, tinham tido doenças ou cirurgias prévias à gestação. Relativamente à idade gestacional em que se deu o parto, verifica-se que a maioria das participantes (85%) tiveram partos de termo, contra 15% que tiveram partos pré-termo (idade gestacional inferior a 37 semanas). Ainda é possível perceber que para metade da amostra (50%) este será o primeiro filho, 31,7% o segundo filho, 11,7% o terceiro filho e para 6,7% da amostra o quarto filho.
Não existe risco associado à gravidez em 66,7% da amostra. Os restantes 33,3% referem existir algum problema associado à gravidez. As situações de risco clínico associado à gravidez relatadas pelas participantes encontram-se descritas, sendo a situação de risco mais frequente relacionada com a pré-eclâmpsia em 13,3% da amostra, seguindo-se do descolamento da placenta em 6,7% dos casos e 5% relacionado com casos de anemia grave. As situações de risco menos frequentes e em igual percentagem (1,7%) são: hidrâmnios, colestase gravídica, hipotiroidismo e teratoma. Mais de metade das participantes (58,3%) não vão com regularidade a uma consulta de medicina dentária, enquanto 21,7% vão com uma regularidade semestral e 20% anual. Durante a gravidez 55% não tiveram consultas de medicina dentária e 45% tiveram consultas de medicina dentária na gravidez. Os tratamentos realizados foram, na sua maioria, a destartarização (20%), seguindo-se a restauração (18,3%). Em menor número realizaram-se extrações (3,3%) e duas observações (3,3%). Relativamente à frequência de escovagem, 73,3% das inquiridas, escovavam os dentes duas ou mais vezes por dia, 25% três ou mais vezes por dia e apenas uma inquirida referiu escovar os dentes uma vez por dia. Quanto ao uso do fio dentário, a sua utilização não era frequente (68,3%) e 31,7% referiram usar. Relativamente ao uso de escovilhão apenas duas inquiridas (3,3%) referiram usar o escovilhão, enquanto 96,7% referiram não usar. Observamos que metade das puérperas (50%) apresentavam boa saúde periodontal. Quando às doenças periodontais, a gengivite é a mais frequente, encontrando-se em 33,3% dos casos, seguindo-se a periodontite ligeira em 10%, periodontite severa em 5% dos casos e a situação menos frequente corresponde à periodontite moderada (1,7%). Relativamente à presença de cáries em fase ativa, mais de metade das puérperas apresentavam cáries (55%, n = 33) e 45% (n = 27), não apresentavam cáries.
Freq. %
Saúde periodontal
30
50,0
Gengivite
20 33,3
Periodontite ligeira
6
10,0
Periodontite moderada
1
1,7
Periodontite severa
3
5,0
Total
60 100,0
Tabela 2. Outras variáveis relacionadas com a saúde oral.
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Freq.
%
Sim
33
55
Não
27
45
Total
60
100
Cáries em fase ativa
Tabela 3. Presença de cáries em fase ativa.
Associação das variáveis com o parto pré-termo No nosso estudo pretendemos testar se duas populações (puérperas com partos pré-termo e com partos de termo) independentes diferem relativamente ao facto de apresentarem cáries ou doença periodontal. As nossas hipóteses estatísticas são: H0 – a ocorrência de PPT é independente da presença de cáries/doença periodontal; H1 – a ocorrência de PPT depende da presença de cáries/doença periodontal.
Associação das variáveis com a presença cárie/s A análise inferencial estatística permite afirmar que a presença de cárie em fase ativa depende da regularidade das consultas (x² (2) = 7,703; p = 0,006; N = 60). Relativamente a outras variáveis em estudo e a sua associação com a presença de cáries, a análise inferencial permite afirmar que as lesões de cárie são independentes das consultas de medicina dentária durante a gravidez (x² (2) = 2,210; p = 0,137; N = 60); da frequência de escovagem (Teste Exato de Fisher: p = 0,450; N = 60); a utilização do fio dentário (Teste Exato de Fisher: p = 0,298; N = 60); da escolaridade (x² (2) = 1,925; p = 0,165; N = 60) e da profissão (x² (2) = 2,926; p = 0,087; N = 60). Associação das variáveis com a condição periodontal A condição periodontal não está associada às outras variáveis em estudo, conforme se verificou pela análise inferencial estatística: regularidade das consultas (x² (2) = 1,086; p = 0,297; N = 60); consultas de medicina dentária durante a gravidez (x² (2) = 0,067; p = 0,795; N = 60); frequência de escovagem (Teste Exato de Fisher: p = 1; N = 60); utilização de fio dentário (x² (2) = 0,693; p = 0,405; N = 60); escolaridade (x² (2) = 1,832; p = 0,176; N = 60) e profissão (x² (2) = 0,069; p = 0,793; N = 60).
Para avaliar se o PPT é independente da presença de cáries/ doença periodontal recorreu-se ao teste do Qui-quadrado de independência e ao Teste Exato de Fisher. Considerou-se uma probabilidade de erro tipo I (a) de 5% em todas as análises inferenciais. Relativamente à relação entre o PPT e a doença periodontal, em que foram agrupados os casos de saúde periodontal e os de doença (gengivite, periodontite), a análise inferencial estatística permite afirmar que a ocorrência de PPT é independente da doença periodontal (Teste Exato de Fisher: p = 0,5; N = 60). Quando são agrupados os casos de periodontite (periodontite ligeira, periodontite moderada e periodontite severa), para comparação com o PPT, a análise inferencial estatística permite afirmar que o PPT também não apresenta associação (Teste Exato de Fisher: p = 0,163; N = 60). A análise inferencial estatística permite afirmar que o PPT é dependente da presença de cáries (Teste Exato de Fisher: p = 0,033; N = 60). Relativamente à variável Gravidez de risco e PPT, a análise inferencial estatística permite afirmar que a ocorrência de partos pré-termo depende da presença de risco (Teste Exato de Fisher: p = 0,004; N = 60). Relativamente a outras variáveis em estudo e a sua associação com o PPT, a análise inferencial permite afirmar que o PPT é independente das habilitações literárias (Teste Exato de Fisher: p = 0,473; N = 60); da regularidade das consultas de medicina dentária (Teste Exato de Fisher: p = 0,482; N = 60); das consultas de medicina dentária durante a gravidez (Teste Exato de Fisher: p = 0,349; N = 60) e da existência de doenças ou cirurgias prévias à gravidez (x² (2) = 0,45; p = 0,832; N = 60).
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Discussão No presente estudo, para além de grande parte da amostra apresentar lesões de cárie ativas, o tipo de lesões na grande maioria era de fácil observação, com grande destruição coronária devido à progressão da doença e em múltiplos dentes, com cavitações bem visíveis, sobretudo nas superfícies oclusais, livres e radiculares, de consistência mole e cor castanha. Tal ocorreu numa amostra de mulheres em idade fértil, portanto jovens, comprovando que de facto a cárie é uma das doenças que mais afeta a população, sobretudo mulheres, que se encontram mais suscetíveis ao desenvolvimento da doença durante a gravidez, devido às alterações hormonais, salivares, imunológicas, assim como devido à ingestão mais frequente de hidratos de carbono e maior ocorrência de vómitos11,12. Para este resultado poderá ter contribuído o facto de as participantes da amostra não irem com regularidade ao médico dentista, verificando-se no nosso estudo que a presença de cárie tem associação com a regularidade das consultas de medicina
dentária. Este resultado poderá dever-se às barreiras existentes para o acesso da população a cuidados de saúde oral, assim como à falta de conhecimentos sobre a importância dos cuidados de saúde oral e a sua repercussão no desenvolvimento da gestação5. Apesar das grávidas serem beneficiárias dos cheques-dentista que lhes garantem tratamentos de medicina dentária durante a gravidez, de forma gratuita, muitas desconheciam este direito e as que estavam a ser tratadas tinham vários problemas de saúde oral, sendo este recurso insuficiente, deixando muitos tratamentos para depois da gestação. Relativamente a este aspeto confirma-se no nosso estudo que a maioria das participantes apresentavam na sua maioria o ensino secundário, encontravam-se empregadas e não foram a consultas de medicina dentária na gravidez. Os tratamentos mais frequentes foram os mais simples, como destartarizações. As situações mais complexas, segundo as inquiridas, eram deixadas para depois da gestação por opção da mulher, na maior parte dos casos. Uma possível explicação para as mulheres evitarem as consultas de medicina dentária durante a gravidez é por considerarem normal o agravamento do estado de saúde oral durante este período ou por considerarem que os tratamentos dentários durante a gravidez poderem provocar problemas ao feto13. A falta de conhecimento sobre os cuidados básicos de saúde oral pode verificar-se na nossa amostra, em que a maioria não utilizava o fio dentário e quase a totalidade da amostra não usava, nem sabia o que era um escovilhão. Por outro lado, a frequência da escovagem realizava-se na maioria dos casos duas vezes por dia, mas grande parte refere não o fazer durante dois minutos e desconheciam a importância do tempo de escovagem. No entanto, a análise estatística inferencial diz-nos não existir uma associação entre a cárie e os hábitos de higiene oral, escolaridade, profissão ou consultas de medicina dentária durante a gravidez, o que nos pode indicar que o dado mais relevante é a regularidade das consultas de medicina dentária ao longo da vida, do que num período recente e limitado no tempo, pois só assim se podem detetar lesões de cárie precocemente, atuando de forma precoce ou prevenindo a doença através de tratamentos preventivos e acompanhando o indivíduo de acordo com as suas necessidades, evitando assim a progressão da doença.
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O estudo de Ryalat e cols.21 está em concordância com estes resultados, uma vez que se encontrou uma associação estatisticamente significativa entre a presença de cáries em fase ativa e o PPT, contrariando os resultados de estudos anteriores, que não demonstraram essa associação7,8,9,14. A condição gravítica com aumento de estrogénios e progesterona, que se repercute no aumento da permeabilidade capilar e dilatação, diminuição da barreira epitelial, assim como devido à diminuição da resposta imunológica materna, poderão facilitar o processo de disseminação bacteriana decorrente da doença de cárie. Esta hipótese vai ao encontro da teoria de disseminação bacteriana, que assenta na possibilidade de bactérias orais passarem através da circulação sanguínea para o útero materno. Dentro do útero estes patogenos podem induzir uma reação inflamatória, podendo induzir o PPT3,15. A presença de risco também é um fator que apresenta associação com o PPT, dado este que não é surpreendente, visto que todas as situações de risco descritas, sendo a mais frequente a pré-eclâmpsia, podem condicionar a idade gestacional em que ocorre o parto, tendo este de ser induzido de forma a salvaguardar o bem-estar materno-fetal. Estes dados encontram-se em concordância com a literatura3,16,17,18,19,20. No presente estudo a maioria das inquiridas apresentava saúde periodontal, sendo a gengivite, dentro das doenças periodontais, a mais frequente, confirmando-se que se trata de uma situação comum, afetando particularmente mulheres grávidas que devido às alterações hormonais são mais suscetíveis à inflamação, edema e hemorragia à sondagem. Estes dados contrariam os resultados de Izidoro22 em que a maioria das puérperas não apresentavam saúde periodontal, no entanto, a gengivite observou-se com maior frequência em comparação com a periodontite, tal como se verificou no nosso estudo.
Sabendo que a gengivite surge devido a uma má higiene oral e que com visitas regulares ao dentista e uma vigilância apropriada é possível prevenir complicações periodontais, numa amostra como a do presente estudo, em que a maioria não vai com regularidade ao médico dentista poderá ser mais suscetível ao aparecimento da gengivite, explicando assim este resultado. Na maioria dos casos, não se verificarem casos de periodontite devido ao facto de esta ser uma doença infeciosa, em que a presença do agente microbiológico por si só não é condição única para que a doença evolua, sendo o seu agravamento decorrente de outros fatores, como deficiências nutricionais, condição socioeconómica, hábitos tabágicos ou condições sistémicas, como a diabetes (que na nossa amostra também não é frequente), sexo masculino (não se verifica nesta amostra) e idade mais avançada (que também não se verifica, pois trata-se de uma amostra de mulheres jovens)15. Os nossos resultados são concordantes com os de vários estudos3,23,24,25 que não encontraram associação entre o PPT e a periodontite. Analisando o grau de periodontite mais frequente da nossa amostra, verificamos que a que se observa com maior frequência é a periodontite ligeira, enquanto em outros estudos, como Effect of oral diseases on mothers giving birth to preterm infants21, encontrou-se uma associação entre o PPT e a periodontite severa, o que nos faz pensar na possibilidade de a profundidade das bolsas ter influência no desencadear do parto, devido à maior proximidade do biofilme bacteriano com a circulação sanguínea, havendo uma reação inflamatória que pode desencadear o parto.
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Conclusões Relativamente às principais conclusões do estudo, os resultados indicam-nos que existe associação entre a doença de cárie em fase ativa e o parto prematuro, não se verificando associação entre a doença periodontal e o parto prematuro. Verificou-se ainda que a cárie está associada à regularidade das consultas de medicina dentária e que a gengivite é uma doença comum e, como tal, estes resultados reforçam a importância de um maior acompanhamento pelo médico dentista, com visitas regulares de forma a prevenir complicações de saúde oral. Bibliografia 1. Beck S, Wodjdyla D, Say L, Betran A, Merialdi M, Requejo J, Rubens C. The Worldwide incidence of preterm birth: a systematic review of maternal mortality and morbility. Bulletin of the World Health Organization 2010; 88: 31-38.
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Coroas de zircónia pré-formadas em dentição decídua. Revisão bibliográfica (Póster premiado nas Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa, com o patrocínio da Maxillaris)
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Joana Ferreira Azevedo Aluna do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa (Porto).
Introdução A Medicina Dentária é uma área que está em constante evolução acompanhando as novas tecnologias e desenvolvendo, em prol dos pacientes, melhores metodologias e materiais inovadores para as diferentes áreas de intervenção (Ashima et al., 2014).
Renata Constante Aluna do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa.
As coroas de zircónia para reabilitação da dentição permanente são uma opção restauradora há várias décadas, no entanto, em 2010 surgiram as coroas de zircónia pré-formadas individualizadas para a dentição decídua (Liu e Donly, 2016).
Cátia Carvalho Médica dentista. Docente da Unidade Curricular de Odontopediatria da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa. Especialista em Odontopediatria pela Ordem dos Médicos Dentistas. Mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMDUP). Curso de Especialização em Odontopediatria pela FMDUP.
As coroas de zircónia pré-formadas correspondem a um tipo de reabilitação recente que surge na tentativa de colmatar as desvantagens das opções restauradoras atualmente disponíveis (Walia, 2014), desafiando assim, o médico dentista a satisfazer as necessidades estéticas e morfológicas quer do paciente, quer dos responsáveis (El Shahawy e O’Connell, 2016; Pani et al., 2016).
Rita Rodrigues Médica dentista. Docente da Unidade Curricular de Odontopediatria da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa. Especialista em Odontopediatria pela Ordem dos Médicos Dentistas. Mestrado em Ortodontia Intercetiva pela Universidade de Krems (Áustria).
O principal objetivo deste trabalho de revisão consiste em explanar a aplicabilidade clínica, as vantagens e as desvantagens da utilização das coroas de zircónia pré-formadas na dentição decídua.
Porto.
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Materiais e métodos Pesquisa bibliográfica efetuada na base de dados eletrónica PubMed com as palavras-chave: coroas de zircónia pré-formadas, dentes provisórios, reabilitação anterior, odontopediatria, isoladas ou combinadas através do marcador booleano “AND”. Na estratégia da pesquisa consideraram-se artigos em língua inglesa e francesa, publicados entre 2000 e 2018. Na seleção dos artigos científicos teve-se em consideração o desenho dos estudos, assim como as metodologias utilizadas, tendo sido incluídos artigos de: meta-analysis, clinical randomised controlled trials, revisões: systematic review e narrative review, bem como: case reports e guidelines. Excluiram-se todos os artigos que reportassem a utilização de zircónia na reabilitação da dentição permanente. Após aplicação dos critérios apresentados selecionaram-se 12 artigos.
Resultados Perante a revisão bibliográfica efetuada constata-se que a abordagem terapêutica com coroas de zircónia pré-formadas apresenta várias indicações clínicas nomeadamente, em traumatismos dentários, cáries precoces da infância, restaurações extensas e defeitos de desenvolvimento da estrutura dentária (Abdulhadi et al., 2017; Salami et al., 2015), assim como uma panóplia de vantagens associadas, das quais destacam-se a estética (Walia, 2014; Liu e Donly, 2016; Veerakumar et al., 2017), a sua biocompatibilidade (Prabhakar et al., 2017; Abdulhadi et al., 2017; Vulićević et al., 2017) e uma maior satisfação dos pais/responsáveis (Ashima et al., 2014; Holsinger et al., 2016). Contudo, esta modalidade terapêutica não representa uma técnica isenta de desvantagens (Salami et al., 2015; Liu e Donly, 2016; Ashima et al., 2014; Holsinger et al., 2016; Veerakumar et al., 2017), como pode verificar-se na tabela 1.
Indicações: • Traumatismos dentários. • Cáries precoces da infância. • Restaurações extensas. • Defeitos de desenvolvimento da estrutura dentária. Vantagens: • Dureza semelhante ao esmalte. • Elevada taxa de retenção. • Menor inflamação gengival. • Resistência à flexão. • Melhor aceitação por parte da criança. • Menor tempo de consulta. • Biocompatibilidade. • Menor acumulação de placa bacteriana. • Estética. • Satisfação dos pais/responsáveis. • Durabilidade. • Sem alteração de cor. Desvantagens: • Curva de aprendizagem. • Redução da estrutura dentária. • Dor e desconforto. • Custo. Tabela 1. Indicações, vantagens e desvantagens da utilização de coroas de zircónia pré-formadas na dentição decídua.
Protocolo (Veerakumar et al., 2017) 1. Escolha aproximada do tamanho da coroa e avaliação da relação oclusal (Try-In) antes da preparação do dente. 2. Redução da superfície oclusal 1-2 mm (no caso de dentes anteriores 1,5-2 mm do bordo incisal) mantendo os contornos naturais do dente. 3. Remoção dos contactos interproximais e redução da coroa clínica em todos os planos entre 20 a 30% (0,5-1,25 mm). A preparação resultante será paralela a ligeiramente convergente. 4. Extensão e aperfeiçoamento da margem da preparação a nível subgengival, de aproximadamente 1-2 mm com broca diamantada fina e afilada. Arredondamento dos ângulos vivos resultantes do desgaste realizado na superfície dentária.
5. Verificação da coroa selecionada para o paciente (coroa Try-In). Caso se verifique contaminação com saliva ou sangue, limpar a superfície interna da coroa com jato de óxido de alumina. 6. Limpeza da superfície dentária, eliminando sangue, saliva ou detritos e controlar a hemorragia. 7. Cimentação da coroa com cimento de resina. Segurar a coroa firmemente na posição correta até à auto-polimerização total do cimento ou até fotopolimerizar. Remover os excessos. 8. Verificar a oclusão, caso a coroa esteja em supra-oclusão, deve-se realizar um ligeiro ajuste nos dentes antagonistas.
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Discussão As coroas de zircónia pré-formadas apresentam uma elevada resistência à fratura e ao desgaste (Abdulhadi et al., 2017), assim como uma elevada biocompatibilidade resultante da sua superfície lisa que permite uma menor acumulação de placa bacteriana e, por conseguinte, uma menor inflamação gengival (Walia, 2014; Ashima et al., 2014). Abdulhadi e os seus colaboradores conduziram um estudo comparativo entre coroas pré-formadas maxilares e mandibulares de zircónia (60) e metálicas (60) com um follow-up de três, seis e 12 meses onde se avaliaram vários parâmetros clínicos, tais como a inflamação gengival, placa bacteriana e lesões de cárie dentária. Relativamente à inflamação gengival verificou-se que no follow-up dos seis meses 100% dos casos não apresentavam inflamação gengival quando reabilitados com coroas de zircónia pré-formadas, o mesmo resultado para as coroas metálicas apenas obteve-se no follow-up dos 12 meses. Quanto à presença de placa bacteriana, aos 12 meses no grupo das coroas de zircónia 100% não apresentava placa bacteriana, enquanto que no grupo comparativo 25% apresentava. Ao longo dos 12 meses de follow-up não se verificaram recorrências de lesões de cárie, o que demonstra o sucesso das restaurações com coroas de recobrimento total, quer metálicas quer de zircónia (Abdulhadi et al., 2017). Uma vez que no grupo das coroas de zircónia pré-formadas assiste-se à total ausência de sangramento à sondagem apenas em seis meses, assim como a um menor índice de placa bacteriana, que associados a uma melhor estética tornam estas coroas uma modalidade terapêutica vantajosa relativamente às coroas metálicas pré-formadas. Salami et al. estudaram uma amostra de 39 crianças com incisivos superiores decíduos com necessidade de tratamento devido a lesão de cárie ou traumatismo dentário. Realizou-se um estudo clínico prospetivo, no qual se avaliou e comparou a satisfação dos pais relativamente a três tipos de abordagens: coroas de resina
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composta, coroas metálicas pré-formadas e coroas de zircónia pré-formadas. Após um ano, os pais preencheram um questionário relativamente à satisfação e ao desempenho clínico da respetiva coroa aplicada. A satisfação geral dos pais foi maior para as coroas de zircónia, seguindo-se as coroas de resina composta e um menor grau de satisfação associado às coroas metálicas pré-formadas. A insatisfação dos pais residia principalmente na durabilidade das coroas de resina composta e na estética resultante das coroas metálicas pré-formadas. Os resultados deste estudo demonstram que, quer as crianças, quer os seus responsáveis estão em concordância relativamente à vantagem estética destas coroas de zircónia sobre as restantes opções avaliadas (Salami et al., 2015), sendo verificado que existe uma unanimidade na literatura científica consultada (Abdul-hadi et al., 2017; Holsinger et al., 2016; Salami et al., 2015; Pani et al., 2016). As principais dificuldades inerentes à utilização destas coroas, por rotina na odontopediatria, relacionam-se com o facto de exigirem uma maior redução dentária comparativamente com a necessária para as coroas metálicas pré-formadas, podendo conduzir a episódios de dor e desconforto para o paciente (Liu e Donly, 2016; Holsinger et al., 2016; Salami et al., 2015; Clark et al., 2016).
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O protocolo para adaptação e manipulação destas coroas é minucioso, sendo mandatória uma formação especializada (Liu e Donly, 2016) à qual se associa um maior custo inerente a este tipo de tratamento (Ashima et al., 2014; Holsinger et al., 2016; Veerakumar et al., 2017). Apesar das limitações associadas à utilização destas coroas, as suas vantagens e indicações clínicas sobrepõem-se aos materiais e técnicas atualmente disponíveis para a reabilitação da dentição decídua. Este tipo de reabilitação possui uma extrema importância pela preservação e promoção da integridade da dentição decídua até à sua esfoliação e erupção da dentição permanente. Com as coroas de zircónia pré-formadas é assegurada a estética e a função, contribuindo positivamente para o desenvolvimento psicossocial da criança.
Conclusão Comparativamente com outros materiais restauradores, as coroas de zircónia pré-formadas permitem um maior conforto para o paciente dada a sua durabilidade e estética. Sob o ponto de vista psicossocial, esta opção terapêutica irá promover um maior grau de satisfação das crianças e dos seus responsáveis, permitindo, subsequentemente, uma interação adequada e funcional no relacionamento entre pares.
Bibliografia 1. Abdulhadi BS et al. Clinical evaluation between zirconia crowns and stainless crowns in primary teeth. J Pediatr Dent. 2017; 5: 21-27.
8. Prabhakar AR et al. Finite element stress analysis of restored primary teeth: a comparative evaluation between stainless steel crowns and preformed zirconia crowns. Int J Oral Health Sci. 2017; 7(1):10-15.
2. Ashima G et al. Zirconia crowns for rehabilitation of decayed primary incisors: an esthetic alternative. J Clin Pediatr Dent. 2014; 39(1): 18-22. 3. Clark L et al. Comparison of amount of primary tooth reduction recquired for anterior and posterior zirconia and stainless steel crowns. Pediatr Dent. 2016; 38(1): 42-6. 4. El Shahawy OI, O’Connell AC. Successful restoration of severely mutilated primary incisors using a novel method to retain zirconia crowns – two year results. J Clin Pediatr Dent. 2016; 6(40): 425-430. 5. Holsinger DM et al. Clinical evaluation and parental satisfaction with pediatric zirconia anterior crowns. Pediatr Dent. 2016; 38(3): 192-197. 6. Liu JA e Donly K. A review of esthetic crowns for the primary anterior dentition. The Journal of Multidisciplinary Care Decisions in Dentistry. 2016; 2(10): 21-25.
9. Salami A et al. Comparison of parental satisfaction with three tooth-colored full- coronal restorations in primary maxillary incisors. J Clin Pediatr Dent. 2015; 39(5): 423-428. 10. Veerakumar R et al. Esthetic crown in paediatric dentistry: a review. International Journal Innovations in Dental Sciences. 2017; 2(2): 44-62. 11. Vulićević Z et al. Prosthetics in paediatric dentistry. Balk J Dent Med. 2017; 78-82. 12. Walia T et al. A randomised controlled of three aesthetic full-coronal restorations in primary maxillary teeth. Eur J Paediatr Dent. 2014; 15(2): 113-118.
7. Pani SC et al. Esthetic concerns and acceptability of treatment modalities in primary teeth: a comparison between children and their parents. Int J Dent. 2016; 2016: 1-5.
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Filipa Brazão bailarina de flamenco e médica dentista
“A dança tornou-me uma pessoa mais extrovertida e isso ajuda-me muito no contacto com os pacientes” JUNHO 2018
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Filipa Brazão iniciou-se na arte do tablao em plena infância: primeiro experimentou aulas de sevilhanas e mais tarde rendeu-se ao flamenco. A médica dentista e docente da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa confessa-se uma fã incondicional da cultura espanhola e dedica boa parte do seu tempo livre ao popular baile tradicional do país vizinho, que exige uma técnica apurada e, claro está, muito salero. Em entrevista à MAXILLARIS, esta bailaora lisboeta constata que o flamenco é um mundo... e nunca se aprende tudo. Quando é que se iniciou no universo do flamenco? É uma vocação recente ou remonta aos tempos da sua infância? Quando tinha sete anos a minha mãe e as minhas tias quiseram experimentar aulas de sevilhanas e resolveram levar-me. A turma era de adultos e o professor nunca tinha dado aulas a crianças, mas logo no final da primeira aula estava rendida, o bichinho ficou. Depois, fui evoluindo e comecei a experimentar o flamenco. Aos 12 anos tive que parar de dançar, mas aos 17 retomei e, desde então, nunca mais parei! Como justifica a paixão por uma arte (da cultura espanhola) sem grande tradição em Portugal? Na verdade, até acho que a cultura espanhola e portuguesa se misturam bastante. O meu bisavô era espanhol, não sei se daí virá esta paixão. Certo é que sempre adorei a cultura espanhola, a energia e a vivacidade dos espanhóis... la movida. Acha que o flamenco tem condições para crescer no nosso país? Há cada vez mais grupos centrados neste tipo de folclore? Qual é a sua percepção neste domínio? Acho que o flamenco tem muitas “pernas” para andar e crescer em Portugal. Aliás, prova disso é o meu grande amigo e professor João Lara Pereira, que chegou à final da última edição do programa Got Talent Portugal. Como ele, já há muitos a procurar formação específica em Espanha e isso é ótimo. Há um pouco por todo o país, especialmente no Ribatejo, muitos grupos de sevilhanas, mas de flamenco a sério há apenas alguns bailarinos.
Que dificuldades apresenta o flamenco? Na sua opinião, quais são os principais requisitos para se “entrar a fundo” nesta arte? O flamenco é extremamente exigente do ponto de vista técnico. É necessário coordenar o movimento das mãos, dos braços, dos pés, ter uma postura correta e claro, tudo isto com muito salero. Na minha opinião, a técnica é muito importante, mas a atitude e a expressão são essenciais. Um bailarino pode ser fenomenal tecnicamente, mas se não for capaz de transmitir sentimento, de fazer sentir, saberá sempre a pouco. Esse para mim é o grande desafio. Do ponto de vista de aprendizagem, acho que faltam em Portugal mais músicos de flamenco, cantaores e guitarristas. É essencial aprender a dançar com música ao vivo, conhecer a teoria e a estrutura de cada baile. O flamenco é um mundo. Nunca aprendemos tudo.
Para Filipa Brazão, no flamenco a técnica é muito importante, mas a atitude e a expressão são essenciais.
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Nota: após receção do artigo, este será enviado à nossa Comissão Científica para aprovação.
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Quais são as suas principais referências no flamenco: intérpretes, guitarristas, etcétera? Ui... são tantas! Eu sou mais virada para os clássicos: Paco de Lucía (guitarra), Camarón e Carmen Linares (cantaores). Também gosto muito do Vicente Amigo (guitarrista), Miguel Poveda e Estrella Morente (cantaores). No baile é impossível não considerar Matilde Coral, Eva Yerbabuena, Carmen Amaya, Antonio Gades e alguns mais recentes, como Farruquito e Sara Baras. No contexto menos clássico: Rocío Molina e Leonor Leal. Podia enumerar aqui uma lista interminável... Mantém algum tipo de contacto ou intercâmbio cultural com a comunidade do flamenco em Espanha? Sim, faço aulas com um amigo que está em Sevilha a estudar flamenco. Já fui até lá para frequentar algumas aulas, mas o que faço com mais frequência são workshops com bailaores espanhóis que se deslocam a Portugal. Todos os anos, costumo ir até Sevilha por ocasião da Feria de Abril, ou só para passear, tapear e ver um bom espectáculo. Com que regularidade (e em que contexto) costuma realizar espectáculos? Já dancei em vários grupos. Neste momento, danço com alguns colegas e professores. Faço espectáculos de animação em eventos e alguns de palco. Há três anos fui convidada pela minha querida professora e amiga Marta Chasqueira para fazer parte do seu projeto “Identidade F.”, em que interpreta o fado tradicional através do baile flamenco. É um projeto muito especial do qual ainda faço parte e que já levámos a várias salas do país, inclusivamente ao pequeno auditorio do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, em outubro do ano passado. Foi sem dúvida um espectáculo marcante.
Tem previstos espectáculos para os próximos meses? Sim, tenho alguns eventos privados e ainda os espectáculos de fim de ano da escola onde faço aulas, nos dias 30 deste mês, em Alcochete, e 1 de julho, na Amadora. O fado e o flamenco são ambos património imaterial da UNESCO. Que pontos em comum é possível estabelecer entre estas duas expressões artísticas? Têm muito em comum, no fundo são duas formas de transmitir sentimento. E por isso é para mim tão importante fazer parte do espectáculo “Identidade F.”. A dança é uma linguagem universal, não é preciso falar a mesma língua para compreender o que se quer dizer. E o flamenco tem uma forma de expressão tão forte que acho que transmite muito bem a força que tem também o nosso fado tradicional. Fazemos muitas vezes um excerto nos cruzeiros que páram em Lisboa e o espectáculo tem sido muito bem recebido pelos turistas.
O meu bisavô era espanhol, não sei se daí virá esta paixão. Certo é que sempre adorei a cultura espanhola, a energia e a vivacidade dos espanhóis... la movida JUNHO 2018
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Não há nada mais gratificante do que ensinar algo novo e ver alunos a crescer, quer seja na dança como na profissão Que motivos a levaram a enveredar pelo curso de Medicina Dentária? Na verdade, como muitos dos meus colegas quando entrei em Medicina Dentária, queria Medicina, mas o que mais me fascinava na Medicina era o contacto com o doente. Em Medicina Dentária tinha também esse contacto, pelo que resolvi arriscar e experimentar. Hoje em dia, não tenho dúvidas de que a Medicina Dentária tem muito mais a ver comigo.
Considera que existe alguma complementaridade entre a sua ocupação profissional e a dança? Talvez… A dança tornou-me uma pessoa mais extrovertida e isso ajuda-me muito no contacto com os pacientes. Além da minha vertente clínica, sou docente na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, e o ensino é também algo que me preenche. Tanto é que também dou aulas de flamenco e sevilhanas. Não há nada mais gratificante do que ensinar algo novo e ver alunos a crescer, quer seja na dança como na profissão. O que mais a atrai/fascina na profissão de médica dentista? Poder ajudar alguém é algo fantástico. Sentir que fizemos bem a alguém que precisava é uma ótima sensação. Infelizmente, ainda há muita gente que tem muito medo dos tratamentos dentários. Quando tenho um paciente com esses medos gosto sempre de o ajudar a esquecer traumas antigos, é um desafio que me atrai sempre muito. De um modo geral, como encara o presente e o futuro da Medicina Dentária em Portugal? Essa é uma pergunta muito difícil. Faço parte de uma geração que não tem a vida muito facilitada no mercado de trabalho. Há muitos médicos dentistas, especialmente nas grandes cidades, e os seguros de saúde dificultam a manutenção de bons cuidados de saúde. Enfim, este é um tema muito delicado. Felizmente, tenho a sorte de trabalhar em ótimas clínicas, com excelentes colegas, mas tenho a noção de que nem todos os jovens médicos dentistas têm a mesma sorte. Ainda assim, acho que as novas gerações têm muito potencial, sinto que há vontade de crescer nos nossos alunos e nos meus colegas. Eu também tenho muita vontade de crescer.
Filipa Brazão atuando no Centro Cultural de Belém (Lisboa), no âmbito do projeto “Identidade F.”, em que o fado tradicional é interpretado através do baile flamenco. FOTO: HUGO MACEDO
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A Indústria a fundo Inês Faria,
cofundadora da Learn More
“A Learn More pretende ir ao encontro das necessidades e das carências formativas de forma individualizada” Que motivos justificam a criação da Learn More? A Learn More é uma empresa de formação na área da Medicina Dentária que surge naturalmente quando quatro amigos e colegas médicos dentistas, especialistas em Periodontologia, decidem dar continuidade à sua experiência de docência e clínica num formato inovador e diferente. A Learn More pretende ir ao encontro das necessidades e das carências formativas de forma individualizada. Na realidade, a Learn More irá realizar cursos com formatos diferentes ajustados de acordo com o nível de aprendizagem e de experiência dos participantes. Qual é a principal aposta da Learn More em termos formativos para este ano? Que áreas do ensino da Medicina Dentária vão ser privilegiadas? A agenda de formação de 2018 será transversalmente dedicada à área da Periodontologia com três cursos de formato modular realizados em São Miguel, Lisboa e Funchal.
O primeiro curso modular realizou-se em São Miguel consistindo em três módulos distintos com abordagem das diferentes temáticas relacionadas com a Periodontologia, desde os temas de diagnóstico até as técnicas de cirurgia mucogengival. Em outubro e dezembro realizar-se-ão dois módulos de formação em Lisboa, que visam abordar os temas clínicos cirúrgicos da Periodontologia que permitam melhorar a prática clínica e proporcionar o ensino das técnicas mais recentes. No Funchal vai decorrer uma formação intensiva de três dias com componente teórica e teórico-pratica passando por diferentes temas da Periodontologia. Há cursos em fase de preparação noutras áreas do conhecimento? As diferentes áreas da Medicina Dentária também serão abordadas em cursos futuros. Neste momento, estamos a definir o calendário para os próximos anos, com a garantia que será assegurada a excelência.
O programa dos cursos de periodontologia inclui práticas hands-on com magnificação.
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Futuramente serão lançados outros cursos cujos temas e áreas têm por base a seleção de tópicos relevantes com interesse generalizado para os médicos dentistas.
Equipa diretiva: - Prof. Dra. Susana Noronha. - Dr. Francisco Brandão de Brito. - Dra. Inês Faria. - Dr. João Branco.
Que outros eventos ou iniciativas, com a chancela da Learn More, estão a ser equacionados para os profissionais portugueses do setor dentário? Gostaríamos de destacar que, desde a fase embrionária da empresa até à fase atual, temos sido abordados por diferentes pessoas de destaque nacional e internacional, relacionadas com a Medicina Dentária, que têm sugerido diferentes parcerias. Este interesse crescente e a confiança que sentimos desde o primeiro dia dos nossos parceiros de indústria deixa-nos cheios de confiança e com grande entusiasmo no futuro próximo. Projetos a serem lançados brevemente, embora ainda em fase de operacionalização, serão certamente de interesse generalizado e com formatos adaptados a diferentes níveis de experiência dos médicos dentistas.
de excelência. É de enaltecer as diferentes iniciativas e projetos de formação que existem atualmente em Portugal e esperamos conseguir, num patamar já por si de grande qualidade, primar pela excelência do ensino e da formação.
Como comenta a atual conjuntura portuguesa na área da formação em Medicina Dentária? A Medicina Dentária portuguesa tem um elevado nível científico e clínico, o que se revela na grande diversidade de cursos
Em que medida considera que a Learn More poderá contribuir para consolidar o panorama formativo nacional neste domínio? A Learn More assume a responsabilidade de assegurar formações de excelência com base
Principais oferta de produto no setor dentário: - Formação na área da Medicina Dentária. Sede: - Lisboa.
em conteúdos teóricos e práticos completos e abrangentes. Destacamos que o apoio da Learn More não cessa com o final dos cursos, já que consideramos importante que os participantes mantenham a ligação com a Learn More, cujos formadores estão totalmente ao dispor para dar um apoio continuado. Pretendemos que os diferentes cursos com distintos formatos sejam objetivos e que vão ao encontro das necessidades e lacunas que os participantes pretendem colmatar. Os cursos modulares da Learn More visam ser esclarecedores não apenas do ponto de vista teórico mas essencialmente do ponto de vista prático com grande incidência e destaque na explicação e “treino” de execução das diferentes técnicas. Quais são os principais argumentos da marca Learn More para conquistar a confiança da classe dos médicos dentistas? O principal argumento é o convite para visitarem e conhecerem a nossa empresa de forma a perceberem o modus operandi da Learn More. Apesar da empresa ser recente, asseguramos que os cursos serão operacionalizados por médicos dentistas com experiência clínica e de formação inegáveis, assegurando uma clara e sustentada transmissão de conhecimentos, de forma a ir ao encontro das necessidades dos participantes.
em imagens
Os sócios fundadores da Learn More: a partir da esquerda, Francisco Brandão de Brito, Susana Noronha, Inês Faria e João Branco.
Os cursos são ministrados por profissionais com uma vasta experiência clínica.
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Calendário
CIRURGIA ORAL
ENDODONTIA
Curso clínico intensivo com pacientes
Título de experto em endodontia
A Microdent já tem confirmadas as próximas convocatórias do curso intensivo internacional "Cirurgia avançada orientada para a formação profissional”, que se celebrará, como é habitual, na clínica dentária Alveodente, em Lisboa. Trata-se das edições 27 e 28, que se realizarão nas seguintes datas: de 30 deste mês a 6 de julho e de 27 de outubro a 3 de novembro. O médico dentista espanhol Holmes Ortega Mejía orientará esta formação, com um enfoque metodológico diferente e cujo objetivo principal é proporcionar truques de cada técnica baseados na sua experiência cirúrgica.
A CEOdont (Grupo Ceosa) vai celebrar, em Madrid (Espanha), uma nova edição deste curso, orientado por Juan Manuel Liñares Sixto, cujo principal objetivo é proporcionar os conhecimentos teóricos e a habilidade e confiança necessárias para que o aluno possa proceder à execução do tratamento proposto de forma previsível. O programa inclui os seguintes módulos: • 1. Abertura de câmara e preparação de condutos; de 14 a 16 deste mês. • 2. Instrumentação mecânica; de 12 a 14 de julho. • 3. Obturação de condutos radiculares ; de 13 a 15 de setembro. • 4. Restauração após a endodoncia; de 4 a 6 de outubro. • 5. Retratamento e endodontia cirúrgica; de 22 a 24 de novembro.
(0034) 637 431 630 (Sandra Guijarro)
(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com
ESTÉTICA DENTÁRIA
ESTÉTICA DENTÁRIA
Curso sobre facetas cerâmicas
Fusão de arte e ciência
A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) agendou para os próximos dias 2 e 3 de julho, nas instalações do Conselho Regional do Norte desta sociedade científica, no Porto, um curso subordinado ao tema “Facetas cerâmicas: do planeamento à preparação e adesão”. Esta formação, que será ministrada por Rui Isidro Falacho, pretende dotar o participante de competências na reabilitação de dentes anteriores com recurso a restaurações cerâmicas aderidas. Na vertente teórica serão abordados todos os passos do tratamento: planeamento digital e analógico, enceramento, ensaio restaurador intraoral, preparação dentária, provisionalização, impressões definitivas, comunicação com o laboratório, adesão, controlo e manutenção.
A médica dentista Joana Garcez e o técnico de laboratório Luís Fonseca apresentam nos dias 9 a 11 de julho, em Lisboa, esta formação baseada em dois princípios fundamentais para conseguir um tratamento bem sucedido: a cor e a anatomia. Este curso proporcionará aos alunos um estudo racional e didático da anatomia dos dentes anteriores, conhecimentos para o encerado dos mesmos, a seleção de cor, controlar a estratificação com compósitos e dominar técnicas de polimento de superfície.
www.spemd.pt
Joana Garcez.
icde.es@ivoclarvivadent.com
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MAXILLARIS
calendário
ESTÉTICA DENTÁRIA
ESTÉTICA DENTÁRIA
Encerado diagnóstico e técnica Ink-Glue
Odontologia multidisciplinar
A CEOdont (Grupo Ceosa) organiza nos dias 19 e 20 do próximo mês de outubro, em Madrid (Espanha), um curso de “Encerado diagnóstico e técnica Ink-Glue”, orientado por Iván Ronald Huanca. Esta ação formativa tem por objetivo melhorar e atualizar os participantes acerca dos novos conceitos para a morfologia dentária. O programa inclui exercícios práticos como o manejo de instrumentos e também a correta visualização de cada dente que será demonstrada em vídeo. O desempenho de cada aluno será permanentemente acompanhado pelo orientador do curso.
Nos próximos dias 29 e 30 deste mês, o médico dentista espanhol Rafael Piñeiro orientará, nas instalações do Centro de Formação da Ivoclar Vidadent em Madrid (Espanha), o seu novo curso sobre odontologia multidisciplinar. Este curso cem por cento teórico abordará as restaurações em casos de ausência dentária, fratura, traumatismos, remodelação do maxilar ou abrasão anterior. Analisar-se-á a coordenação e execução de tratamentos multidisciplinares.
Rafael Piñeiro.
icde.es@ivoclarvivadent.com
(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com
IMPLANTOLOGIA
ESTÉTICA DENTÁRIA Título de experto em estética dentária
Manipulação de tecidos moles ao redor de dentes e implantes
A CEOdont (Grupo Ceosa) inicia este mês, em Madrid (Espanha), uma nova edição deste curso. Eis os próximos módulos do programa: • 2. Cirurgia plástica periodontal; 29 e 30 deste mês. • 3. Cirurgia mucogengival e estética ; 14 e 15 de setembro. • 4. Restauração com compósitos I; 16 e 17 de novembro. • 5. Restauração com compósitos II; 17 e 18 de dezembro. • 6. Capas de porcelana I; de 24 a 26 de janeiro de 2019. • 7. Capas de porcelana II; de 21 a 23 de fevereiro de 2019. • 8. Coroas de recobrimento total e inscrustações; 8 e 9 de março de 2019. • 9. Curso teórico-prático en Nova Iorque; de 18 a 22 de junho de 2019.
A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), no contexto do programa anual do Centro de Formação Contínua, leva a cabo no próximo dia 2 de julho, num hotel de Lisboa, um curso de fim de dia subordinado ao tema “Manipulação de tecidos moles ao redor de dentes e implantes”, sob a orientação do médico dentista Gonçalo Assis, especialista em Periodontologia pela OMD. O formador é também docente convidado da Pós-graduação em Periodontologia do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz e efetuou uma residência clínica em periodontologia e implantes na Harvard School of Dental Medicine (EUA). Gonçalo Assis é membro da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI).
(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com
226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt
IMPLANTOLOGIA Programa de formação BTI O Biotechnology Institute (BTI), fiel ao seu compromisso de oferecer formação de máxima qualidade que contribua para melhorar a prática diária dos profissionais, organiza numerosos cursos e jornadas formativas. As jornadas de formação orientadas pelo corpo docente do BTI, liderado pelo médico dentista espanhol Eduardo Anitua, permitem aprofundar os conhecimentos sobre os últimos avanços em implantologia, reabilitação oral e aplicações de terapias regenerativas. O BTI conta desde há um ano com o seu próprio centro de formação online, plataforma através da qual se realizam numerosos cursos e seminários sobre temas específicos como CAD-CAM, tratamentos da apneia e roncopatia, BTI Scan, etc. www.bti-biotechnologyinstitute.com/es/formacion
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IMPLANTOLOGIA
calendário
IMPLANTOLOGIA
Residências clínicas com implantes zigoma
Iniciação ao fluxo digital em implantologia
Nos dias 19 e 20 de outubro, as instalações da Malo Clinic em Lisboa voltam a acolher o programa de residência clínica zigoma, que permitirá o acompanhamento detalhado do trabalho diário e o cronograma cirúrgico da equipa Malo Clinic com foco em casos altamente qualificados, bem como a combinação do protocolo cirúrgico All-on-4 com o uso de implantes de zigoma para maxilares severamente atróficos. Durante o programa, os participantes poderão acompanhar vários procedimentos diferentes na sala de operação, assistir a uma cirurgia de zigômio e também ao protocolo All-on-4 Hybrid & Double-Zygoma. Esta formação permitirá aos assistentes adquirir habilidades e know-how para reabilitar, com sucesso, maxilas atróficas em poucas horas usando o protocolo Malo Clinic.
No próximo dia 26 de outubro, a Dentsply Sirona Academy apresenta, em Madrid (Espanha), um workshopde iniciação ao fluxo digital em implantologia, orientado por Nicolás Gutiérrez. Esta formação tem como objetivo descrever em que consiste o fluxo digital em implantologia em todos os seus aspetos para assim ajudar a incorporá-lo na prática diária. Durante o programa estudar-se-á como afeta o nosso fluxo de trabalho do dia a dia e quais são os contributos clínicos, biológicos e económicos desta nova dimensão da implantologia. Nicolás Gutiérrez explicará, entre outros aspetos, como adaptar a clínica dentária ao fluxo digital atual, as vantagens e limitações baseadas na evidência científica e quais são as diferentes opções que há dentro do fluxo digital.
217 247 080 - education@maloclinics.com - www.maloeducation.com
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ORTODONTIA
ORTODONTIA
Pós-graduação em ortodontia
Cursos de certificação avançada de Alineadent
A Ortocervera (Grupo CEOSA) prepara a 87a edição da pós-graduação em ortodontia funcional, aparatologia fixa e autoligado, orientada por Alberto Cervera. O curso vai decorrer entre os dias 20 e 22 do próximo mês de setembro, em Madrid (Espanha). Esta especialização está estruturada em quatro áreas, designadamente protocolo de diagnóstico e tratamento, estudos de síndromes clínicos, práticas em tipodontos com brackets de auto-ligado e práticas clínicas tutorizadas.
Lisboa vai acolher nos dias 16 e 17 deste mês o curso de certificação avançada de ortodontia invisível Alineadent, orientado por Ricardo Lucas de Vega, orador habitual do Grupo Ortoplus. Devido à crescente procura deste sistema de correção dentária, cada vez mais clínicas optam pelas formações de Alineadent, o que permitiu dar um novo passo à escala ibérica e introduzir este serviço em Portugal. O novo curso presencial terá uma estrutura básica semelhante aos que se realizam em Espanha: quatro módulos que somam toda a informação necessária para facilitar às clínicas a introdução deste cómodo sistema de ortodontia. Conta também com duas sessões práticas em que os assistentes poderão conhecer casos reais de sucesso, outros casos clínicos e vias de atuação para a resolução de problemas de qualquer tipo derivado do tratamento.
Biblioteca Multimédia
(0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com
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calendário
VÁRIOS
VÁRIOS
Curso de oclusão e reabilitação
Mestrados em ortodontia, oclusão e cirurgia ortognática
A CEOdont (Grupo Ceosa) vai realizar nos dias 19 a 21 de julho , em Madrid (Espanha), um curso de oclusão e reabilitação, orientado por Diego G. Soler. Este curso teórico-prático de três dias estará centrado principalmente no diagnóstico como ponto de partida para o correto tratamento em reabilitação oral baseado em conceitos funcionais, percorrendo o caminho até à mínima invasão mediante a utilização de procedimentos simples. Alcançar uma integração estética e funcional nas diferentes situações clínicas que se apresentam é um desafio atual cada vez mais exigente. Muitas vezes, no momento de enfrentar uma reabilitação oral, faz falta um protocolo para conseguir um tratamento bem sucedido.
A Orthoquick, em colaboração com a Universidade à Distância de Madrid (Espanha), tem à disposição de todos os interessados na área da Medicina Dentária um mestrado especializado em ortodontia, oclusão e cirurgia ortognática. Esta formação, que se encontra agora aberta ao público português, está vocacionada para alunos recém licenciados e outros profissionais, com mais experiência, que precisem de atualizar os seus procedimentos médicos de intervenção.
(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com
919 839 595 - sferreira@orthoquick.es - www.orthoquick.es
VÁRIOS
VÁRIOS Aulas D´Ouro 2018
Curso de oclusão e odontologia restauradora e estética
No seguimento das últimas edições das Aulas D’ouro, realizadas no ano passado, a Douromed continua a apostar na formação dos seus clientes em 2018. A próxima formação destinada aos profissionais do setor dentário, ao abrigo deste programa formativo, está agendada para os dias 9 e 10 de novembro, no Porto. Serão abordadas várias temáticas, nomeadamente as facetas, os biomateriais, a endodontia, a dentisteria estética, a implantologia, a rastreabilidade em esterilização e a sedação consciente, entre outras.
A décima edição do curso de oclusão e odontologia restauradora e estética do grupo Galván-Lobo Formación, com sede em Valladolid (Espanha), vai ter início em setembro próximo. Este grupo promove a investigação e o ensino multidisciplinar e integrado, utilizando metodologias inovadoras de aprendizagem. Neste curso, composto por quatro módulos e que conta com a colaboração da Dentsply Sirona, ensinam-se temas como o diagnóstico e a planificação integral, a análise funcional e estética do paciente, os tratamentos restauradores diretos e indiretos e a implantologia estética guiada protesicamente.
224 152 279 - formacao@douromed.com - www.douromed.com
www.galvanloboformacion.com
VÁRIOS Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS A Ortocervera (Grupo CEOSA) organiza este curso personalizado, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado. (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com
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Reuniões
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Global Education Tour 2018
Ivoclar Vivadent celebra simpósio em Roma
Tour mySimplant abrange várias cidades da Península Ibérica
O Global Education Tour 2018 da BioHorizons, que se iniciou em maio em Dubrovnik (Croácia), procura oferecer formação de vanguarda sobre a terapia de implantes em seis países de vários pontos do mundo. Os assistentes terão a oportunidade de conhecer soluções clínicas inovadoras e protocolos avançados, baseados na evidência, que podem contribuir para atingir novos níveis de eficácia e efetividade no cuidado ao paciente e na consulta. Os próximos simpósios celebram-se ao abrigo do seguinte calendário: • 30 deste mês; Taormina (Itália). • 24 e 25 de agosto; Bogotá (Colômbia). • 1 de setembro; Mumbai (Índia). • 27 de outubro; Madrid (Espanha).
O quarto simpósio Internacional de especialistas que a Ivoclar Vivadent organiza nos dias 15 e 16 deste mês, em Roma (Itália), versará sobre odontologia estética e digital. Subordinados ao tema «Odontologia digital e estética avançada», 19 conferencistas internacionais de renome partilharão e abordarão as suas experiências, apresentando a sua própria visão do trabalho em instituições académicas e universidades. Neste evento, os participantes não só terão a oportunidade de assistir a apresentações de primeira classe como também poderão trocar ideias com colegas de todo o mundo.
A Dentsply Sirona apresenta o “Tour mySimplant”, dirigido a todos os que pretendam iniciar-se no tratamento implantológico guiado por computador. Com o serviço de planificação mySimplant, o clínico não tem que dominar o software de planificação de implantes. O técnico de Simplant prepara a planificação e a única tarefa do médico dentista é rever, editar e aprovar o caso através da plataforma online intuitiva do mySimplant. O tour vai decorrer em diversas cidades da Península Ibérica e com diferentes oradores especialistas em mySimplant.
GET.biohorizons.com
www.ivoclarvivadent.com/ies2018
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reuniões
SPO realiza no Porto a sua 25a cimeira anual
SPEMD celebra em Lisboa o seu 38o congresso anual
27o congresso da OMD realiza-se no Porto
O encontro anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO) vai realizar-se de 20 a 22 de setembro, na cidade do Porto. A 25a cimeira da SPO, cuja organização está a cargo da médica dentista Ana Paula Amorim, pretende consolidar-se como o evento de maior participação por ortodontistas em Portugal. O programa do congresso conta já com as presenças confirmadas de Tomás Castellanos (pré-curso), Andrés Giraldo, Álvaro Larriú, Beatriz Solano, Enrique Solano, Isabel Flores, Itamar Friedlander, Júlio Fonseca, Júlio Cifuentes, Juan Carlos Rivero Lesmes, Nuno Gil e Roberto Fernandes.
A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) agendou para os dias 12 e 13 de outubro deste ano a 38a edição do seu congresso anual. O Centro de Congressos Lagoas Park, em Oeiras, voltará a ser o cenário da edição lisboeta do encontro da SPEMD, que obedece a um regime de rotatividade entre a capital e as cidades de Coimbra e Porto. O programa científico contará com dezenas de oradores nacionais e estrangeiros e deverá atrair mais de um milhar de profissionais de todos os quadrantes da saúde oral.
O 27o congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) está agendado para os dias 8 a 10 de novembro próximo. O recinto da Exponor, em Matosinhos, voltará a acolher a edição nortenha da principal cimeira anual da classe dos médicos dentistas. Estão já confirmados os seguintes conferencistas estrangeiros: Fouad Khoury, Dudu Medeiros, Andrea Ricci, Cheen Loo, Flávio Ferrari, Fernando Goldberg, Anton Sculean, Mauricio Araujo, Juan Blanco Carrión e Víctor Clavijo.
Amesterdão é a cidade anfitriã da nona edição do Europerio
Cimeira anual da EAO vai ter lugar na Áustria
Buenos Aires acolhe em setembro congresso anual da FDI
Amesterdão (Holanda) será a cidade anfitriã da nona edição do congresso Europerio, agendada para os dias 20 a 23 deste mês, sob a égide da Federação Europeia de Periodontologia (EFP, na sigla em inglês). O principal evento internacional dedicado à área da periodontologia, que se realiza de três em três anos, reunirá na capital holandesa largas dezenas de conferencistas de vários pontos do mundo, que farão uma atualização das técnicas e dos tratamentos mais inovadores neste domínio da Medicina Dentária. Por seu lado, os representantes da indústria apresentarão, numa ampla área de exposição, as últimas novidades em matéria de produtos e serviços dentários.
O próximo congresso anual da European Association of Osseointegration (EAO) vai decorrer entre os dias 11 e 13 do próximo mês de outubro, em Viena (Áustria). O programa do principal encontro europeu dedicado à osteointegração contará com o contributo de especialistas dos quatro cantos do mundo, que farão uma atualização dos temas dominantes nesta área. Como é habitual, os representantes da indústria dentária aproveitarão a cimeira da EAO para exibirem as últimas novidades em matéria de produtos e serviços.
A cimeira anual da Federação Dentária Internacional (FDI) vai ter lugar nos dias 5 a 8 do próximo mês de setembro, em Buenos Aires (Argentina). O programa do principal encontro mundial na área da Medicina Dentária vai reunir no centro de congressos e convenções da capital argentina oradores de renome especializados nas mais diversas disciplinas que marcam a atualidade do setor, bem como milhares de profissionais dos quatro cantos do mundo. Por seu turno, os representantes da indústria dentária aproveitarão o congresso da FDI para apresentarem as últimas inovações de produtos e serviços dentários.
www.omd.pt
www.spemd.pt
www.facebook.com/sportodontia/
www.eao.org
www.fdicongress2018.org
www.efp.org/europerio
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Novidades
Nova versão da gama Rayscan Alpha 2D
In-Ovation X, um novo sistema de bracket auto-ligável www.ravagnanidental-portugal.com
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In-Ovation X é a última incorporação na linha In-Ovation, um sistema de bracket largamente acreditado por ajudar a levar a filosofia do auto-ligado ao topo da prática ortodôntica. In-Ovation X representa a próxima geração do sistema que marca os standards no rendimento do auto-ligado. A forma simplificada e o perfil reduzido foram desenhados para oferecer uma melhor experiência ao paciente e ao clínico. A impressão oclusal reduziu-se sem sacrificar a interatividade. Além disso, introduziu-se um mecanismo do clip integrado redesenhado e uma base do bracket gengival fechada para mitigar a acumulação de cálculos que pudessem interferir na função do clip. Acrescentou-se uma abertura do orifício à superfície frontal do clip para facilitar o acesso e a possibilidade de abri-lo com um raspador standard. O clip melhorado resiste à deformação durante o tratamento, previne aberturas não desejadas e inclusive emite um clic tátil durante o fecho.
A nova versão do Rayscan Alpha 2D, panorâmico com ou sem tele, está disponível ao público agora com um preço ainda mais acessível. É ideal para quem não tem a necessidade de futuramente evoluir o equipamento a 3D. Este produto apresenta a qualidade, a confiança e a robustez, com o mais alto nível de eficiência de diagnóstico a que a Ray tem habituado os seus clientes, mantendo-se líder de mercado em resolução de imagem.
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Atualização do software inLab SW 18.0
AFT System One, para obter registos orofaciais em 3D www.akura-medical.com
www.dentsplysirona.com
O AFT System One é o primeiro sistema orofacial que permite digitalizar o sorriso dos utentes em 3D com máxima precisão de uma forma simples, rápida e livre de licenças anuais. É constituído por um tablet de última geração, com um scanner incorporado e dois scanbodies que se posicionam de forma muito simples: um dentro da boca do utente (ScanBodyTeeth) e o outro na testa (ScanBodyFace). Isto permite de forma simples fazer o estudo odontológico e/ou desenhar próteses dentárias tendo em sua posse toda a informação do utente como se ele estivesse ali. Como vantagem destaca-se ainda o fim das barreiras geográficas e a possibilidade de trabalhar com qualquer laboratório de próteses dentárias do mundo. Em Portugal este sistema é comercializado pela Akura Portugal, uma empresa especialista em ergonomia que representa vários produtos inovadores de conceituadas marcas internacionais para o setor dentário, estético e cirúrgico.
O sucesso de um fluxo de trabalho CAD-CAM num laboratório protésico depende essencialmente do software utilizado. Deve cobrir uma ampla gama de indicações e funções, e ao mesmo tempo deve ser fácil de usar e estar orientado ao trabalho dentário manual. A atualização do sotfware inLab SW 18.0 demonstra possuir todos estes atributos. Melhorou-se o desenho em relação à versão anterior, de modo que agora também se podem criar modelos até do maxilar completo com cotos dentários extraíveis e modelos com análogos de implantes. Além disso, para cada tipo de modelo há uma máscara gengival separada e podem integrar-se diferentes sistemas de articulação e acrescentar modelos individuais. No campo das próteses sobre implantes, inLab oferece pela primeira vez a possibilidade de desenhar pontes gengivais multicapa para produzir restaurações com implantes ultra estéticas e diretamente aparafusadas com um componente gengival.
Três novas guias de cor para IPS e.max Ceram www.ivoclarvivadent.com
Estão disponíveis três novas guias de cores para o material de estratificação IPS e.max Ceram. Esta nova oferta de IPS e.max Ceram Power inclui as cores Power Dentin e Power Incisal. A nova guia Bleach de IPS e.max Ceram foi ampliada para incluir os materiais Power nas cores Bleach. Além disso, uma renovada guia de IPS e.max Ceram Selection está agora disponível, composta por 12 materiais de esmalte e efeito de IPS e.max Ceram Selection.
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Indústria
Dentsply Sirona formou mais de 410.000 profissionais em 2017
Ivoclar Vivadent reforça equipa do centro de formação
A Dentsply Sirona Academy ajuda os profissionais de Medicina Dentária a obter conhecimentos, habilidades, inspiração e certificação necessários para estarem atualizados, assim como para desenvolverem as suas aptidões pessoais e profissionais. Só em 2017, a Dentsply Sirona ofereceu quase 11.000 cursos de formação e capacitação a 410.460 profissionais do setor em 87 países. A equipa da Academy é composta por um grupo internacional de empregados que desenvolvem planos de estudos e ajudam a desenvolver a próxima geração de soluções inovadoras para profissionais da Medicina Dentária. O programa de cursos em 2017 centrou-se em três temas principais: endodontia, implantologia e restaurações. Outros temas de interesse para os profissionais do setor foram: CAD-CAM, odontologia preventiva, instrumentação e imagens ultrassónicas.
A Ivoclar Vivadent, com a intenção de oferecer um melhor serviço e uma atenção mais personalizada, ampliou os recursos humanos do seu centro de formação (ICDE), localizado em Madrid (Espanha), ao contratar a médica dentista Karina Cladera, que passa a fazer parte da equipa do ICDE na qualidade de Professional Service de Clínica. Esta profissional, com experiência na área clínica tanto na Irlanda como em Espanha, terá a seu carKarina Cladera. go a formação a nível interno da empresa, participará ativamente na elaboração de cursos internos e externos, na coordenação e gestão com os líderes de opinião do setor, assim como na apresentação de novos produtos a universidades da Península Ibérica.
www.dentsplysirona.com/es
www.ivoclarvivadent.es
Swiss Dental Services colabora com a Universidade do Porto
Colgate repete presença nas jornadas da FMDUL
A Swiss Dental Services esteve presente nas recentes Jornadas de Medicina Dentária da Universidade do Porto para promover os seus serviços e oportunidades profissionais. Desta presença, destacam-se dois pontos que foram comuns aos Stand da Swiss Dental Services diversos visitantes do stand da empresa: nas Jornadas da Universidade do Porto. a valorização das necessidades dos colaboradores e o empenho no desenvolvimento de um ambiente saudável, multidisciplinar, com uma cultura e estilo de liderança que promovam a igualdade de oportunidades para todas as pessoas.
A Colgate marcou presença na 32a edição das Jornadas de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, que se realizou nos dias 17 e 18 do passado mês de maio. A marca de produtos dentífricos é já uma Colgate ofereceu amostras dos seus produtos aos participantes das jornadas. presença habitual nesta e noutras cimeiras anuais dos estudantes do setor dentário. A Colgate aproveitou a ocasião para divulgar e distribuir aos participantes das jornadas da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa amostras dos seus produtos mais destacados, tais como os dentífricos Colgate Total Pro-Gengivas Saudáveis e Colgate Sensitive Pro-Alívio, entre outros.
www.swissdentalservices.com
www.colgate.pt
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MAXILLARIS
indústria
Clínica do Porto acolhe formação dedicada à tecnologia Endoret A Clínica de Medicina Dentária Dr. Manuel Neves, com sede no Porto, desenvolveu no inicio do mês de maio uma atividade formativa dedicada a BTI Endoret (PRGF). Destinada a alunos e ex-alunos do seu prestigiado centro de formação, a jornada contou com Ana Rita O curso decorreu na Clínica de Medicina Nóbrega e Germano Rocha para apresentarem Dentária Dr. Manuel Neves. os fundamentos e aplicações da tecnologia Endoret e as novidades no protocolo e no equipamento. Por seu lado, Manuel Neves realizou uma cirurgia de elevação de seio com abordagem lateral e colocação imediata de implantes, evidenciando a versatilidade do Endoret através da proteção da membrana de Schneider com uma membrana de fibrina e do manuseamento e a boa adaptação do enxerto com este biomaterial autólogo.
Publique o seu artigo na MAXILLARIS
www.bti-biotechnologyinstitute.com/pt
IPS e.max Press premiado nos Estados Unidos O instituto dentário de provas norte-americano The Dental Advisor selecionou o produto IPS e.max Press, da Ivoclar Vivadent, como um dos vencedores do 2018 Top Award Winners na categoria de rendimenThe Dental Advisor distingue IPS e-max Press. to a longo prazo. O prémio é precedido por um estudo de cinco anos em que se analisaram 381 restaurações. A maioria destas restaurações foram coroas anteriores e posteriores assim como inlays e onlays. Resultado: 97 por cento recebeu uma pontuação excelente de cinco estrelas. Está comprovado que IPS e.max Press é um material muito estético, altamente resistente e duradouro com um excelente rendimento clínico após cinco anos de monitorização. www.ivoclarvivadent.es
Ravagnani integra Pack A-dec 200 no novo catálogo promocional A Ravagnani apresentou recentemente o seu catálogo promocional de equipamentos de verão 2018, no qual se inclui o Pack A-dec 200, composto por uma unidade dentária A-dec 200, o candeeiro A-dec 371L-200 led light, o módulo de destartarizador Acteon SP Newtron, o banco sela Jumper, com apoio de costas da marca Score, e um kit de peças de mão da NSK e W&H. Este kit é composto por uma turbina com luz gerada, um acoplamento, um micromotor e um contra-ângulo. O equipamento inclui duas seringas de três vias auto-clavavéis, uma das quais insere-se no módulo de instrumentos do médico dentista e da assistente.
Regras de publicação dos artigos científicos: • Os artigos não podem ter sido editados em outra publicação. • O texto deve ser enviado em formato word (CD ou correio eletrónico). • O conteúdo não deve ser publicitário (não admitimos comparações entre produtos nem trabalhos destinados a exaltar as características de marcas comerciais), ainda que possam constar nomes de produtos ou aparelhos utilizados no decorrer do trabalho. • O artigo deve estar estruturado, no mínimo, em: introdução, desenvolvimento, conclusões e bibliografia. • A bibliografia deverá ser organizada respeitando a ordem em que for apresentada no texto (quando a ela se faça referência) ou por ordem alfabética, e indicada da seguinte maneira: Silverman E, Cohen M. The Twenty minute full strip up. J Clin Orthod. 1976; 10: 764. • Fotografias em formato jpg ou tif, escaneadas a 250/300 pixéis por polegada, com dimensões mínimas de 9 cm de largura. Caso não seja possível, poderão enviar-se os originais para ser escaneados na nossa redação. • Foto do primeiro autor (meio corpo ou corpo inteiro, de modo a poder ser recortada). • Nome, apelidos e titulação de todos os autores. • Correio eletrónico do autor, ao qual enviaremos a maqueta para revisão antes da publicação. Nota: após receção do artigo, este será enviado à nossa Comissão Científica para aprovação.
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