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Ciência e atualidade do setor dentário - ano XIV Falamos com...
Crónica
OMD anuncia realização do próximo congresso anual em dois pavilhões da FIL
Graça Freitas, diretora-geral da Saúde e médica especialista em Saúde Pública
ESPECIAL 37 CIOSP o
Mais de 200 empresas e cerca de 100.000 visitantes no 37o CIOSP
Junia Serra-Negra, especialista em bruxismo e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil)
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Ciência e atualidade do setor dentário - ano XIV
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destaques Especial 37 o CIOSP
Crónica Mais de 200 empresas do setor e cerca de 100.000 visitantes no 37o CIOSP.
OMD anuncia realização do próximo congresso anual em dois pavilhões da Feira Internacional de Lisboa. Zona Jovem
Rita Cardoso Rocha, presidente da comissão organizadora das XVIII Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa.
Falamos com...
Graça Freitas, diretora-geral da Saúde e médica especialista em Saúde Pública. Ponto de vista
Junia Serra-Negra, especialista em bruxismo e professora da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil).
André Faria, presidente da comissão organizadora das XXVII Jornadas Internacionais de Medicina Dentária do Instituto Universitário Egas Moniz.
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o Ciência e prática
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sumário
Letícia Veríssimo Gomes de Sá: “Harmonização da estética dentogengivofacial: abordagem vanguardista na Medicina Dentária". 44 Marcelo César Ortega: “Corticotomia. A propósito de um caso. Qualidade, regeneração e velocidade com a técnica de CDOP”. o Outros perfis
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o Crónica
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OMD anuncia realização do próximo congresso anual em dois pavilhões da Feira Internacional de Lisboa.
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IDS espera a participação de cerca de 2.300 expositores de 60 países.
o Ponto de vista
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o Especial 37 CIOSP o
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o Falamos com...
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André Faria, presidente da comissão executiva das XXVII Jornadas Internacionais de Medicina Dentária do Instituto Universitário Egas Moniz.
o Zona Jovem
Mais de 200 empresas do setor e cerca de 100.000 visitantes no 37o CIOSP.
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Maria do Carmo Sintra Coelho, artesã e médica dentista: "Reciclei os bastões dos elásticos ortodônticos para colorir a frente de um saco em tecido escuro".
Rita Cardoso Rocha, presidente da comissão organizadora das XVIII Jornadas da Universidade Fernando Pessoa.
o Calendário
Graça Freitas, diretora-geral da Saúde e médica especialista em Saúde Pública: “Temos uma área claramente deficitária que é a questão relacionada com a reabilitação oral”.
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Junia Serra-Negra, especialista em bruxismo e professora da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil): “O paciente hoje busca informações, investiga sobre o médico dentista que vai atendê-lo e quer inovações".
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Agenda de cursos para os profissionais e calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais.
o Novidades Produtos e equipamentos.
o Indústria
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Notícias de empresas.
A Maxillaris é uma marca registada a nível europeu pelo Departamento de Harmonização do Mercado Interior Europeu de Marcas e Desenhos com o Nº 003098449. Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: Maria João Miranda. comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.
Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Francisco Teixeira Barbosa. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Bilhoto. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Rui Figueiredo. Susana Noronha. Consultor para a América Latina: Pérsio Mariani. REDAÇÃO: Rua Francisco Sanches, 122, 2O 1170-144 Lisboa • Tel./Fax: 218 874 085.
Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 €, resto 80 € . ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 DE 9/6 ART. 12o No 1
7.000 assinantes
• Periodicidade mensal. • A Maxillaris não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores. • Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito da Cyan Editores.
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Editorial
No ano em que celebra o seu décimo quinto aniversário – as nossas celebrações tornar-se-ão especialmente intensas no segundo semestre –, a Maxillaris Portugal desdobra-se em iniciativas e parcerias com distintos atores do setor dentário, à escala nacional e internacional, com o mesmo intuito de sempre: formar, informar e atualizar a classe da Medicina Dentária no seu todo, isto é, os estudantes, os profissionais no ativo, a comunidade científica e os representantes da indústria.
Elos didáticos
Nesse sentido, o mais recente elo assumido por esta revista foi consumado há escassas semanas com a prestigiada EAO (European Association for Osseointegration), organização não lucrativa, fundada em Munique (Alemanha), em 1991, para servir como fórum internacional, interdisciplinar e independente, baseado na evidência, para todos os profissionais interessados na arte e na ciência da osteointegração. Esta nova colaboração, ao abrigo do congresso anual da EAO (que desta vez se celebrará em Lisboa, entre os dias 26 e 28 de setembro próximo), converte a Maxillaris em Media Partner para a Península Ibérica, já que o protocolo estabelecido com a organização do encontro, liderada a nível local pelos médicos dentistas portugueses Gil Alcoforado (presidente) e Susana Noronha (vice-presidente), abrange também a edição espanhola desta revista. A cimeira da referida organização europeia, sob o lema global “The bridge to the future”, reunirá na capital portuguesa a elite mundial de importantes disciplinas da Medicina Dentária, como são a implantologia e a periodontologia. Nas próximas edições desta publicação, trataremos de divulgar com mais detalhe o ambicioso e apelativo programa científico que vai ter lugar, na última semana de setembro, no Centro de Congressos de Lisboa.
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somos inovação
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EAO Lisboa 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
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Edição online espanhola: www.maxillaris.com
Foquim Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Baoluo Gao. Beatriz Giménez González. Blas Noguerol Rodríguez. Carlos Fernández Villares. Emilio Serena Rincón. Esther Nevado Rodríguez. Francisco Teixeira Barbosa. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chemez. María Rosa Mourelle Martínez. Rafael Flores Ruiz. Rafael Martín-Granizo López. Rui Figueiredo.
GMI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Instituto Casan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Medirel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 RE Design . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 e 83 Roland DG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 VOCO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 a 64
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crónica OMD anuncia realização do próximo congresso anual em dois pavilhões da Feira Internacional de Lisboa A edição deste ano do congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) vai decorrer de 14 a 16 de novembro, nas instalações da Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações. A 28a cimeira da OMD, que como é habitual vai realizar-se em simultâneo com a Expo-Dentária, ocupará dois pavilhões da FIL: o auditório multiusos e o edifício PT Meeting Center, com mais de 20.000 m2 no total. A médica dentista Sofia Arantes e Oliveira, presidente da comissão organizadora do congresso, explica que a opção da FIL “teve a ver sobretudo com a qualidade das instalações, num espaço maior, bem como com as boas acessibilidades e as condições excelentes para congressistas e expositores”. Também o médico dentista Pedro Pires, responsável pela Expo-Dentária, em declarações à MAXILLARIS durante o recente congresso internacional de odontologia de São Paulo (37o CIOSP), no Brasil, enalteceu o novo cenário da edição lisboeta do encontro anual da OMD, considerando que a FIL “permite prever um crescimento de cerca de 10% da área da feira, e isto seria impossível noutras áreas de exposição em Lisboa”.
Por seu lado, Sofia Arantes e Oliveira realça o empenho da OMD em manter o valor de 20 euros para a inscrição antecipada dos médicos dentistas, seus associados: “Face à enorme adesão registada no ano passado e sendo o congresso um espaço de formação por excelência – em sintonia com as atribuições da OMD de promoção da formação contínua – o Conselho Diretivo decidiu seguir a estratégia do ano passado e manter os mesmos valores, de forma a incluir tendencialmente o maior número de associados possível”. Pedro Pires, que esteve a promover o congresso da OMD junto dos visitantes da última edição do CIOSP (desde 2008 que a Ordem participa com um stand no mais importante certame brasileiro do setor) acrescentou à MAXILLARIS que “o nosso interesse é que haja também uma maior presença de colegas estrangeiros”, salientando que para tal “temos um preço preferencial para profissionais brasileiros e espanhóis”.
Pedro Pires tem a seu cargo a organização da Expo-Dentária.
Brasil em destaque Na mesma ocasião, Pedro Pires adiantou a esta revista que, em resultado de um trabalho de vários anos, o congresso de 2019 “vai ter pela primeira vez um pavilhão do Brasil único, patrocinado pela associação brasileira da indústria (ABIMO), onde cerca de duas dezenas de empresas vão dar-se a conhecer aos visitantes da Expo-Dentária”.
Edição lisboeta do congresso da OMD vai ter como novo cenário as instalações da Feira Internacional de Lisboa.
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Primeiro-ministro assegura que todos os concelhos do país vão ter centro de saúde com médico dentista O primeiro-ministro, António Costa, reafirmou no passado dia 6 de fevereiro, durante uma sessão na Assembleia da República, o compromisso do seu governo com a saúde oral. No contexto do debate quinzenal sobre “Políticas sociais”, o chefe do executivo socialista destacou a “experiência piloto com as primeiras consultas de saúde oral nos cuidados primários” e prometeu que todos os municípios vão ter pelo menos um centro de saúde com consultas de Medicina Dentária nos próximos tempos. António Costa traça metas na saúde oral António Costa pretende que até ao final de junho próximo “pelo menos três em cada dez municípios tenham no mínimo
um consultório dentário a funcionar em centros de saúde, que até ao final deste ano esse número passe para seis em cada dez concelhos e que, em 2020, já todos os municípios do país possam estar cobertos por esta nova resposta no plano da saúde oral”. Num debate em que a situação no setor da saúde ocupou grande parte das intervenções, o primeiro-ministro defendeu uma nova Lei de Bases da Saúde, criticou as reivindicações dos enfermeiros e anunciou a aprovação em Conselho de Ministros de medidas que visam apoiar os cuidadores informais. A situação na Venezuela e o combate à violência doméstica foram ainda assuntos levantados pelos deputados na interpelação ao primeiro-ministro.
António Costa destacou a experiência piloto com as primeiras consultas de saúde oral nos cuidados primários.
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Militares estreiam no Porto jornadas de Medicina Dentária O Hospital das Forças Armadas (HFAR), pólo do Porto, foi o cenário, nos passados dias 25 e 26 de janeiro, das “I Jornadas Militares de Estomatologia e Medicina Dentária”. Com o devido enquadramento científico e com um programa detalhado, que contou com oradores reputados na área, abrangendo diversos quadrantes da Medicina Dentária, o encontro pretendeu transmitir conhecimentos, valências e ferramentas úteis ao trabalho dos médicos dentistas militares e civis, bem como de outros profissionais de saúde participantes. “É nossa convicção que estas jornadas correspondem a um desafio permanente do HFAR e das Forças Armadas, estabelecendo dinâmicas de abertura e de contacto com a sociedade civil, e desenvolvendo características inerentes às Forças Armadas, como seja a da procura contínua pela inovação, a adaptação à modernidade, a qualificação dos colaboradores e a aproximação à sociedade civil, contribuindo sobremaneira para melhor servir aqueles que, direta ou indiretamente, beneficiam da sua missão”, salientou a organização das jornadas. Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), participou na sessão solene de abertura, tendo destacado o
O encontro pretendeu transmitir conhecimentos, valências e ferramentas úteis ao trabalho dos médicos dentistas militares e civis.
papel da instituição militar na integração dos médicos dentistas e um bom exemplo para o Serviço Nacional de Saúde. Para Orlando Monteiro da Silva, as jornadas militares são também um exemplo de interdisciplinariedade entre a Medicina Dentária e a Estomatologia. No final, o bastonário, que já foi militar e médico dentista na Força Aérea, manifestou a disponibilidade da parte da OMD para colaborar com a instituição militar em futuras edições das jornadas.
Mais de 20 jovens aderem ao universo do voluntariado Voluntariado enquanto exercício de cidadania, cooperação para o desenvolvimento e voluntariado para a cooperação, eis alguns dos temas que orientaram o terceiro Bootcamp da Mundo A Sorrir, que decorreu recentemente no espaço dos Missionários da Consolata, em Águas Santas (Maia).
Participantes do terceiro Bootcamp de Voluntários da Mundo A Sorrir.
Num ambiente de partilha e interação expandiram-se conhecimentos, lançaram-se desafios, estreitaram-se laços e procurou-se envolver os voluntários na realidade dos diferentes projetos que a organização não governamental tem atualmente em curso, nacionais e internacionais: Aprender a ser saudável, Geração BeCool, Centro de Apoio à Saúde Oral (CASO), Sorrisos de porta em porta, Doutor risadas, Saúde a sorrir e Centro de Estudos Mundo A Sorrir (CEMAS).
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38a edição do certame de Colónia realiza-se de 12 a 16 deste mês
IDS 2019 espera a participação de cerca de 2.300 expositores de 60 países No passado mês de janeiro celebrou-se em Bona (Alemanha) a conferência de imprensa internacional prévia à 38a edição do International Dental Show de Colónia (IDS), que este ano se celebra de 12 a 16 deste mês. A MAXILLARIS assitiu uma vez mais ao encontro organizado pelos dirigentes do recinto de feiras de Colónia (Koelnmesse), da Associação da Indústria Dentária Alemanha (VDDI) e da Sociedade para a Promoção da Indústria Dentária (GDFI).
Tal como foi adiantado no encontro de Bona, durante a próxima edição da IDS profissionais do mundo da Medicina Dentária, da prótese dentária, do comércio e da indústria vão tomar conhecimento, ao longo de cinco dias, dos novos produtos, desenvolvimentos e tendências do setor. Departamentos internacionais de investigação e laboratórios de diferente tipo apresentarão os seus últimos avanços e processos técnicos.
A partir da esquerda, Frank Schobe, vice-presidente Sales Healthcare Deutsche Telekom Healthcare; Mark Stephen Pace, presidente da VDDI; Gundula Gause, jornalista e moderadora da conferência de imprensa, e Gerard Böse, presidente e CEO da feira de Colónia (Koelnmesse).
O desejo expresso formulado pelos dirigentes da IDS é seguir ostentando a sua singular característica de feira de referência mundial para o setor dentário. Traduzido em número, isto significa a participação de cerca de 2.300 expositores oriundos de 60 países, dos quais mais de 70% será de fora da Alemanha. As principais representações estrangeiras corresponderão a Itália, Estados Unidos, Coreia do Sul, China, Suíça, França e Reino Unido. Junto a estes países, estarão de novo em Colónia numerosas participações coletivas estrangeiras. Até agora, inscreveram-se vários grupos oriundos das seguintes coordenadas geográficas: Austrália, Argentina, Brasil, Bulgária, China, Espanha, Estados Unidos, França, Reino Unido, Hong Kong, Índia, Israel, Japão, Coreia do Sul, Paquistão, Rússia, Taiwan e Turquia. Reforço da área de exposição A IDS de 2019 ocupa os pavilhões 2, 3, 4, 5, 10 e 11 da feira de Colónia, com uma superfície bruta total de mais de 170.000 metros quadrados. O certame cresce em superfície com respeito à edição anterior. Com a integração do pavilhão 5, a feira criou a capacidade necessária para atender a procura por parte de expositores e visitantes. Por outro lado, a organização também introduziu melhorias no acesso dos visitantes proporcionando uma distribuição mais homogénea por todos os pavilhões da feria.
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MAXILLARIS
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Naturalmente, o objetivo estabelecido pela organização é continuar a crescer em matéria de visitantes, dado que é um certame globalmente reconhecido dentro do espectro dentário. Em 2017, a IDS registou incrementos de visitantes de quase todas as regiões: América Central e América do Sul (+ 54%), Europa de Leste (+ 4%), Médio Oriente e África (+ 32%) e Ásia (+ 29%), assim como América do Norte e Europa Ocidental (+ 1%). Para além do volume de visitantes, o que mais destacaram os dirigentes da feira no seu encontro com os jornalistas foi a grande satisfação manifestada pelos profissionais do setor. Segundo um inquérito levado a cabo entre os visitantes da anterior edição, mais de três quartas partes destes tinha a intenção de assistir de novo à exposição dentária. Graças à ampla gama de produtos e às numerosas novidades, 76% dos visitantes alemães e 82% dos estrangeiros qualificaram a oferta expositiva da IDS 2017 como boa ou muito boa.
Dezenas de representantes da imprensa especializada, incluindo a MAXILLARIS, assistiram à conferência de imprensa prévia à IDS 2019, que se realizou em Bona (Alemanha).
Transformação digital No que diz respeito ao programa de atividades durante a feira, no primeiro dia (12 de março) vai decorrer o “Dealer’s Day”. Esta iniciativa concentra-se no comércio dentário e na relação com os importadores. Assim, oferece a todos os participantes a oportunidade de manterem negociações comerciais exclusivas e num ambiente tranquilo nos stands dos expositores. As novidades do foro digital voltarão a ser uma das principais atrações da feira.
Um tema importante que afeta todas as vertentes do setor dentário é a transformação digital, que abre grandes possibilidades para elevar a qualidade de vida, os novos modelos de negócio e uma gestão económica mais eficiente. O setor internacional ocupa também aqui uma posição predominante, visto que se pode aprender sobre a forma de pensar em digital, o desenvolvimento de produtos digitais e as expectativas de futuro. A par destes avanços, a organização do certame relançou totalmente a página web para convertê-la numa plataforma digital de informação, utilizando para tal uma linguagem visual e uma navegação intuitiva. Alargou-se também a aplicação da IDS para telemóveis e tablets e as newsletters. Por outro lado, seguirão ativos os serviços digitais que já estão em marcha desde há alguns anos, tais como o banco de novidades online dedicado aos profissionais da área da comunicação social e o Business-matchmaking 365. Através desta ferramenta, visitantes e expositores podem contactar antes e depois da feira. Junto às numerosas demonstrações em direto e apresentações que se levarão a cabo nos stands, de forma complementar está previsto um variado programa nos Speaker’s Corner. Estes fóruns poderão ser aproveitados pelos expositores para, com conferências técnicas e apresentações de produtos, dar a conhecer as suas novidades e os seus serviços.
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Orlando Monteiro da Silva assume presidência da FEDCAR O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), Orlando Monteiro da Silva, foi eleito presidente da Federação Europeia de Autoridades Competentes e Reguladores da Medicina Dentária (FEDCAR). Trata-se de uma organização que reúne ordens, associações e outras entidades que regulam, registam e supervisionam a Medicina Dentária e é composta por 22 membros de 21 países europeus. A anunciada saída do Reino Unido da União Europeia é o principal desafio deste início de mandato para Orlando Monteiro da Silva: “A FEDCAR está muito preocupada com a possibilidade de haver uma saída sem acordo. Há milhares de médicos dentistas de variados países a exercer naquele país – só Portugal tem perto de mil – nem todos estão em condições de ficar, sendo que não menos importante é salvaguardar a situação do acompanhamento dos doentes e o contexto da situação laboral dos profissionais”. Outra preocupação da FEDCAR é a necessidade de manter a cooperação na regulação de medicamentos e dispositivos médicos para que os doentes continuem a aceder a tratamentos e medicamentos
Orlando Monteiro da Silva assume novas responsabilidades no plano europeu.
de última geração. “É essencial garantir um acordo de reciprocidade nesta área que permita a manutenção de condições iguais de tratamento para os cidadãos britânicos e dos países membros da União Europeia”. A presidência do FEDCAR vai reforçar a posição da OMD e fazer ouvir mais alto os desafios da Medicina Dentária portuguesa no contexto europeu”. O bastonário salienta como prioridades da sua presidência “o acompanhamento da implementação da diretiva do Reconhecimento Mútuo das Qualificações Profissionais, a regulação ao nível europeu da publicidade em Medicina Dentária e os processos de acreditação dos estudos na Europa”.
OMD junta-se ao GECCP no combate ao cancro oral A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) e o Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP) juntaram-se, no âmbito do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, para abordar a importância da articulação entre os cuidados de saúde primários e os médicos dentistas na deteção de lesões precoces que permitam reduzir a taxa de mortalidade por cancro oral. Portugal tem uma das taxas de incidência e mortalidade mais elevadas a nível europeu, surgem 15 casos de cancro oral por cada 100.000 habitantes. No entanto quando o diagnóstico é feito precocemente e tratado atempadamente a taxa de sucesso é
elevada. Os médicos dentistas encontram-se numa posição privilegiada para contribuir no rastreio precoce e na prevenção do cancro oral e no encaminhamento do doente que possa estar em risco. Jaime Alberich Mota, da direção da OMD, sustenta que a população “precisa de estar mais desperta” para a importância dos cuidados de saúde oral. “Acreditamos que ao melhorar o acesso dos portugueses às consultas de Medicina Dentária, assim como os hábitos de higiene oral, o número de mortes por cancro da cavidade oral ou de cabeça e pescoço irá diminuir”.
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Congresso internacional de odontologia de São Paulo (CIOSP)
Mais de 200 empresas do setor e cerca de 100.000 visitantes no 37o CIOSP A 37a edição do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), considerado o maior evento mundial (com carácter científico) do setor, acolheu cerca de 25.000 profissionais por cada uma das jornadas do evento, que decorreu nos passados dias 30 de janeiro a 2 de fevereiro. A MAXILLARIS teve este ano a oportunidade de assistir in loco à grande cimeira dos médicos dentistas brasileiros, que reuniu também 250 expositores, espalhados por 50.000 metros quadrados de área de exposição.
O 37o CIOSP contou com mais de 200 expositores brasileiros e 44 representações estrangeiras, oriundas de 12 países: Alemanha, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Finlândia, Israel, Itália, Malásia, Paquistão, Polónia, Portugal e Suíça. Os participantes no certame, que decorreu paralelamente ao vasto programa científico que se celebra anualmente nas instalações do Expo Center Norte de São Paulo (Brasil) exibiram as suas últimas novidades em matéria de produtos, equipamentos, técnicas inovadoras e revoluções tecnológicas. De acordo com a organização do congresso, o volume de negócios gerado durante os quatro dias do congresso atinge mais de 5,5 milhões de euros em vendas.
operam neste setor, tem para oferecer no contexto regional e mundial. Por este motivo, o Brazilian Health Devices, projeto setorial realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), realizaram durante o 37o CIOSP uma ação direcionada para a promoção da imagem do setor dentário no Brasil.
Este resultado não é difícil de justificar quando se trata do país com mais médicos dentistas do mundo e que representa, por si só, 19% dos profissionais no ativo nos quatro cantos do planeta. Desde 2010, em apenas oito anos, o número de dentistas em atividade no Brasil cresceu 42,27%, passando de 219.575 para 312.403, segundo dados oficiais do Conselho Federal de Odontologia (CFO), divulgados em 30 de outubro de 2018. Considerando a população brasileira de 208.494.900, a proporção é de 668 habitantes por médico dentista. O segmento da odontologia é, de resto, um dos que mais se destaca, de acordo com o CFO, tendo faturado nos últimos anos cerca de 10 bilhões de euros. De entre outros que integram a indústria brasileira de saúde, o setor destaca-se por ser o único que apresenta superávit na balança comercial e ocupa a quarta posição no mercado de higiene oral mundial. Potencial brasileiro Estas estatísticas deixam antever o enorme potencial que a odontologia brasileira, nomeadamente as empresas que
O maior congresso do setor dentário da América Latina tem como cenário o recinto do Expo Center Norte de São Paulo.
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Neste contexto, representantes de publicações especializadas de países da Europa e da América Latina – entre eles Miguel Ángel Cañizares, diretor da MAXILLARIS, e João Drago, coordenador da edição portuguesa desta revista – foram convidados a cumprir em São Paulo uma agenda diária que incluiu visitas a fábricas de excelência e a stands de empresas associadas, durante o CIOSP. “A ideia é que os formadores de opinião tenham condições de ter um amplo panorama das soluções oferecidas por fabricantes de dispositivos para a saúde, de referência no Brasil”, justificou o coordenador do departamento de Acesso a Mercados Internacionais da ABIMO, Rafael Cavalcante, para quem “esse trabalho é essencial para a imagem da saúde no Brasil, com ênfase na nossa estrutura odontológica, influenciando diretamente numa boa aceitação do produto brasileiro no exterior”. O projeto Brazilian Health Devices, executado pela ABIMO em parceria com a Apex-Brasil, tem como missão fomentar as exportações das indústrias de artigos e equipamentos da área da saúde. É a marca que reúne as indústrias exportadoras do setor e as representa internacionalmente. A título de exemplo, é através deste projeto que uma série de empresas brasileiras vão poder voltar a exibir os seus produtos no salão internacional dentário (IDS) que se celebra este mês, em Colónia (Alemanha), ou que cerca de 20 fabricantes de produtos “made in Brasil” vão ter, pela primeira vez, um pavilhão próprio no recinto da Expo-Dentária, que se realiza em novembro próximo, em Lisboa, ao abrigo do congresso da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD).
Paulo Henrique Fraccaro tem a seu cargo a gestão da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO).
O grupo de convidados que participou na visita a São Paulo: a partir da esquerda, Miguel Ángel Cañizares, diretor da MAXILLARIS; João Drago, coordenador da edição portuguesa desta revista; Yiannis Kotoulas, em representação do grupo George Warman (Reino Unido); Rafael Cavalcanti, coordenador do departamento de Acesso a Mercados Internacionais da ABIMO; Silvia Borriello, diretora editorial da revista Infodent (Itália); Manuela Zurita, redatora do jornal El Comercio (Peru), e Javier Martínez de Pisón, editor do jornal Dental Tribune (América Latina e Espanha).
“A ABIMO sempre acreditou na importância das feiras para o desenvolvimento da indústria, devido ao ambiente de negócios proporcionado por elas. Todas as ações que realizamos reforçam a importância da associação para o segmento”, esclarece Paulo Henrique Fraccaro, que gere (na qualidade de superintendente) os destinos desta entidade. Em declarações aos jornalistas convidados, na derradeira jornada da visita a São Paulo, Paulo Henrique Fraccaro sublinhou que as empresas brasileiras do setor dentário “oferecem hoje em dia ao mercado internacional um pacote completo de vantagens: um preço competitivo, produtos de qualidade, boa assistência ao cliente, formação aos distribuidores e uma excelente distribuição”. Em contrapartida, recomenda aos operadores brasileiros que exportam os seus produtos ou pretendem fazê-lo “informarem-se bem sobre o mercado onde pretendem entrar, nomeadamente ao nível das tecnologias existentes, perfil do cliente, etcétera”. O dirigente da ABIMO reitera, de resto, o seu empenho em apoiar todos estes passos em prol da internacionalização da odontologia brasileira.
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Durante a visita à exposição da indústria dentária brasileira, que decorreu paralelamente ao programa científico do congresso, a MAXILLARIS teve oportunidade de conhecer de perto, em conversa com os seus principais dirigentes, algumas empresas locais que se destacam pela sua aposta na inovação e na internacionalização.
Roberto Alcântara, fundador e presidente da empresa.
IMPLACIL. Fundada em 1982, é especializada na produção de implantes de última geração, que exporta para sete países da América Latina e três europeus: Portugal, Espanha e Itália. É responsável pela introdução no mercado brasileiro do primeiro implante osteointegrado. Investiu recentemente mais de 4 milhões de euros com o objetivo de se redimensionar no mercado. Em abril celebrará, em São Paulo, o seu quinto meeting internacional, dedicado à ciência e às soluções para os pacientes”.
ANGELUS. No mercado desde 1994, esta empresa, que exporta os seus produtos para mais de 80 países em todos os continentes, dá resposta aos segmentos de cirurgia oral, endodontia, prótese de laboratório e odontopediatria. Tem um trabalho centrado na ciência, na investigação e no desenvolvimento de novos produtos, uma equipa diferenciada de investigadores e médicos dentistas, e um grande número de patentes. Neste CIOSP, trouxe ao mercado uma expansão da sua gama na área da biocerâmica e fibra de vidro, com produtos exclusivos que permitirão proporcionar aos pacientes um tratamento mais eficaz e seguro.
Nilton De Bortoli, fundador da empresa, e Cristina Wolowski, Export Manager.
MAQUIRA. O produto pioneiro desta empresa, fundada em 2003, foi a caixa para aparelho móvel, que devido ao crescimento de comercialização incentivou o aumento da sua linha de produção. Hoje fabrica desde resina composta, cimentos, até arcos e afastadores injetados, estando presente em mais de 40 países, incluindo Portugal. Hoje conta com uma planta fabril de 12.000 m², onde produz mais de 350 produtos, possuindo um dos parques fabris mais tecnológicos do ramo na América Latina. Ambiciona expandir-se cada vez mais no mercado internacional.
A partir da esquerda, Anny Moria, Export Coordinator; César Zani, Coordenador de Marketing, e Paula Silvéria, Export Department.
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OLSEN. Em atividade há quatro décadas, esta firma é especializada na produção de unidades dentárias e está presente em cerca de uma centena de países, incluindo Portugal e Espanha. Um dos seus produtos mais inovadores é a cadeira portátil com estrutura de aço, exibida no seu stand no CIOSP (na foto acima), que pode ser montada em apenas 15 minutos. Esta unidade já é utilizada pelos exércitos do Brasil e dos Estados Unidos. O exemplo foi recentemente seguido pelo governo chileno, que encomendou 45 unidades.
ORTHOMETRIC. Com 15 anos de existência, é a segunda maior empresa de ortodontia da América Latina, estando presente em mais de duas dezenas de países daquela região e também da Ásia e do Médio Oriente. A sua especialidade são os brackets de metal, tubos e hard wires. Faz também uma forte aposta na formação dos seus clientes. Prova disso é que durante o 37o CIOSP patrocinou cinco conferências diárias.
Santiago Carrau Chiarino, Sales Management.
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SORENSEN. No mercado desde 1962, foi fundada por uma família originária da Dinamarca, centrando-se na fabricação de pontas diamantadas. Está presente em 20 países, incluindo o mercado ibérico, sendo 80% da sua produção distribuída em território brasileiro. A empresa tem apostado muito em I&D e espera lançar no mercado, no prazo de um ano, um produto particularmente inovador.
ALLIAGE. É a mais recente aposta empresarial do grupo que detém as empresas Dabi Atlante e Gnatos (que se juntaram em 2017), especializadas na confeção de unidades dentárias e de raios-x panorâmicos, entre outros produtos do setor. Produz 20.000 unidades por ano, que estão presentes em largas dezenas de países dos quatro cantos do mundo.
Daniel Maia, Export.
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Marcelo Albuquerque, Business Development Director.
A partir da esquerda, Marcelo Valério, Trader, e Paulo Dobes, International Trader (Europa e Ásia).
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ABIMO promoveu visitas guiadas a empresas brasileiras da área da implantologia e da ortodontia
SIN Implante centra o seu foco nos maiores mercados globais Referência brasileira na área da implantologia, a SIN Implante vive um momento de grande expansão no mercado internacional. A empresa, que produz uma média de 70.000 implantes por mês, dispõe de amplas instalações em pleno centro de São Paulo, onde se praticam sofisticados meios de controlo da qualidade, tal como a MAXILLARIS teve oportunidade de observar ao percorrer o recinto numa visita Felipe Leonard, CEO da SIN Implante. guiada por operacionais da empresa, que desenvolveu sistemas de implante que utilizam nanotecnologia, permitindo uma perfeita integração óssea, para além de uma recuperação mais rápida, uma vez que os implantes SIN têm uma superfície quimicamente ativada. Assim, a osteointegração pode completar-se em 28 dias, contra os 90 ou 120 dias que demorava no passado. “Nos próximos anos, esperamos aumentar em quatro ou cinco vezes as vendas no mercado externo”, revelou no final da visita Felipe Leonard, CEO da SIN Implante, que está presente em 16 países, incluindo Portugal, Espanha e Itália, sendo que atualmente 10% da produção da matriz brasileira é exportada. No ano passado, os seus produtos chegaram aos Estados Unidos, o maior
A SIN Implante dispõe de amplas e modernas instalações em São Paulo.
mercado de implantes dentários. “Isto significa o mesmo que apresentar o nível técnico para jogar nas grandes ligas, pelo standard de qualidade, segurança e inovação exigidos por muitos desses países”, esclareceu mesmo o executivo, de nacionalidade argentina. A marca tem no seu portfolio produtos de alta qualidade, desenvolvidos a partir de muita inovação tecnológica e apoiada por investigações realizadas junto das principais faculdades de Medicina Dentária do mundo.
Morelli dá prioridade à investigação e à inovação Pioneira na fabricação e líder de vendas em produtos ortodônticos no Brasil, a Morelli é uma referência no mercado. Os seus produtos já transformaram milhões de sorrisos no Brasil e em mais de 30 países, incluindo Portugal e Espanha. Roger Morelli, diretor industrial da Morelli.
Fruto da persistência e empreendedorismo, a empresa surgiu em 1980, na cidade de Sorocaba, na região de São Paulo, sendo hoje considerada a maior e mais completa marca de produtos ortodônticos da América Latina.
Durante a visita guiada foi possível constatar que a Morelli conta com a mais moderna tecnologia de injeção de metal e cerâmica. A técnica de Metal Injection Molding (MIM) e Ceramic Injection Molding (CIM) permitem a fabricação de peças complexas e com medidas precisas. “Somos especialistas na confeção de moldes, adotando o processo MIM, com o qual elaboramos produtos de micro mecânica”, revelou Roger Morelli. A Morelli oferece uma linha completa de produtos para ortodontia (mais de 2.000 itens certificados).
Tem como um dos principais guias de crescimento o investimento em investigação e inovação. Cerca de uma centena de pessoas trabalham na área do desenvolvimento de produtos. “Nos últimos anos, investimos em processos sofisticados de manufatura e na criação de novos produtos”, adiantou o diretor industrial da empresa, Roger Morelli, anfitrião da visita que a MAXILLARIS efetuou à velha fábrica inaugurada no início da década de oitenta do século passado e às mais recentes instalações, estreadas em 2003, que albergam no total mais de 600 funcionários.
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A empresa oferece uma linha completa de produtos para ortodontia.
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Graça Freitas diretora-geral da Saúde e médica especialista em Saúde Pública
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Temos uma área claramente deficitária que é a questão relacionada com a reabilitação oral No mês em que se celebra o Dia Mundial da Saúde Oral (20 de março), a médica Graça Freitas, que lidera a Direção-Geral da Saúde desde janeiro do ano passado, faz à MAXILLARIS o ponto da situação do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) e revela as suas expectativas, a médio e longo prazo, quanto à relação dos portugueses com a consulta dentária. A experiente dirigente (que soma no currículo 12 anos como subdiretora-geral da mesma entidade pública) e especialista em Saúde Pública considera que para se atingir cada vez melhores indicadores de saúde oral é necessário, não só o envolvimento dos profissionais do setor, mas também dos educadores de infância, professores e da restante comunidade educativa, das famílias e dos encarregados de educação, bem como dos cidadãos em geral.
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Que balanço global faz do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO)? Em Portugal, a nível nacional, as estratégias para a promoção da saúde oral e prevenção das doenças orais tiveram o seu início em 1986. Os Programas de Saúde Materna, de Vigilância da Saúde Infantil e Juvenil, de Promoção e Educação para a Saúde e de Saúde Escola começaram a integrar esta área da saúde. Desde essa altura até aos dias de hoje, o panorama da saúde oral em Portugal, especialmente, no que diz respeito à população mais jovem, sofreu grandes alterações, tendo-se conseguido melhorar muito significativamente os indicadores do estado de saúde oral da população jovem. Esses indicadores foram obtidos através de estudos de prevalência das doenças orais, representativos a nível nacional e regional, realizados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), com a colaboração de outras entidades, em 2000, 2006, 2013 e 2014. O programa, atualmente em vigor, está a ser alvo de atualização visto, desde 2005, ano da sua publicação, ter sido complementado com outras estratégias que aliam a promoção da saúde e a prevenção das doenças, ao diagnóstico precoce e aos tratamentos preventivos e curativos, individualizados.
Atualmente, são referenciados cerca de 454.616 utentes das diversas populações que utilizaram 435.858 cheques-dentista e referenciações para higienista oral (dados de 2018)
No programa têm colaborado ativamente milhares de profissionais de saúde e de educação, com especial destaque para os médicos de medicina geral e familiar, enfermeiros, higienistas orais, médicos dentistas, educadores de infância e professores do ensino básico. A partir de 2008 foi iniciado um alargamento progressivo e sistemático do PNPSO, a grupos alvo considerados mais vulneráveis. Os primeiros grupos a terem acesso à referenciação para consulta de medicina dentária, efetuada através de referenciação do médico de família e consequente entrega de cheque-dentista ao utente, foram as grávidas e as pessoas idosas, beneficiárias do complemento solidário. Posteriormente, para o tratamento de situações de comprovada necessidade de cuidados devido a cárie dentária tiveram acesso a cheque-dentista as crianças com menos de seis anos. Também as crianças e jovens com sete, 10 e 13 anos que frequentam escolas da rede publica, solidária e da rede privada (com contrato com o Ministério da Educação) foram incluídas, podendo receber um documento de referenciação para consulta de higiene oral ou um cheque-dentista. Quando o centro de saúde da área da escola tem um higienista oral integrado nos seus recursos humanos e caso a criança não tenha dentes com necessidade de tratamento, poderá receber o documento de referenciação para consulta de higiene oral, a realizar na unidade funcional de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Nas outras situações as crianças recebem um cheque-dentista de forma a que sejam efetuadas as intervenções preventivas e curativas necessárias. Atualmente, as crianças e os jovens têm a possibilidade de usufruir de intervenções preventivas e curativas na área da saúde oral, até aos 18 anos. Naturalmente, para que isto aconteça, é necessário que todos os intervenientes, desde os pais ou encarregados de educação, os jovens, os profissionais de saúde e de educação envolvidos, assumam a sua responsabilidade e cumpram as regras definidas pelo PNPSO. Posteriormente à entrada destes grupos-alvo, tiveram acesso ao cheque-dentista os utentes com VIH e com necessidade de diagnóstico precoce de lesão suspeita de cancro oral. Anualmente, são referenciados cerca de 454.616 utentes das diversas populações que utilizaram 435.858 cheques-dentista e referenciações para higienista oral (dados de 2018).
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Em qual ou quais dos grupos populacionais abrangidos pelo cheque-dentista se têm verificado melhores resultados? Que explicação encontra para essa diferenciada taxa de sucesso? Os grupos-alvo com taxas de utilização mais elevadas são os idosos (86,8 por cento), os utentes portadores de VIH/Sida (85,6 por cento) e as mulheres grávidas (79,6 por cento). As crianças e jovens de sete, 10 e 13 anos apresentam uma taxa de utilização, a cinco anos, de 75,6 por cento, percentagem esta que consideramos ser muito positiva. Temos que ter em conta que parte da população beneficia de subsistemas ou de seguros de saúde estando já fidelizada a um profissional de saúde oral, não aderente ao PNPSO, não utilizando por isso o cheque-dentista ou o documento de referenciação para consulta de higiene oral na unidade funcional de saúde do SNS, sendo por isso inatingível uma taxa de utilização de 100 por cento. Saliento que os cheques-dentista não utilizados não representam para o SNS um recurso desperdiçado. São recursos disponíveis para os utentes, os quais têm o direito de decisão sobre a sua utilização. Em 2018, no âmbito deste projeto tiveram acesso 257.152 crianças e jovens dos quais 142.856 utilizam usufruindo de 1.331.461 tratamentos, 66 por cento dos quais foram tratamentos preventivos. Está previsto a curto ou médio prazo o alargamento do PNPSO a novas camadas da população? Em caso afirmativo, quais? Sobre esta questão importa salientar que o PNPSO, como já foi referido atrás, ao longo dos anos e em especial, a partir de 2008, tem vindo a alargar a sua
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cobertura. Como sabe foi criado em 2016 um novo projeto, Saúde Oral nos Cuidados de Saúde Primários, que pretende integrar consultas de Medicina Dentária nas unidades de saúde funcionais do SNS. Iniciou-se em 13 locais através de um projeto piloto, destinado a utentes do SNS, com patologias crónicas definidas. Em 2017 foi ampliado a todos os utentes dos ACES. No final de 2018 havia 76 consultórios de Medicina Dentária em 64 municípios. Espera-se abranger, até ao final deste ano, mais 75 municípios com 91 gabinetes da especialidade. Há cada vez mais estudos que associam os problemas do foro dentário a outras patologias graves, como a diabetes ou as doenças do coração. A Direção-Geral de Saúde acompanha de perto esta matéria (e a crescente consciencialização)? Sim, a DGS reconhece totalmente que a saúde oral é essencial à saúde geral e ao bem-estar ao longo do ciclo de vida. Os problemas do foro oral têm impacto noutras doenças sendo muitos dos fatores de risco comuns, como são os casos da diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares, entre outras. No caso de mulheres grávidas, por exemplo, a periodontite está associada ao maior número de nascimentos de bebés com baixo peso à nascença e/ou pré-termo, bem como a pneumonia especialmente nas pessoas idosas. Existe o reconhecimento de que a saúde oral está intimamente ligada à saúde geral, sendo por isso fundamental que a promoção da saúde se faça não só no contexto do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, mas também integrada noutros programas.
A diretora-geral da Saúde mantém uma relação de proximidade com a classe dos médicos dentistas. Em dezembro passado, marcou presença na cerimónia de encerramento das comemorações do vigésimo aniversário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD).
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A cárie dentária e os problemas do foro periodontal são as doenças mais prevalentes, mas também muito vulneráveis às medidas de prevenção, por isso são facilmente evitadas.
Que importância atribui à prevenção no contexto do combate às doenças do foro oral, em particular a cárie e a periodontite? A cárie dentária e os problemas do foro periodontal são as doenças orais mais prevalentes, causa da maior parte das perdas dentárias, embora sejam também doenças muito vulneráveis às medidas de prevenção, por isso facilmente evitadas. Os cuidados relacionados com a higiene oral constituem a principal medida para a sua prevenção, sendo essencial continuar a reforçar a importância da escovagem dos dentes com dentífrico fluoretado e da utilização do fio dentário e/ou de outro meio de remoção do biofilme oral dos espaços interdentários. Para além da promoção da saúde oral e da prevenção das doenças orais serem o principal foco do PNPSO, integra-se noutros programas em curso, nomeadamente no Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco, no Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil e no Programa Nacional de Saúde Escolar. É fundamental trabalharmos para o aumento da literacia em saúde da população, de forma a que as pessoas tenham a capacidade de fazer escolhas favorecedoras da sua saúde e da saude de quem cuidam. A prevenção das doenças é sempre o melhor caminho. E para se conseguir atingir cada vez melhores indicadores de saúde oral é necessário, não só o envolvimento dos profissionais de saúde, mas também dos educadores de infância, professores e da restante comunidade educativa, das famílias e dos encarregados de educação, bem como dos cidadãos no geral. Tal como referido no ponto anterior os fatores de risco de muitas das doenças crónicas são comuns às doenças orais, sendo essencial investir-se fundamentalmente na promoção das boas práticas
relacionadas com a higiene oral e com a alimentação saudável, que inclui a redução do consumo de açúcar e o aumento do consumo de frutas e hortícolas, na promoção da atividade física e na prevenção do tabagismo. Qual é a sua opinião sobre o processo de integração dos médicos dentistas no SNS? É uma nova estratégia para dar acesso aos utentes do SNS, aumentando e melhorando a cobertura dos cuidados de saúde oral nos cuidados de saúde primários, gerando uma base de proximidade e de equidade, no sentido de assegurar à população portuguesa de forma progressiva e continuada as condições necessárias para a manutenção dos dentes saudáveis ao longo da vida.
É fundamental trabalharmos para o aumento da literacia em saúde da população, de forma a que as pessoas tenham a capacidade de fazer escolhas favorecedoras da sua saúde
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Para tal, o Ministério da Saúde tem recorrido á contratação de médicos dentistas e assistentes dentários, prevendo-se que num futuro próximo se conclua o processo de aprovação da carreira de médico dentista na Administração Pública, passando a partir dai a integração destes profissionais a ser efetuada mediante concurso publico. A criação da carreira de médico dentista na Administração Pública é uma velha aspiração (com 35 anos) dos profissionais da classe. Como encara este desígnio que, de resto, está precisamente em vias de ser implementado pelo Governo? No final da década de 80, iniciou-se o processo para a regulamentação da carreira de médico dentista na Administração Publica. No entanto, dada a escassez de profissionais com esta habilitação e o desinteresse da classe relativamente à integração na Administração Pública, nas condições vigentes, foi abandonada a negociação. Em 2017, o Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho que apresentou uma proposta de carreira, a qual mereceu a sua aprovação e envio para o Ministério das Finanças. Esta a dar-se mais
Graça Freitas considera que a criação da carreira de médico dentista na Administração Pública é mais um passo importante para o desenvolvimento do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, em todas as suas vertentes.
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um passo importante para o desenvolvimento do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, em todas as suas vertentes, assegurando à população portuguesa os cuidados necessários para a manutenção da sua saúde oral. Qual é a sua expectativa, a médio e longo prazo, no que respeita à relação dos portugueses com a consulta dentária? Fazendo uma retrospetiva e pensando no panorama da saúde oral há 30 anos atrás em Portugal, a situação é bastante diferente. Nessa altura os recursos humanos eram escassos, não existia a informação que hoje em dia está disponível e era dada pouca importância a esta área da saúde, por parte dos profissionais de saúde e pela população. Cada vez mais as pessoas têm consciência da importância da vigilância da sua saúde, embora muitos continuem a procurar os profissionais de saúde apenas em situações de urgência. No que respeita à saúde infantil e juvenil, o programa preconizado pela DGS recomenda a vigilância da saúde oral efetuada pelo médico assistente, o qual, quando é necessário encaminha a criança para consulta de saúde oral. No III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais (DGS 2013/14), 57,6 por cento das crianças com seis anos e 96,2 por cento dos jovens com 12 anos, já tinham ido a uma consulta com o profissional de saúde oral. Aos 12 anos, 70,2 por cento tinham ido a uma consulta nos últimos 12 meses. Aos 18 anos, 59 por cento dos jovens tiveram consulta com o profissional de saúde oral, tendo essa percentagem sido mais baixa para os grupos 35 a 44 e 65 a 74 anos, correspondendo a 54,7 por cento e 40,6 por cento, respetivamente. Temos uma área claramente deficitária que é a questão relacionada com a reabilitação oral. Não tem sido possível dedicarmo-nos a esta temática que terá de ser equacionada a muito curto prazo, atendendo a que de acordo com os resultados do último estudo, aos 35 a 44 anos e aos 65 a 74 anos, 13,7 por cento e 63,3 por cento apresentavam, respetivamente, menos de 20 dentes naturais na boca. Aos 65 a 74 anos, para além da falta de dentes, 14,4 por cento eram desdentados totais e apenas 51,1 por cento referiram que usavam prótese removível.
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Junia Serra-Negra especialista em bruxismo e professora da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil)
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O paciente hoje busca informações, investiga sobre o médico dentista que vai atendê-lo e quer inovações
Junia Serra-Negra é especialista em bruxismo e professora no Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais, com sede em Belo Horizonte (Brasil). A docente brasileira desloca-se a Coimbra, no dia 16 deste mês, para ministrar um curso (junto com a médica dentista portuguesa Rosário Ferreira) subordinado ao tema “Bruxismo em crianças: quebra de paradigmas“, ao abrigo do plano de formação contínua da Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SPDOF). Em entrevista à MAXILLARIS, a também perita em desordens do sono e cronobiologia antecipa as linhas gerais da intervenção que preparou para o público português e traça os atuais contornos do tratamento do bruxismo.
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Quais são os motivos que levam algumas crianças a sofrerem de bruxismo? O bruxismo pode estar associado a muitas causas e fortemente a fatores emocionais, má qualidade do sono, ao funcionamento individual do relógio biológico circadiano (cronotipo) e problemas respiratórios. Que fatores considera determinantes para garantir um bem sucedido tratamento do bruxismo? O médico dentista deve fazer uma boa conversa com os pais e com as crianças, conhecer os hábitos do dia a dia, a exposição aos estímulos luminosos dos telemóveis e da televisão na hora de dormir, grande acumulação de tarefas (além das escolares) e os traços de personalidade individual que podem levar ao stress. Recomenda-se um exame extra e intraoral detalhado e minucioso para observar se há facetas de desgaste nos dentes, dores à palpação dos músculos masseter e temporal, linha alba ou língua edentada. São sinais clínicos importantes. O uso de goteiras deve ser analisado com cautela, caso a caso, pois as crianças estão em fase de crescimento. Tem prevista uma deslocação a Coimbra, a convite da Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SPDOF), para proferir uma palestra sobre os paradigmas do bruxismo em crianças. Pode adiantar aos nossos leitores um resumo da intervenção que preparou para o público português? Com muita honra eu estarei na bela cidade de Coimbra para trocar experiências com os colegas portugueses. Muitos conceitos que já foram estudados no passado por investigadores hoje já não
Diante de novas tecnologias para diagnóstico a ciência pode constatar que o bruxismo é um processo desencadeado pelo sistema nervoso central e não por ações periféricas
são verdade. Na década de 70 o bruxismo em crianças era considerado sempre fisiológico, as maloclusões e restaurações altas nos dentes eram tidos como fatores desencadeadores do bruxismo, os vermes e parasitoses eram vistos pelas famílias como agentes que levariam as crianças a ranger os dentes. Estes paradigmas precisam ser revistos porque diante de novas tecnologias para diagnóstico a ciência pode constatar que o bruxismo é um processo desencadeado pelo sistema nervoso central e não por ações periféricas. Um outro paradigma a ser revisto é a forma como o paciente entende a terapêutica da goteira oclusal. De facto, esta terapêutica não é promessa de cura para o bruxismo. Observa-se que o paciente range a goteira. O médico dentista deve deixar claro às familias que se ele incluiu no seu plano de tratamento que a goteira é necessária, é importante que fique claro que esta é uma terapêutica paliativa, protetora para que os dentes não se desgastem mais do que já estão. A ciência também tem evoluido com a associação de técnicas de biofeedback com exercícios fisioterapêuticos que têm trazido alívio às dores musculares e favorecendo o desenvolvimento harmonioso da ATM. Acha que o bruxismo é um tema que já faz parte da agenda da Medicina Dentária ou, pelo contrário, precisa de mais divulgação e debate junto dos profissionais do setor? O bruxismo faz parte da rotina do médico dentista e a prevalência tem aumentado porque as crianças e os adolescentes estão envolvidos em muitos projetos e atividades, sofrem uma excessiva exposição aos telemóveis e vídeo-jogos, que há algumas décadas não existiam. Hoje, o código internacional de doenças (CID 11) já categoriza uma doença nova que é o vício de tecnologias (gaming disorder). O médico dentista, portanto, tem de estar atualizado para acompanhar as modernidades às quais os seres humanos estão expostos. Que importância atribui à formação contínua dos médicos dentistas que intervêm nesta vertente da Medicina Dentária? Um médico dentista que deseja realmente promover a saúde dos seus pacientes deve estar sempre atualizado e procurar ampliar os seus conhecimentos para valorizar a visão holística da sua comunidade. Quem tiver esta visão – que não se restringe apenas à Medicina Dentária, mas está aberta à multidisciplinaridade – será um profissional diferenciado na sua comunidade e mais valorizado na sua prática.
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É importante também que as famílias criem rotinas saudáveis para a qualidade do sono, mantendo o ambiente onde se dorme confortável Profissionais que são resistentes a conceitos novos, que evitam reavaliar as suas práticas de trabalho, terão menos possibilidades no mercado de trabalho. O paciente hoje busca informações, investiga sobre o médico dentista que vai atendê-lo e quer inovações. Penso que este é o perfil de um grande número de pessoas. Um atendimento mais humanizado e não estritamente tecnicista pode atrair clientela. É evidente que sempre existirão pessoas mais conservadoras, mas penso que há uma tendência de perfil para o futuro. Que cuidados deve ter o paciente no sentido de prevenir o ranger dos dentes? Em primeiro lugar, buscar o autoconhecimento sobre os seus traços de personalidade, as caracteJunia Serra-Negra recomenda uma avaliação da saúde respiratória da criança, como forma de apurar a sua propensão para ranger os dentes durante o sono.
rísticas individuais que o levam a enfrentar os conflitos e as tensões do dia a dia que podem provocar stress, que por sua vez leva a doenças. É recomendável uma avaliação da saúde respiratória, pois a criança muito alérgica, com rinites e sinusites frequentes, que ressona ou tem apneia do sono, está mais propensa a ranger os dentes dormindo. É importante também que as famílias criem rotinas saudáveis para a qualidade do sono, mantendo o ambiente onde se dorme confortável, silencioso e sem estímulos luminosos, tais como dormir com a televisão ligada, jogar vídeo-jogos à noite, perto do horário de dormir, utilizar o telemóvel à noite, etcétera. O tipo de luz que é emitida dos nossos equipamentos tecnológicos levam a um estímulo cerebral chamado blue light effect. Este estímulo luminoso pode interferir na fabricação da melatonina (hormónio do sono). A qualidade do sono também afetará a qualidade do despertar do dia seguinte. Quando se dorme mal, torna-se mais distraído e com dificuldades de concentração nas atividades da escola, mais vulnerável a quedas na rua e pode favorecer o bruxismo em vigília, que é aquele que se caracteriza pelo apertar de dentes, que também afeta a saúde bucal. Qual é a sua opinião sobre os colegas portugueses que dedicam a sua prática clínica à causa do bruxismo? Acha que acompanham o nível dos países mais avançados neste campo? Há investigadores portugueses envolvidos em projetos epidemiológicos mundiais. A SPDOF tem promovido eventos de qualificação e discussões riquíssimas neste campo. Para finalizar, em termos globais como pensa que irá evoluir a Medicina Dentária nos próximos anos? Penso que tem avançado de forma significativa nas últimas décadas. Existem exames complementares mais precisos, estudos quadridimensionais, nanotecnologia e muito mais que a nossa mente atual nem teria capacidade de prever. Sou otimista que a saúde bucal e a saúde geral do paciente caminharão juntas, levando a qualidade de vida às pessoas.
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Harmonização da estética dentogengivofacial: abordagem vanguardista na Medicina Dentária
Letícia Veríssimo Gomes de Sá Estudante de Medicina Dentária na Universidade Brasil, com sede em São Paulo (Brasil). Felipe Alves de Sousa Estudante de Medicina Dentária na Universidade Brasil. Amanda Pereira Rodrigues Estudante de Medicina Dentária na Universidade Brasil. Irineu Gregnanin Pedron Médico Dentista. Especialista em Periodontia e Implantodontia. Professor do Curso de Toxina Botulínica na Odontologia, Instituto Bottoxindent (São Paulo). Autor do livro “Toxina botulínica - aplicações em odontologia” (Ed. Ponto, 2016). Professor das Disciplinas de Periodontia, Implantodontia, Estomatologia e Clínica Multidisciplinar na Universidade Brasil. São Paulo (Brasil).
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Introdução Hoje em dia, a procura por procedimentos estéticos tem crescido exponencialmente. Os procedimentos odontológicos, bem como os médicos, além de almejarem o princípio de promoção de saúde, buscam a estética do sorriso, sendo uma forma de comunicação e socialização que exprime diversos sentimentos1-3.
Resumo Atualmente, a Medicina Dentária contempla a harmonização dentogengivofacial, angariando destaque na estética facial, por meio de técnicas como a gengivoplastia e a aplicação de toxina botulínica no tratamento do sorriso gengival. O propósito deste trabalho é apresentar o caso de uma paciente que apresentou severa discrepância dentogengival e sorriso gengival. Realizou-se a gengivoplastia, que determinou a nova conformação do zénite dentário, e posteriormente a aplicação da toxina botulínica promoveu a deiscência do lábio superior, reduzindo a exposição gengival. Concluindo, a comunhão das técnicas de gengivoplastia e a aplicação da toxina botulínica favoreceram a harmonização da estética dentogengivofacial, otimizando o equilíbrio do sorriso e a estética facial, minimizando a queixa principal e melhorando a autoestima da paciente. Palavras-chave: crescimento excessivo da gengiva, toxinas botulínicas tipo A, gengivoplastia e estética dentária.
A harmonia estética facial correlaciona-se diretamente com o sorriso e este, por sua vez, é formado pela união de três componentes: os dentes, a gengiva e o lábio1-4. O sorriso torna-se agradável esteticamente quando estes elementos estão dispostos em proporção adequada, e a exposição do tecido gengival é limitada a 3 mm. Quando a exposição gengival é maior que 3 mm, caracteriza-se a condição não estética denominada sorriso gengival, que afeta psicologicamente alguns pacientes3-8. Propuseram-se diversas modalidades terapêuticas para a correção do sorriso gengival, entre elas a gengivectomia ou gengivoplastia1,2,5-7, miectomia6,8 e a cirurgia ortognática6,8,9, sendo os dois últimos procedimentos mais invasivos e apresentando elevada morbilidade7. Em contrapartida, a utilização da toxina botulínica pode considerar-se como opção terapêutica, sendo um método mais conservador, efetivo, rápido e seguro, quando se compara aos procedimentos cirúrgicos3,5,10. A toxina botulínica é sintetizada pela bactéria Gram-positiva anaeróbica Clostridium botulinum, e atua inibindo a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular, impedindo a contração do músculo. Existem sete sorotipos distintos da toxina (A, B, C1, D, E, F e G)3,6,8,9. Entretanto, o tipo A é o subtipo mais frequentemente utilizado na clínica e o mais potente3,6.
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Atualmente, a toxina botulínica tem-se mostrado eficiente no tratamento do sorriso gengival, em pacientes com hiperfunção dos músculos envolvidos no sorriso, bem como em outras desordens como as disfunções temporomandibulares (hipertrofia do músculo masseter, bruxismo, briquismo) e a dor miofacial3,6,9. O propósito deste trabalho foi relatar o caso de uma paciente que apresentou severa discrepância dentogengival e sorriso gengival e foi tratada associando-se a gengivoplastia e a aplicação de toxina botulínica tipo A. Relato do caso Paciente leucoderma do género feminino, de 20 anos, compareceu à clínica particular com queixa de sorriso gengival e discrepância dentogengival (figs 1 e 2).
A paciente apresentou crescimento gengival com perfil inflamatório sem o diagnóstico radiográfico de perda óssea (fig. 3). O crescimento gengival e a discrepância dentogengivais determinaram-se com o auxílio do medidor de proporcionalidade de Chu (fig. 4). O comprimento dentário (considerando-se o dente 21) e o sorriso gengival foram mensurados pelo emprego do paquímetro digital, com 8,8 mm (fig. 5) e 13,7 mm (fig. 6), respetivamente, resultando em exposição gengival de 4,9 mm. Propõs-se a gengivoplastia e, posteriormente, após a apresentação dos resultados, a aplicação de toxina botulínica tipo A para a correção do sorriso gengival. Relativamente à aplicação da toxina botulínica, orientou-se a paciente quanto a recorrência do sorriso gengival após, em média, de quatro a seis meses da aplicação. A priori, antes do procedimento cirúrgico (gengivoplastia), recomendou-se a orientação de higiene oral (fig. 7), com o propósito de reduzir a inflamação gengival e evitar a possibilidade de recorrência do crescimento gengival.
Fig. 2. Discrepância anatómica entre o comprimento dos dentes antero-superiores e o crescimento gengival inflamatório. Fig. 1. Paciente apresentando sorriso gengival e discrepância dentogengival.
Fig. 3. Aspetos radiográficos mostrando ausência de perda óssea alveolar.
Fig. 4. Relação comprimento-largura com o auxílio do medidor de proporcionalidade de Chu no dente 21.
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Fig. 5. Comprimento dentário do dente 21 (8,8 mm) mensurados pelo emprego do paquímetro digital.
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Fig. 6. Sorriso gengival mensurado (13,7 mm) entre a borda incisal e a margem inferior do lábio superior.
Fig. 7. Evidenciação de placa bacteriana para a consulta de orientação da higiene bucal.
Fig. 8. Pós-cirúrgico imediato nos dentes 21, 22 e 23.
Decorridos 10 dias da consulta de orientação da higiene oral, realizou-se a gengivoplastia. Sob anestesia local infiltrativa, determinaram-se os pontos sangrantes com auxílio de uma sonda milimetrada e a união destes pontos efetuou-se com o bisturi elétrico (BE 3000®, KVN, São Paulo, Brasil)1,2. Aumentou-se o comprimento dos dentes, caracterizando-se o zénite dentário. Posteriormente, realizou-se o scraping, assemelhando-se a técnica de bisel externo, com o propósito de incrementar a reparação tecidual (figs. 8 e 9). Não houve necessidade de utilização do cimento cirúrgico, uma vez que o processo da ferida ocorre por segunda intenção. Orientou-se a paciente e administraram-se fármacos analgésicos no pós-cirúrgico.
Após 30 dias, na consulta subsequente, verificou-se uma reparação tecidual satisfatória e nova apresentação do zénite dentário, observado pelo medidor de proporcionalidade de Chu (figs. 10 e 11, respetivamente), não sendo reportadas alterações ou queixas pela paciente. Entretanto, observou-se a persistência do sorriso gengival (fig. 12). O novo comprimento do dente 21 mediu-se em 10 mm (fig. 13) e o sorriso gengival em 13,9 mm (fig. 14), com redução da exposição gengival para 3,9 mm.
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Apesar da redução da exposição gengival, sugeriu-se a aplicação da toxina botulínica. Previamente à aplicação da toxina botulínica, desinfetou-se a superfície da pele com álcool etílico, evitando-se a infeção local e removendo-se a oleosidade da mesma. Posteriormente aplicou-se anestésico tópico dermatológico (Emla®, Astra, São Paulo, Brasil) com o propósito de promover conforto durante o procedimento. A toxina botulínica tipo A (Botox® 200u, Allergan, Westport, Irlanda) diluiu-se em 2 ml de solução salina, de acordo com as normas do fabricante, e injetaram-se duas unidades no sítio preconizado, lateralmente a cada narina. Após a aplicação, orientou-se a paciente a não baixar a cabeça nas primeiras quatro horas e não realizar atividades físicas durante 24 horas após o procedimento. Após 15 dias, avaliou-se a paciente que apresentava deiscência uniforme do lábio superior (fig. 15). A mensuração entre o lábio superior e a borda incisal do dente 21 resultou em 11,6 mm (fig. 16), apresentando redução de 2,3 mm. Não se reportaram efeitos colaterais ou queixas.
Discussão A toxina botulínica tem-se tornado um excelente meio auxiliar no tratamento de diversas desordens estomatológicas. Apesar de ser conhecida pela utilização cosmética na redução de linhas hipercinéticas faciais, também pode empregar-se com fins terapêuticos, em casos de bruxismo, disfunção temporomandibular, hipertrofia massetérica e exposição gengival acentuada3-11. O sorriso gengival é conceituado pela exposição de mais de 3 mm de tecido gengival durante o sorriso3,5,7,10, sendo frequentemente encontrado em mulheres10. A maior predominância pelo género feminino pode explicar-se pelo facto de pacientes do género masculino apresentarem a linha do sorriso mais baixa4,5. Diversas etiologias foram sugeridas ao sorriso gengival como o excesso vertical da maxila3-6,8,9, erupção passiva tardia3,4,6,7,9, hiperfunção dos músculos envolvidos no sorriso3,6,7,9 e comprimento reduzido da coroa clínica dos dentes1-3,7, que podem verificar-se ocorrer isoladamente ou em conjunto e determinam o tipo de tratamento a ser empregado.
Fig. 9. Pós-cirúrgico imediato nos dentes superiores.
Fig. 10. Pós-cirúrgico (30 dias): reparação tecidual satisfatória.
Fig. 11. Nova apresentação do zénite dentário observado pelo medidor de proporcionalidade de Chu.
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Fig. 12. Persistência do sorriso gengival.
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Fig. 13. Novo comprimento do dente 21 (10 mm).
No sorriso gengival causado pela hiperfunção muscular identificou-se a aplicação de toxina botulínica, sendo o tratamento de primeira escolha pela facilidade e segurança das aplicações, efeito rápido, além de ser um método mais conservador quando se compara aos procedimentos cirúrgicos (miectomia ou osteotomia Le Fort I)3-11. A atividade do sorriso determina-se por diversos músculos faciais, como o elevador do lábio superior e da asa do nariz, zigomático menor e maior, do ângulo da boca, orbicular da boca e risório3-6,8-10. Entre estes, os três primeiros desempenham maior função e determinam a quantidade de elevação labial, devendo ser, portanto, os músculos afetados pela injeção da toxina. As fibras destes músculos convergem para a mesma área, formando um triângulo, sugerindo-se que o ponto de eleição adequado compreenda os três músculos em uma única injeção. A toxina ao ser injetada, pode espalhar-se em área de 10 a 30 mm, permitindo o alcance efetivo3-5. O local de injeção proposto foi lateralmente a asa do nariz3,4,8-10. Ao ser injetada em locais pré-determinados, a toxina diminui a contração dos músculos responsáveis pela elevação do lábio superior, reduzindo a exposição gengival3-11. Cada músculo envolvido na elevação do lábio superior apresenta uma função durante a atividade do sorriso. Os locais para as injeções determinam-se pela contração de grupos musculares
específicos, que resultam em diferentes áreas de visualização gengival. Propuseram-se diversas classificações ao sorriso gengival: anterior, posterior, misto e assimétrico, envolvendo grupos musculares diferentes3,4,10. O sorriso gengival anterior deve tratar-se com a técnica convencional, com aplicações lateralmente à asa do nariz. Nos pacientes com sorriso gengival posterior, a aplicação da toxina deve envolver os músculos zigomáticos maior e menor, com aplicação da toxina em dois pontos diferentes: no ponto de maior contração do sulco nasolabial durante a atividade do sorriso, e o segundo ponto, 2 cm lateralmente ao primeiro, ao nível da linha do tragus. Aos pacientes que apresentam sorriso gengival misto, a aplicação da toxina deve efetuar-se em todos os pontos mencionados acima. Entretanto, a dose deve reduzir-se a 50% no ponto lateral à asa do nariz5. Em casos de assimetria labial, que ocorre por diferenças na atividade muscular4, os pacientes devem receber injeções com doses diferentes em cada lado da face5,10. A toxina botulínica do tipo A é um pó hidrofílico, armazenado a vácuo, estéril e estável3,6,8. A reconstituição ocorre a partir da injeção suave do diluente (cloreto de sódio 0,9%) no interior do frasco, devendo ser armazenada de 2º a 8ºC, e utilizada em quatro a oito horas, com o propósito de garantir sua eficácia3,9.
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Ao início do tratamento, realizaram-se as fotografias extra-orais incluindo o close-up do sorriso. Alguns autores mencionaram a importância da realização da fotografia do sorriso anterior e posteriormente à aplicação da toxina3,6,10,11. Sugeriu-se que a foto do sorriso deve realizar-se estimulando os músculos individualmente com corrente elétrica, a fim de assegurar que a contração muscular seja controlada, precisa e também repetível, pois o sorriso espontâneo é extremamente difícil de replicar. Os pacientes compreendem que o tratamento se realiza para produzir um sorriso diferente, e nesta perspetiva, inconscientemente, há a tendência a sorrir de modo diferente nas fotos após o tratamento11.
A injeção da toxina botulínica, apesar de ser um procedimento simples e seguro, pode associar-se a alguns eventos adversos como dor no local da injeção, hematomas, infeção, edema, disfonia, disfagia, ptose ou alongamento do lábio superior e assimetria do sorriso. O profissional deve estar atento em relação à posologia, precisão da técnica e localização da puntura3,5,6,9,11.
Os efeitos clínicos apresentam-se em dois a 10 dias após a injeção, e o efeito máximo visível ocorre após 14 dias da injeção3,4,6. Este primeiro efeito, programado para ser progressivo, é também reversível, com duração de aproximadamente três a seis meses3,5,6,9.
Fig. 15. Resultado estético após 15 dias da aplicação da toxina botulínica.
Fig. 14. Medição do sorriso gengival (13,9 mm).
Fig. 16. Redução da medida do sorriso gengival para 11,6 mm.
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No presente relato, não se reportaram queixas ou alterações decorrentes da aplicação.
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No presente relato, o resultado alcançado foi satisfatório à harmonia do sorriso da paciente pela associação dos tratamentos: gengivoplastia e aplicação da toxina botulínica tipo A. A instituição de tratamentos isolados poderia não culminar na excelência do resultado angariado. A priori, a criação do novo zénite dentário durante a realização da gengivoplastia promoveu a nova arquitetura dentária, favorecendo a harmonia dentogengivofacial da paciente. Subsequentemente, a aplicação da toxina botulínica tipo A amenizou o sorriso gengival, pela própria deiscência uniforme do lábio superior, promovendo ainda uma suavidade às linhas faciais do sorriso, como pode observar-se no sulco nasogeniano, adjacente às narinas, comparando-se as figuras 1, 12 ,15.
As contraindicações da utilização da toxina botulínica são a gestação; lactação; hipersensibilidade (alergia) à própria toxina botulínica, lactose e albumina; doenças musculares e neurodegenerativas (miastenia gravis, esclerose lateral amiotrófica, síndrome de Eaton-Lambert e doença de Charcot), e uso simultâneo de antibiótico aminoglicosídico, que pode potencializar a ação da toxina3,9.
Conclusão O caso apresentado ilustra a necessidade contemporânea dos pacientes, particularmente do género feminino, e pode auxiliar na prática clínica, direcionando o médico dentista na condução de casos semelhantes, em pacientes que apresentam o sorriso gengival, que é uma das principais queixas estomatológicas. O sorriso gengival apresenta diversas etiologias (gengival, dentária, óssea e muscular) e quando envolve a associação entre a gengiva, representada pelo crescimento gengival e a muscular, pela hiperfunção do lábio superior, pode tratar-se associando-se as técnicas da gengivoplastia e pela aplicação da toxina botulínica.
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Corticotomia. A propósito de um caso Qualidade, regeneração e velocidade com a técnica de modificação de CDOP
Marcelo César Ortega Médico dentista. Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Santa Fé (Argentina). Patricio Soto Payva Médico dentista. Práctica exclusiva em ortodontia. Santa Fé (Argentina). Horacio Escobar Parada Médico dentista. Prática exclusiva em ortodontia. Madrid (Espanha).
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Os tratamentos serão de maior ou menor envergadura dependendo da quantidade de alterações e do seu compromisso a nível dentário, alveolar, esquelético e estético. O ortodontista deve organizar o fluxo de opções terapêuticas e estabelecer a cronologia da sua aplicação à procura da otimização do tratamento. Com tudo isso deve gerir o tempo de tratamento, questão extremamente sensível para o paciente. Por mais que a tecnologia e a investigação nos forneçam novos materiais, particularmente as ligas dos arcos que nos permitem gerar forças contínuas, ligeiras e um tratamento mais delicado na resposta periodontal, o processo biológico do movimento dentário continua a ser lento. Os tratamentos ortodônticos são longos no tempo e lentos na velocidade. Se, por outro lado, os tecidos de suporte (leia-se osso alveolar e tecidos moles) são finos e/ou débeis, como resultado de processos traumáticos, inflamatórios ou infeciosos, a resposta destes à tentativa de movimento dentário pode causar reabsorções de tábuas vestibulares, recessões gengivais severas e reabsorções apicais.
Introdução Na prática clínica os ortodontistas enfrentam diferentes situações estruturais que de alguma forma condicionam ou limitam o plano de tratamento pretendido. Os protocolos de diagnóstico, em geral, permitem-nos identificar os conflitos dos nossos pacientes e ajudam-nos a organizar os recursos terapêuticos na procura de satisfazer todas as demandas do caso. Além dos compromissos dentários, apinhamentos, ausência de peças, alterações de tamanho e de forma, as características alveolares e as anomalias esqueléticas podem transformar qualquer paciente num compêndio de deformidades difíceis de entender e resolver.
Mostraremos neste artigo algumas possibilidades terapêuticas modificadas que designamos de Complexo Dento-Ósseo-Perio (CDOP). Este compreende peças dentárias íntegras, a alveolar com seu osso cortical (vestibular-palatina/lingual) e esponjosa, bem como a periodontal formada pela membrana periodontal e o recobrimento de todos os membros do complexo, a gengiva livre e a queratinizada. Acreditamos que, com base no conceito de CDOP e no seu manuseamento, tanto cirúrgico como ortodôntico, se modificará o paradigma da deterioração do referido complexo no tratamento ortodôntico rápido, especialmente em pacientes adultos.
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Desenvolvimento dos recursos Nos movimentos ortodônticos convencionais o CDOP está apenas associado à ação de compressão e distensão dos seus componentes, modificações histológicas e biomoleculares (anabolismo e catabolismo), onde existe uma atividade dinâmica de aposição e reabsorção óssea. A remodelação dos tecidos próximos da raiz dentária é gerada e depende do tipo de forças mecânicas aplicadas nos tratamentos convencionais. Esta remodelação e o subsequente processo biológico, que tem como resultado final os diferentes tipos de movimentos, nem sempre é feito preservando a integridade do periodonto. Reconhece-se que, como consequência da velocidade no tratamento convencional, poderia haver uma perda relativa do ligamento periodontal, do osso, do tecido gengival e das reabsorções dentárias. Sem qualquer dúvida, o terreno mais complexo de desbravar para o ortodontista é o tempo. Cumprir com os objetivos no tratamento pode prolongar a terapia ao longo de 24 ou mais meses e com critérios convencionais. Este fator gera deceção ou recusa em pacientes que sentem que o objetivo estabelecido no seu tratamento é de muito longo prazo. Portanto, a velocidade no tratamento ortodôntico é desejada pelo clínico em busca do objetivo principal, reduzindo o tempo de tratamento. A incorporação de novas ligas contribuiu com uma mudança significativa neste ponto. A memória dos arcos e principalmente as forças leves e constantes, favoreceram a resposta biológica do movimento dentário. Mas não deixa de ser um processo de reabsorção e aposição de osso alveolar a última responsável pelo movimento dentário. As condições da qualidade e integridade dos rebordos alveolares não estão de modo algum garantidos. Se acrescentármos limitações, especialmente em pacientes adultos, tais como o tecido ósseo ebúrneo (duro), pouco volume ósseo, biotipo gengival geralmente fino/débil, recessões gengivais, atresia alveolar, o resultado final pode ser de perdas irremediáveis. Além de questões estruturais, também é importante para enfatizar a sensação de dor e falta de conforto que produz a sequência de arcos clássica. O que aconteceria se mudássemos e/ou modificássemos as características da CDOP?
A corticotomia já foi descrita em 1890. Desde então, até à data, a evolução do tratamento cirúrgico, em primeiro lugar, o conhecimento e os princípios biomecânicos de cicatrização óssea, em segundo lugar, tornaram-se seus maiores aliados. A corticotomia é a técnica que executa a segmentação do CDOP que, associado a uma sequência de arcos específica no tratamento ortodôntico, favorece os movimentos alveolares que se realizam a alta velocidade. A incorporação de adjuvantes biológicos ativos melhora as condições do CDOP, tornando a técnica mais segura e oferecendo finalmente condições de saúde periodontal e qualidade alveolar muito superiores às obtidas apenas pelo procedimento cirúrgico. Estamos na era da velocidade e do conforto, por isso deveríamos pensar em outras opções terapêuticas mais eficientes e que melhorem a qualidade do trabalho final. A forma mais rápida e, sem dúvida, mais profissionalmente enriquecedora é formar uma equipa de trabalho com outras especialidades que forneçam novas perspetivas, novas abordagens e nos induzam a novas opções clínicas. A cirurgia oral e maxilofacial traz-nos a técnica de corticotomia, que realizada na nossa consulta, com registros clínicos refinados, protocolos pré-cirúrgicos (TAC, 3D, modelos, análise de laboratório), sob anestesia local, com aparelhos mecânicos de última geração como a Piezo Surgery, dá-nos uma alternativa de grande fiabilidade e segurança. Ao anteriormente exposto devemos adicionar o mais atual em regeneração óssea – PRF (Plasma Rico em Fibrina) e PRFI (Plasma Rico em Fibrina Injetável) –, procedimento minimamente invasivo e seguro, dado que, com o mesmo sangue do nosso paciente, formamos membranas biologicamente ativas. Essa prática dá-nos o substrato fundamental em falta: osso e tecido gengival. A justificativa biológica do procedimento de corticotomia esclarece-se quando estudamos a cicatrização óssea. Esta passa por diferentes estádios, desde a hemorragia até a neoformação do tecido ósseo. Se durante este processo, num determinado período, lhe aplicarmos movimentos controlados progressivos e estáveis, poderemos alcançar a deslocação e formação óssea: princípio da distração osteogénica.
Na literatura existem muitos trabalhos que descrevem técnicas e procedimentos que visam aumentar a velocidade do movimento dentário em tratamentos ortodônticos. Acreditamos que a corticotomia é a que leva mais evolução técnica e científica do que as descritas nas diferentes publicações.
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A aplicação desses conceitos de distração osteogénica na prática ortodôntica através da corticotomia apresentará três fenómenos em que observamos a neoformação de osso: separação, compressão e flexão. Para esta explicação mecânico-cirúrgica devemos acrescentar o que foi descrito por Frost (1983), que fala sobre o fenómeno de aceleração rápida (RAP, na sigla em inglês). Isso explica os conceitos biológicos de cicatrização e remodelação óssea. Acreditamos que as possibilidades terapêuticas desta técnica, onde estão envolvidas duas disciplinas odontológicas, a ortodontia e a cirurgia, podem proporcionar benefícios terapêuticos não apenas no tempo, mas também na qualidade e conforto de nossos pacientes. Técnica cirúrgica Sob anestesia local com técnicas loco-regionais, realizam-se incisões de retalhos subperiósteos, que podem projetar-se de diferentes maneiras de acordo com a conveniência e manuseamento: sulculares, fundo do vestíbulo, verticais para tunelização, etc.
É necessário enfatizar as vantagens do procedimento, como a redução da dor na troca dos arcos, a redução das reabsorções radiculares, a melhoria do aspeto estético-funcional da mucosa gengival e, é claro, o tempo de tratamento levado a sua mínima expressão. Os acessórios para a neoformação óssea e de tecidos moles, como são o PRF e PRFi, proporcionam segurança adicional que não requer agentes externos para gerá-los; basta-nos o sangue venoso do nosso paciente. Enquanto as vantagens adicionais continuarem a ser duradouras ao longo do tempo, a modificação do CDOP é o caminho da ortodontia atual. Perguntamo-nos se, através destes procedimentos, podemos mudar alguns paradigmas próprios do tratamento ortodôntico, tais como (no caso do profissional) estarei com este paciente durante muitos anos em tratamento? Ou (no caso do paciente), estarei com ortodontia durante muitos anos? A nossa experiência clínica mostrou-nos que, com a modificação do CDOP, somos capazes de avançar nesta direção e acreditamos que é possível mudar estes paradigmas.
Com Piezo Surgery, realizam-se osteotomias verticais e interdentárias na cortical vestibular, para individualizar cada CDOP na área de conflito. Estas osteotomias da cortical vestibular interligam-se com outra osteotomia horizontal que deve efetuar-se afastada dos ápices dentários para manter a sua vascularização.
Caso clínico
Quando se programa também uma neoformação óssea, colhe-se sangue venoso do paciente para confecionar, por centrifugação, as membranas de PRF e PRFI, segundo o protocolo. Se se planifica enxerto ósseo, far-se-ia com osso liofilizado.
Paciente de 34 anos. Motivo da consulta: “Preciso corrigir os meus dentes e não quero usar ortodontia por muito tempo”.
Ambos os materiais colocam-se nas áreas a serem regeneradas e sutura-se até conseguir um encerramento hermético da área cirúrgica. Conclusões Os pacientes de ortodontia do século XXI esperam tempos de tratamento reduzidos. Os ortodontistas e cirurgiões estão a trabalhar para oferecer opções e métodos que podem acelerar a movimento ortodôntico de forma segura. Os tempos de tratamento reduziram-se entre 50% e 60% dos valores convencionais, ou seja, uma alta percentagem de casos resolveram-se entre aproximadamente oito e 12 meses. As técnicas cirúrgicas, como a corticotomia, são aquelas que mostram melhores resultados numa ortodontia acelerada, levando em consideração as suas limitações como qualquer procedimento cirúrgico.
Ortodontia e corticotomia
Diagnóstico: braquifacial severo, classe II esquelética, classe I alveolar e dentária, lábio inferior retruído. Apinhamento dentário inferior severo. Sem patologia de base, resultado laboratorial hematológico sem particularidade, avaliação cardiológica com resultado normal. Plano de tratamento: tratamento ortodôntico sem extrações. Alinhar e nivelar ambas as arcadas. Desgaste interproximal no setor anteroinferior de 1,5 mm para compensar o índice de Bolton, intrusão anterior prévia para correção do overbite e obtenção de oclusão funcional. Plano cirúrgico: corticotomia simples. Uma semana após a cimentação do aparelho realiza-se a cirurgia e, a partir da cicatrização dos tecidos moles, inicia-se a sequência dos arcos.
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Fig 1. Fotografias faciais iniciais.
Fig 2. Fotografias bucais iniciais.
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Fig. 3. Tomografia (TAC).
Fig. 4. Imagens da corticotomia.
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Fig. 5. Sequência da aparatologia na arcada inferior.
Fig. 6. Fotografias faciais finais.
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Fig. 7. Fotografias orais finais.
Fig. 8. Fotografias oclusais finais.
Fig. 9. Comparação de modelos pré e pós-tratamento, onde se destaca a alteração transversal da arcada inferior.
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Ciência e prática
Fig. 10. Comparação pré e pós-tratamento.
Bibliografia 10. Shailesh S, KN, VB, AN. Accelerated Orthodontics – A Review. International Journal of Scientific Study. 2014; 1.
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Maria do Carmo Sintra Coelho artesã e médica dentista
“Reciclei os bastões dos elásticos ortodônticos para colorir a frente de um saco em tecido escuro” Maria do Carmo Sintra Coelho é formada em Medicina Dentária pela Universidade do Porto e exerce a profissão há mais de 30 anos – tem consultório próprio em Viana de Castelo –, mas há uma paixão mais antiga à qual se entrega, de alma e coração, nos seus tempos livres: a arte dos trabalhos manuais. O gosto pela moda e pelos trapos despertou na infância, por influência de uma tia que era costureira, e reflete-se hoje na vasta criação de bolsas e bordados, entre muitos outros objetos artesanais, que produz (e vende online) em parceria com a assistente dentária Helena Lima.
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A médica dentista tem como parceira nas lides da produção artesanal a assistente dentária Helena Lima (à direita), que exerce funções na sua clínica, em Viana do Castelo.
Quando é que despertou a sua paixão pelo artesanato e a bijuteria? Há um fascínio especial no trabalho artesanal e nas peças que nascem dos teares, das rodas de oleiro (têm um poder quase hipnótico que ainda um dia gostaria de experimentar), das mãos dos sopradores de vidro, do junco entrelaçado... e que nos prende o olhar e o coração, às vezes para sempre. Tudo isto começou em miúda ainda, com algum gosto pela moda e pelos trapos. Tive a sorte de ter uma tia costureira que me ensinou algumas artes da costura, além de fornecer os tecidos para os vestidos das bonecas, e uma mãe que me ensinou a fazer tricot. Quando o “bichinho” entrou, até os Action Man dos meus irmãos tinham direito a camisolões de lã feitos à mão... Na adolescência passava horas a fazer brincos, alfinetes e colares originais com arame, missangas, couro, barro pintado. É uma história que já vem de longe. Tem formação específica nesta área ou é uma autodidacta? Não tenho formação específica. Aprendi a costurar com a tia, tricot e crochet com a mãe, bordados na escola, nas aulas de trabalhos oficinais. Dado que na época não havia tutoriais na internet, arranjavam-se revistas e livros ilustrados, onde se podiam aprender algumas técnicas. Para a arte de dobrar arames, as aulas práticas de ortodontia deram um certo jeito. Hoje em dia, o Pinterest e o Youtube são ferramentas indispensáveis. Fale-nos um pouco mais do seu percurso neste ofício, nomeadamente da parceria que mantém com outra profissional da área da saúde oral. A Helena Lima, assistente na minha clínica há muitos anos, é imensamente criativa. Tem formação em bordados de Viana e joalharia em
acrílico e resina. Ambas temos o hábito de guardar em nossas casas objetos que normalmente as pessoas colocam no lixo – neste aspeto, ela é muito pior do que eu – fitinhas, tampas de plástico, pauzinhos, cápsulas de café, embalagens vazias, bijutarias antigas, tecidos, porque há sempre uma ideia para utilizar ou reciclar aquilo. E se não houver naquele momento, surgirá em breve. Habitualmente, mostrávamos uma à outra coisas começadas no fim de semana anterior para pedir uma opinião quando havia dúvidas em relação às cores, aos materiais ou à forma como acabaríamos determinado trabalho. Como surgiu a ideia da loja online? Esta ideia surgiu por acaso, quando chegámos à conclusão de que havia demasiadas boas ideias para a quantidade de brincos, pulseiras ou malas que conseguíamos usar. Decidimos então pegar nalgumas peças e colocá-las no Etsy, uma espécie de Amazon para artesanato e objetos vintage. Surge assim, no final de 2016, “The Moon in the Bag”, cujo nome tem a ver com os letreiros curiosíssimos dos pubs ingleses e com o facto de transportarmos no interior das malas parte das nossa vidas, os nossos mistérios, quiçá a lua ou o sol.
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Foi difícil de encontrar, mas creio que define bem a nossa marca. O logotipo, um crescente bordado, criou-o a minha filha Margarida, estudante de Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Há uma história muito gira, relacionada com a minha primeira venda online. A Etsy tem uma função que nos permite ao fim do dia, da semana ou do mês saber quantas visualizações tiveram os vários elementos colocados na nossa página. E saber qual o país de origem dos visitantes: Austrália, China, Irão, Bulgária, Brasil, EUA, Butão, Portugal, etcétera, conseguindo-se assim verificar que no Paquistão alguém tinha achado piada a um dos nossos alfinetes ou no Chile a uma bolsinha com veludo e penas. Entretanto, desenvolvemos páginas no Facebook e no Instagram para as quais convidamos amigos e pessoas ao acaso, mas sem nos darmos a conhecer. Um dia, acabei de colocar neste último umas fotografias e imediatamente recebi uma mensagem cheia de corações de uma possível compradora que tinha adorado um saco laranja estampado, bordado à mão, com pompons e asas de couro. Era nem mais nem menos do que a minha colega de quarto do tempo da faculdade. Combinada a entrega no Porto, sempre mantendo o anonimato, foi muito engraçado e uma enorme surpresa para ela quando a encomenda chegou pelas mãos de um portador bem seu conhecido.
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Não tenho formação específica. Aprendi a costurar com a tia, tricot e crochet com a mãe, e bordados na escola, nas aulas de trabalhos oficinais
Bolsa com fecho antigo (1950) em veludo roxo (à esquerda) e bolsa de festa de seda turquesa e veludo verde com penas, ambas da autoria de Maria do Carmo Sintra Coelho.
Pormenor de um dos trabalhos executados por Helena Lima. A assistente dentária tem formação em bordados de Viana.
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Ao lado, duas peças com significado especial por terem uma relação evidente com a dentária: (à esquerda) foram utilizados bastões dos elásticos ortodônticos para colorir a frente de um saco; (à direita) as flores aplicadas na bolsinha branca foram recortadas das placas com que se fazem as goteiras de branqueamento.
Que materiais costuma utilizar na elaboração das suas peças? Utilizo tecidos de seda, veludos, fazendas, tweeds, brocados, galões e cordões de passamanaria, franjas antigas, fechos vintage autênticos de metal ou lucite, normalmente importados, pedras, missangas, lãs, algodão, penas, couro, entre outros. A Helena é especialista nos bordados e usa, além dos materiais que já referi, madeiras, acrílicos, prata e latão. Tem preferência por algum tipo de objeto ou padrão? Os meus objetos favoritos são as pequenas bolsas de cerimónia. Quanto aos motivos: as flores (sempre), os pássaros e os corações, ou não fosse vianense. Mas sou muito eclética. Já fez ou tem prevista a curto prazo alguma exposição? Que temáticas foram abordadas nessa(s) mostra(s)? Fizemos uma pequena exposição durante o congresso da Ordem dos Médicos Dentistas, em 2017, e participámos recentemente num mercado de Natal num hotel do Porto. Estamos a pensar em experimentar um ou outro mercado de artesanato lá para o verão com algumas peças mais sazonais. Quais são as suas principais influências no universo do artesanato? Os trajes antigos e belíssimos de Viana, com a sua riqueza de detalhes, os bordados, as cores, o uso dos galões, das missangas e dos vidrilhos, o ouro tradicional e as suas formas diversas. As malas da Jamin Puech, uma dupla de criadores francesa que utiliza materiais inesperados e paletas de cores exóticas, com resultados admiráveis. E as pequenas bolsinhas de época de Downton Abbey.
As influências vêm também, obviamente da pintura, das viagens, da literatura, da moda, das artes aplicadas, da arquitetura, enfim, de tudo o que já vi ou vivi. Tem no seu portfolio alguma peça que se destaca em particular pelo contexto em que foi concebida? Algumas feitas por encomenda para ocasiões e pessoas especiais e duas em particular, por terem uma relação evidente com a dentária. Numa, reciclei os bastões dos elásticos ortodônticos para colorir a frente de um saco em tecido escuro. Na outra, umas flores que foram recortadas das placas com que se fazem as goteiras de branqueamento e decoradas com pérolas e contas de vidro transparente, sendo depois aplicadas numa bolsinha branca.
Os meus objetos favoritos são as pequenas bolsas de cerimónia. Quanto aos motivos: as flores, os pássaros e os corações, ou não fosse vianense
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Como concilia a sua faceta de artesã com a prática clínica no consultório dentário? Trabalhando nas peças quando tenho algum tempo livre e deitando-me tardíssimo. Há um tempo para tudo... Consegue vislumbrar alguma afinidade entre estas duas atividades (artística e profissional), que aparentemente pouco ou nada têm em comum? Por acaso acho que as duas atividades têm bastante em comum, na medida em que ambas exigem muito trabalho manual, grande concentração, alguma paciência e um bom sentido da estética. E que o resultado final faça feliz o paciente ou o cliente que compra as minhas peças.
Preocupa-me uma certa desregulação do mercado, com entidades sobejamente conhecidas a baixarem sistematicamente os valores das tabelas e a proporem tratamentos a custo zero
Está na Medicina Dentária há mais de 30 anos. Como comenta a evolução da sua profissão em Portugal, sobretudo nos anos mais recentes com o desenvolvimento das novas tecnologías? Portugal sempre foi capaz de acompanhar a evolução que foi ocorrendo ao longo do tempo nas múltiplas vertentes da nossa profissão. Nos anos mais recentes, com a introdução das novas tecnologias digitais, passou a estar na linha da frente da inovação em Medicina Dentária. Quais são as suas principais preocupações/recomendações relativamente ao atual panorama nacional da saúde oral? Preocupa-me uma certa desregulação do mercado, com entidades sobejamente conhecidas a baixarem sistematicamente os valores das tabelas e a propôr tratamentos a custo zero. Também, e apesar de aparentemente termos excesso de profissionais, o facto de continuar a haver uma parte significativa da população portuguesa que não tem acesso aos cuidados básicos de saúde oral. Esta é uma situação que talvez se pudesse resolver de uma forma simples com uma distribuição muito mais alargada do cheque-dentista e uma aposta eficaz na prevenção.
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Anel em resina (Helena Lima).
Alfinete-pássaro de feltro (Maria do Carmo Sintra Coelho).
Helena Lima (à esquerda) e Maria do Carmo Sintra Coelho expuseram os seus trabalhos no contexto do congresso da OMD de 2017.
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ponto de vista Bem-vindos às XXVII Jornadas Internacionais de Medicina Dentária
André Faria
Estudante de Medicina Dentária. Presidente da Comissão Executiva das XXVII Jornadas Internacionais de Medicina Dentária do Instituto Universitário Egas Moniz.
As Jornadas Internacionais de Medicina Dentária assinalam este ano a sua XXVII edição, nos dias 4 e 5 de abril, no Instituto Universitário Egas Moniz, com sede no Monte da Caparica (Lisboa).
Irão ser abordados temas nas áreas da periodontologia e regeneração óssea, reabilitação oral, dentisteria minimamente invasiva, ortodontia, implantologia, entre outras áreas de intervenção que marcam a atualidade do setor.
Trata-se de um evento de prestígio que reúne mais de cinco centenas de alunos de Medicina Dentária e de outras áreas, no qual marcam igualmente presença médicos dentistas e recém-licenciados.
Para além das palestras que estão agendadas, teremos ainda ao dispor a exposição comercial onde os visitantes poderão ter contacto com vários patrocinadores e marcas. Surpresas não vão faltar, para ir desvendando ao longo destes dois dias de formação.
A Medicina Dentária é uma das áreas em maior crescimento e desenvolvimento no nosso país nas últimas décadas. Torna-se, portanto, imperativo alargar os horizontes dos estudantes, que assim o exigem. Nesta vigésima sétima edição estarão presentes diversos oradores de elevada referência nacional e internacional, com o objetivo de apresentarem novas perguntas e respostas direcionadas para os desafios com que nos deparamos diariamente.
Também merece destaque a realização de cursos práticos hands-on e workshops, que abrangerão diversas vertentes da Medicina Dentária, a partir deste mês e até maio. É para nós uma honra poder contar com a vossa participação. Sejam muito bem-vindos, e agradecemos antecipadamente a vossa presença. Nos dias 4 e 5 de abril o Instituto Universitário Egas Moniz espera por si, não falte!
Estarão presentes diversos oradores de elevada referência nacional e internacional, com o objetivo de apresentarem novas perguntas e respostas direcionadas para os desafios com que nos deparamos diariamente
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RETRATAMENTO ENDODÔNTICO E UTILIZAÇÃO DE UM ESPIGÃO ADAPTADO À FORMA DO CANAL RADICULAR Dra. Clarence Tam (NZ) A doutora Clarence Tam dirige um consultório especializado em odontologia estética e restauradora em Auckland (Nova Zelândia). Esta médica dentista, natural do Canadá, é licenciada pela Universidade de Western Ontario e conta com a especialização médica como dentista generalista, obtida na Universidade de Toronto/Hospital for Sick Children. É diretora e presidenta da New Zealand Academy of Cosmetic Dentistry (NZACD) e membro acreditado da prestigiada American Academy of Cosmetic Dentistry (AACD).
Introdução Uma paciente saudável, de 58 anos, compareceu no consultório devido a uma restauração inestética no dente 22 e, consoante a anamnese, dores “esporádicas” causadas por uma necrose pulpar. A paciente, no entanto, não se recordava de qualquer traumatismo nesta região. O dente fora submetido a um tratamento endodôntico por via ortógrada e recebido uma coroa havia cinco anos. Ao longo do tempo, uma leve retração gengival, aliada a um escurecimento radicular possivelmente causado por restos pulpares, prejudicou a aparência do dente e a estética do sorriso da paciente. Uma vez que apresentava um linha do sorriso alta, com grande exposição da gengiva, era necessário procurar uma solução que estabilizasse a margem gengival o máximo possível.
Cosmetic and General Dentistry E-mail: clarence.tam@gmail.com www.clarencetam.co.nz
Para além do retratamento endodôntico do dente 22 associado a um branqueamento interno até ao terço coronário da raiz, uma alternativa seria extrair o dente e instalar imediatamente um implante, com ou sem a utilização da técnica de socket-shield. O objetivo era minimizar o risco de migração apical das margens gengivais e de perda das papilas interdentais. Após uma estimativa da relação custo-
-benefício e dos riscos globais, decidimo-nos a manter o dente, realizando o retratamento do canal e o branqueamento interno. Afinal, assim ainda restaria a opção de colocar um implante como “plano B”. Depois do retratamento endodôntico, preparou-se uma cavidade para um espigão intrarradicular RelyX (“vermelho”, comprimento de 16,4 mm a partir do bordo incisal). O acesso coronário e a raiz foram branqueados internamente com perborato de sódio pelo endodontista, e a paciente foi-nos reencaminhada para a colocação do espigão intrarradicular, remoção da coroa e nova preparação visando uma posição ligeiramente intrassulcular da margem vestibular da coroa. Depois da remoção dos materiais de restauração provisórios, Fuji II e Cavit, que selavam o acesso ao canal radicular, observou-se que este apresentava uma morfologia transversal em forma de lágrima. Embora pudesse ser utilizado um espigão de fibra de vidro tradicional, com secção transversal circular, o espigão não preencheria a zona de extensão oval do canal. Esta zona permaneceria sem o suporte do espigão, sendo apenas preenchida pelo cimento.
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com 0,3 mm de diâmetro cada uma, e adapta-se perfeitamente a qualquer geometria canalar. Nós escolhemos o espigão de 1,4 mm, o maior de todos, para que o maior número possível de fibras de vidro preenchesse as extensões ovais ao redor do canal e proporcionasse maior suporte ao material de reconstrução do coto. Sobre o material O Rebilda Post GT apresenta-se em diferentes diâmetros e consiste num feixe de finas hastes de
fibra de vidro com 0,3 mm de diâmetro cada uma. O espigão contém 70% de fibras de vidro e 10% de partículas de carga inorgânica, que lhe conferem uma radiopacidade excecional, de 408% Al. Os 20% restantes são uma matriz de resina de DMA que interliga todos os componentes. Com relação ao suporte que oferece, o espigão apresenta um módulo de elasticidade de 31,5 GPa, maior que o da dentina superficial, proporcionando grande resistência ao complexo corono-radicular. O caso apresentado demonstra claramente o que caracteriza uma restauração ideal: o restabelecimento de uma situação clínica o mais semelhante possível ao dente natural, inclusivamente no que se refere às suas propriedades biomecânicas, que se podiam confundir entre si. Conclusión
Fig. 1. Acesso endodôntico e cavidade preparada para o espigão, após a remoção do material de restauração provisório. Antiga coroa de dissilicato de lítio ainda intacta, mas com margens vestibulares apresentando sobrecontorno.
Fig. 2. Prova do espigão em feixe Rebilda Post GT (VOCO) de 1,4 mm após o desbridamento e a esterilização do canal.
Fig. 3. Após a aplicação do Futurabond U (VOCO) no canal, colocou-se Rebilda DC (VOCO) da cor da dentina sobre a porção apical da obturação de guta-percha com o auxílio de uma cânula fina, preenchendo completamente a cavidade a partir deste ponto. Em seguida, inseriu-se o espigão de 1,4 mm o mais profundamente possível no canal. A manga preta ao redor do espigão pode ser removida após a inserção – porém antes da presa final – do cimento, quer manualmente quer cortada sem refrigeração por água. As hastes do feixe poderão, então, distribuir-se uniformemente pela cavidade e proporcionar assim um máximo de suporte.
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A solução que encontrámos foi o novo Rebilda Post GT da VOCO. Este espigão é constituído por diversas hastes de fibras de vidro, com 0,3 mm de diâmetro cada uma, e adapta-se perfeitamente a qualquer geometria canalar. Nós escolhemos o espigão de 1,4 mm, o maior de todos, para que o maior número possível de fibras de vidro preenchesse as extensões ovais ao redor do canal e proporcionasse maior suporte ao material de reconstrução do coto. Sobre o material O Rebilda Post GT apresenta-se em diferentes diâmetros e consiste num feixe de finas hastes de
fibra de vidro com 0,3 mm de diâmetro cada uma. O espigão contém 70% de fibras de vidro e 10% de partículas de carga inorgânica, que lhe conferem uma radiopacidade excecional, de 408% Al. Os 20% restantes são uma matriz de resina de DMA que interliga todos os componentes. Com relação ao suporte que oferece, o espigão apresenta um módulo de elasticidade de 31,5 GPa, maior que o da dentina superficial, proporcionando grande resistência ao complexo corono-radicular. O caso apresentado demonstra claramente o que caracteriza uma restauração ideal: o restabelecimento de uma situação clínica o mais semelhante possível ao dente natural, inclusivamente no que se refere às suas propriedades biomecânicas, que se podiam confundir entre si.
Fig. 1. Acesso endodôntico e cavidade preparada para o espigão, após a remoção do material de restauração provisório. Antiga coroa de dissilicato de lítio ainda intacta, mas com margens vestibulares apresentando sobrecontorno.
Fig. 2. Prova do espigão em feixe Rebilda Post GT (VOCO) de 1,4 mm após o desbridamento e a esterilização do canal.
Fig. 3. Após a aplicação do Futurabond U (VOCO) no canal, colocou-se Rebilda DC (VOCO) da cor da dentina sobre a porção apical da obturação de guta-percha com o auxílio de uma cânula fina, preenchendo completamente a cavidade a partir deste ponto. Em seguida, inseriu-se o espigão de 1,4 mm o mais profundamente possível no canal. A manga preta ao redor do espigão pode ser removida após a inserção – porém antes da presa final – do cimento, quer manualmente quer cortada sem refrigeração por água. As hastes do feixe poderão, então, distribuir-se uniformemente pela cavidade e proporcionar assim um máximo de suporte.
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Fig. 4. Vista da preparação final da coroa. Podem ver-se os postes individuais de Rebilda Post GT afastados pela cavidade de acesso restaurada.
Fig. 5. Vista aproximada do resultado final.
Fig. 6. A restauração tem uma aparência absolutamente natural.
Fig. 7. Radiografia periapical imediatamente após a colocação do espigão e a remoção da coroa. A distribuição das hastes no material do núcleo é claramente perceptível.
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Rita Cardoso Rocha, presidente da comissão organizadora das XVIII Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa
“A evolução da Medicina Dentária e das suas diferentes especialidades exige uma permanente atualização por parte dos envolvidos na área” 66 MARÇO 2019
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As Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa (UFP) estão agendadas para os dias 19 e 20 deste mês. A comissão organizadora da décima oitava edição da cimeira dos estudantes daquela instituição de ensino superior, com sede no Porto, espera voltar a reunir três centenas de participantes, entre alunos, docentes, profissionais e representantes da indústria dentária. Rita Cardoso Rocha, estudante do quinto ano do Mestrado Integrado de Medicina Dentária da UFP, assume este ano a presidência da comissão organizadora. A jovem portuense antecipa à MAXILLARIS o ambicioso programa das jornadas, que abrange as mais diversas disciplinas da Medicina Dentária e inclui uma série de cursos hands-on.
As Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa celebram-se nos dias 19 e 20 deste mês. Que novidades vão ser introduzidas pela comissão organizadora no figurino deste encontro? As jornadas da Universidade Fernando Pessoa promovem o esclarecimento e reflexão acerca de temáticas vivenciadas pelas diferentes áreas da Medicina Dentária. Nesta perspetiva, a décima oitava edição deste encontro manterá a mesma ambição de sempre. Todos os inscritos poderão contar com um evento no qual a partilha de experiências e conhecimento científico atualizado é lei. Para além disto, as jornadas também se encontram como palco para os alunos interessados
submeterem os seus trabalhos científicos e os apresentarem ao público. Quais são as disciplinas que vão estar em destaque? Teremos o privilégio de contar com a presença de um painel de reputados oradores de diferentes áreas da Medicina Dentária. Em ambos os dias esperamos um ambiente dinâmico onde os inscritos terão a oportunidade de assistir a diversas palestras e participar em cursos hands-on. O trabalho realizado por todos os envolvidos na organização teve por base a maior abrangência possível de disciplinas e, tendo em conta a transversalidade da Medicina Dentária, todas estas merecem igual destaque.
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Através do trabalho conjunto entre a comissão organizadora, constituída por seis alunos nacionais e estrangeiros, e a comissão científica, composta pelos docentes da instituição, trabalhamos com o objetivo de apresentar um painel de oradores dinâmico e de referência Quem são os oradores nacionais e estrangeiros que vão dar corpo ao programa científico deste ano? Através do trabalho conjunto entre a comissão organizadora, constituída por seis alunos nacionais e estrangeiros, e a comissão científica, composta pelos docentes da instituição, trabalhamos com o objetivo de apresentar um painel de oradores dinâmico e de referência, os quais consideramos serem um exemplo. Os interessados poderão acompanhar todas as novidades através das nossas redes sociais.
Estão previstos cursos ou sessões formativas paralelas ao programa de conferências? À semelhança dos anos anteriores, contamos com diferentes cursos hands-on. Enquanto aluna de Medicina Dentária, considero-os uma mais-valia para a nossa formação, pois são uma excelente oportunidade para aplicar conceitos teóricos na prática clínica. Com a sua realização, treinamos e aperfeiçoamos diferentes técnicas e assim ultrapassamos dificuldades e esclarecemos possíveis dúvidas, resultando numa maior segurança e motivação de todos os participantes. Quais são as expectativas da comissão organizadora em termos de número de participantes? É de salientar que as Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa comemoram a sua décima oitava edição. É assim um evento de excelência, fruto do trabalho conjunto entre professores e alunos, durante os últimos anos. Como resultado de todo o trabalho dos envolvidos até então, esperamos contar, mais uma vez, com um auditório lotado, com a presença de cerca de 300 inscritos.
A comissão organizadora das jornadas antecipa a lotação do auditório da Universidade Fernando Pessoa, com a presença de cerca de três centenas de inscritos.
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Espera-se uma forte participação dos representantes das casas comerciais? Que medidas inovadoras estão pensadas para a exposição comercial paralela às jornadas? Esperamos uma forte participação de diferentes casas comerciais. Esta é fundamental, pois ao acreditarem no nosso trabalho tornam-se um dos responsáveis pela progressão e elevação da qualidade do evento, ano após ano. Todas as casas comerciais que contribuíram para esta edição das jornadas terão a possibilidade de partilhar todos os seus produtos e novidades com os participantes. E, para além disto, durante os dois dias, iremos contar com um espaço onde estarão dispostos diversos stands especialmente destinados aos representantes das diferentes casas comerciais, que podem estar presentes, promovendo assim uma interação personalizada entre estes e os inscritos.
Zona jovem
Pondo de parte o tema das jornadas, quais são as questões que atualmente mais preocupam os estudantes da UFP? Na minha opinião, uma das questões que mais preocupa os estudantes da UFP é precisamente o dia em que o deixam de ser, tornando-se médicos dentistas. Ou seja, nem sempre é possível ingressar no mundo do trabalho em Portugal, nas condições que consideramos serem justas e dignas. Como aluna da UFP considero que tive o privilégio de aprender com notáveis professores, que nos abrem os horizontes e nos transmitem o gosto e a honra de ser médico dentista. Assim, tanto eu como os meus colegas, depositamos muito esforço, empenho e estudo com o objetivo de atingir o maior sucesso enquanto futuros médicos dentistas. O facto de nos podermos ver obrigados a procurar emprego noutro país poderá ser considerada uma das maiores inquietações enquanto alunos.
Na sua opinião, em que medida esta iniciativa anual da UFP constitui hoje um contributo relevante no contexto nacional da Medicina Dentária? A evolução da Medicina Dentária e das suas diferentes especialidades exige uma permanente atualização por parte dos envolvidos na área. Assim, as jornadas são um evento que promove o encontro de diversos profissionais da área, facilitando a interação destes com os futuros médicos dentistas. São também um momento de partilha de conhecimento e de experiências, no qual todos os presentes terão a possibilidade de acompanhar a evolução e a inovação da Medicina Dentária, sendo por isso um contributo relevante no contexto nacional.
Uma das questões que mais preocupa os estudantes da UFP é precisamente o dia em que o deixam de ser, tornando-se médicos dentistas. Ou seja, nem sempre é possível ingressar no mundo do trabalho em Portugal, nas condições que consideramos serem justas e dignas
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CIRURGIA ORAL
ENDODONTIA
Curso modular de regeneração óssea
Título de experto em endodontia
No âmbito do calendário de formação contínua que a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) definiu para este ano, celebra-se a partir de abril, no Porto, um curso modular de regeneração óssea, com o seguinte programa: • 1. Regeneração óssea em implantologia oral: princípios básicos (Francisco Delille); 1 de abril. • 2. Procedimentos clínicos (João Caramês); 15 de abril. • 3. Regeneração óssea guiada: os princípios, a clínica e as complicações (Manuel Neves); 6 de maio. O programa abrange uma sessão hands-on sobre L-PRF, no dia 25 de maio, orientada por Ernesto Tocantins, Francisco Brandão de Brito, Manuel Francisco e Patrícia Almeida Santos.
A CEOdont prepara uma nova edição deste curso orientado por Juan Manuel Liñares Sixto e dirigido a todos os pós-graduados que queiram iniciar-se ou aperfeiçoar-se no mundo da endodontia. O programa consta dos seguintes módulos: • 1. Abertura cameral e preparação de condutos; de 3 a 5 de outubro. • 2. Instrumentação mecânica; de 14 a 16 de novembro. • 3. Obturação de condutos radiculares, de 12 a 14 de dezembro. • 4. Restauração após a endodontia; de 30 de janeiro a 1 de fevereiro de 2020. • 5. Retratamento e endodontia cirúrgica; de 27 a 29 de fevereiro de 2020.
226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt
(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com
ESTÉTICA DENTÁRIA
ESTÉTICA DENTÁRIA
Pós-graduação em dentisteria adesiva com resinas compostas
Curso teórico “All about esthetics”
O Instituto Universitário de Ciências da Saúde (CESPU) leva a cabo a partir deste mês e até outubro próximo, no Campus Universitário de Gandra (Paredes), a terceira edição da pós-graduação em dentisteria adesiva com resinas compostas, que conta com o apoio das empresas VOCO, Ivoclar Vivadent e Goldentav. O objetivo geral do programa é dar formação pós-graduada a médicos dentistas nos conceitos modernos da dentisteria adesiva com resinas compostas. Os módulos que compõem este curso serão lecionados em aulas teóricas e práticas laboratoriais pré-clinicas, cuja finalidade será fazer uma docência interativa com o aluno.
“All about esthetics” é um curso teórico de uma semana de duração (de segunda-feira a sábado), dirigido pelo médico dentista espanhol Rafael Piñeiro. Esta formação inicia-se no dia 25 deste mês no Centro de Formação da Ivoclar Vivadent em Madrid (Espanha). Rafael Piñeiro. Recomenda-se aos interessados em participar nesta iniciativa da Ivoclar Vivadent efetuarem as suas inscrições com a devida antecedência devido ao enorme interesse despertado pelo curso e à consequente limitação de vagas.
224 157 174 - info@formacao.cespu.pt - www.cespu.pt
icde.es@ivoclarvivadent.com
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IMPLANTOLOGIA
ESTÉTICA DENTÁRIA Título de experto em estética dentária
Pós-graduação em implantologia oral
A CEOdont celebra em Madrid (Espanha) uma nova edição do curso de experto em estética dentária, que se iniciou no passado mês de janeiro. Eis os próximos módulos deste programa formativo: • 4. Periodontia clínica na prática geral; 7 e 8 de junho. • 5. Cirurgia plástica periodontal; 5 e 6 de julho. • 6. Cirurgia mucogengival e estética; 13 e 14 de setembro. • 7. Restauração com compósitos I; de 17 a 19 de outubro. • 8. Restauração com compósitos II, de 21 a 23 de novembro. • 9. Curso teórico-prático em Nova Iorque (EUA); de 17 a 21 de junho.
O Instituto Universitário de Ciências da Saúde (CESPU) leva a cabo, a partir deste mês, uma pós-graduação em implantologia oral que conta com o apoio da Straumann. O objetivo geral do programa é capacitar o médico dentista à incorporação da implantologia oral na sua prática clínica diária. O aluno no fim do curso será capaz de efetuar cirurgias de implantes e realizar a sua reabilitação oral implantosuportada, bem como implementar terapêuticas cirúrgicas e protéticas a cada paciente e corrigir complicações que possam surgir nas reabilitações implantosuportadas com implantes dentários.
(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com
224 157 174 - info@formacao.cespu.pt - www.cespu.pt
IMPLANTOLOGIA
ORTODONTIA
Congresso internacional Galimplant
Madrid acolhe sexta edição da Expoorto-Expooral
A Galimplant celebrará com todos os seus clientes um novo congresso internacional nos dias 27 e 28 de setembro, na histórica cidade espanhola de Santiago de Compostela. De acordo com a empresa, este encontro, subordinado ao lema “Continuemos a somar juntos”, juntará os mais importantes profissionais do universo dentário oriundos de todos os cantos do mundo. Todos e cada um deles realizarão a composição de um único e exclusivo programa de conferências, que abordará os mais destacados temas da atualidade do setor. O congresso oferecerá a possibilidade de alcançar uma perspetiva científica atual num ambiente familiar e festivo.
O congresso Expoorto-Expooral celebrará a sua sexta edição nos próximos dias 29 e 30 deste mês, em Madrid (Espanha). Desta vez, o encontro será presidido por Manuel Míguez Contreras, diretor do Título de Especialista Universitário em Medicina Dentária do Sono e professor do Mestrado de Ortodontia na Universidade Alfonso X el Sabio de Madrid. Expoorto-Expooral inclui diversos fóruns, conferências simultâneas em várias salas e mesas de debate, para além da abertura de uma sala de exposição comercial com mais de 70 stands para empresas especializadas no setor. www.expoorto.com
www.galimplant.com
ORTODONTIA
ORTODONTIA
Título de experto em alinhadores invisíveis
Pós-graduação em ortodontia
A CEOdont prepara mais uma edição deste curso, orientado por Andrade Neto. O programa inicia-se no dia 21 deste mês e consta de dois módulos de três dias cada um. O principal objetivo é que o aluno realize os processos de elaboração de férulas invisíveis com a nossa metodologia avançada para o trabalho, melhorando assim os resultados nos pacientes, planificando clinicamente e desenvolvendo um trabalho com diversas técnicas, sendo capaz de realizar tratamentos sem depender de uma empresa específica. Ao finalizar o curso o aluno disporá de apoio diagnóstico e de laboratório para os seus primeiros casos.
A procura e a necessidade de tratamentos ortodônticos teve um crescimento significativo nos últimos anos. Para responder a este crescimento, a Gnathos disponibiliza um curso teórico-prático de ortodontia, composto por oito módulos de cinco dias cada um. A próxima edição desta formação vai ter lugar de 14 a 18 deste mês, em Lisboa. A Gnathos soma mais de 30 anos de experiência a formar profissionais em ortodontia.
(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com
938 443 734 (Vera Barroso) - vbarroso@gnathos.net
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ORTODONTIA
ORTODONTIA
Pós-graduação em ortodontia
Curso modular de ortodontia
A ORTOCERVERA prepara a 88a edição da sua pós-graduação em ortodontia funcional, aparatologia fixa estética e alinhadores, orientada por Alberto Cervera. Esta formação vai decorrer entre os dias 28 e 30 deste mês, em Madrid (Espanha). Esta especialização está estruturada em quatro áreas, designadamente protocolo de diagnóstico e tratamento, estudos de síndromes clínicos, práticas em tipodontos com brackets de auto-ligado e práticas clínicas tutorizadas.
Ao abrigo do seu calendário de formação contínua para este ano, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) inicia em abril, em Lisboa, o seguinte programa modular: • 1. Diagnóstico e plano de tratamento ortodôntico (Joana Godinho); 1 de abril. • 2. Tratamento ortodôntico precoce (Inês Francisco); 15 de abril. • 3. Tratamento ortodôntico-cirúrgico-ortognático (Francisco Fernandes do Vale); 6 de maio. O programa inclui uma sessão hands-on sobre micro-implantes ortodônticos, no dia 25 de maio, com Maria João Ponces, Eugénio Martins, Carlos Amorim e Mário Pires Robalo.
(0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com
226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt
ORTODONTIA
ORTODONTIA
Curso clínico de ortodontia
Formação Ortocervera em parceria com Campus Clinic
A Orthoquick prepara um curso clínico centrado no tratamento de ortodontia em pacientes de diferentes idades, cujo início está agendado para o dia 30 deste mês, em Lisboa. Trata-se de um programa que complementa o conhecimento adquirido pelos alunos nos módulos teóricos e que visa ajudar a tornarem-se mais assertivos e competentes em cada intervenção. É um curso exclusivo para alunos e ex-alunos da Gnathos, composto por 20 sessões de nove horas diárias, a cada cinco semanas.
A ORTOCERVERA, liderada por Alberto Cervera e Isabel Cervera, tem o intutito de divulgar de forma presencial a sua formação em Portugal, realizando uma parceria com o A partir da esquerda, Isabel Cervera, Alberto Cervera e Rui Monterroso. centro de excelência no norte de Portugal, Campus Clinic, liderado por Rui Monterroso. A formação destina-se aos antigos alunos e profissionais interessados na ortodontia que pretendem atualizar a sua prática com avanços neste domínio. O programa consta dos seguintes módulos: • 1. Tratamento da classe II e diagnóstico 3D, de 27 a 29 de maio. • 2. Ortodontia multidisciplinar, estética e alinhadores, de 2 a 4 dezembro. (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com
919 839 595 (Susana Ferreira) - sferreira@orthoquick.es
TRESPASSE
Clínica dentária. Loja de rua, 2+1 gabinetes com ortopantomógrafo. Campo de Ourique / Amoreiras em Lisboa.
Curso de Assistentes de Clínica Dentária A clínica dentária Real Biuti aposta na formação profissional para assistentes dentários, desenvolvendo cursos lecionados por especialistas na área da Medicina Dentária. Com três datas já abertas – 25 de fevereiro, 25 de março e 22 de abril – a Real Biuti disponibiliza aos seus formandos, da teoria à prática e em regime laboral ou pós-laboral (part-time e full-time), todas as ferramentas e conhecimentos necessários para o exercício confiante das suas funções.
Contacto: 964 703 230
Telf: 912 118 035 - biuti.learningcenter@gmail.com http://learningcenter.realbiuti.com
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VÁRIOS
VÁRIOS
Henry Schein celebra em Barcelona simpósio digital ConnectDental
Reunião anual da SPODF agendada para abril de 2019
A Henry Schein prepara o primeiro simpósio digital ConnectDental, que terá lugar nos dias 5 e 6 de abril, no World Trade Center de Barcelona (Espanha). Trata-se de um evento centrado nas inovações e últimas tendências em equipamento digital e materiais, assim como em divulgar técnicas com sistemas CAD-CAM aos profissionais do setor que desejem incorporar a mais recente tecnologia para aumentar a precisão e fiabilidade na qualidade dos seus tratamentos e melhorar a experiência do paciente. O evento contará com destacados oradores que vão orientar workshops e conferências sobre o uso da tecnologia CAD-CAM.
A XXXI reunião científica anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-facial (SPODF) vai ter lugar de 4 a 6 de abril próximo, em Lisboa. Este encontro, que reunirá alguns dos principais especialistas neste domínio, entre os quais se incluem o norte-americano Tom Pitts (curso pré-congresso), o italiano Francesco Garino, o alemão Markus Greven e o japonês Sadao Sato. O programa da reunião da SPODF incluirá uma exposição comercial onde serão exibidas as últimas novidades da indústria em matéria de produtos ortodônticos.
www.henryschein.es
www.spodf.pt
VÁRIOS Universidade do Porto prepara jornadas de Medicina Dentária
Plano de formação contínua SPDOF
As próximas jornadas de Medicina Dentária da Universidade do Porto, organizadas pela Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina Dentária da referida instituição de ensino superior, vão realizar-se nos dias 5 e 6 de abril. A trigésima edição deste encontro anual, com carácter formativo, contará com a colaboração de prestigiados oradores nacionais das mais diversas especialidades da Medicina Dentária, que farão uma abordagem aos temas que marcam a atualidade do setor. Esta iniciativa conta também com o patrocínio ou apoio de mais de uma dezena de casas comerciais.
A Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SPDOF) estreia este mês um plano de formação contínua, que se prolonga até novembro próximo, com o seguinte programa e calendário: • Bruxismo em crianças: quebra de paradigmas; 16 deste mês (Coimbra). • Comunicação em dor, terapia cognitivo-comportamental e mindfulness; 25 de maio (Lisboa). • Ozonoterapia no contexto da dor orofacial e da patologia da ATM; 5 de outubro (Lisboa). • Workshop de cafaleias: da teoria à prática; 30 de novembro (Porto).
https://sigarra.up.pt/fmdup/pt
geral@spdof.pt - www.spdof.pt
#MXDAYDigital celebra-se em Madrid e Lisboa
DESTAQUE
VÁRIOS
MAXILLARIS - D2 Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa www.maxillaris.com/mxday
A MAXILLARIS, em colaboração com a Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica e Estética (SEPES) e a Sociedade Portuguesa de Medicina Dentária Digital (D2), organiza nos próximos dias 14 de junho, em Madrid (Espanha), e 6 de setembro, nas instalações da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, uma jornada dedicada à integração digital na clínica: #MXDayDigital. Nesta jornada, os participantes vão ter a oportunidade de conhecer as inovações mais marcantes e as experiências dos especialistas do setor. Além disso, poderão realizar interessantes práticas, já que o programa inclui a realização de workshops no período da manhã, ao passo que durante a tarde realizar-se-ão conferências dinâmicas com uma série de oradores.
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VÁRIOS 28o congresso da OMD vai ter lugar em Lisboa
SPEMD realiza no Porto congresso do centenário
O 28o congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) está marcado para os dias 14 a 16 do próximo mês de novembro, em Lisboa. Eis os conferencistas estrangeiros que já confirmaram a sua presença no programa da cimeira de 2019: Homa H. Zadeh, José María Suárez, Oswaldo Scopin, Mariano Sanz, Leonardo Trombeli, Luca Cordaro, Fernando Borba Araújo, Giovanni Lodi, Pasquale Venuti, Juan Carlos Pérez Varela, Juliana Ramacciato e Antonis Chaniotis.
A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai celebrar no Porto, nos dias 18 e 19 do próximo mês de outubro, o seu 39o congresso, que coincide com as celebrações do centenário da sociedade científica, deixando antever um programa especial. Esta edição vai decorrer no Seminário de Vilar, o que representa um regresso a uma casa que a SPEMD tão bem conhece, pois organizou nesse local vários congressos na década de 90 e no início do novo milénio.
www.omd.pt
www.spemd.pt
VÁRIOS
VÁRIOS
Lisboa organiza próxima edição do congresso da EAO
Dentsply Sirona World Madrid 2019
A próxima edição do congresso anual da European Association of Osseointegration (EAO) vai decorrer em Lisboa, nos dias 26 a 28 de setembro próximo, sob o lema “A ponte para o futuro”. O programa do maior encontro europeu centrado na temática da osteointegração contará com o contributo de especialistas dos quatro cantos do mundo. O Brasil será o país convidado da edição lisboeta do congresso da EAO.
A Dentsply Sirona levará a cabo nos dias 28 e 29 de junho, em Madrid (Espanha), um encontro chave para a comunidade da Medicina Dentária da Península Ibérica, que incluirá conferências de primeiro nível, workshops, networking e atividades sociais com um único propósito: promover uma prática profissional mais segura, mais rápida e de maior qualidade. Conferencistas internacionais, líderes nas suas especialidades, participarão no Dentsply Sirona World Madrid para partilharem os avanços que experimentaram na sua prática graças à odontologia digital. Durante o encontro também se proporcionarão sessões formativas com a tecnologia mais inovadora. www.eao.org
www.dentsplysirona.com
VÁRIOS Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS A ORTOCERVERA organiza este curso personalizado, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS (conceitos básicos e definições), protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado e “a la carta”. (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com
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TOP
abril AAE Annual Meeting American Associations of Endodontists Palais des congrès de Montréal (Canadá) www.aae.org/
10 13
III Congresso Anual da ALDATMD Associação Lusófona de Assistentes e Técnicos de Medicina Dentária Lisboa geral@aldatmd.pt
13
maio 119o American Association of Orthodontists AAO Los Angeles Convention Center (EUA) www.aaoinfo.org/meetings/event-page/2019-annual-session/
março
3 7
16
Congresso SELO Sociedade Espanhola de Laser e Fototerapia em Odontologia Burgos (Espanha) www.selo.org.es/
10 11
CISO 2019 - Congresso Ibérico de Saúde Oral Associação Portuguesa de Saúde Oral Porto - Vila Nova de Gaia - Espinho http://portal.cm-espinho.pt/pt/eventos/ciso-2019-congresso-iberico-saude-oral/
22 23
Expodental Meeting 2019 Unione Nazionale Industrie Dentarie Italiane Rimini Fiera SpA (Itália) https://expodental.it/en/home
16 18
VI Expoorto-Expooral Madrid (Espanha) www.expoorto.com
29 30
Congresso SEPA’19 Sociedade Espanhola de Periodontia e Osteointegração Centro de Eventos. Feira de Valência (Espanha) http://sepa2019.es/
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38o International Dental Show IDS Recinto de Feiras de Colónia (Alemanha) http://english.ids-cologne.de/
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MX junho 65o Congresso SEDO Sociedade Espanhola de Ortodontia e Ortopedia Dentofacial Palácio de Congressos de Granada (Espanha) https://atlanta.eventszone.net/myCongress/form.php?this FormCongress=65congresosedo&thisFormLanguage=es
0 3
3
+
#MXDAYSEPESDigital MAXILLARIS e Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica e Estética (SEPES) COEM. Madrid (Espanha) www.maxillaris.com/mxday
9
5 8
ICOI World Congress 2019 The International Congress of Oral Implantologists New York Marriott Marquis (EUA) https://imis.icoi.org/Members/Events/Event_Display. aspx?EventKey=NEWYORK19
+
+
#MXDAYDigital MAXILLARIS e Sociedade Portuguesa de Medicina Dentária Digital (D2) Universidade de Lisboa www.maxillaris.com/mxday
19 21
EAO 2019 European Association of Osseointegration Centro de Congressos de Lisboa www.eao.org/page/FutureCongresses
26 28
outubro
15 17
setembro World Dental Congress (ADA – FDI) American Dental Association e FDI Moscone Center San Francisco (EUA) www.world-dental-congress.org/
CED-IADR/NOF CED-IADR Hotel Meliá Castilla - Madrid (Espanha) www.ced-iadr.eu/madrid-2019
14
agosto
0 1
6 8
Calendário
MAXILLARIS
Congreso Mundial de Estética Dentária IFED-SEPES Palácio de Congressos de Catalunha (Barcelona) www.sepes-ifed2019.sepes.org/esp_index.php
10 12
XXXIX Congresso SPEMD Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária Porto www.spemd.pt
18 19
novembro 4 8
40o Congresso AEDE Associação Espanhola de Endodontia Valência (Espanha) www.aede.info/
28o Congresso OMD Ordem dos Médicos Dentistas Lisboa www.omd.pt
6
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MX junho 65o Congresso SEDO Sociedade Espanhola de Ortodontia e Ortopedia Dentofacial Palácio de Congressos de Granada (Espanha) https://atlanta.eventszone.net/myCongress/form.php?this FormCongress=65congresosedo&thisFormLanguage=es
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#MXDAYSEPESDigital MAXILLARIS e Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica e Estética (SEPES) COEM. Madrid (Espanha) www.maxillaris.com/mxday
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ICOI World Congress 2019 The International Congress of Oral Implantologists New York Marriott Marquis (EUA) https://imis.icoi.org/Members/Events/Event_Display. aspx?EventKey=NEWYORK19
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#MXDAYDigital MAXILLARIS e Sociedade Portuguesa de Medicina Dentária Digital (D2) Universidade de Lisboa www.maxillaris.com/mxday
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EAO 2019 European Association of Osseointegration Centro de Congressos de Lisboa www.eao.org/page/FutureCongresses
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setembro World Dental Congress (ADA – FDI) American Dental Association e FDI Moscone Center San Francisco (EUA) www.world-dental-congress.org/
CED-IADR/NOF CED-IADR Hotel Meliá Castilla - Madrid (Espanha) www.ced-iadr.eu/madrid-2019
14
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Congresso Mundial de Estética Dentária IFED-SEPES Palácio de Congressos de Catalunha (Barcelona) www.sepes-ifed2019.sepes.org/esp_index.php
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XXXIX Congresso SPEMD Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária Porto www.spemd.pt
18 19
novembro 4 8
40o Congresso AEDE Associação Espanhola de Endodontia Valência (Espanha) www.aede.info/
28o Congresso OMD Ordem dos Médicos Dentistas Lisboa www.omd.pt
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Novidades
MAXILLARIS
Novidades
Impressora 3D SolFlex, odontologia digital aditiva
Purevac HVE, sistema de alto volume de aspiração www.dentsplysirona.com
937 083 146 – p.vilela@voco.com
A Dentsply Sirona anuncia o lançamento do sistema Purevac HVE, que melhora a línea PracticeProtect de produtos para a prevenção de infeções da linha Dentsply Sirona Preventive. Purevac HVE prossegue a missão geral dos produtos da linha PracticeProtect de controlar a propagação de patogéneos nos gabinetes dentários de todo o mundo. O novo sistema está desenhado para proporcionar uma melhor evacuação de fluidos, visualização, iluminação e retirada de um maior volume durante os tratamentos dentários. Consta de um tubo de evacuação de grande volume com um espelho dentário incorporado. Isto permite a sua utilização com uma só mão para evitar a presença, na cavidade oral do paciente, de aerosóis, salpicaduras, líquidos e detritos, ao mesmo tempo que proporciona visibilidade e iluminação na zona de tratamento.
Um número cada vez maior de laboratórios de próteses e consultórios dentários com laboratório tem vindo a apostar na digitalização dos seus fluxos de trabalho. A impressora 3D SolFlex, da VOCO, permite ao utilizador iniciar-se facilmente na tecnologia de fabrico aditiva. Com recurso a procedimentos combinados de digitalização, desenho e impressão 3D, é muito rápido confecionar com precisão, por exemplo, modelos e goteiras para tratamentos ortodônticos. A impressora SolFlex está disponível em três tamanhos, quer para utilização em laboratório, quer em consultório. Utiliza as consagradas unidades de exposição DLP (Digital Light Processing). Juntamente com os LED’s UV de alta potência nela integrados, é capaz de realizar impressões, camada por camada, com um altíssimo grau de precisão. Graças à revolucionária PST (Pixel Stitch Technology), a nova impressora possui uma excecional capacidade de desempenho no que se refere à resolução e ao volume de impressão.
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MAXILLARIS
Novo autoScan DS200+
Novidades
Scanner intraoral Primescan aperfeiçoa a impressão digital www.ravagnanidental.com
www.dentsplysirona.com
O autoScan DS200+ foi desenvolvido especificamente para o mercado odontológico. A sua velocidade de digitalização foi melhorada e a digitalização da mandíbula demora apenas 20 segundos. Dispõe também de uma elevada precisão de 0,015 mm. Possui a função de captura de textura e cor. A linha de textura e marcação no modelo de gesso é capturada com clareza o que proporciona uma referência para o técnico em prótese dentária. Os dados da digitalização de impressões também são adequados para a área da ortodontia.
A Dentsply Sirona introduziu com CEREC a tecnologia de impressão digital na odontologia e agora, com Primescan, apresenta um scanner intraoral com uma técnica de impressão aperfeiçoada que oferece uma precisão sem precedentes. Primescan é um salto em frente decisivo no sistema de gravação ótica: sensores de alta resolução e luz de onda curta exploram as superfícies dentárias. Desta forma capturam-se até um milhão de píxeis 3D por segundo. Estes podem calcular-se com mais precisão que nunca, graças à análise de contraste ótico de alta frequência, um processo pendente de patente criado pela Dentsply Sirona. Primescan permite escanear também áreas mais profundas (até 20 mm) e os ângulos mais agudos. Captura as superfícies dentárias diretamente na resolução requerida, em muito pouco tempo, com alta nitidez, garantindo assim um nível de detalhes significativamente maior que em modelos 3D.
Aluga-se espaço na Maia (Porto)
para clínica dentária já com instalações e afins feitas. Contacto:
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Indústria
Dentsply Sirona solidária com investigação do cancro infantil
EMS inicia o ano apresentando cerca de 30 seminários
Dentsply Sirona e as estrelas de origami Shurikan realizaram, em Espanha, uma ação solidária para investigar sobre o cancro infantil, que não se pode prevenir, requer terapias diferentes e responde a tratamentos que ainda não foram suficientemente investigados. A Dentsply Sirona fez uma doação ao Hospital Sant Joan de Déu de Barcelona para ajudar na investigação do cancro infantil. Neste contexto, profissionais e sócios que trabalham com a empresa receberam uma estrela de origami Shurikan na qual se comunicava esta ação e a importância de colaborar na investigação desta doença que afeta mais de 1.400 crianças por ano no país vizinho.
A delegação ibérica da EMS iniciou 2019 liderando cerca de três dezenas de seminários Swiss Dental Academy, orientados por oradores formados na sede central da EMS, na Suíça. A iniciativa é o resultado do esforço da empresa para desenvolver acordos de colaboração com as melhores universidades portuguesas e espanholas. Nos seminários formar-se-ão os profissionais em Guided Biofilm Therapy, o método para a profilaxia profissional, a prevenção, a manutenção e o tratamento para eliminar o biofilme, as manchas e o sarro nos dentes naturais, as restaurações, os implantes e as ortodontias, bem como as últimas soluções da companhia.
www.dentsplysirona.com
www.ems-dental.com/es
A empresa distribuiu origamis.
Henry Schein premiada nos Estados Unidos
DGSHAPE marca presença na IDS de Colónia
A Henry Schein obteve o primeiro lugar na sua categoria na lista das “Empresas mais conceituadas a nível mundial”, para o ano 2019, publicada pela revista Fortune. A empresa também se classificou em primeiro lugar na categoria “Grossistas: indústria de cuidados de saúde”, nas oito subcategorias que compõem a classificação geral: inovação, gestão de pessoas, utilização dos ativos da empresa, responsabilidade social, qualidade da gestão, valor do investimento a longo prazo, qualidade dos produtos/serviços e competitividade global. “Na Henry Schein, temo-nos guiado pela crença de que o sucesso nos negócios passa diretamente por fazer bem à sociedade, pelo que o facto de sermos nomeados para a lista da revista Fortune é muito gratificante”, declarou Stanley M. Bergman, presidente do conselho de administração e diretor executivo da Henry Schein.
A DGSHAPE (antiga Roland EasyShape) irá exibir as suas soluções de tecnologia CAD-CAM pioneira na IDS 2019, que terá lugar de 12 a 16 deste mês, em Colónia (Alemanha). O stand da DGSHAPE será um ponto a visitar por delegados na IDS para ver em ação uma extraordinária gama de tecnologias inovadoras e ter uma perceção das últimas tendências em tecnologia CAD-CAM. O espaço da DGSHAPE na IDS irá expor soluções de fresagem digital de ponta a seco ou em molhado, ferramentas de software de business intelligence e muito mais. Concebida para responder às exigências crescentes da automação orientada para os laboratórios, as fresas dentárias a seco DWX-52DCi e DWX-52D de cinco eixos fazem parte dos aparelhos da DGSHAPE que serão exibidos no stand.
www.henryschein.com
www.dgshape.com
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PUBLIRREPORTAGEM RE Design – Decoração e Mobiliário, Lda. • Tel. 229 475 648/55 • E-mail: tecnico@redesign.pt • www.redesign.pt
EMPRESA CELEBRA 20 ANOS DE EXISTÊNCIA
Profissionais experientes na decoração de espaços comerciais A RE Design foi criada em 1999 por Rui Esteves e, desde a sua fundação, tem procurado fixar e fortalecer o conhecimento de profissionais experientes na decoração de espaços comerciais, de forma a garantir uma melhoria constante nos serviços prestados. Ao longo dos anos, a empresa cresceu e consolidou-se no panorama nacional e tornou-se uma referência na fabricação de mobiliário para espaços comerciais. A equipa da RE Design é composta por profissionais dos ramos da arquitectura, engenharia civil, carpintaria, serralharia e pintura, que conjugam a sabedoria empírica de profissionais veteranos com a modernidade e aptidão para as novas tecnologias das gerações mais jovens. Em 2019, ano em que a RE Design completa 20 anos de existência, a empresa procura uma nova abordagem ao mercado das clínicas dentárias, ramo onde até então efetuou trabalhos de forma indireta e onde nem sempre conseguiu contribuir ativamente para a melhoria do projeto final. Gozando de proximidade com profissionais fornecedores de equipamentos específicos ao ramo das clínicas dentárias, a empresa pretende ter uma ligação estreita com o cliente final, contribuindo para todo o desenvolvi-
A RE Design tornou-se uma referência na fabricação de mobiliário para espaços comerciais.
mento da empreitada, assegurando que todos os requisitos técnicos são corretamente cumpridos, garantindo a qualidade do produto final e a satisfação do cliente. Através de grande flexibilidade, competência e empenho, a empresa tem vindo a desenvolver projetos e serviços por toda a Europa Central e Ocidental, com incursões na África Ocidental. Dotada de gabinete técnico próprio, a RE Design é o parceiro ideal para interligar o cliente final aos gabinetes de projeto, contribuindo com toda a experiência de confeção e implementação de mobiliário. A empresa está sediada na zona industrial da Maia, inserida na malha metropolitana do Porto, e goza da proximidade do Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro, do Porto de Leixões e das principais vias de ligação terrestre da zona Norte de Portugal, que proporcionam trabalhos sistemáticos num raio de 2.000 km. Atualmente, a sede conta com mais de 1.000 m2 de zona produtiva, a qual engloba as mais modernas tecnologias de serração, CNC (comando numérico computorizado), lixagem, pintura e serralharia, que possibilitam a criação de projetos de complexidade variada.
A RE Design é o parceiro ideal para interligar o cliente final aos gabinetes de projeto, contribuindo com toda a experiência de confeção e implementação de mobiliário.
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