MAXILLARIS Portugal junho

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Publicidade

Falamos com... Pedro Ferreira Trancoso, presidente da Comissão Organizadora do 25o congresso da OMD Filomena Almeida e Jorge João, presidentes da Comissão Organizadora do 23o congresso da Sociedade Portuguesa de Ortodontia

Zona jovem Inês Faria e Patrícia Almeida Santos, coordenadoras da terceira edição da Reunião SPPI Jovem

Ponto de Vista Maria João Ponces, presidente da Associação Portuguesa de Ortodontistas


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Destaques

junho 2016

Crónica

Ciência e prática Presidente da República recebeu em Belém representantes das ordens profissionais.

Carla Casais Recubrimento radicular. A propósito de um caso clínico.

Médicos dentistas podem ter um papel fundamental junto dos doentes que querem deixar de fumar.

Falamos com...

Paulo Carvalho Gestão de compromissos estéticos no tratamento com facetas de cerâmica. Relato de um caso clínico.

Pedro Ferreira Trancoso,

Filomena Almeida e Jorge João,

presidente da Comissão Organizadora do 25º congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas.

presidentes da Comissão Organizadora do 23º congresso anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia.

Zona jovem Inês Faria e Patrícia Almeida Santos, coordenadoras da terceira edição da Reunião SPPI Jovem.

Cláudia Queirós Henriques Condromatose sinovial da articulação temporomandibular (caso clínico).


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Sumário

Crónica 10 14

Ordem dos Médicos Dentistas alerta para entraves nos tratamentos da ADSE.

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Médicos dentistas podem ter um papel fundamental junto dos doentes que querem deixar de fumar.

Paulo Carvalho: “Gestão de compromissos. estéticos no tratamento com facetas de cerâmica. Relato de um caso clínico”.

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Cláudia Queirós Henriques: “Condromatose sinovial da articulação temporomandibular (caso clínico)”.

Falamos com… 22

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Pedro Ferreira Trancoso, presidente da Comissão Organizadora do 25º congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas: “Queremos que esta edição fique na memória dos colegas e que permita contribuir para a formação de todos os inscritos”.

Imagens da medicina oral 69

Calendário de cursos Filomena Almeida e Jorge João, presidentes da Comissão Organizadora do 23º congresso anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia: “Pretendemos que este seja o congresso de ortodontia com o maior número de participantes alguma vez realizado em Portugal”.

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Inês Faria e Patrícia Almeida Santos, coordenadoras da terceira edição da Reunião SPPI Jovem: “O programa foi criteriosamente pensado de forma a criar uma reunião com elevada qualidade científica”.

74

Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

A indústria a fundo 76

Ponto de vista 44

Agenda de cursos para os profissionais.

Congressos e reuniões

Zona jovem 38

Germán Esparza Gómez: “Candidíase Aguda Pseudomembranosa (caso clínico)”.

Maria João Ponces, presidente da Associação Portuguesa de Ortodontistas: “Os novos desígnios da Ortodontia”.

Daniel Díez, diretor geral da KLOCKNER: “O evento Bone & Tissue Day é de suma importância para o setor”.

Novidades da indústria 78

Produtos e equipamentos.

Ciência e prática 46

Página empresarial Carla Casais: “Recubrimento radicular. A propósito de um caso clínico”.

Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: Maria João Miranda. comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.

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MAXILLARIS JUNHO 2016

Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Bilhoto. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Susana Noronha.

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Notícias de empresas. Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 €, resto 80 €. ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 de 9/6 art 12º nº 1ª

Tiragem: 6.100 exemplares

Consultor para a América Latina: Pérsio Mariani. REDAÇÃO (nova morada): Rua Francisco Sanches, 122, 2º 1170-144 Lisboa. Tel./Fax: 218 874 085.

• Periodicidade mensal. • MAXILLARIS não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores. • Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito de CYAN EDITORES.


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Outro rumo Um estudo independente da Universidade Nova de Lisboa – mais concretamente da Nova School of Business and Economics – sobre cuidados de saúde oral, em que foram utilizados dados estatísticos da União Europeia sobre os rendimentos e as condições de vida dos países-membros (EU-SILC, na sigla em inglês), revela que Portugal é o segundo país com a maior percentagem de pessoas com mais de 16 anos que relatam necessidades não satisfeitas em cuidados de saúde oral: 17,8%, muito acima da média da UE (7,9%). Mais: o mesmo estudo, elaborado por especialistas em economia e gestão da saúde, sugere claras limitações em matéria de despesas em saúde das famílias portuguesas. O lado motivador desta investigação é que apresenta vários cenários para aumentar o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde oral, dando eco às recorrentes reivindicações (neste domínio) por parte da classe dos médicos dentistas. Desde o aumento da atual cobertura pública com recurso à capacidade da rede privada até ao alargamento do leque de beneficiários do programa cheque-dentista, passando pelo reforço desses cuidados com prestação pública, isto é através da criação de uma rede de acesso universal que cobriria a generalidade dos cuidados de saúde oral. Outra hipótese apresentada pelo estudo diz respeito ao aumento da cobertura privada através de seguros, com o envolvimento do Estado nas negociações com o setor segurador. Embora os autores – numa análise mais detalhada e sujeita a várias considerações – recomendem a opção de aumentar a cobertura pública através de prestação privada, o que este estudo revela é que a solução poderá envolver várias hipóteses complementares entre si. Isso mesmo tem vindo a ser defendido pela Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), para quem não existe um caminho único no processo que possa permitir o acesso generalizado aos cuidados de Medicina Dentária. Se é certo que nenhuma das soluções apresentadas no estudo da Universidade Nova de Lisboa está isenta de custos, também não deixa de ser um bom ponto de partida o facto de existir uma rede de consultórios e clínicas dentárias que cobre todo o país. Tal como não deve ser desaproveitada a vantagem de Portugal, em termos comparativos, possuir recursos humanos nesta área em número superior à maioria dos países europeus, como assinala a própria OMD. Basta unir esforços e vontades para encontrar a via que for mais equilibrada ao abrigo do atual contexto económico nacional, mas sem descurar, ao mesmo tempo, os elevados gastos – para o Estado e para os cidadãos– que a presente “separação de águas” entre saúde geral e saúde oral implica a vários níveis, nomeadamente em custos de saúde (por exemplo, o agravamento de doenças como a diabetes ou a precária situação oral dos idosos), carga de trabalho, bem como em matéria de esperança e qualidade de vida. Em suma, há que encontrar o rumo que possa inverter os comprovados “danos colaterais” que a falta de acompanhamento médico dentário provoca na saúde dos portugueses.

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EDITORIAL

Editorial

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Índice de anunciantes

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Bien-Air . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 e 78 BTI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Casa Schmidt. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 CEOdont. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Coltene. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Dental Power . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 etk . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Eckermann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Euro Technew. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 Instituto Casan. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Ivoclar Vivadent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 e 84

Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com Coordenadora de projetos: Marta Esquinas marta.esquinas@maxillaris.com

KLOCKNER . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 La Tienda del Dentista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Ledosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com Serviços Administrativos: Inmaculada Barrio. administracion@maxillaris.com

MAF Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Orisline . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Osteocare . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Procoven . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Roland DG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20, 21 e 33

Encartes:

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O HSS Portugal

REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45 Fax: (0034) 917 25 01 80 Edição online espanhola: www.maxillaris.com Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Blas Noguerol Rodríguez. Emilio Serena Rincón. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chémez. Rafael Martín-Granizo López.


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Crónica

Cronica jun_Maquetación 1 01/06/16 13:41 Página 10

Ordem dos Médicos Dentistas alerta para entraves nos tratamentos da ADSE A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) considera que há condicionantes inaceitáveis ao tratamento de doentes na nova tabela da Direção-Geral de Proteção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública (ADSE) de cuidados de saúde disponíveis no regime convencionado dos funcionários públicos. Face às omissões e restrições da nova tabela, a OMD vai exigir ao Ministério da Saúde o adiamento da entrada em vigor da nova tabela. A OMD denuncia que as ingerências da ADSE na prática clínica vão provocar prejuízos aos doentes pela não comparticipação de atos necessários à saúde oral. O Bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, denuncia que com a nova tabela “não é possível, segundo a ADSE, extrair um dente e tratar o dente ao lado na mesma sessão, aproveitando a mesma anestesia e evitando uma nova visita do doente, com duplicação de anestesia, perda de tempo, absentismo laboral ou escolar e por vezes em doentes crónicos, obrigando a sucessivas interrupções de medicação com risco para o doente”. O bastonário observa que a boa prática “exige que por vezes antes da extração ou tratamento seja efetuada uma limpeza dos dentes. Não é possível desvitalizar um dente e restaurar, chumbar o dente de seguida, o que frequentemente consubstancia situações de má prática”. Sublinha ainda que, segundo a nova tabela da ADSE, não pode haver lugar a consultas quando no mesmo período se efetuarem tratamentos. “Ora, os procedimentos em Medicina Dentária incluem sempre a necessidade de uma consulta de avaliação prévia do doente, seguida frequentemente de um procedimento cirúrgico”. Orlando Monteiro da Silva salienta ainda a obrigação de pré-autorização em situações como reimplantações de um dente na sequência de um trauma ou acidente. “Nestes casos, o procedimento tem que ser feito de imediato, caso contrário o doente ficará sem o dente. Pelas novas regras da ADSE tal não é possível. Se uma criança perder um dente será preciso uma pré-autorização antes de o reimplantar, o que na prática significa que a criança, ou se for caso disso um adulto, ficará sem dente por uma questão meramente burocrática”. Orlando Monteiro da Silva recorda que a OMD e a ADSE tinham criado um grupo de trabalho para proceder à revisão da tabela. “Foram inclusive acordadas várias questões que agora desapareceram do documento proposto unilateralmente pela ADSE, do qual a OMD nem sequer teve conhecimento prévio”. Para o bastonário, “não cabe de todo à ADSE impor regras que vão contra a legislação em vigor aplicável ao exercício da Medicina Dentária”, concluindo que, a manter-se esta tabela, “a OMD usará de todos os meios legais ao seu dispor para fazer valer as prerrogativas legais aplicáveis ao exercício da profissão”.

Orlando Monteiro da Silva considera que as novas regras da ADSE vão provocar prejuízos aos pacientes da saúde oral.

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Crónica

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Presidente da República recebeu em Belém representantes das ordens profissionais Os representantes das ordens profissionais que integram o Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) reuniram-se, no passado dia 28 de abril, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa audiência que decorreu no Palácio de Belém, em Lisboa. Neste encontro, em que marcaram presença 13 dos 16 bastonários com representação no CNOP, incluindo o presidente deste organismo e bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, foram apresentados cumprimentos institucionais. Na mesma ocasião, destacou-se o papel do CNOP como parceiro social e a necessidade de o aprofundar.

O Presidente da República ladeado por Orlando Monteiro da Silva, bastonário da OMD (à esquerda), e José Matos, bastonário da Ordem dos Biólogos.

Todos os bastonários presentes tiveram ainda a oportunidade de apresentar ao chefe de Estado um relato sobre a política de formação de recursos humanos nas respetivas profissões qualificadas e o seu impacto na empregabilidade. Por último, Marcelo Rebelo de Sousa partilhou com todos a sua visão detalhada sobre a atualidade política nacional e internacional. No final da audiência, Orlando Monteiro da Silva, ofereceu ao Presidente da República, em nome do CNOP, uma caixa com os pins e logótipos de cada uma das ordens profissionais. MAXILLARIS JUNHO 2016

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Crónica

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António de Vasconcelos Tavares já é Professor Emérito da Universidade de Lisboa No passado dia 19 de maio decorreu, no auditório Professor Simões dos Santos da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL), a entrega do título de Professor Emérito da Universidade de Lisboa a António de Vasconcelos Tavares, antigo diretor da referida faculdade. Esta distinção é atribuída em situações excecionais, aos professores catedráticos ou associados, jubilados ou aposentados, em reconhecimento do mérito académico e relevância da atividade científica. O diretor da FMDUL, Luís Pires Lopes, deu as boas vindas aos membros da Universidade de Lisboa, professores, funcionários e estudantes, assim como aos convidados, que encheram por completo o grande auditório.

António Cruz Serra (à esquerda), reitor da Universidade de Lisboa, entregou a António de Vasconcelos Tavares o título de Professor Emérito.

O discurso de elogio ao professor Vasconcelos Tavares foi feito pelo presidente do Conselho de Escola, João Aquino Marques, tendo de seguida o reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, procedido à entrega do título de Professor Emérito.

Os convidados encheram por completo o grande auditório da FMDUL.

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Antes das palavras finais de agradecimento por parte do distinguido, foi lida por um representante do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, uma mensagem dedicada ao homenageado, em que foram tecidos rasgados elogios à personalidade e à obra realizada por Vasconcelos Tavares em prol do ensino e da ciência, e anunciou-se a decisão do chefe de Estado de o agraciar, em data ainda por agendar, com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública.


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Crónica

Cronica jun_Maquetación 1 01/06/16 16:21 Página 14

Médicos dentistas podem ter um papel fundamental junto dos doentes que querem deixar de fumar A nicotina e outros químicos consumidos pelos fumadores são das maiores ameaças à saúde oral, agravando patologias, como as doenças das gengivas, e podendo desencadear outras como o cancro oral. O consumo regular de tabaco deixa marcas que facilmente são identificadas pelos médicos dentistas numa consulta de rotina. Os fumadores têm entre cinco a 20 vezes mais probabilidade de vir a desenvolver cancros orais e da faringe do que um não fumador, e deixar de fumar reduz em 50%, ao fim de cinco anos, as hipóteses de contrair cancro oral. O profissional de Medicina Dentária poderá exercer um papel fundamental junto dos doentes que pretendem deixar de fumar. Estudos realizados nos Estados Unidos mostram que quando os médicos dentistas intervêm as taxas de sucesso na cessação tabágica aumentam.

Deixar de fumar reduz em 50%, ao fim de cinco anos, as hipóteses de contrair cancro oral.

Em Portugal, segundo dados do Eurobarómetro, 25% da população é fumadora, pelo que o papel dos profissionais de saúde no combate a este vicio é muito importante, nomeadamente, o papel dos médicos dentistas pode ser essencial para diminuir o número de fumadores. A realização de check-ups aos doentes fumadores permite traçar um histórico da evolução da saúde oral e os dados de vários estudos reunidos no abstract “Effectiveness of dentists intervention in smoking cessation: a review”, dos investigadores Carlos Omaña Cepeda, Enric Jané Salas, Alberto Estrugo Devesa, Eduardo Chimenos Küstner e José López López, mostra a importância da participação dos médicos dentistas em técnicas de cessação tabágica. A par dos substitutos de nicotina e de tratamento com antidepressivos ou hipnose, a intervenção dos profissionais de saúde oral junto dos doentes mostra ser uma das formas de maior sucesso para ajudar quem quer deixar de fumar. Os autores sublinham que quanto maior é o conhecimento do doente sobre a evolução da sua saúde oral, vendo por exemplo o crescimento de manchas amarelas devido ao consumo de tabaco, maior é a consciência das consequências deste hábito na cavidade oral. Existem várias técnicas de intervenção que devem ser utilizadas em função do grau de dependência do fumador e vários países já incorporam estas técnicas nas consultas de Medicina Dentária. Para Marta Resende, docente da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto e representante da OMD no Grupo Técnico Consultivo do Tabaco da DGS, “o primeiro passo é a criação de check-ups regulares com despiste do tabagismo de forma a permitir desenvolver um histórico do doente. Este questionário será depois utilizado para definir os próximos passos, que vão sempre depender quer da vontade do doente quer do seu grau de adição. É um processo que requer tempo e disponibilidade tanto do médico dentista como do fumador. Mas se tivermos em conta que o tabaco é o principal fator de risco do cancro oral e que reduzir os riscos é a forma mais eficaz de diminuir a morbilidade e a mortalidade desta doença, percebemos que é um investimento que todos devemos fazer”.

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Crónica

Cronica jun_Maquetación 1 01/06/16 13:41 Página 16

FDA propõe proibir o uso de luvas com talco nos exames clínicos e nas cirurgias A agência Food and Drug Administration (FDA), que regula os medicamentos nos Estados Unidos, anunciou recentemente uma proposta para proibir o uso de luvas com talco no setor da saúde daquele país. Embora a utilização destas luvas esteja em desuso, segundo a FDA pressupõe um risco importante e injustificado de doença ou danos para os profissionais da área da saúde, para os pacientes e para qualquer outro indivíduo que esteja em contacto com estes. A proibição aplicar-se-ia às luvas cirúrgicas e de exame, assim como aos pós utilizados para lubrificar as luvas cirúrgicas. O talco é aplicado nas luvas para facilitar a sua colocação. A FDA argumenta que estes pós, acrescentados como aerosol às luvas de látex natural, podem conter proteínas que produzam reações alérgicas respiratórias. Apesar das luvas de materiais sintéticos não apresentarem este problema, certo é que se associam a uma vasta lista de potenciais efeitos não desejados, também relacionados com as luvas de látex natural, como a inflamação grave das vias respiratórias, a inflamação de feridas e as aderências das cicatrizes.

O talco é aplicado nas luvas cirúrgicas para facilitar a sua colocação.

A FDA também assinalou que, de acordo com as análises que efetuou neste âmbito, a medida não teria nenhum impacto económico significativo nem sobre a prática atual dos profissionais de saúde, já que há numerosas alternativas disponíveis no mercado. A proposta encontra-se em fase de consulta pública no site da referida agência norte-americana.

Um estudo comprova que o triclosan não afeta o microbioma oral nem a flora intestinal Um estudo realizado por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford (Estados Unidos) concluiu que o uso de triclosan, um potente antibacteriano e fungicida presente em muitos produtos de consumo habitual, desde produtos de limpeza até pastas dentífricas e colutórios, não afeta de forma negativa a flora intestinal e o microbioma oral, apesar do seu demonstrado impacto sobre a placa dentária. Embora o triclosan se utilize desde meados do século passado em produtos de limpeza e de higiene pessoal, nos últimos anos a sua presença tem vindo a reduzir-se por suspeita dos possíveis efeitos negativos sobre os microbiomas humanos. Não obstante, o trabalho agora publicado na revista mSphere pelos especialistas de Stanford aponta que tais efeitos, a existirem, não são significativos. Os investigadores levaram a cabo um estudo com 13 voluntários que utilizaram sabões, dentífricos e detergentes líquidos com ou sem triclosan durante oito meses, e no final desse período os marcadores metabólicos e endócrinos no sangue dos participantes e a composição do seu microbioma oral não tinha registado alterações importantes relativamente aos valores prévios ao estudo.

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Crónica

Cronica jun_Maquetación 1 01/06/16 13:41 Página 18

Relatório norte-americano propõe novas recomendações para a gestão das lesões provocadas pela cárie dentária A International and American Associations for Dental Research (IADR/AADR) publicou um relatório sobre os avanços na pesquisa dentária ao abrigo da International Caries Consensus Collaboration's (ICCC), com novas recomendações globais, designadamente ao nível da terminologia, para a gestão das lesões provocadas pela cárie. Embora a prevalência da cárie dentária tenha reduzido em muitos países nas últimas três décadas, permanece como uma das patologias mais comuns em todo o mundo, afetando bilhões de pessoas e gerando custos significativos na saúde ao nível global. O tratamento das lesões provadas pela cárie deve reger-se com base em provas práticas, centrar-se nas recomendações ao paciente e num acordo uniformizado entre os profissionais do setor dentário, que abranja a tomada de decisões clínicas simplificadas. Vários termos são utilizados para descrever a gestão clínica das lesões da cáries, o que tem contribuído para a falta de clareza na literatura científica. O relatório agora divulgado apresenta as recomendações da ICCC relativamente aos termos e definições neste âmbito, incluindo uma lista completa que abarca todo o espectro de opções para a remoção de tecido cariado. De acordo com as diretrizes da IADR/AADR, a primeira linha do tratamento para controlar a doença e as lesões que a cárie provoca deve centrar-se na remoção e no controlo da placa (escovagem, flúor, dieta). As intervenções de carácter restaurativo são indicadas apenas quando as condições da cavidade não são passíveis de uma limpeza ou já não podem ser seladas para evitar a progressão da lesão do biolfilme. Quando se indica uma restauração, as prioridades são as seguintes: preservação do tecido saudável e remineralizável; conseguir um selo restaurativo; manter a saúde pulpal e maximizar o sucesso da restauração.

O relatório da IADR/AADR considera que a remoção e o controlo da placa bacteriana deve estar na primeira linha do tratamento das lesões provocadas pela cárie.

Por outro lado, o tecido cariado deve ser removido meramente para criar condições duradouras para as restaurações. Os tecidos contaminados com bactérias ou desmineralizados próximos da pulpa não necessitam ser removidos. Nas lesões mais profundas de dentes com pulpas (vitais) sensíveis, a prioridade deve ser a preservação da saúde pulpar, ao passo que em lesões superficiais ou profundas ou moderamente profundas a longevidade das restaurações assume maior importância. Estas recomendações, baseadas na evidência, apontam assim para uma gestão menos invasiva das lesões provocadas pela cárie, adiando ou diminuindo o ciclo restaurativo através da preservação do tecido dentário e da manutenção dos dentes a longo prazo.

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Crónica

Cronica jun_Maquetación 1 01/06/16 13:41 Página 19

FDI sublinha que manter os dentes na velhice é um direito humano, não um privilégio

Patrick Hescot, presidente da FDI.

A Federação Dentária Internacional (FDI) celebrou entre os dias 3 e 5 do passado mês de maio, em Lucerna (Suíça), uma conferência dedicada à saúde oral na terceira idade. Um total de 20 especialistas e entidades de diferentes regiões do mundo, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), reuniram-se sob o lema “Longa vida à saúde oral: um direito humano fundamental” para analisar as estratégias face ao crescente peso das doenças orais e prevenir a perda de dentes nas camadas mais idosas, para assegurar que possam levar a cabo funções básicas como comer, mastigar, sorrir e comunicar sem dor. Tendo em consideração os dados da OMS, estima-se que entre 2015 e 2050 a população mundial com mais de 60 anos praticamente duplicará, passando dos atuais 12% para 22%.

Durante a conferência que decorreu em Lucerna, Patrick Hescot, presidente da FDI, referiu que os médicos dentistas têm a missão de “trabalhar não apenas para que as pessoas vivam mais tempo como também com mais saúde e livres das doenças orais, que têm um papel fundamental na proteção da saúde geral e no bem-estar pessoal”.

EFP assinalou o Dia Europeu da Periodontologia A Federação Europeia de Periodontologia (EFP), a par das 29 sociedades científicas nacionais que a integram, comemorou no passado dia 12 de maio o Dia Europeu da Periodontologia. “Gengivas saudáveis para uma vida melhor” foi o lema escolhido para a campanha, com o propósito de destacar a importância de umas gengivas sãs para a prevenção, a deteção e o controlo de determinados problemas crónicos de saúde. O objetivo desta efeméride é promover a saúde das gengivas como fator chave na saúde geral e na qualidade de vida, e incrementar o conhecimento sobre a doença periodontal e a sua relação com outras patologias sistémicas, como a diabetes e as doenças cardiovasculares. As doenças do foro periodontal são as mais comuns na Europa. Oito de cada dez pessoas com 35 ou mais anos de idade sofrem de algum tipo de problema nas gengivas. A sua prevalência e gravidade aumenta com a idade e com a contribuição de fatores como o tabaco ou a obesidade. Segundo a EFP, presidida pelo médico dentista espanhol Juan Blanco, um bom asseio pessoal, a compreensão dos sintomas e visitas regulares ao dentista permitem melhorar a saúde oral e desempenham um papel determinante na deteção precoce e no controlo de outras patologias.

Juan Blanco, presidente da EFP.

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Caso Roland PT_Maquetación 1 01/06/16 13:05 Página 2

PUBLIRREPORTAGEM

ROLAND DG: CASE STUDY Roland DG Iberia. Web: www.rolandeasyshape.com Marta Fraile, Marketing Manager. E-mail: mfraile@rolanddg.com - Telf: +34 935 918 400

Fernando Fernández, técnico de prótese e gerente do centro de fresagem dentária Escan 3D, localizado em Sevilha (Espanha).

Escan 3D

Fernando Fernández é o gerente da Escan 3D, um centro de fresagem dentária localizado em Sevilha (Espanha) que proporciona serviços de CAD-CAM a todo o tipo de laboratórios dentários. A empresa é relativamente jovem, fundada em 2013, contudo, conta com a experiência de mais de 15 anos de Fernando como técnico de prótese. Tudo isto se pode apreciar no alto nível de qualidade dos seus trabalhos. Escan 3D tem como objetivo principal a constante melhoria dos seus serviços, o que levou a empresa a um processo de expansão ao longo deste tempo. Escan 3D integra também um serviço de escaneado e desenho CAD sempre que o cliente final o requeira, chegando ao mecanizado CAM da peça final. A disposição de ficheiros de praticamente a totalidade dos fabricantes de implantes do

Arcada completa superior sobre modelo de trabalho.

mercado permite que Escan 3D possa receber qualquer tipo de arquivo STL proveniente dos laboratórios que já dispõem de scanner.

Escan 3D trabalha com todo o tipo de materiais, embora a sua principal especialidade seja o mecanizado de zircónio. Neste sentido, as suas instalações contam com os materiais e a tecnologia mais inovadora do setor odontológico. No domínio das máquinas de fresagem, Escan 3D conta com as unidades DWX-30 e DWX-50 da Roland, entre outros tipo de maquinaria. A DWX-30 foi o primeiro modelo de fresadora 3D desenvolvido pela Roland para o mercado dentário e aquele que marcou o standard de qualidade que tem vindo a ser seguido pela marca.

Fernando Fernández junto às suas fresadoras dentárias Roland DWX-50 e DWX-30.

Fernando Fernández comenta que uma das coisas que mais o surpreende dos modelos desenvolvidos pela Roland é a sua capacidade de realizar trabalhos de excelente qualidade. “Considero que não ficam nada a dever a máquinas teoricamente superiores e que requerem maior investimento. Por esse motivo, não hesitámos em incorporar uma DWX-50 nos nossos equipamentos”. A DWX-50 de Roland permite o mecanizado de discos e blocos, utilizando os cinco eixos de forma contínua, e incorpora um alternador automático de ferramenta de até cinco posições para trabalhar de forma desprendida.

O técnico espanhol diz mesmo estar à espera de adquirir a nova Roland DWX-51D, “que já inclui um suporte de até 10 ferramentas e uma braçadeira em forma de C para realizar mecanizados ainda mais eficientes”. Escan 3D prossegue o objetivo de estar na vanguarda do serviço em mecanizado dentário, apostando na tecnologia mais inovadora e fiável. Os sistemas abertos da Roland DG permitem a integração

Tratando-se de sistemas abertos, as fresadoras Roland podem utilizar-se conjuntamente com scanners e software CAD-CAM populares. Muitos laboratórios procuram uma unidade de fresagem que possa corresponder ao seu atual fluxo de trabalho. Como as nossas fresadoras são sistemas abertos, trabalham bem com todo o tipo de scanners e software, o que permite que os utilizadores possam adaptar as fresadoras Roland ao seu volume de trabalho diário sem qualquer problema.

Ponte sobre implante e coto realizado em zircónio.


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Além disso, dispomos de soluções complementares para aqueles que desejam iniciar-se no âmbito digital, mediante a associação com fabricantes de scanners, fornos de sinterização, software CAD-CAM, ferramentas e materiais de fresagem de primeira classe.

Isto permite-nos ajudar o cliente a configurar um fluxo digital completo e personalizado, e uma vez que as fresadoras da Roland são muito acessíveis, os pequenos laboratórios (com recursos limitados) também podem converter-se ao mundo digital. A Roland DG oferece fresadoras de fácil uso e compactas, compatíveis com uma vasta gama de materiais que incluem óxido de zircónio, cera, PMMA e cerâmica híbrida. Tal permite aos laboratórios dentários, grandes ou pequenos, produzir todo o tipo de restaurações digitalmente. Os exemplos incluem coroas, pontes, marcos, inlays, onlays e capas. Roland DWX-51D

• Fabricada para si, fabricada para durar Durante 30 anos, a Roland DG foi o distribuidor de confiança de fresadoras desenhadas para durar. A DWX-51D, de mecanizado em cinco eixos não é uma exceção. Após uma extensa investigação em que se consultaram os técnicos de laboratório sobre as suas necessidades de fresagem, a DWX-51 foi desenvolvida para melhorar a experiência do utilizador, maximizar a facilidade de uso e incrementar a qualidade do resultado. Construída com um desenho simples e moderno, a DWX-51D aparenta a simplicidade que requer pa ra a sua operação.

Estrutura pôntica realizada em zircónio.

Fresadora DWX-51D.

• Mecanizado en cinco eixos para trabalhos más precisos A DWX-51D, de fresagem precisa, estável e de tração direta, é capaz de mecanizar restaurações complexas. Trabalha nos eixos X, Y e Z, rotando blocos e discos. O balanceio no eixo B permite o mecanizado de áreas de socavado e fresagem de prótese completas.

• Alternador automático de 10 ferramentas para fresagem contínuo Com um alternador automático de ferramentas (ATC) de 10 posições, os utilizadores da DWX-51D não necessitam parar a produção para alterar as fresas necessárias para mecanizar os diferentes materiais. • Fácil e cómoda operação A sua estrutura interna única com fluxo de ar exclusivo para a correta circulação de ar possui um potente sistema de aspiração que ajuda na evacuação de resíduos de corte para um uso limpo e uma correta calibração. Um ionizador elimina a electricidade estática, ideal para o mecanizado de PMMA. • Conecta múltiplas máquinas para incrementar a produção A DWX-51D oferece a capacidade de multidifusão que permite a conexão de

Implante unitário realizado em cera.

até quatro máquinas da Roland DG a um só computador, facilitando mais que nunca aos laboratórios dentários a expansão do seu negócio e o aumento da sua capacidad de produção. A propósito da Roland DG Corporation A Roland DG Corporation é um dos principais fabricantes de produtos desenhados para ajudar os profissionais e entusiastas a converter a suas ideias em realidade, como por exemplo as impressoras de injeção de tinta de grande formato das séries SOLJET, VersaCAMM, VersaUV e Texart, os equipamentos de fresagem e gravado MDX e EGX, as cortadoras de vinil CAMM-1 e STIKA e as impressoras fotográficas de impacto MPX. Em 2010, a empresa entrou no mercado dos produtos sanitários com as fresadoras Easy Shape DWX, desenhadas especificamente para criar próteses dentárias de alta qualidade. A Roland DG também apresentou recentemente a série monoFab de impressoras 3D e fresadoras para a criação rápida e fabricação de protótipos. A empresa utiliza tecnologia de produção própria patenteada para a fabricação de produtos que se distribuem em todo o mundo.

O laboratório Escan 3D dispõe de um sistema CAD-CAM dentário completo.

Implante unitário realizado em cera para posterior aderência.


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FALamos coM... Pedro Ferreira Trancoso, presidente da Comissão Organizadora do 25º congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas

Queremos que esta edição fique na memória dos colegas e que permita contribuir para a formação de todos os inscritos

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Falamos com...

As ações de comemoração previstas para a vigésima quinta edição têm como objetivo enaltecer o trabalho realizado por muitos colegas ao longo dos anos e que contribuíram, de forma inquestionável, para que o congresso da Ordem dos Médicos Dentistas se tornasse, nas suas mais variadas vertentes, no sucesso que é hoje. Ao mesmo tempo, pretende-se que os colegas mais novos e os estudantes tenham acesso à história e às “estórias” do evento, contadas pelos seus principais intervenientes. Como somos uma Ordem ainda jovem, permite-nos obter testemunhos factuais de quem esteve à frente dos destinos do congresso e da própria OMD. Uma oportunidade destas não deve ser desperdiçada, sob pena de não existir uma salvaguarda de grande parte da memória de uma classe. Estamos a preparar uma exposição que celebra a história do congresso e a produzir um registo escrito e de vídeo com base nos depoimentos dos ex-presidentes das comissões organizadoras, assim como de dirigentes associativos que marcaram o nascimento do congresso e da própria OMD.

O congresso da OMD revela uma vitalidade pouco vista noutros setores de atividade. Tornou-se no maior evento científico nacional e na maior feira nacional de equipamentos, materiais dentários e atividades complementares à Medicina Dentária. Penso que nos últimos anos obtivemos o reconhecimento dos expositores que escolhem o nosso congresso para estarem presentes junto dos seus potenciais clientes. A prova disso é que o interesse demonstrado pelas empresas tem-nos levado, todos os anos, a aumentar a área de exposição e consequentemente o número de expositores. Este ano não será exceção e a área de exposição contará com mais de mil metros quadrados em relação à edição de 2014. Desta forma, a oferta de stands disponíveis também crescerá em relação ao ano passado. Temos expositores com espaços nunca antes contratados, o que mostra a importância que o evento tem para a larga maioria das empresas. Neste contexto, claro que é necessário que os médicos dentistas tenham interesse em estar presentes e, para tal, tem existido sempre a preocupação por parte da Comissão Científica em preparar um programa científico de nível superior, pautado pela presença dos maiores nomes internacionais, nas mais variadas áreas do conhecimento científico, e com um número elevadíssimo de oradores nacionais de reconhecido mérito.

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Falamos com... A Comissão Organizadora é composta essencialmente por elementos que participam na organização deste evento há vários anos, entre eles alguns ex-presidentes das comissões organizadoras. A estes juntam-se elementos que trazem ideias novas, contribuindo, assim, para a evolução e dinâmica deste encontro anual. Gostava de salientar que o congresso é organizado única e exclusivamente por colegas que, dispondo do seu tempo profissional e pessoal, levam a cabo um trabalho de uma qualidade tal que aos olhos dos convidados internacionais se afigura irrealizável sem o recurso a empresas de organização de eventos. Para além da dedicação e responsabilidade que cada um dos envolvidos tem sabido emprestar ao congresso, temos a sorte de dispor de uma equipa de funcionários da OMD que prestam um trabalho excelente à classe e que, ao longo do ano, se encontram muito envolvidos em cada edição. Esta dedicação merece um reconhecimento genuíno da minha parte, pois muito do que se vê durante os três dias do evento deve-se a eles. Daí que a marca que todos nós pretendemos deixar na edição deste ano – para além do sucesso que desejamos ao congresso – é, sem dúvida, uma marca de rigor.

O programa sempre foi pautado por ter um caráter generalista e multidisciplinar. O congresso pretende dar a conhecer aos participantes o que de melhor se faz na Medicina Dentária mundial e, ao mesmo tempo, fornecer as ferramentas adequadas à aplicação destes conhecimentos no dia imediatamente a seguir à conclusão dos trabalhos. Temos em conta que um número substancial de colegas prescinde de trabalhar nos três dias do congresso, pois considera o papel formativo uma mais-valia para a sua formação continuada.

Sabemos que um número significativo de médicos dentistas não tem a acessibilidade desejável a conferências proferidas por nomes de créditos firmados, quer a nível nacional, quer internacional. Também estamos conscientes de que o custo de participar em conferências, cursos, palestras e outras atividades similares no estrangeiro é demasiado elevado. Daí que, por um preço reduzido, que não tem sofrido alteração nos últimos anos, temos conseguido imprimir um cunho multidisciplinar suportado na qualidade dos intervenientes. Também os cursos hands-on têm tido uma procura elevada por parte dos congressistas; é uma aposta para manter. Os temas a abordar vão desde a implantologia aos biomateriais, das resinas às cerâmicas, da estética à função, da endodontia à reabilitação, passando pelos traumatismos dento-alveolares e o tratamento das avulsões dentárias, do doente geriátrico, bem como a cirurgia e a medicina oral, a ortodontia, a odontopediatria, entre outros. Como se pode constatar, temos um programa muito completo do ponto de vista científico.

Perfil PEDRO FERREIRA TRANCOSO, natural de Coimbra, licenciou-se em Medicina Dentária pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde – Sul (Lisboa), em outubro de 1997, e concluiu o mestrado em Medicina Oral na Universidade de Londres (Reino Unido), em novembro de 1999. É membro da Comissão Científica e suplente do Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), estando a seu cargo a presidência da Comissão Organizadora do próximo congresso anual da OMD. É também vice-presidente da Academia Portuguesa de Medicina Oral. Exerce a sua atividade docente (disciplina de Medicina Oral) na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa (Porto).

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Falamos com... Estarão presentes 47 conferencistas nacionais e 17 estrangeiros. Destes, destacam-se Waldemar Polido, Federico Ferraris, Paulo Kano, Nigel Pitts, Walter Devoto, Mitsuhiro Tsukiboshi e Domingo Martín, entre outros. Temos um programa que pretende tocar nas mais variadas áreas da Medicina Dentária e que está desenhado para que os congressistas possam assistir às conferências que mais lhes interessam, sem que existam temáticas idênticas a decorrer em simultâneo em diferentes auditórios. No total, teremos a representação de sete países.

Este ano vamos aumentar a capacidade dos auditórios para 3.300 lugares, no conjunto dos quatro auditórios disponíveis. Para além disso, teremos três salas que poderão ser configuradas em plateia para as comunicações orais e para os temas socioprofissionais, por exemplo, ou para serem ministrados os cursos hands-on. Note-se que, com a atual afluência de congressistas às palestras, torna-se muito difícil encontrar no país locais onde este evento possa ter lugar. Este fator tem obrigado as comissões organizadoras a encontrarem soluções e este ano não será exceção. Prevemos a construção de quatro auditórios dentro do espaço da Exponor, um dos quais com capacidade para 1.400 pessoas. O recurso a esta solução não é algo de novo neste recinto de feiras. A novidade está na quantidade e na dimensão dos mesmos. Os aspetos técnicos relativamente à insonorização e à qualidade da projeção de vídeo e do som estão a ser devidamente acautelados. Pensamos mesmo que conseguiremos inovar em alguns detalhes no que diz respeito aos audiovisuais.

Pela primeira vez vamos organizar um jantar que pretende juntar um número significativo de pessoas envolvidas no evento. Contamos com a presença dos médicos dentistas, dos estudantes e dos expositores. O objetivo é que as pessoas possam confraternizar entre si, mas também com os conferencistas, a indústria e com os envolvidos na construção do congresso, incluindo os corpos dirigentes da OMD. O custo será de apenas quinze euros e é puramente simbólico para os inscritos no congresso. O jantar decorrerá no edifício da Alfândega do Porto, lugar que também será palco da festa do congresso. A conjugação do jantar e da festa num espaço único e nobre da cidade permitirá mobilizar um número elevado de participantes, tornando-se, assim, no evento social mais importante no panorama da Medicina Dentária nacional.

Este ano teremos, ainda, um espaço próprio para os e-pósteres e para a apresentação oral dos pósteres. Queremos que este espaço seja um ponto de reunião dos congressistas, que motive os colegas a estarem presentes para conhecerem o que se faz em termos de produção científica e clínica em Portugal. Ao mesmo tempo, pretendemos elevar a qualidade da apresentação dos trabalhos, dignificando o esforço que os colegas colocam no trabalho desenvolvido nas suas instituições, clínicas e consultórios.

Essa ideia de que o congresso tem uma maior afluência quando se realiza no norte do país foi completamente ultrapassada na edição anterior que se realizou em Lisboa. No vigésimo quarto congresso bateram-se todos os recordes de participação, o que nos coloca um desafio ainda maior. É fácil pensar que, dado o número crescente dos profissionais, é relativamente simples bater recordes atrás de recordes.

Pedro Ferreira Trancoso considera que a vitalidade do congresso da OMD é pouco comum noutros setores de atividade.

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Falamos com... O interesse demonstrado pelas empresas tem-nos levado, todos os anos, a aumentar a área de exposição e consequentemente o número de expositores. Este ano não será exceção e a área de exposição contará com mais de mil metros quadrados em relação à edição de 2014

Acredito que apesar de ser verdade que o potencial público-alvo cresce consistentemente todos os anos, não se conseguirá nunca manter ou aumentar o número de inscritos no congresso a não ser que o programa científico seja excelente. É isso que leva os colegas ao congresso, que os faz abdicar de dias de trabalho, que os faz inscrever as pessoas que com eles colaboram no curso para assistentes dentários. Engana-se quem pensa que é a Expo-Dentária que mobiliza a classe a estar presente. Esta exposição é parte essencial, pois permite levar a cabo projetos que de outra forma seriam impossíveis de realizar pela falta de financiamento. Tem neste momento a projeção e a dimensão que tem, porque a indústria sabe que durante três dias terá uma visibilidade comercial que dificilmente consegue ao longo do ano, para um número tão alargado de médicos dentistas. Os expositores sabem que vão beneficiar da presença dos congressistas e que estes estarão presentes num número significativo, pois o programa científico é apelativo. Os congressistas não necessitam de estar inscritos no congresso para terem acesso à Expo-Dentária, daí que o número de inscrições depende apenas da qualidade da formação que temos para oferecer. Quando se tenta inverter está lógica, e existem exemplos bem recentes da tentativa de criação de uma feira sem uma componente científica associada, os projetos naturalmente fracassam. Não sei se é de prever um recorde no número de inscrições, mas posso dizer que, com o trabalho que está a ser desenvolvido pela atual Comissão Organizadora, a nossa expectativa é elevada.

As expectativas são as melhores. Aumentamos a área de exposição em mil metros quadrados, em relação à edição de 2014 que se realizou na Exponor, e que correspondem a 401 espaços de exposição,

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quando em 2014 eram 345. À data, e apenas sete dias úteis após a disponibilização de inscrições para a participação na feira, temos uma taxa de ocupação de 88 por cento, distribuída por 81 empresas nacionais e estrangeiras.

A grande alteração terá a ver com os fluxos de congressistas entre os auditórios. Privilegiamos a Expo-Dentária, garantindo que o acesso à quase totalidade dos auditórios e salas se processe única e exclusivamente através do espaço do certame da indústria dentária. O tempo de contacto com cada um dos congressistas é relativamente curto ao longo do evento e desta forma conseguimos criar uma maior proximidade entre os expositores e potenciais clientes. O congresso é, também, um espaço de negócio onde, como disse anteriormente, as empresas têm uma oportunidade única no país para contactar com um número elevado de profissionais, mas é, de igual forma, o local onde muitos colegas concentram uma parte substancial das suas compras anuais. Com esta dinâmica de fluxos, vamos garantir uma melhor eficiência no que diz respeito ao trabalho que a indústria desenvolve nos dias do evento.

Pedro Ferreira Trancoso revela que a grande alteração ao nível da Expo-Dentária prende-se com o acesso dos congressistas aos auditórios, que se fará apenas através da área de exposição.


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Falamos com... Em termos comerciais, a Expo-Dentária está já representada com empresas de várias nacionalidades, onde países como Espanha, Itália, Suíça, Alemanha, Polónia, Brasil e Inglaterra marcam presença como expositores. Encontramo-nos, também, em negociações com empresas e entidades do Paquistão e do Irão. Contamos igualmente com a presença de associações profissionais brasileiras, tais como a Associação Brasileira de Odontologia e a Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, e ainda com as principais editoras de revistas especializadas de Espanha, Brasil, e Suíça.

As ações de promoção do congresso no estrangeiro são uma garantia de que temos notoriedade internacional. É um processo demorado e que apenas dá frutos depois de muitos anos de investimento. Este ano, no Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), obtivemos uma visibilidade nunca antes alcançada num evento português. Conseguiram-se excelentes acordos de cooperação e podemos mesmo afirmar que este investimento no mercado brasileiro é uma aposta ganha. Os nossos mercados preferenciais são Espanha, pela proximidade, e o Brasil, pela língua. No entanto, e fruto de muito trabalho e da presença em feiras, tal como a IDS – International Dental Show, em Colónia (Alemanha) – e ou tros eventos internacionais, começamos hoje a receber solicitações de presença na nossa feira de empresas de mercados tão distantes como a Índia e o Paquistão. Penso que é uma estratégia para manter e, dado que o mercado hoje em dia é global, põe-nos a pensar se será importante internacionalizar ainda mais o congresso.

Não existe uma meta pessoal a ser atingida, mas antes a vontade e o empenho de um grupo muito alargado de pessoas de continuar o bom trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por todos os que, direta ou indiretamente, têm sabido “construir” o congresso da OMD. O sucesso do evento é o fruto do empenho da Comissão Organizadora, do bastonário e dos restantes órgãos diretivos, da Comissão Científica e dos funcionários da OMD que, como já sublinhei, são inexcedíveis no trabalho que desenvolvem antes, du rante e após o congresso. Queremos que esta edição fique na memória dos colegas e que permita contribuir para a formação de todos os inscritos, ao mesmo tempo que dá a conhecer as novidades tecnológicas do setor. Sendo o ponto de encontro de excelência para um número significativo de participantes, queremos ainda que, do ponto de vista do programa social, permita a salutar convivência entre todos.

O presidente da Comissão Organizadora da 25ª edição do congresso diz ter uma expectativa elevada em relação ao número de inscrições.

A vitalidade de um setor que é essencialmente alicerçado na iniciativa privada depende não só da conjuntura económica, mas também do grau sociocultural das populações. Sabemos que a população portuguesa não visita o seu médico dentista com a regularidade que seria desejável e nem sempre é por uma questão económica. As dificuldades financeiras que um número substancial de famílias tem vivido nos últimos anos explicam, em parte, as dificuldades que a Medicina Dentária tem passado nesse mesmo período. Pode afirmar-se que o número elevado de colegas atualmente no exercício da atividade é prejudicial para a saúde do setor. Melhorando o nível de vida da população e promovendo a cultura de saúde oral, com o incremento das ações de sensibilização que visem informar acerca da importância da manutenção de um nível de saúde oral adequado, cria-se a necessidade da procura de consultas de Medicina Dentária, necessidade esta que deverá estar alicerçada no reconhecimento adequado dos médicos dentistas portugueses que, como não é segredo, encontram-se em termos formativos entre os melhores do mundo. Acho redutor analisar as dificuldades económicas do setor apenas pela vertente do decréscimo de rendimento das famílias. O panorama aparenta estar a alterar-se, mas sem cultura de saúde oral qualquer decréscimo na atividade económica, e consequentemente na disponibilidade económica dos indivíduos, voltará a traduzir-se em dificuldades para quem presta cuidados de Medicina Dentária.

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FALamos coM... Filomena Almeida e Jorge João presidentes da Comissão Organizadora do 23o congresso anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia

Pretendemos que este seja o congresso de ortodontia com o maior número de participantes alguma vez realizado em Portugal MAXILLARIS JUNHO 2016

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Falamos com... O 23º Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO) vai realizar-se no final de setembro, em pleno período pós-férias do verão, num cenário invulgar: Peniche. De acordo com a organização do congresso, a realização da edição deste ano na “capital do surf” pretende ser uma lufada de energia para os profissionais do setor – que passam grande parte do tempo fechados no seu consultório – na rentreé para um novo ano de trabalho. Em entrevista à MAXILLARIS, Filomena Almeida e Jorge João, presidentes da Comissão Organizadora do congresso – sendo este último também presidente da sociedade científica –, antecipam a aposta (reforçada) num programa científico multidisciplinar, com a presença de oradores nacionais e estrangeiros de renome em matéria de ortodontia, bem como em outros domínios que contribuirão para a excelência dos tratamentos.

Comecemos pelo invulgar cenário (em eventos do setor) que vai acolher o próximo congresso da SPO. Como justifica a escolha de Peniche, “capital do surf”? Filomena Almeida. A descentralização das grandes cidades acrescenta interesse e as autarquias estão cada vez mais recetivas a eventos deste género. A escolha de Peniche prende-se com a sua localização centralizada e que fica equidistante para todos os colegas. Aliar os três dias de formação intensiva com o cenário de mar, boa comida e convivência entre profissionais que passam grande parte do tempo fechados no seu consultório é uma lufada de energia para a reentré num novo ano de trabalho. Jorge João. Peniche está na moda, com ótimos acessos por auto-estradas. O Hotel MH Peniche é excelente – foi inaugurado no ano passado – e dispõe de condições que serão uma mais-valia para o bem estar dos nossos colegas e amigos, e para a qualidade do nosso congresso. Que temáticas serão privilegiadas ao abrigo do programa científico deste ano? Filomena Almeida. Apostamos em todas as técnicas e conceitos ortodônticos. O leque de palestrantes nacionais e estrangeiros trarão o que de mais interessante e inovador se tem desenvolvido, tendo por base facilitar o trabalho do profissional e satisfazer cada vez mais as exigências do paciente. Jorge João. Uma das características nobres dos congressos da SPO é – e será sempre – a abertura à ampla discussão de temas e filosofias, sem dogmas nem tabus. Este ano não poderia ser diferente.

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Falamos com... Numa época em que o tratamento multidisciplinar assume um papel preponderante no exercício da profissão, em que medida este fator se refletirá no “cartaz” definido pela comissão científica? Jorge João. É um facto que as novidades serão muitas e a visão multidisciplinar está refletida no nosso programa científico. Além das várias opções de tratamento ortodôntico que irão ser abordadas, temas como a articulação temporomandibular, a periodontia, a cirurgia, a terapia da fala, a fisioterapia e outros, intimamente ligados à nossa área de intervenção, contribuirão certamente para a excelência dos tratamentos que poderemos disponibilizar aos nossos pacientes. Quais são os oradores nacionais e internacionais que já confirmaram a sua participação no evento? Filomena Almeida. Estão confirmados o professor Giuseppe Scuzzo e os doutores María Dolores Oteo, Sandy van Teesling, Patricia Vergara Villarreal, Horacio Escobar Parada, Eduardo Prado, Francisco Sánchez González-Dans, Cintia Zorzetto e David Sanz. A nível nacional, contaremos com os doutores Matos da Fonseca, Teresa Pinho, Carlos Mota, Teresa Alonso, Helena Agostinho, Heloísa Proença, Armando Dias da Silva, Gonçalo Assis e Ricardo Santos. Mais pormenores sobre o programa serão brevemente anunciados. Que outras novidades foram traçadas ao abrigo do programa geral do congresso? Jorge João. Este ano a comissão organizadora do vigésimo terceiro congresso rompeu um pouco com a tradição e resolveu fazer um encontro com uma forte componente científica, minimizando um pouco a vertente social. Vai ser o primeiro evento científico pós-férias, digamos que é o congresso da rentrée. Quando delineámos o programa e contactámos eventuais oradores, verificámos que não havia tempo a perder, pois muitos queriam vir apresentar o seus trabalhos, e as novidades eram muitas. Vamos ter também um período de comunicações livres e um concurso de pósteres, cujos vencedores irão ser premiados de forma verdadeiramente original. Quais são as expetativas da Comissão Organizadora quanto ao número de congressistas e de expositores da indústria dentária? Filomena Almeida. Pretendemos que este seja o congresso de ortodontia com o maior número de participantes alguma vez realizado em territorio português. Teremos valores de inscrição muito acessíveis com especial destaque para os jovens estudantes e recém-licenciados. As várias etapas de inscrição privilegiarão quem se inscreva com maior antecedência. Queremos que os colegas “não deixem para amanhã, quando se podem inscrever hoje“. Isto vai permitir-lhes usufruir de um congresso de excelência a preços low cost.

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Filomena Almeida antecipa um programa científico bastante abrangente, que aposta em todas as técnicas e conceitos ortodônticos.

Filomena Almeida: O leque de palestrantes nacionais e estrangeiros trarão o que de mais interessante e inovador se tem desenvolvido, tendo por base facilitar o trabalho do profissional e satisfazer cada vez mais as exigências do paciente


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Falamos com... Jorge João: Este é o congresso da abrangência, da liberdade de expressão e da divulgação, onde o saber não é truncado; basta querer, vir e participar

Para Jorge João, a prova de que a SPO está no caminho certo é a adesão cada vez mais significativa de colegas de todas as idades, em particular das camadas mais jovens.

Jorge João. Quanto a expositores, e pese embora o momento que se vive em Portugal, podemos felizmente afirmar que a adesão das empresas patrocinadoras superou largamente as nossas expetativas. A cinco ou seis meses do congresso temos os espaços praticamente todos ocupados, com a confirmação da presença das melhores marcas que operam em Portugal.

Em que medida se prevê um eventual reforço da internacionalização do congresso? Filomena Almeida. Para já, contamos com o apoio da Sociedade Paulista de Ortodontia. Jorge João. Como se pode ver pelos palestrantes, a adesão internacional ao nosso congresso é fenomenal. Muitos outros palestrantes de renome gostariam de participar. Mas o tempo não é infinito e não poderíamos prolongar por mais dias o congresso. Por outro lado, também quisémos ter uma forte presença de oradores nacionais. Veja-se que reunimos os melhores palestrantes portugueses, cada um na sua área, mas de renome internacional. É uma honra para a SPO a presença destes mestres e uma mais-valia para todos os que com eles queiram aprender.

Perfil MARIA FILOMENA MACHADO PEREIRA DE ALMEIDA é licenciada em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Uni versidade de Lisboa (FMDUL) e detentora de uma pós-graduação em ortodontia pela Fundação Gnathos. No seu currículo consta ainda a frequência do curso de ortodontia Damon System, na Clínica Mota Formação, e os estudos na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, onde aprofundou os seus conhecimentos sobre disciplinas como a farmacologia, a anatomia, a genética médica e a imunologia, entre outras. A presidente da Comissão Organizadora do vigésimo terceiro congresso da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO) exerceu, ao longo das últimas duas décadas, a sua prática em diversas clínicas da região de Lisboa e do Ribatejo, sendo atualmente diretora clínica do seu próprio consultório, com sede em Alverca do Ribatejo.

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Falamos com... Na sua opinião, que papel desempenha hoje o congresso anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia no contexto didático/formativo da “classe” dos médicos dentistas? Jorge João. O Congresso da SPO, já na sua vigésima terceira edição, a par da revista da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (“Ortoclínica”), são acontecimentos ímpares e uma referência na ortodontia nacional. Este é o congresso da abrangência, da liberdade de expressão e da divulgação, onde o saber não é truncado; basta querer, vir e participar. O congresso deste ano adotou o lema “Desafiando o futuro na ortodontia do presente”. Que desafios enfrentam, realmente, os profissionais que concentram a sua prática na ortodontia? Filomena Almeida. Todos nós enfrentamos o futuro com alguma apreensão mas, como sabemos, só se vinga em qualquer especialidade se tabalharmos com dignidade e, sobretudo, com respeito máximo pelo paciente. Pacientes mais informados são pacientes cada vez mais exigentes. Isto desafia os profissionais a procurarem formação de referência, inovadora e antecipar o futuro no trabalho do presente. Que outras prioridades estão atualmente definidas pela direção da sociedade científica? Jorge João. A ortodontia é uma especialidade dinâmica, em constante atualização. Cada vez temos mais jovens recém-licenciados lançados num mercado de trabalho saturado e ingrato.

A Comissão Organizadora do vigésimo terceiro congresso rompeu um pouco com a tradição e resolveu fazer um encontro com uma forte vertente científica.

Há que os ajudar alargando os seus horizontes e permitindo o acesso à informação do que melhor se faz em Portugal – e no mundo – no campo da ortodontia. Quem melhor para o fazer do que colegas mais experientes, mas também eles ávidos em evoluir? Foi este o espírito que levou à criação da SPO e será este o seu lema: contribuir para uma formação séria, honesta e credível. A prova de que a SPO está no caminho certo é a adesão cada vez mais significativa de colegas de todas as idades e muito em especial de jovens. Eles são o nosso futuro. Temos, pois, de desafiar o futuro na ortodontia do presente.

Perfil JORGE PAULINO S. JOÃO licenciou-se, em 1990, pela antiga Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa, que precedeu a atual Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. No início dos anos 90, completou várias ações de formação multidisciplinar subordinadas ao tema da estética na reabilitação oral, em prótese fixa, em facetas cerâmicas e em novos materiais, entre outros. Também fez formação pós-graduada, inicialmente em técnica Edgewise, depois em técnica Straight-Wire, em ortodontia lingual, em sistemas auto-ligáveis e finalmente em Invisalign. É ainda detentor dos títulos de pós-graduação modular em “Clinical orthodontics” e “Implantology and oral rehabilitation”, pelo College of Dentistry da New York University (Estados Unidos), e concluiu o curso de Formação Contínua em Implantologia, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, entre outros. Exerce a sua atividade, em regime de exclusividade, nas clínicas que dirige em Queluz e Parede.

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zona jovem Inês Faria e Patrícia Almeida Santos, coordenadoras da terceira edição da Reunião SPPI Jovem

O programa foi criteriosamente pensado de forma a criar uma reunião com elevada qualidade científica

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Zona jovem A terceira reunião da SPPI Jovem, fundada em 2011, celebra-se no próximo dia 2 de julho, sob a coordenação das médicas dentistas Inês Faria e Patrícia Almeida Santos. Depois das edições de Coimbra e Porto, o encontro anual dos jovens associados da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI), desta vez, realiza-se em Lisboa, com um programa abrangente e apelativo, que abordará questões centrais para a prática clínica diária e contará com a presença de conferencistas de renome. De acordo com a organização, o crescente número de participantes na reunião revela o especial interesse das camadas mais jovens nas áreas da periodontologia e da reabilitação com implantes. Também se antecipa uma presença de peso no evento, da parte dos representantes da indústria dentária.

Quais são os principais contornos da próxima reunião SPPI Jovem? Inês Faria. A próxima reunião da SPPI Jovem tem como tema central “Da teoria à prática...”. O programa foi criteriosamente pensado de forma a criar uma reunião com elevada qualidade científica, o que está claramente subjacente pela presença de conferencistas de renome nacional e internacional, bem como a inclusão de temas que são parte integrante da prática clínica diária. As conferências serão apresentadas “em dupla” e terão sempre uma vertente teórica e uma vertente prática, o que permite filtrar e evidenciar, mas sobretudo sistematizar, tanto os conhecimentos teóricos como os aspetos práticos. Que temáticas em particular serão abordadas nesta edição? Podemos esperar um programa científico de carácter multidisciplinar? Patrícia Almeida Santos. À semelhança das reuniões anteriores, o programa desta edição é bastante diferenciado e abrangente.

Inês Faria (à esquerda) e Patrícia Almeida Santos têm a seu cargo a organização da próxima reunião SPPI Jovem.

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Zona jovem Nos dias de hoje, é absolutamente impensável tentar dissociar uma área da Medicina Dentária das restantes vertentes, o que não é exceção para a periodontologia ou para a reabilitação com implantes. Efetivamente, os temas selecionados para discussão são bastante apelativos remetendo para questões que nos surgem diariamente na prática clínica. A periodontologia será necessariamente o denominador comum a todas as conferências, mas pode-se esperar uma visão alargada e uma interdisciplinaridade com outras áreas, tais como a reabilitação, a estética e/ou a ortodontia, entre outras. No que diz respeito ao leque de conferencistas, que nomes nacionais – e eventualmente estrangeiros – já confirmaram a sua presença na reunião? Inês Faria. A SPPI Jovem pode orgulhar-se de ter um programa que conta com a presença de conferencistas de renome nacional e internacional. Na parte da manhã, vamos ter a presença de um conferencista espanhol, o Professor Doutor David González, com um tema muito interessante: “Tratamento de fracassos na zona estética através de regeneração óssea”. A parte da tarde contempla conferencistas portugueses que passo a enumerar: os Professores Doutores Ricardo Faria e Almeida, Paulo Mascarenhas, Filomena Salazar e Sérgio Matos, as doutoras Helena Rebelo, Ana Ferro, Ana Sofia Vinhas, Catarina Martinho, Cristina Lima, Mónica Pinho e Elsa Domingos, e os doutores Lucas Pedrosa, Alexandre Santos e Francisco Correia. O programa fala por si, será certamente bastante interessante e irá aliar um vasto conhecimento teórico à experiência clínica inegável de cada um dos conferencistas. Quais são as previsões da organização relativamente ao número de participantes? Patrícia Almeida Santos. O número de participantes nas reuniões da SPPI Jovem, bem como das reuniões anuais da SPPI, tem vindo a crescer de forma muito satisfatória, o que reflete claramente o interesse nas áreas da periodontologia e da reabilitação com implantes. Este ano gostaríamos que não fosse exceção.

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À margem da reunião do próximo mês de julho, quais são as principais linhas de atuação da SPPI Jovem? Inês Faria. A SPPI jovem foi criada com o objetivo maior de alcançar as camadas mais jovens e estimular o interesse pela periodontologia. Para além das reuniões anuais, temos desenvolvido algumas ações junto das universidades, normalmente em parceria com as associações de estudantes, desde conferências subordinadas à periodontologia e à reabilitação com implantes até alguns cursos hands-on.

Patrícia Almeida Santos: Pretende-se que os congressistas possam usufruir de um programa completo e que, acima de tudo, possam terminar o congresso atingindo as suas expetativas e os níveis de aprendizagem pretendidos

A SPPI Jovem tem contado com a colaboração da indústria dentária? Espera-se a presença de muitas casas comerciais na reunião do próximo mês de julho? Inês Faria. A realização da SPPI Jovem tem vindo a ser um sucesso, e parte desse sucesso deve-se aos nossos parceiros da indústria que têm vindo a apoiar--nos de forma sistemática e desde a primeira reunião. Este congresso não será diferente: neste momento, já contamos com a presença de várias casas comerciais confirmadas.

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Que metas ou objetivos globais esperam ter atingido no final do encontro deste ano? Patrícia Almeida Santos. Pretende-se que os congressistas possam usufruir de um programa completo e que, acima de tudo, possam terminar o encontro atingindo as suas expetativas e os níveis de aprendizagem pretendidos. Como membros da SPPI e da comissão organizadora, é para nós muito recompensador assistir a um número de congressistas que tem sido sempre crescente, nomeadamente no que respeita aos jovens, o que reflete necessariamente um interesse cada vez maior na área da periodontologia.


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Zona jovem Inês Faria: A realização da SPPI Jovem tem vindo a ser um sucesso, e parte desse sucesso deve-se aos nossos parceiros da indústria que têm vindo a apoiar-nos de forma sistemática e desde a primeira reunião

Que importância atribui às redes sociais e às novas tecnologias no contexto da Medicina Dentária? Patrícia Almeida Santos. As redes sociais e as novas tecnologias são, assumidamente, uma parte integrante da Medicina Dentária atual. Assiste-se cada vez mais ao crescimento de grupos de discussão, de grupos informativos e de partilha que poderão ser enriquecedores. Por outro lado, os próprios doentes utilizam primordialmente estes canais digitais – redes sociais, motores de busca, etcétera – como fonte de informação na pesquisa por cuidados dentários ou até na procura de informação sobre algumas doenças. É praticamente impensável que a utilização das novas tecnologias seja posta de parte neste contexto de partilha tão rápida de informação.

Perfil PATRÍCIA ALMEIDA SANTOS é licenciada pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa (FCS-UFP), onde exerce atualmente a sua atividade docente (disciplinas de Periodontia). Concluiu a especialização em Periodontologia e o mestrado em Periodontologia na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. Exerce a sua prática clínica exclusiva em periodontologia.

INÊS FARIA é licenciada em Medicina Dentária pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, com sede no Porto. É detentora do mestrado em Periodontologia pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, onde exerce o cargo de assistente convidada do respetivo Departamento de Periodontologia. Exerce a sua prática clínica exclusiva em periodontologia e cirurgia de implantes.

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Ponto de vista

Maria João Ponces Médica dentista. Presidente da Associação Portuguesa de Ortodontistas (APO). Porto.

Os novos desígnios da Ortodontia A Associação Portuguesa de Ortodontistas (APO) promove e difunde a especialidade de Ortodontia e contribui para fomentar a prática profissional qualificada, mediante a consciencialização da população portuguesa e dos médicos dentistas para as vantagens do recurso a verdadeiros especialistas em Ortodontia.

O exercício da Ortodontia no nosso país tem estado sujeito a notáveis alterações no que se refere à prática clínica. A APO, sentida há vários anos como uma necessidade premente e essencial à defesa e promoção da especialidade de Ortodontia, teve a sua génese na concertação de ideias que resultaram na implementação deste projeto que tem como primordial propósito de elevar socioprofissionalmente este mister.

A APO é uma coletividade sem fins lucrativos de âmbito nacional, representando os especialistas em Ortodontia que nela se encontram inscritos. Foi criada em 2014 e tem por O aumento exponencial de profissionais que se dedicam à objeto a defesa dos direitos e dos interesses sociais, econóOrtodontia tem acompanhado, em conformidade, o aumento micos, culturais e profissionais dos numérico de médicos dentistas, tanto ortodontistas, considerados no plano provenientes das faculdades públicas A APO opõe-se ao ensino individual e coletivo e sempre na como das privadas. Os profissionais, por indiscriminado e à prática perspetiva da defesa da saúde pública. razões de mercado e de contingências inadequada da Ortodontia, pelos económicas, tendem a entrar numa dinâmalefícios que podem advir Trata-se de um órgão socioprofissiomica competitiva que, na grande maioria em termos de saúde pública, nal autónomo, financiado pelas quodas situações, não acarreta benefícios tas dos associados e independente de para o paciente, dado disponibilizarem estimulando elevados padrões interesses da indústria ou de outras cuidados ortodônticos que não apresenna prestação de cuidados de saúde entidades externas. A APO dispõe de tam a qualidade que, em princípio, um oral e práticas profissionais eficazes, uma direção composta por cinco eleespecialista tem por obrigação protagocentradas na segurança do paciente, mentos e, uma vez por ano, os assono progresso científico, na excelência nizar e, mais tarde ou mais cedo, comciados reúnem-se em Assembleia prometer igualmente a imagem do médiclínica e na consciência ética. Geral para, de forma participativa, disco dentista referenciador. cutirem políticas e definirem estratégias a desenvolver. A contribuir de forma decisiva para esta situação está a impossibilidade, por parte do público, de identificar e destrinçar A APO opõe-se ao ensino indiscriminado e à prática inadequem são os especialistas em Ortodontia reconhecidos pela quada da Ortodontia, pelos malefícios que podem advir em Ordem dos Médicos Dentistas (OMD). De facto, atualmente, termos de saúde pública, estimulando elevados padrões na os pacientes procuram a clínica que lhes fica mais próxima e prestação de cuidados de saúde oral e práticas profissionais é muito difícil, senão quase impossível, distinguir e selecioeficazes, centradas na segurança do paciente, no progresso nar aquela que apresenta a melhor relação custo-qualidade na científico, na excelência clínica e na consciência ética. área da Ortodontia.

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Esperemos que em breve, e a par do papel que a APO pretende percorrer com o intuito da divulgação pública de quem são os ortodontistas inscritos na associação (www.aparelhos.pt ou www.apo-ortodontia.pt), seja também uma realidade a concretização da promessa da OMD, nesse sentido. Na reunião plenária do Colégio de Ortodontia, em novembro de 2015, o senhor bastonário, doutor Orlando Monteiro da Silva, anunciou a implementação de campos, na plataforma informática institucional, relativos às especialidades. Os mesmos permitirão a divulgação aos membros e ao público, dos profissionais que detêm o título de especialista em Ortodontia. Esta medida que urge ser empreendida, não é mais do que a aplicação de Diretivas Comunitárias com mais de 10 anos (Diretiva 2005/36/CE), relativas ao reconhecimento das qualificações profissionais, a qual nos parece ser de inteira justiça. De acordo com esta Diretiva, os dentistas especialistas em Ortodontia gozam do reconhecimento automático das suas qualificações profissionais, permitindo-lhes a mobilidade nos Estados-membros da UE. A aplicação direta desta norma europeia pela Ordem vai facilitar o reconhecimento público dos profissionais que se encontram mais capacitados, em termos formativos e curriculares, para a prática desta especialidade.

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Para que se saiba, e de acordo com a legislação em vigor (Regulamento Interno do Colégio de Ortodontia e Regulamento de Atribuição de Títulos de Especialidade da OMD) existem critérios para considerar idóneo um departamento ou uma unidade de ensino superior que tenha formaçaõ pós-graduada em Ortodontia. Atendendo a essa circunstância legal, qualquer curso que não cumpra as normas supracitadas, não habilita um médico dentista ao título de especialista. Se tal facto é facilmente entendível, por qualquer médico dentista, relativamente aos cursos sobre matérias ortodônticas levadas a efeito por firmas comerciais e pela indústria da especialidade, já o mesmo não é discernível quando estabelecimentos universitários ou politécnicos promovem essa formação sem a idoneidade necessariamente comprovada pela OMD. Caso a OMD não venha a denunciar estas situações irregulares a breve prazo, a APO, enquanto associação de classe, reserva-se nesse direito, que se justifica no seu estatuto.

O facto da Ordem não facultar ao público e aos colegas associados essa informação, tem contribuído para a dificuldade e a confusão que impede a devida referenciação por parte dos colegas.

A APO tem também uma palavra a dizer no que se refere às questões relacionadas com a ética profissional nos cuidados de saúde em Ortodontia, em prol da segurança dos pacientes e do interesse público. Também o recurso a técnicas de publicidade, sem terem em conta os princípios da publicidade não comercial e de interesse público, nem o direito à informação, estarão no foco de atuação da nossa associação. Cumprirá à APO denunciar junto da Entidade Reguladora de Saúde (ERS), práticas menos lícitas, procurando que o enquadramento jurídico de regulação da publicidade nos setores dos cuidados de saúde possa proporcionar aos utentes uma informação justa e rigorosa, com uma publicidade guiada por princípios éticos de verdade, equidade e dignidade.

A APO considera também fundamental o papel da OMD no sentido de informar e, simultaneamente, clarificar os médicos dentistas, veiculando periodicamente informação sobre os cursos e as instituições que, em Portugal, permitem posteriormente aceder à especialidade em Ortodontia. Desse modo, e de forma legítima, os médicos dentistas terão acesso à informação fidedigna a que têm direito, auxiliando-os a destrinçarem a qualidade da oferta formativa que o mercado lhes faculta, a qual é extremamente vasta e, muitas vezes, enganosa e geradora de expetativas irrealizáveis.

A evolução extraordinária ocorrida nos últimos anos, principalmente de cariz tecnológico, coloca à disposição dos ortodontistas todo um novo armamentarium, não somente na área do diagnóstico mas também na terapêutica, bem como novas técnicas, que tornam a Ortodontia uma das áreas requerente de um nível mais elevado de capacitação e atualização. Não devemos esquecer que o nosso principal objetivo como profissionais é proporcionar a melhor terapia possível aos pacientes, proporcionando-lhes o tratamento que mais se adequa às suas necessidades.

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Ciência e prática

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Recubrimento radicular A propósito de um caso clínico

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Ciência e prática

Carla Casais Médica dentista. Licenciada em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. Pós-graduada em Periodontologia pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde-Sul. Prática na Clínica de Medicina Dentária dos Carvalhos. Formadora na Centro de Formação FA.

Fernando Almeida Médico dentista. PhD pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. Administrador da Clínica de Medicina Dentária dos Carvalhos, da Clínica Dentária Infante Sagres, do Laboratório de Prótese Dentária (Labdent) e do Centro de Formação FA. Coordenador do Curso Privado em Implantologia e Reabilitação Oral (Porto e Lisboa). Consultor científico de vários produtos de implantologia. Porto.

Carla Casais

Introdução A recessão gengival consiste na localização apical da margem gengival em relação à junção amelocementária. A sua etiologia é variada, podendo estar associada a abrasão dentária (escovagem traumática), a inflamação gengival provocada por acumulação de placa bacteriana e a fatores iatrogénicos (invasão do espaço biológico). Os fatores predisponentes como a má

posição dentária (posição vestibular do dente), as deiscências/fenestrações da tábua vestibular, o biótipo gengival fino, a inadequada quantidade de gengiva queratinizada (≤ 2 mm) a inadequada inserção de freios ou bridas, trauma oclusal associado a inflamação e periodontite constituem um risco aumentado para o aparecimento de recessão gengival.

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Ciência e prática

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Segundo Miller, as recessões classificam-se em quatro classes. Nas classes I e II não há perda de tecidos moles nem duros interproximais, mas enquanto que na classe I a recessão não atinge a linha mucogengival, na classe II esta já atinge ou ultrapassa essa linha. Na classe III há perda de tecido mole e ósseo interproximal e a recessão atinge ou ultrapassa a linha mucogengival e na classe IV regista-se perda óssea abaixo da linha mucogengival. O prognóstico da cirurgia de recobrimento radicular varia consoante a classe do defeito: enquanto que nos defeitos de tipo I e II consegue-se o recobrimento total, no de tipo III só se consegue recobrimento parcial e no de tipo IV não se consegue qualquer tipo de recobrimento.

O tratamento cirúrgico das recessões está indicado para quando existe comprometimento estético, hipersensabilidade dentária, na prevenção/controlo das cáries radiculares e abrasões cervicais, na prevenção da progressão da doença e quando há perda de inserção gengival associada a inflamação. Existem inúmeras técnicas possíveis para fazer o recobrimento radicular. Como se pode ver nas figuras abaixo, segundo Zucchelli, a técnica cirúrgica a adotar deve ter em conta se se trata de uma recessão unitária ou múltipla e deve ter em atenção a quantidade de gengiva queratinizada existente, os parâmetros estéticos, as inserções musculares, os freios marginais e a profundidade do vestíbulo e das deiscências.

Tabela 1. Defeitos de recessões isoladas.

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Ciência e prática

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Tabela 2. Defeitos de recessões múltiplas.

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Ciência e prática

Desenvolvimento Os enxertos pediculados são indicados para casos em que existe uma boa quantidade de gengiva queratinizada (ou apical ou lateral ao defeito), quando existem exigências estéticas a serem satisfeitas e em casos de sensibilidade dentária. Este tipo de enxertos são mais fáceis de tratar recessões múltiplas, têm boa previsibilidade e consegue-se obter um bom ajuste à cor. O caso clínico apresentado é de um defeito numa única raíz, com pouca gengiva queratinizada em apical e boa quantidade nos dentes adjacentes ao defeito. Optou-se por fazer primeiro a desinserção do freio labial inferior e, numa segunda fase, fez-se o retalho rodado com o enxerto conjuntivo subepitelial. Em seguida, adiantam-se, de forma detalhada, os passos realizados ao abrigo do plano de incisões: 1- Incisão horizontal localizada na linha amelocementária ou na linha de recobrimento radicular (linha de cor verde). 2- Incisão vertical paralela à margem gengival mesial do defeito de recessão. Estende-se até à mucosa alveolar. Termina no ponto que intersecta com a incisão 3 (linha de cor azul). 3- Incisão intrasulcular de bisel interno feita ao longo da margem gengival da recessão. Esta incisão também faz parte do desenho do retalho de translação lateral (linha de cor vermelha).

4- Incisão intrasulcular vertical feita ao longo da margem da recessão distal e estende-se até à mucosa alveolar. É no mesmo sítio que a incisão 3 (linha de cor vermelha). Tem de se deixar pelo menos 1 mm de gengiva queratinizada a recobrir a gengiva do dente vizinho. Antes de fazer a incisão seguinte é preciso fazer a profundidade de sondagem nesse dente. 5- Incisão horizontal paramarginal festoneada na gengiva queratinizada. A largura mesiodistal desta incisão é 6 mm maior que a largura da raíz exposta (linha de cor roxa). 6- Incisão vertical oblíqua, na mesma direção do movimento do retalho, paralela à primeira incisão intrasulcular vertical (linha cor de laranja). 7- Desepitelização com lâmina 15 c. A lâmina fica paralela à superfície gengival externa (linha cor cinzenta). Para aumentar o avanço coronal do retalho é necessário dissecar os músculos do lábio. Seguidamente fez-se curetagem da raíz exposta com curetas e depois desepitelizou-se as zonas que iam ter contacto com o enxerto conjuntivo. Fez-se o acondicionamento da raíz com ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA) durante dois minutos para remover a smear layer e ajudar a formação do coágulo nesta zona.

Fig. 1. Fotografia inicial.

Fig. 2. Incisões.

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Ciência e prática

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Fig. 3. Descolamento da zona recetora.

Fig. 4. Remoção do enxerto conjuntivo do palato.

Fig. 5. Estabilização do enxerto conjuntivo. É muito importante o enxerto não mexer quando movimentamos o lábio.

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Fig. 6. Reposicionamento passivo do retalho e da sutura.

Fig. 7. Controlo três semanas depois.

Considerações finais Para obter um bom resultado final, é fundamental identificar o fator etiológico responsável pela recessão e eliminá-lo bem como aplicar uma técnica cirúrgica adequada. O defeito em questão era uma classe I de Miller e portanto era expectável que houvesse recobrimento radicular completo. Posteriormente, vai ser feita a correção ortodôntica. Com os enxertos pediculados consegue-se obter bons resultados, tanto estéticos como ao nível de recobrimento radicular já que há um bom aporte sanguíneo. Contudo, é preciso ter em atenção a espessura do retalho, ter uma sutura sem tensão e um ótimo controlo da placa bacteriana. Caso o paciente seja fumador, é importante diminuir ao máximo o hábito de fumar pois o tabaco diminui a taxa de sucesso dos enxertos.

Bibliografia 1. Zucchelli G. Mucogingival esthetic surgery. Quintessenza Edizioni 2013. 2. Zuhr O, Hurzeler M. Plastic-esthetic periodontal and implant surgery – a microsurgical approach. Quintessence Publishing 2012.

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Ciência e prática

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Gestão de compromissos estéticos no tratamento com facetas de cerâmica Relato de caso clínico

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Ciência e prática

Médico dentista. Licenciado pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP). Pós-graduado em Implantologia pelo Centro de Formação Fernando Almeida. Pós-graduado em Cirurgia Oral Avançada e Enxertos Autógenos pela ImplantBrazil. Residência clínica em dentisteria estética e cursos de cirurgia mucogengival, Bone Splitting e enxertos autógenos pela Foramen Dental Education. Formador externo dos cursos de Implantologia e Reabilitação Oral no Centro de Formação Fernando Almeida. Ex-colaborador externo da disciplina de Dentisteria Operatória na FMDUP. Porto.

Paulo Carvalho

A reabilitação adesiva minimamente invasiva mudou paradigmas e revolucionou a abordagem do prostodontista na reabilitação estética do setor anterior. A enorme força coesiva da adesão em esmalte traz consigo uma maior preservação de estrutura dentária hígida e melhora o prognóstico do dente natural ao longo do tempo. Com isto cumprem-se as expetativas estéticas dos tratamentos com recurso à menor agressão dentária possível.

Porém, há requisitos estéticos mínimos a cumprir que nem sempre são compatíveis com uma abordagem minimamente invasiva no seu expoente máximo. Uma cor desfavorável persistente do substrato, determinadas mal-posições dentárias ou alterações periodontais podem obrigar a um maior sacrifício de tecidos duros e moles do que o desejado, sendo que o ideal é conseguir equilibrar os dois pratos desta balança. O caso clínico que a seguir se apresenta é exemplo disso.

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Ciência e prática

Caso clínico Paciente do sexo feminino, de 27 anos, sem patologias sistémicas relevantes, apresenta-se com queixas estéticas no seu sorriso: pouca exposição dentária, morfologia pouco conivente com o volume labial e um desvio significativo da linha média dentária com a linha média facial. De salientar ainda o elemento 12, um incisivo lateral conóide com uma coroa acrílica desadaptada com notória agressão periodontal. A doente relatou uma história prévia de cirurgia ortognática e tratamento ortodôntico durante quatro anos, pelo que desejava não ser submetida a mais tratamento ortodôntico (figs. 1 a 3). Perspetivou-se assim uma reabilitação adesiva aditiva com restaurações indiretas em cerâmica. Para auxiliar o diagnóstico inicial e aferir a possibilidade de esta abordagem cumprir a meta pretendida, realizou-se um mock-up direto com compósito, o qual foi modelado e ajustado em conjunto com a paciente, e transmitido ao laboratório para posterior enceramento mais refinado.

Após testado e aprovado o enceramento definitivo, procedeu-se aos preparos dentários guiados pelo mock-up. O mesmo evidenciou a necessidade de uma gengivectomia no 11 para harmonizar os zénites dos dois incisivos centrais. Após uma redução incisal de 1,5 mm e vestibular entre 0,3 e 0,5 mm sobre o mock-up, constatou-se estar ainda intocada a superfície dentária, pelo que este seria um caso candidato a não haver qualquer tipo de preparação (figs. 6 e 7). No entanto, devido à necessidade de mudar a posição da linha média e, consequentemente, alterar os perfis de emergência de todas as papilas, em especial a papila central, procedeu-se a um preparo mínimo mantido totalmente em esmalte, definindo as margens segundo o desenho final pretendido para as mesmas (fig. 8).

Aprovou-se o mock-up direto, estabelecendo de imediato a posição ideal do bordo incisal, grau de projeção das faces vestibulares, anatomia e permitindo verificar uma correção da linha média para uma posição socialmente aceitável (figs. 4 e 5).

Figs. 1 a 3. Situação inicial.

Figs. 4 e 5. Mock-up direto com compósito.

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Ciência e prática

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Figs. 6 a 8. Preparos dentários guiados pelo mock-up definitivo.

Laboratorialmente foram confecionadas cinco facetas feldespáticas e uma coroa feldespática de canino a canino em modelo refratário (figs. 9 e 10). Estas restaurações indiretas foram aderidas com isolamento absoluto, seguindo o protocolo de condicionamento normal para este material e usando o cimento adesivo Variolink Veneer II (Ivoclar Vivadent) de valor neutro (figs. 11 a 15).

O resultado final observado no controlo às duas semanas (figs. 16 a 19) e, posteriormente, aos dois meses (figs. 20 a 23) correspondeu às expetativas iniciais estabelecidas no mock-up, assentes numa correta exposição do bordo incisal, boa integração da anatomia dentária, saúde gengival e uma melhoria acentuada da posição da linha média. De referir que no maxilar inferior realizou-se um branqueamento externo caseiro, de modo a diminuir a discrepância de cor visível inicialmente.

Figs. 9 e 10. Trabalho laboratorial.

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Ciência e prática

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Figs. 11 a 15. Procedimentos adesivos com isolamento absoluto.

Figs. 16 a 19. Follow-up às duas semanas.

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Ciência e prática

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Figs. 20 a 23. Follow-up aos dois meses.

Conclusão Este caso clínico afigurou-se desde início como um grande desafio reabilitador, sobretudo devido à incorreta posição da linha média e à privação de a corrigir ortodonticamente. Assim, aquele que parecia sumariamente um caso meramente aditivo sem necessidade de preparo dentário, obrigou a uma maior invasividade nos preparos para se chegar ao perfil de emergência pretendido. O balanço entre a abordagem conservadora e o foco na previsão estabelecida pelo mock-up levou ao sucesso do resultado final. Há ainda a comentar a situação periodontal do dente 12, que teve melhorias substanciais após a adesão de uma restauração indireta bem adaptada, mas sem atingir o mesmo nível de saúde gengival que os restantes dentes, fruto da agressão prolongada prévia que se traduziu em perda óssea proximal.

Nota: O autor enaltece o excelente trabalho laboratorial levado a cabo pela ceramista Olimpia Urban.

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Ciência e prática

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Condromatose sinovial da articulação temporomandibular (caso clínico) (Premiado como melhor caso clínico do concurso de pósteres do segundo congresso da Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, com o patrocínio da MAXILLARIS)

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Ciência e prática Cláudia Queirós Henriques Médica. Mestrado Integrado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC). Interna de Formação Específica de Cirurgia Maxilofacial no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). (claudiaqueiroshenriques@gmail.com) Margarida Mesquita Médica. Licenciada em Medicina pela FMUC. Especialista em Cirurgia Maxilofacial – Internato de Formação Específica no CHUC. Assistente hospitalar de Cirurgia Maxilofacial no CHUC. Teresa Lopes Médica. Mestrado Integrado em Medicina pela FMUC. Interna de Formação Específica de Cirurgia Maxilofacial no CHUC. Leonor Barroso Médica. Licenciada em Medicina pela FMUC. Especialista de Cirurgia Maxilofacial – Internato de Formação Específica no CHUC. Assistente hospitalar de Cirurgia Maxilofacial no CHUC. Mário Bento Médico. Licenciado em Medicina pela FMUC. Especialista de Estomatologia – Internato de Formação Específica no Hospital Geral de Coimbra. Especialista de Cirurgia Maxilofacial – Internato de Formação Específica no Hospital de São José (Lisboa). Assistente graduado de Cirurgia Maxilofacial no CHUC. Coimbra.

Cláudia Queirós Henriques

Introdução Os distúrbios da articulação temporomandibular (ATM) e dos músculos mastigadores são causas comuns de dor orofacial. A presença de um espectro inespecífico de sinais e sintomas atribuído aos distúrbios da ATM pode muitas vezes complicar o

diagnóstico, tratamento e prognóstico. Uma abordagem clínica integrada assume especial importância no sentido de excluir patologias orgânicas da ATM, nomeadamente a condromatose sinovial.

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Ciência e prática

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Caso clínico Os autores descrevem o caso de uma doente do sexo feminino, de 63 anos de idade, caucasóide, sem quaisquer antecedentes de relevo ou história de traumatismo craniofacial. O médico assistente encaminhou a doente para observação na consulta de Cirurgia Maxilofacial do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) com um quadro de dor pré-auricular à direita e limitação discreta da abertura bucal com 30 mm e laterodesvio direito, com cerca de 12 meses de evolução. Realizou uma ortopantomografia (fig. 1) que revelou uma lesão radiopaca expansiva da ATM direita. Fez posteriormente uma TAC maxilofacial (fig. 2) e ressonância magnética (RMN), que evidenciaram múltiplos nódulos heterogéneos com calcificações, aspetos sugestivos de condromatose sinovial. Submeteu-se a doente a exploração cirúrgica da ATM direita sob anestesia geral (fig. 3) com incisão pré-auricular e exposição da cápsula articular, que apresentava abaulamento. Realizou-se artrotomia, electrocoagulação do ligamento retrodiscal, libertação e exérese de múltiplos condromas presentes no compartimento superior da ATM até à região pterigomaxilar (fig. 4). Tendo em conta a integridade do disco articular, procedeu-se a discopexia com posterior sutura por planos sob dreno aspirativo. A cirurgia decorreu sem intercorrências.

O estudo anatomopatológico da peça operatória confirmou o diagnóstico de condromatose sinovial da ATM: múltiplos fragmentos, o maior acastanhado com 10 x 8 x 5 mm e os menores com dimensões entre 6 e 2 mm, brancos e de consistência firme. Fragmentos mostraram num estroma fibrótico, sobretudo à periferia, a presença de inúmeras “ilhas” de cartilagem hialina focalmente com calcificação e com espaços fibroadiposos entre os nódulos. A doente registou uma melhoria clínica significativa, com alívio das queixas álgicas e melhoria da função articular. Mantém follow-up com seguimento em consulta de Cirurgia Maxilofacial do CHUC há 10 meses, sem sinais de recidiva.

Discussão A condromatose sinovial é uma artropatia benigna pouco frequente, geralmente monoarticular e de evolução progressiva. Afeta mais frequentemente grandes articulações, nomeadamente o joelho, anca, cotovelo e ombro. A condromatose sinovial da ATM é uma entidade rara, com aproximadamente 100 casos descritos na literatura. Exibe maior prevalência em mulheres de meia idade e manifesta-se de forma unilateral, verificando-se mais frequentemente à direita. A etiologia é geralmente idiopática (primária), embora possa surgir secundariamente a traumatismos diretos, microtrauma oclusal, infeções, alterações inflamatórias ou degenerativas articulares.

Fig. 1. Ortopantomografia pré-operatória.

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Maxillaris PT Newsletter_Maquetación 1 30/09/15 17:44 Página 1

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uma disfunção temporomandibular com dor, crepitação ou limitação dos movimentos articulares. Deste modo, uma adequada abordagem deve incluir uma anamnese completa e exame clínico rigoroso. O estudo imagiológico é fundamental, sendo que a TAC e RMN assumem um papel primordial na investigação. O exame anatomopatológico fornece o diagnóstico definitivo.

Fig. 2. TAC maxilofacial pré-operatória.

Caracteriza-se pela proliferação metaplásica de nódulos cartilaginosos na membrana sinovial, podendo apresentar calcificações e corpos livres no espaço articular. Na grande maioria dos casos, a presença de condromas ocorre exclusivamente no compartimento superior da articulação. Ocasionalmente pode verificar-se extensão extracapsular das lesões aos tecidos moles envolventes, nomeadamente a glândula parótida. Há casos descritos raros de erosão da fossa glenóide com extensão à fossa craniana média.

Está preconizado o tratamento cirúrgico, que deve ser tão conservador quanto possível, com exérese dos condromas e, se necessário, discopexia/discectomia. Alguns autores defendem ainda a realização de sinovectomia parcial ou total, com intuito de diminuir o risco de recidiva. Geralmente realiza-se cirurgia aberta da ATM, estando a artroscopia reservada para casos selecionados (condromas com diâmetro inferior a 3 mm no compartimento superior da ATM), devido a limitações técnicas inerentes. A cirurgia artroscópica da ATM pode ainda assumir um papel importante no diagnóstico através da observação direta e da biópsia. A transformação maligna é rara. O prognóstico é favorável uma vez que a abordagem cirúrgica tem potencial curativo e as recidivas são pouco frequentes. Contudo, não é rara a remanescência de nódulos residuais após a cirurgia, geralmente sem impacto clínico significativo. Nesses casos, recomenda-se uma atitude conservadora e vigilância periódica com seguimento em consulta.

A apresentação clínica é muito variável. Pode verificar-se de forma assintomática, manifestar-se através de uma tumefação pré-auricular ou mimetizar

Fig. 3. Intervenção cirúrgica com abordagem pré-auricular, artrotomia e exposição dos condromas.

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Fig. 4. Múltiplos condromas removidos durante a cirurgia.

Conclusão A presença de um espectro inespecífico de sinais e sintomas atribuído aos distúrbios da ATM pode muitas vezes complicar o diagnóstico, o que reforça a importância de uma abordagem clínica integrada. Embora seja uma entidade rara, a condromatose sinovial é uma importante causa de dor orofacial por patologia orgânica da ATM e deve integrar o diagnóstico diferencial de disfunção temporomandibular.

Bibliografia 1. Boffano P, Viterbo S, Bosco GF. Diagnosis and surgical management of synovial chondromatosis of the temporomandibular joint. J Craniofac Surg. 2010; 21 (1): 157-9. 2. Cascone P, Gennaro P, Gabriele G, Chisci G, Mitro V, De Caris F, Iannetti G. Temporomandibular synovial chondromatosis with numerous nodules. J Craniofac Surg. 2014; 25 (3): 1114-5. 3. Guarda-Nardini L, Piccotti F, Ferronato G, Manfredini D. Synovial chondromatosis of the temporomandibular joint: a case description with systematic literature review. Int J Oral Maxillofac Surg. 2010; 39 (8): 745-55. 4. Ishii J, Kino K, Kobayashi J, Amagasa T. Synovial chondromatosis of the temporomandibular joint: long-term postoperative follow-up of the residual calcification. J Med Dent Sci. 2003; 50: 133. 5. Kahraman AS, Kahraman B, Dogan M, Firat C, Samdanci E, Celik T. Synovial chondromatosis of the temporomandibular joint: radiologic and histopathologic findings. J Craniofac Surg. 2012; 23 (4): 1211-3.

6. Lim SW, Jeon SJ, Choi SS, Choi KH. Synovial chondromatosis in the temporomandibular joint: a case with typical imaging features and pathological findings. Br J Radiol. 2011; 84: e215-8. 7. Mandrioli S, Polito J, Denes SA, Clauser L. Synovial chondromatosis of the temporomandibular joint. J Craniofac Surg. 2007; 18 (6): 1486-8. 8. Monje Gil F. Diagnóstico y tratamiento de la patología de la articulación temporomandibular (capítulo 31). Madrid (Espanha). Editorial Ripano. 2009: 599-610. 9. Reed LS, Foster MD, Hudson JW. Synovial chondromatosis of the temporomandibular joint: a case report and literature review. Cranio. 2013; 31 (4): 309-13. 10. Sanromán JF, López AC, Badiola IA, Ferro MF, Sánchez AL. Indications of arthroscopy in the treatment of synovial chondromatosis of the temporomandibular joint: report of 5 new cases. J Oral Maxillofac Surg. 2008; 66: 1694-99.

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Maxillaris Normas_Maquetación 1 06/04/16 13:32 Página 1

Publique o seu artigo na MAXILLARIS

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Nota: após receção do artigo, este será enviado à nossa Comissão Científica para aprovação.


Esparza2_Maquetación 1 01/06/16 16:02 Página 69

Imagens da medicina oral Caso clínico Germán Esparza Gómez Médico estomatologista. Doutorado em Medicina e Cirurgia. Professor titular de Medicina Oral no Departamento de Medicina e Cirurgia Orofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Conferencista patrocinado pela MAXILLARIS no 25º Congresso Anual da OMD. medoral@infomed.es

Descrição do caso Um homem de 53 anos apresenta-se na consulta queixando-se de dores e “chagas” nas gengivas e mucosa oral desde há uma semana. Como antecedente de interesse destaca que tomou amoxicilina por um processo infecioso das vias aéreas superiores nos dias anteriores. No processo de exploração observa-se a presença de placas de cor esbranquiçada-acinzentada em todas as zonas de gengiva livre do maxilar superior desde a união mucogengival até ao fundo do vestíbulo. As lesões são menos marcadas no maxilar inferior. Todas elas são ligeiramente dolorosas ao tato e podem desprender-se ao passar uma sonda tangencialmente, deixando uma superfície erosionada.

Aspeto das lesões em fundos do vestíbulo do maxilar superior.

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Esparza2_Maquetación 1 01/06/16 12:13 Página 70

Diagnóstico: Imagens da medicina oral

Candidíase Aguda Pseudomembranosa Comentários As infeções por fungos do género Candida, chamadas candidíases ou candidoses, são, de longe, as infeções micóticas mais frequentes no género humano e podem produzir uma vasta gama de manifestações e formas clínicas. Entre todas as espécies do género, a Candida albicans é a mais frequente, de resto, pode isolar-se como um componente normal da microflora oral em cerca de 30 a 50% da população, sem produzir nenhum tipo de patologia. Outras espécies como C. tropicalis, C. krusei, C. guillermondi ou C. parapsilose também podem encontrar-se intraoralmente, mas é raro produzirem patologia. Como outros fungos, a C. albicans pode apresentar-se de duas formas (fenómeno de dimorfismo): em forma de levadura, que se aceita como relativamente inócua, ou em forma de hifa ou micélio, que se considera a forma patógena. No passado, a C. albicans era tida como uma infeção oportunista que afetava indivíduos debilitados por alguma outra doença. Se tal continua a ser certo na maioria dos casos, hoje reconhece-se que a candidíase pode desenvolver-se em pessoas sãs, à margem desta patologia. Como consequência das complexas interações entre o hóspede e o fungo, a infeção por Candida pode incluir desde quadros leves de afetação mucosa superficial (é o que costuma acontecer na maioria dos casos) até quadros fatais, disseminados, que podem apresentar-se em indivíduos gravemente imunocomprometidos. A etiologia das candidíases orais em geral inclui tanto fatores locais (alterações da mucosa, xerostomia, tabaco, tratamento com corticóides tópicos, radioterapia, etc.) como gerais (infância, velhice, cancro, leucemias, diabetes, má nutrição, imunodeficiências, Sida/VIH, etc.) que fazem com que a Candida passe de germe comensal a patogéneo. No caso das formas agudas pseudomembranosas (como aquele que aqui se apresenta) é muito frequente verificarem-se após a ingestão de um grande leque de antibióticos (que eliminam parte das bactérias competitivas) para tratar infeções a qualquer nível. Sob o ponto de vista clínico, as candidíases orais podem classificar-se segundo as diferentes formas que se expõem na tabela. Ocasionalmente alguns sujeitos podem apresentar mais de uma forma clínica ao mesmo tempo.

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A candidíase aguda pseudomembranosa é uma das formas clínicas mais reconhecidas. Foi denominada em outros línguas como muguet ou thrush e habitualmente surgia na cavidade oral dos recém-nascidos como consequência de uma vaginite pré-existente da mãe. Clinicamente caracteriza-se pela aparição sobre a mucosa oral de parches ou grumos de cor esbranquiçada, acinzentada ou amarelada (que fazem lembrar o leite coalhado ou requeijão) que podem desprender-se com uma compressa ou raspador deixando uma superfície subjacente eritematosa ou sangrante. Os sintomas, quando se apresentam, costumam ser geralmente leves e caracterizam-se por uma sensação de queimadura ou de sabor desagradável na cavidade oral. Os sítios mais frequentes de aparição são as mucosas jugais, o paladar, o dorso lingual, a orofaringe e os fundos do vestíbulo. Histologicamente os grumos ou pseudomembranas formam-se por massas combinadas de hifas, células epiteliais descamadas, restos necróticos e de alimentos, leucócitos, etc. Além disso, observa-se a presença de microabcessos de polimorfonucleares no epitélio. Na prática clínica diária, o diagnóstico realiza-se através dos sinais clínicos e deve confirmar-se mediante a observação microscópica das hifas em esfregaços ou preparação citológica com hidróxido potásico (KOH) ou coloração de PAS (periodic acid-Schiff). O cultivo em meios específicos (Sabouraud Dextrose Agar) é um método muito sensível, mas pouco específico, já que não distingue entre o portador são e o sujeito infetado. Ou seja, os resultados negativos têm mais valor para descartar a infeção que os positivos para a confirmar. CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DAS CANDIDÍASES ORAIS A) Candidíases agudas. • Pseudomembranosa. • Eritematosa. B) Candidíases crónicas. • Pseudomembranosa. • Eritematosa. • Hiperplásica (em placa, nodular, Candida-leucoplasia). C) Lesões orais associadas a Candida. • Queilite angular. • Estomatite protética. • Glosite rômbica média. D) Candidíases mucocutâneas crónicas. (Holmstrup e Axell, 1990)


Esparza Maxillaris PT_Maquetación 1 01/06/16 13:02 Página 3

DVD interativo

DO

PROF. DR. GERMÁN ESPARZA GÓMEZ

Conferencista patrocinado pela MAXILLARIS no 25o Congresso Anual da OMD.

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218 874 085

ou através do site

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(EM ESPANHOL) Recompilação de artigos que Germán Esparza publicou na edição espanhola da MAXILLARIS, com imagens de casos clínicos representativos, onde se oferece uma série de variáveis que possibilitam determinar a que tipologia corresponde cada lesão. O objetivo deste DVD interativo e as suas aplicações é ajudar o profissional a identificar as alterações que podem surgir na mucosa oral.


Calendário de cursos

ND Cal Cursos junio_Maquetación 1 31/05/16 15:54 Página 72

ESTÉTICA

Equilibrio estético na reabilitação oral

Título de especialista em estética dentária

Luís Fonseca dirige nos próximos dias 1 e 2 de julho no seu laboratório Dental Artistry, em Lisboa, um curso sobre o equilíbrio estético na reabilitação oral. Compreender os Luís Fonseca. princípios básicos para conseguir um equilíbrio estético entre o dente e a gengiva é essencial para alcançar um sorriso atrativo. Partindo de uma estrutura de zircónio Zenostar, os participantes terão oportunidade de conhecer as técnicas de estratificação de cerâmica “Branca e Rosa”. Além disso, também vão poder manejar os novos maquilhadores da IPS Ivocolor, com os quais poderão conseguir efeitos intrínsecos e extrínsecos.

A CEOdont (Grupo Ceosa) leva a cabo em Madrid (Espanha) mais uma edição desta formação especializada. Eis os próximos módulos do curso: • 2. Cirurgia plástica periodontal; 8 e 9 de julho. • 3. Cirurgia mucogengival e estética; 16 e 17 de setembro. • 4. Restauração com compósito I; 14 e 15 de outubro. • 5. Restauração com compósito II; 25 e 26 de novembro. • 6. Capas de porcelana I; de 26 a 28 de janeiro de 2017. • 7. Capas de porcelana II; de 23 a 25 de fevereiro de 2017. • 8. Coroas de recobrimento total; 24 e 25 de março de 2017. • 9. Curso na Universidade de Nova Iorque; de 20 a 24 de junho de 2017.

Ivoclar Vivadent. icde.es@ivoclarvivadent.com - www.ivoclarvivadent.com

ESTÉTICA

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

ESTÉTICA

Curso de pós-graduação em estética dentária integrada

Formação em restaurações com cerâmica aderente

A Universidade do País Vasco (UPV), com sede na cidade espanhola de Bilbau, prepara um curso de pós-graduação na área da estética dentária integrada, dirigido pelo médico dentista Manuel Gómez. Esta formação inicia-se no próximo mês de setembro e termina em junho de 2017. Conta com a colaboração de reconhecidos especialistas em estética dentária integrada, designadamente Sydney Kina, Paulo F. M. Carvalho, Victor Clavijo, Cláudio Pinho e Murilo Calgaro, entre outros. Cada módulo será lecionado para um máximo de 12 alunos.

O centro de formação da Ivoclar Vivadent, situado em Madrid (Espanha), vai acolher nos dias 8 e 9 de julho um curso centrado nas restaurações com cerâmica aderente, Rafael Piñeiro. dirigido por Rafael Piñeiro. Os participantes poderão incorporar na sua prática quotidiana a dinâmica de trabalho das restaurações de cerâmica aderente. A grande vantagem deste curso é a alta carga prática (80%) do programa. Durante dois dias, os assistentes poderão experimentar a técnica de talhado de coroas, capas, microcapas, inlays e onlays, assim como a impressão, os provisórios e o cimentado das restaurações.

UPV. (0034) 946 012 917 - cristina.garcia@ehu.es - www.ehu.es/esteticadental

ENDODONTIA

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ESTÉTICA

Ivoclar Vivadent. icde.es@ivoclarvivadent.com - www.ivoclarvivadent.com

IMPLANTOLOGIA

Título de especialista em endodontia

Atualização em prótese parcial removível, convencional e implantar

A CEOdont (Grupo Ceosa) prepara mais uma edição deste curso, orientado pelo médico dentista Juan Manuel Liñares Sixto. O programa inicia-se em setembro, em Madrid (Espanha), de acordo com o seguinte calendário: • 1. Abertura de câmara e preparação de condutos; de 22 a 24 de setembro. • 2. Instrumentação mecânica; de 20 a 22 de outubro. • 3. Obturação de condutos radiculares; de 17 a 19 de novembro. • 4. Restauração após a endo dontia; de 15 a 17 de dezembro.

As instalações da Ordem dos Médicos Dentistas em Angra do Heroísmo (Ilha Terceira, Açores) vão acolher, no próximo dia 3 de setembro, um curso de atualização em prótese parcial removível convencional implantar, orientado por Maria Helena Figueiral, coordenadora do curso de especialização em Reabilitação Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP).

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

OMD. 226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

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ORTODONTIA

ORTODONTIA

Pós-graduação em ortodontia

Título de especialista em alinhadores invisíveis

A Ortocervera (Grupo CEOSA) prepara mais uma edição deste curso, orientado por Alberto J. Cervera, que se celebra em Madrid (Espanha) com os seguintes módulos: • 1. Cefalometria e diagnóstico; de 22 a 24 de setembro. • 2. Estudo da classe I; de 20 a 22 de outubro. • 3. Cimentado e biomecânica; de 17 a 19 de novembro. • 4. Estudo da classe II; de 15 a 17 de dezembro. • 5. Estudo da classe III; de 12 a 14 de janeiro de 2017. • 6. Diagnóstico multidisciplinar e introdução ao autoligado estético; de 9 a 11 de fevereiro de 2017. • 7. Biomecânica avançada multidisciplinar; de 9 a 11 de março de 2017. • 8. Ortodontia multidisciplinar; de 6 a 8 de abril de 2017.

A CEOdont (Grupo Ceosa) organiza nos dias 27 a 30 de outubro um curso de especialista em alinhadores invisíveis, orientado por Andrade Neto. Esta formação é dirigida a todos os pós-graduados que queiram iniciar-se ou aperfeiçoar-se nesta área. Serão abordadas varias técnicas, desde os sistemas que realizam set-up de laboratório aos que utilizam alicates ou elásticos e botões, facilitando ao profissional um amplo conteúdo para a sua prática diária com alinhadores invisíveis. Ao concluir o curso, os alunos contarão com apoio diagnóstico e de laboratório para os seus primeiros casos.

Ortocervera (Grupo CEOSA). (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

ORTODONTIA

PERIODONTIA

Pós-graduação em técnicas ortodônticas avançadas

Cursos práticos de periodontia

A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) inicia no próximo mês de outubro o primeiro curso de pós-graduação em técnicas ortodônticas avançadas, que se desenvolverá por um período de 24 meses, até outubro de 2018. Este curso, inovador em Portugal, tem como principal objetivo contribuir para a formação pós-graduada em técnicas avançadas e diferenciadas em ortodontia como o sistema Invisalign e as técnicas auto-ligáveis. Serão abertas 12 vagas, estando previsto o tratamento de 12 pacientes ao longo do curso, que terá como coordenadora Eva Mayo, com uma larga experiência (mais de 500 casos tratados) e formação neste domínio.

O Instituto Casan tem programado um novo ciclo de cursos práticos de periodontia, que decorre na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Ciências Médicas de Villa Clara, em Cuba, sob a orientação da médica dentista Mitdray Corrales Álvarez, chefe do Serviço de Periodontia da referida faculdade cubana. Os participantes poderão realizar cirurgias periodontais ressectivas e regenerativas para o tratamento de bolsas periodontais, vestibuloplastias, usar biomateriais em periodontia e proceder a alongamentos coronários, etc.

FMUP. congressoortodontiafmup@gmail.com

Instituto Casan. (0034) 918 586 594 - info@institutocasan.net

VÁRIOS

Calendário de cursos

ND Cal Cursos junio_Maquetación 1 31/05/16 15:54 Página 73

VÁRIOS

Curso de dor orofacial, DTM e bruxismo

Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS

A OrisEducare, com sede em Coimbra, iniciou no passado mês de maio um curso modular de dor orofacial (DOF), disfunção temporomandibular (DTM) e bruxismo, do diagnóstico ao tratamento. Eis os restantes módulos desta formação: • 1. Introdução à DOF e DTM; 20 e 21 deste mês. • 2. História clínica e exame físico do paciente; 24 e 25 de junho. • 3. Distúrbios musculares e articulares; 29 e 30 de julho. • 4. Bruxismo: tratamento das DTM e DOF; 23 e 24 de setembro. • 5. Reabilitação protética, ortodôntica e distúrbios do sono; 28 e 29 de outubro.

A Ortocervera (Grupo CEOSA) organiza este curso personalizado, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado.

OrisEducare. 239 826 740 - oriseducare@gmail.com - www.orisclinic.com/oriseducare

Ortocervera (Grupo CEOSA). (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

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Congressos e reuniões

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Mis Day celebra-se em outubro

9º congresso da SPED realiza-se em setembro

Lisboa acolhe Meeting internacional sobre ortopedia funcional dos maxilares

Nitzan Bichacho será o principal orador no evento Mis Day, uma iniciativa anual da SDS que vai decorrer no próximo dia 22 de outubro no Auditório de Serralves, no Porto. A conferência irá abordar o fundamento bio-fisiológico do novo desenho do implante V3 da Mis, bem como o conceito V como um todo. Para além do já referido docente e especialista nas áreas da terapia de implantes dentários, da prótese fixa e da odontologia estética, o Mis Day contará com a participação de outros oradores nacionais e estrangeiros, designadamente Patrick Palacci, João Pimenta, Miguel de Melo Costa, Alexandra Marques e Diogo Bezerra.

A nona edição do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Estética Dentária (SPED) está agendada para os dias 9 e 10 de setembro, no Porto. O programa científico deste ano terá como principal orador o norte-americano Edward McLaren, professor universitário e diretor do curso de pós-graduação em Estética Dentária da Universidade da Califórnia, com sede em Los Angeles (EUA). Entre os temas que serão debatidos no congresso da SPED, destacam-se os últimos avanços em matéria de estética, cerâmica, aderência e dentisteria digital. Na mesma ocasião, os representantes da indústria dentária exibirão as últimas novidades nesta área da Medicina Dentária.

O Wilma Simões European Institute, em parceria com a Lisbon School of Functional Jaw Orthopedics, organiza nos dias 23 a 25 deste mês o seu primeiro meeting internacional dedicado à especialidade de ortopedia funcional dos maxilares. Este evento vai reunir em Lisboa médicos dentistas de países como Espanha, França, Reino Unido, Itália, Bélgica, Turquia, Brasil, Argentina, Peru, Venezuela, Colômbia e Chile, entre outros. Este instituto, com sede na capital portuguesa, tem por missão dotar os profissionais de Medicina Dentária com novas competências técnicas na especialidade de ortopedia funcional dos maxilares, promovendo e apoiando projetos de investigação.

www.sds.pt

www.wsei-meeting.org www.spedportugal.com

Congresso anual da OMD regressa à Exponor

Peniche recebe em setembro congresso anual da SPO

SPEMD organiza no Porto o seu 36º congresso anual

A 25ª edição do congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) vai ter lugar entre os dias 10 e 12 de novembro, na Exponor (Porto). O encontro da OMD caracteriza-se pela qualidade científica dos seus programas. Entre os conferencistas que já confirmaram a sua presença no congresso deste ano, destacam-se os brasileiros Christian Coachman e Wal demar Polido, os britânicos Nigel Pitts e Nicola West, os espanhóis Germán Esparza Gómez, Javier Gil Mur e Eva Berroeta, o italiano Federico Ferraris e o japonês Mitsuhiro Tsukiboshi.

O XXIII Congresso da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO) vai realizar-se de 29 de setembro a 1 de outubro, em Peniche. Os profissionais da área terão a oportunidade de atualizar os seus conhecimentos num cenário invulgar em congressos do setor, já que se trata da “capital do surf” em Portugal. Sob o lema “Desafiando o futuro na ortodontia do presente”, o congresso abordará os temas mais atuais desta especialidade e permitirá que conferencistas nacionais e estrangeiros divulguem as suas experiências nas mais diversas técnicas.

O próximo congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai realizar-se no Porto. A 36ª edição desta reunião científica médico-dentária está agendada para os dias 7 e 8 de outubro, na Fundação António Cupertino de Miranda. O programa científico da SPEMD, que se encontra em fase de elaboração, promete, de acordo com a organização, mobilizar uma vez mais largas centenas de profissionais de todos os quadrantes da Medicina Dentária, bem como dezenas de representantes da indústria do setor.

www.omd.pt

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www.spemd.pt www.sportodontia.pt


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Congressos e reuniões 37ª edição da IDS celebra-se em março do próximo ano

Congresso anual da FDI realiza-se na Polónia

O próximo salão dentário internacional (IDS) de Colónia (Alemanha) vai realizar-se de 21 a 25 de março de 2017. O principal evento mundial do mercado dentário voltará a mobilizar o setor e apresentará, uma vez mais, uma vasta gama de produtos e serviços: desde o âmbito da Medicina Dentária e da tecnologia dentária, passando pelo controlo de infeções e a prevenção, até aos sistemas de serviços, informação e comunicação, assim como os recursos organizativos. Mais de 1.400 empresas de 50 países já confirmaram a sua participação na 37ª edição da IDS, que ocupará uma superfície bruta de exposição de 157.000 metros quadrados.

O congresso anual da Federação Dentária Internacional (FDI) vai ter lugar nos próximos dias 7 a 11 de setembro, em Poznan (Polónia). Após uma série de edições na América Latina e no continente asiático, o principal encontro mundial do setor dentário, que em 2015 reuniu na Tailândia mais de 16.000 profissionais dos cinco continentes, regressa à Europa, assinalando a estreia da Polónia como país organizador do evento. O congresso da FDI contará, como habitualmente, com a presença dos mais prestigiados conferencistas da área da Medicina Dentária e com as últimas novidades de produtos e materiais da indústria internacional do setor.

info@koelnmesse.de - www.koelnmesse.de

congress@fdiworldental.org

DENTSPLY Implants World Summit Tour

Madrid organiza simpósio da Ivoclar Vivadent

O DENTSPLY Implants World Summit Tour, que se realiza ao longo deste ano e de 2017, vai decorrer na China, no Japão, nos Estados Unidos e na Europa. O encontro deverá mobilizar 5.000 profissionais do setor dentário de todo o mundo. O programa deste evento conta com a colaboração conjunta de cientistas e investigadores conhecidos mundialmente, e consistirá em palestras de oradores internacionais, bem como de conferencistas conhecidos a nível regional. Além disso, o World Summit Tour será uma boa oportunidade para os clientes e potenciais clientes da DENTSPLY Implants descobrirem o seu leque de soluções.

A Ivoclar Vivadent organiza no próximo dia 11 deste mês, em Madrid (Espanha), o seu terceiro simpósio internacional de especialistas. Conferencistas de renome mundial partilharão a sua experiência nos tratamentos diretos e indiretos mais inovadores. As sessões terão como base as últimas evidências e investigações técnicas. O programa inclui conferências de 13 oradores que apresentarão os seus trabalhos, integrando-os com conceitos aplicados na clínica e no laboratório, nas restaurações estéticas e nos resultados dos últimos estudos clínicos. As apresentações deste simpósio internacional centrar-se-ão especialmente nos desenvolvimentos atuais mais relevantes.

www.dentsplyimplants.es

www.ivoclarvivadent.com/ies2016/

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A indústria estreito, que permite solucionar situações de elevado compromisso estético. Com este lançamento, a KLOCKNER passou a oferecer todas as modalidade de implantes existentes, sejam elas de conexão interna ou externa. Este ano, a KLOCKNER apresentará outra grande novidade. A partir da cátedra que mantemos junto da Universidade Politécnica da Catalunha (UPC), em Espanha – num projeto de mais de dez anos –, desenvolvemos uma nova superfície de contacto para os nossos implantes que, entre muitas características, destaca-se a sua elevada capacidade de osteointegração, além da sua função inibidora de placas bacterianas. O produto já está pronto e será oficialmente lançado no mercado dentro de alguns meses.

Daniel Díez, diretor geral da KLOCKNER

Qual é o objetivo central para o evento “2nd Bone & Tissue Day”, que vai ter lugar no próximo dia 9 de julho, no Porto, e que conferencistas já confirmaram a sua presença? O evento Bone & Tissue Day já é uma referência internacional na apresentação das mais novas técnicas e inovações para a regeneração óssea e tecidular. A KLOCKNER, como distribuidor exclusivo dos biomateriais Botiss na Península Ibérica, tem o dever de proporcionar esta oportunidade aos profissionais de Espanha e de Portugal. O programa científico deste segundo encontro já está configurado. Os conferencistas participantes são os doutores Joaquim Martins, Paulo Magalhães, Hélder Oliveira, Pablo Galindo, Adrian Kasaj e João Paulo Tondela, e os professores doutores Mariano Herrero e Paulo Maia. O doutor Adrian Kasaj realizará, também, o workshop “As tendências atuais no

“O evento Bone & Tissue Day é de suma importância para o setor” Em que momento se encontra a KLOCKNER e quais são as metas definidas pela marca, em Portugal, a curto ou médio prazo? A KLOCKNER destacou-se, desde sempre, pelo investimento em ciência, o que garantiu o estabelecimento, ao longo dos seus quase trinta anos de história, de forma concreta da marca no mercado e o seu posicionamento como uma empresa fornecedora de produtos de alta qualidade. Hoje, a KLOCKNER é uma referência por ter um portfólio completo, que oferece soluções para todas as fases do tratamento da implantologia dentária, e também por apresentar um audacioso projeto de formação, que engloba mais de 100 cursos, workshops, mestrados e grandes eventos ao ano. Em Portugal, trabalhamos para continuar a crescer, especialmente com produtos que aportam valor ao mercado por serem únicos e inovadores, como os nossos implantes de conexão interna, Essential Cone e VEGA; a segunda maior

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marca, a nível europeu, de biomateriais, Botiss, e os nossos equipamentos médicos, tais como Osstell IDX, líder mundial na mensuração da estabilidade dos implantes para saber a hora exata de carregá-los, e T-Scan Novus, que permite realizar uma análise dinâmica computorizada da oclusão dentária. Que novos produtos estão disponíveis (ou em vias de ser lançados) no mercado português? No segundo semestre de 2015, a KLOCKNER lançou o VEGA, um implante de conexão interna, platform switching, fabricado com a nova geração de titânio chamada de Optimum. Com este material, foi possível aumentar o limite elástico e melhorar as propriedades mecânicas de toda a gama deste novo implante em 64 por cento. Graças a estas melhorias, com o Optimum foi possível a criação de um implante de diâmetro

Workshop por ocasião do evento Bone & Tissue Day que decorreu no ano passado, no Porto.


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a a fundo Nome da empresa: KLOCKNER. recobrimento da recessão gengival. Será que ainda precisamos de enxerto autógeno?“. Quais são as expetativas da KLOCKNER para esta jornada? Como já foi referido, o evento Bone & Tissue Day é de suma importância para o setor. A KLOCKNER preparou um programa formado por profissionais de elevado conhecimento científico a nível mundial para apresentar as últimas técnicas de regeneração óssea e tecidular com o uso dos produtos Botiss Biomaterials. Não podemos esperar nada mais que sucesso absoluto como o que tivemos na primeira edição, realizada em 2015.

“Os profissionais da medicina oral que procuram qualidade, rigor e base científica encontram nos produtos distribuídos pela KLOCKNER soluções para todas as fases da implantologia dentária”

Que importancia atribui à área da formação? A formação é um dos grandes pilares nos quais a KLOCKNER baseia a sua missão de ajudar os profissionais a conquistar a excelência em tratamentos. A empresa investe, todos os anos, num plano de formação que conta com mais de 100 cursos, nomeadamente modulares, workshops, mestrados universitários, cursos à medida e grandes eventos. Mais do que uma aposta, estas ações contínuas traduzem valores muito claros que existem na KLOCKNER, a busca pela qualidade máxima de produtos e serviços, embasamento científico a tudo o que faz e contribuição para a evolução da Medicina Dentária. Assim, possibilitar aos profissionais que renovem e aprofundem o conhecimento significa ser fiel ao que se acredita e ao que guia as ações de todos nesta companhia. Quais são os principais pontos fortes da marca para ganhar a confiança dos profissionais de Medicina Dentária? Na KLOCKNER temos como missão ajudar os nossos clientes a conseguir a excelência nos tratamentos, isto baseado em dois grandes pilares: a ciência e a formação. Desde as nossas quatro cátedras universitárias mantidas em Espanha (UPC, Universidade Internacional da Catalunha, Universidade de Sevilha e Universidade San Pablo CEU de Madrid), a ciência garante-nos suporte científico através de uma literatura que comprova a qualidade dos nossos produtos, um desenvolvimento constante e inovação. Igualmente importante é a liderança de um programa de formação arrojado, contribuindo para que os profissionais e os estudantes se mantenham atualizados e sigam a busca da melhoria contínua junto à KLOCKNER.

Direção: Presidente: Alejandro Padrós. Diretor geral: Daniel Díez. Principais gamas de produto e serviços no setor dentário: Implantes KLOCKNER Implant System. Biomateriais Botiss. Osstell IDX: ferramenta para saber quando carregar os implantes. T-Scan Novus: para ajudar a equilibrar a oclusão dos pacientes de forma objetiva. Archimedes Pro: sistema de CAD-CAM próprio, que digitaliza os processos de laboratório. Sede: Barcelona (Espanha). Filial: Porto.

Existe um perfil definido de cliente da KLOCKNER? Os profissionais da medicina oral que procuram qualidade, rigor e base científica encontram nos produtos distribuídos pela KLOCKNER soluções para todas as fases da implantologia dentária. Qualquer profissional que busque a excelência nos seus tratamentos é um possível cliente, e a KLOCKNER tem o prazer de ajudá-los nesta conquista prestando um serviço de excelência desde a logística até à sua rede comercial.

KLOCKNER em imagens

Instalações da fábrica SOADCO em Andorra.

Sessão realizada no âmbito da jornada Bone & Tissue Day que se realizou em 2015, em Madrid (Espanha).

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Novidades da indústria

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Novos materiais CAD-CAM Wieland

Sutura sintética Premilene (0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.com

214 368 200 - www.bbraun.pt

IPS e.max CAD são blocos para a técnica CAD-CAM, feitos de cerâmica vítrea de disilicato de lítio e que se caracterizam por uma resistência de 360 MPa combinada com uma excelente estética. Agora também estão disponíveis em tamanho I12 para Zenotec. Este tamanho de bloco está especialmente indicado para pequenas restaurações, tais como capas e incrustações. Por outro lado, a gama para provisórios Telio CAD lança agora as cores B3, C2 e D2. Portanto, a Wieland Dental, marca associada à Ivoclar Vivadent, passa a oferecer discos em três grossuras diferentes (12, 20 e 25 mm) e num total de nove cores (baixa translucidez, BL3, A1, A2, A3, A3.5, B1 e as referidas três novas cores). Além disso, um novo disco Telio CAD para Zenotec clear une-se à família de produtos Telio CAD. O disco clear está especialmente indicado para a fabricação de férulas oclusais.

Premilene é uma sutura síntetica não absorvível monofilamentar de polipropileno, de cor azul. Este produto da B. Braun Dental Care é indicado para implantes de enxertos, transplantes, reimplantes dentários e procedimentos gerais, onde se exige uma sutura não absorvível, com elevada força tensil e baixa reação tissular. A área de atividade das closure technologies é uma das mais antigas do Grupo B. Braun. Desde 1908 que a marca produz e distribui materiais de sutura, sendo claramente reconhecida como o primeiro grande fornecedor industrial de suturas cirúrgicas. Qualquer ferida na cavidade oral fica exposta a alimentos, microorganismos e outros resíduos orgânicos que se podem acumular e causar infecção. Por esta razão, alguns profissionais optam por encerrar a incisão com fio de sutura monofilamentar (calibre 4/0 ou 5/0), evitando assim a capilaridade de um fio de sutura. Por serem constituídas por um único filamento, as suturas monofilamentares não têm espaços que permitam a penetração de microorganismos, logo não têm capilaridade, sendo as suturas que garantem o menor risco de infeção pós-cirúrgica.

Zirlux 16+, novos blocos de zircónio super translúcido www.zirlux.pt

Para mais informação: +34 934 25 30 40 comercial@bienair.com www.bienair.com

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Após o sucesso de vendas alcançado pelo bloco de zircónio translúcido Zirlux ST1, entre outros motivos devido à flexibilidade de poder ser utilizado na realização de estruturas como as conhecidas coroas Zirlux monolíticas, nasce uma nova geração: Zirlux 16+. Trata-se de um novo zircónio super translúcido já colorido nas 16 tonalidades Vita, o que permite ao profissional economizar tempo e melhorar a previsibilidade da restauração. Este produto é sem dúvida uma excelente escolha para laboratórios que não queiram sacrificar tempo de produção em prol de uma estética elevada. Também está disponível em branco (compatível com os sistemas Amann Girrbach e Zirkonzahn) para os que procuram simplicidade. A pré-coloração não é necessária, pode-se simplesmente polir ou esmaltar para obter restaurações altamente estéticas. Com o Zirlux, a Henry Schein co mercializa um sistema de óxido de zircónio adequado para todos os tratamentos estéticos com cerâmica. O sistema Zirlux é um componente essencial da gama ConnectDental da Henry Schein.


Liga de níquel Wirobond 280

Novidades da indústria

ND Novidades junioPT_Maquetación 1 31/05/16 16:49 Página 79

Limas Protaper Gold (0049) 421 2028 254 - www.bego.com

(0034) 900 878 765 - www.dentsply.es

Wirobond 280 é uma liga, produzida pela Bego, que foi testada durante mais de 10 anos e está indicada para trabalhos de metal-cerâmica, assim como para ISO 9693-1 ou compósitos de recobrimento. A sua compatibilidade biológica está comprovada por um biocertificado. Com uma dureza Vickers de 280 HV10, esta liga de níquel livre de berilo facilita muito o trabajo dos técnicos do setor dentário. Além disso, a interação dos elementos cromo, molibdénio e tungsténio torna a liga extremamente resistente à corrosão e assegura uma vasta gama de indicações graças à sua alta resistência em todos os tamanhos. O aperfeiçoado coeficiente de expansão térmica torna desnecessário o processo prolongado de arrefecimento, inclusive sobre extensas superfícies, o que se traduz numa poupança adicional de tempo.

DENTSPLY Maillefer lança as limas Protaper Gold, que substituirão o atual sistema Protaper Universal. As novas limas têm exatamente a misma geometria que as limas Protaper Universal, contudo, graças à liga Gold (conseguida mediante um tratamento térmico da lima), estas apresentam uma maior flexibilidade e uma resistência acrescida à fadiga cíclica. Isto significa que a sequência clínica à qual os clínicos estão acostumados – e em que confiam – continuará a ser a mesma, mas com as vantagens da nova liga, especialmente importantes nas limas de finalização, quando se tratam curvaturas importantes na região apical. Uma vantagem adicional é que a manga da lima reduziu-se a 11 mm. O novo sistema inclui limas rotatórias, pontas de papel, pontas de guta-percha e obturadores Thermafil para Protaper Gold.

Novo bracket Wave SL 223 753 879 - www.manuel-amaro.com

A Maf Dental distribui em Portugal o novo Wave SL, bracket de níquel titânio muito versátil. O clip de forma biónica superelástico está perfeitamente integrado na base numa só peça de onda SL. Tem um encaixe passivo para baixo atrito e um melhor deslizamento mecânico. O bracket Wave SL assegura uma ótima higiene oral devido à sua forma lisa e arredondada.

Ueda Europa S.A. Empresa do setor dentário seleciona delegado técnico e comercial para a sua delegação de Portugal (Lisboa)

Requere-se: conhecimentos em mecânica, informática, bases de dados e eletrónica, inglês fluído, aptidões comerciais e disponibilidade para viajar. Valoriza-se experiência no setor dentário. Oferece-se: carteira de clientes, fazer parte de uma empresa com mais de 30 anos no setor, salário fixo + comissões + incentivos. Os interessados devem enviar CV para: cristina.uralde@ueda.es

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Novidades da indústria

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Sistema de polimento ceram.x gloss

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Isolite Systems, para a arcada dentária (0034) 900 878 765 - www.dentsply.es

www.henryschein.com

O sistema de acabado e polimento ceram.x gloss proporciona os melhores resultados para as restaurações realizadas com o compósito ceram.x universal, da DENTSPLY. O ceram.x gloss é um sistema fácil, rápido e intuitivo, permitindo obter um polimento e brilho excecionais de forma eficaz. O ceram.x universal, com tecnología de enchimento SphereTec, é a última inovação da DENTSPLY no campo dos compósitos. As suas características mais destacadas são o fácil manejo, a perfeita adaptação à cavidade, um simples sistema de cores que, graças ao seu efeito camaleónico, permite que com cinco cores se cubra toda a gama VITA, assegurando um perfeito polimento.

A Henry Schein anuncia a distribuição de produtos Isolite Systems, um sistema de isolamento e sucção para a arcada dentária. Conectado ao sistema de sucção cirúrgica da cadeira, isola a língua e as bochechas do paciente, permitindo um fácil acesso à zona que vai ser tratada. Ao contrário dos métodos de isolamento convencionais, como o algodão ou outros, este sistema permite manter a área de intervenção seca, do mesmo modo que a barreira bucal, mas com uma aplicação mais rápida, segura, fácil e, consequentemente, mais cómoda para o paciente. Isolite é um sistema fiável e distinguido com diversos prémios. Oferece ao dentista um controlo absoluto da cavidade oral: ao manter a boca do paciente aberta, o dilatador baixa a língua e, ao mesmo tempo, isola os dois quadrantes. A sua iluminação por Led permite uma visibilidade ideal da área de operação, sobretudo dos molares traseiros que, por norma, são de difícil acesso. Graças à sucção integrada no separador, o clínico pode trabalhar com as mãos livres e, dessa forma, permitir que o seu assistente se dedique a outras atividades.

Biblioteca Multimédia

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Preço: 35 € cada DVD

Faça o seu pedido através do tel.: 218 874 085 ou no nosso site: www.maxillaris.com.pt

Em l espanho


Bien-Air reforça o seu serviço técnico

Página empresarial

Empresa junhoPT (pág 1)_Maquetación 1 01/06/16 13:07 Página 81

DENTSPLY Implants lança catálogo SYMBIOS

Desde o passado mês de maio, o serviço técnico central da Bien-Air, em Barcelona (Espanha), passou a contar com o novo quadro Francisco Hernández, que assume as funções de técnico reparador, juntando-se ao técnico Francesc Corpas. Com a contratação de Francisco Hernández, a Bien-Air Francisco Hérnandez (à frente) e Francesc Corpas, técnicos da Bien-Air. pretende oferecer aos seus clientes um serviço pós-vendas ainda mais eficaz, melhorando acima de tudo os prazos de resposta e de resolução das reparações. A Bien-Air deseja ao novo técnico reparador, que recebeu formação específica na sede da empresa antes de assumir o cargo, o maior sucesso neste novo projeto profissional. (0034) 934 253 040 (ext. 1) - comercial@bienair.com

A DENTSPLY Implants apresenta o catálogo SYMBIOS, a nova linha de produtos regenerativos da marca, composta por três grupos de produtos: materiais de enchimento, membranas e instrumental. SYMBIOS Biphasic Bone Graft Material (fosfato tricálcico e hidroxiapatite) e FRIOS Algipore (hidroxiapatite) são produtos de enchimento osteocondutivos, graças à sua grande porosidade e ao consequente efeito andaime. SYMBIOS Collagen Membrane SR é uma membrana de colagéneo de tipo I proveniente do tendão de Aquiles bovino, altamente purificada e cross-linked, ao passo que FRIOS BoneShield são membranas não reabsorvíveis, de titânio dourado, disponíveis em forma oval, retangular e triangular. O instrumental é composto por três kits: FRIOS MicroSaw, microserra de disco para a obtenção de blocos de osso, FRIOS SinusSet, kit de instrumentos para elevações de seio abertas, e FRIOS FixationSet, kit de minipregos para a fixação de membranas. www.dentsplyimplants.es

etk organiza curso em Sevilha

Confirmados os finalistas do IPS e.max Smile Award Já foram escolhidos os finalistas do prémio IPS e.max Smile Award 2016, organizado pela Ivoclar Vivadent. Um total de nove equipas aguardam a nomeação de melhor caso com IPS e.max, que será anunciada no dia 10 deste mês, em Madrid (Espanha), por ocasião da Os vencedores do prémio serão anunciados terceira edição do simpósio internacional da Ivoclar no dia 10 deste mês, em Madrid. Vivadent. Os nove finalistas foram selecionados entre centenas de equipas de vários pontos do mundo, formadas por um médico dentista e um técnico dentário, que enviaram os seus casos acompanhados de documentação gráfica e escrita. Cabe agora a um painel de especialistas internacionais decidir a quem correspondem os três primeiros lugares do concurso.

A etk organizou no passado dia 6 de maio no Centro Odontológico Integral Vidadent de Arahal, em Sevilha (Espanha), uma nova edição do curso de iniciação à pós-extração/carga imediata e à técnica All on four. O objetivo desta formação foi a abordagem, do ponto de vista prático, das principais questões relacionadas com a carga imediata em reabilitações do maxilar superior e inferior atrófico mediante a técnica All on four. A etk agradece a todos os participantes, em particular aos orientadores do curso David Matute García, Javier Herce López e Alicia Os participantes aprofundaram, entre outros temas, a técnica All on four. Quintana, pelo seu profissionalismo.

www.ivoclarvivadent.es

www.etk.dental/es MAXILLARIS JUNHO 2016

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Página empresarial

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Bien-Air participa em iniciativas solidárias

Motor X-Smart iQ vence Red Dot Design Award

A Bien-Air fixou um novo objetivo para este ano que se centra no apoio aos mais necessitados. A marca decidiu oferecer a várias entidades instrumentos dentários básicos, tais como turbinas, contra-ângulos e peças de mão. Mario Jordà (à direita) entrega a Jesús Álvarez No passado mês de maio, Mario Jordà, Area Sales ManaAyala um estojo com material da Bien-Air. ger da Bien-Air, entregou ao médico dentista Jesús Álvarez Ayala, da organização espanhola Amigos de Buba, um estojo com instrumentos da empresa, destinado ao Hospital de Warang das ilhas Baleares (Espanha). No dia 23 deste mês, por ocasião da festa solidária da MAXILLARIS que se celebra em Madrid, Jorge Bueno, em representação da Bien-Air, entregará uma caixa especial às organizações com as quais colabora a edição espanhola desta revista. Finalmente, está previsto um terceiro donativo de material da Bien-Air à Fundación Vicente Ferrer.

O motor de endodontia inalâmbrico X-Smart iQ, que se controla mediante uma aplicação desenvolvida pela DENTSPLY Maillefer através de um iPad Mini, foi galardoado com o prémio Red Dot Design Award. O motor de endodontia premiado, X-Smart iQ. O X-Smart iQ é uma solução completa que permite uma maior liberdade durante a conformação dos condutos (peça de mão inalâmbrica, estreita e bem equilibrada que permite um acesso e uma visibilidade excelentes) e um melhor apoio durante o tratamento endodôntico, já que dispõe de um grande ecrã para a visualização da sequência de limas, a indicação de torque em tempo real, a transferência dos dados do tratamento e um módulo de explicação do tratamento para o paciente.

(0034) 934 253 040 (ext. 1) - comercial@bienair.com

www.dentsply.es

Atualização de software para os fornos Programat

etk celebra jornadas de regeneração óssea guiada

A Ivoclar Vivadent anuncia um novo software para os fornos Programat. Esta atualização inclui os programas de cocção e injeção para as novas cerámicas IPS Style, o sistema universal de maquilhagens e coberturas da IPS Ivocolor e as novas cápsulas IPS e.max Press MT. Todos os fornos Programat que se distribuíram desde Os fornos de cocção e injeção Programat. abril passado já estão equipados com o novo software. Por outro lado, os utilizadores dos fornos Programat P710 e CS3 que incluem o assistente digital para a seleção de cor (DSA) verificarão, ao atualizar o software, que esta aplicação foi redefinida. A função DSA permite uma determinação fiável e instantânea da cor da restauração. As atualizações estão disponíveis gratuitamente no site da Ivoclar Vivadent.

Nos passados dias 27 a 29 de abril, o centro dentário Sobrinos da região de Sevilha (Es panha) acolheu umas jornadas de formação em regeneração óssea guiada, com biomateriais como o Macrobone e práticas com plasma rico em plaquetas (PRP), orientada pela As jornadas realizaram-se em Sevilha (Espanha). médica dentista espanhola Nuria Sobrinos Recio. A etk patrocinou esta iniciativa durante a qual realizaram-se diferentes casos sobre pacientes com grandes atrofias e colocaram-se implantes do sistema Naturactis. A marca agradece a colaboração e empenho de toda a equipa do referido centro dentário, bem como dos alunos que participaram nestas jornadas.

www.ivoclarvivadent.es

www.etk.dental/es

Clínica Médica Dentária

VENDE-SE 90.000,00€

em Queluz (acesso IC 19, A5, próximo BVQ, PSP, CP, Centro de Saúde, Hospital Amadora/Sintra). Devidamente licenciada para funcionamento pela ERS, Câmara Municipal e DGS no âmbito da proteção radiológica. Piso térreo, dois WC’s (um deles adaptado a pessoas com mobilidade reduzida). Contacto: 964 049 530.

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Lyra participa no primeiro curso de Photoshop Smile Design A Lyra Ibéria esteve presente no primeiro módulo do curso de Photoshop Smile Design (PSD) organizado pela Blue Dental Academy, que decorreu nos dias 15 e 16 do pasO primeiro módulo do curso decorreu no passado mês de abril sado mês de abril, em Barcena Blue Dental Academy, em Barcelona. lona (Espanha). O objetivo desta formação foi introduzir o conceito de PSD, que permite ao profissional do setor planificar um tratamento estético ao seu paciente na primeira consulta, com o suporte do scanner digital Trios 3, da 3Shape (e distribuído pela Lyra Ibéria). www.lyra-solutions.com/es


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