Maxillaris Portugal setembro-outubro

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Publicidade

Crónica

Falamos com…

Outros perfis

Setor dentário europeu ainda oferece interessantes oportunidades de negócio

Jaime Mota, presidente da Comissão Organizadora do 22º Congresso da OMD

João Alvarez, músico e médico dentista


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Acteon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Biohorizons . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Camlog . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 e 79 Carestream Health. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 e 55

Índice de anunciantes

ND indice sept PT_Maquetación 1 21/08/13 09:32 Página 3

Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: comercialportugal@maxillaris.com

Casa Schmidt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Ceodont. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 e 69 Clínica Aparicio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Clínica de Medicina Dentária dos Carvalhos . . . 47 Conexão - Sistemas de Prótese . . . . . . . . . 40 e 41 Dürr Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Eckermann. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 EMS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira. Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Susana Noronha.

Expodental Madrid 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Fedesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Henry Schein. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Implant Direct . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Instituto Casan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Jornada Ibérica MAXILLARIS . . . . . . . . . . . . . . . 5 a 8 La Maison Dentaire . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Megagen Portugal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

REDAÇÃO: Av. Almirante Reis, 18, 3º Dto. Rtg. 1150-017 Lisboa. Tel./Fax: 218 874 085. Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Impressão: MONTERREINA. Assinatura anual: Portugal 35 €, resto 80 €.

Mis Portugal/SDS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 e 82 Oral B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 de 9/6 art 12º nº 1ª

Tiragem: 6.100 exemplares

Procoven . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Simesp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

• Periodicidade bimestral. • MAXILLARIS não se responsabiliza pelas opiniões

SPEMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

manifestadas pelos seus colaboradores.

• Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito de CYAN EDITORES.

MAXILLARIS SETEMBRO 2013

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Sumário

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Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com

Crónica 9 10 14

Jaime Mota, presidente da Comissão Organizadora do 22º Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas: “A resposta da indústria tem sido notável”.

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Pedro Mesquita, presidente da Comissão Organizadora do 33º Congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária: “Procuramos dar um grande contributo à investigação”.

Ciência e prática 32

Telma Miranda: “Reabilitação com prótese removível na presença de espaço interoclusal limitado”. Melhor poster científico das XXVII Jornadas de Medicina Oral da Universidade de Lisboa (premiado com o patrocínio da MAXILLARIS).

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Joana Xavier: “Resultados comparativos da incidência de papila periimplantar em reabilitações implantossuportadas do setor anterior com a utilização de diferentes pilares protéticos”. Melhor poster científico (ex aequo) da I Reunião SPPI Jovem (premiado com o patrocínio da MAXILLARIS).

Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com

Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com Serviços Administrativos: Marta Esquinas. administracion@maxillaris.com REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45 Fax: (0034) 917 25 01 80

Cadernos formativos 56 62

MAXILLARIS SETEMBRO 2013

João Alvarez, músico e médico dentista: “Considero-me um autodidacta na execução da guitarra portuguesa”.

Calendário de cursos

Edição online espanhola: www.maxillaris.com

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Pedro Braga: “Displasia ectodérmica: tratamento integrado”.

Outros perfis

68 Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Blas Noguerol Rodríguez. Emilio Serena Rincón. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chémez. Rafael Martín-Granizo López. Ramón Palomero Rodríguez.

Setor dentário europeu ainda oferece interessantes oportunidades de negócio.

Falamos com…

Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com

Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com

Cinco mil clínicas e consultórios dentários já estão devidamente licenciados.

Agenda de cursos para os profissionais.

Congressos e reuniões 74

Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

Novidades da indústria 76

Produtos e equipamentos.

Página empresarial 78

Notícias de empresas.

A indústria a fundo 80

Nova

Juan M. Molina, diretor geral da Henry Schein para Espanha e Portugal: “Queremos ser uma empresa de ponta, mas fugimos ao oportunismo”.

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JORNADA IBÉRICA Sábado, 28 de setembro de 2013

Troia Design Hotel (Troia, Portugal) PROGRAMA Sessão da manhã: • Susana Noronha (Lisboa) membro da comissão científica da MaxILLarIS Portugal: “Complicações no tratamento com implantes”.

- Pausa para café* • Jaime Guimarães (Porto), diretor científico da MaxILLarIS Portugal: “reabilitação com implantes dos maxilares edêntulos (ciência e prática)”.

- almoço no hotel* Sessão da tarde: • Javier García Fernández (Madrid), diretor científico da MaxILLarIS Espanha: “a problemática dos implantes no contexto periodontal”.

- atividades após as sessões científicas: - Prova de vinhos*. - Sorteio de um Piezon Master 600, da empresa EMS, no valor de 3.290 €. *Café, almoço e prova de vinhos com queijos gratuitos para todos os participantes.

Patrocínio Científico: Preço especial para sócios da SPEMD*: 50 euros** (para estudantes) e 81 euros** (para profissionais) *Válido até 10 de setembro.**Inclui desconto de 10%


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JORNADA IBÉRICA Com a participação de oradores de Portugal e Espanha, membros das comissões científicas das edições portuguesa e espanhola da MaxILLarIS

Prezado leitor:

No próximo dia 28 de setembro a Maxillaris vai estrear, em plena península de Troia, uma jornada científica totalmente dedicada à temática da implantologia, que contará com a participação de três membros das comissões científicas das edições portuguesa e espanhola desta revista. O programa científico deste inédito evento – Jornada ibérica Maxillaris – vai decorrer no carismático Troia Design Hotel daquela famosa região turística e terá como protagonistas susana Noronha (lisboa) e Jaime Guimarães (Porto), membro da comissão científica e diretor científico da Maxillaris Portugal, respetivamente, bem como Javier García Fernández (Madrid), a cargo da direção científica da Maxillaris Espanha.

Durante o período da manhã, susana Noronha dedicará a sua intervenção às “Complicações no tratamento com implantes” e Jaime Guimarães abordará o tema “reabilitação com implantes dos maxilares edêntulos (ciência e prática)”. a sessão da tarde será dedicada à “Problemática dos implantes no contexto periodontal”, pela mão de Javier García Fernández. O programa da jornada inclui ainda uma mini exposição comercial de produtos das marcas que patrocinam esta iniciativa – Carestream Dental, EMs, Henry schein e straumann –, o sorteio de um aparelho (Piezon Master 600) no valor de 3.290 € e terminará com uma prova de vinhos e queijos, organizada pela Malo Tojo Wines.

Trata-se, assim, de uma excelente oportunidade de conhecer os pontos de vista e experiências clínicas dos três ilustres conferencistas e, ao mesmo tempo, usufruir do descontraído programa social agendado para o final da tarde num cenário requintado e de extrema beleza, com vista para o Parque Natural da arrábida.

Para além de assistir às conferências, todos os participantes na Jornada ibérica Maxillaris serão contemplados com: coffee break, almoço-buffet no hotel e prova de vinhos e queijos (após o programa científico).

além disso, a Maxillaris oferecerá aos primeiros 50 inscritos (com validade formal) um DVD de Periondontia, em língua espanhola, da autoria do prestigiado médico dentista de Espanha – e um dos oradores desta jornada – Javier García Fernández. seja bem-vindo a Troia! (no dia 28 de setembro)


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Resumo das conferências Susana Noronha (Lisboa) Membro da comissão científica da MaxILLarIS Portugal

Complicações no tratamento com implantes Resumo: os implantes endósseos têm sido utilizados com sucesso para a reabilitação de pacientes parcial ou totalmente edêntulos. No entanto, em alguns casos, podem surgir complicações que não só comprometem o resultado do tratamento como também limitam as opções reabilitadoras. O controlo dos vários factores de risco conhecidos para o tratamento reabilitador com implantes é fundamental para a prevenção de possíveis complicações e será revisto, com base em casos clínicos ilustrativos, durante a apresentação.

Jaime Guimarães (Porto) Diretor científico da MaxILLarIS Portugal

Reabilitação com implantes dos maxilares edêntulos (ciência e prática) Resumo: o edentulismo é uma condição que está em crescimento. Este facto estará relacionado com a contínua melhoria das condições sanitárias e avanços da medicina, responsáveis pelo aumento da esperança de vida. Estima-se que em 2025 a população com mais de 65 anos duplicará, em relação a 2005, atingindo 820 milhões de pessoas. Na Europa, 40 a 50% da população terá mais de 65 anos no ano 2050. Em 2020, espera-se que haja cerca de 38 milhões de indivíduos desdentados nos Estados Unidos da américa. Sabemos também que o grupo de desdentados totais não se restringe à população idosa ou com poucos recursos económicos. a grande maioria dos pacientes desdentados totais refere problemas de adaptação às próteses removíveis, apresentando dificuldade em realizar tarefas básicas do dia-a-dia, como falar, comer e socializar, podendo desencadear problemas sociais e psicológicos. a reabilitação com implantes dos maxilares edêntulos é um tratamento que já demonstrou poder ser feito com

altos índices de segurança, permitindo percentagens de sucesso elevadas. Os diferentes avanços nas técnicas e materiais permitiram a evolução do conceito tradicional de duas fases cirúrgicas, em que os implantes deveriam permanecer submergidos durante três a seis meses, para o conceito de função imediata, o que implica a colocação de uma prótese conectada aos implantes num mesmo tempo cirúrgico. Conseguem-se, assim, tratamentos mais rápidos e com melhor satisfação dos pacientes. O conceito de reabilitação all-on-4TM baseia-se na colocação de quatro implantes para uma reabilitação fixa total dos maxilares edêntulos, sendo colocados dois implantes retos na zona anterior e dois implantes posteriores com uma angulação entre 30° e 45°, seguindo na maxila a parede anterior do seio, e na mandíbula colocados imediatamente anteriores ao orifício mentoniano, reduzindo assim a necessidade de transplantes ósseos, permitindo a ancoragem dos implantes em osso de melhor qualidade, possibilitando a utilização de implantes mais longos e diminuindo o tamanho do cantilever protético.

Javier García Fernández (Madrid) Diretor científico da MaxILLarIS Espanha

A problemática dos implantes no contexto periodontal Resumo: o implantólogo realiza, em numerosas ocasiões, tratamentos com implantes em pacientes com doença periodontal moderada ou grave. Nesta conferência será tratado o modo como a evolução destrutiva do processo al veolar pode condicionar a colocação dos implantes alterando o resultado estético e funcional do tratamento implantológico. Será analisada a forma de realizar um diagnóstico simples e rápido do estado periodontal e explicadas as técnicas cirúrgicas empregues no tratamento da doença, com especial referência aos sextantes com implicações estéticas. Será exporto o passo a passo da técnica de curetagem a céu aberto, técnica de proteção da papila, procedimento de cortina, gengivectomia a bisel externo e bisel interno, retalhos de reposição apical e procedimento de emagrecimento palatino. Também se analisarão as técnicas de rege-

neração óssea em defeitos periodontais e a regeneração dos alvéolos prévia ao tratamento implantológico. Serão observadas as causas e efeitos dos problemas mucogengivais no paciente periodontal e implantológico e explicadas as técnicas cirúrgicas para tratar estes problemas e melhorar o resultado estético do tratamento implantológico. Serão explicadas as técnicas cirúrgicas do enxerto gengival livre, retalhos de deslocamento lateral, técnica de Langer, tunelização, bem como distintas vestibuloplastias. Com a ajuda de numerosos casos clínicos, explicar-se-á passo a passo o tratamento implantológico de diferentes situações condicionadas pela destruição do processo alveolar em pacientes com periodontite crónica do adulto.


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Grátis um DVD

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Preço para estudantes 69 € e para profissionais 105 €. Preço especial para sócios da SPEMD*: 50 euros** (para estudantes) e 81 euros** (para profissionais). *Válido até 10 de setembro.** Inclui desconto de 10%.

Faça a sua inscrição através do Tel./Fax: 218 874 085 ou email: portugal@maxillaris.com

FICHA DE INSCRIÇÃO

JOrNaDa IBÉrICa MaxILLarIS: sábado, 28 de setembro de 2013 Troia Design Hotel (Troia - Portugal)

NOME COMPLETO_______________________________________________________________________________________________ MOraDa_____________________________________________________________LOCaLIDaDE ______________________________ CÓDIGO POSTaL___________________________PaÍS_________________________________________________________________ TELEFONE MÓVEL _____________________TELEFONE FIxO_________________EMaIL___________________________________

□ □

Nº CONTrIBUINTE__________________________________ MÉDICO DENTISTa/ESPECIaLIDaDE: IMPLaNTOLOGIa PErIODONTIa Socio SPEMD (10% desconto) ESTUDaNTE/Nº DE ESTUDaNTE_____________________________________________________________________________ FaCULDaDE ___________________________________________________ (imprescindível para aplicar preço especial estudante) OUTrOS (Indicar, por favor, a sua profissão ou cargo) ___________________________________________________________

Para a reserva de lugar, é imprescindível enviar a ficha de inscrição preenchida, junto com a cópia da transferência bancária no número da conta (Banco Popular Portugal): 0046 0021 0067000695418 (referência do pagamento: nome completo—troia) Por favor, envie todos os dados por email para portugal@maxillaris.com ou através do fax: 218 874 085. Entraremos em contacto consigo para confirmar a inscrição. Para qualquer esclarecimento contacte-nos através do tel. 218 874 085 (João Drago).


Crónica

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Cinco mil clínicas e consultórios já estão devidamente licenciados De acordo com a Ordem dos Médicos Dentistas, o licenciamento de clínicas e consultórios de Medicina Dentária tem decorrido de forma exemplar. Encontram-se já devidamente licenciados cerca de cinco mil clínicas e consultórios de Medicina Dentária desde que a portaria nº 268 foi publicada a 12 de maio de 2010. Recentemente, também outras áreas médicas foram incluídas no processo de licenciamento, tendo sido estabelecido o período transitório de adaptação de um ano para as tipologias de unidades privadas prestadoras de cuidados de saúde (UPPS) já abrangidas por portaria própria. Esse período para licenciamento de clínicas e consultórios médicos e outras tipologias de unidades privadas de saúde termina este mês. Por essa razão, no passado mês de junho, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) contactou diretamente cerca de seis mil titulares de estabelecimentos sujeitos a licenciamento das tipologias cujo período de adaptação de um ano foi determinado até setembro deste ano. Em resultado deste esforço da ERS de sensibilização dos prestadores para regularização e conformação atempada aos correspondentes quadros legais, já se verificou um aumento significativo do número de licenciamentos validados por mês, sendo notável o crescimento do número de licenças atribuídas para a tipologia de “Clínicas e consultórios médicos”, especialmente em junho passado. A OMD congratula-se que outras áreas da medicina tenham sido abrangidas por legislação específica de modo a cumprir os requisitos de licenciamento, criando assim uma situação de igualdade de procedimentos relativamente à medicina dentária.

Período para licenciamento de clínicas e consultórios termina este mês.

Por outro lado, uma vez findo o referido período de adaptação de um ano, espera-se uma atuação da ERS e das ARS idêntica àquela que até agora tem sido seguida relativamente às quatro tipologias que já têm o seu regime de licenciamento em vigor (Medicina Dentária, Centros de Enfermagem, Medicina Física e de Reabilitação e Obstetrícia e Neonatologia).

OMD reúne com novo inspetor geral do IGAS O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), Orlando Monteiro da Silva, acompanhado do membro do Conselho Diretivo Ricardo Oliveira Pinto, foi recebido em audiência pelo novo inspetor geral da Inspeção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), José Martins Coelho. Foram apresentados cumprimentos por parte da OMD para as funções em que o inspetor geral foi recentemente empossado. Foram ainda analisados aspetos de continuidade relativamente à colaboração institucional entre a OMD e o IGAS, nomeadamente no que respeita ao combate ao exercício ilegal da profissão em diversas vertentes, entre outros temas.

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Crónica

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Segundo publica a revista HealthInvestor com base numa análise da firma Candesic

Setor dentário europeu ainda oferece interessantes oportunidades de negócio para investidores à margem da profissão Os investidores que procuram uma nova oportunidade no setor da saúde no continente europeu devem centrar a sua atenção no mercado dentário. Segundo um estudo publicado na revista inglesa HealthInvestor, baseado numa análise da firma Candesic, a rentabilidade e as perspetivas de crescimento deste setor, assim como a sua condição de segmento ainda por consolidar, são fatores que apontam para a criação de várias e interessantes oportunidades. Excetuando o Reino Unido, onde o setor dental se encontra numa fase mais madura, devido ao forte investimento de grupos privados norte-americanos, na maioria dos restantes países da Europa este mercado continua a consolidar-se, uma vez que a chegada dos investidores privados é recente. O artigo da HealthInvestor repassa as condições de investimento em diferentes países europeus e explica o motivo pelo qual outros países parecem menos atrativos neste setor. Ao analisar a situação dos países europeus – no que respeita ao seu potencial de investimento – foram tidos em consideração dois fatores principais: a economia (dimensão do mercado, crescimento e rentabilidade) e a maturidade do mercado (grau de consolidação e posição dos principais investidores), associada a um importante pré-requisito: a possibilidade de negócio, ou seja, de gerir clínicas acessíveis a quem não exerce a profissão de médico dentista. Ao abrigo deste critério, dois mercados destacam-se na lista de potenciais mercados europeus: Suíça e Suécia. Os mercados dentários destes dois países e o da Noruega (ainda que este último de uma forma menos exponencial) perfilam-se como os mais atrativos, dado que partilham as seguintes três características: uma estrutura legal que permite aos não profissionais do setor ser proprietários de 100% da clínica dentária; preços liberalizados, que implicam taxas mais elevadas (excetuando o mercado suíço), e sistemas públicos mais frágeis, o que aumenta os gastos privados em tratamentos odontológicos. Além disso, os grandes investidores do setor ainda não marcaram uma presença forte nos mercados destes países. En termos gerais, a cota dos grupos líderes (com mais de 15 gabinetes) representam menos de 2% do mercado total, ao passo que no Reino Unido (o país europeo mais desenvolvido neste segmento) os cinco grupos principais têm uma cota superior a 10%. Este estudo de mercado assinala que Holanda, Alemanha e Itália também podem oferecer interessantes oportunidades de investimento, embora neste caso haja algumas questões que poderiam travar o entusiasmo dos investidores. O mercado holandês começa a despertar algum interesse, apesar da sua limitada dimensão (16 milhões de habitantes). Os não profissionais do setor podem ser proprietários de 100% da consulta dentária e, desde o início de 2012, os preços são livres. Além disso, nos últimos anos foram aplicados alguns fundos (PE) que contribuem para a consolidação deste mercado. O mercado alemão requere um pouco mais de paciência. Embora se apresente como altamente atrativo (trata-se do maior mercado da Europa), com uma expetativa de crescimento de 3,1%, acontece que os não profissionais do setor ainda não têm autorização para serem proprietários das consultas clínicas.

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Crónica

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No entanto, nos próximos dois ou três anos as autoridades alemãs poderão permitir aos investidores privados coinvestirem na prática dentária. Sob esta perspetiva, o mercado deste país atrairá investidores privados e anteveem-se vantagens reais para os primeiros a assumir o risco. O mercado italiano também se destaca pela sua dimensão. Hoje em dia, o seu crescimento é estável e o negócio está centrado maioritariamente no norte, a zona mais rica do país. Poderá oferecer uma boa oportunidade de negócio a grandes grupos de investimento, desde que consigam estruturar o mercado e impor uma reputação de serviços fiáveis. Porém, a economia paralela (marcada pela evasão fiscal e os serviços sem faturar) e a débil conjuntura económica italiana constituem dois fatores importantes que podem travar a entrada de muitos investidores no mercado. Segundo as conclusões do estudo publicado pela HealthiInvestor, Espanha, Finlândia e França são mercados menos atrativos. No caso da Finlândia, as condições são moderadas devido à sua limitada dimensão e à forte concorrência já presente no mercado. Metade do mercado dentário é público e existe uma forte presença do setor privado (um único grupo detém entre 8 e 10% do mercado privado e já anunciou publicamente a sua intenção de cobrir o dobro desta percentagem até 2015). Após um importante boom publicitário em torno do setor dentário, registado nos anos mais recentes, o estudo inglês indica que o mercado espanhol não é atrativo por diferentes motivos, que variam entre a presente perspetiva de crescimento raso do sector, o elevado número de dentistas e a presente instabilidade económica que se vive no país. Além do mais, trata-se de um mercado que conta já com um gran número de investidores, que estabeleceram cadeias de clínicas dentárias baseadas no modelo de franquia que, segundo as conclusões do estudo, não parece ser demasiado atrativo em termos financeiros. Outro mercado que atualmente também não se recomenda aos investidores do setor dentário é o francês, uma vez que quem não exerce a profissão de médico dentista não tem autorização para gerir consultórios. No entanto, tendo em conta a sua dimensão, vale a pena seguir de perto a evolução da legislação francesa neste campo. Há alguns anos, os investidores encontraram formas de eludir em parte as restrições legais sobre os laboratórios clínicos e as farmacêuticas. Neste percurso pela Europa, conclui-se que esta grande variedade de oportunidades requere uma rápida ação por parte dos investidores. O mercado dentário europeu mudou nos últimos anos e está a abrir-se ou a tornar-se mais atrativo aos investidores privados. Estes co meçaram a investir em vários países, desencadeando uma primeira vaga de consolidação e gerando um ambiente propício a novos investimentos. Contudo, a situação ainda é muito diversificada na Europa e pode alterar-se rapidamente. As oportunidades identificadas neste estudo podem não durar muito, especialmente tendo em consideração a reduzida dimensão dos respetivos mercados.

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Sessões de esclarecimento com finalistas de Medicina Dentária A OMD realizou sete sessões de esclarecimento com alunos finalistas de Medicina Dentária das diferentes instituições de ensino superior nacionais, a pouco tempo de concluírem os estudos e poderem exercer a profissão. As sessões decorreram nas instalações do Instituto Superior de Ciências da Saúde Norte, da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, na Universidade Católica Portuguesa (Centro Regional das Beiras) e na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. Alunos da Universidade de Coimbra durante a sessão promovida pela OMD.

Durante as sessões, foi explicado o âmbito de competências da OMD, a sua estrutura interna e o processo de inscrição. Os futuros médicos dentistas ficaram a conhecer algumas das medidas de apoio prestadas pela sua ordem profissional, como a isenção de pagamento de quotas durante 12 meses após a conclusão do curso.

Mundo a Sorrir lança “Prémio Mexia de Almeida” A Mundo a Sorrir (MAS), associação de médicos dentistas solidários, tem em mãos um novo projeto – “Prémio Mexia de Almeida” – destinado a distinguir um trabalho académico que verse sobre a componente social e comunitária das profissões na área da saúde, particularmente no âmbito da saúde oral, contribuindo desta forma para a sua valorização e para o incentivo da compreensão das questões sociais e comunitárias ligadas à saúde. O prazo de candidatura ao prémio iniciou-se no passado dia 1 deste mês e decorre até 31 de outubro próximo. De acordo com os critérios de seleção do concurso da MAS, os candidatos deverão possuir nacionalidade portuguesa e/ou nacionalidade de um país de língua oficial portuguesa, sendo outra das condições a pertinência, sustentabilidade e aplicabilidade prática do trabalho/projeto a apresentar. Não serão considerados válidos trabalhos de revisão. Os candidatos deverão preencher o formulário de candidatura on line (www.mundoasorrir.org) ou contactar o Centro de Estudos da MAS (cemas@mundoasorrir.org).

António Felino.

António Felino no Conselho Geral da Universidade do Porto O médico dentista e professor universitário António Felino foi eleito para um dos 12 lugares do Conselho Geral da Universidade do Porto. Este órgão decide sobre os estatutos, elege o seu presidente e o reitor da referida instituição de ensino. Cabe-lhe ainda nomear o gabinete de Provedoria da Universidade e propor ao Governo o elenco de curadores da Universidade do Porto. O ato eleitoral decorreu no passado mês de junho e contou com quatro listas a sufrágio, relativas a docentes e investigadores. António Felino integrou a lista vencedora, sendo também o único representante da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto eleito. O diretor da faculdade, Afonso Pinhão Ferreira, fez parte da Comissão de Honra da lista vencedora.

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Falamos coM... Jaime Mota

presidente da Comissão Organizadora do XXII Congresso Anual da Ordem dos Médicos Dentistas

A resposta da indústria tem sido notável

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Falamos com... A dois meses de abrir as suas portas no Centro de Congressos de Lisboa, o XXII Congresso Anual da Ordem dos Médicos Dentistas deixa antever um balanço com resultados históricos, tendo em vista que o número de inscritos nas diferentes categorias – desde congressistas a assistentes dentários – já supera o das anteriores edições e que o espaço disponível para venda de stands na Expo-Dentária representa menos de cinco por cento da área de exposição total. O médico dentista Jaime Mota, presidente da Comissão Organizadora, assegura que o congresso deste ano voltará a oferecer um programa científico “aliciante para todos os profissionais, de qualidade inquestionável e com oradores internacionais e nacionais de topo”. Numa fórmula que se tem revelado de sucesso, não se antecipam alterações significativas no figurino do congresso. Em todo o caso, Jaime Mota destaca a introdução de algumas nuances no que respeita ao formato das palestras e ao acesso ao recinto da exposição.

Que medidas ou novidades vão ser introduzidas no figurino do XXII Congresso da OMD, que possam resultar numa maior adesão de participantes ao Centro de Congressos de Lisboa? Este ano tentamos que a comunicação do congresso passasse a ser feita preferencialmente por via eletrónica, ou seja, comunicamos de forma mais célere, mais próxima da classe e de forma mais assertiva. Conseguimos que, com maior antecipação, os colegas tivessem acesso aos resumos das palestras e percebessem toda a componente científica do mesmo. Por outro lado, abrimos a sala dos temas sócioprofissionais a todos os médicos dentistas, com entrada gratuita, estando apenas condicionada à lotação da sala. Assim, de uma maneira ou de outra, todos poderão estar presentes no congresso. Apostamos, de igual forma, nas novas tecnologias para potenciar o alto nível científico existente e demostrar que esta reunião é para os médicos dentistas, futuros médicos dentistas e colaboradores próximos. Quais são as suas expetativas relativamente ao número de congressistas, tendo em consideração a conjuntura económica que o país atravessa? Não esquecendo as dificuldades económicas do país, temos procurado criar condições para que este vigésimo segundo congresso seja, uma vez mais, um evento de sucesso. Mantivemos a inscrição online com

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Falamos com... preços mais reduzidos para todas as categorias, desde que seja feita antecipadamente. Não existe nenhum congresso mundial com este nível científico e com valores de inscrição tão atrativos. Neste momento, posso afirmar que, comparando com todos os outros congressos, já superámos o número de inscritos nas diferentes categorias, desde congressistas a assistentes dentários. Por este motivo, estou certo que a Medicina Dentária portuguesa terá no nosso congresso, em novembro, um motivo de grande orgulho. Que temáticas vão dominar as sessões científicas? O congresso é multidisciplinar, daí que todas as áreas são abordadas. Não obstante, este ano, os temas em destaque são essencialmente de carácter clínico. Tentaremos tornar as sessões o mais interativas possível para que todas as dúvidas sejam esclarecidas e as diferentes visões clínicas do mesmo caso possam ser discutidas. Vamos também abordar a terapêutica em vários contextos, assim como questões de carácter deontológico. Que personalidades nacionais e internacionais estão a suscitar mais interesse ou expetativa entre o leque de conferencistas e convidados do congresso? O interesse tem sido generalizado, mas na avaliação interna que fazemos dos acessos – via página eletrónica da OMD – aos resumos e currículos dos vários conferencistas, os que têm suscitado maior interesse são Stefano Gracis, Silas Duarte, Eduardo Anitua, France Lambert, Carlo Tinti, David Nisand, Jan Berghmans, Gustavo De-Deus, Roberto Velasquez Torres e Paulo Conti. Está prevista alguma alteração significativa relativamente ao modelo do programa científico? Na verdade, numa fórmula que se tem revelado de sucesso não se devem fazer grandes alterações. Existem pequenas nuances, como

Temos procurado criar condições para que este vigésimo segundo congresso seja, uma vez mais, um evento de sucesso (...). Não existe nenhum congresso mundial com este nível científico e com valores de inscrição tão atrativos

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algumas palestras mais participativas e interventivas ou a discussão de diferentes visões de planos de tratamento para casos específicos. Acima de tudo, procuramos sempre apresentar um programa científico aliciante para todos os profissionais, com as diversas componentes presentes, de qualidade inquestionável e com oradores internacionais e nacionais de topo. Como justifica a exclusão do Fórum Ibérico do programa científico deste ano? Julgamos ser necessário fazer uma pausa, repensar e reinventar o modelo. Seguramente que voltaremos, nos próximos anos, a apresentar um modelo que volte a ser um êxito. Que atividades merecem destaque ao abrigo do programa lúdico e social do XXII Congresso da OMD? A festa oficial do congresso tem sido, desde há uns anos a esta parte, um ponto de grande interesse e interação dos congressistas e expositores. Este ano não vamos fugir à regra, estando a preparar um local e um modelo de festa que seja novamente marcante. Por este motivo, apenas vamos divulgar o local muito próximo da data do congresso. Na Expo-Dentária vamos, também, apresentar várias surpresas que serão, sem dúvida, muito bem recebidas, quer pelos congressistas e visitantes quer pela indústria presente. No contexto da Expo-Dentária, estão previstas alterações para dar melhor resposta às aspirações dos expositores? De facto, isso já começou a ser feito. Foi enviado a todos os médicos dentistas um convite para visitarem a feira. Embora a entrada no recinto da Expo-Dentária já fosse gratuita em anos anteriores desde que se fizesse uma pré-inscrição, a grande maioria dos colegas não tinha conhecimento desta situação. Decidimos, por isso, enviar um convite para que todos os médicos dentistas estejam presentes no certame. Um momento de crise também pode ser um momento de oportunidades, desde que saibamos aproveitá-las. É exatamente isso que procuramos transmitir aos colegas e às empresas expositoras.


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Falamos com... Quais são as perspetivas da organização quanto à área de exposição e ao número de expositores nacionais e estrangeiros? Prevê-se um acréscimo relativamente às últimas edições? A resposta da indústria tem sido notável e esta edição mantém-se ao Para além dos tradicionais nível dos últimos anos. A grande adesão que se tem verificado por parte das empresas indica-nos que a Expo-Dentária estará, uma países de língua oficial portuguesa vez mais, esgotada. Neste momento, apenas temos disponível e dos nossos vizinhos espanhóis, temos sido para venda menos de 5 por cento da área de exposição total. Na generalidade, as empresas, nacionais e estrangeiras têm procurados por países menos habituais, mantido ou aumentado o número de espaços ocupados. Qual é ponto da situação quanto à internacionalização do certame? Fruto das parcerias com várias sociedades científicas, temos recebido inscrições de vários países. Para além dos tradicionais países de língua oficial portuguesa e dos nossos vizinhos espanhóis temos sido procurados por países menos habituais, tais como a Venezuela, a Colômbia, o Chile e a Coreia do Sul.

tais como a Venezuela, a Colômbia, o Chile e a Coreia do Sul

Na sua qualidade de presidente da Comissão Organizadora, que metas globais espera ter atingido no final do congresso do próximo mês de novembro? O objetivo principal é que todo este trabalho – não de um ano, mas de todos estes anos – seja recompensador e se reflita no número de inscrições e no volume de negócio efetuado na nossa Expo-Dentária. Espero que este seja o maior congresso de sempre. Um evento desta dimensão não se concretiza sozinho e, para tal, é necessário que tenha um programa científico de nível mundial, como é o caso, e que a indústria da Medicina Dentária o acompanhe para que se torne uma realidade. No final do congresso, estou certo que teremos motivos para estar satisfeitos com os resultados deste evento feito por médicos dentistas para a Medicina Dentária nacional e internacional. Para terminar, partilha da opinião de que o congresso da OMD é hoje um evento de referência formativa e científica no contexto mundial? Sem dúvida alguma! É gratificante ter palestrantes de reputação mundial, habituados a falar em qualquer congresso, que nos dão os parabéns pelo elevado nível científico e organizativo do nosso congresso. Aliás, neste momento, podemos referir que somos procurados por congressistas estrangeiros exatamente por esse motivo. Atualmente, e fruto de um trabalho consistente desenvolvido ao longo de anos, o congresso anual da OMD é um evento incontornável na Medicina Dentária mundial.

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Falamos coM... Pedro Mesquita

presidente da Comissão Organizadora do 33º Congresso da Sociedade Portuguesa de Medicina Dentária e Estomatologia (SPEMD)

Procuramos dar um forte contributo à investigação

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Falamos com... A 33ª edição do congresso anual da SPEMD, agendada para os dias 11 e 12 de outubro na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda (Porto), promete um programa científico de alto nível e particularmente abrangente, já que foi delineado a pensar não apenas nos médicos dentistas e estomatologistas, mas também nos restantes membros do setor da saúde oral: higienistas orais, técnicos de prótese, assistentes dentários e estudantes de Medicina Dentária. Entre os pontos mais promissores da reunião de 2013, o médico dentista Pedro Mesquita, presidente da Comissão Organizadora, destaca a tradicional aposta no fórum de investigação, a criação de um espaço dedicado às associações que desenvolvem projetos de solidariedade na área médico-dentária, bem como o lançamento de uma nova área – com cerca de 100 metros quadrados – destinada à exposição de um considerável número de trabalhos científicos.

Em termos gerais, quais são os objetivos definidos para o próximo congresso anual da SPEMD? Em cada congresso que a SPEMD organiza, os objetivos são claros e visam, em primeiro lugar, proporcionar aos seus asociados formação e atualização de conhecimentos. Este congresso não foge a esse princípio. Foi intenção das comissões organizadora e científica elaborar um programa abrangente e transversal à Medicina Dentária e à Estomatologia. Ao convidarmos oradores de renome nacional e internacional, penso que conseguimos um programa muito interessante e variado, que, seguramente, será do agrado da generalidade dos colegas. À semelhança dos anos anteriores, o congresso anual abre as portas não apenas aos médicos dentistas/estomatologistas, sócios e não sócios, mas também a outros profissionais de saúde oral, nomeadamente aos higienistas orais, que organizarão em simultâneo o seu décimo terceiro congresso; aos assistentes dentários, para os quais também preparámos um curso, e aos técnicos de prótese, que terão uma palestra ministrada por um renomado técnico de prótese espanhol. O congresso está também aberto aos estudantes de Medicina Dentária das diferentes instituições de ensino superior. Que especialidades ou temáticas vão estar em evidência na edição deste ano? Procuramos ter um programa bastante variado, o mais abrangente possível, de forma a satisfazer o maior número possível de colegas. Teremos assim palestras focando as diferentes áreas, designadamente a estética dentária, os materiais restauradores, onde se incluem os adesivos dentinários, a zircónia ou os materiais branqueadores, a endodontia, a periodontologia, a patologia oral, a ortodontia, a cirurgia ortognática, a odontopediatria, concretamente abordando o tratamento de crianças especiais, e as inevitáveis implantologia e reabilitação oral sobre implantes.

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Falamos com... A SPEMD vai manter a aposta, verificada nos últimos anos, na área da investigação em Medicina Dentária? Uma das “meninas dos olhos” – permita-me que utilize esta expressão – do congresso anual da SPEMD é o contributo que tem proporcionado, nos últimos anos, à investigação. Procuramos, em cada congresso, manter o chamado fórum de investigação onde os colegas que se dedicam a esta área encontram um espaço único para partilhar o que de mais relevante vão fazendo. Esta edição não foge a essa regra e vai, efetivamente, manter esta iniciativa que já pode ser considerada uma tradição. Este ano, este fórum será orientado para uma vertente um pouco diferente, mas não menos importante, e que também é muito cara a quem investiga, isto é, a publicação de artigos. Quem investiga gosta ou necessita de partilhar o trabalho que vai fazendo e, para isso, é necessário publicar. No entanto, publicar tem regras e é um exercício cada vez mais exigente. Atenta a esta situação, a comissão organizadora – à qual tenho a honra de presidir – decidiu apostar nesta temática e convidou três nomes grandes para nos falarem de como escrever bem e publicar um artigo. Assim, teremos três palestras que vão abordar a forma de pesquisar artigos, como preparar o trabalho sob o ponto de vista estatístico e, finalmente, como escrever bem um artigo. Estou certo de que será um momento alto deste congresso. Para além deste fórum, e igualmente numa promoção e reconhecimento da investigação que se vai fazendo entre nós, iremos premiar os melhores trabalhos na vertente de investigação e de caso clínico, constituindo em simultâneo um incentivo à participação dos colegas de forma mais ativa. Está prevista alguma alteração ao modelo do programa científico? Não. De uma forma geral, o congresso irá decorrer em moldes muito semelhantes ao que tem vindo a suceder nas últimas edições, nomeadamente no Porto.

As comissões organizadora e científica colocaram um grande cuidado no delineamento dos temas e dos oradores. O nosso objetivo foi convidar, para cada uma das áreas, nomes internacionais e nacionais de elevada qualidade

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Falamos com... Teremos várias salas a funcionar durante os dois dias do evento. Haverá duas salas destinadas ao programa geral dirigido a médicos dentistas, médicos estomatologistas e estudantes de Medicina Dentária, com temas diversificados e não coincidentes. Paralelamente, na sexta-feira de manhã, uma terceira sala será dedicada ao fórum de investigação e, à tarde, às comunicações orais selecionadas para os prémios do congresso. Esta mesma sala será ocupada, no sábado, pelos participantes do curso de assistentes dentários. Finalmente, será disponibilizada uma quarta sala onde decorrerá, nos dois dias, o décimo terceiro congresso da Associação Portuguesa de Higienistas Orais. A integração deste evento no congresso anual da SPEMD vem já sendo uma tradição. As principais novidades deste congresso são talvez duas. Por um lado, a criação de um espaço onde algumas associações que desenvolvem projetos de solidariedade na área médico-dentária irão partilhar as suas iniciativas. Por outro, devido ao enorme número de trabalhos científicos que têm vindo a ser submetidos – refletindo a importância crescente deste congresso –, tivemos necessidade de criar um novo espaço, com cerca de cem metros quadrados, onde serão expostos todos os pósteres científicos. Que conferencistas e convidados de renome, nacionais e internacionais, vão protagonizar as sessões científicas dos próximos dias 11 e 12 de outubro, no Porto? As comissões organizadora e científica colocaram um grande cuidado no delineamento dos temas e dos oradores. O nosso objetivo foi convidar, para cada uma das áreas visadas, nomes nacionais e internacionais de elevada qualidade que garantissem a qualidade e o sucesso deste grande evento. Sendo assim, não destacaria um, mas sim todos os conferencistas presentes e que são, por ordem alfabética, Afonso Pinhão Ferreira (Porto), Américo Ferraz (Porto), Américo dos Santos Afonso (Braga), Ana Luísa Papoila (Lisboa), António Mano Azul (Lisboa), Bruno Seabra (Lisboa), Cristian Higashi (Brasil), Fillipo Santarcangelo (Itália), Helena Donato (Lisboa), Isabel Bagão (Lisboa), Ivete Sartori (Brasil), Jorge Perdigão (EUA), Josep Oliva (Espanha), Luís Jardim (Lisboa), Miguel Caño (Espanha), Márcio da Fonseca (EUA), Maria João Ponces (Porto), Óscar González Martín (Espanha), Pedro Correia (Lisboa), Sebastián Fabregues (Espanha), Sérgio Matos (Coimbra) e Stephen Flint (Irlanda). Que outros pontos se destacam no programa deste ano? Para além do programa geral, do fórum de investigação e do curso de asistentes dentários, iremos realizar, à semelhança de anos anteriores, cursos pré-congresso onde os participantes, em número limitado, poderão atualizar, de forma mais interventiva, os seus conhecimentos em áreas específicas. Temos programados três cursos hands-on, uma formação na área estética, concretamente focando as facetas estéticas em compósito, outra na área da endodontia e, finalmente, um curso na área da implantologia.

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Apesar da crise, as expetativas são elevadas, pois verificamos que as casas comerciais continuam a demonstrar enorme interesse em marcar presença neste evento. Neste momento, temos já todo o espaço comercial ocupado

Quais são as expetativas da organização relativamente ao número de expositores e congressistas, tendo em consideração a conjuntura de crise que o país atravessa? Apesar da crise, as expetativas são elevadas, pois verificamos que as casas comerciais continuam a demonstrar um enorme interesse em marcar presença neste evento, podendo afirmar que, neste momento, temos já todo o espaço comercial ocupado. Uma boa parte das empresas, num claro reconhecimento da qualidade do congresso, definem logo a sua participação na edição anterior. A existência de várias modalidades de participação e apoio acabam por permitir às casas comerciais encontrarem alguma forma de marcarem presença neste importante evento. Aproveito para referir que a comissão organizadora, atenta à conjuntura económica altamente desfavorável e penalizadora para as empresas, optou por manter os valores praticados em 2010, aquando do último congresso realizado no Porto. Isto, apesar dos custos inerentes à organização terem subido. Quanto aos congressistas, as expetativas também são as melhores. O aliciante programa científico permite-nos acreditar que pelo menos os números de 2010 sejam alcançados, isto é, mais de 700 participantes efetivos deverão marcar presença nas instalações da Fundação Doutor António Cupertino de Miranda. Não posso deixar de destacar que a SPEMD procura continuar a oferecer aos colegas médicos dentistas e estomatologistas, sócios e não sócios, formação de elevada qualidade a preços altamente favoráveis. Que resultados espera ter atingido, a título pessoal e profissional, no rescaldo do congresso deste ano? No final deste congresso terão passado vinte anos desde o momento em que aderi, pela primeira vez, aos corpos


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Falamos com... sociais desta sociedade. Com este terão sido oito congressos a organizar e a ajudar a organizar de forma direta. Vi, ao longo destes vinte anos, o congresso passar de um elevado patamar, sendo à época – refiro-me à década de oitenta e inícios dos anos noventa – o mais importante que se realizava nesta área em Portugal para uma fase de menor influência. Nas últimas edições ressurgiu em dimensão, qualidade, interesse e posição marcante no panorama médico-dentário português. Essa importância tem-se traduzido no número crescente de congressistas presentes, no índice de participação igualmente crescente de casas comerciais e, acima de tudo, reflete-se no grande volume de trabalhos científicos submetidos. Ao terminar o congresso, espero ter alcançado, com o apoio dos restantes elementos das comissões organizadora e científica, mais um sucesso para a Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. De uma forma generalizada, espero que todos os conferencistas, congressistas e expositores possam sair satisfeitos, acreditando que deram o seu tempo por bem empregue. Se assim for, terei alcançado os meus objetivos, não pessoais nem profissionais – porque ao longo destes vinte anos de participação ativa na vida da

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SPEMD nunca os tive – mas sim os de ajudar a sociedade científica a alcançar os seus próprios objetivos e a cimentar, de forma cada vez mais evidente, a sua posição no panorama da Medicina Dentária e da Estomatologia. No final do mandato que agora se avizinha, espero poder dizer: missão cumprida. Atualmente, quais são as principais prioridades da SPEMD à margem do congresso anual? Presentemente, as grandes prioridades da direção nacional da SPEMD prendem-se com chegar ao maior número possível de médicos dentistas, estomatologistas e estudantes de Medicina Dentária, procurando proporcionar formação e atualização de reconhecida qualidade a preços acessíveis. Procuramos também incentivar a criação, divulgação e partilha de ciência. Acreditamos que este é o caminho para elevar este setor e, desta forma, aumentar a qualidade dos cuidados de saúde oral oferecidos à população.


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Reabilitação com prótese removível na presença de espaço interoclusal limitado Melhor poster científico das XXVII Jornadas de Medicina Oral da Universidade de Lisboa (premiado com o patrocínio da MAXILLARIS)

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AUTORES: Telma Miranda Aluna do 5º ano do curso de Mestrado Integrado em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). Ana Cepeda Médica dentista. Assistente na disciplina de Prostodontia Removível da FMDUL. Luís Pires Lopes Médico dentista. Professor Catedrático de Prostodontia Removível da FMDUL. Lisboa.

Telma Miranda

Introdução A reabilitação oral continua a ser um desafio para o médico dentista pela diversidade de opções de tratamento. Estas devem ser apresentadas e discutidas com o paciente, com vista a optar pelo melhor plano de tratamento. É imperativo que os aspetos funcionais e estéticos sejam

corretamente avaliados e que o resultado final alcance a satisfação do paciente. A reabilitação prostodôntica de pacientes parcialmente desdentados pode ser extremamente desafiante na presença de

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espaço interoclusal limitado1. À medida que os dentes posteriores são perdidos e as áreas edêntulas não são reabilitadas, com o passar do tempo, tende a ocorrer extrusão e rotação dos dentes oponentes e adjacentes, sendo que este fenómeno pode ser acompanhado de egressão do osso alveolar2-4. Em situações mais complicadas, a mucosa dos segmentos edêntulos pode mesmo chegar a contactar com os dentes antagonistas, inviabilizando a montagem de dentes3-5. Para ultrapassar este problema, a maior parte das vezes é necessário recorrer a uma abordagem multidisciplinar, com vista a obter o espaço necessário à reabilitação1.

Neste artigo, é apresentada uma situação clínica complexa de uma paciente com ausência de contactos oclusais posteriores associada a falta de espaço interoclusal, e a respetiva estratégia de tratamento adotada.

Uma paciente do sexo feminino, com 40 anos de idade, apresentou-se na consulta pré-graduada da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa com o intuito de reabilitar os espaços edêntulos. A paciente apresentava ausência de vários dentes posterosuperiores (fig. 1), egressão dos molares superiores e inferiores (fig. 2) e extrusão alveolar das áreas edêntulas (fig. 3), com consequente redução do espaço interoclusal. A avaliação da dimensão vertical de oclusão (DVO) pelo método de Silverman6 confirmou que esta não se encontrava diminuída. Os dentes anterosuperiores apresentavam lesões de cárie extensas (fig. 4), tendo-se optado pela extração, uma vez que a paciente não tinha possibilidades económicas para proceder à reabilitação com coroas. A realização de uma prótese removível foi considerada a opção de tratamento mais viável nesta situação em particular.

Fig. 1. Ortopantomografia inicial da paciente.

Fig. 2. Modelos de estudo do primeiro e quarto quadrantes.

Fig. 3. Modelos de estudo do segundo e terceiro quadrantes.

Fig. 4. Lesões de cárie nos dentes do segundo sextante.

Objetivo

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Descrição do caso clínico

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O plano de tratamento foi delineado recorrendo a uma abordagem interdisciplinar. Primeiramente cirúrgica, em que se realizou uma alveoloplastia do rebordo do segundo quadrante, uma vez que a paciente apresentava quantidade de osso suficiente para a realização deste procedimento sem risco de envolvimento do seio maxilar (figs. 5 e 6). Posteriormente, procedeu-se à extração dos dentes 17 e 18, os quais apresentavam algumas lesões de cárie extensas e estavam posicionados bastante fora do plano oclusal, devido à ausência de dentes antagonistas. Foi também realizado o tratamento endodôntico do dente 46, por estar muito egre-

dido, sendo que a única maneira de o manter na cavidade oral passava pela realização de um desgaste oclusal acentuado (figs. 7 e 8). Os dentes posteriores do terceiro quadrante necessitavam apenas de um ligeiro desgaste oclusal em esmalte, sendo que não foi necessário proceder ao tratamento endodôntico dos mesmos (figs. 5 e 6). O plano de tratamento incluiu também a realização de tratamento periodontal das bolsas existentes e tratamento das lesões de cárie. Por último, foi realizada uma prótese parcial acrílica superior, com a colocação imediata dos incisivos superiores (figs. 9-14).

Figs. 5 e 6. Modelos de trabalho e fotografia intraoral do segundo e terceiro quadrantes, após realização de alveoloplastia e desgastes oclusais em esmalte dos dentes 35, 36 e 37.

Figs. 7 e 8. Modelos de trabalho e fotografia intraoral do primeiro e quarto quadrantes, após extração dos dentes 17 e 18, tratamento endodôntico do 46 e respetivo desgaste oclusal.

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Figs. 9 a 11. Prótese parcial acrílica.

Figs. 12 a 14. Fotografias intraorais com a prótese acrílica em consulta de controlo de um mês.

Discussão A avaliação da DVO é um passo indispensável na reabilitação oral. A presença de uma DVO mantida, associada à ausência de espaço protético, torna necessário recorrer a técnicas cirúrgicas, como a alveoloplastia. Esta técnica, aliada a reduções oclusais na arcada antagonista, permitiu, neste caso clínico, obter o espaço necessário para a reabilitação dos espaços edêntulos7.

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A prótese imediata dos dentes anterosuperiores teve a vantagem de evitar um período edêntulo, permitindo a continuidade da vida social da paciente (figs. 15-17). Futuramente, a paciente poderá optar por uma solução protética mais definitiva, como uma prótese esquelética, ou a reabilitação com implantes. No entanto, tendo em conta a situação económica atual da paciente, esta foi considerada a melhor opção de tratamento.


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Figs. 15 a 17. Fotografias extraorais finais em consulta de controlo de um mês.

Conclusões A reabilitação oral depende de um correto diagnóstico e planeamento, de forma a recuperar a função e a obter o melhor resultado estético. Em casos de espaço interoclusal limitado, é necessária uma abordagem multidisciplinar, sendo que o principal objetivo é colmatar a falta de espaço, com vista a possibilitar a reabilitação prostodôntica.

Bibliografia 1. Geckili O, Bilhan H, Mumcu E. Interocclusal space challenges. Dent Today. 2011a Mar; 30(3): 132-3. 2. Kaplan P. Drifting, tipping, supraeruption, and segmental alveolar bone growth. J Prosthet Dent. 1985 Aug; 54(2): 280-3. 3. Chen CM, Tseng YC, Huang IY, Yang CF, Shen YS, Lee HE, Chen CH. Interdisciplinary management of dental implant patient: a case report. Kaohsiung J Med Sci. 2004 Aug; 20(8): 415-8.

4. Geckili O, Sakar O, Yurdakuloglu T, Firatli S, Bilhan H, Katiboglu B. Multidisciplinary management of limited interocclusal space: a clinical report. J Prosthodont. 2011b Jun; 20(4): 329-32. 5. Oh WS, Saglik B. Quick technique for evaluation of interocclusal space. Dent Today. 2011 Oct; 30(10): 118-9. 6. Silverman MM. The speaking method in measuring vertical dimension. J Prosthet Dent. 1953; 3: 193-199. 7. Davies SJ, Gray RJ, Al-Ani MZ, Sloan P, Worthington H. Inter and intra-operator reliability of the recording of occlusal contacts using 'occlusal sketch' acetate technique. Br Dent J. 2002 Oct 12;193(7):397-400.

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Instituto Conexão Saúde reuniu em Lisboa 200 profissionais do setor de vários países

O curso organizado pelo Instituto Conexão Saúde atraiu mais de 200 profissionais do setor dentário.

O especialista brasileiro Júlio César Joly durante a sua intervenção.

Vinte médicos dentistas participaram na sessão hands on que decorreu, no segundo dia do programa, nas instalações da Conexão Sistemas de Prótese.

O Instituto Conexão Saúde realizou nos passados dias 5 e 6 de julho, em Lisboa, um curso de reconstrução estética de tecidos e uma sessão hands on, sob a orientação dos professores Júlio César Joly e Robert de Carvalho, dois dos mais prestigiados especialistas em periodontia do Brasil. A primeira jornada deste evento reuniu, na sala de conferências do Hotel Tivoli, mais de 200 participantes, incluindo profissionais de grande prestígio de vários países, como Portugal, Espanha, França, Brasil e México. No segundo dia do programa, 20 médicos dentistas tiveram oportunidade de assistir, nas instalações da Conexão Sistemas de Prótese, ao workshop (hands on) dedicado à temática “Implantes imediatos em áreas específicas: a importância da escolha do implante e da reconstrução tecidual”, durante o qual os dois especialistas brasileiros fizeram uma abordagem personalizada às técnicas mais apuradas neste domínio da Medicina Dentária, incluindo práticas em modelos. Esta iniciativa bem sucedida foi o auge de um programa de sessões que o Instituto Conexão Saúde tem vindo a organizar mensalmente, desde o passado mês de abril. “Fomos passando a mensagem do que pretendiamos com este evento, isto é, trazer referências mundiais a nível da estética, da periodontia e da reabilitação com implantes”, esclarece Júlio Amorim, gerente da Conexão para a região da Europa, que não esconde a sua satisfação pelo “forte acolhimento” que o curso mereceu por parte do público – que levou a organização a ter de recusar inscrições – e pela presença de vários profissionais que “são referências nos respetivos países e que utilizam a nossa marca há vários anos”. Júlio Amorim considera que esta adesão de profissionais de renome demonstra a “seriedade de uma empresa que começou no Brasil, há mais de 20 anos, e tem vindo a apostar na internacionalização”, acrescentando que a filial da empresa em Lisboa “foi precisamente aberta com o intuito de ser a porta de entrada para a Europa, o Médio Oriente e África”. A participação da Conexão na última edição do maior certame mundial da indústria dentária – o salão IDS de Colónia (Alemanha) – foi um passo importante nesse sentido, já que permitiu “sondar oportunidades de negócio em mercados mais jovens”, nomeadamente em países como a Turquia, a Roménia, a Hungria ou o Irão. O mesmo responsável da empresa revela que a Conexão está também a “avançar a passos largos” para os mercados espanhol e angolano, onde o trabalho “já está a ser desenvolvido no terreno”. Durante o evento do passado mês de julho, foi efetuada uma visita guiada às amplas instalações lisboetas da Conexão Sistemas de Prótese, situadas em plena Avenida da Liberdade, onde funciona uma equipa de profissionais experientes, a nivel da gestão administrativa, marketing e vendas, proporcionando um serviço de elevado nível de qualidade. De destacar que, todos os produtos comercializados pela Conexão estão devidamente registados no Infarmed, garantindo-se desta forma a conformidade e rastreabilidade dos produtos em relação à qualidade, segurança e desempenho.


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PUBLIRREPORTAGEM

A vertente comercial da empresa está assegurada por três delegados comerciais com provas dadas no mercado, que cobrem as diversas zonas do país, focados em proporcionar um serviço de atendimento e aconselhamento personalizado, em que cada cliente é único. É também ali que está sedeado o Instituto Conexão Saúde, que tem como objetivos principais a investigação científica e a formação dos profissionais do setor dentário, através da atribuição de bolsas de estudo, bem como uma vertente social de apoio aos mais desfavorecidos. “A ideia é promover eventos de alto nível, estabelecer parcerias entre as instituições universitárias e clínicos que tenham vontade de participar na investigação, no sentido de desenvolvermos projetos comuns e internacionais em prol do desenvolvimento da implantologia”, adianta o Professor Doutor Fernando Guerra, dire-

tor científico deste Instituto e professor auxiliar com agregação da Área de Medicina Dentária da Universidade de Coimbra. Entre os projetos que se encontram “numa fase mais evoluída”, destaca-se uma parceria entre a Universidade de Coimbra e a Universidade Complutense de Madrid (Espanha) – com o envolvimento direto do professor Mariano Sanz, catedrático da Faculdade de Odontologia desta universidade espanhola, que também marcou presença no evento de Lisboa – com o fim de efetuar um estudo alargado de platform switching no setor anterior superior. O Professor Doutor Fernando Guerra revela que também está em curso uma colaboração com a Universidade de São Leopoldo Mandic, com sede em Campinas (Brasil), adiantando que há outras universidades brasileiras interessadas em trabalhar com o Instituto Conexão Saúde. Neste momento, “estamos a discutir as fases iniciais do arranque de novos projetos”, conclui.

Dr. Rodolfo Candia Alba Jr., presidente da Conexão Sistemas de Prótese:

“Queremos fazer de Portugal uma base para a Europa, o Médio Oriente e África” O presidente da Conexão Sistema de Prótese, Dr. Rodolfo Candia (ao centro), com alguns dos principais protagonistas e convidados da sessão que decorreu no Hotel Tivoli.

O presidente da Conexão Sistemas de Prótese, Dr. Rodolfo Candia Alba Jr., deslocou-se propositadamente de São Paulo até Lisboa para assistir ao evento organizado pelo Instituto Conexão Saúde e inaugurar oficialmente as amplas e muito bem localizadas (em plena Avenida da Liberdade) instalações da empresa brasileira, que já investiu no nosso país mais de 700.000 euros. “Este investimento demonstra que não viemos para retirar vantagens, mas sim para fomentar a possibilidade de trabalharmos juntos – Portugal e Brasil – e fazer de Portugal uma base para toda a Europa, Médio Oriente e África”, sublinha o médico dentista e empresário brasileiro, que veio a Lisboa acompanhado por “uma equipa de grande prestígio que trabalha connosco no Brasil”. Neste caso, trata-se dos doutores Júlio César Joly e Robert Car valho, dois profissionais muito bem acolhi-

dos em todo o mundo, com alta qualidade e exigência, que trabalham com as empresas mais importantes do setor mundial. “Isto dá-nos uma grande tranquilidade e a garantia de que estamos a oferecer aos profissionais portugueses um produto totalmente validado por universidades do Brasil e internacionalmente”. De acordo com o presidente da Conexão, “Portugal só tem a ganhar com toda esta tecnologia e é convidado a participar no desenvolvimento da nossa marca”. Adianta, a propósito, que a empresa pretende dar aos médicos dentistas ligados às universidades portuguesas e à área da investigação “uma oportunidade de validar sistemas inovadores que estamos a criar e a lançar no Brasil”, particularmente na área da nanotecnologia. A Conexão conseguiu essa condição, à escala internacional, e Portugal vai fazer parte desse desenvolvimento.

O presidente da Conexão não esconde, por outro lado, o seu orgulho pelo facto de contar com a colaboração de “prestigiados e exigentes profissionais portugueses”, destacando o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo professor Fernando Guerra, na qualidade de diretor científico do Instituto Conexão Saúde. “O objetivo inicial é apostar, em Portugal, numa forte formação, melhorar gradualmente as condições dos profissionais com vista ao tratamento dos pacientes e ajudá-los a ter sucesso e, ao mesmo tempo, contribuir para a investigação em implantologia e estabelecer contactos com grupos de todo o mundo”. O Dr. Rodolfo Candia acentua a alta qualidade dos produtos que a marca brasileira está a introduzir nos mercados dentários deste lado do Atlântico, concluindo que “quanto mais cultura e conhecimento tiver o médico dentista, mais saberá reconhecer o nosso valor”.


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Ciência e prática

Resultados comparativos da incidência de papila periimplantar em reabilitações implantossuportadas do setor anterior com a utilização de diferentes pilares protéticos Melhor poster científico da I Reunião SPPI Jovem (premiado com o patrocínio da MAXILLARIS)

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Ciência e prática AUTORES: Joana Xavier Médica dentista. Aluna do Mestrado de Cirurgia Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP). Prática clínica no Centro Médico Privado de Bragança. Tiago Borges Médico dentista. Assistente do Departamento de Implantologia e Cirurgia Oral da Universidade Católica Portuguesa. Prática clínica no Centro Médico Privado de Bragança. Ágata Carvalho Médica dentista. Pós-graduada em Ortodontia. Aluna do Doutoramento em Medicina Dentária da FMDUP. Prática clínica no Centro Médico Privado de Bragança. Vasco Carvalho Médico dentista. Prática clínica no Centro Médico Privado de Bragança. Bragança.

Joana Xavier

Introdução A reabilitação com implantes na zona estética anterior, em pacientes parcialmente desdentados, apresenta-se como uma opção de tratamento bem documentada, existindo variadas alternativas no que respeita à substituição da coroa perdida (Gibbard & Zarb 2002; Lau et al. 2011). Existem, na literatura, numerosos estudos que indicam uma taxa de sucesso semelhante na reabilitação anterior com implantes face à rea-

bilitação nas restantes zonas dos maxilares (Lindh et al. 1998; Wyatt & Zarb 1998; Noak et al. 1999). Estes procedimentos podem ser desafiantes para o médico dentista, devido à dificuldade em devolver a anatomia e aparência natural aos tecidos moles periimplantares (Priest 2007). A imprevisibilidade a longo prazo dos tecidos moles periimplantares apresentase como um dos principais problemas associados às reabili-

MAXILLARIS SETEMBRO 2013

43


Ciência e prática

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tações com implantes unitários (Choquet et al. 2001; Kan et al. 2003). Nas últimas décadas, a presença/ausência de papila entre dois dentes, entre duas coroas implantossuportadas ou entre um dente e uma coroa implantossuportada tem servido de base a numerosos estudos e discussões. Tarnow et al (1992, 2000; 2003) assumiu que a presença de papila interdentária se associava à distância entre o ponto de contacto dos dentes ou coroas implanto-suportadas e a crista óssea. O pilar protético escolhido parece também influenciar os resultados estéticos (Blatz et al. 2009). Os sistemas Cad-Cam (Computer-Assisted Design/Computer-Assisted Manufacturing) têm vindo, desde o início da década de noventa, a produzir pilares protéticos, inicialmente de titânio (Duret et al. 1988; Kucey & Fraser 2000; Voitik 2002; Priest 2005). A produção destes pilares consiste na reprodução, através de um computador, da posição do implante em relação às estruturas anexas permitindo, com base nestas, decidir a correta angulação e forma do mesmo, sendo esta informação de seguida enviada para um dispositivo que maquina a versão final (Boudrias et al. 2001). Vigolo et al (2006, 2008) validou, nos seus estudos, a precisão da interface entre o implante e o pilar maquinado. Para uma ótima estética mucogengival, os pilares protéticos deverão ter um perfil de emergência adequado, suportando os tecidos em seu redor, e serem preferencialmente realizados numa coloração que previna a sua translucência por entre a mucosa (Vigolo et al. 2006, 2008; Glauser et al. 2004). Assim, o objetivo deste estudo é avaliar a presença de papila dentária em reabilitações unitárias implantossuportadas com pilares Cad-Cam.

Material e métodos Seleção do paciente Inicialmente, foram incluídos no estudo 38 pacientes (14 do sexo feminino e 24 do sexo masculino), reabilitados com implantes unitários na região anterior da maxila. A seleção dos casos para este estudo incluiu pacientes cuja perda dentária ocorreu por: trauma, falência de tratamento endodôntico radical ou falência de reabilitação com prótese fixa dentossuportada. Pacientes cuja perda dentária foi causada por doença periodontal foram excluídos do estudo. Após o tratamento, os critérios de inclusão foram os seguintes: 1. Apresentar uma reabilitação com implante unitário na zona anterior da maxila. 2. Apresentar um pilar protético Cad-Cam ou de stock, reabilitado com uma coroa metalo-cerâmica. 3. Presença de dente contra-lateral natural. 4. Existência de ponto de contacto entre a reabilitação e os dentes adjacentes.

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MAXILLARIS SETEMBRO 2013

Estes pacientes foram tratados entre janeiro de 2009 e janeiro de 2010 no Departamento de Cirurgia Oral e Implantologia do Centro Médico Privado de Bragança, tendo todos assinado previamente um consentimento informado de acordo com a Declaração de Helsínquia (1975, revista em 2008).

Protocolo de tratamento cirúrgico e restaurador A colocação dos implantes (OsseoSpeed™, AstraTech Dental) ocorreu num período de sete a oito semanas após a extração dentária, não existindo comprometimento da cortical vestibular. Todos os implantes foram colocados na zona entre os dentes 13 e 23, seguindo-se um período de seis a dez semanas até à sua reabilitação com a coroa definitiva. Nesse período foram reabilitados provisoriamente com coroas de resina aparafusadas (Protemp™ Plus Temporization Material, 3M Espe). A osteointegração foi confirmada em todos os casos. Os implantes do grupo de estudo (CA) foram reabilitados com pilares individualizados Cad-Cam (Atlantis™, Atlantis Europe) em zircónia ou titânio-dourado. O grupo de controlo (MA) foi reabilitado com pilares de stock (CastDesign™, AstraTech Dental). Os pilares de zircónia são constituídos por policristais de zirconia tetragonal Yttria-estabilizados (YTZP). Os pilares de titânio derivam de uma liga de titânio 6A1-4V (quinto grau), sendo esta posteriormente revestida por uma camada de nitrato de titânio que lhe confere o tom dourado. Para copiar a anatomia dos tecidos gengivais peri-implantares foi colocada uma resina composta fotopolimerizável entre o tecido e o transfer de impressão evitando o colapso dos tecidos ao mesmo tempo que a impressão estava a ser executada. No grupo (CA) tanto o modelo de diagnóstico como o modelo de trabalho foram inicialmente digitalizados de modo a permitir o início do processo de talhe do pilar protético. Os implantes foram reabilitados com coroas cerâmicas IPS (e.max Ceram, Ivoclar Vivadent) colocadas sobre os pilares Cad-Cam (fig. 1) e sobre os pilares stock metálicos (fig. 2).

Figura 1.


Maqueta BASE 19,5x26_Maquetaci贸n 1 24/07/13 15:16 P谩gina 1


Ciência e prática

CC Joana_Maquetación 1 21/08/13 13:37 Página 46

Figura 2.

Parâmetros para avaliação Os parâmetros avaliados foram os seguintes: 1. Presença/ausência de papila interproximal. 2. Distância entre dente e implante (ITD). 3. Distância entre a base do ponto de contacto e a crista óssea do dente adjacente (CPB).

estabelecendo uma linha paralela ao longo eixo do implante. (Romeo et al, 2003; Loops et al 2008). Para a avaliação do CPB, caso existisse uma área de sobreposição da imagem das duas coroas, considerou-se o ponto médio dessa área como o ponto ideal para medição do valor.

Avaliação da papila A presença/ausência da papila mesial e distal foi avaliada através do indice Pink Esthetic Score (PES): 0 (papila ausente); 1 (presença de metade da papila); 2 (papila presente) (Fürhauser et al. 2005). Todos os casos foram fotografados com auxílio de uma câmara digital SLR, com uma magnificação de 1x. O registo fotográfico incluiu para além do dente reabilitado o dente contralateral. A análise das imagens obtidas foi realizada por um médico dentista experiente na área da reabilitação oral e que não esteve envolvido no tratamento de nenhum dos casos do estudo. Após duas semanas, um segundo conjunto de valores de ITD e CPB foram também registados de modo a avaliar a variabilidade intraobservador. A diferença de valores encontrada não foi valorável.

Registo radiográfico Foram realizadas radiografias periapicais aquando da colocação da coroa definitiva (baseline) e após 12 meses através da técnica de paralelismo (Updegrave 1951) utilizando um sistema de raio X intraoral (Heliodent Plus, Sirona Dental Systems Inc.). A análise das imagens obtidas foi realizada através do software Adobe® Photoshop® CS5 de modo a determinar os valores de ITD e de CPB para cada caso. O parâmetro escolhido para calibrar as medições efetuadas foi a distância entre o colo e o ponto mais apical do implante,

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MAXILLARIS SETEMBRO 2013

Análise estatística A análise estatística foi realizada com recurso ao software SPSS™, Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. A análise descritiva dos dados centrou-se na caracterização dos valores da média e do desvio padrão. Para entender as alterações dos valores do CPB e ITD desde a data inicial até ao follow-up após um ano, foi realizado o teste MannWhitney. O teste do X2, complementado pelo teste de Fisher, foi realizado, permitindo identificar diferenças estatisticamente significativas relativas à presença da papila entre os dois grupos. A análise estatística foi realizada tendo um nível mínimo de significância de 5%.

Resultados Pacientes e implantes Um ano após o término da reabilitação foram avaliados 36 pacientes, reabilitados com 40 implantes unitários, com uma média de idades de 48,7 ± 12,9. Dois pacientes foram excluídos do estudo. Um paciente do grupo CA não apresentava ponto de contacto entre a coroa sobre implante e os dentes adjacentes e o outro paciente não compareceu à consulta de controlo. Foram avaliados 80 espaços interproximais. Os parâmetros considerados foram os seguintes: presença de papila, ITD e CPB. A taxa de sucesso dos implantes da amostra, foi de 100%. Não existiu nenhuma complicação associada à


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Ciência e prática

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reabilitação dos mesmos, existindo uma taxa de sucesso da reabilitação de 100%.

hum caso com ausência de papila. Os índices médios da papila registados foram 1,7 ± 0,46 no grupo CA (1,08 ± 0,65 no grupo MA). O índice médio da papila mesial no grupo CA foi de 1,71 (± 0,46), com 71,4% do espaço interproximal completamente preenchido, tendo as restantes 28,6% das áreas analisadas apresentado apenas meia papila presente. O índice médio da papila mesial no grupo CA demonstrou ter uma diferença estatisticamente significativa face à papila mesial do grupo MA (P=0,001). Em relação à papila distal, verificou-se um índice de presença de papila de 1,68 (± 0,48) no grupo CA, com 67,9% dos locais completamente preenchidos, sendo que 32,1% apresentaram apenas meia papila presente. A análise destes valores demonstra que existem diferenças estatisticamente significativas quando em comparação com o preenchimento de papila alcançado no grupo MA (P=0,052) (tabela 3).

Avaliação radiográfica Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas nos valores médios de CPB mesial e distal entre os grupos em estudo. Os valores relativos ao ITD também não demonstraram ser diferentes entre os dois grupos (tabela 1). Avaliação da papila interproximal Foram avaliados 80 espaços interproximais, verificando-se que a papila está significativamente mais presente no grupo CA quando em comparação com o grupo MA (P=0,000) (tabela 2). Um índice de 0 (ausência de papila) foi verificado em quatro localizações no grupo MA. No grupo CA não foi registado nen-

Tabela 1

Grupo

Descrição das variáveis CPB e ITD de acordo com o grupo

CPB Mesial

CPB Distal

ITD Mesial

ITD Distal

CA

MA

Média DP

5,67 1,53

5,47 1,76

0,833

Média DP

4,69 1,73

4,24 1,60

0,545

Média DP

2,46 0,96

2,39 0,87

0,721

Média DP

2,09 1,00

1,61 0,67

0,227

Tabela 2

Grupo

P Total

Comparação da presença global de papila nos dois grupos

CA

MA

0 0,0

4 16,7

4 5,0

Metade presente N %

17 30,4

14 58,3

31 38,8

Presente

N %

39 69,6

6 25,0

45 56,2

Total

N %

56 100

24 100

80 100

Papila Ausente

N %

N – Número de espaços interproximais avaliados.

48

Teste U Mann-Whitney

MAXILLARIS SETEMBRO 2013

0,000


Maqueta BASE 19,5x26_Maquetaci贸n 1 17/07/13 11:48 P谩gina 1


CC Joana_Maquetación 1 21/08/13 13:37 Página 50

Ciência e prática

Tabela 3 Comparação da presença de papila mesial e distal nos dois grupos

Grupo

P Total

CA

MA

0 0,0

3 25,0

3 7,5

Metade presente N %

8 28,6

7 58,3

15 37,5

Presente

N %

20 71,4

2 16,7

22 55,0

Total

N %

28 100

12 100

40 100

Ausente

N %

0 0,0

1 8,3

1 2,1

Metade presente

N %

9 32,1

7 58,3

16 40,0

Presente

N %

19 67,9

4 33,3

23 57,5

Total

N %

28 100

12 100

40 100

Papila Mesial Ausente

N %

0,001

Papila Distal

0,052

N – Número de espaços interproximais avaliados.

Após a comparação dos valores de CPB e ITD com a presença da papila verificou-se que esta não sofre alteração face ao diferente posicionamento implantar. A exceção foi encontrada no CPB distal e sua relação com a presença de papila (p = 0,028) (tabela 4). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre a presença da papila e o material que constitui os pilares protéticos no grupo CA (tabela 5).

estética do contorno gengival periimplantar (Fürhauser et al. 2005). Para minimizar o impacto dos procedimentos cirúrgicos no resultado estético final estes foram realizados apenas por um médico dentista implantologista experiente (TB) e só foram incluídos no grupo de pacientes do estudo que receberam implantes dentários sem procedimentos de regeneração extensos associados.

Discussão

Um estudo realizado por Zetu e Wang (2005) abordou fatores que podem influenciar a aparência da papila. Os fatores considerados foram: a dimensão do espaço interproximal, a distância horizontal entre o dente e o implante, o volume ósseo, a presença de ponto de contacto e a espessura dos tecidos moles. A correlação dos diferentes parâmetros como ITD, CPB e índice de papila, ao servirem de comparação direta entre a posição do implante e a anatomia dos tecidos moles, parece ser um protocolo aceitável para avaliar os resultados estéticos em redor de reabilitações implantossuportadas (Belser et al. 2009).

Este estudo compreendeu uma análise prospectiva de 40 implantes dentários, colocados na região anterior da maxila, reabilitados com pilares individualizados e pilares de stock, sob coroas de cerâmica pura. A taxa de sobrevivência implantar e protética a um ano foi de 100%. Embora as habilidades do médico dentista e anatomia local desempenhem um papel importante na estabilidade dos tecidos periimplantares, a literatura indica que os pilares individualizados parecem fornecer melhores resultados do que os pilares de stock ao nível da

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MAXILLARIS SETEMBRO 2013


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Tabela 4

CPB MESIAL ITD MESIAL

Associação entre a presença de papila nos dois grupos e a posição do implante

Grupo CA Metade presente

Presente

Grupo MA PAPILA MESIAL Total P Ausente

Metade presente

Presente

Total

0 0,0

3 42,9

1 50,0

4 33,3

2 66,7

4 57,1

1 50,0

7 58,3

3.0-5.0

N %

3 37,5

7 35,0

10 35,7

5.0-7.0

N %

2 25,0

12 60,0

14 50,0

>7.0

N %

3 37,5

1 5,0

4 14,3

1 33,3

0 0,0

0 0,0

1 1,0

Total

N %

8 100

20 100

28 100

3 100

7 100

2 100

12 100

0.5-1.5

N %

2 25,0

3 15,0

5 17,9

0 0,0

1 14,3

0 0,0

1 8,3

1.5-3.0

N %

3 37,5

14 70,0

17 60,7

2 66,7

5 71,4

2 100

9 75,0

>3.0

N %

3 37,5

3 15,0

6 21,4

1 33,3

1 14,3

0 0,0

2 16,7

Total

N %

8 100

20 100

28 100

3 100

7 100

2 100

12 100

1 100

1 14,3

1 25,0

3 25,0

0,077

0,315

P

0,457

0,999

CPB DISTAL

PAPILA DISTAL

ITD DISTAL

Ciência e prática

CC Joana_Maquetación 1 21/08/13 13:37 Página 52

2.0-3.0

N %

2 22,2

7 36,8

9 32,1

3.0-5.0

N %

0 0,0

5 26,3

5 17,9

0 0,0

2 28,6

3 75,0

5 41,7

5.0-7.0

N %

4 44,4

7 36,8

11 39,3

0 0,0

3 42,9

0 0,0

3 25,0

>7.0

N %

3 33,3

0 0,0

3 10,7

0 0,0

1 14,3

0 0,0

1 8,3

Total

N %

9 100

19 100

28 100

0 0,0

1 14,3

3 75,0

4 33,3

0.5-1.5

N %

2 22,2

6 31,6

8 28,6

0 0,0

1 14,3

3 75,0

4 33,3

1.5-3.0

N %

6 66,7

11 57,9

17 60,7

1 100

6 85,7

1 25,0

6 66,7

>3.0

N %

1 11,1

2 10,5

3 10,7

----

----

----

----

Total

N %

9 100

19 100

28 100

1 100

7 100

4 100

12 100

N – Número de espaços interproximais avaliados.

52

MAXILLARIS SETEMBRO 2013

0,028

0999

0,364

0,067


Tabela 5 Relação entre a presença de papila e a constituição do pilar

Ciência e prática

CC Joana_Maquetación 1 21/08/13 13:37 Página 53

Papila Total Metade presente

Presente

P

Pilares Gold TI

N %Papila

13 76,5

35 89,7

48 85,7

Zirconia

N %Papila

4 23,5

4 10,3

8 14,3

0,288

N – Número de espaços interproximais avaliados.

Gastaldo et al. (2004) examinou também, os parâmetros que afectam a incidência de papila interproximal entre um dente e um implante em 48 pacientes (80 sítios interproximais), comparando a distância do ponto de contacto à crista óssea e a distância entre o dente adjacente e o implante. Este estudo admitiu que os valores ideais de ITD e CPB, de modo a existir papila completa, são de 2/2, 5 mm e 3,5/4 mm respetivamente. Os resultados relatados no presente estudo, para o grupo CA, também estão afastados dos obtidos na investigação de Choquet et al. (2001). Embora estes autores tenham estabelecido que o nível da papila ao redor de restaurações unitárias sobre implantes está relacionado principalmente ao nível do osso adjacente aos dentes e, mais especificamente, com a crista óssea, este estudo indica que a regeneração das papilas após reabilitação com implante unitário foi bem sucedida na presença de uma distância de 5 mm entre o ponto de contato e a crista óssea. Acima de 5 mm, esta autora afirma que pelo menos 50% das papilas irão regenerar, mas sem previsibilidade. Embora as diferenças verificadas por diferentes autores em relação à posição da papila, é claro que indicadores como a falta

de ponto de contacto, a distância entre dente e implante e a distância da crista óssea ao ponto de contacto, bem como o protocolo cirúrgico, funcionam como preditores importantes da manutenção da papila (Cosyn et al 2012a; 2012b; Lops et al 2008; Gastaldo et al 2004; Kan et al 2003). Tan & Dunne (2004) relataram, através de um case-report com dois casos, diferenças insignificantes entre dois tipos de pilares de implantes (zircónia e metal) nos tecidos moles periimplantares. Henriksson & Jemt (2003, 2004) descreveram resultados favoráveis na utilização de pilares de zircónia individualizados em termos de volume de tecido mole e enchimento papilar interproximal em restaurações unitárias sobre implantes, embora nenhum estudo comparativo, utilizando pilares tradicionais de metal, tenha sido realizado. No presente estudo não foram encontradas diferenças entre os dois tipos de pilares individualizados (zircónio e titânio) em relação à presença da papila nos espaços interproximais. Não houve complicações técnicas. Estes resultados estão de acordo com ensaios clínicos recentes que relatam os resultados clínicos semelhantes aquando da reabilitação com pilares individualizados de zircónio ou titânio (Zembic A, et al 2009; 2.012; Sailer et al 2009).

Conclusões A restauração de implantes dentários utilizando pilares Cad-Cam parece ser um tratamento previsível com melhores resultados estéticos na maxila anterior, quando comparados com os pilares de metal tradicionais. Os resultados preliminares sugerem que a reabilitação de implantes dentários usando pilares Cad-Cam parece melhorar a presença da papila entre o dente e o implante.

Nota: a versão original deste artigo, escrita em inglês, foi publicada no jornal Clinical Oral Implant Research.

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Ciência e prática

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Cadernos formativos

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Displasia ectodérmica: tratamento integrado Pedro Braga Médico dentista. Licenciado em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Doutorado em Ortodontia pela Universidade de Santiago de Compostela (Espanha). Pós-graduado em Ortodontia e Ortopedia Dentofacial e em Odontologia Integrada Pediátrica pela Universidade de Santiago de Compostela. Prática exclusiva de Ortodontia e Odontopediatria na Malo Clinic Porto.

A displasia ectodérmica é uma anomalia determinada por fatores genéticos, capazes de alterar as estruturas ectodérmicas no desenvolvimento embrionário, como os dentes, a pele, o cabelo, as unhas, as glândulas sudoríparas e sebáceas1,2. Existem muitas variações da displasia ectodérmica, sendo a displasia ectodérmica hipohidrótica ou anidrótica ligada ao cromossoma X a forma mais conhecida. A sua incidência varia entre um a sete casos por cada 100.000 nascimentos3. As manifestações orais mais comuns são a hipodontia ou anodontia, tanto na dentição permanente quanto na decídua; dentes com anomalia de forma (incisivos conóides e pontiagudos e os molares com diâmetro da coroa reduzido); menor desenvolvimento do osso alveolar em função da ausência de dentes; um aspeto facial semelhante a um paciente idoso, resultante de uma altura facial anterior diminuída, e secreção salivar diminuída, associada a alterações do desenvolvimento dentário, o que pode au mentar a suscetibilidade dos dentes à cárie dentária4,5.

Fig. 1. Ortopantomografia: oligodontia na dentição decídua e permanente, com dentes conoides. Pouco desenvolvimento do osso alveolar superior e inferior.

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O tratamento dentário destes pacientes tem como principal objetivo o restabelecimento da função, a manutenção da dimensão vertical e uma estética adequada. As consequências psicológicas positivas do tratamento dentário para o paciente e para os pais, representam uma mais-valia tanto ou mais importante do que a reabilitação protética propriamente dita6. O caso clínico reporta um paciente com oito anos de idade com displasia ectodérmica anidrótica, com oligodontia afetando a dentição decídua, bem como a dentição permanente (figs. 1 e 2). Foi realizada uma reabilitação protética, funcional e estética da arcada dentária superior e inferior (figs. 3 a 5). O primeiro objetivo foi a restauração da estética dentária no setor antero-superior, através da reconstrução em compósito da forma dos dentes 51, 53, 61 e 63. Devido à ansiedade e excesso de atividade típica destas crianças, foram realizadas

Fig. 2. Foto intraoral frontal.


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Cadernos f o r m a t i v o s

Fig. 3. Foto extraoral frontal em repouso.

Fig. 4. Foto extraoral de perfil em repouso.

Fig. 5. Foto extraoral frontal de sorriso.

restaurações dos dentes anteriores pelo seguinte método indireto: depois de realizado um modelo em gesso da arcada superior, foi realizado um enceramento diagnóstico e posteriormente a execução de uma goteira termoplástica rígida de 1 mm em vácuo que, depois de devidamente recortada, serviu de chave para a restauração dos quatro dentes num só tempo clínico (figs. 6 e 7). Teve-se o cuidado de perfurar esta guia termoplástica, para permitir o refluxo do excesso de compósito (fig. 8), bem como vaselinar a goteira no seu interior, antes do enchimento com compósito, para que, depois da fotopolimerização, a goteira seja desinserida com facilidade (figs. 9 a 11). Fig. 6. Enceramento diagnóstico.

O segundo objetivo foi a reabilitação funcional. A colocação de próteses em pacientes pediátricos, para além do contributo estético, tem como objetivo melhorar a mastigação, a fonação e diminuir possíveis hábitos parafuncionais7. Com estas premissas, foi colocada inicialmente uma placa de Hawley superior, na qual foram acrescentados os dentes ausentes (figs. 12 a 17) e, numa segunda fase, foi colocada uma prótese acrílica mucosuportada (figs. 18 e 19). Deve-se ter em atenção a reabilitação gradual por maxilar, para que haja uma melhor adaptação da criança.

Fig. 7. Construção da chave em material termoplástico rígido de 1 mm de espessura.

Na reabilitação protética em odontopediatria é fundamental a manutenção de um correto desenvolvimento craneofacial, evitando que as próteses sirvam de bloqueio ao normal desenvolvimento esquelético e/ou dentoalveolar da criança8. Assim, neste caso, foi colocado na placa de Hawley superior um parafuso de expansão transversal, com uma ativação de ¼ volta mensalmente e na arcada inferior foram realizados rebasamentos trimestrais. Será sempre conveniente a substituição anual das próteses (figs. 20 a 23).

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Cadernos formativos

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Fig. 8. Chave devidamente recortada e perfurada.

Fig. 9. Colocação de compósito na chave e respetiva inserção nos dentes devidamente preparados com ataque ácido e sistema adesivo. A chave foi anteriormente pincelada com vaselina líquida.

Fig. 10. Resultado final da cosmética anterior.

Fig. 11. Foto extraoral frontal em sorriso.

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Fig. 12. Prova de ceras para a realização de uma prótese removível superior.


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Cadernos formativos

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Fig. 13. Placa de Hawley superior com dois ganchos de Adams e um arco vestibular. Foram acrescentados dois dentes nos setores laterais e um parafuso de expansão.

Fig. 14. Foto oclusal superior da placa de Hawley superior.

Fig. 15. Foto intraoral frontal.

Fig. 16. Foto introral lateral direita.

Fig. 18. Prova de ceras para a realização de uma prótese removível acrílica inferior.

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Fig. 17. Foto intraoral lateral esquerda.

Fig. 19. Prótese acrílica inferior.


Fig. 20. Reabilitação oral total: vista frontal.

Fig. 21. Reabilitação oral total: vista lateral direita.

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Fig. 22. Reabilitação oral total: vista lateral esquerda.

Fig. 23. Fotografia extraoral em sorriso com as próteses colocadas.

Em conclusão, esta modalidade de tratamento integrado e multidisciplinar é o reflexo de um completo diagnóstico, alicerçado nas particularidades que este tipo de crianças evidencia, permitindo um correto desenvolvimento estético, funcional e destacando o emocional e social. A reabilitação protética em idades infantis é realizada de acordo com o desenvolvimento dentário e esquelético do paciente que, seguindo com consultas de higiene e controlo da erupção, terá todas as condições para uma reabilitação dentária com sucesso em idade adulta.

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Outros pE rfis João Alvarez músico e médico dentista

Considero-me um autodidata na execução deste instrumento

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Outros perfis João Alvarez divide a gestão diária do consultório lisboeta, onde se dedica à cirurgia e à implantologia oral, com uma prática invulgar no contexto da Medicina Dentária: a execução da guitarra portuguesa. Tinha 18 anos quando ouviu, pela primeira vez, um CD do mestre Carlos Paredes. Nessa altura, “encarei essa experiência como um sinal e procurei a forma de aprender a tocar”, revela à MAXILLARIS o médico dentista que vai lançar, no próximo mês de outubro, o seu primeiro projeto discográfico, intitulado Rota do Sul, fruto da colaboração com o músico Tiago Inuit. Este trabalho combina universos musicais distintos, como a música erudita, o flamenco ou o fado, resultando num disco “algo arrojado com uma sonoridade muito própria”, adianta João Alvarez, que encara o percurso de guitarrista como um complemento – “principalmente no aspeto mais intelectual de que a música dispõe” – ao gosto que tem pela área médica.

Quando é que despertou a sua vocação para a guitarra portuguesa? O processo que me levou a descobrir e a querer aprender este instrumento teve um início que ainda hoje me marca na sua envolvência e premonição. Tinha 18 anos e, ao ouvir pela primeira vez um CD do Carlos Paredes – o Movimento Perpétuo –, tive a nítida sensação de já conhecer o que estava a ouvir e do som da guitarra portuguesa me ser próximo e familiar. Nessa altura, encarei essa experiência como um sinal e procurei a forma de aprender a tocar guitarra. Hoje sei que esta sensação é algo de transversal a muita gente, exatamente pela forte identidade da música de Carlos Paredes e que explica a necessidade de alguém, que não estudou em Coimbra e que não tem familiares músicos, querer desenvolver a técnica de um instrumento tão especifico e complexo quanto a guitarra portuguesa. Que tipo de formação musical tem vindo a acumular neste campo artístico? Nessa altura, em 1990, não existiam escolas de guitarra em Lisboa e todo o ensino deste instrumento era feito “boca a boca”, principalmente nas casas de fado. Acontece que tive a sorte de conhecer um guitarrista de Coimbra – o Teotónio Xavier –, que me orientou nos primeiros passos e me apresentou a quem viria a ser o viola que me acompanhou durante grande parte da minha aprendizagem, o Durval Moreirinhas. De qualquer modo, e não obstante o facto de ter alguma formação musical anterior, considero-me um autodidata na execução deste instrumento. Que guitarristas ou mestres da guitarra portuguesa considera as suas principais referências? É incontornável a influência de Carlos Paredes e do seu pai Artur Paredes no meu percurso musical, mas guitarristas e compositores como Pedro Caldeira Cabral e, mais recentemente, Ricardo Rocha, são referências de outros caminhos com os quais me identifico. Como surgiu o projeto discográfico Rota do Sul? Este trabalho conheceu o seu início há dois anos, e é fruto da colaboração com o músico Tiago Inuit. Reflete o encontro de uma linguagem muito própria da minha relação com este instrumento e do próprio percurso musical do Tiago, contextualizado na música popular portuguesa. Este projeto apresenta-se como uma proposta inovadora, tendo em mente a inclusão de instrumentos pouco habituais em concertos de guitarra portuguesa, como o violino, a percussão e a guitarra flamenca. Como justifica esta arrojada aposta? O processo de composição surgiu tendo como base temas para guitarra portuguesa com arranjos para outros instrumentos. Neste percurso, juntaram-se músicos oriundos de universos musicais distintos,

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Outros perfis como a música erudita, o flamenco ou o fado, resultando, como disse, num projeto algo arrojado com uma sonoridade muito própria. Num meio musical conhecido por ser tendencialmente conservador, não teme uma eventual reação crítica dos “puristas” do fado e da guitarra portuguesa? Creio que hoje já há espaço para coisas novas, até em meios tradicionalmente mais conservadores, como é o caso do fado. No entanto, e no que respeita à guitarra portuguesa, o que acontece é que atualmente existe pouquíssima produção de repertório para este instrumento, quer em Lisboa como em Coimbra. É necessário e desejável que apareça mais gente a compor para se constituir uma massa crítica. Para quando está previsto o lançamento do seu primeiro trabalho discográfico? O CD está previsto para o próximo mês de outubro e vai chamar-se Rota do Sul. Será composto por dez temas originais, dois de guitarra portuguesa a solo e os restantes com arranjos para diversos instrumentos.

João Alvarez e alguns músicos que o acompanham em pleno concerto. O médico dentista considera “necessário e desejável” que apareça mais gente a compor.

Depois da recente estreia ao vivo, no âmbito do programa das Festas de Lisboa, estão previstas novas atuações a curto prazo? O concerto de lançamento do CD está agendado para 19 de outubro no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Na sua condição de guitarrista, manteve uma relação próxima com a grande figura nacional do fado – e da canção de Coimbra – que foi Luiz Goes, curiosamente também ele ligado ao meio da Medicina Dentária. Que memórias guarda dessa vivência? No meu percurso pela música da guitarra portuguesa tive o privilégio de conhecer a Amália Rodrigues e o Luiz Goes, as duas referências mais importantes no fado de Lisboa e de Coimbra, respetivamente, sendo que tive o prazer de acompanhar este último em diversas ocasiões, e de criar uma amizade que foi em tudo muito enriquecedora. Não o conheci como médico estomatologista, mas guardo uma grande admiração por ele enquanto artista. Como comenta o atual panorama da guitarra portuguesa? Em que medida o reconhecimento do fado como património imaterial da UNESCO tem vindo ou poderá vir a projetar no exterior o emblemático instrumento português? O reconhecimento pela UNESCO do fado de Lisboa como património imaterial da Humanidade e, mais recentemente, da Universidade de Coimbra com o fado nascido no seio dessa instituição, são sem dúvida um motivo de orgulho para a cultura portuguesa. Creio que a maior vantagem deste reconhecimento foi todo o processo da candidatura que resultou numa investigação e sistematização deste património, formalizando um estudo sério da cultura etnomusical portuguesa. Neste contexto, a guitarra portuguesa aparece agora como um ícone de uma cultura urbana e com uma relevância que creio que nunca teve, podendo no presente aproveitar-se as sinergias criadas para encontrar o seu lugar também como instrumento solista.

A guitarra portuguesa aparece agora como um ícone de uma cultura urbana e com uma relevância que creio que nunca teve, podendo no presente aproveitar-se as sinergias criadas para encontrar o seu lugar também como instrumento solista

No seu percurso de guitarrista, o médico dentista teve o privilégio de conhecer Amália Rodrigues e Luíz Goes.

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Outros perfis É difícil conjugar a profissão de médico dentista com a atividade de músico? É muito difícil. A Medicina Dentária, da forma como eu a encaro e pratico, é uma profissão extremamente absorvente, não só na área à qual me dedico – a cirurgia e implantologia –, mas também por causa da componente de gestão clínica, à qual paralelamente também me dedico por força das sociedades que detenho. Para além de que obriga a uma atualização permanente e a uma disponibilidade constante para os doentes. Não é nada fácil, garanto!

A música não deixa de ser um “escape” na rotina, atendendo a que a profissão de médico dentista se pode tornar muito desgastante. São muitas horas de consultório, para além do tempo obrigatoriamente dispendido na gestão e nas constantes atualizações

Encara a música como um “escape” relativamente à rotina do consultório? Ou acha que existe alguma complementaridade entre as duas atividades? Sinto a necessidade de alguma complementaridade, principalmente no aspeto mais intelectual de que a música dispõe, mas não deixa de ser um “escape” na rotina, atendendo a que a profissão de médico dentista se pode tornar muito desgastante, especialmente pela forma como a encaro e exerço. São muitas horas de consultório, para além do tempo obrigatoriamente dispendido na gestão e nas constantes atualizações, que implicam estudo e formação. Que motivos o levaram a enveredar pela carreira de médico dentista? O gosto pela área médica e a possibilidade de exercer uma atividade por conta própria, que me permitisse autonomia técnica e financeira, foram fatores determinantes na escolha da profissão. Que fatores o atraem mais nesta profissão? Estar apto a resolver problemas e tomar decisões importantes de uma forma autónoma é altamente compensador, gerir equipas de profissionais e dar forma a modelos de tratamento eficazes, são talvez os aspetos mais importantes. No entanto, hoje como há 18 anos, ainda fico genuinamente feliz quando percebo que, para além

do tratamento médico, devolvi confiança e ajudei na promoção da auto-estima do paciente. Como encara o presente e o futuro do setor dentário, tendo em vista a presente conjuntura do país? Estou bastante preocupado com a conjuntura do país e não menos com a da própria profissão, pois o desemprego, a precariedade e os salários baixos são uma realidade que já afeta uma grande parte da população, e a nossa atividade não foge à regra. Mesmo para os profissionais bem preparados, que investem na sua formação, esta insegurança dá lugar à exploração e ao oportunismo, o que resulta num efeito perverso que, de uma forma ou de outra, nos irá afetar a todos sem exceção. Somos uma classe tendencialmente individualista, o que, em parte, resulta da cultura e do método de trabalho, pois vivemos muito fechados nos gabinetes, o que me leva a pensar se não será mais um reflexo da forma de estar dos portugueses em geral. Tenho também de assinalar a falta de estratégia comum, a médio prazo, e a falta de unidade da classe para que se possam criar essas mesmas estratégias e corrigir os erros. Em suma, pensar menos nos nossos interesses individuais e mais no bem comum, e delinear normas que defendam os profissionais a começar pelos mais novos, beneficiaria o acesso a uma Medicina Dentária de melhor qualidade.

João Alvarez (ao centro) ladeado pela fadista Maria Ana Bobone e pelos músicos que colaboram no projeto Rota do Sul, no final de um concerto realizado em Lisboa.

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Calendário de cursos

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ENDODONTIA

ENDODONTIA

Diagnóstico, planeamento e tratamento endodôntico

Componente teórica e curso prático hands on

A OMD celebra no dia 16 deste mês, em Leiria, mais um curso de fim de dia, dedicado à temática “Diagnóstico, planeamento e tratamento endodôntico”. Neste curso, ministrado pelo médico dentista Pedro Cruz, serão apresentados diversos casos clínicos, através de slides e vídeos, que ajudarão a compreender os limites e os novos horizontes da endodontia clínica atual, convencional e cirúrgica, numa tentativa de evitar tanto a extração precoce (e eventual substituição por implantes) como a manutenção “forçada” de peças dentárias.

No âmbito do programa anual do Centro de For mação Contínua da Ordem dos Médicos Dentistas, vai ter lugar no dia 21 deste mês, no Funchal, uma ação de formação subordinada ao tema “Endodontia: componente teórica e curso prático hands on”, sob a orientação dos médicos dentistas Natália Pestana de Vasconcelos e José Manuel Sacramento, ambos docentes universitários de endodontia. O curso decorrerá nas instalações da delegação madeirense da OMD.

OMD. 226 197 690 - www.omd.pt

OMD. 226 197 690 - www.omd.pt

ESTÉTICA

Título de especialista em estética dentária

Resinas compostas na rotina diária da clínica

A Ceodont leva a cabo uma nova edição deste curso, ministrado por Mariano Sanz Alonso, Manuel Antón Radigales e José A. de Rábago Vega. Os próximos módulos são: • 3. Restauração com compósites I; 25 e 26 de outubro. • 4. Restauração com compósites II; 29 e 30 de novembro. •5. Capas de porcelana I; 17 e 18 de janeiro de 2014. • 6. Capas de porcelana II; 14 e 15 de fevereiro de 2014 • 7. Coroas de recobrimento total e incrustações; 21 e 22 de março de 2014.

O Centro Interna cio nal de Educação Dentária que a Ivoclar Vivadent tem na Faculdade de Medina DenRafael Piñeiro tária da Universidade de Lisboa vai acolher, nos dias 20 e 21 deste mês, um curso sobre tratamentos diretos, orientado por Rafael Piñeiro e destinado aos profissionais interessados em aperfeiçoar os seus conhecimentos teóricos e práticos sobre as técnicas de trabalho e resinas compostas. Durante esta formação, será proporcionado aos participantes um protocolo de aplicação de materiais que permita obter resultados altamente estéticos com resinas.

Ceodont (Grupo Ceosa). (0034) 915 540 979 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

IMPLANTOLOGIA

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ESTÉTICA

Ivoclar Vivadent. (0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.es

IMPLANTOLOGIA

Formação continuada em implantologia

Título de especialista em cirurgia e prótese sobre implantes

Este curso, exclusivamente prático e clínico, só admite dois médicos dentistas por cada edição. Cada aluno colocará 20 implantes no mínimo e assistirá a outros 20, já que durante as cirurgias cada médico dentista se converte em assistente do seu colega de curso e vice-versa. Estão previstos trabalhos em pacientes com ausência unitária, múltipla ou total de peças dentárias de ambos os maxilares, devidamente selecionados e preparados de forma integral com a finalidade implantológica. Cada aluno contará com apoio pós-curso graças a uma plataforma de tutorias que assegura, durante todo o ano, o assessoramento e apoio dos professores.

A Ceodont (Grupo Ceosa) organiza este curso, orientado por Mariano Sanz Alonso y José de Rábago Vega com a colaboração de Bertil Friberg. O programa consta dos seguintes módulos: • 1. Diagnóstico e plano de tratamento; de 27 de fevereiro a 1 de março de 2014. • 2. Cirurgia de implantes; de 3 a 5 de abril de 2014. • 3. Prótese sobre implantes; de 29 a 31 de maio de 2014. • 4. Curso sobre cadáveres e cirurgia e prótese em casos complexos; de 19 a 21 de junho de 2014.

Implantbcn. (0034) 931 195 923 - www.implantbcn.com

Ceodont (Grupo Ceosa). (0034) 915 540 979 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

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Calendário de cursos

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IMPLANTOLOGIA

Curso de implantologia e cirurgia avançada sobre cadáver

Pós-graduação de ortopedia dentofacial, intercetiva e ortodontia

Nos próximos dias 4 e 5 de outubro, terá lugar no Hospital Clínico de Barcelona (Espanha) o curso anual de implantologia e cirurgia avançada sobre cadáver, organizado pela Eckermann. Como todos os anos, esta formação permitirá aos participantes conhecerem os últimos avanços e novidades nas técnicas de implantologia e cirurgia dentária e colocá-las em prática sobre cabeças criopreservadas. Professores de reconhecido prestígio a nível internacional orientarão os alunos de forma individualizada.

Inicia-se no próximo mês de outubro, na Clínica Arcos Médica (Seixal), um programa de pós-graduação de ortopedia dentofacial, intercetiva e ortodoncia, orientado pelos médicos dentistas Paulo Retto e Filipa Gaudêncio. Entre os objetivos do curso, constam a otimização dos métodos de diagnóstico e a divulgação dos materiais e das técnicas utilizadas em ortopedia e ortodontia. Os primeiros quatro módulos (de um total de oito) que já têm datas confirmadas vão decorrer nos dias 11 a 13 de outubro, 6 a 8 de dezembro, 7 a 9 de fevereiro e 11 a 13 de abril de 2014.

Eckermann. www.eckermann.es

Formação Clínica. 964 497 900 - ortofirst@gmail.com - www.formacaoclinica.com

ORTODONTIA

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ORTODONTIA

ORTODONTIA

Introdução à técnica de autoligado individualizado Camaleón

Curso teórico-prático de ortodontia

A DM Ceosa leva a cabo no próximo dia 22 de novembro um curso de introdução à técnica de autoligado individualizado Camaleón, durante o qual serão aborados os seguintes temas: autoligado ativo e passivo, vantagens e desvantagens do ligado convencional e do autoligado, brackets de autoligado metálicos e estéticos, sequência de arcos para autoligado Camaleón, diagnóstico con Cone Beam para a prescrição individual e exemplos de tratamentos (casos clínicos). O programa do curso inclui ainda uma visita guiada às instalações da fábrica Euroortodoncia.

Nos próximos dias 16 deste mês e 11 de outubro iniciase, respetivamente em Lisboa e no Porto, um curso teórico-prático de ortodontia, organizado pelo Centro de Estudos de Ortodontia da Gnathos e dirigido por Jorge Gregoret e Horacio Escobar. O curso tem um desenvolvimento presencial ao longo de oito módulos de cinco dias cada um, com uma frequência quadrimestral. Inclui uma parte não presencial (280 horas) a través da Internet, para o assessoramento de trabalhos práticos e seguimento de casos clínicos. É opcional o tratamento sobre pacientes na clínica da Gnathos na capital espanhola.

DM Ceosa/Euroortodoncia. (0034) 915 541 029 - cursos@ledosa.com - www.dmceosa.com

Gnathos. 938 443 734 - vbarroso@gnathos.net

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Calendário de cursos

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VÁRIOS

ORTODONTIA

Formação sobre ortodontia prática

Curso EasyLink em Bilbau e Barcelona

A Ledosa inicia este mês uma nova formação dividida em dois cursos. Um deles é dedicado à temática “Técnica de aparelho fixo de baixa fricção”, cujos primeiros módulos são: • 1. Diagnóstico e cefalometria; de 26 a 28 deste mês. • 2. Estudo da classe I; de 17 a 19 de outubro. • 3. Cimentado e biomecânica; de 14 a 16 de novembro. O outro curso centrase na “Técnica de autoligado e ortodontia multidisciplinar”, com um total de três módulos: • 1. Diagnóstico atual e introdução ao autoligado estético; de 6 a 8 de março de 2014. • 2. Biomecânica avançada e autoligado; de 10 a 12 de abril de 2014. • 3. Ortodontia multidisciplinar; de 8 a 10 de maio de 2014.

Nos próximos dias 21 deste mês e 3 de outubro vão ter lugar, respetivamente em Bilbau e Barcelona (Espanha), duas edições do curso EasyLink, ao abrigo do programa de formação da Eckermann Laboratorium. Este curso consiste na revisão de protocolos com a prótese universal EasyLink, com todas as vantagens das fixas e das aparafusadas. Esta formação conta com a participação de profissionais espanhóis de renome, como Fernando Moraleda e Jesús Toboso, assim como de reconhecidos técnicos de prótese, engenheiros e especialistas em Cad-Cam, que explicarão as vantagens de um sistema inovador no contexto da prótese em implantologia.

Ledosa. (0034) 915 540 979 - cursos@ledosa.com - www.ledosa.com

Eckermann. www.eckermann.es

VÁRIOS

VÁRIOS

O papel do assistente dentário na cirurgia e implantologia oral

Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS

O médico dentista Pedro Mesquita será o protagonista de um curso (com entrada livre) dedicado ao tema “O papel do assistente dentário na cirurgia e implantologia oral, que a Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) agendou para o dia 13 deste mês, no Porto. Esta sessão, ao abrigo da iniciativa “Noites da SPEMD”, abordará temas como o papel do assistente dentário antes, durante e depois da cirurgia, o instrumental cirúrgico e implantológico e a preparação do gabinete dentário, da assistente e do paciente.

A Ledosa organiza este curso, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), que transmite formação adequada e personalizada para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. O curso decorrerá com um número reduzido de alunos, de acordo com o seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado.

SPEMD. idalia.godinho@spemd.pt

Ledosa. (0034) 915 540 979 - cursos@ledosa.com - www.ledosa.com

JORNADA IBÉRICA

VÁRIOS

Curso de sedação consciente 28 de setembro de 2013

Troia Design Hotel (Troia) Preço estudantes 69 € e para profissionais 105 €. Faça a sua inscrição através do tel. 218 874 085 ou email: portugal@maxillaris.com

A Malo Clinic Education agendou para os dias 4 e 5 de outubro próximo a 12ª edição do curso de sedação consciente, que abordará temas como as técnicas de administração clínica, entre outros, seguidos por uma sessão prática e por uma cirurgia em direto com sedação consciente. Lecionado por Filipa Maria Roque, Ana Ferro e Rodolfo Morganho, com o apoio de outros membros da equipa clínica da Malo Clinic, o curso pretende mostrar como introduzir a sedação consciente com protóxido de azoto e oxigénio na prática clínica diária de uma forma simples, e centra-se na segurança e na utilização prática da sedação em adultos e crianças. Malo Clinic. 217 247 080 - education@maloclinics.com

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Congressos e reuniões

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MAXILLARIS organiza este mês jornada ibérica em Troia

Congresso anual da OMD agendado para novembro

Congresso europeu de endodontia celebra-se em Lisboa

A MAXILLARIS celebra este mês em Troia um evento de carácter científico com a participação de oradores de Portugal e Espanha, membros das comissões científicas das edições portuguesa e espanhola desta revista. Trata-se da Jornada Ibérica MAXILLARIS, que terá lugar no próximo dia 28, no Troia Design Hotel. O programa científico, dedicado à temática dos implantes, contará com as intervenções de Susana Noronha (Lisboa), Jaime Guimarães (Porto) e Javier García Fernández (Madrid). A jornada inclui ainda uma mini exposição comercial e terminará com uma prova de vinhos.

O congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas regressa este ano ao Centro de Congressos de Lisboa. A 22ª edição do principal evento nacional do setor dentário está agendada para os dias 21 a 23 de novembro. De acordo com a Comissão Organizadora, presidida por Jaime Mota, está garantida a presença em Lisboa de vários conferencistas de renome mundial, entre os quais o italiano Carlo Tinti (periodontologia), o francês David Nisano (implantologia), o belga Jan Berghmans (endodontia), o espanhol Juan Boj (odontopediatria) e o brasileiro Paulo Conti (oclusão).

O Centro de Congressos de Lisboa vai ser o cenário da 16ª edição do congresso europeu de endodontia, agendado para os dias 12 a 14 deste mês. Este encontro bienal, organizado pela Sociedade Europeia de Endodontia, reunirá os maiores especialistas internacionais neste campo da Medicina Dentária. O programa inclui uma exposição comercial (numa área de mais de 1.500 metros quadrados) que dará a conhecer aos congressistas os últimos instrumentos e materiais ao serviço dos profissionais do setor.

218 874 085 portugal@maxillaris.com

www.omd.pt

Guimarães acolhe próxima reunião científica da SPODF

Congresso anual da SPEMD realiza-se em outubro

VII Congresso de ortodontia na Universidade do Porto

A 26ª reunião científica anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-facial (SPODF) vai ter lugar de 3 a 5 de abril do próximo ano, em Guimarães. Subordinada à temática “Soluções terapêuticas multidisciplinares”, a reunião de 2014 vai ter como cenário o Centro Cultural Vila Flor da “Cidade Berço”, onde estão já confirmadas as intervenções dos conferencistas internacionais Domingo Martín e Íñigo Sada (ortodontia), Giulio Rasperini (periodontia) e Cristina Teixeira (biomateriais).

A 33ª edição do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai ter lugar nos dias 11 e 12 de outubro, na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda (Porto). O programa científico procurará refletir os últimos progressos em áreas da Medicina Dentária como a cirurgia, a implantologia, a reabilitação oral sobre implantes, a patologia oral, a endodontia, a dentisteria estética, a odontopediatria e os branqueamentos dentários, entre outras. Está prevista a participação de oradores de elevado nível.

O Centro de Investigação Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto acolhe, nos dias 12 a 14 deste mês, a sétima edição do congresso de ortodontia. Este encontro abordará, entre outros temas, os últimos avanços nas técnicas autoligável e lingual e contará com as intervenções dos médicos dentistas espanhóis Álvaro Larriu, Francisco González-Dans e María Dolores Oteo. A nível nacional, estão confirmados Carlos Mota, Fernando Peres, Francisco Vale, Marcus Veiga, Maria Manuel Brito e Teresa Alonso.

www.spodf2014.admeus.net

www.spemd.pt

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www.e-s-e.eu

MAXILLARIS SETEMBRO 2013

congressoortodontiafmup@gmail.com


Dublin organiza em outubro congresso anual da EAO

AB Dental Implantes celebra encontro anual

Expodental regressa a Madrid em março de 2014

A 22ª edição do congresso anual da Associação Europeia de Osseointegração (EAO na sigla em inglês) vai ter lugar de 17 a 19 do próximo mês de outubro, em Dublin (Irlanda). A organização do evento espera atrair à capital irlandesa cerca de 3.000 profissionais de Medicina Dentária, estando igualmente prevista a presença de mais de 80 empresas internacionais do setor na exposição comercial que irá decorrer paraIelamente ao programa científico da EAO.

O encontro anual de clientes e consultores da AB Dental Implantes vai decorrer, de 27 de outubro a 3 de novembro, a bordo do navio “Alure of the seas”. Esta reunião pretende juntar profissionais de todas as nacionalidades com algo em comum: serem utilizadores do sistema de implantes AB. A reunião decorrerá a bordo do segundo maior navio a navegar nas Caraíbas e consiste num cruzeiro durante o qual os clientes podem usufruir de umas férias idílicas e também participar em workshops e assistir a conferências de renomados oradores.

O recinto de feiras da capital espanhola vai acolher, entre os dias 13 e 15 de março do próximo ano, a décima terceira Expodental. Na edição anterior, realizada em 2012, o Salão Internacional de Equipamentos, Produtos e Serviços Dentários, que a feira de Madrid (Ifema) organiza com o apoio da Federação Espanhola de Empresas de Tecnologia Sanitária (Fenin), reuniu 22.336 profissionais em torno das novidades apresentadas por cerca de 300 empresas espanholas e estrangeiras. Ao longo do seu percurso, a Expodental consolidou-se como o segundo certame do circuito de feiras do mercado dentário europeu, apenas superada pelo salão IDS de Colónia (Alemanha).

www.eao.org

www.abimplantes.com

Congressos e reuniões

ND Congresos marPT_Maquetación 1 21/08/13 08:39 Página 75

www.expodental.ifema.es

Camlog organiza em Valência congresso internacional de 2014

Viena acolhe quinto simpósio “Competence in esthetics”

II International Education Week

A quinta edição do congresso internacional da Camlog vai decorrer de 26 a 28 de junho de 2014, na cidade espanhola de Valência, sob o tema “O mundo da Odontología em constante evolução dos implantes”. Os avanços sob o ponto de vista científico e as práticas da implantologia serão abordados nas diferentes conferências que vão ter lugar ao abrigo deste evento. Como em ocasiões anteriores, a comissão organizadora compromete-se a assegurar um programa científico com oradores de alto nível. Como presidentes do congresso foram nomeados os professores Fernando Guerra (Universidade de Coimbra) e Mariano Sanz (Universidad Complutense de Madrid).

A Ivoclar Vivadent organiza a quinta edição do simpósio “Competence in Esthetics”, que terá lugar nos dias 15 e 16 de novembro próximo, em Viena (Áustria). O simpósio, cujo tema central a tratar será “Restaurações estéticas, implantes e funções”, contará com a presença de especialistas mundiais que partilharão as suas experiências mais recentes e as últimas novidades em matéria de produtos. Os congressistas poderão assistir a workshops adicionais e demonstrações em direto sobre os produtos da Ivoclar Vivadent.

A II International Education Week, iniciativa organizada pela Straumann, vai ter lugar entre 25 e 29 deste mês em Reiquiavique (Islândia). A Universidade da Islândia será o cenário da reunião destinada a divulgar as últimas novidades no tratamento de complicações cirúrgicas, periimplantares e prostodônticas. Como novidade desta segunda edição, os participantes poderão assistir a cirurgias em direto e visualizar assim os passos necessários para serem bem sucedidos nas restaurações estéticas. www.straumann.com

http://www.ivoclarvivadent.com/cie2013/en/

www.camlog.com

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Novidades da indústria

ND Novidades setPT_Maquetación 1 21/08/13 08:50 Página 76

Novo motor de implantologia I-Surge

Novo laser de iodo e alta frequência (0034) 937 154 520 - info@es.acteongroup.com www.es.acteongroup.com

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(0034) 687 381 020 - s.sanchez@hagerwerken.de

O novo motor para implantologia I-Surge da Satelec oferece duas configurações numa unidade compacta. O profissional pode eleger o seu I-Surge com o micromotor esterilizável “Implant Ster”, de 40.000 rpm e com pedal multifunção, ou selecionar o micromotor não esterilizável “Implant”, de 30.000 rpm e com pedal simples. Em ambos os casos, o I-Surge integra o novo e exclusivo sistema de irrigação, com fecho magnético, que proporciona um fluxo controlado e preciso. Com este sistema, podem ser utilizadas tanto linhas de irrigação estéreis de um só uso como linhas esterilizáveis, tal como nos aparelhos de cirurgia piezoelétrica. A calibração eletrónica do contraângulo com o motor ou os botões de ativação/desativação da bomba de irrigação e do motor, situados no painel frontal, são outras vantagens do novo I-Surge. O seu ecran LCD mostra informações claras como a velocidade de rotação em tempo real. Também tem capacidade para memorizar cinco programas.

O LaserHF Comfort oferece vantagens ilimitadas em todos os campos da prática dentária diária. A sua alta frequência permite cortar de maneira precisa e rápida, coagular e suturar. É ideal para gengivectomia, gengivoplastia, excisão de fibromas, frenectomia e frenotomia. O laser de diodo é ideal em endodontia, periodontia, implantologia, tratamento dos tecidos leves e terapias. Facilita a descontaminação do canal radicular, a exposição de implantes, a redução de germes periodontais e a ativação dos materiais de branqueamento. Permite terapias de baixa intensidade (LLLT) para aliviar a dor e regenerar o tecido (inflamação, aftas, herpes, etc.) e terapias fotodinâmicas (PDT) para a eliminação das bactérias.

Implantes de conexão externa

Maquilhadores SR Nexco 213 304 634 - www.conexao.com.br

(0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.es

A Conexão tem à disposição do mercado dentário português os implantes de conexão externa Master Easy, Easy Grip e Short. O implante Easy é cilíndrico, auto-rosqueante e possui rosca externa dupla com perfil triangular, ápice levemente cónico com quatro fresados e ponta abaulada, estando disponível nos diâmetros de 3,3; 3,75; 4,0 e 5,0 mm e diversos comprimentos. O implante Grip é ligeiramente cônico expansivo. Possui rosca externa dupla com perfil triangular e quatro fresados que acompanham a conicidade do ápice. Está disponível nos diâmetros de 3,75; 4,0 e 5,0 mm. O implante Short é curto, cilíndrico e auto-rosqueante, estando à disposição nos diâmetros de 4,3 e 5,0 mm para o comprimento de 5,5 mm.

Já estão disponíveis as novas cores de caracterização do sistema de compósite de laboratório SR Nexco, que tem como principais particularidades a sua facilidade de utilização, a sua tolerância de capa na obtenção de uma cor e a sua universalidade de fotopolimerização. SR Nexco dispõe de uma completa gama de materiais especificamente desenvolvidos para alcançar bons resultados na realização de restaurações de gengiva, que se vê agora completada con os dois novos maquilhadores SR Nexco Stains Red e SR Nexco Stains Chili. O primeiro traduz-se num vermelho intenso, ao passo que o segundo corresponde a um vermelho próximo das tonalidades do grená. Ambos permitem caracterizar restaurações de gengiva que imitam na perfeição o tecido gengival natural.

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Página empresarial

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Eckermann estará presente no salão dentário de Madrid

Ivoclar Vivadent divulga artigo de leitura interativa

A Eckermann Laboratorium vai marcar presença, com um stand principal, no salão dentário de implantologia que terá lugar nos dias 26 a 28 deste mês, em Madrid (Espanha). No último dia do programa, a Eckermann oferecerá um workshop exclusivo, dirigido a médicos dentistas, técnicos de prótese e outros profissionais do setor, durante o qual será apresentado o sistema de prótese universal EasyLink, produto estrela desta marca de implantes. Neste workshop serão revistos protocolos e apresentadas as vantagens do sistema aplicadas ao conceito all-on-4, à carga imediata e ao Cad-Cam, etc.

A Ivoclar Vivadent disponibiliza um novo artigo de leitura interativa através do iPad. O artigo em questão intitula-se “Quando os conceitos encaixam entre si” e é assinado por Jan Kurtz-Hoffmann e Frank Zalich. Neste trabalho, os autores mostram a substituição de restaurações estéticas numa paciente usando IPS e.max system, da Ivoclar Vivadent. Na versão digital deste artigo, que oferece a aplicação para Reflect, mostra-se o procedimento do tratamento por completo, desde o planeamento até à colocação da restauração final. Os utilizadores da aplicação (que pode ser descarregada em http://www.ivoclarvivadent.com/reflect) têm à disposição uma extensa galeria de imagens.

www.eckermann.es

(0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.es

Costa da Caparica acolheu gala dedicada à ortodontia

Casa Schmidt apoia estudantes de Medicina Dentária

No passado dia 26 de maio teve lugar, num hotel da Costa da Caparica, a Gala Matinal de Ortodontia, dedicada à ortodontia funcional e às novas tecnologias, organizada pelos médicos dentistas Paulo Fernandes Retto e Filipa Gaudêncio, ao abrigo do sétimo módulo da pós-graduação de Ortopedia Dentofacial, Intercetiva e Ortodontia. Esta jornada contou com a intervenção de Duran Von Arx, professor catedrático de ortodontia da Universidade de Barcelona (Espanha), que abordou o tema de aparatologia miofuncional e estímulo-terapia. Por seu lado, María del Mar Fernández Villalba, docente da Faculdade de Odontologia e Estomatologia de Valência (Espanha), fez uma abordagem à temática “Ortodontia de baixa fricção e técnicas autoligáveis”.

Consciente da importância que a geração futura de médicos dentistas traz para o mercado dentário, a Casa Schmidt Portugal fez questão de estar presente em algumas das jornadas universitárias de Medicina Dentária que decorreram nos últimos meses. O apoio aos jovens médicos dentistas passa não só por questões financeiras, com o intuito de patrocinar projetos aliciantes, como também por um acompanhamento ao longo do percurso de formação e também no momento em que necessitarão de ajudas para promover a sua atividade e o seu lançamento profissional. A Casa Schmidt conta com um programa especial que permite aos recém licenciados iniciar a sua atividade com ajudas de planificação para abertura da clínica dentária, podendo contar com as melhores marcas de equipamentos e aparelhos e com ofertas competitivas de consumíveis.

Duran Von Arx durante a sua intervenção na gala.

PARA PORTUGAL

Pierre Fabre comunica o falecimento do seu fundador Foi com grande consternação que os Laboratórios Pierre Fabre e os seus 10.000 colaboradores tomaram conhecimento do falecimento do seu presidente e fundador, Pierre Fabre. Desde a criação dos laboratórios em 1961 e até aos últimos dias, Pierre Fabre consagrou toda a sua energia a esta marca internacional, cujos produtos são hoje distribuídos em mais de 130 países. A direção da empresa acentua, nesta fase de luto, o imenso reconhecimento e gratidão para com aquele que se dedicou totalmente à sua empresa e que, conforme o seu desejo, continuará a aventura iniciada há mais de 50 anos. Pierre Fabre criou a marca em 1961.

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800 201 192 – www.casa-schmidt.com

www.formacaoclinica.com

www.pierre-fabre.com

Empresa fabricante de Implantes Dentários seleciona:

AGENTES COMERCIAIS AUTÓNOMOS

Atividade: vendas e assessoria de produto a médicos dentistas e protésicos. Desenvolvimento e colaboração na implementação de cursos formativos e atividades organizadas pela empresa. Oferece-se: interessantes comissões por volume de vendas. Possibilidade de levar zona com produtos implantológicos de alta qualidade. Formação e suporte técnico a cargo da empresa. Valoriza-se: experiência comercial em setor de implantes. Disponibilidade para viajar (carro e carta de condução). Os interessados devem enviar Curriculum Vitae para: adm@radhex.es


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Página empresarial Ceodont conclui 19ª edição de curso na área dos implantes A Ceodont (Grupo Ceosa) assinalou o final da 19ª edição do título de especialista em cirurgia e prótese sobre implantes, que decorreu na sede da empresa, em Madrid (Espanha). Este ciclo formativo contou com a participação dos oradores Mariano Sanz Alguns dos participantes do curso da Ceodont. Alonso, José A. de Rábago Vega e Bertil Friberg (Brånemark, Suécia), para além de um destacado grupo de docentes colaboradores. Durante a cerimónia de encerramento do curso, os alunos receberam das mãos dos respetivos professores os diplomas correspondentes ao título. (0034) 915 540 979 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

Eckermann lança loja online Eckstore Eckermann Laboratorium tem à disposição uma nova loja online (Eckstore). Este novo serviço eletrónico oferece aos profissionais do setor registados no site da empresa o acesso a toda a informação dos implantes e produtos da casa, incluindo o sistema de prótese EasyLink, beneficiando de descontos especiais e ofertas exclusivas para os clientes que preferem fazer os seus pedidos via internet. Além disso, a nova página eletrónica da Eckermann está preparada para recordar o pedido anterior, permitindo revê-lo e confirmá-lo, o que representa uma poupança de tempo para os utilizadores. Eckermann tem novo serviço eletrónico ao dispor do setor.

www.eckermann.es

Mis já está disponível nas redes sociais A marca de implantes dentários Mis já se en contra disponível nas redes sociais Facebook e Linked-in. Assim, todos os interessados pode rão acompanhar quaisquer atualizações, artigos, eventos, fotografias ou outras notícias. Para se manterem sintonizados com a marca, os profissionais do setor devem consultar: facebook.com/MisImplantsTechnologiesLtdGlobal. 214 175 017 - portugal@mis-implants.com

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A indústria a Juan M. Molina pousa com uma unidade exposta no Centro Tecnológico de Madrid.

O novo cenário que a crise económica propiciou levou a que empresas como a Henry Schein decidissem apostar por uma mudança importante na sua filosofia comercial, em que o preço de um produto ou serviço já não é o fator determinante. “A crise nota-se de maneira evidente desde há um ano e meio, e isso está a fazer com que o mercado exija que os profissionais evoluam para ser mais competitivos. Não gosto de falar de crise porque entendo que já não é algo conjuntural. O ciclo mudou e agora resta-nos adaptar à situação e encontrar novas fórmulas para obter a rentabilidade”, afirma à MAXILLARIS Juan Manuel Molina, diretor geral da Henry Schein para Espanha e Portugal. “Queremos ser o sócio global dos profissionais do setor, fornecendo produtos que possam cobrir praticamente todas as necesidades, mas também uma série de serviços que facilitem a rentabilidade das clínicas ou laboratórios dentários”, assegura com firmeza Juan M. Molina. A Henry Schein tem como pilar da sua estratégia comercial a educação dos seus clientes no uso da tecnologia, o que lhes permite entender o valor acrescentado que esta

Juan M. Molina, diretor geral da Henry Schein para Espanha e Portugal

“Queremos ser uma empresa de ponta, mas fugimos ao oportunismo” oferece ao seu exercício. “Os profissionais devem ter um conhecimento concreto de como vão rentabilizar o seu investimento. Sabemos que nem sempre o produto mais caro é o que necessita o nosso cliente, e dizemos-lhe isso claramente”, explica o responsável da empresa. Um exemplo deste planeamento global do negócio é o financiamento à medida da oferta. Quando um cliente compra um equipamento à Henry Schein, a companhia ajusta a quota mensual à curva de aprendizagem, de maneira que o profissional pague menos quota na fase inicial, quando ainda não teve oportunidade de extrair todo o rendimento à sua compra; essa quantidade vai aumentando à medida que se aperfeiçoa o uso. Em seguida, Juan M. Molina revela os objetivos e expetativas da companhia no setor dentário. Qual é a presente situação da Henry Schein em Portugal e que estratégia tem prevista, a curto ou médio prazo, para o mercado português? A Henry Schein está em Portugal desde 1999, fornecendo material médico-dentário a mais de seis mil profissionais. Em novembro de 2012 entrámos no mercado do equipamento dentário, alta tecnologia e Cad-Cam com a distribuição de produtos Sirona e estes juntam-se aos que atualmente vendemos da Carestream. Também temos, desde finales de 2012, a distribuição em regime de exclusividade da marca ACE, o que nos permite oferecer uma solução completa a médicos dentistas e protésicos que trabalham com implantes e biomateriais. Com todo este portfolio, o nosso objetivo a curto e médio prazo é consolidar-nos como a referência de futuro para os

nossos clientes, ajudando-os a melhorar a rentabilidade e produtividade das suas clínicas porque com isso melhorará a atenção ao paciente. Tudo isto é possível graças ao apoio de mais de 40 profissionais da Henry Schein que atendem os nossos clientes em Portugal. Como se ganha a confiança dos clientes? Temos de aproveitar a credibilidade que tem a Henry Schein. O que decidimos, fazemos. Os profissionais – médicos dentistas, protésicos, higienistas dentários e auxiliares – confiam em nós e vice versa. O nosso trato é de proximidade e muito profissional. Pensamos sempre no que o nosso cliente necessita e, em função disso, oferecemos-lhe os nossos produtos. Muitas vezes as opções mais caras não são as mais convenientes. Na realidade, o nosso objetivo é oferecer-lhes um plano de negócio. Para além das explicações oportunas para a compra de um produto ou serviço, también ajudamos o cliente através dos nossos serviços financeiros, para oferecer-lhe as soluções mais adequadas. Na vossa oferta estão cobertas as áreas de consumo, equipamento, software ou serviços financeiros. Qual é a meta? Que qualquer coisa que necessite um profissional possa encontrá-la na Henry Schein. Cobrimos todas as necessidades da indústria que possa ter um profissional, tanto no terreno da Medicina Dentária generalista como no das especialidades. Por outro lado, estamos completamente atualizados relativamente à evolução do setor. Por exemplo, na Europa está-se a introduzir uma nova regulação sobre os sistemas de higiene e desinfeção. Embora isso

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a a fundo

ainda não seja uma realidade na Península Ibérica, certamente irá acontecer e então veremos que as higienistas terão um papel chave na clínica, sobretudo pelas exigências de garantir o rastreamento dos instrumentos. Neste sentido, a Henry Schein vai preparar cursos de formação nesta área, para explicar as mudanças neste âmbito e aconselhar sobre como investir num sistema de higiene. Que estratégia segue a empresa com os fornecedores? Estamos abertos a analisar as oportunidades que representem um valor acrescentado. Neste terreno aproveitamos muito a nossa experiência como grupo. A nossa presença nos Estados Unidos e noutros países da Europa ou na China levam-nos a estar atentos a todas as novidades que vão surgindo. Para incluir um novo fornecedor no nosso catálogo há muitos departamentos que entram em ação: Compras, Qualidade, Regulação, Marketing, etcétera. Queremos ser uma empresa de ponta, mas fugindo ao oportunismo. Quando aparecem novas tecnologias, há sempre um processo paralelo de florescimento de um tipo de mercado oportunista. Trata-se de empresas com preços muito agressivos. A minha recomendação é: muito cuidado com estas empresas sem prestígio, porque estamos a falar de uma tecnologia aplicada aos tratamentos de um paciente.

Que planos tem a Henry Schein no campo tecnológico? Na área de consumo contamos com mais de 32.000 referências, pelo que cobrimos quase todo o espetro que possa necessitar um profissional. Na parte de equipamento, os serviços fundamentais de uma clínica estão cobertos, mas queremos reforçar a nossa oferta quanto a equipamentos de Cad-Cam e sistemas de 3D. Pensamos que continuará a evoluir o fluxo de comunicação entre o paciente, o médico dentista e o protésico. De resto, a Henry Schein trabalha num projeto internacional, denominado Global Prosthetic, cujo objetivo é aplicar os progressos de software para facilitar a comunicação e a integração das três partes. Neste sentido, em outubro lançaremos algumas aplicações de software, em castelhano e português, para que os protésicos e os médicos dentistas trabalhem muito melhor juntos. No final de 2011 inaugurou-se, em Madrid, o Centro Tecnológico da Henry Schein, onde já foram formados 800 profissionais. Qual é o objetivo na vertente docente? A nossa meta não é competir nem com as universidades nem com os fabricantes, mas sim colaborar com todas as instituições e chegar a todos os profissionais com ne cessidade de formação. Já nos estamos a aproximar do primeiro milhar de alunos que passaram pelas nossas

Empresa: Henry Schein Espanha, S.A.U. Equipa diretiva: Juan Manuel Molina, diretor geral para Espanha e Portugal, e dez diretores de negócio, cada um de eles lidera uma unidade. Principais gamas de produto e serviços no setor dentário: • Equipamento: Sirona, Carestream e Carl Zeiss. • Consumíveis: 32.000 referências, das quais mais de 3.500 são de marca própria. • Serviços: - Pro service: Serviço técnico de equipamento, manutenção de aparelhos dentários e alta tecnologia. - Pro repair: Serviço de reparação de rotatórios com peças sobressalentes originais. - Pequena aparatologia • Implantologia: ACE. • Mobiliário clínico: Clinak. • Software: Infomed. • Outros serviços: - Financiação (Financial Services). - e-brand dentário (redes sociais setor dentário). Sedes na Península Ibérica: • Central: Madrid. • Centros tecnológicos: Madrid, Barcelona, Sevilha, Valência e, proximamente, Bilbau e Lisboa. • Armazém: Seseña, em Toledo, (8.100 m2). Número de empregados da Henry Schein: Mais de 15.000 em todo o mundo. Vendas mundiais do grupo em 2012: 8.900 milhões de dólares (Divisão Dentária: 4.774 milhões de dólares).

instalações e a satisfação é absoluta. Tivemos desde médicos dentistas consolidados que procuravam uma atualização numa área concreta até estudantes, higienistas dentários, protésicos, etcétera. Através da nossa presença nas redes sociais, agrupadas sob a denominação de e-brand dental, informamos sobre todas as nossas iniciativas formativas. O Centro Tecnológico funciona muito bem, tal como os nossos show rooms de Barcelona, Sevilha e Valência. Antes de terminar o ano também contaremos com mais um show room em Bilbau e inauguraremos os nossos novos escritórios em Lisboa.

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