MAXILLARIS dezembro 2015

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Publicidade

Crónica Orlando Monteiro da Silva recandidata-se ao cargo de bastonário da OMD

Especial Congresso da OMD 24ª edição atraiu à zona oriental de Lisboa mais de 10.000 participantes

Falamos com… Patrick Hescott, presidente da Federação Dentária Internacional Orlando Martins, presidente da Comissão Organizadora da Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes


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Posso reduzir em quase 50% a fatura de laboratório sem renunciar à mais alta qualidade e seriedade

Dr. Rafael Filpo Valentín Licenciado em Medicina Dentária pela Universidade de Santiago

Queridos amigos e colegas, nesta época de forte crise em que resulta imprescindível encontrar rentabilidade reduzindo custos, quero partilhar com todos vós um novo laboratório. Dental Lab, uma autêntica descoberta! Há mais de um ano que trabalho com eles e os resultados são excelentes. Posso oferecer aos meus pacientes uma alta qualidade a um preço muito inferior ao que estamos habituados a pagar, reduzindo assim quase em 50% a fatura de laboratório. Se quer saber mais ou fazer alguma consulta, não duvide em contactá-los, recomendo-lhe. Coroa de metal-porcelana: 36€ Esquelético de 8 peças ou mais: 42€ Prótese acrílica completa sup. ou inf.: 36€ Coroa zircónio: 89€

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FRANÇA-ESPANHA-PORTUGAL


Sumário

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Crónica 12

Orlando Monteiro da Silva recandidata-se ao cargo de bastonário da OMD.

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OMD antevê uma boa cooperação com o novo ministro da Saúde.

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Gustavo Gregoret: “Diferentes recursos mecânicos para a recuperação dos segundos molares impactados”.

Missão voluntária

Quase metade dos portugueses não vai ao médico dentista há mais de um ano.

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David Francisco, médico dentista: “O voluntário ganha sempre mais do que a pessoa que é ajudada”.

Especial Congresso da OMD 22 26

Ponto de vista Congresso da OMD atraiu à zona oriental de Lisboa mais de 10.000 participantes.

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Jorge Sampaio foi ao congresso prestar homenagem aos médicos dentistas que apoiam estudantes sírios.

David Sanz López, presidente da Comissão Organizadora do Primeiro Congresso Luso-Espanhol de Cirurgia Ortognática e Ortodontia: “Coimbra, capital ibérica da cirurgia ortognática e da ortodontia”.

Falamos com… 28 37

Calendário de cursos Patrick Hescot, presidente da Federação Dentária Internacional: “A minha meta é devolver a saúde oral ao seu legítimo lugar na medicina”.

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Orlando Martins, presidente da Comissão Organizadora da Reunião Científica da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes: “Pretendemos criar uma reunião com temas mais voltados para a sociedade civil”.

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Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: Maria João Miranda. comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.

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Jesús Pato Mourelo: “Cirurgia guiada assistida por computador com carga imediata: a implantologia do século XXI”.

Proprietário: Cyan Editores.

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Congressos e reuniões Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

Página empresarial

Ciência e prática 44

Agenda de cursos para os profissionais.

Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Bilhoto. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Susana Noronha.

Notícias de empresas.

Novidades da indústria 84

Produtos e equipamentos.

Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 €, resto 80 €. ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 de 9/6 art 12º nº 1ª

Tiragem: 6.100 exemplares

Consultor para a América Latina: Pérsio Mariani. REDAÇÃO (nova morada): Rua Francisco Sanches, 122, 2º 1170-144 Lisboa. Tel./Fax: 218 874 085.

• Periodicidade bimestral. • MAXILLARIS não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores. • Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito de CYAN EDITORES.


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Índice de anunciantes

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Bien-Air . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 e 84 BTI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 e 57

Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com

Carestream Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 CEOdont. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Dental Lab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2, 42 e 43 DENTSPLY Detrey . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Douromed . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 a 71

Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com

Dürr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 e 11 Eckermann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Expodental Madrid 2016 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Ferraz Lynce. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Galimplant . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com

Gnatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 Henry Schein . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Instituto Casan. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 Ivoclar Vivadent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 e 86 Ledosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Medical 10. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Osteoplac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 e 36 Procoven . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 e 21 Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 SDS/MIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Sysdentrix . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Encartes:

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O HSS Portugal

Serviços Administrativos: Marta Esquinas e Inmaculada Barrio. administracion@maxillaris.com REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45 Fax: (0034) 917 25 01 80 Edição online espanhola: www.maxillaris.com Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Blas Noguerol Rodríguez. Emilio Serena Rincón. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chémez. Rafael Martín-Granizo López.


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Crónica

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Orlando Monteiro da Silva recandidata-se ao cargo de bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas Orlando Monteiro da Silva lidera a única lista (A) que se apresenta às eleições para os órgãos diretivos da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), que se celebram no dia 19 deste mês. O atual bastonário da OMD tem, assim, assegurado o seu sexto mandato consecutivo como representante máximo da “classe” dos médicos dentistas. O programa da lista A traça quatro eixos prioritários que passam por pugnar pelo acesso de toda a população a cuidados de saúde oral, pela aposta na formação e qualificação dos médicos dentistas, defendendo uma formação em Medicina Dentária adequada às necessidades reais do país, e ao nível da organização da Ordem, a criação de novas estruturas que promovam a saúde oral, bem como a implementação do novo Estatuto da OMD. As eleições do próximo dia 19 decorrem precisamente da aprovação pela Assembleia da República do novo Estatuto que, entre outros, cria o Conselho Geral da OMD, um novo órgão constituído por 50 médicos dentistas, que terá um funcionamento semelhante a um parlamento.

Orlando Monteiro da Silva lidera a única lista que se apresenta ao ato eleitoral agendado para o dia 19 deste mês.

“Decidi, fazendo-me acompanhar de um grupo de colegas empenhados na Medicina Dentária portuguesa, recandidatar-me nas próximas eleições a bastonário da OMD”, revela Orlando Monteiro da Silva num comunicado enviado à nossa redação, no qual acrescenta que a equipa que lidera neste processo “é formada por médicos dentistas de excelência, disponíveis para assumir novos compromissos, decorrentes de novos desafios que à profissão estão a ser colocados”. A lista encabeçada pelo atual bastonário foi subscrita por 835 médicos dentistas, o que em muito ultrapassa as 150 assinaturas necessárias para a apresentação de uma candidatura. Entre os elementos que integram a lista, destacam-se as candidaturas de João Caramês e Ana Cristina Mano Azul à presidência da Mesa da Assembleia e do Conselho Fiscal, respetivamente, o que deixa antever que o “núcleo duro” da equipa que tem a seu cargo os destinos da OMD será mantido no próximo triénio.

MAXILLARIS renova apoio aos congressos e reuniões do setor A MAXILLARIS volta a assegurar, em 2016, o seu apoio aos congressos, reuniões e jornadas anuais das diferentes sociedades científicas e organizações estudantis do setor. Esta revista tem já confirmada a sua colaboração nos primeiros encontros do próximo ano, nomeadamente o congresso ibérico de cirurgia orotgnática e ortodontia, agendado para os dias 12 e 13 de fevereiro, o encontro da Young Dentists Portugal, que se realiza entre os dias 28 de fevereiro e 6 de março, e a Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes, que se celebra nos dias 11 e 12 de março. Coimbra será a cidade anfitriã destes três eventos. A primeira reunião sobre a técnica auto-ligável da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (19 e 20 de fevereiro) e as jornadas internacionais do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (4 e 5 de março) são outras iniciativas, a curto prazo, que contam com o patrocínio desta revista. Para além da oferta de exemplares da revista aos congressistas, a MAXILLARIS patrocina regularmente os concursos de pósteres científicos, através da atribuição dos DVD’s (sobre periodontia, implantologia, cirurgia oral e medicina oral) que integram a sua Biblioteca Multimédia, bem como da publicação dos trabalhos vencedores.

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Crónica

OMD antevê uma boa cooperação com o novo ministro da Saúde A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) considera que Adalberto Campos Fernandes reúne as condições necessárias para deixar uma marca positiva no Ministério da Saúde. O novo ministro da Saúde do governo socialista recém-empossado é médico de saúde pública e fez carreira como gestor hospitalar. Doutorou-se recentemente em Administração Pública, com um trabalho sobre “A combinação público-privado em saúde: impacto no desempenho no sistema e nos resultados em saúde no contexto português”, que coloca em evidência a necessidade dos serviços privados crescerem em função do que for melhor para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Membro do Gabinete de Estudos do Partido Socialista, Adalberto Campos Fernandes, um conhecido defensor do SNS, é um dos autores do programa de governo do PS, tendo reunido várias vezes com as várias ordens profissionais da área da saúde. Orlando Monteiro da Silva, bastonário da OMD, refere que durante estas reuniões “foi possível constatar o empenho do novo ministro da Saúde e a sua vontade de cooperar, mostrando-se sempre sensível às informações e opiniões que lhe eram transmitidas”. O bastonário revela que Adalberto Campos Fernandes “manifestou a intenção de procurar sinergias entre o público e os privados, a exemplo do que decorre do programa cheque-dentista”.

Adalberto Campos Fernandes, atual ministro da Saúde, fez carreira como gestor hospitalar.

Orlando Monteiro da Silva considera ainda que a vertente de gestão do novo detentor da pasta da Saúde “ganhará preponderância sobre a de médico num dos maiores e mais complexos ministérios de qualquer governo”.

Das medidas previstas pelo Programa de Governo do PS destaca-se a ampliação e melhoria da cobertura do SNS nas áreas da saúde oral e da saúde visual, o reforço das capacidades dos cuidados de saúde primários, a implementação de políticas de diferenciação positiva orientadas para os cidadãos mais vulneráveis, a criação de 100 novas unidades de saúde familiar, a atribuição de médicos de família a mais 500 mil habitantes e a reforma da organização interna dos hospitais e do seu modelo de gestão.

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Crónica

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Jovem médico dentista português eleito tesoureiro da Young Dentists Worldwide O jovem médico dentista português João Pires é o novo tesoureiro da Young Dentists Worldwide (YDW), organização que representa os jovens profissionais do setor dentário a nível mundial. A eleição, por unanimidade, decorreu durante a Assembleia Geral da YDW que teve lugar em Banguecoque (Tailândia), no passado mês de setembro. Licenciado pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Coimbra, João Pires é atualmente o presidente da associação Young Dentists Portugal, que representa os estudantes finalistas do curso de Medicina Dentária e os jovens médicos dentistas portugueses.

João Pires, presidente da associação Young Dentists Portugal.

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Grupo de participantes no Forum Bien-Air na Facultad de Odontología da Universitat Internacional de Catalunya, em Sant Cugat del Vallès.

III Bien-Air International Universities Forum

Depois das passadas edições nas cidades norte-americanas de Baltimore e Las Vegas, Barcelona (Espanha) acolheu este ano a maior concentração de Universidades dos Estados Unidos, da China e da Europa, no âmbito de umas jornadas científicas organizadas pela Bien-Air, nos dias 22 e 23 do último mês de outubro. Sala "Paraninf" da UB, cenário das palestras do segundo dia do Fórum.

O evento reuniu tanto decanos como diretores médicos e mestres das mais variadas instituições de diferentes pontos do mundo num ambiente de intercâmbio de métodos e inovações no domínio da saúde oral.

O Prof. Dr. Lluís Giner durante a sua palestra na UIC.

As novas tecnologias (como o laser), as aplicações para a gestão de Universidades, o controlo de infeções, a traçabilidade de instrumentos, o futuro da Medicina Dentária, etc. fizeram parte do leque de temas abordados pelos conferencistas. O Prof. Dr.Lluís Giner, o Dr.Vicente Lozano, o Sr. Josep Mª Munté e o Prof. Dr. Josep Mª Ustrell.

Diretores das universidades chinesas convidadas posando na entrada da UIC, em Sant Cugat del Vallès.

Na parte lúdica das jornadas, destacou-se a boa sintonia entre os convidados do evento que, independentemente das diferenças ideológicas e culturais entre nações, proporcionou um ambiente verdadeiramente amigável. A visita privada à emblemática catedral da Sagrada Família e os espaços gastronómicos foram os cenários ideais para esta confraternização entre profissionais do setor. A organização agradece a presença e o contributo dos oradores que, tal como se esperava, elevaram este encontro a uma fasquia muito elevada.

O Reitor da UB, Don Dídac Ramírez Sarrió saúda o Prof. Dr. Josep Mª Ustrell, Diretor do Departamento de Odontoesomatologia da UB e o Dr. Vicente Lozano da Fundação Vicente Ferrer.

Recepção aos participantes no Fórum Bien-Air na Universidad de Bercelona.

A Bien Air agradece também aos anfitriões – as Faculdades de Odontologia da Universidade Internacional da Catalunha (UIC) e da Universidade de Barcelona (UB) – a sua sincera colaboração para o êxito deste acontecimento.

Grupo de participantes do Fórum Bien-Air na Universidade de Barcelona.

Próxima estação: Kansas City (Estados Unidos) em outubro de 2016!

PUBLIRREPORTAGEM

Almoço de encerramento do Fórum Bien-Air, no Port Vell de Barcelona.


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Crónica

Quase metade dos portugueses não vai ao médico dentista há mais de um ano As conclusões do segundo Barómetro Nacional de Saúde Oral revelam que 46,7% dos portugueses não consultam um médico dentista há mais de um ano. Quando questionados sobre a regularidade com que vão a consultas de Medicina Dentária, 9,5% dos inquiridos responde nunca. De acordo com os dados do barómetro realizado este ano pela consultora QSP em todo o país (incluindo as regiões autónomas), há ainda 7,7% de portugueses que não se deslocam ao consultório dentário há pelo menos cinco anos e 34,3% nunca visitam o médico dentista ou apenas o fazem em caso de urgência. Mulheres, jovens, residentes no interior norte e de classe social mais elevada são quem mais marcam consultas no médico dentista, estando no extremo oposto os mais idosos, os habitantes no sul do país e da classe social D (a que tem menores rendimentos). Para o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, estes dados “são preocupantes devido ao impacto que a saúde oral tem nas doenças cardiovasculares, diabetes e outras e que estão intimamente ligadas à alimentação”. O que este barómetro revela é que são as pessoas mais desfavorecidas quem tem maiores dificuldades no acesso a consultas de Medicina Dentária “com consequências terríveis para a saúde em geral”, sublinha. As conclusões deste inquérito mostram que apenas 28% dos portugueses têm a dentição completa e que mais de 37% da população tem falta de mais de seis dentes, uma subida de 5% face ao primeiro barómetro realizado em 2014. Quando faltam mais de seis dentes surgem problemas de mastigação e há alimentos essenciais que se evitam, até porque 54% dos portugueses que têm falta de dentes não têm nada a substitui-los. O barómetro revela que apenas 1,2% dos inquiridos consultou um médico dentista por recomendação de outro médico. Um resultado tanto mais grave quanto o barómetro mostra que não existe o hábito de marcar consultas para a realização de check-ups dentários. De resto, 41,3% dos portugueses nunca marcam consulta para esse fim ou fazem-no menos de uma vez por ano. Orlando Monteiro da Silva considera que “é preciso colocar médicos dentistas nos centros de saúde e nos hospitais públicos, e estabelecer convenções entre o Estado e clínicas e consultórios de Medicina Dentária”, constatando que os pacientes chegam aos consultórios dentários num estado cada vez mais debilitado. “A médio prazo, sai sempre mais barato prevenir do que curar, seja em comparticipações, seja em dias desperdiçados ou em qualidade de vida”, conclui.

Mulheres, jovens e residentes no interior norte e de classe social mais elevada são quem mais marcam consultas no médico dentista.

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Lançamento do novo implante V3 da MIS SDS - Same Day Solutions

+351 967 850 835

O último evento MIS Day, que decorreu no passado dia 3 de outubro em Lisboa, foi particularmente dedicado à apresentação do implante V3, cujo desenho inovador torna este novo produto numa referência na área da implantologia. A concorrida sessão, organizada pela SDS, contou com a presença do Dr. Eric Van-Dooren, professor das Universidades de Liege (Bélgica) e Marselha (França), e um dos inventores do implante V3. Três oradores nacionais de renome deram igualmente o seu contributo científico a esta iniciativa, nomeadamente os Drs. João Pimenta, Diogo Líbano Monteiro e Pedro Rodrigues. O implante V3 é o resultado de um avançado processo R&D, do qual a MIS está especialmente orgu-

info@sds.pt

lhosa. A marca mostra-se igualmente satisfeita com o fantástico contributo dos seus parceiros de desenvolvimento do V3: Prof. Nitzan Bichacho, Dr. Eric Van-Dooren e Dr. Yuval Jacoby, inventores deste importante desenho inovador. Com o lançamento do novo sistema de implantes V3, a MIS assume o lugar de liderança da inovação em implantes dentários.

A biologia do desenho do implante V3 Mais osso e tecido mole onde mais importa é a fundação do princípio lógico e biológico do implante V3. A optimização da osteointegração e do suporte dos tecidos moles fornece ao clínico uma cicatrização mais rápida e melhores resultados estéticos, para um melhor sucesso clínico. O desenho do implante pode ter uma profunda influência no processo de osteointegração do osso à superfície do implante. A forma triangular única do colar do implante V3 promove a regeneração óssea e permite um maior volume ósseo, fazendo um suporte estável dos tecidos moles circundantes e favorecendo restaurações mais estéticas.

A importância de um coágulo de sangue estável

Eric Van-Dooren, um dos inventores do implante V3, durante o evento que decorreu em Lisboa.

O desenho triangular do V3 permite uma ancoragem sólida em três áreas da zona crestal, enquanto forma espaços entre os restantes lados do colar do implante e da osteotomia. Isto resulta em zonas livres de compressão, onde um coágulo de sangue estável pode desenvolver-se mais facilmente. O primeiro passo determinante para uma osteointegração de sucesso resulta do próprio desenho do

implante V3. Combina engenhosamente zonas livres de compressão com pontos de ancoragem firme, o que se demonstra essencial para consagrar um coágulo de sangue estável. O osso é um tecido vivo, que está em constante regeneração pelos osteoblastos (bone synthesizing cells), responsáveis pela produção de uma matriz e de minerais, e pelos osteoclastos, que destroem o tecido. Os osteoblastos fixam-se quase de imediato na superfície do implante após a sua colocação. Alguns dias depois, começam a depositar uma matriz cruzada de colagénio, na superfície do implante. O rápido depósito de uma nova matriz calcificada, juntamente com o início da vascularização é então seguida de uma formação de tecido ósseo para assegurar a ancoragem dos tecidos.

Características da superfície do implante O processo de osteointegração reforça-se por uma superfície de implante muito recetiva. As propriedades químicas e físicas, tal como a composição iónica, a umectação (molhabilidade) e a rugosidade da superfície desempenham um papel fundamental na interação do implante com o tecido ósseo. A superfície do implante V3, como todos os implantes MIS, submete-se a um rigoroso tratamento. A MIS pode garantir que a superfície do implante é suportada pelos mais elevados padrões de qualidade, com uma superfície de 99,8% a 100% de óxido puro de titânio, assim como a garantia de cobertura total por jateamento de areia e ataque ácido.

Resultados estéticos superiores A forma do implante V3 resulta em menos titânio, mais osso e tecidos moles visíveis na zona estética e favorece a abordagem protética, assim como permite o fácil manuseamento dos tecidos moles. Ter mais tecidos moles para trabalhar pode reduzir a probabilidade de defeitos mucogengivais na zona estética e a necessidade de procedimentos de regeneração de tecidos moles. As qualidades estéticas dos tecidos perioimplantares incluem: saúde, altura, volume, cor e contorno, os quais são fatores determinantes para alcançar bons resultados.

O desenho do implante pode ter uma profunda influência no processo de osteointegração.

Hoje em dia, os pacientes, não esperam apenas uma boa funcionalidade de longa duração e conforto, mas também os mais elevados níveis de estética harmoniosa.

PUBLIRREPORTAGEM


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FALamos coM... Patrick Hescot, presidente da Federação Dentária Internacional (FDI)

A minha meta é devolver a saúde oral ao seu legítimo lugar na medicina

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Falamos com... Patrick Hescot, presidente da Federação Dentária Internacional (FDI), estabeleceu três prioridades para o mandato que iniciou no passado mês de setembro: o reforço do papel da FDI em prol dos seus associados, assegurar que a voz dos médicos dentistas será escutada pela comunidade internacional, e dotar a organização dos meios para alcançar as suas ambições globais em termos de saúde oral. Em entrevista exclusiva à MAXILLARIS, o médico dentista francês que lidera a entidade mais representativa do setor dentário, à escala global, revela as linhas de orientação para o próximo biénio, entre as quais se impõem a prestação de cuidados dentários junto das populações mais envelhecidas e o combate às doenças do foro periodontal.

Como encara o seu mandato presidencial na FDI? Considera que a sua longa experiência nesta organização constitui uma particular vantagem para o desafio que tem pela frente? Certamente que essa experiência será um grande contributo para as minhas novas funções. O meu trabalho na FDI já soma 20 anos, inicialmente como presidente da delegação francesa, depois como membro do Conselho, em 2007, e finalmente como presidente eleito, desde 2013. Também exerci o cargo de presidente da Organização Regional Europeia da FDI. A FDI é uma federação que congrega as associações dentárias nacionais (NDA, na sigla em inglês) e o seu papel principal é servir as suas necessidades específicas e apoiá-las nas suas atividades a nível nacional. A defesa das nossas causas no contexto internacional é talvez a componente mais importante da FDI e, nesse sentido, o presidente desempenha um papel significativo pelo acesso que tem aos principais decisores em matéria de políticas de saúde pública, através das diferentes instituições internacionais e dos governos de cada país. É mediante uma relação próxima com as associações nacionais que a FDI adota posi ções consensuais e, consequentemente, o seu presidente as comunica durante as suas consultas ao mais alto nível. Quais são as principais prioridades da nova direção da FDI? Estabeleci três prioridades para a minha presidência. A primeira é o reforço do papel da FDI como organização associativa e do seu trabalho em prol dos membros associados. O meu objetivo é consolidar a coesão, mediante uma melhoria da comunicação entre a FDI e os seus membros. A segunda prioridade prende-se com a defesa de direitos e causas: esta meta é central para o trabalho da FDI. Uma boa saúde oral é um direito fundamental, e é nossa obrigação assegurar que a voz dos médicos dentistas de todo o mundo é escutada pela comunidade internacional, pela sociedade civil e pelos governos nacionais. A terceira prioridade passa por construir uma FDI mais forte, com capacidade de resposta e dotada dos meios para alcançar as suas ambições globais em termos de saúde oral.

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Falamos com... Há alguma questão que possa vir a justificar especial atenção durante o seu mandato? Há uma série de assuntos a ter em consideração, mas neste momento estou a pensar em dois, em particular, por corresponderem às atuais prioridades da FDI. O primeiro diz respeito à saúde oral nas populações mais envelhecidas. Este tema assume uma crescente relevância tendo em vista o aumento da população idosa em todo o mundo. A saúde oral é uma questão associada à qualidade de vida, especialmente entre as camadas idosas. Uma fraca higiene oral e a falta de dentição têm um enorme impacto negativo no bem-estar pessoal e em questões como a nutrição. O outro tema que justificará certamente a nossa especial atenção são as doenças do foro periodontal, que também têm um grave impacto na qualidade de vida, na nutrição e na saúde em geral. A FDI apoia as novas diretrizes da Organização Mundial da Saúde sobre o consumo de açucar para adultos e crianças, e dedicou uma sessão especial a este assunto durante o último congresso mundial que decorreu em Banguecoque, na Tailândia. Continuaremos, de resto, a acompanhar a evolução da situação neste domínio. Apesar dos esforços da FDI nos anos mais recentes, os cuidados de saúde oral continuam a ser encarados por muitos governos, nos quatro cantos do mundo, como uma questão secundária no contexto das políticas de saúde. Quais são as suas expetativas quanto à evolução dos acontecimentos neste campo? Estamos num momento de viragem. Apesar dos elevados custos socioeconómicos das doenças que lhe estão associadas, a saúde oral ainda nao é vista como um fator importante; temos de mudar essa perspetiva. É necessário contrariar a imagem de “super-técnico” que por vezes está associada ao médico dentista, e reposicioná-lo como profissional de saúde de pleno direito, com um papel central na saúde oral e uma força maior no bem-estar individual e da sociedade como um todo. A minha meta é devolver a saúde oral ao seu legítimo lugar na medicina em particular e na vida em geral. No entanto, devo enfatizar que essa mudança não se alcança de um dia para o outro. A nossa relação com a Organização Mundial da Saúde e com outras

É necessário contrariar a imagem de “super-técnico” que, por vezes, está associada ao médico dentista, e reposicioná-lo como profissional de saúde de pleno direito com um papel central na saúde oral

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Patrick Hescot considera que a relação da FDI com a OMS e outras entidades das Nações Unidas “é um fator chave para manter a saúde oral no topo da agenda internacional da saúde pública”.

entidades das Nações Unidas é um fator chave para manter a saúde oral no topo da agenda internacional da saúde pública. Neste contexto, temos vindo a desempenhar um papel de aconselhamento e podemos orgulhar-nos do nosso contributo significativo numa série de iniciativas relacionadas com a saúde oral. É nossa intenção prosseguir e intensificar esse trabalho no seio da comunidade internacional. Contudo, não nos limitamos a olhar só para a agenda; queremos obter ações concretas dos governos. Isso só se consegue trabalhando em conjunto com as associações dentárias nacionais que fazem parte da FDI, prestando-lhes o devido apoio nas suas atividades e dando-lhes os meios para darem resposta às suas – e nossas – ambições no contexto das políticas nas áreas da saúde e da saúde oral. Em países como Portugal e Espanha, uma larga percentagem dos cuidados dentários é ministrada pelo setor privado. Qual é a sua opinião sobre o papel que os sistemas públicos devem assumir neste processo? A questão não é tanto a de saber se um médico dentista exerce a sua prática no setor público ou privado, pois todos estes profissionais estão perfeitamente empenhados nas necessidades dos seus pacientes. A questão principal prende-se com o acesso aos cuidados e à forma como a saúde oral se financia, particularmente numa época de crise económica em que a saúde oral tem de lutar por um lugar entre uma enorme variedade de prioridades na área da saúde. É por este motivo que a FDI e as associações nacionais que fazem parte desta organização devem assegurar que a saúde oral se mantém na agenda nacional e internacional em matéria de saúde.


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O envelhecimento da população a nível global exigirá da parte dos governos uma ponderação sobre novas e inovadoras formas de prestação de cuidados de saúde e de saúde oral

Também devemos estar atentos ao desenvolvimento e à aplicação de conceitos como o da “cobertura universal dos cuidados de saúde”. Na Tailândia, onde a FDI realizou o último congresso mundial, este conceito engloba efetivamente os cuidados de saúde oral, o que ainda não acontece em muitos países. O acesso a esses cuidados, quer no contexto público como no privado, não vai desaparecer. O envelhecimento da população a nível global exigirá da parte dos governos uma ponderação sobre novas e inovadoras formas de prestação de cuidados de saúde e de saúde oral. A questão não reside na longevidade, mas sim numa longevidade saudável.

Que iniciativas estão a ser implementadas pela FDI com vista a alterar a precária situação em algumas regiões da América Latina e dos continentes africano e asiático? Atualmente, a prioridade absoluta da FDI concentra-se em África, e a nossa estratégia passa, essencialmente, por promover uma capacidade de gestão e liderança com o fim de possibilitar que as associações dentárias nacionais possam exercer com eficácia o seu papel na defesa das causas da saúde oral e aconselhar os governos do continente nas suas políticas neste domínio. Estamos agora a aplicar a Estratégia para África como base para o desenvolvimento de um programa similar para a região da América Latina. A missão da FDI, como líder global na área da saúde oral, não é fazer o trabalho em nome das associações nacionais, é ajudar a construir uma capacidade de gestão e liderança que possa reforçar o seu desempenho nos assuntos que dizem respeito à saúde oral. Só conseguindo que a saúde oral ocupe um lugar cimeiro nas agendas nacionais é que será possível dar passos efetivos para uma melhoria em cada país.

Falamos com...

Quais são as recomendações da FDI relativamente a eventuais abusos nos tratamentos dentários e à perda do controlo de qualidade nos cuidados de saúde oral? A qualidade dos cuidados dos pacientes é essencial em toda a prática dentária, e consideramos que é necessária uma maior reflexão sobre o que realmente isto implica. A FDI pretende iniciar e liderar a discussão sobre este tema, e apresentar uma perspetiva global centrada na diversidade do conceito de qualidade, dependendo de vários critérios económicos, regulamentares e culturais. Com este propósito em mente, o Comité de Práticas Dentárias da FDI está em vias de lançar um grupo de trabalho sobre a qualidade em Medicina Dentária, com o envolvimento de médicos dentistas e académicos. O objetivo inicial é produzir um relatório sobre este assunto para ser discutido no próximo congresso mundial, que vai ter lugar em Poznan, na Polónia, em setembro de 2016. Os requisitos essenciais para o exercício da Medicina Dentária mantêm-se os mesmos há mais de um século: educar o paciente para a prevenção das doenças orais, tratar e restaurar a função dentária sempre que tal for necessário e monitorizar e controlar, de uma forma contínua, a cavidade oral. O objetivo global deve ser sempre evitar os tratamentos excessivos e desnecessários. Qual é a presente situação no que respeita à aplicação, a nível global, das diretrizes da Convenção de Minamata sobre o uso de mercúrio nos tratamentos dentários? A Convenção de Minamata conta atualmente com 128 países subscritores, dos quais 18 já ratificaram o acordo. O tratado passará a vigorar quando o número de ratificações exceder as cinco dezenas, pelo que constata-se um

Perfil PATRICK HESCOT, de nacionalidade francesa, soma 20 anos de experiência na FDI: foi presidente da Organização Regional Europeia (ERO, na sigla em inglês), faz parte do Conselho da FDI desde 2007 e foi designado presidente eleito em 2013, cargo que assumiu em setembro passado, por ocasião do último congresso mundial da organização, realizado em Banguecoque (Tailândia). O médico dentista francês esteve ao serviço da Organização Mundial da Saúde, na qualidade de especialista em saúde oral, e presidiu a União Francesa para a Saúde Oral (USFBD, na sigla em francês). Também exerceu o cargo de secretário geral da Associação Dentária Francesa (ADF), entre outras atividades no âmbito da Medicina Dentária.

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Falamos com... grande intervalo de tempo em todo este processo. Apesar disso, não tenho dúvidas de que a Convenção será ratificada. A FDI continuará empenhada nesta questão, em particular através da participação nos encontros do Comité de Negociações Intergovernamental, cujo papel evoluiu das negociações dos termos da Convenção para a supervisão e monitorização da sua implementação. O próximo encontro sobre esta temática vai ter lugar de 10 a 15 do próximo mês de março, na Jordânia. No que respeita à aplicação das diretrizes, a posição da FDI foi sempre a de recomendar que os médicos dentistas e os investigadores do setor dentário devem preparar-se para abandonar progressivamente a utilização da amálgama dentária, de acordo com as indicações da própria Convenção: prevenção, investigação avançada de novos materiais alternativos e promoção de uma melhor prática em termos de manuseamento e gestão da amálgama dentária. Neste sentido, estão disponíveis dois instrumentos orientativos: o guia para uma implementação bem sucedida (“Dental restorative materials and the Minamata Convention on mercury: guidelines for successful implementation”) e uma publicação sobre os principais contornos deste tratado (“Understanding the Minamata Convention and its effect upon oral health care: practical advice for dentists”). Quais são as suas expetativas para o congresso mundial de 2016, que vai ter lugar em Poznan, na Polónia? A FDI apresenta, habitualmente, as suas novas iniciativas durante o congresso mundial, e o encontro na Polónia não será uma exceção. Nesta fase, ainda é cedo para adiantar pormenores sobre o encontro de 2016, porque os contornos do programa só se definem cerca de seis meses antes da realização do congresso. Em todo o caso, em Poznan serão certamente analisados os progressos em torno dos projetos que foram lançados este ano, em particular a iniciativa da FDI sobre saúde oral nas populações mais envelhecidas – desenvolvida em parceria com a GC Corporation do Japão – que se estreou com uma jornada de debate em Lucerna, na Suíça. O mesmo se aplica à iniciativa sobre doenças do foro periodontal, cujo lançamento terá lugar até ao final deste ano em Amesterdão, na Holanda. Para já, posso adiantar que vai ter lugar no congresso polaco a cerimónia de apresentação do “FDI Smile Award”, que visa premiar programas comunitários inovadores e susten-

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Patrick Hescot com a médica dentista chinesa Ting Chun Wong – que o antecedeu no cargo de presidente da FDI – durante o último congresso da organização, em Banguecoque (Tailândia).

táveis. Este prémio constitui uma vertente essencial da colaboração que a FDI mantém com a Colgate no âmbito da prevenção da cárie. Que comentário lhe merece, por antecipação, a realização do congresso mundial de Madrid (Espanha), agendado para 2017? O Conselho de Dentistas de Espanha é um dos associados mais antigos da FDI e um dos seus membros mais dinâmicos na atualidade. Tradicionalmente, a representação espanhola tem sido – e continua a ser – um dos principais contribuintes no que respeita ao trabalho da FDI. Em contrapartida, esta organização está sempre disponível para prestar-lhe o apoio que for necessário. Por motivos óbvios, a nossa atenção está neste momento centrada no congresso da Polónia, mas posso assegurar desde já que também vamos levar a cabo intensas discussões com os nossos anfitriões do Conselho de Dentistas de Espanha, durante o período 2016-2017, de modo a garantir que o encontro mundial de Madrid será um evento de exceção. A experiência diz-nos que o congresso anual da FDI tem um forte impacto na profissão e na indústria do setor nos países que organizam este encontro. Afinal, o local do congresso torna-se, durante o período em que este se realiza, na capital mundial de todas as questões relacionadas com a Medicina Dentária e os cuidados de saúde oral.


Falamos Martins V 2_Maquetación 1 02/12/15 15:23 Página 37

FALamos coM...

Orlando Martins, presidente da Comissão Organizadora da Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI)

Pretendemos criar uma reunião com temas mais voltados para a sociedade civil MAXILLARIS DEZEMBRO 2015

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Falamos com... A próxima reunião científica da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI) vai ter lugar nos dias 11 e 12 de março, em Coimbra. De acordo com o médico dentista Orlando Martins, presidente da Comissão Organizadora, o encontro de 2016 dará destaque a um tema que, a nível europeu, tem merecido uma atenção especial: a relação da doença periodontal com outras patologias sistémicas. Na área da implantologia está prevista uma abordagem à reconstrução alveolar para a colocação de implantes, entre outras temáticas que marcam a atualidade neste domínio. O painel de conferencistas inclui os especialistas Rodrigo Neiva, responsável pelo Departamento de Periodontologia da Universidade da Florida (Estados Unidos) – que marca presença, pela primeira vez, num congresso europeu do setor dentário – e Adrian Kasaj, do Departamento de Periodontologia da Universidade de Mainz (Alemanha). Que temáticas vão dominar o programa da próxima reunião científica da SPPI? Na reunião anual de 2016 pretendemos abordar um leque de questões que respondam às solicitações de vários colegas. Vamos ter um painel onde se debaterá um tema que, a nível europeu, tem merecido uma atenção muito especial: a relação da doença periodontal com outras patologias sistémicas como sejam a diabetes, a artrite reumatoide, a patologia cardíaca, entre outras. As nossas clínicas têm cada vez mais pacientes com as mais variadas patologias e é necessário compreender para depois explicar ao paciente porque é que, por exemplo, um paciente periodontalmente descontrolado tem mais dificuldade em controlar a sua diabetes. Da mesma forma há necessidade de informar o paciente sobre a importância do controlo da patologia periodontal. Estas informações são essenciais para que os médicos dentistas comuniquem mais e melhor não só com os pacientes como também com o médico de família ou de outra especialidade. A relação entre a saúde oral e a saúde geral é hoje incontornável. Na área da implantologia iremos abordar um tema bastante atual que é a reconstrução alveolar para a colocação de implantes. A presença de maxilares e mandíbulas atróficas ou que tenham perdido tecido ósseo devido a trauma é bastante comum. Há uma elevada solicitação por parte dos clínicos de forma a saberem não só quais são as técnicas disponíveis para a sua reconstrução, mas acima de tudo quais são aquelas que, corroboradas pela ciência, são mais previsíveis a longo termo. Haverá um curso prático no dia 11 de março, à tarde, durante o qual os colegas terão a possibilidade de abordar algumas técnicas cirúrgicas para a reconstrução alveolar. Finalmente, e ainda na área da periodontologia, iremos abordar as recessões gengivais e os diferentes materiais disponíveis, bem como as técnicas de tratamento. Será dado ênfase às novas matrizes de colageneo disponíveis para este tratamento. Qual é o painel de conferencistas (nacionais e estrangeiros) que dará corpo ao programa da reunião de Coimbra? Temos um grande conferencista, o doutor Rodrigo Neiva, responsável pelo Departamento de Periodontologia da Universidade da Florida (Estados Unidos), que será lançado a nível

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Falamos com... de eventos como o nosso, por parte de algumas casas, na medida em que aqui encontram o público-alvo que procuram. No que diz respeito aos congressistas, gostaríamos que continuar a aumentar este número, tal como verificado nos anos anteriores. Apostamos bastante na qualidade e pragmatismo do programa científico, na divulgação através das redes sociais bem como através dos próprios sponsors. O facto da reunião se realizar em Coimbra, local equidistante das principais cidades do país e com muitas atrações, também nos parece ser vantajoso. Por fim, o local da reunião – o Convento de São Francisco – é um espaço de excelência ímpar e com excelentes condições para este evento. Trata-se de unir a ciência com a arquitetura e a história. Que outras iniciativas estão previstas, nomeadamente ao abrigo do programa lúdico e social? Durante a tarde de sexta-feira, dia 11, vai decorrer um curso prático sobre regeneração óssea ministrado pelo doutor Rodrigo Neiva. Como as palestras apenas decorrerão no dia 12, não temos um programa social para além de um almoço, incluído no valor da inscrição, onde os colegas certamente apreciarão o local da reunião, o Centro de Congressos do Convento de São Francisco. Orlando Martins justifica o programa da reunião com base na constatação de que “a relação entre a saúde oral e a saúde geral é hoje incontornável”.

europeu neste congresso. Trata-se de um colega com um vasto currículo no continente americano. Temos também um painel de conferencistas nacionais, bastante conhecidos clinicamente, que irão abordar a relação entre a periodontologia e as patologias sistémicas. Pretendemos assim criar uma reunião com temas mais voltados para a sociedade civil. Espera-se alguma alteração significativa relativamente ao modelo adotado em edições anteriores? O modelo seguido pela SPPI nas últimas edições tem tido bastante sucesso pelo que não será muito modificado. No entanto, pretendemos dar um “toque pessoal” através da criação de um painel de discussão da relação periodontologia versus patologias sistémicas. Gostaríamos que daqui saíssem algumas linhas guia para os colegas começarem a utilizar na sua prática clínica.

Gostaria que todos os presentes saíssem da reunião sabendo da importância da periodontologia, não só como área de base para todos os tratamentos, como também na interrelação com a saúde geral

Quais são as expetativas da organização quanto ao número de congressistas e quanto à adesão de casas comerciais? Relativamente às casas comerciais, a recetividade tem sido bastante boa. Temos atualmente alguns gold sponsors e vários sponsors. Há uma procura

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Falamos Martins V 2_Maquetación 1 02/12/15 15:23 Página 40

Falamos com... Na sua qualidade de presidente da Comissão Organizadora, que resultados globais espera ter atingido no final da reunião científica? Acima de tudo, a satisfação por parte dos colegas por terem consolidado conhecimentos ou aprendido algo novo. Esta reunião será inovadora no sentido de que iremos ter um colega que vem pela primeira vez à Europa partilhar connosco uma experiência ímpar, que alia a excelência da prática clínica com a evidência científica. Certamente iremos trocar ideias e experiências clínicas. Por outro lado, gostaria que todos os presentes saíssem da reunião sabendo da importância da periodontologia, não só como área de base para todos os tratamentos, como também na interrelação com a saúde geral. Sabemos que sem saúde oral não há saúde geral, mas há uma necessidade de transmitir isso lá para fora, para os nossos pacientes. Quais são as atuais prioridades dos profissionais que centram a sua prática diária nas áreas da implantologia e da periodontologia? Não posso falar pelos colegas, no entanto, na minha opinião há uma área de importância capital na prática diária: o sentido ético que deve estar sempre presente na prática clínica. Todo o trabalho do clínico deve assentar numa base moral e ética irrepreensível. O paciente, quando vem à nossa consulta, deposita no clínico uma elevada confiança que não deve ser defraudada. Deve ter acesso a toda a informação sobre o tratamento fornecida pelo clínico, e isto não se faz nuns míseros minutos. Contudo, o paciente também deve compreender que não é possível “fazer uma omelete

sem ovos”. Neste contexto, preocupa-me bastante a prestação de serviços de Medicina Dentária low cost e a pressão que o paciente pode sentir para fazer um determinado tipo de tratamento. Considero prioritário na área da periodontologia fazer chegar a informação à sociedade civil. A população deve saber da importância da saúde oral, deve saber que gengivas que sangram não são saudáveis, que dentes que mexem não são saudáveis, deve saber que a patologia que pode estar por trás dessa situação interfere com a saúde geral, podendo agravá-la consideravelmente. Que apreciação global faz do panorama da Medicina Dentária em Portugal? Enquanto clínico e docente universitário, preocupa-me bastante. O elevadíssimo número de clínicos que saem anualmente das sete universidades/institutos deixa-me muito apreensivo. A inexistência de condições no nosso país para dar aos colegas recém-licenciados, e não só, condições dignas para exercerem a sua prática clínica leva-os a emigrar. A 31 de dezembro de 2014 havia cerca de 8.500 médicos dentistas ativos e hoje, em menos de um ano, já ultrapassámos os 10.000 inscritos na Ordem dos Médicos Dentistas (OMD). Estamos num país onde o ratio médico dentista/habitante corresponde a cerca de 1/1.100. Estamos num país onde a classe política só pensa, no máximo, a quatro anos. Não há um pensamento estruturado, a médio ou longo prazo, para a Medicina Dentária. É quase a lei do “salve-se quem puder”. Eticamente temos assistido a um crescendo de situações de elevada gravidade. No entanto, neste âmbito, dou os parabéns ao Conselho Deontológico da OMD pela sua ação, que me tem parecido adequada. A conduta eticamente deplorável, a publicidade enganosa e a selvajaria das companhias de seguros para com a Medicina Dentária são situações que me deixam revoltado. Depois, temos o reverso da medalha; temos clínicos e investigadores na Medicina Dentária que são de elevadíssimo nível. Cada vez mais é notória a presença de colegas portugueses em congressos internacionais, o que me deixa bastante orgulhoso.

Perfil ORLANDO MARTINS é licencidado em Medicina Dentária (desde 1999) pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde exerce o cargo de assistente convidado da Área de Medicina Dentária (periodontologia). É detentor, desde 2009, do mestrado em Patologia Experimental (materiais substituintes ósseos) pela mesma faculdade e concluiu, precisamente este ano, o doutoramento em Ciências da Saúde (periimplantites), conferido igualmente pela Universidade de Coimbra. O presidente da Comissão Organizadora da próxima reunião da SPPI é também vice-presidente desta sociedade científica desde 2011. Orlando Martins destaca-se ainda pela sua faceta de investigador, nomeadamente no domínio das periimplantites, da peridontite crónica severa e agressiva, e da epigenética.

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Henry Schein_Maquetación 1 02/12/15 13:45 Página 1

Henry Schein Portugal abre as suas portas à imprensa especializada no setor dentário

O distribuidor de produtos de saúde oral líder apresentou as suas soluções orientadas para o futuro entre clínicas e laboratórios

Juan M. Molina, diretor geral da Henry Schein para Portugal e Espanha, apresentando as novidades do setor dentário aos representantes dos meios de comunicação, em Lisboa.

A partir da esquerda, Luís Gomes, responsável pelo Centro Tecnológico da Henry Schein em Lisboa; Ricardo Alves, técnico de prótese ao serviço da empresa, e Juan M. Molina.

O primeiro encontro com a imprensa exclusivo da Henry Schein em Portugal teve lugar no dia 1 deste mês. Vários representantes da imprensa especializada no setor dentário reuniram-se, no Centro Tecnológico da Henry Schein em Lisboa, com o objetivo de aprender mais sobre a empresa e as suas ofertas de serviço integral, bem como para conhecer a opinião da Henry Schein sobre o futuro da Medicina Dentária em Portugal. Este encontro, que decorreu uns dias após o XXIV Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), começou com uma apresentação sobre as oportunidades no mercado português da saúde oral, as inovações no portefólio de produtos e serviços da empresa e sobre o novo ConnectDental. Desde a introdução com êxito deste programa de solução completa, que se centra na digitalização da medicina dentária e na otimização do fluxo de trabalho digital entre a clínica e o laboratório, a Henry Schein integrou vários produtos adicionais no leque do ConnectDental que ajudam a melhorar a eficiência da clínica e do laboratório e, desta forma, reforçam a qualidade da atenção ao paciente (para mais informação, consulte o site: www.zirlux.pt).

Com o ConnectDental, a Henry Schein assenta novas e importantes bases, graças a 190 especialistas digitais em CAD-CAM, 460 técnicos com formação específica e mais de 50 centros de formação dentária na Europa que oferecem exaustivos programas de formação. Assim, a em presa pode preparar os seus clientes para o futuro digital e apoiá-los a fim de que possam desenvolver e consolidar este processo de maneira individual e da forma que melhor responda às suas necessidades. A Henry Schein também proporciona aos seus clientes serviços de consultoria para diversos campos da Medicina Dentária, bem como serviços financeiros. Como fornecedora de serviços integrais, a Henry Schein dedica-se também a oferecer a mais recente formação e tecnologia aos profissionais do setor. Em 2015, a Henry Schein Espanha, através dos seus colaboradores de referência, formou em Portugal e Espanha cerca de 1.000 profissionais em cursos de diferentes especialidades, tais como: endodontia, radiodiagnóstico, odontopediatria, cirurgia conservadora, estética, implantologia, CAD-CAM e desenho digital.

Apresentação do fluxo de trabalho digital do ConnectDental.

Os membros da imprensa especializada que participaram no encontro tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre os produtos e os diferentes serviços da Henry Schein.

Os profissionais dos meios de comunicação que se deslocaram à sede lisboeta da Henry Schein tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre os produtos e os diferentes serviços deste distribuidor especializado no setor dentário, através de demonstrações e ações interativas. A equipa de especialistas informou a imprensa especializada sobre as melhores práticas nos âmbitos dos sistemas de captura digital CAD-CAM, das radiografias digitais, das impressoras 3D e da higiene, assim como sobre os sistemas laser. Os participantes receberam informações em primeira mão e tiveram a oportunidade de conhecer a empresa mais a fundo. «Estamos muito contentes pelo facto de tantos jornalistas terem aceitado o nosso convite para obterem novas informações sobre a Henry Schein. Como fornecedores de serviços integrais, o desenvolvimento contínuo das nossas equipas e dos nossos serviços é um fator essencial», referiu na ocasião Juan M. Molina, diretor geral da Henry Schein em Espanha e Portugal. «A digitalização está a ganhar importância no setor dentário. Por isso, com o ConnectDental, a Henry Schein pretende adiantar-se a estas mudanças e está bem preparada para oferecer estes serviços aos nossos clientes. Um fator crucial para o nosso êxito é a nossa equipa e a estreita colaboração dos nossos especialistas em todas as áreas, assim como com os nossos parceiros fornecedores», sublinhou o dirigente da empresa.


Dental lab ella_Maquetación 1 02/12/15 17:55 Página 2

Pensava que reduzir em mais de 50% a fatura de laboratório podia influir na qualidade do produto. Estava enganada Dra. Sara Peña Ureña Lic. em Medicina Dentária e Mestrado de Prótese pela Universidade Internacional da Catalunha

O meu compromisso como médica dentista especialista em prótese é oferecer aos meus pacientes tratamentos da mais alta qualidade com os quais possa garantir um resultado profissional excelente que perdure no tempo; tenho consciência que uma parte importante desse compromisso de qualidade é garantido pelo meu laboratório de prótese. No entanto, e como todos sabemos, a qualidade tem um preço e, na conjuntura atual, muitos pacientes tiveram que renunciar aos seus tratamentos bucais por falta de dinheiro. Graças às indicações do nosso colega Dr. Filipo Valentín, descobri Dental Lab, o meu novo laboratório de prótese dentária. Uma equipa de profissionais altamente preparados que, para além de oferecer a excelência em qualidade e serviço, permitiu-me reduzir a minha fatura de Laboratório em mais de 50%. Qual foi a melhor recompensa? Poder levar aos meus pacientes os tratamentos que necessitavam a preços competitivos, sem desgastar as minhas margens. Foi uma grande descoberta para a saúde dos meus pacientes e o meu negócio. Recomendo-vos que os consultem para entender que há outra forma de fazer as coisas.

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Dental lab ella_Maquetación 1 03/12/15 16:10 Página 3

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Ciência e prática

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Cirurgia guiada assistida por computador com carga imediata: a implantologia do século XXI

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Ciência e prática

Jesús Pato Mourelo Médico dentista. Licenciado em Medicina Dentária pela Universidade Alfonso X El Sabio (Madrid, Espanha). Doutorado em Medicina Dentária. Mestrado em Implantologia Oral pela Universidade de Sevilha (Espanha). Professor de Implantologia Oral na Universidade de Sevilha. Prática exclusiva em implantologia em Sarria (Lugo, Espanha). Leana Kathleen Bragança Médica dentista. Licenciada em Medicina Dentária pela Universidade de Lisboa. Mestrado em Implantologia Oral pela Universidade de Sevilha. Prática exclusiva em implantologia em Sarria. Amândio José Nova Campos Médico dentista. Licenciado em Medicina Dentária pela Universidade Fernando Pessoa (Porto). Mestrado em Implantologia oral pela Universidade de Sevilha (Espanha). Prática exclusiva em implantologia oral. Lugo (Espanha).

Jesús Pato Mourelo

Introdução Na ultima década a cirurgia guiada assistida por computador com carga imediata revolucionou o mundo da implantologia, especialmente para os pacientes portadores de próteses removíveis. A maioria dos pacientes portadores de próteses removíveis, em algum momento da sua vida, sentem algum desconforto

tanto a nível do desajuste que leva à mobilidade das próteses como em relação ao fator estético que afeta negativamente a sua qualidade de vida. A obtenção da retenção e da estabilidade de uma prótese total removível é muitas vezes mais complexa na mandíbula do que na maxila. Isso ocorre porque na maxila há um

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Ciência e prática

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aumento de superfície de contacto graças ao apoio palatino, e na mandíbula o osso residual é geralmente escasso, somando ainda a mobilidade da língua. O tratamento com implantes nestes casos é, sem duvida, a melhor opção terapêutica, especialmente quando protocolos de carga imediata se realizam na mesma sessão operatória, uma vez que reduz significativamente o tempo de tratamento, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes com um impacto funcional, estético e psicológico muito positivo. No entanto, cada paciente tem necessidade de uma abordagem interdisciplinar para que se integrem perfeitamente as fases de diagnóstico, cirúrgica e protética. A implantologia oral sofreu um grande avanço em 2002, quando surgiu o protocolo de cirurgia guiada. Esta técnica permite um tratamento com implantes utilizando um diagnóstico por imagem 3D e a colocação de implantes numa fase cirúrgica sem retalho, muitas vezes acompanhada de uma carga funcional imediata, mediante a colocação de uma prótese provisória fixa1-7. Nesta técnica, o primeiro passo é a avaliação do paciente. O diagnóstico do doente tem um aspeto essencial na implantologia. Para um diagnóstico inicial e para valorar se o paciente é candidato para um tratamento com implantes, a primeira imagem radiológica a ser valorizada é a ortopantomografia digital, que dá-nos uma visão geral das estruturas anatómicas de elevada importância e de possíveis lesões ósseas que possam contraindicar o tratamento, mas este meio não serve para a colocação dos implantes, uma vez que é bidimensional. Para a colocação dos implantes o único e correto meio de diagnóstico e com alta precisão é a tomografia computadorizada. Sem este, esta técnica cirúrgica não se pode realizar. A tomografia axial computadorizada (TAC) é valiosa em todos os pacientes, especialmente naqueles que apresentam maxilares atróficos, onde a visualização de forma tridimensional do osso disponível é fundamental e imprescindível. A esta técnica unem-se programas informáticos que permitem realizar um estudo virtual em 3D do paciente. Esta técnica é acompanhada por uma guia radiológica, que serve para correlacionar as possíveis zonas de inserção dos implantes com a futura posição dos dentes8.

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Neste sentido, pode-se relacionar as unidades Houndsfield com a densidade óssea, levando assim a que o profissional possa estar previamente preparado em relação a técnica de fresado a usar, bem como ao tipo ideal de implante para obter uma boa estabilidade primária9-11. O software informático não só permite a escolha da largura e do comprimento dos implantes, mas também do tipo de implante para cada caso. No planeamento, outro aspeto importante é o número de implantes. No caso de uma reabilitação fixa sobre implantes, recomendam-se oito implantes, distribuídos corretamente sobre os setores anteriores e posteriores, proporcionando assim à estrutura protética uma estabilidade a longo prazo12,13. Uma vez realizado todo o planeamento, inicia-se o processo de fabricação de uma guia cirúrgica, que permite a colocação de implantes de um modo preciso e controlado tanto em direção e eixo como em paralelismo, de acordo com o volume e densidade óssea alveolar residual, obtidos através da TAC e do software informático. Esta guia cirúrgica também permite a inserção dos implantes de uma maneira minimamente invasiva, sem a necessidade de realização de um retalho, o que simplifica o tratamento e diminui o trauma pós-operatório14. A guia cirúrgica fabrica-se em acrílico transparente que deve posicionar-se mediante a colocação dos pinos de fixação, evitando assim a mobilidade desta. Outras características são as cânulas usadas para guiar o sistema de fresado de uma forma controlada e permitir a colocação dos implantes de acordo com as suas características previamente planeadas15,16. Esta técnica tem uma grande vantagem em comparação com a cirurgia convencional, tanto em exatidão como em precisão17,18. Atualmente, considera-se o melhor método de colocação de implantes em comparação com a técnica convencional17.

A capacidade de transferir os dados obtidos por este meio de diagnóstico a programas informáticos permite um planeamento do tratamento mais preciso.

Este tipo de protocolo cirúrgico permite muitas vezes a realização de uma carga funcional. Para que isto ocorra, a sincronização das diferentes fases de diagnóstico, cirúrgica e protética constitui um aspeto fundamental para que esta carga funcional se possa levar a cabo.

Outra grande vantagem do uso de uma TAC e de softwares informáticos é a possibilidade de medir a densidade óssea.

Os primeiros casos de carga imediata surgem em 1979. Ledermann colocou uma prótese total sobre quatro implantes

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no mesmo dia da cirurgia. Com este procedimento fez-se um seguimento com 476 implantes durante 81 meses, com uma taxa de sucesso de 91,2%19. Tarnow y cols. apresentaram resultados clínicos em dez pacientes desdentados (seis mandibulares e quatro maxilares), em que se colocaram 107 implantes, dos quais 33 carregaram-se imediatamente com uma prótese provisória fixa. Aos seis meses introduziram-se as próteses fixas definitivas. Depois de um seguimento de um a quatro anos não houve fracassos, com um êxito de 100%20. Hoje em dia, podemos dizer que a carga imediata é uma prática quotidiana com uma percentagem de êxito semelhante à dos implantes de carga tardia21. No decorrer de 30 anos, estabeleceram-se os princípios básicos que configuram a osteointegração. O seu sucesso depende de vários fatores, tais como o uso de uma técnica pouco traumática, a estabilidade primária dos implantes e o tipo de implante usado.

A propósito do presente caso clínico, reabilitou-se uma mandíbula mediante um protocolo diagnóstico, cirúrgico e protético com cirurgia guiada e carga imediata numa paciente com uma prótese removível convencional. Por causa do desajuste, da instabilidade e do descontentamento que afeta a vida da paciente, decidiu-se realizar um diagnóstico radiográfico através de uma tomografia computadorizada com guia radiológica em boca. Com este meio auxiliar de diagnóstico, observaram-se as condições ideais para a colocação dos implantes com esta técnica. Também se tiveram em conta fatores como a idade e a história médica pregressa, atual e familiar. Uma vez que a quantidade e a qualidade óssea eram aceitáveis, decidiu-se fazer uma reabilitação fixa com oito implantes de conexão interna através de uma guia cirúrgica. No mesmo ato cirúrgico colocaram-se os respetivos pilares de carga imediata e a sua prótese provisória de acrílico, anteriormente realizadas no laboratório. Aos seis meses colocar-se-ão as coroas metalo-cerâmicas definitivas.

Caso clínico

Paciente do sexo feminino, com 45 anos de idade, sem história médica de destaque, apresenta-se na consulta para uma solução imediata para o desconforto e o descontentamento que produz a prótese acrílica inferior. A paciente relata uma grande mobilidade e incapacidade para suportar a prótese (figs. 1 a 3). Como o fator estético é primordial para a paciente, decidiu-se que no dia da cirurgia, se houver estabilidade primária dos implantes, se realizará a carga imediata.

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3D realizou-se a planificação da cirurgia guiada bem como o comprimento, o diâmetro e o tipo de implantes a utilizar na cirurgia (figs. 5 e 6). Fabricou-se uma guia cirúrgica em acrílico mediante o protocolo de Galimplant 3D (fig. 7).

Diagnosticou-se a paciente através de uma tomografia computadorizada realizada com a guia radiológica em boca, fabricada em barro (fig. 4). Com a ajuda do software Galimplant

Realizou-se previamente a prótese provisória para a carga imediata no dia da cirurgia, uma vez que a densidade óssea demonstrada no software considerou-se como suficiente. A cirurgia iniciou-se com o posicionamento da guia cirúrgica em boca. Em seguida, procedeu-se ao posicionamento dos três pinos de fixação, que permitem a estabilização desta. Uma vez estabilizada a guia, iniciou-se o protocolo de fresado (figs. 8 e 9).

Fig. 1. Vista vestibular da boca do paciente.

Fig. 2. Vista oclusal da boca do paciente.

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Fig. 3. Prótese removível da paciente.

Fig. 4. Guia radiológica.

Fig. 5. Paciente com guia radiológica em boca para realizar uma TAC.

Fig. 6. TAC da paciente.

Fig. 7. Guia cirúrgica em acrílico.

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Fig. 8. Fixação da guia cirúrgica na boca através dos pinos.

Fig. 9. Fresa “pin” e pinos de fixação do sistema de fresado Galimplant®.

Inicialmente, o uso de um redutor é essencial. Esta peça permite uma orientação extremamente precisa da primeira fresa de 2 mm de diâmetro (figs. 10 e 11). A preparação dos leitos implantários e a colocação de implantes efetuou-se de acordo com o protocolo da cirurgia guiada (figs. 12 a 15).

Todos os implantes tinham uma estabilidade inicial mínima de 40 N/cm, viabilizando assim a carga imediata (fig. 18). Colocaram-se os pilares protéticos de carga imediata e reabilitados, respetivamente, com a sua prótese provisória fixa (figs. 19 a 25).

A escolha do tipo e diâmetro do implante dependem da planificação previamente feita (de acordo com a altura, comprimento e densidade óssea) e por sua vez da estabilidade na hora de colocar o implante.

Aos seis meses, realizar-se-á a reabilitaçao metalo-cerâmica. Atualmente, o grau de satisfação do paciente com o tratamento é muito elevado.

Uma vez realizado o protocolo de fresado, colocaram-se oito implantes IPX de 4 x 12 mm de conexão interna da Galimplant® (figs. 16 e 17).

Fig. 10. Utilização do redutor Galimplant para uma maior precisão.

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Fig. 11. Sistema de fresado Galimplant com a fresa inicial de 2 mm.


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Fig. 12. Sistema de fresado: fresa de remoção do tecido mucoso.

Fig. 14. Sistema de fresado: fresas con tope.

Fig. 16. Colocação de um implante Galimplant®.

Fig. 13. Sistema de fresado Galimplant®.

Fig. 15. Sistema de fresado: fresa de 3,6 mm.

Fig. 17. Colocação dos implantes de cirurgia guiada com porta-implantes.

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Fig. 18. Trauma cirúrgico da cirurgia guiada.

Fig. 19. Modelos de estudo com os pilares com posicionadores em Duralay.

Fig. 20. Pilares colocados na boca.

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De acordo com esta informação, o profissional pode analisar o volume residual para otimizar as possibilidades implantológicas em relação ao número, ao tamanho e à localização dos implantes. Alem disso, com os softwares informáticos podemos avaliar as diferentes densidades ósseas existentes e decidir assim que sistema de fresado é necessário e quais são os instrumentos mais adequados para realizar a cirurgia. O uso de uma guia cirúrgica é uma mais-valia tanto na hora de fresar como na colocação dos implantes22-26. Todas estas ferramentas permitem ter um grau mais elevado de precisão quando se compara com a cirurgia convencional, sendo assim a cirurgia guiada o melhor método de inserção dos implantes porque há menos influência de erro humano.

Uma boa estabilidade primária é essencial para o êxito dos implantes nos protocolos de cirurgia guiada com carga imediata. A este respeito, a densidade do osso é um elemento essencial para a integração óssea e constitui um dos fatores que determinam o sucesso a longo prazo. As informações obtidas pela tomografia computadorizada dão-nos a localização precisa do implante para podermos correlacionar significativamente a qualidade do osso para o nível do torque de inserção e do grau de estabilidade dos implantes28. Estudos feitos com cirurgia guiada e reabilitações provisórias imediatas indicam que quando as respostas biológicas e funcionais do paciente recomendam, as reabilitações finais podem realizar-se.

A carga imediata é possível nesta técnica, mas o fator chave para que se possa exercer uma função imediata denomina-se como estabilidade primária. Muitas vezes, este fator está condicionado pela densidade óssea.

No presente caso clínico, após um período de seis meses, a prótese provisória retirar-se-á e colocar-se-á a reabilitação fixa definitiva em cerâmica.

Na revisão da literatura reflete-se uma alta taxa de sucesso no tratamento com cirurgia guiada assistida por computador, de 91% a 100%, num período de seguimento variável de 12-60 meses27.

Este protocolo protético normalmente tem altas taxas de sucesso, tal como evidencia um estudo retrospetivo recente de sete anos, com um sucesso de 97,2% quando se inseriram 107 implantes29.

Vários estudos de cirurgia guiada e carga imediata têm taxas de sucesso muito elevadas, mas temos de considerar o fator tempo. Ainda não existem estudos suficientemente largos e com seguimento a vários anos em comparação com a cirurgia convencional27.

Um aspeto importante dos protocolos de cirurgia guiada e carga imediata é o grau de satisfação dos pacientes com o tratamento. Uma cirurgia sem retalho e uma carga imediata proporciona uma elevada qualidade ao paciente desdentado, porque evita as complicações da cirurgia e reduz o tempo de espera das reabilitações protéticas definitivas30,31.

Conclusões A implantologia do século XXI não tem só como objetivo reforçar a qualidade de vida dos nosso pacientes, mas também melhorar as técnicas cirúrgicas existentes. A cirurgia guiada assistida por computador caracteriza-se por ser uma técnica minimamente invasiva, e visa simplificar não só o procedimento cirúrgico e reduzir o tempo de tratamento, mas também beneficiar o paciente, já que apresenta menos complicações pós-operatórias. O presente caso demonstra bons resultados clínicos da reabilitação de uma mandíbula edêntula com implantes mediante o protocolo de cirurgia guiada e carga imediata. O diagnóstico com uma TAC proporciona imagens 3D da mandíbula edêntula e o software informático permite planificar o tratamento. A realização de uma guia oferece maior segurança cirúrgica e a carga imediata proporciona o êxito estético e funcional desta técnica implantológica.

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Diferentes recursos mecânicos para a recuperação dos segundos molares impactados

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Médico dentista. Especialista em Ortodontia. Docente da Gnathos no Centro de Estudos de Ortodontia (Portugal e Espanha). Docente da carreira de especialista em Ortodontia da Universidade Católica do Uruguai e da Universidade de Belgrano (Buenos Aires, Argentina). Argentina.

Gustavo Gregoret É frequente encontrar em radiografias panorâmicas de consultas ortodônticas ou odontopediátricas segundos molares superiores e/ou inferiores impactados, mesioangulados por trás dos primeiros molares permanentes. Embora esta seja a mudança de posição mais comum (com uma incidência de 2-3% dos casos ortodônticos), também se pode apresentar distoinclinado ou com retenção vertical. As causas podem ser as alterações na direção da erupção, mas também podemos encontrar tratamentos ortodônticos precoces (da

dentição mista) gerando inclinação distal dos primeiros molares (distalamentos superiores, arcos linguais e lip-bumpers para manter a longitude da arcada ou arcos utilitários de intrusão superior ou inferior que produzem um excessivo tip-back) ou a colocação de uma banda ortodôntica no primeiro molar permanente, que altera a anatomia da face distal, interferindo com a normal erupção do molar em questão. A idade sugerida para tratar estas impactações é entre os 11 e os 14 anos, quando as raízes dos segundos molares ainda não tenham completado a sua formação e antes que o terceiro molar

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complete o seu desenvolvimento por trás do segundo molar. Para definir o tratamento mais adequado deve avaliar-se o grau de inclinação do segundo molar. Quando o segundo molar está ligeiramente inclinado para mesial, a colocação de um elástico separador de molares ou uma ligadura metálica que abrace o ponto de contacto e seja progressivamente ativada podem ser suficientes para corrigir a direção da erupção. Se a causa da retenção é uma banda ou uma coroa sobrecontorneada no primeiro molar, a remoção do elemento é suficiente para permitir ao segundo molar recuperar a sua direção. Em impactações mais graves a solução poderá ser cirúrgica ou ortodôntica. Nestes casos, uma possibilidade a avaliar, é a extração do segundo molar para permitir ao gérmen do terceiro molar tomar o seu lugar. Também como tratamento cirúrgico é válida a verticalização e o reposicionamento do segundo molar, especialmente nos casos em que o paciente não colabora. Há que ter cuidado para não fraturar a raiz ou cortar o feixe neurovascular, pelo que deve ser realizada por um cirurgião experiente. Em alguns casos onde a luxação do segundo molar não é estável, deve fixar-se com um arame rígido durante seis semanas e a cavidade que fica geralmente em posição mesial e por baixo preenche-se no mesmo ato cirúrgico com osso autólogo, para ajudar a consolidar a nova posição do molar. Apesar da existência das opções acima, a melhor alternativa ainda é a ortodôntica. Ela pode ser precedida ou não da exposição cirúrgica da coroa do segundo molar seguida da colocação de algum aditamento que permita a verticalização e a erupção forçada do molar. Para gerar este movimento distal propõem-se diferentes mecânicas: • Colar um tubo em oclusal ou vestibular, com um arco de NiTi redondo com uma mola aberta enfiada para gerar movimento distal. • Microimplante colocado por distal com algum auxiliar elástico (cadeia elástica ou mola de NiTi) para gerar tração na direção desejada. O inconveniente desta manobra é que

Fig. 1. Ativação do cantilever com efeito intrusivo.

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requer colocar o parafuso numa zona onde os tecidos moles circundantes são muito suscetíveis de ser traumatizados por este, criando desconforto ao paciente. Em alguns casos, também se pode utilizar uma tração inter-arcada, colocando o microimplante na arcada oposta e numa zona menos desconfortável. • Mola verticalizadora do tipo cantilever que funcione como uma alavanca inter-resistente. Sob uma análise mais profunda da condição vertical do segundo molar se irá decidir se a verticalização necessita de intrusão ou não. É muito importante analisar quando se vai verticalizar um molar já erupcionado, e a posição do mesmo em relação ao plano oclusal. É útil, por exemplo, utilizar o plano bipremolar de Tatis. Se na radiografia panorâmica, o plano tangente às superfícies oclusais do primeiro molar e pré-molares inferiores deixa por cima a parte distal do segundo molar mesioinclinado, seguramente numa verticalização que não controle o fator vertical irá produzir uma extrusão que invade ainda mais o plano oclusal, gerando contactos prematuros posteriores ou uma abertura de mordida, especialmente nos padrões de meso ou dolicofacial. Nestes casos, recomenda-se o uso da ativação do cantilever com efeito intrusivo (fig. 1). Qualquer que seja o método utilizado, a manobra ortodôntica termina com a colocação de um tubo na cara vestibular do molar para alinhá-lo mediante a sequência de arames. Em seguida, apresenta-se um caso de impactação dos segundos molares inferiores e de um segundo molar superior.


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Paciente, com 13 anos de idade, desloca-se à consulta à procura de uma solução para o seu apinhamento dentário. Apresenta uma classe I esquelética e molar com adequada projeção dos tecidos moles do terço inferior da cara. Análise intraoral, para além da discrepância dentária negativa, observa-se a impactação leve do dente 37, moderada do 47 e severa do 27 (fig. 2).

A planificação do tratamento inclui a realização precoce de quatro extrações, alinhamento e nivelação de toda a arcada, fechamento dos espaços remanescentes, ancoragem moderada e recuperação das peças mesioinclinadas. A aparatologia utilizada é da GAC, brackets cerâmicos Mystique e Ovation metálicos.

Fig. 2. A paciente apresenta uma classe I esquelética e molar com adequada projeção dos tecidos moles do terço inferior da cara. Para além da discrepância dentária negativa, observa-se a impactação leve da peça 37, moderada da 47 e severa da 27.

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A primeira fase realiza-se através de uma sequência de arcos de NiTi 0.014 e 0.018 em ambas as arcadas. Quando a arcada inferior estiver suficientemente alinhada para poder incorporar passivamente um arco de aço 0.018, constroi-se secundariamente uma mola de aço 0.016 x 0.022 na forma cantilever para verticalizar o 47. Este, ao funcionar como uma alavanca inter-resistente, contém um ponto de apoio no ápice da raiz distal do molar, uma zona de resistência no molar e a potência no braço de aço. Assim, o molar distoinclinar-se-á, saindo da sua tranca na cara distal do primeiro

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molar, até nivelar-se com o plano oclusal. Se o molar estiver sujeito a extrusão (para o sabermos, usamos o plano bipremolar), utiliza-se uma alavanca interfixa, com um ponto de apoio no meio, entre a potência e a resistência para evitar a extrusão do molar. Aplicar uma ativação de 120 g é suficiente para endireitar o molar em alguns meses (fig. 3). Para o molar 37, com uma inclinação leve, alcançará com a cimentação de um tubo e a progressão da sequência de arcos para melhorar a sua posição (fig. 4).

Fig. 3. A aplicação de uma ativação de 120 g é suficiente para endireitar o molar ao fim de alguns meses.

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Fig. 4. No caso do molar 37, com uma inclinação leve, recorre-se à cimentação de um tubo e à progressão da sequência de arcos para melhorar a sua posição.

Na segunda fase da mecânica trabalha-se a intrusão do setor antero-inferior, mediante a colocação de um arco utilitário de intrusão. Em seguida, procede-se ao nivelamento de toda a arcada, colocando um arco de NiTi 0.016 em todos os brackets e sobreposto (overlying) ao arco de intrusão no setor dos incisivos. Desta forma, renivela-se a arcada sem perder a intrusão anterior, permitindo a livre retrusão do setor antero-superior (fig. 5).

O fechamento dos espaços da arcada superior trabalhou-se com ancoragem moderado, mas de uma forma particular. Usou-se a mecânica de deslizamento com arcos por distal dos laterais, ativados desde o primeiro molar, já que os segundos molares ainda não estavam erupcionados (fig. 6). Na arcada inferior o encerramento dos espaços das extrações efetivaram-se de forma espontânea com a solução do apinhamento.

Fig. 5. Retrusão de caninos na arcada superior e intrusão de incisivos com arco utilitário.

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Ciência e prática

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Fig. 6. Recurso a mecânica de deslizamento com arcos postes por distal dos laterais, com ativação desde o primeiro molar já que os segundos molares ainda não estavam erupcionados.

Com esta gestão diferencial da ativação favorece-se um encerramento onde se consolida uma correta classe I molar e canina, sabendo-se que é mais fácil mesializar os molares superiores que os molares inferiores, assim como retruir mais rapidamente os incisivos inferiores que os superiores.

Ao fechar os espaços e tendo-se realizado um movimento de mesialização dos molares superiores, poderia ter sido favorecida a erupção do 17 e do 27 que se encontravam inicialmente impactados (fig. 7). Através de uma avaliação radiológica, nota-se que, ao contrário das expetativas, a posição do 27 deteriorou-se ainda mais.

Fig. 7. Ao fechar os espaços e tendo-se realizado um movimento de mesialização dos molares superiores, poderia ter sido favorecida a erupção do 17 e 27, que se encontravam inicialmente impactados. Avaliada a situação radiologicamente, nota-se que a posição do 27 deteriou-se ainda mais.

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Ciência e prática

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A peça 27 é um desafio diferente do resto das peças a verticalizar (fig. 8). Impactada e inclusa atrás do primeiro molar, será necessária uma cirurgia para expor a coroa, a adesão de um botão para fixação e o desenho de uma mecânica especial para tração para baixo e para trás (fig. 9a). Desta vez, utilizou-se um dispositivo de ancoragem temporária (TAD, na sigla em inglês) de 6 mm de tração inter-arcada, da casa Dewimed. A posição do microimplante deveria ser por baixo e por trás do 27 para facilitar a direção de tração. No entanto, como essa área se reveste com uma espessura da gengiva suficientemente grossa para deixar a cabeça do parafuso coberta, escolhe-se a colocação mais a mesial, entre o segundo e o primeiro molar. Projeta-se então o ponto de aplicação da força mais para distal mediante um braço construído em aço 0.016 x 0.022 para que a direção de tração seja adequada para distoinclinar e extruir o molar (fig. 9b).

Fig. 8. A peça 27 é um desafio diferente das peças a verticalizar.

a

b

Fig. 9, a-b. a) Recorre-se a uma cirurgia para expor a coroa, a adesão de um botão para fixação e o desenho de uma mecânica especial para tração para baixo e para trás. b) Projeta-se o ponto de aplicação da força mais para distal mediante um braço construído em aço para que a direção de tração seja adequada para distoinclinar e extruir o molar.

Na coroa coloca-se um botão de adesão direta com um gancho construído em arame de aço 0.012 para fixar uma cadeia elástica que realizará a tração inter-arcada. Esta cadeia ativa-se com pouca tensão pensando nos movimentos mandibulares normais, e muda-se cada três semanas.

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Este método de ativação mantém-se durante quatro meses e, em seguida, substitui-se por cimentação de um tubo na peça 27 e a colocação de um arco de NiTi 0.016 x 0.022. O tempo total de tratamento foi de 22 meses. Na figura 10 podem observar-se os resultados finais.


Ciência e prática

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Fig. 10. Observam-se os resultados finais. O tempo total de tratamento foi de 22 meses.

Conclusões A incidência de aproximadamente 2% de molares impactados revela a importância desta patologia. O diagnóstico precoce entre os 11 e os 14 anos, juntamente com uma análise do grau de inclinação do molar, permitem decidir o caminho mais eficiente e efetivo para a solução desta frequente complicação dos casos de ortodontia.

Bibliografia 1. Davis WH, Patakas BM, Kaminishi RM, Parsch NE. Surgically uprighting and grafting mandibular second molars. Am J Orthod Dentofac Orthop. 1976; 69:555-561. 2. Ferrazzini G. Uprighting of a deeply impacted mandibular second molar. Am J Orthod Dentofac Orthop 1989; 96:168-171. 3. Gregoret J, Tuber E, Escobar H, Gregoret G. Tratamiento ortodóncico con arco recto. Ed Amolca. Pag. 110-114. 4. Shapira Y, Borell G, Nahlieli O, Kuftinec MM. Uprighting mesially impacted mandibular second molars. Angle Orthod 1998; 68: 173-178. 5. Shpack N, Finkelstein T, Lai YH, Kuftinec MM, Vardimon A, Shapira Y. Mandibular permanent second molar impaction treatment options and outcome. Open Journal of Dentistry and Oral Medicine 1(1): 9-14, 2013.

6. Shapira Y, Finkelstein T, Shpack N, Lai YH, Kuftinec MM, Vardimon A. Mandibular second molar impaction Part I: genetic trait and characteristics. Am J Orthod Dentofac Orthop. 2011; 140: 32-37. 7. Tatis D. Análisis cefalométrico para las radiografías panorámicas. Editores Cali. Colombia, 2006. 8. Varpio M, Wellfelt B. Disturbed eruption of the lower second molar: clinical appearance, prevalence and etiology. J Dent Child. 1988; 55: 114-118.

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ND Voluntariado PT15_Maquetación 1 02/12/15 15:35 Página 73

Missão voluntária David Francisco

médico dentista

Natural de: Sesimbra. • Idade: 24 anos. Formação: Licenciado (desde julho de 2014) pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. Prática clínica: Três meses de prática na Guiné-Bissau.

O voluntário ganha sempre mais do que a pessoa que é ajudada Embora só tenha concluído a licenciatura em Medicina Dentária em julho do ano passado, David Francisco já soma uma considerável experiência no universo do voluntariado. Iniciou-se, na infância, em campanhas do Corpo Nacional de Escuteiros e, durante a fase universitária, participou em ações solidárias da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, entre outras iniciativas. A sua mais recente – e marcante – missão tem a chancela da associação Mundo a Sorrir e remonta ao último trimestre de 2014. O jovem médico dentista esteve na Guiné-Bissau a prestar tratamentos dentários para a instituição Casa Emanuel, que abriga um orfanato com mais de 150 crianças.

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ND Voluntariado PT15_Maquetación 1 02/12/15 15:35 Página 74

Missão voluntária Como surgiu a sua ligação ao universo do voluntariado? Esta ligação começou desde muito cedo, ao fazer parte do Corpo Nacional de Escuteiros, vulgarmente conhecido como escuteiros, em que participei em diversas atividades, tais como campanhas de angariação de bens alimentares para o Banco Alimentar Contra a Fome. Em que projetos esteve ou está envolvido? O projeto mais recente foi uma experiência de voluntariado na Guiné-Bissau, durante o último trimestre de 2014, ao abrigo da associação Mundo a Sorrir. Antes desta missão, estive envolvido na criação do projeto “Abriga um sorriso”, uma iniciativa dos estudantes da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa que consiste na distribuição, uma vez por mês, de escovas e pastas dentífricas aos sem-abrigo da capital. Para além destes, lembro-me ainda do projeto “Missão País” em que participei durante três anos. A lista é longa… Que recordações e ensinamentos guarda do período em que esteve no terreno? As recordações são mesmo muitas; as melhores são, sem dúvida, as que guardo das crianças que tratei no orfanato da instituição Casa Emanuel. Um dos ensinamentos que me ficou na cabeça –ultimamente tenho pensado muito nele – é um provérbio africano: “se queres ir rápido vai sozinho, se queres ir longe vai acompanhado”. Há algum episódio, particularmente marcante, que queira partilhar com os nossos leitores? Recordo especialmente o momento do meu regresso a Portugal. Saí da Guiné-Bissau no dia 16 de dezembro do ano passado sem data marcada para voltar. Nesse dia, uma criança guineense pediu-me para não me demorar, caso contrário iria perder... a festa de Natal.

Na Medicina Dentária atrai-me o impacto que esta profissão tem na vida das pessoas e o facto de não ser uma atividade rotineira, devido às diversas especialidades

David Francisco guarda “as melhores recordações” das crianças que tratou no orfanato da instituição guineense Casa Emanuel.

Quais são as principais dificuldades que sente no trabalho como voluntário? Talvez a maior dificuldade seja quando não conseguimos socorrer toda a gente e nos vemos forçados a optar por quem ajudar. Qual é a principal recompensa desse trabalho? As vantagens são muitas; o voluntário ganha sempre mais do que a pessoa que é ajudada. O que diria para motivar outros colegas de profissão a aderirem ao voluntariado? Diria que ser voluntário é ser o que se pode, dar o que se pode, e que não há alturas ideais para começar.

Atrai-me o impacto que tem na vida das pessoas e o facto de não ser uma atividade rotineira, devido às diversas especialidades.

Esta área profissional foi a sua primeira escolha? Sim, de facto, foi a minha primeira opção. Que apreciação faz da atual conjuntura do setor dentário? Sei que não estamos a viver os melhores dias da profissão, no entanto, há que manter o espírito positivo.

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Ponto de vista

Ponto de vista NovPT_Maquetación 1 01/12/15 15:24 Página 75

David Sanz López Cirurgião maxilofacial. Presidente da Comissão Organizadora do Primeiro Congresso Luso-Espanhol de Cirurgia Ortognática e Ortodontia. Coimbra.

Coimbra, capital ibérica da cirurgia ortognática e da ortodontia Nos dias 12 e 13 de fevereiro de 2016 irá decorrer em Coimbra o Primeiro Congresso Luso-Espanhol de Cirurgia Ortognática e Ortodontia. A Comissão Organizadora deste evento está a preparar um programa de excelência científica com conferencistas de renome internacional na área das dismorfoses dentofaciais (DDF).

número de doentes que pretendam uma melhoria meramente estética. Uma vez que as DDF devem ser corrigidas num tratamento combinado entre a cirurgia maxilofacial e a ortodontia, pretende-se destacar, neste congresso, a importância do tratamento multidisciplinar. Neste sentido, iremos promover o debate en tre oradores de renome de ambas as especialidades.

A abordagem das dismorfoses dentofaciais pressupõe a obtenção de uma estética facial mais harmoniosa, um equilíbrio funcional das estruturas dentárias e a estaUma vez que as DDF devem ser bilidade da articulação temporomandibucorrigidas num tratamento lar. Os parâmetros estéticos mais utilizados combinado entre a cirurgia são a pirâmide nasal, a geometria palpebral maxilofacial e a ortodontia, e orbitária, a linha do sorriso, a exposição pretende-se destacar, das estruturas dentogengivais e a harmoneste congresso, a importância nia facial. Estes fatores determinam a “perdo tratamento multidisciplinar. sonalidade da face”.

Diversos temas serão abordados – por especialistas na matéria de Portugal e Espanha – em oito mesas-redondas, nomeadamente o tratamento das classes II e III, a mordida aberta, a assimetria facial, a fenda lábio-palatina, a apneia do sono e a cirurgia ortognática prévia ao tratamento ortodôntico.

Neste sentido, iremos promover o debate entre oradores de renome Como presidentes do congresso contaA cirurgia ortognática tem um papel prede ambas as especialidades ponderante na estética do rosto, podendo mos com o Professor Doutor Francisco modificar os terços médio e inferior, em do Vale (especialista em ortodontia pela função da amplitude e da dimensão vertical do terço superior. Ordem dos Médicos Dentistas e coordenador da pós-graduaPor outro lado, permite uma alteração radical do perfil, com ção em ortodontia da Faculdade de Medicina da Universidade uma melhoria da harmonia e da exposição dentária no sorride Coimbra) e o doutor Artur Ferreira (diretor do Serviço de so, sem alterações funcionais permanentes na mímica facial Cirurgia Maxilofacial do Centro Hospitalar Universitário de nem cicatrizes externas inestéticas. Coimbra). O Comité Científico é presidido pelo Professor Doutor José Pedro Figueiredo (membro do Conselho de AdmiCerca de quatro por cento da população apresenta dismorfonistração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra). ses dentofaciais relevantes, susceptíveis de tratamento ortodôntico-cirúrgico. Atualmente, as técnicas cirúrgicas mini No próximo mês de fevereiro, sejam bem-vindos à “cidade mizam as complicações inerentes das DDF, o que poderá jusdos estudantes”, pontualmente transformada na capital ibéritificar a proposta de uma abordagem cirúrgica a um maior ca da cirurgia ortognática e da ortodontia.

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Calendário de cursos

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ENDODONTIA

ESTÉTICA

Título de especialista em endodontia

Curso de pós-graduação em estética dentária integrada

A CEOdont (Grupo Ceosa) prepara mais uma edição deste curso, orientado pelo médico dentista Juan Manuel Liñares Sixto. Composto por quatro módulos, o programa inicia-se no próximo mês de abril, de acordo com o seguinte calendário: • 1. Abertura de câmara e preparação de condutos; de 7 a 9 de abril. • 2. Instrumentação mecânica; de 5 a 7 de maio. • 3. Obturação de condutos radiculares; de 9 a 11 de junho. • 4. Restauração após a endodontia; de 21 a 23 de julho.

A Universidade do País Vasco (UPV), com sede na cidade espanhola de Bilbau, prepara um curso de pós-graduação na área da estética dentária integrada, dirigido pelo médico dentista Manuel Gómez. Esta formação tem início marcado para setembro do próximo ano e terminará em junho de 2017. Conta com a colaboração de reconhecidos especialistas em estética dentária integrada, designadamente Sydney Kina, Paulo F. M. Carvalho, Víctor Clavijo, Cláudio Pinho e Murilo Calgaro, entre outros. Cada módulo será lecionado para um máximo de 12 alunos.

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

UPV. (0034) 946 012 917 - cristina.garcia@ehu.es - www.ehu.es/esteticadental

ESTÉTICA

IMPLANTOLOGIA

Título de especialista em estética dentária

Reabilitação de maxilares edêntulos e atróficos

A CEOdont (Grupo Ceosa) tem em marcha mais uma edição deste curso, orientado por Mariano Sanz Alonso, Manuel Antón Radigales e José A. de Rábago Vega. Os próximos módulos do programa são os seguintes: • 6. Capas de porcelana I; de 21 a 23 de janeiro. • 7. Capas de porcelana II; de 25 a 27 de fevereiro. • 8. Coroas de recobrimento total; 1 e 2 de abril. • 9. Curso teórico-prático na Universidade de Nova Iorque; de 20 a 24 de junho.

Em abril do próximo ano realiza-se, na Clínica Dental Fafe, um curso prático de três dias dedicado à temática da reabilitação de maxilares edêntulos e atróficos com conceito All-on-4 (função imediata). Paulo Monteiro. Organizado com o apoio da Cortex e do laboratório de prótese dentária Infinidente, este curso é dirigido e orientado pelo médico dentista Paulo Monteiro. Cada participante (num total de seis) realizará uma reabilitação total (cirurgia + reabilitação protética). Cortex Dental. 223 200 661 / 914 102 382

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

IMPLANTOLOGIA

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IMPLANTOLOGIA

Curso básico de implantologia oral

Curso modular de regeneração óssea

A Radhex lança no próximo dia 15 de janeiro, em Madrid e Barcelona (Es panha), um novo ciclo de cursos de formação, que se estreia com um módulo de instrução teórica. Trata-se de um ciclo eminentemente personalizado, dirigido especialmente a profissionais que se iniciam em implantologia. Ao longo dos diferentes módulos prevê-se formação teórica e prática, exposição de vídeos de casos clínicos, cirurgias em direto e práticas com pacientes. A direção está a cargo dos coordenadores Ignacio Cermeño e José Manuel Pérez, em Madrid, e Alex del Cerro, em Barcelona.

Ao abrigo do calendário anual de formação contínua da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), os primeiros módulos do curso de regeneração óssea de 2016 estão agendados para os dias 18 de janeiro e 8 de fevereiro, no Porto. Ministrado por Helena Rebelo, o primeiro módulo abordará os princípios biológicos da regeneração óssea, ao passo que o segundo módulo, sob a orientação de João Paulo Tondela, centrar-se-á nos fatores de decisão e nos procedimentos clínicos.

Radhex Implants. 915 205 087 - www.radhex.es

OMD. 226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

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ORTODONTIA

IMPLANTOLOGIA

Título de especialista em cirurgia e prótese sobre implantes

Pós-graduação em ortodontia

A CEOdont (Grupo Ceosa) prepara uma nova edição deste curso, sob a orientação de Mariano Sanz Alonso e José de Rábago Vega, e com a colaboração de Bertil Friberg. O programa inicia-se em 2016, de acordo com o seguinte calendário: • 1. Diagnóstico e plano de tratamento; de 14 a 16 de abril. • 2. Cirurgia sobre implantes; de 19 a 21 de maio. • 3. Prótese sobre implantes; de 16 a 18 de junho. • 4. Curso de enxerto ósseo e elevação de seio; de 14 a 16 de julho. • 5. Curso clínico-prático com pacientes (opcional); data a combinar.

A Ortocervera inicia no próximo mês de março uma nova edição da pós-graduação em ortodontia, orientada por Alberto J. Cervera. Os módulos desta formação são os seguintes: • 1. Cefalometria e diagnóstico; de 17 a 19 de março. • 2. Estudo da classe I; de 21 a 23 de abril. • 3. Cimentado e biomecânica; de 19 a 21 de maio. • 4. Estudo da classe II; de 9 a 11 de junho. • 5. Estudo da classe III; de 7 a 9 de julho. • 6. Diagnóstico multidisciplinar e introdução ao autoligado estético; de 8 a 10 de setembro. • 7. Biomecânica avançada multidisciplinar; de 6 a 8 de outubro. • 8. Ortodontia multidisciplinar; de 3 a 5 de novembro.

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

Ortocervera. (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

PERIODONTIA

ORTODONTIA

Tratamento da classe III

Cursos práticos de periodontia

De acordo com o calendário anual de formação contínua da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), o primeiro curso de fim de dia programado para 2016 vai ter lugar no próximo dia 11 de janeiro, em Setúbal. A sessão será protagonizada por Luís Jardim, que fará uma abordagem ao tratamento da classe III. Este médico dentista é professor catedrático e coordenador do curso pós-graduado de Especialização em Ortodontia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa e presidente do Colégio de Ortodontia da OMD.

O Instituto Casan leva a cabo um novo ciclo de cursos práticos de periodontia, que decorre na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Ciências Médicas de Villa Clara, em Cuba, sob a orientação de Mitdray Corrales Álvarez, chefe do Serviço de Periodontia da referida faculdade cubana. Os participantes poderão realizar cirurgias periodontais ressectivas e regenerativas para o tratamento de bolsas periodontais, vestibuloplastias, usar biomateriais em periodontia e proceder a alongamentos coronários, etc.

OMD. 226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

Instituto Casan. (0034) 918 586 594 - info@institutocasan.net

VÁRIOS

Calendário de cursos

ND Cal Cursos dezPT_Maquetación 1 02/12/15 16:30 Página 77

VÁRIOS

Medicina oral para jovens médicos dentistas

Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS

No âmbito do seu programa de formação contínua, a Associação Portuguesa de Medicina Oral (APMO) realiza no dia 12 deste mês, nas instalações do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM), com sede no Monte da Caparica (Lisboa), uma jornada formativa de medicina oral dedicada aos jovens médicos dentistas. O programa abordará temas como a osteonecrose dos maxilares associada a medicamentos (Ana Louraço), as indicações para biopsia na cavidade oral (Filipe Freitas) ou o tratamento racional das infeções da cavidade oral (António Mano Azul).

A Ortocervera organiza este curso, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), que transmite formação personalizada para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado.

APMO. apmoportugal@gmail.comom

Ortocervera. (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

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Congressos e reuniões

ND Congresos dezPT_Maquetación 1 02/12/15 16:04 Página 78

Reunião anual da SPPI vai ter lugar em março

Coimbra acolhe encontro europeu de estudantes de Medicina Dentária

25º congresso anual da OMD realiza-se no Porto

A próxima reunião anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI) vai decorrer nos próximos dias 11 e 12 de março, em Coimbra. O Centro de Convenções e Espaço Cultural do Convento de São Francisco foi o local escolhido pela SPPI para debater os últimos avanços nas áreas da periodontologia e da implantologia. Espera-se a participação de vários oradores de renome em ambas as vertentes da Medicina Dentária, bem como a habitual presença de representantes da indústria dentária, que exibirão as últimas novidades em matéria de produtos e serviços do setor.

A associação Young Dentists Portugal celebra em Coimbra, entre os próximos dias 28 de fevereiro e 6 de março, o seu terceiro congresso anual. Na mesma ocasião, realizar-se-á, pela primeira vez em Portugal, o 57º encontro e o 11º congresso europeus das associações de estudantes de Medicina Dentária. Organizados pela Young Dentists Portugal e pelo Núcleo de Estudantes de Medicina Dentária de Coimbra, estes encontros vão decorrer nas instalações do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra. Esperam-se cerca de 500 participantes nacionais e duas centenas de congressistas estrangeiros.

A 25ª edição do congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) vai ter lugar entre os dias 10 e 12 do próximo mês de novembro, no Porto. O principal encontro da Medicina Dentária nacional caracteriza-se pela qualidade científica dos seus programas. Entre os conferencistas que já confirmaram a sua presença no congresso de 2016, destacam-se os brasileiros Christian Coachman e Waldemar Polido, os britânicos Nigel Pitts e Nicola West, os espanhóis Javier Gil Mur e Eva Berroeta, o italiano Federico Ferraris e o japonês Mitsuhiro Tsukiboshi.

www.facebook.com/sppi.pt

youngdentistsportugal@gmail.com

Congresso ibérico sobre cirurgia ortognática e ortodontia

28ª reunião anual da SPODF celebra-se em Lisboa

Peniche recebe em setembro congresso anual da SPO

Nos próximos dias 12 e 13 de fevereiro celebra-se em Coimbra, a primeira edição do congresso luso-espanhol de cirurgia ortognática e ortodontia. A comissão organizadora deste evento, presidida pelo cirurgião maxilofacial David Sanz López, está a preparar um programa de excelência científica com conferencistas de renome internacional na área das dismorfoses dentofaciais (DDF). Neste inédito encontro, especialistas portugueses e es panhóis abordarão diversos temas em oito mesas-redondas, nomeadamente o tratamento das classes II e III, a mordida aberta, a assimetria facial, a fenda lábio-palatina, a apneia do sono e a cirurgia ortognática prévia ao tratamento ortodôntico.

A próxima reunião científica anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial (SPODF) realiza-se de 14 a 16 do próximo mês de abril no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. A 28ª edição do encontro, presidido pela médica dentista Inês Anselmo Assunção, será dedicada ao “Tratamento ortodôntico integrado: estratégias e conceitos clínicos”. O programa científico da reunião tem já confirmado como principal conferencista Richard Roblee, cuja intervenção se centrará no papel da ortodontia na gestão interdisciplinar dos dilemas estéticos.

O XXIII Congresso da Sociedade Portuguesa de Orto dontia (SPO) vai realizar-se de 29 de setembro a 1 de outubro do próximo ano, em Peniche. Os profissionais da área terão a oportunidade de atualizar os seus conhecimentos num cenário invulgar em congressos do setor, já que se trata da “capital do surf” em Portugal. Peniche foi, de resto, recentemente distinguida como uma das melhores praias europeias. Sob o lema “Ortodontia: ciência e paixão”, o congresso abordará os temas mais atuais desta especialidade e permitirá que conferencistas nacionais e estrangeiros divulguem as suas experiências nas mais diversas técnicas.

info@meetingortognatica.com

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www.omd.pt

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www.spodf.pt

www.sportodontia.pt


ND Congresos dezPT_Maquetación 1 02/12/15 16:04 Página 79

Congressos e reuniões Faculdade do Porto organiza reunião sobre a técnica auto-ligável

Congresso da SPEMD regressa ao Porto em 2016

A primeira reunião sobre a técnica auto-ligável da Fa culdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), subordinada ao tema “Novas tecnologias no tratamento da Classe II”, está agendada para os dias 19 e 20 de fevereiro. Este encontro conta com a participação de um leque de conferencistas nacionais e estrangeiros com vasta experiência neste tipo de tratamento, nomeadamente Adrián Carbajosa Fernández, Armando Dias da Silva, Carlos Mota, David Zamora, Dimitris Mavreas, Enrico Pasin, Joan Rosell, Nímet Guiga, Teresa Alonso e Teresa Pinho. A reunião da FMUP, que conta com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Ortodontia, destina-se a médicos, médicos dentistas e estudantes de ambas as áreas.

O próximo congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai realizar-se no Porto. A 36ª edição da reunião científica médico-dentária com muita tradição em Portugal está agendada para os dias 7 e 8 de outubro de 2016, na Fundação António Cupertino de Miranda. O programa científico da SPEMD, que se encontra em fase de elaboração, promete, de acordo com a organização, mobilizar uma vez mais largas centenas de profissionais de todos os quadrantes da Medicina Dentária, bem como dezenas de representantes da indústria do setor. www.spemd.pt

www.med.up.pt

ISCSEM organiza jornadas internacionais de Medicina Dentária

DENTSPLY Implants World Summit Tour

A 24ª edição das Jornadas Internacionais de Medicina Dentária do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM) realiza-se nos próximos dias 4 e 5 de março, nas instalações desta instituição de ensino superior, com sede no Monte da Caparica (Lisboa). Esta edição contará com a presença de Júlio César Joly, Bruno Baracco, Asunción Mendoza, André Mariz Almeida, Júlio Fonseca e João Rua, entre outros oradores de renome, que abordarão temas relacionados com a periodontologia, a reabilitação oral, a oclusão, a dentisteria e a odontopediatria. A organização espera reunir mais de 500 congressistas nas jornadas internacionais de 2016.

A próxima edição do DENTSPLY Implants World Summit Tour, que se realizará ao longo do próximo ano e de 2017, vai realizar-se na China, no Japão, nos Estados Unidos e na Europa. O encontro deverá mobilizar 5.000 profissionais do setor dentário de todo o mundo. O programa contará com a colaboração conjunta de cientistas e investigadores conhecidos mundialmente, e consistirá em conferências de oradores internacionales, assim co mo de conferencistas conhecidos a nível regional. Além disso, o World Summit Tour será uma boa oportunidade para os clientes e potenciais clientes da DENTSPLY Implants descubrirem o seu leque de soluções. www.dentsplyimplants.es

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BTI lança livro dedicado ao alvéolo pós-extração

Bien-Air tem em marcha uma promoção de Natal

O Biotechnology Institute (BTI) tem à disposição dos profissionais do setor a publicação (em língua espanhola) intitulada “Alveolo post-extracción: una aproximación biológica”, da autoria do médico dentista Eduardo Anitua. A preservação do volume original do alvéolo e evitar o colapso após uma extração dentária continua a ser um tema de interesse, sobretudo quando a intenção é Capa da nova publicação espanhola. inserir um implante dentário nessa área. Este livro faz uma abordagem regenerativa do alvéolo pós-extração baseada no uso da tecnologia Endoret (PRGF), que permite enfrentar o tratamento numa perspetiva biológica, com excelentes resultados.

A Bien-Air tem em marcha, desde o início deste mês, a sua habitual promoção de Natal. A oferta especial deste ano é composta por dois kits, am bos com turbinas de alta gama A oferta especial deste ano é composta por dois kits. e última geração a preços muito interessantes, acompanhadas de um estojo em pele branca e uma coluna de som de última tecnologia que ajudará a clínica dentária a estar em boa “sintonia”. As ofertas de Natal da Bien-Air podem ser descarregadas no site da marca.

www.teamwork-media.es/libros-revistas-odontologia-prostodoncia

comercial@bienair.com - www.club-bienair.com

Road Show Wieland bate recorde em Sevilha

Dentaleader faz balanço da Expo-Dentária

Durante o presente ano, a equipa da Wieland Dental, marca do grupo Ivoclar Vivadent, percorreu toda a Península Ibérica para oferecer conferências e demonstrações ao vivo sobre o seu sistema CAD-CAM. Neste âmbito, a cidade de Sevilha (Espanha) registou, Mais de 100 profissionais do setor no passado dia 20 de novembro, um recorde de partiassistiram às sessões. cipantes, já que mais de uma centena de profissionais assistiram às sessões do Road Show Wieland. Inovação, tendências e tecnologia digital foram os principais temas abordados pelos conferencistas. Esta iniciativa voltará a figurar no calendário de eventos que a Wieland Dental prepara para 2016.

A Dentaleader participou na última edição da Expo-Dentária, no contexto do XXIV Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas, realizado em Lisboa de 12 a 14 de novembro. Esta edição da Expo-Dentária constituiu um A empresa aproveitou a Expo-Dentária para desafio ainda maior para a empresa, que apreapresentar a sua nova imagem corporativa. sentou ao mercado todo o seu potencial através de um stand inovador com a nova imagem corporativa da empresa. Durante os três dias do congresso, a Dentaleader apresentou também o “Odontomecum”, manual de referência que a empresa põe à disposição dos profissionais e que está a ter grande aceitação no setor.

(0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.es

800 203 976 - www.dentaleader.com

Grupo Procoven investe nos laboratórios de Hong Kong

Laboratórios Vitória apresentam novidades na Expo-Dentária

O Grupo Procoven melhorou as condições dos seus laboratórios em Hong Kong (China) com a instalação de impressoras 3D de última geração. A consolidação da empresa baseia-se no constante esforço no sentido de melhorar as áreas da investigação e do desenvolvimento, assim como no investimento em novas tecnologías, tudo com o propósito de oferecer um melhor serviço ao cliente. Este investimento visa reforçar a produtividade e o processamento dos referidos laboratórios, com o fim de reduzir (até aos cinco dias) os prazos de entrega das encomendas.

O congresso da Ordem Médicos Dentistas, que teve lugar em Lisboa no passado mês de novembro, contou de novo com a participação dos Laboratórios Vitória, que se apresentaram na Expo-Dentária com um stand muito inovador e amplo. Nesta edição, a grande novidade da empresa foi o Interprox 4G, com uma ampla e inovadora gama de escovilhões interdentários que completam a higiene oral auxiliando a remoção do biofilme dentário dos espaços interproximais. O novo Interprox 4G teve uma grande aceitação por parte dos visitantes da Expo-Dentária, devido à sua particular ergonomia e flexibilidade. Este produto estará à venda nas farmácias e parafarmácias a partir do próximo mês de janeiro.

(0034) 916 407 410 - info@grupoprocoven.com - www.grupoprocoven.com

214 758 300 – www.labvitoria.pt

MAXILLARIS DEZEMBRO 2015


Novidades da indústria

ND Novidades dic.PT_Maquetación 1 02/12/15 14:10 Página 84

Novos discos Zenostar MT

Sistema panorâmico CS 8100SC www.carestreamdental.es

(0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.com

O sistema de radiologia panorâmico e cefalométrico CS 8100SC oferece aos médicos dentistas funções de diagnóstico otimizadas com os tempos de exploração mais rápidos do mercado, imagens de alta qualidade e traçado automático. A nova unidade conta com uma premiada tecnologia e o conceito de desenho compacto do sistema panorâmico CS 8100, com a vantagem acrescida da radiologia cefalométrica avançada. O sistema oferece uma rápida velocidade de aquisição com um tempo de apenas três segundos. Os tempos de exposição curtos reduzem a dose do paciente e o risco de desenfoque, com o fim de obter exames mais seguros e nítidos. Além disso, os profissionais têm a opção de eleger de entre os modos de exploração rápida, com um tempo de exposição o dobro de rápido, idóneo para o uso em pacientes jovens. O CS 8100SC inclui dois sensores (um para imagens cefalométricas e outro para imagens panorâmicas), o que reduz a manipulação e evita o risco de danos na unidade.

O sistema de zircónio da Wieland Zenostar inclui un portfólio para a produção universal de restaurações de óxido de zircónio. O sistema foi agora ampliado para incluir uma nova opção estética para restaurações monolíticas anteriores: Wieland Zenostar MT. Os novos discos Zenostar MT (translucidez média) complementam perfeitamente o catálogo já existente. Enquanto as restaurações monolíticas Zenostar T foram, na sua maioria, usadas na região posterior por razões estéticas, Zenostar MT está também indicado para o fabrico de restaurações anteriores. Encaixa com a nomenclatura tanto de Zenostar Wieland como de IPS e.max indicando a compatibilidade com estes dois sistemas. Inicialmente estará disponível como discos em branco (Zenostar MT0) com os correspondentes líquidos de coloração. Além dos líquidos em 16 cores A-D, o sistema também contém cores Effect para uma individualização adicional.

Desaparafusadores com identificação por cor 915 205 087 - www.radhex.es

Para mais informação: +34 934 25 30 40 comercial@bienair.com www.bienair.com

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MAXILLARIS DEZEMBRO 2015

A Radhex Implants introduziu no seu leque de acessórios os novos desaparafusadores, com hexágono de 1,20 e 1,25 mm, aptos para os sistemas PHE e PHI, respetivamente, com a particularidade de serem facilmente identificáveis através da sua cor: verde para o hexágono de 1,20 mm e azul para o hexágono de 1,25 mm. Empregou-se um processo de anodizado na peça que se une ao cabo do desaparafusador, que serve tanto para identificar o tamanho da sua ponta como para fixar um fio de seda que permita dotar de maior segurança o sistema e recuperar a peça no caso de escorregar das mãos do utilizador. Além disso, o seu dese nho realizou-se com perfis suaves, o que oferece a máxima comodidade ao paciente e assegura uma adequada proteção face às possíveis fricções e irritações da mucosa por traumatismo.


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