MAXILLARIS Portugal setembro 2017

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setembro 2017 no 82 Ciência e atualidade do setor dentário - ano XII

Crónica

Cerca de 660 novos médicos dentistas entraram no mercado de trabalho em 2016

falamos com...

Francisco Coelho Gil, presidente da comissão organizadora do 37o congresso da SPEMD

DOSSIER

Fio dentário na prevenção das doenças periodontais: será um capricho dos médicos dentistas?

publicidade

Lídia Veludo, higienista oral e presidente da associação “Miúdos otimistas, miúdos saudáveis”


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destaques Crónica Cerca de 660 novos médicos dentistas entraram no mercado de trabalho em 2016.

Ordem dos Médicos Dentistas vota contra orçamento da Entidade Reguladora da Saúde.

Maior aula de higiene oral realizou-se em Queluz com direito a registo no Guinness World Records.

Ciência e prática

Falamos com... Francisco Coelho Gil, presidente da comissão organizadora do 37o congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária.

Ana Almeida: “Mordida aberta anterior: apresentação de um caso clínico”.

João Miguel Gomes: “Preservação de alvéolo com a técnica cone de gelado: relato de casos clínicos”.

Lídia Veludo, higienista oral e presidente da associação “Miúdos otimistas, miúdos saudáveis”. DOSSIER

Cátia Silva: “Fio dentário na prevenção das doenças periodontais: será um capricho dos médicos dentistas?”.

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Crónica Cerca de 660 novos médicos dentistas entraram no mercado de trabalho em 2016. Mais de uma centena de pessoas assinalaram no Porto o décimo segundo aniversário da associação Mundo A Sorrir. Maior aula de higiene oral realizou-se em Queluz com direito a registo no Guinness World Records.

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Falamos com… Francisco Coelho Gil, presidente da comissão organizadora do 37o congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária: “Temos como principal objetivo continuar a ser uma referência credível ao nível da formação continuada”.

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Lídia Veludo, higienista oral e presidente da associação “Miúdos otimistas, miúdos saudáveis”: “Estamos a atravessar uma época em que a investigação nos traz conhecimentos extremamente úteis, cujo benefício maior são os ganhos em saúde oral da população”.

Ciência e prática Ana Almeida: “Mordida aberta anterior: apresentação de um caso clínico”. João Miguel Gomes: “Preservação de alvéolo com a técnica cone de gelado: relato de casos clínicos”. dossier Cátia Silva: “Fio dentário na prevenção das doenças periodontais: será um capricho dos médicos dentistas?”. A indústria a fundo Manuel Guerrero, Country Sales Manager da lyra-etk em Espanha e Portugal. Calendário de cursos Agenda de cursos para os profissionais. Congressos e Reuniões Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

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Novidades da indústria Produtos e equipamentos.

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Página empresarial Notícias de empresas.

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A MAxillARiS é uma marca registada a nível europeu pelo Departamento de Harmonização do Mercado interior Europeu de Marcas e Desenhos com o Nº 003098449. Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: Maria João Miranda. comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.

Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Gil Alcoforado. isabel Poiares Baptista. José Bilhoto. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Susana Noronha. Consultor para a América latina: Pérsio Mariani. REDAÇÃO: Rua Francisco Sanches, 122, 2º 1170-144 lisboa. Tel./Fax: 218 874 085. SETEMBRO 2017

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Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 € , resto 80 € . iSENTO DE REGiSTO AO ABRiGO DO DECRETO REGUlAMENTAR 8/99 de 9/6 art 12º nº 1ª

Tiragem: 6.500 exemplares • Periodicidade mensal.

• MAxillARiS não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores. • Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito de CyAN EDiTORES.


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Editorial set PT_Maquetación 1 21/8/17 15:05 Página 8

Editorial

Setembro é sinónimo de regresso à rotina clínica e formativa da classe dos médicos dentistas, e não só, após o sempre apetecível e relaxante período estival para descansar e retemperar forças. É também por esta altura que o calendário de eventos e reuniões do setor assume especial pujança, tendo em vista que os congressos de algumas das entidades ou sociedades científicas mais representativas da Medicina Dentária se remetem para o quadrante final do ano. Neste particular capítulo das cimeiras anuais do setor, a MAXILLARIS inicia antecipadamente a sua rentrée com uma participação ativa, na qualidade de media partner, no maior congresso internacional da “modalidade”, que se celebra em Madrid (Espanha): o World Dental Congress, sob a égide da Federação Dentária Internacional (FDI). Esta revista, assim como a edição espanhola de setembro, distribuem-se no stand que a MAXILLARIS ocupa na ampla área de exposição do congresso anual da FDI, em que participam cerca de 10.000 profissionais oriundos de todos os cantos do mundo. O programa científico (e social) de excelência oferece aos congressistas uma oportunidade única para atualizarem os seus conhecimentos nos mais diversos quadrantes da profissão e, como tal, prestarem um melhor serviço aos seus pacientes. À escala nacional, o reinício do calendário de eventos do setor está marcado para os dias 22 e 23 deste mês, em Lisboa, com a realização do décimo congresso da Sociedade Portuguesa de Estética Dentária (SPED), que divulgará os últimos avanços nos domínios da estética e da cerâmica, entre outras disciplinas. Um pouco mais adiante, nos dias 28 a 30 deste mês, será a vez da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO) celebrar a sua cimeira anual no Porto, onde serão tratados os temas mais atuais desta especialidade. Depois, nos dias 13 e 14 de outubro, Coimbra será a cidade anfitriã da 37a edição do congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD), com um programa científico multidisciplinar que certamente atrairá ao renovado Convento de São Francisco profissionais de todas as vertentes da Medicina Dentária. A mobilização da classe repetir-se-á um mês mais tarde, de 16 a 18 de novembro, com a derradeira cimeira e por sinal a mais importante do setor: o congresso da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) regressa ao emblemático recinto Meo Arena, em Lisboa, com um programa científico repleto de nomes sonantes no contexto mundial. A MAXILLARIS, como habitualmente, acompanhará de perto o interessante calendário de reuniões que se avizinha.

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Calendário pujante


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Índice set PT_Maquetación 1 21/8/17 13:32 Página 10

Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com

índice

Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com

3o Quadrante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com

3Shape. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com

Bien-Air . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 e 81 Ceodont . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com

Colgate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com

Dental Lab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Dentium. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

Coordenadora de projetos: Marta Esquinas marta.esquinas@maxillaris.com

Dentsply Sirona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Dürr Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com

Eckermann. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Serviços Administrativos: Inmaculada Barrio. administracion@maxillaris.com

Exceldent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 etk . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45 Fax: (0034) 917 25 01 80

Gabinete Português de Medicina Dentária . . . . . . . . . . . . 49 Gnathos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Instituto Casan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Edição online espanhola: www.maxillaris.com

Invisalign . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 e 3

Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Blas Noguerol Rodríguez. Emilio Serena Rincón. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chémez. Rafael Martín-Granizo López. María Rosa Mourelle Martínez Esther Nevado Rodríguez

Ivoclar Vivadent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 e 86 Klockner . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Sineldent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Sinusmax. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 SPEMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

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crónica Cronica Ordem dos Médicos Dentistas vota contra orçamento da Entidade Reguladora da Saúde A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), que integra o Conselho Consultivo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), votou contra o plano de atividades e o orçamento desta entidade para o próximo ano. Em causa está a manutenção das taxas cobradas pela ERS aos prestadores de cuidados de saúde. Os valores destas taxas são considerados excessivos pelas Ordens da Saúde e também pelo Tribunal de Contas que acusa a ERS de acumular, sem necessidade, sucessivos excedentes de tesouraria. Ordens justificam chumbo numa declaração conjunta Na reunião do conselho consultivo da ERS para aprovar o plano de atividades e o orçamento para o próximo ano, a OMD e a Ordem dos Médicos justificaram o chumbo numa declaração de voto conjunta. No texto ambas as Ordens sustentam que “o montante das taxas pagas pe los estabelecimentos registados e licenciados pela ERS tem-se revelado sobredimensionado face aos sucessivos orçamentos apresentados pelo Conselho de Administração da ERS. O Orçamento para 2018, justificado pelo respetivo Plano de Atividades, não é exceção”.

Na declaração de voto, ambas as Or dens referem ainda que “as cativações verificadas relativamente ao orçamento aprovado para 2017, com financiamento indireto do Orçamento Geral do Estado, e os valores dos saldos de gerência acumulados, bem como o conteúdo do recente Parecer do Tribunal de Contas deste ano, ajudam a justificar este voto contra”. O acesso à saúde da população fica afetado porque os valores das taxas são refletidos no preço cobrado aos doentes. Em 2015, os excedentes de tesouraria da ERS somavam já 16,9 milhões de euros, um valor suficiente para financiar a atividade da ERS durante quase quatro anos. Os prestadores de cuidados de saúde são obrigados a pagar uma taxa de inscrição de 900 euros na ERS mais 25 euros por cada profissional de saúde. Anualmente, os prestadores pagam ainda uma contribuição regulatória de 450 euros por estabelecimento e 12,50 euros por cada profissional de saúde. Na ERS estão registados 22.565 estabelecimentos, explorados por 13.239 entidades.

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Entre outras acusações, a OMD considera que o montante das taxas pagas pelos estabelecimentos registados e licenciados pela ERS tem-se revelado sobredimensionado.


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MAXILLARIS

crónica

Cerca de 660 novos médicos dentistas entraram no mercado de trabalho em 2016 O número de médicos dentistas continua a aumentar acima das necessidades do país. De acordo com o documento “Números da Ordem”, elaborado anualmente pela Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) e que reúne os principais indicadores sobre os profissionais da área, no ano passado o número de inscritos na OMD aumentou para 10.688, mais 660 que em 2015. A média de idades dos médicos dentistas a exercer em Portugal é de 38 anos, havendo 4.206 médicos dentistas com menos de 35 anos, e apenas 253 médicos dentistas com mais de 60 anos. Os “Números da Ordem” mostram ainda que a emigração tem crescido de forma exponencial na Medicina Dentária. O número de médicos dentistas com inscrição suspensa na OMD aumentou quase 19% no ano passado face a 2015. A emigração é o principal motivo para os médicos dentistas pedirem a suspensão da atividade em Portugal. Desde 2007, ano em que eclodiu a crise do subprime nos Estados Unidos e que nos anos seguintes contagiou drasticamente a economia mundial, incluindo Portugal, o número de médicos dentistas com inscrição suspensa e anulada, portanto inativos, na OMD quase que duplicou, passando de 689 em 2007 para 1.300 no ano passado. Ou seja, atualmente 12% dos membros da OMD têm a sua inscrição suspensa, um número sem precedentes. Ainda assim, sublinha Orlando Monteiro da Silva, bastonário da OMD, “se é verdade que a emigração atingiu valores nunca vistos, ela não tem sido suficiente para diminuir o número de médicos dentistas a exercer em Portugal. Das universidades continuam a sair anualmente centenas de profissionais sem qualquer perspetiva de trabalho estável e sem ter em conta as necessidades do país”. Um problema que, na opinião do bastonário, “carece de solução e que os ministérios da Educação e da Saúde não resolvem, apesar de devidamente alertados”.

O Reino Unido e a França são os principais países de destino dos médicos dentistas que emigram. Vale a pena sublinhar que o número de médicos dentistas inativos na OMD há mais de cinco anos, visto como um indicador de que dificilmente voltarão a exercer em Portugal, tem subido consecutivamente nos últimos anos. O rácio de habitantes por médicos dentistas em Portugal já ultrapassa muito a média definida pela Organização Mundial de Saúde. Lezíria do Tejo e Alentejo Central são as regiões do país com menor saturação de médicos dentistas, enquanto as áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa e as regiões de Coimbra, Viseu Dão-Lafões e Terras de Trás-os-Montes concentram o maior número de médicos dentistas. Taxa de feminização continua a subir A taxa de feminização da profissão continua a subir e a percentagem de mulheres supera já os 59%, uma tendência que vai acentuar-se nos próximos anos, já que nas faculdades que lecionam o Mestrado Integrado de Medicina Dentária a percentagem de alunos do sexo masculino é de apenas 32%. Atualmente, existem 3.200 alunos inscritos no referido mestrado que é lecionado em sete faculdades nacionais, sendo que quase 20% são alunos estrangeiros, sobretudo oriundos de França, Espanha e Itália. Orlando Monteiro da Silva explica que a Medicina Dentária em Portugal “é das mais evoluídas do mundo e tem tido um reconhecimento internacional crescente”. É esta a justificação para o aumento do número de alunos estrangeiros que optam por fazer a sua formação em território nacional para depois exercerem nos seus países de origem. “Esta é, sem dúvida, uma oportunidade a explorar pelas faculdades em Portugal, porque permite reduzir o número de alunos portugueses sem perda de receita. Seria uma forma de estas instituições, públicas e privadas, contribuírem para a minimização do problema flagrante que é o excesso de médicos dentistas”, conclui o bastonário da OMD.

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De acordo com os dados da OMD, o excesso de médicos dentistas só não é maior devido à emigração.


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MAXILLARIS

crónica

Mais de uma centena de pessoas assinalaram no Porto o décimo segundo aniversário da Mundo A Sorrir Para assinalar o seu 12o aniversário, a organização não governamental Mundo A Sorrir organizou no passado dia 5 de julho, na Quinta de Bonjóia (Porto), a segunda edição do “Sunset solidário”. O evento contou com a presença de mais de uma centena de pessoas, entre os quais parceiros, convidados, voluntários e colaboradores da organização. Durante o encontro, realizou-se a entrega do cheque-donativo de 1.800 euros, por parte da Straumann, no âmbito da campanha “Um implante SLActive, um euro” que decorreu no primeiro trimestre de 2017. Este donativo contribuirá para o reforço da intervenção dos projetos nacionais e internacionais da Mundo A Sorrir. Organizado pelo segundo ano consecutivo, o “Sunset solidário” teve como objetivo assina-

lar o 12o aniversário da organização, bem co mo angariar fundos para os seus projetos. A animação esteve a cargo do DJ Fauvrelle.

O evento reuniu na Quinta da Bonjóia (Porto) convidados, voluntários e colaboradores da Mundo A Sorrir.

A Mundo A Sorrir foi fundada pelo médico dentista Miguel Pavão, em 2005, após uma experiência de voluntariado em Cabo Verde, e conta com mais de 80 parceiros em todo o mundo.

CED e comunidade médica em geral acolhem com satisfação plano europeu contra a resistência antimicrobiana A comunidade médica europeia congratula-se com o novo plano de ação contra a resistência antimicrobiana (AMR) do European One Health. A Comissão Permanente dos Médicos Europeus (CPME, na sigla em inglês), o Conselho Europeu de Dentistas (CED) e a Federação dos Veterinários da Europa (FVE) elogiam especialmente o facto deste plano reconhecer que a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente estão interligados e que a importância desta visão, por parte do European One Health, está bem espelhada nas ações propostas. Marco Landi, presidente do CED, admite que a Medicina Dentária “poderá vir a sofrer uma crise pela perda de antibióticos como agentes eficazes no tratamento de infeções humanas”. No entanto, considera essencial, em termos de saúde pública e saúde oral, “que os profissionais do setor apenas prescrevam antibióticos quando

lidade partilhada de todos os atores, incluindo naturalmente os profissionais de saúde.

forem estritamente necessários e apropriados, e que os pacientes sejam sensibilizados e alertados para o facto de que os antibióticos não curam a dor de dentes”. Por seu lado, Jacques de Haller, presidente da CPME, sustenta que a consciencialização e a educação são fatores chave para mudar os comportamentos e encorajar o uso responsável de antibióticos, tanto em humanos como em animais. A ameaça da AMR exige uma responsabi-

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Esta opinião é partilhada por Rafael Laguens, presidente da FVE, para quem “a resistência antimicrobiana é uma dos maiores desafios que o mundo globalizado enfrenta. É evidente que precisamos de uma abordagem holística e uma análise para compreender os verdadeiros mecanismos da resistência antimicrobiana e identificar os pontos críticos de controlo”. As três organizações europeias do setor médico acreditam firmemente que só através de um trabalho conjunto, com uma forte liderança, será possível inverter a situação, consciencializar para esta ameaça à saúde e mobilizar a sociedade no seu todo para o uso responsável de antimicrobianos, de modo a preservar a eficácia dos antibióticos.


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Organização do primeiro CISOPC entrega receitas do congresso a instituições de solidariedade Decorreu no passado dia 8 de julho, no Salão Nobre da Junta de Freguesia da União das Freguesias Montijo- Afonsoeiro, a entrega dos prémios às entidades beneficiadoras Cercima Montijo e Mundo A Sorrir, no âmbito do primeiro Congresso Ibérico de Saúde Oral Preventiva e Comunitária (CISOPC), que se realizou no passado mês de maio, no Montijo (Lisboa). Estiveram presentes Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo e também presidente honorário do CISOPC; José Manuel Santos, secretário da Junta de Freguesia da União das Freguesias Montijo-Afonsoeiro; César Mexia de Almeida, na qualidade de convidado; João Gago, em representação da associação Mundo A Sorrir, e Cristina Dias, representante da Cercima Montijo, entre os outros. Este evento foi o culminar das atividades da primeira edição do CISOPC que decorreu nos passados dias 5 e 6 de maio, reunindo pela primeira vez no Montijo importantes personalidades do meio científico nacional, de Espanha, de Itália e da América-Latina, com representantes da Argentina e do Peru.

Com a concordância por unanimidade de todos os elementos constituintes das comisssões organizadora e cientifica e das Sociedades Científicas Espanhola e Ibero Americana de Medicina e Saúde Escolar e Universitária, da Sociedade Espanhola de História da Medicina Dentária e da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono, o objetivo deste congresso foi doar às referidas instituições a receita obtida no encontro, que contou com a presença aproximada de 120 congressistas e oradores. Foram debatidas diferentes temáticas da saúde oral preventiva e comunitária, quer ao nível dos programas e projetos já existentes quer ao nível de novas estratégias a implementar, convocando as autarquias, as escolas e a comunidade educativa, envolvendo toda a população. No âmbito deste congresso, foi entregue a Fernando Caria, presidente da Junta de Freguesia da União das Freguesias Montijo e Afonsoeiro, a Carta de Princípios de Saúde Oral Preventiva e Comunitária, na qual se propõe a elaboração do Plano de Saúde Oral – Sorrisos Saudáveis a implementar na freguesia em local e data por definir.

A partir da esquerda, Nuno Cana, presidente da Câmara Municipal do Montijo; João Gago, da Mundo A Sorrir; Cristina Dias, da Cercima Montijo; Susana Falardo Ramos, presidente da Comissão Organizadora do I CISOPC,e César Mexia de Almeida, na qualidade de convidado.

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M AXILLARIS

crónica

Maior aula de higiene oral realizou-se em Queluz com direito a registo no Guiness World Records A associação “Miúdos otimistas, miúdos saudáveis” (MOMS) levou a cabo no passado dia 9 de junho, em Queluz (Lisboa), a iniciativa “Toothbrush lovers” que se traduziu na maior aula de higiene oral, digna de figurar no Guinness World Records, com 1.564 participantes (refira-se que o recorde anterior somava 1.507). O propósito da realização de um evento desta dimensão passa pela sensibilização do maior número de pessoas para a prática correta de ações de promoção da saúde oral, com a utilização eficaz da escova de dentes e o seu encaminhamento para reciclagem. A jornada dividiu-se em dois grandes momentos. Por um lado, a maior aula de higiene oral, com a duração de 30 minutos, durante a qual todos tiveram de participar na sua totalidade sob risco de não serem contabilizados. Os participantes escovaram os dentes e aprenderam a usar o fio dentário e/ou escovilhão. Por outro lado, realizaram-se atividades de animação

A maior aula de higiene oral reuniu 1.564 participantes em Queluz (Lisboa).

desenvolvidas pelos parceiros da MOMS, antes e depois da maior aula de higiene oral. A MOMS é uma associação sem fins lucrativos que tem como missão promover estilos de vida saudáveis, mobilizar e alertar a comunidade para a prevenção das doenças orais, criar parcerias estratégicas com a comunidade cien-

tífica e entidades governamentais e não governamentais e contribuir para a redução da emissão dos gases de efeito estufa através da reciclagem dos plásticos mistos. A MOMS já realizou centenas de ações e chegou a milhares de crianças, tendo recolhido mais de uma tonelada de escovas de dentes, através do seu projeto EcoEscovinha.


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MAXILLARIS

crónica

EFP já prepara a segunda edição do Dia Europeu da Saúde Periodontal A Federação Europeia de Periodontologia (EFP, na sigla em inglês) já está a preparar a próxima edição do Dia Europeu da Saúde Periodontal, que se voltará a assinalar no dia 12 de maio de 2018. Após a bem sucedida estreia desta efeméride no passado mês de maio, a EFP delegou no médico dentista francês Xavier Struillou a missão de coordenar as celebrações do próximo ano. A primeira edição do Dia Europeu da Saúde Periodontal contou com a participação de 27 associações ou sociedades científicas europeias que fazem parte da EFP, incluindo a Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI), que se juntou a esta iniciativa através da organização de conferências, rastreios e outras ações com o propósito de sensibilizar a opinião pública em relação à importância de manter as gengivas saudáveis ao longo da vida. As ações que foram levadas a cabo pela SPPI decorreram em Lisboa, Porto e Coimbra e envolveram cerca de 40 voluntários. O médico dentista italiano Filippo Graziani, que coordenou a inédita celebração europeia sob a égide da EFP, fez um balan-

ço muito positivo da mobilização e do alcance da campanha de sensibilização para a saúde periodontal, destacando o contributo do médico dentista espanhol Juan Blanco Carrión, ex-presidente da EFP, “para o lançamento desta comemoração que já é unanimemente considerada indispensável no calendário internacional do setor dentário”. Filippo Graziani, que agradece a todos os países membros da EFP que se associaram à campanha deste ano, considera que os profissionais de periodontologia de toda a Europa certamente beneficiarão do aumento da sensibilização para a saúde periodontal e os riscos das doenças do foro gengival. “Cada pessoa adicional que fizer um check-up quando se aperceber que as suas gengivas sangram, já se pode considerar uma vitória; cada encarregado de educação que agora pedir aos seus educandos para limparem pacientemente todas as zonas gengivais pelo menos duas vezes por dia, será um verdadeiro sucesso; cada clínico que a partir de agora explicar ao seu paciente como a periodontite pode provocar dibates ou ter influência nesta doença, poderá fazer toda a diferença”, conclui o coordenador cessante do Dia Europeu da Saúde Peridontal.

Filippo Graziani, coordenador da primeira edição do Dia Europeu da Saúde Periodontal, que se estreou em maio sob a égide da EFP.

Osteology Foundation tem novo diretor executivo Kristian Tersar assumiu no dia 1 de junho as funções de diretor executivo da Osteology Foundation, cargo que vinha a exercer interinamente desde que o seu antecessor, Kay Horsch, deixou a fundação em janeiro passado. “A minha motivação é oferecer ao quadro diretivo da fundação uma excelente plataforma para o desenvolvimento contínuo em todos os seus campos de atuação: apoio à investigação, formação contínua global e desenvolvimento dos conteúdos e das ferramentas educativas”, adianta o dirigente.

Kristian Tersar é formado em neurobiologia pelo Max Planck Institute for Brain Research de Frankfurt (Alemanha) e doutorado pelo Swiss Federal Institute of Technology (Suíça). Desde 2008, trabalhou como gestor do projeto científico e educacional da Osteology Foundation.

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“Acreditamos que com Kristian Tersar, encontrámos a pessoa ideal para esta posição”, sustenta o médico dentista e professor catedrático espanhol Mariano Sanz, presidente da fundação, com sede em Lucerna (Suíça). “O novo diretor executivo tem a mentalidade certa, uma grande experiência e relaciona-se muito bem com os investigadores e os clínicos no campo da regeneração tissular oral”, conclui Mariano Sanz.


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Francisco Coelho Gil presidente da comissรฃo organizadora do 370 Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentรกria

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Temos como principal objetivo continuar a ser uma referência credível ao nível da formação continuada

O 37o Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) terá como cenário o mais recente espaço de eventos da cidade de Coimbra. Trata-se do renovado Convento de São Francisco, que acolherá mais de um milhar de profissionais de todos os quadrantes da saúde oral entre os dias 12 e 14 do próximo mês de outubro. A comissão organizadora do encontro, presidida pelo médico dentista Francisco Coelho Gil, promete um programa científico interdisciplinar de referência e a melhoria das condições face a edições anteriores, com vista a ampliar o número de participantes e consolidar a posição da SPEMD no espectro formativo nacional. Também se antecipa uma forte presença da indústria dentária, tendo em consideração que a zona de exposição atingiu o seu limite cinco meses antes do início do congresso. SETEMBRO 2017

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O Congresso Anual da SPEMD regressa este ano a Coimbra, seguindo a regra de alternância geográfica que caracteriza este evento. O Convento de São Francisco será o cenário inédito da próxima edição do congresso. Quais são as mais-valias deste emblemático recinto? O Convento de São Francisco é o mais recente espaço de eventos da cidade. Aproveita um edifício histórico e adapta-o às funcionalidades necessárias à realização de iniciativas culturais e científicas. Diria que as características mais marcantes são a beleza arquitetónica do espaço, as dimensões apropriadas e por fim a localização, com bons acessos, bom estacionamento e essencialmente, uma das mais interessantes vistas sobre a cidade. Para além do local onde vai decorrer, que outras inovações podem esperar os participantes nesta 37a edição do encontro? Procurámos melhorar nos pontos que considerámos menos favoráveis das edições anteriores. Teremos salas com maiores dimensões e com condições técnicas mais apropriadas ao nível científico do congresso. Apresentaremos um espaço amplo para a zona de exposição, com acesso e circulação facilitados. Que temáticas merecem particular destaque ao abrigo do programa científico deste ano? Uma vez mais, este programa prima pela interdisciplinaridade, contando com oradores nacionais e internacionais que, tenho a certeza, irão superar as expectativas dos congressistas. Seria injusto destacar uma ou outra conferência, pois considero que o programa está muito equilibrado e apelativo; aborda transversalmente grande parte dos temas clínicos e de investigação desta área médica. Quais são os nomes que estão a despertar especial interesse entre o leque de oradores e convidados desta edição? A expectativa da comissão organizadora é elevada relativamente a todos os oradores convidados. Não seria delicado salientar uns em detrimento de outros. Que importância atribui esta comissão organizadora à vertente formativa do congresso? Este é um congresso eminentemente científico. A vertente formativa é basilar na SPEMD e concretamente no seu congresso anual. O facto de apos-

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tarmos num modelo de fóruns temáticos pretende e prevê uma dinâmica e interatividade entre os vários palestrantes e as respetivas audiências. Temos como principal objetivo continuar a ser uma referência credível ao nível da formação continuada. Em que medida a multidisciplinaridade que caracteriza o congresso da SPEMD se refletirá também nesta edição de Coimbra? Foi essa a ideia base a partir da qual definimos e construímos o programa científico. Este congresso tem-se afirmado como um evento interdisciplinar de referência no contexto nacional. Tentámos abranger a grande maioria das áreas temáticas, englobámos cursos hands-on, fóruns de investigação e discussão e apresentação de pósteres. Em todos estes formatos prevemos multidisciplinaridade.

Cartaz do congresso deste ano, que se realizará no próximo mês de outubro, em Coimbra.

Quais são as suas expectativas quanto ao volume total de participantes (oradores, congressistas e membros da organização)? O desafio e esforço desta comissão organizadora foi no sentido de melhorar as condições face a edições anteriores, por forma a consolidarmos a nossa posição no espectro formativo nacional e preferencialmente confirmar a sua progressiva ampliação. Nesse sentido e em função dos 1.200 participantes que tivemos nas últimas realizações, pretendemos ver esse número aumentado.

Procurámos melhorar nos pontos que considerámos menos favoráveis das edições anteriores. Teremos salas com maiores dimensões e com condições técnicas mais apropriadas ao nível científico do congresso SETEMBRO 2017

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Uma vez mais, este programa prima pela interdisciplinaridade, contando com oradores nacionais e internacionais que, tenho a certeza, irão superar as expectativas dos congressistas Espera-se um reforço da adesão da indústria? Essa era uma esperança nossa e assumo que também encetámos esforços no sentido de melhorar as condições a apresentar aos eventuais patrocinadores e apoiantes do congresso. Depressa se confirmou a adesão significativa, tendo esgotado a disponibilidade de espaços na zona de exposição cinco meses antes do evento. No contexto da exposição comercial, a comissão organizadora pondera adotar eventuais medidas que possam vir a dar uma melhor resposta às aspirações dos expositores? Essa é uma pergunta que eventualmente fará sentido equacionar apenas após o evento. Tratando-se de um espaço e de um modelo novo de zona de exposição julgo que a avaliação lógica será feita posteriormente. Mas o objetivo será sempre, de uma forma humilde mas focada, trabalharmos no sentido de percorrer os caminhos necessários para contornar os problemas e encontrar soluções.

A Associação Portuguesa de Higienistas Orais (APHO) vai continuar a participar ativamente no programa formativo/científico? Que outras entidades ou organizações estarão, de uma forma ou de outra, envolvidas no congresso da SPEMD? A parceria com a APHO mantém-se, realizando uma reunião no dia 14 de outubro. Retomaremos também uma parceria ativa com a Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial, que organizará connosco uma sessão de ortodontia, também no dia 14. Teremos, como novidade, uma sessão filantrópica, a realizar no dia 13 durante o período da manhã, que envolverá um conjunto de crianças que, ao longo do ano (particularmente a propósito do Dia da Saúde Oral), produziram trabalhos manuais relacionados com esta temática. Decorrerá uma sessão formativa, de sensibilização, instrução e motivação para a saúde oral. Para além disso, ao longo do congresso estará patente uma exposição com os trabalhos das crianças.

Francisco Coelho Gil espera que a aposta num novo espaço e, de certa forma, num modelo diferente de congresso permita continuar a agregar a comunidade da saúde oral em torno da SPEMD.

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Que atividades vão dominar o programa lúdico/social do encontro? Tal como se verificou nas últimas edições, teremos visitas guiadas à cidade organizadas para os oradores do congresso. Realizaremos também uma modesta comemoração na sexta feira, dia 13, ao final da noite. Embora não desejemos que esta interfira com a progressão dos trabalhos do congresso; continuamos a considerar fundamental implementar este período de convívio, em registo informal e descontraído. Independentemente do que organizemos, a cidade de Coimbra estará de braços abertos para receber os participantes e dar-lhes a conhecer muitos dos seus encantos. Não é a primeira vez que preside a comissão organizadora de um congresso da SPEMD. Como encara este renovado desafio e que resultados globais espera conseguir atingir no rescaldo do congresso do próximo mês de outubro? Mais do que presidir faço parte integrante de um grupo que luta, desde há uns anos a esta parte, pela dignificação e qualificação da formação na área da saúde oral, mais especificamente na zona centro do país. Perante esse ideal os cargos e as pessoas que os ocupam revelam-se de menor significado.

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Esta comissão organizadora encarou este desafio com elevado sentido de responsabilidade e empenho pessoal da parte de todos os seus membros. Os objetivos nestas situações são simples e muito concretos: chegar aos dias do congresso e testemunhar a adesão e satisfação por parte dos participantes, tanto oradores como congressistas e expositores. Esperamos que esta aposta num novo espaço e, de certa forma, num modelo diferente de congresso funcione, que o evento fique na memória por boas razões e permita continuar a agregar a comunidade da saúde oral em torno da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária.

O cenário do próximo congresso da SPEMD é o Convento de São Francisco, o mais recente espaço de eventos da cidade de Coimbra.

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Lídia Veludo higienista oral e presidente da associação “Miúdos otimistas, miúdos saudáveis” (MOMS)

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Estamos a atravessar uma época em que a investigação nos traz conhecimentos extremamente úteis, cujo benefício maior são os ganhos em saúde oral da população

A associação “Miúdos otimistas, miúdos saudáveis” (MOMS) foi fundada em janeiro de 2014 com o objetivo de dar um enquadramento associativo ao projeto EcoEscovinha, que envolve ações de educação para a saúde, ambiente e cidadania em cerca de uma centena de escolas e agrupamentos. Mais de 5.000 pessoas já foram abrangidas, direta ou indiretamente, por esta organização sem fins lucrativos, que tem como fundadora e principal impulsionadora a higienista oral Lídia Veludo. A sua incansável dedicação a esta causa voluntária foi, de resto, reconhecida pela Associação Portuguesa de Higienistas Orais (APHO) que lhe atribuiu, no passado mês de maio, o “Prémio higienista oral do ano”. Mais recentemente, a MOMS organizou um evento em Lisboa que resultou num recorde digno de figurar no Guinness: o de maior aula de higiene oral.

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Quando e como surgiu a associação “Miúdos otimistas, miúdos saudáveis (MOMS)? A MOMS, como associação sem fins lucrativos, nasceu em janeiro de 2014 após a implementação do projeto EcoEscovinha. Surgiu da necessidade de dar um enquadramento associativo a este projeto, que já estava a dar que falar! Qual é o público alvo desta iniciativa e quantas pessoas já foram abrangidas? O público alvo é a população em geral. No entanto, a forma como o atingimos, até este momento, tem sido através das escolas e instituições. O EcoEscovinha está presente em cerca de cem escolas e agrupamentos. O projeto envolve ações de educação para a saúde, ambiente e cidadania. Desde o seu lançamento já foram abrangidas, direta ou indiretamente, mais de cinco mil pessoas. Fale-nos da equipa de profissionais que está envolvida nesta ação de voluntariado. Pois… essa é uma questão interesante. Atualmente, fruto de alguns ajustamentos ligados a aspetos económicos, a equipa no terreno é constituída apenas por mim! Que balanço faz da atividade desenvolvida até aqui pela MOMS? A MOMS atualmente tem um único projecto que é o EcoEscovinha, embora tenha como propósito realizar outras atividades na área do desenvolvimento da literacia em saúde e ambiente. O balanço é francamente positivo, tendo em vista as limitações no plano dos recursos humanos. No passado dia 9 de junho, realizou-se em Queluz (Lisboa) o evento “Toothbrush Lovers”, que aspirava conquistar o estatuto de maior aula de higiene oral para o Guinness World Records. Que balanço faz dessa jornada? Atingimos o objetivo geral que era bater o recorde da “Maior aula de higiene oral”, com 1.564

O trabalho de voluntariado de Lídia Veludo foi reconhecido com a atribuição do “Prémio higienista oral do ano” da APHO.

participantes. Dentro dos objetivos específicos, como sensibilizar para a melhor utilização da escova de dentes, a sua troca regular e o envio para reciclagem, o sucesso foi igualmente atingido, com a recolha de 1.060 quilos de escovas usadas. Acima de tudo, o êxito de qualquer projeto passa pelo envolvimento das pessoas e, nesse aspeto, temos muito a agradecer aos colaboradores fantásticos que acreditaram e acreditam que podemos tornar este nosso planeta muito mais sorridente e saudável.

Na realidade, não estava à espera do “Prémio higienista oral do ano”, foi uma agradável surpresa. Trata-se de um reconhecimento pela classe profissional o que tem um saborzinho muito especial e deixa-me orgulhosa em ser higienista oral SETEMBRO 2017

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Sem o apoio inestimável da Câmara Municipal de Sintra, seria muito mais difícil organizar esta imensa logística que é sensibilizar e transportar os alunos das escolas do concelho. Agradeço também à Cu raprox, pela oferta das escovas de dentes a todos os participantes. Por outro lado, o Regimento de Artilharia Anti-Aérea, de Queluz, com a mobilização de esforços e alterando o seu funcionamento, acolheu os participantes de forma exemplar. Agradeço a todos os parceiros que disseram sim desde o primeiro momento e que marcaram a sua presença com atividades pedagógicas e lúdicas, com o objetivo de receberem os participantes até à realização da “Maior aula de higiene oral”. Foram eles a Direção-Geral de Saúde, a Saúde Oral na Biblioteca Escolar, a LaserFoot, com os seus insufláveis e minitrampolins, a TratoLixo, a The Greatest Candle e os agrupamentos de escolas.

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As parcerias têm sido fundamentais para a expansão e o crescimento do EcoEscovinha, tanto ao nível do apoio científico como no desenvolvimento das suas inúmeras intervenções no terreno

Estão previstas novas ações de sensibilização, a curto ou médio prazo, com a chancela da vossa organização? Para além do trabalho direto com as escolas e instituições, o EcoEscovinha está presente em alguns eventos com impacto ao nível da saúde e do ambiente, tais como alguns congressos do setor e o Green Fest, entre outros.

Um dos objetivos da MOMS é criar parcerias com a comunidade científica e outras entidades. Em que medida se traduz essa cooperação? As parcerias têm sido fundamentais para a expansão e o crescimento do EcoEscovinha, tanto ao nível do apoio científico como no desenvolvimento das suas inúmeras intervenções no terreno. A sua intervenção na área do voluntariado valeu-lhe o “Prémio higienista oral do ano”, que lhe foi atribuído no último congresso da Associação Portuguesa de Higienistas Orais. Como encara esta homenagem? Na realidade, não estava à espera do prémio, foi uma agradável surpresa. Trata-se de um reconhecimento pela classe profissional o que tem um saborzinho muito especial e deixa-me orgulhosa em ser higienista oral.

A MOMS organizou no passado dia 9 de junho o evento “Toothbrush Lovers”, que alcançou o estatuto de “Maior aula de higiene oral” ao abrigo do Guinness World Records.

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Os profissionais que trabalham na área da saúde oral continuam muito fechados nos seus mundos onde a partilha de conhecimento é quase um tema tabu Em Portugal continuam a ser escassos os movimentos de voluntariado na área da saúde oral. Como é que se pode inverter esta tendência e reforçar a presença de organizações sem fins lucrativos neste campo? Desde sempre que interiorizei a máxima: “não basta dar a cana, é preciso ensinar a pescar”. Por isso, desde que me lembro estive sempre associada a este tipo de movimentos de uma forma mais ou menos regular. Antes do EcoEscovinha, já desenvolvia ações de promoção e educação para a saúde nas escolas da zona de Massamá (Lisboa). Com a criação da associação, demos um carácter mais formal aos projetos. Aqui pode residir a primeira dificuldade, pois implica investimento. De qualquer modo, na minha opinião, as vantagens são imensas mesmo a nível clínico, tendo em vista que quando se aumenta a literacia os resultados são francamente melhores.

Que diria para motivar outros colegas a aderirem à causa do voluntariado? Na minha perspetiva, o crescimento pessoal e profissional é enorme. Trata-se de um dever de cidadania.

Quando se fala de prevenção das doenças orais, na sua opinião qual é a principal mensagem/recomendação que deve ser transmitida à comunidade em geral? Cada vez mais se reconhece a importância de uma boa técnica de remoção do biofilme que é a placa bacteriana através da escovagem regular e da utilização de instrumentos interproximais como o fio/fita e/ou escovilhão. Este é o caminho... Para terminar, que apreciação global faz da presente conjuntura da Medicina Dentária nacional? Esta é a pergunta mais complicada que me fez. Na minha opinião, os profissionais que trabalham na área da saúde oral continuam muito fechados nos seus mundos onde a partilha de conhecimento é quase um tema tabu. Neste contexto, cria-se o ambiente ideal para o aproveitamento da falta de informação da população com intervenções que, em muitas situações, estão longe de estarem acordo com a ética profissional. Apesar de tudo, estamos a atravessar uma época em que a investigação nos traz conhecimentos extremamente úteis, cujo benefício maior são os ganhos em saúde oral da população. É esse o meu foco.

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ciência e prática

Mordida aberta anterior: apresentação de um caso clínico

Ana Almeida Médica dentista. Licenciada em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (1997). Pós-graduada em Ortodontia pela Fundação Gnathos (2005). Professora auxiliar dos cursos clínicos de Mecânica Avançada em Técnica de Arco Recto, da Fundação Gnathos/Orthoquick (desde 2011). Prática de Ortodontia na Clínica João Desport Dentistas. Porto.

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Ciência e prática

Introdução Entenda-se mordida aberta anterior (MAA) como ausência de contacto incisal dos dentes anteriores em relação cêntrica. A MAA pode ser de origem dento-alveolar ou esquelética. A MAA dento-alveolar é de etiologia funcional, tendo sido associada a hábitos de sucção, amígdalas e adenoides hipertróficas, respiração bucal, deglutição e fonação atípicas e postura anterior da língua em repouso. Note-se que a postura incorreta da língua em repouso é uma disfunção capaz de permanecer após a correção de um hábito nocivo, sendo considerada um fator etiológico muito importante da MAA.

• Tratamento ortodôntico – Em tenra idade, mediante utilização de aparelhos ortopédicos ou funcionais, para reduzir a extrusão dos molares. – Em idades mais avançadas, com aparatologia fixa e recurso a micro-implantes ou bite-blocks posteriores, para conseguir intrusão de molares. – Reduzindo a extrusão dos molares ou conseguindo a intrusão de molares o que se pretende é um movimento de auto-rotação da mandíbula, para correção do overjet e overbite. – Em caso de MAA esquelética, o tratamento ortodôntico só é possível quando a alteração vertical é moderada, não comprometendo a estética facial.

A MAA esquelética tem como fator etiológico um padrão de crescimento desfavorável, condicionado pela herança genética, com divergência das bases ósseas, expressando-se por um aumento vertical do terço inferior da face. No entanto, estas alterações das estruturas basais são sempre acompanhadas de alterações dento-alveolares provocadas durante o crescimento por condicionantes funcionais, que podem aumentar ou diminuir a expressão clínica da MAA esquelética.

É de salientar que a introdução dos micro-implantes no tratamento ortodôntico permitiu a abordagem de conflitos de maior complexidade, mesmo em situações de compromisso estrutural como é o caso das MAA esqueléticas.

Para identificar uma MAA esquelética, existem parâmetros cefalométricos tais como: altura facial inferior, inclinação do plano mandibular, arco mandibular e inclinação do plano bi-espinal (cefalometria de Ricketts). Estas medidas permitem avaliar a magnitude desta anomalia e identificar as partes do esqueleto envolvidas.

• Tratamento ortodôntico-cirúrgico Indicado quando a alteração vertical é grave, comprometendo a estética facial.

Tratamento

Apresentação de um caso clínico

Conforme a idade, a etiologia e a magnitude da MAA, o tratamento pode ser funcional, ortodôntico ou ortodôntico-cirúrgico.

Paciente do sexo masculino, em crescimento (15 anos), aparece na consulta por motivação estética, “não consegue fechar a boca”.

• Tratamento funcional – Terapia mio-funcional: exercícios para educar a musculatura orofacial na deglutição, fonação e posição postural de repouso da língua. – Correcção de hábitos. Exemplo: grelha lingual ou palatina.

Além da MAA, o paciente apresentava também anomalia transversal — compressão maxilar — com mordida cruzada do lado esquerdo. Devido a este facto, a primeira intervenção foi um pré-tratamento com um disjuntor Hyrax.

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MAXILLARIS

ciência e prática

Fig. 1. Fotos antes e depois de pré-tratamento com disjuntor Hyrax.

Fig. 2. Fotografias iniciais.

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ciência e prática

Fig. 3. Articulador – montagem inicial.

Fig. 4. Raios X iniciais.

Cefalometria Nome da medida

Valor Média VERT

Tipo

Eixo facial

93,3

90,0

3,3

Braqui

Profundidade facial

91,7

88,7

3,0

Meso

Ângulo plano mandibular 25,4

24,3

-1,1

Meso

Altura facial interior

43,3

47,0

3,7

Meso

Arco mandibular

27,4

28,8

-1,4

Meso

VERT = 0,5 braquifacial.

Tabela 1. VERT inicial.

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Dólico

Meso

Braqui


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ciência e prática

Este é um caso de MAA, no qual os parâmetros de avaliação cefalométrica indicam não se tratar de anomalia esquelética. No exame clínico observa-se deglutição e fonação atípicas e má postura da língua em repouso. Mesmo não sendo de origem esquelética, esta MAA é de magnitude considerável.

Nesta altura, o paciente estava já a finalizar o pré-tratamento com disjuntor Hyrax. O plano de tratamento incidiu sobretudo no controlo vertical posterior, fazendo intrusão molar com micro-implantes. Isto, com o objetivo de conseguir um movimento de auto-rotação mandibular, para ajudar a fechar a mordida.

Nas fotografias iniciais e na montagem em articulador inicial, podemos ver que o único contacto oclusal é feito a nível dos sétimos.

Fig. 5. Colocou-se aparatologia fixa superior e inferior (prescrição Roth e técnica de .022), fazendo-se sequência de arcos para alinhar, nivelar e ir fechando diastemas anteriores.

Fig. 6. Nestas fotografias, observa-se já o movimento de intrusão molar conseguido, utilizando micro-implantes e ativação com cadeia elástica. SETEMBRO 2017

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ciência e prática

Na arcada inferior, os micro-implantes colocaram-se unicamente por vestibular entre o sexto e o sétimo, por não haver condições anatómicas para colocar um par para cada um deles no trígono retromolar ou por vestibular e distal do sétimo.

tubo do sétimo. Desta forma, o movimento de intrusão seria mais “puro” e não existiria ou seria menor o movimento parasita de expansão. Na arcada superior também se colocaram micro-implantes por vestibular entre o sexto e o sétimo, sobretudo para expandir os setores laterais, que estavam em mordida cruzada, mas também se conseguiu com isto alguma intrusão molar superior.

Devido a esta limitação, o movimento de intrusão foi acompanhado de expansão, o que levou ao aparecimento de diastemas, sobretudo no terceiro quadrante. O ideal seria a colocação de um micro-implante por vestibular entre o sexto e o sétimo, outro no trígono retromolar e uni-los com uma força elástica que passasse por cima da face oclusal do sétimo. Outra hipótese seria o segundo micro-implante ficar por vestibular e distal do sétimo e uni-los com uma força elástica que passasse por cima do

Este movimento de intrusão molar permitiu o contacto do setor anterior por auto-rotação mandibular. Nesta fase, encaminhou-se o paciente para a terapia da fala para educar a língua.

Fig 7. Arco DKL inferior.

Entretanto, realizou-se uma sequência de arcos retangulares, sempre ligados aos micro-implantes de forma passiva.

Após a perda de ancoragem na arcada superior, fecharam-se os diastemas anteriores, com cadeia elástica de sexto-a-sexto e arco de aço .016 x .022. Para finalizar, procedeu-se ao assentamento com arco trançado .016 x .022 superior, arco de aço .016 x .022 inferior e elásticos intermaxilares (figs. 9 a 11 e tabela 2).

Para diminuir a expansão que aconteceu na arcada inferior, utilizou-se um arco DKL (aço .019 x .025) com torque radiculo-vestibular, nos setores laterais, isto já com os micro-implantes inferiores desligados.

O caso foi controlado seis meses após ter sido retirada a aparatologia, observando-se estabilidade do mesmo. Realizou-se uma nova montagem em articulador para se fazer um trabalho de ajuste oclusal (desgastes seletivos) (figs. 12 a 14).

Para acabar de fechar os diastemas da arcada inferior, utilizou-se uma cadeia elástica de sexto-a-sexto, com arco de 0.16 x .022. De seguida, com arcos de aço .016 x .022 superior e inferior, trabalhou-se a perda de ancoragem no primeiro quadrante, com elásticos intermaxilares (fig. 8).

Fizeram-se registos T-scan antes e depois do ajuste ocusal (fig. 15).

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Fig. 8. Perda de ancoragem no primeiro quadrante com elásticos intermaxilares.

Fig. 9. Fotos finais. SETEMBRO 2017

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ciência e prática

Fig. 10. Articulador – montagem final.

Fig. 11. Raios X finais.

Cefalometria

Nome da medida

Valor Média VERT

Tipo

Eixo facial

96,6

90,0

6,6

Braqui

Profundidade facial

95,9

89,9

6,0

Braqui

Ângulo plano mandibular 18,6

23,1

4,5

Meso

Altura facial interior

42,8

47,0

4,2

Braqui

Arco mandibular

35,1

30,9

4,2

Braqui

VERT =1,5 braquifacial severo.

Tabela 2. VERT final.

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Meso

Braqui


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ciência e prática

Fig. 12. Fotos de controlo seis meses após a aparatologia ter sido retirada.

Fig. 13. Articulador – montagem seis meses após a aparatologia ter sido retirada.

Fig. 14. Articulador – desgastes.

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ciência e prática

Fig. 15. Registos T-scan.

Conclusão • A utilização de micro-implantes permitiu manipular o setor posterior, de forma a conseguir-se uma boa função anterior (guia incisiva e guias caninas). • Trabalhando desta forma, o ajuste oclusal no fim do tratamento é menor. • Mais uma vez se demonstra o efeito clínico do controlo vertical posterior. Bibliografia 1. Bae SM, Park HS, Kyung HM, Kwon OW, Sung JH. Clinical application of micro-implant anchorage. J Clin Orthod. 36; 298-302, 2002. 2. Dawson P. Evaluación, diagnóstico y tratamiento de los problemas oclusales. Salvat. 1991. 3. Dung J, Smith R. Cephalometric and clinical diagnosis of open bite tendency. Am J Orthod. 1998 Dec; 94(6): 484-90. 4. Gregoret J, Tuber E, Escobar H. El tratamiento ortodóncico con arco recto. NM ediciones. 2003. 5. Lopez-Gavito G, Wallen T, Little RM, Joondeph DR. Anterior openbite malocclusion: a longitudinal 10-year postretention evaluation of orthodontically treated patients. Am J Orthod. 1985 Mar; 87(3): 175-86. 6. Miller H. The early treatment of anterior open bite. Int J Orthod. 1969 Mar; 7(1): 5-14. 7. Molina A, Población M, Diez-Gascón M. Microtornillos como anclaje en ortodoncia. Revisión de la literatura. Rev Esp Ortod. 2004; 34: 319-334. 8. Negri PL, Croce G. Influence of the tongue on development of the dental arches. Dental Abstr. 1965; 10: 453.

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ciência e prática

Preservação de alvéolo com a técnica cone de gelado: relato de casos clínicos

Catarina Martinho Médica dentista. Aluna do curso de Especialização de Periodontologia da FMDUL. Ana Ribeiro Soares Médica dentista. Aluna do curso de Especialização de Periodontologia da FMDUL. Cátia Ferreira da Silva Médica dentista. Aluna do curso de Especialização de Periodontologia da FMDUL.

João Miguel Gomes Médico dentista. Aluno do curso de Especialização de Periodontologia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). joaomiguel289@gmail.com

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Francisco Brandão de Brito Médico dentista. Assistente convidado do curso de Especialização de Periodontologia da FMDUL. Paulo Mascarenhas Médico dentista. Regente do curso de Especialização de Periodontologia da FMDUL. Lisboa.


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Ciência e prática

Introdução A reabilitação com implantes tem como objetivos a reconstituição funcional e estética do paciente (Ten Heggeler e cols., 2011). O primeiro passo na transição de um dente com prognóstico impossível para um implante consiste na exodontia do dente com manipulação do alvéolo pós-extracional (Elian e cols., 2007). Na literatura científica descrevem-se várias opções de tratamento após exodontia, nomeadamente, exodontia com e sem preservação do alvéolo, colocação imediata do implante e colocação tardia do implante com e sem utilização de materiais de regeneração óssea. Especificamente, associada à preservação do alvéolo, também já se descreveram várias técnicas cirúrgicas, com diferentes abordagens como a utilização de enxerto ósseo, membrana, reabsorvível ou não, ou a conjugação do enxerto ósseo com membrana (Vittorini Orgeas e cols., 2013). Um dos fatores que determina a escolha do tratamento após a exodontia de um dente na zona anterior consiste na presença e grau da recessão dos tecidos moles e a presença ou ausência de parede óssea vestibular (Tan-Chu e cols., 2014).

No terceiro dia após a exodontia, o coágulo substitui-se por um tecido de granulação ricamente vascularizado, e uma semana após a exodontia é possível observar novos vasos sanguíneos na matriz primária. Aos 14 dias após exodontia a maioria do bundle bone desapareceu, sendo substituído por woven bone, estendendo-se da periferia do alvéolo para a zona central. Um mês após a exodontia o woven bone começa a reabsorver, dando início ao processo de remodelação. Três meses após a exodontia, o woven bone substitui-se por osso lamelar (Wang & Lang, 2012). A exodontia de um dente é responsável pela alteração significativa da morfologia do osso alveolar, tanto no eixo horizontal como vertical, seguindo normalmente um padrão preditivo (Cawood & Howell, 1988). O bundle bone desempenha um papel relevante na alteração tridimensional da crista alveolar, em que às oito semanas de cicatrização espera-se uma diferença vertical média de 1,9 mm entre as tábuas ósseas vestibular e palatina (Araújo & Lindhe 2005; Araújo e cols., 2005). A tábua óssea vestibular é maioritariamente constituída por bundle bone, enquanto a zona correspondente em lingual é constituída por uma combinação de bundle bone e osso lamelar. Assim que um dente é extraído, o bundle bone perde as suas propriedades, acabando por reabsorver, podendo explicar a reabsorção mais pronunciada em vestibular (Wang & Lang, 2012).

Este artigo pretende fazer a descrição de três casos clínicos e uma revisão narrativa sobre a técnica cone de gelado, proposta por Elian e cols. (2007). O alvéolo pós-extracional e sua classificação As alterações dos alvéolos após a exodontia foram amplamente estudadas em investigações histológicas em cães (Cardaropoli e cols., 2003). No primeiro dia após a exodontia, o alvéolo é ocupado por um coágulo composto principalmente por eritrócitos e plaquetas presos numa matriz de fibrina. As fibras de Sharpey do ligamento periodontal estão unidas ao bundle bone e ao coágulo sanguíneo.

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ciência e prática

A literatura revela diversos sistemas de classificação do alvéolo pós-extracional (Saadoun & Landsberg, 1997; Elian e cols., 2007; Kan e cols., 2011), mas apesar de existirem múltiplas variáveis no alvéolo pós-extracional, um fator-chave que determina a qualidade e possibilidade de colocação de um implante imediato é a presença ou ausência de tecido duro e mole vestibular. Elian e cols. (2007) propuseram uma classificação simplificada, em se que dividiu o alvéolo pós-extracional em três tipos, de acordo com a presença/ausência dos tecidos moles e duros vestibulares.

liam a relação radicular sagital com o rebordo alveolar. Esta classificação divide-se em quatro classes:

• Tipo I: os tecidos mole e duro vestibulares estão mantidos em relação à posição amelo-cementária do dente, permanecendo intactos após a exodontia.

• Classe IV: pelo menos dois terços radiculares posicionam-se na tábua óssea vestibular ou palatina.

• Classe I: a raiz posiciona-se contra a tábua óssea cortical vestibular. • Classe II: a raiz centra-se no meio do rebordo ósseo alveolar, em que o terço apical não se posiciona nem para vestibular nem para palatino. • Classe III: a raiz posiciona-se contra a tábua óssea cortical palatina.

No estudo descritivo de Kan e cols. (2011), os autores verificaram que a classe I correspondia à maioria dos dentes avaliados (81,1% dos 600 dentes avaliados), ao passo que a classe III correspondia a apenas 0,7%. À semelhança do estudo de Elian e cols. (2007), a classe IV (11,7% dos dentes avaliados) considera-se uma contraindicação para a colocação de um implante imediato, sendo fundamental executar procedimentos de regeneração óssea previamente à colocação do implante. A frequência de alvéolos classe IV nos incisivos laterais e caninos é o dobro do que nos dentes incisivos centrais. Assim, o conhecimento da morfologia do alvéolo pós-extracional é de extrema importância no plano de tratamento com implantes (Kan e cols., 2011).

• Tipo II: após a exodontia, o tecido mole vestibular está mantido, mas o tecido duro está parcialmente ausente. • Tipo III: os tecidos mole e duro estão reduzidos após a exodontia. Na reabilitação com implantes, os alvéolos tipo I são os mais previsíveis, mostrando na maioria das vezes um bom resultado estético, principalmente na presença de biótipo gengival espesso. Neste tipo de alvéolo está indicada a colocação imediata de implante. Os alvéolos tipo III são tecnicamente mais exigentes, sendo muitas vezes necessários enxertos de tecido mole e/ou duro, em abordagens faseadas, de maneira a regenerar os tecidos perdidos. Os alvéolos tipo II são responsáveis pelo maior grupo de problemas estéticos devido ao seu subdiagnóstico. Em implantes imediatos a ausência de parte da parede óssea vestibular pode ser responsável pela presença de recessão pós-tratamento. Nestes dois últimos tipos de alvéolo está indicada a colocação faseada do implante, com regeneração prévia (Elian e cols., 2007).

Técnica cone de gelado: casos clínicos A técnica proposta por Elian e cols. (2007) pressupõe que seja uma técnica simples, minimamente invasiva e que preserve a quantidade de gengiva aderida e contornos gengivais. Em todos os casos aqui apresentados a técnica aplicada foi idêntica. A exodontia do dente com prognóstico impossível realizou-se de forma atraumática e sem elevação do retalho. De seguida o alvéolo curetou-se com curetas cirúrgicas de maneira a remover o tecido infetado.

Outro sistema de classificação frequentemente referido na literatura científica é a classificação proposta por Kan e cols. (2011), em que ava-

Caso clínico 1

Fig. 1. Dente 12 com prognóstico impossível devido a fratura vertical.

Fig. 2. Exodontia atraumática, com preservação dos tecidos circundantes.

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ciência e prática

Fig. 3. A exploração do alvéolo com sonda periodontal permitiu identificar um alvéolo tipo II segundo a classificação de Elian e cols. (2007).

Fig. 4. Corte da membrana de colagénio em forma de V-modificado, de modo a ficar bem-adaptada ao alvéolo.

Fig. 5. Vista vestibular da adaptação da membrana.

Fig. 6. Vista oclusal da adaptação da membrana.

Fig. 7. Colocação de xenoenxerto a preencher o alvéolo.

Fig. 8. Encerramento do alvéolo com a membrana e estabilização do material de regeneração óssea com sutura em ponto cruzado.

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ciência e prática

A membrana de colagénio reabsorvível (tempo de reabsorção: quatro a seis meses) cortou-se em forma de V-modificado e adaptou-se à parede interna da face vestibular do alvéolo. A técnica original de Elian e cols. (2007) sugere que a membrana não se coloque na parede externa da face vestibular de modo a não comprometer o suprimento sanguíneo com aumento da taxa de reabsorção óssea. Após a colocação da mem-

brana no alvéolo, o material de substituição óssea introduziu-se no alvéolo pressionando a membrana contra a face vestibular. Como material de substituição óssea, Elian e cols. (2007) propõem a utilização de aloenxerto de partículas pequenas (0,25 mm-1 mm). Nos três casos aqui apresentados utilizou-se xenoenxerto de partículas pequenas.

Fig. 9. Vista oclusal da zona preservada quatro meses após a preservação de alvéolo.

a

Fig. 10. Implante colocado na zona protética ideal.

c

b

Fig. 11, a-c. Avaliação radiográfica: (a) pré-operatório; (b) após a preservação de alvéolo; (c) após a colocação do implante.

Caso clínico 2 Após a colocação do material de substituição óssea, a porção coronal da membrana permitiu o encerramento do alvéolo, tendo-se realizado um ponto cruzado em dois casos clínicos e um ponto simples no outro. Após quatro a seis meses de cicatrização, dependendo da dimensão do defeito vestibular, efetuou-se a cirurgia de colocação do implante. Em todos os casos, o implante colocou-se na posição protética ideal.

Fig. 12. Dente 21 com prognóstico impossível devido a fratura horizontal infra-gengival.

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ciência e prática

Fig. 13. Exodontia atraumática com identificação de um alvéolo pós-extracional tipo II segundo a classificação de Elian e cols. (2007).

Fig. 14. Corte da membrana de colagénio em forma de V-modificado de modo a ficar bem-adaptada ao alvéolo.

Fig. 15. Vista vestibular da adaptação da membrana.

Fig. 16. Vista oclusal da adaptação da membrana.

Fig. 17. Colocação de xenoenxerto a preencher o alvéolo.

Fig. 18. Encerramento do alvéolo com a membrana e estabilização do material de regeneração óssea com sutura em ponto cruzado.

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ciência e prática

Fig. 19. Vista oclusal da zona preservada seis meses após a preservação de alvéolo.

a

Fig. 20. Implante colocado na zona protética ideal.

c

b

Fig. 21, a-c. Avaliação radiográfica: (a) pré-operatório; (b) após a preservação de alvéolo; (c) após a colocação do implante.

Caso clínico 3

Fig. 22. Dente 12 com prognóstico impossível devido a fratura vertical.

Fig. 23. Exodontia atraumática com preservação dos tecidos circundantes.

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ciência e prática

Fig. 24. A exploração do alvéolo com sonda periodontal permitiu identificar um alvéolo tipo II segundo a classificação de Elian e cols. (2007).

Fig. 25. Corte da membrana de colagénio em forma de V-modificado, de modo a ficar bem-adaptada ao alvéolo.

Fig. 26. Vista vestibular da adaptação da membrana.

Fig. 27. Vista oclusal da adaptação da membrana.

Fig. 28. Colocação de xenoenxerto a preencher o alvéolo.

Fig. 29. Encerramento do alvéolo com a membrana e estabilização do material de regeneração óssea com sutura em ponto simples.

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ciência e prática

a

Fig. 30. Implante com coroa definitiva.

b

c

Fig. 31. Avaliação radiográfica: (a) pré-operatório; (b) após preservação de alvéolo; (c) após colocação do implante.

Discussão A regeneração óssea guiada baseia-se no princípio da manutenção do espaço necessário para a regeneração, promovendo ao mesmo tempo, o crescimento interno de células osteogénicas, e prevenindo a migração de células não desejadas dos tecidos moles circundantes (Gottlow e cols., 1986). A proteção do coágulo sanguíneo, exclusão do tecido conjuntivo gengival e criação de espaço para a migração das células osteogénicas são essenciais para o sucesso clínico (Tan-Chu e cols., 2014). A técnica cone de gelado descrita nos casos clínicos consistiu num procedimento minimamente invasivo que satisfez os requisitos necessários para a regeneração óssea guiada.

A técnica aplicada nos casos apresentados permitiu a colocação dos implantes na posição protética ideal. Na literatura científica existem 13 revisões bibliográficas que avaliaram o possível benefício da preservação do alvéolo na limitação da reabsorção da crista óssea alveolar (Darby e cols., 2009; Ten Heggeler e cols., 2011; Horowitz e cols., 2012; Vignoletti e cols., 2012; Hämmerle e cols., 2012; Chan e cols., 2013; Vittorini Orgeas e cols., 2013; Horváth e cols., 2013; Ávila-Ortiz e cols., 2014; Morjaria e cols., 2014; Tomlin e cols., 2014; Kassim e cols., 2014; Jambhekar e cols., 2015). Todas as revisões sistemáticas encontradas referem que a preservação do alvéolo é eficaz na diminuição da reabsorção fisiológica da crista quando comparada com a exodontia sem preservação. Horowitz e cols. (2012) verificaram que quando a técnica de preservação do alvéolo se utiliza pode-se esperar uma reabsorção óssea horizontal de menos de 1 mm e uma desprezável reabsorção óssea vertical. Por sua vez, se não se utilizarem materiais de regeneração óssea é expectável que ocorra uma reabsorção horizontal de 3 mm e vertical de pelo menos 1 mm (Horowitz e cols., 2012). A revisão sistemática de Ten Heggeler e cols. (2011) mostrou uma diferença estatisticamente significativa na redução da reabsorção óssea vertical e horizontal entre os grupos de controlo e experimental. Nos grupos em que não se efetuou regeneração após exodontia observou-se uma reabsorção horizontal entre 2,6 a 4,6 mm, e, entre 0,4 mm e 3,9 mm no sentido vertical. No que diz respeito aos grupos em que se efetuou preservação do alvéolo também se observou uma redução em largura do processo alveolar, variando entre 1,2 mm e 3,48 mm. Em altura registou-se uma redução entre 0,38 mm e 0,7 mm. No geral, a preservação do alvéolo promove a redução das alterações dimensionais do rebordo alveolar pós-extração, mas não é capaz de prevenir alguma reabsorção. Quanto ao material de substituição óssea utilizado, tanto o aloenxerto como o xenoenxerto mostraram um efeito positivo sobre a altura e largura quando comparados com o grupo de controlo (Ten Heggeler e cols., 2011).

A porção coronal da membrana que ficou exposta reabsorveu num período de cerca de duas semanas, porém Elian e cols. (2007) referiram que é eficaz na proteção e estabilização do coágulo sanguíneo. Ocasionalmente, algumas partículas ósseas migraram para fora do alvéolo, mas segundo o mesmo autor, a porção remanescente e a membrana justaposta à parede vestibular são suficientes para promover a formação óssea no alvéolo. A altura de colocação do implante determina-se pela dimensão do defeito da parede vestibular. Quanto maior o defeito, mais tempo de cicatrização é necessário (Elian e cols., 2007). Nos casos aqui descritos, o tempo mínimo necessário para a colocação do implante variou entre quatro e seis meses. Outra vantagem desta técnica consiste na não reflexão do retalho, com possível avanço coronal e alteração da posição da linha mucogengival. Esta característica é particularmente importante em implantes, de maneira a manter uma banda de mucosa queratinizada (Deeb & Deeb, 2015). Esta técnica também sugere a colocação da membrana no interior do alvéolo evitando o descolamento do periósteo da tábua óssea vestibular, impedindo assim uma maior quantidade de reabsorção óssea (Wood e cols., 1972).

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Conclusão Em conclusão, podemos afirmar que a preservação do alvéolo pós-extracional é eficaz na limitação da reabsorção da crista alveolar, mas não impede alguma reabsorção fisiológica. O conhecimento da morfologia óssea previamente à colocação do implante é de extrema importância para se obter bons resultados clínicos. As classificações propostas por Elian e cols. (2007) e Kan e cols. (2011) facilitam na decisão clínica, principalmente na seleção de uma abordagem imediata ou faseada da colocação do implante. Estas classificações também permitem uma documentação facilitada com uma melhoria da comunicação entre clínicos, investigadores e autores. Bibliografia 1. Ávila-Ortiz G, Elangovan S, Kramer W, Blanchette D, Dawson V. Effect of alveolar ridge preservation after tooth extraction: a systematic review and meta-analysis. J Dent Res. 2014 Oct; 93(10): 950-8.

13. Kan JY, Roe P, Rungcharassaeng K, Patel RD, Waki T, Lozada JL, Zimmerman G. Classification of sagittal root position in relation to the anterior maxillary osseous housing for immediate implant placement: a cone beam computed tomography study. Int J Oral Maxillofac Implants. 2011 JulAug; 26(4): 873-6.

2. Cardaropoli D, Tamagnone L, Roffredo A, Gaveglio L, Cardaropoli G. Socket preservation using bovine bone mineral and collagen membrane: a randomized controlled clinical trial with histologic analysis. Int J Periodontics Restorative Dent. 2012 Aug; 32(4): 421-30.

14. Kassim B, Ivanovski S, Mattheos N. Current perspectives on the role of ridge (socket) preservation procedures in dental implant treatment in the aesthetic zone. Aust Dent J. 2014 Mar; 59(1): 48-56.

3. Cawood J, Howell R. A classification of the edentulous jaws. Int J Oral Maxillofac Surg. 1988 Aug; 17(4): 232-6.

15. Morjaria R, Wilson R, Palmer M. Bone healing after tooth extraction with or without an intervention: a systematic review of randomized controlled trials. Clin Implant Dent Relat Res. 2014 Feb; 16(1): 1-20.

4. Chan L, Lin H, Fu H, Wang L. Alterations in bone quality after socket preservation with grafting materials: a systematic review. Int J Oral Maxillofac Implants. 2013 May-Jun; 28(3): 710-20.

16. Saadoun AP, Landsberg CJ. Treatment classifications and sequencing for postextraction implant therapy: a review. Pract Periodontics Aesthet Dent. 1997 Oct; 9(8): 933-41; quiz 942.

5. Darby I, Chen T, Buser D. Ridge preservation techniques for implant therapy. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009;24, Suppl:260-71.

17. Tan-Chu JH, Tuminelli FJ, Kurtz KS, Tarnow DP. Analysis of buccolingual dimensional changes of the extraction socket using the "ice cream cone" flapless grafting technique. Int J Periodontics Restorative Dent. 2014 May-Jun; 34(3): 399-403.

6. Deeb GR, Deeb JG. Soft tissue grafting around teeth and implants. Oral Maxillofac Surg Clin North Am. 2015 Aug; 27(3): 425-48. 7. Elian N, Cho SC, Froum S, Smith RB, Tarnow DP. A simplified socket classification and repair technique. Pract Proced Aesthet Dent. 2007 Mar; 19(2): 99-104; quiz 106.

18. Ten Heggeler M, Slot E, Van der Weijden A. Effect of socket preservation therapies following tooth extraction in nonmolar regions in humans: a systematic review. Clin Oral Implants Res. 2011 Aug; 22(8): 779-8.

8. Gottlow J, Nyman S, Lindhe J, Karring T, Wennström J. New attachment formation in the human periodontium by guided tissue regeneration. Case reports. J Clin Periodontol. 1986 Jul; 13(6): 604-16.

19. Tomlin M, Nelson J, Rossmann A. Ridge preservation for implant therapy: a review of the literature. Open Dent J. 2014 May 16; 8: 66-76.

9. Hämmerle H, Araújo G, Simion M. Osteology Consensus Group 2011. Evidence-based knowledge on the biology and treatment of extraction sockets. Clin Oral Implants Res. 2012 Feb; 23 Suppl 5: 80-2.

20. Vignoletti F, Matesanz P, Rodrigo D, Figuero E, Martin C, Sanz M. Surgical protocols for ridge preservation after tooth extraction: a systematic review. Clin Oral Implants Res. 2012 Feb; 23 Suppl 5: 22-38.

10. Horowitz R, Holtzclaw D, Rosen S. A review on alveolar ridge preservation following tooth extraction. J Evid Based Dent Pract. 2012 Sep; 12 (3 Suppl): 149-60.

21. Vittorini Orgeas G, Clementini M, De Risi V, de Sanctis M. Surgical techniques for alveolar socket preservation: a systematic review. Int J Oral Maxillofac Implants. 2013 Jul-Aug; 28(4): 1049-61.

11. Horváth A, Mardas N, Mezzomo A, Needleman G, Donos N. Alveolar ridge preservation. a systematic review. Clin Oral Investig. 2013 Mar; 17(2): 341-63.

22. Wang RE, Lang NP. Ridge preservation after tooth extraction. Clin Oral Implants Res. 2012 Oct; 23 Suppl 6: 147-56.

12. Jambhekar S, Kernen F, Bidra S. Clinical and histologic outcomes of socket grafting after flapless tooth extraction: a systematic review of randomized controlled clinical trials. J Prosthet Dent. 2015 Mar 4. pii: S0022-3913(15)00014-1.

23. Wood DL, Hoag PM, Donnenfeld OW, Rosenfeld LD. Alveolar crest reduction following full and partial thickness flaps. J Periodontol. 1972 Mar; 43(3): 141-4.

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dossier

Fio dentário na prevenção das doenças periodontais: será um capricho dos médicos dentistas?

Ana Ribeiro Soares Médica dentista. Aluna do curso de Especialização em Periodontologia e Implantes da FMDUL. Catarina Martinho Médica dentista. Aluna do curso de Especialização em Periodontologia e Implantes da FMDUL. João Gomes Médico dentista. Aluno do curso de Especialização em Periodontologia e Implantes da FMDUL.

Cátia Silva Médica dentista. Especialização em Periodontologia e Implantes da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). ferreiradasilvacatia@gmail.com

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João Branco Médico dentista. Docente do curso de Especialização em Periodontologia e Implantes da FMDUL. Lisboa.


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ossier

1. A doença periodontal As doenças periodontais são um grupo de doenças inflamatórias de origem bacteriana que afetam os tecidos que protegem e suportam os dentes (o periodonto).

globalidade da doença e a percentagem de indivíduos afetados, consideraram a doença como fazendo parte de uma "epidemia silenciosa"4.

As doenças periodontais incluem a gengivite e a periodontite. A gengivite resulta da inflamação dos tecidos periodontais, sem perda de suporte periodontal. A periodontite caracteriza-se pela perda de suporte dos dentes afetados, especialmente das fibras do ligamento periodontal e osso alveolar onde estas se encontram inseridas1,2.

Em geral, a gengivite começa na primeira infância e torna-se mais prevalente e severa com a idade5. A persistência deste tipo de inflamação correlaciona-se com a presença de placa bacteriana. Enquanto o biofilme microbiano estiver presente adjacente aos tecidos gengivais, a inflamação não será resolvida4.

2. Prevalência

Relativamente à periodontite, sabe-se que esta doença é mais prevalente em pessoas mais velhas e tendo em conta que o número de idosos com dentes está a aumentar é também de esperar um maior número de casos de periodontite6. Na terceira e quarta décadas de vida verifica-se um aumento acentuado do aparecimento da doença, com um pico aos 38 anos7.

A prevalência das doenças periodontais varia entre diferentes populações e encontra-se mais associada a países em desenvolvimento ou com condições socioeconómicas mais baixas3. A gengivite, induzida por placa bacteriana, é a forma mais comum de doença periodontal e considera-se a segunda doença oral mais comum depois da cárie dentária, afetando mais de 75% da população mundial4. Moraes e cols. (2003) realizaram um estudo em crianças com idades de 3-5 anos e verificaram que 75,5% apresentavam gengivite. Por outro lado, Li e cols. (2010) observaram que 94% dos indivíduos com uma média de idade de 37,5 anos apresentava gengivite. Calif e cols. (2000), tendo em mente a

A periodontite avançada é a sexta condição mais prevalente no mundo, com uma taxa global estática de 11,2% entre 1990-20167.

Fig. 1. Prevalência da periodontite crónica mundial em 2010 (adaptado de Kassebaum e cols., 2014).

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dossier

3. Impacto da prevenção higiene oral. Os autores verificaram que os pacientes que apresentavam uma adequada higiene oral e tinham consultas de manutenção regulares apresentavam menos tártaro supra e subgengival e menos inflamação gengival. Os autores concluíram que uma higiene oral adequada é fundamental na prevenção da inflamação gengival e/ou progressão da doença. A motivação do paciente para a realização de uma higiene oral correta em associação com consultas de manutenção regulares, nomeadamente de destartarização e polimento, permite diminuir a progressão da doença periodontal, contribuindo assim para a manutenção a longo prazo da dentição.

A aquisição de hábitos de higiene oral começa a partir das pessoas que participam no processo educacional da criança, como os pais. É fundamental que os responsáveis estimulem, desde cedo, a higiene oral para que se torne um hábito bem aceite, contribuindo na manutenção da saúde periodontal a longo prazo8. Existem evidências que demonstram que o programa de controlo de placa bacteriana supra-gengival, incluindo os cuidados diários realizados pelos pacientes, é capaz de modificar os padrões de cárie e doença periodontal, promovendo a saúde e uma menor taxa de perda dentária9. Assim, torna-se necessário tomar medidas e estratégias de promoção de higiene oral tanto em crianças como em adultos de forma a modificar o panorama e a mentalidade actual10.

Schätzle e cols. (2004) realizaram um estudo longitudinal onde verificaram que os dentes com gengivite tinham maior risco (cerca de 46 vezes superior) de serem perdidos quando comparados com os dentes que não apresentavam inflamação gengival.

4. Importância do controlo de placa interproximal

Para além disso, vários estudos científicos demonstraram que a gengivite é maior nos espaços interproximais e que estes locais apresentam uma prevalência de profundidade aumentada e perda de inserção severa superiores19,20,21,22.

A higiene oral diária é uma estratégia preventiva e terapêutica bem estabelecida e documentada na Medicina Dentária9,11. A placa bacteriana ou o biofilme microbiano que se acumula em torno dos dentes e penetra dentro do sulco gengival é o agente etiológico primário da doença periodontal12,13,14. Embora nem em todos os pacientes com gengivite a doença evolua para periodontite, a prevenção da gengivite é uma estratégia de prevenção primária para a periodontite15 e uma estratégia de prevenção secundária para a recidiva da periodontite12.

A gengiva interdentária preenche o espaço apical à zona de contacto dentário, acabando por ser uma área “protegida”, de difícil acesso quando os dentes se encontram numa posição normal. O espaço interdentário, especialmente nas localizações posteriores, é menos acessível e, por essa razão, depósitos moles e/ou duros acumulam-se nos espaços interdentários em quase todos os pacientes23. Esta zona, quando afetada pela inflamação inicial das papilas, apresenta condições locais que favorecem o estabelecimento e a maturação da placa bacteriana24. A manutenção de um controlo da placa bacteriana eficaz ajuda a reduzir a extensão e gravidade da doença periodontal25.

Estes dados têm vindo a ser comprovados ao longo do tempo por diversos autores. Löe e cols. (1965) realizaram um estudo de forma a avaliar as alterações clínicas e microbiológicas da microflora gengival quando induzida a gengivite em pacientes com saúde gengival. No início do estudo a flora bacteriana era constituída por cocos, bacilos, filamentosos, fuso bactérias e espiroquetas. À medida que a gengivite se instalava, a flora bacteriana alterava-se radicalmente, o número de microorganismos aumentava, a microflora passava a compor-se por bactérias filamentosas, vibrios, espiroquetas, cocos e bastonetes Gram negativos. Esta alteração devia-se não só ao aumento de microorganismos, mas também à alteração ambiental do local colonizado, que se tornava mais favorável para o desenvolvimento de bactérias patogénicas periodontais. O tempo necessário para o desenvolvimento da gengivite variava entre 10-21 dias, tendo o índice gengival médio (Löe e Silness, 1963) aumentado de 0,27 para 1,05. A restituição das medidas de higiene oral resultava no restabelecimento da saúde gengival e da flora bacteriana original ao fim de aproximadamente uma semana, com uma descida do índice gengival médio de 1,05 para 0,11.

Assim, segundo vários autores a higiene interproximal é essencial na manutenção da saúde dos tecidos interproximais12,26,27. A escova de dentes por si só não tem a capacidade de alcançar os espaços interdentários. De facto, no caso de apenas ser utilizada a escovagem dentária mais de um terço da superfície dentária não será higienizada. Wayne Aldredge, presidente da Academia Americana de Periodontologia, referiu a propósito de escovar os dentes e não passar nenhum dispositivo de higiene interproximal: "É como construir uma casa e não pintar duas paredes; à partida, essas duas paredes vão apodrecer mais depressa”. De acordo com a Associação Dentária Canadiana e Muniz e cols. (2015) é fundamental complementar a escovagem com dispositivos específicos de higiene interproximal26. "It's like building a house and not painting two sides of it,"; "ultimately those two sides are going to rot away quicker”.

Suomi e cols. (1971) realizaram um estudo durante três anos com o objetivo de determinar se o desenvolvimento e a progressão da inflamação gengival e da doença periodontal se influenciavam pelo nível de

Existem inúmeras técnicas e instrumentos disponíveis de higiene interproximal, tal como os escovilhões, fio dentário, palitos e irrigadores/jato de água12.

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5. O fio dentário O fio dentário foi introduzido no início do século XIX por Levi Spear Parmly, baseado na ideia de que a matéria irritante que se acumulava entre os dentes era fonte de doenças dentárias28.

Quer o fio como a fita dentária podem usar-se manualmente ou em dispositivos como o passa-fio ou o porta-fio, que têm como objetivo facilitar o uso em zonas de difícil acesso. Embora existam diferentes modelos, todos eles se baseiam na fixação do fio entre os ramos de suporte. No caso do suporte de uso único, o fio funde-se de forma permanente no material plástico dos ramos. Já os suportes de multiuso são delineados para fixar e apertar o fio várias vezes. Apesar das vantagens da passagem do fio de PTFE através do contacto proximal, a maioria dos suportes de fio múltiplo vendem-se em combinação com fio de nylon (encerado ou não encerado). Quando comparados ambos os dispositivos a eficácia é semelhante 31.

O fio apresenta um formato cilíndrico com múltiplos filamentos, já a fita é constituída por um único filamento e é mais larga e fina (Associação Dentária Americana (ADA), 2016). Tem como objetivo a remoção da placa bacteriana que se acumula nos espaços interdentários, possuindo uma capacidade de penetração de 2-3,5 mm29,30. A sua utilização diária é fundamental. Mas será esta a opinião de toda a comunidade científica? Os especialistas norte-americanos, nomeadamente a Associated Press questionaram os Serviços de Agricultura, Saúde e Serviços Humanos dos EUA sobre a base científica para a utilização do fio dentário e com base em 25 artigos analisados, a Associated Press colocaram em questão a importância do fio dentário, deixaram de recomendar a sua utilização na higiene oral com o argumento de que não existem estudos suficientes capazes de comprovarem a sua verdadeira eficácia.

A ADA não recomenda que o fio dentário seja utilizado mais do que uma vez. Por seu lado, a Associação Dentária Canadiana refere que o fio pode perder a sua integridade, perdendo eficácia e pode depositar bactérias presentes na cavidade oral.

O alerta surgiu depois de publicada uma investigação da Associated Press que revela que a recomendação de usar fio dentário deixou de fazer parte das regras emitidas e reavaliadas a cada cinco anos pelos Serviços de Agricultura e Saúde e Serviços Humanos dos EUA. Os estudos avaliados que compararam o uso da escova de dentes com a combinação de escovas de dentes e fio dentário, obtiveram uma evidência "fraca, muito pouco confiável", de qualidade "muito baixa", com " potencial moderado a grande de viés", tendo concluído que a maioria dos estudos disponíveis não consegue demonstrar que o fio dentário é geralmente eficaz na remoção de placa bacteriana31.

São todos igualmente eficazes?

No entanto, em Portugal os especialistas “insistem que este é um bom hábito que se deve manter”32.

Já Carter-Hanson e cols. (1996) verificaram uma diminuição da hemorragia gengival mais rápida quando usado o fio dentário não encerado35. Bergenholtz e cols. (1980) também notaram uma tendência para que o fio dentário não encerado fosse mais eficaz36. Por outro lado, outros estudos mostram que não existem diferenças significativas no tipo de fio ou marca utilizada, sendo o mais importante para estes a motivação do próprio paciente24.

O fio dentário deverá ser utilizado a partir da altura em que as crianças têm destreza manual para o utilizar. Normalmente pode ser utilizado a partir dos oito anos de idade.

Smith e cols. (1986) realizaram um estudo com o objetivo de comparar quatro tipos de fio dentário: não encerado, encerado, ligeiramente encerado e Superfloss® em superfícies rugosas ou lisas criadas experimentalmente. Verificaram que em superfícies lisas não existem diferenças entre os quatro tipos de fio. Em superfícies rugosas o fio ligeiramente encerado é o que apresenta maior capacidade de remoção de placa bacteriana. Concluíram também que a remoção da placa bacteriana é geralmente mais eficaz quando as superfícies dentárias são lisas34.

Quais são os tipos de fio dentário que existem? Atualmente, existe uma grande diversidade de materiais variando na forma, mas também na constituição. Como por exemplo os filamentos de nylon ou monofilamento de plástico. ● Fios de nylon: podem ou não ser encerados e ter uma grande variedade de sabores. Como este tipo de fio é constituído por muitas fibras de nylon, pode às vezes, rasgar ou desfiar, especialmente se os dentes estiverem muito juntos. ● Poli-tetra-flúor-etileno-expandido (PTFE) (monofilamento): foi lançado pela Johnson & Johnson em 1896 e embora mais caro, o fio de filamento único desliza mais facilmente entre os dentes, mesmo quando há pouco espaço e não se rompe. Podem ter a adição de cera ou outros excipientes, como o flúor, ou mesmo de agentes aromatizantes, como a hortelã.

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Relativamente à preferência dos pacientes, a maioria dos indivíduos avaliados no estudo de Ong (1990) preferiram a fita dentária (50%), em detrimento do fio dentário (40%) e Super-floss (10%)37. Quanto à composição os pacientes tendem a preferir o fio encerado e os fios de PTFE comparativamente ao nylon e com uso de aplicador31.

dentário acaba por ser a melhor opção. É o caso da maior parte dos indivíduos sem doença periodontal (sem perda de suporte ósseo) e com os dentes corretamente alinhados39. Assim, os profissionais devem realizar a escolha do melhor dispositivo consoante a situação em causa11,39.

Muniz e cols. (2015) realizaram o primeiro estudo para avaliar a eficácia da adição do gluconato de clorohexidina 5% no fio dentário de forma a testar a redução do biofilme supra-gengival in vivo. O estudo realizou-se em estudantes de Medicina Dentária, porque estes encontram-se instruídos quanto à importância da higiene oral e com níveis de conhecimento e higiene oral similares. Em cada indivíduo selecionou-se um dente anterior para estudo. Verificaram que a adição de 5% de clorohexidina levou a uma redução superior no biofilme supragengival26. Apesar destes resultados encorajadores, a maior parte dos estudos descritos na literatura não mostram diferenças clínicas significativas na adição de diferentes componentes ao fio.

8. Existe evidência científica? Quando se analisa a literatura, é possível encontrar resultados positivos que foram sendo e são ainda publicados atualmente. No estudo clássico de Gjermo e Flötra (1970) verificou-se que existia uma redução de 40% do biolfilme nas áreas interproximais durante os 15 dias de estudo nos indivíduos que usavam fio comparativamente aos que não usavam. Já nos indivíduos que usaram palitos ou nenhuma técnica de higiene interproximal neste mesmo estudo, não se encontraram diferenças40.

Em conclusão, verifica-se uma grande heterogeneidade relativamente aos diferentes estudos existentes sobre tipos de fios e aditivos acrescentados, sendo possível concluir que a nível clínico as diferenças de cada um não conduzem a resultados clínicos superiores24,34.

Wolff e cols. (2011) verificaram que indivíduos sem perda de inserção periodontal que escovam e passam o fio dentário regularmente têm menos hemorragia gengival comparativamente aos que apenas escovam os dentes33.

6. Características ideais de um dispositivo de higiene interproximal?

Sambunjak e cols. (2011) realizaram uma revisão sistemática na qual verificaram que a utilização do fio dentário tem um benefício significativo na redução da gengivite tanto após um mês, como três e seis meses. No primeiro mês a diferença média estandardizada (DMS) foi de -0,36 (95% CI -0,66 a -0,05), aos três meses de -0,41 (95% CI -0,68a -0,14) e aos seis meses de -0,72 (95% CI -1,09 a -0,35). A inflamação gengival (numa escala de zero a três pontos para o índice de gengivite de Löe e Silness (1963) no primeiro mês demonstrou uma redução de 0,13, aos três meses de 0,20 e aos seis meses de 0,0931.

De acordo com Salzer e cols. (2015) as características ideais dos dispositivos de limpeza interproximal são11:

Remover placa eficazmente

Sem efeitos nocivos para os tecidos moles e duros

Preferência do paciente

Fácil de usar

Aswath e cols. (2014) realizaram um estudo de forma a comparar os diferentes tipos de escova, sendo que após duas semanas de utilização das escovas introduziram também o fio dentário. Estes verificaram que às quatro semanas o fio tinha aumentado a capacidade de remoção da placa bacteriana interproximal para 70%41.

Evidência científica e resultados esperados

Muniz e cols. (2015) realizaram um estudo em estudantes de Medicina Dentária sem doença periodontal e com um bom controlo de placa e verificaram que o uso do fio dentário independentemente da sua constituição leva a níveis mais baixos de biofilme quando comparado com aqueles que apenas escovavam os dentes26.

7. Como selecionar o dispositivo de higiene interproximal? Nem todos os dispositivos de higiene interdentária se adequam a todos os pacientes, a todas as dentições e nem mesmo a todos os espaços interdentários. Dos inúmeros dispositivos de higiene interproximal disponíveis, o mais apropriado dependerá do tamanho e da forma do espaço interdentário, morfologia da superfície do dente adjacente e habilidade/destreza do paciente23,38,39.

No entanto e como dito anteriormente, os Serviços de Agricultura e Saúde e Serviços Humanos dos EUA referiram que a maior parte dos estudos que existem na literatura não apresentam diferenças significativas31 ou vantagens23,12 na utilização do fio dentário.

Existem muitos casos em que os espaços interdentários são demasiado pequenos para que se consiga passar o escovilhão corretamente sem que exista trauma. Nestes casos, o fio

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Segundo Wayne Aldredge, presidente da Academia Americana de Periodontologia, muitas pessoas movem o fio dentário como se fosse uma serra em vez de cima para baixo em ambas as faces dos dentes, acabando por pressionar a papila dentária levando ao seu trauma.

Todavia, também é verdade que estes estudos revelam inúmeros viéses que não foram devidamente apresentados e analisados e que podem influenciar os resultados. Entre eles o tempo de follow-up dos estudos, ensino da técnica de fio dentário, dimensão da população estudada, tipo de fio dentário utilizado nos estudos, modo de utilização, compliance e patrocínios:

Segundo Salzer e cols. (2015) as lesões associadas ao fio dentário e os seus efeitos adversos relataram-se em cinco estudos 11. Os danos mais frequentes foram na gengiva e no tecido mole. Nas zonas traumatizadas verificou-se que os pacientes deixavam de passar o fio até que as zonas acabassem por cicatrizar 11. Apesar destes efeitos nocivos, os autores verificaram que os benefícios desejáveis do uso do fio dentário na redução da gengivite eram superiores aos potenciais danos11.

1. Follow-up dos estudos

3. Dimensão da população estudada

A maior parte dos estudos, como por exemplo a revisão realizada por Poklepovic e cols. (2013), da Cochrane Library, apresenta um tempo médio de estudo pequeno, variando de quatro a 12 semanas. Os autores afirmam que estudos com maior duração são necessários para que se possa avaliar melhor as alterações clínicas, mas também diminuir o risco do ”efeito experimental” (trial effect) que podem afetar estudos de pequena duração42.

No estudo realizado por Berchier e cols. (2008) no qual concluíram que não existe benefício em passar o fio dentário, quando analisados os artigos incluídos verifica-se que todos os 11 artigos apresentavam uma população inferior a 80 pessoas28. Destes, como por exemplo o estudo de Kiger e cols. (1991), avaliaram 30 pessoas43; Walsh e Heckman (1985), Vogel e cols. (1975) e Gjermo e Flötra (1970) avaliaram 24 pessoas44,45,40. Apresentam de facto amostras muito reduzidas comparativamente a outros estudos nos quais se verificou que existem vantagens na utilização do fio dentário43,44,45,40. Entre eles o estudo de Bauroth e cols. (2003) com 314 participantes, Biesbrock e cols. (2007) com 174 participantes, Finkelstein e cols. (1990) com 158 participantes46,47,48.

2. Ensino da técnica de fio dentário Num primeiro encontro com o paciente, deverá sempre ser avaliada a técnica de higiene oral. Caso não seja corretamente realizada, cabe ao médico dentista ensinar ao paciente a forma correta de higiene oral. Esta técnica pode não se aprender no imediato tendo que reensinar-se ao longo de várias consultas de manutenção para que o paciente finalmente a realize corretamente e a tome como um hábito e mesmo assim grande parte das vezes não se executará como seria ideal, pois para além de fazer ou não fazer, existe também a variável de fazer corretamente.

4. Tipo de fio dentário utilizado, modo de utilização Apesar da maior parte dos estudos indicarem que não existem diferenças significativas entre os diversos tipos de fio dentário – com clorohexidina, fita ou fio, entre outros –, outros são os autores que afirmam que existem diferenças, não se sabendo com precisão a influência que têm.

Lang e cols. (1995) verificaram que poucas são as pessoas que passam o fio corretamente. Esta incapacidade pode desmotivar o paciente20 e a má execução pode levar ao trauma gengival, influenciando os resultados dos estudos. É necessário um esforço tanto por parte do paciente como do profissional, mas a verdade é que isso não acontece e a maior parte dos médicos explica uma vez e nunca mais fala sobre o assunto. Existem estudos que demonstram que se não se repetirem as instruções do fio a eficácia é quase nula, mas que quando se domina já existem diferenças significativas. Em alguns dos estudos existentes na literatura, o mesmo se passa ou nem sequer se esclareceu.

Muitos estudos utilizam diferentes tipos de fio para avaliar a mesma condição, podendo afetar os resultados finais. Uma vez que não é claro se existem diferenças na utilização de diferentes tipos de fios, é de destacar que por exemplo a revisão sistemática de Sambunjak e cols. (2011) incluiu tanto pacientes adultos a passar fio normal como a passar fio impregnado com clorohexidina e estudos com diferentes critérios de classificação de gengivite e de placa, podendo desta forma terem sido os resultados afetados (devido à heterogeneidade metodológica)31.

Sambunjak e cols. (2011) realizaram uma revisão sistemática na qual afirmam que poucas são as pessoas que usam fio dentário e mesmo os que o usam (motivados), grande parte não o fazem de forma correta, passando rapidamente no espaço interproximal, falhando na correta remoção de placa interproximal. Se analisarmos com cuidado os estudos acerca do fio dentário, será que se ensinou os pacientes incluídos a passar o fio corretamente? Estes dados podem influenciar os resultados, na medida em que não passar, ou passar mal pode levar a resultados idênticos31.

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Berchier e cols. (2008) realizaram uma revisão sistemática onde compararam indivíduos que faziam fio e escovagem e os que só faziam escovagem. Os autores concluíram que a utilização do fio dentário não é suportada pela evidência científica. Para tal, seleccionou 11 publicações. Quando analisadas as publicações selecionadas, verifica-se que três delas não referem a frequência com que o fio dentário foi feito43,48,40; uma não refere se se deram as devidas instruções de higiene oral e as restantes não demonstram o tipo de instruções que se indicaram (duração/tipo de acompanhamento)48; quatro não referem o tipo de fio utilizado (se encerado ou não)44,45, 40,28. Para além disso, referem que o valor do I2 (estatística I2 de Higgins e Thompson) foi de 76,4%; sabe-se que um valor de I2 próximo a 0% indica que não existe heterogeneidade entre os

estudos, próximo a 25% indica baixa heterogeneidade, próximo a 50% indica heterogeneidade moderada e próximo a 75% indica alta heterogeneidade entre os estudos49. 5. Patrocínios Muitos são os estudos incluídos com patrocínios das marcas dos produtos testados48, 31,47. 6. Compliance Como se avalia nos estudos? Como sabem os pesquisadores que os indivíduos avaliados em estudos passam corretamente o fio? Nos estudos de Jared e cols. (2005), Rosema e cols. (2008), Schiff e cols. (2006), Walsh e cols. (1985) e Sambunjak e cols. (2011) o nível de compliance dos indivíduos não é referido50,44,31,51.

Utilização de fio ou fita dentária (% ponderada) Anos (valor estimado)

Total pessoas

Sim ≥ 1 x /dia

Sim, algumas vezes por semana

Sim, algumas vezes por mês

Não utiliza

Não sabe/não tem a certeza/não responde

12 anos

1.309

5,9%

13,6%

11,9%

68,3%

0,4%

18 anos

1.075

6,4%

12,8%

14,7%

65,8%

0,3%

35-44 anos

1.296

14,8%

19,7%

13,8%

51,1%

0,5%

65-74 anos

1.309

3,8%

5,5%

4,7%

82,9%

3,1%

(DGS, III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais, 2015).

7. Atualmente quem usa fio dentário? De acordo com Zimmer e cols. (2006), apenas uma pequena percentagem da população usa fio dentário diariamente53. Muitas pessoas consideram ser “tempo perdido”, difícil de usar, que se desfaz facilmente54 e por vezes doloroso a nível gengival11 ou nos dedos33. Verifica-se que o seu consumo é superior nos indivíduos com maior nível socioeconómico53 e que a frequência de utilização aumenta quando a sua importância é constantemente referida, mas nem todos os profissionais o fazem26. Kauer e cols. (2016) realizaram um estudo com o objetivo de determinar se a renda familiar, idade da mãe e nível de escolaridade se encontrava associado ao uso do fio dentário entre 1996-2009 no sul do Brasil. Verificou-se que o uso aumentou de 48% para 59% ao longo dos 13 anos de estudo. A probabilidade de utilização do fio dentário aumentou1,23 vezes de 1996 a 2009. Verificou-se também que famílias com mães com idade ≥ 50 anos apresentavam menor probabilidade de usar fio comparativamente a mães com ≤ 35 anos de idade. Em casa de famílias com maior rendimento e nível educacional superior da mãe, as probabilidades de usar fio foram 90-97% superiores9. É possível concluir que tanto o nível socioeconómico e educacional como a idade influenciam na utilização deste dispositivo de higiene interproximal.

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Conclusão A evidência científica disponível deve interpretar-se com atenção. Existem variáveis, como a dimensão da população estudada, tipo de fio dentário utilizado, o seu modo de utilização e a frequência com que as instruções de utilização se forneceram que podem explicar diferentes resultados clínicos. Uma vez que a utilização do fio dentário apresenta um baixo risco de potenciais danos, aliada a um baixo custo e havendo evidência científica sobre um benefício para a saúde oral e dentária, os médicos dentistas devem recomendar fio dentário. O uso do fio dentário é um complemento efetivo à escovagem dentária, sobre o qual os benefícios superam todos os danos potenciais. Bibliografia 1. Listgarten MA. Pathogenesis of periodontitis (1986). J Clin Periodontol; 13(5): 418-30. 2. Suzuki JB. Diagnosis and classification of the periodontal diseases (1988). Dent Clin North Am; 32(2): 195-216. 3. Ababneh KT, Hwaij ZMFA, Khader YS. Prevalence and risk indicators of gingivitis and periodontitis in a Multi-Centre study in North Jordan: a cross sectional study (2012). BMC Oral Health, 12:1. 4. Idrees MM, Azzeghaiby SN, Hammad MM, Kujan OB. Prevalence and severity of plaque-induced gingivitis in a Saudi adult population (2014). Saudi Med J; 35(11). 5. Stamm JW. Epidemiology of gingivitis (1986). J Clin Periodontol; 13: 360-366.

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A indústria a fundo Manuel Guerrero,

Country Sales Manager da Lyra-etk em Espanha e Portugal

Somamos mais de 20 anos de experiência, segurança e compromisso

Tal como muitas outras marcas do setor dentário, a etk aproveitou o último salão IDS de Colónia (Alemanha) para apresentar as suas últimas novidades à escala global. Que produtos se estrearam e quais estão disponíveis em Portugal? Pela primeira vez, a Lyra e a etk apareceram juntas neste grande evento da indústria dentária para apresentar as suas inovações conjuntamente. Entre as novidades, também disponíveis em Portugal, apresentámos os remasterizados sistemas de implantes dentários etk, onde três desenhos de implantes diferentes (Na turactis, Naturall+ e Natea+) convergem numa única conexão protésica para todas as plataformas. Trata-se de um inovador planeamento de otimização de aditamentos e simplicidade. A aposta da Lyra-etk prende-se com as soluções digitais completas e precisas com a

aliança da 3Shape, a multinacional líder em digitalização. Apresentámos o novo sistema de cirurgia guiada simplificado (planificações com o uso de software de Implant Studio 3Shape®,

através do TAC e do scanner digital do paciente com Trios3, fabricando a guia cirúrgica em FormLabs® (impressora 3D) e a colocação do implante com o mini-kit simplificado de cirurgia guiada.

Gama de implantes da etk. O implante Naturactis é o que mais se destaca, entre os produtos da marca, no mercado ibérico.

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As soluções CAD-CAM, tanto em materiais como em produtos, bem como uma das mais amplas bases de dados de implantologia próprias do mercado também estão disponíveis em Portugal. Outra novidade foi a apresentação do cone beam X-1, da 3Shape, do qual a Lyra tem a exclusividade em França e já se prepara para entrar no mercado português. Que significado têm estes novos lançamentos em termos de inovação no setor dentário? Com a aliança estratégica com a marca líder em digitalização, 3Shape, e a inovação em soluções CAD-CAM e implantologia de vanguarda Lyra-etk, estamos preparados para antecipar o fututo com a máxima precisão em scanners digitais intraorais e evitando os erros manuais tradicionais. É a revolução digital da precisão e da exigência, conseguindo uma rentabilidade nunca antes vista. No contexto do presente catálogo da Lyra-etk, quais são os produtos que estão a ter mais sucesso no mercado português? Tanto em Espanha como em Portugal, sem dúvida que o produto que mais se destaca é o implante Naturactis, com um desenho inovador e um comportamento contrastado que o profissional pode apreciar a partir do momento em que o conhece.

em imagens

A empresa tem uma vasta oferta de soluções digitais e implantológicas.

Equipa diretiva: - Direção em Portugal: Sílvia Costa. - Gestora comercial em Portugal: Elsa Sousa.

Principais gamas de produtos e serviços: - Implantes dentários. - Biomateriais. - Instrumental cirúrgico. - Componentes e soluções protésicas. - Soluções digitais.

Sedes (e filiais): - Barcelona (Espanha). - Lisboa (Campo Grande, 28 Loja A. 1700-093).

Contactos: - etk Portugal. - Tel. (00351) 962 077 665. - esousa@etk.dental (Elsa Sousa). - www.etk.dental.

Que momento vive a empresa e que es tratégia global adotou em Portugal? A Lyra-etk pertence a um dos grupos globais mais importantes do setor dentário como é a holding francesa GACD. Em Portugal e através da Dentaleader, líder em vendas de consumíveis e aparatologia, surge uma sinergia com um serviço integral aos nossos clientes, com pessoal altamente qualificado e com a máxima experiência do setor. Esta sinergia levou o grupo a posicionar-se em Portugal como uma das companhias de referência para todos os profissionais do país, na sua aposta em universidades e estabelecimentos docentes públicos e privados em busca do melhor serviço de excelência para todos os clientes. Quais são as expectativas para este ano em termos de renovação, crescimento e eventual diversificação da atividade ou oferta da Lyra-etk? Estamos envolvidos numa estratégia com uma meta e um rumo muito definidos: a pre-

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cisão e a excelência com a melhor e mais profissional assesoria. As soluções digitais Lyra-etk são o presente e marcam o nosso entusiasmo contagiante. Que importância atribui a empresa à formação dos seus clientes e dos profissionais da Medicina Dentária em geral? Estamos de parabéns já que este ano inaugurámos as novas instalações do grupo em Lisboa. Dispomos de numerosos espaços previstos para a formação contínua e reciclagem dos profissionais, tanto médicos dentistas como técnicos de prótese e pessoal auxiliar ou higienistas orais, ou seja todas e cada uma das disciplinas envolvidas no trabalho da clínica dentária. Qual é a agenda de cursos que está definida para os próximos meses? Para os últimos quatro meses do ano, temos agendados vários cursos que terão lugar em distintas cidades de Espanha: curso de restaurações estéticas sobre dente e implantes, orientado por Jon Gurrea (Vecindario, Las Palmas, dias 15 e 16 deste mês); colaboração com o mestrado de cirurgia oral e implantologia, a cargo de Nuria Olid Romero e Manuel Vallecillos Capilla (Universidade de Granada, 2 de outubro); terceiro encontro Regenera (Salamanca, 20 e 21 de outubro); curso de iniciação à implantologia básica, dirigido por David Márquez García e Juan Manuel Amor Perea (Granada, 27 de outubro); primeira reunião anual do Club Actis (Barcelona, em data por definir); curso de carga pós-exodontia e carga imediata e técnicas de abordagem em maxilares atróficos, orientado por Javier Herce López e Alicia Quintana García (Sevilha, em data por definir); iniciação à implantologia digital e CAD-CAM, pela mão de David Matute García (local e data por definir), e mestrado de implantología básica com a Digital Academia Dental (DAD), dirigido por Rafael Vila Tello (Valência, em data por definir). Quais são os principais trunfos da Lyra-etk para ganhar a confiança dos profissionais do setor? Somamos mais de 20 anos de experiência, segurança e compromisso. z


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Calendário de Cursos

CIRURGIA ORAL

CIRURGIA ORAL

Formação em cirurgia oral

Curso clínico intensivo com pacientes

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), ao abrigo do calendário anual do Centro de Formação Contínua, agendou para o dia 21 de outubro, em Angra do Heroísmo (Terceira, Açores), um curso de cirurgia oral ministrado por António Mano Azul, médico especialista em estomatologia que se dedica exclusivamente à medicina e à cirurgia orais. Esta sessão formativa vai decorrer, ao longo de todo o dia, no espaço físico que a OMD tem à disposição dos profissionais de saúde oral na referida cidade açoreana. António Mano Azul é professor associado, convidado ou visitante em diversas faculdades portuguesas e de outros sete países de vários continentes.

No próximo dia 28 de outubro, a Microdent dará início na Clínica Dentária Alveodente, sedeada em Lisboa, a uma nova edição do curso intensivo internacional de cirurgia avançada, orientado para a formação profissional, que se estenderá até 3 de novembro. Esta formação será orientada pelo médico dentista espanhol Holmes Ortega Mejía, com um enfoque metodológico diferente, já que o objetivo principal é divulgar truques de cada técnica baseados na sua experiência cirúrgica. Este curso envolve uma semana intensa de formação clínica, teórica e prática, durante a qual os assistentes adquirem os conhecimentos e as capacidades necessárias para realizarem um correto diagnóstico, a planificação do tratamento e a eleição da técnica quirúrgica mais adequada em cada caso.

OMD. 226 197 699 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

Microdent. (0034) 637 431 630 - http://formacion.microdentsystem.com

ESTÉTICA DENTÁRIA

ESTÉTICA DENTÁRIA Facetas cerâmicas e reabilitaçao adesiva

Restaurações indiretas no setor posterior

A Sorriso Natural leva a cabo nos dias 16 e 17 deste mês, em Valongo (Porto), um curso sobre facetas cerâmicas e reabilitação adesiva, orientado por Rafael Calixto e destinado aos clínicos que buscam a excelência no tratamento estético indireto com cerâmicas, dando ênfase aos procedimentos de laminados cerâmicos, lentes de contacto e restaurações parciais posteriores. Será abordado o planeamento integrado desde a primeira consulta, através de fotografias e enceramento, seguido do conceito de preparo dentário guiado com silicone e confeção de provisórios de forma simples e rápida, moldagem e finalização através das técnicas de cimentação com materiais resinosos específicos.

Nos próximos dias 6 e 7 de outubro, o médico dentista João Fonseca vai orientar no Centro de Formação da Ivoclar Vivadent, em Madrid (Espanha), um curso sobre restaurações indiretas no setor posterior. Serão abordados temas como os princípios biomiméJoão Fonseca. ticos, resinas compostas na otimização das cavidades, elevação de margens profundas e perfil de emergência, adesão compósito-compósito e compósito-cerâmica, diferentes considerações sob o ponto de vista restaurador (dente vital ou endodonciado), etc. O programa prevê a utilização de duas técnicas de estratificação diferentes em IPS e.max Ceram.

Sorriso Natural. 927 495 144 - formacao@sorrisonatural.com - www.sorrisonatural.com

Ivoclar Vivadent. (0034) 913 757 820 - icde.es@ivoclarvivadent.com

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MAXILLARIS

calendário de cursos

ESTÉTICA DENTÁRIA

ESTÉTICA DENTÁRIA Maxilar atrófico com IPS e.max

Reabilitação com compósitos e cerâmicas

Manuel Guerreiro dirigirá esta formação no seu próprio laboratório, em Lisboa, nos próximos dias 27 e 28 de outubro. Neste curso abordar-se-ão os princípios e critérios fundamentais para uma estética oral natural, como por exemplo a simetría do sorriso, a linha do lábio Manuel Guerreiro. inferior, os bordos incisais, entre outros. Os assistentes realizarão uma ponte anterior de quatro elementos (12-22), uma estrutura de zircónio na qual os dentes 11 e 12 terão uma proteção funcional no bordo incisal. Serão utilizadas duas técnicas de estratificação diferentes em IPS e.max Ceram.

A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) , ao abrigo do habitual programa formativo “Noites da SPEMD”, agendou para o dia 28 deste mês, num hotel de Viseu, um curso subordinado ao tema “Reabilitaçao com compósitos e cerâmicas minimamente invasivas: quando e como?”. Esta apresentação pretende focar as diferentes situações e de como é possível integrar vários conceitos de forma eficaz e segura na prática clínica. Esta formação será ministrada pelo médico dentista Jorge André Cardoso, tutor convidado nos Mestrados de Estética e Prostodontia no King´s College (Reino Unido). SPEMD. secretariado@spemd.pt - www.spemd.pt

Ivoclar Vivadent. (0034) 913 757 820 - icde.es@ivoclarvivadent.com

ESTÉTICA DENTÁRIA

ESTÉTICA DENTÁRIA Título de especialista em estética dentária

Estratificação de estruturas

A CEOdont iniciou em Madrid (Espanha) uma nova edição deste curso, orientado por Mariano Sanz Alonso, Manuel Antón Radigales e José A. de Rábago Vega. Eis os próximos módulos desta formação: • 3. Cirurgia mucogengival e estética; 15 e 16 deste mês. • 4. Restauração com compósitos I; 27 e 28 de outubro. • 5. Restauração com compósitos II; 17 e 18 de novembro. • 6. Capas de porcelana I, de 25 a 27 de janeiro de 2018. • 7. Capas de porcelana II; de 15 a 17 de fevereiro de 2018. • 8. Coroas de recobrimento total e incrustações; 9 e 10 de março de 2018. • 9. Curso teórico-prático em Nova Iorque; de 19 a 23 de junho de 2018.

Oliver Brix regressa nos próximos dias 19 e 20 de outubro ao Centro de Formação da Ivoclar Vivadent, em Madrid (Espanha), para orientar, pelo segundo ano consecutivo, uma sessão formativa na área da estética dentária. Os participantes terão a oportunidade de conhecer em primeira mão as impressionantes possibilidades que oferece IPS e.max CeOliver Brix. ram para personalizar e estratificar estruturas. O principal foco deste curso será a produção de uma coroa de aspeto natural. Para isso, os assistentes aprofundarão as opções e possíveis misturas de maquilhagens, estratificações para criar efeitos no esmalte e realizar uma cocção personalizada, entre outras técnicas.

CEOdont. (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

Ivoclar Vivadent. (0034) 913 757 820 - icde.es@ivoclarvivadent.com

IMPLANTOLOGIA

ESTÉTICA DENTÁRIA Estética dentária e planificação digital do sorriso

Programa de formação BTI

A Dentsply Sirona Academy organiza a partir do próximo mês de outubro e até janeiro de 2018, em Madrid (Espanha), o curso modular de “Estética dentária e planificação digital do sorriso”, orientado por Javier Roldán e Ferrán Llansana, especialistas na área da restauração e estética dentária. Esta formação inclui práticas com compósitos e cerâmicas e reabilitação estética com capas de cerâmica mediante técnicas adesivas e minimamente invasivas. Ferrán Llansana realizará em direto um retalho de capas anteriores, tanto para compósitos como porcelanas, para além do cimentado. O curso foi planeado com o intuito de transmitir aos participantes confiança, destreza e previsibilidade.

O Biotechnology Institute (BTI), fiel ao seu compromisso de oferecer formação de máxima qualidade que contribua para melhorar a prática diária dos profissionais, organiza numerosos cursos e jornadas formativas. As jornadas de formação orientadas pelo corpo docente do BTI, liderado pelo médico dentista espanhol Eduardo Anitua, permitem aprofundar os conhecimentos sobre os últimos avanços em implantologia, reabilitação oral e aplicações de terapias regenerativas. O BTI conta desde há um ano com o seu próprio centro de formação online, plataforma através da qual se realizam numerosos cursos e seminários sobre temas específicos como CAD-CAM, tratamentos da apneia e roncopatia, BTI Scan, etc.

Dentsply Sirona. formacion@dentsplysirona.com

BTI. www.bti-biotechnologyinstitute.com/es/formacion

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M AXILLARIS

calendário de cursos

IMPLANTOLOGIA

IMPLANTOLOGIA

Iniciação ao fluxo digital em implantologia

Curso de implantologia avançada sobre cadáver

No próximo dia 10 de novembro, a Dentsply Sirona Academy organiza um workshop de iniciação ao fluxo digital em implantologia, dirigido pelo médico dentista espanhol Nicolás Gutiérrez, nas instalações do seu centro de formação Digital Odontology Academy, em Madrid (Espanha). A sessão tem como objetivo descrever em que consiste o fluxo digital em implantologia em todos os seus aspetos, para assim ajudar a introduzi-lo na prática diária. Além deste curso de iniciação, posteriormente está prevista outra formação modular para os participantes que estejam decididos a incorporar o fluxo digital em implantologia e prostodontia.

A Eckermann, em colaboração com a Faculdade de Medicina da Universidade de Barcelona (Espanha), organizam nos dias 13 e 14 de outubro um curso de implantologia avançada sobre cabeça de cadáver crio-preservada. Os participantes terão a oportunidade de aprofundar a cirurgia minimamente invasiva, a colocação de implantes pós-extração, enxertos de tecido conetivo e elevações do seio, etc., com a colaboração de profissionais experientes no universo da implantologia. A organização oferece um curso gratuito de prótese Easy Link adicional ao programa.

Dentsply Sirona Academy. www.dentsply.com

Eckermann. www.eckermann.es

ORTODONTIA

ODONTOPEDIATRIA Título de especialista em odontopediatria

Pós-graduação em ortodontia

A CEOdont acaba de agendar mais uma edição deste curso modular, que se celebra em Madrid (Espanha), com o objetivo de responder às necessidades de formação em Medicina Dentária centrada no paciente em crescimento. O programa inicia-se no segundo semestre do próximo ano, de acordo com o seguinte calendário: • 1. O êxito no controlo do comportamento na criança; 28 e 29 de setembro de 2018. • 2. Desafios da prevenção e odontologia conservadora nas crianças; 26 e 27 de outubro de 2018. • 3. Traumatismos e patologia pulpar na dentição temporária e permanente jovem; 30 de novembro e 1 de dezembro de 2018. • 4. Patologia médico-cirúrgica infantil; 18 e 19 de janeiro de 2019.

A Ortocervera (Grupo CEOSA) leva a cabo a 85a edição da pós-graduação em ortodontia funcional, aparatologia fixa e autoligado, orientada por Alberto Cervera. O curso inicia-se no dia 21 deste mês, em Madrid (Espanha). Esta especialização está estruturada em quatro áreas formativas, designadamente protocolo de diagnóstico e tratamento, estudos de síndromes clínicos, práticas em tipodontos com brackets de autoligado e práticas clínicas tutorizadas. Ortocervera. (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

CEOdont. (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

ORTODONTIA Curso sobre técnica SSW e braquetes autoligáveis O Gabinete Português de Medicina Dentária (GPMD) vai iniciar em janeiro de 2018, no Porto, a 14a edição do curso teórico-clínico na área da ortodontia, subordinado ao tema “Técnica SSW e braquetes autoligáveis”. Esta formação será ministrada por Messias Rodrigues, especialista em ortodontia, e a sua equipa. Sem descurar nenhuma das partes teóricas, o curso tem uma forte componente prática com acompanhamento e estudo de casos clínicos e atendimento de pacientes, habilitando os participantes a realizarem tratamentos quotidianos em ortodontia. GPMD. 917 802 626 / 222 037 900 - geral@gpmd.pt

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M AXILLARIS

calendário de cursos

ORTODONTIA

PERIODONTIA

Título de especialista em alinhadores invisíveis

Cursos práticos de periodontia

A CEOdont prepara uma nova edição deste curso, sob a orientação de Andrade Neto, dirigido a todos os pós-graduados que pretendem iniciar-se ou aperfeiçoar os seus conhecimentos no universo dos alinhadores invisíveis, nomeadamente ao nível do diagnóstico, do tratamento, dos instrumentos, das técnicas e dos materiais. Dividido em quatro jornadas, o novo programa vai decorrer entre os dias 12 e 15 de abril do próximo ano. No final do curso, os alunos contarão com apoio diagnóstico e de laboratório para os seus primeiros casos.

O Instituto Casan tem programado um novo ciclo de cursos práticos de periodontia, que decorre na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Ciências Médicas de Villa Clara, em Cuba, sob a orientação da médica dentista Mitdray Corrales Álvarez, chefe do Serviço de Periodontia da referida faculdade cubana. Os profissionais que aderirem a esta formação poderão realizar cirurgias periodontais ressectivas e regenerativas para o tratamento de bolsas periodontais, vestibuloplastias, usar biomateriais em periodontia e proceder a alongamentos coronários, etc.

CEOdont. (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

Instituto Casan. (0034) 918 586 594 - info@institutocasan.net

VÁRIOS

VÁRIOS Curso modular de endodontia e estética

Curso de biossegurança na clínica dentária

A Dentsply Sirona Academy vai realizar a partir de novembro próximo e até janeiro de 2018, em Madrid (Espanha), um curso modular de endodontia e estética, orientado pelos médicos dentistas Martin Biedma, Giussepe Cantatore e Walter Días. Esta formação divide-se em quatro módulos que abordarão temas como: conceitos imprescindíveis para realizar uma boa endodontia, irrigação e obturação em endodontia, endodontia avançada, retratamento e solução de complicações (este módulo utilizará microscópios), o desafio da restauração do dente endodonciado ou materiais para a reconstrução imediata do dente endodonciado.

A Inibsa realiza nos dias 16 e 30 deste mês, em Coimbra e no Porto, respetivamente, mais duas edições do seu curso teórico de biossegurança na clínica dentária, destinado a 150 assistentes e a cargo da médica dentista Ana Sofia Coelho. A biossegurança é extremamente importante para a prestação de um serviço de qualidade que minimize os riscos para a saúde do paciente, dos profissionais e do meio ambiente. Este curso visa sensibilizar e capacitar os assistentes de Medicina Dentária com os principais conceitos de desinfeção e esterilização, auxiliando-os na implementação de uma política adequada de biossegurança.

Dentsply Sirona. formacion@dentsplysirona.com

Inibsa. 219 112 730 - ccinibsa@inibsa.pt

VÁRIOS

VÁRIOS

Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS

Curso de bichectomia

A Ortocervera (Grupo CEOSA) organiza este curso personalizado, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado.

No dia 17 deste mês, o centro de formação All About Dentistry celebra nas suas instalações, em Valongo, a terceira edição do curso de bichectomia. Trata-se de um procedimento cirúrgico que reduz o tamanho das bochechas e deixa o rosto com um aspeto mais fino. Esta formação será levada a cabo por Levy Rau e Aline Marodin. O objetivo é capacitar os médicos dentistas para diagnosticar os pacientes que podem beneficiar deste procedimento e realizar a cirurgia de bichectomia. O conteúdo programático do curso inclui legislação, história da técnica, indicações e contra-indicações, anatomia aplicada, técnica cirúrgica, complicações, etc.

Ortocervera. (0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

All About Dentistry. 933 880 857 - geral@allaboutdentistry.pt - www.allaboutdentistry.pt

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congressos e reuniões

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Dental-Expo Moscow De 25 de 28 de setembro - Moscovo (Rússia)

47o Congresso Anual SEPES e 26o Annual Scientific Meeting EAO De 5 a 7 de outubro - Madrid (Espanha) Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica e Estética e European Association for Osseointegration

novembro-dezembro

24o Congresso Anual da SPO De 28 a 30 de setembro - Porto Sociedade Portuguesa de Ortodontia

38o Congresso da AEDE De 1 a 3 de novembro - Corunha (Espanha) Associação Espanhola de Endodontia

outubro

26o Congresso Anual da OMD

Meeting Day SPDOF

De 16 a 18 de novembro - Lisboa Ordem dos Médicos Dentistas

7 de outubro - Algarve Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial

XV Congresso da SECIB De 16 a 18 de novembro - Valência (Espanha) Sociedade Espanhola de Cirurgia Bucal

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37 Congresso Anual da SPEMD 13 e 14 de outubro - Coimbra Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária

Great New York Dental Meeting De 24 a 29 de novembro - Nova Iorque (EUA)

35o Conference on Dentistry & Dental Marketing

Congresso da Associação Dentária de França (ADF) De 28 de novembro a 2 de dezembro - Paris (França)

5 e 6 de outubro - Las Vegas (EUA)

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M AXILLARIS

congressos e reuniões

Próxima cimeira da SPODF agendada para abril de 2018

Reunião de inverno da APMO celebra-se em Coimbra

Congresso anual da OMD regressa a Lisboa

O próximo congresso anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial (SPODF) terá lugar em Viseu, entre os dias 19 e 21 de abril de 2018. Esta edição do congresso terá como principal orador Chris Chang, o ortodontista atualmente mais requisitado a nível mundial para lecionar palestras e cursos, sendo esta a primeira vez que visita Portugal. O seu foco mais recente tem sido o tratamento ortodôntico combinado com mini-implantes. Chris Chang orientará o curso pré-congresso (19 de abril) e proferirá uma longa palestra no dia de abertura do congresso (20 de abril). O congresso da SPODF será uma excelente oportunidade para os profissionais do setor atualizarem os seus conhecimentos.

A Academia Portuguesa de Medicina Oral (APMO) vai realizar a sua próxima reunião de inverno nos dias 2 e 3 de fevereiro de 2018, em Coimbra. De acordo com o programa provisório, a medicina e patologia oral será um dos temas em destaque, nomeadamente as doenças auto-imunes da mucosa oral, as infeções fúngicas e virais da cavidade oral e a dor em medicina oral, entre outras. O programa também abrangerá os doentes medicamente comprometidos (odontogeriatria e odontopediatria), bem como as áreas da cirurgia oral, periodontologia e reabilitação com implantes. Está também prevista uma sessão profissional dedicada aos novos tratamentos em estética oral e perioral.

A 26a edição do congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) vai realizar-se entre os dias 16 e 18 do próximo mês de novembro. Lisboa voltará a ser o cenário do principal encontro da classe dos médicos dentistas, que promete oferecer mais um multifacetado programa científico pautado pela excelência dos seus intervenientes. Entre os conferencistas que já confirmaram a sua participação no congresso, contam-se os brasileiros Ronaldo Hirata, Ewerton Nocchi e Marco Versiani, os italianos Massimo de Sanctis, Matteo Chiapasco e Renato Cocconi, bem como o norteamericano Joseph Kan.

Coimbra é a cidade anfitriã do congresso da SPEMD

Congresso anual da SPO realiza-se este mês

Algarve acolhe em outubro meeting day da SPDOF

A 37a edição do congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai decorrer nos dias 13 e 14 do próximo mês de outubro no emblemático Convento de São Francisco, em Coimbra. O encontro anual da SPEMD reunirá dezenas de oradores nacionais e estrangeiros especializados nos mais diversos campos da saúde oral, num programa científico multidisciplinar que promete atrair largas centenas de congressistas de todas as vertentes do setor, designadamente médicos dentistas, médicos estomatologistas, técnicos de prótese, higienistas orais e assistentes dentários.

A Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO) prepara a 24a edição do seu congresso anual, que vai ter lugar nos dias 28 a 30 deste mês, no Centro Cultura e Congressos da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, no Porto. A comissão organizadora, a cargo dos médicos dentistas Roberto Costa Fernandes e Liliana Amado, antecipa um programa científico de elevada qualidade sobre temas que merecem ampla discussão na comunidade ortodôntica. Estarão presentes vários conferencistas nacionais e estrangeiros que partilharão os seus pontos de vista sobre diferentes aspetos da ortodontia, apresentando a sua experiência e perspetiva crítica.

A Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SPDOF) celebrará no dia 7 de outubro, no Algarve, o segundo meeting day de 2017, centrado na temática “Bruxismo e sono“. O programa ainda se encontra em fase de preparação, estando já confirmada a presença do médico dentista espanhol José Luis de la Hoz, que fará uma abordagem à temática “Bruxismo: estado da arte“. “Bruxismo e comorbilidades“ e “Reabilitação implantológica em bruxómanos“ serão outros temas em análise neste encontro internacional, que se iniciará no dia 6 de outubro com a realização de uma série de workshops pré-meeting.

www.omd.pt

www.apmo.pt

www.spodf.pt

spo2017@gmail.com

www.spemd.pt

www.spdof.com

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MAXILLARIS

congressos e reuniões

Henry Schein leva a cabo simpósio anual europeu

Nova Iorque celebra reunião anual em novembro

São Paulo já prepara 36a edição do CIOSP

A Henry Schein celebra nos dias 14 a 16 deste mês, em Barcelona (Espanha), o seu terceiro simpósio anual europeu. Tal como nos anos anteriores, prevê-se que o evento esgote, reunindo destacados oradores em ortodontia e participantes com visão de futuro, num poderoso ambiente de aprendizagem. O evento porá em destaque uma vasta gama das mais recentes inovações e de novas soluções clínicas que proporcionam resultados dentários, faciais e de saúde total. Os temas progressivos irão desde os avanços em autoligação e primeiro conceito sagital até novos casos e estratégias de ortodontia digital. Os oradores em destaque no evento deste ano são Luis Carrière e David Paquette, para além de um alinhamento de peso de conferencistas de renome mundial.

A próxima edição do principal encontro anual do setor dentário norte-americano vai decorrer entre os dias 24 e 29 de novembro, em Nova Iorque (Estados Unidos). Durante o 93o Greater New York Dental Meeting renomados conferencistas internacionais farão uma atualização das técnicas e tratamentos nos mais variados quadrantes da Medicina Dentária. Também se exibirão as últimas novidades de produtos, tecnologia e serviços do foro dentário. Esperam-se mais de 50.000 profissionais do setor no encontro de Nova Iorque.

A próxima edição do maior encontro anual do setor dentário brasileiro (e da América Latina) já tem data marcada: vai realizar-se entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro de 2018. O 36o Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP) abordará os mais recentes desenvolvimentos em diversas especialidades da Medicina Dentária, com o contributo de prestigiados oradores internacionais. Na mesma ocasião, o Expo Center Norte de São Paulo acolherá várias centenas de expositores da indústria dentária dos quatro cantos do mundo, com os últimos produtos, inovações tecnológicas, equipamentos e serviços do setor.

www.gnydm.com

www.ciosp.com.br

www.carrieresymposium.com

Sociedade Espanhola de Cirurgia Bucal realiza congresso em novembro

Madrid e Barcelona acolhem EndoFórum 2017

Congresso espanhol de endodontia realiza-se em novembro

O XV congresso da Sociedade Espanhola de Cirurgia Bucal (SECIB) está agendado para os dias 16 a 18 de novembro, em Valência, onde se reunirão profissionais da comunidade científica de Espanha e internacional. Esta edição da cimeira anual da SECIB incluirá mesas redondas em que oradores poderão discutir temas relacionados com as últimas novidades em cirurgia oral. Entre estes, destaca-se o colóquio sobre os fatores chave da periimplantite, os contornos da regeneração óssea e dos tecidos leves ou os novos desenhos de implantes. Na mesma ocasião, celebrar-se-á o segundo congreso SECIB Jovem e o quarto congresso AVCIB, onde participarão conferencistas de todas as universidades do país vizinho.

O EndoFórum 2017, evento patrocinado pela Dentsply Sirona Academy, celebra-se nos dias 23 e 24 deste mês, sendo esta edição a primeira que terá lugar em duas cidades espanholas simultaneamente: Madrid e Barcelona. O evento do ano na área da endodontia já tem encerrado o seu programa científico, que se completou com a confirmação das conferências de André Reiss (Madrid) e Luis Henrique Schlichting (Barcelona). A 11a edição deste fórum multidisciplinar lançou um novo site e já deu início ao processo de registo para as mais de 800 vagas para conferências e 250 para workshops liderados por profissionais de primeiro nível.

A Associação Espanhola de Endodontia (AEDE) celebrará de 1 a 3 de novembro, no Palácio de Congressos da Corunha (Espanha), a 38a edição da sua cimeira anual. Esperam-se mais de 600 profissionais e estudantes de Medicina Dentária neste encontro, que vai acolher mais de 30 conferencistas. O programa científico será variado e ao mesmo tempo atual e interesante para qualquer profissional interessado na endodontia. Assim, quatro grandes temas assumirão especial protagonismo: a endodontia minimamente invasiva, o controlo da infeção associado ao tratamento de condutos, a reconstrução do dente após a endodontia e, finalmente, o dilema endodontia-implantes ou a questão de conservar ou extrair o dente.

(0034) 932 640 609 - www.dentsplysirona.com

www.efp.org/europerio

www.secibonline.com

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Congresos sept PT_Maquetación 1 28/7/17 9:05 Página 79

MAXILLARIS

congressos e reuniões

IDEM regressa a Singapura em abril do próximo ano

Madrid acolhe jornada Ortodoncia in focus 2017

Meeting Friends Klockner celebra-se em Madrid

A próxima edição da IDEM Singapura, que é considerada a principal cimeira do setor dentário da região da Ásia-Pacífico, está marcada para os dias 13 a 15 de abril do próximo ano, no recinto de exposições (Suntec) da referida cidade-Estado. A organização do evento antecipa um aumento da área de exposição em mais de 2.000 metros quadrados. Até à data, mais de 80 por cento do espaço foi reservado por pavilhões internacionais, fabricantes e distribuidores de todo o mundo. Além dos principais representantes da indústria dentária, estarão em Singapura alguns dos conferencistas mais renomados à escala mundial.

A Dentsply Sirona Academy reservou os dias 27 e 28 do próximo mês de outubro para a realização da jornada Ortodoncia in focus 2017, em Madrid (Espanha). A terceira edição deste evento espanhol dedicado aos temas mais atuais da ortodontia contará com a participação dos seguintes conferencistas: Genoveva Borja, Javier Prieto, Ignacio Faus, Antonino Secchi, Alejandra Guardia, Juan Antonio Gamero, Rafael Rojo, Álvaro Larriu e Armando Dias Da Silva, este último de nacionalidade portuguesa e professor da Faculdade de Medicina Dentária da Univerdade do Porto.

Nos dias 22 e 23 deste mês, Madrid (Espanha) será a sede do terceiro Meeting Friends Klockner. Neste congresso científico, cerca de 40 oradores farão uma atualização dos últimos avanços em ciência, das tendências do mercado e das técnicas mais avançadas em implantologia, com especial incidência em áreas tão atuais como o fluxo digital na clínica, a regeneração óssea e tissular, a periimplantite, a estética e a oclusão. Além do programa de conferências, está previsto um ciclo especial com seis palestras dedicadas a temas técnicos e várias sessões práticas sobre cirurgia mucogengival, medical devices de implantologia ou gestão de clínica.

www.dentsplysirona.com

eventos@klockner.es

www.idem-singapore.com

EAO e SEPES coorganizam encontro internacional

Bilbau recebe em novembro jornada de implantologia

Amesterdão é a cidade anfitriã da nona edição do Europerio

O recinto de feiras de Madrid (Espanha) será a sede de um encontro internacional agendado para os dias 5 a 7 de outubro: a união dos congressos anuais da European Association for Osseointegration (EAO) e da Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica e Estética (SEPES). O programa científico contará com a participação de conferencistas espanhóis e estrangeiros das seguintes áreas: osteointegração, prostodontia, estética e periodontologia. Os médicos dentistas Istvan Urban, Federico Hernández Alfaro, Mauro Fradeani, Markus Hürzeler, Stefano Gracis, Xavier Vela, Gaetano Calesini, Ricardo Mitrani, Eva Berroeta e Da niel Wismeijer são alguns dos 50 oradores do encontro. Dentro do programa científico terá lugar o simpósio europeu EAO-SEPA.

Depois da primeira edição realizada em 2016, já se prepara a segunda jornada de implantologia em Bilbau (Espanha), agendada para o próximo dia 17 de novembro. Esta edição contará com a participação de Rafael Martínez Conde, como moderador do evento, e com a presença de destacados oradores, entre os quais Luis A. Aguirre Zorzano, Jon Gurrea, Nicolás Gutiérrez, Juan C. De Vicente, Ruth Estefania, Julio Tojo e Tiago Borges. Todos os conferencistas abordarão diferentes temas relacionados com a implantologia, nomeadamente as últimas técnicas e os desenvolvimentos mais recentes nesta especialidade.

Amesterdão (Holanda) será a cidade antiftriã da nona edição do congresso Europerio, agendada para os dias 20 a 23 de junho de 2018, sob a égide da Federação Europeia de Periodontologia (EFP, na sigla em inglês). O principal evento internacional dedicado à área da periodontologia, que se realiza de três em três anos, reunirá na capital holandesa largas dezenas de conferencistas de vários pontos do mundo, que farão uma atualização das técnicas e dos tratamentos mais inovadores neste domínio da Medicina Dentária. Paralelamente ao programa científico, os representantes da indústria mundial do setor apresentarão, numa ampla área de exposição, as últimas novidades em matéria de produtos e serviços dentários.

(0034) 920 221 450 - formacionsh@gmail.com

www.efp.org/europerio

www.sepes.org

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novidades da indústria

Novos cimentos Calibra

Kits do compósito IPS Empress Direct www.calibracement.com

(0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.es

A Dentsply Sirona apresenta a nova família de cimentos Calibra, que satisfaz todas as necessidades de cimentado e permite eliminar excessos com facilidade. Um dos grandes benefícios deste produto é que permite realizar um polimerizado rápido em escassos segundos. Além disso, tem uma fase de gel extendida de 45 segundos, que oferece o tempo suficiente para eliminar os excessos de cimento sem pressa. Apresenta-se em três variedades que facilitam a seleção do cimento correto para cada um dos tratamentos: Calibra Universal é a eleição fácil e perfeita para praticamente qualquer tratamento. É um cimento auto-adesivo que não necessita de adesão adicional. Calibra Ceram é um cimento com maior força adesiva. Proporciona uma adesão imediata e a longo prazo para todas as restaurações cerâmicas e CAD-CAM. Calibra Veneer assegura 12 anos de rendimento clínico, com tempo de limpeza virtualmente ilimitado.

Conseguir uma aparência estética e natural nunca foi tão fácil: IPS Empress Direct, o compósito nanohíbrido fotopolimerizável, leva quase 20 anos a converter-se no material de eleição para a odontologia estética mais exigente. Graças à ampla gama de tons e cores, o portfolio do IPS Empress Direct é conhecido por ser um dos más completos do mercado, oferecendo ao médico dentista grande liberdade no momento de recriar restaurações fiéis à natureza. Agora o IPS Empress Direct estreia novos kits onde os profissionais encontrarão uma boa representação da variedade de cores e efeitos disponíveis: contam com as cores A2 e A3 da dentina, A1, A2 e A3 do esmalte, assim como Trans 30, Trans Opal e Opaco. Os kits complementam-se com as guias de cor do produto. Além disso, existe uma versão na qual se inclui o instrumento de modelado anti-aderente OptraSculpt PAD, como o complemento perfeito para a modelação de compósitos no setor anterior.

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M AXILLARIS

Novidades da Indústria

Nova seringa de xenograft suíno

Novo implante Esthetic Line 211 369 353 - geral@osteoclass.pt

www.dentsply.com

A Osteoclass apresenta o implante Esthetic Line (EL) desenvolvido pela Century Implant Technologies (C-tech), empresa de referência originária de Itália. Trata-se de um implante concebido para conferir uma aparência natural ao sorriso do paciente. Tudo começa pela criteriosa seleção da matéria-prima (titânio grau 4) e pelo cuidado na produção, em que o implante passa por cinco processos de limpeza diferenciados de forma a garantir a pureza da superfície (certificado pela universidade de Colónia, Alemanha). O processo mecânico de produção é inovador para a obtenção de uma conexão cone Morse verdadeiramente única. O implante apresenta outras características de relevo, nomeadamente platform switching (ajuda a preservar o osso) e thread in thread/groove in groove (aumenta o contacto do implante com o osso). O EL dispõe de uma ampla gama protética, na qual se destacam os componentes em PEEK, que permitem a preservação dos tecidos e obter um resultado estético natural.

A Dentsply Sirona Implants anuncia o lançamento de Symbios Xenograft Granules Syringe, a nova apresentação em seringa do seu xenograft suíno. A Symbios Xenograft Granules Syringe é uma matriz de mineral ósseo, estéril, suíno, poroso, inorgânico e biocompatível. Esta matriz é composta principalmente de fosfato cálcico carregada previamente numa seringa para uma aplicação mais cómoda. Destina-se ao uso em cirurgia periodontal, oral e maxilofacial. Obtém-se extraindo os componentes orgânicos do osso esponjoso suíno e esteriliza-se mediante irradiação gama. O novo produto está indicado para o enchimento de todo o tipo de alvéolos e defeitos ósseos, reconstruções de cristas e alvéolos, elevações do seio maxilar ou enchimento de defeitos periodontais. Aplica-se esterilizado, pirogénico, e apenas uma vez. Está disponível em tamanho de grão de 0,25-1,0 mm e em embalagens de 0,25 ml e 0,5 ml.

CLÍNICA DE MEDICINA DENTÁRIA DR. FERNANDO SOARES em Vila Franca de Xira (junto do Centro de Saúde e parque de estacionamento)

ALUGA-SE

Situada em 1º andar e com autorização da ERS. Instalações com 3 gabinetes dentários, sala de espera, receção, copa, escritório, sala de esterilização e dois WC. Com 50 anos de atividade e boa carteira de clientes.

Motivo: problemas de saúde do proprietário e clínico.

Para mais informação: +34 934 25 30 40 comercial@bienair.com www.bienair.com

Contactos: tel.: 910 974 577 clinicasoares@gmail.com

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página

empresarial

etk organiza jornadas com cirurgias em direto

Douromed assinala lançamento do ortopantomógrafo X-View 3D

Ao abrigo do programa etk training day, realizaram-se no passado dia 23 de junho nas instalações de Quintana López Clínica Dental, em Las Palmas (Espanha), umas jornadas teórico-práticas, orientadas pelos médicos dentistas espanhóis Javier Herce López, Alicia Quintana García e Ariel Manuel Quintana López. Os participantes disfrutaram de duas cirurgias em direto com implantes Naturactis, uma técnica de reabilitação completa em pós-exodontia e carga imediata, bem como uma segunda cirurgia no setor anterior estético, com Naturactis, ROG e ITC com scanner Trios 3, da 3Shape, e carga imediata em PMMA (graças ao profissionalismo e às últimas tecnologias digitais do laboratório dentário Makerteeth Biomimetics). A etk agradece a todos a colaboração e o empenho demonstrados neste evento.

Nos passados dias 22 e 23 de junho, a Douromed acolheu a sessão de lançamento do ortopantomógrafo X-View 3D, da Trident. Os clientes que participaram neste encontro puderam não só assistir à apresentação e demonstração do equipamento e respetivo software, Durante a sessão, realizaram-se como também tiveram a oportunidade demonstrações do novo equipamento. de expor todas as dúvidas aos colaboradores da Trident. Depois da demonstração, houve um momento de convívio, onde os clientes trocaram impressões com os colaboradores da Douromed e da Trident. A empresa agradece a todos os que estiveram presentes no evento, incluindo os engenheiros e sales managers da Trident.

www.etk.dental

224 152 279 - geral@douromed.com - www.douromed.com

Dentaleader realizou em Lisboa uma formação técnica da Kavo

Novo folheto com conselhos para restaurações diretas

A Dentaleader organizou recentemente, em Lisboa, uma formação destinada à sua equipa técnica com o objetivo de atualizar os conhecimentos da marca Ka vo, clarificar dúvidas e partilhar ideias, de forma a melhorar o serviço de instalação, A equipa de técnicos da Dentaleader diagnóstico e reparações dos equipaque participou na formação. mentos da marca. Durante dois dias muito produtivos, a equipa técnica da Dentaleader esteve em formação intensiva sobre características, montagem, avarias e reparações dos equipamentos dentários da marca. A formação foi ministrada por Jesús Lanseros, técnico especialista da Kavo.

A Ivoclar Vivadent lançou um folheto com conselhos e truques centrados nas restaurações diretas. O documento pretende responder a 25 perguntas muito comuns na consulta dentária. Que faço se tenho que ocultar dentina com manchas relevantes? Que faço se tenho que tratar uma criança que não colabora? Estas e muitas outras perguntas são as que os profissionais do setor costumam fazer durante a sua rotina diária. A Ivoclar Vivadent preparou um folheto para que os clínicos, conhecendo melhor os seus produtos e a sua forma de utilização, sejam capazes de responder e solucionar muitas das dúvidas que surgem no consultório. O folheto "Conselhos e truques para restaurações diretas" está acessível, de maneira totalmente gratuita, na zona de descargas da página web da Ivoclar Vivadent.

800 203 976 - www.dentaleader.com

www.ivoclarvivadent.es

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MAXILLARIS

página empresarial

Simpósio da VOCO reuniu parceiros de 21 nações

Ivoclar Digital tem nova página eletrónica

Mais de quatro dezenas de médicos dentistas oriundos de 21 países participaram, durante quatro dias, no VOCO reuniu na sua sede, na Alemanha, International Fellowship Sympo- mais de quatro dezenas de médicos dentistas. sium organizado pela VOCO, na sua sede em Cuxhaven (Alemanha). Alguns dos participantes tiveram, aliás, de percorrer um longo caminho até chegarem. Afinal, não é todos os dias que se juntam profissionais da Europa, da América do Norte e do Sul, da Ásia e até da Austrália, para poderem dar palestras e trocar experiências com colegas. As apresentações pautaram-se por uma grande diversidade temática, em que se incluem temas como “Fluxos de trabalho com compósitos na prática diária”, ou “Utilização de espigões em feixe reforçados com fibra de vidro”.

Com modernas e didáticas animações, a Ivoclar Digital apresenta a sua nova e atrativa página web para que tanto utilizadores como interessados conheçam em primeira mão toda a gama de produtos da nova era digital. Os internautas poderão descobrir, por exemplo, a nova Programill PM7. O potente rendimento e a dinâmica desta unidade fazem que sobressaia na gama de máquinas Programill. Também está disponível informação detalhada sobre o IPS e.max ZirCAD. Este material é perfeito para a produção de coroas e pontes monolíticas e estratificadas para as regiões anterior e posterior. Em suma, a nova página eletrónica da Ivoclar Digital permite conhecer em pormenor o que esta linha de produtos pode fazer para melhorar a eficiência do laboratório. www.ivoclardigital.com/es

info@voco.com - www.voco.com

Leader Itália prepara lançamento oficial

Douromed comercializa marca alemã Curasan

A Leader Itália, com sede na cidade italiana de Milão, que desde 1996 se dedica à área da implantologia, faz o lançamento oficial dos seus produtos em Portugal no próximo mês de outubro, em parceria com a empresa nacional Sinusmax. A marca italiana tem-se caracterizado pelo seu foco na pesquisa científica e tecnológica. Desenvolveu um novo método de fabrico e uma nova geometria da superfície dos implantes. Trata-se de um processo de microfusão por laser, denominado Direct Laser Metal Forming (DLMF) que permite, por microfusão de partículas de titânio, a criação de uma superfície única no mercado. Esta tecnologia proporciona o fabrico de implantes desenhados a 3D (também é possível o fabrico individual para cada paciente). Fundamental para esta conquista é a cooperação com várias universidades nacionais e internacionais de prestígio.

A Curasan, marca alemã que se encontra no mercado há vários anos, começa agora a ser comercializada pela Douromed. Como líder global no mercado da medicina regenerativa, a Curasan desenvolve, produz e comercializa biomateriais e dispositivos médicos para a regeneração óssea e tecidual. É de ressaltar que foi um dos seus principais produtos, o Cerasorb M (cerâmica em beta-fosfato tricálcico de fase pura e reabsorvível), que abriu o caminho para a expansão de toda a linha. Cerasorb M, Cerasorb Foam, Cerasorb Paste, Osbone e Osgide são os produtos que a Douromed tem disponíveis, adequados para as os diversos requisitos, com excelente qualida- A Curasan produz biomateriais e dispositivos médicos para a regeneração óssea e tecidual. de e a preços competitivos.

229 377 749 - www.sinusmax.com

224 152 279 - geral@douromed.com - www.douromed.com

Biblioteca Multimédia

etk colabora com Faculdade de Odontologia de Sevilha No passado dia 30 de junho, a Lyra-etk colaborou na terceira jornada de iniciação à implantologia dirigida aos alunos do mestrado de Odontologia Familiar e Comunitária da Faculdade de Odontologia da Universidade de Sevilha (Espanha). Durante esta sessão formativa, os assistentes tiveram a oportunidade de conhecer em detalhe os pontos de vista dos docentes espanhóis Javier Herce López e Antonio Castaño Seiquer. A empresa agradece a todos os participantes a sua colaboração nesta jornada e em especial a confiança e o compromisso demonstrados pelos referidos conferencistas.

Faça o seu pedido através do tel.: 917 25 52 45

www.etk.dental

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Maxillaris Normas_Maquetación 1 06/04/16 13:32 Página 1

Publique o seu artigo na MAXILLARIS

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Nota: após receção do artigo, este será enviado à nossa Comissão Científica para aprovação.


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