JULHO-AGOSTO- Revista MAXILLARIS

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edição portuguesa

Actualidade do sector dentário • ano V • no 29 • Julho-Agosto 2010

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Actualidade profissional e industrial do sector dentário. Ano V, nº 29, Julho-Agosto 10

Índice de anunciantes Bien-Air . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Colgate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Dentaleader . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Dentsply Friadent . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 Douromed. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 e 15 Dürr Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Eckermann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Ensa Import . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 Esamed . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Implant Microdent System . . . . . . . . . . 5 Instituto Casan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Ivoclar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Lab. Europeu de Ortodontia. . . . . . . . . 1 Laboratórios Inibsa . . . . . . . . . . . . . . . . 65

Ficha técnica Editor/Proprietário: Cyan Editores, S.L. Director: José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com Directora Adjunta: Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com

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Migros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Assinatura anual: Portugal 35€, resto 80€.

OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 e 63

Tiragem: 6.300 exemplares

Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . 6 e 7 Simesp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

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Periodicidade bimestral MAXILLARIS não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito de CYAN EDITORES, S.L.

Sinusmax . . . . . . . . . . . . . . 11, 13, 59 e 69 Sorriso Natural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 Straumann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Encartes

• Clínica Aparicio

Universidade de Sevilha. . . . . . . 41 a 43

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Sumário

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Crónica de Julho 8 9

Afonso Pinhão Ferreira inicia mandato na FMDUP

Congressos e reuniões 64

Calendário de congressos, simpósios, reuniões,

ao abrigo de novo regime.

encontros e exposições industriais nacionais

400 profissionais aderiram à primeira

e estrangeiras.

Reunião Ibérica de Odontopediatria.

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Saúde oral sénior em destaque no Porto. Ordens profissionais da Saúde debateram

Novidades da indústria 68

sustentabilidade do sistema.

Produtos e equipamentos.

Página empresarial 72

Notícias de empresas.

Falamos com... 16

Adega

Miguel Stanley (autor da inovadora técnica que permite colocar implantes dentários em situações

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Maria João de Almeida: “Belo encontro”.

de degeneração óssea): “Esta cirurgia é de

Breves

enorme interesse para o paciente”.

82

Imágens da medicina oral 25

Germán Esparza Gómez: “Caso clínico V”.

Oferta e pedidos de emprego, produtos e imóveis.

Comissão Científica: Director científico: Javier García Fernández

Ciência e prática 28

João Branco: “Periimplantites: etiologia, diagnóstico e tratamento”.

44

David Martins: “Lesões periapicais implantares”.

Documentário 50

Paciente recupera palato com retalho fixado por implantes zigomáticos com carga imediata.

O meu sorriso 56

Francisco Garcia, actor, modelo e apresentador de televisão.

Calendário de cursos 58

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Agenda de cursos para os profissionais.

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Portugal: Ana Cristina Mano Azul Carlos Falcão Gil Alcoforado Jaime Guimarães José Pedro Figueiredo Manuel Neves Ricardo Faria e Almeida Susana Noronha Espanha: Blas Noguerol Rodríguez Germán Esparza Gómez Javier Sanz Serrulla Jaume Janer Suñé Juan López Palafox Manuel Cueto Suárez Ramón Palomero Rodríguez

MAXILLARIS PORTUGAL Para facilitar o seu contacto com a nossa editora disponibilizamos o seguinte número de telefone:

707 50 33 28


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Crónica de Julho Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto elegeu direcção

Afonso Pinhão Ferreira inicia mandato ao abrigo de novo regime Afonso Pinhão Ferreira foi eleito, no dia 23 do passado mês de Junho, Director da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP), no seguimento da audição pública e primeira eleição para o cargo ao abrigo do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES). Este professor catedrático, natural de Condeixa-a-Nova e residente em Vila do Conde,já dirigia a FMDUP desde 2007,na qualidade de Presidente do Conselho Directivo.Terminou o seu mandato em Fevereiro passado, mas devido às reformas do ensino superior manteve-se em funções até às recentes eleições, realizadas segundo os novos padrões, às quais foi o único candidato a Direcção da Faculdade de Medicina Dentária foi eleita para mandato de quatro anos no âmbito das novas reformas do ensino. apresentar-se. Esta primeira eleiuma vez que apanhei todo o tipo de reformas”. Do ção do Director da FMDUP surge processo de Bolonha à passagem da Universidade a ao abrigo do novo RJIES e da fundação, passando pelo novo estatuto da carreira transformação da Universidade docente universitária (ECDU), etc.“Foi tudo alterado”, do Porto em fundação pública constata Pinhão Ferreira, para quem o seu trabalho, de direito privado, segundo o até aqui, era o de uma “espécie de adequador aos qual o Director passa a ser eleito novos regulamentos”. A partir de agora,“poderei ser por um Conselho de Represenrealmente um gestor”, sublinha. tantes formado por nove profesOutro motivo que o levou a concorrer ao cargo sores, três estudantes,um funcioprende-se com o facto de a nova regulamentação nário não docente e dois ele“criar condições para que se possa governar melhor” mentos cooptados do exterior, a FMDUP. O Director agora “passa a ser verdadeiraisto é, em representação da mente Director, uma vez que pode escolher os seus sociedade civil. colaboradores e tem poder sobre os Conselhos ExeO programa de candidatura cutivo, Científico e Pedagógico”. Afonso Pinhão Ferreira. de Afonso Pinhão Ferreira intituQuanto aos objectivos traçados para o mandato la-se “Visão Estratégica de Desenvolvimento para a FMDUP”. O de quatro anos que agora inicia, Pinhão Ferreira enuncia dez documento,com um total de 70 páginas,foi elaborado “à minha propostas estratégicas. A saber: 1) defender o autogoverno insmedida e à medida da instituição”, adiantou à MAXILLARIS o titucional com responsabilidade; 2) procurar a excelência com recém-eleito Director da FMDUP, que se entrega a este projec- uma gestão moderna e eficaz; 3) criar bases sólidas para a susto, antes de mais, pelo desejo de “criar um clima de confiança tentabilidade financeira; 4) qualificar os recursos humanos e os institucional”. serviços; 5) investir na investigação científica e na inovação; 6) Justifica a candidatura,por um lado,com base na experiência melhorar a qualidade na oferta formativa; 7) procurar a articulaadquirida ao longo do mandato que exerceu como Presidente ção entre a investigação, os projectos educativos e a prestação do Conselho Directivo.“Ao fim de três anos, sinto que estou em de serviços;8) valorizar,expandir e internacionalizar a oferta formelhores condições para dirigir a Faculdade.Tenho um conheci- mativa; 9) afirmar a instituição a nível nacional e internacional; mento mais profundo dos assuntos e sinto-me mais capacitado 10) reforçar o sistema de avaliação e gestão de qualidade. para exercer estas funções”.Por outro lado,recorda que a sua gesAlém do director, a nova direcção da Faculdade de Medicina tão da Faculdade foi exercida com competência,“como todos os Dentária da Universidade do Porto é composto por um indicadores demonstram”,mas considera que não teve a possibi- Subdirector, um Secretario e dois Vogais, todos a designar por lidade de “desenvolver todo o sistema de gestão que queria, Pinhão Ferreira.

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400 profissionais portugueses e espanhóis aderiram à primeira Reunião Ibérica de Odontopediatria A Fundação Engenheiro António de Almeida, com sede no Porto, foi o cenário da primeira Reunião Ibérica de Odontopediatria, que decorreu entre os dias 20 e 22 de Maio, conjuntamente com a XXXII Reunião Anual da Sociedade Espanhola de Odontopediatría (SEOP) e a I Reunião da Sociedade Portuguesa de Odontopediatria (SPOP). O encontro contou com a participação de mais de 400 pessoas, entre profissionais portugueses e espanhóis, que se juntaram na cidade Invicta para actualizar os seus conhecimentos nesta especialidade. Durante o primeiro dia do congresso, foram apresentadas mais de 50 comunicações orais registadas e inaugurou-se a exposição de posters científicos. Em ambas as secções houve apresentações em português e castellano, já que eram actividades científicas de ambas as sociedades. A inauguração oficial do inédito encontro ibérico teve lugar ao final da tarde do mesmo dia. Paula Faria Marques, presidente da SPOP, foi a protagonista da conferência de abertura, a que se seguiu um cocktail de boas-vindas aos congressistas, nos jardins do hotel Sheraton. No dia 21 o auditório principal da fundação acolheu o curso ministrado por Jorge Luis Castillo, presidente eleito da Sociedade Latinoamericana de Odontopediatria, intitulado: “Quando e como é mais efectivo o tratamento precoce de ortodontia”. Durante o curso, que decorreu ao longo de toda a jornada, foram abordados, entre outros temas, a mordida cruzada posterior, a evidência científica sobre o hábito de sucção digital, a cooperação durante o tratamento ortodôntico e a prevenção das descalcificações dentárias de origem ortodônticas. No último dia da reunião, durante toda a sessão matinal, teve lugar no mesmo auditório um curso sobre pacientes especiais (“Tratamentos dentários e orais em pacientes pediátricos oncológicos”), orientado por Mário da Fonseca. Tratou-se de um curso muito completo e didáctico ao abrigo do qual se falou da leucemia aguda na infância, das diferentes abordagens para o tratamento oncológico destes pacientes e os seus efeitos orais e sistémicos, das considerações dentárias e orais do

A inédita reunião decorreu na Fundação Engenheiro António de Almeida, no Porto.

transplante de células hematológicas e das alterações do desenvolvimento dentofacial nestas crianças, etc. À mesma hora,num salão contíguo,Luís Pedro Ferreira (Universidade do Porto) e Enric Espasa (Universidade de Barcelona) ministraram o curso “Actualização em Odontopediatria”, dirigido a pediatras. Na derradeira tarde da reunião,William Waggoner orientou o curso sobre “Restaurações estéticas em Odontopediatria”. O programa científico terminou com um curso destinado aos higienistas dentários, que contou com a participação de cinco oradores: Sara Magalhães falou sobre o desenvolvimento da dentição e da oclusão nas crianças; Alda Tavares explicou a radiologia nesta mesma faixa etária; Ana Coelho dissertou sobre as pautas preventivas com clorohexidina e xilitol; Paulo Nickel abordou o tema do controlo de comportamento; e Inês Martins centrou a sua intervenção nos contornos da hipoplasia de incisivos e molares. O encerramento da reunião ibérica foi assinalado com um jantar de gala no salão principal das caves Graham´s, que figuram entre as pioneiras na elaboração do vinho do Porto.

Licenciamento de clínicas e consultórios dentários entrou em vigor O novo regime de licenciamento das unidades privadas de saúde já entrou em vigor.A Ordem dos Médicos Dentistas congratulou-se com a publicação desta legislação que tornará possível ao público a identificação de clínicas e consultórios de medicina dentária devidamente licenciados, garantindo-se, desta forma, a qualidade e a segurança dos serviços de saúde prestados. Esta legislação será igualmente importante no combate ao exercício ilegal da profissão,uma vez que estas situações serão mais facilmente identificáveis, fazendo justiça à maioria esmagadora dos médicos dentistas que cumprem todos os requisitos necessários para uma prestação segura dos actos de medicina dentária.

Entre as determinações do novo regime, destacam-se ainda o procedimento simplificado de obtenção de licenciamento, que passa a ser disponibilizado online, a não existência de taxas e o prazo de um ano para a obtenção da licença. A OMD espera, por parte das várias entidades envolvidas neste processo (Entidade Reguladora da Saúde,Administração Central do Sistema de Saúde e Administração Regional de Saúde), uma resposta adequada para que este processo de licenciamento para mais de cinco mil consultórios e clínicas de medicina dentária decorra com a maior normalidade. O objectivo da Ordem é que no prazo de um ano cem por cento das clínicas e consultórios estejam licenciadas.

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Crónica de Julho Porto acolheu encontro internacional sobre sistema autoligável A Self Ligating University, que é considerada a maior instituição do mundo no ensino exclusivo de Ortodontia no sistema autoligável, realizou mais um encontro internacional, entre os passados dias 26 de Maio e 4 Junho,que contou pela primeira vez com duas cidades-sede:Ulm (na Alemanha) e Porto.Na cidade portuguesa a sede do evento foi o Centro Europeu de Pós-Graduação, onde marcaram presença especialistas em Ortodontia de Portugal, Brasil e Alemanha. O encontro teve como objectivo a apresentação das técnicas mais avançadas no tratamento ortodôntico com o sistema autoligável. O académico brasileiro e director da Self Ligating University, Claudio Figueiredo,falou sobre as mudanças e as quebras de paradigmas que considera necessárias para obter todos os benefícios na clínica com o sistema autoligável. Com uma casuística de mais de mil pacientes tratados com o sistema autoligável na clínica Euro Orto, Cláudio Figueiredo abordou também a questão da colocação dos stops nos arcos para conseguir potencializar o tratamento ortodôntico, e a importância dos mesmos para o pleno sucesso do tratamento. Por seu lado,Margarida Figueiroa,médica dentista com prática exclusiva de ortodontia autoligável no Porto, Ermesinde e Lisboa,apresentou os seus casos clínicos,comparando-os com a literatura científica existente, e confirmou a importância do correcto uso dos stops e elásticos intermaxilares no sistema autoligável. Alan Rodrigues,director científico do Centro Ortodôntico Europeu, fez uma intervenção sobre a importância do sistema

O encontro decorreu no Centro Europeu de Pós-Graduação e contou com a participação de especialistas em Ortodontia de Portugal, Brasil e Alemanha.

autoligável como auxiliar na reabilitação oral com implantes. Neste âmbito, foram apresentados vários casos com recuperação de espaços funcionais. Entre os oradores do encontro internacional também figurava o alemão Marc Geserick,professor assistente do Departamento de Ortodontia da Universidade de Basileia (Suíça), que protagonizou uma palestra baseada na filosofia Roth para os aparelhos autoligados e a aplicação nos braquetes de colagem directa por lingual. A próxima edição do encontro internacional da Self Ligating University vai ter lugar em 2011 na cidade de Las Vegas (EUA).

Saúde oral sénior debatida em inédito congresso ibérico O primeiro Congresso Ibérico de Gerodontologia reuniu no Porto cerca de 320 congressistas portugueses e espanhóis da área da Medicina Dentária dedicada à saúde oral sénior.O inédito encontro, que decorreu no final de Maio, nas instalações da Universidade Católica Portuguesa (pólo da Foz), englobou a 10ª edição do congresso anual da Sociedade Espanhola de Gerodontologia (SEGER), presidida por Andrés Blanco. A sessão solene de abertura, que decorreu no dia 28 de Maio, foi presidida pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro, e contou com a presença do bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva. Durante três dias, foram debatidos os novos desafios que o envelhecimento da população coloca à Medicina Dentária, já que a população sénior está a aumentar e estimase que em 20 anos só em Portugal chegue aos 40%. A Cirurgia e a Implantologia Oral foram os temas dominantes do programa científico desta primeira edição do congresso, que contou com a participação de oradores de renome de ambos os lados da fronteira. “Cada um dos

conferencistas teve uma participação científica exímia”, sublinhou à MAXILLARIS o presidente da organização do encontro, João Espírito Santo. Este médico dentista considera que o número global de participantes “é excelente, tendo em vista o momento de crise que se vive”. Acrescenta mesmo que se a participação fosse maior “não teria havido tanta socialização por parte dos congressistas, isto é, o congresso tornava-se impessoal, algo que a SEGER não preconiza”. Quanto às conclusões que resultaram do debate em torno da saúde oral sénior,“há muito para fazer neste campo”, constata. O facto de o mote ter sido dado em Portugal “foi importantíssimo face à nossa realidade populacional”,conforme referenciou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, durante a sessão de abertura do congresso. A par do programa científico foi organizada uma exposição comercial que contou com mais de uma dezena de representantes da indústria dentária. A segunda edição do congresso está agendada para 2011 e terá Sevilha como cidade anfitriã. O encontro do próximo ano será presidido pelo Professor Doutor Eugenio Velasco. João Espírito Santo (esquerda) e Andrés Blanco.

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SPEMD lança prémio de investigação A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) lançou um prémio de investigação destinado a estudantes do 5º ano do Mestrado Integrado em Medicina Dentária e médicos dentistas com o referido mestrado concluído no ano lectivo de 2008/2009. O “Prémio de Investigação SPEMD”, no valor monetário de 2.000 euros, foi criado para premiar e incentivar o gosto pela investigação científica dos profissionais de medicina dentária mais jovens e conta com o patrocínio da Colgate. A data limite para entrega dos trabalhos é o próximo dia 6 de Agosto.O regulamento do “Prémio de Investigação SPEMD” pode ser consultado em: www.spemd.pt. Entretanto, o ciclo de conferências “Noites da SPEMD”, que tem vindo a decorrer alternadamente nas cidades de Lisboa, Porto e Coimbra, vai ser retomado no próximo dia 28 de Setembro, na capital do país, com uma sessão (máximo de 60 participantes) dedicada à temática “Reabilitação oral de pacientes bruxómanos”. A palestra está agendada para as 21 horas, na sede nacional da SPEMD, e terá como protagonista Sérgio Tavares de Sousa. No dia 30 de Setembro, no mesmo horário, será a vez de Victor Raynal Marques abordar em Coimbra,na sede regional da SPEMD,o tema “A responsabilidade dos directores clínicos como gerentes empresariais”(vagas limitadas a 30 participantes). As “Noites da SPEMD”prosseguem no dia 19 de Outubro, de novo na sede lisboeta, com uma palestra dedicada à “Estética do sector anterior na reabilitação com implantes”, que terá como orador João Caramês. Até ao final do ano estão previstas outras três sessões ao abrigo desta iniciativa da SPEMD. Orlando Alves da Silva falará sobre “Mandíbula e Propriocepção” (Coimbra, 25 de Outubro), Luís Jardim explicará os contornos da “Ausência congénita do incisivo lateral: tratamento interdisciplinar” (Lisboa, 16 de Noembro) e Sérgio Andrade de Matos abordará a temática “Optimização da estética no tratamento periodontal” (Coimbra, 22 de Novembro).

Luís Jardim reeleito para Colégio da OMD A nova direcção do Colégio de Ortodontia da Ordem dos Médicos Dentistas tomou posse no passado dia 18 de Junho, nas instalações da delegação da OMD em Lisboa. Os médicos dentistas especializados em Ortodontia elegeram, pela segunda vez, Luís Jardim para a presidência do organismo da Luís Jardim Ordem que representa os interesses desta especialidade. A equipa liderada por Luís Jardim é composta pelos secretários Armandino Alves, Francisco Fernandes do Vale, Jorge Dias Lopes e Nuno Montezuma de Carvalho. As eleições realizaram-se no passado mês de Abril e vigoram para o triénio 2010/2012.

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A ministra da Saúde, Ana Jorge, presidiu à sessão de abertura do debate.

Representantes das quatro ordens profissionais da Saúde fizeram o ponto da situação do sector.

Ordens profissionais da Saúde debateram sustentabilidade do sistema Tendo em vista as responsabilidades que as ordens profissionais assumem em termos de regulação do trabalho, bem como o actual contexto socio-económico, as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo e a necessidade de garantir equidade no acesso a cuidados de saúde com qualidade, a Ordem dos Médicos Dentistas, a Ordem dos Enfermeiros, a Ordem dos Farmacêuticos e a Ordem dos Médicos promoveram, no início de Junho, um encontro subordinado ao tema «Segurança dos Cuidados de Saúde versus Sustentabilidade do Sistema de Saúde». O evento realizou-se na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e contou com a presença da Ministra da Saúde, Ana Jorge, na sessão de abertura. As restantes intervenções estiveram a cargo dos bastonários das quatro ordens ligadas à Saúde,para além de Francisco George, director-geral da Saúde, Magdalena Machalska, dirigente do Fórum Europeu de Pacientes, e Paul de Raeves, secretário-geral da Federação Europeia de Associações de Enfermeiros. O debate contou ainda com o contributo de Paulo K. Moreira, director do Journal of Management and Marketing in Health, e de Adalberto Campos Fernandes, da Escola Nacional de Saúde Pública (Universidade Nova de Lisboa). Foram três os objectivos fundamentais do encontro: identificar as potencialidades/constrangimentos nas respostas organizadas em cuidados de saúde num sistema centrado no cidadão; aprofundar a relação entre sustentabilidade e regulação em Saúde;debater o contributo das ordens profissionais,juntamente com o Ministério, para garantir a qualidade dos cuidados numa altura em que o equilíbrio das finanças públicas implica medidas de restrição para garantir a sustentabilidade do sistema. Durante a sua intervenção, a ministra da Saúde defendeu que é necessário melhorar a gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas alertou para as tentativas encapotadas de tentar acabar com o acesso universal aos cuidados de saúde. É na eficiência da gestão do SNS «que mais se concentram aqueles que, não tendo coragem de assumir que querem acabar com o acesso universal aos cuidados de saúde, se escon-

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dem atrás de um conceito vago de livre escolha com o Estado a pagar», afirmou Ana Jorge. «Nestes tempos difíceis a resposta é não desmantelar o SNS. A resposta deve ser mesmo reforçá-lo e sermos capazes de melhorar a eficiência da gestão», defendeu Ana Jorge, que rejeita a ideia de que o SNS é mal gerido.«Como tudo na vida,há bons e maus gestores no Serviço, mas recuso a ideia que muitos querem fazer passar de que o SNS é mal gerido», afirmou. A responsável pela pasta da Saúde admite que «é preciso obter ganhos de eficiência» e salienta que os profissionais de saúde têm hoje vários desafios, que vão desde a adaptação aos novos padrões de doença ao alargar do leque de respostas do SNS e ao combate às desigualdades ainda existentes no sistema. Ana Jorge lembrou ainda que as dez medidas tomadas recentemente para melhorar a gestão do SNS irão gerar uma poupança de 50 milhões de euros. Numa declaração dirigida à ministra,o bastonário da Ordem do Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, salientou o lado positivo de governar em tempo de crise.“Será um enorme serviço que este Governo pode trazer ao país, aproveitar as oportunidades que esta crise apresenta para, sem qualquer tipo de hesitação, tomar as medidas que se impõem”. O bastonário considera que o Executivo tem, nestes tempos mais próximos, todas as condições para isso. Por seu lado, o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, afirmou que o país não tem, neste momento, capacidade económica para sustentar o SNS com a qualidade que tem tido até agora. «Estamos numa situação difícil de endividamento excessivo» e é necessário fazer «um esforço no sentido de não desperdiçar os recursos, fazer uma boa gestão e uma clareza e transparência na tomada de decisões», definindo prioridades e as áreas em que se vai investir, disse Pedro Nunes à margem do encontro que decorreu na Gulbenkian. Pedro Nunes salientou que o «melhor contributo» que os médicos podem dar é «continuar a trabalhar no serviço público, para responder a todos os portugueses».


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Estudo alerta para consequências da respiração pela boca Os problemas físicos, médicos e sociais associados à respiração pela boca nas crianças não são reconhecidos pela maioria dos profissionais de saúde, afirma o investigador Yosh Jefferson, da Academia Americana de Medicina Dentária, num ensaio publicado na revista General Dentistry. Perante esta situação, Yosh Jefferson sugere que os médicos de familia e dentistas, devido aos frequentes exames que realizam, são os profissionais de saúde que estão em melhores condições para lidar com este sindroma. Com efeito, os médicos dentistas recomendam que os menores que respiram pela boca devem proceder a revisões de seis em seis meses para prevenir efeitos adversos. “As alergias podem causar a obstrução das vias aéreas e, como tal, a respiração pela boca”, repara o investigador, alertando para as estatísticas neste campo:“Quase todas as famílias têm um membro com problemas de respiração”. O ensaio indica que a médio prazo as crianças cuja respiração pela boca não é devidamente tratada podem sofrer transformações faciais ou dentárias anormais, tais como sorrisos gengivais, dentes desalinhados ou bocas muito estreitas.O mesmo estudo sugere que os hábitos de dormir mal, provocados pela respiração bocal, podem ter consequências no crescimento e rendimento académico das crianças. Muitas destas crianças “são mal diagnosticadas com transtornos por défice de atenção e hiperactividade”, assinala Jefferson. Além disso,a respiração pela boca causa uma escassa concentração de oxigénio no sangue, que pode provocar pressão arterial alta, problemas cardíacos, apneia do sono e outras patologias. O tratamento da respiração pela boca é benéfico para as crianças. Daí a importância de detectar atempadamente este sindroma.

Novo robot exerce de paciente dentário Fazer o papel de paciente numa consulta dentária é a missão de Hanako, um robot humanóide que foi recentemente apresentado por engenheiros das universidades japonesas de Waseda, Kogakuin e Showa. O robot tem como função principal assegurar que os aspirantes a médicos dentistas possam confrontar-se com todas as etapas do trabalho dentário, mas num paciente falso. Hanako está equipado com um conjunto de dentes de plástico duro e apresenta uma fiel cavidade bucal que inclusivamente representa na perfeição o fluxo de saliva e hemorragias, quando o caso se aplica. Os sensores do revolucionário robot atribuem-lhe, por outro lado, uma realista capacidade de expressão, de maneira a que os alunos possam, para além de melhorar as suas habilidades de tratamento, aprender a manter uma relaxante conversação com Robot Hanako: ao serviço os pacientes. do ensino da medicina dentária.

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Falamos com... Miguel Stanley, autor da inovadora técnica que permite colocar implantes dentários em situações de degeneração óssea

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Esta cirurgia é de enorme interesse para o paciente

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Uma equipa liderada pelo médico dentista Miguel Stanley desenvolveu uma técnica pioneira no domínio da implantologia, que consiste em corrigir grandes defeitos ósseos pós-extraccionais em apenas uma intervenção. “Esta cirurgia é de enorme interesse para o paciente, pois permite reduzir o tempo de cadeira e aumentar a qualidade dos resultados estéticos”, observa o autor da inovadora solução, que tem vindo a ser divulgada em vários pontos do mundo: do Irão à Colômbia, passando por Itália. Em entrevista à MAXILLARIS, Miguel Stanley explica os contornos da técnica de colocação de implantes e revela os seus pontos de vista sobre a actualidade do sector da Medicina Dentária. 16

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AXILLARIS. Em que consiste a inovadora técnica cirúrgica desenvolvida pela sua equipa? Miguel Stanley. A técnica cirúrgica, na brincadeira apelidada “The Stanley Technique”, foi desenvolvida em 2006 e nestes últimos anos aperfeiçoada, tendo já uma casuística significativa. Consiste em corrigir grandes defeitos ósseos pós-extraccionais (classe quatro funato) com apenas uma cirurgia. Na mesma cirurgia fazemos exodontia do incisivo central, um retalhe estético, enxerto em bloco vertical, um enxerto com osso particulado horizontal, colocação de membrana e enxerto de tecido conectivo. Usando a evidência científica como base, fiz uma aplicação de varias técnicas já comprovadas e usei uma ideia inovadora no que diz respeito ao enxerto em bloco vertical que sem utilização de parafusos de suporte ou de membranas reforçadas a titânio conseguimos garantir a estabilidade primária da mesma. Tudo isto faz com que não seja necessária uma segunda intervenção com retalhe para recuperar membranas e/ou parafusos, pois acredito que é aqui que a maior parte da recessões gengivais inestéticas ocorre. Esta cirurgia é de enorme interesse para o paciente, pois permite reduzir o tempo de cadeira e aumentar a qualidade dos resultados estéticos.

M Que resultados ou repercussões poderá ter esta solução revolucionária no campo da implantologia? Miguel Stanley. Há mais de uma década que ando a seguir a evolução de técnicas cirúrgicas e de implantes dentários. Tenho tido o privilégio de aprender com grandes mestres tudo o que sei. Esta solução tem aplicações muito específicas e apenas quando a colocação imediata está contra-indicada, porque iríamos ter ou falta de estabilidade primária ou má angulação do implante em zona estética. Acredito que a técnica é bastante simples de executar e já obtive resposta positiva por parte de colegas que têm assistido às minhas palestras no estrangeiro. Penso que a medicina dentária está a evoluir cada vez mais para soluções rápidas e altamente previsíveis, sendo a previsibilidade de resultados cada vez mais um imperativo e isto só se consegue estudando a literatura e aplicando-a no dia-a-dia. Espero que com esta técnica colegas meus possam extrapolar e criar melhores soluções para os nossos pacientes.

Fig. 1. O dente 21 encontrava-se comprometido do ponto endodôntico, com trajecto fistuloso associado.

Fig. 2. Rx inicial com fístula: radiografia inicial do dente 21, com fístula visívele evidenciada através do teste de guta (fistulometria).

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A técnica é simples de executar e já obtive resposta positiva por parte de colegas que têm assistido às minhas palestras no estrangeiro

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Fig. 3. Grande defeito ósseo e tecidular na área do dente 21, com grande fenestração da tábua vestibular.

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Falamos com... M Qual tem sido a receptividade à nova técnica por parte da comunidade dentária internacional? Miguel Stanley. Como vivemos numa era de informação global, hoje em dia o feedback é muito mais vasto do que apenas numa comunidade científica local. Coloquei uma palestra sobre a cirurgia no conhecido portal www.dentalxp.com, onde faço parte do grupo de experts. A quantidade de colegas que têm acesso a este portal é incomparável a qualquer outro do género e o feedback tem sido inacreditável. Toda a minha carreira tenho lutado para melhorar a qualidade da medicina dentária e a percepção da mesma por parte do público. No nosso novo espaço, em Lisboa, começámos este ano com cursos de formação nas áreas de implantologia, endodontia e estética dentária. Como tal, há já muito tempo que andamos a preparar um enorme volume de casos clínicos baseados na evidência científica. Esta palestra e a maneira como a divulgamos representa uma nova forma de chegar aos colegas que, de outro modo, nunca teriam dinheiro para aceder a este nível e volume de informação. Ainda não publicámos esta técnica em nenhuma revista científica credível, mas já dei palestras em Lisboa, Teerão, Bogotá, Bari, Génova e Lucca. Até ao final do ano, conto fazê-lo em muitas mais partes do globo. Tenho partilhado o palco com nomes como Marius Steigmann, Maurice Salama, David Garber, entre outros, e todos me felicitam pela inovação e qualidade dos resultados. Em breve irei publicar um artigo numa revista científica para acalmar os ânimos dos críticos mais severos. Será com uma casuística invejável.

MIGUEL STANLEY licenciouse em Medicina Dentária,em 1998, pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde - Sul, com prática clínica dedicada à Reabilitação Oral Estética. É detentor de uma pós-graduação em Implantologia e Estética Dentária pelo centro CEOSA/Branemark (Madrid). Nos últimos 12 anos frequentou inúmeros cursos de actualização por todo o Mundo, como o Ultimate Occlusion Programme, do Hornbrook Institute (Chicago). Conferencista em diversas palestras em Portugal, Espanha, Itália, Irão e Colômbia, tem vindo a apresentar o seu conceito “No Half Smiles”e novas técnicas cirúrgicas ao nível dos implantes dentários. É também responsável pela Linha Dentária do Portal SAPO, desde 2001, criador do conceito de “Spa Dentário”em Portugal, produtor executivo do programa de televisão “Doutor, Preciso de Ajuda” e autor do livro “Saúde no Caminho da Felicidade”, publicado já no corrente ano de 2010. No seu currículo sobressai ainda a sua condição de membro convidado da equipa de especialistas europeus do prestigiado portal norte-americano “Dental XP”.

M Que outras técnicas ou soluções implantológicas se antevêem a curto/médio prazo à disposição da medicina dentária? Miguel Stanley. Acho que o futuro passa por novas superfícies que integram o organismo de forma mais íntima e o auxílio computorizado na colocação de implantes. Tenho o privilégio

de trabalhar com o Professor Jack Ricci, da Universidade de Nova Iorque, e estive no departamento de biomateriais a observar o que vem aí. Esta ultima década tem sido tremendamente divertida para quem trabalha na área de implantes com uma forte compo-

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A investigação neste sector é muito dispendiosa. Acredito que seja mais fácil importar tecnologia do que desenvolvê-la

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Fig. 4. Radiografia da zona do defeito ósseo após técnicas de renegeração e seis meses de cicatrização.

Fig. 5. Completa cicatrização do tecido ósseo gengival, prévia à colocação do implante dentário.

Fig. 6. Radiografia final, após cimentação da coroa definitiva.

Fig. 7. O implante reabilitado com uma coroa totalmente cerâmica. De realçar a perfeita cicatrização dos tecidos moles.

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nente estética, porque a corrida para a solução perfeita ainda está de pé. Hoje em dia, trabalhamos com a Kodak 9500 Conebeam, uma máquina verdadeiramente impressionante em termos imagiológicos. Com isto podemos trabalhar ao micrómetro e usar computer guided implant placement, tudo dentro da clínica. Além disso, usamos a CEREC com unidade de fresagem laboratorial. Como tal, implante e coroas podem ser executados na hora. Basicamente, a maior parte das evoluções vão diminuir o tempo operatório e risco de fracasso e aumentar a estética e longevidade. É bom para o profissional e para o paciente.

M Na sua opinião, que importância assume hoje a implantologia no contexto global da medicina dentária? Miguel Stanley. É obvio que é um dos principais intervenientes no panorama da medicina dentária, mas acho errado toda a gente pensar que é o epítome da excelência da medicina dentária. Qualquer dentista põe um implante, nem todos os dentistas fazem regeneração óssea guiada e colocação de implante baseado na estética e na oclusão fina, ou seja, uma visão global daquilo que se está a fazer. Acho que temos de investir muito mais na qualidade da informação dada aos pacientes e no controlo de quem executa este tipo de acto clínico. Creio que a endodontia é muito mais importante para o futuro da medicina dentária do que a implantologia. A verdadeira medicina dentária salva dentes, não os extrai para tirar dividendos de um tratamento mais rápido e lucrativo. Aconselho a todos os jovens médicos dentistas que invistam na endodontia e cirurgia periodontal/implantologia. O futuro está aí! M Qual é a sua perspectiva sobre a evolução nacional na área dos implantes? O futuro é promissor? Miguel Stanley. Acho que Portugal tem ainda um longo caminho a percorrer. Os bons são world class e precisam de apoiar e ensinar mais aos que acham que sabem colocar implantes. Obviamente que há uma curva de aprendizagem inerente a qualquer área, mas na medicina dentária os erros e a vontade de acelerar o processo podem sair caros ao médico e principalmente ao paciente. Nos Estados Unidos, apenas o cirurgião faz os implantes. Aqui não há tanto controlo. Muitas vezes, apenas com um curso de fim de semana, há colegas a colocar implantes. Além disso, para baixar custos estão a usar implantes baratos, com réplicas em vez de peças originais. Sei disto, pois há muitos anos que somos uma referência em termos de fracasso nesta área. A experiência é muita com o erro dos outros. Claro que todos temos fracassos, mas muitos evitam-se com mais formação e materiais de melhor qualidade. O problema é que, com a crise, toda gente quer ter tudo e pagar nada, e a vida está difícil para todos. Espero que, no futuro, possamos todos trabalhar com a consciência tranquila de que estamos a fazer o melhor. Também deveria haver mais controlo sobre a qualidade dos implantes a serem usados e sobre o processo laboratorial. Uma coroa mal executada estraga a melhor cirurgia de implantes.


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Miguel Stanley considera que os três pilares fundamentais para a qualidade do sector dentário são: formação/experiência, materiais/equipamentos e duração da consulta.

M No contexto internacional, como classificaria a posição portuguesa neste campo? Acha que a qualidade dos profissionais especializados na área da implantologia é suficientemente reconhecida no exterior? Miguel Stanley. Apesar de tudo, Portugal está muito bem visto a nível internacional. Recentemente, numa palestra em Berlim, ouvi mencionarem o doutor Manuel Neves, do Porto, e um estudo que a equipa dele desenvolveu, e fiquei muito orgulhoso. O doutor João Caramês é também sobejamente conhecido e respeitado nos Estados Unidos, assim como o doutor Nuno Brás de Oliveira. Tenho muito orgulho nos meus colegas de profissão que são mencionados no estrangeiro. Espero que com a minha participação no Dentalxp, onde sou um de apenas 11 dentistas europeus, possa contribuir para aumentar a nossa exposição internacional. O nosso bastonário, doutor Orlando Monteiro da Silva, também eleito para a Federação Dentária Internacional, mostra o poder cada vez maior dos portugueses neste sector. Temos é de deixar de ter inveja, característica tão forte nesta nação, e começar a ter orgulho de quem trabalha bem.

necessário para a fazer. No entanto, a quantidade de produção científica tem aumentado exponencialmente; portanto, estou optimista em relação ao futuro.

M Em termos globais, como avalia o actual momento da medicina dentária no contexto nacional? Miguel Stanley. Acho que as coisas vão mal. Isto, porque temos uma população que não tem a menor ideia sobre quanto custa ser médico dentista! Temos seguradoras a “sugar” todo o dinheiro do sistema; excesso de dentistas para a população; uma economia desastrosa, entre muitos outros factores. Além disso, penso que os três pilares fundamentais para a qualidade no nosso sector – formação/experiência; materiais/equipamentos e duração da consulta – são manipulados de maneira a baixar custos e aumentar receitas. Baixar a qualidade de qualquer uma delas é baixar a qualidade do acto em si. Volto a reiterar que a aposta em endodontia de qualidade tem de ser feita. Uma endodontia bem executada é muito melhor que um implante dentário. O problema é que demora muito tempo e requer perícia. Mas todos nós estudamos para salvar a saúde oral dos nossos pacientes. Isso deve ser M Portugal dispõe das condições necessárias para o desen- dogma. volvimento do sector da implantologia no plano científico e da M À margem da implantologia, quais são os principais desainvestigação? Miguel Stanley. A investigação neste sector é muito dispen- fios que se colocam aos médicos dentistas portugueses? diosa. Acredito que seja mais fácil importar tecnologia do que Miguel Stanley. Arranjar emprego numa clínica que respeite desenvolvê-la. Se conseguirem inverter isso e encontrar facul- os três pilares de qualidade enunciados anteriormente: formadades e indústrias prontas a investir em recursos e investiga- ção/experiência; materiais/equipamentos de qualidade e dução, então temos, como comunidade cientifica, todo o rigor ração da consulta adequada ao acto médico.

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Imagens da medicina oral Caso Clínico V

Germán Esparza Gómez Médico estomatologista. Doutorado em Medicina e Cirurgia. Professor titular de Medicina Bucal. Departamento de Medicina e Cirurgia Bucofacial. Faculdade de Odontologia da Universidade Complutense de Madrid. medoral@infomed.es

Fig. 1. Mancha branca de aspecto homogéneo localizada no pavimento da boca. Visão frontal.

Fig. 2. Aspecto da lesão em vista lateral.

Descrição do caso Uma paciente do sexo feminino com 50 anos de idade apresenta-se na consulta, enviada pelo seu médico dentista, ao aperceber-se da presença de uma mancha branca na mucosa oral. A paciente não sentia nenhum incómodo, nem era consciente da lesão. É fumadora de um maço de cigarros por dia, único antecedente digno de registo. Na exploração, observa-se uma mancha branca de aspecto homogéneo, que não se descola com raspagem, assintomática, de aproximadamente 2 cm de comprimento, localizada no lado direito do pavimento da boca e que se estende para a face ventral da língua (figs. 1 e 2). O resto da cavidade oral apresenta um aspecto normal. Foi realizada uma biópsia incisional da lesão para o seu posterior estudo histopatológico.

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Imagens da medicina oral Diagnóstico:

Leucoplasia Oral Comentários O resultado da biópsia foi apresentado como sendo uma hiperqueratose sem displasia epitelial compatível com o diagnóstico de leucoplasia. Por não existir displasia, decidiu-se praticar uma extirpação da lesão com laser de CO2 (figs. 3-6). A Organização Mundial da Saúde determinou uma definição de leucoplasia oral universalmente aceite: “uma lesão predominantemente branca que não pode ser caracterizada como outra lesão definível”. A isso é preciso acrescentar que algumas leucoplasias podem transformar-se em cancro. Esta definição reúne três características fundamentais: 1) trata-se de um termo clínico; 2) é um diagnóstico por exclusão, e 3) é uma lesão pré-cancerígena. A etiologia da leucoplasia não está totalmente clara. Existem diversas hipóteses, ainda que alguns factores, como o consumo de tabaco ou de álcool (e a mistura de ambos), parecem desempenhar um importante papel na génese desta lesão. Outros factores, como a má nutrição, a sobreinfecção por candida ou por vírus do papiloma humano (VPH), ou a irritação mecânica do epitélio, provavelmente cumpram algum papel, embora ainda não se conheça o seu peso específico. O aspecto clínico geralmente é o de uma mancha branca assintomática que não pode ser descolada, mas existem algumas variações que determinam a classificação da leucoplasia (Tabela). A forma homogénea é definida como uma lesão predominantemente branca e uniforme, de consistência firme, pouca espessura, de superfície lisa ou rugosa que, em algumas ocasiões, apresenta sulcos pouco profundos. A forma não homogénea é definida como uma lesão predominantemente branca, mas não homogénea: a) relativamente à cor, porque alterna partes brancas com outras vermelhas: eritroleucoplasia; b) relativamente à cor e à forma, porque apresenta uma superfície irregular, com excrecências arredondadas brancas e vermelhas: leucoplasia nodular, e c) relativamente à forma unicamente, por ser uma lesão branca porém exofítica: leucoplasia exofítica ou verrucosa. As leucoplasias da cavidade oral podem apresentar-se em qualquer parte da mucosa oral, tanto no epitélio queratinizado como no epitélio não queratinizado. A leucoplasia oral é reconhecida como uma lesão pré-cancerígena e, segundo diferentes estudos, entre 0,5% e 20% dos pacientes desenvolve posteriormente um carcinoma oral de células escamosas (COCE). Aceita-se a ideia de que parecem ter maior risco de transformação maligna aquelas localizadas no pavimento da boca e nos bordos laterais e face ventral da língua, e as formas não homogéneas, principalmente se também existir displasia epitelial.

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Qualquer leucoplasia requer a realização de uma biópsia, pois trata-se unicamente de um termo clínico e, portanto, supõe uma avaliação provisória que precisa de um diagnóstico definitivo histopatológico que informe se existe displasia ou não. A existência ou não de displasia no epitélio é o factor que deve determinar a atitude a ser adoptada perante este tipo de lesões. No entanto, é um dado histopatológico que, em alguns casos, é difícil de avaliar. O diagnóstico diferencial da leucoplasia deve ser estabelecido clinicamente com o resto de lesões brancas da mucosa oral (líquen plano oral, candidiase pseudo-membranosa, etc.). O diagnóstico diferencial definitivo será consequência do estudo histopatológico, de modo a estabelecer em primeiro lugar um diagnóstico provisório baseado nos dados clínicos e um diagnóstico definitivo em função dos resultados da biopsia. Como a grande maioria das leucoplasias são assintomáticas, o seu tratamento baseia-se na premissa da detecção precoce e a manipulação activa destes pacientes para prevenir o desenvolvimento do COCE. Para esta entidade clínica, ainda não foram definidos protocolos de actuação padronizados com o fim de reduzir o risco de transformação maligna. Os mais utilizados foram a interrupção dos hábitos de fumar e beber, a quimioprevenção com retinóides e carotenos, a extirpação com bisturi frio, laser, criocirurgia, terapia fotodinâmica e a aplicação tópica de bleomicina e 5-fluoracilo. Também se desconhece o valor acrescentado da cirurgia na prevenção da malignização naquelas leucoplasias associadas ao tabaco que, além de eliminar o hábito, são extirpadas. Actualmente, não existem evidências de que algum tratamento seja totalmente eficaz para prevenir a transformação maligna da leucoplasia. As diferentes terapias podem ser eficazes na resolução da lesão. Porém, as recorrências e os efeitos adversos são bastante frequentes. Em geral, na hora de tratar qualquer paciente com leucoplasia oral, em primeiro lugar devem ser eliminados os possíveis factores etiológicos (tabaco, álcool) e a lesão deve passar por uma biópsia. Caso a lesão seja pequena, deve proceder-se a uma biópsia excisional, que a elimine totalmente. Se for grande e não houver displasia depois da biópsia, alguns autores aconselham revisões periódicas de seis em seis meses, enquanto que outros defendem a eliminação com laser CO2. Por outro lado, se a lesão for grande e existir displasia epitelial leve ou moderada, posteriormente deverá extirpar-se com cirurgia convencional; e caso a displasia seja severa ou exista carcinoma in situ, deverá tratar-se cirurgicamente como um cancro já estabelecido.


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Tabela

Classificação de leucoplasia Conforme critério clínico Leucoplasia homogénea Leucoplasia não homogénea Eritroleucoplasia Leucoplasia nodular Leucoplasia exofítica Conforme critério histopatológico Leucoplasia sem displasia Leucoplasia com displasia Leve Moderada Severa Conforme critério etiológico Leucoplasia associada ao tabaco Leucoplasia idiopática

Extraída de Bascones A, Esparza G, Cerero R, Campo J. Leucoplasia Oral. Em Bascones A, Seoane JM, Aguado A, Suárez JM. “Cáncer y precáncer oral. Bases clínicoquirúrgicas y moleculares”. Ed. Avances, Madrid 2003, p: 113-129.

Fig. 3. Demarcação com laser CO2 da zona a ser extirpada.

Fig. 4. Aspecto da zona uma vez extirpada a lesão.

Fig. 5. A zona submetida a intervenção, uma semana após a cirurgia.

Fig. 6. Aspecto completamente cicatrizado, passadas seis semanas.

• Caso clínico realizado em colaboração com José María Martínez González, da Universidade Complutense de Madrid.

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Periimplantites: etiologia, diagn贸stico e tratamento

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Ciência e prática Definição Actualmente, existe evidência científica que demonstra excelentes resultados do tratamento com implantes na reabilitação de desdentados totais e parciais. No entanto, as doenças periimplantares são uma realidade. O termo colectivo doenças periimplantares designa as reacções inflamatórias nos tecidos adjacentes a um implante e engloba duas principais entidades: a mucosite e a periimplantite.

João Branco.

Francisco Brandão de Brito.

Médico Dentista.

Médico Dentista.

Pós-graduação em Periodontologia da Faculdade de Medicina da

Especialização em Periodontologia pela FMDUL.

Universidade de Lisboa (FMDUL).

Aluno do mestrado em Periodontologia da FMDUL.

Aluno do segundo ano da Especialização em Periodontologia pela

Docente do Departamento de Periodontologia da FMDUL.

FMDUL. jbguincho@hotmail.com José Maria Cardoso.

João Branco

Médico Dentista. Pós-graduação em Periodontologia da FMDUL. Aluno do segundo ano da Especialização em Periodontologia pela FMDUL. Inês Faria. Médica Dentista. Especialização em Periodontologia pela FMDUL. Aluna do mestrado em Periodontologia da FMDUL. Docente do Departamento de Periodontologia da FMDUL. Patrícia Almeida Santos. Médica Dentista. Especialização em Periodontologia pela FMDUL. Aluna do mestrado em Periodontologia da FMDUL. Docente do Departamento de Periodontologia da Universidade Fernando Pessoa (Porto).

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Ciência e prática

Fig. 1. Mucosite.

Fig. 2. Periimplantite.

As suas definições foram inicialmente propostas no 1º Workshop Europeu em Periodontologia (Albrektsson & Isidor, 1994), tendo sido posteriormente simplificadas no 6º Workshop Europeu em Periodontologia (Zitzmann & Berglundh, 2008). Assim, o termo mucosite periimplantar foi definido como uma inflamação na mucosa ao redor de um implante onde não existem sinais de perda de osso de suporte e a peri-implantite implica, para além da inflamação na mucosa, uma perda de osso de suporte (Zitzmann & Berglundh, 2008).

Etiologia As doenças periimplantares resultam de um desequilíbrio entre a carga bacteriana e a resposta do hospedeiro (Heitz-Mayfield, 2008). À semelhança das doenças periodontais, o factor etiológico principal para o desenvolvimento das doenças periimplantares é a colonização bacteriana sob a forma de um biofilme (Mombelli e cols., 1988, Becker e cols., 1990, Pontoriero e cols.,1994, Mombelli, 2002).

Fig. 3. Presença de placa bacteriana ao redor do componente protético do implante.

De facto, a microflora do sulco periimplantar associada a uma mucosa saudável ou inflamada é semelhante à microflora encontrada em saúde periodontal ou gengivite, respectivamente (Mombelli e cols., 1995, Leonhardt e cols., 1999). Da mesma forma, existe uma analogia entre a microflora de lesões periimplantares e a microflora característica de bolsas periodontais profundas (Van Winkelhoff e cols., 2000). Estudos clínicos em humanos demonstram que, em pacientes parcialmente edêntulos reabilitados com implantes, a

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presença de bolsas periodontais com altas percentagens de periodontopatógenos pode influenciar a colonização do sulco periimplantar (Mombelli e cols., 1995, Leonhardt e cols., 1999). Segundo estes autores, entre os 3 e 6 meses após a colocação de implantes, as bactérias inicialmente detectadas nas bolsas periodontais podem colonizar o sulco periimplantar (Mombelli e cols., 1995, Leonhardt e cols., 1999). Por outro lado, nos pacientes totalmente edêntulos, a colonização do sulco periimplantar parece ter origem nos micro-


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Ciência e prática organismos provenientes da saliva e de outros nichos intraorais, sendo que, duas semanas após a colocação de implantes é possível detectar uma microflora predominantemente Gram positiva, semelhante à encontrada em saúde gengival (Mombelli e cols., 1998). Também as características histológicas das lesões periimplantares foram motivo de estudo a partir de biópsias humanas e animais. A análise histológica realizada a partir de biópsias humanas revela que o infiltrado celular inflamatório de localizações com mucosite periimplantar é dominado por células T, à semelhança do encontrado em situações de gengivite e a sua extensão apical está restrita à barreira epitelial (Zitzmann e cols. 2001; Berglundh e cols., 1992). Na periimplantite, o infiltrado inflamatório estende-se para apical do epitélio da bolsa e contêm grande proporção de plasmócitos e linfócitos, mas também PMN e macrófagos em elevado número (Gualini & Berglundh, 2003, Berglundh e cols., 2004). Estudos em animais revelam porém que, ao contrário das lesões periodontais, as quais se encontram separadas do osso alveolar por uma zona de tecido conjuntivo não inflamado, as lesões periimplantares estendem-se até e envolvem os espaços medulares do osso alveolar, exibindo deste modo, um diferente padrão de progressão (Lindhe e cols., 1992).

Indicadores de risco Vários estudos seccionais cruzados têm investigado potenciais indicadores de risco para as doenças periimplantares. Tendo em conta o grau de evidência sustentado pela literatura destacam-se três níveis: os indicadores de risco de evidência substancial, os de evidência limitada e os de evidência pouco clara (Heitz-Mayfield, 2008). Os indicadores de evidência substancial são: • Má higiene oral – Ferreira e cols., 2006, e Lindquist e cols., 1997, mostram uma clara associação entre má higiene oral e o desenvolvimento de lesões periimplantares. • História de periodontite – Quatro revisões sistemáticas mostram que indivíduos com história de periodontite apresentam um risco aumentado de doença periimplantar comparativamente a pacientes periodontalmente saudáveis (Van der Weijden e cols., 2005, Schou e cols., 2006, Karoussis e cols., 2007, Quirynen e cols., 2007). • Hábitos tabágicos – Vários estudos relatam uma incidência superior de peri-implantite em pacientes fumadores em comparação com pacientes não fumadores (Strietzel e cols., 2007, Attard e Zarb, 2002, McDermott e cols., 2003, Gruica e cols., 2004) Os indicadores de risco de evidência limitada são: • Diabetes – Apesar da associação entre a diabetes e a perda do implante ter sido focada em várias revisões sistemáticas (Kotsovilis e cols., 2006, Mombelli e & Cionca, 2006), existe apenas um estudo que descreve a diabetes como indicador de risco para a periimplantite (Ferreira e cols., 2006). Segundo Ferreira e cols. (2006), um pobre controlo metabólico a diabetes está associado com um maior risco de periimplantite. • Consumo de álcool – O único estudo que refere o álcool como indicador de risco para a infecção periimplantar é o de

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Galindo-Moreno (2005), segundo o qual a perda de osso marginal periimplantar foi significativamente associada com um consumo diário de álcool superior a 10 g. Por último, os indicadores de evidência pouco clara são: • Factores genéticos – O estudo de Laine e cols. (2006), mostra uma associação significativa entre o polimorfismo do gene do IL-1RN e a periimplantite, sugerindo-o como um potencial indicador de risco para esta condição; por outro lado, vários estudos falham em demonstrar uma associação entre vários factores genéticos e a periimplantite (Wilsson e Nunn, 1999, De Boever e De Boever, 2006, Lachmann e cols., 2007); outros estudos mostram ainda evidência para um sinergismo entre factores genéticos e tabaco (Feloutzis e cols., 2003, Gruica e cols., 2004, Jansson e cols, 2005). • Superfície implantar – Estudos incluindo implantes com diferentes superfícies num mesmo paciente verificaram uma frequência de periimplantite superior em implantes com superfície rugosa comparativamente a implantes com superfície lisa (Astrand e cols., 2004); implantes com superfície moderadamente rugosa (a actualmente utilizada na maioria dos implantes comercializados) apresentam alterações no nível ósseo semelhantes a implantes com superfície lisa (Wenneström e cols., 2004).

Prevalência Apesar dos implantes dentários serem utilizados como procedimento de rotina há mais de 25 anos no tratamento de pacientes total e parcialmente edêntulos, o desenho de estudos clínicos que avaliam os resultados deste tipo de tratamento, na maioria dos casos, é de carácter longitudinal e inclui um reduzido número de pacientes. Com o objectivo de recolher informação suficiente para determinar a verdadeira prevalência das doenças periimplantares, é preferível uma abordagem epidemiológica com recurso a estudos seccionais cruzados com amostras maiores. Uma vez que são poucos os estudos presentes na literatura com tais características, a prevalência destas condições é difícil de estimar. No entanto, tendo em conta os indicadores de risco identificados como tendo uma evidência substancial de associação a estas doenças, bem como o número continuamente crescente de implantes colocados na prática clínica diária, é razoável antecipar uma prevalência crescente de periimplantite, a qual só vem sublinhar a necessidade de uma terapia previsível a médio e longo prazo. Em 2006, Roos-Jansäker e cols., num estudo seccional cruzado, apresentaram uma prevalência bastante elevada destas doenças. A mucosite periimplantar foi observada em cerca de 80% dos indivíduos e em 50% dos implantes e a periimplantite foi encontrada em pelo menos 56% dos indivíduos e em 43% dos implantes avaliados.

Diagnóstico O correcto diagnóstico de uma doença periimplantar é crítico para o estabelecimento de uma abordagem terapêutica adequada.


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Estudos clínicos e experimentais têm identificado vários critérios de diagnóstico relevantes que incluem parâmetros clínicos, como a sondagem periimplantar, a hemorragia após sondagem e a supuração, mas também uma avaliação radiográfica do nível ósseo periimplantar (Heitz-Mayfield, 2008). A sondagem é fundamental para o diagnóstico das doenças periimplantares. Um aumento da profundidade de sondagem ao longo do tempo está associado com perda de inserção e de suporte ósseo (Lang e cols., 1993, Schou e cols., 1993 a,b).

Fig. 4. Sondagem dos tecidos periimplantares com sonda de plástico.

Por outro lado, a presença de hemorragia à sondagem ligeira (0.25N), sinónimo de inflamação nos tecidos periimplantares, está sempre presente em situação de doença periimplantar (Zitzmann & Berglundh, 2008). Este parâmetro pode ser utilizado como um predictor para perda do tecido de suporte (Jepsen e cols., 1996).

Fig. 5. Presença de hemorragia à sondagem.

Não menos importante é a presença de supuração, resultado de uma infecção e lesão inflamatória, frequentemente associada com perda do osso de suporte periimplantar (Roos-Jansåker e cols., 2006 b). Deste modo, os referidos parâmetros clínicos complementados por um exame radiográfico adequado, deverão ser avaliados regularmente para o diagnóstico das doenças periimplantares.

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Fig. 6. Imagem radiográfica que confirma o diagnóstico de periimplantite.

Tratamento As terapias que têm sido propostas para a abordagem das doenças periimplantares parecem ser baseadas na evidência disponível para o tratamento da periodontite. Os objectivos principais do tratamento são a eliminação da lesão inflamatória, deter a progressão da doença e manter o implante em função com os tecidos periimplantares saudáveis. Esforços têm sido feitos para determinar o protocolo ideal de tratamento para alcançar a completa resolução da lesão de periimplantite. Assim, várias abordagens de tratamento, desde as mais conservadoras às técnicas ressectivas, passando pelos protocolos regeneradores, têm sido investigados em conjunto com vários métodos de descontaminação adicional da superfície implantar. O desenho dos implantes, juntamente com os vários tipos de superfícies implantares modificadas podem facilitar a formação do biofilme bacteriano se expostos ao ambiente oral. Desta forma, a eliminação da carga bacteriana da superfície implantar constitui o elemento básico para o tratamento da periimplantite (Renvert e cols., 2008). Porém, uma redução da carga bacteriana a um nível compatível com a cicatrização dos tecidos é difícil de alcançar com uma abordagem puramente mecânica. De facto, a evidência disponível na literatura parece demonstrar que o tratamento mecânico per se poderá não ser adequado para a remoção da carga bacteriana das superfícies implantares com bolsas periimplantares ≥ 5 mm (Kotsovilis e cols., 2008; Renvert e cols., 2008). Assim, terapias co-adjuvantes com antibióticos, antissépticos e a utilização de laser têm sido propostas de forma a melhorar as opções de tratamento não cirúrgico da mucosite e da periimplantite. No entanto, não é claro se as modestas melhorias alcançadas a nível dos parâmetros clínicos durante os primeiros meses são passíveis de serem mantidas ao longo do tempo (Kotsovilis e cols., 2008; Renvert e cols., 2008). O tratamento das periimplantites poderá também incluir uma abordagem cirúrgica, ressectiva ou regeneradora. Os estudos animais indicam que o desbridamento cirúrgico associado a qualquer um dos vários métodos de descontaminação da superfície do implante é mais eficaz que o tratamento

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mecânico isolado. Estes estudos mostram que esta abordagem conduz a uma resolução da lesão periimplantar, promove o preenchimento ósseo e pode resultar em re-osteointegração, com melhores resultados em implantes de superfícies rugosas (Persson e cols., 2004, Sennerby e cols., 2005). O uso combinado de materiais de enxerto, com ou sem membranas, resultou em quantidades variáveis de preenchimento ósseo e re-osteointegração (You e cols., 2007). Contudo, este efeito parece ser influenciado pelo tamanho e morfologia do defeito periimplantar (Claffey e cols., 2008). Por outro lado, os estudos em humanos são escassos, com metodologias díspares, sendo difícil chegar a conclusões. Ainda assim, um dos poucos estudos que avalia o tratamento cirúrgico ressectivo associado à descontaminação da superfície implantar refere resolução da lesão em apenas pouco mais de metade dos implantes (Leonhardt e cols., 2003). A realização de procedimentos regenerativos tais como técnicas de enxertos ósseos, com ou sem membranas, tem demonstrado vários graus de sucesso. Contudo, tem que ser salientado que tais técnicas não visam a re-osteointegração mas apenas uma tentativa para preencher o defeito ósseo (Claffey e cols., 2008). Apesar de ainda não existir um plano terapêutico bem definido e com garantias de sucesso, um protocolo consensual, à luz da limitada evidência actual, foi apresentado por Mombelli e Lang (1998). Este protocolo consiste numa abordagem sistemática para a prevenção e tratamento da doença periimplantar e é designado por Cumulative Interceptive Supportive Therapy – CIST. Inclui quatro modalidades de tratamento (A – Tratamento mecânico; B – Tratamento anti-séptico; C – Tratamento antibiótico e D – Cirurgia regenerativa ou de acesso/ressectiva), que devem ser usadas sequencialmente e de uma forma cumulativa, dependendo da extensão da lesão. A base desta abordagem é uma análise regular do paciente reabilitado com implantes e a avaliação repetida dos seguintes parâmetros chave em torno de cada implante: 1. Presença ou ausência de placa bacteriana, 2. Presença ou ausência de he-


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morragia à sondagem (BOP), 3. Presença ou ausência de supuração, 4. Presença de bolsas periimplantares (PS) e 5. Evidência radiográfica de perda óssea. A - Tratamento mecânico Tipicamente indicado quando a placa bacteriana e a hemorragia à sondagem estão presentes, mas as profundidades de sondagem são inferiores a 3 mm. Os pacientes são reinstruídos para um adequado controlo de placa bacteriana e motivados para iniciarem e/ou continuarem a terapia de manutenção.

Fig. 7. Controlo de placa interproximal com escovilhão.

Fig. 8. Controlo de placa interproximal com Superfloss®.

O tratamento mecânico é realizado usando curetas não metálicas (curetas de plástico ou fibras de carbono) e/ou aparelhos ultra-sónicos com pontas de fibras de carbono ou revestidas com plástico ou ainda através de laser Er:YAG. O polimento é feito mediante a utilização de uma taça ou cone de borracha e pasta de polimento não abrasiva.

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Fig. 9. Remoção mecânica de placa bacteriana com cureta de plástico.

Fig. 10. Ponta ultrasónica com protecção plástica.

Fig. 11. Polimento interproximal com cone de borracha.

B - Tratamento antisséptico Na presença de profundidades de sondagem de 4 a 5 mm, para além do tratamento mecânico, é realizado também um controlo químico de placa bacteriana através da utilização de clorohexidina, tipicamente na forma de bochechos a 0,12%-0,2% (10 ml), aplicação local de gel de clorohexidina (0,2%) e/ou irrigação local com clorohexidina (0,2%), duas vezes ao dia por três a quatro semanas.

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Fig. 12. Irrigação subgengival com clorohexidina 0,2%.

C – Tratamento antibiótico O tratamento antibiótico local ou sistémico é iniciado quando as profundidades de sondagem são superiores a 5 mm. Além disso, deve usar-se uma radiografia para confirmar (complementar) os achados clínicos sugestivos de perda óssea. O tratamento sistémico típico é feito com ornidazol (1.000 mg 1x/dia x 1) ou metronidazol (250 mg 3x/dia x 3) por 10 dias, ou uma combinação de amoxicilina (375 mg 3x/dia x 3) e metronidazol (250 mg 3x/dia x 3) por 10 dias. O tratamento local pode incluir a aplicação local de antibióticos como o gel de metronidazol ou usando um dispositivo de libertação controlada, por 10 dias, por exemplo, fibras de tetraciclina ou microesferas de minociclina.

Fig. 13. Aplicação tópica de gel de metronidazol.

D – Tratamento regenerador ou ressectivo Apenas se a infecção tiver sido controlada, evidenciada pela ausência de supuração e redução do edema, é razoável ponderar o tratamento regenerador ou ressectivo. Dependendo de considerações estéticas e características morfológicas da lesão pode optar-se pelo tratamento regenerador, que tem por objectivo restaurar o suporte ósseo do implante através da remodelação dos tecidos moles periimplantares e/ou da arquitectura óssea. De acordo com o protocolo CIST, lesões de periimplantite com mais de 2 mm de perda óssea requerem terapia inicial seguida de cirurgia regenerativa ou de acesso ou mesmo ressectiva. Se for escolhido um tratamento regenerador, pode optar-se por uma técnica com membrana isolada ou em combinação com enxertos autógenos e/ou substitutos ósseos.

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Figs. 14 a 17. Cirurgia regenerativa com xenoenxerto e membrana de colagénio.

A cirurgia ressectiva pode ser considerada quando o defeito periimplantar não for aceitável para técnicas regeneradoras e consiste essencialmente no reposicionamento apical do retalho seguido de osteoplastia em torno do defeito.

Figs. 18 a 20. Cirurgia ressectiva com eliminação das espiras do implante.

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E – Explantação Remoção do implante como consequência da perda completa de osteointegração.

Fig. 21. Remoção do implante.

Tabela - TRATAMENTO DE SUPORTE INTERCEPTIVO CUMULATIVO – CIST Parâmetros Clínicos PB ++ + + + +

BOP + + + + +

Supuração ++++-

PS(mm) <4 <4 4-5 >5 >5 >5

Classificação de Manutenção Defeito ósseo + ++ +++ >

0 I II III IV V

CIST (A) A A+B A+B+C A+B+C+D E

Adaptado de Mombelli e Lang, 1998

Conclusões a presença de hemorragia à sondagem, aumento da Da pesquisa bibliográfica efectuada com vista à realização desprofundiade de sondagem e presença de supuração, ta revisão, podemos afirmar que: bem como na avaliação radiográfica do nível ósseo • Poucos são os estudos que fornecem dados sobre a preperiimplantar. Se não for diagnosticada, a doença valência das doenças periimplantares. No entanto, os que exisperiimplantar pode conduzir à completa perda da tem e que obedecem a um desenho adequado mostram preosteointegração e consequente perda do implante. valências bastante aumentadas destas condições, salientando assim a importância do estabelecimento de um diagnóstico • Continuam ainda por esclarecer quais as estratégias terapêuticas mais eficazes para o tratamento das lesões precoce e de uma terapia previsível a médio e longo prazo. periimplantares tendo em conta a sua morfologia, • Até à data, a literatura sugere como indicadores de risco com extensão e severidade. Contudo, as modalidades teraevidência substancial para a doença periimplantar a má higiepêuticas actualmente implementadas fornecem um ne oral, história de periodontite e o tabaco. benefício considerável para a prática clínica. • O diagnóstico das doenças periimplantares assenta fundamentalmente na análise de parâmetros clínicos, como • A periimplantite não é sinónimo de perda do implante.

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FORMAÇÃO CONTÍNUA EM IMPLANTOLOGIA ORAL GUIADA ASSISTIDA POR COMPUTADOR PROGRAMA: 1. Implantologia Oral Guiada Assitida por Ordenador. Antecedentes e fundamentos clínicos. Bases anatómicas da implantologia oral guiada. Digitalização do diagnóstico por imagem. Sistemas 3D. Elaboração de modelos estereolitográficos e férulas cirúrgicas. Aplicação clínica e valoração do grau de exactidão. A implantologia Oral Guiada como ferramenta chave para melhorar a comunicação com o paciente. 2. Planificação e sequência do tratamento em implantologia oral guiada assistida por computador. A organização do consultório de medicina dentária. A avaliação sistémica do paciente. Factores de risco. Diagnóstico oral e radiológico. A técnica cirúrgica. Cuidados pré e pos-operatórios. Colocação e ajuste da férula cirúrgica. Cirurgia sem retalho. Protocolo estandardizado do fresado do osso. Inserção dos implantes e valoração da sua estabilidade primária. Fase prostodôntica. Carga funcional da prótese sobre implantes. Carga imediata. 3. Atelier prático do Sistema 3D para Implantologia Oral Guiada. Os alunos realizarão um reconhecimento dos planos reconstrutivos e uma identificação digital das estruturas do seio maxilar e do nervo dentário inferior, bem como de arcobotantes anatómicos e osso residual. Irá realizar-se uma planificação virtual da elevação de seio maxilar e da utilização de enxertos ósseos intra-orais. O aluno realizará uma aplicação prática dos parâmetros de selecção dos implantes. Finalmente, o aluno realizará uma reconstrução tridimensional virtual dos complementos protésicos, bem como da planificação protésica guiada.

Ano Académico 2010-11

4. Aplicação prática em sessões de trabalho e seminários por grupos. Atelier prático de tratamento em implantologia oral guiada em modelos estereolitográficos. Prática em laboratório com colocação da férula cirúrgica. Instrumentos cirúrgicos. Fresado e inserção de implantes. Complementos prostodônticos. Inserção da prótese imediata. Apresentação de casos clínicos em pacientes tratados com implantologia oral guiada.

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A Universidade de Sevilha prepara-se para iniciar a 7ª Convocatória da sua pós-graduação em Implantologia Oral durante o ano académico de 2010-11, no qual irão participar mais de 50 professores da Universidade Hispalense, de dez universidades espanholas e seis universidades estrangeiras, para além de oradores de outras instituições docentes e hospitalares e de profissionais de prestígio na área da implantologia oral. Nestes últimos 6 anos, mais de 600 alunos realizaram o programa de pós-graduação em Implantologia Oral da Universidade de Sevilha. Alunos procedentes de Espanha, Europa (França, Itália, Portugal, Reino Unido, Suíça), Amarica Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba, México, Paraguai, Peru, Porto Rico, Republica Dominicana, Venezuela, Uruguai) e outros países (Jordânia, Marrocos, Síria, Tunísia); realizaram a sua formação em implantologia oral, confirmando a vocação europeia, da América Latina e internacional da Universidade de Sevilha. A Universidade de Sevilha, fiel aos seus 500 anos de história, organiza com vocação científica e humanitária esta pós-graduação em Implantologia Oral com um carácter de formação permanente dos profissionais da saúde oral num campo tão importante como é a Implantologia Oral.

Ano Académico 2010-11


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UNIVERSIDADE DE SEVILHA VICE-REITORADO DE PÓS-GRADUAÇÃO E DOUTORAMENTO Títulos próprios PÓS-GRADUAÇÃO UNIVERSITÁRIA EM IMPLANTOLOGIA ORAL FORMAÇÃO ESPECIALIZADA EM IMPLANTOLOGIA DENTÁRIA. 150 horas. 1 ano. 1.520 euros. ESPECIALISTA EM IMPLANTOLOGIA ORAL CLÍNICA. 570 horas. 1 ano. 5.559 euros. ESPECIALISTA EM IMPLANTOLOGIA ORAL AVANÇADA. 500 horas. 1 ano. 6.059 euros. MESTRADO EM IMPLANTOLOGIA ORAL. 1.070 horas. 3 anos. (Especialista 1 + Especialista 2).

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Ciência e prática Introdução Etiologia Lesões periapicais implantares são alterações da área em redor de um apex de um implante, e a sua etiologia pode ser multifactorial: vascularização deficiente, isquémia vascular, sobreaquecimento do osso durante a instrumentação, contaminação do implante (Peñarrocha-Diago e cols., 2009), presença de uma infecção prévia, comunicação com patologia de dente adjacente, contaminação do local cirúrgico durante a cirurgia, presença de restos radiculares ou corpos estranhos no osso, sobrecarga do implante (Piattelli e cols., 1998), aperto excessivo do implante e compressão de partículas ósseas dentro da preparação com subsequente necrose, falta de biocompatibilidade, colocação de implante em osso de baixa qualidade (Sca-

rano e cols., 2000), sobrepreparação do leito implantar (Reiser e Nevins, 1995). Classificação Segundo a classificação de lesões periapicais implantares proposta por Reiser e Nevins em 1995, as lesões periapicais implantares podem ser divididas em: • Lesões periapicais implantares inactivas - Resultam provavelmente de uma cavidade óssea residual causada pela preparação e colocação de um implante mais curto que a instrumentação realizada no local. • Lesões periapicais implantares infectadas - Um foco de infecção que pode ocorrer quando um implan-

David Martins David Martins. Médico Dentista. Aluno do segundo ano da Especialização em Periodontologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Hugo Pinto. Médico Dentista. Aluno do segundo ano da Especialização em Periodontologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Helena Rebelo. Médica Dentista. Mestrado em Periodontologia pela Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Docente da Especialização em Periodontologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

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Ciência e prática te é colocado em proximidade de uma infecção existente ou quando um implante contaminado é usado. - Necrose óssea causada por sobreaquecimento também pode ser um factor causal. - Este tipo de lesão também pode ser designada de periimplantite apical, periimplantite retrógada ou retro-periimplantite.

Deve ser realizado o diagnóstico diferencial com artefactos radiológicos, alterações anatómicas fisiológicas do osso circundante e lesões radiolúcidas dos maxilares de causa exterior à colocação de implantes que possam se apresentam sobrepostas radiologicamente aos implantes.

Tratamento As lesões periapicais implantares inactivas são artefactos radiológicos, uma “cicatriz” apical, sem expressão clínica nem necessidade de tratamento além da avaliação periódica clínica e radiográfica. Pelo contrário, as lesões periapicais implantares infectadas podem levar a desconforto, dor e perda do implante, e justificam tratamento. A abordagem terapêutica poderá incluir intervenção cirúrgica com o objectivo de eliminar a infecção, remover a porção apical do implante ou explantar o implante dependendo da extensão da infecção e da estabilidade do implante (Reiser e Nevins, 1995). A prescrição de antibióticos sem cirurgia não é eficaz (Peñarrocha-Diago e cols. 2009). Nos casos derivados de lesões nos dentes adjacentes, o tratamento endodôntico e desbridamento da lesão pode levar Em ambos os casos, a patologia periapical resultante conta- ao tratamento da lesão sem remoção do implante (Tözüm e mina os implantes e seus componentes e inibe ou leva a perda cols., 2006). Embora os estudos existentes na literatura são de osteointegração. limitados à série de casos com poucos sujeitos, são observadas taxas de sucesso elevadas com tratamento cirúrgico (desbridamento da lesão, sem ou com remoção da porção apical do Desenvolvimento implante), com taxas de sucesso para apicectomia de 97,4% aos 5 anos (Balshi e cols., 2007). Diagnóstico O diagnóstico é baseado nas manifestações clínicas e observa- Prevenção ções radiográficas. A prevenção de lesões periapicais implantares inclui manuseaAs lesões periapicais implantares inactivas não apresentam mento cuidado dos contaminantes e da geração de calor dusintomas, sendo observáveis somente como uma radiolucidez rante a cirurgia de implantes (Reiser e Nevins, 1995). A área ciperiimplantar. As lesões periapicais implantares inactivas resul- rúrgica tem de estar livre de focos de infecção, e as medidas tam na maioria dos casos da sobrepreparação do leito implan- adequadas de controlo de contaminação têm de ser aplicadas. tar (Reiser e Nevins, 1995), e têm uma posição característica di- É de extrema importância que o tecido ósseo não seja exposto rectamente apical ao implante, correspondendo a forma das a um calor friccional excessivo gerado durante a osteotomia, o brocas usadas na preparação do leito implantar, que pode ter que pode ocorrer facilmente já que o limiar térmico em que datendência a diluir-se com o osso circundante ao longo do tem- nos irreversíveis ocorrem aos osteócitos é cerca de 47ºC, isto é po devido à cicatrização óssea ou permanecer como “cicatriz” somente 10ºC acima da temperatura corporal (Eriksson e Adell, apical. Uma razão possível para a sobrepreparação é o facto de 1986). Toda a cirurgia deve ser realizada com o uso da técnica as brocas usadas para preparação do leito implantar apresen- de osteotomia intermitente, associada com brocas afiadas, exetarem uma extensão superior ao indicado nas marcas de refe- cutando-se uma sequência de preparação sob um eficiente irrirência que corresponde à ponta das brocas, num comprimen- gação salina profusa. No entanto, são muitos os factores a conto variável, cerca de 0,4 a 1,3 mm (valores maiores para brocas siderar, como a quantidade de osso preparado, a profundidade de maior diâmetro). No entanto esse valor é mínimo, e a largu- da osteotomia, a capacidade de corte das brocas e a variação na ra das brocas nessa extensão é inferior e não será essa prova- espessura da cortical (Adell e cols., 1985; Gapski e cols., 2003). A velmente a causa de evidentes lesões radiográficas radiolúci- própria inserção dos implantes com elevada pressão pode tamdas, mas sim a preparação além da posição em que o implan- bém levar a necrose óssea e falhas na osteointegração (Meffert, te é colocado. Pode ser uma sobrepreparação intencional, mas 1992). Doenças sistémicas e medição podem favorecer a ocotambém deve ser observado que certos sistemas de implantes rrência de necrose óssea, como por exemplo doenças que afecpossuem as marcas de referência para a colocação do implan- tam a cicatrização óssea e a utilização de bifosfonatos. te a um nível subcrestal, e assim quando os implantes são coloEmbora tenha sido referido que o aumento da força ou o aucados ao nível da crista sem ter isso em consideração há uma mento da velocidade de trepanação isoladamente aumentam sobrepreparação. a temperatura no local, mas que no entanto se aumentar a As lesões periapicais implantares infectadas podem apre- força e a velocidade em simultâneo o aumento de temperatura sentar sinais e sintomas, nomeadamente desconforto ou dor, não é significativo (Brisman, 1996), esse aumento de temperainflamação com edema, eritema ou presença de supuração, e tura depende de vários factores: do desenho das brocas, capao implante pode apresentar ou não mobilidade, dependo da cidade de corte, dos canais de escape para os detritos e irrigaextensão da infecção e/ou necrose. ção, contacto entre osso e broca, etc. Na prática, as brocas A patologia periapical perimplantar pode coalescer com lesões de dentes adjacentes. Assim, segundo a classificação de Sussman de 1998 para patologias periapicais periimplantares, podemos subdividir as lesões periapicais implantares infectadas em: • Tipo I – iniciado pelo implante transmitido ao dente - Ocorre durante a preparação do leito implantar quer por trauma directo como indirecto e leva a necrose da polpa de dentes adjacentes. • Tipo II – iniciado pelo dente transmitido ao implante - Ocorre quando um dente adjacente aos implantes desenvolve patologia periapical e envolve a área periimplantar.

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devem ser utilizadas com a velocidade e força adequada, variável de sistema de implantes para outro, devendo ser consultadas as indicações do fabricante. Sem esse cuidado podem ser usadas velocidades superiores às recomendadas, e tem de ser lembrado que em alguns sistemas de implantes os fabricantes recomendam velocidades máximas inferiores para brocas de maior diâmetro.

Na paciente número um foram observadas lesões periapicais implantares em todos os implantes na ortopantomografia realizada uma semana após cirurgia de colocação de cinco implantes para prótese fixa total implanto-suportada (fig. 1a). A paciente não apresenta sintomas nem foram observados quaisquer sinais clínicos de infecção ou necrose. O diagnóstico foi de lesões periapicais implantares inactivas por sobrepreparação do leito implantar. A imagem radiolúcida em redor do

implante na posição 45 é um artefacto radiológico causado pela sobreposição de uma alteração na densidade óssea em vestibular do implante, identificado por radiografias retroalveolares com várias angulações, o que salienta a importância da identificação da posição das lesões radiográficas e o seu diagnóstico. Não foi realizado nenhum tratamento. Passados oito meses a paciente continua assintomática e não houve evolução das lesões radiográficas (fig. 1b). O paciente número dois, um mês após a cirurgia de colocação de implante imediato na posição 12, apresentou-se com abcesso na zona do implante e queixas de dor. Foi observado uma lesão radiolúcida periapical na radiografia retroalveolar (fig. 2), tendo sido diagnosticado uma lesão periapical implantar infectada. Foi planeado uma cirurgia de exploração com eventual apicectomia após observação intra-operatória. Após desbridamento da lesão (fig. 3), estando o implante sem mobilidade, osteointegrado e com o suporte ósseo coronal mantido, optou-se pela apicectomia e manutenção do implante (fig. 4).

Fig. 1a.

Fig. 1b.

Casos clínicos

Fig. 2.

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Ciência e prática

Fig. 3.

Fig. 4.

Conclusões A possibilidade da ocorrência de lesões periapicais implantares deve ser considerada. O tratamento com implantes deve ser orientado para a prevenção e minimizar a ocorrência de lesões periapicais implantares com um diagnóstico cuidadoso, plano de tratamento sistemático e procedimentos adequados. Um rápido diagnóstico deve ser estabelecido para tratar as lesões num estado precoce, prevenindo assim a necessidade da extracção do implante.

Bibliografia 1. Adell R, Lekholm U, Branemark PI: Surgical procedures. In: Branemark PI, Zarb GA, Albretktsson T.Tissue-Integrated Prostheses. Osseointegration in clinical dentistry. 1985, Chicago: Quintessence, pp.211-232. 2. Balshi SF, Wolfinger GJ, Balshi TJ: A retrospective evaluation of a treatment protocol for dental implant periapical lesions: long-term results of 39 implant apicectomies. Int J Oral Maxillofac Implants. 2007 Mar-Apr;22(2):267-72. 3. Bousdras V, Aghabeigi B, Hopper C, Sindet-Pedersen S: Management of apical bone loss around a mandibular implant: a case report. Int J Oral Maxillofac Implants. 2006 May-Jun;21(3):439-44. 4. Brisman DL: The effect of speed, pressure, and time on bone temperature during the drilling of implant sites. J Oral Maxillofac Implants. 1996 Jan-Feb;11(1):35-7. 5. Eriksson RA, Adell R: Temperatures during drilling for the placement of implants using the osseointegration technique. J Oral Maxillofac Surg. 1986 Jan;44(1):4-7. 6. Gapski R,Wang HL, Mascarenhas P, Lang NP: Critical review of immediate implant loading. Clin Oral Implants Res. 2003 Oct;14(5):515-27. 7. Meffert RM, Langer B, Fritz ME: Dental implants: a review. J Periodontol. 1992 Nov;63(11):859-70. 8. Peñarrocha-Diago M, Boronat-Lopez A, García-Mira B: Inflammatory implant periapical lesion: etiology, diagnosis, and treatment-presentation of 7 cases. J Oral Maxillofac Surg. 2009 Jan;67(1):168-73 9. Piattelli A, Scarano A, Balleri P, Favero GA: Clinical and histologic evaluation of an active "implant periapical lesion": a case report. Int J Oral Maxillofac Implants. 1998 Sep-Oct;13(5):713-6. 10. Piattelli A, Scarano A, Piattelli M, Podda G: Implant periapical lesions: clinical, histologic, and histochemical aspects. A case report. Int J Periodontics Restorative Dent. 1998 Apr;18(2):181-7. 11. Reiser GM, Nevins M: The implant periapical lesion: etiology, prevention, and treatment. Compend Contin Educ Dent. 1995 Aug;16(8):768, 770, 772. 12. Scarano A, Di Domizio P, Petrone G, Iezzi G, Piattelli A: Implant periapical lesion: a clinical and histologic case report. J Oral Implantol. 2000;26(2):109-13. 13. Sussman HI: Periapical implant pathology. J Oral Implantol. 1998;24(3): 133-8. 14. Tözüm TF, Sençimen M, Ortako lu K, Ozdemir A, Aydin OC, Kelefl M: Diagnosis and treatment of a large periapical implant lesion associated with adjacent natural tooth: a case report. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2006 Jun;101(6):132-8.

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Documentário

Aspecto do rosto do paciente antes e depois da inédita cirurgia a que foi submetido no Serviço de Cirurgia Maxilofacial do Hospital de São José. O resultado estético é notório.

Serviço de Cirurgia Maxilofacial do Hospital de São José (Lisboa) faz balanço de cirurgia inédita

Paciente recupera palato com retalho fixado por implantes zigomáticos com carga imediata O Hospital de São José (Lisboa) foi cenário de uma cirurgia inédita em Portugal: a reconstrução total do palato de um paciente a partir de um retalho da crista ilíaca e com recurso a implantes zigomáticos. A complexa intervenção – que esteve a cargo do Serviço de Cirurgia Maxilofacial e da Unidade de Microcirurgia do referido hospital – assume contornos pioneiros no contexto europeu, já que, de acordo com a equipa médica protagonista, “até aqui não havia nada documentado” em matéria de reabilitação orofacial, com carga imediata, envolvendo quatro implantes zigomáticos sobre um retalho pediculado. orge Aurélio tinha 36 anos quando lhe foi diagnosticado, em 2006, um tumor maligno na cavidade oral, tudo indica, associado a hábitos alcoólicos e tabágicos. Para solucionar a grave lesão tumoral, uma equipa médica do Instituto Português de Oncologia não teve outra alternativa senão removerlhe o palato, isto é, o terço médio do esqueleto da face. O paciente livrou-se do tumor, mas também viu desaparecer totalmente as estruturas envolventes do terço médio da face, que ficou reduzido a uma cavidade em comunicação com as fossas nasais. Resultado: Jorge Aurélio passou a viver sem poder mastigar e com o rosto visivelmente deformado. O Serviço de Cirurgia Maxilofacial do Hospital de São José (Lisboa), cujo director, o cirurgião maxilofacial Carreiro da Costa, empenhado no desenvolvimento da orgânica funcional e formação contínua do mesmo e da própria especialidade, criou núcleos protocolares diferenciados com o objectivo de desenvolver tecnica-cirurgicamente o seu corpo clínico nas várias áreas curriculares, tais como: traumatologia, oncologia, mal-formação da face (cirurgia ortognática), glândulas saliva-

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res, ATM´s, implantologia e microcirurgia para a reconstrução e reabilitação orofacial .“Achei que se devia criar um conjunto de núcleos protocolares diferenciados para desenvolver tecnicacirurgicamente determinadas áreas curriculares da cirurgia maxilofacial. Cada um destes núcleos é hoje composto por um grupo de três ou quatro médicos especialistas que se dedicam e desenvolvem uma determinada área”, adianta à MAXILLARIS Carreiro da Costa. Foi neste contexto de reformas estruturais – que trouxeram novo fôlego à intervenção hospitalar em causa em áreas como a reabilitação oral pós-sequela cirúrgica oncológica – que Jorge Aurélio se apresentou, em 2008, na consulta do Serviço Maxilofacial daquele hospital de Lisboa, na esperança de poder minimizar as graves consequências, sob o ponto de vista morfológico, estético e funcional, impostas pela traumática e ablativa operação a que fora sujeito dois anos antes. “É um tipo de intervenção que afecta muito o aspecto estético e funcional do paciente porque este, basicamente, fica desprovido do terço médio do esqueleto da face, incluindo o céu da boca. Quando se alimenta, ao mínimo esforço, toda a


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alimentação passa para as fossas nasais com o eventual perigo de haver uma aspiração dos alimentos e, portanto, de surgirem potenciais infeccões recorrentes na árvore respiratória”, esclarece o director do Serviço de Cirurgia Maxilofacial. Além disso, este tipo de doente está sujeito a uma forte halitose, uma vez que as fossas nasais, onde ficam retidos restos dos alimentos, passam a ter saída directa para a boca.“Isso priva o paciente de um relacionamento pessoal e de uma vida social com normalidade”, acrescenta o cirurgião maxilofacial Luís Loureiro, um dos protagonistas desta cirurgia, juntamente com Gerardo Millan, coordenador da Unidade de Microcirurgia. Face às circunstâncias, o paciente mostrou-se desde o primeiro momento disposto a enfrentar qualquer solução médica, independentemente dos riscos envolvidos. “Por tratar-se de uma cirurgia pioneira e das dúvidas inerentes a este facto, foi necessário explicar ao doente a minúcia e os riscos desta intervenção”, relata Luís Loureiro, que descreve Jorge como um paciente “muito especial”, cheio de vontade de colaborar. “Um doente jovem e entusiasmado que encarava a situação nestes termos: qualquer solução que me arranjem será melhor do que aquela que tenho neste momento”, recorda. O caso foi devidamente estudado pelas equipas lideradas por Luís Loureiro e Gerardo Millan, num processo que envolveu modelos em cera, estudo do esqueleto com TAC, que permitiu a sua análise e reconstrução em 3D. A solução encontrada foi recorrer a um retalho da crista ilíaca com o fim de preencher a cavidade provocada pela ausência do palato, mediante a colocação de quatro implantes zigomáticos (neste caso, oferecidos pela Nobel Biocare). No entanto, uma vez que o retalho arteriovenoso retirado da zona da anca não tinha pedículo arterio-venoso com dimensão suficiente para fazer a ligação à artéria facial, foi necessário introduzir o retalho no antebraço do paciente antes de o transferir para a boca. Esta intervenção, que esteve a cargo da equipa da Unidade de Microcirurgia, “permitiu não só criar um pedículo com o tamanho ideal para fazer a ligação à artéria facial, como também serviu para epitelizar e avolumar este retalho, com músculo e pele, de modo a poder aplicá-lo na boca nas devidas condições”, realça Luís Loureiro. O retalho esteve depositado no braço do paciente durante cerca de quatro meses,“o tempo ideal para completar este processo”. O segundo tempo cirúrgico da pioneira intervenção foi a colocação do retalho osteomiocutâneo na boca do paciente, a que se seguiu outro compasso de espera de mais quatro meses – para evitar o risco de perda de irrigação do próprio retalho – antes de Luís Loureiro proceder finalmente à fixação, com recurso a quatro implantes zigomáticos, e à carga dentária com carácter imediato, isto é, 24 horas após a fixação do volumoso retalho agora transformado em maxilar superior. Os implantes zigomáticos foram criados (pelo sueco PerIngvar Brånemark) precisamente para dar resposta a casos de sequelas pós-cirúrgicas oncológicas, designadamente situações extremas em que as pessoas que perdem o maxilar superior tinham de utilizar próteses com obturadores, que eram muito pesadas. Brånemark desenvolveu um sistema que permite que essas próteses removíveis tenham uma fixação, apoiando-se no osso zigomático, passando de próteses removíveis a fixas. O caso de Jorge Aurélio “é o primeiro em que se une um retalho osteomiocutâneo microanastomosado e fixação do

O paciente foi sujeito à remoção total do palato devido a uma grave lesão tumoral.

O retalho da crista ilíaca foi fixado na boca com recurso a quatro implantes zigomáticos.

A colocação de dentes logo após a fixação dos implantes constitui o factor inédito desta intervenção.

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Documentário mesmo ao osso remanescente do doente com quatro implantes zigomáticos, permitindo ao paciente a reabilitação orofacial com carga imediata”, sublinha o director do Serviço de Cirurgia Maxilofacial. Carreiro da Costa acentua, a propósito, o carácter inédito desta intervenção também no contexto europeu, na medida em que a utilização de quatro implantes zigomáticos sobre um retalho microanastomosado pediculado, com carga imediata, “nunca tinha sido feita ou, pelo menos, não havia nada descrito nem documentado neste domínio”. Um ano volvido desde que o processo cirúrgico foi concluído, em Junho do ano passado, Luís Loureiro garante que “não há sinais de complicações nem de anomalias” no paciente, que continua a ser devidamente acompanhado e observado pela equipa do Hospital de São José. De seis em seis meses, a estrutura é removida para “verificar se a zona de ligação retalho-implante se mantém perfeitamente boa e com aspecto normal ou se houve alguma alteração que nos obrigue a actuar”, justifica o cirurgião maxilofacial, sem deixar de reafirmar os bons resultados da intervenção.

Tendo em consideração que pertenceu ao antebraço e que está a ser alimentada directamente pela artéria facial, a pele utilizada na cirurgia vai manter sempre as suas qualidades de origem, o que significa que o paciente estará sujeito, periodicamente, a uma tricotomia.“Por mais alterações que possa vir a registar ao longo do tempo, a pele nunca será uma mucosa oral; será sempre um fragmento com características de derme”, ressalva Luís Loureiro. “A mucosa oral tem uma capacidade de regeneração e transformação brutal. Tal não acontece com a pele, que terá de ser sempre tratada com imenso cuidado e respeito para que não haja perturbações nem traumatismos”. O cirurgião maxilofacial destaca o trabalho de microcirurgia da equipa liderada por Gerardo Millan como “peça fundamental de todo o processo”, já que foi responsável pela passagem do retalho da crista ilíaca para o antebraço e pela posterior transposição do retalho para reconstrução do palato e do pavimento das fossas nasais. “À Unidade de Microcirurgia coube a responsabilidade do desenho, construção e transposição do retalho. A minha parte foi colaborar nesses passos cirúrgicos e

fazer a aplicação dos implantes zigomáticos e posterior reabilitação orofacial”. Jorge Aurélio é hoje um homem feliz. Retomou o prazer – que aos 39 anos julgava irremediavelmente perdido – de morder uma maçã e mastigar um bom bife. Perdeu o mau hálito que o impedia de ter uma vida normal e recuperou o seu aspecto estético. Mais: voltou ao seu lugar no Ministério dos Negócios Estrangeiros e até já recebeu um convite para trabalhar directamente com o público, em Londres.“É um sinal de que a sua imagem está perfeitamente recuperada e renovada”, afirma Carreiro da Costa, enfatizando a intenção do serviço hospitalar que dirige no sentido de “intensificar e aperfeiçoar a técnica de reconstrução e reabilitação orofacial de pacientes”. Ao deixar passar para o exterior esta cirurgia, “procuramos que os doentes do foro oncológico saibam que existe alguma esperança para poderem resolver as suas situações”, acrescenta, por seu lado, Luís Loureiro. O Hospital de São José está, portanto, aberto à resolução deste tipo de problemas, que são morosos, complicados e exigem naturalmente uma colaboração intensa da parte dos doentes para se obter o melhor resultado.“Os implantes zigomáticos vieram trazer um caminho de esperança não só para os doentes do foro oncológico como também para alguns pacientes do foro traumatológico que sofrem perdas ósseas importantes, que podem ser repostas através deste tipo de procedimento ou inclusivamente para os desdentados totais superiores com graves atrofias ósseas dos sectores posteriores, que aqui encontram um caminho rápido e seguro para a sua reabilitação orofacial”, conclui o cirurgião maxilofacial.

Luís Loureiro: “Os implantes zigomáticos representam uma esperança para os doentes do foro oncológico e traumatológico”.

Carreiro da Costa: “É nossa intenção intensificar e aperfeiçoar a técnica de reconstrução e reabilitação orofacial do paciente”.

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Ortopantomografia do paciente após colocação dos quatro implantes zigomáticos.

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O meu sorriso...

Francisco Garcia Começou por fazer anúncios publicitários com apenas cinco anos de idade… e um ano mais tarde já era membro do júri de um popular concurso musical da RTP (Os Principais). Desde então, Francisco Garcia nunca mais deixou de aparecer na televisão. Trabalhou como actor em séries de grande audiência, como Médico de Família, e foi o rosto de programas juvenis, como Disney Kids, que apresentou durante quatro anos. Também foi modelo fotográfico de algumas marcas de roupa. No final de 2008, decidiu fazer justiça à sua condição de luso-espanhol (tem dupla nacionalidade) e mudou-se para Madrid na qualidade de estudante do curso de Economia da Universidade Complutense. Na capital espanhola, começou a colaborar com a Disney Iberia, conduzindo entrevistas com estrelas internacionais da talha dos Jonas Brothers ou Miley Cyrus. Mais recentemente, lançou-se num novo desafio em Madrid: o projecto de televisão Animax. O actor, apresentador e modelo, hoje com 22 anos, considera que o seu sorriso “sempre foi umas das minhas carácterísticas físicas mais notórias”.

Francisco Garcia

M AXILLARIS. Com que regularidade vai ao dentista? M Em criança ou adolescente usou aparelho ortodôntico? Francisco Garcia. Depende da disponibilidade e se surge Francisco Garcia. Não, nunca. algum imprevisto, mas por norma de seis em seis meses. M De que forma ter um sorriso bonito e uma boa higiene Que cuidados de higiene oral tem diariamente? oral é importante na sua profissão? M Francisco Garcia. Nos dias em que estou no escritório, o Francisco Garcia. É das coisas mais importantes, faz parte da normal é duas vezes por dia; aos fins-de-semana, no mínimo minha imagem. O meu sorriso sempre foi uma das minhas três vezes. E sempre que lavo, normalmente faço-o duas vezes características físicas mais notórias. seguidas. M Estaria disposto a alterar/prejudicar a estética do seu soM Que tipo de escova de dentes usa? rriso para dar vida a um personagem? Francisco Garcia. Uso uma escova média. Normalmente Francisco Garcia.Sim, sempre e quando não tivesse qualquer compro no supermercado as da marca do dentífrico que uso tipo de consequencia após o trabalho e se estivesse justifihabitualmente. cada para um fim importante. M Já recorreu a tratamentos dentários específicos? M Qual foi o maior elogio que já ouviu relacionado com o seu Francisco Garcia. Sim, já fiz um branqueamento e já tive de sorriso? cuidar algumas cáries que surgiram na adolescência. Francisco Garcia. Já me disseram que tenho um “sorriso pepsodent” e alguns amigos tratam-me por Jocker. M Evita fumar ou comer algum tipo de alimento ou bebida M Qual é o sorriso que não o deixa indiferente? que escureça os dentes? Francisco Garcia. Não tenho esse tipo de atenção. Francisco Garcia. O do meu irmão mais velho.

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Calendário de cursos BTI promove programa de formação continuada no Porto Já estão abertas as inscrições para o Programa de Formação Continuada em Implantologia e Reabilitação Oral que terá início no próximo mês de Setembro. O programa consta de quatro módulos e um módulo final exclusivo para os inscritos no curso completo, que consiste em duas jornadas com cirurgias ao vivo e em grupos reduzidos, a fim de possibilitar uma aproximação mais prática dos alunos às matérias a leccionar, bem como a realização de práticas personalizadas. O curso vai decorrer no novo Centro de Formação e Pós-graduação da BTI no Instituto Eduardo Anitua, de acordo com os seguintes módulos: Médicos dentistas Módulo 1 - 17 e 18 de Setembro: Actualização na cirurgia sobre implantes. Módulo 2 - 8 e 9 de Outubro: Actualização na prótese sobre implantes. Módulo 3 - 5 e 6 de Novembro: Avançado de cirurgia e técnicas regenerativas: PRGF (Plasma Rico em Factores de Crescimento). Módulo 4 - 3 e 4 de Dezembro: Avançado de próteses e planificações complexas. Módulo exclusivo - 17 e 18 de Janeiro 2011: Jornadas BTI. Auxiliares Módulo 1 - 5 de Novembro: Formação do pessoal auxiliar (PRGF). Módulo 2 - 6 de Novembro: Formação do pessoal auxiliar (Implantologia). BTI Portugal. 226 189 791 • bti.portugal@sapo.pt www.fundacioneduardoanitua.org

8º curso clínico de formação contínua em Ortodontia A clínica Construimos Sorrisos, sediada em Lisboa, tem em curso a oitava edição do curso clínico de formação contínua em Ortodontia, que prossegue até Junho de 2011 e cujas inscrições continuam abertas até ao próximo mês de Agosto. Com a duração de 14 módulos, repartidos por 140 horas, o curso destina-se a médicos dentistas no activo ou recém-licenciados, e tem por objectivos: aprender a diagnosticar e a executar um plano de tratamento em Ortodoncia; conhecer materiais e técnicas ortodônticas; melhorar a comunicação, imagem e marketing; noções de gestão em Ortodoncia; desenvolver a liderança; colaboração nos casos clínicos que os alunos tenham da sua clínica privada; sessões clínicas com pacientes em consulta ortodôntica. Eis os próximos módulos do curso: 3º Módulo – 12 de Julho Teórica: seis fases do tratamento em Ortodoncia; resposta biológica; biomecânica em Ortodoncia; unidades técnicas; avalição Prática: unidades técnicas; plano de tratamento de dois pacientes. 4º Módulo – 30 de Agosto Teórica: exercícios de diagnóstico e plano de tratamento. Prática: diagnóstico e plano de tratamento dos casos clínicos. 5º Módulo – 22 de Setembro Teórica: DDM; stripping. Construímos Sorrisos. 213 624 962. Prática: casos clínicos dos alunos; sessões clínicas. formacao@construimossorrisos.pt

Formação contínua em estética dentária A CEOdont tem em curso uma acção de formação em estética dental, que aborda tratamentos periodontais, protésicos e restaurativos, relacionando-os e aplicando a teoria à prática. O curso é ministrado por Mariano Sanz Alonso, Manuel Antón Radigales e José A. de Rábago Vega. Os próximos módulos são: • Restauração com compósitos: fracturas e pontes de fibra de vidro: 24 e 25 de Setembro. • Restauração com compósitos: manchas e más posições dentárias: 19 e 20 de Novembro. • Facetas de porcelana: preparação, execução e impressão: 21 e 22 de Janeiro de 2011. • Facetas de porcelana: cementação e coroas de recobrimento total: 18 e 19 de Março de 2011. • Grupos anteriores estéticos: 1 e 2 de Abril de 2011. CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 542 455 • cursos@ceodont.com • www.ceodont.com

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Curso de Endodontia Mecanizada A Douromed e a Maillefer vão realizar, no próximo dia 23 de Julho, um curso teórico-prático de endodontia mecanizada, que tem como objectivo a introdução à técnica mecanizada e de novos instrumentos como complemento dos já existentes. O curso terá a duração de cinco horas (metade do tempo será dedicado à teoria e a restante às práticas). O programa do curso prevê uma abordagem à técnica de instrumentação e obturação do sistema protaper seguida da realização prática da técnica. A Douromed prevê a realização de mais um curso em Lisboa, no dia 28 de Outubro. Douromed. 224 152 279 www.douromed.com

Curso modular de ATM A Osteoplac organiza, a partir de Setembro, um novo curso modular de ATM, dirigido principalmente a médicos dentistas, osteopatas y fisioterapeutas, que terá lugar nas instalações da empresa em São Sebastião (Espanha). O curso será ministrado pelo chileno Mariano Rocabado (doutorado em Terapia Física), pelo argentino Guillermo Ochoa e pelo espanhol Domingo Martín (ambos ortodontistas). O programa do curso centrar-se-á no músculo-esquelético crânio-mandibular, crânio-cervical e oclusal. O prazo para inscrição já está aberto e as vagas são reduzidas e limitadas devido ao carácter prático do curso. Osteoplac Congresos. (0034) 902 422 420 congresos@osteoplac.com • www.osteocongress.com

Curso de Implantes/Prótese A 14ª edição do Curso de Implantes/Prótese, ministrada pelo Prof. Dr. Fernando Almeida, está agendada para o próximo mês de Setembro, em Lisboa e no Porto. O curso é composto por oito módulos (teoria e prática) e soma uma carga horária de 72 horas. Terá início no dia 13 de Setembro em Lisboa, na Clínica Infante Sagres (Belém), e no dia 17 do mesmo mês no Porto, na Clínica Dentária dos Carvalhos. Centro de Formação FA. 919 244 774 cursosfa@gmail.com

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Calendário de cursos Formação em Implantologia Terá início em Outubro a segunda edição da Formação em Implantologia promovida pela Sinusmax. O curso, composto por cinco módulos, com sessões mensais ao fim de semana, inclui uma componente prática desde o primeiro módulo e em todos os módulos e abarca as várias temáticas necessárias para a boa prática da Implantologia. Culmina com um módulo dedicado integralmente à execução de casos cirúrgicos em pacientes seleccionados pelos formandos, permitindo a consolidação da aprendizagem efectuada nos módulos anteriores. O coordenador e formadores acompanham os formandos ao longo de todo o curso, estando disponíveis para prestar apoio e esclarecimentos durante as sessões e numa perspectiva de formação em contínuo, responder às solicitações e necessidades específicas de cada formando. Sinusmax. 229 377 749 • formacao@sinusmax.com

Curso modular teórico-prático de Ortodontia Clínica Osteoplac Congresos organiza em São Sebastião (Espanha) um novo curso modular teórico-prático, que consta de oito módulos, cada uno de cinco dias de duração e com a duração aproximada de quatro meses. Com início previsto para o próximo dia 25 de Outubro, o curso será muito prático e destina-se a ortodontistas em geral, com prioridade para os ex alunos Roth-Williams. Estão previstas demostrações clínicas e de laboratório, com tarefas entre as sessões para os participantes. Na parte clínica, cada aluno tratará pacientes em dentição permanente e em dentição mista. Jorge Ayala e Gonzalo Gutiérrez, ambos ortodontistas do Chile, serão os oradores principais. Também participarão oradores convidados como o ortodoncista Domingo Martín (Espanha) e o especialista em Terapia Física, Mariano Rocabado (Chile). Osteoplac. (0034) 902 422 420 • congresos@osteoplac.com • www.osteocongress.com

6ª edição do curso de Sedação Consciente A Malo Clinic Education, pólo de formação de profissionais da Saúde Oral, vai organizar a 6ª edição do curso de Sedação Consciente, a 17 e 18 de Setembro. Leccionado por Ernesto Tocantins e Filipa Maria Roque, o curso pretende mostrar como introduzir a sedação consciente com protóxido de azoto e oxigénio na prática clínica diária de uma forma simples e centrar-se-á na segurança – as técnicas de suporte básico de vida e monitorização fazem parte integrante da formação – e na utilização prática da sedação em adultos e crianças. Serão abordados temas como indicações e contra-indicações, técnicas de administração clínica, entre outros, seguidos por uma sessão prática e por uma cirurgia em directo com sedação consciente. Os participantes terão a oportunidade de aplicar as diversas técnicas leccionadas quer ao nível da sedação, quer ao nível da monitorização e suporte básico de vida através de cenários simulados e reais. O curso decorrerá nas instalações da Malo Clinic Education em Lisboa e as inscrições já se encontram abertas. Malo Clinic Education. 217 247 080 • education@maloclinics.com

Curso de curta duração na área da Endodontia O Centro de Formação Labfordente organiza, nos dias 24 e 25 de Setembro, um curso de curta duração com o objectivo de rever e actualizar conceitos na área da Endodontia e permitir aos seus participantes terem contacto prático com as novas metodologias de preparação e obturação dos canais radiculares. Este curso será ministrado pelo Professor Doutor Manuel Paulo, com a colaboração da Mestre Cláudia Rodrigues. Labfordent. 224 806 034 • mail@labfordente.pt • www.labfordente.pt

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Cursos de formação contínua em ortodontia A Ledosa (Grupo CEOSA) prossegue com o seu leque de cursos de formação contínua em ortodontia, em Madrid (Espanha). As próximas datas são: • Curso 1: Cefalometria e meios de diagnóstico, dia 30 de Setembro, 1 e 2 de Outubro. • Curso 2: Tratamento da classe I, de 28 a 30 de Outubro. • Curso 3: Cementação e biomecânica, de 25 a 27 de Novembro. • Curso 4: Tratamento da classe II, de 16 a 18 de Dezembro. • Curso 5: Tratamento da classe III, de 27 a 29 de Janeiro, de 2011. • Curso 6: Prática do diagnóstico e plano de tratamento: de 3 a 5 de Março de 2011. • Curso 7: Biomecânica avançada e autoligado, de 7 a 9 de Abril de 2011. • Curso 8: Ortodontia multidisciplinar, de 19 a 21 de Maio de 2011. Ledosa (Grupo CEOSA) • cursos@ledosa.com • www.ledosa.com

Curso sobre a técnica Osteosinus em Setembro A AIIO - Académie Internationale d´Implantologie Orale (Paris) promove, no próximo dia 16 de Setembro, mais uma edição do curso Osteosinus – elevação do seio maxilar com toda a serenidade. A técnica Osteosinus é muitas vezes uma alternativa, acessível a todos, ao sinus lift. Este método permite realizar a elevação, o preenchimento do seio maxilar e a colocação de implantes numa mesma sessão. A formação é assegurada por Gilles Boukhris, criador do sistema Osteosinus e doutor em cirurgia dentária, e por Bernard Lazaroo, doutor em anatomia e dor cranio-cervico-facial. O programa do curso tem uma forte componente prática, estando contemplada a prática em crânios de cadáver. Local da formação: Académie Internationale d´Implantologie Orale (Paris) e Faculdade de Medicina – Paris V. Sinusmax. 229 377 749 • formacao@sinusmax.com

Cursos de pós-graduação no Brasil Estão abertas as inscrições para cursos em várias áreas da medicina dentária, fruto da colaboração entre a Neodent e o Instituto Latino-Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico (ILAPEO). Com sede em Curitiba (Brasil), o ILAPEO é um centro de ensino de pós-graduação e cursos em diversas áreas. O centro tem à disposição as seguintes áreas de formação: mestrado em odontologia, sub-área implantodontia; especialização em implantodontia e em ortodontia; aperfeiçoamento e cursos em várias áreas (implantodontia, prótese sobre implante, cirurgia avançada, ancoragem ortodôntica, cirurgia guiada – neoguide, maxilas atróficas). ILAPEO. (0055) 413595 6013 • www.ilapeo.com.br • ilapeo@ilapeo.com.br

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Calendário de cursos Cursos de formação em Ortodontia e Ortopedia Dentofacial A International Straight Wire and Orthopedic Seminars prossegue a organização de cursos de formação contínua em Ortodontia e Ortopedia Dentofacial, ministrados por Bernard “Coco” Garcia Coffin e coordenados por Paulo Fernandes Retto e Filipa Gaudêncio. A filosofia de tratamento do Professor Bernard Garcia destaca-se pela vertente não extraccionista e pelos protocolos não cirúrgicos pelos quais é conhecido mundialmente. O curso compreende e permite a resolução de casos a iniciar e em tratamento. Todos os dias de curso, após a matéria dada. Próximos módulos: - Tratamento da Classe I e da Maloclusão Transversal (2, 3 e 4 de Julho). - Tratamento da Maloclusão Classe II (12 a 14 de Novembro). dpr.dental@gmail.com • 918 094 440.

Os cursos são ministrados por Bernard Garcia Coffin.

Curso modular de cirurgia ortognática Ministrado por Luis A. Quevedo Rojas, o novo curso modular de seis sessões da Osteoplac terá início no dia 26 de Julho. O objectivo é capacitar o especialista em cirurgia maxilofacial e o ortodoncista em reconhecer, diagnosticar e tratar anomalias dentofaciais. Haverá espaço para aulas teóricas, seminários, ateliers práticos, sessões presenciais e sessões clínicas. Durante o curso, serão tratados pacientes reais. Quevedo Rojas é cirurgião maxilofacial e cirurgião dentista na Universidade do Chile (Chile), tendo estudado cirurgia ortognática na Universidade do Texas (EUA). Actualmente, é professor associado de cirurgia maxilofacial na Faculdade de Odontología da Universidade do Chile. Osteoplac Congresos. (0034) 902 422 420 • congresos@osteoplac.com • www.osteocongress.com

Curso de Implantologia em Paris A Académie Internationale d´Implantologie Orale (AIIO) organiza mais uma edição do seu curso intensivo de Implantologia na semana de 18 a 22 de Outubro, em Paris. A Sinusmax acompanha e apoia a participação dos médicos dentistas portugueses interessados, antes, durante e após a realização do curso, que inclui uma forte componente prática em modelo, em cadáver (na Faculdade de Medicina de Paris V) e em pacientes, como garante de uma sólida formação em implantologia tanto para iniciados na especialidade como para a actualização e sistematização dos conhecimentos dos implantologistas no activo. Sinusmax. 229 377 749 • formacao@sinusmax.com • www.sinusmax.com/Formacao.pdf

Sorriso Natural organiza acções de formação A Sorriso Natural continua a apostar em força na formação, terminando a 1 de Agosto mais um Master de Implantologia, em Oeiras. A quarta edição deste Master terá início a 9 Setembro, em Braga, e será orientada por Rui Coelho e Andreia Marques. Contará uma vez mais com a participação da Biomet 3i, Dio, EuroTeknika e NobelBiocare. Depois da presença de Otto Zuhr no Master de Periodontologia, será a vez da Sorriso Natural, em parceria com o Biomet 3i, trazer Francesco Amato para o último módulo. As grandes novidades para 2011 são os Masters de Endodontia, com Pedro Cruz, e o de Dentisteria Estética, com início em Novembro, que contará com a participação de Joana Garcez, João Carlos Ramos e Didier Dietschi. www.sorrisonatural.blogspot.com • www.sorrisonatural.com

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Congressos e reuniões Colónia já prepara edição 2011 da IDS A Feira de Colónia (Koelnmesse) e a Sociedade para a Promoção da Indústria Dentária (GDFI), empresa ligada à Associação da Indústria Dentária Alemã (VDDI) já estão a preparar a 34ª edição do principal certame europeu da indústria dentária, que se realiza de dois em dois anos. A IDS 2011 abrirá as suas portas em Colónia (Alemanha) entre os dias 22 e 26 de Março do próximo ano. Depois de a edição de 2009 ter contado com 1.823 expositores de 56 países e aproximadamente 106 mil visitantes profissionais provenientes de 136 países, a organização espera em 2011 igualar ou superar estes resultados. O certame irá manter o habitual formato das últimas edições, ou seja, o primeiro dia da exposição será exclusivamente dedicado ao comércio especializado dentário e aos importadores. A exposição internacional ocupará de novo os pavilhões 3, 4, 10 e 11 da Koelnmesse, o que representa uma área bruta de exposição na ordem dos 138.000 m2. Quanto ao número de expositores, a organização da feira alemã espera a participaçãõ de mais de 1.800 empresas . www.ids-cologne.de

VIII Simpósio Internacional de Implantologia Oral BTI A Fundação Eduardo Anitua vai organizar em Bilbau (Espanha), nos próximos dias 1 e 2 de Outubro, a oitava edição do Simpósio Internacional de Implantologia Oral BTI. A organização do evento, que irá decorrer no Palácio de Congressos Euskalduna da referida cidade espanhola, anticipa um programa científico de alto nível, com a participação de profissionais de primeiro plano mundial em diferentes especialidades. O programa deste ano introduz algumas novidades no formato do simpósio, tais como a exposição de casos clínicos e a oportunidade de presenciar uma cirurgia ao vivo, tudo centrado no objectivo de atingir a excelência na prática diária. À semelhança das edicões anteriores, as conferências serão complementadas com uma exposição comercial, workshops e um concurso de posters científicos. www.fundacioneduardoanitua.org • www.bti-implantes.es

Brasil organiza encontro anual da FDI O próximo congresso anual da Federação Dentária Internacional (FDI) terá lugar em Salvador da Bahia (Brasil), entre 2 e 5 de Setembro, sob presidência de Roberto Vianna. O tema do programa científico é “Saúde Oral para Todos; Desafios e Soluções”. O objectivo do encontro é discutir e reflectir junto dos governos nacionais, das comunidades locais e dos indivíduos, o facto de a saúde oral ser muitas vezes negligenciada, apesar de ser uma área importante da saúde em geral. Além disso, o programa explora temas como a educação internacional, a ciência e a saúde pública dental. Este evento contará ainda com uma exposição, junto ao local do congresso, que mostrará as últimas inovações, serviços e produtos da indústria dentária. Ao todo, a mostra espera receber cerca de 300 empresas do sector dentário de todo o mundo. As inscrições para o evento podem ser feitas no site oficial. www.fdiworldental.org • congress@fdiworldental.org

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Congressos e reuniões Lisboa acolhe 2º Simpósio da EADSM A cidade de Lisboa vai receber o 2º Simpósio da European Academy of Dental Sleep Medicine (EADSM), nos dias 17 e 18 de Setembro, dois anos depois da primeira edição do encontro se ter realizado em Berlim (Alemanha). Entre os oradores estarão o belga Marc Braem, o francês Patrick Levy, a italiana Maria Villa, o alemão Nikolaus Netzer e a neurologista portuguesa, especialista em Medicina do Sono, Teresa Paiva. A directora do programa científico é Marie Marklund, da Suécia. Alguns dos temas a serem discutidos são a Medicina do Sono na Europa e em Portugal e novos aspectos educacionais com e-learning; consequências dos distúrbios do sono e aplicação do tratamento para a apneia do sono; e efeitos laterais dos aparelhos orais. EADSM. 0033 556 222 821 • eadsm.symp10@free.fr • www.eadsm.org

30º congresso da SPEMD realiza-se em Outubro no Porto

www.spemd.pt

A próxima edição do congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatología e Medicina Dentária (SPEMD) vai decorrer nos dias 15 e 16 do próximo mês de Outubro na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto. O 30º encontro anual da SPEMD contará com os seguintes oradores convidados: Rui Figueiredo (Cirurgia Oral), Andrés Blanco (Patologia Oral), Miguel Roig (Endodontia) Maria Aparecida Machado (Odontopediatria), António Mata (Evidência Científica), Ana Mano Azul (Halitose) e Francisco Pina Ramón (Implantologia). O programa deste ano prevê igualmente a realização de um curso de assistentes dentárias, que abordará as temáticas de Fotografia Digital, Radiologia Dentária, Odontopediatria e Técnica de Vazamento de Gesso. Uma exposição de posters científicos e várias comunicações livres são outros pontos da agenda traçada para a edição 2010 do congresso da SPEMD.

Europarque volta a ser o cenário do Congresso da OMD O congresso da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) regressa este ano ao Europarque, em Santa Maria da Feira. O XIX encontro anual dos profissionais do sector dentário em Portugal terá lugar entre os dias 11 e 13 de Novembro, com um vasto programa científico. Em simultâneo, realizar-se-á mais uma edição da Expo-Dentária, com o objectivo de promover e divulgar novos produtos da indústria dentária, e proporcionar melhores oportunidades de negócio. www.omd.pt

29ª edição do congresso de São Paulo tem data marcada

www.ciosp.com.br

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A 29ª edição do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo vai decorrer entre os dias 29 de Janeiro e 2 de Fevereiro de 2011, ano em que a Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD), que organiza o evento, assinala o seu centenário. O maior encontro brasileiro (e da América Latina) na área da Medicina Dentária é reconhecido internacionalmente por ser uma referência no domínio da actualização técnica e científica do sector, para além de constituir uma concorrida montra de exibição das últimas soluções da indústria dentária. A última edição do CIOSP somou mais de 60 mil participantes/visitantes, entre médicos dentistas, estudantes de Medicina Dentária, técnicos de prótese dentária e outros profissionais do sector.


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ADA organiza congresso anual em Outubro na cidade de Orlando O congresso anual da Associação Dental Americana (ADA) está agendado para os dias 9 a 12 de Outubro, na cidade norte-americana de Orlando, na Flórida. O evento deste ano, que engloba uma feira comercial e o habitual programa científico, inclui mais de 200 cursos de formação contínua sobre os avanços nos mais diversos sectores da medicina dentária. Os participantes terão acesso a palestras, workshops, cursos de nível avançado e diversas actividades com pacientes ao vivo. A exposição comercial (World Marketplace Exhibition) dará a conhecer os últimos lançamentos e serviços do sector dentário. O congresso da ADA reúne habitualmente representantes de mais de 80 países.

IDEM Índia regressa a Bombaím em Setembro

www.idem-india.com

A comunidade dentária internacional tem novo encontro marcado em Bombaím, entre os dias 9 e 11 de Setembro, no âmbito do certame IDEM Índia 2010 - International Dental Exhibition and Meeting. O evento anual que a Feira de Colónia (Koelnmesse) estreou em 2009 no emergente mercado indiano volta a envolver uma exposição da indústria e palestras sobre os mais recentes tratamentos, técnicas e novidades tecnológicas do sector da medicina dentária. Espera-se que este ano a IDEM Índia ultrapasse os resultados da primeira edição do certame, em que cerca de centena e meia de empresas, em representação de duas dezenas de países de todos os continentes, apresentaram-se no Centro de Exposições de Bombaím com os últimos produtos e serviços da indústria dentária mundial.

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Novidades da indústria Defcon apresenta inovador Pilar ProUnic Advance Defcon Tissue Care desenvolveu o pilar ProUnic® Advance com um único parafuso para reabilitações aparafusadas. Este converge no cone superior permitindo corrigir desparalelismos de até 30º entre implantes. O conjunto, implante TSA® Advance e pilar ProUnic® Advance, aporta uma melhor distribuição das tensões obtendo-se maior estabilidade e um tratamento mais duradouro. Esta distribuição pelo eixo axial do implante estimula a adesão dos tecidos moles à parte coronal do implante. O pilar ProUnic® Advance e os seus aditamentos obedecem ao código de cores do sistema de implantes. Defcon Portugal. 220 995 600 (Ricardo Faria) • rfaria@defcon.es • www.defconimplants.com

Nova barra de implantes para sobredentadura NobelProceraTM No âmbito da sua nova gama de produtos, a Nobel Biocare apresenta a barra de implantes para sobredentadura NobelProceraTM, de fabrico industrial de alta qualidade, rentável e pronta para utilizar. As barras de NobelProceraTM foram desenhadas individualmente, utilizando software protésico guiado em 3D, moldadas industrialmente a partir de un sólido monobloco de titânio biocompatível e estão prontas para usar. Devido à precisão do seu molde, as barras apresentam uma excepcional capacidade de ajuste, ideal para transferência de cargas e juntas estáveis. As novas barras da marca sueca oferecem uma excelente versatilidade. Estão preparadas para servir uma variada gama de acessórios dentários e somam os requisitos para quase todas as situações clínicas. NobelProceraTM está sujeito a um estrito controle de qualidade e inclui una garantia de cinco anos. www.nobelbiocare.com

QuickLase: laser de diodos para cirurgia oral e tecidos moles A Douromed comercializa o QuickLase que consiste num laser de diodos para cirurgia oral e tecidos moles. QuickLase Dual trabalha com dois comprimentos de onda distintos e em simultâneo, aliando velocidade de corte e óptima coagulação. Tratando de um aparelho que emite radiação electromagnética, este equipamento permite a realização de vários tratamentos cirúrgicos diminuindo a anestesia e induzindo a recuperação/cicatrização dos tecidos. O laser permite realizar tratamentos como: frenectomia, gengivectomia, pulpotomia, drenagem de abcessos, alargamento das margens coronárias, etc. Douromed. 224 152 279 • www.douromed.com

Nova versão de Ionolux Os materiais à base de ionómero de vidro geralmente são submetidos a comparações com as avançadas resinas compostas no que diz respeito ao seu desempenho. Ionolux, o material à base de ionómero de vidro fotopolimerizável da Voco, combina as vantagens de ambos. Trata-se de um material restaurador fotopolimerizável à base de ionómero de vidro, disponível nas cores A1, A2 e A3, que foi desenvolvido para o uso em diversas aplicações da dentisteria restauradora e pré-protética. Ionolux é indicado para pequenas restaurações provisórias de classe I e para restaurações de classes III e V, especialmente restaurações em áreas cervicais e tratamentos de cáries radiculares. Além da prática apresentação AC, agora também se encontra disponível a versão económica de Ionolux para mistura manual, cuja aplicação exige apenas um reduzido instrumental. www-voco.com

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Lançado composto químico Identium A Kettenbach lança uma inovação na moldagem dentária resolvendo o problema da dificuldade de remoção das impressões feitas com poliéteres. Também o odor e sabor característico do poliéter são resolvidos com este novo composto químico, fruto da ligação feliz de um silicone com um poliéter. O Vinynsiloxanether, comercializado sob o nome Identium, associa assim o que de melhor têm os silicones ao que de melhor têm os poliéteres, resultando um material elástico, estável, inodoro, insípido, hidrófilo, que pode ser humedecido e que permite um elevado tempo de manipulação intra-oral. Também para quem prefere impressões com produtos monofásicos, Identium é um produto de eleição, sendo a sua principal indicação em Implantologia. Sinusmax. 229 377 749 • www.sinusmax.com

All-Bond SE: adesivo auto-condicionante universal Lançado recentemente pela Bisco, e com distribuição garantida pela Dentina, o AllBond SE é um adesivo autocondicionante e fotopolimerizável que combina o ácido, primer e bonding numa só aplicação. Indicado para restaurações directas e indirectas; cimentação de restaurações indirectas de compósito, cerâmica e metal; construção de cotos com compósitos fotopolimerizáveis; dessensibilização de superfícies radiculares expostas. Pode ser usado como agente monocomponente ou pode utilizar o Liner radiopaco para grandes restaurações que requerem uma durabilidade reforçada. Ao contrário da maioria dos adesivos self-etch, o All-Bond SE é totalmente compatível com materiais de auto, foto ou dupla polimerização, sem a necessidade de aplicação de activadores adicionais. Dentina. 210 317 700 dentina@dentina.pt

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Novidades da indústria Voco lança creme dentário Remin Pro Remin Pro é o novo creme de protecção e higiene dentária lançado pela Voco para ampliar os recursos profiláticos do cirurgião-dentista. O creme regenera com suavidade os tecidos dentários mineralizados em diferentes situações clínicas, como após os tratamentos restauradores, os procedimentos de profilaxia profissional e os clareamentos dentários ou durante os tratamentos ortodônticos. Remin Pro contribui para a neutralização dos ácidos produzidos pela placa bacteriana. Pode ser aplicado facilmente, consistindo no complemento ideal para os cuidados dentários profissionais e domiciliares. www.voco.com

Novo O’ring para implantes IDI A IDI – Implants Diffusion International, acaba de lançar um acessório indispensável para os que usam dois ou mais pilares para retenção de próteses removíveis. Consiste numa caixa metálica fechada com um O’ring em nylon de longa duração. Com uma retenção elástica acima de qualquer anteriormente producida, apresenta uma extrema facilidade de substituição. Este acessório é fornecido gratuitamente com o kit de acessórios de prótese para calcináveis que acompanha o implante IDCam. Sinusmax. 229 377 749 • www.sinusmax.com

Biofisa apresenta linha MS Implant A Biofisa tem à disposição dos profissionais de medicina dentária uma nova solução – MS Implant – desenvolvida para situações de espessuras e densidades ósseas limitadas. A linha MS Implant disponibiliza implantes de diâmetros 2,5 e 3,0mm, com os comprimentos de 10, 13 e 15 mm. Os Mini-Implantes Osstem foram desenvolvidos para uso em reabilitações parciais e totais. O sistema MS Implant possibilita fazer reabilitações sobre implantes evitando cirurgias de enxertia óssea. Biofisa. 211 550 829 • geral@biofisa.com

Nobel lança nova estrutura de titânio A Nobel Biocare tem à disposição do sector dentário estruturas de titânio NobelProcera para sistemas de implantes de outras marcas do mercado. Estas estruturas CAD/CAM individualizadas oferecem uma aplicação industrial com grande precisão e garantia de qualidade. É feito com materiais biocompatíveis que estão certificados pela sua resistência, força e homogeneiwww.nobelbiocare.com dade: zircónio e titânio.

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Straumann estreia instalações na área metropolitana de Lisboa A Straumann estreou, no passado mês de Abril, a sua sede na área metropolitana de Lisboa, ao abrigo da estratégia de expansão a nível nacional da conhecida empresa do sector dentário com sede em Basileia (Suíça). As novas instalações situam-se no terceiro piso do edificio n.º 11 do complexo empresarial Lagoas Park, em Porto Salvo, e contam com uma dezena de funcionários vocacionados para as áreas comercial, administrativa, de gestão e marketing. A cerimónia de inauguração dos amplos escritórios na capital portuguesa teve como anfitriões o director geral da Straumann para a Península Ibérica, Jens Dexheimer, e o gerente da delegação em Portugal, Júlio Amorim, e contou com a presença de alguns parceiros e colaboradores da empresa no âmbito comercial e académico, designadamente representantes da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, entre outros convidados. Implantada em Portugal há cerca de duas décadas, a Straumann mantinha até aqui uma presença física sobretudo na região Norte do país. De acordo com Jens Dexheimer, houve uma discussão interna sobre onde colocar as novas instalações. “Decidimos investir em Lisboa, uma vez que a capital portuguesa assume um peso particular em termos de mercado, mas isso não significa que o Porto esteja a perder importância”, esclarece o executivo de nacionalidade alemã, frisando que a Straumann irá manter a sua actividade na cidade Invicta, quer através da presença de delegados comerciais da empresa quer em termos de parcerias para efeitos de formação (Centro de Formação Straumann) e estudos científicos (Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto). A par da actividade comercial, a Straumann mantém uma colaboração permanente neste domínio com instituições universitárias e hospitais de Lisboa, Porto e Coimbra. “O mercado português é importante para nós, pois estamos numa fase de crescimento. Esta aposta nos novos escritórios e numa equipa própria para venda directa e marketing é uma aposta de futuro num mercado onde, de resto, existem profissionais do sector dentário muito conhecidos a nível internacional”, refere Jens Dexheimer, sublinhando que a Península Ibérica “é o nosso terceiro mercado, a seguir aos EUA e Alemanha”.

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Esta opinião é partilhada pelo responsável da delegação portuguesa, para quem a Straumann “vive um momento de expansão”. Júlio Amorim justifica a aposta na área metropolitana de Lisboa pelo facto de “representar mais em termos de capacidade aquisitiva quer de número de dentistas quer de potencial de mercado”. Com estas novas instalações, “pretendemos estar mais perto do cliente, fazer com que esta casa seja também a casa do cliente e ter uma relação de maior proximidade”. Um dos objectivos próximos da empresa passa por generalizar cada vez mais as suas soluções. “A Straumann é líder no campo das soluções que englobam os implantes, mas hoje em dia existe uma área que está muito em voga: CAD-CAM ou soluções digitais”, nota Júlio Amorim, recordando, a propósito, a recente introdução de um scanner intraoral de toma de impressões que “creio que vai revolucionar em muito a prática quotidiana do médico dentista, pois permite evitar a toma de impressão tradicional, que é inconveniente para os pacientes”. O novo scanner já está disponível no mercado português. “Fizemos a primeira apresentação na Expodental de Madrid e temos tido alguns contactos com líderes de opinião em Portugal que estão receptivos a essa nova tecnologia”, esclarece. Jens Dexheimer recorda, por seu lado, o objectivo da Straumann no sentido de lançar periodicamente (cada 12 a 18 meses) uma inovação no mercado em matéria de produtos, como o sistema de cirurgia guiada que lançou este ano. “A nossa intenção é investir em inovações para facilitar melhor o serviço aos médicos e pacientes do sector dentário”. A cerimónia de inauguração teve como anfitriões o director geral da Straumann para a Península Ibérica, Jens Dexheime (à direita), e o gerente da delegação em Portugal, Júlio Amorim.


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EMS prevê para 2011 cursos destinados a profissionais portugueses A delegação espanhola da EMS (Electro Medical Systems) realizou no passado mês de Junho, em Madrid, através da Swiss Dental Academy, um curso teórico-prático sobre profilaxia e periodontia. Trata-se da segunda vez que este curso tem lugar na capital espanhola, desde a sua estreia em Abril, em conformidade com outras acções educativas similares que a academia suíça também desenvolve em diferentes cidades europeias, asiáticas e americanas. Desta vez, o curso contou com o patrocínio da Henry Schein e a colaboração da Clínica Cloe, em cujas instalações decorreu a jornada intensiva. Ao abrigo do programa formativo foram abordados os seguintes temas: a doença periodontal e o seu tratamento; instrumentação com equipamento ultrasónico; funcionamento dos Air-Flow e Perio-Flow; instrumentos específicos para bolsas periodontais profundas; limpeza de bifurcações e trifurcações; estudos clínicos e conceito de profilaxia. Além disso, também se realizaram sessões práticas. A resposta positiva que o sector da medicina dentária do país vizinho está a dar a esta iniciativa permitiu à organização garantir a sua continuidade. Segundo a coordenadora dos cursos e assessora de clínica da EMS, Gloria Gibbah, “o crescente interesse dos profissionais espanhóis – entre os quais se incluem sobretudo higienistas dentais e assistentes, mas também médicos dentistas – justifica o lançamento de novos cursos” no segundo semestre deste ano. As próximas jornadas formativas vão decorrer nos dias 25 de Setembro e 13 de Novembro na mesma clínica madrilena. Por enquanto, os cursos centram-se exclusivamente na prevenção e tratamento dos problemas periodontais, embora a organização não descarte a possibilidade de “alargar esta iniciativa a outros temas, como a implantologia, em resposta às aspirações dos nossos alunos”, adiantou Gloria Gibbah, que anunciou também a organização de cursos em outras partes de Espanha e inclusivamente para os profissionais de Portugal (a partir de 2011). Por seu lado, a directora médica da Clínica Cloe e orientadora do curso, Mya Choufani, explicou que a aposta da Swiss Dental Academy pela periodontia deve-se ao facto de o equi-

Mya Choufani (à esquerda) e Gloria Gibbah, respectivamente, docente e coordenadora dos cursos em Espanha.

pamento da EMS estar vocacionado para a profilaxia (limpeza, polimento e raspagem) neste campo. “Os nossos cursos estão sempre enfocados na periodontia e na profilaxia; contudo, reparamos que há muito interessados em saber como se limpam os implantes”, constatou Mya Choufani, recordando que Espanha é um dos países onde mais implantes se colocam.“Os alunos que frequentam os nossos cursos preguntam-nos sempre sobre a profilaxia aplicada aos implantes”. De modo que, mais cedo ou mais tarde, este tema será incluído no plano de formação para a Península Ibérica. Quanto aos objectivos do curso da Swiss Dental Academy, a directora médica destacou a importância da manutenção pósconsulta para garantir que o tratamento funciona a longo prazo.“O nosso empenho está não apenas em explicar o funcionamento dos aparelhos da EMS, mas também na educação do paciente para que este compreenda o valor de visitar o médico dentista, de fazer uma limpeza e a manutenção periodontal, para que o tratamento seja bem sucedido a longo prazo”.

Os cursos que a EMS promove através da Swiss Dental Academy centram-se na prevenção e no tratamento dos problemas periodontais.

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Página empresarial Ivoclar Vivadent dedica sessão a estudantes de Prótese Dentária No passado dia 22 de Maio, teve lugar na Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa, em Gandra-Paredes, uma demonstração do sistema IPS e.max, para alunos do 4º ano do curso de Prótese Dentária. Organizada pela Ivoclar Vivadent, a sessão foi orientada por André Sousa, um dos mais destacados representantes da empresa em Portugal. A demostração consistiu na injecção de uma faceta e uma coroa total em IPS e.max press HT com o forno de injecção/queima Programat EP5000 e estratificação de uma coroa com IPS e.max ceram sobre uma estrutura de e.max press MO. Os alunos tiveram oportunidade de comprovar o êxito do sistema IPS e.max press, baseado na cerâmica de vidro à base de disilicato de lítio, material exclusivo Ivoclar Vivadent. No final da sessão, os estudantes manifestaram-se satisfeitos pela oportunidade de poder assistir a uma demonstração a que só um técnico de prótese dentária com experiência teria acesso e com a certeza de que lhes será muito útil quando iniciarem as suas carreiras profissionais.

André Sousa com os alunos da Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa.

Ivoclar Vivadent. (0034) 913 757 820 www.ivoclarvivadent.com

Actor Pedro Barroso celebra protocolo com Vital Dent A Vital Dent celebrou um protocolo com o actor Pedro Barroso, cujo sorriso passa a ser da responsabilidade desta rede de clínicas e juntar-se-á ao de Cláudia Vieira, um dos rostos da marca. As preocupações com a imagem, o espírito jovem e sorridente definem o perfil de Pedro Barroso e foram as razões que levaram a Vital Dent a escolhê-lo para ser uma das caras da marca em Portugal. Pedro Barroso começou a sua carreira na televisão como apresentador do programa “Dance TV”, mas foi na série juvenil da TVI “Morangos com Açúcar” que se tornou mais conhecido do público. Actualmente, podemos vê-lo na novela “Meu Amor”, onde interpreta Jorge. “Para a profissão que escolhi, uma saúde oral cuidada, tanto a nível de saúde como de estética, é importantíssimo. Pelo que conheço da Vital Dent e do reconhecimento que tem no mercado, penso que não poderia ter escolhido outra marca para tratar do meu sorriso”, afirma Pedro Barroso a propósito do protocolo.

Pedro Barroso.

www.clinicasvitaldent.pt

Douromed tem novo site A douromed inaugurou recentemente o seu novo site na internet, agora mais rápido e simplificado permitindo aos utilizadores a realização de encomendas em tempo real. Neste novo portal, para além de encomendas, os clientes podem consultar o seu histórico, ter acesso a informação sobre cursos, apoio comercial e consulta de produtos e preços. As consultas informáticas estão disponíveis em: www.douromed.com.

Douromed. 224 152 279

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Sinusmax divulgou técnica inovadora de anestesia A Sinusmax realizou, nos dias 18 e 19 de Junho, em Lisboa e no Porto, um evento de formação e divulgação teórico-prática na área da anestesia e de sistemas de alta tecnologia e inovação neste âmbito. De forma a corresponder às necessidades e expectativas dos participantes, decorreram duas sessões em cada dia, uma para médicos dentistas utilizadores da técnica e do equipamento, e outra para médicos dentistas convidados e interesados. As sessões tiveram lugar nas faculdades de Medicina Dentária das Universidades de Lisboa e do Porto, e foram ministradas por Olivier Sautejeau, responsável da empresa francesa Dental Hi Tec Internacional, e Anjos Pereira, director científico da Sinusmax. Sinusmax. 229 377 749 / 913 113 559 • formacao@sinusmax.com

Apresentada empresa pioneira na área do licenciamento a clínicas dentárias A empresa MedSupport – Engenharia e Apoio à Decisão, que foi apresentada publicamente no passado dia 28 de Maio, é uma organização pioneira em Portugal na prestação de serviços de manutenção técnica e apoio ao licenciamento a clínicas dentárias. A cerimónia de apresentação da empresa, que pretende ser uma “aliada na garantia de excelência na prestação de serviços de saúde”, decorreu na Casa do Ribeirinho, em Matosinhos. A recepção foi conduzida pelos sócios Sónia Santos e Luís Guerreiro, engenheiros de formação, perante uma plateia de ilustres representantes da medicina dentária. Um dos temas que mais interesse suscitou aos profissionais presentes foi o do apoio ao licenciamento referente à recente saída da portaria 268/2010, que atribui um ano para que todas a clínicas se licenciem por este novo regime. Feitas todas as apresentações, serviu-se um jantar ao grupo de convidados da empresa, seguido de um momento de convívio. Med Support. 229 445 650 . www.medsupport.pt

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Página empresarial Paulo Maló vence Prémio Produto Inovação COTEC-UNICER 2010 As técnicas cirúrgicas de Implantologia e Reabilitação Oral Fixa – All-on-4™ – desenvolvidas por Paulo Maló e a sua equipa na Malo Clinic, foram distinguidas com o Prémio Produto Inovação COTEC-UNICER 2010, entregue pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva na sessão de encerramento do 7º Encontro Nacional de Inovação. O conceito All-on-4™ permite a colocação de dentição fixa que esteticamente parece e funciona como dentição natural, sem necessidade de transplante de osso e em apenas 30 minutos, dependendo da complexidade do caso. O processo de reabilitação, que anteriormente exigia várias fases e demorava meses, tornou-se mais rápido, mais confortável e mais económico. Além disso, permitiu que pacientes com graves problemas de saúde, que contraindicam a realização de cirurgias extensas, como os enxertos ósseos, pudessem igualmente beneficiar das vantagens de voltar a mastigar e sorrir. A Malo Clinic é líder mundial neste sector e tem em Lisboa o maior centro de Implantologia e Paulo Malo recebeu o prémio das mãos Reabilitação Oral Fixa do Mundo, estando também presente em quatro continentes, em cidades do Presidente da República. como: Nova Iorque, São Paulo, Macau e Varsóvia. Este prémio, que tem como objectivo promover a inovação empresarial no país, reuniu 32 candidaturas com origem em 30 empresas. De acordo com a organização, o júri pronunciou-se por unanimidade em relação ao vencedor (Malo Clinic). www.maloclinics.com

Astra Tech organizou sessões clínicas em Lisboa e Porto A primeira edição do Atlantis Clinicians Tour, uma iniciativa da Astra Tech, teve lugar nos passados dias 25 e 26 de Maio. O evento foi composto por duas sessões clínicas organizadas no Porto e em Lisboa. Com o objectivo aprofundar o conhecimento de Prótese Cimentada sobre Implantes explorando de forma crítica algumas alternativas CAD/CAM hoje disponíveis no mercado, nestas sessões é descrito o método Atlantis. Líder no mercado norteamericano do seu segmento, este conceito de vanguarda resgata os conceitos aceites em prótese fixa clássica e transporta-os a uma nova dimensão de surpreendente facilidade. Especial ênfase foi dado à importância crítica de um perfil de emergência anatómico e individualizado para alcançar o êxito estético e funcional a longo prazo. O programa incluiu um espaço para a abordagem eminentemente prática do método Atlantis a cargo dos técnicos de prótese Paulo Borges (no Porto) e Monique Moors (em Lisboa) e a apresentação de diferentes casos clínicos, resolvidos com recurso a pilares individualizados Atlantis, a cargo de Tiago Borges (Porto) e Sérgio Sousa (Lisboa). Dado o feedback obtido de todos quantos estiveram presentes esta é uma inciativa seguramente a repetir e a estender a outras cidades portuguesas. Astra tech Dental. (0034) 902 101 558 • www.astratechdental.pt

Vital Dent realizou campanha de ortodontia As Clínicas Vital Dent realizaram, entre 1 de Maio e 30 de Junho, uma campanha de ortodontia subordinada ao tema “Sorriso Perfeito, Família Feliz!”. A campanha visou proporcionar a toda a família a possibilidade de realizar uma consulta grátis e proceder a tratamentos eficazes através de alternativas ortodônticas com condições especiais, nomeadamente de pagamento. “É nosso objectivo desmistificar algumas ideias pré-concebidas de que os tratamento de ortodontia apenas podem ser realizados num determinado período da nossa vida. De facto cada vez mais o uso dos aparelhos dentários não tem idade”, justificou Luisa Ferreira, directora de Marketing das Clínicas Vital Dent. Durante o período da campanha, a Vital Dent juntou-se à Coolgift, uma marca nacional de packs de experiências, a fim de oferecer às famílias mais radicais três experiências únicas por semana. Para participar, bastava aceder ao Facebook da Vital Dent e colocar no respectivo mural fotos da família a divertir-se em actividades radicais, tais como praticar surf, andar de skate ou bicicleta entre outras actividades. As três fotos mais comentadas da semana (por utilizadores diferentes) foram contempladas com packs da Coolgift. www.clinicasvitaldent.pt

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Swident chega a Portugal A Swident é uma prestigiada marca de equipamentos dentários italiana que chega agora a Portugal, através da representação exclusiva da Douromed. Os equipamentos Swident aliam um design moderno e sofisticado à simplicidade de concepção técnica. Desenhados e concebidos por técnicos os equipamentos são extremamente acessíveis e fiáveis. Actualmente a marca tem cinco linhas de equipamentos: Friend Easy, Friend Up, Friend Plus, Partner e Pod, colmatando assim as diferentes necessidades e preferências dos seus clientes. A Douromed convida todos os clientes e parceiros a visitar o show room onde estão expostos os equipamentos nas instalações desta empresa. Douromed. 224 152 279 • www.douromed.com

Osteoplac apoia reunião anual da Sociedade Espanhola de Ortodontia A 56ª reunião da Sociedade Espanhola de Ortodontia (SEDO) realizou-se em Múrcia (Espanha), entre os dias 29 de Maio e 2 de Junho. A Osteoplac colaborou no evento anual da SEDO como patrocinador, figurando o logo da empresa nas faixas de acreditação do congresso, a que assistiram 800 profissionais da especialidade. Durante o encontro foram abordados os mais recientes avanços na área da Ortodontia, com a colaboração de profissionais de reconhecido prestígio nacional e internacional. Osteoplac. (0034) 902 422 420 • osteoplac@osteoplac.com • www.osteoplac.com

Campanha de higiene oral nas escolas Os Laboratórios Pierre Fabre Oral Care, com a marca Elgydium, são pioneiros na implementação de uma acção global de sensibilização e educação para a higiene oral, em escolas de todo o país. Destinado a crianças entre os 6 e os 12 anos, o projecto “Os Super Sorrisos Elgydium” já chegou a 64 escolas privadas, tendo sensibilizado 500 turmas num total de 11.200 alunos, que aprenderam hábitos saudáveis de higiene oral e de alimentação. Iniciado em Setembro de 2009, o projecto prossegue até Junho de 2011, ao longo de dois anos lectivos, contribuindo para melhores práticas de higiene oral entre a população escolar. Para transmitir os ensinamentos de saúde oral de uma forma divertida e pedagógica, a marca Elgydium criou três personagens com super poderes, cujos atributos são imediatamente reconhecidos pelas crianças: o Escovix (com o poder da higiene oral em acção), o Alimentor (que protege com a força de uma boa alimentação) e a Fluorina (que protege os dentes com a força do flúor). Como complemento da formação, os alunos e professores envolvidos são contemplados com um kit de higiene oral composto por uma escova de dentes e um dentífrico, uma monofolha de sensibilização para a família, cartazes e livros educativos. www.pierre-fabre.com

MD Clínica organizou curso de injectáveis estéticos As instalações da MD Clínica, em Lisboa, acolheram nos dias 21 e 22 do passado mês de Maio um curso de injectáveis estéticos, que teve como orientador David Dana, médico dentista especializado em estética facial, sendo a sua prática clínica (em Los Angeles) quase exclusiva nesta vertente da Medicina Dentária. Além da parte teórica, o programa do curso incluiu uma forte vertente prática, ao abrigo da qual todos os médicos dentistas tiveram a oportunidade de aplicar os conhecimentos em pacientes. No âmbito da vertente prática do curso, foi injectada toxina botulínica e ácido hialurónico, sob a orientação de David Dana MD Clínica. 213 828 550 . geral@mdclinica.com

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Página empresarial BTI Portugal faz balanço de iniciativas A BTI Portugal tem vindo a organizar uma série de actividades que visam manter um alto grau de proximidade com os profissionais de Medicina Dentária. No passado mês de Maio, a delegação portuguesa da BTI levou a cabo uma reunião, durante a qual Eduardo Anitua apresentou os últimos avanços e investigações em curso no seio da empresa, e participou no congresso organizado por The Iberian Chapter of the World Academy of Anti-Aging Medicine (A4M Iberia), através da organização de uma conferência e de um workshop. Na mesma ocasião, registou grande afluência de público no stand que instalou na zona da exposição comercial. Para dar resposta a todas Alunos e pessoal da BTI Portugal durante as jornadas clínicas. estas iniciativas, a BTI conta com a colaboração de grandes profissionais do sector implantológico que, através da sua experiência, ajudam a demonstrar a aplicação prática das suas soluções. Neste contexto, foram levadas a cabo, no passado mês de Abril, umas jornadas clínicas que contaram com a participação de Germano Rocha, Filipe Lopes, Bernardo Mira Correa e Joaquim Martins. Os quatro oradores partilharam com os participantes os seus conhecimentos sobre cirurgia periodontal. A BTI prevê reforçar a oferta formativa em Portugal durante os próximos meses, através da realização de outras jornadas temáticas. BTI Portugal. 226 189 791 • www.bti-implant.es

Kettenbach regressa ao mercado nacional Kettenbach, a empresa alemã que lançou mundialmente o primeiro silicone para moldagem dentária, está de novo no mercado nacional. Fundada em 1944, a Kettenbach caracteriza-se pela alta qualidade dos seus produtos, traduzida no slogan “simply intelligent” e faz questão em aliar tradição e inovação, oferecendo regularmente novos produtos ao mercado. Fabrica e distribui a nível mundial uma extensa e completa gama de produtos para impressão dentária, desde os silicones para mistura manual (Panasil Putty), passando pelos de mistura automática (Panasil Tray e Panasil Binetics), até aos silicones de registo de mordida (Futar), galardoados com a escolha do “Dental Adviser” e líderes de mercado na Alemanha durante dez anos e Mucopren – silicone para rebasamento de P.Rs após cirurgia com implantes. Sinusmax. 229 377 749 • www.sinusmax.com

Visiodent: mais um exclusivo Ravagnani Dental A confiança e o crescimento da Ravagnani Dental mantém-se em alta. A prová-lo, a Visiodent, prestigiado fabricante francês de radiologia digital, firmou recentemente um acordo com a empresa portuguesa para a distribuição em exclusivo em Espanha e Portugal dos seus sensores de radiologia digital. De entre os produtos comercializados destacam-se o novo RSV3, 26,3 pl/mm, RSVHD-USB e RSVHD-Viewireless, para quem tem mais de uma unidade dentária na sua clínica. Todos com 20 pl/mm. Visite as exposições em Almada, Maia e Algarve, e confira todos os produtos da Ravagnani Dental, bem como os produtos da prestigiada marca internacional, Visiodent.

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Adega Maria João de Almeida Formação em Jornalismo. Curso de Enologia do Centro Hoteleiro e Turístico do Estoril. Directora do portal de vinhos www.mariajoaodealmeida.com e do Vinho.tv. Membro de júri em diversos concursos de vinho e de gastronomia. Colaborações na imprensa nacional e estrangeira. www.mariajoaodealmeida.com

Grande Encontro Tinto 2006 (Bairrada): Belo encontro Quinta do Encontro, em S. Lourenço do Bairro (Anadia), iniciou a sua produção de vinhos em 1930. Com a entrada da Dão Sul no projecto, no ano 2000, a Quinta passou a ser mais conhecida e o perfil dos seus vinhos também se alterou. Grande parte das vinhas foram reestruturadas, tendo sido igualmente plantadas outro tipo de castas, que não somente as tradicionais da região. Em 2005, a necessidade de dinamizar ainda mais o projecto, aumentar e melhorar a capacidade de vinificação, deu origem

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A Quinta do Encontro conta com uma moderníssima adega, tecnologicamente avançada, hoje símbolo de referência dos novos vinhos bairradinos.

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a novas mudanças tendo sido iniciada a construção de uma nova e moderníssima adega, tecnologicamente avançada, hoje símbolo de referência dos novos vinhos bairradinos. É precisamente nesta adega que nascem os vinhos da Quinta do Encontro, entre os quais, o tinto desta semana. Elaborado à base de Baga, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon, trata-se de um vinho que reflecte bem a mudança dos tempos nesta região, pois nada tem a ver com os antigos tintos típicos da Bairrada, que geralmente pecavam por serem muito adstringentes na sua juventude. A revolução vitivinícola sofrida nos últimos anos no nosso país - e obviamente nesta região - fez com que, hoje em dia, já não seja preciso esperar tanto tempo pelo vinho. Isso faz com que fiquemos, no mínimo, com vontade de o experimentar. É, sem dúvida, um vinho inesperado e surpreendente para quem ainda não conhece o novo conceito dos vinhos da Bairrada. O seu perfil é elegante, moderno e apela ao consumo. No nariz apresenta um aroma intenso e bastante atractivo a fruta madura, algum floral, notas vegetais e suaves fumados da madeira onde estagiou, tudo muito bem integrado. Na boca é um vinho igualmente frutado, estruturado, volumoso, com taninos presentes mas já maduros, ligeiramente especiado e harmonioso. A sua complexidade acompanha bem pratos de forno e/ou carnes gordas. Entretanto, se visitar a adega, aproveito para sugerir um belo almoço no restaurante, onde poderá harmonizar este vinho com diversas iguarias. No entanto, se preferir deliciar-se com leitão, experimente antes beber o Espumante Quinta do Encontro, que também é muito bom, é mais barato que o tinto e liga melhor com este prato.


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Grande Encontro Tinto 2006 (Bairrada)

Nome: Grande Encontro 2006. Produtor: Dão Sul / Global Wines. Enólogo: Carlos Lucas. País: Portugal. Tipo de vinho: tinto. Graduação: 13.6%. Características: criado com uvas das

castas Baga, Touriga Nacional e Merlot. No nariz apresenta um aroma intenso e bastante atractivo a fruta madura, algum floral, notas vegetais e suaves fumados da madeira onde estagiou, tudo muito bem integrado. Na boca é um vinho igualmente frutado, estruturado, volumoso, com taninos presentes mas já maduros, ligeiramente especiado e harmonioso. Temperatura ideal para beber:

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Gestores de Clientes A DENTALEADER, empresa líder no sector dentário, vai reforçar o seu departamento comercial nas áreas dos consumíveis, equipamentos e implantes dentários, pretendendo integrar nos seus quadros para diferentes zonas de Portugal. Descrição da função: • Prospecção e desenvolvimento do mercado na sua zona • Contactos (a médicos dentistas) e visita a potenciais clientes de forma a promover os produtos da empresa • Venda de consumíveis, equipamentos e implantes dentários • Manter e desenvolver uma carteira de clientes já existente. Perfil do candidato: A abordagem dinâmica e temperamento comercial, flexibilidade, tenacidade e perseverança, o sentido de organização e capacidade de comunicação e persuasão são factores preferenciais. Habituado(a) a trabalhar com autonomia e por objectivos. Exigimos experiência em vendas ou no sector dentário. Oferta: • Entrada imediata numa empresa em expansão • Formação inicial e contínua • Remuneração fixa + variável • Integração num projecto de continuidade com perspectivas de evolução. Agradecemos envio de candidatura para: recursos.humanos@dentaleader.com


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