Quinta-feira, 21 de junho de 2012
Suplemento Encontro da Indústria para a Sustentabilidade
Transição acelerada para a
economia verde 100%
do papel produzido no país é de florestas plantadas
97%
das embalagens de alumínio são recicladas
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88,8%
da matriz elétrica brasileira tem fontes renováveis, superando a média mundial que é de 19,5%
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), representando o setor produtivo, participou ativamente da construção da posição brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Como parte desses esforços, promoveu, dia 14 de junho, no Hotel Sofitel (RJ), o Encontro da Indústria para a Sustentabilidade, que reuniu cerca de 800 empresários para discutir a relação da indústria com os temas em pauta na Conferência, particularmente os desafios para promoção do desenvolvimento sustentável, considerando os pilares econômico, social, ambiental e cultural. Durante o encontro, a CNI divulgou documento inédito, que traz radiografia detalhada dos avanços da indústria brasileira no campo da sustentabilidade. Resultado de mobilização que envolveu 16 segmentos representativos do setor produtivo que, juntos, respondem por 90% do PIB industrial, o levantamento surpreendeu ao identificar avanços concretos na adoção de práticas sustentáveis nos últimos anos (desde a ECO 92). De acordo com os dados do documento, entregue pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o Brasil tem feito o seu dever de casa, reduzindo gradativamente as emissões de gases de efeito estufa, reciclando, usando insumos renováveis e reaproveitando a água. O país tem um dos maiores índices de reciclagem de embalagens de alumínio do mundo, cerca de 97%. O papel produzido no país, classificado como grande responsável pelo desmatamento, é proveniente, integralmente, de florestas plantadas, preservando as nativas. As emissões de CO² na indústria química foram reduzidas em 47% na última década. E a participação das fontes renováveis de energia na matriz elétrica brasileira atingiu, no ano passado, a meta traçada para 2020, chegando a 88,8%, superando a média mundial, de 19,5%. Criadora do conceito de desenvolvimento sustentável, a ex-primeira-ministra da Noruega Gro Harlem Brundtland destacou, durante o encontro, a importância da parceria entre setor público e privado para o desenvolvimento da cultura de sustentabilidade no país.
Novo modelo atribui valor aos recursos naturais e define as necessidades de investimentos em conservação. Página 2
Diagnóstico feito em 16 setores industriais revela os avanços no campo da sustentabilidade. Páginas 4 e 5
Pesquisa da CNI aponta as práticas sustentáveis incorporadas ao dia a dia das organizações. Página 6