Heavy Metal para Todos

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HEAVY METAL

PARA TODOS MAX DE LOS SANTOS



HEAVY METAL

PARA TODOS EDIÇÃO ZERO


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APRESENTAÇÃO A doença que todo mundo quer pegar

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CAPÍTULO I - OS PRECEDENTES Uma outra palavra para gênesis

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CAPÍTULO II - HEAVY METAL O heavy metal propriamente dito

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CAPÍTULO III - NWOBHM A Reforma Britânica Power Metal Metal Sinfônico

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CAPÍTULO IV - THRASH METAL Unidos contra o glitter As reformas sueca e americana

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CAPÍTULO V - METAL EXTREMO 1001 maneiras de ser brutal

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Death Metal 43 Death Metal Técnico 44 Death Metal Melódico 44 Deathcore 45 Black Metal 45 Doom Metal 46 Sludge 47 Post-metal 47 CAPÍTULO VI - NU METAL Amor e ódio Entrando na Área

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CAPÍTULO VII - METAL PROGRESSIVO Sei lá o que estou ouvindo, mas é bom 66 Djent 67 Mathcore, o punk esquizofrênico 68 CARTILHA ADICIONAL

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APRESENTAÇÃO A DOENÇA QUE TODO MUNDO QUER PEGAR

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m vírus, dezenas de variações, milhares de transmissores e milhões de doentes. Tudo isso em apenas meio século. Ao que tudo indica, o metal é uma santa pandemia. Uma enfermidade da qual nenhuma vítima deseja se curar. Um contágio que pouquíssimos conseguem explicar. E é o que tentarei fazer aqui. Pop, rap, música eletrônica... ao longo dos anos, eles geraram filhos e netos, gêneros e subgêneros. Mas nenhum é tão procriador quanto o metal. O filho que mais gerou filhos veio de um acasalamento ingrato, uma fusão motivada por uma causa maior: a sobrevivência. Não muito diferente do que a humanidade faz desde a sua concepção. Rótulos e categorizações não são o meu objetivo. No fundo, não quero que sejam, mas é assim que a História funciona, não é mesmo? Uma definição aqui, um significado ali, e quando menos esperamos, está tudo numa caixa – ou num livro – prontinho para venda. Mas a meta não é lucrar. Não primariamente. A paixão pela música e pelos seus (in)finitos tipos já me move há um bom

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tempo. Porém, o despertar definitivo do meu eu pesquisador aconteceu graças ao contato com o Deus Metal. E sinto que nada custa espalhar a palavra. Não se preocupe, não estarei batendo na sua porta com um vinil do Slayer debaixo do braço e muito menos irei lhe abordar na rua. Eu poderia, mas não seria muito prático. Nem prazeroso. Dito isso, vamos adiante. Nas próximas páginas eu vou mostrar o que é o metal, por que ele é metal e como virou metal. Para não ficar muito vago, principalmente para quem não é muito chegado na coisa, também vou recomendar alguns álbuns (ou vários) a cada capítulo. Então, tenha uma ótima leitura e espero conseguir lhe deixar mais esclarecido e mesmo assim mais curioso quanto à história do heavy metal. São vários subgêneros para explorar e escutar. Uma pesquisa sem fim. Ainda bem, né?

Max de los Santos

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OS PRECEDENTES


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UMA OUTRA PALAVRA PARA GÊNESIS

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ão custa lembrar que a música é o reflexo do ambiente em que vivemos. Um compositor pode escrever sobre o que vive, sobre o que os outros vivem ou ainda sobre o que gostaria de viver. Sonhos, realidade e fantasias. Tudo misturado em versos e criado a partir de testemunhos e experiências. E não foi diferente no heavy metal. Mas antes de falar sobre o metal, vamos falar sobre o que o originou. De início, podemos perceber que existem semelhanças entre o metal e o rock. Em algumas vezes, eles até se misturam e se confundem. Isso se deve ao blues, que orienta ambos os gêneros a partir de uma simples palavrinha: o riff. Sabe aquela sequência de notas que o guitarrista solta numa música? Aquilo é uma frase. O riff é a frase curta e geralmente repetida quase que à exaustão, vide as canções abaixo:

The Rolling Stones – (I Can’t Get No) Satisfaction Black Sabbath – Iron Man AC/DC – Back in Black Nirvana – Come As You Are Queens of the Stone Age – No One Knows Além do blues ter influenciado na condução do riff, temos o jazz como gênero-chave. Dele, o heavy metal herdou a quebra de ritmo e ainda o estilo agressivo N

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da bateria. Viradas rápidas, quase que caóticas, já aconteciam antes mesmo do rock. A música clássica também faz parte do metal. Inicialmente, ambos os gêneros compartilhavam a vontade de criar grandes obras e abalar estruturas. Hoje, eles se misturam nos arranjos e criam novos estilos. Outro fator importante é a psicodelia sessentista, cuja maior colaboração é a alta distorção das guitarras. A década de 1960 foi importante para a fundação do heavy metal. O gênero, que tinha tudo para ficar restrito ao Reino Unido, conseguiu chegar aos Estados Unidos graças à chamada Invasão Britânica, protagonizada por The Who, Beatles, Rolling Stones e Kinks. A entrada dessas bandas derrubou de vez o chamado surf rock e ajudou na ascensão do garage rock, que ajudaria na formação do metal americano.

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CARTILHA DE ÁLBUNS OS PRECEDENTES

Dick Dale, Surfer’s Choice

The Who, My Generation

Jimi Hendrix, Are You Experienced

1962

1965

1967

Estados Unidos

Reino Unido

EUA/Reino Unido

Deltone Records

Brunswick Records

Track Records

Cream, Disraeli Gears

Iron Butterfly, In-A-Gadda-Da-Vida

Blue Cheer, Vincebus Eruptum

1967

1968

1968

Reino Unido

Estados Unidos

Estados Unidos

Reaction Records

Atco Records

Philips Records

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Steppenwolf, Steppenwolf

MC5, Kick Out the Jams

The Stooges, The Stooges

1968

1969

1969

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

ABC Dunhill Records

Elektra Records

Elektra Records

The Amboy Dukes, Migration

Led Zeppelin, Led Zeppelin IV

Alice Cooper, Killer

1969

1971

1971

Estados Unidos

Reino Unido

Estados Unidos

Mainstream Records

Atlantic Records

Warner Bros. Records

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II

HEAVY METAL


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O HEAVY METAL PROPRIAMENTE DITO

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metal surgiu como metal em 1970, com o disco de estreia de Black Sabbath. Outras bandas, como Judas Priest e Deep Purple, ajudaram na disseminação do gênero durante o restante da década. Porém, nos Estados Unidos, ainda não havia um álbum que tocasse verdadeiramente heavy metal, mesmo que a categorização fosse vir anos depois. Tanto que algumas obras pós-Black Sabbath, como Led Zeppelin (IV) e Alice Cooper (Killer) são consideradas as pioneiras no gênero para os americanos. A partir daí, acontece um estouro de artistas de hard rock e posteriormente heavy metal. Ao longo dos anos 70, o estilo se torna dominante nas paradas.

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CARTILHA DE Ă LBUNS HEAVY METAL

Black Sabbath, Black Sabbath

Black Sabbath, Paranoid

Sir Lord Baltimore, Kingdom Come

1970

1970

1970

Reino Unido

Reino Unido

Estados Unidos

Vertigo Records

Vertigo Records

Mercury Records

Deep Purple, Machine Head

Judas Priest, Sad Wings of Destiny

Rainbow, Rising

1972

1976

1976

Inglaterra

Reino Unido

Reino Unido

Purple Records

Gull

Oyster Records

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III NWOBHM


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A REFORMA BRITÂNICA

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metal já não era mais metal no fim dos anos 70. Seus deuses ou estavam mais distantes ao expandir seus horizontes ou não conseguiam mais se entender. Black Sabbath perdia Ozzy Osbourne, Deep Purple entrava em hiato após a saída de Ian Gillan e Led Zeppelin nunca foi propriamente heavy metal, embora tenha ajudado a condicioná-lo. O povo estava órfão. E agora? Quem continuaria a nos ceder as mais pesadas genialidades? Quem iria preencher esse vazio? Quem prosseguiria com a palavra do metal em seus acordes, versos e refrãos? A resposta veio com o que chamamos de New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM – Nova Onda do Heavy Metal Britânico). Este belíssimo termo surgiu em 1979, mais precisamente na edição de maio de uma revista chamada Sounds. O jornalista Geoff Barton o utilizou para definir a segunda leva de bandas de heavy metal que surgiam no Reino Unido. Enquanto o punk caía ao mesmo tempo em que estourava, o novo metal dizia adeus ao blues da primeira onda e dava aquela acelerada no ritmo. Iron Maiden, Saxon, Tygers of Pan Tang, Diamond Head, Samson, Witchfinder General... Com rapidez e energia, o metal foi ressuscitado – ou acordado após uma hibernação – e começou a retomar o seu espaço. Marcou gerações. Só que uma dúvida pairava no ar. Os tais conceitos de velocidade e agressividade que a NWOBHM adotou. Não teriam eles surgido do próprio punk? Enquanto o Iron Maiden nega até a morte – declara ter se inspirado no rock N

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progressivo, o qual falaremos mais tarde –, Judas Priest e Motörhead, cujas inclusões no movimento são geralmente contestadas, dizem que sim. Bom, só resta comparar o estilo rápido e agressivo do metal britânico com o estilo rápido e agressivo do punk e tirar as conclusões.

POWER METAL Há uma discussão bem aberta sobre a origem do power metal. Ele veio da Nova Onda ou antes dela? Bandas como Helloween, Blind Guardian e Hammerfall trouxeram no final dos anos 80, quando o thrash e o glam começavam a se definhar, mais velocidade ainda e incorporaram elementos clássicos, criando hinos épicos e melódicos, perfeitos para entoação em coro, relembrando a História (em especial a Europa medieval) e tornando o subgênero extremamente popular no Velho Continente. No entanto, o conteúdo fantasioso que tanto seduz os fãs de power metal já existia com o Rainbow, fundado em 1975 e liderado por Ronnie James Dio, que mais tarde assumiria os vocais do Black Sabbath, no lugar de Ozzy Osbourne. O uso de teclados como uma segunda guitarra, junto com os vocais agudos, deu mais poder ao power metal – com o perdão do trocadilho – e diminuiu as fronteiras entre o moderno e o tradicional. Hoje, o subgênero também faz sucesso em países como Brasil e Japão. Nos Estados Unidos, o power metal está mais próximo do thrash. N

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METAL SINFÔNICO Ao escutar álbuns de power metal, a influência que a música clássica exerce no gênero é evidente. Mas entre as décadas de 1990 e 2000, esta influência deixou de ser uma simples inspiração e se tornou parte das novas composições: surgia o symphonic metal. Bandas como Nightwish, Epica, Therion e Within Temptation deram mais espaço ainda para as instrumentações clássicas. Agora as guitarras pesadas se juntavam aos violoncelos, aos violinos e aos vocais de ópera. O metal sinfônico também ajudou a disseminar os vocais femininos. Bandas com vocalistas mulheres conseguiam mais e mais proeminência.

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CARTILHA DE Ă LBUNS NWOBHM

Angel Witch, Angel Witch

Def Leppard, On Through the Night

Iron Maiden, Iron Maiden

1980

1980

1980

Reino Unido

Reino Unido

Reino Unido

Bronze Records

Vertigo Records

EMI

Judas Priest, British Steel

Saxon, Wheels of Steel

Tygers of Pan Tang, Wild Cat

1980

1980

1980

Reino Unido

Reino Unido

Reino Unido

Columbia Records

Carrere Records

MCA Records

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Diamond Head, Lightning to the Nations

Quartz, Stand Up and Fight

Iron Maiden, Killers

1980

1980

1981

Reino Unido

Reino Unido

Reino Unido

Happy Face

MCA Records

EMI

Venom, Black Metal

Savage, Loose ‘n Lethal

Raven, All For One

1982

1983

1983

Reino Unido

Reino Unido

Reino Unido

Neat Records

Ebony Records

Neat Records

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CARTILHA DE ÁLBUNS POWER METAL

Helloween, Keeper of the Seven Keys (I)

Helloween, Keeper of the Seven Keys (II)

1987

1988

Blind Guardian, Imaginations from the Other Side 1995

Alemanha

Alemanha

Alemanha

Noise Records

Noise Records

Virgin Records

Gamma Ray, Land of the Free

Angra, Holy Land

Stratovarius, Visions

1995

1996

1997

Alemanha

Brasil

Finlândia

Noise Records

Eldorado

Noise Records

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Hammerfall, Glory to the Brave 1997

Iced Earth, Something Wicked This Way Comes 1998

Rhapsody of Fire, Symphony of Enchanted Lands 1998

SuĂŠcia

Estados Unidos

ItĂĄlia

Nuclear Blast

Century Media

Limb Music

Avantasia, The Metal Opera

Hibria, Defying the Rules

Kamelot, The Black Halo

2001

2004

2005

Alemanha

Brasil

Estados Unidos

AFM Records

Remedy Records

Steamhammer

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CARTILHA DE ÁLBUNS METAL SINFÔNICO

Therion, Theli

Nightwish, Oceanborn

Apocalyptica, Reflections

1996

1998

2003

Suécia

Finlândia

Finlândia

Nuclear Blast

Spinefarm Records

Universal

Within Temptation, The Silent Force

Epica, Design Your Universe

Xandria, Neverworld’s End

2004

2009

2012

Holanda

Holanda

Alemanha

GUN Records

Nuclear Blast

Napalm Records

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IV

THRASH METAL


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UNIDOS CONTRA O GLITTER

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unca Los Angeles esteve tão brilhante e colorida quanto nos anos 80. E isso é bom? Não para o pessoal do heavy metal. O festeiro e altamente comercial e rentável glam rock dominava a “cidade dos anjos”. Lycras, leggings, rímeis e delineadores. Em bandas como Mötley Crüe, Poison e Whitesnake, homens e mulheres eram um só, e isso irritava os metalheads. Também, o pessoal do glam pegava mina pra c******. Inveja define. Mas sério agora (não que eu não estivesse sendo antes, mas agora é para valer), o som pasteurizado e vendido do glam desagradava, e muito, o povo adorador do Deus Metal, que precisava de um novo lugar para realização de seus cultos. O lugar escolhido? Não muito longe de L.A.: San Francisco. Praticamente de Porto Alegre até Joinville. Lembra daquele acasalamento ingrato que eu disse lá na apresentação? Do filho que mais gerou filhos? Pois bem. O pessoal do punk – aliás, o pessoal do hardcore, uma variante mais agressiva do punk – não se entendia muito bem com o pessoal do metal, nem vice-versa. Mas o glam se tornou um inimigo comum. Para eles, o gênero não era verdadeiro em suas composições e só visava ao lucro. E para se manterem vivos, o hardcore e o metal se juntaram para criar o thrash metal. A parte metaleira do estilo tinha como inspiração as bandas de NWOBHM – riffs melódicos e complexos, mas sem perder o peso. E a fusão com o hardcore permitiu uma agressividade maior e num ritmo mais acelerado ainda. Dessa forma temos o thrash: rápido, agressivo, direto N

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e complexo. Hoje podemos dividir essa fusão em dois conceitos. Costuma-se chamar thrash metal as bandas de que incorporaram o hardcore ao metal, enquanto quem inseriu o metal no hardcore é classificado como crossover thrash.

THRASH METAL Exodus, Metallica, Slayer, Anthrax, Megadeth, Testament, Overkill CROSSOVER THRASH Suicidal Tendencies, Dirty Rotten Imbeciles, Stormtroopers of Death, Agnostic Front, Biohazard, Municipal Waste Essa divisão costuma acontecer na cena americana, pois no thrash alemão temos algo mais uniforme. Enquanto podemos enxergar as mesclas nas costas Leste (heavy metal + hardcore) e Oeste (heavy metal + hardcore + progressivo) dos Estados Unidos, a variante teutônica não sofreu tantas influências, mesmo com o país sendo um grande polo punk. Isso se deve ao fato de bandas como Kreator, Sodom e Destruction terem sido diretamente influenciadas por Venom, um integrante da NWOBHM e futuro pai do que seria o black metal. Mas e o Brasil? O desenvolvimento da cena tupiniquim foi quase que simultânea à cena americana. A diferença está no resultado final. O thrash brasileiro era mais agressivo graças ao forte hardcore paulista. Com isso, o metal extremo surgiu mais N

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rapidamente. Tanto que Sepultura, Sarcófago e Ratos de Porão são conhecidos por vários metalheads mundo afora.

AS REFORMAS SUECA E AMERICANA Na década de 1990, o thrash chegou ao seu ápice e encontrou os seus primeiros problemas de limitação. O gênero era tão técnico e tão proeminente que parecia não ter mais para onde ir. A solução foi sair do próprio espectro. O Metallica até que conseguiu se manter ao lançar o álbum homônimo, também chamado de Black Album, em 1991. O heavy metal tradicional foi resgatado e seções mais ritmadas foram incluídas, além da banda conseguir transformar a balada em algo palatável aos seus fãs. Mas não por muito tempo. O metal perdia espaço para o grunge, bem mais simples e universal graças à herança da filosofia do “faça você mesmo”. O thrash conseguiu se reerguer apenas nos anos 2000, graças a dois movimentos: o death metal melódico, desenvolvido na Suécia e explicado no próximo capítulo; e o metalcore, influenciado pela cena sueca e disseminado Estados Unidos adentro. Os dois movimentos apresentaram mais agressividade em relação ao thrash, mas os conjuntos melódicos e harmônicos foram o principal fator para os subgêneros se espalharem em seus respectivos territórios. No caso dos Estados Unidos, o número de bandas em ascensão foi tão avassalador que foi criado o termo NWOAHM (New Wave of American Heavy Metal). Esse termo abrangia não N

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só o metalcore, mas também parte do nu metal, da segunda geração do grunge e até mesmo do metal progressivo. As reformas da Suécia e dos Estados Unidos ajudaram as bandas veteranas a reencontrarem seu caminho. Os grupos que ficaram apagados nos anos 90 conseguiram se reerguer e lançar álbuns de destaque, como Metallica (2008), Testament (2012), Exodus (2014) e Sepultura (2014).

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CARTILHA DE Ă LBUNS THRASH METAL

Metallica, Ride the Lightning

Exodus, Bonded by Blood

Destruction, Eternal Devastation

1984

1985

1986

Estados Unidos

Estados Unidos

Alemanha

Megaforce Records

Torrid

Steamhammer

Slayer, Reign in Blood

Anthrax, Among the Living

Testament, The Legacy

1986

1987

1987

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Def Jam Recordings

Megaforce Records

Atlantic Records

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Annihilator, Alice in Hell

Sodom, Agent Orange

Kreator, Extreme Agression

1989

1989

1989

Canadรก

Alemanha

Alemanha

Roadrunner Records

Steamhammer

Noise Records

Overkill, The Years of Decay

Megadeth, Rust in Peace

Sepultura, Arise

1989

1990

1991

Estados Unidos

Estados Unidos

Brasil

Atlantic Records

Capitol Records

Roadrunner Records

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CARTILHA DE Ă LBUNS METALCORE

Avenged Sevenfold, Sounding of the Seventh Trumpet 2001

Shadows Fall, The Art of Balance

Lamb of God, As the Palaces Burn

2002

2003

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Good Life Recordings

Century Media Records

Prosthetic Records

As I Lay Dying, Frail Words Collapse

Avenged Sevenfold, Waking the Fallen

2003

2003

Killswitch Engage, The End of the Heartache 2004

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Metal Blade

Hopeless Records

Roadrunner Records

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Atreyu, The Curse

Unearth, The Oncoming Storm

Trivium, Ascendancy

2004

2004

2005

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Victory Records

Metal Blade

Roadrunner Records

Bullet for My Valentine, The Poison

All That Remains, The Fall of Ideals

Shadows Fall, Threads of Life

2005

2006

2007

Reino Unido

Estados Unidos

Estados Unidos

Visible Noise

Prosthetic Records

Atlantic Records

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V

METAL EXTREMO


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1001 MANEIRAS DE SER BRUTAL

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or mais que tudo pareça barulho, ruído, urros e grunhidos, o metal extremo é bem diversificado e possui vários subgêneros. Para uma banda ser considerada extrema, ela apresenta ao menos um dos quatro motivos abaixo:

- Temas polêmicos em suas letras; - Sonoridade agressiva e veloz; - Sonoridade agressiva e lenta; - Choque visual.

Parece que se trata de algo típico no heavy metal, não é mesmo? Mas quando o assunto é metal extremo, é extremo mesmo! Nos gêneros mais tradicionais, vemos letras sobre misticismo, ocultismo, filosofia, ficção, política e, no máximo, assassinato e algumas variantes. Agora pegue tudo isso e adicione mutilação, tortura, estupro, canibalismo, suicídio... enfim, temas bastante obscuros e, principalmente, mórbidos. No cerne musical, o som abrasivo é conquistado tanto pela alta velocidade quanto pela falta dela. Ao tocar mais e mais rápido, estarão se abrindo as portas do Inferno e o caos em forma de notas será disseminado. Com isso, vemos o surgimento de gêneros como death metal, black metal, death melódico e death técnico, oriundos do thrash. Porém, ao tocar mais e mais devagar, o peso fica concentrado N

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em cada execução. Mesmo com longos intervalos entre uma nota e outra, elas vêm poderosas. A partir daí, temos o doom metal, originário do metal tradicional, e o sludge metal, que mistura o próprio doom com toques de punk hardcore. O choque visual é mais comum em bandas de black metal. Além das vestimentas de couro, há o chamado corpse paint (“pintura de cadáver” em tradução livre), um tipo de maquiagem em preto e branco utilizado para criar um aspecto frio, morto, menos humanizado. Mas o corpse paint não está restrito ao metal extremo. Já existia algo parecido em bandas como Secos & Molhados, Kiss, Alice Cooper e Misfits. Até gente da luta livre é adepta à maquiagem.

DEATH METAL Os primeiros sinais do metal extremo vieram com Venom, citado lá na seção de NWOBHM. Seus dois primeiros álbuns (Welcome to Hell e Black Metal) são associados tanto à Nova Onda quanto thrash metal. Isso porque apostava na velocidade e se diferenciava com os vocais. As bandas britânicas que surgia tinham dois tipos de vocais: o áspero, herdado do punk e que atingiu o hardcore; e o limpo agudo, que inspiraria o power metal. Já o Venom possuía um áspero próximo do macabro e do sádico. O trio de Newcastle foi a ligação entre a NWOBHM e o thrash, mas quem ligou o thrash com o extremo – principalmente o death – foi uma banda americana chamada Possessed. Assim como boa parte das bandas de thrash metal, o Possessed surgiu na região N

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de San Francisco. Seu álbum de estreia (Seven Churches) teve influências de Venom e Motörhead, embora se perceba alguma inspiração tirada do Slayer, ainda mais com a temática da morte. Porém, a cena que mais se destacou no death metal foi a região da Flórida. Bandas como Death, Obituary, Morbid Angel e Deicide se destacaram na segunda metade dos anos 80 com um thrash mais poderoso. Outro diferencial eram os vocais guturais, que são utilizados até hoje.

DEATH METAL TÉCNICO À medida que o gênero evoluía, novos caminhos eram explorados. Muitas bandas que começaram com um death simples resolveram partir para um lado mais progressivo. O resultado é o death metal técnico, com riffs rápidos e cortantes e percussão esquizofrênica. Em bandas como Cryptopsy, o peso se manteve e perdeu-se um pouco da melodia. Já em bandas como Revocation, a velocidade é reduzida, a melodia é preservada e muitas vezes se consegue uma reaproximação com o thrash metal.

DEATH METAL MELÓDICO Embora o nome pareça contraditório, já que o metal extremo se caracteriza por ser amelódico, este movimento ajudou a ressuscitar o thrash, moribundo na metade

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dos anos 90. Seus pioneiros vieram de Gotemburgo, na Suécia, e apresentam influências de todos os lados, como música clássica (Arch Enemy), metal progressivo (Dark Tranquillity) e power metal (Children of Bodom). Embora grande parte do death melódico – também chamado de melodeath – esteja na Suécia, o primeiro trabalho do gênero é creditado aos britânicos do Carcass. Além disso, o estilo foi incorporado a bandas americanas, que mesclaram com o hardcore e originaram o metalcore, além de outras variações que fazem parte da Nova Onda Americana – NWOAHM.

DEATHCORE Até agora, vimos que o death metal pode se juntar com outros gêneros e formar subgêneros. O metalcore é a mescla que incorpora o hardcore e preserva a melodia. Já o deathcore não. A brutalidade segue priorizada, mas sem deixar de ter aquela pegada forte. Como em quase toda divisão do metal, o som grave e a afinação baixa são essenciais para criar um som pesado. O deathcore faz sucesso no sul dos Estados e em partes do Canadá.

BLACK METAL Assim como o death metal, ele veio durante os anos 80, com bandas como Venom, N

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Mercyful Fate, Hellhammer e Celtic Frost. Mas o que fez o black metal estourar de vez foi a segunda onda, originária da Noruega. Bandas como Mayhem, Burzum, Darkthrone, Immortal, Emperor e tantas outras transformaram o movimento num gênero distindo que influenciou o resto da Europa e a América. Muitos atos de black metal são associados à antirreligião, principalmente contra o Cristianismo. No entanto, há vários artistas ligados ao Satanismo, ao Ocultismo e ao Paganismo, ao mesmo tempo em que há bandas que não se ligam à religião.

DOOM METAL Diferente do death e do black metal, que são oriundos do thrash e da NWOBHM, o doom metal vem do metal tradicional. Como o nome sugere, o gênero tende a fazer referências à destruição e ao apocalipse. E tais temáticas se traduzem no som lento, denso e arrastado. A influência mais evidente de todas é Black Sabbath. Com a faixa de mesmo título, presente no álbum de mesmo título, fez-se o retrato perfeito do que seria o doom metal, que também tem como caractéristica canções longas, de pelo menos seis, sete minutos. Dentre outras influências, até mesmo os Beatles são citados, graças a faixa “I Want You (She’s So Heavy)”, lançada no álbum Abbey Road (1969). O doom metal se disseminou mais no Reino Unido, na Suécia e nos Estados Unidos.

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SLUDGE Também possui um som arrastado e distorcido como o doom, mas o sludge se diferencia por ter influências de hardcore, ou seja, seus sons podem ser tanto lentos quanto rápidos. O local mais proeminente do sludge é Nova Orleans, embora uma banda chamada The Melvins – que também ajudou a originar o grunge de Seattle – tenha antecipado o gênero. Graças ao sludge, o Pantera é Pantera e o groove é groove, já que o vocalista Phil Anselmo, produto de Nova Orleans, se mudou para o Texas, terra do Pantera, e exerceu suas devidas influências.

POST-METAL Em algumas situações, o post-metal não é associado ao metal extremo por possuir um ar muito mais atmosférico. As guitarras criam texturas pouco tradicionais e ajudam a criar ambientes, desde os mais naturais até os mais industriais. Assim como o black metal, o doom e o sludge, possui uma produção crua de instrumentação, mas se diferencia geralmente pela falta de vocais. Embora bastante influenciado pelo rock alternativo dos anos 80 e 90, o post-metal ganhou espaço na década de 2010. Porém, as maiores referências do gênero estão na década de 2000.

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CARTILHA DE Ă LBUNS DEATH METAL

Possessed, Seven Churches

Death, Leprosy

Morbid Angel, Altars of Madness

1985

1988

1989

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Relativity Records

Combat Records

Combat Records

Entombed, Left Hand Path

Deicide, Deicide

Obituary, Cause of Death

1990

1990

1990

SuĂŠcia

Estados Unidos

Estados Unidos

Combat Records

Roadrunner Records

Roadrunner Records

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Autopsy, Mental Funeral

Immolation, Dawn of Possession

1991

Malevolent Creation, The Ten Commandments 1991

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Peaceville Records

Roadrunner Records

Roadrunner Records

Cannibal Corpse, Tomb of the Mutilated 1992

Bolt Thrower, ...For Victory

Death, Symbolic

1994

1995

Estados Unidos

Reino Unido

Estados Unidos

Metal Blade

Earache Records

Roadrunner Records

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1991


CARTILHA DE ÁLBUNS DEATH TÉCNICO

Atheist, Unquestionable Presence

Suffocation, Effigy of the Forgotten

Cryptopsy, None So Vile

1991

1991

1996

Estados Unidos

Estados Unidos

Canadá

Active Records

Roadrunner Records

Wrong Again

Nile, Annihilation of the Wicked

Decapitated, Organic Hallucinosis

Revocation, Revocation

2005

2006

2013

Estados Unidos

Polônia

Estados Unidos

Relapse Records

Earache Records

Relapse Records

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CARTILHA DE ÁLBUNS DEATH MELÓDICO

Carcass, Heartwork

At the Gates, Slaughter of the Soul

Dark Tranquillity, The Gallery

1993

1995

1995

Reino Unido

Suécia

Suécia

Earache Records

Earache Records

Osmose Productions

In Flames, The Jester Race

Children of Bodom, Hatebreeder

Arch Enemy, Wages of Sin

1996

1999

2001

Suécia

Finlândia

Suécia

Nuclear Blast

Spinefarm Records

Century Media

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CARTILHA DE ร LBUNS DEATHCORE

Bring Me the Horizon, Count Your Blessings 2006

Despised Icon, The Ills of Modern Man

Suicide Silence, The Cleansing

2007

2007

Reino Unido

Canadรก

Estados Unidos

Visible Noise

Century Media

Century Media

All Shall Perish, The Price of Existence

The Acacia Strain, Continent

Oceano, Depths

2008

2008

2009

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Nuclear Blast

Prosthetic Records

Earache Records

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CARTILHA DE ÁLBUNS SLUDGE

Eyehategod, Take as Needed for Pain

Buzzoven, Sore

Down, NOLA

1993

1994

1995

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Century Media

Roadrunner Records

Elektra Records

Neurosis, Through Silver in Blood

The Ocean, Precambrian

1996

Cult of Luna, Somewhere Along the Highway 2006

Estados Unidos

Suécia

Alemanha

Relapse Records

Earache Records

Metal Blade

N

51

N

2007


CARTILHA DE ÁLBUNS BLACK METAL

Bathory, Blood Fire Death

Sarcófago, The Laws of Scourge

1988

1991

Darkthrone, A Blaze in the Northern Sky 1992

Suécia

Brasil

Noruega

Under One Flag

Cogumelo Records

Peaceville Records

Emperor, In the Nightside Eclipse

Mayhem, De Mysteriis Dom Sathanas

Dissection, Storm of Light’s Bane

1994

1994

1995

Noruega

Noruega

Suécia

Candelight Records

Deathlike Silence

Nuclear Blast

N

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N


Ulver, Bergtatt – Et Eeventyr i 5 Capitler 1995

Emperor, Anthems to the Welkin at Dusk 1997

Dimmu Borgir, Enthrone Darkness Triumphant 1997

Noruega

Noruega

Noruega

Head Not Found

Candelight Records

Nuclear Blast

Immortal, At the Heart of Winter

Agalloch, The Mantle

Enslaved, Isa

1999

2002

2004

Noruega

Estados Unidos

Noruega

Osmose Productions

The End Records

Candlelight Records

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CARTILHA DE ÁLBUNS DOOM METAL

Trouble, Psalm 9

Saint Vitus, Born Too Late

1984

Candlemass, Epicus Doomicus Metallicus 1986

Estados Unidos

Suécia

Estados Unidos

Metal Blade

Black Dragon Records

SST Records

Cathedral, Forest of Equilibrium

Thergothon, Stream from the Heavens

Electric Wizard, Dopethrone

1991

1994

2000

Reino Unido

Finlândia

Reino Unido

Earache Records

Avantgarde Music

Rise Above Records

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1986


CARTILHA DE ร LBUNS POST-METAL

Isis, Oceanic

Pelican, Australasia

Isis, Panopticon

2002

2003

2004

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Hydra Head

Hydra Head

Hydra Head

Rosetta, The Galilean Satellites

Year of No Light, Nord

Russia Circles, Station

2005

2006

2008

Estados Unidos

Franรงa

Estados Unidos

Translation Loss

Radar Swarm

Suicide Squeeze

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VI NU METAL


HEAVY METAL PARA TODOS

AMOR E ÓDIO

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enhum subgênero criou tantas aberturas como o nu metal criou. Rejeitado pela maioria da comunidade metaleira, suas influências vão do hip-hop até a música ambiental. Lembra do Anthrax, lá da seção de thrash metal? Pois bem, a banda surgiu em Nova Iorque justo no período em que a cidade era o epicentro do hip-hop. Compor uma canção de metal com toques de rap era uma questão de tempo. O resultado? A faixa I’m the Man, lançada em 1987 no EP de mesmo nome. Trabalhar com o Public Enemy, o maior porta-voz do hip-hop na época, também era questão de tempo, ainda mais com ambos os grupos sendo nova-iorquinos. O resultado? O remake de 1991 de Bring the Noise. A mistura conseguiu agradar fãs dos dois lados. Mas já existiam outras bandas que incorporavam elementos hoje considerados parte do nu metal. Bandas como Faith No More e Red Hot Chili Peppers já incluíam o chamado groove lá dos tempos do funk setentista, vide suas respectivas faixas Epic e Give It Away. Em vez do baixo fazer a base da música, ele puxava o ritmo. E que ritmo! Contagiante, incitante e até mesmo dançante. Ao escutar qualquer um desses sons, a vontade de pular ou de bater cabeça é quase que instantântea, assim como Bulls on Parade, do Rage Against the Machine, cujo diferencial eram os scratches feitos na guitarra. Espera. Os scratches não costumam ser feitos por um DJ? Sim. Agora entendeu o diferencial? Outro grande responsável pelo groove é o Pantera. A banda texana viu que o pessoal do thrash – e também de outros movimentos – N

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HEAVY METAL PARA TODOS

guardava aquele riff empolgante para apenas uma parte da música. O que fazer? Usar na música inteira, oras. Qualquer riff que fizesse o público balançar entrava na roda. Deu certo? Não é à toa que o Pantera é referência até hoje no mundo do metal. ENTRANDO NA ÁREA No caso do Faith No More, o baixo agia mais como um instrumento de percussão. E isso influenciou a primeira banda a ser categorizada como nu metal: o Korn. O grupo de Bakersfield, Califórnia, conquistou o público com três grandes itens: a subjetividade lírica, que permitia a conexão entre fãs e banda; as montanhas-russas musicais, isto é, a alternância entre os momentos de tensão e os de explosão; e a introdução de uma corda extra tanto na guitarra como no baixo, o que deixou o som mais grave e pesado. Tão pesado a ponto de tremer as estruturas internas do ouvinte. Duvida? Ponha qualquer álbum deles (vide nossa cartilha que virá a seguir) no talo e tire a prova. A subjetividade, as montanhas-russas e o peso obviamente fizeram parte de bandas que surgiram na mesma época que o Korn. Uma delas é o Deftones. Direto das ruas de Sacramento (a uns 445 km de Bakersfield, tipo um Rio-São Paulo), o conjunto seguiu um caminho mais diferente, dadas as influências de new wave e shoegaze. As pick-ups desta vez não foram utilizadas para incorporar o hip-hop, mas sim o ambiental. Isso tirou o groove? Não, e o resultado é excelente! Em um N

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HEAVY METAL PARA TODOS

mesmo trabalho, você presencia a bipolaridade do agressivo e do sensível. Mas o hip-hop se fundiu com o metal de vez com a chegada de Limp Bizkit. Diferente de Korn e Deftones, seus vocais eram rimados. Estamos falando basicamente de um rap em cima de uma faixa de heavy metal. Com isso, não se tratava mais de um simples subgênero. Era realmente grande, que movia multidões. Então, para termos um nu metal forte e excitante, usamos os esses ingredientes: - Uma mistura de muito groove, muito grave e bastante peso; - doses de tensão e explosão; - e rimas e scratches a gosto.

Nos anos 2000, o nu metal estava para sofrer o declínio que toda cena sofre. Ainda mais depois do Woodstock de 99, no qual houve motins, agressões, roubos e até mesmo estupros. Justo no auge do gênero. Justo quando Korn e Limp Bizkit eram atrações principais do festival. O movimento ficou ainda mais manchado sob o ponto de vista dos metalheads. Porém, parte da segunda leva de bandas conseguiu segurar a onda. Com Papa Roach, Disturbed e, principalmente, Linkin Park, o nu metal tomou rumos mais melódicos e eletrônicos. O peso, o groove e a agressividade continuavam, mas as melodias tornaram o gênero mais acessível – digamos até que mais “amigável” – e, assim, mais comercial. Hoje, as duas gerações coexistem. A segunda onda deu sobrevida à primeira e ambas até conseguiram recuperar a evidência agora na década de 2010. Claro que não da mesma forma de outrora, mas podemos ver lançamentos recentes de Linkin Park (2014), Deftones (2012), Limp Bizkit (2011) e Korn (2014) sendo bastante comentados por aí. N

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CARTILHA DE Ă LBUNS NU METAL

Korn, Korn

Deftones, Adrenaline

Sepultura, Roots

1994

1995

1996

Estados Unidos

Estados Unidos

Brasil

Immortal Records

Maverick Records

Roadrunner Records

Coal Chamber, Coal Chamber

Korn, Follow the Leader

Limp Bizkit, Significant Other

1997

1998

1999

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Roadrunner Records

Immortal Records

Interscope Records

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Slipknot, Slipknot

Deftones, White Pony

Papa Roach, Infest

1999

2000

2000

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Roadrunner Records

Maverick Records

DreamWorks Records

Mudvayne, L.D. 50

Linkin Park, Hybrid Theory

2000

2000

Limp Bizkit, Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water 2001

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Epic Records

Warner Bros. Records

Interscope Records

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VII PROGRESSIVO


HEAVY METAL PARA TODOS

SEI LÁ O QUE ESTOU OUVINDO, MAS É BOM

T

odo gênero tem seus ingredientes típicos, que se repetem quase que como uma fórmula, uma receita. No metal progressivo, a regra é não ter regras. Como o nome já sugere, ele tem o rock progressivo como base. A princípio, a grande diferença deveria estar no peso das músicas, mas tem vezes que nem esse preceito as bandas conseguem seguir. Ao escutar uma banda normal de rock ou de metal, você tenta entender a mensagem que está sendo passada, as letras, a arte do álbum, o porquê de tais elementos e por aí vai. Numa banda progressiva, o primeiro objetivo é tentar entender o que estão tocando. A execução complexa, a métrica nada ortodoxa, a polirritmia, as mudanças de tempo... o metal progressivo é a descoberta de minúcias. Minúcias que formam obras-primas. Obras-primas que mostram a diferença que um instrumento incomum, ou ainda a execução incomum de um instrumento típico, pode fazer. O metal progressivo é movido pela vontade de sair do casual. A inspiração dos maiores nomes do gênero está em bandas como Pink Floyd, King Crimson, Genesis, Yes e Rush. O jazz, o blues, o psicodélico e a música clássica são os elementos mais comuns de uma banda progressiva. Depois disso, é cada um por si. Podemos ter um metal progressivo a partir do power, do thrash, do sinfônico e até mesmo do sludge. A cada banda conhecida, a cada álbum escutado, um novo tipo de metal é descoberto. O gênero progressivo é o mais heterogêneo de todos, em que a fórmula N

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HEAVY METAL PARA TODOS

é não seguir fórmulas, pensar fora da caixa. Ao chegar na cartilha de álbuns do estilo, você sentirá as diferenças. Ah, e se prestar um pouquinho mais de atenção (e um pouquinho de pesquisa também), você verá que:

1) Os artistas progressivos gostam de criar o que chamamos de álbuns-conceito, nos quais as ideias musicais e/ou as letras formam um tema singular ou até mesmo uma história. 2) Deus, como eles amam músicas longas!

DJENT Graças à música progressiva, à vontade de explorar novos horizontes, fomos contemplados com novas técnicas de execução, novos instrumentos e novos métodos de mixagem. Ou seja, avanços no jeito de fazer música. No caso do djent, estamos falando de uma onomatopeia. Sim, uma onomatopeia. Em bandas como Meshuggah e Sikth, o som que a guitarra fazia era mais ou menos assim:

dj-djent-dj-dj-dj-djent! dj-dj-djent! É, mais ou menos. É uma onomatopeia, gente! Dá uma folga! Embora me pareça mais como “dje-dun-dun”. De qualquer maneira, a distorção da guitarra, aliada N

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HEAVY METAL PARA TODOS

ao uso da sétima corda (ou até mesmo da oitava), permitia a criação desse som. E para deixar a cena mais interessante, os guitarras misturavam a complexidade do progressivo com o groove do nu metal. Em tese, djent não é um gênero ou um subgênero, mas a técnica se disseminou de tal forma nos últimos anos que hoje há bandas especialistas no assunto. E para melhorar, temos trabalhos que mesclam a agressividade polirrítmica com sintetizadores suaves e etéreos. Tipo um Deftones extremado. Entre 2013 e 2014, o movimento entrou no famigerado estágio de saturação.

MATHCORE, O PUNK ESQUIZOFRÊNICO Acredito que essa seja a definição atual de caos. O jornalista Luiz Mazetto, no seu livro Nós Somos a Tempestade, chama o mathcore de “hardcore torto”. Eu chamaria de “progressivo do progressivo”. Nunca presenciei algo tão complexo e tão pesado na minha vida. E quando falo complexo, é para valer. E quando falo pesado, também. Estamos nos referindo à fusão do hardcore com uma coisinha bonitinha chamada math rock, vulgo “rock matemático”. Síncopes, acentuações, métrica estranha, mudança de tempo, estruturas atípicas, contrapontos, dissonâncias... Não entendeu muita coisa, não é mesmo? Como matemática. Derivar? Integrar? Enfim. À primeira escuta, entender tudo isso não vai resolver muito. Pode ajudar se o interesse se mantiver. Nisso eu dei sorte. N

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HEAVY METAL PARA TODOS

O termo “math rock” foi cunhado por críticos e ouvintes do gênero. Entender a estrutura de uma canção do tipo seria como resolver uma equação. Se isso já é maluco, imagina se mesclado com hardcore. Eu disse que era o caos. Mas a quem culpar (ou agradecer)? A uma banda chamada Black Flag. Seu punk inspirou gente de praticamente todos os cantos, como Kurt Cobain, Dave Grohl, Flea, John Frusciante, Jeff Hanneman, Dave Lombardo, Maynard James Keenan... ou seja quem fez o rock ser rock durante os anos noventa. E olha que essa banda durou somente dez anos – de 1976 a 1986, mas teve reuniões em 2003 e desde 2013 está meio que dividido em duas. No final, temos bandas como The Dillinger Escape Plan, Botch e Converge como principais representantes do mathcore, gênero que ainda desperta curiosidade, pois percebe-se influências até mesmo de jazz, mas influências gritantes, não um detalhezinho ou outro.

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CARTILHA DE ÁLBUNS METAL PROGRESSIVO

Queensrÿche, Operation: Mindcrime

Voivod, Nothingface

Fates Warning, Parallels

1988

1989

1991

Estados Unidos

Canadá

Estados Unidos

EMI

MCA Records

Metal Blade

Dream Theater, Images and Words

Dream Theater, Awake

Tool, Ænima

1992

1994

1996

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Atco Records

East West Records

Zoo Entertainment

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Symphony X, The Divine Wings of Tragedy 1997

Meshuggah, Chaosphere

Opeth, Blackwater Park

1998

2001

Estados Unidos

SuĂŠcia

SuĂŠcia

Zero

Nuclear Blast

Music for Nations

Tool, Lateralus

Mastodon, Leviathan

Porcupine Tree, Deadwing

2001

2004

2005

Estados Unidos

Estados Unidos

Reino Unido

Volcano Entertainment

Relapse Records

Lava Records

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CARTILHA DE ÁLBUNS DJENT

Sikth, The Trees Are Dead & Dried Out Wait For Something Wild 2003

Animals as Leaders, Animals as Leaders 2009

Periphery, Periphery

Reino Unido

Estados Unidos

Estados Unidos

Unparalleled Carousel

Prosthetic Records

Sumerian Records

Tesseract, One

Vildhjarta, Måsstaden

Monuments, Gnosis

2011

2011

2012

Reino Unido

Suécia

Reino Unido

Century Media

Century Media

Century Media

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2010


CARTILHA DE Ă LBUNS MATHCORE

Botch, We Are the Romans

Cave In, Until Your Heart Stops

Converge, Jane Doe

1997

1998

2001

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Hydra Head

Hydra Head

Equal Vision

The Dillinger Escape Plan, Miss Machine 2004

The Dillinger Escape Plan, Ire Works

Converge, Axe to Fall

2007

2009

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

Relapse Records

Relapse Records

Epitaph Records

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CARTILHA DE ÁLBUNS CARTILHA ADICIONAL

Iron Maiden, The Number of the Beast

Judas Priest, Screaming for Vengeance

Metallica, …And Justice for All

1982

1982

1988

Reino Unido

Reino Unido

Estados Unidos

EMI

Columbia Records

Elektra Records

Pantera, Cowboys from Hell

Pantera, Vulgar Display of Power

Sepultura, Chaos A.D.

1990

1992

1993

Estados Unidos

Estados Unidos

Brasil

Atco Records

Atco Records

Roadrunner Records

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Pantera, Far Beyond Driven

Drowning Pool, Sinner

System of a Down, Toxicity

1994

2001

2001

Estados Unidos

Estados Unidos

Estados Unidos

East West Records

Wind-up Records

American Recordings

Rammstein, Mutter

Fear Factory, Archetype

Dream Theater, Octavarium

2001

2004

2005

Alemanha

Estados Unidos

Estados Unidos

Motor Music

Liquid 8

Atlantic Records

N

73

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Black Tide, Light from Above

Bullet for My Valentine, Scream Aim Fire Trivium, Shogun

2008

2008

2008

Estados Unidos

PaĂ­s de Gales

Estados Unidos

Interscope Records

Jive Records

Roadrunner Records

Asking Alexandria, Stand Up and Scream Trivium, In Waves

Hibria, Blind Ride

2009

2011

2011

Inglaterra

Estados Unidos

Brasil

Sumerian Records

Roadrunner Records

King Records

N

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AxeWound, Vultures

Deftones, Koi No Yokan

The Ocean, Pelagial

2012

2012

2013

Reino Unido/Canadรก

Estados Unidos

Alemanha

Search and Destroy

Reprise Records

Metal Blade

City of Fire, Trial Through Fire

Deafheaven, Sunbather

Exhumed, Necrocracy

2013

2013

2013

Canadรก

Estados Unidos

Estados Unidos

Shostroud Productions Inc.

Deathwish Inc.

Relapse Records

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HEAVY METAL

PARA TODOS EDIÇÃO ZERO



O GUIA PRÁTICO DO METAL Ao longo dos últimos 50 anos, o heavy metal se desenvolveu de tal forma que atingiu graus extremamente complexos. E essa complexidade se torna fascinante sob o olhar de fãs e entusiastas musicais. No entanto, nem todos conseguem captar as nuances do gênero, e isso é perfeitamente normal. Não é à toa que este livro foi forjado. Para que todos possam compreender o que faz do metal ser um estilo musical tão inspirador e adorado por milhões de pessoas. O livro “Heavy Metal para Todos” passeará desde as origens do heavy metal, citando blues, jazz e até música clássica, passando pelas divisões mais famosas e chegando até as categorias mais extremas e obscuras, que mesmo distante do olhar da grande mídia, atrai milhares de curiosos. Com uma linguagem simplificada e acessível, até quem não é adepto ao metal poderá compreender esse meio século de provocações, subversões, inspirações, influências, glórias e tragédias.


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