My Cooprofar Fevereiro 2022

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Especial Saúde

O impacto de um ano diferente 05. Análise de Mercado

Novo regime de exportação de vacinas 06. Especial Cooprofar

Criar Valor para as Farmácias 11. Especial Saúde

O impacto de um ano diferente 17. Prevenção: Saúde e Bem-Estar

Conhece a Doença do Beijo? 23. Breves

Dê troco a quem precisa" rendeu 15 mil euros




Análise de Mercado

Crescimento Mercado dezembro 2021 vs. mês homólogo

25,5

25

9

7,7

11,8%

12,8%

5,4%

Mercado Total

Viseu

Vila Real

Setúbal

Açores

Santarém

Porto

Lisboa

Portalegre

Leiria

Guarda

Faro

Évora

Coimbra

Bragança

Viana do Castelo

-9

-15

Castelo Branco

0 -3

Beja

DEZ

OUT

5,5

SET

14,2%14,9%

9,8%

8,3%

7,3%

-6

-10 -8,9

11,3%

13,0%

3

Aveiro

6,5

AGO

JUL

MAI

JUN

ABR

-4,2

-5

12,8

6 6,9

MAR

FEV

JAN

0

11,4

14,5

NOV

11,5

10 5

12

15,3

15

12,1% 11,2% 10,6% 10,7% 10,3%

Braga

20

15,1% 14,2% 14,8%

15,0%

14,8%

15

Madeira

30

-12

-20

-15

-25

-30

-26,1

Viatris disponibiliza Dovprela (Pretomanida) para a Tuberculose altamente resistente A Viatris disponibiliza, na Europa, Dovprela (Pretomanida), o primeiro medicamento exclusivamente aprovado para a Tuberculose altamente resistente. Dovprela (Pretomanida) é o primeiro medicamento exclusivamente aprovado para a Tuberculose Pulmonar altamente resistente. Nos últimos cinquenta anos antes do desenvolvimento da Pretomanida, apenas haviam sido desenvolvidos outros dois fármacos anti-Tuberculose. Com esta aprovação, a Viatris poderá também fornecer os países europeus, incluindo o Reino Unido, através do distribuidor Tanner Pharma Group, por um procedimento de Autorização de Utilização Especial. Esta aprovação pela Comissão Europeia surge após o parecer positivo da Agência Europeia do Medicamento (EMA).. Dovprela (Pretomanida) pode ser utilizada em associação com Bedaquilina e Linezolida, conhecido como o protocolo “BPaL”, para o tratamento de adultos com Tuberculose pulmonar extensivamente resistente a fármacos, intolerantes ao tratamento, ou sem resposta, devido à resistência multi-fármacos. O protocolo BPaL é uma associação de fármacos, todos administrados por via oral, durante um período de 6 meses. Permite reduzir “o peso” do tratamento e os problemas de adesão ao mesmo, especialmente o de desenvolvimento de resistência aos antibióticos.

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Angelini Pharma nomeia Rafal Kaminski como novo Chief Scientific Officer A Angelini Pharma, anunciou a nomeação de Rafal Kaminski como novo Chief Scientific Officer.

Rafal Kaminski vai liderar a estratégia de investigação e desenvolvimento (I&D) da Angelini Pharma, e inicia funções em janeiro deste ano. Nos últimos 15 anos, Rafal Kaminski desempenhou funções de liderança sénior de I&D na UCB Pharma, na Bélgica, e na Roche, na Suíça. Antes de ingressar na Angelini Pharma, esteve na OncoAndredi Therapeutics, na Polónia, onde desempenhou as funções de Chief Scientific Officer e Board Member. Rafal Kaminski é doutorado em farmacologia pela Universidade Médica de Lublin, na Polónia, e tem um pós-doutoramento na Universidade Radboud, na Holanda, e nos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Tem ainda um diploma em Medicina Farmacêutica, pela ULB na Bélgica.

Vacina combinada para a gripe e covid-19 deve estar disponível em 2023

Solução permitirá que “as pessoas não tenham de receber duas ou três vacinas em cada inverno”, diz CEO da Moderna, Stéphane Bancel. Em 2023, a vacina que imuniza contra a covid-19 e simultaneamente contra a gripe já deverá estar pronta, anunciou, na passada segunda-feira, o CEO da empresa farmacêutica Moderna, Stéphane Bancel, no Fórum Económico Mundial, na Suíça, citado pelo Expresso. “O nosso objetivo é ter um reforço único anual para que não tenhamos problemas de conformidade e as pessoas não tenham de receber duas ou três vacinas em cada inverno”, disse, prevendo que esta esteja pronta a tempo da época gripal do inverno do próximo ano. Para o professor de Saúde Pública Internacional no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, Tiago Correia, a ideia de uma vacina que combina a proteção contra a covid-19, gripe e vírus sincicial respiratório é “uma questão de comodidade”. “Não acho que a decisão [de adotar a vacina única] seja a bala de prata. Se não existir não vejo problema nisso. As pessoas vacinam-se duas vezes, para a gripe e para a covid, em momentos diferentes. Não acho que não haver uma vacina conjunta seja um problema para o controlo da doença”, diz o especialista. No mesmo âmbito, Stéphane Bancel adiantou, também, que a vacina que se encontra em desenvolvimento contra a variante Ómicron está praticamente pronta e perto de entrar na fase de ensaios clínicos. Os dados para os reguladores deverão estar prontos em março. A produção desta vacina corresponde aos cenários apontados pelo grupo de trabalho responsável sobre a vacinação nomeado pela Organização Mundial de Saúde: “Uma vacina que pode ser orientada para uma variante em concreto (o que pode aumentar a eficácia e efetividade para uma variante, mas coloca o problema de pode ser menos eficaz com uma variante nova); uma vacina que consiga abarcar várias variantes (nomeadamente as de preocupação, como a Ómicron, Delta e Alfa); e uma vacina que seria planetária para a SARS-CoV-2”. 05


Criar

Valor

para as Farmácias

Hélder Mesquita Presidente do Conselho de Administração 6 meses após assumir perante os associados o compromisso de realinhar a cooperativa com valores fundamentais, identificados pelos fundadores e reafirmados pelas Farmácias, a direção trabalha diariamente para a concretização do propósito: Criar Valor para as Farmácias. P: O que representa para si dirigir esta cooperativa? R: Representa um desafio enorme: a responsabilidade de entregar às farmácias uma cooperativa forte e inclusiva, aberta a todas as farmácias que se identifiquem com os valores e princípios que defendemos, que se traduzem na diferença de ser Cooprofar. P: Quais as principais apostas da nova direção? R: Assumimos com os cooperadores o compromisso de criar uma proximidade efetiva, concretizada com Responsabilidade e com foco na Sustentabilidade da Cooprofar e das Farmácias. Para isso, entendemos que é fundamental acrescentar ao serviço de distribuição que existe até à data soluções que contribuam para o desenvolvimento do negócio das nossas farmácias. Alcançá-lo-emos com rigor e transparência no exercício de toda a atividade, realinhamento e mobilização da equipa e foco nas reais necessidades das farmácias. Ouvindo as farmácias e traçando, com elas, as orientações estratégicas estruturantes para o futuro da nossa Cooprofar.

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P: Poderia avançar com os principais projetos a desenvolver? R: Ainda durante a campanha eleitoral assumimos que toda a nossa atuação se iria pautar por valores como a transparência, a confiança e o conhecimento mútuo. Foi sobre essa premissa que procedemos ações como a disponibilização imediata dos Relatórios e Contas do Grupo e das empresas que o compõem, relativos aos últimos anos para consulta por qualquer cooperador. Promoveremos a revisão dos estatutos de acordo com o código cooperativo em vigor desde 2015, com o objetivo de modernizar, democratizar e tornar a atividade da cooperativa mais transparente. Iniciamos também a revisão da Política Comercial, com o propósito de responder às necessidades atuais e aportar valor para as Farmácias, das mais pequenas às maiores. E avançamos ainda com a concretização do objetivo de abrir a Cooprofar a parcerias com mais Grupos e Plataformas para facultar mais opções às Farmácias e potenciar as suas oportunidades de alavancar o negócio. Assim, além da Firstpharma e da Envolvpharma, com que trabalhamos há largos anos, temos neste momento também parceria com os grupos A Nossa Farmácia, Elo Farma, Ideal e Rede Premium Farma.

Transparência, Confiança e Conhecimento Mútuo: Valores basilares no percorrer de uma jornada com ações e objetivos muito concretos.


P: É assumido diariamente que pretendem uma colaboração efetiva e participação ativa da Equipa. De que forma estão a trabalhar nesse sentido? R: Na Cooprofar, tal como em todas as empresas que prestam serviços, é especialmente importante o capital humano. Desde o primeiro momento procuramos criar uma harmonização no diálogo com todos os colaboradores e implementamos, por isso, a realização de reuniões periódicas com os colaboradores de todas as plataformas logísticas com o propósito de reforçar a importância do trabalho de cada um e em equipa. Promovemos também a Bolsa de Ideias, uma ferramenta de colaboração onde cada colaborador pode livremente fazer sugestões de melhoria ou de criação de algo novo.

Desde o primeiro momento procuramos criar uma harmonização no diálogo com todos os colaboradores

Acreditamos que o conhecimento, perspetiva e experiência diversa da equipa, partilhada entre todos, contribui para uma identidade e cultura empresarial robustas, que se traduz diariamente na geração de valor para as Farmácias e para a Cooprofar. P: De que outras formas comunicação/participação ativa?

têm

promovido

a

José Mingocho

R: A participação ativa de todos os Diretores de Departamento Vice-Presidente do Conselho de Administração conjuntamente com a Direção é uma chave fundamental para o acompanhamento dos projetos, ações de melhoria e identificação de oportunidades. Investimos, por isso, na realização regular de reuniões Mais Valor, com vista à colaboração na estruturação de informação uniformizada. Tal permite um maior alinhamento e sinergia dentro do Grupo e com as Farmácias, o que aumenta a capacidade de resposta aos desafios que nos são colocados no dia a dia.

P: Como classifica a cooperativa? Em que se distingue a Cooprofar de outras que operam na área da distribuição?

A nossa proposta de valor para as Farmácias assenta em algo simples: a diferença de ser Cooprofar.

R: A Cooprofar pretende ser uma cooperativa forte, agregadora e virada para o futuro, capaz de servir bem os interesses dos seus cooperadores e de contribuir para a sustentabilidade das farmácias. Em relação à segunda parte, a Cooprofar é uma empresa moderna, altamente eficiente, com uma equipa competente e empenhada, capaz de se destacar entre os seus concorrentes. Precisou apenas de reencontrar a identidade que esteve na sua génese, a capacidade de ouvir a voz das suas farmácias, para reavivar os valores e princípios que a distinguem no mercado. P: Que ações/iniciativas evidenciar?

da

Cooprofar

gostaria

de

R: Importa referir as ações que visam reaproximar e dar Voz às Farmácias, efetivando a Proximidade. Destaco a ação - A Nossa Casa - através da qual passamos a abrir as portas da Cooprofar e que concretiza o interesse e disponibilidade da direção para reunir com todas as farmácias, para ouvir sugestões e necessidades, partilhar conhecimento, ideias e projetos.

Ana Sofia Madureira Pires Secretária do Conselho de Administração

Mas, a Proximidade não se efetiva trabalhando apenas dentro de portas. Por isso, começamos a levá-las às farmácias, cooperando com cada uma, concretizando a diferença de ser Cooprofar. 07


Testemunhos Farmácias

Dr. Augusto Abreu

Farmácia do Monte - Valbom “Contamos com a parceria da Cooprofar desde o momento da instalação da Farmácia em Valbom. A relação tem sido pautada por uma colaboração efetiva e próxima, através da discussão ativa de necessidades mútuas e de oportunidades que promovam a sinergia entre os diversos serviços prestados. Só desta forma conseguimos, ao longo dos anos, alcançar o sucesso no cumprimento dos objetivos e alavancar o negócio. Podermos contar com um parceiro como a Cooprofar permite-nos afirmar que juntos, nos conseguimos tornar melhores por um bem maior, que é a saúde de todos.

Dra. Armanda de Castro Rodrigues

Farmácia Martino - Porto “Trabalhamos com a Cooprofar há 25 anos e, desde o primeiro momento, que desenvolvemos uma colaboração importante para a Farmácia. Esta relação pauta-se por valores como a proximidade, a confiança e a excelência. Seja qual for o cenário imposto pelas alterações constantes a que o mercado assiste, dos mais favoráveis aos mais adversos, a nossa parceria tem-se mantido firme e constante. Prestamos um serviço indispensável à população, através da nossa equipa, que dá o seu melhor diariamente em todas as vertentes da profissão. Para que este serviço seja de excelência, contamos com os nossos parceiros de sempre.”

08


Testemunhos Colaboradores

Paulo Rogério Pinto Dias Soares Gestor de Clientes

“Após uma jornada de 30 anos de experiências únicas na Cooprofar, com o imenso privilégio de ter conhecido cada fundador desta casa, é com orgulho que me revejo nos valores basilares até aos dias de hoje. Sinto-me realizado a diversos níveis, pois tenho o privilégio diário de colaborar com as Farmácias. Agradeço as oportunidades que me foram dadas, assim como a confiança depositada no meu trabalho. Quero ainda aproveitar para agradecer a cada colega os demais contributos no meu percurso.”

Rute Salomé Moreira Santos Serviço de Apoio ao Cliente

“O meu percurso na Cooprofar teve início em julho de 2012. Ao longo destes anos tive oportunidade de desempenhar várias tarefas diferenciadas no meu setor, como o tratamento de devoluções, elaboração escalas para organização da equipa, entre outras. Essa confiança fez me evoluir profissionalmente. A boa comunicação e abertura a novas sugestões por parte da chefia tem contribuído para melhorar o setor do telemarketing. Agradeço a empresa pela estabilidade, mesmo nestes últimos dois anos de pandemia que não foram fáceis para ninguém. Considero-a uma boa empresa. Obrigada Cooprofar.”

Goreti Maria Pinto Rodrigues Compras E Aprovisionamento

“Olá, chamo-me Goreti Rodrigues e pertenço ao setor de Compras e Aprovisionamento desde 2013, ano em que entrei na Cooprofar. Já desempenhei diversas funções dentro do departamento, mas neste momento dedico-me ao trabalho com as plataformas, que tem sido um desafio muito gratificante. Ao longo destes 8 anos e meio sempre me senti bem integrada e acolhida e a empresa permitiu-me alargar os meus conhecimentos e crescer profissionalmente.”

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Troque os seus Pontos por Produtos!

65

105

pontos

pontos

Gel de Banhos

Champô

(6885418), Aloé Vera (6885491), Aveia e Trigo

(6226597), Revitalizante (6562033,) Cabelos

Centelha Asiática 750 ml (6934588), Spa Thermal

(6885376), Proteínas Leite (6885392), Chá Verde

Uso Diário 500 ml (6226589), Anti-Caspa

Secos (6329797), 2 em 1 (6329805), Cabelos Oleosos (6278549)

55

45

pontos

Creme de Mãos

Regenerador 50ml (6862235)

pontos

Bálsamo Labial

Framboesa (7113829), Neutro (7113852), Laranja (7113845), Ananás (7113860), Kiwi (7113837)


Especial Saúde

O impacto de um ano diferente Simultaneamente com o inverno chegam também as comuns doenças respiratórias. A descida das temperaturas é um dos fatores que mais contribui para o agravamento de patologias crónicas como a asma e a doença pulmonar obstrutiva crónica, mas também patologias agudas como a gripe, a constipação, a pneumonia e, mais recentemente, a Covid-19. A maior parte das afeções respiratórias são provocadas por vírus que sendo sensíveis ao calor, as baixas temperaturas que se fazem sentir nesta altura, favorecem o seu desenvolvimento. É por esta razão que no caso de uma infeção viral, o organismo aumenta a temperatura corporal acima dos 37,5ºC como mecanismo de defesa e daí o aparecimento da febre.

Gripe, Constipação ou Covid-19? Muitas das doenças respiratórias agudas apresentam sintomas comuns e é normal a dúvida no diagnóstico das patologias típicas da época Outono/Inverno. Conheça no quadro seguinte as semelhanças e as diferenças na sintomatologia de cada uma delas.

COVID-19

GRIPE

CONSTIPAÇÃO

FEBRE

COMUM

COMUM

RARO

TOSSE

COMUM

COMUM

COMUM

DOR DE GARGANTA

ÀS VEZES

COMUM

COMUM

FALTA DE AR

ÀS VEZES

NÃO

NÃO

CANSAÇO

ÀS VEZES

COMUM

ÀS VEZES

DORES NO CORPO

ÀS VEZES

COMUM

NÃO

DORES DE CABEÇA

ÀS VEZES

COMUM

COMUM

CONGESTÃO NASAL

ÀS VEZES

ÀS VEZES

COMUM

DIARREIA

RARO

ÀS VEZES

NÃO

ESPIRROS

RARO

NÃO

COMUM Fonte: WHO e DGS

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Especial Saúde O tratamento de cada uma destas situações depende da sua evolução e complicações associadas, mas de uma maneira geral baseia-se no uso de medicamentos para aliviar os sintomas, ingestão de líquidos e repouso. Por vezes, as doenças respiratórias agudas podem evoluir para doenças crónicas, e nestes casos é necessário procurar ajuda especializada. Atendendo à sua elevada frequência, morbilidade e mortalidade, a vacinação deve ser encarada como uma prioridade em matéria de prevenção, particularmente importante em pessoas idosas, com doenças respiratórias ou doenças crónicas. Importa ainda lembrar que a maioria das doenças respiratórias são contagiosas e não sendo por vezes possível evitar por completo o seu aparecimento, podemos pelo menos tentar minimizar os fatores de risco bem como as complicações associadas, através de algumas medidas de prevenção, que não se resumem apenas à etiqueta respiratória ou à lavagem e desinfeção regular das mãos. Há medidas simples que ajudam nessa tentativa, tais como a manutenção de uma respiração nasal e não bucal (as narinas têm a função de filtrar o ar e aquecê-lo), uma hidratação adequada e uma alimentação equilibrada e rica em legumes e fruta. A aposta na prevenção nunca foi tão importante. Medidas preventivas são fundamentais para reduzir o risco de contrair infeções respiratórias e as suas complicações. A vitamina C, o zinco e a vitamina D contribuem para o normal funcionamento do sistema imunitário. A flora intestinal (microbiota) regula a resposta imunitária global do organismo e, por isso, a toma de probióticos é aconselhada. A limpeza das vias aéreas com soro fisiológico é uma das medidas que confere saúde às suas vias respiratórias.

Tendência crescente de atividade gripal Portugal apresenta uma atividade gripal com tendência crescente. “O vírus para o qual foi determinado o subtipo é A(H1)pdm09. São detetados outros vírus respiratórios, na sua maioria vírus sincicial respiratório”, indicou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). A vacinação contra a gripe arrancou em Portugal no final de setembro, mais cedo do que o habitual devido à pandemia de covid-19, estando já imunizadas mais de 2,4 milhões de pessoas, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde. Em Portugal, o sistema de vigilância da gripe e outras infeções respiratórias é composto pela rede de médicos-sentinela, pelos serviços de urgência, pelas áreas de atendimento dedicadas a doentes respiratórios, pela rede portuguesa de laboratórios para o diagnóstico do vírus da gripe e pelas unidades de cuidados intensivos. Este programa anual tem início no princípio de outubro, terminando em maio do ano seguinte, e integra componentes clínicas e laboratoriais.

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Especial Saúde Gravidade da época gripal propicia aumento de casos de pneumonia Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, esta época gripal tende a ser particularmente grave, especialmente para os grupos de risco. Entre as múltiplas complicações que podem chegar com uma gripe, a pneumonia é uma das mais graves e é particularmente incidente nesta altura do ano. A estatística mostra que a interação entre o vírus da gripe e o pneumococo – a bactéria responsável pela maioria dos casos de pneumonia – aumenta em dezenas de vezes o risco de contrairmos a doença. Num ano em que se verifica um agravamento da gravidade dos casos de gripe, devemos estar particularmente atentos e proteger-nos também contra a pneumonia, uma doença grave e potencialmente fatal. Apesar de ser prevenível através de vacinação, a pneumonia ainda mata, todos os dias, uma média de 13 pessoas no nosso país - 4,2% da mortalidade ocorrida em 2019, segundo o INE. Contrair uma Pneumonia é sempre grave, qualquer que seja a altura do ano, mas se se contrair em pleno pico de Gripe e em contexto de pandemia, será francamente pior. Devemos, ainda, ter especial atenção aos mais propensos a contrair a doença: crianças, pessoas com mais de 65 anos, e adultos portadores de doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC, outras doenças respiratórias crónicas, doença cardíaca, doença hepática crónica, doentes oncológicos, portadores de VIH e doentes renais. A pneumonia pode deixar sequelas permanentes, que reduzem drasticamente a qualidade de vida de quem a contraiu. Bronquiectasias (deformação dos brônquios) e compromisso da função pulmonar são apenas dois exemplos, tal como a permanência de tosse, expetoração ou falta de ar. Quando dois vírus respiratórios atacam em simultâneo. Flurona é o nome dado à infeção simultânea pelo vírus da gripe (Influenza) e pelo vírus que causa a covid-19 (SARS-CoV-2). O nome surge da junção de flu (de Influenza) e rona (de coronavírus). Como atuam os dois vírus respiratórios ao mesmo tempo? Embora ainda não se saiba ao certo quais os mecanismos de ação do Influenza e do SARS-CoV-2 quando estão ao mesmo tempo no organismo humano, é possível que cada um dos vírus atue de forma isolada. Tem-se conhecimento de que possuem recetores celulares diferentes, mas podem causar a síndrome respiratória aguda grave quando entram em ação em simultâneo, à semelhança do que acontece com a coexistência de outros vírus respiratórios. Quão habitual é dois vírus respiratórios coexistirem em simultâneo? A coinfeção nesta altura do ano é frequente, com pacientes até a precisar de internamento por estarem infetados com dois vírus

respiratórios. No entanto, quando em causa está o recente SARS-CoV-2 e o vírus Influenza, a certeza já não é tanta, sobretudo pelo facto de a incidência do vírus da gripe ter sido muito reduzida nos meses passados, limitando a possibilidade de coexistência com o vírus da covid-19. A possibilidade de coexistência destes dois vírus é baixa, pois o SARS-CoV-2 está com uma incidência alta, mas a do vírus da gripe, apesar da tendência crescente, continua mais baixa, muito à boleia de um menor contacto com o vírus Influenza nos últimos meses por causa das medidas de proteção individual e coletiva adotadas um pouco por todo mundo. Além da baixa incidência do vírus da gripe em 2020 e 2021, o facto de ser escasso testar para os dois vírus faz com que seja possível que tenham passado despercebidos casos ligeiros de duplo contágio. Ao testar alguém para a covid-19, numa época de gripe, não podemos garantir que a pessoa não possa estar concomitantemente com o vírus influenza. Existe uma possibilidade acrescida de ocorrência em quem tem maior risco de infeção (imunodeprimidos). Conseguimos produzir anticorpos em simultâneo para dois vírus? Salvo casos em que há algum tipo de imunossupressão, as infeções são simultâneas, mas a resposta imune é contra ambas, acabando por responder aos dois vírus. Cria-se anticorpos para cada ou usa-se os anticorpos obtidos em infeções anteriores ou, ainda, através da vacinação. Quais os sintomas? Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), os sintomas mais comuns de gripe são o mal-estar e cansaço, a febre alta, as dores musculares e articulares, as dores de cabeça, a tosse seca e a inflamação dos olhos. No caso da covid-19, os sintomas associados à infeção pela variante Ómicron, que já representa a maioria dos casos em Portugal, são muito idênticos, estando agora a ser também relatados pingo no nariz e espirros. A semelhança de sintomas nas duas infeções pode dificultar o diagnóstico até que seja feito um teste de despiste de covid-19, mas, em caso de duplo contágio, os sinais de alerta são sobreponíveis, o que pode haver uma potencialização dos mesmos. Quais os riscos? Os riscos dependem sempre do estado de saúde prévio da pessoa infetada e a escassez de relatos confirmados não permite uma avaliação concreta do que pode acontecer quando se está simultaneamente com gripe e covid-19. Segundo especialistas, são diversos os fatores em jogo que podem determinar a gravidade de uma coinfeção por Sars-CoV-2 e Influenza. Teoricamente, é possível um quadro clínico agravado. Teoricamente porque, de facto, há poucos casos relatados e muitas vezes apenas é possível medir os danos quando a coinfeção foi tratada. Olhando para o impacto que os dois vírus podem ter separada13


Especial Saúde mente no ser humano, é possível que as consequências respiratórias sejam maiores. Porém, o facto de a Ómicron apresentar um impacto mais suave pode ser uma mais-valia.

Um

estudo

publicado

na

revista

científica

Nature

Communications, a 5 de outubro de 2021, e levado a cabo em

grupo de risco de gripe (pessoas consideradas com alto risco de desenvolver complicações pós gripe, como as que têm 65 anos ou mais, grávidas, independentemente do tempo de gestação e doentes com mais de seis meses de idade (incluindo mulheres a amamentar) e que apresentem doenças crónicas ou imunitárias, esclarece o site do Serviço Nacional de Saúde).

SARS-CoV-2 aumenta a probabilidade de coinfeção deste vírus

). Os não vacinados podem também estar mais vulneráveis, uma vez que se tem verificado que a maioria das pessoas atualmente internadas não está inoculada contra a covid-19.

com o Influenza A. Diz o estudo que os ratos que contraíram

A junção dos dois vírus vai ser mais comum este ano?

ratos de laboratório, indica que a permanência da circulação do

gripe apresentaram uma maior probabilidade de ter doença grave de covid-19 se fossem infetados com o SARS-CoV-2 dois dias depois de terem contraído o Influenza. Os autores dizem que a coinfecção está associada a cargas virais de influenza elevadas nos órgãos respiratórios, mas que, “notavelmente, imunidade prévia à gripe, mas não ao SARS-CoV-2, previne doenças graves e mortalidade”. Esta proteção é dependente de anticorpos.

Os

resultados

obtidos

“suportam

experimentalmente a necessidade de vacinação contra influenza sazonal para reduzir o risco de comorbidade influenza grave / covid-19

durante

a

pandemia

de

covid-19”,

lê-se

na

investigação.

Qual o papel da vacinação? Seja na prevenção do duplo contágio ou de que se desenvolva doença grave, a vacinação contra a gripe e contra a covid-19 é

Uma vez que ambos os vírus – SARS-CoV-2 e Influenza – se transmitem da mesma forma, as medidas para prevenir um acabam por prevenir também o outro. Por isso, no inverno do ano passado houve uma diminuição dos casos de gripe, devido ao confinamento, ao distanciamento social e ao uso de máscara. Mas, este ano, à medida que as restrições são levantadas, a propagação do vírus da gripe volta a aumentar. Nadav Davidovitch, diretor da escola de Saúde Pública da Universidade Ben-Gurion, em Israel, explica à CNN que “depois de um ano com muito pouca ou nenhuma atividade de Influenza, no próximo ano, porque as pessoas estiveram menos expostas, ficam mais vulnerável [ao vírus]”. Além disso, o aparecimento e rápida propagação da nova variante Ómicron tem levado a um aumento do número de novos casos no mundo. No dia 5 de janeiro, em Portugal, foram registados perto de 40 mil novos casos – o valor mais alto desde o inicio da pandemia -, depois de terem sido batidos sucessivos recordes durante a semana entre no Natal e a passagem do ano.

determinante. Assistiu-se a uma boa adesão à vacina, com dados muito positivos, nomeadamente nos grupos para o qual a vacina antigripal é dirigida. Tal é fundamental não só para a incidência da infeção, mas para a diminuição do risco de doença de grave. Como prevenir? Manter as regras de etiqueta de higiene, usar a máscara, arejar os espaços e manter o distanciamento físico sempre que possível não são apenas formas de prevenir o contágio de SARS-CoV-2, pode mesmo ser a forma mais eficaz de prevenir a gripe e o motivo pelo qual a incidência do vírus influenza foi baixa em 2020 e 2021. No ano passado, o risco (de duplo contágio) foi muito mitigado, uma vez que a gripe teve uma incidência muito baixa graças às medidas de mitigação. Quem são as pessoas mais vulneráveis? As pessoas imunodeprimidas são as mais vulneráveis a qualquer tipo de vírus respiratório e um duplo contágio não é exceção. A estes juntam-se as pessoas que fazem parte do grupo de risco de covid-19 (os idosos e pessoas com doenças crónicas, como doenças cardíacas e doenças pulmonares, segundo a DGS) e do 14

A “flurona” é mais perigosa que a gripe ou a covid-19? O impacto que um vírus tem no hospedeiro depende do seu sistema imunitário. No entanto, é importante sublinhar que tanto a gripe como a covid-19 são doenças que podem colocar em risco a vida dos doentes. Para Ardian Burrowes, especializado em medicina familiar e professor na Universidade da Florida Central, a junção dos dois vírus poderá ser “catastrófica para o sistema imunitário“, principalmente se for um paciente que integre os grupos de risco. O especialista disse à CNN, em setembro, que acredita que esta dupla infeção irá resultar numa “maior taxa de mortalidade”.


Especial Saúde Por outro lado, Aronn Vizhinitser, diretor do departamento de ginecologia no hospital israelita onde foram identificados os dois casos de “flurona”, sublinha que se as pessoas forem vacinadas, “a doença é muito ligeira”. Para já, não existem dados suficientes que comprovem um aumento da taxa de hospitalização ou de morte relacionada com “flurona”. A OMS aconselha a população de risco a vacinar-se contra ambos os vírus, para se proteger contra as duas doenças separadas ou juntas. Em Portugal, por exemplo, o reforço da vacinação contra a covid-19 começou por abranger a população mais idosa, tendo sido realizada em simultâneo com a vacinação contra a gripe. Impacto da pandemia na imunidade das crianças e adolescentes Nos meses de verão constatou-se um aumento significativo de infeções respiratórias, como as Laringites e Bronquiolites, muitas a necessitar de medicação específica e cuidados diferenciados. São vários os países que registaram este aumento, não só os países Europeus, mas também os Estados Unidos da América e a Austrália. A comunidade científica tem demonstrado preocupação com este aumento, sobretudo pelo reaparecimento do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Habitualmente 60-70% das crianças abaixo do ano de idade e praticamente todas as crianças abaixo dos dois anos teriam doença ligeira provocada pelo VSR no inverno. Este contacto permitiria estimular a imunidade individual, existindo memória para as infeções e proteção contra a doença grave. Como no ano de 2020-2021 houve uma diminuição acentuada na circulação dos vírus (incluindo o VSR), as crianças não tiveram esse contacto, o que as coloca em maior risco de ter doença grave. Com o regresso às escolas e alívio das medidas globais para o controlo da pandemia, os vírus entram novamente em circulação e causam doenças pela primeira vez nesta altura mais quente. Em Portugal, este aumento de circulação de VSR levou à antecipação da época de vacinação de crianças mais suscetíveis, o que demonstra a importância deste assunto e a preocupação com as patologias habituais do inverno e a frequência da escola. Existem algumas dúvidas sobre o potencial impacto desta "imunidade pouco estimulada" nos serviços de urgência, mas sabemos a escola trouxe mais infeções e uma maior afluência aos sistemas de saúde. Fontes: Portal Velvet Med; Portal Saúde Online; Portal Fundação Portuguesa do Pulmão; Portal MSD Manuals; Portal INSA; Portal SNS; Portal CNN Portugal; Portal NewsFarma; Portal CUF.

15



Prevenção Saúde e Bem-Estar

Mononucleose

Como se transmite, trata e previne a mononucleose infeciosa, também conhecida como a doença do beijo? Geralmente benigna, esta doença afeta sobretudo crianças e jovens.

Conhece a Doença do Beijo? Chama-se Mononucleose Infeciosa (MNI), mas é comumente conhecida como a Doença do Beijo. Os sintomas variam conforme a idade, pelo que o diagnóstico pode ser um desafio. Este vírus pertence à família herpesvirus, dos quais fazem parte o herpes simples e o vírus da varicela, entre outros. Chamam-lhe a doença do beijo porque a transmissão é feita pela saliva ou por gotículas nasais, mas a verdade é que os beijos não são a única forma de contágio. Aliás, sabe-se que cerca de 90% das crianças até aos 5 anos de idade têm contacto com o vírus que a provoca – por exemplo, através de brinquedos ou lápis que levam à boca, talheres ou escovas de dentes – embora a esmagadora maioria não tenha sinais da doença. Na verdade, apenas 5% acabam por desenvolver sintomas, sendo que as restantes vão criar anticorpos em relação ao vírus, ganhando resistência a possíveis infeções futuras. Embora toda a gente possa ser infetada pelo vírus Epstein-Barr – que foi descrito pela primeira vez em 1964. –, há grupos etários mais suscetíveis do que outros. As crianças estão mais expostas, no sentido em que trocam brinquedos e chupetas. É, pois, natural a troca de saliva nestes objetos, sendo impossível as educadoras estarem sempre a vigiar todos os movimentos das crianças. Mas a MNI não é exclusiva da infância. Esta doença tende a ser diagnosticada sobretudo nos adolescentes e no jovem adulto, altura em que tende a ser reconhecida, por ser habitualmente mais sintomática. Os jovens costumam contrair a mononucleose infeciosa pelo beijo ou contacto íntimo com alguém infetado, daí a designação de doença do beijo. Quando suspeitar? Depende também da idade em que se dá o contágio a forma como a doença se manifesta, já que os sintomas podem variar. A idade influencia muito a apresentação clínica, sendo que “nas crianças pequenas pode ser assintomática ou causar apenas uma ligeira inflamação da orofaringe, enquanto nas pessoas mais velhas a doença apresenta-se frequentemente com dor de garganta intensa, febre e gânglios aumentados e sensíveis ao toque do pescoço. É também entre os jovens e adultos que se manifestam algumas queixas gerais muitas vezes significativas, como fadiga e falta de apetite, dores nas articulações, tosse e dor de cabeça. Numa percentagem pequena de casos pode haver desconforto ou dor abdominal por aumento do tamanho do baço, do fígado ou de ambos.

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Prevenção Saúde e Bem-Estar

Quando a doença tem sintomas, estes são principalmente: • Febre; • Dor e inflamação da garganta; • Aumento dos gânglios palpáveis no pescoço (linfadenopatia); • Dores musculares (mialgia); • Cansaço; • Aumento do volume do baço (esplenomegalia).

Sabias que?

O vírus Epstein-Barr é da família do agente do herpes!

Diagnóstico nas crianças Habitualmente a levar brinquedos à boca e a espalhar saliva por todo o lado, é compreensível que os mais pequenos sejam alvos fáceis

da

MNI.

Nesta

idade,

a

doença

manifesta-se

frequentemente por febre alta de início súbito, mas mais prolongada do que o habitual nas doenças agudas – cerca de oito a dez dias – e que cede apenas parcialmente aos antipiréticos. Esta síndrome febril é acompanhada de falta de forças, alguma prostração e dores musculares, tal como numa gripe. as amígdalas estão inflamadas e apresentam um exsudado pelo

que

o

médico

prescreve

o

•Evitar o contacto com as secreções orais e nasais da pessoa infetada; • Lavagem cuidadosa das mãos;

Em geral, é comum o diagnóstico de amigdalite bacteriana, pois purulento,

Como prevenir?

antibiótico

recomendado nestas situações, a amoxicilina. Porém, este pode não ser o diagnóstico correto. A indicação de que se pode estar perante a doença do beijo chega quando “a febre não passa e a criança não melhora”, esclarece. Nessa altura – e apenas nessa altura –, são pedidas análises laboratoriais para confirmação.

• Separação de brinquedos e chuchas; • Não misturar escovas de dentes; • Não partilhar talheres ou copos.

Os ecrãs tomaram conta dos dias e isso tem consequências na visão.

Porque é que não se fazem antes? Porque o pediatra só deve sujeitar uma criança a ser picada quando entende que pode haver utilidade para o diagnóstico. E numa amigdalite com aspeto banal e com cerca de três a quatro dias de febre não há indicação para análises. Outra pista útil para que o clínico suspeite de MNI é quando, após a prescrição de amoxicilina, surge um exantema, ou seja, pequenas manchas avermelhadas, dispersas por todo o corpo e com pouco relevo. Quanto às análises mais adequadas para validar o diagnóstico, aponta-se o hemograma, provas de função hepática e o anticorpo específico da MNI. Todavia, este último é sobretudo útil nas crianças mais velhas, pois nas mais pequenas há com frequência resultados falsos negativos.

Sabias que?

Não há vacinas nem fármacos preventivos para a MNI! Doença benigna e breve A MNI é, na maioria das vezes, uma doença benigna e com duração breve. A maioria das pessoas recupera totalmente em poucas semanas, sendo que as crianças mais pequenas recuperam, em regra, mais rapidamente. Em menos de duas semanas estas costumam 18


Prevenção Saúde e Bem-Estar estar completamente bem, já os adolescentes com sintomas de fadiga podem demorar cerca de um mês a recuperar. Em casos raros, a MNI pode ter algumas complicações, como a baixa de plaquetas, insuficiência renal ou alterações neurológicas mais sérias. A complicação mais frequente é a síndrome de fadiga crónica e ocorre nos adolescentes. Nesta idade, é relativamente comum perdurar durante algumas semanas uma fadiga relativamente acentuada, mas que, por exemplo, não impede a frequência das aulas, mas somente a prática de exercício físico.

Sabias que?

O período de incubação do vírus pode ser de 30 dias!

Tratamento Farmacológico Não existe tratamento farmacológico específico para o vírus, pelo que as medidas são sintomáticas, e dirigidas às queixas. Tal pode implicar a toma de analgésicos ou anti-inflamatórios, além da recomendação para repouso ou, pelo menos, da pausa de atividade física mais intensa. Apenas nas situações mais severas pode haver necessidade de hospitalizar a criança ou o jovem para hidratação endovenosa, repouso no leito e administração de outros fármacos personalizados.

Sabias que?

O Dia do Beijo é comemorado todos os anos no dia 13 de abril! Possíveis complicações As complicações da mononucleose são mais comuns em pessoas que não fazem o tratamento adequado ou que apresentam um sistema imune enfraquecido, permitindo que o vírus se desenvolva mais. Estas complicações normalmente incluem o aumento do baço e inflamação do fígado. Nestes casos, é comum o surgimento de dores intensas na barriga e inchaço do abdômen e é recomendado consultar um clínico geral para iniciar o tratamento adequado. Além disso, podem ainda surgir complicações mais raras como anemia, inflamação do coração ou infecções no sistema nervoso central, como meningite.

Fontes: Portal SNS24; Portal Lusíadas; Portal AdvanceCare; Portal Tua Saúde; Portal Hospital da Luz.

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Indústria Farmacêutica

evitar que a Ómicron se replique nas células”. A empresa refere mesmo, que um estudo realizado in vitro provou a eficácia da nirmatrelvir contra a enzima Mpro, que o coronavírus necessita para se replicar e que é partilhada pelas distintas variantes do SARS-CoV-2, incluindo a Ómicron. “Os resultados mostraram em todos os casos que o nirmatrelvir era um potente inibidor”, afirma a empresa. Segundo a Pfizer, o paxlovid reduz o risco de hospitalização ou morte em cerca de 90%, comparado com um placebo em doentes de alto risco, quando são tratados nos cinco primeiros dias desde o aparecimento dos sintomas. Prevenção Cardiovascular - Cartão Farmacêutico

O tratamento combina nirmatrelvir, que bloqueia a replicação

Aspirina® GR

do vírus mediante a inibição da enzima proteasa, e o ritonavir, cuja função é aumentar a duração da efetividade.

“O coração quer o que o coração quer…”

Lembrar que o paxlovid obteve, em dezembro, uma autor-

O Cartão Farmacêutico Aspirina® GR é um novo formato de

ização de emergência nos EUA e em outros países, para ser

acesso a informação sempre atualizada e relevante para

usado para tratar os adultos com covid-19 que não neces-

responder às necessidades dos farmacêuticos na prevenção

sitem de oxigénio suplementar e que tenham um maior risco

cardiovascular.

de desenvolver uma forma grave da doença.

O cartão virtual oferece conteúdos atualizados e exclusivos, ferramentas e recursos práticos que ajudam a interagir com os clientes e os colegas da sua farmácia. Receção de notificações sempre que existam novas atualizações científicas: • Notificações em tempo real • Conteúdos multimédia • Conteúdo científico • Participação de especialidades Com o Cartão Farmacêutico Aspirina® GR, pode fazer parte da tradição da Bayer e da Aspirina® GR, proporcionando mais qualidade de vida aos doentes cardiovasculares que contam Investigadores do Porto testam novas terapêuticas contra

consigo todos os dias.

a endometriose

Testado com sucesso: Tratamento oral da Pfizer contra Ómicron A Pfizer anunciou que os estudos realizados em laboratório do

tratamento

oral

paxlovid,

contra

a

covid-19,

demonstraram a eficácia deste medicamento contra a nova variante Ómicron. Em comunicado, a empresa informou que os estudos indicam que o tratamento “tem o potencial de manter concentrações de plasma muito superiores à quantidade necessária para

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Investigadores do Porto e do Hospital de São João estão a

testar novos alvos terapêuticos para a endometriose, doença ginecológica que afeta 10% das mulheres em idade fértil e que é uma das principais causas da infertilidade feminina.

Numa nota publicada no seu ‘site’, a Universidade do Porto

revela que a equipa, constituída por investigadores da Faculdade de Medicina (FMUP), do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) e do Hospital de São João, pretende

desvendar os mecanismos moleculares da endometriose e testar um novo tratamento para esta doença “altamente incapacitante”.


Indústria Farmacêutica

Os principais sintomas da doença são “dor pélvica, recorrente e incapacitante, e infertilidade, condições que diminuem muito

a qualidade de vida das mulheres e o seu bem-estar”, esclarece Delminda Neves, professora da FMUP.

“Há dificuldade em controlar a dor e necessidade de

interromper tratamentos quando há intenção de engravidar”,

de VAXNEUVANCE em todos os 27 Estados-Membros da União Europeia (EU), além da Islândia, Noruega e Lichtenstein. A utilização de VAXNEUVANCE na EU deve estar de acordo com as recomendações oficiais. A decisão da CE segue um parecer positivo do Comité de

acrescenta a coordenadora da componente laboratorial do

Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia

Para saberem mais sobre a endometriose, os investigadores

os em dupla ocultação, aleatorizados, que avaliaram

projeto.

vão colher, analisar e caracterizar as células do endométrio e

do tecido adiposo de mulheres com a doença submetidas a cirurgia.

de Medicamentos, que reviu os dados de sete estudos clínicVAXNEUVANCE em 7.438 indivíduos, de uma variedade de populações adultas e diferentes condições clínicas. Estas

No decorrer do projeto, que terá uma duração de cerca de dois

incluíram adultos saudáveis com 50 anos ou mais, adultos

sobre o tratamento da endometriose com metformina, um

mocócica e adultos imunocomprometidos que vivem com

anos, a equipa vai também desenvolver um “estudo pioneiro”

com 18 a 49 anos com fatores de risco para doença pneu-

fármaco “seguro” e “vastamente utilizado no tratamento da

VIH.

diabetes, incluindo a diabetes gestacional”.

A metformina, além de baixar os níveis de açúcar no sangue, intervém na secreção do estrogénio, na mitigação da inflamação e da oxidação, e na redução do crescimento ectópico [fora do vulgar] do endométrio.

No estudo principal em dupla ocultação, e controlado por comparador ativo em 1.205 adultos imunocompetentes, sem vacina pneumocócica prévia com idade igual ou superior a 50 anos, as respostas imunitárias induzidas por VAXNEUVANCE demonstraram não-inferioridade às da vacina pneumocócica

“A expectativa é que este fármaco possa constituir-se como

conjugada 13-valente atualmente disponível (PCV13) para os

para a endometriose, que são exclusivamente de natureza

médios geométricos (GMTs) da atividade opsonofagocítica

uma alternativa às escassas terapêuticas médicas existentes hormonal”, observa a nota, acrescentando que o tratamento

hormonal está associado a “efeitos secundários relevantes”

como o descontrolo do ciclo menstrual, retenção de líquidos e dores de cabeça.

“Esperamos demonstrar o impacto da metformina no

13 serotipos compartilhados, conforme avaliado pelos títulos (OPA) aos 30 dias pós-vacinação. Adicionalmente, as respostas imunitárias de VAXNEUVANCE, para o serotipo 3 partilhado, foram superiores às da PCV13 bem como para os dois serotipos únicos – 22F e 33F – de VAXNEUVANCE. Não foram

tratamento da endometriose, nomeadamente da dor crónica,

realizados ensaios clínicos aleatorizados para avaliar a

acrescenta Delminda Neves.

PCV13.

sem interferir com a fertilidade e com o desejo de engravidar”,

eficácia clínica de VAXNEUVANCE em comparação com

O projeto de investigação foi recentemente distinguido com o

“Na MSD estamos empenhados em ajudar a proteger mais

Prémio de Investigação da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, no valor de 10 mil euros.

pessoas da doença invasiva pneumocócica (DIP), bem como da pneumonia pneumocócica, a forma mais comum de doença pneumocócica em adultos”, disse o Dr. Roy Baynes,

Comissão Europeia aprova vacina pneumocócica conjugada 15-valente para adultos Decisão surge na sequência da análise dos dados de sete estudos clínicos que avaliaram a vacina pneumocócica conjugada 15-valente em 7.438 indivíduos. A Comissão Europeia (CE) aprovou VAXNEUVANCE™ (vacina pneumocócica conjugada 15-valente) para imunização ativa e prevenção de doença invasiva e pneumonia, causada por Streptococcus pneumoniae, em indivíduos de idade igual ou superior a 18 anos. Esta aprovação permite a comercialização

vice-presidente sénior e chefe do desenvolvimento clínico global, diretor médico do Merck Research Laboratories. “Com VAXNEUVANCE, desenvolvemos uma vacina conjugada que induz uma forte resposta imunológica aos serotipos pneumocócicos que contribuem substancialmente para a carga da doença, incluindo o serotipo 3, uma das principais causas de DIP na EU. Esta aprovação fornece a médicos e doentes na EU uma nova opção que pode ajudar a proteger contra os serotipos pneumocócicos responsáveis por cerca de 40 por cento dos casos de DIP em adultos com mais de 65 anos, nos maiores países membros da EU.”

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Breves

“Dê troco a quem precisa" rendeu 15 mil euros” A campanha “Dê troco a quem precisa”, que decorreu em farmácias, rendeu mais de 15 mil euros, com o dinheiro a servir para apoiar pessoas carenciadas no acesso a medicamentos. De acordo com o balanço divulgado pela associação promotora da campanha, as 635 farmácias que aderiram receberam 24.505 donativos para apoiar pessoas carenciadas, num total de 15.853 euros. A campanha foi promovida pela Associação Dignitude, uma instituição particular de solidariedade social dedicada ao desenvolvimento de programas solidários que promovam a qualidade de vida e o bem-estar dos portugueses.

Mais de 700 situações de violência contra profissionais de saúde reportadas em 2021 Estes dados foram divulgados na apresentação do Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde (PAPVSS), na Direção-Geral da Saúde (DGS). Isto representa mais 4% face ao período homólogo de 2020 e menos 24% relativamente a 2019. Segundo os dados, a “grande maioria” destas situações reportadas são de violência psicológica.

Vírus Epstein-Barr pode ser responsável pela esclerose múltipla

Aumento de casos de hipertensão é um dos efeitos da pandemia, sugere estudo

A esclerose múltipla pode ser provocada pelo vírus Epstein-Barr, de acordo com um novo estudo de investigadores norte-americanos que identificaram, pela primeira, vez um provável culpado para esta doença autoimune. A descoberta alimenta a esperança para desenvolver, no futuro, um tratamento que permitiria a cura desta doença que afeta aproximadamente 2,8 milhões de pessoas no mundo. Cerca de 95% de todos os adultos estão infetados com o vírus Epstein-Barr, que também pode causar outras doenças, como a mononucleose. O estudo, publicado esta semana na revista Science, mostra que este vírus é necessário para o desenvolvimento da esclerose múltipla, mesmo que todas as pessoas infetadas não desenvolvam esta doença. A hipótese já vinha a ser estudada há vários anos, mas era difícil de comprovar, principalmente porque este vírus é muito comum e os sintomas da doença só começam cerca de dez anos após a infeção. Esta nova investigação é “o primeiro estudo a fornecer evidências convincentes de causalidade”, referiu Alberto Ascherio, principal autor e professor de epidemiologia da Harvard School of Public Health. “Este é um passo importante, pois sugere que a maioria dos casos de esclerose múltipla pode ser prevenida com a interrupção da infeção causada pelo vírus Epstein-Barr”, acrescentou, citado no comunicado. Para o investigador, a segmentação deste vírus “pode levar à descoberta de uma cura”. A equipa de cientistas acompanhou durante 20 anos mais de dez milhões de jovens alistados no Exército norte-americano, dos quais 955 foram diagnosticados com esclerose múltipla durante o serviço militar. A esclerose múltipla é uma das causas frequentes de incapacidade em adultos jovens.

O aumento exponencial do número de pessoas com hipertensão faz parte do catálogo de consequências associados à pandemia covid-19, analisa um estudo, promovido nos Estados Unidos, publicado na revista da American Heart Association (AHA), Circulation. Tendo em consideração que quase metade dos adultos norte-americanos tem hipertensão e que aproximadamente 75% de todos os casos permanecem acima dos níveis de pressão arterial (PA) recomendados, os investigadores procuraram compreender de que modo a pandemia covid-19 influenciou o controlo do panorama clínico destes indivíduos. Assim, foram recolhidos dados de cerca de meio milhão de adultos nos Estados Unidos com idade média de 46 anos, sendo que 54% eram mulheres, cujos níveis de PA foram recolhidos entre 2018 e 2020. Os participantes foram categorizados em quatro grupos: normal, elevado, hipertensão de estágio 1 e hipertensão estágio 2, com base nas diretrizes atuais da AHA.

A empresa de biotecnologianorte-americana Moderna anunciou na semana passada que iniciou os ensaios clínicos em humanos de uma vacina contra o vírus Epstein-Barr.

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