Edição Edição Especial Especial Brazil Abav Travel ExpoMarket & Collab 2021 Outubro de 2021
A RECONSTRUÇÃO A RECONSTRUÇÃO DO
DO
TURISMO TURISMO
COM REDUÇÃO DE CASOS E COM REDUÇÃO DE CASOS E ÓBITOS, VIAGENS VOLTAM, ÓBITOS, VIAGENS VOLTAM, MAS SETOR AINDA SOFRE CONSEQUÊNCIAS DA CRISE MAS SETOR AINDA SOFRE DESTINOS TERMÔMETRO
Protocolos Pesquisa mostra e atrativos que dos agentes estados estão brasileiros otimistas
TERMÔMETRO DESTINOS
Pesquisa Tudo sobre exclusiva os principais mostra adestinos opinião dos nacionais, agentesincluindo de viagens os protocolos sobre aatuais retomada eeas atrativos tendências do Turismo
SUPLEMENTOS ESPECIAIS ENQUETE
O que pensam os líderes Ceará do setor sobre a volta das viagens Pará
SUPLEMENTOS ESPECIAIS ENQUETE O que pensam os líderes do setor sobre o momento Ceará da indústria Pará
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VO CÊ
DECIDE
EXPANDA SEUS LIMITES NA NOVA BUSINESS NOVA CONFIGURAÇÃO DA CLASSE BUSINESS: · Assentos totalmente reclináveis · Acesso direto ao corredor · Maior privacidade e comodidade · Total conectividade e melhores conteúdos de entretenimento · Menus criados por Martín Berasategui, 12 estrelas Michelin Saídas de São Paulo, conexões de todo o Brasil.
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EDITORIAL A HORA DO REENCONTRO Desde que o Turismo se deu conta da profundidade da crise que estava chegando, falamos de uma re tomada. Ningué m imaginou que o sofrimento seria tão grande e que duraria tanto tempo. Por mais que o Turismo já tenha mostrado a sua resiliência, não há precedentes de uma crise tão grande no setor. A pergunta que é feita constantemente há mais de 18 meses é quando o Turismo vai voltar? Por muito tempo, responder era um exercício de futurologia. Agora, no entanto, já é possível dizer: chegou a hora. Em um momento inicial, havia a expectativa de que as viagens logo fossem retomadas, mas a realidade se impôs e a pandemia se prolongou como a gente não imaginava e nem gostaria. Já no segundo trimestre de 2020, com o objetivo de dar protagonismo ao agente de viagens, lançamos em parceria com a CAP AMAZON o Termômetro do Turismo, com p e r s p e c t i va s e i m p r e s s õ e s dos próprios agentes sobre a retomada. Chegamos agora a sétima edição e as n o tíc ias não p o d e r ia m ser melhores. As respostas, cer tamente são baseadas no que as agências estão vivendo neste momento. E para eles, a retomada já começou, uma vez que 39% af irmaram que a retomada ocorre agora no segundo semestre de 2021. Por
outro lado, mais 24% afirmam que ela já aconteceu. Podemos ainda não ver um volume tão grande, mas é um grande indicativo de que há sim um aquecimento. Há, porém, aqueles que são mais cautelosos e mostram que a retomada será gradativa, uma vez que 24% acreditam que a r e to m a d a s e r á n o p r i m e i r o semestre de 2022, enquanto os outros 13% acreditam em uma volta somente no segundo semestre do ano que vem. São excelentes notícias. E a movimentação das companhias aéreas em ampliar rapidamente a oferta mostra que há sim uma demanda crescente. Assistimos nos últimos dias até o anúncio de rotas que não existiam antes da pandemia. Ao mesmo te mpo, alguns dos des tinos mais buscados por brasileiros no ex terior já estão aber tos aos brasileiros, como Portugal, Espanha, França, Alemanha, Holanda e outros. Estados Unidos e Argentina, por sua vez, já anunciaram data para reabrir. Há uma quantidade muito grande de boas notícias. A Abav E xpo e a BTM serão, neste mês de outubro, o palco para a volta dos negócios, dos encontros e do olho no olho, tão necessário na nossa atividade. Que a partir desses encontros o Turismo possa se reconstruir e renascer!
Presidente Roy Taylor Vice-Presidente Rosa Masgrau (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3138-6273 - (55-21) 2254-3543 Diretor de Redação Anderson Masetto (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3138-6274 Editor-Chefe Igor Regis (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3138-6274 Web-Editor Pedro Menezes (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) (55-21) 2254-3543 Diretora de Vendas Mari Masgrau (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3138-6278
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Uma publicação da
Editora Mercado e Eventos Ltda Os artigos e opiniões de terceiros publicados na edição não necessariamente refletem a posição do jornal.
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ÍNDICE
Foto: rawpixel.com
13 TERMÔMETRO
52 Foto: jcomp
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ENTREVISTAS
DESTINOS
Conheça
o Ceará 5
Em Fortaleza, são 32 quilômetros de litoral e o destaque maior é a Avenida Beira Mar, que acompanha a orla da praia. Totalmente requalificada, ela conta com diversos quiosques e barracas que oferecem bebidas e muitas opções de frutos do mar, marco característico da gastronomia regional, além da famosa feirinha de artesanato, com lembranças da cidade e outras comidas típicas.
Foto: Gustavo Pellizon
A paisagem urbana se mistrua coma beleza das águas limpidas do mar de Fortaleza Foto: Gentil Barreira
T
udo começa em Fortaleza. A capital é a porta de entrada para um dos mais incríveis destinos brasileiros: o Ceará! Belas praias, natureza e infraestrutura são alguns dos atributos que o estado reserva aos seus visitantes. O aeroporto de Fortaleza é um dos principais do País, com voos de todas as regiões, permitindo que os brasileiros possam chegar facilmente a este paraíso.
FORTALEZA
A Praia do Futuro é a mais movimentada da capital e atrai muitos turistas. Lá, estão concentradas as barracas e clubes mais bem estruturados da cidade, uma das características das praias de Fortaleza. Saindo um pouco do sol e praia, o destino oferece também muita cultura. Iracema, nome de uma das principais praias da cidade e também conhecida como a Virgem dos Lábios de Mel, foi imortalizada no romance de mesmo nome do famoso escritor cearense, José de Alencar,
Fim de tarde na Avenida Beira Mar
que ganhou um teatro com seu nome. O Theatro José de Alencar, de 1922, é uma das mais notáveis obras da capital do Ceará, misturando estilo art noveau e neoclássico. Ele recebe peças, orquestras e shows. Outra jóia da cidade é o Centro
Dragão do Mar de Arte e Cultura. Ele reúne em seus 30 mil metros quadrados o Memorial da Cultura Cearense, o Museu de Arte Contemporânea, o Teatro Dragão do Mar, salas de cinema, anfiteatro, auditório e planetário.
Foto: Gustavo Pellizon
Foto: Gustavo Pellizon
JERICOACOARA
Foto: Gustavo Pellizon
Lagoa do Paraíso em Jericoacoara
Foto: Gustavo Pellizon
Fim de tarde em Jericoacoara oferece uma série de opções aos visitantes
Pedra Furada é um dos principais símbolos deste paraíso chamado Jericoacoara
A
cidade de Jijoca de Jericoacoara, no Ceará, é conhecida por ter uma das praias mais lindas do mundo, Jericoacoara, que, rodeada de dunas e coqueirais, possui águas azuis, cristalinas e de temperatura agradável, ideais para os amantes dos esportes náuticos. Jericoacoara é um famoso destino de praia do Ceará e em 2017 ganhou ainda mais destaque quando figurou entre os 15 lugares mais legais para se visitar no mundo em uma lista divulgada pela revista Forbes. A revista fez uma pesquisa com grandes agências de turismo para fechar esta seleção de lugares imperdíveis, e Jericoacoara figurou entre os 15 por sua singularidade e peculiaridade. De lá pra cá, o destino ganhou ainda mais notoriedade com a estruturação do seu aeroporto e uma maior presença das companhias aéreas nacionais.
Entre suas belezas e principais atrações turísticas, estão a Pedra Furada e a Duna Pôr do Sol. A Pedra Furada, um grande arco esculpido pela ação das ondas, fica situado na região rochosa de Jericoacoara. A faixa de praia tem início após a Praia da Malhada, a primeira a leste da vila, já fora da enseada. A Região Rochosa se estende por cerca de 2 km de litoral, terminando na Pedra do Frade. Uma vez por ano, a posição do sol ao se pôr, coincide com o furo da pedra. A Duna do Pôr do sol impressiona pelo seu tamanho e perfeição das formas e é considerada uma das atrações turísticas mais importantes de Jeri. A comunidade, por tradição, reúne turistas e moradores num ritual diário em seu topo para apreciar o espetáculo do pôr do sol de frente ao mar.
Prática de Wind Surf em Jericoacoara
ICARAÍ DE AMONTADA
O
lugar perfeito para fugir da loucura da cidade grande. Chamada de Icaraizinho de Amontada, a praia fica a 180 quilômetros de Fortaleza e promete ao visitante aquela sensação de paraíso. Tem uma característica diferente de muitas das praias do litoral cearense: na maré baixa, o mar fica bem calmo e com grandes piscinas. Um passeio de buggy, passando pelo parque eólico e indo até a Ilha da Ostras, um restaurante na beira do mangue, é um bom programa. O passeio termina com o pôr do sol no Rio Aracatiaçu. A praia conta também com bons restaurantes e pousadas e hotéis incríveis. A praia atrai aqueles que amam a tranquilidade e sabem apreciar belas paisagens. Uma grande enseada repousa sobre ondas lentas e acolhedoras, oferecendo alento para mente e espírito. Essa mesma enseada recebe praticantes de windsurfe, barcos de pesca e canoas que, anualmente, embelezam ainda mais a paisagem através da Regata de Canoas de Icaraí, um tradicional evento que reúne milhares de visitantes e hoje representa um dos maiores orgulhos para o município de Amontada. É a praia
Foto: Gentil Barreira
Maré baixa, mar fica calmo e grandes piscinas são características de Icaraizinho de Amontada
Ilha do Guajiru, um verdadeiro paraíso para ecoturistas
mais frequentada e apresenta boa infraestrutura e diversidade de serviços. ILHA DO GUAJIRU A Ilha do Guajiru é um paraíso para ecoturistas e amantes de esportes aquáticos. À frente, uma longa faixa praiana, a Barra, onde coqueiros se espalham em linha reta paralela ao horizonte; um lago cristalino no
meio e mais uma faixa de areia que finda ao encontro com o Atlântico. A praia faz parte do município de Itarema, cidade a 240 quilômetros de Fortaleza, onde o visitante encontra águas calmas e ideais para banho. Mas quem prefere emoções radicais pode contar também com praias perfeitas para o kite e wind surfe. A cidade tem opções para todos os estilos e o sol brilha pelo menos 300 dias por ano.
FLECHEIRAS Foto: Setur-CE
Flecheiras é uma das mais belas praias do Litoral Oeste do Ceará
A
aconchegante Praia de Flecheiras é um dos destinos mais indicados do litoral oeste do Ceará. A praia está localizada entre coqueirais e dunas de areia branca, a 130 quilômetros de Fortaleza. O paraíso de bons ventos e piscinas naturais é rústico e menos explorado que as demais praias do estado, mas oferece conforto. Seu leste de mar é protegido por arrecifes, que formam piscinas naturais excelentes para prática
do mergulho livre. Sua direção oeste a praia é de mar aberto, com ondas fortes, ideais para surfe e velejos. Os ventos são fortes e propiciam uma boa prática de wind e kitesurfe. Entre as atividades, além do wind e kitesurfe, ainda tem banho nas águas cristalinas e calmas do mar, snorkel, mergulho, surfe, pesca submarina, passeio de jangada e caminhada na praia durante a
maré seca, finalizando com um mergulho nos corais. Flecheiras tem ligação com as praias da Lagoinha e do Mundaú, que ficam a poucos minutos de carro pela praia. Quem visita Flecheiras não pode deixar de visitar as praias de Mundaú e Guajiru, que contam com belos cenários naturais de rio e mar. Aliás, Laogoinha irá abrigar uma unidade do Hard Rock Hotel, que está sendo construído e tem previsão de inauguração em 2022.
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CUMBUCO
ocalizada no município de Caucaia, a praia do Cumbuco, a 28 quilômetros de Fortaleza, é uma das primeiras paradas da Costa do Sol Poente, rota de experiências únicas que somente as praias do Ceará podem oferecer. A Praia do Cumbuco é uma antiga colônia de pescadores, emoldurada por vasto coqueiral e dunas errantes. Embora o Cumbuco continue sendo uma pequena vila, o visitante pode encontrar serviços de diversas categorias e preços, entre restaurantes, hotéis e pousadas. Aos que querem emoção, vale experimentar, ou repetir, o passeio de buggy pelas brancas dunas em roteiros com ou sem emoção. Para os mais comedidos, existem passeios de jegues e cavalos. Já os que querem conferir o mar do Cumbuco mais de perto, há a opção de passear de jangada pelo litoral. Também cativam os visitantes as Lagoas de Parnamirim e do Banana, onde o visitante pode aproveitar diversas opções de lazer na água, como passeios de caiaque, lanchas e banana-boat.
Foto: Alex Uchoa
A constância dos ventos atrai para a Praia do Cumbuco diversas competições
Cumbuco proporciona belas paisagens aos visitantes
Os ventos de Cumbuco são propícios para a prática de esportes
nacionais e internacionais de esportes como kitesurfe, bodyboard e surfe. Outra opção de diversão é a Lagoa do Banana, que oferece passeios de jet ski. Também são bem conhecidas as descidas de esquibunda para o encontro do rio com o mar na Barra do Cauipe. Próximo dali fica no distrito de Ca-
tuana, perto das praias do Cumbuco e Icaraí. Ele guarda uma paisagem de encher os olhos, formada por dunas, mangue, coqueirais, vegetação rasteira no seu entorno e serras como cenário de fundo. Possui água de tonalidade escura, e uma profundidade aparentemente pequena. Ventos oscilando de fracos a moderados.
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AQUIRAZ E BEACH PARK
onhecida como a primeira capital do Ceará, Aquiraz é uma das cidades históricas mais belas do Brasil. Em seu perímetro central, situado em torno da bucólica Praça Cônego Araripe, que tem traçado de missão jesuítica, encontram-se as principais edificações de interesse histórico-arquitetônico do local. Porto das Dunas é a praia mais conhecida de Aquiraz. Tem área completamente loteada, com ocupação disciplinada e presença de grandes equipamentos voltados para o lazer e o turismo, enriquecida por belas mansões, pousadas e hotéis. É em Aquiraz que está localizado o com-
plexo turístico Beach Park, uma das principais atrações do Ceará. É o maior parque aquático da América Latina. O parque reúne uma série de atrações, classificadas em radicais, moderadas e para toda a família. Mais de 7,7 bilhões de litros de água garantem muita diversão e adrenalina aos visitantes. A praia é um diferencial, um dos poucos parques aquáticos à beira-mar no mundo. As atrações do parque agradam todos os estilos, dos mais corajosos aos mais tranquilos, mas a verdade é que não há quem não volte a ser criança. CANOA QUEBRADA O litoral de Aracati é cercado de belezas
naturais, e sua praia mais famosa é a internacionalmente conhecida Canoa Quebrada. Uma lua e estrela esculpidas nas falésias são o símbolo da cidade. Os ventos são ideais para a prática de esportes náuticos e voos de parapente; já os passeios de buggy pelas dunas são ideais para quem procura emoção e belas paisagens naturais. Na região de Canoa Quebrada, as dunas merecem uma visita, começando pela a duna do Pôr do Sol, o Parque de Dunas e as Lagoas. Não deixe de praticar o esquibunda, descubra o Cumbe e a foz do Rio Jaguaribe. Quando anoitece os moradores e turistas se encontram na rua principal apelidada de “Broadway”, embalados por vários ritmos. A Praia de Canoa Quebrada foi descoberta para o turismo nas décadas de 1960 e 1970 – época em que o local era habitado apenas por uma tribo indígena e alguns pescadores. Lá, hippies (a maioria de países europeus) encontraram um lugar quase inacessível, com povo simples e hospitaleiro. Até hoje os nativos preservam a vila de pescadores com as mesmas casas do passado feitas de barro, que muitas vezes serviram de hospedagem para os visitantes. De lá pra cá, a região mantém a sua beleza, mas sua estrutura receptiva evoluiu e muito.
Canoa Quebrada é um dos principais destinos do estado e uma das praias mais impressionantes
Paisagem bucólica em Aracati
Inaugurado em 2012, o Aeroporto Dragão do Mar, ampliou a conectividade na região. Hoje a cidade recebe voos de São Paulo e Recife.
Complexo do Beach Park em Aquiraz, próximo a Fortaleza
SERRAS
Serra de Guaramiranga - o Turismo no Ceará vai muito além do Sol e Praia
cachoeiras, além de um teleférico. O bondinho, que tem um percurso de 550 metros, é utilizado pelos visitantes que
pretendem visitar a Gruta de Ubajara. O atrativo também pode ser acessado por meio de uma trilha
Foto: Gentil Barreira
Q
uando pensamos no Ceará, logo nos vem a mente sol, praia e esportes radicais no mar. No entanto, há ainda mais a ser explorado neste inigualável destino. O primeiro deles é a Serra de Guaramiranga, localizada a cerca de 100 quilômetros da capital e se destaca pelas temperaturas mais amenas. O centro da cidade oferece muitas opções de artesanato e uma excelente oportunidade de ter contato com a gastronomia local. Lá o turista encontra ainda opções de trilhas, cachoeiras e a Rota do Café, uma iniciativa do Sebrae com empreendedores locais da região do Maciço de Baturité. Trata-se de uma nova aposta para conquistar a valorização histórico-cultural de uma das regiões mais visitadas no estado e que já teve o café como principal atividade de produção. A rota inclui visitas a sítios como o São Luís, que tem como herança visível dos tempos áureos do Café a sua arquitetura suave e imponente. Pela narrativa dos proprietários, histórias contextualizadas na tradição do cultivo do café, no Ceará e no Brasil, são reveladas aos visitantes enquanto percorrem os ambientes da Casa. Outra opção é o Parque Nacional de Ubajara que dispõe de alguns atrativos tais como: trilhas, mirantes, grutas e 12
Distante 100 quilômetros de Fortaleza, Guaramiranga tem opções de trilhas e cachoeiras
ENTREVISTA
“É NOSSA RESPONSABILIDADE FOMENTAR O TURISMO” ANDERSON MASETTO
de ser feito porque a entidade tem a “responsabilidade de fomentar o turismo”. Além disso, a dirigente ressalta que a feira terá uma série de ativações, incluindo city tours em Fortaleza e bate volta em destinos próximos. Nesta entrevista exclusiva, Magda também destaca que a retomada vista atualmente é consistente e que, com a vacinação, não há risco de retrocesso. MERCADO & EVENTOS – Com o avanço da vacinação, vemos o Turismo começar a aquecer. Quais são os obstáculos atuais par uma retomada mais rápida e consistente? Magda Nassar - Acho que sempre temos que nos espelhar por quem está a alguns passos à frente. Vimos no ano passado o que aconteceu no último trimestre e depois voltamos para trás. O cenário hoje é diferente, o País que tem 90% de pessoas com a primeira dose. A expectativa é de que em dezembro 90% tenham tomado as duas. Portanto, é difícil ver algum problema que faça retroagir. A vacina é uma coisa que não tínhamos no ano passado. Mesmo assim, precisamos seguir com os protocolos, porque o vírus não desapareceu. Este ano, tivemos grandes problemas pós-carnaval, muito por conta do comportamento das pessoas. Não podemos ter uma indústria que se prepara e um viajante que não é responsável. É preciso a colaboração de todos. O fato é que dificilmente voltaremos a um patamar tão ruim por conta da vacinação. Teremos uma retomada mais sólida daqui para o ano que vem.
Magda Nassar, presidente da Abav Nacional
O primeiro grande reencontro do trade não poderia acontecer em melhor cenário. O Ceará recebe a Abav Expo 2021 e marca o início
da retomada do Turismo no Brasil. Para a presidente da Abav Nacional, Magda Nassar, este será um evento histórico e que não poderia deixar
M&E – Muitas empresas passaram por momentos complicados e ainda estão curando as feridas. O setor do agenciamento está pre13
ENTREVISTA parado para uma retomada forte? Magda Nassar – A área de agenciamento se reestrutura muito rápido, porque é basicamente é mão de obra. Neste período, muitos se organizaram com tecnologia e home office, o que é importante porque diminui custos. Tivemos dois blocos de empresas: um número pequeno que demorou para se organizar e as resilientes, que estavam bem antes da crise, se organizaram e estão prontos para trabalhar. M&E – Uma pesquisa com o Sebrae em parceria com a Abav mostrou um otimismo das agências quanto a volta do faturamento. Esta é uma realidade uniforme ou tem regiões ou nichos que estão melhor posicionados? Magda Nassar - É um retrato geral do mercado. Grande parte das agências se reorganizou, foi para home office, diminuiu custo fixo, viu o mercado voltando e está se organizando. Isso com agências de vários tamanhos. Como exemplo, a minha, como muitas outras, está contratando. A pesquisa é uma forma de mostrar e apresentar dados muito precisos, uma vez que é feita nacionalmente e tem o recorte dos associados Abav. M&E – A pandemia mudou o papel do agente de viagens e a forma como a sociedade enxerga a profissão? Magda Nassar - Ficou super claro que não tem sentido viajar sem um agente de viagens. Este agente que efetivamente é um consultor vai fazer toda a diferença na vida do cliente. É ele que vai trabalhar antes durante e depois da viagem. Há hoje um entendimento muito claro que o agente de viagens é muito bom para todos. M&E – Os destinos estão reabrindo e as viagens internacionais estão voltando, mas a questão do IRRF não foi equacionada. Há uma perspectiva? Magda Nassar - Falamos toda semana com os ministérios do Turismo e da Economia. Recebemos sempre 14
as mesmas respostas. A gente cobra, briga, explica, desenha e precisamos que eles façam, porque já sabem o que fazer. As respostas são sempre positivas, o governo nunca falou que não ia fazer. Já temos a reposição na Lei Orçamentária, os ministérios estão alinhados, o presidente e o ministro Guedes estão cientes. Por que não está assinada a MP? Não recebo uma resposta, mas seguimos trabalhando forte com a certeza que vai sair. Na verdade, é um absurdo o IRRF, mas o fato é que não está atrapalhando 100%. Temos acordos de bitributação com número importante de países. Se recolhermos agora vamos quebrar, porque o consumidor não vai pagar 25% a mais. M&E – A feira da Abav itinerante era um desejo de muita gente no mercado. Dado o retorno de expositores e inscritos, foi uma decisão acertada? Magda Nassar - Acho que sim. Vai ser menor do que a feira que a gente fazia em São Paulo, mas não há como fazer um evento para 32 mil pessoas neste momento. Em Fortaleza, estamos usando um pavilhão inteiro. São três andares com 27 mil metros quadrados no total. Na última feira em São Paulo foram 28 mil metros. Mas, respeitamos a pandemia e fizemos uma feira totalmente diferente. Há um distanciamento quatro metros entre os estandes e a montagem é padronizada para a proteção dos montadores. Estamos muito felizes com a decisão de fazer o evento físico, porque é nossa responsabilidade fomentar o turismo. Teremos também um evento 100% espelhado no online, com o Collab. M&E – Além do distanciamento dos estandes, quais são os demais protocolos? Magda Nassar – Vamos exigir vacinação ou teste para a entrada na feira, porque é para a proteção de todos. Não vamos discriminar quem não tomou a vacina, pois pode apresentar o teste negativo. Fizemos uma parceria com uma farmácia e na entrada do evento o visitante poderá fazer o teste. A comprovação da vacina pode ser por meio do aplicativo
do SUS ou dos aplicativos estaduais. M&E – O que os agentes e expositores podem esperar do evento? Magda Nassar - Teremos a Vila do saber super ativa. Das 18 salas do andar de cima, cinco serão para Vila. Teremos 80 pessoas por sala com distanciamento e controle. Mas quem quiser pode acompanhar pelo Collab ao vivo de qualquer lugar, inclusive da feira pois este ano teremos internet para todos no pavilhão inteiro. Além disso, a cidade de Fortaleza vai se abrir para as pessoas. Será permitido um número restrito de pessoas no pavilhão. Então, teremos cit y tours gratuitos, famtours de bate e volta e várias ativações de outros expositores. M&E – como você avalia a escolha do Ceará como anfitrião? Magda Nassar – O Ceará é um destino espetacular, que está super organizado e se reinventou. O trade vai ter a oportunidade de conhecer. A feira será um espelho do que a gente sempre fez, mas em um lugar com sol e praia que acaba trazendo conhecimento do destino. O estado é muito responsável e isso nos deixa muito satisfeita. Para se ter uma ideia há testagem gratuita no aeroporto para quem quiser fazer e com resultado em dez minutos. M&E – Por conta de tudo que o Turismo passou, esta será uma feira que entrará para a história? Magda Nassar – É uma feira que tem uma carga emocional muito grande. A Abav é referência nacional no Turismo e voltar presencialmente neste momento é especial para todos nós. Poderemos nos encontrar de novo, sabendo que estamos com a retomada batendo na porta e que conseguimos sobreviver a quase dois anos de caos total. Teremos muitos momentos especiais e me sinto muito feliz porque nesses dois anos não deixamos ninguém na mão. Ano passado fizemos o Collab, que foi um sucesso. Este ano, um evento que sem nenhuma dúvida já se tornou um sucesso.
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ESPECIAL
TURISMO: UMA INDÚSTRIA EM RECONSTRUÇÃO ANDERSON MASETTO
Após queda sem precedentes, Turismo começa a renascer no mundo todo
Após um longo período de baixas vendas e um volume muito baixo de viagens ao redor do mundo, os destinos continuam lá. Mas e as empresas que prestam serviços aos viajantes? E as agências e operadoras que comercializam estes produtos? De fato a crise atingiu em cheio o setor, que perdeu – somente no Brasil – mais de 144 mil vagas de empregos, segundo uma pesquisa do Curso de Lazer e Turismo da USP. 16
A retomada já começou, basta ver que neste ano, 17,7% destes postos já foram retomados – o que corresponde a mais de 20 mil empregos formais. O setor não está apenas retomando as suas atividades de forma plena, mas está também se reconstruindo, com muitas empresas reestruturando suas equipes, novos produtos e novas formas de chegar ao cliente.
As perdas acumuladas (desde março de 2020) indicam a perda de 78.934 postos formais em turismo, ainda que o saldo de 2021 seja positivo (geração de 33.029 postos formais). Esse valor, no entanto, é somente 2,15% dos empregos formais gerados no país nos últimos seis meses. Agora, com a atividade voltando com uma maior consistência, a tendência é ver este indicador aumentar
ESPECIAL ciou que as reservas confirmadas no Brasil em agosto para destinos domésticos equivaleram a 91% do montante registrado no mesmo mês de 2019. INTERNACIONAL
Malha aérea doméstica está em franca expansão no Brasil
nos próximos meses. Um indicativo de que a demanda está voltando vem do setor aéreo. Embora, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a participação do setor no PIB brasileiro tenha caído de 1,4% para 0,3%, há uma tendência de alta. Em setembro, a malha aérea doméstica brasileira registrou uma média diária de 1.793 partidas, o equivalente a 74,6% da oferta de voos que as companhias aéreas nacionais operavam antes do impacto da pandemia, no início de março de 2020. Este foi o quinto mês consecutivo de crescimento nesse indicador.
VACINAÇÃO E AQUECIMENTO E a volta das viagens coincide com o avanço da vacinação no Brasil. Até o momento, cerca de 230 mil doses já foram aplicadas no País, sendo aproximadamente 150 milhões com a primeira dose e mais de 82 milhões com a segunda. Isso significa que quase 90% da população adulta já tomou ao menos uma dose do imunizante. Com isso, os números de infecções e morte vem caindo drasticamente no País. Do lado das operadoras, isso já foi sentido. A CVC, por exemplo, anun-
Ao mesmo tempo, as restrições internacionais começam a ser flexibilizadas. Países como Portugal, França, Espanha, Holanda, Suíça, Colômbia, Chile e outros já permitem a entrada de brasileiros com algumas exigências. E também dois dos destinos preferidos dos brasileiros, Estados Unidos e Argentina já marcaram data para reabrir. 1º de novembro e 1º de outubro, respectivamente. Para a CVC, as reservas confirmadas de viagens internacionais reagem ainda em ritmo mais lento, mas com crescimento baseado nas aberturas de fronteiras, somando em agosto o equivalente a 32% do observado no mesmo período de 2019. Mas, de acordo com a Braztoa, 95% das operadoras realizaram vendas para algum destino no exterior. Do total, ainda são apenas 26% dos embarques que são para o exterior, mas o ritmo é de crescimento. BOAS PERSPECTIVAS Os agentes de viagens também demonstram otimismo nesta reconstrução. Dados do TERMÔMETRO DO TURISMO apontam que para este ano, 47% esperam resultados um pouco acima do registrado no ano passado. Apenas 28% esperam um faturamento muito abaixo.
Com ajuda da vacinação e das medidas de segurança, viagens estão voltando
Outro dado que aponta boas perspectivas é a pesquisa da IPC Maps, que projeta uma movimentação de R$ 60,6 bilhões no Turismo brasileiro neste ano. O valor é superior aos R$ 53,7 bilhões de 2020, mas ainda inferior aos níveis de 2019. O mesmo levanta m e nto a p o nta q u e a c r i s e fez com que cerca de 12 mil empresas fechassem as portas. Em 2021, no e nta nto, j á h á re g i st ro d e 2 m i l n ovo s C N PJ s n o s eto r, co m u m a reversão da queda. 17
Um estado com mais de 400 anos de história. Mas, o que você sabe sobre o Pará?
Se falarmos que somos uma nação, parece exagero? Parece, mas é o que somos. Para que o amigo leitor tenha maior compreensão do que isso significa, França, Espanha e Portugal somados caberiam dentro do território paraense. Nossos 1.248 mil km² reservam encantos deslumbrados, em cenários desenhados pela natureza.
Mangal das Garças - Fernando Sette
Mais do que contar uma história, queremos lhe convidar para fazer parte dela. Conhecer nossa gente, nossos cheiros, sabores e cores. Sim, entenda essas linhas como um convite para viver a Experiência Pará.
Afinal, somos as portas da Floresta Amazônica para o mundo. Aqui, vamos juntos conhecer um pouco de Belém, Marajó e Santarém!
Belém
A capital do estado tem opções de lazer para todos os gostos. São muitos lugares para explorar. Isso é traduzido em diversos rios, natureza em abundância e, também, em várias maneiras de aproveitar a cidade. Seja um programa ao ar livre, um passeio pelo nosso centro histórico ou até mesmo um roteiro gastronômico. Por falar em Gastronomia, a UNESCO elegeu Belém como uma Cidade Criativa da Gastronomia e, depois de visitar a cidade, você vai confirmar que em poucos lugares do mundo encontramos uma cozinha de excelência como no Pará, com aromas e sabores amazônicos únicos, conservando saberes e mesclando pala-
dares de povos indígenas, africanos, quilombolas e portugueses. Não à toa, em 2016, o Pará foi escolhido em pesquisa do MTur, por mais 90% dos turistas internacionais que visitaram o Brasil, como detentor da melhor gastronomia do País. O fato é que em Belém você sempre vai encontrar uma opção que vai lhe cativar nos nossos parques urbanos e de natureza, nos complexos turísticos, igrejas, museus e nas ilhas no entorno da cidade. Para facilitar, listamos aqui alguns pontos de visitação imperdíveis:
Fernando Sette
Mercado do Ver-o-Peso com vista para Baía do Guajará
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Ver-o-Peso
Se tem um lugar que consegue explicar um pouquinho a profusão de sentimentos que é estar no Pará, esse lugar é o Mercado do Ver-o-Peso. Nosso famoso cartão-postal é a maior feira aberta da América Latina, o que compreende uma área de 35 mil m². Inaugurado por volta de 1627, é um dos mais antigos do país e foi eleito uma das 7 Maravilhas do Brasil. O que você vai encontrar por lá? Bom, muito da nossa cultura: de cores, sabores e cheiros. Com destaque para sua localização às margens do rio, por isso o mercado recebe diariamente produtos fresquinhos de toda essa região ribeirinha. Por sinal, o contato com os barquinhos abastecidos é uma experiência à parte que se difere de qualquer concepção que temos de feiras.
Estação das Docas
Se sua ideia de passeio ideal envolve conforto e natureza, você precisa conhecer a Estação das Docas, uma janela aberta para o rio em plena cidade. Um moderno complexo turístico construído em galpões de ferro restaurados que compunham o antigo porto de Belém. São 32 mil m² transformados em um centro de entretenimento que reúne teatro, centro de exposições e restaurantes. É um programa perfeito para todas as horas do dia, com destaque para os passeios de barco pela orla. Mas cá entre nós, se você gosta de pôr do sol, esteja lá à tarde para curtir um espetáculo sobre as águas da Baía do Guajará.
O Parque Zoobotânico Mangal das Garças é resultado da revitalização de uma área de cerca de 40 mil m², localizada à margem do rio Guamá, o projeto aproveitou ao máximo as condições paisagísticas da área. Com lagos, aves, vegetação típica, equipamentos de lazer, restaurantes e uma vista espetacular da cidade e do rio. Por dentro do Mangal, em meio às árvores e lagos, passeie pela flora e fauna amazônica formadas por mais de 500 animais de 70 espécies diferentes. Conheça o viveiro de pássaros, o maior borboletário da América do Sul, suba no Mirante para ter uma visão privilegiada da cidade, desfrute do trapiche onde temos uma vista ampla do rio e aproveite para tomar um cafézinho no antigo orquidário da cidade. E, se a fome bater, se entregue aos sabores regionais em um restaurante que mantém uma estrutura espetacular que se integra à vegetação nativa do parque.
Theatro da Paz
Se você quer beleza arquitetônica, te apresentamos o Theatro da Paz. Ele enche os olhos com toda a sua grandiosidade e sentimento de volta no tempo. É o maior Teatro da Região Norte e um dos mais luxuosos do Brasil. Uma experiência inesquecível, afinal, são mais de 130 anos de história. O da “Paz” é considerado um dos Teatros-Monumentos do País, com 1.100 lugares, acústica perfeita, lustres de cristal, piso em mosaico de madeiras nobres, afrescos nas paredes e teto, dezenas de obras de arte entre outros elementos decorativos revestidos com folhas de ouro. É a mais significativa contribuição da Belle Époque à cidade, com traços na arquitetura que remete a grandes casas de ópera italianas.
Estação das Docas - Fernando Sette
Mangal das Garças
Ilha do Combu
Um convite para olhar Belém pela outra margem do rio. A ilha do Combu é uma das 39 ilhas que fazem parte do território insular da capital paraense e uma das quatro áreas de preservação ambiental (APA) da Região Metropolitana de Belém. Atravessar para o Combu é vivenciar uma típica experiência ribeirinha. Uma imensidão de águas refrescantes, palafitas tradicionais e natureza exuberante. Aproveite para fazer o tour de experiência da produção de chocolate e cacau amazônico 100% orgânico ou tenha vivência local com coleta de açaí em um dos restaurantes da ilha, tomar o açaí recém-colhido e batido na hora vai surpreender você.
Vivenciar o Círio de Nazaré é uma experiência única até pra quem não é católico: lugares, cores e um mar de gente reunida num momento de fé, que todo 2° domingo de outubro - em tempos sem pandemia - leva mais de dois milhões de pessoas às ruas da capital paraense. A cidade vive uma profusão de manifestações que vão do sagrado ao profano e tornam a festa ainda mais atrativa. O Círio também tem a chancela da UNESCO, é Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial, e reflete o caráter multicultural da Amazônia, com suas características estéticas, turísticas, sociais e culturais, como a culinária tradicional e o artesanato. Uma visita ao Complexo da Basílica Santuário de Nazaré é essencial.
Ilha do Combu - Lais Texeira
Círio e Basílica de Nazaré
Marajó
Contato com búfalos - Lais Texeira
Se você é um entusiasta de praias, vai se encantar pela região. Dunas que se espalham por quase toda sua extensão e um banho nas
águas quentinhas são um convite ao descanso. Se permita ser fisgado, ali mesmo, pelos sabores culinários da região. Além das belezas naturais, também temos o ritmo contagiante do carimbó, a milenar cerâmica marajoara, os passeios pelas tradicionais fazendas e o maior rebanho bubalino do país. Por sinal, o búfalo é a fonte de diversas atividades econômicas do município, a começar pela culinária, com destaque para o queijo de búfala que possui selo Arte e registro de Indicação Geográfica que o identifica como queijo artesanal tradicional brasileiro. Conhecer o diferente modo de vida dos marajoaras é uma experiência à parte.
Revoada de Guarás - Jean Barbosa
A Ilha do Marajó, localizada a 90 Km da capital paraense, é o maior arquipélago flúvio marítimo do mundo e possui 16 municípios. Por estar entre rios e o oceano Atlântico, o Marajó possui praias de água doce e salgada e revela belas paisagens: campos, florestas, mangues e praias formam um conjunto de raras espécies da fauna e flora amazônica. Os animais convivem em harmonia no local, não é raro avistar garças-brancas, quero-quero e guarás completando o visual.
Rio Paracuri - João Ramid
ILHA DO
Um paraíso marcado pela miscigenação, construído sob fortes heranças culturais que, unidas, formam a identidade do município e do povo santareno. A cidade é uma das mais antigas da região amazônica e o segundo maior aglomerado urbano do Pará. A região do Tapajós conta com mais de 100 quilômetros de praias que mais se parecem com o mar. Com destaque para Alter do Chão, considerada uma das mais lindas paisagens da Amazônia. Em qualquer época do ano você pode viver experiências únicas: no verão, de julho a janeiro, quando chove menos na Amazônia, as águas do Tapajós baixam, revelando praias de areias brancas e condições excepcionais para o banho de rio. Já quem busca passeios de barco em meio à floresta, o mais recomendado é viajar no inverno amazônico, temporada de chuvas que vai de janeiro a julho.
Fernando Sette
O centro de Santarém também tem seus encantos, a parte histórica da cidade revela casarões antigos, museus, praças e lojas de artesanato onde se encontram as cestarias das comunidades indígenas da região, as cuias pintadas de Aritapera e a cerâmica tapajônica.
Alter do Chão - Fernando Sette
Santarém Santarém
A região é rica em unidades de conservação, inclusive com registros de antigas civilizações que habitaram o Pará antes da chegada dos portugueses. Se você ama a natureza, nossa dica é fazer uma trilha em meio à floresta ou uma travessia do Lago Verde em catraia, uma canoa tradicional da região, em direção à Serra da Piraoca, o lugar é ideal para caminhada e, do alto da serra, é inesquecível a espetacular visão do rio Tapajós. Quem quiser ver ainda mais de perto a beleza das águas, pode aproveitar os passeios que são oferecidos diariamente por barqueiros locais até o ponto onde as águas dos rios Tapajós e Amazonas se encontram, mas não se unem. Uma experiência ímpar, como tudo nesse lugar! Se você gostou do que leu até aqui, vai gostar de saber também que o Pará recebeu a certificação de Destino Seguro de Viagens, concedida pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) para destinos e empresas de turismo que cumprem os requisitos de saúde e protocolos de higiene. O que isso quer dizer? Que estamos prontos para lhe receber por aqui!
Descubra mais sobre o Pará em: visitpara 21
ENTREVISTA
“BTM NÃO SERÁ RESTRITA A AGENTES DO NORTE E NORDESTE” PEDRO MENEZES
Claudio Junior, CEO da Brazil Travel Market
Realizada pela primeira vez em Fortaleza (CE) a Brazil Travel Market ocupará mais de 10 mil metros quadrados do Centro de Eventos do Ceará e espera receber mais de 2 mil profissionais entre os dias 22 e 23 de outubro. O CEO do evento, Claudio Junior, ressaltou em entrevista ao M&E, que a expectativa é muito positiva, uma vez que o 22
trade anseia pelo reencontro pessoalmente. Ele revelou ainda que a feira não pretende se restringir aos agentes de viagens das regiões Norte e Nordeste, uma vez que há caravanas de todo o País. Serão 112 estandes, além do Espaço Luxury e uma programação de capacitações. MERCADO & EVENTOS - O que
mudou no turismo e na realização das feiras que iremos já sentir nesta edição? Claudio Junior - Muitas mudanças estão ocorrendo a cada dia. Em 2020 tivemos muitos eventos online ou híbridos e aparentemente seria o futuro, mas não é bem assim. A tecnologia será sempre muito útil e
ENTREVISTA não podemos negar a necessidade da inovação constante. Chegamos a analisar a realização de um evento híbrido, mas decidimos que não seria o momento. A maioria está esperando o momento certo para abraçar novamente seus familiares e amigos. No B2B não é diferente. Nos últimos meses conseguimos fechar várias parcerias, mas nada se compara a um cafezinho pessoalmente. Para o evento deste ano estamos buscando reunir presencialmente o trade, não só do Norte e Nordeste, mas também de todo o Brasil. M&E - Quais protocolos serão adotados para a recepção dos convidados? A feira ganhou um novo padrão, com estandes menores, por exemplo? Claudio Junior - Estamos elaborando os protocolos e divulgaremos em breve. Seguiremos cada item solicitados pelos órgãos sobre estes aspectos. Sobre os estandes, temos diferentes modelos e tamanhos. Do menor ao maior, o agente de viagens vai perceber a qualidade de nosso trabalho. Seguindo o distanciamento sugerido nos protocolos, nosso evento sai de 2,5 mil metros para 10,4 mil. Ficou com um aspecto de gente grande. Podemos dizer que nos tornamos adulto agora aos dez anos. M&E - Quais estratégias tiveram que ser adotadas para a realização
do BTM 2021? O que não deu para fazer neste ano por conta da pandemia e que deve voltar em 2022? Claudio Junior - Com as incertezas das aberturas de outros países, tivemos que cancelar a vinda dos Hosted Buyers. Em 2019 estávamos começando e recebemos pouco mais de 30 compradores internacionais, vindos de quatro países. Em 2022 esperamos pelo menos dobrar este número. M&E - Quais são as novidades para esta edição? O Espaço Luxury será o grande destaque da feira? Qual é a expectativa de público? Quantas marcas teremos expostas? Claudio Junior – O Luxury será um grande destaque. Pelo menos 16 expositores estarão recebendo as agências qualificadas com agendamentos prévios. Nas duas últimas edições nossos agendamentos foram um sucesso, em parceria com a Teresa Perez. Este ano, além dela, temos a Interep e a Visual Boutique. A Suíça também traz grandes empresas e a Coris está conosco nesta área. Além do Luxury, teremos pelo menos 112 outros estandes. Há ainda a área de conteúdo. Serão pelo menos seis salas de capacitação com 60 apresentações. M&E - Com relação a importância da participação das agências de viagens. Já temos números atua-
lizados de quantos profissionais devem participar? E as caravanas estão cheias? Quantas serão realizadas? Claudio Junior - Esperamos pelo menos 2 mil profissionais do turismo, dos quais, 1 mil são agentes de viagens. As caravanas estão indo muito bem. Os convites de nossas caravanas são distribuídos exclusivamente pelas operadoras parceiras diretamente para os agentes. Graças a Clube Turismo, FRT, Integração Trade, Itaparica, Masterop, RexturAdvance e outras, é que conseguimos ter uma grande numero de agentes de viagens altamente qualificados. Nossos Roadshows ao longo ano e as blitz, visitando as agências para entregar o convite em mãos, também ajudam no sucesso das caravanas. M&E - Como o BTM enxerga as tendências para o turismo pós-pandemia? A feira pode ser considerada uma abertura de portas para a temporada de verão? Qual a expectativa dos organizadores com relação a temporada de verão, por exemplo. Acredita que teremos uma alta temporada recorde? Claudio Junior - Sobre as tendências e o turismo pós pandemia, só posso te passar uma dica: visite nosso evento e tome alguns cafés com os grandes profissionais do turismo e ficarás bem atualizado.
Centro de Eventos do Ceará receberá o evento pela primeira vez
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COM O AVANÇO DA VACINAÇÃO, VEMOS O TURISMO COMEÇAR A AQUECER. QUAIS SÃO OS OBSTÁCULOS ATUAIS PARA UMA RETOMADA MAIS RÁPIDA E CONSISTENTE? IGOR REGIS “Há uma insegurança natural causada ainda pela pandemia , principalmente com relação às notícias sobre as novas variantes, mas com o avanço da vacinação isso deve ter cada vez menos influência. Além da imunização da população, para que tenhamos uma retomada do turismo de forma mais consistente, em primeiro lugar, é necessário que a atividade econômica como um todo retorne aos patamares anteriores à pandemia. Em função das restrições causadas para conter a disseminação do coronavírus e a consequente diminuição da renda da população, diversos setores tiveram índices abaixo do esperado, como mostra o resultado dos últimos levantamentos do Produto Interno Bruto (PIB). No caso do turismo e da hotelaria, temos apresentado alternativas como por exemplo, algumas atualizações na legislação brasileira para apoiar a retomada das atividades nesse momento, principalmente com relação à carga tributária.” Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional “Mesmo com a retomada da oferta de voos, custos estruturais precisam ser enfrentados. O querosene de aviação (QAV), item de maior ineficiência econômica para as companhias aéreas brasileiras, registrou no primeiro semestre de 2021 preço médio na bomba 24,6% superior do que nos Estados Unidos. A escalada da cotação do dólar em relação ao real é outro gargalo histórico. De acordo com o Panorama da ABEAR, em 2020, o pior ano para o setor aéreo, a moeda norte-americana teve valorização de 31% diante do real, cenário desafiador para um setor que tem 51% de seus custos indexados pelo dólar. Essa desvalorização do real fez com que a participação de seguros, arrendamentos e manutenção de aeronaves subisse para 18% dos custos do setor, em comparação com os 11% de 2019. São obstáculos que desalinham o mercado brasileiro com as melhores práticas internacionais. Desde fevereiro deste ano, por exemplo, as empresas aéreas pagam uma alíquota de 15% de Imposto de Renda sobre o leasing de aeronaves, sendo que historicamente não havia essa cobrança justamente pelo alinhamento às regras globais do setor. Acreditamos que enfrentado esses entraves poderemos construir uma aviação comercial ainda mais resiliente no Brasil” Eduardo Sanovicz, presidente da Abear “Ao nosso ver, os maiores obstáculos para a retomada do setor hoteleiro são a vacinação plena, política de liberação total de uso de todos os quartos dos hotéis, atrativos turísticos sem restrições de acesso, restaurantes funcionando sem condicionantes de horários, volta dos eventos corporativos, congressos, feiras e seminários presencialmente, maior grade de voos, campanha para trazer os turistas estrangeiros de volta e, claro, bom senso para ainda o uso de máscaras em ambientes fechados até termos toda a população imunizada com até três doses, quando necessário”. Alexandre Sampaio, presidente da FBHA 26
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“O setor de lazer já experimenta uma retomada mais significativa, mas tanto os hotéis de negócios como de lazer e principalmente grandes resorts, tem uma grande dependência de viagens de negócios. Para uma maior consistência nesse avanço três coisas são fundamentais: um nível de cobertura em torno de 70% de vacinados com a segunda dose ou com a dose única; liberação de eventos a partir da vacinação; e a retomada pelas corporações das viagens de seus quadros e autorização para que atendam a reuniões, congressos, feiras, exposições.” Orlando Souza, presidente do FOHB
“Estamos muito confiantes que, após tantas dificuldades para o setor no mundo inteiro, o turismo no Brasil terá uma retomada rápida. Pudemos observar que as campanhas de incentivo promovidas pela Embratur, realizadas enquanto a Agência atuou exclusivamente para a promoção do turismo interno (entre maio de 2020 e junho de 2021), tiveram mais de 600 milhões de impactos entre televisão, rádio, internet e mobiliários urbanos, resultado considerado muito positivo para colaborar com esta recuperação. Os obstáculos atuais para a retomada ainda estão vinculados à pandemia, que não terminou. A campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, coordenada pelo Governo Federal, está sendo determinante para a recuperação que temos visto, porém sabemos que a atenção à regras sanitárias seguem sendo importantes. Nosso trade turístico concorda com isso e segue atento a todas as regras determinadas pelo Ministério da Saúde. A Embratur segue trabalhando junto ao Ministério do Turismo e a órgãos internacionais, como a Organização Mundial do Turismo, para demonstrar ao mundo inteiro, em campanhas publicitárias e feiras do turismo, que o Brasil supera de forma exemplar os obstáculos históricos causados pela pandemia. O país está pronto para receber turistas internacionais com segurança nos mais variados destinos.” Carlos Brito, presidente da Embratur
“A recuperação do turismo é uma realidade que temos acompanhado mês a mês. E essa evolução tem motivos: os avanços na vacinação, ao lado dos protocolos de segurança implementados pelo setor de turismo, têm contribuído para o aumento da sensação de segurança das pessoas, além, é claro, da constante movimentação de abertura de fronteiras e países aceitando brasileiros, trazem um cenário animador para o setor. A pandemia trouxe desafios, mas busco sempre focar nas oportunidades que esses desafios nos colocam. Nesse sentido, quero citar: novos produtos, profissionalização do setor, gestão, parcerias respeito e consciência. Também acredito que as empresas sentiram na prática o quanto a gestão é fundamental, principalmente em tempos desafiadores. Nesse sentido, o trabalho conjunto com para unir forças e expertises é de suma importância, para evoluir de maneira sólida e sustentável. Nisso, também entra a questão do IRRF, que tem grande interferência nas vendas internacionais e é um pleito no qual trabalhamos há meses e que acreditamos ter uma boa resolução em breve. Por fim, destinos, empreendimentos e viajantes sempre conscientes do seu papel nesse pós-pandemia são uma prioridade para que a recuperação continue acontecendo de maneira segura e satisfatória para todos” Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa 28
UMA CIDADE
E
LÊNDIDA ATÉ DEBAIXO D’ÁGUA. Os parques aquáticos de Olímpia estão entre os mais visitados da América Latina.*
OLÍMPIA
Não é para menos. Aqui tem diversão para todas as idades. Mas, se essa não é a sua praia, não tem problema. Nosso Estado dá um banho também em matéria de museus, cachoeiras, praias, restaurantes e shoppings. Tem SP pra todos. É só escolher o destino que mais combina com você.
visitesaopaulo.com * Fonte: Relatório Theme Index 2018, elaborado pela TEA, Themed Entertainment Association.
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POLÍTICA
UM SETOR ARTICULADO APÓS DÉCADAS DE MUITA LUTA, TURISMO VIVE NOVA FASE EM BRASÍLIA E COLECIONA CONQUISTAS IGOR REGIS
Com boa articulação em Brasília, Turismo vive nova fase em relações com o poder público
Em 1993, o então presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Tasso Gadzanis, promoveu o primeiro jantar da Unidade Nacional do Turismo. O encontro teve como objetivo central aproximar líderes do setor com a classe política. Nos meses seguintes, o próprio Gadzanis levou pessoalmente deputados e senadores para a França, Espanha e aos Estados Unidos para mostrar a força da indústria de turismo e seus impactos na economia. Após 28 anos, este movimento iniciado por Gadzanis se mostrou mais do que acertado. Vitórias importantes marcaram os anos seguintes, como o protagonismo no processo de recadastramento de agências de 30
viagens, nos anos 90, a inclusão do setor no Simples (2000), a criação do Ministério do Turismo e da comissão permanente de turismo na Câmara dos Deputados (2003) e a Lei Geral do Turismo (2008), além da isenção do IRRF para remessas ao exterior (2010) e a redução de sua alíquota em 2016. Nos últimos anos, essa articulação do setor chegou a outros níveis, com lobby forte em Brasília, presença em reuniões no executivo e no Congresso, participação na elaboração de Medidas Provisórias e até o contato direto de lideranças do setor com presidentes. Representantes do Turismo passaram a compor a mesa em eventos do Planalto, como se viu
com Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional, na posse de Gilson Machado Neto na Embratur, em 2019, e, mais recentemente, com Marco Ferraz, presidente-executivo da Clia Brasil, no lançamento do plano de retomada do Turismo, em novembro do ano passado. Essa “nova força” do Turismo se mostrou principalmente nas ações emergenciais do governo durante a pandemia de Covid-19. A formação do grupo chamado G20, que reúne 21 entidades representativas dos setores de Turismo e Eventos, reforçou a importância de demandas que já contavam com o apoio de diversos parlamentares ligados ao setor, seja pela importância da atividade na
POLÍTICA economia de suas bases, por ligações empresarias com o Turismo ou por passagens em secretarias estaduais e municipais de Turismo ou pelo próprio Ministério do Turismo.
parlamentares passam a ter após se aproximarem do setor pode explicar este apoio constante, mesmo para quem não ocupa cargos ou funções relacionados ao Turismo.
Nomes como Alex Manente (Cidadania-SP), Herculano Passos (MDB-SP) e Newton Cardoso Jr. (MDB-MG), ex-presidentes da Comissão de Turismo da Câmara, são figuras constantes nas articulações e no apoio a propostas que beneficiam o setor. O próprio Herculano foi articulador da criação da Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Turismo, enquanto Newton foi destaque como relator da MP da Embratur na Câmara, em 2020.
“É um setor muito sério e organizado em todos os segmentos. Há um relacionamento muito bom entre as partes uma compreensão e um consenso sobre os problemas do setor ”, afirma. “São lideranças esclarecidíssimas. Lideranças que representam o setor empresarial e não só apontam o problema, como também perspectivas e soluções. São pessoas competentes e que não estão interessadas em colocar gasolina na fogueira”, completa.
Há também os nomes de Felipe Carreras (PSB-PE) e Otavio Leite (PSDB-RJ), que tiveram gestões de destaque como secretários de Turismo em seus estados, além de outros apoiadores do setor, como os deputados Vermelho (PSD-PR), Bismarck (PDT-CE), Renata Abreu (Podemos-SP) e também senadores. Os nomes se juntam a Marx Beltrão (PSD-AL) e Marcelo Álvaro Antônio (PSD-MG), ex-ministros do Turismo que criaram uma relação próxima com todo o trade do setor. Ambos, inclusive, integram atualmente a Comissão de Turismo. Outro parlamentar, que passou a integrar recentemente esta lista é o deputado Bacelar (Podemos-BA), que assumiu a presidência da CTur em março. Para ele, a percepção que os
Essa união e a articulação mais organizada do Turismo somada ao apoio de parlamentares e governo foi fundamental para garantir medidas de apoio ao setor. Somente no último ano, surgiram ações como o Pronampe, a MP dos reembolsos e cancelamentos (transformada na Lei 14.046 e renovada pela MP 1.036) a aprovação pelo Congresso do Projeto de Lei 5638/2020, que cria um programa emergencial para o setor e a edição de uma nova MP sobre o IRRF, que está sendo finalizada pelo governo. HISTÓRICO DE DERROTAS E DIVISOR DE ÁGUAS O objetivo de representar o setor foi justamente o que motivou a fundação da Abav, em 1953, substituindo
a mal sucedida Associação Brasileira de Turismo (ABTur) também de 1953. Mas, até a década de 1990, eram mais notáveis a realização dos Congressos e a disputa com companhias aéreas por comissões. Entre os anos 70 e 80 o Turismo acumulou grandes derrotas por falta força política e representatividade na Embratur durante os governos militares. Um exemplo de derrota foi a Gecam 313, uma resolução do Banco Central publicada em 1976, que proibiu remessas em dinheiro para o exterior, obrigando muitas empresas a trabalharem na ilegalidade. Outro caso foi o BBTur, uma divisão do Banco do Brasil criada na década 80 para comercializar viagens. O órgão concorria com agências de viagens, mas com condições privilegiadas. Mesmo com protestos e dossiês, as empresas do setor não conseguiram o fechamento do órgão. Por este histórico, a iniciativa de Tasso Gadzanis foi um divisor de águas, a partir da qual o setor passou a ganhar mais atenção do Congresso e do governo. A efetividade desse marco se mostra pela proximidade com a Embratur, na época responsável pelas políticas de Turismo, nos anos seguintes. A gestão de Goiaci Guimarães na Abav (1997-2001), além do recadastramento de agências de viagens, marcou um posicionamento mais forte pela regulamentação das atividades.
Reunião da Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Turismo em 2019
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POLÍTICA
Roberto Nedelciu, Marco Ferraz, Magda Nassar e Alexandre Sampaio são alguns dos nomes que estão à frente das articulações do setor em Brasília
Depois de Goiaci, o próprio Gadzanis retornou à associação para conseguir outra vitória, a inclusão das agências no Simples, no fim do mandato Fernando Henrique Cardoso. A essa altura, já se somavam à Abav outras entidades representativas, como Aviesp (1982) e Braztoa (1989). MINISTÉRIO E REPRESENTAÇÃO NO CONGRESSO Com a criação do Ministério do Turismo, em 2003, e da Comissão Permanente de Turismo da Câmara dos Deputados, em julho do mesmo ano, as discussões sobre políticas para o setor começaram a ficar mais presentes. Criou-se o Plano Nacional de Turismo e, posteriormente, a Lei Geral do Turismo (Lei 11.771/08), responsável por estabelecer um marco regulatório do setor, reunindo várias normas relativas ao Turismo que se encontravam dispersas dentro da legislação brasileira. Outro fator que pesou a favor do setor foi ter à frente da primeira gestão do MTur um deputado federal de bastante influência no Congresso, o mineiro Walfrido dos Mares Guia, que ocupou o posto até 2007. Depois de Walfrido, ainda passaram pela pasta dois deputados em exercício, Pedro Novaes e Gastão Vieira, mas sem 32
grandes feitos, ainda mais em uma época em que o setor vivia um bom momento com o mercado de viagens internacionais aquecido.
discreta, mas com um amplo conhecimento do setor e boas conexões no Congresso, Ferraz é hoje um dos principais articuladores do Turismo.
Mas na gestão de outros três parlamentares essa conexão com o Congresso foi responsável por trazer mais representatividade e força nas pautas do setor. Henrique Eduardo Alves foi ministro entre 2015 e 2016 e fundamental para as negociações de redução da alíquota do IRRF para remessas ao exterior. Já Marx Beltrão (2016-2018) conseguiu a implementação do Visto Eletrônico, enquanto o mineiro Marcelo Álvaro Antônio (2019-2020) organizou ações como a isenção de vistos para EUA, Canadá, Japão e Austrália, o Investe Turismo e os programas emergenciais lançados em 2020.
Junto com Marco, outra liderança que mostrou forte articulação, primeiro como presidente da Braztoa e agora na Abav, foi Magda Nassar. Ela teve papel importante nas pautas do setor, principalmente as aprovadas durante a pandemia. Com discursos fortes e confiança das seccionais estaduais da entidade, Magda se consolidou como uma porta-voz do setor.
LIDERANÇAS DESPONTAM Na última década, além desta força parlamentar no Ministério, despontaram também lideranças como porta-vozes do setor nas pautas gerais. Um desses casos é Marco Ferraz, que já presidiu a Braztoa e hoje lidera a Clia Brasil. Ferraz é presença constante em reuniões com o governo para discutir tanto gargalos do setor de cruzeiros como do setor de Turismo em Geral. De personalidade mais tranquila e
Formando o “tripé do agenciamento” uma outra figura que rapidamente ganhou destaque em meio as articulações por ações emergenciais foi Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa. O executivo, que assumiu a entidade em 2019, substituindo Magda Nassar, ganhou protagonismo como representante do agenciamento em reuniões do G20 com governo e parlamentares. Ele, inclusive, foi o interlocutor em um encontro com técnicos do Ministério da Economia. Mas, além do setor de agenciamento, a hotelaria também ganhou papel de destaque nas discussões em Brasília. E um dos principais responsáveis por isso é o presidente da
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POLÍTICA Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio. Presidente do Sindrio entre 2002 e 2010, Sampaio assumiu a FBHA em 2010 e desde então mostrou prestígio entre parlamentares e membros do governo. Com um amplo conhecimento jurídico, sua presença em reuniões e eventos passou a ser constante, assim como o apoio a iniciativas e eventos. Outro nome da hotelaria que ganhou holofotes nos últimos anos foi o de Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional. O cearense, que assumiu a presidência da entidade em 2018 passou a contar com grande prestígio dentro do governo Bolsonaro após seu amigo pessoal, Gilson Machado Neto assumir primeiramente a Embratur e depois o Ministério do Turismo. O popular “Baixinho”, como é chamado carinhosamente no turismo, passou a ser mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro em eventos no planalto e ampliou seu tempo em Brasília. Linhares foi um dos articuladores do fim da cobrança ECAD em áreas comuns de hotéis, incluída na MP que transformou a Embratur em agência, parte que foi vetada na tramitação no Congresso. MP 1.036 O Turismo foi beneficiado por leis como 14.020, que instituiu o Programa de Proteção ao Emprego, pela 14.046, que dispensou o reembolso para eventos e serviços de Turismo e o Pronampe, que abriu uma linha de crédito para micro e pequenas empresas. A extensão da pandemia e segunda onda, no entanto, elevou o número de casos e óbitos no País, demandando novas medidas emergenciais. E foi neste cenário que o G20 se organizou por novas demandas (ou a extensão das antigas). E a primeira vitória de 2021 veio pela MP 1.036, que estendeu por um ano os prazos da lei 14.046. Com isso, a dispensa de reembolso, que valia até dezembro de 2020, irá até dezembro de 2021. Também estão sendo prorrogados até 31 de 34
O presidente Jair Bolsonaro recebeu líderes e empresários do Turismo
dezembro de 2022 os prazos para o consumidor utilizar seus créditos na compra de produto ou serviço da respectiva empresa, para remarcação de eventos e reservas e para que o prestador de serviço restitua os valores pagos pelo consumidor, caso não consiga remarcar o evento ou disponibilizar os créditos ao comprador. A lei determina que na hipótese de adiamento ou de cancelamento de serviços, de reservas e de eventos, incluídos shows e espetáculos, o prestador de serviços não seria obrigado a reembolsar o cliente desde que realizasse, sem custos, a remarcação do serviço ou disponibilizasse o crédito equivalente ao valor pago para a compra de outro produto. Caso não atenda a algum dos requisitos, o prestador de serviços tem o prazo de 12 meses para efetuar o reembolso. PL 5638 Outra articulação importante do setor foi em torno do Projeto de Lei 5638/2020, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em maio. A proposta inicial incluía a criação de uma linha especial de crédito, isenção de tributos, renegociação de dívidas e até indenizações. Porém, o texto teve vetos importantes como
o Artigo 4º, que estabelecia alíquota zero por 60 meses para PIS/Pasep, Cofins, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ). Bolsonaro também vetou o artigo que previa uma indenização aos beneficiários do Perse baseada nas despesas com pagamento empregados durante o período da pandemia. A ajuda seria direcionada às empresas que tiveram redução superior a 50% no faturamento entre 2019 e 2020 e foi incluída no texto durante a tramitação no Senado. O texto, de autoria do deputado Felipe Carreras, era incialmente destinado somente ao setor de eventos, mas articulações com a relatora do texto na Câmara, Renata Abreu, resultaram na inclusão das atividades turísticas. O projeto foi aprovado com amplo apoio da Câmara, mas tanto parlamentares, quando empresário do Turismo manifestaram receio de que o texto pudesse ser travado no Senado ou vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. No Senado, a relatora, senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) foi responsável por promover encontros entre o Ministério da Economia, com a presença
POLÍTICA o cliente opte pela reserva online, ainda mais em um cenário em que a moeda norte-americana está cotada na casa dos R$ 5,10. Para o cliente, a opção foi lógica: a agência era mais cara. No entanto, este acréscimo na tarifa não ocorreu pelo fato de o site ter preços melhores ou por um comissionamento alto para o agente, mas sim por uma diferença de competitividade entre ambos, que pode ser explicada por quatro letras: IRRF.
do próprio ministro Paulo Guedes, e representantes dos diversos segmentos que compõe os dois setores. Nos encontros, foram apresentados os impactos no setor e o porque as medidas eram necessárias. Em articulação, com G20, técnicos da economia e outros senadores, a relatora modificou o texto. Em relação a versão enviada pela Câmara, as principais mudanças propostas pelo substitutivo foram a inclusão dos buffets entre as atividades que farão parte do programa, a modificação nas exigências para aderir ao refinanciamento, a criação Programa de Garantia aos Setores Críticos (PGSC) em substituição ao Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac), que já teve seus recursos esgotados. O DILEMA DO IRRF Um assunto ainda pendente da pauta do Turismo em Brasília é o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para remessas enviadas ao exterior. Esta é uma verdadeira pedra no sapato do trade. Ele já foi zerado, teve alíquota de 6% e está hoje em 25%. Este ano ainda, ele voltará aos 6%, conforme reivindicação das entidades do setor junto ao governo federal.
Em maio, as entidades do setor anunciaram um acordo com governo. Em reunião com as presenças do secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, e do ministro do Turismo, Gilson Machado, representando o governo. Ficou definido que a Medida Provisória que será publicada irá fixar o imposto em 6% para 2021 e 2022, 7% em 2023, 8% em 2024 e 9% em 2025. No entanto, daqui a dois anos, o IRRF será novamente objeto de análise, podendo alterar novamente a alíquota. A Medida Provisória que colocaria isso em vigor, até o momento não foi publicada. O QUE É E COMO IMPACTA O IRRF? Um cliente se dirige a uma agência de viagens para reservar um hotel nos Estados Unidos e se depara com o valor de quase US$ 130 pela diária da hospedagem. Ao conferir o preço do mesmo hotel e para as mesmas datas em um broker estrangeiro, a diária sai por US$ 100, valor que compensa mesmo com o IOF de 6,38% do cartão de crédito, que elevará o valor desta reserva para pouco mais de US$ 106. Dependendo do número de dias, esta diferença de quase US$ 24 entre o preço da agência e do site será determinante para que
O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para remessas enviadas ao exterior é o fator que desequilibra a balança. O tributo que atualmente conta com uma alíquota de 25%, incide sobre o pagamento de fornecedores no exterior, como receptivos, hotéis, atrações e outros serviços turísticos. Apesar de alíquota ser de 25%, na prática ela se torna de 33,33%, isso porque o tributo tem que ser descontado (retido na fonte) de quem envia o dinheiro e não do prestador de serviços. Neste exemplo citado, o mesmo hotel tem a diária de US$ 100 tanto para a agência brasileira como para o broker estrangeiro. No entanto, enquanto para o site este é o preço final, para agência há ainda uma conta a mais a se fazer. Em caso de uma comissão de 10% (US$ 10) o agente teria que transferir ao fornecedor US$ 90. Para que o agente envie este valor exato ao fornecedor deve fazer uma conta em que o valor que deve ser enviado represente 75% do total, sendo os outros 25% referente ao imposto que ficará retido na fonte. Neste caso, o valor total da transferência seria de US$ 120 (US$ 120 -25% = US$ 90). Ao somar os US$ 120 enviados ao fornecedor à comissão de US$ 10 chegamos ao valor total da venda para o cliente final. Ainda se junta a este valor o IOF de 0,38%, pago pela transferência. Ou seja, ainda que o agente abrisse mão de sua comissão, teria um preço quase US$ 14 acima do site estrangeiro. Competir, neste caso, seria praticamente ‘pagar para vender’. 35
Explore as paisagens de um dos países com mais belezas naturais do mundo: o seu. O Brasil tem sempre um destino incrível perto de você. E o Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo, está sempre trabalhando para garantir um turismo cada vez mais seguro para todos os brasileiros. Então, aproveite e boa viagem. 36
#RedescubraoBrasil #ViajeComResponsabilidade
Alto Paraíso / GO
Acesse e saiba mais: gov.br/turismo/natureza 37
ENTREVISTA
“BRASIL É O PAÍS COM MAIOR POTENCIAL DE CRESCIMENTO NO TURISMO PÓS-PANDEMIA” ANDERSON MASETTO atrair investimentos privados para o Turismo e acredita que o país tem um grande potencial para ser alavancado no pós-pandemia. “Vivemos no país mais bonito do mundo e costumo dizer que ser brasileiro é viver onde o mundo sonha em tirar férias. Nosso país foi arquitetado para dar certo e é o país com o maior potencial de crescimento no turismo pós-pandemia” MERCADO & EVENTOS - Com o avanço da vacinação, vemos o Turismo começar a aquecer. Quais são os obstáculos atuais para uma retomada mais rápida e consistente?
Gilson Machado Neto, ministro do Turismo
O ministro do Turismo Gilson Machado Neto classificou o avanço da vacinação no Brasil como extraordinário e, por conta disso, o setor está 38
conseguindo retomar as atividades e se reerguer. Nesta entrevista exclusiva ao M&E, ele fala dos investimentos em infraestrutura e no trabalho para
Gilson Machado - Sem dúvida o maior desafio vem sendo a pandemia de Covid-19 que afetou nosso setor de uma maneira inédita em todo o mundo. Mas em todo mundo as atividades estão sendo retomadas aliando vacina e medidas de segurança. No Brasil temos visto um avanço extraordinário da vacinação graças ao compromisso do presidente Bolsonaro e de todo o governo federal com a imunização. Somos um case de sucesso na América do Sul e nossa expectativa é imunizar, com pelo menos uma dose, todos os adultos economicamente ativos e que desejarem ser imunizados até setembro. Aliado a isso, contamos com o Selo Turismo Responsável, uma iniciativa pioneira lançada em junho de 2020 que definiu protocolos sanitários para 15 atividades do setor turístico, incluindo agências de turismo, hotéis e guias de turismo, além de um conjunto de orientações também para os turistas. Sabemos que uma das grandes tendências para a retomada das atividades turísticas é a busca por empreendimentos turísticos considerados seguros do ponto de vista sanitário. Então, apesar do coronavírus ainda ser um obstáculo, é possível garantirmos uma retomada
ENTREVISTA segura e responsável com vacinação e a adoção de protocolos de segurança até que possamos vencer por completo o coronavírus. Até o momento já contamos com quase 30 mil selos emitidos em empreendimentos turísticos em todo o país. M&E - Qual o papel indutor do Ministério do Turismo neste momento de reconstrução do Turismo? Há ações previstas para facilitar e estimular o fluxo de visitantes pelo País? Quais? Gilson Machado - Todos os projetos pensados e desenvolvidos no Ministério do Turismo têm como foco o fortalecimento e crescimento da atividades turística com o objetivo de ampliar a participação da atividade na geração de emprego e renda no nosso país, contribuindo para a recuperação da economia. Um exemplo disso é o projeto Revive, fruto da assinatura do Protocolo de Cooperação entre Brasil e Portugal para promover a requalificação e subsequente aproveitamento turístico de imóveis da União com valor arquitetônico, patrimonial, histórico e cultural que não estejam sendo devidamente usufruídos pela comunidade em que se inserem. Além de proporcionar a conservação do patrimônio público e a geração de receitas patrimoniais oriundas de imóveis da União que se encontram devolutos, a medida ampliará a oferta de produtos turísticos, aumentando a atratividades e a competitividade dos destinos. Para preparar o setor para a retomada das atividades turísticas, também temos investido fortemente na infraestrutura turística - só em 2020 atingimos a marca de histórica de R$ 1 bilhão investido e temos mais de três mil contratos de obras andamento em todo o país. Temos atuado ainda na atração de investimentos privados e, recentemente lançamos o Portal de Investimentos, que reúne um portfólio de projetos, aproximando investidores, empreendedores e o poder público. São 61 projetos com investimentos previstos na ordem de R$ 27 bilhões, que, juntos, têm capacidade de geração de mais de 123 mil empregos no país. Tudo isso somado a ações de promoção, valorizando, principalmente, o enorme potencial
do Brasil no turismo de natureza, já que somos o único país do mundo com seis biomas. M&E - No que se refere a políticas públicas para desenvolver o Turismo, quais são os planos/projetos do MTur para desenvolver novas rotas e destinos no pós-pandemia? Gilson Machado - Nós somos um gigante adormecido no turismo e um dos maiores entraves é a falta de infraestrutura. Iniciativas como a concessão de aeroportos - realizada em abril deste ano pelo Ministério da Infraestrutura e que garantiu mais de R$ 6 bilhões em investimentos para nossos aeroportos -, permitirão que tenhamos uma infraestrutura cada vez melhor para oferecer tanto para os turistas domésticos como os internacionais e isso será ainda mais importante no retorno das nossas atividades. Além disso, sabemos que outro tema importante é a questão da segurança. Infelizmente temos uma visão distorcida da segurança em nosso país, propagada por veículos de comunicação nacionais e internacionais que preferem estimular essa falsa imagem a mostrar que esses casos são exceção à regra. Tanto que, segundo dados da demanda Turística internacional de 2019, os visitantes internacionais que visitaram o Brasil naquele ano deram nota 7,6 para nossa segurança e 94,6% afirmaram que recomendariam o Brasil para familiares e amigos. Já solicitei inclusive, ao Ministério da Justiça, cases que mostrem essa percepção positiva do turista. Sabemos que em todo o mundo o retorno ao turismo acontecerá pelo mercado doméstico e no Brasil o nosso potencial é gigantesco. Tive acesso a um dado do Google mostra que antes da pandemia, 10 a cada 100 buscas era sobre turismo de natureza. Depois da pandemia esse número saltou para 54. Isso só nos mostra como podemos crescer e que ainda estamos muito distantes de todo o nosso potencial. Não tem lógica, um país como o Brasil receber menos visitantes no ano do que o Museu do Louvre (6 milhões X 9 milhões). E a forma de ampliar esse número e fazer crescer nossa atividade, ampliando a sua capacidade
de geração de emprego e renda, é por meio do aumento da conectividade, infraestrutura, qualificação e, é claro, promoção. Precisamos falar mais sobre o nosso país, mostrar mais as nossas belezas. O ministério tem trabalhado em todas essas frentes: infraestrutura, qualificação, segurança sanitária e promoção de todas as regiões do Brasil, com materiais específicos de cada estado do nosso país. Tenho certeza de que o brasileiro vai redescobrir o Brasil e ter ainda mais orgulho de ser brasileiro. M&E - Antes da pandemia, havia um processo de isenção de vistos para diversos mercados prioritários. Isso será retomado agora? Como? Quais países serão priorizados? Gilson Machado - Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália fizeram parte de um projeto-piloto do Ministério do Turismo que implantou, inicialmente, o visto eletrônico e, posteriormente, a isenção de vistos para os turistas dessas quatro nacionalidades. Estudamos, ainda, a facilitação de vistos para dois importantes emissores de turistas – China e Índia. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), medidas de facilitação de visto podem ampliar em até 25% o fluxo de turistas nos países que adotam a prática. No Brasil, os resultados foram ainda melhores. Em apenas um ano de funcionamento do visto eletrônico houve aumento de 35,23% nas emissões de vistos (eletrônicos e tradicionais), considerando o fluxo dos quatro países contemplados. É importante ressaltar que o Brasil já adota uma política de concessão de vistos com base no princípio da reciprocidade. Nesse sentido, já temos acordos com cerca de 90 países. Desta forma, não precisamos para entrar e não exigimos vistos de países como África do Sul, Argentina, Colômbia, França, Marrocos, Portugal, Rússia e Israel. Entendemos que a facilitação desburocratiza processos e acompanha uma tendência de mercado que atesta que, cada vez mais, os turistas internacionais têm procurado destinos mais acessíveis. Portanto, a discussão desse tema sempre terá espaço no nosso governo. 39
AGÊNCIAS E OPERADORAS
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Re cei o de um nov o fec h ame nto
O PROTOCOLO PARA RECEBER VOCÊ É SIMPLES:
VISITE SÃO SEBASTIÃO
BRAÇOS ABERTOS, MÁSCARA NO ROSTO E SORRISO NOS OLHOS.
VISITE PIRAJU
#USEMÁSCARA
SPPRATODOS.COM.BR
TECNOLOGIA
TRAVEL TECHS GANHAM ESPAÇO NO MERCADO DE TURISMO EMPRESAS FOCADAS EM FORNECER TECNOLOGIA OU SOLUÇÕES PARA O TURISMO CRESCEM, MESMO DURANTE A CRISE IGOR REGIS Você já comparou preços ou fez alguma reserva de passagens, hotéis ou casas de temporada por um meio digital? Já gerenciou viagens corporativas pela internet ou usou algum aplicativo de mobilidade? Se respondeu sim para alguma desta perguntas, você certamente já utilizou os serviços de uma travel tech. As travel techs são empresas de tecnologia (ou startups) que atuam no setor de turismo e viagens. No Brasil, esse segmento começou a se popularizar no início dos anos 2000, com chegada das OTAs (Online Travel Angency), mas nos
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últimos anos se expandiu de forma significativa em meio a lacunas do mercado de turismo, que se abriram tanto pelo surgimento de novas tecnologias quanto pelo baixo investimento do mercado em digitalização. Atualmente, já são 225 empresas atuando no segmento, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups). O número representa um aumento significativo em relação às 101 monitoradas pelo Ministério do Turismo em março de 2020. A maioria destas travel techs surgiram há sete anos ou menos. A expectativa é
de que este mercado movimente cerca de R$ 35 bilhões já em 2022, de acordo com relatório produzido pela Loureiro Consultores. “Todos os ramos estão cada vez mais usando as soluções tecnológicas como meios para rentabilizar seu negócio ou entregar algo mais qualificado para os seus clientes, e o setor de turismo e viagens não foge dessa regra. Facilitadores de experiência dos viajantes, como por exemplo aluguel de materiais que ajudem na viagem ou até mesmo de um passeio, são exemplos claro de que o crescimen-
AO AR LIVRE, EM MEIO À NATUREZA.
Estamos vivendo novos tempos, mas não podemos deixar de viver novas aventuras. Mantendo os cuidados, é tempo de se permitir viver o melhor da vida em Ilhabela. Estamos prontos e seguros para receber você. Viva de um jeito especial. É tempo de viver Ilhabela. 43
TECNOLOGIA to no setor de travel techs é grande e ainda pode ser muito mais explorado”, afirma José Muritiba, diretor executivo da ABStartups. Esse avanço mudou a realidade do mercado nacional e suas perspectivas para o futuro. O cenário criado vem contribuindo para posicionar o Brasil como um dos principais mercados das Américas em tecnologias de viagem e também para mudar estruturas no setor de turismo. Gigantes como a CVC Corp ampliaram o investimento em tecnologia no último ano para acompanhar essa transformação. Já outras empresas tradicionais passaram a perder espaço ou ter que recorrer a soluções desenvolvidas pelas travel techs. “Tem uma defasagem de conhecimento e de atualização no Brasil. Muitas empresas se acostumaram a não precisar
fazer esforço porque tinha uma demanda pronta e espontânea. Seja em destinos de praia ou cidades polo de negócios. Agora o cliente está mais exigente e experiente e ele compara e quer tudo na palma da mão. Então o mercado não é mais tão simples como era anos atrás”, explica Marta Poggi, consultora especializada em Tendências, Inovação e Transformação Digital no Turismo. A última década não é marcada apenas pelo crescimento da tecnologia de viagem, mas também pela sua diversificação. Além de empresas de reservas online, o mercado produziu soluções para viagens corporativas, distribuição, eventos, mobilidade, experiências e inteligência de negócios. Neste contexto, surgiram startups que resolveram problemas antigos do setor, e outras que atenderam a necessidades que nem mesmo os consumidores ou empresas sabiam que tinham. Este avanço das travel techs se intensificou ainda mais com as mudanças provocadas pela pandemia de Covid-19, que trouxeram outras preocupações a viajantes e empresas, relacionadas a questões sanitárias e a uma melhor experiência. O uso de tecnologia em passaportes digitais, em selos de hotelaria, e no filtro de público e em eventos e restaurantes são exemplos desta escalada das soluções digitais no turismo. “A pandemia acelerou essa transformação digital e mudou necessidades do viajante. A gente precisa de tecnologia para ter mais segurança sanitária, para agilizar embarques e para ter melhores experiências antes e durante a viagem. Por isso a gente vê um foco maior do governo no desenvolvimento desse mercado para tentar acompanhar os outros países. Enquanto no mundo se discute gestão de destino inteligente, nós aqui estamos fazendo plano de desenvolvimento turístico, que quando ficar pronto já estará defasado”, completa Marta Poggi. ATUAÇÃO DO GOVERNO NO INCENTIVO A TRAVELTECHS Esse movimento citado por Marta é a Estratégia Nacional de Inovação do Turismo, programa do Ministério do Turismo lançando por meio de um convênio com a Wakalua, um hub global de inovação resultado de uma parceria entre a Globalia e a Organização Mundial do Turismo (OMT).
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TECNOLOGIA A ação incluiu um mapeamento do mercado de travel techs e a realização de um Desafio de Inovação do Turismo. A competição foi vencida pela Worldpackers, plataforma colaborativa que permite usuários a trocar suas habilidades por acomodação e refeição em estabelecimentos parceiros. Além destas duas primeiras etapas, o convênio prevê o desenvolvimento de uma estratégia 2021-2024, para tornar o Brasil referência em inovação turística, e a construção de uma sede física para um hub de inovação turística, ainda sem local definido. “Faltava uma política pública que fomentasse a inovação no setor de turismo. Não sei se a estratégia nacional vai ser suficiente, mas temos uma coisa boa que os nossos números são sempre grandiosos. Apesar de ter apenas 6 milhões de turistas estrangeiros, temos um mercado interno muito forte”, ressalta Marta. MERCADO CRESCE NAS LACUNAS Na avaliação de analistas, o segmento de travel techs nacionais cresceu em ritmo acelerado por dois fatores. O primeiro são as especificidades do mercado de turismo brasileiro, como questões de legislação civil e tributária e a insegurança jurídica, que tornam necessário o investimento em um departamento jurídico. Esta especificidade também se mostra na ausência de grande parte do mercado hoteleiro e aéreo nacional nos mecanismos de reservas utilizados por travel techs internacionais. “O Brasil tem muita peculiaridade e por isso empresas que são gigantes lá fora não são tão relevantes no Brasil. Minha leitura é que essas empresas de fora não vêm para o Brasil por estas especificidades. Temos Gol e Azul fora dos GDSs, o que já representa 70% do mercado. O número de hotéis nessas plataformas também é pequeno. Para a empresa estrangeira a opção acaba sendo fazer aquisição de uma empresa brasileira ou escolher outros mercados melhores em que possam entrar mais rápido”, explica Marcelo Linhares, CEO da Onfly, traveltech de gestão de viagens corporativas e que elaborou o Mapa das Travel Techs, no qual se baseou o estudo da Loureiro Consultores. 46
Já o segundo fator, visto como principal por Linhares, é a falta de investimento em tecnologia por parte das empresas tradicionais de turismo do Brasil. Ele destaca que gigantes que lucraram com o bom momento do setor, não se preocuparam em evoluir seu modelo de negócios e acabaram tendo problemas com o surgimento de travel techs que realizam o mesmo serviço, de uma maneira mais ágil e eficiente pelo auxílio do digital. “A lacuna maior quem deixou não foram empresas de fora, mas as empresas de turismo do Brasil, que não digitalizaram seus negócios. Elas cresceram e não reinvestiram em tecnologia e agora, que isso se tornou essencial, passaram a correr atrás. O turismo no Brasil representa algo em torno de 8% do PIB e cada vez mais a tecnologia vai absorver uma parte deste percentual, seja direta ou indiretamente”, completa. Esta “lacuna” de inovação no turismo vem sendo observada inclusive por empresas de tecnologia de outros mercados, como Rappi e Banco Inter, que criaram áreas para atuar no setor de turismo. CENÁRIO DE POUCOS (E BAIXOS) INVESTIMENTOS Se o cenário para travel techs é otimista, em meio a apoio governamental, abertura de mercado, tendência pelo uso do digital e expectativa pela retomada das viagens, o mesmo não se pode dizer da captação de recursos. A maioria das empresas se encontra na fase inicial, com investimentos dos criadores, do chamado “investidor anjo”, ou nas fases pre-seed (investimentos entre R$ 100 mil e 400 mil) ou seed (entre R$ 400 mil e R$ 2 milhões). Os valores, ainda baixos para a maioria das empresas, refletem um cenário de crise econômica que encolheu o mercado de viagens nos últimos anos, e o baixo número de turistas internacionais, estacionado na casa dos 6 milhões (antes da pandemia). Outro fator que atrapalha nessa busca por capital é a concorrência com fintechs, agrotechs e edtechs, que vêm ganhando a preferência de investidores no Brasil. O baixo investimento se reflete no
número de traveltechs que, apesar de crescente, ainda representa 1,7% das mais de 13 mil startups brasileiras, de acordo com a Absturtups. “Quando você olha lá fora, o dinheiro está jorrando. Aqui no Brasil, tirando algumas exceções como Hurb e Buser, que já receberam um caminhão de dinheiro, o resto ainda está muito incipiente. Ainda são pequenos os investimentos. O dinheiro de capital de risco ainda vai para fintechs, soluções e-commerce e agrotechs, que capitalizam muito”, explica Marcelo Linhares, da Onfly, empresa que esse ano recebeu um aporte de R$ 2 milhões da gestora de recursos Cedro Capital. Dentro deste mercado de baixas cifras, algumas exceções se destacam, como citado por Linhares. De acordo com o monitoramento do mercado Brasileiro, feito pela Wakalua, quatro empresas contam com investimentos série C, considerado o maior nível de investimento para empresas sem capital aberto na bolsa. Nesse grupo estão a Viajanet e o Hurb (antigo Hotel Urbano), apontado como o próximo unicórnio (startup que atinge valor de mercado de US$ 1 bilhão) brasileiro entre as travel techs, seguindo os passos 99, primeira brasileira a ganhar este título. Nesse grupo também entra a Mundi, adquirida pela Booking Holdings. Classificada na série B, com investimentos de cerca de US$ 70 milhões, outro destaque é a Buser, empresa que oferece um serviço de viagens de ônibus por meio de fretamento. A estimativa do MTur é de que o setor, no geral, já tenha captado quase R$1,4 bilhão (US$ 278 milhões) ao todo no Brasil. UM MERCADO DE DESTAQUES Mais do que crescer, as travel techs vêm ganhando espaço em um mercado de turismo com cada vez mais compradores digitais. O uso de buscadores, sites de comparação de preço e de reserva de hotéis se tornaram quase passagem obrigatória para quem planeja uma viagem, ainda que não finalize a compra por estes meios. O investimento em publicidade também é perceptível, principalmente nas redes
TECNOLOGIA sociais, canal no qual as travel techs aparecem com frequência para usuários com histórico de buscas por viagens. Novidade desta pandemia foi o forte investimento em mídia nos canais da televisão aberta e fechada, com destaque para empresas de reservas como a 123 Milhas. Estrangeiras com grande presença no mercado online brasileiro como a Decolar. com (Despegar), Booking.com e Expedia disputam espaço com as nacionais Hurb e Viajanet, além de Submarino Viagens e CVC.com, ambas da CVC Corp. Entre os buscadores, a Voopter ganhou espaço antes dividido entre players como Kayak e Skyscanner. Na hotelaria, a Omnibees virou líder de mercado ao atender centenas de hotéis fora dos GDS, se tornando não só uma solução para hoteleiros, mas para canais de distribuição. Housi e VHC (CVC Corp) passaram a ocupar o mercado de aluguéis de propriedades, segmento visto como um dos com maior potenciais de crescimento dentro do turismo. Muitas empresas também solidificaram o caminho no desenvolvimento de soluções para o mercado corporativo, como Onlfy, Paytrack, B2BReservas e Voll. Outras ampliaram sua atuação, caso da Smiles, da Gol, que deixou de ser apenas um programa de fidelidade para se tornar uma plataforma de viagens. Além das reconhecidas no mercado,
há também as iniciativas que ganharam destaque como a Worldpackers, premiada no Brasil, e a Sisterwave, plataforma que ajuda mulheres que viajam sozinhas, premiada no desafio global de startups, promovido pela OMT, que ainda teve dez travel techs brasileiras entre as semifinalistas. MOBILIDADE NO TURISMO Diferente de outros mercados, no Brasil, o segmento de mobilidade está muito mais integrado ao de turismo. Além de não contar com uma rede de trens turísticos, o País ainda conta com a peculiaridade de a maior parte das viagens ser feita de ônibus e carros, fator que contribui para esta classificação das empresas de mobilidade como travel techs. “A grande diferença do Brasil está nesta inclusão das empresas de mobilidade urbana entre as travel techs. Eu defendo muito que os setores de viagens e de mobilidade se convirjam. As viagens podem ser de avião, ônibus ou carro. Não dá para considerar uma mobilidade e outro turismo”, observa Marcelo Linhares da Onfly. CAMINHO SEM VOLTA Um debate antigo, mas ainda vigente no trade turístico, é sobre a briga por espaço entre os meios tradicionais e os digitais e se um substituirá ou não o outro. Se por um lado a pandemia fez com que alguns clientes vissem a necessidade de ter um
atendimento humano, por outro, mostrou que muitas travel techs são capazes de lidar com problemas dos clientes. Com exceção da Decolar.com, a maior parte das empresas apresentou avaliação positiva dos usuários durante a pandemia. No site ReclameAqui, empresas como Hurb, Viajanet, Max Milhas e 123 Milhas têm nota acima de 7, com a maior parte das reclamações resolvidas, o que mostra que o atendimento ao cliente não aparenta ser um “gargalo”, mesmo na situação atípica da pandemia. A análise é de que existe mercado para os dois modelos de negócio, mas, em um mundo cada vez mais rápido e interligado, a digitalização não pode ser uma opção para nenhum segmento, ainda mais um tão global como o turismo. Serviços de personalização, compra online, reserva de serviços e aluguel são oferecidos por empresas de tecnologia em todos os segmentos, e possivelmente consumidos por quem negue a sua eficácia no segmento em que trabalha. “Netflix sugere filmes para você, o Uber para um carro na porta da sua casa, outros aplicativos atendem seus pedidos de delivery. As pessoas não se dão conta que como consumidores elas já apreciam e optam por toda esta tecnologia, mas como fornecedores querem negar e brigar contra isso”, finaliza Marta Poggi.
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LEGISLAÇÃO
LGPD: AGÊNCIA TEM RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA EM VAZAMENTO DE DADOS IGOR REGIS Sancionada em 2018 e em vigor desde o ano passado, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) surgiu com objetivo regular a utilização de dados pessoais por pessoas físicas e jurídicas, inclusive nos meios digitais. Ela foi inspirada na GDPR (General Data Protection Regulation), que entrou em vigência em 2018 na União Europeia, trazendo grandes impactos para empresas e consumidores. Apesar de três anos desde a sua sanção, somente neste mês entraram em vigor os artigos que estabelecem multas e sanções para quem descumprir a LGPD.
titular.
O início das punições jogou luz sobre a urgência de empresas se adequarem a nova norma. No turismo, além se adequar, agência e operadoras também terão que estar atentas às políticas dos parceiros com quem trabalham, tendo em vista que a lei, em seu artigo 42, prevê a responsabilidade solidária de quem coletou os dados do
Para advogado Eduardo Oliveira, diretor da Agencia de Inteligência – Consulting & Corp, escritório especializado em proteção de dados, a expectativa é de que o início das multas o mercado se adeque rapidamente, não só pelas sanções, mas por exclusão, uma vez que empresas irão optar por parceiros que já estejam seguindo à LGPD.
Por se tratar de um mercado onde é comum a transferência de dados pessoais, pelos diversos serviços utilizados durante a viagem (aéreo, hotel, atrações e etc…), operadoras e agências estão sujeitas a problemas, casos os parceiros não estejam em conformidade com a LGPD. De acordo com dados divulgados por consultorias, cerca de 85% do setor de Turismo ainda não está totalmente em conformidade com as novas regras.
Em vigor há três anos, LGPD passa agora a fiscalizar a aplicar multas
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“Além dos cuidados internos, de se adequar à LGPD, existem também os riscos externos. Por exemplo, a agência de viagens compartilha meus dados com um resort no Nordeste. Na hora que existe este compartilhamento da agência com um parceiro, este parceiro também tem que estar adequado à LGPD, pois se este parceiro comete alguma infração a agência é solidariamente responsável, pois foi ela que coletou os dados. Eu não posso me relacionar com quem não esteja adequado no mesmo nível que eu. Quando vaza um dado do meu cliente eu sou responsável se foi eu que coletei. É função do encarregado mapear estes riscos”, afirma o especialista. O encarregado, citado por Oliveira, é a figura definida na LGPD como o responsável pelo canal de comunicação com titulares dos dados e com Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão criado
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LEGISLAÇÃO para regular o cumprimento da LGPD. Ele deve ser indicado pelo controlador e ter seus contatos disponíveis no site da empresa. No exterior, este profissional é conhecido como Data Protection Officer (DPO). O advogado salienta que o encarregado deve ter independência para implementar a política de dados da empresa, que deve estar visível em seus canais de comunicação, e também trabalhar em conjunto com setores jurídicos e de compliance para adequar a empresa e orientar colaboradores. “É importante que este profissional não seja subordinado à empresa e atue de maneira independente para evitar conflitos de interesse. Para a lei, o rosto mais visível é do encarregado, pois ele que assina a política de dados. Mas ele não atua sozinho. É necessário um conjunto de profissionais para auditoria e jurídico, por isso a empresa tem que fazer capacitação dos colaboradores e identificar riscos internos e externos. É necessário um conjunto de profissionais multidisciplinares para adequar uma empresa”, explica. MULTAS E SANÇÕES As multas, que desde o início de agosto já podem ser aplicadas, variam de 2% do faturamento até um limite de R$ 50 milhões, podendo ser multas simples, aplicadas uma única vez, ou diárias, enquanto haja um descumprimento à LGPD. As empresas também estão sujeitas a punições como a proibição de coletar dados e o bloqueio do uso de dados de sua base até a regularização. Os valores das multas terão como base o balancete da empresa do ano anterior e dados do Imposto de Renda. As multas também variam de acordo com o tipo de dado vazado e do dano provocado pelo vazamento. “É um cálculo ainda não similar em todos os casos, pois é determinado de acordo com o dano. Se o dado foi vazado, se foi vendido, se dados pessoais foram compartilhados sem consentimento. Então são várias naturezas e fatores de análise que implicam neste cálculo. 2% é apenas o mínimo”, ressalta Eduardo Oliveira. Para multas e sanções também será considerada a preocupação do controlador em definir normas de governança e adotar medidas de segurança e replicar boas práticas e certificações existentes no mercado. 50
A empresa deve contar ainda com planos de contingência, fazer auditorias e resolver incidentes com agilidade. Se ocorrer, por exemplo, um vazamento de dados, a ANPD e os indivíduos afetados devem ser imediatamente avisados. CONSENTIMENTO Um dos elementos essenciais da LGPD é a necessidade de consentimento do titular para cada etapa do uso de seus dados. Sempre que houver uma coleta de dados, o controlador (empresa) ou o operador (responsável da empresa) deve deixar explícito de que forma os dados serão utilizados e solicitar o consentimento para este uso, inclusive para uma possível transferência de dados para parceiros. O titular pode inclusive aceitar parcialmente os termos para o uso de seus dados, solicitar a exclusão de seus dados da base após algum tempo ou até revogar o consentimento. “Na hora em que são coletados os dados, juridicamente os documentos devem ter uma informação a mais, como o pedido de consentimento, que obedece a definições como a finalidade, o período de armazenamento dos dados e com quem é compartilhado. A lei obriga que haja a transparência sobre estas informações a cada vez que o dado é coletado e isto deve estar explícito”, comenta o diretor da Agencia de Inteligência – Consulting & Corp. DADOS PESSOAIS Outra característica da lei é definir o conceito de dados pessoais. Nesta linha estão informações como nome completo, RG, CPF, número de celular, e-mail e dados bancários. Há ainda os “dados pessoais sensíveis”, que incluem informações que possam provocar constrangimento ou discriminação, como origem étnica, raça, religião, orientação sexual, dados médicos e ainda informações sobre crianças e adolescentes. FISCALIZAÇÃO Eduardo Oliveira explica que até 31 de julho, órgãos como a ANPD, Ministério Público e até Procon atuavam por provocação, ou seja, quando ocorriam denúncias. Mas, a partir deste mês, a expectativa é de que ocorram mais fiscalizações. O advogado descarta a possibilidade de uma atuação mais educativa e menos punitiva, devido ao tempo de sanção da lei e os seguidos
adiamentos de sua entrada em vigor. “As empresas tiveram três anos de maturidade. Dois anos de vacatio legis (prazo legal que uma lei tem para entrar em vigor – de 2018 a 2020 no caso da LGPD) e um ano de vigência da lei até o início da aplicação das multas. Com três anos de maturidade, não há mais como dizer que é uma novidade. Claro que temos um ano de pandemia, que dificultou, mas o meu conselho é que as empresas façam aos poucos, pois elas vão ter que fazer. É um fato. E na hora que chega a sanção, além da condenação a empresa terá que se adequar, então é mais fácil se adequar antes da multa e da sanção”, finaliza. COMO SE ADEQUAR Para empresas que ainda buscam uma adequação, o conselho é que procurem escritórios especializados. Para empresas de pequeno porte, com um baixo volume de dados tratados, este tipo de contratação pode ser feita a partir de um valor mensal de R$ 600. Outra alternativa é procurar associações do setor, que podem fornecer informações sobre os caminhos para se adequar ou até negociar pacotes para um grande número associados, barateando os custos contratação. Esse foi o caso da Braztoa, que negociou uma consultoria para associados, além de realizar um processo educativo. “A Braztoa vem, desde 2019, alertando e disponibilizando informações sobre adequação, legislação e cuidados a respeito da LGPD no Brasil a todos os seus associados. Foram realizadas palestras nesse mesmo ano e seguimos com notícias mensais sobre a evolução do tema, até hoje. Em 2020, identificamos empresas de consultoria para apoiar a adequação a nova lei – que foram revistas recentemente, em busca de negociar condições especiais aos associados”, informou a entidade em nota. Já a Abav Nacional também investiu no processo de educação dos associados, por meio de lives com especialistas. A ABIH Nacional também realizou lives sobre o tema ao longo de 2020, além de desenvolver uma cartilha para auxiliar associados no enquadramento à LGPD.
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PESQUISA
TERMÔMETRO DO TURISMO: AGÊNCIAS JÁ PERCEBEM RETOMADA CONSISTENTE PESQUISA EXCLUSIVA REALIZADA POR M&E E CAP AMAZON MOSTRA OTIMISMO DO TRADE ANDERSON MASETTO Mais uma vez o MERCADO & EVENTOS e a CAP AMAZON ouviram os agentes de viagens sobre o momento do mercado e das tendências que estão se desenhando para o Turismo. A sétima edição do TERMÔMETRO DO TURISMO foi apresentada neste início de setembro e mostra que a retomada das viagens já é sentida pelas agências, mas só será plena no decorrer de 2022. Ao mesmo tempo, há mudanças importantes no que diz respeito ao modelo de negócio das empresas e ao comportamento e
preferência dos viajantes. A pesquisa consulta exclusivamente agentes de viagens de todo o País e contou com mais de 100 respostas. Do total de respondentes, a maioria (88%) tem menos de dez funcionários, outros 9% tem entre dez e 50% e 3% mais de 50. Ainda falando da amostra, 79% atuam com lazer, 11% com corporativo e os outros 10% em nichos específicos. Na opinião de 39% dos profissionais,
a retomada ocorre agora no segundo semestre de 2021. Por outro lado, mais 24% afirmam que ela já aconteceu. Para outa parte dos agentes – que corresponde a 24% do total – a retomada será no primeiro semestre de 2022, enquanto os outros 13% acreditam em uma volta somente no segundo semestre de 2022. “Este é o momento que o mercado todo estava esperando. Na edição passada vimos um otimismo muito grande e hoje temos a consolidação disso e uma
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PESQUISA
PESQUISA Para quais destinos nacionais a retomada está sendo mais rápida?
24%
Sul Sudeste Centro Oeste
50%
Norte 17%
3%
Nordeste
6%
COM O NORDESTE SEMPRE LIDERANDO, O TURISMO DOMESTICO PARECE SE DIVERSIFICAR
Para quais destinos internacionais a retomada está sendo mais rápida? 4%
Sobre este maior otimismo, Pérol destacou que os resultados mostra um mercado em aquecimento, mas ao mesmo tempo que a retomada será gradual. “Pela quantidade de agentes que colocaram 2002, há uma consciência de que esta retomada que já começou será progressiva se estendendo até o segundo semestre do ano que vem”, explicou. DESTINOS DOMÉSTICOS
11%
Europa 41%
América do Norte Caribe (México) América do Sul
37%
Outros 7%
A EUROPA PEGOU A LIDERANÇA, COM DESTAQUE PARA FRANÇA E OS OUTROS EUROPÉUS, A AMERICA DO SUL VOLTANDO DEVAGAR
No Corporativo, quais tipos de viagens são mais ameaçados no futuro? 7% 7%
Reuniões internas 39%
Visitas de clientes Feiras e salões
28%
Formações profissionais Incentivo
19%
UM FORTE PESSIMISMO SOBRE ALGUMAS VIAGENS DE NEGOCIOS COMO REUNIÕES INTERNAS, OU FEIRAS E SALÕES
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afirmação de que o mercado está reagindo”, destacou o diretor de Redação do M&E, Anderson Masetto. “Estamos fazendo esta pesquisa há mais de um ano e começamos a ver a evolução dos indicadores. De forma geral, começamos a ter uma boa ideia de como será o turismo pós-covid”, complementou o diretor da CAP AMAZON, Jean Phillip Pérol.
No que diz respeito aos destinos, o Nordeste segue na liderança da preferência, com 50%. Há uma mudança no entanto no restante do país, com o Sudeste caindo de 27 para 17% e o Sul subindo de 18 para 24%. O Centro Oeste ficou com 6% e o Norte com 3%. “Aparentemente o Sudeste, especialmente o Rio de Janeiro, não está aproveitando este crescimento do doméstico”, acredita Pérol. “O Sudeste é um grande emissor, com a abertura de destinos e vacinação, os viajantes estão indo para destinos mais distantes”, adicionou Masetto. INTERNACIONAL A pesquisa captou a reabertura que está acontecendo, especialmente na Europa. Recentemente países como Suíça, França, Espanha, Holanda e Portugal voltaram a aceitar brasileiros. A maioria dos agentes de viagens (41%) colocaram a Europa como o preferido. Em seguida veio o Caribe com 37%, seguido da América do Sul, com 11%. América do Norte, com 7% e 4% apontaram outros destinos. “Uma das mudanças mais radicais desta pesquisa é a Europa que está retomando a liderança no Brasil. De certa forma é uma volta ao normal. O fato de vários destinos terem aberto é reflexo deste crescimento de dois dígitos”, disse
PESQUISA Quais são as temáticas mais procuradas? 11%
Bem Estar 5%
16%
Ecoturismo Cultura
7%
Gastronomia 11%
6%
Luxo
3%
Espiritual Aventuras
7%
Enoturismo
11%
Shopping Negócios
26%
BEM-ESTAR LIDERANDO, FRENTE A GASTRONOMIA, CULTURA E LUXO, SHOPPING AINDA COM CAUTELA
A sua empresa está operando?
36%
Fechada temporariamente Fechada sem data para reabrir 24%
Home office temporário Home office definitivo
2% 0%
38%
Operando Fisicamente
O HOME OFFICE SE CONSOLIDA COMO A “NORMALIDADE”
Quais são os primeiros segmentos a viajar? 35%
Pérol. “Para mim, este resultado é uma consolidação de que estamos voltado ao normal com o brasileiro voltando a viajar para a Europa”, reiterou Masetto. SEGMENTOS E TENDÊNCIAS Os segmentos que mais devem viajar, na opinião dos agentes segue estável em relação as edições anteriores e mostra uma consolidação do que deve ser o turismo pós-Covid. Lazer será o principal para 48%, seguido de Família e Amigos com 35%. Depois vêm Corporativo (8%), Cruzeiros (6%) e Mice (3%). No que diz respeito exclusivamente ao corporativo, foi incluída uma nova pergunta. Questionados sobre quais tipos de viagens de negócios estão mais ameaçadas no futuro, 39% responderam que serão os deslocamentos para reuniões internas; 28% para feiras e salões; 19% para visitas aos clientes; formação profissional e incentivo ficaram com 7% cada. “Alguns setores do corporativo vão sofrer cortes importantes. Alguns especialistas apontam que o volume de viagens de negócios será 30% menor do que era antes da pandemia”, definiu Pérol. Em relação as novas tendências de viagens, 25% acreditam que uma das novas motivações é a preocupação com a saúde, 22% destinos próximos, empatados com 14% preocupação com segurança e destinos pouco frequentados. Com 11% aparece hotéis e navios menores e com 9% experiências transformadoras. “Este é um bom retrato de como pode ser o mercado de Turismo em um momento pós-pandemia”, acredita Pérol. NEGÓCIOS
Lazer 8% 3% 6%
Família/amigos Corporativo Feiras e MICE Cruzeiros
48%
O CORPORATIVO CONTINUA FRACO, O LAZER LIDERANDO DISPARADO
Em relação ao faturamento, há também melhores perspectivas. 47% dos agentes esperam resultados um pouco acima do mesmo período do ano passado. Apenas 28% esperam um faturamento muito abaixo. Outro dado importante diz respeito ao modelo de operação das agências. 36% já adotaram o home office de forma definitiva, enquanto 38% estão em casa, mas de forma temporária. Outros 24% já estão novamente no escritório ou loja, enquanto os outros 2% estão temporariamente fechados. 55
MUNDO
PAÍSES COMEÇAM A SE REABRIR PARA O TURISMO IGOR REGIS ceção de Portugal, que exige apenas teste PCR negativo, os outros países exigem vacinação completa Mas a principal novidade em termos de reabertura das fronteiras aconteceu em 20 de setembro, quando os Estados Unidos anunciaram o fim das restrições de viagem para turistas estrangeiros totalmente vacinados a partir de novembro. Para entrar no país será necessário apresentar comprovante de vacinação e um teste PCR realizado até 72 horas antes da viagem. A nova política vale para turistas de todos os países, inclusive brasileiros e substitui o sistema de restrições a determinados países, instituído pela ainda no governo de Donald Trump no ano passado e reforçada por Biden no início deste ano. A medida em vigor até então restringe viagens de cidadãos não-americanos que estiveram no Reino Unido, União Europeia, China, Índia, Irã, República da Irlanda, Brasil e África do Sul nos 14 dias anteriores à viagem. ARGENTINA Um dia após a abertura anunciada pelos norte-americanos, foi a vez da Argentina encerrar as restrições para viajantes internacionais. A abertura para turistas de países vizinhos, caso do Brasil, aconteceu a partir de 1º de outubro, enquanto o fim das restrições para os demais países será a partir de 1º de novembro. Exigências mudam em cada país e o agente de viagens precisa ficar atento
Após um 2020 e metade de 2021 de fronteiras fechadas para brasileiros por conta da pandemia de Covid-19, o turismo internacional começou a renascer na segunda metade do ano. O movimento iniciado em junho, com 56
a abertura da Suíça para turistas brasileiros, teve na sequência a flexibilização das restrições em países como França, Canadá, Portugal, Alemanha, Bélgica, Espanha, Holanda, Finlândia, República Tcheca e Irlanda. Com ex-
No caso da Argentina, as exigências são as mesmas que as dos EUA: vacinação completa e teste PCR negativo. Turistas não vacinados poderão também poderão entrar no país, mas estão sujeitos a uma quarentena de sete dias além de testes na chegada e após o 7º dia de quarentena.
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MUNDO
CONFIRA AS EXIGÊNCIAS NOS PRINCIPAIS DESTINOS QUE REABRIRAM PARA BRASILEIROS
EUROPA AMÉRICAS EUA (a partir de novembro) Vacinação completa (duas doses ou vacina de dose única) e teste PCR realizado até 72 horas antes da viagem C A N A DÁ Vacinação completa (aceitas vacinas Pfizer; Moderna, AstraZeneca - Vaxzevria ou Covishield – e Janssen). Apresentar teste RT-PCR negativo para Covid-19, em inglês ou francês, realizado até 72h antes do embarque. Ainda é necessário preencher informações no aplicativo ArriveCAN. MÉXICO Apresentar o “Cuestionario de indentificacion de factores de riesgo en viajeros”na chegada. C U R AÇ AO Teste PCR realizado até 72 horas antes da viagem e preencher os formulários “Digital Immigration Card” e “Public Health Locator Card” até 48 horas antes do embarque CUBA Teste RT-PCR realizado até 72h antes da chegada. Preenchimento do formulário de “Declaración de Sanidad del Viajero”. Pagar uma taxa sanitária de US$ 30 na chegada. A RG E N T I N A Vacinação completa e teste PCR realizado até 72 horas antes da viagem. Necessário novo teste a partir do 5º dia. COLÔMBIA Preencher o formulário “Check Mig” até 24h antes da partida. PE RU Vacinação completa (aceita todas as vacinas aplicadas no Brasil). Para não vacinado é necessário e teste PCR negativo realizado até 72 horas antes da viagem.
ALEMANHA Vacinação completa há no mínimo 14 dias. Para que tomou Coronavac ou ainda não se vacinou e necessário teste PCR realizado até 72 horas antes da viagem BÉLGICA Vacinação completa (aceitas vacinas Pfizer; Moderna, AstraZeneca - Vaxzevria ou Covishield – e Janssen) há no mínimo 14 dias. Ainda é necessário preencher um formulário eletrônico até 48 horas antes da chegada e realizar um teste PCR no 1º ou 2º dia. ESPANHA Vacinação completa (aceitas vacinas Pfizer; Moderna, AstraZeneca - Vaxzevria ou Covishield –, Coronavac/Butantã e Janssen) há no mínimo 14 dias. Ainda é necessário preencher um formulário eletrônico no site Spain Travel Health. FINLÂNDIA Vacinação completa (aceitas vacinas Pfizer; Moderna, AstraZeneca - Vaxzevria ou Covishield –, Coronavac/Butantã e Janssen) há no mínimo 14 dias. FRANÇA Vacinação completa (aceitas vacinas Pfizer; Moderna, AstraZeneca - Vaxzevria ou Covishield – e Janssen) há no mínimo 14 dias ou 28 no caso de vacina de dose única. HOLANDA Vacinação completa (aceitas vacinas Pfizer; Moderna, AstraZeneca - Vaxzevria ou Covishield –, Coronavac/Butantã e Janssen) há no mínimo 14 dias ou 28 no caso de vacina de dose única. PORTUGAL Teste PCR realizado até 72h antes do embarque ou de antígeno até 48h antes do embarque. Ainda é necessário preencher um formulário eletrônico Passenger Locator Card. REPÚBLICA TCHECA Vacinação completa (aceitas vacinas Pfizer; Moderna, AstraZeneca - Vaxzevria ou Covishield – e Janssen) há no mínimo 14 dias. SUÍÇA Vacinação completa (aceitas vacinas Pfizer; Moderna, AstraZeneca - Vaxzevria ou Covishield –, Coronavac/Butantã e Janssen) a no máximo 12 meses. Vacinados com dose única só podem viajar após o 22º dia da aplicação.
ÁSIA
CATAR Vacinação completa (aceitas vacinas Pfizer; Moderna, AstraZeneca Vaxzevria ou Covishield – e Janssen) há no mínimo 14 dias. Vacinados om Coronavac podem entrar, mas realizarão teste antígeno na chegada. Ainda é necessário apresentar um teste PCR negativo realizado até 72 horas antes do embarque e realizar outro teste na chegada. Viajantes também precisam se cadastrar no aplicativo Ehteraz. EMIRADOS ÁRABES Teste PCR negativo realizado em até 72 horas antes do embarque em algum laboratório parceiro Pure Heath e seguro viagem com cobertura para a Covid-19. ‘necessário se cadastras no app DXB Smart. Um novo teste será realizado na chegada. MALDIVAS Teste PCR negativo realizado em até 96 horas antes do embarque. Caso a viagem tenha duração superior a 24 horas é necessário repetir o teste. Ainda é necessário preencher o formulário “Traveller Health Declaration” nas 24h que antecedem o embarque.
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MUNDO
COMO OBTER O CERTIFICADO DE VACINAÇÃO
É preciso baixar algo no celular? Respondemos abaixo as principais perguntas sobre o assunto. O cer tif ic ado internacional de v ac inaç ão emi tido p ela A gênc ia Nac ional de V igilânc ia S anit ária (Anvisa) – que muitos estão acostumados por conta da obrigatoriedade de vacinação da Febre Amarela em alguns países – não serve no caso da C ovid -19. Ent ão o que f azer? Por enquanto, os países exigem um comprovante oficial em espanhol ou inglês e é p os sível f azer is so por meio do aplicativo Conect SUS.
Exigências mudam em cada país e o agente de viagens precisa ficar atento
Com cada vez mais países aceitando brasileiros com o esquema de vacinação completo, uma dúvida começa a surgir para os passagei-
ros e consequentemente para os agentes de viagens. Como emitir os do cumentos que c o mprov am a vacinação? Basta a car teirinha?
O primeiro passo é baixar o app no seu celular. Em seguida, clique em “Doses Aplicadas” e depois em “Detalhamento” e, por fim, em “Certificado de Vacinação”. Há opção de emitir em Português, Espanhol ou Inglês, clicando na bandeira do respectivo idioma.
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Alagoas
Praia de Pajuçara, uma das principais de Maceió
Região: Nordeste Capital: Maceió Área: 27.768km2 Mais Infos acesse: turismoalagoas.com
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Desde junho, quando o estado alcançou 50% da população vacinada com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, Alagoas conta com duas praias reabertas. Da mesma forma, hotéis, bares e restaurantes também encontram-se em funcionamento. O destino está pronto para receber turistas de todo o Brasil, especialmente devido a um expressivo aumento da malha aérea, com novos voos da Latam desde setembro e da Azul a partir de novembro. A recém-chegada ao mercado ITA também passou a voar para a capital, Maceió, no início de agosto. O destino tem, além de equipamentos funcionando e conectividade, protocolos reconhecidos como eficientes. A retomada gradual do turismo em Alagoas conta com o selo Safe Travels do WTTC. Além disso, o estado registra cerca de 1,6 mil empreendimentos
turísticos com o selo do Turismo Responsável do Ministério do Turismo, ocupando o segundo lugar no Nordeste, atrás apenas da Bahia. As duas certificações levam em consideração a prática de condutas que tragam segurança a turistas e moradores. Neste período de baixo fluxo, o estado aproveitou para se organizar e iniciou um programa para revitalizar a orla de 102 municípios. O Projeto Viva Orla tem investimento de R$ 150 milhões e pretende melhorar a infraestrutura das pequenas cidades, potencializando o desenvolvimento econômico e turístico regional. Destes, 12 já estão com projeto em elaboração na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) – são requalificações de praças, orlas e áreas de lazer com a inclusão de equipamentos – a exem-
Praia do Francês em Marechal Deodoro atrai muitos visitantes
Mercado de Artesanato de Maceió
plo de quadras poliesportivas, bancos, playgrounds e obras de paisagismo. Já está em andamento a elaboração de projetos para Penedo, Maragogi, Porto de Pedras, São Luís do Quitunde, Paripueira, Coruripe, São Brás, Delmiro Gouveia, São Miguel dos Campos, Viçosa, Belo Monte e Jequiá da Praia. DESTINO Considerado como Caribe Brasileiro, o estado do Alagoas é um misto de paisagens naturais, história e vida noturna. Com 235 km de costa litorânea, as praias de Alagoas possuem tons variados e profundos de azul e verde. Entre feiras de artesanato e gastronomia típica, a região oferece diversas opções de atividades para os turistas que visitam o estado. A capital alagoana é famosa por ser considerada a orla mais bonita do País
Piscinas naturais estão entre os principais atrativos de Maragogi
e pelas boas temperaturas ao longo do ano. A praia mais conhecida de Maceió é a Pajuçara, casa de belas piscinas naturais, cujo acesso é feito através de uma canoa típica da região, chamada Catamarã, uma vez que as reservas de água ficam a cerca de 6 km da orla da praia. Localizada no norte do estado, entre os municípios de Paripueira e Maragogi, a Costa dos Corais é composta por águas cristalinas, areias finas e recifes de corais que se estendem por 130 km de orla. A barreira de corais da região é a segunda maior do mundo e é uma área que conta com grande proteção e ações de preservação ambiental. O passeio é muito indicado para as pessoas que gostam de conhecer e entrar em contato com a vida marinha através da prática do mergulho. A cidade de Maragogi, que abriga parte da Costa dos Corais, é o segun-
do destino mais visitado de Alagoas, e possui ótima infraestrutura para o recebimento de turistas, com hotéis, pousadas, restaurantes e inúmeras opções de lazer e é também uma ótima opção para quem quer conhecer mais das belezas do estado. Já para aqueles que querem saber mais sobre a história do Brasil e de Alagoas, a cidade de Marechal Deodoro é um passeio imperdível. Antiga capital de Alagoas e casa da Praia do Francês, o município é famoso por seu centro histórico com arquitetura da época colonial, museus e igrejas tombadas como patrimônio histórico. Além disso, há o Museu Marechal Deodoro da Fonseca, onde se encontram documentos e pertences do primeiro presidente do Brasil. A cidade conta com boa infraestrutura, com restaurantes, bares e pousadas. 63
Bahia Foto: Rosilda Cruz Bahiatursa - GovBa
Farol da Barra, em Salvador
Um dos principais destinos turísticos do Brasil, a Bahia está novamente aberta para o turismo. Após restrições implementadas no ano passado e retomadas em meio a segunda onda da pandemia de Covid-19, o estado agora tem acesso liberado às principais praias e atrações. Com mais de 70% da população vacinada com ao menos uma dose, a Bahia registrou no fim de agosto sua menor média de novos e de mortes por coronavírus desde o início do ano.
Região: Nordeste Capital: Salvador Área: 567.295km2 Mais Infos acesse: bahia.ba.gov.br
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Nos principais destinos o destaque fica por conta da reabertura de restaurantes, que não tem mais horário definido para fechamento, com exceção de Salvador, que determina o encerramento das atividades às 2h. As praias também estão livres para acesso de banhistas a qualquer horário
durante todos os dias da semana, tanto em Salvador, como em destinos de destaque como Ilhéus, Itacaré, Morro de São Paulo, Maraú, Porto Seguro e Praia do Forte. Na Chapada Diamantina algumas das principais trilhas a partir do Vale do Capão foram reabertas. Em decreto publicado no fim de agosto, o governo autorizou eventos com público de até 500 pessoas, como cerimônias de casamento e eventos urbanos e rurais. A determinação é válida para cidades em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid se mantenha inferior a 50% por cinco dias consecutivos. No entanto, a realização de shows em todo território do Estado da Bahia segue suspensa até 31 de agosto. O funcionamento de espaços culturais, como cinemas e teatros, deve obedecer ocupação
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Foto: Márcio Filho - MTUR
Foto: Rosilda Cruz Bahiatursa-GovBa
Elevador Lacerda, considerado o principal cartão postal de Salvador
Foto: Márcio Filho - MTUR
Praia dos Algodões, em Maraú, destino que ganhou a fama e cresceu na preferência de turistas e celebridades
Vista aérea de Ilhéus, uma dos principais destinos baixos e terra do escritor Jorge Amado
de 50% da capacidade, enquanto em museus, por exemplo, deve ser respeitado o distanciamento. Além de reduzir as restrições, o estado foi beneficiado por uma retomada mais acelerada da malha aérea. A Gol apostou em uma oferta maior a partir de Salvador, retomando voos para 25 destinos nacionais. A Latam também retomou boa parte da sua oferta na capital baiana, com destaque para ligações de Guarulhos, Congonhas, Santos Dumont e Brasília. Além de ampliar a oferta, a Azul expandiu a malha em diversas cidades, com
destaque para Salvador, Porto Seguro e Ilhéus, além de criar uma rota regular ligando Confins e Congonhas ao Transamérica Comandatuba. Uma novidade foi o início das operações da Itapemirim Transportes Aéreos (ITA), ligando Guarulhos a Salvador e a Porto Seguro. Já a Voepass se juntou a Azul, ligando Salvador a destinos do interior do estado. Atualmente o estado conta com voos para Salvador, Barreiras, Ilhéus, Vitória da Conquista, Guanambi, Lençóis (Chapada Diamantina), Comandatuba, Porto Seguro e Teixeira de Freitas. Os destaques ficam por conta das ligações para Galeão,
Como a Bahia está se posicionando para se destacar como destino na retomada? “Temos trabalhado continuamente na promoção e também na atração de voos, com o objetivo de fomentar a retomada do turismo em todo o estado e manter o destino Bahia no imaginário das pessoas, especialmente dos brasileiros, que, neste primeiro momento, são os primeiros a reconquistar a confiança e voltar a viajar pelo Brasil. Também buscamos parcerias com grandes agências de viagem e estamos na perspectiva da temporada de cruzeiros 2021/2022. Para isso, além de marcar presença nos
principais eventos promocionais on-line e presenciais, como a WTM, Meeting Brasil e Abav Expo, buscamos alinhamento com o trade, os municípios turísticos e a Secretaria de Saúde da Bahia para desenvolver ações voltadas para a retomada do turismo. Dentre as iniciativas estão protocolos de biossegurança bem segmentados para conquistar ainda mais confiança dos turistas” Maurício Bacellar, secretário de Turismo da Bahia
Santos Dumont, Congonhas, Guarulhos, Confins, Viracopos e Brasília. DESTINO A Bahia é destaque por unir tanto opções de sol e praia de grandes cartões postais, como pela sua oferta cultural gastronômica e de entretinimento que a qualificam como destino de ano inteiro. Desde as férias de verão e inverno, passando pelo tradicional carnaval, um dos principais do Brasil, e pelos períodos de baixa temporada. A oferta hoteleira é destaque tanto na capital, como nas regiões que abrigam alguns dos principais resorts do país, como Praia do Forte, Comandatuba, Itacaré, Porto Seguro, Sauipe, Itaparica e Morro de São Paulo. Também é possível destacar como principais opções o ecoturismo da Chapada Diamantina e as águas claras e a tranquilidade de Arraial D’Ajuda e a tradição rústica da Vila de Caraíva. Na capital, Salvador, o turismo é impulsionado por um processo de requalificação da orla iniciada em 2013 e que modificou a paisagem e pontos importantes como a Barra, Itapuã e Rio Vermelho. A cidade também se destaca pelo abertura do novo e moderno centro de convenções, inaugurado no ano passado, que trouxe a expectativa de impulsionar o segmento de eventos. 67
Foto: Jade Queiroz- MTUR
Ceará
Avenida Beira Mar em Fortaleza
O Ceará está aberto para o turismo! Após as restrições provocadas pela pandemia de Covid-19, o estado reabriu os principais destinos aos visitantes e já retomou ações de promoção para recuperar o status adquirido até 2019, quando se consolidava como a principal porta de entrada de turistas internacionais no Nordeste.
Região: Nordeste Capital: Fortaleza Área: 148.826km2 Mais Infos acesse: setur.ce.gov.br
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Com o menor média de novos casos e mortes de 2020, o Ceará já conta com mais de 60% de sua população vacinada com pelo menos uma dose. O estado que impôs severas restrições ao longo da pandemia, baseou as decisões com base na análise da situação epidemiológica em cada região. Após um lockdown rígido, em virtude da segunda onda da pandemia, o governo do Ceará iniciou no fim de abril uma flexibilização que incluiu a abertura das praias para ba-
nhistas e também com o funcionamento de barracas de praia e restaurantes. O processo de reabertura seguiu em maio e junho com a ampliação do horário do comércio e do funcionamento dos restaurantes. Em 18 de junho, o Beach Park, uma das principais atrações do estado, reabriu ao público, após um período restrito a hóspedes dos hotéis. Em julho, as piscinas e estruturas de entretenimento, comuns em barracas de praia do Ceará, foram autorizadas a reabrir. O destino também já autorizou a realização de eventos para até 200 pessoas. O cenário atual é válido não só para a capital Fortaleza, mas também para todos os principais destinos do estado, como Aquiraz, Aracati (Canoa Quebrada), Flecheiras e Jericoacoara.
Outro destaque está nos investimentos, que incluem a revitalização da Avenida Beira Mar, com um novo calçadão e áreas para a prática de futebol e skate, além do anúncio da construção de um teleférico em Juazeiro do Norte para facilitar o acesso à estátua de Padre Cícero. Outro investimento de destaque, este por parte da iniciativa privada, é a construção do Hard Rock Hotel Fortaleza, que será inaugurado em 2022. Após os efeitos da pandemia, o Ceará recupera pouco a pouco sua malha aérea. No doméstico, Gol, Latam e Azul reforçaram sua malha no estado, principalmente para a capital Fortaleza, durante a temporada de inverno, que reforçaram as ligações com os Aeroportos de Guarulhos (SP) e Brasília e retomaram rotas para Natal (RN), Teresina (PI) e Manaus (AM). O estado também conta agora com voos da ITA, que iniciou operações com voos de Guarulhos, Galeão e Natal. Além de Fortaleza, os aeroportos de Jericoacoara e Juazeiro do Norte tiveram uma ampliação da malha, com voos de Azul, Gol e Latam, além de Aracati, que voltou a receber voos da Azul. No internacional, a Air France/KLM anunciou o retorno do voo Fortaleza-Paris a partir de outubro. Já a Gol planeja retomar a rota Fortaleza-Buenos Aires até o fim do ano.
Foto: Jade Queiroz- MTUR
Beach Park já está reaberto ao público Foto: Jade Queiroz- MTUR
E esta retomada começa a surtir efeitos práticos, com o índice te atividades turísticas subindo 16,7% em junho, de acordo com dados do IBGE. Na hotelaria, apesar de números ainda baixos, existe uma perspectiva boa para a temporada de verão no estado.
Praia do Futuro, em Fortaleza, já conta com quiosques e estruturas de praia abertas para os visitantes
DESTINO Com 600 quilômetros de litoral, o estado do Ceará abriga muitas praias, paisagens e até mesmo falésias de areias coloridas. Com a mistura perfeita entre a vida na cidade e a calmaria do sol e mar, o Ceará possui temperaturas altas ao longo de todo o ano e possui diversos atrativos para os viajantes. Para os viajantes que buscam festas e diversão, mas não puderam pular o Carnaval no Ceará, não é necessário ficar esperando até 2021 para visitar o estado. Na capital, Fortaleza, a Avenida Beira Mar, que acompanha a orla da praia, conta com diversos quiosques e barracas que oferecem bebidas e muitas opções de frutos do mar, marco característico da gastronomia regional, além de
Como o Ceará está se posicionando para se destacar como destino na retomada? “Acredito que os destinos seguros e inovadores, que trabalharem com segurança, criatividade e normas serão os que terão maior destaque. E nesse sentido, o Ceará vem fazendo seu papel de maneira exemplar no que diz respeito aos Protocolos Sanitários, trabalhando de forma coesa e unificada” Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Ceará
feiras de artesanato, com lembranças da cidade e outras comidas típicas. Já para os viajantes que buscam momentos de paz em meio à natureza, um dos destaques vai para o município de Beberibe, com a praia de Morro Branco que, além da beleza da praia em si, abriga o Labirinto das Falésias, onde é possível encontrar diversas colorações de areia, utilizadas para produzir os desenhos em frascos de vidro, técnica chamada de Silicografia, muito característicos da região. Outras praias que merecem destaque são: Canoa Quebrada, em Aracati e a Jipoca de Jericoacoara, que fica 23km distante da cidade de Jericoacoara. Mais ao sul do Ceará é possível visitar a Chapada do Araripe, caracterizada pelo contato que o local promove com a natureza, e também Juazeiro do Norte, muito famoso por seu teor religioso. Para aqueles que buscam diversão e adrenalina, a parada obrigatória é o Beach Park, que fica há 40 minutos de Fortaleza, no município de Aquiraz. O parque aquático tem mais de 18 atrações, entre elas, o destaque do Guiness Book: Insano, um escorregador de 41 metros de altura, atingindo 105 km/h na descida. 69
Foto: Cacio Murilo - MTur
Paraíba
Foto: Cacio Murilo - MTur
Foto: Cacio Murilo - MTur
Praia de Tambau, uma bela paisagem de João Pessoa
Feira Central em João Pessoa
Piscinas Seixasé um dos atrativos da capital
Em um trabalho realizado desde o início da pandemia de Covid-19 para manter o interesse de turistas, a Paraíba vem se destacando como destino nesta retomada a ponto de ter sua capital, João Pessoa figurarando no Top 5 na preferência dos viajantes em levantamentos divulgados por buscadores, OTAs e até pela Braztoa.
Região: Nordeste Capital: João Pessoa Área: 56.585km2 Mais Infos acesse: destinoparaiba.pb.gov.br
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Após a segunda onda da pandemia, o estado iniciou o processo de retomada em abril, com a abertura de praias e dos principais equipamentos turísticos. O destaque ficou por conta de uma mudança no perfil do turista. Além da procura pela capital e cidades do litoral, cresceu o fluxo de turistas em cidades do interior, na busca por atrações menos frequentadas e de ecoturismo. Além de uma recuperação animadora no turismo, o estado vê também bons re-
sultados em relação ao controle da pandemia. No fim de agosto, a Paraíba registrou a menor média de novos casos de Covid-19 em todo ano, e a menor média de mortes em toda a pandemia. Os resultados são um reflexo direto do avanço da vacinação, com mais de 80% da população adulta vacinada com ao menos uma dose e cerca de 33% imunizados com as duas doses ou com vacina de dose única. Apesar de ser um destino com notáveis atrativos turísticos, a Paraíba ainda enfrenta algumas dificuldades em relação a outros estados do Nordeste quando o assunto é conectividade aérea. A capital João Pessoa conta atualmente com ligações diretas somente para Viracopos (Campinas), Guarulhos (SP), Recife, Brasília e Galeão (Rio de Janeiro), com as três principais companhias do
O Recife está pronto pra te receber. Venha viver e curtir. O Recife tem uma energia única, uma atmosfera positiva e criativa que inspira quem vive e quem vem visitar. É difícil explicar, é mais fácil sentir. O Recife pulsa forte com as suas praias, rios, pontes, museus, restaurantes, bares, parques e a sua cultura marcante. Chegou o momento de encontros e reencontros, e o Recife está preparado e seguro para te receber com a população vacinada, uso de máscaras, higienização constante, distanciamento e tudo que você merece. O Recife te aguarda. Só vem.
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Foto: Cacio Murilo - MTur
Foto: Mario Oliveira - MTur
Foto: Cacio Murilo - MTur
Museu três pandeiros
Calçadão do Porto
país, Azul, Gol e Latam. Há ainda voos de Campina Grande e Patos, ambos para o Recife operados pela Azul e sua subsidiária Azul Conecta. Até o fim do ano serão retomadas operações para Confins (MG) e Salvador. Para ampliar o fluxo de turistas e consequentemente as rotas aéreas, o estado está apostando na parceria com operadoras, por meio de ações de marketing cooperado, famtrips e treinamentos com empresas como Abreu, Azul Viagens, CVC Corp (CVC, Trend e Visual e Foco,
Açude Velho
além de Decolar.com. DESTINO Localizada entre Pernambuco e o Rio Grande do Norte, a Paraíba é um dos destinos do nordeste que melhor mistura história e modernidade. Junto à arquitetura que une casas coloniais e prédios futuristas, os 130 quilômetros de litoral oferecem praias calmas e passeios relaxantes. O estado também é conhecido por realizar a maior e mais famosa festa de São João, do Brasil, a de Campina Grande.
Como a Praíba está se posicionando para se destacar como destino na retomada? “Temos trabalhado desde o início da pandemia para deixar a Paraíba na cabeça das pessoas. A retomada aqui já começou e está bem forte e melhor do que imaginávamos. Estamos com um fluxo muito bom de turistas não só para litoral e capital, mas também para o interior. Cidades ícones como Cabaceiras, Areia, Bananeira e Araruna têm recebido um número maior de visitantes que antes da pandemia. Estamos promovendo muito o destino nas redes sociais, com impulsionamento de vídeo e fotos de destinos.
Também estamos fazendo muitas ações com operadoras, com capacitações e famtours, como Abreu, Azul Viagens e vamos começar ações com a CVC. Para o consumidor final temos uma campanha que entra no ar em setembro, com uma verba que conseguimos junto ao Ministério do Turismo. Serão veiculados vídeos da Paraíba nas TVs fechadas dos principais mercados emissores nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste” Ruth Avelino, presidente da PBTur
Campina Grande também abriga o museu da Arte Popular da Paraíba, projetado pelo famoso arquiteto brasileiro, Oscar Niemeyer. O espaço possui três salas circulares com os temas “Música, Artesanato e Cordel”, que valorizam a cultura nordestina e paraibana. Além da boa estrutura, o que não falta na Paraíba são atrativos e lugares para conhecer. As praias de maior destaque na região são: a Praia do Jacaré, em João Pessoa; a Praia do Amor, mais ao sul do estado; a Praia dos Coqueirinhos, a Costa do Conde e a Praia de Tabatinga, todas no município de Conde; e a “Ilha” Areia Vermelha, um barranco de areia que só pode ser visitado quando a maré está baixa. Mais para o interior da Paraíba é possível encontrar o grande case nacional e internacional do impacto do turismo criativo em pequenas comunidades. A cidade de Chã do Jardim passou por um processo de transformação quando o turismo passou a ser utilizado para valorizar as produções e a história local. O projeto culminou na criação de roteiros trilhas e outras atividades, como piqueniques e relaxamentos, nos cenários de Mata Atlântica, além de promover o artesanato, através das vendas e oficinas com pessoas da região, e a gastronomia, por conta da criação de um restaurante com características da culinária local. 73
Foto: Bruno Lima- MTUR
Foto: Bruno Lima- MTUR
Pernambuco
Foto: Bruno Lima- MTUR
Centro Histórico de Olinda, onde as ruas ficam cheias durante o carnaval
Foto: Bruno Lima- MTUR
Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha
Marco Zero, em Recife, é um dos pontos turísticos mais visitados da capital
Praia de Boa Viagem, cartão postal do Recife
Protocolos próprios, estrutura de promoção, novas campanhas e um estímulo à interiorização do turismo. Se a pandemia de Covid-19 reduziu e até interrompeu o fluxo de turistas no estado, por outro lado o planejamento e as estratégias adotadas permitiram ao estado despontar como destaque na retomada do turismo.
Região: Nordeste Capital: Recife Área: 98.312km2 Mais Infos acesse: setur.pe.gov.br
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O estado conta com mais de 30% da população acima dos 12 anos imunizada com duas doses ou com vacinas de dose única, além de 67% vacinados com ao menos uma dose. No fim de agosto o estado registrou a menor média de novos casos e de mortos por coronavírus. Após a segunda onda, o estado iniciou uma flexibilização em abril e hoje conta com equipamentos turísticos e culturais abertos ao público. Praias e calçadões
estão liberados para banho e prática de esportes. Os quiosques também estão abertos. Já os bares e restaurantes estão liberados com 70% da capacidade e até 0h, com distanciamento entre às mesas, uso de máscara fora da mesa. A hotelaria também funciona sem restrições. Para a retomada das atividades turísticas, o estado criou o selo “Turismo Seguro”, que estabelece parâmetros para a sua concessão, baseados em protocolos específicos para 12 atividades turísticas. Pernambuco também apostou em novas iniciativas como que fazem parte da nova fase da campanha de promoção “Bora Pernambucar” e incluem caravanas por diversos destinos do estado, reforço nos protocolos, por meio do selo Safe Travels, e a divulgação de campanhas de promoção em meios de comunicação e em parceria com a Azul.
Entre as ações estão o “Pernambulando”, um centro móvel de informações turísticas em formato de carroça. Equipado com um tablet, o equipamento desempenhará o papel de um Centro de Atendimento ao Turista (CAT), com informações dos destinos, panfletos das atrações e o Passaporte Pernambuco, parte da campanha Bora Pernambucar. As ações também buscam ampliar o fluxo de turistas no interior do estado, em destinos como Petrolândia, que oferece mergulho no São Francisco para conhecer a Catedral Submersa; Triunfo e Buíque, esta última, porta de entrada para o Vale do Catimbau, que é um patrimônio natural de Pernambuco. Mas nos destinos tradicionais que o estado vem tendo um bom desempenho nesta retomada, além da capital Recife, Porto de Galinhas figura entre os destinos mais vendidos desta retomada, de acordo com a Braztoa. Em Fernando de Noronha as praias estão abertas e as atividades não-essenciais podem funcionar até 0h, no entanto é necessário apresentar um teste PCR negativo para entrar na ilha. No aéreo, o estado se beneficia de ser o hub da Azul no Nordeste, e ter recuperado parte da malha de Gol e Latam, contando atualmente com ligações aére-
as para 24 aeroportos fora do estado, incluindo Guarulhos, Congonhas, Galeão, Brasília e Confins. Há ainda ligações de Recife para Caruaru, Fernando de Noronha, Serra Talhada e Petrolina. Esta última ainda tem voos diretos para Guarulhos e Viracopos. Pernambuco também já conta com ligações diretas para Lisboa, com a Tap. DESTINO Praia, paisagens paradisíacas, história e muita cultura. Pernambuco é, entre muitas coisas, casa de uma imensa pluralidade de cores, sabores e atrativos turísticos. O estado também possui um dos mais importantes carnavais do Brasil. Olinda, que é uma das principais cidades carnavalescas de Pernambuco, também é conhecida por carregar consigo o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco, devido às suas diversas igrejas, casas e museus antigos e cheios de cores, principalmente no Centro Histórico da cidade. Em Recife, capital do estado, o centro histórico também não deixa a desejar: com casas e construções no estilo colonial e atividades para todas as idades, é um cenário muito instagramável e ideal para tirar fotografias. Recife, no entanto, é mais conhecida
por ser uma cidade de altas temperaturas ao longo de todo ano, o que é um ótimo atrativo para quem busca destinos de sol e praia. Imortalizada pela música “La belle de jour”, de Alceu Valença, a Praia de Boa Viagem é a mais famosa da cidade. Já para os apaixonados dos esportes radicais, a dica vai para a Praia do Pina, lugar ideal para a prática de surf e kitesurf, por conta do mar agitado. Praias também são destaque na região de Porto de Galinhas, que conta com uma grande quantidade de praias com piscinas naturais e possibilitam a prática do mergulho para conhecer a fauna e flora marinhas da região. Há 50km do município, é possível encontrar uma das mais belas praias do Brasil: a Praia dos Carneiros, que oferece aos turistas opções de banho, passeios de barco e até uma capela em sua orla. Outro grande atrativo do estado é o arquipélago de Fernando de Noronha, um dos destinos mais conhecidos do Brasil. A presença de águas cristalinas e translúcidas permite que os visitantes realizem mergulhos com vista clara para toda a beleza marinha que existe na região. Além disso, em algumas ilhas é possível acompanhar o pôr do sol de lugares privilegiados e até mesmo acompanhar a desova de tartarugas.
Como Pernambuco está se posicionando para se destacar como destino na retomada? “O Estado demonstra bons números nesta retomada das atividades turísticas. Isso é fruto de muito trabalho integrado do Governo do Estado com as companhias aéreas e o trade para tornar Pernambuco um destino seguro e acolhedor para os turistas. As ações de estruturação e promoção, como o Passaporte Pernambuco e o Pernambulando, nosso novo formato de centro de atendimento ao turista móvel, entregue aos municípios, convidam o público a desvendar o Estado e conhecer os atrativos e belezas naturais que vão além dos destinos indutores do nosso turismo, que tradicionalmente atraem os visitantes. A pandemia inaugurou uma nova fase do nosso projeto de interiorização, o Bora Pernambucar. Passamos para o online, criamos alternativas para seguir capacitando operadores e agentes de viagens e também despertando a curiosidade dos turistas para quando
as pessoas pudessem viajar novamente. Esta hora chegou, e estamos muito felizes por perceber que os visitantes estão chegando a cidades do interior do Estado, a exemplo de Petrolândia, que oferece mergulho no São Francisco para conhecer a Catedral Submersa; Triunfo e Buíque, esta última, porta de entrada para o Vale do Catimbau, que é um patrimônio natural de Pernambuco de valor imenso, com seus paredões, cavernas e pinturas rupestres. Também investimos muito em marketing. Fizemos campanha nos principais veículos de turismo do País, ação no tapete da Azul, em Campinas, e anunciamos nosso calendário de participação em todas as feiras deste segundo semestre. Também teremos um roadshow, percorrendo as principais cidades do País.” Rodrigo Novaes, secretário de Turismo de Pernambuco Porto de Galinhas, ums dos pirncipais destinos do Brasil
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Com todas as praias abertas e atividades socioeconômicas autorizadas a funcionar, o Rio Grande do Norte vem ampliando ações de promoção turística para garantir um espaço de destaque na retomada do setor. Primeiro estado brasileiro a receber o selo Safe Travel do WTTC, o destino se concentrou ações na capacitação da cadeia de profissionais do turismo, que aconteceu de forma gratuita. O Rio Grande do Norte também apostou em um selo próprio para qualificar prestadores de serviço turístico. Estas ações, somadas às medidas adotadas pelo governo na pandemia contribuíram para posicionar o estado como destino seguro, o que se refletiu na forte presença nos rankings de busca por viagens em operadoras e OTAs. No fim de agosto o estado alcançou 80% da população adulta (maiores de 18 anos) vacinada com ao menos uma dose e 36% com vacinação completa (duas doses ou vacina de dose única). O Rio Grande do Norte também apresenta no momento a menor média de casos e mortes por
Foto: Vlademir Alexandre - MTur
Rio Grande do Norte
Praia de Ponta Negra, com o famoso Morro do Careca ao fundo
coronavírus em toda a pandemia, além de se destacar por um dos melhores índices de todo o Brasil. O decreto mais recente, de agosto de 2021, determina que o funcionamento das atividades socioeconômicas, incluindo bares e restaurantes ocorra das 5h da manhã encerrando às 2h da manhã do dia seguinte. A partir do dia 17 de setembro, eventos de massa poderão ocorrer com até 100% de público. Todas as praias do Rio Grande do Norte estão liberadas e seguindo protocolos de segurança, incluindo os principais destinos como Ponta Negra, Pipa, São Miguel do Gostoso, Genipabu, Touros, Maxaranguape e a capital Natal.
Região: Nordeste Capital: Natal Área: 52.797km2 Mais Infos acesse: emprotur.setur.rn.gov.br
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Além dos atrativos mais conhecidos, também estão em evidências destinos no agreste potiguar, além de Galinhos e Baía Formosa, terra do campeão olímpico do Surf, Ítalo Ferreira. Os nichos também são uma aposta do estado, que vem concentrando ações para promover o turismo religioso, ecoturismo e aventura,
sol e mar, LGBTQI+, Mice e luxo A pandemia também favoreceu o turismo regional e o interno, com mais viagens de carro. A Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte tem realizado ações de promoção para conquistar o turista dos estados vizinhos como Paraíba, Ceará e Pernambuco, além de incentivar o potiguar a conhecer as belezas do seu próprio estado. O Rio Grande do Norte também foi destaque na retomada da malha aérea, chegando em julho a 98% do número de voos operados no pré-pandemia. Além das operações regulares de Azul, Gol e Latam de Natal para os aeroportos do Galeão, Confins, Uberlândia, Recife, Congonhas, Guarulhos, Viracopos, Brasília, Fortaleza e Salvador, outras conquistas foram a retomada dos voos Recife/ Mossoró e a nova rota Natal/Mossoró, ambos operados pela Azul. O estado também abriu as portas para voos da nova companhia aérea brasileira, a ITA, e retomará ainda este ano conexões com Portugal, pela TAP.
Foto: Vlademir Alexandre - MTur
Foto: Rodrigo Sena - MTur
Praia de Baía Formosa, lar do campeão olímpico ítalo Ferreira
Foto: Vlademir Alexandre - MTur
Dunas de Ganipabu, onde acontece os famosos paleios de buggy na capital potiguar
Ponte Newton Navarro, cartão postal de Natal, também conhecida como Forte-Redinha
DESTINO O Rio Grande do Norte ostenta do privilégio de possuir um dos litorais mais bonitos do Brasil. Com 400 km de território, é um dos principais destinos de sol e praia do nordeste, afinal, cerca de 300 dias no ano nesta região são ensolarados. A capital, Natal, fica encostada na linha do Equador, o que garante as altas
temperaturas constantes na região. A capital oferece várias atrações turísticas, como a Barreira do Inferno e o Forte dos Reis Magos, localizado numa praia de mesmo nome, em estilo piscina, cercada por arrecifes. Já Tibau do Sul, pacata vila de pescadores e terra de golfinhos e tartarugas, ostenta uma das praias mais bonitas e encantadoras do Brasil.
O que o Rio Grande do Norte está fazendo para se posicionar como destino de destaque na retomada? “Estamos desenvolvendo uma série de campanhas de promoção do destino. Algumas muito criativas. Uma ação inédita que o Rio Grande do Norte está realizando é a 1° edição presencial do evento de retomada do turismo, o Rio Grande do Norte Experience, trazendo em três edições diferentes, os principais operadores e agentes de viagem de todo o Brasil e América Latina para experimentarem o destino. Estamos realizando também ações de marketing cooperado com todas as
Com praias paradisíacas, monumentos históricos, dunas, cavernas, mares e rios, o relevo do estado é peculiar e repleto de montanhas, falésias e cachoeiras espalhadas por toda a região. Em Natal, a praia de Ponta Negra é o principal cartão postal da região, com boa infraestrutura de hotéis, restaurantes e atividades noturnas e o famoso Morro do Careca, uma duna de mais de 100 metros de altura que torna a paisagem única. Localizada no município de Extremoz, a apenas 25 km de Natal, as Dunas de Genipabu são conhecidas principalmente pela prática do “esquibunda”, na qual o turista senta numa prancha de madeira e desce pelas dunas direito para a lagoa de Genipabu, de águas escuras e tonalidade turquesa. A cidade de Mossoró é pequena quando comparada com a capital, já que possui menos de 300 mil habitantes, mas é repleta de cultura e história. Possui o Museu do Petróleo Memorial da Resistência e está bem próxima de um dos sítios arqueológicos mais importantes do Brasil, o Lajedo de Soledade. Mossoró também conta com águas termais, poços de petróleo e a típica festa junina da região. Já em Tibau do Sul, próximo da Praia de Pipa, o encanto fica pela diversidade ecológica que conta com golfinhos e tartarugas marinhas. É considerado um lugar perfeito para a prática de surf, passeios de buggy, de barco ou à cavalo e é lá que também está a conhecida Praia do Amor.
companhias aéreas e as principais operadoras de viagens, participação em feiras do segmento. Muitas das iniciativas só foram possíveis devido à integração do Governo do Estado, municípios, entidades e o trade. É preciso dar as mãos para avançarmos com segurança e construir a retomada do turismo, gerando desenvolvimento, emprego e renda” Aninha Costa, secretária de Turismo do Rio Grande do Norte Selo criado pelo Rio Grande do Norte
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Amazonas
Visitas a Unidades de Conservação (UCs) estão liberadas, respeitando as regras estabelecidas por uma portaria estadual. No documento fica autorizada a visitação para contemplação de atrativos naturais, em via fluvial ou terrestre;
ção de aglomerações em comunidades; a participação em festejos ou atividades culturais nas comunidades, que violarem os decretos estaduais vigentes. Além de um protocolo definido para as principais atrações e polos turísticos, o estado também se beneficia por um crescimento do ecoturismo e do turismo
Foto: Ana Claudia Jatahy - MTur
O cenário permitiu ao governo flexibilizar as restrições para o turismo e serviços. Atualmente bares e restaurantes podem abrir até às 3h, com 75% da capacidade. Os balneários estão liberados para funcionar das 7h às 18h. Destaque para hospedagem em hotéis de selva e em comunidades tradicionais, que exigem teste RT-PCR negativo para covid-19 e comprovante de vacinação.
compra e venda de artesanatos e outros itens em comércios; passeios fluviais e terrestres conduzidos, ou não, por guias comunitários; funcionamento de hotéis e pousadas para hóspedes em trânsito. Durante as visitas nas UCs não são permitidas a interação com comunitários não envolvidos na prestação de serviços turísticos de base comunitária; a promo-
Parque Nacional do Jaú, em Novo Airão Foto: Ana Claudia Jatahy - MTur
Um dos destinos que mais sofreu com a segunda onda da pandemia de Covid-19, o Amazonas vive neste momento um cenário de otimismo e de perspectivas positivas para a retomada do turismo. Dos 62 municípios do estado, 55 já não registram hospitalizações pela doença. Em setembro, o Amazonas registrou as menores médias de casos e de mortes de toda a pandemia. O estado também avança na vacinação, com mais de 75% da população adulta vacinada com pelo menos a primeira dose e quase 37% com a imunização completa.
Foto: Ana Claudia Jatahy - MTur
Bumbódromo, onde acontece o Festival de Parintins com os desfiles dos bois Caprichoso e Garantido
Região: Norte Capital: Manaus Área: 1.571.000 km2 Mais infos acesse: amazonastur.am.gov.br Arquipélago de Mariuá, em Barcelos
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No aéreo o estado vem retomando suas conexões com as principais cidades do Brasil. Além de Manaus, outras sete cidades já contam com voos regulares. A capital conta atualmente com voos para 17 destinos, operados por Azul, Gol, Map e Latam, incluindo Belém, Brasília, Fortaleza, Recife, Guarulhos e Viracopos, além de aeroportos regionais no Amazonas e no Pará. Além de Manaus, também conta com voos regulares as cidades de Caruari, Coari, Eirunepé, Parintins, Lábrea, São Gabriel do Cachoeira e Tefé. DESTINO Maior e mais preservado estado do Brasil, o Amazonas é o principal destino natural brasileiro, principalmente por abrigar parte da Floresta Amazônica em seu território. Além de rios, florestas, animais exóticos e folclore, o Amazonas possui 1,5km² de extensão e 98% do seu território natural é preservado. A gastronomia local também é característica, principalmente pela mistura de etnias na região e pelos ingredientes frescos e nativos do estado. A capital Manaus possui diversos atra-
Foto: Ana Claudia Jatahy - MTur
de bem estar, segmentos que mais cresceram nesta pandemia.
O espetáculo da natureza com os botos, em Novo Airão
tivos para todos os públicos. Entre as atividades culturais, o destaque é o Festival Folclórico de Parintins, uma tradição regional na qual acontece o duelo entre os bois bumbás, elementos típicos do folclore da região. O ecoturismo é presente no estado como um todo ao longo de todo ano. Algumas atrações dependem da sazonalidade, como é o caso do principal patrimônio imaterial de Manaus, chamado de “Encontro das Águas”, quando é possível ver as águas barrentas e amarronzadas no Rio Solimões parecem dividir espaço com as águas escuras do Rio Negro.
Como o Amazonas está se posicionando para se destacar como destino na retomada? Nosso estado já possui a vocação natural para as principais tendências do turismo que vêm sendo apontadas por pesquisas do setor: turismo de contemplação, natureza, sem aglomeração e com valor agregado. É por isso que a Amazonastur vem posicionando o Amazonas como o destino ideal para o lazer diante da nova realidade em que vivemos. Já temos por vocação turística o turismo de natureza exuberante, de espécies de peixes mais buscadas no mundo da pesca, de gastronomia exclusivíssima, de folclore incomparável, de conteúdo histórico e cultural seculares. Temos paisagens compostas por nossos rios inigualáveis para serem contemplados, propiciando uma experiência única em meio à maior floresta
tropical do mundo, a Amazônia. Vale mencionar o avanço na vacinação no estado. No último dia 12 de setembro, o Amazonas registrou 55 municípios do interior do estado sem pacientes internados pela Covid-19. Dos 62 municípios, 88,7% zeraram as hospitalizações e sete estão com pacientes pela doença, de acordo com o levantamento da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM). São dados positivos que, somados aos nossos atrativos, ao nosso receptivo e profissionais da área, irão alavancar ainda mais o turismo em nosso estado. Convido a todos e todas a viverem a experiência Amazonas!” Sérgio Litaiff Filho, presidente da Amazonastur
A capital também abriga o Teatro Amazonas, que faz parte do patrimônio histórico e cultural da cidade. Construído em 1881 e inaugurado em 1896, o monumento possui arquitetura no estilo “art noveau” e é harmônico com outras construções próximas, todas construídas ao longo do período do Ciclo da Borracha, que proporcionou o desenvolvimento de Manaus. Para a experiência completa, os viajantes podem se hospedar em hotéis no meio da Floresta Amazônica e conhecer os principais pontos turísticos não só de Manaus, mas também do Amazonas, em passeios de barcos e canoas que são muito famosos na região devido à grande quantidade de rios que existem ali. Há também a opção de fechar pacotes de cruzeiros fluviais que já incluam passeios para os principais atrativos turísticos da cidade. O grande destaque do Amazonas, além da capital e de sua importância ambiental é a cidade do Novo Airão, também conhecida como “terra do boto cor-de-rosa”. Lá, é possível visitar o Parque Nacional de Anavilhanas, criado com o intuito de preservar um dos maiores arquipélagos fluviais do mundo, o de Anavilhanas, que possui cerca de 400 ilhas. Além de conhecer o arquipélago, é possível também conhecer as Grutas do Madadá ao visitar o Parque Nacional de Anavilhanas, só possível chegar via trilha no meio da floresta amazônica e, além de conhecer os costumes de comunidades ribeirinhas da região, dentro da gruta existem diversas pinturas rupestres que enriquecem ainda mais a paisagem natural. 81
Pará O Pará está novamente de portas abertas para os turistas. No início de agosto o governo passou o estado para o bandeiramento verde para a Covid-19, o que significa “baixo risco de contaminação”. A decisão foi tomada após avaliação do Comitê Científico, responsável por monitorar o cenário epidemiológico de cada região.
Seguem proibidos e permanecem fe-
chados, no entanto, boates, casas noturnas, casas de show e estabelecimentos similares, bem como a realização de shows e festas abertas ao público. Também estão suspensas as aglomerações em locais públicos, com quantidade acima de 300 pessoas. O Pará já retomou parte de suas conexões aéreas, contando atuamente com Foto: Tiago Silveira - MTur
Em agosto, o estado chegou a menor média móvel de casos desde o início da pandemia e a menor média de mortes deste ano. Até o momento cerca de 52% da população do estado foi imunizada com pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 enquanto 31% já estão com vacinação completa.
desde que sejam seguidos os protocolos de prevenção contra o coronavírus. Além disso, continua sem autorização a presença de público em eventos esportivos. Nessa classificação as praias também estão abertas em Alter do Chão e Marajó. Em Belém o mercado Ver-o-Peso também já está aberto.
Com a atualização, fica permitida a realização de eventos privados em locais fechados com audiência de até 300 pessoas, limitada à lotação máxima de 75% da capacidade do estabelecimento. Mas não estão incluídos eventos privados que sejam abertos ao público ou com a venda de ingressos.
Ponta do Maguari, na Floresta Nacional do Tapajós Foto: Bruna Brandão - MTur
Nos municípios em bandeira verde, fica permitido também o funcionamento, sem limitação de horário, de restaurantes, bares e estabelecimentos afins,
Região: Norte Capital: Belém Área: 1.248.000km2 Mais Infos acesse: setur.pa.gov.br Orla de Belém, em Icoaraci, com vista para a Baía de Marajó
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Foto: Tiago Silveira - MTur
sidade de flora e fauna, que só a Floresta Amazônica pode oferecer. Com opções de ecoturismo, é possível praticar a pesca esportiva, a observação de pássaros e animais silvestres, andar de canoa pelos igarapés, tomar banho no Rio Tapajós, entre outras opções. O Pará é um dos destinos mais plurais do Brasil, pois passa desde centros urbanos até comunidades indígenas e apresenta as mais diversas paisagens naturais.
Foto: Bruna Brandão - MTur
Há uma enorme quantidade de festivais e festas populares espalhadas pelo estado: em Santarém tem o festival do boto; em Juruti, o festival das tribos; em Marapanim, do carimbó. Não podemos esquecer das manifestações religiosas, muito tradicionais na região, que são representadas pelo Círio de Nazaré, a Marujada, o Círio noturno de Santo Antônio e o Çairé.
Terminal Turístico Fluvial de Alter do Chão, em Santarém
Bosque Rodrigues Alves, em Belém
11 rotas para fora do estado, por meio de cinco companhias aéreas: Azul e sua subsidiária Azul Conecta, Gol e sua subsidiária Map, além da Latam. Entre os destaques estão as ligações para Guarulhos, Confins, Brasília, Viracopos, Recife e Fortaleza. Há também rotas internas, que ligam Belém a Santarém (Alter do Chão), Almeirim, Breves, Parauapebas, Marabá e
Almeirim. Alguns destes destinos também contam com rotas regulares para fora do estado, em cidades como Parintins e Manaus (Amazonas), Brasília, Recife, Viracopos e Confins. DESTINO Privilegiado em suas paisagens naturais, o Pará combina festas tracionais, cultura e história com rios, mangues, campos alagados e uma vasta biodiver-
O que o Pará está fazendo para se posicionar como destino de destaque na retomada? “O Plano Abre Caminho tem como objetivo acelerar a retomada das atividades turísticas no Estado do Pará e a recuperação dos prejuízos causados pelas paralisações decorrentes da Covid-19, por meio de medidas mitigadoras dos danos ao setor e que fomentem novos negócios e fluxos turísticos, na velocidade mais rápida possível para superar a crise econômica, que foi instaurada com a pandemia. Entre estas medidas já executadas, em andamento ou previstas estão: linha de crédito especial para o turismo no fundo esperança, capital de giro no banpará para empresários do setor, reposicionamento digital e reformulação do site promocional visit pará, cursos de
qualificação e capacitação profissional, elaboração de inventários da oferta turística, a realização de palestras e orientação online em plataforma virtual durante a pandemia, implementação de protocolos de segurança sanitária, lançamento da campanha publicitária voltada ao turismo estadual denominada Redescobrir o Pará, implementação do PIT (Plataforma Integrada do Turismo), participação em feiras nacionais e internacionais, promoção e realização da fita (feira internacional de turismo da amazônia) em novembro de 2021, dentre outros” André Dias, secretário de Turismo do Pará
Uma das grandes referências ao patrimônio histórico-cultural do Pará está localizada no bairro da Cidade Velha, na capital paraense, Belém. É lá onde estão concentrados os principais pontos turísticos do estado. Um dos passeios mais procurados para fazer na capital é o Mercado Ver-o-Peso. Patrimônio Tombado da Humanidade, o espaço é hoje a principal feira de produtos originais da Amazônia brasileira. A Vila de Alter do Chão pode ser considerada uma das mais bonitas praias do Brasil. Entre os meses de agosto e novembro, as águas do Rio Tapajós recuam cerca de 10 metros, revelando uma praia de água doce cheia de atrativos. Um lugar ideal para apreciar a natureza, tomar bando de sol, mergulhar nas águas geladas do rio e praticar atividades ao ar livre como passeios de barco e pela floresta. É lá que acontece a festa do Saíre ou Çaire, em homenagem às lendas locais e aos povos indígenas da região. A Ilha de Marajó é uma das maiores ilhas costeiras do país e conta com mais de 40 mil metros quadrados. É banhada pelos rios Amazonas e Pará e pelo oceano Atlântico. O destino, que fica a 3h30 de balsa da capital Belém, conta com o maior rebanho de búfalos do Brasil, o que faz da ilha um ótimo lugar para comer mussarela de búfala, que é produzida artesanalmente. 83
Foto: Pedro Vilela - MTur
Foto: Pedro Vilela - MTur
Minas Gerais
Foto: Pedro Vilela - MTur
Parque de Inhotim, em Brumadinho
Foto: Pedro Vilela - MTur
Vista aérea de Belo Horizonte
Teatro Municipal de São João Del Rei
Com o avanço da vacinação e a melhora nos indicadores da pandemia de Covid-19, Minas Gerais vem dando grandes pessoas na flexibilização das atividades econômicas e, consequentemente, do turismo. A retomada se baseia no plano
Região: Sudeste Capital: Belo Horizonte Área: 586.528km2 Mais Infos acesse: mg.gov.br
Igreja Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto
‘Minas Consciente’, que classificou as regiões do estado em ‘ondas’ verde, amarela, vermelha e roxa (medidas excepcionais) para definir a situação de cada uma. No momento, apenas a região Triângulo Sul, que engloba municípios como Uberaba e Araxá, se encontra na onda Amarela, considerada de alerta. As demais regiões do estado se encontram na onda verde, considerada a mais flexível. Até o início de setembro, Minas Gerias já havia alcançado 38% da população completamente imunizada, enquanto cerca de 84% já tonaram pelo menos a primeira dose. Com a flexibilização em todo o estado, os meios de hospedagem voltaram a funcionar normalmente, mas com redução de capacidade em algumas cidades turísticas, o que exige uma reserva antecipada devido ao rápido preenchimento dos leitos. Já atrativos turísticos naturais e culturais estão funcionando com capacidade limitada e horário reduzido. É o caso de Inhotim, aberto de quinta
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a sexta, das 9h30 às 16h30, e sábado, domingo e feriado das 9h30 às 17h30, permitindo a entrada até mil pessoas por dia. Em Poços de Caldas, os estabelecimentos estão aberto com uma capacidade de 85%, com limite de 12 pessoas por mesa. Alguns pontos turísticos seguem a horários: Cristo Redentor : 8h às 18h / Véu as Noivas, Cascata das Antes, Fonte dos Amores 08h as 17h30. Obrigatoriedade de adoção de medidas de distanciamento e uso de máscaras. Na capital Belo Horizonte os estabelecimentos também estão abertos, respeitando restrições de limite de pessoas e horário de funcionamento. Já os museus podem funcionar normalmente sem restrições de horário. O cenário é o mesmo de Ouro Preto. Reabertos ao turismo e seguindo protocolos também estão destinos de destaque como Monte Verde, São Roque de Minas, Tiradentes, São João Del Rey, Cordisburgo e Capitólio. Na retomada das ligações aéreas, Minas Gerais se destaca por abrigar o hub
Foto: Pedro Vilela - MTur
Foto: Pedro Vilela - MTur
Museu da Inconfidência, em Ouro Preto
da Azul, localizado no Aeroporto de Confins, e também pelo seu potencial como polo emissor. Somando voos de Azul, Gol e Latam, Confins já conta com conexões diretas para 28 destinos fora de Minas Gerais. As maiores ofertas são para os Aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Viracopos, Santos Dumont e Brasília. O estado também tem voos a partir Montes Claros, Uberaba, Uberlândia, Governador Valadares e Zona da Mata. Estes aeroportos regionais se conectam principalmente a Confins e Viracopos,
Estádio do Mineirão, com a Lagoa da Pampulha ao fundo
mas também já contam com voos para Guarulhos, Porto Seguro e Brasília. DESTINO Minas Gerais é um destino histórico, cultural, com opções para ecoturismo e uma fortíssima gastronomia. De grande importância econômica no período colonial, principalmente por conta das minas de diamante e ouro, cuja exploração deu nome ao estado, hoje se revela um dos pontos que mais tem a contar sobre a formação do Brasil.
O que Minas Gerais está fazendo para se posicionar como destino de destaque na retomada? “No contexto de retomada as ações têm se concentrado, principalmente, em estratégias que integram o Programa Reviva Turismo, estruturado para dar impulso à retomada gradual e segura das atividades turísticas, com base em quatro eixos: biossegurança, estruturação, capacitação e marketing do destino Minas Gerais. Todos esses eixos são trabalhados de forma integrada para que o estado alcance a meta de geração de 100 mil empregos no turismo até 2022, garantindo lugar entre os principais destinos turísticos do país. É uma grande satisfação observar os resultados do esforço articulado com vários parceiros, como o trade turístico e entidades públicas e privadas, para potencializar a retomada do turismo no nosso estado. Isso nos posiciona muito bem no cenário nacional,
estimulando ainda mais as ações de recuperação do setor. Temos como outros pontos fortes o ecoturismo, de aventura, e de natureza, com inúmeras paisagens, trilhas, cachoeiras, complexos de águas e estâncias hidrominerais; o turismo rural e de experiências, com maior interação dos turistas com as comunidades locais, principalmente no interior do estado; o turismo cultural, já que Minas Gerais abriga quatro Patrimônios Culturais da Humanidade e os mais diferentes estilos de arquitetura, além das experiências possibilitadas pela cozinha mineira, que é, de acordo com pesquisas, a imagem mais marcante do estado para 30% dos turistas que visitam Minas Gerais” Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais
As cidades que mais realçam essa importância histórica são Diamantina, Ouro Preto e Congonhas do Campo, casas das mais importantes obras barrocas brasileiras. Consideradas Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, são repletas de arquiteturas características do período colonial, igrejas e casarões. São verdadeiros museus a céu aberto, onde cada cantinho pode trazer um novo elemento para contar a história do Brasil. De pães de queijo, a feijão tropeiro, torresmo e os mais diversos e inimagináveis tipos de queijos, até as infinitas opções de doces, como doce de leite, ambrosia, goiabada e pé de moleque, a gastronomia de Minas Gerais é muito característica e merece destaque. Com características bem caseiras, é muito fácil encontrar produtos artesanais pelas cidades e para quem gosta de uma boa bebida, a cachaça artesanal é um elemento imperdível. O Parque Nacional do Itatiaia também é destaque de ecoturismo no estado, por ser uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada na serra da Mantiqueira (entre Minas Gerais e Rio de Janeiro) é um dos parques mais antigos do País e apresenta diversas atividades em meio à natureza, como montanhismo e caminhadas. Ao longo das trilhas, os turistas têm contato com uma grande biodiversidade de flora e fauna, e podem também tomar banho nas muitas cachoeiras espalhadas pela região. 85
Rio de Janeiro Foto: Bruna Prado - MTur
O Rio de Janeiro está reaberto para o turismo. A flexibilização das restrições na capital e nos principais destinos do estado criaram bases para o reaquecimento do setor. Bares e restaurantes já estão abertos em todo o estado, assim como as praias. Em alguns destinos, como Arraial do Cabo e Cabo Frio há restrição de horário de funcionamento dos estabelecimentos. Em outros, como Paraty, Ilha Grande e Búzios foi implementada uma barreira sanitária, com a exigência de apresentação da reserva de hospedagem. Na cidade do Rio de Janeiro, a novidade fica por conta do “passaporte de vaci-
Região: Sudeste Capital: Rio de Janeiro Área: 43.696km2 Mais Infos acesse: visit.rio
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Foto: Bruna Prado - MTur
Vista aérea do Rio de Janeiro
Museu do Amanhã
nação”. A medida, que começou a valer em 15 de setembro, exige que cariocas e turistas apresentem um comprovante de vacinação para entrar em locais de uso coletivo. A comprovação pode ser feita pelo aplicativo Conecte SUS ou com comprovante recebido no ato da vacinação.
em agosto e em setembro. O número de mortes, no entanto, registra queda desde junho. Apesar de uma leve alta, o estado avança na campanha de vacinação. Cerca de 85% da população adulta já foi vacinada com pelo menos uma dose, enquanto 45% completaram a vacinação (duas doses ou vacina de dose única).
Quem ainda não tomou a segunda dose também precisa apresentar a comprovação, mostrando que ainda não chegou a data da aplicação. Na capital não há restrições de circulação, bares e restaurantes e não têm mais restrição de horário, parques e atrações turísticas estão reabertas e as praias estão liberadas todos os dias.
A oferta aérea do estado vem sendo ampliada constantemente em meio ao aumento da demanda. Além de Azul, Gol e Latam, o destino ganhou o reforço da Itapemirim, que iniciou operações em junho. Atualmente o Rio de Janeiro conta com voos para 23 destinos fora do estado, como São Paulo (Guarulhos e Congonhas), Campinas (Viracopos), Recife, Brasília, Salvador, Natal, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte (Confins), Maceió, Goiânia, Fortaleza, Vitória, Florianópolis, Curitiba, Foz do Iguaçu e Porto Seguro.
O estado ainda não vive uma situação confortável em relação à pandemia de Covid-19. Diferentemente de grande parte dos estados brasileiros, que registram desde agostos as melhores estatísticas do ano, o Rio de Janeiro voltou a registrar alta no número de novos casos
Além dos voos a partir dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont, também contam com frequências regulares os ae-
Foto: Thiago Freitas - MTur
Foto: Bruna Prado - MTur
Parque Laje, no Rio de Janeiro
Foto: Bruna Prado - MTur
Pontal do Atalaia, em Arraial do Cabo
Pão de Açúcar e os tradicionais bondinhos
roportos de Macaé, Cabo Frio e Campos dos Goytacazes. DESTINO O Rio de Janeiro oferece diversas atividades para todos os tipos de turistas. Além dos pontos turísticos clássicos e
mais conhecidos, quem vai ao destino pode aproveitar um dia de curtição e festa no bairro da Lapa, tirar fotos lindas no bairro de Santa Teresinha ou até mesmo aproveitar as praias das cidades vizinhas à capital fluminense. A capital, que leva o mesmo nome do estado, é o rosto e o espírito do Rio de
O que o Rio de Janeiro está fazendo para se posicionar como destino na retomada? “Com o avanço da vacinação, estamos trabalhando na preparação dos municípios para a retomada do turismo, seguindo as diretrizes do turismo consciente. Estamos investindo em capacitação para os gestores das cidades, além de auxílio na melhoria de infraestrutura turística. Neste primeiro momento, estamos focados na tendência do turismo de proximidade: viagens curtas, de preferência com deslocamento de carro. Por isso, vamos
fazer uma grande campanha de publicidade, direcionada aos estados maiores emissores de visitantes para o Rio de Janeiro, como São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás. Paralelo a isso, faremos ações nestes mesmos estados, com estandes em shoppings, encontros de negócios e shows” Gustavo Tutuca, secretário de Turismo do Estado do Rio de Janeiro
Janeiro. Com praias de renome, como Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca, destinos de sol e mar é o que não faltam na região. Para os surfistas, a dica vai para a praia do Arpoador, que possui uma grande pedra, com o mesmo nome da praia, de onde é possível ver o sol se pondo entre o Morro dos Dois Irmãos. O Pão de Açúcar também é um lugar com vista privilegiada, não só do por do sol, mas também da cidade do Rio de Janeiro, principalmente quando no passeio de teleférico, que leva os turistas até o topo do morro. Outra atração imperdível é conhecer o Cristo Redentor, principalmente quando o passeio é feito via trem, uma vez que os trilhos passam por dentro da Floresta da Tijuca e outros pontos turísticos importantes da cidade. Para quem gosta de esportes, conhecer o Maracanã e o Porto Maravilha são passeios obrigatórios. O Maracanã é um dos mais conhecidos estádios de futebol brasileiros e já abrigou duas finais de copas do mundo. Já o Porto Maravilha foi uma região da cidade que passou por uma revitalização completa para receber as Olimpíadas de 2016. Agora, o bairro abriga espaços como o Museu do Amanhã e o AquaRio, o maior aquário da América do Sul. As cidades ao redor do Rio de Janeiro, além de sua importância cultural, possuem um extenso portfólio de praias. Mais especificamente em Angra dos Reis e em Arraial do Cabo, os destaques vão para os passeios de barcos e os esportes aquáticos, principalmente o mergulho, além das paisagens exuberantes e imperdíveis para quem visita a região. Destaque também para Pararty e sua beleza colonial e Ilha Grande, destino de uma beleza natural única. 87
Primeiro estado a entrar em quarentena, São Paulo já encerrou grande parte das restrições ao comércio e serviços. A liberação, anunciada em agosto, ocorrem em um momento de melhora significativa nos índices da pandemia de Covid-19. O estado chegou ao menor índice de novos casos desde o início de ano e a menor média de mortes desde novembro de 2020. São Paulo se aproxima de 80% da população vacinada com ao menos a primeira dose da vacina e já ultrapassou a marca de 40% completamente imunizados com duas doses ou vacina de dose única. No plano de flexibilização, bares, restaurantes, comércio não essencial, museus, cinemas, teatros e clubes já funcionam sem restrições de horário. Também estão liberados os eventos sociais, culturais e as feiras corporativas com controle de público. Continuam proibidos apenas shows com público em pé, pistas de dança e torcida em estádios de futebol, que devem ser autorizados em 1º de novembro. Com as medidas todos os principais destinos do estado, incluindo a capital voltam a ter sua estrutura turística em pleno funcionamento.
Região: Sudeste Capital: São Paulo Área: 248.209km2 Mais Infos acesse: turismo.sp.gov.br
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Foto: Rogério Cassimiro - MTur
São Paulo
Parque do Ibirapuera, principal parque da cidade de São Paulo
O foco do estado agora é recuperar turístico alcançado antes da pandemia, por meio de medidas como a campanha SP Pra Todos, que entre diversas ações, reduziu o ICMS sobre combustíveis, de 25% para 12%, medida que será mantida. O estado também está investindo na criação de rotas turísticas em destinos do interior de São Paulo. Foram mapeadas quatro regiões: Vale do Ribeira, Litoral Norte, Mantiqueira Paulista e Circuito das Águas.
No aéreo, São Paulo se beneficia de ser o principal hub aéreo do Brasil, o que lhe garantiu prioridade na retomada do setor aéreo, tanto na primeira como na segunda onda da pandemia. Além dos principais aeroportos, Congonhas, Guarulhos e Viracopos, o estado ampliou nos últimos anos as operações regulares para o interior, o que deve ser potencializado com a concessão dos aeroportos paulistas.
Recentemente aprovamos a lei de Distritos Turísticos (Lei 17.374/21), que tem como objetivo proporcionar uma nova lógica de desenvolvimento turístico para o Estado, incentivando a atração e implementação de investimentos em empreendimentos turísticos âncora, de alto impacto regional e nacional, gerando novos fluxos econômicos para São Paulo. O primeiro será em Olímpia, e será inaugurado em setembro. Os próximos devem ser o de Serra Azul, que envolve quatro municípios: Itupeva, Jundiaí, Louveira e Vinhedo, e a região do Vale do Futuro.
O estado já retomou voos para mais de 60 destinos nacionais, além de outros 25 internacionais. Além de Azul, Gol e Latam, São Paulo passou a contar a partir deste semestre com a Itapemirim operando voos regulares. Há ainda a VoePass, focada em voos regionais. Além dos três principais, outros seis aeroportos já retomaram voos após a segunda onda.
Foram também lançadas plataformas eletrônicas de boas práticas (www. melhorespraticasturismo.com.br) e de atração de investimentos (https://turinvestsp.com). A primeira, reúne ideias que deram certo no enfrentamento da crise causada pela pandemia e materiais de apoio ao desenvolvimento regional, com destaque para o Projeto de Estruturas Náuticas e o Viva Rua SP, que traz todos os passos sobre como aproveitar melhor o espaço público. Já na plataforma Portfólio de Investimentos, o objetivo é facilitar os negócios em turismo que dependam de imóveis — como hotéis, parques temáticos etc.
DESTINO São Paulo é um dos estados brasileiros com maior diversidade de paisagens, serviços e passeios. As possibilidades variam entre paisagens interioranas, parques aquáticos e de diversão, praias, cachoeiras, cidades, museus, eventos e negócios, o que faz de São Paulo o destino mais múltiplo do Brasil, e que, somado a sua conectividade, o torna o mais visitado também. Desde experiências gastronômicas até as muitas opções para aproveitar a vida noturna, é fácil encontrar coisas para fazer em São Paulo. A Avenida Paulista é um dos cartões postais do estado e apresenta diversas opções de atividades, como visitar o Masp e o mirante do Sesc Paulista, que possui uma vista deslumbrante da cidade. Aos domingos, é possível aproveitar toda
Foto: Rogério Cassimiro - MTur Foto: Marco Ankosqui - MTur
Foto: Maristela Colucci - MTur
Avenida Paulista, cartão postal de São Paulo é fechada para carros e se torna um parque aos domingos
Campos do Jordão, considerado o principal destino de inverno do estado
Ilhabela é um dos principais polos de ecoturismo do estado
O que São Paulo está fazendo para se posicionar como destino de destaque na retomada? “Acabamos de retornar com a promoção de SP como destino turístico em nível nacional. Antes da pandemia, a campanha SP Pra Todos teve uma série de iniciativas, como a abertura de mais de 700 novas frequências aéreas semanais de/para os aeroportos do Estado, a adoção do conceito de stopover por empresas nacionais e estrangeiras, que agora devem retornar em ritmo acelerado. Também está mantida a redução do ICMS sobre combustíveis, de 25% para 12%. Também temos uma série de projetos, como a criação de rotas turísticas, que tem como objetivo o incentivo para as viagens pelo interior do Estado. Elas são Gastronômicas, Peregrinas, Náuticas, Ciclo turísticas e Cênicas. No caso das Rotas Cênicas, foram identificados locais com potencial turístico que deixarão de ser apenas um caminho até o destino para tornarem-se parte da experiência do viajante. Em pontos específicos, as rotas ganharão mirantes, skywalks (passarelas elevadas), estruturas de apoio e áreas de estacionamento, entre outras intervenções, que permitam explorar da melhor forma os atrativos de cada estrada, como uma bela paisagem, por exemplo. A primeira a ser implantada é do Vale do Ri-
beira, em maio de 2022. O programa de Crédito Turístico, iniciativa da Secretaria de Turismo e Viagens e do Banco Desenvolve SP (SDE), em parceria com o BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, tem tido o objetivo de viabilizar o acesso ao crédito de empresas e municípios emprestou mais de R$ 2 bilhões na pandemia. A missão é promover o crescimento sustentável de negócios voltados aos serviços de atendimento, acomodação e infraestrutura para turistas, além de projetos de melhoria da infraestrutura dos municípios, financiando obras que incrementem o acesso a equipamentos turísticos, projetos de iluminação pública, infraestrutura de praças e parques, entre outros. Lançamos o SP Ecoaventura, um programa de qualificação para empresários ligados ao turismo de aventura em 200 municípios de SP, que poderão, gratuitamente, certificar atividades como tirolesa, rapel, rafting e arvorismo, a partir de normas da ABNT, tornando seus destinos mais seguros e competitivos” Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo
a Avenida Paulista a pé, uma vez que ela é fechada para os carros e, além de permitir a prática de esportes como andar de bicicleta e realizar caminhadas, é espaço onde se concentram diversos artistas de rua, de mágicos a cantores, que fazem do simples passeio, uma experiência única. Em São Paulo também é possível encontrar diversas opções de museus, como a Pinacoteca e o Catavento, que são opções culturais que agradam crianças e adultos. Falando em programação cultural, é possível aproveitar também os eventos do Teatro Municipal, na região central da capital paulista, e do Planetário do Ibirapuera, que apresenta principalmente temas voltados à astronomia e à ciência, com exposições e sessões de observação das estrelas projetadas na arquitetura específica do Planetário. Além da possibilidade de passear pelo parque do Ibirapuera ou por outros parques importantes para a capital, como o Villa-Lobos e o da Independência, que abriga o Museu da Independência. Apesar de ser lembrada com frequência por suas paisagens urbanas, no interior paulista, além de paisagens mais rurais, é possível garantir a diversão em parques aquáticos como o Thermas dos Laranjais, em Olímpia e o Wet’n’Wild, mais próximo à capital paulista, e praticamente encostado no Hopi-Hari, um dos mais conhecidos parques de diversão da capital paulista. Já o litoral, com praias de norte a sul oferece opções para os mais diversos tipos de turistas. Com destaque para Ilhabela, que chegou ao topo do ranking do turismo nacional, é uma das cidades de categoria A. Possui 60 praias e 400 cachoeiras, e oferece serviços para a prática de esportes náuticos, como o mergulho e a pesca esportiva, e também diversas trilhas. Outro grande destaque do estado de São Paulo é a cidade de Campos de Jordão. Por ser um lugar com mais altitude que a capital, é o melhor lugar para aproveitar o inverno. O centro tem muita atividade, tanto durante o dia quanto a noite e possui diversos bares, restaurantes e muito chocolate quente. Lá também é um ótimo lugar para comprar roupas de frio, por conta das muitas lojas e ferinhas. A arquitetura é um caso a parte: inspirada no estilo europeu, possui telhados triangulares que remetem a uma “Suíça Brasileira”. 89
Foto: Bruno Pinheiro - MTur
Distrito Federal
Congresso Nacional está de portas abertas para receber visitantes interessados em conhecer o Poder Legislativo brasileiro
O Distrito Federal encerrou em setembro medidas como toque de recolher e as restrições de horário no comércio. Com isso, a cidade reabre integralmente, mas ainda conta com restrições para shows e eventos com um grande número de pessoas que demandem a venda de ingressos. Eventos como casamentos, batizados e reuniões familiares estão liberadas.
Região: Centro-Oeste Capital: Brasília Área: 5.780km2 Mais Infos acesse: turismo.df.gov.br
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Na pandemia, o destino vive neste momento uma leve alta no número de novos casos, que vem após a redução registrada em julho. O número de mortes, no entanto está entre os menores patamares do ano. Mais de 80% da população acima dos 12 anos já foi vacinada com a primeira dose, enquanto 41% já estão completamente imunizados.
Nesta retomada do turismo, o estado pretende manter a aposta no turismo cívico para alavancar o número de visitantes da capital federal. O Ministério do Turismo e a Secretaria de Turismo do Distrito Federal já trabalham em conjunto para posicionar como um destino referência neste segmento no país. O objetivo é estimular que cada brasileiro conheça a capital, repleta de história, símbolos e personalidades que tiveram destaque na construção da identidade brasileira. A proposta é que a Secretaria de Turismo atue na estruturação e desenvolvimento de produtos relacionados ao turismo cívico e que o Ministério do Turismo apoie a comercialização destes roteiros por meio de campanhas e exposição em feiras. A metodologia deverá ser replicada em outras
cidades do país, estimulando e desenvolvendo o turismo cívico em outras regiões.
O estado ainda conta com voos da Azul ligando a Santos Dumont (RJ), Viracopos, Confins e Recife. Já a Voepass conecta Brasília a cidades do interior de São Paulo. A novidade fica por conta da ITA, que iniciou operações do estado com planos de expandir sua atuação. DESTINO Palco de momentos marcantes para
Foto: Setur - DF
Além da aposta em nichos, Brasília tem como trunfo a grande conectividade. O destino foi priorizado por companhias aéreas na retomada da aviação. Atualmente, o Aeroporto Brasília tem ligações diretas com outros 38 aeroportos do Brasil, principalmente por Gol e Latam, que têm a capital federal como um de seus hubs. Juntas as companhias contam com
voos para as 26 capitais do país.
Foto: Roberto Castro - MTur
Com 230 metros de altura, a Torre de TV está estrategicamente localizada no centro da cidade
A Catedral Metropolitana de Brasília é dedicada a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil e da cidade
a história do Brasil, o Distrito Federal carrega o título de capital federal brasileira e é muito relacionado ao turismo cívico, principalmente porque abriga construções e monumentos extremamente relacionados ao cenário político. O Distrito Federal possui roteiros diferentes de outros destinos brasileiros, principalmente por que não possui atividades de sol e praia. No entanto, a gama de atividades que existem lá pode surpreender os visitantes. Os grandes destaques são os roteiros que incluem arquitetura, gastronomia, cultura, religião, rurais, entre outros. Considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, Brasília é uma cidade de arquitetura e formato únicos. Diferente de outras regiões do Brasil, a capital do Distrito Federal foi uma cidade planejada e foi construída do zero, mas no formato de avião. Dentro do planejamento de Brasília, já se tinha como plano que a cidade fosse a sede do governo brasileiro. Alguns dos principais prédios relacionados ao cenário político foram projetados e desenvolvidos pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, como é o caso do Palácio da Alvorada, o Palácio Itamaraty, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República. As construções podem ser visitadas em dias e horários específicos. As construções de Oscar Niemeyer promovem aos visitantes uma visão de museu a céu aberto. É o caso da Catedral Metropolitana de Brasília, que além de ser uma das igrejas mais conhecidas do Brasil, foi também o primeiro monumento construído na cidade. Brasília também oferece atividades relacionadas à natureza e esportes radicais. O Parque da Cidade é um dos maiores parques da América Latina e conta com 40 hectares de extensão, além disso, outras regiões do destino também oferecem passeios à cavalo, tirolesa, e outras atividades relacionadas. Para aqueles que preferem os esportes aquáticos, o Lago Paranoá é praticamente uma praia de água doce e permite que os visitantes pratiquem esportes como surf, stand up paddle, canoagem, entre outros. 91
Foto: Flavio Andre - MTur
Mato Grosso do Sul
Vista do Rio Paraguai, em Corumbá
Com uma ampla oferta de ecoturismo, o Mato Grosso do Sul desponta como uma das principais opções turísticas do país após a pandemia de Covid-19. Com a redução do número de casos, o estado encerrou o seu toque de recolher e liberou atrativos turísticos de natureza para atender com capacidade máxima, o que é considerado um ponto de destaque para a retomada do fluxo turístico.
O estado chegou o fim de agosto com o menor média de mortes e de novos casos do ano. O estado já ultrapassou a marca de 45% da população completamente imunizada, enquanto outros 65% tomaram pelo menos a primeira dose da vacina.
Foto: Flavio Andre - MTur
A capacidade de carga reduzida dos destinos de ecoturismo do MS, que não
Região: Centro-Oeste Capital: Campo Grande Área: 357.125km2 Mais Infos acesse: visitms.com.br Nascente Azul, em Bonito
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é um destino de massa, é um dos fatores que contribuíram para a liberação. Mas as medidas de biossegurança, como evitar aglomerações, uso de máscara e de álcool 70% continuam sendo exigidas, assim como a redução no atendimento de pessoas em bares e restaurantes de acordo com a cor da bandeira que classifica quinzenalmente os riscos de contágio em cada município do MS.
Foto: Flavio Andre - MTur
Foto: Flavio Andre - MTur
Foto: Flavio Andre - MTur
Gruta Lagoa Azul, em Bonito
Cachoeiras do Rio da Prata, em Bonito
O investimento em protocolos de biossegurança específicos para cada atividade turística foi um dos trunfos do estado que permitiram esta liberação do turismo, resultado, no início de 2021, no reconhecimento de Bonito com o selo “Safe Travel”, do WTTC, pelas medidas implantadas para assegurar a prevenção ao coronavírus. O trade sul-mato-grossense, juntamente com algumas entidades e o governo estadual, se preparou desde o início da pandemia para que a retomada do turismo fosse segura. Isso nos dá tranquilidade para essa reabertura total dos atrativos. O estado já retomou parte de suas ligações aéreas com Azul, Gol e Latam, com voos entre Campo Grande e Viracopos, Brasília, Curitiba, Congonhas e Guaru-
Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande
lhos. Além da capital, o destaque fica por conta da ligação direta entre Bonito e Viracopos, com a Azul. DESTINO Mato Grosso do Sul é composto por dez regiões turísticas. Cerca de 65% dos 357 mil quilômetros quadrados do território de Mato Grosso do Sul é composto pela maior planície inundável do mundo, o Pantanal, cenário perfeito para admiradores da natureza e fotógrafos de fauna e flora. São cerca de 230 espécies de peixes, 650 de aves, 80 de mamíferos e 50 espécies de répteis. Devido à variação climática da região, cada período do ano oferece opções de atividades diferentes. Com uma variação entre período de cheia, vazante e seca, é importante manter-se atento às diferentes possibilidades que o Pantanal pode oferecer.
Como o Mato Grosso do Sul está se posicionando para se destacar como destino na retomada? “Com o lançamento de duas campanhas promocionais. A ‘MS: Meu Estado Meu Destino’, feita para potencializar o turismo interno e mostrar aos sul-mato-grossenses as belezas do seu estado. E a ‘Desbravador de Destinos’, focada nos tipos de turistas e no mercado nacional e internacional. Além do posicionamento de destaque nos principais eventos
do setor no 2º semestre, atraindo a atenção do trade para o estado e, claro, nossos diferenciais competitivos como natureza incrível, protocolos, organização da oferta e experiências únicas.” Bruno Wendling, presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS)
Diferente dos destinos brasileiros do litoral, Mato Grosso do Sul foge completamente da proposta de “Sol e Praia”, oferecendo, no lugar, diversas atividades ao ar livre e de turismo ecológico. Uma das atividades mais comuns é que os viajantes naveguem os rios da região a bordo de pequenos botes, cercados por árvores e animais silvestres. Não à toa, ganhou o título de um dos dez melhores destinos do mundo para o turismo sustentável, além de ser apontado como o estado mais hospitaleiro do Brasil pelo público estrangeiro. A capital Campo Grande também oferece uma diversa programação cultural, desde exposições na Morada dos Baís, que oferece exposições, música ao vivo e boa gastronomia. Há também o Memorial da Cultura Indígena, que é um centro cultural situado dentro da Aldeia Indígena Urbana Maçal de Souza, e, além de exposições, oferece comercialização de artesanato. Outra região imperdível é a cidade de Bonito, que une com proeza o turismo e a responsabilidade ambiental. As principais atividades encontradas no destino são as próprias paisagens naturais, mergulhos em rios de águas transparentes, além de grutas, cachoeiras e cavernas. O Abismo de Anhumas é um dos passeios mais procurados pelos turistas. A caverna possui 72 metros de altura descidos de rapel, com um lago de águas cristalinas e 80 metros de profundidade ao fundo. 93
Foto: Renato Soares - MTur
Foto: Zig Koch - MTur
Paraná
Jardim Botânico de Curitiba Foto: Renato Soares - MTur
Foto: Renato Soares - MTur
Macuco Safari, atração do Parque Nacional do Iguaçu
Museu Oscar Niemeyer
Teatro Opera de Arame, no Parque das Pedreiras, em Curitiba
Com o avanço da vacinação e redução no número de casos, o Paraná deu em setembro mais um passo para a retomada dos setores de Turismo e serviços. O governo encerrou o toque de recolher e autorizou a realização de eventos para até mil pessoas, seguindo a determinados parâmetros de segurança. Também está permitido o consumo de bebidas e comidas em eventos e a venda de bebidas alcoólicas durante a madrugada.
Região: Sul Capital: Curitiba Área: 199.315km2 Mais Infos acesse: turismo.pr.gov.br
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Na capital Curitiba está em vigor a bandeira amarela, que permite a abertura de comércio, serviços e atrativos turísticos, mas com algumas restrições. Bares, restaurantes, lanchonetes e museus estão abertos, mas com redução de capacidade. O mesmo acontece na hotelaria, que prevê capacidade máxima de 70% para
hotéis, pousadas, hostels e resorts. Parques e praças estão abertos, mas respeitando o uso de máscara e o distanciamento. Em Foz do Iguaçu as restrições também foram flexibilizadas. Os hotéis e resorts já podem funcionar com 100% de capacidade, enquanto restaurante e bares podem abrir até 1h. Não há mais toque de recolher. A fronteira com o Paraguai e o centro de compras de Ciudad del Este estão abertos. Já a fronteira com a Argentina segue fechada. Esta flexibilização no estado se deve à grande queda no número de casos de Covid-19, registrada em agosto. No início de setembro o Paraná registrou as menores médias de novos casos e de mortes desde o início do ano. O
Foto: Zig Koch - MTur
Mercado Municipal e à Torre Panorâmica, com vista para seus bosques e parques. Um dos parques que chamam a atenção é o Parque Barigui, onde os visitantes podem encontrar diversas capivaras vivendo nas margens do lago. Na arquitetura e na gastronomia local, é possível perceber uma forte influência européia, que também reflete nas festas culturais, nas feiras livres e nas apresentações musicais e de dança. O Jardim Botânico de Curitiba também é cartão postal da cidade e faz parte da rota da Linha do Turismo.
Cataratas do Iguaçu, um dos principais pontos turísticos do Brasil
destino já se aproxima de 75% da população vacinada com pelo menos a primeira dose, enquanto outros 38% já concluíram o esquema vacinal. Se as notícias são boas em relação à pandemia o mesmo pode se dizer sobre a conectividade aérea. Com forte presença de Azul, Gol e Latam, o estado já recuperou boa parte dos destinos atendidos, e ainda ganhou um reforço de malha com a chegada da ITA. Somente a partir de Curitiba, há ligações para 12 destinos, inluindo Guarulhos, Congonhas, Viracopos (Campinas), Santos Dumont (Rio de Janeiro), Confins (Belo Horizonte), Brasília, Porto Alegre e Campo Grande, além de cidades do interior paranaense. Além da capital, o estado também tem voos regulares de Maringá, Cascavel e Londrina para Guarulhos, Vira-
copos e Curitiba, e Foz do Iguaçu, que além destes três destinos também tem voos para Galeão (RJ) e Porto Alegre. DESTINO O Paraná é um destino com uma rica biodiversidade e muitos atrativos. O contraste da natureza com as cidades urbanas se faz quando comparamos a capital, Curitiba, às diversas paisagens naturais da região. São tantas possibilidades que o destino foi dividido em 14 regiões para facilitar a escolha e classificação das atrações. Com boa infraestrutura hoteleira, a capital do Paraná, Curitiba, possui diversos atrativos para os visitantes. Com destaque para o turismo histórico, Curitiba oferece passeios pelo Setor Histórico da cidade, visitas ao
O que o Paraná está fazendo para se posicionar como destino de destaque na retomada? “O Paraná está se preparando para receber os turistas de todo o Brasil de forma regional. Nós nos preparamos e laboramos uma série de projetos para que o turista faça mais o ecoturismo, o cicloturismo, o turismo de aventura e o turismo rural e
também o turismo interno, mais próximo de casa. É assim que estamos nos preparando.” João Jacob Mehl, diretor presidente da Paraná Turismo
Apesar do charme cosmopolita europeu de Curitiba, o grande atrativo do estado é o paraíso natural das Cataratas do Iguaçu, que além de ser Patrimônio Natural da Humanidade, é considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo. O passeio é inesquecível e promove uma imersão completa na natureza, onde a água é a grande protagonista. Com trilhas e passarelas disponíveis para vislumbrar a paisagem, também é possível fazer um passeio em que os visitantes, de barco, ficam no meio do lago formado pelas quedas d’água. Localizadas no Parque Nacional do Iguaçu, a região ao redor das Cataratas também impressiona com sua grande biodiversidade: são mais de 2 mil espécies de plantas e 400 de aves, além de muitas outras que vivem no parque. Outro destino imperdível no Paraná é a visita à Usina Itaipu Binacional. Sendo uma das usinas que mais produz energia no mundo, Itaipu oferece passeios como a visita panorâmica e espetáculos de luzes em datas especiais, como o Natal, ou campanhas nacionais, como Novembro Azul, em prol do combate ao câncer de próstata. A região de Foz do Iguaçu também é conhecida internacionalmente por possuir o Complexo Turístico do Marco das Três Fronteiras, o ponto onde o Brasil, o Paraguai e Argentina se encontram. A infraestrutura comercial da região é muito positiva, permitindo que os visitantes façam compras e participem das diferentes atrações disponíveis no complexo turístico. 95
O estado vem registrando uma queda significativa nos números da pandemia desde julho, chegando em setembro a menor média de novos casos de covid-19 e de mortes em todo ano. Até o momento cerca de 69% da população do estado foi vacinada com a primeira dose, enquanto 36% já tomaram a segunda dose. No aéreo, com voos de Azul, Gol e Latam, o estado recupera aos poucos sua conectividade com outros destinos do Brasil. A partir da capital Florianópolis há conexões diretas para Congonhas (SP), Guarulhos (SP), Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ), Brasília, Porto Alegre, Confins (Belo Horizonte) e Viracopos (Campinas).
Beto Carrero World, em Penha, está reaberto para turistas Foto: Caio Vilela - MTur
Um dos principais destinos do Brasil, Santa Catarina está novamente aberta para o turismo. Cidades como Balneário Camboriú, Itajaí, Florianópolis, Blumenau e Penha não contam com restrições para o funcionamento de bares e restaurantes. Nas cidades do litoral as praias estão liberadas, mas respeitando o distanciamento social. Já o Beto Carrero, principal atração do estado está aberta com mas com limitações de capacidade.
Foto: Renato Soares - MTur
Santa Catarina
Bondinho Unipraias, em Balneário Camboriú
Já a partir do Aeroporto de Navegantes já foram retomadas operações para Congonhas, Guarulhos, Galeão, Viracopos e Porto Alegre. O estado ainda conta voos regulares em Joinville, Jaguaruna e Chapecó, com ligações para Congonhas, Guarulhos, Viracopos e Florianópolis. DESTINO
Região: Sul Capital: Florianópolis Área: 95.346km2 Mais Infos acesse: turismo.sc.gov.br
O estado de Santa Catarina é considerado um dos destinos mais turísticos do Brasil por diversos fatores. Belas praias e paisagens naturais, atrações culturais e parques de diversão são algumas das opções de atrativos do estado, que fica no sul do país. As estações na região são bem definidas e também influenciam nas atividades a serem escolhidas pelos visitantes. No verão, a dica é visitar as praias do
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estado. O litoral possui 560 quilômetros de extensão e conta com cenários ideais para a prática de esportes aquáticos como surf, windsurf, kite surf e stand up paddle. Santa Catarina também oferece passeios que podem envolver neve e até mesmo observação de baleias, por isso, é um destino imperdível para quem visita o Brasil. O estado também abriga o famoso parque de diversões Beto Carrero World que, com mais de 100 brinquedos, é um dos maiores parques de diversão da América Latina. Um dos grandes portões de entrada para os turistas no Brasil, Florianópolis é muito conhecido por suas muitas praias, desde as mais badaladas, como Jurerê, Jurerê Internacional, Joaquina e Ingleses, até as mais privativas como Praia do Forte, Lagoinha, Moçambique, Brava, Ribeirão da Ilha, Naufragados e Armação. O litoral também abrange a
Foto: Caio Vilela - MTur
região da Costa Verde Mar, onde estão localizados dez municípios com vocação turística.
Foto: Caio Vilela - MTur
Vista aérea das Passarela Estaiada, em Balneário Camboriú
das mais conhecidas baladas do Brasil. Florianópolis também oferece diversas opções de esportes de aventura, como rapel, trekking, rafting, entre outros, que ficam ainda mais emocionantes com as belíssimas paisagens naturais como cenário das atividades. A cidade também possui obras preservadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e oferece opções de turismo religioso e rural. Um grande espetáculo natural acontece na cidade de Imbituba, há 90 km de Florianópolis. Entre os meses de Julho a Novembro, as baleias francas vêm à Praia do Rosa e, devido à proximidade, é possível ver as baleias de perto. A dica é ir até a Baía da Rosa, onde as condições climáticas e ambientais são favoráveis para que os grandes mamíferos se instalem para desovar e amamentar seus filhotes. Outra cidade imperdível de Santa Catarina é Balneário Camboriú. Com suas diversas praias e centros urbanos, a cidade ficou ainda mais conhecida porque tornou-se parada oficial para cruzeiros marítimos. Pomerode do Vale é outro município imperdível na região. Considerada como Vale Europeu brasileiro, a cidade é reconhecida como a cidade mais alemã do país. E falando em tradições alemãs, Blumenau é a cidade que possui a famosa Oktoberfest, que remete bastante à cultura alemã e é regada à muita cerveja.
Foto: Caio Vilela - MTur
Praia da Joaquina, em Florianópolis, local favorito dos surfistas
A vida noturna na capital catarinense também é movimentada. Com muitos bares e casas noturnas, abriga algumas
Avenida Beira-mar, em Florianópolis
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