Suplemento Ceará
Edição Especial 45ª Abav Expo Internacional de Turismo ● Setembro 2017
TUDO SOBRE Agências e Operadoras, Assistência ao Viajante, Aviação, Hotelaria, Cruzeiros Mice, Parques, Exterior e Locadoras
Política Propostas prometem modernizar a Lei Geral do Turismo Economia Indicadores do primeiro semestre demonstram situação favorável
PANORAMA DO TURISMO NA RETOMADA DA ECONOMIA Como o setor se prepara para a volta do crescimento do país
Índice
28 Agências e Operadoras 38 Aviação 52 Assistência ao Viajante 56 Cruzeiros 64 Locadoras 68 Internacional 78 Parques 84 Hotelaria 90 Política 94 MICE 05 Suplemento Ceará
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Edmar Bull
Magda Nassar
Especial / Política
Especial / Economia ABAV 2017
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EDITORIAL Presidente Adolfo Martins CEO Roy Taylor (roytaylor@mercadoeeventos.
Prepare-se para o novo
com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6319 Diretor Executivo João Taylor (joao.taylor@ mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2243 Diretora de Relações Institucionais Rosa Masgrau (rosamasgrau@mercadoeeventos.com. br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6316
O
s sinais emitidos p elos indicadores econômicos e também por muitas das empresas do setor são positivos. Estamos longe de voltar ao patamar de vendas de 2015 ou 2014, mas os dados referentes ao primeiro semestre demonstram uma (ainda que tímida) retomada do consumo por parte dos brasileiros. Sim, ainda há um nível alto de desemprego e um caminho muito longo a percorrer, mas o fato é que o Turismo tem respondido muito rápido a estes bons sinais. Companhias aéreas pararam de diminuir a oferta – algumas até aumentaram – e operadoras e hotéis comemoram boas vendas na primeira parte do ano e, sobretudo, o otimismo voltou. Nas próximas páginas, você encontrará um panorama completo dos diversos segmentos do turismo. E m u m e s forç o d e re p or t a g e m da nossa equipe, ouvimos os principais tomadores de decisões, nos debruçamos sobre números e dados para fazer este diagnóstico. A conclusão fica à cargo do leitor, mas há fortes indícios de que os investimentos estão voltando e com ele, um novo ciclo virtuoso para o Turismo. Com as entrevistas e depoimentos, observamos que este período de baixas serviu para que as empresas se preparassem para a tão
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Diretora de Vendas Mari Masgrau (mari. masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11)
esperada volta do crescimento. Novos serviços, novos produtos e tendências. Assim como o mundo, o Turismo se transformou para atender as necessidades deste novo consumidor, mais exigente, extremamente conectado e que busca experiências de vida. A Abav Expo traz uma excelente oportunidade para buscar novos produtos. Assim como as empresas do setor, a entidade também está inovando nesta edição da feira. No ano passado, em parceria com a Braztoa, realizou o Hackathon, que retorna este ano, junto com um novo espaço – o Futurismo. Outra novidade que foi pensada após ouvir os próprios agentes de viagens é o renovado espaço para o Turismo Segmentado. A Vila do Saber segue com seu protagonismo. Totalmente aberta e com palestras simultâneas em um novo formato, mas em uma disposição diferente e com uma programação baseada nas demandas dos visitantes. Muitas novidades e um só foco: o principa l ator da cadeia de distribuição do turismo. Agente de viagens, nestes três dias, você é o grande protagonista, portanto aproveite para se abastecer com novidades e conhecimento, pois os sinais mostram que as vendas só tendem a aumentar nos próximos meses. Boa feira e bons negócios!
3123-2249 Diretor de Novos Negócios Fernando Martins (fernando.martins@mercadoeeventos.com.br) (55-21) 3233-6207 Editor-chefe Anderson Masetto (anderson. masetto@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2236 Chefe de Reportagem Luiz Marcos Fernandes (luiz.fernandes@mercadoeeventos.com.br) - (5521) 3233-6262
Fotografia Eric Ribeiro | Designer Gustavo Cascone Reportagem Rio (55-21) 3233-6262 | Reportagem São Paulo (55-11) 31232239/2240 Igor Regis (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) Leonardo Neves (leonardo.neves@mercadoeeventos.com.br) Lisia Minelli (lisia.minelli@mercadoeeventos. com.br) Pedro Menezes (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) Samantha Chuva (samantha.chuva@mercadoeeventos.com.br) Atendimento ao leitor (55-11) 3123-2222 Departamento Comercial São Paulo (55-11) 3123-2252 | Rio de Janeiro (55-21) 3233-6319 Estados Unidos - Brazil Travel Media +1 (954) 647-6464 Assistentes Operacionais Ellionai Medrado (55-11) 3123-2252 | Roberta Saavedra (55-21) 3233-6319 São Paulo Rua Barão de Itapetininga, 151 Térreo - Centro - CEP 01042-001 - Tels (55-11) 3123-2222 - Fax (55-11) 3129-9095 Rio de Janeiro Rua Riachuelo, 114 - Centro - CEP 20.230-014 - Telefone e Fax (55-21) 3233-6201 Os artigos e opiniões de terceiros publicados na edição não necessariamente refletem a posição do jornal.
Litoral Oeste: Paraíso de águas cristalinas ABAV 2017
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Cenários paradisíacos Praias lindas, águas cristalinas, dunas brancas e lugares que parecem nunca terem sido tocados pelo ser humano. Isso é um pouco do que se pode encontrar no litoral oeste do Ceará, famoso por cenários paradisíacos, que satisfazem a todos os tipos de turistas, desde jovens aventureiros a casais com um pouco mais de idade, passando por famílias e noivos em lua de mel.
A região conta com algumas das mais belas praias do litoral cearense, como Flecheiras, Icaraí da Amontada, Camocim Setur-CE
Jericoacoara é uma das pérolas do litoral cearense
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e a famosa Jericoacoara, considerada uma das praias mais bonitas do mundo. Um pouco mais afastados da capital Fortaleza, os destinos abrigam opções de luxo, para quem deseja mais conforto e bons serviços, e alternativas mais baratas, como hostels e pousadas. As múltiplas possibilidades tornam o litoral oeste do Ceará um destino obrigatório para quem visita o estado, seja para um mochilão pela região, ou apenas para curtir férias relaxantes e apreciar o pôr do sol.
Jericoacoara Considerada um dos lugares mais bonitos do mundo, a cidade de Jijoca de Jericoacoara conta com atrações que vão desde cenários românticos a atrações voltadas para amantes dos esportes náuticos. Localizada a 300 km de Fortaleza, o destino impressiona imediatamente, por conta da beleza e simplicidade do local, que casa perfeitamente com o grande número de recursos existentes. A praia possui cerca de 130 meios de hospedagem, que vão desde pousadas simples a hotéis cinco estrelas, além de farmácias, mercados e outras atividades comerciais que atendem a grande parte das necessidades dos turistas. Mesclando atividades a luz do dia com atrações noturnas, a cidade conta com excelentes opções gastronômicas, como gastronomia mediterrânea, pizzaria, cozinha regional, francesa, italiana, indiana-vegetariana, japonesa, além de cafés, creperia e sorveterias artesanais. Desde julho o acesso a este paraíso foi facilitado com a inauguração do aeroporto local. A cidade já conta com voos da Gol e da Azul, além de fretamentos. Com isso, o tempo de viagem – a partir de Fortaleza – que era de quatro horas, passou para uma. Os voos de São Paulo têm duração média de três horas e meia.
Pedra Furada Um dos cartões postais mais conhecidos de Jericoacoara, a Pedra Furada é um grande arco esculpido pela ação das ondas, fica situado na região rochosa de Jericoacoara. A faixa de praia tem início após a Praia da Malhada, a primeira a leste da vila, já fora da enseada. A Região Rochosa se estende por cerca de 2 km de litoral, terminando na Pedra do Frade. Uma vez por ano, a posição do sol ao se pôr, coincide com o furo da pedra.
Duna do Por do Sol Parada obrigatória para quem visita a cidade, a Duna do Pôr do Sol fica próxima ao centro da vila e proporciona uma das mais espetaculares vistas do pôr do sol. A atração é apreciada diariamente por dezenas de pessoas, entre turistas e moradores.
Praia do Prea
Localizada a 17 km da vila, a Praia do Preá tem ventos mais que propícios para prática de winsurfe e kitesurfe, além de uma estrutura turística que vem crescendo. Muitos restaurantes oferecem excelentes pratos a base de crustáceos originários do local.
Mangue Seco Localizado em um pequeno povoado em meio às dunas, o mangue chama atenção pela sua biodiversidade. O local conta com uma população de cavalos-marinhos e outras espécies. As comunidades de Guriú e Mangue seco convivem nesse paraíso quase intocado e, para conservá-lo, recebem periodicamente indicações sobre a importância da preservação da riqueza natural que possuem através do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Lagoa Paraiso e Lagoa Azul Consideradas duas das principais atrações de Jericoacoara, as lagoas se destacam pelas águas cristalinas e pelas redes, que permitem com que os turistas deitem dentro da água. Por essa fama, a “Lagoa Azul” e a “Lagoa Paraíso” se tornaram as atrações mais visitas em Jijoca de Jericoacoara. Os roteiros contam com uma ótima estrutura, incluindo banheiros, chuveiros de água doce, barracas de praia, pousadas e restaurantes.
Serrote Formado por duas pequenas serras, o local é um dos poucos em Jericoacoara que conta com uma extensa área verde. O morro é responsável por proteger a vila de ventos fortes e da areia das dunas. Quem colocar o Serrote no roteiro pode apreciar uma bela vista, além de uma boa caminhada.
Pedra Furada Jericoacoara
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Conhecida como uma das praias mais bonitas do mundo, Jericoacoara desperta interesse por ser um destino para quem quer relaxar e curtir belezas naturais
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Icaraí de Amontada Piscinas naturais, belas enseadas e uma costa de mar cristalino que se estende por 24 km. Esse é o cenário com que se depara o turista ao chegar a Icaraí de Amontada, um dos destinos mais paradisíacos do Ceará, localizado a 220 km de Fortaleza. Há até pouco tempo, o roteiro era desconhecido do grande público, o que contribuiu para preservar a aparência tranquila de vila de pescadores. O destino passou a contar com um movimento mais intenso por conta de seus fortes ventos, que atraíram os amantes do kitesurfe. Para os amantes do off road, uma boa pedida é se aventurar nas dunas até a Lagoa de Sabiaguaba e os Lençóis Cearenses, que ficam com as lagoas cheias nos períodos de Setur-CE
Rio Aracatiacu, é um dos principais pontos de visitação do destino
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chuvas (fevereiro a maio). O roteiro ainda pode incluir o vilarejo de Caetanos, que oferece um turismo mais comunitário, hospedando turistas do mundo inteiro nas casas de pescadores e se integrando à vida cultural da região. Um dos locais de destaque é a praia de Moitas, a mais movimentada da região. Localizada a 6 km da vila, o local concentra a maioria das barracas à beira-mar e é também o ponto de acesso ao porto do Rio Aracatiaçu. Para os interessados, é possível contratar o passeio de barco pelo leito do rio e pelo mangue. Um dos pontos de parada fica numa barraca onde são servidas ostras frescas.
Camocim
Considerado um dos mais belos municípios do Ceará, Camocim é também o maior do litoral do estado, com 62 km de praia. O destino conta com muitas opções de lazer por conta de seus diversos atrativos naturais. Além das praias, a região abriga ainda lagos, lagoas, dunas, falésias, mangues e coqueirais. A gastronomia à base de frutos do mar é um dos grandes atrativos da região. Assim como em outros destinos do litoral oeste do Ceará, os fortes ventos também favorecem a prática de esportes como vela, windsurfe e kitesurfe. Entre os roteiros de Camocim, três ganham destaque como os mais procurados: a Ilha do Amor, a Praia de Tatajuba e a Praia das Barreiras.
de praia, os turistas podem saborear caranguejos e outros frutos do mar.
Ilha da Testa Branca (Ilha do Amor)
Praia da Tatajuba
A Ilha da Testa Branca, mais conhecida como Ilha do Amor, é um dos mais famosos destinos para quem visita Camocim. Considerada recentemente bem público do Ceará, a área conta com manguezais, dunas e praias, sendo muito visitada por banhistas que cruzam o rio Coreaú de barco para desfrutar de agradável banho de mar, de caminhadas e de esqui nas dunas. Da Ilha é possível ver a um belo cenário que compõe a cidade, com coqueirais, barcos ancorados e casas à beira-mar, tudo isso contrastando com o céu azul e sempre ensolarado. Nas barracas
Na divisa entre Camocim e Jericoacoara se encontra um dos mais belos paraísos tropicais do Nordeste, a Praia de Tatajuba. Cercada de dunas brancas, coqueiros e vastos manguezais, a praia faz parte de uma grande área de preservação ambiental. O Morro Branco existente no lugar é uma das dunas mais altas do litoral cearense. A praia tem cerca de 750 moradores e 170 casas, dividas entre Vila de São Francisco, Vila Nova e Nova Tatajuba. A partir de Camocim o percurso até Tatajuba pode ser feito pela orla marítima, cruzando-se a foz do rio Coreaú.
Praia da Barrinha Localizada em local reservado, a 21 km de Camocim, a Praia da Barrinha conta com uma população de apenas 23 pescadores, que habitam a região do imenso coqueiral existente no local. O nome “Barrinha” deriva das barreiras avermelhadas existente na praia. A formação dá um tom especial ao local, mesclando areias brancas e vermelhas e gerando um visual incrível aos visitantes.
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As dunas são a principal atração de Camocim
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Flecheiras
Localizada a 130 km de Fortaleza, a Praia de Flecheiras é um lugar ideal para quem busca beleza e contato com a natureza. Considerada uma das localidades menos exploradas do litoral cearense, a praia está cercada por dunas de areia branca e coqueirais, que reforçam a sensação de tranquilidade. A praia tem forma de enseada, o que possibilita que a maioria das pousadas fiquem próximas ao mar e ofereçam até serviço de bar aos hóspedes. A longa faixa de areia fina também é um atrativo para quem deseja fazer caminhadas ou praticar algum esporte. Uma das atrações de Flecheiras são os arrecifes, que contribuem para a formação de piscinas naturais nas águas transparentes do mar, excelentes para a prática do snorkel. Para quem deseja um pouco mais de aventura, é possível
fazer mergulho em mar aberto. Jangadas com capacidades para até cinco pessoas levam a uma bancada de corais que fica a 500 metros da costa. Os fortes ventos da região também são propícios para a prática de wind e kitesurfe. Quem visita Flecheiras não pode deixar de conhecer as praias de Mandaú e Guajiru, que contam com belos cenários naturais de rio e mar. Também é possível fazer um passeio de catamarã pelo rio Mandaú. No que diz respeito à culinária, a região conta uma gastronomia rica em peixes e frutos do mar, presentes no cardápio das dezenas de restaurantes e também em algumas pousadas. Dependendo do local, é possível até comer um peixe recém-pescado. Setur-CE
Flecheiras fica a uma hora de Fortaleza
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Entrevista
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Foco na capacitação e na geração de novos negócios
Abav Expo Internacional de Turismo chega, em 2017, à sua 45ª edição com uma série de novidades. O presidente da entidade, Edmar Bull, destacou – em entrevista exclusiva ao M&E – os principais destaques da feira neste ano. Novos espaços e um foco maior nos nichos de mercado são, na opinião do dirigente, algumas das inovações que terão mais impacto. A Vila do Saber também foi ampliada em 60%, com mais lugares, mais temas e novos palestrantes. Para ele, a profissionalização e geração de negócios são os principais objetivos do evento para, desta forma, fomentar o mercado como um todo. “Nosso objetivo não é crescer em público, mas temos que melhorar, cada vez mais, a qualidade”, disse.
Anderson Masetto MERCADO & EVENTOS - Qual a expectativa para a feira com as novidades apresentadas neste ano? Edmar Bull - Fui nas Abavs estaduais no projeto Abav Portas Abertas e realmente fiquei surpreendido com o interesse. Estamos mesmo mudando o foco e fazendo uma feira mais profissional, com conteúdo e voltada mais para negócios, com agendamentos e muitas novidades. Uma delas é o espaço de luxo, uma coisa nova que estamos trazendo e que esperamos que seja muito positivo. Temos ainda o Futurismo, mais amplo do que o Hackathon do ano passado e, por último o Turismo Especializado, que vem com Pesca, LGBT, Rural e Ecoturismo e Aventura. Já tivemos em anos anteriores, mas nesta edição está mais forte. M&E – Como vocês chegaram na formatação desses novos espaços? Edmar Bull – Ouvimos as necessidades dos agentes de viagens. A ideia é ter tudo que seja relevante para os visitantes. Antes, o agente ia no Cruise Day, no Encontro Comercial Braztoa etc. Temos a AirTKT, que poderia ter o seu evento, a Abracorp, o próprio Hackathon poderia ser um evento único, tudo separado. A nossa proposta é ter tudo em um mesmo local. Isso ajuda muito na logística e também para o visitante, que não tem mais tempo de ficar rodando e indo em vários eventos.
Edmar Bull, presidente da Abav Nacional
M&E – Quais são as inovações da Vila do Saber para esta edição? Edmar Bull – Ampliamos a programação com quase 60% a mais de capacitações e treinamentos. Vamos levar à feira temas novos que estavam sendo pedidos pelos agentes de viagens. Incluímos mais duas áreas e mais assentos para que mais pessoas participem das capacitações. O espaço continuará aberto, mas em um formato diferente do que fizemos no ano passado. A Vila do Saber deverá receber mais de 7 mil pessoas nos três dias de feira. M&E – A profissionalização e foco maior nos negócios passa por uma adesão maior ao agendamento de reuniões? Edmar Bull – No ano passado tivemos uma adesão de aproximadamente 10%,
mas já é alguma coisa. Acredito que isso funcionará melhor com o tempo e com a cultura que estamos tentando formar. Não afirmo que conseguiremos 100% algum dia, porque isso não acontece com nenhuma feira no mundo, mas aos poucos vamos conseguindo conscientizar tanto o fornecedor quanto o visitante. M&E – Você acredita que os agentes de viagens, ou boa parte deles, não entenderam ainda este novo momento do Turismo? Edmar Bull – Precisamos de muita capacitação e treinamentos para, cada vez mais, mostrar que o mundo está mudando muito rápido. Não acredito que é o grande que acabará com o pequeno, mas sim o rápido que vai ABAV 2017
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Entrevista acabar com o lento. A feira tem um pouco este objetivo. Com a pesquisa que fizemos com os profissionais, conseguimos identificar o que cada agente de viagens esperava da Abav Expo, por isso estamos trazendo os nichos para o evento. M&E – Vocês projetam um crescimento de público neste ano? Edmar Bull - O nosso objetivo não é crescer, mas temos que melhorar, cada vez mais, a qualidade. Não adianta termos quantidade sem qualidade. Uma feira parecida com o que foi em 2016, para mim está ótimo. Tivemos um público muito bom, muitos negócios e com expositores satisfeitos. M&E – A programação paralela também aumentou neste ano? Edmar Bull – Temos uma capacidade maior de salas no Expo Center Norte porque várias entidades pediram espaço para as suas reuniões durante o dia. Estamos aumentando em mais de
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50% os nossos espaços no mezanino para atender essas entidades. O destaque é o Fórum da Abracorp com uma programação voltada aos gestores de viagens. O objetivo é atrair maiseste público e para que eles tenham uma programação específica. Isso tudo além da Ilha Corporativa, que continuará na área de exposição. M&E – Por conta da baixa na economia, foi mais difícil viabilizar a feira neste ano? Edmar Bull – Para aqueles que estão acostumados a participar não houve problema. Acredito que no ano anterior, que mudamos de endereço, foi mais complicado. Afirmou que foi até um pouco mais fácil do que em anos anteriores. O mercado está reagindo a crise. M&E – Uma de suas metas quando assumiu a presidência da Abav era mostrar as ações e tornar o associado mais ativo. Como está isso hoje?
Edmar Bull - Muita gente ainda acha que a Abav não faz nada. No entanto, isso mudou bastante e o Abav de Portas Abertas tem ajudado, porque temos levado as informações ao agente de viagens da ponta. Muitos têm visto que vale a pena ser associado. M&E – Ainda ouvimos no Brasil muitas críticas ao modelo das feiras de Turismo e isso não acontece em outros mercados. Na sua opinião, por que isso ainda acontece? Edmar Bull – Temos um problema muito grande porque o agente de viagens reclama, mas já comprou o carro 2018. Falo isso, porque muitas vezes nem ele sabe o motivo de estar reclamando. Quando pergunto a alguns o que querem de mudanças, peço ideias e sugestões, muitos lembram das festas que tínhamos quando a feira era itinerante. Acredito que o caminho é este que estamos trilhando, tanto é que no ano passado a feira foi um sucesso.
EM MINAS GERAIS, A GASTRONOMIA É MAIS DO QUE ARTE. É A MELHOR PARTE DA VIAGEM. A mistura de cores, aromas e temperos. A criatividade dos pratos. A dedicação dos cozinheiros. Em Minas Gerais, a gastronomia surpreende os paladares mais exigentes do planeta. Não é à toa que nossos queijos estão entre os melhores do mundo. Nossas cachaças e cafés são premiados dentro e fora do país. E os pratos da nossa culinária atraem cada vez mais turistas. Acesse minasgerais.com.br/maisgastronomia e venha se encantar com os nossos sabores.
/visiteminasgerais #turismomg ABAV 2017
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Entrevista
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Braztoa finaliza “Experiência” e “Passaporte” na Abav Expo
esde o ano passado a Braztoa passou a ser uma das protagonista da Abav Expo, passando também a assinar o evento. Desta forma, foi criado em 2016 o Hackathon – competição de tecnologia para encontrar soluções e ferramentas tecnológicas para o Turismo -, que neste ano evoluiu para o Futurismo. Além disso, a entidade conta com 44 operadoras expondo no seu espaço, que terá um pouco do que foi o Experiência, série de quatro eventos que rodou o país, e o encerramento da campanha de incentivo Passaporte Braztoa. Anderson Masetto
MERCADO & EVENTOS - Quais são as principais novidades para o 48º Encontro Comercial Braztoa? Magda Nassar – Nossa principal novidade deste ano é levar o Experiência Braztoa definitivamente para dentro da Abav. Estamos trazendo também o encerramento do Passaporte e, dentro do nosso espaço, teremos várias experiências. Estamos trabalhando para que isso seja especificamente de tecnologia e inovação. No ano passado começamos com um hackathon e agora estamos ampliando para o espaço Futurismo, que estamos criando junto com a Abav. Queremos, realmente, trazer a tecnologia para dentro dos eventos, isso é fundamental para todo o setor. Também fizemos o nosso desafio de tecnologia durante o Experiência e vamos finalizar na feira. M&E – Como foi a adesão dos expositores ao evento? Magda Nassar – Temos 44 expositores. O Encontro Comercial Braztoa é hoje o coração e a maior área da feira, sempre com os expositores levando suas próprias novidades. O internacional vem forte e tenho certeza de que teremos muitos pacotes de Natal e Réveillon e para as férias. Fizemos um trabalho bastante forte e hoje o nosso encontro não é mais um evento individual durante a feira. Isso representa a união das entidades, também porque hoje assinamos o evento. M&E – Isso demonstra como as entidades podem atuar de forma conjunta? Magda Nassar – O mercado de Turismo tem muitos problemas e as entidades 16
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Magda Nassar, presidente da Braztoa
trabalhavam muito separadas. Mas hoje, temos uma leva de presidentes que se identificaram e que trabalham juntos. Todas as ações são em prol do Turismo, não para beneficiar apenas um lado. Temos no comando pessoas que querem realmente resolver problemas. M&E – Qual a importância, para o mercado como um todo, em ter a Braztoa como também uma das promotoras da feira e assinando o evento? Magda Nassar – Tenho entendimento muito claro de que não existe atualmente nenhum evento de turismo no Brasil que funcione se ele não tiver Braztoa. Tenho muita tranquilidade em dizer isso porque estamos muito próximos do agente de viagens. Acredito que ninguém tem uma relação tão íntima e próxima com agente como os operadores Braztoa. Trabalhamos junto com a Abav e fazemos tudo para que o evento seja um sucesso.
Mudamos a cara da Abav Expo. Vimos o resultado no ano passado e queremos ter muito mais agora nessa próxima edição. É um evento muito mais profissional e que quer se profissionalizar cada vez mais. M&E - Você acredita que o modelo criado com o Experiência é o futuro dos eventos do Turismo? Magda Nassar – Começamos o Experiência há dois anos. Em 2016 fizemos três edições e para este ano a proposta era realizar três eventos, mas acabamos fazendo quatro. Considero que fomos extremamente bem sucedidos. Hoje estamos entregando o nosso evento próprio, pois era uma demanda das operadoras desde que deixamos de fazer o Encontro Comercial no Frei Caneca. Acredito que estamos no caminho certo, mas com certeza teremos mais inovações no ano que vem. Viremos com algo inédito em 2018.
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Especial
Lei Geral do Turismo: mudanças para modernizar o setor Ao lançar, ainda no primeiro semestre deste ano, o plano Brasil + Turismo, o Ministério do Turismo apresentou uma série de mudanças e propostas em relação a regulamentação da nova versão da Lei Geral do Turismo. De acordo com o ministro do Turismo, Marx Beltrão, as mudanças se fazem necessárias para fortalecer o setor. Segundo ele, a expectativa é de que o Congresso aprove ainda esse ano as alterações propostas pelos parlamentares, e que, a seu ver, irão beneficiar toda cadeia produtiva do turismo. “Com essas propostas buscamos atacar os principais gargalos e lacunas históricas do setor no plano Brasil+Turismo. A modernização da Lei Geral do Turismo faz parte desse grande pacote de medidas, cujo objetivo é pavimentar novos caminhos para dar celeridade ao desenvolvimento do setor. Um total de 118 alterações criarão um novo ambiente de negócios para o setor no Brasil. A nova legislação vai simplificar o excesso de burocracia e tributação, que impedem maior interação com a iniciativa privada. O incentivo à inovação e à pesquisa em Turismo também ganham mais atenção, pois nenhum setor, estado ou país avança sem conhecimento. Na sua opinião, o fortalecimento das instâncias de governança e de profissões-chave do setor também darão maior poder para enfrentar momentos econômicos adversos
Lançamento do Programa Brasil + Turismo
como o atual. “Além disso, fazemos pequenos da atividade, assim como desburocratizar ajustes que dialogam com a realidade atual procedimentos, melhorar o ambiente de do setor, trazendo demandas reais do turista negócios e promover maior integração com e dos trabalhadores e empresariado, que Conceitos a inciativa privada, adequando-o à dinâmica conceitoda de turismo os aspectos sociais, culturais e econômicos. fazem o turismo acontecer no Brasil. Sobre Inclui noatual atividade turística. prazo, pela relevância dessas mudanças para Desafio- Alinhar Em àsrelação à tramitação, o PL 7413/2017 definições mais atuais publicadas pela Organização Mundial do e, também a Constituição Federal, que trata o turismo como um fator de o setor, temos feito um grande trabalho de Turismo (que altera a Lei Geral do Turismo) aguarda desenvolvimento social e econômico. sensibilização dos parlamentares para que o indicação de relator na comissão do Trabalho. projeto seja votado o mais breve possível.” Paralelamente, foi apresentado requerimento As propostas - A atualização da Lei em Plenário para que a comissão da Cultura nº11.771/2008 tem por objetivo acompatambém aprecie a matéria. Se aprovado, o Meta nhar as novas demandas do setor, dirimir despacho de tramitação deverá ser alterado e como objetivo da Política Nacional de Turismo a melhoria do ambiente de gargalos que impedem o desenvolvimento Incluir uma comissão especial passará a analisar o PL. negócios para o setor, a inovação e a desburocratização.
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Desafio - É necessário criar um ambiente que favoreça os negócios e que responda aos desafios desse competitivo setor. A alteração propõe a desburocratização do setor, ressalta a necessidade da busca constante pela inovação, principalmente no setor privado, assim como de melhorar o ambiente de negócios para impulsionar o volume de investimentos no turismo. Inclui como objetivo da Política Nacional de Turismo o fomento à pesquisa e à produção científica. O que se pretende é fortalecer a integração com a academia e incentivar a produção científica no turismo e gerar subsídios para elaboração, implementação e avaliação das políticas públicas do setor.
Conheça as mudanças propostas
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Conceitos Inclui no conceito de turismo os aspectos sociais, culturais e econômicos.
Meta
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Objetivos
Desafio- Alinhar às definições mais atuais publicadas pela Organização Mundial do Turismo e, também a Constituição Federal, que trata o turismo como um fator de desenvolvimento social e econômico.
Incluir como objetivo da Política Nacional de Turismo a melhoria do ambiente de negócios para o setor, a inovação e a desburocratização.
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Desafio - É necessário criar um ambiente que favoreça os negócios e que responda aos desafios desse competitivo setor. A alteração propõe a desburocratização do setor, ressalta a necessidade da busca constante pela inovação, principalmente no setor privado, assim como de melhorar o ambiente de negócios para impulsionar o volume de investimentos no turismo. Inclui como objetivo da Política Nacional de Turismo o fomento à pesquisa e à produção científica. O que se pretende é fortalecer a integração com a academia e incentivar a produção científica no turismo e gerar subsídios para elaboração, implementação e avaliação das políticas públicas do setor.
Objetivos ABAV 2017 Inclusão de mais 14 objetivos para o Plano Nacional do Turismo. O PNT deve promover o turismo social, a produção associada ao turismo como forma de inclusão e de diversificação da oferta turística, o fortalecimento da gestão descentralizada e da regionalização do turismo, o estímulo à criação de novos produtos turísticos e a estratégias de mercado para melhor posicionamento dos destinos brasileiros, a
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Inclusão de mais 14 objetivos para o Plano Nacional do Turismo. O PNT deve promover o turismo social, a produção associada ao turismo como forma de inclusão e de diversificação da oferta turística, o fortalecimento da gestão descentralizada e da regionalização do turismo, o estímulo à criação de novos produtos turísticos e a estratégias de mercado para melhor posicionamento dos destinos brasileiros, a melhoria do ambiente de negócios, a inovação, a competitividade e a qualificação do setor. Desafio - Há o entendimento de que o Plano é um dos instrumentos de implementação da Política Nacional de Turismo, contudo ele não trazia em seu escopo dispositivos que pudessem efetivamente contribuir para todos os objetivos da Política. Diante disso, as inserções desses dispositivos têm por intuito alinhar os objetivos da Política Nacional de Turismo com os do Plano Nacional de Turismo e incluir, de forma clara, alguns aspectos que se alinham à dinâmica atual do setor e que fortalecem as estratégias para o desenvolvimento regional do turismo.
Informações Planeja a mplantação da sinalização turística interativa, acessível para pessoas com deficiência e, quando necessário, com tradução em língua estrangeira. Desafio - Adotar modelos inteligentes dos sistemas de sinalização turística, mediante a inserção de recursos de interação com o usuário turista, nas placas, painéis, totens etc. que compõem esses sistemas. É uma forma de inclusão das pessoas com deficiência ou mobidade turística no turismo, possibilitando-a usufruir dos benefícios da atividade com autonomia. A previsão de tradução da sinalização em língua estrangeira é com vistas a qualificar o atendimento aos turistas internacionais.
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setor. Desafio - Há o entendimento de que o Plano é um dos instrumentos de implementação da Política Nacional de Turismo, contudo ele não trazia em seu escopo dispositivos que pudessem efetivamente contribuir para todos os objetivos da Política. Diante disso, as inserções desses dispositivos têm por intuito alinhar os objetivos da Política Nacional de Turismo com os do Plano Nacional de Turismo e incluir, de forma clara, alguns aspectos que se alinham à dinâmica atual do setor e que fortalecem as estratégias para o desenvolvimento regional do turismo.
Informações Planeja a mplantação da sinalização turística interativa, acessível para pessoas com deficiência e, quando necessário, com tradução em língua estrangeira. Desafio - Adotar modelos inteligentes dos sistemas de sinalização turística, mediante a inserção de recursos de interação com o usuário turista, nas placas, painéis, totens etc. que compõem esses sistemas. É uma forma de inclusão das pessoas com deficiência ou mobidade turística no turismo, possibilitando-a usufruir dos benefícios da atividade com autonomia. A previsão de tradução da sinalização em língua estrangeira é com vistas a qualificar o atendimento aos turistas internacionais.
9 10
Alterar o conceito de meios de hospedagem para contemplar os albergues e hostels. Desafio - Foi excluída a expressão “de frequência individual” em virtude da existência de unidades habitacionais que possibilitam o uso simultâneo por mais de um hóspede, a exemplo de albergues.
Especial
Parques temáticos Planeja adequar o conceito de Parques Temáticos, possibilitando que os mesmos possam exercer a prestação de serviços de apoio ao turista, dentro dos parques. Desafio - Adequar o conceito de parques temáticos delimita os tipos de atividades que esses estabelecimentos podem explorar e, entre elas, inclui os serviços de apoio ao turista, como já é a prática hoje.
Direitos do hóspede Ansidetur
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Incluir como membro do Sistema Nacional do Turismo (SNT) a Associação Nacional dos Secretários e Dirigentes Municipais de Turismo – Anseditur e permite a participação no Sistema de entidades de representação nacional dos municípios e dos órgãos municipais.
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Desafio - A inclusão da Anseditur e a permissão para participação para os órgãos municipais de turismo e das entidades de representação nacional dos municípios no Sistema Nacional de Turismo facilitará e interlocução dos municípios com o Ministério do Turismo e a continuidade da implementação de políticas públicas. Considera profissionais de turismo aqueles ligados à cadeia produtiva do turismo, conforme legislações específicas. Fortalece as profissões que são regulamentadas ou reconhecidas, como os guias de turismo e os turismólogos.
Alterar o conceito de “Diária de meios de hospedagem” e inclui no período de 24h, as duas horas antes do check-out, destinadas à operacionalização da unidade habitacional (limpeza dos apartamentos/quartos). Desafio - Atualmente o período mínimo estabelecido para entrada e saída de hóspede é de 24 horas, o que não permite que a maioria dos estabelecimentos cumpram o determinado na lei, uma vez que necessitam de um período mínimo para limpeza dos quartos, entre um hóspede e outro. A proposta deixa claro para o consumidor a quantidade de horas que poderá ser utilizada para a limpeza do apartamento, e possibilita aos meios de hospedagem a destinação da unidade habitacional (quarto/apartamento) pelo período máximo de duas horas para fins de operacionalização da administração hoteleira.
Cadastur
6 7 8
Aréas de interesse Criação de Áreas Especiais de Interesse Turístico”, as quais deverão ser criadas por legislação específica (proposta em elaboração pelo MTur). Desafio - A criação de AEITs tem por objetivo potencializar a atração de investimentos para determinadas áreas, estimulando a regionalização do turismo, aumentando a geração de emprego e renda e contribuindo para a competitividade do setor turístico brasileiro.
Qualificação Ratificar o papel do Ministério do Turismo como agente de qualificação do setor turístico, por meio de parcerias públicoprivadas. Desafio - A inclusão justifica-se pela articulação já existente com outros órgãos, como por exemplo com o Ministério da Educação, na realização de cursos de qualificação e aperfeiçoamento. A inclusão do art. 14-B alinha-se às Diretrizes Nacionais para Qualificação em Turismo, documento norteador para institucionalização da Política de Qualificação em Turismo do MTur. Permite, também, a revisão e inclusão de ocupações do setor de Turismo na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)
Direitos autorais Prevê a isenção dos direitos autorais de execução pública musical nas unidades individuais de uso exclusivo do hóspede, pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição – Ecad. Desafio - O §3º, do art. 68, da Lei 9610, de 19 de fevereiro de 1998 (que dispõe sobre direitos autorais), considera como locais de frequência coletiva os hotéis, não diferenciando quartos/apartamentos como unidades de frequência privativa e de uso exclusivo do hóspede.
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Propor a desburocratização do sistema do Cadastur Desafio - Alguns documentos deixarão de ser exigidos no ato do cadastro no MTur, por serem redundantes ou desnecessários, já que foram apresentados e acreditados por outros órgãos públicos com convenção de condomínio, contrato em que esteja formalizada a administração ou exploração, em regime solidário,do empreendimento imobiliário como meio de hospedagem de responsabilidade de prestador de serviço hoteleiro cadastrado no Ministério do Turismo; documento comprobatório de enquadramento sindical da categoria na atividade de hotéis, exigível a contar da data de eficácia do segundo dissídio coletivo.
Cadastro Torna obrigatória, por força de Lei, a utilização da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes eletrônica. Desafio - A utilização da ficha eletrônica diminui a utilização de papel, possibilita o acesso online de informações sobre o fluxo turístico, assim como possibilita a otimização da geração de estatísticas para o setor e diminui consideravelmente o tempo de cadastro do hóspede no momento de sua entrada no meio de hospedagem.
Cruzeiros aquaviários Reconhecer os Operadores de Cruzeiros Aquaviários como prestadores de serviços turísticos, com cadastro no Cadastur. Desafio – A medida atende a uma solicitação do setor. Atualmente os Operadores de Cruzeiros são reconhecidos apenas como transporte turístico, restringindo o seu campo de atuação.
Parcerias PPP
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Meios de hospedagem Alterar o conceito de meios de hospedagem para contemplar os albergues e hostels. Desafio - Foi excluída a expressão “de frequência individual” em virtude da existência de unidades habitacionais que possibilitam o uso simultâneo por mais de um hóspede, a exemplo de albergues.
Parques temáticos Planeja adequar o conceito de Parques Temáticos, possibilitando que os mesmos possam exercer a prestação de serviços de apoio ao turista, dentro dos parques. Desafio - Adequar o conceito de parques temáticos delimita os tipos de atividades que esses estabelecimentos podem explorar e, entre elas, inclui os serviços de apoio ao turista, como já é a prática hoje.
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Fortalecer e incentivar a realização de parcerias público-privadas para o desenvolvimento da atividade turística. Desafio - Os dispositivos ajustados e incluídos possibilitam que o Ministério do Turismo e a Embratur possam realizar parceria com instituições privadas nacionais ou internacionais, para realização de ações de marketing voltadas à promoção do Brasil, com compartilhamento dos custos. As alterações têm por objetivo possibilitar a ampliação dos investimentos e o compartilhamento de custos com a iniciativa privada do setor de turismo e de atividades afins, para a realização de ações e projetos de infraestrutura, promoção e qualificação do turismo.
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Especial
Trade: avaliação das propostas apresentadas pelo Governo O M&E promoveu uma enquete junto algumas entidades de classe de diferentes segmentos para ouvir propostas que poderiam contribuir para o fortalecimento de cada setor. Confira abaixo algumas destas medidas apresentadas por alguns dos diferentes segmentos que integram a cadeia produtiva do turismo. AVIAÇÃO De acordo com Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Turismo e transporte aéreo estão intimamente relacionados, especialmente no Brasil por suas características. “Somente a aviação e a parcela do turismo diretamente viabilizada já respondem por pelo menos 3% do PIB nacional. O avião tem capacidade de impulsionar a visitação e os negócios nos destinos, catalisando o desenvolvimento. Por minha trajetória, destaco ainda, mais especialmente, a importância dessa dobradinha para o segmento de eventos, que é justamente aquele que gera o maior impacto econômico. Em suma, quanto mais vigoroso e bem organizado o setor de turismo, mais forte a aviação, e vice-versa. A modernização do conjunto de regras, como a Lei Geral do Turismo que pautam a atividade turística é, então, ao nosso ver, uma necessidade para que as atividades e profissões que compõem o sistema estejam respaldadas e evoluam de forma harmônica e sustentável. Isso promove o fortalecimento do turismo doméstico e reforça a atratividade para os visitantes estrangeiros.” OPERADORAS De acordo com Magda Nassar, presidente da Braztoa, o setor não foi contemplado com medidas que pudessem beneficiar o mesmo, apesar de ter sido encaminhadas propostas e estudos realizados previamente. “Infelizmente nada foi acolhido daquilo que propusemos para alavancar as vendas e a margem de comercialização das operadoras. Agora com a nova versão estamos realizando junto a Comissão estudos para tentar viabilizar as mesmas, mas acho complicado. Até o momento a Lei Geral do Turismo não trouxe benefícios para o mercado das operadoras. Essa é a verdade”, destacou a dirigente. 22
ABAV 2017
Vinicius Lummertz, presidente da Embratur, e Marx Beltrão, ministro do Turismo
HOTELARIA Segundo o presidente da ABIH Nacional, Dilson Fonseca Jatahy Jr, a nova versão da LGT deve incluir entre seus artigos o tema da equiparação tributária para as plataformas digitais. “É importante que na nova versão da Lei Geral do Turismo haja um artigo que defina com clareza uma regulamentação com as obrigações e deveres de todas entidades que dizem respeito a meios de hospedagem, incluindo as chamadas plataformas digitais a fim de que não haja privilégios e tratamento diferenciado a nenhum dos envolvidos”. PARQUES TEMÁTICOS De acordo com Alain Baldacci, presidente do Sindepat, nem todos os pleitos do setor foram atendidos. “Nossa expectativa é de que possamos incluir alguns deles nas emendas parlamentares no Congresso nesta nova versão da LGT. Lembro que temos 18 parques temáticos associados que geram R$ 11 bilhões em negócios e o nosso setor deve ser visto pelo Governo de modo a se ter medidas que possam contribuir para o desenvolvimento do setor e condições favoráveis para atrair novos investidores”, destacou. ESTADOS Para Felipe Carreras, presidente do Fornatur, a Lei Geral do Turismo precisa ser melhor discutida e divulgada para que se possa ter uma noção real das medidas a
serem implantadas. “Reconheço que muitos secretários não conhecem as propostas. É preciso avaliar cada uma delas com um prazo maior. Mas qualquer que venham a ser os artigos que nela constam, creio que é preciso ao Governo definir com clareza a questão da fiscalização. Sem fiscalização não adianta se criar medidas e regras porque não serão respeitadas”. CRUZEIROS MARÍTIMOS Para o presidente da CLIA Brasil, Marco Ferraz a nova versão da Lei Geral do Turismo poderia beneficiar o segmento se incluísse no seu texto uma proposta que pudesse isentar o setor da cobrança do PIS e Cofins das armadoras, a exemplo do que acontece já com os navios de carga. “Existe isenção para os navios de carga mas não para os transatlânticos que transportam passageiros, e isso diz respeito tanto ao fretamento quanto também ao combustível. Em ambos os casos somos taxados”, afirmou. EVENTOS Para a presidente da Abeoc Brasil, Ana Claudia Bittencourt, o segmento de eventos também não foi contemplado com as mudanças efetuadas e apresentadas pelo setor ao ministério do Turismo. “Não sabemos como foi feita a avaliação das propostas apresentadas. O que temos de concreto é que todas as nossas reivindicações e pedidos não foram considerados e ficaram fora do texto, o que é lamentável”, afirmou.
— D E S C U B R A S E U PA R A Í S O.
—
D e s c u br a pr a i a s de slu mbr a nt e s, b out ique s de lu xo, re s t au r a nt e s prem i a do s e hot éi s de c l a s s e mu nd i a l qu a ndo v i s it a r Pa r a d i s e C o a s t , n a Flór id a .
Pa r ad i s e C oa s t.c om.br
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Especial
Motivos para acreditar em uma retomada do Turismo Previsões para a economia voltam a ser otimistas e números de diversos setores do turismo mostram crescimento na primeira metade do ano O primeiro trimestre de 2016 foi totalmente atípico. A cobrança do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) de 25% para viagens internacionais derrubou o movimento de boa parte das agências e operadoras. A base de comparação neste ano, portanto, pode não ser fidedigna, uma vez que a alíquota do imposto caiu para 6%, mas os dados mostram um crescimento acima da inflação nos primeiros três meses do ano. De acordo com o Boletim de Desempenho Econômico do Turismo – feito pela Fundação Getúlio Vargas para o Ministério do Turismo – o setor faturou 4,3% mais entre janeiro e março deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O mesmo boletim mostra que apenas as operadoras tiveram um incremento no faturamento de 21,3% neste período. Parte pela retração causada por conta do imposto em 2016, mas há uma retomada em curso. Mais especificamente do internacional. “Estamos em uma retomada”, afirmou a presidente da Braztoa, Magda Nassar. No entanto, a dirigente ressaltou que não se trata de um crescimento galopante. “O que
Aeroportos voltaram a ficar cheios em alguns períodos do ano
importa neste momento é seguir crescendo, até porque não dá para fugir da realidade do país. Algumas operadoras venderam até 50% mais no primeiro trimestre. É uma média maior do que de outros setores, mas tem o fator do imposto que afetou os resultados de 2016”, complementou. Magda acredita em um crescimento de
21,3
6,9 4,3
Consolidado
5,7
5,4 3,4
Operadoras Organizadoras Agências de Turismo de Eventos de Viagens
Transporte Aéreo
Parques e Atrações
Meios de Hospedagem
Turismo Receptivo
-0,4
-6,4 Fontes: FGV e MTur
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dois dígitos para 2017. No entanto, projeta que o número de passageiros embarcados deve aumentar mais, ao mesmo tempo que o ticket médio deve cair um pouco. Outro fator que aponta para a volta do otimismo é o plano Brasil + Turismo, anunciado em abril. As ações têm como finalidade trazer soluções técnicas para gargalos históricos, aumentar o número de turistas nacionais e estrangeiros e outros objetivos. Entre as ações adotadas está a implantação do visto eletrônico, para países estratégicos, até o final de 2017. Ainda falando das operadoras, a maior da América Latina – a CVC – pode se configurar como um termômetro do desempenho do setor. No primeiro semestre, a empresa obteve um lucro de R$ 86,9 milhões, o que representa um crescimento de 15,5%. Já as reservas confirmadas, atingiram R$ 4,8 bilhões, 12,8% a mais do que no ano passado. O setor aéreo também mostra um bom desempenho. No comparativo do primeiro semestre de 2016 com a primeira metade de 2017 a oferta das companhias que fazem parte da Abear baixou em 0,14%, porém, com alta de 1,06% na demanda, o que representou o ganho de quase um ponto percentual na ocupação das aeronaves e uma alta de 0,52% em passageiros transportados. ”As expectativas são de que o ano tenha
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Especial
Evolução do faturamento
Evolução do preço
Redução 20%
Estabilidade 12%
Redução 9% Estabilidade 80% Aumento 68%
Fontes: FGV e MTur
Fontes: FGV e MTur
Faturamento do 1º trimestre de 2017 / 1º trimestre 2016 Faturamento Variação % Média
Opinião (%)
Segmento Crescimento (+)
Redução (-)
Saldo
Saldo
Consolidado
54
36
18
4,3
Agências de viagens
47
35
12
5,7
Meios de Hospedagem
41
47
-6
-0,4
Operadoras de Turismo
68
20
48
21,3
Organizadoras de eventos
30
39
-9
6,9
Parques e Atrações
35
19
16
3,4
Transporte aéreo
67
33
34
5,4
Turismo receptivo
30
62
-32
-6,4
Fontes: FGV e MTur Nota 1: A soma entre os percentuais de crescimento e redução não totaliza 100% devido a omissão do percentual de estabilidade.
um saldo positivo, mas nenhum espetáculo. As variações positivas ainda são muito pequenas e as empresas brasileiras apenas estão colocando ofertas novas que estão tendo respostas do público”, afirmou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. Entre os fatores que apontam para uma retomada está o aumento de frequências internacionais. Para citar alguns exemplos, a Azul dobrou a oferta no trecho Recife/Orlando e chegou a 100 mil passageiros transportados na rota São Paulo/Lisboa. A Latam, por sua 26
ABAV 2017
Aumento 11%
vez, lançou o voo Rio/Orlando e ainda contou com aumento de frequência para a África do Sul e Peru. O aumento de oferta também foi destaque na Copa Airlines, Aeroméxico e Emirates, esta última com a inclusão do A380, maior avião de passageiros do mundo, na rota São Paulo-Dubai. Isso sem contar a Avianca Brasil, que já iniciou frequências para Miami e Santiago e voará para Nova York em dezembro. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as atividades
de turismo se destacaram dentro do setor de serviços. Em junho, o crescimento foi de 5,3%. O setor de serviços, como um todo, teve aumento pelo terceiro mês seguido e atingiu alta de 1,3% no período. “As atividades de alojamento e transporte aéreo cresceram no mês devido ao turismo de negócios, que costuma beneficiar especialmente São Paulo e o Distrito Federal”, explicou Roberto Saldanha, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE. INTENÇÃO Pesquisa do Ministério do Turismo realizada em sete capitais mostra que cerca de 25% dos brasileiros entrevistados em junho pretendem viajar nos próximos seis meses, o que representa o melhor resultado do ano. Além de ser o maior do ano, o percentual de intenção de viagem cresceu nas quatro faixas de renda familiar pesquisadas e também na comparação com junho do ano passado. De 19,7% para os atuais 23%. Dos brasileiros que pretendem fazer as malas até dezembro, 79,4% devem visitar destinos nacionais. “Consideramos esses dados da sondagem mensal de intenção de viagem, que apontam crescimento tanto no ano como na relação com 2016, importantes indicativos do aumento da confiança do brasileiro na recuperação da economia”, avalia o ministro do Turismo, Marx Beltrão. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 77,3 pontos em agosto de 2017, em uma escala de 0 a 200, um aumento de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado. “Além dos resultados mais favoráveis do mercado de trabalho no curto prazo,
INTENÇÃO DE VIAGEM JULHO 2017
Especial
SUMÁRIO EXECUTIVO PESQUISA REALIZADA EM JULHO/2017, EM GRANDES CIDADES BRASILEIRAS, REFERENTE À PERSPECTIVA DE INTENÇÃO DE BRASILEIROS DE VIAJAR NUM HORIZONTE DE 6 (SEIS MESES), REVELA QUE: ABAIXO SÃO APRESENTADAS AS INTENÇÕES DE USO
AS ASSINALAÇÕES POSITIVAS DE VIAGEM, REGISTRARAM:
O PERCENTUAL DE INCERTEZA A ESSE RESPEITO
AS INDICAÇÕES NEGATIVAS DE VIAGEM ATINGIRAM
EM JULHO 2017
21,8%
EM JULHO 2016
21,9%
EM JULHO 2017
3,5%
EM JULHO 2016
2,9%
EM JULHO 2017
74,7%
EM JULHO 2016
75,2%
DE MEIOS DE HOSPEDAGEM E DE TRANSPORTE ESCOLHIDOS PELOS 21,8% DOS ENTREVISTADOS QUE PRETENDEM VIAJAR NOS PRÓXIMOS 6 MESES:
MEIOS DE HOSPEDAGEM
JULHO 2017
JULHO 2016
Hotéis e pousadas
49,5%
52,3%
Casas de parentes e/ou amigos
37,2%
38,6%
Outros
13,3%
9,1%
MEIOS DE TRANSPORTE
JULHO 2017
JULHO 2016
Avião
61,8%
63,1%
Automóvel
24,2%
27,3%
Ônibus
13,2%
8,0%
Outros
0,8%
1,6%
QUANTO AOS DESTINOS DESEJADOS PARA VISITAR PELOS 21,8% NOS PRÓXIMOS 6 MESES:
a trajetória recente da inflação já abriu as ECONOMIA AJUDANDO portas para mais quedas nas taxas de juros, Em meados de abril, o Fundo Monetário NORDESTE NORTE DESTINOS TURÍSTICOS JULHO EM JULHO 47,3 % a maior 78,4% 6,2% fator fundamental para aEMrecuperação das Internacional (FMI) ressaltou que NACIONAIS 2017 75,4% 2016 condições de consumo na segunda metade economia da América Latina parece ter de 2017”, aponta Juliana Serapio, assistente deixado para trás dois anos deSUDESTE recessão DESTINOS TURÍSTICOS EM JULHO EM JULHO 20,0% 23,9% INTERNACIONAIS 2017 2016 25,0% uma CENTRO-OESTE econômica da CNC. e iniciado (ainda que timidamente) AINDA NÃO DECIDIRAM O DESTINO (BRASIL OU EXTERIOR)
7,1%
EM JULHO
2017
0,7%
EM JULHO
2016
1,6%
recuperação, devendo apresentar resultados positivos já em 2017 e 2018 (0,2% e 1,7%, respectivamente). Isso graças às medidas anunciadas e já postas em prática pelo governo – cabe lembrar que em 2015 a queda do PIB foi de 3,8%, e em 2016, de 3,6%, ou seja, verificou-se uma sequência que correspondeu aos piores resultados de toda a série histórica iniciada em 1948. Um levantamento feito pela CNC com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego corrobora as boas perspectivas. Nos seis primeiros meses de 2017, o saldo entre admissões e desligamentos de trabalhadores no Brasil ficou positivo em 67.358 postos de trabalho. Este resultado apresenta uma recuperação em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo foi negativo (-513.057). Os números também confirmam a primeira geração líquida de vagas celetistas para este período desde 2014, quando 669.697 vagas foram criadas. Isso significa mais pessoas empregadas e com direito a férias.
SUL
14,4%
LANÇAMENTOS COBERTURA MÉDICA DE R$18 MIL REAIS
COBERTURA MÉDICA DE USD60 MIL
www.gtaassist.com.br
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Agências e Operadoras
NOVOS PRODUTOS PARA UM NOVO CONSUMIDOR Mesmo em crise, brasileiros não deixaram de viajar e o turismo doméstico foi escolhido como oção por mais de 80% das pessoas Lisia Minelli
A
pesar da lenta recuperação da economia brasileira, o setor de viagens parece dar sinais de retomada das vendas de pacotes turísticos, tanto para o nacional quanto para o internacional. Em 2016, as operadoras associadas à Braztoa faturaram R$ 11,3 bilhões, crescimento de 5% em relação ao ano anterior. Embora seja uma cifra abaixo da inflação, com o cenário de recessão e de câmbio instável, os resultados foram considerados positivos. O ano de 2016 foi marcado pela valorização do Real, aumento na taxa de desemprego e queda do produto interno bruto. Foi um ano desafiador, de crise e que impactou nos números do turismo no Brasil. Ainda assim, de acordo com Magda Nassar, presidente da Braztoa, os números foram uma grata surpresa. “De fato, num ano marcado pela crise lembrar que nossas operadoras, que são responsáveis por 90% dos pacotes comercializados no país, obtveram um resultado destes foi bastante animador”, adiantou. As operadoras embarcaram 5,12 milhões de passageiros durante o ano, um crescimento de 1%, sendo que 4,1 milhões foram para destinos dentro do Brasil. Esses indicadores refletem o período de crise e a alteração do padrão de consumo, que é pontuado por substituição de destinos, de produtos e serviços, e na duração das viagens. Essas mesmas empresas geraram um impacto econômico de R$ 10,6 bilhões para a economia nacional. O destaque de 2016 foi o turismo doméstico, responsável por 81,4% deste movimento. O Nordeste foi o preferido com 67% nas vendas lideradas por estados como Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco. Somente as viagens para destinos nacionais representaram um faturamento de R$ 7,04 bilhões. O internacional, por sua vez, teve uma queda de 22,05% nos embarques em relação ao ano anterior. O faturamento foi 3,9% menor, com R$ 3,96 bilhões. Para este ano, a Abav projeta uma alta de 8% a 14% nas vendas. Já a Braztoa espera um crescimento de dois dígitos. 28
ABAV 2017
Somente no primeiro trimestre, algumas operadoras já registram vendas entre 40 e 50% acima do mesmo período do ano passado. Levando em conta que no início de 2016 houve o incidente do IRRF, portanto, é normal que o crescimento agora pareça tão exagerado. Enquanto o aumento do ano passado se deva muito aos destinos nacionais, em 2017 há uma melhor recuperação do internacional. A CVC, por exemplo, registrou neste primeiro semestre do ano R$ 4,8 bilhões em reservas confirmadas, 12,8% maior que 2016. A operadora credita o bom desempenho às vendas do segmento de lazer, aumento do ticket médio corporativo (RexturAdvance) e ao início de recuperação na Submarino Viagens. O canal de agências de viagens independentes da operadora atingiu R$ 248 milhões em reservas confirmadas no último trimestre; e R$ 493 milhões no semestre. Crescimentos de 11,3 e 10,3%, respectivamente. Se consideradas apenas as reservas confirmadas da CVC e da Experimento, o valor no segundo trimestre foi de R$ 1,5 bilhão (+15,7%); e RexturAdvance e Submarino de R$ 823 milhões (+10,6%). DESAFIOS DO SETOR O Brasil é, sem dúvida, um dos países mais bonitos e cheios de potencial do mundo. Mas isso não reflete o número de turistas que anualmente visitam o país. Em 2016 foram pouco mais de 6 milhões de estrangeiros. Em relação à competitividade do turismo, o Brasil é o 28º lugar de um ranking de 147 países. Mesmo com a Copa do Mundo FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016 incentivando investimentos significativos em infraestrutura e comunicação, o país ainda deixa a desejar. As dificuldades devido ao ambiente de negócios restritivo do Brasil, à alta tributação e ao tempo necessário para obter-se uma autorização de construção. Além disso, a segurança continua sendo uma questão de preocupação, devido ao alto custo do crime e incidência de violência.
Agências e Operadoras
Perpectivas para 2017: um olhar otimista do setor Após um ano conturbado, com crise e impacto negativo no Turismo, as expectativas para 2017 são outras. Principalmente com as mudanças na economia e no mundo político. Espera-se que após as reformas do governo, a volta da confiança do empresário e do consumidor, o país possa entrar novamente na rota do crescimento. O número de feriados do ano também deve ajudar a alavancar os resultados do setor no doméstico. Segundo dados do Ministério do Turismo, os feriados devem movimentar cerca de R$ 21 milhões no Turismo, com mais de 10 milhões de viagens. Para o MTur, o saque das contas inativas do FGTS também devem ter algum impacto no setor gerando mais ou menos R$ 1,6 bilhão em recursos. Outros dois fatores que devem impulsionar o Turismo no Brasil é a taxa de câmbio, que ainda continua em um nível confortável e deve terminar 2017 na média de R$ 3,30 – deixando o país atrativo a turistas estrangeiros; e o pacote de medidas para incentivar a vinda de turistas estrangeiros ao Brasil, organizado pelo Ministério do Turismo. Entre as principais medidas discutidas estão a adoção do tax free, liberação de cassinos, abertura do mercado para companhias aéreas estrangeiras e concessão de parques nacionais à iniciativa privada. Segundo os dados da Organização Mundial do Turismo, o Brasil recebeu 6,3 milhões de turistas estrangeiros no ano passado. Mesmo entre os emergentes, o Brasil ainda não é um destino turístico popular. Estas medidas previstas pelo governo e um cenário mais favorável, no entanto, devem elevar a posição do país no setor de turismo.
Ambiente de negócios Recursos culturais e viagens de negócios
7
Segurança
6 5
Recursos naturais
Saúde e Higiêne
4 3
Infraestrutura de serviços turísticos
2
Recursos Humanos e |Mercado de Trabalho
1 0
Infraestruturas terrestres e portuárias
Tecnologia de Informação
Infraestrutura de transporte aéreo
Priorização de viagens e Turismo Abertura Internacional
Sustentabilidade Ambiental Competitividade dos preços
América Latina Brasil
Fonte: The Travel and Tourism Competitiveness Report 2015
Faturamento e passageiros transportados - 2016 TIPO/ANO
2012
2013
2014
2015
2016
Fonte: BRAZTOA, Projeto Datatur - edição 2017.
Participação no mercado por tipo de operação (%)
OPERAÇÃO/ANO
2014
EMBARQUES 2015
2016
2014
FATURAMENTO 2015
2016
Fonte: BRAZTOA, Projeto Datatur - edição 2017
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Agências e Operadoras
Quais desafios das operadoras para adequar os seus produtos ao novo perfil do consumidor? Luis Paulo Luppa
Presidente do Grupo Trend
No cenário atual, com o fácil acesso a tecnologia e informação, o turista tem se tornado cada vez mais exigente. Eles buscam roteiros personalizados, os melhores preços e experiências. Diante disso, nosso desafio é ir além de sermos meros vendedores e nos tornamos especialistas em vendas consultivas. Assim, todas as áreas da nossa empresa estão empenhadas em, diariamente, buscar inovações e desbravar mercados não explorados a fim de trazer serviços que agreguem valor ao nosso único canal de vendas, o agente de viagens. Para isso, antes de lançar qualquer produto ou serviço, nossa missão número um é ouvir o cliente, fornecedores e parceiros. Seja no Brasil ou no exterior, vamos in loco entender as necessidades do mercado atual para que possamos adaptar nossas soluções em benefício do setor: fornecedores, agentes e o passageiro final. Em tempos de economia tão instável, aqueles que estiverem preparados estarão em grande vantagem e ditarão as regras do mercado.
Diretor-Geral da Abreu Online
Diogo Julião
O Marketing relacional é o melhor mecanismo para conhecer o perfil do cliente. Nos dias de hoje, a tecnologia de dados é primordial nessa análise que visa potenciar as vendas dentro de um contexto global e econômico, otimizando a experiência do cliente. O perfil dos millennials, geração entre os 18 e pouco mais dos 30 anos de idade, têm bem definidas as suas prioridades na aquisição de viagens tanto pessoais como profissionais e fatores como o preço, experiências, personalização e tecnologia disponível são determinantes e estão na base da pesquisa que o millennial já efetuou quando adquiriu o seu produto de férias/viagem profissional. No caso do Brasil e da Abreu Online estamos bastante atentos às ligações aéreas que, normalmente, ditam as tendências de preferência por novos destinos e, obviamente, à volatilidade do mercado. Foi nesse sentido que reforçamos muito a nossa aposta nos destinos domésticos para onde o cliente brasileiro, por tradição, já viaja e que tendencialmente elege em tempos de crise ou de subida do dólar.
Adonai Arruda Filho
Presidente da BWT Operadora
Nós temos um consumidor cada vez mais exigente e ligado no que acontece no mundo, por isso a BWT procura estar sempre em processo constante de reciclagem, em busca de exclusividades, para que possamos conquistar diferentes perfis, com produtos cada vez mais segmentados e inovadores. O viajar hoje vai além do conhecer um novo destino, mas viver uma experiência. Por isso, desenvolvemos estratégias únicas para tornar nossas viagens em experiências únicas, diferenciadas. Um exemplo claro disso foi o lançamento do Expresso Classique, nova versão do trem de luxo noturno inspirados na década de 30, época de ouro das ferrovias brasileiras. Por outro lado, ao mesmo tempo em que estamos sempre em busca de novidades, estrategicamente levamos em conta a situação instável do nosso país e tentamos atender desde os turistas que compram com antecedência, facilitando o pagamento, como aqueles que decidem no último momento e não abrem mão de uma promoção. Para tanto, temos um departamento de vendas estrategicamente montado para disponibilizar pacotes condizentes com diferentes realidades.
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Carlos Eduardo Pereira
Diretor da Bancorbrás
O perfil do consumidor mudou. Ele está mais exigente, com uma expectativa elevada em relação aos serviços. Hoje, se interessa mais pela qualidade – do atendimento e do produto oferecido, por exemplo. A Operadora de Turismo Bancorbrás está atenta e acompanhando as constantes mudanças, e vem se reinventando para atendê-las. A personalização dos produtos foi uma das estratégias traçadas pela Operadora de Turismo Bancorbrás para agradar e fidelizar os clientes. Essa mudança no comportamento exige cada vez mais produtos customizados e destinos diferenciados. Pensando nisso, formatamos pacotes temáticos nacionais e internacionais; passeios para países mais próximos ao Brasil (baixo custo); tours para grupos específicos, como os da melhor idade e os adolescentes, por exemplo; e viagens voltadas às necessidades do mercado corporativo. Perseguir a inovação é um dos desafios das empresas. Almejando novas ideias, o conglomerado Bancorbrás formou um grupo com foco no desenvolvimento de produtos inéditos, a fim de atender às exigências dos segmentos em que atua.
Vice-presidente de Vendas, Produtos e Marketing da CVC
Valter Patriani
Sempre digo que mais importante do que conhecer um destino turístico, é entender de gente. Conhecer os desejos, as preferências e as preocupações dos consumidores é fundamental, pois não adianta querer vender um destino ou produto que está na moda, por exemplo, mas que não esteja na mente do consumidor. Um dos grandes diferenciais da CVC é se adaptar rapidamente ao mercado, aos desejos sinalizados pelos clientes e, principalmente, adaptar os produtos à capacidade de pagamento do consumidor. Os resultados positivos da companhia provam isso e o que fazemos, além de entender bem de gente, é adaptar as viagens ao tamanho do bolso do cliente e criar alternativas de financiamento ou roteiros que atendam a essas necessidades. Um dos exemplos mais recentes é a reformulação que fizemos da nossa programação para Europa, que é uma das regiões que estão com demanda em alta. Todo brasileiro sonha em conhecer a Europa e, por isso, relançamos a nossa programação de “Circuitos Europeus”, com roteiros feitos sob medida para brasileiros, com tudo que turista quer: comodidade, conforto, qualidade e com preços que cabem no orçamento. Não dá para esperar passar a tempestade, temos que saber navegar com vento, seja a favor ou contra.
Afonso Louro
Presidente da Visual Turismo
Já há algum tempo fizemos a adequação de nossos produtos ao novo perfil do consumidor, com a diminuição da permanência nos destinos e também já temos preços para todas as categorias de hotéis, desde econômicos até resorts. Para também fazer frente à concorrência das OTA’s, criamos no nosso portal para o agente de viagens pacotes dinâmicos, que podem ser vendidos avulsos ou em módulos, com os mais diversos serviços: somente a reserva do hotel, na categoria e pelo número de noites desejados; somente o bilhete aéreo e a hospedagem; com ou sem os traslados; somente os traslados; somente ingressos para parques ou, é claro, o pacote completo. Ampliamos também a oferta de diárias em hotéis fazenda e de lazer próximos das grandes capitais de nossas principais bases para os clientes que desejam fazer a viagem com próprio seu carro. Por outro lado, para atender a demanda do mercado que não é tão sensível à volatilidade da economia e ainda está fora do auto serviço online, investimos em linhas de produtos mais elaborados, com hotéis/pousadas de charme, de luxo e também produtos do segmento ecológico.
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Agências e Operadoras
Michael Barkoczy
Presidente da Flytour Viagens
O maior desafio das operadoras para se adequar à atualidade é saber inovar. A Flytour Viagens garante essa inovação com diversas ações – tanto para os agentes de viagens quanto para o consumidor final – e uma delas é a criação de produtos com custo benefício que atraiam os clientes, sempre com excelente atendimento e com a facilidade de estarem disponíveis em uma ferramenta tecnológica de alto nível que permita um fácil manuseio e rapidez nas reservas e na finalização da compra. O preço também é um grande diferencial, por isso estamos sempre em busca de formas de pagamento que caibam no bolso dos clientes mantendo sempre a alta qualidade dos produtos Flytour Viagens. Neste ano a operadora realiza novamente o Hiper Feirão de Viagens nas cidades de Santos e Campinas. São esperados mais de 60 fornecedores e cerca de 500 agentes de viagens; 80 mil visitantes e 14 mil vendas em seis dias de evento.
Miguel Andrade
Diretor da Transmundi Operadora
O momento difícil e complexo pelo qual passa o mundo e, em especial o Brasil, exige do trade turístico muita criatividade, muitos esforços e investimentos. Não podemos permitir que tão importante atividade perca seu papel no contexto mundial. Temos, portanto, diante de nós inúmeros desafios. Nos últimos 50 anos, o turismo transformou-se em uma das mais pujantes e promissoras atividades econômicas do mundo. Porém, nos últimos anos, a estagnação da economia, as disputas políticas e a corrupção, a violência e o terrorismo internacional geraram uma séria crise no setor turístico. Embora nosso setor seja bastante resistente, é preciso trabalhar mais, encontrar novos destinos que representem opções irresistíveis aos viajantes. Mas acima de tudo precisamos criar mercado, atingir um enorme contingente da população brasileira que mesmo durante a crise poderiam consumir produtos turísticos. É preciso compreender que nosso maior patrimônio são os viajantes e já não basta conquistá-los ou fidelizá-los, é preciso encantá-los! Devemos olhar a crise como um desafio a ser superado e que pode até mesmo trazer novas oportunidades.
João Ricardo Mendes
Fundador e CEO do Hotel Urbano
São muitos os desafios e eles começam por entender que a curva de exigência por inovação, excelência no serviço, busca por “facilidades” por partedos millennials é mais acentuada do que de qualquer geração anterior. Assim, o principal desafio é manter a curva de aprendizado e crescimento da empresa sempre acentuada, em sintonia com as demandas e exigências que estão por vir, o que dependendo da cultura e do engessamento/burocracia de certas empresas não é uma tarefa nada fácil. Uma das novidades do Hotel Urbano para este ano é a parceria com a Som Livre, para a realização do projeto “Viva Mais Música”, que deve levar músicos nacionais para realizarem apresentações fechadas nos principais resorts e hotéis de todo o país. Outra ação que deve ocorrer ao longo do ano é workshops pelas principais cidades do Brasil levando o tema tecnologia e ferramentas de marketing digital para hotelaria, que ajudam a aumentar as vendas e a taxa de ocupação dos hotéis. Hoje o Hotel urbano conta com uma base de 18 milhões de viajantes cadastrados.
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Agências e Operadoras
Ana Maria Berto
Diretora geral da Orinter
No caso da Orinter, por ser uma operadora que tem seu foco, somente para o agente de viagens, o maior desafio é prepara-lo através de capacitações e municia-los com ofertas e promoções para que ele possa concorrer com o mercado online. Outra preocupação da operadora e um constante desafio, também é colocar a disposição do agente uma linha de produtos para o consumidor mais exigente, que busca um serviço mais especializado e, para tanto, desenvolveu profissionais especialistas. Desta forma, pensamos que a operadora atinge tanto o consumidor que busca ofertas, quanto o passageiro que busca além de ofertas, serviços diferenciados.
Flavio Louro
Diretor da E-HTL
Precisamos adequar os produtos para diferentes níveis de consumidor, alinhando preço e forma de pagamento. O consumidor não deixou de viajar, apenas se adequou a nova realidade do país. Melhoramos nosso portal, trazendo mais informação ao cliente e novos produtos, destinos e alguns diferenciais. O consumidor está mais exigente, merecendo ser atendido com mais qualidade na prestação do serviço de uma viagem. Em linha com a maior exigência do consumidor, a E-HTL neste ano contratou novos profissionais com foco no atendimento. Outra novidade de 2017 é aceitação de pagamento via Hotel Card em seu sistema online, que facilita o controle das empresas sobre as despesas em hospedagens. Além de ampliação da parceria da empresa com a Accor que inclui agora 21 hotéis da marca íbis para sua base hoteleira. Em breve a operadora ainda apostará em novos produtos como locação, pacotes e circuitos.
Juarez Neto
Presidente do Grupo Ancoradouro
Oferecer produtos de qualidade, o melhor atendimento, preços acessíveis e financiamentos atrativos é uma busca incessante na Ancoradouro. Permanecemos atentos para adequar estas características ao mercado e, principalmente, a nossos únicos clientes: os agentes de viagens, público reconhecidamente exigente e que mantém este perfil. O mercado sofre com as crises econômicas desde 2014, portanto, o momento atual não se apresenta como novidade. Mesmo assim, vale destacar que o mercado de luxo, por exemplo, nunca esteve tão bem. Depois de ter investido no mercado de São Paulo, com novas instalações e mudanças na equipe em 2016, o Grupo Ancoradouro voltou sua atenção para o mercado do Rio de Janeiro. A ideia é expandir a atuação no estado e fazer novas contratações, ampliando a equipe, além de uma mudança de endereço para um espaço maior. Sobre a possibilidade de expansão em outras praças, a ideia não está descartada. Tanto que no início deste ano um espaço de coworking foi inaugurado na capital paulista, no edifício Itália, pensando nos agentes de viagens que atuam em casa ou não têm escritório próprio.
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Agências e Operadoras
Marcelo Bento Ribeiro
Diretor da Azul Viagens
Para nós da Azul Viagens ainda há muito que fazer. Mas entendemos os desafios e estamos nos preparando para superá-los. As operadoras passarão por grandes transformações certamente. Manter-se competitivo diante de um consumidor que vai rapidamente se adaptando às flutuações da economia e câmbio; ter agilidade e jogo de cintura para permanecer vivo num ambiente em que o consumidor tem infinitas escolhas de fornecedores online e se diferenciar nas ofertas que o cliente teria certa dificuldade de encontrar por si só. Criar produtos que atendam à multiplicidade de interesses dos clientes; entender e clusterizar tais temas; desenvolver serviços e fornecedores; encontrar o canal correto de comunicação com seu público alvo para divulgar sua oferta de modo assertivo. Prestar atenção no cliente e nos sites de avaliação de serviços que nos ensinaram muito sobre os diferentes olhares que os clientes podem ter sobre o mesmo serviço; aprender com esses comentários e adaptar a oferta são questões de sobrevivência. Os vendedores precisam realmente tornar-se consultores. Se o cliente achar que o vendedor sabe menos que ele vai embora. A pessoa de linha de frente precisa buscar conhecimento e informação sobre destinos e produtos turísticos, economizar tempo e dinheiro do cliente e ter um retorno para saber sobre suas impressões, o que é uma fonte incrível de informação fresca e verdadeira que não pode ser desperdiçada.
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Aviação
DECOLAGEM AUTORIZADA COM DESTINO À RECUPERAÇÃO Após mais de um ano de baixas consecutivas de oferta e demanda, aviação comercial brasileira volta a dar sinais de uma retomada
Pedro Menezes
C
redibilidade. Esta é a palavra que define o atual mercado brasileiro de aviação comercial. Nem mesmo a maior crise econômica e política da história pela qual o Brasil passa foi responsável por abalar os grandes investidores e empresários desta indústria magnífica e milionária. Apesar dos meses consecutivos de queda de demanda e oferta de voos, divulgados rigorosamente pela Associação das Empresas Aéreas Brasileiras (Abear), as quatro principais companhias aéreas nacionais se desdobraram e passaram a investir em estratégias para fidelizar o consumidor. Como dizem os executivos de nossas transportadoras, mesmo com a crise, os brasileiros não vão parar de viajar. O mais interessante destes dois últimos anos é que, apesar de todos os problemas, as companhias decidiram acreditar. Houve corte de voos? Sim. Prejuízos operacionais consecutivos? Também. Foi feito remanejamento da frota para uma melhor adequação à demanda? Quase que mensalmente. Mas houve também um investimento significativo em produto, atendimento e serviços. Todas as quatro grandes transportadoras nacionais (Azul, Avianca, Gol e Latam Brasil), apesar das dificuldades enfrentadas, conseguiram levar ao consumidor um produto de qualidade com preços acessíveis. A Azul, por exemplo, traz cada vez mais novas aeronaves e não para de lançar novos voos para aeroportos considerados regionais, como a nova rota entre Cabo Frio e Buenos Aires, por exemplo, e para destinos considerados queridinhos do brasileiro no exterior. É isso mesmo, a Azul agora é mais uma a tentar fatiar o marketshare internacional das companhias brasileiras, até então totalmente dominado pela Latam Brasil. A Avianca é outra que não para de investir: são as aeronaves com a menor idade média do mercado, é pioneira na conexão Wi-Fi a bordo e mergulhou de vez no mercado internacional com quatro novas operações: Miami, Santiago, Bogotá e Nova York. Já a Gol passa por toda uma repaginação nos últimos anos. São melhorias atrás de melhorias, que renderam até uma nova campanha: “Nova gol, novos tempos no ar”. Também, não é para menos. A companhia trouxe novos bancos de couro às aeronaves, conta hoje Wi-Fi a bordo, sistema de entretenimento, o maior espaçamento entre as poltronas, novo serviço de venda a bordo, 38
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é considerada a empresa mais pontual do Brasil (tanto em 2016, como no 1° semestre de 2017, de acordo com a OAG), conta com uma malha reformulada e consistente, tem o menor índice de danos em bagagens e ainda reformulou seu programa de milhas. Por último, mas não menos importante, a Latam Brasil que logo de cara tem o orgulho de apresentar o Mercado Latam. Nada mais nada menos que 52 produtos e alternativas para os mais variados gostos e preferências dos passageiros a bordo de suas aeronaves. De acordo com a própria companhia, o cardápio traz produtos tipicamente nacionais, como o brigadeiro, o bolo de banana, entre outras opções. A oferta de comida fresca também é ampla: sanduíches, wraps, saladas e diversas alternativas para o café da manhã, bebidas quentes e frias, snacks salgados e doces, menu para crianças, vegetarianos, veganos, comida kosher, opções para celíacos e pessoas com intolerância à lactose, além de um bar com espumante, vinhos e cervejas, entre outros. Este serviço substitui a distribuição de bebidas e lanches a bordo, uma tendência que deve mudar por completo nos próximos anos. Em paralelo, a Latam continuou focada em inovações que gerem a satisfação e a comodidade ao cliente, como o Latam Entertainment, o sistema de entretenimento de bordo sem fio, totalmente gratuito desenvolvido para dispositivos móveis pessoais, realizou investimentos em tecnologia e multicanais de vendas que possibilitaram aos clientes adquirir passagens e acessar os serviços em diferentes plataformas, criou o Latam Fidelidade e lançou seu novo cardápio gastronômico e a carta de vinhos oferecidos aos passageiros nas classes Premium Business e Premium Economy em rotas internacionais. Todas estas melhorias das quatro grandes companhias brasileiras aconteceram de um ano para cá. Ou seja, mesmo em meio a crise o passageiro que utilizou os serviços destas quatro transportadoras não pôde negar que, apesar de tudo, sua experiência foi aprimorada. Este é o trabalho de centenas de milhares de pessoas que querem fazer da aviação comercial brasileira um exemplo internacional. E podemos dizer que até já somos, sabia? Três das quatro maiores companhias nacionais figuram no TOP 100 da Skytrax, que elege as melhores transportadoras em todo o mundo anualmente.
Aviação
Primeiro semestre: números ainda tímidos Agora vamos falar de números, aqueles que justificam os investimentos, que trazem boas notícias (ou más) e que todo o investidor adora (ou por vezes odeia!). Até o mês de fevereiro deste ano, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) lamentava quedas consecutivas de demanda e oferta. Foram exatos 19 meses de perda de passageiros e assentos em sequência, o que acabou ligando o sinal amarelo e vermelho ao mesmo tempo para o setor. Nem mesmo os Jogos Olímpicos e Paralímpícos conseguiram amenizar a situação das principais transportadoras nacionais que, apesar de todos os imbróglios, seguiram firmes e fortes no mercado. O próprio presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, cansou de lamentar os resultados. Em valores absolutos, o número chegou ao menor nível para o mês de fevereiro desde 2011, e a aviação comercial brasileira perdeu 7 milhões de passageiros em 2016, de acordo com os números divulgados pela própria Abear. De janeiro a dezembro do ano passado, a aviação doméstica nacional registrou retração de demanda de 5,47% e diminuição de 5,74% da oferta. Ao todo, foram 87,6 milhões de passageiros transportados em 2016, bem abaixo dos 94,7 milhões que foram registrados em 2015. Parece que aquele mês de fevereiro encerrou a onda de más notícias para aviação e levou a tempestade embora, após 19 meses de maus resultados. Isto porque a Abear, no
PARTICIPAÇÃO NA OFERTA - VOOS DOMÉSTICOS - 2015 - (ASK %) 1%
PARTICIPAÇÃO NA OFERTA - VOOS DOMÉSTICOS - 2016 - (ASK %) 1%
9%
17%
36%
11%
17%
34%
37%
37%
PARTICIPAÇÃO NA DEMANDA VOOS DOMÉSTICOS- 2016 - (RPK %)
PARTICIPAÇÃO NA DEMANDA VOOS DOMÉSTICOS - 2015 - (RPK %) 1%
1%
9%
11%
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17%
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36%
Avianca
Azul / Trip
GOL
LATAM
Outras
Fonte: Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Demanda e Oferta do Transporte Aéreo , disponível em: www.anac.gov.br/assuntos/dados-e-estatisticas/demanda-e-oferta-do-transporte-aereo
O mercado doméstico em 2016
3º
96
milhões de passageiros transportados
maior mercado doméstico em números absolutos
106
aeroportos atendidos por voos regulares
0,47
passageiro transportado por habitante – pouco acima da média dos 20 maiores mercados domésticos, de 0,42
Combustível de aviação: o principal entrave
40%
mais caro que a média internacional
26%
dos gastos das companhias aéreas
ABAV 2017
39
Aviação último mês de junho, comemorava o quarto mês consecutivo de alta, após o ápice da crise econômica no Brasil. Na época, Eduardo Sanovicz manteve os pés no chão ao afirmar que para o restante do ano o saldo não seria muito mais positivo do que a média registrada nos últimos meses. “As expectativas são de que o ano tenha um saldo positivo, porém nenhum espetáculo. As variações positivas ainda são muito pequenas e as empresas brasileiras apenas estão colocando ofertas novas que estão tendo respostas positivas do público”, comentou. Ainda com relação ao mercado brasileiro de aviação comercial, uma coisa é certa: o preço dos bilhetes aéreos não para de cair. Segundo o levantamento da Abear de 2002 a 2016 o preço médio das passagens domésticas vendidas no Brasil recuou quase 50%. Isto fez o Brasil figurar na 48ª colocação da média dos preços de viagens domésticas (realizados pelas aéreas brasileiras) e internacionais (realizadas por aéreas brasileiras e estrangeiras). Em meio a este panorama considerado animador, as quatro grandes companhias brasileiras seguem uma nova tendência de mercado em aliar o aprimoramento da experiência do passageiro com a promessa de bilhetes aéreos com preços cada vez menores. As novas regras da Anac, o investimento em tecnologia, infraestrutura e atendimento e a exigência cada vez maior do consumidor final são os grandes responsáveis por esses novos ares na aviação nacional. INTERNACIONAL O remanejamento de frota, a redução da oferta e o corte de voos de companhias internacionais ao Brasil foram impreterivelmente impossíveis de não serem realizados nos últimos dois anos. A crise econômica e política do país, aliada a enorme variação do dólar norte-americano, foi a grande responsável pelo momento extremamente tímido que os brasileiros passaram de 2015 para cá. Para especialistas e empresários, o pior já passou. Tanto é que a oferta de assentos para outros países e a procura dos brasileiros por viagens internacionais voltaram a crescer. Não só as companhias brasileiras passaram a apostar na ligação Brasil ao exterior, como as internacionais que aqui atuam voltaram a apostar suas fichas nesta demanda ávida por consumo e descobertas. Isto porque o mercado brasileiro é considerado essencial. Somos um país continental dentro de um continente que responderá cada vez mais por mais demanda nos próximos anos. Um continente em desenvolvimento é sempre repleto de oportunidades (e as companhias sabem disso). Mesmo nos momentos mais difíceis da crise econômica e política brasileira, as grandes transportadoras seguiram apostando suas fichas e mantiveram suas operações 40
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regulares. Algumas sofreram com as baixas taxas de ocupação, mas nada melhor do que dar um passo atrás para depois dar dois à frente. Em 2015/16, o M&E trouxe dezenas de notícias que envolviam o cancelamento de rotas, a redução de ofertas e o adeus de certas companhias, como é o caso da Korean Air e da Etihad Airways. A tempestade causada pela má administração do país custou caro as companhias internacionais, mas parece que (mais uma vez) valeu a pena. O dólar norte-americano estabilizou, a crise dá sinais de recuperação e os brasileiros voltaram a viajar. Quem prova e comprova isso são as pró-
prias companhias aéreas internacionais, que voltaram a aumentar o número de voos e assentos entre Brasil, Europa e América do Norte. Só neste ano tivemos aumento de oferta das seguintes companhias: Air Europa, American Airlines, Delta Air Lines, United Airlines, British Airways, TAP, Air France, KLM, Air Canada, Lufthansa, Condor, TAAG, Air China, Emirates, Alitalia, entre outras, o que mostra o enorme potencial que precisa de fato ser explorado por aqui. Mudanças de aeronaves, que trazem mais assentos, aumento de frequência semanal e a chegada em novos destinos são divulgados pelo M&E praticamente toda semana. Para quem está de fora, o Brasil acaba sendo outro país.
PREVISÕES DA DEMANDA DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS EM VOOS DOMÉSTICOS E INTERNACIONAIS (PASSAGEIROS EMBARCADOS) 170.000.000 164.992.846 160.000.000 153.274.053 150.000.000 145.324.176 142.388.926 140.000.000
137.858.819 132.278.060
130.777.063
130.000.000
127.835.215 122.863.652
124.059.194
123.857.023 120.002.821
120.000.000 117.707.976
113.993.482
112.713.807
111.885.992 110.000.000
116.268.740
109.797.197
100.000.000 2017
Cenário otimista
2018
Cenário mais provável
2019
2020
2021
2022
Cenário pessimista Fonte: Elaboração própria ABEAR.
A democratização das viagens de avião no Brasil Um efeito do aumento da renda no Brasil e de passagens mais baratas 800
Salário mínimo (em R$, valores nominais à época) 724
107%
700
678 622
600
545 510
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380
400 350 300 200 100 0 2006 Fonte: IPEA *Primeiro trimestre
2007
2008
2009
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Aviação
O que esperar da aviação após uma das maiores crises econômicas da história? John Rodgerson
Presidente da Azul Linhas Aéreas
Vivemos hoje um cenário bem melhor do que o do ano passado. A crise brasileira ainda não passou, mas estabilizou, e a Azul já está entregando bons resultados para o mercado. Somos capazes de fazer mais, se tivermos um mercado forte no Brasil. O segredo da Azul para avançar não é custo, mas a eficiência e a paixão pelo cliente. Nossa missão é servir pessoas, e aí está o diferencial da companhia. Quando alguém viaja conosco, se torna cliente, pois temos um produto diferenciado, um atendimento mais personalizado para oferecer, capaz de fidelizar quem voa Azul. Além disso, um dos pilares de nossa companhia é o investimento na aviação regional. Somos responsáveis por criar um novo mercado que estava adormecido. Criamos uma ponte aérea entre o interior e o resto do país, voamos para pequenas cidades para alimentar as rotas de maior curso e vamos continuar com essa estratégia. Temos o objetivo de atuar em cinco a dez novas cidades a cada ano. Vamos também realizar uma grande transformação da frota nos próximos cinco anos. Já estamos recebendo os Airbus A320neo e, em breve, os novos Embraer E2. Isso vai nos ajudar a ser mais eficientes e mais rentáveis. Com essa tecnologia, que queima menos combustível, poderemos oferecer mais assentos e, dependendo do mercado, da demanda e da gestão de preços por voo, conseguiremos baixar a tarifa em muitos mercados. Vice-presidente de vendas e marketing da GOL
Eduardo Bernardes
O setor aéreo está em constante movimento e os consumidores estão cada vez mais exigentes, conectados e envolvidos com diferentes marcas e experiências. A evolução da companhia aérea nesse processo é fundamental para acompanhar a atualidade e fazer isso de uma maneira mais eficaz se torna uma grande vantagem competitiva. E esse processo de mudança já está na história da Gol. Faz parte da nossa marca evoluir, criar, questionar e mudar. Quando consideramos os atuais investimentos, estamos pensando também em valorizar o tempo dos nossos clientes da melhor maneira possível. A Gol tem um importante papel na democratização do transporte aéreo no Brasil, contribuindo para que cerca de 17 milhões de pessoas voassem pela primeira vez, tornando-se a maior companhia aérea de baixo custo e melhor tarifa da América Latina. Já foram mais de 330 milhões de clientes transportados e 3 milhões de operações realizadas desde a sua fundação e, hoje, a Gol é a aérea que mais transporta pessoas no país. Com o lançamento da campanha “Nova Gol. Novos tempos no ar”, convidamos todos os brasileiros a conhecerem os novos produtos e serviços da companhia. Hoje, inteligência não é apenas ter mais tempo na vida, mas ter mais vida no tempo que se tem. A nova campanha reflete isso e mostra em diferentes momentos e situações tudo o que tem sido feito pela empresa nesse sentido: wi-fi a bordo, bancos de couro, mais espaço entre as poltronas e melhorias no serviço de bordo são alguns exemplos de melhorias que refletem esta nova Gol.
Tarcísio Gargioni
Vice-presidente de Marketing, Vendas e Cargas da Avianca Brasil
As recentes mudanças da portaria 400, da Anac trouxeram inúmeros benefícios ao mercado, favorecento o passageiro também com medidas que garantem a ele maiores direitos na relação com as empresas aéreas. A questão, é que se focou muito na questão apenas da cobrança de bagagem, medida que a Avianca Brasil ainda não adotou e ainda não se decidiu quando vai implementar. Mas, independente destes fatores, creio que o setor da aviação no Brasil ainda terá um crescimento tímido neste ano. Algumas questões como a abertura de capital estrangeiro para a aviação comercial têm sido defendidas, mas mesmo que venham a ser adotadas, não creio que irão mudar o panorama atual. Pode, sim, facilitar a entrada de capital. Isso é benéfico para o setor. Para a Avianca, a estratégia é de um crescimento sólido, com um planejamento estratégico e que, ao longo deste ano, teve como foco a abertura dos voos internacionais, como Miami, Santiago e, em dezembro, Nova York. Para isso, ampliamos a frota e incorporamos quatro equipamentos Airbus A330. O nosso diferencial para manter o padrão de competitividade de mercado se baseia na qualidade dos equipamentos e serviços, na frota mais nova da América do Sul e, na expansão e consolidação de destinos nacionais, como por exemplo, Belo Horizonte e Salvador. 42
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Aviação
Jerome Cadier
CEO da LATAM Airlines Brasil
A aviação brasileira tem sido fortemente impactada pelo contexto econômico do país e vem sofrendo com a redução da demanda por passagens aéreas, provocada pela queda do crescimento econômico. Além disso, entraves estruturais barram a sua competitividade. Embora o país já apresente os primeiros sinais de recuperação, no setor aéreo ainda não vislumbramos um aquecimento da demanda em 2017. Mas a LATAM segue confiante na retomada do crescimento, por isso a estratégia da companhia é manter e fortalecer sua estrutura de operação e seus diferenciais, para que a empresa esteja preparada para a volta do ciclo positivo. Assim, a LATAM tem avançado cada vez mais em um de seus grandes diferenciais, que é oferecer ao passageiro a maior e a melhor conectividade dentro do Brasil e do Brasil para o mundo. Dentro dessa perspectiva, nos últimos seis meses, mesmo em meio ao contexto econômico desafiador do Brasil, a empresa seguiu ampliando sua malha e lançou, em média, um novo voo por mês para destinos domésticos ou internacionais. Em relação à experiência do cliente, seguindo as tendências da aviação em todo o mundo, a empresa anunciou, em novembro de 2016, uma nova forma de viajar no mercado doméstico, que permite ao passageiro escolher como voar, pagando apenas pelos serviços que realmente deseja adquirir. Dentro dessa plataforma, em 13 de junho, foi lançado, para o público brasileiro, o Mercado LATAM, um novo serviço de vendas a bordo e, em 24 de junho, a empresa iniciou a venda de bilhetes com os novos perfis de tarifa, que oferecem alternativas diferenciadas. Os grandes desafios que têm se imposto à empresa, assim como a todo o setor, não podem obscurecer a visão de longo prazo. O Brasil tem um enorme potencial, e a aviação é estratégica para o crescimento, auxiliando na promoção de negócios, no turismo e gerando empregos.
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A modernização da legislação aeroportuária do Brasil pode trazer vantagens às transportadoras internacionais? Gonzalo Alejandro Romero
Gerente-geral da Aerolíneas Argentinas para o Brasil
Apesar da queda do mercado de viagens internacionais no Brasil, que nos anos de 2015/2016 foi significativo, aqui nas Aerolíneas Argentinas conseguimos manter a nossa malha de voos fazendo remanejamentos de algumas rotas do Brasil sem afetar a nossa oferta semanal de assentos. Com planejamento de nossa malha de voos sem afetar a oferta, somado ao crescimento do tráfego argentino para o Brasil, conseguimos manter um bom nível de load factor e de rentabilidade. Sempre tendo em consideração o tamanho do mercado emissor do Brasil, focamos nos esforços em fazer o remanejamento de nossa malha sem afetar a oferta geral de assentos e confiando em uma rápida recuperação. E sem dúvida os níveis recordes de ocupação e de passageiros transportados demonstram o nosso compromisso com o Brasil. Com relação a modernização da legislação aeroportuária do Brasil, sem dúvida ela gerará um maior fluxo de voos e novas companhias querendo operar no país. A infraestrutura aeroportuária é uma questão sumamente importante em conjunto com a questão tributária como o ICMS sobre o combustível. O nosso plano para o Brasil está focado em manter a malha atual, manter os índices de pontualidade, melhorar cada vez mais a experiência de viagens de nossos passageiros e aumentar ainda mais a fidelidade dos passageiros de negócios. Queremos ser protagonistas do mercado de aviação internacional do Brasil em 2018.
Enrique Martin-Ambrosio
Diretor-geral Brasil e de Expansão América Latina da Air Europa
É sabido que o Brasil é um país muito desafiador para diferentes segmentos econômicos e empresas de variados portes. De nossa parte, é importante dizer que, durante essa crise, conseguimos enxergar a força da economia nacional, o que nos fez acreditar ainda mais no seu potencial. O viajante brasileiro tem buscado cada vez mais destinos internacionais, sobretudo, na Europa. Os números que atingimos no primeiro semestre corroboram a importância do mercado nacional para o desenvolvimento da companhia no país: entre os meses de janeiro e junho, 134.704 mil passageiros foram transportados nos voos operados a partir do Brasil, número que é 9,61% maior que o registrado no mesmo período de 2016. Agora que as perspectivas são mais positivas, temos a vantagem de já estarmos preparados. Conhecendo o potencial do nordeste do país indo para a Europa, além de sabermos também da importância do Rio para essas conexões a partir do nosso hub em Madri, estamos investindo para ampliar nossa operação. Teremosum voo em Recife em dezembro e há grande possibilidade de iniciarmos Rio de Janeiro em 2018, passando pela Argentina (RJ-Puerto Iguazu-Madri). Temos estudado outros destinos , como Fortaleza, Natal e Manaus. É possível que tenhamos um quinto destino até 2020. Também entregaremos ao mercado brasileiro o Boeing 787 Dreamliner, que incorporará a renovação da nossa frota mundial, com 22 aeronaves até 2022.
Fábio Camargo
Diretor da Delta Air Lines para o Brasil
O Brasil é um dos pilares de crescimento para a Delta na América Latina. Há sólidos indicadores de melhoria na economia do Brasil, o que provavelmente resultará em um tráfego maior no país a partir dos EUA. Mesmo nesse ambiente desafiador, a Delta realiza investimentos no Brasil, como o voo sazonal conectando o Rio de Janeiro a Nova York e a inclusão da aeronave A330 na rota entre São Paulo e JFK. Com a retomada da economia, a Delta espera continuar seu crescimento no mercado brasileiro em conjunto com nossa parceira Gol. Nossa aliança faz parte do compromisso de construir uma sólida presença regional. Temos investindo de maneira contínua na experiência ao cliente, com tecnologias como rastreamento de bagagens por RFID e nosso aplicativo FlyDelta, e estamos entregando à frente de altas metas de confiabilidade operacional. Esperamos agora que a demanda aumente conforme a economia do Brasil continua melhorando. É encorajador observar indicadores evidentes da recuperação do Brasil e ter as contribuições do mercado destacadas pela liderança da retomada na região. O ambiente macroeconômico no Brasil permanece frágil, mas há sinais de recuperação. Para os próximos cinco anos, seremos importantes participações nas comunidades onde servimos e continuaremos a adaptar os nossos produtos e serviços às necessidades e expectativas dos nossos clientes em toda a região, além de continuarmos a apresentar crescimento em nossa rede. ABAV 2017
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Mario Carvalho
Diretor geral da TAP no Brasil
O Brasil é um mercado prioritário para a TAP, a companhia investe aqui há mais de 50 anos de forma ininterrupta e com a maior malha aérea entre as empresas internacionais. A TAP possui ligação direta do Brasil com a Europa a partir de 10 cidades brasileiras de Norte a Sul, e acreditamos que o cliente reconhece a TAP pela proximidade, pela variedade e pelo excelente serviço. Isso tem se traduzido em voos com alta taxa de ocupação. Em julho o Brasil registrou um expressivo load factor, com 91,2% de ocupação dos voos, um aumento de 4,6 pontos percentuais face a julho de 2016. Então sim, nós acreditamos que o fato de a TAP ter vindo a investir no Brasil por todos esses mais de 50 anos, em época de crise ou de melhoria do poder de compra da população, estreita a relação da companhia com o seu público e, com certeza, pesa na escolha dos clientes na hora de fechar uma viagem para a Europa. Queremos que os passageiros tenham a certeza de que a TAP é a melhor companhia para levá-los para a Europa em todos os momentos de sua vida. Esse ano a TAP iniciou um importante processo de modernização de sua frota e de melhoria contínua no atendimento aos seus clientes. Isso já tem se traduzido em viagens cada vez mais confortáveis para seus clientes e, em 2018, será ampliado ainda mais com a introdução de novas aeronaves Airbus. A TAP será a primeira companhia em nível mundial a oferecer voos com os novos aviões Airbus A330 Neo, e esses aviões, com certeza, também atenderão aos passageiros nos voos para o Brasil.
Jean-Marc Pouchol
Diretor geral Air France KLM para a América do Sul
O Brasil é um mercado prioritário para o Grupo Air France-KLM, com perfil de viajantes diverso - tanto a lazer, quanto a negócios. Nos últimos anos, tivemos um cenário bastante desafiador na indústria da aviação, em que foi necessário adaptar a nossa oferta para que estivesse alinhada à demanda da época. No entanto, já vemos em 2017 sinais de recuperação no turismo e na aviação, especialmente para a Air France e para a KLM. Os brasileiros estão voltando a viajar de férias, assim como a trabalho, pois esse movimento de retomada também é perceptível entre os clientes corporativos. E junto ao momento de recuperação, o nosso grupo Air France-KLM planeja continuar investindo no Brasil, para oferecer mais opções aos nossos clientes. Principalmente com a abertura de uma nova rota entre o Nordeste e a Europa e com as aeronaves e os assentos mais modernos do mercado disponíveis aos brasileiros. Também seguiremos fortalecendo a parceria com a Gol, que completou 3 anos e já transportou mais de 500 mil passageiros. Os benefícios da parceria já são nítidos para os clientes e queremos aprimorar. Já operamos no mesmo terminal no Rio de Janeiro e a nossa nova rota entre o Nordeste e a Europa será concebida em total cooperação com a Gol, a fim de oferecer uma experiência facilitada aos passageiros em conexão.
Dilson Verçosa Jr.
Diretor regional de Vendas da American Airlines
O Brasil teve dois anos difíceis, o que também afetou a indústria da aviação. No entanto, operamos aqui há 27 anos e continuamos fortemente comprometidos com o país, que continua sendo um dos nossos principais mercados internacionais. Somos a maior operadora entre o Brasil e os EUA, atendendo cinco destinos (Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo) e operando mais de 70 frequências semanais. A partir de dezembro, voltaremos a aumentar nossa oferta de voos com a retomada do Rio de Janeiro (GIG) - Dallas / Fort Worth (DFW), que funcionará durante a alta temporada. Esses investimentos demonstram uma recuperação consistente da economia, o que, por sua vez, aumentará a demanda de passageiros com origem e destino aos EUA. Continuamos investindo em nosso produto. A maior parte da frota utilizada no Brasil é composta por aeronaves novas, com um interior moderno e as melhores opções de entretenimento e serviço de bordo. E vamos continuar investindo, com mais Wi-Fi internacional e uma ótima experiência nos aeroportos. Futuramente, vamos operar o Boeing 787-9, o mais moderno da nossa frota, na frota São Paulo–Los Angeles. Além disso, a American também investiu na mais ampla reforma de lounges de sua história, com a recente abertura de seus novos Admirals Club Lounge nos Aeroportos Internacionais de São Paulo/Guarulhos e no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão.
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Emerson Sanglard
Gerente-geral da Copa para o Brasil
O Brasil é um mercado extremamente importante para a Copa Airlines, onde operamos voos saindo de sete cidades rumo ao Panamá. Estamos gradativamente agregando novas frequências de voos em destinos onde já operamos como forma de agradecer aos passageiros a confiança depositada na Copa Airlines. Atualmente, o Brasil é o nosso segundo maior mercado em vendas e operações. O que ganhamos é a satisfação e a confiança de nossos passageiros e a certeza de que estamos no caminho certo. Somos a segunda companhia mais pontual do mundo e, no Brasil, a Copa Airlines já é atualmente a segunda maior companhia aérea internacional em operação com voos entre o continente americano, motivo de orgulho para todos nós. São quase 90 voos semanais ligando o Brasil e as Américas. A Copa Airlines acompanha de perto as mudanças na legislação e se adapta para atender seus clientes com o melhor serviço das Américas. Os novos processos de privatização e modernização dos aeroportos brasileiros têm um forte potencial de geração de novos negócios, rotas e novas operações no futuro, que irão beneficiar a economia e ampliar a integração entre as diversas regiões do país e com o mundo. Seguiremos avaliando atentamente novas oportunidades no mercado brasileiro e certamente teremos novos destinos nos próximos cinco anos. Recentemente, a Companhia adquiriu 71 modernas aeronaves Boeing 737-800 Max com o objetivo de agregar novos destinos ao nosso mapa de rotas, somar novas frequências de voos e promover a renovação de frota.
Carlos Antunes
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Country Sales Manager da Alitalia
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O Brasil é um mercado estratégico para a Alitalia e único no mundo, graças à enorme comunidade italiana. Tanto assim, que estamos investindo em um aumento da oferta a partir de outubro. Serão quatro novas frequências a partir do Rio de Janeiro, tornando o voo diário novamente, Rio de Janeiro-Roma. E de São Paulo, passaremos de diário para dez voos por semana entre São Paulo e Roma. Mesmo com toda a crise vivida, estamos falando de um gigante da economia mundial, o Brasil está entre os dez maiores do mundo. Várias empresas deixaram de voar para o Brasil nesta crise, um em cada quatro voos foi cancelado, se olharmos a retração da indústria da aviação globalmente. E agora há sinais de crescimento, e oportunidade para quem tiver oferta. No Rio de Janeiro, as novas frequências representam um aumento de capacidade de 104%, em São Paulo são 43%. No Brasil, de um modo geral, estamos ampliando a oferta em 85%. Estamos voltando ao oferecido em março do ano passado, mas com um crescimento real de 21,4%.
Tom Maes
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Diretor sênior do Grupo Luftthansa para a América do Sul
O Brasil é mercado chave para o Grupo Lufthansa na América Latina e os seguintes dados confirmam isso: o Brasil, segundo a Iata, deve se tornar o décimo maior mercado para viagens internacionais em 2025. As viagens domésticas e internacionais per capita são de 0,52, ainda baixo se comparado com Chile (1,15) e Estados Unidos (2,87). Se o Brasil atingir o nível do Chile serão 80 milhões a mais de passageiros. Se atingir o nível dos EUA, será algo em torno de 200 milhões a mais de passageiros. O Grupo Lufthansa reduziu a capacidade em 2016, mas agora está vendo um crescimento significativo da demanda novamente. E isso influenciou as seguintes decisões: dar um upgrade na rota São Paulo-Zurique, trocando o A340 pelo Boeing 777 (121 assentos a mais, 340 lugares ao todo ao invés de 219). Voos diários do Rio de Janeiro para Frankfurt, no ano passado eram cinco voos por semana. Embora a gente esteja vendo o crescimento do mercado, é ainda uma questão o quão sustentável este aumento da demanda será. Um marco importante vai ser a eleição do ano que vem. Este momento vai influenciar o posicionamento do Grupo Lufthansa na América do Sul para os próximos cinco anos.
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O Disney’s Animal Kingdom oferece um dia repleto de novas experiências
Nós criamos férias. É o que fazemos. É por isso que, ano após ano, as famílias vêm para Kissimmee para criarem memórias para uma vida inteira. Desde aventuras nos nossos parques temáticos mundialmente famosos, a exploração das maravilhas naturais da Flórida vistas de um balão. Aqui as possibilidades são infinitas. Descubra tudo no ABAV 2017 50 EXPERIENCEKISSIMMEE.COM/BR
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Uma viagem no tempo em Kissimmee Uma viagem no tempo em Kissimmee O entretenimento e a diversão em Kissimmee não ficam só nos parques temáticos da região. De momentos mais calmos e nostálgicos, aos mais aventureiros, Kissimmee oferece opções para todas as idades, dia e noite. Celebration, localizada em Kissimmee, é conhecida por unir a fantasia e a realidade de uma maneira única. É um lugar onde as crianças podem brincar pelas ruas e fazer diferentes aulas com divertidos personagens, como uma princesa ou um boneco de neve. Os visitantes ficam encantados pelo charme de cidade pequena, com uma atmosfera acolhedora.
Um tour de bicicleta é a maneira ideal para explorar a região. A Celebration Bike Rentals leva os visitantes para descobrir o lado pitoresco da cidade, sua arquitetura, vegetação nativa, calçadões e outros cenários. Também é possível fazer uma viagem no tempo na Old Town Kissimmee, uma recriação da Flórida na virada do século, com elementos históricos, ruas arborizadas e mais de 50 lojas, restaurantes, bares e entretenimento para toda família. Um dos destaques é a roda gigante, que tem uma vista para toda a Old Town. Já no Saturday Nite Cruise, os visitantes podem admirar os carros das décadas de 60 e 70, em um desfile que ocupa as ruas. Para os mais aventureiros, o Old Town Slingshot éuma das atralções mais procuradas e o Fun Spot Skycoaster tem uma queda livre de 90 metros. Para encerrar o dia, o Market Street Café oferece deliciosos milkshakes
e comida caseira em frente ao lago de Celebration. Para os fãs de doce, o Kilwin’s tem fudges de chocolates, sobremesas de amendoim e caramelo, já o Le Macaron tem os famosos macaroons coloridos e sorvetes para todos os gostos. Com mais de 50 mil acomodações,
que vão de resort de luxo, cadeia de hotéis populares, a casas de temporada, Kissimmee tem hospedagem de todos os estilos. A cidade tem fácil acesso para os famosos parques temáticos da Flórida Central, atrações ao ar livre, shoppings e outras experiências únicas. Comece a planejar a sua viagem em www.experiencekissimmee.com/br. ABAV 2017
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Assistência ao Viajante
CONSCIENTIZAÇÃO, O MAIOR DESAFIO DAS SEGURADORAS Sob novas regras, capacitação dos profissionais que vendem o produto se tornou essencial Leonardo Neves
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esde março do ano passado, quando as então assistências de viagens foram convertidas efetivamente em seguros, passando a cobrir obrigatoriamente tratamentos médicos, odontológicos e hospitalares para os turistas que vão ao exterior, que as principais empresas do setor têm se espelhado na nova resolução para captar os clientes ainda céticos em relação a contratação de uma cobertura. Com base, tanto na recuperação da economia do Brasil, que ganhou maior estabilidade em 2017 - fazendo com que aumentasse o número de viagens para o exterior -, as seguradoras têm notado um avanço nas vendas, porém ainda aquém do potencial, uma vez que apenas três a cada dez viajantes brasileiros para o exterior adquirem o produto. Por isso, as empresas estão buscando, cada vez mais, capacitar os agentes de viagens para que eles possam sensibilizar o cliente da importância deste tipo de cobertura. De acordo com o presidente da Global Travel Assistance (GTA), Celso Guelfi, todas as empresas do segmento falavam sobre as mudanças de 2016 e isso fez com que muitos agentes entendessem a necessidade de oferecer o seguro para seus clientes, mas as capacitações desses profissionais ainda são necessárias para efetivar os seguros como assunto mandatório no momento da venda. “Atualmente apenas 35% dos brasileiros viajam com seguro. Entendemos que, com a profissionalização do agente para que ele possa conscientizar o cliente final sobre a importância do produto, teremos um aumento considerável na venda do seguro viagem. Para 2017, a meta da GTA é treinar 9 mil agentes de viagens”, revelou. A visão do executivo da GTA é compartilhada com a do gerente regional Sul da Travel Ace, Jonathas Soeiro, que além de reafirmar a crescente necessidade de realizar capacitações, ressaltou ainda que os custos de um tratamento médico no exterior podem ser muito elevados, por isso, o seguro é essencial para os viajantes. “Aos poucos, o brasileiro está percebendo a importância de ter uma proteção no exterior e, principalmente, um seguro viagem que tenha uma empresa de assistência junto em sua operação”, afirmou. Além da óbvia vantagem de oferecer uma proteção garantida em casos de emergência para os viajantes, os agentes de viagens que vendem seguros conseguem assegurar 40% de comissão por cada 52
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venda do serviço, tornando a opção não apenas conveniente para os clientes, mas também para o bolso dos profissionais do turismo. RESULTADOS E ALTAS EXPECTATIVAS Diante do cenário de retomada econômica, do solo mais fértil para a realização de negócios e das capacitações programadas para este ano, as principais seguradoras que atuam no Brasil apostam firmemente em um futuro agregador para o segmento de seguros,. Inclusive, este já vem demonstrando bons resultados com um primeiro semestre satisfatório em relação as vendas, permitindo a elas almejem números ainda mais expressivos para a segunda metade de 2017. Guelfi salientou ainda o aumento das vendas no ano de 2017, fazendo um paralelo com 2015, quando o segmento ainda não estava afetado pela crise econômica. “O ano de 2016 foi muito complicado para o turismo brasileiro. Para termos uma situação real, analisamos a evolução da empresa tomando como base o ano de 2015 e comparando com o ano de 2017. Crescemos 15% no volume de passageiros que viajaram com a GTA, comparando o primeiro semestre de 2015 com o deste ano”, concluiu. Na Assist Card os resultados deste ano também estão animadores, segundo o country manager da empresa no Brasil, Alexandre Carmargo. Ele reafirmou a alta expectativa de vendas para este ano. “A partir do segundo semestre de 2016 o mercado de turismo voltou a reagir e, consequentemente, o segmento de seguro viagens acompanhou este crescimento. O ano de 2017 está sendo muito forte e a Assist Card já experimenta um crescimento acima de 50% em vendas contra o ano passado”, salientou. O diretor comercial da April Brasil, Agnaldo Abrahão, ressaltou que a empresa tem tido resultados positivos no primeiro semestre de 2017, “Tivemos uma performance melhor, principalmente porque focamos em produtos mais relevantes. Mesmo em uma situação de uma crise que se estendeu até 2016, as pessoas que continuam fazendo viagens são mais seletivas, então pudemos trabalhar com produtos que oferecem uma cobertura maior, que é mais atraente para esse tipo de viajante, e conseguimos aumentar nosso ticket médio”, exaltou.
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Assistência ao Viajante
Como tornar o seguro viagem essencial no planejamento das viagens dos brasileiros? Agnaldo Abrahão
Diretor comercial da April Brasil
Precisa-se focar em fornecer mais opções de produtos ideais para os clientes, considerando local de destino e tempo de permanência para assim adaptar e encontrar a opção que melhor se encaixa para o viajante. Por exemplo, não fornecer um pacote de cobertura de US$ 15 mil sendo que uma semana de internação médica nos Estados Unidos supera os US$ 25mil. Desta forma o agente pode oferecer uma venda com qualidade, evitando problemas futuros com os os seus clientes, o que gera satisfação e fidelidade.
Celso Guelfi
Presidente da GTA
Acreditamos que precisamos incentivar o hábito do viajante e, principalmente, do profissional que está cuidando de todo o pacote em oferecer o seguro. Como nosso negócio está vinculado à atuação do agente de viagens por sermos uma empresa 100% B2B, investimos mais de R$ 500 mil anualmente para capacitar os profissionais em todo o Brasil, muitas vezes firmando parceria com grandes redes hoteleiras e levando os agentes para excelentes resorts do país, proporcionando uma imersão no tema.
Alexandre Camargo
Country Manager da Assist Card Brasil
O seguro viagem é como o cinto de segurança. Você pode usar porque é obrigatório, ou pode usar porque é consciente de que pode proteger você e sua família. O ano de 2016 para o segmento de viagens internacionais foi muito prejudicado pela macro economia brasileira. Algumas companhias aéreas internacionais encerraram operações, outras reduziram frequências partindo do Brasil. O primeiro semestre foi bastante lento, a partir do segundo semestre, no entanto, o mercado de turismo voltou a reagir e consequentemente o segmento de seguro viagens acompanhou este crescimento.
Jonathas Soeiro
Gerente Regional Sul da Travel Ace
Temos muito a evoluir, ainda. Mas, aos poucos, o brasileiro melhora a percepção sobre a importância de se proteger quando vai fazer uma viagens. Acreditamos muito na capacitação de nossos parceiros, principalmente dos agentes, no sentido de orientação com relação às principais diferenças entre seguro de cartão de credito e seguros de viagem completos, com assistência ativa e rede credenciada. A regulamentação trouxe ao agente mais responsabilidade na oferta e comercialização do seguro viagem, pois além de corresponsável pela venda, ele hoje tem por obrigação recomendar o melhor seguro viagem para o perfil do cliente e destino do mesmo. Nosso trabalho é exatamente de capacitar cada vez mais o agente, para que tenhamos redução no número de pessoas viajando desprotegidas. 54
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Ultimate connection Imagine um espaço para realizar um evento feito sob-medida, uma convenção inesquecível, onde cada detalhe está pensado para que o encontro seja um sucesso… Esse lugar existe no Barceló Bávaro Grand Resort no Republica Dominicana.
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Cruzeiros
EM BUSCA DA COMPETITIVIDADE Enquanto o setor cresce em larga escala no mundo, o Brasil terá a sua menor temporada em dez anos Lisia Minelli
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om um litoral de 7,4 mil quilômetros, o Brasil tem um grande potencial no que diz respeito aos cruzeiros marítimos. O ponto alto do setor no país foi observado na temporada 2010-2011 quando 20 navios transportaram pela costa brasileira cerca de 800 mil turistas. No entanto, hoje a realidade é outra. Enquanto os cruzeiros marítimos estão com força total ao redor do mundo, no Brasil vários motivos levaram à retração do segmento como infraestrutura, impostos e regulações. Segundo o presidente-executivo da Clia Brasil, Marco Ferraz, a falta de apoio ao setor e os altos custos levaram o Brasil regredir 14 anos no processo de captação de novos mercados para o setor. “A atividade de cruzeiros, como outras tantas turísticas, passa por um momento de reflexão e, para retomar promissores horizontes, precisa colocar em pauta todos os entraves e desafios que deixam o Brasil na contramão do que acontece em todo o mundo, onde percebe-se o crescimento consolidado, na casa de 4% ao ano”, afirmou Ferraz. Para este ano são esperados 25,8 milhões de cruzeiristas no mundo em 470 navios. Países que há muito não faziam parte desse segmento estão crescendo, caso da China, que já tem 80 embarcações, e Austrália, com 36. A América do Sul tem apenas 2,5% da oferta mundial de cruzeiros. Para a alta temporada brasileira de 2017-2018, que começa em novembro, são esperados apenas sete navios que transportarão 400 mil passageiros. Nas três últimas temporadas, o setor de cruzeiros marítimos injetou mais de R$ 6,39 bilhões na economia brasileira e transportou 1,69 milhão de passageiros. Os destinos que recebem navios são beneficiados em diferentes aspectos com o aumento do fluxo de turistas, o que movimenta o comércio e gera empregos. Segundo dados do MTur, a temporada passada dos cruzeiros (2016-2017) contribuiu com R$ 1,911 bilhão na economia brasileira. SERÁ QUE AGORA VAI? Mas por que será que o Brasil, país número um do mundo em atrativos naturais não consegue aproveitar todo esse potencial e explorar o turismo de forma sustentável? Esta questão foi levantada pelo Ministro do Turismo, Marx Beltrão, durante o seminário 56
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“Cruzeiros Marítimos: o momento é esse”, ocorrido neste segundo semestre, em Brasília. “Se os números são positivos em um cenário de retração, imagine se conseguirmos atacar os gargalos que impedem o setor de crescer?”, indagou. O ministro garantiu que pela primeira vez o setor está na agenda econômica do Governo Federal e afirmou que a meta para é colocar o país entre os três maiores do mundo para cruzeiros. Beltrão lembrou que os cruzeiros crescem no mundo todo menos no Brasil, e que a meta é, por meio de medidas, ajudar o setor a crescer também por aqui. “Recentemente, o Fórum Econômico Mundial colocou o Brasil como o destino mais bonito do mundo. Para aproveitar isso, temos que ter respostas muito rápidas, porque quando o Turismo não é levado a sério, perdemos para outros mercados mais competitivos. Além do agronegócio, o Turismo é o único setor que está gerando empregos e ajudando a fomentar a economia do país”, declarou. MELHORIAS X BUROCRACIA Entre as medidas do MTur, Beltrão citou trabalhos conjuntos com o Ministério dos Transportes para melhoria na infraestrutura dos portos e diminuição da burocracia; a instituição do visto eletrônico; e mediação para um acordo nacional com a praticagem. Um dos objetivos, segundo Marx, é ter navios na costa brasileira o ano todo, já que destinos no Norte e Nordeste podem dar conta do recado devido ao seu excelente clima. “Estas regiões podem ser tão competitivas quanto o Caribe. Faremos nossa lição de casa tirando a burocracia”, garantiu. Para Marco Ferraz, o crescimento do setor depende muito de projetos e investimentos em questões como infraestrutura, custos, regulação e tributos, assim como de investimentos para que a vasta faixa litorânea do Brasil e seus portos sejam utilizados ao máximo, fomentando novos destinos. Balneário Camboriú e Itajaí já são uma realidade para a próxima temporada brasileira. Outros portos que também estão em negociação são Vitória, Florianópolis e destinos na Bahia como Morro de São Paulo.
Cruzeiros UM PEQUENO PASSO
O setor comemorou em abril deste ano uma importante vitória frente a tantos desafios, quando foi regulamentada a Lei da Migração, que definiu que os tripulantes dos navios que circulam pelo Brasil não precisarão mais de vistos para exercer a sua atividade. A demanda antiga deverá ser regulamentada em novembro e representará uma redução de até R$ 500 mil no custo de cada navio. Além disso, a Clia Brasil junto com o trade leva ao MTur o debate sobre as demandas e gargalos do setor. Uma recente pesquisa do Ministério do Turismo mostrou que 88,8% da população brasileira são favoráveis ao estímulo do estado para criação de portos com capacidade para chegada de cruzeiros marítimos; e que nove em cada dez brasileiros acreditam que o setor pode alavancar o turismo no país. Há luz do fim do túnel.
RETOMADA DEVE COMEÇAR
O presidente do Conselho de Administração da Clia Brasil, Renê Hermann, destacou ainda que existem hoje 77 novos navios encomendados pelas armadoras, que estarão todos navegando até 2026. “Somados todas as novidades que as
Marco Ferraz, presidente-executivo, da Clia Brasil
armadoras estão anunciando e mais a concorrência de mercados como China e Austrália, este é o momento do Brasil aproveitar as oportunidades e retomar o setor”, disse.
BOAS NOTÍCIAS
Não é só de más notícias que o setor de cruzeiros vive. O Concais – terminal de passageiros do Porto de Santos, principal porto de cruzeiros
marítimos do Brasil, anunciou o investimento de R$ 190 milhões em melhoria de sua infraestrutura. O Concais deve ter o arrendamento do terminal renovado e, em contrapartida, deve fazer novos investimentos. Serão mais 4 mil m² nas áreas de embarque e mais um aumento de 3,5 mil m² na área de bagagens, que são considerados hoje pontos críticos. Segundo Flavio Brancato, diretor do Concais, há ainda a intenção de instalar fingers no terminal, uma velha reivindicação das armadoras. Isso depende, no entanto, do término das obras de alinha mento do Cais de Outeirinhos – maior investimento do PAC. Ele permitirá que até seis navios sejam atracados de forma simultânea em novos berços de 15 metros de profundidade. Outra novidade é a chegada do novo navio da MSC para a temporada 2018-2019 no Brasil. Com inauguração prevista para dezembro de 2017, o MSC SeaView – segundo navio da classe Seaside – aporta em águas brasileiras já na sua primeira temporada. A armadora ainda não definiu quais serão os roteiros atendidos por ele, no entanto, ele deve passar por portos como Santos, Ilha Grande, Búzios, Porto Belo e Balneário Camboriú. A informação foi confirmada pelo diretor da armadora no Brasil, Adrian Ursilli.
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Cruzeiros
Quais são as oportunidades do mercado brasileiro para os cruzeiros nacionais e internacionais? Gerente de Vendas de Disney Destinations para o Brasil
Luiz Araújo
O brasileiro ama viajar e os navios de Disney Cruise Line oferecem experiências inesquecíveis para toda a família. Desde a inquestionável qualidade do serviço de bordo e da gastronomia maravilhosa até os shows estilo Broadway com os personagens, as queimas de fogos em alto mar e as opções de atividades para todas as idades (incluindo áreas exclusivas para adultos). Além, claro, das viagens temáticas, como por exemplo, super-heróis e vilões da Marvel, ou com personagens da saga Star Wars e ainda A Bela e a Fera. São muitas opções de roteiros, navios e atividades. É o tipo de viagem que, com certeza, interessa a toda família. A Disney Cruise Line continua a crescer e incluímos rotas e novos navios. Notamos um crescente interesse dos brasileiros pelos cruzeiros. As rotas mais procuradas são as que saem de Porto Canaveral, que fica a cerca de uma hora de carro de Orlando. Alguns roteiros param em Castaway Cay, a fantástica ilha privativa da Disney nas Bahamas - que é uma atração à parte e inesquecível.
Estela Farina
Diretora Geral da Norwegian Cruise Line Holdings no Brasil
O grupo Norwegian Cruise Line Holdings - que é composto pelas três companhias de cruzeiro Norwegian Cruise Line, Oceania Cruises e Regent Seven Seas - tem apresentado um crescimento importante no mundo inteiro. Mas o Brasil continua sendo o mercado que cresce mais rapidamente. E atualmente se posiciona em 6º lugar entre os países que compõem o mercado internacional para a companhia (excluindo-se EUA e Canadá). Como já prevíamos, há um crescente número de clientes que tiveram a experiência de navegar no Brasil e que estão prontos para um cruzeiro internacional. Assim como aqueles que são cruzeiristas mais frequentes e agora buscam serviços mais exclusivos. Vale citar também a segurança e custo beneficio que um cruzeiro oferece e que se adequa bastante ao momento atual do Brasil. Fazemos um grande investimento em capacitar os agentes de viagem para demonstrar o que cada companhia pode oferecer de melhor, de acordo com a motivação da viagem. As três companhias tem investido também em novos roteiros e novos destinos. Vale citar que temos também presença com roteiros que visitam o Brasil durante nosso verão, embora sejam de passagem, destacamos os roteiros longos que oferecem paradas pelo Norte e Nordeste do país. Além dos roteiros com destino a Buenos Aires. Esperamos ansiosos pelo momento em que um roteiro exclusivo pela costa brasileira se torne operacionalmente mais viável.
Jean-Bruno Gillot
Sócio-diretor da Cap Amazon
O brasileiro está apaixonado por cruzeiros, isso é um fato! A pesar de haver muitos cruzeiros nacionais, sinto que o interesse pelos itinerários internacionais é cada vez maior. O brasileiro quer viajar de maneira sofisticada e simples. Essa é a combinação perfeita de glamour e logística fácil que os cruzeiros internacionais oferecem. O mercado brasileiro tem conhecido um ano de grande dificuldade em 2016, mas esse ano já está sendo um sucesso em termo de interesse e vendas. No caso da Star Clippers, o investimento começou há um pouco menos de um ano quando a diretoria para as Américas da empresa (com base em Miami) decidiu contratar a Cap Amazon como representante oficial na América do Sul para incentivar as vendas. O interesse e a empolgação do trade foi extremamente rápida, nunca tivemos uma ativação tão rápida de um produto do nosso portfólio. Acredito muito que, a pesar de ser um mercado novo, comparado com Europa ou EUA, por exemplo, o brasileiro que viaja para fora está sempre em busca de experiências singulares e que se destacam da massa; nesse sentido, Star Clippers veio com algo único: poder vivenciar uma navegação no maior veleiro do mundo. Em relação aos resultados, só no primeiro semestre de 2017 já aumentamos o faturamento da Star Clippers em 81% na América Latina e em 170% no Brasil, comparado com 2016 inteiro. E devemos melhorar mais ainda esse número até o final do ano. 58
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Cruzeiros
Diretor geral de Vendas e Marketing da Costa Cruzeiros para a América do Sul
Dario Rustico
O interesse dos turistas por cruzeiros fora do Brasil vem se fortalecendo paralelamente às décadas de operações consecutivas de companhias marítimas na América do Sul. Para a Costa, isso significa 70 anos seguidos atuando no país. O desenvolvimento futuro do setor de cruzeiros marítimos no país está estritamente ligado à implantação de mais navios e essa situação irá ocorrer quando houver condições logísticas e econômicas favoráveis. Somente assim, a América do Sul conseguirá melhorar sua competitividade em relação a outras regiões de cruzeiros espalhadas pelo mundo. A equação é muito simples. Sabemos que, entre os anos de 2017 e 2026, a indústria receberá 75 novos mega navios no valor de quase US$ 48 bilhões. Mais de 200 mil novos leitos estarão disponíveis e serão distribuídos em todo o mundo. Por isso, este é o momento para se trabalhar de forma mais estratégica, atuando com as instituições locais para ampliar a capacidade no Brasil e região, gerar mais empregos e movimentar as economias da região. Isto significa, principalmente, posicionar os custos operacionais dos portos a um nível mais competitivo, desenvolver novos destinos e modernizar os terminais de cruzeiros já existentes para atender adequadamente e com o conforto necessário o maior número de passageiros.
Adrian Ursilli
Diretor Geral da MSC no Brasil
Os cruzeiros marítimos internacionais são muito atraentes aos brasileiros, pois representam uma ótima oportunidade de se conhecer inúmeros destinos, com conforto e infraestrutura seis estrelas, a um preço extremamente atraente e tarifas em Reais, que podem ser parceladas em até dez vezes na MSC. No entanto, esse interesse não diminui a procura pelos cruzeiros no Brasil. Prova disso é que a MSC está aumentando a oferta de navios no país, em 40%, para a temporada 2017/2018, quando trará três transatlânticos ao litoral brasileiro – MSC Preziosa, MSC Magnifica e MSC Musica, que permanecerá dedicado aos embarques no Rio de Janeiro. Os destinos nacionais e internacionais partindo de portos brasileiros também são muito atraentes e, da mesma maneira, as viagens marítimas por aqui são oportunidades únicas de explorar lugares fantásticos com hospedagem, entretenimento, gastronomia e lazer de máxima qualidade, com valores muito acessíveis e competitivos, e navios ultramodernos que são verdadeiros destinos completos de férias.
Ricardo Amaral
CEO da R11 Travel
As oportunidades do mercado brasileiro para os cruzeiros internacionais são grandes. As viagens de cruzeiro definitivamente caíram no gosto do turista brasileiro, que cada vez mais tem notado as vantagens desta modalidade de turismo, principalmente em roteiros internacionais. Através da R11 Travel, distribuímos com exclusividade no mercado nacional quatro das grandes companhias globais de cruzeiro, Royal Caribbean, Celebrity Cruises, Azamara Club Cruises e Pullmantur. Além de todo investimento em marketing e ações promocionais, a R11 Travel investe em treinamentos, capacitações, eventos e ações direcionadas ao trade, preparando o principal canal de vendas ao cliente. Não acredito na correlação entre o aumento dos brasileiros fazendo cruzeiros no exterior e a queda de brasileiros fazendo cruzeiros no Brasil. Existe demanda para ambos os mercados. O que tem reduzido o número de viajantes no mercado interno não é falta de demanda, mas sim, a falta de oferta. Com menos embarcações, temos menos viajantes. Ou seja, é preciso que o mercado brasileiro ofereça condições para que mais navios visitem o país, aquecendo assim o turismo de modo geral. Vale destacar que o mercado de cruzeiros marítimos está em plena expansão em todo o mundo e os hóspedes que buscam viagens internacionais, podem escolher entre diversas opções de itinerários durante o ano todo. 60
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Cruzeiros
Tomas Fernández
Diretor Comercial para os mercados Espanhol e Português da CroisiEurope
O mais importante do mercado brasileiro é há muitos viajantes internacionais interessados em visitar a Europa e a Ásia – nossos principais destinos. O cruzeiro fluvial é uma maneira conveniente de visitar destinos internacionais, onde se pode passar mais tempo em terra visitando diversas cidades e países, além da comodidade de ter em nossos barcos tudo incluído, tornando a viagem mais econômica. Chegamos no Brasil somente neste ano e por isso nossa prioridade é encontrar parceiros que possam comercializar nossos produtos. Queremos trabalhar junto às operadores que já estão consolidados. Por enquanto, o mercado brasileiro tem muito pouco peso em nossos números, mas espero que isso mude em breve. Esperamos começar a colher frutos no ano que vem. Em dez anos dobramos a nossa frota e tivemos um significativo crescimento, portanto, precisamos de novos mercados para vender e é aqui que o Brasil é para nós uma peça muito importante em nossa estratégia.
Ricardo Alves
Diretor-executivo da Velle
Os brasileiros buscam cada vez mais viagens que tragam experiência e vivência nos destinos e, neste quesito os cruzeiros fluviais proporcionam uma experiência perfeita porque oferecem este tipo de viagem com serviços prestados com alto padrão e conforto. Assim, para clientes mais exigentes que gostam de serem cuidados, o conceito de cruzeiro fluvial é o mais indicado. É o tipo de viagem com o maior retorno de satisfação, além de estar cada vez mais acessível com ótimas tarifas e promoções, mantendo o padrão de qualidade de cada companhia. As companhias com que a Velle trabalha vem oferecendo diversas saídas para o mercado Latino, incluindo passeios em terra, menus, diários de bordo e auxílio a bordo em português e/ou Espanhol . Também, entendendo como funciona nosso mercado oferecem promoções especiais, algumas com até 60% ou mais de desconto.
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Locadoras
O NOVO CLIENTE DAS LOCADORAS Com diminuição da compra de carros, segmento de locação cresce e ganha novos usuários
Samantha Chuva
N
ão diferente dos outros segmentos, o serviço de locação de automóveis também teve queda de vendas em 2016. Segundo os dados da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), no ano passado, o setor teve retração de -9,5% nas vendas nacionais e 1,7% no internacional. Mesmo com pequeno, porém positivo, retorno da economia e da estabilização do câmbio, o segmento continuou em queda durante os seis primeiros meses de 2017, com diminuição de 13,1% nas diárias – passando de 939,6 mil diárias para 816,5 mil este ano – e de -13,2% nas vendas de todas as locadoras do país, fechando com um faturamento de R$ 77,8 milhões em 2017, contra os R$ 89,7 milhões do ano passado. A diária média, por sua vez, manteve-se igual ao ano anterior, na faixa dos R$ 95. O setor internacional também teve retração de 16,6%, somando um faturamento de R$ 17 milhões entre janeiro e junho deste ano. Para o presidente da Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (Abla), Paulo Nemer, o motivo da queda das vendas via agências de viagens se dá pela mudança do consumidor. “Hoje o cliente ‘viaja’ online. Ele procura tudo sozinho. Perdeu-se o contato físico com as agências”, explica Nemer, que afirma ainda que a falta de informação é outra lacuna que precisa ser resolvida. De acordo com o anuário 2017 da Abla, o turismo de lazer corresponde por apenas 25% do setor de locações, enquanto o turismo de negócios é responsável por 17%. A maior fatia do mercado ainda se contra na terceirização de frota, com 45% do market-share. Segundo o executivo, são poucos os agentes que oferecem o serviço para os seus clientes. “A mobilidade faz parte da viagem. O turista não precisa apenas de aéreo e hotel, ele 64
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precisa também de se locomover. Quando o agente oferece mobilidade, ele está oferecendo liberdade ao passageiro. O serviço de locação é de altíssima rentabilidade para o agente, podendo oferecer entre 10 a 15% de comissionamento, quase o dobro da venda de uma passagem aérea, por exemplo”, enfatiza Nemer, que completa dizendo que muitos clientes que não compram com as agências, acabam adquirindo o serviço por fora. MUDANÇA DE PERFIL Mesmo com a retração, Nemer disse que está com expectativas positivas para 2017. “Na minha sensibilidade o ano de 2017 está sendo bem melhor que 2016. Ano passado tivemos muita devolução de frota, fim de contratos. Muitas empresas deixaram de contratar, a exemplo da Petrobrás, devido à Operação Lava-Jato, por exemplo. O encolhimento das montadoras, que reduziu em 60%, também foi outro fator que impactou o segmento. Este ano, com a mudança do perfil dos consumidores, o setor voltou a crescer”, declarou o presidente da Abla, afirmando que as vendas devem ter um crescimento de 5 a 8% até o final do ano. Com a saída das grandes corporações do cenário, as pequenas e médias empresas entraram em foco. Segundo o executivo, estas companhias passaram a vender seus ativos e a alugar carros. “As pessoas físicas e empresas perceberam que é mais barato pagar pelos serviços do que pela propriedade. E assim começaram a alugar mais carros do que comprar. É muito mais caro ter um carro para usar apenas nos finais de semana. O fechamento dos muitos estacionamentos da capital paulista é um reflexo desse novo modelo de usuários”, finaliza.
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Locadoras
O segmento vem apresentando uma retração em comparação com 2016, a que se deve isso? Alexandre Pinto
Sócio-diretor da Shift Mobilidade Corporativa
Acredito que as agências estejam perdendo espaço, pois estamos crescendo de forma geral. Se não considerarmos os eventos como os Jogos Olímpicos, uma vez que são esporádicos, tivemos um crescimento de 5% de faturamento acima de 2016, portanto, já consideramos 2017 um ano melhor que 2016. No setor de locadoras e mobilidade, a inovação e o investimento em novas tecnologias deve ser sempre uma constante. Por isso temos investido muito nisto. No último ano lançamos o aplicativo do motorista, o portal do cliente e, mais recentemente, o app de coordenação. Em relação aos próximos lançamentos, já estamos trabalhando em cima de uma atualização do portal de reservas online e do aplicativo voltado para o cliente final a fim de oferecer mais praticidade e agilidade aos clientes.
Charles Sperandio
CMO da Movida Aluguel de Carros
Primeiro esse é um setor que tem crescido muito, mesmo durante a crise, porque o seu potencial é enorme. Aqui no Brasil, a penetração ainda é baixa e há pouca concorrência. Apenas para você ter uma ideia, o país tem uma frota total de cerca de 50 milhões de carros. E só 350 mil são de locadoras. Segundo dados da própria Abracorp, a Movida é a única locadora que, nos últimos anos, ganhou market-share no segmento de locações corporativas. Fato é que, com a crise, as empresas enxugaram seus custos e reduziram os gastos com viagens e eventos. Num momento destes, trabalha-se a necessidade real da viagem. E, neste contexto, também há espaço para o crescimento das locações. Em muitas cidades, por exemplos, é mais barato ir e voltar do aeroporto de carro alugado do que de taxi. Se for uma viagem bate e volta, também. Então há ainda esse tipo de ajuste. A sociedade está deixando de encarar o carro como posse para enxerga-lo como serviço. E isso tem um impacto enorme. Investimento em ciclovia, em transporte público, a chegada dos serviços de transporte privado, tudo isso contribui para que as pessoas se sintam desobrigadas de ter um carro. E a Movida tem contribuído muito para essa mudança, porque está ajudando a quebrar certos preconceitos: de que alugar é burocrático, caro, demorado. Hoje, a locação é vista como uma solução de mobilidade. É uma estratégia enorme que visa derrubar a barreira do preconceito para que as pessoas não aluguem apenas por necessidade. Não se trata apenas de uma “obrigação” numa viagem, mas é uma opção de mobilidade, inclusive, urbana.
Paulo Henrique Pires
Diretor de Vendas da Localiza
Mesmo no cenário econômico de profunda recessão e grave crise institucional no Brasil, a Localiza demonstrou a sua resiliência e forte capacidade de entrega nos âmbitos financeiros e operacionais, ampliando sua liderança no mercado, seu protagonismo em inovação, a força da marca e a rede de distribuição, sempre mantendo os mais altos padrões de governança corporativa. E nossos resultados foram positivos. No primeiro trimestre de 2017, a Localiza apresentou lucro recorde de R$ 120,3 milhões e comemorou a abertura de 18 novas agências. O volume de diárias da Divisão de Aluguel de Carros apresentou crescimento de 25,1% e a receita líquida cresceu 18,8%. Atenta às perspectivas de mudança nos padrões de consumo de carro e de mobilidade, a empresa desenvolveu parcerias com as chamadas empresas de ride hailing para oferecer condições específicas a motoristas. Os clientes da Localiza passaram a contar também com mais tecnologia embarcada nos automóveis, como o serviço Localiza Way com conectividade na Internet, ou para assegurar agilidade da retirada dos carros como o inédito Localiza Fast, aplicativo que permite check-in, localização e abertura do carro nas lojas.
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Mais de
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Internacional
FLUXO INTERNACIONAL EM CRESCIMENTO Desembarques internacionais têm incremento médio de 4% ao ano desde 2009. Oriente Médio e África são os principais destaques Samantha Chuva Nos primeiros quatro meses do ano, o Turismo global cresceu 6%, um aumento de 21 milhões em chegadas internacionais em relação ao mesmo período de 2016, quando foram realizadas 348 milhões de chegadas internacionais (janeiro a abril de 2016). No total, 1,2 bilhão de turistas percorreram o globo no ano passado, cerca de 46 milhões a mais que em 2015. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), somente entre janeiro e abril, todas as regiões do mundo tiveram um crescimento importante, com destaque para a África (+7,6%) e Oriente Médio (+10,4%), destinos estes que haviam sido prejudicados nos anos anteriores devido ao Ebola e ataques terroristas, respectivamente. A Europa, outra região que sofreu com ataques e tragédias, também havia sido prejudicada, registrando quase nenhum crescimento no ano passado. Neste ano, entretanto, o continente já voltou a crescer, com um aumento de 6,4% das chegadas. Em relação às Américas, o aumento foi de 4,1%, sendo que a América do Sul despontou com crescimento de 6,8%. De acordo com o diretor-executivo do órgão, Márcio Favilla, os dados acima mostram a força e a resiliência do Turismo. “O setor vem, há sete anos consecutivos, apresentando um crescimento na faixa de 4% ao ano. Mesmo com problemas políticos ou econômicos, esperamos ainda um crescimento na mesma ordem para 2017. O Turismo é um setor muito forte”, destaca o diretor. Favilla explica que, no ano passado, o Turismo movimentou US$ 1,436 trilhão no mundo todo, sendo responsável por 10% do PIB mundial. “O segmento é o primeiro produto da pauta de Serviços e o terceiro principal item da pauta de Comércio Internacional de Bens e Consumos, atrás apenas de Produtos Químicos e Petróleo. Além disso, o setor é responsável por gerar um em cada 11 empregos”, enfatiza. TERRORISMO E SEGURANÇA: OS VILÕES DO TURISMO Em 2015 e 2016 diversos países europeus, a exemplo da França, Alemanha e, mais recentemente, Barcelona, na Espanha, sofreram com ataques terroristas. O fato, como não podia deixar de ser, afetou diretamente o turismo da região. De acordo com Miguel Gallego, diretor de Marketing e Comunicação do Centro 68
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de Turismo Europeu (CET), a Europa como um todo sofreu uma perda geral de demanda. “Percebemos que muitas viagens foram deslocadas. Os viajantes optaram por destinos percebidos como mais seguros. Isto foi particularmente evidente para viagens de mercados de longa distância. A Espanha, por exemplo, ganhou uma maior parcela de chegadas em 2016 com um crescimento relativamente forte. Porém, alguns viajantes potenciais evitaram completamente os destinos europeus, a exemplo dos mercados asiáticos, onde registramos quedas dos turistas chineses e japoneses no continente em 2016”, esclarece Gallego. Por sua vez, a queda de um mercado como a China apresenta um forte impacto na economia de um destino. Isso porque, segundo a OMT, este é o país que mais gasta com viagens no mundo inteiro. No ano passado, os chineses gastaram US$ 261 bilhões no exterior, o que corresponde a 21% do gasto internacional com turismo. É mais que o dobro que o segundo colocado da lista gasta: os Estados Unidos. De acordo com os dados da organização, os norte-americanos foram responsáveis por US$ 123 bilhões em gastos no exterior em 2016. A grande questão dos ataques terroristas, como explica Favilla, é que eles abalam, não só o destino que sofreu o atentado, como também o seu entorno. “Muitas pessoas que viajam para a França, por exemplo, costumam conhecer os países vizinhos, principalmente o turista de longa distância. Com os atentados causados no país em 2015 e 2016, não apenas a França sofreu com a queda de turistas, como os destinos próximos também foram impactados, pois deixaram de receber visitantes”, completa o executivo. Jean-Philippe Pérol, diretor da Atout France para as Américas, órgão do governo responsável pela promoção internacional do Turismo francês, pontua que o segmento turístico do país foi fortemente abalado. Segundo ele, o destino registrou uma queda da atividade hoteleira e uma baixa imediata no número de turistas globais, principalmente nos destinos que foram sujeitos aos atentados, como Paris e Nice. Para reverter o problema, o governo francês agiu com rapidez e eficiência, criando medidas para tornar o destino mais seguro.
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london.wtm.com ABAV 2017 * Source: Independent research by Fusion Communications, January 2017 **ABC audited figures, February 2017 World Travel Market, WTM, RELX Group and the RE symbol are trademarks of Reed Elsevier Properties SA, used under license.
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Internacional
TURISMO EM RESUMO
Chegadas de turistas estrangeiros ao Brasil (em milhões)
1,235 MILHÃO
CHEGADAS DE TURISTAS INTERNACIONAIS EM 2016
Fonte: World Tourism Organization (UNWTO)
7%
DO MUNDO EXPORTA
US$1.4 TRILHÃO
“De imediato, logo após os primeiros ataques, diversas medidas foram aplicadas pelo governo com o objetivo de reforçar a segurança e lutar contra o terrorismo. As autoridades públicas e os atores do turismo fizeram da segurança uma prioridade. Estado de emergência, reforço das fronteiras, controles sistemáticos na entrada de qualquer evento ou atração turística, foram algumas das medidas adotadas”, cita Pérol. Com uma queda de 3% no número de turistas internacionais em comparação com 2015, somando um total de 83,5 milhões de visitantes, as secretarias de Estado encarregadas do Comércio Exterior e da Promoção do Turismo dos setores de Comércio e Artesanato da França confirmaram um plano de 10 milhões de euros dedicados ao reforço da promoção do turismo francês no exterior, composto de quatro estratégias principais: multiplicação das ações de comunicação online e nas redes sociais; campanhas dedicadas ao grande público; reforço da presença e visibilidade da França nas principais feiras e eventos dedicados ao Trade; e fundos específicos dedicados a ações em parceria com a rede diplomática local. Com isso, o destino conseguiu reverter o quadro em um tempo curto de ação. Já no início de 2017 o destino apontou um crescimento de 6% de chegadas aéreas internacionais entre janeiro e junho. As perspectivas? Crescer mais 8,6% nos próximos seis meses, segundo Pérol. Porém, isso não é regra. Ou seja, nem todos os destinos, quando impactados por 70
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ondas de violência, conseguem se reerguer com tanta facilidade. “A percepção é muito importante no Turismo, principalmente quando se trata de segurança. Para isso é necessário ter transparência em relação aos fatos e as medidas tomadas, com agilidade e comunicação. É importante mostrar a dimensão do problema. Por exemplo, no ano passado a Turquia sofreu dois atentados em um mesmo dia. Menos de seis horas depois a Turkish Airlines já havia voltado a voar. Isso mostra o preparo para atuação em situações de crise”, elenca o diretor da OMT. Mesmo com a rápida reação, Favilla explica que no ano passado o destino caiu da 6ª para a 10ª posição entre os destinos que mais recebem turistas internacionais. Porém, o diretor questiona: “Qual teria sido o impacto sobre o destino se a reação tivesse sido mais lenta?”. Com essa questão, Favilla ainda comenta que é cedo para dizer como a Espanha será impactada, devido ao atentado a Barcelona em agosto desse ano. “É importante lembrar que a Espanha é o terceiro país em nível global que mais recebe turistas internacionais e que conta com um crescimento expressivo ano a ano. Em 2016, o destino teve um incremento de 10,3% no número de turistas frente a 2015. Além disso, a Espanha não sofria um atentado há 13 anos e conta com um excelente serviço de inteligência, de alto nível e muito efetivo”, conclui Favilla. BRASIL: A MUDANÇA DO CONSUMIDOR Com a crise político-econômica, os bra-
Fonte: UNWTO
10%
DO PIB MUNDIAL Direto, indireto e induzido
Fonte: World Travel & Tourism Council (WTTC)
1 10 a cada
empregos
Fonte: (WTTC)
1.8 BILHÃO
CHEGADAS DE TURISTAS INTERNACIONAIS ATÉ 2018
Fonte: UNWTO
Internacional sileiros mudaram seu hábito de viagem. Os destinos apontam que, embora tenham continuado a viajar, muitos optaram por viagens mais curtas, com distâncias menores e, sem sombra de dúvidas, contendo os gastos. No ano passado, os brasileiros gastaram US$ 14,5 bilhões no exterior contra US$ 17,3 bilhões em 2015, segundo o Banco Central (BC). Com o início do ano, embora as expectativas fossem altas, a realidade foi levemente decepcionante, com uma queda de 2,6% dos gastos no primeiro quadrimestre. Contudo, nos meses de maio e junho, com o aumento da confiança do consumidor e a estabilidade do dólar, os índices voltaram a crescer. Em junho, os gastos de brasileiros no exterior ficaram em US$ 1,51 bilhão, como afirma o Banco Central, contra US$ 1,37 bilhão em 2016. Uma alta de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado. Assim, o primeiro semestre conseguiu se reerguer, registrando um crescimento de 34,8% dos gastos de brasileiros no exterior frente aos dados do ano anterior, somando um total de US$ 8,8 bilhões contra US$ 6,53 bilhões em 2016.
Falta de investimentos prejudica imagem do país No ano passado a América do Sul apontou um crescimento de 6% em chegadas internacionais, que foram lideradas pelo Chile (+26%), com um aumento de dois dígitos pelo terceiro ano consecutivo. Colômbia (+11%) e Uruguai (+10%) também registraram um crescimento de dois dígitos, enquanto o Peru registrou um aumento de 8%, continuando seu forte crescimento. Em contrapartida o Brasil, maior destino da região, contabilizou um crescimento de 4% no número de chegadas internacionais após receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O país subiu, no ano passado, da 44ª posição entre os destinos que mais recebem turistas internacionais, para a 43ª. Para Favilla, o valor ainda é ainda muito aquém do potencial do país. Segundo ele, os dados mostram que a distância entre Brasil e os destinos europeus, ou mesmo asiáticos (principais emissores de turistas em nível global) não é uma desculpa para o lento crescimento do setor no país. A solução é muito mais simples: investimento em promoção de forma organizada e constante. “Hoje o Brasil tem infraestrutura para triplicar o número de chegadas. O que falta é um alto e constante investimento em promoção, de forma mais rápida e com mais força. Muitos destinos próximos ao Brasil, a exemplo do México, Equador, Chile e Colômbia têm observado seus números aumentarem, isso se dá pelo alto investimento em promoção, ou seja, a distância não entra na equação. O Nordeste do país, por exemplo, é mais próximo da Europa que a Tailândia. Porém, o país asiático recebeu mais de 32,6 milhões de turistas em 2016, um número que foi triplicado em 11 anos, quando o destino foi muito danificado por um tsunami”, enfatiza o diretor. Importante lembrar que durante o mesmo período, o Brasil passou de 5,35 milhões para 6,5 milhões de turistas, um ligeiro aumento de 1,2 milhão. E mais, o valor atual de visitantes internacionais recebidos pelo Brasil corresponde a apenas 1/5 dos turistas estrangeiros que visitam a Tailândia atualmente. Burocratização: uma pedra no meio do caminho – A grande burocratização dos vistos é mais um empecilho que prejudica a vinda de estrangeiros ao país. Complicado, longo e caro, o processo desestimula a vinda de turistas de alguns dos maiores mercados mundiais. Com a possibilidade de emissão do visto eletrônico para os Estados Unidos, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Canadá, a aposta é que o turismo internacional seja alavancado. “A retirada dessa barreira com certeza vai impulsionar o segmento no Brasil e incentivar a vinda de grandes mercados para o destino”, completa o diretor da OMT.
TURISMO INTERNACIONAL 2016 Chegadas de turistas internacionais (CTI): 1,235 milhão Receita do turismo internacional (RTI): US$ 1,220 bilhão
EUROPA CTI: 616 milhões (50%) RTI: 447 US$ bi (37%)
AMERICAS CTI: 199 milhões (16%) RTI: 313 US$ bi (26%)
ÁSIA E PACÍFICO CTI: 308 milhões (25%) RTI: 367 US$ bi (30%) CTI: 58 milhões (5%) RTI: 35 US$ bi (3%) ÁFRICA ORIENTE MÉDIO CTI: 54 milhões (4%) RTI: 58 US$ bi (5%)
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Internacional
Qual reflexo da crise econômica que atingiu o Brasil nos destinos internacionais? Gerente de Marketing para América do Sul do Curaçao Tourist Board
Muryad de Bruin
A crise econômica, em qualquer país, sempre afetará a maneira como seus cidadãos viajarão. Curaçao também sentiu os efeitos da crise econômica brasileira. Acredito que existem temporadas altas e baixas para os turistas brasileiros que viajam a Curaçao, apesar da situação econômica. No entanto, devido aos nossos esforços consistentes de marketing, vemos um aumento na demanda agora que a economia está melhorando. O destino recebeu em 2017 um total de 441.331 turistas, dos quais 10.909 foram brasileiros. Este foi um crescimento de 9% em relação a 2015. Isso se deve às atividades de marketing que foram executadas durante o ano passado, especialmente a participação de Curaçao com um camarote na Sapucaí no Carnaval do Rio de Janeiro 2016. A previsão para 2017 continua positiva e com crescimento do Brasil. A fim de manter os números temos investido principalmente no público A & B, que tradicionalmente já procura o destino. Além disso, Curaçao tem investido no reconhecimento da marca através de mídias, adequando um bom mix de mídia com a construção de relações com agentes e operadores locais e, criando maior engajamento com o turista brasileiro.
Diretora do Centro de Turismo Alemão no Brasil
Margaret Grantham
Fechamos 2016 com 670 mil pernoites de brasileiros na Alemanha, o que representa uma queda de 15%. Em 2017, já percebemos uma recuperação de janeiro a abril, com um crescimento de 11,4%, ou seja, 200 mil pernoites de brasileiros em hotéis com mais de 10 leitos. Só em março o crescimento foi de 24,3%, sendo o melhor mês ate agora. A expectativa é de que o crescimento continue durante o verão europeu, a estação com maior movimento. Nossa expectativa para 2017 é de crescer em torno de 3% em relação a 2016. Os números acima demonstram claramente como a crise impactou o movimento de turistas brasileiros no destino. A classe média, que havia descoberto há alguns anos o prazer de viajar para o exterior, em especial para Europa, sumiu do mercado, um volume considerável que impactou fortemente nossos números. Com a crise acredito que o turista brasileiro tenha mudado seu comportamento no geral, não somente no destino Alemanha. Ele continua viajando, porém, agora, gasta menos e fica menos tempo no destino. Além disso, há, também, o efeito da imagem do Brasil no exterior, que acaba por afastar investimentos estrangeiros, inclusive de parceiros e destinos alemães que vinham investindo fortemente em ações no mercado brasileiro. Com isso, nossa força de divulgação do destino no país também diminui e isso, certamente, também tem um impacto.
Patrick Yvars
Diretor para América Latina do Visit Orlando
Apesar de nos mantermos cautelosos sobre o cenário futuro, como o principal destino para viagens em família, Orlando possui uma longa história com os brasileiros e o Brasil continua sendo um dos mais importantes mercados internacionais. Mesmo com a crise, nós continuamos vendo turistas brasileiros nos parques, nos shoppings e nos restaurantes. Em 2016 o número de visitantes na cidade de Orlando atingiu 68 milhões, 10% de visitantes de mercados internacionais. Os brasileiros têm grande afinidade com nosso destino e nossas atrações icônicas, por isso mantemos nosso compromisso de continuar essa relação, assegurando iniciativas de marketing no Brasil para nos mantermos como destino top of mind. A fim de manter os números e o fluxo constante de brasileiros em Orlando, ampliamos os esforços voltados para a indústria de convenções (MICE), para manter o crescimento nos números de visitantes, mesmo fora dos períodos de alta temporada. Além disso, o Visit Orlando tem comunicado extensivamente as novidades ao redor do mundo através de uma forte campanha de marketing global. Continuamos trabalhando em conjunto com vários operadores, realizando treinamentos pelo país e capacitando os agentes para vender o destino com mais confiança. 72
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Internacional
Diretora-geral do Ministério de Turismo de Israel no Brasil
Renata Cohen
A situação delicada da economia brasileira nos últimos anos foi a principal causa na queda de turistas brasileiros no mundo tudo, incluindo Israel. Com um cenário como esse os brasileiros reduziram muitos gastos e viagens foi um deles. É um impacto esperado pelo Ministério do Turismo de Israel. No ano passado recebemos mais de 34 mil brasileiros, sendo um dos principais responsáveis pelo bom resultado do primeiro semestre de 2017, quando superamos as expectativas e batemos a meta de mais de 20 mil brasileiros no destino. Esse ano, observamos que a situação tem se estabilizado e já no primeiro semestre tivemos essa recuperação muito importante. Com esses dados a expectativa agora é de uma retomada mais expressiva, com um aumento nos números totais. Entre os brasileiros, esperamos agora uma gradual recuperação, semestre a semestre, acompanhando a melhora na confiança do brasileiro na própria economia e, claro, a curiosidade pelo destino Israel. Para isso, nosso foco principal é nos aproximar cada vez mais dos players da indústria do turismo: agentes, operadores, imprensa e firmar parcerias de valor. Queremos ampliar o conhecimento sobre o destino e seu potencial turístico. Treinamentos e encontros sobre parcerias estão na nossa agenda e vão se intensificar no ano de 2017, mostrando que Israel é um destino com alto potencial de vendas e rentabilidade, pela sua diferenciação no mercado.
Bernardo Barreiros Cardoso
Diretor do Turismo de Portugal no Brasil
Portugal recebeu quase 12 milhões de turistas internacionais em 2016. Neste ano, só no primeiro semestre, foram quase 6 milhões. Crescemos 13,4% em comparação ao primeiro semestre do ano passado. O número de turistas brasileiros recebidos em 2016 foi 624.500. Todas as crises têm influências sobre o turismo e, neste caso, estou certo que também uma influenciou. Com a retomada da economia, os brasileiros voltaram a viajar mais para o exterior. O crescimento de turistas Brasileiros em Portugal é evidente como os números comprovam. Só no primeiro semestre de 2017, houve aumento de 60% em comparação ao mesmo período no ano passado. O Brasil é, atualmente, o quinto maior mercado de turistas em Portugal e o maior mercado fora da Europa, houve um claro aumento e a tendência é que não pare de crescer Creio que isso se deve a muitos fatores, e um deles é justamente a retomada da economia. Temos também observado uma alteração no perfil do turista brasileiro. É um perfil de classe AB e não é mais um turista luso descendente ou com raízes em Portugal. Hoje, podemos dizer que o turista que nos visita é um turista de classe alta, viajado e que procura experiências diferentes. O brasileiro está finalmente redescobrindo Portugal e as suas próprias raízes, e não falo apenas de Lisboa ou Porto, mas de todas as regiões do país, incluindo as ilhas.
Natalia Pisoni
Coordenadora de Marketing do Inprotur no Mercosul
Temos trabalhado duro para atrair turistas do mundo todo, apesar do momento econômico e político de cada país. Há vários meses temos alcançado um crescimento contínuo nas chegadas de turistas estrangeiros. Claro que o mercado brasileiro é uma prioridade para o nosso turismo receptivo e, felizmente, ele tem acompanhando os resultados positivos. Por isso, esperamos que nos próximos anos o nível continue a aumentar. Em 2016 recebemos cerca de 5,6 milhões de turistas internacionais. Com respeito ao mercado brasileiro, nos primeiros cinco meses de 2017, tivemos um saldo positivo de 11,1%. Isso marca a tendência do caminho ascendente que começamos a se construir. Acreditamos que a segunda parte do ano será ainda melhor, não só em termos de chegadas de turistas do Brasil, mas de todo o mundo. Os brasileiros buscam a Argentina principalmente pela neve, com destaque para Bariloche, que sempre foi muito popular, embora outros destinos como San Martin de los Andes, Villa La Angostura, Mendoza e El Calafate também recebem muitos turistas brasileiros. Outro destino muito popular é Ushuaia, a cidade do fim do mundo. Ultimamente, vemos uma busca de novos destinos não tão consolidados como as províncias do norte do país, a província de Córdoba e outras províncias cuyanas (da região de Cuyo). 74
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Internacional
Jean-Phillip Pérol
Diretor do Atout France para as Américas
Com a crise econômica brasileira, a chegada de turistas na França foi impactada com uma queda de aproximadamente 20% em 2015 e 2016. Embora todos os destinos tenham constatado diminuição no número de brasileiros, a França sofreu mais em consequência dos tristes eventos e atentados que ocorreram em 2015 no país. Com a retomada da economia sentimos um retorno imediato dos brasileiros na França. Observamos uma retomada espetacular a partir do final de 2016, que vem se mantendo em 2017. Já no primeiro semestre alcançamos um aumento de mais de 22% de chegadas, comparado com o mesmo período de 2016, um dos maiores crescimentos em relação a todas as outras nacionalidades que visitam a França. Com um aumento de 40% das reservas aéreas, acreditamos que vamos reconquistar a posição como primeiro destino europeu dos brasileiros até o final de 2017. Temos perspectivas muito favoráveis para o próximo semestre. Se o crescimento econômico se confirmar, será possível manter o nosso objetivo de 1,5 milhões de turistas brasileiros na França até 2025.
Tom Garzilli
Diretor de Marketing do Brand USA
De acordo com o Instituto Nacional de Viagens e Turismo (NTTO), os Estados Unidos receberam 75,6 milhões de visitantes internacionais em 2016, representando 6,1% do número total de viagens internacionais. Em 2016, cerca de 1,7 milhão de visitantes brasileiros vieram para os Estados Unidos, o que faz do Brasil o 6º maior mercado externo para nós. A crise econômica mostrou seus efeitos em 2016, quando vimos uma diminuição na visitação e nas despesas de brasileiros. Porém, mesmo com uma alta taxa de dólar em comparação com o Real brasileiro, os gastos se mantiveram em uma boa margem. Os brasileiros gastaram mais de US $ 11,6 bilhões nos EUA em 2016. Além disso, as exportações de viagens e turismo representaram 45 % de todas as exportações de serviços dos EUA para o Brasil em 2016. Isso sugere que, mesmo com uma situação econômica em mudança, Brasil e EUA continuam sendo importantes parceiros de viagem e não esperamos que essa relação mude. Segundo os estudos do Brand USA, 73% dos brasileiros que viajam para os EUA fazem isso de férias e a principal atividade ainda são compras (89%). Os Estados Unidos continuam a ser o destino número um para os brasileiros e vimos melhorar o interesse geral em 2017. Os principais indicadores positivos que já vimos até agora demonstram o poder de permanência dos Estados Unidos como um destino prioritário de longa distância, além de apresentarem a importância do marketing impactante.
Miguel Gallego
Head de Marketing e Comunicação da Comissão Europeia de Turismo
As chegadas internacionais de turistas do Brasil para a Europa permaneceram lentas nos últimos três anos. A recessão econômica do país, a alta inflação e níveis de desemprego e uma moeda fraca estão tornando as viagens no exterior menos acessíveis para os turistas brasileiros. De acordo com o mais recente Relatório de Tendências da Viagem Mundial da ITB, a crise política e econômica no Brasil impactou fortemente a viagem internacional. Na Europa isso se deu por uma queda de 10% no número de brasileiros durante os primeiros oito meses de 2016. Por conta disso, esses turistas passaram a fazer viagens internacionais mais curtas, reduziram seus gastos e trocaram as viagens aéreas (-25%) por carros (+ 10%). Em 2016, a Europa recebeu 2.917.140. Este número representa uma participação de 34% no total de viagens de saída brasileiras em 2016. O País ocupa o 5º lugar entre todos os mercados de viagens de longa distância para a Europa. Para este ano, a previsão é que o continente receba aproximadamente o mesmo número de visitantes brasileiros que registrados em 2016, embora haja diferenças entre os países. Porém, analisamos que o interesse dos turistas brasileiros pela Europa não diminuiu e continua a ser um dos destinos prioritários para este público. A expectativa é que até 2021, as chegadas de turistas brasileiros aumentem cerca de 2%. ABAV 2017
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Internacional Representante de Turks and Caicos no Brasil
Mauricio Vianna
Nos últimos três anos, Turks and Caicos tem mantido um crescimento constante e considerável. Em 2016 recebemos 453.612 turistas internacionais, sendo mais de 1,2 mil brasileiros. Apenas nos primeiros sete meses de 2017 (janeiro a julho), Turks and Caicos já recebeu mais da metade dos visitantes recebidos no ano anterior. Em relação aos brasileiros, recebemos em um semestre praticamente a mesma quantidade de turistas que no ano todo de 2016, somando mil turistas neste período. Considerado um destino para um mercado mais seleto e de luxo, devido as altas tarifas dos hotéis locais – principalmente pelo alto padrão de qualidade – o destino não sofreu muito com a crise política e econômica brasileira. O perfil do turista que visita Turks & Caicos é considerado um cliente com alto padrão econômico e social, que não foi tão balançado com a crise e continuou viajando. Porém, com a retomada da economia, o que temos observado é que o destino vem conquistando não só a classe alta, mas também a média alta do Brasil. A fim de continuar promovendo o destino e fortalecendo a marca no País, temos participado nos eventos mais importantes do trade, como WTM, Abav e Festuris. Além disso, estamos investindo em um agressivo plano de ação com agências de viagens e operadoras. Subdiretora de Promoção de Turismo Receptivo da Promperú
Sandra Doig
Em 2016 o número de chegadas de brasileiros se manteve estável em relação a 2015. No primeiro bimestre de 2017, entretanto, já observamos a recuperação do fluxo de chegadas para o Peru. Entre janeiro e fevereiro deste ano tivemos um aumento de 9% em número de brasileiros em comparação com o mesmo período de 2016. Acreditamos que o Brasil vem mostrando sinais de recuperação da economia, apesar da crise política, o que tem mostrado impacto positivo nos indicadores de viagens para o Peru e outros países da região. O Brasil continua a ocupar a lista de países prioritários para o Peru, entre os destinos que mais enviam turistas para nós. Segundo o estudo do perfil do estrangeiro de 2015, os turistas brasileiros costumam se hospedar em média 10 noites no Peru, com um gasto estimado de US$ 1.074. Ambos os indicadores estão acima da média em comparação com os outros turistas internacionais que o Peru recebe. Por isso, para fortalecer a nossa imagem, a Promperú tem investido em feiras, treinamentos e eventos no Brasil, a fim de intensificar o relacionamento com a imprensa, profissionais e público final. Diretora do Conselho de Promoção Turística do México no Brasil
Diana Pomar
O México recebeu 35 milhões de turistas durante 2016, destes, 307 mil eram brasileiros. Os números mostram uma queda de 1,2% em comparação com os índices de 2015. Entre as principais causas, acreditamos que a taxa de Imposto sobre remessas em viagens ao exterior (IRRF) e a variação da taxa de câmbio. Apesar da queda, o brasileiro continua viajando ao México. Um dos fatores mais importantes se dá pelo crescimento de visitas de brasileiros a outros destinos que não os tradicionais, como Cancún por exemplo. Entre as cidades que tiveram crescimento de visitas e interesse, destaque para Los Cabos, Vallarta-Nayarit, Oaxaca, Guanajuato, Guadalajara, Cidade do México, Veracruz e as rotas culturais da civilização Maya e Azteca, assim como os povoados mágicos. Para esse ano estamos positivos e esperamos um crescimento de 7% no número de brasileiros.
Nelson Mongiovi
CMO do Visit Florida
Durante o quarto trimestre de 2015 e 1 de março de 2016, tivemos queda no número de visitantes brasileiros devido à situação econômica, apesar disso, o destino continua sendo o mais procurado nos Estados Unidos pelos brasileiros. No ano passado recebemos mais de 1,05 milhão de brasileiros. O valor ainda representa o 2º maior entre os maiores emissores de turistas para o destino. Este ano já vimos sinais de crescimento econômico positivo. Os agentes de viagens e operadores turísticos estão otimistas. O número de voos do Brasil para a Flórida está crescendo. Atualmente, existem 12 cidades de origem no Brasil com 94 voos sem escalas para a Flórida, além de vários outros voos com conexões fáceis. Entre os destinos mais procurados, Miami e Orlando ainda são os principais destinos para brasileiros. No entanto, a Flórida tem uma grande de opções de férias que muitas outras regiões estão crescendo em popularidade. Locais como Florida Keys, Nápoles, Fort Lauderdale e Tampa estão apenas a uma curta distância dos principais polos e oferecem muitas atividades que os brasileiros adoram. 76
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Parques
UMA EXPANSÃO SEM FIM Principais empresas de entretenimento global investem bilhões para fazer da experiência do cliente algo sempre mágico Pedro Menezes
O
turismo está cada vez mais exigente. O conhecimento do viajante, o investimento em tecnologia e a concorrência cada vez mais acirrada fazem todas as empresas ligadas a setores e serviços do turismo se desdobrarem para manter os bons resultados e o sucesso contínuo. Da aviação comercial, com novas aeronaves, investimento em atendimento e tecnologia, aos hotéis cada vez mais preparados para proporcionar conforto aos turistas. Das operadoras e agências, que cada vez mais se capacitam para abrir o leque de oportunidades nacionais e internacionais, aos serviços de locação de veículos, por exemplo, que têm frotas cada vez mais modernas e especializadas. Dos cruzeiros cada vez mais belos e imponentes, aos parques de diversão que investem bilhões em desenvolvimento de novas atrações. Este é o mercado turístico global atual, com a volúpia (e a necessidade) de sempre surpreender. E um dos segmentos que coloca a “surpresa” como ponto primordial para o sucesso são os próprios parques de diversão. A alta concorrência entre as grandes empresas de entretenimento vem trazendo inúmeras vantagens ao consumidor final. A cada dia, uma nova atração é anunciada ou inaugurada, um novo hotel nasce e mais pessoas conhecem pela primeira vez toda a magia e a diversão que os grandes parques podem proporcionar. As principais empresas de entretenimento nacional e internacional (Disney, Universal, SeaWorld e Beto Carrero) investem pesado em novas atrações para cativar ainda mais o público. Nesta disputa em que a cidade de Orlando é considerada o núcleo, por ser oficialmente conhecida como a capital mundial do entretenimento, vale qualquer coisa. Vale investir em realidade virtual, vale criar atrações baseadas em filmes renomados e premiados, vale brincar com a emoção, vale mexer com a adrenalina, vale fazer de tudo para que o visitante volte no ano que vem com o espírito renovado e pronto para novas descobertas. E para que estas descobertas sejam de fato novas, é preciso que o turista encontre sempre alguma atração inédita, quem sabe uma nova montanha-russa ou até mesmo um show, por que não? Hoje é possível dizer que o sucesso contínuo dos parques da Flórida está diretamente ligado ao número de atrações que vem sendo inauguradas nos últimos anos. Os parques não param de crescer, as atrações não param de ser reformadas ou até mesmo construídas e os visitantes não param de chegar. O ciclo vicioso do entretenimento, capaz de aflorar os sentimentos mais prazerosos do ser humano, tem esta 78
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responsabilidade de ser sempre uma novidade. Walt Disney World, Universal Orlando Resort e o SeaWorld hoje são os três grandes nomes do entretenimento mundial atualmente. No Brasil, o destaque vai para o brilhantíssimo Beto Carrero World, que figura entre os 10 melhores parques de diversão do planeta em 2017, de acordo com o comparador TripAdvisor, um orgulho para o país. Mas, de fato, o que os principais parques de diversão trazem de novidades para este e para os próximos anos? Pelo que podemos ver abaixo, os turistas terão que fazer diversas viagens para conhecer todas as atrações prometidas e lançadas a partir deste ano. DISNEY A Disney continua expandindo e aprimorando seus parques nos Estados Unidos. Entre os destaques, estão as atrações temáticas de Star Wars, dos heróis da Marvel, como os Guardiões da Galáxia, dos personagens da Pixar, além do anúncio da adição de um terceiro navio à frota da Disney Cruise Line. Em maio, a Disney inaugurou oficialmente a Pandora – The World of Avatar, nova área do Magic Kingdom, em Orlando. A atração faz parte da maior expansão da história do parque e foi inspirada no premiado filme de James Cameron, “Avatar”, com uma área que ocupa 48 mil metros quadrados do parque. No mesmo mês, A Disney inaugurou mais uma nova atração no parque Disney Adventure California, em Anaheim, na Califórnia (EUA), com o tema dos heróis da Marvel “Guardiões da Galáxia”. Já as atrações de Star Wars ficarão em Orlando e no Disneyland Park, Califórnia. Por falar nelas, a partir das férias de dezembro, os fãs ganharão mais um motivo para visitar os parques da Disney em Orlando, na Flórida, ou Anahein, na Califórnia: uma atração que promete uma experiência “hiper realista”. O Star Wars: Secrets of the Empire está chegando ao Downtown Disney e ao Disney Springs ainda este ano e irá transportar os visitantes para uma galáxia muito distante, onde estarão prontos para se envolverem com amigos, familiares e com os personagens de Star Wars. Os turistas poderão ainda participar de uma aventura com a Millenium Falcon, prevista para 2019. E tem muito mais vindo por aí, já que as novidades também chegam ao Epcot do Walt Disney World Resort, onde haverá a adição de novos personagens como os heróis Guardiões da Galáxia, o ratinho cozinheiro da Pixar, Ratatouille, além de receber um novo restaurante temático, chamado de Space, totalmente ambientado como uma nave espacial que dará uma “volta pela terra”. O Toy Story Land, no Hollywood
/btl.fil
bolsa_de_turismo_de_lisboa
Parceiro Tecnológico
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Parques Studios, por sua vez, fica para o verão norte-americano de 2018. Nela, os visitantes poderão ter uma experiência com os personagens do filme como Woody e Buzz Lightyear. Para o Disney Springs, mais novidades: novos bares e restaurantes foram abertos recentemente. Entre eles, o Planet Hollywood Observatory, a Coca-Cola Store, o Paddlefish, e o The Polite Pig são algumas das novas opções. Neste ano o espaço ainda recebe o italiano Levy Restaurants, o The Edison com o conceito clássico da culinária americana, e o Wine Bar George; e para 2018 já estão programados: Jaleo que terá os sabores da Espanha com um menu de tapas, e o Wolfgang Puck Bar & Grill. UNIVERSAL Nos trilhos das novidades e dos desenvolvimentos tecnológicos. É assim que está o Universal Orlando Resort, ao lançar mais de 25 novas atrações para os visitantes desde 2010 - entre atrações, restaurantes e hotéis. Esse boom começou com a abertura de The Wizarding World of Harry Potter - Hogsmeade em 2010 e, desde lá, as novidades não pararam de ser anunciadas em nosso complexo. Recentemente, foram abertos a Skull Island: Reign of Kong, uma deslumbrante atração no parque Islands of Adventure, uma nova e exclusiva experiência gastronômica no CityWalk, The Toothsome Chocolate Emporium & Savory Feast Kitchen, a atração Race Through New York Starring Jimmy Fallon, o parque Universal’s Volcano Bay e ainda mais dois hotéis temáticos: o Universal’s Cabana Bay Beach Resort, enorme sucesso entre o público brasileiro, e o Loews Sapphire Falls Resort, com temática caribenha. Mas o destaque mesmo vai para a abertura do Volcano Bay. Com 18 atrações desenvolvidas
Pandora, The World of Avatar é a nova atração do Animal Kingdom
para agradar toda a família, o parque é o primeiro aquático da marca e vem para inovar os produtos da Universal, oferecendo uma experiência completamente revolucionária. Com mais de 100 mil metros quadrados, o parque conta com piscinas de ondas, toboáguas, uma praia e uma área para crianças, além de um show de fogos ao final do dia, onde “lava” sairá do vulcão de Krakatau. O destaque fica para o Ko’okiri Body Plundge, um toboágua de quase 40 metros de altura em uma queda livre em um ângulo de 70 graus. Para as famílias, é possível ainda alugar um bangalô e ter toda a facilidade de serviço e conforto à beira de uma
Kraken, do SeaWorld, adicionou realidade virtual à experiência da montanha-russa
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piscina que imita uma praia, com direito até à areia. Pensa que acabou? Para 2018, mais surpresas. O Universal’s Aventura Hotel será o sexto hotel do complexo inaugurado e a atração de Velozes & Furiosos será devidamente aberta. Sempre com o objetivo de sempre entregar a melhor experiência ao visitante, para que se sinta sempre parte das atrações que são lançadas a cada ano. SEAWORLD A maior expansão da companhia em 53 anos de história. Este é o panorama atual do Seaworld, que comemora um número recorde
Parques de novas atrações em 2017. De tecnologias de última geração até novas experiências inesquecíveis, as novas atrações foram pensadas exclusivamente para criar férias repletas de significados e divertidas para os visitantes. Este é o mote do Seaworld, que ganhou ainda mais destaque ao inaugurar a primeira montanha-russa de realidade virtual, a Kraken® Unleashed Roller Coaster. É da Kraken que parte uma aventura emocionante pelas profundezas do oceano. A experiência inclui agora um equipamento digital desenvolvido especialmente para essa atração, que inclui óculos de realidade virtual e fones de ouvido. O percurso atinge 45 metros de altura e 105 quilômetros por hora. E o Seaworld tem muito mais a oferecer aos visitantes. Além da Kraken, a empresa abriu as portas da Wave Breaker: The Rescue Coaster™, no Texas, uma nova montanha-russa inspirada nas missões de resgate do SeaWorld, do Submarine Quest, na Califórnia, uma expedição de três minutos que ensina sobre os riscos que os animais correm na natureza e como podemos ajudar, que está dentro de uma nova área temática, também inaugurada este ano no parque, chamada Ocean Explorer, onde os visitantes acham diversas outras atrações, do InvadR™, em Virginia, que constitue-se numa nova montanha-russa de madeira, do Electric Ocean, em San Diego, um novo festival de verão com shows, gastronomia e muita festa, e, por fim, do New Orca Encounter, na Califórnia, uma nova apresentação de Orcas com um enredo inspirador baseado no comportamento dos animais. E para 2018? Será inaugurada no Seaworld Orlando a tão esperada Infinity Falls: corredeiras radicais que atravessam uma floresta tropical e levam os visitantes para a maior queda em uma atração
Volcano Bay é o novo parque da Universal Orlando
deste estilo em todo o mundo. BETO CARRERO O orgulho do Brasil quando o assunto é entretenimento e diversão, o Beto Carrero World passa por um ano de 2017 brilhante. Para começar, o parque figura entre os 25 melhores do mundo neste ano de acordo com o TripAdvisor, ao lado de outros parques renomados como Animal Kingdom, Universal Studios, entre outros. Localizado no município de Penha, em Santa Catarina, o Beto Carrero World atualmente ocupa uma área de 14 milhões de quadrados e foi inaugurado no dia 28 de dezembro de 1991. Outra boa notícia é bem recente: o parque registrou um aumento de 14% no público
que visitou o local durante o período de férias de inverno em julho, em relação ao mesmo período de 2016. O resultado positivo superou as expectativas de mercado para o último mês e foi considerado um recorde nestes 25 anos de história. Pensa que acabou? A maior novidade foi divulgada no mês de julho, quando o presidente da GJP, Guilherme Paulus, e o presidente do Beto Carrero, Rogério Siqueira, confirmaram a chegada do primeiro hotel ao complexo. Com todo este investimento, a ideia do BCW é receber até seis milhões de visitantes até 2024. Pelo tamanho e imponência, hoje o sexto maior parque do mundo já pode ser considerado um dos pilares de sustentação da evolução turística de Santa Catarina.
Com as novas atrações e as crescentes exigências dos clientes, quais são as tendências para o setor? Luiz Araujo
Gerente de vendas de Disney Destinations para o Brasil
Os parques Disney em todo o mundo estão sempre inovando e se renovando para encantar ainda mais os visitantes de todas as idades trazendo a magia que só a Disney pode oferecer. O brasileiro tem grande afinidade com Disney e as expectativas para os próximos anos são as melhores possíveis. Para o ano que vem devemos inaugurar a tão aguardada Toy Story Land, no Disney’s Hollywood Studios. Outra novidade que movimentou os quatro cantos do planeta nas últimas semanas, mas ainda sem data de inauguração, foi o anúncio da abertura de Star Wars: Galaxy’s Edge, incríveis áreas temáticas dedicadas exclusivamente ao universo da saga, tanto na Flórida quanto na Califórnia. Mesmo após a espetacular experiência imersiva que Disney oferece aos visitantes em Pandora – The World of Avatar, no Disney’s Animal Kingdom, o melhor ainda está por vir. Continuaremos investindo no mercado brasileiro com ações diferenciadas, ofertas exclusivas, parcerias e treinamentos para os agentes de viagens.
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Parques
Roberto Vertemati
Diretor Comercial do Beto Carrero
Nosso planejamento é feito tendo como horizonte os próximos 20 anos. A partir dele nascem os conceitos de expansão e sustentabilidade do negócio, diversificação da matriz de oportunidades e fluxo financeiro. Além das marcas e personagens próprios, como a Turma do Betinho, temos parcerias de longo prazo com corporações como Universal Studios e DreamWorks, por exemplo, além de outras novidades que serão anunciadas em breve; também temos que planejar a aquisição, logística de transporte, montagem e operação de novas atrações como montanhas russas, simuladores e shows de nível internacional. Adicionalmente, lidamos com um cenário desafiador na política e economia. Tudo isso demanda muito planejamento e estruturação. Há um investimento permanente na renovação das áreas existentes e melhoria da infraestrutura. Cada parque tem a sua característica própria em termos de estrutura, atrações, público alvo e segmento que atua. O Beto Carrero World atua no conceito de Zoo-Parque-Shows e tem um foco muito forte na família, na busca por momentos mágicos, especiais, na relação entre pais e filhos, entre mamães e bebês. É também um destino para jovens que buscam a adrenalina dos brinquedos radicais e de públicos da melhor idade, que buscam um lugar seguro e tranquilo para caminhar, observar uma natureza exuberante e lindos jardins. Nossa missão é “Encantar em Todos os Momentos”, e isso é praticado e levado a sério todos os dias do ano.
Lisha Duarte
Diretora Sênior de Vendas Internacional SeaWorld Parks & Entertainment
Estamos sempre procurando maneiras de contar histórias de uma forma diferente e apresentar uma nova perspectiva aos visitantes. Por exemplo, o surgimento de tecnologias como a realidade virtual nos fez criar a nova Kraken, a primeira montanha-russa inaugurada no SeaWorld Orlando em 2000 e que agora conta com um sistema de RV que está 100% integrado e customizado ao percurso da atração. A estreia da Kraken Unleashed, como é chamada agora, colocou o SeaWorld em um patamar de liderança em atrações radicais na cidade de Orlando. A nova montanha-russa vem para somar às diversas opções do parque, que já conta com montanhas-russas como Mako e Manta. A marca SeaWorld está em constante evolução, uma vez que continuamos comprometidos em investir em nossos parques, trazendo novas atrações. Buscamos criar experiências que fazem a diferença e queremos que cada visitante que entre pelos nossos portões sinta-se inspirado a agir na proteção do nosso planeta. A expansão da companhia em novas atrações em 2017 é uma das maiores em 53 anos de história. De tecnologias de última geração até novas experiências inesquecíveis, nossas novas atrações foram pensadas exclusivamente para criar férias divertidas para os nossos visitantes. Compartilhamos também a grande novidade do SeaWorld Orlando, a Infinity Falls, que será inaugurada em 2018.
Marcos Barros
Diretor Sênior para América Latina do Universal Orlando Resort
Os nossos visitantes são o principal foco. Atendê-los bem e garantir que eles saiam maravilhados com o serviço e estrutura do nosso complexo, sejam os parques, hotéis ou restaurantes, vai continuar sendo nossa prioridade. Por isso mesmo, este ano começamos a implantar a Fila Virtual, a fim de trazer mais conforto e comodidade a todos. A atração Race Through New York Starring Jimmy Fallon, no parque Universal Studios Florida, foi a primeira a receber a Fila Virtual, que não só organiza, como otimiza o tempo do visitante. No nosso novo e terceiro parque temático, o Universal’s Volcano Bay, também já temos o sistema de Fila Virtual com o dispositivo vestível (pulseira) TapuTapu. Além dessa comodidade, o Volcano Bay inova também em outros itens: não é preciso carregar carteira com cartões ou dinheiro, nem carregar chaves para o armário. O visitante pode fazer tudo com a TapuTapu. O Universal Orlando Resort lançou mais de 25 novas atrações para os visitantes desde 2010 - entre atrações, restaurantes e hotéis. E já anunciamos mais novidades. Já para 2018, inauguraremos o sexto hotel do complexo, o Universal’s Aventura. No Universal Studios Florida, temos mais uma atração que irá empolgar os visitantes: a abertura de Fast & Furious – Supercharged, baseado em uma das franquias de filmes mais bem sucedidas de Hollywood. Recentemente, anunciamos que estamos trabalhando em uma nova atração na área The Wizarding World of Harry Potter - Hogsmeade. Também anunciamos que o Universal Orlando Resort terá uma área dedicada aos personagens da Nintendo. Queremos não somente entreter, mas imergir o visitante no nosso mundo, para que ele se sinta parte das mais emocionantes atrações que criamos ano após ano. 82
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9 a 12 NOVEMBRO 2017 29ª Edição • 29th Edition • 29ª Edición
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Realização
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Hotelaria
OS DESAFIOS DIANTE DA PIOR CRISE DA DÉCADA Super oferta em alguns destinos, concorrência e desaceleração da economia levam taxa de ocupação para baixo, mas hotéis procuram saídas para melhorar o desempenho
Luiz Marcos Fernandes
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e acordo com a pesquisa anual “Perspectivas de Desempenho da Hotelaria” realizada pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), o desempenho do setor não alcançou as expectativas previstas em 2016. Já a projeção para este ano é de que ocorra uma estabilização dos números, com a retomada lenta a partir deste segundo semestre. Segundo as perspectivas, até o final do ano deve ocorrer aumento de 2% da taxa de ocupação, acompanhado pelo crescimento de 2,0% na diária média e de 2,8% no RevPAR, em comparação aos índices de 2016. Para a ABIH Nacional, o volume recorde de fechamento de pequenos e médios hotéis e as baixas taxas de ocupação, como acontece no Rio de Janeiro, que fechou o mês de julho com uma taxa média de 38% resumem o que considera “a pior crise da década”. Nos primeiros seis meses de 2017, estudo do Fohb realizado com 408 hotéis de redes associadas responsáveis por 63.583 unidades habitacionais (UHs) revela que nacionalmente, em comparação com dados de 2016, houve baixas na taxa de ocupação com -0,8%; na diária média com -4,5% e no RevPAR com -5,3%. Mesmo assim há perspectivas de melhora neste segundo semestre Na análise por região, a taxa de ocupação registrou aumento em três delas: Sul (1,5%), Centro-Oeste (1,8%) e Nordeste (2,7%). Nas outras duas regiões o indicador apresentou declínio com -2,3% no Norte e -2,5% no Sudeste. Para a diária média, todas as regiões apresentaram redução: -0,3% no Norte, -1% no Sul, -2% no Nordeste, -3% no Centro-Oeste; e -6% no Sudeste. Referente ao RevPAR, houve acréscimo nas regiões Sul (0,5%) e Nordeste (0,7%), enquanto que no Centro-Oeste (-1,2%), no Norte (-2,5%) houve queda. No Sudeste, devido ao evento da Olimpíada do Rio De Janeiro 84
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houve retração (-8,3%). Mesmo ainda sofrendo os impactos negativos do cenário econômico adverso e do panorama de incertezas políticas, os hotéis urbanos brasileiros (hotéis e flats) começam a mostrar sinais de uma lenta recuperação. A pesquisa Hotelaria em Números – Brasil 2017, realizada pela JLL Hotels & Hospitality, mostra que a receita média por apartamento disponível (RevPAR), principal índice de rentabilidade dos hotéis, apresentou uma queda menor em 2016, de 9%, em relação aos 15% de declínio em 2015. O clima de incertezas econômicas e políticas também influenciou negativamente a tomada de decisão por parte de investidores, mas os negócios tiveram uma retomada já no primeiro semestre de 2017 e os investidores voltaram a buscar oportunidades no Brasil, notadamente as redes hoteleiras e os fundos de private equity. A principal transação registrada até agora em 2017 foi a compra do Hotel Windsor Atlantica, no Rio de Janeiro, pelo Fundo Blackstone. Como já era esperado, a pesquisa registrou queda na taxa de ocupação dos hotéis urbanos em 2016, e o ano fechou com média de 55%, uma queda de 7,5% em relação a 2015. Por outro lado, o impacto das altas diárias nos hotéis do Rio de Janeiro, antes e durante as Olimpíadas, somado à desvalorização do Real conseguiram conter as diárias médias, que caíram apenas 1,6% em relação ao ano anterior. RESORTS Já o desempenho dos resorts registrou uma ligeira queda na taxa de ocupação, que chegou a 56% em 2016. Apesar disso, o faturamento médio cresceu 17,5% em relação a 2015. A amostra pesquisada para esta edição totaliza 500 empreendimentos e traz informações e dados sobre seu desempenho operacional em 2016.
Hotelaria
As 10 maiores marcas hoteleiras 20000
17,461
15000
8,832
10000
6,400 5,180
5,158
5000
3,993
3,949
Windsor
Golden Tulip
3,323
3,230
3,152
Intercity
Comfort
Novotel
0 Ibis
Mercure
Ibis Budget
Quality
Bristol
Hotéis independentes com até 20 qtos | Hotéis independentes com mais de 20 qtos |
Estoque de quartos no Brasil
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Hotelaria
Qual o principal fator responsável pela crise que afeta o setor? Que medida sugere para reverter o quadro? Dilson Fonseca Jatahy Jr
Presidente da ABIH Nacional
É importante reduzir a carga tributária do setor, que precisa ser diferenciada e obter do Governo uma paridade tributária com outros meios de hospedagem e o mercado internacional. Isso vai possibilitar com que o Brasil tenha condições para se tornar mais competitivo e disputar mercado com outros destinos onde o custo é menor. Estamos fora dos mercados interno quanto externo. Isso se deve a um alto custo de 40% de carga tributária, e isso tem um resultado imediato, com baixas taxas de ocupação e fechamento de hotéis, numa quantidade recorde nos dois últimos anos no país.
Luigi Rotunno
Presidente da ABR - Resorts Brasil e proprietário do La Torre Resort
A crise econômica que afetou a hotelaria como um todo não teve o mesmo impacto em nosso segmento. Existe, claro, a expectativa em relação a flutuação do dólar, mas atualmente 93% do nosso mercado é nacional. Precisamos sim investir no internacional por meio da nova Embratur e de uma política de incentivo aos charteres internacionais. Isso traria mais turistas e mais divisas, como aconteceu num passado recente.
Manuel Gama
Presidente do Fohb
O setor hoteleiro nacional tem sido afetado basicamente por dois importante fatores: a crise político-econômica do nosso país e a super oferta de quartos disponíveis em determinadas cidades com especial destaque ao Rio de Janeiro. O primeiro passo para reverter este cenário é equilibrar as questões políticas para que as medidas na área econômica possam produzir a estabilidade necessária para a retomada do crescimento. Também é vital que os políticos tenham consciência da importância do setor para a economia brasileira como um todo. A rotatividade de ministros é um exemplo disso, necessitamos de mais estabilidade para que os projetos avancem. Também entendemos que é fundamental um grande trabalho de promoção do turismo nacional para atrair novos e mais visitantes aos destinos brasileiros.
Alberto Cestrone
Diretor-geral do Infinity Blue
Eu acredito que a fase pior da hotelaria já está ficando para trás e já podemos observar isso pelos resultados do setor neste primeiro semestre, principalmente no caso dos resorts que estão com taxas de crescimento significativas acima de dois dígitos. Existem problemas sim em alguns mercados, como o Rio de Janeiro pelo excesso de oferta e falta de um calendário. A saída é fazer ações promocionais principalemente em meetings, roadshows e workshops como temos feito.
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Hotelaria
Tomás Ramos
Diretor Comercial da BHG
Eu vejo que alguns fatores contribuíram para queda nas taxas de ocupação. O principal é a falta de promoção e divulgação do Brasil nos mais importantes destinos emissores. O Brasil precisa ser conhecido. Há também desequilíbrio em algumas praças entre oferta e demanda, como o caso do Rio de Janeiro. No caso da BHG o único mercado da rede no país que está fora da curva de crescimento é o Rio. E isso se agrava pelo desmando governamental e a imagem negativa que gera a cidade para o mercado.
Paulo Michel
Diretor de hotelaria da rede Othon
Eu tomo como base da atual crise o mercado hoteleiro do Rio de Janeiro onde aconteceu uma superoferta sem o planejamento adequado, aliado aos problemas da violência urbana que comprometem a imagem da cidade no país e no exterior. Para reverter este quadro acredito que é preciso adotar as medidas necessárias para um ordenamento que garanta segurança aos cidadãos e turistas, bem como uma agenda de eventos capaz de movimentar o turismo da cidade.
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itb.travel
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Política
MTUR: 100 MILHÕES DE VIAGENS DOMÉSTICAS ATÉ 2022 Órgão lança plano com uma série de medidas para estimular o setor e praticamente dobrar a quantidade de recursos gerados para a economia Luiz Marcos Fernandes O Brasil ocupa a 27ª posição no Índice de Comptitividade de Turismo e Viagens do Fórum Econômico Mundial. O setor continua a desempenhar um papel importante na economia nacional. Segundo o WTTC, no ano passado, o setor empregou diretamente 2,5 milhões de pessoas e as projeções são de crescimento de 1,6% para este ano. De acordo com dados da Embratur, o setor gera um total de US$ 7 bilhões anualmente para o país e a meta é chegar a US$ 12 bilhões em cinco anos. Para isso, o número de visitantes estrangeiros teria que chegar a 12 milhões até 2022. Neste mesmo período, o Ministério do Turismo (MTur) pretende incrementar o turismo doméstico chegando a marca de 100 milhões de viajantes por ano, contra os atuais 60 milhões. O MTur aposta suas fichas no programa Brasil + Turismo. O ministro, Marx Beltrão se mostra otimista quanto a recuperação do setor. DIA MUNDIAL DO TURISMO – E O BRASIL COMO VAI? Neste dia 27 de setembro se comemora o Dia Mundial do Turismo. A data coincide com a abertura da Abav Expo. Enquanto a Organização Mundial do Turismo (OMT) mostra que as chegadas de turistas internacionais cresceram 6% no mundo inteiro, no período entre janeiro e abril deste ano, em comparação com o período homólogo de 2016, totalizando 369 milhões de turistas internacionais, o Brasil, após o sucesso da Olimpíada, em agosto do ano passado, se mantêm num patamar estável, mas com previsão de fechar o ano com redução no fluxo de turistas internacionais. Numa pesquisa do MTur realizada esse ano, se concluiu que apenas 49,4% dos brasileiros admitiram realizar viagens a turismo uma vez por ano. Os sinais de recuperação – ainda que tímidos – de alguns setores como a aviação comercial, operadoras de turismo, locadoras ainda não podem garantir um clima de otimismo. Que o digam outros segmentos como eventos, cruzeiros marítimos e hotelaria. Do mesmo modo que o fluxo de turistas internacionais deve fechar o ano abaixo dos 6,6 milhões obtidos no ano passado, em função da Olimpíada. Nas próximas páginas, empresários, autoridades e presidentes de entidades 90
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analisam os rumos e perspectivas do setor, bem como medidas que podem alavancar os números desta indústria. Confira abaixo alguns dados do turismo no país
» Mapa do Turismo Brasileiro - O Ministério do Turismo divulgou
o novo mapa do turismo brasileiro, instrumento que destaca municípios que adotam o turismo como estratégia de desenvolvimento e norteia a definição de políticas públicas para o setor. Em 2016, eram 2.175 cidades em 291 regiões, este ano o mapa registra 3.285 municípios em 328 regiões turísticas. » Entrada de divisas com o turismo internacional - No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, as despesas de estrangeiros no Brasil somaram US$ 3,5 bilhões, valor pouco abaixo do registrado no período de janeiro a julho do ano passado (US$ 3,6 bilhões). » Plano Nacional de Turismo – O MTur e a Embratur esperam que até 2022, o Brasil possa chegar ao patamar de 12 milhões de turistas com uma receita próxima de US$ 19 bilhões. » Impostos – O Governo estuda uma medida que pode afetar o setor de serviços à qual o turismo está vinculado. A unificação de impostos como PIS e Cofins significa aumentar a carga tributária, que gira em torno de 35%, especialmente sobre o setor de serviços, que emprega cerca de 21 milhões de pessoas no país e equivale a 63% do PIB. » PIB – Embora em alguns estados como Santa Catarina o turismo represente quase 10% do PIB do estado, no país a situação é bem diversa. Em 2016 o WTTC constatou que o PIB direto do turismo representou 3,2% do PIB no país. » Turismo Doméstico - O mercado de turismo nacional tem mostrado sinais de recuperação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor cresceu 5,3% em junho, terceiro mês seguido de crescimento. Os dados vão ao encontro do último levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que mostra que em julho deste ano, houve um crescimento de 3,83% na busca por voos domésticos e de 4,43% no volume de passageiros transportados, comparado ao mesmo período do ano passado.
Política
O que é necessário para que o Brasil possa alavancar o setor e fazer da indústria do turismo uma prioridade? Fundador da CVC e presidente do Grupo GJP
Guilherme Paulus
O primeiro passo é a estabilidade política. A crise no Brasil tem um fator político decisivo. Notícias de corrupção, troca-troca de governos, falta de políticas públicas adequadas e emergenciais, tudo isso causa instabilidade econômica em vários setores da indústria de consumo, de serviços. Em 47 anos de atuação no mercado, já enfrentei diferentes crises na economia brasileira ou mundial, sempre com uma capacidade muito veloz de se adequar a cada uma delas – e de que forma? Ao entender muito bem os anseios do cliente e procurando fazer adaptações para a viagem acontecer. O brasileiro nunca deixa de viajar, tem sempre o seu período de férias, é sagrado, nem que seja alguns dias, um fim de semana. Enquanto se fala em crise, não há tempo para trabalhar. Costumo dizer que se você tirar o “S” da palavra crise, temos a palavra “crie”, ou seja os momentos mais difíceis te forçam a ser ainda mais criativo.
Felipe Carreras
Presidente do Fornatur e secretário de Turismo de Pernambuco
Eu acredito que para fomento do turismo doméstico e internacional é necessário um planejamento estratégico. Mas para isso é preciso ver a indústria do Turismo com um novo olhar. O Governo precisa trabalhar o produto turístico como um todo, de modo integrado com os estados e municípios, criar políticas de fomento que passam pela redução da carga tributária e medidas de incentivo. Veja o caso da redução do ICMS no combustível de aviação cuja proposta é reduzir para 12%. Se aprovado isso vai beneficiar não apenas as companhias aéreas mas o consumidor porque teremos tarifas aéreas mais econômicas e competitivas. Vejo que já se pode notar sinais claros de recuperação que ficarão mais evidentes nesta próxima temporada de verão. É preciso que Governo e iniciativa privada trabalhem em parceria e as autoridades reconheçam a importância dos estados neste processo de recuperação do setor.
Herculano Passos
Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo do Congresso Nacional
O turismo ainda não é uma política de Estado e este é o nosso principal problema. Enquanto o governo não entender que esse setor, no Brasil, tem um potencial econômico quase tão grande como o do agronegócio, as melhorias que precisamos irão acontecer muito lentamente. Países como EUA, Portugal e Espanha saíram de grandes crises econômicas apostando no turismo. Quando fizermos isso, conseguiremos resolver rapidamente problemas como a tributação abusiva para alguns segmentos do setor, a falta de infraestrutura, lentidão nos processos de imigração (vistos) e impasses para exploração turística de áreas naturais (marinas e parques naturais). Isso sem falar na promoção e divulgação do Brasil no exterior e rotas aéreas. Há também a questão da qualificação em mão de obra; e segurança pública em destinos turísticos do país que necessitam de investimentos. Temos trabalhado para obtenção de incentivos para desenvolver destinos turísticos, liberação do visto eletrônico revisão da tributação do combustível aéreo e para o setor de cruzeiros marítimos e apoio às concessões para exploração de parques naturais, entre outros itens. São formas de fortalecer a nossa indústria.
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Política
Vinícius Lummertz
Presidente da Embratur
Nossa crença é que o país apresenta todas as condições para se tornar uma potência turística. Se isso acontecer não tenho dúvidas de que o turismo vai potencializar as cidades. Temos um mercado potencial de 500 milhões de turistas da América Latina que podem vir ao Brasil O Brasil é um país desejado com baixa conversão, mas precisa criar um ambiente favorável, sem essa burocracia que emperra projetos. Neste quesito contamos com o apoio do Legislativo em questões como a aprovação dos cassinos, o aumento de capital estrangeiro nas empresas aéreas para favorecer a concorrência, e a transformação da Embratur numa agência de fomento. São fatores que certamente podem contribuir para incremento do turismo doméstico e internacional. Veja a questão por exemplo do ordenamento dos nossos parques oferecendo opções de hospedagem. Tudo isso pode favorecer e estimular o turismo doméstico.
Marx Beltrão
Ministro do Turismo
Temos uma resposta imediata que começa pela implementação do programa “Brasil+ Turismo”, pacote de medidas anunciado pelo Mtur, este ano, para fomentar o setor. As ações englobam a abertura total do capital das empresas aéreas ao mercado internacional, a implantação do visto eletrônico, a modernização da Embratur com o consequente reforço na promoção internacional e doméstica, o melhor aproveitamento turístico de áreas da União, programas de qualificação e a reformulação da Lei Geral do Turismo.
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MICE
QUEDA NA ICCA E O DEBATE SOBRE MERCADO MICE Transformação da Embratur em agência é vista como principal mudança para alavancar o segmento Igor Regis
Após o ciclo dos megaeventos, é perceptível a queda da captação de feiras, congressos e reuniões no Brasil, fator evidenciando pelo ranking da ICCA (International Congress Council Association), no qual o país voltou a perder posições, passando da 11º posição, com 292 eventos em 2015, para 15ª, com 244 em 2016. Para o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, Jogos Olímpicos afetaram dois dos principais destinos brasileiros que recebem eventos: São Paulo e Rio de Janeiro. O motivo, além do aumento dos preços e falta de disponibilidade. “Os grandes eventos refletem um pouco deste resultado. Além disso, o país vive uma agenda de resolução de problemas e crise econômica, que afeta o Turismo”, disse. O ranking 2016 tem na liderança dos Estados Unidos com 934 eventos, seguido pela Alemanha com 682 e Reino Unidos, com 582. Entre as cidades, a liderança é de Paris, com 196 eventos, seguido de Viena com 186 e Barcelona 181. A única cidade da América do Sul a constar entre as 20 principais cidades que realizam congressos padrão ICCA consta apenas Buenos Aires com 103. Apesar da queda, o ministro do Turismo, Marx Beltrão, enxerga um cenário positivo para que o país volte a figurar no TOP 10. “O turismo de eventos é fundamental para diminuir o efeito da sazonalidade e movimentar a economia dos destinos durante todo o ano. Naturalmente, os países que sediam megaeventos como a Olimpíada registram uma queda no número de eventos internacionais, mas a tendência é haver uma retomada nos anos seguintes. Estamos trabalhando para isso. Os investimentos em construção e reforma de centros de 94
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convenções mostram que o Ministério do Turismo prioriza este segmento, que atrai um público altamente qualificado”, destacou Beltrão após a divulgação do ranking. De fato, houve uma grande evolução em infraestrutura nos últimos anos, principalmente com a criação de modernos equipamentos, como o São Paulo Expo, gerenciado pela francesa GL Events, inaugurado em 2016, se tornando o maior centro de eventos da América Latina. Outro bom exemplo é o Centro de Eventos do Ceará, inaugurado em 2012 e considerado um dos mais modernos do continente. O Anhembi, em São Paulo, também passa por uma grande reforma de modernização. Porém, profissionais do setor destacam que, apesar de fundamental, a infraestrutura não é a chave para melhorar a captação de eventos, mas sim uma melhor promoção, por meio da transformação da Embratur em uma agência. “Diferente do Brasil, onde as iniciativas para a captação de eventos vem do setor privada, em outros países os governos investem muito neste segmento. Com a transformação da Embratur em um agência, eu vejo a possibilidade de nós avançarmos e este desenho mudar um pouco”, explica Gervásio Tanabe, diretor-executivo da Abracorp. Além da promoção, a mudança do órgão seria fundamental para padronizar os serviços turísticos no país. “Não há mais espaço para que a Embratur tenha este conceito de estatal. Isso (transformação em agência de promoção) seria importante não só em termos de promoção, como também de capacitação, que hoje é feita de maneira muito dispersa, na qual um estado capacita mais, outro menos e acabamos
MICE
SINAIS DE MELHORA Depois de um 2016 de baixa, o mercado de turismo corporativo apresentou bons resultados no primeiro semestre do ano. De acordo com dados da Abracorp, o volume de vendas de associados cresceu 9,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento foi impulsionado principalmente pelos resultados do setor aéreo, que evoluiu 6,68%, no âmbito nacional, e 26,35% no internacional. No agrupamento de ‘outros serviços’, o destaque positivo ficou por conta do item ‘eventos’, com crescimento de 13,5%. Evoluiu de R$ 268 milhões para R$ 304 milhões. Outro segmento que apresentou crescimento foi o de transfer, passando de R$14,04 milhões para R$ 18,17 milhões, equivalente a 29,4%. Este resultado foi decorrente da redução do tempo de permanência dos viajantes nos respectivos destinos e o incremento das viagens aéreas do tipo bate-volta. Em contrapartida o resultado das locadoras foi pior em relação a 2016. O segmento de locação nacional apontou recuo de 13,02% (de R$ 89.7 milhões para R$ 77.8 milhões). Manteve a diária média de R$ 95. Já o internacional apresentou queda de 16,6%. A redução do tempo de permanência também afetou a hotelaria, que recuou 9,76% no nacional e 7,43% no internacional.
Milhões
Viagens corporativas 1º semestre R$ 2.500 R$ 2.000 R$ 1.500 R$ 1.000 R$ 500 R$ 0
Milhões
não tendo uma padronização”, ressalta Wellington Costa, presidente da GBTA. O projeto de transformação da Embratur em agência de promoção e fomento já tramita no Congresso Nacional, mas teve sua votação seguidamente adiada em virtude a agenda da Câmara. “Já foi feito um pedido de urgência e a expectativa é de que o Congresso Nacional vote a proposta na última semana de setembro, momento em que se comemora o Dia Mundial do Turismo. Digo que teremos problemas se isto não acontecer. Estamos fazendo todos os esforços para chegarmos ao fim do ano com a agência pronta para trabalhar. Essas são as nossas pretensões, eu ficaria pessoalmente decepcionado se o Congresso não desse este passo. Mas acredito que com a força da bancada do turismo nós sairemos vitoriosos”, destacou Lummertz.
Aéreo Nacional
Aéreo Internacional
Hotelaria Nacional
Hotelaria Internacional
2016
R$ 1.910.990.054
R$ 1.470.570.205
R$ 985.014.495
R$ 201.205.179
2017
R$ 2.038.569.408
R$ 1.858.118.713
R$ 888.860.169
R$ 186.259.240
R$ 350 R$ 300 R$ 250 R$ 200 R$ 150 R$ 100 R$ 50 R$ 0
Locação Nacional
Locação Internacional
Transfer
Eventos
2016
R$ 89.748.828
R$ 20.465.618
R$ 14.048.564
R$ 268.078.081
2017
R$ 77.875.007
R$ 17.078.079
R$ 18.175.944
R$ 304.294.919
Transfers 1% Locação Internac 1% Locação Nacional 2% Hotel Internac. 6%
Market -share segmento aéreo nacional Em faturamento
DEMAIS
0,9%
28,6%
10,9% 29,1%
Hotel Nacional 27%
30,5% Aéreo Internac. 57%
Aéreo Domestic. 6%
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Em quais aspectos é necessário evoluir para que o país possa se reposicionar no segmento de eventos? Gervásio Tanabe
Diretor-executivo da Abracorp
O Brasil está começando a avançar em questão de estrutura e ficar em evidência em virtude de grandes centros de convenções que estão aparecendo, como é o caso do São Paulo Expo. Mas ainda existem alguns pontos que influenciam muito na vinda e permanência do turista de negócios e por isso é necessário mais investimento. Diferente do Brasil, onde as iniciativas para a captação de eventos vem do setor privada, em outros países os governos investem muito neste segmento. Com a transformação da Embratur em um agência, eu vejo a possibilidade de nós avançarmos e este desenho mudar um pouco. Ainda falta uma estrutura em algumas localidades, mas o principal problema nós resolvemos que era o transporte aéreo, pois o Brasil está bem coberto. Não adianta você levar um evento para alguma localidade que não tenha uma logística e este é um ponto em que avançamos muito nos últimos anos. Em contrapartida falta capacitação para que os profissionais possam estar mais preparados para receber este turista de negócios e que vai deixar dinheiro no país. Temos que juntar o setor público e o privado e focar na visão de médio e longo prazo, pois ainda pensamos muito em curto prazo e acabamos não tendo processos e cometendo erros, e erros significa custo.
Presidente do Rio Convention & Visitors Bureau
Sonia Leite Chami
Precisamos colocar o Brasil na prateleira do turismo mundial, investindo em promoção, campanhas publicitárias, pautas positivas, entre outros, além de dar continuidade às estratégias já implementadas. No setor de congressos o país vai bem e está ganhando inúmeros eventos. O Rio, por exemplo, já tem eventos confirmados até 2027. Normalmente, as cidades-sede de grandes eventos, como Copa e Olimpíadas, levam, em média, dois anos para voltar a estar na mira dos organizadores de eventos. O Rio iniciou este planejamento de retomada em 2014, quando organizamos o Fórum Rio 2017 – Um futuro de oportunidades, reunindo especialistas das cidades que receberam os Jogos Olímpicos, como Londres e Barcelona. A ação iniciada há três anos já está gerando resultados e colaborando para o crescimento econômico do Rio de Janeiro e, por consequência, do Brasil. Estamos confiantes de que nos próximos dois anos o país voltará a ser destaque do setor. O Brasil está muito aquém do seu potencial de promoção, sendo fundamental um investimento neste sentido. Entendemos a realidade do país e as limitações dos órgãos oficiais, porém é necessário resolver essa questão com estratégias e planos definidos.
Otavio Neto
CEO do Grupo Radar
Eu acho que nós temos uma excelente oferta de locais para eventos aqui no Brasil. São Paulo é uma capital que atraí eventos naturalmente, por ser o grande hub da América Latina. Já o Rio de Janeiro também se preparou para receber grandes eventos e hoje tem estrutura para isso. Nós temos a oferta, agora precisamos investir na promoção para captar estes grandes eventos para que haja a demanda. Para receber estes eventos itinerantes de grande porte muitos países trabalham até cinco anos no processo de captação, o que mostra a sua importância. A Embratur promove muito pouco o Brasil como destino corporativo e isso acaba ficando a cargo de veículos brasileiros que participam de feiras internacionais e com publicações que falam sobre o Brasil. Tenho certeza que a transformação da Embratur em agência seria fundamental para melhorar este processo de promoção, assim como outros países se promovem aqui. Outro ponto importante é o destino como um todo, principalmente a cadeia produtiva do turismo, ter a consciência da importância de se trazer eventos. É um processo de entender que o turista precisa ser orientado e bem tratado, pois ele esta trazendo dinheiro para o país.
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ABAV 2017
MICE
Wellington Costa
Presidente da GBTA (Global Business Travel Association) no Brasil
Nós sofremos muito com questões de segurança e principalmente infraestrutura. Quando digo infraestrutura não me refiro somente a centros de convenções e aeroportos, mas também toda a malha terrestre que precisa ser melhorada para favorecer a logística dos eventos. Além da melhoria destes itens, o a gente precisa trabalhar cadê vez mais com profissionais da área e isso passa pela transformação da Embratur em agência de promoção nos moldes de agências de outros países. Não há mais espaço para que ela tenha este conceito de estatal. Enquanto isso não acontecer, fica muito difícil a evolução neste segmento de eventos. Isso seria importante não só em termos de promoção, como também de capacitação, que hoje é feita de maneira muito dispersa, na qual um estado capacita mais, outro menos e acabamos não tendo uma padronização. Se um turista pegar um táxi no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Porto Alegre ele verá que o atendimento é completamente diferente. A criação desde padrão passa pela ação da Embratur, criando um conceito de modelo a nível nacional. Nós lamentamos os números atuais, mas isso indica que precisamos fazer mudanças e fazer com certa rapidez.
ABAV 2017
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MICE
Diretor presidente da IT Mice Viagens de Incentivo
Ibrahim Georges Tahtouh
Acho que melhoramos muito. Está se criando uma estrutura em termos de centros para realização de eventos e também melhoramos o a hotelaria, que está ainda mais profissional. Um ponto positivo para o crescimento deste mercado de eventos foi a criação da Unedestinos, que tem agora o Toni Sando à frente. Acho que esta união é o caminho para ter esta mentalidade mais atuante e divulgar melhor a importância dos eventos para o país. Isso é um primeiro passo, mas creio que o mais importante é divulgar o Brasil e ter uma mentalidade mais “Mice”, não ficando somente no evento, mas mostrando todas as possibilidades que os turistas de negócios têm no destino, além de sua participação no evento. As empresas do setor têm que se unir e não esperar pelo governo, pois é necessário investimentos de longo prazo. Por isso creio que esta união formada pela Unedestinos é muito importante para que todos caminhem no mesmo sentido no sentido de investir certo e promover mais o Brasil como destinos para eventos.
Ana Cláudia Bitencourt
Presidente da Abeoc
Atualmente já temos bons espaços de eventos em praticamente todas as capitais do país, assim como boas empresas organizadoras de eventos, criando experiências incríveis, tanto quanto hoteis e resorts de elevado nível. A desoneração do combustível aéreo poderia baratear as passagens e ampliar o número de vôos e o número de destinos atendidos, o que facilitaria a participação de mais pessoas em eventos nacionais e regionais. Também ajudaria muito se os órgãos de governo próprios para isso trabalhassem com políticas de incentivo às empresas, para que elas possam expor mais em eventos, com descontos, parcerias, incentivando as pequenas empresas a participarem mais de eventos, mostrarem seus produtos, seria uma forma de gerar mais negócios e aquecer a economia. Além da questão econômica do país, para crescer mais o setor de eventos precisa de empresas inovadoras, que busquem novos nichos, novos modelos de eventos. A população mudou, a maneira de ver as coisas continua mudando, e tudo isso tem que ser acompanhado de um modelo novo de evento. É preciso buscar novidades no mercado, olhar pra fora, conhecer mais o nosso cliente, entender o que ele precisa e ver oportunidades diferentes.
Toni Sando
Presidente-executivo São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) e presidente da Unedestinos
Alguns fatores são básicos e fundamentais como boa malha aérea, com voos diretos ou poucas conexões, transporte público eficiente, infraestrutura dos espaços de eventos modernas e adequadas para atender ao público internacional e segurança. Outro ponto estratégico é termos uma política pública para identificar as potencialidades de cada destino, suas expertises e competências para desenvolver ações específicas de promoção e qualificação dos destinos. Alguns exemplos são os parques tecnológicos de Porto Digital, em Recife, San Pedro Valley, em Belo Horizonte, o Parque Tecnológico do Rio, no Rio de Janeiro, o Tecnopuc, em Porto Alegre, o Sapiens Parque, em Florianópolis e o Polo Tecnológico de Campinas. Essa é uma tendência internacional adotada por destinos como Singapura, Holanda e Alemanha. São Paulo possui infraestrutura completa para atender às demandas de eventos de todos os portes. Os destinos ao redor do mundo têm se tornado mais competitivos e qualificados e este é um desafio a ser superado. A União Nacional de CVBs e Entidades de Destinos, Unedestinos, com seus consultores técnicos e a equipe da Embratur estão preparando para o próximo mês um treinamento focado neste tema, com o objetivo de equalizar a informação e contribuir com o posicionamento do Brasil no ranking da ICCA. 98
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