M&E 391

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Cataratas do Iguaçu - Foz do Iguaçu (PR)

1ª Quinzena | Junho de 2020 Ano XVII | nº391 - mercadoeeventos.com.br

A retomada começa pelo doméstico

Região Sul reúne diversidade com praias, natureza, clima ameno e compras Página 8

Lei que transforma Embratur em agência é sancionada Vetos fazem com que IRRF passe para 25%, mas Ministério do Turismo promete nova MP

ENTREVISTA

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Secretário de Turismo, Comércio e Indústria de Foz do Iguaçu, Gilmar Piolla, conta como a cidade está se preparando para voltar a receber turistas..

PARQUES

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A partir do dia 5 de junho, parques temáticos iniciam processo de reabertura. Universal será o primeiro, seguido do SeaWorld e Disney, no dia 11 de julho.

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AVIAÇÃO Grupo Latam pede recuperação judicial nos Estados Unidos e promete seguir voando. Ação não envolve subsidiária brasileira.

Confira a movimentação do setor e a agenda de eventos do Turismo. Página 18

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ENTREVISTA

Protocolos, natureza e compras: as estratégias de Foz do Iguaçu para sair na frente na retomada Anderson Masetto

espaços fechados, como atrativos, comércio e hotéis, por exemplo. Só não rest ringimos a ocupação nos apartamentos dos hotéis.

Um dos expoentes da região Sul no que diz respeito ao Turismo, Foz do Iguaçu está pronta para um retorno dos turistas. A cidade ficou em quarentena por 30 dias, mas já deu início às atividades econômicas há mais de um mês e estabeleceu uma série de protocolos para todas as empresas do setor. Isso tudo foi construído de forma conjunta com os trabalhadores de forma a gerar engajamento. O secretário do Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos da cidade, Gilmer Piolla, acredita que os aspectos de Foz como compras e natureza, fazem com que ela saia na frente na retomada. MERCADO & EVENTOS - Foz do Iguaçu foi uma das primeiras cidades a definir um protocolo específico para o turismo. Como ele foi construído? Gilmar Piolla – Iniciamos um movimento que envolveu todo o trade turístico para a elaboração de protocolos de segurança sanitária Queríamos protocolos específicos para cada segmento, então fizemos um chamamento via Conselho Municipal de Turismo (Contur), juntamente com a equipe do Sebrae, para atender a estas questões. Nossa preocupação era adotar medidas práticas e funcionais com base na experiência de quem opera na ponta. É importante dizer que não foram medidas apresentadas apenas pela equipe da saúde, cada setor contribuiu. Uma preocupação nossa era que tivesse um envolvimento de todos. Optamos por isso para que haja comprometimento e respeito por quem vai aplicar isso na ponta, porque se a gente institui protocolos que alterem muito a rotina de trabalho e onerem as empresas, ficam difíceis de cumprir. Tivemos esta preocupação para não inviabilizar os custos operacionais. M&E – Você pode citar um exemplo? Gilmar Piolla - Chamamos as camareiras dos hotéis nos ajudar a definir como seria a limpeza e arr umação dos quartos. E foi desta conversa que surgiu a prop osta de limp eza em duas etapas e também da adoção da capa de proteção de travesseiros e colchões, que serão substituídas a cada troca de hóspede. Isso surgiu de uma reunião para entendermos como elas faziam a limpeza. M&E – No caso dos atrativos, quais serão os protocolos adotados? Gilmar Piolla – Temos protocolos específicos para os meios de hospedagem, atrativos, agências, espaços de eventos, restaurantes, lanchonetes, t ransp orte, receptivo em veículos pequenos e vans e ônibus. No caso dos atrativos, serão montadas barreiras sanitárias para fazer a medição de temperatura, além da busca ativa para saber se a pessoa teve contato com alguém e se teve sintoma respiratório. Isso também acontecerá nos hotéis por meio de um questionário. Quando identificarmos, esta pessoa será encaminhada para fazer o teste laboratorial da Covid-19. Temos dois laboratórios habilitados e o resultado

M&E – Foz do Iguaçu vinha com um crescimento no número de voos. Como fazer agora para atrair estas ligações novamente? Gilmar Piolla – Tínhamos três voos internacionais e com perspectivas conseguir de novos. Estávamos trabalhando na articulação nosso do hub. Com tudo isso, aproveitamos para ganhar tempo em relação a obra de ampliação da pista. Ganhamos uns dois meses no prazo final. Com pouco movimento conseguimos trabalhar mais e fazer todas as intervenções. Teremos uma pista de 2,8 mil metros até o final do ano, o que permitirá receber voos sem escala dos Estados Unidos e Europa. Existia esta demanda e agora estamos literalmente correndo com as obras, o que será fundamental para a médio e longo prazo nesta recuperação. Tínhamos recordes sucessivos de visitação e, agora, começar tudo de novo. É um grande desafio.

Gilmar Piolla, secretário de Turismo de Foz do Iguaçu

sai em questão de horas. Este aspecto será um diferencial p orque vamos testar todo mundo que for necessário. M&E – A confiança deve ser um dos principais aspectos que norteará a decisão dos viajantes. Como fazer com que o turista se sinta seguro em viajar para Foz? Gilmar Piolla - Esta segurança virá na medida em que, primeiro, agente tiver chegando no final da curva descendente da pandemia no Brasil. Temos a consciência de que vamos reabrir aos poucos, mas que o movimento não virá imediatamente. Teremos um fluxo local e regional num primeiro momento. A confiança e segurança de forma definitiva com uma vacina ou um tratamento que seja um antídoto conta o vírus. Sabemos que quando isso acontecer o turismo vai voltar com muita força. Enquanto isso, os protocolos são a nossa novo normal. M&E – Você acredita que parte destes protocolos vieram para ficar, mesmo no pós-pandemia? Gilmar Piolla – Sim, e principalmente esta atenção maior com a higiene. Acho que haverá um distanciamento maior entre as pessoas. Os eventos tendem a encolher de tamanho um pouco e quando tivermos algo definitivo, algumas destas práticas não serão mais necessárias. Acredito que algumas coisas serão incorporadas, como hábitos de trabalho, viagens e consumo, especialmente com mais reuniões em v íde o, p ois est ão s e mostrando muito eficientes.

M&E - Qual o quadro atual de Foz do Iguaçu em relação a pandemia? Gilmar Piolla – A situação relativamente sob controle. Fomos uma das primeiras cidades a instituir o uso obrigatório de máscaras e um serviço de plantão médico 24 horas para tirar dúvidas e orientar as pessoas. Habilitamos dois laboratórios para a realização de exames em massa e adquirimos 34 mil testes. Praticamos um isolamento com restrições por 30 dias, com fechamento comércio e não essenciais. Agora já tem mais de 40 dias que flexibilizamos com a adoção de protocolos e não houve uma explosão casos. Foz do Iguaçu tem uma transmissão comunitária muito baixa. Há hoje [a entrevista foi realizada no dia 27 de maio] 116 casos confirmados, sendo que praticamente 50% são importados e três óbitos. Há cinco pacientes em UTI e cerca de dez internações. M&E - Além do lazer, Foz do Iguaçu também tem uma grande estrutura para eventos. Como estão olhando para este setor? Gilmar Piolla – Somos o terceiro d es t ino do Bra sil em t urismo d e eventos, segundo o Ranking da Icca. Estamos prevendo a retomada eventos de p equeno p orte no f inal de julho, mas com medidas de distanciamento. Por exemplo, um evento para 400 pessoas, com as medidas de espaçamento entre as cadeiras, que não podem ocupar mais de 30% do espa ço, s eria ne ces s ário uma sala para 1,2 mil pessoas. Esta delimitação de 30% vale para todos os

M&E – Como a cidade, que tem boa parte da sua atividade econômica vinda do Turismo, ajudou as empresas e trabalhadores do setor neste período? Gilmar Piolla - Lançamos um programa voltado aos trabalhadores do turismo como guias, motoristas e todos os demais que se enquadram no Micro Empreendedor Individual (MEI), o Foz Juros Zero. Esperamos atingir R$ 30 milhões com ele. Funciona da seguinte forma, a prefeitura vai bancar os juros e o empreendedor tem 12 meses de carência e 24 meses para pagar. O limite é de até R$ 6 mil para o MEI, trabalhador informal e a micro empresas. Agora estamos fazendo uma parceria com Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) para utilização destes recursos do Fungetur para atender as empresas maiores. Além disso, intermediamos negociações entre sindicatos e conseguimos saídas para preservar empregos no setor. M&E - Diversas pesquisas mostram que as viagens terão início pelo doméstico. Como sair na frente na captação deste turista? Gilmar Piolla - Entendemos que os destinos estarão muito competitivos no pós-pandemia. Teremos muitas promoções, como já vimos no exemplo da Itália, que vai distribuir vouchers para que os trabalhadores viagem pelo País. Pretendemos fazer uma campanha que vai envolver companhias aéreas, meios de hospedagem, atrativos e centros de compras na nossa fronteira. Faremos isso no momento certo, quando as pessoas tiverem mais confiança para viajar. Acredito que os destinos de natureza estarão em alta neste pós-pandemia. Como oferecemos opções de conforto e bem estar, com resorts, águas termais e boas condições de compras, podemos ter vantagem. Agora, estão sendo feitos muitos investimentos em lojas francas, que foram autorizadas nas cidades brasileiras de fronteira. Haverá uma cota de US$ 300 dólares aqui e mais US$ 500 para quem atravessar a fronteira. O brasileiro poderá comprar até US$ 800 sem pagamento de impostos. Tudo isso será um diferencial para o doméstico.


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EDITORIAIS

TURISMO EM DADOS

Precisamos falar sobre protocolos Roy Taylor Está mais do que provado o quanto o Turismo é importante para a economia do mundo. Países que já conseguiram diminuir o ritmo da pandemia ou que já estão livres dela iniciam discussões importantes. Como trazer os visitantes de volta? É hora de abrir as fronteiras? Quais são os protocolos que devem guiar as atividades turística? O mundo quer voltar ao normal ou a um novo normal e – embora a situação econômica não seja a mais favorável – há muita gente sedenta por viajar. O fato é que iss o deve demorar mais um pouco a acontecer. Mas urge a necessidade de discutir como isso se dará, pois o Turismo é um dos grandes responsáveis por fazer girar a roda da economia. Nossa atividade é responsável por movimentar 52 segmentos e responsável p or mais de 10 0 milhões de postos de trabalho no mundo todo. Mais do que um negócio ou uma atividade econômica, o Turismo é – como gosta de dizer o secretário de Turismo de São Paulo e grande amigo, Vinicius Lummertz – a troca de cultura e experiências entre povos e nações. É algo que contribui imensamente para a convivência e harmonia das pessoas. É ainda a válvula de escape mais comum e eficaz, além de ser especialmente necessária aos trabalhadores de todo o mundo.

Muitos países, parques temáticos e até navios já definiram data para voltar a receber visitantes. A lista de restrições, no entanto, é grande, o que é compreensível e necessário. O que pede-se é que o Brasil inicie este processo o quanto antes. É necessário discutir como isso vai acontecer e, sobretudo, tratar de forma desigual os desiguais. Por exemplo, Foz do Iguaçu, com menos de uma dezena de mortes, já reabriu hotéis e atrativos. Outros lugares, como São Paulo e Rio de Janeiro devem aguardar um pouco mais. Esta discussão de como e qua ndo p oderia s er liderada pelo Ministério do Turismo e envolver todos os estados. Como já previsto por especialistas e apurado em diversas pesquisas, as viagens recomeçaram de for ma regional, p or isso, isso pode e deve ser visto caso a caso. Não é necessário que se tenha regras e prazos iguais em todos os est ados. Ta mbém não s e pede que as coisas retornem o quanto antes, pois é preciso ter segurança para tal. Falamos, no entanto, de sair na frente. Discutir e aplicar ações que farão com que o Turismo tenha uma retomada mais rápida assim que for possível é obrigação de todos os gestores públicos do setor no Brasil.

Roy Taylor é fundador e presidente do Mercado & Eventos

E o crédito? Anderson Masetto É tudo muito bonito. Governo Federal, Sebrae, Caixa Econômica, Governos Estaduais e bancos privados anunciaram linhas de crédito para pequenas e médias empresas. Algumas, inclusive, específicas para as empresas do Turismo. É até comovente como o socorro veio rápido por meio de anúncios, coletivas de imprensa e discursos. O dinheiro, que é bom, está em algum lugar que não é na conta das empresas que precisam dele. Onde, exatamente, não se sabe. Há quem diga que ele existe. Porém, para os gerentes dos bancos que supostamente devem intermediar estes empréstimos, também não sabem onde ele está. Sabemos que há etapas a serem cumpridas antes que o dinheiro chegue na ponta. Há, no entanto, que se levar em consideração a situação atual. Não há empresa que resista ou consiga preservar empregos com praticamente nenhuma venda desde o Carnaval. Se há mesmo a intenção de que não ocorra um desmonte no setor, este dinheiro precisa chegar. A capacidade de pagamento das empresas pode ser questionada individualmente. No entanto, com carência média de 12 meses, é impensável de que até lá o

faturamento não tenha voltado para a maioria das agências e operadoras. O setor tem como se reerguer. Há empresários que são hoje verdadeiros heróis. Não por não deixarem suas empresas morrerem, mas por fazer todo o possível e o impossível para manter seus times a postos – mesmo com as reduções permitidas pela Lei. Desta forma, acredito, a retomada pode ser mais rápida. Mas não há milagre que sustente qualquer empresa do mundo quando não há entrada de recursos ou empréstimos. Por melhor que seja a gestão caixa, a missão de manter o Turismo em pé está se tornando impossível. Vemos por parte de algumas instituições uma tremenda boa vontade. Não há, no entanto, como não tratar o momento atual como exceção. É preciso, urgentemente, destravar as amarras da burocracia e colocar estes recursos à disposição das empresas. Não se fala aqui em distribuir dinheiro, mas sim em emprestar a juros e prazos razoáveis a quem tem capacidade de pagar. E, hoje, isso significa salvar o Turismo. Anderson Masetto é jornalista, pós-graduado em Comunicação Jornalística e editor-chefe do Mercado & Eventos

Azul é aérea brasileira com menor índice de reclamações; Latam lidera em soluções Igor Regis Um relatório divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostrou que, para cada 100 mil passageiros pagos transportados em 2019, foram registradas, em média, 38,5 reclamações contra os serviços prestados por empresas aéreas. Quando consideradas apenas as companhias nacionais, o índice cai para 35,6, enquanto nas internacionais e de 64,2. Entre as principais aéreas brasileiras que mais transportaram passageiros em 2019, a Azul apresentou o menor número de reclamações para cada grupo de 100 mil passageiros pagos transportados no período, da ordem de 21,0, seguida por Gol (25,2) e Latam (38,0). A Latam apresentou o maior índice de solução em 2019, com 80,1%. A lista é completada com a Azul (75,8%) e a Gol (75,6%).

No caso apenas das empresas brasileiras, o maior número de reclamações corresponde a alteração pela empresa aérea (22,5%), seguida por oferta e compra (18,5%) e execução do voo (16,2%). Já os três temas mais reclamados entre as empresas estrangeiras foram: execução do voo (17,1%), alteração pela empresa aérea (16,8%) e oferta e compra (16,7%). Em relação à satisfação do usuário quanto ao atendimento da empresa aérea na plataforma, indicador avaliado pelos passageiros, em uma escala de 1 a 5 — onde 1 é menor nota e 5 é a maior —, o índice de satisfação foi de 2,8 para as empresas brasileiras, de 2,0 para as estrangeiras e de 2,7 no total. O tempo médio de resposta das empresas aéreas em 2019 foi de 5,7 dias para as empresas brasileiras, de 5,9 para as estrangeiras e de 5,7 no total.


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BRASIL

Com incorporação da Cultura, MTur muda estrutura Secretarias ganham novas funções e são renomeadas. De acordo com Marcelo Álvaro, foram observados critérios técnicos Anderson Masetto O Ministério do Turismo tem uma nova estrutura. A mudança tem como objetivo impulsionar o mercado turístico e o setor cultural e acontece em razão da incorporação da Secretaria Especial da Cultura (Secult) e das demais subsidiárias à Pasta anunciada, em novembro. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, afirmou que a nova estrutura observou critérios técnicos para o aprimoramento das duas atividades, além da integração entre as áreas. “Ao formular esta nova organização, construímos, em conjunto com a equipe da Cultura, uma Pasta que pudesse impulsionar essas duas atividades tão importantes para o desenvolvimento do Brasil. Além disso, ela permitirá uma melhor gestão sobre os temas a serem trabalhados”, comentou. Com as mudanças, a Agência Nacional do Cinema (Ancine); o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); Instituto Brasileiro de Museus (Ibram); a Fundação Biblioteca Nacional (FBN); a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB); a Fundação Cultural Palmares (FCP); e a Fundação Nacional de Artes (Funarte) passam a ser vinculadas ao ministro do Turismo, com assessoramento e a supervisão da Secretaria Especial de Cultura. NOVOS NOMES E FUNÇÕES A Secretaria Nacional de Estruturação do Turismo (SNETur) passa a se chamar Secretaria Nacional de Infraestrutura Turística (SNINFRA). Ela ficará responsável exclusivamente por coordenar, monitorar, supervisionar, apoiar e avaliar os planos, os programas e as ações do Ministério do Turismo voltados à implementação de infraestrutura turística, seguindo as normas sobre acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. O Ministério ainda contará com um Departamento de Inteligência Mercadológica e Competitiva, dentro da Secretaria Nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo (SNDTur), que terá a missão de impulsionar o Brasil de forma competitiva em todo o mundo, aproveitando o seu reconhecido potencial cultural e natural. O novo setor será responsável, também, por criar um Plano Integrado de Posicionamento de Imagem do Brasil; a definição dos produtos turísticos a serem promovidos em âmbitos nacional e internacional, considerando as características da oferta e o perfil da demanda; a política

de segurança turística; e a gestão de Cidades Criativas e Destinos Turísticos Inteligentes. A atual Secretaria Nacional de Integração Interinstitucional (SNINT) muda de nome e recebe novas atribuições. A SNINT passa a ser denominada como Secretaria Nacional de Atração de Investimentos, Parcerias e Concessões (SNAIC), composta por dois departamentos: Departamento de Ordenamento, Parceiras e Concessões e Departamento de Atração de Investimentos. A SNAIC absorve as competências

do atual Departamento de Ordenamento Turístico – DEOTur, da antiga Secretaria de Estruturação do Turismo (SNETur). O objetivo é integrar o planejamento, o ordenamento e a gestão territorial do turismo às estratégias de atração de investimentos, e possibilitar melhores condições nas linhas de créditos e novas parcerias para o desenvolvimento do turismo. O Programa Regionalização do Turismo, o Prodetur+Turismo, o mapeamento e categorização de municípios e a gestão do Fungetur, ficam sob a responsabilidade da SNAIC.

Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo


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BRASIL

Governo sanciona Lei que transforma Embratur em agência, mas veta recursos extras e IRRF em 6% Medida Provisória 907 se torna Lei, mas trade ainda busca alternativas para que IRRF não permaneça em 25% Anderson Masetto Agora é Lei. Mais especificamente a Lei 14.002, de 22 de maio de 2020, na qual s e t ransfor mou a Medida Provisória 907 após a aprovação pela Câmara dos Deputados, pelo Senado e, enfim, sancionado pelo presidente d a Rep úbl ica, Ja i r B ol s o naro. O t ex t o, n o ent a nt o, s of r eu vet o s imp ort a ntes, como a re dução do IRR F para 6% e da destinação da chama TEF para o Fungetur. A razão para o veto da redução do imposto também foram publicadas no Diário Oficial da União. De acordo com o texto, a redução do tributo fer e a L ei d e Re s p o n s a bi l id a d e Fiscal, bem como a Lei de Diretrizes O r ça m ent ár ia s. “A p r o p o s i t u ra l e g i s l a t i v a i n s t i t u i o b r i ga ç ã o a o Pod er E xe cu t ivo e a ca b a p or acarretar renúncia de receita, sem o cancelamento equivalente de outra despesa obrigatória e sem que esteja acompanhada de estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro”, diz o texto. Neste caso, volta a valer a alíquota de 25%, uma vez que uma Lei de 2016 reduzia o imposto para 6% até o dia 31 de dezembro de 2019. A proposta da MP 907 era aumenta este valor de for ma gradual, pa ssa ndo para 7,9% em 2020 até chegar a 25% em 2024. No entanto, uma emenda feita na Câmara voltava a fixar a alíquota em 6%, no entanto, foi vetada pela Presidência da República. O IRR F incide sobre os valores enviados ao ex terior p or agência s de t urismo,

até o limite de R$ 20 mil por mês. EMBRATUR O u t r o vet o foi em r ela ção à c o m p o s i ç ã o d o Co n s e l h o D el ib erat i vo d a Em b rat u r. Um a em en d a na Câm a ra col o c ava representantes da CNC, da Câmara e d o S ena d o, ma s a P r e sid ên cia d a Rep úbl ic a ent en d eu qu e i s s o contrariava o princípio da separação dos poderes. “A p r o p o s i t u ra l eg i slat i va a o e s t a b el e cer, p o r i nt er m éd io d e emenda parla ment ar, a a lteração d a c o m p o s i ç ã o d o Co n s e l h o D elib erat ivo da Embrat ur – Agên cia Bra silei ra d e P rom o ção Internacional do Turismo, a fim de incluir membros do Poder Legislativo sem a necessária correlação com o mandato parlamentar no conselho deliberativo de atividades ínsitas do Poder Executivo e financiado com recursos públicos, e que é fiscalizada pelo próprio parlamento no exercício d e sua m is s ão con s t it u ciona l, contraria o princípio da separação dos poderes insculpido no art. 2º da Constituição da República” RECURSOS Ainda foi vetada a ampliação de receita da Embratur – que poderia acontecer via Fungetur. A proposta do Projeto de Lei Substitutivo que foi aprovada constituía como receita própria do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) a parcela correspondente ao aumento das tarifas de embarque internacional (TEI) vigentes naquela

Trade busca alternativas para IRRF

Magda Nassar, presidente da Abav e o ministro Marcelo Álvaro Antônio

O Ministério do Turismo avaliou que os vetos foram necessários após a proposta inicial ter passado por mudanças durante sua tramitação no Congresso Nacional. O ministro Marcelo

Álvaro Antônio prometeu ajudar o setor e garantiu que está trabalhando em uma nova Medida Provisória para diminuir ou até zerar este imposto. “S ei qu e e s s e s b en ef ício s s ão

Presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei, mas vetou alguns artigos; Gilson Machado Neto terá mais flexibilidade no comando da Embratur

d at a, qu e é h oje di r e ciona d o a o Fundo Nacional de Aviação Civil. A s razões para o veto, s egundo o t ex t o, é qu e e s t a a l t era ção cont raria o interess e público. “A propositura […] contraria o interesse público, ante o expressivo impacto econômico negativo para o mercado d e t ra n s p o r t e a ér e o b ra s i l ei r o, tendo em vista que tais valores são destinados ao des envolv imento e fomento do setor de aviação civil e das infraestruturas aeroportuária e

aeronáutica civil, em especial neste momento de grave crise provocada pela pandemia da Covid-19” A p es ar d o s veto s, a s a nção d a L e i c o n f i r m a a t r a n s fo r m a ç ã o d a Em brat u r em u ma agên cia, aumentando assim a sua flexibilidade e também a possibilidade de ampliar re ceit a s. D e acordo com a Lei, a agência pode, agora, obter recursos por meio de convênios, parcerias e cessão de direitos de divulgação da Marca Brasil, por exemplo.

fundamentais para a sobrevivência do setor, em especial, neste momento de grave crise econômica que atinge toda a cadeia do turismo. Por isso, me comprometo desde já a apresentar uma nova Medida Provisória para a s s eg u rar es s a s re d u ções no s imp ostos cobrados”, assegurou o ministro.

medida será revertida. Vamos ter fé e acreditar. É um retrabalho, mas acreditamos que este assunto será pacificado e se não for. Ministério do Turismo está do nosso lado e em breve teremos uma Medida Provisória contemplando o correto”, contou.

PLANO B Esta nova MP seria o “Plano B” citado pela presidente da Abav Nacional, Magda Nassar, durante o “Papo com Agente” – live da Abav-Sp e Aviesp. Ela declarou que as entidades do setor previam este veto e por isso já estavam trabalhando em uma alternativa para que o setor não fosse prejudicado com uma perda de competitividade. “Durante a votação das emendas, o s d epu t ad o s ent end era m que o texto original estava aumentando um imposto, por isso houve este destaque para que ele voltasse a 6% e isso abriu espaço para o veto porque fere a Lei de Diretrizes Orçamentárias”, explicou. “Este não é o momento para se desesperar porque temos um Plano B sim e ele será aplicado”, complementou. Magd a revelou que d es d e que, quando a possibilidade do veto se desenhou de forma mais concreta, a s ar t iculações já t ivera m in ício. Seg und o ela, há muit a gent e trabalhando em Brasília em prol do setor para que isso aconteça. “Esta

OBJETIVO É ZERAR IMPOSTO Embora, quando a MP foi editada, o t rade tenha comemorado que o gover no não tenha fixado os 25% logo de cara, tanto entidades como Ministério do Turismo se posicionaram a favor de zerar o imposto. Conforme o M&E apurou, o próprio Ministério d a E co n o m ia ent en d e qu e e s t e imposto não é devido e enxerga uma bitributação, haja vista que uma lista de 33 países que possuem acordo com o Brasil justamente por entenderem ser uma dupla cobrança. E, por este motivo, não há cobrança da taxa. Até 2016, o Turismo era isento deste imposto. No primeiro dia daquele ano, passaria a valer a alíquota de 25%. No entanto, uma Medida Provisória da então presidente Dilma Rousseff, fixou o IRRF em 6% por cinco anos, ou seja, até dezembro de 2019. A MP 907 também tratava o tema e previa um aumento escalonado, iniciando em 7,9% em 2020 até chegar aos 25% em 2024. Há ainda o agravante que, com outros encargos, o valor chega a 33%.


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BRASIL

São Paulo terá série de lives sobre a retomada Broadcast SP pra Todos receberá o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili Anderson Masetto O estado de São Paulo está se preparando para um retorno gradual e responsável das atividades econômicas. E isso inclui, obviamente, o Turismo. Em paralelo a isso, a Setur-SP, em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA), dará início a um Broadcast que tem como objetivo discutir os aspectos do setor frente a uma retomada, bem como o compartilhamento de boas práticas. A primeira edição do Broadcast SP pra Todos vai ao ar no próximo dia 2 de junho às 14 horas nos canais da Setur-SP no YouTube (secturismosp) e no Facebook. A estreia terá a presença de Zurab Pololikashvili, secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT) e da PhD Dan Wang, da The Hong Kong PolytechnicUniversity – Schoolof Hotel andTourism Management. A mediação será feita pelo secretário de Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz. Zurab falará sobre o tema “Turismo seguro já é uma realidade”. Ele apresentará o exemplo das Ilhas Canárias e explicará sobre certificados eletrônicos e a possibilidade da retomada no novo normal. Dan Wang falará sobre as aplicações de smartdestination e tecnologia, detalhando sobre a utilização eficaz na retomada e no crescimento do setor, com resultados atuais. O PROJETO O “Broadcast SP PraTodos” promoverá debates com especialistas, apresentando soluções e inovações para alavancagem do setor no atual cenário. Os encontros irão tratar de temas como reaquecimento do setor, empregabilidade e economia, buscando soluções seguras e eficazes para o Turismo em São Paulo. Iniciativas de países que estão à frente na administração da pandemia e ações locais que já estão gerando resultados serão debatidas com o objetivo de trabalhar em uma construção conjunta entre poder público e iniciativa privada, de forma segura aos profissionais e turistas. “O Broadcast SP para todos’ irá compartilhar conteúdo estratégico, promover debates e, dessa forma, contribuir com o engajamento do setor e da sociedade, desenhando o novo normal, com efetividade e foco na retomada econômica do Turismo no Estado”, afirma Lummertz. “Criamos esse canal de diálogo e comunicação com interatividade dos setores público e privado porque acreditamos que a união é necessária para restabelecer nossa economia, em uma retomada segura. Vamos compartilhar conhecimento que fará a diferença em soluções efetivas e que promovam a transformação em nosso setor”, complementa. O impacto social e econômico causados pela Covid-19 na

indústria requer novas estratégias para a retomada do setor. Diante do desafio, o Estado de São Paulo, principal portão de entrada do país e responsável por 48% das viagens domésticas, oferece um canal de diálogo para a reestruturação e a ativação econômica do Turismo. O projeto terá programação quinzenal, na plataforma YouTube, e contará com a participação de convidados e experts para debater soluções, compartilhar conhecimento, promover o engajamento do setor, bem como, interagir com poder público e iniciativa privada para termos os melhores caminhos na retomada do setor.

Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo


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DESTINO

A retomada começa pelo doméstico: um passeio pala região Sul Após viajar pelo Nordeste e Sudeste, o M&E desembarca no Sul do país para trazer as diversas possibilidades de Turismo oferecidas por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul Igor Regis Em meio a um cenário de incertez a s, provocado p ela pandemia de coronavír us, uma das p oucas certezas para o setor é de que a retomada será pelo doméstico.

A previsão, que vai de acordo com os planos de boa parte para o setor de Turismo,leva em consideração não só as restrições imp ostas p or diver s o s p a ís es, ma s a bu s ca d e turistas pela segurança dos destinos nacionais.

PARANÁ

Foz do Iguaçu, no Paraná, é um dos principais destinos da região Sul

Um dos destinos plurais do Brasil, o Paraná se destaca como um dos estados que mais atraem turistas internacionais no país, impulsionados por um dos principais cartões postais, as Cataratas do Iguaçu. Mas o estado abriga ainda mais atrativo, que incluem o Jardim Botânico e a Pedreira Paulo Leminski ambos na capital, Curitiba, além de famosos santuários ecológicos, e ainda, boas estâncias termais, spas, resorts e diversos polos de ecoturismo e aventura espalhados por todo o estado. Curitiba é moderna, sofisticada, cosmopolita, com um diversificado circuito histórico, cultural e gastronômico. Especialmente na arquitetura e na gastronomia, nota-se grande influência europeia. Toda essa mistura pode ser vivenciada em mais de 50 museus, feiras livres, festividades culturais e gastronômicas, apresentações de dança e música, artesanatos e também no dia a dia dos paranaenses. Já no Litoral, ficam alguns famosos santuários ecológicos, como a Ilha do Mel, Guaraqueçaba e o Parque Nacional do Superagui. Na região dos Campos Gerais,

estão localizados o Parque Estadual de Vila Velha, com suas gigantescas esculturas de rocha, e o cânion do Guartelá, o sexto maior do mundo. Mas o principal atrativo do estado fica na divisa de Brasil com Argentina e Paraguai: a cidade de Foz do Iguaçu.Nas Cataratas do Iguaçu o turista encontra um dos maiores espetáculos naturais do planeta, considerado Patrimônio Natural da Humanidade e uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza. Visitar as Cataratas do Iguaçu é uma experiência de imersão na natureza, onde a água é a grande protagonista. As caminhadas pelas trilhas do local também ganham destaque com a proximidade iminente da imensidão das quedas d’água do Rio Iguaçu. Outra pedida é a visita panorâmica em Itaipu, uma usina grandiosa construída entre Brasil e Paraguai. A visita impressiona e garante uma experiência única e marcante de visitar uma das maiores hidrelétrica. Em Foz do Iguaçu está o Complexo Turístico Marco das Três Fronteiras, onde o visitante tem à disposição uma infraestrutura com diversas atrações.

Foto: Caio Vilela - MTur

SANTA CATARINA

Florianópolis apresenta grande infraestrtura de lazer e serviços

Santa Catarina é um estado que foi beneficiado pelas condições naturais da terra. Há beleza para qualquer época do ano, já que suas estações são bem definidas. O calor de quase 40°C no

verão atrai muitos turistas para as belíssimas praias do litoral do estado, enquanto as temperaturas abaixo de zero do inverno tornam a Serra Catarinense ainda mais encantadora, principalmente

Nes t a es t ratégia de ap os t ar no doméstico, o M&E dá continuidade a sua série de matérias abordando o s principia s at rat ivos do Bra sil. A p ós o No rd e s t e, n e s t a e d i ção é a vez d a Reg ião Sul, d es t a qu e p ela pluralidade de possibilidades

a s erem ex plorada s, que incluem s ol e p ra ia, t u rism o d e i nver n o, luxo, parques, ecoturismo, turismo cultural, turismo de aventura, entre out ros, t udo iss o dist ribuído p or diversos destinos e pontos turísticos de destaque do País.

quando há ocorrência de neve. Com um aeroporto recém inaugurado, a capital Florianópolis não deixa a desejar. A diversidade de opções de praias é imensa, passando por praias cercadas por dunas, restingas ou morros cobertos de Mata Atlântica, com águas calmas para crianças ou ondas boas para surfistas, em balneários badalados ou em pequenas comunidades de pescadores. O patrimônio histórico da região é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, devido à grande quantidade de igrejas, grutas religiosas e celebrações de fé, é um dos atrativos que também torna a cidade um ponto importante para o turismo religioso. A vida noturna da capital também é agitada, e conta com algumas das mais famosas casas noturnas do país. A Serra Catarinense é um espetáculo natural à parte, com foco especial no ecoturismo. A paisagem, formada por florestas de araucárias, rios, cachoeiras, vales, campos de altitude e grandes cânions, é umas das regiões mais frias do Brasil, a única onde neva em quase todos os invernos.

Outro destaque importante está em Balneário de Camboriú, que compete com a capital pela atenção dos turistas, conta com diversas praias e também com opções de ecoturismo. A região também ganhou mais relevância no começo do ano passado, quando se tornou uma das paradas oficiais de cruzeiros marítimos. A cidade se une a Itajaí, como paradas na temporada de cruzeiros Santa Catarina também abriga uma das maiores atrações brasileiras. O parque Beto Carreiro World é um dos 10 melhores parques de diversão do mundo e conta com mais de 100 at ra çõe s, s en d o o ún ico p a r qu e brasileiro que possui uma montanha r ussa invertida. A região também é r e co n h e cid a p o r s ua h era n ça a lemã, p ercept íveis a o longo d o patrimônio cultural, da arquitetura e das tradicionais festas, como a Festa Pomerana, que acontece em janeiro, a Sommerfest, também conhecida como a Festa do Verão, e a Oktober fest, festa da cerveja que remete muito à cultura alemã, através de danças e comidas típicas.

RIO GRANDE DO SUL

Gramado é destaque na Serra Gaúcha

O estado do Rio Grande do Sul, extremo sul do país, é cheio de charme e cultura. O destino é ideal para uma viagem de turismo cultural, rural e de aventura feitos em um roteiro integrado que oferece uma mistura de cenário urbano, planícies e montanhas. Uma boa opção para quem quer desfrutar a tradição, as belas paisagens e sabores da gastronomia gaúcha. A capital do estado, Porte Alegre, é um destino com agitada vida cultural e muitas opções de lazer. É uma das cidades mais dinâmicas e culturais do Brasil. Passeios nos parques, na orla do Guaíba e nos roteiros dos caminhos rurais, dentre outros tantos. Os passeios no centro histórico estão cheios de atrativos históricos, arquitetônicos e culturais com belos edifícios antigos e tombados, museus, e centros culturais.

Entre os destaques são a Praça da Matriz, a Usina do Gasômetro, às margens do lago Guaíba, e o Parque da Redenção. São programas imperdíveis.Os modernos shoppings da cidade, com ampla oferta de lojas e serviços, também oferecem variada gastronomia e atividades de lazer. Mas grande parte das belezas e atrativos do estado se concentra nas cidades de Gramado e Bento Gonçalves, que são o eixo de consagrados atrativos naturais e de lazer da Serra Gaúcha, região de pousadas acolhedoras, fartos cafés coloniais e pratos típicos das culinárias italiana e alemã, cantinas de vinhos e de famosos espumantes e de paisagens exuberantes. O roteiro completo passa ainda pelas atrativas cidades de Canela, Nova Petrópolis, Cambará do Sul, Garibaldi e Caxias do Sul.


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MUNDO

Destinos do mundo começarão a receber turistas Após um longo período de restrições e confinamento para evitar um número maior de mortes, países dão início a flexibilização Anderson Masetto Após impacto inicial, pandemia começa a perder força na Europa e países começam a reabrir suas portas e se preparar para receber turistas. Muitos ainda estão com as fronteiras fechadas, mas o caso da Itália é emblemático e aponta para boas notícias. O País - que chegou a ser o epicentro do coronavírus na Europa, batendo sucessivos recordes de infectados e mortos – volta a receber visitantes neste mês de junho. A Espanha também já marcou a data de retorno, assim como outros destinos ao redor do mundo. O Governo da Itália aprovou em âmbito nacional a reabertura de fronteiras e o reinício do turismo a partir do dia de 3 junho. O movimento acontece no momento em que o país começa a emergir de uma das quarentenas mais intoleráveis de todo o mundo. No mesmo dia, o governo também liberará a livre circulação entre regiões da Itália, bem como revogará à obrigação de 14 dias de quarentena. As viagens dentro da União Europeia serão liberadas a partir de 3 de junho. Espera-se também que outros parceiros europeus reabram as fronteiras na mesma data. Já as ligações com países de fora da Europa permaneçam proibidas até pelo menos 15 de junho. A Comissão Europeia irá decidir nesse ponto, para acabar com o bloqueio ou para estendê-lo ainda mais. A Espanha abr irá suas fronteiras para turistas internacionais no mês de julho. Já a Grécia reabrirá suas portas para turistas estrangeiros no próximo dia 15 de junho. Apenas visitantes provenientes de países com níveis baixos e aceitáveis de propagação do novo coronavírus (Covid-19) terão a entrada permitida e não será obrigatório realizar o teste de Covid-19 e nem fazer quarentena na chegada ao país. A Suíça está em fase de transição – do semi-confinamento à sua redução gradual. Para fortalecer a confiança dos hóspedes suíços e estrangeiros em relação aos aspectos de limpeza e segurança no setor de turismo e na hotelaria, gastronomia e transportes, o Turismo da Suíça criou o selo “Clean & Safe”. Os teleféricos e as atrações turísticas devem iniciar as operações a partir de 8 de junho, enquanto as fronteiras com a Áustria, a França e a Alemanha estarão abertas ao turismo a partir de 15 de junho. Portugal entrou na segunda fase do plano de desconC

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finamento definido pelo Governo. turística de Aruba. O objetivo é elevar Escolas, creches, cafés e restaurantes os protocolos de higiene e saúde até já podem reabrir as portas desde que que as fronteiras sejam reabertas, a sua ocupação não exceda 50% da provavelmente entre 15 de junho e respectiva capacidade e sejam cum- 1° de julho. pridas todas as orientações de higiene Nos Estados Unidos, após três meses e sanitária da Direção Geral da Saúde de paralisação, os famosos e tradide Portugal. O país deu autorização cionais cassinos de Las Vegas estão também para a reabertura de pastela- prontos para reabrir as portas. O rias, algumas lojas e estabelecimentos governador de Nevada, Steve Sisolak, similares. estabeleceu o próximo dia 4 de junho Saindo da Europa, Aruba apresentou para uma tentativa de reabertura dos um programa com critérios rigorosos cassinos em todo o estado. Será um de certificação sanitária obrigatório primeiro dia de testes e monitoramenpara todas as empresas da indústria to de novos protocolos. 200528MS_AVG_MerBra_CMYK[print].pdf 1 29/05/20 8:15

Torre de Pisa, na Itália; País sofreu com a pandemia, mas já tem data de reabertura


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AGÊNCIAS E OPERADORAS

Governo reconhece que agências de viagens não têm responsabilidade solidária em todos produtos Nota técnica da Secretaria Nacional do Consumidor é considerada uma das maiores vitórias do setor e garante comissões Igor Regis A Se cret aria Naciona l do Co n s u m id o r (S ena co n) p u bl icou uma not a técn ica es t a b ele cend o diret rizes a s erem s eg uida s p elo mercado de viagens e turismo após a publicação da Medida Provisória que estabelece o prazo de 12 meses para o reembolso ou remarcação de e reservas e de eventos dos setores de t urismo e cult ura (MP 948). O texto esclarece que, nos casos de reemb olso, os agentes de viagens não p r e ci s a m d evol ver o va l o r referente a sua comissão, tendo em vista que o seu serviço foi prestado ao cliente final. “Cumpre desde logo esclarecer que a MP não previu solidariedade da cadeia de serviço de turismo quando exercido pelos consumidores, dentro das hipóteses legais, seu pedido de reembolso das quantias pagas. Nessa e s t ei ra, não há o b r igat o r i e d a d e d e d evolu ção – p elo fo r n e ce d o r d e s erv iço s evento s ou d o ra m o hoteleiro ou mesmo de av iação – da comissão da agência de turismo e/ou da “ta xa de conveniência” (e v ice versa, ou s eja, a empresa de venda de ingressos online e agências d e t u r i s m o d evol ver em o va l o r integral)” diz a nota técnica. A n o t a d e s t a c a o Te r m o d e Aju s t a m ent o d e Co n d u t a ( TAC) firmado entre a Senacon, Ministérios P úbl i co s E s t a d ua i s, M i n i s t ér io P úblico Fe d era l e d a A s s ocia ção Na cio na l d o M i n i s t ér io P úbl i co do Consumidor com a Associação Brasileira de Produtores de Eventos – ABRA PE, compa n hia s aérea s e entidades do setor de turismo. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA O t ex to t a m b ém es t a b ele ce que o agente de t urismo não tem responsabilidade solidária por toda a op eração, p or s e t rat ar do “elo m a i s f ra co na c a d eia”, at ua n d o s o m ent e na i nt er m e d ia ção d a s relações de consumo entre clientes e for necedores, como companhias aéreas e hotéis “Esse é o elo mais fraco da cadeia d e t urism o p or envolver m icro e p equena s empresa s, que não tem acesso fácil a financiamento e que m a i s s of r erão co m a p a n d em ia, tornando-se também extremamente v u l n e r á v e i s , c o n fo r m e e x p l i c a p es quis a condu z id a p elo Sebra e (SEI 11706283), da qual participaram 157 empresa s de t urismo de todo Bra si l, p o d en d o-s e at é fa la r em vulnerabilidade bilateral ou choque simétrico”, diz o texto. “Po r e s s e s m ot i vo s, r efer id o d i s p o s i t i vo l ega l não d eve s er inter pretado de modo a criar uma r e s p o n s a bi l id a d e em c a d eia d e for ne cimento, o que dep ende de requisitos legais não presentes no caso vertente. Vale dizer, o disposto no par 4º do art. 2º da MP 948 não deve ser interpretado de forma a obrigar que um for necedor deva restit uir valores aos consumidores que não

crédito para compras futuras. SETOR COMEMORA A presidente da Abav Nacional, Magda Na ssar, dest acou a importância da nota para fortalecer o mercado de agenciamento de viagens. “A bre ca m in h o s p ara mud a n ça s f u n d a m ent a i s. O a gen cia m ent o merece ser reconhecido. Nossa luta foi reconhecida e é uma conquista do s etor at ravés da s erie dade da Senacom”, afirmou. “Trabalhamos p or s emana s na elab oração deste d ocum ento, que es clare ce tod o s o s p onto s cr u cia is p ara n o s s a subsistência, em complemento às regulamentações da MP 948. Esta é u m a v i tór ia p a ra t o d o o s et o r de agenciamento que entra para a história da Abav, ao ter finalmente es t a b ele cido e re con he cido o d i r e i t o l e ga l à r e m u n e r a ç ã o p e l o s e r v i ç o qu e p r e s t a m o s a consumidores e for necedores, e à proporcionalidade quando da análise nossa responsabilidade. Um passo importante para o necessário ajuste de leis e paradigma s sobre o real pap el do agencia mento p elo qual lutamos há anos”, complementou.

Magda Nassar, presidente da Abav Nacional

tenham sido p or ele recebidos ou cuja titularidade não lhe pertença. Ou seja, que a agência de turismo tenha de restituir um valor superior a sua com issão de agenciamento; ou que a empresa aérea tenha de restit uir integralmente o valor da passagem aérea, aí incluído o valor de agenciamento. Desse modo, cada fornecedor responderia na medida da

Marcelo Oliveira, consultor Jurídico da Abav

natureza da sua atividade (serviço) na cadeia e dentro dos limites dos valores por ele recebidos ou de valores de sua titularidade”, completa. O artigo da MP citado pela nota est ab ele ce o re emb ols o integra l, co r r ig id o p el o I P CA-E, c a s o o prest ador de s erv iço não consiga r emarcar o s erv iço ou r es erva c a n cela d a, o u d i s p o n ibi l i z a r o

EXPLICAÇÃO O co n s u l t o r ju r íd i co d a A b av Nacional, Marcelo Oliveira explicou o que esta medida significa. Segundo ele, a princípio, a nota técnica tem como objetivo esclarecer todas as duvidas geradas em razão da MP 948. “Esta nota é extremamente relevante porque nós temos o entendimento do Minis tério da Jus t iça, at ravés da Senacon, da possibilidades, por exemplo, de que o agenciamento tenha sim o direito a manutenção da sua remuneração a partir do momento em que ele faça um acordo entre as partes, que é permitido pela MP”, afirmou. A n ot a t a m b ém e s cla r e ce, d e acordo com Oliveira, que o direito do consumidor sempre existiu e a nova orientação não tira este direito, uma vez que o reembolso é garantido desde que se respeite todas as etapas anteriores. “É necessária a demonstração de que há a possibilidade de remarcação, crédito ou negociação. Se nada disso existir, o consumidor pode sim falar sobre reemb olso. E isso está p or escrito”, esclareceu. O advogado, que atua no setor do Turismo há mais de 20 anos, também comemorou este reconhecimento inédito. “Pela primeira vez se entende que nestas relações todas não existe responsabilidade solidária. A Nota Técnica deixa claro que cada ator desta cadeia fica responsável pela sua atividade. Ou seja, uma agência responde pelo que ela recebeu e os fornecedores pelo que é de titularidade de cada um deles”, define. “Preservando t o d a a c a d eia, o M i n i s t ér io d a Justiça entende que os direitos dos consumidores estarão preservados. Isso é sensacional para o nosso segmento e é algo que tem que estar nas mesas de todos os agentes de viagens pelo País”, finalizou.


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AGÊNCIAS E OPERADORAS

Prejuízo das operadoras pode chegar a R$ 11 bilhões Pesquisa realizada pela Braztoa aponta que mais da metade das emprsas associadas não realizou nenhuma venda em abril Anderson Masetto A Braztoa realizou uma pesquisa para medir este impacto da pandemia da Covid-19 nas operadoras. O estudo foi feito em parceria com o Laboratório de Estudos em Sustentabilidade e Turismo da Universidade de Brasília (LETS/UnB). Ao longo do mês de abril foram consultados os associados da entidade e os resultados revelaram que a maioria das empresas (54%) não realizou nenhuma venda no mês, número superior aos 45% que não tinham tido comercialização no mês de março. Entre as empresas que comercializaram viagens, apenas 24% venderam produtos com embarques até julho, 93% delas tiveram vendas com embarque para o segundo semestre e 84% para 2021. Dessas vendas, 64% das empresas registraram 90% ou mais do faturamento em viagens nacionais, o que confirma a tendência de que as vendas do turismo doméstico serão mais beneficiadas em 2020. FATURAMENTO EM QUEDA Mesmo com vendas, o faturamento registrado no mês de abril não representou nem 10% do mesmo período de 2019, segundo 80% das empresas, o que representa cerca de R$ 1,08 bi. As dificuldades advindas da pandemia se agravam com valorização do dólar e com a recente notícia de que o IRRF sobre remessas, para países que não fazem parte do tratado de bitributação, foi para 25%, com o veto da redução que estava sendo tratado na MP907. Em meio a tantos desafios para o ano de 2020, a expectativa para este ano saiu de um crescimento para uma queda de faturamento das operadoras pode ser de 7,7 a 11,3 bi, ou seja, entre 51 a 75 % do faturamento registrado em 2019 (R$ 15,1bi). Em 48% das empresas pesquisadas houve um aumento de pedidos de cancelamento em relação a março. Enquanto 28% registraram cancelamentos constantes, 18% indicaram diminuição dos pedidos e apenas 5% não tiveram novas viagens canceladas. MEDIDAS PARA CONTER A CRISE Em relação às ações tomadas para conter a crise, 100% das empresas pesquisadas lançaram mão de diferentes alternativas para reduzir custos, que passaram por renegociação de contratos com terceirizados (limpeza, contabilidade, TI etc.), redução proporcional de jornada de trabalho e de salá-

rio de equipes contratadas; diminuição do número de colaboradores internos, diminuição de estrutura física ou por suspensão temporária do contrato de trabalho. As demissões impactaram 760 colaboradores até abril. Um agravante é a dificuldade de acesso às linhas de crédito com condições especiais. Das associadas, (39%) das operadoras de turismo buscaram crédito junto a instituições financeiras e 55% pretendem buscar. Entretanto, apenas 7,4% das empresas obtiveram os recursos financeiros solicitados. Não obstante os desafios, 96% das

empresas têm realizado esforços de marketing durante o distanciamento social, sendo expressivo o reforço de marca nas redes sociais (90%), seguido por envio de e-mail marketing (78%), realização de treinamentos online/webinars (76%) e contato telefônico/mensagem (72%). Entre outras ações (6%), aparecem: articulação com fornecedores, criação de produtos e visitas virtuais a clientes. As operadoras estimam que a estagnação das atividades durante a pandemia já impactou ao menos 12 mil empresas que fornecem serviços turísticos.

Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa


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PARQUES E ATRAÇÕES

Parques de Orlando programam reabertura gradual Universal, Disney e SeaWorld divulgam datas e detalhes da reabertura. Em todos, a utilização de máscaras será obrigatória Igor Regis e Pedro Menezes Destino preferido da maioria dos bra sileiros que v iaja ao ex terior, os parques temáticos em Orlando encontram-se fechados, bem como a grande maioria dos atrativos pelo mundo. Soma-se a isso a escassez d e vo o s e a r e cent e d e ci s ão d o presidente norte-americano Donald Tr u m p, d e p r oibi r a ent ra d a d e v iaja nt es bra silei ro s no Pa ís e o cenário pode parecer desolador. No entanto, a normalidade já começa a aparecer no horizonte. Três dos p r i n ci p a i s p a r qu e s d a F l ó r i d a , Disn ey, Un iver s a l e SeaWorld já d i v u l ga r a m qu a n d o v o l t a r ã o a operar. A Un i ver s a l e s p era r e a b r i r o complexo Un iver s a l O rla ndo Resort no próximo dia 5 de junho. O p arque t a m b ém im plem ent ará outras medidas de segurança, como espaços maiores no estacionamento,

suspensão do serviço de manobrista e a verif icação de temp erat ura. O com plexo a i n d a qu er r e d u z i r a s t ra nsações em dinheiro. Ta mbém haverá sina li z a ção que reforça o d i s t a n cia m ent o s o cia l em t o d o o parque, inclusive em f ila s para atrações e comida. Os novos procedimentos de saúde, s egurança e higiene cobrem cada etapa da visita de um visitante: como eles chegam, como interagem com outras pessoas, como experimentam atrações, passeios e shows e como fa zem a s r efei çõe s. “Q u er em o s co nv id a r o s v i s i t a nt e s d e vol t a aos noss os parques temát icos de ma neira cautelosa e p onderada”, dis s e Tom Willia m s, cha i r ma n e diretor executivo do Universal Parks & Resorts. “Implementamos novos procedimentos de saúde e segurança para os membros da nossa equipe e para os visitantes”, completou. Já o SeaWorld Orla ndo reabrirá

Parques da Universal começam a reabrir em 5 de junho

suas p ortas no dia 11 de junho. A informação foi confirmada pelo CEO Interino do SeaWorld Parks, Marc Swanson. Um dia antes (10 de junho), o parque realizará um verdadeiro teste com seus colaboradores para que p ossa m est ar a lin hados com os novos protocolos de segurança e higiene dos parques. “Um momento de muita felicidade p ara nós. Es t a m o s a bri nd o o s p a r qu e s p a ra o p úbl ico f i na l n o d ia 11 d e ju n h o. Um d ia a nt e s rea li z arem o s a a b er t u ra p ara funcionários como um teste. Para este momento, aprimoramos cada a sp e cto d e no s s a s o p era ções. Tanto é que será obrigatório o uso d e m ás c a ra s, o d i s t a n cia m ent o social, a medição de temp erat ura de clientes e funcionários, bem como mudanças nas políticas de trabalho e t reinamento cont ra a Covid-19”, disse Swanson. A última abertura será da Disney. Seu s parques rea brirão em 11 de julho. Nesta data Magic Kingdom e

11 de junho é quando começa a reabertura do SeaWorld Orlando

Animal Kingdom reabrirão. No dia 15 de julho será a vez do Epcot e do Hollywood Studios voltarem a operar. A reab ertura será feitas em fases. Sendo assim, todos os parques do complexo abrirão em sistema de soft opening (com públicos selecionados) e co m p r ot o col o s d e h ig i en e e segurança a serem seguidos. Todas as informações foram divulgadas pelo vice-presidente Sênior de Operações do Walt Disney World Resort, Jim MacPhee. “Colocamos muito mais estações p ara a s p es s o a s rea li z arem a l i m p ez a d e sua s mão s d e fo r ma frequente, bem como iremos manter uma distância apropriada em cada parte do parque”, revelou MacPhee. “Ap esar da abertura dos parques, haverá lim it e d e ca p a cid ad e na s at rações, res t aura ntes e loja s. Já as clássicas paradas, os shows de fogos, o encontro com personagens e outros eventos estarão susp ensos justamente para evitar aglomerações”, disse.

Em 11 de julho, parques da Disney iniciam reabertura


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AVIAÇÃO

Aéreas pedem flexibilização e apostam na eficiência Os presidentes das três principais companhias nacionais atacam burocracia e reiteram importância do setor para economia na redução de custos e ampliação da concorrência. Temos cerca de 15% da população que viaja regularmente. O transporte aéreo está longe de ser universal, por isso estamos batendo na tecla da redução de custos. Há muito a crescer e, de certa for ma, o nos s o suces s o dep ende des t a s mudanças”, ressaltou. EFICIÊNCIA Kaninoff, no entanto, destacou um p onto p ositivo nos novos hábitos dos passageiros, o que pode gerar uma maior eficiência e consequente diminuição de custos. Segundo ele, tendências que já estavam em alta – como um aumento do auto serviço – devem ser aceleradas a partir de agora. “O índice de p es s oa s que em b arcava s em n en hu m t ip o d e int eração p es s o a l era d e 70%. A tendência é que agora isso dispare e ch eg ue próx im o a 9 0%. D es t a for ma, fazemos um invest imento menor em estr uturas que são caras e r et o m a m o s u m a b o a p a r t e d a eficiência que foi afetada pela crise”, explicou.

RETOMADA Nenhum dos três presidentes quis fa zer p r ev i s õe s co n cr et a s s o b r e u ma event ua l r et oma d a, ma s s e p r e o cu p a ra m em s er ot i m i s t a s p a ra o p úbl i co d e i nve s t id o r e s d o B T G P a c t u a l . Ca d i e r fo i o m a i s e s p e cíf i co, d i zen d o qu e a r e cu p era ção d o d o m és t i co s erá mais rápida. O inter nacional, para ele, deve demorar um p ouco mais p o r c o n t a d o f e ch a m e n t o d a s f ronteira s e da própria dist ância. Ro dger s o n, co n co rd o u e, à s ua ma neira, conv idou o bra sileiro a conhecer melhor o seu País. “Muitas p essoas que estão assistindo esta live conhecem interior da França, mas não conhecem Foz do Iguaçu. Isso é uma vergonha”, disparou.

John Rodgerson, presidente da Azul Foto: Eric Ribeiro

CONCORRÊNCIA “Foi muito mais divertido brigar p o r slot s em Co ngo n ha s d o qu e passar por esta pandemia”. Foi com esta frase que Rodgerson resumiu o s p ro blema s enf r ent a d o s p ela s compa n hia s a érea s du ra nt e es t a crise. Ele lembrou da disputa entre a s t rês maiores empresa s do País p elo di reito d e p ou s ar e d e colar n o m a i s co bi ça d o a er o p o r t o d o Pa ís – qu e na ép o c a ger ou u m a guerra de declarações na imprensa e um rompimento da A z ul com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Com este gancho, ele reiterou o respeito pelos seus concorrentes e garantiu que a luta é pela retomada do s etor. “Não tem concorrência porque não há demanda”, disparou. “Falam em ‘ajuda’ do BNDES. Mas não é i s s o. Va m o s e s qu e cer a s empresa s e olhar para a indúst ria com o um tod o p or um s eg und o. Veja o quanto ela traz de impostos e empregos. O País terá retorno e, a lém diss o, pagaremos t udo com juros”, completou o presidente da Azul, citando a linha lançada pelo BNDES que disponibiliza recursos bilionários ao setor.

Jerome Cadier, presidente da Latam Brasil Foto: Eric Ribeiro

O b a n co BTG Pa c t ua l colo cou o s p r e sid ent e s d a s t r ês ma io r e s comp a n hia s a érea s d o Bra sil (Azul, Gol e Latam) frente a frente em u ma live qu e t eve t a m b ém a part icipação de Julia no Nor ma n, d i r et o r d a Agên cia Na cio na l d e Aviação Civil (Anac). A mediação foi feita por Lucas Marquiori, analista de Transportes do BTG Pactual. O tema foi “O setor aéreo pós-Covid” e entre os diversos temas discutidos, os três presidentes chegaram a uma conclusão: para sobreviver, o setor precisa de flexibilizações e de mais eficiência. O t em a foi l eva nt a d o p el o mediador e respondido inicialmente p o r Jer o m e Ca d i er, p r e s id ent e d a Lat a m Bra sil. Seg und o ele, é preciso buscar flexibilidade em toda a cadeia, desde os fabricantes de aeronaves até o cliente f ina l. “Já estamos vendendo passagens que permitem remarcação sem custo e reembolso. O setor é muito rígido em cont ratos e regula ment ações. S e qu er em o s es t a flex ibil i z a ção para o s pa s s ageiro s, pre cis a mo s tê-la de toda a cadeia, de todos os provedores”, disse Cadier. Joh n Rodger s on, presid ent e da A z ul, foi p elo mesmo ca m inho e atacou os custos e regulamentações d o m er c a d o b ra s i l ei r o, qu e el e cha m ou d e co m pl exo e c a r o, s e comparado com outros lugares do mu n d o. “Colôm bia e Ch i l e, p o r exem pl o, t êm m a i s p a s s a gei r o s p or ha bit a nt es do que o Bra sil e isso é uma vergonha. Não podemos perder esta crise e não melhorar com ela”, afirmou. E para isso ele pede qu e i m p o s to s s eja m di m i nu íd o s e os demais custos vinculados da av ia ção at a c a d o s. “Não a d ia nt a abrir o capit a l para invest imento estrangeiro e ter regras diferentes do resto do mundo. Perdemos um comp et idor, que foi a Av ia nca, e ninguém entrou porque precisa ter muito capital”, complementou. Já Paulo Kakinoff, presidente da Gol, prevê um s egundo s emest re desafiador e fala esp ecificamente da pandemia, que fez com que os cu s t o s d a co m p a n h ia f i c a s s em a i n d a m a io r e s. El e ex pl i c a qu e tod o s es t es novo s protocolo s d e segurança e de saúde têm um custo. “Até a s olução def init iva, a cura ou uma vacina, a pa ndem ia t rará muda nça s na exp eriência s e voar ficará mais cara na mesma proporção em que a s medida s de s egura nça forem adotadas”, lamentou. “Muita cois a b o a f icará, com o um n ível de ef iciência ma ior do que o que vivíamos antes e menos burocracia”, reiterou. Por parte da Anac, Juliano Norman, gara nt iu u m em p en h o d e tod a a agência para que as regulamentações sejam modernizadas e os custos das companhias diminuam. O executivo acredita que esp ecialmente neste m o m ent o em qu e a av ia ção foi duramente afetada pela crise, o setor não precisa de custos desnecessários. “Queremos mudanças no ambiente regulatório e a agência está focada

Foto: Eric Ribeiro

Anderson Masetto

Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da GOL

Mais otimista, mas também sem fazer previsões, foi Kakinoff. Embora reconheça o momento atual como “tenso” e de “incertezas”, credita isso pelo fato de estarmos vivendo um problema inédito e acredita na recuperação do setor. “O momento é

desafiador. Na Gol usamos o exemplo de uma t ravessia do des erto, que você não sabe quais temperaturas irá encontrar no meio do caminho. Mas, como todas as crises, esta vai passar. O Brasil seguirá existindo e o setor aéreo continuará existindo”, concluiu.


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AVIAÇÃO

Companhias ampliam retomada de rotas em junho As três principais empresas aéreas do Brasil começam a reabrir bases e aumentam malha nos meses de maio e junho Anderson Masetto Azul Gol e Latam se restringiram – no in ício d o su r to d a Cov id-19 no Brasil – a uma malha essencial. Constr uída de forma conjunta com companhias, Agência Nacional de Aviação Civil e Ab ear, ela tinha o objetivo de manter o País conectado e também contribuir no transporte d e p r of i s s io na i s d a s aúd e p a ra aju d a r n o co m b at e à p a n d em ia. Pa ssados dois mes es, a dema nda volta a apresentar pequenos sinais de reação e, p or isso, a oferta de voos também passa a ser maior. As t rês empresa s já iniciara m nova s rot a s e a nunciara m novos voos a partir de junho. AZUL A partir de 15 de junho, Congonhas (SP), A ra c aju (SE) e Nat a l ( R N) volt arão a re ceb er voos da A z ul. Rib eirão Preto (SP) retor na no dia 10 de junho, enquanto Rondonópolis (MT) passa a ter operações a partir de 22 de junho. Com as ampliações, a Azul deve chegar a 168 decolagens em dia-pico. Congonhas terá dois voos diários para o Rio e Belo Horizonte, e contará com op erações diária s e inédit a s para Recife e Cuiabá. A companhia também retoma as ligações diretas na s r ot a s Sa nt o s D u m o nt-Po r t o Alegre e Santos Dumont-Bra sília. Já a partir de 8 de junho, o mercado Ca mpina s-A raçat uba ga nhará um upgrade de equipamento, passando d a s a eronaves Carava n, d e n ove a s s ento s, p ara uma ofer t a d e 70 a s s ento s, com o s av iões m od elo ATR 72-600.

da sua capacidade pré- crise e em julho atingirá 18%. A empresa vai oferecer mais flex ibilidade para a compra e programação de viagens, com descontos de até 20% na tarifa, m e d id a s s a n i t ár ia s a d icio na i s e orient ações aos pa ssageiros para viajar durante a crise. Em junho, a Latam Airlines Brasil vai op erar a s rota s inter nacionais São Paulo-Fra n k f u r t, São PauloL o n d r e s, São Pau l o-Ma d r i, São Paulo-Miami, São Paulo-Santiago e

Santiago-Miami. Em julho, o Grupo espera aumentar para 13 o número de destinos inter nacionais. No mercado doméstico, a Latam Airlines Brasil vai op erar 74 rotas nacionais e a Latam Airlines Chile at end erá 12 d es t ino s. Da m esma forma, a subsidiária no Equador está trabalhando para retomar seus voos domésticos em junho, enquanto na Colômbia e no Peru isso deve ocorrer em julho, na medida em que sejam permitidos pelas autoridades.

Após definição de uma malha essencial, decolagens começam a aumentar

Setor tem o pior desempenho para abril desde 2000 Foto: Freepik

GOL A companhia divulgou uma nova malha para junho. Com isso, passa a contar com 32 voos diários a mais, chega ndo a 10 0, um aum ento d e 47% em relação aos 68 voos diários

de maio. Apesar da alta, o número ainda é 87% menor que a malha de junho de 2019. D o tot a l d e voo s prev is to s, 20 voos terão início em 10 de junho, d es t aca ndo a relevância do s aeroportos de Congonhas (CGH), em São Paulo, Brasília (BSB) e Galeão (GIG), no R io de Ja neiro. O u t ra s bases, em diferentes regiões do País, estão sendo reabertas ao longo deste mês. Ta m b é m a p a r t i r d o d i a 10 , s erá a vez de Chap e có, em Sa nt a Cat arina, I l héu s e Por to Seg u ro, na Ba h ia, Jua zei ro d o No r t e, n o Ceará, e Petrolina, em Pernambuco, sempre em ligação com o aeroporto i nt er na cio na l d e São Pau l o, em Guarulhos. Com exceção de Juazeiro, com quat ro s a íd a s s ema na is, o s demais destinos têm três frequências. Estão previstos ainda os retornos das decolagens de Congonhas para F loria nóp olis ( F LN), Navega nt es (NVT) e Salvador (SSA), com quatro saídas na semana, e Recife (REC), com seis. Além disso, a companhia retoma, também no aerop orto da capital paulista, horários corporativos para Belo Horizonte (CNF), Curitiba (CWB) e Porto Alegre (POA). Em Brasília, a Gol resgata ainda op erações para Recife (REC), com três frequências semanais de ida e volta – além do Galeão, no Rio de Janeiro, de segunda a sábado. No Galeão, por sua vez, a Companhia a m plia a comun ica ção com o Nordeste com a rota para A racaju – às terças, quintas e domingos – e a s part ida s para Curit iba e Porto Alegre (ambas de segunda a sexta e domingo), e Vitória (segunda, terça, quarta, sexta e domingo). LATAM O Gr upo Latam Airlines terá um aumento gradual de suas operações nos próximos dois meses. Em junho, a operação passará de 5% para 9%

Aéreas brasileiras chegam a acordo com o BNDES por ajuda de R$ 6 bilhões Igor Regis A s t rês prin cip a is com p a n hia s a ér e a s b ra s i l ei ra s, A z u l, G ol e Latam, aceitaram o modelo de ajuda f i na n cei ra p r o p o s t a p elo Ba n co Na ciona l d e D es envolv i m ento E conôm ico e Socia l ( BN DES). A infor mação foi conf ir mada nest a s ex t a-fei ra (15) p el o p r e s id ent e do BN DES, Gu s t avo Mont ez a no, durante transmissão online para a divulgação dos resultados do banco. Montezano destacou que as aéreas a cei t a ra m a p r o p o s t a na úl t i ma quinta-feira (14). “As três aceitaram a proposta do sindicato de bancos. Agora entramos na fase de execução das propostas”, explicou. D e a co rd o co m o exe cu t i vo, a atuação vai ser focada nas operações

bra silei ra s d a s em pres a s – o s r e cu r s o s não d evem s er u s a d o s para pagar credores f inanceiros e as condições serão isonômicas para as companhias aéreas. O plano prevê uma ajuda de R$ 6 bilhões, sendo R$ 2 bilhões para cada companhia aérea. Cerca de R$ 2,4 bilhões serão repassados pelo BNDES, enquanto R$ 50 0 m ilhões v irão dos bancos privados. O res t a nt e d o va lor v i rá d e investidores do mercado de capitais e por instrumentos, como debêntures qu e p o d erão s er conver t id a s em ações das companhias aéreas. Neste cenário, a L at a m t erá u m p ou co mais de dificuldade, por não contar com ca pit a l a b er to na B3 ( b ols a brasileira), somente nas bolsas de Nova York (NYSE) e Santiago.

Movimento pequeno no Aeroporto de Congonhas

A demanda por voos domésticos no Brasil teve queda de 93,09% em a b r i l, em co m p a ra ção a o m e s m o m ês d o a n o p a s s a d o, r ef l et i n d o o a g rava m ent o d o impacto da pa ndem ia do novo coronavírus (Covid-19) na aviação comercial brasileira. A oferta de assentos recuou 91,35% na mesma comparação. A m b o s i ndica d o r es s ão o s piores resultados mensais da série histórica da Agência Nacional de Av ia ção Civ il (A na c), i n icia d a em 20 0 0. O s d a d o s fo ra m com pila d o s p ela A s s ocia ção

Brasileira das Empresas Aéreas (Ab ear) e incluem as op erações de suas associadas (Gol, Latam, VoePass/MAP), trazendo números agregados das demais empresas nacionais. A ta xa de ocupação dos aviões f icou em 65,4 5% em abril, uma d i m i n u i ç ã o d e 16 ,42 p o n t o s p ercent ua is na comp ara ção a nua l, des emp en ho ma is f raco desde junho de 2010. O volume de passageiros transportados em voos nacionais teve ret ração de 94,55%, para 399.558 p essoa s, pior resultado mensal em 20 anos.


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AVIAÇÃO

Grupo Latam pede recuperação judicial nos Estados Unidos Os efeitos da crise causada pela pandemia levaram companhia a tomar esta medida. Latam Brasil não está no processo

Igor Regis O Gr up o Lata m Airlines ent rou co m u m p e d id o d e r e cu p era ção judicia l no s Es t ad o s Un id o s p or conta das dificuldades financeiras enf rentada s em meio a pandem ia de coronavírus. O processo engloba as subsidiárias do grupo em Chile, Per u, Colôm bia, Equad or e EUA. Latam Brasil, Paraguai e Argentina não estão envolvidas no processo. Até a noite da última segunda-feira (25), havia a possibilidade de que este pedido fosse estendido ao Brasil, o que não ocorreu. O pedido consiste na reorganização d a dív id a d o gr u p o a ér e o s o b a prote ção do Capít ulo 11 (Chapter 11), a lei de falências dos EUA, que p er mite um prazo maior para que empresa s se reorganizem e ainda p er m it e n egociar com prom is s o s com arrendedadores de aeronaves, algo que não é permitido nas leis de recuperação judicial de outros países, como por exemplo o Brasil. “A Lat a m ent rou na p a nd em ia d e Cov id-19 co m o u m gr u p o d e t ransp orte aéreo f inanceiramente estruturado e lucrativo, mas estamos sujeitos a circunstâncias excepcionais qu e l eva ra m a u m cola p s o na d ema nd a glo b a l. At ua l m ent e, estamos operando apenas cerca de 5% de nossos voos de passageiros. Co m o r e s u l t a d o , t i v e m o s q u e tomar difíceis, p orém necessária s m e d id a s p a ra ga ra nt i r a n o s s a sustentabilidade a longo prazo nesses tempos extraordinários”, afirmou a companhia, em nota O p r o ce s s o d e r e e s t r u t u ra ção permitirá que o gr upo suspenda o

pagamento de credores e realize um trabalho com todas as interessadas para reduzir sua dívida, acessar novas fontes de financiamento e continuar op era ndo, enqua nto adapt a s eu s negócios a essa nova rea lidade”, afirmou a companhia em nota. Junt a m ent e com p e dido d e recuperação judicial, a companhia obteve aval de dois de seus principais acionistas, a família Cueto e a Qatar A i r way s, p a ra o bt en ção d e u m empréstimo de até US$ 900 milhões. A Latam é o maior grupo aéreo até o momento a entrar em recuperação judicia l p or cont a dos efeitos da pa ndem ia. Dua s s ema ns a ntes, a Avianca Holdings já havia recorrido ao Capítulo 11 nos EUA como forma de sobreviver e se reestruturar. OPERAÇÕES GARANTIDAS Em not a, a compa nhia gara nt iu que a categoria de programa, pontos e benefícios gerais serão mantidos. “Não haverá p erd a d e va l o r em pontos que você tenha agora e nosso p r o gra ma d e a cúmu lo e r e sgat e continuará ininterruptamente”, diz o texto. Tod a s a s p a s s agen s, vou ch er s, e/ou qua l qu er fo r m a d e cr éd i t o cont inuarão s end o hon rad o s. “ Ta m b é m m a n t e r e m o s n o s s a s parcerias com agências ex istentes, honraremos programa s de f idelidade cor p orativos e vend erem o s pa s s agen s p or m eio da nossa plat afor ma de s erv iços. Você p oderá interagir com nossos o p era d o r e s d e at en d i m ent o a o cliente da mesma for ma que fazia antes deste anúncio”, completa.

REALIDADE FINANCEIRA Severa mente afet ado p ela pandemia, o Gr upo Latam reduziu sua capacidade em 95%, durantes os meses de abril e maio, e o fechamento da s fronteira s em diversos países tiveram grande impacto sobre suas receitas. Cerca de 51% das receitas d a Lat a m 2019 fora m originad a s d e rot a s int er naciona is d e longo curso. Em 2019, excluindo as rotas internacionais, as receitas do grupo fo ra m d i s t r ib u íd a s n o m er c a d o d om és t ico bra silei ro (30%) e no mercado doméstico dos países de língua espanhola (SSC) (19%). A companhia afirma ter entrado na p a nd em ia com o um gr up o es t r t u ra d o e lu crat ivo. A dív id a da compa n hia, no ent a nto ex igia um b om des emp en ho, o que não foi p o s s ível d u ra nt e o auge d a pa ndem ia. O Gr up o fe chou 2019 com uma dívida bruta de US$ 10,36 bi l hõe s e u m c a i xa d e US$ 1,45 bilhões, resultando em um dívida líquida de US$ 8,91 bilhões, mais de quatro vezes maior que o EBITDA ( lu cro a nt es d e ju ro s, im p o s to s, a mor t iz ação e depre ciação), que ficou em US$ 2,21 bilhões no ano passado. O Gr upo Latam informou no fim do ano que trabalhava para reduzir o nível de endividamento, o que inclui estratégias como a venda 20% das ações para a Delta Air Lines por US$ 1,9 bilhão. A companhia americana a inda a ssim iu o comprom isso de adquirir 14 Air bus A350 p or US$ 2 bilhões. Out ra ajuda f ina nceira veio por meio do aporte de US$ 350 milhões para arcar com os custos da

saída da Latam da aliança oneworld. Dura nte 2020, a empresa co nt rat ou u m a l i n ha d e cr éd i t o rotativo garantido (RCF), no valor d e US $ 6 0 0 m i l h õ e s , q u e f o i garantida p or uma combinação de aeronaves, motores de rep osição e peças de reposição. Com os efeitos d a p a n d em ia, a em p r es a a lg u n s p a ga m ent o s d e fo r n e ce d o r e s e reduziu suas despesas com pessoal. Para os próx imos s em es t res a ex p e c t at i va era d e qu ei m a d e caixa, realidade que levou inclusive as agências de classif icação S&P e Fitch Ratings a rebaixarem as notas da companhia. AJUDA FINANCEIRA O gover no bra silei ro fez u m anúncio público de apoio financeiro p or meio do BNDES na ordem de R$ 2 bilhões. O valor no entanto, s ó p o d e s er u t i l i z a d o em s ua s op erações no Brasil. A companhia, no entanto, deve ter dificuldades na liberação do crédito, uma vez que os moldes envolvem diluição de ações, ma s a L at a m não p o s sui ca pit a l ab erto na B3, a b olsa brasileira. Apesar do entrave a ajuda foi vista como muito postiva, mas garante à empresa apenas um alívio modesto, u m a vez qu e a m a io r ia d e s eu s cont ratos de dív ida es t á na s e de da holding no Chile. Já no Chile, a ajuda financeira do governo parece improvável. A relação do presidente d o Ch i l e, S eb a s t ián P iñera, qu e é próx im o à fa m ília Cueto e que já foi a cio n i s t a d a L at a m p o d e s er ap ont ada como um interess e p essoal p elas autoridades do país.


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EXTERIOR

Esqui e neve no hemisfério norte podem puxar retomada no internacional Anderson Masetto Com a expectativa de que os voos internacionais estejam normalizados no final do ano e com a pandemia d e Cov id-19 co nt r ola d a, h ot éi s e o p e r a d o r e s a c r e d i t a m qu e a temp orada de neve no hemisfério norte seja forte e que pode, inclusive, atingir os mesmos níveis de 2019. Para entender como este mercado está trabalhando neste momento, o MERCADO & EVENTOS conversou com Marlos Bene dini, diretor da Bentour, e Alínio Azevedo COO da Aspen Skiing Company. Pa ra B en e d i n i, há a i n d a u m a vantagem extra. Para ele, o produto esqui está muito alinhado com tudo que se fala sobre novos protocolos, pois já exige máscara, óculos e outros equipa mentos, além de não gerar aglom era ções. “A t em p orad a d e neve deve começar praticamente em dezembro e estarmos em condições nor ma is em t er m o s d e voo s”, afirmou. “Além disso o esqui é muito seguro e em épocas de pandemia, podemos dizer que o esqui é muito s eguro, precisa mos de más cara s, luvas, óculos, sem contar que não temos aglomerações, especialmente em Aspen Snowmass”, destacou. Sobre a distância social, Benedini a inda acres centou out ros p ontos em que a cre dit a que A sp en leva va ntagem. Segundo ele, 80% da s vendas que faz no mercado brasileiro são para apartamentos. “E isso agora d eve su bi r. A va nt agem é qu e o client e es t ará com o s e es t ives s e em casa e irá ao supermercado, por exemplo, da mesma maneira que vai hoje aqui no Brasil”, af ir mou. “O risco é muito baixo e uma coisa que está muito clara para mim é que a primeira coisa que nos foi tirada foi a viagem e, por isso, será a primeira coisa a acontecer, logo dep ois do bate papo com os amigos e família pessoalmente”, complementou. A l ín io A zeve d o co n co rd a com Benedini que as viagens em família s erão a s p r i m ei ra s a vol t a r em e reitera que o temp o corre a favor dos destinos de neve uma vez que daqui até dezembro há um período razoável para que a pandemia esteja s o b cont role e p ara qu e o s voo s tenham sido retomados. Antes disso, porém, os hotéis precisam se adaptar a nova realidade. “Q ua n d o vol t a r t er em o s e s t a combinação de viagens em família. Aqui em A sp en há u ma s érie d e possibilidades para grupos maiores, com a p ar t a m ento s e ca s a s. O resort como um todo oferece esta facilidade”, ressaltou. “Na questão d o d i s t a n cia m ent o, t em o s u m a s ér i e d e p r ot o col o s qu e t em o s trabalhado desde que isso aconteceu p orque vai, obv iamente, mudar o comp or t a m ento d a s p es s o a s e a ex p e ct at iva do cliente. O mundo terá que se adaptar. Fechamos 14 de março e a partir de então, estamos em u m p r o ce s s o d e d e s co b er t a e a prendi z a d o. Já es t ão pronto s começamos a voltar. No dia 12 de junho reabriremos aqui em Aspen”, complementou. Reforçando as vantagens do esqui

Alinio Azevedo COO da Aspen Skiing Company

Marlos Benedini, diretor da Bentour

Aspen é um dos destinos preferidos dos brasileiros na temporada de esqui do Hemisfério Norte

e da neve na retomada graças aos novos hábitos e preocupações dos t u r i s t a s, A zeve d o l em b r ou qu e qualquer atividade feita em Aspen acontece ao ar livre. Isso sem contar que o destino tem por característica não re ceb er uma mult id ão d e v i s i t a nt e s. “Q ua n d o ol ha m o s o volume de p essoa s, p odemos ver que t emo s uma d ensidad e muito p equena, até em comparação com ou t ro s d es t i no s. Não t em o s o problema de aglomeração e f ila s que ex is t em em ou t ro s res or t s”, salientou. FLEXIBILIDADE Co m u m f u t u r o c e r c a d o d e incer tez a s, Bene din i fa lou s obre a f l ex ibi l id a d e qu e e s t á s en d o ofere cida aos clientes nes te momento. “O fato de você p oder fazer uma reserva, até 31 de agosto, s em fa zer nen hum paga m ento, e ainda podendo cancelar sem multa, fez com que as vendas começassem a acontecer”, revelou. “Se olharmos p a ra o m e s m o p er ío d o d o a n o p a s s a d o, o volu m e d e r e s er va s para dezembro já é maior. E isso é reflexo direto desta flexibilização”, complementou Azevedo. B en e d i n e l em b r o u a i n d a d a s vantagens das reservas antecipadas, que garantem até 25% de desconto ou noites grátis. Do ponto de vista do resort, A zevedo dest acou que até o dia 31 de agosto os preços são os mesmos dos praticados no ano pa ss ado. “A lém de prop orcionar toda oportunidade de flexibilização, facilitamos também no preço, que está congelado”, disse. AGENTE DE VIAGENS Benedini acredita que as vantagens apresentadas como a facilidade das reservas sem pagamento imediato é um fato que os agentes de viagens pre cis a m levar ao con he cim ento do s eu cliente. A zevedo, p or sua vez, reiterou o direcionamento para que a equip e comercial esteja em contato com os clientes. “Os agentes precisam atender e se especializar ao mesmo tempo. Agora, com mais t emp o, ele p od e a proveit ar para conversar olho no olho virtualmente com o cliente”, reitera.


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ESPECIAL

Roy Taylor fala de perspectivas para o Turismo Em live realizada pela Panamazonia, presidente do M&E, afirma que retomada será lenta, mas passa mensagem de otimismo Anderson Masetto Uma retomada lenta e um retorno ao volume normal somente em 2021. Esta é a perspectiva do presidente do MERCADO & EVENTOS, Roy Taylor, que fa lou em live rea li z ad a p ela Panamazonia. Ele foi entrevistado p elo presid ent e d a ent id ad e, Belisário A rce para fa lar s obre o tema “O t urismo e a retomada da normalidade pós-pandemia”. Tay l o r fez u m b r eve h i s tór i co s o bre o M&E, na s cid o em 20 03, e falou ta mbém sobre a Folha do Tu r i s m o, p r oj et o a nt er io r e qu e deu origem o jor nal. “Estamos há 20 a nos promovendo o Bra sil no exterior nas feiras. E depois levando informação ao trade com o M&E. É importante lembrar de que o nosso jornal não tem custo para o agente d e v ia gen s. To d a s a s r ev i s t a s e jornais que fazemos são distribuídos gratuitamente”, contou. A rce, p or sua vez, ex plicou com o at ua a Pa na ma z on ia, ONG criada em 2010 com o objetivo de promover a integração regional dos n ove e s t a d o s b ra silei r o s e ma i s oi t o p a ís e s qu e fa zem p a r t e d a A mazônia. “Procuramos envolver p es s o a s qu e t ives s em a lg u m histórico de cooperação com a região em diversa s área s para ajudar no des envolv imento e integração da Amazônia”, explicou. Roy Taylor, presidente do M&E

RETOMADA LENTA O presidente do M&E lembrou que o Turismo foi o primeiro a sentir a cris e, uma vez que os problema s causados pela pandemia envolvem, principalmente, a mobilidade da s p essoas – principal requisito para qu e u m a v i a g e m a c o n t e ç a . “ A retomada será lenta. Não acredito qu e s erá, co m o mu i t a s p e s s o a s acham, rápida. Isso por várias razões. Primeiro, os aviões estão no chão e só voarão a partir da demanda. A segunda é a confiança de viajar. A retomada inicial será nos destinos ma is próx imos, onde a s p ess oa s p ossam ir com o seu carro e com a sua família. A medida que forem adquirindo conf ia nça de que não forem se infectar com o vír us, vão voltar a viajar”, afirma. Ta y l o r c i t o u u m a p e s q u i s a realizada por meio de uma parceria entre o M&E e a Cap Amazon, que mostrou a expectativa dos agentes d e v ia gen s. Pa ra a m a io r ia d o s prof issionais a s v iagens voltam a a co nt e cer em s et em b r o. Me sm o assim, ele acredita que será em um nível bem menor do que era antes da pandemia. “Será muito difícil ter os patamares que tínhamos antes da pandemia. Pelas notícias que temos, is s o não a cont e cerá t ão rápid o”, destacou. COMO ACELERAR Q ues t ionad o p or A rce o que o t ra d e p o d e fa zer p a ra qu e e s t e processo s eja ma is rápido, Taylor citou a lg uma s promo ções que já e s t ão s en d o fei t a s. Há p a cot e s e p a s s agen s a érea s, s eg und o ele, s end o vendid a s p o r va lo r es

menores do que no ano passado. No entanto, os negócios precisam ser sustentáveis. “Acredito que a partir de janeiro de 2021, especialmente se já houver uma vacina, haverá um retor no. A par t ir d es t e p onto a s v iagens inter naciona is volt arão a aquecer. Há também o fator câmbio, que até lá deve estar estabilizado”, ressaltou. DESTINOS Toda a expertise de Taylor – com ma is d e 20 a n o s p ar t icip a nd o d e fei ra s i nt er na cio na i s – A r ce questionou como os destinos podem ou d evem vol t a r a s e p r om over. El e a cr e d i t a qu e ent r e ju n h o e julho, esp e cia lmente os est ados, vol t a rão a d i s p u t a r a at en ção e preferência do s v iaja nt es. “Acho que va i haver um incremento em publicidade no p ós pandemia p or conta disso. Isso porque os destinos querem pu xar o flu xo para eles”, afirmou Taylor lembrando que isso s ó s erá p ossível ap ós a ab ert ura. “Neste momento está tudo parado. Todos estão esp erando um p ouco ma is para tomarem a s decisões”, complementou. Ma i s e s p e cif ic a m ent e s o b r e a região amazônica, Taylor en xerga ainda uma vantagem em relação ao Turismo. Para ele, por se tratarem de destinos que focam, basicamente a natureza, ele acredita que levarão vantagem. “São lugares ab ertos e não há a gl o m era çõe s. Ma s s erá necessário se promover”, reiterou. MENSAGEM OTIMISTA Por f im, Roy Taylor não dei xou

Belisário Arce, presidente da Panamazonia

de passar uma mensagem positiva e u t ili z ou o exem plo d o próprio M&E. “Seguimos firmes. Estamos lutando e caminhando, mesmo com a

paralisação das verbas publicitárias. Não desista m, convers em com os s eu s client es. To quem em f rent e porque vai passar”, finalizou.


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MERCADOEEVENTOS.COM.BR

Mais lidas

ÚALTA - O brasileiro Luis Felipe de Oliveira deixou oficialmente o cargo de CEO da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta). A mudança já havia sido anunciada em janeiro. Em seu lugar assume, neste dia 1º de junho, José Ricardo Botelho. ÚCLIA BRASIL - O executivo Mario Franco, diretor da Royal Caribbean no Brasil, foi eleito presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil). Franco inicia sua atuação no cargo a partir de 1º de junho de 2020 e segue pelos próximos dois anos. ÚOTHON- Jorge Chaves é o novo responsável pelo Comercial e Marketing do Hotéis Othon. Chaves era o responsável pela área Operacional da rede e assume o lugar deixado por Anna Christina de Andrade, que se despediu da rede após 12 anos.

TAP adia retorno ao Brasil para junho

Os voos para São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, que estavam programados para maio, agora têm o retorno planejado para junho.

ÚMTUR - Regina Duarte deixou o cargo de secretária especial de Cultura do Ministério do Turismo, pouco mais de dois meses após ter aceitado comandar a pasta que está atrelada ao Ministério do Turismo. Em publicação nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que Regina Duarte agora assumirá a Cinemateca Brasileira, em São Paulo. ÚPONTES - Carolina Pontes de Aguiar assume a gerência executiva de marketing e vendas do Pontes Hotéis & Resorts. Ela passa a responder por todas as áreas comerciais e ganha reforço, baseado em São Paulo, do executivo paulista Raphael Terrasan, que ficará à frente da gestão comercial. Carol substitui Sérgio Paraíso que deixa a empresa para um novo desafio. ÚCENTURY PAULISTA - O Hotel Century Paulista terá uma nova administração a partir de junho, que ficará a cargo dos gerentes do WZ Hotel Jardins. Ambos os empreendimentos, pertencentes ao Grupo W Zarzur, terão Fabio Souza como gerente geral e Marco Quioratto como gerente Comercial. Também está prevista uma integração entre as equipes de vendas, reservas e eventos dos dois hotéis. ÚSEABORN - O presidente da Seabourn, Richard Meadows, anunciou que irá se aposentar após 35 anos dedicados às marcas da Carnival Corporation. Richard era o grande responsável pelas operações da Seabourn, como presidente desde 2011, quando a armadora mudou seu escritório de Miami para Seattle, liderando os negócios e operações globais da linha de luxo da Carnival pelos últimos nove anos.

AGENDA

320a e5/07 22/10

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FITA WTM-LA 2020 FESTURIS 2020 A Uma Secretaria das principais de Estado feiras de Turismo, de turismo em da nome do Governo Pará, realizadora Por cont a do doEstado s ris codo s cau s ado s p elo da América Feira Internacional Latina foi adiada de Turismo para o segundo da Amazôniacoronavírus,a – FITA, anunciou sua nona para os Fundação AIP –edição organizadora dias semestre. 3, 4 e Acontecerá 5 de julho de entre 2020. os dias A feira 20,será 21 realizada no Hangar – Centro de Convenções da BTL - anunciou o adiamento da edição ee Feiras 22 de da outubro Amazônia, por conta em Belém da pandemia (PA). deste ano, que aconteceria em março, para do coronavírus (Covid-19), que bagunçou o fim de maio. As autoridades portuguesas o calendário de eventos. O encontro seconcluíram que deixaram de estar reunidas as gue marcado no Expo Center Norte, em condições para poder assegurar a realização São Paulo, para o evento B2B de três dias do evento nas datas originalmente previstas. que promove a A mérica Lat ina para o WTM-LA “Assim, com o objetivo de corresponder mundo e t raz o mundo para a América Uma das principais feiras de turismo da Américaaos Latina foi adiada para o segundo semestre. anseios e necessidades de promoção do Latina, criando Acontecerá entreoportunidades os dias 20, 21 epessoais 22 de outubro por conta da pandemia do coronavírus setor do turismo, a Fundação AIP entendeu e de negócios. (Covid-19), que bagunçou o calendário de eventos. encontro segue Expo adiar O a BTL 2020 para osmarcado próximosno dias 27 Informações: latinamerica.wtm.com Center Norte, em São Paulo, para o evento B2B de três dias que promove a América Latina a 31 de maio”, diz a nota oficial. Para esta para o mundo e traz o mundo para a América Latina, criando oportunidades pessoais e edição, estavam confirmados cerca de 1500 de negócios.

20 a 22/10

Informações: latinamerica.wtm.com

expositores de 67 destinos internacionais. Informações: festivaldascataratas.com

23 a 25/09 23 a 25/09 48ª ABAV EXPO E 53º ECB

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A 48ª ABAV ExpoE Internacional de Turismo eWTM 53º Encontro Comercial Braztoa aconte48ª ABAV EXPO 53º ECB LONDRES cem entre os dias 23 e 25 de setembro, no Expo Center Norte, Sãomarcada Paulo. Neste A 48ª ABAV Expo Internacional de A WTM Londresem está entre ano os coladinhae com a WTM-LA, a Abav é considerada a principal feira de turismo do Brasil e Turismo 53º Encontro Comercial dias 2 e 4 de novembro. É considerada reúne os acontecem principais fornecedores, e visitantes busca de negócios. Braztoa entre os dias buyers 23 uma dasem mais importantes do calendário e 25 de setembro, no Expo Center tur ístico inter nacional de feiras. Será Norte, em São Paulo. Neste ano a 41a e d i ção d a fei ra qu e, n o a n o coladinha com a WTM-LA, a Abav passado, recebeu mais de 51 mil pessoas é considerada a principal feira de durante os três dias, incluindo nove mil turismo Brasil e reúne os principais FESTURISdo 2020 buyers, cinco mil expositores e três mil fornecedores, buyers e visitantes em mundial, Sempre de olho nas tendências do mercado O Festival dedeTurismo Gramado ocorre profissionais mídia,decom o objetivo busca de 5 a 8dedenegócios. novembro, no Serra Park, em Gramado. Esta edição apostará segmentos que de ultrapassar os £ 3,4 em bilhões (R$ 17,5 Informações: estão em pleno www.abavexpo.com.br crescimento. Entre as novidades do espaçoem estão a nova localização em uma bilhões) negócios. área maior dentro da feira, o crescimento no número de expositoreswww.wtm.com e a abertura para o mercado Informações: internacional. O espaço é voltado para operadoras, hotelaria corporativa, destinos, CVBs e outras marcas que atuam diretamente no turismo de negócios.

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CEOs de Azul, Gol e Latam discutem futuro do setor no pós-pandemia O banco BTG Pactual realiza uma live com os líderes da s gra ndes companhias aéreas brasileiras para debater o futuro do setor no póspandemia.

Bolsonaro sanciona Lei que transforma Embratur em agência e veta IRRF em 6% Projeto foi sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Texto sofreu vetos importantes, como a redução do IRRF para 6% e da destinação da chama TEF para o Fungetur.

www.mercadoeeventos.com.br www.mercadoeeventos.com.br Circulaçãonacional nacionalatravés através de de mala mala direta Circulação Presidente Roy Taylor Presidente Roy RosaTaylor Masgrau Vice-Presidente Presidente Roy Taylor (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3215-1827 Vice-Presidente Rosa Masgrau Rosa Masgrau Vice-Presidente Editor-chefe Anderson Masetto (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6316 (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 3215-1827 (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) - (55-11)- (55-21) 3123-2236 Editor-chefe Anderson Masetto Editor-chefe Masetto Web-EditorAnderson Pedro Menezes (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) -- (55-11) 3123-2236 (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3215-1844 (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3123-2236 Web-Editor PedroMari Menezes Diretora de Vendas Masgrau Diretora de Vendas Mari Masgrau (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3215-1844 (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2249 (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) Diretora de Vendas MariJuliano Masgrau Diretor de Novos Negócios Braga 3123-2249 (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3123-2249 (juliano.braga@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2244 Gerente Administrativo e Financeiro -Juliana Barbosa de Novos eNegócios Juliano Braga DiretoraDiretor Administrativa Financeira Roberta Saavedra (juliana.barbosa@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6246 (juliano.braga@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2244 (roberta.saavedra@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3215-1836 Assistente de Marketing Roberta Saavedra Diretora Administrativa eAndreia Financeira Roberta Saavedra Operacional Boccalini (roberta.saavedra@mercadoeeventos.com.br) -- (55-21) (andreia.boccalini@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3123-2222 (roberta.saavedra@mercadoeeventos.com.br) (55-21)3215-1836 3233-6202 Operacional Andreia Boccalini Operacional Andreia Boccalini (andreia.boccalini@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 Fotografia Eric Ribeiro | Designer Patrick Peixoto (andreia.boccalini@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 Reportagem SP (55-11) 3123-2239/2240 | Reportagem RJ (55-21) 3215-1844 Designer Patrick Peixoto Giulia Bottini (giulia.bottini@mercadoeeventos.com.br) Reportagem SP (55-11) | Reportagem RJ (55-21) 3215-1844 Igor Regis 3123-2239/2240 (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) Fotografia Eric Ribeiro | Designer Patrick Peixoto Janaina Brito (janaina.brito@mercadoeeventos.com.br) Atendimento ao leitor (55-11) 3123-2222 Tecnologia Gestão de Infraestrutura de(55-11) TI WorkNet Atendimento ao leitor 3123-2222 Reportagem São Paulo (55-11) 3123-2239/2240 (fernando.carilo@worknetecnologia.com.br) Gestão de Infraestrutura de TI WorkNet Tecnologia André Montanaro (andre.montanaro@mercadoeeventos.com.br) Gerência de Internet GRM Internet e Serviços (fernando.carilo@worknetecnologia.com.br) (55-21) 3993-8492 Gerência de Internet GRM Internet e Serviços Igor Regis (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) (55-21) 3993-8492 Lisia Minelli (lisia.minelli@mercadoeeventos.com.br) Departamento Comercial Storti (victoria.storti@mercadoeeventos.com.br) SãoVictoria Paulo (55-11) 3123-2222 | Rio Comercial de Janeiro (55-21) 3215-1836 Departamento São Paulo Rua Barão de3123-2222 Itapetininga, 151 Centro -3215-1836 Cep 01042-001 São Paulo (55-11) | Rio de- Térreo Janeiro- (55-21) (55-11) São Paulo Rua Barão deTelefone Itapetininga, 1513123-2222 - Térreo - Centro - Cep 01042-001 Reportagem Rio de Janeiro-21) 3233-6263 Rio de Janeiro AvenidaTelefone das Américas, 14.591 - Grupo 403 - Cep 22790-701 (55-11) 3123-2222 Menezes Telefone (55-21) 3215-1836 Rio dePedro Janeiro Avenida(pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) das Américas, 14.591 - Grupo 403 - Cep 22790-701 Telefone (55-21) 3215-1836 Representante em Portugal Antonio LuizRepresentante Acciolly (antonioluizaccioly@gmail.com) em Portugal Atendimento ao(antonioluizaccioly@gmail.com) leitor (55-11) 3123-2222 + (351) 91199-0448 Antonio Luiz Acciolly + (351) 91199-0448 Representante nos Estados Unidos Departamento Comercial Spotlight – Marketing & Public Unidos Relations Representante nos Estados São Paulo (55-11) 3123-2222 | Rio Janeiro (55-21) 3233-6202 1390 South Dixie Hwy. 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