2ª Quinzena | Junho de 2020 Ano XVII | nº392 - mercadoeeventos.com.br Praia da Lua, em Manaus (AM) - Foto Mario Oliveira/MTur
A retomada começa pelo doméstico
Amazonas e Pará, na Região Norte, são sinônimos de ecoturismo e natureza Página 8
Operadoras dizem como serão os pacotes pós-pandemia Matéria especial mostra as características dos produtos na retomada do setor
ENTREVISTA
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Secretário de Turismo, do Rio de Janeiro, Otavio Leite, fala sobre os protocolos adotados pelo estado e das ações para atrair visitantes.
BRASIL
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Ministério do Turismo lança o selo Turismo Seguro Limpo e Responsável com a indicação de protocolos para 15 atividades do setor.
TURISMO EM DADOS
Páginas 14, 15 e 16
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Mesmo antes de uma retomada efetiva, as empresas do Turismo com capital aberto vêem suas ações sofrerem uma grande valorização.
Confira a movimentação do setor e a agenda de eventos do Turismo. Página 26
Mais voos para There você viajar you go quando quiser MAIS VOOS, MAIS OPÇÃO E FLEXIBILIDADE PARA VOCÊ Mesmo com a crise do Covid-19, o Grupo Air France-KLM nunca parou de operar entre o Brasil e a Europa. E para os próximos meses, aumentaremos nossa presença. A KLM trouxe mais 4 voos semanais partindo da Holanda – 2 para São Paulo e 2 para o Rio de Janeiro. A Air France, a partir de 6 de julho, também terá outras 4 frequências – 2 para São Paulo e 2 para o Rio de Janeiro. Juntas, as companhias terão 18 voos por semana até o fim de agosto, uma operação líder entre o Brasil e a Europa.
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ENTREVISTA
“A pandemia trouxe todo mundo para a estaca zero” Para o secretário de Turismo do Rio de Janeiro, Otavio Leite, com o turismo paralisado no mundo todo por conta da pandemia da Covd-19, os principais destinos do planeta foram colocados em pé de igualdade, uma vez que todos precisarão demonstrar aos turistas que são seguros e precisarão se promover. Em entrevista ao M&E, Leite também explicou o selo Turismo Consciente, que vai balizar os protocolos na retomada do setor. A preocupação com os cruzeiros e com uma campanha de promoção também foram assuntos abordados por ele. MERCADO & EVENTOS - No início de junho foi assinado o programa Turismo Consciente. Como ele foi elaborado e quais as premissas levadas em consideração? Otavio Leite – Partimos do princípio de que estamos dentro de um túnel e não sabemos a extensão dele. Um túnel complicado e cheio de buracos, mas ao mesmo tempo temos a convicção de que temos sim uma luz no fim dele. Então, focados nesta luz, procuramos desenvolver um projeto cujo objetivo é juntar numa mesma plataforma estes dois pólos: o consumidor e o produto turístico. A perspectiva que trabalhamos numa primeira fase foi a de construir protocolos. Desenhamos isso com a Vigilância Sanitária e com a Secretaria de Saúde e, ao mesmo tempo, desenvolvemos um software que possibilitasse este intercâmbio. Na prática, os empresários entram no portal, recebem os protocolos e, por auto declaração, assumem o compromisso de que estão cumprindo todas as regras e, então, recebem o certificado. Temos também no portal o campo para que o cliente possa reclamar se identificar que os protocolos não estão sendo cumprindos. Com isso, nós da Setur damos prosseguimento para a fiscalização. M&E - O Rio de Janeiro é um grande pólo de cruzeiros, com MSC, Costa e Pullmantur ou da própria Clia sobre a queda de demanda para este ano. O estado já tem algum estudo nesse sentido? Otavio Leite – Antes da pandemia estava em curso um trabalho de construção de um modelo tributário para estimular os navios que terminavam a temporada em abril ficar mais um ou dois meses. Acredito que é uma modalidade fundamental, que gera empregos e temos conversado. No dia que um destes grandes navios possa ficar aqui o ano todo, passamos a ser uma opção também para quem está nos Estados Unidos e na Europa. Sobre esta temporada, as companhias ainda estão aguardando as orientações de saúde e do desenrolar da crise.
M&E – A retomada do Turismo terá um impulso de uma campanha de promoção? A Setur já planeja este investimento? Otavio Leite – Num primeiro momento temos que div ulgar o selo, mostrando que no Rio de Janeiro se pratica t urismo consciente. Já desenhamos esta campanha e vamos trabalhar de maneira bem cirúrgicas. Em seguida, em setembro, estamos desenvolvendo com o trade a ideia de pacotes especiais para o Rio de Janeiro. M&E – No início da gestão, o próprio governador chegou a afirmar que o Turismo era o novo petróleo do Rio
de Janeiro. A pandemia, de alguma forma, comprometeu este projeto? Otavio Leite - A pandemia trouxe todo mundo para a estaca zero. Empatamos a partida com todos os demais destinos do mundo. Nesta largada de retomada, se for bem feita, a gente vai reconquistando, com perspectivas de um crescimento mais rápido e de alcançar limites ainda maiores. É isso que queremos. A bandeira do Turismo prossegue e é muito forte. Cabe a nós arregaçarmos as mangas, trabalharmos mos em consonância com o setor e lutando pelas boas causas. Isso com ideias criativas para permitir que o Rio de Janeiro, na retomada, possa ter o seu justo e merecido lugar ao sol.
Foto: Larissa Cargnin
Anderson Masetto, Igor Regis e Pedro Menezes
Secretário de Estado de Turismo do RJ, Otavio Leite
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EDITORIAIS
TURISMO EM DADOS
MP 936 precisa ser prorrogada
Ações de empresas brasileiras de Turismo têm alta de até 146% no mês
Roy Taylor O desemp enho da economia e o nível de emprego estão intimamente ligados ao sucesso da indústria do Turismo. Quem está empregado tem férias garantidas e, consequentemente, uma prop ensão grande a viajar. Ao mesmo tempo, quando há renda, a escalada na pirâmide de Maslow va i coloca nd o a v iagem como prioridade. E para completar a roda, o Turismo é uma das atividades que mais podem contribuir – e de forma mais rápida – para a geração de emprego e renda. É um círculo. Se uma da s p onta s vai mal, a cadeia toda desmorona. E é exatamente por isso que num momento como o que vivemos atualmente – com a pandemia da Covid-19 paralisando a economia – que é necessária uma v isão 360 graus. Se o governo pretende salvar empregos e tor nar a retomada menos t raumática, e não falo apenas do nosso setor, ele precisa olhar como um todo, uma vez que quanto maior o desemprego, mais lentamente as coisas voltarão a caminhar. E, p el o m en o s p a ra o Turismo, salvar empregos significa prorrogar a Medida P rov is ória 936. Ela p er m it e a su sp en s ão d e contratos e diminuição de s a lár io s e c a rga h o rár ia com compensação do governo para os funcionários.
Isso poderia acontecer por até três meses, no entanto, a pandemia demorou mais do que o previsto inicialmente para se dissipar. E as empresas e empregos não sobrevivem, especialmente em setores como o nosso que demorarão um pouco mais para responder. É de ex t rema urgência qu e t a nt o o co ng r e s s o como o Gover no Federal prorroguem p or mais alguns meses esta medida. Até aqui ela ajudou, e muito, a pres ervar inúmeros p ostos de t raba lho. Empresários e trabalhadores sabem que isso é necessário para que um pouco de nor ma lidade s eja a lca nçado qua ndo a s v iagens voltarem a acontecer. Por out ro lado, empresários seguem aguardando a lenda do crédito. Anuncia d a s co m p o m p a s, a s linhas com juros e carência amigáveis para p equenas e m éd ia s em p r e s a s, s eguem sem alcançar a ponta e a ind a es t ão longe d a s contas de quem necessita deste dinheiro para salvar empresa s f unciona ndo e manter milhões de postos de empregos.
Roy Taylor é fundador e presidente do Mercado & Eventos
Igor Regis Após meses operando em baixa em meio a pandemia de coronavír us, as ações das empresas brasileiras de Turismo começam a dar sinais de recup eração. Na primeira quinzena de junho, as ações de Azul, Gol, Loca liz a e Mov ida regist rara m s eguida s altas e já operam em patamares semelhantes aos registrados na primeira metade de março, quando começaram a ser anunciadas as restrições em todo o Brasil. As altas vêm se intensificando desde 18 d e ma io, qua ndo diver s o s pa ís es, como Espanha, Itália, Alemanha, Reino Unido e EUA, passaram a discutir a reabertura de fronteiras e da economia. Este impacto foi prontamente sentido na bolsa brasileira, que dois meses antes, em 18 de março, viveu seu pior dia, com p edido do gover no federal para que o Congresso Nacional declarasse estado de “calamidade pública”. CVC Somente a CVC Corp acumulou uma alta de quase 59% no mês de junho (até dia 10)e viu seu valor de mercado saltar de R$ 2 bilhões para R$ 3,3 bilhões. No período de 30 dias (10/5 a 10/6), a valorização foi de 113%. O avanço acontece mesmo após a companhia adiar novamente a divulgação de seu balanço do primeiro trimestre, em virtude de erros encontrados em valores repassados a fornecedores. Em março as ações da companhia chegaram a R$ 6,49, o que derrubou seu valor de mercado para R$ 930 milhões. Com a alta a companhia chegou a seu maior valor de mercado desde de 10 de março. AÉREAS As ações das companhias aéreas brasilei-
A corrida dos protocolos Anderson Masetto Até praticamente ontem, a promoção de um destino se baseava nos seus atrativos e aspectos como clima, sazonalidade, preços, hospitalidade e equipamentos. Isso até a chegada do coronavírus, que é, sobretudo, uma crise de mobilidade, pois a medida mais eficaz até agora para diminuir a sua disseminação é o distanciamento social. Desta forma, a viagem passou a não ser prioritária para quase a totalidade das pessoas. Agora, com voos sendo retomados e destinos voltando a abrir, há uma outra preocupação: os protocolos sanitários. Destinos no mundo todo começam a aceitar turistas novamente. O mesmo acontece com os hotéis, resorts e atrativos. E o que os possíveis viajantes querem saber: o que está sendo feito para que o coronavírus não seja meu companheiro de viagem? Há neste momento uma verdadeira corrida pelas melhores práticas e para que, principalmente, o viajante tenha uma sensação de segurança. Se isso não ocorrer, a possibilidade de que ele visite o destino é quase nula. A utilização de máscaras já faz parte deste “novo normal”, como convencionou-se chamar a adoção destes proto-
colos. Há, no entanto, outros aspectos que podem ser o diferencial neste momento. Companhias aéreas estimulam a utilização de auto serviços no check-in e embarque. Hotéis adotam novas maneiras de limpar quartos e de lidar com refeições. Atrativos criam processos para garantir um distanciamento mínimo entre as pessoas. Isso parece ser o básico para todos. Mas há equipamentos high tec já sendo fabricados e adotados por empreendimentos no mundo todo que fazem a desinfecção dos visitantes e hóspedes. Cada destino tem corrido não apenas para a adoção de selos e protocolos rígidos, mas também na sua divulgação. Campanhas para divulgar estes novos protocolos darão o tom da retomada do Turismo nos próximos meses. Mais do que educar os viajantes sobre como agir e se comportar daqui para frente, esta comunicação tem por objetivo dar segurança para que as pessoas voltem a viajar.
AZUL
CVC
GOL
LOCALIZA Anderson Masetto é jornalista, pós-graduado em Comunicação Jornalística e editor-chefe do Mercado & Eventos
ras com capital aberto na B3 também tiveram uma significativa valorização nos últimos dias. As ações da Azul, que fecharam o dia 15 de maio cotadas a R$ 11,08, chegaram a R$ 27,35 no último dia 8, uma valorização de 146%. Neste período, além da retomada de diversas rotas, a companhia também sentiu os impactos positivos de um avanço nas negociações por uma ajuda estatal via BNDES. No dia 10, as ações da companhia fecharam cotadas a R$23,50, totalizando um valor de mercado de mais de R$ 7 bilhões. O mesmo efeito sentiu a Gol, que fechou o dia 10 de junhocom ações a R$ 20,24, uma valorização de mais de 102% em relação ao dia 12 maio, quando os papéis fecharam o dia comercializados a R$ 10. No início das restrições, em março, as ações da companhia chegaram ser vendidas a R$ 5,60 e o valor de mercado a R$ 1,4 bilhão. Em junho, o valor de mercado da companhia é de cerca de R$ 5,4 bilhões LOCADORAS As locadoras também registram uma recuperação sur preendente nos últimos dias. A Movida, que chegou a ter ações comercializadas a R$ 8,50, fechou 10 de junho com papéis cotados a R$ 13,4 4, alta de 58%. Já a Localiza fechou o dia 10 com ações a R$ 41,10 e um valor de mercado na casa dos R$ 31 bilhões. A companhia acumulou altos e baixos durante a pandemia, mas desde 13 de março vem apresentando uma tendência de crescimento. Apesar da recuperação, a Localiza ainda está distante do patamar pré-pandemia. No dia 20 de fevereiro, último fechamento antes do anúncio do primeiro caso de Covid-19 no País, os papéis da empresa fecharam cotados a R$ 54,4 0.
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QUINZENA
Restrições de viagens podem afetar 197 milhões de empregos
Gloria Guevara, presidente do WTTC
Em uma nova previsão, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) estima que mais de 197 milhões de empregos podem ser perdidos no setor global de Viagens e Turismo com a manutenção das restrições de viagem por conta da pandemia de Covid-19. O estudo realizado pela entidade considera que este número seja alcançado no pior cenário, em que as restrições sejam retiradas após o verão no hemisfério norte. Isso representa um aumento alarmante de 96% em relação a última estimativa do WTTC, que previs a perda de 100,8 milhões de empregos.
A pesquisa mostra que, se essas restrições de viagem fossem removidas mais cedo, isso poderia salvar um número impressionante de 99,3 milhões de empregos. O impacto de restrições de viagens prolongadas também pode reduzir em US$ 5,5 bilhões na contribuição do setor para o PIB global, o que equivale a uma queda de 62% por cento em comparação com 2019. Enquanto isso, no pior cenário, as chegadas internacionais globais sofrerão um declínio acentuado de 73% e 64% nas chegadas domésticas. “Infelizmente, nossa nova modelagem revela a profundidade do impacto de longo prazo que o setor global de viagens
e turismo enfrenta se as restrições de viagem continuarem por um período prolongado.No nosso pior cenário, restrições de viagem prolongadas podem colocar mais de 197 milhões de empregos em risco e causar uma perda de mais de US $ 5,5 trilhões no PIB global de viagens e turismo”, afirmou Gloria Guevara, presidente e CEO do WTTC. “A recuperação do setor será adiada por restrições pesadas, assim como surge de um dos períodos mais difíceis da história – além das companhias aéreas, todo o ecossistema de viagens sofrerá incluindo milhões de pequenas e médias empresas. Hotéis, destinos, agentes de viagens e outros serão devastados pelo efeito dominó econômico de restrições prolongadas ao movimento, mergulhando milhões de empresas de viagens e seus funcionários em ruínas financeiras”, completou.
Aéreas chinesas já voltaram a operar 90% dos voos domésticos
As taxas de ocupação, por sua vez, permanecem bem baixas, o que mostra que a retomada da capacidade está bem a frente da demanda de passageiros
A s companhias aéreas chinesas já estão operando cerc a de 9 0% dos vo os domésticos que estavam sendo realizados neste mesmo período em 2019. A previsão é chegar a 96% dos voos programados já na próxima semana, o que mostra a rápida recuperação do transporte aéreo chinês pós-pandemia da Covid-19. E m m e a d o s d e ma io, a capacidade das companhias já tinha chegado a 80% do operado um ano atrás, já bem acima dos 63% operados em março e abril. As taxas de ocupação, por sua vez, permanecem bem baixas, o que mostra que a retomada da capacidade está bem a frente da demanda de passageiros justamente para retomar o trabalho de grande parte do time de funcionários que estiveram parados por mais de três meses. Para maio, a taxa de ocupação foi de 65,2%, mesmo sem restr ições, diferente dos voos internacionais que só podem operar com 75% de capacidade. A s empresas estatais chinesas, incluindo a maior parte do setor de aviação comercial, geralmente não têm permissão para contratar ou dispensar funcionários, o que revela a urgência em retomar logos as atividades destes colaboradores.
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DESTINO
Região Norte esbanja o ecoturismo desejado para a retomada das viagens pós-pandemia Pedro Menezes Especialistas, entidades, agências e operadoras de viagens já sabem que a retomada do Turismo pós-pandemia do novo coronavírus acontecerá mesmo pelo mercado doméstico,
seja ainda pela insegurança de sair do país, seja pela falta de recursos financeiros de grande parte das famílias brasileiras ou até mesmo pelo impacto econômico causado pela Covid-19. Será um retorno natural e gradual das viagens rodoviárias,
Foto: Ana Claudia Jatahy-MTur
AMAZONAS
Desbravar um dos destinos mais exóticos e completos do Brasil e do Mundo. Esta é a oportunidade que todos os turistas têm ao visitar o Amazonas, que tem Manaus como sua capital, um estado encravado no coração da floresta amazônica. A capital Manaus, que significa, "mãe dos deuses", foi fundada em 1669. Situada na confluência dos Rios Negro e Solimões, é conhecida pelo seu potencial turístico e o rico patrimônio histórico e cultural. Manaus, dona de construções históricas e de um povo acolhedor e extremamente hospit aleiro, p ossui um roteiro enriquecedor. O Teatro Amazonas, por exemplo, é um dos ícones da cidade, com capacidade para 701 lugares. Já Centro Cultural Largo São Sebastião se tornou um lugar para o entretenimento e lazer, onde é possível participar de atividades como dança, teatro, arte plásticas e até passeio de charrete. Ainda tem o clássico Museu do Índio, um dos maiores do Brasil no quesito história indígena. E seguindo as tendências da retomada, a biodiversidade da região amazônica é única, a mais rica do mundo, concentrando em suas florestas 60% de todas as formas de vida do planeta. Estima-se que cerca de um milhão de espécies animais e vegetais vivam pela região. O ecoturismo pode ser praticado no Amazonas o ano todo, já que
a sazonalidade que ocorre na floresta de várzea, local onde as comunidades vivem, permitindo o turista vivenciar a floresta em época de seca e de cheia. Além das caminhadas na floresta, do passeio de canoa nas trilhas aquáticas, observando a beleza da natureza e os que vivem nela, o turista tem ainda a oportunidade de usufruir da convivência com o homem da floresta. Entretanto, a melhor maneira de descobrir as maravilhas naturais do Amazonas é a bordo de um barco, seja em grandes e luxuosas embarcações ou em pequenos e simples barquinhos. Arquipélagos com centenas de ilhas recortam a paisagem. Jacarés, botos cor-de-rosa, aves pernaltas e pequenos roedores chamam a atenção. No período da seca, o labirinto natural revela inúmeras praias de areia branca. Além de esticar-se ao sol, o visitante não pode deixar de fazer trekking pelas ilhas e de se jogar com boias no rio. Na cheia, a dica é navegar por entre as maiores árvores da floresta de igapós. Assim, o turismo fluvial pode ser praticado em todo ano, pois mesmo no período da estiagem, o Rio Solimões permite navegabilidade para todo tipo de barco e navio, durante todo o ano. Agora para quem quer suar, sentir a adrenalina aflorar e vivenciar momentos inesquecíveis e experiências memoráveis,
Pará, por exemplo, são reconhecidos por suas belezas naturais, por uma enriquecida fauna e flora e por um banho cultural, natural e enriquecedor de atrativos turísticos devidamente conectados com a história e natureza destes locais.
o Amazonas também é o local certo. Em nenhum outro lugar você vai encontrar tantos atrativos interessantes para a prática do turismo de aventura. E, o que é melhor, sempre em perfeita harmonia com a natureza. De caminhadas na selva com pernoite a descida de rios em botes infláveis desbravando belas corredeiras, de locomoção por percursos em altura instalados em árvores gigantescas a atividades recreativas desenvolvidas em grutas e cavernas. Além disso, a qualificação e o preparo das empresas e de profissionais que atuam no segmento são uma garantia de segurança para os praticantes e a certeza de muita ação, suor e adrenalina no coração da floresta. Não poderíamos deixar de abordar a festa cultural mais esperada pelos amazonenses: o Festival de Parintins, considerada a maior celebração popular do
Amazonas, que acontece no mês de junho. Sabe aquelas férias de verão do hemisfério norte (também conhecida como verão boreal). A festa já conquistou prestígio internacional, todo ano atrai milhares de visitantes e conta com ricas fantasias, com predominância de material reciclado da natureza, como as fibras, palhas e brilhos. O festival é uma apresentação a céu aberto, onde competem duas associações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A apresentação ocorre no Bumbódromo (Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes), um tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada, com capacidade para 35 mil espectadores. Durante as três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações.
PARÁ
p ost a is, ent re eles o Mercado do Ver- o-Pe s o, qu e r eún e d i ver s o s a r t igo s r eg io na i s e a s a b o r o s a ga st ronom ia do estado. Há ainda a Casa das Onze Janelas, a Estação das Docas e o Mangal das Garças. Em Belém, um ponto turístico bem v isit a d o em to d a s a s ép o ca s d o a no é o Parque do Igara p és, que possui 160 mil m² de área de floresta remanescente, com piscina de água mineral corrente, chalés, albergue, ent r e ou t r o s. O u t r o i m p o r t a nt e p olo t u r ís t ico p a ra d iver s ão é a Estação das Docas, local de saída dos principais barcos para as rotas a ma z ôn ica s, t a m b ém con h e cid o como um complexo turístico já há 20 anos. A Estação recebe um número elevad o d e t u ris t a s du ra nt e a lt a temporada para passeios marítimos com o espetacular pôr-do-sol diário ao f im do p ercur s o. A lém dis s o, o espaço ofere ce noites agit ada s com bares e restaurantes, e tendas com produtos artesanais típicos da região.
Foto: Tiago Silveira - MTur
O famoso encontro das águas no Amazonas
aéreas e fluviais por todo o Brasil, com foco total no ecoturismo e no turismo de aventura, justamente pelo distanciamento social e pela re conexão dos t ur ist a s com a natureza. E neste ponto, a Região Norte sai na frente. Amazonas e
Alter do Chão. em Santarém
E o que falar do Pará, conhecido p or sua s riquez a s nat u ra is, pluralidade cultural e gastronomia exótica. Atrações turísticas como sol e praia, natureza e cultura p odem s er encont rada s em toda s a s s eis regiões do estado. A capital Belém é bastante famosa por sua natureza ex u b era nt e e p o r r i co s c a r tõe s-
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BRASIL
MTur apresenta selo Turismo Responsável – Limpo e Seguro Iniciativa visa mostrar que empreendimentos seguem protocolos e proporcionar mais segurança aos visitantes Pedro Menezes O Ministério do Turismo lançou, no início de junho, o selo “Turismo Resp onsável – Limp o e Seguro”, co m d i r et r i ze s vol t a d a s p a ra 15 diferentes atividades do Cadast ro Na ciona l d o Tu rism o (Cad a s t u r). Empre endim ento s e empres ário s d o Tu rism o t erão a ces s o a o s elo a o s eg ui rem o s protocolo s d e s egurança que foram const r uídos em conjunto com a A nv isa e com os próprios s egmentos t ur ísticos, levando em conta medidas adotadas por entidades internacionais e pelo Ministério da Saúde. O s elo “Turismo Resp onsável – Limp o e Seg uro” t em o o bjet ivo d e cha n cela r p r of i s s io na i s e es t a b ele cim ento s t ur ís t ico s, como hotéis e aerop ortos, que se comprometam com protocolos de s aúd e, s eg u ra nça e at endim ento em sua s o p era ções, u m p a s s o importante para a retomada oficial do setor com total segurança após a pa ndem ia do novo coronav ír us (Covid-19). “As pessoas e empresas que estão no Cadastur terão acesso ao site, ao segmento em que atua e receberão as orientações voltadas para cada segmento, seguindo assim todos os protocolos de higiene e segurança. O próprio turista vai fiscalizar as ações que estão sendo implementadas ou não por cada estabelecimento. Este selo é o ponto de partida para que p ossa mos fazer com que o Bra sil esteja um passo na frente no ponto de vista da confiança e segurança no t urismo”, diss e o m inist ro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em videoconferência. Um site será lançado em breve para os estabelecimentos e profissionais
se inscreverem, aceitarem os termos e imprimirem seus respectivos selos, que contam com diversos tamanhos e a obrigatoriedade de ser enquadrado ou emoldurado e s er colocado ao la d o d o S el o d o Ca d a s t u r, co m exce ção d a s compa n hia s a érea s, qu e t erão qu e colo c a r o s elo na entrada das aeronaves. E quem fará a regulamentação? O próprio turista. A t r a v é s d e u m Q R Co d e (n o próprio selo), o turista terá acesso ao site para entender os protocolos d o em p r e en d i m ent o e ver if i c a r s e o m e s m o p o s s u i o s el o. El e p o d erá qua l if i c a r o h ot el o u o em p r e e d i m ent o t u r ís t ico, co m o acontece com os aplicativos. O selo, de acordo com o MTur, nasce para qu e to d o s ent end a m qu e a qu ele loca l ou pres t ador d e s erv iço s e submeteu a essa chancela do MTur e está apto a operar de acordo com as recomendações do seu segmento. “Vamos dar segurança aos nossos passageiros. Nossa parceria com as entidades e com o ministério tem sido impressionante. Sem o Ministério do Turismo hoje estaríamos num lugar muito mais díficil de trabalhar em meio a esta pandemia. Da parte de todo o agencia m ento no bBra sil, só posso parabenizar. O selo é um gra nde pa ss o para dei xar noss os v iaja nt es s eg u ro s e confor t áveis para viajar”, disse Magda Nassar, presidente da Abav Nacional. Guilher me Paulus, f undador da GJP, elogiou o t raba lho do MTur na criação do selo. “O selo é tudo, ch ega p a ra co m pl em ent a r t o d o nosso trabalho e traz segurança. As entidades trabalharam fortemente. Agora é a hora exat a para en xergar mos o fut uro do t urismo e o selo é este primeiro passo. Os agentes começam a ganhar confiança
Foto: Roberto Castro/Mtur
Marcelo Alvaro Antonio, ministro do Turismo, entre os secretários Bob Santos e Wiliam França
para retomar as vendas. O selo vem reafirmar a confiança do passageiro e as entidades estão felizes com este resultado”, disse Guilherme Paulus, fundador da GJP. O secretário nacional de Integração I nt er i n s t it u cio na l d o M i n i s t ér io do Turismo, Bob Sa ntos, já t in ha a b o rd a d o d et a l h es s o br e o lançamento do selo no último dia 19. “A criação do Selo do Turismo Nacional é uma corrente do b em.
Ela b o ra m o s o s el o em d iál o go com todo o t rade, com ap oio dos s e cretários de Est ado, at ravés do Fo r nat u r , qu e e n d o s s a r a m s ua ela b o ra ção. O s elo s erá qu es t ão de orgulho para estab elecimentos como hotéis e aeroportos, bem como para guias de turismo, instigando a competitividade e fazendo com que es t a b ele cimentos e prof issiona is t en ha m ciência d o s protocolo s a serem seguidos”, disse.
COMO SOLICITAR O SELO Para solicitar o selo, o interessado deve acessar o site da iniciativa (www. turismo.gov.br/seloresponsavel), ler as orientações previstas no protocolo destinado ao segmento em que atua e estar com situação regular no Cadastur. Em caso positivo, ele adere à autodeclaração que atende os pré-requisitos determinadas e é encaminhado para uma área do site onde pode realizar o download do selo. O selo, que é totalmente gratuito, deverá ser colado em local de fácil Aponte seu celular para o código abaixo e vá direto para o site do ministério do Turismo
acesso ao cliente e conterá um QR Code pelo qual o turista poderá consultar as medidas adotadas por aquele empreendimento e/ou profissional. Além disso, possibilitará a realização de denúncias em caso de descumprimento o que poderá resultar em revogação do selo. Em caso de empresas, o selo já se encontra disponível. No caso dos guias de turismo, ele deverá estar disponível em cerca de 20 dias.
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BRASIL
Empresários e entidades lançam movimento Supera Turismo Objetivo do movimento é contribuir para que viajantes retomem a confiança e acelerar a retomada do Turismo no Brasil Anderson Masetto Levar uma mensagem de otimismo e contribuir com a reconstrução do setor e para uma retomada mais rápida. Este é o objetivo do Movimento Supera Turismo Brasil, que nasce de forma orgânica, para unir a força das entidades representativas dos diferentes elos que compõem a indústria de viagens e turismo, empresários e profissionais do setor. O Supera Turismo nasceu movido pela paixão de muitos pelas viagens e efetiva importância do setor como um vetor estratégico para a retomada do desenvolvimento econômico sustentável do País. O setor emprega, no Brasil, 7 milhões de pessoas e, segundo o movimento, são milhares de pessoas que encontram no Turismo a fonte de sustento familiar, estejam elas sediadas nos grandes centros urbanos ou em locais remotos e pitorescos. “O propósito deste movimento que se inicia hoje, mas que está sendo construído durante os últimos meses, é restabelecer a confiança para que as pessoas voltem a viajar. Abraçamos um objetivo em comum para que, primeiro
seja seguro, e depois que o Turismo volte forte e o mais rápido possível”, afirmou Marina Figueiredo, diretora da Pomptur. “Começando hoje, mas temos grupo grande de entidades e empresários que já aderiram ao movimento”, complementou. COMO SURGIU Aldo Leone Filho, diretor da Agaxtur, contou como surgiu a ideia e como o movimento foi construído. Segundo ele, após uma conversa com Carlos Prado, presidente da Abracorp e da Tour House. “O Turismo foi bastante prejudicado com esta crise. Conversamos com a ideia de mexer e energizar o setor. Concluímos que teríamos que começar o quanto antes. Montamos um time de campeões, todos trabalhando sem nenhum custo, e este 1º de junho marca o restart do Turismo”, destacou. Carlos Prado, por sua vez, lembrou da atuação das entidades e líderes do trade. A primeira atitude foi trabalhar pelas Medidas Provisórias que deram um fôlego ao setor. “No início ligamos o modo sobrevivência e agora iniciamos este movimento de união e solidariedade. É um grande projeto que está se iniciando hoje”, reforçou.
Peças que o movimento está compartilhando nas redes sociais
OBJETIVOS O consultor Lucio Oliveira, que também faz parte do movimento falou sobre os três principais objetivos estratégicos da ação: apoiar a retomada do turismo e o retorno rápido de toda cadeia do Turismo, divulgando as viagens de forma compartilhada com o maior número de pessoas engajadas; orientar o maior número de viajantes sobre cuidados nas viagens pós-retomada; e ajudar a restabelecer a empregabilidade e a renda dos milhares de colaboradores do Turismo no Brasil. A iniciativa conta, inicialmente, com o engajamento da Abav, Abracorp, Braztoa, Aviesp, Avirrp, Air Tkt, Clia Brasil e de vários empresários, como Carlos Prado (Tour House); Aldo Leone (Agaxtur), Marina Figueiredo (Pomptur), entre outras empresas. De acordo com Marina, outras operadoras já aderiram, entre elas, Abreu, AIT, Ambiental, Ásia Total, Best Buy, BWT, BRT, Century Travel, E-HTL, HotelDo, Flytour, Flot, Interpoint, Interep, Lusanova, Mercatur, JVS, Queensberry, R11, Sanchat, Trade Tours, Transmundi, Tristar, Velle, GTA Assist e outras. AGENTES DE VIAGENS Um dos focos da campanha é também valorizar o trabalho do agente de viagens.
O presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu, destacou que após tudo que aconteceu por conta dos cancelamentos e repatriações, o trabalho das agências ficou em evidência. “Na retomada, teremos vários protocolos diferenciados e nada mais seguro do que ter o agente para orientar uma viagem segura”, afirmou. Magda Nassar, presidente da Abav Nacional, reiterou que trata-se de uma campanha conjunta e que o objetivo é criar um momento especial nesta retomada. “Estamos fazendo tudo para ajudar o Turismo inteiro, e os agentes são esta ponta desta cadeia e sabem vender muito bem o Brasil. Cerca de 60% das nossas vendas são domésticas”, salientou. MOVIMENTO ABERTO Aldo Leone fez questão de reforçar o cunho participativo e colaborativo do projeto. Desta forma ele afirmou que “o movimento não tem dono, é do Turismo”. “Se chegamos até aqui como empresários, foi graças ao Turismo e agora estamos retribuindo”, reforçou Prado. O selo, que pode ser utilizado por todas as empresas do setor, bem como todos os materiais estão no site do Movimento Supera Turismo Brasil: movimentosuperaturismo.com.br.
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Quais serão os principais produtos do Turismo na retomada? Disponibilidade de malha, desejo dos viajantes, renda menor e ainda os cuidados com a saúde irão balizar as vendas nos próximos meses Anderson Masetto Nacional. Bloqueios. Rodoviário. E, claro, experiências. Estes parecem ser os pontos em comum buscados pelas operadoras para disponibilizar aos agentes de viagens na retomada pós-pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Há, porém, outros fatores que dificultam a criação de novos produtos, como a imprevisibilidade de quando os destinos estarão reabertos, quais hotéis e atrativos estarão disponíveis e, sobretudo, como estará a malha aérea num futuro próximo. Desafios que estão sendo enfrentados desde já por quem formata os produtos que estarão em breve nas prateleiras das agências de todo o Brasil. Se há uma constatação em comum por boa parte do trade é a de que as viagens terão início pelo doméstico. A segurança de estar no seu próprio país, a disponibilidade de tempo, os custos e a facilidade de acesso são alguns dos fatores. Conforme pesquisa feita em parceria pela Cap Amazon e pelo M&E, entre os dias 27 de abril e 11 de maio, com cerca de 400 agentes de viagens, 55% das respostas colocaram o doméstico como preferencial no póspandemia. Um dos pontos que ficou evidente neste período é o fator humano, materializado nas agências de viagens. Especialmente no início, quando foram feitos muitos cancelamentos, remarcações e repatriações, os agentes mostraram ao consumidor final e ao mercado a relevância do seu papel. E isso é algo que deve permanecer no Turismo pós-coronavírus. Uma p e s qu is a r e a l i z a d a p el o Laboratório de Estudos em Su s t e nt a b il id a d e e Tu r ism o d a Universidade de Brasília (LETS/UnB) e o LapSocial (Laboratório de Psicologia Social), com o apoio da Braztoa, mostrou que 70% dos entrevistados têm planos de viagem para 2020 e 2021, mas que para 60% destas pessoas o planejamento inicial foi alterado por conta da pandemia. Ao mesmo tempo, 80% ou mais dos viajantes preferem encontrar pessoas de culturas diferentes (89%); ter liberdade e flexibilidade (82%); lugares com considerável nível de relaxamento (82%); e destinos novos e diferentes (80%). E como transformar todos estes dados em algo palpável? Como formatar isso e criar produtos e pacotes para que o agente de viagens possa levar até os seus clientes? São estas respostas que as operadoras estão buscando neste momento. O M&E conversou com algumas delas sobre as características destes novos produtos. VAI PRA ONDE? A CVC Corp, que possui em seu portfólio a CVC Lazer, Visual Turismo, Trend, Experimento, RexturAdvance e Esferatur, além da Submarino, coloca o doméstico como prioridade neste momento. Claiton Armelin, diretor Executivo Produtos Terrestres Nacionais da CVC Corp, afirmou que a empresa acredita que a retomada se dará mesmo através do turismo pelo Brasil, especialmente com as viagens de curta duração, com até três horas de voo do local de origem do passageiro.
Operadores correm para formatar produtos que se adequem ao novo momento do Turismo
“Destinos de praia e de natureza, independentemente da localidade, serão as grandes apostas para a retomada das viagens”, afirmou. Na Agaxtur, por outro lado, o gerente de Produtos, Paulo Biondo, ressalta que a operadora aposta em destinos com alto nível de experiência, mas também no nacional. Um dos maiores especialistas em operações domésticas do mercado, Daniel Firmino, coordenador de Produtos Nacionais da Orinter, acredita que o Nordeste será o carro-chefe da retomada. No entanto, há ainda uma incerteza pela reabertura dos destinos, uma vez que a Covid-19 não está controlada em todos os estados da região. Eduardo Barbosa, diretor da Flot, vê a região Sul em vantagem, uma vez que o número de casos é menor do que em outras regiões. “Acreditamos que o Sul do Brasil deverá sair na dianteira. Isto em função do situação do contágio. Podemos destacar as Serra Gaúcha e Catarinense”, comenta. Neste sentido, Firmino também destacou a rápida criação de protocolos pelo trade e poder público na Serra Gaúcha. “Eles estão trabalhando pela reabertura dos parques e valorizando as atividades ao ar livre”, contou. DE OLHO NA DEMANDA Rodr igo Rodr igues, diretor Comercial da Schultz, ressaltou que o momento atual exige um olhar sob o compor tamento do mercado e, especialmente, do consumidor. “Todos os fatores influenciam, a política, a economia com a recuperação da geração do poder de compra e outros. Ou seja, tudo está muito dinâmico e estamos atentos a todos os detalhes”, relatou. “Apostamos no nacional para as vendas
no segundo semestre. As escapadas de carro num primeiro momento, sem deixar de lado o Internacional (Europa e Caribe), alguns destinos que já estão abrindo e outros que sofreram menos”, complementou. Firmino, da Orinter, foi pelo mesmo caminho. Para ele, antes de falar do produto propriamente dito, foi preciso ter a sensibilidade de olhar para o cliente. “Começamos a entender o que o cliente tem procurado. Pensando nisso, preparamos coisas pensando em todos os tipos de demanda, desde o mais simples até aqueles hotéis mais exclusivos”, disse ele, reiterando que empreendimentos menores, que contemplam natureza e ar livre, estarão em alta na retomada. “Já trabalhávamos com este tipo de hotel, mas hoje, por conta da demanda que identificamos, serão prioridade nas divulgações”, disse. Eduardo Barbosa, diretor da Flot, prevê uma retomada em escalas e foca seus produtos desta maneira. Para ele, entre julho e agosto estarão em alta as viagens de carro para destinos próximos. “No caso de São Paulo, apostamos em Serra da Mantiqueira (na confluência de SP, MG e RJ); litoral do estado até Paraty, no Rio de Janeiro; Foz Iguaçu e Curitiba; cidades históricas de Minas Gerais ao longo da Estrada Real”, acredita. Já entre setembro e outubro, Barbosa enxerga uma alta em destinos de outras regiões do País e para países vizinhos. Já entre novembro deste ano e março de 2021, vê uma volta da demanda para todos os destinos. CLÁSSICOS REVISITADOS Muitos dos produtos que já estávamos acostumados seguirão nos portfólios,
mas com uma nova abordagem ou dentro de campanhas para promover a retomada. Claiton Armelin, da CVC Corp, reiterou que o rodoviário continua sendo um dos focos da empresa como um todo, principalmente da marca CVC. No entanto, alertou que podem ocorrer mudanças. “Ainda é necessário conhecermos as principais práticas e protocolos que as empresas deste segmento irão adotar para a retomada das viagens pós-pandemia”, disse. A Mondiale by Ancoradouro também redobra o foco nos circuitos europeus, que já são hoje o seu carro-chefe. Edson Ruy, diretor da operadora, reitera que estes produtos já constam no portfólio, mas que serão aperfeiçoados para este novo momento. “Buscamos novos modelos, como a criação de pequenos grupos em carros menores, mini roteiros de até 12 dias e a criação de pacotes para destinos no Brasil”, afirmou. Outra operadora, a Agaxtur, lançou a campanha “De Brasil a Gente Rntende”. De acordo com Paulo Biondo, tratase de um produto que historicamente a operadora sempre trabalha e que nos últimos anos ganhou muita força. “Abastecemos ainda mais nosso portfólio de produtos acrescentando mais experiências. As opções para as capitais nacionais seguem em nossa prateleira, a movimentação de hotéis e cidades que estão se organizando e criando protocolos é impressionante”, destacou. A BWT vai pelo mesmo caminho: nacional e mais experiências. De acordo com o diretor da empresa, Adonai Arruda Filho, a oferta de produtos do Brasil já faz parte do DNA da operadora. “Temos um portfólio muito amplo com roteiros e
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experiências em todas as regiões do país. Também apostamos muito nos produtos da Serra Verde Express, que têm um apelo grande em todo o Brasil, por ser um passeio de trem com uma proposta diferenciada, focada na experiência e no contato com a natureza”, contou. A Transmundi, por sua vez, manteve no portfólio os seus produtos internacionais icônicos. No entanto, segundo o diretor Miguel Andrade, já seguindo todos os protocolos e instruções da Organização Mundial de Saúde (OMS). “É claro que iremos manter os produtos internacionais clássicos para 2021, como nossas saídas e fretamentos pela Europa, Egito, Jordânia, Líbano, entre outros. Tanto é que convencemos nossos clientes a adiar suas viagens. Até fevereiro, tínhamos 800 passageiros já reagendados para 2021”, disse. LANÇAMENTOS Muitas operadoras estão apresentando novos produtos adequados a este novo momento. Entre as novidades, o campeão é o rodoviário, seguido da oferta de aluguel de carros. Um exemplo é a Agaxtur, que criou a linha
“Vá de carro”, que consiste justamente no aluguel de carro + hospedagem, algo que está sendo seguido por outras empresas. “Pretendemos com isso atender a demanda de passageiros que buscam viagens de curta duração dentro de seu Estado, cidade ou região assim que a retomada das atividades for permitida pelo governo. Será mais uma linha dentro de nossos produtos”, afirmou Paulo Biondo. A S chult z t a m b ém p r ep a r a o lançamento de uma nova linha, a Travel Inn Brazil – a Europa Brasileira. De acordo com Rodrigues, serão roteiros rodoviários pelo Sul do Brasil, com saídas de Curitiba, num total de 16 dias. “O roteiro permite paradas em várias cidades, sendo assim o viajante pode escolher um roteiro de cinco, sete ou oito dias conforme o seu perfil. É uma operação própria da Schultz e que terá todo o protocolo de segurança e higienização exigidos”, explicou. De acordo com Miguel Andrade, a Tr a n smu n d i t a m b ém p r e p a r a lançamentos, tanto no nacional como no internacional. “Se antes da pandemia tínhamos uma fatia de vendas de
Gramado, na Serra Gaúcha é citada como um case por ter poucos casos e já ter elaborado protocolos
Assim como os consumidores, operadoras darão preferência aos fornecedores que adotarem protocolos de biossegurança
85% Internacional e 15% Nacional, devemos sair com 40% de vendas no Nacional e outros 60% no Internacional. Temos hoje um projeto prontinho para ser lançado e outros três ainda estão sendo desenvolvidos para virarem novos produtos nacionais da Transmundi Operadora”, garantiu. A Nice Via Apia é mais ousada e aponta para a entrada em três novos nichos: receptivo, destinos exóticos e turismo religioso. “Estamos investindo no turismo receptivo, tanto é que já criamos um departamento específico para atuação neste nicho. Para o internacional, neste começo, dentro do mercado de luxo e religioso, estamos focados em Israel, um dos locais com as portas já abertas para o Turismo, e destinos mais exóticos, como Maldivas, Bora-Bora, Índia e Marrocos, este com mais afinco. Vamos entrar neste novo mundo de uma forma abrangente e completa dentro do mercado, atingindo diversos setores do turismo”, afirmou Viviane Fernandes, diretora da empresa. A Orinter aposta em bloqueios. Firmino explicou que as negociações com os fornecedores permitiram à operadora
garantir mais de mil lugares já com prépagamento. “Neste momento não adianta ter preço e não ter disponibilidade. Temos estoque e não são bloqueios tradicionais, pois ainda podem ser remarcados, se o cliente quiser”, disse. “Também estamos preparando o Rodorinter, mas vamos lançar com segurança, por isso estamos aguardando os protocolos da ANTT. Já está desenhado e terá outro perfil do que conhecemos no mercado, com serviço de bordo e guia. Pensamos no interior de São Paulo e destinos como Foz do Iguaçu, por exemplo”, complementou. Embora pretenda manter o foco no corporativo, a E-HTL quer apontar os seus olhares também para o lazer regional. Na opinião do diretor da operadora, Flavio Louro, as viagens internas terão mais incidência neste momento. No caso do doméstico, a aposta é no rodoviário e na locação de veículos. “Serão pacotes curtos voltado a hotéis de lazer nas proximidades das grandes cidades”, disse. MUDANDO O FOCO Mesmo operadoras famosas por serem fortes no internacional começam a investir no doméstico. Um exemplo é a Transmundi, reconhecida por seus cruzeiros fluviais na Europa e por programas exclusivos em destinos como Turquia, Dubai e outros. Ela já trabalha com o nacional, como o Pantanal, por exemplo, mas vai ampliar o seu portfólio de destinos do Brasil. “Precisamos fazer com que os viajantes reacostumem a viajar, que voltem a ter o gostinho de entrar no avião. É por conta disso que preparamos uma surpresa para meados deste mês ainda, com o lançamento de produtos nacionais completamente novos e exclusivos, como já aconteceu com outros de sucesso do nosso portfólio, como o cruzeiro no Pantanal”, afirmou Miguel Andrade. Outro caso é o da RCA, que para muitos é sinônimo de Orlando. Mauricio Alexandre, diretor Comercial da operadora, acredita que os pacotes nacionais serão as primeiras opções na prateleira. Segundo ele, a operadora já tem bloqueios exclusivos nacionais tanto para o segundo semestre do ano, quanto para o primeiro semestre de 2021 até a Páscoa. “Apostamos em destinos como Foz do Iguaçu, Balneário Camboriú, Serra Gaúcha e Praias do Nordeste”, revelou. Também reconhecida por seus produtos internacionais, a Nice Via Apia é outra que iniciou os investimentos no doméstico. De acordo com a diretora Viviane Fernandes, a empresa vai se reinventar no mercado. “Além dos produtos considerados carro-chefe, como Disney, Nova York e os Estados Unidos como um todo, já começamos a investir nos produtos nacionais, focados em grupos, nos destinos internacionais próximos do Cone Sul e em dois mercados de forma específica: o religioso e o de luxo, que devem ser um dos mais rápidos a voltar pós-pandemia”, revelou. CUIDADOS COM FORNECEDORES Um dos novos asp ectos a serem observados a partir de agora são os protocolos sanitários e de segurança. Boa parte disso, no entanto, não tem inter ferência direta das operadoras e dep endem dos próprios hotéis, receptivos e outros. Desta forma, o cuidado na escolha dos fornecedores passa a ser redobrado. Da mesma forma, a atualização das informações de abertura e exigências para entrada em a lg u n s p a ís e s p a s s a m a s er
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acompanhadas mais de perto. Turismo terão acesso ao selo ao seguirem E como isso está sendo feito? Na os protocolos de segurança que foram CVC Corp, segundo Armelin, a área construídos em conjunto com a Anvisa de produtos está estreitando contatos e com os próprios segmentos turísticos, com redes hoteleira, resorts e receptivos levando em conta medidas adotadas por para conhecer os protocolos que cada entidades internacionais e pelo Ministério um dos fornecedores está seguindo. “A da Saúde. partir daí, as marcas passarão a oferecer O selo “Turismo Responsável – Limpo e dar preferência aos fornecedores que e Seguro” tem o objetivo de chancelar estão seguindo essas práticas. Alguns profissionais e estabelecimentos países e destinos turísticos, como é o turísticos, como hotéis e aeroportos, caso de Portugal, já começam a criar que se comprometam com protocolos selo de certificação para destacar de saúde, segurança e atendimento em empreendimentos que estão seguindo suas operações, um passo importante à risca os procedimentos de limpeza”, para a retomada oficial do setor com afirmou. total segurança após a pandemia do No Brasil, o Ministério do Turismo novo coronavírus (Covid-19). lançou o selo “Turismo Responsável – De acordo com Paulo Biondo, Limpo e Seguro”, com diretrizes voltadas na Agaxtur estão sendo colhidas para 15 diferentes atividades do Cadastro informações, principalmente dos serviços Nacional do Turismo (Cadastur). privativos, que serão o foco de vendas Empreendimentos e empresários do neste 200610MB_AVG_MerBra_CMYK[print].pdf 1 10/06/20 18:49momento. Ele lembrou que a
hotelaria nacional vem trabalhando forte nisso e que é possível observar a adoção de alguns procedimentos padrão. A conversa e a busca por informações é a estratégia da BWT. Arruda Filho afirmou que durante estes últimos três meses a empresa tem conversado muito com os parceiros. A ideia é entender as particularidades e medidas que estão tomando, bem como os protocolos que estão sendo adotados. “Sabemos que as questões de segurança e higienização serão fundamentais na escolha das viagens, então essa troca constante é essencial, para alinharmos os procedimentos e também sugerir outros, com base no que vemos e pesquisamos nos mercados internos e externos”, contou. A RCA afirmou que serão mantidos como parceiros apenas os fornecedores que se adequarem as
regras e determinações das autoridades governamentais e de saúde. A Schultz vai no caminho da transparência das informações. Segundo Rodrigues, muitos fornecedores e hotéis já enviaram ou atualizaram os novos protocolos e todos eles estarão no site da operadora como destaque para venda e com informações atualizadas para os agentes de viagens. A capacitação dos agentes neste aspecto é a aposta de muitas operadoras. A Flot é uma delas. Barbosa lembrou que, além de estar em contato com todos os fornecedores para a verificação destes protocolos, para destinos mais significativos estão sendo feitas lives para que as agências tenham conhecimento sobre a situação do destino de forma direta, sem filtros. “Abordamos a política de flexibilidade e remarcações, protocolos de segurança sanitária, estratégia de preços especiais para atrair os clientes desconfiados”, disse. FLEXIBILIDADE É cer to que uma das características dos novos produtos estará nas regras de remarcação e cancelamento. Para que os consumidores se sintam seguros para efetuar uma compra, é necessário ter a liberdade de mudar de ideia, seja por motivos de segurança ou outro qualquer. E este aspecto já está incorporado pelas operadoras e, em algumas antes mesmo da pandemia. “Uma das tendências que observamos neste período é justamente as tarifas flexíveis. Tarifas livres de remarcação ou multas para o cliente se sentir mais seguro em realizar a compra, aproveitar a oportunidade e ajustar a viagem caso necessário”, comentou Biondo, da Agaxtur. “A Orinter foi uma das pioneiras a conscientizar a cadeia neste sentido e negociar estes diferenciais, além de uma amplitude maior no calendário de reservas”, afirmou Roberto Sanchez, diretor da operadora. “O cliente precisa saber que se investir o seu dinheiro agora ele não está perdido”, complementou. Edson Ruy, da Mondiale, lembrou que as companhias marítimas estão oferecendo a possibilidade de remarcar em até 48 horas antes do embarque. Já para os circuitos europeus, há a possibilidade de remarcação sem custos. “As companhias aéreas também estão de um modo geral, remarcando sem custos e muitas garantindo a tarifa”, destacou. Rodr igo Rodr igues, da Schultz, revelou que, desde o início da pandemia, a operadora está tratando o assunto de maneira diferente, sempre disponibilizando várias opções para os clientes, tendo um feedback positivo das agências. “Se no futuro haverá mudanças, dependerá muito dos fornecedores, dos governos e instituições que os representam. Mas é fato que existe uma movimentação muito favorável dos nossos parceiros para a flexibilização no pós-pandemia”, disse.
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Entidades elaboram protocolo para a retomada Maiores associações do setor assinam proposta conjunta de protocolos para que as empresas do setor votem às atividades Pedro Menezes Cinco d a s principa is ent id ad es do setor – Abav, Abracorp, AirTkt, Braz toa e Clia Bra sil – unira m-s e na elab oração de um conjunto de m e d id a s d e bio s s eg u ra n ça p a ra que agência s de t urismo p ossa m r et o ma r a s at i v id a d e s na s loja s físicas, atendendo às recomendações sanitárias necessárias à interação de colaboradores e clientes, com o menor risco possível de contaminação pelo coronavírus. O movimento acontece no mesmo dia do lançamento do selo “Turismo Responsável” pelo MTur. “A retomada do turismo vai começar, de fato, quando as pessoas voltarem a se sentir seguras em viajar. Temos visto esse movimento em destinos que estão adiante de nós nesse sentido. Com es s e protocolo d e m e did a s demos um passo imp ortante para que nossas agências de turismo façam as adequações necessárias e estejam preparadas quando a reabertura das atividades for autorizada”, explica a presidente da Abav Nacional, Magda Nassar. “Sabemos que a segurança é fator determinante para a retomada das viagens e isso engloba a transparência de protocolos s a nit ários de todo o s et o r, p r i n cip a l m ent e o s qu e envolvem a ponta dessa cadeia: as agências de viagens e operadoras de turismo, que estão na linha de frente com os clientes. Na atividade das operadoras, esses direcionamentos são fundamentais para a retomada dos negócios, mas são uma das partes, já que as operadoras estão consolidando os protocolos de diferentes destinos, produtos e serviços, para continuar oferecendo as melhores experiências, com o máximo de segurança, a todos os clientes”, afirma o presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu. “Para a Clia Bra sil, a s p es s o a s estão sempre em primeiro lugar e isso inclui tanto nossos hóspedes, t r ip u la nt e s e co mu n id a d e s qu e visitamos, quanto os profissionais da cadeia t ur ística. É imp orta nte ressaltar que os agentes de viagens e
Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil
Magda Nassar, presidente da Abav Nacional
Ralf Aasmann, presidente-executivo da Air-TKT
Gervásio Tanabe, presidente-executivo da Abracorp
os operadores de turismo, constituem o canal de vendas mais importante para as companhias de cr uzeiros, já que, no Brasil, 90% das viagens de navio são reservadas por essas empresas e profissionais. Por isso, a criação dessas medidas sanitárias marca um importante passo para a retomada do setor de viagens, que está se moldando de maneira bastante responsável, seguindo os melhores protocolos e focada em cada etapa da reabertura econômica”, disse Marco
Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa
Ferraz, presidente da Clia Brasil. O diretor executivo da Air Tkt, Ralf Aasmann, ressalta que essa é mais uma iniciativa que une as principais do trade em um propósito único e em benefício coletivo do agenciamento de turismo, independentemente de serem ou não empresas associadas.”Com os ajustes necessários e as aprovações d o s gover no s mu n icip a is va m o s r et o m a r n o s s a s at i v id a d e s co m responsabilidade e a maior segurança possível”.
Na avaliação do presidente-executivo da Abracorp, Gervásio Tanabe, “as medidas de biossegurança são um passo decisivo para a retomada segura do mercado de viagens e turismo”. O documento foi protocolado esta semana na Prefeitura da Cidade de São Paulo, e se aprovado autorizará a volta do atendimento presencial às agência s d a ca pit a l, p od end o estender-s e a out ra s localidades, m e d ia nt e fo r m a l i z a ção co m o s governos locais.
Agências Abracorp têm queda superior a 90% em abril Anderson Masetto A s agência s a s s ociada s da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) reg is t rara m u ma qu e d a s em pre ce d ent es no m ês d e a bril. O s result ad o s, s eg und o a ent id ad e, são piores até do que os registrados após o atentado às torres gêmeas, em s et em bro d e 20 01, no s EUA. Comparado com o mesmo mês de 2019, considerados todos os segmentos, a queda totaliza 91,99%. A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) fez despencar os indicadores apurados pelo BI Abracorp. Os índices negativos prevalecem em todos os moda is: aéreo (voos comerciais), aquaviário (cr uzeiros
m a r ít i m o s), r o d ov iár io (ôn ib u s) e fer rov iário, t a nto para v iagen s naciona is como inter naciona is. A queda mínima foi de 81,86%, exceto para os s erv iços de t ra nsfer, que caíram 74,52%. Na média, a ret ração da movimentação da hotelaria foi igual ou superior a 78,41%. Demais serviços prestados pelas agências de viagens cor p orativa s (Travel Ma nagement Co m p a n i e s) r eg i s t ra ra m p erd a s sup eriores a 92.8 4%. A p ena s s er v iço s d e a p oio p a ra em i s s ão d e v is to s e en ca m i n ha m ento d e documentos para o exterior tiveram queda inferior – 74,52%. De todos, o s egmento de locação foi o que apresentou menor nível de queda, cravado em 55,91%.
Carlos Prado, presidente da Abracorp
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2. PEDALE AO LADO DE UM JACARÉ: Os habitantes da Flórida coexistem com mais de 1 milhão de jacarés e, por isso, não é incomum encontrar o s r é p t e i s t o m an d o s o l à beira de estradas e caminhos, particularmente no Everglades National Park, a maior floresta tropical dos Estados Unidos. Os jacarés selvagens proliferam no Shark Valley do parque, a oeste de Miami, onde um circuito remoto com 24 quilômetros de trilhas pode ser explorado a pé, em um passeio de bonde de duas horas ou de bicicleta, que pode ser alugada no centro de visitantes. Ao pedalar de duas a três horas no caminho pavimentado, você verá garças-azuis-grandes, colhereiros, íbis, cabeçassecas, pelicanos-brancos e, é claro, moradores rastejantes do pântano. Mantenha uma distância segura (os guardas recomendam pelo menos uns 5 me t r o s). Há uma r e c o m p e n s a p o r t an t a s pedaladas: Uma torre de observação de 14 metros no meio do caminho proporciona vistas panorâmicas espetaculares do Rio de Grama da Flórida. 3. ANDE A CAVALO NA PRAIA: Um conto de fadas na vida real. Galopar ao longo de uma praia intocada com a brisa costeira no rosto não é só um sonho. Há poucos lugares em toda a Flórida que permitem passeios a cavalo na praia que até iniciantes podem desfrutar. Desde a areia compactada da ilha Hutchinson, perto do sul da Flórida, no condado de St.
Lucie, até as vistas da Costa do Golfo do Cabo San Blas, no noroeste da Flórida, muitas fantasias equestres se tornam realidade. Use este guia para encontrar uma empresa de turismo que ofereça passeios a cavalo na praia. 4. PEGUE CONCHAS NA ORLA: C am i n h ar a o l o n g o d a orla, procurando tesouros naturais, é um passatempo terapêutico na Flórida, onde conchas , vidro colorido, espargos do mar, ovos e outras recompensas praianas aguardam ser descobertas. Entre os muitos pontos de beachcombing da Flórida, a Sanibel Island foi considerada o melhor local para pegar conchas na América do Norte pela revista Travel + Leisure. Amantes de conchas do mundo inteiro vêm se curvar ao estilo “Sanibel Stoop” no litoral do sudoeste da Flórida. O formato cur vo de Sanibel, bem como as fortes correntes do golfo do México e uma ampla plataforma subaquática, fazem dessa ilha um paraíso coberto de coquinas, conchas, berbigões, búzios e caracóis em tons pastéis. O beachcombing é um passatempo tão popular aqui
que alguns hotéis oferecem quartos equipados com pias e mesas de trabalho especiais. Colete com moderação e preste atenção às leis de preservação das conchas, que proíbem a captura de moluscos vivos (devolva-os ao mar!) e proteja as bolachasdo-mar, as estrelas-do-mar e os ouriços-do-mar. 5. REME ATRAVÉS DO PLÂNCTON BRILHANTE Os lançamentos de foguetes não são os únicos fenômenos de outro mundo que deixam trilhas brilhantes na Costa Espacial da Flórida. De maio a novembro, bilhões de plâncton nas lagunas de Merritt Island National Wildlife Refuge, perto de Titusville, emitem um brilho azulesverdeado debaixo d'água ao serem perturbados, fazendo desse um dos poucos lugares no mundo onde as pessoas podem ver dinoflagelados bioluminescentes na natureza. Passeios noturnos de caiaque a um a h or a de O r l an do permitem ver essa maravilha científica de perto à medida que cada remada, movimento da mão ou debatida das tainhas desencadeiam um mágico show de luzes e água.
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AVIAÇÃO
Air France-KLM anuncia 18 voos semanais para o Brasil Companhia, que nunca deixou de voar para o País, amplia malha, mas ainda está longe dos 45 voos que operava antes da pandemia Pedro Menezes A Air France-KLM atualizou a malha aérea para o mercado brasileiro e anunciou medidas em meio à crise da Covid-19. O diretor geral da Air FranceKLM para América do Sul, Jean-Marc Pouchol concedeu uma entrevista coletiva online para a impresna do País. As duas companhias passaram a operar 14 voos semanais para o Brasil desde o dia 8 e escalam 18 voos semanais em julho e agosto, com partidas de Rio de Janeiro/GIG e São Paulo/GRU para Paris e Amsterdã. “Tivemos seis voos semanais do Brasil até a Europa, de Paris e Amsterdã para São Paulo e Rio. Isso foi nossa oferta durante o mês de abril. Logo depois a demanda começou a aumentar e, graças a isso, começamos a aumentar a nossa oferta. Tanto é que a partir desta semana passamos a ter 14 voos semanais até Paris e Amsterdã, de Rio e São Paulo, e para julho e agosto vamos atingir os 18 voos semanais”, disse Jean-Marc Pouchol. Os 18 voos semanais, de acordo com Jean-Marc, estão longe dos 45 que seriam operados em padrões habituais de oferta, mas mostram uma evolução da demanda de passageiros ao longo dos meses, mesmo em meio a pandemia, o que cresce também o número de operações por aqui. De 23 de março, começo da pandemia, até esta quarta-feira (10), mais de 30 mil passageiros já voaram com as companhias de/para o Brasil. Agora, a expectativa é para a reabertura das fronteiras europeias. “Grande parte dos nossos passageiros agora é composta por brasileiros e estrangeiros que têm outras nacionalidades e querem e podem visitar seus países. Outro ponto importante é o transporte de carga. O próximo passo é a abertura das fronteiras, o que estamos aguardando neste momento. Para julho e agosto temos 18 voos semanais, bem abaixo se compararmos com o padrão habitual de oferta, mas o Brasil é um mercado-chave mesmo com esse programa reduzido”, destacou Pouchol. Jean-Marc Pouchol reiterou que Air France-KLM nunca parou de operar no
Brasil. “Desde o início, mantivemos as rotas. Nosso objetivo foi atender nossos clientes para que voltassem para suas casas, tanto para brasileiros, como estrangeiros que estavam no Brasil. Mantivemos os voos também para manter as atividades de carga, para o transporte de medicamentos, suprimentos, materiais essenciais que queriam manter o transporte”, disse o diretor. Com relação às operações para Fortaleza, o diretor geral da Air FranceKLM para América Latina afirmou que não há previsão para retomada das operações justamente pela atual demanda baixíssima no momento. “Não há previsão para a retomada de voos para Fortaleza, que é mais um mercado de lazer, diferente de São Paulo e Rio. Temos muito menos expatriados, logo a demanda é mínima, não daria para operar hoje. Mas, sim, prentendemos retomar os voos para Fortaleza. Quando? Cedo demais para responder”, disse.
Seth van Straten, diretor Comercial da Air France-KLM para América do Sul
o uso de máscaras. Haverá também a checagem de temperatura antes dos voos, além de uma limpeza mais reforçada das aeronaves, o que já esta acontecendo. “Já temos um processo extraordinário de limpeza, mas, durante a crise, estudamos
Jean-Marc Pouchol, diretor geral da Air France-KLM no Brasil
tudo o que é possível para reforçá-la. Além disso, estamos evitando ao máximo o contato e, a bordo, também estamos mantendo um distanciamento social”, disse o diretor Comercial da Air France-KLM para América Latina, Seth Van Straten.
PROGRAMAÇÃO GLOBAL A Air France-KLM vai operar apenas 15% dos voos programados para junho. Somente a Air France vai operar 35% do programa habitual em julho e 40% em agosto, em 137 destinos na França, Europa e mundo. Já a KLM vai operar de 35 a 40% do programa habitual em julho e agosto, com voos para 73 destinos na Europa e de longa distância. “De julho até agosto, vamos crescer até 40% da nossa programação habitual, principalmente para destinos chaves na França”, disse Seth Van Straten. Aqui na América Latina, a Air FranceKLM suspendeu as operações para o Chile e deve retomar com um voo semanal a partir de julho, a partir de Santiago. Na Argentina, de acordo com JeanMarc Pouchol, a situação é ainda mais complicada porque o governo proibiu a operação dos voos comerciais, medida que vale até 1° de setembro. Para Buenos Aires, a companhia não opera desde o dia 16 de março e não tem previsão para retorno. A Air France-KLM tornou obrigatório
Gol Linhas Aéreas garante liquidez para mais de 12 meses
Paulo Kakinoff, presidente da Gol
A G ol a nu n ciou u m a m el h o ra em sua p o sição d e liquid ez p ara mais de 12 mes es em res erva s de caixa, o que protege e fortalece a companhia durante a pandemia do novo coronav ír u s (Cov id-19). Em
documento divulgado aos acionistas no in ício de jun ho, a compa n hia revelou que a recuperação conduzirá a uma indústria melhor estruturada, na qua l t em a o p o r t u n id a d e d e desempenhar um papel ainda mais
relevante. A Gol a cr e dit a a i nd a qu e es t á b em p osicionada nessa retomada, “devido à sua participação de 38% no mercado doméstico de passageiros no Brasil, com uma malha que atende clientes dos segmentos de negócios e de lazer”. “Com o pio n ei ra n o m o d elo d e b a i xo cu s t o na A m ér ic a d o Su l, desde sua fundação a Gol apresenta o s m enores cu s to s op eraciona is, comparativamente a qualquer outra em p r e s a a ér e a b ra s i l ei ra. E s s e comprovado modelo de negócios propicia que a companhia não apenas at ravesse p er íodos de prolongada cont ra ção, com o t a m b ém cres ça sua participação de mercado nesse process o. Combinado com noss o modelo flex ível de gerenciamento de f rota, que nos p er m ite ajustar a ca p a cid ad e ma is ra pid a m ent e,
e n o s s o s 12 m e s e s em r e s er va s d e ca i xa, es t a m o s conf ia nt es na atestada capacidade da Gol em não apenas superar a crise como também prosp erar”, disse Paulo Ka kinoff, presidente da companhia. A Gol, no ent a nto, já es t á preparada para uma re cup eração lenta. De acordo com a companhia, a administração continuará avaliando o novo patamar de demanda e o modelo operacional flexível de frota única continuará a se ajustar à demanda de passageiros gerada nos principais mercados de negócios e lazer do Bra sil. “Implementamos todos os procedimentos de saúde necessários e estamos prontos para transportar nossos clientes com o mesmo nível de segurança e conforto característicos d o s no s s o s qua s e v int e a no s d e transporte aéreo de passageiros no Brasil”, declarou Kakinoff.
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AVIAÇÃO
Após queda brusca, setor aéreo já inicia reação Total de voos diários teve um incremento de 30% entre os dias 21 de abril e 27 de maio, segundo dados da Iata Igor Regis Um levantamento da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) apontou que a demanda por serviços aéreos começa a se recuperar após atingir a sua menor taxa em abril, quando houve retração de 94,3%. Entre os dias 21 de abril e 27 de maio, no entanto, o total de voos diários aumentou 30%, principalmente nas operações domésticas e longe de uma base muito baixa (5,7% da demanda de 2019). A Iata considera que, embora não seja significativo para a dimensão global do setor de transporte aéreo, este aumento sugere que o setor já passou pela parte pior da crise, desde que não haja recorrência. Além disso, é o primeiro sinal de que a aviação começou o, provavelmente longo, processo de restabelecimento da conectividade. "Abril foi um desastre para a aviação, pois as viagens aéreas pararam quase por completo. Mas abr il também pode representar o ponto mais baixo da crise. Os números de voos estão aumentando. Os países estão começando a reduzir as restrições de mobilidade. E a confiança nos negócios está mostrando melhorias em importantes mercados, como China, Alemanha e Estados Unidos. Esses sinais positivos ocorrem enquanto começamos a retomada do setor. As primeiras medidas ainda levarão tempo, talvez anos, para dar resultado", disse Alexandre de Juniac, diretor-geral e CEO da Iata. A Iata calculou que, na primeira semana de abril, os governos de 75% dos mercados rastreados proibiam completamente a entrada, enquanto outros 19% tinham restrições de viagem ou medidas de quarentena obrigatórias para passageiros internacionais. Os voos aumentaram inicialmente nos mercados domésticos. Dados do final de maio mostram que os níveis de voos na Coréia, China e Vietnã subiram a um nível que agora se encontra apenas 22% e 28% abaixo do ano passado, respectivamente. As pesquisas sobre viagens aéreas no Google também aumentaram 25% até o final de maio em comparação com a baixa de abril, embora seja um aumento em relação a uma base muito baixa e 60% menor do que no início do ano. C
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INTERNACIONAL A demanda internacional de passageiros despencou 98,4% em abril em relação a abril de 2019, resultado bem pior que a queda de 58,1% registrada em março. A capacidade caiu 95,1% e a taxa de ocupação caiu 55,3 pontos percentuais, atingindo 27,5%. As companhias aéreas da América Latina registraram queda de 98,3% na demanda de abril de 2020 em relação ao mesmo mês de 2019, ante uma
queda de 45,9% registrada em março. A capacidade caiu 97,0% e a taxa de ocupação caiu 34,5 pontos percentuais, atingindo 48,1%, a maior entre todas as regiões. DOMÉSTICO O tráfego doméstico caiu 86,9% em abril, com os maiores declínios registrados na Austrália (-96,8%), Brasil (-93,1%) e Estados Unidos (-95,7%). Essa deterioração foi acentuada em comparação com a queda de 51,0% registrada em março. A capacidade doméstica caiu 72,1% e a taxa de ocupação caiu 44,3 pontos percentuais, atingindo 39,5%. IMP.pdf 1 02/06/2020 15:18:20 ai159112189013_Anuncio
Demanda começa a subir nos principais aeroportos do mundo
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ESPECIAL
Para OMT, garantir viagem segura é desafio do setor Primeira edição do Broadcast SP pra Todos recebeu o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili e foi ao ar no início de junho Igor Regis
Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de SP
O Governo de São Paulo iniciou em junho o Broadcast SP Pra Todos, uma série de transmissões ao vivo para debater a força do turismo e os caminhos a serem seguidos pelo setor após a pandemia de Covid-19. Neste primeiro episódio marcaram presença Zurab Pololikashvili, secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), e Dan Wang, PhD da The Hong Kong Polytechnic University – School of Hotel and Tourism Management. A mediação foi do secretário de Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz.
No encontro foram abordados temas como as mudanças nos protocolos de viagens em todo mundo, o uso da tecnologia para criar soluções e segurança na realidade pós-pandemia, os possíveis cenários de retomada e o uso da tecnologia para desenvolver soluções no setor de viagens e Turismo. “O momento que estamos passando exige uma busca de soluções de uma maneira global”, destacou Lummertz no início do encontro. O delicado momento do setor foi abordado pelo secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, que descartou a existência de uma viagem totalmente segura neste
momento. “Ninguém pode garantir uma viagem 100% segura hoje, pois estamos falando de tempos em que eu não posso viajar de Madri para Barcelona, pois há riscos”, afirmou. “A situação é diferente, é um momento muito difícil, mas temos a capacidade de nos recuperar e a força”, completou. “SETOR NÃO VAI PARAR” A doutora Dan Wang fez uma analogia para indicar que o setor deve ser retomado na mesma intensidade, devido ao nível de globalização atual, que gera uma demanda muito grande por viagens, seja no segmento de lazer como no de negócios. “É como um trem no trilho, não vai mudar por causa disso, mas vai recomeçar de uma maneira nova. A crise sempre traz oportunidades e as pessoas refletem sobre as práticas atuais. Estamos falando de um novo normal, então no futuro acho que a a indústria de viagens, em colaboração internacional vai continuar, mas de uma maneira diferente”, afirmou a PhD. Wang reforçou que a demanda existirá, mas que o desafio do setor será restaurar a confiança do viajante. “Pessoas têm o desejo de viajar, é a natureza do ser humano. Sabemos que as atividades comerciais vão empurrar as viagens de volta ao normal. De forma proativa podemos nos preparar para restaurar a confiança do viajante”, salientou. AJUDA Em sua participação, Zurab Pololikashvili falou sobre o trabalho da entidade para identificar modelos adotados em todo mundo e coordená-los, para evitar que um turista tenha que lidar com diferentes protocolos dependendo do seu destino de viagem. Neste trabalho, Zurab considera fundamental o desenvolvimento de soluções por meio da tecnologia. “O papel mais importante da tecnologia vai ser na produção de soluções e ideias. Por isso que, desde o primeiro dia, estamos trabalhando em tecnologias que possam resolver nossa questão de viagens e torná-las mais seguras. Países e destinos estão com diferentes ideias e abordagens, nosso papel é fazer a coordenação para que a gente não tenha diversos sistemas de viagem” destacou. O secretário-geral abordou novamente a necessidade de apoiar empresas do setor. Vamos mandar para o estados-membros orientações, diretrizes e as prioridades que dizem respeito as empresas privadas e as pessoas, milhões de empregos formais e informais estão sendo afetados, por isso nosso recado é para apoiar essas empresas que estão em situação de insolvência. Apoiar estas empresas significa apoiar milhões de famílias que dependem desta indústria”, ressaltou.
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AVIAÇÃO
Mais de 74% dos hotéis reabrem em junho e julho Estudo feito pelo Fohb mostra que empreendimentos já iniciaram as aberturas e adoção dos novos protocolos sanitários Pedro Menezes Um levantamento realizado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb) apontou que três em cada quatro (74,3%) empresários do setor de hospedagem devem retomar suas atividades nos próximos dois meses. Segundo o estudo, 37,2% deles revelaram que pretendem reabrir suas unidades ainda em junho. Out ros 37,1% indicaram o mês de julho para o reinício. Ao todo, foram entrevistados 884 hotéis nos 26 estados do país, entre os dias 25 e 31 de maio. O m inist ro do Turismo, Marcelo Álvaro A ntônio, destacou que a reabertura dessa s unidades s erá um dos primeiros passos para a retomada do s etor. “Já vemos o retor no gradua l d e a lg uns s egm ento s do t urismo bra sileiro, como o aéreo e a reab ertura de a lg uma s cid ad es p elo país. Nada mais justo que a hotelaria, também, entre nesse planejamento para o seu retorno, tomando todos os cuidados possíveis para a s egura nça e s aúde dos hóspedes e funcionários”, afirmou. Para o presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, Orlando de Souza, é f u n d a m ent a l qu e s e possa iniciar as aberturas dos hotéis o ma is rápido p o s s ível. “E s t a m o s em um cenário em que não há receitas, mas as despesas cont inua m. Dar in ício às reaberturas é fundamental para começarmos a criar uma perspectiva de início de volta às operações”, pontuou. Ainda de acordo com o estudo, na última semana de maio, 63% das unidades hoteleiras estavam fechadas no país. Florianópolis, Porto A legre, R io de Ja neiro e Curitiba foram as cidades com os maiores percentuais d e l o c a i s fe cha d o s. Po r região, o Sul e o Nordeste foram o mais afetado, com 76% e 71% de seus hotéis fechados, respectivamente. RESULTADOS No m ês d e a bril, o s resultados consolidados do Fohb most rou que houve u m d e cr és ci m o n o s t r ês i n d ic a d o r e s a na l i s a d o s, s en d o: - 83,5% na t a xa d e o cu p a ção, -14,5% na diária média e -85,9%% no RevPAR. A performance por região, a taxa de ocupação revelou uma queda em todas as localidades: -91,6% no Sul; -91,3% no Nordeste; -90,2% no Centro-Oeste; -83,2% no Norte e – 79,7% no Sudeste. A diária média, também ap ontou p ercent ua is negativos sendo -18,9% no Sudeste; -16,7% no CentroOeste; -7,2% no Sul; -6,9%
no Norte e 3 - ,5% no Nordeste. Já no RevPAR, queda de -92,2% no Sul; -91,9% no Centro-Oeste; -91,6% no Nordeste; -84,4% no Norte e -83,5% no Sudeste. Os dados acumulados de janeiro a abril de 2020 mostram uma queda de 23,1% na taxa de ocupação e de 20,4% no RevPAR. Já a diária média contou com incremento de e 3,5%. Isso em comparação com o mesmo período de 2019. O InFOHB considera para o estudo 523 hotéis de redes associadas resp onsáveis p or 75.396 unidades habitacionais (UHs) em todo o País.
Orlando Souza, presidente executivo do Fohb
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CRUZEIROS
R11 Travel acredita em uma retomada em breve e lança campanha para ajudar agências de viagens O investimento total na campanha será de até R$ 500 mil e contemplará projetos apresentados pelas agências Anderson Masetto
Ricardo Amaral, CEO da R11 Travel
Desde o início da pandemia, as agências de viagens estão no topo da lista das empresas que mais estão sofrendo. Tendo as agências como principais parceiras, a R11 Travel – que representa no Brasil os produtos Royal Caribbean, Celebrity Cruises e Azamara – lançou a campanha “R11 Travel Apoia”, disponível para participação de todas as agências de viagens com cadastro válido com a empresa. O investimento total
será de R$ 500 mil. O objetivo é ajudar agências na retomada pós pandemia, vislumbrando assim o sucesso nas vendas. Serão selecionadas até 50 empresas que apresentarem os melhores projetos de retomada das vendas, associados ao desenvolvimento dos produtos da R11. O plano de negócio deverá ser apresentado até o dia 03 de julho de 2020 ao departamento comercial da R11 Travel, através do e-mail comercial@r11travel.com.br. Os projetos serão analisados e poderão ser
aprovados integralmente ou parcialmente. Serão considerados na avaliação do comitê os seguintes itens dos planos de negócio – (1) potencial do projeto em gerar novas vendas; (2) criatividade; (3) verba necessária para investimento; (4) viabilidade do projeto no momento atual; e (5) impacto positivo que o projeto gera na indústria do turismo. A divulgação dos ganhadores acontecerá no dia 17 de julho de 2020, mês em que as agências deverão iniciar a implementação dos planos aprovados. “Com esta ação desejamos apoiar e viabilizar grandes ideias dos agentes de viagens parceiros, fazendo com que a retomada do mercado seja ainda mais promissora, dentro do cenário atual dos negócios em nossa indústria”, afirmou Amaral. “Com dois navios previstos para inaugurar ainda este ano, o Celebrity Apex e o Odyssey of the Seas, a R11 Travel entende que o trade assume um papel ainda mais relevante no processo de retomada, e tem demonstrado essa importância dia após dia, por isso queremos reconhecer e apoiar o nosso principal canal de vendas no mercado brasileiro”, complementa. Amaral destacou que a ideia é oferecer um apoio ao agente de viagens nesta retomada. Para isso, ele diz que a R11 quer ouví-los sobre suas ideias e planos para que a empresa possa oferecer algum tipo de suporte. “Queremos investir esta quantia que temos para o marketing para dar este suporte aos agentes. Eles podem, inclusive, contatar a nossa equipe comercial”, destacou. Para ele, é neste momento em que muitas agências passam por dificuldades que os bons parceiros se apresentam. “Não poderemos ajudar a todos, mas onde fizermos será um trabalho de excelência”, garantiu. “Queremos contribuir com o agente nesta volta e também para que o consumidor para que volte a viajar. Não vamos investir menos. O nosso budget de marketing foi mantido, foi apenas realocado”, adicionou. OTIMISMO Ricardo Amaral, em entrevista ao M&E, afirmou não ter dúvidas de que os cruzeiristas não deixarão de viajar quando as companhias retor narem. O executivo concorda que o setor ficou marcado porque no início da pandemia imagens de navios com pessoas em quarentena rodaram o mundo. Embora considere um erro ter mantido as pessoas na embarcação, Amaral acredita que esta imagem pode inibir algumas p essoa s de emba rc a rem em cruzeiros nos próximos meses, mas não aqueles cruzeiristas assíduos.
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PARQUES E ATRAÇÕES
Disney reabre hotéis em junho e espera por jogos da NBA Os parques da Disney em Orlando só voltam a operar em julho, mas alguns dos hotéis já iniciam operações neste mês Pedro Menezes E m b o r a o s p a r q u e s d o Wa l t Disney World Resort, em Orlando, s ó r e a b ra m a s p o r t a s em ju l h o, unidades hoteleira s do complexo devem voltar a receber hóspedes e membros do Vacation Club já a partir do dia 22 de junho. Com capacidade lim itada, os hotéis vão abrir com novos protocolos de s egura nça e higiene, b em como uma s érie de práticas aprimoradas de limpeza e mudanças operacionais para receber os visitantes. Disney’s Fort Wilderness Res or t & Ca m pgrou nd e ár ea s d e a lg u n s h ot éis do Disney Vacat ion Club Deluxe Villa Resorts serão reabertos: Bay Lake Tower no Disney’s Contemporar y Res or t; Bould er R idge V i l l a s e Co p p e r Cr e e k Villas & Cabins no Disney’s Wilderness Lodge; Villas– Kidani Village do Animal Kingdom; Disney’s Beach Clu b Vi l la s; D i s n ey’s BoardWalk Villas; Disney’s O l d K e y We s t R e s o r t ; Disney’s Polynesian Villas & Bu nga l ow s; D i s n ey’s R iv iera Res or t; Disn ey’s Sarato ga Sp ri ng s Res o r t e T he Villa s, no Disney’s Grand Floridian Resort. Os clientes s ó irão se hosp edar com a confirmação da reserva de quarto em mãos. A Disney não garante o acesso aos parques temáticos mesmo co m r e s er va s p a ra s eu s hotéis. Quando os parques começarem a reabrir, em julho, um sis t ema d e co nt r ol e d e c a p a cid a d e s erá i m pl em ent a d o qu e i rá re qu erer res erva s antecipadas para a entrada. E neste começo o serviço de FastPass+ estará suspenso, b em como o Ext ra Magic Hours. PARQUES O Wa l t D i s n e y Wo r l d Re s o r t já a nu n cio u qu e o s p r i m ei r o s p a r qu e s a reabrir a s p ort a s s erão o Magic Kingdom e Animal Kingdom, no dia 11 de julho (sábado). No dia 15 de julho (quar t a-fei ra), s erá a vez do Ep cot e do Hollywood Studios voltarem a operar. A r ea b er t u ra s erá feit a s em fases. Todos os parques d o com plexo a bri rão em sis t ema d e s oft o p en i ng (com públicos selecionados) e com protocolos de higiene e s egura nça a s erem seguidos. JOGOS DA NBA O Con s el h o d e Governadores da NBA, liga prof issiona l de ba s quete dos Est ados Unidos, aprovou um for mato para a retomada dos jogos da
t e m p o ra d a 2 019 / 2 0 2 0 , c o m 2 2 times, a partir do dia 31 de julho. O reinício da temporada depende de um acordo com a The Walt Disney Company para usar o complexo da ESPN, em Orlando, como um local único para todos os jogos, práticas e a com od a ções p elo res t a nt e d a t em p o ra d a. O CEO d a D i s n ey, B o b Cha p ek, co m ent ou s o b r e a negociação. “É claro que temos total capacidade (de receber as partidas)”. Cha p ek d e cla r o u a i n d a e s t a r “ m u i t o o t i m i s t a ” e m f e ch a r o negócio com a NBA e revelou que o
complexo da ESPN possui recursos de transmissão prontos, incluindo uma conexão de fibra ótica de alta vel o cid a d e à s e d e d a ESPN em Connecticut. “A aprovação do Conselho para o formato é um passo necessário para retomar a temporada da NBA”, disse o comissário da NBA, Adam Silver. “Esperamos terminar a temporada de maneira segura e resp onsável, com base em protocolos rigorosos que estão s endo f ina liz ados com au t o r id a d e s d e s aúd e p úbl i c a e médicos especialistas”, completou.
Hotelaria reabrirá com capacidade menor e protocolos de saúde
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MERCADOEEVENTOS.COM.BR
Mais lidas
Em meio a pa ndem ia do coronav ír us (Cov id-19), o ROTA M&E e s t á n o a r t ra z en d o o qu e d e m a i s i m p o r t a nt e a co nt e ceu na av ia ção com ercia l d e e para as Américas. As movimentações são grandes e cada vez mais constantes, uma
vez que as companhias aéreas já começam a a mpliar a s sua s ma lha s e marcar a s datas para o retor no das rotas. Por este motivo, excepcionalmente, o tradicional Vai & Vem está sendo substituído p elo Rota M&E nesta edição. Quais serão os produtos da retomada? Com a palavra as operadoras
AZUL - A Azul volta a adicionar novos voos e a reabrir bases de operação em todo o país a partir do mês de julho. A companhia retoma suas operações em Guarulhos (SP), Marília (SP) e Maceió (AL), no dia 6, João Pessoa (PB) e Maringá (PR), no dia 13, e Porto Seguro (BA), no dia 21 de julho. Ao todo, a Azul deve operar 242 voos diários em dia-pico, o que representa um acréscimo de 42% frente à malha que está sendo operada neste mês.
Especial traz visão das operadoras sobre quais serão os pacotes vendidos na retomada.
AIR EUROPA - A Air Europa retoma sua operação no Brasil no próximo dia 15 de julho, em São Paulo, com três frequências semanais. Já os voos para Salvador, com duas frequências semanais, só retão retomados em setembro. Fortaleza e Recife, por sua vez, só devem voltar a receber os voos provenientes de Madri em novembro, ambos com duas frequências semanais. VOE PASS - A VoePass Linhas Aéreas anunciou a retomada de suas operações a partir de 3 de julho após cerca de três meses de voos suspensos por conta da pandemia de Covid-19. A companhia retoma rotas que ligam Ribeirão Preto a São Paulo/GRU e também conectando Ribeirão Preto ao Rio de Janeiro/SDU, além de voos para dez destinos na Região Norte, operados pela MAP, ligando Manaus a Parintins, Itaituba, Belém, Altamira, São Gabriel da Cachoeira, Eirunepé, Carauari, Coari e Lábrea. UNITED - A United Airlines voltou a adiar a retomada de suas operações no Brasil. Embora os voos entre Houston e São Paulo/GRU estejam planejados para ocorrer pelo menos até dia 5 de julho, todas as suas operações regulares no Brasil parecem ter ganhado novas datas de retorno. Além das rotas de Washington e Chicago para São Paulo/GRU já terem sido adiadas para 24 de outubro, as partidas de Houston, Chicago e Newark agora só devem ser retomadas em agosto. São Paulo/GRU Newark, além dos voos de Houston para Guarulhos e Galeão, voltam em 3 de agosto.
AGENDA
320a e5/07 22/10
5 a 8/11
FITA WTM-LA 2020 FESTURIS 2020 A Uma Secretaria das principais de Estado feiras de Turismo, de turismo em da nome do Governo Pará, realizadora Por cont a do doEstado s ris codo s cau s ado s p elo da América Feira Internacional Latina foi adiada de Turismo para o segundo da Amazôniacoronavírus,a – FITA, anunciou sua nona para os Fundação AIP –edição organizadora dias semestre. 3, 4 e Acontecerá 5 de julho de entre 2020. os dias A feira 20,será 21 realizada no Hangar – Centro de Convenções da BTL - anunciou o adiamento da edição ee Feiras 22 de da outubro Amazônia, por conta em Belém da pandemia (PA). deste ano, que aconteceria em março, para do coronavírus (Covid-19), que bagunçou o fim de maio. As autoridades portuguesas o calendário de eventos. O encontro seconcluíram que deixaram de estar reunidas as gue marcado no Expo Center Norte, em condições para poder assegurar a realização São Paulo, para o evento B2B de três dias do evento nas datas originalmente previstas. que promove a A mérica Lat ina para o WTM-LA “Assim, com o objetivo de corresponder mundo e t raz o mundo para a América Uma das principais feiras de turismo da Américaaos Latina foi adiada para o segundo semestre. anseios e necessidades de promoção do Latina, criando Acontecerá entreoportunidades os dias 20, 21 epessoais 22 de outubro por conta da pandemia do coronavírus setor do turismo, a Fundação AIP entendeu e de negócios. (Covid-19), que bagunçou o calendário de eventos. encontro segue Expo adiar O a BTL 2020 para osmarcado próximosno dias 27 Informações: latinamerica.wtm.com Center Norte, em São Paulo, para o evento B2B de três dias que promove a América Latina a 31 de maio”, diz a nota oficial. Para esta para o mundo e traz o mundo para a América Latina, criando oportunidades pessoais e edição, estavam confirmados cerca de 1500 de negócios.
20 a 22/10
Informações: latinamerica.wtm.com
expositores de 67 destinos internacionais. Informações: festivaldascataratas.com
23 a 25/09 23 a 25/09 48ª ABAV EXPO E 53º ECB
2 a 4/11
A 48ª ABAV ExpoE Internacional de Turismo eWTM 53º Encontro Comercial Braztoa aconte48ª ABAV EXPO 53º ECB LONDRES cem entre os dias 23 e 25 de setembro, no Expo Center Norte, Sãomarcada Paulo. Neste A 48ª ABAV Expo Internacional de A WTM Londresem está entre ano os coladinhae com a WTM-LA, a Abav é considerada a principal feira de turismo do Brasil e Turismo 53º Encontro Comercial dias 2 e 4 de novembro. É considerada reúne os acontecem principais fornecedores, e visitantes busca de negócios. Braztoa entre os dias buyers 23 uma dasem mais importantes do calendário e 25 de setembro, no Expo Center tur ístico inter nacional de feiras. Será Norte, em São Paulo. Neste ano a 41a e d i ção d a fei ra qu e, n o a n o coladinha com a WTM-LA, a Abav passado, recebeu mais de 51 mil pessoas é considerada a principal feira de durante os três dias, incluindo nove mil turismo Brasil e reúne os principais FESTURISdo 2020 buyers, cinco mil expositores e três mil fornecedores, buyers e visitantes em mundial, Sempre de olho nas tendências do mercado O Festival dedeTurismo Gramado ocorre profissionais mídia,decom o objetivo busca de 5 a 8dedenegócios. novembro, no Serra Park, em Gramado. Esta edição apostará segmentos que de ultrapassar os £ 3,4 em bilhões (R$ 17,5 Informações: estão em pleno www.abavexpo.com.br crescimento. Entre as novidades do espaçoem estão a nova localização em uma bilhões) negócios. área maior dentro da feira, o crescimento no número de expositoreswww.wtm.com e a abertura para o mercado Informações: internacional. O espaço é voltado para operadoras, hotelaria corporativa, destinos, CVBs e outras marcas que atuam diretamente no turismo de negócios.
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Ministério do Turismo lança s e l o ‘ Tu r i s m o R e s p o n s á ve l ’
Universal Orlando Resort reabre parques temáticos
MTur la nça s elo com protocolos para 15 at iv idades que cons t a m no Cadastur.
Parque temático reabriu as suas por tas com uma série de novos protocolos.
www.mercadoeeventos.com.br www.mercadoeeventos.com.br Circulaçãonacional nacionalatravés atravésdedemala maladireta direta Circulação Presidente Roy Taylor Presidente Roy RosaTaylor Masgrau Vice-Presidente Presidente-Roy Taylor (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3215-1827 Vice-Presidente Rosa Masgrau Masgrau Vice-Presidente Editor-chefe Anderson Masetto (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) -Rosa (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6316 (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 (55-21) 3215-1827 (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) - (55-11)- 3123-2236 Editor-chefe Anderson Masetto Editor-chefe Masetto Web-EditorAnderson Pedro Menezes (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) 3123-2236 (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) - -(55-21) (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) (55-11)3215-1844 3123-2236 Web-Editor PedroMari Menezes Diretora de Vendas Masgrau Diretora de Vendas Mari Masgrau (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3215-1844 (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2249 (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) Diretora de Vendas MariJuliano Masgrau Diretor de Novos Negócios Braga3123-2249 (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - -(55-11) 3123-2249 (juliano.braga@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3123-2244 Gerente Administrativo e Financeiro Juliana Barbosa Diretor de Novos eNegócios Juliano Braga Diretora Administrativa Financeira Roberta Saavedra (juliana.barbosa@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6246 (juliano.braga@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) (roberta.saavedra@mercadoeeventos.com.br) - (55-21)3123-2244 3215-1836 Assistente de Marketing Roberta Saavedra Diretora Administrativa eAndreia Financeira Roberta Saavedra Operacional Boccalini (roberta.saavedra@mercadoeeventos.com.br) (55-21) 3215-1836 (andreia.boccalini@mercadoeeventos.com.br) (55-11)3233-6202 3123-2222 (roberta.saavedra@mercadoeeventos.com.br) -- (55-21) Operacional Andreia Boccalini Operacional Andreia Boccalini (andreia.boccalini@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 Fotografia Eric Ribeiro | Designer Patrick Peixoto (andreia.boccalini@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 Reportagem SP (55-11) 3123-2239/2240 | Reportagem RJ (55-21) 3215-1844 Designer Patrick Peixoto Giulia Bottini (giulia.bottini@mercadoeeventos.com.br) Reportagem SPIgor (55-11) | Reportagem RJ (55-21) 3215-1844 Regis3123-2239/2240 (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) Fotografia Eric Ribeiro | Designer Patrick Peixoto Janaina Brito (janaina.brito@mercadoeeventos.com.br) Atendimento ao leitor (55-11) 3123-2222 Gestão de Infraestrutura de(55-11) TI WorkNet Tecnologia Atendimento leitor 3123-2222 Reportagem São ao Paulo (55-11) 3123-2239/2240 (fernando.carilo@worknetecnologia.com.br) Gestão de Infraestrutura de TI WorkNet Tecnologia André Montanaro (andre.montanaro@mercadoeeventos.com.br) Gerência de Internet GRM Internet e Serviços (fernando.carilo@worknetecnologia.com.br) (55-21) 3993-8492 Gerência Internet GRM Internet e Serviços Igor Regis de (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) (55-21) 3993-8492 Lisia Minelli (lisia.minelli@mercadoeeventos.com.br) Departamento Comercial Victoria Storti3123-2222 (victoria.storti@mercadoeeventos.com.br) São Paulo (55-11) | RioComercial de Janeiro (55-21) 3215-1836 Departamento São Paulo Rua (55-11) Barão de3123-2222 Itapetininga, 151de- Térreo Centro -3215-1836 Cep 01042-001 São Paulo | Rio Janeiro- (55-21) (55-11) 3123-2222 São Paulo Rua Barão deTelefone Itapetininga, 151 - Térreo - Centro - Cep 01042-001 Reportagem Rio de Janeiro-21) 3233-6263 Rio de Janeiro Avenida Telefone das Américas, 14.591 - Grupo 403 - Cep 22790-701 (55-11) 3123-2222 Pedro Menezes (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) (55-21) 3215-1836 Avenida Telefone das Américas, 14.591 - Grupo 403 - Cep 22790-701 Rio de Janeiro Telefone (55-21) 3215-1836 Representante em Portugal Antonio LuizRepresentante Acciolly (antonioluizaccioly@gmail.com) em Portugal Atendimento ao(antonioluizaccioly@gmail.com) leitor (55-11) 3123-2222 + (351) 91199-0448 Antonio Luiz Acciolly + (351) 91199-0448 Representante nos Estados Unidos Departamento Comercial Spotlight – Marketing Public Relations Representante nos & Estados Unidos São Paulo (55-11) 3123-2222 | Rio Janeiro 3233-6202 1390 South Dixie Hwy. Suite 110(55-21) – Spotlight – Marketing &de Public Relations Coral Gables, Florida 33146 1390 Dixie Hwy. Suite – 647-6464 Estados Unidos -South Globe Travel Media +1110 (954) Denise Arencibia Coral(denise@spotlight-marketingpr.com) Gables, Florida 33146 São Paulo Denise Rua Barão de Itapetininga, 1510044 - Térreo - Centro - CEP 01042-001 + (305) 498 Arencibia (denise@spotlight-marketingpr.com) Patricia Rivera3123-2222 (patricia@spotlight-marketingpr.com) Tels (55-11) - Fax0044 (55-11) 3129-9095 + (305) 498 + (786) 512 Patricia Rivera Rio de Janeiro Rua(patricia@spotlight-marketingpr.com) Riachuelo, 1141760 - Centro - CEP 20.230-014 + (786) 512 1760 Telefone e Fax (55-21) 3233-6202
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