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2ª Quinzena | Julho de 2020 Ano XVII | nº394 - mercadoeeventos.com.br

Pesquisa exclusiva mostra que agentes de viagens esperam volta do Turismo ainda em 2020 Página 10

Latam Brasil entra com processo de recuperação nos EUA Companhia brasileira adere ao Capítulo 11, assim como outras subsidiárias do grupo

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ENTREVISTA Presidente da GTA, Celso Guelfi, fala sobre as tendências do Seguro Viagem no pós-pandemia e das estratégias da empresa para este período.

FEIRAS E EVENTOS

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Pandemia faz Abav adiar a maior feira de Turismo do País para 2021. Entidade anuncia, no entanto, um evento 100% virtual para suprir esta lacuna neste

AGÊNCIAS E OPERADORAS

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CVC Corp amplia previsão de prejuízos causados por erros nos balanços e faz ajuste em sua estrutura com aproximadamente 200 demissões.

Confira a movimentação do setor e a agenda de eventos do Turismo. Página 18




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EDITORIAIS

OPINIÃO

Um ano perdido ou de aprendizagem? Os acontecimentos de 2020 – que não precisam ser descritos aqui – impactaram o mundo todo. Não é apenas o Brasil e muito menos só o Turismo que estão sofrendo. Muita gente vem classificando o ano como “perdido”. Isso não deixa de ser verdade, uma vez que o faturamento das empresas entrou em queda livre, bem como a previsão de crescimento do PIB. No entanto, há uma outra maneira de encarar isso. Partindo do princípio de que isso vai passar, é preciso tirar lições para o futuro. Como mostramos nesta edição, a CVC Corp – sempre saindo na frente – fez uma grande reorganização na sua estrutura. As companhias aéreas, com uma demanda menor, foram no mesmo caminho. As empresas começam a enxergar a necessidade de se planejar para o futuro e manter a saúde financeira e uma estrutura mais racional. Executivos contratados a peso de ouro e gastos acima do aceitável não caberão mais nas empresas que atravessarem esta tortuosa jornada. A crise exige sacrifícios de todos e vemos que, no geral, isso está acontecendo. A adaptação à nova realidade vai muito além dos cuidados com higiene e utilização de máscara. A saúde financeira passará a ser um requisito primordial para que as em-

presas tenham resiliência e longevidade. Eficiência e inteligência emocional passam a ser palavras-chave para o sucesso no mundo novo que conheceremos em breve. Não acreditamos em uma reinvenção do Turismo, uma vez que as pessoas estão ávidas por reviver experiências e estilo de vida que tinham antes da deflagração da crise. Isso significa que os produtos e operação não serão tão diferentes do que já conhecíamos. A grande mudança mesmo será nos bastidores e, sobretudo, na administração. Não obstante, o agente de viagens passa a ter uma importância ainda maior. Isso por todos os motivos que já falamos há quase 20 anos: o seu conhecimento e capacidade de apoiar o cliente em todas as etapas da viagem. A diferença é que a pandemia trouxe isso com mais clareza ao consumidor final. Portanto, atingir o agente de viagens, ganhar sua preferência e parceria, será – mais do que nunca – requisito para quem deseja permanecer no mercado. Do nosso lado, continuaremos levando a este profissional as principais informações do setor como o trade já se acostumou, mas sempre inovando e apoiando o Turismo brasileiro.

Roy Taylor é fundador e presidente do Mercado & Eventos

Tempos diferentes Anderson Masetto Em um passado não muito distante, a CVC Corp era um grande termômetro do mercado. Os seus balanços – aos quais nos acostumamos a acompanhar quase sempre em crescimento – eram um norte de como andava a nossa indústria. Um verdadeiro barômetro do emissivo no Brasil. De outro lado, destinos também lutavam para estar entre os mais vendidos nas empresas do grupo. Aquisições e a contratação de executivos renomados também marcaram os últimos anos. Céu de brigadeiro? Nem tanto. Alguns problemas internos e muitos vindos do ambiente externo fizeram este cenário mudar um pouco. Quando falamos problemas internos, nos referimos exclusivamente aos já admitidos erros nos balanços. É algo que será corrigido, mas arranhou a imagem da empresa na bolsa, onde era considerada um fenômeno. A alta nas ações deu um tempo, mas já estão se encaminhando para a normalidade. O problema maior foi, sem dúvida, causado por uma “tempestade perfeita” no ambiente externo. O primeiro foi o fim das operações da Avianca Brasil. Pagamentos antecipados e realocação de passageiros levaram muitos recursos da operadora. Depois, a alta desenfreada do dólar seguida pela pandemia da Covid-19 mudaram tudo. As vendas – e poderemos ver isso na divulgação dos próximos resulta-

dos operacionais – despencaram. A resposta foi rápida para todos estes problemas. Assim que os erros nos balanços foram anunciados, o comando foi trocado. Leonel Andrade assumiu e já efetuou algumas mudanças, unificando a administração das unidades de negócios dividindo em B2B e B2C. Depois, com a quarentena e restrições de viagens, a empresa reduziu salários e jornada, economizando e mantendo a robustez do seu caixa. Agora, a CVC Corp conseguiu aprovar no seu conselho uma capitalização e aprofundou a reorganização de sua estrutura. A parte triste é que funcionários com 20, 30 anos de casa foram desligados. Profissionais que se confundem com a história da empresa não fazem mais parte do quadro de aproximadamente 3 mil colaboradores. São novos tempos e a CVC já deu a largada para seguir como a maior empresa de Turismo da América Latina. Precisamos observar – e o faremos de perto – os resultados e balanços para aferir estes resultados. Dado o histórico de sucesso e o pioneirismo da CVC desde o seu início, a esperança é que ela possa guiar os caminhos da tão sonhada retomada do Turismo brasileiro.

Anderson Masetto é jornalista, pós-graduado em Comunicação Jornalística e editor-chefe do Mercado & Eventos

Foto: Eric Ribeiro

Roy Taylor

O Turismo pós-Covid: retomando a retomada Por Guilherme Paulus Os números da entrada de turistas internacionais ao Brasil em 2019, recentemente divulgados pelo Ministério do Turismo e a Embratur, mostram conquistas importantes para a indústria no ano passado antes de sermos fortemente atingidos pela pandemia da Covid-19. Entre os 6,3 milhões de estrangeiros que visitaram o país no ano passado, registramos aumento em diversos mercados estratégicos, como China (22%), Portugal (21%), Estados Unidos (10%), França (8%), Reino Unido (6%), Itália (4%), entre outros. Também tivermos registro de aumento de turistas com os países beneficiados pela isenção da obrigatoriedade de visto, outra grande conquista positiva para o nosso segmento: Austrália (33%), Japão (24%) e Canadá (8%). Os estados de São Paulo (pela ampla capacidade de seus eventos), Rio de Janeiro (pelas características únicas da Cidade Maravilhosa) e Paraná (pelas Cataratas do Iguaçu, uma nas 7 Novas Maravilhas da Natureza) foram os mais visitados, com 2,3 milhões de turistas, 1,2 milhão e 1 milhão, respectivamente. Além disso, a Argentina, um dos nossos principais parceiros no setor com alta demanda de turistas para o nosso país, segue como o principal mercado emissor, com quase 2 milhões de visitantes no ano passado. Os Estados Unidos, historicamente o segundo mercado mais estratégico para o país, enviou quase 600 mil turistas ao Brasil. Essa era uma medida que sempre esteve no campo das discussões políticas e finalmente conseguiu ser viabilizada; com reforço nesses mercados a partir da grande mobilização do Ministério do Turismo e Embratur. Mas esse cenário de estabilidade e tendência de ampliação foi diretamente afetado pela pandemia da COVID-19, que tomou o planeta de surpresa e praticamente suspendeu a indústria do turismo. No entanto, vale reconhecer que o Governo Federal, especialmente através da Embratur e do MTur, tem mostrado empenho em socorrer o setor. Primeiro, com a MP 948 que permite que empresas de turismo não precisem reembolsar imediatamente valores de reservas canceladas. Em seguida, já em maio, 5 bilhões de reais destinados à proteção de negócios turísticos – 80% para os pequenos empresários que são os mais afetados pela falta de turistas. E ainda a MP 936, que permitiu a manutenção de milhares de empregos no setor. O próximo passo será uma ampla campanha promocional para ativar o turismo interno, com detalhes que devem ser divulgados em breve pelos órgãos federais, um grande estímulo ao turismo doméstico que, segundo a própria Organização Mundial do Turismo, deve se recuperar primeiro. A exemplo do carioca que vai para a Serra Fluminense, o paulista, que viaja para os litorais Norte e Sul ou para os hotéis do interior do estado, ou seja, movimentação entre as principais capitais para os seus entornos. Destaque também para as rotas de ecoturismo, como Bonito, Pantanal e Amazônia, os grandes destinos premiados como Fernando de Noronha, Porto de Galinhas, Maceió, Salvador, Natal, demais capitais do Nordeste, e o próprio Norte do país, com a Ilha de Marajó, Alter do Chão, entre outros. Vale destacar ainda a retomada do Ceará como grande hub internacional, e detentor de mais de 8 cidades de forte apelo turístico-hoteleiro, com destaque para Fortaleza e Jericoacoara. E como não citar o Sul do Brasil? A Serra Catarinense, Balneário Camboriú, Florianópolis e a encantadora Serra Gaúcha, Gramado e Vale dos Vinhedos, que também despontam na preferência do brasileiro. As companhias aéreas nacionais serão beneficiadas com o retorno via turismo doméstico, com a segurança dos próprios aeroportos brasileiros e medidas de higienização e distanciamento, e pelas próprias aeronaves, que como curiosidade, renovam o ar-condicionado a cada 3 minutos, o

Guiherme Paulus

que torna a viagem ainda mais tranquila e com altos índices de biossegurança certificada. Os navios, que retomam sua operação na próxima temporada de cruzeiros marítimos, 2020/2021, responsáveis pelo desenvolvimento de diversas cidades portuárias, seguem também com um planejamento seguro para o próximo ano. Acreditamos muito na retomada via turismo regional, nas viagens de carro e na recuperação completa do nosso setor, obviamente com todas as medidas e protocolos de segurança em dia, o que vai ser o diferencial competitivo de empresas sérias e comprometidas com o bem-estar de turistas, funcionários, fornecedores e de toda a comunidade no entorno de destinos turísticos importantes e que dependem 100% da economia gerada pelo nosso negócio. A união de entidades do setor também faz toda a diferença nesse cenário, com um trabalho excepcional desenvolvido pela ABAV (Associação Brasileira das Agências de Viagens), ABIH (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira), FOHB (Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil), ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e demais entidades que representam os agentes de viagens e os guias de turismo, um forte propulsor para a nossa economia. O turismo é uma indústria fundamental para o Brasil; gera milhões de empregos e renda e tem impacto direto no nosso PIB. A pandemia mostra que o desafio é gigante, mas igualmente gigante será a determinação de todos nós que movimentamos esse setor, essa fábrica de sonhos tão essencial para nossa identidade nacional e a nossa economia.

*De espírito empreendedor, Guilherme Paulus é o principal empresário do setor de Turismo no Brasil. Fundador da CVC, uma das maiores operadoras de viagens no mundo, com mais de 1.400 lojas em todo o país, e do Grupo GJP, que controla 10 hotéis próprios no país, o empresário comanda hoje outros negócios no setor, como a GJP Construtora e Incorporadora, responsável por condomínios de alto padrão e hotéis/boutique, a exemplo do Castelo Saint Andrews, único exclusive house do Brasil. Também é membro do Conselho Nacional do Turismo, por indicação da Presidência da República, 1º vice-presidente do Conselho de Administração do São Paulo Convention & Visitors Bureau, vice-presidente de relações institucionais da ABAV Nacional (Associação Brasileira das Agências de Viagens) e presidente do Conselho Deliberativo do Visit Iguassu.


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ENTREVISTA

Agentes precisam vender segurança no pós-pandemia Anderson Masetto, Igor Regis e Pedro Menezes

conhece em detalhes cada produto em cada momento da operação. O agente vai sair fortalecido porque muita gente sentiu o quanto fez falta um telefone para dar assistência.

Segura nça é uma da s pa lav ra s- chave da retomada. E, por isso, o seguro viagem ganha uma importância ainda maior no pós-pandemia. Mesmo com coberturas que deixam pandemias de fora, há inúmeros outros benefícios e, neste momento, novos produtos sendo planejados para atenderem a s nova s necessidades dos v iaja ntes. A GTA, p or exemplo, já colocou no m ercad o um seguro para viagens de carro e estuda outras inclusões no portfólio. Além disso, segundo o presidente da empresa, Celso Guelfi, o contato e a capacitação dos agentes de viagens – uma das marcas da GTA – não foi deixado de lado. MERCADO & EVENTOS - A pandemia deu um outro status ao seguro viagem. Você acredita que as pessoas darão mais importância na retomada? Celso Guelfi – O seguro de viagem vem em uma cres cente há a lguns a nos. Com e çou lá com o t rat ado de Shengen, que passou a exigir a cobertura pra 30 países da Europa. O seguro passou a ser igual a um seguro de um carro. Quem viajou p ela primeira vez com a proteção, não viajará mais sem. Acredito que com a situação da pandemia o interesse do passageiro será maior. Entendemos que isso dá mais s egurança para o passageiro, para a família que fica e, sobretudo para o agente de viagens. Com certeza, o interesse será maior depois de uma situação de pandemia como esta. M&E - Há hoje muita dúvida sobre as coberturas. As pessoas se perguntam: se eu pegar Covid, o seguro cobre? Como funciona isso atualmente? Celso Guelfi – Hoje, a s s eguradoras estão embaixo do chapéu da Susep e dentro das condições gerais de cada uma – e até como proteção para ela s – a s cob ert ura s vão até uma epidemia. No caso de pandemia não há cobertura. Toda vez que surge um ca so susp eito, p edimos para que seja feito o primeiro atendimento e, depois disso, caso seja identificada uma situação de Covid, daí pra frente tivemos que seguir todos os protocolos do país em que o passageiro está. De toda forma, acabamos atendendo sempre. Portanto, é bom deixar claro, não existe not a técn ica da Su s ep que cubra pandemia. O que nós temos feito é estudado caso a caso e atendendo. Não tivemos nenhum ca so grave, até porque muita gente retor nou e aqueles que estavam com viagens progra mada s, aca bara m adia ndo ou cancelando. M&E – A clausula anti-pandemia pegou muitos passageiros e até agentes de viagens. Você acredita que isso pode mudar daqui pra frente? Celso Guelfi – Na verdade, acho que por questões jurídicas e financeiras, isso deve ser mantido. Primeiro porque a Susep tem que concordar e emitir uma nota técnica sobre isso e tem que cons t ar na s condições

M&E – O seguro viagem é visto por muita gente como uma obrigação e acaba escolhendo o produto mais básico. No pós-pandemia podem aparecer oportunidades para vender coberturas mais completas? Celso Guelfi – Já estamos ajudando o passageiro e o agente de viagens a fazer esta escolha. Dentro do período da pandemia, já mudamos os nossos planos para cob ert ura s diferentes para pa ís es diferentes. Isso porque, por exemplo, nos Estados Unidos não dá pra deixar uma cob ert ura de ap ena s US$ 10 m il. Quando ele chegar no hospital, um primeiro exame irá custar isso. Entendemos que temos que garantir uma t ranquilidade ao pa ssageiro. Até tiramos este tipo de produto do nosso port fólio. E, cabe ao agente, fazer esta orientação. Celso Guelfi, presidente da GTA

gerais. Já estamos revendo com as nossas seguradoras em que pontos podemos trabalhar isso. Se há esta cob er t ura, muda toda a es t r u t ura do produto e também o preço, porque na verdade esta exclusão é para evitar que você não tenha um desencaixe fora das especificações da Susep.. M&E - Novas coberturas e até testes poderão ser inclusos nas coberturas? Celso Guelfi – É um cenário que estamos estudando. Todas as vezes em que são feitas inclusões, tem que s e fa zer um es t udo d e v ia bilidade, ter uma nota técnica da Susep, aprovação e definição do preço ao consumidor final. M&E - Em julho, a GTA apresentou seus novos planos segmentados, com produtos também focados nesta retomada pelo turismo doméstico. Aqueles que utilizam seguro viagem, em grande parte, só o fazem para viagens internacionais. Qual a importância de adquirir um seguro viagem também para viagens dentro do Brasil? Celso Guelfi – A GTA tem 31 anos d e m erca d o e s em pr e t ra b a l h ou muito o mercado nacional. Fomos uns dos primeiros a vender o seguro para excursões de ônibus, escolas e outros. Hoje 35% do faturamento da GTA já era do mercado nacional. Temos muitas parcerias com parques, hotéis, e já trabalhamos este produto muito fortemente. Entendo que estamos melhorando as coberturas para passageiros mais exigentes e temos cobertura nos principais pontos do País. Estamos colocando isso porque acreditamos que as viagens voltam primeiro no Brasil para depois começarem a ir para o exterior. Esta mos la nça ndo um s eguro em que o passageiro que viajar de carro possa também adquirir o seguro. É uma modalidade nova e está sendo muito bem aceita. M&E – Uma pesquisa nos Estados Unidos mostrou que a busca pelo

seguro viagem que permite cancelamento por qualquer razão (que costuma ser 40% mais caro) cresceu quase 700%. Vocês já perceberam este aumento de procura? Celso Guelfi – Algumas empresas que tinham este produto, a partir do momento em que a pandemia teve início, tiraram do mercado. Existe um receio dentro das seguradoras de como elaborar este produto. Mas, temos hoje dentro das possibilidades de cancelamento, 32 motivos. Então, ele só não cobrirá se você não quiser mesmo ir sem razão. Doenças, mortes, casamento desfeito e desemprego são alguns exemplos. Existe uma cob ert ura muito a mpla bus ca ndo t udo aquilo que é necessário. Um dos grades motivos de comprar o s eguro é o cancelamento, p orque no Brasil há vendas com nove, dez meses de antecedência. M&E – Como vender mais e melhor o seguro viagem, ainda mais neste momento em que agências e operadoras precisam incrementar receitas? Celso Guelfi – As operadoras hoje precisam pensar também na segura nça. Entendemos que o gra nde apelo será este, tanto para quem vai porque pode ter uma despesa que não imaginava. Ofereçam os itens de transporte, hospedagem, passeios e segurança também. Estamos hoje falando em uma pandemia, mas em uma viagem pode acontecer de tudo, inclusive o extravio de bagagem ou atraso do voo. Isso é pensar no bem estar do passageiro. M&E - Assim como a necessidade de viajar protegido, o agente de viagens ganha um novo status neste pós-pandemia. Consultar um agente passará a ser imprescindível? Celso Guelfi – A GTA só vende por meio do agente de viagens. Para nós, que vendemos o seguro, fazer isso por meio do agente é uma tranquilidade muito grande, tanto para a gente como para o passageiro. Isso p orque o agente faz muito b em a ligação for necedor- consum idor e

M&E - A GTA sempre investiu muito em capacitação, com um contato muito próximo com o agente de viagens. Como vocês têm feito para ministrar capacitações durante a pandemia? Celso Guelfi – Durante a pandemia, nós só paramos de vender. O resto está funcionando igual e isso porque continuamos fazendo os seus treinamentos. Criamos a Academia GTA e todos os dias treinamos 100 agentes. E s ó temos nova s vaga s para o dia 26 de junho. Isso está f unciona ndo muito b em. No a no passado capacitamos 11.500 agentes e a meta era de 12 mil para 2020, mas será ult rapassada p orque estamos tendo mais tempo para isso e o agente também consegue nos disponibilizar duas horas para fazer isso de forma profunda. M&E – Essas capacitações online permanecerão no pós-pandemia? Celso Guelfi – Sempre lida mos diretamente com o agente. Participamos todos os anos de 22 feiras e mais de 60 eventos. Nosso negócio sempre foi cuidar de pessoas, mas nosso maior mérito sempre foi gost ar de p ess oa s. Est a capacit ação técnica online funciona, mas nada va i substit uir o nosso abraço e o nosso aperto de mão. Teremos inovações, mas vamos voltar a abraçar o nosso parceiro, o nosso cliente e o nosso amigo. M&E – Qual a sua visão sobre a retomada? Celso Guelfi – Qualquer p essoa que resp onda isso está chutando. Dependemos de fatores que a gente não controla. O primeiro é uma vacina que possa adiantar esta confiança de retorno. Entendo que as pessoas precisam ter confiança no destino e também depende da abertura das fronteiras. Entendo que as viagens começam pelo nacional, depois vão tendo a confiança de ir um pouco mais longe. A retomada será paulatinamente e, olhando o cenário atual, acredito que começamos a vender em setembro para viagens no f im do ano e em 2021.


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QUINZENA

Com novas regras, Disney reabre parques em Orlando A magia está enfim de volta aos parques d a Disney, em O rla nd o. Desde o último dia 11, o Walt Disney World Resort começou a reabrir as portas de forma gradual, com novos protocolos de s egurança e saúde, a lém de nova s diret rizes como o lim it e d e ca p a cid ad e, o cuid ad o com o distanciamento físico e o uso obrigatório de máscaras. Uma s érie de medida s e compromissos com a segurança e saúde serão implementada s nesta retomada das atividades, ainda em meio a pandemia do novo coronavírus (Cov id-19). D es d e o au m ento d a limpeza e desinfecção, até as políticas de saúde e segurança atualizadas, a experiência foi reinventada, segundo a Disney. São medidas de saúde e segurança que foram consideradas e instauradas d e a co rd o co m a o r i ent a ção d o governo e das autoridades locais de saúde, incluindo o Centro de Controle e Prevenção de Do enças (CDC), a Associação de Viagens dos EUA e a

equipe de especialistas em saúde da Disney. De acordo com a diretoramédica da Disney, Pamela Hymel, emb ora haja o ris co de cont ração da Cov id-19 em espaços públicos, existem maneiras mais importantes para garantir a segurança. “Juntos, s omos uma fa m ília da Disney e, em b ora o Cov id-19 e o risco de contraí-lo estejam presentes em locais públicos, existem muitas maneiras imp ortantes p elas quais todos podemos ajudar a promover a s egura nça um do out ro. Com a implement ação da s diret rizes em no s s o s p arques e res or t s, d es d e já queremos agradecer aos nossos convidados e cast members por tudo que fazem para cuidar um do outro fazendo sua parte”, disse Hymel. RESTAURANTES Os restaurantes espalhados pelos p a r qu e s d o Wa l t D i s n ey Wo r ld Resort contarão com procedimentos e protocolos próprios, como uma limpeza intensificada e mudanças no

DZT fechará escritório no Brasil

O uso de máscaras passou a ser obrigatório nos parques

autoatendimento. Áreas para refeições serão higienizadas a cada utilização dos clientes, além da intensificação no procedimentos de limp eza em áreas comuns com intenso tráfego de pessoas. Bebidas e outros itens

anteriormente disponíveis na opção de autoatendimento, agora serão servidos diretamente para os visitantes pelos colaboradores Disney. Além disso, diversos restaurantes estão usando tecnologias para reduzir o contato.

Gol passa a oferecer check-in via WhatsApp A Gol passou a disponibilizar novas funcionalidades em seu atendimento via WhatsApp. O check-in, disponível antecipadamente no site ou aplicativo da Gol, agora será realizado também por um fluxo simplificado, orientado p ela GA L, a s si s t ent e v i r t ua l d a companhia, diretamente no aplicativo de mensagens. Nesta fase inicial, o acesso será disponibilizado com comunicações p er s o na l i z a d a s p a ra o s cl ient e s selecionados com viagens próximas, que ainda não realizaram o check-

in, cola b ora ndo para ev it ar aglom era ções n o s a ero p o r to s. Clientes também podem utilizar o serviço do Whatsapp para gerenciar os seus voos. As novas medidas de segurança nos aeroportos aumentam também o tempo de deslocamento inter no. Com iss o, a compa n hia reforça a s olicit ação aos clientes para que façam o check-in online, que está liberado, desde 1º de julho, com 48 horas de antecedência (até o limite de 1 hora) antes do voo.

Também serão fechados os escritórios na Argentina, Cingapura e Austrália

O escritório do Centro de Turismo Alemão (DZT) no Brasil irá operar apenas até janeiro de 2021. A decisão se deve às perspectivas de retomada do mercado brasileiro, prevista apenas para 2023, segundo estudos da Tourism Economics e do IPK International, encomendados pelo órgão. As bases em Cingapura, Austrália e Argentina também fecharão na mesma data. No caso de EUA, China e Japão, serão utilizadas as USPs da Alemanha para promover o destino. O s e s t u d o s m o s t r a m qu e o s principais mercados europeus estão

se recuperando rapidamente. Por isso, o DZT está intensificando a penetração no mercado em um ambiente competitivo p or meio de medida s acionais de marketing com amplo alcance. Esse estudo faz parte do extenso programa p ara re cup era ção d o t u rism o d e Incoming promovido pelo DZT. Entre os dias 22 e 24 de junho, mais de 450 Key Accounts da indústria internacional de viagem de 49 países e 250 parceiros alemães estiveram debatendo os rumos do setor no Ger many Travel Mart, realizado pela primeira vez virtualmente

Companhia reforça a solicitação aos clientes para que façam o check-in online

Rio Grande do Norte e Salvador recebem selo Safe Travels Salvador e Rio Grande do Norte s e tor nara m a s primeira s cidades d o Bra sil a r e ceb er o s elo ‘Sa fe Travels’ do Cons elho Mundia l de V i a g e n s e Tu r i s m o ( W T T C ) . O c a r i m b o r e co n h e ce gover n o s e em pres a s em tod o o mund o qu e

adotaram protocolos padronizados globa is de s aúde e higiene. Empresas qualificadas, como hotéis, restaurantes, companhia s aérea s, l i n ha s d e cr u zei ro s, o p era d o r es t ur íst icos, rest aura ntes, compra s ao ar livre, transporte e aeroportos,

p oderão usar o selo a ssim que os p r ot o col o s d e s aúd e e h ig i en e, d e s cr i t o s p el o W TTC, fo r em implementados. Para o selo ser validado, os protocolos precisam atender a requisitos que equilibrem segurança e viabilidade.

Nesse sentido, são aceitos somente aqueles que propõem as devidas regras sanitárias, de saúde, desinfecção, distanciamento e segurança em equilíbrio com a viabilidade dos negócios de todos os tamanhos, de forma que possam ser realisticamente executadas.


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FEIRAS E EVENTOS

Abav Collab: um novo evento para uma nova realidade Devido as restrições, entidade adia realização da feira presencial e anuncia um inovador evento virtual em setembro Anderson Masetto A A b av E x p o 2020 não s erá realizada. O evento estava marcado para acontecer entre os dias 23 e 25 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. O anúncio foi feito no início de julho p ela presidente da entidade, Magda Nassar. O motivo é a pandemia da Covid-19, que impede a realização de grandes eventos e aglomerações. A entidade, no entanto, apresenta também um novo modelo para ocupar o lugar da tradicional feira, que retorna em 2021. Antes da pandemia, as expectativas para este ano eram grandes, uma vez que em 2019, a feira registrou cres cim ento a cima d o esp erad o, totalizando 32.349 p essoas, entre expositores, visitantes e convidados, d u ra nt e o s t r ês d ia s. O núm er o representa um crescimento de 38,6% em rela ção a e dição d e 2018. O s números marcaram também o sucesso da organização, que após dez anos voltou a ser organizada pela equipe da Abav Nacional. “No segundo semestre programamos a Abav Expo, que é o maior evento de Turismo da América do Sul. Neste ano, em função da pandemia tomamos a decisão de não fazer e prorrogar o evento presencial para 2021, com a data a ser anunciada em breve”, afir mou a presidente da entidade, Magda Na ssar. “Entendemos que é melhor aguardar o desenrolar da p a n d em ia. Não co n s eg u i r ía m o s colocar nem perto de 30 mil pessoas devido as restrições. No dia 27 de setembro vamos começar uma grande Sema na do Turismo Abav Collab. Em cola b oração com toda s es t a s entidades, Ministério do Turismo e outros parceiros”, revelou. ABAV COLLAB O evento, no formato tradicional e que o trade está acostumado, volta em setembro de 2021 – ainda com data a ser definida. No entanto, a entidade não deixará o setor órfão do maior evento do Turismo brasileiro, que no ano passado recebeu mais de 30 mil visitantes. Entre os dias 27 de setembro e 2 de outubro acontece a Abav Collab, que será totalmente online. A data foi escolhida p orque dia

Magda Nassar, presidente da Abav Nacional, acredita que o evento terá um publico maior do que a Abav Expo 2019

27 é o Dia Mundial do Turismo e na semana seguinte do Abav Collab será realizada a tradicional Black Friday de Viagens, com ofertas de pacotes promocionais para vendas por meio dos agentes de viagens. “ Te m o s a p r i o r i d a d e d e q u e todos se sintam seguros e passem uma mensagem do quanto a nossa indúst ria é s éria. Nos adapt a mos muito rápido para atender isso. O evento terá tradução simultânea em inglês e espanhol e outros idiomas. Até por isso, a expectativa é de um público muito maior do que os 30 m il do a no pa ss ado”, ex plicou a presidente da entidade, Magda Nassar. “Teremos isso este ano, mas em 2021 votaremos com a feira presencial”, complementou. COMO FUNCIONA Magda ressaltou que os detalhes

s erão d i v u lga d o s n o s p r óx i m o s meses aos poucos e que, inclusive, serão realizadas capacitações para que expositores e agentes possam aproveitar a ferramenta da melhor maneira. Segundo ela, haverá espaços e at endim ento s d o s agent es no s estandes, o que poderá ser feito com hora marcada. A solução para a realização do evento foi encontrada em uma plataforma que será utilizada pela primeira vez no Brasil. Embora ela permita uma série de novas possibilidades, Magda deixou claro que não é uma cópia da Abav Expo no ambiente virtual, mas sim um novo evento. “Não queremos replicar o presencial no online, mas fazer um novo evento. Ele será diferenciado e com muitas dinâmicas novas. Vai acontecer muita coisa, tanto dentro como fora da plataforma”, explicou. Jer usa Hara, diretora- exe cut iva

d a A b av, r ei t er ou qu e a id eia é pro p o rcionar u ma ex p eriên cia diferenciada. Por isso, será utilizada uma ferramenta que possa manter os pilares da feira presencial neste novo ambiente: capacitação, networking e negócios. As inscrições serão abertas em agosto. COLABORAÇÃO Magda Nassar ressaltou ainda que o evento tem a colaboração de todas a s ent id ad es d o s etor, incluind o Braztoa, Abracorp e Clia, que terão os seus espaços. Para ela, mantendo o evento neste ano, é uma oportunidade para que o s etor p ossa celebrar e s e r e en co nt ra r. “Ter em o s mu it a informação, palestras e treinamentos que acontecerão nesta semana muito esp ecial. Acredit a mos que s erá a gra nd e retoma d a d a s vend a s d o Turismo”, finalizou.

Aviesp Expo adia evento e data será definida em breve

Restrições levam entidade a adiar evento pela segunda vez

A Aviesp Expo foi oficialmente a dia d a. O evento, in icia l m ent e marcado para os dias 20 e 21 de março, em Águas de Lindóia, no i nt er io r d e São Pau l o, a c a b ou sendo remarcado para os dias 31 de julho e 1º de agosto por conta da chegada da pandemia da Covid-19 no Bra sil. Agora, p orém, com o prolonga mento da s me dida s de is ola m ento s ocia l, o evento foi novamente adiado, mas ainda sem data para ocorrer. A ent idad e res s a lt a que considerou as recomendações do

Governo do Estado e da Prefeitura de Águas de Lindóia. O comunicado of icia l diz que em breve a nova dat a, b em como os det a lhes do evento, serão divulgados em breve. “A 42ª Aviesp Expo de Negócios em Turismo terá sua rea liz ação r em a r c a d a p a ra d at a a d ef i n i r bu s ca nd o pres ervar a s aúd e d e s eu s a s s o cia d o s, p a r cei r o s comercia is e dema is agentes de viagens e participantes. Em breve compartilharemos novidades sobre a nova dat a do evento”, diss e a entidade em comunicado.


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BRASIL

Selo do Ministério do Turismo já atingiu 8 mil empresas “Turismo Responsável – Limpo e Seguro” define protocolos para 15 atividades do setor e já tem grande adesão em todo o País Pedro Menezes Ma i s d e oi t o m i l p r e s t a d o r e s d e s erv iço s t u r ís t ico s no p a ís já solicitaram a emissão do selo “Turismo Resp onsável – Limp o e Seguro”, la nçado of icialmente no dia 4 de junho, que tem como objetivo auxiliar que o s etor de t urismo bra sileiro retome as suas atividades o mais breve possível e atenda aos pré-requisitos do novo perfil de turista que surgirá com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Os segmentos com maior número de solicitações do selo são: agências de viagem (3.110), m eio s d e h o sp e d agem (2.239) e transp ortadoras turísticas (970). Já os estados que regis t rara m a ma ior adesão à iniciativa são: São Paulo (2.011), Rio de Janeiro (1.312), Minas Gerais (753), Bahia (536) e Santa Catarina (422). Veja a lista completa ao final da matéria. Para auxiliar os empreendimentos sobre as medidas recomendadas para a reabertura, o Ministério d o Tu r i s m o p u bl i cou o s protocolos s a n it ários r e c o m e n d a d o s p a r a 15 s egmentos t ur ísticos que fazem parte do Cada st ro de Prestadores de Serviços Tu r í s t i c o s (Ca d a s t u r ) , a lém d e um conjunto d e orientações também para os turistas. “O sucesso desta iniciativa comprova que estamos no caminho certo para o início d a s at iv id ad es d o no s s o setor, que foi tão afetado por esta pandemia, e integra o co nju nt o d e a çõe s d e retomada que vem s endo desenvolvido pelo Ministério d o Tu r i s m o. Fo m o s u m dos dez países em todo o mundo que t ivera m es s a preocupação em apresentar esse selo que atenderá aos a n s eio s d o s et o r e d o s turistas, que estarão mais atentos aos protocolos de biossegurança”, comentou o m i n i s t r o d o Tu r i s m o, Marcelo Álvaro Antônio. COMO SOLICITAR Para s olicit ar o s elo, o interessado deve acessar o site da iniciativa, ler as orient ações prev is t a s no p r ot o col o d e s t i na d o a o s egm ento em que at ua e estar com situação regular no Cadastur. Em caso positivo, ele adere à autodeclaração que at end e ao s prérequisitos determinados e é encaminhado para uma área do site onde pode realizar o download do s elo para impressão. O selo, que é totalmente gratuito, deverá ser colado em local de fácil acesso ao client e e cont erá um QR Code p elo qua l o t uris t a

poderá consultar as medidas adotadas p or aquele empre endimento e/ou profissional. Além disso, possibilitará a realização de denúncias em caso de descumprimento, o que poderá resultar em revogação do selo. Estão disponíveis protocolos para: meios de hospedagem; agências de Turismo; transportadoras turísticas; organizadoras de eventos; parques temáticos; acampamentos turísticos; res t au ra nt es, cafet eria s, b ares e similares; parques temáticos aquáticos; locadoras de veículos para turistas e guias de turismo, entre outros.

Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo

Estamos Preparados.

Pode se sentir seguro. Continuar cuidando dos nossos clientes e colaboradores é nossa prioridade.

Novo protocolo de limpeza e higienização dos aviões.

Filtros Hepa que deixam o ar livre de partículas durante o voo e são eficazes na eliminação de bactérias, vírus e fungos.

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ESPECIAL

Agências prevêem retomada lenta a partir de setembro Mesmo com uma previsão menos otimista, 55% dos agentes de viagens acreditam que as viagens retornam ainda em 2020 Anderson Masetto O otim ismo dim inui em relação a o s m e s e s d e a b r i l e m a io. No entanto, as perspectivas de futuro mostram-se mais robustas. Esta é uma d a s con clu s ões d a s eg und a edição da p esquisa realizada p ela Cap A mazon e M&E com agentes

de viagens do Brasil inteiro sobre a retomada do setor no pós-pandemia. Re s p o n d era m a s qu e s tõe s cerc a d e 4 0 0 prof is siona is, s end o que 84% são de agência s com menos de dez funcionários, 10% de dez a 50 e os outros 6% com mais de 50 colab oradores. A most ra também revela que 77% trabalham com lazer

e 13% cor porativo. Os estados com mais respondentes foram São Paulo, R io d e Ja n ei ro, Cu rit ib a e Por to Alegre. Na p esquisa a nterior, realizada entre os dias 27 de abril e 11 de maio mostrava que a maioria dos agentes de viagens apostava em uma retomada da s v iagens no mês de s etembro.

Quais são os primeiros segmentos a viajar?

Qual foi ou vai ser a data mais provável da retomada das viagens dos brasileiros? 8%

D es t a vez, no ent a nto, o cenário mudou um pouco. O levantamento aconteceu entre os dias 1 e 13 de julho e apontou que 35% dos profissionais esperam a volta das viagens apenas em janeiro de 2021. Em segundo lugar veio o mês de setembro, apontado p or 33% dos agentes, s eguido de dezembro, com 22%.

2% 35%

Já foi em Junho 33%

23%

Lazer

Setembro

Família/amigos

Dezembro

35%

Corporativo

Inico de 2021 Metade de 2021

Cruzeiros

2% 1%

MAIS CAUTELA PARA UMA RETOMADA, AGORA DE SETEMBRO ATÉ 2021

abaixo em relação ao ano passado. Outros 18% prevêem um resultado um p ouco aba i xo e, p or f im, 2% es p era qu e s eja ig ua l, en qua nto apenas 1% projeta crescimento.

Como você antecipa o faturamento da sua empresa nos três próximos meses em relação ao ano passado?

UM NOVO PESSIMISMO SOBRE O CORPORATIVO

NOVO CONSUMIDOR O co n s u m id o r s erá d ifer ent e, mas as mudanças serão, em grande parte, prorrogações de tendências já ex i s t ent e s co m o b em e s t a r, segurança, sustentabilidade e fuga do overturismo. Entre as temáticas

5%

Pouco Abaixo 18%

4%

8%

Bem Estar 10%

Igual

79%

ma i s p r o cu ra d a s, o s agent e s d e viagens apontam o Bem Estar (25%) como o preferido. Em seguida vem o Ecoturismo empatado com Negócios, a mb os com 14%. D ep ois Cult ura com 13% e Ga st ronom ia com 8% são os mais citados.

Quais são as temáticas mais procuradas?

Muito Abaixo

Ecoturismo Cultura

3% 2%

Pouco acima 2% 0%

1%

13%

14%

Muito acima

Aventuras Shopping Negócios Outros

25%

O BEM ESTAR SOB TODOS OSSEUS ASPECTOS É A VEDETE DA RETOMADA

Quais são as novas tendências que estão aparecendo? 19% 6%

Preocupação com a saúde Preocupação com a sustentabilidade

17%

24%

Destinos menos frequentandos Hotéis e navios menores Preocupação com a segurança

6%

Turismo Nacional

Para quais destinos a retomada está sendo mais rápida? 6%

Espiritual Enoturismo

2%

UM FATURAMENTO PREVISTO MUITO ABAIXO DO ANO PASSADO

Ao m e s m o t em p o v ia gen s d e lazer e visitas a amigos e parentes serão as principais motivações de viagens, cada uma delas com 35%. O co r p o rat i vo vem em t er cei r o com 22%. Feiras e Mice com 4% e cruzeiros com 2% fecham a lista. “A retomada é vista como mais lenta, agora de setembro até março, e as v iagens de negócios pare cem ter mais dificuldades a se recuperar que o lazer”, afirma Jean Philippe Pérol, diretor da Cap Amazon

Gastronomia Luxo

14%

DOMÉSTICO E LAZER PRIMEIRO O número de agentes que aposta em destinos internacionais, especialmente na A mérica Latina aumentou. No entanto, a maioria das respostas segue colocando o doméstico como o primeiro destino da retomada. No total, 62% das respostas coloca que o nacional terá uma recuperação mais rápida. Em seguida veio a América Latina, com 21%. Europa com 8% e América do Norte com 6% vieram em seguida.

Outros

35%

22%

Em relação aos seus negócios, os agentes de viagens acreditam em uma queda acentuada em relação a 2019. Entre os pesquisados, 79% afirma que a queda o faturamento será muito

Feiras e MICE

4%

28%

3%

MAIS CUIDADOS, MAIS SEGURANCA E MENOS TURISMO DE MASSA

8%

Doméstico América do Sul e Caribe Europa

21% 62%

América do Norte Outros

AINDA O DOMESTICO E O REGIONAL, A EUROPA CLARAMENTE NA FRENTE DOS EEUU

Novas tendências devem aparecer. A principal delas, citada p or 28% dos p esquisados é a preocupação com a saúde. A procura por destinos nacionais é uma tendência colocada por 24%, seguida da segurança, respondida por 19%. A fuga de aglomerações e de destinos com o chamado overturism será uma tendência também na opinião

de 17% dos agentes. “A s preocupações com saúde e s eg u ra n ça es t ão i m p a ct a n d o a s escolhas de destinos, favorecendo o domest ico, a A merica Lat ina e a Europa, enquanto parece frear a procura de America do Norte e de destinos exóticos, alem dos cruzeiros”, conclui Pérol.


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AVIAÇÃO

Retomar confiança do passageiro é desafio da aviação Pesquisa mostra que um dos condicionantes para a retomada é garantir que cliente se sinta seguro novamente nos aviões Pedro Menezes A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou os resultados de uma pesquisa de opinião pública que mostram que os viajantes têm vontade de viajar, mas estão preocupados com os riscos de pegar a Covid-19 durante os voos. Os planos de retomada do setor atendem às principais preocupações dos passageiros. Três preocupações principais foram identificadas entre os viajantes, como podemos ver logo abaixo. Os viajantes estão tomando precauções para se protegerem: 77% dos entrevistados lavam as mãos com mais frequência, 71% evita reuniões com muitas pessoas e 67% usam máscara facial em público. Cerca de 58% dos entrevistados disseram ter evitado viagens aéreas e 33% sugeriram que evitarão as viagens no futuro, como uma medida contínua para reduzir o risco de pegar o novo coronavírus. Quando solicitados a classificar as três principais medidas para que se sentissem mais seguros, 37% deles citaram teste da Covid-19 nos aeroportos de embarque, 34% concordaram com o uso obrigatório da máscara facial e 33% citaram medidas de distanciamento social nas aeronaves. Os próprios passageiros se mostraram dispostos a ajudar a tornar o voo seguro, realizando as seguintes ações. “As pessoas estão claramente preocupadas com a Covid-19 quando viajam. Mas também se sentem tranquilas com as medidas práticas que estão sendo adotadas, incluindo o uso de máscaras, a introdução de tecnologia sem contato nos processos da viagem e medidas de triagem. Isso nos diz que estamos no caminho certo para restaurar a confiança nas viagens. Mas isso vai levar tempo. Para atingirmos o efeito máximo, é fundamental que os governos implementem essas medidas globalmente”, disse Alexandre de Juniac, CEO da Iata. OUTROS RESULTADOS A pesquisa também apontou algumas questões importantes na recuperação da confiança dos viajantes, indicando que o setor terá que comunicar os fatos com mais eficácia. As principais preocupações dos viajantes relacionadas às aeronaves incluem: Qualidade do ar na cabine: os viajantes estão divididos sobre a qualidade do ar

de ar e a disposição dos assentos voltados para frente. Além disso, a triagem antes do voo e o uso de coberturas faciais estão entre as medidas adicionais de proteção que estão sendo implementadas. Nenhum ambiente está livre de riscos, mas poucos são tão controlados como a cabine da aeronave. E precisamos garantir que os viajantes entendam isso”, disse de Juniac.

Passageiros não se opõem ao uso da máscara durante o voo

na cabine. Enquanto 57% dos viajantes acreditam que a qualidade do ar é perigosa, 55% deles também acham que o ar na cabine é tão limpo quanto o ar da sala de operações de um hospital. De fato, a qualidade do ar nas aeronaves modernas é muito melhor do que a maioria dos outros ambientes fechados, pois o ar é trocado por ar fresco a cada 2 a 3 minutos. Além disso, os filtros de ar particulado de alta eficiência (HEPA) capturam bem mais de 99,999% dos germes, incluindo o coronavírus. Distanciamento social: os governos aconselham o uso de máscara (ou cobertura facial) quando não for possível manter o distanciamento social, como é o caso do transporte público. Além disso, embora os passageiros fiquem sentados muito próximos a bordo, o ar da cabine flui do teto para o chão, limitando a propagação

de vírus ou germes para trás ou para frente na cabine. Existem várias outras barreiras naturais à transmissão do vírus a bordo, incluindo a posição dos passageiros virados para frente (limitando a interação lateral face a face), os encostos dos bancos que limitam a transmissão entre fileiras de assentos e a movimentação limitada dos passageiros na cabine. As autoridades da aviação altamente respeitadas, como a Federal Aviation Administration dos Estados Unidos, a European Union Aviation Safety Agency e a OACI, não fizeram exigências de medidas de distanciamento social a bordo das aeronaves. “Não é segredo algum que os passageiros têm preocupações com o risco de transmissão a bordo, mas eles podem ficar tranquilos com os vários recursos antivírus integrados do sistema de fluxo

NO AEROPORTO E A BORDO DA AERONAVE -Estar em ônibus/trem lotado a caminho da aeronave (59%) -Ficar em filas no check-in/verificação de segurança/controle de fronteira ou embarque (42%) -Usar banheiros/instalações sanitárias do aeroporto (38%) -Sentar-se ao lado de alguém que pode estar infectado (65%) -Usar banheiros/sanitários (42%) -Respirar o ar da aeronave (37%)

PASSAGEIROS ESTÃO DISPOSTOS A AJUDAR -Passar por medições de temperatura (43%) -Usar máscara durante a viagem (42%) -Fazer o teste da Covid-19 antes de viajar (39%) -Higienizar a área do assento (38%)

SOLUÇÃO LENTA Quase metade dos participantes da pesquisa (45%) indicou que voltaria a viajar alguns meses após o controle da pandemia. Este resultado representa uma queda significativa em relação aos 61% registrados na pesquisa de abril. No geral, os resultados da pesquisa mostram que as pessoas não perderam a vontade de viajar, mas existem obstáculos para que elas retornem aos níveis de viagem pré-crise: A maioria dos viajantes pesquisados planeja voltar a viajar para ver familiares e amigos (57%), tirar férias (56%) ou fazer negócios (55%) assim que a pandemia estiver sob controle; Mas 66% dos entrevistados disseram que viajariam menos para lazer e negócios no mundo pós-pandemia; 64% indicaram que adiariam as viagens até que melhorasse a situação econômica (pessoal e em geral). “Essa crise pode ter um impacto muito longo. Os passageiros disseram que levará um certo tempo até voltarem aos seus antigos hábitos de viagem. Muitas companhias aéreas estimam que a demanda voltará aos níveis de 2019 somente em 2023 ou 2024”, disse de Juniac. “A quarentena acaba com a demanda. Fronteiras fechadas prolongam a dor, causando dificuldades econômicas que vão muito além das companhias aéreas. Se os governos desejam retomar as atividades dos setores de turismo, devem tomar medidas alternativas baseadas em riscos”, completou. Um dos maiores obstáculos para a recuperação do setor é a quarentena. Cerca de 85% dos viajantes relataram preocupação de ficarem em quarentena durante a viagem, um nível semelhante de preocupação dos que relatam receio de pegar o vírus durante a viagem (84%). E, com relação às medidas que os viajantes estariam dispostos a adotar para se adaptar às viagens durante ou após a pandemia, apenas 17% relataram que ficariam em quarentena.

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AVIAÇÃO

Latam Brasil passa a integrar processo de recuperação judicial do grupo nos Estados Unidos Companhia garante normalidade das operações e reitera que ação ajudará na reestruturação das finanças da empresa Anderson Masetto Após pedir sua recuperação judicial nos Estados Unidos, no dia 26 de maio, o Grupo Latam anunciou que a sua subsidiária brasileira Latam Brasil também foi incluída no processo. Ela passa a se juntar às subsidiárias do Grupo no Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos e Peru pela adesão ao processo de reorganização financeira sob proteção do Capítulo 11 (Chapter 11) da lei norte-americana. D e a co rd o co m a co m p a n h ia, esta foi, a melhor alter nativa para reestr uturar as finanças de for ma ampla, assegurando sustentabilidade a longo prazo. “A Latam Airlines Bra s i l t a m b ém p a s s a a i nt egra r es s e p ro ces s o d e r e o rga n i z a ção voluntária como um passo assertivo em decorrência do prolongamento da pandemia do Coronavír us”, diz o comunicado da companhia. “To m a m o s e s t a d e ci s ão n e s t e m o m ent o p a ra qu e a em p r e s a possa ter acesso a novas fontes de f ina ncia mento. Es t a mos s eg uros de que est a mos nos movendo de forma responsável e adequada, pois temos o desaf io de t ransfor mar a em p r e s a p a ra qu e ela s e a d a pt e à n ova r e a l id a d e p ós- p a n d em ia e gara nt a a sua su s t ent a bilid ad e no longo prazo”, comenta Jerome Ca d i e r , CE O d a L a t a m B r a s i l . “Adicionalmente, este movimento p o d e fa ci l i t a r o f i na n cia m ent o qu e e s t á em n ego cia ção co m o BN DES, a lém d e ofer e cer u m a o p ção ma is s eg u ra a o Ba n co, já que o DIP (Debtor-in-p oss ession) tem prioridade em relação a outros passivos da empresa”, finaliza. A empresa justifica ainda que uma vez que o ambiente exter no ainda não dá sinais fortes de recuperação, ad erir ao Capít ulo 11 é a m elhor opção para a Latam Airlines Brasil t e r a c e s s o à s n o v a s fo n t e s d e financiamentos e fortalecer a nossa p osição de lidera nça na indúst ria aérea.

OPERAÇÕES NORMAIS A Latam Airlines Brasil garantiu em s eu co mu n ic a d o qu e e s t á com prom et id a em pres ervar a continuidade dos negócios à medida que se reorganiza. Na medida em que confirmado pela Corte americana: • A L at a m A i r l i n e s Bra s i l seguirá op erando os seus voos de passageiros e de carga, assim como e s t ão fa zen d o a s o p era çõe s d a s af iliada s do Gr up o Lat a m que já ingressaram no Capítulo 11 em 26 de maio de 2020. • Serão respeitadas todas as passagens aéreas atuais e futuras, v o u ch e r s d e v i a g e m , p o n t o s , reembolsos e benefícios do programa Latam Pass, bem como as políticas de flex ibilidade e demais nor ma s vigentes. • Os funcionários continuarão s endo pago s e re ceb endo o s b enef ício s prev is to s em s eu s respectivos contratos de trabalho. • Os for necedores receberão tratamento adequado conforme as regra s aplicáveis. Os paga mentos dos materiais e serviços entregues a par t i r d e 9 d e jul ho d e 2020 e a o longo d es s e proces s o flui rão nor ma lm ent e no s t er mo s do qu e f icar d ef i n id o n o s au to s d a reorganização. • A s agên cia s d e v iagen s e ou t ro s p arcei ro s com ercia is não s of r erão i nt er r u p çõe s em s ua s interações com o Gr upo Latam. CONTEXTO Em 26 de maio de 2020, o Gr upo Latam Airlines entrou com um pedido de re orga niz ação s ob a prote ção do Capítulo 11 da lei dos EUA. No entanto, a companhia reiterou que s eg u i rá o p era n d o co n fo r m e a s restrições de viagem e a demanda permitirem, pagando colaboradores, cumprindo obrigações em relação a benefícios e pagando fornecedores es s en cia is, a lém d e resp eit ar o s

Para Jerome Cadier, processo ajudará Latam a ter acesso a crédito

p ontos Lat a m Pa ss e a s res erva s de voos à medida que trabalha no p roces s o d e r e o rga n i z a ção p elo Capítulo 11. “O p roces s o d e r e o rga n i z a ção financeira com base no Capítulo 11 oferece à Latam uma oportunidade clara e estruturada de trabalhar com no s s o s cre d ores e ou t ra s p ar t es i nt er es s a d a s p ara r e d u z i r n o s s a d ív id a e en f r ent a r o s d e s a f io s comercia is que nós, como out ros d e no s s a indús t ria, es t a mo s enf rent a nd o com o gr up o. I s s o é mu i t o d ifer ent e d o co n cei t o d e fa lên cia em ou t r o s p a ís e s e não se trata de uma liquidação”, diz a companhia.

Subsidiária brasileira também adere ao chamado “Capítulo 11”, que é diferente da recuperação judicial brasileira

ESCLARECIMENTO No seu comunicado, a Latam esclarece que o processo do Capítulo 11 é muito diferente da recuperação judicial da Lei Brasileira – é um processo conhecido, previsível e utilizado por empresas notórias no setor aéreo mundial que já passaram pelo Capítulo 11 na sua história. “O Capítulo 11 nos Estados Unidos é o melhor caminho a seguir para alcançar os objetivos do Grupo Latam Airlines e cumprir as suas obrigações, ao mesmo tempo em que a companhia administra de maneira abrangente a sua frota e endereça as suas dívidas. A Latam Airlines Brasil continuará a voar normalmente durante todo o processo do Capítulo 11”, diz a empresa.


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AVIAÇÃO

Dilson Verçosa e José Roberto Trinca anunciam saída da American Airlines Executivos foram responsáveis pelo início das operações da companhia norte americana no Brasil; Alexandre Cavalcanti assumirá comando da empresa no País Pedro Menezes Dilson Verçosa e José Roberto Trinca anunciaram no início de junho suas saídas da American Airlines através de um comunicado interno divulgado aos próprios colaboradores do time da companhia no Brasil. Verçosa continua como diretor para a América do Sul e Central até janeiro de 2021, ajudando na transição do cargo, enquanto José Roberto Trinca, diretor de Vendas no Brasil para Região Sul e São Paulo, sai agora em agosto. Dilson Verçosa confirmou ao M&E que ambos deixarão a American Airlines e que os cargos serão provavelmente ex t into s. Ver ç o s a t in ha assumido como diretor de Vendas da American Airlines para A mér icas do Sul e Central em 2019. Na época, o executivo já liderava a equipe comercial no Brasil há 29 anos. Dilson iniciou sua carreira na indústria aérea aos 25 anos e foi o principal responsável pelo início das operações da American no Brasil, em 1990. “Foram 30 belos anos vividos na empresa e para mim é a hora de descansar um pouco”, disse Verçosa ao M&E. “Minha ideia era sair no ano passado, mas a companhia acabou me promovendo, fizemos um acordo de mais três anos, e eu até então ficaria até dezembro de 2022. Com toda esta situação atual e a redução que o mercado internacional sofrerá, foi uma boa oportunidade para renegociar e antecipar minha saída”, declarou Dilson. Verçosa fica no cargo até 31 de janeiro de 2021 justamente por conta da transição de cargo. “Está na hora de deixar o pessoal mais novo liderar e tomar conta da American Airlines. Fico até janeiro para ajudar na transição do cargo. Estava com um ritmo de viagens grande, por toda a América do Sul e Central, e agora quero descansar e cuidar mais da minha família”, disse. “No Brasil, quem continua no comando é o Alexandre Cavalcanti, baseado em São Paulo, e a Simone Sá, no Rio”, completou. VOLTA AO BRASIL EM AGOSTO A American Airlines vai encerrar definitivamente suas operações em duas rotas ligando Estados Unidos e Brasil: Los Angeles–São Paulo/ GRU e Miami–Brasília. Sendo assim, ambas não farão parte da retomada dos voos da companhia norte-americana no Brasil. Certas rotas ganharam datas ou pelo menos períodos

para serem retomadas. A primeira delas é entre Miami e São Paulo, com data marcada de retorno no dia 6 de agosto. Outro serviços como Miami–Rio de Janeiro/GIG, Nova York/JFK–São Paulo/ GRU e Dallas–São Paulo/GRU serão retomados a partir do inverno norteamericano de 2020, ou seja, a partir de dezembro (ainda sem data definida). Já os serviços entre Rio de Janeiro e Nova York/JFK só serão retomados na

alta temporada de verão do Brasil em 2021. Sendo assim, a American não vai operar seus voos sazonais entre as cidades neste ano. O comunicado revelou também que a transportadora norte-americana já definiu a capacidade que terá em voos de longa distância no verão norte-americano de 2021: cerca de 25% abaixo do que foi operado no verão boreal (hemisfério norte) do ano passado.

Dilson Verçosa deixará a American em janeiro de 2021


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AGÊNCIAS E OPERADORAS

CVC Corp amplia estimativa de perdas com erros no balanço e faz reestruturação organizacional Companhia desliga cerca de 200 colaboradores, amplia capital e se prepara para enfrentar as consequências da crise Anderson Masetto e Igor Regis Erros contáb eis, cris e no s etor, aum ento d e ca pit a l, prejuíz o financeiro e demissões. O contexto atual, provocado pela pandemia de Covid-19 e pelos erros de balanço, levaram a CVC Cor p a intensificar seu processo de reestruturação. Após mudanças no quadro de diretores nos últimos meses, a companhia realizou uma série de demissões, que incluíram supervisores, gerentes, nomes com muito tempo de casa e executivos importantes que integraram a equipe nos últimos anos. Fontes ouvidas pelo M&E revelaram que aproximadamente 200 colaboradores foram desligados da empresa. Um dos nomes é o de Lucimar Reis, que ocupava a diretoria de Produtos Aér e o s L a zer. Ela i ngr e s s ou na empresa em 2018 após ter atuado por 20 anos na United Airlines. Orlando Palhares Filho, gerente-executivo de Produtos Marítimos, também deixou a empresa. O executivo tinha 17 anos de CVC, tendo ingressado em 2003 após 10 anos de atuação na Costa Cr u zeiros. Sueli Ruotolo, gerente executiva de Programação, Séries e Fretamentos Nacionais, fazia parte da equipe de Lucimar, era uma das funcionárias mais antigas da CVC, e também foi desligada. Já na Trend o corte atingiu alguns sup erv is ores d e at endi m ento, função para qual já eram aguardadas demissões mesmo antes da pandemia. As principais saídas na Trend foram Fabiana Pires, gerente de atendimento com quase 20 anos de casa; e Amanda De Rousset, gerente do departamento de lazer. Em b ora não conf ir m e nom es e nem a quantidade de demissões, por

meio de sua assessoria de imprensa, a CVC confirmou as mudanças. “A CVC Co r p m en cio na qu e a lg u n s aju s t es fora m rea liz ado s em sua estrutura organizacional e que são decorrentes da recente reordenação e integração de área s e negócios, confor me já noticiado, sendo que algumas posições deixam de existir, considerando a simplificação da sua estrutura e aumento de sinergia entre as áreas. A companhia está operando normalmente, com a retomada dos negócios de forma gradativa a partir deste mês, para embarques futuros em destinos domésticos, priorizando fornecedores e regiões que seguem protocolos de segurança”, diz a nota. CENÁRIO Me s m o a nt e s d a p a n d em ia, a CVC Cor p já enfrentava uma crise interna, após anunciar erros contábeis referentes à contabilização de valores t ra nsferidos aos for ne cedores de serviços turísticos. Inicialmente, a companhia previu um impacto de R$ 250 milhões referentes aos exercícios de 2015 a 2019. No início de junho, porém, a CVC comunicou que este valor pode chegar a R$ 350 milhões, incluindo exercícios anteriores a 2015. A empresa também comunicou que as perdas decorrentes da pandemia, p od em chegar p er to d o s R$ 6 0 0 milhões, incluindo cancelamentos, inadimplência, repat riações e p a ga m ent o s a nt e cip a d o s a for ne cedores. Estes fatores, e os seguidos adiamentos na divulgação dos balanços de 2019 e do 1º trimestre d e 2020, l eva ra m a a gên cia d e cla ssif icação de risco Standard & Poor’s rebaixar a cla ssif icação da CVC para brCCC-, com perspectiva negativa. A mesma agência hav ia

Leonel Andrade, presidente da CVC Corp

concedido à companhia classificação AA no fim do ano passado. Em meio a este cenário, a companhia passou por diversas mudanças em seu quadro executivo, incluindo a renúncia do CEO Luiz Fernando Fogaça, no fim de março, e a entrada do novo CEO, Leonel Andrade. Outras mudanças i m p o r t a nt es fo ra m a s s a íd a s d e Maurício Favoretto, da Trend, Beto Santos, da Esferatur e Carla Gama, da Experimento. Luciano Guimarães, que já era diretor geral da RexturAdvance, passou a acumular t a mbém o coma ndo da Trend, Visua l e da Esferat ur – a s quatro empresas B2B da CVC Corp. Da mesma for ma, Emerson Belan assumiu o comando das unidades B2C: CVC, CVC.com e Experimento. AUMENTO DE CAPITAL No dia 10 de junho, a CVC Cor p

a nu n ciou o au m ento d e ca pit a l, mediante emissão de até 23,5 milhões de ações ordinárias a um valor de R$ 12,84 por ação. O valor representa um desconto de 33,5% em relação à cotação de fechamento no dia anterior, de R$ 19,30. A capitalização pode ch ega r a a p r ox i m a d a m ent e 302 milhões. Nos documentos apresentados à Com issão de Va lores Mobiliários (CVM), a CVC Cor p infor mou que os recursos s erão utilizados para reforçar o caixa e viabilizar a retomada da venda de pa ssagens e pacotes de viagem a prazo, que representa 85% das vendas. O dinheiro também garantirá o enfrentamento da crise a curto prazo. As demissões e a reestr uturação também soam como uma resposta ao mercado após o aumento de capital aprovado pelo conselho.

Com aquisição, April Brasil ganha agilidade, diz CEO “Com isso, desde o final do ano passado, enxergamos uma oportunidade, embora a April ainda tivesse interesse de seguir com a operação. Nos juntamos para tentar uma oferta de maneira que pudéssemos assumir o controle”, revelou. “Já era uma discussão e um movimento sendo estudado, mas com a crise, aproveitamos para acelerar isso e conseguimos finalizar o negócio em junho”, complementou.

Luiz Gustavo da Costa, CEO da April Brasil Seguro Viagem

Anderson Masetto Não muda nada. Com esta frase, o CEO da April Brasil, Luiz Gustavo da Costa, definiu a operação da empresa após a aquisição por parte dos diretores brasileiros. Segundo ele, parceiros – especialmente os agentes de viagens – não precisam se preocupar, pois os produtos e serviços seguem os mesmos, inclusive a parceria com a Axa Seguros.

Costa explicou que o negócio foi concretizado só agora, mas nada tem a ver com a pandemia, uma vez que as conversações tiveram início ainda em 2019. Segundo ele, o principal core business da April no mundo é o seguro saúde e que, no início do ano passado, a empresa resolveu focar neste negócio, tanto que a única operação de seguros viagens que permaneceu ativa foi a brasileira por conta da sua rentabilidade e estrutura.

APOSTA ALTA O executivo reiterou a aposta no Brasil e na recuperação da economia para justificar o negócio. “Foi um movimento nosso, dos gestores. Buscamos investimento e fizemos a aquisição de 100% da operação. Devido a crise, entendemos que é um movimento atípico e bastante impactante. Mas temos muita confiança na retomada e nos fortalecemos. É importante dizer que o negócio aconteceu num momento em que a April Brasil tinha o seu melhor nível de caixa da história e preparada para ter retomada para futuro. Estimamos que em setembro e outubro começamos a retomar aos poucos”, destacou.

MUDANÇAS De acordo com Costa, em um primeiro momento não haverá mudança em relação a estrutura ou ao modelo de negócio. A vantagem, garante ele, está agora no controle por parte dos gestores. “Tornamos, assim, a empresa mais maleável e focada no seu próprio b u si n n e s s, com p r o ce s s o s ma i s simplificados e mais ágeis. Além disso, permanecemos nos próximos anos vinculados a April e com toda a rede de atendimento”, disse. Um dos grandes diferenciais do mercado da April, na opinião dele, a operação 100% própria, incluindo central de atendimento e distribuição, permanecem. “Comercialmente não temos mudanças e nem na operação. Seguimos com a mesma equipe e com as mesmas condições para as agências”, revelou. “Tomamos esta decisão porque acreditamos muito no Turismo, nas agencias de viagens e no Brasil. Com isso, vamos conseguir fazer muita coisa diferenciada”, complementou a diretora de Vendas Claudia Brito.


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AGÊNCIAS E OPERADORAS

Entidades: vendas começam a crescer de maneira gradual Abav, Braztoa, Clia e Abracorp afirmam que seus associados já começaram a efetuar vendas, mas que recuperação, embora promissora, ainda é lenta Anderson Masetto Em b arqu es f u t u ro s e d es t i no s na cio na i s. E s t a s s ão d ua s d a s c a ra c t er ís t i c a s o b s er va d a s p o r quem vende v iagens na s últ ima s semanas. Uma p esquisa realizada pela Braztoa mostrou que em maio 60% das operadoras já realizaram alguma venda, sendo que, n e s t e p er ío d o, 8 0% d o faturamento corresponde ao doméstico e mais da metade dos embarques é para 2021. Estes dados corroboram o que agentes e op eradores estão v ivendo no s eu dia a dia, segundo dirigentes de algumas das principais entidades do setor. “Pela s agência s, vemos um m ov im ento é lin ear, mas ainda lento. São vendas difíceis, p ois pre cisa mos saber quando o embarque poderá acontecer e qual a situação de cada destino. Ma s es t a m o s vend o que cresceu muito o interesse p ela s v ia gen s”, d i s s e a presidente da Abav Nacional, Magda Nassar. Pelo lado das operadoras, a sit uação é s emelha nte, conforme explicou o vicep r e s id ent e d a Bra z t o a, Frederico Lev y. “Estamos tendo muitas solicitações sim. Inclusive, há cotações para o inter nacional com embarques para o final do ano. Estamos observando uma facilidade muito grande para efetuar as reservas agora devido as flexibilizações. A conf iança do consumidor está aumentando em relação ao turismo”, acredita. CRUZEIROS O presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, está otimista com a temporada 2020/2021. Segundo ele, as armadoras t êm relat a d o uma b o a procura tanto por consultas como pelas vendas efetivas para a próxima temporada. Ao redor do mundo, alguns navios já voltaram a navegar e, p or aqui, a s regra s de segurança sanitárias estão s end o d ef i n id a s e s erão div ulgadas em breve. “As vendas futuras têm crescido bastante, especialmente para 2021. É bom que os agentes continuem se preparando e se capacitando”, destacou. CORPORATIVO Carlos Prado, presidente da Abracorp, lembrou que o “f u n d o d o p o ço” d o cor p orat ivo foi em abril, com uma queda de 91% na movimentação. No entanto,

já em maio foi observada uma melhora, que vem avançando a cada semana, s eg u nd o ele. “Es t a m o s com u m movimento que é 12% do tínhamos no ano passado. Ainda é pouco, mas há um entusiasmo muito grande, pois a tendência é de crescimento com mais oferta de voos e também com os hotéis aumentando a ocupação”, disse.

Carlos Prado, presidente da Abracorp,

Frederico Levy, vice-presidente da Braztoa

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil

Magda Nassar, presidente da Abav Nacional


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AGËNCIAS E OPERADORAS

E-HTL destaca protocolos e ofertas para o fim do ano Operadora apresenta promoções para Natal e Réveillon e reitera compromisso com medidas sanitárias adotadas pela hotelaria Anderson Masetto

Flavio Louro, diretor da E-HTL

A E-HTL Viagens Online destacou informações importantes para preservar os cuidados com a higienização de seus clientes e incentivar uma retomada segura e voltada aos novos cuidados que precisam ser incor porados no cenário atual. A operadora reforçou ainda novidades e ofertas para a próxima viagem no final do ano e afirmou que antecipação e planejamento “garantem preços incríveis para quem quer curtir o Natal e Réveillon em grande estilo”. A operadora divulgou alguns dos

melhores hotéis e destinos para curtir as festas, com preços até 45% mais baratos. “Para este ano, além das ofertas, separamos também uma importante i n fo r m a ção a t o d o s o s n o s s o s colaboradores: a necessidade de mostrar segurança e confiabilidade por todos os ambientes. A recomendação estende aos hotéis e, é claro, ao público, para que a festa de fim de ano seja a única coisa importante na ocasião”, afirma Flávio Louro, diretor geral da E-HTL. Adaptada ao novo cenário de cuidados que o mundo inteiro vivencia, a E-HTL destacou imp ortantes adaptações feitas pela rede hoteleira, como a limpeza, desinfecção e proteção total de todos os ambientes, distância social e controle de capacidade máxima em todas as áreas livres, além de um investimento maciço em tecnologia e inovação contra impurezas. “Tanto a empresa quanto cada hotel e resort incentivam as boas práticas e a fiscalização co n s t a nt e p o r p a r t e d e funcionários e colaboradores como também dos hóspedes, para que possamos fazer uma retomada do turismo com toda segurança e cuidados necessários”, completa Louro. OFERTAS SEMANAIS A operadora também lançou também a campanha “Oferta do Dia”. A toda semana, será uma nova oferta exclusiva dos mais diversos setores, como hotelaria naciona l, inter nacional, locação de veículos ou serviços, válidas para compra s na dat a do anúncio. “A equip e de produtos trabalha firme baseada nas melhores ofertas, com foco em fornecer condições favoráveis aos clientes nesse processo de retomada do setor. A ideia é criar novas e vantajosas oportunidades de venda para motivar os clientes a garantir as reservas para uma futura viagem”, comenta Louro. O exe cu t i vo r efo r ça t a m b ém o com prom is s o da empresa em criar op ort unidades que valorizem as novas regras de higienização. “O nosso foco é oferecer ao público a chance de reservar a viagem com toda segurança possível, em r e s p ei t o às n o r m a s s a n i t ár ia s, va l o r i z a n d o tanto quem promove quanto quem busca o bem-estar”, completa. A i n i ciat i va ch ega n o m o m e n t o e m qu e o s etor com e ça a reagi r positivamente aos efeitos d a pa nd em ia d e novo coronavírus. Com normas já estabelecidas e a retomada gradual em algumas regiões do Brasil e do mundo, a ideia é fomentar as vendas para fornecer o melhor das férias com antecipação.


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AGÊNCIAS E OPERADORAS

Grupo Arbo abre portas para abrigar novas empresas Empresa busca parceiros que querem se fortalecer na retomada do Turismo. Primeira adesão foi da MH Tours Anderson Masetto Unir forças para uma retomada mais efetiva. Resumindo, este é o objetivo do Grupo Arbo – comandada pelo empresário Arnaldo Franken – ao abrir as portas para parcerias com empresas do setor. A ideia é que elas possam utilizar toda a estrutura operacional, administrativa e financeira do grupo, mas continuem focando nas vendas e no relaciona mento com os s eus clientes. Ma is esp e cif ica m ent e, projeto f u n cio na d a s eg u i nt e fo r m a: o Grupo Arbo alinha as parcerias com empresa que têm como prioridade manter suas marcas e clientes, mas que não têm mais interesse em tocar op eração, f ina nceiro, te cnologia, administrativo, nem de lidar com o risco do negócio. “Os parceiros poderão aproveitar no s s a es t r u t u ra f ina nceira e administrativa, que é extremamente sólida. Estamos sendo procurados por várias pessoas do mercado para darmos suporte para trabalharmos em conjunto”, dest acou Fra n ken. “Neste tempo de crise, juntos, vamos manter o mercado forte. Estamos lançando isso e abrindo as portas da Arbo para quem estiver procurando uma boa parceria”, complementou. LGBTQ+ Já há empresa s t rabalhando em conjunto com a Argo. Uma delas é a MH Tours, de Marcelo Michieletto – o p era d o ra fo c a d a n o p úbl i co LGBTQ+, além da Viaje entre Iguais e o atendimento a contas corporativas. “O que nos levou a buscar o Gr upo A rgo é que precisávamos de mais força e estr utura para colocar estes produtos de uma forma mais ampla.

Logo no início, percebemos muita sinergia e o modo de trabalhar batia com a gente”, explicou Michieletto. Dada a sinergia, Marcelo optou por levar todos os seus negócios para dentro da Diversa Ele explicou que a MH tem formatados cerca de 150 produtos para o público LGBTQ+ para a s agência s, ma s d ent ro do Gr up o A r b o is s o s e mult iplicou. “Estamos neste momento fazendo a curadoria de hotéis e receptivo. Tem os circuitos regulares para gr upos LGBTs e todos os demais produtos da Diversa”, contou. PERFIL Q u e s t io na d o s e há u m t a rget p a ra n ovo s p a r cei r o s, Fra n ken reiterou que não. Mesmo se houver sobreposição de produtos, o Grupo A r b o e s t á a b er t o a co nver s a s. “Vamos sempre conversar e avaliar s e é com p en s atório, p orque t em que ser bom para os dois lados. Já temos conver sa s adia nt ada s com dua s empres a s. Temo s que olhar s empre a ques t ão f ilos óf ica e s e cabe na nossa estr utura”, afirmou. O GRUPO O Gr upo Arbo possui uma série de empresas do setor do Turismo. Ent re ela s a op eradora Diversa; a Casa do Agente, que atende agentes independentes; e a Globalis, agência corporativa e de eventos. De acordo com a gerente de Marketing Priscila Fabri, a Globalis está estr uturando um modelo para atender ta mbém outras agências do setor que ficaram f rag il i z a d a s p o r co nt a d a cr i s e. No ca s o da Ca s a do Agent e, na s próximas semanas será anunciada uma parceria com o Sebrae, também para ajudar os pequenos agentes.

Arnaldo Franken, presidente do Grupo Arbo

Trend e Visual Turismo lançam ‘Etiqueta de Biossegurança’ Pedro Menezes

Luciano Guimarães, diretor das unidades B2B da CVC Corp

Trend e Visua l Turismo, a m ba s da CVC Cor p, lançaram a ‘Etiqueta de Biossegurança’ com objetivo de identificar os meios de hospedagem que implantaram novos protocolos em função da Covid-19. O selo de bio s s eg u ra n ça es t ará no s h ot éis que fazem parte do Fohb (Fórum de Op eradores Hoteleiros do Brasil) e naqueles que compartilharem seus p r ot o col o s d e s eg u ra n ça co m a CVC Cor p. “Qua ndo fa la mos em retomada do t urismo, noss o principa l foco é a s egura nça de noss os clientes e for necedores. Nossos parceiros e s t ão co m p r o m et id o s a s eg u i r a s n ova s n o r m a s d e s eg u ra n ça e impla nt ara m o s protocolo s n e ces s ário s. A id eia d a et iqu et a é m o s t ra r m a i s fa ci l m ent e e s s a a d er ên cia a o a gent e d e v ia gem. Por isso, o selo passa a fazer parte da s comunicações e infor mativos d i v u l ga d o s p e l a Tr e n d e p e l a Visua l”, di z Lucia no Guimarães, di r eto r d a Un id a d e d e Negócio s

B2B da CVC Cor p. Além das precauções essenciais, co m o h ig i en i z a ção d a s m ão s e distanciamento físico, por exemplo, há procedimentos específicos que os meios de hospedagem devem seguir, que envolvem todas as áreas, desde check-in e check- out, sanitização dos ambientes, até novos processos em restaurantes, bares e espaços de eventos e lazer. Mais infor mações p odem ser conferidas nos sites da Trend e da Visual. O mat eria l com pleto com o s protocolos que devem ser seguidos p ela hotelaria está disp onível para download no site do Fohb. O estudo teve ap oio da s a ss ociações ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), BLTA (Brazilian Luxur y Travel Association) e Resorts Brasil, juntamente com o Senac São Paulo e a AMTSBE (Associação Mundial d e Tu r i s m o d e S a ú d e e B e m e s t a r), t a m b ém co m o r i ent a ção d o con sultor esp e cia lis t a em hospitalidade hospitalar, Marcelo Boeger. O trabalho foi revisado pela equipe técnica da marQ Consultoria.


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MERCADOEEVENTOS.COM.BR

Mais lidas

CVC CORP - A empresa pa ssou p or uma reestr uturação organizacional, que culminou no desligamento de aproximadamente 200 colaboradores. Entre eles, Orlando Palhares, que tinha 17 anos de ca sa, Adria no Gomes, com s ete a nos, Lucimar Reis, que atuava como diretora de Aéreo há dois anos e Sueli Ruotolo, com 34 anos de CVC. TREND - Os cortes na CVC Cor p atingiram também a Trend Op eradora, que teve as saídas de Fabiana Pires, gerente de Atendimento com quase 20 anos de casa; e Amanda de Rousset, gerente do Departamento de Lazer. AMERICAN AIRLINES - Dilson Verçosa e José Roberto Trinca deixarão a American Airlines. Verçosa continua como diretor para a América do Sul e Central até janeiro de 2021, ajudando na transição do cargo, enquanto José Roberto Trinca, diretor de Vendas no Brasil para Região Sul e São Paulo, sai agora em agosto. COSTA CRUZEIROS - A Costa Cruzeiros anunciou uma nova estrutura organizacional como parte dos esforços da Car nival Corporation para aprimorar as operações antes da retomada dos cruzeiros. Michael Thamm, CEO do Grupo Costa & Carnival Ásia, passa a somar o cargo de presidente da Costa Cr uzeiros, com Mario Zanetti nomeado a CFO (diretor Comercial). Já Neil Pa lomba a ssum irá o cargo de V P E xe cu t ivo e di r eto r d e O p era ções d a Car nival Cr uise Line. AVIVA - A Aviva, administradora de Rio Quente, Costa do Sauípe e Hot Park, anunciou Miguel Diniz como novo gerente

geral de Marketing e Vendas, respondendo diretamente ao CEO do gr upo, Francisco Costa Neto. O executivo está há oito anos na empresa e assume o lugar de Heb er Garrido, que segue para novos desafios.  FLYTOUR - A p ós oito a no s no coma ndo da gerência d e At endim ento e Venda s, A r y Fa bia no Xav ier a nunciou sua saída da Flytour Viagens. De volta ao mercado, o executivo acumula mais de 28 anos de exp eriência em viagens, passando por empresas como CVC, RDC Férias e Coraltur.

COMTUR FOZ - O empresário e idealizador do Festival das Cataratas, Paulo Angeli, assumiu a presidência do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), após ser eleito por aclamação entre os representantes das entidades públicas e privadas do turismo de Foz do Iguaçu.  HOLLAND AMERICA - A Car n iva l Cor poration anunciou Gustavo Antorcha como novo presidente da Holland America Line. Até então diretor Comercial da Car nival Cr uise Line, Antorcha assume o cargo de maneira imediata e já passa a rep or t ar a o CEO d o Gr up o Holla nd America e Carnival UK, Stein Kr use.

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Abav Collab é o evento que a Abav realizará no lugar da sua tradicional WTM-LA FESTURIS 2020 Abav Expo. A expectativa éUma reunirdas mais de 30 mil profissionais de Turismo de todo o Brasil. O sevento 100% online e os principais feiras de turismo da Por cont a do ris coserá s cau s ado s p elo visitantes visitar – depara forma virtual – os estantes das empresas expositoras. Na interação América poderão Latina foi adiada o segundo coronavírus,a Fundação AIP – organizadora nos estantes,Acontecerá o agente deentre viagens baixar em-PDF, fazer reuniões e assistir vídeos semestre. ospoderá dias 20, 21 materiais da BTL anunciou o adiamento da aedição ee lives. Osoutubro visitantespor também participar de palestras e painéis, além de fazer networking. 22 de contapoderão da pandemia deste ano, que aconteceria em março, para Informações: do coronavírusabav.com.br (Covid-19), que bagunçou o fim de maio. As autoridades portuguesas o calendário de eventos. O encontro seconcluíram que deixaram de estar reunidas as gue marcado no Expo Center Norte, em condições para poder assegurar a realização São Paulo, para o evento B2B de três dias do evento nas datas originalmente previstas. que promove a A mérica Lat ina para o WTM-LA “Assim, com o objetivo de corresponder mundo e t raz o mundo para a América Uma das principais feiras de turismo da Américaaos Latina foi adiada para o segundo semestre. anseios e necessidades de promoção do Latina, criando pessoais Acontecerá entre oportunidades os dias 20, 21 e 22 de outubro por conta da pandemia do coronavírus (Cosetor do turismo, a Fundação AIP entendeu e de negócios. vid-19), que bagunçou o calendário de eventos. O encontro segue marcado no Expo Center a BTL 2020 para os próximos 27o Informações: latinamerica.wtm.com Norte, em São Paulo, para o evento B2B de três adiar dias que promove a América Latinadias para a 31 de maio”, diz a nota oficial. Para esta mundo e traz o mundo para a América Latina, criando oportunidades pessoais e de negócios. edição, estavam confirmados cerca de 1500 Informações: latinamerica.wtm.com expositores de 67 destinos internacionais. Informações: festivaldascataratas.com

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FESTURIS 2020 Sempre de olho nas tendências do mercado mundial, O Festival de Turismo de Gramado ocorre de 5 a 8 de novembro, no Serra Park, em Gramado. Esta edição apostará em segmentos que estãoABAV em pleno crescimento. espaço estão a nova localização em uma 48ª EXPO E 53º ECBEntre as novidades do WTM LONDRES área maior dentro da feira, o crescimento expositores e aestá abertura para oentre mercado A 48ª ABAV Expo Internacional de no número A de WTM Londres marcada os internacional. O Encontro espaço é voltado para operadoras, dias hotelaria corporativa, destinos, CVBs e outras Turismo e 53º Comercial 2 e 4 de novembro. É considerada marcas que atuam diretamente turismo Braztoa acontecem entre osno dias 23 de negócios. uma das mais importantes do calendário festurisgramado.com eInformações: 25 de setembro, no Expo Center tur ístico inter nacional de feiras. Será

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Norte, em São Paulo. Neste ano a 41a e d i ção d a fei ra qu e, n o a n o coladinha com a WTM-LA, a Abav passado, recebeu mais de 51 mil pessoas é considerada a principal feira de durante os três dias, incluindo nove mil turismo Brasil e reúne os principais buyers, cinco mil expositores e três mil FESTIVALdoDAS CATARATAS fornecedores, buyers e visitantes em deAlém mídia, com o objetivo O Festival das Cataratas foi adiada para os dias 2, 3 profissionais e 4 de dezembro. disso, serão realizados busca de negócios. de ultrapassar os £ 3,4debilhões (R$ 17,5 dois eventos complementares online. O Hackatour Cataratas – uma maratona programação para Informações: www.abavexpo.com.br bilhões) o desenvolvimento de soluções para o turismo – ocorre nos diasem 7, 8negócios. e 9 de agosto, e o Fórum InterInformações: nacional de Turismo do Iguassu – principal evento técnico científico dowww.wtm.com turismo nacional – segue nos dias 9, 10 e 11 de setembro. Informações: festivaldascataratas.com

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Restrições ocasionadas pela pandemia derrubaram número de países que passaportes prestigiados podem entrar sem visto.

NOBILE - O Nobile Resort Thermas de Olímpia, um dos resort s administrados pela Nobile Hotéis, anunciou a contratação de Renato Alarcon para o cargo de gerente de Vendas. O executivo p ossui 15 anos de exp eriência no s egmento hoteleiro, at ua ndo in icia lm ent e no op era ciona l, com re cep ção, res erva s e eventos, até chegar a área comercial, com passagens por empresas nacionais e internacionais.

AGENDA

27/09 a 2/10 20 e 22/10 ABAV COLLAB

Restrições de viagem derrubam peso de passaportes do Brasil e dos EUA

C V C d e s l i ga c e r c a d e 2 0 0 c o l a b o ra d o re s e re a d e q u a estrutura

Com aporte de US$ 2,2 bilhões, Latam praticamente garante sua continuidade

CVC Corp passa por reestruturação organizacional e desliga uma série de funcionários

O Grupo Latam Airlines anunciou que obteve um financiamento de US$ 1,3 bilhão do fundo de investimento norte-americano Oaktree Capital Management.

www.mercadoeeventos.com.br www.mercadoeeventos.com.br Circulaçãonacional nacionalatravés através de de mala mala direta Circulação Presidente Roy Taylor Presidente Roy RosaTaylor Masgrau Vice-Presidente Presidente Roy Taylor (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3215-1827 Vice-Presidente Rosa Masgrau Rosa Masgrau Vice-Presidente Editor-chefe Anderson Masetto (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6316 (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 3215-1827 (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) - (55-11)- (55-21) 3123-2236 Editor-chefe Anderson Masetto Editor-chefe Masetto Web-EditorAnderson Pedro Menezes (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) -- (55-11) 3123-2236 (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3215-1844 (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3123-2236 Web-Editor PedroMari Menezes Diretora de Vendas Masgrau Diretora de Vendas Mari Masgrau (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3215-1844 (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2249 (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) Diretora de Vendas MariJuliano Masgrau Diretor de Novos Negócios Braga 3123-2249 (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3123-2249 (juliano.braga@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2244 Gerente Administrativo e Financeiro -Juliana Barbosa de Novos eNegócios Juliano Braga DiretoraDiretor Administrativa Financeira Roberta Saavedra (juliana.barbosa@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6246 (juliano.braga@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2244 (roberta.saavedra@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3215-1836 Assistente de Marketing Roberta Saavedra Diretora Administrativa eAndreia Financeira Roberta Saavedra Operacional Boccalini (roberta.saavedra@mercadoeeventos.com.br) -- (55-21) (andreia.boccalini@mercadoeeventos.com.br) (55-11) 3123-2222 (roberta.saavedra@mercadoeeventos.com.br) (55-21)3215-1836 3233-6202 Operacional Andreia Boccalini Operacional Andreia Boccalini (andreia.boccalini@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 Fotografia Eric Ribeiro | Designer Patrick Peixoto (andreia.boccalini@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 Reportagem SP (55-11) 3123-2239/2240 | Reportagem RJ (55-21) 3215-1844 Designer Patrick Peixoto Giulia Bottini (giulia.bottini@mercadoeeventos.com.br) Reportagem SP (55-11) | Reportagem RJ (55-21) 3215-1844 Igor Regis 3123-2239/2240 (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) Fotografia Eric Ribeiro | Designer Patrick Peixoto Janaina Brito (janaina.brito@mercadoeeventos.com.br) Atendimento ao leitor (55-11) 3123-2222 Tecnologia Gestão de Infraestrutura de(55-11) TI WorkNet Atendimento ao leitor 3123-2222 Reportagem São Paulo (55-11) 3123-2239/2240 (fernando.carilo@worknetecnologia.com.br) Gestão de Infraestrutura de TI WorkNet Tecnologia André Montanaro (andre.montanaro@mercadoeeventos.com.br) Gerência de Internet GRM Internet e Serviços (fernando.carilo@worknetecnologia.com.br) (55-21) 3993-8492 Gerência de Internet GRM Internet e Serviços Igor Regis (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) (55-21) 3993-8492 Lisia Minelli (lisia.minelli@mercadoeeventos.com.br) Departamento Comercial Storti (victoria.storti@mercadoeeventos.com.br) SãoVictoria Paulo (55-11) 3123-2222 | Rio Comercial de Janeiro (55-21) 3215-1836 Departamento São Paulo Rua Barão de3123-2222 Itapetininga, 151 Centro -3215-1836 Cep 01042-001 São Paulo (55-11) | Rio de- Térreo Janeiro- (55-21) (55-11) São Paulo Rua Barão deTelefone Itapetininga, 1513123-2222 - Térreo - Centro - Cep 01042-001 Reportagem Rio de Janeiro-21) 3233-6263 Rio de Janeiro AvenidaTelefone das Américas, 14.591 - Grupo 403 - Cep 22790-701 (55-11) 3123-2222 Menezes Telefone (55-21) 3215-1836 Rio dePedro Janeiro Avenida(pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) das Américas, 14.591 - Grupo 403 - Cep 22790-701 Telefone (55-21) 3215-1836 Representante em Portugal Antonio LuizRepresentante Acciolly (antonioluizaccioly@gmail.com) em Portugal Atendimento ao(antonioluizaccioly@gmail.com) leitor (55-11) 3123-2222 + (351) 91199-0448 Antonio Luiz Acciolly + (351) 91199-0448 Representante nos Estados Unidos Departamento Comercial Spotlight – Marketing & Public Unidos Relations Representante nos Estados São Paulo (55-11) 3123-2222 | Rio Janeiro (55-21) 3233-6202 1390 South Dixie Hwy. Suite 110 – Spotlight – Marketing &de Public Relations Coral Gables, Florida 33146 1390 Dixie Hwy. Suite – 647-6464 Estados Unidos -South Globe Travel Media +1110 (954) Denise Arencibia (denise@spotlight-marketingpr.com) Coral Gables, Florida 33146 São Paulo Rua Barão de Itapetininga, 1510044 - Térreo - Centro - CEP 01042-001 + (305) 498 Denise Arencibia (denise@spotlight-marketingpr.com) Patricia Rivera (patricia@spotlight-marketingpr.com) Tels (55-11) 3123-2222 - Fax0044 (55-11) 3129-9095 + (305) 498 + (786) 512 Patricia Rivera Rio de Janeiro Rua(patricia@spotlight-marketingpr.com) Riachuelo, 1141760 - Centro - CEP 20.230-014 + (786) 512 1760 Telefone e Fax (55-21) 3233-6202

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