Equidade de Gênero
Liderança Machismo Feminina
1ª Quinzena | Março de 2022 Ano XIX | nº433 - mercadoeeventos.com.br
Manterrupting Desigualdade
Resiliência Misoginia Luta
Empoderamento
Capacitadas, mulheres precisam buscar reconhecimento No turismo, estudo do Ipea aponta que elas ainda recebem 24% a menos que os homens
Páginas 8 e 9 Foto: Fernando Battistetti
ENTREVISTA
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Uma das grandes líderes do turismo nacional, Magda Nassar revela sua trajetória e desafios, além de avaliar a situação do setor.
EVENTOS
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Reunindo uma centena de agentes de viagens em São Paulo, a Portugal United promoveu o primeiro de uma série de roadshows pelo Brasil.
AVIAÇÃO
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CEO da Voepass, Eduardo Busch falou sobre o plano estratégico para este ano e celebrou o fato da companhia ter conseguido sobreviver à pandemia.
Com o avanço da vacinação, diversos países estão abertos aos turistas brasileiros: confira a lista e oriente os seus clientes - Página 16
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ENTREVISTA
Magda Nassar: "O que me incomoda é existir menos lideranças femininas nos representando" Um dos principais nomes do setor, a presidente da Abav Nacional compartilhou maiores dificuldades e planos para o futuro Janaina Brito
temos que trilhar para que cheguemos aonde precisamos estar, mas estamos trabalhando para isso.
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), as mulheres representam 54% da força de trabalho na indústria turística de todo o mundo. Contudo, apesar da mão de obra ser majoritariamente feminina no setor, ainda é desproporcional o número de mulheres em cargos de liderança. Além disso, apesar da presença feminina à frente de algumas empresas, um relatório do International Business Report também revelou que as que ocupam cargos de liderança ganham cerca de 30% menos que os homens. Os dados não são entusiasmantes, mas há mulheres que trabalham diariamente na construção de um espaço mais igualitário e que pavimentam os caminhos para que outras possam chegar, de fato, na liderança e representatividade do segmento. Um dos nomes mais conhecidos do Turismo brasileiro e também uma das principais referências de liderança feminina no setor, a atual presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav Nacional), Magda Nassar contou com exclusividade um pouco da sua trajetória profissional, principa is conquist a s e desaf ios. Também revelou seus planos para o futuro após seu último ano de mandato à frente da associação. MERCADO & EVENTOS – Você sempre falou muito sobre a falta de mulheres em cargos de liderança no setor, mesmo o Turismo tendo uma mão de obra majoritariamente feminina. Sente que houve uma evolução neste aspecto? Magda Nassar - Acho que se ainda estamos falando disso, é porque ainda falta muito. Não deveríamos mais discutir este assunto, não deveríamos mais ter isso como um assunto dentro dessa trajetória. Acredito que pessoas que têm per fis de liderança deveriam estar em cargos de liderança e nem sempre é assim. Mas por outro lado, vejo uma Abav hoje mais feminina. A operadora onde trabalho também é mais feminina. Dentro da minha trajetória profissional e não política, sempre vi um contingente sempre maior feminino, o que me incomoda é existir menos lideranças nos representando. Em uma abertura de eventos ou uma discussão sobre temas relevantes, por exemplo, termos menos vozes femininas. Temos que chegar lá, é mandatório. Espero que isso daqui a algum tempo não seja mais uma discussão. M&E - Qual o diferencial da Magda Nassar? Magda Nassar – Eu acordo pensando o que eu posso fazer para melhorar no meu trabalho. Precisamos de pessoas que queiram trabalhar, dividir conhecimento, com egos menores. O resultado do que eu faço tem que ser mais importante do que a minha pessoa. Meu trabalho é mais importante do que eu! Isso é o que eu faço com minha equipe no dia a dia. Reconhecer
M&E - Quais são os planos para o futuro? O que você quer conquistar que ainda não conquistou? Magda Nassar – Este s erá o meu último mandato à frente da Abav, até p ela questão do estatuto. Tem um peso muito grande trabalhar em prol da sua comunidade. Um peso de desga ste, preocupação, de ter que dar satisfações contínuas e isso não é bonito e divertido sempre. É marav il ho s o qua nd o celebra m o s uma vitória, como essa do MP que tivemos recentemente. Mas é cansativo. No futuro, pretendo dividir este conhecimento que eu acumulei d u ra nt e m i n ha t rajetória. Tem o s muita mudança no mundo político e a continuidade é um fator importante. Essas mudanças frequentes fazem com que os recomeços sejam inconstantes, por isso a continuidade é tão importante. Espero que as entidades continuem nesse caminho que estamos trilhando hoje e estarei sempre nos bastidores para ajudar como puder, mas não a frente.
Magda Nassar, presidente da Abav Nacional
outros valores nos leva muito mais longe. Vejo isso em algumas pessoas, que acham que quem você é, é mais importante do que você faz, e eu não sou assim. Agradeço e fico feliz em saber que, dentro do que eu escolhi fazer na vida, as pessoas me conheçam e reconheçam, mas fora desse meio, eu não sou ninguém. E o que me importa é ser alguém dentro desse meio onde eu me propus a trabalhar. É isso que faz a minha tranquilidade ser perene. M&E - Durante toda a sua carreira você acumulou diversas conquistas e reconhecimentos. Existe algum que você considera ser o mais importante e do qual você se orgulha? Magda Nassar - A minha maior conquista profissional foi minha op eradora, a Soft Travel, que constr uiu minha carreira e minha vida. É uma empresa que atendeu milhares de pessoas e encerrou seu ciclo muito bem após 30 anos. Hoje, completo s eis ou s ete a nos na Trade Tours, ao lado do meu sócio. Fizemos uma revolução dentro do que a gente queria. Nos envolvemos em tecnologia, que é algo que eu adoro, passamos super bem pela pandemia, mesmo com todas as dores e assim é minha t rajetória no t ra d e. Ten h o muito orgulho da minha vida profissional em primeiro lugar porque acho que é muito dif ícil no Bra sil t er uma
história tão duradoura pra contar do Turismo. O que eu via quando tinha 20 anos é bem diferente do que vejo hoje, com 59. Mas as dificuldades ainda são as mesmas. Temos um País que não nos reconhece como uma indús t ria p od ero s a. D e qua lquer maneira, tenho orgulho da minha trajetória porque ela é muito sólida. O que tenho e sou hoje se deve a essas duas empresas basicamente. M&E - Na sua avaliação, qual seria hoje o seu maior papel e função? Magda Nassar - O que mais amo e sou apaixonada obviamente é o papel de mãe, na minha vida pessoal nada sup era. Sou muito feliz com isso, mudou toda minha vida, e até sobre quem eu sou como pessoa e profissional. A maternidade me trouxe a vontade de olhar pra minha comunidade do Turismo e para as pessoas que me rodeiam, e ajudá-las. Esse olhar de “precisamos resolver esse mundo” é o meu mundo, é o Turismo. Foi dessa necessidade que vieram as associações. Comecei a trabalhar na Braztoa (Associação Brasileira das Op eradoras de Turismo), onde em pouco tempo virei diretora e nunca mais larguei a mão das associações, p orque re con he ço a imp ort ância delas para mim como profissional e para todo o setor. Nosso trabalho tem ajudado o Turismo a se fortalecer. Temos um caminho longo ainda que
M&E - E quais as expectativas pro turismo em geral em 2022? Magda Nassar - É um ano que começou difícil, vai ser difícil, temos muitos desafios pela frente. A vinda da nova variante foi um baque muito grande, mas por outro lado, v imos que efet iva mente a vacina foi fundamental para que o turismo respire melhor. E para voltar à vida nor mal, as entidades estão t rabalhando para que a gente chegue lá de forma mais forte e preparada. Já tivemos algumas vitórias esse ano mas ainda temos um longo caminho pela frente. Mas a quarta dose está vindo aí, e esperamos que com isso a gente possa voltar a normalidade, ou o mais próximo disso possível. M&E - Sobre essas batalhas e vitórias, recentemente foi aprovada a MP do reembolso. Por outro lado, as entidades ainda estão buscando soluções para a MP do IRRF. Como você enxerga estas situações? Magda Nassar - A MP do reembolso foi algo que começamos a trabalhar l o go n o f i m d o a n o. Tem o s qu e traçar uma linha do tempo para entendermos essa questão. Sabíamos que a partir do dia 1, a lei já não mais passaria a cobrir os agentes. Por isso, t rabalha mos com muit a agilidade, junto com as entidades parceira s, jur ídico e órgãos, para que a MP fosse refeita. E felizmente agora foi aprovado. A MP é uma ex tensão da lei, na verdade. Ma s o fato da garantia do com issionamento e remuneração dos agentes, b em como a proteção na extensão da data, é o maior b enefício da lei. Ela nos dá o direito p or lei de reter nossa remuneração porque o nosso t ra ba lho foi feito e foi ent reg ue. Mas ainda temos muitos p ercalços p ela frente.
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ARTIGOS
O Turismo em boas mãos Roy Taylor Com a aproximação do Dia Internacional das Mulheres – dia 8 de março – me fez pensar no importante papel desempenhado pelas mulheres no desenvolvimento do Turismo. Quem frequenta as feiras do setor percebe facilmente a predominância feminina entre as empresas do setor. Somente no Brasil, são seis milhões de mulheres trabalhando no Turismo, mais de 50% de toda a mão de obra da indústria, segundo dados do Ministério do Turismo. Profissionais que estão atuando em todos os segmentos turísticos, seja na linha de frente comandando grandes empresas, secretarias municipais e estaduais de Turismo, presidindo entidades representativas e até pilotando aviões; ou em muitas outras e não menos importantes atividades dentro do mercado de viagens. Ainda segundo dados do MTur, entre os guias de turismo registrados no Cadastur, mais da metade são mulheres. Como turistas então já passaram os homens e são maioria em todos os recantos turísticos do planeta. Um estudo realizado pelo Airbnb revelou que as mulheres estão cada vez mais dispostas a viajar pelo mundo De acordo com o levantamento do site, o Brasil aparece entre os cinco países com mais mulheres que viajam por conta
própria. Resultado que não surpreende e mostra a força das mulheres. Em 2010, quando a Organização das Nações Unidas criou a ONU Mulheres, a Organização Mundial do Turismo (OMT) lançou seu primeiro relatório sobre mulheres no turismo. A publicação continha diretrizes para promover o empoderamento feminino por meio do turismo. E, uma década depois, uma segunda edição, ampliada, foi lançada. O Turismo emprega muito mais mulheres do que qualquer outro setor com 54% da força de trabalho feminina. Em outras áreas da economia mundial as mulheres representam apenas 39% das pessoas empregadas. No Brasil temos muitas mulheres ocupando cargos de liderança nos vários setores do Turismo. Não vou citar nomes aqui para não correr o risco de esquecer de algumas, mas os leitores do M&E sabem muito bem quem são elas. Por isso, tenho certeza que o Turismo está em boas mãos!!!
Seguimos resilientes e fortes! Natália Strucchi
Roy Taylor é presidente do Mercado & Eventos
Meus amigos homens que me desculpem, mas só nós sabemos das dificuldades e das maravilhas de ser uma mulher. Não é de hoje que se debate a igualdade de gênero, afinal, a sociedade demorou bastante a reconhecer o papel da mulher, tanto no trabalho quanto em outros contextos. E apesar de vermos avanços significativos, a realidade ainda está bem distante do ideal. Por isso é tão importante falarmos sim sobre o Dia Internacional da Mulher, celebrado oficialmente em 8 de março. É uma oportunidade de trazermos esse tema à tona e informar à população sobre os abismos entre os gêneros que sempre persistiram ao longo de toda a história. Quer ter uma ideia? Em 2019 o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que as mulheres que desempenham Atividades Características do Turismo (ACTs) recebem 24% menos do que os homens e a maior desigualdade média é observada na região Sudeste (-27%), seguida pela região Nordeste (-18%). Por segmentação a diferença se intensifica no transporte aéreo (-46%), seguido pelo transporte rodoviário (-31%), serviços de alimentação e hotelaria (-15%),
No Turismo, 54% da mão de obra é feminina, principalmente em cargos operacionais. Mas vemos poucas mulheres em cargos de liderança e à frente de
entidades, associações e grandes empresas, provando que apesar de maioria, as mulheres não são representadas e/ou reconhecidas como deveriam no setor.
agências de viagens (-8%) e nas locadoras de automóveis (- 2%), conforme constatação do Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2020. Por isso, o M&E ouviu nesta edição algumas mulheres que trabalham no turismo com o intuito de conhecer um pouco mais de suas trajetórias profissionais e os desafios encontrados pelo caminho. E por falar em mulheres no turismo, faço questão de ressaltar um dado importante, no M&E, nós somos maioria, e muitas em cargos de liderança, um exemplo que espero ver replicado em mais empresas do setor. Rosa Masgrau, Mari Masgrau, Roberta Saavedra, Andreia Boccali, Ana Azevedo e Janaína Brito. Diariamente aprendo um pouco com cada uma de vocês! Que as conquistas angariadas até aqui se fortaleçam e que a sociedade entenda de uma vez por todas a força e o papel da mulher, que pode ser o que ela quiser, estar onde bem entender e merece ter o seu valor reconhecido. Natália Strucchi é jornalista, pósgraduada em Relações Internacionais e diretora de Redação do M&E
COLUNA
O QUE PENSAM OS AGENTES
Sendo assim, o M&E perguntou as agentes qual o caminho para revertermos esta situação. Confira abaixo a nova coluna do M&E.
O que deve ser feito para que possamos ver cada vez mais mulheres em cargos de liderança no turismo?
"No caso do meu mundo de eventos e viagens corporativas, em que tive a oportunidade de iniciar como assistente e evoluir até a diretoria onde estou hoje, vejo que as mulheres vem ganhando mais destaque nos últimos anos. Percebo muito domínio do operacional, mas sem uma análise do que precisariam fazer para se destacar e serem vistas para uma liderança ou cargo estratégico. Não falta conhecimento técnico, mas sim uma evolução de outras características que irão compor uma líder de sucesso. Seria preciso desenvolver um autoconhecimento mais apurado, ter claro se é algo que gostaria de conquistar e, a partir daí, traçar um plano de ações como: uma mudança de postura, de imagem, buscar o overdelivery, se envolver em processos, sugerir mudanças, trazer inovações."
Andréa Lefèvre, diretora de Marketing & Comunicação do Grupo Arbaitman
“O Turismo é cheio de detalhes, então é necessário que estejamos na frente, cuidando desses detalhes. O que falta para vermos mais mulheres em cargos de liderança é coragem. Porque nas operadoras vemos muito pouco mulheres na frente, vejo mulheres nos bastidores, cuidando da gestão. Na parte dos ‘grandes’, sempre são os homens. Eu sinto que às vezes falta coragem da mulher. Eu como cargo de liderança, fui incentivada a assumir, mas tinha medo, recuava, via homens na liderança e me questionava se eu conseguiria estar alí. Mas deu tudo certo. Falta encorajamento feminino. E acredito que hoje, com esse grande crescimento das OTAs, a parte de operação do turismo vai valorizar cada vez mais a mulher por causa dos detalhes, as experiências vão fazer a diferença no turismo e nisso nós mulheres temos muita habilidade.
“Primeiramente, devemos aceitar nosso lugar ao sol. Sim, temos capacidade de sermos protagonistas da nossa propria historia sem precisar puxar saco de alguém ou se deixar ser limitada pela opnião do outro. Eu sempre acreditei no potencial da Agencia Point Tur, que é onde eu gerencio atualmente. Apesar do grande desafio, o fato de estar entrando no desconhecido, mas com grande potencial, me ajudou a não desistir do que eu queria. Os cargos de liderança demandam autoconhecimento, persistência, resiliência e é para aqueles que acreditam no propósito do negócio. Sempre acreditei no poder da mulher de mudar as coisas. Tenha respeito pela opnião do outro mas jamais se limite a ela. Trace um objetivo, encontre um propósito no qual acredita, trabalhe duro e siga firme para o alcançar, esse é o segredo!
Aline Lopes, empresária na Moscow Viagens
Thais Varolo, gerente de Agência
E aí, qual a sua opinião sobre o tema? Nós queremos te ouvir. Para participar da nossa coluna, envie um e-mail para janaina.brito@mercadoeeventos.com.br com seu nome, telefone, cargo e empresa atual. A cada edição convidamos três agentes para opinar sobre uma pauta relevante para o setor.
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Maior eficiência, expansão e frota de B737: os planos da Voepass para 2022
Foto: Fernando Battistetti
AVIAÇÃO
CEO da companhia garante que a empresa não perderá a sua essência de ser regional Pedro Menezes A Voepass fechou 2021 com 40 cidades atendidas no Brasil, por uma frota de 12 aeronaves ATR-42 e 72, alcançando cerca de 85% do que era ofertado antes da pandemia (47 destinos em 2019). Pronta para os desafios de 2022, a companhia espera expandir suas operações com o reaquecimento do mercado, aumentar a eficiência operacional de sua frota e inaugurar as operações do Boeing 737. Em entrevista ao M&E, o CEO da Voepass, Eduardo Busch, falou sobre o plano estratégico para este ano e celebrou o fato da companhia ter conseguido sobreviver à pandemia. "Fico feliz por termos sobrevivido a um ano desafiador, mais difícil do que o primeiro de pandemia, já que em 2020 ficamos 100 dias sem operar. Em 2021, mantivemos as operações de forma reduzida, ou seja, não paramos. Tivemos uma grande disciplina de caixa", destacou. Em junho do ano passado, as operações começaram a ser retomadas de maneira sólida com o aumento da demanda. "A partir daí começamos nossa retomada e chegamos em dezembro operando em 40 destinos, cerca de 85% da fase pré-pandemia. Conseguimos passar por momentos difíceis sem demitir funcionários", disse. Eduardo Busch foi sincero. Difícil fazer planos e divulgar previsões ainda em meio às incertezas da pandemia. O alto custo operacional em dólar, com o barril do petróleo na casa dos US$ 100, ainda pode ser uma "pedra no caminho". "Estamos trabalhando de maneira bem cautelosa. Sent imos um aquecimento da demanda. Mas temos uma pressão forte nos custos, o que pode frear um pouco o crescimento", disse o CEO da Voepass, que revelou ainda a retomada das operações diárias entre Ribeirão Preto e Brasília, além do incremento de voos para os aeroportos Santos Dumont e Congonhas, na segunda quinzena de março. PARCERIA COM A GOL Segundo Busch, a parceria com a Gol se mostrou um case de sucesso. "A parceria proporciona uma aeronave adequada para a Gol operar em mercados regionais sem precisar investir na diversificação de frota. Com a Voepass ela consegue acessar mercados de baixa demanda. Enquanto a Gol cria maior eficiência nas operações, nós conseguimos otimizar as receitas. Os canais de distribuição da Gol são mais eficientes que os nossos, o que nos ajuda a manter uma operação superavitária e rentável. Hoje temos seis aeronaves dedicadas à parceria,
voando para 20 destinos", destacou. A diversificação da frota da Voepass, com o anúncio de que irá operar o Boeing 737 a partir de outubro, pode ter pego muitos de surpresa, mas há uma razão para isso: Congonha s! A companhia já iniciou o processo de certificação do avião na Agência Nacional de Av iação Civ il (A nac). Segundo Busch, a aeronave não vai fazer com que a Voepass perca sua essência de ser regional. "Vamos ter
sempre um DNA regional. Os B737 virão para atender a alta densidade do aeroporto", enfatiza. Em 2021, as operações da Voepass e MAP tiveram 1% de participação de mercado no quesito passageiros embarcados e 0,4% como produção de ASK. "Precisamos focar na eficiência e em b o a s negocia ções para que possamos aumentar ainda mais nosso marketshare, e contamos com o trade para isso", finalizou Busch.
Eduardo Busch, CEO da Voepass
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AVIAÇÃO
Venda de passagens internacionais cresce com relaxamento de restrições, constata Iata Associação pede que os governos eliminem todas as barreiras às viagens para os passageiros totalmente vacinados Pedro Menezes A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou dados que mostram um ritmo crescente na recuperação das viagens aéreas com o relaxamento das restrições. Um deles é o aumento de 11% de passagens internacionais vendidas nas últimas semanas, em relação às vendas de 2019. No período próximo de 8 de fevereiro (média móvel de 7 dias), o número de passagens vendidas correspondia a 49% do mesmo período de 2019. Já no período próximo de 25 de janeiro (média móvel de 7 dias), o número de passagens vendidas correspondia a 38% do mesmo período de 2019. O crescimento de 11% entre os períodos de janeiro e fevereiro é o aumento mais rápido relatado em qualquer período de duas semanas desde o início da crise. "O salto nas vendas de passagens ocorre à medida que mais governos anunciam o relaxamento das restrições de fronteira relacionadas à Covid-19. Pesquisa da Iata sobre restrições de viagem nos 50 principais mercados de viagens aéreas do mundo (representando 92% da demanda global em 2019, medida em passageiro pagantequilômetro), revelou o crescente acesso disponível para viajantes vacinados", diz a associação. - 18 mercados (representando cerca de 20% da demanda de 2019) estão abertos a viajantes vacinados sem exigir quarentena ou testes antes do embarque. - 28 mercados estão abertos a viajantes vacinados sem exigir quarentena (incluindo os 18 mercados acima), representando cerca de 50% da demanda de 2019. - 37 mercados (representando cerca de 60% da demanda de 2019) estão abertos a
viajantes vacinados em condições variadas (18 sem restrições, outros exigindo testes ou quarentena ou ambos). Esses números são resultado de uma série de relaxamentos anunciados em todo o mundo, incluindo países como Austrália, França, Filipinas, Reino Unido, Suíça e Suécia. “O ritmo do setor está crescendo, rumo à normalização do tráfego aéreo. Os viajantes vacinados podem viajar mais e com menos aborrecimentos do que há algumas semanas. Com isso, aumenta o número de viajantes com a confiança necessária para comprar passagens. Esta é uma boa notícia! Agora precisamos acelerar ainda mais a eliminação das restrições de
viagem. Mesmo com o progresso recente impressionante, o mundo continua longe dos níveis de conectividade de 2019. Treze dos 50 principais mercados de viagens ainda não oferecem acesso fácil a todos os viajantes vacinados, incluindo grandes economias como China, Japão, Rússia, Indonésia e Itália”, disse Willie Walsh, diretor geral da Iata. A Iata continua pedindo que os governos eliminem todas as barreiras às viagens (incluindo quarentena e testes) para os passageiros totalmente vacinados com vacinas aprovadas pela OMS; permitam viagens sem quarentena para viajantes não vacinados com resultado negativo no teste de antígeno antes do embarque;
eliminem proibições a viajantes, e acelerem a flexibilização das restrições de viagens. “As restrições de viagens causaram forte impacto nas pessoas e nas economias, mas não impediram a propagação do vírus. Agora é a hora de eliminar essas restrições, pois aprendemos a viver e viajar em um mundo com riscos de Covid-19 no futuro próximo. Isso significa acabar com a distinção de viajantes usando medidas especiais. Em quase todos os casos, os viajantes não trazem risco maior para um mercado além do que já existe na população. Muitos governos já reconheceram isso e eliminaram as restrições. Os outros governos devem seguir esse exemplo”, conclui Walsh.
Tráfego aéreo doméstico próximo dos níveis pré-pandemia Em janeiro, os aeroportos brasileiros receberam 7,5 milhões de passageiros em rotas nacionais, segundo dados da Anac Pedro Menezes Dad o s d a Agência Na ciona l d e Av iação Civ il (A nac) revela m que a demanda de passageiros cresceu 23% e a oferta de voos teve alta de 20% em janeiro dentro do mercado doméstico, na comparação com o mesmo período de 2021. Durante o primeiro mês deste ano, os aeroportos p elo pa ís re ceb era m 7,5 m ilhões de passageiros em rotas nacionais, volume 22% maior em relação ao mesmo mês do ano passado. Q ua ndo conf ront ados com números de 2019 (pré-pandem ia), no entanto, a demanda e a oferta apresentaram recuo de apenas 9% e 8,6%, respectivamente. Ou seja, é possível dizer que a demanda já alcançou 91% do registrado antes da pandemia, enquanto a oferta de voos chegou a 91,6% em relação à normalidade de 2019. Ainda na comparação com 2019, o indicador do volume de passageiros transportados teve redução de 16%.
Gol retoma liderança - Um ponto cu r io s o d o e s t u d o é qu e a G ol retomou a liderança do marketshare em ja neiro, ap ós mes es s eguidos da Lat a m na primeira colocação. A com p a n hia fe ch ou o m ês com 38,2% de participação de mercado, enquanto a Latam ficou com 34% e a Azul com 27,3%. MERCADO INTERNACIONAL A demanda e a oferta no mercado inter naciona l apres ent ara m forte cres cim ento na compara ção com janeiro do ano pa ssado, de 163% e 77%, r e s p e c t i va m ent e. E s s e s indicadores, no entanto, estão 50% e 44% abaixo dos dados registrados no período pré-pandemia. No pri m ei ro m ês d es t e a no, pouco mais de 1 milhão de pessoas realizaram voos para destinos fora d o p a ís, núm ero 16 6% ma ior d o registrado um ano antes — e retração de 58% com o total verificado em 2019. Em janeiro, o transporte de carga
registrou o maior volume para o mês desde o início da série história, em 2000, com quase 76 mil toneladas transportadas. O número representa
aumento de 14,2% com igual período de 2020 e 14,1% comparado com dois a ntes. Ess e foi o 14º cres cimento seguido do indicador.
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POLÍTICA
MP das remarcações e reembolsos é estendida e entidades comemoram a vitória Janaina Brito As entidades Abav Nacional, Braztoa e Clia Brasil celebraram a decisão do governo federal, publicada no Diário Oficial no dia 21 de janeiro, de prorrogar até 2023 o prazo da famosa lei do reembolso e remarcações, que permite que prestadores de serviços realizem reembolsos aos consumidores em relação aos serviços, reservas e eventos cancelados, bem como para organizadores cancelarem ou remarcarem eventos de turismo e de cultura por conta da pandemia. Para reescrever a MP, as entidades provaram que a decisão era importante para a segurança do cliente final e do agente de viagem. Como explicou Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa. "Isso nos protege nesse momento e defende a remuneração do salário do agente, além de dar um fôlego para todos se organizarem novamente. Mas por outro lado, essa MP também traz uma segurança para o cliente final, sabendo que ele vai receber este
reembolso e esse crédito no futuro. Foi importante negociar isso e foi bem aceito pelos ministérios e entidades envolvidas porque mostramos os impactos que isso traria", afirmou. De acordo com a presidente da Abav Nacional, Magda Nassar, houve algumas dificuldades durante o caminho. No entanto, ela reconheceu que a agilidade do governo e das entidades foi fundamental. "Tivemos alguns percalços pelo caminho e foi necessário trabalharmos em conjunto com a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e com o Ministério da Justiça. Ficamos em cima disso todos os dias e, finalmente, o presidente nos atendeu", finalizou Magda. O presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, também comemorou a vitória, mesmo admitindo que isto é apenas uma extensão da lei. “Isso é o suficiente, visto que a pandemia não acabou e é um pleito importante, que traz benefícios para o consumidor e garante o fluxo de caixa de todos os envolvidos”, disse. De acordo com o presidente da
Clia Brasil, o importante trabalho merece reconhecimento. "O trabalho do Ministério do Turismo, que atende todas nossas pautas, foi fundamental. Acho importante agradecer, bem como a Senacon, a Casa Civil, o Ministério da Justiça e a Presidência da República", ressaltou Ferraz. ANO DIFÍCIL PELA FRENTE Para o futuro, outros pleitos e batalhas aguardam o setor. Segundo as entidades, não será um ano fácil, mas já existem muitas conversas para a melhoria e manutenção do turismo nacional em andamento. "Acho que temos pela frente muitos pleitos. O Turismo cada vez mais tem que falar alto, ser reconhecido, ter essa agilidade que faltava um pouco em algum momento da nossa história como indústria", afirmou Magda. Para ela, a pandemia ensinou que a agilidade é fundamental e que esses trâmites jurídicos não funcionam no momento de necessidade e no tempo necessário, o que faz com que todos
Foto: Eric Ribeiro
A medida estendeu pela segunda vez os efeitos da Lei 14.046/2020 e autoriza uso de créditos ou reembolso até dezembro de 2023
Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil
precisem se adaptar. "Temos muitas conversas em andamentos, não só nossas três entidades, mas todas que têm lutado pelas suas classes. Temos feito isso de forma unida e é muito importante, mas sabemos que temos um ano ainda difícil pela frente", finalizou.
Câmara aprova Projeto de Lei que legaliza jogos Texto que agora vai ao Senado estabelece que os cassinos deverão ser instalados em resorts como parte de complexo de lazer Pedro Menezes A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que legaliza os jogos no Brasil, entre eles cassinos, bingos e jogo do bicho. Em votação realizada no dia 24 de fevereiro, 246 deputados votaram a favor e 202 foram contra a legalização. Agora, o PL 442/91, que tramita no Congresso Nacional desde 1991, seguirá para o Senado. E, caso seja também aprovado seguirá para a sanção ou veto do presidente da República. O texto substitutivo à proposta original que foi aprovado ainda em 2016, estabelece que os cassinos devem ser instalados em resorts, como parte de complexo integrado de lazer, considerando o tamanho da população de cada estado. Também permite o funcionamento de bingos em locais específicos (casas de bingo), além de jóqueis clubes e estádios de futebol e, eventualmente, para a arrecadação de fundos para entidades filantrópicas, religiosas e Santas Casas. O deputado João Carlos Bacelar Batista (Podemos-BA), também presidente da Comissão de Turismo e da Frente Parlamentar Mista do Marco Regulatório dos Jogos no Brasil, é a favor da legalização dos jogos. "Estamos praticamente isolados. No G20, grupo das vinte maiores economias, apenas três proíbem a prática: Brasil, Arábia Saudita e Indonésia. Com a proibição, o Brasil deixa de arrecadar cerca de R$ 20 bilhões por ano e deixa de gerar 700 mil empregos diretos e indiretos", lamentou Bacelar. O relator Felipe Carreras (PSB-PE) destacou que o projeto traz benefícios arrecadatórios e recursos para o desenvolvimento de políticas públicas de estados e municípios. “A regulação do mercado deverá permitir a elevação da arrecadação tributária com a exploração de jogos e apostas, assegurando mais recursos
um momento de hipocrisia. Vamos cobrar impostos, porque joga quem quer, quem pode, se não, ficaremos assistindo todos jogarem em sites estrangeiros. Por isso queremos organizar, regulamentar, fazer com que os jogos tenham controle e transparência no Brasil. Sendo assim, defendo com seriedade e responsabilidade para que possamos melhorar o turismo, porque criar cassinos é possível", completou Pompeo.
Em votação, 246 deputados votaram a favor e 202 contra a legalização dos jogos no Brasil
para implantação e desenvolvimento de políticas públicas sociais para estados e municípios”, disse. O deputado federal e ex-presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo (Frentur), Herculano Passos (MDBSP), era outro defensor do Projeto de Lei 442/91, que legaliza os jogos no Brasil. A aprovação dos jpgos no país iria arrecadar, segundo ele, cerca de R$ 20 bilhões por ano aos cofres brasileiros somente com cassinos. "Nessas três modalidades, jogo de bicho, bingo e cassino, a expectativa é de 650 mil empregos", comenta. Segundo o líder do MDB na Câmara dos Deputados, os jogos são um equipamento turístico que pode atrair muitos visitantes estrangeiros para o Brasil. "Estamos há muitos anos recebendo 6 milhões de turistas no Brasil. Cingapura recebia 9 milhões de estrangeiros antes dos jogos serem legalizados, passando para 21 milhões quando os cassinos foram abertos. Estamos na contramão do que acontece no mundo", lamenta o deputado. Herculano Passos lembrou também que a legalização dos jogos gera emprego,
renda e desenvolvimento. "O jogo não será inventado, ele já existe no Brasil, e não arrecadamos nada. A legalização vai fazer com que o jogo funcione de uma forma legal, pessoas vão trabalhar de carteira assinada e vamos arrecadar, portanto, estes R$ 20 bilhões, com todo mundo sendo beneficiado. Quem tem a consciência e entende que o Brasil precisa avançar, vai votar a favor. Estamos perdendo receita, já que somos um dos poucos países do G20 onde o jogo não é legal. Será que todos estão errados e só nós estamos certos?", indagou. Já o deputado federal Pompeo de Mattos, líder do PDT, afirma que ninguém está autorizando ou desautorizando, nem mesmo criando os jogos no Brasil. "Eles já existem, são informais, são ilegais, acontecem às escondidas e queremos apenas esclarecer este tema, com responsabilidade", disse, lembrando dos jogos realizados pela Caixa, bem como os sites estrangeiros que não geram renda e levam o dinheiro do brasileiro para o exterior. "Por conta disso, estamos aqui vivendo
AS REGRAS APROVADAS Com o projeto de lei que legaliza os jogos no Brasil aprovado, os cassinos poderão ser instalados em resorts como parte de complexo integrado de lazer que deverá conter, no mínimo, 100 quartos de hotel de alto padrão, locais para reuniões e eventos, restaurantes, bares e centros de compras. O espaço físico do cassino deverá ser, no máximo, igual a 20% da área construída do complexo, podendo ser explorados jogos eletrônicos e de roleta, de cartas e outras modalidades autorizadas. Para a determinação dos locais onde os cassinos poderão ser abertos, o Poder Executivo deverá considerar a existência de patrimônio turístico e o potencial econômico e social da região. Além disso, cada grupo econômico poderá deter apenas uma concessão por estado, e o credenciamento será feito por leilão público na modalidade técnica e preço. A lém disso, poderá haver t rês cassinos quando a população do estado for maior que 25 milhões (somente São Paulo, segundo estimativa de 2021 do IBGE). Para os estados com mais de 15 milhões e até 25 milhões, poderá haver dois cassinos (caso de Minas Gerais e Rio de Janeiro). Nos demais estados e no DF, com população de até 15 milhões de habitantes, poderá existir apenas um cassino.
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Empoderadas, mulheres pedem passagem no turismo Pesquisas apontam salários menores e lideranças femininas defendem a equidade no setor: confira depoimentos Ana Azevedo e Janaina Brito Discutir a igualdade de gênero mostra-se cada vez mais necessário, visto que somente 37% das ocupações em empresas das Atividades Características do Turismo (ACT) incluem os termos “diretor” ou “dirigente” em nomenclaturas de colaboradoras, conforme o Cadastro Brasileiro de Ocupações (CBO) de 2020, enquanto nos demais cargos, mulheres totalizam 49%. A participação feminina tem destaque nas regiões Sul (54%) e Nordeste (45%), de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2020. Por segmentação, o volume de mulheres está ligado às agências e operadoras de turismo e serviços de alojamento (57%), além do setor de alimentação (53%). Nas demais atividades, o percentual é inferior a 50%, chegando a apenas 15% no transporte rodoviário. “Existe uma necessidade de, por meio do diálogo, promover uma mudança cultural para que haja oportunidades equânimes para as mulheres, pois é dessa forma que a sociedade conseguirá amadurecer e se desenvolver”, declara Ana Clévia, cofundadora do Mulheres do Turismo em Rede (MTR). Criado em 2020, o projeto conta também com a fundação de Mariana Aldrigui e Marianne Costa, duas lideranças no segmento, que diante da defasagem do mercado, viram a necessidade de oferecer uma rede de apoio às profissionais por meio da conexão e troca de ideias, a fim de promover inclusão no setor. Em entrevista exclusiva ao MERCADO & EVENTOS, Ana cita o sentimento de não pertencimento da mulher em cargos de liderança, o qual relaciona com a visão machista ainda presente na sociedade. “Vemos que há, em muitos casos, uma visão natural de que o homem tem que ocupar determinados cargos e isso não é estendido para as mulheres. Precisamos, por meio do diálogo e da intenção de mudança, fazer com que essa lógica se reverta”, disse. Em números, a declaração de Ana pode ser observada no volume de ocupação das mulheres empreendedoras, que segundo a Receita Federal, tem apenas 35% de todos os sócios de empresas de turismo no Brasil. Dentre os nichos nos quais o sexo se destaca estão agências de viagens (38%), serviços de alojamento (38%) e serviços de alimentação (39%). Em termos de remuneração a disparidade é ainda maior. O Global Gender Gap Report
em cargos de liderança, impacta num maior respeito ao ser humano. “Eu acredito muito que a diversidade tem influência direta no desenvolvimento dos negócios e na geração de valor para a sociedade. O meio corporativo será muito mais rico e desenvolvido no momento em que o ser humano conseguir ser respeitado pela sua existência e conhecimento, e não apenas no aspecto gênero, cor ou raça”, afirma.
Annette Taeuber, country manager da Lufthansa no Brasil
(Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero de 2021) afirma que levará 267 anos para que as mulheres alcancem um salário equivalente ao dos homens. Em 2019, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que as mulheres que desempenham Atividades Características do Turismo (ACTs) recebem 24% menos do que os homens e a maior desigualdade média é observada na região Sudeste (-27%), seguida pela região Nordeste (-18%). Por segmentação a diferença se intensifica no transporte aéreo (-46%), seguido pelo transporte rodoviário (-31%), serviços de alimentação e hotelaria (-15%), agências de viagens (-8%) e nas locadoras de automóveis (- 2%), conforme constatação da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2020. “Não há nada que justifique tamanha desigualdade, seja na oferta de oportunidades ou na remuneração. É muito comum ver a pessoa do sexo feminino se auto empoderar para conquistar espaço e respeito no seu meio de trabalho. É importante esclarecer, que não há uma briga entre os gêneros, precisamos de equilíbrio e união, para que juntos consigamos promover mudanças efetivas”, conclui Ana Clévia. A fim de inspirar os profissionais do setor, o M&E ouviu líderes do turismo acerca
Mariana Aldrigui, professora e pesquisadora de Turismo da USP
MATCH DE DESTINOS Motivada pela demanda de mulheres que desejam viajar e não têm companhia, Renata Franco, ex-CEO da Stella Barros e membro do conselho do Escritório de Turismo da França no Brasil, lançou, aos 45 anos, o aplicativo de viagens Pinguim. “Eu sou a CEO e fundadora e faço parte dos 4% de mulheres que estão à frente de startups no Brasil, que é um nicho que tem por definição ser disruptivo, mas que ainda precisa de um aumento da presença feminina. Sou mãe e esposa e sempre digo que podemos sim, como mulheres de muitas responsabilidades, arcar com todas Chieko Aoki, presidente da Blue Tree Hotels
de suas trajetórias, desafios e conquistas. Confira! Segundo Marta Rossi, diretora/fundadora da empresa Rossi & Zorzanello, responsável pela organização de uma das maiores feiras de turismo do País, o Festuris, não há justificativas plausíveis para que a balança continue neste desequilíbrio. “Hoje, o número de mulheres com ensino superior completo já superou o de homens no Brasil. Isso comprova que a desigualdade de condições que ainda temos em cargos de liderança não é por falta de empenho e luta das mulheres”, explica. “Mesmo com o aumento constante de mulheres líderes no mercado de trabalho formal, acredito que ainda faltam ambientes propícios ao tratamento igualitário entre homens e mulheres. Uma cultura que reconheça os méritos e o conhecimento de cada um em primeiro lugar, ao invés de o gênero ser o primeiro critério de avaliação ao se escolher uma liderança. Acredito muito na força da mulher, que já superou tantas dificuldades e vai superar muitas outras ainda. Criar um ambiente favorável, remunerações justas e oferecer oportunidades iguais é tudo o que precisamos”, reforça a empresária. Para Marta, quando uma empresa coloca mulheres na mesma proporção dos homens
e com qualidade”, comenta. Com três anos de mercado, a aplicação disponível para sistemas Android e IOS já conta com mais de 90 mil downloads, e tem para 2022 a meta de atingir 500 mil usuários, além de duas novidades: o B2B e o marketplace para vendas diretas, datados para estrearem neste mês de março. A executiva pontua que somente 17% das mulheres na América Latina viajam sozinhas e por meio do aplicativo elas podem encontrar companhia e se empoderarem. Em sua trajetória profissional, Renata afirma que buscou inspiração em outras mulheres para vencer os desafios. “Desde o início da minha carreira tive líderes mulheres e passei por empresas que ofereciam uma rede de apoio. Mas, em alguns momentos, ocupei espaços onde era a única mulher presente e estava em uma posição de liderança. Acredito que temos que ser vistas pelo nosso trabalho e capacidade, sermos resilientes e flexíveis. Essa é uma luta para que as gerações futuras não passem por constrangimentos e não aceitem menos do que merecem. O futuro é de todos nós”, enfatiza. A professora e pesquisadora de Turismo da USP, Mariana Aldrigui, também acredita que o caminho para que haja mais oportunidade para mulheres em cargos de liderança está na criação de
Mariana Aldrigui, professora e pesquisadora de Turismo da USP
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ESPECIAL | MULHERES
oportunidades e na profissionalização e fidelização dos mais jovens neste setor. “Nosso setor é dominado ainda por uma mentalidade muito conservadora e datada. As ideias que circulam nas lideranças são muito conservadoras, nos costumes, na repetição. O grande desafio de fato está nos profissionais mais jovens conseguirem ser bons sinalizadores dessas tendências e modificações. Eu coloco muita fé na voz de sinalizações dos mais jovens”, explicou Aldrigui. Para a pesquisadora, o grande desafio do Turismo para os próximos dez anos será manter qualidade e competência do serviço, especialmente porque a pandemia da Covid-19, a ausência de empregos combinada com a falta de atrativos e baixa remuneração dos cargos, fez com que o Turismo perdesse uma importante mão de obra jovem que foi em busca de algo melhor em outros setores. “Nós teremos cada vez profissionais menos qualificados porque não damos qualidade e melhores condições para os mais jovens. Como o setor se manterá atrativo para jovens talentos e não perder aqueles que a gente já formou e que de repente precisam sair para se sustentar é o x da questão”, completou Mariana. NECESSIDADE DE METAS CLARAS E DURADOURAS Como ponto inicial para termos cada vez mais mulheres em cargos importantes, Mariana Aldrigui revela que, “do ponto de vista das empresas, é preciso ter estratégias claras de curto, médio e longo prazo para criar estas oportunidades”. Mas como fazer isso? Ela acredita que existem algumas soluções simples. “Para começar, a empresa precisa conhecer a sua realidade e da sua organização. Por exemplo, pode-se tirar uma fotografia do quadro de funcionários e ver qual o nível de igualdade, pensar no passado, como foram realizadas promoções e escolhas dos processos seletivos para conseguir mensurar se talvez esteja aí a problemática”, questiona. “Não dá apenas para importar uma campanha de diversidade se não combinar com a empresa. Do médio para o longo prazo, pode ser que você vá procurar pessoas que representem essa diversidade e vai cair no discurso preguiçoso de que não tem ninguém com essa qualificação ou disponibilidade para a vaga. Aí você pode lançar programas de criação de profissionais como vimos no Nubank e no Magalu, que nos inspiram. Treinar e construir esses estagiários para já serem os representantes dessa nova diversidade”, finalizou. A country managers da Lufthansa no Brasil, Annette Taeuber, também acredita que os cursos, metas e treinamentos são a melhor forma de implantar na cultura da empresa essa diversidade e abrir o caminho para ter cada vez mais a presença feminina em grandes cargos. “Estou há 32 anos na Lufthansa e quando eu olho para trás eu vejo que quando comecei era uma das únicas country managers mulher da empresa. É importante que a organização de trabalho tenha uma política com metas e planejamentos claros e uma conscientização da importância da diversidade em todos os aspectos, incluindo as mulheres”, reforçou a executiva. “Temos no Lufthansa Group, treinamentos frequentes sobre diversidade. Somos o maior grupo de aviação do mundo se contarmos todas as nossas marcas. Somos 110 mil funcionários no mundo, de mais de 67 nacionalidades, ou seja, a diversidade já está aí, na nossa cultura. É fundamental termos cursos e uma conscientização, mas o sucesso da diversidade feminina neste caso tem que ter uma meta, tem que ter um número específico atrelado, pois sabemos que os homens têm certa facilidade na hora de conseguir os cargos.
Hoje, no highboard, temos uma meta de possuir 25% de mulheres nas posições de top management e para o cockpit, que é uma função muito masculina, já temos por volta de 15% de mulheres pilotando. Temos metas para todas as áreas da empresa, para termos uma quantidade de mulheres nestes cargos. Sem a meta, dilui o foco e o objetivo de ter mais mulheres participantes em posições chaves”, explicou Annette. “No Turismo em geral, temos um número muito maior de mulheres. É um pouco contraditório ter muitas mulheres e poucas em cargos de liderança. Tem que mudar. Iniciativas como essas ajudam e temos que chamar atenção para este assunto. Isso contribui para que tenhamos um futuro mais equilibrado. Quando pensamos em turismo, pensamos em diversidade, cultura e troca. Se nós não formos diversos, quem mais vai ser?”, questiona a country manager. Verbalizar os nossos desejos e ambições como mulheres também é de extrema importância. “Lá atrás, muitas das minhas colegas não verbalizavam suas vontades, como ‘eu quero subir, eu quero crescer na empresa’. Se fazer ouvir é muito importante”, ensina Annette Taeuber. INFLUÊNCIA DE SUCESSO É com bons exemplos, trabalho duro e estudo que se conquista o sucesso, segundo Valéria Pereira, gerente de Produtos da Affinity Seguro Viagem. Com 22 anos de atuação no Turismo, a profissional fala sobre a importância da troca de experiências para o desenvolvimento pessoal e profissional. “No início da minha carreira eu tive uma gerente que foi minha grande inspiração, foi quem me mostrou que é possível crescer no mercado. De lá para cá, trabalhei muito e busquei aprender com homens e mulheres, mas quem me deu a grande oportunidade na vida foi Marilberto França, hoje CEO do Affinity”. Com uma visão otimista, a executiva diz que vê no Turismo um meio de transformação, bem como a importância de um ambiente de trabalho, leve, onde há confiança e comprometimento, gerando sinergia. "Não importa se é um homem ou uma mulher é preciso ter respeito ao ser humano e aproveitar como essa pessoa agrega ao negócio. Vejo que os líderes de hoje em dia são muito mais humanos e isso contribui para a solidez da empresa, além de manter os talentos na equipe”, compartilha. Para atingir a meta de vendas de 2022, que visa a comercialização de 300 mil seguros Covid+, produto lançado no final do ano passado a partir da demanda do mercado, Valéria declara que usará os desafios como motivação para ela e seu time. “Hoje eu vejo o m ercad o ma is preparado para ter líderes mulheres e digo que tod o dia é uma nova oportunidade para fazer o seu melhor e conquistar seu objetivo. Por isso, temos que manter o foco e seguir em frente”, finaliza. COM MULHERES NO PODER, MENINAS VOLTAM A SONHAR Para Cacau de Paula, secretária de Turismo de Recife e presidente da Associação Nacional dos Secretários e Dirigentes Municipais de Turismo (Anseditur), o medo é um sentimento que deve ser encarado de frente, mesmo diante dos desafios. “Q ua nd o s e tem uma g ra nd e responsabilidade é comum, que por ser mulher nos julguemos e nos cobramos muito, e às vezes até repensemos se realmente desejamos abraçar esse desafio. Temos que nos estimular, arriscar, dar o nosso melhor, porque é assim que mudaremos o mundo para viver em uma sociedade menos desigual”, enfatiza.
Valéria Pereira, gerente de Produtos da Affinity
Cacau de Paula, secretária de Turismo de Recife
A dirigente ressalta que Recife é a única capital no país que contém 50% de mulheres à frente das pastas das secretarias, fator que por meio da representatividade estimula o interesse feminino na política. Nas demais regiões, o volume é de 23%. "Ess e é um universo ainda com presença predominante de homens. Na Anseditur, por exemplo, a vicep r e s id ent e t a m b ém é mu l h er, e no geral, temos ap oio dos demais membros, temos voz e espaço. A busca por igualdade começa dentro de casa com a divisão das tarefas e a partir daí se expande para os outros espaços que ocupamos”, explica. Em retrosp ectiva, Cacau p ontua que de 2014 para cá pôde acompanhar a va lori z a ção d a prom o ção e at iv id ad es t u r ís t ica s, b em com o sua crença no s egmento a f im de torná-lo uma potência mundial. Única mulher diretora de escritório da Nor wegian Cr uise Line Holding no mundo, Estela Farina enfat iz a a i m p o r t ân cia d a s o r o r id a d e na atuação profissional. “Eu vejo que no passado havia muitas mulheres que não ap oiavam umas às outras e que não reconheciam as próprias conquista s. Pa ssar p or provações para conquistar o nosso espaço é algo que nunca deveria acontecer e que acredito que no futuro, p or co nt a d e t o d o s o s m ov i m ent o s feministas, não será mais necessário. Presente no conselho da Academia de Excelência da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Estela, que divide o projeto com Marina Figueiredo e Philipe Moura, destaca a abertura de vagas para o público feminino, bem como a neutralidade no tratamento durante o conteúdo. “ N ã o t e m o s p l a n o s d e fa z e r segmentações, até porque queremos
promover o compartilhamento de informações em prol do crescimento do mercado, sem que cause a sensação de distinção ou favoritismo a um gênero. Como mulheres temos que fazer nosso caminho e não deixar que as dificuldades nos desanimem”. MULHERES, USEM SUAS VOZES! E FAÇAM BARULHO! Como diz o velho ditado, quem não chora, não mama. Enquanto questões como essa ficam engavetadas como planejamentos que nunca são colocados em prática e a pauta for adiada nos ambientes do Turismo, não haverá evolução. É preciso que o tema seja discutido todos os dias e não só em painéis que acontecem duas vezes por ano e são assistidos, em sua maioria, apenas por mulheres. É preciso que a conversa avance em todos os lugares, em todos os setores. Precisamos falar sobre este desequilíbrio na balança, nos corredores das feiras, nos coffee breaks dos eventos, nas nossas empresas. Para Chieko Aoki, presidente da Blue Tree Hotels, colocar a questão em cima da mesa é o primeiro passo. “Afinal, as questões passam a ter atenção quando começam a se falar delas”, afirma. “Essa situação incomoda e precisa ser melhorada. É fato que temos menos mulheres nos cargos de liderança. Até poucos anos atrás, essa era uma situação pacífica. Agora, mulheres estão reivindicando esses cargos. Precisamos deixar claro que isso é injusto e descobrir maneiras de como se resolver isso. A mulher tem feito uma transformação que apesar de necessária, ainda não é muito barulhenta. Deveria ser mais forte, porque eu acredito que a saída para a evolução da humanidade está dentro dessa humanidade da mulher”, conclui a empresária.
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AGÊNCIAS E OPERADORAS - RAIO-X
Senator Turismo: um sonho que virou realidade O empresário Carlos Dezen achou seu espaço no mercado, superou turbulências econômicas e até a pandemia Roberto Maia Em 1993, Carlos Henrique Dezen resolveu transformar um sonho em realidade. Com apenas 31 anos de idade, pediu demissão da Lufthansa com dor no coração e forte determinação de empreender. “Deixei a Lufthansa, onde trabalhei por 8 anos na área de vendas, visitando empresas e agências de viagens, para abrir a minha própria empresa, a Senator Viagens e Turismo Senator Tour Operator”, disse. Coloca ndo o sonho à f rente da razão, Dezen abriu caminho em um mercado onde grandes operadoras já estavam estabelecidas e as turbulências econômicas do País aumentavam o risco. Dono de uma personalidade alegre e sempre brincando para descontrair foi, pouco a pouco, encontrando o seu espaço. “Com muita dedicação e sempre contando com o apoio de uma equipe muito dedicada, aproveitei o fato de falar alemão, que aprendi por osmose na Lufthansa (risos), para participar como co-expositor nos estantes da Embratur na maior feira de turismo do mundo, a ITB em Berlim, promovendo o Brasil. Fiz esse roteiro durante quase 20 anos”, conta. Parceria com os agentes de viagens O diretor da Senator explica que o conceito de viagens mudou muito e hoje os passageiros estão procurando mais os agentes de viagens ao invés de comprar pela internet. “Durante a pandemia muita gente sofreu com passagens e viagens compradas que tiveram que ser canceladas ou remarcadas. Não tinham a quem recorrer para resolver os perrengues. Por isso, agora, procuram os agentes de viagem porque sentem
peregrinações em grupo ou individual no turismo religioso, congressos religiosos (no Brasil e no Exterior), feiras em todo o mundo, delegações com visitas técnicas, intercâmbios, auxílio no embarque e desembarque quando solicitado, plantão com atendimento em inglês, espanhol e alemão.
mais segurança. Tomara essa tendência continue”, afirma Isso explica porque a Senator sempre manteve o foco nos agentes de viagens. “Juntos podemos realizar os sonhos de muitos passageiros. O atendimento de excelência é primordial. Quantidade não é mais o foco e sim a qualidade e esmero na organização das viagens”, ensina Dezen. VIAGENS PERSONALIZADAS A Senator Turismo tem foco nas viagens de lazer e também nas corporativas, além de outro nicho que tem se destacado, o turismo religioso. E o portfólio de pacotes inclui destinos da Europa, Oriente Médio
- principalmente a Terra Santa -, África, América Latina e também o Brasil. O diferencial oferecido é que os pacotes são sempre “sob medida”, com roteiros bem elaborados e com valores justos. “Já foi a época das viagens de em dez dias percorrer dez países na Europa ou como nós chamamos, as viagens tipo eurojanela”, ressalta. Entre os serviços oferecidos pela operadora estão as melhores tarifas com companhias aéreas de classe internacional, hospedagens, aluguel de carro, documentações e vistos, cruzeiros, eventos corporativos (nacionais e internacionais), viagens de incentivo,
FÉ E PERSEVERANÇA Carlos Dezen diz, orgulhoso, que em março, a Senator Viagens e Turismo completa 29 anos, período em que exp erimentou alegrias e tristezas. “Ao longo de toda essa t rajetória tive muitas alegrias e, claro, muitas dificuldades também. Muitos fatores podem prejudicar o Turismo, como, p o r exem pl o, t u fõe s, f u ra cõe s, v ulcões em er up ção, terremotos, grip es av iária s e suína s, a l t a d o dólar, ma s nada foi pior que essa pandemia do coronavírus, que afetou o mundo todo e principalmente o nosso s egmento. Sof remos muito e ainda não terminou. Tivemos que reduzir o quadro de colaboradores e ter muita resiliência e força para enfrentar os prejuízos que vieram junto com o v ír u s. Ma s es t a m o s qua s e sup era nd o t ud o is s o. Não foi fácil, ma s s eg uimos com fé e p er s evera n ça s em pre”, dis s e, emocionado. “Não a b a n d o n ei t u d o p o r qu e a m o mu i t o o qu e eu fa ço e s ou muito dedicado ao meu t rabalho, aos clientes e agentes de viagens. Temos s empre que nos reinventar e nunca desistir. Acredito muito na retomada da s v iagens”, conclui o empresário que ousou sonhar alto e que conquistou o seu objetivo.
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MICE
Viagens corporativas iniciam 2022 com faturamento de R$ 472 milhões Abracorp espera um ritmo de recuperação mais intenso deste mês de março Pedro Menezes Dados da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) revelam que o setor de viagens corporativas iniciou o ano com um faturamento em janeiro de R$ 472 milhões. O resultado é apenas 43% inferior ao mesmo mês de 2019, com R$ 835 milhões, antes da pandemia, mas 106% superior à receita de janeiro de 2021, quando alcançou R$ 229 milhões. Segundo a Abracorp, as viagens corporativas retomam sua trajetória de re-cuperação que foi interrompida pelas complicações geradas pela variante Ômicron da Covid-19. O faturamento doméstico foi destaque no mês pas-sado, inferior apenas em 32,6% a janeiro de 2019. As atividades com me-lhor desempenho foram hotelaria nacional, que caiu somente 13,6%, e locação de automóveis no território nacional, que cresceu 52,4%, sempre em relação a janeiro de 2019. “Se continuarmos assim, o reflexo desse desempenho pode ser a abertura de novos
Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp
Retomada dos eventos corporativos já começou, mas orçamento diminuiu Alagev ouviu fornecedores e gestores de viagens e eventos sobre impacto da pandemia A Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) apresentou os resultados da quarta edição da pesquisa “Tomada de Informações - Impacto Coronavírus em viagens e eventos corporativos”, sob a ótica do fornecedor e do gestor de viagens e eventos e a primeira edição do “Impactos da Ômicron em viagens e eventos corporativos”, para entender o comportamento do mercado. Dos 168 fornecedores pesquisados, 20% indicam que receberam cancelamentos de viagens de seus clientes, porém 55% já perceberam um aumento na demanda, dos quais 44,83% notaram esse crescimento ainda no primeiro trimestre do ano. Em relação aos eventos, 41,74% suspenderam parcialmente os encontros e 37,39% postergaram as suas atividades. Ainda assim, o olhar para a retomada é positivo, uma vez que 45,13% mantêm expectativa de retorno no primeiro trimestre de 2022. A pesquisa também identificou que para os gestores de viagens, com 169 participantes, 83% das empresas retomaram suas viagens corporativas entre os meses de outubro e dezembro de 2021. Porém, o orçamento para essas demandas diminuiu em relação a 2019, ano pré-pandemia. E segundo 94,12% dos entrevistados, o principal motivo dessa redução é que grande parte dos negócios estão sendo realizados remotamente. Outros dados apontados são que 35% desses gestores preveem aumento do volume de viagens de até 20%, enquanto 45% de gestores entendem que haverá crescimento de até 40%. Já considerando os gestores de eventos, sendo 136 participantes que responderam à pesquisa, 53,62% sofreram de forma
significativa com o impacto do coronavírus. E 64,77% pretendem realizar todos os tipos de encontros (virtual, presencial e híbrido), sendo que 68% ressaltam que apenas os vacinados participarão dos eventos e 88,41% são a favor da testagem e exigem o passaporte da vacina. Segundo os gestores de eventos, 42,67% disseram que já estão promovendo ações presenciais e 20% acreditam que esses encontros voltarão a ter os números de pessoas iguais às de
2019 logo no primeiro trimestre. A tomada do impacto do coronavírus, realizado no período de 8 de dezembro de 2021 a 10 de janeiro de 2022, contou com a participação de 473 fornecedores, gestores de viagens e de eventos. Já o levantamento da Ômicron, feito em janeiro, contou com 43 respondentes. “Por meio dos dados, conseguimos entender o comportamento de fornecedores e gestores de eventos e viagens corporativas
DADOS ABRACORP
postos de trabalho”, estima Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp. “Com a vacinação atingido a quase totalidade da população economicamente ativa no Brasil e os países com os quais temos fortes rela-ções comerciais, iniciando um movimento de abertura total de fronteiras, podemos esperar, já para março, um ritmo de recuperação mais intenso”, completou. O setor chegou a perder 31% dos empregos entre 2019 e 2021, em razão da retração das viagens corporativas. Em 2022, porém, na avaliação da enti-dade, já se espera uma recuperação dos empregos, que vêm sendo retoma-dos desde o início deste ano. Em 2021, o faturamento total do setor foi R$ 4,370 bilhões, o que repre-sentou cerca de 40% do faturamento em 2019 (R$ 11,4 bilhões), mas cres-cimento de 18% em comparação aos números de 2020 (R$ 3,7 bilhões). Em dezembro de 2021, o faturamento atingiu R$ 530,3 milhões, 125% acima do resultado de 2020 (R$ 235 milhões), mas ainda 27% abaixo do mesmo mês de 2019 (R$ 729 milhões). “Se fizermos um corte desses números e compararmos somente o último trimestre do ano passado, vamos notar como o mercado se movimentou ra-pidamente. Nesse período de 2021, faturamos R$ 1,7 bilhão, enquanto em 2020 tínhamos faturado os desastrosos R$ 793 milhões. Ou seja, janeiro de 2022 é metade do que faturamos em três meses de 2021”, avalia Tanabe. e seus anseios. Nesta última edição, percebemos um grande otimismo do mercado em relação ao retorno desses setores com bons números para o 1º trimestre de 2022, ainda que a variante Ômicron já estivesse presente. No contexto geral, com o avanço da vacinação e a eficácia dos protocolos de segurança, notamos que as pessoas estavam se sentindo mais seguras para a retomada das atividades”, afirma Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev. VARIANTE ÔMICRON Na referida pesquisa, com o aumento no número de casos da Ômicron, foi realizada a mesma pergunta para todos os entrevistados (fornecedores, gestores de eventos e viagens) sobre as ações que as empresas estão tomando em relação à nova variante. Do total, 69,64% dos fornecedores já estudam atitudes preventivas para a segurança de colaboradores e clientes; já 82,76% dos gestores de viagens e 78,26% dos gestores de eventos não pretendem realizar nenhuma ação. Já no levantamento rápido “Impactos em viagens e eventos cor porativos da Ômicron”, realizado em janeiro e apresentado aos mesmos participantes, os resultados foram diferentes. Dos 43 entrevistados, 23 são gestores de viagens, nove da área de eventos e 11 fornecedores. Ao questionar "como se sentem os colaboradores para viajar a negócios ou participar de eventos”, 30,23% responderam desconfortáveis, 9,30% indiferentes, 6,98% confortáveis e 53,49% disseram realizaram pesquisa com funcionários das empresas em que atuam para entender o assunto. Ao perguntar sobre as ações adotadas em relação a viagens e eventos corporativos, a associação recebeu respostas como, por exemplo, paralisação de contratação e retenção de custos, manutenção das mesmas restrições de viagens do início da pandemia, suspensão temporária de viagens, cancelamentos de eventos ou prorrogação de datas, retorno aos encontros virtuais e retomada do home office, entre outros. PM
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HOTELARIA
Com 545 quartos, Hilton Copacabana destaca diferenciais No que tange ao segmento Mice, o hotel oferece uma área de eventos com 2,9 mil metros quadrados distribuídos em 36 salões
Rafael Torres Melhor loca liz ação não há, em f rent e a uma d a s pra ia s ma is fa mosa s do mundo: Copacaba na. Com 545 apartamentos e suítes, o Hilton Copacabana oferece a seus
hósp e des dua s pis cina s ex ter na s climatizadas (4º e 39º andares) com vistas para o mar, Spa Anna Pegova, academia, restaurante e dois bares, o Clarí Bar localizado no 4º andar e o Isabel Lounge, no rooftop com vista 360° para os cartões postais
do Rio de Janeiro. O principal diferencial em relação a outros meios de hospedagem na icônica Copacabana é contar com a maior quantidade de quartos com vista para o mar e sua localização p r i v i l eg ia d a p a ra hós p e d e s qu e
chegam ao Rio a lazer ou a negócios. Outro asp ecto imp ortante é estar próx im o d a s prin cip a is at ra ções turísticas e restaurantes da cidade. No r o oft o p d o H i l t o n R io d e Janeiro Copacabana, um dos espaços ma is f re quent ados p or hósp e des e co nv id a d o s p a ra s a b o r e a r u m drinque, há uma piscina e o Isabel Lounge, bar que funciona 24 horas. Durante o dia o acesso ao rooftop é restrito a hóspedes, mas, a partir das 18h30 não hóspedes podem acessar mediante reserva prévia. Todos os apartamentos incluem m inibar, cof re, smart T V, v idros a nt i r r u íd o, s e c a d o r d e c a b el o, fer ro e t ábua para pa s s ar roupa, acesso WiFi, além de o hóspede ter a liberdade de optar por apartamentos com cama king size ou t win (duas de solteiro). Pet friendly – Os p et s são muito bem-vindos no Hilton Rio de Janeiro Copacabana. É possível acomodar até dois pets de pequeno porte no apartamento. Restaurante e bares - O Restaurante Cl a r i c e d i s p õ e s d e u m a v i s t a priv ilegiada para a P ra ia d e Copacabana e está aberto diariamente p ara o b u fê d e ca fé d a ma n hã atualmente apenas para hóspedes. Já o Isabel Lounge, localizado no rooftop, é o novo ponto de referência do R io de Ja neiro, com drinques criativos e ga st ronom ia bra sileira contemporânea para curtir de frente à praia mais famosa do mundo. Eventos - O h ot el ofer e ce u m a ár e a d e event o s com 2,9 m il m² distribuídos em 36 salões. Os amplos espa ço s s eg uem a s nova s regra s de dis t a ncia mento s ocia l at ravés do programa Hilton EventReady. É p ossível também realizar eventos privat ivos ao ar liv re no rooftop, com a melhor vista da cidade.
INFORMAÇÕES Endereço Av. Atlântica, 1020 - Copacabana, Rio de Janeiro Telefones (+5521) 3501-8021 | 99102 9118 | 3501-8010 Sites riodejaneirocopacabana.hilton.com hilton.com
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HOTELARIA
Fabio Mader deixa CVC e é o novo CEO da GJP Hotels A chegada do profissional dá continuidade ao processo de transição, após a venda da rede hoteleira Pedro Menezes A GJP Hotels & Resorts anunciou Fabio Mader, ex- CVC Cor p, como n o v o CE O e m s u b s t i t u i ç ã o a Fa bio Godin ho, que agora s eg ue para o Conselho da companhia. A chegada de Mader dá continuidade a o p r o ce s s o d e t ra n s i ção, a p ós a venda da GJP para o Fundo d e Private Equity gerido p ela gestora de recursos R Capital. Fábio Mad er chega à nova fa s e d a GJP a p ós pa s s agen s p ela Gol Linhas Aéreas, onde atuou na área de negócios e depois como diretor comercial; Webjet Linhas Aéreas como diretor geral de Vendas e Marketing e também pela CVC Cor p, ond e ocup ou o cargo d e di retor exe cu t ivo p ara o m er c a d o B2B. Ne s s a s duas últimas companhias, t r a b a l h o u c o m Fa b i o Godinho. Co m fo r m a ç ã o e m b u si n es s a d m i n is t rat io n pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), Mader estreia no n ovo c a rgo a p a r t i r d o próximo dia 3 de março e ficará baseado no escritório corporativo da GJP, na Vila Olímpia, em São Paulo.
B2B DA CVC CORP Com a saída de Fabio Mader, a CVC Cor p anunciou Rodrigo Sienra, até então diretor de Trade Marketing e Planejamento Estratégico do B2B, co m o d i r et o r gera l i nt er i n o d a unidade de negócio da companhia, r ep o r t a n d o-s e a o p r e sid ent e d o grupo, Leonel Andrade. Sien ra ch egou à CVC Co r p em novembro de 2021. Ele disse estar conf ia nte e hon rado em a s sum ir interinamente a liderança do B2B d a c o m p a n h i a . Te r ã o r e p o r t e interino a Sienra os líderes: Claudia
Fabio Mader, CEO da GJP Hotels & Resorts
Evento presencial confirmado para 2022
24ª FEIRA DE TURISMO AVIRRP
Raul Monteiro na rede Meliá A Meliá Hotels International anunciou Raul Monteiro como novo gerente de Lazer da rede no Brasil. O experiente profissional será a linha de frente com as pr incipais agências e operadoras de turismo. Ele será responsável por realizar treinamentos, visitas, esclarecer dúvidas sobre os hotéis e destinos, bem como manter o relacionamento com os grandes players do segmento. Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão de Serviços, o executivo tem mais de 25 anos no setor, incluindo hotéis, cruzeiros e operações turísticas em empresas como Iberostar, Agaxtur, Superclubs Accor, MMTFlytour, Velle e Eco Resort & Golfe Clube dos 500, onde foi gerente de Vendas. O talento para as estratégias comerciais c o m fo c o e m m e l h o r e s r e sult a d o s fez c om qu e Monteiro ficasse conhecido n o m e r c a d o c o m o “u m verdadeiro profissional de vendas”. “Espero usar a minha expertise a favor da Meliá e ser protagonista de um novo capítulo dentro desta rede que sempre admirei”, disse. PM
Pinheiro, Márv io Ma nsur (a mb os lid era ndo venda s) e Fábio Belém (atendimento). Fabio Mader estava na sua segunda pa s s agem p ela CVC Cor p, des de 2016, e t eve p a p el f u n d a m ent a l nos negócios da companhia, tendo co nt rib u íd o p ara a es t r u t u ra ção d a Área d e P rodu to s Aére o s, na r e e s t r u t u ra ção d o s n egócio s d o grupo na Argentina (em 2020) e, mais re centemente, no Bra sil, à f rente do B2B, quando liderou o processo, nos últimos 6 meses, com melhorias dedicadas ao canal do agente.
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BRASIL
Com faturamento de R$ 152 bilhões, turismo no Brasil cresce 12% em 2021 O transporte aéreo foi a atividade com maior crescimento, seguida por alojamento e alimentação
Pedro Menezes L eva nt a m ent o r e a l i z a d o p el o Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serv iços e
Tu rism o d o Es t ad o d e São Paulo ( Fe co m er cioSP) r evelou qu e o t u r i s m o n o Bra s i l cr e s ceu 12% em 2021, com fat ura mento de R$ 152,4 bilhões. O volume, no entanto,
a i nd a es t á a b a i xo d o verif ica d o em 2019, p er íodo pré-pa nd em ia, quando a soma alcançou R$ 201,2 bil hões, exato s 24,2% a ma is, já descontada a inflação do p er íodo.
O transporte aéreo foi a atividade com ma ior cres cim ento, com a lt a d e 28% e fat u ra m ent o a nua l d e R $ 3 7 ,7 b i l h õ e s . E m s e g u i d a , es t á o gr up o d e a loja m ento e alimentação, com um acréscimo de 13,1% no fat u ra m ento, s oma nd o R$ 45, 2 bil hões. Es s a s fora m a s at iv idad es com ma is ret ração em 2020, o qu e ex pl i c a, em p a r t e, a s a l t a s m a i s ex p r e s s i va s. Pa ra a Fe co m er cioSP, ent r et a nt o, há uma “re cup eração s ólida” com o ava nço da vacinação. Os demais segmentos que tiveram aumento em 2021 foram: transporte a q u a v i á r i o (8 , 8 % ) , t r a n s p o r t e terrestre (7,2%), locação de veículos, a gên cia s e o p era d o ra s (2,5%) e atividades cult urais, recreativas e esportivas (1,6%). Em dezembro, o t urismo nacional s e ma nteve em alt a, com 22,6% a ma is d e fat ura m ento na co m p a ra ção co m o m e s m o m ês de 2020, um mont a nte de R$ 16,7 bilhões. Nova mente o s etor aéreo foi dest aque, com cres cimento de 60,6%. Ess e gr up o foi t a mbém o que teve ma ior fat ura mento, com R$ 5, 2 bi l hõe s. O s s er v i ço s d e alojamento e alimentação, p or sua vez, t ivera m a l t a d e 15,7%, com fat ura mento de R$ 4,9 bilhões. O levantamento é feito com base na Pesquisa Anual de Serviços e nos dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Vale do Café aposta em experiências para se tornar santuário cultural e natural do Brasil O destino no Rio de Janeiro tem trabalhado para resgatar a história e promover a cultura e recursos naturais da região Janaina Brito
Luciana de Lamare fazendo o replantio de mudas perdidas em incêndio em 2020 no Parque Estadual da Serra da Concórdia
Localizado entre o eixo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, o Vale do Café, uma região ainda pouco explorada pelo turismo nacional, tem trabalhado em ações para se consolidar como um destino que valoriza o passado, a cultura, a fauna e a flora local. Com o objetivo de atrair cada vez mais turistas e se colocar no radar dos viajantes, o Vale do Café Convention & Visitors Bureau preparou uma série de ações durante o ano de 2022. A entidade acredita que o ano será marcado como o da retomada. "2021 teve seus altos e baixos, mas despertou um interesse muito importante para região. De públicos mais exigentes, que estava acostumado a viajar para outros países inclusive e que se viram na necessidade de buscar destinos mais próximos", afirmou Luciana de Lamare, diretora executiva do Vale do Café CVB. A entidade vai trabalhar na promoção do destino como um santuário cultural e natural do Brasil. “Gostamos de usar este termo porque estamos inseridos em um contexto privilegiado, de uma natureza exuberante que é a Mata Atlântica, com um dos rios mais importantes do Sudeste brasileiro, o Rio Paraíba do Sul, e pelo legado deixado pelos povos originários e africanos. Além disso, é um local onde há a maior concentração de fazendas históricas, afinal estamos falando da região que mais produziu café no mundo. Mais de 75% do
café do mundo vinha do Vale no Século 19. As maiores fortunas viviam aqui e isso atraiu artistas, arquitetos e intelectuais. Dentro desse microcosmo, incluindo a relação dos africanos que vieram, da miscigenação racial e cultural e aos povos originários, o destino é um antro de cultura, história e riquezas", explicou Lamare. AGENDA CULTURAL Além da criação de uma rota afro que irá contar a história do povo africano da região, sem focar apenas na escravatura, o Vale do Café CVB também preparou uma extensa agenda cultural com festivais gastronômicos, musicais, além da participação em eventos e realização de famtours. Recentemente, a operadora Transmundi esteve na região para explorar os produtos oferecidos pelo destino. Segundo Luciana, “a vinda da Transmudi significa a construção de um destino turístico com um enorme potencial. Essa visita tem muito a ver com nosso desejo de reposicionamento de mercado, já que a operadora é um grande expoente nesta questão e exemplo de construção de destinos sustentáveis. Como fizeram com pantanal", ressalta a diretora. Todas ações foram programadas de forma cuidadosa, levando em consideração os segmentos que o destino decidiu trabalhar, que são: Sabores do Vale; Família e grupos; Saúde e bem-estar; Movimentos na natureza; Vale do Café romântico; Cultura e Patrimônio; e Mice.
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SERVIÇOS
Localiza tem lucro recorde de R$ 2 bilhões Companhia encerrou ano de 2021 com 620 agências, distribuídas em cinco países da América do Sul Pedro Menezes A Localiza divulgou os resultados financeiros e operacionais referentes a 2021 e o d e s t a qu e é o lu cr o líquido de R$ 2 bilhões em 2021, 95% a ma i s d o qu e em 2020. A compa n hia v iu t a mbém a re ceit a d a d iv i s ão d e a lug u el d e c a r r o s cres cer 39,8% em relação ao a no anterior, totalizando R$ 4,39 bilhões. Já a t a xa d e u t ili z a ção ch egou a 79,8%, uma evolução de 5,3 p.p em comparação ao mesmo período de 2020, chegando a números superiores aos de 2019. “Mesmo em um ano desafiador, continuamos operando nosso negócio com resiliência, disciplina e foco na gestão de custos, gerando valor para nossos públicos de relacionamento”, af i r ma Rod rigo Tavares, CFO d a Localiza. A em p r e s a fe ch ou o a n o co m 289.796 carros, 18,5 mil veículos a mais que em 2020, um crescimento de 4,2%. Destaque para a expansão de 19,2% no número de veículos da Gestão de Frotas, impulsionada p elo Loca li z a Me oo, s olu ção d e carro p or assinat ura. Esta divisão cresceu 13% em sua receita líquida e au m entou 7,2% no núm ero d e diárias, comparada ao ano anterior. A Localiza encerra o ano com 620 agên cia s, d i s t r ib u íd a s em ci n co países da América do Sul. A r e cei t a l íqu id a co n s ol id a d a cres ceu 5,8% em relação a 2020, c h e g a n d o a R $ 10 , 9 b i l h õ e s , cons equência dos result ados dos n egócio s d e a lug u el d e car ro s e ges t ão d e f rot a s, qu e cres cera m juntos 33,2%. O Ebitda consolidado avançou 49,8% em relação ao ano
anterior e o Ebit 78,9% no mesmo período. “ E m 2 0 21 , a m p l i a m o s o inves t i m ento em t e cnolog ia e a l o c a m o s co m ef i ciên cia n o s s o ca pit a l para ca pt urar mo s a s o p o r t u n id a d e s d o m er c a d o d e mobilidad e, com geração d e va l o r. O n egócio t ra b a l ha c a d a vez m a i s p r óx i m o a o L o c a l i z a La b s, la b oratório d e ciên cia s d e dados e inovação da compa n hia, e t e m c o n qu i s t a d o r e s u l t a d o s extraordinários. Continuamos nossos esforços para qualificar a jornada de nossos clientes e contamos com NPS (Net Promote Score) referência no
setor”, comenta Br uno La sansk y, CEO da Localiza. No quarto t rimes t re de 2021, a Localiza aumentou em 10% o lucro l íqu id o p a ra R$ 4 42,1 m i l hõe s. I m p a ct a d a p elo m enor rit m o d e desmobilização de frota, a receita líquida consolidada retraiu em 8,3% em relação ao 4T20. As receitas dos negócios, contudo, cresceram 30,5% na div is ão d e A lug uel d e Car ro s e 17,2% na div isão de Gest ão de Frot a s. Fora m, a inda, comprados no trimestre 34.060 carros. MOBILIDADE SUSTENTÁVEL A agenda ESG foi acelerada em
Movida fecha 2021 com 187 mil carros Lucro líquido no ano foi de R$ 819 milhões, crescimento de 250% em relação a 2020
A Movida acaba de divulgar os resultados operacionais e financeiros referentes ao ano de 2021, com destaque para os R$ 819,4 milhões de lucro líquido, um crescimento de 250% em relação a 2020. A receita líquida consolidada, por sua vez, chegou a R$ 5,3 bilhões em
2021, alta de 30,5% em relação a 2020, enquanto a receita líquida de locação de veículos totalizou R$ 2,7 bilhões em 2021, expansão de 66% versus 2020. Ao todo, a frota da Movida chegou a 187 mil carros em 2021, crescimento de 57,8% em relação a 2020 – adição
líquida de 68 mil carros, considerando a incorporação da CS Frotas. Apenas no segmento de aluguel de carros e terceirização da frota (RAC), a empresa registrou as maiores diárias médias desde o IPO, atingindo R$ 95 em 2021 (anual), e R$119 no 4T21 (trimestral), um crescimento de 40,5% versus 4T20. "O ano de 2021 marcou o fim de uma fase de adaptação e desenvolvimento em f u n ç ã o d a p a n d em ia , o n d e solidificamos ainda mais nossas bases com fundamentos perenes, nos deixando prontos para um novo ciclo de expansão. Seguimos servindo intensamente ao nosso propósito, aos nossos clientes e à nossa gente. Somos um time apaixonado pelo que fazemos e pelo impacto que podemos gerar. Seguimos construindo as avenidas de nosso crescimento futuro, com segurança e maturidade. Este ano foi marcado por recordes em todas as nossas linhas de negócios", disse a Movida através de comunicado. O resultado, de acordo com a empresa, é reflexo dos novos hábitos de consumo, da demanda da alta temporada, mix
2021 em t rês f rentes prioritária s: mobilidade sustentável; educação e empre ende dorismo para a t ra nsfor mação social; e cult ura e gover na nça de cla ss e mundia l. O projeto de geração de energia solar continua evoluindo. No 4T21, foram gerados ma is de 950 m il kW h de energia limpa, um aumento de 50% em relação ao período anterior. A companhia continua neutralizando suas emissões de C02 de escop os 1 e 2 e, p elo primeiro ano, div ulgou as de escopo 3, com inventário de gases de efeito estufa completo e auditado, que recebeu o selo ouro do GHG Protocol.
mais premium da frota e repasse de preços efetuado a partir do segundo semestre de 2021. Isto fez com o que o Ebitda consolidado alcançasse R$ 2,1 bilhões em 2021, com margem Ebitda1 de 76,3%, evolução de 21,9 pontos percentuais na margem consolidada se comparado a 2020. No 4T21, o Ebitda foi de R$ 776,6 milhões, sendo R$ 595,1 milhões vindos de locação. Já a receita líquida apenas do aluguel de carros do 4T21 cresceu 86,4% em relação ao 4T20, totalizando R$ 932 milhões. Ainda no último trimestre, a receita líquida geral foi de R$ 1,7 bilhão, recorde em um trimestre, com crescimento de 75,7% versus o 4T20. "Expandimos nossa frota em mais de 50% em relação a 2020, um crescimento acima da média do mercado chegando a 187 mil carros no final de 2021. A receita líquida no ano alcançou R$ 5,3 bilhões, sendo R$ 1,7 bilhão somente no 4T21 mostrando que há um crescimento contratado para os próximos trimestres. Nosso resultado operacional medido pelo Ebitda evoluiu 133% no período, superando a marca de R$ 2 bilhões em 2021. Nosso lucro líquido foi 251% maior, totalizando R$ 819 milhões no ano com uma margem líquida de 15,4% - expansão de 10 p.p. ano a ano", completou a empresa. PM
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EXTERIOR
Saiba quais países estão abertos para os turistas brasileiros e oriente seu cliente Agentes de viagens devem estar sempre atentos à atualização de exigências e fronteiras abertas: confira lista atualizada
Ana Azevedo e Janaina Brito Uma das principais consequências da pandemia para o Turismo foi e tem sido as restrições de viagens e fechamentos de fronteiras. Todos os dias, os países atualizam seus status de viagem e é necessário ficar atento às regras de
cada destino. Contudo, o avanço da vacinação pelo mundo impulsionou a reabertura de diversos destinos. Conforme dados do Our World In Data, de 24 de fevereiro de 2022, 62,6% da população mundial recebeu pelo menos uma dose da vacina. Em detalhes, esse número significa
(84%), Brasil (81%) e Japão (80%). A p es ar d e muito s p a ís es já t er em r e a b er t o s ua s f r o nt ei ra s para viagens inter nacionais e para turistas brasileiros – mesmo que com algumas restrições -, há ainda alguns destinos que permanecem fechados para evitar a disseminação do vírus. Por enquanto, 59 nações continuam completamente fechadas, a maioria delas no continente asiático, como é o caso da China, Japão, Coreia do Norte e Mongólia. Por outro lado, quatro países não possuem nenhum tipo de restrições ou re quisito s para a ma ior par t e dos visitantes, sendo eles México, Nor uega, Costa Rica e El Salvador. Entre as principais restrições estão a ex igên cia d e co m p r ova ção d e vacinação, apresentação e realização de testes de cov id-19, quarentena o b r i ga t ó r i a e n ã o o b r i ga t ó r i a . Atualmente, há 28 países com fortes restrições para a entrada de pessoas vacinadas, 112 com imposições leves, como a ex igência de vacinação e t es t e RT-P CR e 16 com m e did a s moderadas, como a obrigatoriedade de quarentena na chegada ou volta. Se s eu client e es t á d e ol ho em viagens internacionais, é importante s a b er qua l a sit uação de ent rada no destino de interess e, p or isso separamos uma lista com os destinos que estão abertos, porém com pelo menos uma restrição para viajantes, até o momento. Confira no box.
10,65 bilhões de imunizantes aplicados e 4, 3 bilhões de pessoas protegidas. No índice d e p a ís es com ma is doses da vacina contra o coronavírus aplicadas, figuram os Emirados Árabes Unidos (99%), Portugal (95%), Cuba (93%), Chile (92%), Cingapura (91%), China (88%), Canadá (85%), Itália
PAÍSES ABERTOS À ENTRADA DE VISITANTES • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Afeganistão África do Sul Albânia Alemanha Anguila Antígua e Barbuda Arábia Saudita Argélia Argentina Armênia Aruba Austrália Áustria Azerbaijão Bahamas Bahrein Bangladesh Barbados Bielorrússia Bolívia Bósnia e Herzegovina Botsuana Bulgária Burquina Faso Cabo Verde Cambodja Canadá Catar Chile Chipre Colômbia Coreia do Sul Costa do Marfim Croácia Cuba Curaçao Dinamarca
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Dominica Egito Emirados Árabes Unidos Equador Eslováquia Eslovênia Espanha Estados Unidos Estônia Etiópia Finlândia Filipinas França Gabão Gambia Gana Geórgia Gibraltar Grécia Groenlândia Guam Guatemala Guiana Haiti Holanda Hong Kong Honduras Ilha da Reunião Ilhas Faroé Ilhas Turks e Caicos Ilhas Cayman Ilhas Virgens Britânicas Ilhas Virgens Americanas Índia Irã Irlanda Indonésia
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Israel Islândia Jamaica Jersey Jordânia Kosovo Liechtenstein Líbano Lituânia Madagascar Malásia Macedônia do Norte Mali Maldivas Maurício Marrocos Martinica Mauritânia Moçambique Moldávia Montenegro Namíbia Nepal Níger Nigéria Nicarágua Noruega Omã Palau Panamá Paquistão Paraguai Peru Polinésia Francesa Porto Rico Portugal Quênia
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Reino Unido República do Congo República Dominicana República do Sudão do Sul República Tcheca Romênia Ruanda Rússia Santa Lúcia São Cristóvão e Neves São Martinho São Vicente e Granadinas Seichelles Senegal Serra Leoa Sérvia Sri Lanka Sudão Suíça Suriname Tadjiquistão Tailândia Tanzânia Togo Trinidad e Tobago Tunísia Turquia Ucrânia Uganda Uruguai Uzbequistão Venezuela Zâmbia Zimbábue
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EVENTOS
Portugal atualiza oferta turística para o mercado Brasil Ana Azevedo Reunindo uma centena de agentes de viagens em São Paulo, a Portugal United promoveu o primeiro de uma série de roadshows pelo Brasil. O encontro realizado no dia 17 de fevereiro, serviu para apresentar a oferta aérea, hoteleira, de atrativos, eventos, além de ressaltar a vocação para o turismo de lazer e corporativo. “Queremos incentivar que as pessoas conheçam Portugal para o interior, estimulando a economia e valorizando a cultura. Está na hora de nos inspirar e nos envolver, para que quando tivermos liberdade de viajar, sabermos para onde ir”, diz Alexandre Mesquita, gerente de Produto do Turismo de Portugal (Visit Portugal). A escolha do mercado brasileiro para a promoção do destino se dá pela relevância nacional, sendo a quinta nação com maior número de emissão de turistas, tendo nos meses de janeiro e fevereiro de 2020 um crescimento de 15% no quesito. No panorama geral, em 2019, Portugal recebeu mais de 27 milhões de viajantes, gerando cerca de 18,4 milhões de euros. Atualmente, a atividade turística é responsável por 15,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. “Portugal é um país extraordinário em termos de diversidade e um dos que melhor combina o histórico com o moderno, vinhos e a gastronomia. Também podemos ser
Foto: Eric Ribeiro
Conectividade aérea, disponibilidade para turismo de negócios e lazer são destacados aos agentes de viagens
Pedro Ribeiro, do Dom Pedro Hotels, Francisco Capote da Silva, da Onyria Quinta da Marinha Hotel, André Araújo, do Palácio Estoril, José Igreja, do Freeport Fashion Outlet, Miguel Cymbron, da Vip Hotels, e Pedro Areias, da Transalpino Viagens & Turismo
considerados como um destino de compras, porque temos tax free e fácil acesso a partir do Brasil, por meio da parceria com a TAP, além de outras empresas fazendo conexão entre os destinos”, destaca. A ação da Portugal United contou com a participação dos empreendimentos D o m Pe d r o Hot el s, Vip Hot el s, Tranzalpino DMC, Onyria Quinta da Marinha Hotel, Palácio do Estoril, Freeport Outlet, Lutecia Smart Design Hotel, TAP Air Portugal e Turismo de Portugal. O roadshow também foi realizado em Florianópolis, Goiânia, Brasília e
Rio de Janeiro. CONECTIVIDADE AÉREA Carlos Antunes, novo diretor da TAP, afirmou ao M&E que a companhia aérea sempre apoiou a promoção do destino no Brasil. “Estamos aqui para reforçar a oferta do país para os profissionais brasileiros, pensando em atender a demanda nacional e aumentar o número de emissão de turistas. Queremos reforçar o que fazemos de melhor, que é transportar com conforto, qualidade e segurança”, disse. A TAP opera a partir de 11 cidades
brasileiras, sendo elas: Belém, Belo Horizonte, Maceió, Natal, Porto Alegre, São Paulo, Natal, Fortaleza, Salvador, Recife e Rio de Janeiro. A companhia afirmou que a meta é atingir, até maio, 73 voos semanais, chegando a 90% da oferta em relação a 2019. Os aviões utilizados pela empresa são o A330neo e o A321LR, fazendo conexão em Lisboa. O evento serviu também para divulgar o site TAP Agents criado para sanar as dúvidas dos agentes de viagens. Houve ainda, um sorteio de estadias, transporte e city tour oferecidos pelas empresas participantes.
Embaixada e Promperu Brasil promovem o destino Peru Evento realizado em navio-escola ancorado no Píer Mauá reuniu operadores e agentes de viagem
Embaixador do Peru no Brasil, Romulo Acurio
Rafael Torres O embaixador Romulo Acurio, responsável pela missão diplomática do Peru no Brasil desde 1° de janeiro de 2022, e Milagros Ochoa, diretora da Promperu Brasil, apresentaram a operadores, agentes de viagem e empresários de redes hoteleiras, o destino Peru no evento “Master Class Pisco e Ceviche”, realizado a bordo do BAP Unión, o maior navioescola da América ancorado no Porto do Rio de Janeiro. Entre outras razões para a venda do destino, Milagros destacou a concessão de quatro prêmios ao Peru pela World Travel Awards (WTA) - edição 2121 na América do Sul: melhor destino culinário, melhor destino cultural, melhor atração
turística e melhor escritório de turismo. Além disso, o Peru também foi vencedor de duas importantes categorias na primeira edição dos World Cruise Awards: melhor destino de cruzeiros fluviais do mundo e melhor destino de cruzeiros fluviais da América Latina. Durante o encontro foi servido um clássico da culinária peruana, o ceviche, preparado pelo chef Marco Espinoza, acompanhado de outro ícone peruano, o pisco sour do barman, Edelson Evangelista. “Essa breve aula de como preparar nossos clássicos nada mais é que um pequeno aperitivo da gastronomia peruana tão reconhecida mundialmente”, assinalou o embaixador Acurio. O diplomata explicou que o Brasil é o sexto país emissor de turistas ao
Peru. Em 2018/2019, o país registrou um aumento de 9%, quando recebeu mais de 200 mil turistas brasileiros, um incremento de 35% nos últimos cinco anos. “O turismo é muito importante para a economia peruana e vale ressaltar que nossas fronteiras já estão abertas para estrangeiros de toda parte, e o mais importante, com o selo Safe Travel em todos os espaços turísticos”, observou. Os profissionais de turismo presentes tiveram a oportunidade de conhecer a promoção do turismo interno e receptivo do destino Peru, apresentado por Milagros Ochoa. Uma mostra de produtos de exportação, como cacau e café, bebidas destiladas, inclusive o pisco, produtos da pesca, artesanato, manufaturados, entre outros.
Operadores de viagem e do mercado de hoteis no evento
"Vale destacar a importância que esse navio tem para nosso país, não só na formação de cadetes, mas por utilizar a embarcação na promoção da cultura, turismo, gastronomia e produtos de exportação do Peru”, finalizou Milagros. BAP UNIÓN Além da formação de futuros oficiais da Escola Naval peruana, o veleiro tem a missão de divulgar a cultura, o turismo e a marca Peru pelos países onde passa. No Rio de Janeiro, o Unión participou junto com outros navios-escola do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Equador, Panamá, Colômbia e México do exercício "Velas da América Latina 2022", como parte das comemorações do bicentenário da independência do Brasil.
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WTM - Juliette Losardo é a nova Exhibition Director (diretora de Exposições) da WTM Londres, que este ano será realizada no ExCeL London, nos dias 7, 8 e 9 de novembro. O anúncio foi realizado pela R X, empresa controladora da World Travel Market Londres, que destacou que Juliette é uma profissional experiente com mais de 18 anos de carreira em empresas líderes nos setores de mídia e eventos inter nacionais. ABEAR – A Associação Brasileira das Empresas Aéreas anunciou Jurema Monteiro como nova diretora de Relações Institucionais. Ela tem seis anos na área dentro da entidade, trabalhando com análise de cenários políticos, constr ução de relacionamento com profissionais e na defesa de interesses do setor aéreo. MARRIOTT – Após mais de 60 anos de liderança, David S. Marriott, assumirá o cargo de presidente do Conselho da rede hoteleira, com efeito imediato, após J.W. Marriott Jr, o chairman da Marriott Inter nacional anunciar planos de se aposentar em maio. Isso porque com a aposentadoria, o executivo não será reeleito para o Conselho de Administração na próxima reunião anual de acionistas e passa a ocupar o cargo de Presidente Emérito. ANGRA DOS REIS – Marc Olichon, tomou p osse como presidente da Fundação Municipal de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra). Olichon exercia o segundo mandato à frente do Angra e Ilha Grande Convention Bu-
reau (AIG CVB) e aceitou convite do prefeito Fer nando Jordão para conduzir as p olíticas públicas de t urismo na cidade. GRUPO ARBAITMAN - O escritório de Porto Alegre da Maringá Turismo começou o ano com duas novas contratações. Renata Santana passa a ocupar a gerência de Relacionamento e Roberto Wagner vai liderar a gerência de Novos Negócios. Na Lemontech, braço tecnológico do gr upo, Emanuelle Machado passa a ser coordenadora de Suporte. Já Anderson Assato, que desde 2019 integra o time da empresa, assume agora a posição de Analista de Projetos. TBO.COM - Amanda De Rousset anunciou sua saída da companhia após 16 meses atuando na operação da TBO.Com Brasil. A executiva, que tem mais de 16 anos de experiência no Turismo, com passagens por empresas como Viaje Web e Trend Viagens. Agora, asume um desafio junto a operação global da Teleper formance, multinacional francesa especialista em interações e Costumer Success. ACI-LAC – O Conselho Inter nacional de Aeroportos para América Latina e Caribe (ACI-LAC) anunciou a contratação de Alex Cristiano de Paula como gerente de Relações com a Indústria no Brasil e América do Sul. Com mais de 20 anos de experiência no setor de aviação, foi responsável por liderar a equipe de planejamento de rede e frota da Latam Airlines Brasil e Chile durante a maior parte deste período.
AGENDA | PRÓXIMOS EVENTOS
15 a 20 de março BTL LISBOA
A Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) chega em 2022 a sua 31ª edição consolidada. Para os profissionais ligados ao setor do turismo é uma oportunidade para encontrar compradores profissionais, para conhecer a concorrência, para analisar a tendência dos mercados e posicionar a sua oferta de uma forma inovadora e competitiva. Para o público, constitui a oportunidade de conhecer novos destinos e soluções, de comparar propostas e comprar a preços altamente competitivos. Tudo isto num ambiente espetacular de festa, cor e alegria, onde a música e a gastronomia estão garantidas.
22 a 23 de março RENDEZ-VOUS EN FRANCE
Em março acontece mais uma edição da feira Rendez-vous en France, desta vez em Nantes. Em 2019, os dois dias de reuniões de negócios do Rendez-Vous en France reuniram 25,7 mil participantes, entre operadores turísticos franceses e operadores turísticos internacionais, sendo 50% com atuação em mercados de longa distância. Tours educativos pelas regiões francesas complementam a oferta aos convidados internacionais que podem descobrir novos destinos para formatar pacotes na França.
5 a 7 de abril WTM-LA
O trade brasileiro e internacional tem um encontro marcado de 5 a 7 de abril, em São Paulo, para a WTM Latin America 2022, evento business-to-business (B2B) de três dias que promove a América Latina para o mundo e traz o mundo para a América Latina, criando oportunidades pessoais e de negócios. O evento de 2021 aconteceu totalmente virtual, ainda em função da pandemia.
2 a 6 de maio ILTM LA
Entre os dias 2 e 6 de maio acontece a feira de luxo ILTM Latin America, que promete receber mais de 450 expositores, marcas de viagens, consultores e mídia especializada na Fundação Bienal, em São Paulo. O evento promove a geração de novos negócios e vínculos duradouros entre seus participantes. Em sua última edição, em 2021, a feira promoveu mais de 6,5 mil reuniões nos quatro dias de evento.
Europa já tem mais de 30 países abertos sem restrições para brasileiros.
Itália acaba com quarentena e reabre fronteiras para turistas brasileiros.
Nova MP prorroga regras para cancelamento de eventos até dezembro de 2023.
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