Curso da Noticia 003

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Intercâmbio internacional Cidade recebe estudante alemã. Pág. 3

Conheça as diversas tribos de Frederico

Com a chegada do CESNORS, pessoas do todo o país ditam o perfil da cidade. Pág. 8

Jornal­laboratório do Curso de Jornalismo do CESNORS/Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil.

Frederico Westphalen, março de 2009. Ano 2, nº 3.

Do exílio para os palcos A vida de Dante Ramon Ledesma contada por Frederiquenses

A arte urbana de cidade grande

Misteriosos stencils aparecem pelas paredes de Frederico Westphalen. Pág. 3

Pág. 6

Beat street

Festival reúne grupos de street dance de 27 cidades do Sul do Brasil. Pág. 7


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Política

Incrível: em Tenente Portela, há um pouco mais de ética na política Fevereiro de 2009

Frederico Westphalen

Na última eleição, o habitual vale­tudo não teve o mesmo espaço. Seria uma nova tendência?

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WWW.QUANDONADAENOTICIA.BLOGGER.COM.BR

Nilson R.Lopes

nilson@pennasat.com.br

om a chamada revo­ lução de 64, Tenente Portela perdeu o seu direito de escolher o Prefeito Municipal por meio do voto. Por ser considerada (pompo­ samente) “Área de Segurança Nacional”, a cidade era diri­ gida por um interventor no­ meado pelo governo estadu­ al. Para sonhar com o cargo, era preciso pertencer à extin­ ta ARENA (Aliança Renova­ dora Nacional), partido que dava sustentação ao governo militar. Com toda a estrutura administrativa controlada com mão de ferro pelo grupo que estava no poder, e com o AI­ 5 em plena vigência, sobrava pouco espaço para a oposição. Assim, a política local se transformou rapidamente nu­ ma acintosa troca de favores entre amigos do rei. A oposi­ ção limitava­se à tentativas de denúncias que normalmente não encontravam qualquer re­ percussão na mídia local. E a situação distribuía benesses a amigos, cabos eleitorais e sim­ patizantes. Assim, conquista­ va mais votos quem prestasse mais “serviços” ao eleitorado. Este tipo de situação criou uma relação peculiar na polí­ tica local. O político transfor­ mou­se num mero despachan­

Entre o certo e o errado, equilibram­se as condutas.

te que encaminhava pedidos para resolver problemas paro­ quiais: uma estradinha aqui, um galpãozinho ali, um cam­ pinho de futebol acolá e assim por diante. Em contrapartida, o eleitorado também passou a ver nos políticos apenas um meio para obter alguma van­ tagem individual para si, pa­ ra sua família ou para sua em­ presa. Formou­se assim uma relação pervertida na qual se perdeu o verdadeiro sentido do “fazer política”. Com a abertura política, Te­ nente Portela pode finalmen­ te eleger o seu prefeito. Assu­

miu então a prefeitura um representante do PMDB, da oposição. Mas os novos ad­ ministradores, ao assumir, pas­ saram a apresentar e até aper­ feiçoar os mesmos vícios eleitorais de seus antecesso­ res. E assim, ao invés das es­ peradas mudanças, a má prá­ tica acabou por se consagrar como a única forma de se fa­ zer política. Tudo era feito en­ tão com um olho na próxima eleição. E os resultados das urnas pareciam apontar mes­ mo nessa direção. Quem de­ tinha o poder montava uma máquina eleitoral que dificil­

mente era derrotada. Isto até a eleição de 2004. Naquele ano, surfando uma onda de indignação com uma seqüência de administrações ineptas e cercadas por escân­ dalos, a oposição venceu. Fêz isso praticamente sem falar em projetos, apresentando so­ mente a promessa de resgate de antigos valores éticos que estavam em desuso. E no dia­ a­dia da nova administração se notou a grande diferença. Com uma equipe enxuta, tra­ balhando sempre com muita transparência, o prefeito Ru­ bens Furini conseguiu impri­

mir a sua marca: seriedade, espírito público e muito res­ peito pela ética. Em pouco tempo a enorme dívida her­ dada foi equacionada e o mu­ nicípio pode voltar a pensar em seu próprio desenvolvi­ mento. Anunciando desde o início que não pretendia con­ correr à reeleição, o prefeito pode administrar sem se im­ portar com a próxima corri­ da eleitoral. E assim, Tenen­ te Portela teve a felicidade de assistir à uma das eleições mais tranqüilas e “limpas” de sua história. Apesar de três candidatos estarem disputan­ do a prefeitura, praticamente não se ouviu falar em alicia­ mento de eleitores ou com­ pra de votos para a eleição majoritária. E a situação ele­ geu seu sucessor com uma di­ ferença gritante: a soma dos votos da oposição nem sequer se aproximava do total de vo­ tos da situação. Tudo somado, Tenente Por­ tela pode se orgulhar de ter fi­ nalmente quebrado a velha tradição de clientelismo polí­ tico e pôde mostrar que é pos­ sível sim, fazer política elei­ toral bem sucedida sem ter que recorrer às velhas práti­ cas que pareciam normais e inevitáveis. Esperemos que este novo/velho modo de fa­ zer política se torne daqui pra frente, uma tendência.

A juventude no legislativo em Palmitinho

Assume o segundo mandato o mais jovem vereador da história do município

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lainecaratti@yahoo.com.br

estudante de direito Elisandro da Silva, com apenas 20 anos, foi eleito nas eleições de 2004 o vereador mais jovem da his­ tória do município. Neste ano concorreu novamente ao le­ gislativo, e foi reeleito com 265 votos, pelo partido dos trabalhadores (PT). Em 2006, foi também o mais jovem Pre­ sidente da história da Câma­ ra local. “Desde criança, sempre gos­ tei de política. Na escola, sem­ pre fui um dos líderes de tur­ ma; nas comunidades onde participo nunca me omiti de participar das diretorias, e co­ mo cidadão sempre gostei de ajudar as pessoas. Por isso pen­ so que minha participação na

prefeito no muni­ cípio, e o presi­ dente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, são para ele refe­ rências políticas admiráveis. Quando ques­ tionado sobre o que muda com a sua reeleição, ele afirma: “a reelei­ ção foi importan­ te no sentido de dar continuidade ao trabalho já de­ senvolvido, po­ rém, aumenta a responsabilidade e o compromisso com a popu­ lação. Minha principal meta é ampliar a parceria junto ao Governo Federal, na busca de recursos, e continuar apreci­ FOTO DE ROSELAINE CARATTI

Roselaine Caratti

Mais jovem presidente da câmara

política se deu ao natural, já que é através dela que se po­ de realizar um trabalho mais amplo em prol da sociedade” diz o vereador.

Ele afirma que lideranças políticas, como o presidente Lula, o professor universitá­ rio Gelson Pelegrini, que no último pleito foi candidato à

ando e votando, de forma sé­ ria e responsável os projetos levados à Câmara Municipal”. Ele lembra que escolheu o PT como seu partido político por ter referencias que admi­ ra entre seus membros, e por ter encontrado, ali, espaço e oportunidade para a juventu­ de e, principalmente, por ser este “o partido que mais vem crescendo nos últimos anos”. O exemplo do vereador Eli­ sandro, que ainda não sabe se no futuro continuará ou não na carreira política, reforça a idéia de que a juventude está participando ativamente da lu­ ta democrática. Jovens, de di­ reita ou esquerda, indepen­ dentemente da ideologia ou do partido, não podem ficar ausentes das discussões que envolvem o futuro de nossa sociedade.


Cultura

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Eveline Poncio

3 FOTO DE MORGANA FISCHER

Marcas da contemporaneidade artística chegam a Frederico Westphalen

Fevereiro de 2009

FOTO DE EVELINE PONCIO

Arte da tela para os muros da cidade Frederico Westphalen

eveponcio@gmail.com

uem anda pelas ruas de Frederico deve ter ob­ servado a mudança na paisagem de alguns prédios públicos. A cidade foi invadi­ da pela aplicação de stencil, uma derivação do grafite que é baseado em desenhos trans­ critos a partir de moldes em materiais como papelão, plás­ tico, madeira e principalmen­ te radiografias, aquelas mes­ mas utilizadas no conhecido exame de “raio­X”.

Frederico recebe estudante alemã Lisa­marie já se integrou à cultura gaúcha

Lisa­Marie faz intercâmbio de estudos em escola de ensino médio da cidade

Stencil

O stencil é considerado ar­ te urbana, símbolo contempo­ râneo das grandes metrópoles, acostumadas com a aplicação de intervenções visuais. Car­ regam uma forte posição po­ lítica ou social, representam ideais, revoltas ou até mesmo a expressão de todos os tipos de sentimentos a partir do de­ senho. A cidade de Frederico West­ phalen não é uma grande me­ trópole nem possui grupos so­ ciais ou artísticos expressivos, mas recentemente começou a receber a presença de inter­ venções urbanas nos prédios públicos da cidade.

Vandalismo?

Os edifícios se localizam em uma determinada área da cidade localizada no centro, o desenho aplicado é a imagens de uma menina, ajoelhada, a cor de spray utilizada é a ro­ sa. Como as aplicações são re­ centes e o desenho é sempre o mesmo, acredita­se que se­ ja feita por uma mesma pes­ soa ou grupo, porém, quais são as intenções e a mensa­ gem que está querendo ser pas­

Morgana Fischer

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morgana.fischer@hotmail.com

Prédio de banco foi um dos primeiros locais onde apareceu o stencil

sada, ainda não se sabe. não saibam diferenciar o que As aplicações causam a ad­ é pixação e o que é grafite. miração de alguns que acham É importante lembrar que bonitos os desenhos e de ou­ o grafite é uma forma de ar­ tros que acreditam que o sten­ te que utiliza de técnicas de cil é vandalismo, como é o ca­ pintura para se manifestar. so do empresário Flávio Entre os grafiteiros a ordem Ramos, “se esta prática fosse principal é sempre pedir au­ para ser algo bom, não preci­ torização para o dono do mu­ saria acontecer em prédios pú­ ro que desejam grafitar. Ao blicos, a minha empresa mes­ contrário da pixação que mo teria um espaço destinado desconhece técnica alguma para isso, de forma organiza­ e vê na clandestinidade de da”, diz o empresário. seus atos o combustível pa­ É a primeira vez que a in­ ra continuar pixando. tervenção urbana é praticada Segundo o secretário da nos prédios da cidade, algu­ Delegacia de Polícia de Fre­ mas pixações já foram vistas derico Westphalen, Marco em prédios. Aurélio Antunes dos Santos, nunca foi registrada nenhu­ Grafite ma ocorrência ou denúncia Este distanciamento com a a respeito de pixações ou forma da arte urbana, faz com grafites na cidade. “As pes­ que muitas vezes as pessoas soas não gostam quando su­ as casas ou prédios são alvos de pixação, porém não de­ nunciam”.

Conheça arte de rua

Stencil: figura aplicada em forma de máscara ou molde vazado Sticker: espécie de cartaz com desenho ou mensa­ gem aplicado com serigrafia, tinta ou canetão em pa­ pel e que pode ser fixado com cola em qualquer super­ fície Lambe­Lambe: cartazes colados em paredes e pos­ tes com cola

Pixação

A pixação é crime e pode levar uma pessoa à cadeia por bastante tempo. Desde 1998 existe o artigo 65 da lei núme­ ro 9.605/98 de crimes ambi­ entais que estabelece a pena de três meses a um ano de ca­ deia e pagamento de multa pa­ ra quem for pego pixando.

a primeira vez que a ci­ dade recebe um aluno estrangeiro. Lisa­Marie Schmidt veio de uma peque­ na vila da Alemanha, chama­ da Uenglingen, com apenas 1034 habitantes e distante 120km da capital Berlim, pa­ ra fazer intercâmbio aqui em Frederico Westphalen. Estu­ dante do Ensino Médio, Lisa diz que os métodos de ensino aqui do Brasil são muito dife­ rentes do alemão, mas que es­ tá sendo uma ótima experiên­ cia para ela estudar no mu­ nicípio. Lisa buscou o intercâmbio apenas como troca de conhe­ cimentos no ensino médio. Ela conta que na Alemanha tinha apenas dois ou três dias de au­ la, mas lá os estudantes têm o costume de estudar em casa de uma a três horas por dia. Também o ingresso na facul­ dade depende das notas do co­ légio, e o aluno pode optar apenas pelas matérias que mais lhe interessam. Mas, so­ bre os conteúdos, Lisa diz que na Alemanha é um pouco mais difícil, “algumas coisas que eu estou aprendendo aqui, eu

já tive lá na minha escola”. Por ser uma experiência nova, as escolas não estavam totalmente preparadas para recebê­la, mas os métodos foram adaptados para que Li­ sa pudesse acompanhar os colegas. A coordenadora pe­ dagógica da escola onde a alemã está estudando na ci­ dade, Eliane Balcevicz Grot­ to, diz que ela não teve ne­ nhum problema de adap­ tação. O maior impasse foi com relação à língua, que Li­ sa ainda tem um pouco de di­ ficuldade, mas “um trabalho que a escola faz é que ela sempre fique com dois alu­ nos na sala que auxiliam ela com alguma dúvida”, escla­ rece Eliane. Em agosto do ano que vem Lisa volta para seu país. A es­ cola terá de fornecer apenas um parecer sobre os estudos da aluna aqui na cidade, já que na Alemanha os alunos não são avaliados pelas notas, mas pelo rendimento. A ale­ mã apenas cita que sentirá saudade das pessoas, que aqui têm mais tempo pra viver, não são tão estressadas, e também dos doces “lá não tem briga­ deiro nem pizza doce”, conta Lisa rindo.

O que é Intercâmbio?

Intercâmbio é um termo bem abrangente, que significa, sobretudo, troca. Pode ser uma troca de experiência, troca cultural ou troca comercial. A maior parte dos estudantes que fazem intercâmbio buscam o aperfeiçoamento da língua, bem como o crescimento intelectual ou profissional.


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Esportes

Da aldeia para o mundo Fevereiro de 2009

Frederico Westphalen

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Gianini Giacomini giccah@gmail.com

om apenas 13 anos, Octávio Ribo­ li já conquistou 56 medalhas e é fai­ xa preta 2º dan. O Gosto pelo espor­ te, o bem que ele faz para a saúde e o incentivo dos pais foi o que levou Octávio Riboli, aos cinco anos de idade, a começar a treinar. Hoje com 13 anos, sendo eles 8 de dedicação ao taekwondo, ele já conquistou 33 medalhas de ouro, 15 de prata e 8 de bronze em competições realizadas no Bra­ sil e fora do país. Existem hoje no mundo 3 estilos de taekwondo reconhecidos de pelo Kukiom (casa central mundial): STF, WTF e ITF. No Campeonato Mundial de Ta­ ekwondo de 2008,realizado na cidade de Lit­ tle Rock – Arkansas, Estados Unidos,Octá­ vio ficou com o quarto lugar em armas e fórmula(técnica) e com o quinto em spar­ ring (luta). Octávio nos contou como é a sua prepa­ ração para as competições. “Eu normalmen­ te treino três vezes por semana”, para os campeonatos seu preparador faz algumas mudanças,"para os campeonatos menores, na semana anterior, eu treino força”, já pa­ ra as competições maiores, como o mundi­ al, “eu tive treinamento técnico e físico, to­ dos os dias durante seis meses”, disse Octávio. Ao ser perguntado sobre o que ele acha­ va ser seu diferencial,o atleta respondeu, “antes das competições procuro ficar calmo, respirar fundo e analisar os meus adversá­ rios”, ele nos disse também que procura não falar com ninguém ante da luta para ajudar na concentração. Octávio e o instrutor Fábio, no mundial realizado nos EUA.

FOTO DE DIVULGAÇÃO

Taekwondo está fazendo campeões em Frederico Westphalen

Saiba mais sobre taekwondo

Onde surgiram os estilos de taekwondo? O WTF foi tradiciona­ mente fundado na Coréia do Sul e o ITF na Coréia do Norte. A modalidade Songahm, que é a pri­ meira letra da STF (Son­ gahm Taekwondo Fede­ ration), derivou da WTF e sua sede é no Arkansas USA. O que são dans? São as graduações que identificam as dife­ rentes faixas pretas.

Como surgiram as fai­ xas? As artes marciais e­ ram ensinadas pelo che­ fe da família. Mas, à medida que as famílias começavam a aumentar, ficava difícil saber em que nível de treinamento o aluno estava. Logo, se convencionou usar faixa branca para quem estava começando,faixa branca para alunos graduados e preta para os mais gra­ duados.

Novo governo municipal pretende construir centro esportivo para a comunidade

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Deyse Calegari

deysecalegari@hotmail.com

s principais ruas de Frederico Westpha­ len são o espaço es­ colhido por parte da popula­ ção para a prática esportiva, principalmente para caminha­ das, corridas e ciclismo. Es­ ses locais inapropriados po­ dem causar acidentes, devido à movimentação de veículos e calçadas irregulares. Com a chegada do verão a comunidade busca melhores condições físicas e a prática de esportes oferece essa pos­ sibilidade, além de favorecer o encontro com amigos, a dis­ tração dos problemas, faz bem a saúde. Crianças e adultos usam as vias municipais para exercer suas atividades, devi­ do a não existir um espaço adequado. Como proposta do novo governo do município está à construção de uma qua­ dra poliesportiva. Segundo Jo­ sé Alberto Panosso, prefeito eleito, “Acredito na necessi­

Ciclistas e caminhantes na Rua Maurício Cardoso, em Frederico Westphalen

dade de construção da quadra poliesportiva, porque a cida­ de não tem nem um local dis­ ponível para prática de espor­ tes sem custos, e assim a comunidade que não tem re­

cursos acaba não tendo espa­ ço, também será um local pa­ ra promover eventos, com uma infra­estrutura adequada, o que não temos hoje”, afir­ ma Panosso.

FOTO DE DEYSE CALEGARI

Esporte ao alcance de todos

A circulação das pessoas que praticam exercícios nas ruas dificultam a movimenta­ ção de veículos, podendo pro­ vocar acidentes. De acordo com a estudante de Educação

Física, Jennifer Bordignon Borella, “As ruas podem apre­ sentar certos obstáculos, pois não oferece estrutura adequa­ da para prática de exercícios”. Ela acredita que a quadra po­ liesportiva deve oferecer es­ paço para prática de vôlei, basquete, futebol e handebol, vestiários e auxílio de profis­ sionais. No caso dos exercíci­ os de caminhada e ciclismo poderia haver um espaço ex­ terno, como uma ciclovia e um passeio. Ainda não estão definidos quais esportes serão ofertados pela quadra poliesportiva, po­ rém, será realizado um estudo com profissionais da área e en­ genheiros, para avaliar as con­ dições estruturais e as necessi­ dades da comunidade. “Este projeto requer muitos recursos, estou buscando apoio para conseguir verbas para constru­ ção, já entrei em contato com alguns políticos, e acredito que dentro de dois anos já será pos­ sível o início das obras”, co­ menta Panosso.


Esportes

Futebo l, a paixão dos baixinhos Frederico Westphalen

Fevereiro de 2009

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O sonho de ser jogador em Frederico Westphalen começa cedo

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FOTO DE GUSTAVO MENEGUSSO

Gustavo Menegusso e Heloísa Lazzari

gmenegusso@yahoo.com.br

Durante os treinamentos, crianças aprendem táticas de drible.

futebol. ­ O maior motivo delas vi­ rem para uma escolinha é pa­ ra ser um jogador de futebol, mas algumas têm a influência dos pais, são eles quem tem esse sonho – comenta Piove­ san. A televisão também é um dos incentivadores das crian­ ças. “Durante as olimpíadas, tive que abrir uma turma só

de meninas por influência da jogadora Marta”, relata Bai­ xinho, o treinador do Itapagé. Os alunos das escolinhas saem aptos para fazer testes em grandes times. Todo ano pais levam seus filhos para fa­ zer esse tipo de teste, mas um dos problemas que costuma acontecer é que, para treinar numa escolinha grande, o cus­ to é muito alto.

­Temos crianças com mui­ to potencial, mas para entrar numa grande equipe, é difícil, tem que ter padrinho e um bom suporte da família – de­ clara Baixinho. Apesar dessa dificuldade, alguns alunos que freqüenta­ ram a escolinha hoje jogam profissionalmente, como é o caso de Maicon Basso que es­ tá na Itália jogando futsal. FOTO DE HELOÍSA LAZZARI

isa, passa, tem que buscar o jogo. São com essas palavras que muitas crianças da escolinha Itapagé são incentivadas pelo treinador Roberto da Silva (Baixinho), a buscar o sonho de se tornar um jogador de futebol, a partir de Frederico Westphalen, cidade do norte gaúcho. Um exemplo disso é João Paulo Quatrin dos Santos, de 10 anos, que participa há 4 anos da escolinha. Com o so­ nho de ser um jogador profis­ sional e atuar no Grêmio, ele é um dos alunos que se desta­ ca. “É esforçado, não costu­ ma faltar as aulas e joga mui­ to”, diz Baixinho. Mas para chegar lá, além de muito esforço, esses peque­ nos craques precisam cumprir a primeira regra básica das es­ colinhas: estudar. Uma das exigências do Itapagé é que toda a criança esteja freqüen­ tando a escola e a cada bimes­ tre apresente o boletim para uma avaliação do seu desem­ penho. Caso esteja com notas vermelhas, ela não pode par­ ticipar de campeonatos e é re­ alizado um trabalho de incen­ tivo. ­ A gente sempre fala que em primeiro lugar são os es­ tudos ­ salienta o treinador. No Ipiranga, não é muito diferente. Cerca de 100 crian­ ças e adolescentes participam dos treinos toda semana. Se­ gundo o técnico Tiago Piove­ san, a maioria delas vem pa­ ra as quadras com um objetivo: ser um jogador de

Antes de começar o jogo, fazer o aquecimento é essencial.

Categorias

Mamadeira: 6 e 7 anos; Fraldinha: 8 e 9 anos; Pré­Mirim: 10 e 11 anos; Mirim: 12 e 13 anos; Infantil: 14 e 15 anos; Infanto­Juvenil: 16 e 17 anos; Juvenil: acima de 18 anos.

Horários/ Custos

Ipiranga ­ Segunda, quarta e sexta: Manhã (9hs às 11hs) e Tarde (13hs 30min às 17hs 30min); R$ 20,00 por mês; Itapagé ­ Segunda, quarta e sexta: Manhã (8hs às 11hs) e Tarde (13hs 30min às 17hs 30min); Inscrição de R$15,00 mais R$16,00 de mensali­ dade.


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Cultura

Um cantador de histórias Fevereiro de 2009

Frederico Westphalen

josipjfw@yahoo.com.br

uitas vezes escutei uma voz forte e re­ tumbante a cantar músicas nativistas com a na­ turalidade de quem caminha, e um toque latino­cigano no violão. Um tal Dante Ramon Ledesma. Músico com 19 CDs gravados, e 3 DVDs. Con­ quistou 9 discos de ouro e mais de três milhões de cópi­ as vendidas. Aquerenciado nestas pla­ gas, não muito distantes de sua pátria­mãe, veio vender livros, enciclopédias da editora Bar­ sa, e hospedou­se no hotel­ro­ doviária, hoje o Cantelle Ho­ tel. Seu Laurindo Cantelle, um dos proprietários do hotel, não soube dizer ao certo se era 1978 ou 1979, mas foi no fi­ nal da década de 1970, que aqui esteve o grande cantador de histórias. Com seu sotaque castelha­ no, saia todos os dias para ven­ der seus livros de porta em porta, e bem lembra o senhor Laurindo que ele tinha uma Cada apresentação uma nova história para pensar, para rir e chorar boa conversa, tanto que era considerado um dos melhores vendedores de livros da edi­ tora no país. Passou um mês e Dante comunicou aos donos do hotel :"acabou o meu di­ nheiro, tenho que partir”, dis­ se ele. A família Cantelle pe­ diu para que ele ficas­ se, pagando a conta com sua música.

Boa conversa

No tempo em que aqui es­ teve, o ilustre desconhecido vendedor de livros contou su­ as histórias, como era sua vi­ da na Argentina. Apesar da fa­ mília ter boas condições fi­ nanceiras, as perseguições foram duras. “Naquela época estávamos sendo perseguidos pela ditadura, meu irmão foi preso e nunca mais tivemos notícias dele. Então meu pai disse para eu fugir enquanto era tempo”. Ao contar a his­ tória, Dante parece reviver os momentos de dor quando foi pego tentando sair do país; so­ freu tortura e só depois foi exi­ lado. “ Está vendo esta cica­ triz na perna... foram eles que fizeram”... relatou o cantor. “Acho que ele era psicólo­ go, parapsicólogo ou coisa as­ sim. Conversava bem. Legíti­ mo vendedor de livros”. Lem­ bra Arno Gilberto Blasi, o “Beto”, que na época era ain­ da criança, mas conta como ele fazia suas vendas: “mos­ trava a enciclopédia, chama­ da Delta Larousse, que era pa­

Antigo Hotel Rodoviária hospedou Ledesma em 1978. (Foto da década de 1970)

O problema não é meu sotaque, mas o meu canto de li­ berdade é que incomoda os coronéis.

Dante Ramon Ledesma, explicando porque o Movimento Tradi­ cionalista Gaúcho (MTG) proibiu a presença de sotaques estran­ geiros em festivais ra crianças, e as deixava na casa dizendo: 'deixem que as crianças risquem e sujem, que é para isso mesmo...' ”. O ven­ dedor não tinha pressa, retor­

nando várias vezes. Até hoje a família guarda os livros, con­ tou Beto. Tantas foram as visitas fei­ tas à família Blasi que vieram

FOTO DE ARQUIVO MUSEU MUNICIPAL

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Josiane Canterle

FOTO MARCOS CORBARI

25 anos de carreira artística, mas essa história começa anos antes do primeiro LP

os jantares animados à músi­ cas de Roberto Carlos e can­ ções argentinas; umas impro­ visadas, outras nem tanto, mas muitas que cantavam a espe­ rança e a liberdade. "Eles me convidavam e eu ia” disse Dan­ te rindo, lembrando que foi em uma destas festas que lhe disseram “Você é melhor can­ tando do que vendendo li­ vros. Vai cantar!”. Vencedor de festivais no Rio grande do Sul e na Amé­ rica Latina, foi impedido de se apresentar em festivais na­ tivistas do MTG. Segundo

Dante, no final dos anos de 1980 foi elaborado um artigo onde foi proibida a interpre­ tação de músicas por pessoas que apresentassem sotaque. Isso não impediu o sucesso do cantor, que teve sua música “vitória do Trigo”, escolhida como hino dos movimentos sociais integrantes da Via Campesina, tais como MST, MPA, MMC entre outros. Dante já era cantor reconhe­ cido em toda América Latina, quando em um de seus shows na cidade Frederico Wesphalen viu o coral da URI se apresen­ tar. Encantado, disse que era um dos melhores do estado e dias mais tarde entrou em contato com o regente do coral, Atemio Tibola, para que gravassem um CD juntos, o que não demorou acontecer. Com brilho nos olhos, Dante comenta “sempre tive o sonho de cantar com um coral”. Novas amizades e mui­ tas apresentações vieram com essa parceria que iniciou em meados dos anos 1990 e per­ manece até hoje. Artemio fala com carinho de Ledesma, da simplicidade e carisma que ele possui: “quem tem um violão, uma boa voz e uma boa con­ versa como ele tem, tá feita a festa”.

Amigos

Não são poucas as vezes que o gaúcho Dante Ramon Ledesma tem vindo a Frede­ rico para fazer suas apresen­ tações. É admirado pelos ami­ gos por que falam do des­ pojamento de Dante onde o dinheiro não é o mais impor­ tante, mas ajudar as pessoas que precisam, estar próximo aos amigos e levar o canto la­ tino americano e a cultura gaúcha a todos os povos. Os amigos que aqui con­ quistou jamais esquecerão das suas histórias, das suas can­ ções, da sua alegria. Os laços de amizade foram, e ainda são, mais fortes que o tempo e a distância. Beto lembra da amizade que herdou, pois a sua famí­ lia, o pai Arno Blasi, já fale­ cido, e a mãe Ilda Girardello Blasi, são sempre lembrados também por Dante em cada conversa ou apresentação na cidade, que faz questão de fa­ lar dos amigos verdadeiros que o acolheram e incentiva­ ram, e ainda, segundo Dante, foram sua família enquanto aqui esteve. “Eu gosto de Fre­ derico, quando venho fazer meus shows, aproveito para descansar. Aqui me sinto em casa”. Assim, Dante encerrou nossa conversa.


Cultura

Abrindo as cortinas para a dança Frederico Westphalen

Fevereiro de 2009

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Frederico em Dança: mais um espaço de divulgação da cultura para os frederiquenses.

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FOTO DE ALINE SCHUSTER

Aline Schuster

aline.schuster@hotmail.com

iros, passos sincroni­ zados, belas coreo­ grafias, muita dedi­ cação e principalmente amor pela dança, foi o que o públi­ co pode ver no palco do Pri­ meiro Frederico em Dança. O evento realizado pelo Grupo Street Boys of Dance, grupo de street dance da cidade, aconteceu nos dias 8 e 9 de novembro no Salão de Atos da URI. O Festival contou com a participação de dançarinos de 27 cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que mostraram ao público diver­ sos ritmos da arte da dança. No total foram apresentadas 94 coreografias divididas nas modalidades: jazz, ballet, dan­ ça contemporânea, street dan­ ce, estilo livre, solo e duo. O Primeiro Frederico em Dança teve como objetivo prin­ cipal estimular a cultura da dan­ ça, integrando grupos, escolas e academias, além de criar

Culturas representadas através da dança.

mais um espaço de crescimen­ to e popularização dessa arte, que é uma das mais antigas e belas formas de expressão cor­ poral. Segundo Lucas Trevi­ san Nunes, um dos organiza­ dores do evento, o Frederico em Dança era um objetivo an­ tigo do grupo e “é um evento que veio pra ficar, porque foi aprovado na câmara de verea­ dores e entrou para o calendá­ rio de eventos do município.

Então, terá todo o ano, não im­ portando o prefeito”.

Incentivo

Para quem assistiu ao fes­ tival, foi uma boa oportunida­ de de conhecer um pouco o mundo da dança e o trabalho de grupos, não só de Frederi­ co Westphalen, mas também de outras cidades. Quem participou do espe­ táculo pode não só divulgar

seu trabalho, mas também aju­ dar a promover a cultura da dança que ainda não conquis­ tou o espaço merecido na so­ ciedade. O estudante e dançarino Darlan dos Santos, componen­ te do grupo de Rip Hop Ati­ tude de Rua de Frederico West­ phalen, considerou o evento um bom incentivo a cultura do município e uma grande experiência para os cidadãos

frederiquenses, que puderam assistir a um festival de dan­ ça em um ambiente onde a cultura é pouco valorizada. “Acredito que este festival vai abrir as portas para a cultura” comentou Darlan. Para o município, eventos como este são de suma impor­ tância. Através deles, se faz uma troca de experiências e culturas com pessoas de di­ versos locais. Também se di­ vulga a cidade e faz com que, a cada ano, mais pessoas te­ nham vontade de conhecê­la e também participar do Fre­ derico em Dança. João Batista Saraiva, secre­ tário do Esporte, Juventude e Lazer de Frederico Westpha­ len, acredita que eventos cul­ turais como o Frederico em Dança são sempre válidos pa­ ra o município, pois propor­ cionam uma integração entre as pessoas e uma troca de co­ nhecimentos. “É muito bom para as pessoas conhecerem nosso município e mostrarem para nós suas culturas tam­ bém” finalizou o secretário.

Cultura é pouco valorizada em Frederico Existem eventos na cidade, mas ainda são pouco prestigiados pela comunidade.

O

this_garcia@hotmail.com

incentivo aos even­ tos culturais na cida­ de de Frederico West­ phalen vem aumentando. Porém, ainda é evidente a fal­ ta de motivação da comunida­ de em prestigiá­los. O SESC de Frederico Westphalen, por exemplo, promove inúmeros atividades para incentivar a cultura no município. A res­ ponsável pelos eventos, Josi­ ane Ritter, declara que a ins­ tituição encontra dificuldades em atingir um grande públi­ co. Josiane diz que, mesmo com ingressos a preços aces­ síveis, as pessoas pouco pres­ tigiam os espetáculos e as es­ colas não estimulam o suficiente seus alunos a parti­ ciparem dos eventos. Outra dificuldade encontra­ da na hora de se pensar na re­

Josiane: dificuldades em promoções

alização de um um evento, é o local. A cidade não disponi­ biliza uma casa de espetácu­ los, nem ginásio municipal ou qualquer tipo de estrutura pa­ ra promover atividades liga­ das à cultura. Quando o SESC proporciona eventos, procura parcerias com universidades ou sociedades particulares que possuam um local com a in­

Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo do Cesnors/UFSM ­ campus em Frederico Westphalen, RS, Brasil. Ano 1 – Número 3 ­ Março de 2009 Publicação produzida pelos alunos do 5º semestre na disciplina de Laboratório de Jornalismo Impresso I – 1º semestre de 2009. Professor responsável, edição: prof. MS. José Antonio Meira da Rocha.

FOTO DE THAIS GARCIA

FOTO DE THAIS GARCIA

Thais S. Garcia

Inês: município precisa crescer

fra­estrutura adequada. Por outro lado, a Universi­ dade Regional Integrada de Frederico, URI, que também incentiva a cultura em seus alunos e na comunidade, não encontra dificuldades em atin­ gir o público desejado em su­ as atrações. Um dos últimos eventos or­ ganizados pela URI foi o show

do “Pretinho Básico”, da Rá­ dio Atlântida, que teve lota­ ção esgotada. Elisabete Ceruti, responsá­ vel pelo vestibular da univer­ sidade, declara que o “Preti­ nho” foi uma estratégia de marketing para atrair os jo­ vens vestibulandos, pois o fo­ co da instituição é o ensino e a profissionalização de seus

Redação, Fotografia, Diagramação: Aline Josiane Schuster, André Bottezini Piovesan, Angelo Henrique de Moraes Lorini, Bruna de Lima Wandscheer, Camila Fernanda Tomazoni Zachow, Daniel Corrêa Espiña, Daniela Polla, Diego de Oliveira Dos Santos, Duane dos Reis Löblein, Eledineia Luza, Eliana de Souza, Franciele Vitali, Gustavo de Campos Farezin, Heloise Chierentin Santi, Janini Letícia Schmitz, Josiane Aparecida Canterle, Juarez Paulo Braga Zamberlan, Juliana da Rocha Pedroso, Leticia Cunha da Costa, Nilson Luiz Rosa Lopes, Philipe Gustavo Portela Pires, Priscila Devens, Roscéli Kochhann, Roselaine Caratti, Thais Schauenberg Garcia.

alunos. Outros eventos, como trabalhos de extensão, são pensados para incentivar a cultura entre os acadêmicos. Elisabete esclarece que a universidade recebe alunos de muitas cidades da região e tem duas linhas para seus eventos: uma voltada para área acadêmica e outra volta­ da à comunidade. Por isso, não é difícil atingir o público esperado em cada espetáculo. A Prefeitura Municipal de Frederico Westphalen tem função fundamental no incen­ tivo às atividades culturais. Inês Bertoletti da Rocha, Se­ cretária de Cultura, salienta que “todos os eventos que acontecem no município tem o apoio da Prefeitura Munici­ pal”. Refere que esse apoio se direciona a promoções de mú­ sica, dança, teatro e finaliza: “Nós aqui, ainda precisamos crescer mais em eventos”.

Impressão: Imprensa Universitária. Tiragem: 300 exemplares. Versão On Line em http://www.cesnors.ufsm.br/dahora . Ministério da Educação do Brasil Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação Superior Norte­RS Departamento de Ciências da Comunicação Curso de Jornalismo


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Política

Lutar sempre, desistir nunca Fevereiro de 2009

Frederico Westphalen

Um velho provérbio para uma nova administração.

E

FOTO DE HELOISE

Heloise Santi

hchsanti@yahoo.com.br

História

De origem simples, perdeu o pai cedo e ainda com dez anos, começando a trabalhar como vendedor de picolé, fru­ tas e jornal no centro da cida­ de para ajudar no sustento da família. José Panosso, foi elei­

Panosso profissional se intitula um grande empreendedor FOTO DE MARCO

Vou tra­ balhar não só pelo desenvol­ vimento de Frederico Westphalen, mas da região como um todo.

Confiança

Prefeito Panosso

to com a grande maioria dos votos para ser o novo prefei­ to de Frederico no período de 2009 à 2012. Panosso, como é popular­ mente conhecido na cidade, tem propostas principalmen­ te para a industrialização e saúde do município. ­ Industrialização, porque apesar de termos quatro uni­ versidades, os jovens saem do nosso município em busca de emprego, para melhorar de vi­ da, nos grandes centros indus­ triais. Na questão da saúde, não podemos admitir, que pes­ soas do nosso município sai­ am para outros municípios em busca de atendimentos sim­ ples, precisamos conversar com nossas clínicas médicas, investir na saúde preventiva. Diz Panosso. Essa foi a segunda candi­ datura de Panosso a prefeitu­ ra de Frederico Westphalen, e segundo ele o que lhe fez per­ sistir foi a vontade de ajudar a população de seu município, assim como ele, quando era pequeno e sua família foram ajudados. ­ Sabe que sou uma pessoa que passou por muitas dificul­ dades e minha mãe sempre disse, 'olha meus filhos eu só

Caminhando junto com o povo FOTO DE MARCO

leições 2008, muitas mudanças nas prefei­ turas em todo o país e na cidade de Frederico West­ phalen não foi diferente, Pa­ nosso foi eleito com 10609 votos, para assumir a prefei­ tura em Janeiro de 2009. Nome: José Alberto Panosso Nascido: Frederico Westphalen, no dia 18/10/1959. Filho de: Luigi Panosso e Olívia Ba­ lestrin Esposa: Sirlei Panosso Filhos: Caroline e Mateus Panosso Trabalho: “Trabalho com escritório de contabilidade, temos aqui mais de cem empresas do mu­ nicípio e região para as quais prestamos serviço”. Formação Profissional: “Fiz faculdade de História na Unijuí, Ciências Contábeis na URI e parei no quinto se­ mestre de direito”. Hobbie: “Fazer caminhada junto com a esposa, pela cidade, de­ pois que saio do trabalho”. Comida preferida: “Arroz com feijão, um bife e o churrasco que é tradicio­ nal e não pode faltar”. Frase: “Lutar sempre e não desis­ tir nunca, sem pisar em nin­ guém, olhar para frente. Ja­ mais desista de teu sonho, de teu objetivo, um dia tu vai al­ cançar, mas luta com a finco e persistência que com certe­ za tu vais vencer”. Música: “Gosto de todas as músicas, principalmente sertaneja, pop, romântica e música popular brasileira. Gosto muito de ou­ vir as melodias nem sempre sei as letras, mas gosto de ou­ vir”. Programa televisivo: “Na TV eu estou assistindo bastante as notícias da Record News, o Jornal Nacional, o Fantástico, mas também, as­ sisto se tiver que assistir no­ velas e futebol porque tam­ bém tem que ter a descon­ tração não só noticiário”.

objetivo, que é o crescimento social e econômico da socie­ dade. Unir as nossas comuni­ dades, não só a local, mas re­ gional para alcançar os objetivos. Sorrir é uma de suas mar­ cas, e o próprio se auto­defi­ ne: ­ Um cara feliz, alegre, tran­ quilo, de bem com a vida, so­ lidário, não suporta pessoas falsas, sou honesto, transpa­ rente, humilde, simples, não tem pessoa que eu não dê aten­ ção, me identifico mais com as pessoas mais humildes do mu­ nicípio. Sou um empresário, empreendedor, mas humilde e simples que quer ajudar o nos­ so município. O prefeito José Panosso é um empreendedor do municí­ pio de Frederico Westphalen, e diz trabalhar não para ser melhor do que ninguem, mas para alcançar seus objetivos. ­ Sou uma pessoa humilde e simples, porem sempre pen­ so longe e acredito que graças a Deus pude estudar e sempre trabalhei sério, com honesti­ dade indo em busca de novas alternativas e por isso venci na vida.

Muito empenho durante a campanha

quero é que vocês sejam ho­ nestos e trabalhadores, só is­ so!'. Como sempre fomos aju­ dados pela prefeitura inclu­ sive, eu sempre tive vontade de ajudar meu povo. Eu que­ ro ajudar as pessoas aqui de Frederico Westphalen, eu que­ ro poder estender a mão para os mais necessitados, garante o novo prefeito. Para Panosso, que hoje sen­ te­se mais preparado para as­ sumir a prefeitura, o mesmo garante, Frederico tem muita

perspectiva de crescimento. ­ O que também me fez per­ sistir, foi a perspectiva de cres­ cimento do município, a von­ tade de ajudar as pessoas a população, de fazer com que as pessoas cresçam socialmen­ te, economicamente, a final de contas cresçam como um todo. Então é isso que me fas­ cina eu podia estar tranqüilo cuidando da minha vida par­ ticular de minhas empresas, mas eu estou largando tudo para trabalhar por um único

Panosso já conquistou a confiança de grande parte da população frederiquenses, e certamente o que estes espe­ ram é que os objetivos pro­ postos por ele sejam alcança­ dos, no decorrer do seus qua­ tro anos de mandato. No que diz respeito a seu ingresso na prefeitura, Panos­ so não hesita em deixar claro que o quadro de funcionários será composto de aliandos da campanha, que certamente se­ rão aliados nos trabalhos do mandato. O novo prefeito garante ainda que as coisas vão mu­ dar no município, para isso pede a colaboração e a união de toda a população, em prol do desenvolvimento social e financeiro, que será buscado também em conjunto com os demais municípios da região, para que esta se desenvolva como um todo. ­ Desejo, paz, união, ale­ gria, harmonia as famílias fre­ deriquenses, temos que estar unidos, fazer uma corrente, sermos solidários nos ajudan­ do a alcançar o nosso objeti­ vo, que é o desenvolvimento. Trabalhando com muita trans­ parência e justiça para que to­ dos se sintam bem em nosso município. E a região possa crescer junto com o municí­ pio de Frederico.


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