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Jornallaboratório Jornallaboratório do do Curso Curso de de Jornalismo Jornalismo do do CESNORS/Universidade CESNORS/Universidade Federal Federal de de Santa Santa Maria, Maria, RS,RS, Brasil. Brasil.
Frederico Westphalen sofre com mau atendimento médico Página 13 Frederico FredericoWestphalen, Westphalen,Agosto Agostodede2010. 2010.Ano Ano, nº 3, 5nº 6
Dengue, o fim da picada
O Rio Grande do Sul já contabiliza 4500 casos de dengue, em 2010. Conheça a situação da doença no Estado e saiba como evitar focos do mosquito Aedes Aegypti. Página 12.
D es c u b r a os b l og s d e F r ed er i c o
Camila Araujo é uma das moradoras da cidade com voz na Web. Página 5
M éd i o A l t o U r u g u a i e s t á pe r d e n d o a guerra contra o crack Página 7.
HTTP://WWW.BARRADOBUGRES.MT.GOV.BR/FOTONOTICIAS/282_AEDES_AEGYPTI.JPG
Agricultura familiar diversifica produção
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Economia
Procuramse vagas Agosto de 2010
Frederico Westphalen
População estudantil movimenta mercado imobiliário em Frederico Westphalen
O
paza.fabi@gmail.com, occhi.bruna@gmail.com
pólo universitário loca lizado em Frederico Westphalen é atrativo para estudantes da região e de outros estados que a cada ano deslocamse de suas cidades na tais para instalaremse na cidade. A Uri – Universidade Regio nal Integrada e o Cesnors – Cen tro de Educação Superior Nor te, as duas maiores univer sidades do município, contem plam um número alto de es tudantes tanto daqui quanto da região, o Cesnors, por se tratar de uma instituição federal, atrai estudantes de inúmeros lugares que, buscando ensino superior gratuito, optam por deixar seus municípios para morar em Fre derico Westphalen, onde fica o campus. “Até o segundo semes tre de 2009, 65% dos nossos alu nos são de fora, a previsão é que, até 2013, esse percentual suba para 85%”, afirma Genesio Mario da Rosa, diretor do Cen tro.
Comodidade
Financiamento
Pensando em atender a essa alta demanda, a construção ci vil não para. Programas de fi nanciamento de crédito para a habitação disponíveis em vá rios bancos do país – auxiliam as construtoras, que apostam nesse mercado para o futuro, já que a tendência é que o núme ro de estudantes de fora aumen te a cada ano, sobretudo com a implantação de novos cursos universitários que vem sendo constante. E não somente no setor das locações é que o mercado se am plia, mas também no da compra de imóveis, principalmente por parte de professores que têm Frederico Westphalen como des tino para atuar no corpo docen te das universidades. “É evidente a influência do público estudantil na economia frederiquense, a cada ano a po pulação aumenta e todos os se tores comerciais do município comemoram, inclusive o imo biliário”, finaliza Loni. Fique por dentro: A oferta de imóveis para su
As construções já se tornam comuns na paisagem frederiquense prir a população estudantil em crescimento por enquanto é su ficiente em Frederico Westpha len, é possível encontrar apar tamentos e casas para locação
FOTO DE FABIANE PAZA
Para os estudantes, tornase mais cômodo alugar um imóvel do que deslocarse diariamente de suas cidades para Frederico, como ressalta a estudante de Jor nalismo no Cesnors, Laisa Fan tinel “é bem mais cômodo, além de não perdemos tempo com ônibus pra vir das cidades onde a gente mora, fica mais fácil pa ra poder realizar os trabalhos e estudar para as provas”. O mercado imobiliário come mora junto com as universida des, já que a cada ano o núme ro de alunos cresce e com isso,
a procura por apartamentos e ca sas para aluguel também: “hou ve um aumento notável princi palmente com a implantação do Cesnors, os estudantes vêm de vários lugares e buscam imóveis para alugar aqui, nos períodos pós vestibular a procura é inten sa” afirma Loni Pires, adminis tradora de uma das imobiliárias do município. Segundo dados fornecidos pe los estabelecimentos do setor de imóveis do município, o cresci mento nas locações surpreende, somente no período compreen dido entre agosto de 2008 e agos to de 2009 o número de imóveis alugados subiu 12,6%.
Foto de Francieli Aparecida Traesel
Fabiane Paza e Bruna Occhi
"Morar na cidade onde a gente estuda deixa tudo mais prático", diz Laisa Fantinel
de acordo com o tamanho (quantidade de cômodos) e o número de moradores que pre tende se instalar, a localização do imóvel e a qualidade do edi
fício e/ou condomínio, o que resulta em preços bastante va riáveis, dependendo direta mente do quê o locatário pro cura.
Confira o preço dos imóveis
Apartamentos de um quarto: De R$ 300 a R$ 450 Apartamentos de dois quartos: De R$ 420 a R$ 659 Apartamentos de três quartos: De R$ 450 a R$ 800 *Os preços variam conforme a localização do imóvel e a cobrança ou não de condomínio. Fonte: Imobiliária Marcos Lima/Jun. 2010
Geral
Editores Jean Prado <jeanpradoufsm@gmail.com> e Caiani Lopes Martins <caiani_martins@yahoo.com.br>
Agosto de 2010
3 FOTO DE CAIANI LOPES MARTINS
Frederico Westphalen
De tijolo em tijolo, Frederico cresce É visível a grande quantidade de prédios no centro da cidade
A contrução civil desponta como umas das áreas que mais emprega na cidade
C
caiani_martins@yahoo.com.br, jeanjornalismo@hotmail.com
omo se pode medir o crescimento de uma ci dade? Através do PIB? Da quantidade de moradores? Da quantidade de escolas ou do que? Em Frederico Westphalen, o crescimento pode ser notori amente percebido através da quantidade de prédios existen tes no município. Esta percep ção é visível e até impressiona
O Plano Diretor. Que é?
Para que uma cidade cresça de forma ordenada, é preciso que se haja um controle frente as novas construções. Para su prir esta e outras necessidades é que existe o Plano Diretor que consiste em uma lei muni cipal que estabelece diretrizes para a ocupação da cidade. Ele deve identificar e analisar os problemas e as potencialidades do município. Para o secretário do planejamento de Frederico Westphalen, o Plano Diretor do município não estava ade quado a realidade local. Se gundo ele, foi criado um con selho para readequar o plano. O primeiro passo foi a for mação do conselho do Plano Diretor. Esse conselho vai ago ra analisar e readequar este plano – diz ele. Um dos princí pios do plano é a preservação do meio ambiente, numa pro posta de desenvolvimento sus tentável.
os visitantes. Quem chega de fo ra, não diz que Frederico pos sui os seus singelos 28.428 ha bitantes (segundo estimativa do IBGE/2009). A cidade, colonizada a partir de 1918 e emancipada em 28 de fevereiro de 1955, tem como ba se econômica a agricultura, as sim como os demais municípi os da região do Médio Alto Uruguai. Outro dado interessan te é de que, com uma população considerada pequena, Frederi co Westphalen possui quatro
O trabalho na construção civil
O desemprego é uma ques tão que atinge não só o nosso estado como também o nosso país. Em Frederico, um dos se tores que mais emprega no momento e o da construção ci vil. Devido ao grande número de construções, novos postos de trabalho surgem a cada se mana. Segundo o arquiteto Eli as Dalla Nora, um dos grandes problemas ainda é a falta de mão de obra qualificada. Quando precisamos de mão de obra temos que buscar fora. Busco pessoal até do Pa raná. Encontrar mão de obra qualificada é uma grande difi culdade, devido a falta de pre paro e interesse dos profissio nais – completa Dalla Nora. Em média, um operário da construção civil, trabalha 8 horas por dia. Um servente recebe em torno de R$ 600,00 e um pedreiro em torno de R$ 900,00.
universidades, dentre elas, uma federal. Será que está aí o segre do para este crescimento acen tuado? Desde a instalação do campus da Universidade Federal de San ta Maria (UFSM/Cesnors), em outubro de 2006, pelo menos 800 novos jovens vieram residir no município. Jovens que vem de várias cidades do Rio Grande do Sul, inclusive de vários estados do país. São novos moradores que necessitam de moradia, o que consequentemente aumenta a procura por apartamentos, di tos mais seguros.
Plano diretor
Com isso, existe a necessida de da construção de novos pré dios, o que acaba por transfor mar a construção civil em uma das áreas que mais emprega no município. Basta caminhar pe las ruas de Frederico e perceber o grande número de constru ções. São prédios dos mais va riados tipos e tamanhos, con centrados especificamente no centro da cidade.
Ta aí, o primeiro “problema” deste crescimento: a concentra ção de prédios altos no centro da cidade. Em 2009, esta ques tão foi bastante discutida, pois se percebeu que devido a esta concentração, alguns prédios es tavam fazendo sombra, uns nos outros. O Plano Diretor é o respon sável por definir o que pode e que não pode ser feito em cada parte da cidade. Desta forma o Poder Público em conjunto com a sociedade, busca direcionar a forma de crescimento. Outra questão polêmica é a preocupa ção com o “verde”. Diante de O verde contra o concreto tanto entulho produzido pelas obras, como fica o meio ambi E o Meio Ambiente? ente? Em Frederico é visível o nú Toda construção deve ser mero de construções em anda previamente aprovada pelos órgãos públicos competentes, mento. Com isso, a construção civil acaba por despontar como como a Secretaria do Meio um dos setores que mais empre Ambiente em Frederico West phalen, que é encarregada de ga na cidade. Será que trabalhar nesta área vale mesmo a pena? avaliar todas as obras antes da Descubra a resposta para esta e aprovação. Essa avaliação pre outras questões nos quadros tende conservar o meio ambi ente, mesmo com a construção abaixo.
Aumenta a demanda, aumentam os aluguéis...
Frederico Westphalen está crescendo gradualmente. Muitos cre em que esse crescimento é conseqüência da vinda de universitários para a cidade. Mas, segundo a Administradora de Locação Loni Te rezinha Pires, os cargos públicos, vagas em fábricas e indústrias, também são responsáveis pela migração de trabalhadores, implican do no crescimento demográfico de Frederico.Esse aumento da pro cura por imóveis resultou em um avanço de 15% ao ano, (nos últi mos 5 anos), assim os preços dos aluguéis também aumentam, resultado da lei da oferta e procura, sempre variando de imóvel para imóvel (imóveis novos e localizados no centro por exemplo, tem um aluguel mais elevado, do que imóveis localizados em bairros mais distantes).
FOTO DE CAIANI LOPES MARTINS
Caiani Lopes Martins e Jean Prado
de casas e edifícios. Entretanto o crescimento da construção civil vem aumentando o núme ro de entulhos. De acordo com o Coordenador da Gestão Am biental Aldo Guisolfi, “o entu lho é destinado a um aterro. Parte da pista do Aeroclube também está sendo aumentada para depósito deste material”. Toda construção antes de inici ada tem que ser aprovada pela Prefeitura Municipal, a mesma é responsável pela fiscalização e a regulamentação da obra.
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Cultura
Tecnologia em sala de aula Agosto de 2010
Editora Francieli Aparecida Traesel <francielitraesel@gmail.com>
Frederico Westphalen
A transformação do ensino através das novas mídias
FOTO DE MARCELA BUZATTO
Marcela Buzatto e Tássia Bec ker Alexandre
A
marcelabuzatto2.0@gmail.com tas sia.becker@gmail.com
“O mun do é tec nológico. Tudo é tecno logia e eu acho que a educação está atrasada neste sentido”. As instituições de ensino per ceberam a necessidade da mo dernização. Ferramentas midiá ticas, como projetores, internet e cinema, estão sendo utiliza das, porém, de maneira superfi cial. Isto porque muitas escolas ainda não possuem uma estru tura adequada, tanto na aquisi ção de novos equipamentos, quanto na capacitação dos pro fessores.
Aprendizado divertido
As dificuldades são percebi das principalmente pelos docen tes: “Nós, professores, não es tamos acostumados a usar estas tecnologias. É muita novidade que a gente não domina. Outro ponto é que nós não tivemos pre paração para isto. Temos alter nativas, como cursos, mas roti neiramente caímos naquilo que
Ao lado do quadro de giz, o datashow ganha espaço dentro da sala de aula costumamos trabalhar”, afirma a professora de ensino médio, Clarice Ceolin. Em compensação, as vanta gens deste ensino modernizado são inúmeras. Escolas e muni cípios estão procurando traba lhar mais com ferramentas da comunicação. Um exemplo é o Centro Midiático de Frederico Westphalen criado em novem bro de 2009. Atendendo, em mé dia, 48 pessoas por dia, o cen tro oferece um curso com duração de um ano com aulas semanais. O ensino segue des de o uso básico do computador até a navegação na internet. Pa ra participar basta pagar uma ta xa de R$ 60,00, que correspon de ao material didático utilizado o ano todo. É cada vez mais comum en contrar grupos de pesquisa den tro de universidades que se in teressam em entender mais sobre o assunto. Em Frederico Westphalen existe o “Midia ção”, programa de pesquisa e extensão do Centro de Educa ção Superior Norte do Rio Gran de do Sul (Cesnors), que encon tra novas metodologias de ensino através das novas mídi as. A professora coordenadora do projeto, Caroline Casali, ex plica o funcionamento das ati vidades do grupo: “O contato com as escolas de Frederico Westphalen se dá através das
oficinas ofertadas por acadêmi cos e professores participantes O dina do Midiação. Dentre as oficinas mismo estão: edição de vídeo, audiovi sual em sala de aula, blog, fer proporcionado por es ramentas do Google, fanzine, tes recursos torna o jornal mural e outras”. O prin cipal objetivo das oficinas é man aprendizado mais gos ter os docentes atualizados. toso e a aula menos Se, por um lado o uso des tas ferramentas é novidade pa maçante. ra quem está à frente da sala de aula, por outro, para os jo vens nem tudo é tão complica Bárbara Piaia, pertence à esta do. A acadêmica de Direito da geração e afirma: “o dinamis URI de Frederico Westphalen, mo proporcionado por estes re
cursos torna o aprendizado mais gostoso e a aula menos maçante, sem contar que po der visualizar a explicação de forma prática, como exposta em um datashow, faz com que o nosso cérebro assimile me lhor as informações”. É notável que o uso de tec nologias aliado ao ensino é in dispensável, assim como com pleta a professora Clarice: “O mundo é tecnológico. Tudo é tecnologia e eu acho que a educação está atrasada neste sentido”. FOTO DE TÁSSIA BECKER ALEXANDRE
tradicional forma de ensino com quadro e giz já não garantem a atenção dos estudantes. Eles que rem mais dinamismo, mais cri atividade, mais tecnologia. O método não pode ser mais o mes mo porque os alunos mudaram: é uma nova geração de jovens que está conectada com as atu ais mídias. A sociologia explica que quem nasceu a partir da década de 1990 pertence à chamada ge ração Z. A garotada nasceu “plu gada”, pois junto surgiram a In ternet, o MP10, câmeras digitais, twitter e celulares com mil e uma tecnologias. Eles gos tam de rapidez e agilidade e in teressamse por tudo superfici almente. O professor de Língua Portuguesa, Luiz Cláudio Jubi lato, possui uma vasta experi ência com jovens desta geração e conta em seu blog que a ju ventude quer dinamismo: “A ju ventude Z não gosta de perder tempo [...], mas os professores em sala de aula preferem proi bir o uso do celular a usálo co mo ferramenta educacional. A escola perdeu o ‘bonde da his tória’”.
Material didático auxilia nas aulas do Centro Midiático de Frederico Westphalen
Cultura
Frederico na blogosfera Frederico Westphalen
Editora Francieli Aparecida Traesel <francielitraesel@gmail.com>
Agosto de 2010
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Cultura, informação e entretenimento nos blogs de Frederico Westphalen FOTO DE MAÍRA FRANCISCHETE
Francieli Traesel e Maíra Francischete
O
francielitraesel@gmail.com, maihfrancischete@gmail.com
Fala aí
Blogueiros falam do aumento desses espaços na atualidade: "Excelente, afinal se um blog é bom, ele segura o leitor na pri meira (e normalmente única) vez que o leitor o visita, e a varieda de faz com que algo bom surja." Philipe Portela
Ricardo visitando o blog que ajudou a criar, o "Saúde e Meio Ambiente"
não uma única cultura. “Se a gente entender que a cultura é um processo que surge da im pressão de relações sociais,nós temos nessa cultura do blog, múltiplas culturas”. é o que diz Miranda, também blogueiro de um espaço sobre política, comu nicação e direito.
de um diário. “Escrevo como e o que gosto, se somente um lei tor já gostar, estou com minha meta atingida” – declara ele. Além disso, tem muita gente que não posta em blogs, mas mesmo assim faz parte deste es paço de alguma forma. È o ca so do estudante Cristiano Za rembski. Mesmo não possuindo E por aqui? um blog, fala para que os utili Dentre os blogs frederiquen za: “Uso para fazer downloads ses, “Subterfúgio da Imagem”, de softwares e filmes que até voltado para temáticas como são encontrados em outros lu moda, cinema e cultura, criado gares, porém são sites que não por Camila Dias Araujo “tem a disponibilizam estes conteúdos intenção de trazer informações gratuitamente”. que no seu ponto de vista são relevantes e merecem um apro E jornalismo onde entra? fundamento maior, ou até mes O jornalismo também tem es mo divulgar algo novo que sur paço reservado dentro dos ge ou ressurge na mídia, além blogs. Empresas jornalísticas de ser um espaço inteiramente como as rádios comunitárias da aberto a intervenções artísticas nossa região, criaram o blog de interessados”. diz ela. Já no Abraço para que as rádios da re blog “Pehaga”, Philipe Portela gião postassem notícias que pu Pires escreve sobre o cotidiano, dessem ser incluídas no espaço onde as postagens são como as jornalístico da programação de "Acho incrível! A dissemina ção de opiniões alheias e diver gentes sem dúvidas é um campo de construção crítica muito fér til, uma vez que você forma a sua opinião através do que julga ser mais aceitável por diferentes pessoas, fazendo de certa forma uma peneira." Camila Araujo "Acho ótimo. Quanto maior a disputa por espaço, mais qualida
outras rádios. Além disso, o es paço serve aos ouvintes como um arquivo de notícias. “As mes mas informações veiculadas du rante os programas, são posta das no blog Abraço, para que o ouvinte que perdeu a notícia na rádio, possa acessar o blog e ob ter a informação na íntegra”, co mo afirma Ademir Telles, dire tor da rádio comunitária de Frederico Westphalen. O pro fessor Luciano acrescenta: “Mui tas notícias surgem dos recep tores,que não são somente fontes para a pauta, eles por si só são veículos. Aí está o ponto alto da internet, ela aboliu a di visão clássica entre emissores e receptores. O receptor também pode difundir notícias”.
Essa é uma característica tí pica dos blogs, onde as notícias podem ser criadas, repassadas e comentadas. O leitor pode inte ragir com o emissor, o que mui tas vezes não é possível no site. Mais importante que atrair é fi delizar o leitor. Ricardo Carles so, designer gráfico e um dos repórteres do blog jornalístico “Saúde e Meio Ambiente” (que já somou 17 mil acessos desde setembro do ano passado!), sa be que a credibilidade é algo que se constrói”.A credibilida de online não vem de um dia pra outro. Muita gente acha que é só fazer um blog, postar qual quer coisa e sair ganhando di nheiro! Coitado, está muito en ganado”.
de vamos ter." Ricardo Carlesso "Eu vejo muito positivamente esse movimento. Nós temos a ex pressão coletiva de uma série de percepção de mundos, de afli ções, de sentimento, de críticas e assim por diante que se tornam uma espécie de barômetro para captar determinados climas de opinião da sociedade." Luciano Camila e o blog "Subterfúgio da Imagem" Miranda
FOTO DE FRANCIELI TRAESEL
s blogs tem sido uma tendência crescente en tre diversos públicos, principalmente entre os jovens. Pudera! A praticidade, a acessi bilidade, e as possibilidades de uso esse meio são atrativos ca da vez mais usados para divul gação, entretenimento, opinião, cotidiano, produção literária (fic cional ou não), de compartilha mento de arquivos e outros fins. Mas nem sempre foi assim. “Quando os blogs surgiram com o nome de weblogs, eles cum priam a função de serem diári os pessoais que passavam a ser difundidos para as mais diferen tes pessoas em rede. Com o pas sar do tempo os blogs passaram a ser incorporados para outras funções”, explica o professor de jornalismo Doutor Luciano Mi randa. Hoje, instituições, profissio nais de diversas áreas, pessoas comuns regidas por gostos abran gentes ou específicos, e até mes mo o jornalismo e assessoria aprovam a experiência pela van tagem de ser gratuito e alcançar os mesmos resultados que um site, que por sua vez é pago. E em Frederico Westphalen, como será que esse espaço vem sendo utilizado? Depois de uma varredura pela internet, desco brimos cerca de 16 blogs atua lizados na rede, com as mais di versas temáticas como moda, música, filosofia e política. E claro, o jornalismo. Segundo o professor Miran da, “Os blog constituíram um universo muito amplo chamado blogosfera que começou a ser ocupada por pessoas com os mais diferentes interesses. En tão, esses interesses vão em al guma medida moldar as carac terísticas dos blogs”. Esses interesses, ao se corpo rificarem numa página da inter net, se transformam numa inter face cultural, que seleciona assuntos para tratar. Dessa for ma,os blogs são cultura, mas
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Política
Taxistas aguardam regulamentação Agosto de 2010
Frederico Westphalen
Editora Isabella Mayer de Moura <isabellammoura@gmail.com>
Profissionais esperam apreensivos a resolução do projeto que modifica a lei da profissão camila_d_araujo@yahoo.com.br
ias e noites em frente à tranquila rodoviária es perando poucos passa geiros ou talvez nenhum. Essa é a realidade da maioria dos ta xistas de Frederico Westphalen que se veem prejudicados com a lei que regulamenta a profis são na cidade. Os taxistas estão ansiosos com o impasse da decisão a respeito do projeto. A lei atual tende a pre judicálos, pois prevê a necessi dade da abertura de firma para que possam contratar motoristas colaboradores, os quais realizam a atividade no período em que o taxi estaria parado. Alguns vereadores apóiam os taxistas, acreditando na real di ficuldade que eles têm para abrir uma empresa e lidar com todos os encargos fiscais e trabalhis tas (que são de elevado valor), o que talvez os impedissem de continuar exercendo a profis são, já que não teriam como sus tentar a empresa e o funcioná rio colaborador.
O projeto continua sendo ava liado, e dessa forma os taxistas seguem, sem saber o que resul tará de tudo isso. A situação tem se agravado tanto que eles pre feriram não conceder entrevista, de forma que não querem se pre judicar ainda mais. Mas no que essa lei os preju dica? Frederico Westphalen é uma cidade pequena, com poucos usuários de taxi e por isso não utiliza taxímetros. O valor na maioria das vezes é combinado com o passageiro assim que ele entra no veículo. Grande parte das corridas não possui uma dis tância tão longa e são poucos os taxistas que chegam a realizar Pouco movimento no ponto de táxi na madrugada mais de uma ou duas corridas em um dia. Em contato com o Legislati morte, etc, por haver famílias idas e vindas e agora foi enca Para uma família que tem co vo, os taxistas tiveram como res que tem como base para o sus minhado ao Executivo, tendo mo base do sustento o taxi seria posta a formulação de um pro tento o taxi. como base a permanência do inviável a abertura de firma e a jeto que tende a alterar alguns Segundo o vereador Roberto profissional como autônomo. contratação por ela de um mo dispositivos da lei, os benefici Fellin Jr. esse “é um problema No entanto, ele deve possuir a torista colaborador, pois o lucro ando, de forma que não haja a a ser resolvido, tanto pra comu capacidade de gerar contratos obtido não seria o suficiente necessidade da criação da em nidade, quanto para a classe dos com motoristas colaboradores, nem mesmo para cobrir os en presa e que o alvará de licença taxistas” em benefício de am os quais, em grande maioria já cargos fiscais da empresa, de passe a ser hereditário em casos bos. O projeto já foi aprovado estão na fila para conseguir seu forma que se torna inviável a lei justificados, como invalidez, pela Câmara, depois de muitas próprio alvará de taxista. estabelecida até então. FOTO ISABELLA MOURA
D
Camila Araujo
Projeto causa atrito entre Câmara e Executivo
D
Isabella Moura
epois de dividir as bancadas da Câmara, o Projeto que busca modificações na lei de regula mentação da profissão de ta xista, está acirrando os ânimos entre o Executivo e Legislativo. O projeto prevê a alteração de dispositivos da Lei 3.305 de outubro 2008, em benefício dos taxistas, e está em tramitação na Câmara desde dezembro de 2009. O vaievem começou com a alegação de que alguns artigos estariam inconstitucio nais, de forma que, mesmo se fosse aprovado pela Câmara não Vereadores discutem o destino do projeto obteria a sanção do Executivo. alegavam que o projeto deveria zadas em conjunto com os Alterações ser revisto para que algumas mu vereadores das bancadas do PP, De autoria do vereador Ro danças fossem executadas. PMDB e PT. Porém, em março, berto Fellin Jr. (PP), o projeto Estas alterações, no que diz quando foi novamente pauta do foi retirado da pauta do Legis respeito aos artigos considera Legislativo, o vereador suplen lativo por diversas vezes pelos dos ilegais pela assessoria jurí te na sessão Jordano Azevedo vereadores do PMDB, os quais dica do Executivo, foram reali (PMDB) que substituía o vere Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo do Cesnors/Universidade Federal de Santa Maria campus de Frederico Westphalen, RS, Brasil. Ano 2 – Número 6 Agosto de 2010 Publicação produzida pelos alunos do 5º semestre na disciplina de Laboratório de Jornalismo Impresso I – 1º semestre de 2010. Professor responsável, edição: prof. MS. José Antonio Meira da Rocha.
Redação, Fotografia, Diagramação: Aline Rechmann, Alisson Machado, Anderson Malagutti, Angélica das Neves Aires, Bárbara Avrella, Bruna Occhi, Caiani Lopes Martins, Camila Dias Araujo, Cassiano Fernandes, Catiana Medeiros, Clomar Toledo, Daniela Silveira, Daniela Cristina Peiter Tondolo, Dionatan Kaufmann, Douglas Schuler, Ébida Santos, Ediane Zanella, Eduardo Nedel, Fabiane Paza, Francieli Aparecida Traesel, Gabriella Bellé, Giovana Castelli, Iadine Melissa Resch, iedo zortea, Isabella Mayer de Moura, Jean Prado, Juliano Pilger do Amaral, Laize Zanon Turra, Leonides Voitack, luana candaten, lucas folle, Maíra
FOTO DE CAMILA ARAUJO
isabellammoura@gmail.com
ador Jacques Douglas de Oli veira (PMDB), fez pedido de vistas ao projeto, para que mais uma vez fosse revisado. Somente após duas semanas, o Legislativo aprovou o proje to de lei com as alterações, por
Francischete, Marcela Buzatto, Marcielle Martins, Marcos Antonio Corbari, Mariana Lazzare Montepó, Mariana Cristina Raimondi, Matieli Valduga Bosa, Mayara Dalla Libera Brenner, Raquel Venturini, Renan Silveira, Ricardo Carlesso, Rochely Poltronieri, Tainan Pauli, Tani Gobbi dos Reis, Tássia Becker, Thaisa Borges dos Santos Rossa, Viviane Carla Vendruscolo, . Impressão: Imprensa Universitária da UFSM. Tiragem: 300 exemplares. Versão On Line em http://www.cesnors.ufsm.br/dahora .
unanimidade. Porém, poucos di as depois da aprovação, o Exe cutivo já o vetou parcialmente, alegando que o texto deixa bre chas no que diz respeito à trans ferência de placas (o que é con siderado ilegal, pois o alvará de concessão da placa de taxista é intransferível, podendo apenas ser adquirido através de abertu ra de edital específico). O vere ador Roberto Fellin Jr. acredita que ocorreu um erro de inter pretação por parte do Executi vo, alegando a falta de diálogo entre vereadores e prefeito, e que não há a necessidade de no vas modificações. Agora resta à Câmara a op ção de derrubar (ou não) o veto e o prefeito poderá sancionar a Lei. Caso isto não ocorra, a Lei Orgânica de Frederico Westpha len prevê que o Presidente da Câmara, ou o vice, possa apro var o projeto e sancionar a Lei. Resta aos taxistas esperar pela resolução deste impasse.
Ministério da Educação do Brasil Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação Superior NorteRS Departamento de Ciências da Comunicação Curso de Jornalismo
Geral
Editores Jean Prado <jeanpradoufsm@gmail.com> e Caiani Lopes Martins <caiani_martins@yahoo.com.br>
Agosto de 2010
7 FOTO DOUGLAS SCHULER
Frederico Westphalen
A droga pode ser fumadas em cachimbos, latas de refrigerantes ou cerveja, enfim, em recipientes que possam ser aquecidos
A dura realidade do crack
A “pedra no sapato” que vem assombrando a região do Médio Alto Uruguai Douglas Schuler e Mayara Dalla Libera
A
schuler.douglas@hotmail.com, may_dallalibera@hotmail.com
mistura da cocaína em pó, bicarbonato de só dio ou amônia e água destilada tem um efeito devas tador: Crack. A droga leva 15 segundos para chegar ao cére bro e já começa a produzir seus efeitos: forte aceleração dos ba timentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular, excitação acentuada, sensações de aparente bemes tar, aumento da capacidade fí sica e mental, indiferença à dor e ao cansaço, afeta a memória e a coordenação motora, provo cando um emagrecimento acen tuado e debilitando o organis mo como um todo. O preço da pedra de crack va ria de R$5,00 a R$15,00, mas a maioria dos usuários/dependen tes chega a gastar de R$300,00 a R$500,00 por dia. Levando em conta que os efeitos do crack tem um curto período de dura ção, cerca de 15 minutos, a dro ga é consumida várias vezes ao dia, fazendo o usuário a come ter pequenos delitos e furtos pa ra sustentar o vício. Em Frede
rico Westphalen, segundo o policial militar Célio Pinheiro, 70% a 80 % dos furtos são liga dos ao consumo de crack, e os crimes mais bárbaros da cidade tem ligação com o trafico.
ta é minha 6ª internação, me sin to fraco, não tenho mais traba lho, roubo em casa pra poder manter o vício, já estive na FE BEM, por assalto a mão arma da e tentativa de homicídio. Só posso dizer que ho je minha vida aca bou, mesmo que pa re de usar o crack, "Já tive que nunca mais serei o acorrentar meu mesmo, pois sofro filho, por medo que a vizinhança discriminação por ser soro positivo matasse ele." (HIV), que peguei Mãe de usuário de drogas por me prostituir pa ra conseguir uma pedra.” (M. S., 28 Conforme a assistente social anos, Cruz AltaRS). Eliane Sarmento, na Unidade Além de comprometer a vida Psiquiátrica do Hospital Nossa particular do viciado, as con Senhora Auxiliadora do muni sequências do crack podem ser cípio de IraíRS, a maioria dos ainda mais devastadoras para a casos de internação é do sexo família e para a sociedade. “Sou masculino, tem idade que varia mãe de um menino de 15 anos, de 14 a 30 anos e são de classe já não sei mais o que fazer para social baixa, porém hoje não ajudar meu filho, tenho que es existe mais distinção entre clas conder tudo que tenho de valor, ses sociais. porque se não fizer isso chego “Comecei a usar drogas com em casa e tudo sumiu, foi parar 13 anos, conheci a maconha, em uma boca de fumo. Já tive mas não gostei, então fui apre que acorrentar meu filho, por sentado à cocaína, muito caro. medo que a vizinhança matasse Aos 14 anos conheci o crack e ele. Peço a Deus todos os dias desde lá nunca mais fiquei sem que me de forças pra não desis usálo, pelo menos 10 vezes ao tir dele!” (J.S., 38 anos, mãe de dia. Hoje estou com 28 anos, es usuário de Frederico Westpha
len). Em Frederico Westphalen, o tráfico começou por conta da ro ta da BR 386. Hoje o ambiente de descontração de festas e o au mento de jovens na cidade é um ambiente propício para a ação de traficantes. Para o policial Célio, tem que haver um com prometimento entre todos: con selho tutelar, polícia, sociedade, família. O tratamento depende do es tado de cada paciente. Vai do tratamento ambulatorial até a internação em hospitais psiquiá tricos, leitos em hospital geral (como é o caso do Hospital Nos sa Senhora Auxiliadora), trata mento domiciliar, clínicas espe cializadas, fazendas Terapêu
"É uma guerra perdida, se não houver aquele comprometimento de toda sociedade, não tem mais saída!" Célio Pinheiro, policial militar
ticas, CAPS Centro de Aten ção Psicossocial. Na internação em hospitais, o paciente permanece internado por 21 dias para fazer a desin toxicação. Há casos em que o dependente químico vai por vontade própria, mas na maio ria das vezes ele é internado por medidas compulsórias, pois são menores ou usuários que come teram pequenos delitos, furtos, agressões, entre outros. Também existem as fazendas terapêuticas, onde os dependen tes permanecem por no máximo 12 meses, recebem acompanha mento psicológico, sóciofami liar com assistente social. A fa mília também é acompanhada e orientada, por grupos de orien tação, espiritualidade e fé. Para que o tratamento dê certo é ne cessário o engajamento da fa mília, dos amigos, pessoas pró ximas, profissionais de diversas áreas como: assistente social, psiquiatra e/ou clínico geral, psicóloga... Célio Pinheiro, policial mili tar de Frederico Westphalen, diz que aumento do consumo de crack na nossa região é visível. “É uma guerra perdida, se não houver aquele comprometimen to de toda sociedade, não tem mais saída!”
Cultura
Agosto de 2010
Editora Francieli Aparecida Traesel <francielitraesel@gmail.com>
Frederico Westphalen FOTO DE MARCIELLE MARTINS
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Teatro que alimenta a alma Grupo "Novos loucos poetas" ensaiando a poesia de Cecília Meireles no Colégio Roncalli
Grupo de alunos da UFSM de Frederico ensaia peça baseada em Cecília Meireles
D
Marcielle Martins
marcijornalista@hotmail.com
ançar, interpretar, pin tar o chão, descarregar as energias negativas e entrar de cabeça no fantástico mundo do teatro. Trabalhar a poesia em palco através das pa lavras de Cecília Meireles, ho menageála e fazer com que o tributo, num passe de mágica, vire a peça ensaiada! Esse é o grupo de teatro “Novos loucos poetas”, que nasceu sob direção do ator e Professor de teatro Da nilo André Gregory. Os alunos são acadêmicos do curso de Jor nalismo da UFSMCESNORS. Alguns já tinham vínculo com a arte, outros simpatizantes que estão aprimorando as técnicas, mas o que realmente importa é que todos tem uma vontade em comum: transmitir ao público todo o amor pelo teatro! A idéia surgiu quando alguns integrantes do grupo entrevista ram o professor para um traba lho da faculdade, ao ver os ros tos Danilo começa a sonhar com um grupo de teatro que fosse
voltado para os acadêmicos de Jornalismo. O sonho foi posto em prática, no primeiro encon tro o professor distribuiu os pa péis de outra peça – Sonhos de uma noite de verão de Shakes peare. Quando surgiu o segun do ensaio a peça não saiu do pa pel e tudo mudou, Danilo mirou os olhares brilhantes de seus alu nos e não teve outra, sugeriu Ce cília Meireles. “Por ser simplesmente Cecí lia, por ter tanto a nos dizer. Há tanto na solidão de Cecília. Há tanta intensidade em tudo que se refere a ela. É poeta, profes sora e sempre será. Também por ter sido jornalista, o que vem di retamente ao encontro de todo elenco”, relata Danilo.O elenco é formando por dez acadêmicos de jornalismo, podendo contar ainda com algumas participa ções especiais. Por todos serem novos, apaixonados pelo mun do da poesia e das artes cênicas surgiu o nome ‘’Novos loucos poetas”. Segundo o professor, “A pe ça ensaiada é o retrato da soli dão de Cecília. É a socialização
Martha Steffens de 22 anos, tem o teatro em sua vida como amor e terapia. “A emoção que você sente quando está em cima do palco, toda aquela energia que um passa para o outro, não tem preço”, relata a estudante
"É olhar o reflexo de Cecília questionando em que ‘espelho’ ficou perdida a sua face”. Danilo André Gregory, ator e professor
dos sentimentos mais puros que a poesia pode nos proporcionar. Uma busca aos amores que por ventura não aconteceram e dei xaram um vazio imenso em ca da verso. É olhar o reflexo de Cecília questionando em que ‘espelho’ ficou perdida a sua fa ce”. Em meio a vida universitária, o grupo consegue um tempo e todas as terças – feiras se reúne no salão de atos do Colégio Ron calli, os ensaios duram em mé dia três horas. É quando saem do mundo real e encarnam o per
sonagem desse mundo só de ar te. Nos encontros eles dançam, interpretam, erram, acertam, dan çam, riem, choram, praticam a fala, a respiração e até mesmo a troca de energia positiva. Tu do isso para o bom andamento dos ensaios e do grupo. Para a mestra em educação e especialista em Literatura Bra sileira, Simone Steffanelo: “Precisase de jovens com ini ciativas assim, que resgatem va lores sociais e éticos perdidos, valores que façam com que cri anças e pessoas mais velhas vol tem a sorrir para a vida e tenham esperança de dias melhores. Pois, tanto no palco da vida co mo no teatral a literatura é dig na de muitas vezes representar o que não somos”. O professor Danilo André Gregory possui registro profis sional de ator desde o ano de 1994. Em 1999 já ministrava profissionalmente oficinas, mas o amor pelo teatro vem desde criança, tanto é que com quin ze anos de idade já escrevia, di rigia e atuava. Danilo já levou outro grupo
Diésmen Rodriguez, 21 anos, sempre fez teatro amador na escola. Já havia participado de outro grupo ministrado pelo professor Danilo. Acredita que o teatro ajuda a pessoa a ter mais atitude e a se posicionar perante a sociedade.
de teatro, constituído aqui no município de Frederico West phalen, a participar de um epi sódio do “Histórias Extraordi nárias” na RBS TV. Interessados em fazer contato com o grupo devem ligar para o telefone: 96090123
Um pouco de Cecília
Conforme a professora, Si mone Steffanelo, “Os poemas de Cecília tem um cuidado mui to grande com a musicalidade e são envoltos a um universo mui tas vezes de sonho, de fantasia e solidão. Suas produções cos tumam ser muito belas e agra dáveis de ler”. Os poemas da autora são marcados pela passagem do tempo, pois tem a visão de que tudo é transitório e de que o fim está sempre no horizonte. “Ela continua sendo de extre ma importância para a socieda de, pois por meio de suas narra tivas passamos a nos entende melhor. Nossas alegrias, triste zas por meio de uma pessoa que tão bem soube Expressar”, com plementa a professora. Luis Barp de 18 anos, participou cinco anos de grupos de teatro e dois anos de grupos de poesia na cidade de Xanxere SC. Ao chegar em Frederico Westphalen sentiu falta das artes cênicas, encontrou no grupo a oportunidade de dar continuidade de aprimorar as técnicas teatrais.
Política vai à escola
Editora Isabella Mayer de Moura <isabellammoura@gmail.com>
Agosto de 2010
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Em ano eleitoral, a sala de aula não deixa de lado um tema tão importante quanto a política. Angélica Aires e Viviane Vendrusculo
E
licaaires@gmail.com, vivi_rai13@hotmail.com
A política é tema de debate em sala de aula série de produtos que você pre cisa para manter a produtivida de, e interfere a toda a popula ção, interfere na qualidade da água, do ar e do solo e, obvia mente, isto é política. Por isto a importância de se tratar destes assuntos – afirma o Diretor do Cesnors. Para o acadêmico de agrono mia do Cesnors, Carlos Busa nello os jovens não tem interes se em política, eles não par ticipam e assim acabam se omitindo. Está faltando mais politiza ção por parte dos estudantes, muitos escutam e entendem, mas não participam do debate.
Saiba o que é Política Política derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indica todos os procedimentos relativos à polis, ou CidadeEs tado. Podendo ser significado também como sociedade, co munidade ou coletividade. Ou tra dominação é que política re ferese à arte ou ciência da organização, direção e admi nistração de nações ou Esta dos. O conceito de política atual nasceu em Atenas. Para os gre gos política está diretamente li gada a liberdade. Pois a liber
dade seria a própria razão de viver. Em alguns regimes a ci ência política é a atividade dos cidadãos que se ocu pam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância. O estado é a organização política de um governo, o qual exerce poder sobre determina do território e população. So mente com o estado a convi vência pacifica é possível, pois ele está acima dos inte resses individuais.
Isso se torna interessante para si, mas se não participar, as coi sas não acontecem. Você acaba se omitindo, pois deixa o deba te, as discussões, somente para as outras pessoas. Constantemente a política é confundida com as ações dos políticos profissionais, princi palmente com aqueles que não fazem um bom trabalho. Isso acarreta uma generalização, for mando a imagem de que todo político é corrupto. A educação de hoje desem penha papel fundamental na vi da dos jovens eleitores. Isso por que, é na escola e na universi dade, que é dada a oportunida de do estudante refletir, debater e opinar os mais variados assun tos. Sendo nesse período tam bém, que o estudante se envol ve em política, podendo par ticipar do grêmio estudantil, diretório acadêmico e assim por diante. Inclusive muitos políti cos partiram desse princípio, co meçaram sua política na escola e seguiram após sair dela. Esse papel de ensinar os jo vens a ver a política cabe tanto aos pais quanto aos professores, cada um da sua forma de ensi no e abordagem. Mas as deci sões e escolhas de quem é me lhor, quem desempenha um papel melhor cabe ao próprio estudante. Não deixa de ser verdade que, muitos políticos quando alcan çam o poder se esquecem de to
DIVULGAÇÃO
m 2010 a população bra sileira vai mais uma vez às urnas escolher seus representantes do governo. Po rém, será que esse assunto é tra tado em sala de aula, com os no vos eleitores? Esses jovens sabem o que é política e o que ela acarreta? Para descobrir as respostas dessas questões, en trevistamos professores das re des municipais, estaduais e de ensino superior para saber co mo o assunto política é tratado em sala de aula. A professora de história da Escola José Canelas, Jussara Ja comelli, conta que o assunto é tratado por ela em sala de aula, mostrando que política não é so mente um partido político. Todas as relações envolvem política, em todos os momentos nós tomamos decisões, e toda e qualquer decisão é uma decisão política. Eu costumo dizer aos meus alunos, que todas as op ções os quais fazemos são op ções políticas. A sala de aula é dotada de decisões políticas – salienta Jussara. Para o diretor do Centro de Educação Superior Norte do RS, Cesnors, professor doutor Ge nésio Mario da Rosa comenta, sempre que o assunto debatido em sala de aula oportuniza, ele aborda o tema, porém de forma apartidária, pois é professor de agrárias, e esta é uma área que muito depende da política econô mica. Tanto a Agronomia quanto a Florestal possuem uma legis lação. Podemos pegar, por ex emplo, Agronomia: você preci sa produzir, mas o sistema produtivo hoje é carente de uma
VIVIANE VENDRUSCULO
Política
Frederico Westphalen
Alunos discutem sobre política dos os valores éticos e morais que defendiam em prol de um objetivo único: a oportunidade de continuar no poder. Isso é perceptível na enxurrada de es cândalos que acompanhamos nos jornais, revistas, rádio e te levisão, e que acaba por desa creditar a política estatal.
Valores
As pessoas que exercem a função política devem ter espí rito republicano e ético para bus carem, além do poder, o bem co mum. Esta busca é influenciada por ideologias e valores de ca da um. Valores estes que estão ligados a princípios morais e éti cos aceitos na sociedade, sendo que na política, prevalece a éti
ca da responsabilidade, pois se espera é que eles busquem o bem público de forma pruden te, mas com coragem, afinal as decisões por eles tomadas influ enciam as vidas das nações na qual pertencem. As pessoas ainda não perce beram a importância de decisão que está em suas mãos, o voto, rejeitando o direito de cidada nia defendido por muitos, des perdiçando esta oportunidade votando em branco ou simples mente anulando o voto. Mas co mo dizia, Platão, o filósofo gre go: “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de po lítica. Simplesmente serão go vernados por aqueles que gos tam”.
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Rural
Cooperação gera rede solidária Agosto de 2010
Frederico Westphalen
Editora Aline Rechmann <arechmann@gmail.com>
União de pequenos agricultores leva à criação de rede para comercializar produtos coloniais
C
FOTO LÉO VOITACK
Léo Voitack
jubaleo1@yahoo.com.br
rise no campo, falta de incentivo, desgaste do solo, matriz produtiva, êxodo rural, agricultores em bus ca de alternativas. Estas ques tões já tiraram o sono de muita gente, mudaram cenários, vidas, mas também despertaram incan sáveis lutas em busca de supe ração. A Cooperativa de Produtos da Agricultura Familiar (CO PRAF) surgiu por iniciativa dos produtores, é fruto de longos anos de trabalho. Os agriculto res perceberam que sozinhos não iriam conseguir agregar for ças e atender todas as exigênci as para legalizar seus empreen dimentos. Através do Programa do Território da Cidadania do Ministério do Desenvolvimen to Agrário, surgiu a necessida de de organizar a Rede de Coo peração Solidária (RECOSOL) reunindo 17 cooperativas inte gradas. A primeira ação prática foi à abertura do Centro de Co mercialização dos Produtos da Colônia em Frederico Westpha len, por ser um centro consumi dor maior.
Qualidade
Vendas
O aumento das vendas é mais um dos pontos alavancados pe lo Centro de Comercialização. Vanderlei Zonta, proprietário da agroindústria NATUFRED, lo calizada na linha Boa Esperan ça, percebe que seus produtos passaram a ter uma visibilidade maior do que a obtida nos su permercados, por exemplo. “As pessoas que vão até lá estão em busca de alimentos da agricul tura familiar. Isso dá mais cre dibilidade aos produtos, as pes soas conhecem sua origem e
O agricultor Bruno Magalski, da Agroindústria Magalski, dá atenção especial à plantação de morangos
isso passa confiança de que este tem mais quali dade”, salienta Zonta. Em breve, a Natufred pretende disponibilizar ao consumidor, um suco de uva produzido de for ma orgânica em todo o processo, desde o plantio até a colheita e industria lização.
Intercâmbio
Os consumidores aprovam a iniciativa de venda direta dos produ tos oriundos da agricultu ra familiar. A procedên cia e a qualidade do que tem sido comercializado nos pontos de venda or ganizados através da CO PRAF, é requisito pri mordial para a preferên cia pelos produtos. “O que tem aqui, vem direto do colono e por isso eu confio”, afirma o aposen tado Hilmar Meyer. Estas iniciativas não são isoladas. O municí pio de Erval Seco tem um quiosque integrado à Clientes aprovam o ponto de comercialização
FOTO LÉO VOITACK
A família Magalski da Linha Encruzilhada, interior frederi quense, é um destes exemplos. O casal e doze filhos não tinham mais condições de continuar pro duzindo soja, milho e fumo com pouca terra e sem recursos para investir na propriedade. Com a implantação da fruticultura e a criação da agroindústria famili ar a realidade começou a mudar e hoje um dos maiores objeti vos é a organização da produ ção. A empresária rural, Clari ce Magalski ressalta que tendo produto de qualidade o comér cio é garantido e que a ideia es tá dando certo. Segundo ela, a criação deste espaço se torna um ponto permanente de vendas, uma vitrine para as agroindús trias.
RECOSOL em funciona mento e outros municípios como Boa Vista das Mis sões, Nonoai e Trindade do Sul estão em processo de implantação. Assim haverá um intercâmbio regional de produtos. A RECOSOL sur giu com esta finalidade: fa zer circular, primeiramente dentro da região, os produ tos da agricultura familiar. Potencializar volumes mai ores de produtos para atin gir centros como Porto Ale gre e São Paulo também está dentro do plano de objetivos desta rede de comercializa ção. Neste sentido, o Presi dente do Sindicato dos Tra balhadores Rurais (STR) de Frederico Westphalen, Célio de Pelegrin comemo ra: “Foi um grande passo criar a COPRAF/RECO SOL pois esse trabalho é pioneiro dentro do Projeto dos Territórios. É a única região no estado a consti tuir uma rede de comerci alização de produtos da colônia”.
Rural
Agricultura familiar: cada vez mais longe da produção de grãos Frederico Westphalen
Editora Aline Rechmann <arechmann@gmail.com>
Agosto de 2010
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Diversificação da matriz produtiva consolida novos modos de produção, abrindo espaço para agroindustrialização, suinocultora e bovinocultura de leite. A produção de grãos cai. FOTO DE MARCOS CORBARI
Ébida Santos e Marcos Corbari
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ebida_santos@hotmail.com, marcos.corbari@gmail.com
região do Médio e Al to Uruguai (MAU) es tá presenciando uma transição no que se refere a mu dança de matriz produtiva nas pequenas propriedades rurais, administradas em sistema de agricultura familiar. Há cerca de uma década, incentivavase aos pequenos agricultores a produ ção de grãos e com isso muitos que levaram a lavoura até o li mite do quintal da casa, acaba ram tendo que abandonar o cam po devido a instabilidade do mercado. – O mercado de grãos apre senta uma série de problemas difíceis para o pequeno produ tor enfrentar. O planejamento da lavoura envolve a tomada de crédito no sistema financeiro. É uma aposta alta em um merca do que já provou, há muito tem po, que é instável – comentou o Secretário Municipal da Agri cultura, de Seberi, Élton Côcco Martins.
Diversificação
Terezinha, Piton, Irene e Mezaroba: quatro faces da produção familiar que deu certo
premiada, pelo Governo do Es tado e pelo Senar (Serviço Na cional da Aprendizagem Rural), pela excelência em produção. Antes de investirem no leite trabalhavam com a produção de grãos, porco para abate, gali nhas, entre outros. A produtora afirma que valeu a pena ter mu dado para a produção exclusiva de leite. Dona Terezinha acredita que quando a área de terra disponí vel é menor, o pequeno produ tor deve apostar numa única ma triz produtiva. Nas palavras simples da pro dutora de leite, o pequeno pro dutor rural “tem que se especi alizar. E mais do que isso: tem que ser um empresário rural. Não dá mais pra ser apenas um ‘tirador’ de leite, porque daqui alguns dias isso não vai mais existir”.
O viés administrativo tam bém é uma visão trabalhada ho je por órgãos e entidades liga dos ao setor rural. O engenheiro agrônomo Genésio Mário da Ro sa, doutor em engenharia agrí cola, aponta a necessidade de o produtor administrar a proprie dade como se a mesma fosse uma empresa. – O grande erro atual é ainda considerar a propriedade como um local voltado só para o ex trativismo. No caso específico da pequena propriedade, é inte ressante investir na matriz di versificada, com a definição de um produto chefe dentro da pro priedade, mas é preciso que o produtor se especialize em ou tros produtos que estarão agre A subsistência gados a propriedade – comenta Irene Reis da Silva e Otomar Genésio. da Silva, residentes na Linha Te soura, interior de Seberi, admi Produção leiteira nistram uma área de 7,5 hecta Dona Terezinha da Silva e res, onde mantém uma pequena seu João Adair da Silva traba agroindústria, e apesar disso, lha na atividade leiteira há 20 uma produção diversificada, anos e há 15 vem se especiali “praticamente tudo o que se usa zando na área, através de cursos na alimentação a gente produz desenvolvidos dentro da Asso na propriedade, feijão, milho, ciação dos Produtores de Leite. plantas medicinais, cana de açú A propriedade de 7 hectares é car da qual é feito o açúcar, o modelo, já tendo inclusive sido melado, a chimia”.
Tudo aquilo que puder colocar na mesa, sem precisar gastar dinheiro no mercado é lucro para agricultura, porque aquilo que você produz, você faz com qualidade. Irene dos Reis, agroindustrial.
O casal procura preservar mé todos tradicionais e aproveitar tendências atuais para agregar valor a produção, como a agro ecologia, por exemplo. Mas o alimento da própria família ain da é o foco central para Irene e Otomar: – Eu penso que tem que ter diversificação na propriedade, tudo aquilo que puder colocar na mesa, sem precisar gastar di nheiro no mercado é lucro pra agricultura, porque aquilo que você produz, você faz com qua lidade e sabe o que produziu e o que está comendo – ressaltou Irene. A família chegou a prio rizar a plantação de soja e o lei te, o que hoje, segundo eles, se
ria inviável por envolver muita mão de obra.
produção para o associado” – explicou o presidente, Élton Mezaroba. Para ele a uva já re Suinocultura presenta uma nova matriz pro Para Vitalino Píton, presiden dutiva para as 31 famílias que te da associação de suinoculto participam do empreendimen res de Frederico Westphalen, a to, “a uva hoje para os nossos produção em parceria com fri associados já é a principal ati goríficos e cooperativas é uma vidade” – comenta com orgu alternativa viável, pela garantia lho o presidente. de rentabilidade mensal. O sui nocultor, afirma que o produtor Caminho certo deve trabalhar atento as novas Para o professor Genesio Má tecnologias e investir em conhe rio da Rosa o mais importante cimento. “O sindicato está pre é a profissionalização. O produ sente para auxiliar o produtor to principal da propriedade de no que for necessário, as peque ve ser identificado e trabalhado nas propriedades precisam se com atenção máxima ao proces organizar para melhorar e ter so administrativo. “O que está melhor renda”. faltando na minha visão é con siderar a propriedade como uma Cooperativismo empresa e se ter um gerencia Incentivados a investir na mento um pouco melhor das ati fruticultura, agricultores de vidades, falta pensar onde uma Ametista do Sul estão apostan coisa se liga com a outra para do na cooperação para agregar agregar valor dentro da propri valor a sua produção e con edade” – comentou. quistar mercado. Esse é o ca A produtora de leite Terezi so da Cooper Ametista, que nha não tem saudade dos tem produz vinhos, tanto voltados pos em que a propriedade era ao consumo “de mesa”, quan administrada de forma amado to vinhos finos, principalmen ra e o casal se deixava levar te das variedades Cabernet Su pela tendência dos grãos: “A avignon. vida antes era mais ‘apertada’, – A cooperativa surgiu para mais difícil. Agora todo o fi dar legalidade à produção dos nal de mês a gente tem um re associados. Aqui nós trabalha torno e pode até comprar algu mos em parceria, o associado ma coisa contando com o traz seu produto, a cooperati dinheiro, porque a já estamos va vinifica e depois retorna a organizados”.
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Saúde
A dengue “infesta” o Estado Agosto de 2010
Editoria Ediane Zanella <edianezanella@hotmail.com>
Frederico Westphalen
O Rio Grande do Sul registra mais de 4 mil casos da doença transmitida por mosquitos FOTO DE DANIELA SILVEIRA
Bárbara Avrella e Daniela Silveira
D
barbara.avrella@hotmail.com, daani.h@hotmail.com
Locais onde podem ocorrer focos do mosquito
cia epidemiológica e mobiliza ção social, com o objetivo de in terromper a circulação do vírus, evitando a proliferação do mos quito.
Conscientização
A SES disponibilizou um to tal de um milhão de reais para auxiliar no combate à dengue. Esta verba foi destinada a 54 municípios do estado que tive ram registros de focos do mos quito transmissor. A distribui ção desse recurso foi feita conforme o número de habitan
tes de cada lugar. O objetivo foi utilizálo para a contratação e capacitação dos Agentes, bem como ações e campanhas de con trole às larvas e aos mosquitos. O Noroeste foi a região mais afetada, onde está localizada a maioria desses 54 municípios. Frederico Westphalen está en tre esses. Além de focos do mos quito, foram confirmados dois casos, referentes a pessoas con taminadas com o vírus vindas de outros municípios. As cidades com maior inci dência de casos são Ijuí, Santa FOTO DE ALTAMIR BERTOLLO
esde janeiro deste ano o estado vem registran do um aumento expres sivo no número de casos de den gue. Cerca de 4.461 casos foram confirmados pelo Centro Esta dual de Vigilância em Saúde (Cevs) até o começo de maio. Neste último mês diminuíram os registros no estado, princi palmente, em função da queda da temperatura, ocasionada pe la chegada do outono. Em 2007, o estado teve o pri meiro foco de dengue, na cida de de Giruá, no Noroeste. A par tir daí, criouse medidas de combate ao mosquito transmis sor, intensificando o esforço dos Agentes da Dengue. Estes têm por funções: combate de focos do mosquito transmissor auxi liando na coleta de entulhos (pneus, garrafas, latas, potes etc.), eliminação de locais com água parada, utilização de ve nenos e telas de proteção, além da fiscalização dos imóveis, conscientização da população e palestras nas escolas. Mesmo com esse trabalho, alguns mu nicípios não conseguiram con ter o avanço da doença, decre tando estado de alerta. Conforme o diretor do Cevs, Francisco Paz, a possibilidade de uma epidemia no estado não está descartada, pois atualmen te 64 municípios estão infesta dos pelo transmissor. Caso isso ocorra, o estado está preparado. Para que não atinja maiores pro porções, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) realiza, junto com o município atingido, além do apoio do Ministério da Saúde , ações de controle do mosquito transmissor, vigilân
Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença
Rosa e Santo Ângelo, que so mam 3.820 casos, sendo um de dengue hemorrágica, o estado mais avançado da doença. Um número expressivo se compara do ao total de infectados em to do estado. Nesses municípios a situação de alerta epidemioló gico foi decretada. Além das campanhas gover namentais de prevenção, é im portante que haja a conscientiza ção da população, já que o modo mais eficaz de evitar a doença é impedir o nascimento do Aedes aegytpi. Maneiras práticas como manter caixas d’água, tanques e barris devidamente fechados e não deixar acumular água em garrafas, pneus, latas, calhas de telhados, vasos de flores etc., aju dam no combate da reprodução do transmissor. A dengue é uma doença viral com os sintomas muito seme lhantes aos do resfriado e da gri pe, diferenciandose apenas por não apresentar problemas respi ratórios. Esses sintomas, geral mente, são sentidos após 15 di as da picada do inseto. O indivíduo infectado pode apre sentar: febre alta com dores de cabeça, cansaço, dor muscular, dor ao redor dos olhos, náusea, vômito e dor abdominal. É freqüente que, de 3 a 4 di as após o início da febre, ocor ram manchas vermelhas na pe
le, parecidas com as do sarampo ou rubéola e coceira. Também é comum que ocorram peque nos sangramentos no nariz e na gengiva. Os médicos recomen dam que pessoas com suspeita da doença devam procurar aten dimento médico e não tomar re médios que contenham em sua fórmula ácido acetilsalicílico, substância encontrada em me dicamentos como AAS, Aspiri na, Melhoral e Doril. Como ain da não existe tratamento, as medidas a serem tomadas são ingestão de líquido em grande quantidade e repouso.
A Dengue
Causada por um vírus da família Flaviridae através da picada da fêmea do mosquito transmissor, Aedes aegypti. Este se reproduz em locais onde há o acumulo de água parada. São típicos de regiões urbanas e de clima tropical, pois, não conseguem viver em locais frios.
Saúde
Saúde pública tem solução? Frederico Westphalen
Agosto de 2010
Editoria Ediane Zanella <edianezanella@hotmail.com>
Gabriella Bellé e Ricardo Carlesso
O
gabriella.belle@hotmail.com, rcarlesso@gmail.com
Mau atendimento
O posto de saúde é responsá vel pela maior parcela de aten dimentos básicos para a popu lação municipal. Além disso, é referência regional na realiza ção do exame: “Teste da Orelhi nha” e no “Serviço de Atendi mento Especializado – SAE”
Sala de pronto socorro do Hospital Divina Providência
referente a pacientes portadores do vírus HIV, Hepatites Virais, Hanseníase e Tuberculose. No entanto, problemas similares aos encontrados no HDP, são vistos no posto de saúde. “Têm funci onários até demais, mas gente trabalhando mesmo, é pouca. Nós conseguimos os medica mentos requeridos, mas fomos muito mal atendidos”, diz Mar ta Gadonski. Ela continua: “não estamos pedindo favor. Paga mos nossos impostos e temos os nossos direitos. Por isso, acho que precisaria maior conscien tização dos funcionários”.
A Secretária Municipal de Saúde, Ana Cristina dos Santos, através da Assessoria de Impren sa, afirma que não tem conhe cimento detalhado do mau aten dimento, contudo, várias me didas estão sendo tomadas para melhor atender a população. “Já foram aprovadas e se encontram em fase de implantação duas no vas equipes de estratégia de saú de da família, no Bairro Jardim Primavera e no Bairro Apareci da, o que certamente proporci onará uma melhora no atendi mento às referidas comunidades e diminuirá o fluxo na Unidade FOTO DE RICARDO CARLESSO
atendimento público é um assunto que está sempre em voga na so ciedade. Em Frederico Westpha len, não é diferente. Depois de presenciar um atendimento no Posto de Saúde e ouvir muitas reclamações quanto ao Plantão do Hospital de Caridade Divina Providencia (HDP), decidimos pesquisar de que maneira o aten dimento público pode ser me lhorado, para suprir as necessi dades da população. O município de Frederico, lo calizado na Região do Médio Alto Uruguai, é considerado Pó lo Regional de Saúde, receben do pacientes de diversas locali dades. Esse contingente de pessoas que necessitam de aten dimento público diariamente, por muitas vezes, acaba dificul tando o bom atendimento dos profissionais de saúde. Sendo assim, as principais reclamações recaem sobre o quadro de fun cionários e o tempo excessivo de espera por atendimento. Como diz Fátima Machado “o atendimento demora muito, mesmo nos casos mais graves. Eles levam em conta a ordem de chegada, não o estado da pes soa”. Mesmo com as reclama ções constantes, os administra dores do hospital não têm conhecimento de tais proble mas. “Reclamações sobre de mora não chegaram até nós. Mas quando isso acontece, nós procuramos sanar os problemas
imediatamente”, afirma o admi nistrador do hospital, Édio Cres tanello. Outro problema recorrente no plantão é a falta de sensibilida de dos funcionários para com as pessoas que aguardam atendi mento. “Alguns enfermeiros e mesmo o pessoal da recepção, muitas vezes são mal educados conosco, e também, falta cola boração de alguns médicos”, diz Idelma da Silva, que teve com plicações na gravidez e neces sitou fazer o trabalho de parto em Palmitinho, devido à falta de atendimento adequado. O Diretor Técnico do HDP, Dr. Vinicius Mauro, salienta al gumas dificuldades encontradas pelo plantão: “temos alguns pro blemas quanto à demora no aten dimento, pois há apenas um plan tonista para suprir às 12 horas de plantão, e cinco sobreavisos para diferentes áreas, como por exemplo, obstetrícia. Outro fa tor que sobrecarrega o plantão é o fato do posto de saúde não dar conta de todos os pacientes durante o dia”. Sobre as recla mações quanto a falta de tato dos funcionários, Dr. Vinicius diz que “quando há alguma quei xa, logo apuramos os fatos e ‘pu nimos’, se for o caso, os respon sáveis”.
FOTO DE GABRIELLA BELLÉ
O atendimento público de Frederico Westphalen deixa a desejar
População aguarda atendimento no Posto de Saúde
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Central. Além disso, encontra se em tramitação na Câmara Municipal de Vereadores um projeto que visa a contratação de dois novos profissionais mé dicos, a fim de facilitar ainda mais o atendimento à população do município”, conforme a As sessoria de Imprensa.
Melhorias
Algumas das medidas para melhorar o atendimento, tanto do posto de saúde, quanto do HDP, é a implantação previs ta de duas Unidades de Pron to Atendimento 24 horas, a UPA: estrutura de complexi dade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospita lares, onde, em conjunto com estas, compõe uma rede orga nizada de Atenção às Urgên cia e do Serviço de Atendi mento Móvel de Urgência, SAMU, capaz de atender, den tro da região de abrangência, todo doente, ferido ou grávida em trabalho de parto, que es tejam em situação de urgência ou emergência. Para, a partir disso, transportálos com se gurança e acompanhamento de profissionais da saúde até o ní vel hospitalar. Essas medidas visam à redu ção do excesso de pacientes na sala de espera, principalmente em casos graves. Deste modo a população frederiquense e regi onal poderá ser melhor atendi da, com qualidade superior a da realidade de hoje, saturada pe lo excesso de atendimentos diá rios.
Saúde
Corra que a gordura vem aí Agosto de 2010
Editoria Ediane Zanella <edianezanella@hotmail.com>
A dieta radical ainda é a forma mais utilizada para a perda de peso Laize Zanon Turra e Mariana Montepó
S
izeturra@hotmail.com, marianalm_15@hotmail.com
er magra é ser bela! Mui tas mulheres utilizam es se ditado como lema de sobrevivência. E para consegui rem a tão sonhada “forma per feita” recorrem às dietas radi cais, travando uma verdadeira luta contra seu próprio corpo, deixando de lado uma vida sau dável, por não recorrerem à aju da profissional. O padrão de magreza quase esquelética, imposto pela mídia iniciouse nos anos 60 com a modelo Twiggy e ganhou força nos anos 90 com a influência da mídia, perdurando até os dias atuais. Com isso as dietas tor naramse a forma mais usada para a perda de peso e a obten ção de resultados rápidos. Estas dietas envolvem esfor ço tanto físico, psíquico e até emocional. Ficar sem alimentos essenciais para o organismo, e mesmo jejuar dias a fio, são ver dadeiros atentados à saúde, por que essas dietas reduzem a quan tidade de nutrientes necessários para o organismo funcionar bem. Segundo a nutricionista Caroline Marangon Dourado: “Devese consumir de tudo um pouco, em pequenas porções, e com intervalos constantes, o re comendável é alimentarse em média de 5 a 6 vezes ao dia, num intervalo de 2 a 3 horas”. Todo esse esforço pode até trazer resultados enquanto se es tá praticando, mas no momento em que se para, a consequência
Tipos de Dietas
Dieta da Lua: A lua tem quatro fases, então sempre que mudar a fase da lua, ficase 24 horas à base de líquidos: su cos, chás, águas, cafés, iogur tes e sopas batidas. Dieta da Sopa: Consiste em comer só sopa de legumes, sendo o repolho (aipo) predo minante, durante alguns dias e também permite a ingestão de frutas (maçã, melancia, ma mão e banana) Dieta da Seiva: Esta é mais uma dieta "bebível", ou seja, é uma bebida dissolvida num litro e meio de água com suco de 1 limão, que se deve beber durante 3 a 5 dias, e que substitui todas as refeições.
A escolha entre a saúde e o prazer é desastrosa, ocorrendo o efei to iôiô, ou seja, a volta de to dos os quilos perdidos, ou até mais, como a ocorrência de es trias e a flacidez. A estudante Graziela Lazzare, 25 anos, ado tou a “Dieta da Sopa” (veja box), onde permitia só comer sopa, no café da manhã, no al moço e no jantar. “Consegui fa zer durante um mês, o resulta do foi o esperado, emagreci 6 quilos, mas no momento em que parei de fazer a dieta tudo vol tou como era antes, mas voltou tudo em dobro”. A experiência de Franciele Dieta do Jejum: Esta nem pode ser considerada uma die ta, pois consiste em não comer nem beber nada durante os di as que se agüentar. Dieta dos Pontos: A dieta dos pontos atribui uma certa quantidade de pontos para to dos os alimentos e cada pes soa, depois de uma avaliação, tem um certo limite de pontos diários que deve cumprir. Dieta do Só: é permitido comer apenas uma variedade de alimento por dia. Ex: num dia você come apenas melan cia, no outro só banana.
Dieta do Dr. Atkins ou di eta da proteína: Nesse méto do reduzse ou cortase os hi dratos de carbono (massas, pão, batata) e abusase das proteínas e gorduras (carnes, peixes, ovos e lacticínios).
Gheno, 20 anos, comerciante, foi efetivada com a “Dieta dos Pontos” (veja box) e com o uso de remédios sem orientação pro fissional para inibir a fome. “Ob tive resultados que não foram duradouros, pelo simples fato de não ter orientação médica. Acabei não fazendo corretamen te a dieta, e com o tempo voltei ao peso que estava anteriormen te, talvez até mesmo por con sequência do remédio que tomei para inibir a fome”. Mas não são somente as mu lheres que utilizam essas dietas “malucas” como forma de ema grecer. André Cavalheiro, pro fessor e lutador de Muay Thai (Boxe Tailandês) é mais um pro tagonista dessa história e muda constantemente seu cardápio pa ra adaptar seu corpo às lutas: “Tenho muita variação de peso, mas não aconselho quem quer emagrecer a fazer o que eu fa ço, ficar dias se alimentando a base de alface e repolho, ou até mesmo sem comer nada. Quem quiser perder peso, procure um nutricionista, demora um pou co mais, mas dá resultado. Fa ço esses regimes loucos porque são mais fáceis, fico dois, três dias sem comer, já fiquei 6 dias sem comer nada, mas não acon selho ninguém a fazer isso”. Estas dietas promovem a per da de massa muscular e acabam afetando o metabolismo da pes soa. Para explicar podemos ci tar como exemplo: uma pessoa que perde 5kg por semana, está perdendo massa muscular e água do corpo e não a gordura. É esta perda que causa diferen
Quem quiser perder peso, procure um nutricionista, demo ra um pouco mais, mas dá resultado. André Cavalheiro, profes sor e lutador de Muay Thai (Boxe Tailandês)
ça na balança rapidamente, pois a mobilização de gordura demo ra muito mais tempo. Devese tomar cuidado com as dietas que suprem com um determinado tipo de nutriente da alimentação, como por ex emplo, o carboidrato. Esse nu triente é essencial para quem faz exercícios físicos emagreça, mas se tirálo da sua dieta ali mentar poderá ficar flácida. Os medicamentos voltados para auxiliar no emagrecimen to, também são um perigo a saú de sendo que muitas pessoas usamno sem recomendação mé dica. “Na verdade, esse tipo de medicamento só máscara o pro blema”, diz Caroline. Ela cita o exemplo os inibidores de apeti te: “Quando a pessoa para de to mar, a fome retorna, fazendo com que o que já se havia per dido volte novamente”. Outro agravante para quem é adepto às dietas radicais, é o au mento do risco de problemas cardiovasculares. O rápido ema
Frederico Westphalen
grecimento causa da nos ao coração e às artérias. O ideal é adotar uma dieta ba lanceada, no qual se consuma de 1300 a 1500 calorias diárias, e se perca cerca de 500 gramas por se mana. Assim haverá perda de peso cons tante e de forma sau dável. Quando a pes soa consegue emagrecer, ela deve ficar alguns meses em manutenção. Por exemplo, uma pessoa que emagreceu 3 qui los deve ficar 3 me ses em manutenção. O peso perdido é pro porcional ao número de meses de manu tenção. Essa é uma das fases mais criti cas de uma dieta, pois é nesse período que ocorre o efeito iôiô, e o peso perdido vol ta novamente, em dobro. É recomendado também, que quem queira emagrecer com saúde, procure a orientação de um nutricionista. Como com plementa Caroline: “É indicado fazer um plano alimentar indi vidual baseado nos hábitos ali mentares da pessoa, ou seja, a base de uma alimentação sau dável está na moderação em re lação a tudo o que se come”. A chave do sucesso de uma dieta é simples: a quantidade de ca lorias que comemos não deve ser maior que a quantidade que gastamos. “Certamente, a mais difícil e a mais efetiva arma no comba te à obesidade é a mudança comportamental, que pode ser resumida em comer de modo mais racional e se mexer de mo do mais constante, adotando há bitos saudáveis”, explica o psi quiatra Adriano Segal, da ABESO, em uma entrevista ao blog Dietas Nunca Mais. Ele complementa ainda: “Consumir menos calorias e gastar mais energia é o que determina a per da de peso, e isto deve ser feito por meio de uma reeducação alimentar e estímulo a pratica de atividade física”. O “padrão” de beleza não combina com uma vida saudá vel, pois os extremos da balan ça trazem problemas a curto, médio e longo prazo. O exercí cio físico é uma boa opção pa ra a perda de peso, de forma saudável e consciente. Não há necessidade de punir seu corpo para sentirse bem ou mais bonita na frente do espelho. FOTO DE LAIZE ZANON TURRA
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Esportes
Autônomos de dia, craques à noite Frederico Westphalen
Agosto de 2010
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Jogar futsal durante a noite está se tornando um hábito comum em Frederico Westphalen
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os meses de abril a ju lho, o município de Ta quaruçu do Sul rece beu os jogos do Campeonato Regional de Veteranos, edição 2010. A competição acontece anualmente com sede na cida de do último campeão. Como o time do Botafogo conquistou a edição 2009, as tradicionais disputas vieram parar em terras taquaruçuenses. O campeonato conta com jo gos que estão atraindo uma boa quantidade de pessoas, princi palmente nos dias dos famosos clássicos, que contam com jo gadores de destaque no âmbito Parceria regional. Uma solução para isso é en Um exemplo, é o agricultor contrada pelo agricultor Velcy Luiz Carlos Fernandes, de 50 Fernandes que tambem jogou anos. Ele joga futebol desde cri futebol antes de seus 52 anos. ança. “Os projetos de inclusão como Com o passar dos anos, nos o segundo tempo proporcionam tempos em que o futebol regi uma nova inclusão de crianças onal possuía bons times, ele jo e adolescentes, pois alia a edu gava nas principais equipes. Na cação com o esporte”. naquela época a região possuía O Regional de Veteranos es bastante jogadores de talento, ta em sua fase final. Nela, os mas para se jogar em um gran jogos são mais eletrizantes e de clube era extremamente di com um bom público presente. fícil, pois os times da capital O projeto segundo tempo é O futebol é a forma de atividade dos veteranos nunca vinham para a região a um projeto do governo federal procura de jogadores para seus em parceria com os municípi A população contagiada com incentivam seus filhos a toma clubes. os para que estes criem escoli o clima de Copa do Mundo le rem gosto pelo esporte e, quem Hoje, Luiz Carlos joga na ca nhas de futebol. va a família para ver os jogos e sabe, se não atletas, os filhos se
tornem bons cidadãos molda dos pelo clima de disciplina e integração do esporte.
andermalagutti@yahoo.com.br
ue o futebol é mania e paixão mundial, todo mundo já sabe. Que tem gente que faria de tudo pra ver seu time campeão, não é difícil perceber. Mas basta andar uma noite pelos ginásios de Frederi co Westphalen para perceber que o futebol não fica só na te levisão. É durante a noite que muitas pessoas deixam de ser expecta dores do futebol para virar jo gadores. Não interessa idade, sexo e contra quem é o jogo. O que realmente importa é o di vertimento e a prática deste que é considerado o esporte mais po pular do planeta. Os jogos de futsal nas noites de Frederico é tão intensa que quase não existem horários va gos nos ginásios. Quadras co mo as do Ipiranga, da Escola Cardeal Roncalli, do Itapagé e do Cañellas são as mais dispu tadas. Responsável pela quadra do ginásio Roncalli, Seu Adão Mo
Os ginásios frederiquenses recebem jogos todas as noites
reira de 56 anos e há 24 anos co mo funcionário da escola, co menta que não há mais horários disponíveis e que mesmo assim a procura é muito grande. Ele cita também que os horários en
tre as 19 hrs até as 22 hrs são os mais procurados para jogar. Além de agendar os horários da quadra, Seu Adão dá exem plo. “Acho legal as pessoas pra ticarem esportes, porque isso faz
Futebol movimenta municípios da região
N
Cassiano Fernandes
cassiano_correntino@hotmail.com
tegoria de veteranos, pois apre senta problemas no joelho. “Pro curo revezar com os compa nheiros de time, assim não me esforço tanto fisicamente”, con clui. O agricultor finaliza que mesmo não estando 100%, não perde as partidas, estando “sem pre em contato com o esporte mais popular do mundo, o fu tebol”, finaliza. No entanto, Luiz Carlos des taca também o desinteresse dos jovens pelo esporte. “O pessoal mais novo parece que não está muito interessado em futebol, só querem saber de festas o que faz com que muitos jovens percam o interesse pelo esporte”.
FOTO DE CASSIANO FERNANDES
bem para a saúde. Eu mesmo dou um horário para uns meni nos jogarem de graça para que eles não fiquem na rua fazendo besteira e usando drogas”. E não são apenas os homens
que mostram suas habilidades. Em quase todos os ginásios pes quisados, as mulheres marcam presença. Sem medo de precon ceito por parte dos homens, elas dão um show. Clarissa Hermes, acadêmica de Jornalismo do Cesnors/UFSM, conta que des de pequena joga bola. “Eu vivi minha infância inteira jogando bola num campinho de que ti nha em frente a minha casa. Só tinha vizinhos meninos, então sempre estive no meio deles”. Ela comenta também que não existe preconceito por parte dos homens. “Muito pelo contrário. Sempre joguei junto com eles sem nenhuma desvantagem. Is so era bom, porque eles sabiam que se faltasse alguém no time eles poderiam me convidar sem problema algum”. Para jogar uma hora, os inte ressados terão que desembolsar entre R$ 20 e R$ 35, conforme o ginásio preferido. Mas para muitos, o preço é o que menos importa. O que vale é o show. Além de praticar um esporte, o futsal ajuda também a manter uma boa forma física.
ANDERSON MALAGUTTI
Anderson Malagutti
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Economia
Mabella, Marfrig ou Seara? Agosto de 2010
Frederico Westphalen
Frigorífico Mabella passa a integrar a Nova Seara Alimentos
FOTO DE CLOMAR TOLEDO
Clomar Toledo e Iedo Zortéa
O
toledolocutor@hotmail.com, iedo_zortea@hotmail.com
Vista parcial da empresa Mabella
terão esta denominação por uma questão de operacionalização, ou seja todas agora serão Nova Seara Alimentos. CN A marca Mabella perma necerá no mercado? Mariotti A marca Mabella já é bastante conhecida no mer
cado nacional através da quali dade dos seus produtos indus trializados, será um produto top de linha da empresa levando o selo da Seara. Os produtos co mercializados nos grandes cen tros conquistaram o consumidor e por isso permanecem no mer
cado. CN Como foi à evolução da indústria após a compra pelo grupo Marfrig? Mariotti Desde novembro de 2007, quando foi adquirida pela Marfrig, não parou mais de crescer. Aumentando o número FOTO DE IEDO ZORTÉA
frigorífico de carne suí na sempre foi o maior gerador de empregos no município desde sua funda ção. Foi primeiramente chama do de Frigorífico Santo Antônio que mais tarde passou a ser Da mo S.A Sadia, Mabella e agora Nova Seara Alimentos. A suino cultura é uma importante ativi dade geradora de renda para os produtores de Frederico West phalen e região. Hoje, estes pro dutores realizam uma produção de forma integrada com a indús tria. A indústria foi fundada em 18 de Outubro de 2001, sendo que em novembro de 2007 foi com prada pelo Grupo Marfrig. Após esta aquisição os números de empregos diretos e indiretos do braram, além dos novos inves timentos e da construção de uma moderna fábrica de rações. Os produtos industrializados aqui no município e com a mar ca Mabella continuam sendo co mercializados nos grandes cen tros do país, principalmente em São Paulo. A marca Mabella que é conhecida pela qualidade em seus produtos, vai continuar exis tindo sendo fortalecida no seg mento de embutidos, defuma dos, salames, linguiças e outros. Os produtos innatura são co mercializados para diversos paí ses com destaque para o maior comprar que é a Rússia. A con quista do mercado internacional também se deve a alta qualida de dos produtos exportados sen do que os países da Europa fa zem diversas exigências para formalizar os negócios com fri goríficos do Brasil. Quando a indústria foi adqui rida pelo grupo Marfrig o nú mero de empregos diretos gira va em torno de 600, dois anos depois, está em 1.280. O núme ro de empregos indiretos tam bém dobrou. Com o crescimen to da indústria, o comércio de Frederico Westphalen, a presta ção de serviços e os aluguéis também se desenvolveram. O diretor geral da Nova Sea ra Alimentos, Darci Mariotti des taca o atual momento da indús tria em entrevista exclusiva. CN Qual o objetivo da mu dança da razão social para Se ara Alimentos? Mariotti A Marfrig comprou a Seara, que é uma empresa de tradição há mais de 50 anos no mercado e com várias unidades. Todas as empresas do grupo que trabalham com frango e suínos
Mariotti, diretor geral da Nova Seara Alimentos
de investimentos na produção e na construção de uma fábrica de rações, essa que já está em fun cionamento, dobrou o número de empregos diretos e indiretos. Foi um bom negócio para Fre derico Westphalen, pois este grupo é sério, com capacidade de investimentos e conquista de mercado. Quem criticou a ven da na época, hoje pode concluir que foi feita a escolha certa pe lo grupo de empresários da Ma bella. CN A indústria está vivendo um grande momento? Mariotti Estamos hoje, tra balhando com capacidade má xima em termos de abate, cerca de 2.100 suínos por dia, e de ex pansão no produtos industriali zados, sendo que a matéria pri ma das unidades de Frederico e Itapiranga quase na sua totali dade serão usadas para este fim. CN Na sua avaliação o que representa o frigorífico para F.W.? Mariotti Representa muito, porque sempre foi ao longo da nossa história, a maior indústria do município. A economia tem um ganho enorme em geração de emprego e renda, pois milha res de famílias vivendo do re sultado de seu trabalho na em presa.