Vacinação gratuita protege a população
Doenças do inverno Conheça os sintomas e como tratálas. Pág. 10
Prática ainda evita internações e óbitos. Pág. 10
Frederico Westphalen, julho de 2009. Ano 2, nº 4.
FOTO DE CARLOS DOMINGUEZ
FOTO CLARISSA HERMES
Jornallaboratório do Curso de Jornalismo do CESNORS/Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil.
A véia do Metal Conheça
FOTO DE MARIANA CORREA
Paul Di’anno faz show histórico em Frederico Westphalen. Pág. 6
os segredos do relógio da torre Contracapa
C i d a d e es t á c r es c en d o c o m d e s e qu i l í b r i o Novos cursos esquentam o mercado mas infraestrutura está desequilibrada. Pág. 2
É h or a d e s e pa r a r o l i x o Página 5.
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Cotidiano
Desigualdade Espacial Urbana Julho de 2009
Frederico Westphalen
Editora Laísa Bisol
Frederico Westphalen cresce de forma desigual com a vinda de novos alunos
F
rederico Westphalen sofre alterações na infraestrutura para oferecer aos alunos das uni versidades e escolas técni cas os recursos básicos de estudo, como a construção de prédios residenciais, pa vimentação de ruas e para das de ônibus para os alu nos. Este crescimento ocor re com mais intensidade no centro, enquanto os bair ros e periferias permane cem pouco povoados e de senvolvidos. Nesse contex to, tanto o setor privado como o público são os ve tores deste fenômeno. No turno da noite, ocor re a maior movimentação de alunos se dirigindo pa ra a aula. No entanto, a mai oria deles não mora na ci dade e faz diariamente o trajeto entre seus municí pios e Frederico Wetspha len. Sendo assim, as deman das desse grupo estão mais relacionadas com a acessi bilidade que possuem para se locomover dentro do pe rímetro urbano e com a es trutura da própria institui ção de ensino. Já os estu dantes do Centro de Edu cação Superior Norte do Rio Grande do Sul (Cesno rs), campus da UFSM loca lizado no interior de Frede rico Wetsphalen, passam o dia inteiro na universidade, ou seja, permanecem no município, podendo modi ficar o cotidiano da cidade. Os alunos dos cursos de Engenharia Florestal, Agro nomia, Jornalismo – e, a partir de agosto deste ano, de Engenharia Ambiental e Relações Públicas – com põem grande parte da cli entela de imobiliárias em Frederico Westphalen.
Aumentam locações
Segundo a administra dora de locação Loni Pires, o número de apartamentos locados têm aumentado gradativamente desde a me tade do ano de 2006, quan
FOTO DE MARIANA CORREA
Álvaro Silva
Não falta trabalho no centro de Frederico Westphalen para quem constrói
do o Cesnors começou as suas atividades. Ela conta ainda que a média de 180 alunos por ano aprovados no vestibular da universi dade federal é uma garan tia para os investidores. De acordo com Loni, esse pú blico é bom pagador e o ní vel de desistência é baixo.
Companhia
Para atender as necessi dades dos alunos, já se po de encontrar à disposição no mercado apartamentos mobiliados, tendo em vis ta que uma das dificulda des que os estudantes en contram é o tempo e o di nheiro que perdem para mobiliar os apartamentos. Os alunos novos podem também encontrar compa nheiros, que as próprias imobiliárias indicam para dividir o apartamento, a lém de receber orientações de onde é melhor morar em Frederico: próximo às paradas de ônibus. Este fa tor pode causar um incha ço em certas localidades da
Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo do Cesnors/UFSM campus em Frederico Westphalen, RS, Brasil. Ano 1 – Número 5 Julho de 2009 Publicação produzida pelos alunos do 5º semestre na disciplina de Laboratório de Jornalismo Impresso I – 1º semestre de 2009. Professor responsável, edição: prof. MS. José Antonio Meira da Rocha.
cidade, enquanto outras fi cam pouco povoadas.
Deficiências
A centralização dos apar tamentos alugados por alu nos em locais próximos às paradas de ônibus denun cia uma deficiência da in fraestrutura da cidade. Não há um sistema de transporte urbano que pas se periodicamente no cen tro, bairros e periferia do município, impossibilitan do, por exemplo, a constru ção de prédios mais afasta dos do centro pelo risco que seria o investimento, desse modo, o crescimento da cidade é freado. O em presário do ramo da cons trução civil, Marcos Lima, afirma que tem interesse de executar projetos mais próximos ao Cesnors, con tudo diz que seria um em preendimento arriscado pe la ausência de transporte urbano na cidade e exemp lifica com o caso de um fun cionário de seu empreen dimento, que sai do traba
Redação: Álvaro Silva, Ana Maria Uez, Antonio Marcos Demeneghi da Silva, Arnaldo Recchia Neto, Camilla Milder, Carina Venzo Cavalheiro, Catiana de Medeiros, Daiane Binello, Daiane Freire, Daniela Balkau, Dejair de Castro, Dione Rafael Junges, Douglas Horbach, Eduarda Molossi, Fernanda Marcondes dos Santos, Fernando Antonio Egert, Franciele, Maciel Fonseca, Gabriel Lautenschleger, Heloise Santi, Henrique Dalla Nora, Jaqueline Domanski, Jaqueline Joana Fernanda Scherer, Jogelci do Carmo Machado de Oliveira, Juliana Bastos, Larissa Bortoluzzi Rigo, Liara Scolari
lho para almoçar e quando termina a refeição já está na hora de retornar ao tra balho e fica sem tempo pa ra outros afazeres.
Apoio público
No que diz respeito ao setor público, as participa ções da prefeitura munici pal direcionadas aos alu nos do Cesnors ocorrem desde o começo das obras. Atendendo às solicitações da direção do Cesnors, fo ram encaminhados pela gestão anterior caçambas de terra para fazer a terra planagem do terreno quan do as obras começaram e a pedido dos alunos, foram colocadas paradas de ôni bus na cidade. Foi iniciado e quase fi nalizado o calçamento da estrada que leva ao Ces nors pela vila Faguense e, segundo o atual secretário de obras, João Vendrúscu lo, o poder executivo só es tava esperando a solici tação da direção do Cesnors para concluir a
Casarin, Lígia Lavratti, Luana Loose Pereira, Luara Krasnievicz, Lucas Folle, Pricila Aita, Ramon Pendeza, Sandra Ambrosio, Talita Rubert, Tatiana Kruger Foresti, Tiago Marcelo Albarello. Edição: Aline Chaiane Vogt, Arnaldo Recchia, Douglas Horbach, Franciele Maciel Fonseca, Juliana Bastos, Laísa Bisol, Laisa Fantinel, Nandressa Cattani, Ramon Pendeza, Sandra Ambrosio. Fotografia: Clarissa Hermes, Henrique Dalla Nora, Letícia Sangaletti, Lucas Wirti Rattova, Mariana Correa, Mariane Dakan.
obra, o que aconteceu no dia 15 de abril com a en trega de um ofício ao pre feito José Alberto Panosso pelo diretor do Cesnors, Genésio Mario da Rosa.
Necessidades
Podemos comparar a ci dade com um ser vivo, e essa metáfora fica clara quando percebemos que os problemas do município são como doenças de um organismo, as quais devem ser diagnosticadas e trata das. No caso de Frederico, é a pressão que está alta no centro e os bairros e peri ferias continuam pouco ir rigados. A torcida é que com a vinda dos alunos do Cesnors, os setores públi cos e privados detectem as necessidades e reconhe çam, ou, continuem reco nhecendo, que a existência de uma universidade fede ral na cidade, além de au mentar os recurssos hu manos para diversas áreas do conhecimento, gera renda para o município.
Diagramação: Camila Costa, Jaqueline Andréia Zarth, Pricila Maíra Piccini, Ramon Pendeza, Sandra Ambrosio. Impressão: Imprensa Universitária. Tiragem: 300 exemplares. Versão On Line em http://www.cesnors.ufsm.br/dahora . Ministério da Educação do Brasil Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação Superior NorteRS Departamento de Ciências da Comunicação Curso de Jornalismo
Ambiente
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36 pessoas separam o lixo de 126 mil Frederico Westphalen
Julho de 2009
Editor Ramon Pendeza
A falta de participação popular e de incentivo público sobrecarrega a rotina dos trabalhadores da reciclagem
N
ão existe Coleta se letiva de lixo nos 21 municípios do noroeste gaúcho que fazem parte do Consórcio Inter municipal de Gestão de Re síduos Sólidos – Cigres. Sem separação, mais de 837 toneladas de restos são descarregados todo mês na usina de reciclagem que fi ca na cidade de Seberi. Mes mo assim, em pouco mais de 2 anos de operação, es sa usina funciona separan do materiais recicláveis e produzindo adubo orgâni co. Animais mortos, pilhas, baterias de celulares, lâm padas, pneus, agulhas, ca cos de vidro e inclusive li xo hospitalar passam pela esteira onde os 36 funcio nários do Cigres, a maioria mulheres, catam cerca de 21 tipos de materiais reci cláveis.
Lixo hospitalar
Frederico Westphalen é responsável pela maior par cela de lixo enviado ao con sórcio: são 46% de todo vo lume recebido, seguida por Seberi, 8%, e por Iraí, 7,3%. Quanto ao lixo hospita lar que lá chega de manei ra irregular, o supervisor operacional do Cigres, Ser
FOTO ANTONIO MARCOS DEMENEGHI
Antonio Marcos Demeneghi
Funcionários do Cigres na esteira separando os 21 materiais recicláveis gio Goff, não consegue iden tificar quem são os respon sáveis. Ele suspeita de far mácias, clínicas, ou oriun dos de tratamentos realiza dos em casa. O fiscal am biental de Frederico West phalen, Carlos Minuzzi Rossatto, desconhece o pro blema: “ninguém comuni cou o departamento sobre o envio de pneu e lixo hos pitalar para o aterro”. Ros satto ainda complementa: “todos querem livrarse do lixo, muitos moradores não respeitam os dias de coleta e parte dele acaba espalha do pelas ruas, causando incômodo e reclamações”. O responsável pelo De
partamento Ambiental no município de Seberi, Ermi nio Ciganski, diz que a pre feitura não tem nenhuma medida prevista para inici ar a coleta seletiva e nem mesmo a previsão de cam panhas de conscientização em massa.
Campanha
Ciganski afirma que foi realizada uma campanha enquanto o Cigres estava em fase de implantação e, por esse motivo, não surtiu o efeito esperado. Em Fre derico Westphalen a situa ção é semelhante. A admi nistração passada confec cionou e espalhou folhetos
explicativos de como sepa rar o lixo. Porém, no con sórcio, o lixo continua che gando sem qualquer tipo de separação. O coordenador geral do Cigres, Artur Geller, consi dera que a meta de separa ção consciente do lixo é uma tarefa da população, das administrações muni cipais, e ainda das empre sas de recolhimento. Geller afirma que a coleta seleti va só será implantada na região com incentivo públi co e participação popular. Ana Cláudia Borba de Freitas, residente em Sebe ri, diz que não sente vonta de de separar o lixo orgâni
co do reciclável porque o serviço de coleta joga tudo no mesmo caminhão, mis turando tudo. Sérgio Goff lembra que Taquaruçú do Sul, cidade com 2.850 habitantes, não envia o lixo orgânico. Po rém, segundo ele, tratase de uma iniciativa tímida que não resolve as ques tões da separação. É ne cessário uma rotina de re colhimento que contemple a expectativa da população e que os materiais recicla veis cheguem separados dos que são destinados ao aterro sanitário.
Dinheiro no lixo
Embora o Cigres traba lhe nestas condições, o di nheiro que arrecada com a venda dos matérias reciclá veis e do adubo orgânico paga, em média, 63% de to das as suas despesas admi nistrativas. O restante é pa go pelas prefeituras. Se gundo Artur Geller, existe um potencial para a auto suficiência, mas para isso é necessário um incremento na produção e na comerci alização do adubo orgânico. O curioso, segundo os funcionários do consórcio, é que chegam junto com o lixo roupas usadas em bom estado, documentos váli dos e, até mesmo, dinhei ro. Em uma só vez foi en contrado R$ 300,00.
Lugar de pilhas e baterias usadas não é no lixo!
P
Carina Venzo
ilhas e baterias são tóxicas e devem ser descartadas de mo do correto para não causa rem danos ao ambiente. A maneira como estão sendo eliminadas tem facilitado o vazamento de seus compo nentes químicos que, em contato com o solo, rios e lençóis freáticos, contami nam a água e os alimentos produzidos próximo a es sas áreas. Classificadas como resí duos perigosos e compos tas de metais pesados alta mente tóxicos e nãobiode gradáveis, a maioria das pilhas, depois de utilizada, é jogada em lixos comuns
e vai para aterros sanitári os ou lixões a céu aberto. Ao reconhecer este perigo para a saúde humana e pa ra o meio ambiente, em ju nho 1999 o Conama, Con selho Nacional do Meio Ambiente, baixou uma re solução que, em síntese, or dena que pilhas e baterias com energia esgotada se jam entregues nos estabe lecimentos que as comerci alizam ou à rede de assis tência técnica autorizada pelas respectivas indústri as, para repasse aos fabri cantes ou importadores, a fim de que sejam adotados os procedimentos de reuti lização, reciclagem, trata mento ou disposição final ambientalmente adequada.
FOTO LETÍCIA SANGALETTI
Apesar da aparência inocente, os pequenos geradores elétricos são um problema ambiental e um risco à saúde
Coleta na Cotrifred
Em Frederico Westpha len, a população pode en tregar suas baterias usadas de celulares em qualquer uma das revendas autori
zadas Vivo, Claro, Brasil Te lecom ou TIM. Quanto às pilhas, a Prefeitura, em par ceria com estudantes da URI, criou postos de cole ta para o material, quase todos localizados em super mercados e escolas da cida de. As pilhas recolhidas nes ses lugares são encaminha das ao Cigres. Os elementos tóxicos de pilhas e baterias, quando em contato com o organis mo humano, podem causar sérios prejuízos à saúde. A ingestão do chumbo, por exemplo, danifica o cére bro e o sistema nervoso, afetando o sangue, os rins, os sistemas digestivo e re produtor, além de elevar a pressão arterial e causar
mutações genéticas. O biólogo Felipe Manini explica que “uma vez ex posta ao sol, vento, chuva e umidade, as pilhas e ba terias se oxidam e rompem o invólucro de proteção. Os metais pesados e ele mentos químicos perigo sos se misturam a um lí quido que acaba contami nando todo o lixo ao redor, podendo atingir o lençol freático local e rios que correm perto do aterro sa nitário”. Hábitos simples podem evitar muitos problemas. Pilhas e baterias podem ser recicladas e usadas até na fabricação de corantes para pisos cerâmicos, vi dros e tintas.
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Rural
Do campo à cidade ou viceversa? Julho de 2009
Editores Douglas Horbach e Sandra Ambrosio
Frederico Westphalen
Pode haver êxodo rural do interior para a cidade ou pode haver expansão da cidade sobre as áreas rurais
A
s propriedades ru rais de Frederico Westphalen estão diminuindo gradativamen te. Dados do IBGE apon tam que, em 1991, 36,89% das residências frederiquen ses se encontravam na zo na rural. Em 2007, o índi ce cai para 19,07%. Uma redução de 17,82%. Segun do pesquisadores do assun to e especialistas da área agrícola, existem alguns fa tores que estão ligados à di minuição das propriedades rurais. Mas será o êxodo ru ral o maior deles? Para o Técnico do Insti tuto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) unida de de Frederico Westpha len, Cleovane Selbach, es sa redução do número de propriedades da área rural está associada ao rápido crescimento da área urba na. “Não quer dizer que se ja êxodo rural, onde a pes soa migra do interior para a cidade, mas pode ter ha vido uma expansão da área urbana do município, en globando algumas propri edades”, afirma Selbach. O Técnico se baseia nos da dos do Sistema IBGE de Re cuperação Automática (SI DRA) para fazer essa afir mação. Já para o Técnico em Agropecuária da EMATER de Frederico Westphalen, Nicolau Lauro Flach, exis te a migração da população do interior para a cidade e em proporções considerá veis. “Tem muitos, hoje, que vêm trabalhar na cida de. À noite ou no final de semana retornam para su as casas no interior”, afir ma Flach. Ele acredita que esse não é um fenômeno de hoje e sim algo que come çou há alguns anos. “Como as famílias eram grandes, com bastante filhos, a mai oria deles saía de casa se não ficaria com pouca ter ra”, afirma. O Técnico do IBGE Cle ovane Selbach identifica um envelhecimento do cam po, justificando que os jo vens acabam migrando pa ra a cidade em busca de novas oportunidades. Ele cita o exemplo que, em 1970, 2% da população ru ral tinha faixa etária entre 4549 anos. No ano 2000 essa margem subiu para
FOTO MARIANA DAKAN
Tiago Albarelo
Casas do campo acabam sendo englobadas pelo crescimento acelerado das cidades
O campo perde trabalhadores à medida que as cidades crescem
Consequências do êxodo rural Áreas Rurais
• Diminuição da população rural, e consequen temente o envelhecimento dos que ainda ha bitam o interior. • Diminuição da mãodeobra rural: para que as famílias continuem a produção necessi tam contratar empregados na cidade. É o fim da agricultura chamada familiar. • Diminuição da produção agrícola: as famíli as acabam vendendo pedaços de terra para grandes produtores. • Elevação do custo de vida: com a produção diminuindo as famílias acabam comprando produtos nas cidades.
Áreas Urbanas
• Desemprego e subemprego: o mercado de trabalho é pequeno para a quantidade de mãodeobra disponível. • Falta de habitações, gerando preços eleva dos no aluguel ou na compra das habitações. • Formação de favelas e de bairros operários. • Desaparecimento das chácaras e sítios que envolvem a cidade. • Deficiências nos serviços públicos urbanos, como água encanada e esgoto, coleta de lixo transportes coletivos. • Marginalidade social, com delinqüência, mendicância e prostituição.
5%. Algumas consequênci as do envelhecimento po pulacional da área rural são: as pequenas proprie dades de terra precisam de diversidade de produção para se manter, e isso po de se tornar muito pesado e trabalhoso para pessoas mais idosas, o que causa o empobrecimento rural; a mecanização da agricultu ra, substituindo a mãode obra e encarecendo mais a produção; e o alto custo de produção de várias cultu ras agrícolas. Flach aponta outras consequências advindas da diminuição das proprieda des rurais e aumento da zona urbana. Para ele a ci dade de Frederico West phalen não tem suporte para empregar tanta gente. “A cidade não dá conta de tantos profissionais. Não são gerados recursos para manter um emprego dig namente” afirma Flach. Soluções para esse fe nômeno são poucas. Exis tem programas de incen tivo à agricultura e a permanência nas áreas ru rais, porém não são sufici entes para amenizar o crescimento acelerado da cidade e a redução gradati va das zonas rurais.
Economia
Crise. Mas só para carros usados Frederico Westphalen
Julho de 2009
Editora Aline Chaiane Vogt
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Por enquanto, a crise econômica não afeta venda de carros novos em Frederico Westphalen
O
mercado automo bilístico foi bastan te atingido pela cri se em 2009. O ramo mais afetado foi o de veículos usados: a procura vem dimi nuindo na cidade. O empre sário do ramo garagista Ad mar Amaral da Rosa co menta que a queda das ven das chega a 50% em relação ao ano passado. Os garagis tas da cidade tiveram de buscar soluções para rever ter o quadro de baixa nas vendas. A principal delas foi a redução de preços. Elenor Glier, proprietá rio de outra garagem na ci dade, afirma que uma de suas preocupações é o fato de terem automóveis em estoque, com valor maior, sendo vendidos por menos. O garagista acredita que “às vezes as pessoas até pos suem o capital para com pra do carro, mas seguram a venda com medo da cri se”. Os veículos novos foram menos afetados pela crise, principalmente devido à adoção de medidas como a
FOTO HENRIQUE DALLA NORA
Daiane Binello
A redução do IPI manteve aquecida a procura por carros novos redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industria lizados). Baixar o IPI foi uma boa alternativa para manter o setor automobi lístico brasileiro aquecido, mas isso não significa que o país esteja imune à crise. A indústria brasileira
não foi tão afetada quanto a norteamericana, onde as principais montadoras ti veram prejuízos enormes. Mas, para o economista pósgraduado em finanças Egídio Marostega, “o Bra sil sofre indiretamente as conseqüências dessa crise.
Em função da redução do emprego e da renda, as pes soas e empresas diminuem a demanda, especialmente de produtos que não são essenciais, como é o caso dos automóveis”. Uma opção para quem quer comprar o carro novo
ou usado e aproveitar os preços mais baixos é o fi nanciamento. Mas é preci so tomar alguns cuidados. Egídio Marostega alerta que: “para quem precisa fi nanciar, há necessidade de pesquisar as taxas de juros praticadas, bem como cus tos indiretos, como tarifas de abertura de crédito, exi gência de seguro, etc”. Ele diz que há casos em que as próprias montadoras de veículos financiam a com pra de automóvel novo com taxas mais baixas do que as dos bancos e finan ceiras. “Para quem recebe proventos através de um banco, vale a pena pesqui sar as taxas do CDC Con signado. Para vários con vênios, essas taxas são menores que as taxas para financiamento de veículo, tendo a vantagem de não precisar alienar o carro”. Para quem está a procu ra do carro, Frederico Westphalen possui muitas opções para a compra do veículo, o setor na região é alimentado por garagens, distribuidoras e revendas autorizadas.
Meu primeiro emprego: a realidade da região
Apesar da concorrência, agenciadoras de emprego são boas alternativas para os jovens frederiquenses
A
gios remunerados e, depen dendo do rendimento do procura por empre estudante, o estágio se go em Frederico transforma em contratação Westphalen, pelos efetiva. O CIEE de Frede jovens, apresenta uma re rico Westphalen atende a alidade diferente. O merca 24 municípios da região. do se mostra cada vez mais Na unidade frederiquense, competitivo e as exigênci são 160 empresas regio as crescem. Mas na cidade, nais conveniadas, sendo o CIEE (Centro de Intera que hoje, 80 possuem es ção EmpresaEscola) fun tagiários. ciona há 20 anos e, nesse Wagner Benatti se ins tempo, dos 8000 jovens ins creveu no CIEE e em pou critos, 4.200 já consegui co tempo foi chamado por ram o primeiro emprego. uma empresa conveniada. Frederico Westphalen Ele já está no emprego há possui universidades de re mais de um ano. Vanessa nome, além de cursos pós Stefanello, acadêmica do médios e técnicos, o que curso de Direito, teve seu atrai estudantes de diferen primeiro emprego nesta tes regiões e intensifica a área. Após o estágio de seis economia do município. meses, a acadêmica deixou Os acadêmicos ou tecnólo o trabalho no escritório pa gos se formam e saem pa ra assumir um cargo públi ra o mercado de trabalho. co no INSS. Vanessa afir Nesse sentido, o CIEE tem ma que sua primeira ex muito a contribuir. O Cen periência deu bases para o tro indica seus inscritos às emprego seguinte. empresas cadastradas, pos Além do CIEE, os cursos sibilitando o início de está pósmédios e técnicos tam
FOTO HENRIQUE DALLA NORA
Liara Scolari Casarin
Estágios podem auxiliar no primeiro emprego
bém podem fazer o papel de agenciadores dos alu nos. Isso porque o cumpri mento dos estágios obriga tórios (exigido na parte final da maioria destes cur sos) muitas vezes encami nha os estudantes a empre gos fixos nas empresas em que estagiaram. É comum os empregado
res exigirem que o candi dato à vaga tenha experi ência profissional. Esse é um problema para os que buscam o primeiro empre go. Mas hoje, já existem in centivos, até mesmo fede rais, que visam inserir os jovens no mercado de tra balho. Um bom exemplo é o PNPE – Programa Naci
onal de Estímulo ao Pri meiro Emprego, em fun cionamento desde 2004. O primeiro emprego é uma conquista. Buscar qualifi cação através de cursos profissionalizantes e supe riores é a principal dica para aqueles que desejam garantir sua vaga no mer cado de trabalho.
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O show Di’anno Cultura
Julho de 2009
Frederico Westphalen
Editora Juliana Bastos
Paul Di’anno, a primeira voz do Iron Maiden, faz show irado em Frederico
P
Carlos Dominguez*
aul Di'anno ficou imóvel próximo ao palco, bem coberto por uma coluna de autofa lantes que impediam a vi são do público. Observava com muitas caretas a aber tura rasgante que sua ban da de apoio fazia para le vantar um público já endoidecido. Era quase meia noite e Di'anno tam bém pegava fôlego depois de sofrer para subir os 15 degraus de acesso ao palco. Deixou a bengala preta pa ra um roadie, fez o sinal da cruz e encarou o público.
Pique
No centro do palco ele abriu o berro que o consa grou como o vocalista que fez estourar a mais famosa banda de heavy metal do planeta: Iron Maiden. Di'anno manteve o pi que da ótima Sceleratta, banda que o acompanha na turnê de 2009. Mesmo sem sair do lugar o vocalis ta cantou muito enquanto pode. Interagiu com o pú blico, cobrou coro nos hits mais conhecidos do Iron e bateu palmas, fez caretas e manteve sua aura de len da para os fãs que esta vam em Frederico West phalen para celebrar o rock na sua variação mais pesada. Carismático, o veterano do metal fez um show on de rememorou por quase uma hora os sucessos do Iron intercalados com mú sicas próprias. Tudo com muito barulho, irreverên cia e um ar de quem não se importa muito com o lugar onde está cantando. O que importa é o metal.
Duas gerações
Estrela da noite, Di’anno teve dia de majestade na ci dade. Eram apenas 17 ho ras e mais de 50 pessoas lo tavam o hall de entrada da Vitrola café, locadora e lan
FOTO CARLOS DOMINGUEZ
A surpreendente força do heavy metal de bengala esquenta noite gelada em Frederico durante festival Na Mira do Rock que apresentou três bandas e o carisma de Paul Di'anno, exvocalista da banda inglesa mais famosa da cena metal do mundo
house o momento de ficar cara a cara com o ídolo do heavy metal inglês. Quando desceu da van prateada, a voz dos suces sos iniciais do Iron Maiden usava uma bengala preta, boné do NY Nicks, tênis azul e branco e uma cole ção de tatuagens. Os olhos azuis e a pela branca apon tavam para o público ansi oso e produziam respeito entre fãs de todas as ida des. Estavam ali senhores de 50 anos que presencia ram o nascimento da ban da, em 1975, até fãs tempo rões do boom do metal que atravessou as décadas de 80 e 90, entrando nos anos 2000 fracionado em mais de 50 estilos distintos mas com poucas unanimidades. Uma delas estava ali, sen tado e dando autógrafos, sorrindo e dizendo fuck you como uma espécie de saudação. E todos que es tavam em frente da mesa que separava Di’anno do assédio adoravam os ges tos “from hell” de um dos avôs do metal.
Humor
Falando apenas inglês (embora domine um por tuguês arranhado) Di’anno conseguiu ser simpático dentro do que se espera de um ”metaleiro” por quase 40 minutos num sábado que mesclou chuva pela ma drugada e raios de sol no fim da tarde. Afinal, era Dia Mundial do Rock. E um fino humor britânico. Quando recebeu uma cami sa oficial do Internacional de Porto Alegre com seu no me o inglês de 52 anos sur preendeu a todos e puxou do bolso uma carteira de membro da gaviões da fiel, fanática torcida organiza da do Corinthians. (fuck you footbol – diria mais tar de no palco!). Mesmo as sim, segurou a camiseta pa ra as fotos, não sem antes juntar as mãos em uma pre ce e pedir, em português,
Paul Di'anno abre a garganta
perdão para a “galera co rintiana”.
Fuck you
Paul Di’anno e o heavy metal podem ser resumi dos como muito Jack Da niels e cocaína – disse o cantor na rápida entrevis ta coletiva.
E foi este consumo exa gerado que tirou Di’anno do Iron Maiden, em 1982, quando a banda estava pa ra alcançar o estrelato e de pois de quatro anos de la buta para tornar o grupo na mais bem sucedida do cenário do heavy metal lon drino.
Hoje, 28 anos depois Di’anno tenta pela terceira vez encerrar a sessão de autógrafos com gesto uni versais de “acabou”. Não consegue. Desta vez foi o pessoal da própria locado ra que fechou o cerco para uma foto com o vocalista de timbre único na cena do
heavy metal mundial nas cente. E, por isso mesmo, copiado a exaustão por seus contemporâneos. A se guir, lá foi ele para a van “bengalando” e distribuin do “fuck you” para a aglo meração a sua frente. Embora não tenha se quer provado o café que lhe foi servido na sessão de au tógrafos (fumou apenas dois Malboro Ligth cujas as baganas seriam disputadas a tapa pela fila do gargare jo durante o show), Di’ anno chegou ao hotel Pala ce e pediu pizza de Pepe rone e Anchovas. Como não havia anchovas na ci dade, as 6h32min subiu uma pizza só de peperone para saciar a fome do can tor. Do hotel ele já havia re clamado da falta de TV à cabo ( parece a Holanda, resmungou) o que fez com que a produção tenha de montar um sistema impro visado no local. Coisas de astros de rock.
Cultura
Sceleratta levanta a bandeira do rock do inferno
matar a fome de comida e de álcool. Claro que os in defectíveis litros de mistu ras e coquetéis explosivos corriam de mão em mão. Afinal, era um show de Me tal.
Tierra Mística
Enquanto isso, no pavi lhão do parque de exposi Nas ruas ção a banda de apoio de Sem a presença do ído Di’anno, Sceleratta, passa lo, os bandos de rockeiros va o som para um grupo de e metaleiros ganharam as uma dezena de técnicos de ruas de Frederico. Ônibus som e luz. Das 19h até as de várias cidades da região 20h o som de guitarra, bai (Ijuí, Cruz Alta) e vans des xo e bateria inundou o pa pejavam grupos que passa vilhão vazio, retangular, fei ram a ocupar os bares e lan to de concreto, tijolos a cherias da cidade para vista e teto de brasilite.
Julho de 2009
Editora Juliana Bastos
FOTOS DE CARLOS DOMINGUEZ
Frederico Westphalen
No lugar, além dos téc nicos, só o pessoal da ali mentação que preparava o molho dos cachorros quen tes que seriam vendidos a R$ 4 para saciar a fome e esquentar o estômago da quela noite gelada de 11 de julho de 2009. Nem o pes soal da bebida havia chega do. À medida que a noite chegava o ar ficava gelado. Mas a temperatura era a menor preocupação para as centenas de fãs do metal que já estavam na cidade. As ruas do centro de Fre derico estavam cheias de metaleiros gaúchos e cata rinenses que pululavam nas esquinas e dentro das
lanchonetes comendo e be bendo, preparando o corpo para a celebração do heavy metal que começaria pon tualmente as 11h15min com o show da banda por toalegrense Tierra Místi ca, responsável por uma original combinação de som pesado com música an dina. O grupo esquentou o pú blico que gritou com a ban da diversas músicas. O Ti erra estava em casa. E não decepcionou, apesar do som não ter ajudado mui to. Como o local não tem acústica, a aparelhagem fi cou devendo. Mas a empol gação dos músicos, que mesclaram muito bem o re pertório próprio com clás sicos do gênero. Com duas guitarras, vocal, teclados, baixo e bateria, a Tierra apresenta o diferencial de mesclar instrumentos co mo charango, zamponha e violão em músicas de har monia elaborada. Ganhou o público a empolgação e técnicas da banda, chaman do atenção a energia do “chileno” que vibrava com seus instrumentos acústi cos mesmo quando nin guém estava ouvindo o que ele tocava.
Sceleratta
Logo depois, a banda Sce
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leratta, de São Paulo, fez um show impecável. O gru po tocou acelerado. Sem parar no lugar, o quinteto de duas guitarras, baixo, bateria e vocal tocou por 25 minutos como um venda val de calor na gelada noi te frederiquense. Nesta ho ra, cerca de 800 pessoas estavam no pavilhão. O som e a luz ajudaram. Es tava tudo pronto para a atração principal. No gargarejo, garotos e garotas referências que sempre valeram polêmicas para o Iron em toda a sua carreira, marcada por mú sicas como The Number of the Beast e Run to the Hills, entre outras. A ex plosão veio depois de uma impaciente espera de 15 minutos. Paul Di’anno fez de Frederico Westphalen a meca do heavy metal no Brasil. Mesmo que por uma só noite. Suou a cabeça calva e tatuada e arrebentou a garganta em agudos per feitos que preencheram o festival de riffs e solos no volume máximo. Deu para bater cabeça. E afinal, o que importa é o metal. Carlos Dominguez é professor de jornalismo e coordenador da agência de notícias Da Hora, do Curso de Jornalismo do CESNORS/UFSM.
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Geral
Bem vindo à Frederico Westphalen Julho de 2009
Editoras Nandressa Cattani e Laisa Fantinel
Frederico Westphalen
Frederico é um lugar que está se desenvolvendo economica, cultural e socialmente
rodoviária de Fre derico Westphalen é o ponto de encon tro e passagem de centenas de pessoas, já que a cidade é um dos pólos da região norte do Rio Grande do Sul. Com 28 mil habitan tes, o município concentra mais oportunidades de em pregos, serviços e educação que pequenas cidades da região. Cada pessoa que passa pela rodoviária traz consi go uma bagagem de vida, uma história. Abaixo, con tamos algumas das muitas histórias que ciruculam pe la rodoviária diariamente.
cil. “A minha mãe me ajuda em tudo, mas principalmente no financeiro”. É por isso que ela e sua mãe estão em Frederico. Vieram pesquisar qual é o melhor preço dos eletrodomésticos.
FOTO MARIANA CORRÊA
A
Larissa Rigo
Emprego
Já a empregada doméstica Susana Maria Pinheiro, 35 anos, trabalha dia riamente em Fre derico há sete anos, em uma casa de fa mília. Está na rodo viária esperando o marido que traba A cidade atrai pessoas de toda a região Noroeste lha como carpinteiro tam marido trabalharem aqui, Andreatto, 28 anos, traba Compras bém na cidade. “Agora que os filhos também depen lha em Frederico. Ela está Mariléia dos Santos, 30 o meu esposo também con dem do município para na rodoviária esperando anos, mora em Vicente Du seguiu emprego aqui estou estudar. “É a prefeitura seu marido que é eletricis tra “Venho pra Frederico feliz, assim viemos juntos que paga o ônibus para ta em nosso município. para fazer compras, porque de moto e voltamos para eles estudarem na cidade, “Sempre passamos pela ro na minha cidade é muito nossa casa em Pedras Bran já que lá em Pedras Bran doviária, o meu esposo me caro, mesmo com o dinhei cas”. cas não temos oportuni deixa aqui e vai para o tra ro da passagem se torna Pedras Brancas é uma dades nem de estudo e balho e na volta me pega mais barato vir pra cá”, con localidade que fica a oito nem de empregos”. aqui pra irmos juntos para ta a costureira de cuias. quilômetros de Frederi Também de Pedras Bran Pedras Brancas, onde mo A vida da família é difí co. Além de Susana e o cas, Alexandra Meneguzzo ramos”.
Educação para Inclusão Social
As escolas precisam estar preparardas para receber alunos com necessidades especiais
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Jaqueline Domanski
ela Lei, as escolas de vem ter uma estru tura acolhedora pa ra as crianças com neces sidades especiais dentro do ensino regular, mas, pou cas possuem a estrutura mí nima exigida e os estudan tes encontram muitas difi culdades. O capitulo V, da Lei de Diretrizes e Bases da Edu cação Nacional – LDB, dei xa outorgado que as crian ças com necessidades espe ciais tem direito a frequen tar escolas de ensino regu lar. Porém, poucas escolas possuem estrutura, física e humana, para acolher es ses alunos. Nesse sentido, a Escola Estadual Sepé Ti araju tenta mudar essa re alidade. Na escola, a forma en contrada pelos professores para seguir esta determina ção, foi fazer uma Classe Especial, onde o aluno que chegar na escola passará por um tempo de adapta
ção e análise para verificar em que nível está, e assim se encaixar em uma série onde possa se desenvolver. Após passar por avalia ções necessárias, como neu rológicas e psicológicas, a professora titular da classe encaminha o pedido de in clusão desse aluno no en sino regular. A partir daí, começa um processo de adaptação, não só da crian ça, mas da turma que vai recebêla, e dos pais de to dos alunos da turma, para esclarecer que a didática se rá diferenciada.
Respeito
A diretora da escola Sepé Tiaraju, Marili Iso tom, afirma que é preciso conversar com a turma, fa zer um trabalho no sentido de respeitar as diferenças, pois, querendo ou não, al guns alunos não conhecem essa realidade e tendem a rejeitar o colega com neces sidades especiais. Essa nem sempre é uma tarefa fácil, mas com dedicação,
cuidado e paciência se con segue bons resultados. Além disso, a avaliação dessa criança especial se dará de forma diferente dos demais. Ela será feita através de conceitos, onde os professores se reunirão para chegar a uma conclu são de conhecimento ad quirido pelo aluno. Mas, antes desse processo de adaptação e aceitação da criança na turma, há uma decisão delicada e impor tante pelos pais: levar a cri ança até a escola.
Antônio ajudou seu filho a começar a ler e escrever em casa, com a ajuda de brinquedos pedagógicos, atividades que hoje, dentro da escola, são cada vez mais firmadas com a ajuda de professores. Além das atividades oferecidas pela escola, seu filho faz aulas de violão, inglês, academia, tudo com alegria e intera gindo com as pessoas ao seu redor.
Acompanhantes
Além disso, para melhor aprendizagem e aproveita Interação mento das atividades, mui Entretanto, encontrar tos pais contratam acom uma escola que ofereça es panhantes em horário de sas condições não é uma ta aula. O trabalho dessas pes refa fácil. Antônio de Oli soas é um auxilio para o veira, pai de um aluno que professor e para o aluno. hoje esta matriculado em Pois, como essas crianças uma turma de ensino regu possuem uma maneira di lar, desabafa: “Você, como ferente de absorver os con pai, tem que ir à luta! De teúdos ministrados em au tantas idas e vindas e recu la, a acompanhante traba sas das várias escolas do lha com um método para município, encontramos ajudar o aluno a aprender na Sepé uma acolhida para com a turma de acordo ele”. com sua capacidade.
Luis Claudiomiro Pinto, 37 anos, tra balha em Frederico como pedreiro no ra mo da construção ci vil. “Venho todos os dias para Frederico porque lá em Seberi, onde moramos, o meu salário é muito baixo”, conta ele, que trabalhou por três anos em Porto Alegre, mas que pre fere criar suas filhas em uma cidade pe quena.
Aposentadoria
Já Leocir Barros, 59 anos, veio para Frederico para re solver problemas da apo sentaria. “Em Taquaruçu, onde moramos não tem advogados que possam me ajudar com a aposen taria, então tenho que vir pra cá” Ele também conta que seus 3 filhos estuda ram na cidade. “Hoje meus filhos estão bem graças a faculdade que fi zeram aqui”.
Um dessas pessoas é a pedagoga Emanuele Bar retto. Contratada há três anos como acompanhante de uma criança que está inserida no ensino regular, desenvolveu diferentes po lígrafos, onde, juntamente com outros profissionais que cuidam dessa criança, são trabalhadas atividades que ela goste. “Não é que não vá socializar, ajudar no conhecimento dele, é o que é melhor pra ele, pra vida dele, pro bem estar dele na escola e os conhecimentos que ele gosta”, diz Emanu ele. Acima de tudo, essas iniciativas são bons exem plos de como é possível di minuir a exclusão social atraves da educação e do respeito à diferença, e do quanto isso é importante para o futuro. Pois, com um pouco de paciência e dedicação das pessoas que a cercam, o desenvolvi mento de uma criança es pecial será tranquilo e efi caz.
Geral
Faixas de Insegurança Frederico Westphalen
Julho de 2009
Editoras Nandressa Cattani e Laisa Fantinel
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A falta de educação dos motoristas gera indignação de pedestres e preocupa autoridades.
A
maioria dos moto ristas não respeita as faixas de segu rança das ruas da cidade e com isso coloca em risco a vida dos pedestres, que tem esse espaço reservado para fazer sua travessia com se gurança. Além de não respeitarem as faixas e sinalizações, eles não dão preferência ao pedestre e diariamente pa ram sobre a faixa. Isso blo queia a travessia do cida dão, faz com que ele tenha que andar fora da faixa e assim fique exposto a ris cos. O fato, é que, com es sas atitudes, os motoristas atrapalham o trânsito ao invés de colaborar para o bom fluxo das vias. Não é raro encontrar mos situações como esta da foto em Frederico. Com a falta de estacionamentos, o motorista do veículo pára sobre a faixa de pedestres, causa transtorno no trân sito e põe em risco a vida dos que atravessam fora da sinalização. Para a frederiquense Lu ana Bertoldo Cadore, “o problema parece ser cultu ral, já que alguns não têm o costume de respeitar o pe destre, pois em outras ci dades, mesmo sem semá
FOTO LETICIA SANGALETTI
Fernando Egert
Carro sobre a faixa obriga pedestre a atravessar em local errado
foros, os motoristas respei tam a faixa de segurança porque conhecem os riscos e valorizam a educação no trânsito”. “As placas de sinalização até um tempo atrás eram vistas claramente, mas de vido a atos de vandalismo, desapareceram de alguns pontos da cidade. E por fal ta de sinalização já aconte ceram muitos acidentes”, comentou Jones Piovesan, instrutor de autoescola. Ele ressalta que na autoes
cola os novos condutores aprendem a importância de sempre respeitar as si nalizações e os pedestres. Mas, o problema é que 90% dos motoristas, após atenderem às exigências da autoescola, saem e muitas vezes não aplicam o exem plo aprendido nas aulas teó ricas e práticas.
derico Westphalen, em reu nião com o prefeito muni cipal, buscou resolver essas questões. Conforme expli citado pelo Tenente Adelar, as autoridades estão anali sando a possibilidade de trocar de lugar as faixas de segurança e colocar corri mão nas esquinas, para obrigar o pedestre a atra vessar no lugar certo, fa Corrimão zendo com que o motoris Para amenizar os trans ta possa parar o carro na tornos de trânsito na cida esquina para trocar de via. de, a Brigada Militar de Fre Também, estão estudando
Parada obrigatória?
Trânsito mal sinalizado gera dúvida em quem anda nas ruas da cidade.
A
Camilla Milder
tação o bom senso. Nesse sentido, aqueles falta de sinalização que buscam o Centro de de trânsito em Fre Formação de Condutores – derico Westphalen CFC – para iniciar o pro dificulta o tráfego e a ori cesso da primeira habilita entação dos pedestres e con ção, se sentem inseguros dutores. As principais ruas na realização das aulas e da da cidade estão sem as pla prova prática devido a fal cas de regulamentação de ta de sinalização nas ruas. Parada Obrigatória, pois a “Um dos meus medos de maioria foi arrancada. ser reprovada é passar em O Código de Trânsito alguma rua que eu não sai Brasileiro – CTB – prevê ba qual é a preferencial. O sinalização para guiar e ad meu instrutor sempre ex vertir a circulação de pes plicou mais ou menos o soas, veículos e animais que eu posso fazer, mas pla nas vias públicas. No en ca para orientar não tem”, tanto, com a ausência das conta a estudante de Psico chamadas Placas de Regu logia Jucirene Concêncio. lamentação, responsáveis Segundo Vaniz Albarel por ditar as regras e proce lo, atendente do CFC de dimentos do trânsito, os pe Frederico Westphalen, vá destres e condutores da ci rios pedidos já foram enca dade utilizam como orien minhados para a Prefeitu
ra Municipal da cidade, mas nenhuma atitude foi tomada para reparar a fal ta de sinalização. Com duas grandes uni versidades na cidade, o nú mero de pessoas oriundas de diversas regiões tem au mentado a cada ano e quem vem de fora estranha a confusão no trânsito. Co mo ressalta o estudante Alisson Machado, de San ta Maria: “O tráfego no cen tro é intenso, muitas pes soas ficam perdidas, como eu quando cheguei aqui”.
Piores horários
Além disso, alguns horá rios do dia são piores para o transito. O estudante Ro bledo Frozza acredita que o horário mais difícil de an dar pela cidade é a primei
ra hora da tarde: “as pesso as saem para trabalhar e ônibus estão chegando com alunos. O trânsito fica ruim, nos cruzamentos on de se encontram cinco ru as, é uma confusão só”. Já para Roger Dickel, o horário de maior dificulda de é a chegada dos ônibus escolares à URI: “Os moto ristas não têm respeito pe los pedestres, mas estes também não respeitam as faixas de segurança”. O pe destre José Rodrigues, de 76 anos, também reclama dos motoristas que trafe gam em alta velocidade e não respeitam os pedestres na faixa: “Temos preferên cia, ando certinho nas li nhas brancas, mas eles pas sam por cima”. De acordo com o 1º Te
a viabilidade de criar uma comissão para fiscalizar questões relacionadas ao trânsito. Além das faixas novas, deverão aumentar os esta cionamentos na área cen tral da cidade e modificar as ruas para mão única, entre elas, a Rua Presiden te Kennedy, que dá acesso ao centro. O tenente disse ainda que o funcionamen to atual das vias dificulta o serviço da Brigada Militar ao autuar os condutores dos veículos que param so bre a faixa para trocar de via, pois é necessário usar o bom senso, uma vez que o motorista muitas vezes se vê obrigado a parar na quele local. Porém, ele avisa que os condutores têm conheci mento de que não podem parar nem estacionar sobre a faixa. Se constatado isso, levarão multa e, caso o pro prietário não esteja no lo cal, o carro será removido. Diante dessa realidade, é importante lembrar que o motorista é também pe destre, mas nem sempre o pedestre é motorista. Por tanto, para que trânsito flua sem riscos, é preciso atenção, bom senso, res peito e, principalmente, responsabilidade de todos os usuários das vias.
nente Adelar José Nierot ka, “acidentes com lesões corporais ou danos materi ais têm aumentado no cen tro da cidade, mas por fal ta de atenção dos condu tores e pedestres, não pela falta de sinalização nos cruzamentos”. O Secretário Administrativo da Prefeitu ra Municipal, Vinei Giaco mini, reonheceu que o as pecto visual está deixando a desejar, mas que a prefei tura iniciará um novo pro jeto a partir do segundo se mestre deste ano para a reposição das placas. O CTB assegura o direi to de ir e vir com seguran ça para todos, ou seja, pe destres e condutores.Mas, para que isso funcione é preciso que a sinalização seja visível e correta.
10 Julho de 2009
Saúde
Prevenir é melhor que remediar Editora Franciele Maciel Fonseca
Frederico Westphalen
Vacinação garante benefícios à população regional, que recebe as doses gratuitamente em postos de saúde resce no Médio Alto Uruguai a consciên cia da população e dos orgãos públicos de saú de a respeito da importân cia da vacinação e dos be nefícios de se vacinar. Isto se deve aumento do núme ro de casos de doenças co mo dengue, febre amarela e leishmaniose. Desde o nascimento das crianças, pais e familiares são incentivados a manter regularmente as vacina ções, mas o que antes era apenas incentivo e muitas vezes caía no esquecimen to, agora se tornou consci ência social. “É muito im portante se vacinar, a fim de manter uma boa saúde e protegerse contra possí veis doenças”, afirma o frederiquense Cleiton Car los Brugneira, 31 anos. As vacinas possibilitam o controle e, em alguns ca sos, até mesmo a erradica ção das doenças. São ferra mentas importantes à soci edade. Como afirma a se cretária interina de saúde do município de Frederico Westphalen, Ana Cristina dos Santos, “a vacina é im portantíssima por ser a úni
ca maneira eficaz de con trolar e erradicar as do enças”. Já segundo o Secretário Estadual de Saúde, Osmar Terra, outro benefício da vacinação está no fato de a imunização ocasionar a re dução das transmissões e contágios. Ele explica: “as vacinas desenvolvidas desde o sé culo XI usando os própri os vírus das doenças, vem ajudando a diminuir mui to o número de transmis sões por bactérias, vírus e até mesmo protozoários, como no caso da leishma niose”. O que, segundo ele, pode ser sentido nos indi ces de saúde do estado, “o Rio Grande do Sul possui um dos melhores indica dores de saúde do País e com certeza a vacinação tem um papel importante nisso tudo”.
Benefícios
Outro benefício que po de ser sentido a partir dos investimentos em vacina ção é o fator econômico. A prevenção das doenças atra vés do uso das vacinas é a forma mais econômica de intervenção e reduz consi deravelmente os custos dos
FOTO DE MARIANA CORRÊA
C
Luana Loose Pereira
Vacina gratuíta
Concientização leva cidadão aos postos de saúde tratamentos de saúde. A en fermeira Viviane Cerutti, responsável pela vacinação em Frederico Westphalen, explica: “todo o investimen to feito na prevenção das doenças tem um retorno
maravilhoso. O impacto é na saúde das pessoas e fi nanceiramente também. Evitamse internações, com plicações, como no caso da gripe no idoso, o custo de uma vacina é muito peque
Doenças do inverno preocupam
Saiba quais são os sintomas e os tratamentos mais adequados para cada doença
oscilação das tem peraturas dificulta as defesas do orga nismo, aumentando o nú mero de pacientes nos am bulatórios e postos de sa úde de Frederico Westpha len. As principais causas de internação são provenien tes das doenças respirató rias. Doenças como gripe, rinite, resfriado e sinusite atingem diretamente os ór gãos do sistema respirató rio, assim é importante fa zer um diagnóstico efici ente e aplicar um trata mento. Segundo o especia lista em doenças respira tórias Dr. Paulo Savaris, é necessário que estas doen ças sejam diagnosticadas corretamente para realizar um tratamento adequado. A seguir, saiba identificar as principais doenças co muns no inverno.
Rinite
É uma inflamação no re vestimento interno do na riz e se caracteriza por qua tro sintomas básicos: nariz entupido, secreção nasal, espirros e coceira no nariz. Os sintomas são manifes tados minutos após o con tato com o alérgeno (subs tância que provoca a aler gia) e ocorrem nos 2 lados do nariz.
Resfriado
É causado pelo rinoví rus, e pode ser adquirido através do contato do vírus com o revestimento inter no do nariz. Acontece quan do alguém contaminado en tra em contato com um não contaminado e transmite o vírus, através do uso de ob jetos, ou do toque. Os sin tomas mais comuns são se creção nasal, voz anasala da, rouquidão e dores de
FOTO HENRIQUE DALLA NORA
A
Lígia Lavratti
no em relação ao custo de uma internação”. As campanhas realiza das junto aos órgãos públi cos de saúde de 28 municí pios da região, entre eles Frederico Westphalen, são de responsabilidade do se tor de epidemiologia da 19ª coordenadoria regio nal de saúde.
A corisa é um sintoma das doenças da estação cabeça. Os sintomas não ul trapassam 7 dias.
Sinusite
Ocorre quando existe comprometimento dos sei os da face (cavidades ocas e cheias de ar). A sinusite costuma ocorrer conjunta mente com os quadro vi rais (resfriado comum e gri pe) e resolve espontanea mente na maioria dos ca
sos em até 10 dias. Os sin tomas mais marcantes são a obstrução e a congestão nasal, pressão e dor na fa ce e nos dentes superiores, alteração do olfato e secre ção nasal de cor variável. Cuidados podem ser to mados como manter o cor po hidratado, ingerindo dois litros de água, em mé dia, por dia, ter uma ali mentação saudável à base
Giana Freire Bertoldo, responsável pelas imuniza ções, afirma que devido ao comprometimento e a mo bilização tanto dos órgãos de saúde quanto da popu lação todas as campanhas realizadas recentemente tem atingido suas metas de imunização, “na campanha da gripe para o idoso em 2008, mais de 80% das pessoas acima de 60 anos foram vacinadas”, conta Giane. Para se vacinar, o cida dão deve comparecer ao posto de saúde ou nos pontos de vacinação, apre sentando a carteira do Sis tema Único de Saúde ou, se possuir, a carteira de va cinação. As vacinas são gratuitas e realizadas mes mo fora dos períodos das campanhas.
de frutas e verduras. Inge rir bastantes vegetais auxi lia na recomposição de vi taminas.
Gripe
É uma doença infeccio sa, causada pelo vírus In fluenza, que se espalha fa cilmente pelo ar e produz sintomas mais intensos que o resfriado comum. Os sintomas da gripe são fe bre alta, dores musculares e de cabeça, cansaço e obs trução nasal. O ciclo da do ença dificilmente ultrapas sa dez dias, tempo que varia conforme o sistema imunológico do paciente. Para o tratamento da gri pe, recomendase repouso, alimentação balanceada e ingestão abundante de lí quidos. O uso de descon gestionantes nasais, anal gésicos e antitérmicos deve ser administrado confor me orientação médica.
Saúde
Madrugadas “criativas” têm cura Frederico Westphalen
Editora Franciele Maciel Fonseca
Julho de 2009
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Os distúrbios do sono que afetam grande parte das pessoas podem ser tratados
O
s distúrbios do so no afetam grande parcela da popula ção no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% de toda população mundial não dor me como deveria e apresen ta um dos mais de 80 dis túrbios do sono relaciona dos pela CIDS (Classifi cação Internacional dos Distúrbios do Sono). Dados como estes preo cupam, pois não aconte cem apenas em cidades grandes. Municípios do In terior do Estado, como Fre derico Westphalen, têm se mostrado avante em rela ção a estes problemas, em bora ainda não bem reco nhecidos como um dis túrbio, mas como uma sim ples insônia. A insônia é uma dificul dade em iniciar o sono e mantêlo de forma contí nua, segundo a neurologis ta Dra. Fabiana da Luz. Ela afirma que noites mal dor midas, e a falta de sono, além de problemas leves de falta de atenção e de con centração, podem aumen tar o risco de doenças car diovasculares. A médica explica, ainda, que uma pes soa que não dorme bem não descansa, passa o dia sonolento e cansada, tem mais chances de cometer erros simples, como tam bém faz com que seu corpo possa ter graves problemas de saúde.
Reeducação
A correria do cotidiano pode inteferir nas noites de sono. A psicóloga Cassiana Facco explica que não adi anta ficar todos os dias na ativa, trabalhando, sem pensar na saúde. Um dia o corpo vai se sentir cansa do, e às vezes pode ser si nal de algum problema sé rio: “Você tem que parar para ver as coisas que estão acontecendo, colocar os pensamentos em ordem”, orienta a psicóloga. Nem sempre os trata mentos dos distúrbios do sono são à base de medica mentos fortes. Muitas ve zes apenas é necessário uma reeducação nos hábi tos diários. “O que aconte ce, muitas vezes, é que as pessoas estão na correria e
FOTO LETÍCIA SANGALETTI
Gabriel Lautenschleger
Provas e abalos emocionais são as principais causas de distúrbios do sono na Juventude
acabam não encontrando tempo pra sí, pra pensar em sí, pensar na vida, no que realmente está aconte cendo”,explica Cassiana.
por televisão, livros e estu dos escolares. A prática de esportes e execícios físicos também podem ser um fator deter minante no tratamento dos Esportes distúrbios do sono. Exercí Muitas vezes, o tempo cios simples antes de dor que as pessoas reservam mir podem ajudar a ter um para pensar na vida, no sono mais tranquilo, ou até que está acontecendo ao mesmo alcançar o sono. Es seu redor, é o horário em tas práticas auxiliam em que estão deitadas prontas uma vida saudável e ade para dormir. Essa situação quada. Caminhadas, espor não deveria acontecer. O tes aquáticos e exercícios momento de pensar não de aeróbicos são indispensá ve ser o momento de dor veis na vida de todos e tam mir. Dormir é essencial tan bém podem ser aliados na to para o corpo quanto pa obtenção de um sono mais ra a mente e esse horário tranquilo. O professor de não deve ser substituído educação física Fábio Ros
satto comenta que o corpo humano é feito pra movi mentarse. Ele diz que é ne cessário exercício para que o coração tenha um bom desempenho no transpor te de nutrientes e oxigênio para todo o corpo. “O cor po, se exercitando, faz com que o coração seja saudá vel, assim desempenhando todas as funções correta mente”, afirma Fábio.
tamento especializado e nunca se esquecer: a ali mentação correta e os exercícios físicos são a me lhor maneira de eliminar as doenças como o estres se, a depressão e os distúr bios do sono, pois melho ram a capacidade física e mental dos praticantes, fa zendo com que o corpo, a mente fiquem em perfeita saúde.
Os distúrbios do sono po dem se fazer presentes na vida de todos, principal mente estudantes. O essen cial é saber tratálos de ma neira correta, buscar tra
Os quatro principais distúrbios do sono listados na tabela ao lado têm ori gem nem sempre conheci da. Normalmente as pes soas que sofrem de dis túrbios do sono também passam por outros tipos de problemas: muitas vezes pressão no trabalho, hora extra, abalos emocionais, a correria diária, ou até dis túrbios alimentares como a obesidade. Por exemplo, no mundo todo, 30% da população sofre com a depressão sem ter conhecimento. No Bra sil, existem 17 milhões de pessoas que apresentam sintomas de depressão. Grande parte desses casos são refletidos em proble mas no sono. Nesses ca sos, o mais recomendado é buscar a orientação de es pecialistas, como Psicólo gos ou Nutricionistas em caso de problemas de ali mentação.
Tratamento
Conheça mais os distúrbios do sono
Aproximadamente 80 distúrbios do sono já foram estudados pela CIDS, mas, os principais, mais frequentes e mais diagnosticados nos pacientes são: o ronco, a insônia, a apnéia do sono e a narcolepsia. Ronco
É uma obstrução parcial ao livre fluxo de ar através das passagens aéreas (vias aéreas) na parte posterior da boca e nariz. Cerca de 40% dos adultos roncam ocasional mente e 25% são “roncadores” habituais;
Apnéia do Sono
Apnéia do sono é um distúrbio caracteriza do por interrupções breves (por mais de 10 se gundos) e repetidas na respiração durante o so no. Este distúrbio, é uma condicão séria quando não tratada. Quase todos os pacientes que tem apnéia tem histórico de ronco alto;
Insônia
Insônia é a percepção ou queixa de sono inadequado, ou de baixa qualidade. Insônia não é definida pela quantidade de horas que uma pessoa dorme ou quanto tempo leva para cair no sono. Insônia pode causar problemas durante o dia, como cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração e irritabilidade;
Narcolepsia
Sonolência excessiva durante o dia, cata plexia, paralisia do sono e alucinações do so no.
Depressão
12 Julho de 2009
Cotidiano
Frederico Westphalen FOTO CLARISSA HERMES
Editora Laísa Bisol
Entre o Tic Tac e a Badalada
Os sinos entoam informando e cativando os cidadãos frederiquenses
As torres de 63 metros da Igreja Catedral guardam a beleza dos oito relógios e o canto de três sinos
A
o passar pela Cate dral de Frederico Westphalen, mui tas pessoas remetem seus olhos para o relógio da tor re. Ou ainda, ao escutarem o sino, lembramse que po de ser um sinal de aviso ou simplesmente um toque pa ra avisar o horário. Com grande significado para a Igreja Católica, o si no é destinado a cantar tu do o que é belo. E o relógio, a conduzir os fiéis. Tanto o sino quanto o relógio pos suem linguagem própria. Para o escritor Jaime Dan tas, os sinos são as almas religiosas das torres, isso porque eles foram destina dos a proclamar os misté rios do cristianismo e au mentar a devoção dos fiéis.
Relógio
A Catedral possui três si nos. O maior é dedicado a Santa Bárbara. Segundo o Pároco do município, Pa dre Leonir Fainello, uma das funções mais marcan tes do sino é avisar a popu lação quando há tempesta des à vista, pois acreditase que seu som é capaz de que brar as ondas provocadas pelos ventos, trovões e rai os, afastando assim ou di minuindo a intensidade dos temporais. Porém, es se é um costume não prati
FOTO DE CLARISSA HERMES
Luara Krasnievicz
Relógio interno faz o controle do horário da torre
Entenda as badaladas do sino
Exemplo: em quartos de hora, às 2h15min há uma badalada; 2h30min, duas badaladas; 2h45min, três badaladas. Em horas fechadas, 3h, há quatro badaladas que indicam a hora fechada, mais três indicando a hora cheia. cado em Frederico. Além dos sinos, a Cate dral é provida de oito reló gios que, conforme o padre Leonir, proporcionam aos fiéis dos quatro pontos car deais verificarem as horas. Mantido originalmente até
hoje, o relógio foi inaugu rando às doze horas do dia 30 de março de 1959. A igreja faz questão de man ter as peças originais atra vés de cuidadosa manuten ção manual. A única alte ração sofrida pelo relógio é
um dispositivo – pulso di gital – que tem um tempo rizador com a função de di minuir o atraso de um re lógio para o outro. Esta manutenção men sal dos relógios é feita por Fabio Pertile, que explica o funcionamento do sino: “O sino toca a cada quarto de hora, e hora fechada. Atu almente o toque do sino é digital, mas antigamente ele era feito de forma ma nual”. Muitas pessoas baseiam se pelos horários da torre. Outras acreditam que o re lógio marca a hora errada e, por isso, não vale a pena olhar. Outras, ainda, afir
mam que olham para a tor re apenas por constume. “Passo pela igreja e olho o relógio, sem a intenção de ver o horário. Olho por olhar, talvez só para apre ciar as torres”, diz o conta dor Alexsander Dominski.
Sem atrasos
Já a auxiliar de escritó rio Andréia Barcarol conta que geralmente se informa sobre o horário pelo reló gio da torre. “Quando pre ciso saber que horas são e não tenho meu celular na mão, olho para o relógio da Catedral”. Andréia, que mora próxima da Catedral, acrescenta ainda: “no iní cio até me servia como despertador, mas agora já acostumei nem percebo quando badala”. Diferentemente do cos tume de Andréia, a analis ta de inspeção Barbara Vanzin não se informa pe lo relógio da torre da Cate dral. “Não dá para confiar no relógio, pois está quase sempre errado”, afirma. Mas Fabrício Pertile ex plica que o atraso do horá rio acontecia porque as in formações de um relógio para o outro passam por tubos com aberturas que propiciam este fato. Porém com a instalação do tem porisador o atraso entre um relógio e outro diminui para quase zero.