Projeto Meros do Brasil Áthila Bertoncini ©
Como surgiu o Projeto Meros do Brasil? Sabendo do perigo que os meros corriam em desaparecer, em 2002 um grupo de pesquisadores criou o Projeto Meros do Brasil, com o objetivo de viabilizar recursos para a pesquisa e conservação da espécie.
Surgiu em 2002 com o objetivo de viabilizar recursos para a pesquisa e conservação de meros. Em 2006/2007 o Projeto Meros do Brasil recebeu o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental, através de edital público. Atualmente, o patrocínio da Petrobras alavanca e vem ampliando as pesquisas, e não somente sobre a conservação do mero mas também de outras espécies de peixes e dos ambientes marinhocosteiros associados como manguezais, recifes de corais e costões rochosos ao longo da costa brasileira. Atualmente o Projeto Meros do Brasil desenvolve ações de pesquisa e conservação através do estudo da biologia pesqueira, genética, piscicultura marinha, educomunicação ambiental e mergulho científico em sete estados litorâneos do país.
O Projeto Meros do Brasil conta com uma Rede de parceiros formada por instituições de ensino e pesquisa distribuídas pelo litoral brasileiro que atuam de forma autônoma, em cooperação técnica e científica. Dessa forma, o Projeto propõe unificar os desafios de pesquisa e conservação de uma espécie que é distribuída amplamente em quase todo o litoral brasileiro.
O que tem sido feito para protegê-lo? Pesquisadores em todo oceano Atlântico vêm dando atenção à espécie, que é classificada como criticamente ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Há mais de vinte anos protegida no sul dos Estados Unidos, em 2002 a captura da espécie foi proibida no Brasil pela Portaria IBAMA No 121/2002. Através desse instrumento, o mero tornou-se a primeira espécie de peixe marinho a receber uma moratória específica que estabeleceu a proibição da captura, transporte e comercialização pelo período de cinco anos.
Áthila Bertoncini ©
Em 2007 a Portaria No 42/2007 do IBAMA prorrogou por mais cinco anos a proibição da captura do mero e novamente, em 2012, a proteção dos meros foi garantida através da Instrução Normativa Interministerial/INI No 13/2012, com a prioridade de realização de estudos de maior amplitude e de recuperação das populações de mero no país. Apesar disso, muitas pessoas ainda capturam meros no Brasil e não se sabe exatamente o número de indivíduos e o total em biomassa que tem sido capturado anualmente de forma ilegal em nossa costa.
Instituições que trabalham juntas nos pontos focais de atuação: Essas instituições trabalham juntas nos pontos focais de atuação como a Universidade Federal do Pará (PA); Universidade Federal de Pernambuco e Instituto Recifes Costeiros – IRCOS (PE); Associação de Estudos Costeiros e Marinhos dos Abrolhos – ECOMAR (BA); Universidade Federal do Espírito Santo – UFES/ CEUNES (ES); Universidade Federal Fluminense - UFF (RJ); Instituto de Pesca de São Paulo (SP) e o Laboratório de Educação Ambiental - LEA da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI (SC), além de novas instituições que estão sendo agregadas nos estados do Paraná e Alagoas. O Projeto conta também com a parceria de mais de 50 instituições e grupos no auxílio do desenvolvimento das ações nos diversos Pontos Focais. [ ]
Patrocinador Oficial
www.merosdobrasil.org
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Mero
Por que está ameaçado de extinção?
Saiba mais sobre este brasileiro que precisa da sua atenção
O mero alimenta-se de crustáceos (camarão, caranguejo e lagosta), peixes variados (raias, bagres e budiões), polvos e até jovens quelônios.
Como o Epinephelus Itajara é conhecido?
Porque é um peixe que gosta de habitar lugares abrigados como grandes tocas entre as rochas ou naufrágios.
Áthila Bertoncini ©
Por que “Senhor das Pedras”?
Qual o tempo de vida?
Como se reproduz?
O Epinephelus Itajara é conhecido como Mero, mas também pode ser chamado de Senhor das Pedras, Gigante do Mar, Mãe das Pedras, Bodete, Canapu, Badejão entre outros.
Um mero pode ultrapassar 40 anos e se reproduz por volta dos sete anos de idade, quando já atinge cerca de um metro de comprimento total.
Formam cardumes, conhecidos como agregações, em épocas e locais específicos para encontrar parceiros para reproduzir ou para alimentar-se.
A que família o mero pertence? Na classificação zoológica o mero pertence à família das garoupas, chernes e badejos, conhecidos atualmente como Epinephelidae. Suas principais características são pintas negras na cabeça e muitas barras marrons na cabeça e no corpo.
O mero é um dos maiores peixes ósseos da costa brasileira. É um peixe de crescimento lento que pode chegar a mais de dois metros de comprimento e ter 400 kg de peso. É considerado a maior espécie da família Epinephelidae no oceano Atlântico e a segunda maior do mundo!
Especificações do mero Tamanho
2 metros (maior que um homem)
Peso até 400Kg = 3 motos
(aproximadamente)
O mero ocorre em águas tropicais e subtropicais do oceano Atlântico [ ]. Habitam zonas estuarinas e costeiras como manguezais, recifes de coral, costões rochosos, parcéis (leito do mar rasos) e estruturas artificiais como naufrágios e pilares de pontes.
1,65 metros
HORA DA DIVERSÃO! Vamos desenhar as características do mero e de seu ambiente?
Qual o seu tamanho?
Onde vive?
Essa é uma espécie muito vulnerável às atividades humanas, como a pesca e poluição. É um peixe de crescimento lento, com maturação tardia. Apesar do grande tamanho, são considerados pacíficos, permitindo, por vezes, a fácil aproximação. (veja nossa cartilha de mergulho contemplativo com meros). Esforços de pesquisa têm constatado o desaparecimento gradual dos meros em locais onde costumavam ser abundantes, especialmente onde ocorriam suas agregações.
Jonas Leite ©
De que se alimenta?