Som do Rock Portugal Edição nº 2 2015 Fevereiro
Entrevistas Exclusivas do Som do Rock. Com os MoonShade e Inseniter (Grécia). Biografias de Dawn of Ruin e Under the Pipe. Muito mais com novas Secções.
A banda alagoana X AVENGER foi inicialmente um projeto idealizado pelos irmãos THYAGO VEGA (Ex Living in the hell, Ex Shadow Lord) e THALES HARRY (Ex Wanted) entre os anos de 2004 e 2005, onde deram início as composições musicais com ênfase nos riffs pesados e marcantes das guitarras, com a proposta de executar um Heavy Metal direto, com influências de bandas clássicas como JUDAS PRIEST, SAVATAGE e ANNIHILATOR. As letras buscam passar a mensagem de que nem tudo está perdido quando você não desiste facilmente do que almeja, um sentimento de fazer vingar suas vontades e sair em busca do autoconhecimento, introspecção. Após o período de composição, os irmãos acabaram que por deixar de lado o projeto, e após 10 anos, no final de 2014, uniram forças com o baixista CHRISTIAN DAVID (AUTOPSE) e decidiram iniciar as gravações do primeiro EP, o que gerou a gravação da música “GOD FORSAKEN LANDS” que serviu como um teste para os músicos, que por anos estiveram afastados da música. O lançamento do single “GOD FORSAKEN LANDS” foi feito através do Programa Insana Harmo-
nia do site Arena Metal, Agora podes fazer o Download no nosso site ou BandCamp.
Feira das Almas --- 7 e 8 de Fevereiro Depois da loucura que foram os SALDOS do Black January, voltamos já no primeiro fim-de-semana de Fevereiro com novas bancas! Um novo conceito de mercado a acontecer na zona dos Anjos em Lisboa. São mais de 70 bancas com artigos vintage, segunda mão e usados a preços baixos. A Feira das Almas tornou-se também um local para apresentação de projectos e outras ideias em fase experimental. Recebemos jovens artistas e exploramos hipóteses de exposições e performances. O horário é o habitual, das 11h às 19h. Entrada grátis. NOVOS DESIGNERS SEGUNDA MÃO ROUPA & ACESSÓRIOS ANTIGUIDADES ARTE E EXPOSIÇÕES LIVROS MÚSICA OFICINAS COMES & BEBES Lisbon's alternative market, promoting artists, crafters and sellers from all around Portugal. Street fashion / jewelry / vintage / second hand / home decor / art & illustration / books / culture / cosmetics / portuguese handmade / bargains / music / workshops / & more/ Free entry. LOCAL: Taberna das Almas - Regueirão dos Anjos nº68 a 70 Publicidade
Indice: Pag: 04—Editorial Noticias Pag: 05- SWR BARROSELAS METALFEST 18
Entrevistas Pag: 11– Entrevista exclusiva –Moonshade Pag: 14– Entrevista exclusiva—Insaniter Cronica
Pag: 06–Apostatet Pag: 07—VALLENFYRE em Portugal este mês de Fevereiro
Pag: 15— Á conversa com... Ricardo Rodrigues (Labirinto Lisboa)
Pag; 09—Labirinto Lisboa
Biografias
Pag: 10– "A GUARDIÃ" - O LIVRO, A MINHA OPINIÃO
Pag: 16-Dawn of Ruin Pag: 18— Under the Pipe Cinema: Pag: 19—
Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 03
Edição nº2 2015 Fevereiro Som do Rock—Portugal
Editorial: Bem Vindos. O Numero 1 foi um sucesso ultrapassou a quantidade de leituras e impressões que esperávamos. Também recebemos vários e-mail´s a dar conta da satisfação pelo trabalho realizado, o que justificou a nossa alegria e vontade de fazer mais. Neste numero vamos ter noticias, entrevistas reportagem em forma de cronica e biografias. Podem enviar as vossas sugestões para o seguinte email. geral@somdorock.pt Obrigado Paulo Teixeira
Ficha Técnica: Propriedade: Som do Rock Data : Janeiro de 2015 Preço: Grátis (Proibido a sua impressão e venda) Colaboradores: Redação / Paginação e conteúdos: Paulo Teixeira Reportagem/ Entrevistas: Lunah Costa Carolina Lobo Cronicas: Ricardo Pato É proibido a reprodução total e ou parcial de texto / Fotos sem a previa autorização. Pedidos de autorização : geral@somdorock.pt
Notícia:
SWR BARROSELAS METALFEST 18 O SWR regressa em força para a sua décima oitava edição, a decorrer de 30 de Abril a 2 de Maio. A um alinhamento que conta com clássicos como Entombed A.D., Shining, Impaled Nazarene, Ahab, Minsk e Internal Suffering, juntam-se agora os belgasENTHRONED, verdadeiros veteranos do black metal rápido e sem tretas, os canadianos SKULL FIST, banda de heavy metal clássico orelhudo em que cada música é um hino ao metal da velha guarda, os letões SKYFORGER, reis e senhores do paganismo báltico que cantam aos deuses antigos com a sua mistura de folk e black metal, os norte -americanos NIGHTBRINGER, que com o seu último álbum «Egos Dominus Tuus» causaram furor entre as hostes do black metal mais negro, LVCIFYRE, uma banda multinacional que toca uma fusão caótica de black e death metal à moda antiga, na veia de Dead Congregation e Grave Miasma, os brasileirosCLAUSTROFOBIA com o seu thrash/death notoriamente influenciado pelo melhor de Sepultura e, por fim os belgas EMPTINESS, que lançaram também este ano um disco memorável de black/death que dizem os conhecedores estar entre os melhores do género. Por confirmar estão ainda onze bandas espalhadas pelos dois palcos interiores do festival.
Recapitulando, as bandas anunciadas até agora são: ENTOMBED A.D., SHINING, IMPALED NAZARENE, ENTHRONED, SKULL FIST, AHAB, SKYFORGER, MINSK, INTERNAL SUFFERING, ZATOKREV, NIGHTBRINGER, INCINERATE, LVCIFYRE, CLAUSTROFOBIA, MIDNIGHT PRIEST, EMPTINESS, KILLIMANJARO, NEUROMA e EQUALEFT. Os Christmas packs, contendo bilhete para os três dias, t-shirt exclusiva desenhada por André Coelho, 3 Steels, copo, cup holder, postal de natal, uma carteirinha de cromos e saco encontram-se já à venda em www.naam.pt/store pelo preço de 70€. Se os quiserem receber antes do Natal, há também uma modalidade de envio por correio por mais 4€. Se compras pela net não são convosco, os packs serão também colocados em diversos pontos de venda espalhados pelo país. Fonte: LOUD!
Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 05
Notícia:
APOSTATE ( UKRAIN) - LANÇAM "TIME OF TERROR"
Os mais antigos protagonistas da Ucrânia de Metal Doom da velha escola, vem libertar o seu infernal e inspirado horror num segundo álbum, intitulado "Time of Terror". Fãs de Hooded Menace, Eye of Solitude e Uncoffined devem de ficar com uma boa perspectiva desta festa profana de condenados e fúria de death metal! Biografia: No ano de 1993, uma nova força na doomed up Death/Black Metal foi gerado nos recessos escuros da Ucrânia. APOSTATE nasceu de um desejo de criar algo que vem de uma triste existência solitária e trazer uma desolação abrangente para um mundo desprevenido. Originalmente começou como BLACK MOON FRANKNESS antes de tomar o nome APOSTATE e iria passar a divulgar a sua demo de estréia, "Consign to Oblivion", em 1995. Seguindo a mesma linha até então lançaram o EP "A Song of the Dead Lake" em 1997, antes de se dividirem em 1998.
No entanto há pouco mais de uma década depois, em 2009, e na sequência de uma compilação lançada em 2007, de obras antigas, intitulado “From Consign to Oblivion to a Song of the Dead Like...” APOSTATE seria retirados e lançados em forma de grito da sepultura onde estavam por Alexander Kostko (baixo) , o único membro sempre presente. Então veio 2010 Kostko veria o lançamento do debut álbum completo de APOSTATE “Trapped in a Sleep”. Agora, com a sua nova line up firme e cimentada APOSTATE, a mais antiga banda de Doom Metal ucraniano, estão por toda a Eurpoa a apresentar a sua música. "Time of Terror", seu segundo álbum que deve ser lançado no início de 2015. Esteja preparado!
Line-up: Alexander Kostko – bass Bohdan Kozub – vocals Nikita Holovin – drums Vlad Filimon – guitar Yuriy Savchuk – guitar Tracklist: 1. Solar Misconception 2. Pale Reflection 3. Pain Served Slow 4. Memory Eclipse 5. World Undying
Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 06
Notícia:
VALLENFYRE em Portugal este mês de Fevereiro Por esta altura já devem ter percebido que, sim, os VALLENFYRE são uma super-banda, à semelhança de tantas outras que, hoje em dia, surgem em catadupa todos os meses. Há, no entanto, traços que os separam desde logo da competição. Quando, no final de 2009, Gregor Mackintosh foi confrontado com a trágica morte do seu pai, o talentoso e influente guitarrista dos britânicos Paradise Lost optou por refugiar-se na música para fazer o luto. No espaço de apenas uns meses escreveu os esqueletos para uma coleção de temas que, já em 2011, acabariam por transformar-se em «A Fragile King», a estreia desta nova aventura musical que decidiu levar a cabo com a ajuda de alguns amigos... Nada mais nada menos que Hamish Glencross (ex-My Dying Bride) na guitarra, Adrian Erlandsson (dos At The Gates, The Haunted e Paradise Lost) na bateria e Scoot (dos Doom e Extintion Of Mankind) no baixo. Uma verdadeira constelação de estrelas do underground extremo, que se vai estrear finalmente em Portugal com uma data-dupla. A 6 e 7 de Fevereiro sobem ao palco do RCA Club e do Hard Club, em Lisboa e no Porto, respetivamente. Durante as últimas décadas, a história ensinou-nos que a união de músicos famosos, por muito bem intencionada que seja, nem sempre é sinónimo de resultados explosivos. No entanto, a fusão de death e doom metal, apimentada por elementos crust/punk, delapidada pelos VALLENFYRE provocou uma vaga de aplausos consensuais por parte do público e da imprensa a partir do momento em que, há três anos, o disco de estreia do coletivo britânico foi editado. As calorosas reações a esse primeiro álbum acabaram por inspirar a gravação e edição do devastador «Splinters» já em 2014 e basta tomar contacto com «Scabs», o demolidor tema de abertura deste segundo disco, para perceber de imediato que a sinergia entre os quatro músicos está ainda mais focada do que quando gravaram o registo de estreia. No cômputo geral, este registo afirma-se como ainda mais sólido que o seu antecessor – um autêntico petardo de death metal bruto e de influência old school (Celtic Frost e Entombed são duas influências mais que óbvias), injetado da dose certa de d-beat vicioso e condimentado por uma latência doom que só vem reforçar a versatilidade do que esta formação de luxo pode fazer em estúdio e em palco.
06 Fevereiro - RCA Club (Lisboa)
07 Fevereiro - Hard Club (Porto) 1ª Parte: Foscor Abertura de Portas: 20h00 - Inicio espetáculo: 21h00 Nesta Splinters Over Iberia Tour, os VALLENFYRE surgem acompanhados pelos espanhóis FOSCOR, que acabam de editar o seu quarto longaduração. «Those Horrors Wither» apresenta-se como o álbum da emancipação, um romper com as amarras do black metal tradicional e ortodoxo, uma década depois de terem lançado o registo de estreia. Formados no final de 1997 como um dos poucos projetos de dark metal oriundos de Barcelona, os músicos catalães desenvolveram desde muito cedo um estilo pessoal e único, que mistura as raízes do black metal dos anos 90 com outras linguagens musicais tão ou mais agressivas – uma fusão que lhes permite terem hoje um discurso transversal a vários quadrantes do extremismo sonoro. Baseando-se no período modernista da arte catalã, o quarteto formado por Falke, Fiar, Necrhist e A.M. gravou três álbuns entre 2004 e 2009 – a estreia «Entrance To The Shadows' Village», «The Smile Of The Sad Ones», «Groans To The Guilty» – e, graças a uma linguagem muito dinâmica, agressiva e emotiva em palco, alcançou um status bastante respeitável a nível mundial.
Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 07
Notícia:
Labirinto Lisboa—Destaque No centro de Lisboa, renasceu um mal antigo. Existem lendas esquecidas, lendas que regressam,
O Sanatório da Serra da Estrela
lendas VERDADEIRAS!
Entra na ala de tuberculosos do antigo sana-
Portugal tem um passado sombrio de lendas distor-
tório, onde tens uma consulta com o maca-
cidas e espíritos atormentados, histórias de mortes
bro Doutor Mallum.
e assassínios, contadas em segredo apenas pelos
O Corredor Assombrado
mais corajosos. Lendas esquecidas pelas páginas
Atravessa o corredor de uma antiga man-
da História e perdidas na neblina dos tempos. Mas
são, onde nada é o que parece.
as lendas vivem dentro das catacumbas do Labirin-
O Sótão Sangrento
to Lisboa, onde os espíritos maléficos do passado
Conhece pessoalmente a infame assassina
regressaram mais uma vez, trazendo-as de volta à
de bebés e mais terrível serial-killer portu-
vida.
guesa, Luísa de Jesus. O Covil Ardente
O Tribunal da Inquisição
Visita Gertrudes Maria, a cara-metade do
O Grande Inquisidor, Cardeal D. Henrique, vai jul-
ladrão Diogo Alves, no seu assustador covil.
gar-te e condenar-te a uma tenebrosa viagem ao
A Caverna do Gigante
Inferno.
O monstro dos mares Adamastor, depois de
O Poço dos Esquecidos
séculos a assombrar os nossos navegado-
Deambula pelo pátio onde encontrarás o espírito há
res, espera por ti na sua caverna.
muito esquecido do assassino Occulta.
A Padaria de Aljubarrota
A Capela dos Ossos
Conhece a padeira Brites de Almeida, que
Feita de ossos humanos, vais conhecer o Irmão Ta-
na sua padaria prepara o forno para te rece-
vares, o monge fantasma que te espera nas som-
ber.
bras.
O Circo das Aberrações
O Túnel de Claustrofobia
Conhece Svengali, um boneco com o qual
Sustém a respiração, enquanto passas por esta es-
não vais querer brincar.
cura e apertada catacumba.
A Sala do Trono Se conseguires atravessar o nosso Labirinto vais chegar à presença do Rei D. Sebastião onde uma terrível surpresa te aguarda no fim da tua viagem através do passado mais sombrio de Portugal. IRÁS SOBREVIVER AO LABIRINTO LISBOA? Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 08
Notícia:
"A GUARDIA" - O LIVRO, A MINHA OPINIAO
Se há criticas que custam a fazer, não por serem más, mas por serem muitos boas, esta é uma delas. Escrever sobre “A Guardiã” não é fácil. Já tentei escrever várias vezes e sempre apaguei. É difícil escrever sobre algo que está acima do bom, lembro-me de querer incluir passagens do livro conforme vou falando do mesmo, mas para isso tinha que transcrever a obra quase por inteiro. Vou assim tentar não ser muito longo e escrever o que sinto. Tomei conhecimento do livro por acaso, estava a falar no facebook com alguns amigos, quando alguém partilhou no meu mural a sinopse do livro. Desde logo fiquei fascinado com o conteúdo, procurei o autor e tivemos algumas conversas. Disse para mim, ora ai está um livro que tenho a certeza de que irei gostar de ler. Desde então tenho seguido com atenção tudo o que diz respeito á obra. O António e eu acabámos por ficar amigos e ter longas conversas sobre o tema. O fantástico sempre me deu boas horas de leitura e então quando se junta num único livro o meu tema preferido acompanhado da minha música de eleição, fico com o melhor dos dois mundos. Estive na apresentação do livro no Club Noir entre as pessoas presentes estava o Leonel vocalista do Mindfeeder, que durante a apresentação disse tratar-se de um livro cinematográfico com banda sonora incluída, nada mais verdadeiro.
Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 10
Entrevista:
Entrevista Exclusiva: MOONSHADE com Lunah Costa
Inspirado na cena death metal melódico nórdico e com multiplicidade de diferentes influências,os Moonnshade, “misturam” elementos pesados com sons melódicos, obtendo assim o seu próprio estilo. Sofrendo algumas alterações no nucleo da banda, esta encontra-se mais sólida do que nunca e com um novo EP, menos DOOM e mais pesado “Dream I Oblivion” que promete agarrar os ouvintes. Pedro Quelhas (guitarrista) e Ricardo Pereira (vocalista/letrista) aceitaram o nosso convite para nos apresentar este novo EP.
Lunah Costa: Boas. Antes de mais, obrigada por terem aceitado fazerem esta entrevista.
Pedro: De nada, obrigado nós pelo vosso interesse na nossa banda. Ricardo: Boas!
L.C: Para começar, como surgiu a ideia de formarem uma banda? Pedro: Basicamente eu e nosso antigo baterista Cristiano Brito estávamos um bocado cansados da banda que tínhamos, e como eu tinha composto algumas músicas mais na onda melodeath decidimos começar um projeto novo. Eventualmente o projeto que tínhamos deixou de fazer sentido e passamos a dedicar -nos a 100% a Moonshade. Ricardo: Entretanto entrou o Dinis para guitarrista e mais tarde entrei eu, nós e o Pedro somos os que sobraram da formação inicial.
L.C: Porquê o nome Moonshade? Pedro: Sempre gostei da ideia de ambientes taciturnos, florestas ao luar, etc. Soa um pouco foleiro, eu sei, mas achei o nome Moonshade adequado, tendo em conta que na altura a sonoridade era mais doom. L.C: Falem-me sobre como a vossa música foi mudando desde do ínicio dos Moonshade até ao presente? Ricardo: Não houve uma mudança muito acentuada a nível de género musical, continua a ser death-metal melódico. Talvez tenhamos perdido um pouco aqueles aspetos mais relacionados com doom que estavam presentes no The Path Of Redemption e os tenhamos substituído por um som mais agressivo, mas isso aconteceu porque além de ser mais do nosso gosto, pretendemos que cada lançamento de Moonshade seja único até certo ponto, mesmo que um desses lançamentos seja uma demo, no caso do primeiro EP. Não há necessidade de repetir milimetricamente o mesmo estilo ad nauseam. L.C: São uma das poucas bandas do norte do estilo Death Metal Melódico. Porque que escolheram este estilo de música? Pedro: Esta é fácil. Basicamente porque gostamos. No meu caso em particular é o meu subgénero preferido. O resto dos membros também gostam bastante do género. Ricardo: Todos ouvimos coisas diferentes de vários géneros musicais, mas o que nos une a nível de gostos pessoais são bandas que possuem aquela mistura de peso e melodia, e muitas delas são de melodeath.
Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 11
L.C: Mudaram de formação. Uma formação diferente, trouxe novas influências à banda e mudanças ou a base do vosso trabalho mantem-se? Se sim, quais foram? Ricardo: Na minha opinião, o Sandro e o Afonso trouxeram diferentes perspetivas musicais à banda, o que melhorou bastante a diversidade. Além disso são bons músicos com quem podemos contar e que realmente “usam a camisola” com orgulho. L.C: Em relação ao progresso da banda no panorama musical, vocês tornaram-se conhecidos do público, isso foi fácil ou encontraram dificuldades pelo caminho? Como superaram? Ricardo: Eu não nos apelidaria de “conhecidos pelo público”, mas são opiniões! As únicas dificuldades que tivemos foram as constantes mudanças de formação nas posições de baterista e de baixista. Muitos dos que saíram tiveram de sair por razões pessoais ou por discordância relativamente ao rumo musical que a banda estava a tomar, o que é normal! No entanto, outros decidiram usar o nome Moonshade para brincar às bandas, algo que ainda hoje me irrita porque só serviu para aumentar a entropia e atrasar o progresso da banda. L.C: Muitas bandas queixam-se da falta de adesão do público aos concertos das bandas nacionais. Vocês sentem o mesmo? Ricardo: Nota-se que há menos público, é compreensível, as coisas estão difíceis. No entanto, é uma questão dos fãs gerirem prioridades… As bandas que não são apoiadas resignam-se a tocar apenas na sala de ensaios ou acabam. Não acho que ninguém seja obrigado a ir a concertos, mas se querem que a banda que gostam continue a atuar ou até a existir, devem contribuir para que isso aconteça. Se acham que a nossa banda vale realmente a pena apoiem o projeto e apareçam nos concertos, e o mesmo vale para qualquer outra banda, seja underground ou mainstream.
L.C: Sentem-se injustiçados em relação aos
apoios que as bandas estrangeiras têm e as bandas nacionais não? Ricardo: Seria completamente ingénuo pedir a um governo como o nosso para apostar na arte visto que não se demonstram dispostos a apostar em coisas mais essenciais, como saúde e educação. Não vale a pena os artistas esperarem apoios das mesmas pessoas que são capazes de dormir bem de noite sabendo que deixam um idoso sem reformasuficiente para comprar medicamentos, seria insano. Seria ótimo receber mais apoio, mas é simplesmente como as coisas são, têm de ser os fãs e as bandas a mexeremse porque o governo não nos vai ajudar, e eu pessoalmente não me sinto injustiçado porque nunca esperei absolutamente nada da parte deles. L.C: Na vosso opinião, o quanto é importante para a banda, as pessoas irem aos vossos concertos e aos concertos em geral? Pedro: Sendo muito sincero, e acho que nesse caso falo por quase todas as bandas do underground, nós não fazemos ideia das pessoas que gostam realmente da nossa música, a não ser que elas estejam presentes nos concertos. Podemos ler mensagens no Facebook, etc., mas só temos real noção que somos apoiados se essas pessoas comparecerem. E não estou a falar dos amigos, ou membros das outras bandas, pois esses não contam. Falo sim do resto, dos que ouvem a música no Youtube/Bandcamp, que gostam em silêncio. Nós, muito mais que as grandes bandas, precisamos que o público se manifeste. Não vou ser hipócrita, eu faço música porque gosto, e faço para meu gosto pessoal, mas se souber que há expectativas da parte do público, essas expectativas funcionam como um catalisador para que mais e melhor música seja feita por nós. Por isso, se quiserem continuar a ver as bandas que gostam vivas, compareçam nos concertos, e contribuam.
L.C: Certas bandas também dizem que os concertos cobrem apenas as despesas e que é dificil lucrar com os espetáculos, principalmente por causa das deslocações. Concordam? Ricardo: A verdade é que não fazemos isto por dinheiro, mas não estamos dispostos a ter de pagar pelo “privilégio” de tocar, ainda somos daqueles que entendem que dar um concerto é, acima de tudo, um serviço… Mas é complicado. Se o nosso cachet for X, há sempre uma banda disposta a tocar por metade desse valor, outra disposta a tocar por um terço, outra disposta a tocar de graça, e a qualidade nem sempre é proporcional ao cachet. Além disso, cada vez menos pessoas aparecem nos concertos e as organizações raramente podem ou estão dispostas a pagar muito, o que é de levar uma banda à loucura, mas pronto, assim até tem mais piada. Afinal de contas quem precisa de sanidade mental? Luxos. Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 12
L.C: Estiveram um pouco afastados dos palcos, isso deveu-se à gravação do vosso novo EP? Torna-se importante “fecharem-se” em estúdio por algum motivo em especial? Ricardo: Esse hiato deveu-se a uma mistura entre ficarmos sem baterista e termos um EP para gravar. Pedimos ao Luís Neto, de Shell From Oceanic, para nos compor e gravar as partes de bateria, e entretanto o Sandro apareceu e ficamos com a setlist pronta. L.C: Quanto tempo demoraram a compor e a gravar este EP? Pedro: Demasiado tempo… Foi muito complicado ficar sem membros na banda sucessivamente. O período de integração demorou imenso, estivemos algum tempo sem sala de ensaio, demoramos muito tempo a ter baterista novo, enfim foi complicado para banda, e foi necessária muita perseverança para não acabar. Mas se contarmos o tempo real para compor, diria cerca de 6 meses, por aí. Depois demorou um bom bocado a gravar pois na altura também não tínhamos baterista etc. L.C: O que vos inspira para compor? Pedro: Nada de especial. Depende mais do estado de espírito do momento, e/ou da inspiração sentida na sala de ensaio. Maior parte das vezes começa com um riff quem alguém trás de casa e com essa base constrói-se o resto da música. L.C: O que vos motiva e vos dá determinação para compor um novo EP? Ricardo: Creio que o principal fator motivador é fartarmo-nos de tocar sempre as mesmas músicas nos ensaios e ao vivo aliado a um desejo de fazer sempre mais e melhor … Nós gostamos e temos orgulho das nossas composições, mas tudo cansa eventualmente, e quando tal acontece necessário renovar e melhorar o repertório. L.C: Quais são, na vossa opinião, as diferenças entre o primeiro EP “The Path os Redemption”e este mais recente “Dream I Oblivion”? Ricardo: A produção é uma diferença notória. O Pedro evoluiu bastante como produtor no tempo de intervalo entre os dois EP’s. Há também uma maior complexidade de composição em todos os sentidos. L.C: Já tocaram, pelo menos, uma das vossas novas músicas ao vivo, “Dawn Of A New Era”. Como descrevem a reação do público? Ricardo: Creio que a reação foi globalmente boa, e foi uma afirmação relativamente à nova linha de sonoridade que escolhemos seguir.
L.C: Quais são as vossas espectativas em relação ao novo EP? Pedro: Acima de tudo esperamos que o público goste tanto do EP como nós. Exigiu bastante trabalho da nossa parte, e estamos satisfeitos com o resultado. Próximo passo é compor um álbum! L.C: Como descrevem o “Dream I Oblivion”? Ricardo: É um EP conceptual com reflexões sobre a morte, a espiritualidade e principalmente o desespero face a um mundo decadente, onde toda a história se passa na mente do protagonista, que por sua vez termina a obra com o término de si próprio. L.C: Enquanto músicos num país como o nosso, qual é o vosso objetivo enquanto banda? Pedro: Penso que o nosso principal objetivo é fazer boa música que seja do nosso agrado, mas também aspiramos algum reconhecimento da parte do público e adorávamos dar um espetáculo num grande festival. L.C: Vocês já têm data para a apresentação do vosso EP, no dia 29 de Novembro, no Metalpoint. Estão ansiosos para ver como será a reação do público ou estão descontraídos, porque confiam no vosso trabalho? Ricardo: Tivemos um grande trabalho em organizar o evento e escolher duas bandas de apoio brutais, e continuamos a ter um grande trabalho em afinar a nossa performance para esse dia. O nosso objetivo é que as pessoas que vão se sintam bem recebidas e que se divirtam, e o mesmo vale para as bandas convidadas Destroyers Of All e Survive The Wasteland. Creio que só ficaremos descontraídos quando verificarmos que isso foi uma realidade. L.C: Já têm mais datas de concertos? Ricardo: Ainda estamos a combinar outros possíveis concertos, quando houverem confirmações de novos eventos anunciaremos pelo Facebook em www.facebook.com/moonshadeofficial. L.C: Quero agradecer o tempo que me disponibilizaram para esta entrevista, fico grata, porque pessoalmente, aprecio bastante o vosso trabalho. Pedro: Mais uma vez, obrigado pela oportunidade. Para finalizar, deem aos nossos leitores um bom motivo para ouvir e comprar o vosso novo EP “Dream | Oblivion e outro bom motivo para assistir aos vossos concertos. Ricardo: Creio que a música fala por si. Aos que ouviram e gostaram, apareçam dia 29 de Novembro no Metalpoint e ajudem a formar um evento épico!
Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 13
Entrevista:
Entrevista Exclusiva com Peter de Insaniter Agora eu posso escrever o que eu quiser, como guitarras técnicas que eu quero, e sim fazer algo exatamente como você imagina. Desta vez eu estou escrevendo guitarras tambores vocais graves, eu realmente gosto dele, e eu acho que eu estou dando um bom resultado. O único que eu mudaria, seria os vocais! Prefiro vocais mais violentos como Kreator ou Randy Rampage! SdR - O que segnificou para você o lançamento do EP "Initium" em 2014? 4.Não há palavras. Nesta situação, é tão difícil fazer um cd sozinho, sem dinheiro, sem tempo. Você sabe, um monte de gente acha que é fácil fazer um cd. Isto é triste, um monte de pessoas que não percebem o quão difícil é isso. Tenho orgulho para o Initium, é um ótimo cd, não é uma obra-prima, mas tem apenas boas músicas, boas idéias, o thrash sentido, sem riffs de cópia de outras bandas e eu acho que as pessoas vão gostar dele!
SdR - Para primeira pergunta , eu gostava de saber como esta conexão á música surgiu e por que o metal? 1.Comos todos nós sabemos o início de metal é como uma revolução! É uma música que expressa nossos sentimentos, melhor do que outro tipo de música e faz com que a nossa raiva se liberte. Eu era criança quando ouvi jazz, rock, blues, punk, é tudo boa música, com grandes músicos, mas o metal é mais essencial e mais poderoso. Metal sempre ajuda quando você precisar dele! Então, eu queria fazer a minha música, minha música do metal extremo! SdR - O nome da banda tem um significado especial? 2. Insaniter significa maníaco, para algumas pessoas louco, louco por música, metal, e seus meios que nós mesmos somos. Insaniter são as pessoas que não dão a mínima para dinheiro, política e outros funcionários similar. Insaniter significa Thrash maníacos! SdR - A banda existe desde 2011 e agora está sozinho é uma opção preferida? 3 Neste momento não existem opções! Você deve tentar com todo o seu poder, se você quiser fazer alguma coisa! Você sabe, se você tiver três membros, há mais ideias, mais espírito de cooperação, que tem mais fãs, mas sempre existem alguns problemas.
SdR - Nós todos sabemos que a atual crise na Europa afeta nossas vidas de muitas maneiras, como você acha que isso afetou o metal na Grécia. 5.Sim que está correto! A crise afeta a todos na Grécia, assim como o metal. Mas se você não tem dinheiro ou você tem que trabalhar 10 horas por 400 € mês, sim, é difícil fazer um bom cd ou para fazer um bom show ao vivo. Mas isso não é apenas a crise. Nossa mentalidade bloquea a nós mesmos. As revistas, os locais e os promotores ainda promover as mesmas bandas há 30 anos, e seus próprios amigos (bandas). O mesmo acontece com os shows ao vivo! Devemos trabalhar juntos e apoiar um ao outro .penso que as pessoas querem ouvir novas bandas, e há um monte grandes bandas, mas ninguém lhes dar a oportunidade! O dinheiro tem tomar o controle. O metal deve ser mais uma vez uma espécie de revolução (Não quero dizer que com o sentido político), neste momento o metal é uma ferramenta, nada mais, os verdadeiros fãs de metal são menos do que os outros, mas eu acho que ser sempre verdadeiros metalheads. SdR - Para terminar esta pequena entrevista, qual é a mensagem que gostaria de deixar aos nossos leitores? 6.Primeira de tudo eu quero agradecer-lhe pelo apoio! Pessoas como você está dando a nós o poder para continuar! Sobre seus leitores, quero dizer que a vida real e metal real está lá fora, Insaniter vai trazer thrash por muito mais anos para nos dar uma chance para mostrar o que tem tudo a ver! Thrash-los todos! Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 14
Cronica:
Á conversa com...
Ricardo Rodrigues (Labirinto Lisboa)
Cronica de Ricardo Pato
Nesta entrevista damos a conhecer Ricardo Rodrigues, o fundador da casa de terror Labirinto Lisboa, localizada perto do Cais do Sodré. Um sítio de passagem obrigatória para os amantes de emoções fortes. A casa esteve fechada devido a um incêndio em Maio, mas já tem data de reabertura oficial marcada para Sexta-feira 13 de Fevereiro. Sexta-feira 13… será coincidência? - Porque é que quis começar este projecto? Sou fã de casas de terror desde criança. Tive oportunidade de viajar bastante na minha infância e adolescência o que me permitiu experimentar variadíssimas atracções do género. Em Portugal desde o fim da Feira Popular que não existe nada assim no nosso país e era um sonho antigo meu ser proprietário de uma atracção destas, idealizada e criada por mim, proporcionando aos portugueses e a quem nos visita uma experiência única e memorável que os faça lembrar Portugal de um forma diferente e original. - Houve algum tipo de inspiração noutra casa de terror nacional ou internacional? A ideia foi pensada por mim há vários anos e amadurecida com o passar do tempo à medida que o projecto se tornava realidade. Uma atracção feita especificamente para Portugal e para ser única e exclusiva, diferente de todas as outras. Naturalmente que há materiais, efeitos e conceitos que resultam bem em todo o lado e se podem adaptar a todas as realidades e atracções. No entanto, apesar disso, a experiência como um todo vivida no Labirinto Lisboa é única e não pode ser vivida em nenhuma outra atracção internacional. - No website do Labirinto diz que esta atração "é a primeira e única em Portugal", mas já houve uma casa de terror na feira popular, o Labirinto é um conceito diferente? Este nosso posicionamento comercial levantou algumas questões e dúvidas na altura. É apenas uma questão de interpretação. O que afirmamos é que o Labirinto Lisboa é realmente a primeira atracção pensada e feita em Portugal, exclusivamente para Portugal, e propriedade de uma empresa Portuguesa, ou seja, neste sentido é de facto a primeira atracção de terror nacional. A casa de terror da Feira Popular era uma importação espanhola – chamada Pasaje Del Terror. A atracção de Lisboa era igual às que existiam em Espanha e em outros países onde estavam. A experiência era replicada e igual em todas as atracções, sem identidade específica para cada país. Nunca fazemos comparações com eles, pois são épocas totalmente distantes e atracções completamente distintas. Não há melhor ou pior, são atracções diferentes. Reconhecemos aliás todo o mérito à Pasaje Del Terror, de quem eu era pessoalmente um grande fã.
- O incêndio foi algo difícil de superar? O incêndio foi um golpe duríssimo. Depois de três anos de tanto trabalho, com tantas dificuldades burocráticas pelo meio - o facto de ser algo fora do comum dificultou bastante a percepção e compreensão do conceito para aprovação - a última coisa que a pessoa espera que aconteça foi o que aconteceu. Foi muito difícil de superar, até porque a nível de segurança e emergência fomos bastante controlados, tendo sido feitas duas vistorias pelos Bombeiros antes da abertura e de termos soluções de emergência únicas no interior do espaço, que mais nenhuma atracção internacional tem. No fim de contas o fogo veio do exterior de um edifício em frente. Inacreditável. Estivemos dez dias abertos, dos quais apenas sete em funcionamento, o que foi, naturalmente, uma realidade muito dura e difícil de aceitar. A tristeza e a revolta foram grandes, o desgaste físico e psicológico imensos, e entre a desistência e a resistência – tentando juntar as forças necessárias para voltar a montar tudo de novo – a linha foi muito ténue. Mas estamos de volta! - Quais são as projeções para o futuro do Labirinto? O Labirinto Lisboa tem todo o potencial para crescer e se estabelecer como uma atracção de referência na cidade de Lisboa e para quem nos visita. Não há outra oferta igual, as pessoas procuram emoções fortes, gostam deste tipo de adrenalina, que serve até para espantarem os males diários e as preocupações do quotidiano. Além disso temos perfeita confiança na qualidade geral do nosso espectáculo, tanto a nível de equipamentos como de cenografia, assim como no grande talento dos nossos actores. Acreditamos sem qualquer tipo de presunção que o Labirinto Lisboa concorre directamente com as melhores e mais conhecidas casas de terror que existem na Europa e no Mundo. Ricardo Pato Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 15
Biografia:
DAWN OF RUIN - A BIOGRAFIA
A história dos Dawn of Ruin remonta a 2003, ano em que a vocalista V. Hemiazygos e o guitarrista Shadow se reuniram com o intuito de criar temas de Black Metal mórbido e abrasivo, com uma boa dose de influências old-school. Aos primeiros originais juntaram-se ainda algumas versões de temas clássicos de bandas de referência dentro do género. Ao duo, entretanto batizado de Ekhidna, juntou-se pouco depois o teclista Sytry. Nesta primeira fase, a secção rítmica esteve a cargo de uma série de músicos de sessão. Esta formação acabou por gravar a malograda demo “Queen of the Graveyard”, que ainda hoje não é considerada digna de audição, exceção feita aos amigos mais próximos da banda. Após uma série de alterações de formação, a banda recrutou o atual baterista Nazgul e o baixista Koja, ex-Extreme Unction. As suas experiências e gostos musicais diversificados ajudaram a definir o estilo dos Ekhidna, que cada vez mais se aproximava de géneros como o Thrash e o Melodic Death Metal. Tornou-se habitual a gravação de ensaios e demos simples das músicas, prática integrada numa abordagem mais estruturada e organizada à composição musical. Sytry abandonou a banda em 2006 para se dedicar ao seu novo projeto, Obscvrii Lvnae. Nesse ano, a banda mudou de nome para Tetraplegic God. Em 2007, à medida que se iam ambientando ao novo local de ensaio, V. Hemiazygos saiu da banda com vista à procura de novos horizontes musicais, tendo sido substituída por Valtherion. Durante o seu período ativo na banda, esta mudou de nome pela segunda e, espera-se,
As mudanças de formação começavam a tornar-se num hábito: pouco depois, Valtherion saiu e foi substituído pelo Conde Satan. Em 2008, os Dawn of Ruin tocaram pela primeira vez ao vivo, no Summer Enslavement Festival, na Marinha Grande (ver secção de vídeos). Foram planeados outros concertos, mas a banda foi, uma vez mais, vítima da inconstância, quando o baixista Koja optou por se dedicar a outras áreas, tanto musicais como pessoais, deixando vago o posto das 4 cordas. Os restantes membros mostravam uma vontade irreprimível de tocar e continuar a trabalhar em novos temas, desejo aguçado pelos constantes reveses. Esta vontade manteve-os no ativo durante os momentos mais complicados, alturas que aproveitaram para afinar aspetos técnicos e gravar um conjunto de temas novos e antigos. E mais não ocorreu em 2009, contando-se pelo caminho uma série de tentativas de integrar mais um guitarrista, para de alguma forma compensar a ausência do som de um baixo.
Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 16
Biografia:
DAWN OF RUIN - A BIOGRAFIA - continuaçao. Em 2010, a banda tornou a ser um duo, por alguns meses, após a saída do vocalista Conde Satan. Pouco depois, Shadow e Nazgul contaram com a entrada do ex-Obscvrii Lvnae Prometheus, como segundo guitarrista. Embora várias faixas já tivessem arranjos para uma segunda guitarra, muito material e linhas harmónicas novas foram acrescentados ou aperfeiçoados, o que acabou por orientar o som da banda para domínios mais melódicos, intensos e, por vezes, dramáticos. Carpathian Wolf, que também se dedicava ao BM nos extintos Obscvrii Lvnae, foi convocado para assegurar as vocalizações. Ao longo dos meses que se seguiram, as faixas foram meticulosamente analisadas e, em termos gerais, sofreram uma remodelação. A ideia de regressar aos palcos e às gravações começou a surgir em conversa com cada vez mais frequência. Para a concretizar, faltava ultrapassar a ausência de baixista, processo que culminou na entrada da Niggurath para a banda. Com uma formação completa e um som mais coeso, Dawn of Ruin não tardaram a regressar aos palcos. Entre 2012 e 2014, tocaram em espaços como o Vinícola (Barreiro), o Birras Bar (Covilhã), o In Live Caffé (Moita), o Stairway Club (Cascais), o Cais na Planície (Beja) e o Side B (Benavente). Simultaneamente, a banda concentrou a sua energia coletiva na gravação e produção da demo em CDr "Poço da Infâmia", que apresenta 4 temas gravados no local de ensaio e outras 4 faixas bónus, captadas ao vivo. Em meados de 2014, no momento em que a demo foi lançada, a baixista Niggurath saiu do país, e consequentemente da banda, deixando o lugar a Loki que ocupou assim o lugar de baixista.
Fotos: F.Fraquito Photography
Foto: Sofia Garrido
Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 17
Biografia:
UNDER THE PIPE - A BIOGRAFIA OFICIAL. Under The Pipe é um projecto de Portugal inserido no Post Rock, desde Dezembro de 2010 com Valério Paula como criador. Musico desde 1992, no qual já participou em vários gêneros dentro da música, tocando Thrash Metal -1994 / 1999, Black Metal 2001 / 2005, Grunge -2005 / 2010. Já trabalhou com grandes artistas e músicos como: Ana Malhoa, Tear (Desire), Sam Forest (Nine Black Alps), Paulo Vieira (The Firstborn), Hugo e Pardal (Swithchtense); Nuno Loureiro (Painstruck / Floyd Studios) entre outros. Guitarrista de rock desde 2005 até os dias actuais. Já esteve em contracto com grandes e pequenas editoras como Dark Profanation (UK / PT), Nemesis Musica (Portugal), Vergasta Records (Brasil) e Believe Digital (France), trabalhou com Yannick Jame da Lx Music Publish, o ex- director da Polygram da França (Fonzie, Clã), também com Denis Ladegaillerie da empresa Believe Digital / Virgin Music França que tem em seu catalogo Madonna, Mariah Carey entre outros. Valério foi o criador dos Skewer (banda de grunge). Agora concentra-se em Under The Pipe em composições que expressam um pouquinho o que vem na alma.
Em Setembro 2011 os Under The Pipe assinam acordo com a Awal Records do Reino Unido na distribuição do EP "Fix You, You are not Alone" Awal tem em seu catalogo de distribuição artistas como: Moby, Radiohead, The Arctic Monkeys, The Klaxons, Skunk Anansie, Editors, Linda Martini, WE TRUST entre outros grandes nomes. 2013 fecham acordo com a editora Ethereal Sound Works E o lançamento físico de "After Sound Comes Silence" acontece em 27 de Maio de 2013. Under The Pipe Discografia: Past And Future EP - 2011 - MIMI Records (Japan/Portugal) (Digital ) Start Over Again CD - 2011 - Believe Digital / Virgin (Digital) Fix You, You Are Not Alone EP - 2012 Awal Records (UK / Worldwide) (Digital ) After Sound Comes Silence CD - 2013 Ethereal Sound Works Ethereal Sound Works-http:// www.etherealsoundworks.com/index.php? under-the-pipe,72 Facebook Under The Pipe-https:// www.facebook.com/pages/Under-ThePipe/164653436920236?ref=hl
Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 18
Cinema:
O Sétimo Filho (I) (2014) "Seventh Son" (título original) M / 12 102 min - Ação | Aventura | Fantasia - 1 de Janeiro de 2015 (Portugal) O jovem Thomas é aprendiz do Mago local para aprender a lutar maus espíritos. Seu primeiro grande desafio vem quando a poderosa Mãe Malkin escapa seu confinamento enquanto o Mago está fora.
Diretor: Sergey Bodrov (como Sergei Bodrov) Escritores: Charles Leavitt (roteiro), Steven Cavaleiro (roteiro) Estrelas: Ben Barnes, Julianne Moore, Jeff Bridges
Insurgente (2015) "Insurgent" (título original) - Ação | Aventura | Ficção Científica - 19 de Março de 2015 (Portugal)
Beatrice Prior deve enfrentar seus demônios interiores e continuar sua luta contra uma poderosa aliança que ameaça destruir sua sociedade à parte com a ajuda de outras pessoas do seu lado.
Diretor: Robert Schwentke Escritores: Veronica Roth (baseada no romance de), Mark Bomback (roteiro), Shailene Woodley Estrelas:, Ansel Elgort, Theo James
Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 19