Som do rock magazine 3

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Edição nº 3 2015 Março - Grátis - Som do Rock Portugal



O que nós andamos a ouvir

13 Bandas 13 Temas é um CD de ótima qualidade, trata-se de uma compilação de Metal Nacional, para mim é obrigatório ouvir Paulo Teixeira

O primeiro EP da Banda Brasileira X-Avenger, consegue-se ouvir de forma continua, posso dizer que é música para os meus ouvidos.

Ricardo Pato

Iskald - Nedom Og Nord. Estou a gostar bastante da evolução deste grupo de Melodic Black Metal, que fez um album bastante bom no ano passado.

Publicidade

Children Of Bodom - Hatebreeder. Já desde há muito tempo que é o meu album de eleição desta banda, e está sempre presente nas minhas playlists.

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 03


Edição nº3 2015 Março Som do Rock—Portugal

Editorial:

Ficha Técnica: Propriedade: Som do Rock

Bem Vindos. Apos a saída do nº 2 a equipa do Som do Rock passou a contar com duas figuras de peso. Dico e Bruno Sousa duas pessoas que já andam nestas lides á algum tempo Juntaram-se á nossa equipa. Neste numero vamos ter noticias, entrevistas reportagem, cronica e biografias. Podem enviar as vossas sugestões para o seguinte email.

Administração Paulo Teixeira Data : Março de 2015 Preço: Grátis (Proibido a sua impressão e venda) Colaboradores: Redação / Paginação e conteúdos: Paulo Teixeira

geral@somdorock.pt

Reportagem/ Entrevistas:

Obrigado Paulo Teixeira

Lunah Costa Carolina Lobo

Indice:

Valter Manuel

Pag: 04—Editorial

Cronicas:

Noticias Pag: 05– Mão Cornuda—Significado

Ricardo Pato

Pag: 06–Ponte de Partida—Nova Banda novo som

Colunista

Pag: 07—Prana Lançam segunda trabalho

Dico

Pag; 07—HeadBang Solidário

Jornalista

Pag: 08– APOTHEUS - MELODIC METAL/DEATH PORTUGUÊS

Bruno Sousa

Pag: 09— Heavy Metal, a História

É proibido a reprodução total e ou parcial de texto / Fotos sem a previa autorização. Pedidos de

Pag: 10—Heavy Metal—Capitulo 1, O Inicio Reportagem Pag: 12– VALLENFYRE EM PORTUGAL - EXCLUSIVO DE LUNAH COSTA

autorização : geral@somdorock.pt

Entrevista Pag: 14—FurcaZ Entrevista exclusiva Crónica de Ricardo Pato Pag: 16– Iron Cancer Coluna de Dico Pag: 17— Alto e Bom Som Pag: 18—Horda Throne—Biografia Cinema Pag: 19— Filmes para ver

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 04


Notícia:

Mão Cornuda ou Mano Cornuta, o que significa. Mão chifrada, também conhecido como Maloik ou Mano Cornuta, é um símbolo conhecido por vários termos. Nos dias de hoje é muitas vezes considerado um sinal de adoração a ritos satânicos, tendo sido amplamente utilizado em diversas culturas ancestrais, principalmente mediterrâneas, como um sinal de proteção contra o mal (na Itália é como um equivalente das tradicionais três batidas na madeira). A utilização deste símbolo dentre os headbangers (fãs de Heavy Metal) não tem propriamente o objetivo primordial (satanismo). Foi introduzido ao gênero por Ronnie James Dio quando este estava no Black Sabbath. Ao longo de sua carreira "Dio" popularizou a expressão da "mão chifrada", que na verdade era usado para um simbolo satanista. No documentário "Metal: A headbanger's journey" ele faz referência à seus avós vindos da italia (seu sobrenome é Padavona) e que sua avó usava o gesto para afastar ou lançar "mau-olhado" para alguém; gesto bem comum entre supersticiosos do Mediterrâneo. O uso da mão chifrada às vezes é utilizado em um tom de ironia, visto que o heavy metal em geral já era uma música considerada satânica pela cultura popular, os precursores do metal adicionaram esse símbolo afim de ironizar, e consequentemente aumentar ainda mais esse clichê criado pela população, que na grande maioria das vezes é falso, visto que o satanismo não é considerado um tema tão líricopara o heavy metal, que tem outros temas, como história (vide Iron Maiden), Idade média (medieval metal), história viking (viking metal), e até mesmo o cristianismo (white metal). O único estilo musical dentro do metal que utiliza de ritos satânicos é o black metal. Durante uma reunião da União Europeia em fevereiro de 2002, o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi foi fotografado realizar este gesto por trás das costas do ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol. Quando questionado sobre o incidente, ele respondeu: " — Eu só estava brincando.".

Texto e fotos : Wikipédia

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 05


Notícia:

Ponte de Partida - novo grupo de Pop / Rock em Português.

Ponte de Partida é um novo grupo de Pop / Rock em Português. Fazem parte deste Mário Nunes, Rui Fadigas, Alex Santos, Emanuel Domingos e Junot Santos. Cinco músicos já com larga experiencia, que conta com a presença do baixista dos Delfins, baterista dos Anjos e guitarrista do Beto. Verifiquem na pagina do Facebook www.facebook.com/ PonteDePartidaOficial

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 06


Notícia:

Prana lança segundo álbum— Os Amores e Outros Azares.

Os prana em subescuta depois do primeiro single a banda de são João da madeira regressa para dar a conhecer as musicas do seu segundo disco de originais .. Depois do primeiro single sapatos de pedra .. Os prana revelam agora o seu segundo grande tema "a valsa do cupido" esse "sacana" num disco inspirado pelo o lado mais sombrio do amor.

Headbang Solidário - Porque queremos, porque podemos, porque gostamos de Ajudar.

Este evento tem como finalidade a angariação de fundo para o projeto Noites Solidárias, que tem como objetivo o auxílio a famílias carenciadas, sem-abrigos e seus animais de estimação. Datas: * 29 de Maio: Blame Zeus; Moonshade Debunker, Ashes Reborn *30 de Maio: Sonneillon Blackmetal, FurcaZ, Humanphobic, Reptile Portugal, Soul Doubt S.D A entrada para cada um dos dias é de 5 euros. No presente, nós temos uma cama e comida. Na situação presente do nosso país, daqui a uns anos ou até meses, podemos ser nós a precisar de ajuda. Não nos podemos lembrar destas pessoas apenas no Natal, devemos lembra-las sempre, principalmente quando as vemos à nossa frente, a dormir no chão e ter um cartão como colchão e um animal como sua única companhia. Quantas pessoas abandonam os seus animais? Quantos sem-abrigos vemos com um animal ao seu lado e bem tratado? Quantas famílias carenciadas mantém os seus animais apesar das dificuldades? É a pensar nessas pessoas e nesses animais que também aceitamos entrega de ração. **Quem não poder assistir aos concertos, pode contribuir para a causa: NIB Barclays - 00320.333002.0126117263 Vera Lúcia Ramos

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 07


Notícia:

APOTHEUS - MELODIC METAL/DEATH PORTUGUÊS

Apotheus é uma banda de metal melódico Português de Paços de Ferreira. Fundado em 2008, o grupo na verdade consiste em Miguel Andrade (vocal / guitarra ritmo), Tiago Santos (guitarra), Celso Andrade (baixo) e Albano "von Hammer" (bateria). No total, eles lançaram uma demo, um EP, um único single e um álbum de estúdio. Eles também participaram de duas coletâneas ibéricas e internacionais. Primeiros anos (2008 - 2009) Por volta de setembro de 2008, Albano von Hammer, Miguel Andrade, Paulo Ferreira (baixo), Luís Silva (guitarra) e Tiago Santos se reuniram para formar Apotheus. Todos eles compartilharam um interesse especial em metal, especialmente melódico / morte e bandas de metal progressivo como Children of Bodom, Amon Amarth, Norther, Ensiferum e Dream Theater. Com esta formação a banda gravou sua primeira demo, e os primeiros contatos com Raising Legends registros começaram a surgir. A Quest to Remain (2010 - 2011) Logo após as gravações, Luís Silva para a esquerda e a banda começou a trabalhar no seu primeiro EP em parceria com Raising Legends Records. Mais tarde, em dezembro de 2010, depois de vários concertos em Portugal, Apotheus lançou um EP chamado "A Quest to Remain", gravado em Raising Legends Studios. Este registro de marcas, não só a parceria com a Raising Legends Records, mas também uma nova etapa na carreira da banda. Ele inclui duas músicas da demo, agora re-gravada e remasterizada, e três músicas inéditas. A banda realizou uma turnê chamada "Uma excursão de se manter" um pouco por todo o país. Paulo deixou a banda no início de 2011, abrindo caminho para Luís Mota "Monkey Ouro" (baixo).

Revival (2012) A composição de um novo álbum começou. Durante esse período, a banda lança o primeiro single do álbum, não só em parceria com Raising Legends, mas também com Raging Planet. O single foi lançado em 7 '' vinil dupla face com duas faixas: o próprio single, Revival, e um cover de Greensleeves, gravado em Raising Legends Studios. Primeiro videoclipe da banda foi gravado e foi crucial para "colocá-los no mapa". O registro também incluiu um código de resgatar o que permitiu um download digital de ambas as músicas. A banda então fez uma breve mas memorável "tour Revival", ao compor o resto do álbum. Em 2012 eles participaram do iberic compilação Goth n 'Rock Capítulo IV, e no Tribute internacional para Dark Tranquillity A Resistência Final, através de Suspiria Records, junto com grupos como The Agonist,. Quando a esperança eo desespero Collide (2012 - 2013) No final de 2012, a banda entra os novos Legends Studios elevando para gravar seu "Quando a esperança eo desespero Collide", mais uma vez em parceria com a Raising Legends Records e Raging Planet Records. Luís deixou a banda por motivos pessoais logo após suas gravações. Depois de alguns castings membros, Celso Andrade o substituiu. A banda gravou outro vídeo da música para o segundo single do álbum: hora de sair. "Quando a esperança eo desespero Collide" é o primeiro álbum de estúdio da banda.

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 08


Heavy metal (ou simplesmente metal) é um gênero do rock que se desenvolveu no final da década de 1960 e no início da década de 1970, em grande parte no Reino Unido e nos Estados Unidos. Tendo como raízes o blues-rock e o rock psicodélico, as bandas que criaram o heavy metal desenvolveram um som massivo e encorpado, caracterizado por um timbre saturado e distorcido dos amplificadores, pelas cordas graves da guitarra para a criação de riffs e pela exploração de sonoridades em tons menores, dando um ar sombrio às composições. O Allmusic afirma que "de todos os formatos do rock 'n' roll, o heavy metal é a forma mais extrema em termos de volume e teatralidade". As primeiras bandas de heavy metal como Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath atraíram um grande público, apesar de muitas vezes serem desdenhadas pelos críticos, um fato comum em toda a história do gênero. Em meados dos anos 1970, o Judas Priestajudou a impulsionar a evolução do gênero suprimindo muito da influência do blues existente;5 6 o Motörhead introduziu a sensibilidade do punk rock e uma ênfase crescente na velocidade. Bandas do New Wave of British Heavy Metal como Iron Maiden eSaxon seguiram o mesmo caminho. Antes do fim da década, os fãs de heavy metal vieram a ser conhecidos mundialmente como"metalheads", "headbangers", ou "metaleiros" (em Portugal). Durante os anos 1980, o glam metal tornou-se uma força comercial com grupos como Mötley Crüe e Poison. O underground produziu cenas mais extremas e estilos agressivos: o thrash metal invadiu o mainstream trazendo à luz bandas como Anthrax, Megadeth,Metallica e Slayer, enquanto outros estilos ainda mais pesados como o death metal e o black metal permaneceram como fenômenos da subcultura do metal. Desde meados da década de 1990, estilos populares como o groove metal (ex.: Pantera) que combina metal extremo com hardcore punk, e o nu metal (ex.: Slipknot), que incorpora elementos de grunge e hip hop, ajudaram a ampliar a definição do gênero.

Heavy metal Origens estilísticas

Blues rock, rock psicodélico,rock de garagem1

Contexto cultural

Final da década de 1960 noReino Unido e Estados Unidos

Instrumentos típicos

Bateria, baixo, guitarra,vocal, teclado

Popularidade

Mundial, do fim da década de 1960–presente Subgêneros

Black metal • death metal • doom metal •glam metal • gothic metal • groove metal •power metal • speed metal • stoner metal •thrash metal •kawaii metal

Gêneros de fusão Avant-garde metal • crust punk • drone metal • folk metal • funk metal • grindcore •metal alternativo • metalcore • metal cristão • metal industrial • metal neoclássico •metal progressivo • metal sinfônico • nu metal • post-metal • rap metal • sludge metal • viking metal

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 09


O heavy metal se caracteriza tradicionalmente por guitarras altas e distorcidas, ritmos enfáticos, um som de baixo-e-bateria denso e vocais vigorosos. Os subgêneros do metal tradicionalmente enfatizam, alteram ou omitem um ou mais destes atributos. Segundo o crítico do New York Times Jon Pareles, "na taxonomia da música popular, o heavy metal é a principal subespécie do hard rock - o tipo com menos síncope, menos blues, com mais ênfase no espetáculo e mais força bruta."11 A típica formação da banda inclui um baterista, um baixista, um guitarrista base, um guitarrista solo e um cantor, que pode ou não também tocar algum dos instrumentos. Teclados são por vezes usados para enriquecer o corpo do som;12 as primeiras bandas de heavy metal costumavam usar um órgão Hammond, enquanto sintetizadores se tornaram mais comuns posteriormente.

O papel principal da guitarra no heavy metal frequentemente colide com o papel tradicional de líder da banda (bandleader) do vocalista, o que cria uma tensão musical à medida que os dois "disputam pela dominância" num espírito de "rivalidade afetuosa". O heavy metal "exige a subordinação da voz" ao som geral da banda. Refletindo as raízes do metal na contracultura da década de 1960, uma "demonstração explícita de emoção" é exigida dos vocais, como sinal de autenticidade. O crítico Simon Frith alega que o "tom de voz" do cantor do metal é mais importante do que as letras. Os vocais do metal variam enormemente de acordo com o estilo, do enfoque teatral, abrangendo múltiplas oitavas, de Rob Halford, do Judas Priest, e Bruce Dickinson, do Iron Maiden, até o estilo rouco de Lemmy, do Motörhead, e James Hetfield, do Metallica, chegando até ao urro gutural de diversos vocalistas de death metal.

O papel de relevo do baixo também é crucial para o som do metal, e o intercâmbio entre o baixo e a guitarra formam um elemento central do estilo. O baixo fornece o som grave necessário para tornar a música "pesada".19 As linhas de baixo do metal variam enormemente em termos de complexidade, desde a manutenção de um simples ponto pedal grave até servir como "alicerce" para os guitarristas, dobrando riffs e licks complexos juntamente com as guitarras base e/ou ritmo. Algumas bandas contam com o baixo como um instrumento solo, um enfoque popularizado pelo baixista Cliff Burton, do Metallica, no início da década de 1980. A guitarra elétrica e o poder sônico que ela projeta através dos amplificadores foi, historicamente, o elemento chave do heavy metal.13 As guitarras frequentemente são tocadas com pedais de distorção, por meio de amplificadores de tubo com bastante overdrive, criando um som espesso, poderoso e "pesado". Um elemento central do heavy metal é o solo de guitarra, uma forma de cadenza. À medida que o gênero se desenvolveu, solos e riffs mais sofisticados e complexos tornaram-se parte integral do estilo. Guitarristas usam técnicas comosweep-picking e tapping para tocar com mais velocidade, e diversos estilos do metal enfatizam demonstrações de virtuosismo. Algumas bandas influentes do gênero, como Judas Priest e Iron Maiden, têm dois ou até mesmo três guitarristas que partilham tanto a guitarra base quanto a solo. Uma característica importante é o uso de escalas pentatônicas, exemplificado em bandas como Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath.

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 10


A essência da bateria do metal consiste em criar uma batida alta e constante para a banda, usando a "trifeta da velocidade, força e precisão". A bateria do metal "requer uma quantidade excepcional de resistência", e os bateristas do estilo têm de desenvolver "destreza, coordenação e velocidade consideráveis para tocar os padrões complexos" utilizados no metal. Uma técnica característica da bateria do metal é o abafamento do prato, que consiste na percussão de um prato seguida pelo seu silenciamento imediato, através do uso da outra mão (ou, em alguns casos, da própria mão que o percutiu), produzindo uma curta emissão sonora. O setup da bateria do metal geralmente é muito maior do que o que é utilizado em outras formas de rock. Nas performances ao vivo o volume - "um ataque sonoro", na descrição do sociólogo Deena Weinstein - é considerado vital. Em seu livroMetalheads, o psicólogo Jeffrey Arnett se refere aos shows de heavy metal como "o equivalente sensorial da guerra." Logo após os primeiros passos dados por Jimi Hendrix, Cream e The Who, as primeiras bandas de heavy metal, como Blue Cheer, estabeleceram novos marcos em termos de volume.

Segundo o próprio vocalista do Blue Cheer, Dickie Peterson, "tudo o que sabíamos é que queríamos mais força." Uma crítica de um show do Motörhead de 1977 registrou como "o volume excessivo figura com destaque particular no impacto da banda." Segundo Weinstein, da mesma maneira que a melodia é o principal elemento da música pop e o ritmo é o principal foco da house music, som, timbre e volume poderosos são os elementos-chave do metal; o volume excessivo teria como intenção "varrer o ouvinte para dentro do som", fornecendo-lhe uma "dose de vitalidade jovial". A fixação do heavy metal com o volume foi satirizada no documentário de comédia This Is Spinal Tap, no qual um guitarrista de metal alega ter modificado seus amplificadores para "irem até o onze".

Texto e Fotos: Wikipedia Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 11


Reportagem:

VALLENFYRE EM PORTUGAL - EXCLUSIVO DE LUNAH COSTA

Os Vallenfyre nasceram uma situação trágica e dolorosa, tendo sido formada Greg Mackintosh, guitarrista Paradise Lost, após a morte do pai,que faleceu vitima de cancro da próstata. Greg, de forma a ultrapassar essa perda, começou a compor sem qualquer obejctivo comercial, apenas como forma de escape emocional. No entanto, mudou de ideias e reuniu, do meu ponto de vista, um super grupo de músicos: r Scoot (Doom, Extinction of Mankind), Hamish Hamilton Glencross (ex- My Dying Bride) e Adrian Erlandsson (At the Gates, Paradise Lost, The Haunted, Cradle of Filth). Adrian não pude acompanhar os restantes membros na tour, sendo substituido pelo jovem finlandês Waltteri Vaynen. Tendo estes membros, Vallenfyre é uma banda a ter em conta, já com dois cd´: A Fragile King de 2011 e Splinters de 2014 e um EP Desecration de 2011. No entanto, apesar de toda a qualidade e reconhecimento dos membros intregantes, a audiencia no Hard Club foi decepcionante.

A sala 2 estava bastante despida, o que sugere que o facto de uma banda ter membros de respeito e valor, não garante uma sala bem composta. Talvez o motivo seja o facto do mês de Janeiro e o mês de Fevereiro estrem repletos do boas ofertas, como no dia 4 de Janeiro, os Eluveitie e no dia 11 de Fevereiro os Amon Amarth. No entanto, quem foi,saiu do Hard Club satisfeito. Os espanhois Foscor (significa escuridão em catalão) foram a banda convidada, e muito bem escolhida. Fundada em 1997, Foscor possuem quatro albuns: Entrance to the Shadows' Village, 2004; The Smile of the Sad Ones, 2007; Groans to the Guilty, 2009 e Those Horrors Wither de 2014. Fazem lembrar Opeth antigo com uma voz muito semelhante a Mikael Stanne dos Dark Tranquilitu. Apesar do som um pouco"confuso", foi um bela concerto, com muita simpatia e humildade.

Gostaria de os ver em um concerto como a banda principal, já mereciam. Tiveram muita pouca audiência, mas isso fez com que os aplausos fossem ainda mais sentidos. A presença de Mackintosh não surpreendeu os fans mais atentos de Paradise Lost, a sua presença em palco é sempre expressiva, dinamica e merecedora de respeito. No entanto, surpeende pela voz, e que voz! E pelo seu sentido de humor (Obrigado! See? I can speak Portuguese. Took me twenty years to learn how to say ‘thank you’. Give me another twenty and I’ll learn how to say ‘please’.). Estamos a falar de um grande senhor! Com mais anos de carreira do que muitos que estão a ler este artigo. Como grande admiradora de Paradise Lost, devo dizer que fiquei muito entusiasmada com Mackintosh e irei seguir Vallenfyre com uma atenção minusiosa. Quem deixou todos de queixo caido, foi Waltteri Vavrynen, este jovem baterista faz inveja a muitos bateristas veteranos, com um sentido de ritmo, coordenação e controle de tempo espantoso! Digno de substituir o Adrian.

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 12


Reportagem:

VALLENFYRE EM PORTUGAL - EXCLUSIVO DE LUNAH COSTA

Destaque também para Sam Wallece, guitarrista responsável por reproduzir as linhas de guitarra de Mackintosh, pois este em palco desempenha a função de vocalista (e muito bem). Foi um concerto de puro death metal old school, com elementos doom que produzem juntos uma atmosfera arrasadora, sombria! Tocaram temas como "Scabs”, “Odious Bliss”, “Savages Arise”, “Desecration” e, no final, “Splinters”. A banda foi extremamente coesa, irreprensivel, e esperemos que a falta de adesão não dificulte o seu regresso. Só mais um aparte, o Porto é a cidade europeia preferida de Mackintosh, apenas tem um problema: com o alcool, porque temos muito bom vinho. E o Scoot sabe dizer uma frase em português bem descritiva desta situação: "homem muito bebedor". Infelizmente, não fizeram o "encore" pois a seguir ia actuar um dj de eletrónica... Ora porra! Termino a afirmar que Vallenfyre está no meu TOP 5 de bandas preferidas. Tal como sempre admirei o trabalho de Mackintosh e espero que se eles voltarem, que o público do Hard Club, enche a sala como a banda merece.

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 13


Entrevista:

FURCAZ ENTREVISTA EXCLUSIVA DE LUNAH COSTA

A banda de Black Metal, FurcaZ, constituida por quatro jovens de Braga: Bruno Alves na guitarra, José Alves no baixo, César Gonçalves na bateria e Diogo Sukk na voz, promete dar que falar. Os seus concertos são trabalhados ao pormenor com o cenário que o black metal exige. Têm ainda a particularidade de cantarem em português. Os FurcaZ aceitaram o meu convite para esta entrevista, em que para além de nos darem a conhecer mais detalhes sobre a banda, informam sobre as próximas datas dos concertos em que iram estar presentes. Lunah Costa: Boas. Obrigada por terem aceite o meu convite. É um prazer entrevistar-vos. Gostaria de saber, para começar, como surgiu a ideia de formarem uma banda? FurcaZ: Olá Lunah, ora essa, nos é que agradecemos ! D.S: A ideia de formar uma banda surgiu pouco depois de eu, o Zé e o Bruno nos conhecermos, ficamos amigos e íamos para o Bunker (Braga) tocar algumas músicas juntos, ate que surgiu a ideia de formar uma banda. O estilo de Black Metal foi o estilo escolhido por ser um género musical que todos apreciávamos.

L.C: Na vossa opinião, o que faz uma banda resultar? J.A: Dedicação, gosto pela música e acima de tudo amizade e união. L.C: Como surgiu o nome da banda? J.A: Bem . . . Na verdade foi complicado, quando havia um nome fixe, outra banda já o usava. Nós queríamos um nome depressivo e forte que definisse a nossa música, foi aí que surgiu o nome Forca onde adaptamos para Furcas do latim e colocamos um “z” para “ser diferente” (risos). L.C: Têm algumas bandas que influenciam o vosso trabalho? D.S : Sim algumas a nível instrumental Shining (Suécia) e Belphego. A nível vocal os Austere. L.C: Podem explicar o motivo pelo qual as vossas letras são em Português? D.S: Sim claro. Bem a resposta é simples, nos somos portugueses, vivemos em Portugal e falamos português, por isso penso que não haveria grande sentido as letras serem noutra língua, ainda para mais nós nem internacionais somos. L.C: Em qué que se inspiram para escrever? E para compor? D.S: A nossas letras sempre tiveram o sentido de contar uma história de alguém que sofre ou sofreu com algo, por isso quando sou eu a escrever vou buscar a imaginação mais mórbida e triste que tenho na mente e criar uma história com isso. Quando é o Bruno já é diferente, pois vai buscar as histórias a alguns livros que lê. Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 14


L.C: Como descreveriam o vosso EP? B.A: O nosso 1ºEP foi o arranque da formação actual da banda com somente 3 temas ainda muito por polir. Muito diferente da sonoridade actual , e foi nesta oportunidade que conhecemos o baterista e gravamos os temas em dois dias. L.C: Vocês são ainda muito jovens. No entanto, já mostraram que se empenham à séria na música. É fácil, em tenra idade, gerir aulas, estudos e vida pessoal com a música? B.A- É muito complicado…. Tanto eu como o baixista estamos a estudar fora (Caldas da Rainha e Viana do Castelo), só regressamos ao fim de semana o que nos obriga a ter so um ensaio por semana, dessa forma todo o tempo livre que tenho durante a semana aproveito para compor e escrever letras para assim o ensaio render. L.C: Vocês são a prova viva que o Metal não está morto. Enquanto os outros jovens ouvem música da “moda”, vocês ouvem Metal e fazem Metal. Como começaram a ouvir este estilo de música? D.S: Bem eu desde pequeno sempre gostei de música, sempre ouvia música, e sempre quis ter algum projecto musical. A minha onda era mesmo o Hip Hop e o Rap, até que aos 11 anos ouvi falar dos Metallica, e pus-me a pesquisar e a ouvir, e pensei algo do género ‘’É mesmo isso . . .’’ depois fui procurando mais bandas, até que cheguei ao Black Metal, e adorei as temáticas daquele lado negro da música.

L.C: Como músicos, quais são as vossas principais dificuldades? C.G: – Assim como muuuuuuitos músicos amadores estamos sempre limitados aos recursos para investimento em material, espaços para tocar e mostrar os trabalhos para o nosso público. L.C: O que os motiva para continuar a fazer música? C.G: – O gosto pela musica, o feedback do publico que nos acompanha nas poucas oportunidades de concertos até o momento, e também em saber que somos das poucas bandas de Black Metal em PT. L.C:Vocês têm um concerto em breve, podem dar-nos mais detalhes? C.G – Sim claro, temos o #BunkerMetalAssaulta3 no dia 29 de nov de 2014 com bandas como Humanphobic (Death Metal – Braga), Perennial Isolation (Black Metal – Barcelona –ESP) e Espectro (Black Metal – Viana do Castelo). A entrada ira ser 5€ e a garantia de um ótimo festival. L.C: Como tem sido a reacção do público aos vossos concertos? B.A: Para já não podemos falar muito disso pois ainda só tivemos 6 concertos, desses 6 já ouvimos críticas positivas e óptimas palavras de incentivo, apesar de serem poucas, motivam-nos imenso a continuar a trabalhar. L.C: Como músicos, quais são os vossos objectivos? B.A- É dar a conhecer a nossa música ao maior número de pessoas tanto cá como lá fora. E a oportunidade de poder dar um concerto fora do pais. L.C: Para finalizar, dêem ao público três motivos para irem assistir aos vossos concertos. D.S: O terror que proporcionamos ao vivo, com o sangue, o Corpse Paint, a sonoridade e as forcas, também pelo nosso atual subgénero Depressive Blackned Death M etal que é quase inexistente em Portugal e por último o convívio com o pessoal do “Metal”.

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 15


Cronica:

Aconteceu.

Iron Cancer

Cronica de Ricardo Pato

Foi no passado dia 19 de Fevereiro que o planeta teve conhecimento de uma notícia pesada para o mundo do metal. Bruce Dickinson, vocalista da icónica banda Iron Maiden, está a fazer tratamento para um cancro na parte de trás da língua. Quando a notícia foi avançada, já o vocalista ia com sete semanas de tratamento, e segundo o comunicado oficial, feito na sua página do facebook, o tumor foi detetado ainda numa fase inicial, pelo que os médicos estão confiantes na recuperação de Bruce. Quer se seja fã desta banda icónica, quer não, há que reconhecer que os Iron Maiden são pioneiros e um marco importante para o género musical mais pesado. Eu, sendo um grande apreciador de Iron Maiden, fiquei bastante abalado com esta notícia, e não escondo que pensei o pior. Tive oportunidade de ver Iron Maiden por uma vez, e digo que foi dos concertos que mais gostei. O ambiente sempre brutal, e a energia que estes senhores, (que não vão para novos), têm em palco é estonteante. Esta notícia fez-me pensar que talvez não fosse voltar a vê-los ao vivo. Felizmente, no final do comunicado feito, dizia que depois do tratamento de quimioterapia e radioterapia, os médicos acreditavam na recuperação total de Bruce até ao final de Maio. Espero que este incidente não afete a voz inconfundível do mestre Bruce Dickinson, e que ele possa continuar a sua vida como tem feito até agora (talvez com menos excessos). Mas visto que a recuperação é favorável e que os médicos estão bastante optimistas, resta-me dizer que o cancro se meteu com a pessoa errada. Força Bruce. Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 16


Coluna de Dico

Alto e Bom Som A beleza da imperfeição

Segundo o Nielsen Soundscan (sistema de informação que faz o levantamento das vendas de música e vídeo nos mais diversos formatos na América do Norte), ao longo de todo o ano passado, nos Estados Unidos, os álbuns de fundo de catálogo vendidos no iTunes superaram, em número, os discos recentes. Dados da instituição situam nos 53,6 milhões os downloads pagos de álbuns de catálogo efetuados em 2014, contra 52,9 milhões de novos registos. Nunca tal havia sucedido durante um período temporal tão prolongado. Poderá julgar-se que 700 mil unidades de diferença não são representativas, mas cuidado: especialistas da indústria discográfica referem que a tendência é irreversível, prevendo mesmo que se expanda aos formatos físicos. Esta realidade remete-nos uma vez mais para uma discussão antiga: a magia dos grupos musicais ditos clássicos será efetivamente irrepetível? Apesar da imensa oferta musical hoje disponível as bandas contemporâneas serão incapazes de suplantar o apelo da música produzida noutras décadas? Atravessamos um momento de puro saudosismo que nos impede de vislumbrar o valor dos coletivos atuais? A verdade é que a música de décadas anteriores, especialmente aquela gravada entre os anos 60 e 90, é, ainda e sempre, considerada por uma significativa fatia do público (entre o qual se distingue uma crescente percentagem de jovens) mais genuína do que a produzida na atualidade. Não por acaso, a tendência revivalista veio para ficar, afirmando-se muito mais do que uma simples moda. Não param de surgir grupos que reproduzem ao mais ínfimo pormenor o Rock dos anos 70, o Metal dos anos 80 ou a Pop dos anos 90, soando frequentemente todas ao mesmo. A rentabilíssima tendência das bandas-tributo contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento exponencial do fenómeno, proporcionado ao público experiências ilusoriamente próximas das originais.

Inúmeros coletivos gravam hoje analogicamente ou imolam, através das modernas técnicas de captação, o som obtido nos fonogramas registados em décadas anteriores. Copiam milimetricamente a obra dos grandes bastiões da música internacional. Existe sem dúvida um enorme mercado para esta tendência. A questão que se coloca é: porquê ouvir meros clones quando podemos escutar os originais? A originalidade assume-se pois, neste caso, um aspeto fulcral da tendência revivalista. Certo é que as condições técnicas, artísticas, sociais e pessoais que presidiram à captação desses registos clássicos afiguram-se irrepetíveis, e ainda menos por músicos que não os originais. É impossível replicar a espontaneidade, a pureza e a inocência associadas à gravação de inúmeros álbuns clássicos, hoje peças incontornáveis na história da música. Apesar de abundantes, os erros de captação e produção que povoam muitos desses registos conferiram-lhes um charme muito próprio, uma elegância irresistível. Interessa aos fãs aquilo que é real, com todas as suas imperfeições. Pelo contrário, as produções atuais, no seu polimento excessivo, não oferecem aos fãs qualquer vislumbre de espontaneidade, revelando-se antes monumentos a uma perfeição forçada. Não raras vezes, são obras sem alma. Por tudo isto, se realmente ambicionamos reverter a situação, elevando alguns coletivos atuais ao estatuto de clássicos, teremos de realizar, já, um profundo exercício de reflexão, a começar pelos músicos e a terminar na indústria. Sem proporcionar algo de realmente novo, de genuíno e de pessoal, com mais ou menos erros, não será possível inverter o desinteresse do público pela música produzida nos dias que correm. E não há tempo a perder!

Dico

http://dico-bhmp.weebly.com/ livrobhmp@yahoo.com

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 17


Biografia:

Horda Throne - Biografia

Horda de Black Metal Throne foi formada em meados de 2003 por Allocer, tendo sua primeira demo-tape intitulada “The War of the Black Empire” contendo duas músicas (The War of Black Empire e Bewitch Enchantment of Dark Deep), lançada de forma totalmente independente em 2003 e distribuída em território nacional. Em 2005 é lançada a segunda demo-tape, “The Satanic Howl“, desta vez com três músicas e com Lord Dagon na bateria. No mesmo ano é lançado um split chamado “The Call of the Cold Moon” com as hordas: Nortada Gelada (Portugal) eInto the Darkness My Destiny (SP), e então ocorrendo vários shows nos anos de 2005 e 2006 pelo Brasil. A banda se apresentou nos demais 3 anos, porém com algumas mudanças nos integrantes.

A Primeiro Full Lenght No início de 2014, o CD PRAECLARUM REGNUM LUCIFERI é lançado, contendo 7 faixas: 1234567-

The War of the Black Empire In Nomine Dei Nostri Satana Luciferi Excelsi The Bewitch Enchantment of Dark Deep Ave Lucifer Malebolges Praecarum Regnum Luciferi In this Dark and Cold Night

Formação Após o lançamento oficial do CD, no ano de 2014 ocorrem novas alterações na formação da horda, agora como quarteto, na saída de Beleth, o novo baixista Kingu assume as 4 cordas e uma segunda guitarra estará nas mãos deKazoth Bey.

No ano de 2012 a banda retorna com a formação: Allocer (Vocal e Guitarras), Mictiom Mastemas (Bateria) e Beleth (Baixo/Backing Vocal), e o trio volta a executar vários shows pelo estado de SP e no ano de 2013 de inicia o trabalho em cima do primeiro Full Lenght.

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 18


Cinema:

Nascido das Trevas (2014) "Devil's Due" (original title)

Depois de um misterioso acontecimento, na noite da sua lua de mel, um casal recémcasado encontra-se perante uma gravidez mais cedo do que o previsto.

Directores Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett Escritor: Lindsay Devlin Estrelas: Allison Miller, Zach Gilford, Sam Anderson

Livrai-nos do Mal (2014) "Deliver Us from Evil" (original title) M/16 118 min - Horror | Thriller

Policial de Nova Iorque Ralph Sarchie investiga uma série de crimes. Ele une forças com um padre não convencional, educado nos ritos de exorcismo, para combater o mal que está a aterrorizar a sua cidade.

Direção: Scott Derrickson Autores: Scott Derrickson (roteiro), Paul Harris Boardman (roteiro), mais 2 créditos » Estrelas: Eric Bana, Édgar Ramírez, Olivia Munn

Som do Rock Magazine nº 3 / Março 2015 pag 19



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