Metal Warriors Mag #5 - 06/2013 [Only Portuguese]

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EDITORIAL:

NESTA EDIÇÃO:

COLABRADORES: Mara Vanessa,

Após cerca de sete anos inativo, temos orgulho de reintroduzir o Metal Warriors Magazine no meio underground. Essa edição, como as duas últimas, tivemos parceria com algumas empresas do meio que acreditam e viabilizaram para que você agora estivesse com este exemplar em mãos. Nesta edição, você poderá conferir um pouco de tudo que está acontecendo por aí afora. Somos mais um dos milhares fanzines que trabalham ao redor do mundo, divulgando, apoiando a cena, fazendo fortalecer o espírito do verdadeiro metal. Com esse exemplar, faça como toda e qualquer informação que absorvemos nesse mundo globalizado, não guarde para si, passe adiante. Com isso, estará fazendo girar a informação disposta aqui, ao maior número de pessoas. Obrigado e boa leitura! o editor.

CONTATO: Condomínio Jardim Jóquei, 555 Figueira, 203 - Noivos - Teresina Piauí - Brasil - CEP: 64.048-330. www.facebook.com.br/ metalwarriorsmagazine metalwarriorsmag@gmail.com (86) 9493-6208 (whats app)

Jornalista Freelancer

Geração Groupie: Glamour ou decadência Mara Vanessa ........................................... 04 Mortos Lúcio Oliveira ........................................... 06 Obtus Fernando Reis ........................................... 08 Alkymenia Hugo Veikon ........................................... 10 Bode Preto Arthur Doomer ........................................... 12 Brothers Of Metal Juliet Slayer ........................................... 14 O mundo por trás das produções Felix Briano ........................................... 16 Tanatron Pedro Lucas Souza ........................................... 18 Mortarium Geraldo Andrade ........................................... 19 Whipstriker Rodrigo Sodom ........................................... 20 Morbid Whisper Fawster Teles ........................................... 21 Reviews Hommicide, Sangria e Mortarium ........................................... 22

e adoradora do metal autêntico.

Lúcio Oliveira,

heabanger e arte-finalista em Imperatriz / MA.

Fernando Reis,

Heabanger, dono da Metal Under Store e membro da produtora Brothers Of Metal.

Hugo Veikon,

Arena Metal Recife www.arenametal.pe.com.br.

Arthur Doomer, artista visual e faz parte do Núcleo do Dirceu - plataforma de arte contemporânea.

Juliet Slayer,

Heabanger, Jornalista e Stay at home rocker mom.

Félix Briano,

proprietário da Tamanduá Produções & Backline, e baterista do Scrok.

Pedro Lucas Souza,

estudante de jornalismo, headbanger e colaborador do whiplash.net

Geraldo Andrade,

blog Heavynroll http://heavynrollspace.blogspot. com.br

Rodrigo Sodom,

Formado em Jornalismo na cidade do Rio de Janeiro

Fawster Teles,

headbanger, arte-finalista e editor do Metal Warriors Mag.

Pedro Hewitt, headbanger e representante da records.

?

Anaites

Você, apreciador e apoiador do cenário underground como um todo.

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Mara Vanessa, Jornalista Freelancer e adoradora do metal autêntico.

GERAÇÃO GROUPIE:

Glamour ou decadência? (Última parte) No dia do evento, Cíntia se insinuou diversas vezes para os músicos, ficando claro que o status de transar com alguém famoso, um sujeito que tenha o seu rosto estampado em camisetas e nas capas de revistas, é uma ótima motivação para alcançar a fama na roda de pessoas do grupo que frequenta. Mas, nem todos compartilham da ideia de que as groupies são “fundamentais” para a história da música. Alguns artistas

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acreditam que elas chegam a desvalorizar a imagem da banda com sua busca por alguém que lhes proporcione uma relativa fama. O baixista de uma banda mineira - que preferiu não ser identificado - sugeriu que elas “estão apenas atrás de coisas banais, não gostam e nem querem saber do que o músico, como pessoa, tem para oferecer”. Ele diz também que no Brasil, “não existem groupies glamourosas, e sim

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meia dúzia de adolescentes loucas para estarem do outro lado do palco, para colocarem em seus facebooks a foto premiada com fulano de tal, de banda tal”. Em outros relatos concedidos em off, músicos afirmaram que música é alma, vida, filosofia, sensações e não dá pra respeitar alguém que só esteja afim de dar uma “trepada” em troca de umas fotos e comentários em páginas na Internet.


O vocalista da banda alemã Code Orange, Diego de Calazans, acredita que os “fãs dedicados têm uma função importante na história do Rock, mas já as groupies são uma coisa a parte, e elas podem ser ou não verdadeiras fãs de uma banda”. Já o guitarrista de uma banda de Thrash Metal piauiense compartilha da opinião de que “as bandas devem ter suas groupies e que elas devem estar presentes para

a alegria e distração geral do pessoal.” Segundo ele, “elas são importantes por crescerem junto com toda a evolução musical”. Fundamentais ou não, é inegável que muitos momentos marcantes dentro da história do Rock N’ Roll e do Heavy Metal foram presenciados e tiveram colaboração direta dessas personalidades que, usando as pernas e o que têm no meio delas, conseguiram

fazer o Kiss dar um depoimento pessoal a respeito da atuação delas na música “Plaster Caster” ou os músicos do Led Zeppelin se esbofetearem para ver quem seria o escolhido da menina-mulher (de apenas 14 anos) da noite. Atualmente, fãs da famosa groupie Pámela Des Barres inspiram-se no seu livro “Confissões de uma groupie: I’m with the band” para continuar catalisando o público-alvo. Afinal, a resposta é quase unânime quando indagadas sobre o porquê de correrem atrás de astros da música: “O som agudo de uma guitarra e a sexy pancada de um denso e profundo baixo me abriram e instalaram o caos em meus hormônios adolescentes. Queremos estar perto dos homens que nos fazem sentir tão bem, e nada vai nos impedir”.

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Lúcio Oliveira, Heabanger e Arte-Finalista em Imperatriz / MA. A Mortos iniciou suas atividades nos idos de 2002, sempre com a proposta de tocar aquilo que satisfaça nossos ouvidos, sem se importar com modismos passageiros e sendo honestos com nós mesmos e com os verdadeiros apreciadores do death metal Underground. Depois de Algumas mudanças de formação, estabilizamos e gravamos a nossa 1a demo, “Descendants of Cain’s Fury”, em 2006, onde ja buscavamos esta veia tradicional sem deixar de buscar novos horizontes. Musicalmente é uma demo diferenciada, com algumas músicas passando de 8 minutos de duração, onde estavamos experimentando um mix de influências e determinando nosso direcionamento, A temática girou em torno das barbáries causadas pelo fanatismo religioso, e nessa demo temos, com muito orgulho, uma letra escrita pelo nosso brother Slanderer, da banda co-irmã imperatrizense Unborn, assim como uma outra de autoria do Diego Avenger, primeiro guitarrista da banda. Essa demo causou uma boa repercussão na cena, levando o Mortos a tocar em várias cidades e varias aparições em zines pela cena nacional. Depois de algumas mudanças de formação, como a saída de Paulo Milani, chegamos em um Power Trio com a entrada do guitarrista Ruhan Saldanha , onde começamos a compor e chegamos a gravação da 2a demo, “Homo Homini 6

Lupus”, nosso primeiro trabalho conceitual. Nele tratamos acerca do comportamento selvagem do homem dito “civilizado”. Buscamos inspiração em pensadores como Hobbes, Freud, Maquiavel... Foram cinco faixas, dessa vez mais objetivas, técnicas e rápidas, nos forçando bastante como músicos. Tivemos uma repercussão ainda maior, com distribuição no Brasil e exterior além de várias aparições na mídia especializada mundial. Também foi com esta demo que a banda ganhou destaque da edição da seção “garage demos” da Roadie Crew, de forma totalmente espontanea, sem nada de jabá ou influências.

METAL CHAOS FESTIVAL Se a cena underground vive dificuldades em todo lugar, imagine no Maranhão, ainda mais no interior do Estado. Invariavelmente, tivemos que nos movimentar e fazer acontecer por nós mesmos. Apesar das dificuldades de lugar, equipamentos e nenhum tipo de apoio governamental, já estamos na décima segunda edição do festival, que já virou um evento respeitado na cidade, pelo trabalho e apoio exclusivo dos organizadores e das pessoas próximas. No evento, já se apresentou nomes como Master, Omen, Headhunter DC, Subtera, Torture Squad e Dominus Praelli. Vale enfatizar que gerase um grande incentivo para a cena local, com visível crescimento do público e novas bandas bandas.

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DEATH METAL


O NOVO DISCO

DISANGÉLICO

A Mortos está com o novo disco todo composto, e será conceitual, sobre a obra de Nietzsche, “O Anticristo”, onde fizemos nossa interpretação dessa puta obra do raciocinio humano e compusemos as músicas para cada tema discutido. Nós nos identificamos muito com esse conceito, pois, Desde a 1a demo, a Mortos é contra qualquer tipo de opressão, principalmente a religiosa, que bloqueia o raciocínio e castra a capacidade humana de usufruir, com barreiras hipócritas e mesquinhas, a vida. Se espalham o evangelho doente e purulento a dois mil anos, já passou da hora de começarmos a espalhar o Disangélio. Sempre tentando aprimorar mais e mais a veia musical, buscam acrescentar mais brutalidade e ranço à sua música. Estamos com a mesma formação há seis anos! Somos a prova morta e fétida de que os power trios são realmente formações muito eficazes! Já tocamos as músicas ao vivo, pelos shows que fizemos a partir de 2011 e a receptividade foi ótima, nos dando bastante confiança para o registro. Inclusive, já tivemos oportunidade de fazer um show inteiramente composto pelas músicas novas, chutando o pau da barraca, pois não só é preciso ter sangue no olho pra fazer death metal, mas de vestir a camisa da sua própria produção. Esse show que fizemos foi do caralho, com uma resposta sangrenta do público do começo aou fim. Hoje estamos buscando parceiros para concluir esta nova etapa da trajetória da banda, apoio dentro do verdadeiro movimento subterrâneo.

Homo Homini Lupus (Independente - 2009) por Lúcio Oliveira

A Mortos sempre primou por manter um trabalho sério, com membros engajados que realmente lutam na cena underground, não apenas como banda, mas também no papel de produtora, organizando shows e mantendo sempre a engrenagem funcionando, através da Chaos Produções. Homo Homini Lupus levou a Mortos a um nível mais evoluído, afinal foram três anos de uma demo para a outra, nada mais natural que ocorra com o passar do tempo uma melhora, um amadurecimento da banda, tanto musicalmente quanto liricamente. O trampo aborda sobre a selvageria do homem civilizado e a degradação da raça Humana em sua evolução. O destaque dentre as cinco musicas fica com “From drama to glory” que possui linhas de guitarra meio melancólicas, mas mantendo a obscuridade e agressividade, com uma bateria dinâmica e bem executada, com boas sacadas de mudanças de tempo. Um grande trampo desses maranhenses de Imperatriz. São eles: Andre (baixo/vocal) Ruhan Saldanha (Guitarra) e Bruno Aguiar(bateria).

Contato: brunomortos@hotmail.com (99) 9164 4383 www.facebook.com/mortosdeathmetal www.myspace.com/mortosdeath

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Fernando Reis, Heabanger, dono da Metal Under Store e membro so Brothers Of Metal.

HARDCORE SANGUE NO OLHO Em meados de 1996, um passarinho contou ( diga-se de passagem, o Pardal ) para o Chakal que três caras tinham um projeto para “toscar” um tal de hardcore. Encontraram-

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se, por coincidência ( ou não ) num bar. Cerveja quente e música brega serviram como trilha de fundo para a união dos comparssas Assis ( bateria ), Neto ( guitarras ) e Eriv-

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elto ( baixo ). O primeiro show, digamos oficial, foi no antigo Cabaré da Maria, que tinha o nome no momento de “Roots” ( ô ae as pedradas mano! Rs ) , juntos com o Terra Podre ( os


anfitriões ) e a banda Terror Terror ( banda maranhense do finado Joacy James ). A partir daí a banda começou a participar de vários shows, tanto com bandas locais de estilos diferentes ( Êita Piula, Káfila, CNA ), como bandas fora com estilos iguais ( DFC, Alma Sebosa, Krisiun, Jason, Los Bandanos, entre outras ). Entre grandes apresentações e pequenos negócios e grandes apresentações a banda participou de vários eventos tanto no Piauí ( Teresina, Floriano, Campo Maior, Parnaíba ), como fora do Estado ( CE, MA, PA ), tendo chegado ao cúmulo de participar de um programa de rádio. Como base de lançamento de maioria de seus shows o extinto bar Elis Regina, parando por outros points de rock ( Bueiro do Rock, Raizes, Bar do Bento, Ná Figueiredo ). Em 2001, a banda ganha mais um membro ( literalmente falando ) para aumentar a pancadaria ( ou tosqueira ) do seu som. Eduardo Crispim

( o Gordo ), parceiro e amigo desde os tempos do princípio. Depois de muitas idas e vindas em 2002 sai a primeira cria da banda, o cd “ Sangue No Olho “, com grande penetração, tanto entre o público como nos meios de divulgação underground e até mesmo oficial. Na sequencia saem dois video clips “ Sangue no Olho “ ( vídeo que ganhou 2 prêmios no XI Festival de Vídeo de Teresina, e “Tiros na Noite “.

Como todo carnaval tem seu fim, o baixista Erivelto sai da banda para cuidar de assuntos particulares, indo morar no Estado do Tocantins. Assume em seu lugar o Pemba, vulgo Guilherme para dar continuidade a essa azucrinação sonora e por sangue novo nesse negócio. Atualmente ( em pleno século XXI ) a banda se prepara para finalizar o trabalho de seu próximo cd “ Ver, Ouvir, Calar “. E tentar uma breve tournê pelo Nordeste para divulgar seu material. Apesar das dificuldades tanto do conjunto da banda como de cada um de seus integrantes a Obtus completa seus 15 anos sorrindo bravamente, tocando foda-se até que morte ( ou o tédio ) os separe.

Contato: Cx. Postal 000 Nome cidade / nome Estado CEP: 00000-000 Site: www.nomedabanda.com nomedabanda@algumacoisa.com

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Hugo Veikon, Arena Metal Recife www.arenametal.pe.com.br

ALQUIMIA PERFEITA DO METAL PERNAMBUCANO

ALKYMENIA é uma banda Pernambucana que foi montada em 2003 pelos três irmãos Lalo Kreimer (voz e baixo), Dennis Kreimer (bateria) e Sandro Silva (guitarra), passaram por sua

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formação alguns outros integrantes, mas em 2009 a banda firmou seu line-up como Power trio e com Lalo assumindo os vocais, a partir daí a banda vem conquistando cada vez mais

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seu espaço no Underground Brasileiro. Com o recente Full Lenght “Dark And Nebulous” lançado, e uma bem sucedida turnê Europeia no mês de outubro de 2012 a banda esta cada dia mais insana compondo músicas para o próximo disco e também esta agendando novas datas para shows de retorno da turnê Europeia, “tivemos uma excelente experiencia nessa tour, os shows foram loucos e o publico mais louco ainda, por pouco não aguentamos beber e viajar todos os dias, e volta-

mos com todo gáz de inspiração para compor. (risos)” comenta o vocalista Lalo Kreimer. Desde 2003 o Alkymenia vem conquistanto frutos cada vez maiores, em 2007 com o


Dark and Nebulous (Independente - 2012)

lançamento do CD – Demo “ They Don’t Deserve Respect” a banda realizou vários shows importantes na sua região. Em 2008 foi convidada a participar da coletânea “Terra Batida” fornecendo duas músicas para a seleção, o projeto foi financiado pela lei de incentivo a cultura do estado de Pernambuco, feito inédito e histórico do Funcultura, visto que este é o primeiro projeto de cultura aprovado, que tem como destaque bandas de Heavy-Metal Pernambucanas. Em 2009 representou o estado de Pernambuco na seletiva final do festival alemão “Wacken Open Air Metal Battle” que ocorreu no Rio de Janeiro – RJ, o Alkymenia representou Pernambuco entre as onze melhores bandas do Brasil. “ Foi a primeira viagem longa da banda e o publico carioca nos receberam muito bem, até hoje os comentarios sobre aquele show são muito bons e fizemos grandes amigos por lá, foi muito importante pra banda e esperarmos voltar no Rio muito em breve.“ diz Dennis Kreimer.

Em 2010 com o lançamento do EP “Shame” a banda foi convidada a participar do festival “Abril Pro Rock” um dos festivais mais importantes do Brasil que acontece anualmente na capital Pernambucana “Recife”. No final de 2010 embarcou para São Paulo-SP afim de realizar a gravação do trabalho de estúdio intitulado “Dark And Nebulous”, ao todo foram dois meses de gravação capiturada no sistema analógico no conceituado Estudio Datribo, “o Ciero é um excelente produtor e nós já conheciamos alguns dos seus trabalhos com outras bandas que somos fãs, ficamos muito satisfeitos com o resultado final do disco e pretendemos gravar o disco novo mais uma vez no Datribo” comenta Sandro Silva. A banda tem previsão para entrar em estúdio no final deste ano para gravar o próximo play ainda sem titulo definido e continua com a agenda aberta para novas datas apresentando com responsabilidade e profissionalismo a música Underground feita no interior de Pernambuco.

Incrível e extraordinário são as palavras que conheço para qualificar este álbum que a banda ALKYMENIA lançou. Um material que contém 10 faixas de Thrash Metal atual com fortes passagens de Death Metal. A banda é oriunda de Caruaru/PE, mas foi no Studio Datribo (SP) que este trio detalhou o CD Dark and Nebulous. Ciero e Trek fizeram parte da produção (Claustrofobia, Krisiun, Torture Squad, Ratos de Porão, Pandora...) Gates of Hell é de fato o portal para o inferno e este é o caminho que somos guiados ao dar play na “bolacha”, que pra mim já é considerada uma pérola do Metal pernambucano. Nebulous Flash fica no juízo – confesso que fiquei com o segundo riff na cabeça por alguns dias –, os solos e pomposos riffs são efetuados por Sandro Silva (único guitarrista da banda) também recheiam as de mais faixas que se seguem As faixas continuam desta forma e com extensas letras expelidas pelo vocalista e baixista Lalo Kreimer, que exerce as duas funções com excelência – ótimo vocalista e baixista. (...)

Contato: Caruaru / PE Site: www.alkymenia.com Myspace: www.myspace.com/alkymenia E-mail: management@alkymenia.com

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Arthur Doomer, artista visual e faz parte do Núcleo do Dirceu - plataforma de arte contemporânea - Teresina-PI facebook: /arthurdoomer

PERTURBADOR E INCISIVO

O Bode Preto foi formado em 2009, em Teresina/Piauí, mesmo ano em que comecei a desenhar. Na época era um trio (Josh S. nas guitarras e vômitos; Pablo Necroso no baixo e Júnior Mortal Thrash batera) e se chamavam Soturnus Skullcrusher. Foi fudido 12

participar daqueles ensaios e do início da banda: produzimos juntos músicas e desenhos: camisetas, flyer, capas de disco, pano de fundo; colamos poster nas ruas e viajamos para outras cidades. O nome Bode Preto veio em 2010: “Um dia acordei,

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pulei a janela, sentei ao sol e desenhei o rascunho do logo Bode Preto, ali vi que já tinha o nome da banda e só faltava abrir os olhos”, lembra Josh S. Foram 2 anos (2010 e 2011) bastante intensos: gravaram o ep Dark Night, espalhamos bastante o nome da banda (fizemos um ‘split-flyer’, de um lado o Bode Preto, do outro o Arthur Doomer) e rolaram muitos shows. No palco, o espaço para o mosh e stage-diving era certo, os shows eram sempre regados com altas doses

de energia. “É muito bom estar ali como que produzindo uma faísca para movimentar quem tem o combustível dentro do peito, aproveitar cada instante como um ritual feito por vontade própria. A gente sempre busca o melhor som dos nossos instrumentos, e


tocar ao vivo é como compartilhar um segredo com o público, o que a gente faz do fundo do coração. A intenção é que essa banda seja sempre pesada, na verdade tudo é apenas desculpa pra gente bater cabeça junto com o pessoal nos shows. Tentar se conectar com o público de igual pra igual compartilhando nossos sentimentos de amor incondicional em relação à música”, confessa Josh S. A banda atualmente é um duo, desde 2012 quando o baixista e o baterista antigo saíram e Adelson Souza (exThe Endoparasites e ex-Grave Desecrator) viajou mais de 3000 km (do Rio de Janeiro a Teresina) para uma semana de ensaios, composições e gravações na casa do Josh S. O som ficou mais podre, pertubador e incisivo. Essa

Inverted Blood (Independente - 2013)

Com Inverted Blood fica clara a intenção do duo em produzir música que não somente refletisse suas influências musicais ou visuais. É espontaneamente macabro, mórbido e doentio, sem a obrigação de

energia foi condensada no Inverted Blood, o primeiro disco da banda, lançado no final do ano passado, com distribuíção no Brasil (Läjä Recors / Death Noise Productions) e na Europa (Ketzer Records / Goat Prayer Records). O Bode Preto é como um manifesto contra muitas amarras ideológicas e de certa forma é também resistência

a favor da complexidade da humana: é estar junto e poder odiar, ser feliz, ter inveja, amar, agitar, gritar e mandar se foder. Espero poder vê-los ao vivo novamente, muito em breve.

ser. Paradise Lost, Roy Orbison, Mystifier, Attack Epiléptico, Demolidor, Rattus, Ramones ou Sarcófago estão no disco, seja com o Fábio Jhasko solando em 3 músicas ou com o Wagner ‘Antichrist’ Lamounier passando o fim de semana bebendo cachaça Mangueira e ouvindo o disco lá em Belo Horizonte. Músicas como Black Mirror, Mother of Ferocity e Elytron (Succubus) exalam e contaminam o ambiente como a Amorphophallus titanum (a flor-cadáver), com riffs, batidas e vocais podrzes, tocados e cantados com muito rigor, foco e envolvimento, o que ficou ainda mais evidente com a mixagem e masterização de Ajeet

Gill, no Hellfire Studios (Birmingham/Inglaterra). As letras confundem, exigem atenção: São sobre sonhos? Sobre realidade? Sobre o cosmo? Sobre a natureza? Esquecemos que também somos a natureza, e que cada célula nossa é também um universo? É incrível como que sutilmente todos os elementos desse álbum têm a mesma essência. A capa é novamente (como foi no EP Dark Night), um detalhe de uma gravura do artista francês Gustave Doré (1832-1883), do qual as artes estão em domínio público e podem ser apropriadas sem porcaria de copyright.

Contato: www.bodepreto.com www.facebook.com/6bode6preto6

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Juliet Slayer, Heabanger, Jornalista e Stay at home rocker mom

TERESINA NA ROTA MUNDIAL

FOTO: JULIET SLAYER

ASSASSIN

Me fugiram todas as idéias para escrever depois de ter pensado em mil coisas legais, então decidi pontuar coisas bacanas sobre o Brothers Of Metal que eu consegui recolher aqui. Tem gente que ainda não sabe o que o grupo é. Tem gente que sabe e tem vontade de participar, e 14

isto acontece mediante a uma votação em que os membros opinam sobre o futuro candidato a “brother”. São um total de 15 amigos que se reuniram com um propósito em comum, capitalizar uma grana e fazer bons shows de metal na cidade de Teresina. Sim, nós temos bons

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shows de metal. Graças a esse grupo de amigos já podemos ver o Vulcano (SP), o Assassin (Alemanha), o Selvageria, o SkullFist, o Enforcer e o Fuled by Fire e se não bastasse o grupo apóia muitos shows de bandas locais. O que eu posso contar mais sobre o Brothers? Segundo Clóvis, um dos membros participantes a idéia de se criar, dar vida ao Brothers of Metal surgiu de uma conversa entre amantes de heavy metal. Os culpados? Alex Muller e David Mazuad. Estava plantada a idéia. Mais amigos se chegaram, e começaram os planos de fazer bons shows. Os membros pagam uma contribuição mensal sem ônus e essa grana será utilizada em eventos posteriores, claro que depois de uma votação entre os “brothers” que escolhem uma banda e ai tome trabalho pra fazer um puta show! Quem vai com certeza não se arrepende, curte até o final e sai falando bem. “Precisávamos de uma força assim no cenário local, precisávamos de bons shows, de colocar Teresina na rota de bandas internacionais e nacionais, o show do Vulcano foi lindo, o melhor até agora, os outros também foram show”” diz um freqüentador assíduo dos shows na cidade. Segundo Clóvis e Fernando, o grupo dá certo por causa da confiança mutua. São amigos com uma visão em comum,


a paixão pelo metal e planos bem traçados. Cada “brother” tem seu emprego paralelo mas o grupo está sempre lá, forte. E nada de pensar em retorno financeiro, o que é investido no grupo é para o grupo, para um show bem produzido, para ver a satisfação no rosto de cada um que presencia o evento. Desde maio de 2010 que o grupo procura de todas as formas

FOTO: FÁBIO PITOMBEIRA

ENFORCER

ajudar a cena local e segundo Fernando “o que eles já fizeram é pouco para o que pretendem fazer”. Nós? Só temos a agradecer a existência do Brothers of Metal. Que venham mais excelentes shows no padrão Brother ! FOTO: JULIET SLAYER

VULCANO

Contato: (86) 9504-9162 www.facebook.com/brothersofmetal86

FOTO: EDUARDO CRISPIN

BUEIRO DO ROCK, PALCO DE MUITOS SHOWS NA CIDADE

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Fawster Teles, headbanger, arte-finalista e editor do Metal Warriors Magazine

TREKK MAGALHÃES Na estrada do Metal, Jazz e Blues

Bem antes de concluir o curso de Técnico de Som pela Sousa Lima, no ano de 2000 na capital paulista, José Vilson Magalhães, mais conhecido como Trekk, 43 anos, natural de Salinas/MG, já tinha bastante contato com estúdios de gravações, e com a fantasia de ter banda, ouvir som, acabou se entregando de vez a esse lado louco do mundo da música pesada. Apa16

ixonado pelo trabalho que exerce já há algum tempo, Trekk é determinado na profissão que escolheu – “Não tive complicações, pois é algo que faço com vontade, é gratificante e fazer o que se gosta não tem preço – enfatiza,”. Tem vasta experiência na estrada em território brasileiro e gringo como Técnico de Som (Sound Guy), trabalhando ao

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lado de grandes nomes no metal mundial, como Marduk, Vader, Enthroned, Napalm Death, Incantation, Monstrosity, Candlemass, Krisiun, RDP, Claustrofobia, Alkymenia, Nervochaos, Pandora, Disgrace, Abomination, Torture Squad e outros, trabalhou também com gravações em estúdio e ao vivo (DVD), trazendo uma enorme bagagem profissional.


Além da música pesada, Trekk também trabalha com jazz e blues, e teve o prazer de trabalhar em certa ocasião com Shyrley King (filha do BB King). Sempre em constantes viagens, adaptou-se facilmente com as diferenças de fuso horário e cardápios culinários de outros países e regiões brasileiras e nunca encontrou dificuldades em relação a isso, chegando a ser considerado um camaleão do metal, adaptando-se sempre às situações ao redor. Quando pedi que desse uma dica para quem está começando nessa profissão agora, ele é bem direto – “tem que gostar de viajar, não ter horário para dormir e acordar, e principalmente estudar bastante e ter um gosto musical muito apurado. O resto é só rotina, diz.” Para Trekk, o público metal nas regiões brasileiras é o mais insano do mundo, e por esse motivo as bandas gringas gostam tanto de excursionar em nosso país, pois se sentem confortáveis e felizes em se apresentar para um público tão sedento de música pesada, porém, ainda há muitas produções precárias, uma falta que deve ser urgentemente corrigida. Fã incondicional de Raul Seixas, José Vilson Trekk Magalhães, é um cara tranquilo, sangue bom, e cheio de amor e sangue pra dar na sua profissão, e considera o disco “Ouro de Tolo” um dos melhores discos da música brasileira de todos os tempos, ao lado de nomes nacionais

com Nervochaos em SP.

com Adrismith (Panndora) e Fulano de tal (Da Tribo studio

da música pesada como “The Great Execution” (Krisiun), “Canibalismo” (RDP), “Revolta Repúdio” (Ação Direta) e “Thrasher” (Claustrofobia). E se tratando de música gringa, cita “Black Metal” (Venom), “Hell Awaits” (Slayer), “Darkness Descends” (Death Angel), “Seven Churches” (Possessed) e “Metal Church” (Metal Church) como os melhores álbuns da sua vida. Sem dúvida alguma, um bom gosto musical o cara tem de sobra! Resumindo, Trekk finaliza: Não existe vitória sem uma árdua batalha!

com Nephast e Zorates em João Pessoa-PB (2003)

Marco Aurélio Bioface, Trek e Pancho Ação Direta no MR. Som Studio (SP)

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Pedro Lucas Souza, estudante de jornalismo, headbanger e colaborador do whiplash.net

NA CADÊNCIA BRUTAL DO DEATH METAL A Tanatron é uma banda de Death Metal formada em 1996, na cidade de São Luís (MA). A banda tem dois EP’s lançados, que tiveram ótima receptividade pela crítica e pelo público, e ao longo desses anos já dividiu o palco com grandes bandas nacionais e internacionais. Porém, por problemas de saúde com alguns integrantes, a banda passou por um hiato de cinco anos em suas apresentações. Nynrod Weber, guitarrista da banda, afirma que apesar desse longo período longe dos palcos, a banda não deixou de produzir novos materiais: “Nunca deixamos de manter contato e o ritmo dos ensaios. Temos muita coisa nova já pronta e espera18

mos apresentá-las em breve!”, afirma o guitarrista. Material novo que já chegou aos ouvidos de quem compareceu a seqüencia de shows da volta da banda, este ano, com a música “Tanatron”. A volta aconteceu dia 16/02, no Revolution Rock, em São Luis, e logo em seguida, novas datas foram aparecendo na agenda da banda. Uma delas, foi o show em Catanduva (SP), participando da turnê da banda Annihilator, do Canadá. Nyelson Weber, baixista e vocalista, comentou sobre algumas novas datas na agenda da Tanatron: “Já temos uma participação no festival em comemoração ao Dia Mundial do Rock em São Luis, em Setembro faremos nosso primeiro show em Manaus em um festival

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com bandas como Destruction e Claustrofobia, e estamos fechando mais duas datas no sul do pais ainda em Agosto”. A Tanatron também prepara um novo material já para esse segundo semestre, como nos fala o baterista Weeslem Lima: “Já estamos com gravações agendadas para um futuro material e também pro nosso primeiro clipe. A expectativa é que até o fim do ano tenhamos esse novo material em mãos”.

Contato: Nynrod Weber www.tanatron.com /tanatronofficial / @tanatronofficial São Luís/MA


Geraldo Andrade, blog Heavynroll http://heavynrollspace.blogspot.com.br

DOOM METAL DE QUALIDADE Mortarium é uma banda feminina de Doom Metal, formada em 2008 por Tainá Domingues e Julie Sousa, na cidade do Rio de Janeiro. As primeiras apresentações ao vivo ocorreram no ano de 2010, simultaneamente ao lançamento do primeiro single da banda, intitulado “Celebrate Eternity”. Após mudanças na formação, Mortarium lança o

single “The Awakening of the Spirit”, marcando desta forma a passagem de suas exintegrantes. A banda consolidou sua formação em um trio formado por Vivi Alves [Baixo e vocal], Julie Sousa [Bateria] e Tainá Domingues [Guitarra e vocal gutural]. O trio segue se apresentando no Rio de Janeiro e em algumas cidades do país e lançou re-

centemente o novo single “My Distress”, que pode ser ouvido em seu site oficial www.mortarium.com. Os planos para o futuro são muitos e alguns são segredo ainda, mas esse full vai sair sim– Vivi Alves (baixo e vocal)

Contato: www.mortarium.com www.facebook.com/mortarium contato@mortarium.com

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Rodrigo Sodom, Formado em Jornalismo na cidade do Rio de Janeiro

METAL EM TODAS AS SUAS VERTENTES O Whipstriker é uma banda do Rio de Janeiro que mistura várias influências da música pesada em geral. Do Crust Punk ao Thrash Metal, passando pelos clássicos dos anos 70, eles vem lançando vários materiais nos últimos anos e fazendo turnês para espalhar suas músicas. De 2009 pra cá já fizeram uma tour na Europa e uma no Brasil e lançaram quatro compactos em vinyl, um split em vinyl, um álbum full (LP, cd e tape) e duas demo-tapes. Todos os materiais tiveram lançamento no Brasil e no exterior, por meio de gravadoras como Iron Bonehead (Alemanha), Dying Victims (Alemanha), Death20

rash Armageddon (Japão) e Bestial Invasion (Escócia). O interessante é que cada um desses materiais tem uma sonoridade bem particular, com influências distintas. “Nós curtimos bandas de punk como Anti-Cimex e Crude SS, mas ao mesmo tempo somos apaixonados pelo Heavy Metal clássico executado por bandas como Tank, Diamond Head e Holocaust. Se for para definir uma sonoridade, acredito que a banda seja uma mescla de Venom, Bathory, Discharge e Thin Lizzy” afirma Victor, baixista e vocalista do Whipstriker. Outra informação interessante é que a banda é composta por membros de

Metal Warriors, #6 - agosto de 2013

outras bandas já mais antigas no cenário brasileiro. Os integrantes do Power-Trio tocam ou tocaram em bandas como Farscape, Atomic Roar, Apokalyptic Raids e Diabolic Force, conjuntos já reconhecidos na cena nacional e mundial. Atualmente a banda se encontra em estúdio gravando seu segundo álbum intitulado “Troopers of Mayhem”, que será lançado novamente no Brasil e no exterior em vinyl, cd e cassete.

Contato: Rio de Janeiro / RJ Site: www.myspace.com/whipstrikerwhipstriker@yahoo.com.br


Fawster Teles, headbanger, arte-finalista e editor do Metal Warriors Magazine

O RETORNO DO SUSSURRO MÓRBIDO Surgida na cidade satélite de Taguatinga-DF na metade dos anos ‘90, o Morbid Whisper contava com Rhavi (vocal), Bruno (guitar), Rômulo (baixo) e Fábio (bateria). Na época eram muito atuantes na cena e chegaram a lançar um demo-tape com oito músicas autoriais, mas em 1999 a banda acabou por problemas internos. Algum tempo depois, Fábio, já morando em Parnaíba-PI,

decide voltar com a banda e chama Flávio (vocal e guitarra), Francisco (guitarra) e Gustavo (baixo) para completarem a formação. Começou-se ensaios e recentemente fizeram sua primeira aparição ao vivo, tendo um ótimo resultado com o público. Atualmente trabalham em novas composições para lançarem novo material e divulgarem melhor o seu trabalho.

Contato: www.myspace.com/morbidwhisperdeathmetal fabioscud@hotmail.com

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REVIEWS

SKINLEPSY

Condemning the Empty Shinigami Rec, 2013

Banda formada em 2003 da espinha dorsal da extinta Siegrid Ingrid, lançou no mesmo ano a demo Reign of Chaos e agora após um hiato de uma década, nos brinda neste seu novo trabalho fazendo um Thrash Metal absolutamente matador com um pé no Death Metal. O CD abre com a faixa Crucial Words que após uma intro se apresenta com um verdadeiro soco no estômago, rápida e brutal. Na sequência vem à faixa título com um riff de guitarra marcante, uma levada rápida, mesclando com partes cadenciadas e ótimos solos, acaba se tornando um destaque no meio de um álbum nivelado por cima. Crawling as a worm, Perversions of Racial Hatred que conta com participação especial de Luiz Carlos Louzada do Vulcano/Chemical Disaster, letra mesclando inglês e castelhano e uma temática muito forte, Regressing From The End 22

com participação especial de Fernanda Lira da Nervosa nos vocais e solo de Thiago Schulze da Divine Uncertainty também merecem ser citadas. Condemning the empty souls é um CD para ser ouvido na íntegra, batendo cabeça durante as nove faixas. São 34 minutos de pancadaria da mais alta qualidade. Contatos: www.skinlepsy.com www.facebook.com/skinlepsy e-mail: skinlepsy@hotmail.com Júlio Neto, julioneto@hotmail.com 

ZÊNITE

Following the funeral Shinigami Rec, 2013

Oriunda de Belém do Pará, esta veterana banda de Thrash Metal vem na luta desde o distante ano de 1987. Sua discografia ainda é pequena, este é o terceiro disco da banda, mas merece ser conferida com atenção, pois tem muita qualidade. Ao todo são onze músicas em cerca de quarenta e dois minutos, que podem virar

Metal Warriors, #6 - agosto de 2013

facilmente oitenta e quatro, pois a vontade de dar play novamente quando acaba a última faixa é grande. Thrash muito bem trabalhado, lembrando Testament, nos envolve desde a primeira faixa. Blood abre lenta, cadenciada e se torna muito difícil não banguear no seu ritmo. Em seguida vem Worms of Hate já tem uma levada mais rápida, com passagens também cadenciadas e um ótimo trabalho de Luiz Lobato (Bass) e Sandro Maués (Drums) trazendo muito peso às partes mais lentas. Poderia ficar aqui citando cada faixa e seus pontos altos, mas não é necessário, pois o disco merece ser ouvido na íntegra. Mas, em minha opinião, o carro chefe é a faixa titulo, alternando peso, cadência e violência, é uma aula de Thrash Metal muito bem feito. Este é um disco conceitual e conta a história de Yucan, o velho da capa, que morre e assiste a sua própria decomposição. Conta também com a regravação de Cursed Cemetery da Black Mass, banda que o Luiz Lobato fazia parte nos anos 80. Se é muito bom ouvir um trabalho de uma banda nacional de qualidade vindo do eixo RJ-SP-MG, é bom demais ver que o Brasil como um todo é um celeiro de bandas boas. E a Zênite veio com este novo trabalho colocar de vez seu nome na lista dos expoentes do gênero. Júlio Neto, julioneto@hotmail.com 




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