Publicação bimestral da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro – 1ª RE Ano XXXVIII • Nº 434 • março/abril de 2013
Palavra do Bispo Lockmann fala sobre Jesus, o maior tesouro da Igreja Página 3
Entrevista Conheça o trabalho da Portas Abertas Página 5
Missões Imform realiza Projeto Salto África e América Latina
Mudança da Lei de Drogas em pauta
Página 8
Nacional Juventude fará Evangelismo na Copa de 2014 Página 9
Fé & Nexo Edição de 25 anos do episcopado de Lockmann
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Igreja e organizações discutem legislação envolvendo usuário e traficante
o início de março, um grupo com lideranças evangélicas e representantes da área social se reuniu em Brasília com o objetivo de apoiar a proposta de mudança da Lei de Drogas. Fez parte dessa comitiva o secretário-executivo de Ação Social da Primeira Região, pastor Edvandro Machado. Essa campanha teve início com o documento intitulado “Lei de Drogas: é preciso mudar” e produzido por um grupo de juristas e a ONG Viva Rio. Segundo pastor Edvandro, “a importância fundamental da
mudança é garantir ao usuário uma chance de convívio social e familiar livre das mazelas do sistema carcerário. Como está, corremos o risco de transformá-los em traficantes com o patrocínio do Estado”. A Igreja, por conta da sua experiência em acolhimento e tratamento pela Palavra de Deus, também, segundo os organizadores da Campanha, deve fazer parte desse diálogo. “Não devemos ficar estáticos vendo vidas serem destruídas pelas drogas”, declarou o pastor batista Neil Barreto. Página 4.
Primeira Região anuncia Campanha Missionária de 2013
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e acordo com pastor Ronan Boechat, secretário-executivo de Expansão Missionária da Primeira Região e coordenador do Ministério de Missões e Evangelismo, as atividades em torno do evento começam em abril. Serão realizados encontros multidistritais. Dessas reuniões irão participar prioritariamente evangelistas consagrados e lideranças locais dos ministérios de Missões e Evangelismo. O ponto alto da campanha será o 4º Congresso de Avivamento Missionário, que será realizado em outubro, na Escola de Missões. Página 7.
Pastor Ronan Boechat, secretáio regional de Expansão Missionária
ME TO D I S MO N O MU N D O
E DITO RIA L
Agindo como Igreja de Cristo
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governantes sobre a facilidade da aquisição de drogas lícitas.
capacitação e reflexão para pastores, pastoras e liderança leiga da Igreja Metodista Unida do Equador. O estudo foi promovido em Quito. Os professores Luiz Carlos Ramos e José Carlos de Souza foram responsáveis pelas ministrações, que tiveram como tema geral: Vida e missão da Igreja hoje na perspectiva wesleyana. Essa realização é parte do Projeto Sol Andino, um programa da Faculdade de Teologia com o apoio da Igreja Metodista da Inglaterra, que visa oferecer suporte, orientação e parceria na área da educação teológica, fortalecendo a identidade do metodismo na área da América Andina. A Metodista no Equador é conhecida por ser uma igreja jovem e acompanha com grande interesse todas as oportunidades para conhecer e aprofundar a herança confessional metodista, especialmente em diálogo com a realidade latino-americana.
Dia Metodista de educação na AL
n Cerca de 30 pessoas participaram do curso de
o Brasil, drogas sempre é um tema polêmico. E mais uma vez ele ocupa as páginas de nosso jornal. Desta vez, por conta da campanha que envolve igrejas, organizações sociais e o Poder Legislativo. Existe um documento, intitulado “Lei de drogas: é preciso mudar”, que foi elaborado por uma comissão de juristas e a ONG Viva Rio. Segundo o teor desse material, o objetivo é apresentar ao Congresso Nacional uma proposta de mudança na legislação que trata desse assunto. De acordo com o grupo que promove a campanha, o atual documento legal não faz a necessária diferenciação entre usuários e traficantes de drogas. E, por conta disso, acaba dificultando o acesso de dependentes químicos ao devido tratamento. “A importância dessa mudança é garantir aos usuários uma chance de convívio social e familiar livre das mazelas do sistema carcerário. Como está, corremos o risco de transformá-los em traficantes com o patrocínio do Estado”, declarou pastor Edvandro Machado, secretário-executivo de Ação Social da 1ªRE, que faz parte da campanha. O grupo também destaca o papel da Igreja e da Palavra de Deus no processo de reabilitação de dependentes químicos. De fato, existem diversas entidades, sob direção evangélica, que, sem ganhar qualquer ajuda do governo, fazem esse árduo trabalho gratuitamente. Segundo o pastor batista Neil Barreto, “não devemos ficar estáticos vendo vidas serem destruídas pelas drogas”. Por conta disso, as comunidades cristãs não podem ficar fora desse diálogo. Página 4. A Igreja também não pode deixar de participar da Campanha Missionária de 2013. A partir de abril, já começam as programações em torno do evento. Em entrevista ao Avante, pastor Ronan Boechat, secretário-executivo de Expansão Missionária e coordenador do Ministério de Missões e Evangelismo, falou sobre os projetos e desafios da Campanha, que não se encerram com o 4º Avivamento Missionário, em outubro. Existe um alvo muito maior: “Nosso maior objetivo é fazer com que a igreja perceba que pode e precisa ser uma verdadeira fábrica de missionários e discípulos”, declarou o reverendo. Página 7. Por falar em missões, não podemos esquecer os cristãos que vivem – e também morrem – em países onde existe perseguição religiosa. Mas, graças a Deus, há também um povo que tem intercedido por esses servos do Senhor, que, em alguns não poucos casos, nem uma Bíblia velha tem para ler. Ciente dessa triste realidade, a organização missionária Portas Abertas, incansavelmente, tem se dedicado em suprir essa carência. No entanto, como a entrada de material evangélico nesses lugares é proibida, esse trabalho é feito de forma ilegal. Por isso, eles são conhecidos como contrabandistas de Bíblia. Esse trabalho, que começou internacionalmente com irmão André, no Brasil já completou 35 anos de existência. Em entrevista, irmão Homero Chagas, do Ministério Sem Fronteiras, ligado a Instituição, fala desse trabalho de apoio à Igreja Perseguida. Confira na página 5. Esta edição, ao publicar não apenas os trabalhos da IM em diferentes áreas, mas outras iniciativas que vão além do rótulo denomenacional, deixa claro o seu esforço e responsabilidade de envolver toda a Igreja de Cristo em temas relevantes para o Reino. Boa leitura! Nádia Mello Editora
Publicação bimestral da Igreja Metodista na 1ª Região Eclesiástica Fundado em maio de 1973 Ano XXXVIII nº 434 Rua Marquês de Abrantes, 55 – Flamengo 22.230-061 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 2557-3542 / 3509-1074 Fax: (21) 2557-7048 avante@metodista-rio.org.br www.metodista-rio.org.br
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Liderança metodista em curso no Equador
n O Conselho da Associação Latino Americana de Instituições Metodistas de Educação (Alaime) celebrou pela primeira vez o Dia Metodista de Educação na América Latina, em 9 de fevereiro. Em 1874, a data foi marcada pela inauguração do Instituto Mexicano Madero, a primeira escola metodista fundada em terras latino-americanas. Essa resolução surgiu na Assembleia da Alaime, em outubro do ano passado, em Buenos Aires. A sugestão é que as instituições metodistas organizem um momento de oração pela educação metodista na AL com suas lideranças ou quem mais puder participar, onde poderá ser lido o texto “A Educação Metodista que precisamos para um mundo que queremos".
Professora da FaTeo em intercâmbio nos EUA
Pastor angolano fala sobre igreja e alcoolismo
n A parceria entre a Faculdade de Teologia da Universidade Metodista de São Paulo (Fateo) e a Candler School of Theology da Emory University, de Atlanta (EUA) teve mais um avanço. Depois dos cursos on-line em tempo real, que reuniu estudantes brasileiros e norte-americanos, e da vinda da primeira aluna da Candler à Fateo, começou o programa de intercâmbio docente. A primeira participante foi a professora Margarida Ribeiro, que esteve na Faculdade de Teologia da Candler até o inicio de 2013. Na Candler, a professora Margarida ministrou um curso intensivo a respeito do tema Ministérios específicos e sociedade em perspectiva brasileira. Entre os assuntos, foram abordado Os desafios sociais que motivam a missão da Igreja no Brasil, A atuação das Igrejas na sociedade e a participação em políticas públicas e O ministério pastoral feminino no Brasil e na América Latina.
n O pastor titular da Igreja Metodista Central em Luanda (Angola), Adilson de Almeida, reafirmou o compromisso de John Wesley, fundador do metodismo, de combater o consumo do álcool como bebida. “As igrejas devem ter um papel importante na sociedade, sobretudo no uso excessivo de bebidas alcoólicas", enfatizou Adilson. A declaração foi feita a Angola Press, no início de fevereiro. O pastor defendeu ainda que as congregações religiosas devem se unir cada vez mais para dar orientações quanto ao uso excessivo de bebidas alcoólicas entre os jovens. “Igrejas intervêm como mobilizadores das populações e podem ajudar a banir esse mal que assola o país", disse. Pelas ruas de Luanda, jovens e crianças consomem bebidas alcoólicas livremente. Isso tem chamado atenção dos
C A RTA S Natal e criança
Primeiramente, quero parabenizar pela publicação bimestral do Avante edição nº 432. Nesse exemplar, pude aprender mais sobre a importância do Natal. Também gostei muito da reportagem sobre o Departamento Nacional de Trabalho com Crianças. Trata-se de um trabalho espetacular. Fiquem com Deus! Edson Barbosa Igreja Metodista em Vila Nova Barra Mansa – RJ Avante responde:
Caro Edson, Ficamos agradecidos pela sua carta. Ela muito nos animou a continuar nosso trabalho com dignidade e sempre procurando levar as informações de for-
ma ética e coerente aos nossos leitores. Não deixe de enviar suas consideração sobre o conteúdo de nosso jornal.
Assinatura
Gostaria de fazer a assinatura do Avante. Como devo proceder? Desde já agradeço, e fiquem na paz do Senhor. Luiz Felipe Rodrigues Por e-mail Avante responde:
Para assinar o Avante, basta depositar o valor de R$ 20,00, referente à assinatura, na conta 931-8, agência 1414-1, Banco Bradesco, e nos enviar cópia do depósito por e-mail ou para o endereço da Sede Regional da Igreja Metodista (Rua Marques de Abrantes, 55, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, CEP
22230-061). Envie também nome completo do assinante, telefone, e-mail e endereço para onde o jornal deve ser enviado. Agradecemos o interesse em assinar o nosso jornal.
Sou coordenadora distrital da Pastoral da Terceira Idade no Distrito de Niterói. Gostaria de saber o e-mail correto para envio de reportagens e fotos. Iony Viana Por e-mail Avante responde:
Todo o material como reportagem e fotos pode ser enviado para o e-mail do Avante: avante@metodista-rio.org.br. Desde já agradecemos a colaboração.
BISPO DA 1ª REGIÃO ECLESIÁSTICA
Matos, Luciano Vergara e Nádia Mello
REVISÃO DA PALAVRA DO BISPO
Os artigos são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da Igreja Metodista.
EDITORA E JORNALISTA RESPONSÁVEL
Fotografias
Paulo Tarso de Oliveira Lockmann
Nádia Mello (MTb 19.333)
Henrique Moraes
REDAÇÃO E REVISÃO
Evandro Teixeira
CONSELHO EDITORIAL
Ronan Boechat de Amorim (coordenador), Selma Antunes da Costa, Deise Luce de Sousa Marques, Pablo Massolar, Giselma
Filipe Pereira Mesquita
ASSISTENTES DE REDAÇÃO
Camila Alves e Carla Tavares
DIAGRAMAÇÃO
www.estudiomatiz.com.br TIRAGEM: 10.500 exemplares ASSINATURA INDIVIDUAL: R$ 20,00
PA L AV RA DO BI SPO
Jesus, nosso maior tesouro
"O Reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual, certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo" (Mt 13.44) Retornando ao primeiro amor
Vinha como de costume preocupado em preservar a paixão e o zelo evangelístico na vida dos pastores e igrejas. Este era o tema da conversa que mantínhamos na reunião da Expansão Missionária Regional. O encontro corria, quando o reverendo Ronan Boechat me fez uma pergunta: Bispo, qual sua opinião sobre o tema da Campanha Evangelística deste ano? Pronto, veio-me à mente o tema “Jesus, Nosso Maior Tesouro”, que o grupo acolheu como um tema significativo. E é isso que queremos refletir com este estudo. É de todo conhecida a palavra de Jesus dirigida em forma de parábola aos discípulos: “O Reino de Deus é semelhante a um tesouro escondido no campo...” Este estudo é inspirado nessa parábola. Relendo um inspirador livro de Philip Yansey, encontrei uma história que resumo para nossa reflexão, e que foi vivida por ele: “Lembro-me de minha primeira visita ao Old Faithful, no parque Yellowstone. O grupo de turistas japoneses e alemães rodeava o Geiser, com suas filmadoras apontadas para o famoso buraco no solo de onde sairia o jato forte de água quente até as alturas. Impressionantes... Por traz do local havia um relógio digital que marcava o momento de a água subir. Quando o relógio marcava um minuto, levantamo-nos no restaurante panorâmico e, junto com os outros, fomos à janela assistir ao evento hídrico. Observei imediatamente, os garçons e ajudantes se aproximaram das mesas para encher os copos e tirar pratos sujos, como se alguém os tivesse chamado. Durante a exibição, nós, turistas, exclamávamos “oh!” e “ah!” de admiração. Alguns disparavam máquinas fotográficas; outros aplaudiam espontaneamente. Olhando para traz, vi que nenhum dos garçons e ajudantes olhava para a janela e para o admirável fenômeno da natureza. O Old Faithfull se tornara demasiadamente familiar para eles, havia perdido o poder de impressioná-los”. Essa história me fez pensar que para uma parcela dos pastores, e, especialmente dos membros da Igreja, Jesus, seu amor, o Evangelho, já não os impressiona, não faz seus olhos brilharem de alegria, seus rostos não ficam transfigurados. A verdade é que, para muitos
cristãos evangélicos, seu clube ganhar um campeonato lhes emociona, motiva mais, e os faz vibrar mais do que Jesus, nosso maior tesouro. Isso já aconteceu no final do primeiro século, quando Jesus falou duro com a Igreja de Éfeso: “... tenho contra ti que abandonaste o teu primeiro amor”. E pode acontecer hoje: o mundo está cheio de Igrejas que abandonaram o primeiro amor. O que podemos fazer para acender a velha chama do Espírito e de paixão por almas anunciando Jesus, Nosso Maior Tesouro? Sabemos que é disso que o mundo precisa. Consideremos ainda outros aspectos do tema.
Tesouro, a grande busca
Com frequência, vejo as filas na frente das casas lotéricas. A maioria dos brasileiros está, por meio da loteria, em busca de um tesouro. No mercado de trabalho, os concursos que dão acesso a cargos públicos, ou profissões que oferecem bons empregos e salários altos, são muito disputados. Há quem tente durante dois, três ou mais anos. Nada contra, mas não deixa de ser a busca de um valor maior que dê segurança. Um dos clássicos mundiais da literatura infantil, A Ilha do Tesouro, de autoria de Robert Stevenson, conta a história da busca de um tesouro disputado por piratas. A história fez a alegria e estimulou minha alegria e fantasia de um dia achar um tesouro. Assim como de diversas crianças através de gerações. Qual a motivação da história? O tesouro que muitos queriam, e ainda querem. Diversas denúncias descrevem o infortúnio de jovens mulheres que, atraídas pelo desejo da fama e dinheiro, acabam tornando-se escravas sexuais, sendo dominadas e exploradas. O que mais se pode dizer? Quem sabe devo lembrar-me dos que abandonam suas igrejas em busca de riquezas, e aí, nascem bispos, apóstolos e novas denominações, onde o grande objetivo é ser dono e enriquecer. Para isso, manipulam a necessidade das pessoas, usam a miséria e a dor alheia para enriquecer. Por fim, aponto as milhares de pessoas no mundo todo que perdem quase tudo que têm investindo no mercado financeiro, correndo riscos, inclusive, de colocar seus recursos em mãos erradas, perdendo tudo
que investiram em busca de um tesouro, sim, o de enriquecer.
O que faz de Jesus um tesouro
Bem, nós já percorremos um caminho. Por isso, entendo ser necessário caminhar juntos na Palavra para ver: O motivo de Jesus ser nosso maior tesouro? Isaías, o profeta messiânico, já apresentava a esperança messiânica centrada na presença de Deus como um verdadeiro tesouro. Isso era vital a um povo deserdado em sua própria terra: “O deserto e a terra se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como o narciso. Florescerá abundantemente, jubilará de alegria e exultará; deu-se-lhes a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do SENHOR, o esplendor do nosso Deus” (Is 35.1-2). Porque o Novo Testamento, já no início, apresenta João Batista anunciando: “E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias” (Mc 1.7). João Batista recebera a revelação de que alguém vindo da parte de Deus, como ungido-messias, viria, e estava impactado, pois este seria o Messias esperado, verdadeira esperança e tesouro de Deus. Quando Jesus inicia seu ministério e aproxima-se de João Batista, este o vendo diz: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo...” ( Jo 1.29). Ali começam a realizar-se as esperanças proféticas de Israel, pois: “Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jr 31.34). Assim cabe a nós, Igreja do Senhor, tornar realidade o sonho de Deus expresso na profecia de Jeremias, anunciando que algo valioso, extraordinário vem a nós por meio de Jesus, promessa de Deus. Toca-me a profecia de Zacarias, quando diz: "Virão muitos povos e poderosas nações buscar em Jerusalém ao SENHOR dos Exércitos e suplicar o favor do SENHOR. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu e lhe
dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco” (Zc 8.22-23). Diante do texto, cabe a seguinte pergunta: Vocês sabem quem são os verdadeiros judeus? Deixemos o apóstolo Paulo responder: “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm 2.29). Assim, somos os verdadeiros judeus, e a Igreja é o novo Israel de Deus. Jesus é também um verdadeiro tesouro, porque introduz o amor radical como critério de vida e relacionamento. Num mundo marcado pelo ódio e o desejo de vingança, todos, do fundo do coração, desejam viver, sentir e exercer o amor. Tivemos nos anos 60-70 um movimento entre os jovens que proclamava paz e amor. Mas a base dele era o descompromisso, drogas e sexo livre. Não produziu nem amor, nem paz. A razão era que faltava Jesus. Ele interrompe o ciclo de violência e guerra, quando sua vida é acolhida. Bem dizia Paulo: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.” (Fp 2.5). Caminhe pelo ministério de Jesus e veja como ele lida com diferentes grupos de pessoas, há sempre compaixão, misericórdia e amor por todas as pessoas. Jesus se tornou um tesouro para um homem rejeitado como Zaqueu, pois este se assemelha a muitos de hoje: vivia para juntar dinheiro, justa e injustamente. Vemos como a presença de Jesus muda essa realidade: “Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão” (Lc 19.8-9). Só um valor maior e sobrenatural para mudar o coração de um homem financista como Zaqueu. E esse valor tem nome: JESUS! Jesus é também um tesouro, porque ama pecadores como você e eu, especialmente aqueles que poucos têm coragem de amar; pelo contrário, a sociedade quer apedrejar, como drogados, mendigos, prostitutas, etc. Ele não tinha preconceitos, via todos como pecadores em busca de perdão; sim, ovelhas perdidas.
Nesta direção, resgatou a mulher adúltera de ser apedrejada como determinava a lei: “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”(Jo 10-12). O ministério de Jesus faz um resgate das mulheres, valoriza e dá destaque como mostram vários textos (Lc 8.18; 7.36-50). Dá-lhes acolhida digna de filhas de Deus. Mas Jesus é nosso maior tesouro porque Ele resgata também os pequenos; as crianças adquirem uma posição de destaque na visão do Reino de Deus, à luz da postura de Jesus: “Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Mc 10.13-14). Hoje, segue sendo um desafio da Igreja recuperar essa pastoral de Jesus, de valorizar e priorizar o trabalho com as crianças. Numa sociedade onde elas são manipuladas como fonte de lucro, e em muitos lugares, alvo de violência e abuso, resgatar o exemplo de Jesus passa a ser um desafio missionário da Igreja. Por fim, Jesus é o nosso maior tesouro, porque ele veio para salvar o ser humano, vidas eram seu maior objetivo: “[Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.]. E seguiram para outra aldeia” (Lc 9.56). Você e eu somos o alvo da encarnação. Sim, Jesus fez de nós sua prioridade. Só somos sua Igreja se imitarmos e transformarmos a tarefa, salvação de vidas, o grande motivo de existência da Igreja. Por isso, ouvir Jesus, imitá-lo, deve ser nossa prioridade também. Deste modo, Ele de fato será nosso maior tesouro. Rogo que meditem e estudem esta palavra para nossa edificação e desafio missionário. Deus os abençoe! Bispo Paulo Lockmann
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Nova Lei de Drogas
Igrejas e organizações falam da necessidade de uma legislação que diferencie usuários e traficantes n Carla Tavares
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ma discussão sobre a necessidade de mudança na Lei de Drogas permeia o cenário político brasileiro. A Campanha “Lei de Drogas: é preciso mudar” tem como objetivo apresentar ao Congresso Nacional uma proposta que visa mudar a atual legislação que trata desse tema. Esse documento foi elaborado por uma comissão de juristas e a ONG Viva Rio. No início de março, um grupo composto de lideranças evangélicas e representantes da área social se reuniu em Brasília com o objetivo de apoiar essa proposta de mudança e debater sobre o assunto. Participaram desse encontro o interlocutor social da Viva Rio, Ronilson Pacheco; representantes da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (Renas), pastor Tércio de Sá Freira; do Projeto Vale da Bênção de São Paulo, Ubiratan da Silva; e da Rede Repaz Paraná. Pastor Edvandro Machado, secretário-executivo regional de Ação Social, também fez parte desse grupo. Esse encontro contou ainda com a participação do sociólogo Alexandre Brasil; assessor da Secretaria Geral da Presidência da República para Assuntos Religiosos, deputado Paulo Teixeira; e três membros da bancada evangélica na Câmara. Segundo o pastor Edvandro Machado, a importância fundamental na mudança é garantir que haja uma chance real para que o dependente químico se integre ao convívio social e familiar, evitando que ele sofra com as mazelas do ambiente carcerário. “Corremos o risco de transformar usuários em traficantes com o patrocínio do Estado”, enfatizou. De acordo com a Viva Rio, a lei em vigor não contribuiu para a redução da violência nem do consumo de drogas. “Ela dificultou o acesso dos dependentes químicos ao tratamento e ainda colaborou para lotar prisões com pessoas que precisam de cuidados médicos. Além disso, houve um grande aumento do crime de tráfico”, declarou a organização. Em pesquisa feita pelo Ministério da Justiça na tentativa de entender esse novo fenômeno, foi constatado que esses “supostos traficantes” foram presos com quantidades mínimas de drogas, estavam desarmados e não tinham antecedentes criminais.
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Semana de Prevenção às Drogas: evento promovido pela 1ªRE por meio do SOS Vida
Pastor Edvandro (segundo da esquerda para a direita) reunido com representantes de organizações e da Câmara dos Deputados em Brasília “A lei necessita mudar, pois não traz uma distinção clara entre usuário e traficante”, ressaltou Edvandro, alertando que na prática a grande maioria dos usuários está sendo presa como traficante. “O tráfico deve continuar a ser penalizado com o rigor necessário, mas o dependente deve ser encaminhado para tratamento”, disse.
A igreja e as drogas
A comunidade cristã em geral exerce um papel fundamental na recuperação de viciados em drogas. De acordo com as representações evangélicas, esse serviço prestado pelas igrejas tem como finalidade visualizar um futuro mais justo e com amplo acesso ao tratamento para aqueles que necessitam. E a comunidade cristã participa desse diálogo justamente por conta de sua experiência em acolhimento e tratamento de dependentes químicos por meio da Palavra de Deus. “Não podemos ficar estáticos, vendo as drogas acabarem com a vida de muitos usuários”,
declarou o pastor Neil Barreto, da Igreja Batista Betânia em Sulacap. Já o pastor Jefferson André, da igreja Batista da Redenção, falou sobre a importância de um posicionamento. “A igreja não deve calar-se diante da atual política de drogas tendo em vista que ela dificulta a missão de misericórdia junto aos dependentes”, enfatizou. Segundo o pastor Edvandro, cerca de 90% do tratamento ao usuário é feito em comunidades terapêuticas ligadas às igrejas. “Esses espaços são, para muitos, a única porta de auxílio. Jesus, na cruz, fez da dor do outro o seu sofrimento”, comentou. É o caso da Missão Batista Cristolândia, que já recuperou mais de 300 pessoas. “Na Cristolândia, buscamos fazer o dependente se reconhecer como a raiz do problema e também o portador da mudança”, ressaltou a coordenadora da unidade de Rio Bonito, Isabel Diniz. Para o psiquiatra, professor da Universidade Federal Fluminense Universidade Federal Fluminense (UFF) e Metodista, Jairo
Werner Júnior, a fé é um fator de grande relevância dentro da nossa cultura. “É preciso valorizar o poder que a igreja tem de envolver o dependente”, disse. Jairo é especialista no tratamento de dependentes químicos e coordena o projeto Restaurando Esperanças, uma parceria entre a UFF e a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), que atende por meio de uma equipe interdisciplinar composta de assistentes sociais, médicos, psicólogos e representantes de grupos culturais. “As drogas não são apenas uma questão de saúde, mas o sintoma de um problema social”, alertou.
Entendendo melhor o problema
De acordo com o reverendo Edvandro, o ato de descriminalizar não significa tornar o uso de entorpecentes uma conduta lícita. O projeto da Viva Rio, apoiado por lideranças do meio evangélico, prevê mudar o tratamento para a utilização de drogas ilícitas. “Quem tratará do tema não será mais o
poder Judiciário, mas o Executivo, que é o responsável por traçar políticas públicas, e fará isso por meio de uma comissão multidisciplinar composta de representantes da área médica e social”, explicou o pastor. As penas para o uso não mudariam e a definição para a distinção entre usuário e traficante seria baseada na quantidade de droga encontrada. Outro assunto que vem sendo debatido ultimamente é a questão da internação compulsória, que é amparada pelo artigo 9º da lei 10.216/01. Esse documento estabelece a possibilidade de internação sem a autorização familiar. Para isso, basta uma determinação do juiz competente depois de um pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a sua condição psicológica e física. O Estado vem atuando em parceria com o Judiciário para aplicar a lei, no sentido de recolher as pessoas que não têm recursos e perderam totalmente os laços familiares, encaminhando-as ao tratamento. Segundo o pastor Edvandro, a presença do Judiciário pode aumentar a garantia aos direitos desses dependentes químicos. A questão agora, segundo o reverendo, é saber se haverá efetividade na aplicação dessas medidas. “Para onde essas pessoas estão sendo encaminhadas? Questiono essa internação, pois não sabemos se o objetivo é recuperar o dependente ou apenas tirá-lo da visibilidade”, enfatizou Edvandro Machado. A nova proposta de projeto de lei, além de estabelecer critérios objetivos de diferenciação entre traficante e usuário, apoia instituições que atuam no tratamento de dependentes.
E N TREV ISTA
Pelos que sofrem perseguição
Coordenador do Ministério Sem Fronteiras fala do apoio à igreja perseguida oferecido pela Portas Abertas por meio do envio de Bíblias e literaturas cristãs
Homero Chagas fala sobre seu ministério durante evento na Catedral do Catete
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or ocasião da comemoração dos 35 anos da Portas Abertas Brasil, Homero Chagas, coordenador dos Ministérios Sem Fronteiras, um dos braços da entidade, falou ao Avante sobre o trabalho de amparo aos cristãos que sofrem perseguição. Por intermédio do evento chamado Domingo da Igreja Perseguida (DIP), a organização divulga o trabalho de envio de Bíblicas para os servos de Deus que servem em países não alcançados e incentiva a participação dos jovens nesse trabalho. Confira.
representa a Portas Abertas na igreja local e suas regiões; e o Domingo da Igreja Perseguida (DIP), o nosso maior evento de divulgação desse ministério. Portas Abertas não envia missionários. Sempre trabalhamos com cristãos locais onde há perseguição religiosa. Avante: Como a Palavra de Deus tem chegado às mãos dos cristãos perseguidos? Homero: Desde o início da nos-
sa organização, temos feito o contrabando de Bíblias e livros cristãos. Isso porque, na maio-
ria desses países, a entrada desse tipo de material é proibida. É sempre difícil, mas o Senhor tem nos dado muitas ideias criativas para que esses materiais cheguem aos cristãos. O tipo de distribuição varia de acordo com o país. Na América Latina e Ásia, por exemplo, os viajantes do Sem Fronteiras fazem uma viagem turística e chegam nesses lugares com a mala cheia de Bíblias. Posso dizer que, em cinco anos de Portas Abertas, foram enviados mais de 100 viajantes. Em apenas três ocasiões, fomos pegos e tivemos nosso material retido. Mas um dos maiores contrabandos de toda a nossa história foi o Projeto Pérola. Em uma noite, a gente transportou um milhão de Bíblias para a China. A revista Times chegou a afirmar que foi o maior empreendimento missionário de toda a história cristã. Avante: Atualmente, quais os países listados como não alcançados e sem liberdade religiosa? Homero: Todos os anos a Portas
Abertas publica a classificação de países por perseguição. É uma lista com os 50 piores. A organização atua em praticamente todos. Infelizmente, boa parte é predominantemen-
te muçulmana e se encontra num trecho que é conhecido como Janela 10/40, área que abrange o norte da África, Oriente Médio e um trecho da Ásia Central. Nesses lugares, o islamismo é, em sua maioria, moderado ou extremista. E os cristãos que vivem nesses lugares são torturados e mortos. Avante: Como é se ver como um contrabandista da Palavra de Deus? Homero: O meu papel como
coordenador do ministério é levar os cristãos brasileiros a estarem frente a frente com esses irmãos. Quando esse encontro acontece, eles geralmente fazem dois pedidos: oração e Bíblias. A necessidade de ter acesso às Escrituras é muito grande. Então, a gente tem que fazer a distribuição de maneira ilegal. Além da China, já levei grupos para o Oriente Médio e países da América Latina. É uma experiência incrível. Graças a Deus, nunca fui pego. Já levei cerca de 300 quilos de materiais para países asiáticos e latino-americanos. Avante: O que preciso para fazer parte do ministério Sem Fronteiras? Homero: A primeira coisa é ser
crente de verdade. Além disso,
Avante: A organização Portas Abertas no Brasil existe há 35 anos. De que forma esse ministério tem atuado no país? Homero Chagas: Temos cons-
cientizado a igreja brasileira sobre a necessidade de se engajar, envolver e se relacionar com a igreja perseguida. Além disso, existem outras frentes responsáveis em levantar recursos para os projetos de campo. Desde a fundação da Portas Abertas Internacional, em 1955, com o irmão André – o famoso contrabandista de Deus, que levou Bíblias para a região do Leste Europeu conhecida como Cortina de Ferro –, atuamos socorrendo esses cristãos perseguidos com projetos focados na ajuda socioeconômica; desenvolvimento social; distribuição de materiais; projetos de ações institucionais; e ajuda emergencial, entre outros. Diversas propostas são desenvolvidas pela Portas Abertas Internacional e financiados por suas bases como a do Brasil. Existem ainda diversos ministérios empenhados na missão de divulgar a igreja perseguida no país, como o Underground, que é formado por jovens; Mulheres do Caminho, que envolve as mulheres; Sem Fronteiras, que leva os parceiros para conhecerem os cristãos perseguidos; Correspondentes Locais, que
ser sério e comprometido com Deus. Tem que passar por um processo para saber que a pessoa tem o perfil necessário. Nesse fase, é feita uma avaliação psicológica dela e também uma entrevista com o pastor da igreja da qual essa pessoa faz parte. Não estamos atrás de missionários, pastores, pessoas que fizeram dez faculdades. Pode até ter tudo isso, mas o mais importante é que seja realmente crente. É isso que a gente vai avaliar quando ele passar por todo esse processo. Avante: Poderia contar experiência de alguém cuja vida tenha mudado depois de uma viagem a um país não alcançado? Homero: Vou contar a minha
experiência. Na minha primeira viagem para a Colômbia, conheci uma garota que tinha perdido recentemente os pais, que eram evangelistas da Assembleia de Deus. Hoje ela está com 14 anos de idade. E eu e minha esposa a consideramos como filha. Os pais da jovem foram assassinados pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). E ela testemunhou tudo. Na época, a menina disse para mim: “Não sei por que Deus permitiu que meus pais morressem. Mas sei que Ele tem um propósito nisso”. Quando eu ouvi essa declaração, percebi o quanto pequena era a minha fé e o meu compromisso com Deus. Ela ainda completou dizendo: “E eu os perdoo porque eles não sabem o que fizeram, eles não entendem o que fizeram”. Um ano depois, estive com a jovem novamente, e ela me disse: “O meu sonho agora é ser missionária”. Ela entende o que é fazer missões. Afinal, os pais dela deram a vida pela obra. Não tem como ser o mesmo depois dessa experiência. Avante: Que mensagem você
Quando encontramos os cristãos perseguidos, eles geralmente fazem dois pedidos: oração e Bíblias. A necessidade de ter acesso às Escrituras é muito grande. Então, a gente tem que fazer a distribuição de maneira ilegal
deixaria para os nossos leitores? Avante: A igreja perseguida precisa de ajuda e oração; ela precisa que você se importe com ela. Por isso, ore, sofra e se alegre com ela. E para quem quiser conhecer acesse o site da missão e se informe como participar dessa obra (www. portasabertas.org.br/semfronteiras). Nosso papel é servir você para que você sirva à Igreja perseguida. E quem quiser conhecer o campo missionário, em 2013 e 2014, haverá viagens. É só escolher para onde quer ir. Colaborou Raíssa Paes
Entrevista produzida pelo Programa Vida e Missão
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reg iã O I IN TERNAC I ONAL
Ação de graças pela vida do bispo e família
A
n Redação
Jubileu de Prata de Episcopado e Bodas de Mármore do casal Lockmann foram comemorados pela Igreja Metodista na Primeira Região Eclesiástica
mor e dedicação à obra do Senhor. Palavras que descrevem a caminhada de fé e união do casal Lockmann. Foi o que cerca de 1200 pessoas, entre pastores, membros de igrejas locais e representantes da sociedade civil, puderam conferir no Culto em Ação de Graças pelos 25 anos de episcopado e 39 anos de casamento do bipo Paulo Lockmann e sua esposa Gláucia. Familiares, amigos e metodistas do Rio de Janeiro e de outros estados estiveram presentes na noite de celebração, na Igreja Metodista em Cascadura. Os bispos Nelson Campos Leite, Carlos Alberto Tavares, José Carlos Peres, Luiz Vergílio Batista e Adriel de Souza Maia também marcaram presença na celebração. A parte musical ficou por conta da banda Big Band, que acompanhou os louvores do Hinário Metodista Brasileiro e cânticos como Rio de Deus e Rompendo em Fé, levando os presentes a momentos de adoração e alegria. O evento contou também com as apresentações do Coral Ma-
drigal da Igreja Metodista do Jardim Botânico e do Coral de Cabo Frio. Segundo o coordenador da comissão de organização do evento, pastor Elias José da Silva, a organização e a participação das igrejas foram fundamentais para o sucesso do evento. “Procuramos executar as atividades planejadas e com a graça de Deus recebemos o feed back de muitos pastores e igreja dos distritos”, ressaltou. O espírito de gratidão a Deus, presente durante todo o culto, também esteve evidente quando cada Federação e representantes do Colégio Episcopal homenagearam o casal Paulo e Gláucia Lockmann. Durante todo o tempo foi dado ênfase à trajetória de 25 anos de fé e trabalho do bispo na Primeira Região, com marcas também no Brasil e, mais recentemente, no mundo, por meio da presidência do Concílio Mundial Metodista. A filha do casal, Ângela Lockmann, homenageou o pai, lendo uma carta enviada pela Igreja Metodista da Alemanha.
Messias Manoel de Souza, que foi o cupido do casal, e, posteriormente, fez seu casamento. O culto em Ação de Graças foi encerrado com uma palavra de agradecimento do bispo Paulo Lockmann a todos os que lhe prestaram homenagens e estiveram presentes. Um vídeo, trazendo a retrospectiva da vida do bispo Paulo Lockmann e depoimento de familiares e amigos, também foi apresentado. Ao final, foi servido um jantar para os presentes. Mesa composta para a celebração do aniversário, com a presença de representantes do colégio episcopal O irmão Elci Vargas, do Campo Missionário em São Bartolomeu, Nova Iguaçu, entregou ao bispo a Medalha João Wesley. “Percebemos com a realização desse grande evento o quanto o bispo Paulo Lockmann é querido entre o povo chamado metodista. Deus o colocou como profeta para pastorear a Igreja Metodista no mundo”, disse o coordenador do evento.
O bispo Carlos Alberto Tavares, da Região Missionária da Amazônia, foi o responsável por levar a reflexão bíblica da noite e pregou uma mensagem de fé baseada no livro de Hebreus. Um dos momentos mais aguardados foi a cerimônia de bodas de mármore, com a renovação dos laços de matrimônio, conduzida pelo bispo emérito Nelson Campos Leite. Participou desse momento o reverendo
Acesse nossa fanpage www.facebook. com/metodista1re ou fotografe o QR Code acima com o seu smartphone ou tablet para conferir o álbum de fotos da programação.
Conflitos religiosos e étnicos preocupam Concílio Mundial Metodista
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n Nádia Mello
Comitê executivo reunido discute situações de países como Coréia e Nigéria
saldo da reunião do Comitê Executivo do Concílio Mundial Metodista, de 13 a 15 de março, no Instituto Metodista Bennett, de acordo com o presidente do CMM, bispo Paulo Lockmann, foi bastante positivo, considerando os relatórios de todas os segmentos representados. Problemáticas internacionais e do Brasil, envolvendo desafios da Igreja no mundo, foram motivos de preocupação e de orações do Comitê. Uma delas foi o estado de tensão provocado pela conflito en-
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tre Coréia do Sul e Coréia do Norte. As últimas ameaças do ditador Kim Jong Un à Coréia do Sul tem assustado à população e inquietado a Igreja Metodista na localidade. Outra questão discutida pelo grupo foi a situação da Nigéria, onde cerca de 40% da população é islâmica e 45% são cristãos, e outra parte é constituída por pessoas de diferentes religiões animistas e africanas. A tensão e o quadro de violência instalados em consequência de movimentos terroristas de parte islâmica e das reações cristãs vem assus-
tando a população. Muitos templos vem sendo incendiados, inspirando um clima de alerta e cuidado. O bispo disse que há um documento sendo preparado para ser encaminhado ao presidente da Nigéria, envolvendo vários organismos de Direitos Humanos. “Nós estamos muito preocupados. Os metodistas entendem que é direito do ser humano ter a sua expressão religiosa, seja ela crista ou não cristã. Nenhuma fé deve promover a violência e a extinção de outras expressões religiosas. Como cristãos, nós cremos que
o maior fundamento é o amor. Então, nós queremos promover que haja paz, boa convivência na Nigéria e em todas as partes do mundo”, ressaltou o bispo. O Comitê de Mulheres, na ocasião, levantou a questão do aumento do tráfico de mulheres, assunto que vem sendo tratado por elas com bastante seriedade, segundo Paulo Lockmann. O bispo acrescentou que metodistas no mundo inteiro trabalham as mesmas ênfases. “Na área social, por exemplo, eu diria que não há hoje nenhum movimento que não estamos participando com a própria igreja ou por meio de seus membros. Em alguns casos nós somos até liderança desses movimentos”, comentou. Ao hospedar uma reunião como essa, ainda de acordo com o bispo Paulo Lockmann,
Liderança de diversos segmentos do Concílio Mundial em reunião com o bispo Lockmann
a Região, especialmente a igreja local que recebeu visita das lideranças, ganha um papel internacional, sendo também impactada pelos diferentes testemunhos. Ele acredita que também promoveu a Igreja do Brasil e do Rio de Janeiro, tendo em vista que a equipe de fora está levando uma boa impressão e apreciou estar em nosso estado. O evento serviu também para adiantar a agenda da reunião do Concílio Mundial, que acontecerá em setembro, no Texas (EUA). Nesse encontro,haverá um espaço maior para as discussões. Na ocasião, cada segmento também apresentará seus relatórios e novos temas e assuntos serão propostos para discussão, especialmente no que tange ao apoio às novas igrejas. O bispo informou que mais 32 igrejas metodistas no mundo fizeram suas inscrições para serem recebidas como membros plenos do Concílio Mundial, que passa a representar 150 países no mundo.
Depois dos resultados positivos do 3º Avivamento Missionário, 1ªRE anuncia a programação de 2013
Região divulga Campanha Missionária de 2013 n Redação
Programações começam em abril e se encerram com 4º Avivamento de Missões e o lançamento da edição de 2014
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Primeira Região já preparou as programações para a Campanha Missionária de 2013, que será realizada sob o tema Jesus, Nosso Maior Tesouro. Pastor Ronan Boechat, secretário-executivo de Expansão Missionária e coordenador do Ministério de Missões e Evangelismo, falou sobre os objetivos e desafios desse trabalho. Outros representantes da Secretaria de Expansão Missionária também estão envolvidos na organização desse evento.
Avante: Este ano, a Primeira Região irá realizar a campanha missionária intitulada Jesus, Nosso Maior Tesouro. Qual o foco desse trabalho? Pastor Ronan Boechat: Nosso foco é promover Missões e Evangelismo na vida da Igreja. Estamos sempre envolvidos com muitos afazeres, urgências, preocupações, problemas, construções e tantos outros temas e ênfases. E, às vezes, Missões e Evangelismo ficam sufocados ou exprimidos no meio de tudo isso. Essa campanha missionária vem para lembrar a importância e prioridade desse trabalho na vida da Igreja. Avante: Como surgiu esse tema: Jesus, Nosso Maior Tesouro? Pastor Ronan: Esse tema foi proposto por nosso bispo, Paulo Lockmann, e visa promover na vida da igreja ao menos três coisas em particular: a centralidade de Jesus na vida da igreja e na teologia; os valores espirituais que, diferentemente dos tesouros deste mundo, não podem ser roubados nem destruídos pela traça ou ferrugem; e a salvação e o enriquecimento do mundo com a partilha deste maior tesouro: Jesus. Esse trabalho também está focado na meta proposta pelo bispo e
Principais projetos e desafios missionários
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Campanha Missionária 2013, segundo a Secretaria Executiva de Expansão Missionária da Primeira Região, não encerra seus esforços com a realização do Encontro de Avivamento Missionário, em outubro. Existem outros projetos e desafios. Veja.
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Principais projetos
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Campanha Missionária Regional 2013 – Jesus, Nosso Maior Tesouro; Construção de parcerias regionais e reuniões regulares com Federações e demais ministérios e pastorais, sobretudo os da Secretaria Regional de Ação Social, sob a ótica de Missões Urbanas e da Missão integral;
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Seminários Multidistritais de Missões;
Promoção de parcerias entre igrejas locais e as diversas frentes missionárias dentro e fora da 1ªRE;
Elaboração de um projeto regional de capacitação missionária tendo como parceiro preferencial o Imform; Reconhecimento e identificação dos missionários metodistas enviados por igrejas locais e por agências missionárias;
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Levantamento de pessoas e famílias metodistas que residem em lugares onde não existe Igreja Metodista nem mobilização e envolvimento de pessoas e famílias em projetos missionários locais;
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Divulgação dos desafios, oportunidades, frentes missionárias, missionários e igrejas parceiras por meio dos canais de comunicação da Igreja, particularmente pelo site da Secretaria Regional de Expansão Missionária;
aprovada pelo Concílio Regional: “Uma igreja em cada cidade e em cada bairro, um grupo de discipulado em cada rua, cada metodista um evangelista e de um milhão de discípulos até o ano de 2021". Avante: Qual o objetivo final dessa campanha missionária? Pastor Ronan: O maior objetivo, certamente, é fazer com que a igreja perceba que pode e precisa ser uma verdadeira fábrica de missionários e discípulos. Cada metodista precisa ser despertado a assumir sua vocação para ser missionário,
Realização do 4º Encontro de Avivamento Missionário, de 11 a 13 de outubro, na Escola de Missões, sob o tema Missão Integral.
Principais desafios
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Recuperar e promover a paixão e a atuação missionária local e mundial, desafiando pastores e igrejas a colocarem Missões como principal prioridade; Promover as metas missionárias da 1ªRE;
Promover as parcerias missionárias entre igrejas locais e os diversos segmentos regionais com vistas a missões e expansão missionária local, municipal, regional e transcultural;
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Assessorar pastores e lideranças locais na elaboração e execução de um planejamento missionário local e no treinamento de obreiros para a tarefa missionária, particularmente pastores, evangelistas, coordenadores dos ministérios locais de missões e evangelismo;
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Promover a cultura do cuidado e investimento em Missões e nos missionários; Acompanhar e promover as frentes missionárias locais, distritais, regionais, nacionais e transculturais; e Denunciar e combater três grandes erros missionários: crentes sem ministério e discipulado; Igreja sem missão; e pastor(a) que não é parceiro(a).
março. No entanto, assumi a Secretaria de Expansão Missionária em dezembro do ano passado, quando o orçamento regional para o biênio 20122013 já havia sido aprovado. Por isso, só agora a campanha missionária foi incluída na agenda regional. Por esse motivo, não havia recursos financeiros. E tivemos que buscá-los. Isso acabou atrasando um pouco o lançamento da campanha, que foi adiada para abril. De abril a setembro, serão realizados encontros multidistritais. Esses eventos irão reunir pessoas, particularmente evangelistas consagrados e lideranças locais dos ministérios de Missões e Evangelismo. O primeiro desses encontros está previsto para 27 de abril. No encerramento da campanha, com a realização do 4º Encontro de Avivamento Missionário, em outubro, já está previsto o lançamento da Campanha Missionária de 2014. Se a edição de 2013 começou em novembro do ano passado, a de 2014 começa a ser organizada agora (veja quadro com principais projetos e desafios da campanha missionária).
evangelista e discípulo. Nossos filhos precisam despertar essa vocação. Para tanto, têm que crescer entre missionários. E precisamos nos envolver em missões para que nosso exemplo, e não palavras e discursos, forme um caráter e ministério missionários neles. Avante: Qual a programação dessa campanha? Pastor Ronan: A proposta inicial era lançar a campanha em
Pastor Ronan fala dos projetos e desafios da Campanha Missionária
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M I SSÕ ES
Juventude focada em missões
Projeto da Agência Imform prepara jovens para atuarem em países da África e América Latina n Evandro Teixeira
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m março, começaram os treinamentos do Projeto Salto. O objetivo dessa iniciativa missionária é treinar e enviar jovens evangélicos a diversas regiões da África e América Latina. Essa proposta foi idealizada e dirigida pela Agência Missionária Imform no final de 2011, sob a liderança do pastor Régison Santos. Um grupo formado por 20 pessoas irá se preparar durante três meses para depois seguir para algum país africano ou latino-americano. Segundo um dos diretores de Treinamento da Agência, Dom Finley, há quem esteja disposto a ir para os dois continentes.
De acordo com Dom Finley, esse projeto representa a realização de um sonho alimentado durante anos por vários metodistas. “Queríamos oferecer aos jovens a oportunidade de abraçar o desafio missionário nesta geração”, declarou. O nome do projeto vem das iniciais das seguintes palavras: Serviço, Amor, Libertação, Transformação e Obediência a Deus (Salto). E a preparação é dividida em três etapas: treinamento intensivo, levantamento de recursos em equipe e envio dos missionários. Antes de criar o Projeto Salto, a Agência Missionária já desenvolvia trabalhos missionários amparados
Cerca de 20 jovens participarão de três meses de treinamento no Imform. Dinâmicas focadas em missões (foto abaixo) estão entre as atividades
em outros ministérios, como os projetos da Missão Horizonte (Projeto Radical) e da Junta de Missões Mundiais (JMM). Para Don Finley, durante os sete anos em que participou
da liderança do treinamento do Projeto Radical e de outros trabalhos da JMM, cerca de 150 jovens foram treinados e enviados para o campo missionário. “O Projeto Salto reconhece seu dever com os outros projetos. No entanto, temos contextualizado o nosso trabalho de acordo com missiologia wesleyana, a realidade das igrejas metodistas e nosso compromisso de cooperar com outros grupos na obra de Deus”, declarou Finley. O treinamento dos participantes do projeto envolve teoria e práticas focadas em estudos acadêmicos e atividades ministeriais. Com relação aos recursos para Projeto, Finley declarou receber ajuda da Primeira Região e do Imform. “Os participantes levantam recursos para seu sustento mensal. Durante o treinamento, as equipes visitam igrejas e compartilham a visão do projeto e arrecadam os recursos finais”, completou. Para participar do projeto, o jovem deve ter de 18 a 30 anos de idade, o ensino médio completo e dois anos de conversão. Além disso, ter o apoio dos pais e do líder da igreja da qual é membro, entre outros requisitos. Na avaliação de Don Finley, os jovens metodistas demonstram-se empolgados com o trabalho missionário. “Cabe à igreja acreditar neles e dar o apoio de que precisam para colocar seu potencial a serviço de Deus”, declarou.
Entre reflexões e entretenimento
Cerca de 750 pessoas participam do retiro de Carnaval no Imform e já se programam para 2014 n Redação
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erca de 750 pessoas participaram do retiro de Carnaval promovido pelo Instituto Metodista de Formação Missionária (Imform). Durante quatro dias, crentes de diversas denominações viveram momentos de edificação espiritual e lazer. Honra foi o tema central das ministrações. Além de diferentes preletores, o evento contou com a participação do cantor Geraldo Guimarães, da gravadora MK. A organização do retiro ficou por conta do diretor do Imform, pastor Régison Santos, e do administrador da instituição, Carlos Alberto. A programação diária esteve focada no equilíbrio entre a abordagem profunda dos temas e um momento de entretenimento saudável. “Houve culto de manhã e de
noite. Na parte da tarde, os participantes ficavam livres para o lazer", relatou Carlos Alberto.
Programação equilibrada
Durante os quatro dias, ministraram a Palavra os pastores Régison Santos, diretor do Imform; Robson Vargas, da Metodista de Guapimirim; e Luis Eduardo, da Metodista Betel de Cabo Frio, além do administrador do Instituto, Carlos Alberto. O cantor Geraldo Guimarães também pregou em uma das reuniões de adoração. A parte de louvor contou ainda com a colaboração do Ministério Vida a Três, da Escola de Missões; e do grupo Unção Ágape. Nos momentos livres, os participantes tiveram à disposição diversas atividades. “Havia
sauna, piscina, campo de futebol soçaite e quadras de futsal e vôlei. Na área da cantina, havia um salão de jogos e um espaço com televisão onde eram reproduzidos alguns clipes evangélicos", contou o administrador do Imform. E acrescentou: “Houve quem mesmo nos momentos de lazer preferisse ir para a torre de oração."
Experiência em retiros
Localizado na Serra do Capim, em Teresópolis, o Instituto, além de oferecer diferentes opções de lazer, é cercado por uma extensa área verde. Segundo Carlos Alberto, esse tipo de retiro é realizado desde a fundação da Instituição, em 2001. No entanto, os atuais organizadores do evento estão à frente desse trabalho há três anos apenas.
De acordo com Carlos Alberto, o retiro de 2011 foi o mais difícil devido às chuvas que atingiram a Região Serrana. “Naquele ano, o número de inscrição foi tão pouco que quase não deu para realizar o evento", informou. Já no ano seguinte, houve uma melhora significativa: foram realizadas 350 inscrições. Em 2013, o retiro atingiu sua capacidade máxima: 750 participantes.
Procura por retiros
Embora o retiro promovido pelo Imform tenha registrado um alto índice de procura, os organizadores do evento reconhecem que na igreja o interesse por retiros espirituais, geralmente realizados durante o Carnaval, tem diminuído. Segundo Carlos Alberto, um dos
prováveis motivos da pouca procura por esse tipo de programação está na relação qualidade-preço oferecida pelos administradores dos espaços disponíveis para esse tipo de evento. “Geralmente, quando o valor é barato, a qualidade do serviço tende a ser ruim. Isso gera a insatisfação dos participantes", comentou. Ainda de acordo com ele, o sucesso do retiro do Imform está justamente nessa relação. A um preço razoável, o instituto ofereceu uma hospedagem de qualidade com direito à alimentação durante quatro dias. “O sucesso foi tanto que já existem pessoas se inscrevendo para o retiro de 2014. Acreditamos que antes do final do ano todas as vagas já estejam preenchidas", concluiu.
N ACIO N A L
Evangelho entra em campo
n Redação
Juventude metodista se mobiliza para evangelizar durante eventos esportivos que serão realizados no Brasil Diretoria da Confederação apresenta as propostas de trabalho para 2013
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diretoria da Confederação de Jovens Metodista do Brasil esteve reunida de 15 a 17 de fevereiro na Sede Nacional, em São Paulo. O objetivo da reunião, que contou com participação dos presidentes das Federações de Jovens das Regiões Eclesiásticas e Missionárias, foi dar andamento nas propostas para 2013. Dentre os assuntos abordados, estavam os projetos que serão executados nos eventos esportivos a serem realizados no Brasil até 2016. Além disso, foram acertados os últimos detalhes do próximo Treina Jovem, que será realizado no acampa-
mento da Mocidade Para Cristo, em Belo Horizonte (MPC). A reunião contou com a presença dos bispos João Carlos e Roberto Alves, do pastor e cantor Adhemar de Campos, além de representantes do Ministério Portas Abertas, Atletas de Cristo e Mocidade Para Cristo, entre outros. O ex-jogador de basquete Fernandão, do Atletas de Cristo, tratou da parceria com a Confederação acerca da participação da juventude metodista na Copa das Confederações de 2013, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016. O encontro também contou com a presença da presidente
da Juventude Metodista da Inglaterra, Hayley Moss, que veio ao Brasil especificamente para honrar esse compromisso. Na ocasião, ela falou sobre o trabalho dos jovens ingleses e conheceu a estrutura de trabalho da Confederação de Jovens do Brasil. Hayley Moss também visitou vários projetos metodistas: o Instituto Central do Povo (ICP), no Rio de Janeiro; e Manaquiri e o Rabetas, na Região Missionária da Amazônia (Rema). No Rio, além do ICP, ela visitou o Imag e o Lamag. “Fiquei muito impressionada com o trabalho dedicado à comunidade”. Hayley informou ainda que a juventude na Inglaterra trabalha com desabrigados, e crianças e jovens nas escolas e comunidades. “Além disso, realizamos trabalhos em presídios e entre adeptos de outras religiões. Desenvolvemos vários projetos”, comentou. Veja ao lado entrevista com a líder britânica.
Líder britânica sugere integração entre jovens ingleses e brasileiros
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Hayley Moss fala sobre o Brasil
m entrevista para o Avante, a presidente da Juventude Metodista da Inglaterra compartilhou suas impressões sobre o Brasil e a Igreja Metodista brasileira. Avante: O que motivou sua vinda ao Brasil? Hayley: Vim conhecer a Igreja Metodista no Brasil, saber o que ela tem feito e como lida com as pessoas. Afinal, podemos aprender uns com os outros e até desenvolver um relacionamento entre os jovens metodistas brasileiros e britânicos. Avante: Como o trabalho com os jovens metodistas é organizado na Inglaterra? Hayley: Algumas igrejas trabalham com crianças e jovens, que são organizados em grupos específicos. Eles se encontram em eventos distritais como vigílias e atividades missionárias. Uma vez por ano realizamos um grande evento para todos, crianças e jovens, de 8 a 23 anos. Esse encontro acontece em novembro. Avante: Quais os maiores desafios enfrentados pelos jovens ingleses? Hayley: No nosso país, a religião está se tornando cada vez menos aceitável pelo governo e nas escolas. Então, os jovens têm que ser corajosos para sair e dizer: “Eu sou cristão e sou diferente”. Avante: Como, a partir dessa visita, poderá ser estabelecida uma aproximação entre os jovens ingleses e brasileiros? Hayley: Podemos discutir como ajudar e amar uns aos outros. Pessoas de diferentes culturas podem aprender por meio da troca de conhecimento. Somos parte da mesma família e trabalhamos juntos para o Reino de Deus. Podemos conversar sobre como fazer missões e lidar com os jovens. Então, pensar em quais projetos poderemos colaborar. Temos como exemplo o trabalho que será feito no Brasil durante a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Avante: E você já participou de algum trabalho evangelístico em algum evento esportivo dessa dimensão? Hayley: Sim. Participamos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em 2012, na Inglaterra. Na minha cidade natal, Portland, fui a muitas igrejas fazendo evangelismo e missões. Também participei de trabalhos como colônias de férias para crianças. Foi um grande festival realizado na praia com música, palestra e lanches. Ainda havia lugares para todos os visitantes descansarem. Foi um verão muito animado e alegre!
Fonte: Sede Nacional
Além da Diretoria da Confederação, a reunião contou com os líderes de Federações
SBB lança o movimento Joga Limpo Brasil
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Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), por meio do Movimento Joga Limpo Brasil, desenvolveu uma estratégia para propagar a Palavra de Deus durante as duas maiores competições esportivas do mundo, que acontecerão no país: Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. E essa proposta tem mobilizado igrejas, organizações e atletas no Brasil. De acordo com os idealizadores do projeto, o objetivo é
aproveitar o momento em que toda a atenção internacional estará voltada ao país e organizar um movimento de disseminação da mensagem e princípios bíblicos. Com esse foco, nasceu o Movimento Joga Limpo Brasil (MJLB). Além da Sociedade Bíblica, essa iniciativa conta com a participação de outras organizações, como Amme Evangelizar, Atletas de Cristo, Coalizão Brasileira de Esportes (CBE) e a Rede
Evangélica Nacional de Ação Social (Renas). Esse trabalho visa também incentivar igrejas e organizações cristãs a levarem a Palavra de Deus a todas as pessoas
durante esses eventos esportivos. Para atingir o objetivo do movimento, foram estabelecidas metas, como mobilizar os cristãos para orarem e atuarem nas mais variadas áreas em suas cidades e nas cidades-sede da Copa do Mundo; apoiar o desenvolvimento de atividades de impacto; e estimular a participação de jovens cristãos no trabalho evangelístico. O nome escolhido para o programa é alusivo à expressão
inglesa fair play (jogo limpo), muito usada no meio esportivo para tratar da questão da ética, cumprimento das regras e do respeito entre os competidores. As ações de evangelismo do Joga Limpo já começarão na Copa das Confederações, que acontecerá de 15 a 30 de junho. Para saber mais sobre o projeto e como se inscrever, entre no site do Movimento Joga Limpo (www.jogalimpobrasil. com.br) e participe!
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R e g iã o
Alegria em servir a Cristo
Cerca de mil pessoas se reúnem no Instituto Bennett para comemorar o Dia da Mocidade n Paula Damas
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tradicional festividade pelo Dia da Mocidade Metodista aconteceu no Instituto Metodista Bennett, reunindo cerca de mil pessoas durante todo o dia 16 de março. O evento, promovido pela Federação Metodista de Jovens (Femejo), contou a presença de pessoas vindas de diversas partes do Estado do Rio de Janeiro. Além de se divertirem com a variada programação, rapazes e moças foram desafiados a participar de um projeto evangelístico, que acontecerá durante a Copa das Confederações no Brasil. O Dia da Mocidade Metodista é comemorado no terceiro domingo do mês de março nas Igrejas Metodistas de todo o país. Na ocasião, a oferta desse dia é destinada a Federação Metodista de Jovens (Femejo), para que eles possam continuar a desenvolver ações missionárias e de capacitação voltadas para a juventude. No auditório do Bennett, aconteceu um culto de louvor e adoração ao Senhor, que abriu as atividades do dia. O momento de louvor foi conduzido pela banda Rei da
Alegres e descontraídos, jovens curtem a festa da mocidade, que contou com participação da Cia. Jeová Nissi (abaixo)
Glória, composta de jovens de diferentes igrejas metodistas. Como a proposta deste ano para a Juventude é a evangelização, a Companhia de Teatro Jeová Nissi apresentou a peça “Era uma vez”, uma mistura de contos de fadas com situações da vida real que conta a maior e mais bela história do mundo: o amor de Jesus Cristo pela humanidade. Na programação não faltaram opções de divertimento e descontração, como esportes (ping-pong e futebol de salão), campeonato de play station, touro mecânico, futebol
Lockmann aprovou a iniciativa da Femejo de evangelizar durante a Copa das Confederações
de sabão, apresentações musicais e de coreografia, tanto ao ar livre como no auditório da instituição. Um dos momentos especiais foi o culto de encerramento. Conduzida por Samuel Mizrahy e banda, a juventude metodista louvou e adorou a Deus com muita dança e louvor. E, com os corações abertos, os presentes ouviram a reflexão bíblica do bispo Paulo Lockmann, baseada em Isaías 6. O bispo falou sobre o crescimento da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro e motivou a juventude a fazer parte desse momento, lançando desafios missionários como a implantação do metodismo em locais em que a igreja ainda não tem uma missão. Na ocasião, o bispo aprovou com satisfação a iniciativa da Femejo em realizar uma mobilização evangelística durante a Copa das Confederações. A ação contará com a participação das igrejas, que poderão se envolver de muitas maneiras. Assim que foram definidas pela Federação, as estratégias serão divulgadas pelos veículos de comunicação da Região.
Por um coração mais fraterno
Igrejas de origem wesleyana se reúnem com o objetivo de ampliar ações de fraternidade ao redor do mundo n Paula Damas
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4º Encontro da Fraternidade Wesleyana do Rio de Janeiro reuniu cerca de 50 líderes de denominações de origem wesleyana na Metodista de Cascadura, em 21 de fevereiro. O objetivo foi dar continuidade e ampliar ações fraternais ao redor do mundo. Nessa reunião, que foi transmitida ao vivo pela Rádio Metodista, via internet, os participantes refletiram sobre doutrinas e pensamentos comuns ligados ao objetivo da Fraternidade. O evento foi conduzido pelo pastor Clóvis Paradela, coordenador da Fraternidade no Rio de Janeiro. Na ocasião, o pastor Marcos Torres, líder da Metodista de Cascadura, deu uma palavra de boas-vindas aos presentes e leu os textos bíblicos de João 17.21 e Atos 3.28. Em seguida, a pastora Ruth Kato, que também integra a liderança da igreja anfitriã, realizou uma oração de louvor a Deus. Este ano, o pastor e doutor Kevin Mannoia, coordenador mundial da Fraternidade Wesleyana, veio acompanhado do The Saints, grupo composto de
oito jovens norte-americanos, da Azusa Pacific University (APU), onde o reverendo também é capelão. O The Saints entoou canções evangélicas tradicionais do sul dos Estados Unidos e clássicos da hinologia cristã. “Esse evento é muito importante, porque é uma continuidade da fraternidade wesleyana que criamos há alguns anos. Hoje temos vários grupos espalhados pelo mundo. Essa aproximação revela o que temos em comum: a mensagem da santidade", declarou Mannoia na abertura do evento. E completou: “E é isso que nos uni a Deus. Assim, passaremos a mensagem da salvação, que é a restauração da imagem do Senhor em nós, para que a natureza divina seja refletida por meio de nossas vidas”. Como parte da programação, foi ministrada uma palestra sobre o tema O quadrilátero wesleyano e a Criação. “O objetivo foi abordar as principais doutrinas que fundamentam a fé e a prática das igrejas de confissão wesleyana. Esse quadrilátero são a Bíblia, a expe-
Kevin Mannoia (camisa clara) e grupo The Saints participaram de evento da Fraternidade no Rio riência de fé do indivíduo, a razão humana e a tradição da igreja”, explicou o palestrante, pastor Ricardo Lengruber. Pela quarta vez a Metodista de Cascadura recebe o evento. “Para nós, esse trabalho é um desafio e ao mesmo tempo é uma porta que queremos deixar aberta, sem restrições e com possibilidades de essa fraternidade acontecer de maneira mais ampla. Isso fomentará em outras igrejas o nosso obje-
tivo comum, que é a missão”, disse pastor Marcos Torres. No encerramento, os participantes tiveram um momento de descontração e troca de experiência sobre os assuntos abordados durante o evento. “Foi uma ótima oportunidade de sermos lembrados sobre questões que formam a nossa base teológica, como parte do movimento wesleyano”, disse o Major Edgar Chagas, do Exército de Salvação.
A pastora metodista Marli de Almeida Tomáz, da Igreja de Realengo, também apreciou a programação. “Foi um momento muito bom e enriquecedor, que nos despertou também para as questões sobre a ecologia, algo que precisamos trabalhar na igreja, conscientizando as pessoas sobre o tema”, afirmou. Já o pastor Renato Neves, da Metodista Wesleyana do Rio de Janeiro, ressaltou e relevância do encontro. “Acredito que essa programação foi importante para todos os participantes. E posso dizer que fui edificado”, comentou. Além do Rio de Janeiro, no Brasil, já existem mais duas fraternidades: em São Paulo e Brasília. Na capital brasileira, o evento, que aconteceu na Igreja do Nazareno, em 19 fevereiro, contou também com a presença do bispo Kevin Mannoia e do grupo The Saints. Esse movimento de santidade conta com a participação da Igreja Metodista, Metodista Wesleyana, Exército de Salvação, Metodista Livre, do Nazareno, Metodista Ortodoxa e Holiness.
N otas
Pendotiba agradece a Deus os 11 anos
Metodista em Pendotiba celebra 11 anos
n A Igreja Metodista em Pendotiba (IMEP), Niterói, promoveu uma celebração para comemorar seus 11 anos de existência. O culto contou com a presença do bispo Carlos Alberto Tavares Alves e do superintendente distrital de Niterói e São Gonçalo, pastor Nelson Magalhães. Na ocasião, o bispo Carlos Alberto, que preside a Região Missionária da Amazônia (Rema), fez um relato sobre a vivência no Norte do Brasil, que representa 42,75% do Território Nacional. Nomeada como titular da igreja desde 2002, a pastora Milse Freitas tem visto o cuidado de Deus ao longo desses. “Enfrentamos muitos obstáculos, mas o Senhor tem nos dado muitas vitórias. Este rebanho tem andado segurando o arado e não tem olhado para trás”, declarou. Em dezembro de 2003, Pendotiba tornou-se igreja local. Em abril de 2006, a escritura da compra da casa foi assinada. Atualmente, a igreja está diante de mais um desafio: a construção de seu novo templo, que vai funcionar no mesmo endereço.
IM Jardim Botânico faz 118 anos
n A Igreja Metodista do Jardim Botânico completou mais um ano de existência. Para celebrar a data, foi promovido um culto comemorativo no início de março. O bispo Paulo Lockmann esteve presente levando a Palavra de Deus. Segundo o pastor titular, Ronan Boechat, a Igreja é “filha” da Metodista no Catete e “mãe” da Igreja de Vila Isabel. As come-
Louvor e adoração nos 118 anos de Jardim Botânico
morações continuaram durante o mês. Também marcaram presença na programação os pastores Glaucia Mendes, da Pastoral do Bennett; e Rafael Aguiar, da IM Vila Isabel, além da banda Sonar e o coral Madregal. O mês festivo também foi marcado pela inauguração de um novo trabalho missionário no Horto.
Estratégia de evangelismo em Deodoro
n A Igreja Metodista em Deodoro promoveu, no final de fevereiro, mais uma exibição de filmes do Cinema na Igreja, que acontece mensalmente. O título escolhido para a criançada foi Histórias da bíblia. A cada mês é exibido um filme diferente e com sessões para adultos e crianças alternadamente. Durante a exibição dos filmes, houve distribuição de pipocas, refrigerantes e água. Após a sessão, foram feitas algumas perguntas às crianças, que foram premiadas com chocolate. Os pequenos também puderam louvar ao Senhor juntamente com a igreja e receberam orações por suas famílias. A programação surgiu em 2009, e faz parte de mais uma das estratégias para alcançar os moradores da comunidade de Deodoro. Os filmes são exibidos nos últimos sábados de cada mês.
Festa do Vizinho em Santa Barbara
n A Igreja Metodista Central em Santa Barbara promoveu em fevereiro um culto denominado Festa do vizinho. Cerca de 100
Teologia da Fateo tem nota máxima
n O curso de Teologia Ensino a Distância (EAD) da Fateo está entre as 13 graduações não presenciais que receberam nota máxima do Ministério da Educação (MEC). Os critérios de avaliação levam em conta a proposta educacional de ensino e aprendizagem, os sistemas de comunicação, material didático, avaliação, equipe multidisciplinar, infraestrutura de apoio, gestão acadêmico-administrativa e sustentabilidade financeira. A maioria dos cursos de graduação a distância autorizados pelo MEC ainda não têm suas notas divulgadas. De acordo com o Ministério, existem cursos que ainda estão em processo de reconhecimento ou de renovação. Nesse caso, o diploma universitário só
pessoas estiveram presentes no evento, que teve como objetivo principal estimular os membros da igreja a convidar o seu vizinho para assistir ao culto. “É uma forma de evangelizar as pessoas que, embora estejam próximas a nós, temos pouco contato, devido à correria do dia a dia”, comentou o líder local, pastor Heraldo Costa. A mensagem da Palavra de Deus foi compartilhada pela pastora Selma Antunes, da Expansão Missionária. Sua preleção se baseou no texto de 2 Reis 4. “Essa pregação foi muito oportuna”, destacou pastor Heraldo.
Colônia de férias
n A Colônia de Férias Reino da Alegria animou novamente as crianças da comunidade Dona Marta. O evento é promovido pela Igreja Metodista em Botafogo e tem o intuito de ensinar aos pequenos a Educação Cristã. Sob o tema: Vem cá... escute o que Jesus quer ensinar, a edição deste ano contou com a participação de cerca de 200 crianças de 4 a 12 anos e ofereceu atividades sociais, recreativas, culturais e esportivas, envolvendo temas como cidadania, civismo e meio ambiente. "Nós trabalhamos com preceitos bíblicos, para que não seja apenas lazer. Nosso foco principal é a evangelização”, ressaltou Raquel Leal, uma das coordenadoras da colônia. Além das atividades recreativas, a Colônia promoveu uma ação social na comunidade oferecendo serviços de corte de cabelo, enfermagem, teste de glicose, manicure e palestras de combate à dengue.
Federação promove capacitação de líderes em Araruama
O coordenador do Projeto, Sebastião Castro, reforçou o objetivo dessa iniciativa: “Queremos alcançar essas crianças e impactar cerca de 1.500 familiares e moradores da comunidade com as boas novas do Evangelho”.
Metodista do Marquês recebe novo pastor
n Tomou posse como pastor titular da Igreja Metodista do Marquês, Maricá, Daniel Miguel da Silva. Para celebrar o acontecimento, membros da Igreja, representantes do governo municipal e familiares se reuniram para cultuar a Deus e agradecer pelo novo pastor. A mudança ocorreu em virtude da saída do pastor Sérgio Santiago, que foi transferido para a Igreja de Itaguaí (RJ). A celebração contou com a participação do Ministério de louvor local. Pastores convidados deram as boas-vindas ao novo líder. O pastor adjunto Victor Paulo orou pela vida do novo titular. Na ocasião, o reverendo recebeu simbolicamente o livro com o rol de membros da
Igreja. A pregação ficou por conta do pastor Daniel, que falou sobre o valor da verdadeira liderança.
Federação de Homens promoveu encontro
No inicio de março, a Federação de Homens esteve reunida durante um final de semana, em Araruama, Região dos lagos, para um encontro de capacitação de lideres. O reverendo Anselmo do Amaral, coordenador do Instituto de Liderança Internacional no Brasil (ILI), foi um dos responsáveis pelas ministrações. Segundo Marcus Vinícius Silva, presidente da federação, o curso ofereceu instrumento para os líderes atuarem em suas respectivas áreas com excelência. “Queremos agradecer ainda aos pastores Miriam Amaral, Sebastião Nunes, Elson Brum, Allan Souza Pinto, que, com carinho e inteligência, ministraram ao grupo. Que Deus abençoe a cada um deles e faça a semente plantada frutificar em favor do Reino do Senhor Jesus”, ressaltou Marcus.
Colônia de Férias recebe cerca de 200 crianças
terá validade no Brasil se o curso for reconhecido. E isso só acontece após o resultado da avaliação feita quando a primeira turma do novo curso completa entre 50% e 75% de sua carga horária.
Blogueiros discutem evangelização
n O 1º Encontro Nacional de Blogueiros Evangélicos (Enblogue) movimentou a 15ª edição do Encontro para a Consciência Cristã, no início de fevereiro. O evento, organizado pela Visão Nacional para a Consciência Cristã (Vinacc) e a União de Blogueiros Evangélicos (UBE), tratou do uso dos blogs como meio de divulgação da fé cristã. Segundo Valmir Nascimento Milomem, um de seus coordenadores, o objetivo do encontro é discutir o papel dos blogs dentro do
Blogueiros evangélicos movimentam o encontro atual contexto da igreja cristã. “Os blogs são um dos principais meios de comunicação da atualidade e têm influenciado vários setores da sociedade como política, jornalismo, educação e produção de conhecimento”, afirmou. O Enblogue foi voltado para blogueiros cristãos e promoveu uma série de palestras, com os seguintes temas: A gênese e a
importância da blogosfera cristã; o futuro da igreja brasileira e a influência para a Teologia Cristã; a qualificação dos blogueiros; e Blogs e liderança intelectual. Entre os palestrantes do evento estão nomes como Norma Braga, Renato Vargens, Altair Germano, Carlos Roberto Silva, Valmir Nascimento Milomem e Vinícius Pimentel.
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Arti g o
Onde está a nossa Páscoa?
Silvio Cezar José Pereira Gomes
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Páscoa judaica é a relembrança do êxodo. É a fuga da opressão e a entrada na liberdade; a celebração da vida, unidade do povo e aliança de Javé. Na época dos romanos, porém, a data tinha um certo tom de nostalgia. O povo celebrava a liberdade, mesmo estando cativo em sua própria terra. Roma dominava, a cultura romana seduzia e a religião se fazia presente, fora a violência legionária. Para o povo, era celebração de algo que desejava ter de volta: a liberdade. Séculos antes disso, Amós já denunciava as festas religiosas. Não por conta do povo, mas pelo que eles lucravam com elas. Era a sua crítica contra o comércio, que via a fé como fonte de lucro e poder: “Ouvi isto, vós que anelais o abatimento do necessitado; e destruís os miseráveis da terra, dizendo: Quando passará a lua nova, para vendermos o grão, e o sábado, para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa, e aumentando o siclo, e procedendo dolosamente com balanças enganosas, para comprarmos os pobres por dinheiro, e os necessitados por um par de sapatos, e para vendermos o refugo do trigo. Jurou o SENHOR pela glória de Jacó: Eu não me esquecerei de todas as suas obras para sempre” (Am 8.4-7). Nos tempos de Jesus, no entanto, esse cenário não mudou. Ele mesmo dizia: “Não está escrito: A minha casa será chama-
da, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões” (Mc 11.17). Assim, então, o povo humilde e fiel festejava o desejo pela liberdade, recordando a libertação do Egito. Em contrapartida, os romanos demonstravam que a experiência do êxodo ficou no passado. Entretanto, ainda havia aqueles que lucravam com a fé dos que eram fiéis às tradições. A festa era linda! Homens de toda a parte do mundo vinham. O turismo, por conta do Templo de Herodes, era intenso: ganância, exploração da fé e opressão estrangeira. A festa era tudo, menos Páscoa! Na sexta-feira, o sonho de liberdade de um grupo menor deu lugar ao luto. Jesus fora crucificado e morto. Para os seus, os romanos conseguiram destruir o sonho. Eliminaram a fé no símbolo pascal: fim da opressão; passagem para a liberdade. Aquele em quem depositaram a confiança de ser um “novo Moisés” morrera pela mão do “novo Egito”.
por Jesus. Cristo, com a força do amor do Pai, ressuscitou e agora não pode ser morto por ninguém e transformou seus discípulos em herdeiros da mesma força vital. Por mais que os romanos perseguissem e matassem nossos irmãos, a Páscoa deles dizia: nem Roma nem a morte têm a última palavra! Nossos irmãos despertarão! Encontraremo-nos outra vez, e ninguém, jamais, nos causará outro dano.
Onde se situa nossa páscoa?
Será que estamos muito distante dessa realidade? Não precisamos mais perder tempo ensinando como a Páscoa perdeu seu sentido e como, tal qual o passado de Amós e dos discípulos, o comércio e o lucro souberam deturpá-la. Já não se sabe o que se celebra na Páscoa. Diz-se simplesmente: celebramos a ressurreição de Cristo. Em momento algum, essa resposta parece carregar a profundidade do evento ocorrido.
As ruas estão perigosas, e o futuro não se mostra promissor. Somos ameaçados pela natureza, pela irresponsabilidade ou abuso das autoridades, os homens perdem sua humanidade e se rendem a um sistema que os torna ameaça para eles e para outros. Nossa páscoa se situa no mesmo lugar, na esperança! Se nem a morte será capaz de nos segurar, como podemos nos render e nos conformar com um mundo que precisa de ajuda, mesmo que não saiba disso? Tal como a Páscoa dos discípulos zombava da morte e denunciava as instituições exploradoras, a nossa deve fazer o mesmo. Posicionemo-nos como homens e mulheres que entendem o projeto salvífico para todo o mundo. Isso não é como um debate de ideias, mas como um modo de vida que gera esperança para a humanidade. Nossa vida deve inspirar confiança e esperança. Somos luzes! A páscoa relembra que nenhuma dessas coisas vencerá; nem a tortura, a solidão, o abandono, as dores ou a própria morte. Páscoa é esperança renovada que acredita e nos desafia a lutar pela vida. Confiemos que Deus tem a última palavra. E esta, certamente, será em favor da sua criação. Celebremos a esperança e o Reino de Deus inaugurado por Cristo. Silvio Cezar é membro da Igreja Metodista de Edson Passos e professor de Novo Testamento no Núcleo de Formação de Evangelistas de Vila Isabel.
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Um milagre chamado Sophia
epois de quase três anos de tentativas frustradas, o casal Felipe e Elaine Cândido, da Igreja Metodista de Jardim Arisi, em São Paulo, não conseguiu realizar o sonho do primeiro filho. Desconfiados de que algo poderia estar fora da normalidade, eles decidiram procurar um médico. Do primeiro especialista, eles ouviram um triste diagnóstico: o casal não poderia ter filho. “Quando saí do consultório, chorei muito. Então, liguei
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Desilusão... O opressor vencera! Jesus, o Messias de Deus, foi aniquilado. Curvar a cabeça, chorar e reconhecer a força romana é o que se tem a fazer. A dor deles é como se o mar não abrisse, e os soldados egípcios matassem todos os “fujões”: “Os deuses do Egito são mais fortes”, ou, para eles, o deus romano (César) é mais forte. A ressurreição é um protesto contra esse lamento. É a vitória sobre um inimigo mais forte: a morte. Neste sentido, a Páscoa é elevada: passagem para a vida eterna livre! Como diz Paulo, “Cristo é a primícia dos que dormem”. Ela virou o momento em que celebravam o cumprimento da promessa de Jesus: as portas do Hades (sepultura, mundo dos mortos) não prevalecerão! Jesus é o primeiro a vencer a morte e, com Ele, seremos os próximos. A Páscoa cristã zomba das instituições opressoras. Roma pensa que venceu e segurou a revolução iniciada
Felipe com a filha Sophia: testemunho de um milagre divino
o rádio e estava tocando a seguinte música, que se tornou a minha canção: ‘Quão Grande é o Meu Deus/Cantarei quão grande é o meu Deus/Todos hão de ver/Quão grande é o meu Deus’”. O casal, então, procurou outros dois médicos, que os orientaram a procurar grupos de reprodução humana. Em vez disso, eles optaram por entregar a questão nas mãos de Deus e deixá-lo agir. “Decidimos não fazer nenhum tratamento específico”, declararam. No início de fevereiro de 2012, o casal soube do resultado do último exame. Segundo esse documento, não havia mais o que fazer. “Fomos a um evento chamado Acampaviva no mesmo mês. Nesse encontro, houve ministrações que falavam sobre perspectivas e ansiedades. No caso, engravidar era nosso desejo, nossa ansiedade”, relembra Elaine. Em umas das ministrações, lembrou Elaine, Felipe, que
tocava bateria, sentindo-se impactado pelo Espírito de Deus, debruçou-se sobre o instrumento e começou a chorar. “Após o culto, ele me contou que tinha tido uma visão na qual via nosso filho num gramado brincando com ele. Foi tão nítido que ele até achou que fosse real. Choramos muito e sentimos que Deus estava no controle”, disse. Um mês após o Acampaviva, veio a boa notícia: Elaine descobre que está grávida. A novidade, porém, não parou por aqui. A gestação era de gêmeos. No entanto, de acordo com exame morfológico, um dos bebês tinha acrania (anomalia fetal caracterizada pela ausência parcial ou total dos ossos do crânio). Em meio a tanta alegria, a luta do casal estava apenas começando. No entanto, eles não perderam a alegria diante dessa revelação. De acordo com os médicos, a criança não sobreviveria após o parto. “Deus nos sustentou a cada dia e colocou os melhores es-
pecialistas para cuidar de nós. Minha gravidez se tornou totalmente de risco e só um milagre para que o outro bebê, que era perfeito, sobrevivesse”, lembrou Elaine. E foi assim. Em 20 de setembro de 2012, Sophia e Júlia nasceram. Infelizmente, a Júlia o Senhor levou para si. “Sophia foi nosso lindo presente”, alegrou-se Elaine. A pequena ainda teve de enfrentar 30 dias de UTI. “Durante esse período, permanecemos em oração. Tudo correu muito bem. Para a surpresa dos médicos, em 20 de outubro, recebemos alta”. Este ano, o casal voltou ao Acampaviva e deu o testemunho com a Sophia no colo. “Foi um momento lindo onde testifiquei que Deus é fiel para cumprir suas promessas. Se você se identificou com essa história acredite: sua hora vai chegar assim como a nossa chegou. Hoje curtimos com muito amor o nosso milagre”. Fonte: Sede Nacional