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Editoração: Chico Lustosa - e-mail: composicao@metropolesjp.com.br / lustosa@onda.com.br
| 5 A 7 DE ABRIL de 2013 |
Hyundai e Kia fazem megarecall de 13 veículos
JAC dá uma pequena amostra da van T8
Problema pode afetar o funcionamento da luz de freio e piloto automático dos modelos envolvidos
Em uma breve apresentação, com direito a um rápido teste-drive, marca chinesa apresenta modelo voltado ao transporte executivo
As fabricantes coreanas Hyundai e Kia divulgaram um megarecall, envolvendo cerca de 1,9 milhão de veículos nos Estados Unidos. A ação afetará ainda uma quantidade desconhecida de veículos na própria Coreia do Sul. O motivo do recall deve-se a uma falha em um dispositivo ligado à luz de freio e ao piloto automático. Segundo o National Highway Traffic Safety Administration, órgão responsável pela segurança de tráfego dos Estados Unidos, a falha no interruptor pode fazer com que a luz do freio e o piloto automático sejam desligados, aumentando o risco de acidentes. Outros problemas que podem ocorrer são a não ativação do motor por meio do botão de partida e o câmbio automático permitir que o motorista engate a ré sem pisar no freio. Estão envolvidos no recall sete modelos da Hyundai -- Accent, Elantra, Sonata, Genesis Coupé, Tucson, Santa Fe e Veracruz -- e outros seis da Kia – Soul, Optima, Sportage , Sorento, Sedona e Rondo. Todos os veículos foram produzidos entre 2007 e 2011. Recall só para o Elantra Outra convocação está sendo noticiada pela Hyundai e envolve o sedã Elantra. Cerca de 190 mil unidades do modelo fabricadas entre 2011 e 2013 podem apresentar problema na fixação interna do teto. O recall visa evitar que o componente se solte após colisões.
IPI reduzido será mantido até final do ano Medida que visa estimular crescimento da economia foi aprovada pela Anfavea O governo federal anunciou que vai manter reduzida a alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrilizados) até 31 de dezembro. Depois de sete meses isento, o tributo voltou a ser inserido no preço de carros novos no início deste ano sob porcentagem parcial em relação à alíquota original. Com a medida, a inserção de IPI que estava programada para ontem (31) não será mais cobrada. Desta forma, fica mantido o regime vigente desde janeiro, que determina que automóveis com motor de até 1.0 litro tenham inserção de 2% de IPI. Veículos bicombustíveis de 1.000 a 2.000 cilindradas terão mantidas as alíquotas de 7%, que subiriam para 9% - carros de mesma cilindrada com autonomia a gasolina continuarão com inserção de 8% de IPI no preço final. A alíquota de 18% continuará mantida para carros flex com mais de 2.000 cilindradas. Para blocos com mais de 2,0 litros a gasolina, a inserção é de 25%. Para comerciais leves, o tributo permanece inalterado em 2% em vez dos 8% originais. A medida foi anunciada pelo Ministério da Fazenda, que entende que o setor automotivo é peçachave rumo ao crescimento da economia. Estipula-
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do em um quarto de toda a camada industrial do País, o aquecimento do setor de automóveis seria pontual para os planos do governo de desenvolver o PIB (Produto Interno Bruto) a níveis maiores do que o 0,9% atingido em 2012 – no momento, o governo prevê crescimento entre 3% e 4% para este ano. "Com essa medida, o governo não só estimula o setor automotivo, um dos principais motores da economia, como toda a cadeia automobilística, como as indústrias de autopeças, de estofamento e de acessórios”, declara a nota oficial do Ministério. A decisão foi satisfatória para a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), de acordo com o diretor de relações institucionais do órgão, Ademar Cantero. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, ele ratificou que se os níveis de venda do mercado forem mantidos, a consequência será positiva tanto em relação à produção como à criação de empregos. "A indústria automobilística representa 5% do Produto Interno Bruto nacional. O efeito econômico social desse mercado é muito importante na economia. Nós saudamos a medida", concluiu Cantero.
A JAC Motors do Brasil aproveitou a inauguração de uma concessionária na zona sul de São Paulo para fazer uma breve apresentação da T8, van com capacidade para sete ou oito passageiros (dependendo da configuração) e voltada ao transporte executivo. O modelo, flagrado recentemente por um leitor do Carsale, chegará ao mercado brasileiro em outubro deste ano custando entre R$ 90 mil e R$ 100 mil, dependendo da variação cambial na época do lançamento. De acordo com a marca chinesa, o evento serviu para observar a reação do público diante do novo produto e para que ele opine e participe do desenvolvimento final do carro a ser vendido no Brasil. Detalhes do acabamento interno, painel de instrumentos, tamanho das rodas e a grade dianteira são alguns itens que ainda podem ser modificados antes de a T8 desembarcar por aqui definitivamente. O presidente da JAC Motors do Brasil, Sergio Habib, destacou que a T8 “não tem concorrente no mercado, pois não há uma van com capacidade para até oito passageiros e voltada ao transporte de executivos nessa faixa de preços”. Concorrentes como Chrysler Town & Country e Kia Carnival, por exemplo, custam acima de R$ 170 mil e R$ 140 mil, respectivamente. A JAC não considera os modelos Fiat Ducato, Mercedes-Benz Sprinter e Renault Master como rivais por terem capacidade acima de 10 passageiros e por não oferecerem os mesmos níveis de acabamento e equipamento da T8. Em suas versões mais caras, essas vans custam mais de R$ 100 mil. Rodando como chofer A T8 é equipada com um motor de 2.0 litros e 16 válvulas turboalimentado de 175 cavalos de potência e 25,7 kgfm de torque, entregues a 4 mil rpm. O câmbio é manual de seis marchas e a tração é traseira. Em um rápido teste-drive pelas ruas de São Paulo (SP), a van mostrou um bom comportamento para um veículo de 5,10 metros de comprimento, 1,84 m de largura, 1,97 m de altura e 2.100 quilos de peso. O propulsor leva o utilitário com eficiência quando trabalha acima das 2 mil rpm - regime em que a turbina entra em ação – e permite uma
boa dirigibilidade mesmo com o ar-condicionado ligado e com seis pessoas a bordo. Sergio Habib destaca ainda que não haverá uma configuração com câmbio automático, pois “quem compra esse veículo não irá dirigi-lo. O ponto forte da T8 é o conforto dos bancos traseiros”. Passeando no banco traseiro Durante o teste-drive, o Carsale também avaliou a T8 do ponto de vista dos passageiros. O espaço é generoso tanto na segunda quanto na terceira fileira de bancos. Os bancos acomodam bem os ocupantes e a van tem rodar confortável. Quem viaja atrás tem à disposição ar-condicionado digital e teto-solar. Os bancos da fileira do meio podem ser rebatidos e giram em 360°. O ponto negativo fica por conta da altura dos assentos em relação ao assoalho, o que prejudica um pouco a postura de passageiros mais altos, pois os joelhos ficam em posição mais elevada que a dos quadris. A T8 sai de fábrica com direção hidráulica, ar-condicionado digital de duas zonas, vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico, bancos (o do motorista tem ajuste elétrico) revestidos em couro, sistema multimídia com tela sensível ao toque, rádio, MP3, entradas auxiliares, USB, DVD player e GPS, airbags frontais e freios a disco nas quatro rodas com sistemas antitravamento (ABS) e de distribuição de frenagem (EBD). As rodas de liga leve de 15 polegadas -- poderão ser substituídas por outras de aro 17, dependendo da opinião do público – são calçadas em pneus de medidas 215/70 R15.