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| Terça-feira, 16 de abril de 2013

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Sol, praia, mar e... Ensino??? Aula prática em campo sempr ender sempree é a melhor opção para se ensinar e apr aprender ender.. Com esse objetivo os alunos do curso Técnico em Meio Ambiente do Colégio Milenium Bilíngue foram à praia.

Com o crescimento do mercado ambiental e a necessidade de se manter um controle e uma verificação constante do meio ambiente, uma das profissões consideradas mais promissoras do futuro – o Técnico em Meio Ambiente, deve sempre estar atento ao que ocorre em sua volta. Em meio a tudo isso pode-se pensar que praia não é um mercado muito promissor, ou que não tenha muita coisa relacionada aos técnicos em meio ambiente. Porém as grandes concentrações de pessoas em feriados prolongados e no verão fazem das praias locais de grandes riscos ambientais relacionados à poluição em massa. Técnicos em Meio Ambiente devem ter em mente que seu mercado de trabalho é tão extenso quanto estar em fábricas, fazendo coletas de resíduos e análises, por exemplo. O simples fato do caminho até as praias paranaenses já ser a maior reserva de floresta atlântica existente ainda no Brasil já é compensador pela biodiversidade existente, imagine então nas praias! Os alunos foram a duas praias para verificar situações como poluição e espécies encontradas. Mas em Abril? Sim Abril é um mês entre duas estações importantes para os seres vivos. É entre as estações do verão e do inverno que os seres vivos adquirem comportamentos diferenciados em relação à alimentação, migração e reprodução. Pensando nisso, em conjunto com a colônia dos pescadores de Matinhos, os alunos puderam verificar as condições de trabalho dos pescadores e os produtos da pesca. Aliás, o interesse nem eram os produtos comercializados, e sim os descartados. A observação e coleta do descarte (rejeto) da pesca artesanal foi o grande trabalho a ser realizado. Os alunos tiveram que separar os rejetos para verificar a diversidade de espécies que são capturadas pela pesca artesanal, a quantidade dessas espécies, o tamanho delas, entre outras tantas características, sendo uma das mais importantes, é claro, o impacto causado ao homem sobre elas. Claro que a pesca artesanal é bem menos predatória que a comercial, inclusive sendo proibida a pesca de várias espécies nesta época, uma delas a do camarão sete-barbas – grande fonte de renda dos pescadores, segundo o diretor do mercado de peixes de Matinhos – “Sapo” como é conhecido. Sapo acompanhou os alunos nas coletas e separações dos rejetos, sempre dando muitas informações sobre animais, a região, captura de espécies e principalmente poluição. Uma das coisas mais chamativas para uma época que não

há muitos turistas foi a quantidade de lixo que vem junto com os pescados. Cerca de 80% do que se pesca não é aproveitado, pois são águas-vivas, siris, plantas, peixes pequenos demais ou de espécies não comercializadas, porém o pior de tudo é que quase metade é lixo humano: plásticos em geral, fraldas, roupas e até isqueiros! Segundo Rodrigo pescador da região: “A pesca artesanal faz um trabalho de limpeza também, pois retiramos muito lixo do mar, claro que alguns nem deviriam ser retirados mais, pois algumas garrafas pet já se tornaram morada de várias espécies”. Coleta (em Matinhos) feita, hora de ir pro mar. Na praia Mansa em Caiobá, os alunos entraram na água para procurar espécies de bolachas do mar, mariscos, caranguejos, cracas e muitas outras coisas.

Só que agora de maneira simples e divertida: na rebentação. Em meio a tombos e “caldos”, os alunos coletaram diversas espécies, catalogando-as e, é claro, devolvendo-as a natureza. A partir dai as coletas realizadas de água e solo, de animais fotografados e os dados serão analisadas no laboratório do colégio e comparadas com as coletas a serem realizadas futuramente, mas verificar pessoalmente tudo isso sempre é bem mais interessante e o aprendizado melhor, afinal para um técnico a prática é mais que necessária, e quanto maior a diversidade de locais estudados melhor. “Um aluno muitas vezes aprende mais colocando em prática tudo aquilo que viu em sala de aula, podendo perguntar e ver como funciona, então esse passeio à praia já mostrou muitas coisas novas. Muito divertido e é melhor ter uma aula assim do que em sala de aula que já temos o suficiente com nossos professores”. Gabriel Olympio, aluno do 2º ano do Ensino Técnico em Meio Ambiente. “No sábado dia 06 de Abril nós do curso técnico em Meio Ambiente fomos para uma aula de campo em Matinhos. Lá nos fizemos coletas de água e de algumas espécies de região, para elaborarmos estudos em sala. Está foi mais um das nossas aulas de campo, das quais além de adquirirmos muitos conhecimentos também tivemos novas experiências”. Letícia Cruz, aluna do 2º ano do Ensino Técnico em Meio Ambiente. “Foi super legal ter uma atividade na prática, dá para entender bem melhor as coisas quando podemos ter contato com elas do que apenas quando estamos escrevendo. Ver os peixes, poder tocar neles e ver como os nossos lixos acabam prejudicando o seu ambiente como o pacote de macarrão ou o copo de plástico”. Maria Eduarda Militão, aluna do 2º ano do Ensino Técnico em Meio Ambiente. “Fim de semana passado fomos a praia de matinhos coletar alguns animais marinhos, tivemos a oportunidade de mexer neles enquanto o professor fazia explicações. O dia foi bastante produtivo e outro ponto bom foi que alunos tiveram a oportunidade de se conhecerem melhor! Aprendemos bastante e tivemos boas oportunidades também foi bem divertido!”. Raquel Pereira, aluna do 1º ano do Ensino Técnico. “Achei super legal, bem importante porque aprendemos várias coisas interessantes”. Emily Lorette, aluna do 1º ano do Ensino Técnico. Professor Max L. Wentzel


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