| Quarta-feira, 4 de maio de 2011 |
Construção civil tem queda da atividade no primeiro trimestre, segundo CNI Na pesquisa, os indicadores são medidos em escala que vai de 0 a 100 pontos. Quanto mais próximo de 0 for a pontuação, pior o resultado do indicador. Quanto mais próximo de 100, melhor. Quando registra 50 pontos, é verificada a estabilidade ante o mês anterior São Paulo - Depois de um ano de forte crescimento, o setor da construção civil registrou, nos três primeiros meses de 2011, queda da atividade, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na avaliação dos empresários sondados, a atividade ficou, em março, em 49,9 pontos, confirmando queda já verificada em fevereiro (49 pontos) e em janeiro (47,2 pontos). Na pesquisa, os indicadores são medidos em escala que vai de 0 a 100 pontos. Quanto mais próximo de 0 for a pontuação, pior o resultado do indicador. Quanto mais próximo de 100, melhor. Quando registra 50 pontos, é verificada a estabilidade ante o mês anterior. Ao longo de 2010, o desempenho do setor de construção ficou acima de 50 pontos em todos os meses do ano. Janeiro, que registrou a pior marca, atingiu 50,5 pontos. Em relação a janeiro deste ano, uma diferença de 3,3 pontos. "No fim de 2010, o setor começou a sentir uma redução na atividade", explicou o gerente executivo de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca. "O início dos governos paralisou as obras de infraestrutura e a redução do ritmo de crescimento e a falta de mão de obra qualificada acabaram reduzindo a atividade do setor de construção de edifícios."
O setor da construção civil é responsável pela maioria dos empregos gerados no país
Esses fatores afetaram também a situação financeira das construtoras. Na sondagem de março, esse item ficou com 50,8 pontos. Apesar de ainda ser positivo, é o pior já registrado em todas as pesquisas sobre construção feitas pela CNI desde 2009. Já a margem de lucro operacional do setor, em março, foi considerada insatisfatória pelos empresários. Na sondagem, o item ficou com 49 pontos. Esses indicadores já sinalizam a possibilidade de baixo crescimento no restante do ano. De janeiro a março, o índice que mede a expectativa do setor para os próximos seis meses caiu de 63 para
CUB oscila 0,22% em abril O CUB (Custo Unitário Básico) da construção civil do Estado de São Paulo registrou em abril aumento de 0,22% em relação a março. Calculado pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos do setor para a utilização nos reajustes dos contratos de obras. Em abril, os custos das construtoras com materiais de construção se elevaram 0,46% em comparação a março. Já os custos com mão de obra permaneceram praticamente estáveis, com pequena alta de 0,04%, enquanto os salários dos engenheiros mantiveram-se inalterados (0%). A média ponderada entre os três itens resultou na variação de 0,22% do CUB representativo da construção paulista (RN-8), que neste mês ficou em R$ 909,09 por metro quadrado. No acumulado de 2011, o CUB registra alta de 0,76%. Nos últimos 12 meses encerrados em abril, a variação é de 5,59%. Ainda em abril, 9 dos 41 insumos da construção pesquisados aumentaram acima do IGP-M do mês, que se elevou 0,45%.
60,8 pontos. O indicador de março é positivo, porém, o segundo menor da história das sondagens da CNI. "Certamente, este ano será pior que o passado", dis-
se Fonseca. "As obras de infraestrutura devem ser retomadas e o país continua crescendo. Porém, dificilmente vamos conseguir igualar o desempenho de 2010."
Artigo
A educação da nova era Adelino Venturi Foi importante o que disse a presidente Dilma Rousseff na manhã de anteontem, durante seu programa de rádio semanal Café com a Presidente. Ela destacou uma questão que é básica, a educação profissional. E deixou claro que dará alta prioridade a essa política social e nós temos de acreditar que não se trata de conversa fiada de político. A presidente Dilma vem demonstrando que tem perfil de estadista e não irá se deixar ludibriar pela caterva populista que só se preocupa em ocupar os espaços do poder para garantir favores e benesses. Os brasileiros vêm tomando doses cavalares desse veneno político e é chegado o momento de acabar com a miséria ética e moral que abrange as nossas instituições. Como professor, tenho a obrigação de ponderar sobre os valores educacionais necessários ao moderno desenvolvimento econômico e social do país. E no âmbito de um regime democrático tudo se resolve pela via política, ou seja, pela decisão política, que pode ser boa ou de péssima qualidade. Havia a necessidade de uma percepção mais apurada da realidade educacional da sociedade brasileira. E a presidente Dilma atende a esse anseio, por ser mulher, sim, porque a mulher tem um
grau mais elevado de sensibilidade e quando está no poder, vislumbra realidades que necessitam de um olhar mais íntimo, inclusive pessoal descartando as questões do emaranhado da burocracia. A educação é uma política social e não simplesmente uma questão técnica. Até então, a educação, de modo geral, era uma política pública mais falada do que praticada. Agora, os brasileiros têm a oportunidade de compartilhar um amplo processo de mudança, que começa com a ampla prioridade pelo ensino profissionalizante de nível médio. É nesse segmento que se concentra a grande carência educacional diante do desafio da sociedade brasileira de lançar o Brasil no seleto grupo dos países industrializados. A presidente Dilma faz essa declaração sobre esse assunto extraordinário no momento em que os brasileiros se preparam para comemorar o Dia das Mães. E é imperioso destacar, que a boa educação começa no lar, no ambiente familiar, sob os cuidados e com o carinho delas, as mães, que são abençoadas com a arte de ensinar; ensinar com amor. Adelino Venturi é professor, empresário e membro do Conselho Deliberativo da Associação Comercial, Industrial, Agrícola e de Prestação de Serviço (Aciap), de São José dos Pinhais