| Quarta-feira, 23 de março de 2011 |
Artigo
Ecos de um novo tempo Adelino Venturi A visita do presidente dos Estados Unidos ao nosso país se reveste de um significado especial. Barack Obama cumpriu fielmente o papel de um mandatário de superpotência com a consciência de que o mundo avança para um novo tempo, uma nova era, onde as relações internacionais tendem a ser mais flexíveis, sem as amarras das ideologias fanáticas, sejam elas da esquerda ou da direita. Ele veio ao nosso país com a disposição de rever conceitos e estabelecer um regime de parceria de equilíbrio e igualdade. Ele cumpre esse papel em uma América Latina assediada por capitalistas selvagens, que exploram as pessoas e o meio ambiente sem o menor pudor, e por uma idéia ultrapassada de um socialismo revolucionário visando implantar uma ditadura nos moldes cubanos. A América Latina precisa de mais democracia, uma democracia autêntica, sem os vícios do clientelismo, do oportunismo e dos demais ismos dos políticos. E o presidente Obama percebeu essa necessidade e demonstrou que está preparado para liderar essa mudança. Mas, ele terá muito trabalho, principalmente para remover obstáculos como o protecionismo, que são os subsídios aos produtos locais e a imposição de sobretaxas na importação de alguns produtos. Obama reconheceu que o Brasil é, hoje, um país no caminho de ser em breve uma das superpotências. Na Carta ao Leitor da edição desta semana da Revista Veja, o arti-
culista destaca que na década de 60, no governo do presidente Juscelino Kubitschek, outro presidente americano visitou o Brasil, o ex-general comandante das forças militares dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Naquela oportunidade, o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos era 34 vezes maior do que o PIB brasileiro. Hoje, é apenas sete vezes maior do que o nosso produto. A reversão no comportamento diplomático entre os dois países se deve à presidente Dilma Rousseff. Ela vem se movimentando no sentido de recompor as relações bilaterais e, por conseqüência, da região com os Estados Unidos e outros parceiros tradicionais do Brasil. Essas relações ficaram abaladas no governo passado quando o Itamaraty vestiu a roupagem do dito socialismo revolucionário sob a inspiração do presidente da Venezuela, Hugo Chavez, que se projeta como o mais novo ditador na América Latina. Não precisamos de ditaduras e nem ditadores, mas de líderes democráticos como a nossa presidente Dilma e o presidente Obama. Vamos acompanhar esse raciocínio em nossas atividades, nas nossas relações profissionais, em especial no setor imobiliário, onde os agentes são pessoas capacitadas e com amplo conhecimento das questões que envolvem o nosso país e a vida dos brasileiros. Adelino Venturi é professor, empresário e membro do Conselho Deliberativo da Associação Comercial, Industrial, Agrícola e de Prestação de Serviço (Aciap), de São José dos Pinhais
Projeto do Creci/PR é deferido pelo Prêmio Innovare A Comissão de Conciliação do Creci/PR, chamada de Crecicon, foi deferida pelo Prêmio Innovare, na sua IV edição. A procuradoria jurídica do Conselho inscreveu a prática para divulgar o trabalho realizado, desde 2004, com a finalidade de resolver conflitos, de forma conciliatória, entre consumidores e corretores de imóveis ou imobiliárias. O deferimento do projeto pelo Instituto mostra que a iniciativa ajuda a desburocratizar a justiça e evita que a discussão vá até o Poder Judiciário. O Creci/PR já realizou 729 audiências das quais 367 foram consideradas frutíferas, ou seja, não geraram processos administrativos. O Crecicon é composto por corretores de imóveis voluntários, cada turma possui três conciliadores, nomeados por portarias. Atualmente 54 profissionais trabalham no processo e são coordenados por um conselheiro do Creci/PR. Todas as sessões são acompanhadas por um agente público que assessora e lavra os termos de audiência. A prática é executada de forma simples, o denunciante prejudicado por um corretor ou imobiliária vai até o Conselho e narra os fatos, a partir disso gera-se uma denuncia em que as partes envolvidas são intimidas para a audiência conciliatória, com o prazo máximo de 30 dias. O Crecicon é regulamentado pela Resolução do Cofeci nº 325/92 e normatizado no Creci/PR pelo ato 005/2004. As audiências do Crecicon são realizadas na Sede do Conselho, em Curitiba, e nas nove Regionais (Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Ponta Grossa, Umuarama, Guarapuava e Matinhos). O Coordenador Jurídico do Creci/PR, Carlos Zanetti, rela-
ta que o Crecicon é uma ferramenta importante. "A tentativa de conciliação dentro das instalações do Creci/PR com o emprego correto dos recursos públicos acaba por diminuir o custo da justiça, tendo em mente a resolução dos casos que são possíveis com a composição de interesses conciliáveis". O Presidente do Creci/PR, Alfredo Canezin, afirma que o deferimento da prática pelo Instituto Innovare reconhece a importância do trabalho realizado pelo Conselho. "Este reconhecimento é muito importante pra mim e para todos que estão envolvidos nesta prática, foram sete anos de muito trabalho e aprimoramento que agora estão homologados". Relata também que o procurador jurídico do Conselho, Dr. Antonio Linares Filho foi muito importante neste processo. Serviço: Creci/PR - Rua General Carneiro, 680, Centro, Curitiba/PR - contato: (41) 3262-5505 Horário de funcionamento 8h30 às 12h e das 13h30 às 18h.