25 de novembro de 2013
PROJETO ESPECIAL DE MARKETING
Mobilidade Urbana
Grandes obras garantem mais fluidez ao trânsito Projetos darão mais qualidade ao transporte público
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Mobilidade é desafio das grandes cidades Foto: Vaner Casaes/Secom
A mobilidade urbana tornouse um dos maiores desafios do país, frente ao crescimento que o Brasil apresenta nas últimas décadas. Em grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, são exigidos esforços para minimizar o impacto do aumento pela demanda por transporte público e melhorar a infraestrutura do trânsito, que recebe quase 3,8 milhões de novos automóveis e 1,6 milhão de motos por ano no país. Segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mais da metade dos domicílios brasileiros (54%) já contam com pelo menos um carro ou uma motocicleta para o deslocamento dos seus moradores. Há cinco anos, essa proporção era de 45%. De acordo com o levantamento do Ipea, o cenário aponta, de um lado, para o maior acesso da população, inclusive os segmentos de menor renda, aos automóveis. De outro, indica intensificação dos desafios para os gestores dos sistemas de mobilidade, uma vez que a maior taxa de motorização dos baianos e brasileiros contribui para a elevação no número de congestionamentos e também de acidentes. Para o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e
Sistema Viário 2 de Julho consultor em transportes, Pedro Ornelas, o grande desafio dos gestores das grandes cidades está relacionado ao transporte público. “É preciso estabelecer um modal que atenda às necessidades”, afirma. Ele lembra que a maioria dos carros particulares é ocupada por apenas uma pessoa, o que colabora para os problemas de mobilidade. “Não acredito que restringir o uso de veículos seja a melhor op-
ção”. Para Ornelas, é preciso, cada vez mais, substituir os modelos de carros atuais por veículos menores. Como exemplo, ele cita carros elétricos, geralmente mais compactos. Tempo - Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Domicílio (Pnad) de 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ipea mostra ainda que aproximadamente 20% dos
trabalhadores das regiões metropolitanas brasileiras gastam mais de uma hora por dia no deslocamento de casa para o local de trabalho. Rio de Janeiro (24,7%) e São Paulo (23,5%) apresentam os maiores percentuais de trabalhadores que perdem mais tempo no percurso. Na região metropolitana do Rio, gasta-se em média 47 minutos e na de São Paulo, 45,6 minutos. Em Salvador, o tempo
médio é de 39,7 minutos. Mas há de se pensar a mobilidade de uma forma mais ampla do que muitos imaginam. De acordo com a pesquisa Origem e Destino Domiciliar da Região Metropolitana, realizada pela Secretaria estadual de Infraestrutura (Seinfra), das 5,9 milhões de viagens realizadas diariamente na RMS, 3,7 milhões (63,8%) são realizadas de forma motorizada, sendo que 2,4 milhões de forma coletiva e 1,3 milhão por modo individual. Outras 36,2% são realizadas de forma não motorizada. Uma parcela significativa das viagens na região metropolitana se faz por meio de ônibus municipal (31,5%), mas o modo mais utilizado é o modo a pé (35,3%). O terceiro mais utilizado é o automóvel (19,1%), como condutor (13,5%) ou passageiro (5,6%). O ônibus urbano intermunicipal é responsável por 3,4% e transporte escolar por 2,8% das viagens. Somadas as modalidades de transporte por ônibus (municipal, intermunicipal, fretado, escolar e lotação), sua participação chega a 41,1%, valendo também destacar os 2,2% das viagens realizadas pelo transporte fretado. O uso de bicicleta ainda é baixo: 0,9%.
Obras visam melhorar trânsito e o transporte de massa da capital Grandes obras de infraestrutura estão movimentando a capital baiana, buscando melhorar a mobilidade na terceira maior cidade do país. Para dar mais fluidez ao trânsito, estão sendo construídas novas avenidas, vias estão sendo duplicadas e viadutos estão sendo implantados. Para garantir um transporte de massa mais rápido à população, a perspectiva do governo é acelerar as obras do metrô, incluindo a segunda etapa, até o município de Lauro de Freitas. Também foi anunciada a implantação do BRT (Bus Rapid Transit), além da substituição do trem do subúrbio pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), cujo
trajeto será ampliado. O governador Jaques Wagner destacou os trabalhos que vão ampliar a mobilidade da cidade. “Serão investidos R$ 7,3 bilhões, incluindo verbas dos governos federal, estadual e municipal e da iniciativa privada”, afirmou. Ele enfatizou que algumas obras já estão em andamento, a exemplo dos viadutos na altura do Imbuí, duplicação da Avenida Pinto de Aguiar e da Via Expressa, esta última já entregue. O Sistema Viário 2 de Julho, na antiga rótula do Aeroporto, foi uma das principais obras de mobilidade e uma das primeiras realiza-
das pela atual gestão do governo estadual em Salvador. Inaugurada no final de 2008, a obra transformou a realidade do trânsito naquela área da capital, já na fronteira com Lauro de Freiras, onde motoristas até então enfrentavam grandes engarrafamentos. O sistema viário, com viadutos e novas rotas, garante hoje mobilidade para quem trafega na região.
Características da Mobilidade - RMS Modo
%
Ônibus/Van
41,1%
A pé
35,3%
Automóvel
19,1%
Moto
1,9%
Táxi
1,1%
Bicicleta
0,9%
Mototáxi
0,3%
Outros
0,2%
(Fonte: Seinfra/Derba)
Ilustração: ShutterStock
Expediente:
Analista Responsável Projetos Especiais: Vanessa Araújo - Tel.: (71) 3203-1090 Comercial: Luciana Gomes - (71) 3203-1357
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Via Expressa é uma das maiores obras do país Foto: Elói Corrêa/Secom
A Via Expressa Baía de Todos-os-Santos, inaugurada no início deste mês de novembro, representa uma das maiores obras de mobilidade da história da capital baiana. Foram investidos mais de R$ 480 milhões, com recursos dos governos federal e estadual, nesta que é uma nova alternativa no trânsito de Salvador. São 4,3 quilômetros de extensão, desde a BR-324 até o bairro do Comércio. O sistema viário é composto por 10 faixas de trânsito, sendo seis para o tráfego urbano e quatro exclusivas para veículos pesados, além de 14 viadutos, três túneis, ciclovia e passarelas. A previsão é que na via trafeguem pelo menos 63 mil veículos por dia. “Esta é uma obra monumental, a maior intervenção viária de Salvador nas últimas décadas, depois da construção da Avenida Paralela. Alguém que está em qualquer lugar da Cidade Baixa e queira ir para o aeroporto, entra em uma pista segregada, sai na BR-324, entra na Luís Eduardo Magalhães, entra na Paralela sem passar pelo Iguatemi”, afirmou o governador Jaques Wagner. Ao circular pela Via Expressa, o motorista terá uma redução de 3,2 quilômetros no trajeto da BR-324 ao Porto de Salvador. Anteriormente, o trajeto era de 7,497 quilômetros rodados. O sistema
viário perpassa Água de Meninos, Ladeira do Canto da Cruz, Estrada da Rainha, Largo Dois Leões, Avenida Heitor Dias, Rótula do Abacaxi, Ladeira do Cabula e Acesso Norte. Construída pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do
Estado da Bahia (Conder), a Via Expressa já contribui para desafogar o tráfego em áreas de grande fluxo, como a Rótula do Abacaxi, Ladeira do Cabula, Avenida Bonocô e San Martin. O secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Cícero Monteiro, destacou
que a via também vai organizar o trânsito de carga até o Porto. “A expectativa é de uma movimentação de cerca de três mil veículos de carga por dia passando pela avenida”, afirmou. “Esta é uma obra que beneficia não apenas os moradores das áreas
por onde passa a Via, mas toda a população de Salvador, que passa a contar com uma ampla avenida que possibilita o acesso rápido do norte ao sul da cidade”, afirmou o empresário Carlos Silva, que mora no Cabula e possui empreendimento no Comércio.
Via Expressa em números R$ 480 mi É quanto foi investido na obra
4,3 km É a extensão da Via
Ilustração: divulgação/Leiaute
10 faixas São seis para veículos leves e quatro para pesados
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Viadutos e vias marginais no Imbuí Ilustração/Divulgação
Ilustração/Divulgação
As obras do complexo de viadutos do Imbuí e vias marginais da Avenida Paralela estão em ritmo acelerado. Estão sendo construídos três viadutos e também implantadas vias marginais, que vão fazer uma ligação direta entre o Centro Administrativo da Bahia (CAB) e a Avenida Luis Eduardo Magalhães. Com o sistema viário, serão reduzidos os retornos, garantindo maior fluidez ao trânsito. O investimento é da ordem de R$ 95 milhões, e busca melhorar a mobilidade e facilitar a ligação entre a Paralela e diversos bairros, como Imbuí, Costa Azul, Boca do Rio, Stiep, Narandiba, Orla, entre outros. As intervenções físicas representam um investimento de R$ 75 milhões. Já com as desapropriações, estão sendo aplicados R$ 20 milhões. Serão dois viadutos diretamente na entrada e saída do Imbuí e um terceiro de acesso à Narandiba. Já as vias marginais vão ligar o Centro Administrativo da Bahia (CAB) diretamente à Avenida Luís Eduardo Magalhães, nos dois sentidos. “Estamos trabalhando todos os dias e de forma acelerada para concluir as obras entre abril e maio do próximo ano”, informou Sérgio de Oliveira Silva, diretor de Obras Estruturantes e Mobilidade Urbana da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).
Também seguem em velocidade as obras de duplicação da Avenida Pinto de Aguiar, que passará a contar com seis faixas de rolamento de tráfego, três por sentido, além de ganhar ciclovia e passeios ao longo dos seus 3,5 quilômetros de extensão. O investimento é da ordem de R$ 70 milhões, incluindo as desapropriações. A Pinto de Aguiar, entre as avenidas Luís Viana e Octávio Mangabeira (Orla), será uma das vias alimentadoras do Sistema Metroviário, previsto para a Paralela. Trata-se do Corredor Transversal Alimentador I. Segundo informações da Conder, após a duplicação, a avenida será integrada à Gal Costa, que também será requalificada, e à Ligação Lobato-Pirajá, cujas obras serão licitadas ainda este ano.
Ilustração/Divulgação
Pinto de Aguiar está sendo duplicada
Esta é a etapa inicial da primeira ligação direta do Subúrbio Ferroviário com a Orla Atlântica, que se transformará em um corredor estruturante capaz de ser operado,
inclusive, pelo sistema BRT. “Vai facilitar muito a vida de quem precisa ir para a Paralela e futuramente à BR. Moro em Patamares, e, com a via duplicada,
acho que vou reduzir bastante o tempo que gasto no trânsito, sobretudo quando o metrô estiver funcionando”, afirmou a professora Vanessa Santana.
Alças facilitam acessos entre a LEM e BR-324 Alças de ligação entre a BR-324 e a Avenida Luís Eduardo Magalhães (LEM) estão sendo implantadas. Elas terão extensão total de aproximadamente um quilômetro. Consta ainda requalificação com a mesma extensão. O investimento é de R$ 7,2 milhões. Com as alças, será possível o acesso da Avenida Luís Eduardo Magalhães (LEM) para a BR-324, sentido Salvador. Desta forma, quem se dirige da Paralela para o Centro ou Cidade Baixa, poderá utilizar a Via Expressa ou Bonocô sem passar pela região do Iguatemi. Da mesma forma, quem segue da BR-324 para Salvador terá um acesso mais fácil para a Avenida Luís Eduardo.
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Metrô entra em operação em 2014 O metrô de Salvador, após passar a ser administrado pelo Estado este ano, finalmente tem data para entrar em operação. Com o estabelecimento do contrato de concessão do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, por meio de Parceria Público-Privada, foi autorizada a conclusão da Linha 1 e o início da construção da Linha 2. Os novos investimentos são da ordem de R$ 4,3 bilhões. O primeiro trecho, que vai da Estação Lapa
até a Estação Retiro, inicia operação em junho de 2014. A companhia CPC terá 30 anos de concessão, sendo três anos de obras e 27 de operação. A empresa, que faz parte do grupo CCR, vai construir, operar e fazer a manutenção do sistema. O grupo possui experiência na área de mobilidade urbana, e hoje administra a ponte Rio-Niterói, a Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, e foi o primei-
Retiro - Pirajá janeiro de 2015
Lapa - Retiro Julho de 2014
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ro consórcio a vencer uma licitação no sistema PPP no País, feita para operação e manutenção da Linha 4 (Amarela) do metrô paulistano, em 2006. O diretor-presidente do Grupo CCR, Harald Peter Zwetkoff, informou que, em junho do próximo ano, o metrô começa a rodar em fase de teste, sem cobrança de tarifa. A partir de 15 de setembro, inicia a operação comercial. “Existe uma série de marcos contratuais
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Bonocô - Iguatemi outubro de 2015
sseff afirmou que essa obra mostra um novo momento no tratamento da mobilidade urbana do país. “Durante muito tempo no Brasil, o metrô era obra para poucos, era visto como uma obra de país rico. As cidades cresceram e o transporte público, como exige um volume significativo de recursos, foi sendo relegado. Mudamos esta concepção. Salvador é uma grande cidade. Portanto, exige uma estrutura de transporte público”, afirmou.
Pirajá - Águas Claras/Cajazeiras
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Iguatemi - Imbuí abril de 2016
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Metrô de Salvador
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Acesso Norte n tra De
de inauguração por trecho do metrô. O trecho até Pirajá será inaugurado, por exemplo, quatro meses depois do trecho Lapa/Retiro. Daí sucessivamente para as estações do Detran, Rodoviária, Imbuí, CAB e até o último marco, que é o Aeroporto, em 42 meses”, informou Zwetkoff. Ao participar do ato de assinatura da Ordem de Serviço da 2ª etapa do Metrô, no mês passado, em Salvador, a presidenta Dilma Rou-
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prazos e estações
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Imbuí - Mussurunga: outubro de 2016
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Mussurunga - Aeroporto abril 2017
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Aeroporto - Lauro de Freitas
Linha 1 Linha 2 Estações
Linha 1 até Cajazeiras O metrô de Salvador terá 22 estações, num traçado dividido em duas linhas. A Linha 1 terá 17,6 quilômetros, e vai chegar até Águas Claras/Cajazeiras. Já a Linha 2 terá 24,2 quilômetros, passando pela região do Iguatemi e seguindo ao longo da avenida Paralela até o aeroporto, no primeiro momento, e depois ampliada até Lauro de Freitas. A passagem do metrô vai custar R$ 3,10 e com a integração com
outros dois ônibus custará R$ 3,90. “A grande mudança que tem a situação hoje em relação à situação do passado é que foi contratada uma empresa operadora do metrô. Temos todo o interesse em cumprir os marcos contratuais, atender os prazos para que a gente consiga buscar o retorno para nosso investimento”, declarou o diretor-presidente do Grupo CCR, Harald Peter Zwetkoff.
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VLT metropolitano Durante a solenidade de assinatura do contrato do metrô de Salvador e Lauro de Freitas, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a implantação, em Salvador, do Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT Metropolitano. O projeto visa aproveitar a atual malha de trilhos do trem do subúrbio ferroviário, expandir, e modernizar o sistema. A proposta é que, inicialmente, seja implantada uma linha do Comércio até a Calçada e modernizado o trecho Calçada-Paripe. Também serão elaborados projetos de VLT até o Retiro e de Simões Filho até Águas Claras/Cajazeiras. Está prevista a aquisição de 36 novos trens VLT.
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12 km
32 metros
R$ 7 bi
É a extensão que a ponte terá
É a largura prevista, com seis faixas
É a estimativa de investimento
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Ilustração/Divulgação
Ponte criará novo eixo viário A construção da ponte Salvador-Itaparica facilitará o acesso à Ilha de Itaparica e criará um novo eixo viário interligando a Região Metropolitana de Salvador (RMS) ao Recôncavo e ao Baixo Sul. O projeto deverá fomentar a reconfiguração urbana e o desenvolvimento regional em uma área que abrange 4,4 milhões de habitantes. Os investimentos estimados são da ordem de R$ 7 bilhões. Em setembro, a Geofort Fundações iniciou os estudos de sondagem na Baía de Todos-os-Santos (BTS) e potenciais locais das fundações da ponte, que será a se-
gunda maior da América Latina e a 23ª no ranking mundial. A companhia busca identificar rochas sedimentares, trechos de lama e outras especificidades do solo e subsolo. Dentre os 16 furos planejados, 12 serão no mar, ao longo do traçado previsto do empreendimento, que terá 12 quilômetros de extensão. Já o lançamento do edital para construção e concessão da ponte, por sua vez, está previsto para o primeiro semestre do próximo ano. A expectativa é que todas as intervenções sejam concluídas entre 48 e 60 meses.
Primeiros trechos do BRT terão 20 km Os governos federal, estadual e municipal vão investir na implantação do BRT (Bus Rapid Transit) em Salvador. Serão dois trechos: da Lapa ao Iguatemi e um outro trecho de Águas Claras a Paripe. No total, a capital baiana vai ganhar mais de 20 quilômetros de corredores de BRT. O primeiro terá 12 quilômetros e será executado pela Prefeitura. O segundo, de responsabilidade
do governo estadual, será um prolongamento de 8 quilômetros do Corredor Orlando Gomes/29 de Março, e vai alimentar o sistema metroviário. Além da implantação da 29 de Março, haverá a duplicação da avenida Orlando Gomes, em Piatã. O corredor fará a conexão entre a Orla e a BR-324, além de dar acesso à Paralela e ao Metrô, beneficiando ainda a população do bairro de Cajazeiras.
Largura - A ponte terá 32 metros de largura, o que permite a criação de seis faixas de tráfego e duas pistas de acostamento. Seu traçado deve partir das proximidades do Porto de Salvador e se estender até a região de Gameleira, na Ilha de Itaparica. A proposta inicial prevê que a Ponte deve permitir a ampla navegação na Baía de Todos-os-Santos (BTS) e o acesso ao Porto de Salvador. De acordo com informações da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), o projeto prevê que o espaçamento entre as pilastras de sustentação da obra deve ser de 250 metros. Have-
rá um vão central, de espaçamento de 700 metros de largura e 70 metros de altura, utilizado para a passagem de embarcações destinadas aos portos de Salvador e Aratu, e uma profundidade de 25 metros, que possibilitará o atracamento de embarcações, a exemplo de navios. Também estão previstas duas pilastras de sustentação que se movimentarão em torno de seu eixo central, para permitir a passagem de embarcações mais altas pela estrutura como plataformas. Outra novidade é a criação de um mirante, que servirá como mais um ponto turístico e de onde os
visitantes poderão apreciar a Baía de Todos-os-Santos, Salvador e a Ilha de Itaparica. O consórcio internacional formado pelas empresas Enescil (Brasil), Cowi (Dinamarca) e Maia Melo (Brasil) foi o vencedor da concorrência para elaboração do projeto básico de engenharia. Já o consórcio internacional formado pelas empresas V&S Ambiental (Brasil) e Nemus (Portugal) deve ser o responsável pela elaboração dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para a implantação do projeto.
Ilustração/Divulgação