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NOVIDADE! PERNAMBUCO

CADERNO DE ACESSÓRIOS

Ano 05 - nº 29

NSI

NÚCLEO DE SERVIÇOS INTEGRADOS

CARROS CONCEITOS Muita tecnologia e design ousado

> TEST-DRIVE: AUDI Q3 E NOVO UNO 2015 COM SISTEMA START & STOP > TOYOTA HILUX: SAIBA MAIS SOBRE A TRAJETÓRIA DE 45 ANOS DA PICAPE > TUDO SOBRE TROCA DE ÓLEO E FILTRO DE CABINE

CADERNO TRUCK MAGAZINE PE






Índice

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TOYOTA HILUX Saiba mais sobre a trajetória da picape japonesa que completou 45 anos de produção em 2014

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NOVO UNO 2015 START & STOP Andamos no compacto que vem com sistema que desliga o motor de forma instantânea quando o carro está parado

CARROS CONCEITOS Modelos mostrados no Salão do Automóvel de 2014 devem virar realidade nos próximos anos ou ser lançados em breve

FILTRO DE CABINE A troca e a verificação regulares deste componente são procedimentos de vital importância para a saúde de motorista e passageiros

CADERNO ACESSÓRIOS Novo espaço de Auto Revista Pe traz tudo sobre personalização, kits multimídia, autofalantes e outros recursos para deixar o carro mais poderoso

Novos caminhos, novas soluções

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 44,4 pontos em janeiro. De acordo com a CNI, trata-se do nível mais baixo desde janeiro de 1999, início da série histórica do indicador. Com relação a dezembro, quando o índice estava em 45,2 pontos, houve queda de 0,8 ponto. Em relação a janeiro de 2014, quando o indicador estava em 53,1 pontos, o recuo foi 8,7 pontos. O Norte e Nordeste são as regiões mais otimistas, com índices respectivos de 49,5 e 48,1 pontos. Em janeiro, a confiança diminuiu entre as empresas de médio porte, que registraram índice de 42,9 pontos. Tanto nas empresas grandes quanto nas pequenas, o Icei ficou em 45,5 pontos. Esses números refletem o sentimento do empresariado diante do panorama que se desenha para o ano que começa. E não são de surpreender, já que as últimas notícias, sem dúvida, deixam em alerta todos que investem e trabalham neste País. Previsão de crescimento econômico não maior que 1%, aumento de impostos, taxas de crédito ainda mais altas, fim da redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e corte de gastos do Governo para tentar equilibrar as contas públicas e falta de investimentos em infraestrutura. Tudo isso deixa o céu nublado para todos os setores de economia. O quadro não é diferente para os segmentos de automóveis e autopeças. Por isso, eles já vêm se mobilizando, há algum tempo, para se adequar à nova situação econômica. A meta é buscar soluções e caminhos para sair deste momento ainda mais fortes.

Diretor: Ariel Ricciardi Editor e jornalista responsável: Roberto Pierantoni - MTB 18.194 Jornalista: Sílvio Mauro | Diagramação: Marcos Aurelio Colaboradores - Textos: Arnóbio Tomaz, Flávio Portela, Alexandre Costa Impressão/Haley S/A Gráfica e Editora Contato para anunciar na AUTO REVISTA PERNAMBUCO: (85) 3023.3537 ou através do e-mail automagazineceara@ig.com.br Fale com a gente, envie e-mail, fotos, notícias para a redação. A sua opinião é fundamental para a melhoria de nosso produto. A revista AUTO REVISTA PERNAMBUCO é uma publicação bimestral da Editora Núcleo de Serviços Integrados Ltda. As opiniões dos artigos assinados não representam necessariamente as adotadas pela revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos textos.

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Conta-giros Conta-giros BMW série 4 no Brasil A BMW do Brasil trouxe para o mercado dois novos modelos da Série 4: BMW 420i Cabrio e BMW 428i Gran Coupé. Eles chegam para completar o line-up da Série 4, que já conta com os modelos BMW 428i Cabrio, BMW 435i Coupé e o esportivo BMW M4, nas versões Coupé e Cabrio. “Com a chegada desses novos modelos, completamos o line-up da Série 4, que oferece diferentes opções de carrocerias e motorizações, todas referência em alto desempenho e eficiência.“ afirma Nina Dragone, diretora de Marketing da BMW do Brasil.

WIX completa 75 anos Com linha completa de filtros de combustível, ar e óleo, a Wix é escolha de montadoras para equipar veículos nos Estados Unidos e na Europa. Com dez instalações, estrategicamente localizadas em todo o mundo, oferece amplo portfólio de filtros, distribuindo para mais de 50 países. Produzidos localmente, os filtros de ar são destinados para o mercado doméstico brasileiro e para exportação. Já os filtros de óleo são importados de suas fábricas na Venezuela e México, contribuindo, assim, para os mais de 200 milhões de filtros fabricados anualmente em suas fábricas pelo mundo.

Fábrica da Jaguar no Brasil A Jaguar Land Rover deu início à construção de sua fábrica em Itatiaia, no sul do estado do Rio de Janeiro, com investimentos de R$ 750 milhões. A montadora é a primeira empresa britânica do ramo automotivo a investir na construção de uma unidade industrial no Brasil. Na primeira fase do programa, a nova fábrica de 60 mil metros quadrados irá gerar cerca de 400 empregos diretos e terá capacidade para produzir até 24 mil veículos ao ano. O novo Discovery Sport foi confirmado como um dos veículos que a empresa planeja construir no País.

Fras-le: 35 novas referências de produtos Fabricante de materiais de fricção da América Latina, a Fras-le anunciou o lançamento de 35 novas referências de pastilhas, aplicadas nos freios dianteiro e traseiro para mais de 160 modelos de veículos. Estes lançamentos contemplam as mais variadas aplicações de montadoras como Troller, Audi, Volkswagen, Mini, Mitsubishi, Volvo, Citröen, Renault, Honda, Honda, BMW, Porsche, Land Rover, Mercedes-Benz, Hyundai, Kia Motors e Chrysler. Catálogo eletrônico no site: www.fras-le.com.

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Conta-giros Conta-giros

KIA Sorento “verde”

NGK recomenda revisão Colocar o carro na estrada após meses de uso urbano, com todo o trânsito da cidade, pode representar risco de pane. Para garantir uma viagem tranquila e sem transtornos, a NGK, fabricante em velas de ignição, recomenda uma revisão do veículo. Especialistas da marca ressaltam a importância da inspeção visual por um profissional qualificado, que permite identificar, pela aparência da ponta da vela, possíveis problemas no motor, como excesso de combustível, infiltração de óleo e de fluido de arrefecimento na câmara de combustão e uso de combustível de má qualidade.

O novo Kia Sorento, revelado em outubro deste ano, durante o Paris Motor Show, tornou-se o mais recente modelo da marca a obter a certificação reconhecida internacionalmente por seu impacto sobre o meio ambiente. A TÜV Nord, organização líder de inspeção técnica independente, certificou o modelo, de acordo com a norma ISO 14040 - Avaliação do Ciclo de Vida (LCA). A LCA prevê o impacto ambiental de um veículo durante a sua vida útil, bem como os fatores do seu desenvolvimento e fabricação, incluindo a extração de matérias primas, testes de pré-produção e a eficiência das instalações da fábrica.

Novidades Susin A Susin Francescutti, fabricante de virabrequins e comandos de válvulas para o mercado de reposição nacional, apresenta sua nova marca. A SF Performance é um selo para designar itens de fabricação própria destinados a aplicações especiais, principalmente em veículos com motores de alto desempenho utilizados em competições. A largada para esse segmento foi dada com o lançamento das Bielas Forjadas de Alta Performance. Elas são produzidas em aço SAE 4340 forjado, com parafusos ARP, em perfis I e H para a linha de motores Fiat, GM e Volkswagen.

Continental tem novo presidente O Grupo Continental tem novo comando para o Brasil e Argentina. O francês Frédéric Sebbagh, radicado no País desde 2000, assumiu a presidência local de um dos maiores fornecedores mundiais de componentes automotivos. Ele ocupava o posto de diretor das Unidades de Negócios Fluid Technology e Vibration Control da ContiTech, Divisão do Grupo Continental especialista em componentes automotivos à base de borracha, como correias de transmissão, circuitos de ar condicionado e direção hidráulica, coxins do motor, além de correias transportadoras para a indústria de mineração.

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Conta-giros Conta-giros Nakata presente nos modelos Hyundai A Nakata acaba de lançar diversos itens para veículos da marca Hyundai HB20, Azera e Sonata. As bieletas ligam as barras estabilizadoras aos braços que interligam as rodas, permitindo que as mesmas girem e que a suspensão se movimente em seu curso. São responsáveis por melhorar a estabilidade e a absorção de impactos. Os terminais de direção têm a função de interligar a articulação axial com a roda do veículo, possibilitando movimentos angulares, além de conectarem a barra de direção ou braços axiais às rodas.

L200 de campeão A Mitsubishi presenteou o surfista Gabriel Medina com uma picape L200 Triton Savana personalizada para celebrar o inédito título do circuito mundial de surfe conquistado no Havaí, nos Estados Unidos. O carro exclusivo tem carroceria vermelha, rodas de liga leve na cor grafite, o logo de Medina nas sobrecapas dos bancos, além de adesivos com o nome do atleta nas portas. O modelo é equipado com motor a diesel de 3,2 litros, que rende 180 cv e 38 kgf.m de torque máximo. A picape traz ainda tração nas quatro rodas e snorkel, componente que permite a travessia de trechos alagados.

Parceria: Ingo Hoffmann e produtos PDV Um dos maiores pilotos da história do automobilismo nacional fecha contrato para ser o garoto-propaganda da PDV Brasil e fortalecer o instituto mantido por ele Ingo Hoffmann é um grande ídolo do automobilismo nacional e um dos profissionais mais respeitados dentro e fora das pistas. Sempre correndo em alto nível e mostrando excelentes performances, o piloto competiu nas categorias europeias F-3 e F2, chegando à Fórmula 1 em 1976. Importante na história do esporte brasileiro, tornou-se uma lenda na Stock Car, competindo por mais de três décadas e sagrou-se o maior campeão da categoria, com 12 títulos. O piloto, que sempre esteve envolvido em ações sociais, fundou e mantém o Instituto Ingo Hoffmann, entidade beneficente e sem fins lucrativos que apoia crianças com câncer e seus familiares durante o período de tratamen-

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to oncológico, realizado no Centro Infantil Boldrini, em Campinas (SP). O instituto proporciona às crianças conforto e maior oportunidade de cura. Projeto que conta com a parceria da PDV Brasil. Por ser um representante de grande credibilidade e conhecimento do mundo automobilístico, Ingo Hoffmann foi contratado para assinar a nova campanha publicitária dos produtos. A parceria busca apresentar a força da PDV Brasil, mostrando, assim, a qualidade e a tradição dos produtos. O piloto também assinará a nova linha de produtos Supra Sintético Racing, que contará com um selo próprio de identificação e parte da verba será destinada ao Instituto Ingo Hoffmann.



Conta-giros Conta-giros

Agenda 2015 SAE Brasil Sabó: superpremiada Para fechar 2014, a Sabó recebeu mais três prêmios pela excelência na qualidade de seus produtos e serviços. Somente no ano passado, a empresa levou cinco premiações como marca mais lembrada, melhor empresa, melhor fornecedor nacional e internacional e uma das melhores fabricantes de artefatos de borracha, motivos de muito orgulho. Dentre as premiações recebidas ao longo de 2014, a Sabó foi escolhida como uma das 50 melhores fornecedoras de autopeças mundiais pela General Motors América do Norte.

A SAE BRASIL abre em março o calendário de eventos técnicos de 2015 com o 5º Simpósio de Dinâmica Veicular, em Sorocaba (SP). A programação destaca o 24º Congresso e Mostra Internacionais de Tecnologia da Mobilidade, de 22 a 24 de setembro, o Simpósio Gestão Estratégica da Manufatura e a Conferência Internacional de Tecnologia e Inovação na Indústria Automotiva, todos em São Paulo. A organização prevê, além desses eventos-âncora, a realização de cerca de outros 26 simpósios temáticos coordenados pelas dez Seções Regionais da SAE BRASIL.

Universal/Univel investe em logística Para o ano de 2015, o Grupo Universal/Univel Automotive Systems tem preparado diversas mudanças e inovações em seu processo como um todo, principalmente no processo logístico. Ele investiu mais de R$ 20 milhões nos últimos dois anos para aprimorar o atendimento logístico aos seus clientes. O objetivo é gerenciar de forma mais automática todas as operações dos centros de distribuição do grupo. Além de dar foco ao sistema logístico, a Universal/Univel está também totalmente voltada à melhoria dos processos internos e qualificação de toda sua equipe.

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Novo presidente da Fenabrave O novo presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção Jr., tomou posse oficialmente dia 1º de janeiro de 2015. Empresário e concessionário representante das marcas Volvo, Hyundai e Honda, o executivo já desempenhou na entidade a função de presidente executivo nos últimos triênios e agora será o novo da entidade, sucedendo Flavio Meneghetti, que esteve à frente da Fenabrave de 2012 a 2014.



Conta-giros Conta-giros Catálogo off line de filtros Wega A Wega acaba de disponibilizar ao mercado seu novo Catálogo de Aplicações de Filtros Automotivos na versão off line, sem a necessidade de se conectar a internet para realizar as pesquisas. Basta acessar o site da Filtros Wega www. wegamotors.com e baixar essa nova versão direto no seu computador ou notebook. Essa nova versão permite agilidade nas consultas das aplicações e conversões de filtros, podendo ser instalado em várias máquinas do escritório, ou mesmo em notebooks dos usuários em serviço externo.

Novo diretor comercial da Pósitron A Pósitron, marca da PST Electronics, apresentou o novo diretor comercial Celso Antonio dos Santos. O executivo fica responsável pela coordenação das áreas de Aftermarket, Montadoras, Varejo/Áudio, Marketing, Garantia e Pós Vendas. Formado em Engenharia Eletro Eletrônica, pós-graduado em Administração e Marketing e com especialização em Gestão Estratégica de Negócios pela FGV, Celso possui mais de 20 anos de experiência de mercado.

Parceria entre MWM e Senai A MWM International Motores, fabricante independente de motores diesel, comemora 20 anos de parceria com o Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, uma das mais importantes instituições educacionais, que desenvolve ampla gama de programas e atua na formação de técnicos e tecnólogos industriais. O primeiro contrato foi assinado com o Departamento Regional de São Paulo para a parceria com a escola Senai Cd. José Vicente de Azevedo de São Paulo (SP), no bairro do Ipiranga, em 29 de março de 1994.

LED orgânico para habitáculos A Osram apresentou a primeira luminária do mundo com a tecnologia OLED (LED orgânico) para interiores de carros. O novo produto tem o formato de lâmpada para leitura, com luz “quente” e uniforme, desenvolvida para diminuir os efeitos do veículo em movimento. O modelo evita a ocorrência de sombras e ofuscamentos, graças ao facho de luz direcionado para um ponto fixo. A potência é outra vantagem do produto, que tem temperatura de cor de 3.000 K e alto brilho, além de poder ser recarregado de forma prática via cabo USB.

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Test-drive Audi Q3

Boa combina

O Q3 une o espaço de um SUV com características positivas dos veículos da Audi, como muita tecnologia e motor econômico e de bom desempenho

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ma das características mais importantes em algumas marcas de montadoras é a capacidade de fazer os consumidores identificarem, seja no volante ou no banco de passageiro, que estão andando em um dos modelos fabricados por elas. E isso vai muito além da logomarca estampada na parte externa ou interna. Envolve aspectos como design, comportamento

da suspensão e sensação de robustez ou fragilidade diante dos buracos de nossas sofridas ruas, entre outros. Durante alguns dias guiando o Q3, pudemos comprovar que o modelo é mais um a reforçar a identidade da Audi. Estão nele muitas características dos carros da montadora, que vamos enumerar a seguir. A primeira delas é o sutil equilíbrio entre conforto e estabilidade da sus-


ação

pensão. Como em todos os veículos da Audi, ela é rígida o suficiente para garantir que eles não percam a proximidade com o chão, mas sem descuidar da maciez necessária para enfrentar os desníveis enfrentados cotidianamente no Brasil. O Q3 é um carro grande e alto, mas não passa insegurança nas curvas, mesmo as mais fechadas, porque inclina muito pouco. A Audi também disponibiliza, vale ressaltar, o recurso tecnológico Dri-

ve Select. Ele permite configurar o comportamento do veículo (o que inclui a suspensão) de acordo com quatro modos pré-definidos. No Q3 ele faz parte do pacote opcional Advanced, que também tem os recursos Keyless-go (ligação do veículo sem necessidade de chave), câmera de ré, computador de bordo com display colorido e som Bose. Na versão que guiamos, entretanto, a intermediária Ambiente, esse pacote não

estava disponível. Outra característica dos modelos da Audi que percebemos no Q3 foi a boa relação entre potência do motor, esportividade do conjunto e carroceria. Como destacamos, ele é um SUV de dimensões consideráveis, com mais de 4,3 metros de comprimento e 1,5 tonelada de peso, e o motor do carro que guiamos nem era o mais potente disponível: tinha 170 cavalos (há ainda o 2.0 com 211 cv da versão Ambition

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e o 2.5 de 310 cv do RS Q3). No entanto, a boa resposta do motor passa a sensação de que o condutor está guiando um veículo esportivo, de torque satisfatório e direção firme. Ainda falando do motor, o Q3, como legítimo Audi, desmistifica a ideia de que carros grandes com motores a gasolina e bom desempenho significam, necessariamente, alto consumo. Pisando leve no acelerador, conseguimos uma boa média de 8,4 km por litro dentro da cidade (medido pelo computador de bordo). Além do ótimo câmbio Tiptronic de sete velocidades com mudanças de marchas imperceptíveis, o motor também é ajudado por recursos como a tecnologia que permite o aproveitamento da energia cinética gerada pelo veículo em descidas ou frenagens. De acordo com a Audi, só isso já resulta em até 3% de economia de combustível. Em relação à dirigibilidade, o Q3 se mostra um carro que não assusta pelo tamanho. No volante, em pouco tempo o condutor se acostuma e não há dificuldade nas manobras. O banco do motorista, com regulagem elétrica e inúmeras configurações possíveis, permite boa adaptação. Chamaram a atenção, também, o silêncio do carro em movimento, a boa visibilidade da área envidraçada e a ajuda do sensor de estacionamento, que além de mostrar a proximidade dos obstáculos no visor do painel, também informa através de sinais sonoros que vêm exatamente de onde está o perigo da batida. Como resultado de nossa experiência, podemos afirmar que o Q3 não nega o seu DNA de legítimo Audi: não economiza na tecnologia, é discreto sem perder a imponência e a elegância, vem equipado com motor potente e econômico e tem suspensão que combina conforto e esportividade na medida certa.

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Ficha técnica

Motorização: 2.0 Turbo FSI Cilindros / Cilindrada: 4 em linha / 1.984cc Potência (cv): 170 @ 4.300 - 6.200 Torque (Nm): 280 @1.700 - 4.200 Tração: Quattro (4x4 disponível em tempo integral, acionada somente quando necessário) Transmissão: S tronic 7 velocidades Peso (kg): 1.510 Comprimento (mm): 4.385 Largura (mm): 1.831 Altura (mm): 1.590 Entre-eixos (mm): 2.603 Capacidade do tanque de combustível (l): 64 Capacidade do porta-malas (l): 460 Aceleração 0-100 km/h (s): 7,8 Velocidade Máxima (km/h): 212 Preço da versão guiada:

R$ 149.900,00



45 anos de sucesso

Muita história A Hilux está perto de completar meio século de produção em todo o mundo. Saiba mais sobre a trajetória da picape que é uma das mais importantes do mercado automotivo

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ocê sabia que o maior mercado consumidor da Hilux no mundo é a Ásia, onde ela é um modelo bem mais acessível para a população, custando a partir de 21 mil dólares em países como Malásia e Filipinas? Essa é uma das várias curiosidades sobre a picape média da Toyota que em 2014 foi a segunda mais comercializada do Brasil na sua categoria (ficou atrás apenas da S10, da GM, no ranking de emplacamentos da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – Fenabrave). Apesar de ser relativamente recente no Brasil, a Hilux completou, no ano passado, 45 anos de produção no mundo. Vamos mostrar, aqui, alguns detalhes dessa trajetória e informações sobre o desempenho da picape que teve em, 2013, mais de 700 mil unidades comercializadas no planeta, distribuídas principalmente entre Ásia, Oriente Médio e América Latina. Juntas, essas regiões foram

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responsáveis por mais de 2/3 da demanda pelo veículo naquele ano. Um detalhe interessante sobre o mercado da Hilux na Ásia, onde ela vendeu mais de 270 mil veículos em 2013 é que por lá a picape, principalmente por sua grande resistência e durabilidade, é bem mais vista como um pequeno caminhão, transportando desde cargas gigantescas a grandes quantidades de pessoas. Tanto que a versão cabine simples, por lá, é sucesso absoluto – bem diferente do América Latina, por exemplo, onde a preferência pela cabine dupla é quase unânime. Outra curiosidade sobre a picape da Toyota é que quando ela foi lançada, em 1969, apesar de seu nome vir de “High Luxury”, que significa alto luxo, em inglês, era um veículo mais usado para o trabalho e associado a força e robustez. Seu uso misto, tanto para carga quanto para passeio, veio a se consolidar a partir da 5ª

geração, no fim da década de 1980. No Brasil desde 1993, a Hilux, de acordo com a Toyota, oferece hoje, junto com a SW4, 14 configurações possíveis. Os destaques para a linha 2015, segundo a montadora, são a SRV FFV A/T 4x2 bicombustível com tração 4x2 e transmissão automática, a SW4 SR FFV A/T bicombustível com sete assentos e a SW4 SRV Diesel topo de linha com cor preta para o acabamento interno – mais uma opção, além da cor bege, que já era disponível. A versão 2015 também contou com uma edição especial, a Limited Edition. Tendo como base a SRV Top Diesel 4x4, ela contou com produção de apenas 3 mil unidades. Veio com uma capa nas cores preto e cinza no para-choque frontal, rodas de aro 17” adesivos personalizados, santantônio cromado com protetores laterais em preto e capota marítima de lona.


1ª geração: 1969 a 1972

Modelo teve grande aceitação dos consumidores por reunir desempenho, qualidade, tamanho adequado e preço competitivo.

2ª geração: 1972 a 1978

A Hilux ganhou outras versões, melhorias no sistema de freio, diminuição na emissão de poluentes, mais itens de segurança e menor custo e tempo de manutenção. Foi eleita a picape do ano de 1974 nos Estados Unidos.

3ª geração: 1978 a 1983

A Toyota introduziu a primeira versão com tração 4x4, cabine dupla e motor a diesel. Essa geração foi a primeira em que o uso da picape poderia ser não apenas para o trabalho, porque oferecia a dirigibilidade e o conforto de um carro de passeio.

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4ª geração: 1983 a 1988

A picape atingiu a produção anual de 4 milhões de unidades, com opções que atendiam necessidades específicas de cada região. Para locais com condições mais severas, a Hilux apresentava uma versão ainda mais robusta.

5ª geração: 1988 a 1997

A Hilux atingiu 140 países ao redor o mundo. Essa geração foi marcada pelo novo motor diesel de 2.8 litros.

6ª geração: 1997 a 2004

Para esta geração, o conforto interior foi uma das prioridades. Ela ganhou mais espaço interno, principalmente para os passageiros dos bancos traseiros. Além disso, a dirigibilidade foi aprimorada, garantindo a sensação de conforto de um carro de passeio, mas sem perder a robustez de um fora de estrada. Essa geração também foi marcada pela introdução da SW4, em 1998.

7ª geração: a partir de 2004

Geração atual, produzida em 12 países e vendida em aproximadamente 170 ao redor do mundo. Em 12 anos, as vendas atingiram mais de 500 mil unidades

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Test-drive Novo Uno 2015

Alma sofisticada Rodamos em dois modelos do Novo Uno, um deles com o sistema Start & Stop, e podemos atestar: por dentro, ele mudou bastante. E para melhor

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o Brasil, terra de um consumo ainda distorcido, no qual bens duráveis, mais do que feitos para usar, são para ostentar, carro ainda é um grande símbolo de status. Mas se você está antenado com os novos tempos, não se identifica com esse modelo tão ultrapassado e procura, sobretudo, um veículo resistente, relativamente bem equipado e bom de andar na cidade, o Novo Uno 2015 pode ser uma alternativa a considerar. Tivemos oportunidade de guiar dois modelos da nova versão: o Attractive 1.0 e o Evolution 1.4 Start&Stop,

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ambos equipados com todos os opcionais disponíveis no site da Fiat. Com a experiência, uma coisa que pudemos notar é que se no design externo as diferenças entre o Novo Uno e o modelo anterior são sutis, por dentro os carros ficaram bem diferentes. E isso acontece tanto no design quanto em detalhes como o nível menor de ruído interno. Começando pela aparência, o Novo Uno herdou componentes que lembram a sofisticação de modelos mais sofisticados - como o 500, por exemplo. O display de LCD de 3,5” do quadro de instrumentos sobreposto

ao fundo plano remete à bela solução de design do ultracompacto da marca italiana. Nos dois modelos que guiamos, também chamou a atenção o console mais bonito e o acabamento melhor das portas. No Evolution 1.4, o grande atrativo é o sistema Start&Stop. Recurso que no Brasil só era encontrado em veículos de luxo, ele merece destaque por dois motivos. Primeiro pela inovação da Fiat, que o colocou em um carro com apelo “popular”. Depois porque ele é um acessório bastante adequado para esses tempos de preocupação com o meio ambiente: possibilita que o veículo gaste menos combustível fóssil e polua menos o ar. O funcionamento do Start&Stop é extremamente simples. Com o carro parado no trânsito (um sinal fechado, por exemplo), o motor desliga automaticamente. As demais funções, como rádio, ar condicionado e vidros elétricos, continuam funcionando normalmente. Para ligar novamente o motor, basta pisar na embreagem. É tudo muito fácil, rápido e intuitivo e em pouco tempo o motorista se acos-


tuma. E se ele quiser, pode desligar o Start&Stop com apenas um toque em um botão localizado no console. No painel do carro, após o desligamento do motor, um símbolo mostra quando o sistema está ativo e funcionando. Em caso de paradas mais longas, que excedam 165 segundos, o motor liga automaticamente, garantindo a carga da bateria. O sistema também pode religar o motor caso o freio perca força ou se o carro atingir velocidade superior a 3 km/h. Aqui vai um detalhe que observamos. O ar condicionado, no sistema Start&Stop, não fica funcionando com força total quando o motor é desligado. No inclemente sol de Fortaleza, não foi possível suportar e tivemos de dispensar o recurso nas horas mais quentes do dia. Mas é importante ressaltar que o carro que guiamos não tinha película fumê nos vidros – item mais que essencial no Nordeste. A presença do fumê, provavelmente, ajudaria a manter a temperatura no

interior mais amena e viabilizaria o Start&Stop até no sol do meio-dia. Em relação aos motores, o 1.4 e a carroceria nasceram um para o outro. O carro é ágil no trânsito, tem bons torque e potência e não nos frustrou em nenhuma situação. Já o 1.0 anda bem, mas precisa de um tempo pra embalar. De preferência, quando o motor chega nas 4 mil rpm. Mas para o trânsito lento da cidade, vale ressaltar, ele deu conta do recado. Além dos itens de série que citamos, o Novo Uno também se destaca pela oferta de opcionais interessantes. Entre eles estão rádio integrado ao painel frontal com um generoso display e entradas para USB, iPod, auxiliar e Bluetooth, alavanca de seta com Lane

Change, que permite que um leve toque acione o pisca por cinco vezes e retrovisores externos elétricos com Tilt-Down (basta engatar a ré que o retrovisor externo direito automaticamente se reposiciona para baixo, mostrando as calçadas e desníveis). Resumindo, não se engane com as poucas diferenças de design externo do Novo Uno em relação ao anterior. Vale a pena dirigir o modelo para constatar que a grande mudança foi na parte interna. Para quem deseja um carro urbano prático, com um bom pacote de equipamentos de conforto e tecnologia à disposição para configura-lo e não liga para status, o compacto da Fiat é uma escolha a considerar.

Preços (valores de modelos montados no site da Fiat, com equipamentos similares aos presentes nos carros que guiamos): • Evolution 1.4 R$ 45.536,00 • Attractive R$ 41.198,00

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Conceitos do Salão do Automóvel de SP

O que vem por aí

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ais do que uma porta para o futuro, os diversos salões de automóveis realizados pelo mundo afora servem como estudo para as principais montadoras do planeta para analisar a reação do público – porque não futuros consumidores – quanto à novas formas de design e também sobre tecnologias que vêm ou serão embarcadas nos novos produtos das mesmas. Muitos dos modelos mostrados durante o Salão Internacional de São Paulo 2014, realizado até o início de novembro, devem virar realidade nos próximos anos e alguns chegar às concessionárias em breve. Outros, não são somente experimentos e instrumentos de observação para que o futuro seja ainda mais deslumbrante para o consumidor e, claro, para a indústria automobilística mundial. Veja alguns dos modelos apresentados durante a principal feira do setor e confira um pouco do que vem por aí:

Mitsubishi Concept GC PHEV

A montadora aposta no Concept GC PHEV para o futuro de seus carros. O veículo é híbrido, tem tração 4X4 integral S-AWD, para rodar na cidade e no off-road. Todas as funções do veículo podem ser controladas por uma grande tela sensível ao toque.

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Nissan Kicks Concept

A Nissan mostrou nesta edição o Kicks Concept, derivado da família de March e Versa. O crossover urbano compacto premium é versão do conceito anterior Nissan EXTREM, com design mais robusto e alegre, ao mesmo tempo, com detalhes em laranja vivo.


Chevrolet S10 High Country

A Chevrolet apresentou o conceito S10 High Country, modelo mais luxuoso do topo de linha encontrado nas concessionárias. O utilitário é equipado com o motor 2.5 Flex, de 152 cv de potência, e é bem provável que se torne um produto de linha da picape.

Toyota FT-1

O FT-1 é a materialização da forma como a Toyota vê o futuro dos carros. Tanto é que o nome remete à expressão (em inglês) “Future Toyota”. O conceito, na verdade, não foi pensado para as ruas, mas sim para um estudo para o jogo GranTurismo 6, do PlayStation 3.

Volkswagen T-ROC

O T-ROC da Volkswagen que vislumbra uma possível nova linha de SUV’s. Traz características de utilitário esportivo, com tração integral, e possui traços de um conversível, com a parte do meio do teto que pode ser dividida ao meio, removida e guardada no porta-malas.

Audi Urban Concept

O Audi Urban Concept mistura vários conceitos encontrados em diversos tipos de veículo e chama atenção pela mistura do moderno com o retro tanto na versão cupê quanto conversível. A autonomia é de 70 km, permitida por dois motores elétricos de 20 cv cada.

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Fiat FCC4 Coupé Concept

O Fiat FCC4 Coupé Concept expõe os primeiros passos de um segmento inédito: o das picapes compactas/médias. O protótipo está em estágio inicial, já que os traços parecem distantes de modelos de série da marca. Ainda mais pelo fato da caçamba parecer disfarçar a traseira de um cupê.

Subaru Viziv2 Concept

Protótipo de crossover que deve dar origem a substituto do atual Tribeca. O modelo apresentado no Salão conta com um trem-de-força híbrido, com motor boxer 1.6 a diesel aliado a três unidades elétricas, com câmbio CVT e tração integral.

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Renault Kwid

O Renault Kwid é um SUV compacto que tem como objetivo conquistar o público jovem. Tanto é que possui formas e cores chamativas. Destaque para o drone que acompanha o modelo e projeta imagens da estrada e do próprio SUV na tela central.

Suzuki Crosshiker Concept

Misto de hatchback e SUV compacto, o Crosshiker Concept tem um toque futurista, mas sem deixar de lado o DNA 4x4 que caracterizam por parte dos veículos produzidos pela Suzuki. Com só 810 kg, é mais leve que o finado Fiat Mille e pode rodar até 30 km/l na cidade.


Peugeot 208 Natural

A aposta da PSA Peugeot Citröen foi o uso de materiais renováveis, que resultou na criação do Peugeot 208 Natural. O modelo parece feito de barro, pois recebeu tinta mineral à base de terra, bancos em couro bovino e aplicações em couro de Pirarucu, detalhes do volante, do freio de mão e da alavanca de câmbio com revestimento de pele de Salmão.

Chevrolet Onix Track Day

A Chevrolet mostrou no Salão uma proposta viável para quem gosta acelerar nas pistas de corrida. Trata-se do Onix Track Day, versão preparada pela fábrica que traz debaixo de capô o motor 1.8 16V Ecotec com 150 cv de potência. Para ter mais potência, pega emprestado o motor Ecotec 1.8 Flex do Chevrolet Cruze 2015.

Chery New Generation

A Chery Brasil levou a Salão do Automóvel de São Paulo o seu mais novo conceito, o New Generation, que promete direcionar a criação dos próximos modelos da empresa a partir de investimento em pesquisa e desenvolvimento, direcionados com foco neste projeto a ser introduzido pela mesma.

Honda FCEV

O Honda FCEV é um conceito para demonstrar o uso do hidrogênio como combustível. Ele consegue autonomia de mais de 400 km (482, para ser exato), com tempo de recarga de apenas três minutos. O design aerodinâmico também ajuda nos números eficientes, entregando potência máxima de 134 cv.

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Carro dos Sonhos

GM Corvette Stingray Esportivo chega aos 60 anos de história com versão que mantém seu espírito de potência e velocidade, mas com muita tecnologia embarcada

“O

mais eficiente nos quase 60 anos de história do Corvette”. Assim, a General Motors definiu o superesportivo que traz consigo muita, mas muita, tradição. Sem perder o espírito que sempre o caracterizou, o Corvette Stingray realmente traz

avanços significativos quando comparado às versões passadas. Antes de mais nada, a montadora seguiu receita muito utilizada pelas fabricantes de esportivos: reduzir o peso. Para isso, a fibra de carbono foi amplamente utilizada na concepção do veículo, assim como outros materiais resistentes e leves, como o magnésio, que foi aplicado nos bancos. Capô, teto e uma série de outros itens no carro tiveram seu peso

aliviado, o que garante uma relação peso/potência bastante agressiva. Como desde o seu lançamento, 60 anos atrás, é debaixo do capô que está um dos atributos mais admiráveis do Corvette Stingray. O V8 LT1 conta com injeção direta de combustível e comando de válvulas variável, que deixam o propulsor de 6.2 litros mais do que apto para queimar o asfalto. O interessante é a relação obtida entre desempenho e consumo: apesar dos 450 cv de potência e 62,2 kgfm de torque, o carro chega a consumir apenas 11 Km/l, de acordo com dados da montadora. Apesar da preo-


cupação dos engenheiros GM com a economia, é acelerando que o esportivo mostra seu poder inerente: o V8 gritando. Para sair de 0 Km/h e alcançar os 100 Km/h, são apenas 4 segundos. Isso, sem falar em sua velocidade final: nada menos que 350 Km/h. Duas opções de câmbio colaboram

para o desempenho fenomenal do Corvette Stingray: automático de seis velocidades ou manual de sete marchas, com tecnologia que antecipa os engates para trocas mais rápidas, como carros automatizados de dupla embreagem. O modelo possui tração traseira com 12 ajustes disponíveis, desde para o mais agressivo carro de pista até ao mais controlável veículo de passeio. Os freios com auxilio ABS contam com discos dianteiros e traseiros com pinças de quatro pistões. Por dentro, o Corvette Stingray traz vasta gama de opcionais e pode ser configurado ao gosto do comprador: tela de oito polegadas no painel, com funções multimídia e GPS, divide espaço com os comandos do ar-condicionado de duas zonas e é envolto em fibra de carbono. O motorista tem à sua disposição mostradores

de velocidade, conta-giros e outras informações sobre o motor. Por fora, o design como sempre agressivo teve as lanternas traseiras inspiradas no primo Camaro e as saídas de escapamento estão posicionadas ao centro. A dianteira é fator primordial para demonstrar sua identidade e, no capô, as saídas de ar que ajudam a manter o motor sempre refrigerado. Sem dúvida um carro com muita história, tecnologia embarcada e personalidade própria. O preço do modelo 2015 ainda não foi divulgado, porém podemos ter uma ideia do que vem por aí a partir do valor sugerido do último modelo lançado, ainda disponível no site da Chevrolet: a partir de 77.590 dólares.

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Legislação

Colecionando polêmicas Veja algumas decisões questionáveis do Contran, órgão responsável pelas resoluções que regulam o cotidiano de motoristas e proprietários de veículos no Brasil

V

ocê consegue se imaginar tendo sangue frio para conter um incêndio no seu carro, ao invés de fugir do fogo o mais rápido possível? Além disso, será que aquele pequeno extintor que equipa o veículo é capaz de debelar as chamas de toda a sua carroceria? O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tem como uma das funções estabelecer as normas regulamentares do Código de Trânsito Brasileiro e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito. Na prática, isso significa definir, de forma específica, como devem agir os motoristas e proprietários de veículos de todo o País. Mas o órgão coleciona algumas polêmicas, das quais a obrigatoriedade do extintor de incêndio do tipo ABC é só uma delas. E diante dos problemas gerados por algumas de suas resoluções, já teve até que voltar atrás. Selecionamos algumas delas: Kit de primeiros socorros A resolução nº 42, de 21 de maio de 1998, determinava que seria obrigatório, nos veículos, um kit contendo os seguintes itens: dois rolos de ataduras de crepe, um rolo pequeno de esparadrapo, dois pacotes de gase, uma bandagem de tecido de algodão do tipo bandagem triangular, dois pares de luvas de procedimento e uma tesoura de ponta romba. Alvo de muitas polêmicas e questionamentos

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judiciais, a decisão foi revogada no ano seguinte pela lei nº 9.792/99. A confusão foi tripla: milhões de consumidores gastaram dinheiro com o kit e depois descobriram que não precisavam mais dele e motoristas que não o tinham foram multados e depois tiveram as infrações anuladas. Além disso, uma empresa vendedora de kits entrou na justiça contra a União, alegando que amargou prejuízo com milhares de unidades que haviam sido compradas e depois ficaram encalhadas com o fim da obrigatoriedade. Cadeirinha A resolução nº 277, de 28 de maio de 2008, determinava que o transporte de crianças com idade superior a quatro e inferior ou igual a sete anos e meio deveria ser feito por um “assento de elevação” colocado no banco de trás. O problema é que o tal assento só poderia ser usado em carros com cinto de três pontos e muitos modelos antigos no Brasil não têm esse acessório. Classificada como “lacunosa e imperfeita” e capaz “de induzir o consumidor ao erro” em análise publicada no site Jus Navegandi, um dos portais jurídicos mais respeitados do Brasil, ela foi revogada em setembro de 2010 pela deliberação n° 100, que passou a autorizar o transporte das crianças, em veículos que possuem apenas o cinto abdominal (de dois

pontos) no banco traseiro, sem o “assento de elevação”. Simuladores de direção A resolução nº 422, de 27 de novembro de 2012, tornava obrigatório o uso de simulador de direção veicular, nas aulas de preparação para o exame, por parte dos candidatos à obtenção de carteira de motorista para automóveis e comerciais leves. A medida se tornou impraticável no Brasil, principalmente pelo custo alto dos equipamentos, que não pôde ser arcado por muitas autoescolas de pequeno porte, em municípios mais isolados. Diante do problema, o Contran passou o problema para os Detrans de cada estado, através da resolução nº 493, de 5 de junho de 2014. Com ela, os órgãos é que decidem se tornam ou não obrigatório o uso dos tais simuladores. Extintor Além da polêmica em torno da capacidade dos motoristas – ou de um mísero e minúsculo extintor - conseguirem apagar o fogo de um veículo inteiro com o novo equipamento, vale ressaltar que os países com as principais fábricas e mercados de automóveis do mundo, como Estados Unidos, Alemanha, China e França, não obrigam o uso do equipamento. Será que eles estão errados e nós certos?



Mercado Total

Poderia ser melhor! Licenciamento e a produção de veículos em 2014 tiveram números inferiores em relação ao ano anterior apesar do bom desempenho das vendas em dezembro

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desempenho do setor automotivo em 2014 - incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e máquinas autopropulsadas – ficou abaixo do registrado em 2013. Segundo balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o licenciamento de autoveículos no ano passado apresentou retração de 7,1%, com 3,50 milhões de unidades comercializadas no ano, contra 3,77 milhões no retrasado. Na comparação mensal, o licenciamento de autoveículos no último mês de 2014, com 370 mil unidades, cresceu 25,6% sobre as 294,7 mil de novembro do mesmo ano e aumentou 4,6% sobre dezembro de 2013, quando o mercado absorveu 353,8 mil autoveículos. Vários fatores interferiram nos resultados, principalmente o final da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a partir de 31 de dezembro. Os dados apontam que o volume de produção, com 3,15 milhões de unidades de janeiro a dezembro, diminuiu 15,3% se comparado com as 3,71 milhões de unidades de igual período de 2013. Apenas em dezembro, foram fabricados 203,8 mil produtos, 11,8% menor do que as 230,9 mil de dezembro de 2013 e 23,1% abaixo de novembro do ano passado. Nas exportações a retração foi de 40,9%, em comparação as 334,5 mil unidades mandadas para fora do

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País no ano passado, contra as 566,3 mil de 2013. Os números da análise mês a mês mostram que dezembro de 2014, que registrou 23,7 mil autoveículos exportados, foi 8,7% menor do que o mês anterior – 26 mil – e 45,2% abaixo das 43,3 mil do mesmo mês de 2013. O presidente da entidade, Luiz Moan Yabiku Júnior, acredita que em 2014 a indústria automobilística enfrentou uma série de desafios, como a forte seletividade na concessão de crédito, feriados em razão de grandes eventos e cenário complexo no comércio exterior. De acordo com o dirigente, o segundo semestre já apresentou recuperação no que se refere ao licenciamento e à produção. Entretanto, para 2015, é esperado pelo segmento um primeiro semestre difícil. Mas os ajustes que serão promovidos durante o ano pela indústria e provavelmente do Governo devem levar a um resultado equilibrado, no mínimo com mesmo desempenho de 2014. Isso mesmo com a Anfavea prevendo para este ano um primeiro semestre difícil para o setor. Veículos pesados – O segmento de caminhões encerrou 2014 com 13,7 mil unidades licenciadas no último mês do ano, superior em 12,6% sobre novembro, com 12,2 mil, e abaixo em 5% com relação as 14,4 mil de dezembro de 2013. O desempenho contribuiu para que o ano 2014 chegasse ao fim com

Roberto Pierantoni

137,1 mil caminhões licenciados, retração de 11,3% sobre as 154,6 mil do ano anterior. O recuo foi um pouco mais intenso na produção. Em 2014, saíram das linhas de montagem 139,9 mil caminhões, 25,2% a menos do que as 187,1 mil de 2013. No comparativo mensal, as 3,7 mil unidades do último dezembro significam queda de 68,6% sobre as 11,8 mil de novembro e de 49,6% frente as 7,3 mil do último mês de 2013. No segmento de transporte de passageiros, os ônibus também fecharam 2014 com resultados negativos. Foram licenciadas 27,5 mil unidades no ano passado contra 32,9 mil em 2013, 16,3% menor. O licenciamento de 2,3 mil veículos em dezembro representou estabilidade sobre novembro, mas queda de 26,9% ante as 3,2 mil de dezembro de 2013. A produção de chassi de ônibus seguiu o viés de baixa e encerrou 2014 abaixo em 17,9%. No resultado final, foram 32,9 mil unidades no ano passado, contra 40,1 mil no ano anterior. Em dezembro de 2014, a produção foi de 604 chassis, 67,2% menor do que as 1,8 mil de novembro e abaixo em 63,3% sobre as 1,6 mil de dezembro de 2013. A exportação, tanto para caminhões quanto para ônibus, também foi negativa: quedas de 29,1% e 32,4%, respectivamente, no confronto entre 2014 com 2013.



Clássicos

Por Arnóbio Tomaz

Dodge Polara Modelo compacto da Chrysler circulou por um bom tempo nas ruas do Brasil. Hoje, restam alguns exemplares com colecionadores

O

Dodge 1800 foi um modelo que nasceu cheio de problemas mas evoluiu com o passar dos anos. Virou o Dodge Polara e chegou a deixar saudades. A sua primeira versão foi mostrada no VIII Salão do Automóvel, em novembro de 1972, ainda como modelo de pré-série. Na época, estavam chegando muitas novidades, como o

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Chevette, o Passat e a Brasília e ele era a alternativa da Chrysler para movimentar o mercado. O lançamento para o público ocorreu em abril de 1973, e o carro logo passou a ser chamado de “Dodginho”. O 1800 trazia motor dianteiro (desenvolvendo 78 cv), tração traseira e câmbio de quatro marchas, sendo oferecido nas versões Luxo e Gran Luxo. Como a empresa apressou o lançamento, por causa do ano rico em novidades da concorrência, o Dodginho apresentou muitos defeitos de qualidade que comprometeram a sua imagem. Em 1974 chegou a versão SE, de aparência esportiva e acabamento mais despojado, visando o público jovem. Na linha 1975, o Dodge 1800 era oferecido em quatro versões: básica, SE, Luxo e Gran Luxo. Os modelos


1976 trouxeram uma novidade: disponível apenas nas versões Luxo e Gran Luxo, o carro foi rebatizado com o nome Polara, apresentando nova grade dianteira e lanternas traseiras redesenhadas, melhorando o aspecto visual. Na mecânica, o cabeçote do motor foi retrabalhado e ele ganhou novo carburador. Com isso, a potência

passou para 82 cv, tornando o Polara quase outro carro – principalmente se comparado dinamicamente ao 1800 de 1973. A performance lhe rendeu o título de “O Carro do Ano” no Brasil. Mais mudanças de estilo foram incorporadas em 1978, incluindo aí nova frente, com faróis retangulares e lanternas traseiras redesenhadas. No ano seguinte, o Polara Gran Luxo ganhou novo tecido de estofamento, além de frisos protetores laterais – os carros de 1978 tinham apenas filetes na pintura. E como equipamento opcional, uma grande inovação para um veículo dessa categoria: transmissão automática de quatro velocidades com alavanca seletora no console. Ainda em 1979, a Volkswagen adquiriu o controle acionário da Chrysler do Brasil, selando assim o destino

do Dodge nacional. Nas mãos da Volkswagen, o Polara 1980 recebeu para-choques com polainas plásticas e bancos dianteiros de encosto alto. Foi lançada depois a versão GLS, com carburador Weber e acabamento ao mesmo tempo luxuoso e esportivo, com painel de instrumentos importado contendo seis mostradores. Pouco tempo depois, a Volkswagen absorveu o restante da Chrysler e começou a preparar a antiga fábrica do Dodge para produzir seus caminhões. Deste modo, as previsões mais sombrias se confirmaram e o Polara, assim como os demais modelos da marca, teve a produção oficialmente encerrada em 1981, após 92.665 unidades fabricadas. Atualmente existem poucas unidades em boas condições circulando por nossas ruas, virando peça de museu.


Componente

Tudo sobre a troca de óleo Para aumentar a vida útil do carro e evitar prejuízos ou o risco de ter o motor fundido, é importante saber mais sobre esse procedimento

A

troca de óleo pode parecer simples, mas é fundamental para a vida útil do motor. Os prazos de troca sempre geram dúvidas e uma lubrificação deficiente é capaz de causar danos que vão da redução de desempenho e aumento do consumo de combustível até o famoso “motor fundido”, cujo conserto pode custar até metade do valor do automóvel. Para evitar prejuízos,

confira o que é necessário saber sobre troca de óleo do motor e, assim, aumentar a vida útil do carro. Mineral x Sintético - Como os óleos sintéticos têm custo elevado, o usuário costuma optar pelos lubrificantes minerais. Entretanto, os sintéticos são considerados pelos especialistas como a melhor opção. Esses produtos proporcionam be-

nefícios de longo prazo, como economia de combustível, partidas mais rápidas, redução do desgaste e aumento da vida útil do motor. É importante lembrar que o ganho de desempenho gerado pelo lubrificante sintético pode não valer muito a pena em um carro de entrada, com motor 1.0 litro, já que o produto custa até cinco vezes mais que um mineral.


Use sempre o óleo certo Engana-se quem pensa que não tem problema colocar qualquer óleo no motor do carro. Quando precisar trocar, utilize o óleo específico indicado no manual do proprietário – as fábricas investem meses em pesquisas para saber qual o lubrificante mais recomendado para cada motor. Se tiver que completar o nível com óleo de outra marca, certifique-se de que eles têm a mesma especificação, com composição e viscosidade compatíveis. O que não se pode fazer de maneira nenhuma e misturar mineral com sintético.

Não esqueça do filtro

Motor frio para medir e quente para trocar

Não adianta nada trocar o óleo e manter o mesmo filtro. Cada veículo tem uma especificação. Mas, geralmente, a indicação é substituir os dois juntos. Afinal, o filtro impede a circulação de impurezas no motor. Manter o filtro pode comprometer outras peças que têm custo elevado quando comparadas à economia de economizar no filtro. Portanto, troque o filtro para garantir que o motor não fique impregnado por impurezas e gere um prejuízo maior.

Outra dica importante é medir o óleo com o motor do carro frio, de preferência após dez minutos de desligado. Quando o motor está quente, o óleo ainda não desceu todo para o reservatório, podendo dar a impressão de que o nível está mais baixo. Já para trocar o óleo, o ideal é que o motor esteja quente. Dessa forma, o óleo ficará mais fino e, consequentemente, escorrerá com mais facilidade.

Óleo também fica velho Se o motorista rodar pouco e não atingir a quilometragem estipulada para a troca, deve substituir o lubrificante após seis meses. Após esse prazo, o produto fica velho e pode danificar a bomba de óleo, responsável por manter em dia a lubrificação do veículo.

Com ou sem aditivo? A maioria das montadoras não recomenda usar aditivos no óleo. Até porque, segundo os fabricantes, o óleo já vem com um pacote de aditivo balanceado. Assim, acrescentar outro aditivo poderia comprometer a vida útil do motor. O proprietário também corre o risco de perder a garantia se utilizar aditivos em carros novos. Para saber se a sua montadora autoriza ou não, consulte o manual do veículo.

Definindo o nível O nível correto do óleo é entre o mínimo e o máximo da vareta. Ao contrário do que diz o senso comum, o nível não precisa estar no máximo, e sim em qualquer estágio entre as marcas. Não coloque óleo acima do nível recomendado ou o motor poderá ter vazamentos.

Baixar o nível é normal O óleo baixa mesmo que o motor esteja em boas condições. Segundo as montadoras, é normal baixar entre meio litro e um litro de óleo a cada mil quilômetros rodados, dependendo do modelo. Daí a importância de completar o óleo entre as trocas.

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Componente II

Não descuide do filtro de cabine Ele é fundamental para a saúde de motorista e passageiros. Por isso, recomenda-se verificálo regularmente, porque a frequência da substituição depende de onde o veículo roda 44 - Auto Revista Pernambuco


U

m veículo contém vários tipos de filtros – para combustível, ar, óleo do motor... Mas, embora todos tenham função importante no automóvel, é o filtro de cabine que tem a missão de proteger a vida do motorista e dos passageiros. Originalmente, foi criado para auxiliar o funcionamento do ar-condicionado. O filtro de cabine (ou antipólen) é similar ao filtro de ar do motor e são de dois tipos: poliéster - que filtra apenas o particulado sólido – e carvão ativado - que filtra as partículas sólidas e aumenta a capacidade de reter gases, odores suspensos na atmosfera. O de carvão ativado é o mais utilizado na Ásia e Europa. No Brasil, predominam os filtros simples de poliéster. Um detalhe importante é que muitos veículos já saem da fábrica com os filtros de carvão ativado. Mas, depois, são trocados por filtros de partícula normal, pois muitos aplicadores não oferecem esses filtros no mercado e, como o usuário desconhece que seu carro está equipado com esse filtro especial, acaba passando despercebido. Por não ter prazo de troca ou quilometragem pré-estabelecida, o motorista deve ficar atento à circulação do veículo e vale lembrar que não é possível fazer manutenção nos filtros

de cabine. Assim, a troca é essencial. Recomenda-se verificar o filtro regularmente, pois a substituição depende de onde o veículo roda. Para a linha pesada (caminhões, máquinas agrícolas, etc) a troca do filtro deve ser mais frequente, uma vez que as condições de tráfego são diversas. Outra dica para saber quando deve fazer a troca do filtro é a percepção do odor. O mau cheiro que o motorista pode achar que é alguma sujeira que ficou impregnada no estofamento pode, na verdade, vir do filtro de cabine. Independente do estado do filtro, aproveitar a manutenção de 10.000 km do carro pode ser uma oportunidade de não passar despercebida uma eventual problema. Essa periodicidade de troca do filtro de cabine é indicada para qualquer veículo da linha leve, não importando se o carro tem ou não o sistema de ar condicionado - ao contrário do que muitos pensam o uso do filtro de cabine não está relacionado ao fato de o veículo ter ar condicionado. O simples acionamento do sistema de ventilação faz com que o ar passe pelo elemento filtrante. Neste caso, é sempre bom verificar se o veículo possui este filtro instalado e realizar a troca sempre que necessária. A troca dos filtros é, no geral, simples e pode ser feita pelo próprio usuário. Os

filtros de fabricantes conceituados acompanham um manual detalhado de instalação. Tudo que existe em matéria de manutenção pode ser realizada por qualquer pessoa, mas como existe a necessidade de fazer a esterilização da caixa do ar condicionado (caso o veículo conte com este equipamento), o recomendado é que o trabalho deva ser feito por um profissional especializado para garantir uma esterilização adequada e não somente a introdução de um “cheirinho” de carro novo no interior do habitáculo do veículo, alerta. O mal estado do filtro de cabine pode ocasionar várias doenças respiratórias, como renite, sinusite, irritação da mucosa nasal, etc, e, em casos mais graves, até mesmo a legionelose, uma das bactérias que habita em dutos de ar-condicionado, torres de refrigeração de água e bebedouros e que pode se manifestar de duas formas: doença do legionário – um tipo grave de pneumonia – e a febre de Pontiac. O contágio da doença do legionário ocorre pela inalação de gotas de água contendo a Legionella, que se aloja nos alvéolos pulmonares. O período de incubação é de dois a dez dias, surgindo em seguida os sintomas de febre, tremores, tosse seca ou purulenta e dores de cabeça.

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Veículo alternativo

Opção a mais Pensando em deixar o carro na garagem de vez em quando? Conheça a alternativa das bicicletas elétricas

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ara quem está cansado de enfrentar trânsito lento, ameaças de flanelinhas e falta de vagas para deixar o carro e começa a pensar na bicicleta como meio de transporte alternativo, talvez a melhor maneira de fazer a transição seja através das elétricas. Elas são bem mais caras que as tradicionais, mas garantem muito menos esforço – principalmente se o usuário é recém saído do conforto do automóvel, onde só gastava energia para pisar no acelerador e no freio. Para ingressar nesse mundo, no entanto, é importante saber algumas informações. A primeira delas é que existem dois tipos de bicicletas elétricas: uma tem acelerador no guidão e se comporta como uma motocicleta menos potente, e a outra tem um sistema no qual motor só liga se o condutor movimentar os pedais. Segundo a resolução nº 465, de 27 de novembro de 2013, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), apenas esta última, também conhecida como “pedelec” ou “pedal assistido”, pode circular livremente nas ciclovias e ciclofaixas que têm sido inauguradas em várias cidades brasileiras. Cláudio Henrique Santos, proprietá-

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rio de dois modelos elétricos que usa alternadamente para ir ao trabalho (a cerca de 10 km da sua casa) garante que mesmo com a necessidade de pedalar para usar o motor elétrico, o esforço não é grande. “É como andar com alguém empurrando, para ajudar”, explica. Ele também lembra que muitos modelos têm níveis de

potência do motor, o que garante esse esforço reduzido mesmo em subidas mais íngremes. A autonomia da bicicleta vai depender do quanto o motor é exigido nos trajetos, mas varia, em média, entre 20 e 40 km. Vale ressaltar, também, que as pedaladas do condutor servem apenas para ajudar o motor


elétrico, poupando a bateria. A carga precisa ser feita com uma fonte de energia, seja uma tomada convencional ou através de um carregador. E se a carga acabar antes de chegar ao destino? “A força para pedalar vai depender do peso da bicicleta. Mas existem elétricas leves. Além disso, elas também têm marchas, que ajudam a amenizar o esforço”, explica Cláudio. Em uma pesquisa que fizemos em sites de grandes lojas de departamentos, o peso das bicicletas comuns (sem estruturas especiais, como alumínio ou fibra de carbono) para adultos variava entre 13 e 16 kg. Já as elétricas ficavam entre 23 e 29 kg. No que se refere à manutenção das bicicletas, Alfredo Montenegro, afirma que ela não é muito diferente da que é necessária para as comuns. Segundo ele, o motor só precisa ser verificado por um técnico se der algum problema. O único cuidado necessário é com poças de água com profundidade suficiente para fazer submergir o eixo dos pedais, “mas elas podem andar na chuva, sem problemas”, afirma ele. Por fim, um componente que demanda troca periódica é a bateria. Segundo Alfredo, ela custa aproximadamente 400 reais, em média, e sua vida útil vai depender do uso e da quantidade de cargas que recebe. Mas para um condutor comum, que faça trajetos diários de curta distância, ela pode durar até um ano. Falando em trajetos curtos, o empresário Paulo Angelim, usuário de bicicletas há pouco mais de um ano, afirma que o sucesso da sua experiência tem despertado o interesse de muitos amigos. Ele ressalta que o veículo elétrico é ágil e prático. “Quase sempre chego antes dos amigos que vão de carro para os lugares e saíram junto comigo”, afirma. Paulo lembra, no entanto, que a bicicleta elétrica

não é capaz de substituir completamente o automóvel, mas é um veículo muito bom para trajetos de até 20 km na cidade. Para quem se interessou por essa opção de transporte, vale dizer que, como tudo no Brasil, as bicicletas elétricas não são muito baratas. O preço fica entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, dependendo do modelo. Já a boa notícia é que elas podem ser compradas em até 10 parcelas e já existem marcas se consolidando e com unidades de montagem no Brasil, como a Sense e a Dafra, o que é garantia de assistência técnica regular e abre a possibilidade de preços mais em conta no futuro, já que a demanda é crescente e a tendência é de produção em escala, em médio prazo.

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Sincopeças-Pe

Quais as funções do Sindicato? Confira algumas das obrigações e direitos que empresas e empregados do setor possuem junto à sua entidade associativista

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epresentar e defender no âmbito municipal, estadual e federal os direitos e interesses individuais e coletivos da Categoria Econômica das Empresas do comércio no atacado e varejo de peças e serviços para veículos, motos e refrigeração, na base territorial do estado de Pernambuco, na forma do estabelecido na Constituição Federal, art. 8 inciso III; • Eleger ou designar representantes da respectiva categoria econômica; • Conciliar divergências e conflitos entre os associados, bem como promover a solidariedade e a união entre eles. • Função Negocial: Caracteriza-se pelo poder conferido ao sindicato para negociar/celebrar Convenções Coletivas de Trabalho, constituir Comissões de Conciliação Previa, nas quais serão fixadas regras a serem aplicáveis aos contratos individuais de trabalho pertencentes à esfera de representação do sindicato pactuante. • Função de Arrecadação: Mediante a qual o Sindicato impõe contribuições, conforme determina a Constituição Federal As Contribuições Associativas fixadas pelos Estatutos Sociais são facultativas, depende de adesão do interessado em adentrar ao quadro associativo do sindicato, o que dará direito a usufruir de todos os benefícios destinados a associados (convênios e parcerias específicas para o segmento como

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Telecheque, Ticket, Sesc, Universidade Estácio de Sá, Hapvida, Mapfre Seguros, Metlife, dentre outros). Todas as demais contribuições são compulsórias, ou seja, são obrigatórias, recaindo sobre todos os integrantes das categorias profissionais e econômicas abrangidas e alcançadas por determinado sindicato e refere-se à categoria como um todo e não simplesmente aos seus associados, sendo, portanto, devida por todos os seus integrantes, independente dele ser ou não associado ao sindicato. São elas: Contribuição Sindical, Contribuição Assistencial e Contribuição Negocial. • Função de Colaboração: Colaborar com o Estado no estudo e solução dos problemas que se relacionem com a categoria,. • Quais os objetivos do sindicato e o que ele oferece? Representar o comércio de peças e serviços para veículos no estado de Pernambuco, defender seus interesses e prestar serviços com qualidade às empresas representadas. O objetivo do sindicato é o desenvolvimento das atividades assistenciais sociais e sindicais, como a manutenção por conta própria ou de terceiros de convênios ou serviços para os seus associados nas suas áreas de atuação. O enquadramento sindical, em regra, é determinado peja atividade

exercida pela atividade principal preponderante da empresa (CNAE), • Diferença entre integrante e associado. Aqui é muito importante que se faça a distinção entre o que vem a ser um filiado ou integrante de uma determinada categoria econômica ou profissional e o que vem a ser um associado; INTEGRANTE de uma determinada categoria econômica ou profissional é todo aquele empregador que, por força do desenvolvimento de suas atividades, acabam por constituir uma determinada categoria. Esse enquadramento é automático, natural, espontâneo, independente de ato de vontade e é representado principalmente pelo CNAE principal registrado na Junta Comercial e RFB. ASSOCIADO é todo aquele empregador de uma determinada categoria econômica ou profissional que, por um ato isolado de vontade, resolve se tornar sócio do sindicato. É aquele que contribuí mensalmente como associado. A grande diferença entre o sócio e o não sócio do sindicato é que, ao se tornar sócio do sindicato, o associado passa a gozar do direito que o simples membro da categoria não detêm, que é o exercício do direito de voto nas assembleias sindicais deste sindicato, votando e podendo ser votado, ocupar cargos de dire-



ção sindical, além de poder gozar dos benefícios que aquele sindicato possa oferecer-lhe, tais como direito a voto; convênios; cursos; assessoria jurídica; informativos e outros. A Constituição Federal diz que “ninguém é obrigado a filiar-se a um Sindicato”. • Tipos de contribuição do Sincopeças-PE. Contribuição Sindical Compulsória a todos os integrantes da categoria do comércio no atacado e varejo de peças e serviços para veículos, motos e refrigeração para autos no estado de Pernambuco. Contribuição Assistencial/Negocial Compulsória a todos os integrantes da categoria do comércio no atacado e varejo de peças e serviços para veículos, motos e refrigeração para • Fundamento legal das cobranças sindicais. A fundamentação legal destas contribuições compulsórias decorre do Estatuto do Sindicato votado em Assembleia Geral e da Legislação vigente, das Convenções ou Dissídios Coletivos do Trabalho, celebrados entre os sindicatos dos empregados e o Sincopeças-PE. Um sindicato não pode simplesmente emitir Contribuições, sem que tenha Fundamento legal para tal. O que irá determinar a obrigatoriedade de qualquer tipo de Contribuição em favor de um sindicato será ou a legislação vigente ou o que for deliberado por uma Assembleia Geral dos integrantes de suas categorias econômicas, devidamente convocados para este fim em editais publicados em jornais de grande circulação no Estado e ainda respeitados todos os seus requisitos legais. Assim temos por fim que qualquer Entidade Sindical não poderá fixar contribuições aleatoriamente, sejam elas quais forem, tais contribuições serão sempre fixadas na forma tratada na Lei ou por uma Assembleia Geral dos integrantes de suas cate-

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gorias econômicas, convocada para tal deliberação. • Consequências do não recolhimento das contribuições devidas. Assim, aquele que fica inadimplente será penalizado e responsabilizado conforme o tipo de Contribuição que deixar de recolher, Exemplo: • Falta de Recolhimento da Contribuição Sindical. Na falta do recolhimento da Contribuição Sindical, poderá o sindicato servir-se do disposto na Consolidação das Leis do Trabalho em seus artigos 599, 606, 607, e 608. Neste caso, a Lei dá ao sindicato os mesmos privilégios que concede à Fazenda Pública na cobrança de Dívida Ativa - art. 606 § 2°, podendo ainda o sindicato utilizar-se das prerrogativas tratadas pelos art. 607 e 608 da C.L.T., quais sejam, impedir a participação da empresa devedora no fornecimento de bens ou serviços a repartições paraestatais ou autárquicas. E mais: Repartições Públicas Federais, Estaduais ou Municipais não concederão registro de funcionamento ou renovação de atividade, nem alvarás de licença ou localização, sem que sejam exibidas as provas de quitação da Contribuição Sindical para os profissionais liberais conforme art. 599. A penalidade consistirá na suspensão do exercício profissional até a necessária quitação e será aplicado pelos órgãos públicos ou autárquicos disciplinador das respectivas profissões mediante co-

municação das autoridades fiscalizadoras. • Falta de recolhimento da contribuição assistencial/negociai. Na falta do recolhimento destas Contribuições, poderá o sindicato servir-se dos dispositivos existentes na Legislação vigente, em seus Estatutos Sociais e que tratem a respeito, acrescido do que constar nas Convenções Coletivas de Trabalho. Normalmente, poderão ser propostas Ações de Cumprimento, via Justiça do Trabalho. Cumpre-nos alertar que tais inadimplências acabam por trazer um ônus ainda maior para o inadimplente, visto que tais ações serão sempre acrescidas de custas processuais, multas, juros de mora e honorários advocatícios. • Contribuições das empresas que possuem filiais. Quando uma determinada empresa possui filial, ela irá recolher suas Contribuições tanto pela matriz, quanto por cada uma de suas filiais, visto que cada uma delas têm vida própria; cada uma delas detêm parte do Capital Social da Matriz, que foi destacado para a montagem desta filial. Assim, como possui um número próprio de identificação do C.N.P.J. passa a ser considerada como uma pessoa jurídica totalmente independente, visto ter personalidade jurídica própria. Portanto, detentora de direitos e obrigações isoladas, em resumo devedora das suas contribuições.



Certificação

Conquista importante Graças ao esforço do Sincopeças Brasil, Inmetro prorroga prazo para comercialização de autopeças não certificadas. Nova data é 1º de janeiro de 2017

O

s sindicatos do setor de autopeças de todo o Brasil conquistaram mais uma vitória para a categoria: através da Portaria 29/2015, publicada no último dia 22 de janeiro, o Inmetro prorrogou o prazo para a comercialização de componentes automotivos não certificados pelo órgão. A decisão favorece as empresas do segmento e dá oportunidade para que elas gerenciem com mais eficiência o seu estoque. “É, sem dúvida, uma conquista muito importante para nosso setor. Nós conseguimos evitar que as distribuidoras, lojas de varejo e centros automotivos de todo o país fossem autuados e tivessem seus produtos confiscados”, declarou o presidente do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão. Ele destaca o empenho e a mobiliza-

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ção dos dirigentes sindicais da entidade para obter esse ganho de tempo, necessário para que as empresas possam regularizar os estoques. O Sincopeças Brasil vem trabalhando nesta causa desde o ano passado. Em outubro de 2014, Ranieri Leitão, juntamente com Francisco De La Torre e Gerson Lopes, presidentes do Sincopeças-SP e do Sincopeças-RS, respectivamente, se reuniram com representantes do Inmetro, no Rio de Janeiro, para pedir brevidade na liberação da portaria, que já estava em vigor para os fabricantes. Pela nova portaria, o prazo passa a ser 1º de janeiro de 2017. Depois dessa data, os componentes automotivos só poderão ser comercializados no mercado nacional com o selo do Inmetro indicado na embalagem e gravado nas peças. Vale destacar que

Ranieri Leitão

a certificação será de caráter obrigatório e visa coibir a comercialização de peças que não apresentam as condições exigidas para atender os padrões de qualidade do órgão federal. A íntegra da Portaria 29/2015 pode ser conferida no endereço www.inmetro.gov.br/legislacao.



Manutenção

Interação ampliada

Por Elias Mufarej*

Trabalho desenvolvido pelo GMA fez com que as marcas Carro 100% / Caminhão100% / Moto 100 se tornassem reconhecidas como programa institucional

C

omo forma de potencializar todas as ações e criar mais interatividade com o motorista, o Programa Carro 100% / Caminhão 100% / Moto 100%, criado em 2008 pelo GMA - Grupo de Manutenção Automotiva –, contará com novidades que estão em processo de finalização e têm como objetivo oferecer mais dinamismo ao trabalho já existente voltado à conscientização do motorista sobre a importância da manutenção preventiva. Assim que o projeto estiver concluído, será apresentado ao mercado e, sem dúvida, terá importante participação na disseminação das ações dessa nova fase.

O trabalho, desenvolvido ao longo de todo o período, fez com que as marcas Carro 100% / Caminhão100% / Moto 100 se tornassem reconhecidas como um programa institucional que presta serviço ao usuário do veículo, gerando informação sobre manutenção. As avaliações gratuitas mensais de caminhões, em parceria com o projeto “Estrada para Saúde”, do Grupo CCR, ganhou mais força ao longo dos anos, começando em 2010 pela rodovia Presidente Dutra e sendo ampliado para a Castello Branco. E a previsão que seja estendido para outra estrada que o grupo administra em 2015, o que mostra a sua impor-

tância, como forma de orientar motoristas sobre os cuidados necessários para manter o veículo em boas condições. O Caminhão 100% já avaliou vários itens de mais de três mil caminhões, possibilitando criar uma base de dados sobre o estado da frota que circula nessas rodovias. Os motoristas são orientados sobre o estado do veículo, após a checagem dos itens do check-list que leva apenas alguns minutos. Este trabalho conta com a participação de fabricantes que encaminham técnicos aos locais das avaliações. Sem dúvida, iuma prestação de serviço que contribui com a melhoria da segurança no trânsito.

Revisão e manutenção veicular evitam acidentes A falta de manutenção veicular é um dos principais causadores de acidentes. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre os 50 países com o maior número de óbitos em colisões de trânsito. Para mudar este cenário, a Monroe, líder mundial no desenvolvimento e fabricação de amortecedores, alerta para a importância da verificação dos principais itens de segurança do veículo, principalmente antes de pegar a estrada. O estudo norte-americano levantou dados so-

bre a quantidade de acidentes de trânsito em 193 países. O Brasil ocupa a 42º posição. “Geralmente, as pessoas só levam o carro à oficina quando quebra ou notam alguma anormalidade. Não há a cultura da revisão periódica, de checar os componentes para evitar o problema”, afirma Juliano Caretta, coordenador de treinamento técnico da Monroe. “A manutenção preventiva é extremamente importante para tornar o trânsito mais seguro, inclusive no período de férias, quando as pessoas costumam viajar.”

*Elias Mufarej é coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva, e conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição

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Grandes Pilotos

Hamilton: soberano Atual campeão mundial escreveu de uma vez por todas seu nome na história do automobilismo mundial ao alcançar o segundo título na F-1 na temporada 2014

L

ewis Hamilton se consagrou definitivamente como um dos grandes nomes da Fórmula 1 ao conquistar de forma incontestável o bicampeonato mundial da principal categoria do automobilismo mundial na temporada 2014, após grande disputa durante a temporada com seu companheiro na equipe Mercedes. O primeiro título do inglês foi alcançado em 2008, pela escuderia McLaren. O piloto, declarado fã de Ayrton Senna, nasceu no dia 7 de janeiro de 1985, em Stevenage, e conquistou espaço na Fórmula 1 depois de ser campeão da Fórmula 3 Europeia em 2005 e repetir o feito no ano seguinte, desta feita na GP2.

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No final de 2006, foi anunciado pela McLaren como o piloto da equipe para a temporada 2007, quando correu ao lado do campeão de 2006, o espanhol Fernando Alonso. Em 2013, Lewis Hamilton mudou-se para a Mercedes. Em seu primeiro GP na categoria (GP da Austrália) conseguiu um terceiro lugar. A sua primeira vitória foi no GP do Canadá de 2007. Nesta temporada, teve problemas com Fernando Alonso, que acusava a equipe de favorecer o piloto britânico. Hamilton estava com o título da temporada 2007 nas mãos. Porém, cometeu erros nas duas últimas corridas e o campeão foi Kimi

Räikkönen. Mesmo com a perda do título por apenas um ponto, graças ao jogo de equipe da Ferrari em Interlagos, sua performance foi considerada acima da média para um estreante da Fórmula 1. Em janeiro de 2008, a McLaren renovou o contrato de Hamilton, estendendo-o até 2012. Nesse mesmo ano, Lewis Hamilton consagrou-se campeão ao ficar em quinto lugar no GP Brasil. A disputa só foi decidida na última volta do GP do Brasil, em Interlagos. Assim, ele entrou para a história como o mais novo campeão de todos os tempos, aos 23 anos, além de ser o primeiro negro campeão na Fórmula 1.


Em 2009, com o carro limitado, Hamilton não conseguiu o mesmo desempenho do ano anterior. A primeira vitória da temporada foi apenas na décima corrida, o GP da Hungria. Voltou a ganhar em Cingapura e terminou a temporada em quinto lugar. O inglês começou a temporada de 2010 com um terceiro lugar no GP do Bahrain. O segundo pódio da temporada veio com o segundo lugar no GP da China. Após conseguir ótimas posições nas corridas na Turquia, Canadá e Europa, Hamilton se tornou o primeiro na classificação geral. Ao final do campeonato, de forma surpreendente, o alemão Sebastian Vettel venceu em Abu Dhabi, levou o título e perdeu o posto de piloto mais jovem a levantar a taça. Hamilton terminou o campeonato com 240 pontos e três vitórias. Em 2011, o piloto da McLaren começou a temporada com um segundo lugar no GP da Austrália, atrás de Sebastian Vettel. A primeira vitória veio na China, após ultrapassar o então líder da corrida Sebastian Vettel, restando quatro voltas para o final. Voltou a vencer na Alemanha. No GP de Abu Dhabi, Hamilton largou em segundo e, após Vettel abandonar a corrida por conta de um pneu furado na primeira volta, assumiu a liderança para obter a terceira vitória na temporada. Na última corrida do ano, no Brasil, Hamilton abandonou a corrida por conta de problemas no câmbio. O piloto inglês conquistou a primeira pole position da temporada de 2012 ao marcar 1min24s922, fazendo dobradinha com o companheiro de equipe Jenson Button. No final de setembro, foi anunciada a transferência de Hamilton da McLaren para a Mercedes, para a disputa da temporada de 2013. Em 2013, fez sua estreia pela equipe Mercedes no GP da Austrália e terminou na quinta colocação. Na etapa seguinte - GP da Malásia, con-

quistou seu primeiro pódio pela equipe ao chegar em terceiro lugar. Na Hungria, conquistou a primeira vitória pela equipe Mercedes. Com o Mercedes F1 W05 afirmando-se superior a todos os concorrentes, Lewis e seu companheiro de equipe, Nico Rosberg, foram os postulantes ao título mundial. Iniciou a primeira metade do campeonato em desvantagem em relação ao alemão, especialmente com o abandono na primeira corrida na Austrália. Entretanto, a partir do GP de Singapura, alcançou a liderança do campeonato ao obter cinco vitórias consecutivas: Itália, Singapura, Japão, Rússia e Estados Unidos. Na última etapa, com pontuação dobrada em Abu Dhabi, necessitava de apenas um segundo lugar para ser campeão - em caso de vitória de Rosberg. Porém, venceu, conquistou seu merecido segundo título e cravou de uma vez por todas seu nome entre os maiores pilotos da história do automobilismo nacional.

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Inteligência de Mercado

Alexande Costa é consultor, palestrante, diretor da Alpha Consultoria e MBA em inteligência competitiva com dezoito anos de experiência no segmento automotivo alpha@alphaconsultoria.net

Valor percebido: é isso que nos torna únicos Identificar qual atributo nos diferencia pode ser nosso maior valor

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ocê já parou para pensar o que levou o cliente a comprar na sua loja e não no concorrente ao lado? Não? Pois você deve dedicar mais tempo a isso. Principalmente, nos dias de hoje, com o grande número de opções disponíveis para o consumidor, reflita sobre o que faz sua empresa ser mais atrativa que as demais. Será o preço? Com certeza, não! Apenas preço não garante a lealdade dos clientes. Há algo que o diferencia dos demais. Pense um pouco mais. Pode ser uma única característica, como bom atendimento, ou a soma de várias delas, como um bom ponto, condições diferenciadas de pagamento e amplo estacionamento. O importante é refletir sobre isso sob a ótica do cliente, não de empresário. Aqueles que conseguem responder a essa questão estarão saindo na frente. Afinal, descobrir qual atributo desperta no cliente o desejo de

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compra é o insight mais valioso do marketing nos dias atuais, seja você uma pequena ou grande empresa. É fundamental ter o conhecimento daquilo que nos diferencia. Isso nos permite adotar estratégias que contemplem esse valor, obtendo não apenas vantagens competitivas em relação a concorrência, mas fundamentalmente, a lealdade de nossos clientes. Na Inteligência de mercado, damos a isso o nome de Valor Percebido. É algo que o cliente entende como relevante e que portanto, torna-se determinante no processo de compra. É a proporção entre os benefícios percebidos em relação aos sacrifícios exigidos. Podemos chamar também de lucro do consumidor, pois as vantagens percebidas pela aquisição daqueles produtos ou serviços supera seu custo financeiro. Então, quando passamos a nos apropriar desse conhecimento, estaremos oferecendo aos nossos clientes sempre

mais do que o preço de nossos produtos ou serviços sugere. E isso é entendido de maneira positiva pelo consumidor que nos premia com sua lealdade de compra, fato esse vital para a perenidade de qualquer negócio. Mas não se engane. Captar o Valor Percebido por nosso cliente não é algo fácil. Poucos conseguem efetivamente traduzir os desejos do consumidor em resultado. E por isso, mesmo, é algo de grande valor! É preciso muita sensibilidade por parte do empresário e visão de negócio para poder entender aquilo que o cliente entende como valioso. Um esforço que traz resultados no longo prazo e estreita o relacionamento com sua base de clientes. Vicente Falcone, maior consultor de gestão do País, afirma com a propriedade de quem entende do assunto, que o maior capital de uma empresa é a preferência de seus clientes. Pense nisso!



Honda NXR

Honda NXR 160 Bros Flex com três anos de garantia Motor monocilíndrico OHC (Over Head Camshaft) na versão 2015 é o primeiro com 160cc em todo o mundo que pode ser abastecido com gasolina ou etanol

de 14,5 cv a 8.500 rpm com torque de 1,46 kgf.m a 5.500 rpm quando abastecido com gasolina, e 14,7 cv a 8.500 rpm com torque de 1,60 kgf.m a 5.500 rpm, com etanol. Disponível nas versões ESD, com freio a disco na dianteira; e ESDD, com disco nas duas rodas, a nova NXR 160 Bros é fabricada em Manaus (AM) e chega com três opções de cores: preta, vermelha e branca. O modelo já está em total conformidade com o Promot 4 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares). O preço público sugerido é de R$ 9.350,00 (ESD) e R$ 9.650,00 (ESDD), valores com base no estado de São Paulo e sem despesas com frete e seguro inclusas.

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ma novidade marcou o início das vendas, em dezembro de 2014, da nova Honda NXR 160 Bros no mercado brasileiro. Trata-se da garantia de três anos, sem limite de quilometragem. Mais potente e com novo visual, o modelo foi totalmente revigorado e atende às necessidades de quem necessita de versatili-

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dade e economia em uma motocicleta on/off road de baixa cilindrada. O motor monocilíndrico OHC (Over Head Camshaft) é o primeiro com 160cc em todo o mundo a ser oferecido com a tecnologia Flex e pode ser abastecido com gasolina ou etanol. Com capacidade de 162,7 cm³ e arrefecido a ar, sua potência é


ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

MOTOR Tipo: OHC, monocilíndrico, 4 tempos, arrefecido a ar, 162,7cc Diâmetro x curso: 57,3 x 63,0 mm Potência máxima gasolina: 14,5 CV a 8.500 rpm Potência máxima etanol: etanol 14,7 CV a 8.500 rpm Torque máximo gasolina: 1,46 kgf.m a 5.500 rpm Torque máximo etanol: 1,60 kgf.m a 5.500 rpm Sistema de alimentação: Injeção Eletrônica PGM FI Relação de compressão: 9.5 : 1 Sistema de lubrificação: Forçada por bomba trocoidal Transmissão: 5 velocidades Embreagem: Multidisco em banho de óleo Partida: Elétrica

SISTEMA ELÉTRICO Ignição: Eletrônica Bateria: 12V – 4 Ah Farol (alto/baixo): 35/35W CAPACIDADES Tanque: 12 litros Óleo do motor: 1,2 litros

CARACTERÍSTICAS Dimensões (C x L x A): 2.067 x 810 x 1.158 mm Distância mínima do solo: 247 mm Distância entre eixos: 1.356 mm Altura do assento: 842 mm Peso seco ESD: 120 kg Peso seco ESDD: 121 kg

CHASSI Tipo: Berço semiduplo Suspensão dianteira /curso: Garfo telescópico / 180 mm Suspensão traseira /curso: Monochoque / 150,3 mm Freio dianteiro /diâmetro: Disco 240 mm Freio traseiro / diâmetro: ESDD Disco / 220 mm - ESD Tambor / 110 mm Pneu dianteiro: 90/90 - 19M/C 52P Pneu traseiro: 110/90 - 17M/C 60P

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Perspectiva de Mercado

Tendências do segmento automotivo Missão empresarial para Miami, organizada pela Assopecas-CE em parceria com o SebraeCE, conheceu mais a fundo o mercado de aftermarket dos Estados Unidos

N

o fim de 2014, participamos de uma missão empresarial para Miami (EUA), organizada pelo Sistema Assopecas/ Sincopeças-CE em parceria com o Sebrae-CE. O objetivo da iniciativa foi analisar o mais importante mercado automotivo de aftermarket do mundo, que é o americano, onde estão os maiores grupos de autopeças e as principais montadoras do planeta. Nesta missão, conhecemos a estrutura local e o funcionamento da AutoZone, dos Pep Boys, da Advance e do Walmart. A AutoZone, com rede própria de mais de cinco mil lojas nos Estados Unidos, México, Porto Rico e Brasil faturou, em 2014, 12 bilhões de dólares e segue em expansão. O seu maior concorrente neste mercado, a Advance Auto Parts, também está em plena expansão nos Estados Unidos, com um plano de aquisição de novas lojas. Estas empresas se destacam pela dinâmica e pela agilidade na comercia-

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lização de pecas, acessórios automotivos. Atuam focadas na prestação de serviços para mecânicos e consumidores ávidos por desenvolver suas habilidades técnicas, muito comuns no mercado norte-americano. Já a Pep Boys tem grande volume de vendas de pneus e baterias. Analisamos também o Walmart pela sua grande forca no mercado brasileiro. Nos Estados Unidos, eles são bem representativos nas vendas de autopeças e acessórios em seus hipermercados. Chamou a atenção dos empresários que participaram da missão a grande estrutura logística dos grupos visitados e a escala rápida de crescimento, acompanhada pela retomada da economia dos Estados Unidos. A agilidade no atendimento de seus clientes com um número muito pequeno de funcionários também é um ponto de grande relevância. Eles estão sempre focados na otimização de recursos. Entendemos que essa

Flávio Portela é executivo e palestrante, atua no mercado nacional e na América latina há 25 anos. É formado em Administração de Empresas com MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral-SP, pós-graduado em Relacionamento Sustentável com Clientes pela FGV-SP e pós-graduado em Excelência no Atendimento pela UFPE e em Mídias Digitais pela FGV-SP. flavio.portela@globo.com

performance está diretamente ligada à inteligente e segura estrutura de logística dos Estados Unidos, permitindo o atendimento em qualquer ponto do país em menos de 24 horas. Sabendo que a tendência destes grupos será a criação de braços na América Latina em um futuro próximo, conseguimos, através da missão empresarial, conhecer um pouco mais as estratégias adotadas por eles. Analisando o cenário econômico mundial, o desafio para estes grupos crescerem no Brasil é muito maior do que imaginam. Precisarão entender que o “Custo Brasil” dificulta o crescimento dos grupos locais e amedronta investidores. Vamos torcer para que, em 2015, este cenário comece a mudar para que os empresários que atuam em solo nacional consigam se tornar cada vez mais competitivos. Na próxima edição comentaremos as visitas às concessionárias Ford, GM e FCA (Fiat Chrysler Automobile).


S O I R Ó S S E C ,

DE A VID

TI A S ER O A O T T I IN AL VÁR RT O A EM OS DI ONF A Í E U IM E C R N : T I T UL ÇA ÇÃO ONT EN OS M S N A L C NÇA TIV KIT URA LIZ A O > EG E A C M R O N E S TO SO DO L DIF U R A S PE CA S A E > R A T ME FIR LAN N CO O-FA > T AL


Mercado

Crise? Que crise? A personalização de veículos tem mudado. O antigo “tuning” já não é tão comum, mas a procura por componentes de conforto e tecnologia continua em alta

E

m 2001, foi lançado, nos Estados Unidos, um filme que iria influenciar amantes de carros em todo o mundo. A série Velozes e Furiosos apresentava as muitas opções de personalização possíveis em um carro e fez aficionados se mobilizarem para deixar seus modelos parecidos com os que viam na tela. Essa febre também chegou ao mercado cearense e, desde então, lojas destinadas a personalizar o carro encontraram um bom nicho para vender seus produtos. Hoje, a febre do “tuning”, termo usado para designar as mudanças radicais que eram feitas nos veículos, já não é tão forte quanto a cinco anos, mas o mercado de personalização veio para ficar. A diferença é que atualmente ele é formado por consumidores que buscam menos alterações estéticas nos veículos e mais conforto e tecnologia. É o que afirma Fernando Vítor, presidente da Rede Uniprosom (União dos Profissionais de Som e Acessórios Automotivos- Ce).

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“Hoje, a personalização é mais discreta. Carros tunados, com spoiler e grandes mudanças na cor ou na parte interna são mais raros”, afirma ele. Vítor ressalta ainda que a busca por mais acessórios, por parte dos consumidores, aliada ao crescimento da renda da população fez com que as próprias montadoras passassem a incluir mais itens nos modelos zero km, e isso também influenciou o mercado. Hoje, de acordo com o presidente da Uniprosom, há muita procura por mudanças nas rodas e na iluminação. “Há rodas no mercado com até 24 polegadas. E luzes de xênon e LEDs são muito procuradas”, explica. Também há boa demanda para envelopamento (prática que consiste em colocar um adesivo sobre a lataria para proteger a pintura ou mudar a cor), seja em todo o veículo ou apenas para realçar detalhes. Cristovão Firmo, proprietário da C2 acessórios, afirma que um segmento bastante promissor dentro do mercado de personalização é o de veícu-


los 4x4. Segundo ele, a gama de produtos é extensa: estribos, capotas, santantônio, kit multimídia, trava da caçamba, frisos laterais, acessórios cromados para retrovisores e faróis, rack, lâmpada super branca (capaz de iluminar mais do que a amarela tradicional), engates e travas para estepe estão entre eles. “Para carros grandes, mais caros, o mercado não diminuiu nem com a crise na economia”, diz Cristovão. Ele explica que para consumidores que gastam mais de 100 mil reais em um veículo, um custo de 2 a 3 mil para personaliza-lo não é tão pesado. Sistemas multimídia estão entre os mais procurados De acordo com Fernando Vítor, o uso intenso dos dispositivos móveis tem feito as pessoas procurarem cada vez mais fazer a interação

deles com a aparelhagem de som e vídeo do carro. “Hoje, os clientes querem usar internet, fazer espelhamento de smartphone, para usa-lo na tela do som. Já cheguei a instalar sistema wireless dentro de alguns veículos”, lembra ele. Esse expediente de tornar o carro uma extensão do smartphone e do tablet criou outra demanda: a instalação de telas cada vez maiores, de 5 a 8 polegadas. Para alguns modelos elas são tão grandes que é preciso refazer uma parte do painel ou substituí-lo inteiramente. Jeferson Neri, proprietário da Panda Som, afirma que a troca dos painéis originais por componentes adaptados feitos de fibra de vidro é uma atividade que não tomou conhecimento da crise. “Esse mercado está muito bom, bem movimentado”, afirma.


Interatividade

As centrais de multimídia vêm conquistando cada vez mais espaço no segmento automotivo

A

cada dia que passa o uso de equipamentos com alta tecnologia vem crescendo nos veículos produzidos no País e importados. Inclusive em carros de entrada, não apenas em luxuosos, como ocorria até pouco tempo atrás. Exemplo é a Central Multimídia, que possibilita uma interação muito grande entre o motorista e o carro, já que possui diversos recursos que facilitam mais ainda a vida de quem esta dirigindo. Entre eles, estão rádio AM/FM, DVD,

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GPS, sensor de estacionamento, TV digital e Bluetooth, entre outras soluções tecnológicas que trazem comodidade e modernidade ao automóvel, caminhões e ônibus. A Central Multimídia não é item fundamental para o funcionamento de seu carro. Mas, com certeza, valorizará o mesmo, além de proporcionar ao condutor maior conforto e também segurança, independente se acessório venha de fábrica ou instalado em lojas especializadas. O seu custo não é

dos mais baixos. Mas se for colocado na ponta do lápis, todos os benefícios que o equipamento proporciona o valor acaba sendo justo. Os melhores aparelhos contam com uma tela digital Wide de alta resolução em (HD), áudio estéreo, software atualizado com mapa GPS, guia de voz inteligente, plano de rota, gerenciamento para os pontos de interesse, opção multifunções (possibilita ter diferentes ações ao mesmo tempo como reprodução


do áudio FM e navegação de GPS), Bluetooth (permite fazer e receber ligações pela identificação no display e também transferir os contatos do seu celular para a unidade). A centrais mais completas possuem compatibilidade com iPod/iPhone via cabo para áudio e vídeo para iPod via entrada AUX, sistema operacional de fácil interface para navegação e operação das funções. Os arquivos de MP3/MP4 são reproduzidos diretamente via carão e USB. É possível

visualizar o nome do cantor, título e foto quando disponível. Nelas, todos os arquivos podem ser copiados e transferidos do cartão para o USB e também gravados na unidade de DVD. O menu completo do DVD geralmente possui função de toque na tela (touch screen). A câmera de ré permite a visualização na tela do DVD e facilita na hora do estacionamento, eliminando os pontos cegos. O GPS possibilita que o motorista navegue tranquilamente

na tela frontal no painel do veículo. Vale lembrar que a maioria das centrais multimídia é específica para cada modelo de carro. Em alguns casos, se usa as centrais universais e coloca-se a logo da marca do veículo para que a instalação pareça original de fábrica. Por isso, é sempre importante consultar um especialista para que não se compre um aparelho incompatível com seu carro e a instalação seja realizada da forma correta, dentro das especificações.

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Acessórios

Bom para o carro, bom para o ouvido! Confira as diferenças entre os vários alto-falantes automotivos e suas principais qualidades: woofer, subwoofer, mid-range, tweeter, coaxial…

O

s alto-falantes são os porta-vozes do som do carro. E se eles forem ruins, o som também será. Atualizar os alto-falantes do carro talvez seja a maneira mais fácil e mais popular de aperfeiçoar o seu entretenimento móvel. Devido à popularidade dessa atualização, é possível encontrar mais opções nesta do que em qualquer uma das outras categorias. Basta entrar em qualquer loja especializada em sistemas de áudio automotivo e constatar a ampla variedade de opções.

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Basicamente, um alto-falante é composto de um cone - ou diafragma -, da cesta, da suspensão e do tripé. A suspensão - ou envolvente - é uma aba de material flexível que permite que o cone se mova e é anexada à estrutura de metal do condutor, chamado de cesta. O diafragma - geralmente feito de papel, plástico ou metal - é anexado na extremidade larga da suspensão. A extremidade estreita do cone é conectada ao espiral de voz. Já o espiral é anexado à cesta pelo tripé, um anel de material flexível. O tripé mantém o espiral na po-

sição, mas permite que se mova livremente para frente e para trás. Existem dois tipos de amplificador. Os chamados mosfet amplificam o sinal enviado pelas saídas RCA da unidade principal e os chamados booster amplificam o sinal enviado pelas saídas amplificadas da unidade principal. Os mosfet possuem melhor qualidade de áudio, pois não só amplificam o som como mantém sua qualidade. Entretanto, os boosters ainda são mais usados no Brasil, por serem mais baratos.


Tipos mais comuns de alto-falantes

• Woofer: alto-falante de maior área, que reproduz bem os sons graves, médio-graves e parte dos médios (de 50 Hz a 5.000 Hz). Possuem borda rígida e seu tamanho pode variar de 1.2 a 18. É indicado para reproduzir sons de bumbo, tambor, parte do piano, do baixo e da guitarra.

• Subwoofer: a sua reprodução está ainda mais abaixo da reprodução dos woofers. É um tipo de alto-falante usado para reproduzir frequências baixas (sons graves e subgraves), geralmente abaixo de 45Hz. É o falante do qual os motoristas amantes de som automotivo mais se orgulham. É indicado para a reprodução de sons de contrabaixo, baixo eletrônico e bumbo de bateria. Não há um local específico para sua instalação. Mas deve-se ter a preocupação de não obstruí-lo com bagagens nem deixá-lo atrapalhar a circulação dentro do carro.

• Mid-range: é um alto-falante usado para reproduzir as frequências médias, geralmente entre 300 Hz a 5.000 Hz. Sendo assim, conseguem reproduzir a maioria dos instrumentos musicais, mas reproduzem bem mesmo a faixa que cobre a voz humana. Um mid-range deve ser posicionado na parte inferior do carro e também atrás do banco traseiro sobre a tampa interna do porta-malas, se possível direcionados aos ocupantes. Possuem geralmente tamanho inferior a oito polegadas. Uma variação derivada desse tipo de alto-falante são os mid-bass, voltados para os sons na faixa dos médio/graves (entre 50 e 500 Hz, ficando tipicamente entre 100 e 300 Hz).

• Tweeter: alto-falante pequeno (variando de 0,5 a 3 polegadas), que reproduz bem os sons mais agudos (frequência de 5.000 Hz em diante). Deve ser direcionado aos ouvidos dos ocupantes do carro, devendo ser instalado no painel ou em cima das portas. Este sistema é responsável pela reprodução do efeito estéreo, característica sonora que transmite a sensação de distribuição espacial da música no ambiente. Os veículos mais modernos já saem de fábrica com um local exclusivo para instalação desse dispositivo que geralmente é próximo aos retrovisores externos.

• Triaxial: o sistema triaxial não é bem um alto-falante, mas um conjunto de tecnologias. Dentro de uma mesma carcaça são colocados um woofer, um mid-range e um tweeter. A faixa de frequência que ele atua varia de 50 a 20.000 Hz e é indicado para reprodução de todos os instrumentos, exceto contrabaixo, baixo eletrônico e bumbo de bateria.

• Coaxial: parecido com o triaxial, mas sem o mid-range. Traz na mesma carcaça um woofer e um tweeter, muito utilizado em kits de alto-falantes originais. É utilizado para reprodução de todos os instrumentos, exceto contrabaixo, baixo eletrônico e bumbo de bateria.

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O RN AL D E E CI CA SP E > MERCEDES-BENZ ACELLO PARA ATÉ 13 TONELADAS > ÔNIBUS SCANIA MOVIDO A BIOMETANO > MONITORAMENTO


Peso pesado Conta-giros Bridgestone para a linha pesada Com o intuito de oferecer ao mercado as melhores soluções, a Bridgestone, maior fabricante mundial de pneumáticos e detentora da marca Bandag, está lançando a banda de rodagem B268. Elaborado para uso em eixos direcionais, livres e de tração moderada de caminhões, ônibus e trailers, esse produto teve como base para o seu desenvolvimento um dos principais pneus do lineup da Bridgestone, o R268. Os principais benefícios da nova banda de rodagem são ótima tração e frenagem; e ombros arredondados com barras sólidas que trazem maior robustez e resistência ao desgaste irregular e ao arraste lateral.

Scania: brasileiro irá comandar divisão no México A Scania nomeou Enrique Enrich como novo diretor-geral para comandar a operação comercial do México. Economista pela USP com MBA pelo Fundo Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Enrich iniciou a carreira na Scania em 1997, no Departamento de Vendas de Caminhões do Brasil. Passou por áreas como Inteligência de Mercado, Análise de Custos de Contratos, Marketing e Vendas, no Brasil e na Suécia. No Uruguai, esteve à frente do distribuidor Duran. E desde 2010 atuava como diretor-geral da Scania na Colômbia, onde foi responsável pela abertura da unidade de negócio da empresa no país.

Ações da Cummins para estudantes

Grande venda da DAF no Brasil A DAF, subsidiária da PACCAR Inc, efetuou a maior operação da companhia desde a sua chegada ao Brasil. A aquisição envolve 37 unidades do XF105 pela Translíquidos, empresa de transporte e logística de produtos químicos e outros granéis líquidos, tais como gasolina, diesel, álcool e biodiesel. Comercializados pela concessionária Eldorado Caminhões, a entrega do lote já foi concluída. Os modelos adquiridos pela transportadora são nas versões 6x2 e 6x4, ambas de 460 cv.

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O incentivo à permanência de alunos de Engenharia na área é uma das prioridades da Cummins South America. Com base nisso, a fabricante de motores diesel tem desenvolvido uma série de ações destinadas a estudantes. Com o objetivo de fomentar o conhecimento, a empresa promoveu palestra ministrada por Franklin Chang-Díaz, recordista em missões aeroespaciais, para 150 pessoas, entre professores, alunos e funcionários do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Diretor do Conselho (Board) da Cummins Inc., Chang-Díaz fez apresentação sobre Tecnologia e Inovação e o Futuro da Engenharia.


2ª Edição do Formare Cummins Após o sucesso da 1ª edição, a Cummins South America lançou, no dia 19 de janeiro, a segunda turma do Formare Cummins, programa de capacitação de jovens de baixa renda para o mercado de trabalho, com a presença do presidente da Cummins South America e vice-presidente da Cummins Inc., Luis Afonso Pasquotto. Nesta edição, a fabricante de motores priorizou a seleção de jovens nascidos entre julho e dezembro de 1997, com o intuito de finalizar o curso próximo aos 18 anos. Previsto para encerrar em 27 de novembro, o Formare Cummins será composto por 20 jovens.

Iveco tem novo diretor A Iveco anunciou Humberto Marchioni Spinetti como novo diretor de Negócios de Ônibus e Veículos de Defesa para a América Latina. O início da produção nacional do chassi de ônibus 170S e a expansão dos dois segmentos na região são os principais motivos da nomeação. Ele é formado em Engenharia Mecânica Automobilística e tem MBA em Administração de Empresas e Gestão Corporativa. Em 16 anos de carreira, atuou nas áreas de engenharia, marketing e vendas em empresas do setor automotivo, com sólida experiência internacional na área comercial na América Latina, África, Oriente Médio, Ásia e Austrália.


Tecnologia

Segurança e economia Além de dificultar o roubo de cargas e caminhões, o monitoramento on line permite a otimização de trajetos e horários. Isso faz toda a diferença em um país continental como o Brasil

S

egundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), o roubo de cargas, no Brasil, não para de crescer desde 2010. Naquele ano, o volume chegou a 12.300. Em 2013, chegou a 15.200 – um aumento de mais de 23%. Para combater o problema, as empresas do setor têm recorrido ao monitoramento e ao rastreamento dos veículos e das cargas. É importante ressaltar que os dois serviços são diferentes. O monitoramento é bem mais minucioso: ele acompanha não só o trajeto do veículo, mas também ações como paradas, abertura de portas e do baú e troca de óleo, entre outras. É realizado 24 horas por dia, com

informações disponíveis em tempo real para o proprietário seja no computador ou em dispositivos móveis. Já o rastreamento informa apenas o caminho possível do caminhão ou da carga. A tecnologia é sofisticada, mas fácil de entender. Um rastreador instalado no veículo é monitorado via satélite, e sua posição é acompanhada sem interrupções. Essas informações são enviadas via sinal de telefonia celular (2G, 3G ou 4G, dependendo da rede disponível) para uma central da empresa de monitoramento e para dispositivos móveis do cliente que estejam conectados à internet. As ações dentro do caminhão são acompanhadas através

de um conjunto de sensores. É possível saber, por exemplo, até os horários e datas em que o motor foi ligado ou desligado. Além da segurança, o monitoramento também permite às empresas otimizar os serviços, reduzindo custos. Segundo a Sascar, empresa de gestão de frotas, um de seus clientes obteve redução de 10% nos gastos com combustível, 50% com a manutenção dos veículos e 20% com o pagamento de horas extras. Esse ganho foi obtido porque o monitoramento online permitiu a definição de parâmetros como alertas de velocidade, tráfego fora do horário de trabalho e melhores rotas a serem seguidas pelos veículos.



Mercedes-Benz Accelo

Ágil e Compacto Proejtado para a realidade de trânsito urbano, modelo possui ótima manobrabilidade e as maiores carrocerias do segmento

“T

empo é dinheiro”! Se você se identifica com esta frase, precisa conhecer os modelos Accelo. Produtividade é palavra de ordem dos modelos 815 e 1016 da Mercedes-Benz, caminhões de 8,3 e 9,6 toneladas de PBT, que possibilitam a instalação de carrocerias de até 6,6 metros de comprimento. A linha Accelo oferece ainda versões que chegam a 13 toneladas de PBT após instalação do terceiro eixo de fabricantes

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do mercado, podendo receber carrocerias de até oito metros e oferecendo máxima produtividade e rentabilidade para você e para sua empresa! Os caminhões da linha Accelo possuem design moderno, trem-de-força robusto com motorização com tecnologia BlueTec 5, mais capacidade de carga e são ideais para quem procura praticidade, eficiência e agilidade na coleta e distribuição de cargas dentro das cidades e em curtas distâncias rodoviárias.

O ótimo rendimento do trem-de-força desses caminhões permite ao Accelo cumprir seu trabalho com resistência, durabilidade e toda a confiabilidade características da marca Mercedes-Benz. Perfeito para a realidade de trânsito urbano, o Accelo é um veículo compacto e possui ótima manobrabilidade, com versões que permitem entregas até nas zonas de restrição de circulação (em São Paulo denominada VUC) com as maiores carrocerias do segmento, para você transportar



muito mais em qualquer lugar! A linha Accelo permite a utilização de vários implementos para atuar nas mais variadas aplicações do transporte urbano, sendo os mais comuns baú de alumínio, baú frigorífico/isotérmico, carga seca, distribuição de bebidas, plataforma de autossocorro, báscula, tanque para líquidos/gases, entre outros. Economia A linha Accelo vem equipada com um motor extremamente robusto de 4,8 litros que conta com a exclusiva tecnologia BlueTec 5. Preparado para atender à norma Proconve P7, este motor assegura baixo nível de emissão de poluentes, ótimo desempenho e menor consumo de combustível. Para se ter uma ideia da robustez do motor, ele é o mesmo utilizado em veículo de 17 toneladas.

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No painel de instrumentos estão disponíveis ferramentas que auxiliam o motorista na condução econômica, como o indicador de consumo instantâneo de combustível e no monitoramento completo do veículo, como a diagnose on-board. Conforto Cada detalhe da cabina do Accelo foi projetado visando maior praticidade, produtividade e conforto para o motorista. A cabina oferece fácil acesso, ótima visibilidade e uma excelente posição para dirigir. Os acompanhantes também dispõem de bancos ergonômicos e confortáveis. O Accelo ainda pode receber ar condicionado e vidros elétricos, que aumentam significativamente o nível de conforto da cabina e tornam a jornada de trabalho diária menos cansativa e mais produtiva.

Segurança A linha Accelo está disponível com o freio motor Top Brake, que melhora sensivelmente a potência de frenagem, economizando combustível e diminuindo o desgaste dos componentes do sistema de freios e dos pneus. Em conjunto com um eficiente sistema de freios, proporcionam elevado nível de segurança durante o processo de frenagem. O Accelo é equipado ainda com freios ABS de série, que asseguram a dirigibilidade mesmo em situações de frenagens de emergência. No interior da cabina, o Accelo oferece cinto de segurança de três pontos para todos os ocupantes e conta com monitoramento completo do veículo pelo computador de bordo, que possibilita o acompanhamento da necessidade de manutenção preventiva do veículo.




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