O N DE S ER L O D CIA RI CA PE SSÓ ES E AC
PERNAMBUCO
Ano 06 - nº 32
NSI
NÚCLEO DE SERVIÇOS INTEGRADOS
PEUGEOT 2008 Crossover global no Brasil
> Avaliamos o Fiat Bravo e o Jeep Renegade nacional > Atividades do Sincopeças-PE em caderno especial > Calibragem é essencial para conservação dos pneus
CADERNO TRUCK MAGAZINE PE
Índice
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PEUGEOT 2008 Crossover fabricado em Porto Real (RJ) chega ao mercado para brigar com força e estilo em segmento que não para de crescer
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TEST-DRIVE Andamos com dois dos mais novos e bons lançamentos do mercado nacional: o Fiat Bravo e o Jeep Renegade
SUVS DE PESO Mostramos o que tem de melhor em um dos segmentos mais admirados pelo consumidor de veículos no NE
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50 CARRO DOS SONHOS Mercedes AMG C636 acaba de chegar ao mercado brasileiro com destaques dinâmicos
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ÓLEOS LUBRIFICANTES Utilizar o óleo correto e trocá-lo sob as recomendações do fabricante evitam a corrosão dos componentes do motor
Hora de buscar soluções Crise? Crise, sim! Basta conferir os números divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) e conferir, tendo como reflexo o desempenho da indústria automobilística – veja os números na coluna Mercado Total desta edição – que a queda nas vendas de veículos zero quilômetro no primeiro semestre deste ano de 2015 nebuloso para a economia nacional é acentuada e preocupante para toda a cadeia de produção automotiva. Realmente, a crise vem batendo forte nas portas de todos os segmentos do setor. As montadoras, com vendas pequenas e consequente produção reduzida, acenam com mais demissões, férias coletivas, enfim. O mesmo vem acontecendo com quem alimenta os fabricantes de veículos, ou seja, os produtores de autopeças e afins. Sim, são tempos difíceis, é inegável! Mas são tempos de reavaliação dos sistemas de produção e de administração das empresas em geral e de oportunidade para se buscar novos horizontes, novos negócios. Para tentar minimizar a crise, principalmente no que diz respeito ao índice de desemprego, o Governo Federal enviou ao Congresso Nacional Medida Provisória (MP) que permite que empresas com dificuldades financeiras temporárias reduzam a jornada de trabalho dos funcionários. Sem dúvida, um processo motivado pelos maus bocados por que passa a indústria automobilística e seus trabalhadores, vendo a cada dia vagas se fecharem. Só nos resta torcer para que esta medida minimize toda essa situação econômica por que passa o País, principalmente o setor industrial. Mas, claro, sem deixar de buscar ferramentas e soluções até que a crise se vá. E que vá logo! O editor
Diretor: Ariel Ricciardi Editor e jornalista responsável: Roberto Pierantoni - MTB 18.194 Jornalista: Sílvio Mauro | Diagramação: Marcos Aurelio Colaboradores - Textos: Arnóbio Tomaz, Flávio Portela, Alexandre Costa, Michelle de Jesus, Janayna Fernandes Rodrigues, Claudio Araujo e Izabel Bandeira Impressão/Haley S/A Gráfica e Editora Contato para anunciar na AUTO REVISTA PERNAMBUCO: (85) 3023.3537 ou através do e-mail autorevistaceara@gmail.com 1 automagazineceara@ig.com.br Fale com a gente, envie e-mail, fotos, notícias para a redação. A sua opinião é fundamental para a melhoria de nosso produto. A revista AUTO REVISTA PERNAMBUCO é uma publicação bimestral da Editora Núcleo de Serviços Integrados Ltda. As opiniões dos artigos assinados não representam necessariamente as adotadas pela revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos textos.
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Conta-giros Conta-giros NGK bicampeã Marca mais reconhecida e uma das empresas mais admiradas do setor automotivo, a NGK, fabricante mundial de velas de ignição, conquistou o primeiro lugar do Ranking AutoData de Qualidade e Parceria pela segunda vez consecutiva. Por ordem de importância, o reconhecimento mostra as 50 companhias que participaram com mais frequência de premiações de fabricantes de veículos e entidades do segmento entre 2013 e 2015. Tal reconhecimento consolida a multinacional japonesa como uma das principais referências do mercado automotivo.
Festa para o BMW série 3 O BMW Group Brasil celebrou, em parceria com o BMW Car Club, os 40 anos de história do BMW Série 3, em um jantar de confraternização realizado no Shopping Iguatemi, em São Paulo, no dia 9 de junho. O jantar contou com a exposição de cinco gerações do BMW Série 3 e mais de 70 proprietários e admiradores do veículo. O evento foi importante para relembrar as gerações do Série 3 e prestar uma homenagem aos 40 anos completados neste ano pelo modelo, o mais vendido pela BMW no mundo.
Tuper é referência Fornecedora das principais montadoras automotivas, a Tuper recebeu importante premiação neste mês. Pelo segundo ano consecutivo, a empresa foi um dos destaques do “Prêmio Sindirepa SP – Os Melhores do Ano”, na categoria Catalisadores. O reconhecimento foi entregue no dia 19 de maio no Teatro Sesi, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O prêmio reconhece a qualidade dos catalisadores da Tuper e todo o cuidado da empresa com o meio ambiente. Realizada pelo Sindirepa SP, a pesquisa envolveu mais de 300 lojistas.
Bons resultados na Pedragon A Pedragon Recife realizou nesse mês de agosto um jantar, com a equipe de atacado, para marcar o crescimento das vendas de peças GM, no Primeiro Semestre de 2015. De acordo com Ricardo Leão, gerente do setor “apesar da queda nas vendas do segmento automotivo, a empresa teve um crescimento de mais de 30% no atacado de peças”.
8 - Auto Revista Pernambuco
Conta-giros Conta-giros Terminais axiais Nakata Ampliando a cobertura de itens, incluindo modelos de veículos novos, a Nakata, lançou terminais axiais para Hyundai i30 (2007 a 2012) direito e esquerdo com código N 99103. Para o modelo Mitsubishi L200 (2008 a 2014) apresenta o terminal axial N 99186. Também novidade no portfólio, os terminais axiais N 92035 e N 92036 são destinados ao veículo Ford Transit (2009 a 2015), esquerdo e direito, respectivamente. Responsável por transmitir o movimento entre o mecanismo da caixa de direção e do terminal de direção e item de segurança do veículo, o terminal axial recebe constantes impactos e deve ser avaliado periodicamente.
Polo industrial da Chery A Chery anunciou mais um aporte no país. Trata-se da oficialização do futuro Polo Industrial de Jacareí, a ser instalado ao redor da fábrica de automóveis da Chery, em área de quatro milhões de metros quadrados. A oficialização do complexo vem cerca de nove meses após a montadora inaugurar sua primeira fábrica no Brasil. O projeto inicial do polo, que terá 25 companhias instaladas, contará com cerca de US$ 700 milhões em investimentos destas empresas. Doze são produtoras de autopeças, cinco afiliadas, duas sistemistas, duas logísticas e três de serviços em geral.
Um ano de Fras-Le em Dubai A Fras-le comemora o primeiro ano de operação do seu Centro de Distribuição, em Dubai, nos Emirados Árabes. O CD da empresa demonstrou, na prática, o acerto da decisão da empresa brasileira fabricante de materiais de fricção de marcar presença física mais forte naquele mercado, onde já conta com escritório comercial. Estrategicamente localizado, o Centro de Distribuição visa, fundamentalmente, garantir atendimento de excelência às demandas regionais, especialmente dos mercados do Oriente Médio e da África, importantes destinos para a marca Fras-le.
55 anos da metalúrgica Zen A metalúrgica ZEN completa 55 anos de trajetória marcada pela busca constante da inovação, aprimoramento de processos de gestão e capacitação profissional. Fundada em 1960 pelos irmãos Hylário e Nelson Zen, a empresa ainda é administrada com os mesmos valores instituídos no começo da sua história. Atualmente, a empresa é líder mundial em impulsores de partida e referência em competitividade global. Em termos comparativos, os 500 maiores fornecedores da indústria automotiva têm nível de exportação inferior a 18%.
10 - Auto Revista Pernambuco
Conta-giros Conta-giros Campanha Tecfil No mês da manutenção preventiva (julho), a Tecfil lançou campanha para que os donos de carros se lembrem de verificar os filtros. Ela descreve de forma simples, objetiva e bem humorada quais são as verificações necessárias para que o veículo possa oferecer uma viagem tranquila, segura e o que a falta da manutenção pode causar. “A manutenção dos filtros é rápida e fácil, os donos de carros apenas precisam colocar como item primordial para uma boa viagem. Ninguém quer surpresas desagradáveis e atitudes básicas podem alterar todo esse percurso”, alerta Roberto Rualonga, gerente de Assistência Técnica Tecfil.
Edição especial do Discovery A Land Rover acaba de lançar série limitada de seu mais versátil e premiado veículo em todo o mundo: o Discovery. Robusta, a edição RAW chega ao mercado como a versão de entrada da linha, com preço atrativo para seu segmento (R$ 229 mil). Limitada a 60 unidades, a série traz a essência off road da Land Rover aliada ao conforto para o tráfego no asfalto. Sob o capô está o motor TDV6 a diesel com 211 cv de potência e torque de 53 kgfm que, em conjunto com a caixa de câmbio ZF de oito velocidades com borboletas no volante, proporciona modelo direção confortável em velocidade de cruzeiro.
ZF adquire a TRW Quase no apagar das luzes do primeiro semestre, o setor automotivo foi sacudido com a conclusão de um negócio que envolveu duas grandes empresas do mercado automotivo. A ZF anunciou oficialmente a conclusão da aquisição da TWR Automotive, configurando-se assim com um dos maiores fornecedores do setor no mundo. Com as vendas pró-forma acima de 30 bilhões de euros e mais de 130 mil colaboradores a empresa combinada é um dos três maiores fornecedores automotivos do mundo. Juntamente com a TRW, a ZF estará ainda melhor posicionada para se beneficiar das principais tendências na indústria por meio do desenvolvimento a partir dos pontos forte de ambas as organizações.
HB20 especial O HB20S, irmão mais novo e mais espaçoso da família HB20, ganha série especial, limitada a três mil unidades. O sedã HB20S Impress, disponível com motor 1.6 em opções com transmissão manual ou automática, conta com ar condicionado, direção hidráulica, travas elétricas e vidros elétricos nas quatro portas. A edição ganhou ainda bancos de couro perfurados com costura na cor cinza, volante com regulagem de altura e profundidade, retrovisores elétricos com repetidor de seta, sensor de estacionamento, vidros elétricos com acionamento one-touch nas quatro portas, chave canivete com abertura e fechamento automático dos vidros e sensor crepuscular.
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Conta-giros Conta-giros
SKF contra a falsificação
Mais malas no JAC T8 A Engenharia da JAC Motors desenvolveu kit de instalação rápida para ampliar a capacidade de transporte de carga para o T8, modelo usado primordialmente no transporte executivo de passageiros. Composto por uma chapa aparafusada no chassi, que utiliza os pontos originais de fixação do último banco, é dotado de ganchos suplementares para permitir seu deslocamento em 30 cm. O dispositivo ampliou o volume do compartimento de 1.330 litros para 1.821 litros. Deste modo, até quatro malas de grande porte (a mais) passam a caber no novo espaço criado.
Atualmente mais de 20% dos rolamentos e peças industriais comercializados no Brasil são falsificados, segundo dados da Associados Distribuidores e Importadores de Rolamentos e Peças Industriais (ADIRPI). Isso representa cerca de R$ 200 milhões de um mercado que movimenta mais de R$ 1 bilhão ao ano. Ao adquirir produtos da rede de distribuidores Autorizados SKF, o cliente está seguro na aquisição de peças genuínas. Rolamentos falsificados podem causar paradas não programadas em uma linha industrial e enormes perdas financeiras, alem do risco de acidentes. Por isso, a empresa lançou aplicativo que serve como importante ferramenta para os clientes da SKF não serem enganados.
Taranto na Autonor 2015 Durante a Autonor 2015, que será realizada de 15 a 19 de setembro em Recife (PE), a Taranto lançará seu novo catálogo eletrônico de peças. Com novo formato, ele estará disponível para clientes no site da marca. O novo catálogo foi totalmente atualizado com uma versão mais prática e moderna. A ideia é facilitar o acesso do cliente aos produtos, numa era em que o tempo está cada vez mais curto nos balcões e nas oficinas. Na Autonor, a empresa vai expor ainda toda sua linha de juntas, retentores, parafusos e embreagens, além da segunda marca comercial, a Filgar.
Sampel nos VW A Sampel Peças Automotivas acaba de colocar em seu catálogo mais um lançamento. Trata-se do suporte de motor do lado direito para a linha leve de veículos Volkswagen. O novo produto oferecido pela distribuidora atende os modelos Gol G5 1.0 e 1.6, Saveiro, Voyage 1.0 e 1.6 e Polo, todos eles fabricados a partir de 2009. Também faz parte desta lista o Fox produzido a partir de 2008. Para conferir o catálogo de peças da empresa, basta acessar o site www.sampel.com.br .
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Conta-giros Conta-giros Donaldson nas américas A Donaldson, uma das líderes mundiais em soluções de filtragem para motores de combustão, fechou acordo com os acionistas das Indústrias Partmo para adquirir as ações e os ativos da empresa. A transação está sujeita à aprovação das autoridades colombianas em processo que deve ser concluído neste segundo semestre. Esta transição está alinhada com a estratégia da empresa de crescer no segmento de reposição e de expandir a cobertura internacional, especialmente na América Latina, de seu portfólio de filtros líquidos e de ar.
Reforço na Mombesani Daniela Martins acaba de assumir o cargo de gerente de Vendas da Mombesani Borrachas Automotivas. Com perfil focado na gestão de vendas, canais de distribuição, planejamento de marketing, e elaboração de estratégias comerciais para melhorar o relacionamento com clientes, a profissional com atuação no mercado de reposição é graduada em Marketing, com especialização em Gestão de Negócios e Vendas pela FGV (Faculdade Getúlio Vargas). Em nota, a empresa afirma que trata-se de “mais uma excelente colaboradora, o que confirma a força da mulher no mercado de reposição.”
DS no Canal da Peça A Indústria de Peças DS disponibilizou todo seu catálogo, com conteúdo técnico, imagens, vídeos e aplicações dos produtos, para que o varejo possa comercializar estes produtos com qualidade do próprio fabricante, em sua loja online do Canal da Peça - (ds.canaldapeca.com.br). Além disso, a empresa está investindo em marketing digital, divulgando sua marca na internet e trazendo mais consumidores para comprar na loja online dos varejistas. O vendedor DS também ganhou mais um ponto de venda. Essa parceria entre a DS e o Canal da Peça fortalece ainda mais o mercado e suprir a demanda de produtos de qualidade e tecnologia na internet.
Vendas de pneus crescem A produção da indústria de pneus no País teve crescimento - 2,8% - no primeiro quadrimestre deste ano quando comparado ao mesmo período de 2014. Passou de 23,83 para 24,51 milhões de unidades, segundo o último balanço divulgado pela Associação Nacional da indústria de Pneumáticos (Anip). Quando se observa as vendas globais dos fabricantes por canal (em milhões de unidades – 2014 para 2015), fica claro que a reposição puxa o resultado para cima, de 14,10 milhões para 15,65 milhões (+10,9%). Muito deste resultado, para Nelson Marques, diretor-presidente do Grupo Pneubras (distribuidor exclusivo da marca Dunlop), vem do aquecimento do mercado de seminovos, que registra crescimento de 33,1% nas vendas de janeiro a maio, frente ao mesmo período de 2014. 16 - Auto Revista Pernambuco
Conta-giros Conta-giros
Comemoração mais que merecida!
O
Senai de Recife (PE) foi o local escolhido por Antônio de Pádua para comemorar o seu aniversário de 50 anos de idade e os seus 25 anos de profissão. O café da manhã, no dia 9 de julho, contou com a participação de amigos, personalidades e profissionais de entidades e empresas do setor de autopeças. Entre os 120 convidados, marcaram presença a Assopeças, o Sindirepa, o Senai, varejistas e aplicadores, representantes comerciais,
gerentes e promotores dos fabricantes, gerentes e promotores de distribuidores e colaboradores. “Esta foi uma grande oportunidade de agradecer a todos que, em algum momento da minha vida, me apoiaram e me apoiam até hoje”, afirmou Pádua, que fez questão de receber e agradecer a presença de todos. “Também não posso deixar de ressaltar o apoio que recebi de clientes e fornecedores para a realização deste evento de confraterni-
zação”, disse o executivo. Antônio de Pádua, que iniciou a carreira na Dismopel Distribuidora de Molas e Peças e teve passagem de cinco anos pela distribuidora pernambucana de autopeças Dampeças, desde 2009, integra o quadro de profissionais da Distribuidora Automotiva. Em 2013, ele assumiu o cargo de gerente regional da empresa para as regiões Norte e Nordeste. Além de grande conhecedor do universo do setor de autopeças, o admi-
nistrador de empresas com especialização em Marketing e Planejamento e Gestão e com formação em coaching, se dedica à carreira de educador. Desde 2004, leciona na Fcap (Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco) os módulos de Distribuição e Vendas nos cursos de pós-graduação e MBA de Marketing. “O grande diferencial de minha atividade profissional e pessoal é formar e desenvolver pessoas. Isso, me dá orgulho e grande satisfação”, finalizou.
Conta-giros Conta-giros
Grupo CAR recebe fornecedores Evento em Recife, que contou com a participação do gerente nacional responsável pela filial, Marcos Palhares, teve como meta reconhecer a participação positiva dos parceiros da empresa
O
Grupo CAR, administrador das distribuidoras Roles e RPR Motopeças, promoveu jantar de confraternização com seus fornecedores em Recife (PE) com objetivo principal reconhecer a participação positiva dos fornecedores no resultado da filial da empresa na região e, claro, propiciar momentos de confraternização, dês contração e lazer entre seus profissionais, colaboradores, parceiros e amigos. Segundo Reginaldo Esdras, gerente da filial, os primeiros meses do ano proporcionaram diversos desafios e dificuldades e a colaboração dos fornecedores foram de fundamental importância para o alcance dos objetivos. O evento contou com a participação do gerente nacional responsável pela filial, Marcos Palhares, que reforçou a importância da integração entre distribuidor e fábrica. “Eventos como este deveriam ocorrer bimestralmente, pois é uma oportunidade para melhorar o relacionamento e fortalecer parcerias”, afirmou o executivo. A CAR – Central de Autopeças e Rolamentos, vale ressaltar novamente, é o grupo administrador das distribuidoras Roles e RPR Motopeças. Juntas, elas somam quase 80 anos de experiência e relacionamento no mercado de reposição. O grupo conta, atualmente, com 16 depósitos estrategicamente distribuídos pelo País e, seguindo sua filosofia empresarial, se orgulha por ser parceiro dos mais renomados fabricantes de auto e motopeças do Brasil. “O maior patrimônio do nosso grupo são os milhares de clientes que sabem que encontram na CAR um parceiro com credibilidade e transparência nos negócios”, enfatiza Marcos Palhares.
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Peugeot 2008
Crossover de personalidade Modelo fabricado em Porto Real (RJ) chega ao mercado para brigar com força e estilo no segmento graças ao design sofisticado e contemporâneo e a segurança dos SUVs
A
Peugeot do Brasil lançou o 2008 no mercado nacional e deu mais importante passo dentro de sua estratégia de reposicionamento da marca no País. Depois do hatchback 208, o novo crossover é o segundo modelo global fabricado no Centro de Produção de Porto Real (RJ), do Grupo PSA Peugeot Citroën. Ele é oferecido em três versões de acabamento: Allure e Griffe, ambas equipadas com o motor 1.6 l 16V Flex e transmissões manual e automática, Griffe THP, atrelada à caixa manual de seis velocidades. O 2008 foi o primeiro veículo da marca a ter equipes de diferentes partes do mundo envolvidas na concepção do projeto: Brasil, França (produção em Mulhouse) e China, onde também é fabricado, na planta de Wuhan. O modelo reinventa os padrões estabelecidos no segmento dos utilitários compactos ao aliar diferentes universos: design sofisticado e contemporâ-
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neo, equilíbrio a esportividade, a robustez e a segurança dos SUVs, vigor (motor turbo THP Flex) e estabilidade (ESP com Grip Control). A dianteira possui elementos ajustados com exatidão. O capô expressa a proteção e a robustez do 2008, a “grade flutuante” parece entalhada na carroceria e se mostra de maneira refinada. Os faróis são afilados, conferindo caráter expressivo e singular. Eles possuem refletores com lente semielíticas e luzes diurnas em LED que, além de melhorarem a segurança, trazem uma assinatura luminosa marcante. O crossover compacto apresenta estilo robusto e elegante nas laterais. A sofisticação de sua silhueta é destacada por suas proporções harmônicas - com as rodas bem posicionadas nas extremidades da carroceria - no movimento dinâmico do teto, que surge na altura dos assentos traseiros prolongando-se até o aerofólio, e no acabamento refinado de cromo nos
retrovisores e na moldura dos vidros. O 2008 conta com enorme superfície envidraçada, incluindo teto panorâmico de 0,60 m². A robustez da carroceria é reforçada com o uso de pneus de uso misto, de rodas de 16 polegadas de liga-leve com acabamento diamantado e protetores pretos na parte inferior da carroceria, que se estendem do para-choque dianteiro ao traseiro. O visual de trás transmite robustez e versatilidade e o para-choque traseiro, com a parte inferior em preto fosco, reforça a proteção. Na parte inferior, estão as funções de luz de neblina e de ré perfeitamente integradas, conferindo elegância ao conjunto. A tampa do porta-malas está emoldurada pelo teto com ondulação dinâmica, pelas lanternas traseiras solidamente fixadas na carroceria iluminadas por LEDS, e pelo
piso baixo do porta-malas, que facilita o seu carregamento. O Peugeot 2008 é dotado de um comportamento dinâmico de referência. A começar pela motorização. Em sua versão topo de gama, conta com o motor turbo THP Flex de 173cv e é o primeiro modelo a vir equipado com propulsor bicombustível de injeção direta com turbocompressor. No desenvolvimento desse motor, que tem classificação “A” no programa de etiquetagem do Inmetro, buscou-se compromisso equilibrado entre desempenho e economia de combustível. Entre as alterações necessárias para a transformação do THP à gasolina – amplamente utilizado na gama Peugeot – em bicombustível está o remapeamento do calculador (central de gerenciamento eletrônico do motor). A nova calibração foi desenvolvida especialmente para atender às condições brasileiras e a preferência dos consumidores por motores que ofereçam boas retomadas de velocidade. A injeção direta e a utilização de uma bomba de alta pressão de 200 bar possibilitaram dispensar sistemas adicionais de aquecimento de combustível para a partida a frio. A taxa de compressão foi alterada de 10,5:1 para
10,2:1, atendendo aos novos parâmetros de funcionamento do motor. A presença de um novo sensor, de etanol, assegura a perfeita leitura do combustível utilizado para que o sistema desenvolva a estratégia adaptada às condições de rodagem. Outro destaque é a utilização de uma bomba de combustível pilotada, que se adapta às condições de utilização do motor, melhorando o desempenho e consumo. O resultado de toda essa tecnologia embarcada no motor é uma potência máxima de 173 cv a 6.000 rpm quando abastecido com etanol. O torque máximo, de 24,5 kgfm, já aparece a 1.400 rpm, permanecendo constante até 4.000 rpm. Esta característica garante grande prazer ao dirigir, com retomadas ágeis e potentes, principalmente pelo fato de 16 kgfm já estarem disponíveis logo a 1.000 rpm. Associado ao motor THP, a caixa mecânica de 6 velocidades permite um equilíbrio perfeito entre esportividade, com as primeiras marchas mais curtas favorecendo as acelerações, e economia de combustível, com uma sexta marcha mais longa fazendo com que o motor trabalhe em uma rotação mais baixa em velocidades mais elevadas. O 2008 é também equipado com mo-
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tor 1.6l 16V FlexStart, que dispõe do sistema que elimina o reservatório de gasolina para realizar a partida a frio. O propulsor desenvolve 122 cv de potência a 5.800 rpm quando abastecido com etanol, e torque máximo de 16,4 kgfm a 4.000 rpm. Ao utilizar gasolina, a potência é de 115 cv a 6.000 rpm e 15,5 kgfm de torque. Nessa motorização, oferece duas opções de câmbio: uma caixa manual de cinco velocidades à frente e uma transmissão automática sequencial, que possibilita a troca de marchas na própria alavanca do câmbio ou por meio de paddle shift na coluna de direção. Na versão com câmbio automático, o condutor dispõe ainda do comando “eco”, que altera a lei de passagem de marcha para diminuir o consumo de combustível. Já as versões equipadas com as caixas manuais são equipadas com o GSI (Gear Shift Indicator), que indica no painel o melhor momento para a troca de marcha. A distância entre-eixos de 2,54 m oferece aos passageiros traseiros ótima habitabilidade tanto para as pernas quanto para a cabeça. O acesso ao porta-malas também é simples, com uma grande abertura
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retangular e altura de carga baixa em relação ao solo (apenas 60 cm). O banco modular 1/3-2/3 permite uma variação de volume de 355 a 1172 litros. Basta pressionar o comando situado na parte superior do encosto traseiro para rebater o encosto e o assento é automaticamente escamoteado. Em todos os lugares o passageiro dispõe de vários porta-objetos, facilmente localizáveis com a ajuda das luzes de teto dianteiras: bolsa porta-objetos nas portas dianteiras, porta-luvas, espaço de arrumação e porta-latinha próximos à alavanca de câmbio, espaço de arrumação com tampa no console e bolsas nos encostos dos bancos dianteiros. No total, o volume dos porta-objetos atinge 24 litros.
Todas as versões do 2008 são equipadas de série com os seguintes sistemas de retenção:
• Cinco cintos de segurança com três pontos de fixação e alerta sonoro e visual de afivelamento do cinto do condutor; na frente, os cintos têm pré-tensionadores e bloqueio de folga e atrás os cintos laterais e central têm bloqueio de folga; • Os dois airbags frontais protegem condutor e passageiro dianteiro em caso de choque frontal violento; • Dois airbags laterais, para casos de forte choque lateral; • Freios a disco nas quatro rodas com ABS. Para as versões Griffe e Griffe THP, ainda há dois airbags de cortina (totalizando 6 airbags) que, em caso de forte choque lateral, limitam o risco de traumatismo na lateral da cabeça do motorista e passageiros. Associado ao Grip Control, o programa de estabilidade eletrônica (ESP) integra as seguintes funções: • Anti-bloqueio de rodas (ABS): impede que as rodas travem, regulando a pressão exercida nos freios para se obter máxima eficiência na frenagem; • Repartidor eletrônico de frenagem (REF): distribui a pressão de frenagem entre a dianteira e traseira; • Assistência à frenagem de urgência (AFU): diminui o esforço necessário no pedal ao mesmo tempo em que aumenta a pressão nos freios; • Anti-derrapagem de rodas (ASR): otimiza a tração para evitar que uma roda patine em um desnível ou em uma forte aceleração; • Controle dinâmico de estabilidade (CDS): se for detectada uma perda de estabilidade na trajetória, o sistema age em uma ou mais rodas, freando-as ou acelerando o veículo para corrigir a estabilidade; • Função Hill Assist: em aclives, mantém o veículo freado por dois segundos mesmo que o motorista não esteja pisando no pedal de freio para que ele saia com segurança.
Test-drive Fiat Bravo
O hatch classudo Em sua versão 2016, o Bravo ficou mais imponente. Versão que guiamos se destacou pelo design e pela tecnologia embarcada
O
Fiat Bravo sempre nos chamou a atenção para uma de suas características: É um modelo charmoso, com seu design de linhas longas e suaves. E na sua versão 2016, ele ganhou ainda mais detalhes que reforçam essa impressão. Uma barra cromada em forma de “V” no para-choque e novas molduras de lanternas e faróis, na dianteira, e algumas mudanças mais sutis na traseira, como para-choque redesenhado trazendo defletores de ar, lanternas com molduras pretas e spoiler traseiro são algumas delas.
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Após alguns dias guiando o Bravo, na versão Blackmotion, foi possível constatar também um modelo bastante silencioso e confortável. Seu tamanho de hatch médio 4,37 metros permite um conjunto de carroceria e suspensão agradáveis para suportar desníveis e buracos. E com os vidros fechados, quase não se ouve o motor ou os barulhos vindos do exterior. Em relação ao acabamento e ao design da parte interna, o modelo também se mostrou satisfatório. Materiais agradáveis ao toque, revestimento do painel emborrachado, ao
invés de plástico duro, são alguns dos pontos positivos. Um apoio central para braço, rebatível e com porta-copos no banco traseiro é item de série de todas as versões. E no caso da versão Blackmotion, o interior é todo em preto e tem bancos em couro, resultando em um conjunto visualmente bem acabado. Esse conjunto de características faz do Bravo um veículo bom para andar na cidade. Tem dimensões suficientes para garantir conforto, mas não é um carro difícil de estacionar ou manobrar. E não bastasse isso, a tecnologia
dá sua ajuda: O modelo que guiamos, equipado com o os opcionais câmera de ré e sensor de estacionamento dianteiro, tinha um verdadeiro escudo anti-barbeiragens. Vale ressaltar, também, a levíssima direção elétrica. E falando em tecnologia, destaque também para o Uconnect, central multimídia controlada através de uma tela de 5 polegadas sensível ao toque. Ele agrupa funções de áudio, telefone e navegador (este último um opcional, presente no modelo que guiamos) e é bastante intuitivo e fácil de usar. O motor do Bravo, 1.8 16V Flex com potência de 132/130 cv (etanol/gasolina), mostrou mais disposição sempre a partir de 2 mil rpm. No modelo que guiamos, o câmbio era o manual (a transmissão automatizada Dualogic Plus é um opcional). Para rodar na cidade, sem a procura por uma condução esportiva, esse conjunto agradou. O consumo dentro do perímetro urbano (registrado pelo computador de bordo), com gasolina no tanque, ficou em aproximadamente 6,8 km por litro. Quando guiamos um modelo para relatar nossas impressões, um dos fenômenos mais emblemáticos do sucesso do seu design é a quantidade de comentários das pessoas, próxi-
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mas ou não, sobre o carro. Alguns passam totalmente despercebidos. No caso do Bravo Blackmotion, aconteceu o contrário. Não faltaram observações sobre a beleza ou a imponência do modelo – mesmo não se tratando de um carro recente no mercado. Ponto para os designers da Fiat. Como conclusão, podemos dizer que, para quem prioriza tecnologia e design, o Bravo é uma opção que pode agradar.
Ficha técnica Motor Número de cilindros: 4 em linha Cilindrada total: 1.747,0 cm³ Taxa de compressão: 11,2:1 Potência máxima: 130 cv / 5.250 rpm (gasolina): 132 cv / 5.250 rpm (etanol) Torque máximo: 18,4 Kgfm / 4.500 rpm (gasolina): 18,9 Kgfm / 4.500 rpm (etanol) Alimentação Combustível: Gasolina/Etanol Freios Dianteiro: A disco Traseiro: A disco Direção Tipo: Elétrica com pinhão e cremalheira Diâmetro mínimo de curva: 10,7 m Rodas Aro: 7,0JX17” em liga leve Pneus: 215/45 R17 Dimensões Peso em ordem de marcha: 1.411 Kg Comprimento: 4.373 mm Largura: 1.792 mm Altura (vazio): 1.488 mm Distância entre-eixos: 2.602 mm Volume do porta-malas: 400 litros Tanque de combustível: 58 litros Desempenho Velocidade máxima: 191 km/h (gasolina) 193 km/h (etanol) 0 a 100Km/h: 10,3 s (gasolina) 9,9 s (etanol) Preço: R$ 84.483 (montado no site da Fiat com os opcionais encontrados no veículo guiado)
Comemoração
Distribuidora de autopeças pernambucana faz de 2015 um ano de comemoração de uma trajetória vitoriosa iniciada em 1980 por Carlos Eduardo Monteiro
O
ano de 2015 é mais um importante marco para a Auto Norte. Isso porque, uma das maiores e mais conceituadas distribuidoras de autopeças da Região Nordeste e do País completa 35 anos de mercado. Sem dúvida, uma data para diretores e funcioná-
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rios comemorarem e reafirmarem o compromisso da empresa de sempre privilegiar o bom relacionamento com os clientes, a qualidade dos serviços e também dos produtos que comercializa. A Auto Norte é fruto primordialmente do empreendedorismo do empresário Carlos Eduardo Monteiro. Ele, em 1980 e com jovens 25 anos de idade, resolveu aproveitar todo o conhecimento adquirido durante sete anos de dedicação e afinco no segmento de representação comercial do setor de autopeças para realizar um sonho. Fundar sua própria empresa, um pequeno negócio que começou com apenas um empregado e um balcão alugado na avenida Norte, em Recife (PE), e hoje conta com 480 colaboradores diretos, 80 representantes comerciais, 60 funcionários da entrega terceirizados e dezenas de estagiários e aprendizes.
A Auto Norte, sediada desde 1993 na Zona Oeste de Recife, está instalada em terreno próprio de 20 mil metros quadrados, dos quais 8,5 mil metros quadrados são de área construída. Para se imaginar a grandeza e a capacidade para atender aos clientes, a distribuidora conta em seu estoque com 20 mil itens à disposição do consumidor. “Desenvolvemos uma organização de logística que facilita o controle de armazenamento e do fluxo das peças De um lado, a mercadoria entra; do outro, ela sai. Nosso compromisso é e sempre foi com o cumprimento do prazo de entrega pré-estabelecido junto aos clientes”, ressalta Carlos Eduardo Monteiro, que conta com o apoio de dos filhos Gustavo e Bruna Monteiro na administração da empresa. O empresário afirma que uma das ferramentas que ajudam em muito para o sucesso da empresa é a agilidade no atendimento aos mecânicos, centros automotivos e consumidor em geral. Segundo ele, a Auto Norte, inclusive, oferece o serviço expresso de entrega, que coloca a peça ou equipamento solicitado nas mãos dos clientes em no máximo entre
uma hora e uma hora e meia. Além da sede pernambucana, a Auto Norte conta com quatro filiais em distintas capitais nordestinas – Salvador (BA), Fortaleza (CE), Natal (RN) e João Pessoa (PB). As duas primeiras têm área construída de cinco mil metros quadrados; a potiguar e a paraibana, de 2.500 metros quadrados. A distribuidora pretende abrir mais duas unidades ainda neste segundo semestre: uma em Teresina (PI) e outra no Belém, ampliando sua penetração também para a região Norte.
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Test-drive Jeep Renegade
Para cidade e para estrada
Rodamos no Jeep Renegade, versão a diesel. Veículo é robusto para encarar o off road, mas não deixa nada a dever em termos de conforto
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ode-se dizer que o Jeep Renegade é um carro emblemático do mercado nacional. É o primeiro modelo oficialmente feito pela Jeep no Brasil. Além disso, é o representante mais expressivo do grande investimento que a Fiat, proprietária da marca, fez no estado de Pernambuco, inaugurando uma fábrica. Por fim, ele é um modelo que representa a entrada da Jeep na faixa de veículos com preço a partir de 70 mil reais. Tivemos oportunidade de conferir as características do modelo guiando uma versão Sport a diesel (veja as opções de motor e acabamento abaixo). Ao fim de alguns dias guiando o carro, foi possível entender o sucesso que ele está fazendo no mercado nacional, mesmo em tempos de crise econômica e suas consequências no setor automotivo.
Para começar, o Renegade chama a atenção pelo bom acabamento. Tanto nas portas quanto no painel, os materiais são agradáveis ao toque e há poucos plásticos rígidos. Também há bons porta-objetos espalhados e o pouco o nível de ruído interno chama a atenção. O motor, o diesel turbo 2.0 MultiJet II, apresenta uma vibração quase imperceptível. A suspensão é outro item que agrada. O jipe é um carro alto para andar nas estradas de terra, mas isso não o torna um estranho no ninho na cidade. Tivemos oportunidade de rodar com o carro nos dois ambientes e ele se saiu bem em ambos. No trânsito urbano, ele se comporta como um típico carro de passeio. Nos buracos e lombadas, não há rigidez ou desconforto. E na terra, ele simplesmente desconhece as pequenas
irregularidades e apresenta muita valentia nas grandes. Não submetemos o modelo a situações extremas em que fossem precisos os recursos de 4x4. Mas deixamos aqui registradas as opções que ele oferece. A versão que guiamos oferece oferece dois sistemas para o desempenho off-road. Ambos podem transmitir 100% do torque disponível ao solo em apenas uma das rodas. São o Active Drive (4x4 normal) e Active Drive Low (reduzida). Eles incluem o recurso Selec-Terrain, que permite escolher cinco modos de contronle: Auto (automático), Snow (neve), Sand (areia) e Mud (lama). Falando de conforto e facilidade de dirigir na cidade, que é onde anda a esmagadora maioria dos proprietários desse veículo, o Renegade tem dimensões que o tornam fácil
de manobrar e direção com assistência elétrica (bastante leve). Além disso, o modelo que guiamos estava equipado com o pacote opcional multimídia, que inclui câmera de ré. Combinados, todos esses elementos resultaram em um carro muito bem adaptado para ajudar o motorista a enfrentar o ambiente urbano e seus espaços limitados. O motor a diesel, combinado com o câmbio automático, é um item de comodidade a mais do Renegade. Registrou números que chamaram nossa atenção. No consumo dentro da cidade, registrado pelo computador de bordo, chegou à marca 16 km por litro, na média. E na estrada, em velocidade constante com o piloto automático ligado, o consumo instantâneo chegou a 30 km por litro. Itens que também merecem destaque são os que compõem dois opcionais de peso. Um é o Pacote Multimídia, que além da câmara de ré que já citamos, inclui sistema de áudio com tela touchscreen. Bluetooth, USB e Sistema de reconhecimento de voz com Navegação GPS. O outro é o teto solar elétrico panorâmico, que toma praticamente toda a parte de cima do veículo.
No sol tórrido de Fortaleza, não dá para usa-lo muito até as 4 da tarde, mas depois disso, especialmente em noite de lua cheia, a experiência de guiar o carro com ele aberto é única. Resumindo, após nossa experiência de alguns dias com o Renegade podemos dizer que é um veículo resultante de um bom projeto, feito para agradar quem procura um carro capaz para levar com conforto e praticidade uma família no ambiente urbano ou divertir, com muita robustez, os aficionados por off road.
Preço R$ 118.230,00
(calculado no site da Jeep com os opcionais que encontramos no modelo guiado Pacote Multimídia, Pacote Segurança, Teto Panorâmico e Pacote Conforto).
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Serviços
Roupas, sapatos, eletrônicos e...carros! Os shopping centers são considerados pelas revendas de automóveis bons lugares para expor ou comercializar seus produtos. Conheça algumas experiências
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e você é frequentador de shopping centers, já deve ter notado que um dos atrativos desses estabelecimentos é a colocação de veículos para exposição. Nada mais compreensível: todo mundo sabe que carros estão entre os principais sonhos de consumo dos brasileiros. O sucesso desse expediente, no entanto, tem feito concessionárias ir um pouco além, colocando lojas, com showroom e vendedores, para negociar seus produtos. No RioMar Recife, que em 2015 completa três anos de funcionamento, a presença do setor automotivo já está bastante consolidada. Além de veículos expostos com frequên-
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cia, o estabelecimento tem duas lojas, sendo uma da Mercedes-Benz, do grupo cearense Newland, (que também mantém uma revenda multimarcas de veículos de luxo no Iguatemi de Fortaleza) e outra da Suzuki. De acordo com Denielly Halinski, gerente de marketing do RioMar Recife, todos – shopping, revendas e consumidores têm a ganhar com a presença dos carros. “Para as marcas, o shopping é uma boa vitrine. E para nós, é uma prestação de serviço a mais para os clientes”, afirma ela, ressaltando que o local registra a circulação de aproximadamente 1,5 milhão de pessoas por mês de todas as classes sociais.
Além disso, conta com uma grande área disponível para a realização de test-drives e feirões no seu entorno. Já o Shopping Recife recebe cerca de sete exposições de lançamentos e feirões de carros por ano. Segundo a empresa, essas iniciativas beneficiam não só as revendas mas o próprio shopping, porque incrementam ainda mais o leque de opções de produtos para os visitantes. “Entendemos que o segmento de carros é uma importante atratividade a ser oferecida aos clientes”, ressalta o empreendimento. Ele cita, entre as últimas empresas que estiveram expondo no seu espaço, Jac Motors, Honda e Hyundai.
Serviços
Lei histórica Consumidores agora têm o direito de exigir laudo para descobrir se existem restrições como multas que não foram pagas no seminovo
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o adquirir um veículo seminovo, é normal ficar inseguro quanto à procedência do automóvel, número de multas pendentes e se a documentação do transporte está em dia. Porém, uma nova lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff obriga o comerciante a informar a situação detalhada do veículo ao cliente antes de completar a venda, seja ele um carro, moto ou caminhão. A lei ajudará a detalhar o que o fornecedor já deveria saber sobre o veículo que está vendendo e permitirá que o consumidor não seja pego de surpresa, pois agora será possível saber se o carro tem multas (taxas) não pagas, processos, se já esteve nas mãos de ladrões ou se possui pendências judiciais. O consumidor terá o direito de exigir a vistoria do veículo que está comprando para saber se há restrições no laudo do produto. “Ao efetuar a venda de um veículo, é
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muito importante que o antigo dono faça um laudo técnico em empresas especializadas, no qual irá constar todos os pontos de identificação do veículo, como: chassi, motor, câmbio, vidros, etiquetas de identificação, placas, etc; além de constatar se houve reparos estruturais no veículo, evitando assim, problemas com o futuro comprador, e com o órgão público”, explica o gerente comercial da Super Visão Vistorias Automotivas, Pedro Celandroni. Para todos que pretendem realizar a venda ou a compra de um automóvel e não pretendem enfrentar problemas futuros, as empresas de vistoria veicular, conhecidas como ECVs (Empresas Credenciadas em Vistoria de Veículos), também são responsáveis por efetuar serviços que distinguem a procedência do automóvel e são uma ótima alternativa para fugir dessa situação.
Comparativo
SUVs de peso Listamos aqui os principais utilitários a diesel com tração nas quatro rodas do mercado, na faixa de R$ 200 mil. Veja as principais características de cada um
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ue SUVs grandes a diesel e com capacidade off road o mercado nacional oferece? Foi para tentar responder essa pergunta que Auto Revista Pernambuco foi pesquisar os modelos que hoje estão na faixa entre 150 mil e 200 mil reais, aproximadamente. Listamos a seguir as principais características de cada um. Foram adotados os seguintes critérios na escolha dos representantes de cada marca: menor preço, câmbio automático e tração 4x4 com marcha reduzida ou controle eletrônico de força sobre rodas e/ou eixos.
Toyota SW4
Modelo: SRV A/T Preço
R$ 204.800,00 A SW4 a diesel tem apenas duas versões, uma com 5 e outra com 7 lugares. Como ficamos sempre com a de menor valor, essa é a opção para cinco pessoas. Ambos os modelos são bastante completos, já que são topos de linha. Além da marca consolidada Toyota que o veículo traz, que ao longo dos anos no Brasil se destacou pela robustez dos seus modelos, um dos destaques da SW4 é a tração integral, que distribui a força em cada roda de acordo com a necessidade. Para quem não quer se preocupar em saber quando usar a tração adequada para cada ambiente (4x4 normal ou reduzida), é uma comodidade a mais. Vale a pena ressaltar, ainda, os itens de conforto e tecnologia do modelo, que listamos a seguir. Com o que oferece pelo preço cobrado, é um dos modelos com a melhor relação custo-benefício do seu segmento. Características off road Tração 4x4 permanente com VSC (Controle de Estabilidade do Veículo), que aciona individualmente os freios e controla a potência de cada roda dependendo da necessidade, mantendo a trajetória e evitando derrapagens em curvas, manobras bruscas e pisos escorregadios, e TRC (Controle de Tração), que controla a pressão hidráulica do sistema de freio e corta a injeção de combustível no momento em que a roda de tração tende a girar em falso (patinar).
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Ficha técnica Motor Modelo 3.0L 16V turbo* intercooler Potência (cv - rpm) 171 - 3.600 Torque (kgf.m - rpm) 36,7 a 1.400 a 3.200 Cilindrada (cm3) 2.982 Transmissão Automática de 5 velocidades com inteligência artificial Direção Tipo Hidráulica – pinhão e cremalheira Freios Dianteiros Discos ventilados Traseiros Tambor Capacidade off road Ângulo de ataque 30º Ângulo de saída 25º Vão livre mínimo do solo (mm) 220 Dimensões Comprimento (mm) 4.705 Largura (mm) 1.840 Altura (mm) 1.850 Entre-eixos (mm) 2.750 Capacidade de passageiros 5
Mitsubishi Pajero Modelo: AT diesel 2016 Preço
R$ 151.490,00,00 Na nossa busca por SUVs grandes com o menor preço possível, a Pajero certamente se destaca nesse quesito. A Mitsubishi tem uma versão mais enxuta do modelo e deixa o consumidor decidir se quer um off road sem acessórios como bancos dianteiros com ajuste elétrico, comando de áudio no volante, ar condicionado automático com dutos de saida para a 3ª fileira de bancos, sistema multimídia com tela touch screen de 7”, capacidade para 7 pessoas e air bags laterais e de cortina ou fica com a top de linha HPE, que tem todos esses itens e custa R$ 177.990,00. Vale ressaltar que mesmo nesse caso, o modelo continua sendo o mais barato das opções que encontramos em nossa pesquisa. E conta com o peso da marca japonesa que, junto com a Toyota, conquistou sólida reputação no segmento off road no Brasil. Mas não oferece controle eletrônico de estabilidade, encontrado em todos os outros veículos que pesquisamos. Características off road Caixa de transferência Super Select 4WD com possibilidade de engate 2H – 4H – 4HLC a até 100 km/h, sendo: 2H (tração traseira) - ideal para uso urbano 4H (tração integral): ideal para uso em estradas e pisos molhados com baixa aderência 4HLc (4x4 com diferencial central bloqueado) - para pisos off-road 4LLc (4x4 com diferencial central bloqueado e reduzida) para situações extremas de off-road
Ficha técnica Motor Cilindrada (cm³): 3.200 Potência máxima (cv rpm): 180 a 3.500 Torque máximo (kgf.m rpm): 38,0 a 2.000 Transmissão Automática de cinco velocidades Direção Tipo: hidráulica Raio mínimo de giro (m): 5,6 Freios Dianteiro: Disco ventilado Traseiro: Disco Capacidade off road Ângulo de entrada: 36º Ângulo de rampa: 23º Ângulo de saída: 25º Vão livre do solo (mm): 215 Dimensões Comprimento (mm): 4.695 Entre-eixos (mm): 2.800 Largura (mm): 1.815 Altura (mm): 1.800 / 1.840 (com rack de teto) Capacidade de passageiros: 5
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GM Trailblazer
Modelo: LZ 2.8 Turbodiesel Preço
R$ 185.390,00 O modelo da Chevrolet é o segundo mais em conta de nossa pesquisa. A opção a diesel vem em versão única completa, já com capacidade para sete lugares. Diferentemente da SW4, no entanto, ela não tem embutidos no valor os bancos de couro. Assim como a Pajero, ela tem um controle mais “tradicional” do sistema off road, com seletor para que o motorista escolha a tração que julga mais adequada. Um dos seus principais destaques é para a grande quantidade de itens de tecnologia, segurança e conforto que listamos a seguir. Também é dele o motor mais potente dos cinco carros pesquisados Características off road Seletor eletrônico de tração 4x2, 4x4 e reduzida, sistema de controle de tração (“TCS - Traction Control System”), com indicador no painel de instrumentos, assistente de partida em aclive e controle de velocidade em declive
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Ficha técnica Motor Potência máxima (cv rpm) 277 a 6.400 Torque máximo (mkgf rpm) 35,7 a 3700 Transmissão Automática de 6 velocidades com Active Select Direção Tipo: Hidráulica Freios Dianteiros: A disco Traseiros: A disco Capacidade off road Não informada pela fábrica Dimensões Comprimento (mm): 4.878 Distância entre eixos (mm): 2.845 Largura da carroceria (mm): 1.902 mm Largura total (espelho a espelho): 2.132 mm Altura (máx.com bagageiro) 1.845 mm Capacidade de passageiros: 7
GLK 220
Modelo: CDI Preço
R$ 195.900,00 Esse modelo tem duas versões a diesel: a CDI, que escolhemos por causa do preço, e a CDI Sport, que custa R$ 227.000,00. Basicamente, a diferença entre as duas é que a segunda vem com teto solar, sistema de GPS e DVD, banco com ajuste totalmente elétrico com três memórias, sistema Park Assist (estaciona o veículo sozinho) e farois de LED com bi-xenon integrado. Mesmo assim, a CDI se destaca pela tecnologia, com itens como a tração integral 4MATIC, que em condições normais distribui o torque na proporção 45 : 55 entre os eixos dianteiro e traseiro. Ela se combina com a tração eletrônica 4ETS, que controla automaticamente a distribuição de força de acordo com a necessidade de cada roda. Outro componente que merece ser ressaltado é o Attention Assist, sistema que detecta possível sonolência do motorista Características off road Downhill Steep Regulation (regulador de velocidade em descidas íngremes), 4MATIC - tração integral com distribuição básica de torque de tração na proporção 45 : 55 entre os eixos dianteiro e traseiro, tração eletrônica em cada roda (4ETS), assistente de partida em subidas (HSA) e função Hold, que mantém o carro parado sem necessidade de pisar no pedal do freio.
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Ficha técnica Motor Cilindrada (cm³) 2.143 Potência (cv rpm) 170 a 3.200 - 4.200 Torque (kgf.m rpm) 40,7 a 1.400 - 2.800 Transmissão Automática de sete marchas 7G-Tronic Plus Direção Elétrica Capacidade off road Ângulo de entrada 25º Ângulo de saída 24,4º Vão livre do solo 207 mm Dimensões Comprimento (mm): 4.536 Largura (mm): 2.016 Altura (mm): 1.729 Entre-eixos: 2.755 Capacidade de passageiros 5
Curiosidade
Qualquer semelhança... Veja exemplos curiosos de carros que lembram formas humanas, personagens de desenhos animados e até bichos
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om seus dois faróis que lembram os olhos e a abertura do radiador que tanto pode remeter a uma boca quanto a um nariz, os automóveis, muitas vezes, são feitos com inspiração em seres humanos ou animais. Selecionamos aqui casos em que, intencionalmente ou por coincidência, essas semelhanças ficam mais evidentes. Confira e divirta-se!
Toyota iQ
Muitos carros ultracompactos são desenhados para angariar a simpatia imediata de quem os vê. Por isso que talvez seja difícil não gostar da aparência do Toyota iQ. Ainda mais porque ele lembra o Bulbasaur, um dos adoráveis personagens do desenho animado Pokemon. Vale lembrar que tanto o desenho quanto o veículo são japoneses.
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Veyron
É um super esportivo da lendária marca italiana Bugatti. Provavelmente não foi intenção da fábrica fazer gracinha com a frente do seu modelo, mas não é que ela lembra – e muito – o simpático mamífero coala?
Fiat Multipla
Com seu design “diferente”, o Fiat Multipla nunca teve a beleza como ponto forte. Com sua frente de quatro faróis, ela lembra outro exemplo de estética questionável, esse vindo da natureza: o ornitorrinco. Nesse caso, a disputa é para quem tem o visual mais bizarro.
L200 Triton
Será que quem desenhou os faróis da Mitsubishi L200 Triton era fã de Star Wars? Se é coincidência ou não, o fato é que a estética do capacete dos guardas do Império liderado por Darth Vader parece bem próxima do desenho da frente do veículo. E, convenhamos, é uma bela estética em ambos os casos!
Peugeot 207
Com seus faróis que se sobressaem na carroceria e gigantesca entrada de ar que abrangia até o parachoque, o Peugeot 207, veículo que sucedeu o 206, parece ter um primo distante: o Gremlin, bicho fictício dos filmes do Steven Spielberg que fez sucesso na década de 1980.
GC2
Nesse caso, não foi coincidência: a chinesa Geely se inspirou no urso panda, que conquista a simpatia de 10 entre 10 seres humanos de todo o mundo, para criar seu ultracompacto GC2. Repare nos faróis, exatamente idênticos aos olhos, e na entrada de ar, uma cópia fiel do nariz do bicho.
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Clássicos
Fusca, uma paixão nacional
Por Arnóbio Tomaz
Nascido na Alemanha, na década de 1930, o carro caiu no gosto dos brasileiros e até hoje tem fãs saudosos da sua robustez e fácil manutenção
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Volkswagen nasceu de um pedido de Adolf Hitler ao engenheiro Ferdinand Porsche. Foi um projeto ousadamente revolucionário, pois o veículo era equipado com um motor refrigerado a ar, e até então os carros daquela época (década de 1930) eram feitos com motores refrigerados a água. O primeiro modelo desenvolvido era equipado com um motor de dois cilindros, que apresentava péssimo rendimento. Em seguida, foi criado o motor de quatro cilindros, opostos dois a dois, chamado de Boxter. O Volkswagen foi lançado oficialmente em 1935. O seu nome vem
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do idioma alemão e significa “carro do povo”. Em 1936, o modelo foi todo reformulado, apresentando bastante semelhança com o Fusca atual, mas apresentando duas pequenas janelas traseiras. Inicialmente chamava-se “Volkswagen” ou “Volks”. Em seguida passou a ser chamado de “Sedan Volkswagen” e a partir dos anos 1970, de “Fusca”. Em 1939, devido ao início da 2a Guerra Mundial, o Volkswagen acabou virando veículo militar, ficando sua produção paralisada durante todo o conflito. Em 1946, um ano depois do término da guerra, foi retomada sua fabricação. Na época, já havia 10 mil veículos em circulação. Em 1948, eles eram 25 mil, sendo 4.400 para exportação. Em 1949 o Fusca já teria seu próprio mercado nos Estados Unidos. Em 1953, o Fusca surgia com quebra-ventos e, a partir da 2a série deste ano, a janela traseira se resumia a uma única, em formato oval. Ainda em 1953, o Fusca começou a ser montado no Brasil e a partir de 1959 passou a ser fabricado em nosso país. Em 1960, o sistema de sinaleira (pisca-pisca) deixa de ser uma barra na coluna lateral central (tam-
bém chamada de bananinha) para ser em cima dos para-lamas dianteiros. A saída do cano de escape passa a ser dupla. Em 1967, o motor passou a ser 1.300 cc, ao invés do 1.200 cc que o equipava até então. Em 1968, o sistema elétrico passou a ser de 12 volts - antes era de 6 volts. Em 1970, surgiu o Fuscão, com 1.500 cc, embora permanecesse a versão com motor de 1.300 cc. Em 1974 surgiu o Super Fuscão, com motor 1.600-S de dupla carburação que rendia 65 cv. Em 1979 surgiu o modelo que ficou conhecido como “Fafá de Belém”, por causa das lanternas traseiras maiores. Em 1986 o Fusca deixou de ser fabricado no Brasil e teve sua produção continuada apenas no México. Em 1993, a pedido do então presidente Itamar Franco, o carro voltou a ser fabricado em território nacional, chegando a uma produção em torno de 40 mil veículos até julho de 1996, quando foi novamente anunciado o fim de sua fabricação. Deixou muita saudade a todos nós brasileiros que, em alguma época de nossas vidas, possuímos o tão simpático e inesquecível “fusquinha”.
Carro dos Sonhos
Mercedes
AMG C63S É um série C, mas pitadas de pimenta jogadas pela divisão esportiva na montadora alemã deixam este V8 biturbo, que acaba de chegar ao mercado brasileiro, uma fera
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utêntico dinamismo e pura paixão! O novo Mercedes-AMG C 63 S, que acaba de chegar ao mercado brasileiro, foi desenvolvido em cada detalhe para máximo desempenho. O seu motor V8 biturbo 4,0 litros e 510 cv de potência proporciona um impressionante nível de desempenho e uma sonoridade emocionante. Este novo motor oferece ao Mercedes-AMG C 63 S um torque de incríveis 700Nm, algo único neste segmento. Destaques dinâmicos como a suspensão esportiva AMG RIDE CONTROL, o diferencial blocante traseiro controlado eletronicamente ou o sistema DYNAMIC SELECT com modos de transmissão específicos da AMG demonstram claramente no projeto da C 63 S a
influência das incontáveis vitórias da Mercedes-AMG nas pistas de corrida. Ela é automática esportiva de 7 velocidades oferece ao motorista 4 modos dinâmicos (Comfort, Sport, Sport+ e Race). Alta performance - Os novos automóveis de alta performance saídos de Affalterbach são os únicos em seu segmento equipados com motor biturbo com oito cilindros. A conse-
disso graças à suspensão configurável em três estágios, do mais macio ao mais esportivo. Os pneus são de 19 polegadas, “decorados” por pinças vermelhas sobre os discos de freio de 390 milímetros. Já o interior, interior segue a mesma linha do Classe C completo, com materiais ainda mais refinados e detalhes exclusivos da AMG, como acabamento em fibra de carbono, câmera de 360 graus e head-up display, que projeta informações no para-brisa. Quem quiser comprar um terá que desembolsar US$ 209.900.
quência é sua potência esportiva, um vasto torque e - típico da AMG - uma sonoridade altamente emocionante. Graças à potência e ao torque superior, o motorista é agraciado com índices de desempenho inigualáveis: o C 63 S acelera de 0 a 100 km/h em 4,0 segundos, e a velocidade máxima é 290 km/h (limitada eletronicamente). Com uma relação peso-potência de 3,2 kg/cv, o novo modelo AMG
V8 mais uma vez encabeça o ranking entre seus concorrentes. O motor V8 biturbo 4,0 litros, membro mais novo da família de motores BlueDIRECT, se destaca pela disponibilidade de força, a construção intencionalmente leve e sua alta eficiência e compatibilidade ambiental. Ele também atende às mais altas expectativas relativamente ao conforto sonoro e vibrações. Muito
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Mobilidade
Bicicletas de montadoras As fábricas de veículos automotores também oferecem modelos de duas rodas não motorizados. Conheça alguns deles
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icicletas VW, Chevrolet, Renault e BMW: você sabia que elas existem? Não é de hoje que as fábricas de automóveis se aventuram no terreno dos veículos de duas rodas não motorizados. Mas com o debate crescente em torno de sustentabilidade e novas formas de locomoção, elas começam a ficar mais presentes no discurso dessas empresas – basta ver um comercial recente da Fiat, que termina mostrando a garagem de um usuário e dizendo que o Punto tem personalidade “até para deixá-lo na garagem sempre que dá pra usar a bicicleta”. Além de falar mais em bicicletas, as montadoras estão começando a oferecer opções que os consumidores podem encontrar nas mesmas concessionárias onde os carros são oferecidos. Volkswagen, GM e BMW são exemplos disso. A Renault fez uma parceria com a fábrica Colli Bike, que mantém uma linha com vários modelos que podem ser comprados de forma ainda mais fácil: estão disponíveis em grandes lojas de varejo online, como Extra e Americanas. Já empresas como Fiat e Peugeot mantêm linhas de bicicletas, mas na vizinha Argentina. Para quem ti-
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ver curiosidade, as da Peugeot têm até site próprio. Vale ressaltar que a fábrica francesa chegou a fazer bicicletas no Brasil, mas a produção foi interrompida e hoje elas são encontradas em sites de venda da Internet, como o Mercado Livre. A Smart, marca pertencente à Mercedes-Benz, é outra que comercializa bicicletas fora do Brasil. Veja o site do seu modelo elétrico em Portugal: https://www. smart.com/pt/pt/index/smart-electric-bike.html. Por fim, fábricas como Toyota e Audi desenvolveram modelos conceito, que não economizam na tecnologia mas não estão à venda. A primeira tem um modelo que, segundo ela, foi desenvolvido com as mesmas inovações do Prius, o seu carro híbrido. Com quadro feito de fibra de carbono, a bicicleta é integrada com o smartphone, por onde são feitas as trocas de marcha. Já a Audi desenvolveu a “e-bike concept”. Com rodas e quadro de fibra de carbono, ela pesa apenas 1,6 kg (um bicicleta comum fica na casa de 14 kg, em média). Também pode ser conferida no seu site oficial (em inglês).
Listamos modelos que foram colocados no mercado nacional pelas grandes montadoras Chevrolet
A MTB Aro 27,5 é uma mountain bike que vem com quadro de alumínio hidroformado, suspensão hidráulica a ar e óleo, freios a disco hidráulicos e relação de 27 marchas. Pesa 13,6kg Preço sugerido: R$ 4.599,00 Onde comprar: Rede de concessionárias da marca
BMW
A marca de veículos de luxo tem três modelos bicicletas disponíveis no mercado nacional. Veja abaixo as características e preços Cruise Aro 26 Quadro em alumínio, ela é equipada com o “Safety System” que, segundo a BMW, protege o condutor de estilhaços e pedras. Os aros têm como principal recurso o Rodi Airline Plus 4 lacing, que evita pancadas que podem causar a deformação do pneu. Os freios são a disco hidráulicos e a transmissão tem 30 velocidades. Peso: 15 kg. Preço sugerido: R$ 6.800,00 Onde comprar: Rede de concessionárias Cruise M Are 26 Quadro em alumínio, suspensão dianteira SR Suntour XCR RL-R (com bloqueio remoto), pneus Continental CruiseCONTACT com inserção de Kevlar, Safety System, Rodi Airline Plus 4 lacing, freios a disco hidráulicos, transmissão de 30 velocidades e suporte do assento e espaçador em fibra de carbono. Peso: 14,8 kg. Preço sugerido: R$ 8.320,00 Onde comprar: Rede de concessionárias Mountain bike Enduro Aro 26 Quadro de alumínio, suspensão dianteira e traseira com amortecedores, freios a disco hidráulico, transmissão de 30 velocidades com câmbio dianteiro e traseiro. Peso: 13,4 kg. Preço sugerido: R$ 21.410,00
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Renault
Volkswagen
VW aro 26 VW aro 29 Disponível em duas versões, de aro 26 e aro 29, a bicicleta Volkswagen tem freio a disco e é feita de alumínio. A versão aro 26 pesa 13,5 kg e traz câmbio de 27 velocidades, nas opções de cores preto/vermelho. Já a aro 29 pesa 14,5 kg, tem câmbio de 30 velocidades e está disponível em preto/azul. Preços sugeridos: Aro 26 – R$ 6.369,85 Aro 29 – R$ 9.433,49 Onde comprar Segundo a Volkswagen, na rede de concessionárias. Procuramos o modelo em duas delas na cidade, mas não estavam disponíveis. Pela pouca procura (talvez uma consequência do desconhecimento de que elas existem) é preciso fazer o pedido do produto.
A marca tem uma linha com vários modelos. Muitos deles podem ser conferidos no site da empresa parceira da montadora que os fabrica. Outros estão disponíveis em grandes lojas de comércio online. Preços sugeridos Colocamos aqui o preço de um modelo top de linha, com aro 29, 27 marchas, suspensão hidráulica e freios a disco nas duas rodas para dar exemplo. Mas encontramos várias opções no site do Extra, com valores a partir de R$ 1.099. Onde comprar Grandes lojas de comércio online.
Componentes
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uitas pessoas que são apaixonadas por carros têm o maior cuidado e prazer em mantê-los conservados e limpos. No entanto, às vezes, se esquecem de questões básicas de manutenção, que podem acarretar sérios problemas mecânicos. Uma das premissas básicas e mais importantes para o bom funcionamento de qualquer veículo é a troca regular de óleo, responsável por impedir que as superfícies metálicas do motor sejam danificadas ao longo do tempo pelo constante atrito. A desinformação sobre como e quando devem ser feitas as reposições do lubrificante, bem como a escolha de qual produto utilizar, é um dos principais motivos
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Troca regular de óleo, seguindo as recomendações do fabricante do veículo, evita desgaste, oxidação e corrosão dos componentes do motor
que causam o desgaste, oxidação e corrosão de peças. No que diz respeito ao tempo e à quilometragem adequados para a troca do óleo, é importante saber que todos os lubrificantes têm um período específico de reposição e que isso varia de acordo com o automóvel e a forma como ele é conduzido. Quando a troca é determinada pela quilometragem, normalmente está relacionada com o tipo de condução do motorista, ou seja, se é ‘severa/leve’ ou ‘cidade/estrada’. No caso de troca por período, quando o veículo não atingiu a quilometragem estipulada pela montadora mas atingiu o tempo máximo de uso, é necessário realizar a troca.
Com custo mais elevado, os lubrificantes sintéticos são destinados a automóveis mais modernos por terem maior resistência ao calor, menor volatilidade e menor desgaste no momento de partida, o que confere melhor performance ao veículo. Já os minerais são produzidos a partir do óleo bruto e são posteriormente refinados. Assim, as frações com propriedades de lubrificação úteis são separadas e os componentes indesejáveis que prejudicam o funcionamento do motor são removidos. Há ainda os óleos semissintéticos, que são uma mistura dos lubrificantes sintéticos e minerais. Estes são uma boa opção para quem não quer gastar muito e não abre mão
de um produto de qualidade. Mas o que significam as siglas nas embalagens de óleo lubrificante? Realmente, sem a devida orientação pode ficar bem difícil decifrá-las. Essas siglas codificam características específicas dos óleos. Normalmente, no manual do proprietário do seu veículo está indicado qual é a especificação do óleo que vocês deve usar. A especificação de desempenho mais tradicional é a API (Instituto Americano de Petróleo). Ela é baseada nos graus de severidade das condições de trabalho aos quais os motores são submetidos. Para atender às diferentes condições, os lubrificantes são formulados com diferentes tipos e/ou quantidades de aditivos. O código API divide em duas categorias os óleos. Os motores a combustão interna, que utilizam velas para gerar a combustão (nossos carros normais), devem ser lubrificados pelos óleos API S – em que o “S” vem do inglês spark (faísca). Já para os a diesel (com combustão “espontânea”), é utilizada a sigla os API C- em que “C” deriva do inglês compression (compressão). Finalmente, os óleos lubrificantes para engrenagens são os API GL, em “GL” indica gear lubrificant (lubrificante de engrenagens, em inglês). A
classificação para motores de carros leva a letra S, seguida de outra letra que determina o “estágio de evolução” do óleo (de A a M, ou seja: SA, SB, SC, SE, SF, SG, SH, SJ, SL e SM). Esta classificação é de fácil entendimento, já que a evolução das letras significa a qualidade dos óleos. Portanto, para a API, a especificação mais moderna é a SM, normalmente usada em veículos de alta performance, com características de resistência à oxidação e proteção contra depósitos. Portanto, quando é recomendado no manual do proprietário um
óleo com classificação SJ, por exemplo, pode ser usado um óleo SL. Porém, o contrário não é adequado. Ainda pela API, para os motores a diesel, os lubrificantes são classificados de CA a CF, CF-4, CG4, CH-4, CI-4 e CJ-4. O mesmo raciocínio de evolução pode ser empregado nesse caso. A mais recente é a especificação CI-4, que confere desempenho efetivo na proteção do motor à diesel com sistemas de pós-tratamento da exaustão, que demandam ainda mais do lubrificante.
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Perspectiva de Mercado
Hora de reagir com atitudes positivas Não se pode pensar em desistir. Precisamos acreditar, estar sempre prontos e com atitudes positivas, pois em pouco tempo o Brasil voltará a crescer
Q
uando novamente e, quando este momento chegar, estaremos prontos para voltar a crescer. Muito sucesso para todos ... vamos ACREDITAR e ter atitudes positivas. Esta é a grande alquimia para este momento que vivemos! Continuamos passando por um duro momento em nosso País e o nosso segmento está sofrendo um pouco acima do normal. Com a inflação batendo na casa de 9%, presenciamos o poder de compra dos brasileiros caindo de maneira significativa. As indústrias automotivas que atuam em território nacional estão efetuando drásticas reduções de funcionários para a equalização dos estoques. Já são quase 35.000 profissionais afastados por demissões, layoffs e férias coletivas. Na Fiat, são quase 15 mil trabalhadores em casa e a GM paralisou sua produção em todo o mês de junho nas suas três plantas envolvendo quase 6.300 funcionários. Estas ações são forçadas pela queda da produção nacional que, no primeiro semestre, caiu a níveis de 2005. Chega a 18,5% na comparação com o mesmo período de 2014, reflexo das baixas vendas de automóveis, que caíram 20,7% no primeiro semestre.
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Neste mesmo ritmo de queda, ainda nas montadoras, verificamos o recuo nas vendas de motos, caminhões e ônibus; estes dois últimos segmentos, empurrados para baixo pela falta de financiamento do Governos Federal, que historicamente movimenta o setor. Ainda analisando o nosso segmento, o Brasil caiu para a sétima posição no mundo nas vendas de veículos, atrás de China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Índia e Grã Bretanha. Lembramos que, em 2014, fechamos como o quarto maior mercado de vendas de automóveis no mundo. Diante deste cenário, vale destacar a atuação da Honda, uma das poucas montadoras que cresce no Brasil em 2015: 4,1% no primeiro semestre. O novo SUV HR-V puxa este crescimento e já disputa com o EcoSport a liderança do segmento, deixando claro a força da INOVAÇÃO. Quando uma novidade cai no “gosto” do mercado, faz com que o produto, mesmo diante do cenário econômico mais trágico, cresça em relevância. Muitos dos profissionais desta nova geração que atuam no segmento automotivo ainda não tinham presenciado um cenário de crise como o que vivemos hoje. Na verdade, em
Flávio Portela é executivo e palestrante. Formado em Administração de Empresas com MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral-SP, pós-graduado em Relacionamento Sustentável com Clientes pela FGVSP e pós-graduado em Excelência no Atendimento pela UFPE e em Mídias Digitais pela FGV-SP. flavio.portela@globo.com
momentos como este só temos uma alternativa, que é “arregaçar as mangas”, REAGIR e se dedicar ao mercado de maneira diferenciada. Temos que pensar como empreendedores (donos do nosso próprio negócio) nos dias de hoje, pois nada mais acontecerá por si só... É preciso fazer acontecer! É preciso pensar, trabalhar e ter a ATITUDE POSITIVA de um grande empreendedor, que possui “o mundo” dependendo de você e, por isso, não pode parar. Não se pode pensar em “cair”, em desistir; tem que acreditar... SEMPRE, pois em muito pouco tempo teremos o Brasil crescendo novamente e, quando este momento chegar, estaremos prontos para voltar a crescer. Muito sucesso para todos ... vamos ACREDITAR e ter atitudes positivas. Esta é a grande alquimia para este momento que vivemos! *Flávio Portela é palestrante e executivo, formado em Administração de Empresas; pós-graduado pela FGV-SP em “Inovação no Relacionamento Sustentável com Clientes”; pós-graduado em “Gestão de Qualidade em Serviços” pela UFPE/PE, e MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Don Cabral/SP
Mercado Total
Roberto Pierantoni
Vendas crescem em julho, mas caem no ano Apesar de no primeiro mês do segundo semestre o número de emplacamentos de veículos crescer em relação a junho, o resultado anual foi de queda
O
desempenho dos emplacamentos de veículos automotores no primeiro mês deste segundo semestre foi divulgado pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) – entidade que representa cerca de oito mil concessionárias no Brasil –e mostra que as vendas de todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros, como carretinhas para transporte) apresentaram alta de 6,92% em julho na comparação com junho. Neste período, foram emplacadas 352.423 unidades em julho, contra 329.629 em junho. Se comparado às vendas do mês de julho de 2014 (436.673), o resultado geral de julho de 2015 apresentou retração de 19,29% nos emplacamentos. No acumulado do ano, a queda foi de
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17,87% sobre 2014. Foram emplacadas 2.405.467 unidades de janeiro a julho/2015, contra 2.928.868 no mesmo período de 2014. Os segmentos de automóveis e comerciais leves apresentaram crescimento em julho de 7,23% sobre junho. Foram emplacadas 219.410 unidades, contra 204.613 em junho. Se comparado com julho do ano passado (279.789 unidades), o resultado aponta uma baixa de 21,58%. No acumulado do ano, esses segmentos caíram 20,03%. Foram comercializadas 1.489.243 unidades de janeiro a julho de 2015, contra 1.862.358 no mesmo período de 2014. Segundo a entidade, apesar da queda anual, o crescimento de emplacamentos no mês ocorreu também porque o mês de julho contou com 23 dias úteis contra 21 dias no mês anterior, motivando este aumento nas vendas de veículos. Porém, vale
ressaltar que, na média, em dias úteis, o saldo foi negativo em 2,09% para todos os segmentos. O acumulado do ano também continua negativo e a Fenabrave mantém a posição de que não ocorrerá grande mudança nas vendas de veículos nos próximos meses, mantendo, assim, as projeções feitas por ela no final do primeiro semestre, que apontam queda de cerca de 20% para o setor em 2015. Apesar do panorama negativo, o presidente da entidade Alarico Assumpção Júnior, disse que o resultado ainda pode ser comemorado graças às ações que motivaram a comercialização de automóveis e comerciais leves no mês de julho. Entre as ações destacadas estiveram o Festival do Consorciado Contemplado e o Salão Auto Caixa, ambos direcionados a estimular a aquisição de veículos no País.
Grandes Circuitos
Monza, o mais
VELOZ!
Tradicional circuito italiano se mantém como um dos principais palcos do automobilismo mundial e um dos preferidos dos pilotos de Fórmula 1
O
circuito de Monza é um dos mais tradicionais para a prática do automobilismo nomundo. É famoso principalmente por receber o Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1 quase anualmente desde 1922, ano de sua inauguração. Apenas em 1980, a pista da cidade de Monza não fez parte do calendário, porque estava em reforma, e retornou de 1981 em diante. O autódromo de 5.793 quilômetros é atualmente o traçado mais veloz da Europa graças às suas retas muito longas, o que permite que os pilotos mantenham aceleração máxima por mais da metade da volta. É um circuito praticamente plano, com poucas
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elevações e conhecido como uma pista que testa mais a potência do motor do que as habilidades dos pilotos. A volta é iniciada na longa reta denominada Rettifilo Tribune ao longo da qual estão construídos os boxes e o paddock. Depois, entra-se na Prima Variante, chicanedireita/esquerda bastante lenta. A freada para esta curva é tida como muito difícil, visto que a redução é de 350 km/h para não mais do que 100 km/h. Passada a Prima Variante, é a hora da Curva Biassono (ou Curva Grande), curva à direita de velocidade média. Pouco mais à frente, há a Variante della Roggia, parecida com a Prima Variante, mas com direção oposta (esquerda-direita).
A parte mais técnica do circuito é iniciada com as Curve di Lesmo, dupla de curvas à direita. O circuito readquire velocidade com a reta acompanhada da velocíssima Curva del Serraglio para, então, entrar na Variante Ascari, curva curta à esquerda que prossegue com curva longa à direita e conclui com outra esquerda a quase 90°. Após passar pela reta oposta, se chega à histórica curva do traçado: La Parabolica, grande curva à direita feita a velocidade média (200 km/h na F1) que leva à reta dos boxes. História - A pista foi construída em 1922 para comemorar o 25º aniversário da fundação do Automóvel Clube de Milão. A S.I.A.S (Società Incre-
mento Automobilismo e Sport) foi criado para organizar a construção, que foi totalmente financiada com capitais privados. A pista foi projetada pelo arquiteto Alfredo Rosselli. Foram consideradas várias localizações possíveis para o autódromo, as mais convincentes foram a área “pantanosa” de Gallarate, onde o aeroporto internacional Malpensa encontra-se agora, e o distrito Cagnola, que na época estava na periferia de Milão. Os esboços dos projetos para estas duas soluções exigiram um circuito em forma de anel periférico, com possíveis percursos complementares dentro dele. Mas a decisão final caiu sobre o parque Villa Reale em Monza que, naquela época, pertencia ao Instituto do Veterano italiano. A primeira pedra foi colocada por Vincenzo Lancia e Felice Nazzaro
no final de Fevereiro de 1922. Mas só alguns dias depois, a primeira preocupação ecológica começou a mostrar-se com a intervenção do subsecretário de Educação Pública, que ordenou a suspensão dos trabalhos por razões de “valor artístico e monumental, e conservação da paisagem”. Entretanto, o argumento sobre a absoluta necessidade do autódromo prevaleceu e, embora com tamanho menor que o previsto inicialmente, ao final de abril foi recebida a aprovação oficial. Os construtores queriam um lugar para testar veículos em altas velocidades e, por isso, precisavam de uma boa linha reta. Era necessário também para testar a capacidade de manobra e resistência das máquinas em condições extremas. Levou-se em conta a criação de uma boa pista de corrida com equilíbrio das seções de alta velocidade e curvas mais exigentes, e precisava ser fácil para colocar os espectadores em volta dela. Monza foi apenas o terceiro circuito de corrida a ser construído após Brooklands e Indianápolis. A pista foi concluída em agosto. Os imponentes estandes foram abertos ao público em setembro. A pista tinha 10 quilômetros de comprimento e foi construída em uma área de 340 hectares.
Maiores vencedores de GP de Monza F1 Michael Schumacher - 5 Stirling Moss - 4 Nelson Piquet - 4 Juan Manoel Fangio - 3 Ronnie Peterson - 3 Alain Prost - 3 Rubens Barrichello - 3 Alberto Ascari - 2 Phill Hill - 2 John Surtees - 2 Jackie Stewart - 2 Clay Regazzoni - 2 Niki Lauda - 2 Ayrton Senna - 2 Damon Hill - 2 Juan Pablo Montoya - 2 Fernando Alonso - 2 Sebastian Vettel - 2
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Componente
Cuidados com o pneu Atenção ‘a calibragem é mais pontual e pode garantir maior vida útil do equipamento e mais segurança na pilotagem
V
ocê sabia que a calibragem inadequada do pneu pode afetar oito mil quilômetros de sua vida útil? Por isso, parar no posto de serviço ou no borracheiro com periodicidade é de fundamental importância para o bolso e, mais ainda, para se evitar acidentes. Isso porque, o pneu é um dos principais equipamentos para a segurança de motoristas e passageiros e sua má regulagem pode trazer surpresas indesejáveis. A calibragem ideal varia de carro para carro. Deve-se levar em consideração o modelo do veículo, a quantidade de passageiros, o quanto de bagagem transportada, o modelo de pneu e em que tipo de pavimento se vai andar. A simples calibragem de pneus pode garantir a estabilidade do veículo, a aderência do pneu ao solo e representar economia de combustível e ainda da vida útil do próprio pneu. As informações específicas de calibragem do automóvel geralmente estão na tampa do tanque de gasoli-
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na, ou em uma das portas do carro, ou no manual do proprietário do veículo. Sempre que possível, procure calibrar com os pneus frios para maximizar a ação de equilíbrio. Mesmo que o motorista faça a manutenção correta, com as revisões todas, as trocas de fluídos, filtros e pastilhas, a atenção ao alinhamento e especialmente à calibragem é mais pontual e pode garantir a segurança. Entre um conjunto de medidas a serem tomadas para prolongar a vida útil dos pneus está o rodízio dos mesmos. Esse procedimento consiste na troca de posição entre os pneumáticos conforme o seu modelo (radial ou diagonal); tipo (simétrico, assimétrico ou unidirecional) e tração (dianteira, traseira ou tração nas quatro rodas). Além disso, deve-se assegurar que cada pneu passe por todas as posições de montagem para equilibrar os desgastes, incluindo o estepe. O rodízio de pneus permite que o desgaste deles ocorra de maneira
uniforme, equilibrando o desempenho em termos de dirigibilidade e frenagem. O ideal é fazer o rodízio periodicamente, de acordo com o manual do veículo. Na falta deste, o rodízio pode ser feito a cada oito mil quilômetros para pneus radiais, e a cada cinco mil para os diagonais. Vale lembrar que sempre que o rodízio for realizado, é necessário alinhar e balancear as rodas, verificar a pressão de inflação (utilizando o valor indicado pelo fabricante do veículo de acordo com a carga transportada), checar as condições das rodas (se não possuem amassados ou trincas, por exemplo) e das válvulas de ar. Caso o motorista não efetue o rodízio, o desgaste dos pneus se processará de maneira desigual, já que normalmente os pneus dianteiros se desgastam mais rapidamente que os traseiros. Com isso, o desempenho dos pneus em termos de dirigibilidade e frenagem é afetado já que o comportamento dinâmico dos pneus nos dois eixos não será mais uniforme.
Manutenção
Cartilha para oficinas Desenvolvido pelo Sindirepa/SP e pelo Sebrae/SP, estudo funciona como guia prático para futuros empreendedores e empresários que já estão no mercado
“R
eparação de veículos: um negócio promissor!” é o tema da cartilha que o Sindirepa/SP (Sindicato da Indústria da Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo) acabou de lançar, em parceria com o Sebrae/SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). “O setor de reparação mudou muito. Há 20 anos, não era necessário tanto investimento para abrir uma oficina. Hoje, o ponto de equilíbrio é elevado, olhos e ouvidos já não servem mais para identificar algum defeito no veículo”, afirmou Antonio Fiola, presidente do Sindirepa/SP. Atualmente, é preciso ter acesso à tecnologia, equipamentos de última geração e equipe capacitada e muito bem treinada. Segundo Fiola, a cartilha é importante não só para quem está querendo entrar no negócio, mas também para aqueles que já estão no mercado, pois na publicação há alguns indicadores. Entre eles, tíquete médio, despesas fixas, salário pago e número de carros reparados por mês
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e por dia por funcionário. Assim, se verifica como está a produtividade na empresa, bem como seu desempenho em relação ao mercado. Ele salientou que, no final da cartilha, há também a lei Alvarenga nº 15.297, de janeiro de 2014, que regulamenta a abertura e funcionamento das oficinas mecânicas. “A lei batizada como Alvarenga, em reconhecimento ao trabalho de Luiz Sérgio Alvarenga, atual diretor de assuntos institucionais da entidade precisa ser regulamentada, pois a legislação junto com a cartilha vai apresentar a correta gestão da oficina. São complementares”, comentou. Durante o evento, Fiola também falou sobre o setor de colisão que tem relação estreita com as seguradoras e que o trabalho é baseado nesse relacionamento. “Elaboramos uma cartilha para os reparadores que atuam com colisão. Basta editarmos e imprimirmos”, disse Fiola, propondo nova parceria com o Sebrae/SP para este e, futuramente, outros estudos do setor de reparação de veículos.
Paulo Arruda, gerente da unidade setorial do Sebrae/SP, disse que o estudo, realizado com o Sindirepa/ SP, levantou as necessidades, os desafios e as oportunidades do negócio já que a frota circulante de veículos não para de crescer, com consumidores cada vez mais diversificados. “A profissionalização é fundamental no negócio, com a integração de avançadas tecnologias”, ressaltou. Arruda disse também que o Sebrae/SP está à disposição para trabalhar com a entidade e elaborar novos projetos. Maria Augusta Pimentel Miglino, consultora do Sebrae/SP e coordenadora do estudo, disse que a cartilha é uma grande realização e que demandou entrevistas, questionários e visitas às oficinas, com o objetivo de oferecer um guia prático ao futuro empreendedor ou aos empresários que querem melhorar os processos e a gestão do negócio. As cartilhas serão distribuídas para os associados e também disponibilizada em PDF no site do Sindirepa/ SP: www.sindirepa-sp.org.br.
Novo Olhar
Aprendendo com o Pequeno Príncipe
Claudio Araujo claudioaraujo@secrel.com.br www.exitotreinamento.com.br
“Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.” - O Pequeno Príncipe
O
gestor sábio é aquele capaz de avaliar os desempenhos com base nas suas competências e não nas ameaças do ambiente externo. Usar o ambiente externo como parâmetro de avaliação é o mesmo que julgar os outros e esquecer-se de julgar a si mesmo. É muito comum encontrarmos nos discursos dos gestores citações de que o responsável pelos resultados negativos de seus empreendimentos é o concorrente, ou o governo, ou fornecedor ou a falta de mão de obra ou, até mesmo, o cliente. A busca por melhoria contínua dos processos nas organizações tem sido o melhor caminho para promover o crescimento e sustentabilidade no mercado. A boa percepção de cada etapa do processo empresarial e a velocidade com que o desempenho é avaliado permite que a empresa possa promover ajustes necessários com foco no resultado macro – Gerar Riqueza.
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A definição de entrega deve ser disseminada para cada setor e colaborador, a fim de que todos tenham em mente a seguinte ideia: o que necessitamos entregar diariamente para que as nossas metas sejam atingidas? Dessa forma, o colaborador terá ideia de sua colaboração e, por consequência, a empresa poderá mapear o seu desempenho sistêmico. Somente com o uso de indicadores por área será possível um gestor julgar-se a si mesmo. Os mapas de indicadores de desempenho permitem melhor visibilidade, proporcionando transparência para todo o grupo. Diante de fatos explícitos, não se faz necessário discutir o problema. Por conseguinte, o grupo já foca na busca por soluções. A cultura da melhoria contínua se deve ao fato de o mau desempenho causar incômodo. Logo, o que nos provoca incômodo promove ações de substituição por novos métodos. “A gente só conhece bem as coisas
que cativou – disse a raposa.” - O Pequeno Príncipe. É por meio do conhecimento do negócio que somos capazes de cativar os melhores resultados. Quanto maior a visibilidade do empreendimento, maior a motivação dos gestores para alinhar a equipe na busca pelo melhor resultado. Este movimento faz com que a empresa seja um diferencial no seu mercado. As soluções para os negócios estão dentro deles mesmo e, quanto mais exaustivo for o entendimento da sua sistemática e maior for o número de pessoas na empresa com este domínio, maior será o desempenho empresarial. É hora de refletir e começar a detalhar seus indicadores. Seja exigente na busca do melhor resultado e saiba que um indicador sempre poderá ser desmembrado, promovendo maiores detalhes e buscando novas ações. “É preciso exigir de cada um, o que ele pode dar. A autoridade repousa sobre a razão.” - O Pequeno Príncipe.
Recursos Humanos
Estilos de liderança Estar à frente de um grupo é a capacidade de conduzir pessoas para atingir objetivo comum e interferir nas relações e no ambiente de trabalho
A
o longo dos anos, se tem falado muito em liderança. Segundo Chiavenato (referência em Administração e em Recursos Humanos), exposto em sua vasta bibliografia, liderança é o processo de exercer influências sobre pessoas ou grupos na função de gerar esforços para realização de objetivos comum. Existem vários conceitos de liderança. Mas podemos, simplesmente, sintetizá-la como a capacidade de conduzir pessoas para atingir um objetivo. No entanto, a forma de condução do líder irá interferir nas relações e no ambiente de trabalho. A esta forma de pensamento, atribuímos um estilo de liderança. Classicamente, podemos citar três estilos de liderança: autocrático, democrático e liberal. O estilo autocrático é aquele em que o líder conduz sua equipe ou as pessoas de forma centralizadora, definindo o que, como e quando seus liderados devem exercer suas atividades. Ele não suporta influências externas ou internas no processo de tomada decisão. O ambiente com esse estilo de liderança, por sua vez, pode tornar-se pesado, com as relações interpessoais afetadas e indivíduos desmotivados. O resultado almejado, desta maneira, poderá vir a ser comprometido.
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Já no estilo democrático, o líder mostra-se mais aberto, com a percepção mais voltada para as habilidades das pessoas e respeito à capacidade de pensar de cada colaborador. Com isso, as pessoas encontram espaço para participarem das decisões e, muitas vezes, mostram-se motivadas com o objetivo compartilhado. Através da democracia, a busca pelo o resultado desejado tende a ser compartilhada pelo grupo, gerando expectativa e esforços comuns na busca das metas. Diante desse estilo, o líder democrático deve possuir boa habilidade de comunicação, haja vista ser necessário atingir o engajamento de cada colaborador na finalidade de somar as partes. Muitas vezes, no entanto, esse processo pode acontecer de forma natural e imperceptível, motivado pela geração comportamental da união, amizade e responsabilidade para com todos. O líder democrático utiliza a ferramentafeedback, para atingir a melhoria continua. O estilo liberal, por sua vez, define-se pelo comportamento do líder em deixar os envolvidos no contexto livres ao processo decisório. Cada colaborador, na condução de suas atividades, terá a liberdade de definir os seus próprios passos, o que, diante de certas situações, pode não ser adequado.
Izabel Bandeira Psicóloga e Coach izabelband@hotmail.com
É necessário ter em mente que nem todos os envolvidos no grupo possuem o total conhecimento de como agir, porque agir e quando agir. Nesse estilo, o líder “deixa a desejar” na orientação das pessoas, muitas vezes proporcionando confusão mental no grupo, o que pode ocasionar ambiente de trabalho preenchido de insegurança e desconforto. O líder tem que ter a competência de saber utilizar todos os estilos e a sensibilidades de adotar o correto para cada situação encontrada. Isso faz com que a aplicação de cada estilo venha a fortalecer ao TIME e a fomentar o melhor clima na organização. Neste conjunto, promoverá as condições para conquistar os resultados desejáveis, fazendo uso da liderança situacional. Destarte, busque seu estilo confiável de liderar e, através de sua percepção, desenvolva em sua equipe competências empreendedoras e motivadoras, que possam proporcionar melhorias na produtividade e na eficiência organizacional. Inspirar as partes é a via do triunfo. Até Breve.
Inteligência de Mercado
Mercado automotivo de Pernambuco
Alexandre Costa Diretor da ALPHA Consultoria Consultor e Palestrante especializado em Inteligência de Mercado para o Setor Automotivo. MBA em Inteligência Competitiva.
Estudo mostra o potencial de mercado para o Setor de reposição automotiva
A
crescente demanda por informações no setor automotivo nos últimos anos tem levado muitos gestores a garimpar dados entre as diversas fontes disponíveis a fim de fundamentar suas ações. Acompanhando essa tendência, desenvolvemos uma Base de dados que contempla, em um único relatório, informações relevantes a respeito do Mercado . O ALPHA DATABASE nos permite compilar os principais dados disponibilizados por entidades governamentais e entidades de classe organizando em informações estratégicas. Esse artigo especial, contempla os principais pontos desse relatório, visando proporcionar aos empresários do setor de reposição uma ampla visão do setor automotivo no Estado. Sobre o estado Pernambuco possui 3,8 milhões de habitantes e é a décima economia do País, e segunda do Nordeste. A Região Metropolitana do Recife é a oitava no ranking nacional em importância econômica. É projetado um crescimento do PIB de Pernambuco de 2,31% para 2015, acima do estimado para o Nordeste, com 1,21%. Frota circulante Pernambuco possui uma frota de 2,69 milhões de veículos. Isso dá ao Estado, a posição de número 10 no
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ranking nacional, o que representa 2,97% da frota do Pais. Na classificação regional, o Nordeste é um mercado com 14,8 milhões de veículos, sendo o terceiro no País. Pernambuco assume a terceira posição, com 17,86% de participação, atrás de Bahia, em primeiro lugar com 3,5 milhões de veículos e participação de 23,9%, e Ceará, em segundo, com 2,7 milhões e 18,22%. Nos últimos dez anos, a frota de Pernambuco cresceu 127%, passando de 1,18 milhões de veículos para o número atual de 2,69 milhões de unidades. Foram mais de 1,5 milhão de veículos novos que chegaram as ruas do em uma década. A Região Metropolitana do Recife (RMR), ou Grande Recife, formada por 14 municípios, absorveu, no período quase 600 mil veículos novos, enquanto na capital Recife, o aumento foi de 269 mil unidades. Considerando o número de veículos
Tipo
novos emplacados de janeiro a julho de 2015, Pernambuco, com 56 mil unidades, manteve o décimo lugar no ranking. A Bahia foi o quinto estado da Federação em número de emplacamentos, com 76 mil veículos, e o Ceará, o sétimo, com 64 mil. A frota de Pernambuco está concentrada em automóveis, com 1,2 milhão de unidades circulando, seguido de perto pelas motocicletas com cerca de 1 milhão de unidades.
Participação ( % )
Unidades x mil
Automoveis
45,8
1.235
Motos
37,4
1.009
Veiculos de carga
12,2
331
Onibus
1,3
37
Outros
3,12
78
Participação da Frota por tipo de veículo: Fonte ALPHA Database ago/15
A Recife concentra 24,34% da frota circulante do Estado, com 644 mil veículos, sendo 384 mil automóveis (30,2% do total). Dos dez municípios com maior frota do Estado, seis estão na Região Metropolitana e quatro no interior. Destaque para Caruaru e Petrolina.
Municipio
Total
Automovel
O Palio é o veículo com maior participação de mercado no Estado. Dos dez veículos com maior número de unidades no Estado quatro são da Marca FIAT, três da VW, três da GM e um da Ford. Destaque para o Fusca que ainda garante o terceiro lugar no ranking e o Chevette na décima colocação. Fabricante
Modelo
Unidades
1 Recife
644809
384467
1 FIAT
Palio
2 Jaboatao dos Guararapes
178098
96727
2 VW
Gol
33,5 mil
3 Caruaru
145346
60477
3 VW
Fusca
16,9 mil
4 Olinda
131317
76816
4 GM
Celta
16,4 mil
5 Petrolina
115940
42550
5 FIAT
Mille
16,3 mil
6 Paulista
86769
52420
6 FIAT
Siena
15,3 mil
7 Garanhuns
45532
21869
7 FORD
Fiesta
14 mil
8 Vitoria de Santo Antao
45148
16381
8 FIAT
Uno
12 mil
9 Cabo de Santo Agostinho
44993
24413
9 GM
Chevete
10,6 mil
37930
20532
10 VW
Fox
10,3 mil
10 Camaragibe
Municípios com maior número de veículos ( PE ) : Fonte ALPHA Database ago/15
Acompanhando a tendência nacional, os veículos Flex vêm ganhando mercado em função da grande disponibilidade de modelos com o sistema. Atualmente o Estado possui quase um milhão de veículos Flex circulando, resultado de um aumento das vendas de 3.397% nos últimos dez anos. Comparativamente, o número de veículos movidos exclusivamente a gasolina cresceu apenas 51%. Estima-se que nos próximos três anos, a frota de carros Flex supere a de veículos movidos a gasolina que ainda ocupa o ranking de maior frota no Estado.
A Frota de Pernambuco é relativamente nova. Cerca de 31% dos veículos, percentual que equivale a 850 mil unidades possui menos de 5 anos. Para o setor de reposição automotiva, o perfil entre cinco e quinze anos, é mais interessante para a venda de peças e representa cerca de 39,6% da frota, o que representa cerca de 1,06 milhão de veículos.
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34 mil
Participação por veículos ( PE ) : Fonte ALPHA Database ago/15
Combustivel Particip. ( % ) Gasolina
47,99
Flex
36,1
Diesel
8,06
Etanol
1,56
Gnv
4,37
Outros
1,92
Participação por combustível (PE): Fonte ALPHA Database ago/15
Idade da Frota
Participação ( % )
Unidades
Menos de cinco anos
31,5
849.703
Entre cinco e dez anos
27,8
750.198
Entre dez e quinze anos
11,8
317.786
Entre quinze e vinte anos
9,15
246.386
Entre vinte e vinte e cinco anos
5,22
140.441
Entre vinte e cinco e trinta anos
4,31
116.179
Entre trinta e trinta e cinco anos
4,04
108.861
Entre trinta e cinco e quarenta anos
4,07
109.652
Acima de quarenta anos
1,99
53.684
Idade da Frota ( PE ) : Fonte ALPHA Database ago/15
Consultoria
Como cadastrar produtos respeitando sped e sef-pe? O cadastro dos produtos de uma empresa, que passou a ser regulamentado pelo governo, traz consigo informações que compõem seu coração fiscal
O
atendimento das obrigações fiscais pelas empresas é, sem dúvida, um dos desafios atuais mais complexos com os quais contadores e administradores têm que lidar. O ponto fundamental deste processo é a necessidade da ruptura epistemológica na cultura administrativa já impregnada na pessoa jurídica desde o seu nascimento. Faz-se necessário a adequação de processos internos aos diversos regulamentos a que a empresa esta sujeita. A difícil arte de abandonar o velho. O cadastro de itens destaca-se como uma das prerrogativas máximas a ser observada, uma vez que tem impacto fulminante na tributação, emissão e lançamento de notas e também na geração dos arquivos fiscais. A dinâmica de cadastro de produtos foi, durante décadas, uma questão estritamente de cunho pessoal. Com o advento do projeto SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), o cadastro de produtos e lançamento dos mesmos nos documentos fiscais passou a ser regulamentado pelo governo. Os cadastros dos produtos de uma empresa trazem consigo informa-
80 - Auto Revista Pernambuco
ções que compõem seu coração fiscal. Seguem abaixo algumas normativas, embasadas em diversos regulamentos atuais: - Os produtos devem ser cadastrados com um código próprio da empresa, que não deve se repetir. É incorreto, portanto, usar os códigos dos fornecedores de mercadoria. - Os códigos não devem ser reaproveitados. Ou seja, ao emitir uma nota ou cupom com um produto que possui determinado código, este não poderá ser reutilizado para outro produto. - Produtos que possuam características distintas (cor, tamanho, composição, etc.) devem ser cadastrados com códigos distintos. - Um mesmo produto só deve ser cadastrado uma vez. - Em todos os lançamentos fiscais, sejam notas de entrada ou de saída, os produtos devem estar representados pelo mesmo código. Isto implica na necessidade de a geração de arquivos fiscais ser realizada no sistema utilizado pela própria empresa. Ao invés disto, o que se vê na prática, são os escritórios de contabili-
Janayna Fernandes Rodrigues Consultora Fiscal, palestrante, trainee e especialista no seguimento de reposição automotiva.
dade importando dados de arquivos XML de notas de entrada e gerando os arquivos sem converter o código do fornecedor para o código próprio da empresa. Por falta de comprometimento da empresa, ou por limitações impostas pelo sistema de gestão utilizado pela mesma. - Necessidade de NCM correto nos cadastros dos produtos: o NCM é o parâmetro primordial que determina IPI, Substituição Tributária, valor aproximado de impostos nas vendas para consumidor final, redução na base de cálculo, tributação monofásica de PIS e COFINS, alíquota de ICMS em operações interestaduais para produtos importados. Observa-se, porém, com uma frequência estarrecedora, produtos cadastrados com NCM’s incorretos, vindo muitas vezes já da fábrica com tais erros. E revendas replicando... - O cadastro dos produtos não deve determinar a CST dos impostos, uma vez que esta determinação compete à operação fiscal. Explicada a necessidade e expostas as regras básicas, agora basta adequar-se!
Carro para elas
“Maria vai com as outras” “Não foi uma nem duas vezes que fui motivo de piada por colocar o cinto no banco traseiro. Não me lembro de qual foi a última vez que andei sem o cinto em um banco de trás”
E
m 2008, fiz o treinamento “Líder Trainning” com o grupo Núcleo Ser. Foram três dias de intensos trabalhos para o autoconhecimento e imersão total junto ao grupo. Percebi, além de características pessoais, aquela que se apresentam no convívio social. Ambas podem se alterar, dependendo do contexto (se estamos sozinhos ou em grupo). Parece complicado? Mas é mais comum do que imaginamos! Temos o péssimo hábito de mudar nossa opinião quando estamos no âmbito da coletividade; fazemos diferente do que queremos ou do que, talvez, seja certo só para agradar ao outro. No entanto, completar o treinamento e me permitir mergulhar em todas as experiências, me fez criar um alerta mental a determinadas situações, em especial a famosa “Maria vai com as outras”. Muito se falou sobre o acidente do Cristiano Araújo (cantor sertanejo morto em acidente rodoviário), sobre os diversos fatores que levaram à morte do cantor. Algumas, como a roda adaptada em um Land Rover
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(carro extremamente seguro!), a alta velocidade e, claro, a falta do uso do cinto de segurança no banco traseiro. Com a instituição do Código de Trânsito Brasileiro, em 1997, o uso do cinto de segurança passou a ser obrigatório. Sendo assim, deveríamos usá-lo em todos os assentos: dianteiros, traseiros, nos ônibus, nos aviões, enfim, em todo meio de transporte que tenha o cinto, deveríamos colocá-lo. Não foi uma nem duas vezes que fui motivo de piada por colocar o cinto no banco traseiro. Não me lembro de qual foi a última vez que andei sem o cinto em um banco de trás. Uso no avião 100% do tempo, em ônibus e, se pudesse, usaria no Metrô e não estou nem aí para o que pensam. Mas confesso que nem sempre foi assim e que demorou para que eu não me importasse com a opinião alheia. Daí minha a preocupação com a história de “Maria vai com as outras”. Não quero fazer o tipo certinha ou ser dona de frases como “eu sabia”, “eu disse”, “eu falei” e “blá blá blá”. A única coisa que sei é que não que-
Por Michelle J. contato@michellej.com.br
ro fazer parte de um índice burro. Não quero usar a mesma roupa que minha amiga, o mesmo carro, ir ao mesmo restaurante ou até mesmo viajar para os mesmos lugares. Se alguma coisa vira moda, eu encosto e logo passo adiante. Não quero ser igual, nem cumprir uma “tabela” do que a sociedade acha que devo ou não fazer. E isso, vale para a minha segurança. Colocava e coloco o cinto, pois não confio em quem dirige, no trânsito e muito menos na sorte. Para que dar chance ao azar? Definitivamente, a coletividade se torna burra quando não analisa o que é bom e o que é ruim. Também não quero levantar bandeira de “Vamos usar o cinto”, pois isso, deveríamos fazer desde que a lei foi implantada. Logo, virá outra tragédia (infelizmente) e veremos um bando de gente levantando bandeiras de como fazer o que já deveria ser feito há muito tempo. Desculpem-me o desabafo! Mas vamos fazer o que deve ser feito. Nem mais, nem menos! Beijos e até a próxima!
Componente I
Em busca da segurança Sistemas como ESP, ESC, VSC, entre outros, ainda não são unanimidade nos automóveis nacionais, mas timidamente vêm ganhando espaço, inclusive nos “populares”
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A
os poucos, os veículos brasileiros vão ganhando reforços para se aproximarem dos automóveis de países mais desenvolvidos. A obrigatoriedade do airbag duplo e dos freios antitravamento (ABS), em vigor para automóveis e comerciais leves desde 1º de janeiro de 2014, foi um dos avanços, assim como a atuação da entidade independente Latin NCAP, que avalia a integridade dos carros em acidentes simulados. O próximo passo é o controle de estabilidade, identificado por siglas como ESP, ESC, VSC, entre outros. Ele chegou pela primeira vez a um “popular” nacional com o lançamento do Ford Ka, que conta com o equipamento em sua versão mais cara: SEL. Foi o primeiro passo, ao menos. Mas segundo o Centro de Experimentação e Segurança Viária
Matriz Av. Brasil, 1106 S達o Jo達o - CEP: 90230-060 Porto Alegre - RS Fone/Fax: (51) 3343.1079 valbras.poa@valbrasltda.com.br
Filial SP R. Alexandre Humberto Moletta, 913 Jardim Pinheiro - CEP: 13274-340 Valinhos / SP - Brasil Tel: (55) 19 3871 1230 valbras.sp@valbrasltda.com.br
Filial BA R. Gerino Souza Filho, 1695 Centro - CEP: 42700-000 Lauro de Freitas - BA Fone/Fax: (71) 3378.1614 valbras.bahia@valbrasltda.com.br
(Cesvi Brasil), apenas 15% dos hatches compactos dispõem do item. Neste segmento, o de maior volume de vendas e que engloba produtos como o próprio Ka, o Fiat 500 e o Renault Sandero, por exemplo, 85% das versões não conta com o ESP. Nenhum modelo dispõe do item como de série, sendo opcional para os Ford Ka e New Fiesta e o Volkswagen Fox. Somente o 500 o traz de série. Os demais sequer oferecem. Os seus irmãos, sedãs compactos, contam com o item em apenas 6% dos produtos, destacando-se novamente os Ford Ka+ e New Fiesta Sedan. Em modelos mais caros, a coisa muda de figura. Nos sedãs médios, 57% das versões dispõem do equipamento. O destaque negativo vai para o Toyota Corolla, que não o disponibiliza sequer como opcional. Nem a versão top Altis conta com ESP. Nos hatches médios, o percentual sobe para 63%. Segundo o Cesvi, a contagem considerou 297 modelos, somando 940 versões. O percentual de ESP oferecido chegou a 47,8%, embora deva se considerar que veículos com baixo volume de vendas também aparecem no estudo, não necessariamente refletindo a realidade mercadológica. De todo modo, é suficiente para mostrar que é preciso de um pouco mais de “carinho” por parte das montadoras.
Projetos de origem estrangeira, como o Up!, podem receber o ESP
Corolla não conta com ESP até na versão topo de linha
*Fonte Cesvi/Allhecars
Cruze é o GM mais em conta com o ESP
Ka fez a estreia do ESP/ESC entre os “populares”
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CESSÓRIOS
> CADEIRINHAS OBRIGATÓRIAS NO TRANSPORTE ESCOLAR > CAMPEONATO DE VEÍCULOS TURBINADOS
Acessórios
Cadeirinhas no transporte escolar Resolução aprovada pelo Contran prevê que veículos destinados ao traslado de estudantes entre um e sete anos são obrigados a usar o equipamento de retenção infantil
E
m resolução aprovada no último dia 17 de junho, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) obriga os veículos de transporte escolar a utilizarem os devidos dispositivos de retenção (cadeirinha) para crianças de até sete anos e meio. Conforme a legislação, crianças de até um ano devem ser transportadas no “bebê-conforto”, entre um e quatro de idade, em cadeirinhas com encosto e cinto próprio. Os assentos de elevação que utilizam cinto de segurança que ficam na altura do pescoço da criança, devem ser usados para crianças entre quatro a sete anos.
A regra já vale para carros de passeio e não para transporte coletivo, como vans e ônibus, de aluguel, táxis e os demais com peso bruto superior a 3,5 toneladas. Continuarão desobrigados de oferecer cadeirinha vans e ônibus que não sejam de transporte escolar. “A forma mais segura de transportar crianças nos veículos é na cadeirinha. Então, entendemos que a decisão do Contran representa um avanço para a segurança infantil no trânsito. Mas chamamos atenção para uma questão: para que a cadeirinha garanta a proteção da criança no veículo, é fundamental que ela seja instalada corretamente, ou seja, em cintos de três pontos. Porém, a maior parte da frota de transporte escolar conta apenas com os cintos de dois pontos”, explica Gabriela Guida de Freitas, coordenadora nacional da Ong Criança Segura. As cidades, vias e veículos foram projetados para a utilização e circulação de adultos e as crianças encontram-se em grande desvantagem, seja no tamanho das ruas, nas alturas dos veículos e na segurança interna dos mesmos. Elas são extremamente vulneráveis. O seu corpo ainda não está completamente desenvolvido, o que as deixa mais suscetíveis a lesões; a sua cabeça é mais pesada; o seu tamanho pequeno facilita sua movimentação entre os vãos livres em casos de impactos e o não uso de equipamentos de retenção. Por exemplo, crianças de até quatro anos sem a devida proteção estão expostas a um risco duas vezes maior de sofrer ferimentos graves ou vir a morrer. “Como o trânsito é uma interação entre vários veículos, nem mesmo o motorista mais prudente pode evitar um acidente, mas sabemos que, se corretamente instalados, os dispositivos podem evitar 71% dos casos de morte e 69% das hospitalizações”, completa.
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Campeonato
Brincadeira de
GENTE GRANDE
Os campeonatos de veículos turbinados com acessórios movimentam milhares de participantes em todo o Brasil e estão integrados com torneios realizados em todo o mundo
D
esde a primeira edição da série de filmes Velozes e Furiosos, no começo da década passada, o Brasil conheceu a febre do tuning, expediente que consiste em investir para transformar um veículo de passeio comum em um bólido que se destaca em quesitos como potência do motor, som, iluminação e vários recursos tecnológicos. Essa mania conquistou adeptos e virou coisa bem séria. Há vários campeonatos não só de tuning, mas de arrancadas, de suspensão rebaixada e de som – este último com categorias de volume e qualidade – entre outros. Nas provas de arrancada, em cada etapa dezenas de veículos mostram a potência do motor e dão a seus motoristas a chance de exibir sua habilidade em corridas que, como o nome diz, consistem em arrancadas com o pé no fundo do acelerador para percorrer
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apenas alguns metros. Além do ronco ensurdecedor dos motores, as provas empolgam os espectadores pela alta velocidade que os veículos alcançam em poucos segundos. Essa febre, vale ressaltar, tem adeptos no Brasil inteiro, segundo Daniel Boner, presidente da 101% Eventos Esportivos, empresa especializada em competições de suspensão rebaixada e som automotivo. Ele afirma que em 2014 foram realizados 185 campeonatos, com aproximadamente 8 mil participantes, em todo o país. “O Brasil há alguns anos vem se destacando no universo dos campeonatos de som pela diversidade de sistemas, pelos equipamentos desenvolvidos para o nosso mercado e pela competência dos participantes”, afirma Daniel. Ele lembra que o país tem quatro campeões mundiais das 12 categorias dispo-
níveis no dB Drag Racing, principal campeonato de SPL – categoria que mede a qualidade do áudio reproduzido nos veículos - do mundo. Falando em campeonato de som, esse é um detalhe importante de destacar. As competições não se limitam a ver quem tem o volume mais potente. Essa é apenas uma das modalidades existentes. Nas categorias SPL e Quality Sound, é feita a medição
com microfones colocados dentro do carro e ele fica fechado. Esse tipo de torneio, vale ressaltar, não produz poluição sonora e tem foco na fidelidade de reprodução das frequências. As competições realizadas em vários estados do Brasil são integradas com torneios sul-americanos e mundiais, com as pontuações obtidas aqui valendo para o ranking geral. Considerando todo o país, Daniel informa
que é nos estados da região Sudeste – principalmente por causa de São Paulo – que se concentra o maior número de campeonatos e de participantes. “Há menos etapas nos estados nordestinos, mas o número de competidores é grande e vai aumentar muito principalmente graças à modalidade de “rebaixados” que vem se espalhando por todo o país”, conclui ele.
Auto Revista Ceará -
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O RN AL D E E CI CA SP E
> AGRALE MARRUÁ AM300 4X4: PARA TRABALHO SEVERO
> MERCEDES-BENZ SPRINTER FICA MAIS FORTE
Peso pesado Conta-giros Força Âncora promove Seminário Estadual Aconteceu a Edição Pernambuco - Recife, do 1º Seminário Estadual “Força Âncora”, no Park Hotel, no bairro de Boa Viagem. O seminário reuniu 244 participantes, entre empresários e funcionários de 35 lojas associadas. O clima foi de diversão, troca de conhecimento e ideias. A abertura do evento foi feita pelo diretor financeiro, Jurandir Ferreira de Morais, pelo diretor administrativo, Carlos Rosenberg e por Geraldo Carvalho Villarim Júnior, proprietário da Rediesel, maior loja associada à rede. Villarim é atuante no conselho de ética e conselho deliberativo da Âncora nacional. No primeiro dia, o presidente executivo, Ogeny Pedro Maia Neto, apresentou a ideologia, ações e estrutura da Rede Âncora, bem como ressaltou a importância de valores como o associativismo e parceria. A peça “A Incrível Arte de Vender” fechou a noite com sucesso, foi encenado o dia-a-dia do comércio de forma bem descontraída, tratando sobre atendimento, relacionamento e vendas. O segundo dia foi reservado para treinamentos com representantes de diferentes indústrias do setor, entre elas a Apex, Magneti Marelli, TRW e FRAS-LE. Na ocasião, o palestrante Paulo Roberto Kroich, conduziu um treinamento acerca de vendas e atendimento, com muita energia, inciativa e atividade. Ao final da tarde, foi servido o segundo coffe break, logo após houve a entrega de brindes por sorteio. O encerramento da programação se deu com a palavra do presidente, Ogeny Pedro Maia Neto, e dos diretores Jurandir Ferreira de Morais e Carlos Rosenberg.
Motor a gás Turbo Man A MAN Diesel & Turbo apresentou sua nova linha de motores a gás com turboalimentação de duplo estágio. Os dois modelos a gás da empresa estão disponíveis com turboalimentação de duplo estágio. Essa tecnologia proporciona excelente eficiência e redução do consumo devido ao arranjo em série dos turboalimentadores de baixa e de alta pressão. As novas versões ampliam a linha dos motores a gás da MAN Diesel & Turbo e se beneficiam da vasta experiência da companhia com turbo de duplo estágio que funciona a base de combustível.
Tecfil em evento de pesados A Tecfil marcou presença na 36ª edição da Feira do Carreteiro, realizada de 14 a 17 de julho, no Pátio do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Aparecida do Norte (SP). A empresa aproveitou o evento para levar para os caminhoneiros as suas novidades para a linha pesada e agrícola, com destaque para os novos kits de filtros para os novos caminhões Volkswagen. Eles possuem dois filtros por embalagem: um separador de água e um de combustível. O objetivo da implementação dos kits na linha pesada é facilitar a compra para o usuário, que já adquire os dois produtos recomendados para troca em conjunto.
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Inauguração
Nova Rediesel Distribuidora pernambucana especializada na venda de peças para a linha pesada está com nova e moderna sede
A
Rediesel ficou maior e mais moderna com a inauguração de sua nova loja às margens da BR-101 Sul, em Jaboatão dos Guararapes. O espaço de nove mil metros quadrados de área construída e amplo estacionamento aumentou a capacidade da empresa de varejo de atender aos seus clientes, já que, entre outros benefícios, ampliou sua capacidade de armazenagem de peças, equipamentos e acessórios para caminhões em cem por cento. Outras vantagens da nova loja, segundo Geraldo Villarim, diretor da Rediesel, são a facilidade de acesso, o conforto e bem-estar propiciados aos clientes e funcionários – são
SERVIÇO Nova Loja Rediesel BR-101 Sul - KM 79,5 Muribeca - Jaboatão dos Guararapes/PE Fone: 81 2101.5050
130 colaboradores –, a possibilidade de aumento do faturamento e de crescimento para os próximos anos, a maior visibilidade da empresa, agilidade no recebimento de mercadorias, além de um novo e moderno espaço destinado às ferramentas. “As novas instalações representam não só a materialização de um sonho de 25 anos. Mas, primordialmente, atender a imperiosa necessidade de alavancarmos maiores volumes de vendas, indispensáveis para mantermos a liderança no mercado pernambucano de autopeças”, afirmou o executivo. “Somos a empresa de autopeças para caminhões mais completa e diversificada do estado. Nossa capacidade de estoque é de 20 mil ítens”, ressaltou Villarim. A Rediesel é uma distribuidora regional fundada em novembro de 1990, especializada na venda de peças para caminhões Mercedes-Benz, Volkswagen, Ford, Agrale, Volare, Iveco, Volvo, Scania, trucks e carretas. A empresa, que integra a Rede Âncora - maior rede de autopeças do Brasil, presente em mais de 300 municípios e com mais de 750 lojas -. distribui as melhores marcas do mercado e conta com estoque de milhares de itens. Entre elas, peças para caminhões tanque, baús, julietas, molas pneumáticas, quinta roda, engates para container e muito mais.
Mercedes-Benz Sprinter 311 CDI STR
Ainda mais forte Nova configuração do consagrado motor OM 651 dos furgões e chassis Sprinter Street oferece 12% a mais de potência e 7% a mais de torque
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Mercedes-Benz lançou no mercado brasileiro uma nova versão de seus consagrados furgões e chassis da linha Sprinter 311 CDI Street. Estes veículos comerciais leves, com 3,5 toneladas de PBT, são registrados como caminhonetes, podendo, portanto, ser conduzidos por motoristas com carteira
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de habilitação da categoria B. Além disso, têm permissão para circular livremente pelas vias das grandes cidades, mesmo em zonas de restrição. O grande destaque desse lançamento é a nova classe de potência do motor da Sprinter 311 CDI Street. Atendendo às demandas dos clientes e do mercado, o consagrado OM
651 CDI ganhou 12% a mais de potência (129 cv, contra 114 cv da versão anterior) e 7% a mais de torque (30,5 kgfm@1200-2400 rpm, frente a 28,5 kgmf da versão anterior). Isso significa melhores arrancadas e retomadas, com mais agilidade no trânsito e maior rapidez nas entregas. “Com esse desenvolvimento, visamos aumentar ainda mais a eficiência do motor OM 651, buscando também reduzir as emissões de poluentes”, afirma Carlos Garcia, gerente sênior de Vendas e Marketing da Sprinter no Brasil. “Para tanto, trouxemos uma solução já utilizada na Europa e em outros países, que é a combinação dos sistemas EGR (Recirculação dos Gases de Escape) com o SCR (Redução Catalítica Seletiva), atendendo assim à legislação brasileira do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE L6), norma que regula a categoria de veículos à qual se enquadra a Sprinter Street”. O tanque de ARLA 32 do sistema SCR, incluindo a tubulação de abastecimento, está localizado no lado
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direito do veículo, dentro do compartimento do motor. A capacidade máxima do tanque é de 18 litros e o nível do volume pode ser visto no painel de instrumentos quando o volume atingir 25% de sua capacidade. Os furgões e chassis Sprinter 311 CDI Street posicionam-se entre os modelos mais vendidos da linha de veículos comerciais leves de 3,5 a 5t da Mercedes-Benz. Eles são reconhecidos no mercado por sua robustez, desempenho e versatilidade de aplicações. Devido à permissão para circular livremente pelas vias das grandes cidades - mesmo em zonas de restrição -, os proprietários podem utilizar a Sprinter Street para o trabalho a qualquer hora do dia e em qualquer área da cidade, respeitando apenas regras de circulação municipais, tais como o rodízio de placas na cidade de São Paulo. Isso resulta em mais disponibilidade para o transporte e maior lucratividade para o cliente e mais vantagens logísticas para o segmento. Com um amplo portfólio de mais de 50 modelos – que também inclui vans para transporte de passageiros
– a família de veículos comerciais leves Sprinter é formada pelas versões 311 CDI Street (PBT de 3,5 toneladas), 415 CDI (3,88 toneladas) e 515 CDI (5 toneladas). “A Sprinter se posiciona como um grande parceiro dos nossos clientes, levando-os sempre à frente em seus negócios de transporte de carga ou de passageiros, comércio e prestação de serviços”, afirma Carlos Garcia. “Ela assegura ampla versatilidade no transporte, com excepcional agilidade no trânsito e uma excelente capacidade de carga, sendo indicada para o segmento urbano e os curtos percursos metropolitanos e rodoviários”. O modelo também tem se destacado exemplarmente pela oferta de soluções inovadoras e customizadas para uma ampla diversidade de aplicações. Ela é referência de mercado em qualidade, tecnologia, conforto, segurança e reduzido custo operacional, contribuindo para produtividade e rentabilidade de empresas de transporte, autônomos e empreendedores.
Agrale Marruá AM300 4x4
Para serviços severos Reformulada, nova geração do modelo é ideal para operações que exigem robustez e aplicações no fora de estrada, como mineração, eletrificação rural, segurança pública, bombeiros, reflorestamento
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Agrale apresentou a nova geração do utilitário Marruá AM300 4x4 no 8º Seminário Nacional de Transportes no Setor de Energia Elétrica (Setrel), realizado nos dias 15 e 16 de junho, em Indaiatuba (SP). O veículo está equipado especialmente para atender às prefeituras e companhias de energia na manutenção de redes em locais de difícil acesso. O modelo incorpora importantes alterações e avanços estéticos que o tornam mais bonito e atraente, sem perder a sua identidade visual e desempenho off-roaddiferenciado. “A nova geração do Marruá passou por importante reformulação, mas sem perder as suas características de produtividade e economia operacional. Devido aos seus atributos, o modelo AM300 atende às exigências das prefeituras, companhias de energia e eletrificação que precisam operar em terrenos irregulares. Com PBT de 6.000 kg, oferece flexibilidade e robustez para as operações diárias no campo”, explica José
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Alberto Matos, gerente de Marketing da Agrale. Produzido na linha de produção da empresa, no Distrito Industrial de Caxias do Sul (RS), o Marruá AM300 recebeu novo capô do motor e portas com maior ângulo de abertura, que facilitam o acesso ao veículo e à manutenção. Outros destaques são os novos conjuntos óticos e os para-lamas dianteiros, que ampliam a sensação e a imagem de força e robustez do veículo. Internamente, o Marruá ganhou novo painel, tornando-se mais ergonômico, espaçoso, confortável e moderno, além de possuir computador de bordo e piloto automático. O Agrale Marruá AM300 é equipado com motor diesel Cummins ISF 2.8 de 150 cv, com sistema SCR de pós-tratamento de gases, transmissão manual Eaton de cinco marchas e caixa de transferência com reduzida. Também conta com sistemas de freios com ABS e EBD, que permitem maior segurança e controle durante a condução, sobretudo em situações críticas. Com 5.710 mm de comprimento total, o Marruá conta com direção hidráulica e tanque de combustível
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de 100 litros. O modelo tem ângulo de ataque de 54º, ângulo de saída de 28º, rampa máxima de 60% e capacidade máxima de tração (CMT) de 9.000 kg. O modelo se posiciona como uma oferta diferenciada no mercado, ideal para operações que exigem modelos robustos e aplicações severas fora de estrada, como mineração, eletrificação rural, segurança pública, bombeiros, reflorestamento e outras atividades. AM 200 - Outra opção da nova geração do utilitário 4X4 Agrale Marruá é o AM 200 cabine dupla, equipado especialmente para aplicação de forças de segurança. Ele incorpora
importantes alterações e avanços estéticos que o tornam mais bonito e atraente, sem perder a sua consagrada identidade visual, de robustez e sua versatilidade, além do desempenho off-road diferenciado.A sua vocação para as condições mais exigentes é destacada pela elevação na passagem a vau, agora de 800 mm, sem snorkel, contra os 600 mm da geração anterior. Externamente, o Agrale Marruá AM 200 recebeu novos capô do motor e portas, que proporcionam maior resistência, melhor acabamento e facilitam o acesso ao veículo e a manutenção. Também apresenta novos para-lamas com degraus laterais e nova tampa traseira removível, que tornam mais fáceis o acesso à caçamba e as operações de carregamento e descarregamento. Outros destaques são o novo conjunto ótico traseiro, com lanternas de LED, e a nova grande e acabamento frontal, que ampliam ainda mais a sensação e a imagem de força e de robustez do Agrale Marruá. Internamente, o Marruá ganhou novo painel e maior espaço para o motorista e passageiros, tornando o ambiente mais ergonômico, confortável e moderno. Isso permitiu, por exemplo, a instalação de suporte de armas no veículo preparado para as forças policiais.