Série Bear county #1 amor de cowboy Lynn Hagen

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Amor de Cowboy Bear County 1 Depois de perder tudo, Dresden é forçado a morar com seu tio – um homem que deixa bem claro que ele não quer Dresden e seu filho lá em primeiro lugar. Com um filho de dois anos para cuidar, Dresden está cada vez mais desesperado para sair do trailer infestado de drogas que seu tio mora. Quando descobre um pequeno segredo sujo de seu tio, ele pega seu filho e corre. Sendo um dos sócios da fazenda Triple-B e proprietário da metade do Ugly Broad Saloon1, Harland Macy tenta levar uma vida simples em Bear County. Isto é, até que ele encontra Dresden. O que começa com um simples fascínio se transforma em uma fantasia ganhando vida. Quando ele descobre que Dresden não é apenas seu companheiro, mas pode conceber seu filho, Harland deve encontrar uma maneira de parar o tio problemático de Dresden antes que ele destrua a vida que Harland anseia desesperadamente.

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A tradução é algo como Salão Amplo e Feio, fica estranho o pt então tbm ta no original.


Capítulo Um

—Sério? Você quer fazer isso comigo agora? — Harland desviou seu caminhão para fora da estrada e foi para o posto de gasolina. — E pensar que eu estava prestes a dar-lhe um banho quando chegássemos em casa. — Ele conseguiu parar bem na frente da porta do mecânico. Pelo menos alguma coisa estava indo bem para ele. Graças a Deus o caminhão não tinha parado a um quilometro atrás na estrada vazia. Harland saiu, batendo a porta fechada. Ele normalmente não trataria seu bebê dessa maneira, mas ele estava irritado. Não havia ninguém à vista, nem um único cliente. Harland olhou ao redor do local, querendo saber onde o proprietário estava. O edifício branco e azul era como uma sentinela silenciosa, uma vez que estava ali sob o sol quente do verão. — Harland. — disse Stork quando saiu da loja, limpando as mãos em um pano. O cara tinha quase setenta anos e era magro como um chicote. A grande falta dos dentes da frente no homem sempre fez parecer que houve um ligeiro apito quando o cara falava. — Qual parece ser o problema? — Ele só começou a engasgar e depois morreu. — Harland tirou o Stetson preto e passou a mão sobre a sua cabeça. —Eu não entendo. O caminhão é quase novo. Enfiando o pano no bolso de trás, Stork acenou para a porta do motorista. — Abra o capô e deixe-me dar uma olhada. Harland seria o primeiro a admitir que não sabia nada sobre mecânica. Essa era a especialidade de Jed. Harland normalmente teria seu


amigo verificando o seu caminhão, mas, como Jed não estava com ele, ele não tinha escolha a não ser deixar Stork cuidar do problema. Após abrir o capô, Harland andou para frente e ficou ao lado de Stork, sem saber o que ele estava olhando. Era apenas um grande pedaço de máquinas para ele. O mecânico brincou ao redor, xingando algumas vezes, e, em seguida, batendo as mãos quando escovou algo. —Você precisa de um novo alternador. Um o quê? — Você tem um desses, por aqui em algum lugar? — A maioria das lojas tem um desses. — Você tem? —Não. — disse Stork. —Eu vou ter que encomendá-lo para você. O velho deixou cair o capô e apontou para a parte da loja no posto. — Por que não toma um pouco de ar fresco no interior, enquanto eu descubro quanto tempo o reparo vai levar. A vontade de chutar a merda fora de seu caminhão era forte. Ele não tinha tempo para isso. Jed estava esperando os suprimentos que Harland tinha na carroceria do caminhão. Mas o que ele ia fazer, caminhar de volta até em casa? Jogando o chapéu para trás de sua cabeça, Harland foi para dentro. Era pleno verão e o índice de calor estava em bem mais de uma centena. Não havia sequer uma brisa para compensar o ar abafado. No momento em que ele entrou na loja, Harland estava suando como louco. Levou um momento para o ar condicionador resfriar sua pele aquecida. Enquanto Harland procurava na geladeira por algo frio para beber, ele notou um cheiro peculiar. Era como biscoitos de mel e morangos doces, tudo em um. Ele sabia com certeza que o velho não tinha uma padaria aqui.


Inferno, a maioria dos bolos estavam envoltos em plástico e já haviam passado sua data de validade. Mas o cheiro ficou mais forte, pedindo a Harland para descobrir de onde ele estava vindo. Ele cheirou ao longo das prateleiras, franzindo o nariz quando passou pelo óleo de motor. Seu olfato era mais forte do que o de um ser humano. Sendo um shifter urso, Harland era muito, muito bom em encontrar doces. Ele estava perplexo quando acabou no caixa. Não havia nada lá, exceto uma maquina registradora, cigarros e rapé2 em cima do balcão de trás, e fileiras de beef jerky3 de cada sabor existente. Havia também um novo empregado varrendo o chão no escritório do velho. Harland inclinou um braço sobre o balcão e deixou seus olhos correrem de cima para baixo no corpo do cara magro. O que ele não daria para dar uma mordida naquele pequeno cowboy loiro. —Desculpe-me. O funcionário pulou, guinchou e bateu a mão sobre o peito. —Oh, você me assustou! Harland queria ouvir mais daquele som chiado. Só que ele queria os dois nus. Ele sorriu desculpando-se. — Não quis fazer isso.

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O rapé (do francês râper, "raspar") é o tabaco (ou fumo) em pó para inalar. O hábito de consumir rapé era bastante difundido no Brasil até o início do século 20. Era visto de maneiras contraditórias: às vezes como hábito elegante, às vezes como vício. 3

O Jerky beef é um produto assemelhado ao charque, a carne é cortada em pequenas tiras finas e marinadas em molho picante, doce, salgado, etc... e seca a baixa temperatura ou, somente salgadas e secas ao sol. O resultado é um petisco saborizado, ou não, que pode ser armazenado sem refrigeração. Amplamente consumido nos Estados Unidos e Canadá em diferentes carnes, marcas e qualidades, tanto embalados ou a granel. Estes produtos são encontrados em quase todas as lojas de conveniência, posto de gasolina e supermercado.


Puxando a vassoura de lado, o funcionário correu, limpou a garganta e deu um sorriso torto a Harland que era mais brilhante do que o sol do lado de fora. — O que posso fazer por você? —Seu nome. O homem bateu um crachá em sua camisa azul-clara. — Dresden. Em troca, Harland bateu no próprio peito. — Harland Macy. A suave risada tinha Harland sorrindo. Ele gostava desse cara. Ele também notou que o cheiro doce era ainda mais forte agora. Tinha que ser proveniente de Dresden. Harland não tinha certeza de como embora. O cara cheirava a produtos frescos? — O que posso fazer por você, Harland? — Um rubor fino caiu sobre as bochechas de Dresden. —Você pode me dar seu número para começar. — Deus, o cara tinha os mais belos olhos verdes que Harland já tinha visto. Eles eram tão escuros como as folhas no verão. Ele sentiu como se o estivesse derretendo. — E eu vou levar um pouco desses beef jerky. — Harland pegou um punhado e os colocou em cima do balcão. — Você flerta com todos os caras que você vê? — Dresden deixou a vassoura de lado e encostou um quadril contra o balcão. Harland teve que deter-se antes de puxar o homem sobre os beef jerky. — Só você, bonito. — Bem, isso não era totalmente verdade. Harland tinha flertado com o garçom no Ugly Broad Saloon. Ele também tinha flertado com o funcionário no Piggly Wiggly4. Depois houve aquele cara onde tinha cortado o cabelo na semana passada e o assistente na loja de ração

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Piggly Wiggly é uma cadeia de supermercados que operam nas regiões Centro-Oeste e Sul dos Estados Unidos. Atualmente, mais de 600 lojas de propriedade independente da Piggly Wiggly operar em 17 estados, principalmente em cidades e vilas menores.


animal. Ok, talvez ele fosse um cara que gostava de flertar, mas com nenhum desses outros caras tinha sentido nada parecido como agora. —Por que eu acho difícil de acreditar? — perguntou Dresden, uma ligeira provocação em seu tom. — Um cara de boa aparência como você?— O funcionário riu e o som era tão suave como seda. —Eu estou supondo que você tem uma abundância de números. —Eu poderia dizer o mesmo sobre você. — Harland puxou o celular e entregou-o ao funcionário. —Agora me dê o seu número ou você vai me obrigar a voltar até que você faça. Harland estava atraído para este homem como abelhas ao mel. O sorriso de Dresden, olhos e cheiro foi direto para a cabeça de Harland. Ele nunca tinha experimentado puro prazer apenas por flertar com alguém. Dresden não pegou o telefone. Por uma questão de fato, o sorriso desapareceu de seu rosto. Harland se virou para ver Stork em pé na porta, com as mãos nos quadris enquanto olhava entre eles. —Eu vejo que você conheceu meu sobrinho. A voz de Stork era cortada e impessoal, o inverso em comparação com a forma como o homem tinha falado com Harland do lado de fora. Harland assentiu enquanto suas defesas subiram. Ele falou com uma voz lenta e calma, tentando descobrir o porquê Stork estava subitamente tão irritado. — Será que você descobriu sobre a minha peça? Stork olhou Dresden um segundo a mais, antes que ele andasse mais para dentro da loja. Harland tinha um pressentimento que Dresden não estava aqui por opção e Stork preferiria ter contratado outra pessoa. — Estará aqui depois das quatro. Você pode ligar para o rancho para pedir uma carona. Eu vou deixar você saber quando o caminhão estiver pronto — disse Stork em uma pressão fria. Em outras palavras, Harland não era bem-vindo a esperar. Isso era


um pouco estranho. Ele nunca tinha visto Stork ser tão hostil. O homem era mecânico em Bear County desde que Harland podia se lembrar. O ser humano normalmente tinha um sorriso pronto e um riso ou dois à espera de seus clientes. —Eu vou fazer isso. — Harland se endireitou quando usou seu celular para ligar para Jed. —O que está atrasando você? — Jed perguntou quando ele atendeu ao telefone. — O caminhão morreu. Estou no posto de combustível do Stork na Rota 14. Você acha que pode me dar uma carona para casa? —Dê-me quinze minutos e eu estarei ai. — Jed desligou. Harland notou a maneira que Stork ficou olhando para o seu sobrinho. Não era nem um pouco amigável. Ele não tinha certeza do que estava acontecendo entre os dois, mas Harland tinha um pressentimento que ele não devia deixar Dresden sozinho com o cara. Quando Stork entrou em seu escritório, Harland pegou um lápis e um pedaço de papel deitados de lado. Ele rapidamente escreveu seu número e entregou para Dresden. — Ligue para mim. Dresden empurrou o papel no bolso antes de pegar sua vassoura e voltar a varrer. Mesmo que ele não quisesse, Harland saiu da loja e esperou por Jed do lado de fora.


Harland sentou em frente à Jed e Bryson no Café Faisão. Ele foi para pegar seu caminhão quando Stork chamou, mas para seu espanto, Dresden não estava lá. Decepção o encheu, mas Harland pagou a conta e estava mais uma vez de volta à estrada. Mas Dresden estava ali na lanchonete. Ele e Stork estavam sentados do outro lado do lugar, um menino de cerca de dois com eles. Harland moveu suas mãos para fora do caminho quando o garçom, Noah, colocou os pedidos de Harland para baixo na frente dele. Tudo cheirava bem, mas o cheiro forte na lanchonete não era comparado com o aroma de mel de Dresden. Jed se inclinou para frente, olhando ao redor do quadro grande de Bryson. — O que estamos olhando? — O sobrinho de Stork. — disse Harland antes de cortar seu bife. Ele e seus três melhores amigos haviam crescido juntos, passaram pela carreira militar, e tinham até comprado uma fazenda juntos. Harland conhecia Jed, Bryson, e Clayton – que estava no rancho agora – toda a sua vida. E não havia um cozinheiro maldito entre os quatro. Se não fosse por este restaurante, mais do que provavelmente estariam vivendo de cachorrosquentes e feijão. Eles haviam crescido em uma comunidade shifter mais para o norte. Todos os quatro tinham grandes sonhos de se mudarem para o oeste e possuir um rancho deles. Jed era o mais silencioso dos quatro. O homem não falava muito, mas ele era um maldito bom trabalhador e um inferno de um amigo.


Bryson era o maior e mais amável. O cara ainda ia dar a alguém a camisa que estava vestindo. Isso chateava Harland, às vezes, a forma como algumas pessoas se aproveitavam desse fato. Nem todos apreciavam um cara como Bryson. Metade do tempo Clayton não tinha um osso sério em seu corpo. Ele também era um bastardo pervertido. Clayton era italiano e pensava em si mesmo como um suave Casanova – o que ele não era. Harland só gostava da vida simples, sem complicações. Ele tinha tudo o que poderia querer, exceto alguém para compartilhar com ele. Flertar estava bem e tudo mais, mas Harland estava procurando algo mais. — Por que você está olhando para ele? — Jed perguntou antes de voltar a cavar a sua própria refeição. Era tarde da noite, mas o sol ainda brilhava. Harland amava o verão. Não havia nada como deixar seu urso solto para correr os setenta acres que os quatro possuíam. Não era muito, comparada às outras fazendas, mas era o suficiente para eles. O Triple-B criava cavalos campeões e o dinheiro era bom. Harland também era dono da metade do Ugly Broad Saloon. Mas, era mais como um parceiro silencioso porque ele não conseguia passar tanto tempo lá como gostaria. Harland bebeu metade de seu chá antes de colocar o copo de lado. — Estou de olho nele, porque ele cheira a uma padaria. Bryson arqueou uma sobrancelha escura. Ele olhou por cima do ombro para Dresden e depois para Harland. — Não me diga. Harland odiava o fato de que Stork estava aqui. Ele queria ir até a mesa e descobrir mais sobre Dresden. Ele também queria saber quem era o menino. Mas depois do comportamento rude de Stork esta manhã, Harland sabia que precisava tomar cuidado. Seu urso não estava de acordo. Ele rosnou para Harland chegar mais


perto, para se livrar da Stork – uma ameaça, na opinião do seu urso. Harland era um pouco mais civilizado do que o seu homólogo, mas não muito. — Cheirava como biscoitos de mel e morangos doces na loja do Stork. — Harland arriscou um olhar a Dresden para ver o menino que pairava sobre a parte de trás da cabine. Seus braços estavam pendurados e ele estava tagarelando sobre alguma coisa. A criança levantou a mão esquerda e balançou-a em uma onda curta. Harland sorriu antes de olhar para Jed. — Aquele posto de gasolina fede. — afirmou Bryson. —Toda vez que eu vou lá fico com dor de cabeça. —Isso é porque o seu sentido de cheiro pega tudo. — disse Jed. Bryson deu a Jed um olhar cômico. — Não me diga, sério? Harland só estava metade ouvindo os dois homens. Ele estava sentado lá comendo seu jantar, tentando o seu melhor para não levantar e tirar Dresden da lanchonete. Era uma reação estranha e uma que Harland nunca tinha tido antes. —Você acha que ele é o seu companheiro? — perguntou Bryson. O homem estava trabalhando através de um segundo prato de Corned beef and hash5. Bryson não era um homem pequeno. Não em qualquer trecho da imaginação. Ele tinha mais de 1,92 e manteve o seu peso como uma arma. O homem era mais forte do que Jed, Harland e Clayton juntos. Harland estava surpreso que o homem só havia pedido duas refeições. Ele deu de ombros, fingindo interesse em seu jantar. — Pode ser. Na verdade, ele ainda não tinha pensado nisso. Antes de ir para o serviço

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militar,

a

tia

de

Harland

lhe

tinha

dito

que

shifters

tinham

Corned beef and hash é um prato que consiste em cubos de corned beef (tipo de carne salgada e cozida, geralmente enlatada), batatas picadas e especiarias, normalmente as batatas são pré-cozidas e misturadas à carne e demais ingredientes pra cozinhar novamente. Há uma grande variedade de acompanhamentos, sendo os mais comuns: ovos moles, feijões verdes e pães.


companheiros, mas nenhum dos homens ao seu redor era acasalado. O perfume tinha uma grande parte a ver com a procura de um companheiro, mas um urso não podia saber só pelo cheiro. Houve momentos em que ele era enganoso. Sua mãe lhe tinha dito que com certeza seu urso saberia, mas Harland não tinha tanta certeza. Talvez o cara só cheirasse muito bem. —Você quer foder mais alguém? — Jed sacudiu a cabeça em direção à mesa de Dresden. Harland apontou o garfo para Jed. —Desde que eu só o encontrei esta manhã, como diabos vou saber? — Simples. — Bryson empurrou um polegar para o garçom bonito que vinha tentando conseguir um encontro com Jed há semanas. — Você quer transar com ele? Harland deu a Noah um olhar fugaz, antes de voltar a comer. Embora o garçom fosse muito bom de se olhar, Harland não sentia nada pelo cara. —Não. — Bem, aí está. — disse Bryson quando bateu as mãos e, em seguida, as esfregou. — O sobrinho de Stork é o seu companheiro. — Eu espero que você não use essa dedução quando equilibra as contas. — disse Jed. —Só porque ele não quer transar com o garçom não significa que o sobrinho de Stork é seu companheiro. Bryson bateu o dedo musculoso em cima da mesa. — Se você transar com ele e ele acabar grávido, você vai saber, então. Jed revirou os olhos. — Às vezes eu me pergunto se você caiu várias vezes de cabeça quando era filhote. — O quê? — Bryson perguntou quando estendeu as mãos abertas, erguendo os ombros ao mesmo tempo. — É verdade. — Eu não estou indo para tentar entrar em suas calças só para


descobrir se ele é meu companheiro. — Harland argumentou. Embora a ideia de finalmente ter uma família recorreu a ele em muitos níveis diferentes. — Por que não? — Perguntou Bryson. — Os ursos não saem em encontros como os humanos. Nós fodemos, pura e simplesmente. Se ele acaba com um filhote no forno, em seguida, ele é seu para toda a vida. Ursos podiam operar com instintos mais básicos do que os seres humanos, mas Harland tinha esse sonho tolo de conhecer seu companheiro antes de começarem uma família. Ele sabia que ele era um excêntrico para querer isso. O que Bryson disse era verdade. Ursos faziam sexo. Não havia namoro. Se uma pessoa acabasse por ser o seu companheiro, em seguida, eles se estabeleciam. Mas Dresden era humano e não compreenderia as suas maneiras. O homem, provavelmente, correria para as montanhas se Harland ainda menciona-se que o cara poderia ficar grávido. Mas a ideia de despir e conhecer Dresden fascinava Harland. — Seu tio está mantendo um olhar atento sobre ele. — Harland confessou. — Ele não parecia muito feliz que eu estivesse falando com o Dresden esta manhã. Bryson jogou os dedos no ar, como se acenando a ideia maluca à distância. — Ele não tem uma palavra a dizer. Se Dresden é seu, então Stork pode ir se foder. — Você tem sexo no cérebro. — disse Jed antes de levar uma garfada de macarrão e queijo na boca. Ele mastigou, engoliu em seco, e depois continuou. — Você precisa transar. — Oferecendo-se? — Bryson brincou. — Claro que não. — respondeu Jed. — Montar você seria como montar um touro. Bryson capotou Jed fora. — Como eu estava dizendo Harland. Se


Dresden é seu, então Stork não pode parar seu sobrinho. Podemos viver em uma cidade humana, mas vivemos por nossas leis. Ninguém pode interferir em um acasalamento. Você sabe disso. De alguma forma, Harland sabia que chegar a Dresden seria mais fácil dizer do que fazer. Stork olhou para a mesa de Harland antes de puxar a carteira, pagou a conta e, em seguida, levantar-se. Dresden agarrou a criança e se dirigiu para a porta. O cheiro de padaria encheu os pulmões de Harland, fazendo seu pau ficar duro enquanto ele via o homem sair. — Menino, você entendeu mal. — disse Bryson. — Você parece um idiota apaixonado. Os olhos de Harland seguiram Dresden até que o homem não estava mais à vista. Ele deu um suspiro pesado enquanto permitia que sua imaginação tomasse voo. Nessa fantasia, Dresden não era só dele, mas carregava o filhote de Harland.

Capítulo Dois

— Eu não concordei em deixar você ficar aqui para que você possa me fazer de tolo — disse Carl Stork quando ele reduzia o motor. Dresden poderia apenas acenar para o tio. Não era como se ele tivesse uma escolha na matéria. Se não fosse por Stork, Dresden e seu filho, Markey, seriam sem-teto agora. Após seu fiasco com Roger Downfire, Dresden não tinha escolha a não ser deixar a cidade. Seu ex-namorado tinha sido um maluco e parte de Dresden temia que ele não tivesse visto Roger a última vez. No fim de seu relacionamento, Roger havia se tornado possessivo. O comportamento não só


tinha alarmado Dresden, mas ele temia pelo filho. Roger não tinha sido a melhor influência na vida de Markey. Ele poderia ter se importado menos com a criança de dois anos de idade de Dresden. Infelizmente, Stork tinha sido a única opção de Dresden. Ele não tinha outro parente vivo além deste bastardo mal-humorado, mas Stork estava mais preocupado com a sua reputação do que realmente sobre ajudar Dresden. — Eu entendo. — Você entende? — perguntou Stork, sua mandíbula apertada. — Eu não poderia dizer pelo jeito que você estava cobiçando Harland Macy na lanchonete. É ruim o suficiente que você seja gay. Não esfregue esse fato na minha cara. Dresden não ia sentar lá e ouvir outra palestra prolixa. Desde que chegou a Bear County, Stork tinha ido sobre como os homossexuais eram depravados. Seu tio tinha mesmo ido tão longe a ponto de sugerir aconselhamento para Dresden ser curado. Babaca. Pena que não havia uma cura para a maneira estúpida de Stork pensar. Ele entendeu que alguns veteranos foram definidos em suas maneiras e, por vezes, eles se comportaram da maneira a que eles foram criados. Não havia desculpa para o ódio de Stork sobre homens gays. O cara era apenas um pedaço desagradável de trabalho e Deus, Dresden queria que ele tivesse outras opções. Ele enfiou a mão nas costas e puxou Markey fora de seu assento de carro. A criança estava dormindo, uma pequena linha de baba saindo de sua boca. Ele sorriu enquanto seu coração se encheu. Markey era todo o seu mundo. Dresden amava o pequeno menino mais do que sua própria vida.


Ele odiava que ele e seu filho estivessem presos nesta situação. Quando ele decidiu se tornar um pai, tendo que rastejar para seu tio não estava em seu futuro próximo. Embalando Markey sobre o ombro, Dresden entrou no trailer de dois quartos duplo. O lugar era uma caixa quente e apertada e não era bom para a asma de Markey. Mesmo quando Dresden ficava com as janelas abertas, Markey ainda suava uma tempestade. Ele não se atrevia a abrir as janelas por todo o caminho, ninguém no Trailer Inferno de Lamont fazia. A taxa de criminalidade era impressionante. Stork acendeu um de seus cigarros Marlboro e soprou a fumaça perto de Markey. Dresden queria dar um soco o homem até que Stork fosse uma polpa sangrenta. Mas ele tinha aprendido que qualquer protesto da maneira que Stork fazia as coisas iria o fazer ser chutado para fora. A noite Dresden havia mostrado pela primeira vez, ele e seu tio tinha chegado para ele, e Stork quase virou Dresden a distância. — Estou indo para Earlene. Caso você esteja confuso, ela é uma menina. Limpe este lugar antes de eu voltar. — Stork pegou um pacote de cerveja fora da geladeira e se dirigiu para fora. Dresden caiu no sofá vermelho sangue. Ele estava grato que ele e seu filho tinham um lugar para ficar, mas ele estava começando a se perguntar se o inferno seria uma opção melhor. Após trocar a fralda de Markey, Dresden manobrou o ventilador lamentável para seu filho, esperando que a coisa resfriasse Markey. Era duvidoso embora. Uma lâmina estava faltando e a única velocidade que funcionava era baixa. Ele afastou o cabelo loiro de Markey de seu pequeno rosto e desejou que as coisas não tivessem ido para a merda. Mas ele não era de chafurdar na pena. Dresden estava determinado a encontrar uma maneira de fazer isso por conta própria novamente. Ele


pegou o jornal que estava sobre a mesa da cozinha e sentou-se, procurando os classificados. Stork não lhe daria uma moeda de dez centavos, e Dresden tinha que implorar para seu tio por qualquer coisa que ele ou Markey precisavam. Se ele pudesse encontrar um bom trabalho, Dresden poderia sair do Trailer Inferno de Lamont. Pelo que ele tinha ouvido algumas noites atrás, o lugar estava cheio de usuários de metanfetamina. Isso não era algo que ele queria perto de seu filho. Acenando a mosca incômoda longe de sua cabeça, Dresden viu alguns trabalhos em que ele era adequado. Infelizmente, ele sabia que não iria pagar muito. E com uma criança para cuidar, não havia maneira que Dresden poderia trabalhar em dois empregos. Bear County — pelo que Dresden vira — era uma pequena cidade. Havia um monte de empresas prósperas. Mas ele duvidava que alguém precisasse

de

um

artista

morto

de

fome.

Talvez

ele

pudesse

virar

hambúrgueres ou servir café. Dresden era um bom cozinheiro. Costumava ser um hobby para ele, mas talvez ele pudesse fazer uma vida fora de seu talento. Quando ele examinou o jornal, Dresden lembrou o número de telefone no bolso. Harland era um cowboy bonito e tinha um flerte sexy, mas Dresden não tinha certeza se ele queria abrir essa caixa de Pandora. Dresden já estava na lista negra da Stork apenas por aparecer em primeiro lugar. E, além disso, ele queria uma repetição do Roger? Dresden sabia que nem todos os homens era um caso perdido. Harland parecia agradável. Não poderia ferir falar com o cara. Dresden não conhecia ninguém na cidade, exceto os moradores encantadores de Trailer Inferno. Sua cabeça se levantou quando ouviu um tiro de espingarda. Era mais do que provável que seria Buck. O cara vivia três reboques para baixo e era um incômodo. Buck perturbava até as primeiras horas da manhã,


independentemente de que dia era. O homem explodiu sua música, gritava, e ferrava tudo o que não estava pregado para baixo de acordo com Stork. Esperando que seu tio ficasse fora a noite toda, Dresden puxou o telefone do bolso. Ele olhou para o rabisco por um bom minuto antes que ele tivesse a coragem de realmente chamar. Graças a Deus o seu telefone celular ainda não tinha sido desligado, mas isso estava por vir. Dresden não tinha o dinheiro para pagar a conta. Mas até então, ele estava indo para usá-lo para ver se talvez ele e Harland poderiam ser amigos. Dresden respirou fundo antes dele discar o número. Ele estava meio tentado a desligar. O que ele tinha em comum com um cowboy? Dresden era um garoto da cidade de ponta a ponta. A única coisa que podia fazer era sexo, e agora, essa era a última coisa na mente de Dresden. — Alô — respondeu Harland. Não havia palavras que saíssem da boca de Dresden. Sua garganta parecia trancada. Ele estava com medo que Harland fosse desligar. Mas o cara só riu. — É o meu funcionário cozido com mel? Seu o quê? —É Dresden. — Isso é o que eu disse. Dresden estava começando a se perguntar se talvez isso fosse um erro. Ele estava arriscando muito, conversando com Harland. Se Stork descobrisse, viraria um inferno. Mas não tinha virado já? Quanto mais baixo poderia Dresden afundar? Ele já estava vivendo no fundo do barril. Dresden só queria alguém que pudesse conversar, alguém para se conectar — mesmo que fosse apenas por amizade. — Eu só liguei porque... — Dresden podia sentir seu rosto em chamas, e não era a partir do calor do trailer. Ele nunca tinha sido bom em


falar com rapazes. Inferno, tinha-lhe levado meses para ir para a agência sobre encontrar um substituto. Ele só não era bom quando se tratava de pedir coisas ou falar com caras gostosos. Roger tinha sido aquele que veio a Dresden. Ele fechou a tampa sobre esse pensamento. Dresden não queria que suas memórias de Roger arruinassem esta chamada. —Porque você me achou inteligente e encantador? — perguntou Harland. — Vá em frente, você pode admitir isso. Dresden sorriu. — Você é sempre tão cheio de si mesmo? — Não, eu estou apenas brincando. Eu estava tentando apagar o nervosismo que eu posso ouvir em sua voz. — Então, você é muito tímido, né? Harland bufou e, em seguida, começou a rir. — Dificilmente, mas eu não estou preso em mim mesmo. Sou bonito de se ver. Isso tinha que ser o maior eufemismo que Dresden já tinha ouvido falar. Harland era construído como um boi e tinha a escura aparência de um sonho. Ele começou a imaginar como seria ter relações sexuais com alguém tão musculoso. Dresden sentiu-se corar novamente. Ele não deveria ter esses pensamentos. Se envolver com alguém agora não estava em seu melhor interesse. No entanto, ele não conseguia terminar a chamada. — Aqueles que eu vi com você, eram seus irmãos? — Jed e Bryson? Não.. Eles são meus melhores amigos. Quem era o garoto com você? — perguntou Harland. —Meu filho. — Dresden não tinha vergonha de Markey e estava orgulhoso de seu filho de dois anos de idade. Markey era o centro do seu universo. — Oh. — Harland ficou em silêncio por um momento antes de dizer


— Sinto muito. Eu podia jurar que você era... não importa. — Gay? — Dresden perguntou quando seu sorriso cresceu mais amplo. Havia um monte de homens que assumiam que só porque ele tinha um filho que era hetero. — Bem, sim. Mas não é grande coisa se você não é. Eu gosto de falar com você. — Eu sou. Tive Markey através de uma substituta. — Ele não tinha certeza por que ele sentiu a necessidade de explicar-se. Talvez fosse o fato de que Dresden era absolutamente solitário e amava ter alguém com quem conversar. Ou pode ser que ele realmente gostava de Harland e queria o ar limpo entre eles. Embora ele estivesse nervoso sobre chamar Harland, Dresden achou fácil falar com o cara. — Sério? A mãe não quer seu filho? — Foi arranjado — explicou Dresden. — Eu passei por uma agência de adoção. — Eles têm coisas como essas? Quero dizer, lugares onde você pode ir e foder uma garota? Dresden riu da confusão no tom de Harland. — Eu não tive relações sexuais com ela. A mãe de Markey foi inseminada artificialmente com o meu esperma. — Parece muito clínico. — Harland estalou a língua. — Tem certeza que ela não vai vir atrás de você pelo bebê? — Não. Nós assinamos um contrato. Ela faz isso para viver. — Dresden se moveu da mesa e sentou-se no sofá, verificando se Markey não estava superaquecido. Se ele ficasse muito quente, seu filho teria um ataque de asma. Tinha acontecido uma vez já desde que Dresden tinha vindo viver com seu tio há um mês.


— Ele é um garoto bonito — disse Harland. — Ele tem seus olhos e cabelo. — Obrigado. — Dresden se acomodou, esfregando a mão sobre a perna de seu filho. Seu filho ainda estava dormindo e seria assim pelo resto da noite. — Então, o que você faz para viver? — Criar cavalos e servir bebidas. Dresden franziu o cenho. — Espero que não tudo de uma vez. A risada profunda que veio a linha teve Dresden sorrindo de orelha a orelha. Ele gostava desse som. Era baixo, melódico, e fez com que ele quisesse conversar a noite toda. Ele sentiu uma vibração em seu estômago quando ele mordeu o lábio inferior. — Espero que não seja, mas algumas noites eu me pergunto isso também. Crio cavalos e sou proprietário de parte de um bar na cidade. Dresden se lembrou de um momento em que sua vida era tão excitante. Ele era dono de sua própria galeria e vendia quadros para alguns colecionadores muito ricos. Mas uma noite fatídica tinha mudado tudo. — Você deve trazer Markey algum momento ao rancho. Eu tenho um cavalo que é suave o suficiente para ele montar. Dresden queria dizer sim. Ele adoraria que seu filho experimentasse algo assim. Mas ele sabia que não podia. Stork mantinha um olhar atento sobre ele. E, além disso, ele não poderia ter tempo suficiente fora da loja. Stork teria a certeza de que Dresden trabalhasse para cobrir não só o seu sustento, mas o custo da creche de Markey. — Talvez. O som de Stork gritando do lado de fora do trailer tinha Dresden lançando continuamente um olhar para a porta. Seu peito apertou quando ele engoliu. Se seu tio soubesse com quem ele estava falando, não haveria inferno


para pagar. — Eu tenho que ir. Foi bom falar com você, Harland. — Dresden desligou antes que o cowboy tivesse a chance de responder. Assim que ele empurrou seu telefone sob sua perna, Stork entrou e Dresden se enrolou no sofá, fechando os olhos enquanto ele imaginava o que seria pertencer a alguém tão doce como Harland Macy.

Uma semana depois, Dresden foi no Piggly Wiggly

pegar algumas

coisas na lista que Stork lhe dera quando viu Harland. A vibração em seu estômago retornou quando seu pulso começou a acelerar. O desejo de ir para o cowboy e falar quase o levou para frente, mas Dresden hesitou. O problema era que Stork estava esperando no estacionamento. O que significava que Stork tinha visto Harland entrar, em seguida, o tio de Dresden viria em breve. Harland o viu e começou a caminhar pelo corredor. Dresden estava preso ao chão. Seus olhos se voltaram para se certificar da Stork não estava em qualquer lugar próximo. Ele tinha que ser cauteloso. — Veja, se não é a minha pequena padaria — disse Harland quando ele se aproximou. — E ele tem o seu pequeno rosquinha com ele. As pequenas loiras sobrancelhas de Markey franziram antes ele perguntar. — Posso ter um donut?


Claro, seu filho não tinha dito isso de forma tão clara, mas Dresden entendia. — Sem lanches antes do jantar. — Dresden observou como Markey cruzou os braços sobre o peito e sentou-se na prateleira de baixo do corredor de cereais, fazendo beicinho. —Ah, lhe dê um donut — disse Harland. Markey sorriu de orelha a orelha. Dresden revirou os olhos. — Você não fica muito em torno de crianças, não é? — Meus amigos não contam? — Harland balançou as sobrancelhas. Mas foi o seu sorriso encantador que estava ganhando Dresden. Havia apenas algo sobre este cowboy. Não ajudou que ele tinha um sorriso de pirata e um apelo que estava começando a afetar Dresden em formas que não deveria. Dresden riu. — Seus amigos não contam se eles não podem ser classificados como crianças. — Então eles não contam. — Harland agachou e acenou para Markey para chegar a ele. Dresden ficou lá e viu quando o cowboy disse algo que ele não podia ouvir e depois Markey estava sorrindo, balançando a cabeça. — O que você disse a ele? — Eu disse a ele que o tio Harland iria comprar-lhe um donut, se ele comesse todo o seu jantar. — Harland realmente parecia orgulhoso de sua realização pequena. Infelizmente, foi de curta duração. Dresden pegou seu filho e colocou-o no carrinho de compras. — Eu odeio dizer isso, Harland. Mas ele teria prometido usar o matagal como banheiro se lhe oferecer um donut. — Dork — Markey disse. As entranhas de Dresden congelaram. Seu filho não conseguia pronunciar o nome de Stork. E embora ele interiormente ria do que Markey tinha chamado seu tio, ele foi encolhendo com o inferno que


ele estava prestes a pagar. — Stork. — Harland apontou para a figura alta de pé no final do corredor. Seu tio estava jogando punhais em Harland. Dresden desejou que um buraco se abrisse para que ele pudesse cair nele. Ele apenas rezou para que Stork não causasse uma cena na loja. — Tudo feito? — questionou Dresden, ignorando completamente Harland. A profunda carranca no rosto de Stork disse que Dresden estava em uma longa noite. Ele esperava que seu tio não agisse como um idiota na frente de Markey, mas isso era uma ilusão. Stork já tinha batido a merda fora de Dresden com seu filho sentado no sofá. Isso havia acontecido há dois dias quando Dresden pediu a seu tio para parar de fumar no trailer. — Eu tenho que pegar mais algumas coisas. — Dresden rapidamente virou o carrinho para longe, deixando para trás Harland. Por um segundo, ele pensou que seu tio iria segui-lo. Para seu alívio, viu Stork sair da loja. Doeu em seu coração para dizer não a Markey quando o filho pediu um pequeno brinquedo que estava pendurado em uma tira de clipe. O brinquedo era apenas dois dólares, mas Dresden estava fazendo compras com o dinheiro de Stork e seu tio não ficaria feliz se ele comprasse alguma coisa que não estava na lista. — Da próxima vez. — Dresden bagunçou o cabelo de Markey quando ele saia e carregava as sacolas em seu carrinho. Quando ele saiu da loja, viu a caminhonete de Harland. Ele podia ver o cowboy sentado ao volante, olhando para ele. O homem levantou a mão e fez o sinal universal que disse que queria que Dresden ligasse pra ele. Dresden deu um aceno imperceptível antes de carregar a parte de trás do caminhão de Stork e, em seguida, ajeitar seu filho e ele dentro do caminhão. Levou tudo em Dresden não olhar para Harland quando eles dirigiram para fora do estacionamento.


— Você está amarrado e determinado a me envergonhar, não é? — Stork estava dirigindo um pouco rápido demais para o conforto de Dresden. O homem estava apenas prestando atenção na estrada quando ele cavou ao redor para alguma coisa. Para horror de Dresden, Stork puxou uma lata de cerveja debaixo de seu assento e bateu na guia, antes de tomar um longo gole. — Você bebe e dirige? — perguntou Dresden. O homem deu-lhe um olhar que deveria ter matado Dresden, onde estava sentado. — Cuide da sua vida maldita. O que você deve se preocupar é com o que eu vou fazer com você se alguém descobrir que eu tenho uma fada ao invés de um sobrinho. Dresden olhou para seu filho, que estava observando a paisagem pela janela. Mesmo que viesse o inferno ou um diluvio, Dresden ia sair sob o polegar de Stork. Ele não se importa com o que ele tinha que fazer. Mas, por enquanto, Markey precisava de um lugar para dormir. Dresden não tinha para onde ir e ele não estava disposto a viver nas ruas com uma criança asmática de dois anos de idade. Ele estava indo para ser resistente, isso até que ele pudesse garantir melhores condições de vida.

Capítulo Três —Eu não gosto disso —, disse Harland para Jed enquanto fechava o portão para o curral. —É quase como se ele estivesse tão apavorado para sequer pensar por si mesmo. Estava incomodando Harland por dias que ele não tinha ouvido de Dresden. Desde a primeira vez que viu o homem mais de dez dias atrás, o pequeno funcionário magro era tudo o que podia pensar. A falta de


comunicação estava dirigindo não só a ele, mas a seu urso a loucura.  —Então vá vê-lo — disse Jed enquanto caminhava com Harland para a casa vitoriana de dois andares que eles possuíam em conjunto com Bryson e Clayton. — É estranho embora. Conheço Stork um longo tempo e ele sempre foi um bom rapaz.  Harland estava começando a suspeitar que o bem-humorado sorriso de Stork fosse uma fachada. Havia mais coisas acontecendo com o cara do que parecia à primeira vista. Mas a última coisa que Harland queria fazer era uma cunha entre ele e Dresden. E se ele estava lendo errado e fizesse do funcionário seu inimigo?  Quando chegou ao alpendre, Harland tomou uma decisão. Ele ia parar no parque de trailers onde Stork vivia e dar uma olhada. Não poderia machucar, e a visita inesperada iria ajudar a aliviar sua mente.  — Aconteça o que acontecer, você sabe que temos as suas costas. — Jed bateu Harland no ombro. — Se Dresden é o seu companheiro ou não, temos muito espaço, se ele precisar de ajuda.  Embora Harland possuía um quarto do rancho, era bom saber que seus amigos estavam do seu lado. Isso significava o mundo para ele.  —Ouvi dizer que você pode estar batendo em algum pobre coitado — disse Clayton quando ele entrou pela porta, batendo Harland no braço. — Quem é o cara azarado?  Harland grunhiu antes que ele batesse em Clayton na parte de trás de sua cabeça. — Seu pai, filho.  — Você desejaria que tivesse sorte o suficiente para pegar um homem bonito como o meu pai. — Clayton piscou para ele. —Esse pau italiano é viciante.  —Você não tem jeito.— Harland deixou Clayton rindo na sala de estar quando ele subiu as escadas para tomar banho. Ele queria estar fresco e


limpo quando ele fosse até Dresden. Estar barbeado não machucaria também. Ele alisou a mão para baixo sua camisa, dando uma boa olhada em si mesmo no espelho. Harland não planejava atacar Dresden, mas apenas no caso, ele tinha que parecer no seu melhor. Após escovar seu cabelo, Harland jogou seu chapéu na cabeça, pronto para enfrentar o mundo, ou pelo menos uma pequena parte dele.  Clayton deu um assobio baixo quando Harland desceu os degraus. —Rapaz, você se limpou bem.  — Isso é o que o seu pai disse na noite passada.  O homem era de boa índole, sorrindo de orelha a orelha. —Eu vou ter a certeza de dizer a minha mãe isso.  Harland congelou. Sra. Calabria iria torcer o pescoço de Harland, se ela soubesse que ele havia falado sujo assim. Ele nunca seria capaz de enfrentar a mulher doce novamente. — Você não faria isso.  Clayton não perdeu um segundo pegando o telefone. Harland abordou o homem, tentando bater o telefone celular da mão do shifter urso. Eles caíram sobre o sofá, caíram no chão e derrubaram uma caixa que continha revistas de gado.  O tempo todo, Clayton estava rindo. —Ok, eu desisto.  Harland olhou para o homem, recusando-se a deixá-lo voltar para cima. — Jura que não vai ligar para ela. — Porque, se a Sra. Calabria soubesse sobre a boca a boca suja de Harland, então sua mãe iria ouvir sobre isso a seguir.  E Harland preferia enfrentar um pelotão de fuzilamento a Renee Macy. Mesmo o pai de Harland temia a mulher quando o homem estava vivo.  —O que eu ganho com isso?— Perguntou Clayton, mantendo o telefone fora do alcance. — Você foi o único falando sobre beijar meu pai.  —Eu não vou bater em você com uma meia com sabonete em seu


sono. — Harland recuou e, em seguida, levantou-se, ajudando Clayton antes de endireitar a revista.  — Você dirige um negócio duro, Hardy har-har.  Harland estremeceu com o apelido que seus amigos, às vezes o chamavam. Ele odiava isso, mas depois de vinte e cinco anos de ouvir o nome maldito, ele estava acostumado. Esperemos que ninguém diga isso a Dresden.  —Chame sua mãe e eu vou alimentar os porcos com você — Harland avisou.  —Nós não temos porcos— Clayton respondeu.  —Então eu vou comprar alguns apenas para o seu desaparecimento. — Harland saiu e entrou em seu caminhão. Quando Harland dirigia pela cidade, ele olhou pela janela na barbearia onde dois cavalheiros mais velhos estavam sentados do lado de fora jogando damas. Havia uma loja de antiguidades ao lado e uma loja de flores próxima a isso.  As pessoas andavam pelas ruas, alguns empurrando carrinhos, outros parando para conversar com alguém que eles conheciam. Harland acenou para algumas pessoas que passavam por ali. Ele amava esta cidade. Ele e seus amigos não poderiam ter escolhido um lugar melhor para viver.  Os postes de rua tinham plantas decorativas e a praça da cidade estava prosperando com as famílias que foram para um passeio aproveitando o dia. Harland passou pela estação do xerife e os correios. Sr. McCregee, o carteiro, acenou para Harland antes de caminhar em direção ao seu caminhão de correio.  Levou dez minutos para chegar ao parque de trailers, que estava situado na periferia da cidade. Este não era um lugar que Harland se voluntaria para viver. Não que ele tivesse qualquer coisa contra caravanismo. Apenas era contra este. Parecia ser uma exigência que você tinha que ser a escória para


viver no trailer de Inferno de Lamont.  Não, isso não era verdade. Muitos dos moradores consistiam em idosos. Era a geração mais jovem que estavam arruinando-o para todos. Harland tinha alguns amigos que não eram assim e eles eram um povo bastante decente. Não havia muitas pessoas que Harland não se dava bem. Todo mundo sabia que ele e seus três melhores amigos eram gays e não piscavam um olho. Eram os alimentadores fundos de barril neste parque que estavam sempre gritando insultos homofóbicos. Ele odiava quando as pessoas usavam essas referências para descrever algo.  Enquanto dirigia através do labirinto, Harland viu crianças pequenas que deveriam estar na cama agora. Eles estavam correndo como uma matilha de lobos, nenhum adulto à vista.  Oh, espere um minuto. Sim, havia. Os adultos estavam além do trailer de Buck Buchanan, bebendo como peixes e ouvindo música alta de perfurar o tímpano. A maioria das mulheres estavam mal vestidas e Harland só podia balançar a cabeça quando viu algumas pessoas ao lado, empurrando algo acima de seus narizes.  Novamente, era a geração mais jovem, que estavam trazendo este parque para baixo.  Havia alguns rapazes com bonés de beisebol para trás, jeans largos que mostravam suas roupas íntimas, caramba, e todos eles, honestamente, estava usando wifebeaters6 brancas.  Harland não cheirou um shifter entre eles. Mas, novamente, com o cheiro de drogas que flutuavam ao redor dele, era difícil dizer. O lugar cheirava a gambá.

6

Estilo de regata branca comum.


Antes de chegar ao trailer de Stork, Harland parou no lado da pequena estrada que serpenteava pelo parque e desligou suas luzes. O trailer de Stork estava banhado na escuridão, exceto por uma única luz que brilhava através de uma janela lateral.  Após cerca de dez minutos de observar o trailer, Harland viu Stork tropeçar para fora, mal conseguindo ficar em pé. O homem encostou-se ao lado de sua casa, cuspindo... era sangue? Harland endireitou-se.  Ele esperou até que Stork fizesse seu caminho para Buck antes de sair e se esgueirar até a porta. Harland não se preocupou em bater. Ele caminhou direto para dentro. Dresden estava em pé na pia da cozinha, uma bolsa de gelo sobre o olho.  —O que está acontecendo, Dresden?  O homem pulou, deixando cair o bloco de gelo quando ele estendeu a mão sobre o coração. — O que você está fazendo aqui, Harland? Stork vai me matar se ele descobre que você está perto de mim.  Harland rosnou quando ouviu um tiro de espingarda, seguido barulho de algo caindo. Mas o rosnado não era nada comparado com a raiva em brasa que se apoderou dele quando viu os hematomas no rosto de Dresden. Harland agarrou suavemente o queixo do homem, inclinando a cabeça do ser humano para o lado. — Stork fez isto?  — Você tem que ir. — Dresden puxou o queixo longe, caminhando até onde seu filho estava deitado no sofá. A mandíbula de Harlan quase caiu quando viu o suor escorrendo da criança.  O garoto não parecia bem. Havia um ventilador lamentável soprando ar quente na criança quando Dresden pressionou o bloco de gelo sobre a pele do Markey. — Por que ele te bateu?  Usando seus dedos, Dresden empurrou o cabelo emaranhado do rosto de Markey. Ele podia ver as lágrimas não derramadas nos olhos de


Dresden e uma expressão de desespero que era tão pesado que a emoção quase engasgou Harland.  —Eu encontrei alguns papéis hoje que diziam que Stork perdeu o posto porque ele devia muitos impostos atrasados. E não muito depois disso, um cara veio, procurando por meu tio, dizendo que Stork lhe devia pelas drogas que ele lhe dera. — Dresden soltou um suspiro trêmulo. —Ele está sete tipos de puto que eu sei que ele é um usuário de drogas e não tem sua estação por mais tempo. Eu só não sei o que ele vai fazer. — Ele apontou para o seu olho. —Este foi apenas o aquecimento. Ele disse que estaria de volta para terminar o que tinha começado.  Os molares posteriores de Harland moeram com tanta força que os dentes deveriam ter quebrado. —Arrume suas coisas.  Dresden piscou algumas vezes antes de olhar para Harland. —Desculpe-me?  Harland andou até a janela e olhou para fora das cortinas quebradas. Foda-se, estava abafado neste lugar. Ele viu Stork discutindo com alguém e sabia que eles estavam ficando sem tempo. — Você e seu filho estão vindo para ficar comigo.  Dresden balançou a cabeça. — Eu não posso. Eu não tenho dinheiro para pagá-lo e...  —Eu não pedi dinheiro nenhum e eu tenho uma vaga no bar que você pode ter. Não paga muito, mas vai ser o suficiente para que você tenha algum dinheiro de bolso.  —Por quê? — Dresden coçou o templo quando ele franziu a testa. — Eu não entendo por que você iria arriscar o pescoço por mim, e nós mal nos conhecemos.  Porque ninguém deveria viver assim e eu acho que você é meu companheiro. — É só pegar as suas coisas. Você não está voltando para cá,


então se certifique que você tem tudo importante como papéis, roupas, brinquedos, tudo isso. Não era o que Harland tinha planejado, quando decidiu espionar. Mas depois de ver a obra de Stork e saber que o cara estava voltando para mais — Harland não estava prestes a deixar os dois em uma situação perigosa.  Demorou para Dresden cinco minutos para pegar suas coisas. O homem tinha apenas duas malas na mão. Harland pegou Markey do sofá e saiu, Dresden logo atrás dele.  —O que diabos está acontecendo aqui? — Stork perguntou quando ele virou a esquina. O homem já não estava alterado. Se qualquer coisa, ele parecia sóbrio e sério. Seus olhos perfuravam Dresden e o garoto magro em seu braço. Chateou Harland ver Dresden com tanto medo de alguém que deveria ter protegido o seu próprio sobrinho. Ele manteve uma mão firme nas costas de Markey quando ele deu um passo em direção a Stork. Ele superou o cara por uns bons 40kg e se elevou sobre o ser humano. Harland não era de intimidar os mais velhos, mas Stork era um pedaço sujo de trabalho e não merecia o respeito de Harland. — Se você se aproximar destes dois novamente você vai ter que lidar comigo.  — Essa é a minha família— argumentou Stork, mas não deu um passo mais perto. — Você não tem o direito de vir aqui e fazer alguma coisa.  Harland apontou para seu caminhão. — Dresden, vai colocar suas coisas na parte de trás.  Dresden correu para o caminhão quando Harland voltou a Stork. —Eles são minha família agora. Você deveria ter apreciado eles um inferno de muito mais.  Harland ficou chocado como o inferno quando Stork virou para ele. Ele se esquivou do punho voando quando Dresden gritou e correu de volta


para eles, agarrando Markey dos braços de Harland. Uma vez que a criança estava fora de seus braços, Harland puxou seu quadro até sua altura completa. —Confie em mim quando eu lhe digo que começar uma briga comigo será o maior erro de sua vida. Felizmente, Harland não teve que dizer uma palavra para Dresden. O homem pegou seu filho e correu para o caminhão, entrando no veiculo. Markey estava completamente acordado agora e Harland não queria que o filho pequeno ouvisse ou visse qualquer coisa que poderia assustá-lo. Harland apontou o dedo para Stork, mantendo a voz baixa. —Eles são o meu negócio agora.  —Vamos ver sobre isso. — Stork invadiu seu trailer e Harland saiu de lá. Mais do que provável, Stork ia pegar uma espingarda. Harland pode ser um shifter urso, mas ele não se recuperaria se Stork atirasse na cabeça dele.  Harland pulou em seu caminhão e dirigiu para fora do parque. Duas milhas abaixo da estrada, ele puxou para o acostamento. Ele pulsava com raiva e fúria sobre a maneira como Stork tinha tratado os dois. — Coloque o cinto em você e Markey.  Enquanto esperava, Harland esfregou a mão no rosto. Era tarde demais para voltar atrás agora, e ele não o faria de qualquer maneira. Ele tinha acabado de tomar a responsabilidade de outra pessoa e um pequeno. Embora Harland não tivesse ideia de como cuidar de uma criança ele estava prestes a começar um curso intensivo.  —Fone — disse Markey quando ele levantou a mão para Dresden.  Durante a condução, Harland viu quando a criança não só entrou com o código de quatro dígitos para entrar no telefone de seu pai, mas foi direto para os jogos e escolheu um para jogar.  Ele ficou surpreso com a inteligência da criança. — Como é que ele sabe como fazer isso?


Dresden encolheu os ombros. — Repetição. Eu passo muito tempo com meu filho, ensinando-lhe coisas e falando com ele.  Harland podia ouvir o orgulho na voz de Dresden. Uma dor surda começou em seu peito. Se Dresden realmente fosse seu companheiro, Harland ia ser o homem mais sortudo. Apenas a partir do pouco tempo que tinha visto Dresden interagindo com Markey, Harland podia ver que o homem era um grande pai. —Suco.  —Eu não tenho nenhum suco agora, Markey — disse Dresden. —Eu prometo te dar algo para beber quando chegarmos ao tio Harland. — O humano olhou para ele, como se tivesse medo que ele tivesse ultrapassado seus limites.  Harland riu. — O garoto pode ter qualquer coisa que ele quiser.  A expressão de alívio no rosto de Dresden fez Harland querer dar à criança a fazenda maldita para que só assim a expressão não fosse embora. Ele sabia que estava fazendo a coisa certa, mas isso tinha de ser assustador como o inferno para Dresden. O cara não conhecia Harland tão bem e agora ele estava vindo para ficar no rancho com estranhos.  —Ouça — disse Harland enquanto mantinha um olho na estrada e outro no Markey. Ele queria ter cuidado com suas palavras. — Eu sei que isso é esmagador para você, mas eu prometo que você e o garoto vão estar S-E-GU-R-O-S.  Dresden inclinou a cabeça. — Por que você está soletrando seguro?  Harland encolheu os ombros. —Eu não queria preocupar o bebê.  —Eu não sou um bebê— argumentou Markey antes de voltar para trás para o seu jogo.  Os olhos verdes de Dresden suavizaram. — Obrigado. Mas eu acho que nós podemos falar sem nos preocupar com Markey. Ele é inteligente, mas


eu tenho certeza que ele não vai ouvir nossa conversa. A única coisa que seus ouvidos vão pegar é se você mencionar DOCES.  — Doces! — Markey gritou.  Dresden revirou os olhos. — Espertinho.  Harland puxou para o rancho, dirigindo pela longa rodovia sinuosa antes de parar. Depois de sair, ele agarrou Markey do banco da frente antes de entregá-lo a Dresden. Ele pegou as duas malas e acenou com a cabeça em direção à varanda. —Meus amigos são altos e agem como crianças, às vezes, mas eles são inofensivos e irão protegê-lo e Markey com suas vidas.  —Eu ainda não entendo por que você está fazendo tudo isso para mim e para o meu filho. — Dresden olhou para a casa com receio em seus olhos. —Ninguém é tão bom sem querer algo em troca.  —Eu sou — disse Harland. —Agora entre onde está agradável e fresco.  Quando entraram no interior, Clayton estava sentado no sofá. Ele olhou por cima do ombro, franziu as sobrancelhas, e então se levantou. — O que temos aqui?  Harland colocou as malas de lado. — Clayton Calabria, este aqui é Dresden e seu filho Markey.  Clayton se empurrou do sofá, atravessou a sala, e sorriu para Dresden, mas foi Markey, que chamou sua atenção. — Com fome?  — Doces!  —Claro, campeão — disse Clayton.  —Não. — Dresden balançou a cabeça. — O que há com vocês e dar doces às crianças?  Harland deu a Clayton um rápido olhar e compreensão passou entre eles. Harland não tinha contado a Dresden que ele era um shifter urso. E uma vez que os quatro homens que possuíam o Triple-B eram shifters urso, havia


muitas guloseimas em casa. Nenhum deles sabia cozinhar o que valesse uma lambida, mas sempre tinha algo doce na mão. Essa era a queda de um urso. Harland não podia deixar passar bolos, bolachas de mel, ou qualquer coisa que fizesse a sua dor de dente aparecer em delírio. Ursos eram ferozes, às vezes, especialmente quando protegiam aqueles que se preocupavam, mas se derretiam quando o cheiro de assados flutuava em seu caminho.  —Eu vou lhe mostrar o seu quarto. — Harland pegou as malas e levou Dresden e Markey para cima. A casa tinha vindo com a propriedade, e era grande o suficiente para algumas pessoas. Havia sete quartos ao todo. Harland tinha considerado transformar um deles em uma sala de ginástica, mas agora estava feliz que ele tinha esperado.  Ele abriu a porta e acenou para a cama de solteiro. —Vamos ver sobre a obtenção da própria cama para Markey amanhã.  Dresden se virou para ele, surpreendendo Harland por beijá-lo na bochecha. O cheiro de biscoitos e morangos de mel doce encheu seus pulmões quando Dresden se inclinou para trás. — Muito obrigado... por tudo isso. Eu prometo pagá-lo de volta. Harland sentiu o aquecimento em suas bochechas. Ele colocou a bagagem de lado e, em seguida, olhou em volta, nervosamente. Flertando com um cara tinha sido fácil o suficiente para ele. Mas isso era mais do que flertar. Harland tinha acabado de selar seu destino. Por alguma estranha razão, ele sabia que Dresden era dele.  Sua mãe lhe dissera que seu urso saberia quando ele encontrasse seu companheiro. Harland ainda não tinha certeza, mas seu urso estava satisfeito como o pensamento de que Dresden estava ali. — Não se preocupe. Vou levá-lo para a cidade amanhã e você olha ao redor do bar.


— E o meu filho? — Dresden perguntou quando esfregou uma mão sobre o braço dele. — O que vou fazer com ele, enquanto eu trabalho?  —Há três homens aqui que podem ajudar.  Dresden franziu os lábios. — E eles o encheriam de doces o tempo todo.  Ele podia ouvir a preocupação na voz de Dresden. Harland suspirou. —Tudo bem, eu vou chamar minha mãe e dizer a ela que eu preciso dela aqui. Ela vai estar feliz de ter um pequeno filhote para cuidar.  —Filhote?  Harland percebeu seu erro tarde demais. — Isso é o que ela chama os pequeninos — ele disse rapidamente, cobrindo o deslizamento. —Só descanse um pouco hoje à noite.  —Ok —. Dresden colocando Markey sobre a cama antes de voltar a Harland, dando-lhe um abraço apertado. —Mais uma vez, muito obrigado.  Harland resistiu ao contato do homem. Ele não tinha ideia do quão bom iria sentir ter Dresden em seus braços. Quando Markey ficou lá apenas olhando para eles, Harland pigarreou.  — Oh —. Dresden riu. — Desculpe. Eu não tive a intenção de entrar em seu espaço pessoal.  O homem poderia subir em todo o espaço pessoal de Harland. Ele definitivamente planejava invadir o de Dresden. Após lhes desejar uma boa noite, Harland fechou a porta do quarto e se encostou na parede, deixando escapar um longo suspiro.


Capítulo Quatro

Dresden acordou com seu filho cutucando-o no olho. Ele virou-se, tentando voltar a dormir até que se lembrou de onde estava. Harland. Ele poderia estar enganado ou mesmo sonhando, mas Dresden não estava dormindo no sofá desconfortável e não estava quente como o inferno. A cama era celestial e macia e, o quarto era agradável e fresco. Enquanto ele estava lá, Dresden pensou nos acontecimentos da noite passada. Teria Harland realmente vindo para resgatá-lo? Quase parecia irreal. Ninguém nunca tinha feito nada tão ousado para ele antes. Dresden sabia que isso era real, quando ele não ouviu Stork em torno, batendo panelas e frigideiras como seu tio fazia todas as manhãs, queixando-se de ter mais bocas para alimentar. —Levanta. — disse Markey quando cutucou Dresden novamente. — Levanta. —Ok, eu vou me levantar, amigo. — Ele bocejou e se espreguiçou, sorrindo quando seu filho o imitou. O delicioso cheiro de comida se arrastou para o quarto e o estômago de Dresden rosnou. Ele sabia que seu filho devia estar faminto. Jogando as cobertas de lado, Dresden agarrou Markey e começou a fazer cócegas no bebê. Gritos de riso encheram o quarto antes que ele finalmente parasse. Ele sabia que Markey não entendia completamente o que ele estava dizendo, mas Dresden sentiu a necessidade de dizer a ele de qualquer maneira. —Você sabe que o papai está fazendo tudo que pode para mantê-lo seguro e feliz, certo?


Sua garganta se contraiu quando Markey segurou o rosto de Dresden e o beijou na bochecha. A criança sorriu antes de bater no queixo de Dresden. — Eu com fome. Dresden pegou seu filho e levou-o para baixo. Ele parou no último degrau, quando ouviu um barulho vindo do cômodo à sua direita. Vozes profundas estavam tentando falar todas de uma vez, os pratos ressoavam juntos, e risada alta flutuava por seu caminho. Ele poderia ter ido de volta para cima, se não fosse por esse maravilhoso aroma. —Você deve ser Dresden. Uma mulher de quarenta anos, talvez, entrou na sala de estar, dando um sorriso caloroso a Dresden. — E este deve ser Markey. Dresden não tinha certeza do que dizer. Ele não tinha ideia de quem ela era. Mas Markey sorriu e se mexeu nos braços de Dresden. Antes que ele soubesse o que estava acontecendo, ela arrancou a criança dos braços de Dresden e foi embora. Ele a seguiu, entrando na cozinha, onde quatro grandes homens estavam sentados, tomando café da manhã. Os olhos de Dresden pousaram em Harland que estava sentado na extremidade. A cozinha era pitoresca, decorada com um padrão de amarelos e brancos. O lugar tinha cortinas com tema de maçã e frascos no balcão. A mesa era de madeira, grande, e a comida espalhada era convidativa. — Sente-se. — Harland deu um tapinha na cadeira vazia ao lado dele. Para a surpresa de Dresden, a mulher deslizou Markey em uma cadeira alta. Ele não ia dizer a ela que seu filho era muito velho para a coisa. Dresden não queria que ela pensasse que ele não apreciava toda a ajuda que Harland lhe dera. Ele não tinha certeza de onde a maldita coisa veio, mas parecia nova, como se tivesse sido comprada apenas para Markey. —Esta é minha mãe. — disse Harland quando acenou para a mulher


que tinha tomado Markey dele. Ela era baixa, com brilhantes olhos azulesverdeados. Seu cabelo era escuro e se caia ao redor de seus magros ombros. O sorriso que ela lhe deu fez Dresden sentir saudades de sua própria mãe e do jeito que ela sempre tinha a sua casa cheirando a algo que estava assando. Seu peito se apertou com o pensamento de sua mãe. Ela havia morrido há alguns anos atrás de câncer de mama, sem nunca ter a chance de conhecer Markey. Dresden nunca conheceu seu pai. Por um tempo ao crescer, isso o havia incomodado. Mas depois de ter uma mãe que o tinha levado com carinho, Dresden não sentiu falta de um homem que nunca esteve lá para começar. —Olá. — disse Dresden se perguntando do que ele deveria chama-la. Harland não forneceu um nome. Um prato foi estabelecido em frente a ele e, em seguida, cheio de panquecas douradas e salsichas. Dresden ergueu a mão quando Harland tentou colocar uma grande porção de ovos em seu prato. Quem comia tanto assim? Ele teria sorte se comesse um quarto disso. — Obrigado. — E esses homens não são nada além de problemas. — Harland apontou para os rapazes sentados em volta da mesa. — Você pode beijar minha... — Antes que o homem à esquerda pudesse terminar o que estava dizendo, a mãe de Harland bateu-lhe na parte de trás da cabeça com a mão delicada. — Cuidado com a língua, Clayton. Há um filhote na sala. — Ela jogou o pano de prato sobre seu ombro antes de despentear o fino cabelo de Markey. — Não me faça chamar a sua mãe. A ameaça funcionou. Clayton abaixou a cabeça, colocou uma colher de comida em sua boca e olhou para a mãe de Harland como se ele fosse um


santo. Dresden sorriu. Ele já gostava da mulher. Ela era baixa, mas ele tinha a sensação de que todos os quatro homens a temiam. — Não se esqueça de que o Sr. Williams estará enviando o pagamento hoje por Crescent Moon. — um dos homens que Dresden se lembrava da lanchonete disse. Ele não tinha certeza do nome do cara, mas seus olhos cinzentos eram impressionantes. —Precisamos obter o cavalo pronto para o transporte. —Eu tenho que ir para a cidade. — disse Harland enquanto absorvia sua calda restante com um biscoito, comendo a coisa toda. Dresden apenas se sentou e assistiu. O maior cara na mesa estava enchendo o prato novamente. — Preciso arranjar as coisas para Dresden ter um emprego no bar. — concluiu Harland. —Eu fiz uma lista de compras. — disse a mãe de Harland. — Vocês, rapazes, deveriam contratar um cozinheiro. Os armários estão lamentáveis. — Eu sei cozinhar. — Dresden ofereceu automaticamente, sentindo suas bochechas aquecerem enquanto mordia seus lábios. Ele arrastou seu alimento em torno do prato, chutando-se mentalmente por se intrometer em sua conversa. Ele queria afundar debaixo da mesa quando todos os olhos se voltaram para ele. — Você sabe? — perguntou Clayton. — Você sabe? — Harland repetiu o amigo. Dresden deu de ombros, tentando fazer com que sua explosão parece-se sem importância. —Sim. — Esse é um bom partido. — disse Clayton para Harland. — Boa aparência e tem prática na cozinha. — Mesmo assim. — disse a mãe de Harland. — Eu acho que vou ficar por aqui um tempo e ajudar com Markey. A forma como a mulher estava olhando para o filho de Dresden era


um pouco estranha. Era como se ela já houvesse reclamado Markey como dela. Havia algo perto de orgulho em seus olhos azul-esverdeados quando olhava para Markey. — Huh. — Harland coçou o queixo. —Eu vou deixar você decidir, Dresden. Você quer ser barman ou cozinheiro? A mão de Clayton atirou para o ar. — Eu voto em cozinheiro. Apesar de gostar do Café Faisão, estou cansado de comer fora todas as noites. Dresden sorrateiramente deu um olhar para a mãe de Harland, esperando por ela protestar. Mas ela não disse uma palavra enquanto se sentava e fazia um prato de comida. —Eu vou pensar sobre isso. — disse ele. Dresden não queria trabalhar em um bar. Ele pegaria o trabalho se fosse preciso. Dinheiro era dinheiro. Mas preferia ficar em casa, onde podia gastar o máximo de tempo possível com seu filho. Trabalhando para Stork, Dresden não tinha muito tempo com seu filho depois do trabalho. Ele odiava deixar Charlene — vizinha de Stork — cuidando de Markey. Dresden era super protetor com a criança e Charlene era um pouco escandalosa em sua opinião. Mas ele não tinha uma escolha no momento. Agora Harland estava lhe dando uma. —Ei, Jed. — disse Harland, e agora Dresden sabia o nome do homem de olhos cinzentos. —Pelo que me disse Dresden, os negócios de Stork vão estar à venda. Dresden atirou a Harland um olhar preocupado, mas Harland encolheu os ombros. — Se Stork não tivesse feito o que ele fez, eu não saltaria sobre o infortúnio de outro homem. — O que ele fez? — perguntou Jed com os olhos cintilando em Dresden.


Dresden havia esquecido completamente que foi esmurrado no olho. Estava, provavelmente, preto e azul agora. Ele fechou os dedos em torno de seu guardanapo, lutando contra a vontade de correr e esconder sua vergonha. — Falaremos sobre isso mais tarde. — disse Harland enquanto descansava o braço sobre o encosto da cadeira de Dresden. Ele não sabia por que, mas Dresden sentia como se Harland tivesse acabado de demonstrar sua reivindicação. O que realmente deixou Dresden perplexo foi o fato de que ninguém tinha dito uma palavra sobre Harland trazer estranhos para casa ontem à noite. Eles estavam todos agindo como se isso fosse algo normal. Ninguém o tinha questionado sobre seu olho ou por que ele e seu filho estavam agora aqui. Além disso, ninguém piscou um olho pela forma como Harland estava inclinado perto de Dresden. Eles não pareciam se importar se seu amigo estivesse dando em cima de um rapaz. Nem mesmo a mãe da Harland protestou. —Eu quero entrar nessa. — disse o maior homem na mesa. —Eu não sei Bryson. — disse Harland. — Jed é quem sabe como trabalhar com carros. Você não sabe a diferença entre um escapamento e um volante. Bryson bufou. — Nem você. Dresden gostava das brincadeiras bem-humoradas entre os homens. Ele podia dizer que eles estavam confortáveis em torno de si. Isso só o fez perceber que, exceto por Markey, ele não tinha ninguém no mundo. Harland estava largado em sua cadeira, conversando com os homens à mesa. Não passou despercebido a Dresden que o braço de Harland escorregou na parte de trás de sua cadeira para descansar na coxa de Dresden. O homem parecia tão à vontade, enquanto Dresden ficou lá com o coração batendo a mil por segundo. Ele não esperava que fosse gostar de


sentir Harland tão perto. Dresden não esperava nada disso. A conversa acabou e os homens começaram a limpar a mesa. Quando Harland saiu da sala, Dresden o seguiu, puxando o homem para uma parada. —Eu não entendo você. — O que há para entender? Dresden acenou com a mão ao redor. — Tudo isso. Você vem como um cavaleiro de armadura brilhante e resgata meu filho e eu. Você nos dá um lugar para ficar, sem querer nada em troca. E agora você está me oferecendo um emprego. Sinto que vou acordar a qualquer minuto e descobrir que isso tudo foi um sonho. —Não é um sonho. — Harland segurou o rosto de Dresden com uma mão. O calor da mão do homem fez Dresden se sentir estranho. Suas entranhas apertaram e ele sentiu como se milhares de borboletas batessem as asas dentro de sua barriga. Sua garganta ficou seca e Dresden teve um súbito desejo de beijar o homem. —Eu nunca conheci ninguém que fosse tão bom. Dresden não podia se mover quando Harland se inclinou para ele, os lábios se tocando. O beijo foi suave, doce, e deixou Dresden com fome por mais. Ele choramingou quando tentou levar o beijo mais profundo, mas Harland puxou de volta. —Eu só quero você e Markey seguros. — O polegar calejado de Harland roçou a bochecha de Dresden. —Isso é tudo. Mas Dresden desejava mais. Ele olhou para os ricos olhos azuis de Harland, sentindo-se como se estivesse se afogando no homem. Ele teve seu quinhão de namoro e sexo, mas havia algo diferente sobre Harland. Ele não conseguia colocar o dedo sobre isso. Quando o homem estava próximo, Dresden se sentia completo.


—Eu vou até a cidade por um tempo. — disse Harland enquanto sua mão caiu. — Deixe-me saber que trabalho que você quer quando eu voltar. Dresden olhou por cima do ombro. —Eu quero o trabalho de cozinheiro, mas eu não queria ofender sua mãe. O riso encheu a sala. O sorriso de Harland era contagiante. Dresden sorriu. — Minha mãe não vai se importar se você quiser cozinhar. Isso vai dar-lhe mais tempo com o filhote. —Sério? Harland assentiu. Dresden estendeu a mão. —Então, eu gostaria de ser o seu novo cozinheiro. — É isso ai! — Clayton gritou de algum lugar lá em cima. Dresden riu, sentindo-se como se o seu futuro estivesse começando a parecer um pouco mais brilhante.

Havia se passado uma semana desde que Dresden e Markey vieram ficar no rancho. O garoto tinha todos em volta do seu dedo mindinho e Dresden estava começando a se envolver em torno do coração de Harland. —Pronto para aprender a montar? — Harland perguntou a Markey quando os dois saíram pela porta dos fundos e se dirigiram para o estábulo. —Você acha que ele pode fazer isso? — Dresden perguntou logo


atrás de Harland. —Ele é tão pequeno e os cavalos são tão grandes. Harland riu. —Eu não vou dar-lhe o seu próprio cavalo. Ele pode andar comigo enquanto você anda próximo a mim. Dresden parou de andar enquanto ele olhava de Harland para o estábulo. Não havia dúvida de que o menino da cidade nunca tinha montado em um cavalo um só dia em sua vida. Harland gostou da ideia de que ele estava prestes a mostrar a Dresden — e Markey — as coisas mais simples da vida, como andar a cavalo. — Medo? — Harland brincou. Durante a semana passada ele tinha chegado a conhecer Dresden melhor. O homem era divertido para se estar ao redor, ria muito, e tinha um sentido de humor espirituoso. — Dificilmente. — Dresden respondeu, apesar de Harland poder ver os empurrões nervosos nas mãos do cara. — O que você me daria se eu montasse como um profissional? Harland rapidamente fechou a tampa sobre os pensamentos sujos que entrou em sua mente. Se não o fizesse, eles não chegariam nem perto do estábulo com essa pergunta capciosa. Ele piscou para Dresden. — Umas palmadas. As palavras escaparam antes que pudesse pegá-los. Parecia que aqueles pensamentos impertinentes estavam determinados a vir para a superfície. A

mandíbula

de

Markey

caiu

quando

seus

olhos

verdes

se

arredondaram, enchendo de lágrimas. —Não machuca meu pai. Harland lamentou instantaneamente o que tinha dito. Ele pegou o filhote e deu um tapinha em suas costas. —Eu só estava brincando, amigo. Eu nunca machucaria seu pai. Markey não parecia convencido. Seus olhos brilharam entre Harland e Dresden. Dresden estendeu a mão e agarrou Markey de Harland. —Ele só


estava brincando. — ele disse enquanto deslizava mão sobre a cabeça de seu filho. — Você gosta daqui? —Sim. — respondeu Markey antes de colocar sua cabeça no ombro de Dresden e deslizar seus pequenos braços em volta do pescoço de Dresden. —Sinto muito. — disse Harland. Sentia-se como estrume de vaca por perturbar o filhote. — Eu não penso antes de falar. — Ele vai ficar bem. É só que... — Dresden olhou para o chão, quando colocou os braços firmemente sobre o dorso de Markey. — Ele só tem dois anos e viu coisas que uma criança não deveria ver. —Quanto? Dresden balançou a cabeça. —Eu prefiro não falar sobre isso agora, não com Markey aqui. Harland assentiu. Ele ainda se sentia inferior à sujeira. Clayton saiu pela porta dos fundos, sorrindo quando os viu. —Ah, olhe para a família amorosa. Você me faz tão ciumento, Harland. Harland fez questão de que Markey não podia vê-lo antes de sacudir o homem. — Vai ver se estou na esquina. —Eu prefiro brincar com o meu amigo. — Clayton pegou Markey do braço de Dresden, jogando o filhote no ar quando Markey gritou. Harland riu. — Não tão alto! — As mãos de Dresden dispararam como se ele pudesse pegar o filho a poucos metros de distância. —Você está pronto para esse passeio? — perguntou Harland e depois sorriu quando Dresden corou. Ele não era o único com uma mente suja. — Eu quero ir. — disse Clayton quando ele agarrou Markey no ar. — Ou isso é uma coisa de família? — Você pode vir. — disse Dresden um pouco rápido demais antes de correr em direção ao estábulo. — Tímido? — Clayton perguntou quando enfiou Markey debaixo do


braço. — Parece ser. — Harland pegou a criança. Markey não parecia incomodado com ele por mais tempo. Ele sorriu para Harland antes de Harland colocar o filhote em seus ombros e, em seguida, correr para o estábulo, ouvindo Markey gritar para ele ir mais rápido. — Você deve ter cuidado com ele! — Sua mãe gritou da varanda dos fundos. — Um arranhão no meu neto e eu vou arrancar sua pele. Harland chegou a um ponto insuportável olhando para sua mãe. Ele ainda não tinha contado a Dresden que eles podiam ser companheiros, e aqui estava sua mãe gritando para o mundo. Ela encolheu os ombros antes de se sentar em uma das cadeiras. —É melhor dizer a Dresden antes que ela faça. — disse Clayton. Harland puxou Markey de seus ombros e colocou o menino para baixo. — Vigie-o enquanto apronto alguns cavalos. — Com prazer. — Clayton perseguiu Markey em torno do estábulo enquanto Harland puxava Daisy Mae de sua baia. Dresden não teria nenhum problema a montando. Bryson entrou de olho em todos eles antes de descansar o braço na baia perto de Harland. —Montando? Harland revirou os olhos. —Por que você não vai chamar Jed e todo mundo pode ir junto? Bryson assentiu antes de se apressar para fora do estábulo. Harland não estava falando sério. Ele só estava sendo sarcástico. Grande. Dresden simulou bater Harland em seu braço. —Não vai ser tão ruim que todo mundo passeie junto. Se o cara não queria ficar sozinho com Harland. Ele conseguiu isso. Harland daria a Dresden o tempo que ele precisasse para se tornar mais


relaxado em torno dele. Isso só os ajudaria a se conhecer melhor antes que pulassem na mesma cama juntos. Mas, caramba, ele queria que este fosse o seu pequeno passeio, não de todo o maldito rancho. Dresden inclinou-se na ponta dos pés e beijou a bochecha de Harland. —Nós vamos ter tempo de sobra para fazer um passeio por nós mesmos. Com essa promessa, Harland sorriu e preparou os cavalos.

Capítulo Cinco Dresden subiu as escadas, cansado de ajudar mãe na cozinha durante todo o dia. Sim, ela insistiu que ele a chamasse assim. Markey já estava dormindo no andar de baixo, embalado entre mãe e Bryson. Ela insistiu para que ele fosse lá para cima e descansa-se um pouco e ela traria o bebê mais tarde. Não importava o quanto Dresden protestou nas duas últimas semanas que Markey não era mais um bebê, ela continuava a se referir a ele como tal. Ou isso, ou ela chamava Markey de filhote. Dresden tinha finalmente desistido. Algumas coisas simplesmente não valiam a batalha. Quando Dresden passou em frente à porta do quarto de Harland, ele percebeu que não estava totalmente fechada. Ele não tinha a intenção de olhar, mas um flash de pele lhe chamou a atenção. Dresden parou em seu caminho quando percebeu que Harland estava totalmente nu, aparentemente molhado do chuveiro. Ele desviou os olhos, mas eles o traíram e desviaram de volta para as montanhas de músculos que foram revelados a ele. Dresden realmente deveria se manter em movimento.


Ele deveria. Mas seus pés não se moveram. Ele estava hipnotizado com o que estava olhando. O traseiro de Harland era bem esculpido, a bunda do homem era deslumbrante. Ele nunca tinha visto tantos músculos bem definidos em sua vida. Era como se um artista tivesse esculpido Harland em uma obra-prima. E então o homem se virou. Seus olhos se encontraram. Dresden esqueceu como respirar enquanto ele olhava para os intensos olhos azuis. Seu corpo veio de imediato para a vida, sua pele zumbindo, seu pênis engrossando. Ele estava olhando para a pura perfeição pela fresta da porta. Harland levantou a mão e entortou seu dedo. A expressão lasciva em seu rosto tinha o coração de Dresden martelando em seu peito. E se ele tivesse caído no sono lá embaixo? Isto era um sonho, uma fantasia, uma alucinação provocada por semanas de frustração sexual reprimida? Estar em torno de Harland era como ser consumido. A maioria dos dias Dresden achava difícil respirar. Uma escovada de mão, um simples beijo, um sorriso suave que era dado a ele uma e outra vez por este bonito cowboy. No entanto, Harland nunca tinha tomado qualquer coisa mais. Apesar de Dresden estivesse morrendo para que o cara o toca-se. — Venha aqui. — disse Harland enquanto continuava parado no meio do quarto. Dresden sentiu como se estivesse andando em areia movediça. Seus pés eram pesados e não queriam funcionar corretamente quando ele deu um passo, e depois outro. Logo ele estava andando pela porta. — Feche a porta atrás de você. Oh, cara. Isso tinha que ser um sonho. A voz de Harland era áspera, crua e profunda. Havia apenas aquele tom de uísque que estava fazendo o pau


de Dresden duro. Os nervos de Dresden se sentiam crus quando ele não só fechou a porta, mas virou a fechadura. Isso era o que ele queria, pelo que tinha ansiado desde que se mudou. Dresden não iria negar ao homem nada. A atração entre eles era forte e estava ficando cada vez mais forte à medida que o tempo passava. Estava a um ponto onde Dresden estava pronto para implorar ao cowboy para transar com ele. — Você tem um cheiro tão bom. — Harland enganchou uma mão por trás do pescoço de Dresden e o puxou para mais perto. Quando seus lábios colidiram, ele sentiu o pênis de Harland engrossar entre eles. Dresden inclinou a cabeça, sugando o perfume masculino de Harland. Ele normalmente brincou com os homens mais perto de seu próprio tamanho e construção. Dresden nunca havia se interessado por alguém do tamanho de Harland antes. Mas, por alguma estranha razão, o cowboy puxou cada gatilho que Dresden possuía e alguns que ainda não tinha conhecimento. Quando Dresden puxou de volta para trás para respirar, ele suspirou. Os olhos normalmente azuis de Harland estavam âmbar, dourado, animalesco. Ele nunca tinha visto ninguém com olhos como esses antes. —O que é isso? — Tesão. — disse Harland. Ele tentou puxar Dresden perto de novo, mas o coração de Dresden estava batendo duro, e pela primeira vez desde que conheceu o vaqueiro, ele estava com medo. Teria Dresden julgado mal Harland? E se ele tivesse saltado da frigideira quente para o fogo? O que ele realmente sabia sobre Harland? Não o suficiente para colocar a sua total confiança no homem. —Diga-me o que está acontecendo, Harland. A pausa em sua voz era perceptível. O ar no quarto tornou-se pesado, tornando-se difícil para Dresden respirar. Harland se aproximou. Dresden recuou.


Deus, eu estou com medo do homem, mas eu também estou excitado por sua nudez. O que diabos há de errado comigo? —Não corra Dresden. — Harland o avisou. — Só para você saber, isso é um estímulo para mim. Dresden balançou a cabeça. —Que tipo de jogo doentio você está jogando? — Oh, Deus, e ele levou seu filho para a casa deste louco. Ele precisava tirar Markey daqui. Dresden virou, correndo em direção à porta. Um rosnado baixo encheu o quarto antes que ele fosse tirado de seus pés. —Por favor, só não machuque o meu filho. — Dresden lutou para se libertar, mas Harland era muito malditamente mais forte. —Eu vou fazer o que você quiser, desde que o meu filho esteja seguro. — Você entendeu tudo errado. — Harland aninhou em seu pescoço. Mesmo tão apavorado quanto Dresden estava, ele gemeu. Foda-se. Eu realmente sou doente e torcido por gostar disso. —O que você quer dizer? —Bebê, eu não vou te machucar. — Harland sussurrou no ouvido de Dresden. —Eu nunca iria machucá-lo. Dresden não acreditava no rapaz. Havia algo estranho em Harland. Não era apenas a nova cor âmbar estranha dos olhos do homem, mas o ar ao seu redor. O cowboy... Dresden não poderia colocar o dedo sobre isso, mas Harland estava definitivamente diferente. Sua cabeça caiu para trás no ombro de Harland quando sentiu o pau grosso do homem pressionando contra sua bunda. Dresden queria tirar a calça longe e deixar o cara transar com ele. O desejo era tão forte que Dresden teve que enrolar os dedos para se impedir de desabotoar a calça jeans. Ele não protestou, estava com muito medo para protestar, quando Harland inclinou Dresden sobre a cama, pressionando um pouco do seu peso nas costas de Dresden. Ele tinha certeza de que o vaqueiro ia rasgar sua calça


jeans fora e fazer o que ele quisesse com Dresden. Mas Harland apenas ficou ali em cima dele. Ele podia ouvir a respiração pesada do homem e sentir a contratação e expansão no seu peito, mas ele não fez nenhum movimento. — Harland? —Eu estou tentando, Dresden. — A voz de Harland era áspera, crua, como se o homem estivesse lutando contra algo internamente. —Eu preciso te dizer, mas... — Harland balançou a cabeça e, em seguida, enterrou o rosto no ombro de Dresden. — Foda-se. — Diga-me. — disse Dresden. Ele estava esperando como o inferno que tudo o que Harland tinha a dizer explica-se este comportamento estranho e a mudança na cor dos olhos. Talvez não fosse tão ruim. Dresden só poderia estar cavando muito profundamente nisso. —Eu sou um shifter urso. Não, ele não estava cavando muito profundamente nisso. Se qualquer coisa, Dresden havia dado muito crédito a Harland quando se tratava de sanidade. Ele deveria saber que o cara era bom demais para ser verdade. —Tudo bem. Provavelmente seria melhor se ele não irritasse o homem louco. Indo junto com os delírios do vaqueiro era provavelmente a melhor coisa que poderia fazer no momento. —Estou falando sério. —Eu acredito em você. — disse Dresden. Ele tinha que descobrir uma maneira de sair dessa. Se ele jogasse junto com Harland, talvez ele pudesse chegar ao seu filho e, em seguida, ele poderia correr tão rápido e tão longe quanto possível. Bear County parecia estar cheio de psicopatas. — Você não acredita em mim, não é? — Harland moveu seus quadris


e Dresden respirou. Maldição, o homem era bem dotado. —Claro que eu faço. Harland resmungou. — Não, você não faz. Dresden se preparou para convencer o homem de que ele acreditava nele, mesmo que ele pensasse que o cowboy estava fora de si, quando garras deslizaram das unhas de Harland. Sua respiração tornou-se superficial. Seu coração estava batendo em seu peito. Dresden estava à beira de desmaiar. Ele tinha ouvido sussurros sobre shifters, mas ele pensou que eram fofocas — nada real, apenas um monte de mentiras. Isso não podia ser verdade. As pessoas não podiam se transformar em animais. Isso era absolutamente absurdo. Quero dizer, se pudessem, não teriam as pessoas conhecimento disso? Será que nós, humanos, não as descobriríamos a muito tempo? — Meu filho. — Está seguro. — disse Harland. —Esta o mais seguro que ele já esteve em toda sua vida. Você já esteve aqui por duas semanas. Aconteceu alguma coisa com você ou ele? Por uma questão de fato, Dresden nunca tinha ouvido Markey rir tanto. Seu filho usava um sorriso perpétuo no rosto. Não era nada parecido como quando viviam com Stork. Mesmo a saúde de seu filho tinha melhorado bastante. — E eu? — Você me deixa louco. — As unhas de Harland retrocederam. — É como se eu não pudesse ficar mais de dois metros de distância de você sem sentir que estou perdendo minha mente. Era a mesma coisa com Dresden. Foi por isso que ele estava aqui


neste quarto com um homem nu. Havia essa estranha compulsão dentro dele para estar perto de Harland — uma necessidade quase insondável. — O que significa isso? —Eu ainda estou tentando descobrir isso. — Harland confessou. — Meus amigos pensam que você é meu companheiro. Meu urso acha que você é meu companheiro. Inferno, até mesmo minha mãe afirma que é um fato. Não precisava ser um gênio para descobrir que a declaração significava. Dresden lambeu os lábios secos, tentando mudar o seu peso sob o cowboy. —Como é que você descobre? Será que Dresden realmente queria saber? Ele tinha visto por si mesmo uma prova de que Harland estava dizendo a verdade. Será que ele queria mergulhar mais fundo nesta vida estranha? Ele não sabia nada sobre shifters. O que se descobrisse que eles eram companheiros? Dresden duvidou seriamente que esses homens acreditassem em divórcio. — Agora, veja. — Harland começou. —Essa é a parte complicada. —Complicada? Mas Harland não lhe respondeu. O cowboy começou a mordiscar o seu caminho sobre a nuca de Dresden, enquanto suas mãos deslizavam para baixo nos lados de Dresden. Ele estava tentando muito duro se agarrar a conversa. Para descobrir o que era tão complicado... Sobre o que eles estavam falando? Dresden não conseguia lembrar, não quando o corpo duro, musculoso de Harland estava prendendo-o para baixo. Não quando o pênis de Harland estava pressionando a bunda de Dresden. Não... Não havia quaisquer pensamentos. Apaguem as luzes. Fechem a loja. Vou pensar sobre o que Harland estava dizendo... Amanhã. Ele entraria em pânico quando suas células cerebrais começassem a trabalhar novamente, mas por agora, não havia nada além das sensações.


Puras quentes... balance–meu–mundo, por-favor–me-foda–agora... sensações. Dresden tentou subir mais alto no colchão macio, mas Harland não o estava deixando ir a qualquer lugar. —Eu disse a você. Correr me excita. — Harland enfiou as mãos debaixo da camisa de Dresden e depois beliscou seus mamilos. Dresden contraiu contra o colchão, seu pau duro enquanto ele tentava encontrar algum tipo de atrito. —Eu... Eu não estava fugindo. — Dresden inclinou a cabeça para o lado enquanto os lábios de Harland exploravam. — Isso é muito ruim. — As mãos de Harland deslizaram mais a baixo até que elas estavam no cós da calça jeans de Dresden. Dresden respirou fundo quando Harland as abriu em um piscar de olhos, deslizou o zíper para baixo, e brincou com a pele logo acima da cabeça do pênis de Dresden. — Porque agora eu não vou ter que amarrá-lo. O fôlego foi expulso dos pulmões de Dresden. Harland recostou-se apenas o suficiente para tirar a calça jeans de Dresden. Foi tão rápido que Dresden não teve a chance de piscar. Em seguida, veio à camisa. Dresden ajudou Harland tirar isso. Duas mãos fortes começaram a massagear sua bunda. Dresden pressionou a testa contra o colchão, balançando para frente e para trás enquanto os dedos de Harland deslizavam para cima e para baixo no vinco de sua bunda. —Eu aposto que você ficaria muito bonito todo amarrado. Dresden não tinha uma resposta para isso. Ele nunca tinha sido amarrado antes. Ele nunca tinha pensado em ser amarrado. Mas Harland fez parecer tão sexy, tão sensual que ele quase implorou ao homem para encontrar uma corda. A ponta do dedo de Harland pressionou contra a entrada de Dresden. —Eu aposto que você ficaria ainda melhor com um plugue na sua


bunda. Harland puxou sua mão. Segundos depois ele retornou com um dedo lubrificado e o violou. Dresden se sentiu fora de sua profundidade. O mais bizarro que ele já fez foi gozar com as luzes acesas durante o sexo. Ele não era um tipo muito imaginativo no quarto. Ele tinha a sensação de que isso estava prestes a mudar. Um monte de coisas estava prestes a mudar. — Gostaria disso Dresden? Gostaria de um grande e grosso plugue em sua bunda? Os dedos de Dresden se enrolaram nos lençóis. Ele cerrou os dentes, os olhos rolando. —Eu... eu não sei. Harland começou a se mover para trás. Dresden queria olhar por cima do ombro para ver o que o homem estava fazendo, mas não se atreveu. Ele estava ao mesmo tempo assustado e excitado em medidas iguais. Algo que parecia de aço deslizou sobre seu pênis até chegar à base. Houve uma pressão em seu períneo, em seguida, Dresden estremeceu quando algo pressionou em seu ânus. Era grande. Definitivamente largo. A bunda de Dresden foi esticada quase ao ponto da dor. Seja o que for que Harland tinha colocado nele era um dispositivo longo, que se estendia a partir da base do seu pênis até sua entrada. O meio pressionava contra seu períneo, dando um acréscimo de prazer a Dresden. Harland mexeu o que quer que fosse e Dresden quase gozou na hora. —Eu

sabia

que

você

ia

gostar

disso.

Harland

raspou

delicadamente suas unhas na espinha de Dresden, tirando de Dresden um gemido. Ele foi retirado da cama e colocado de joelhos. — Ponha as mãos atrás das costas, doçura. O objeto mudou, pressionando sobre a próstata de Dresden. Seu


pênis se sacudiu quando ele pôs as mãos atrás das costas. Harland circulou em torno dele e, em seguida, parou na frente de Dresden. Sua mão carnuda estava segurando seu próprio pênis na base, a ponta vazando, fazendo a boca de Dresden salivar. Sem ser dito, Dresden abriu a boca tomando a ponta e lambendo o pré-gozo. Assim que a essência de Harland tocou sua língua, algo dentro de Dresden estalou, dobrou, torceu, e se desfez. Foi à sensação mais estranha e maravilhosa do mundo. Era quase como se estivessem ligados em um nível mais profundo. Dresden não conseguia explicar a sensação, mas ele nunca se sentiu mais perto de alguém em sua vida. Harland rosnou e o som era puro animal. — Você sabe como eu iria descobrir se você é meu companheiro? — Os dedos de Harland roçaram o queixo de Dresden. Dresden balançou a cabeça enquanto ele chupava Harland mais profundamente. —Eu iria te foder, Dresden. — Os dedos de Harland acariciaram a garganta de Dresden. — E então você iria engravidar. Dresden vacilou, sua mandíbula abrindo mais quando o pau de Harland escorregou por entre seus lábios. —Repete de novo? Os dedos de Harland deslizaram pelo cabelo de Dresden antes do homem agarrar os fios. —Eu não lhe disse para parar de me chupar. — Mas você acabou de dizer engravidar. — Eu disse. —Isso é impossível. —Chupe-me, Dresden. — A ponta do pênis de Harland tocou os lábios de Dresden. — Leve-me em sua boca. Dresden começou a dizer ao homem para se foder, que ele era louco. Mas essa conexão até no fundo dos ossos foi ficando mais forte. Se ele


não soubesse melhor, Dresden teria pensado que o homem o havia drogado. Mas Harland não tinha. Este sentimento estranho vinha crescendo dentro de Dresden desde que pós os olhos pela primeira vez em Harland na oficina. Ele a tinha descartado na época. Mas não havia como descartá-la agora.

Capítulo Seis Harland estava tentando o seu melhor para não assustar Dresden. Essa era à última coisa que ele queria. Mas Dresden precisava saber a verdade sobre o que poderia acontecer se eles fizessem sexo. Ele já podia sentir o vínculo crescendo entre eles. Era como nada que já houvesse experimentado antes. Dresden abriu sua boca e chupou o pau de Harland como a porra de um profissional. Harland estava tendo um momento difícil para ficar em linha reta sobre seus pés. Seus joelhos estavam fracos. Ele sempre teve um lado bizarro, e Dresden parecia ser o tipo de pessoa que poderia satisfazer todas as fantasias de Harland. Mas ele também queria ter certeza de que Dresden teria todas as suas fantasias realizadas. Sendo sua primeira vez juntos, Harland não iria amarrar o homem, embora o desejo fosse forte. Em vez disso, ele levantou Dresden fora de seus joelhos e o colocou na cama, em suas mãos e joelhos, antes de puxar o plugue da bunda de Dresden. Harland lubrificou seu pênis e apertou a cabeça contra a entrada molhada de Dresden. — Você entende o que eu te disse? —Claro que não. — admitiu Dresden. — Os homens não podem engravidar.


— Você está disposto a apostar nisso? Dresden hesitou. Harland se sentia como se estivesse aponto de derreter. Ele estava tão excitado que estava quase pronto para se masturbar. Mas ele sabia que não seria satisfatório. Não quando havia uma bunda saliente na frente dele. Dresden jogou a cabeça para trás e mexeu seus quadris, tentando Harland de uma maneira que ele não seria capaz de resistir por muito mais tempo. —Só me foda. —Eu avisei. —Você fez, agora me foda. — Dresden pressionou sua bunda para trás e Harland não iria se negar ao homem. A cabeça de seu pênis passou o anel de músculos e Harland não parou até ter suas bolas profundamente enterradas na bunda apertada de Dresden. —Deus, sim. — Dresden gemeu. Harland agarrou os quadris do homem e começou a empurrar dentro e fora da bunda de Dresden. Seu urso grunhiu em aprovação. Harland gemeu de prazer. Nunca antes o sexo foi tão maravilhoso, tão espetacular. Era como ser acariciado de dentro para fora. Pura magia. Isso era o que ele sentia. Harland fechou os olhos, deixando a sensação do corpo de Dresden assumir, puxando-o para baixo. Seus músculos tensos, seu corpo estremecendo, e ainda assim Harland nunca quis que esse momento chegasse ao fim. Dresden arqueou as costas quando sua bunda se projetava para cima. Harland passou os dedos na parte inferior das costas do homem, espantado em sentir como se o conhecesse por toda a sua vida. Quanto mais fundo ele dirigia seu pênis, mais próximo o urso se aproximava da superfície. Seus caninos alongaram e Harland sentiu uma vontade súbita de morder o homem. Era uma loucura. Harland nunca havia


mordido ninguém em sua vida, pelo menos não durante o sexo. Em uma luta era outra questão. Mas ele não podia se conter. Inclinando-se

sobre

Dresden,

Harland

cravou

os

dentes

profundamente no ombro do homem, sentiu seus olhos mudarem para os do seu urso, sua pele estava apertada, sua mente girando com tantas emoções malditas. — Harland! — Dresden gritou quando seu buraco apertou o pau de Harland. Ele chegou sob o homem, acariciando o pênis de Dresden quando o sêmen dele derramou sobre sua mão. Mas Harland não parou. Não era possível parar. Ele manteve os dentes apertados no ombro de Dresden enquanto continuava a empurrar no homem. Era como se ele estivesse possuído. Harland bateu os olhos fechados enquanto puxava seus caninos livre. Seu corpo explodiu e ele rugiu com o seu orgasmo. Seu sêmen explodiu dentro de Dresden até Harland sentir-se desossado. Ele puxou seu pênis livre e, em seguida, passou os braços em torno de Dresden puxando o homem ao lado dele antes de abraça-lo apertado. Harland queria esfregar o seu cheiro por todo o humano. E assim ele fez. — O que você está fazendo? — Dresden riu quando tentava se afastar. — Marcando você. — Harland admitiu. —Eu quero que todos saibam que você é meu. —Eu sou? — Perguntou Dresden. Havia algo no tom do homem, uma hesitação, mas também um desejo. Harland enterrou seu rosto no cabelo loiro de Dresden e sorriu. — Se você me quiser. Dresden parecia em duvida. — E sobre a coisa toda do urso e


gravidez? —Eu não estava mentindo. — disse Harland. — Você não sente isso, Dresden, o vínculo? Dedos magros enrolaram em torno dos braços de Harland, que estavam embalados firmemente em torno de Dresden. O ser humano assentiu. —Eu sinto... Alguma coisa. — É mais do que alguma coisa. — Harland virou Dresden para que ele pudesse olhar para aqueles lindos olhos verdes. Ele esperava que seu filho tivesse não só os deslumbrantes olhos de Dresden, mas seu cabelo loiro também. — Diga-me se já se sentiu tão perto de outra pessoa. — Nunca. — respondeu Dresden. —Mas eu não sei o que isso é, Harland. Eu nunca estive com um shifter antes. Inferno, antes de te conhecer, eu pensei que eles eram apenas um mito. — E para o público em geral, somos. É melhor assim. Mas eu quero que as coisas sejam honestas entre você e eu, Dresden. Sem segredos. Harland gemeu quando alguém bateu na porta. —O quê? — Markey está à procura do seu pai. — Clayton disse pela porta. Dresden saiu dos braços de Harland e rapidamente se vestiu. Harland odiou por fim a esse momento, mas ele saiu da cama, foi até sua cômoda, e pegou algumas roupas. Depois de se vestir, ele desceu as escadas com Dresden para ver Markey vagando pela casa. —Pai. — Markey chamou. —Pai. — O menino repetiu a palavra varias vezes. Não em um tom preocupado ou com medo, mas sutilmente, como se estivessem brincando de esconde–esconde. Harland sorriu quando a criança continuou seu caminho para a cozinha, chamando por Dresden. — Ele faz isso com frequência? — Harland perguntou a Dresden. — Sim. — o homem admitiu. —Ele é o menino do papai, por completo.


— Nada de errado com isso. — disse Clayton. Harland e Dresden entraram na cozinha para ver Markey olhando para fora da janela, ainda chamando por seu pai. Ele estava na ponta dos pés, sua franja loira caindo sobre seus olhos. —Eu estou bem aqui, amigo. — disse Dresden. Markey se virou e sorriu. — Oi. E então ele se afastou. Harland só podia balançar a cabeça. O menino era definitivamente um cara bonitinho. Clayton enrugou seu nariz. —Rapaz, Dresden cheira a você como se ele tivesse se banhado em um “barril de Harland”. — O cara acenou com a mão na frente do rosto enquanto Dresden se tornava sete tipos de vermelho. — Marcou ele, não? — Não é da sua conta o que fizemos. — Harland respondeu quando bateu Clayton na parte de trás de sua cabeça. —Pare de envergonhar o homem. Dresden abaixou a cabeça e saiu da cozinha. Harland ficou lá sorrindo de orelha a orelha. Gostava que Dresden fosse tímido. Inferno, ele gostava de cada coisa sobre o cara. — Ah, você esta mal. — disse Clayton com uma risada. Sim, Harland estava, e ele não se importava em saber que estava caindo duro por Dresden.


Stork sentou em seu caminhão enquanto observava Dresden, Markey e Harland entrarem na loja de roupas local. Ninguém, nem mesmo as pessoas supostamente boas, faziam coisas verdadeiramente altruístas para os outros. Um homem não tomava o outro e o ajudava a sair assim, a menos que houvesse algo sexual acontecendo. Embora isso o revoltasse além da conta, Stork tinha que encontrar uma maneira de usar essa informação contra Harland Macy. O cara era um cidadão íntegro. Mesmo se ele deixa-se o povo de Bear County saber que Harland era gay e estava morando com um cara e seu filho, os moradores acreditariam em Harland antes de acreditarem em Stork. — Você me disse que tinha o meu dinheiro. Stork queria matar o traficante sentado ao lado dele. O bastardo era nada além de um espinho em sua bunda desde que ele tinha perdido não só sua oficina, mas suas economias também. E a parte assassina era que Stork tinha perdido com esse cara. Mas isso não era bom o suficiente. A chama gananciosa queria mais. Stork ainda lhe devia muito dinheiro e o cara era como um cão com um osso. —Meu sobrinho tem isso. — disse Stork quando acenou em direção à loja de roupas. —Mas eu acho que ele não vai compartilhar comigo tão facilmente. É por isso que ele correu. O cara o roubou de mim. —Eu não estou aqui para pegar o seu sobrinho. Esse é o seu trabalho. Basta passar a minha merda esta noite. — O traficante saiu do carro e bateu a porta, deixando Stork sentar lá se perguntando como ele iria colocar para baixo a Triple- B. Ou talvez ele devesse usar o garoto para conseguir o que precisava. Stork nunca tinha gostado de seu irmão, então o que lhe importava se ele usasse o neto de seu irmão, não só para pagar sua dívida, mas, possivelmente obter a sua oficina de volta?


Que diabos. Não era como se a Triple- B não fosse próspera. Aqueles homens tinham uma fazenda de gado bem sucedida e Stork queria um pedaço dela, de preferência em dinheiro. E se tudo corresse bem, então ninguém saberia o que Stork estava prestes a fazer. Ele deslizou de seu caminhão e trabalhou seu caminho perto de onde Harland tinha estacionado. Ele não tinha certeza de como iria pegar o garoto, mas ele tinha que tentar alguma coisa. Stork abaixou-se quando viu Dresden saindo da loja. Ele não viu Harland. O grandalhão ainda devia estar lá dentro. Mas Dresden tinha o pirralho com ele. Limpando o nariz na parte de trás de sua mão, Stork se moveu até que estivesse na posição perfeita. Quando Dresden passou por ele, Stork saltou, pegou a criança e arrastou sua bunda. O bebê gritou, assim como seu pai. Stork os ignorou enquanto empurrava a criança em seu caminhão e saiu guinchando os pneus, deixando para trás o estacionamento. O último lugar que queria ir era sua casa, porque esse seria o primeiro lugar que iriam procurar. Em vez disso, Stork decolou em direção a sua oficina. Se ele chegasse lá antes que Harland o encontra-se, em seguida, ele poderia exigir o que quisesse. Ele tinha a sensação de que ele iria lhe pagar quando concordou em deixar Dresden e seu filho ficar com ele, e agora ele estava prestes a conseguir o que lhe era devido.


Todo o mundo de Dresden estava desabando ao seu redor quando a dor em seu peito cresceu até seu coração começar a doer. Aquilo não podia estar acontecendo. Não Markey. Qualquer um menos Markey. — Harland! — Dresden decolou em direção à entrada da loja em puro pânico. Harland estava dentro recolhendo as sacolas. Markey estava sendo um pouco indisciplinado, então Dresden o tinha levado para fora. Se ele soubesse que Stork estava lá fora esperando por eles... A cabeça de Harland girou quando Dresden correu para o cara. Dresden deveria parecer tão apavorado quando se sentia porque Harland deixou as sacolas no balcão e correu ao seu encontro. — Stork acaba de sequestrar Markey! — Ele agarrou a camisa de Harland, agarrando o tecido com tanta força que rasgou. — Você tem que me ajudar a pegá-lo de volta! Em segundos, Harland tinha o telefone para fora e estava puxando Dresden da loja. Dresden pensou que o homem estava chamando a polícia. — Jed, temos problemas. — Harland acenou para Dresden entrar no lado do passageiro no caminhão. Dresden não podia pensar e para ser honesto, estava confiando pesadamente em Harland, porque tudo o que ele podia ver era vermelho. Ele queria a cabeça de Stork em uma bandeja. Ele queria coisas muito pior do que isso, mas Dresden não conseguia pensar em nada tão ruim, porque ele nunca tinha desejado mal a ninguém antes. Ele desejava agora. Oooh, como ele desejava agora. — Você viu que caminho ele pegou? — Harland perguntou enquanto conduzia em direção à saída do estacionamento.


—Esquerda. — disse Dresden enquanto se balançava em seu assento, com a cabeça atirando de lado a lado, enquanto tentava localizar a caminhonete de Stork. — Ele virou para a esquerda. — Dresden não podia ficar parado. Ele estava se movendo como uma criança que se empanturrou de açúcar, enquanto suas mãos dançavam em seu colo, no peito, e depois se agitavam sobre a boca antes de cair de volta para o colo e repetir o processo novamente. — Por que diabos ele iria tomar Markey? — Harland perguntou em voz alta e, em seguida, falou ao telefone. —Eu acho que Stork o levou para a oficina. — Harland assentiu. —Vou encontrá-lo lá. — Por que ele iria levar Markey para a oficina? — perguntou Dresden. — Está fechada. —É o lugar perfeito. O coração de Dresden ficou preso em sua garganta enquanto suas mãos começavam a tremer. —Perfeito para quê?— Ele não queria pensar no que Stork tinha planejado para seu filho. O pensamento fez seu intestino torcer de maneiras que eram muito dolorosas para contemplar. —Eu acho... E este é apenas um pensamento, mas ele pode estar tentando pedir um resgate por Markey. Essa opção foi um inferno de muito melhor do que as que Dresden estava pensando. — Por suas dívidas de drogas? —Eu não consigo pensar em qualquer outra razão para Stork querer levá-lo. — Harland admitiu antes que estender a mão e a deslizar na mão de Dresden. O toque foi o que Dresden necessitava. Não parou seus nervos de se sentir como se estivessem em carne viva, mas o conforto ajudou. O que Dresden não tinha contado a Harland foi que ao longo dos últimos dias ele esteve doente, todas as malditas manhãs. Ele não tinha dito a Harland porque o que o homem alegou que poderia acontecer era impossível.


Dresden deveria ter contraído algum tipo de gripe. Mas se ele dissesse a Harland sobre a sua doença, o cara só iria pensar que ele tinha engravidado Dresden. Já havia dois caminhões parados em frente à oficina quando Dresden e Harland chegaram. Ele os reconheceu. Um pertencia a Clayton e o outro pertencia a Bryson. Jed estava sentado no lado do passageiro do caminhão de Bryson. Quando Harland parou, os três homens saíram. —Ele está estacionado lá atrás. — disse Jed enquanto ajustava o Stetson na cabeça. — Mas o caminhão está vazio. Harland puxou Dresden de lado. —Eu vou ter que mudar. Eu só queria avisá-lo para que você não se assuste quando eu o fizer. Ia pirar Dresden fora de qualquer maneira, considerando que ele nunca tinha visto nada parecido antes. Mas pelo menos Harland tinha lhe avisado. Ele só esperava que ele não fosse se perder quando a mudança assumisse. —Tudo bem. —Eu preciso que você seja forte. — Harland segurou seu rosto e olhou nos belos olhos azuis de Dresden. — Eu vou pegar o nosso menino de volta. Eu prometo. Parecia que ele esteve do lado de fora enquanto olhava para dentro. Jed, Clayton, Bryson e a mãe de Harland tinham tentado fazê-lo sentir-se parte da família, mas sempre parecia ter algo faltando. Agora não havia mais. Era como se Harland alegando Markey como seu próprio fosse à peça final. — Eu confio em você. — disse Dresden. —É em Stork que eu não confio. E Dresden não havia confiado no homem desde o início. Sempre houve algo sobre Stork que fez Dresden desconfortável, até mesmo além do fato de o homem não teve nenhuma relação com a saúde de Markey.


Harland puxado para trás e começou a se despir. Embora a situação fosse terrível, Dresden se sentiu corar ao ver a tão gloriosa pele de seu amante ser revelada. Dresden tornou-se excitado e se sentiu muito mal porque este não era nem de longe um bom momento, ou lugar para isso. Ele sabia que não poderia se ajudar quando seu corpo reagiu à visão de Harland nu. Clayton sorriu para Dresden, mas não o provocou por ser tão facilmente envergonhado. Dresden deu um passo para trás e apertou suas mãos em seu peito enquanto observava o homem que ele estava se apaixonando mudar em um grande... Não, enorme urso marrom. O nervo sob o olhar de Dresden contraiu. Se Harland podia realmente se transformar em um animal, então a sua previsão sobre Dresden engravidar não poderia estar muito longe da verdade. Sua mão vibrou até o estômago, descansando sobre a superfície plana de seu abdômen. Harland tinha avisado e Dresden não escutou. Agora, ele poderia estar... Oh foda.

Capítulo Sete Harland deu um passo para trás, mantendo um olho atento sobre Dresden antes de permitir que a mudança assumisse. Houve um estralar de ossos e foi um tanto doloroso quando seu corpo humano torceu e contorceu até que ele estava de quatro, coberto com seus pelos marrons e farejando o ar. — Isso foi... — Os olhos de Dresden estavam enormes. —Estranho.


Muito estranho. — O homem parecia abalado. — Incrível. Ou seria impossível, improvável? Quero dizer, um segundo você estava ali parado, e no próximo — Dresden mexeu em torno tentando imitar a mudança de Harland. — Você não estava. —Eu acho que você está se perdendo. — disse Jed quando se aproximou de Dresden — Você está bem? —Isso seria um não. — disse Dresden. — A pessoa mais importante do mundo para mim foi raptada. O cara mais quente sobre duas pernas agora tem quatro e é peludo. — O ser humano coçou a cabeça quando o nervo sob seu olho direito se contraiu. Harland queria levar o seu tempo, para deixar Dresden conhecer sua criatura, mas ele tinha que ir salvar Markey. Ele só esperava que a criança não ficasse com muito medo dele. —Talvez você devesse se sentar. — disse Bryson para Dresden. — Você parece um pouco tonto. —

Tonto,

certo.

Dresden

assentiu

enquanto

inspirava

profundamente e, em seguida, soprava o ar com tanta força que ficou vermelho. —Calma. — disse Clayton. — Você está tentando tomar respirações profundas para relaxar, não soprar cem velas de aniversário. Sabendo que Dresden estava em boas mãos, Harland se virou e foi para a parte de trás da oficina. Felizmente, Stork só iria pensar que um urso tinha andado para baixo das grandes montanhas que cercavam Bear County. Tinha acontecido antes. Muitas pessoas haviam avistado ursos ao longo dos anos. Os habitantes apenas evitavam as criaturas magníficas e os guardas do parque cuidavam para que ninguém ficasse ferido até o urso perdido ser devolvido ao seu habitat natural. O que ninguém suspeitava era que algumas dessas visões foram


Harland e seus amigos. Não que eles quisessem ser pegos de propósito. Mas merda sempre acontecia. Harland empinou a cabeça para olhar dentro da oficina. Ele podia ver um movimento à sua direita. Parecia que Stork estava mantendo um olhar atento sobre a frente da loja, mas não na parte de trás. O que era uma idiotice. Mudando para humano, Harland mordeu o lábio inferior enquanto silenciosamente trabalhava a porta de trás aberta. Uma vez que ouviu o clique, ele mudou de volta para a sua forma de urso e depois farejou o chão, fingindo estar em busca de comida. —Que diabos? — Stork girou, os olhos arregalados, enquanto olhava para Harland. —Como você chegou aqui? E como poderia Harland responder-lhe? Ele olhou em direção a Markey e viu que a criança estava ilesa. Markey estava sentado no chão sujo de graxa, olhando para ele. Harland soltou um bufo antes de dar sua atenção para Stork. — Saia! — Stork tentou acenar sua mão para Harland. Quando Harland não se moveu, Stork pegou uma chave longa e pesada. O babaca nem sequer tinha uma arma com ele. Com o canto do olho, ele podia ver Jed e Bryson facilitando seu caminho pela frente da oficina através da porta lateral. Harland deu um rosnado baixo, mantendo a atenção de Stork em cima dele. —Urso. — exclamou Markey. Não havia um pingo de medo na voz do garoto. Harland estava orgulhoso do filhote. —Urso! Quando

Markey

tentou

se

levantar,

Stork

estendeu

a

mão,

impedindo a criança de chegar mais perto. Markey cruzou os braços sobre o peito, fazendo beicinho. — Eu quero urso. Harland interiormente riu da expressão irritada no rosto de Markey.


— Para trás. — advertiu Stork a Harland. —Eu sei quem você é. Harland congelou. Não havia nenhuma maneira que Stork soubesse quem ele era. Os quatro homens que possuíam o Triple- B eram muito cuidadosos quando mudavam. Quando eles saiam para uma corrida, eles puxavam seus veículos profundamente na floresta antes de deixar a transformação assumir. Stork apontou a chave para frente da loja. —Eu só vi o que você fez, Harland. O que você acha que os habitantes da cidade vão dizer quando eles descobrirem o seu segredo? — Eu quero urso. — Markey repetiu, seus olhos verdes suplicando enquanto olhava para Harland. —Quer brincar com urso. Harland não reagiu à acusação de Stork. Sua atenção estava dividida entre Stork e seus amigos. — Eles diriam que é uma loucura. — Jed respondeu a Stork. O ser humano girou, agarrando Markey e segurando a criança perto de seu peito. — Venha mais perto e eu juro que vou machucá-lo. — Você não pensou nesse plano direito, não é? — Perguntou Bryson. — Porque se você fizesse, você não teria trazido o garoto aqui e você teria uma arma. Ah, sim, de todas as indicações a esse babaca. É isso aí, Bryson. Bryson sorriu para Stork. —Só estou dizendo. — Você acha que sabe tudo. — Stork cuspiu em Bryson. —Vocês quatro vivem em seu rancho caro pensam que são melhores do que todos os outros. —Não. — Jed discordou. —Trabalhamos duro para ter o que temos e não cheiramos nossos lucros. Harland chegou mais perto. Stork parecia estar prestes de explodir uma junta e Harland não queria Markey ferido na precipitação. No curto espaço


de tempo que ele tinha conhecido a criança, Harland tornou-se ligado ao filhote. Markey estava começando a significar um inferno de um lote para ele, juntamente com o pai da criança. Markey olhou atentamente para Harland enquanto se contorcia nos braços de Stork. Se ele não soubesse de nada, Harland juraria que Markey sabia quem ele era. Havia um conhecimento nos olhos do jovem rapaz que era mais velho do que uma criança de dois anos. — Quem é você para me julgar? — Perguntou Stork. —Você não tem ideia do tipo de vida que eu vivi. — E nós não nos importamos. — disse Bryson. —Tudo o que importa é conseguir o menino de volta. — Por que? — perguntou Stork. — Você acabou de conhecer Dresden e seu filho. Por que diabos você se importa com o que acontece com eles? —Em primeiro lugar. — disse Bryson quando pôs o seu chapéu de cowboy um pouco mais para trás em sua cabeça e, em seguida, pousou as mãos nos quadris. —Pare de xingar na frente da criança. — Em segundo lugar. — Jed soou dentro — Você teria que ser um filho da mãe sem coração para não se preocupar com qualquer um deles. Harland estava ficando cansado de pisar em ovos. Ele queria Markey de volta e ele queria que Stork paga-se por tirar a criança em primeiro lugar. Elevando-se, Harland rugiu para Stork quando ficou sobre as patas traseiras. Sentiu-se como uma merda quando Markey começou a chorar, mas Harland não via nenhuma outra escolha. Stork bateu na parede quando largou a criança. Markey caiu, mas parecia estar bem. Ele se levantou e correu para Jed. Harland correu para frente e colocou Stork contra a parede. — Chame-o de volta! — Stork gritou quando ele tentou o seu melhor para abrir distância de Harland.


—Eu deveria deixar esse urso comer você. — Bryson amaldiçoou perto de rosnar as palavras. Seus olhos cinzentos falando mil horrores a Stork. — Se você chegar perto de nossa família de novo, você não terá tanta sorte. Harland realmente, realmente queria espancar o filho da puta. Mas Markey estava na sala e não havia maneira que Harland iria deixar o menino ver algo como isso. Harland recuou até que ele estava do lado de fora e, em seguida, ele mudou. Ele correu para frente e, em seguida, se vestiu enquanto Jed e Bryson saiam da oficina. — Markey! — Dresden gritou enquanto corria para o filho. Tudo o que Harland podia fazer era sorrir enquanto observava Dresden chover mil beijos no rosto de seu filho. —Pai. — disse Markey, e depois repetiu a palavra até que ele estava seguro no caminhão de Harland. —Vou leva-los de volta na fazenda. — disse Harland para seus amigos antes de subir em seu veículo. Ele entrelaçou os dedos com os de Dresden e deu-lhes um aperto firme. —Ninguém mexe com um dos meus. Dresden se inclinou sobre o console e deu a Harland o mais doce dos beijos. — Obrigado. Harland acenou o agradecimento do homem a distância. Dresden estava ficando corado. — Você pode me agradecer depois. — Harland piscou para o homem. —Com prazer. — disse Dresden com um sorriso travesso. —Urso. — Markey gritou do banco traseiro. — Você pode brincar com o urso amanhã, amigo. — Harland prometeu quando ele saiu da oficina e foi para casa.


Fazia duas semanas desde o incidente com Stork e não havia como negar sua situação por mais tempo. Dresden virou de lado na frente do espelho de corpo inteiro e examinou sua barriga inchada. Até agora, ele conseguiu escondê-la de Harland. Isso não foi uma tarefa fácil, considerando que Harland era muito tátil no quarto. Felizmente, ao longo dos últimos dias, Harland tinha insistido em reclamar Dresden de quatro. Foi uma ótima maneira de esconder a crescente barriga. Mas não iria esconder isso por mais tempo. Além disso, todas as suas roupas estavam ficando um pouco desconfortáveis. Ele ia ter que dizer alguma coisa ou, eventualmente, usar um maldito lençol para cobrir-se. Dresden ainda não conseguia acreditar no que estava acontecendo com seu corpo. O fato de que havia outra vida dentro dele estava mexendo com sua mente. Impossível. Talvez fosse toda a boa comida que ele estava preparando e comendo. Continue dizendo isso a si mesmo. Viva alegremente na negação. Por mais que o pensamento fosse tentador, Dresden sabia que não podia enganar-se e pensar que estava apenas ganhando peso por causa dos excessos. E isso não explicava as crises de náuseas que ele estava lutando. Ele deixou cair à camisa quando Harland entrou no quarto. Quando


Dresden se virou, ele viu que o homem tinha algo em mente. Ele estava começando a conhecer o cowboy. Sempre que Harland estava tentando colocar seus pensamentos em ordem, suas sobrancelhas enrugavam dessa forma bonita, e seus olhos saltavam em todos os lugares exceto em Dresden. —Ouça. — Harland começou enquanto esfregava sua nuca. Essa era outra coisa que ele fez quando estava tendo dificuldade em colocar seus pensamentos em palavras. —Eu sei que não somos companheiros e tudo... Harland parou, colocou as mãos nos quadris, e chutou a ponta da bota no tapete. — Mas só porque não somos companheiros, não significa que não podemos estar juntos. Eu sei que eu quero estar com você. Eu também sei que eu gostaria de ajudá-lo a criar Markey. Ele é um garoto maravilhoso e você é um grande cara. Mas eu... —O que faz você pensar que nós não somos companheiros? — Dresden perguntou quando atravessou o quarto e parou em frente à Harland. Os olhos do vaqueiro caíram para o estômago de Dresden. —Porque você já esteve aqui um mês e você não está... — ele acenou a mão para o abdômen de Dresden — grávido. —Será que essa é a única maneira de você saber se somos companheiros. — perguntou Dresden. — Se eu ficar grávido? Harland assentiu. —Eu não posso engravidar ninguém além do meu companheiro. — Então, se eu não sou seu companheiro, você nunca terá uma família? — perguntou Dresden. — E você quer ficar comigo, mesmo que não possamos ter filhos juntos? — O sacrifício que Harland estava disposto a fazer soprou a mente de Dresden. Ele sentia uma forte ligação com Harland. Não havia como negar o fato de que nas últimas quatro semanas, Dresden havia experimentado algo surpreendente... Com este homem. Harland deslizou sua mão sobre Dresden quando assentiu. —Eu


nunca na minha vida senti algo tão profundo por alguém. Markey será suficiente Dresden. Ele é um grande garoto e eu amo passar o tempo com ele. Muitos casais têm apenas um filho. —Muitos casais têm apenas um filho que eles criaram juntos, Harland. Eu sei o quanto você quer uma família. Eu ouvi você falar com a sua mãe e eu vejo o jeito que você me olha quando estou passando um tempo junto com Markey. Como você pode não querer ser pai do seu próprio filho? — Então, o que? — perguntou Harland. — Você quer que eu vá encontrar o meu companheiro para chutar você e Markey de lado? A raiva e o ciúme elevaram suas cabeças feias dentro de Dresden quando ele pensou em Harland com outra pessoa. As narinas de Dresden queimaram quando ele empurrou um dedo no rosto bonito de Harland. —Eu vou cortar suas bolas fora se você sequer pensar em dormir com mais alguém! Harland riu. —Veja, você não quer que eu esteja com outro homem mais do que eu quero encontrar outro alguém para estar. Dresden suspirou quando Harland puxou-o em seus braços fortes. —Além disso, podemos praticar quantas vezes nós quisermos. — A voz do cowboy caiu para um tom rouco quando ele começou a mordiscar o pescoço de Dresden. — Basta pensar em como seremos especialista no momento em que estivermos velhos e enrugados. O pensamento fez Dresden arrepiar. Se havia uma coisa que ele descobriu sobre o seu amante, era que Harland amava a variedade quando se tratava de sexo. Não é que ele gostasse de uma variedade de parceiros na cama. O homem gostava de amarrar Dresden às vezes. Outras vezes, ele era doce e lento, fazendo Dresden sentir que era o único homem no mundo para Harland. Houve até momentos em que eles apenas se masturbavam no chuveiro. Parecia que não havia maneira particular de fazer sexo com esse


cara. Seja qual for o clima do momento, Harland jogava junto. Quando Harland puxou para trás, Dresden olhou para aqueles sonhadores olhos azuis e sentiu sua garganta ficar apertada. —Estou grávido. Harland ficou lá por um momento, sem dizer uma palavra. Dresden começou a se preocupar que Harland não queria uma família, afinal. Era uma coisa tola para pensar, mas o silêncio parecia estender-se o que proporcionou espaço para a imaginação de Dresden torturá-lo. Finalmente, os olhos de Harland caíram para a barriga de Dresden. —Tem certeza? —Ou você me engravidou ou eu preciso parar com o maldito Ben & Jerry's7. — Oh merda. Agora Dresden queria sorvete. Ele também tinha um desejo por manteiga de amendoim e espinafre, que o enjoou totalmente e o deixou com fome, tudo ao mesmo tempo. Um sorriso tão brilhante quanto o sol deslizou pelo rosto de Harland. Sua mão deslizou através da barriga de Dresden. —Você é meu companheiro. —Eu sou. — Dresden concordou. —Agora podemos ir tomar um sorvete? Harland riu quando puxou Dresden perto, abraçando-o com tanta força que Dresden sentiu seus olhos arregalados. —Não posso... Respirar. Puxando para trás, Harland agarrou a mão de Dresden. —Vamos lá, temos de dizer a minha mãe e, então, o médico shifter ira examiná-lo. — Há um médico shifter? — Dresden não sabia por que não poderia existir. Não iria os shifters precisar de um médico, assim como os humanos faziam? —Sim. — Harland parou no topo da escada e estendeu a mão para Dresden. 7

Marca de Sorvete.


Dresden deu um passo atrás. — Se você pensar em me levar para baixo, eu vou torcer seus mamilos malditos. Harland ergueu as sobrancelhas. —Isso não é uma ameaça, querido. Dresden revirou os olhos. —Cara. Você é simplesmente muito bizarro. —Mãe! — Harland gritou enquanto desistia transportando Dresden escada a baixo e se contentava apenas em segurar sua mão em seu lugar. — Adivinha o que Dresden acabou de me dizer. Antes que Dresden pudesse dizer uma palavra, ele pode ouvir Markey no andar de baixo. —Pai. — seu filho disse enquanto procurava Dresden sem rumo. — Pai. Harland riu. — Lá vai ele de novo. Eu juro, aquele garoto é esperto como um chicote e muito divertido. Ele mostrou a Clayton como fazer a dança do robô. Dresden espalmou seu rosto enquanto imaginava Markey e Clayton juntos. — Essa é a única dança que ele sabe fazer. — disse Dresden. — Ele a viu em um de seus desenhos animados favoritos. Quando Harland começou a imitar a dança de Markey, o queixo de Dresden caiu e então ele começou a rir. Harland não fez certo, mas Dresden não ia estourar a bolha feliz do homem. A mãe de Harland saiu da cozinha, um pano de prato sobre um ombro. Mesmo que Dresden fosse o cozinheiro, era mais difícil do que o inferno conseguir a mulher fora da cozinha. Na maioria das vezes, Dresden apenas se sentava à mesa e observava enquanto ela trabalhava sua magia. Ultimamente, porém, Harland e os outros homens estavam ensinando-lhe o funcionamento interno da vida no rancho. Para seu espanto, Dresden gostava de trabalhar com cavalos. Ele


não esteve em torno de um, um único dia em sua vida até que veio morar no rancho. Markey estava apaixonado pelas criaturas, mas não tanto quanto ele estava apaixonado pelo urso pardo de Harland. Toda vez que Harland mudava para Markey, seu filho iria grunhir e rolar na grama, tentando o seu melhor para se tornar um urso também. Era cômico de assistir. — O que é todo esse tumulto? — perguntou a mãe de Harland. Curiosamente, Dresden ainda não sabia o seu primeiro nome. Todo mundo só a chamava de Mãe. Harland se moveu para trás de Dresden e, em seguida, passou os braços musculosos em volta do corpo de Dresden antes de estabelecer as mãos sobre seu estômago ligeiramente distendido. — Dresden é meu companheiro. Seus olhos caíram para onde estavam às mãos de Harland e Dresden podia ver a esperança florescer em seus lindos olhos azul-esverdeados. —Ele está? — Yep. — Harland anunciou malditamente orgulhoso também. —Ele engravidou. — Bem, maldição quente! — Clayton gritou. — Maldição quente! — Markey repetiu quando ele gritou também. — Apareceu. Dresden, junto com Harland e sua mãe, riram quando Clayton agachou até que ele estivesse no nível dos olhos Markey. — Você não pode dizer essas palavras. Os pequenos ombros de Markey caíram, com os braços pendurados ao seu lado enquanto ele se afastava, a decepção e um toque de tristeza em seu rosto. —Agora, espere. — Clayton disse perseguindo a criança. —Eu não


tive a intenção de ferir seus sentimentos. Dresden só podia sacudir a cabeça. Ele estava feliz por seu filho estar se dando bem com todo mundo e os homens que viviam lá — juntamente com... Mãe — amavam o homenzinho. —Agora... — Dresden exigiu. — Você tem que me dizer o seu nome, já que estou carregando o seu neto. Mas, em vez de fazer isso, ela começou a chorar e, em seguida, correu para a cozinha. Dresden arqueou uma sobrancelha. — Não se preocupe com ela. — disse Harland. — Ela está correndo para contar a seus amigos que vai ser oficialmente avó. —Qual é o nome dela? — Dresden exigiu. Harland riu. — Uma vez que você é muito convincente... — Harland deslizou os dedos sobre a barriga de Dresden — É Renée. — Já era o maldito tempo. — disse Dresden. — Agora, o que você me disse sobre sorvete? — Eu não disse nada sobre sorvete. — Resposta errada. — Dresden agarrou a mão de Harland e começou a conduzi-lo em direção à cozinha.

Capítulo Oito Harland sentou em cima de seu garanhão preto, Titan, enquanto cavalgava na propriedade. Era algo que ele gostava de fazer. As montanhas ao fundo eram simplesmente lindas e Harland gostava de sair diariamente e sentir o vento em sua pele e o sol em seu rosto. Eles só tinham setenta acres, mas a beleza arrebatadora da terra, a neve nas montanhas e os campos verdejantes chamavam a Harland. Quer seja


montando Titan ou em sua forma de urso, Harland sempre se sentia como se estivesse encontrado o lugar perfeito para chamar de lar. E agora ele tinha uma família para mostrar o quanto este lugar significava para ele. —Eu acho que você vai ser um pai fantástico. — disse Jed enquanto cavalgava ao lado de Harland. —Você está indo muito bem com Markey. Harland bufou. — Dresden continua me vigiando para que eu não alimente o filhote com doces pela manhã. Ele sempre diz algo sobre o excesso de açúcar. Como pode alguém negar doces a um homem? Jed riu. — Fácil, Markey, não é um homem ainda. Acho que Dresden saberia se fosse. Isso podia ser verdade, mas era difícil como o inferno dizer não a criança quando ele dava a Harland aquele olhar de cachorrinho. Harland ainda não podia acreditar que Dresden era seu companheiro, no entanto. Isso o emocionou sem medidas e ele não conseguia parar de querer estar perto do cara. Ele realmente enlouquecia quando tinha que ficar mais de dois metros de distância de Dresden, mas Harland sabia que não podia sufocar o homem. — E você? — Ele perguntou a Jed enquanto conduzia Titan em direção ao pasto norte, onde havia um grande celeiro desgastado. Ele e seus amigos tinham falado de leva-lo para baixo, mas todos acabaram concordados que ele fazia parte da história do seu lugar, um sentimento de dias passados. — Você já se perguntou se você vai conhecer o seu companheiro e começar uma família? Jed olhou para longe, tornando-se quieto. Embora os quatro amigos fossem quase inseparáveis suas vidas inteiras, Harland sabia que Jed tinha alguns segredos sombrios, segredos que ele nunca falou. Houve momentos em que o cara desaparecia por dias de cada vez. Ele nunca disse a ninguém para onde estava indo, mas sempre prometeu voltar.


Se alguém merecia um pouco de felicidade, era Jedediah Gibbs. O homem era muito sério, muito reservado, e ele precisava de alguém que pudesse trazer de volta o shifter urso que Harland tinha conhecido antes do serviço militar. — Acho que é melhor voltarmos. — disse Jed, evitando a pergunta de Harland. Harland deixar o assunto morrer. Ele não estava a ponto de forçar uma conversa sobre Jed. —Você acha que é estranho que eu sempre quis ter uma família e agora que eu tenho Dresden e Markey, eu estou assustado? Era verdade. Só de pensar no parto de Dresden o estômago de Harland se virava em nós. Sonhar em ter uma família e, criar filhos era duas coisas totalmente diferentes. E se ele fizesse tudo errado? E se Markey e seu filho por nascer crescesse

para

se

tornar

arruaceiros,

drogados,

criminosos,

membros

improdutivos da sociedade, ou... Inferno, a lista ficava maior e maior. Harland tinha pensado nisso ontem à noite também. Tudo o que ele queria para seus filhos era que eles crescessem e fossem fazer algo que amava, e soubessem apreciar as pequenas coisas da vida. Ele estava apenas começando com essa coisa de paternidade e já podia sentir azia em seu futuro. Talvez Dresden pudesse adiar o parto por mais um ano ou dez. Poderia Markey ficar com dois anos para sempre? —Isso o preocupa? — perguntou Jed e depois sorriu. —Você vai fazer muito bem, Harland. Você é natural com as crianças. — Você acha? —Claro. — respondeu Jed. —Quero dizer, você mesmo ainda é uma criança grande. —Muito engraçado. — Harland reclamou, mas não se sentiu ofendido. Ele tendia a agir de modo um pouco juvenil. Mas, novamente,


Harland não queria crescer, não todo o caminho. Ele gostava de se divertir e rir. Harland sorriu de orelha a orelha quando viu Dresden na varanda de trás, com a mão abrangendo mais de sua barriga inchada, esfregando em movimentos circulares. Dresden estava agora grávido de dois meses e ele mostrava isso. Ao companheiro de Harland já não era permitido ir à cidade. Não haveria maneira de explicar aos seres humanos que viviam em Bear County como era possível que um homem estivesse grávido. Isso fez Dresden irritável como o inferno. Mas Harland tentou o seu melhor para manter o seu companheiro ocupado. —O Doutor telefonou. — disse Dresden após Harland ter cuidado do seu cavalo no curral e ir em direção a casa. — O que ele disse? — Harland agarrou Dresden e puxou o homem em seus braços, soltando um suspiro profundo em como era bom estar perto de seu companheiro novamente. — Ele está trazendo uma máquina de ultrassom portátil para checar o bebê. — Harland sentou-se na cadeira de madeira antiga. Dresden sentou no colo de Harland. — Isso significa que podemos descobrir o que nós estamos esperando. Não importava a Harland. Enquanto o filhote fosse saudável, poderia ser um menino ou uma menina. Mas Dresden estava super animado para descobrir. Era tudo o que ele havia falado toda a semana passada. Harland circulou seus braços em torno de seu companheiro, enquanto observava o pôr do sol. Mas sua tranquilidade não durou muito tempo. Ele ouviu um veículo puxando para o rancho. Harland acariciou o quadril de Dresden. —É melhor ir para dentro. Dresden estreitou os olhos antes de se levantar. — Eu realmente


odeio essa porcaria de me esconder. Harland agarrou o pulso de Dresden e puxou seu companheiro de volta para ele. Ele colocou um beijo na boca de Dresden. — Só mais um mês, querido. Dresden suspirou e então entrou. Harland andou pela lateral da casa para ver o carro do xerife. Xerife Zackary Sparrow estava ali falando com Bryson. Assim que Harland estava à vista, o xerife se voltou, olhando para Harland de uma forma que lhe disse que não ia gostar dessa visita. —O que está acontecendo? — Perguntou Harland, uma sensação desconfortável estabelecendo um poço em seu estômago. — Harland. — Xerife Sparrow assentiu. —Você pode me dizer onde estava há duas noites? Os olhos de Harland piscaram para Bryson, mas seu amigo tinha uma expressão confusa no rosto. Coçando o queixo, Harland disse — Eu estava aqui, em casa. Xerife Sparrow balançou a cabeça. — Quando foi à última vez que falou com Stork? — Stork? —Sim. — O xerife assentiu. Harland encolheu os ombros. — Algumas semanas atrás, por quê? — Stork foi encontrado morto em seu trailer, um tiro de espingarda no peito. Alguém disse que eles te viram fugindo momentos após o tiro ser ouvido.


— Isso é besteira! — Dresden marchava na cozinha enquanto esperava Bryson e Jed telefonar. O xerife tinha levado Harland para interrogatório. Ele sabia de fato que Harland não estava em qualquer lugar perto desse trailer maldito. —Eu sei. — disse Clayton. — Mas o xerife está apenas fazendo seu trabalho. Renee estava lá em cima colocando Markey na cama. Dresden estava muito tenso para lidar com uma criança sensível agora. Seu filho podia sempre sentir quando Dresden estava com raiva ou com medo, e não queria Markey se preocupando com o seu pai. — Jed e Bryson vão tirá-lo de lá. — disse Renee quando ela deu um sorriso tranquilizador a Dresden. Ele estava realmente começando a amar essa mulher. Renee foi à pessoa mais doce que Dresden já conhecera e Markey saltou de cabeça no amor por ela. Ele ainda não conseguia entender como alguém poderia alegar que Harland foi quem matou Stork. Inferno, Dresden ainda não podia acreditar que Stork estava morto. Embora o estilo de vida de Stork fosse uma maneira infalível de viver rápido e morrer duro, Dresden simplesmente não podia acreditar que tinha acontecido. — Jed e Bryson sabem como trabalhar sua magia. — disse Clayton quando ele sentou-se à mesa da cozinha. — Não vá se preocupar com Harland.


— acrescentou. — Você não deve ficar estressado. Dresden só olhou para Clayton por um momento. Como é que ele não deveria se estressar? Seu companheiro estava sendo acusado de assassinato. Se isso não fosse uma situação estressante, Dresden não sabia o que era. E ainda por cima, ele não podia nem mesmo ir para a cidade, não quando sua barriga estava tão malditamente redonda. Parecia que ele tinha engolido uma melancia. Assim, ele foi relegado a ficar no rancho e preocupar sua bunda. Isso não era algo que ele era muito bom. Dresden sentia que ele ia ter um colapso a qualquer momento. Talvez ele devesse se sentar. Ele não estava se sentindo muito bem. Renee trouxe-lhe um copo de água. — Agora é só tomar algumas respirações profundas, Dresden. Harland vai estar em casa antes que você perceba. Meu filho sabe como lidar com ele. — Mas o xerife tem uma testemunha. — disse Dresden com um quase lamento. — Evidências. — disse Clayton. — Se não houver nenhuma espingarda, então eles não podem fixar isso em Harland. Jed está chamando um advogado. Um advogado. Dresden teve um flashbacks de sua vida antes de vir para Bear County e de repente sentiu-se enjoado. Ele tinha tudo até que ele namorou um promotor narcisista. Sua vida havia se transformado em um inferno depois disso. Roger Downfire era o pior tipo de escória. O escândalo tinha conduzido Dresden à falência. —Eu odeio advogados. Ele não tinha pensado sobre Roger em semanas. Dresden ainda sentia um calafrio percorrer por sua espinha com a mera lembrança de seu antigo amante. Seu estômago se contorceu em nós com a ideia de um dia ver


o homem de novo. Clayton riu. —Sim, mas precisamos de um presente para obter Harland fora dessa bagunça. O cara não entendia por que Dresden odiava advogados, e Dresden não ia se explicar. Mas Renee estava olhando para ele particularmente. Seus olhos inteligentes disse que sabia que Dresden não estava dizendo tudo. O telefone da casa tocou e Dresden quase pulou da cadeira. Seu coração estava disparado em sua garganta enquanto Renee respondia. —Hey. — disse Clayton em um tom baixo. Dresden suspeitava que ele não queria que a mãe de Harland ouvisse. —Ele vai sair dessa de uma forma ou de outra. Se eles tentarem afunda-lo, temos uma propriedade a uns bons 300 quilômetros daqui. Você e Harland podem ir viver lá. Dresden não queria arrancar seu filho de novo e ele não queria viver a vida em fuga. Mas ele faria o que fosse preciso para ficar com seu companheiro. Ele sabia em seu coração que Harland não tinha matado seu tio. Era verdade que seu companheiro poderia ter escapado para fora no meio da noite, mas Dresden sabia que o homem não tinha. Harland não era um assassino. Clayton bateu no seu joelho. — Basta manter isso em mente. De uma forma ou de outra, você vai estar com o seu companheiro. Dresden assentiu enquanto Renee desligava o telefone. Embora ele tenha apreciado o que Clayton estava dizendo, Dresden seria muito mais feliz criando sua família com seu companheiro, nesta fazenda. — E então? — Clayton perguntou a Renee. — Eles permitiram Harland ir, mas ainda vai haver uma investigação, e a partir de agora, ele é o suspeito número um. — Renee estava apertando as mãos em seus seios e Dresden pego o jeito que ela estava olhando para Clayton. A mulher estava nervosa.


Dresden levantou-se e saiu da cozinha, saindo pela porta dos fundos. Ele precisava de ar fresco. Era como se não pudesse respirar naquela casa maldita. Quem acusou Harland de atirar em Stork? Por que eles acusaram Harland? Nada disso fazia sentido para ele. Quando Dresden ouviu um veículo na entrada da garagem, ele não se deu ao trabalho de ir para dentro. Neste ponto, ele não se importava com quem o vi-se grávido. Tudo o que importava para ele era ter Harland de volta. — Aqui está o meu balconista que cheira mel e biscoitos recémassados. Dresden teve vontade de chorar quando ouviu a voz profunda, uísque, de Harland. Ele caiu nos braços de seu companheiro e tentou o seu melhor para manter suas lágrimas na baía. Já era ruim o suficiente seus hormônios estarem por todo o lugar. Ele chorava sem motivo, ria nos momentos mais estranhos, e ficava chateado sobre as coisas mais estúpidas. O médico disse que tudo isso iria passar. Mas agora, ele estava uma bagunça quente. —Oi. — disse Harland enquanto abraçava Dresden mais apertado. — Está tudo bem, querido. Eu estou aqui e eu não pretendo ir a lugar algum. Dresden desejou poder acreditar nisso. Ele finalmente tinha uma vida que ele amava, e um idiota estava ameaçando levar tudo isso para longe dele. Ele fungou e enxugou os olhos, mas se recusou a deixar Harland ir. —E se as coisas vão mal? Harland recostou-se e enxugou as lágrimas que escaparam pelas faces de Dresden. —Não há nenhuma maneira que qualquer um esteja me levando para longe de você ou das crianças. Se tivermos, podemos... — ...ir para a propriedade a 300 quilômetros daqui. — concluiu Dresden. —Eu vejo que você esteve conversando com Clayton. — Harland


puxado Dresden para a casa e levou-o para cima. Dresden o seguiu, mas sua mente estava fora em outro lugar, imaginando uma vida com Markey e a criança ainda por nascer. Mas nesses pensamentos, Harland não estava lá. Ele estava preso, passando por dificuldades. Dresden não queria criar sua família sozinho. Ele sabia que faria o que fosse preciso a fim de manter Harland ao seu lado.

—Eu acho que nós precisamos começar a fazer os preparativos. — disse Clayton depois de levar Jed e Bryson longe o suficiente da casa para que Renee não pudesse ouvi-los. —Eu não precipitaria as coisas ainda. — disse Jed. — Mantivemos as coisas bem com o advogado. — Mas você viu como os policiais estavam agindo. — Bryson soou dentro. — Eles estavam praticamente salivando, pensando que tinham um assassino da vida real na delegacia. Eles estão mastigando um bocado para fixar isso tudo em Harland. O que não parecia certo para Clayton. Xerife Sparrow era um bom rapaz. Ele conhecia o ser humano por algum tempo e nunca tinha ouvido uma coisa ruim sobre o homem. Embora a personalidade do xerife fosse um forte contraste com sua aparência. Clayton sempre sentiu alguma coisa, quando ele estava por perto do cara — o que não ocorria com muita frequência. Mas a


linda aparência nativa americano de Sparrow só fez isso para Clayton. Os cabelo compridos e pretos do cara, que sempre estavam amarrado para trás, e seus olhos escuros insondáveis davam a Clayton um tesão cada maldita vez. Não ajudou a seus hormônios que Sparrow fosse construído como uma casa de tijolos. —Independentemente. — disse Clayton quando ele se inclinou contra o curral. —Se eles pensam que estão afundando Harland pela morte de Stork, eles tem outras coisas vindo. Eu digo para ajudá-lo a embalar agora e levá-lo, seu companheiro e Markey tão longe de Bear County quanto possível. —Nós vamos. — disse Jed. —Se as coisas começarem a ficar ruim. Mas até então, eu não quero que ele se meta em encrencas por correr. Ele precisa manter sua aparência de inocência. —Ele é inocente! — Clayton argumentou. — Harland não matou aquele desgraçado. Se tivesse, não haveria um corpo deixado para trás. Todos nós sabemos disso. — Mas não podemos dizer isso ao xerife. — disse Bryson. —Nós não podemos dizer que, se Harland fosse o culpado, ele teria rasgado o homem em pedaços, e não usado uma espingarda. —Apenas mantenha seus olhos e ouvidos abertos. — disse Jed quando ele colocou as mãos nos quadris, olhando para a casa com um brilho calculista em seus olhos. —Como eu disse, se as coisas começarem a ficar ruins, então nós vamos tirar ele e sua família fora daqui. —Mantenham-se atento para Dunham. — acrescentou Bryson. — Esse assistente de Xerife não está certo da cabeça e ele pensa que vai assumir. Diz que Sparrow não está apto para o cargo de xerife. —Ele vai tentar provar alguma coisa. — disse Clayton. —Nada pior do que um assistente de Xerife entusiasmado em levar o trabalho do xerife. —E ele pode tentar usar Harland como seu trampolim. — Bryson


esfregou o queixo barbeado. —Fiquem de olho nisso.

Capítulo Nove Harland esfregou as costas do seu companheiro enquanto ele pensava sobre o que tinha acontecido com ele antes, na cadeia. Para dar crédito ao xerife Sparrow, ele tinha sido mais do que acolhedor com Harland. O cara tinha sido legal sobre tudo, e inclusive não tinha trancado Harland em uma cela. Eles ficaram aguardando na mesa do homem enquanto Sparrow o interrogava. Foi o Vice Dunham que tinha chamado à atenção de Harland, mas no mau sentido. Sendo um shifter urso, Harland tinha uma excelente audição, e o que ele ouviu foi Dunham falando merda sobre Sparrow por trás das costas do homem. —O que você acha que vai acontecer? — Dresden perguntou enquanto ele se aconchegava mais perto de Harland. O cheiro da pele do homem era agora tão familiar para Harland, que era como um bálsamo para a sua alma inquieta. Eles estavam estendidos na cama, com Harland atrás de seu companheiro, colocando beijos leves ao longo de ombro nu do homem. Ele passou a mão pelo braço de Dresden, querendo saber como o filho deles ia parecer. Harland esperava que o filhote tivesse os lindos olhos verdes de Dresden. —Você sabe...— disse Harland enquanto se movia mais abaixo, beijando o seu companheiro nas costas, demorando em seus ombros. Ele sorriu na pele do seu companheiro. —Eu adoraria te espalhar agora e saborear cada centímetro do seu corpo.


Dresden estremeceu e Harland sorriu ainda mais. Ele usou os dedos para massagear lentamente as costas de Dresden, até alcançar os montículos da bunda do homem. Seus dedos dançavam em torno das covinhas logo acima das nádegas de Dresden e Harland sentiu o seu pênis ficar mais duro a cada segundo. Oh, como este homem o deixava louco. Dresden soltou um pequeno suspiro e depois um longo suspiro. Ele levantou o ombro e, em seguida, moveu a mão atrás dele, passando os dedos sobre o queixo de Harland. —Pode ser muito cedo— Dresden disse e Harland pôde ouvir a hesitação e o nervosismo na voz do homem. —Mas... eu te amo. Não o tipo de amor que as pessoas dizem quando estão saindo para o trabalho em uma correria, mas...— Dresden balançou a cabeça— do tipo que desperta a alma e faz você buscar mais. Do tipo que queima no fundo do meu coração e me faz, todos os dias, doer por você a cada segundo. Harland passou a língua sobre um ombro até que os seus lábios se arrastaram pelo pescoço do seu companheiro e foram tocar a curva de sua orelha. —Case-se comigo— Harland sussurrou. Ele podia sentir o seu companheiro endurecer. Harland pensou que o homem estava prestes a dizer não, prestes a rejeitá-lo. Em vez disso, Dresden virou, deslizando os braços em volta do pescoço de Harland, com um olhar de descrença em seus brilhantes olhos verde. —Você quer dizer isso? Harland assentiu. —Eu tenho os mesmos sentimentos quando se trata de você.— Beliscando o queixo do homem. —Eu quero que você seja o Sr. Harland Macy. Dresden riu. — Que tal Dresden Macy em vez disso? —Dá no mesmo— Harland apontou. —Mas o fato é que você vai ser todo meu. —Eu já sou todo seu, querido.— Dresden ergueu as sobrancelhas. —


Você me conquistou com Jerky beef. Harland jogou a cabeça para trás e riu, lembrando-se de como ele flertou com Dresden na primeira vez que ele pôs os olhos no cara. —Você se lembrou. —Eu não consigo resistir a um cara que pede o meu número e, em seguida, pega um punhado de Jerky beef. O sorriso no rosto de Dresden era etéreo. Harland estava se afogando no sorriso deslumbrante antes de abaixar a cabeça e lamber o lábio inferior do seu companheiro. —Então, é um sim? —Querido, eu me casaria com você na chuva. E no escuro. E em um trem. E em um carro. E em uma árvore. Eu vou me casar com você de qualquer jeito, ok! Harland estalou a língua. —Bebê, eu vejo que eu vou ter de te afastar dos livros do Dr. Seuss. Elas são para o Markey, não para você. Dresden enterrou o rosto no pescoço de Harland. —Eu sei. Eu só fiquei tão nervoso que eu soltei isso. Posso levá-lo de volta? —Não, essa é a minha resposta para manter, Eu-Sou-Sam8. Dresden bateu no seu peito. —Não tire sarro de mim. Eu não estou me sentindo como eu, ultimamente, e sendo um pouco maluco parece ser o meu novo eu normal. Harland virou até ter o seu companheiro nu por baixo dele. —Você é perfeito. Não mude por nada ou por alguém. E graças a foda ele também estava nu. Isso o fez deslizar para baixo, pelo corpo de seu companheiro e engolindo pau do homem, um inferno de muito mais fácil do que lutar com roupas agora.

8

Desenho Sam I am.


Seu companheiro chiou antes de espalhar as pernas mais abertas e depois começar a fazer beicinho. —Eu não posso ver o que você está fazendo. O inchaço do estômago de Dresden bloqueava a vista dele. Harland tinha a solução perfeita. Ele se moveu para fora da cama e pegou o espelho de corpo inteiro pendurado na parte de trás de sua porta do armário. Puxou a mesa de cabeceira ao lado da cama e, em seguida, apoiou o espelho contra ela. —Melhor? —Agora me sinto impertinente. — Dresden sorriu enquanto uma propagação de vermelho subia em seu rosto e pescoço. —Oh, nós definitivamente podemos fazer do jeito pervertido.— Harland moveu o espelho para frente e enfiou a mão na gaveta do criado mudo, tirando a garrafa de lubrificante, um vibrador, e um pouco de loção quente. —Isso nós podemos fazer. Dresden deu um rosnado baixo. —Eu disse para não tirar sarro de mim. —Sinto muito.— Harland riu. —Não consegui me segurar.— Ele jogou os itens na cama antes de estabelecer o espelho de novo contra o suporte. —Agora, onde eu estava? —Pervertido— disse Dresden enquanto os seus olhos seguiam o brinquedo que Harland estava planejando usar. —Certo—. Harland piscou para o seu companheiro. —Abra as pernas, bebê. E Dresden fez. Harland rastejou de volta na cama, lubrificou o vibrador, e a cabeça pontiaguda circulou em torno das bolas do seu companheiro antes de ir cada vez mais embaixo. Os olhos verdes de Dresden rolaram para a parte de trás de sua cabeça, enquanto seus dedos se curvavam nos lençóis. Harland deslizou a ponta do vibrador na bunda de Dresden,


observando enquanto o seu companheiro girava seus quadris, com seus lábios abertos. —Olhe o que eu estou fazendo com você. Dresden virou a cabeça, seus olhos abrindo lentamente. Harland foi momentaneamente fascinado pelo brilho de luxúria crua que brilhavam em suas profundezas, fazendo brilhar os olhos de Dresden. Ele moveu o vibrador mais fundo antes de abaixar e tomar o pau do seu companheiro em sua boca. Quando Harland levou o pau do homem mais profundo, Dresden gemeu fazendo todos os tipos de sons sexy e suaves. Harland pressionou a sua língua contra o pau de Dresden, lambendo seu caminho até que apenas a cabeça permanecesse, e em seguida, o engoliu de volta. —Eu...— Essa foi a única palavra que Dresden falou que fizesse sentido. Depois disso, seu companheiro começou a fazer sons que eram incompreensíveis, atirando gemidos e grunhidos no meio deles. O cheiro de Dresden zumbia pelas veias de Harland, ressoando através de seu sistema, fazendo com que o seu próprio pênis ficasse duro e exigente. Harland ainda não podia acreditar que ele tinha pedido para Dresden se casar com ele. Para shifters, ser companheiros significava que eles estavam unidos por toda a vida, mas a pergunta tinha escorregado dele antes mesmo que Harland soubesse o que estava fazendo. Dito isto, Dresden era humano e que humano não queria um anel em seu dedo quando uma família estava envolvida nisso? E por que não casar? Harland daria à Dresden a lua e as estrelas se isso mantivesse um sorriso feliz no rosto do homem. —Deus, a sua língua é perigosa.— Dresden empurrou seus quadris, empurrando o seu pau mais fundo na garganta de Harland. —Faça-me gozar. O pedido veio em um gemido, um gemido de desespero. Os músculos de Dresden ficaram tensos e, em seguida, uma maldição chiou de seus lábios enquanto ele empurrava duro. Harland empurrou o vibrador profundamente na


bunda do homem e Dresden logo gritou o seu lançamento. Seu gozo bateu na garganta de Harland enquanto ele fodia o seu companheiro com o brinquedo. —Harland— exclamou Dresden. —Sim, Harland! Com movimentos rápidos, Harland puxou o brinquedo para fora e enterrou o seu pau profundamente dentro da bunda do seu companheiro. Ele ainda podia sentir o buraco de Dresden pulsar com o clímax do homem enquanto agarrava as pernas do seu companheiro e as separava ainda mais, dirigindo a sua ereção profundamente. A construção do seu orgasmo foi rápida para Harland. Sentir o calor do seu companheiro envolto em torno de seu pênis fez o seu corpo apertar, cada osso e músculo nele ficando tenso. A furiosa luxúria estava batendo nele, exigindo um passeio duro e feroz. Dresden estava jogado debaixo dele, contraindo os seus quadris, e fazendo Harland bater mais duro na carne macia da bunda do seu companheiro. A cabeça de Harland caiu para trás quando um tremor violento passou pelo seu corpo. Sua pele formigava quando a pressão em suas bolas aumentou. Dresden tornou-se úmido de suor enquanto Harland continuava a pressionar nas profundezas apertadas do corpo de seu companheiro. Ele podia sentir os dedos ardentes de fogo descendo pela sua espinha agora. Harland estava perto. Prazer enrolou em volta de sua cabeça enquanto pequenas chamas propagavam choques ao longo de Harland. Ele estremeceu, batendo na bunda do homem antes de ranger os dentes e gritar o seu clímax, com os seus sentidos destruídos. Dresden entreabertos

estava

enquanto

ofegante, eles

com

puxavam

os

olhos

respirações

fechados,

os

irregulares.

lábios Harland

ajoelhou-se ali por um momento, o suor cobrindo-o enquanto seus membros tremiam.


E então ele saiu de seu companheiro e foi para o banheiro para pegar um pano e limpar Dresden. Uma vez terminado, Harland jogou o pano de lado antes de enrolar em torno de seu companheiro. Era isso que Harland esteve procurando toda a sua vida, essa serenidade, essa calma pacífica ao segurar Dresden em seus braços. Ele não tinha certeza de quem estava acusando-o de assassinato, mas Harland ia lutar para manter tudo, seu companheiro, sua família e um futuro que ele nunca pensou ser possível.

Duas semanas depois de Harland ter sido levado para interrogatório, Dresden estava no sofá na sala de estar, lendo para o seu filho um livro quando uma grave cãibra o deixou respirando com dificuldade. Markey disse algo que Dresden não conseguiu entender. O livro caiu da mão de Dresden e ele agarrou o seu estômago. Dresden estava ofegando fortemente, com a sua mandíbula apertada. —Markey, você pode ir buscar Harland? Seu filho pulou para fora do sofá e correu para a cozinha. Uma vez que Markey estava fora de vista, Dresden soltou um grito baixo cheio de dor. Ele sabia que os ursos tinham excelente audição. O que ele não esperava ver eram quatro homens correndo para a sala de todas as direções imagináveis. Mesmo Renee estava correndo da cozinha, Markey preso em seus calcanhares. Harland ajoelhou-se ao lado do sofá, passando a mão sobre os


cabelos de Dresden. —Você ainda tem duas semanas. Dresden rangeu os dentes. —Diga isso para o bebê. Ele poderia escutar. —Eu vou ligar para o médico— disse Jed antes de deixar o quarto. —Eu vou agarrar algumas almofadas — disse Bryson antes de correr para lá em cima. —Eu vou ficar aqui e surtar — disse Clayton, andando para trás e para frente. Markey andava atrás de seu tio, um título que todos os homens da casa insistiam. Os dois teriam sido cômicos se Dresden não estivesse em um mundo de dor. Bryson correu de volta para a sala com algumas almofadas e uma garrafa de álcool. Dresden não ia perguntar para o que era o álcool. Quando Jed voltou com uma luva de cozinha, Dresden estava pronto para correr. Ele olhou para Jed antes do cara jogar a luva térmica de lado, encolhendo os ombros. —Você vai ter que levá-lo lá em cima— disse Renee. —Ele precisa de um leito para dar à luz ao filhote. Esse sofá não é grande o suficiente. Dresden estava tentando o seu melhor para não desmaiar quando Harland deslizou as mãos sob o corpo dele e, em seguida, o levantou do sofá. —Ponha-me no chão— implorou Dresden. A dor se intensificou assim que ele foi levantado no ar. — Em um segundo— disse Harland antes de correr escada acima. Eles passaram por Bryson no corredor. O homem virou e correu atrás deles com uma braçada de travesseiros. Renee rapidamente preparou a cama com um cobertor grosso de parto. Harland tinha explicado a ele que era para quando Dresden tinha visto chegar a uma semana atrás. Era feito, na parte inferior, com um material absorvente, de modo que os fluidos não iriam estragar a cama.


Harland desceu Dresden antes de Bryson começar a empilhar os travesseiros atrás da cabeça. Dresden estava apenas vagamente consciente do que estava acontecendo ao seu redor. Ele só queria que a dor terminasse. Ele viu Bryson sair da sala e, em seguida, ouviu Renee instruindo Harland a tirar a roupa dele. Se isso tivesse sido em qualquer outra circunstância, Dresden teria ficado mortificado por Renee vê-lo nu. Mas, novamente, se isso tivesse sido em qualquer outra circunstância, ela não estaria o vendo nu. —Deixe-o o mais confortável possível — disse ela a Harland. Dresden não tinha certeza de como isso iria acontecer, considerando o fato de que era como se uma bola de boliche estivesse batendo em seu intestino. Não havia uma posição no mundo que facilitaria esse tipo de dor. —O doutor está a caminho— disse Jed da porta. Seus olhos pousaram em Dresden e depois assentiram. —Eu vou manter o pequeno entretido. —Covarde— gritou Dresden. Jed assentiu mais uma vez. —Eu vou reivindicar esse título agora. Dresden logo se esqueceu de Jed quando outra onda de dor tomou conta dele. Seus dedos se enroscaram na cama quando ele arqueou as costas, gritando. O que diabos ele tinha pensado? Ele nunca iria ficar grávido novamente. Se Harland até pensasse em dizer algo, Dresden ia cortar as bolas do homem de seu corpo. Harland correu para o banheiro e voltou com uma toalha molhada, pressionando-a sobre a testa de Dresden. —O médico está aqui— alguém anunciou de longe, no corredor. Saber que o médico tinha chegado apenas deixou Dresden com mais medo. Isso significava que isto estava realmente acontecendo. Foda-se. Ele estava prestes a dar à luz. De repente, a realidade da situação atingiu Dresden duramente.


Ele estava prestes a ter um bebê. Um bebê. Isso não deveria inclusive ser possível, mas era. A dor parecia real como o inferno, o que só provava que este momento não era uma alucinação. Dresden estava prestes a dar à luz.

Clayton olhou para o teto, imaginando se Dresden ia ficar bem. Pelos gritos e gemidos que puderam ouvir ecoar até lá embaixo, ele não estava muito certo. —Pai— disse Markey enquanto vagava pelas escadas. —Pai. Clayton observou a criança passar de sala em sala, à procura de Dresden, enquanto chamava o nome de seu pai. O garoto fez isso muitas vezes, mesmo quando Dresden estava na sala ao lado. —Ele está meio ocupado no momento— disse Clayton agarrando Markey e içando o menino nos ombros. Antes que pudesse perguntar que jogo o pequeno filhote queria jogar, houve uma batida na porta. Clayton colocou o filhote em seus pés antes dele se dirigir até a janela e olhar para fora para ver o carro do xerife na garagem. Falando sobre tempo ruim. Ele correu para longe da janela e levou Markey para a cozinha, onde entregou a criança para Jed. —O Xerife Sparrow está aqui. —Merda— Jed murmurou baixinho antes de tomar Markey de


Clayton. —Nós não podemos deixá-lo entrar. Se ele ouve Dresden, não há como dizer o que pode acontecer. Clayton concordou plenamente. Não havia nenhuma maneira de Sparrow não conseguir ouvir toda a comoção no andar de cima. Ele não tinha certeza do por que do xerife estar aqui, mas eles precisavam se livrar do comedor de muffin. Eles poderiam pensar em algumas maneiras de manter o cara ocupado, mas Clayton tinha certeza de que o xerife não era gay. Ele nunca olhou duas vezes para Clayton quando ele flertou com o cara. O xerife era um homem difícil de compreender. —Eu vou me livrar dele— disse Clayton antes de escorregar para fora da porta traseira. Ele correu até a varanda dos fundos e depois abrandou seus passos quando chegou a lateral da casa, fazendo parecer que ele estava vindo do estábulo. —Ei você aí—. Clayton levantou a mão e acenou para Sparrow. — O que posso fazer por você?— Além de te lamber da cabeça aos pés. O xerife se afastou da varanda e se dirigiu até Clayton. Caramba, que visão o homem era. Movendo-se como um predador e cheirando a couro. Couro e oceano. Clayton respirou profundamente, sentindo uma estranha necessidade de ronronar. Isso era estranho. —Estou aqui para ver Harland. — O passo de Sparrow era longo, confiante e sexy pra caralho. Tudo que Clayton podia fazer era ficar lá e ver quando o xerife se aproximou. Não o ajudou em nada que ele começasse a imaginar como que Sparrow seria nu. Mmm, todos aqueles músculos dourados. Clayton estava prestes a babar em cima dele. —Ele não está aqui agora.


Sparrow mergulhou a cabeça na direção do caminhão azul meia-noite de Harland. —Você tem certeza disso? —Completamente certo— respondeu Clayton. —Ele correu um recado com Bryson e não estará de volta por um tempo. Só então, Bryson abriu a porta da frente e saiu para a varanda. Uma sobrancelha escura arqueou enquanto Sparrow olhava entre Bryson e Clayton. O delegado virou as costas e se dirigiu para a varanda. Clayton se apressou para apanhá-lo e depois correu na frente do humano. —Ele não está aqui. Sparrow parou em seu caminho. —Eu não estou aqui para levá-lo, Clayton. Clayton estremeceu com a forma que o seu nome soava nos lábios do homem. —Isso é tudo muito bom. Mas ele ainda não está aqui. As cabeças de Sparrow, Clayton e Bryson simultaneamente viraram em direção à janela do segundo andar quando Dresden soltou um, muito alto, grito cheio de dor. Sparrow pegou a arma do coldre e disparou a subir os degraus. Bryson tentou bloquear o caminho do homem, mas rapidamente mudou de ideia quando Sparrow apontou a arma para o homem musculoso. —Saia do meu caminho. Bryson se afastou, olhando para Clayton com apreensão antes de encolher os ombros. —Eu não posso apenas comer o homem. —O quê?— Sparrow perguntou, suas sobrancelhas puxadas para baixo em uma careta. Mas ele não esperou por uma resposta. Ele levou a sua bunda para dentro da casa, com Clayton no seu encalço. Jed saiu da cozinha, arrastando Markey atrás de si. —O que está acontecendo? — Sparrow exigiu. —Eu ouvi alguém gritando de dor. —Fui eu— disse Jed. —Bati o meu dedo do pé. Teria sido a mentira perfeita se Dresden não gritasse outra vez


naquele momento. Sparrow se moveu mais rápido do que um relâmpago até as escadas e entrou o quarto de Harland. O ser humano parou no meio do caminho, com os olhos arregalados. Os olhos de Clayton fizeram o mesmo enquanto ele estava paralisado e via o bebê nascendo. Harland

pulou

da

cama,

grunhindo

enquanto

as

suas

garras

deslizavam para fora e seus caninos se alongavam antes de Harland deslocar para o seu grande urso pardo.

Capítulo Dez Harland ficou entre seu companheiro e o xerife. Mataria o homem antes de Sparrow sequer tentar chegar perto de Dresden. Mas Sparrow ficou ali, olhando entre Harland e Dresden. O homem não disse uma palavra enquanto bebia da visão diante dele. O médico continuou a trabalhar e Harland estava ficando chateado que seu momento especial estava sendo arruinado pela presença do xerife. Ele mudou de volta para sua forma humana antes que gritasse com Clayton ― Tire-o daqui. — Seu tom era duro, não deixando espaço para discussão. Para sua surpresa, o xerife assentiu antes de entrar no corredor. ― Parabéns ― disse o médico. ― Você tem um menino saudável. Harland rapidamente se esqueceu de Sparrow quando ele se virou e colocou os olhos sobre seu filho pela primeira vez. A ligação foi instantânea e Harland caiu de amores quando o médico limpou e enrolou o filhote recémnascido. Harland voltou para a cama e deslizou o braço em Dresden, que estava olhando para o seu bebê com um olhar de pura alegria. Harland ficou apavorado quando o médico entregou o pequeno embrulho para ele. Estava morrendo de medo que fosse deixar o pequeno


filhote cair. Mas quando ele olhou para aqueles brilhantes olhos verdes, sabia que não havia nenhuma maneira no inferno que ele deixaria o bebê cair de seus braços. ― Deixe-me vê-lo ― disse Dresden quando ele levantou os braços. Bem, tanto para não deixar o menino ir. Harland beijou a testa de seu filho antes de entregar o bebê. O médico terminou o que tinha que fazer e, em seguida, se desculpou. A mãe de Harland tinha lágrimas de alegria em seus olhos quando ela lhes disse que estaria de volta para segurar seu neto e, em seguida, saiu do quarto. Harland sabia que eles estavam dando a ele e Dresden algum tempo a sós e estava grato por isso. ― Você deveria ir ver o que o xerife queria ― disse Dresden quando ele aconchegou o filhote mais perto. ― Ele tem uma enorme revelação. ― Ele pode esperar. — Uma matilha de lobos selvagens não poderia afastá-lo de seu companheiro e filho agora. Quando a porta se abriu, Harland estava pronto para arrancar a cabeça de alguém. Mas seu urso rapidamente se acalmou quando Markey espiou dentro. ― Venha aqui ― disse Dresden. Markey correu em direção à cama e se esforçou para subir. Harland estendeu a mão e ajudou, estabelecendo Markey ao lado de Dresden e seu novo irmãozinho. ― Este é... — Dresden franziu a testa e olhou para Harland. ― Nós não escolhemos um nome. ― Eu gosto de Austin ― disse Harland. ― E você? — Ele esfregou as costas de seus dedos sobre a bochecha macia do filhote, sentindo-se espantado que ele e Dresden haviam criado algo tão malditamente perfeito. ― Austin ― Dresden repetiu enquanto ele olhava para o rosto de seu filho. ― Eu gosto disso.


― Este é o seu irmão ― disse Harland para Markey. A criança se aproximou, ficando de joelhos, enquanto olhava para o filhote enrolado perto de Dresden. ― Mano. Harland riu. ― Perto o suficiente. Eles passaram uma boa hora juntos antes de Dresden bocejar. Harland sabia que seu companheiro precisava de algum descanso. Sua mãe entrou na sala com um olhar em seu rosto que dizia que ela tinha esperado tempo suficiente. Ela e Harland levaram as crianças quando Dresden cochilou. ― Eu vou ficar com eles na creche enquanto você lida com Sparrow ― disse ela antes de passear no quarto anexo que Harland e seus amigos juntaram há algumas semanas atrás. Harland puxou as cobertas em torno de seu companheiro antes de descer. Ele não tinha certeza do que Clayton havia dito para o xerife. Não havia nenhuma maneira de explicar o parto de Dresden e a transformação de Harland. Ele fez uma pausa nos degraus quando ouviu um murmúrio baixo. Harland tentou ouvir a conversa para descobrir a mentira que Clayton estava dizendo, mas ele não conseguia entender o que estava sendo dito. ― Aqui ― Clayton gritou da cozinha. Quando Harland entrou, Sparrow estava sentado à mesa, com as mãos atadas em uma caneca. O humano parecia perplexo. Os olhos de Harland fitaram Clayton, que apenas deu de ombros. Grande ajuda que ele era. Harland encostou-se ao balcão, cruzando os braços sobre o peito. Os olhos escuros de Sparrow cintilaram sobre Harland, depois o cara olhou para trás e para baixo em sua caneca. ― Eu tive que lhe dizer a verdade ― disse Clayton. ― O homem é inteligente demais para acreditar em qualquer história.


Fodidamente fantástico. Harland não disse uma palavra, esperando para ver o que o xerife ia fazer. ― Disse-lhe também que, se você tivesse matado Stork, não haveria muito material para o médico legista examinar. Clayton parecia ser uma grande fonte de informações para o xerife. Harland teve vontade de bater o shifter na parte de trás de sua cabeça. Por que ele apenas não enrolou o xerife e escondeu o corpo? Agora havia uma chance de que o cara podia fofocar e Harland não estava disposto a deixar isso acontecer. Se movendo do balcão, indo direto para o ser humano quando Clayton saltou no caminho. ― Saia da frente ― disse Harland com um rosnado. ― Eu não posso deixar você matá-lo ― disse Clayton. Sparrow saiu de seu assento, sua mão indo automaticamente para sua arma. Seus olhos ficaram presos nos de Harland. ― Ele não está autorizado a viver com tudo o que ele sabe ― Harland argumentou. ― Esse tipo de conhecimento faz dele um homem muito perigoso, Clayton. ― Ele não vai dizer nada ― respondeu Clayton. ― E como você sabe disso? — Harland não estava disposto a acreditar cegamente como Clayton parecia estar. Ele tinha um companheiro e dois filhotes para proteger. Ele mataria o xerife em um piscar de olhos, se isso mantivesse sua família segura. ― Ele cheira engraçado ― disse Clayton em um sussurro baixo. ― Sério? — Harland não podia acreditar no que estava ouvindo. Se Clayton achava que Sparrow era seu companheiro, Harland não podia matar o desgraçado. Isso o deixou em uma posição muito desconfortável. ― Sim. — Clayton assentiu antes de olhar por cima do ombro em


Sparrow. O delegado ainda estava ali, com os olhos atentos, a mão sobre a arma ao seu lado. Harland soltou uma maldição antes de mover-se de volta para o balcão. Tudo nele disse para se livrar do policial e lidar com as consequências de Clayton, mas ele sabia que não poderia fazer isso. Clayton virou-se para Sparrow. ― Você não vai dizer nada a ninguém sobre o que você viu hoje? A expressão de Sparrow tornou-se cínica. ― E quem diabos iria acreditar em mim? — O homem parecia um pouco abalado. Isso era de se esperar. ― Isso não responde a pergunta de Clayton ― Harland apontou. ― Eu preciso saber se você é uma ameaça para a minha família. — Seu tom era menos amigável. Sparrow balançou a cabeça. ― Eu não tenho certeza do que eu vi hoje, mas eu não sou uma ameaça. — O homem retirou a mão de sua arma e esfregou-a sobre sua mandíbula. ― Não para sua família. Mas eu ainda tenho que descobrir quem matou Stork. ― Experimente o maldito traficante ― cuspiu Harland, ainda não à vontade com o fato de que Sparrow agora tinha poder sobre ele. Os olhos de Sparrow endureceram. ― Eu acho que sou inteligente o suficiente para já ter questionado o revendedor. Eu posso ser um xerife de cidade pequena, mas isso não quer dizer que eu tenho um cérebro de cidade pequena. — Sparrow balançou a cabeça. ― Mesmo se eu quisesse varrer isto para debaixo do tapete, há um promotor figurão que ficou muito interessado neste caso. Ele está apontando para você, Harland. Por essa Harland não estava esperando. ― Quem? Sparrow encolheu os ombros com indiferença. ― Um cara chamado Roger Downfire. Ele está realmente interessado neste caso.


― Mas como é que algum importante promotor sequer ouviu sobre isso? ― perguntou Harland. Não fazia qualquer sentido para ele. Este era um problema de cidade pequena, e Stork não era um figurão que iria reunir a atenção de alguém importante. ― Sei lá ― disse Sparrow. ― Mas eu pensei a mesma coisa. Eu estive olhando para esse cara, no entanto. Ele vem da mesma cidade onde Dresden estava vivendo. Eu não acredito em coincidências. Nem Harland. ― Eu não deveria estar dizendo nada disso ― continuou Sparrow. ― Mas ele diz que tem um caso montado contra você. ― Nem fodendo ― disse Clayton. ― Harland não estava em qualquer lugar perto desse trailer quando Stork foi morto. ― Eu vou fazer um pouco mais de investigação ― disse Sparrow. ― Tentarei descobrir qual o verdadeiro motivo de Downfire. ― E quanto a mim? ― Perguntou Harland. ― Você sabe muitas coisas sobre nós agora. Sparrow mordeu o lábio inferior antes de cruzar os braços sobre o peito. ― Toda esta situação é louca como o inferno ― ele admitiu. ― Mas eu já tenho Dunham cobiçando o meu trabalho. Eu não estou dando a ele ou qualquer outra pessoa qualquer munição para usar contra mim. A contragosto, Harland caminhou até o xerife e estendeu a mão. Para crédito do homem, ele não vacilou ou afastou-se. Seu aperto era firme quando ele apertou a mão de Harland. ― Se você não se tornar uma ameaça para a minha família eu não vou te matar ― afirmou Harland. ― Parece justo ― disse o xerife. ― A propósito, parabéns pela criança. Clayton riu. ― Um bebê saudável.


Olhos perplexos fitaram Clayton. ― Eu não quero nem saber como um homem pode dar à luz. Harland não disse uma palavra. Se Sparrow era o companheiro de Clayton, o homem descobriria em breve... talvez. Mas até lá, Harland estava ansioso para voltar lá em cima. ― Eu vou deixar você vê-lo ― disse ele para Clayton antes de sair da cozinha. Ele com certeza esperava que o xerife fosse um homem honrado. Porque se ele não fosse, Clayton ia odiar Harland quando ele matasse o cara.

Depois de três semanas enfiado dentro de casa, Dresden estava pronto para um pouco de ar fresco. Ele decidiu dar um passeio. Renee tinha as crianças lá em cima, os dois rapazes estavam tirando uma soneca. Bem, ele não consideraria Austin como cochilando. O bebê ainda estava dormindo a maior parte do tempo. No entanto, era bom obter alívio de um momento de sua vida como pai. Ele dirigiu-se para o estábulo, um lugar que estava começando a amar. Havia apenas algo sobre o cheiro de cavalos e feno que dava prazer a Dresden, mesmo ainda não sabendo montar muito bem, mas Harland estava dando-lhe aulas até Dresden ter avançado muito em sua gravidez para continuar. Ele ouviu um carro parar na calçada, mas Dresden ignorou. Fez o seu caminho para o estábulo a fim de ver os cavalos em suas baias. Havia uma


grande égua preta chamada Orgulho do Diabo. Segundo Harland, o esperma do cavalo era uma verdadeira máquina de fazer dinheiro. Dresden torceu o nariz para a idéia de como os cavalos se reproduziam, para não mencionar o pensamento de como, por vezes, o valioso esperma de animal era extraído. Mas havia mais dois garanhões também. Parecia que o Triple-B possuía um negócio muito lucrativo. Não só possuíam garanhões, também tinham um pequeno rebanho de gado Angus, que eles criavam por causa da carne bovina, de acordo com Clayton. ― Engraçado te encontrar em uma fazenda. Dresden congelou quando ouviu uma voz que pensou que nunca mais ouviria novamente. Deus, não! Não podia ser. Ele lentamente se virou para ver Roger Downfire de pé na porta aberta do estábulo. ― O que você está fazendo aqui? Roger sorriu quando entrou. Seus sapatos polidos arrastando o chão enquanto andava. ― Você achou que eu iria deixar você fugir de mim, Dresden? Sim, Dresden achava. Não tinha sido nada mais do que um brinquedo para Roger, uma bunda doce que o promotor de alto perfil gostava de mostrar em festas. O homem não tinha interesse no futuro de Markey, ou no de Dresden. Roger era o homem mais egoísta que Dresden já conheceu. ― Por que você se importa? — Dresden perguntou enquanto pânico começou a enchê-lo. ― Eu não era nada, além de uma peça de mostruário. Você ainda provou isso quando espalhou essas mentiras sobre mim e arruinou minha carreira. O ombro de Roger levantou casualmente em um encolher de ombros indiferente. ― Eu lhe disse para não me desafiar. ― Você me arruinou, porque eu não queria ser seu troféu por mais


tempo. — E porque Dresden resolveu acabar com tudo quando Roger tentou convencê-lo a dar Markey para adoção, afirmando que um único pai não estava apto para criar uma criança. Ele sabia que Roger não tinha interesse nenhum sobre Markey no coração. O homem só não queria dividir Dresden com um bebê. Ele via Markey como uma ameaça. Dresden tinha passado uma boa parte de suas economias pagando todas as contas médicas para a mãe de aluguel. Ele estava esticando a sua renda para ter Markey. As economias que ele tinha guardado sumiram quando Roger tentou levar Dresden a tribunal por uma pintura que ele jurou que Dresden roubou dele. Os honorários do advogado haviam matado Dresden. Depois que o caso foi fechado — e Roger não ganhou — sua reputação estava arruinada. Havia sido rotulado de fraude, o que Dresden não era. Roger sabia muito bem que Dresden não tinha roubado nada. O homem queria apenas acabar com a carreira de Dresden. ― E é exatamente por isso que eu vou afundar o seu novo namorado ― disse Roger quando um olhar de desdém absoluto atravessou seu rosto. ― Realmente, Dresden, um cowboy? Que ridículo. Você não pertence a uma fazenda, ordenhando vacas. ― Você é um idiota, Roger. ― Isso pode ser, mas já que você insiste em me desafiar, eu vou destruir todos que você se importa. Tenho certeza que o caso contra Harland está mais do que fechado. Ninguém vai acreditar nele ao invés de um promotor público de prestígio. Vou tê-lo apodrecendo na prisão para o resto de sua vida. E isso é só o começo. Roger era um maluco delirante e obsessivo que estava cego por seu desejo de vingança. Se o homem realmente pensasse sobre o que ele estava fazendo, ele poderia ter pensado nas coisas um pouco mais a fundo. O


delegado já estava desconfiado de Downfire, e com razão. Não havia nenhuma maneira que Sparrow colocaria a culpa do assassinato de Stork em Harland. Roger tinha perdido a noção da realidade e Dresden tinha pavor de que o homem faria algo para machucá-lo. O homem estava desequilibrado. Dresden tentou sair, mas Roger agarrou seu braço em um aperto brutal, parando-o em seu caminho. ― Até o momento que eu acabar com você, ninguém vai querer sua bunda. Você poderia ter tido tudo comigo. Dresden puxou seu braço, mas o domínio de Roger era muito forte. Ele empurrou para o cara, mas não levou a lugar nenhum. ― Deixe-me ir, Roger. ― Você acha que você pode ganhar esta guerra contra mim? — Roger perguntou quando seu aperto se intensificou. ― Você me fez de tolo quando disse à imprensa que eu era incompetente na cama e que eu estava apenas tentando acertar as contas com você por causa das minhas falhas. Apesar da gravidade da situação, Dresden sorriu. ― Era o mínimo que eu podia fazer depois de você me arruinar. ― Sua vadia. — Roger levantou a mão e bateu Dresden com tanta força que sua cabeça girou para trás. ― Ninguém leva a melhor sobre um Downfire. ― Que tal eu levá-lo há um estado de coma? Dresden quase chorou de alívio quando ouviu a voz grossa e mortal de Harland. Quando ele virou a cabeça, não só Harland estava de pé na porta, mas o xerife também. ― Fico feliz em saber que você estava manipulando este caso ― disse o xerife Sparrow. ― Eu vou ter uma conversa com seu chefe sobre suas práticas éticas. Roger rosnou quando agarrou Dresden pelos cabelos e puxou sua cabeça para trás. Ele puxou uma arma de dentro de sua jaqueta e colocou-a


sob o queixo de Dresden. ― Você não vai me arruinar, seu puto! Sparrow sacou sua arma e a apontou em questão de segundos. ― Eu acho que você fez um bom trabalho por si mesmo. Acabou Sr. Downfire. Abaixe sua arma antes de eu estragar o seu dia. Dresden podia ver os olhos de Harland mudando. Passaram de seu belo azul normal, ao âmbar. Suas garras estavam soltando enquanto o homem mantinha os olhos fixos em Roger. ― Eu não vou ser vencido por uma prostituta sem valor e seu vaqueiro imundo! — Roger enfiou a arma mais forte contra a mandíbula de Dresden. ― Agora sai da porra do meu caminho. Dresden não ia deixar este homem tirar o que ele tinha finalmente encontrado. Roger não tinha ideia do que era o verdadeiro amor, ou o quanto uma família poderia mudar a vida de um homem. O cara era narcisista e superficial. De certa forma, Dresden quase sentiu pena do cara. Roger nunca saberia o que era a felicidade. Rezando para que não estivesse selando seu destino, Dresden usou toda a sua força quando ele empurrou o cotovelo no estômago de Roger. A distração era tudo que precisava. Dresden caiu no chão quando Harland correu até o homem, derrubando Roger fora de seus pés. Mas Dresden não ia deixar seu companheiro matar ele. Roger não valia à pena. Dresden empurrou-se a seus pés e, em seguida, agarrou Harland pelo pescoço musculoso, puxando-o duro. ― Deixe-o ir. Mas parecia que Harland não estava ouvindo enquanto dirigia seus punhos no rosto de Roger uma e outra vez. Jed e Bryson entraram no celeiro, puxando Harland do Promotor Público. Sparrow moveu-se e algemou o homem antes de ler a Roger seus direitos. Sparrow e Bryson demoraram em levar Roger embora. Ele estava


gritando e lutando por todo o caminho. Harland virou e segurou o rosto de Dresden, virando-o de um lado para outro quando o homem fez uma careta. ― Eu vou acabar com ele novamente por deixar uma marca em você. ― Eu estou bem ― insistiu Dresden. ― Eu só não entendo homens como ele. ― Nem eu ― disse Harland. ― Eu ouvi toda a conversa. Dresden abaixou a cabeça. ― Então você sabe que eu costumava sair com ele. ― Eu posso te perdoar ― Harland brincou. ― Todos nós temos nossos momentos de insanidade. Dresden riu. ― Sim, nós temos. Mas pelo menos agora as acusações contra você serão descartadas. ― Isso ainda não nos diz quem matou seu tio. Dresden atou o braço com o de Harland quando seu companheiro os encaminhou para fora. ― Talvez nunca saibamos. Enquanto ninguém apontar o dedo para você, eu posso viver com isso. Pode ter soado insensível, mas não havia nenhum amor perdido quando se tratava de Stork. Ele tinha sido um verdadeiro idiota desde o momento que Dresden desceu daquele ônibus. Contanto que ele tivesse sua nova família, Dresden poderia lidar com o que a vida jogasse para ele. ― Eu vim aqui porque eu tenho algo para lhe mostrar ― disse Harland enquanto guiava Dresden dentro de casa e no andar de cima. ― Se é uma maneira de fazer outro bebê, esqueça seu imbecil. O lábio inferior de Harland deslizou para fora. ― Oh, vamos lá. Só mais um? ― Sério? ― Perguntou Dresden, perguntando-se se Harland estava apenas brincando com ele ou sendo honesto e querendo tentar novamente.


Não que Dresden renunciaria sexo, mas o uso de proteção não poderia ferir até que Austin fosse um pouco mais velho. ― Não. — Harland deu uma risada profunda. ― Mas podemos praticar. Dresden bateu no braço de seu companheiro. ― O que é que você quer me mostrar? Harland levou-o para um pequeno quarto no final do corredor. Ele parou Dresden apenas fora da porta. ― Não é muito, como da para ver, mas quando Sparrow começou a investigar sobre o promotor babaca, ele se deparou com algumas informações interessantes que passou para mim. Dresden estava com muito medo de perguntar o que Harland sabia. Sua vida como menino brinquedo de Roger não tinha sido o seu momento de maior orgulho. Não havia como dizer que tipo de rumores que o xerife tinha ouvido falar. Harland inclinou-se em torno de Dresden e abriu a porta do quarto. Dresden entrou e engasgou. Era um pequeno estúdio. Dresden entrou no quarto enquanto ele olhava para as telas em branco encostadas numa parede. O quarto era iluminado por uma grande janela de um lado e havia um enorme baú de sentar no centro. Dresden abriu e viu vários materiais de arte estocados dentro do baú. ― Agora, eu não sei nada sobre pintura. Mas se eu não consegui o que você precisar, você sempre pode encomendar. Dresden girou, havia lágrimas em seus olhos quando ele abraçou seu companheiro. ― Por que diabos você fez tudo isso para mim? ― Isso é fácil ― disse Harland quando ele passou os braços em torno de Dresden. ― Porque eu te amo e achei que você fosse querer de volta uma parte de sua vida que foi tirada de você.


E era por isso que Dresden amava tanto o homem. Ele era o oposto total de Roger, até mesmo de Stork. Harland tinha um grande coração, e Dresden amava seu companheiro a cada respiração que dava. Harland acariciou a bunda de Dresden. ― Desde que você me deu dois filhos e você provavelmente está morrendo de vontade de começar aqui, eu vou adiar os planos de casamento. ―

Não

em

sua

vida.

Dresden

inclinou-se

e

beijou

seu

companheiro, derramando todo o amor e paixão que ele sentia pelo homem em um beijo. Quando ele se afastou, Dresden sentiu-se ofegante. ― Oh, droga ― disse Harland em um tom rouco. ― Eu preciso te dar um estúdio com mais frequência. ― Não ― disse Dresden. ― Tudo que eu preciso é o amor do meu cowboy. Harland

beijou

Dresden

na

ponta

de

seu

nariz.

Você

definitivamente tem isto, meu pequeno e doce empregado. ― Você pode acabar ganhando meu telefone. — Dresden riu, sentindo que sua vida estava completa.

FIM


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