Série Bear county #3 cowboy impertinente Lynn Hagen

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Cowboy Impertinente Bear County 3 Depois de testemunhar a mudança de um homem para um urso e ver outro dando a luz, o xerife Zackary Sparrow não quer ter nada a ver com Clayton Calabria. Ele corre na direção oposta até que ele para Josh Abrams por excesso de velocidade. Clayton não tinha certeza se ele deveria desistir de Sparrow. Já faz mais de um ano desde a última vez que falou com o xerife de Bear County. Ele sabia que Sparrow estava fugindo dele e parecia não ter nada que pudesse fazer a respeito. Isso foi até um loiro marcante explodir na cidade. Josh Abrams estava procurando por um novo começo. Ele nunca pensou em encontrar um bonito homem correndo atrás dele, muito menos dois. Mas quando o xerife encontra uma arma em seu banco traseiro, Josh deve provar sua inocência ou se arriscar a ir para a prisão. Quando Sparrow é baleado em um assalto, Clayton e Josh tentam convencer o xerife que ele esta melhor com eles. Sparrow finalmente irá ceder aos seus desejos ou vai recusar os dois homens e continuar com a sua existência solitária?


Capítulo 1 Xerife Zackary Sparrow olhou para o relatório sobre a mesa enquanto ouvia o seu ajudante Dunham no corredor. —Você continua falando sobre o cargo de xerife. — disse o viceRanchard. —Você realmente acha que é sábio se vangloriar sobre a tentativa de assumir o trabalho de Sparrow? Ranchard e Dunham estavam conversando perto o suficiente para Sparrow ouvir. Ele sabia que Dunham tinha feito isso de propósito. Mas Sparrow não ia deixar o homem irritá-lo. Quando a reeleição chegasse, ele iria vencer por seus próprios méritos. Não recorrendo a falar besteira sobre o homem que estava concorrendo contra ele. —Tempo para uma mudança. — Dunham respondeu com certeza em sua voz. Desde que o auxiliar tinha começado há três anos, Dunham vinha sendo um pé no saco. Sparrow sabia que Dunham queria o seu trabalho. Deixe o homem tentar. O que todo mundo não percebeu foi que o auxiliar era todo conversa e pouca ação. Em um lugar como Bear County, era importante conhecer os moradores e suas vidas do dia-a-dia. Dunham poderia se importar menos sobre os moradores e suas necessidades. Ele estava interessado somente no título. —Ei, Zack. — Angelina colocou a cabeça em seu escritório e piscou para ele. Sparrow sorriu para sua irmãzinha. —Tenho um almoço aqui para todos. —Eu estou bem. — Ele colocou o relatório de lado. —Obrigado, apesar de tudo.


Ela entrou em seu escritório e fechou a porta. —Você já descobriu o que aconteceu com os traficantes de drogas que desapareceram? Sparrow sabia o que aconteceu com o Devil e seus comparsas, mas não foi nada que ele pudesse escrever em seu relatório. Quem acreditaria se ele dissesse que quatro ursos haviam matado os bastardos e depois se livrado dos corpos? —Ainda não. Ele estava investigando Abraham Sevilha, mais conhecido como Devil, pelo desaparecimento de Carl Penton. Ele sabia que Devil tinha matado Carl, e Sparrow estava trabalhando no caso até que Devil foi estúpido o suficiente para entrar na casa de quatro shifters urso. O traficante tinha ido atrás de Noah – companheiro de Jed – e Jed tinha matado o homem. E agora o caso de Carl Penton estava mais frio do que fevereiro, porque o suspeito número um de Sparrow estava morto. —Vai desfrutar do seu almoço, Ang. —Você trabalha muito e... — A voz de Ang parou e, em seguida, ela inclinou a cabeça. —Você precisa aprender a ter um pouco de diversão. Isso só lembrou a Sparrow de Clayton Calabria. O homem era um italiano quente, e Sparrow sempre sentia que a temperatura subia alguns graus quando o cara estava por perto. O problema era que Sparrow vinha evitando Clayton por mais de um ano. Ele tinha chegado a um acordo com o fato de que Clayton e seus amigos eram seres humanos que podiam mudar para ursos, mas o que ele não poderia envolver sua cabeça ao redor era o fato de que ele se interessava por um cara que também era um animal. Parecia muito maldito estranho para ele. A mente lógica de Sparrow recusou-se a acreditar no que seus olhos tinham visto. Além disso, depois de testemunhar um homem dar à luz, Sparrow não tinha medo de admitir que estava um pouco assustado.


E se ele e Clayton fizessem sexo e Sparrow ficasse grávido? O pensamento fez seu coração bater contra seu esterno e as palmas de sua mão suarem. —E o que faz de você uma expert em minha vida pessoal? — ele perguntou a ela. —Porque eu te conheço desde que nasci e você sempre trabalha muito e se diverte muito pouco. — Ela descansou a mão na porta. Sparrow conhecia aquele olhar. Angelina iria interferir e isso era a última coisa que ele queria. Sparrow estreitou os olhos. —Nem pense nisso, Ang. —O quê? — Ela perguntou inocentemente, mas Sparrow não estava caindo nessa. Pelo menos, não nessa parte inocente e doce que ela estava demonstrando. Ela era jovem, vinte e dois anos para ser exato, e ainda era verde em torno das bordas. Sua irmã mais nova ainda acreditava em romance de conto de fadas e que todos os homens eram inerentemente bons. Ele gostava que ela visse a vida dessa maneira, mas Sparrow não era tão ingênuo. A parte que ele não estava acreditando era em sua atuação de que ela não sabia do que ele estava falando. —Não dê uma de casamenteira. — Ele apontou um dedo para ela. — Fique fora da minha vida privada. —Seu protesto foi devidamente anotado. — disse ela. Sparrow suspirou. Ela estava indo para interferir de qualquer maneira. Ele balançou a cabeça enquanto se levantava, agarrando o chapéu antes de colocá-lo e caminhar em direção à porta. —Você não tem que começar a trabalhar? Ela sorriu e beijou-o no rosto. —Eu estou indo. Eu vou acompanha-lo para fora.


Jogando o braço por cima do ombro, Sparrow puxou sua irmã mais próxima e em seguida, deixou o prédio com ela. Ele beijou sua irmã sobre a têmpora e depois a deixou ir. —Vejo você hoje à noite para o jantar. —Tenha cuidado. — Ela entrou no carro e foi embora, deixando Sparrow ali parado olhando a cidade. Estava crescendo, mais empresas estavam abrindo, um novo fluxo de pessoas que se deslocavam em busca de oportunidades. Ele só esperava que Bear County não perdesse o seu ar caseiro e a sensação pitoresca com tantas coisas novas aparecendo. Deixando de lado um profundo suspiro, Sparrow entrou em seu carro patrulha preto e vermelho e desceu a rodovia 14. Nem dois minutos fora da cidade e ele viu alguém correndo pela estrada. Sparrow ligou as luzes e sirene. O surrado Camaro diminuiu e em seguida puxou para o lado da estrada. Sparrow saiu com a mão na coronha da arma quando ele se aproximou do carro. Quando ele parou na janela do motorista, ele bateu no vidro com os nós dos dedos. —Abaixe. O homem procurando algo em seu porta-luvas. Quando o motorista virou-se para sorrir para ele, Sparrow foi instantaneamente à luxúria. Os deslumbrantes olhos azuis do homem eram as coisas mais bonitas que ele já tinha visto. O som mecânico da janela abaixando encheu o ar, antes que o cheiro de algo frutado encheu os pulmões de Sparrow. Se fosse um aromatizador, então ele era forte. Mas Sparrow tinha a sensação de que era algo que o cara estava usando. —Você sabe o quão rápido você estava indo? —Minha coisinha de velocidade está quebrada. Coisinha de velocidade? —Licença, cartão de seguro e de registro. — disse Sparrow.


O homem estendeu a mão em sua viseira e pegou um cartão. Todo o tempo Sparrow foi tentando o seu melhor para verificar o homem sem ser demasiado óbvio. O cara era magro, tinha o cabelo loiro-branco, e era lindo de morrer. Pena que Sparrow tinha que escrever a esse cara uma multa. —Eu tenho a minha licença, mas eu peguei este carro emprestado. — O motorista entregou-lhe as coisas que Sparrow havia pedido. O seguro e o registro estavam sob o nome de Greg Abrams, enquanto a carteira de motorista afirmou que o motorista era Josh Abrams. —Meu irmão está em serviço então ele disse que eu podia usar o seu carro enquanto ele estiver na ativa. Usá-lo ou roubá-lo. Sparrow não estava certo. Ele não ia ser enganado por um rosto bonito. —Será que ele assinou algo dizendo que você poderia usar seu carro? O rosto do homem caiu. —Bem, não. Mas ele é meu irmão. Eu não achei que ele tinha que assinar qualquer coisa. Sparrow era geralmente muito bom em ler as pessoas, mas ele não podia obter um parecer sobre esse cara. —Então você tem alguma forma de verificar o que você está me dizendo?— Sparrow olhou para a licença. Josh tinha 1,73 de altura, 54 quilos e era de Maine. —Você esta a um longo caminho de casa, Sr. Abrams. —Por favor, me chame de Josh. — O homem começou a mastigar a sua unha. —Eu não posso chamar Greg. Ele está no exterior. História provável. —Espere um momento. Sparrow voltou para seu carro e pelo rádio pediu pela informação. A estação deveria estar recebendo as atualizações. Sparrow tinha feito um pedido para que os carros de patrulha fossem equipados com terminais de dados móveis para que ele pudesse simplesmente colocar as informações de


Josh em um laptop, mas o pedido ainda estava pendente por isso ele tinha que fazer as coisas da maneira antiga. Sparrow ficou lá curtindo a brisa suave que soprava através de seu carro, enquanto olhava para o veículo de Josh. O cara poderia estar dizendo a verdade. Ele esperava que Josh estivesse. O despachante o chamou de volta pelo rádio, dizendo a Sparrow que Josh estava limpo e não houve relato do carro ser roubado. Sparrow saiu do carro e caminhou de volta para Josh. Mas antes de chegar à janela do motorista, Sparrow olhou no banco traseiro. O que ele viu mudou tudo. Sparrow puxou sua arma e apontou-a para Josh. —Saia devagar.

Clayton puxou para uma vaga de estacionamento em frente à estação dos correios. Ele veio à cidade para pegar um pacote quando viu Sparrow chegar à delegacia, saindo de seu carro de patrulha. O que chamou sua atenção foi o loiro bonito que o xerife estava puxando do banco traseiro. Havia algo frutado no ar, como cítricos e morangos. Clayton se moveu um pouco mais perto, ainda cheirando quando percebeu que o loirinho era um shifter urso. —Não era meu!— O loiro estava gritando enquanto Sparrow arrastava o homem algemado para a delegacia.


Curioso, Clayton os seguiu. O xerife o esteve evitando desde que o ser humano tinha testemunhado Dresden dar a luz. O xerife tinha entrado bem na hora que Dresden estava empurrando o bebê para fora. Vendo um estranho no quarto, Harland havia mudado em sua forma de urso para proteger seu companheiro, e Clayton teve que intervir falando com Harland para pará-lo de matar Sparrow. Esse pensamento lhe escapuliu quando o aroma frutado ficou mais forte. Clayton estava mais intrigado com o estranho agora do que com Sparrow não querer vê-lo. Clayton entrou no edifício fresco, sua pele instantaneamente em comichão quando seu suor começou a secar. Era o início do verão e as temperaturas diurnas já estavam bem altas. —Ei, Clayton. — O vice-xerife Harold, sorriu para ele quando Clayton entrou no saguão. —Posso te ajudar com alguma coisa? Clayton balançou a cabeça, seguindo o cheiro delicioso. Era quase como se estivesse chamando-o, fazendo-o andar em um estado de quase transe. Ele alcançou o corredor de volta para onde ele sabia que as celas estavam localizadas, mas foi interrompido pelo oficial Dunham. —Você não pode entrar lá. —Quem era aquele cara?— Clayton perguntou enquanto tentava ver por trás do oficial. —Não tenho certeza, mas você vai ter que voltar lá para frente, Clayton. — O vice acenou com a mão na direção que Clayton havia vindo. Ele não queria ir. Clayton queria descobrir onde a beleza loira estava. Em vez disso, ele decidiu esperar por Sparrow no escritório do homem. Não só ele estava indo para obter respostas sobre o desconhecido, mas ele estava indo para confrontar o homem sobre o que ele tinha visto.


Já era tempo de Sparrow vir limpo com ele. Ele gostava do xerife, e até que o ser humano houvesse descoberto sobre shifters urso, Clayton tinha certeza de que o homem gostava dele. Ele sentou-se a mesa de Sparrow, colocando as mãos atrás da cabeça enquanto ouvia Sparrow falando no corredor. Quando o xerife entrou, ele parou e Clayton podia ver o desejo nos olhos escuros do homem antes de rapidamente desaparecer. —O que você está fazendo aqui?— Sparrow foi até sua mesa, como se Clayton fosse saltar para cima e dar ao homem o seu lugar. Ele não o fez. —Quem era aquele cara que você trouxe? —Eu não vou discutir com você os meus casos. Agora, me diga por que você está aqui. —O tom do homem era brusco e Clayton não apreciou isso. Ele não tinha feito nada de errado para Sparrow. —Tudo bem, então me diga por que eu quase não o vejo mais por perto. — Desta vez, Clayton chutou os pés em cima da mesa. Ele sabia que estava abusando da sorte, mas ele queria ter uma reação de Sparrow. —Eu tenho trabalhado muito. — Sparrow bateu os pés de Clayton para baixo. —Agora, se você não se importa, eu tenho a papelada para ser concluída. Clayton ficou de pé e agarrou Sparrow pela frente de seu colarinho. O homem era grande e musculoso, mas Clayton não estava preocupado com Sparrow derrubando-o em sua bunda. Pelo menos ele não esperava. Clayton sabia que não levaria Sparrow para baixo facilmente se o cara decidisse brigar com ele. Mas Clayton queria respostas, mesmo que isso significasse rasgar este escritório à parte. —Basta dizer isso. — disse Clayton se aproximando. —Diga que você está com medo de mim agora que você sabe a verdade.


Sparrow rosnou quando ele bateu as mãos de Clayton livre. —O que há com você? Os sons no corredor lembraram Clayton que os dois não estavam sozinhos. Ele limpou a garganta, baixando a voz. —Esperei pacientemente por você para vir ao redor da ideia de que eu sou um shifter urso. Eu esperei algumas semanas ou mesmo alguns meses. Mas caramba, cara, um ano? —Vir em torno de quê?— Sparrow andou atrás de sua mesa, contornando Clayton, mas não tomou assento. Ele ficou lá, dando a Clayton um olhar que deveria tê-lo parado em suas trilhas. Ainda bem que ele não era facilmente intimidado. Clayton cruzou os braços sobre o peito. —Diga-me que você não está atraído por mim, Sparrow. Diga-me que você não quer transar comigo tanto quanto eu quero te foder. A imagem dos dois nus saltou à sua mente, e Clayton ficou meio duro. Ele tinha muita frustração sexual reprimida e estava morrendo de vontade de libera-la com o xerife. Ele não teria nenhum problema em trancar a porta do escritório, inclinar Sparrow sobre a mesa e foder o homem até que ambos estivessem suados e gastos. Sua calça jeans tornou-se apertada e desconfortável. —Eu não tenho tempo para isso. — Sparrow sentou-se, ligou o computador e fingiu ignorar Clayton. Mas Clayton podia sentir o medo no homem. A pergunta era, do que Sparrow tinha tanto medo? Clayton estava cansado de esperar pelo cara. Ele não queria passar mais um ano se perguntando quando Sparrow estava indo para vir a seus sentidos. Em suma, ele estava cansado de esperar e estava indo para agarrar a vida pelas bolas. Ou isso, ou pegar as bolas de Sparrow. Caminhando ao redor da mesa, Clayton ficou atrás do xerife.


—O que você está fazendo?— Sparrow virou, mas Clayton pôs as mãos nos ombros do homem e começou a moer os dedos nos músculos tensos do humano. —Cale a boca e ouça. — Clayton ainda podia sentir o fraco cheiro frutado em Sparrow. Devia ter transferido para o delegado quando ele trouxe seu prisioneiro para dentro, Clayton se inclinou para frente, não só inalando o cheiro do estranho, mas o de Sparrow também. A combinação era como um afrodisíaco para Clayton. —Você vai parar de correr de mim, Zackary Sparrow. Eu quero você e eu não estou levando um não como resposta. —Então você vai ficar muito desapontado. — Sparrow empurrou as mãos de Clayton a distância. —Agora sai do meu escritório antes de eu o coloque em uma das celas. —É porque eu sou um urso?— Clayton perguntou antes de dobrar mais perto do ouvido de Sparrow. —Ou é porque você viu um homem dar à luz? —Fora!— Sparrow se atirou a seus pés, com o rosto vermelho de raiva. Clayton teve sua resposta. O homem estava com medo de que ele iria acabar grávido. Por mais que Clayton quisesse tranquilizar o cara que não iria acontecer, ele não podia. Shifters não estavam cem por cento certos de quem era seu companheiro até que eles dormissem com a pessoa e ela ficasse grávida. A possibilidade de que Sparrow concebe-se era elevada. Se o cara fosse de fato o companheiro de Clayton. —Tudo bem, mas eu não vou longe. Você fugiu de mim por tempo suficiente. — disse Clayton enquanto se dirigia para a porta. Ele virou-se quando sua mão pousou sobre a maçaneta. —Você pode ter todo o medo que quiser, mas eu estou longe de ter terminado com você. —Fora. — Sparrow rosnou a palavra entre os dentes cerrados.


Clayton saiu do escritório, batendo a porta atrás de si. O barulho chamou atenção, mas Clayton não se importava. O xerife Zackary Sparrow era dele e ninguém, nem mesmo o xerife iria ficar no caminho de Clayton.

Capítulo 2 —Você quer me dizer por que havia uma espingarda serrada em seu banco de trás?— Xerife Sparrow perguntou parando do lado de fora da cela de Josh. —Se você acha que a raspagem do número de série fora vai te salvar, você está errado. Ainda existem maneiras de controlar esta arma. —Eu peguei um carona no meu caminho até aqui. — Josh explicou, lembrando do cara claramente. Mas o cara parecia tão inofensivo. Tinha sido uma longa viagem de Maine e Josh estava tão entediado que queria bater com a cabeça no volante. Quando ele tinha visto o homem na beira da estrada, Josh tornou-se animado, querendo alguém para conversar, além de si mesmo. Josh não tinha sequer protestado quando o estranho pediu para se esticar no banco de trás e tirar um cochilo. Se o cara tinha escondido uma espingarda no carro de Greg, então o que mais estava lá? Oh, Deus, e se houvesse drogas ou dinheiro roubado escondido lá atrás? Josh queria bater com a cabeça nas barras por ser tão estúpido. O que ele estava pensando? Aparentemente, em nada. Greg costumava dizer-lhe todo o tempo que ser agradável não levava a lugar algum. Josh nunca acreditou nisso.


Ele acreditava agora. Bem, ele estava indo a algum lugar e era direto para a cadeia. Ele nunca teve um dia sequer de problemas em sua vida. Ele enfiou as mãos axilas, obrigando-se a não tremer tanto. Mas não foi fácil, não quando o seu coração estava batendo a mil batidas por segundo e seu estômago estava em um nó apertado. —Por acaso você pegou um nome?— O xerife enrolou seu lábio superior para o lado. Josh sabia o que isso significava. O homem estava tentando engana-lo por uma resposta. —Ou isso é outra história que você está conjurando para mim? —Esse é o carro do meu irmão!— Greg tinha embarcado há duas semanas e tinha dito a Josh que ele podia usar o carro até que Josh pudesse pagar um de sua própria autoria. Desde que Josh estava atualmente desempregado, a compra de seu próprio transporte estava a um longo caminho. Isso estava se transformando em uma confusão do inferno. —Eu tenho alguém olhando para essa afirmação. — O xerife inclinou o braço musculoso na parede ao lado da cela de Josh. —Mas o que eu quero saber é por que você iria pegar um carona em primeiro lugar, se é isso que realmente aconteceu. Tinha sido um impulso estúpido. Se pudesse voltar no tempo para quando ele tinha visto pela primeira vez aquele estranho maldito, ele passaria por cima do cara, em vez de dar-lhe uma carona. Josh sentou-se na cama fina, desejando que ele tivesse ficado em casa em vez de dirigir por todo o país. —Meu primo me disse o quanto ele amava esta cidade. — Josh confessou torcendo as mãos em seu colo. —Ele disse que seria uma boa maneira para eu começar de novo. Eu não tinha ideia de que eu precisava de algo por escrito para usar o carro de Greg e eu juro que não sabia que o estranho tinha uma espingarda com ele.


—Seu primo? —Harland Macy. — Josh percebeu como o xerife ficou tenso com a menção do nome de Harland então ele começou a falar mais rápido. —Tia Renee voou até aqui muitas vezes e cada vez que ela voltava era para falar sobre o quanto ela ama Bear County. Eu juro, eu não sou um cara mau. —Não. — o delegado disse quando se inclinou mais perto, sua voz caindo para um sussurro ameaçador. —Você é um shifter urso do caralho. Josh estava atordoado que o xerife soubesse. Mas o que chocou ainda mais foi o fato de que o xerife apenas virou e foi embora, uma profunda carranca no rosto. Josh caiu de costas, gemendo enquanto olhava para o teto. Por que o xerife não gostava de shifters? O que Harland tinha feito para justificar tal animosidade do xerife? Ele virou a cabeça, ouvindo atentamente ao som de passos que se aproximavam. Embora Sparrow fosse um homem quente, Josh não estava mais com vontade de ser interrogado pelo humano charmoso. Mas não foi Sparrow que entrou no corredor. Josh sentou-se, farejando o ar quando alguém veio à tona. —Você é um urso. E o recém-chegado era tão bonito quanto Sparrow. O que tinha esta cidade? Eram todos os homens de boa aparência? Josh gostou de como o cabelo do cara ficou em pé, como se o homem tivesse acabado de sair de uma montanha russa. Parecia feito pelo vento, mas ele podia dizer que o estranho usou algum tipo de produto de cabelo para obter os fios para ficar para cima. —Quem é você?— O estranho perguntou quando inclinou a cabeça para o lado. O cheiro de pinheiros e couro macios encheu a cela de Josh. O aroma lembrou-lhe das muitas viagens de camping que tinha tomado com seu tio quando Josh era mais jovem. Era como se ele estivesse de volta a Baxter State Park. —Josh Abrams. E você?


—Clayton Calabria. — O homem estendeu a mão e Josh alcançou através das barras para agitá-la. Esse nome soou familiar. Josh correu seu cérebro e então se lembrou de seu primo Harland falando de alguém chamado Clayton. Ele era um dos proprietários da fazenda Triple-B e um dos bons amigos de Harland. —Você conhece Harland?— Esse tinha que ser o mesmo cara sobre o qual Harland tinha falado ao longo dos anos. Mas seu primo não tinha contado a Josh o quão impressionante Clayton era. As sobrancelhas negras de Clayton dispararam. —Como você o conhece? —Ele é meu primo. Clayton não parecia convencido. —Eu cresci com Harland. Se ele tivesse um primo, eu iria saber. —Harland tem mais de um. — disse Josh. —E eu não sei por que ele não me mencionou, mas estamos relacionados. —Huh. — Clayton coçou o queixo que tinha a barba de um dia sombreando sua forte mandíbula. —Eu vou ter que falar com Harland sobre manter os parentes de boa aparência em segredo. Os dedos de Josh enrolaram em torno das barras enquanto olhava sobre o ombro de Clayton, rezando para que o xerife não voltasse aqui tão cedo. Sparrow não parecia o tipo que perdoava e Josh tinha a sensação de que Clayton havia escapado de volta para as celas sem permissão. —Enquanto você está nisso, você pode chamá-lo e dizer-lhe que estou aqui? Clayton inclinou um braço contra as grades, os olhos varrendo para cima e para baixo o corpo de Josh de uma forma que não poderia ser confundido com outra coisa senão interesse sexual. —Por que você está aqui dentro? —Sério?— Josh ficou boquiaberto com o homem. —Eu estou preso e você está tentando me foder?


—Você tem um cheiro muito bom. — Clayton lambeu seu lábio inferior. —Eu não posso fazer nada se meu urso esta atraído por você. —Este é o momento mais inoportuno, Clayton. —Josh largou as barras e sentou-se. —Só informe Harland para chegar aqui. Ele observou o shifter dar-lhe um último olhar de saudade, antes que ele balança-se a cabeça e saísse. Josh virou, colocando as mãos sob sua bochecha. Os caras nesta cidade eram bonitos, mas parecia que eles eram igualmente loucos.

No dia seguinte, Sparrow estava em Lamont Trailer Céu. Se Sparrow tivesse mais uma queixa sobre Buck Buchanan, ele ia torcer o pescoço do rapaz. Parecia que cada vez que ele prendia o causador de problemas, as acusações foram de alguma forma cair. Buck era um incômodo em torno destas peças e Sparrow fez tudo o que podia para manter o homem de causar mais problemas. Mas suas mãos estavam atadas quando Buck sempre vencia as acusações. —Aquele que te chamou é um mentiroso!— Buck gritou quando Sparrow inclinou o cara sobre o capô de seu carro de patrulha e o revistou. — Eu não fiz absolutamente nada de errado. Ele sabia que Buck era um dos traficantes de drogas neste trailer. Se suas suspeitas estivessem corretas, o negociante principal. Infelizmente, Buck não tinha nada com ele no momento. Muito ruim. Sparrow teria amado ter levado o homem preso. Sparrow o deixou ir e viu quando os comparsas de Buck começaram a se reunir em torno do carro patrulha. Sparrow estava aqui sozinho. Mesmo


assim, ele desejava que alguém tentasse puxar alguma besteira de dublês com ele. Ele limparia o trailer com esses delinquentes. —O que é a denúncia, Oficial?— Um dos homens de Buck perguntou enquanto mastigava um palito. —Quem é você?— Sparrow não o conhecia e seu instinto dizia-lhe para verificar o cara. Ele não era alto como os outros. Ele tinha um olhar em seus olhos que disse que ele era mais esperto do que todos os homens por ali juntos. —Jack Frost. — O cara deu aos outros homens um sorriso malicioso quando ele se inclinou contra um trailer azul que tinha pontos de ferrugem esporádica decorando a metade inferior. —Parece que você pode estar carregando. — Sparrow puxou o cara para o carro, dobrou-o, e lhe deu um tapinha para baixo. Ele pediu reforços há dez minutos. Deveria estar aqui agora. —Carregando o quê?— O cara perguntou enquanto mantinha os dedos entrelaçados atrás da cabeça. O bandido não protestou que Sparrow lhe desse uma revista. Ele não discutiu ou ameaçou com Sparrow da forma como os outros teriam. —Eu acho que nós vamos descobrir. — Sua busca não resultou em nada. Sparrow pegou a carteira do homem e abriu-a para ver a carteira de motorista. Puxando-a livre, Sparrow verificou o nome. —Barry Sliman. — Sparrow jogou a carteira e identificação sobre o capô de seu carro. —Você parece um homem viscoso para mim. — Você pensa que é engraçado, policial? — Perguntou o homem. O cara era magro, construído como um corredor. Ele seria rápido se decidisse decolar. —Eu acho que sou fodidamente hilário. — Sparrow lançou o homem quando o outro carro de patrulha finalmente chegou. Era Dunham atrás do volante. Sparrow ia rasgar o idiota por demorar tanto tempo.


O que o indivíduo estava pensando, que o lixo desse lugar iria levar Sparrow para baixo e Dunham poderia escorregar para a posição do xerife, sem barulho, sem confusão? Ia precisar mais do que estes palhaços para levar Sparrow para baixo. —Coloque a porra das mãos para o alto. — disse Dunham para os homens em torno do carro de Sparrow. Ele começou a jogar seu peso em torno assim que ele saiu de seu carro. Dunham lembrava a Sparrow um pavão, exibindo suas penas – todo ostentação colorida e nenhuma ação. Era um show, nada mais. Isso fez com que os molares posteriores de Sparrow moessem juntos. —Eu tenho esse. — disse Sparrow para que somente seu vice pudesse ouvir. —Faça algum maldito trabalho de polícia e leve o resto dos homens para baixo. Dunham não parecia muito feliz com as ordens de Sparrow, mas obedeceu. Sparrow deslizou em seu carro e pelo rádio passou a identificação de Sliman. Enquanto esperava, ele observou Dunham ameaçar os homens que ele estava verificando. Mas foi Sliman que chamou sua atenção. O homem estava assistindo Sparrow um pouco perto demais. Quando o escritório retornou e disse que Sliman estava limpo, Sparrow saiu e deu ao homem sua carteira de motorista de volta. —Desapontado? — perguntou o bastardo. —Dificilmente. — respondeu Sparrow. Ele olhou para Dunham. — Coloque Buck na parte de trás do meu carro. —Pelo quê?— As narinas de Buck queimavam enquanto ele plantava as pernas largas. Sparrow olhou Buck nos olhos e disse calmamente — Você pode sentar lá e esfriar seus saltos enquanto eu escrevo uma multa por desordem e violação de ruídos.


Pena que Sparrow não podia levá-lo por algo mais, mas ele não era um policial corrupto e não estava indo para plantar qualquer coisa no cara. Seria bom tirá-lo da rua, no entanto. Depois de servir a multa, Sparrow e Dunham partiram. Sparrow voltou para a estação para verificar seu visitante atual, Josh Abrams. O homem estava deitado em sua cela, olhando para a parede oposta. Assim como com Clayton, Sparrow estava profundamente atraído por este homem, mas ele se recusou a se apaixonar por um shifter urso. Isso não impediu seu pulso de bater mais rápido quando ele olhou para Josh. Parecia que mesmo que ele não quisesse estar interessado, ele estava. Um brilho de umidade se formou sobre sua testa. Sparrow era um homem olhando para sua própria queda. —Alguma novidade?— Josh perguntou quando se sentou e passou a mão sobre seu cabelo loiro. Sparrow olhou para o homem, comendo a visão na frente dele. Grandes olhos azuis olharam para ele a partir de um rosto perfeito, à espera de uma resposta, e tudo que Sparrow podia fazer era ver como os dedos de Josh deslizaram suavemente através desses fios loiros. Seu pênis endureceu. —Nada ainda. — Ele abriu a porta da cela e entregou a Josh o almoço, os olhos deslizando sobre os dedos delicados que Josh puxou para longe de sua cabeça. Eles eram longos, magros, e Sparrow imaginou que poderia trazer-lhe horas de prazer. —Eu ainda não entendo por que você iria pegar um carona. Não sabe como isso é perigoso? Josh pegou a bandeja de Sparrow e se sentou antes de levantar o ombro esquerdo em um pequeno encolher de ombros. —Acho que eu só queria companhia. Dirigir tão longe fica solitário. —Isso não é uma maneira saudável de passar o tempo. — Sparrow apontou para a bandeja de prata. —Coma. Eu vou ver se a espingarda já voltou da balística.


—Não é minha. — Josh reiterou novamente. Sparrow tinha que sair dessa cela. Se Josh se movesse mais perto... —E se ela volta como usada em algum tipo de roubo ou assassinato?— As mãos de Josh sacudiram quando ele fechou os dedos nas palmas de suas mãos. Sua pele parecia um pouco verde enquanto ele piscava rapidamente. Por favor, não o deixe chorar. Sparrow endureceu sua resolução. —Ore para que não dê nada. — Sparrow saiu da cela e se dirigiu para o corredor enquanto puxava algumas respirações profundas, dizendo a seu pau para acalmar o inferno para baixo. A última coisa que ele precisava era ir lá para frente com um pau duro. Quando Sparrow virou a esquina, ele viu Harland Macy na recepção, pedindo para ver o primo. Claro, Clayton estava com o cara. Isso estava se transformando em um inferno de um dia. Sparrow precisava de uma aspirina. —Não há nenhuma maneira que a espingarda pertença a Josh. — Harland argumentou batendo com a palma da mão para baixo em cima do balcão. Quando Sparrow olhou para Harland, tudo o que ele podia imaginar era Dresden dando a luz. Ele não podia fazer esse pensamento ir embora. —Ele é tão inofensivo como uma mosca. — Harland terminou antes de avistar Sparrow e se virar, seus olhos se estreitando. —Você está falando sério? —Eu estou. — Sparrow ignorou a presença de Clayton, mas ele podia sentir os olhos do homem sobre ele. Sua reação a Clayton foi um pouco diferente do que tinha sido a Josh. A fome crua brotou dentro dele e Sparrow teve vontade de bater Clayton contra a parede e foder o homem. Sem piedade. Duro e rápido.


—Você está acusando Josh? — perguntou Harland. —Se não, deixe-o ir. —Eu posso segurá-lo por vinte e quatro horas. Até a arma que foi encontrada no banco de trás do carro de seu irmão voltar da balística, ele fica. —Sparrow não ia correr riscos. Ele ainda podia reter Josh por três horas. Ele sabia o que Harland, Clayton e Josh eram, mas se recusou a ser intimidado pelo fato de que eles podiam se transformar em ursos. Realmente grandes ursos que ele tinha visto na fazenda mais de um ano atrás. —Em seguida, solte-o para mim. — Harland insistiu. —Eu sou um cidadão íntegro e um pilar da comunidade. Eu não sou um risco de fuga e nem é Josh. —O juiz tem que decidir isso. — disse Sparrow. —E quando o juiz vai estar? — Perguntou Harland. —Ele está aqui. — respondeu Sparrow. —Por uma questão de fato, Josh vai vê-lo esta tarde. — Ele manteve os olhos mais afastados de Clayton. Sparrow não ia ceder à luxúria queimando que percorria seu corpo. Ele não era um cachorro correndo atrás de um osso. Ele tinha mais força de vontade do que isso. Ele só precisava levar Clayton e Josh fora da sua delegacia e para fora da droga da sua vida. —Mas você não o acusou ainda. — Clayton interrompeu quando ele se aproximou. O cheiro de pinheiros e couro suave encheu seus pulmões. Era o mesmo perfume que ele cheirava cada vez que Clayton estava perto. Sparrow rangeu os dentes e forçou-se a não dar atenção. —Ele ainda estava em alta velocidade. — Sparrow apontou. —Essa acusação fica. —Por que está sendo tão idiota? — Perguntou Clayton. —Eu recebi multa por excesso de velocidade antes e não tive que ver o juiz. — Clayton se aproximou e Sparrow teve que resistir à tentação de dar um passo atrás. O


cheiro era esmagador e estava tornando-se difícil para ele pensar, para se concentrar. —Eu sei por que você está fodendo com a gente. É assim que vai ser? —Eu não tenho ideia do que você está falando. — Sparrow foi até a recepção e pegou um arquivo aleatório. Ele não queria que Clayton pensasse que ele estava correndo. —Ele vai ver o juiz em cerca de uma hora. Você pode voltar ou esperar. Sua escolha. Sparrow deixou os homens lá quando ele entrou em seu escritório. Depois de fechar a porta, ele inclinou-se contra ela, soprando um longo suspiro. Por que parecia que quanto mais ele via Clayton, mais ele queria o cara? Ele tinha a sensação de que estava lutando uma batalha perdida.

Capítulo 3 Poucas horas depois de sua conversa com o xerife, o homem estava de volta. Josh se levantou quando Sparrow veio até sua cela. Ele rezou para que o cara não pudesse dizer que Josh tinha chorado. Ele olhou para longe, seus olhos doloridos e sua garganta queimando. Josh se odiava por ser tão fraco, mas o pensamento de ir para a prisão por assassinato ou qualquer outra coisa hedionda fez seu estômago se contorcer em nós. Por favor, faça aquela espingarda retornar limpa. Josh limpou a garganta e virou-se, mantendo os olhos abaixados. Se ele olhasse o xerife Sparrow nos olhos, poderia quebrar na frente do cara e berrar como um bebê. Essa era a última coisa que ele queria fazer. Ele também não queria estar recebendo a ira de Sparrow. —Eu sinto muito. O delegado abriu a cela e inclinou-se contra as barras. A cela foi inundada com o cheiro de loção pós-barba e o ar do mar salgado. Josh tentou


não inala-lo. O cheiro o fazia querer se enroscar próximo a Sparrow e esfregar o seu cheiro todo sobre o humano. O seu urso rosnou, tentando incitar Josh para mais perto, mas isso seria um erro que Josh se lamentaria. Sparrow o odiava por ser um shifterurso. Josh ainda não sabia o porquê. Sparrow enrolou os polegares em seu cinto de utilidades. —Pelo que você esta se desculpando? —Por qualquer coisa que Harland fez — ele disse. Felizmente ele tinha parado o tremor que ameaçava destruir seu corpo. A voz profunda e melódica era sedutora. —Por favor, não me julgue pelo meu primo. Eu juro que eu não sou um cara mau. —Ouça—. Sparrow dobrou seus braços sobre o peito bem esculpido. A camisa do uniforme marrom esticou em torno do bíceps de Sparrow. —Eu não queria ser um idiota para você, mas depois do que eu vi naquela fazenda... — o xerife sacudiu a cabeça. Josh estava feliz que não havia ninguém ali com eles. Ele não precisava se preocupar em sussurrar, mas ele fez com que sua voz fosse baixa, no entanto. —O que você viu? Sparrow abriu sua mandíbula inferior da maneira que algumas pessoas fazem quando estão tentando limpar seus ouvidos em um avião. Para o xerife, era uma visão intimidante. Estava o xerife prestes a jogar duro com ele ou aquilo era algo que ele fazia o tempo todo? Mas os olhos de Sparrow, embora avaliativos, eram gentis — não importando o quão assustado eles deixavam Josh. —Eu vi um homem dar à luz. Josh não sabia como responder a isso. Ele queria perguntar se Sparrow já havia apreciado algo tão bonito, mas sabia que pela reação do


homem a resposta provavelmente seria não. Ele correu a mão pelo cabelo, tentando descobrir a melhor coisa a dizer. Ele não tinha nada. —Então, ver aquilo o fez odiar os shifters-ursos? —Não. —Então, por que você nos odeia?— Antes mesmo de Josh terminar a pergunta, a resposta lhe ocorreu. —Você está atraído por um dos homens do Triple-B e você tem medo de que irá engravidar. Josh ficou lá em silêncio quando ele ponderou sobre o problema em sua cabeça. Tanto quanto ele deveria odiar Sparrow por prendê-lo, ele não o fazia. Na verdade, tão preocupante quanto essa constatação deveria ser, Josh estava atraído pelo humano. Mas ele também esteva atraído por Clayton — mesmo que ele tivesse evitado a ideia de Clayton flertando com ele enquanto Josh estava na cadeia. Era um dilema que ele nunca tinha experimentado antes. Não havia como negar

que

ambos

os

homens

o

atraíam

e

que

o

seu

urso

queria

desesperadamente corresponder. Josh não sabia como lidar com isso. —Não quero mais falar sobre isso — Sparrow disse. —Por quem você está atraído?— Josh perguntou. Ele sabia que Harland já estava acasalado, portanto não poderia ser o primo dele. A partir do que a tia Renee tinha lhe contado, Jed estava acasalado também. Então tinha que ser Clayton ou Bryson. —Não importa—. A mandíbula do Sparrow se apertou. —Agora vamos andando. Você tem que ver o juiz. Josh deu um passo para trás. —Estou com medo. O que ele vai fazer comigo? —Ele vai fazer você pagar a multa, a menos que aquela espingarda volte suja.


—Mas não era minha. — Ele argumentou mais uma vez, sentindo-se como um disco quebrado. Quantas vezes ele tinha que dizer antes de Sparrow acreditar nele? Josh estava ficando tonto e a sala começou a girar. Bílis subiu à sua garganta enquanto ele se agarrava a parede para se equilibrar. —Ôa!— Sparrow agarrou Josh pela parte superior dos braços e o levou até a cama dobrável. —Você vai realmente desmaiar? Eu pensei que os ursos fossem mais forte do que isso. —Você é um idiota. — Josh respirou pelo nariz e expirou pela boca. Ele odiava o fato de que suas mãos estavam tremendo. Ele odiava estar aqui nesta cela. Tudo o que ele queria fazer era ir para casa. —Nem todos os shifters ursos são selvagens. —Até mesmo o menor da sua espécie pode intimidar qualquer humano. — Sparrow se agachou na frente Josh e fez algo inesperado. O xerife escovou os dedos sobre a mandíbula de Josh enquanto seus olhos escuros suavizavam. —Relaxe, Josh. Como eu disse, ele vai apenas fazer você pagar a multa. — E a espingarda? A mão de Sparrow caiu. —O relatório já voltou. A espingarda está limpa e registrada a alguém. Eu fiz o meu substituto colocar a mão sobre o dono. Josh sentou-se atordoado por um momento e então a raiva o preencheu, cantando através de seu corpo quando ele apertou as mãos em punhos. —Seu idiota! —Eu

estava

tentando

te

dar

uma

maldita

lição—

Sparrow

argumentou. —Talvez na próxima vez você pense duas vezes antes de dar carona! Josh ergueu o punho, pronto para bater o grande homem na bunda quando Sparrow agarrou seu pulso, segurando-o firmemente. —Não adicione agressão a um oficial a suas acusações.


—Eu devia chuta-lo nas bolas por me fazer agonizar sobre essa espingarda. — Josh puxou o pulso, mas Sparrow segurou firme nele. —Eu quase desmaiei de medo. —Bom — Sparrow disse com um aceno duro e rígido. —Então lição aprendida. Em um momento de pura insanidade, Josh inclinou-se para frente antes que Sparrow soubesse o que estava fazendo e plantou um beijo nos lábios do homem. O perfume dentro da cela era tão esmagador, seu alívio tão feroz, que Josh encontrou-se transformando sua raiva em loucura. Ele gemeu com o sabor. Sparrow puxou a cabeça para trás. —O que você está fazendo? —Beijando você, idiota. — Josh se inclinou para frente outra vez. Sparrow se mexeu para trás, mas não foi longe, então Josh mudou-se um pouco para mais perto. Quando o xerife não se mexeu outra vez, Josh passou sua língua por todo o lábio inferior do homem, provocando-o antes de cavar a língua mais fundo. Sparrow agarrou um punhado de cabelo do Josh, inclinando sua cabeça para trás rudemente antes que ele começasse a beijar de volta. Seu couro cabeludo formigou com a aspereza. O corpo dele ganhou vida. Josh gemeu. O homem provava mais doce que mel. A língua dele era áspera, intrusiva e Josh abriu mais a boca para permitir que o xerife assumisse o controle. A cela de repente tornou-se muito quente enquanto o ar ao redor deles chamuscou com eletricidade. Sparrow puxou o cabelo de Josh um pouco mais duro enquanto seus lábios deixavam a boca de Josh e viajavam por sua mandíbula. Josh estava ansioso para ter o homem beijando cada polegada do seu corpo. Neste momento, se Sparrow quisesse deixar Josh nu, ele permitiria. O pênis do Josh engrossou enquanto ele choramingava. Sparrow deu um rosnado baixo, como se o som das lamúrias guturais de Josh o excitasse.


Ele separou seus lábios, tentando puxar mais ar. Sparrow liberou o cabelo do Josh, suas mãos viajando para baixo nas costas dele. Seus toques se tornaram mais suaves, mais gentis. Josh começou a inclinar para trás enquanto Sparrow se levantava de sua posição agachada, pairando sobre Josh enquanto seus lábios viajavam ainda mais para baixo, sugando a pele sobre o pescoço de Josh. —Ei, Sparrow!— alguém chamou do corredor. Sparrow rapidamente liberou Josh, ficando ali ofegante enquanto seus olhos deslizavam sobre Josh. O xerife limpou a garganta antes dele se virar e gritar, —Aqui. Desta vez Josh estava tentando acalmar a furiosa excitação que ele tinha. Ele queria outro beijo. Inferno, ele queria mais do que aquilo. Josh estava contente com o alívio temporário quando Sparrow saiu da cela. Ele precisava se recompor. —Vamos— Sparrow disse quando ele voltou, mas não olhou para Josh. —Eu tenho que tirar você daqui. O homem queria Josh se fosse. Mas Josh sabia que esta não era a última vez em que ele veria o xerife. Não por muito tempo. Não depois daquele beijo de enrolar os dedos do pé. O xerife podia afirmar que odiava shifters urso, mas ele tinha acabado de provar para Josh que ele não era tão avesso a eles como ele alegava ser.


Clayton inclinou-se contra o caminhão do Harland, tornozelos cruzados, vigiando a porta para Josh. Eles ainda estavam na estação esperando pelo pequeno loiro para ver o juiz. —Ele não deve demorar muito — Harland disse de onde ele estava sentado na traseira. —Eu ainda não acredito que aquele imbecil o fez ver o juiz. Clayton começou a concordar, mas franziu a testa quando ele se encontrou querendo defender o xerife em vez disso. Seu urso não gostou de Harland insultando Sparrow. O calor deve ter fritado seu cérebro. Empurrando-se do caminhão, Clayton se dirigiu para a porta. —Eu vou verifica-lo. —Eu esperarei aqui fora— disse Harland. Clayton andou de volta para o interior fresco da estação, acenando para Harland enquanto ele se dirigia para o escritório de Sparrow. Josh saiu de uma das portas do corredor, parecendo um pouco abalado. Seus braços doíam para puxar Josh perto e confortar o homem. — Como foi? Josh deu-lhe um sorriso vacilante que acendeu o coração de Clayton. —Não vou para a prisão. Clayton sorriu. —Isso é uma coisa boa. Quando Sparrow apareceu mais abaixo no corredor, Clayton estreitou os olhos para o xerife. Sparrow virou-se e começou a falar com um dos seus adjuntos. —Vamos sair daqui. —Eu estou com você — disse Josh quando ele saiu da estação. Clayton deu a Sparrow um último olhar antes de seguir essa fragrância com sabor de fruta, seus olhos pousando na bunda do Josh. Josh podia ser primo de Harland, mas Clayton planejava obter um pouco daquele doce ursinho.


Josh mudou-se para perto da janela no banco de trás do caminhão do Harland, banhando-se com os raios do sol. Ele estava feliz por estar livre, por ser capaz de cheirar o ar fresco. Ele não queria voltar a ver o interior de uma cela de prisão outra vez. Quando Harland virou em uma longa e curva entrada para carros, os lábios de Josh se separaram ligeiramente. O rancho Triplo-B entrou em vista e ele ficou maravilhado com a beleza do lugar. A casa Vitoriana de dois andares ficava afastada da estrada. Persianas azul escuro adornavam as janelas da casa branca de aparência imaculada. Quando Harland disse que ele possuía uma casa com seus melhores amigos, ele se esqueceu de mencionar que ela era mais como uma pequena mansão. Cercas brancas cercavam o passeio e havia cavalos pastando aqui e ali. O ar cheirava a fresco e limpo. Havia montanhas cobertas de branco ao fundo o que fez o cenário pitoresco parecer surreal. O lugar era perfeito demais. —Bem, o que você acha?— Clayton perguntou do banco da frente. —É simplesmente de tirar o fôlego—. Josh tinha estado no deserto do Maine muitas vezes, mas havia algo inspirador sobre um rancho de cavalos. —Ainda bem que a espingarda voltou limpa — Harland estava dizendo e Josh sabia que ele iria ouvir um sermão. —Mas o que eu quero saber é como o seu cérebro decidiu que dar carona era uma coisa inteligente de se fazer?


—Eu sei. Eu sei — Josh disse enquanto ele se sentava, pensando sobre a própria lição de Sparrow e aquele beijo mais quente que o inferno. — Eu posso prometer que não acontecerá de novo. Aprendi minha lição. — A multa cara foi o suficiente para fazê-lo empacar. Mas o que poderia ter acontecido se a espingarda não tivesse vindo limpa era suficiente para dar a Josh pesadelos. Graças a Deus que tudo acabou bem. —Bryson pegará o carro do Greg mais tarde — Harland disse quando ele estacionou e saiu. —Não queria você ao redor do xerife por mais tempo do que o necessário. Ele parecia ter discutido com você. —Por causa de você — Josh disse quando ele pulou fora e olhou ao redor. Ele não contaria a ninguém sobre o que ele e Sparrow tinham compartilhado em sua cela. Seu primo provavelmente daria pulos se ele soubesse que Josh tinha dado alguns amassos com o mesmo cara que o tinha prendido. —Quando eu disse que era seu primo, sua conduta inteira mudou. Harland suspirou. —Isso é porque ele viu o meu companheiro dando à luz. —Então, onde estão meus priminhos?— Josh correu em direção à varanda, pronto para encontrar os filhos de Harland e ver sua tia Renee. Ela tinha saído por meses, e ele carinhosamente sentia falta dela. Ele também estava pronto para mudar o maldito assunto. Josh planejava voltar na estação assim que o carro do Greg fosse devolvido a ele. Sparrow tinha inflamado algo dentro dele que Josh queria explorar mais. Ele se desapontou quando ele entrou na casa cheia de crianças. Eram cinco ao todo, gritando e correndo ao redor. A pele sob o olho esquerdo se contraiu com o nível do barulho. Clayton caminhou atrás de Josh. Ele estava tão perto que ele podia sentir o calor em suas costas.


Josh não sabia o que fazer. Clayton tinha dado algumas cantadas nele desde que se conheceram. Ele gostava dos dois homens e se sentiu ganancioso por querer conhecer Sparrow e Clayton melhor. —Bem-vindo ao hospício — Clayton disse, seu hálito quente fazendo cócegas na bochecha de Josh. Deus, ele se sentiu como uma vadia. Josh nunca tinha sido tímido no que se referia a sexo ou flerte, mas dois homens? Sério? —Aquele é Markey—. Harland apontou para uma criança de cabelo loiro curto com os olhos azuis mais lindos que Josh já tinha visto. —E aquele é Austin que está tentando acompanhar seu irmão mais velho. O bebé estava meio balançando e meio correndo. Se alguém pudesse chamar aquilo de correr. Havia mais três crianças com Austin, uma em sua forma de filhote. —Tyler gosta de ser um urso mais do que ele gosta de ser humano— Clayton explicou. —Ele e suas irmãs são trigêmeos. As sobrancelhas do Josh se arquearam. Gêmeos eram raros, mas trigêmeos era como ganhar na loteria. E todas as cinco crianças eram fofas como um botão. —Deixe-me mostrar o seu quarto. — Harland levou Josh para cima e mostrou-lhe a terceira porta à esquerda. —O jantar logo estará pronto. Meu companheiro é um excelente cozinheiro. —Eu gostaria de conhecê-lo. — Josh estava se sentindo um pouco sobrecarregado. Tinha sido só ele e o irmão por um longo tempo. Depois que seu tio faleceu, Josh e Greg tinham estado por conta própria. Então Greg tinha se alistado, querendo servir a seu país, e isso tinha deixado Josh sozinho. Agora, ele estava em uma casa com tantas pessoas que ele não sabia o que fazer. Harland levou-o de volta para baixo e levou-o para um passeio pela casa. O interior era tão impressionante quanto o exterior.


A sala de estar tinha bastante espaço aberto, dois sofás, três cadeiras reclináveis e uma televisão de tela grande. A sala fora decorada em estilo moderno. Havia também brinquedos espalhados por todo o lugar. Ele poderia dizer que este lugar era bem utilizado e bem amado. Harland levou-o para a cozinha em seguida. Josh olhou ao redor. Era uma típica cozinha de campo, mas com aparelhos modernos e uma grande mesa de madeira no meio. Os armários eram amarelos e brancos, bem como as paredes. A cozinha espaçosa era decorada tendo uma maçã como tema. —E este é Dresden — Harland disse quando ele beijou um loiro muito bonito. Clayton tinha se reunido a eles e agora estava de pé atrás de Josh mais uma vez. Josh se afastou rapidamente, sentindo-se culpado por querer dois homens. Mesmo que ele gostasse da ideia de estar com dois caras, e se um acabasse sendo seu companheiro? Como ele poderia encarar seu companheiro nos olhos depois de dormir com outro homem? Clayton franziu a testa, mas não disse uma palavra enquanto Josh cruzava a sala e apertava a mão de Dresden. —Você tem dois filhos muito bonitos. —Obrigado— Dresden respondeu. —Dois filhos que são um punhado. O que Josh não daria para ter sua própria família. Ele tinha crescido em uma família pequena, mas queria uma grande com seu companheiro — uma vez que ele encontrasse o cara. No entanto, ver aquelas cinco crianças juntas fez ele se perguntar se ele podia lidar com tantas. —Venha— Clayton disse, agarrando Josh pela mão. —Eu vou mostrar a você o resto do lugar. Josh não discutiu. Ele deixou Clayton arrastá-lo pela porta dos fundos. Uma vez que eles estavam sozinhos, Clayton o girou, fitando Josh com


um brilho gelado no olhar. —Você quer me dizer por que o cheiro de Sparrow está todo sobre você?

Capítulo 4 Clayton estava cuspindo como louco. Ele estava tentando conseguir Sparrow por um tempo, e agora Josh apareceu cheirando como se tivesse se banhado no perfume do ser humano? Ele estava furioso e não se importava se não era o seu lugar para questionar Josh. Irritado em como ele queria Sparrow e o xerife não lhe daria a hora do dia, mas o cara iria fazer isso com seu prisioneiro por nada. Ele também ignorou que ele tinha sido atraído por Josh desde o início e Sparrow tinha se movido para o cara. Ele não tinha certeza se era uma sorte de merda ou se o delegado tinha feito isso para irritar Clayton. — Se você esqueceu que agora pouco eu fui apenas liberado da prisão... onde o xerife trabalha — Josh cruzou os braços sobre o peito magro, projetando o queixo de forma desafiadora. Clayton poderia dizer que Josh estava mentindo para ele. Ele não conhecia o cara, então ele recuou. Clayton não tinha o direito de estar com raiva desse homem. Era com Sparrow que ele precisava ter uma conversa. Girando nos calcanhares, Clayton foi para o seu caminhão, entrou e saiu em direção à cidade. Ele não tinha certeza do jogo que o xerife estava jogando, mas Clayton não ia deixar o homem fugir com isso. O xerife sabia muito bem que Clayton estava interessado em Josh. Ele estacionou fora da estação e entrou, indo pela direita após a recepção e direto para o escritório de Sparrow. Ele abriu a porta e fechou atrás dele quando Sparrow olhou por cima de alguns papéis.


— Claro, pode entrar. — O homem sentou-se, olhando para Clayton como se Clayton estivesse no lugar errado. Clayton apontou um dedo para o xerife. — Você sabia que eu gostava dele. — Quem? — Não se faça de inocente comigo. — Clayton aproximou-se e respirou fundo, cheirando Josh em todo o bastardo. — O que você fez, o apalpou em sua cela? Sparrow se atirou a seus pés, seu rosto uma máscara de raiva. — Tenha muito cuidado com as palavras que saem de sua boca, Clayton. As próximas só poderiam levá-lo preso. Clayton andava pelo escritório, dizendo a si mesmo que ele precisava se acalmar. O que estava realmente deixando-o com raiva? Era o fato do que Sparrow fez com Josh, ou o fato de Sparrow tinha praticamente dado um tapa no rosto de Clayton com isso? Estava o cara enviando algum tipo de mensagem distorcida? — Por que, Sparrow? — Eu não tenho que explicar nenhuma maldita coisa para você. — Sparrow se moveu em torno de sua mesa de trabalho, ficando perigosamente perto de Clayton. Seus dedos coçaram para puxar o elástico livre e passar as mãos nos longos cabelos negros do xerife. Sparrow sempre usava o cabelo alisado para trás e amarrado. Ele estava morrendo de vontade de ver como o homem ficaria com os fios fluindo livremente ao redor de seus ombros. Ele só sabia que Sparrow seria ainda mais quente. — Tanto Josh quanto eu somos ursos. O que o torna tão diferente que você faria isso com ele, mas age como se eu não existisse? — E então Clayton percebeu de onde alguma de sua raiva estava vindo. Vinha de pensar sobre Sparrow e Josh juntos. Que tipo de tarado era ele? Clayton não


compartilhava. Fim da história. No entanto, ele estava cuspindo feito louco que Sparrow e Josh tinham agido atrás de suas costas. Merda. Clayton precisava de sua cabeça examinada. — Tudo bem, eu vou dar-lhe a verdade — disse Sparrow. Mas era uma verdade que Clayton poderia lidar? Ele não tinha certeza de que vir aqui tinha sido a coisa certa a fazer. Se Sparrow disse-se que não estava interessado em Clayton isso iria esmagá-lo. — Vá em frente. — Ele assistiu Sparrow vê-lo. Os olhos do xerife tinham tal calor puro que Clayton sentiu sua marca. Sparrow enfiou o dedo no peito de Clayton. — Pelo menos com Josh, eu não tenho que me preocupar com ele me engravidando. — Você é um caso perdido, Sparrow — Clayton empurrou o dedo do homem longe. — Enquanto eu não fode-lo então isso não vai acontecer. Inferno, você pode até não ser o meu companheiro. Clayton tinha ficado sete tipos de confuso. Seu urso queria os dois homens. Mas isso era algo inédito. Os shifters não tinham um relacionamento ménage. Nenhum que ele conhecia pelo menos. E ele tinha um sentimento de que uma vez se encontrado com o xerife que Sparrow de que ele era seu companheiro. Clayton sabia sobre o perfume e o que isso significava. Toda vez que ele estava em torno de Sparrow, ele se lembrava do oceano. Mas Josh tinha um aroma frutado que a ele lembrava de cítricos e morangos. Como poderia dois cheiros distintos afetá-lo dessa forma? — Olha Clayton. Você só precisa... — Te beijar — Clayton disse antes que ele pegasse Sparrow e enfiasse a língua na garganta do homem. Sparrow tentou afastá-lo, mas Clayton se recusou a ser rejeitado.


Então, as coisas começaram a mudar e Sparrow empurrou Clayton contra a parede e não havia nada gentil sobre isso. Ele quase sentia como meses e meses de frustração reprimida estavam vindo à tona. Sparrow agarrou Clayton tão rudemente que o cara quase puxou Clayton fora de seus pés. Mas Clayton não estava sendo gentil também. Ele estava puxando o cabelo de Sparrow, puxando duro os fios quando ele inclinou a cabeça de Sparrow para uma posição melhor. Suas línguas estavam em guerra, os dentes se chocando enquanto os homens arrancavam as camisas uns dos outros. Clayton estava determinado a conseguir o homem nu. Ele queria pele e ele queria o suficiente para que ele rasgasse a camisa de trabalho de Sparrow nas costas, o som de tecido rasgando encheu a sala. Clayton estava tão excitado que seu pênis doía. Ele estava preparado e pronto para o que Sparrow queria fazer. Isso era o que ele estava esperando. Algum tipo de reação do cara. — Você jura para mim que eu não posso engravidar? — Sparrow perguntou quando ele mordeu Clayton em seu pescoço. A dor atravessou Clayton, fazendo-o gemer de prazer. — Juro. — Então, você está prestes a conseguir algo que tem sido negado a um bom tempo. Clayton riu. — Já estava na maldita hora. Sparrow grunhiu antes dele recuar parecendo que tinha acabado em uma briga com um gato infernal quando ele cruzou o quarto e trancou a porta. Ele se virou para Clayton, apontando o dedo indicador para ele. — Não se atreva a gritar aqui dentro. — Sem promessas — brincou Clayton quando ele chutou as botas e deixou cair as calças de brim, mostrando a Sparrow exatamente o que ele


tinha para oferecer. Isto tinha de ser algum tipo de sonho psicótico. Isso não era o que Clayton esperava acontecer quando ele veio aqui. Mas inferno se ele estaria negando Sparrow. Eles falariam sobre Josh depois. Muito mais tarde. — Impressionante. — Sparrow piscou para Clayton, antes que ele abriu o zíper de suas calças, apalpando sua própria ereção. Clayton quase engoliu a língua. Maldição, o homem era bem dotado. Ele diria pendurado como um cavalo, mas por causa da linha de trabalho de Clayton, isso seria muito estranho. — Você precisa vir a mim — disse Clayton, quando ele começou a acariciar seu pênis duro, não só provocando Sparrow, mas a si mesmo também. — Por quê? — Porque as minhas calças estão em torno de meus tornozelos. E a menos que você quer que eu caia, traga-me esse seu grande pau. — Clayton lambeu os lábios para seduzir o xerife para vir até ele. As narinas do homem se dilataram antes que ele atravessasse a sala. Sparrow agarrou o pênis de Clayton. Clayton pegou o de Sparrow. Maldição, o homem tinha um perímetro muito maior do que Clayton. Mas ele não estava reclamando. Claro que não. A cabeça de Clayton bateu na parede quando suas pálpebras se fecharam e seus lábios se separaram. Fazia muito tempo que uma mão, além de sua própria o havia masturbado. Mas ele queria mais. Muito mais. Clayton empurrou a mão de Sparrow para o lado. — Tem algum lubrificante? A testa de Sparrow se curvou. — Depende do por que você quer.


Clayton inclinou-se e mordeu a orelha de Sparrow. — Eu quero que você me foda, bonito. Para

um

ser

humano,

o

rosnado

que

deixou

Sparrow

foi

impressionante. — Eu tenho um frasco de loção na minha mesa. Clayton sorriu. — Eu não vou nem perguntar. Sparrow revirou os olhos. — Tenho a pele seca, pervertido. — Eu aposto que sim. — Clayton puxou as calças para cima apenas o suficiente para que ele pudesse mancar até a mesa de Sparrow. Ele passou o braço por cima da mesa, derrubando o conteúdo no chão. O barulho tinha de ter viajado para fora do escritório. — Eu não te disse para se manter quieto? — Sparrow contornou sua mesa, agarrando a garrafa de loção da gaveta de cima, antes de voltar para Clayton. Clayton balançou a cabeça. — Você me disse para não gritar. Um tiro de luxúria percorreu Clayton quando Sparrow empurrou-o sobre a mesa. O homem não estava brincando, mas Clayton também não. Ele esperou esse doce pau por muito tempo maldito e seu corpo estava doendo para sentir o homem dentro dele. Ele apertou as mãos na superfície fria da mesa quando Sparrow enfiou dois dedos em sua bunda. Clayton gemeu alto o suficiente para acordar os mortos. —Não me faça amordaçar você— Sparrow ameaçou quando ele tesourou seus dedos antes de adicionar um terceiro. O delegado não queria perda de tempo. Clayton respirava através da queima, rangendo os dentes enquanto Sparrow transava com ele como se o pau do homem já estivesse dentro de Clayton. — Mantenha isso e eu vou gozar. — Leve.


Clayton contrariou. — Dificilmente. O som de um invólucro encheu o ar e Clayton sabia que o homem estava usando um preservativo. Ele não estava indo para tentar convencer o xerife de nada. Clayton permitiu Sparrow se sentir tão seguro quanto ele queria. Não havia nenhuma maneira no inferno que ele ia acabar em uma discussão com o cara quando ele estava tão perto de ser fodido. Uma mão forte agarrou o ombro de Clayton antes de Sparrow bater para dentro. Seu pênis esticando Clayton, fazendo a queimadura intensificar a um prazer quase doloroso. Clayton respirou pela boca, fechando os olhos enquanto o xerife começou a empurrar de forma profunda e longa. Mesmo que Sparrow não tivesse usado um preservativo, não havia nenhuma ameaça sobre Clayton engravidar. Um urso tinha que morder seu companheiro, para que a concepção ocorresse. E já que Clayton não estava atualmente em posição de morder Sparrow, isso não seria um problema. Mas o homem com certeza sabia como fazer Clayton voar. Sparrow não diminuiu. Mais uma vez, era como se o homem estivesse tirando meses e meses de frustração. A mesa arrastou um pouco e o som de raspagem de madeira pelo chão encheu o ar. Clayton começou a gemer mais alto e mais alto até que Sparrow bateu com a mão sobre sua boca. — Maldição. Cala a boca antes de nos colocar em apuros. Ele lambeu a mão de Sparrow, chupando um dos dedos do homem como se fosse um pequeno pau, inalando o perfume masculino, enquanto tentava abrir as pernas mais distantes. Mas o tecido da calça jeans em seus tornozelos o impediu de fazer isso. Logo, Clayton esqueceu sua luta quando a tensão começou a montar dentro de suas bolas. Ele estendeu a mão e agarrou seu pênis, empurrando-o


com impulsos profundos. Clayton sussurrou, movendo a mão mais rápido quando Sparrow tentou transar com ele dentro de uma polegada de vida. — Merda — Sparrow grunhiu. — Perto. — Eu também — disse Clayton em uma respiração irregular. E então Sparrow fez algo totalmente inesperado. O homem mordeu o ombro de Clayton, os dentes sem corte apertando tanto que Clayton gozou, seu pau explodindo enquanto ele uivava fora sua libertação. A mão de Sparrow bateu por cima da boca de Clayton quando o homem se moveu mais rápido, liberando o ombro de Clayton. — Se alguma vez tivermos sexo no escritório outra vez, estou amordaçando-o. Sparrow começou a bombear dentro de Clayton até que os movimentos do homem tornaram-se erráticos. E, em seguida, Clayton ouviu o grunhido do xerife em voz alta, seus quadris batendo em Clayton mais duro para a mesa. Clayton entrou em colapso, sua respiração entrecortada enquanto ele se deliciava do último vestígio de seu orgasmo. Ele sentiu Sparrow se puxar dele, mas estava cansado demais para se virar. — Por que você me mordeu? Sparrow não lhe respondeu, o que fez Clayton virar a cabeça. O homem jogou a camisinha no lixo antes de colocar suas calças. Havia um olhar peculiar em seu rosto antes que ele disse — Eu não tenho nenhuma maldita ideia.

No dia seguinte, ele encontrou Josh no escritório de Sparrow. O loiro não estava chegando a ele como ele tinha feito no dia anterior. Na verdade,


Josh estava apenas dentro da porta de Sparrow, parecendo que ele estava pronto para fugir a qualquer momento. — Posso te ajudar com alguma coisa? — Perguntou Sparrow. Ele ainda estava chutando-se na bunda por ceder a Clayton ontem. Depois de todo o tempo gasto lutando contra sua atração, um beijo maldito e ele caiu como um castelo de cartas. Sparrow ainda estava confuso sobre sua necessidade de morder Clayton. Pior dependendo de como se olhasse para as coisas, isso tinha sido o mais quente maldito sexo que Sparrow já teve. O perigo de ser pego foi uma emoção que lhe tinha sonhando com o que havia acontecido neste escritório ontem. — Queria convidá-lo para almoçar. Angelina tinha se queixado de que Sparrow não tinha vida pessoal e agora ele tinha de sobra. Em toda a honestidade, parte do sonho de Sparrow envolveu este pequeno loiro atrevido. Ele não conseguia entender sua atração por ambos homens. — Tem um lugar em mente? Josh sorriu e acenou com a cabeça. — Eu nos fiz um piquenique. Bem, eu vou ser condenado. Sparrow nunca tinha tido alguém com este comprimento antes apenas para passar tempo com ele. Ele estava ao mesmo tempo lisonjeado e confuso. Estavam Clayton e Josh agindo em conjunto, estabelecendo-se pela forma como ele agia pelos dois? Ele não iria negar isso para Clayton, mas ele não conhecia Josh bem o suficiente para fazer essa ligação. — Eu vou deixar que a recepção saiba que eu estou saindo. — Sparrow se levantou e estava saindo com Josh ao seu lado quando viu Dunham entrando na estação. Os olhos do vice foram imediatamente para Josh, avaliando o homem antes de Dunham desviou o olhar.


Sparrow não ia perguntar ao vice qual seu problema era. O cara não valia a pena a conversa desperdiçada. — Eu estou levando saindo para meu almoço — disse ele para Harold. — Entendido. — O homem não se incomodou olhando para cima da revista que estava folheando. Sparrow levou Josh para fora do prédio e para o sol brilhante da tarde. — Harland me deixou para que eu pudesse pegar o carro do meu irmão — comentou Josh. — Eu tive que convencê-lo, considerando que você estava tentando me prender. — Eu não estava tentando prender você — disse Sparrow quando ele levou Josh para sua motocicleta. Ele tinha conduzido-o nesta manhã, e secretamente, Sparrow queria sentir os braços do homem envolto firmemente em torno dele. — Eu estava apenas fazendo meu trabalho. Ele tinha que estar louco, porque o fato de que Josh e Clayton serem ursos estava se tornando cada vez menos importante. E desde que Sparrow tinha descoberto que não podia engravidar por foder Clayton, bem, isso mudou um monte de coisas. Ele nunca tinha sido o fundo antes e Sparrow não tinha planos de tentar isso agora. Não com o risco envolvido. Mas ele tinha certeza de que ele ainda poderia fazer Clayton gritar. Ele sorriu quando se lembrou quão alto Clayton foi em seu escritório no dia anterior. — Por que você está sorrindo? — Josh perguntou quando ele pegou a cesta de piquenique que estava do lado de fora da porta da estação. Sparrow tinha tido um dos outros agentes manobrando o carro na frente, na expectativa de alguém vindo para buscá-lo. Ele só não esperava que esse alguém fosse ser Josh.


Ele pegou a cesta e a colocou na parte de trás de sua moto antes de balançar a perna por cima e deslizar seus óculos escuros no lugar. — Porque é um belo dia para andar. E ele planejava fazer algumas coisas muito ruins para Josh em sua pequena excursão. Se ele ia jogar a precaução ao vento, ele poderia muito bem ir até o fim. Ele e Clayton não eram exclusivos e Josh tinham fascinado Sparrow desde que o xerife o tinha visto primeiro na estrada. — Mentiroso — disse Josh enquanto subia por trás de Sparrow, se aconchegando perto quando ele serpenteou seus braços ao redor da cintura de Sparrow. — Eu cheirava você todo em Clayton ontem à noite. Vocês dois fizeram sexo, não é? Sparrow estava sem palavras. Ele normalmente não discutia sua vida sexual com alguém e ele não estava prestes a começar agora, mas mentir para Josh parecia... errado. — Por que você quer saber? — Porque, se vocês dois têm algo acontecendo, vou recuar. — Mas a voz de Josh contava uma história diferente. O homem parecia totalmente abatido. Sparrow afagou as mãos de Josh antes que ele ligasse a motocicleta. — Nada a recuar. — Sério? — Josh parecia cético. — Se brincar com você não é nada estelar, talvez eu devesse tomar este almoço e tê-lo com a fauna local em seu lugar. — Você quer dizer fazer um piquenique por si mesmo? — Sparrow puxou para fora de seu espaço de estacionamento e dirigiu para a estrada. — Isso soa muito patético para mim. — A minha história de vida. — Josh inclinou o rosto nas costas de Sparrow e não disse mais uma palavra até Sparrow encontrar um lugar remoto para parar e estacionar. Eles foram longe o suficiente da estrada para que ninguém fosse vê-los, e no campo aberto era perfeito para uma tarde de comida e sexo.


Felizmente, ele pegou um pacote de viagem de lubrificante e um preservativo da gaveta da escrivaninha antes de sair de seu escritório. As coisas poderiam não se arrastar desse jeito, mas era melhor estar preparado. Josh levou o seu tempo pra colocar para fora o cobertor quando Sparrow foi até o pequeno riacho a poucos metros de distância. — Diga-me, Josh. O que é um companheiro? Ele estava pensando na palavra desde que Clayton havia tocado no assunto. Ele sabia o que isso significava para os animais em estado selvagem, mas Josh e Clayton não eram animais selvagens. Talvez tivesse um significado diferente para a sua espécie. — Isso significa que o destino escolheu a dedo duas pessoas para ficarem juntos — explicou Josh quando ele puxou um recipiente para fora da cesta. — Por que, onde é que você ouviu a palavra? Enquanto eu não fode-lo, então, isso não vai acontecer. Inferno, você pode até não ser o meu companheiro. —As palavras de Clayton vieram na mente de Sparrow. — Então, como você sabe se alguém é seu companheiro? Josh fez uma pausa durante o esvaziamento da cesta e olhou para Sparrow. — O que é esse súbito interesse em companheiros? — Os olhos do homem começaram a crescer quando ele ficou de pé. — Você é companheiro de Clayton? — Josh parecia como se ele estivesse pronto para matar Sparrow. — Como você ousa me deixar levá-lo sabendo que você tem um companheiro! — Acalme-se. — Sparrow se afastou do riacho e se juntou a Josh. — Eu não sei nada sobre companheiros. É por isso que eu estava perguntando a você. Os olhos de Josh caíram para o estômago de Sparrow e Sparrow teve sua resposta. — É claro, um deles fica grávido. É assim que você sabe se alguém é seu companheiro. Josh franziu seu nariz. — Sem ofensa, mas eu não posso imaginar você grávido.


Nem poderia Sparrow. Isso tinha sido parte do problema. Não havia nenhuma maneira no inferno de Sparrow estar carregando um bebê por nove meses. Seria nove meses, certo? — Quanto tempo é a gestação de um shifter? — Três meses. — Assim que a pessoa iria saber imediatamente? — Mesmo que ele tivesse usado um preservativo, depois de Clayton sair, Sparrow temia que ele tivesse feito algo irreversível, quando fodeu com o homem. Ele precisava de respostas e Josh parecia a pessoa perfeita para obtê-los. O homem acenou com a cabeça. — É como um trimestre humano acontecendo em um mês, em vez de três. O filhote cresce muito rápido. — Josh inclinou a cabeça para o lado. — Você ainda não me disse por que o jogo repentino de vinte perguntas. Sparrow sorriu e acenou para o cobertor. — Vamos comer. Estou morrendo de fome. — E você vai me responder antes que este piquenique termine, Sparrow. Sparrow sabia que ele estava brincando com fogo em relação a Josh e Clayton. Então, porque esse pensamento não fez ele parar de querer transar com Josh?

Capítulo 5 — Eu não entendo — disse Clayton, enquanto ajudava a mãe de Harland com os pratos. — Como pode o meu urso querer dois homens? Isso simplesmente não faz qualquer sentido para mim. — A vida é cheia de mistérios — Renée respondeu quando ela lhe entregou um prato para enxaguar. — A verdade é muitas vezes mais estranha


do que imaginamos. Já ouvi falar de três pessoas em um relacionamento antes, mas apenas como os trigêmeos de Noah é muito raro. Clayton não tinha certeza de como ele iria trabalhar isso, mas não havia como negar o que seu urso sentia. Ok, quem ele estava enganando? Não havia como negar o que ele sentia tão bem. Sparrow era como um guerreiro em silêncio, sua aparência e personalidade tenebrosa. Josh, por outro lado, era leve, cheio de sorrisos, e fazia o coração de Clayton suspirar. Espere, ele simplesmente achava isso? Clayton balançou a cabeça, tentando desalojar os pensamentos malditamente poéticos. Mas Renée pegou o gesto e riu.

— Eu sei que é impossível quebrar a cabeça ao redor disso.

Tudo o que eu estou dizendo é que não lute contra o que o seu urso quer. Não era por isso que ele tinha balançado a cabeça, mas ele a deixaria pensar isso. Colocando o último prato no rack, Clayton beijou Renée em sua bochecha e então foi para fora. Ele viu Jed pelos estábulos com Tyler correndo ao redor dele em sua forma de filhote. Os cavalos pareciam à vontade com o urso. Claro, eles estavam acostumados com isso considerando quatro ursos sendo proprietários da fazenda. Tyler veio correndo para ele, dando cabeçadas na perna de Clayton. Clayton pegou o filhote se e o jogou por cima do ombro. — Você viu Josh? — Oh, não. Eu não vou me envolver nisso — disse Jed quando roçou uma das éguas para baixo. — Resolva seus próprios assuntos. Clayton franziu a testa ao baixar o filhote em seus pés.

— O que

significa isso? Jed olhou-o de forma crítica. — Você realmente não sabe? — Não. — Harland deu a Josh uma carona para a cidade e Josh estava carregando uma cesta de piquenique com ele. — Jed virou-se para encará-lo.


— Eu não tenho certeza do que está acontecendo, mas me prometa que não vai matar ninguém. Sparrow. Clayton não tinha escondido o fato de que ele queria Josh. E ele pensou que Josh queria ele também. Clayton não poderia ficar bravo tecnicamente considerando que ele deixou o xerife transar com ele ontem. Mas ele teve que admitir que a ideia de Sparrow e Josh juntos sem ele o machucou. Padrões duplos. Puxando sua cela, Clayton se afastou de Jed enquanto discava para Sparrow. O telefone tocou tanto tempo que ele pensou que iria para o correio de voz, mas o xerife atendeu. — Sheriff Sparrow. — Seu saco de merda — disse Clayton quando ele fechou os dedos em torno do telefone. — Que tipo de jogo você está jogando? — Eu não sou o único a jogar jogos — respondeu Sparrow. — Digame, Clayton. O que você e Josh estão fazendo? Clayton podia ouvir Josh protestando no fundo, dizendo a Sparrow que ele não estava jogando jogos, mas Clayton sentia que Sparrow não estava escutando. — Primeiro você vem ao meu escritório e atirar-se para mim, e, em seguida, Josh aparece querendo ir a um piquenique. Parece-me que eu sou o único que está sendo jogado. — Eu não estou brincando com você! — Josh gritou ao fundo.

Leve-me de volta à estação, idiota. Clayton sorriu no tom indignado de Josh. O homem era malhumorado quando irritado. Ele gostava dessa qualidade no cara. Ele desejou que ele pudesse ver o rosto perturbado do homem. Ele apostou que Josh era lindo quando ficava louco.


— Parece-me que temos um interesse semelhante — disse Clayton. Ele não ia lutar com Sparrow sobre este assunto. Ele estava indo para se juntar a ele. — E o que seria isso? — Perguntou Sparrow. — Josh. — E aqui eu pensando que você estava interessado em mim. — Sparrow estalou a língua. — Eu devo estar perdendo meu toque. Clayton riu sua raiva se dissipando.

— Oh, você não perdeu

absolutamente nada e estou interessado em você. — Bastardo ganancioso, eu vejo. — Sparrow pausa. — Então você está dizendo que você quer ter esse traseiro ao mesmo tempo? Clayton estava instantaneamente duro pela sugestão de Sparrow. Ele sabia o quão bom amante o xerife era, e o pensamento de assistir o homem foder Josh foi o maior tesão de sua vida.

— Tais pensamentos

impertinentes, Sheriff Sparrow. — Foi conhecido por ser pervertido no meu tempo. —

A voz do

homem tinha ficado profunda e ele sabia que o xerife estava tão excitado como Clayton estava com a ideia de os dois transando com Josh. — Eu não sou um pedaço de carne maldita para vender — disse Josh em voz alta. — Fodam-se vocês dois. — Oh, eu pretendo — disse Sparrow para Josh. — Agora sente-se antes de cair. — Onde vocês estão? — perguntou Clayton. —Cachinhos Dourados e eu estamos em um piquenique. Será que o grande urso mau quer se juntar a nós? Maldição sim. Será que um urso — deixa pra lá.

— Dê-me a sua

localização e eu vou encontrar vocês. Clayton nunca tinha sido mais preparado e pronto na sua vida. A brincadeira lúdica entre ele e Sparrow não era apenas sexy, mas fez Clayton


querer se masturbar ali mesmo ao telefone. Pena que ele estava de pé ao lado da casa, à vista. Ele com certeza esperava que ele chegasse ao piquenique, antes que ele explodisse. — Pensando bem, eu acho que eu só poderia manter cachinhos dourados para mim. — Pare de me chamar assim! — Josh gritou. — Você não ousaria — disse Clayton em desafio. Ele já estava indo para seu caminhão. Se Sparrow começasse sem ele, Clayton estava indo para bater no homem com seu pau. — Além disso, eu pensei que você estava com medo de ficar grávido. — Pelo que você me disse, enquanto o pau não é empurrado na minha bunda, eu estou seguro. A menos que você estava mentindo para mim. — Não, não estava mentindo. Agora me diga onde você está antes de eu te caçar. — Isso levaria muito tempo. Clayton rezou para que o homem não iria torturá-lo, retendo sua localização. Mesmo que ele mudasse na sua forma de urso, Clayton teria que saber qual a direção que estavam. — Pegue a estrada de serviço fora de Jepsen e em seguida, vire à direita quando você atingir a bifurcação — disse Sparrow. — E, Clayton? — Sim? —

Clayton estava ofegante quando ele iniciou seu

caminhão e correu pela calçada. — Não se atrase. Eu não estou esperando por você. Clayton não tinha que ser dito duas vezes. Ele desligou, jogando o telefone no assento do passageiro quando ele entrou na estrada.


Josh estava furioso pelo tempo que Sparrow desligou o telefone. — Apenas quem no inferno você pensa que é? — Parte da sua ira veio da energia nervosa cantarolando através de seu corpo. Era verdade que ele estava atraído pelos dois homens. Mas não havia nenhuma maneira no inferno que ele estava dormindo com eles ao mesmo tempo. Eles fodidamente perderam suas mentes. — Que tipo de cara você acha que eu sou? Uma parte dele ficou contente quando viu o olhar nos olhos de Sparrow. O homem não estava tão confiante como ele tinha fingido estar no telefone. Era bom saber que ele não era o único se preocupando com isso. — Eu acho que você é o tipo de cara que sabe como deixar dois homens lhe mostrar um mundo de prazer. —

Sparrow se moveu tão

rapidamente que Josh mal teve tempo de recuperar o fôlego. Tanto para Sparrow estar nervoso. Mesmo que o cara fosse humano, Josh podia ver o puro predador nos olhos de obsidiana do homem. Sparrow poderia não ter cem por cento de certeza sobre onde às coisas estavam indo, mas o homem parecia estar a bordo. O xerife puxou Josh em seus braços, beijando ao longo da linha de sua mandíbula. Josh não era do tipo que se envolvia em comportamentos como fazer sexo com dois homens ao mesmo tempo. — Eu não estou muito certo sobre isso — disse ele a Sparrow quando o xerife continuou a beijá-lo pelo pescoço. Josh estremeceu, enrolando os dedos na camisa do homem quando ele inclinou a cabeça para o lado.


Fazia muito tempo desde que ele sentiu o toque de um amante. Ele estava no limite mais extremo de excitação quando Sparrow trabalhou nas calças de Josh, soltando-as, puxando o pênis de Josh livre. A almofada do polegar do xerife correu sobre a cabeça e Josh silvou, sua bunda apertando, precisando ser preenchida. Ele ouviu algo longe, mas Josh estava muito longe de se concentrar sobre o ruído. Ele poderia se importar menos se alguém estava dirigindo por eles. Ele não ia deixar Sparrow parar. — Apenas relaxe. — A voz de Sparrow estava pesada com o calor sexual, sua respiração saindo em ondas macias. — Não se assuste Josh. Ele não tinha ideia do que Sparrow estava falando até Josh sentir algo sólido em suas costas, um calor perverso que o fez sentir-se ainda mais quente do que a temperatura do brilhante dia ensolarado. Clayton tinha chegado. Josh endureceu. Ele foi ensanduichado entre os dois. Clayton pressionado em suas costas e Sparrow não deixando espaço na frente. Ele não tinha certeza do que fazer. A dinâmica parecia bastante simples, mas com muito músculo em torno dele, Josh não conseguia pensar direito. Josh nunca tinha pensado que teria qualquer coisa remotamente perto destes dois bonitos machos alfas teimosos disputando pelo seu tempo. Sparrow selou seus lábios sobre o pescoço de Josh, sugando uma contusão. Suas entranhas estavam formando nós, seus músculos travados no lugar. — Relaxe, querido — disse Clayton atrás dele, enquanto suas mãos deslizavam sobre a cintura de Josh. — É só a gente, ninguém mais. Sparrow continuou a chupar eroticamente em seu pescoço. A sensação só fez o pau de Josh mais duro, pulsando dolorosamente na mão de Sparrow. Josh tentou dificilmente parar o seu corpo de tremer, mas era tão avassalador estar preso entre os dois.


Ele prendeu a respiração quando Sparrow lentamente começou a trabalhar as calças de Josh livre. Sparrow se afastou do pescoço de Josh e puxou as calças jeans dele para baixo e fora. Ele parou por um momento para tirar os sapatos de Josh, e em seguida, Josh estava nu da cintura para baixo. Deus, eu estou prestes a ter relações sexuais com dois homens. O pensamento era assustador e excitante na mesma medida. Mas Josh não poderia ficar ali. Ele puxou a camisa de Sparrow até que o homem ergueu os braços e permitiu Josh para deslizá-lo sobre a cabeça do homem, jogando-o de lado. O contato pele-a-pele era incrível. Ele também sentiu a parede sólida de carne atrás dele e soube que Clayton já estava despido. Ele deve ter se despido, logo que ele havia deixado seu caminhão. Josh começou a entrar em pânico. Ele não tinha certeza se ele poderia continuar com isso. O calor dos homens o queimava, e Josh começou a perder a sua bravata. Ele começou a pensar sobre o seu protesto mais cedo. E se apenas um deles fosse seu companheiro? Será que ele poderia viver com o fato de que ele deixou outro homem transar com ele na frente de seu companheiro? — Espere. — Josh pressionou sua mão no peito duro de Sparrow e quase choramingou com o quão bem o homem se sentia. Clayton se moveu ainda mais perto, com a mão no quadril de Josh. Todos os três se afundaram para uma posição ajoelhada, como as mãos de Clayton deslizando sobre a bunda de Josh. — Diga-me para recuar e eu vou sair — disse Clayton quando ele apertou os lábios no ouvido de Josh. — Eu juro isso para você. Esta era a sua chance de dizer não, para dizer aos dois homens que ele não queria isso.


Mas ele queria. Por mais que Josh temia que apenas um homem fosse seu companheiro, por Deus, ele não queria que nenhum deles parassem o que estavam fazendo. Ele queria o prazer que eles estavam oferecendo. Josh não disse uma palavra, mas também não relaxou. Ele apenas se ajoelhou ali, sua respiração superficial. O calor de Clayton começou a infiltrar-se lentamente em Josh, seu pênis pressionando entre as nádegas de Josh. O homem não se afastou. Deslocando seus dedos, Clayton passou a mão pelo peito de Josh. Quando a mão dele chegou no inferior do estômago de Josh, ele sentiu a cabeça do pênis de Clayton pressionando contra sua entrada. Clayton estava duro. — Você parece tão bem entre nós — disse Sparrow. — Como um pequeno atrevido aqui para destruir os nossos sentidos. Josh não tinha certeza do que Sparrow estava fazendo quando ele se afastou. Ele piscou algumas vezes e, em seguida, olhou por cima do ombro para ver o xerife tirando seus jeans. Antes que ele pudesse registrar o que estava acontecendo, dois dedos lubrificadas estava entrando nele. Os olhos de Josh rolaram para a parte de trás de sua cabeça quando ele caiu de quatro. Enquanto Clayton o esticava, ele sentiu algo cutucando em seus lábios. Josh abriu os olhos para ver que Sparrow tinha retornado nu, e estava de joelhos na frente dele. Josh abriu a boca, chupando o pau para o fundo da sua garganta. Ele pensou que seria muito nervoso para ficar com os dois homens, que seria muito. Mas, pela primeira vez na vida de Josh, ele realmente se sentia vivo, livre. O gosto de Sparrow explodiu em sua boca o quente almiscarado aroma enchendo os pulmões de Josh quando o xerife avançou seu eixo mais profundamente.


Josh enfiou as unhas nas coxas poderosas de Sparrow quando o xerife começou a se mover em rajadas curtas, fodendo a boca de Josh rapidamente. A grande mão de Sparrow segurou o queixo de Josh quando pênis do homem mergulhou dentro e fora de sua boca. — Esses lábios parecem tão malditamente belos em volta do meu pau. — Sparrow correu as costas de seus dedos sobre o queixo de Josh. — Tão bonito. Clayton começou a beijar a espinha de Josh enquanto seus dedos trabalharam para trazê-lo prazer. Eles tesouraram e então se dirigiram profundamente antes de ele se afastar e fazer tudo de novo. Josh olhou para cima e seus olhos se arregalaram quando viu Sparrow e Clayton se beijando. Nunca antes tinha visto nada tão malditamente erótico. Ele esqueceu momentaneamente o que estava fazendo, enquanto observava os dois predadores dominantes rosnarem na boca um do outro, cada um agarrando a cabeça do outro, tentando controlar o beijo. Foda-se, isso é malditamente quente. Não havia maneira de Josh estar indo para se concentrar com todos os seus sentidos ficando selvagens. A fragrância de couro macio, pinheiros, e o oceano encheu o ar. Mas antes que ele pudesse se afastar para dizer paara Clayton desacelerar, ele sentiu a cabeça sem corte do pau de Clayton cutucando em sua entrada. Josh gemia em torno do eixo de Sparrow antes de Clayton começar a trabalhar a si mesmo no corpo de Josh. Josh inalou a chama do desejo que parecia estar enchendo o ar. Era um cheiro forte, picante. — Tão apertado. —

A voz de Clayton era quase um sussurro,

grossa e rouca. As sensações eram como uma tempestade, tendo Josh abaixo quando ele choramingou. Sparrow tirou seu pênis da boca de Josh e recostou-se por um momento, seus olhos escuros observando como Clayton fodia Josh.


— Porra, vocês dois ficam bem juntos — disse Sparrow antes de olhar para baixo, para Josh. — A sensação é boa? Josh assentiu, sentindo suas bochechas corarem em Sparrow observá-los. Sparrow sorriu para Josh e depois piscou antes que ele começasse a se mover para trás de Josh. Ele olhou por cima do ombro para ver Sparrow ocupando posição atrás de Clayton. Os movimentos de Clayton pararam quando ele se inclinou ainda mais sobre Josh e Josh sabia o que estava prestes a acontecer. Sparrow estava prestes a transar com Clayton.

Josh se mexeu abaixo de Clayton, tornando-se difícil não se mover. Mas Clayton se manteve por cima, quando os dedos de Sparrow deslizaram para dentro dele. Ele gemeu, perguntando se ele já tinha sentido algo melhor do que ter dedos grossos dentro dele e um buraco apertado em volta do seu pênis. — Nos encontramos de novo — disse Sparrow em seu ouvido com um sorriso leve. — Só que desta vez temos um delicioso loiro para brincar e você pode gritar tão alto quanto você quiser. — Cala a boca e me foda já — disse Clayton. Ele não tinha certeza de quanto tempo ele poderia ficar parado. Josh estava tão apertado. Clayton assobiou quando Sparrow agarrou seu cabelo, puxando os fios espetados quando um estrondo baixo vibrou através do homem. Sparrow era humano, mas foda se ele não soava como um predador. Seus olhos se estreitaram, antes que ele inclinou a cabeça de Clayton para trás


e, em seguida, puxou um pouco mais duro no cabelo de Clayton. Ele forçou Clayton mais perto antes de devorar seus lábios. Suas línguas duelaram quando os dedos de Sparrow deslizaram livres, substituídos por um pau duro como rocha. Clayton rosnou na boca de Sparrow quando ele mergulhou profundamente na bunda de Clayton. Quando Sparrow puxou sua cabeça para trás, ele podia ver os fogos quentes do desejo nadar nas profundezas dos olhos do homem. O xerife assentiu e Clayton começou a foder Josh, dirigindo seu pênis profundamente, sentindo o eixo de Sparrow, ao mesmo tempo. Os dois homens fizeram Clayton sentir as coisas cruas e selvagens que ameaçavam sua própria sanidade. Ele tinha a sensação de que Sparrow era seu companheiro. Ele se sentia assim por um tempo. Mas ele tinha o mesmo sentimento sobre Josh também. Ele não entendia isso, mas ele não estava negando o fato de que seu urso queria os dois homens. Sparrow beijou um caminho sobre o ombro de Clayton, enviando pequenos choques de eletricidade ao longo de sua coluna vertebral. Josh fechou os dedos em torno de Clayton, apertando com força enquanto sua respiração tornou-se difícil. O homem estava perto e Clayton queria ter certeza de que Josh fosse bem cuidado. Ele lambeu ao longo do ombro de Josh antes de afundar seus caninos profundamente. Josh gritou, empurrando seus quadris, colidindo com Clayton quando sua bunda começou a ordenhar o pênis de Clayton. Clayton fodeu o homem mais forte, mantendo Josh preso abaixo dele enquanto Sparrow batia em Clayton. Clayton não podia aguentar. Não quando o corpo de Josh se sentia tão bom. Não quando Sparrow estava transando com ele, batendo seu ponto


doce em cada curso. As sensações duplas o quebraram, fazendo Clayton liberar o ombro de Josh quando ele gritou seu clímax. E, em seguida, os movimentos de Sparrow desaceleraram antes que ele se soltasse. Por alguma estranha razão, Clayton sabia o que Sparrow queria. Clayton deslizou seu pênis do corpo de Josh, moveu-se para o lado e, em seguida, estendeu-se no cobertor quando Sparrow se moveu, enchendo a bunda de Josh com seu pênis. Os olhos de Clayton se arregalaram quando Sparrow mordeu no mesmo local exato em que Clayton tinha mordido. Ele sabia que os dentes sem corte de Sparrow não iriam penetrar ombro de Josh do jeito que o dele tinha. Mas maldição. O homem deveria ter nascido urso porque seus grunhidos possessivos eram muito impressionantes. — Vocês dois estão tentando me matar — Josh gritou enquanto empinava para trás, combinando o golpe de Sparrow para um acidente vascular cerebral. Clayton se sentiu impertinente como o inferno, enquanto observava os dois. Ele se inclinou e deslizou sob Josh, chupando o pau gasto do homem em sua boca. — Oh, Deus! — Josh gritou enquanto seu pênis começou a encher de novo. Clayton

deixou

Josh

foder

sua

boca,

conduzir

seu

pênis

profundamente. Sparrow nunca deixou de bater na bunda de Josh como se fosse à última vez que ele já tinha fodido o homem. Clayton nunca tinha ouvido falar de tais gemidos desesperados, tais gemidos selvagens. Os sons misturados e Clayton não tinha certeza de quem estava fazendo eles. Ele flexionou os músculos da garganta, apertando o pau de Josh antes que o homem gritasse, gozando pela segunda vez. Clayton engoliu a última gota quando ouviu Sparrow gritando o nome de Josh.


Ele recuou, vendo o prazer líquido nos olhos de Sparrow com seus movimentos diminuindo, o suor escorrendo pelo lado de seu rosto. Tanto Josh quanto Sparrow desabaram quando Clayton riu. — Eu acho que essa coisa de trio foi um sucesso — disse Clayton quando ele usou os dedos para acariciar as costas de Josh. — Fale por você — disse Josh antes que ele bocejasse.

— Vocês

dois vão definitivamente me matar. — Ah, vamos lá agora, doce — disse Sparrow quando ele estendeuse no outro lado do Josh. — Não foi tão ruim, foi? Um sorriso sexy apareceu no rosto de Josh antes que ele cobriu o rosto com o cobertor. — Não. Sparrow piscou para Clayton. — Eu acho que temos um tímido aqui. — Cale a boca — disse Josh e depois riu.

— Você não tem

permissão para apontar meus defeitos depois que você — ele balançou a cabeça — você sabe. — O quê? — Perguntou Sparrow. — Fodi você? Clayton riu quando Josh tentou golpear Sparrow. Mas o xerife foi rápido e rolou para longe antes de ficar de joelhos. — Eu odeio ser o único a arruinar um piquenique tão fantástico, mas eu tenho que voltar para o trabalho. — Sparrow se inclinou e acariciou o pescoço de Josh.

— Você foi

muito sexy, querido. Clayton se enrolou em torno de Josh, puxando o homem menor próximo quando Sparrow começou a se vestir.

— Acho que vou tirar um

cochilo ao sol — disse ele — uma vez que eu não estou sendo esperado de volta no rancho até esta tarde. Clayton lambeu a ferida da mordida no ombro de Josh antes que ele percebesse que Sparrow tinha quebrado a pele com os dentes sem corte. Se Josh ficasse grávido, como eles iriam saber quem era o pai? Isso faria Clayton


companheiro de Josh, ou Josh e Sparrow eram companheiros? Clayton não tinha certeza de nada. Talvez fosse a hora dele ligar para sua mãe. Mesmo que um shifter não soubesse quem era seu companheiro até que a pessoa ficasse grávida, ele teve a sensação de que a sua relação com esses dois homens era algo muito raro, como Renée tinha dito. Ambos os homens cheiravam muito bem para ele, mas isso não queria dizer nada. Para ursos, era difícil descobrir quem seu companheiro era a menos que você o engravidasse. Agora era um jogo de esperar para ver.

Capítulo 6 Na manhã seguinte, Sparrow estava sentado no café Faisão quando viu Jack Frost entrando. Barry Sliman estava sozinho quando ele sentou-se no balcão. Embora

não

conhecesse

o

homem,

o

sentimento

mesquinho

retornou. Sparrow não conseguia descobrir por que ele estava com um mau pressentimento sobre esse cara. De alguma forma, ele sabia que o homem era mais perigoso do que o Diabo já havia sido. Barry andava junto com a galera dos trailers, mas havia algo diferente sobre este. O garçom foi até a mesa de Sparrow, derrubando o liquido da garrafa e enchendo sua xícara de café até a borda mais uma vez. Ele sorriu, mas Sparrow só tinha olhos para o homem no balcão que estava pedindo café da manhã.


— Existe alguma coisa que eu possa fazer por você, xerife? — Perguntou o garçom. Ele colocou a garrafa para baixo e rasgou o pedido de Sparrow de seu bloco, colocando-o sobre a mesa. — Duas dúzias de rosquinhas para levar para a estação — Sparrow respondeu quando terminou seu café da manhã. O garçom sorriu, acenou com a cabeça e voltou para o balcão. Enquanto tomava um gole de seu café, Sparrow assistia os dois homens entrando na lanchonete. Ele não os reconhecia e Sparrow conhecia muito bem todos os residentes de Bear County. Um tinha um casaco fino com o capuz puxado sobre sua cabeça. Seus olhos estavam digitalizando o lugar como se tivesse segundos de hipnotizar todos no interior da lanchonete. Algo não estava certo. O outro cara parecia arrogante e confiante enquanto caminhava até o balcão, com os olhos fixos sobre o garçom. Em um movimento rápido, o homem confiante sacou uma arma e apontou-a para o garçom quando o homem nervoso também sacou uma, apontando-a diretamente em Sparrow. — Não dê a porra de um movimento, policial. Eles tinham que ser idiotas. Não havia outra explicação para estes dois roubarem uma lanchonete quando um xerife estava sentado em uma das cabines. Sparrow olhou para Barry para avaliar a reação do homem. Ele era uma parte disto ou era apenas coincidência que ele apareceu momentos antes dos ladrões? — Esvazie o caixa — o homem confiante gritou para o garçom. — E então me leve até o cofre. — N-nós não temos um cofre — o garçom respondeu. Sparrow empurrou-se em seu assento quando o assaltante bateu a coronha da arma na cabeça do garçom. O cara caiu duro. A mulher gritou quando um bebê começou a chorar.


— Deixe-o em paz! — Sparrow gritou muito tarde. O filho da puta arrogante entrou na cozinha e voltou com o cozinheiro, empurrando o cara em um banco antes que ele voltasse para o caixa. O cara que estava segurando uma arma contra Sparrow estava um pouco nervoso demais. Sua mão tremia e Sparrow estava com medo de que ele acidentalmente atirasse. Tinha que tomar conta da situação novamente antes de mais alguém ficar ferido. Havia uma abundância de usuários de drogas ao longo do parque de trailers e Sparrow tinha a sensação de que estes dois estavam procurando algum dinheiro para a sua próxima dose. Se fossem profissionais eles teriam roubado o banco, não a porra de uma lanchonete. — Olha, ninguém tem que se machucar aqui — disse Sparrow. — Por que você não deixa que essas pessoas saiam? Ele estava se referindo ao casal de idosos amontoados na cabine atrás dele e uma família de quatro pessoas do outro lado da lanchonete. A família tinha uma pequena criança com eles e uma criança que parecia ter uns nove anos de idade. Sparrow precisava tirar essas pessoas dali. — Pegue sua arma — disse o homem arrogante ao Sr. Shaky. — Mas ele é o xerife — disse Shaky. — Nós só viemos aqui por algum dinheiro. O cara por trás do caixa fez o contorno, parando ao lado de seu parceiro. — E você acha que ele só vai nos deixar sair daqui? — O que você vai fazer com ele? — Shaky perguntou. Sparrow fitou os olhos com Barry para ver o homem estudando os dois ladrões atentamente. Havia algo nos olhos do homem, algo que dizia que ele não iria apenas sentar lá e deixar que isso acontecesse. Isso era tudo que Sparrow precisava, um civil se meter nessa confusão. Ele tentou sacudir a cabeça em um “não”, mas Barry não estava


olhando para ele por mais tempo. Seu olhar estava queimando buracos nas costas dos ladrões. — Levaremos um refém — disse o cara confiante. — Isso vai nos tirar daqui sem o xerife na nossa cola. Um brilho malicioso se apoderou dos olhos do homem. — Ou podemos matá-lo. Sparrow não estava interessado em nenhuma das opções. Os dois só o viam como um policial de uma cidade pequena, algum caipira que não sabia utilizar uma arma. O que esses dois não sabiam era que Sparrow possuía um passado obscuro do qual não falava. Era um passado que incluía um trabalho como mercenário. Ele tinha sido parte de um grupo secreto que tinha entrado em diferentes países para extrair reféns e retirar aqueles que representavam ameaças para o governo dos Estados Unidos. Senhores colombianos de drogas, traficantes de armas, traficantes de seres humanos, e cada pedaço de merda conhecida pela humanidade tinha estado em sua lista. Naquela época, ele não possuía quaisquer regras ou normas que precisava seguir. Mas agora ele tinha. Ele queria acabar com esse dois bastardos, mas não por causa dos inocentes. Sabendo que ele estava assumindo um risco enorme, Sparrow se moveu lentamente de sua cabine, com as mãos à vista, como ele estava. — O que diabos você pensa que está fazendo? — Perguntou o confiante. — Eu te mandei levantar? — Leve-me como refém e deixe que as outras pessoas saiam — disse Sparrow. — Eu pareço estúpido para você? — perguntou o homem arrogante. Sparrow realmente queria responder a essa pergunta, mas não queria contrariar estes homens. Agora, eles estavam no comando, mas Sparrow planejava mudar isso em breve.


— Se eu levar um policial, toda a delegacia maldita virá atrás de nós — disse o homem. — E, em seguida, os federais vão se envolver. — Depois é só pegar o dinheiro — disse Sparrow. — Não há necessidade de machucar ninguém. Ele queria ir ver o garçom. O cara não tinha levantado e ele temia o pior. O ladrão tinha atingido o garçom duro o suficiente para que ele pudesse ter matado o cara. — Acho que vou levar um presente. O cara foi até o balcão e empurrou a arma contra o templo de Barry. Ele acenou com a cabeça em direção ao seu parceiro. — Obtenha o dinheiro. Barry moveu-se antes de Sparrow saber o que o homem estava fazendo. Ele balançou o braço para cima, derrubando a arma antes que ele bateu com o punho no abdômen do assaltante. Sparrow se lançou em Shaky, levando-o para baixo e o desarmou antes que o cara teve a oportunidade de revidar. Ele algemou o ladrão e depois se levantou, agarrando o homem arrogante, mas não antes de Barry desembarcar outro soco sólido. — Isso é o suficiente! Barry olhou para Sparrow. — De nada. A família e o casal de idosos voaram de seus assentos e correram para fora. Sparrow sabia quem eram e onde viviam, por isso não estava preocupado sobre conseguir seus depoimentos no momento. Sparrow alcançou o rádio em seu ombro quando o homem arrogante girou, levando um pé para fora. Mas Sparrow foi mais rápido, batendo com o punho no rosto do homem. O homem mergulhou em direção ao chão, pegou a arma que estava deitada ali e puxou o gatilho. Ele viu Barry enfrentar o cara, levando-o para baixo quando Sparrow caiu no chão, segurando seu estômago. Foda-se, como se ele não tinha visto isso vindo?


Clayton tinha acabado de estacionar em frente à loja de ração, Josh sentado ao seu lado, quando viu três carros de polícia e uma ambulância em frente a lanchonete. Todas as luzes estavam piscando, mas sem sirenes berrando, pelo menos não nos veículos parados. Havia outra ambulância, mas já estava decolando, indo na direção do hospital, luzes e sirenes em plena explosão. — Eu me pergunto o que está acontecendo — disse Josh quando ele soltou o cinto de segurança, olhando pelo pára-brisa. — A comida é tão ruim assim? Clayton balançou a cabeça quando saiu. Ele viu um dos idosos residentes de Bear County ali perto com sua esposa. Ambos pareciam abalados. — O que está acontecendo, Senhor Creadly? O homem idoso se virou e Clayton podia ver que o cara estava mais pálido do que o habitual. — Dois bandidos entraram para roubar a lanchonete. Mas o xerife Sparrow os deteve. Embora o pobre garçom foi agredido. Espero que ele fique bem. — Xerife Sparrow foi baleado — a senhora Creadly adicionou enquanto tremia. Seu marido deu um tapinha no ombro de sua esposa em um lado cheio de manchas da idade. — Espero que os dois homens fiquem bem. Esse xerife é um herói — ela terminou. O coração de Clayton ficou preso em sua garganta enquanto sua mente tentava entender o que o casal estava dizendo. Ele não queria acreditar. — O xerife foi baleado?


Ambos concordaram. Clayton e Josh decolaram em direção ao restaurante, assim que Sparrow estava sendo levado. O sangue cobria a mão que Sparrow tinha sobre seu abdômen. Seu rosto estava pálido e definido em uma careta, e Clayton temia que o homem não fosse sobreviver. Havia muito sangue. Mesmo que Clayton estava em pé do lado de fora, ele achou difícil puxar o ar em seus pulmões. — Será que ele vai ficar bem? — Perguntou a um dos paramédicos. Por favor, deixe-o ficar bem. — Nós estamos aqui para você — disse Josh quando ele se aproximou da maca. As lágrimas brilhavam em seus olhos quando ele passou a mão pelo cabelo de Sparrow. — Clayton e eu estamos indo para o hospital. Aguente mais um pouco. Sparrow não os respondeu. Era como se ele estivesse acordado, mas não estava. O peito de Clayton doía, como se uma faca afiada estivesse perfurando seu coração. — Não sei até que os médicos dêem uma olhada nele — disse o paramédico para Clayton. — Um tiro direto no estômago. Isso não parece bom. Esperemos que não tenha atingido nenhum órgão vital. Esperemos. Clayton não gostou dessa palavra. Ele conhecia o paramédico. Bear County não era tão grande e todo mundo se conhecia. — Obrigado, Martin. O cara acenou com a cabeça quando ele e seu parceiro carregavam Sparrow na ambulância. Clayton virou-se e viu um carro da polícia com dois homens no banco de trás. Ele atacou e bateu a lateral de seu punho na janela. Seu urso estava perto da superfície, instando-o a puxar os dois homens para fora e rasgá-los em pedaços por causa do que eles tinham feito para Sparrow. A raiva era como uma entidade viva quando seus olhos caíram para a maçaneta da porta. Tudo o que ele tinha a fazer era abri-la e ele iria ter sua vingança.


— Hey! — Dunham gritou. — Que diabos você está fazendo? Clayton enfiou um dedo em direção à janela, curvando seu lábio superior. — Se ele morrer, eu vou atrás de vocês dois. — Afaste-se do carro — disse Dunham. — Agora. Clayton girou sobre seus calcanhares e se dirigiu para o seu caminhão, Josh bem ao lado dele. Ambos subiram antes de Clayton decolar em direção ao hospital Bear County Memorial. — Você acha que ele vai ficar bem? — Josh perguntou enquanto apertava o cinto de segurança em um aperto de estrangulamento. —Era uma grande quantidade de sangue. — Ele vai ficar bem — respondeu Clayton. Sparrow tinha que estar bem. Ele não podia imaginar perder o cara. O relacionamento deles estava apenas começando e Clayton não podia esperar para explorar o seu futuro juntos. Depois do que eles tinham compartilhado ontem, ele tinha maldita certeza que as coisas dariam certo entre os três. Clayton tinha conhecido o xerife desde que ele se mudou para Bear County da comunidade shifter que ele costumava viver. Sempre tinha achado o homem robusto e bonito, uma força a ser contada. Não havia forma de uma bala poder acabar com o cara. Clayton não acreditava. — Você sabe — disse Josh quando Clayton correu pela Rota 252. — Eu cresci com apenas um irmão. Meus pais estavam sempre em viagens de negócios. Eles tinham uma empresa juntos. Não uma grande, mas uma que eles tinham de viajar muito. Quando fiz vinte anos meus pais se mudaram para o exterior. Eu costumava viajar muito com meu tio, até que ele faleceu. Quando Greg se juntou ao exercito, eu me senti um pouco perdido. Clayton ouvia enquanto dirigia, perguntando onde Josh estava indo com isso.


— Mas, então, Harland e minha tia Renee me contaram sobre esta maravilhosa cidade. Eu pensei que seria um bom lugar para começar de novo, para encontrar algum tipo de propósito na vida. E então eu conheci você e Sparrow. — E então? Josh olhou para Clayton, seus olhos enevoados. — E agora que eu conheci tanto de vocês, passei um tempo com vocês, eu não posso imaginar minha vida sem qualquer um de vocês nela. Meu urso está ligado a você e Sparrow. — Eu liguei para minha mãe — disse Clayton. — Para obter algumas respostas sobre três homens sendo companheiros. — O que ela disse? — Perguntou Josh. — Ela disse que seu primo de segundo grau do lado de seu pai acasalou com dois homens. — Como é que eles sabem? Será que dois deles engravidaram? Clayton tinha falado com sua mãe até tarde, tentando entender como três homens poderiam ser companheiros. Era bastante difícil descobrir as coisas quando apenas um companheiro estava envolvido. O aroma sozinho não era suficiente para seguir em frente. Não era cem por cento exato ao determinar onde seu companheiro estava. Apenas a gravidez poderia fornecer a confirmação completa. — Ela apenas disse que você sabe. No fundo, seu urso diz a você e você apenas tem que ouvir. O que contrariou a coisa toda de perfume. Mas depois de conversar com a mãe dele, meio que fazia sentido. Mesmo que o cheiro estava lá, seu urso deveria saber a quem ele pertencia. Clayton

realmente

nunca

tinha

falado

com

seus

pais

sobre

acasalamento. Ele tinha estado tão ocupado crescendo com seus amigos, se metendo em encrencas, e depois se juntou ao serviço militar, e não tinha prestado atenção quando sua mãe tentou conversar com ele em sua


adolescência. Mas ele sabia que seu urso estava dizendo a ele que tanto Josh e Sparrow eram dele. — Eu meio que sei do que você esta falando — disse Josh. — Meu urso queria tanto você como Sparrow assim que eu conheci vocês. Foi confuso como o inferno. Clayton assentiu. — Foi sim. Mas agora sabemos. Todos nós três somos companheiros. Depois de estacionar no estacionamento do hospital, Clayton e Josh correram para dentro para descobrir alguma notícia sobre Sparrow. — Sinto muito, Sr. Calábria. Mas o xerife está em cirurgia — disse a enfermeira atrás da mesa. Clayton virou para ver outros policiais lentamente aparecendo, seus olhos parando em cima dele e Josh antes de se sentarem. — Por que eu sinto que não sou bem vindo aqui? — Josh perguntou enquanto olhava em volta. — É apenas Dunham que está emitindo essa vibe — disse Clayton quando viu o vice caminhar através da porta, arrogante como sempre. Ele tinha vontade de bater no cara. — Vamos lá, Josh. Clayton levou seu companheiro para o outro lado da sala de espera. Estavam ambos sentados antes que Clayton pegasse seu celular e ligou para casa. Quando ligou, Angelina correu pelas portas duplas, seus olhos selvagens enquanto olhava ao redor. Ela era alta, magra, e tinha a mesma tonalidade nativa americana que seu irmão tinha. Seu cabelo preto estava solto, fluindo pelas costas. Se espalharam quando ela virou e olhou diretamente para Clayton. Ela correu para ele. — Diga-me que ele vai ficar bem. Lágrimas encheram seus olhos e se espalhavam enquanto continuou lá, torcendo as mãos.


— Ele está em cirurgia — respondeu Clayton. — Como é que você descobriu? — A central me ligou. — Ela sentou-se, enrolando as pernas até o peito antes de envolver seus braços em torno deles. — O que aconteceu? — Alguém tentou roubar a lanchonete — Josh disse. Ela olhou para ele. — Já nos conhecemos? Josh se apresentou. — Eu não sabia que Harland tinha um primo — disse ela. — Parece que estou escutando bastante isso — respondeu Josh. Angelina avaliou ambos com interesse, os olhos saltando de Clayton para Josh. Clayton sentiu como se estivesse sob um microscópio. Ele sabia que Ang era muito perspicaz. Será que ela achava que seu irmão estava em um relacionamento ménage? — Sinto muito — disse ela. — Eu entendo porque Clayton está aqui, mais ou menos. Mas eu não entendo por que você está aqui. — Ela olhou diretamente para Josh. As bochechas de Josh aqueceram quando ele olhou para Clayton. Seus olhos se arregalaram um pouco. — Você está namorando meu irmão, não é? Clayton pigarreou. Ela era agora parte da família e, mais cedo ou mais tarde ela iria descobrir. Ele só não tinha certeza de como ela iria reagir. Clayton não estava envergonhado sobre seu relacionamento com Sparrow e Josh. — Nós dois estamos namorando ele. Ela ficou lá por mais tempo olhando para os dois e, em seguida, um lento sorriso formou-se em seu rosto. — E eu que pensava que meu irmão era um cara tenso que não sabia como se divertir. — Você não está brava? — perguntou Josh. — Ele está feliz? — Ela perguntou.


Clayton assentiu. — Então por que eu estaria brava? — O sorriso dela se arregalou. — Agora ele não pode dizer uma palavra sobre quem eu namoro. — Você é sorrateira — disse Josh. Ela balançou a cabeça. — Não, apenas esperta. — Ang virou a cabeça e olhou para as portas duplas antes de se voltar para eles. — Quão ruim é o seu machucado? Clayton não queria contar a ela. Mesmo Ang sendo forte do jeito que era, ouvir que seu irmão havia sido baleado no estômago mais do que provavelmente a despedaçaria. — Saberemos após a cirurgia — ele respondeu. Os três se sentaram ali, esperando.

Capítulo 7 Enquanto caminhavam passando a estação das enfermeiras, Josh deu um tapa no estômago de Clayton com a palma de sua mão. — Eu não me importo se você estava fazendo isso para podermos ficar com Sparrow. Se eu vir você flertando com outra pessoa além de mim e Zack eu vou cortar suas bolas e pendurá-las no meu espelho retrovisor. — Gráfico. — Clayton esfregou o estômago. — Fui obrigado, Josh. Você podia ver que ela não estava disposta a deixar-nos voltar. — Sim, mas é meio estranho que eu sou o noivo de Sparrow enquanto você está fingindo ser seu irmão. Isso é apenas estranho em muitos níveis. — Josh entendia porque Clayton teve que flertar com a enfermeira, mas seu urso estava pronto para fazer algum dano. Se ele tivesse que ficar lá mais um segundo, ele só poderia ter arrancado os olhos dela fora.


Clayton olhou com cautela para Josh. Era melhor ser cauteloso. Isso não tinha sido uma ameaça vazia. Trair era o fim da linha. Era o fim do seu pescoço também. Josh abriu a porta para os sons de máquinas bipando e o cheiro de anti-sépticos. Ele odiava hospitais. Quando seus olhos pousaram em Sparrow Josh sentiu lágrimas ardendo em seus olhos e sua garganta se contraiu. Movendo-se para a cama, com as mãos sobre o corpo vibrando de Sparrow, antes de se enterrar no braço de seu companheiro. — Sparrow? Clayton andou atrás de Josh, colocando as mãos nos ombros de Josh. — Ele vai ficar bem, querido. A enfermeira disse que a bala atravessou o lado esquerdo e na parte de trás. Isso foi uma coisa boa. Ele não atingiu nenhum órgão vital. Não importava a Josh se fosse uma coisa boa ou não. Ele odiava ver Sparrow deitado ali naquela cama. Ele queria levar o homem para casa e cuidar dele até que ele melhorasse. Os olhos de Sparrow começaram a se agitar abertos. Josh segurou a respiração. Logo ele podia ver a íris azul-escuro do homem. — Quem atirou em mim? — Você não se lembra? — Perguntou Josh. — Eu me lembro — disse Sparrow. — Diga-me que esses dois bastardos estão na prisão. — Quando Sparrow tentou fugir ainda mais do seu leito e falhou miseravelmente, Clayton moveu-se e ajudou. — Eles estão — disse Josh. — E pelo que eu ouvi, algum cara chamado Barry Sliman ajudou a capturá-los. Sparrow resmungou. — Ótimo, agora eu tenho que agradecer a um traficante de drogas. — Poderia ser pior — Josh apontou. — Nós poderíamos estar no seu maldito funeral. Pare de ser tão azedo e seja grato que você está vivo.


As emoções de Josh estavam um desastre. Ele tinha estado na sala de espera durante horas, preocupando-se com a condição de Sparrow, pronto para rasgar a cabeça de alguém. Ele tinha ido de contente que seu xerife estava vivo, a raiva e ao choro. Ele não tinha certeza do que estava errado com ele, mas ver Sparrow olhando para ele foi a melhor coisa que ele poderia ter pedido. — Qual é o dano? — Sparrow perguntou enquanto brincava com os tubos e fios conectados a ele. Tirou o plug em seu dedo, jogando-o de lado. — A bala foi retirada — disse Clayton. — Você vai fazer uma recuperação completa. — Então me tire o fora daqui. — Sparrow jogou o lençol de lado, mas Josh agarrou-o e obrigou-o a subir de volta sentando no colo do xerife. — Pare com isso — disse Josh. — Você precisa ficar aqui até que o médico te libere. — Só não fique muito animado com o seu banho de esponja — disse Clayton. — Algumas dessas enfermeiras são realmente bonitas. Sparrow levantou a mão e dispensou Clayton. — Confie em mim, manter-me com vocês dois é suficiente. Estou ficando velho demais para correr atrás de rabo de saias. — Não é a resposta certa, mas boa o suficiente por agora — disse Josh quando se sentou na beira da cama, passando a mão sobre o cabelo despenteado de Sparrow. Era normalmente puxado para trás em um rabo de cavalo longo, mas hoje ele estava solto e porra, se ele não parecia lindo assim em cascata sobre os ombros do homem. Josh não poderia deixar de brincar com os fios quando ele se sentou lá. — Tem uma coisa por cabelos? — Sparrow perguntou quando inclinou a cabeça para trás e olhou para o teto. — Eu tenho uma coisa para o seu cabelo — Josh respondeu.


— Eu estou achando que ele tem um monte de torções estranhas — disse Clayton quando ele se sentou ao lado da cama. — O cara gosta de colocar ketchup na porra dos seus ovos mexidos. — Isso não é uma torção. Isso é um hábito que eu tive desde que eu era pequeno — defendeu Josh. Ele se virou para Sparrow. — Clayton e eu decidimos que você está voltando para casa com a gente. Você precisa de alguém para cuidar de você enquanto você se recupera. — Whoa — disse Sparrow. — Eu tenho a minha irmã. — Ela pode estar lá o tempo todo? — perguntou Josh. — Você realmente quer que ela te dê banho de esponja? Sparrow fez uma careta. — Não nesta vida. — Então está resolvido. E se você resistir sobre isso, seu imbecil, eu vou algemar e raptar você. — Josh sabia que estava sendo um pouco arrogante, mas não havia nenhuma maneira que estava deixando Sparrow por conta própria. O homem precisava dele e Josh ia fazer de tudo para seu companheiro ter o melhor cuidado possível. — Insistente — disse Sparrow. Clayton riu. — Isso ele é. Mandão como o inferno também. Mas ele está certo. Você não pode ir para sua casa e tentar cuidar de si mesmo. É para isso que você nos tem. — Eu pensei que era apenas pelo sexo — disse Sparrow quando fechou seus olhos. Josh poderia dizer que o homem estava cansado e precisava descansar. — É — disse Josh. — Basta pensar em mim esfregando esponja em todo o seu corpo nu. — Agora temos um vencedor — disse Sparrow antes de bocejar. — Nós vamos dar uma saída — disse Josh. — Existe alguma coisa que você quer que a gente busque em sua casa?


— Roupas e produtos de higiene pessoal — Sparrow murmurou. —A porta traseira está sempre aberta. Josh olhou para Clayton. — O homem não tem senso de autopreservação. Quem deixa sua porta dos fundos destrancada? Clayton agarrou a mão de Josh e puxou-o da cama, indo em direção a porta. — Você não vive mais na cidade grande — disse ele. — As coisas são diferentes por aqui. Isso era um eufemismo. Mas Josh estava contente que viajou para Bear County, ele não teria conhecido Sparrow ou Clayton se não tivesse. Josh e Clayton foram quase atropelados na porta quando Angelina entrou correndo, correndo até a cama de seu irmão. Josh fechou a porta, dando aos irmãos alguma privacidade enquanto ele e Clayton saiam do hospital para recolher as coisas que Sparrow precisava.

Sparrow estabeleceu-se na espreguiçadeira da varanda de trás. Enquanto estava sentado lá observou Clayton com o cavalo novo. Sparrow ainda estava curando, continuava tendo dificuldade para andar por longos períodos de tempo. Essa bala poderia não ter atingido nenhum órgão vital, mas certamente que tinha feito algum dano. Ele não tinha permissão para levantar algo pesado até que estivesse totalmente curado. Embora Sparrow soubesse que não estava fisicamente pronto para voltar ao trabalho, a última coisa que queria fazer era deixar as coisas nas mãos de Dunham. — Como você está se sentindo hoje? — Josh perguntou quando se sentou ao lado de Sparrow.


— Melhor do que ontem. — Sparrow piscou para Josh. — Em pouco tempo vou ser capaz de foder muito essas suas bundas. Josh revirou os olhos. — Você é incorrigível. Sparrow babou quando Renee trouxe uma bandeja com limonada. Estava quente hoje, mas Sparrow estava cansado de ficar dentro de casa. Fazia mais de uma semana desde que ele tinha sido baleado e Sparrow estava impaciente e pronto para voltar ao trabalho. Ele não era de ficar sentado de bobeira. — Obrigado, Renee — disse Josh quando ele pegou os dois copos dela. — Queria sentar e conversar com vocês, mas tenho que voltar para dentro com os filhotes. Desfrutem de suas bebidas frescas. Sparrow ergueu o copo para ela antes de tomar um longo gole. O líquido gelado apaziguou sua sede. — Eu tenho compromisso médico amanhã. — Eu sei que você está ansioso para voltar ao trabalho. Mas, mesmo se o médico liberá-lo, você e eu sabemos que você não está pronto. — Josh colocou o copo na mesa e se virou para Sparrow. — Não force a barra ou você pode acabar fazendo mais mal do que bem. Os olhos de Sparrow foram até onde Clayton estava de pé. O homem tinha uma forma poderosa, músculos magros, pareciam deliciosos nos jeans. Sparrow poderia estar sofrendo, mas não havia nada de errado com seu pênis. Enquanto Clayton trabalhava com o cavalo, Sparrow assistia aos músculos atentamente. Josh riu quando ergueu o copo da mesa e aproximou-o de seus lábios. — Você vai ter que esperar a liberação do médico, garanhão. Sem exercícios físicos, lembra? Sparrow estalou a língua, enquanto seus olhos fitavam Josh da cabeça aos pés. — Querido, quem disse que eu tenho que me mexer?


Isso só fez Josh rir ainda mais alto. — Você sabe tão bem quanto eu que você nunca vai ser capaz de ficar deitado e parado. Você é do tipo de cara que assume suas tarefas. Josh o pegou nessa. Sabendo que ele não teria qualquer sexo até que fosse liberado pelo médico deixou Sparrow desesperado de excitação. — Então eu deveria desperdiçar toda essa minha “animação”? Os olhos de Josh caíram para o shorts de Sparrow antes que o homem sugou seu lábio inferior. Sparrow colocou mais pressão à medida que fitava os lábios sensuais de Josh, imaginando-os em volta de seu eixo rígido. — Boa tentativa — disse Josh quando ele levantou os olhos para olhar para Sparrow. — Mas eu não vou fazer nada para arriscar a sua recuperação. — Você está arriscando a minha sanidade mental — Sparrow resmungou. Sua queixa foi interrompida quando a porta dos fundos abriu e Noah saiu com seus trigêmeos, Markey e Austin colados logo atrás. — Tio Spiro! — Markey gritou enquanto corria. Graças a Deus Josh foi rápido, agarrando Markey antes de o garoto conseguir mergulhar com tudo no colo de Sparrow. Não só poderia ter agravado a lesão de Sparrow, mas ele provavelmente teria esmagado as bolas dele no processo. Alguém precisava ensinar o menino sobre as jóias da família. — Eu disse que o tio Sparrow tem um dodói — disse Josh quando ele levantou Markey sobre sua cabeça e deu-lhe uma mordida em sua pequena barriga. Markey gritou rindo antes de Josh colocá-lo sobre seus pés. E então o resto das crianças também queria uma mordidinha. Noah se sentou ao lado de Sparrow enquanto ria. — Você tem que admitir que Josh é ótimo com as crianças. Sparrow observou enquanto Josh perseguiu os bebês ao redor do quintal. Ele os pegou um de cada vez, soprava suas barrigas, e, em seguida, os colocava para baixo antes de perseguir o próximo. Sparrow nunca tinha


pensado em ter filhos antes. Porque ele era gay, ele nunca tinha pensado que era uma possibilidade real. Embora se recusasse a engravidar, ele começou a imaginar Josh com uma barriga inchada. O pensamento recorreu a ele em tantos níveis que Sparrow ficou atordoado. Sua mente levou-o por um caminho que nunca tinha viajado antes. Qual seria a sensação de voltar para casa de Clayton e Josh? Sparrow vivia sozinho, o que significava que comia e dormia sozinho também. Claro, ele tinha Angelina. Mas sua irmã caçula tinha sua própria vida. Ele podia ver sua casa cheia de pés minúsculos, tamborilando ao redor da casa enquanto seus filhos brincavam. O peito de Sparrow doía com o pensamento. Ele queria ter filhos. — Olá? — Noah acenou com a mão na frente do rosto de Sparrow. — Onde você foi? — Paraíso — Sparrow respondeu antes de limpar sua garganta. Seu coração batia um pouco mais rápido quando Clayton caminhou em direção a ele. O homem tinha um corpo que faria qualquer mulher desmaiar e muitos homens também. Clayton parecia delicioso o suficiente para comer. Noah corou. — Se você olhar para Clayton com mais cobiça, suas malditas roupas vão cair. Sparrow riu tanto que ele teve de segurar seu lado. Quando Clayton se aproximou o cowboy sorriu também. — O que é tão engraçado? — Perguntou Clayton. — Sparrow estava me contando sobre um suculento pedaço de carne que ele adoraria ter — disse Noah. Clayton colocou as luvas de trabalho no bolso de trás e seu sorriso cresceu mais amplo. — Apenas me diga o que você quer e eu vou ter certeza que Dresden cozinhe para o jantar. Noah e Sparrow se entreolharam e depois soltaram uma gargalhada.


Após a consulta com seu médico no dia seguinte, Sparrow passou pela estação apenas para verificar as coisas. Clayton e Josh não estavam muito felizes com a sua insistência, mas ele não confiava em Dunham. Nos últimos dois anos Dunham havia balançado alguns deputados para o seu lado, afirmando que Sparrow era muito mole com os cidadãos e insistindo que foi por isso que os trailers infestados de drogas estavam fora de controle. — É bom ver você de volta — disse Harold. — Não é o mesmo sem você por perto. — Eu não estou de volta ainda — respondeu ele. — Somente verificando algumas coisas. — Mais algumas pessoas sorriram e deixaram Sparrow saber que estavam felizes por ele estar bem. Sparrow passou pelo longo corredor até seu escritório. Fotos de xerifes aposentados ou falecidos e mulheres estavam penduradas na parede, junto com placas e prêmios. O cheiro de café fresco encheu o ar ao redor dele quando ouviu o riso vindo da parte de trás da estação. A sala de descanso parecia estar fervilhando com alguns policiais apenas sentados assistindo televisão até que seus turnos começassem, enquanto outros estavam em seus intervalos. Era perto do almoço. O ar condicionado estava começando a esfriar a pele dele quando Sparrow abriu a porta do escritório e entrou. Clayton e Josh decidiram por esperar por ele no caminhão, ambos afirmando que não iriam ceder sobre o assunto. Tudo ao seu redor parecia normal, intocado. Mas Sparrow sempre tinha sido capaz de dizer quando alguém tinha invadido seu espaço pessoal.


Alguém tinha estado aqui, em seu escritório, mais do que provavelmente bisbilhotando. Seu primeiro pensamento foi que Dunham tinha vindo aqui, tentando encontrar alguma sujeira de Sparrow para usar contra ele. Mas poderia ter sido da expedição, ou alguém tentando localizar um arquivo. Não havia nenhuma maneira de saber com certeza. — As pessoas estão dizendo que você é um herói. — Dunham encheu a porta, apoiando seu ombro contra o quadro. Desde o primeiro dia Sparrow não tinha gostado desse cara. Não é que o homem era vaidoso e arrogante era mais por ser manipulador e ele tinha um olhar em seus olhos que dizia que faria qualquer coisa para conseguir o que queria. — Não sou herói — disse Sparrow enquanto caminhou em torno de sua mesa. — Só estou fazendo o meu trabalho. Ele cavou uma pequena chave do bolso da frente e estava chegando para o bloqueio em sua mesa quando notou que a madeira estava riscada. Alguém tinha tentado, ou havia conseguido invadir sua mesa. Ele levantou os olhos e lançou um olhar irritado a Dunham, mas o homem parecia não se incomodar com a expressão de Sparrow. — Ah, vamos lá — disse Dunham. — Todo mundo está falando sobre como você levou um tiro para salvar esses clientes. — Mas o tom do cara não estava preenchido com louvor. Estava cheio de ressentimento amargo. Sparrow cerrou os punhos com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. Mas manteve o que realmente queria dizer por trás de seus lábios. Começar uma encrenca com Dunham não era objetivo quando tinha vindo aqui. — Há algo que você precise? Os lábios de Dunham apertaram por um breve segundo antes de sua boca suavizar. Suas escuras sobrancelhas retas se uniram para que um vinco


aparecesse entre elas. — Espero que você se sinta melhor — disse Dunham a contragosto antes de se virar e sair. A única coisa que Sparrow podia fazer era sacudir a cabeça. Ele pensou na frieza nos olhos de Dunham. Sparrow não tinha certeza se era sua implicância com o cara que estava projetando esse pensamento ou se o cara realmente não gostava de Sparrow. Essa linha foi se tornando turva. Segundos depois Josh colocou a cabeça na porta. — Vai demorar muito? O sol está batendo no caminhão, e mesmo com o insufilm a coisa está começando a ferver lá fora. — Eu estava prestes a sair. — Sparrow abriu a gaveta e tirou alguns arquivos que ele queria levar com ele. Felizmente eles ainda estavam enterrados sob as ordens de solicitação em branco. Se alguém tinha estado bisbilhotando, eles não tinham cavado muito profundo. Ele trancou a gaveta de novo, melhor prevenir, e colocou os arquivos debaixo do braço antes de caminhar de volta para a entrada. — Espero que você volte logo — disse Harold enquanto acenava. As sobrancelhas de Josh puxaram juntas quando ele mordeu o canto do lábio, olhando para Sparrow. — O que é isso? — Perguntou Sparrow. — Por que você está levando seu trabalho para casa com você? — Josh perguntou quando saíram do edifício para a luz ofuscante. —Você deveria estar se recuperando. — Somente leitura. — Sparrow deslizou para o banco do motorista quando Josh subiu no outro lado, fixando-se ao lado de Clayton. — Ele está trazendo trabalho para casa — Josh queixou-se a Clayton. — Traidor — disse Sparrow antes de puxar o caminhão na estrada. — Talvez isso ajude — disse Clayton. — Vai dar-lhe algo para fazer além de reclamar sobre a falta de sexo o tempo todo.


Josh riu. — Boa. Sparrow dirigia com sol, tendo que puxar a viseira para baixo. Ele enfiou os arquivos entre ele e Clayton, certificando-se de que estavam a salvo. Eles eram os perfis que ele não queria que mais ninguém colocasse suas mãos. Era um caso que ele estava trabalhando em segredo por mais de um ano. Se Dunham os visse... Sparrow estremeceu involuntariamente enquanto sua mente se recusava até mesmo a terminar o pensamento. Clayton deve ter confundido o tremor por frio. O homem deixou um pouco do sol entrar. Sparrow ainda estava maravilhado com a forma como Clayton e Josh se preocupavam com ele. Ele nunca tinha tido nada parecido antes. Não neste nível. Ele lutou contra sua atração por Clayton por tanto tempo que ele surpreendeu-se com a rapidez com que foi capaz de aceitar o cara uma vez que se livrou de seus medos. Mas ele ainda não estava disposto a engravidar. Essa perspectiva não era nem mesmo uma opção. — Alguém quer um grande e gordo pepino? — Josh perguntou de repente. Ambos Sparrow e Clayton fizeram uma careta. O Piggly Wiggly vendia essas coisas monstruosas em pacotes individuais, o pepino ainda nadando em seu suco. Sparrow sempre achou isso nojento. — Não mesmo — respondeu Sparrow. — Nem eu — disse Clayton. — Podemos parar na loja? — perguntou Josh. — Estou morrendo de desejo por um. Sparrow não via porque não. Não era como se ele tivesse mais nada para fazer. Ele fez o retorno e voltou para a cidade. Quando parou em frente do supermercado ele avistou Jack Frost e alguns outros caras pendurado para fora no estacionamento, fumando cigarros escorados a uma caminhonete vermelha.


Quando Sparrow dirigiu por eles ele trancou os olhos em Barry. O homem olhou para ele por um momento e, em seguida, olhou para o lado, rindo de algo que um de seus amigos havia dito. O sentimento mesquinho ainda estava lá e Sparrow pediu a Deus que ele descobrisse o que o incomodava tanto em Barry Sliman.

Capítulo 8 Naquela noite, Clayton estava sentado à mesa, enquanto olhava para as pessoas que ele chamava de família. Sparrow estava à sua direita, Josh à sua esquerda. Tomar um assento na cabeceira da mesa não era sua maneira de declarar-se a cabeça de seu triângulo amoroso. Apenas havia acontecido dessa forma. Ele havia chegado à sala de jantar primeiro, faminto, depois de trabalhar o dia todo. A sala estava bem iluminada e não havia riso ao redor. Renee ainda estava lá, o que era estranho. Ela já deveria ter voltado para casa. Ele se perguntou se sua estadia prolongada tinha algo a ver com Jack, porque seus olhos estavam focados no pai de Noah e ela estava sorrindo para cada palavra que o homem dizia. Os olhos de Clayton flutuaram sobre as paredes brancas e imagens que pairavam em torno. Os sons de pessoas conversando, rindo e comendo misturaram para formar uma melodia que acendeu seu coração quando Sparrow cutucou o joelho de Clayton. Foi um movimento sutil, um lembrete de que ele estava lá, sentado ao lado de Clayton. Josh falava com Dresden, o homem continuamente batia no braço de Clayton, ou tocava em sua mão que estava descansando sobre a mesa. Ele, também, estava lembrando Clayton que ele poderia estar prestando atenção em Dresden, mas seus pensamentos estavam em seu companheiro.


As coisas pareciam surreais enquanto Clayton inalava lentamente e, em seguida, soltou a respiração. Seus pensamentos se voltaram e ele refletiu sobre Sparrow levar um tiro. Se o xerife não tinha tido muita sorte, a cadeira à sua esquerda poderia estar vazia. Não haveria coxa forte esbarrando na sua, ou a voz profunda conversando com Harland. Clayton levou um segundo para deixar que a voz trabalhasse em seu corpo, absorvendo-a e valorizando-a mais do que nunca quando seus lábios se curvaram em um sorriso. ― Esta refeição está ótima. ― disse Bryson para Dresden. O homem loiro sorriu. ― Obrigado. ― Clayton flagrou o olhar de Harland para seu companheiro. Havia um profundo brilho de amor nos olhos de Harland quando ele olhou para Dresden como se o homem fosse a própria lua. Havia muito tempo, desde que os quatro homens que possuíam a fazenda Triple-B comeram comida caseira. Eles sempre iam a um restaurante, ou jantavam comida congelada. Eles haviam sido felizes. Para a maior parte do tempo. Suas vidas do dia-a-dia eram preenchidas com trabalho e um senso de propósito e orgulho. Mas agora que Clayton tinha Sparrow à sua esquerda e à sua direita, Josh, ele sabia que havia algo significativo faltando. Seus olhos se desviaram para Bryson, perguntando-se se o homem também encontraria sua metade. O sorriso de Bryson era genuíno quando ele brincou com um dos filhotes com um biscoito. Mas Clayton também já flagrara o homem olhando para longe, um olhar de saudade e anseio em seus olhos profundos cinza. O shifter urso queria o que o resto dos homens já tinham encontrado. Um companheiro. Mas ele não demonstrava que algo estava faltando em sua vida. Bryson não faria isso. Ele não estaria com ciúmes da felicidade dos outros.


Ainda assim, tinha que haver algum ressentimento por ele ainda estar sozinho. O homem era apenas bom em mantê-lo escondido. A

conversa

não

acalmava,

mesmo

quando

todos

estavam

terminando a refeição. O barulho de pratos sendo reunidos encheu o ar. Clayton se recostou, afastando-se da mesa, seu estômago cheio, e seu coração tranquilo. Suas sobrancelhas se uniram em confusão leve quando ele viu Josh mergulhar a colher em seus feijões cozidos antes de mergulhar em seu copo de sobremesa cheia de maçãs caramelizadas. Josh comeu a combinação e, em seguida, seus olhos rolaram, como se estivesse provando o céu na terra. Acompanhar aquele momento fez Clayton pensar que o homem vinha fazendo combinações estranhas em suas refeições já há alguns dias. Ainda ontem Clayton flagrara Josh imergindo aipo em um frasco de geleia. Quando Harland virou a cabeça, viu Sparrow olhando estranhamente para Josh. Os olhos escuros do homem focados intensamente em Josh antes dele voltar seus olhos para Clayton, que deu de ombros. Ele não tinha certeza por que Josh ansiava misturas estranhas de alimentos. Quando a mesa foi tirada, Dresden e Harland levaram seus dois filhos e se dirigiram para a sala. Jed e Noah pegaram seus trigêmeos e saíram indo, sem dúvida na caminhada que costumavam fazer depois do jantar. Jack e Renee estavam conversando, rindo, e o sorriso no rosto de Jack era como um raio de luz brilhante. Bryson olhou para o casal por um momento antes de deixar a sala de jantar. ― Alguém tem um iene para uma torta de cereja? ― Josh perguntou quando ele lambeu a colher limpa antes de mergulhar de volta em seus grãos e, em seguida, mergulhando-o na tigela de maçã. ― Até que horas o Piggly Wiggly fica aberto? ― Clayton sentiu uma sensação de ansiedade em seu peito enquanto seu coração começou a pulsar na garganta. Algo clicou dentro de sua


cabeça tão rápido que ele sentiu falta de ar. Ele sabia por que Josh estava comendo a comida estranha. Seu companheiro estava grávido. Era só um palpite com base nas provas que ele tinha testemunhado. Os olhos de Clayton caíram para o estômago de Josh e ele notou a pequena distensão. Poderia ser da forma como Josh tinha devorado o seu jantar. Um bebê de alimentos, como Bryson às vezes chamava quando o homem comia quatro porções. Ele também notou um rubor nas bochechas de Josh que não estavam lá antes. O homem parecia... brilhar, radiante. Josh terminou de comer e, em seguida, sentou-se, arrotou, e bateu com a mão sobre a boca antes de rir. Clayton roçou as pontas dos dedos sobre o queixo de Josh e sorriu. Sparrow tocou Clayton com as costas da mão, com o olhar ainda um pouco atordoado. ― Ele está...? ― Acho que sim. ― respondeu Clayton. ― Ele come como um cavalo, mas há algo mais. ― Come como o quê? ― Josh perguntou quando ele se levantou, se espreguiçou, bocejou, e, em seguida, virou-se. ― Eu vou para a cama. Talvez eu tenha uma torta de cereja amanhã. ― Clayton observou Josh indo para o andar de cima antes de se virar para Sparrow. ― Acho que vou chamar o médico para examiná-lo. ― Os olhos de Sparrow estavam nos degraus que Josh tinha acabado de subir. Havia uma expressão estranha no rosto do rapaz. A voz do homem era baixa, suave e calmamente desconcertante. ― Eu vou ver minha irmã. Eu volto mais tarde. ― O coração de Clayton bateu mais rápido, enquanto ele observava Sparrow sair pela porta da frente. O que aquele olhar tinha significado? Sparrow estava desapontado que


Josh poderia estar grávido? O homem estava, interiormente, em pânico? Será que ele queria um bebê? Com a saída tranquila de Sparrow, Clayton ficou com uma dúzia de perguntas sem respostas. Medo formigava dentro dele, em seu peito, em sua cabeça e suas mãos tremiam. E se Sparrow tinha mudado de ideia e estava procurando coragem para dizer a Clayton que isso não ia dar certo, que ele queria sair dessa relação? O homem não tinha declarado o seu amor ou até mesmo disse que era isso que ele queria. Mas nem Clayton, nem Josh tinham dito algo. Eles ainda tinham que dizer explicitamente que eles queriam ser companheiro e que aquela era a vida que eles estavam escolhendo. Sem saber o que fazer, Clayton se afastou da mesa e foi em direção ao estábulo. Ele precisava sair e espairecer, chegar a uma solução. Porque se Sparrow fugisse novamente, Clayton o traria de volta.

Josh sentou-se ali, seus pulmões pareciam ter parado de funcionar e a respiração estava presa dentro dele com a notícia que o médico havia proferido. Ele teria um bebê. Por que ele estava tão aterrorizado era um mistério. Família é a coisa mais importante para os shifters. Isso é o que sua mãe havia lhe ensinado. Encontrar o cônjuge e começar uma família era a maior bênção que se podia ter na vida. Então por que ele não se sentia feliz?


Mas mesmo que a mãe de Josh tivesse lhe ensinado o valor de uma família, ele não teve essa realidade em sua própria vida. A desconexão entre seus pais era o um dos principais motivos para o medo de Josh. Ele olhava para frente, com foco no intrincado padrão de renda de suas cortinas, o vento soprando através das folhas do lado de fora de sua janela, e o sol caçando sombras ao longo da floresta que se estendia à direita de sua casa. ― Josh? ― Clayton disse seu nome antes de estalar os dedos, mas Josh não conseguia se concentrar. Havia um filhote pequenino crescendo dentro dele. No fundo de sua barriga e ele não conseguia acreditar que aquilo era real. Ele respirou fundo e tentou de aliviar um pouco a pressão que estava construindo em seu peito. ― Ele precisa se acostumar com a notícia. ― explicou o médico. ― Dê a ele um momento para absorver as coisas. ― Josh precisava de mais do que um momento. O médico saiu da sala. Sparrow e Clayton sentaram-se na cama ao lado dele, os dois homens franzindo a testa. Josh cruzou as mãos no colo, vendo quando um pássaro azul voou de um galho para outro lá fora. Ele exalou e, em seguida, assentiu. Ele não podia fazer isso. Espere. Ele não tinha escolha. Estava feito e ele teria que carregar aquele bebê até o momento de dar a luz. Sua garganta ficou seca. ― Você quer que eu chame Noah ou Dresden? ― perguntou Clayton. ― Talvez eles possam ajudá-lo a passar por isso. ― Josh sabia que tinha que se recompor. Ele balançou a cabeça e deu um tapinha no joelho de Sparrow e Clayton. ― Eu estou bem. Foi um pouco chocante. ― Parte dele se sentia bem, mas havia também uma parte dele que estava assustada.


Duas semanas de gravidez. Uau. ― Todos nós vamos ficar bem. ― A voz de Sparrow estava cheia de emoção e Josh estava surpreso ao ver que xerife que parecia estar à beira das lágrimas. Ele sempre via o homem como forte. Nem mesmo uma bala podia abatê-lo. Mas parecia que um bebê tinha o homem tremendo em suas botas malditas. Clayton havia dito a Josh sobre Sparrow saindo depois do jantar na noite passada. Quando Sparrow voltara, ele não disse uma palavra, apenas foi para a cama e adormeceu. ― Você vai ficar bem? ― Perguntou Josh. Mesmo que Sparrow não estivesse bem, Josh sabia que o homem não admitiria tal fraqueza. Sparrow era muito de um macho alfa para dizer a Josh que ele estava com medo. Mas Josh podia ver a preocupação nos olhos do xerife e sabia que o homem não estava pronto para isso. Nenhum deles parecia estar. ― Vamos pegar um pouco de ar fresco. ― Clayton puxou Josh a seus pés e guiou-o em direção à porta do quarto. ― Vai nos fazer bem. ― Josh sabia dos riscos quando teve relações sexuais desprotegidas com Sparrow e Clayton. Mas a realidade era assustadora. Ele colocou a mão sobre a cama e parou, pensando... pensando. Sparrow colocou a mão quente nas costas de Josh. Seja para ajudar a guiá-lo ou firmar, Josh não tinha certeza. Desceram as escadas e pela porta dos fundos em silêncio. Nem mesmo o rosto sorridente de Markey, quando eles passaram por ele, tirou Josh de seu estupor. Os três caminharam por um longo tempo antes de Josh dizer. ― O que vamos fazer? ― ele franziu os lábios quando olhou para as árvores. Houve uma leve brisa e o sol estava escondido atrás de algumas


nuvens, mas era quente o suficiente para que Josh desejasse estar usando um par de calções. ― Ter um filho. ― respondeu Sparrow. ― Eu acho que é um pouco tarde demais para pensar sobre o preservativo. ― Você está bravo? ― Perguntou Josh. ― Não. ― Sparrow balançou a cabeça, mas Josh podia ver que algo estava

incomodando

o

homem.

Ele

parecia

introspectivo,

como

se

contemplasse o mundo. ― Pode não ter sido planejado, mas eu acho que nós podemos passar por isso. ― Passar por isso? ― Josh perguntou enquanto parava seus passos. ― Você soa como se isso fosse uma tempestade que passará em breve. Este é um compromisso vitalício, Sparrow. ― Nós dois sabemos disso. ― disse Clayton. ― E não, nenhum de nós está bravo. ― Oh, eu estou feliz que você sabe o que Sparrow está sentindo porque é certo que ele não me disse merda nenhuma. ― Josh caminhou alguns passos à frente, desejando que ele estivesse sozinho. Ele estendeu a mão e esfregou as têmporas, dizendo a si mesmo para se acalmar. ― Josh. ― Sparrow agarrou seus braços, puxando-o para parar. ― Você sabe que eu não sou bom com as palavras. Eu só... ― Sparrow pausou. ― Uau, estou tentando, você sabe? ― Sparrow respirou profundamente e Josh viu seu peito subir. Ele exalou, e segurou o rosto de Josh. ― Ok, então vamos ser pais. ― Clayton caminhava ao lado dos dois. ― Nós temos a ajuda, você sabe. Harland e Jed parecem estar fazendo um trabalho muito bom com seus filhotes. ― Três... ― Sparrow gemeu e então seus olhos foram para Josh. ― Será que o bebê será humano? ― Por alguma razão, isso fez Josh rir. Ele inclinou-se e agarrou os joelhos, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto. A pressão em seu peito mais uma vez desapareceu quando ele se levantou,


usando as palmas das mãos para limpar os olhos dele. ― Você é muito, muito engraçado. ― Eu estava falando sério. ― disse Sparrow. ― Sim, o bebê nasce em forma humana. ― Clayton respondeu com uma risada curta. ― O que você pensa, ele cuspiu um filhote de verdade? ― Como eu poderia saber? ― Sparrow reclamou. ― Você não tem que zombar de mim. ― Josh olhou para os dois homens e o amor surgiu em seu peito, uma sensação de calor e não uma dor. Eles iriam ficar bem. O choque os havia pegado de surpresa, mas os três passariam por isso.

Capítulo 9 Fazia quase três meses desde que Sparrow foi baleado e ele finalmente sentia que as coisas estavam voltando ao normal. Ele podia se mover com facilidade agora sem estar com dor. —Eu já te disse o quão bom você parece em seu uniforme?— Josh perguntou quando tentou se sentar na cama. Quando o homem começou mostrar seu estado, a visão do estômago dilatado de Josh foi estranho para olhar, e Sparrow se viu roubando olhares rápidos cada chance que ele poderia receber. Foi incrível com o que alguém poderia se acostumar com o tempo. —Se eu não estivesse atrasado, eu agradeceria por esse elogio. — Ele piscou para Josh no espelho antes de abotoar seu cinto. —Tem certeza que você não tem cinco minutos de sobra? O homem estava o provocando e Sparrow foi tentado. —Bebê, o dia em que só levar apenas cinco minutos para eu percorrer o corpo sexy de vocês é o dia que eu preciso ser enterrado. Josh riu.


—Agora, pare de me distrair. Do espelho, Sparrow assistiu Josh rolar da esquerda para a direita e depois para a esquerda novamente. Ele se empurrou para suas mãos e joelhos e, em seguida, avançou para trás na cama até que alcançou a borda, Josh deslizou até que seus pés tocassem o chão. Quando Josh levantou, os olhos de Sparrow foram atraídos para o arredondado abdômen de Josh. Ele ainda se assustava de que o homem pudesse estar carregando um filho dele. Será que isso importava, que o bebê poderia ser de Clayton? Tinha no início. Mas, então, Sparrow chegou à conclusão de que não importa de quem o bebê era, ele não ia a lugar nenhum. Ele não podia imaginar sua vida sem Clayton e Josh. Eles tinham se tornado as duas pessoas mais importantes para ele. E Sparrow planejava foder Josh novamente. Assim, as chances, mais cedo ou mais tarde seriam a seu favor, se elas já não estivessem. —O quê?— Josh ficou ali olhando para Sparrow antes de olhar para o seu estômago. —Eu pareço tão ruim assim? Sparrow virou-se do espelho e puxou Josh perto, colocando um beijo na testa do homem. —Como você pode ficar mal quando você irradia tanta beleza? —Ponto para você. — Josh bateu em seu braço. —Agora deixe-me usar o banheiro. Este bebê deve estar deitado na minha bexiga. Sparrow soltou Josh antes de pegar o chapéu da cômoda. Ele deu uma última olhada em seu companheiro antes de ir para o trabalho. Clayton estava lá embaixo, esperando na varanda. Sparrow sorriu. —Que bom, uma despedida. O lado da boca de Clayton torceu em um sorriso que desapareceu rapidamente. —Ouvi dizer que há um monte de problemas no parque de trailer.


—Preocupado comigo?— Sparrow colocou o Stetson na cabeça. —Bem, sim. — Clayton encostou seu traseiro no corrimão, cruzando as mãos sobre as coxas. —E se você é pego em alguma merda e se machuca de novo? Sparrow suspirou. —Nós já conversamos sobre isso, Clayton. É o meu trabalho para ajudar os outros e pôr de lado os maus. Clayton mordeu o lábio inferior e Sparrow poderia dizer que o homem estava tentando pensar em algo para dizer que iria impedi-lo de ir para o trabalho. Ele apreciava a preocupação do homem. Ele realmente fez. Mas essa era a vida de Sparrow, sua carreira, e ele não iria desistir dela porque alguns brutamontes estavam agindo como idiotas. Depois de sua carreira anterior, Sparrow sabia que se estabelecer em uma pequena cidade era o que ele queria. Ele teve o suficiente da vida rápida, de viajar por todo o globo. Ele trocou seu status de mercenário por um trabalho onde ele não tinha que assistir a sua volta a cada segundo de cada dia. —Eu vou ter cuidado. Clayton assentiu, mas Sparrow podia ver que o homem não estava feliz. —Apenas fique longe desse parque. — disse Clayton. —Eu não posso fazer isso. —Lá está cheio de problemas. — Clayton alertou. —grandes problemas. Tenho amigos por lá que me dizem o que está acontecendo. As coisas estão piorando. Muito pior. Eu não quero você pego em qualquer coisa. —Você já disse isso. Sparrow começou a ir embora, mas voltou-se, fechando a distância antes de parar na frente de Clayton. Ele pegou o queixo do homem entre seus dedos e levantou a cabeça de Clayton até que eles estavam olhando um nos olhos do outro.


—Eu me preocupo, Sparrow. —Eu sei. —Nós temos um bebê a caminho. Eu não quero que ele ou ela cresça sem você. Sparrow foi tocado profundamente pelo que Clayton estava dizendo. Ele pressionou sua testa na de seu companheiro, estendendo os lábios até que eles tocaram os de Clayton. Os olhos de Clayton de moveram ao redor, até que finalmente pousaram nos de Sparrow. —Tudo o que posso dizer é que eu pretendo voltar para casa todas as noites e eu vou fazer tudo ao meu alcance para ter certeza de que isso aconteça. —E se as coisas vão mal. —Às vezes acontece. Clayton soltou um longo suspiro. Ele puxou a testa longe e, em seguida, encostou o rosto no ombro de Sparrow. Sparrow hesitou por um momento e, em seguida, passou um braço em volta de Clayton. Quanto mais perto Josh chegava da data do nascimento, mais Clayton se preocupava. Sparrow nunca discutiu com o cara. Ele sabia o medo que Clayton estava passando. Qualquer um que escolhia estar com um policial sabia o risco. Mas essa era Bear County, não uma área metropolitana ocupada. Embora ele já tivesse sido baleado uma vez, Sparrow sabia que estava mais seguro aqui do que em qualquer outro lugar. —Agora estou realmente atrasado. Clayton riu no ombro de Sparrow. O som não era cheio de alegria, mas de resignação. O que Clayton estava sentindo importava para Sparrow, mas não havia nada que ele pudesse fazer a respeito. —Eu tenho que ir.


Clayton levantou a cabeça e deu um beijo em Sparrow. Ele gemeu, cobrindo o rosto de seu companheiro, antes de se afastar. —Eu vou te ver hoje à noite. —É melhor. — disse Clayton quando Sparrow deslizou as chaves do bolso e se enfiou atrás do volante. Quando ele saiu do estacionamento, ele ainda podia ver Clayton observando-o pelo espelho retrovisor. Ele esperava que, uma vez que o bebê nasce-se, Clayton fosse relaxar. Então, novamente, o homem só poderia piorar. Sparrow passou o resto de seus dias indo sobre os orçamentos da delegacia, a manipulação de algumas disputas na cidade, e passar tempo com os residentes idosos no lar de idosos local. Eles amavam quando ele aparecia. Sparrow era um grande ouvinte e sentou-se por uma boa hora com o Sr. Sendil, regalou-se com as histórias de sua juventude. O homem era uma figura e, a partir das histórias que ele contou, tinha levado uma vida muito emocionante antes de se aposentar. Agora, o senhor idoso se sentava em uma cadeira de rodas, com tubos de oxigênio em seu nariz, parando de vez em quando para recuperar o fôlego. Sparrow sentou-se pacientemente e esperou até que o Sr. Sendil recomeça-se. Os jovens da cidade poderiam aprender muito com os idosos se tivessem tempo para ser voluntários aqui. Os moradores iriam preenchê-los com uma riqueza de história. Sr. Sendil levantou uma mão manchada e instável, branca como papel e com pele flácida, como se estivesse pronta para cair. Ele deu um tapinha no ombro de Sparrow. —É hora de você ir. Você já ouviu as minhas divagações por muito tempo. —Bobagem. — Sparrow se levantou e pegou uma xícara de café, levando-o de volta para o velho. —Eu adoro ouvir sobre como você e seus


amigos assistiram Woodstock ou como você viajou o mundo. Você é um homem muito interessante. Sr. Sendil riu, mas soou mais como um longo chiado. —Diga isso para as senhoras. Talvez eu possa dar alguns tapinhas nos traseiros. Sparrow riu suavemente quando ele balançou a cabeça. —Ainda tem isso? —Nunca perdi!— Sr. Sendil mandou-o embora. —Agora vá. Sparrow disse adeus ao pessoal antes de sair. Ele passou a lagoa fora de casa, a água como aço líquido, uma vez que refletia a cor do céu. Ele estava pronto para encerrar o dia. Isso foi até o rádio gritar. Sparrow agarrou o microfone em seu ombro. —Vá em frente, Harold. —Temos problemas em Lamont Trailer Céu. O aviso de Clayton filtrou pela mente de Sparrow. —O que é? —Sra. Berchman chamado. Ela disse que há alguma atividade suspeita direto fora de sua casa. Isso poderia significar qualquer coisa, de um gato de rua rondando a uma transação de drogas. Ele desejou que ela tivesse sido um pouco mais específica. Sparrow suspirou. Queria tanto ir para casa. —Eu vou lidar com isso. Ele dirigia pela cidade e, em seguida, em direção ao trailer. Quanto mais para fora da cidade ele ia, mais dilapidado o cenário se tornou. Havia fileiras de casas que pareciam que tinham visto dias melhores, alguns metros cheios de lixo, veículos ou equipamentos de fazenda aposentados. Nem todas as casas estavam em mau estado. Muitas poucas eram impressionantes de se ver, com belos gramados e canteiros bem cuidados.


Não havia nenhum lado ruim na cidade em Bear County. A combinação de bem- abastados e pobres misturavam-se com perfeição. A única pedra no sapato de todo mundo era o estacionamento de trailers. O departamento registrava muitas reclamações dos moradores de lá. Foi uma pena, no entanto. Um monte de pessoas que viviam ali eram mais velhas. Era a geração mais jovem que arruinavam o lugar. Sparrow tinha tentado o seu melhor para se livrar do lixo que levava esse lugar para baixo, mas para cada canalha preso, outro surgia. Os criminosos eram como ervas daninhas e Sparrow fez o que pôde para arrancálos pela raiz. Tudo estava calmo quando ele puxou para o parque. Esta hora do dia a maioria das pessoas estavam jantando, algo que Sparrow desejou estar fazendo no momento. Dresden ia cozinhar costelas e a boca de Sparrow regou com o pensamento. Ele virou-se para baixo algumas ruas e então viu o que a Sra. Berchman estava reclamando. Um cara estava bem na frente de seu trailer, distribuindo drogas. Sparrow assistiu a transação ocorrer antes que o rapaz o visse e corresse. Sparrow bateu o carro parado e, em seguida, saiu, dando a perseguição. Enquanto corria, ele passou um rádio para a delegacia. Sparrow não havia trabalhado como ele costumava fazer e ele podia sentir a queimadura não apenas nos pulmões, mas seus músculos também. Seu lado esquerdo começou a doer, mas ele empurrou a dor. O criminoso jogou alguma coisa sobre uma cerca, mas Sparrow não ia parar para recuperar o que fosse. Ele voltaria uma vez que tivesse a cara sobcustódia.


Um carro saiu de uma rua estreita, quase acertando Sparrow. Ele bateu a mão no capô enquanto o contornava, vendo a suspeito correr e virar a esquina. Eles estavam indo para a periferia do parque. Não havia outro lugar para ir a não ser que o delinquente corre-se para a grande floresta que se estendia por quilômetros atrás das casas. Ele estava prestes a desistir quando viu o criminoso escalar uma cerca. A cerca pertencia a Sra. Coppen. A senhora vivia sozinha e não havia nenhuma maneira que Sparrow fosse permitir que o safado arrombasse sua casa. Segurando a borda da cerca de madeira, Sparrow pulou, balançando as pernas no ar antes de aterrissar em seus pés no outro lado. Ele fez uma careta quando o seu lado esquerdo pulsou mais forte, mas ele não deixou que a dor o parasse, não quando ele podia ver a parte de trás da porta do pátio ser aberta. Levando a mão ao coldre, Sparrow tirou a arma e se moveu lentamente

em

direção

a

casa.

Ele

ficou

semiagachado

enquanto

se

aproximava da parede traseira. Um gato correu da porta e Sparrow quase atirou na maldita coisa. Da escuridão da cozinha, a Sra. Coppen apareceu. Ela espiou o batente da porta e, em seguida, apontou para sua garagem. Sparrow guardou a arma e foi embora. Quando ele se aproximou da floresta, um tiro ecoou sobre as copas das árvores. Sparrow se abaixou, pegando sua arma novamente. —Saia com as mãos sobre a cabeça! Um segundo tiro foi disparado e Sparrow sentiu a queimação da bala passando por sua coxa. Dedos brancos quentes de dor irradiaram através de sua perna esquerda. Ele empurrou para frente, mas sabia que não poderia ir para baixo.


Sparrow bateu as costas em uma árvore de grande porte antes de usar o radio para dizer a Harold enviar quantos homens mais eles pudessem. Ele disse ao oficial sua localização. —Eles estão a caminho, xerife. Dunham é o mais próximo. Um grunhido vibrou em sua garganta. Ele pressionou a palma da mão em sua perna e imediatamente se arrependeu de fazer uma coisa tão estúpida. Quando ele puxou a mão para trás, estava mergulhada com seu sangue. Digitalizando a área, ele não viu a cara em qualquer lugar. Sparrow se movia lentamente, usando a folhagem densa como proteção. Ele puxou o ar em seus pulmões e, em seguida, deixou-o sair lentamente, deixando sua antiga formação assumir. Enquanto ele estava ali, Sparrow ouvia atentamente. Um galho estalou. Ele seguiu o som antes de parar novamente para escutar. Ele podia ouvir o som de sirenes ao longe, mas Sparrow as ignorou. O telefone começou a vibrar no bolso. Sparrow não poderia responder isso agora. Ele vibrou mais três vezes antes do bip de uma mensagem de texto soar, ecoando na floresta silenciosa. A bala atingiu a casca direto sobre a cabeça de Sparrow, enviando lascas de madeira por toda parte. Ele deslizou mais para trás da árvore. —Você não vai escapar. — Sparrow chamou. Dunham e mais dois policiais se moviam silenciosamente através da grama, indo em direção a Sparrow. Mais sirenes soaram e Sparrow sabia que Harold tinha realmente enviado todo o departamento. Ele sorriu quando a unidade K-9 chegou. Seu departamento pode ser subfinanciado, mas Sparrow tinha insistido em uma unidade K-9. Vivendo em uma cidade onde fazendas e campos bem abertos eram comuns, isso só fazia sentido para ele.


O oficial Forez acenou para Sparrow. Sparrow acenou de volta. O oficial liberou o pastor alemão e Sparrow assistiu quando Hulk decolou. Foi apenas uma questão de segundos antes que alguém estivesse gritando por socorro. Sparrow se moveu, apontando sua arma para o criminoso enquanto Forez recuperava Hulk. —Bom trabalho, garoto. — Forez esfregou Hulk atrás das orelhas. Sparrow não perdeu tempo. Ele largou o joelho nas costas do revendedor e puxou as mãos do homem atrás dele, algemando o cara. —Você não deveria ter corrido. — disse Sparrow no ouvido do homem. Sua voz era um grunhido enquanto conduziu o rapaz pela floresta. —Preciso de um hospital!— O criminoso gritou quando se mexeu nos braços de Sparrow e depois passou a perna para fora, o seu pé batendo na perna ferida de Sparrow. Sparrow levantou o braço para trás e bateu com o punho no rosto do cara. —Sossega, porra. —Isso é brutalidade policial!— O homem repetiu-se uma e outra vez até que Sparrow empurrou o cara na parte de trás de um dos carros de patrulha. —Precisa de uma carona para o seu carro?— Forez perguntou quando abriu a porta de trás de seu carro e deu um passo para o lado para que Hulk pudesse pular dentro. O telefone de Sparrow tocou novamente. Ele puxou-o para fora para ver que Clayton havia lhe enviado mensagens. Tocando na tela, o coração de Sparrow congelou. Josh em trabalho de parto!


Capítulo 10 Clayton

marchou

pela

sala

de

estar,

seu

celular

agarrado

firmemente na mão. Ele havia chamado Sparrow uma dúzia de vezes e tinha enviado duas mensagens de texto. Onde diabos ele estava? Josh se

sentou

no

sofá, esfregando

a barriga

e

expirando

lentamente. Clayton tentou levar o homem lá para cima, mas Josh disse que não ia a lugar nenhum até Sparrow aparecer. —Se vocês continuarem tendo tantas crianças. — disse Jack da cadeira. — Podemos ter o nosso próprio código postal. Clayton olhou para o pai de Noah. O homem levantou as mãos. —Eu só estou dizendo. Não que eu não ame tê-los sob os pés. Faz-me sentir jovem de novo ao lutar com os pequenos retrocessos nas canelas. Josh bateu os olhos fechados e gemeu, o rosto comprimido. —Onde diabos ele está? O médico tinha chegado há dez minutos. O homem sentado à toa, tocando os dedos em sua maleta de médico, com os olhos continuamente lançando em direção à porta. Eles estavam todos esperando por Sparrow chegar. Se ele não se apressasse, Josh não teria escolha a não ser ter o bebê sem o xerife. Renee tinha levado as crianças para fora, tentando mantê-los ocupados. Mas parecia que um deles estava determinado a estar lá. —Josh? — Disse Markey quando entrou na sala de estar. —Sua barriga dói? Harland e Jed estavam na sala de estar, junto com Bryson que estava na parte inferior da escada. Bryson olhou como se ele estivesse pronto para entrar em ação a qualquer momento.


—Vamos lá, garoto. — disse Harland, enquanto tentava reunir Markey em seus braços, mas a criança correu ao redor do sofá. —Josh machucado. — disse ele. —Pega um pouco de chá. Clayton sorriu. Renee acreditava que chá era a cura para tudo e parecia que Markey estava prestando muita atenção a ela. Ele agarrou seu jacaré de pelúcia do chão e entregou-o a Josh. —Ralph faz dores de barriga ir embora. Tanta dor quanto Josh parecia estar, ele sorriu e aceitou o brinquedo. —Obrigado, amigo. Markey parecia satisfeito que ele tinha ajudado. Quando Josh pegou o brinquedo, Markey permitiu a Harland para levá-lo de volta para fora. O som de pneus cantando na garagem chamou a atenção de todos. Clayton foi até a janela para ver Sparrow saltar de seu caminhão, uma expressão aflita no rosto enquanto ele corria em direção à porta da frente. —Já era tempo. — Clayton murmurou para si mesmo antes de se virar para Josh. —Sparrow está aqui. Vou levá-lo lá para cima. Clayton

deslizou

as

mãos

sob

Josh

e

estava

puxando

seu

companheiro em seus braços quando Sparrow irrompeu pela porta da frente. —Eu estou aqui! —Oh meu Deus!— Josh gritou. —Você está sangrando. —Só um arranhão. — disse Sparrow. —Eu vou viver. — Ele virou-se para o médico. —Você não deveria estar puxando o bebê para fora ou algo assim? O médico riu. —Em breve. Por que você não toma um banho antes de se juntar a nós? —Faça isso rápido!— Josh gritou antes de sua cabeça cair no peito de Clayton enquanto ele gemia. Clayton não perdeu tempo. Ele correu para cima e levou Josh em seu quarto.


Renee tinha preparado a cama. O cobertor grosso para o parto foi espalhada para fora, algo que eles usavam para a bagunça do nascimento. Foi alinhado na parte inferior com um material absorvente de modo que os fluidos não iria estragar a cama. Havia pilhas de travesseiros situados na cabeceira da cama, e uma pequena mesa para o médico colocar a sua maleta por perto. Sparrow correu por eles, dando um beijo na cabeça de Josh antes de correr para o banheiro. O chuveiro ligou quando Clayton colocou Josh sobre o colchão. —Existe alguma coisa que você precisa? — ele perguntou a Josh. —Não. — Josh arquejou. — Você e Sparrow estão aqui. Isso era tudo que eu queria. —Parece que os homens desta casa estão cheios de surpresas. — disse o médico. —Primeiro os trigêmeos e agora um acasalamento de três vias. Embora o médico tivesse vindo verificar Josh ao longo de sua gravidez, esta foi a primeira vez que ele fez um comentário sobre os três homens estarem em um relacionamento ménage. —Acho que sim. — respondeu Clayton despiu seu companheiro e colocou um lençol fino sobre sua cintura. Sparrow estava fora do banheiro em menos de cinco minutos. —Como está a perna? — Perguntou Clayton, seus olhos vagando sobre coxa de Sparrow. Ele não viu nenhum sangue. Isso foi um alívio. Mas ele ainda estava chateado. Desde que Sparrow tinha voltado ao trabalho, Clayton estava preocupado. E justamente por isso, a julgar pelo sangue que estava nas calças do homem. Esperaria até que as coisas se acalmassem, antes que ele tivesse uma conversa com o xerife. —Tudo bem. — respondeu Sparrow enquanto se aproximava da cama. —Eu te disse, apenas um arranhão. Josh gritou e Clayton esqueceu sua raiva... por agora.


Levou duas horas de trabalho e um monte de xingamentos e suadores. Clayton estava sentindo o cansaço em seus ossos no momento em que Josh deu à luz. Mas nada o havia preparado para a visão da criança quando o médico entregou o recém-nascido a Renee. Clayton imediatamente se apaixonou. —Um menino saudável. — O médico sorriu. Quando Renee limpou-o e trouxe-o, tentando entregar o pacote para Clayton, ele sentiu-se tonto, pronto para desmaiar. —Eu não posso segurá-lo. Ele é muito maldito pequeno. Ela se virou para Sparrow. As mãos do homem tremiam quando ele pegou o pacote dela. Clayton chegou mais perto, de pé direito sobre Sparrow. O bebê tinha uma cabeça cheia de cabelos loiros e os mais escuros olhos azuis ele já tinha visto. Renee ajustou o bebê, mostrando a Sparrow como apoiar a cabeça antes de começar a limpar a bagunça que haviam feito durante o nascimento do bebê. Clayton queria ajudá-la, mas não conseguia puxar os olhos de seu filho. —Você já pensou em um nome? — ela perguntou. Ambos Clayton e Sparrow se viraram para Josh, mas o homem estava dormindo. Ao longo da gravidez de Josh, eles tinham atirado em torno de nomes. Josh tentou incorporar nomes tanto de Sparrow quanto de Clayton. Ele até brincou que se fosse um menino, seu nome seria Clarrow ou Spayton. Todos os três homens concordou plenamente que esses nomes não estavam indo funcionar. Eles haviam decidido sobre o nome do pai de Sparrow, com o nome do pai de Clayton para o meio.


—O nome dele é Kaneonushkatew. — disse Sparrow e Clayton podia ouvir o orgulho na voz do homem. —Isso significa ‘aquele que anda sobre quatro garras’. —Mas nós vamos chamá-lo de Kane para abreviar. Clayton riu. —Ele vai nos odiar por isso. —Nah. — disse Sparrow. —Meu pai teria adorado isso e nós vamos ter certeza que Kane tem orgulho do seu nome. —Seu nome do meio é Adriano. — disse Clayton. Renee ficou ali olhando para os dois, como se ela nunca os tivesse visto antes e, em seguida, ela sorriu. —Seu pai vai dar pulos de alegria. — Ela atravessou a sala e abraçou Clayton. Ele não podia esperar para ligar para sua mãe. Pena que ela não poderia ficar o tempo fora do trabalho para voar até aqui, mas Clayton compreendia. Seus pais haviam prometido uma visita em poucas semanas. —Agora, Sr. Calabria. — disse Sparrow. —Segure o seu filho. O intestino de Clayton apertou quando ele estendeu os braços, aterrorizado que ele deixa-se o pequeno embrulho cair. Lembrou-se de como Renee tinha mostrado a Sparrow, para apoiar a cabeça. Quando ele olhou para dentro dos olhos de Kane, Clayton sentiu um claro desejo de proteção por meio dele. Eles haviam criado essa criança e Kane era perfeito. Clayton virou para Sparrow. —Eu te amo. Os olhos de Sparrow aumentaram ligeiramente. Nenhum deles tinha dito a palavra com A ainda e Clayton odiava que Josh não estava acordado para ver isso. Mas as emoções avassaladoras eram crua, exposta, e ele queria que seu xerife soubesse exatamente como ele se sentia. Sparrow envolveu sua mão ao redor da nuca de Clayton, e o beijou na bochecha. —Eu também te amo.


Uma semana depois de Kane nascer, Clayton e Sparrow dirigiam para a cidade para comprar mais alguns artigos para o bebê. Sparrow tinha alguma noção estranha de que Kane precisava de seu viveiro cheio até a borda. —Eu estou lhe dizendo, ele não precisa de um carro de corrida maldita. — Clayton argumentou. —Ele não pode nem sentar. Como é que ele vai dirigir um carro movido à bateria? —Mas eu quero que ele tenha. — disse Sparrow. —Além disso, as outras crianças podem montá-lo até que Kane seja velho o suficiente. Clayton gemeu. O homem era impossível. —As outras crianças não têm idade suficiente também. — ressaltou. —Tudo bem. — Sparrow não parecia muito feliz. Clayton riu, beijando a bochecha de seu companheiro. —Pare de fazer beicinho. —Eu não estou fazendo beicinho. — Sparrow se defendeu enquanto caminhavam na loja de roupas, os braços cheios de sacolas de compras. Ambos pararam quando três carros de patrulha passaram por eles, as sirenes ligadas. —O que foi aquilo? — Perguntou Clayton. —Não sei. — Sparrow depositou as sacolas na parte traseira de seu caminhão e puxou o celular, discando para alguém. —Ei, Harold. O que está acontecendo? Clayton rosnou quando ele também jogou as sacolas para dentro. — É o seu dia de folga, Sparrow. Descubra amanhã.


Sparrow ergueu um dedo, suas feições escurecendo enquanto falava com Harold. Clayton ficou curioso. Ele nunca tinha visto Sparrow com tanta raiva antes, nem mesmo quando o homem lhe havia ordenado fora de seu escritório. Suas feições eram letais, lembrando a Clayton de um predador. Sparrow empurrou o telefone no bolso, caminhando para o lado do motorista do caminhão. —Você precisa encontrar uma carona para casa. Clayton balançou a cabeça quando deu um olhar desconfiado para Sparrow. —O que está acontecendo? Ele tinha uma sensação ruim na boca do estômago. Os carros de patrulha tinham rasgado fora daqui como se estivessem perseguindo o diabo. Se fosse assim tão mau, Clayton não queria que seu companheiro fosse a lugar nenhum perto de tudo o que estava acontecendo. Sparrow parecia considerar as coisas por um momento e, em seguida, acenou para o caminhão. —Entre, vou explicar no caminho. Clayton ainda não queria que seu companheiro em perigo, mas pelo menos agora ele estaria lá para garantir que o homem não se machucasse. Ele escorregou para dentro, afivelando o cinto de segurança antes de Sparrow decolar. Sua raiva queimou e seu estômago afundou quando Sparrow puxou para o estacionamento de trailers. Ele deveria saber que se fosse algo tão ruim, iria aconteceria neste buraco do inferno. O que Clayton não esperava ver eram carros do FBI estacionados em ângulos estranhos e um caminhão grande tipo caixa preta. Homens algemados estavam sendo transportados para o caminhão. Ele viu Buck subir na parte de trás e sentiu uma sensação de alívio. Esse cara tinha sido um incômodo durante anos. —O que diabos esta acontecendo? — Sparrow gritou para o agente do FBI mais próximo depois de sair de sua caminhonete. —Quem está no comando aqui?


Um homem grande e musculoso em seus quarenta e tantos anos, talvez cinquenta e poucos anos virou, olhando Sparrow antes de caminhar. — Eu estou. Clayton estava bem perto, ouvindo Sparrow e o agente ir e vir. Seu companheiro estava lívido, gritando. Ele finalmente se acalmou, mas ele ainda parecia chateado. —Temos vindo a trabalhar neste caso por quase um ano e meio. — disse o agente. —Foi com base na necessidade de saber. —Você não poderia ter me dado à cortesia de me dizer antes de descer na minha jurisdição? — perguntou Sparrow. —Nós não sabíamos quem estava envolvido. — disse o agente. — Alguém estava abastecendo os traficantes conhecidos por aqui e nós tivemos que trabalhar isso até que pudéssemos descobrir as coisas. Clayton pensou em como Devil havia invadido sua casa e tentado matar Noah por testemunhar o revendedor empurrando alguém em seu portamalas. Se ele tivesse que apostar, ele teria jurado que era Devil fornecendo as drogas. Mas Devil estava morto há muito tempo e as drogas ainda estavam sendo vendidas. Então, quem vinha fornecendo-as? —Você. — Sparrow estreitou os olhos quando um homem magro se aproximou deles. Voltou-se para o agente. —Por que ele não está sobcustódia? —Esse é o agradecimento que recebo para ajudá-lo a derrubar os ladrões no restaurante? Esse tinha de ser Barry Sliman. Clayton tinha ouvido o nome do homem ser mencionado em conversas sobre o roubo, e em como Barry tinha ajudado Sparrow. Mas ele não tinha ideia de quem era o homem. —Você é um traficante de droga maldito. — Sparrow cuspiu. —Você deveria estar na parte de trás do caminhão, junto com todos os outros.


O oficial Dunham se aproximou, um sorriso arrogante no rosto enquanto ele se aproximava. Ele olhou criticamente para Sparrow enquanto empurrava seus dedos polegares em seu cinto de serviço. —Eu estava aqui quando ele caiu. Clayton sabia como Sparrow se sentia sobre Dunham. O homem estava atirando para o trabalho de Sparrow. Ele até falou de concorrer contra o xerife no tempo da reeleição. Clayton tinha tomado uma antipatia imediata para o homem quando descobriu o quão manipulador o oficial era. Ele podia ver a expressão no rosto de Sparrow. O homem não estava feliz com a notícia de Dunham. —Então, quem era o cara fornecendo as drogas?— Sparrow perguntou ao agente. Clayton empurrou em estado de choque quando três agentes do FBI pararam atrás de Dunham e algemaram o homem. Dunham não foi tranquilamente. Ele lutou com os agentes, tendo um para baixo antes de pegar a arma com a outra mão. —Que diabos você está fazendo?— Sparrow perguntou quando entrou na frente de Clayton. —Você perdeu sua mente? —Ele é o cachorro grande por aqui. — disse Barry. —O cara trazendo a heroína e cocaína para o parque. Dunham tinha um dos agentes em um estrangulamento, quando ele começou a se afastar. —Eu não estou indo para a prisão. — disse ele. —Só recuem! Clayton tentou empurrar Sparrow para trás dele, mas o xerife não estava se movendo. Ele era um inferno de um lote maior do que Clayton, mas Clayton tinha a força shifter. Mesmo assim, tentar mover o xerife fora do seu caminho era como tentar mover um trem estacionado. O homem era sólido, inflexível.


—Eu não vou ter você baleado novamente. — disse Clayton entre os dentes cerrados. Sparrow não lhe respondeu. Seus olhos estavam fixos em Dunham. Clayton saltou para o lado quando ouviu o som de um tiro. Ele colidiu duro contra Sparrow quando Dunham empurrou e, em seguida, caiu no chão. Ele não tinha certeza do que estava acontecendo até que ele olhou para o homem e viu um buraco de bala em sua têmpora. Ele estava indo para ter pesadelos por semanas. Os olhos vazios de Dunham pareciam olhar diretamente para ele. Clayton fechou os próprios olhos, olhando para longe antes de Sparrow ajuda-lo a ficar sobre seus pés. —Droga. — Barry amaldiçoou o agente que atirou. —Ele não merecia tomar o caminho mais fácil. —Quem diabos é você? — Perguntou Sparrow. —Agente Anthony Armstrong. — disse Barry. —Você é a porra de um agente?— Sparrow ficou boquiaberta com Armstrong. —Eu sabia que havia algo fora com você. Eu senti isso no meu intestino. —Você é um homem inteligente. — disse Armstrong. —Houve algumas vezes que eu pensei que você ia me descobri. Clayton tomou um assento na traseira do caminhão de Sparrow enquanto seu companheiro conversava por um tempo com os agentes. Ele não conseguia entender por que Sparrow se colocava em perigo o tempo todo. Ele estava constantemente preocupado com o homem. E se tivesse sido Sparrow que Dunham tivesse agarrado em vez de um agente? Ele fez o seu estômago enjoado só de pensar nisso. Mas, enquanto olhava para Sparrow falando com os outros homens, ele podia ver que seu companheiro realmente amava seu trabalho. Alguns dos moradores saíram, olhando para o que estava acontecendo e Sparrow foi


imediatamente para eles, tranquilizando os moradores de que tudo estava bem. O homem era a pessoa perfeita para o trabalho. Ele se preocupava com a comunidade e Clayton sabia que não era assim emocionante o tempo todo. Especialmente agora que os bandidos foram limpos para fora do parque. Sparrow caminhou até ele, beijando Clayton nos lábios. —Eu acho que você pode parar de se preocupar comigo agora. Clayton respirou o perfume de Sparrow e seu peito se apertou com o quanto ele amava esse cara. —Isso vai ser um problema, xerife, porque eu nunca vou parar de me preocupar com você. Sparrow sorriu quando ele agarrou a mão de Clayton. —Vamos. Josh está esperando por nós e eu quero ver nosso filho. Clayton seguiu Sparrow para o caminhão. Ele sempre seguiria Sparrow, não importava onde o homem o levasse. Ele tinha uma família agora, um filho, dois companheiros, e Clayton não tinha certeza de como ele acabou tendo tanta sorte, mas ele sabia que nunca iria levar sua família como algo permanente e ele nunca iria parar de se preocupar com eles. Ele nunca teria imaginado que poderia amar a sua família tanto, mas quando ele olhou para Sparrow, ele sabia que o amor só iria fortalecer ao longo do tempo.


Josh estava encolhido no sofá, enquanto observava a irmã de Sparrow e os pais de Clayton mexer com Kane. Os pais de Clayton tinham trazido tantos presentes que Josh estava surpreso em como eles conseguiram passar tudo pela segurança do aeroporto. —Ele é tão bonito. — disse Angelina. —Eu vou estragar o meu pobre sobrinho. Eles deixaram-na entrar em seu pequeno segredo urso shifter. Angelina ficou atordoada, e depois chateada que Sparrow não lhe tinha contado antes de Josh ter dado à luz. Ela reclamou que ela ficou de fora em toda a sua gravidez. Sparrow a tinha tranquilizado que Kane não seria o último bebê. Josh não tinha tanta certeza sobre isso. Sparrow entrou na sala de estar, agarrando Josh fora do sofá. Fazia três semanas desde que ele tinha dado à luz e ele finalmente me sentia como seu antigo eu novamente. —Por que você está me carregando?— Josh perguntou, enquanto olhava para Angelina segurando seu filho. —Ele vai ficar bem. — disse Ang. —Eu acho que posso conseguir cuidar dele enquanto Sparrow o sequestra. Josh hesitou, mas Sparrow foi insistente. Ele puxou Josh fora de seus pés e jogou-o sobre o ombro largo do homem. —Ponha-me no chão. — disse Josh, sentindo o calor no seu rosto de vergonha. Sparrow ignorou seu protesto enquanto ele carregava Josh para cima. Ele não tinha certeza do que estava acontecendo até que Sparrow entrou no seu quarto, trancou a porta e, em seguida, colocou Josh em seus pés. Clayton saiu do banheiro totalmente nu, vestindo apenas um sorriso sedutor. O coração de Josh começou a bater mais rápido quando viu o quão duro Clayton estava.


Ele se virou para Sparrow a tempo de ver o xerife se despir. —O que vocês estão fazendo? —Algo muito desobediente. — Clayton respondeu enquanto se aproximava. —Já se passaram três semanas desde que tive um pedaço de você e eu estou com um tesão do inferno. Josh recuou, apenas para trombar em uma parede sólida de músculos. Sparrow estava bem atrás dele, parando Josh de ficar longe. —Onde você vai, querido?— O hálito quente de Sparrow sussurrou através do ouvido de Josh. —Estamos apenas começando. Clayton segurou seu rosto. —Eu já te disse ultimamente o quanto eu te amo? Oh, isso não era bom. Estes dois tinham um brilho malicioso em seus olhos, dizendo a Josh que as coisas estavam prestes a começar, de fato impertinente. —Não. — ele respondeu. O lado da boca de Clayton virou-se em um sorriso quando ele segurou o rosto de Josh. —Eu amo você, Joshua Abrams. A garganta de Josh cresceu apertada enquanto ele olhava para os olhos escuros de Clayton. O calor de Sparrow pressionou em suas costas quando seu xerife deslizou seus braços ao redor da cintura de Josh. —Eu te amo também. Josh piscou a umidade em seus olhos. —Vocês só estão dizendo isso porque eu coloquei um bebê de vocês para fora. — ele brincou, sentindo suas entranhas se transformar em geleia. Mesmo que ele estivesse com os dois homens há meses agora, ele ainda ficava nervoso quando eles eram íntimos juntos. Ele sabia que ao longo do tempo iria se acostumar com seu relacionamento, mas ainda era muito novo, ainda tão emocionante. Ele orou para que esse sentimento nunca fosse embora.


—Não é isso. — disse Sparrow. —Mas posso garantir que não é a única razão. Josh gemeu quando Sparrow começou a beijar ao longo das costas de seu pescoço. Ele inclinou a cabeça para o lado quando Clayton caiu de joelhos, soltando suas calças antes de retirá-las. Josh assobiou quando Clayton engoliu seu pênis. —Você gosta disso? — Perguntou Sparrow, levantando a camisa de Josh até que ele puxou-a sobre a sua cabeça. —S-sim. — Josh estremeceu quando Sparrow se afastou. Mas ele estava de volta segundos depois, lubrificante na mão. Clayton lambeu ao longo do eixo de Josh, enviando correntes de eletricidade ao longo de sua coluna vertebral. Ele estava perto. Foi um longo tempo para ele e ele estava pronto para explodir. E então Sparrow empurrou dois dedos na bunda de Josh. —Ah. — Josh gritou, seus quadris contraindo para frente quando ele gozou na garganta de Clayton. Sparrow mexeu os dedos, fazendo o disparo do clímax de Josh ainda maior. Clayton sugou cada gota de sêmen antes de puxar para trás, subindo de joelhos. Josh caiu contra o peito de Sparrow. —Oh, nós não terminamos. — disse Clayton. —Não por um longo tempo. Um terceiro dedo deslizou para a bunda de Josh, fazendo com que seus joelhos oscilassem. Clayton riu. —Vamos levá-lo a cama, antes que ele entre em colapso. —Soa como um plano para mim. — Sparrow tirou os dedos e, em seguida, levantou Josh em seus braços. Josh não se opôs a ser transportado. Ele estava muito desossado para discutir. Sparrow colocou Josh para baixo e depois piscou para ele. —Eu acho que talvez você deva apenas assistir enquanto eu fodo Clayton.


O interesse de Josh animou-se, junto com seu pênis. Ele se virou para o lado e bebeu avidamente a visão de Sparrow esticando Clayton. Assistindo os dois homens grandes, musculosos, ficando quente e pesado foi o maior tesão que Josh nunca tinha experimentado. Eram como dois titãs confrontando junto, um inferno de muito mais agressivo um com o outro do que eram com Josh. Ele estava bem com isso. Josh não gostava de ser tratado com brutalidade. Mas ele sabia que Clayton e Sparrow nem sempre eram suave e gentil. Os homens precisavam de uma saída para a sua agressão e tinham isso um com o outro. Além disso, era sexy como o inferno para assistir os dois juntos. Sparrow lutou com Clayton para baixo, grunhindo, um calor sensual em seus olhos. Josh espalmou seu pênis, dando-se golpes preguiçosos enquanto Sparrow jogou Clayton em suas mãos e joelhos e dirigiu seu pênis profundamente. O coração de Josh trovejou enquanto ele assistia. —Droga, Sparrow. — disse Clayton, antes de assobiar. —Um dia desses eu vou bater o inferno fora de você por me lançar ao redor. Sparrow bateu com a mão na bunda de Clayton. —Você gosta e você sabe disso. Josh riu. Clayton podia protestar, mas Sparrow estava certo. Clayton parecia que estava no céu quando o xerife começou a bater na bunda de Clayton. Ele não se importava quantas vezes viu os dois, era sempre fascinante para ele. Josh aproximou-se, lambendo os lábios ao longo de Clayton enquanto Sparrow estalou os quadris. Clayton gemeu em sua boca antes de se afastar. —Deite debaixo de mim. — disse Clayton. —Eu quero sentir sua bunda apertada em volta do meu pau.


Sparrow desacelerou e Josh podia ver o calor cru nos olhos do cara. —Você ouviu o homem. Josh deslizou sob Clayton, levantando suas pernas para envolver em torno da cintura de seu companheiro. Sparrow segurou seus tornozelos enquanto Clayton trabalhou seu eixo no traseiro de Josh. Ele revirou os olhos, o corpo dele cantarolando a vida quando ele estava cheio. —Eu pensei que era para eu assistir? Clayton rosnou profundo no ouvido de Josh. —Você está assistindo. Os pensamentos de Josh fugiram quando Clayton começou a se mover. Seus dedos cavando nos ombros de Clayton enquanto ele gemia. Ele sabia que poderia engravidar novamente. A possibilidade era forte. Todos eles tinham concordado que queriam uma grande família. Josh simplesmente não tinha planos de expelir filhotes, um após o outro. Mas, quando ele olhou nos olhos de Clayton, e depois nos de Sparrow, ele sabia que nunca poderia negar um ou o outro homem. Se ele ficasse grávido, eles lidariam com isso, assim como eles tinham antes. Ele beliscou a orelha de Clayton, sussurrando — Eu te amo. —É melhor você estar dizendo isso para mim. — Sparrow disse atrás Clayton. —Ou o quê? — Perguntou Josh, sentindo-se um pouco travesso. — Você vai me dar outra multa? Sparrow desaceleraram,

jogou

tomando

a seu

cabeça

para

tempo,

trás

e

explorando

riu um

quando ao

os

três

outro.

Seu

acasalamento pode não ter sido convencional, mas Josh não se importava. Ele estava nos braços de dois homens que o amavam e sua vida não poderia ser melhor.


Sparrow se sentou na varanda de trás, olhando os arquivos que ele tinha tomado a partir de sua mesa enquanto bebia seu copo de chá. Eram arquivos de casos antigos em postos de trabalho que ele tinha feito no passado. Ele manteve essa parte de sua vida oculta. Foi há muito tempo e ele queria mantê-lo no passado. É por isso que ele não queria Dunham para colocar as mãos sobre eles. O julgamento contra os traficantes ainda estava pendente. Ele deveria saber que Armstrong era um policial. Especialmente tendo em conta a forma como ele se movia na lanchonete quando assumiu os ladrões para baixo. Seus movimentos foram muito estratégicos para um traficante. Ele fechou os arquivos e os colocou de lado quando Josh trouxe Kane para fora. —Seu filho quer você. Sparrow alcançou Kane, abraçando o filhote próximo. Josh sentouse ao lado dele, olhando para fora na luz do sol diminuindo. Clayton saiu, tomando um assento ao lado de Josh. Os três sentaram lá na varanda de trás, curtindo a companhia uns dos outros enquanto Sparrow olhava para o belo rosto de Kane. Sua vida tinha tomado rumo quando ele finalmente parou de correr e abraçou o que ele realmente queria. Ele trouxe Kane perto e sentou-se, olhando para os homens que compunham seu mundo inteiro.


Fim


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