Série Bear county # 4 o resgate do cowboy Lynn Hagen

Page 1


O resgate do vaqueiro Bear County 4 Ao crescer como filho de Quinn McNeal, Milo não quer nada mais do que ficar debaixo do polegar do homem. Seu pai é tão famoso quanto ele é rico, mas ele também é um tirano, administrando a vida de Milo nos mínimos detalhes, até mesmo o fato de com quem Milo irá se casar. Desesperado, Milo foge, estabelecendo-se em uma pequena cidade que ele espera que Quinn nunca irá descobrir. Bryson Duran era o último dos homens do rancho Triplo-B a encontrar seu companheiro. Quando um garçom bonito começa a trabalhar no bar Ugly Broad, Bryson fica encantado. O ruivo dispara cada gatilho que Bryson possui. Embora Bryson seja forte como um touro, ele tem dificuldade em encontrar coragem para convidar Milo para sair. Quando Bryson descobre que Milo está fugindo de seu pai, ele propõe um plano para parar Quinn de forçar Milo a um casamento que ele não quer. Mas o plano dá errado e os homens do rancho Triple-B devem lançar um resgate para obter Milo de volta.


Capítulo 1 —Vocês

está

atraente.—

Bryson

sacudiu

a

cabeça

e

tentou

novamente. —Esses jeans vêm em outro tamanho? Porque eu adoraria me espremer dentro deles.— Ele gemeu para si mesmo no espelho, sentindo como se ele nunca fosse ser capaz de deixar o novo garçom do Ugly Broad saber como ele se sentia. Cada fala que ele pensou parecia juvenil para ele. Não devia ser tão difícil inventar uma frase de efeito suave. Mas toda vez que ele pensava sobre uma, ela parecia ainda mais estúpida do que a anterior. Bryson nunca ia conseguir um encontro com o cara. Ele se reexaminou de corpo inteiro no antigo espelho dado a ele por sua mãe. O espelho giratório tinha estado em sua família há gerações. A madeira tinha um acabamento em cereja, alguns lugares mostrando o desgaste. Ela o tinha dado a ele como um presente quando ele se mudou e Bryson estimava a relíquia. Ele virou de lado para se certificar de que ele estava bem não só de frente, mas de costas também. A calça jeans se encaixava perfeitamente e a camisa polo azul mostrava uma profusão de músculos. O cinto dele era grosso e feito de couro, a fivela brilhando, exibindo a logo do Triple-B. Bryson pegou sua escova da cômoda e passou pelo cabelo castanho curto, esperando que ele parecesse tão elegante como ele sentia. Ele esteve se verificando no espelho por mais de uma hora. Isso era tão bom quanto ele conseguiria obter. Ele sabia que tinha um aspecto um pouco rude e a maioria dos homens eram intimidados pelo seu tamanho. Bryson esperava que esse não fosse o caso com Milo McNeal. Ele adorava dizer e pensar naquele nome. As duas palavras tinham um belo som juntas e rodavam pela sua mente suavemente.


Deixando a escova de lado, Bryson agarrou sua colônia e espirrou um pouco sobre o pescoço. Em seguida ele pegou sua carteira e chaves. Ele deu uma última olhada no espelho antes de ir lá para baixo. Os degraus rangeram sob o seu peso e seu coração martelou com o pensamento de ver Milo no bar. Dresden e Noah deram um assobio baixo ao mesmo tempo quando Bryson entrou na sala. Ele sentiu seu pescoço, orelhas e bochechas aquecerem sob o escrutínio deles. —Quem é o felizardo?— Noah perguntou enquanto ele pegava um dos trigêmeos — Bryson ainda tinha problemas em distingui-los, especialmente em sua forma de urso — e tirava um sapato longe da boca do filhote. Bryson mastigou seu lábio inferior, se perguntando se ele devia lhes contar. Para o inferno com isso. Se as coisas corressem tão bem como ele esperava, os dois logo iriam descobrir. —Milo—, Bryson respondeu. —O novo garçom no bar—? Dresden perguntou. —Você não tem que fazer parecer que eu não tenho uma chance com ele... droga.— Ele rapidamente corrigiu a sua linguagem ao redor dos bebês. Bryson, estendeu a mão e tirou uma gota de suor que se formava em sua têmpora. Não estava quente na sala. A temperatura da casa estava controlada, o que impedia os dias abafados de verão de invadir o interior. A linha de suor apenas significava o quanto ele estava nervoso. Markey andou ao redor de Bryson em um círculo apertado antes dele sorrir radiantemente. O rapaz de olhos azuis tinha vindo a significar o mundo para Bryson. Ele passava muito tempo com ele esperando se educar sobre as crianças no caso de ele ter sorte suficiente de ter o seu próprio filho. Não que ele estivesse usando Markey. A criança era uma alegria de se estar por perto. —O tio Byson cheira bem. —Obrigada.— Bryson bagunçou o cabelo loiro do garoto. —Pelo menos alguém tem um voto de confiança para mim.


—Eu não quis dizer nada com a minha pergunta,— Dresden disse, descansando a mão no pescoço e deixando seu olhar varrer sobre Bryson. —É só que Milo é... excepcional. —Muito—, Noah concordou enquanto ele assentia. —Acontece que eu gosto de excepcional.— Bryson caminhou para a porta. —Não esperem por mim. Markey agarrou seus sapatos e correu na direção dele. Bryson se virou na direção do menino de quatro anos de idade. —Você não pode ir, companheiro. —Oh, puxa!— Os ombros do Markey baixaram enquanto seu lábio inferior deslizava para fora. —Eu quero ir. Bryson olhou para o pai da criança pedindo ajuda, mas Dresden apenas encolheu os ombros. Bryson se sentiu culpado por afastar Markey e parecia que Dresden não ia ajudá-lo a sair desta situação. —O que eu posso dizer, ele adora seus tios. —Venha, Markey,— Noah disse quando ele estendeu sua mão para o filhote. —Você pode me ajudar a alimentar os seus primos. Os olhos de Markey se iluminaram quando ele abandonou seus sapatos e correu para ajudar Noah. Bryson deu uma folga antes que o garoto voltasse. Ele amava o diabinho até a morte, mas não estava disposto a levá-lo junto enquanto Bryson tentava paquerar o novo garçom. Ele desceu os degraus da frente e estava fazendo seu caminho para o seu caminhão quando ele avistou Jed estacionando. Bryson acenou, mas Jed assobiou para ele antes que Bryson pudesse fugir. Se ele não soubesse melhor, ele diria que o destino estava conspirando contra ele. —Você pode me ajudar com essas sacolas?— Jed perguntou enquanto ele saía e guardava as chaves no bolso, indo para a traseira do caminhão. —Não posso. Se eu voltar lá, o Markey vai saltar em mim.


Jed franziu a testa quando Bryson subiu atrás do volante do seu próprio caminhão, deu a ré até que ele pudesse manobrar e saiu da entrada da garagem. Com cinco crianças na casa, fazer um intervalo nem sempre era fácil. Bryson geralmente tinha uma ou duas agarradas a ele como velcro. Em qualquer outro momento ele não se importaria. Não hoje. Hoje era para Bryson descobrir se o garçom gostava dele tanto quanto Bryson gostava de Milo. Bryson estacionou em frente a taberna e ficou ali, olhando para o bar como se desejasse que Milo saísse para que ele pudesse falar com o cara sem ninguém ao redor. Tão grande quanto Bryson era, não havia como esconder o fato de que ele era tímido como o inferno quando se tratava de coisas como flertar. Mas ele tinha ficado deslumbrado pelo homem magro e baixo desde a primeira vez em que ele tinha visto Milo. Bryson não conseguia tirar o cara da sua mente. —Apenas vá até lá e diga olá,— ele resmungou para si mesmo. Bryson bateu a testa contra o volante, gemendo. Ele se sentia como a aberração da cidade à procura do príncipe. Seu coração não parava de disparar e suas mãos estavam tão úmidas como um riacho extremamente cheio. Ele temia que ele tivesse suado muito nas axilas e se envergonharia se ele levantasse seus braços. Cada medo de estragar tudo veio à mente. Seu hálito estava bom? Ele estava bem o suficiente? Ele se cortou fazendo a barba e tinha pontos vermelhos estampados no seu rosto? Bryson gemeu mais uma vez. Não que sua confiança fosse baixa nem nada, mas Milo o fazia sentir coisas que Bryson nunca tinha sentido antes — ficando extremamente nervoso — e ele queria sorrir só de pensar sobre o cara. O homem era pura perfeição e Bryson estava com medo de dizer alguma coisa que o fizesse parecer um idiota.


Dando uma inalada de confiança, Bryson saiu do seu caminhão. Ele elevou sua cintura, balançou a cabeça e então se moveu para a porta. O nível de ruído estava muito baixo, quando ele pisou dentro. Ainda era cedo, porém, e não havia muitas pessoas no lugar. Ele viu Jack — o pai de Noah — em uma cabine de trás com outros dois cavalheiro mais idosos. O veterano parecia estar se divertindo. Seu sorriso era largo e seus olhos brilharam com alegria enquanto ele falava com os homens sentados em torno dele. A televisão estava ligada, o som tão baixo que Bryson não podia ouvi-la. Suas botas rangiam como cascas de amendoim quando ele andou mais adiante na taverna. Ele fez uma rápida varredura do lugar e seu coração afundou quando ele não viu Milo em lugar algum. Uma parte dele estava aliviada. Uma pequena parte. Por um lado, Bryson queria falar com o Milo, mas por outro lado, ele não conseguia fazer seu estômago se acalmar tempo suficiente para reunir um pensamento claro. Seus nervos estavam no limite com a perspectiva de ver o garçom. —Como vai—? Clayton disse quando ele andou todo o comprimento do bar. Clayton Calabria e Harland Macy eram co-proprietários deste bar. Isso significava que Bryson podia beber de graça — não que ele se aproveitasse desse fato. —Nada—. Bryson se apressou para um banco e relaxou os cotovelos sobre o balcão. —Como vão as coisas esta noite? —Devagar, devagar,— Clayton respondeu. —Mas hoje é somente quarta. Embora Bryson amasse muito seu querido amigo, ele não estava interessado em tagarelar. Ele queria falar com Milo, mas não ia perguntar se o


garçom estava por aí. Se Clayton ficasse sabendo que Bryson gostava do humano, o homem tentaria brincar de cupido. Isso era a última coisa que Bryson queria. Clayton não conseguia combinar um pássaro com um ninho. O cara era horrível quando o assunto era ajudar os outros com suas vidas amorosas, um fato que tinha ficado provado quando ele tentou ajudar Jed e Noah a resolver suas diferenças quando os dois tinham começado a namorar. Clayton tinha trancado os dois homens em uma cabana, esperando que Jed e Noah resolvessem seus problemas. Os

dois

homens

terminaram

seguindo

caminhos

diferentes.

Naturalmente, mais tarde eles reataram, mas não tinha sido graças a intromissão Clayton. Bryson era o último dos homens no rancho triplo-B a encontrar seu companheiro. Embora ele estivesse à procura de qualquer perfume que lhe desse uma pista, ele pegou vislumbres de piedade dos seus amigos. Irritou Bryson que eles sentissem que ele estava infeliz só porque ele era solteiro. Os outros homens tentaram não mostrar afeição para seus companheiros quando Bryson estava por perto, como se ele fosse perder as estribeiras porque ele não tinha ninguém para abraçar. Que monte de merda. Mas ele tentou o seu melhor para não segurar isso contra qualquer um deles. Ele entendeu que suas intenções eram boas —um pouco irritante até. —Você está atrasado!— Clayton gritou na direção da porta. Bryson se virou no banco para ver Milo entrando apressado, seu cabelo vermelho de pé e sua camisa meio-abotoada. Ele tinha uma mochila amarela esfarrapada pendurada sobre suas costas e uma expressão pesarosa nos olhos verde-esmeralda. Quando Milo olhou na direção de Bryson, o ser humano tropeçou para a frente, quase caindo de rosto.


—Sinto muito—, Milo disse quando ele se recuperou. Os dedos dele apertaram a alça por cima do ombro um pouco mais apertado quando seus olhos foram de Bryson para Clayton. —Tive que levar a minha gata ao veterinário. —Ela está doente?— Clayton perguntou. As sobrancelhas vermelhas fogosas de Milo caíram juntas, a pele entre seus olhos enrugando. —Não, não. Ela está grávida e eu podia jurar que ela estava miando porque ela estava em trabalho de parto. No final, ela só estava com gases. Clayton apontou o polegar na direção do corredor dos fundos. — Apenas vá bater o ponto—. Ele se virou para Bryson enquanto ele lentamente balançava a cabeça. —Ele é um pouco estranho, mas um inferno de um trabalhador.— Clayton coçou o pescoço. —Embora ele seja um pouco desastrado. Bryson agarrou um punhado de pretzels de uma tigela que tinha no balcão e jogou alguns em sua boca. Agora que Milo estava aqui, o coração do Bryson estava batendo um pouco mais rápido. Ele não sabia se ele podia passar por isso. E se Milo o rejeitasse? Bryson saltou do seu banco quando Milo se apressou para os fundos, tropeçou e caiu de bunda no chão. Ele começou a ir ver se o cara estava bem, mas Milo se pôs de pé, olhou ao redor e se aprressou na direção das cabines. Clayton se inclinou contra a prateleira de trás, seus lábios torcidos de um lado quando ele balançou a cabeça. —Eu juro, se ele continuar assim, eu estarei pagando a folga compensada dos trabalhadores. Bryson se sentou de costas para Clayton. Ele descansou os braços em cima do balcão enquanto observava Milo anotar os pedidos, limpar as mesas e tentar o seu melhor para ficar de pé. Ele era um desastre ambulante e Bryson não podia estar mais encantado.


Havia algo sobre o cara. Ele não tinha certeza por que ele achava que a falta de jeito do homem era graciosa. —Aqui está—. Clayton colocou uma cerveja no balcão. —Eu preciso te perguntar uma coisa. Bryson virou de volta e pegou sua cerveja, dando um gole enquanto ele encarava o amigo. Ninguém nunca sabia o que ia sair da boca do Clayton. Bryson se firmou e assentiu com a cabeça. Ele só esperava que Clayton não dissesse nada sobre Milo. Ele viu Milo se aproximando, colocando copos vazios no bar. Bryson limpou sua garganta. —Oi, Milo. O garçom se virou, sorriu para ele e depois fez um barulho estridente estranho quando ele abriu a boca. Os olhos de Milo se arregalaram antes dele dar as costas para Bryson e correr. —Eu perdi alguma coisa?— Bryson perguntou a Clayton quando ele se perguntou por que Milo tinha feito aquele barulho. —Eu te disse... ele é ímpar. Talvez fosse uma língua que Bryson não conhecia. Tinha soado mais como pneus guinchando ou metal raspando juntos do que qualquer ruído que uma voz humana devia fazer. O som era definitivamente estranho.

Milo tentou não olhar na direção de Bryson. Ele já estava tendo um tempo difícil tentando se concentrar. Toda vez que o sexy vaqueiro vinha ao bar, Milo se sentia corar. Na semana passada, ele estava tentando juntar


coragem para dizer alguma coisa para o cara, mas toda vez que Milo abria a boca, um ruído estranho saía em vez de palavras. Ele se recusava a se embaraçar ainda mais. Pelo menos não de propósito. Ele não sabia o que era aquele barulho que saía da sua boca, mas Milo estava mortificado. Se ele tivesse tido alguma chance de um encontro, essa chance agora se foi. Quem iria querer sair com alguém que guinchava como um pássaro? Mas Milo sabia que ele não devia nem pensar em namorar. Não quando ele estava vivendo em tempo emprestado. Mais tarde ou mais cedo, o Sr. Quinn McNeal iria encontrá-lo, e Milo sofreria através da solicitação do pai. A quem ele estava enganando? Não era uma solicitação. —Você

tem

mais

desses

minúsculos

pretzels?—

Jack

Cross

perguntou. —Eles são os únicos que eu posso comer que não têm um monte de sal neles. Já tive um derrame. Não preciso de um maldito infarto. —Vou pegar um pouco do bar—. Milo enfiou sua bandeja debaixo do braço e fez o seu caminho ao redor das mesas. Seu olhar voltou-se para Bryson que ainda estava sentado no bar, mas Milo se obrigou a olhar para frente. Se ele não fizesse isso, ele tropeçaria sobre algo. Para a consternação do seu pai, Milo tinha sido um desastrado a vida toda. Não era que ele fizesse isso de propósito. Sua mãe costumava dizer que era parte da sua personalidade encantadora e que ele iria superar isso um dia. Milo diria o contrário, mas ela tinha faleceu anos atrás, deixando-o com um pai que tentava ditar a vida de Milo. Foi por esse motivo que ele tinha fugido da ensolarada Califórnia e ido para o leste. Ele estava com medo de que ele não tivesse ido longe o suficiente para escapar do domínio de Quinn McNeal. Seu pai era um milionário que se fez por si mesmo, possuindo estoques em algumas das maiores empresas ao redor do mundo. Mas a


especialidade do homem era gerenciar minuciosamente todos os aspectos da vida de Milo. Milo avistou uma tigela de pretzels frescos no balcão e a agarrou, levando-a para trás onde Jack e seus amigos estavam sentados. Ele desejou que ele tivesse amigos com a qual ele poderia se sentar e tagarelar. Ter um pai como Quinn acabou com qualquer esperança de Milo realmente ter uma vida social saudável e feliz. Agora tudo o que ele tinha era Elyse, sua gata prenha. Ele a tinha encontrado assim em um trailer estacionado no qual ele agora residia. Quinn teria um triplo ataque de coração se ele visse o lugar onde Milo vivia. —Aqui está—. Milo colocou a tigela na mesa. —Há algo mais que os cavalheiros precisam? —Uma loira gostosa com grandes melões—. Um dos homens fez um gesto sarcástico quando ele cutucou o cotovelo de Jack. —Isso seria ótimo! —O que você faria com ela, Ted?— Jack perguntou. —Você nem mesmo consegue manter o willy levantado por tempo suficiente para mijar, o que dirá agradar a uma mulher. Milo dobrou seus lábios, sorrindo para as brincadeiras entre os homens. —Eu não estarei longe se precisarem de alguma coisa dentro do razoável. —Oh, você é sem graça,— o homem que tinha solicitado uma mulher bem dotada disse para Jack. —Deixa o cara viver um pouco. Jack jogou alguns pretzels em sua boca. —Eu deixo. Eu não disse uma palavra quando você tentou pegar aquele bebê no supermercado. —Ela não era um bebê!— Ted insistiu. —Ela tinha mais de vinte e um anos.


—E você tem 65,— Jack apontou. —O que você ia fazer, ser o seu doce avô? Dá-lhe o seu cheque de aposentadoria? Ôa, uma maneira de viver a vida de forma intensa. —Você é um idiota,— Ted resmungou e depois riu. —Mas teria sido divertido persegui-la ao redor do quarto só para ver aquela jovem bunda roliça saltar. Os homens gargalharam quando Milo foi embora. Desde que viera para Bear County, ele conheceu algumas figuras, mas nenhuma como Bryson Duran. O homem era construído como um boi premiado e tinha os olhos de um profundo-cinza mais lindos que Milo já tinha visto. O cara era enorme em tamanho, mas Milo gostava deles grandes. Ao contrário da doninha que Quinn estava tentando casar com Milo. Seu pai não tinha problemas com Milo sendo gay. Surpreendentemente, aquilo não tinha sido um problema. Mas Quinn insistia em escolher o homem perfeito para Milo se casar. Não ia acontecer. Drake Heffenshire era o príncipe do country club que Quinn possuía. Ele era um graduado de Harvard e veio de dinheiro antigo. O homem estava abafado, chato e olhava para Milo da mesma forma que Quinn olhava para ele, como se ele fosse controlar a vida de Milo. Novamente, não ia acontecer. Tudo que Milo queria era viver a vida em seus próprios termos. Ele não ligava para dinheiro ou status. Ele só queria as coisas simples da vida. E isso irritava Quinn tremendamente. Não incomodaria em nada a Milo se estabelecer nesta pequena cidade e viver uma vida descomplicada onde ele tinha amigos verdadeiros e bons momentos. Isso era o tipo de riqueza que Milo apreciaria. —Ei, Milo.— Clayton estalou os dedos. —Você está aqui com a gente?


Milo piscou os olhos e então sentiu o calor banhar o rosto dele. — Sinto muito. Clayton apontou em direção aos fundos do bar. —Pegue uma caixa de Heineken no depósito. Milo colocou sua bandeja no bar e se dirigiu para o depósito. Era bem abastecido lá atrás e Milo levou dez minutos para encontrar a caixa de cerveja que Clayton queria. A caixa estava muito alta na prateleira então Milo fez alguns degraus usando algumas caixas. Ele subiu, segurando-se com firmeza e, então, alcançou a caixa que ele precisava. —Precisa de ajuda? Milo gritou quando ele e a caixa saíram voando para trás. Ele jogou os braços — como se isso fosse fazer algum bem a ele — enquanto ele caía no chão. Mas Bryson o pegou antes que ele caísse. Infelizmente, a caixa de Heinekens não teve tanta sorte. Ele ouviu vidro se estilhaçando antes que o cheiro de cerveja enchesse o pequeno aposento. —Calma,— disse Bryson. Milo estava com medo de olhar para cima. Suas costas estavam esmagadas contra o peito forte do homem, as mãos de Bryson ao seu redor. Milo sentiu uma corrente engraçada correr através de seu corpo, o calor do Bryson filtrando através da camisa que Milo estava usando. Sua respiração ficou curta e sua mente de repente perdeu a sua capacidade de formar palavras. Até que ele olhou para a caixa no chão. —Oh, não.— Milo se empurrou rapidamente do corpo do homem quando ele encarou a caixa encharcada. —Clayton vai me fazer pagar por isso. —Eu assustei você, então, eu vou pagar por isso,— ofereceu Bryson.


—Você faria isso por mim? Bryson encolheu os ombros. —Foi tudo minha culpa. Quando Milo tinha finalmente sonhado em falar com o cara, isso não foi o que ele tinha em mente. Mas ele não podia deixar Bryson pagar por sua falta de jeito. Bryson estendeu a mão e agarrou outra caixa, entregando-a a Milo. —Leve-a para Clayton enquanto eu limpo isto. Ele não sabia o que dizer. Ninguém nunca tinha sido gentil com ele antes. —Obrigado—. Milo caminhou em direção a porta que levava de volta para o bar, seus passos se sentindo mais leve. Sua conversa com Bryson podia não ter sido o que ele esperava, mas eles tinham falado, no entanto. Era um começo.

Capítulo 2 Milo ainda não entendia a atração em direção a um completo estranho. Ele nunca perseguiu ninguém antes e ele estava começando a pensar que talvez Bryson estivesse fora de seu alcance. Ele amaldiçoou sob sua respiração enquanto ele colocava a caixa em cima do balcão e, em seguida, pegou sua bandeja, apressando-se para trás para as cabines. A multidão tinha engrossado um pouco e Milo estava feliz para o indulto. Ele viu que Angelina finalmente tinha aparecido para trabalhar. Agora ele teria alguém para ajudar a distraí-lo de cobiçar Bryson toda a noite. Mas tudo o que ele conseguia pensar era em como ele se sentia ao ter dedos de Bryson em seu corpo. No momento em que havia tocado nele, minúsculos choques lhe tinha balançado. — Você parece um pouco corado — disse Angelina quando ela amarrou seu meio avental. — Você não está se sentindo bem?


— Não, não. Eu estou bem. Ela lhe deu um sorriso tímido. — Então você ainda está apaixonado por Bryson. — Shhh — Milo pegou pelo braço, puxando-a para longe do bar. — Não tão alto. — Por que você não disse a ele? —

Ela amarrou para trás seu

cabelo preto com um rabo de cavalo. — O pior que pode acontecer é ele se virar e sair. — Você faz ser rejeitado tão simples. — Eu lidei com o meu quinhão de rejeição — disse ela. Milo não via como. Angelina era simplesmente bela. Que homem hetero no seu perfeito juízo iria rejeitá-la? Então, novamente, Milo julgou beleza pela personalidade, não aparência. Angelina era a mulher mais doce que já conheceu, o que a fez linda em seus olhos. Ela também era irmã do xerife. Talvez fosse por isso que os homens a rejeitavam. Quem queria lidar com seu irmão mais velho? — Sim, bem, eu não estou pronto para sentir a dor da rejeição. — Você tem que estar disposto a arriscar, se você quiser atrair a captura. — Ela piscou para ele antes de ir atrás do bar para recuperar uma bandeja.

Quando

Milo

olhou

o

caminho

de

Bryson,

seus

olhares

se

encontraram e, por um longo momento, Milo perdeu a noção de onde estava e do que estava fazendo. Deus, ele é bonito. Milo viu uma contração de um sorriso no canto da boca de Bryson e perguntou o que estava acontecendo dentro da cabeça do homem. Milo arrastou o olhar quando ele limpou a garganta e sorriu para os homens e as mulheres sentadas em um de seus estandes. — Posso pegar suas ordens? Depois de anotar a ordem de bebida de todo mundo, Milo levou-o para o bar, mantendo a distância de Bryson. O homem fez Milo nervoso e sua


teimosia só piorou ao redor do cara. Manter distância entre eles foi uma idéia inteligente, na opinião de Milo. Aparentemente Bryson não concordou. Ele se levantou de seu banco e caminhou até onde Milo estava à espera de suas ordens a serem preenchidas. Se ele não estivesse enganado, Bryson estava nervoso. O homem pigarreou algumas vezes quando seus olhos profundos cinza corriam ao redor da sala antes de se estabelecer em Milo. — Obrigado novamente por me ajudar na sala de armazenamento — disse Milo. — Não é um problema. — Bryson arranhou a parte de trás do seu pescoço, seus lábios se torceram para o lado, antes de perguntar — Eu estava imaginando. Se você não está fazendo nada... — Pare de assediar o meu garçom. — Clayton preencheu a bandeja de Milo com as bebidas.

— A menos que você está pedindo-lhe para sair.

Nesse caso, siga em frente. Milo levantou a bandeja no balcão, virou-se e, em seguida, tropeçou na bota de Bryson. A bandeja saiu voando e assim o fez Milo. Pela segunda vez hoje, Bryson pegou ele, parando Milo de bater no chão. — Droga! — Clayton gritou. — Te peguei — disse Bryson quando ele puxou Milo a seus pés. — Essa foi minha culpa, Clayton. — Bryson se virou para o proprietário. — Você sabe que meus pés são muito malditamente grandes. Eles ficaram no caminho. Clayton resmungou. — Basta limpar a bagunça enquanto eu refaço esse pedido. Milo reprimiu uma risada quando Bryson deu a Clayton uma saudação de um dedo. Ele agarrou a pá quando Bryson varreu o vidro. — Nós estamos começando a fazer uma boa equipe em limpar o vidro quebrado — disse Bryson.


Estavam, mas Milo estava esperando por Bryson para perguntar-lhe o que quer que fosse que ia perguntar a ele antes de Clayton interromper. Mas Bryson não disse mais uma palavra sobre isso. Quando o grandalhão jogou o copo, Clayton pegou o carrinho de limpeza para fora e completamente limpo a área. — Parece ótimo. — Bryson sorriu. — Agora vamos ver se você pode fazer isso direito. — apontou para a bandeja antes de olhar para Bryson.

Clayton

— Fique fora do seu

caminho. Felizmente, o resto da noite de Milo correu bem. Ele não quebrou outra coisa. Pena que Bryson nunca veio e falou com ele novamente. Por uma questão de fato, não muito tempo depois que o último incidente, o cara tinha saído. Suas chances de conhecer melhor Bryson estavam se tornando menores.

No dia seguinte, durante a tarde, Bryson caminhou dos estábulos. Ele tinha limpado toda última tenda e alimentou os cavalos. Ele agora estava pronto para um longo banho quente. Ele cheirava que tinha rolado na porcaria e serragem. O odor pungente era tão forte que ele estava pronto para reclamar a partir de si mesmo. Enquanto caminhava em direção à casa, Bryson chutou os pequenos seixos sob suas botas. Ele ainda estava amaldiçoando-se por funcionar como


um garotinho assustado na noite passada. Bryson queria levar Milo fora em um encontro. Ele quase perguntou ao cara, mas tinha perdido a coragem depois que ele foi interrompido. A porta de tela rangeu quando ele a abriu e entrou na sala. Depois de retirar as botas, ele entrou na cozinha. Renée tampou seu nariz e apontou para as escadas. — Não pare de andar, Bryson. Dresden e eu só limpamos esta cozinha agora e você está fedendo. — Sim, senhora — Bryson caminhou o seu caminho até a escada e para o quarto onde ele tirou a roupa e tomou banho. Quando a água fumegante quente deslizou por suas costas, Bryson pensou nos olhos verdeescuros de Milo e seu cabelo vermelho-fogo. Só isso já foi o suficiente para fazê-lo duro. Seu pênis pulsava quando a água deslizava sobre sua carne aquecida. Bryson envolveu seus dedos ao redor de seu eixo quando sua cabeça se balançou sobre seus ombros. Sua imaginação levantou vôo, e em sua mente, Milo estava no chuveiro com Bryson. O cara estava de joelhos, olhando para Bryson em maravilha pura, seus lábios úmidos enquanto eles deslizaram sobre a cabeça de seu pênis. O aperto de Bryson apertou quase dolorosamente. — Chupe-me — ele sussurrou para o chuveiro. E Milo fez. Sua boca sugou Bryson em todo o caminho até o fundo da garganta. Em sua fantasia, o reflexo de vômito de Milo era inexistente. Seu coração gaguejou e todo o fôlego saiu de seu peito em uma corrida agradável. Bryson acariciou-se mais rápido. A imagem de Milo brilhou em sua mente quando o homem o lambeu da raiz às pontas antes de engolir mais uma vez. Bryson rangeu os dentes, parando-se de gritar quando seu sêmen entrou em erupção, batendo na parede do chuveiro.


Ele caiu contra os azulejos, pressionando a testa na parede. Por que não podia ter a coragem de chamar o cara? Frustrou o inferno fora dele que ele era tão tímido. Embora ele não poderia ajudá-lo, Bryson odiava isso sobre si mesmo. Ele lavou-se e, em seguida, saiu da água. A masturbação não tinha ajudado. Se qualquer coisa, ele sentiu um pouco agressivo da frustração reprimida. Depois de se vestir, Bryson entrou no salão para encontrar Clayton encostado na parede. — O que está acontecendo? — Bryson perguntou depois de fechar a porta do quarto. — Eu queria falar de negócios com você. — Clayton enfiou as mãos nos bolsos. — Eu queria saber se você poderia me comprar. — O Ugly Broad? — perguntou Bryson. Essa foi uma faca de dois gumes. Bryson não se importaria de possuir algo diferente de um pedaço do Triple-B, mas ele não tinha certeza se queria ser chefe de Milo. Isso mudaria as coisas. Bryson não seria confortável perseguindo um de seus empregados. — Quero passar mais tempo com minha família. Eu não quero que eles se sintam como se eu estou negligenciando-os com dois empregos. Bryson ainda não tinha certeza se possuir a taberna era à decisão certa. Ele ficou bastante ocupado no rancho. Clayton lhe deu um tapa nas costas. — Basta pensar nisso, ok? Bryson sorriu largamente enquanto olhava para o amigo. — Você vai incomodar-me até eu lhe dar uma resposta, não é? — Eu faria isso? — perguntou Clayton. — Sim, você poderia — disse Josh companheiro Clayton enquanto ele caminhava pelo corredor. O loiro magro tinha seu filho, Kane, por cima do ombro. Ele entregou a criança para Clayton. — Ele é exigente e Sparrow tinha que ir para o trabalho. Sua vez de acalmá-lo.


Bryson ainda estava espantado que Clayton tinha acasalado com dois homens. Isso foi quase inédito no mundo da shifter. E fora de seu triângulo amoroso, Kane tinha nascido. Clayton tomou o menino em seus braços enquanto ele olhou para Bryson. — Basta pensar nisso. Josh e Clayton desceram os degraus enquanto Bryson ficou ali, imaginando-se como proprietário de parte da taberna. Clayton tinha dito que ele estava perdendo dinheiro. Se Bryson concordou em comprar o cara, ele teria que descobrir por que ele estava perdendo dinheiro e, em seguida, fazer algumas mudanças. O nível de ruído no andar de baixo chegou a um passo de febre. Seis crianças tendem a fazer isso. E eles estavam todos com idade inferior a cinco anos. Bryson se perguntou o que seria ter um filho seu próprio lá em baixo, causando um barulho. Isso não vai acontecer se você não encontrar o seu companheiro. Ser

tímido

não

estava

ajudando

ele.

E

se

Milo

fosse

seu

companheiro? Bryson tinha se entretido pensando nisso ontem à noite ao conduzir para casa. Toda vez que ele estava em torno de Milo, Bryson sentia o cheiro de nozes de mel assado e alcaçuz. Mas ele não podia ir pelo cheiro sozinho. E ele nunca iria descobrir se ele não abrisse a sua boca maldita e pedisse Milo para sair. Tinha sido assim durante o tempo que ele se lembrava. Bryson tinha crescido em uma comunidade shifter onde o tamanho importava. Outro urso shifters de sua idade tinha testado Bryson. Foi um jogo estranho que gostava de jogar. Se um cara magrelo poderia bater Bryson em sua bunda, então o cara tinha direito de se gabar. Mas Bryson ainda não havia sido colocado em sua bunda. Ele poderia ser tímido, mas ele não era uma tarefa simples. Sua força bruta veio a calhar no rancho, e quando ele tinha vivido em casa, ajudando seu Pa na


garagem. Mas isso não queria dizer nada quando se tratava de Milo. Ele tinha que usar seu cérebro. E uma boa dose de coragem.

Milo sentou em cima da máquina de lavar roupa, chutando as pernas para trás e para frente enquanto esperava a sua carga terminar. Ele não possuía uma lavadora e secadora de sua autoria, então ele estava na cidade na lavanderia local. Era uma noite tranquila e pacífica. Não muitas pessoas estavam fora, mesmo que o sol estava se pondo. Ele olhou para fora das grandes janelas do chão ao teto, olhando para a grande bola de vermelho descendo lentamente atrás das montanhas. Havia uma outra pessoa no Laundromat com ele. Milo não conhecia o cara, mas ele percebeu como o homem continuou roubando olhares para ele. Milo se sentia muito seguro em Bear County. Ele tinha ouvido falar sobre o ataque a Lamont’s Trailer Céu, mas isso foi antes de ele vir para a cidade. O trailer era um lugar muito agradável para se viver, em sua opinião. Toda essa cidade era. Assim, quando o estranho continuou a olhar para ele, Milo ignorou a cara. Ele pulou para baixo quando sua carga foi concluída e transferiu suas roupas molhadas para o secador.


Quando ele fechou a porta e deslizou as moedas na ranhura, ele viu algo fora do canto de seu olho que chamou sua atenção. Milo se virou para ver Bryson passando pela grande janela. Milo correu pela sala, retardando seus passos quando ele chegou perto da porta. Ele não queria parecer que ele estava perseguindo o homem, mesmo que ele estivesse. — Bryson? — Disse em uma voz que soava como se ele só viu o cara. Harland estava lá também. Ele disse algo para Bryson, tão baixo que Milo não conseguia entender as palavras, e depois Harland continuou a andar quando Bryson virou-se e voltou para Milo. — O que você está fazendo na cidade? — perguntou Bryson. Milo queria salientar que ele estava em pé na frente de uma lavanderia, mas decidiu que não era tão importante. Além disso, sua atenção estava sobre os jeans desbotados e camiseta apertada que Bryson usava. Eles se encaixam perfeitamente e mostrou seu corpo rasgado.

— Tive algumas coisas para fazer. O que você

está fazendo aqui? Bryson cruzou os braços sobre o peito, os bíceps inchaço quando ele se inclinou contra a construção de uma forma indiferente. — Apreciando a boa noite. Era uma noite agradável. Milo estava ali em sua bermuda até o joelho e um top. Ele estava usando sandálias nos pés e desejou que ele tivesse usado um pouco de loção na pele. Seus pés pareciam um pouco secos. Mas o ar estava quente e o sol finalmente tinha ido para baixo, deixando-o para conversar com Bryson sob o poste de luz. Ele apontou para o carro, a única coisa que ele tinha levado com ele quando ele deixou a Califórnia. — Eu trouxe a minha roupa para a cidade. Bryson olhou para o prédio, ele estava encostado. Suas bochechas picaram como se o homem percebeu o óbvio.


— É a minha noite de folga, então estou pondo em dia minhas tarefas. —

Milo tentou desesperadamente pensar em algo inteligente para

dizer, mas tudo o que ele conseguia pensar era em lavanderia. Enquanto ele olhava para Bryson, Milo sentiu uma dor vazia dentro de si, um vazio que não se importaria deste homem de preencher. Havia algo sobre Bryson, algo que fazia Milo se sentir como se tivesse conhecido o homem toda a sua vida. Ele virou-se quando ouviu o barulho das motocicletas. Quatro cavaleiros viraram na rua e passaram por eles. Milo suspirou. — Gosta de motociclistas? — perguntou Bryson. — Como meninos maus — disse Milo, as palavras deslizando livre, antes que ele tivesse a chance de detê-los. — Quero dizer, eles estão bem. Algo brilhou nos olhos profundos cinza de Bryson, antes que ele olhasse na direção dos motociclistas tinha montado. Milo mordeu o lábio inferior antes de dizer — Eu gosto de cowboys também. — Ele enfiou as mãos nos bolsos de sua bermuda. — Caras grandes são o meu favorito. Ele suprimiu um sorriso quando os bíceps de Bryson se flexionaram. Ele ainda não tinha certeza se Bryson gostava dele e Milo estava tentando medir o homem desde a primeira vez dele no bar. Mas Bryson era um cara difícil de ler. O cowboy não falava muito, não jogava conversa fora, então Milo não tinha idéia do que se passava na mente do homem.

— Os caras que são tão grandes quanto você

acrescentou Milo. Se as dicas que ele estava dando caíssem em ouvidos surdos, ele teria a sua resposta. Ou isso ou Bryson era um homem muito cabeça dura. — Você gostaria de ir a um encontro comigo? — Perguntou Bryson e Milo deu um suspiro de alívio. Eles estavam finalmente chegando a algum lugar. Ele já não tinha que adivinhar se Bryson gostava dele ou não.


Um encontro significava o homem estava interessado. — Eu adoraria — respondeu Milo. — Quando e onde? Milo avistou o homem da lavanderia observando-o através da grande janela. Era um pouco inquietante. Ele não conhecia o cara e se perguntou por que o estranho continuou admirando ele. Ele desviou o olhar e olhou para Bryson por uma resposta. — Amanhã à tarde está bom para você? —

Bryson perguntou

quando ele olhou por cima do ombro, olhando para dentro do prédio. O estranho

estava

chegando

em

uma

máquina

agora,

para

Bryson

Bryson

provavelmente não tinha visto o homem olhando para Milo. — Eu tenho que trabalhar às oito — disse ele. — Eu vou ter você de volta com tempo de sobra prometeu. Milo se afastou quando um casal passou os olhos correndo em direção ao chão. Ele não tinha certeza de como as pessoas por aqui aceitavam homens homossexuais e ele estava tentando manter um perfil baixo. Quanto menos pessoas que o conhecessem, melhor. A última coisa que queria era seu pai se mostrando ali. O alcance de Quinn estava longe e não havia como dizer se o homem iria descobrir onde Milo estava. Ele não iria duvidar de seu pai para contratar um detetive particular. Não era que Quinn estava desesperado para tê-lo de volta. Era mais que Milo havia desafiado a ordem do homem, e Quinn McNeal não tomava desafios de ânimo leve. Ele era uma fera nos negócios e arrogante de lidar em qualquer circunstância. — Então eu vou vê-lo as oito — disse Milo com um leve sorriso quando ele se virou e correu direto para a janela da lavanderia. A dor aguda pulsava de seu nariz quando ele recuou. Bryson se afastou da parede. — Você está bem?


Milo balançou o nariz de um lado para o outro e estava aliviado que ele não tinha quebrado. — A única coisa machucada é o meu orgulho. Bryson riu enquanto Milo voltou para dentro, sorrindo de orelha a orelha. Ele tinha um encontro com o cowboy quente. Simm!

Capítulo 3 ― Pode me emprestar sua moto? ― Sparrow parou no degrau da varanda inferior, com a mão no corrimão. ― Você não pode simplesmente pedir um cara para emprestar sua moto. ― Por que não? ― O olhar de Sparrow vagou pelo rosto de Bryson. ― É um sacrilégio permitir qualquer pessoa em sua motocicleta, exceto um bebê muito quente. ― Eu só quero usá-la durante a noite. ― disse Bryson. ― Você sabe montar? ― Bryson assentiu. ― Eu e meu pai costumávamos andar muito. ― Ele e seu pai tinham montado pelas estradas vicinais muitas vezes quando Bryson era mais jovem. Ele tinha considerado comprar uma moto, quando ele se mudou para Bear County, mas com todo o trabalho que os quatro homens estavam enfrentando, na época, a ideia lentamente desapareceu. Ele gostava de andar, embora, e queria levar Milo em um dia de viagem para as montanhas. Bryson não conseguia pensar em uma maneira melhor de passar o tempo com o ruivo. Após tomar coragem para chamar Milo para sair, Bryson queria ser o grande fodão que o homem estava procurando. Ele estava vestindo uma blusa com detalhes em preto, jeans desbotados com rasgos em cada joelho e um no bolso de trás. Ele colocou a carteira no bolso que não tinha um buraco, obviamente.


Antes de descer, Bryson se encarou no espelho e ficou satisfeito que ele se parecia com um motociclista hardcore. Algo que ele não era. Mas ele sabia que Milo tinha esse desejo estranho de sair com um menino mau. Bryson só esperava não desapontá-lo. ― Só para a noite. ― disse Bryson. ― Eu não sei. ― Sparrow esfregou a mão sobre sua mandíbula. ― Se alguma coisa acontecer com a minha... ― Não vai acontecer nada, eu juro. ― Bryson olhou para o relógio para ver que ele tinha quinze minutos antes que ele deveria pegar Milo. ― Se algo acontecer, você fica com o meu caminhão. ― A sobrancelha escura de Sparrow se levantou. ― Estamos acertados? ― Ok. ― ele respondeu, odiando ter que propor esse acordo ao xerife. Bryson comprara o seu caminhão há dois anos. Ele ainda parecia novo. Seu interior ainda cheirava como novo. Ele cuidava muito bem das coisas que possuía. Sua caminhonete vermelha e preta fora personalizada para alguém do tamanho de Bryson. Tinha escape duelo, uma cabine estendida, e todos os sinos e assobios que um cara poderia querer. Ele pagou uma fortuna por isso. Mas sim, ele estava desesperado para impressionar Milo. Além disso, ele não tinha planos de arranhar a moto de Sparrow. Sparrow enfiou a mão no bolso e tirou as chaves, balançando-as na frente de Bryson, que estendeu a mão para elas, mas Sparrow arrebatou-as de volta. ―Nem um arranhão e devolva-a de tanque cheio. ― Pode ter certeza. ― Bryson pegou as chaves antes de Sparrow mudar de ideia.


Ele se dirigiu para fora para ver a brilhante Harley estacionado perto da casa. Antes de entrar, ele puxou uma bandana azul-escura do bolso de trás e amarrou-a em sua cabeça. Sua aparência de motociclista malvado estava completa. Bryson passou a perna sobre a moto e ligou-a, ouvindo o ronco do motor, para em seguida, guia-la pela calçada. Já no asfalto, ele decolou acelerando a moto enquanto sentia seu coração também acelerar. Ele também estava acelerado porque Bryson estava prestes a ver Milo. Ele sabia que não havia pensado de forma racional quando fez aquele acordo com Sparrow. Bryson amava seu caminhão. A promessa não tinha apenas atordoado Sparrow, tinha chocado Bryson também. Ele nunca agiu de modo irresponsável antes. Ele simplesmente não conseguia se arrepender de fazer algo que pudesse aproximá-lo de Milo. Não demorou muito para chegar ao estacionamento de trailers. Bryson desacelerou manobrando com cuidado, ele procurou o trailer de Milo. Ele tinha esquecido de pedir o endereço na noite anterior, por isso ele teve que pedir ajuda a Harland. Se Milo já não tivesse concordado com um encontro, Bryson seria considerado um perseguidor. Mas Milo havia concordado. Bryson sorriu quando ele parou próximo a casa de Milo. Era um trailer bronze e branco, de largura dupla com um canteiro de flores na frente. Havia também um pequeno deck, com duas cadeiras e uma mesa que tinha um guarda-sol. Os arredores foram bem conservados e a varanda parecia ter sido varrida. No entanto, uma vez que Bryson desmontou e subiu os degraus, ele limpou os pés completamente sobre o tapete de boas-vindas. Ele bateu na porta e esperou as palmas das mãos suadas como o inferno.


Ele franziu a testa quando ouviu algo cair dentro do trailer, seguido por um xingamento. Milo estava bem? Milo apareceu na porta antes de empurrar a tela aberta. Seus olhos passearam de cima a baixo sobre o corpo de Bryson. ― Uau. ― Bryson tomou isso como um elogio. ― Você parece... fantástico. ― Milo ficou ali, admirando-o por um longo momento antes de corar, seus olhos verdes brilhando com o calor. ― Eu sinto muito. Onde estão as minhas maneiras? Entre. ― Assim que Bryson entrou, um gato marrom o arranhou. ― Elyse, não. ― Milo mexeu um dedo como se repreendendo o gato. ― Seja agradável. ― Ela está bem. ― Bryson tinha a sensação de que a gata grávida podia sentir seu urso e estava sendo protetora de Milo. Mas ele não podia dizer isso a Milo. Agachado, Bryson estendeu a mão e esperou que Elyse se aproximasse. O gato ficou lá, olhando para ele como se quisesse dizer que ela não estava caindo em seu truque. ― Está tudo bem. ― disse Bryson. ― Nós estamos bem. ― a gata marrom se aproximou, cheirou, e depois arranhou Bryson novamente, tirando sangue. ― Oh meu Deus! ― Milo correu para a cozinha e molhou uma toalha. Bryson o seguiu. ― Eu sinto muito. Eu não sei o que deu nela. Pode ser os gazes. ― Ele bateu a toalha sobre a marca. Bryson não discutiu, não disse uma palavra enquanto Milo segurou sua mão e cuidou dele. Gostava de sentir os dedos delicados deslizarem sobre a pele e não estava com pressa de puxar sua mão. Enquanto ele estava ali, Bryson observou no local. Milo estava morando em uma das melhores casas neste parque. Havia uma bancada na


cozinha e uma televisão na parede. A mobília parecia ser nova. O sofá de camurça foi estofado e a mesa de café era feito de vidro fumê preto. Mesmo na cozinha tudo estava novo e organizado. A casa de Milo era calma e organizada, decorada de forma simples. ― Eu gosto da sua casa. ― disse Bryson. ― É acolhedora. ― Obrigado. ― Milo jogou a toalha de lado e olhou mais de perto a ferida de Bryson. Era só um arranhão. Não foi nem profundo. A linha vermelha foi de cerca de um centímetro de comprimento e curaria em um momento. ― Você gostaria de algo para beber? ― Perguntou Milo, caminhando para o armário. ― Tenho chá gelado. ― Parece perfeito. ― Bryson se encostou na bancada e viu como Milo serviu dois copos. Ele observou a maneira como Milo manuseava os utensílios com facilidade. Bryson olhou para bunda do homem e em silêncio, gemeu. Era uma bela bunda. ― Aqui está. ― Elyse se aproximou de onde eles estavam e, em seguida, se aproximou de Bryson, e, ele diria, pela expressão do gato, que ele o estava desafiando. ― Eu ouvi uma moto. ― disse Milo. ― Foi você? ― Bryson tentou relaxar, tentou não deixar seu nervosismo transparecer. Ele agarrou seu copo, com força, para conter o tremor em sua mão e temia quebra-lo. ― Você está pronto para ir? ― Milo bebeu metade de seu chá antes de pegar os copos e coloca-los dentro da pia. ― Sim. ― Bryson e Elyse trocaram um olhar duro antes que ele foi até a porta, Milo logo atrás dele. Quando Bryson saiu, ele deu uma olhada ao redor. Uma vez que a grande operação policial havia acontecido há alguns meses, o parque estava voltando ao que sempre fora, antes de os arruaceiros tomassem conta. Ele viu alguns idosos residentes do lado de fora, conversando. Isso era algo que eles não teriam feito quando Buck e os outros traficantes estavam por perto.


Mas todos eles estavam apodrecendo na cadeia agora. Os moradores finalmente se sentiam seguros em sua própria comunidade. Esse pensamento fez Bryson sorrir. ― Que bela motocicleta. ― disse Milo. ― Sua? ― Eu peguei emprestada de um amigo meu. ― Bryson admitiu. ― Então, vamos dar uma volta. ― Milo parecia animado o suficiente por ambos. Bryson podia sentir a energia elétrica no ar quando Milo olhou para a moto com alegria. ― Você sabe como montar? ― Bryson perguntou quando ele puxou um par de óculos de sol do alforje e entregou-os para o ruivo. ― Nunca estive em uma motocicleta na minha vida. ― disse Milo simplesmente enquanto olhava para a moto com um olhar ansioso. Bryson parou. Do jeito que Milo estava agindo, ele pensou que o homem tinha montado muitas vezes. ― Nunca? ― Não. ― Milo empurrou os óculos em seu nariz antes de voltar seu olhar para a moto novamente. ― Mas isso parece muito divertido. Bryson se divertia com o fato de que ele seria a pessoa a levar Milo em sua primeira viagem. Ele montou a moto, vestiu seus óculos escuros, e, em seguida, deu um tapinha no banco atrás dele. ― Vamos lá, meu pequeno cavaleiro virgem. ― Milo começou a rir e o humor era contagiante. Bryson começou a rir, sorrindo para a felicidade em torno de Milo. Ele não conseguia lembrar de já ter visto alguém tão bonito, tão despreocupado antes. Bryson queria um pedaço daquele sol, queria se aquecer no brilho de Milo. Bryson agarrou Milo pela cintura. O homem respirou de surpresa. Seus dedos se atrasaram sobre o homem por um momento antes de dizer ― Vamos sair daqui. Milo balançou a cabeça antes de se apoiar nos ombros de Bryson e subir na moto. Bryson manteve a moto estável. Milo não era tão cuidadoso ao


subir em uma moto. O joelho do cara acertou a bunda de Bryson, antes que ele se equilibrasse na posição. ― Desculpe por isso. ― graciosidade não era uma das virtudes de Milo. ― Não é um problema. ― disse Bryson quando ele ligou a Harley. Milo envolveu a cintura de Bryson e entrelaçou os dedos como se estivesse inseguro de como deveria se segurar. A motocicleta levantou uma nuvem de poeira enquanto eles se afastavam. Momentos depois, Bryson se dirigiu para uma estrada asfaltada e acelerou. Milo inclinou-se contra o corpo de Bryson e apertou a cintura dele ainda mais. Ele odiaria quando o passeio chegasse ao fim. Bryson gostava de sentir os braços de Milo em torno dele. Não era exatamente um abraço, mas era perto o suficiente e Bryson estava ficando excitado. O tráfego na estrada para a montanha não tinha tráfego intenso. Bryson

conseguiu

manter

uma

velocidade

constante

enquanto

eles

ultrapassavam alguns caminhões e outros veículos. Ele podia sentir Milo pressionando seu rosto entre as omoplatas de Bryson. Milo estava bem lá atrás? Este foi o seu primeiro passeio. Será que ele estava com medo? Depois de andar por quarenta e cinco minutos, Bryson encontrou uma estrada de terra que conduzia a uma densa floresta. Ele decidiu pegar a estrada e dar-lhes uma pausa. A sorte estava do seu lado. Ele viu uma casa antiga, do tamanho de uma pequena cabana. Ele parecia estar deserta. Uma janela estava faltando e não havia cortinas de suspensão. As ervas daninhas estavam se espalhando, a natureza tomando de volta o que era dela. ― Onde estamos? ― Milo perguntou quando Bryson parou a Harley e a desligou.


― Eu não tenho ideia. ― disse Bryson. ― Eu só queria parar e esticar as pernas. ― Isso não era inteiramente verdade. Bryson podia andar por horas. Ele só não tinha certeza se Milo poderia. ― Parece que ninguém vive aqui. ― Milo desmontou, grunhindo quando ele desceu. Ele apertou as mãos pequenas nas costas e, em seguida, caminhou alguns metros de distância de Bryson, balançando as pernas para fora. Bryson tinha feito a escolha certa. Milo parecia precisar de uma pausa. Ele desceu da moto e caminhou ao redor da pequena casa, olhando dentro de uma das janelas. Ele estava certo. Ninguém vivia ali. O interior estava vazio, exceto por algumas peças de mobiliário empoeirado. Milo sentou-se nos degraus da frente, esticando as pernas enquanto ele apoiava os cotovelos sobre os degraus, atrás dele. ― A vista daqui é linda. ― Bryson se aproximou e olhou para longe. Ele tinha uma visão desobstruída do Bear County. A cidade estava aninhada num vale profundo, com as montanhas ao redor. Era uma visão pitoresca que faria um cartão postal perfeito. Ele poderia até mesmo ver a Triple-B de lá de cima. Desde que se mudou para esta cidade, Bryson tinha sentido uma afinidade para o local. Seu urso amava o espaço totalmente aberto e o ar puro e fresco. A casa onde ele cresceu era como um pequeno subúrbio, muitas casas próximas. Sua cidade natal era o que se poderia chamar de uma mistura entre o campo e a cidade. Seu urso tinha muito espaço para correr, mas nada como aquele lugar oferecia. Bryson se sentou ao lado de Milo, imitando o homem e esticou as pernas. ― Isso é tão longe do caminho batido que se pode chegar. ― disse Milo. O homem suspirou satisfeito enquanto ele brincava com as chaves na mão.


Bryson viu um anjo sentado em uma lua pendurada nas chaves de Milo. ― O que é isso? ― Ele perguntou quando ele tocou o chaveiro. Os olhos de Milo se tornaram melancólicos. ― Minha mãe me deu isso antes de morre. É a única coisa que me resta dela. Após o funeral, meu pai reuniu todas as suas coisas. Isso foi tudo o que me restou dela. É algo que eu guardo com todo meu coração, e eu morreria se o perdesse. ― Bryson nunca tinha ouvido palavras tão tristes antes em sua vida. Ele só se encantou ainda mais por Milo. Ganhando coragem e confiança, Bryson estendeu a mão e entrelaçou os dedos aos de Milo, que estremeceu de surpresa e, em seguida, seus olhos vagaram para o horizonte, um rubor tomou seu rosto. Bryson deslizou seu polegar em pequenos círculos sobre a mão de Milo enquanto ele estudava a paisagem, fisicamente consciente do homem sentado ao lado dele. Segurar a mão de Milo enviou uma sensação de calor até o braço e sobre o peito de Bryson. Ele não olhou para Milo. Bryson queria que isso fosse tão natural quanto respirar. E foi. Ele não podia acreditar o quão certa era a sensação de tocar o ruivo. Ficaram sentados ali por mais tempo, em silêncio, desfrutando da companhia um do outro. Bryson não podia nem ouvir o tráfego da estrada principal. Estava tranquilo. ― O que fez você mudar para Bear County? ― perguntou Bryson. Milo endureceu um pouco, e Bryson sentiu a tensão que enchia o ar. Milo estava escondendo algo. Ele se inclinou e beijou a bochecha de Milo. ― Eu já te disse o quão bom é o seu cheiro? ― Milo riu. ― Esse é o elogio mais estranho que eu já recebi. ― Bryson tocou o queixo de Milo, deslizou o dedo da orelha do homem e até sua nuca. Ele puxou


Milo cuidadosamente para frente até que os lábios de Milo estavam a um fôlego de distância. ― É verdade. ― A ansiedade que nadava como um rio caudaloso dentro dele se estabeleceu em um fluxo suave. Estar com Milo era fácil, confortável. Milo abaixou a cabeça e Bryson se aproximou ainda mais, deslizando sua boca completamente ao longo da de Milo. Ele fechou os olhos para a suavidade, o cheiro irresistível que invadiu seus pulmões. Seu coração acelerou e virou como se alguém tivesse lançado um frasco cheio de borboletas em seu peito. Os dedos de Milo apertaram os de Bryson antes que o homem se movesse para mais perto, abrindo os lábios para as explorações de Bryson. A língua de Bryson deslizou sensualmente sobre lábio superior de Milo e depois o inferior antes que ele deslizasse suavemente entre eles, persuadindo Milo a ceder aos seus avanços. Era o mais doce beijo que Bryson já tivera, e ele começou a doer por mais. Milo sorriu para o beijo e, em seguida, empurrou Bryson para longe. Ele riu quando saltou e se lançou por todo o campo cheio de mato. Bryson rosnou em doce prazer quando saiu em perseguição. Ele pegou Milo, jogando o homem por cima do ombro e carregando-o como um bombeiro o faz num resgate e levou Milo para a moto. Bryson ainda se perguntou qual seria o segredo que Milo estava guardando, mas ele manteve a sua curiosidade, não querendo deixar nada estragar o seu dia juntos. Conhecer Milo parecia mais do que uma promessa agora. Bryson não estava mais tão nervoso. Ele tinha quebrado o gelo com aquele beijo maravilhoso e agora sentia que podia conquistar o mundo. Ele não queria que o dia terminasse.


Capítulo 4 Milo estava andando rapidamente pela rua quando viu um BMW preto estacionado em frente à barbearia. Era o mesmo modelo que seu pai possuía. Será que Quinn o encontrou? Seu pai o teria rastreado até Bear County? Seu coração estava batendo em sua garganta enquanto se apressava para onde ele tinha estacionado seu desbotado Camry. Ele estava muito apressado, mas o carro parecia estar a milhões de quilômetros de distância. A enxaqueca começou na parte de trás de seu crânio e trabalhou seu caminho em torno quando Milo cavou em seus bolsos para suas chaves. Se fosse, de fato, Quinn, ele teria que sair dali rápido. Seu pai não hesitaria em forçar Milo em ir com ele. Suas

pernas

ficaram

tão

fracas

que

eram

como

elásticos

desgastados, ameaçando mandá-lo de joelhos, quando viu um estranho entrar na BMW. Não era Quinn. Delírio encheu a sua sensação de medo. Milo odiava viver assim. Ele se ressentia de seu pai mais do que nunca por fazê-lo olhar sobre o ombro o tempo todo. — Você vai fazer o que eu digo, quando eu digo, e não haverá nada mais do que isto! — Quinn gritou com o rosto corado de raiva. — Você não pode viver a minha vida por mim! — Milo gritou de volta. — Eu não vou casar com Drake. Se você gosta tanto dele, você se case com ele. O punho de Quinn bateu na mesa onde ele estava acomodado. Uma queimação subiu um caminho através de peito de Milo. Ele nunca tinha visto seu pai com esta com raiva antes.


— Desafie-me sobre isso, Milo, e eu vou fazer a sua vida um inferno. — Quinn advertiu, seus olhos verdes brilhavam com fúria. — Você vai fazer exatamente o que eu disser para você fazer ou sofrerá as consequências. Milo estremeceu com a memória quando ele esfregou as mãos para cima e para baixo os braços. Mesmo sendo verão, ele sentiu o frio nos seus ossos. Ele diminuiu o ritmo, tentando livrar-se da sensação de ser perseguido. Milo às vezes se perguntou se ele tinha alucinado as memórias, o seu pai tinha sido um homem amoroso e carinhoso. Mas, depois que a mãe de Milo morreu, Quinn tinha virado frio e distante. Ele mergulhou em seu trabalho, construindo seu portfólio e investimentos, ignorando o seu único filho. Milo teria felizmente vivido em uma cabana, pobre, se ele pudesse recuperar o homem que seu pai era antes. Ele não se importava com o dinheiro. Milo queria o amor que seu pai já havia mostrado a ele. Imerso em pensamentos, Milo não viu o homem na frente dele até que ele se deparou com o cara. Ele resmungou, caindo de bunda no chão. — Ei, você está bem? Quando Milo olhou para cima, ele reconheceu o cara da lavanderia. O estranho se abaixou e pegou Milo, ajudando-o a se levantar. — Eu não estava prestando atenção para onde eu estava indo. — disse Milo antes de desviar do homem. — Sinto muito. — Nenhum dano feito. — O homem deu-lhe um leve sorriso antes de se virar e descer a rua. Milo ficou ali por um momento e viu o estranho. Uma estranha sensação, um pressentimento, rolou por ele. Sua testa enrugou com o pensamento antes de Milo ir para o seu carro.


Ele logo se esqueceu do estranho quando viu um pedaço de papel debaixo do limpador. Puxando-o livre, Milo sorriu quando viu que era de Bryson. Tive um tempo maravilhoso com você no outro dia. Gostaria de mostrar-lhe o rancho. Que tal hoje à noite por volta das sete? Clayton disse que você tinha a noite livre. Ele tinha. Milo colocou a nota no bolso antes de olhar para o relógio. Ele tinha duas horas antes de Bryson procurá-lo. Ele precisava chegar em casa e tomar um banho. Milo foi para casa e se despiu antes de saltar para o chuveiro. Ele pegou algo casual, um simples jeans desgastado e uma camisa pólo. Ele enfiou os pés em um par de sapatos confortáveis antes de se olhar. Agarrando

o

gel

de

cabelo

na

cômoda,

Milo

espalhou

uma

quantidade generosa em seu cabelo, fazendo com que os fios ficassem arrebitados. Ele piscou para si mesmo antes de pegar as chaves e dirigir para a fazenda Triple-B. Esta foi a sua primeira vez vendo o lugar, embora ele tinha ouvido muito sobre isso no trabalho. O caminho era magnífico. Os olhos de Milo saltaram em todos os lugares enquanto ele dirigia pela rodovia longa e sinuosa. A Casa de Quinn era duas vezes este tamanho e se assemelhava a uma mansão, mas não parecia acolhedor e convidativo como a casa de Bryson. Mesmo antes dele se aproximar, Milo poderia dizer que havia muito amor nesta casa. Muitos caminhões estavam estacionados no lado do que parecia uma garagem. Havia um grande jogo de balanços quase imperceptíveis no quintal. Ele ainda viu um pneu pendurado em uma árvore. Cavalos pastavam no campo, cercados com uma cerca branca. A casa branca vitoriana parecia o tipo de casa que tinha em E o Vento Levou. Havia persianas e um grande varanda envolvente com um balanço incluído.


Milo estacionou atrás do caminhão azul de Bryson antes de sair. O cheiro de cavalos e feno encheu seus pulmões enquanto olhava em direção a um grande estábulo. Ele sabia que este rancho era usado para a criação de cavalos. Mas ele viu algumas cabeças de gado ao longe e se perguntou se eles pertenciam à Triple-B. — Você veio. — Disse Bryson quando ele saiu para a varanda. A respiração de Milo pegou o quão maravilhoso o homem parecia. Bryson estava vestindo uma calça jeans cortada que parou na altura dos joelhos e nada mais. Seu peito e braços ondulavam com músculos, e Milo olhou sobre os mergulhos e curvas que atravessaram a pele esticada de Bryson. Ele tinha o corpo de um guerreiro. Não havia um centímetro de carne sobrando nele. Cada parte inchava com os músculos, e sua pele era um estudo em contornos fascinantes. — Deixe-me mostrar ao redor. — Bryson saiu na varanda usando um par de chinelos em seus pés grandes. Curiosamente, Bryson parecia bom em shorts simples e chinelos. Milo nunca tinha prestado atenção para os pés antes, mas viu-se olhando fixamente para os dedos de Bryson. Eles eram... sexy. Eles visitaram o exterior primeiro, Bryson mostrando-lhe o quintal, onde havia muitos brinquedos espalhados. Passando o jogo de balanços, foram para os currais que abrigavam mais cavalos e uma grande floresta por trás disso. Milo nunca tinha montado um cavalo antes e esperava que um dia Bryson iria mostrar-lhe como. Em seguida, ele foi levado para o estábulo. O edifício era grande e tinha pelo menos uma dúzia e meia de baias. Todos estavam vazios, exceto para o que parecia ser separado do resto.


Dentro havia um grande garanhão preto. O animal era tão alto que Milo se sentia como um anão. O piso estava repleto de feno e havia um quarto na parte de trás, atrás do garanhão solitário. — Quem é ele? — Perguntou Milo, apontando para o cavalo. O cavalo se virou e olhou para ele, como se soubesse que Milo estava falando sobre ele. — Esse é Braveheart. — Bryson respondeu. — Ele é um dos nossos garanhões premiados. — Por que ele não está fora pastoreando com os outros cavalos? Bryson riu. — Porque ele é temperamental como o inferno e se nós o deixarmos sair com as éguas, seria o apocalipse. Ele apanharia com certeza. Milo franziu o cenho. — Mas esse não é o objetivo? Quero dizer, esse não é um racho de inseminação? Bryson acompanhou-o até a parte de trás do estábulo e Milo avistou um pequeno escritório. Bryson segurou a porta para Milo para passar. — O esperma do BraveHeart é extremamente valioso. Ele é usado apenas para reprodução de primeira linha. Uma risada escapou de entre os lábios de Milo. — Então, me diz... quem ele... monta? — Nossos cavalos são dedicados à produção de puro-sangue. — Cavalos de corrida? — perguntou Milo. — Muito dinheiro nisso. — admitiu Bryson. — Mas nós também temos investido muito de nosso próprio para o negócio. Alguns clientes, mas não muitos, trazem seus cavalos aqui e deixa-os para garantir a gravidez. Mas também usamos a inseminação artificial, o sêmen dos garanhões, e tem o DNA do esperma testados para verificação de parentesco para que o comprador tenha a documentação e a certeza de que eles estão recebendo o que pagaram.


Milo balançou a cabeça. — Eu nunca soube muito sobre este negócio. Eu apenas pensei que você deixaria a natureza seguir seu curso e era pago porque o cavalo era bom. Bryson encostou-se à mesa e cruzou os braços na frente dele. Milo roubou olhares do impressionante físico do homem. — Eu sou o que você chamaria de um mestre de inseminação. Sou responsável por reunir os acasalamentos pretendidos e organizar o embarque do sêmen. Harland lida com a contabilidade. Jed é responsável pela compra de cavalos garanhão de primeira e Clayton lida com licenças, pedidos, e os testes de DNA. — Soa como uma máquina bem oleada por aqui. Milo sugou o lábio inferior, mordendo-o quando Bryson estendeu a mão e puxou-o para perto. Ele colocou Milo entre suas grandes coxas e acariciou suas mãos pelas costas de Milo. — Falando de acasalamento pretendido. — Sussurrou Bryson com voz rouca no ouvido de Milo. Milo emitiu uma risada trêmula que logo foi engolida pela boca de Bryson. Os lábios macios do homem estavam em contraste com seu corpo duro. Milo colocou as mãos sobre o peito nu de Bryson, correndo os dedos sobre os peitorais duros. Um tremor rolou por ele quando Bryson puxou Milo impossivelmente mais perto. Eles se fundiram e Milo desejou que ele estivesse com o peito nu também. Ele gostaria de saber qual era a sensação de estar pele a pele com Bryson. Como ele tinha feito há alguns dias, Milo puxou de volta. Ele tinha que fazer. Ele não podia correr o risco de se envolver com alguém, mas ele não conseguia parar de querer estar em torno do cowboy. Bryson enfiou um dedo sob o queixo de Milo, erguendo sua cabeça, até que estavam olhando para o outro. — O que é isso? — Preocupação sangrou na voz do homem.


— Podemos aproveitar hoje? — Perguntou Milo, quase suplicando, expulsando um longo suspiro. Ele ansiava por estar mais perto de Bryson. Milo daria qualquer coisa para saber o que era dormir com o homem. Mas ele estava com medo de seu pai descobrir e fazer Bryson pagar por estar com Milo. Ele não iria colocar Bryson em risco de pagar pelos erros de Milo. Bryson assentiu. —

Nós

podemos

fazer

o

que

quiser.

Disse

ele

em

um

entendimento, num tom suave. — Não há nenhuma pressão, sem pressa. As doces palavras de Bryson só encantaram Milo. — Obrigado. — Disse Milo melancolicamente. Ele estava pronto para jogar a precaução ao vento e dar a Bryson o que ele sabia que o homem queria. Mas Milo se segurou. Ele tinha que fazer. Não era uma questão de se Quinn encontrasse, mas quando.

Bryson agarrou Milo pela mão e levou-o a partir do escritório. Havia alguma coisa acontecendo com o cara. Milo estava um pouco arisco. Num minuto ele estava suficientemente quente para assar Bryson e no próximo ele era tão frio quanto o inverno. Os sinais mistos estavam dando-lhe uma dor de cabeça.


Jed entrou no estábulo, a papelada em suas mãos. Ele olhou para Bryson e então Milo. — Estou interrompendo? — Você já conheceu o novo garçom? — Bryson perguntou a Jed. Jed balançou a cabeça, dando a Milo um sorriso fácil. — Jed Gibbs é meu nome. — Milo McNeal. — Milo deu a Jed um aperto de mão antes de girar para Bryson. — Estou atrapalhando o seu trabalho? Jed bateu em Bryson nas costas. — Não... Bryson está de folga hoje. Divirtam-se. Quando saiu do celeiro, ele avistou Sparrow vindo em sua direção. —Eu não coloquei nenhum arranhão em sua moto. — Disse Bryson quando viu a expressão concentrada no rosto do xerife. — Não é com você que eu quero falar. — Ele disse, e então olhou para Milo. — O que eu fiz? — Perguntou Milo. Sparrow estava de uniforme completo. Ele até tinha conduzido aqui em seu carro de patrulha. Isso nunca era um bom sinal. Bryson passou o braço sobre o ombro de Milo. O gesto foi para dar suporte para o que Sparrow tinha a dizer, mas também era seu urso sendo protetor. O cheiro de Milo não havia se dissipado. Se qualquer coisa, ele tinha ficado mais forte. Mas agora a fragrância estava tingida com trepidação, o que colocou Bryson na defensiva. Para sua satisfação, Milo não se mexeu de debaixo do braço de Bryson. Por uma questão de fato, o cara se aconchegou um pouco mais perto. Enfiou-se na curva do corpo de Bryson. — Você não fez nada. — Disse Sparrow enquanto ele coçou a cabeça sob a aba do chapéu. — Eu ouvi algumas coisas interessantes a partir de um amigo meu.


— Oh... — Disse Milo. Bryson sentiu o homem endurecer ao lado dele. Milo passou de um pé para o outro. Embora eles tivessem acabado de se conhecer não muito tempo atrás, Bryson desejou que Milo dissesse a ele o que estava escondendo. Ele ajudaria o cara de qualquer maneira que pudesse. Ele deslizou seus dedos para cima do ombro de Milo e ao redor da coluna esguia do pescoço do homem. Seus dedos roçaram a pele macia, deixando Milo saber que ele estava ali para ele. Sparrow olhou o que Bryson estava fazendo, mas não fez nenhum comentário sobre isso. — Seu pai é Quinn McNeal. — Sparrow afirmou sem rodeios. Foi a vez de Bryson endurecer. Ele conhecia esse nome. Ele era tão conhecido como o fundador da Apple ou Johnson & Johnson. Quinn McNeal era uma força a ser reconhecida e pelo que Bryson tinha visto aqui e ali, quando ele assistia à televisão, o cara não era bom. Bryson tinha visto McNeal um punhado de vezes na CNN e MSNBC, dando entrevistas ou sendo assunto de reportagens. Ele nunca sorria, e algumas vezes o cara tinha agarrado a pessoa com quem ele estava falando. Seus olhos disseram tudo. Eles eram tão frios como um lago congelado. Milo se afastou de Bryson, passando a mão sobre a sua cabeça. — Ele te pagou para vir me pegar? — Por que ele faria isso? — Perguntou Sparrow. — O que está acontecendo, Milo? Bryson queria saber também. Mas em vez de responder, Milo se dirigiu para seu carro. — Onde você vai? — Perguntou Bryson. — Para uma outra cidade. — O homem respondeu solenemente. Sparrow e Bryson se entreolharam antes de Bryson caminhar até onde Milo estava cavando as chaves do bolso.


— Fale comigo. — Por que? — Perguntou Milo e Bryson podia ver o brilho de lágrimas em seus lindos olhos verdes. — Não vai fazer a diferença. Eu nunca vou ser livre dele. Sparrow se juntou a eles e perguntou. — Por que você está correndo, Milo? Milo chutou um pneu de seu carro e xingou uma tempestade. Bryson e Sparrow não disseram nada quando o homem bateu a palma da mão contra a janela do motorista. — Você pode pensar que eu estava feito em viver com Quinn. Mas você está errado. — Disse Milo enquanto seus dedos se fecharam em punhos. — Ele quer mandar em todos os aspectos da minha vida, incluindo com quem devo me casar. Um rosnado rasgou da garganta de Bryson, antes que pudesse detêlo. Milo olhou para ele e, em seguida, olhou para o horizonte. — Eu só quero uma vida simples. Isso é pedir muito? — Nem um pouco. — Respondeu Bryson. Ele deu um passo para Milo e puxou o homem em seus braços. — É por isso que você continua me empurrando para longe? Sparrow pigarreou. — Desde que você não está em nenhum perigo imediato, falaremos mais tarde. Bryson acenou em agradecimento quando o xerife entrou em seu carro e foi embora. Milo colocou as mãos sobre o peito de Bryson, criando uma barreira entre eles, enquanto ele tentava empurrar Bryson longe. — Ele vai destruí-lo se ele descobrir o quanto eu gosto de você.


— Deixe que eu me preocupe comigo. — Bryson bateu delicadamente as mãos de Milo longe. — E agora que eu sei a razão... — Ele baixou a cabeça, capturando os lábios de Milo. Deus, ele poderia beijar o homem durante todo o dia. Milo tinha um gosto tão bom. Milo gemeu quando ele segurou o rosto de Bryson e o puxou para mais perto. Seus dentes se chocaram e as suas línguas duelaram antes de Bryson o soltar para respirar. — Eu não posso deixar ele te machucar. — disse Milo. — Ele quer que eu me case com algum idiota insuportável e não vai deixar nada nem ninguém impedi-lo de conseguir o que ele quer. — Então se case comigo. — Bryson fez a oferta antes que ele mesmo soubesse que o pensamento estava em sua cabeça. Os olhos de Milo se arregalaram quando seus lábios se separaram. Bryson refletiu sobre a ideia e parecia certo para ele. — Ele não pode fazer com que você se case com alguém se você já está casado. — Eu não posso deixar você fazer isso. — disse Milo. — Obrigado, apesar de tudo. — Besteira. — Bryson respondeu quando ele se inclinou um braço por cima do telhado do carro de Milo, enredando os dedos juntos. — É a solução perfeita. — Mas nós não estaríamos casando pelas razões certas. — Disse Milo quando ele puxou a mão dele e se virou, dando as costas à Bryson. — Eu não vou deixar você se envolver nisso. Eu só vou sair, começar de novo, onde ele não pode me encontrar. — Então essa é a sua solução? — perguntou Bryson. — Continuar correndo? — Ele suspirou. — Você não pode viver assim.


— Olhe para mim. — Milo agarrou a maçaneta da porta do carro, mas Bryson se recusou a ceder. Ele não ia deixar Milo correr pelo o resto de sua vida. Isso era loucura. Mais cedo ou mais tarde, Quinn McNeal iria apanhar com o cara. Além disso, seu urso estava protestando contra a ideia de Milo sair da cidade. Bryson era contra a ideia também. — Ou você se casa comigo ou eu vou segui-lo em cada cidade maldita que você correr! — Bryson ameaçou. Milo levantou as mãos para empurrar a Bryson, mas Bryson pegou as mãos do cara e prendeu-os sobre o seu coração. — Estou falando sério. — Você é sempre tão agressivo? — Perguntou Milo. Ele podia sentir Milo tremer. Uma estranha sensação correu pela espinha de Bryson, espalhando-se como um brilho quente que fez seus músculos se contraírem. Eles iam se casar. Ele só sabia disso. A determinação de Milo estava desmoronando e Bryson ia correr com o homem para o tribunal. — E se— Não! — disse Bryson o interrompendo. — Não pense nisso. Vamos fazer isso. — Isso... — Milo lançou uma respiração instável quando ele balançou a cabeça — é uma loucura. Bryson piscou para o homem. — Mas você está pagando para a lua de mel. Milo pegou as mãos dele e deu um tapa no peito de Bryson. Bryson riu quando ele agarrou Milo em um abraço apertado, descansando o rosto no cabelo vermelho-fogo. — Vai funcionar. Você vai ver.


Milo soltou um suspiro de satisfação. O som vibrou todo o caminho para a alma de Bryson. — Eu espero que você esteja certo. — Milo resmungou no peito de Bryson. — Porque, se Quinn me encontrar, nem mesmo uma licença de casamento vai impedi-lo de conseguir o que ele quer. Bryson discordou. Se Quinn chegasse perto de Milo, o humano ia ter um urso extremamente irritado para enfrentar.

Capítulo 5 Enquanto Milo ficava ali envolto nos braços de Bryson, rezou para que o homem estivesse certo. O plano era tão louco que ele só poderia funcionar. Ele não entendia por que Bryson faria algo tão altruísta. Eles mal se conheciam e o cara estava disposto a casar-se com Milo para ajudá-lo. Quem fazia essas coisas? A porta de tela bateu aberta. Milo olhou para cima para ver Clayton e Harland andando para dentro. Jed veio ao redor da casa, em sua direção. — Ouvi dizer que você pode ter um problema vindo em sua direção — disse Harland. — Foda-se o problema — disse Clayton, apertando sua mandíbula. — Eu digo que devemos comer sua bunda e resolver o problema. — Comê-lo? — perguntou Milo. Que diabo Clayton estava falando? Ele sabia que seu patrão tinha alguns parafusos soltos. Clayton Calabria era muito... único. Mas ele não tinha pensado que o cara era mais aloprado do que um esquilo. Milo repetiu o que havia dito a Bryson e Sparrow. Ele deixou de fora a parte sobre Bryson propor a ele. Era uma sensação estranha confiar nestes homens. Todos os quatro se elevaram sobre Milo, fazendo suas mãos suarem.


Eles pareciam como se cada um deles poderia elevar um carro, enquanto Milo lutava para tentar levar muitas sacolas de supermercado para casa ao mesmo tempo. Jed olhou para a casa. — Precisamos formar algum tipo de plano — disse ele. — Nós temos um monte de bebês a considerar. — Ele se virou e olhou entre Milo e Bryson. — Além disso, eu tenho certeza que uma pessoa em particular está disposta a defender Milo até o amargo fim. — Isso seríamos todos nós — disse Clayton. — Ninguém mexe com os homens do Triple-B. Por que Milo começava a ter a nítida impressão de que Jed estava insinuando alguma coisa? Ele tinha ouvido Clayton e Harland falando no bar e sabia que todos os quatro homens haviam servido nas forças armadas. Isso seria um bônus se a guerra estourasse. Infelizmente, no momento, era apenas sua vida indo ladeira abaixo. — Eu já vim com uma solução — disse Bryson. Milo se aproximou, sem saber como os amigos de Bryson reagiriam ao que já estava planejado. Ele não queria que nenhum deles pensasse que ele estava usando Bryson, porque ele não estava. Tinha sido Bryson que se ofereceu para casar com Milo. Assim, nenhum desses caras deveria ficar chateado com ele. — E qual é o seu plano? — Perguntou Jed. Bryson teve um timing perfeito. Milo estava nervoso, e os seus joelhos estavam ficando fracos quando as mãos de Bryson, tão maravilhosas, mãos fortes, vieram descansar sobre os ombros de Milo, dando-lhes um aperto suave. Mas ter Bryson atrás dele significava que Milo tinha que ficar na frente, exposto a estes homens. Sentia-se muito vulnerável quando disse alto — Milo e eu vamos nos casar. O olho de Clayton se contraiu.

Bryson


Harland tossiu, mas soou mais como se o homem estivesse se asfixiando. As características de Jed ficaram inescrutáveis. O sorriso fácil que o homem lhe oferecera no estábulo tinha ido embora. O silêncio era ensurdecedor. — Não falem de uma só vez — Bryson estalou. Harland falou primeiro. — Olha. Eu sei que é difícil para você, por vezes, ver-nos com a nossa... — Eu não posso acreditar que você está indo para lá — Bryson falou. — Sério? Você acha que eu quero me casar com Milo porque eu sou o último solteiro? Milo estava confuso. — Não tome o caminho errado — opinou Clayton. — Nós queremos que você seja feliz, Bryson. Mas esse não é o caminho. — Danem-se todos vocês. — Os dedos de Bryson escorregaram do pescoço de Milo, levando o calor com eles. — Se você acha que é por isso que eu estou fazendo isso, então nenhum de vocês me conhece muito bem. A dor era evidente na voz de Bryson e Milo sentiu a necessidade de ferir os homens que estavam fazendo Bryson sofrer. O impulso era tão feroz que ele tremia de raiva. Milo virou em surpresa quando Bryson agarrou sua mão e o puxou para o caminhão do homem. Ele não discutiu. Milo queria sair dali. Ele correu junto ao lado do cara grande, grato que eles estavam saindo. — Bryson, espere — Clayton chamou, mas Bryson ignorou o cara. Ele deslizou para o banco do motorista. Milo se esforçou para chegar no lado do passageiro porque Bryson tinha o caminhão ligado e estava se afastando, mesmo antes de Milo ter sua porta fechada.


— Aqueles filhos da puta podres — Bryson amaldiçoou, sua raiva formando um arco no ar ao seu redor.

— Eu não posso acreditar que eles

tiveram a audácia de ficar lá e dizer merdas como essa. Milo ficou quieto. Bryson estava furioso e era um homem muito grande. Milo não conhecia o cowboy tão bem, e ele não queria correr nenhum risco. Ele podia estar incomodado pelo que Harland e Clayton disseram, mas sua ira era pouca em comparação com a raiva acumulada de Bryson. Bryson agarrou o volante com tanta força que o sangue deixou seus nós nos dedos. — Eles podem empurrar sua pena nas suas bundas. Milo colocou o cinto de segurança no lugar. — E o meu carro? — Nós vamos voltar e buscá-lo quando eu perder a vontade de estrangular esses caras. Enquanto estava sentado lá, Milo esfregou as mãos para baixo em suas coxas, tentando livrar as mãos de sua umidade. — Você estava falando sério sobre se casar? Bryson olhou para ele, seus olhos de um profundo cinza ardente. Talvez Milo fosse apenas sentar lá e jogar de mudo. — Sim. — Bryson soltou um longo suspiro.

— E, por favor, não

pense que eu estou com raiva de você. — Por que você está bravo com eles? — perguntou Milo. — Eles são seus amigos e eles estão apenas preocupados com você, pelo que eu podia ver. Seus protestos eram justificáveis. Você só disse a eles que você estava se casando com alguém que você mal conhece. — Não é isso — disse Bryson, mas ele não entrou em detalhes, então Milo deixou-o sozinho por enquanto. Talvez eles fossem discutir as coisas quando o homem se acalmasse. Ao passarem pelo parque de caravanas, Milo perguntou — Para onde vamos?


Um rubor profundo tomou conta das bochechas de Bryson e o homem tímido que Milo lembrava retornou. Este era o Bryson que Milo se viu caindo. Ele sabia que Bryson poderia ser duro como pregos, quando ele precisava ser, mas era o lado mais lúdico mais suave que Milo adorava ficar ao redor. — Nós vamos nos casar. Milo ficou boquiaberto com Bryson. — Agora, neste exato momento? Os ombros largos do homem levantaram em um encolher de ombros.

— Por que não? Eu tenho um amigo que vai nos casar sem

perguntas. Apesar de Milo saber por que eles estavam fazendo isso, a ideia de se casar com Bryson teve sua cabeça girando enquanto ele ofegava pequenos suspiros de respiração. Brincar de ser marido de Bryson não era uma dificuldade. O homem era tudo que Milo gostava em um homem. Mas para Milo, o casamento era um grande passo, um compromisso enorme e um que ele não tinha certeza se ele estava preparado. Este não era um casamento de verdade, no entanto. Era uma maneira de deter Quinn, de forçá-lo a se casar com Drake. Com esse conhecimento, a necessidade de entrar pânico diminuiu. Era apenas um pedaço de papel inofensivo, certo?


Eram oito da manhã quando Bryson chegou ao seu destino, uma joalheria perto da capela que ele estaria tomando Milo. Milo estava desmaiado ao lado dele, espalhado no banco como se tivesse sido montado duro e pendurado para secar. O cara estava até babando um pouco. Bryson desligou o motor e ficou ali sentado, olhando para o ser humano. Surpreendia-lhe que ele tinha ido de ter medo de pedir Milo, para comprar alianças de casamento, tudo em menos de uma semana. As coisas estavam se movendo tão rápido que sua cabeça girava. Mas o urso lhe disse que Milo era seu companheiro. Bryson só esperava como o inferno que a criatura soubesse o que estava falando. Milo despertou suas pálpebras tremulando abertas quando ele bocejou e espreguiçou-se. — Por que nós paramos? — Ele moveu sua boca ao redor como se ele tivesse cabelo em sua língua antes de limpar a baba a distância. — Nós pousamos em Marte — Bryson brincou, sorrindo como despenteado Milo parecia. Era assim que o cara parecia na parte da manhã? Milo sentou-se e olhou para fora da janela. Ele franziu o cenho. — Onde exatamente estamos? O dono da loja parou na calçada e, em seguida, saiu, trancando o carro antes de ir para a porta. — Nós não podemos exatamente casar sem alianças.

— Bryson

tinha estado olhando para a mão esquerda por uma hora antes de Milo acordar. Ele tentou imaginar como seria ter uma aliança de casamento decorando o seu dedo. Dúvidas também tinham começado a rastejar em sua mente durante a noite. Ele tinha estado tão entusiasta em fazer o certo para que o pai de Milo não pudesse forçar o cara em um casamento arranjado que ele realmente não tinha pensado nisso.


Era isso o que as pessoas chamavam de ter pés frios? Bryson se considerava um cara legal, mas ele não era um SAP ou em uma tarefa simples. Ele precisava ter certeza de que ele não estava fazendo isso por romantismo ingênuo. Em toda a sua vida adulta Bryson tinha estado no amor com a ideia de casamento. Ele só não tinha inserido um noivo em qualquer lugar dessas fantasias. Até agora. Ele teve que admitir que o fascínio de finalmente viver seu sonho era parte da razão que ele tinha sido rápido em sugerir este plano. Mas ele estava fazendo isso por Milo ou porque ele queria se casar, ter alguém para vir para casa? Como longe da verdade estavam seus amigos? Ele era tão teimoso que ele não tinha visto que tinha razão sobre seu ciúme em relação a eles? Bryson tinha feito a si mesmo essas perguntas toda a viagem até ali e

ele

ainda

não

tinha

uma

resposta.

Talvez

ele

estivesse

olhando

profundamente para isso. Quão difícil poderia ser fingir que era o marido de Milo? — Por que você se parece como se sua vida estivesse prestes a acabar? — perguntou Milo mal-humorado. — Eu te disse, nós não temos que fazer isso. E era por isso que ele tinha que fazer. Milo não estava torcendo o braço de Bryson. O homem não estava implorando por Bryson ajudá-lo. O humano estava protestando tanto quanto o cérebro de Bryson estava. Ele estava sete tipos de confuso. Os lábios de Milo torceram como se reunindo suas defesas. — Apenas me leve para casa. Eu tenho que verificar Elyse. Ela poderia entrar em trabalho a qualquer momento e eu quero estar lá para ela. — Não — disse Bryson. — Nós somos bons juntos.


— Não — respondeu Milo. — Nós não somos. Você não quer fazer isso. Eu posso ver isso em seus olhos. Deus, por favor, não faça isso mais difícil do que já é. Apenas me leve para casa. Por que diabos Bryson estava se sentindo culpado? Era como se ele tivesse acabado de deixar Milo para baixo. Perdendo o pouco progresso que ele tinha feito com o cara, um abismo crescendo entre eles. — Olha Milo. — Bryson suspirou, puxando-se junto. — Isto não é sobre nós decidirmos passar o resto de nossas vidas um com o outro. — Uma parte de Bryson, que queria alguém especial em sua vida ansiava para que isso fosse muito mais.

— Estamos fazendo isso para protegê-lo de seu pai.

Amigos ajudam uns aos outros, certo? Milo hesitou.

— Eu não quero ser um fardo. Eu sei o que é viver

uma vida que você realmente não quer. Eu não posso fazer isso com você. Bryson estava cansado de analisar isso. Se ele ia se casar com Milo, era melhor fazê-lo enquanto ele ainda tinha coragem. Ele saiu do caminhão, indo em direção à porta da loja de joias. Quando Milo apenas ficou lá, Bryson perguntou, — Você vem? Apesar de sua ansiedade, ele sorriu quando Milo saiu do caminhão. As coisas estavam indo funcionar. Ambos sabiam no que estavam se metendo.


Apesar de sua determinação em continuar com isso, Milo era uma bagunça tremendo. Ele lutou contra a ideia de casamento, quando Quinn lhe tinha dito que ele estava se casando com Drake. Agora, aqui estava ele nesta pequena capela, com apenas três bancos e um pequeno estrado, dizendo seus votos com Bryson. Quando a sua vida tinha tomado um rumo tão drástico? Milo não tinha certeza de nada, muito menos do casamento. Mas ele sorriu quando o pregador gordo falou um monte de coisas e com um pouco de gagueira disse-lhes que podiam se beijar. Milo tinha provado Bryson antes. Eles tinham compartilhado um momento como este duas vezes, mas ele não estava preparado para a dolorosa necessidade que varreu em cima dele quando a boca de Bryson desceu sobre ele. A paixão que encheu o beijo tinha a cabeça de Milo girando. Bryson segurou a parte de trás de sua cabeça, inclinando Milo enquanto sua língua varria sua boca, alegando ele, carimbando-o como propriedade. Isso era como se sentia. O homem ainda rosnou um pouco quando ele molestou os lábios de Milo logo ali na frente do pregador. Mas Milo estava tão envolvido em Bryson que ele não se importava. Ele não esperava sentir tantas emoções. Esta era apenas uma farsa, um engodo para manter Quinn na baía. Então, por que Milo sentiu como se fosse muito mais? Quando os dois vieram à tona para respirar, Milo estava ofegante, seu pau duro. Ele estava envergonhado como o inferno que o pregador estava lá. Sentia-se um pouco pecaminoso por ter tanta luxúria correndo por ele, quando um homem de batina estava presente. — Eu espero que vocês dois tenham uma vida feliz e maravilhosa — disse o pregador.


Milo pigarreou, dando ao homem um sorriso estranho quando Bryson apertou a mão do rapaz. Sentia-se como uma farsa, uma fraude, alguém que não merecia ter qualquer boa sorte. Ele tinha enganado um pregador. Como baixo ele tinha afundado? — Pronto? — perguntou Bryson. O anel no dedo de Milo parecia que pesava uma tonelada quando ele balançou a cabeça e caminhou para fora da pequena capela com o seu marido. Seu marido. Milo ia ficar doente. Não porque ele se casou com Bryson. O homem era incrível por fazer isso. Não, Milo ia ficar doente, porque ele apenas puxou um homem inocente em sua vida torcida. Agora Bryson ia ser um alvo para Quinn. Como ele poderia ter feito algo assim para o cowboy doce? — Você está bem? — Bryson levou Milo para o caminhão, abrindo a porta do passageiro para ele. — Você parece um pouco doente. — Eu acho que foram os burritos que comemos.

— Agora ele

estava mentindo para o homem. Grande. — Eu vou ficar bem. Para seu desgosto, Bryson estava radiante. Por que ele estava radiante? Este era um casamento falso, ainda assim Bryson parecia tão feliz como um filhote de cachorro com um brinquedo novo. — Você sabe — disse Bryson quando ele entrou e ligou o motor. — A fim de manter-se a pretensão, você pode querer considerar a mudança para a fazenda Triple-B. Milo endureceu quando suas entranhas congelaram. Ele gostava de sua independência. Gostava de ter um lugar próprio onde ele poderia fazer o que queria, quando queria. Ele finalmente saiu debaixo de Quinn. Milo não estava pronto para desistir de sua liberdade ainda. isso.

— Eu vou pensar sobre


Ele viveu em seu próprio lugar antes de se mudar para Bear County, mas Quinn ainda tinha sido uma constante em sua vida. Mas agora que seu pai não estava perto dele, Milo finalmente soube o que era ser livre. Só que ele tinha acabado de casar. Milo olhou para fora da janela quando Bryson levou-os de volta a Bear County. O silêncio entre eles era ensurdecedor. Ele não sabia o que dizer. Obrigado por se casar. Te devo uma, não soava bem até mesmo em sua própria mente. Então ele sentou-se em silêncio enquanto as milhas passavam. Quando Bryson finalmente parou em frente da casa de Milo, Milo não conseguia sair do caminhão rápido o suficiente. Sentia-se como um verdadeiro idiota por deixar de lado o homem, mas ele não tinha sido capaz de respirar, uma vez que tinha ficado engatado. — Eu te vejo mais tarde. Bryson assentiu antes dele decolar. Milo ficou ali, observando o cowboy ir embora. Ele não sabia por que, mas a decepção o enchia. O que ele esperava? O casamento não era real, de modo que não teria uma lua de mel, nada de sexo, e não haveria paixão quente compartilhada entre eles. Seus ombros caíram, enquanto caminhava para dentro e colocava as chaves no balcão. Sua casa estava fria, desolada. Milo tentou sacudir o vazio que se alojava dentro dele, mas não adiantou. Ele já sentia falta de Bryson. Elyse miou, roçando-se em torno da perna de Milo. Ele caiu no chão e puxou-a para o seu colo, abraçando-a. — O que eu fiz Elyse? O gato não respondeu e Milo não esperava que ela fizesse. Ela apenas inclinou a cabeça para o lado, como se estivesse ouvindo, que o que ele tinha a dizer fosse importante. Milo inclinou-se contra o balcão, olhando para o teto enquanto uma lágrima solitária descia pelo seu rosto.


Tudo o que ele queria era ficar longe de Quinn, mas parecia que sua vida só continuava indo ladeira abaixo. Ele tinha saído de uma bagunça só para criar outra. — Você acha que ele me odeia agora? — Perguntou ao gato descansando em seu colo. — Ele tem que me odiar. Ele se amarrou a mim e eu nem sequer o conheço. Então Milo teve uma ideia. Isso não tinha que ser um desastre. Ele poderia ficar e conhecer Bryson. Se nada mais, eles poderiam se tornar bons amigos. Milo não queria ressentimentos entre eles, e ele queria que Bryson soubesse que assim que Quinn percebesse que não poderia fazer Milo se casar com Drake, em seguida, os dois poderiam ter uma anulação. Colocando o gato em seus pés, Milo se levantou e pegou as chaves, pronto para ir dizer a Bryson que ele queria que as coisas funcionassem, quando ele percebeu que ele não tinha o carro dele. Estava no rancho. Milo pegou seu telefone e, em seguida, ocorreu-lhe que ele não tinha o número de telefone de Bryson. Ah, isso estava funcionando como um pêssego real. Ele ligou para o bar em vez. — Bar Ugly Broad — respondeu Clayton. — Ei, Clayton. Eu estava pensando... — Você! — Disse Clayton no telefone. — O que diabos você estava pensando? Vocês ainda não se conhecem. Milo ficou chocado com o veneno na voz de Clayton.

— Eu só

preciso do meu carro. — Seu tom era menos amigável, mas Milo não estava disposto a pedir desculpas. —Caminhe e obtenha-o. — Clayton desligou.


Milo olhou para o telefone como se ele tivesse acabado de conversar com um ente querido morto. Chocado ele não tinha certeza do que fazer. Por que diabo Clayton estava tão chateado? Ele sabia que o homem tinha estava olhando para Bryson quando ele protestou seu plano. Mas ele não sabia que Clayton estaria tão chateado. Deixando o telefone de lado, Milo sabia que ele ia ter que caminhar para o rancho. Isso era algo que ele não estava olhando para frente. Ele fechou a porta e deu alguns passos quando viu o cara da lavanderia. O homem estava do lado de fora de uma das casas, regando suas flores. O cara acenou e sorriu. Tomando uma respiração profunda, Milo atravessou a pequena estrada. — Ei, eu sou Milo. — Ele estendeu a mão. — Kaylem — disse o rapaz. — Eu estava pensando se você poderia me dar uma carona para um lugar.

— Milo odiava pedir, mas ele precisava de seu carro e o rancho era

muito maldito longe. Kaylem olhou por cima do ombro de Milo e franziu a testa. — Eu ia perguntar se você estava tendo problemas com o carro, mas o carro parece estar faltando. — Deixei-o na fazenda Triple-B. Eu só preciso de uma carona para ir buscá-lo. Virando a mangueira para fora, Kaylem a jogou para o lado. — Não tem problema. Milo ficou aliviado. — Obrigado. Eles dirigiram para Bryson, Kaylem mal disse uma palavra. Milo não pressionou

o

pensamentos.

homem

a

falar.

Ele

estava

perdido

em

seus

próprios


Quando seu vizinho entrou no rancho, Milo viu Bryson fora. Ele parecia estar discutindo com Harland. — Parece aquecida a conversa — disse Kaylem. Milo não respondeu. Ele tinha uma boa ideia sobre o que era o argumento. — Obrigado pela carona — disse ele quando saiu. Bryson olhou em seu caminho, seu rosto uma máscara de raiva. Milo hesitou e então endireitou os ombros. Ele não sabia por que Bryson estava olhando para ele daquele jeito, mas ele veio aqui para pegar o carro. Sua decisão de ser amigo do homem teria que esperar. Ele caminhou até o carro e o abriu, deslizando para o lado do motorista. — Só isso? — Bryson perguntou quando ele se aproximou. — Você só vai entrar em seu carro e dirigir para fora? O tom do homem era agradável, brincalhão mesmo. A raiva se foi, substituída por um sorriso. Onde diabos ele havia se metido?

Capítulo 6 Bryson puxou Milo fora de seu carro. Ele não ia perguntar quem diabos aquele estranho dando um passeio com Milo era. Bryson lembrava do homem da lavanderia, no entanto. Eram ele e Milo amantes? Seu urso rosnou para o pensamento, exigindo que Bryson fode-se Milo, reclamando-o, carimbando sua propriedade por todo o humano. Mas Bryson foi um pouco mais civilizado do que isso. —O jantar está pronto. Que tal você se juntar a mim?


Milo olhou cautelosamente para a casa. —Eu não tenho certeza se sou bem-vindo aqui. O cara devia ter visto Bryson e Harland discutindo. Bryson não se importava se seus amigos estavam em pé de guerra, porque ele tinha fugido e casado. Renee estava ofendida com ele por não convidá-la, mas seus amigos estavam todos os tipos de chateados. Eles superariam isso. —Não, você é bem-vindo aqui a qualquer hora. — Bryson colocou o braço em volta dos ombros de Milo e levou-o para dentro. Assim que entrou pela porta, Renee puxou Milo em seus braços. —Bem-vindo à família. — disse ela antes de beijá-lo na bochecha. Dresden, Noah e Josh acolheu Milo também. Bryson encarou Harland e Jed. Se Clayton estivesse em casa, Bryson tinha certeza que ele estaria olhando para ele também. Jed grunhiu e, em seguida, estendeu a mão. —Bem-vindo. — disse ele. Os olhos de Harland atiravam punhais para Bryson, mas ele congratulou Milo também. —Outra adição. — Jack disse quando deu um tapinha nas costas Milo. —Vai acrescentar à nossa coleção de crianças? Seja rápido para que todos possam crescer juntos. O natal vai quebrar minha conta bancaria. Milo

balançou

levemente

a

cabeça,

com

uma

expressão

de

perplexidade no rosto. E, em seguida, as crianças desceram sobre Milo, todos querendo saber quem ele era e porque tinham outro tio. Ele estava um pouco preocupado que Tyler ou um dos outros iria mudar. Mesmo assim, se isso acontecesse, Bryson iria explicar as coisas para Milo. Bryson riu enquanto Milo caia no chão e começava a falar com eles.


O homem parecia em casa. Isso fez o peito de Bryson doer, saber que Milo era, e não era, o seu marido. Ele queria que este casamento fosse real. Ele teve suas duvidas quando se dirigir à joalheria e até mesmo quando eles disseram os seus votos. Mas agora que estava assistindo Milo com as crianças, o seu coração lhe disse que Milo era a pessoa certa para ele. Seu urso ainda estava lhe dizendo que Milo era seu companheiro. Deixar o cara e afastar-se foi à coisa mais difícil que Bryson já teve de fazer. —É tempo para o jantar. — Renee anunciou. Bryson se abaixou e puxou Milo a seus pés, mantendo suas mãos presas junto às dele quando conduziu o homem para a mesa. O jantar saiu sem problemas. Felizmente Harland e Jed não tinham dito nada fora do caminho para Milo. Ele sabia que eles estavam preocupados que Quinn viria atrás dele, mas Bryson não. Deixe o bastardo tentar. Ele sabia que Quinn tinha recursos financeiros que Bryson nunca teria. Mas Bryson tinha garras e ele protegia o que era dele. E Milo era dele. —Você gosta de viver em Bear County?— Renee perguntou quando passou a tigela de ervilhas para Milo. —É muito diferente de onde eu cresci. — respondeu Milo, aceitando a tigela. —As pessoas aqui não são tão presas a si mesmas como elas são na Califórnia. Embora eu sinta falta do oceano. —Eu nunca vi isso. — Renee confessou. —Não?—

Milo

parecia

surpreso.

—Você

espetacular. O ar salgado do oceano cheira incrível.

está

perdendo

algo


Assim cheirava Milo. Bryson ficou lá inalando nozes caramelizadas com mel e alcaçuz. Um grunhido baixo retumbou em seu peito e Bryson queria pegar Milo da mesa e levá-lo para cima. Harland arqueou uma sobrancelha ante o baixo ruído que Bryson estava fazendo. —Acho que vou fazer uma viagem pra lá em breve. — Renee respondeu antes de olhar para Jack e corar. Sparrow entrou ainda de uniforme. Ele beijou Josh na bochecha antes de se sentar. Milo olhou para o xerife e, em seguida, para baixo, para o prato. Bryson sabia que Milo queria saber se o delegado tinha chamado Quinn McNeal. Mas Bryson também sabia que Sparrow não faria algo assim. Ele era tão feroz sobre a família quanto Bryson. Sparrow não iria entregar Milo, mesmo que Quinn estivesse oferecendo uma recompensa. A conversa decolou, todo mundo falando ao mesmo tempo. Bryson recostou-se, o braço sobre o encosto da cadeira de Milo. Ele sorriu para si mesmo e fingiu que seu casamento não era uma farsa quando Milo e Dresden entraram em uma conversa cômica sobre crianças. O cara realmente se encaixava ali. Depois do jantar, Bryson viu quando Jed levou sua família para fora em seu passeio da noite. Harland e Dresden levaram seus filhos para a sala para assistir a algo na televisão. Josh e Sparrow subiram com seu filho, Kane. Como de costume, Jack e Renee entraram na cozinha juntos. Bryson foi deixado sozinho com Milo. —Eu tive um grande momento. — Milo confessou. —Obrigado por me convidar para jantar.


—Poderia ser assim o tempo todo. Só porque as coisas estão se movendo um pouco rápido, não significa que não podemos diminuir o ritmo e conhecer um ao outro. Milo assentiu. —Eu estava pensando a mesma coisa antes de vir aqui. Se nada mais, podemos nos tornar bons amigos. A risada de Bryson era baixa e profunda quando ele se inclinou e mordiscou Milo em seu ouvido. —Oh, querido, a amizade é muito bom, mas eu quero algo mais. Ele podia ver Milo engolir enquanto suas mãos nervosamente escorregavam para o colo. —Mais? Deslizando seu braço em volta dos ombros magros de Milo, Bryson puxou o homem para mais perto. Ele ainda não tinha certeza de nada, mas a única coisa que estava confiante era o fato de que não queria deixar Milo ir. Vendo Milo chegar ali com outro homem tinha quase rasgado Bryson. Ele estava pronto para agarrar o pescoço do estranho. Isso lhe disse que ele estava se apaixonando por Milo. O ciúme nunca foi a sua coisa. Quando ele levantou a cabeça feia, Bryson teve sua resposta. Se Milo era seu companheiro ou não, Bryson iria mantê-lo. —Sim, querido, muito mais. — Bryson empurrou sua cadeira para trás e puxou Milo até que o homem estava sentado em seu colo. —Muito melhor. —Deveríamos estar fazendo isso na sala de jantar?— Milo olhou ao redor como se alguém fosse entrar a qualquer segundo. —Eu gosto de como você pensa. — Bryson parou, colocando Milo em seus pés. —O quarto seria muito melhor. Milo puxou a mão de Bryson. —Não foi isso que eu quis dizer. —Mas nós somos casados. — Bryson destacou. —Eu acho que está tudo bem se nós dormimos juntos.


As sobrancelhas de Milo puxaram juntas e então ele começou a rir. —Você me enganou por um segundo. Bryson não sabia o que dizer ou fazer. Milo pensou que ele estava brincando. Ele não estava. Ele apoiou Milo até que não houvesse lugar para o homem ir. As costas de Milo pressionaram contra a parede quando Bryson colocou uma mão em cada lado da cabeça do ser humano. Ele baixou a cabeça, beijando Milo, com todas as emoções reprimidas que foram rodando dentro dele. Milo gemeu em sua boca, deslizando as mãos em torno do pescoço de Bryson, puxando Bryson mais perto. Ele podia ver agora que, com Milo, Bryson tinha que agir e não falar. Ele teria que mostrar a Milo exatamente o que queria. Não havia nenhum ponto em negar que havia algo entre eles. Bryson podia senti-lo, mesmo que antes ele teve suas duvidas. Houve um pequeno crescimento no vinculo que os ligava. Milo elevou uma perna sobre a cintura de Bryson, moendo-se em Bryson. Isso era o mais quente que Bryson já esteve. Ele queria Milo. Ele queria ver o homem nu, se debatendo debaixo dele enquanto Bryson o levava. Sem quebrar o beijo, Bryson agarrou Milo e levantou o homem até Milo não pudesse fazer nada mais do que fechar as pernas ao redor da cintura de Bryson. Ele saiu da sala de jantar e correu para o andar de cima antes que Milo percebe-se o que ele estava fazendo. Bryson chutou a porta fechando-a atrás dele e depois foi direto para a cama, deitando Milo. Ele subiu sobre o homem, aprofundando o beijo. Quando ele finalmente se afastou, os olhos de Milo estavam vidrados. —Eu quero você, Milo. Bryson nunca quis ninguém tanto assim em sua vida. Com um gemido, ele puxou para mais perto até que seus peitos esmagaram juntos.


Suas mãos deslizaram até os braços de Milo e depois para cima de seu pescoço até que ele segurou o rosto de Milo. —Deus, você cheira tão malditamente bem. Em seguida, ele baixou a boca mais uma vez. Pouco antes de seus lábios se tocaram, ele ouviu uma rápida ingestão de ar. Beijar Milo era à sensação mais agradável que ele já sentiu, fora o corpo do homem pressionado contra o seu. Bryson gemeu quando Milo escovou sua língua através dele e então suspirou quando Bryson ternamente sondou a sua boca. Os olhos de Milo estavam brilhantes quando ele puxou sua cabeça para trás e sussurrou — Faça amor comigo. Fogo ardia dentro de Bryson quando ele alcançou entre eles e desabotoou as calças de Milo. Ele odiava romper sua conexão, mas ele precisava de espaço para despir o homem. Bryson ficou ali por um momento, olhando para Milo. O homem era impressionante. Seu cabelo vermelho se destacava em contraste com o cobertor creme de Bryson. Parecia uma sirene, chamando Bryson para ele. Suas mãos tremiam quando ele estendeu a mão para o cós da calça de Milo, antecipando como seu em breve amante ficaria sem uma única roupa. Ele teve sua resposta rapidamente. Uma vez que ele despiu Milo, Bryson olhou para a carne pálida do homem. Suas narinas se esforçavam para obter sua respiração. —Não fique aí parado. — Milo sorriu para ele. —Faça alguma coisa. Um lampejo de lembrança atravessou a mente de Bryson, mas brilhou muito rapidamente para que ele pudesse compreendê-la. Ele deveria avisar Milo sobre algo, ele simplesmente não conseguia se lembrar do que enquanto olhava para essa perfeição.


Ele enfiou as próprias calças para baixo nas pernas, mostrando a si mesmo. Os olhos verdes de Milo estavam cheios de calor quando a ereção de Bryson saltou livre. Milo se torcia na cama e depois se arrastou até onde Bryson estava em pé, tomando o pênis de Bryson em sua boca. Ele sussurrou, com as pernas balançando, enquanto Milo o engolia. Usando a única célula do cérebro que estava trabalhando, Bryson tirou a camisa e jogou-a livre de lado antes de pegar um punhado de cabelo de Milo, empurrando em rajadas curtas. Faíscas de prazer quente corriam em suas veias. Ele assobiou e gemeu quando Milo lambeu e chupou sua ereção latejante. A boca de Milo era o paraíso. Os olhos de Bryson caíram para bunda do homem e ele sentiu seu pênis crescer mais. Os globos pálidos eram perfeitamente arredondados, à espera de Bryson para provocar e lambê-los. Seus caninos começaram a alongar e sentiu seus olhos mudando. Seus dedos apertaram o cabelo de Milo. Um gemido gutural que era mais parecido com um rosnado rasgou de sua garganta. Bryson viu seu pênis deslizar dentro e fora da boca de Milo. Suas bolas apertadas quando seu corpo começou a tremer. Milo pegou o pau de Bryson, deslizando-o em sua boca antes de usar os lábios para sugar da base à ponta, e então ele engoliu novamente. Seus dentes rangiam em conjunto, quando uma tempestade elétrica subia por sua espinha. Bryson gritou quanto seu clímax o bateu e, em seguida, rasgou-o em pedaços. Ele gozou na garganta de Milo enquanto empurrava seus quadris, seus dedos estrangulando o cabelo do homem. Milo puxou para trás, lambendo os lábios enquanto ele sorria para Bryson. —Isso foi mais o que você tinha em mente?


—Nem de perto. — Bryson rosnou quando ele arrancou a gaveta de sua mesa de cabeceira aberta e agarrou o lubrificante. O beijo foi desleixado como o inferno quando Milo caiu sobre o colchão. Bryson terminou de se despir antes de deixar cair o lubrificante em cima da cama e pegar o queixo de Milo, beliscando o queixo do homem. —Quanto mais você quer?— Milo brincou quando ele agarrou sua própria ereção, acariciando-se. Bryson se posicionou entre as pernas de Milo, correndo o dedo pela palha vermelho ardente de cabelo. —Então você é um ruivo de verdade. —Todo natural. — disse Milo, embora ele gemesse as palavras. Bryson recuou o suficiente para lubrificar os dedos antes de passar para trás. —Deixe-me cuidar disso para você. — disse Bryson enquanto lambia a base do pênis de Milo. Bryson levou a ponta da ereção de Milo até seus lábios, enquanto trabalhava os dedos na bunda de Milo. Ele foi oprimido pelo quanto ele queria Milo. Bryson não poderia nunca se lembrar de sentir esta carência, essa ligação. O desejo crescendo enquanto ele avançava o pau de Milo em sua garganta e seus dedos trabalhavam em alongar o homem. Milo o fez sentir-se especial, coisas selvagens. Bryson não queria que esse casamento fosse falso. Ele queria o negócio real. Queria acordar todas as manhãs e ir para a cama todas as noites com Milo. A ideia de passar um domingo preguiçoso na cama, com eles abraçados e assistindo a um filme ou fazendo amor lentamente doce, fez doer o peito de Bryson. Bryson puxado para trás, retirando os dedos antes de lubrificar seu pênis. Ele trancou os olhos com Milo quando entrou lentamente no homem. Os olhos de Milo rolaram para trás de sua cabeça quando ele pôs as mãos atrás dos joelhos e puxou as pernas para cima. Seus lábios se separaram


e Bryson queria beijá-los novamente. Ele queria beijar cada parte do corpo do homem. Quando ele avançou para dentro, Bryson agarrou os tornozelos de Milo, espalhando as pernas do homem à parte, enquanto observava seu corpo tornar-se um com o de Milo. A pele abraçou-o com tanta força que seus dentes doíam por rangêlos juntos. Ele queria fazer isso durar a noite toda, mas sabia que não podia. Milo era muito de uma tentação e Bryson não ia durar por muito tempo. —Tão grande. — Milo suspirou. Bryson parou. —Estou machucando você? A cabeça de Milo balançou para trás e para frente. Bryson não tinha certeza se isso era um não ou se o homem estava gostando disso. Ele esperou até que Milo abriu os olhos, o verde de suas íris tão escuro que era quase preto. —Não. Bryson puxado para trás e, em seguida, deslizou para dentro, lentamente no início, e depois mais rápido. Ele não conseguia se conter. Seus quadris começaram a empurrar seu pau duro dentro de Milo, o prazer tão bom que queria rosnar com ele. Seu amante estava ansioso, combinando seus impulsos com os impulsos de Bryson. Bryson caiu mais sobre Milo, as palmas das suas mãos em cada lado da cabeça do homem quando ele tomou os lábios de Milo em um beijo ardente. O homem estava tão quente, tão apertado ao redor do pênis de Bryson, os músculos agarrando Bryson como uma luva de veludo liso. — É esse tipo de mais?— Milo perguntou quando seus lábios se separaram. —Oh, sim. — Bryson sorriu e dirigiu mais profundo. —Isso e muito, muito mais. As sobrancelhas de Milo franziram. —Seus olhos.


Bryson sabia que eles eram os olhos de seu urso. Ele estava se afogando na luxúria, na paixão, e seu urso estava perto da superfície. Mas o medo arrastou seu caminho dentro de Bryson, ele não queria Milo para rejeitálo. Ele ainda não tinha dito ao homem que ele era um shifter urso e ainda não tinha descoberto como fazê-lo. —Mais tarde. — disse Bryson. Ele não queria que este momento fosse arruinado. Como se Milo pudesse sentir a apreensão de Bryson, ele acenou com a cabeça e alisou suas mãos para baixo os braços de Bryson. —Tão forte, tão grande. Bryson flexionou e foi recompensado com uma ingestão rápida de ar de Milo. O homem olhou para ele com reverência e Bryson nunca quis que esse olhar se perdesse. A voz no fundo de sua mente voltou e Bryson se lembrou do que ele deveria dizer a Milo. Gravidez. Mas era muito malditamente tarde agora. Somente o fogo e enxofre do inferno poderia parar Bryson de terminar o que tinha começado. Não havia nenhuma maneira de que ele pudesse puxar para trás agora. Não quando ele tinha o homem mais bonito do mundo debaixo dele. Seu marido. Esse pensamento só levou Bryson a foder Milo mais rápido, mais forte, e mais profundo. A pele de Milo começou a brilhar com uma fina camada de suor quando ele gritou, com as pernas enroladas em torno da cintura de Bryson. —É isso aí, bebê. Goze para mim. —Bryson estava hipnotizado com o quão impressionante o homem se parecia quando ele chegou ao clímax. Mas Bryson não estava muito atrás. Não quando o corpo de Milo tinha um aperto tão apertado nele. Ele empurrou mais algumas vezes, os


músculos do pescoço esticando quando ele gozou, e gozou duro. Instinto o levou a morder o ombro de Milo, fazendo o homem gritar. Um grunhido saiu de sua garganta quando seu orgasmo o quebrou. Ele moveu seus quadris, selvagem, quando uma enlouquecida paixão o encheu. Quando seu orgasmo começou a diminuir, Bryson tirou os dentes livres, lambendo a ferida, baixos rosnados contentes ecoaram de sua garganta. Ele puxou de volta a sorrir para Milo quando viu o quão grande os olhos do homem estavam. —Meu Deus, que dentes grandes você tem. — ele disse enquanto engolia em seco. Bryson sabia que tinha algumas explicações a dar.

Capítulo 7 Uma vez que ele estava em casa, sentado no sofá e enrolado em torno de um grande travesseiro, Milo soltou um suspiro trêmulo. Ele estava se esforçando para envolver sua mente em torno do que Bryson lhe dissera. Um urso. Isso não poderia ser possível. Coisas como essa só aconteciam em livros e filmes. Os seres humanos reais não mudam para animais. Ele não estava tendo nenhum sucesso em convencer a si mesmo que Bryson estava dizendo a verdade. Mas na verdade ele havia olhado em seus olhos. Ele tinha visto por si mesmo que os olhos normalmente profundamente cinza de Bryson estavam âmbar. Ele até viu as garras nas mãos do cara. Mas isso não era possível. Bryson era tudo que Milo havia sonhado em um homem e ele acabou por ser algo diferente de um ser humano.


Sua sorte não parava de cagar em cima dele. Milo começou a se perguntar se sua vida jamais iria melhorar. Ao que parecia não. Não quando um desastre após o outro se mantinha acontecendo com ele. Um urso. Ele balançou a cabeça quando deslizou para baixo no sofá, descansando a cabeça sobre o travesseiro e fechou os olhos. Uma pausa. Isso era o que ele precisava. Esperava que, quando acordasse, ele fosse capaz de dar sentido a tudo isso. Mas o sono não veio. Não agora, pelo menos. Não quando alguém estava batendo em sua porta. Não, quando eles estavam batendo ferozmente. Ou ele tinha uma enxaqueca? Levantando do sofá, Milo se esticou e, em seguida, caminhou até a porta. —Estou indo, porra. O bater continuou. Milo estava ficando chateado. Quem quer que fosse, era melhor ter uma maldita boa desculpa ou ele iria acabar com eles. Quando ele abriu a porta, Milo quase desmaiou. Quinn McNeal estava de pé do outro lado, seu rosto corado de raiva. Seus olhos imediatamente caíram para a mão de Milo, onde sua aliança de casamento estava. —Então é verdade. — o homem gritou. —Você saiu correndo e fugiu com algum perdedor que, provavelmente, tem um emprego de salário mínimo. O estômago de Milo azedou com a forma como Quinn estava falando. Ele queria dar um soco no cara, para bater algum sentido no homem. Por que seu pai não podia aceitá-lo por quem ele era, o que ele queria da vida? Estar em uma sala de reuniões não interessava para Milo. Viver uma vida chamativa e acelerada também não. Ele gostava desta pequena cidade. Tão apaixonada e aconchegante para Milo. Ele não queria voltar para a Califórnia, e definitivamente não queria se casar com Drake.


—Então, o que se eu fiz? — ele perguntou, embora soubesse que estava abusando da sorte. Quinn McNeal não tomava esse tipo de atrevimento de ninguém, muito menos do seu filho. Quinn entrou na casa, forçando Milo a se afastar. Seu pai não havia esperado por ser convidado, mas ele realmente tinha achado que o homem faria? Não que Milo fosse perguntar ao homem de qualquer maneira. —Não importa. — Quinn respondeu, em tom indiferente. —Enquanto falamos, o seu casamento está sendo anulado. —Você não pode fazer isso!— Milo não se importava se ele estava confuso sobre Bryson ser um urso. Ele não se importa que o casamento deles não fosse real. Ele queria que fosse real. O pensamento de perder Bryson o adoeceu. As coisas podiam ter ido muito rápido. Milo poderia até estar morrendo de medo. Mas ele sabia, sem sombra de dúvida, que estava caindo pelo cowboy. Ele tinha que estar. Ninguém nunca fez Milo se sentir querido e estimado como Bryson. O homem o fez se sentir sexy, e ele era tudo o que Milo queria. Apenas o sugou que seu pai teve que aparecer para Milo chegar a essa conclusão. Se Bryson estivesse aqui agora, Milo diria isso ao homem. Ele iria dizer a Bryson que queria trabalhar seu casamento. Que ele se sentiu tão em casa na mesa de jantar, e que sempre se lembraria de cada segundo que ele e Bryson tinham feito amor. Os olhos de seu pai escureceram quando olhou para Milo. —Se você acha que eu não posso ter seu casamento anulado, então você realmente não sabe o poder que exerço, não é? Milo se recusou a responder ao homem. —E eu tenho alguém elaborando sua licença de casamento com Drake. Você vai se casar com ele esta tarde. Nós não precisamos de um casamento, apenas a certidão. Se Drake se casa com a nossa família, ele vai


herdar o resto da fortuna de sua família e eu penso em conseguir um pedaço disso. O quarto girou quando Milo ficou tonto. Como Quinn podia fazer isso com ele? Por que o homem era tão cruel com o seu próprio filho? —Eu nunca vou te dar o que você quer. — Milo lutou. —Eu não me importo com que papéis você arranje, eu nunca vou assiná-los. Eu nunca vou ser o filho robótico que você quer eu seja. —Você não precisa assiná-los. — Quinn estalou os dedos e seu guarda-costas, Ethan, entrou no trailer. Ethan era grande, corpulento, e francamente mau. Crescendo, Milo tinha testemunhado o cara bater nas pessoas ali mesmo na frente de sua casa. O homem foi preso uma vez por quase matar um cara depois que Quinn ordenou a Ethan para ensinar ao cara uma lição. E, claro, Quinn tinha afiançado Ethan para fora, pagou-lhe o melhor advogado, e Ethan tinha escapado das acusações. Milo nunca iria escapar de seu pai. Ele podia ver isso agora. Não importava para onde ele corre-se, Quinn iria encontrá-lo. —Você vai para forjar a minha assinatura?— Milo não deveria ter ficado chocado. Claro que o homem iria. Ele provavelmente iria pagar algum juiz para forjar o documento legal e, em seguida, ele e Drake estariam casados. Milo estava desesperado para não ir para casa, mas ele sabia que não havia nenhuma maneira que pudesse sair dessa. Não com Ethan ali e não com o seu pai elevando-se sobre ele. Mas seu pai sempre se ergueu sobre ele. Milo não era tão grande. Sua construção foi praticamente à mesma de sua mãe, algo que seu pai lembrou a Milo o tempo todo. Era como se o homem estivesse completamente decepcionado por Milo não ser tão grande e forte como Ethan.


Houve alguns momentos em que Ethan tinha lhe dado um tapa, isso quando Milo foi desobediente e Quinn não queria sujar suas mãos. Milo olhou para os dois. —Então eu vou levar meu gato. Ele não podia deixar Elyse sozinha, não quando ela estava tão perto de dar à luz. —Leve essa coisa sarnenta e eu vou ter certeza de colocar para fora na rua. — Quinn ameaçou. —Eu não vou ter essa coisa vagando ao redor da minha casa. Amargura e ressentimento brotaram dentro dele. Milo nunca odiou ninguém tanto em sua vida. Mas então ele olhou para Elyse e seu peito se apertou quando o desespero o encheu. Milo estava indo para pelo menos ter certeza que ela estivesse alimentada. Ele caminhou até o armário e pegou o saco grande de comida que ele tinha comprado para ela. Em vez de encher a tigela, cortou uma longa linha no centro do pacote para ter certeza que ela teria muita comida. Ele também encheu ambas as bacias com água e foi para o banheiro para se certificar de que o assento do vaso estava levantado. Ele não estaria lá quando sua água acabasse e ele não podia suportar a ideia de deixa-la com sede. Quando terminou, ele a puxou para seus braços e acariciou seu pelo macio. —Cuidado com o parto. Eu não vou estar aqui para você, querida. Lágrimas se reuniram em seus olhos quando ele baixou a voz. —Mas eu prometo a você, Elyse, eu estarei de volta para atender aos seus bebês. Ele a colocou no chão e viu como ela correu para o quarto. Ela provavelmente sabia o que estava acontecendo e estava chateada que Milo estava saindo. Ele, pelo menos, esperava que ela fosse sentir falta dele. —Chega. — Quinn o agarrou. —Você está desperdiçando meu valioso tempo.


Milo atirou punhais para seu pai enquanto ele caminhava até a porta, pegando as chaves no balcão por hábito. Os três caminharam para o lado de fora. Milo foi tentado como o inferno a correr tão longe e tão rápido quanto podia. Mas ele sabia que seria inútil. Ele também tinha medo de que, quando fosse pego, Ethan iria ensinarlhe uma lição. Ele viu Kaylem do lado de fora de sua casa, olhando para eles. Milo começou a gritar para o homem dizer a Bryson que seu pai o estava sequestrando, mas, em seguida, ele pegou o sorriso no rosto de Kaylem. Quinn notou Kaylem também. Ele se virou para Ethan e disse — Vá pagar o homem. A mandíbula de Milo caiu. Ele se virou e gritou para Kaylem, — Seu filho da puta! Kaylem apenas deu de ombros. —O dinheiro era bom demais para deixar passar. Milo rangeu os dentes quando ele olhou para seu pai. —Você pagou a ele para me espionar? —Ele é um caçador de recompensas, e o melhor aparentemente. Mas sim, eu paguei a ele para descobrir o que você estava fazendo. Pena que ele não entrou em contato comigo antes de você fugir e se casar. —Eu espero que você apodreça no inferno!— Milo gritou mais uma vez para Kaylem. —Nada pessoal. — respondeu o homem quando ele pegou um cheque de Ethan. Milo estava tão louco que ele queria machucar alguma coisa. Antes que ele fosse empurrado para o banco traseiro do carro, Milo deixou cair às chaves, orando para Bryson encontra-las e reconhecê-las como uma pista do que aconteceu.


Ele nunca iria perder o anjo encantado de sua mãe. Ele disse a Bryson o quão especial isso era para ele. Se Bryson visse as chaves no chão, Milo rezava para que o homem fosse descobrir que algo estava errado. Porque Bryson era sua única esperança. Talvez o homem pudesse mudar e comer Quinn. Seu pai não merecia nada menos.

Bryson fechou os dedos em torno das chaves na palma da sua mão. Quando ele as encontrou do lado de fora da casa de Milo, Bryson sabia que algo estava errado. Ele questionou os vizinhos, mas ninguém tinha visto nada. Era como se Milo havia desaparecido no ar. Mas Bryson sabia que não era verdade. Milo nunca teria perdido o anjo que sua mãe lhe dera. Ele não teria deixado sua gata grávida, também. Uma gata que Bryson tinha trazido à casa do rancho até que ele pudesse dar Elyse de volta para Milo. Isso só deixou uma possibilidade. Quinn tinha de alguma forma encontrado Milo. —Nós vamos trazê-lo de volta. — disse Harland quando Bryson sentou-se à mesa da sala de jantar ouvindo seus amigos discutirem sobre como encontrar Quinn McNeil. Passou-se uma semana desde que Milo desapareceu e Bryson estava ficando louco.


Eles já tinham ido até a Califórnia e descoberto onde Quinn vivia. Eles ainda forçaram seu caminho na propriedade. Mas Quinn e Milo estavam longe de ser encontrados. O homem havia escondido Milo em algum lugar. Bryson apenas sabia. Ele olhou para a aliança de casamento no dedo e estava determinado a conseguir Milo de volta. Seu maior medo era que Quinn fizesse Milo pagar por sair em primeiro lugar. Se ele prejudicou um fio de cabelo na cabeça de Milo, Bryson iria todo urso nele. Ele ia fazer isso de qualquer maneira, pelo simples fato de que Quinn ousou tomar algo de Bryson. Ele estava indo para mostrar os dentes e garras ao homem e lhe ensinar uma lição que ele não iria esquecer tão cedo. O nome de Milo flutuou insistentemente pela mente de Bryson enquanto ele pensava nos pequenos momentos que tinham compartilhado. Ele ainda podia imaginar Milo em pé no campo nas montanhas enquanto o homem olhava Bear County de cima com pura admiração. Ele voltou a pensar em quando eles estavam do lado de fora da lavanderia, tímidos demais para dizer o que estava realmente em suas mentes. O rosto de Milo tinha um halo de beleza ali em pé no poste. Bryson não tinha percebido isso na época, mas ele já estava caído por Milo até então. Não era um simples fato de encontrar o homem. O vínculo começou a crescer. Agora que ele olhou para trás sobre as coisas, ele admitiu para si mesmo que foi atingido por Milo desde a primeira vez em que ele pôs os olhos no humano. Ele queria mais um beijo doce de Milo, a sentir o homem em seus braços, inalar seu maravilhoso perfume e deleitar-se com o fato de que Milo era dele. Mas seus braços estavam vazios, e seu estômago deu um nó em um punho apertado na dor que Bryson sentia por embalar seu marido em seus braços mais uma vez.


Ele balançou a cabeça com raiva. Por que diabos ele deixou Milo ir para casa? Ele sabia que o homem vivia com medo de seu pai encontrá-lo. Bryson deveria ter exigido que Milo ficasse no rancho. Mas ele não queria assustar o homem. Bryson não queria governar Milo como Quinn. Ele queria dar a Milo tanta liberdade quanto o homem precisava e queria. Mas quando recuperasse o homem de volta, Bryson não ia deixar Milo fora de sua vista. —Qualquer palavra?— Renee perguntou quando ela entrou na sala de jantar. Ele podia ver a preocupação em seus olhos e apreciado o quanto ela se preocupava com o homem que Bryson tinha caído no amor. Dizia muito sobre seu caráter. —Nada. — Bryson ouviu o desespero cru em sua voz. E se ele nunca encontrasse Milo? A ideia bloqueou sua garganta. Ele tinha dentes, e ele não deixaria isso acontecer. Ele havia passado a última semana saindo de sua mente. Renee passou o braço em torno do ombro de Bryson e deu-lhe um aperto carinhoso. —Você vai encontrá-lo. Tenho toda a confiança no mundo que ele estará de volta aqui em algum momento. Bryson desejou que ele estivesse tão confiante. Por tudo o que sabia, Quinn tinha escondido Milo em algum lugar no exterior. O homem tinha os fundos para fazer praticamente qualquer coisa que quisesse, para esconder Milo em qualquer lugar do mundo. Ele sabia que tinha que se preparar para a fria e sóbria verdade que ele poderia nunca ter Milo volta. Mas Bryson nunca ia desistir. Saber que havia falhado com Milo era como um chute de suas bolas. Como ele poderia ter deixado Milo desprotegido assim? Mesmo que Milo não fosse seu companheiro, o homem era seu marido e ele precisava da ajuda de Bryson. Ele não ia deixar Milo lá fora sozinho e desprotegido.


A espera foi a pior parte. Seu coração gaguejou e todo o ar deixou seus pulmões em uma explosão dolorosa ao pensava sobre o quão assustado Milo provavelmente estava. Eu vou encontrá-lo. Não deixe o medo tomar conta. Acredite no que Renee está dizendo. Você terá Milo de volta. Uma onda de dor, esperança, medo e raiva correu através dele como um vírus mortal, comendo-o vivo. Até que ele toma-se o seu último suspiro, Bryson iria vasculhar o mundo à procura do homem que segurava seu coração.

Milo estava suando uma tempestade quando a dor nas costas começou novamente. Sua mente ainda estava confusa em como ele podia estar grávido. De primeira, ele tinha pensado que estava ficando doente com a comida deste lugar horrível. Quinn o tinha levado para fora do país e escondido Milo, em alguma pequena aldeia. Ele nem sabia onde estava. Não havia formas de comunicação na pequena cabana que foi forçado a viver nos últimos três meses. Embora estivesse bem alimentado, as condições eram deploráveis. O piso era feito de terra e a única coisa em que havia era uma cama de palha e uma pequena mesa onde ele se lavava. Os guardas haviam cavado um buraco para Milo usar como banheiro. Ele estava vivendo com uma fossa em sua cabana. Havia alguns dias, quando as temperaturas subiam a mais de cem, que o cheiro em sua cabana era insuportável.


Ninguém sabia que ele estava grávido, exceto o homem solitário que vinha a sua cabana para verificar Milo todos os dias. Quinn era um bastardo de um pai, mas ele havia pago a esses homens para garantir a saúde e a segurança de Milo. Ele também havia dito a Milo que não ia se casar com Drake, que Drake decidiu que Milo era um aborrecimento grande demais para tentar manter sob seu domínio, e que este lugar era a sua punição. Pelo menos, o homem não tinha anulado o seu casamento com Bryson. Mas Milo não tinha nenhuma ilusão de que Quinn se importava só porque ele pagou esses homens para cuidar bem dele. Se Quinn realmente se importasse, ele não teria feito isso. E os guardas haviam ignorado as ordens de Quinn. Sua brutalidade não tinha limites, durante os três meses que Milo esteve nesta cabana. Milo rangeu os dentes quando a dor acumulou em seu corpo. O ar estava tão pesado e concentrado que nadou em linhas na frente dos olhos de Milo. Respirar era quase impossível, especialmente considerando a dor que ele estava sentindo. Ele não sabia nada sobre parto, mas Milo tinha quase certeza de que ele estava em trabalho de parto. Ele também estava com medo de como iria colocar o bebê para fora. Ele balançou para trás e para frente ao fechar os olhos, as lágrimas escorrendo por seu rosto. Milo queria Bryson. Ele estava perdendo sua mente com o medo e precisava do homem que o fazia se sentir seguro. Apesar do calor e umidade opressiva, frio penetrou em seus ossos. E se ele morre-se ao dar à luz? E se ele nunca visse Bryson novamente? O que aconteceria com o bebê, uma vez que Milo desse à luz? O chão de terra se sentia frio e duro quando Milo começou a chorar. Ele não queria passar por isso sozinho. Se Bryson estava indo para salvá-lo, agora seria um muito bom momento.


Capítulo 8 —Tem certeza?— Bryce não tinha muitas esperanças. Nos últimos três meses, eles haviam recebido inúmeras dicas sobre o possível paradeiro de Milo, mas cada uma o tinha levado a um beco sem saída. Se tivesse que sofrer com mais uma decepção, Bryson sabia que iria perder a cabeça. Sparrow assentiu. —A partir do que minha equipe reuniu, estamos noventa por cento certos que ele esteja lá. Bryson ainda não podia acreditar nas conexões que Sparrow tinha. Assim que o xerife havia descoberto que Milo havia sido sequestrado por seu próprio pai, Sparrow tinha chamado por favores, reunindo o que ele se referia como sua “velha equipe”. Como no inferno um xerife tinha uma equipe? Ele era um policial de cidade pequena. Ele não deveria ter uma equipe. Mas, aparentemente, havia mais em Sparrow do que parecia à primeira vista. E Bryson logo descobriu que Sparrow era bem relacionado. O xerife estava usando essas conexões ao longo dos últimos três meses para acompanhar Milo. Relatórios vinham de Paris, Alemanha, Irlanda e em outros lugares de todo o maldito mundo. Mas até agora Milo não foi encontrado. Bryson estava cansado de ter falsas esperanças. Noventa por cento era bom, mas ele preferia cem. No entanto, esta foi à primeira ligação com fortes chances de ser precisa. —Eles irão hoje à noite sob a cobertura da escuridão. — Sparrow estava dizendo. —Minha equipe tem baixado os mapas locais em seus GPS, juntamente com imagens de satélite que capturaram. Se tudo correr bem, e for realmente Milo naquela cabana, você vai tê-lo de volta em pouco tempo. — Sparrow bateu Bryson no ombro, dando-lhe um sorriso confiante.


Fazia três longos meses, e Bryson se sentia como se ele não pudesse sobreviver às próximas quarenta e oito horas. Ele olhou para Sparrow. —Eu só o quero de volta. A expressão de Sparrow ficou séria. —Se esse for Milo, eles vão trazê-lo de volta. Eu prometo. Bryce olhou em volta para seus amigos que estavam reunidos na sala de jantar. Eles poderiam ter protestado pelo casamento com Milo, mas quando a merda ficou feia, eles estavam lá por ele sem hesitação. Clayton, Harland e Jed tinham procurado na Costa Oeste com Bryson, nem uma vez reclamando. Clayton foi o único a procurar mais. Ele confessou a Bryson o que tinha dito a Milo por telefone. Bryson estava pronto para agarrar o pescoço de Clayton. Mas ele podia ver a culpa nos olhos do homem e sabia que Clayton estava arrependido. Ele sabia que Clayton se preocupava com ele, mas o homem podia ter lidado com a situação melhor quando falou com Milo. —Esperamos que a investigação envolvendo Quinn McNeil corra bem. — disse Jed quando se sentou à mesa. —Isso resolveria o problema de manter Milo seguro. Sparrow usou suas conexões para outros fins também. Ele teve alguém olhando Quinn por lavagem de dinheiro para algumas pessoas muito ruins. Quando os homens de Sparrow cavavam, eles cavavam profundamente. Eles tinham encontrado uma conta particular que estava sob um nome diferente do de Quinn. Eles suspeitavam que fosse a conta através da qual o dinheiro estava sendo lavado. O que deu a Bryson uma sensação de frio na barriga foi quando ele ouviu a palavra Colômbia sendo usado. Isso só podia significar drogas. Apenas o que diabos Quinn estava pensando? O homem já era rico pra caralho, por que ele precisa do dinheiro de drogas? Para alguns homens,


ao que parece, o suficiente não era bom o bastante, e Quinn era um porco ganancioso que precisava ser abatido. Bryson só rezava como o inferno que Milo não estivesse sendo mantido em algum composto de cartel de drogas. Ele torceu a aliança em seu dedo, determinado a não ceder a todos os seus medos. O dia se arrastou e Bryson estava perto da loucura no momento em que o primeiro relatório chegou, na base de comunicação que Sparrow havia criado na sala de jantar. Ele queria que Bryson fosse informado a cada passo do caminho. Além disso, a sala de jantar era o único cômodo da casa grande o suficiente para acomodar o equipamento. Bryson não tinha ideia para que metade daquele material servia. Correção, ele não tinha ideia do que qualquer um era. Sparrow se sentou em uma cadeira com grossos fones de ouvido espumosos. Ele olhou para Bryson. —Eles pousaram. —Posso ouvir? — perguntou Bryson. Sparrow apontou para um conjunto extra de fones de ouvido sobre a mesa. Bryson se sentou e colocou-os sobre a cabeça. Durante muito tempo, tudo esteve quieto, então uma explosão estrondosa explodia nos ouvidos de Bryson. Ele ouviu tiros rápidos e o coração de Bryson ficou apreensivo em seu peito. —Eu preciso cobrir o norte. — alguém disse no ouvido de Bryson. Ele começou a responder, mas então percebeu que o homem não estava falando com ele, mas com outra pessoa em sua equipe. Seus músculos travaram no lugar quando sua respiração ficou rasa. Bryson estava desesperado para saber o que estava acontecendo, mas sua garganta estava muito contraída para perguntar a Sparrow se o cara sabia. Ele não tinha certeza de como Sparrow saberia de qualquer coisa, desde que o cara estava sentado ao lado dele, mas Bryson precisava de respostas.


Outra explosão soou como um milhão de trovões. Mais tiros rápidos. Silêncio intercalado com conversa em seus aparelhos de comunicação. Bryson quase se sentia como se estivesse lá, lutando ao lado dos homens de Sparrow. Sua mente conjurou uma imagem deles caminhando pela selva, atirando nos inimigos, explodindo coisas. Ele poderia jurar pelos próximos anos que sentiu o chão tremer debaixo dele. A voz ecoou no ouvido de Bryson e tudo o que ele podia fazer era segurar a respiração. —Você é Milo McNeil? Parecia uma vida enquanto Bryson esperou pela resposta. Lágrimas brotaram de seus olhos quando ouviu a voz que assombrava seus sonhos por três meses, a voz que ele estava tão desesperado para ouvir que em alguns dias a necessidade quase o quebrou. —Sim. Bryson apertou os olhos fechados enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto. Seu corpo tremia enquanto sua boca ficou seca. Ele estava tendo dificuldade de respirar. Bryson abaixou a cabeça, dando graças que Milo finalmente foi encontrado. —Jesus. — alguém amaldiçoado no fone de ouvido. —O que diabos esta acontecendo? A cabeça de Bryson capotou para trás. Ele não tinha certeza do que estava acontecendo, mas definitivamente houve choque e perplexidade na voz do homem. Sparrow tirou os fones de ouvido antes de colocar um microfone em cima da cabeça. —Fale comigo, T-Rex. —Nós temos que sair. — disse alguém no fone de ouvido ainda preso aos ouvidos de Bryson. —Mas

ele

está

fodidamente

grávido.

T-Rex

gritou

incredulidade. —E a partir da aparência das coisas, ele está dando à luz.

com


Cada músculo que Bryson possuía ficou rígido. Seu coração começou a correr quando uma sensação de peso permeou seu estômago. Ele ficou desorientado, tonto, quando um frio súbito bateu seu núcleo. —Eu não sei nada sobre fazer o parto de um bebê. — disse alguém no fone de ouvido. —Mas ele é um cara!— O homem que Sparrow tinha se referido como T-Rex disse. —Como diabos isso é possível? —Corta essa. — Sparrow rosnou para o microfone próximo à boca. — Pegue suas coisas juntas e lembre-se da sua formação. Faça o maldito parto do bebê e saía. Bryson fechou os olhos enquanto apertava os punhos para o lado de sua cabeça, falta de ar. Milo era seu companheiro. Milo estava grávido. Milo estava tendo a merda do nascimento. E Bryson não estava lá. Dor apertou na parte de trás de sua garganta enquanto seu estômago revirava. Ele queria estar lá. Bryson queria testemunhar o nascimento de seu filho. Sua perna começou a saltar com energia incansável enquanto ele xingava sob sua respiração. Ele precisava estar lá. Milo precisava dele para estar lá. Mas a única coisa maldita que podia fazer era ouvir e rezar para que tudo corresse bem. —Santo inferno. — alguém sussurrou no fone de ouvido. —Há uma pequena cabeça pulando para fora. Bryson agarrou a mesa, ouvindo atentamente, tentando ouvir cada nuance de ruído. Ele ouviu tiros ao fundo. —Depressa, T-Rex. — disse alguém. —Estamos correndo contra o tempo.


—Diga isso para o bebê que esta saindo do estômago do homem. — T-Rex estalou. Falta de ar ultrapassou Bryson e calor irradiou por meio do seu peito. A sensação de leveza se apoderou dele quando ouviu o grito estridente de seu filho. Sparrow se aproximou e deu um duro tapa no joelho de Bryson. O homem estava sorrindo de orelha a orelha, ele deu a Bryson um polegar para cima. Bryson balançou com empolgação enquanto sua cabeça girava. — Pergunte a eles o que é — disse Bryson para Sparrow. —O que nós temos, amigos? — Perguntou Sparrow. —Um milagre maldito. — disse o T-Rex. —Eles estão se aproximando de nós. — alguém disse. —Temos que nos mexer, agora! Bryson se atirou para frente, batendo com o punho na mesa. Sentiase tão maldito impotente. Sua adrenalina estava a mil junto com a raiva que o queimava. —Vamos chegar ao nosso ponto de encontro. — disse o T-Rex. E então tudo ficou quieto.

Bryson estava esperando no asfalto da pista privada quando o avião pousou. Fazia dois dias que ele tinha ouvido a voz de Milo. Dois longos dias e Bryson mal podia conter a emoção que o preenchia. Seu companheiro e filho estavam no avião. Uma criança que ainda não conhecia.


Harland, Clayton e Jed estavam lá, juntamente com Sparrow, quando o avião tocou o solo. Jed apertou o ombro de Bryson e sorriu. —Eles estão finalmente aqui. A garganta de Bryson contraiu enquanto ele assentia. Sentia o calor subir de seus pés quando seu pulso disparou e a adrenalina o percorreu. O sorriso em seu rosto era de orelha a orelha, enquanto observava o avião chegar a uma parada. Uma explosão de riso rasgou de seu peito enquanto ele corria ao encontro de seu companheiro e filho. A porta se abriu e desceram os degraus. Os primeiros a sair foram três homens que Bryson nunca tinha visto antes. Eles estavam com uniformes todo preto, amarrado até os dentes com armas. Pareciam guerreiros, homens de ação. Ele tinha visto pessoas assim antes, quando estava no exército. Estes homens usavam os mesmos olhares que os homens das Forças Especiais. Eles eram resistentes como pregos e incondicional até seus ossos. Bryson passou as palmas das mãos suadas na frente de seu jeans enquanto ele estava lá em antecipação. Seus olhos se arregalaram e seu sorriso cresceu quando Milo entrou em vista, abraçando um pequeno pacote ao seu peito. Bryson subiu correndo as escadas, puxando Milo em seus braços, com cuidado com a criança entre eles. Milo começou a tremer em seus braços enquanto ele chorava abertamente. Bryson segurou-o com força, jurando a si mesmo que ele nunca iria deixar o homem ir. Isso foi até que ouviu o choro do seu filho. Bryson se afastou apenas um fio de cabelo, enquanto olhava para baixo para ver incríveis olhos verdes. Milo riu e chorou ao mesmo tempo em que ele entregou o pacote para Bryson. —Eu acho que é hora de você encontrar sua filha.


As mãos de Bryson tremiam quando ele a puxou para seus braços. Lágrimas escorriam por seu rosto enquanto ele correu uma junta sobre sua bochecha suave, angelical. —Olá, linda. Ele passou o braço livre ao redor de Milo, enfiando a cabeça vermelha do homem sob seu queixo e beijando o cabelo de seu companheiro. —Bem vindo ao lar, meu amor. Milo tomou uma respiração irregular quando ele puxou sua cabeça para trás e olhou para Bryson. —Você tem um monte de explicações a dar. A risada gutural de Bryson se encheu de alegria quando ele beijou Milo nos lábios, inalando seu cheiro familiar. Alguém pigarreou atrás de Milo. —Parabéns. Milo se virou e sorriu para o homem. —Este é o T-Rex. Ele fez o parto da nossa filha. Bryson estendeu a mão e deu a mão do homem um bom aperto. — Estou em dívida com você. T-Rex sorriu. —Eu não vou nem perguntar como isso é possível. Mas eu tenho que dizer, você tem uma filha linda. —Obrigado. — respondeu Bryson, antes de se virar e ajudar Milo a descer os degraus. Os homens que tinham resgatado Milo estavam falando com Sparrow. Harland, Clayton e Jed cercaram Bryson. —E então? — Disse Harland. —Menino ou menina? —Conheça a minha princesa. — disse Bryson com orgulho quando virou sua filha de modo que os outros homens pudessem vê-la. Seu braço nunca deixou o ombro de Milo, dando-lhe conforto e calor enquanto continuava a beijar Milo na cabeça. Bryson também estava em débito com Sparrow. Não havia nenhuma maneira que ele poderia pagar o homem pelo o que ele tinha feito não só para Bryson, mas Milo também.


—Minha mãe vai enlouquecer. — disse Harland. —Ela é tão bonita quanto um botão. Qual o nome dela? Bryson olhou para Milo. Ele não tinha a menor ideia. Bryson nem sabia que Milo estava grávido. —Willow. — respondeu Milo. —Eu costumava ouvir o som dos salgueiros soprando na brisa da noite e isso foi à única coisa que me manteve calmo, me manteve são. Bryson entregou Willow para Jed antes de se virar e puxou Milo plenamente em seus braços. Ele abraçou o homem com força enquanto sussurrava — Eu sinto muito, eu não pude encontrá-lo mais cedo. Pela minha vida eu juro que você nunca vai ser tirado de mim de novo. Milo

se

fundiu

ao

corpo

de

Bryson,

seus

braços

enrolados

firmemente ao redor de Bryson quando ele assentiu. Ele podia sentir um leve tremor e sabia que Milo estava mais uma vez chorando. Bryson apertou seus lábios contra a têmpora de Milo, grato que seu companheiro tinha voltado para casa com segurança. —Não chore, bebê. Isso está quebrando meu coração. Você está seguro. Eu juro. —Bryson passou a mão para cima e para baixo nas costas de Milo enquanto ele ligeiramente abalava o homem até que o corpo de Milo finalmente relaxou. —Eu te amo. — Milo soprou as palavras no peito de Bryson. —Eu te amo tanto que dói. Bryson se sentiu tonto com a confissão de Milo. Ele queria gritar de alegria que Milo era dele. —Ah, querido. Você não tem ideia o quanto eu te amo. Detestava deixar o homem ir, mas sabia que eles precisavam se mover. Antes que ele pudesse levar Milo para o caminhão, Clayton parou o companheiro de Bryson. —Eu sinto muito por ter sido tão conciso com você no telefone.


Milo balançou a cabeça enquanto ele sorriu. —Eu tive muito tempo para pensar em tudo. Eu sei que você estava apenas tentando proteger Bryson. Depois do que eu passei, eu acho que posso te perdoar. Clayton riu quando ele deu a Milo um abraço rápido. —Parabéns pela sua filha. —Obrigado. — disse Milo. —Eu só quero um longo banho quente e dormir por dias. —Oh. — disse Clayton enquanto soltava Milo. —Eu tenho certeza que Bryson vai cuidar de todas as suas necessidades. — Clayton piscou para Bryson antes de se virar e subir no caminhão. Jed entregou Willow de volta para Milo dando-lhe um beijo rápido na têmpora. — Parabéns, querido. Bryson manteve Milo colado ao seu lado enquanto ele embalava sua filha nos braços todo o caminho de volta para casa. Ele ainda estava espantado, quando parou na calçada longa e sinuosa. Bryson não podia acreditar que ele tinha uma filha. Ele ainda não podia acreditar que Milo era seu companheiro. Renee rompeu pela porta da frente, com os braços estendidos enquanto Bryson e Milo subiam os degraus. —Menino ou menina? — Ela perguntou animadamente. —O nome dela é Willow. — Bryson anunciou com orgulho. —Uma

menina!—

Renee

tomou

o

bebê

de

Bryson.

—Ela

é

absolutamente linda. —Você se importa de ficar um pouco com ela enquanto eu ajudo Milo a se estabelecer? — perguntou Bryson. —Não há necessidade de perguntar!— Renee voltou em seus pés e entrou, arrulhando para Willow. Dresden, Noah e Josh acolheram Milo na casa antes de Bryson levar seu companheiro para o andar de cima, onde ele preparou um banho quente para o homem de aparência cansada.


Bryson tinha um milhão de perguntas para Milo. Para começar, se ele tinha sido bem tratado? Teria alguém o machucado? Como foi vivido em outro país, em uma cabana, por três meses, sem água corrente e outros bens essenciais? Mas acima de tudo, como estava o estado mental de Milo? Bryson não queria empurrar o homem, se seu companheiro não estava pronto para falar sobre isso. Milo não tinha dito muito no caminho de casa e suas feições estavam um pouco afundadas. Antes de Milo se dirigir para o banheiro, Bryson enterrou o rosto no cabelo de seu companheiro. —Se... — Ele engoliu aproximadamente. —Se há algo que você precisa, absolutamente qualquer coisa, você vai me deixar saber, né? O médico estava chegando mais tarde para verificar Milo e Willow para garantir que estavam saudáveis. Bryson sugou várias respirações se firmando antes de deixar Milo ir. Milo deu um sorriso vacilante. —Eu só preciso de um banho quente e descansar um pouco. Bryson tinha Milo de volta e ele mataria Quinn se o homem alguma vez chega-se perto do companheiro de Bryson novamente. Pena que ele não tinha tido a chance de fazê-lo já. Mas se ele chegasse a ficou cara-a-cara com Quinn, Bryson ia rasgar o homem à parte.

Capítulo 9 Milo relaxou na banheira e puxou as pernas contra o peito, enrolando os braços ao seu redor. Ele estava contente por não ter enlouquecido naquele lugar escuro e desolado. Mas ele não tinha chegado tão longe totalmente ileso. Muito do que ele tinha experimentado era melhor esquecer. Ethan não o tinha prejudicado, mas Milo não poderia dizer o mesmo de seus


captores. Havia noites em que o deixavam em uma poça de sangue apenas por ser filho de um rico americano. Eles o tinham insultado, lhe chamando por nomes, e ameaçando fazer muito pior se ele alguma vez contasse a seu pai o que realmente estava acontecendo. Mas depois do confronto inicial, Milo nunca tinha visto Quinn novamente. Sua respiração ficou presa na garganta quando ele começou a tremer.

Suas

terminações

nervosas

sentiam-se

como

se

estivessem

espalmando em sucessão aleatória. Uma interminável agonia correndo por suas veias. Milo puxou o ar pelo nariz, suas narinas dilatadas com o esforço. Ele nunca foi bom o suficiente para Quinn. Ele não pertencia a este rancho com essas pessoas agradáveis. E até agora, todas as coisas de Milo já teriam sido jogadas para fora do trailer. Mas você pertence à Bryson. Será, ou ele convenceu-se disso ao longo dos últimos três meses apenas para se impedir de ficar louco? Milo estava tendo um momento difícil decidir em separar o que era real e o que ele se fez acreditar para sobreviver ao seu cativeiro. Quando a porta do banheiro se abriu, Milo virou a cabeça em direção à parede e apoiou a bochecha sobre os joelhos dobrados. Ele se concentrou em cada respiração. Dentro e fora. Depois de um minuto ou dois, o aperto no peito aliviou e ele começou a relaxar. Ele se virou para olhar para o homem cujo rosto manteve Milo seguro por tantos meses. Bryson ajoelhou-se ao lado da banheira, cruzando os braços sobre a borda. —Você não está sozinho. — disse Bryson quando pegou a esponja que estava flutuando na água e alisou-a sobre as costas de Milo. Bryson estava sendo carinhoso com ele, de um modo reverente que trouxe lágrimas aos olhos de Milo. —Então por que eu me sinto desse jeito?


Milo inalou rapidamente quando Bryson o puxou para um abraço. O corpo do homem tremia contra o dele. Os ombros de Bryson tremiam, e Milo pensou que o homem poderia estar chorando, mas ele estava com medo de olhar para cima, com medo de perder sua própria aderência tênue de suas emoções. Se Bryson quebra-se na sua frente, Milo iria simplesmente quebrar. —Você sabe quantas noites eu passei acordado, sonhando em apenas segurar você? — perguntou Bryson, ainda mantendo Milo perto. Milo deitou sua cabeça no peito de Bryson, ouvindo os batimentos cardíacos de Bryson contra seu ouvido. O som foi acalmando, acalmando. Milo tinha sonhado a mesma coisa. Ele costumava abraçar a si mesmo, à noite, fingindo estar nos braços de Bryson. —Eu senti tanto sua falta. — Milo confessou. Sua alma se sentia esfarrapada, desgastada. Mas, com Bryson o segurando, Milo podia sentir uma parte de si mesmo curar. Bryson puxou para trás e roçou a ponta de seu polegar sobre a bochecha de Milo. —O que for preciso, o que você precisar, eu estou aqui para você. Apenas... — Bryson olhou para baixo em direção a água — Não se cale. Eu perdi você por três meses, perdi tanto. Eu não quero perder você, enquanto você está bem aqui ao meu lado. Bryson parecia tão vulnerável nesse momento que ele cortou o coração de Milo. —Eu não quero ficar perdido. — disse ele. A água tinha esfriado e Milo começou há tremer um pouco. Bryson baixou a cabeça e deu um beijo suave nos lábios de Milo antes de banhar Milo e, em seguida, puxa-lo da banheira. Bryson enrolou uma toalha em torno de Milo e levou-o para a cama. Uma vez instalados, Bryce enrolou-se em torno de Milo. Abraçando o homem, passando a mão para cima e para baixo o braço de Milo em uma forma de conforto, enquanto o sol começava a lançar sombras sobre a sala.


Milo queria Willow de volta em seus braços, mas ele estava tão cansado que suas pálpebras começaram a derivar para baixo. Bryson estava fazendo um barulho suave no fundo de sua garganta, um som que embalava Milo para dormir. Pela primeira vez em meses, Milo finalmente se sentia seguro.

Bryson

embalava

Willow

por

cima

do

ombro

enquanto

Elyse

esfregava seu corpo através de sua perna. Nas últimas oito semanas, Milo tinha lentamente começado a curar. Ele não acordava gritando, e ele estava integrando-se a família mais e mais. Bryson sabia que Milo não iria se recuperar durante a noite do que ele tinha passado. O processo de cicatrização foi lento, mas estava acontecendo e ele não poderia estar mais feliz com a determinação de Milo para colocar o evento atrás dele. —Por que você não vai me dizer para onde estamos indo?— Milo perguntou quando saiu do banheiro, quase tropeçando em um dos gatinhos de Elyse. —Só não demore muito mais tempo. — disse Bryson. —Vou descer para encontrar Renee. Renee tinha concordado em cuidar de Willow enquanto Bryson levava seu companheiro em um passeio muito necessário. Embora Bryson adorasse sua filha, ele estava ficando um pouco impaciente para passar algum tempo a sós com o seu companheiro. Bryson estava vestido com seu traje de motociclista fodão, sabendo o quanto Milo gostava de vê-lo assim. Ele falou com Sparrow para deixá-lo


usar sua motocicleta mais uma vez. O xerife disse a Bryson que ele deveria considerar comprar uma para si próprio. E ele iria. Mas não agora. Bryson entrou em uma sala cheia de filhotes assistindo algum filme para crianças. Ele passou na ponta dos pés por meio deles, sabendo o quão raro era para todos ficarem quietos ao mesmo tempo. Renee levantou os braços, sorrindo para Bryson enquanto pegava Willow. —Obrigado. — ele murmurou, antes de se arrastar para fora pela porta da frente, onde a Harley estava estacionada, brilhante e pronta para ser montada. Bryson montou a moto e deslizou seus óculos escuros no lugar quando Milo caminhou para a varanda. O sorriso no rosto de Milo se espalhou enquanto olhava para Bryson. —Que bela motocicleta. — disse Milo. —Sua? —Eu peguei emprestado de um amigo meu. — Bryson admitiu. Ele adorava o fato de que Milo se lembrava de sua conversa na primeira vez que tinham ido andar. —Então, vamos dar uma volta. O homem deu uma joelhada nas costas de Bryson quando ele montado. Bryson riu para si mesmo. Algumas coisas nunca mudam. Bem, algumas fazem. Milo o segurou mais apertado, descansando o rosto nas costas de Bryson. Em vez de manter as mãos sobre o peito de Bryson como tinha feito na primeira vez, Milo agora agarrava Bryson em torno da cintura, mais perto de seu pênis. Bryson deu a partida e dirigiu-se para as montanhas, levando Milo de volta para a casa abandonada que tinham visitado antes. Quando a moto rugiu pela estrada asfaltada, ele podia ouvir o suspiro contente que Milo estava fazendo todo o caminho. Isso fez o coração de Bryson saber que o velho Milo


foi lentamente voltando, saindo da forma sombria que ele tinha vivido nos últimos dois meses. Bryson encontrou a estrada de terra que estava procurando. Ela acabou em uma densa floresta, exatamente como ele se lembrava. Ele ouviu uma risada suave atrás de si, como se Milo estive-se satisfeito que eles tinham voltado aqui. Ele estacionou a moto na lateral da casa e ambos apenas ficaram lá por um momento, absorvendo a vista. —Ainda

é

tão

bonita

como

nunca.

disse

Milo

enquanto

desmontava. Seu cabelo vermelho sendo levado pelo vento, fazendo com que Milo parecesse uma ninfa das árvores que estava desaparecida na floresta. Bryson olhou para seu companheiro, fascinado com o quanto ele amava o cara e quão abençoado era por ter uma segunda chance. Ele desmontou, empurrando os óculos em cima de sua cabeça revestida com uma bandana. Bryson ficou ao lado de Milo, apreciando a vista. Mas ele não estava olhando para Bear County. Ele estava olhando para o homem mais deslumbrante que já andou na terra. Ele se voltou para a moto e puxou um cobertor do alforje, algo que ele tinha colocado lá antes de anunciar sua pequena viagem. Milo corou quando ele mordeu o lábio inferior. —E o que é isso? —Então, você pode me dar mais. — Bryson piscou para seu companheiro, esperando que ele não estivesse empurrando Milo a fazer mais do que ele estava preparado. Eles não tinham tido relações sexuais desde o retorno de Milo, o que estava bem para Bryson. Ele sabia que Milo precisava de tempo para curar emocionalmente. —Quanto mais?— Milo perguntou andou até o cobertor, de pé na borda.


Bryson agarrou Milo pela cintura, puxando-o para mais perto até que seus corpos se fundiram. —Tanto quando você esteja confortável, querido. Diga-me o que você precisa, Milo. E eu juro que vou dar a você. Qualquer coisa. Se você quer apenas sentar aqui e calmamente apreciar a vista, nós podemos fazer isso. —Quero-te tanto que dói. — Milo admitiu. —Você é tudo que eu penso. Mas... —Milo olhou para o peito de Bryson— Eu não estava pronto. Bryson esfregou as mãos sobre as costas de Milo. —E agora? Em vez de lhe responder, Milo inclinou-se e roçou os lábios sobre os de Bryson. —Agora eu quero você a cada batida do meu coração. Eu quero que você faça amor comigo, Bryson. As narinas de Bryson queimaram e seu coração doía na incerteza no tom de Milo. Ele podia sentir o coração de Milo vibrar descontroladamente quando a respiração do homem começou a sair rasa. —Eu vou fazer amor com você, bebê. Eu vou fazer o que quiser. — Ele fechou a distância, beijando o homem gentilmente, colocando toda a paixão que sentia por Milo. Ele estava morrendo por um beijo sensual assim por um longo tempo. Ele poderia finalmente dizer a Milo que ele estava seguro. Quinn havia sido preso e estava sendo indiciado por inúmeras acusações. O homem não estava indo para ver a luz do dia por um tempo muito longo. Bryson sondou os lábios de seu companheiro até que Milo finalmente se abriu para ele. O cheiro de Milo era uma carícia suave contra os sentidos de Bryson. Todo o seu corpo parecia sentir tudo de forma mais aguçada, o vento em seu cabelo, o sol em sua pele e o calor do homem em seus braços, quando sua língua mergulhou na boca de seu companheiro. Deus, o homem provou tão malditamente picante. Ele os baixou para o cobertor. Peito a peito, tomando seu tempo, reconectando um com o outro.


A mão de Milo deslizou pelas costas de Bryson, puxando-o para mais perto, suas línguas duelando, executando uma dança de acasalamento que fez os sentidos de Bryson enlouquecer. Bryson mordiscou o lábio inferior de Milo, mostrando seu domínio da forma mais provocante. Milo deu um gemido baixo, beliscando Bryson de volta. Ele deslizou a mão no cabelo de Milo, dando-lhe um puxão leve, puxando a cabeça do homem para trás para que ele pudesse beliscar sua garganta. Fazia tanto tempo que Bryson esteve com Milo que ele tinha que cantar para si mesmo para ir devagar e não violentar o corpo do homem. Ele franziu as sobrancelhas quando Milo se afastou, mas a sua perplexidade não durou muito tempo. Milo puxou a camisa sobre a cabeça, jogando-a de lado. Pele. Bryson necessitava de pele. Ele tirou a camisa também, tremendo quando Milo correu as palmas de suas mãos sobre o peito de Bryson. —Ainda tão grande. — Milo murmurou antes de sugar um dos mamilos de Bryson entre os dentes, mordendo-o suavemente. Bryson assobiou, seu pênis se tornando totalmente ereto enquanto seu companheiro o lambia e chupava. Ele deslizou a mão pelas costas de Milo, pousando na parte de trás da cabeça de Milo e segurando-o no lugar. Deus, Bryson esteve a pronto de vender sua alma, no tempo em que Milo esteve longe, a fim de ter isso. Tantas noites solitárias. Tantas orações para o retorno seguro de Milo. E aqui estava o seu companheiro, tocando-o de maneira que ninguém mais tinha. Não apenas sexualmente, mas emocionalmente também. Bryson nunca amou ninguém tanto quanto ele amava Milo.


Milo soltou seu mamilo, sorriu, e em seguida, desabotoou as calças, sentando-se depois que as deslizou até os tornozelos. Quando Milo desamarrou os sapatos, Bryson lhe arrancou a calça jeans e botas. Finalmente nu. Deitando de volta para baixo, Milo engatou uma perna sobre a cintura de Bryson, trazendo seus corpos mais próximos. —Muito melhor. — disse Milo antes que lambesse o outro mamilo, provocando-o em sua boca. A sensação correu no peito de Bryson, enviando minúsculas ondas de choque através de seu corpo. Deslizando a mão pelo lado de Milo, Bryson empurrou-o entre eles e correu os dedos sobre a ereção de Milo. O homem resistiu, fazendo Bryson sorrir maliciosamente enquanto Milo continuava a saboreá-lo. Envolvendo seus dedos ao redor do pênis de Milo, Bryson inalou a chama de desejo que parecia estar enchendo o ar ao seu redor. Sua mão agarrou o pênis de Milo mais forte quando Milo gemeu e empurrou seus quadris para frente. Apesar de Milo estar em casa durante os dois últimos meses, Bryson estava se sentindo um pouco solitário. Ele ansiava por essa intimidade, tanto quanto ele desejava respirar. Milo não o repelia, mas manteve uma distância entre eles quando se tratava de sexo. Mais uma vez, Bryson não quis empurra-lo, embora ele tenha passado muitos dias no banheiro se masturbando. Agora parecia que seu companheiro estava pronto para dar esse passo, e Bryson estava indo ter certeza de mostrar a Milo o quanto ele se importava com o homem, o quanto ele amava estar com ele. Enquanto Milo o saboreava, o pau de Bryson se transformou em uma barra de aço, empurrando entre eles. Ele cegamente chegou por trás dele, enquanto mantinha a cabeça de Milo perto de seu peito, agarrando seu jeans e


cavando no bolso da frente para os pacotes de lubrificante que tinha colocado lá. Ele deixou cair os pacotes atrás de Milo e depois rasgou um aberto, esfregando o líquido claro em seus dedos antes de sondar a entrada de Milo. Violenta fome tomou seus sentidos. A única coisa que Bryson conseguia pensar era ter Milo, possuindo-o e recuperando seu companheiro. Os quadris de Milo seguiram para frente, para moer suas ereções juntas. Bryson deslizou dois dedos na bunda de Milo, cerrando os dentes para o aperto. Seu companheiro levantou os braços empurrando-os na mão livre de Bryson. Ele soube imediatamente o que o homem queria. Bryson agarrou os pulsos de Milo e segurou-os firmemente enquanto tesourava os dedos, divertindo-se com os gemidos suaves vibrando na garganta de Milo. —Deus, eu senti falta disso. — disse Bryson escorregando um terceiro dedo na bunda de Milo. —Eu senti tanta falta disso, de nós estarmos juntos. Milo puxou sua cabeça para trás do peito de Bryson, olhando com aqueles mágicos olhos verdes que sempre extasiava Bryson. Ele nunca se cansaria de Milo, e nunca se cansaria do que tinham junto. Ele pertencia a esse humano, coração, corpo e alma. Milo puxou os pulsos livre, antes que ele pressiona-se as palmas das mãos no peito de Bryson, suas pálpebras tremulando fechado. —Eu sonhei com você fazendo amor comigo. Eu sofri por isso tantas noites. —Estou aqui agora, amor. Eu vou fazer amor com você quantas vezes você me quiser, precisar de mim. Tudo que você tem a fazer é pedir e eu sou seu. Bryson removeu os dedos e, em seguida, virou Milo em seu estômago. Ele deslizou as mãos suavemente sobre o homem enquanto Milo


suspirava. Seu companheiro tinha um pequeno sorriso satisfeito nos lábios quando Bryson lubrificou sua ereção. Estendendo-se do lado de Milo, Bryson agarrou a perna do homem e levantou-a, a ponta do seu pênis empurrando contra a entrada de Milo. Ele beijou o seu caminho através do ombro de Milo quando violou seu companheiro, avançando seu pênis no corpo de Milo, estremecendo com o quão bom era estar dentro do homem mais uma vez. Suas pernas começaram a tremer enquanto lutava para não bater na tenra carne do homem. Bryson esperou Milo relaxar, esperou o corpo de Milo a aceitar a invasão de seu pênis. Bryson

deslizou

um

braço

sob

Milo,

puxando-o

para

perto,

pressionando seus corpos juntos, avançando seu pênis firmemente dentro de Milo. Ele se acalmou, arrepios correndo por ele, quando o tumulto do prazer rasgava seu corpo. —Senti tanto sua falta. — Bryson murmurou enquanto começava a empurrar os quadris lentamente, tomando tempo para saborear este momento. Bryson finalmente teve alguém para preencher a sua cama, alguém com quem acordar. Ele sentia como se sua vida estivesse completa. Mas Milo não era apenas alguém. Ele era o bálsamo que acalmou a alma de Bryson, a necessária âncora na vida Bryson, e o homem que segurava o coração de Bryson na palma da sua mão. Os músculos de Milo estavam segurando o pau de Bryson com tanta força que ele já estava à beira do orgasmo. Ele se concentrou no rosto de Milo, observando o suor começar a brilhar na pele do seu companheiro. Bryson se inclinou para frente e lambeu um longo caminho até o pescoço de Milo e, em seguida, mordeu seu ombro. —Meu. — ele rosnou. —Seu. — Milo concordou quando empurrou para trás, encontrando os golpes de Bryson e quase lhe causando um acidente vascular cerebral.


Bryson não aguentava mais. Ele tentou segurar o máximo de tempo que podia. Mas o corpo de Milo era muito prazeroso, muito intenso. Virou até Milo estar em suas mãos e joelhos e, em seguida, começou a se mover mais rápido, dirigindo seu pênis profundo e duro. Milo gritou, seus braços trêmulos. Bryson agarrou os quadris de Milo, empurrando para frente. Seu ritmo era vertiginoso quando Milo arqueou as costas e gritou seu clímax. Bryson lambeu o ombro de seu companheiro, e em seguida, mordeu com força em sua carne macia. Ele rosnou duro quando seu pau explodiu dentro do canal quente de Milo. Uma onda alucinante de erupções bateu através de Bryson enquanto ele enchia Milo. O homem continuou a gritar até que Bryson desacelerou, balançando seus corpos juntos. Ele estendeu a mão e enxugou o suor da testa, relaxando os dedos nos quadris do homem. Milo desabou debaixo dele, puxando livre de pau amolecido de Bryson. Antes de se estender ao lado de seu companheiro, Bryson alcançou seu jeans. Ele balançou as chaves na frente do rosto de Milo. —Eu estava esperando para dar isso de volta para você. Milo agarrou-a, seus olhos lacrimejando enquanto olhava para o chaveiro que sua mãe lhe dera. —Eu rezei para você achar isso. Bryson deitou-se, enrolando em torno de Milo, puxando o homem para trás no seu peito. Ele apoiou o queixo no ombro de Milo. —Foi à pista que me levou a você. Virando-se, Milo enterrou-se sob Bryson. —Este é o lugar onde eu sempre quero estar, Bryson. Não apenas perto de você, mas com segurança dobrado ao lado do seu coração.


Bryson passou os braços em torno de Milo, segurando-o perto. — Você já estava lá desde o dia em que te conheci.

Fim...


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.