Stormy Glenn Cade creek 01 para sempre happy

Page 1


Para Sempre Happy Cade Creek 1 Happy O'Brian passou a maior parte da sua vida isolado do resto do mundo. Foi-lhe dito que ele era mau e que a sua alma iria para o inferno. Ele era fisicamente espancado em uma base diária. Ele morava com os seus avós ultra religiosos e conservadores acreditando que eles estavam certos ao seu respeito até o dia em que a sua mãe foi atacada. Buscar ajuda mudou a vida de Happy de uma maneira que ele nunca poderia imaginar e mostrou-lhe um mundo que ele não sabia que existia. Atendendo a uma chamada de distúrbio, o delegado Marc Walker conhece um homem que lhe choca com a sua gentileza. Quando ele descobre a verdadeira natureza de Happy, Marc quer saber tudo sobre o homem. Ele quer mostrar-lhe o mundo. Quando o passado eleva a sua cabeça, e as suas vidas são colocadas em perigo, Happy tenta fazer a coisa certa e se distanciar do seu policial bonito. Mas Marc tem outros planos para o seu gigante gentil e ele não vai deixar que uma coisa pequena como levar um tiro ou ter prisioneiros escapando interfira com esses planos. Happy terá o seu feliz para sempre. Nota: Algumas descrições gráficas de extrema violência contra o herói, quando menor de idade.


Capítulo Um

― Alguém viu você? ― As palavras assustadas foram sussurradas. Happy balançou a cabeça. ― Não, mamãe. ― Você tem certeza, Happy? ― Sim, mamãe, eu tenho certeza. Eu esperei até que fossem para a cama. ― Bom menino. Happy O'Brian sorriu quando subiu na cama e se aconchegou nos braços estendidos da sua mãe. Por apenas um momento, ele se encheu no sentimento de braços macios em volta dele, sabendo que ele teria apenas um pouco de tempo com ela antes que tivesse que sair. ― O que você gostaria de ouvir hoje à noite? ― A Bela Adormecida ― Seu favorito, porque o príncipe viria e salvaria a Bela Adormecida com um beijo. Ele sonhava com um príncipe vindo para salvá-lo e a sua mãe. Ele havia sonhado desde que ele entendia que era um sonho. O príncipe nunca veio. ― Oh, isso é uma boa escolha. ― Sua mãe apertou-o com força, dando um beijo na sua cabeça. ― Era uma vez, numa terra muito, muito distante, vivia uma bela princesa chamada Bela Adormecida... A mente de Happy vagou enquanto ouvia a sua mãe lhe contar a mesma história que ela tinha contado uma centena de vezes antes. Não importa quantas vezes ele ouvisse nunca se cansava. Talvez fosse porque era a sua mãe que estava contando a história ou talvez fosse porque esses momentos com ela eram poucos e distantes entre si.


Se os seus avós soubessem que ele tinha escapado para o quarto para ficar com ela, haveria um inferno a se pagar. Mas valeria a pena sofrer qualquer punição para ficar mesmo que alguns momentos com a pessoa que mais o amava no mundo. Happy virou a cabeça e apertou o nariz contra o pescoço da sua mãe, inalando o seu perfume doce. Ninguém cheirava como a sua mamãe - sol e rosas. Happy imaginava que era como o cheiro do céu. ― Eu te amo, mamãe. ― Oh... ― Os lábios de Anna O'Brian pressionaram contra o topo da cabeça de Happy novamente. ― Eu também te amo, Happy. Happy sorriu para ela. ― É por isso que você me deu o nome de Happy. ― Sim. ― O calor na voz de Anna foi quebrado pela suavidade do seu sussurro. ― Chamei você de Happy porque eu estava tão feliz que você era meu. Happy estava nos braços da sua mãe, ouvindo-a dizer o resto do conto de fadas. Ele estava triste, quando chegou ao fim. Significava que o seu tempo com a sua mãe estava chegando ao fim. Eles não se atreviam a gastar mais do que um pouco de tempo juntos. ― É hora de ir embora, Happy. Happy assentiu enquanto se sentava. Argumentar não faria bem a qualquer um deles. Isso faria a sua mãe chorar, e Happy odiava ver a sua mãe chorar. Ela chorava muito frequentemente. A mão de Anna se curvou em torno do pequeno rosto de Happy. ― Você seja bom, meu lindo menino. ― Eu vou, mamãe ― prometeu Happy. Ele sempre tentava ser bom, mesmo quando os seus avós diziam que ele era ruim. ― Dê-me um beijo e em seguida vá para a cama.


Happy se inclinou e beijou a sua mãe no rosto, sabendo que ele não seria capaz de vê-la por alguns dias. Nunca era seguro para ele visitar dois dias seguidos. Havia muitas chances de que poderiam ser pegos. ― Eu te amo, Happy, ― Anna sussurrou com a voz trêmula. ― Nunca se esqueça disso. ― Eu também te amo, mamãe. ― A tristeza pesava, mesmo aos cinco anos de idade, no coração de Happy quando ele desceu da cama e fez o seu caminho até a porta. Ele agarrou a maçaneta da porta e, em seguida, olhou por cima do ombro, sorrindo para a sua mãe. ― Adeus, mamãe. ― Tchau, bebe. Happy abriu a porta e espiou o lado de fora. Uma vez que ele soube que o caminho estava livre, ele saiu do quarto, correndo pelo corredor até a porta que dava para o quarto no andar de baixo do porão. Na maioria das vezes, seus avós esqueciam que ele estava lá, desde que ele não fizesse muito barulho. Algo dentro de Happy disse-lhe que não era certo que ele precisasse esgueirar-se em torno da sua própria casa. Ele não deveria ter que ser tão cauteloso, e ainda assim ele era um mestre em passar despercebido mesmo com a idade de cinco anos. Ele sabia onde cada tabua que rangia estava e cada rachadura no chão era localizada. Ele sabia de que lado do corredor caminhar para não fazer nenhum barulho e como abrir as portas sem fazer um guincho. E o mais importante, Happy sabia como abrir a fechadura na porta do quarto da sua mãe para que ele pudesse entrar para visitá-la depois que os seus avós fossem para a cama. Happy com cuidado fez o seu caminho até as escadas para o quarto pequeno no porão, que havia sido seu desde que ele podia andar. Seu quarto


não era grande, mas era dele, e os seus avós, muito raramente, desciam para o porão. Happy fechou a porta, prendendo a respiração até que completou todo o caminho, sem fazer qualquer barulho. Ele atravessou o quarto e subiu na cama puxando o cobertor esfarrapado até o pescoço. Havia uma pequena janela retangular no seu quarto. Ela ficava a 15 centímetros do chão do lado de fora da casa, mas alta o suficiente no interior que ele não poderia alcançá-la mesmo se ficasse na ponta dos pés. Em certas noites como esta, permitia que o luar brilhasse no seu quarto. Por mais que Happy gostasse de ver os raios da lua, ele odiava o quanto ela iluminava o desespero do seu quarto. Happy alcançou debaixo do travesseiro e pegou o pequeno conjunto de retalhos que a sua mãe havia costurado para ele de roupas velhas. Ele segurou-a firmemente ao seu peito enquanto ele seguiu o raio do luar para fora da janela, desejando que um príncipe viesse para salvá-lo e a sua mãe. Mas felizes para sempre só acontecia em contos de fadas.

Happy cerrou os punhos antes de espalhá-los para fora nas suas coxas nuas. Ele firmou a sua mandíbula, cerrando os dentes para não gritar enquanto o cinto de couro do seu avô descia nas suas costas uma e outra vez. Ele tinha aprendido desde cedo que os seus avós sentiam algum tipo de prazer perverso ao ouvi-lo gritar. Sua avó disse que era a única maneira de saber que eles estavam batendo o mal fora dele. Seu avô só gostava de infligir dor.


Ele não tinha ideia de quantas vezes tinha se ajoelhado no chão ao longo dos anos, imóvel enquanto o seu avô tentava espancar o mal fora dele, enquanto a sua avó ficava perto citando passagens da bíblia. Se Happy soubesse o que ele tinha feito de tão errado, ele iria parar de fazer isso. Mas ele não sabia. O motivo parecia mudar de acordo com o capricho dos seus avós. Um dia ele poderia ser mal por não atravessar a sala corretamente. No dia seguinte ele era a desova do diabo, porque a sua mãe era uma mãe solteira e ele era a prova do seu pecado. Ele nasceu com olhos azuis. Ele nasceu um menino. Ele nasceu. A lista parecia continuar e continuar até que tudo que Happy entendia era que ele era o mal encarnado. ― Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei nenhum mal... Happy olhou para a mulher ajoelhada no chão a sua frente, sua bíblia gasta firmemente nas suas mãos envelhecidas enquanto ela recitava a oração. Mesmo após tantos anos Happy ainda não compreendia as palavras. Happy duvidava que esse deus mítico que os seus avós veneravam realmente existia. Um Deus que de acordo com a bíblia era tão amoroso, não poderia tolerar o ódio que os seus avós vomitavam com todo o fôlego. Os olhos de Happy se moveram para a pequena mulher de cabelos castanhos que estava deitada enrolada no canto, seu corpo machucado e quebrado. Seus olhos castanhos, tão maçantes e angustiados, estavam inabaláveis enquanto observava ele, silenciosamente implorando-lhe para ser forte. As mãos de Happy apertaram novamente ao saber que mais uma vez ele tinha sido incapaz de salvar a sua mãe da ira dos seus avós. Muitas vezes ela tinha ficado entre ele e o cinto do seu avô. E tantas vezes, Happy teve de esgueirar-se no seu quarto no meio da noite para tratar as suas feridas, quando ela estava muito ferida para cuidar de si mesma.


Happy soube que hoje à noite, seria assim. Quando a pulseira de couro duro do cinto desceu sobre o seu corpo nu e ensanguentado mais uma vez, Happy fechou os olhos e orou a quaisquer poder que estava lá fora, fossem eles deuses ou contos de fadas ou o homem na Lua, ele desejou ser forte o suficiente para salvar a sua mãe. Ele não se importava se a sua alma fosse condenada ao inferno como os seus avós diziam que era. Ele ficaria feliz em aceitar o que o destino trouxesse no seu caminho, se pudesse salvar a sua mãe. Happy respirou lentamente quando o cinto parou. O próprio ar fez os vergões cruzando a sua coluna doer mais, mas ele se recusou a mostrar uma careta de dor. Ele se recusou a dar essa satisfação aos seus avós. Ele não tinha chorado na frente dos seus avós desde que tinha cinco anos de idade e foi pego esgueirando-se de volta para o seu quarto depois de visitar a sua mãe. Ele não ia começar agora. ― Limpe essa bagunça. Os dentes de Happy rangeram quando o seu avô o chutou. Ele esperou até que a sua avó levantasse, sabendo que a mulher mais velha não gostava dele olhando para ela. Ela dizia que ele tinha o diabo nos seus olhos e ela não queria estar infectada com o mal da sua alma. Tanto Faz. Uma vez que Amelia O'Brian se levantou e saiu para rezar no seu quarto, Happy se ergueu. Ele manteve os olhos baixos, observando o seu avô com cautela com o canto do olho. Por mais que ele odiava ouvir a sua avó falar sobre os males da carne e ser chamado de desova de Satanás, ele odiava quando ela saia do quarto ainda mais. Herne O'Brian mantinha o cinto quando a sua esposa estava no quarto. Ele usava seus punhos, quando ela não estava por perto.


― Apresse-se, menino. Você ainda precisa trazer a lenha para dentro. Happy não se atreveu a se esquivar a mão que lhe deu um tapa do lado da sua cabeça. Tentar fugir dos punhos do seu avô apenas piorava o seu castigo. Se ele resistisse, seu avô ia à loucura, pegando tudo e qualquer coisa para acertá-lo. Se a sua avó tentasse interferir, algo que não acontecia muitas vezes, ele diria que Happy tinha começado a falar a linguagem de Satanás ou algum tal absurdo. Ele diria tudo o que ele precisasse para justificar a sua raiva. ― Estás a ouvir-me, rapaz? ― Sim, senhor. ― Então vá buscar a lenha. Sua avó está esperando por você trazêla para começar o meu jantar. Que praticamente respondia o que Happy teria para jantar - nada. Happy tentou chegar para pegar a sua mãe, quando sentiu algo pesado cair sobre a sua cabeça. Pela primeira vez em cinco anos, ele gritou quando a dor explodiu em toda a volta do seu crânio. Sentiu algo quente e úmido escorrer na parte de trás do seu pescoço quando ele caiu no chão ao lado da sua mãe. ― Estás a ouvir-me, rapaz? ― Herne gritou. Ele sentiu a mão da sua mãe escovar o lado do seu rosto. Ele encontrou os olhos dela e viu quando as lágrimas escorriam pelo seu rosto pálido enquanto o seu avô foi à loucura, chutando e batendo nele até que um golpe certeiro na ferida já sangrando na parte de trás da sua cabeça fez tudo ficar escuro.


Happy pegou a pilha de lenha que ele tinha cortado e levou-a para a casa. Ele havia cortado mais do que suficiente para encher a caixa de madeira na casa e a pilha no sótão para manter o fogo queimando por pelo menos alguns dias. Happy carregou a lenha dentro e empilhou ordenadamente na caixa de madeira ao lado do fogão a lenha. Ele fez questão de limpar quaisquer pequenos pedaços de madeira ou casca que poderia ter caído no chão. Sua avó tinha sido realmente exigente enquanto ela estava viva. Ela não gostava de nada bagunçado. Mesmo dois anos após ela ter falecido, Happy ainda esperava por ela começar a gritar com ele sobre como manter o chão limpo. Uma vez que ele terminou, Happy voltou para fora e começou a empilhar a lenha cortada no sótão. Se ele fosse rápido o suficiente, pode ter tempo para ir ao pomar do outro lado do campo e pegar algumas maçãs para fazer uma torta. Sua mãe não estava se sentindo bem durante a tarde, e Happy queria fazer algo para animá-la. Um barulho estranho vindo da direção da casa chamou a atenção de Happy. Ele observou atentamente, mas não viu nada fora do comum, nada que poderia ter criado um barulho estranho. Happy voltou a trabalhar empilhando a madeira. Ele fez uma pausa com um pedaço de madeira na mão quando ele ouviu o barulho de novo, desta vez um pouco mais alto. Soou quase como um gemido. Sabendo que a sua mãe não estava se sentindo bem, e preocupado


que ela poderia estar piorando, Happy pôs a madeira no chão e entrou na casa. Ele teve que parar uma vez que ele chegou à sala principal, e ouvir. O som estava vindo do quarto da sua mãe. Happy acelerou os seus passos quase correndo pelo corredor ate chegar ao quarto, abrindo a porta sem bater. Happy passou a maior parte da sua vida aprendendo a manter a sua raiva contida e enterrada sob a superfície para não piorar as coisas para ele ou a sua mãe, mas a visão do seu avô tentando forçar as pernas da sua mãe abertas era mais do que podia manusear. Com um rugido de raiva que sacudiu as janelas, Happy se lançou sobre o seu avô. Ele rasgou o homem afastado da sua mãe e jogou-o contra a parede mais próxima. Seu avô mal chegou ao chão antes de Happy virar-se até

a

sua

mãe.

Ele

rapidamente

pegou

um

cobertor

colocando-o

cuidadosamente em volta dos ombros arfantes do corpo nu da sua mãe. Inclinando-se sobre ela, ele limpou delicadamente as lágrimas do rosto. ― Está tudo bem, mamãe ― disse ele em voz baixa. ― Ele não vai te machucar. Happy endureceu quando ouviu um estalo estranho. Ele virou-se, o seus olhos arregalaram quando viu a arma que o seu avô tinha na mão. Ele nem sabia que o velho possuía uma arma. ― Você foi muito ruim ― disse Happy quando ele se colocou entre o seu avô e a sua mãe. ― Você tentou ferir mamãe. ― Saia do meu caminho, rapaz! ― Herne rosnou. ― Ela é minha filha. A bíblia diz que ela deve tomar o lugar da sua mãe quando ela morreu. Happy inclinou a cabeça. Sua mãe tinha lido a Bíblia para ele de um lado para o outro. Em nenhum lugar dizia isso. ― Você está mentindo. ― Era muito ruim mentir. ― É o meu direito de tê-la!


― Não. ― Happy nunca se levantou para o seu avô antes, mas ele não poderia deixar o homem ferir a sua mãe. Não mais, e certamente não assim. Por mais que ele soubesse que a sua mãe o amava, ele também sabia que ele era o produto de alguém que a tinha forçando a ter relações sexuais quando ela era muito jovem. Ele não iria permitir isso novamente. Happy encarou o seu avô, nem sequer vacilando quando o cano da arma foi levantado e apontado para ele. Pela primeira vez desde que ele podia se lembrar, ele não estava com medo. Ele ficou furioso. ― Afaste-se. ― Herne fez um gesto com a arma para Happy dar um passo atrás. ― Não. Era tão simples como isso. Happy deu um passo em direção ao seu avô. Ele ouviu a arma disparar quando o homem mais velho puxou o gatilho. Ele sentiu a pancada da bala no seu ombro. Mesmo assim ele continuou. Ele sentiu outra bala entrar no seu braço. Ele ainda continuou. A arma disparou de novo e de novo, os tiros o atingindo quanto mais perto Happy chegava. Happy arrancou a arma da mão de Herne e jogou-a no chão. Algo mudou dentro dele quando ele agarrou o seu avô em torno da garganta e levantou o homem até que ele estava no nível dos seus olhos. Herne O'Brian sempre lhe pareceu enorme. Foi assustador perceber que ele era vários centímetros mais alto do que o homem, e provavelmente já por algum tempo. Happy bateu o seu avô na parede. ― Você não vai machucar mamãe de novo! ― Happy. ― O doce som da voz da sua mãe era provavelmente a única coisa que poderia ter chegado até Happy na sua fúria cega. ― Happy, você não pode machucá-lo.


― Mamãe, ― Happy protestou. Ele queria acabar com o reinado de terror do seu avô. Ele tinha durado muito tempo. ― Não, Happy. Happy franziu a testa enquanto o seu aperto lentamente soltou. Essa não era a resposta que ele queria, mas a palavra da sua mamãe era mais importante do que o ar que ele respirava. ― Deixe-o ir, Happy. Happy ouviu um baque distinto quando ele soltou o seu avô e o homem caiu no chão. Ele descartou o seu avô quase que imediatamente e se virou para a sua mãe. ― Happy, precisamos de ajuda. Ajuda? Quem poderia ajudá-los? ― Mamãe? ― Você tem que ir para a cidade e pedir ajuda. ― Anna puxou a ponta do cobertor. Happy gritou surpreso e correu para a cama quando viu o sangue por todo o peito da sua mãe. ― O que eu faço? ― Vá ver o xerife. Happy endureceu. ― Não! ― Ele nunca tinha ido contra a sua mãe antes, mas ele não queria ir para o xerife. O homem era um monstro. ― Happy O'Brian! Happy baixou a cabeça, percebendo que ele havia desrespeitado a sua mãe quando ele ergueu a voz para ela. ― Desculpe, mamãe. ― Bebe ― Happy inclinou-se na mão erguida da sua mãe. ― Bebe, você tem que ir buscar ajuda ou eu vou morrer. ― Não. ― O medo circulou em volta dele até se infiltrar na sua própria alma. Sua mãe era a única coisa boa na sua vida. Ele não estava disposto a deixá-la morrer.


― Precisamos de algo para parar o sangramento, Happy. Happy franziu a testa enquanto tentava pensar em algo. Ele girou e correu para fora do quarto, correndo para a cozinha. Happy vasculhou em torno de algumas das gavetas até que encontrou tudo o que precisava e, em seguida, correu de volta para o quarto. Happy baixou os suprimentos na cama ao lado da sua mãe. ― Isso pode doer. ― Sim, eu espero que isso aconteça. Happy começou a chorar quando a sua mãe choramingou enquanto ele a levantou em uma posição sentada. Ele nunca faria mal a sua mãe, nem em um milhão de anos. ― Sinto muito. ― Está tudo bem, Happy. Só se apresse e termine logo. Happy enxugou o máximo de sangue que conseguiu, então, apertou um pano limpo sobre a ferida. Ele cobriu-a com fita adesiva, envolvendo a fita ao redor do peito da sua mãe para manter no lugar. Uma vez terminado, ele vestiu a sua mãe com uma nova camisola e, em seguida, enrolou o cobertor em torno dela como um burrito. Ele lançou ao seu avô um olhar rápido para ter certeza de que ele não havia se movido, em seguida, pegou a sua mãe em seus braços e levou-a para fora da porta. ― Happy, me coloque de volta na cama. ― Você disse que nós precisávamos de ajuda. ― Happy, a cidade é a mais de dez quilômetros de distância e não temos nenhum carro. Você não pode me levar lá. ― Sim, eu posso ― Ele iria levar a sua mãe para a lua se ela precisasse. ― Descanse, mamãe. Eu vou cuidar de você.


Capítulo Dois

― Delegado Walker, temos um relatório de uma perturbação na loja de rações e sementes. Gus diz que há um bando de arruaceiros assediando um dos seus empregados na frente da loja. Delegado Marc Walker revirou os olhos quando ele bateu no microfone do ombro. ― Eu estou nele, Agnes. ― Ele colocou o caminhão em marcha e puxou para a rua, dirigindo pela cidade para a loja de rações e sementes local. Era mais do que provável que um casal de adolescentes estava gritando para meninas ou algo assim. Considerando o pequeno tamanho da cidade de Cade Creek, não demorou a Marc mais de alguns minutos para rondar toda a cidade. Quando ele parou na frente da rações e sementes de Fletcher, ele descobriu que a perturbação era um pouco maior do que apenas um casal de adolescentes brincando. Marc estacionou o caminhão no estacionamento e pulou para fora, correndo até a luta acontecendo na rua em frente à loja. ― Isso é o bastante! ― Ele gritou enquanto puxava Jeff Murkily e o seu irmão Brad de cima do outro homem. Ele se colocou entre os três homens, empurrando-os separados. ― É o suficiente! ― Ele começou! ― Jeff disse imediatamente, apontando para o outro homem. A boca de Marc caiu quando ele olhou para o outro homem, e percebeu que deu de cara com o seu peitoral. Ele teve que levantar os olhos vários centímetros para ver o rosto. Droga.


― O que aconteceu aqui? ― Nós estávamos cuidando do nosso próprio negócio quando este grandalhão idiota surgiu e começou a gritar com a gente ― disse Jeff. ― Quando disse a ele para nos deixar em paz, ele começou a distribuir socos. ― Nós estávamos apenas nos defendendo ― Brad insistiu. Marc virou-se para olhar para trás, onde o maior homem que ele já tinha visto do lado de fora de um evento de luta livre. ― O que você tem a dizer? Os lábios do homem franziram quando ele pressionou-os juntos, o que foi a sua única resposta. Marc não tinha certeza se o cara até piscou. ― Está vendo? ― Disse Jeff. ― Ele sabe que está errado. ― Isso é verdade, senhor? ― Perguntou Marc. ― Será que você começou a luta? ― Marc queria ranger os dentes quando o homem maciço apenas ficou lá. ― Senhor, você precisa me responder. Jeff riu maliciosamente. ― Talvez ele não tenha te escutado, delegado. Talvez ele seja um dos les... Marc apontou o dedo para Jeff. ― Diga isso e eu vou trancá-lo durante o próximo mês. ― Ele odiava fanáticos. ― Você não pode fazer isso! ― Os olhos de Jeff brilharam. ― Eu não fiz nada. Marc nivelou um olhar fixo em Jeff. Ele conhecia o homem desde o colégio e ele não passava de um valentão, um dos motivos que Marc não tinha acreditado nele automaticamente quando chegou ao local. Jeff foi um valentão na escola e ainda era um valentão. ― Me teste. ― Espere até o xerife ouvir sobre isso. ― O rosto de Jeff ficou vermelho quando a sua voz se levantou. ― Eu aposto que ele estaria muito


interessado em ouvir que o seu novo delegado está ameaçando prender pessoas por se defender. ― Eu ouvi isso ― disse uma voz profunda atrás de Marc. ― E eu concordo. Jeff sorriu como se tivesse ganhado. ― Diga uma palavra fora do lugar e eu vou trancá-lo por um mês. A mandíbula de Jeff caiu. ― Você não pode fazer isso. O sorriso do xerife John Riley era ainda maior do que o de Jeff. O homem cruzou os braços sobre o peito e olhou para Jeff com uma expressão que pedia ao homem para se atrever a discutir com ele. ― Me teste. Jeff gaguejou por um momento, em seguida, ficou em silêncio. ― Qual é o problema aqui? ― John perguntou quando ele voltou a sua atenção para Marc. ― Eu ainda estou tentando descobrir isso, xerife, ― Marc respondeu. ― Jeff e Brad dizem que este homem os atacou e que eles estavam apenas se defendendo. ― Isso é verdade, Happy? ― Não, senhor ― foi a resposta calma. As sobrancelhas de Marc dispararam. Ele não tinha certeza se era de ouvir o homem falar ou ouvir seu nome. Ou o fato de que seus olhos finalmente se levantaram o suficiente para que ele pudesse vê-los, eram os olhos azuis mais impressionantes que já tinha visto em sua vida. Era como olhar dentro da alma de alguém. ― Diga-me o que aconteceu, Happy ― John pediu. ― Eu estava varrendo a calçada apenas como o Sr. Gus me disse para fazer, em seguida, estes dois vieram e começaram a chutar a sujeira de volta. ― A carranca enrugada dominou toda a testa do grande homem. ― Eu não atingi ninguém, xerife.


― Ele não fez, xerife. Marc olhou para cima para ver Gus Fletcher parado na porta da sua loja com um casal de clientes. ― Jeff e Brad começaram toda a confusão. Quando Happy os ignorou, eles ficaram chateados e começaram a gritar com ele. Foi nesse momento que liguei para a delegacia. Happy apenas ergueu os braços na frente do seu rosto. ― Mamãe fica louca quando eles me batem na cara. Marc sentiu um grunhido queimar no fundo da boca do estômago. ― Isso já aconteceu com você antes? Happy deu de ombros. ― Como eu tenho certeza que você pode entender, Happy teve alguns problemas devido ao seu tamanho ― disse John. ― As pessoas tendem a ser intimidadas por ele. ― John acenou com a mão em direção a Jeff e Brad. ― Ou eles acham que precisam lutar com ele para provar a si mesmos. Marc podia ver onde isso poderia ser um problema. Ele media um e oitenta e oito de altura. Happy tinha pelo menos dois metros de altura, uns bons quinze centímetros a mais do que ele, e uns cem quilos mais pesado. O homem era simplesmente enorme. ― Devo prendê-los? ― Não, mas nós não vamos ter mais problemas, nós vamos meninos? ― John levantou a sobrancelha para os dois homens. ― Porque se o fizermos, não só eu iria ter uma conversa com o seu pai, mas eu vou trancar vocês dois um bom tempo. ― Agora, olhe aqui, xerife... ― Jeff começou. ― Será que precisamos arrastar isso até a delegacia, Jeff? ― Você não pode fazer isso! Marc esperou o homem terminar a briga.


― Cale-se, Jeff ― Brad disse quando começou a empurrar o seu irmão para o outro lado da rua. ― Você quer que ele chame o pai aqui? ― Tudo bem! ― Jeff gritou. ― Mas isso não vai acabar assim. ― É melhor que seja o fim disso, ― John disse ― ou você e eu vamos ter uma grande diferença de opinião. Marc estava com o seu chefe e viu Jeff e Brad subir na sua picape e depois girar os seus pneus quando eles saíram da rua. ― Você quer que eu os siga e lhes dê uma multa por excesso de velocidade nas ruas da cidade? ― Não. ― John riu quando ele se virou em direção à loja de rações e sementes novamente. ― Eu vou dar ao seu pai uma chamada mais tarde e deixá-lo saber que os dois estão aprontando de novo. Marc assentiu enquanto seus olhos se desviaram para Happy. Ele ficou intrigado com a maneira incomum que o homem estava olhando para ele. Era quase tímido, como se quisesse olhar, mas estava com medo de ser pego. Não era algo que ele poderia ter esperado de um grande homem intimidante. ― Happy, como está sua mãe? ― Perguntou John. Marc respirou fundo quando o sorriso mais doce que ele já tinha visto se espalhou pelo rosto de Happy. Ele mudou toda a atitude do homem. Marc de repente percebeu que ele estava lidando com um gigante gentil. Ele duvidou que Happy tivesse um traço de mal em todo o seu corpo. ― Ela está com um pouco de frio agora, mas o médico diz que ela vai ficar bem se descansar muito. ― Você precisa de alguma coisa? ― Não, senhor. ― Happy acenou com a mão em direção à loja de rações e sementes. ― Senhor Gus me deu bastante trabalho para o próximo par de dias. Eu posso comprar o que precisamos com isso. ― Ok, bem, você sabe onde fica a delegacia. Se você precisar de alguma coisa, você pode ir lá e falar comigo ou o delegado Marc aqui ― Marc


deu um passo adiante quando John fez um gesto para ele. ― Este é o delegado Marc Walker. Ele é um cara muito legal. Se você não puder me encontrar, você pode falar com Marc. Os olhos azuis cristal de Happy perfuraram os de Marc. ― Sim, senhor. ― Você precisa de uma carona para casa quando terminar hoje? Marc não achava que era possível, mas o sorriso de Happy cresceu mais ainda. ― Não, senhor. Eu troche minha bicicleta para a cidade hoje. Eu coloquei essa cesta que você me deu e é grande o suficiente para levar mantimentos e tudo mais. ― Ok. ― John sorriu e deu um tapinha no ombro de Happy. ― Você provavelmente precisa voltar ao trabalho ou Gus vai pensar que você não quer mais trabalhar. ― Oh, não, senhor. ― Os olhos preocupados de Happy desviaram para a frente da loja. ― Eu preciso deste emprego. ― Então pode ir. Marc sorriu quando os olhos do homem pousaram sobre ele. Ele tocou a aba do chapéu, acenando para ele. ― Você tenha um bom dia, Happy. ― Você, também, delegado Marc. Marc esperou até que Happy se moveu dentro do prédio antes de se virar para o xerife. ― Qual é a sua história? ― Esse é Happy O'Brian. ― De onde ele é? ― Marc se lembraria de ter visto um homem tão grande antes. ― Ele é, na verdade, de Cade Creek. Marc o olhou por um momento e depois riu. ― Certo. ― Não, a sério ― disse John. ― Happy nasceu em uma fazenda a 16 quilômetros fora da cidade. Onde viveu toda a sua vida. Duvido que ele tenha


estado a mais de 32 quilômetros longe de casa desde a sua primeira respiração. ― Eu fui criado nesta cidade, John. Eu acho que eu recordaria de um homem tão grande. John riu. ― Tem tempo para uma xícara de café? ― Você vai pagar? ― Sim, com certeza. A mente de Marc vagou para o homem enorme, enquanto descia o quarteirão com John para o café local. Ele não nasceu em Cade Creek, mas a sua família tinha estado aqui desde que era uma criança. Exceto por um breve período no serviço, quando ele tinha ido embora para a academia de polícia, ele tinha estado aqui toda a sua vida. Ele pensou que conhecia todo mundo. Ele estava pensando em como pode não ter visto algumas pessoas. Entraram do Kapheri Koffee Korner e se dirigiram a uma mesa perto da janela. John levantou dois dedos quando se sentaram. Um momento depois, alguém chegou com duas xícaras de café. ― Olá, xerife, delegado. Marc assentiu. ― Ei, Brennan. ― Posso trazer mais alguma coisa? ― Não, o café esta bem, obrigado. ― Marc esperou até Brennan se afastar e ele preparar o seu café antes de voltar a sua atenção para o xerife. ― Então, derrama. John tomou um gole de café, em seguida, colocou o copo sobre a mesa. ― Não fui criado em Cade Creek, então eu não estou familiarizado com todo mundo como você. Levei algum tempo para conhecer as pessoas. Isso fazia sentido.


― Eu tinha sido o xerife por cerca de quatro anos. Foi logo depois que Yancy e eu nos mudamos para a nossa casa nova com Seamus. A maior parte disso aconteceu enquanto você estava fora na academia de polícia. Isso explicava por que ele nunca tinha ouvido falar deste incidente. Marc fez um cálculo rápido na sua mente e descobri que isso tinha sido a cerca de três anos atrás. ― Eu tomei um turno da noite para Yancy para que ele pudesse ir ver alguns amigos de visita na sua casa. Eu estava sentado na estação quando as portas se abriram e o maior homem que já tinha visto na minha vida veio cambaleando. Ele tinha sangue por todo o corpo e uma mulher embrulhada como um burrito em um cobertor em seus braços. Ela havia sido baleada. A respiração de Marc acelerou. ― Quem era ela? ― Sua mãe. ― A expressão de John azedou, os lábios virando para baixo nos cantos. ― Ele a trouxe para a cidade a 16 quilômetros de distancia, porque ela lhe disse que precisava de ajuda. As

sobrancelhas

de

Marc

dispararam.

Ele

viajou

por

16

quilômetros? As mãos de John apertaram em torno da sua xícara de café. ― Eles não têm um carro. ― Jesus. ― Marc recostou-se, passando a mão sobre o seu cabelo. ― Foi só depois que descobrimos que Happy tinha sido baleado também. Ele tinha dois buracos de bala nele enquanto trazia a sua mãe para a cidade. Marc sentiu o seu café tentar voltar para cima. Ele engoliu em seco. ― Quem atirou neles? ― Herne O'Brian, o avô de Happy. ― Por quê?


― Anna O'Brian tinha quinze anos de idade, quando ela deu à luz a Happy. Os lábios de Marc se curvaram em desgosto. Uma criança dando à luz a uma criança. ― Seus pais eram muito, muito religiosos. Eles viram a sua gravidez como um pecado e eles viram Happy como a semente do diabo. Eles fizeram Anna abandonar a escola e a mantiveram vigiada. Ela deu a luz em casa. Depois disso, ela não tinha permissão para sair, porque ela era uma mulher sozinha e eles temiam que as pessoas fossem descobrir. ― Quem é o imbecil que a engravidou? ― Perguntou Marc, querendo encontrar o homem e prendê-lo. ― Onde ele estava todo esse tempo? Os lábios de John apertaram. ― Xerife Miller. A mão de Marc fechou em um punho. Não havia nenhuma maneira de punir o homem pelo que ele tinha feito para Happy ou a sua mãe. O ex-xerife já estava morto, morto por outro filho que tinha ido ao fundo do poço. ― Por que Herne atirou na sua própria filha e no neto? Eles estavam tentando fugir ou algo assim? ― Ele teria. ― Herne e Amelia O'Brian tentaram bater o mal fora de Happy praticamente em uma base diária. Quando Anna tentou proteger o filho, eles batiam nela. Quando Amelia faleceu, Herne levou a escritura da bíblia e transformou-a em suas próprias ideias doentes e torcidas de como o mundo deveria ser, e nesse mundo, Anna devia tomar o lugar da sua mãe na sua cama. Ele sentiu que era seu direito. Marc cambaleou com o que John estava dizendo a ele. Ele não podia acreditar que Happy e a sua mãe tinham sido tão abusados por tantas pessoas diferentes. Não é de admirar que Happy não gostasse de falar com estranhos. ― Quando Happy tentou parar Herne de estuprar a sua mãe, Herne atirou nele. Um dos tiros saiu errado e acertou Anna.


― Onde ele está agora? ― Marc orou que ele estivesse morto. ― Cumprindo pena com o estado. Não havia dúvida da sua culpa. Todas as evidências apontam para ele, e depois que o prenderam, as coisas que encontramos naquela casa teria balançado qualquer júri contra ele. Ele fez a jogada mais inteligente de toda a sua vida, quando ele tomou um acordo judicial. Se o júri visse o caso, ele nunca veria a luz do dia. John ficou em silêncio por um momento, olhando para a sua xícara de café. Ele parecia um homem que tinha o peso do mundo sobre os seus ombros. ― Eu vi um monte de coisas na minha vida, Marc. Mas a vida que Anna e Happy foram forçados a viver por 17 anos chocou até a mim. Happy morava em um quarto de cinco por cinco com uma única janela. Anna me disse que Happy se esgueirava no seu quarto no meio da noite, para que eles pudessem ver um ao outro. Havia uma coisa que o deixou confuso. ― Por que chamá-lo de Happy se odiavam tanto? John riu tão de repente que a boca de Marc caiu. ― Isso foi obra de Anna. Ela nomeou-o de Happy, porque ela estava tão feliz de tê-lo e ela nunca quis que ele se esquecesse de que alguém na sua vida o queria. ― E ela está viva? ― Ele tinha que ter certeza. John assentiu. ― Happy cuidou das suas feridas para que ela não sangrasse enquanto ele a trouxe para a cidade. Mesmo que ela tenha levado um tiro no peito, foi muito alto por isso não houve órgãos vitais atingidos. Ela estava fora do hospital dentro de uma semana. Já Happy passou quase um mês no hospital por causa dos ferimentos que sofreu. Marc poderia contar a partir da expressão sombria no rosto de John que ele não ia gostar do que o xerife ainda tinha a lhe dizer. ― O quê? ― Happy é um pouco lento. Você deve ter notado isso.


Marc assentiu. Ele atribuiu o comportamento do homem para a situação e a timidez do homem. Ele poderia estar errado? ― Seu avô bateu-lhe na cabeça com um tijolo quando ele tinha cerca de 10 anos de idade. Ele estava tentando proteger a sua mãe e Herne ficou chateado porque ele não estava escutando. Herne queria o seu jantar. Anna disse que Herne bateu em Happy uma e outra vez até que ele desmaiou ― John inalou uma respiração instável e lenta. ― O médico disse que ele provavelmente sempre será um pouco lento. ― Eu vou arriscar aqui e dizer que ele nunca recebeu qualquer tratamento médico. Estou certo? ― Você esta. Até Happy entrar na delegacia carregando a sua mãe, ele nunca tinha vindo para a cidade. Não era permitido. ― Porque, então, as pessoas veriam a sua vergonha. John assentiu. ― Exatamente. Marc se acalmou e sentou-se quando Brennan veio para derramar outra xícara de café. Ele duvidava que precisasse da cafeína. Ele estava levantado a partir da história de horror que John estava dizendo a ele. Mas ter algo para segurar em suas mãos o estava impedindo de socar uma parede. ― Você nunca me disse o que aconteceu com a avó. ― Ela ficou doente e faleceu cerca de um ano antes de Herne ir atrás de Anna. ― Muito ruim. ― Ela se livrou fácil. ― Olha, normalmente eu teria mantido essa bela historia ruim para mim mesmo. Yancy e eu decidimos que queríamos manter o máximo desta história para nós mesmos, o possível para proteger Anna e Happy para que eles pudessem ter uma chance de uma vida normal, mas Jeff e Brad são agressivos e eu duvido que nós os vimos pela ultima vez. ― Não, eu entendo.


Happy precisava ser protegido.

Capítulo Três

Happy olhou para cima a partir da madeira que ele estava cortando quando ouviu um veículo chegando a unidade. Era uma ocorrência tão incomum que ele só podia ficar lá e olhar quando o grande veículo branco da polícia parou em frente a casa. Ele balançou o seu machado e enfiou-o no topo da sua tábua de bater, em seguida puxou as luvas de trabalho fora e colocou-as no bolso de trás. Happy não conseguia pensar em uma única razão que as autoridades estariam vindo para a sua casa a menos que houvesse um problema. Quando o delegado, que ele encontrou um par de dias atrás saiu do veículo, Happy quase desejou que o xerife tivesse vindo no seu lugar. O lindo delegado o fez se sentir engraçado, como se borboletas estivessem voando ao redor do seu estômago. Ele fez outras partes do corpo de Happy reagir também, mas Happy não queria pensar nisso. ― Ei, Happy. Happy relaxou quando o aceno do homem estava acompanhado de um sorriso amigável. ― Delegado Marc. ― Happy acenou de volta. ― Há algo errado?


― Não, não. ― O delegado Marc se esticou dentro do seu caminhão. Happy mordeu o lábio inferior, enquanto observava o jeans desbotado do homem esticar sobre a sua bunda quando ele esticou para pegar alguma coisa. ― Eu fiz um pouco de sopa de frango de macarrão para a sua mãe. ― Oh. ― Happy não se lembrava de ninguém nunca trazer-lhes qualquer coisa exceto talvez o Blaecleahs. Eles tinham sido muito legais para ele e a sua mãe depois que o seu avô foi afastado por ser mau. ― Por quê? ― Por quê? ― o delegado Marc perguntou quando ele se aproximou com um pote vermelho entre as suas mãos. ― Por que você fez pra minha mãe sopa de frango? ― Happy tinha certeza de que o delegado xerife nunca conheceu a sua mãe. Em sua experiência, muito poucos estranhos faziam algo para outros estranhos sem uma razão. ― Bem, eu me lembro de você me dizendo que a sua mãe estava um pouco indisposta e eu pensei que ela poderia desfrutar de alguma sopa de frango caseiro. É suposto ser bom para você quando você está se sentindo mal. ― Oh. ― Happy arranhou a lateral da sua cabeça enquanto olhava para o pote vermelho. O que ele deveria fazer com ele? ― Por que não vamos para dentro e colocar um prato para a sua mãe e ver se ela quer algum? ― Perguntou o delegado Marc. ― Eu tenho certeza que eu gostaria de conhecê-la. ― Ok. ― Isso parecia razoável o suficiente. Happy ainda se perguntava sobre os motivos do delegado quando ele conduziu o homem para a casa. Ele deu um olhar superficial no interior, certificando-se de que tudo estava limpo como um alfinete. ― Nós não temos muitos visitantes aqui.


― Não, eu não imaginava ― delegado Marc respondeu. ― Você deve trazer a sua mãe para a cidade para o mercado do agricultor no fim de semana. É muito divertido. A fronte de Happy enrugou em pensamentos. ― Por que eu faria isso? Happy engoliu em seco e moveu seus pés, quando o delegado Marc só olhava para ele. Ele estava acostumado as pessoas o olhando, mas isso não significava que ele gostava. ― E se eu vir buscá-lo no próximo fim de semana e levá-lo para o mercado. Vamos passear e olhar as barracas, almoçar. Você vai ver o que quero dizer sobre ser divertido. Happy pensou sobre isso por um momento e depois assentiu. ― Mama também? ― Claro. ― O delegado Marc sorriu. ― Sua mãe é sempre bemvinda. Talvez isso não fosse muito ruim, e seria bom para a Mama sair um pouco. Ela passou tempo demais confinada na casa. Happy levou o delegado para a cozinha. ― Isso precisa ser reaquecido? ― O fogo no fogão estava apagado, mas as brasas ainda estavam quentes. Não seria preciso mais do que alguns minutos para acender novamente. ― Onde está a tomada? ― Perguntou o delegado. ― Esta é uma panela elétrica. Eu só posso ligá-lo. ― Uma panela elétrica? ― Happy olhou para o pote vermelho. O delegado Marc parou por um momento, olhando. ― Aqui, deixe-me mostrar a você. ― Ele olhou ao redor. ― Você tem uma tomada elétrica?


― Oh, sim. ― Happy levou o homem até a ficha branca na parede acima do balcão perto do frigorífico. ― Alguns homens chegaram um par de anos atrás, e os colocou e agora temos isso. ― Agradável. ― O delegado colocou o pote vermelho em cima do balcão e plugou na tomada. ― Isso é uma panela elétrica. ― O delegado Marc descansou a mão em cima da tampa. ― Você o liga e ele mantém as coisas quentes ou cozinha-os, dependendo da programação. ― Ele apontou para um botão na parte da frente do pote. ― Ele tem quatro programações. Alto, baixo, quente e desligado. ― E ele mantém a comida quente? O homem acenou com a cabeça. ― Oh, eu tenho, então temos de ter um desses. Seria ótimo para fazer um grande pote de algo no início da manhã e tê-lo quente durante todo o dia no caso de Mama estar com fome. ― Eu vou te dizer o que ― disse o delegado. ― Você pode pedir a minha sempre que você quiser. ― Eu posso? ― Claro. ― O delegado sorriu. ― Mas você tem que me convidar para jantar na próxima vez que você fizer alguma coisa. ― Eu posso fazer isso. ― Happy começou passando por diferentes receitas que ele poderia fazer no pote vermelho, perguntando qual o bonito delegado gostaria mais. ― Bom, então está resolvido. ― O delegado olhou para a porta do armário. ― Você quer me apresentar à sua mãe primeiro ou obter-lhe um prato de sopa? Happy mordeu a unha do polegar por um momento, enquanto olhava em direção ao corredor. ― Mama poderia estar dormindo. Talvez devêssemos ver se ela está acordada primeiro.


― Boa ideia. Borboletas vibraram no estômago de Happy quando o Delegado sorriu. Ninguém nunca tinha parecido tão bom quando eles sorriram? Bem, além de Mama, mas o Delegado Marc não o fez se sentir feliz do mesmo modo que ele fez quando a sua mãe sorria para ele. Happy não sabia por que isso. Ele caminhou pelo corredor até o quarto da sua mãe, tocando calmamente na porta antes de girar a manivela e empurrando a porta aberta apenas o suficiente para olhar para dentro. Olhos verde-pálido olharam para ele da pilha de cobertores na cama. ― Ei, mamãe. ― Happy correu, inclinando-se para roçar um beijo sobre o rosto da sua mãe. ― Delegado Marc veio me visitar. ― O delegado? ― O rosto de Anna empalideceu. ― Bom dia, senhora ― o delegado disse quando ele entrou no quarto, puxando o chapéu da cabeça. ― Eu vi Happy na cidade um par de dias atrás e ele disse que você estava um pouco indisposta. Eu só queria ter certeza de que estava tudo bem. ― Meu Happy cuida bem de mim. ― Anna acariciou a mão de Happy. ― Eu tenho certeza que ele faz. Ele parece ser um bom filho. ― O delegado sorriu. ― Mas eu tenho certeza que é devido à sua mãe. Happy estava um pouco confuso com o quão bom o delegado estava sendo com a sua mãe. O Xerife Riley era bom, e os Blaecleahs eram bons, mas o delegado Marc estava sendo... como... extra agradável. ― Ele trouxe um pouco de sopa de frango caseira, Mama. Você sente vontade de comer alguma coisa? Eu fiz um par de pães esta manhã. Eu poderia te dar um prato de sopa e pão. ― Você fez pão caseiro? ― Perguntou o delegado. Happy assentiu.


Um sorriso se espalhou sobre os lábios do homem. ― Eu adoraria tentar um pedaço. Tem sido anos desde que eu comi pão caseiro. ― Tudo bem. ― Happy daria ao delegado tantos pedaços como ele queria apenas se ele continuasse sorrindo assim. ― Vou querer algum também, Happy, mas só um pouco. ― Sim, mamãe. Happy estava animado que a sua mãe queria algo para comer. Ela estava comendo como um pássaro no último par de semanas. O médico disse que ela só tinha um resfriado e repouso era a melhor coisa para ela, mas Happy ainda estava preocupado. Ele não sabia o que ele iria fazer neste mundo sem ela. Ele correu de volta para a cozinha e pegou três pratos. Quando ele levantou a tampa sobre a panela elétrica, suas entranhas rosnaram com a fome no aroma. ― Isso cheira muito bem. ― Obrigado ― Delegado Marc respondeu. ― Minha mãe me ensinou a receita. ― Sim? ― Happy sorriu para o delegado enquanto ele pôs a sopa em cada tigela. ― Minha mãe me ensinou a fazer pão caseiro. O delegado olhou diretamente para casa quando ele cruzou os braços e encostou-se ao balcão. ― Eu não posso esperar para experimentar uma fatia. Eu amo pão caseiro, especialmente quando está quente, e com um pouco de manteiga. ― Oh yeah ― Gemeu Happy. ― É muito bom quente. O estômago de Happy vibrou novamente quando o delegado piscou para ele. Ele rapidamente virou-se, com medo de que o homem veria a súbita tenda na parte da frente do seu jeans. Cada palavrão que os seus avós vomitaram sobre pecado flutuavam no seu cérebro, lembrando-o de que a luxúria e desejo eram maus. O que ele estava sentindo era errado.


Só que ele não conseguia parar de sentir isso. Basta olhar para o delegado bonito tinha Happy... bem... feliz. Ele queria olhar mais. Ele queria tocar. Havia todos os tipos de lugares que ele queria tocar. Ele só não achou que nenhum deles eram autorizados. Talvez Mama soubesse. Happy abriu uma gaveta e pegou três colheres e uma faca de manteiga. O pão não estava quente, mas ainda seria gostoso com um pouco de manteiga sobre ele. Ele puxou o pão do forno e cortou várias fatias, colocando-as em um prato. Ele, então, colocou a sopa, o pão, e uma manteiga em uma bandeja para levar para o quarto da sua mãe. ― Você quer algo para beber, delegado Marc? ― Eu estou bem, mas eu ficaria ótimo se você me chamasse de Marc. Ser um delegado é o que eu faço, não quem eu sou. ― Sério? ― Happy não podia deixar de olhar para o homem. ― Estaria tudo bem se eu o chamasse de Marc? ― Eu preferia que você fizesse. ― Tudo bem. ― Happy começou a sorrir. ― Marc. ― Obrigado, Happy. Happy apenas mal manteve o sorriso do seu rosto quando ele respirou controlado. O sorriso de Marc era devastador. ― De nada. Happy pegou a bandeja de comida e começou a sair da cozinha. Foi um pouco estranho ter alguém lá além de Mama. Com exceção de quando o Xerife Riley tinha chegado e levado o seu avô, e quando os Blaecleahs tinham vindo para ajudar, Happy não conseguia se lembrar de ter mais ninguém na casa além dele, Mama, e os seus avós. ― Você pode dizer a Mama sobre o mercado do fazendeiro? ― Happy perguntou enquanto ele empurrou a porta do quarto aberta com o ombro. Ele


precisava obter a sua mente fora do delegado bonito e em praticamente qualquer outra coisa. Além disso, ele não tinha certeza do que era um mercado de agricultores. ― Eu adoraria ― Marc disse quando ele pegou uma cadeira na parede ao lado da porta e puxou-a para o lado da cama. Happy colocou a bandeja sobre o pequeno stand ao lado da cama e, em seguida, pegou uma das tigelas e estendeu-a para o delegado. Mama sempre disse que ele devia cuidar dos convidados primeiro. Uma vez que Marc tinha pegado uma tigela, Happy estendeu a mão e colocou alguns travesseiros empilhados nas costas da sua mãe, apoiando-a. Ele pegou uma bandeja de café da manhã a partir do lado da cama e a colocou sobre o seu colo e, em seguida, colocou a tigela sobre a bandeja de madeira. Happy sentou-se na ponta da cama e começou a passar manteiga no pão enquanto ouvia Marc explicar sobre o Mercado do agricultor de Cade Creek. Ele sorriu quando Marc mencionou os tomates de Billy Blaecleah. Ele teve alguns. Eles eram muito bons. Ele sorriu para a sua mãe quando ele entregou-lhe um pedaço de pão com manteiga. Ele pegou outro pedaço e começou a passar manteiga para Marc. ― Gostaria de ir no próximo fim de semana, se você estiver se sentindo melhor? Marc disse que iria nos levar. ― É algo que você gostaria de fazer, Happy? ― Perguntou Anna. Happy deu de ombros, porque ele realmente não tinha certeza de como responder a isso. ― Eu nunca estive em um mercado do agricultor antes. Pode ser divertido. Anna deu um tapinha no braço de Happy. ― Então nós vamos. ― Seus olhos foram para Marc. ― Se o delegado não se importar em nos levar?


― Eu acho que é uma ideia maravilhosa ― Marc respondeu. ― Eu adoraria levá-los. Happy entregou o pão para Marc e, em seguida, pegou a sua sopa, tomando um gole. Ele gemeu quando o sabor caseiro explodiu sobre a sua língua. ― Eu vou te dizer o que é maravilhoso, esta sopa. ― Uma risada quente encheu o quarto. A respiração de Happy travou quando ele olhou para cima para encontrar Marc observando-o com uma estranha luz nos seus olhos azuis. ― É muito boa. ― Estou feliz que você pense assim. Happy sentiu as borboletas e as bolhas que flutuavam em torno do seu estômago quando ele se sentou lá e comeu seu almoço com Marc e Mama. Ele não conseguia se lembrar de quando ele teve um bom tempo. Marc era engraçado, fazendo Happy rir várias vezes. Ele ainda fez Mama rir. No momento em que as pálpebras de Mama começaram a se agitar e fechar, Happy estava tonto. Ele sabia que tinha um grande sorriso no rosto que só não iria embora, mas ele não poderia evitar. Ele gostava de estar perto de Marc. O homem estava atento, ouvindo Happy mesmo quando ele levou um momento para colocar os seus pensamentos em conjunto. Marc não ficou bravo. Ele apenas ficou lá e esperou. Happy empilhou tudo de volta na bandeja que tinha trazido e levou de volta para a cozinha. Ele começou a lavar os pratos, olhando para cima quando Marc se juntou a ele. ― Deixo a panela conectada ou coloco-a na geladeira? ― A panela deve ser desligada quando não estiver usando e eu não iria deixá-la ligada durante a noite, mas olhe. ― Marc se aproximou e levantou uma parte da penela fora da casca exterior vermelha. ― Esta parte, uma vez que esfria, pode ser colocada na geladeira até o dia seguinte quando você pode aquecê-la de novo.


― Isso é incrível. ― Happy nunca tinha visto nada parecido. ― A tecnologia moderna tem percorrido um longo caminho, Happy. Happy franziu a testa quando ouviu o tom distinto de tristeza na voz de Marc. Ele fez uma pausa em lavar as tigelas sujas e virou-se para olhar para o delegado. ― Tem alguma coisa errada, Marc? ― Xerife John me contou um pouco sobre a sua situação com os seus avós. ― Oh. ― A cabeça de Happy caiu, assim como o seu coração. Ele não sabia exatamente como se sentia sobre Marc conhecer algumas das coisas que ele passou ao longo dos anos, mas ele tinha certeza de que ele não gostou. Ele preferia apenas colocar essa parte do seu passado para trás e seguir em frente com a sua vida. ― Hey. ― A mão de Marc pousou no seu braço. ― Eu não te disse que eu sabia que o que aconteceu para incomodá-lo. Eu apenas queria que você soubesse que eu entendo por que algumas coisas são novas para você. Se você tiver alguma dúvida sobre qualquer coisa, eu ficaria feliz em explicar isso para você. A cabeça de Happy se inclinou para o lado. ― Por que você faria isso? Os lábios de Marc se curvaram para cima. ― Porque eu gosto de você. A respiração de Happy engatou. ― Sério? ― Sim. ― Marc assentiu. ― Eu acho que nós poderíamos ser grandes amigos. ― Eu-eu nunca tive um amigo antes. ― Bem, você tem agora. ― Obrigado. ― Happy nunca tinha tido um amigo, antes, bem, além da sua mãe, e ele não achava que era o mesmo. ― O que os amigos fazem?


Marc piscou por um momento como se ele não esperasse essa pergunta. ― Uh, bem, nós planejamos ir para o mercado do agricultor juntos no próximo fim de semana. Podemos começar com isso. E eu vou ter que te ensinar sobre futebol. Não há nada melhor do que se sentar em torno em uma tarde de domingo depois da igreja assistindo a um jogo de futebol com alguns amigos. O sorriso de Happy crescia a cada palavra. Ele sabia um pouco sobre futebol de assistir a televisão, na lanchonete e na loja de sementes nas suas pausas para o almoço. Mas vê-lo com um grupo de amigos soou muito melhor. Havia apenas um problema. ― Eu nunca fui para a igreja ― admitiu. Por mais que a Bíblia tivesse sido empurrada em cima dele, deixar a casa não tinha sido permitido. ― Depois que o avô foi embora, os Blaecleahs nos convidaram para ir, mas Mama e eu... ― Happy balançou a cabeça. ― Eu não tenho certeza de como me sinto sobre todas essas coisas. ― E isso é compreensível, dadas as circunstâncias ― Marc respondeu. ― Mas eu posso dizer por experiência própria que a Igreja de Cade Creek não é nada como o material que os seus avós acreditavam. Brody não permitiria isso. ― Brody? ― Benjamin Brody, ele é o ministro lá. Você pode também estar interessado em saber que ele também é casado com Neason Blaecleah, e ele realizou a cerimônia de casamento para um número dos irmãos Blaecleah. Happy franziu a testa. Ele lembrou-se nitidamente um momento em que o seu avô começou o seu discurso retórico e delirante sobre dois homens se casando na igreja local. Ele não tinha percebido que eram os Blaecleahs. ― Isso é um problema para você? Happy olhou para Marc. ― O que é um problema para mim? ― Dois homens se casar?


Happy pensou sobre isso por um momento, tentando dar a questão uma resposta honesta. Era um problema para ele dois homens se casar? ― Mama diz que as pessoas que se amam devem se casar, e que a Bíblia diz a mesma coisa, mas os meus avós foram casados por mais de quarenta anos e eles foram infelizes juntos. Eu nunca os ouvi dizer uma palavra um para outro. ― Happy balançou a cabeça. ― Se isso é o que o casamento é, eu não quero nenhuma parte dele. ― Eu realmente acredito que o casamento dos seus avós era uma anomalia. Eu acho que a maioria das pessoas que começam uma vida feliz devem ser casados. ― Marc riu, o que surpreendeu Happy. A discussão parecia bastante séria. ― Você precisa passar algum tempo com os Blaecleahs. Cada um deles é muito feliz. Happy dobrou seus lábios, olhando em volta rapidamente antes de se inclinar para sussurrar, ― Você não deve jurar. É ruim. As sobrancelhas de Marc subiram antes dele rir. ― Oh, Alani Blaecleah vai te ama. Happy assentiu enquanto ele sorriu mais uma vez. ― Ela é muito boa. ― Você já conheceu? ― Mama ficou com eles, enquanto eu estava no hospital. Eu não queria que ela estivesse aqui sozinha. ― Você é um bom filho. Happy esperava que sim. Sua mãe era a melhor, e ela merecia apenas o melhor. ― Eu tento ser. ― Então. ― Os olhos de Marc caíram para o relógio no seu pulso, em seguida, desviou para a porta da frente. ― Eu tenho que ir. Os ombros de Happy caíram. ― Eu entendo. ― Ele não podia esperar que Marc gastasse todo o seu tempo com ele. O homem era um delegado


depois de tudo, um delegado muito bonito. Ele provavelmente tinha coisas muito melhores para fazer. ― Eu tenho o turno da noite hoje, então eu preciso de ir para casa e dormir um pouco antes do trabalho. ― Oh. ― Isso era um pouco diferente, mas só um pouco. Happy tentou não parecer muito triste que o delegado estava saindo quando ele caminhou até a porta da frente. ― Eu acho que eu vou vê-lo na próxima semana, então? ― Próximo fim de semana é muito tempo, Happy. ― Uma expressão de satisfação se mostrou nos olhos de Marc. ― Eu estava esperando que eu pudesse vir antes disso. O coração de Happy cantou com prazer. ― Sim ― disse ele. ― A qualquer hora. ― Bom. Happy seguiu Marc fora de casa. Ele estava na varanda e ele observou Marc subir no seu caminhão, acenou, e saiu com o carro. Happy observou até o caminhão desaparecer de vista antes de se virar e caminhar de volta para dentro. Talvez ter um amigo não seria tão ruim, afinal.

Capítulo Quatro


Happy espreitou por entre as cortinas novamente antes de olhar para o relógio na parede. Já passava dez minutos depois das dez. Marc estava atrasado. Ele começou a morder o polegar enquanto andava. Talvez o homem tivesse decidido não vir. Happy conseguia pensar em um milhão de razões para Marc não aparecer. Ou seja, ele. Ele não era o bulbo mais inteligente na caixa graças à lesão na cabeça que ele sofreu quando tinha dez anos de idade. Combine isso com a sua falta de conhecimento sobre o mundo real, e ele provavelmente parecia um caipira completo. Conseguia pensar em muito poucas razões para fazer o homem na verdade aparecer. Ser um amigo só foi tão longe. Marc provavelmente tinha uma vida que estava muito ocupada também. Desde o primeiro dia, Marc já tinha vindo visitar mais duas vezes. Isso foi muito. Happy tinha certeza de que ele tinha coisas melhores para fazer. Happy olhou para o relógio novamente. Mais cinco minutos tinham se passado. Ele saiu para a varanda e sentou-se no balanço da varanda que ele tinha feito para sua mãe no verão passado. Ele empurrou com os pés, o balanço se movimentando suavemente para trás e para frente. ― Você está bem, filho? Happy olhou para cima para ver a sua mãe em pé na porta da tela. ― Eu estou bem. ― Ele disse que viria. Ele virá. Sua mãe o conhecia demasiado bem. ― Eu acho. ― Delegado Marc não parece ser o tipo de homem que não aparece em algum lugar quando ele diz que ele vai estar lá. Basta dar-lhe algum tempo.


Happy sabia que a sua mãe estava certa. ― Eu nunca tive um amigo antes. ― Ele não tinha certeza de como exatamente ele deveria agir ou o que ele deveria fazer. ― Você gosta dele, não é? O rosto de Happy corou. Ele rapidamente baixou os olhos para o seu colo. ― Ele é bom. Happy se moveu quando a sua mãe se espremeu no local ao lado dele. Ele tinha feito o balanço extra grande para que pudessem sentar sobre ele junco com ela, mas ela gostava de se sentar perto. Ele gostava também. ― Você sabe, não há problema em gostar de Marc. ― Sim? ― Isso não era o que tinha sido dito a ele a maioria da sua vida. E mesmo que a sua mãe dissesse que os seus avós mentiram, às vezes era difícil de lembrar que ele não era a semente de Satanás. Anna concordou. ― E se... ― Happy engoliu em seco quando ele admitiu o seu segredo mais profundo. ― Ele faz minha barriga ficar engraçada. ― Como se você tivesse uma barriga cheia de borboletas. ― Sim ― Happy respirou, feliz que a sua mãe compreendia. Ela sempre fazia. ― Meu estômago fica todo engraçado quando ele está por perto. Anna acariciou a sua mão. ― Não há nada de errado em gostar de Marc, mas é preciso lembrar que ele quer ser seu amigo. Isso pode ser tudo o que ele quer ser. O coração de Happy apertou com tanta força que as lágrimas brotaram nos seus olhos. ― Você quer dizer que ele pode não ter borboletas? ― Ele sussurrou, não querendo falar as palavras mais alto do que isso. ― Sim, meu menino, eu faço. ― Anna suspirou, seus dedos acariciando a mão de Happy. Não havia tristeza na sua voz quando ela falou. ― Às vezes, gostamos de pessoas que só querem ser amigos. Isso não


significa que eles não gostam de nós, só que eles podem não gostar de nós exatamente da mesma maneira. ― Mas eu quero que ele goste de mim. ― Eu sei, Happy, mas nem sempre conseguimos o que queremos. Happy não queria ouvir isso. Isso fez as borboletas no seu estômago começar a bater e queimar. ― Como eu sei se ele quer ser apenas meu amigo? ― Eu acho que talvez você só deva esperar para conhecê-lo melhor. ― Anna sorriu. ― Quem sabe? Você pode achar que depois que você o conhecer melhor que você realmente não gosta dele depois de tudo. ― Não é provável. ― Riu Happy. ― Ele é lindo. ― Bem, acho que eu não posso discutir com isso. ― Anna acariciou a mão de Happy novamente. ― Basta ter cuidado, filho. Marc parece muito bom, mas as pessoas podem esconder a sua verdadeira natureza até que eles consigam o que querem. Happy inalou lentamente. ― Eu sei, mãe. ― Ok, eu vou entrar e acabar de ficar pronta. Chame-me quando Marc chegar aqui. ― Obrigado, mamãe. ― Happy inclinou-se e deu um beijo na bochecha da sua mãe. ― Eu te amo. ― Eu também te amo, meu menino. Depois que a porta se fechou atrás da sua mãe, Happy voltou a ver a estrada em busca de sinais de Marc. Talvez o homem realmente tivesse decidido não vir. Oh, espere, ele já tinha tido esse pensamento. Happy suspirou quando ele olhou para as suas mãos. Ele realmente precisava desistir. Marc não viria - a cabeça de Happy se levantou ao som de um veículo chegando a casa. Ele se levantou e caminhou até a beira da varanda, prendendo a respiração até que o caminhão branco de Marc veio à tona.


Ele havia chegado. Happy tentou não parecer muito ansioso quanto ele pulou para baixo os degraus e caminhou em direção a caminhonete de Marc. Mas cada pensamento que ele teve sobre ficar tranquilo voou pela janela quando Marc saiu do caminhão e viu o homem feliz. O delegado Marc Walker era bastante bonito no seu uniforme e chapéu, coldre de arma e distintivo incluído. Mas o simples Marc Walker, civil, de calça jeans desbotada e uma camisa de flanela vermelha sobre uma simples camiseta de algodão branco era algo do que as fantasias eram feitas. Happy não podia fazer nada além de ficar lá e olhar. ― Desculpe o atraso ― disse Marc enquanto caminhava em direção a Happy. ― Eu tive um pneu furado. ― Está tudo bem. ― Era sua imaginação ou Marc estava dando um longo olhar em Happy? Ele estava quase levantando. Pelo menos, ele parou e ficou lá com as mãos nos bolsos, como se estivesse posando, ou deixando Happy obter uma boa olhada. E Deus, ele poderia olhar para sempre. ― A sua mãe pronta para ir? ― Sim. ― Happy franziu a testa quando ele foi forçado a olhar por cima do ombro em direção à casa. ― Pelo menos, eu acho que ela está. Eu provavelmente deveria verificar. ― Ou podemos apenas esperar aqui por ela. A cabeça de Happy balançou, sua respiração presa na sua garganta. O sorriso que Marc estava dando a ele era tão aquecido que Happy sentia como se os dedos dos pés estivessem indo derreter. Ele sempre quis que Marc olhasse para ele assim. Mesmo que ele não conseguisse respirar. ― Você está animado em ir para o mercado do fazendeiro?


― Eu estou. ― Happy Sorriu, sentindo-se animado e feliz. Se Marc continuasse a sorrir para ele assim, Happy tinha certeza de que ele poderia flutuar direito do chão. ― Senhor Gus deixou-me trabalhar um turno extra. ― Happy enfiou a mão no bolso e tirou os cinquenta dólares que ele tinha ganhado. ― Mamãe disse que eu podia gastá-lo hoje. ― Haverá uma grande quantidade de barracas lá por isso não gaste tudo isso em um só lugar. A cabeça de Happy se inclinou para um lado. ― barracas? ― Eles têm barracas lá, Happy, cheias de tudo, desde frutas e legumes até joias e cones de neve. Billy Blaecleah vende colchas costuradas à mão com as senhoras na sua colcha de abelha. E Alani vende os seus tomates. Mesmo um dos amigos de Yancy vem para a cidade nos fins de semana e vende algum tipo de bom-para-você tremer. Happy tentou envolver a cabeça em torno do que constituía um bompara-você tremer. Ele simplesmente não conseguia. ― O que exatamente é isso? ― Um bom-para-você tremer? Happy assentiu. Marc riu antes de responder. ― É um shake, mas é feito com coisas como soro de leite e leite de soja em vez de sorvete. ― Isso é bom? ― Eu não faço ideia. Eu nunca tive um, mas Yancy jura por eles. Huh. ― Talvez eu tente um. ― Ou não. Happy não tinha certeza se queria tentar qualquer coisa chamada de soro de leite, sem saber o que era. Mas ele tinha certeza de que gostaria de tentar um shake. Ele gostava de chocolate. ― Você gosta de chocolate?


― Morango ― Marc respondeu. ― Eu sei que a maioria das pessoas, gostam chocolate ou baunilha, mas eu sempre fui um homem de morango por mim mesmo. ― Eu nunca tive um milkshake de morango. O sorriso de Marc cresceu. ― Nós podemos parar no café e obter um para compartilhar. ― Sim? ― Happy ia saltar para a lua. Ele só sabia disso. Marc queria compartilhar um milkshake com ele. Happy se virou quando ouviu a porta de tela abrir. Mama estava apenas saindo. Happy acenou quando o fez, vendo quando ela entrou e, em seguida, saiu um minuto depois com a sua bolsa e um suéter sobre seu braço. ― Bom dia, Marc. Marc assentiu respeitosamente. ― Bom dia, Anna. Happy gostou do fato de que Marc e a sua mãe pareciam se dar tão bem. Sua mãe era a pessoa mais importante na sua vida. Marc estava se movendo rapidamente para manter esse ponto com ela. ― Estamos prontos? Happy assentiu como a sua mãe. Marc virou e liderou o caminho de volta para o seu caminhão. Happy deu a volta para o lado do passageiro com Anna. Ele abriu a porta e puxou o banco para que Anna pudesse subir para o banco traseiro. ― Oh, este é um bom caminhão ― disse ele, quando ele subiu e fechou a porta. Não era como se ele tivesse estado em muitos veículos, mas parecia muito bom. Limpo e bem cuidado. ― Obrigado. ― Marc agradeceu e, em seguida, começou a descer a calçada. ― Eu tenho apenas sorte que o Xerife Riley me deixe manter o meu veículo pessoal durante o trabalho. Eu odeio dirigir o carro dos outros, mesmo os da polícia.


― Você se acostumar a dirigir o mesmo carro. Você sabe como ele funciona e o que ele pode fazer. ― Sim. ― Marc franziu a testa quando ele olhou. ― Como você sabe disso? ― É a mesma coisa com a minha bicicleta. Logo depois que eu consegui, os pneus foram cortados. Xerife John me emprestou outra por um par de dias até que eu pudesse obter pneus novos. ― Happy ficado tão chateado. Ele ainda ficava chateado só de pensar nisso. Ele não entendia por que alguém iria ser tão mau para cortar os pneus. ― Isso só não foi o mesmo que andar com a minha bicicleta. As sobrancelhas de Happy dispararam quando as mãos de Marc se apertaram em torno do volante até que estalava sob eles. ― Você sabe quem cortou os seus pneus, Happy? ― Não. ― E Happy meio que queria mantê-lo assim. Ele não gostava de pensar que ele podia conhecer alguém assim. ― Xerife John disse que iria lidar com isso. ― Ok. ― Marc assentiu, seus lábios apertados. Happy sabia com apenas um olhar o que homem estava pensando. ― Por favor, deixe-o lidar com isso, Marc. ― Algo dentro de Happy se rebelou com o pensamento de Marc ser exposto a esse tipo de maldade. Ele sabia que Marc lidava muitas vezes com pessoas más, devido ao seu trabalho, mas Happy não queria que fosse por causa dele. ― É isso que você quer? ― Perguntou Marc. ― Por Favor. Marc prendeu a respiração. Happy não sabia por quanto tempo o homem segurou-a antes de soprar, mas pareceu uma eternidade. ― Tudo bem, Happy. Eu vou deixá-lo ir desta vez. Mas se acontecer de novo...


Happy sabia que ele tinha acabado com o seu único passe livre. Se alguém cortasse o seu pneu novo, Marc não estava indo parar de investigar até encontrar o culpado. Happy teria apenas que garantir que os seus pneus não fossem cortados novamente. Talvez fosse a hora de começar a andar para a cidade de novo. ― Aqui estamos nós. Happy olhou para cima. Apreensão começou a passar através dele quando ele percebeu que tinha atingido os limites da cidade. Ele não tinha ido a cidade nos fins de semana para que ele não soubesse até agora como era ocupado. As pessoas estavam em todos os lugares, nos carros, nas calçadas, movendo-se dentro e fora das lojas. ― Marc, isso é sempre ocupado? ― Somente durante o fim de semana, quando o mercado do agricultor está aberto ou há algum tipo de festival acontecendo. Happy se sentou lá no seu assento quando Marc puxou o caminhão em um local próximo à calçada. Ele não tinha certeza se ele realmente queria sair do caminhão. ― Há tantas pessoas ― disse ele quase para si mesmo. ― Hey. Happy afastou-se da janela do passageiro e olhou na direção de Marc quando sentiu o homem agarra a sua mão e dar-lhe um aperto. ― Eu não vou deixar nada acontecer com você ou a sua mãe. ― Um canto da boca de Marc curvou-se quando ele apertou a mão de Happy novamente. ― Você está seguro comigo, Happy. Eu vou ter certeza disso. A promessa nos olhos de Marc colocou o pulso de Happy em espiral. ― Ok. O sorriso de Marc cresceu. ― Bom homem.


Happy sabia que precisava se juntar ao mundo real em algum ponto. Ele não podia ficar enfiado no seu cantinho para sempre, mesmo que fosse apenas para que ele pudesse trazer a sua mãe para a cidade para o almoço. Mas

ainda

era

assustador.

Havia

tantas

pessoas

fora

e

na

proximidade. Mesmo fazendo biscates em torno da cidade, Happy não encontrava com um monte de gente. Ele apenas fazia o seu trabalho e, em seguida, ia para casa. Isso era... Happy respirou fundo. Isso era assustador, mas ele poderia fazê-lo. Ele não podia fazer nada por Mama, mesmo enfrentar as multidões que se reuniram no mercado do fazendeiro. Ele tinha acabado de cola-se a Marc. ― Pronto? Não realmente. Happy colocou um sorriso no rosto de qualquer maneira. ― Claro. Happy abriu a porta e saiu, se virando para puxar o banco para frente, para que a sua mama pudesse sair. Ele segurou a mão dela enquanto ela saiu para a calçada depois recuou e fechou a porta. Seu coração bateu um pouco mais rápido até que Marc caminhou ao redor da frente do caminhão e se juntou a eles. Marc fez um gesto com a cabeça. ― Vamos lá, o mercado do agricultor fica para baixo no parque. ― No parque? ― Perguntou Happy quando ele pegou a mão da sua mãe e, em seguida, seguiu ao lado Marc. ― Não é ruim para a grama? ― Eu acho que tecnicamente é a rua ao lado do parque. Eles fecham a um quarteirão da Main Street em frente ao parque, em ambos os sentidos. ― Ele sorriu quando ele se inclinou em direção Happy. ― A grama está segura. Happy gostava disso. Lembrou-se de sentar na grama enquanto comia o seu almoço quando ele estava na cidade. O parque era um lugar


bonito. Um grande gazebo branco estava no centro do parque com passagens provenientes de todos os quatro lados. Além do parque eram edifícios de dois e três andares de altura, mas nunca maior do que isso. Eles tinham grandes janelas e tijolos e tapume de madeira desbotada. Happy gostava de se sentar e assistir as pessoas enquanto elas iam e vinham, cuidando dos seus negócios. O Cade Creek Café na Main Street parecia ser bastante popular. Happy não se atreveu a ir lá, ainda não. Ele não estava pronto para comer em um lugar tão movimentado. A biblioteca, tinha quase um lado inteiro de frente para o parque, era um lugar que Happy estava bastante familiarizado, um lugar que ele gostava de ir. A bibliotecária estava lhe ensinando a ler melhor. Ele foi lá por uma hora todos os dias depois do trabalho. Ele também fez retirada de livros e os levou para casa para Mama ler para ele. ― Podemos parar na biblioteca antes de ir para casa? ― Perguntou Happy quando viu o grande edifício de arenito a frente. ― Srta. Betty disse que ela tinha alguns livros novos para mim. ― Claro ― respondeu sem hesitação Marc, fazendo Happy sorrir. Marc parecia que estava interessado. ― O que você gosta de ler? ― Mamãe e eu temos lido através de contos de fadas dos Grimm. Happy não entendeu o olhar que Marc atirou para a sua mãe, mas ele se esqueceu de se preocupar com isso quando virou a esquina e o parque veio à tona. ― Oh. ― Happy derrapou até parar quando o seu coração pulou para a garganta. ― Há tantas pessoas. ― Happy, está tudo bem. ― A visão de Happy foi subitamente bloqueada por Marc. ― Olhe para mim.


Happy hesitou, dilacerado por emoções conflitantes. Ele queria olhar para Marc. Ele gostava de olhar para Marc. Ele também queria virar e voltar para o caminhão, talvez até todo o caminho de volta para a fazenda. Ele não gostava de multidões. ― Happy, está tudo bem ― disse Marc. ― Eu prometi mantê-lo seguro, lembra? ― Mas há tantas pessoas, Marc. ― Isso fez nó no estômago de Happy. ― Há um monte de gente, Happy. ― Happy olhou nos olhos de Marc quando o homem acariciou a sua bochecha. ― E você sabe o quê? A maioria deles são amigos e familiares. ― Sim? Marc virou-se e apontou para um estande colorido com prateleiras de colchas penduradas atrás de um balcão, onde um homem de cabelos escuros estava costurando alguma coisa. ― Lembre-me de lhe contar sobre Billy e os seus quilts? ― Esse é Billy? ― Sim. Happy não tinha certeza do que o homem estava fazendo além de costura, mas se as belas colchas penduradas nas prateleiras ao redor dele eram qualquer indicação, Happy queria aprender como fazê-las. Ele sabia como costurar o básico. ― Você acha que ele iria me ensinar a fazer isso? Marc piscou. ― Uh, provavelmente. Por que não vamos perguntar a ele? ― Oh, não. ― Happy agarrou a mão de Marc, puxando-o a parar. ― Ele parece ocupado. Eu não quero ser um incômodo. Happy se afundou no braço Marc envolvido em torno do seu ombro, mesmo que fosse apenas por um momento quando o homem deu-lhe um


pequeno abraço. Exceto pelos abraços da sua mãe, ele nunca tinha sentido nada tão maravilhoso. ― Você nunca poderia ser um incômodo, Happy.

Capítulo Cinco

Marc assistiu a maravilha na cara de Happy enquanto caminhavam entre as bancas. Ele era como uma criança numa loja de doces. Seus olhos azuis vibrantes dançavam de item a item, nunca ficaram em uma coisa mais do que alguns segundos como se ele estivesse com medo, se ele abrandasse, ele iria perder algo. Happy não foi o único a dançar de emoção. Anna estava andando com o seu filho com a mesma rapidez. Isso deu para Marc algo para pensar. Ele tinha estado tão focado em se certificar que Happy visse tudo que ele esqueceu que Anna não tinha visto o mundo desde que ela era adolescente. Ela nem não tinha sido autorizada a ir para o hospital para dar à luz a Happy . Ela o havia tido em casa com nenhum pessoal médico presente. Era difícil pensar em como facilmente o mundo poderia ter perdido ter Happy O'Brian nele, e que teria sido uma coisa muito triste. ― Marc? ― Sim, Happy. Os olhos de Happy foram para sua mãe. ― Você poderia manter


Mama ocupada por um momento? ― Sim, com certeza. ― Marc franziu a testa em confusão e apenas um pouco de apreensão. ― Há algo errado? ― Não, não. ― Happy inclinou-se como se tivesse um segredo. ― Mama estava olhando para essa linda bolsinha no último estande. Eu quero ir buscá-la para ela. ― Happy puxou o seu pequeno maço de dinheiro do bolso. ― Eu tenho dinheiro suficiente para isso. O tom de Happy era o de alguém pedindo permissão, e isso irritou Marc que Happy achou que ele tinha que ter permissão para comprar a sua mãe um presente. ― Eu acho que é uma ideia fantástica. ― Marc enfiou a mão no próprio bolso e tirou uma nota de dez dólares. Ele entregou-a a Happy. ― Você poderia me fazer um favor também? ― Claro. Marc apontou para uma banca a alguns metros para trás. ― Vá pegar um desses buquês de flores para a sua mãe. Happy hesitou, piscando com perplexidade. ― Você quer comprar flores para minha mama? ― Eu queria agradecer-lhe por ter um filho tão maravilhoso. ― Foi a coisa mais adorável que já tinha visto quando as bochechas de Happy coraram. ― Acho que foi meu dia de sorte quando te conheci, Happy.

Marc esfregou os olhos enquanto ele caminhava para o Cade Creek Café, uma semana depois. Ele fez o pedido e, em seguida, bateu o pé


enquanto esperava a sua comida ficar pronta. Marc olhou para o relógio. Era apenas dez horas da manhã, mas, para ele, parecia dez horas da noite. Vindo de um turno da noite era uma merda. Ele sabia que deveria estar indo para casa e ir para a cama, mas os pensamentos de Happy o manteve acordado. Eles tinham por dias. Ele teve um tempo difícil admitindo para si mesmo o quanto ele tinha gostado de almoçar com Happy e a sua mãe. Foi ainda mais difícil de admitir para si mesmo que a misteriosa faísca que viu o intrigou mais do que qualquer coisa que ele já tinha experimentado na sua vida. E ele não sabia por quê. Gostava de Happy. Depois de passar um pouco de tempo com ele, ele sabia que o homem precisava de alguém no seu canto. Isso não explicou por que sentia um impulso irresistível de vê-lo todos os dias, e falar com ele ainda mais do que isso. Depois de visitar o mercado do agricultor com Happy e Anna, e um par de almoços nos dias seguintes, Marc se forçou a ficar afastado por três dias inteiros e estava deixando-o louco. Ele queria ver o sorriso de Happy. Marc caminhou até o balcão, quando o seu número foi chamado, pegando os sanduíches que tinha pedido. Ele realmente precisava descobrir que tipo de alimentos Happy e Anna gostavam porque ele estava apenas adivinhando aqui. No seu caminho para fora e para o seu carro, seu celular tocou. Marc colocou a sua bolsa sobre o capô da sua caminhonete e pescou o celular do bolso. ― Walker. ― Hey, Marc, é John Riley. Eu sei que você acabou de sair do turno, mas eu preciso de você volte a estação. Houve um acidente fora na velha estrada trinta e eu preciso de todas as mãos no convés.


― Droga. ― Marc disse adeus ao seu piquenique no quintal com Happy e Anna. Ele agarrou o saco branco com os sanduíches que tinha comprado e jogou-os para dentro da cabine do seu caminhão. ― Ok, eu estou no meu caminho. Marc sabia que o acidente tinha que ser muito ruim se o xerife estava chamando todos. John Riley não faria isso apenas para foder com os seus delegados. Demorou menos de cinco minutos para Marc chegar à estação do xerife e puxar para um ponto na frente. Ele agarrou o saco branco e saiu do seu caminhão, batendo a porta e correndo para a estação. ― Hey, Agnes, você iria colocar estes na geladeira para mim? ― Ele perguntou quando ele jogou o saco branco na mesa do despachante. Se tivesse sorte, ele poderia ser capaz de leva-los para Happy para o jantar. Agnes assobiou quando ela olhou para dentro do saco. ― Material quente? ― Sim, algo assim. ― Poderia ter sido se não tivesse sido chamado para trabalhar. ― Onde está o chefe? ― Sala de conferências. ― Obrigado. ― Marc enviou a mulher mais velha uma piscadela em seguida dirigiu-se para a sala de conferências na parte de trás da estação. Eles às vezes usavam como uma sala de planejamento, quando algo grande estava indo para baixo. Ele podia ver as pessoas dentro antes mesmo dele chegar lá. Quando Marc empurrou a porta, o nível de ruído parou por um breve momento, quando todos se viraram para olhar para ele. Tão rapidamente, ele retomou para o seu nível mais alto quando as pessoas voltaram a conversar. Marc começou a ter a sensação de que estava acontecendo mais do que ele tinha pensado originalmente. ― xerife? O xerife acenou para ele. Ele estava em pé ao lado do seu marido,


Yancy Butler, que também era um policial. Ambos os homens pareciam estar indo ao longo de um mapa preso em um quadro de cortiça. ― Eu pensei que você disse que houve um acidente na estrada. ― disse Marc. ― Quão grande foi? ― O estômago de Marc apertou com a ideia de quantas pessoas teriam se ferido ou mortos para que estivesse todo esse caos. ― Foi um acidente simples até que eu vi que tipo de veículo que era. ― E? ― O transporte do internos do norte do estado. O intestino de Marc deu um nó. ― E? Xerife John olhou bem nos seus olhos. ― Eles estavam transportando Herne O'Brian e outros três para um centro médico seguro na cidade. ― John olhou para a prancheta na mão. ― O médico, motorista, e um dos presos foram mortos no acidente. Os dois guardas sobreviveram, mas tem ferimentos graves. Marc ia ficar doente. ― O'Brian? ― O'Brian e os outros dois presos escaparam e desapareceram. A última aparição foi quando eles estavam se dirigindo para Cade Creek. Puta merda! ― Ele está indo atrás de Happy e Anna. John fez uma careta. ― Esse é o meu pensamento. Marc girou e se dirigiu para a porta, seu único objetivo no momento era chegar ao homem bonito e a sua mãe, e, em seguida, levá-los a algum lugar seguro. Até o momento que ele chegou à sala principal da estação, ele estava correndo. Ele correu para fora da porta e desceu as escadas para o seu caminhão. Quando ele pulou para dentro e ligou o motor, a porta do passageiro se abriu e Yancy entrou.


O homem alto deu de ombros. ― John pensou que poderia usar alguma ajuda. Fazia sentido. Marc saiu da vaga de estacionamento e foi para a estrada. Ele sabia que estava quebrando mais do que algumas leis por excesso de velocidade. Ele não se importava. Ele precisava chegar a Happy e a sua mãe antes de Herne O'Brian. Além disso, ele dirigia um carro da polícia. Ele poderia ligar a sirene. Os 16 quilômetros para a casa de Happy pareceu durar uma eternidade. Marc tinha certeza de que ele poderia ter voado para lá mais rápido. No momento em que puxou para a entrada que levava para a casa de Happy, as tripas de Marc estavam tão torcidas dentro dele que ele mal podia respirar. Marc parou o caminhão perto da casa e desligou o motor. Ele viu o início da porta da frente abrir quando ele pulou para fora do caminhão. ― Marc? ― Disse Happy quando ele saiu. ― O que está errado? ― Happy, eu preciso de você para voltar para dentro da casa. ― disse Marc enquanto se apressava a subir os degraus. Ele tomou Happy pelo braço e levou-o de volta para dentro. Quando Yancy entrou e fechou a porta atrás dele, Marc sentiu os músculos de Happy tensos sob a sua mão. Ele puxou Happy para encará-lo, chegando a tocar o rosto de Happy e trazendo a atenção do homem para ele. ― Está tudo bem, Happy. Yancy é um amigo. Ele é casado com Xerife Riley. ― Por que ele está aqui? ― Perguntou Happy, seus olhos ainda arregalados no seu rosto, como se ele estivesse a poucos momentos de distância de pânico. ― Eu preciso falar com sua mãe por um momento. Você pode obter


para Yancy algo para beber? ― Sim, é claro. ― Quando Happy se dirigiu para a cozinha, Marc assentiu. Yancy assentiu e seguiu Happy. Marc correu pelo corredor, batendo na porta de Anna. ― Anna? É Marc. Posso entrar? ― Sim. Marc empurrou a porta e entrou no quarto. Ele ficou satisfeito ao ver a mulher sentada em uma cadeira em vez de na sua cama. A cor no seu rosto estava melhor, também. Marc se aproximou e sentou-se em uma cadeira em frente a ela. ― Eu queria um momento para conversar com você antes de Happy entrar. ― Deus, ele se sentia como um monstro quando o rosto de Anna começou a empalidecer. Marc podia ver o medo nos seus olhos quando ele acenou para ela na pergunta silenciosa. ― Um transporte, tendo o seu pai e um par de outros detentos para o hospital caiu na estrada 30. Seu pai e dois detentos escaparam e foram vistos vindo em direção a Cade Creek. ― Não, ele está vindo para cá. Eu sei que ele esta. ― As mãos de Anna começaram a torcer nervosamente no seu colo. ― Ele sempre jurou que iria voltar e terminar o que começou. ― Ele não vai terminar nada, não enquanto eu estiver por perto. ― Por que isso importa para você? Marc não tinha a intenção de contar a Anna do seu interesse no seu filho. O casal tinha passado por muito e ele mal conhecia. Ele pode querer levar as coisas devagar e conhecer Happy, mas derramar as suas entranhas para a mãe do homem não estava na sua agenda ainda. ― É Happy, não é? ― Anna disse isso como uma afirmação, não uma pergunta.


Droga. ― Você gosta dele. ― Eu quero ser seu amigo. ― Isso não soou tão ruim, não é? Ele certamente não poderia dizer para Anna o que ele realmente queria do seu filho. Ela iria arrancar-lhe os olhos. Anna bufou enquanto os seus olhos rolaram. ― Eu tive alguém me dizendo que queria ser meu amigo uma vez. É assim que eu acabei com Happy. Marc riu porque ele não poderia prender mais tempo. Anna era uma pistola. ― Eu gosto de Happy. Eu gosto de ficar perto dele. Eu não estou querendo deixá-lo grávido. Os lábios de Anna se contraíram nos cantos. ― Então o que você está procurando? Porcaria. ― Por enquanto, eu quero ser seu amigo. ― Marc cruzou as mãos e olhou para elas ― Eu quero conhecê-lo melhor. Quero apresentá-lo ao mundo. Há tantas coisas que ele perdeu e eu quero estar lá quando ele as descobrir. Se as coisas progredirem a partir daí, então vamos atravessar essa ponte quando chegarmos a ela. Anna era apenas cerca de dez anos mais velha do que ele, mas Marc ainda sentia o escrutínio quando ela olhou para ele. Se Anna dissesse não a sua busca por Happy, Marc tinha dúvida de que Happy iria chutá-lo para o meio-fio. O homem ouvia a sua mãe. Ele também sabia que Happy e Anna eram um pacote. Se ele quisesse Happy na sua vida, então ele ia ter que aceitar que Anna estaria lá também. Mãe e filho eram muito próximos. ― Não o machuque, Marc. ― Anna finalmente sussurrou. ― Ele foi ferido por muito tempo. Marc queria sorrir, mas quase se sentiu errado por fazê-lo. Esta foi


uma conversa solene. Ele precisava mostrar a Anna que as suas intenções com o filho dela não eram ruins. ― Eu não quero nada mais do que fazer Happy feliz, mesmo que isso não seja comigo. Marc estendeu a mão e agarrou as mãos de Anna na sua. ― Mas agora, nós realmente precisamos chegar a algum lugar seguro. Como você se sentiria sobre vocês dois vindo para ficar na minha casa por um par de dias? Eu tenho muito espaço. Anna olhou em torno do seu quarto, seus olhos caindo sobre diferentes itens no quarto. ― Eu suponho que estaria tudo bem. ― Anna, como é que Happy vai levar isso? ― Isso preocupava Marc. Happy era provavelmente o maior homem, mais forte que ele já conhecera, mas havia uma vulnerabilidade nele que trouxe todos os instintos protetores de Marc. Um pequeno sorriso se espalhou sobre os lábios de Anna. ― Happy entende muito mais do que as pessoas pensam. Ele pode não saber como dirigir um carro ou trabalhar um micro-ondas, mas ele aprendeu a ler o temperamento de alguém desde que ele podia rastejar. ― Eu não quero ele assustado se eu puder evitar. ― Marc deu de ombros quando Anna olhou para ele com uma sobrancelha levantada. ― Eu acho que ele está com medo o suficiente. ― Em seguida, basta falar com ele e tratá-lo como um adulto. Diga a ele o que está acontecendo. Ele vai entender. ― O que está acontecendo? Os olhos de Marc se fecharam quando ele ouviu a voz de Happy da porta. Ele respirou fundo e, em seguida, abriu os olhos, voltando a olhar para o homem alto. Os olhos de Happy ficaram preocupados, porque eles foram para a sua mãe. ― O que está errado?


― Nós estamos indo para ir ficar com Marc por alguns dias. ― disse Anna. As sobrancelhas de Happy se juntaram. ― Por quê? Marc sentiu o peso do olhar de Anna ainda olhando para ele. ― É o seu avô, Happy. Ele estava sendo transportado para um hospital, quando houve um acidente. Ele escapou e nós acreditamos que ele está a caminho daqui. A carranca de Happy se aprofundou, mas Marc não viu nenhum medo nele. ― Por que ele estava indo para o hospital? ― Eu... uh... Você sabe, eu esqueci de perguntar. ― Mas ele não estava surpreso que Happy perguntou. ― Eu estava mais preocupado em sair de lá e ter certeza de que você e a sua mãe estavam bem. ― Nós estamos bem. Marc sorriu. ― Eu só tinha que ter certeza. ― Porque você é meu amigo. ― Sim. ― respondeu Marc. ― Vá arrumar uma mala, Happy. ― disse Anna. ― Nós estamos indo para ir ficar com Marc por alguns dias. Happy assentiu. ― Eu não vou demorar muito. ― disse ele antes de se virar e ir embora. Marc se perguntou se Happy compreendeu plenamente o que estava acontecendo. Ele esperava que Happy estivesse assustado. Anna estava. Em vez disso, Happy estava agindo como ele estivesse se preparando para uma festa do pijama com um amigo. Essencialmente, isso era verdade, mas apenas porque ele tinha um louco atrás dele. E Marc tinha pavor de que ele não seria capaz de manter Happy e Anna seguros. ― Eu trouxe um outro policial comigo, Anna. Enquanto eu vou falar


com ele, por que você não arrumar uma mala? ― Apenas alguns dias? ― Anna perguntou de onde ela estava. ― Iso não deve ser mais do que alguns dias, mas se você tem aqui qualquer coisa que é realmente importante para você, você pode querer agarrá-la. Vou pedir ao xerife para designar alguém para vigiar a casa, mas se o seu pai chegar, eu não posso prometer que não vai destruir qualquer coisa que ele encontrar. ― Ele faria. ― Anna concordou. ― Ele iria destruir qualquer coisa que ele sentia que não era necessária ou não cairia na sua ideia insana de como o mundo deveria ser. Marc endureceu. ― É por isso que ele odeia tanto Happy? Anna deu de ombros quando ela começou a puxar a roupa fora da sua cômoda. ― Eu tinha quinze anos quando Xerife Miller pôs as mãos em mim. Meus pais já eram bastante religiosos nessa época. Acho que o meu pai tinha planos para mim, mesmo naquela época, e quando eu me dei para o xerife, eu me desonrei aos olhos do meu pai. Eu não era mais limpa. Eu tinha pecado. ― E Happy era a prova desse pecado. ― Não era uma pergunta. ― Sim. Era tão simples. ― Então, se ele voltar, você acha que ele vai ir atrás de você ou Happy? ― Ambos, na verdade. ― Anna foi até a cama e colocou uma pilha de roupas no colchão. ― Ele vai ir atrás de Happy por vingança. ― Os ombros de Anna mudaram quando ela deu de ombros com uma tristeza resignada. ― E nós dois sabemos por que ele vai vir atrás de mim. Marc assentiu porque ele tinha uma ideia muito boa. Herne O'Brian tinha se fixado em Anna. Ele não iria parar de ir atrás dela até que alguém o


parasse. ― Eu vou pará-lo, Anna. Eu prometo. ― Você não pode prometer isso. ― Nós não estamos nisto sozinhos, Anna. ― A confiança de Marc aumentou quando ele pensava sobre como manter Anna e Happy seguros. ― Nós temos um monte de gente para nos ajudar.

Capítulo Seis

Happy segurou o seu urso de tecido nas suas mãos, segurando o gasto urso no seu peito enquanto ouvia todos falando ao seu redor. Ele entendeu a urgência e perigo. Seu avô era um fanático. Ele também era insano. Happy não tinha certeza se as pessoas entendiam isso. Ele sim. Sua mãe também. Ele só não sabia o que eles iam fazer a respeito. ― Ei, meu nome é Billy. Happy assentiu. ― Você faz as colchas. ― Sim. ― O homem de cabelos escuros curtos sentou-se no sofá ao lado de Happy. ― Comecei a faze-los alguns anos atrás depois de conhecer algumas das mulheres na igreja. ― Deve ser muito legal realizar algo tão bonito com as suas mãos e saber que você fez isso. ― Happy estava com inveja. Ele poderia cortar lenha como o melhor deles, mas qualquer um poderia fazer isso. Não havia nada de especial sobre balançar um machado ou varrer a calçada. ― Eu poderia te ensinar a fazer colchas, se você estiver interessado. Nós sempre gostamos de ter alguém novo para bordas conchas a noite.


Happy sorriu, sentindo-se tonto e animado. ― Isso seria ótimo. Eu sei como costurar. Mamãe me ensinou. Ela me fez isto. ― Happy segurou seu tecido valorizado para Billy ver. ― Eu só não sei como fazer uma colcha de retalhos. ― É fácil, não muito diferente do que costura. ― Billy acenou com a mão para Happy como se não fosse grande coisa. ― Tenho certeza que você vai pega-lo em um momento. Happy olhou para onde Marc estava falando com o xerife e alguns outros homens. Alguns que ele tinha visto em torno da cidade. Alguns que nunca tinha visto antes. Ele não gosta de estranhos. ― Eu gostaria de fazer algo para Marc. ― Para Marc? ― Billy virou-se e olhou para o policial por um momento. Ele tinha um grande sorriso no seu rosto quando ele se virou. ― Você tem uma coisa para o nosso delegado? Happy franziu a testa. ― Uma coisa? ― Você gosta dele? ― Oh, sim, eu gosto de Marc. Ele é meu amigo. ― É sempre bom ter amigos. ― Você quer ser meu amigo? ― Happy gostou de Billy. Ele só não gostava dele como ele gostava de Marc. ― Mas apenas um amigo regular. Você não faz borboletas vibrar no meu estômago. Billy tinha uma expressão peculiar no rosto. ― Não, eu entendo perfeitamente. Rourke faz vibrar borboletas no estômago. ― Seu marido? ― Happy lembrava de encontrar o homem quando sua mãe estava hospedada no rancho Blaecleah. O sorriso de Billy era quase ofuscante. ― Sim. ― Eu vou ter um marido um dia. ― Os olhos de Happy se desviaram


para Marc novamente quando ele se perguntava se Marc já pensou em se casar. ― Você tem alguém específico em mente? ― Uh... não realmente. ― O rosto de Happy aqueceu quando ele desviou os olhos do policial bonito. Ele precisava lembrar que Marc só podia querer ser seu amigo. Borboletas podiam não vibrar nele como faziam em Happy. ― Tem certeza? ― Perguntou Billy. Happy encolheu os ombros. Ele não tinha certeza que admitir o quanto ele gostava de Marc era a melhor coisa a fazer. Ele tinha certeza de que Billy iria entender, considerando que ele era casado, mas ele pode estar errado. ― Então, Rourke disse que o seu avô pode estar vindo para cá e ele era um cara muito ruim. ― Sim. ― Assentiu Happy. ― Ele não gosta de mim. ― Meu pai era da mesma maneira. ― A testa de Billy enrugou com um pouco de tristeza. ― Bem, eu acho que você poderia dizer que ele era o meu padrasto. Eu realmente nunca soube quem era meu pai real. Eu nem sabia sobre ele até... O coração de Happy bateu dolorosamente. ― Xerife Miller era meu pai. Ele morreu antes que eu pudesse encontrá-lo. Quando Billy apenas ficou lá, Happy ficou desconfortável. Ele colocou os lábios juntos, não tendo certeza se ele deveria dizer mais. Será que Billy o odiava como seus avós, porque ele nasceu de pecado? ― Rourke! ― Billy gritou sem desviar o olhar. O homem apareceu ao lado de Billy dentro de segundos. ― O que há de errado, bebê? ― Você sabia que o pai de Happy era o Xerife Miller?


― Você não pode dizer. ― Rourke respondeu. Happy não tinha que olhar para saber que os olhos de Rourke estavam sobre ele. Ele podia senti-los. Happy agarrou o seu urso no seu peito, olhando para cima pelos cabelos, procurando no espaço pela sua mãe. Ele não gostava de pessoas olhando para ele. Eles geralmente começaram a fazer troça dele logo em seguida. ― Xerife Miller era o meu pai também. ― disse Billy. Happy olhou para cima, chocado demais para não. ― Xerife Miller era o seu pai? Havia um brilho nos olhos azuis de Billy quando ele assentiu. ― E se duas pessoas têm o mesmo pai, você sabe o que isso significa? Happy sabia o que isso significava, ele só não tinha certeza se ele pertencia a ele e Billy. ― Mesmo que eles têm diferentes mães? ― Mama teria dito a ele se tivesse outro filho. ― Sim. ― Billy assentiu. ― Se nós temos o mesmo pai e mães diferentes, somos meio-irmãos, mas ainda irmãos. Happy pensou sobre isso por um momento. ― Eu nunca tive um irmão antes. ― E ele não tinha certeza de como ele se sentia sobre isso. Ele perguntou sobre a tristeza que encheu os olhos de Billy. Talvez Billy não quisesse um irmão? De repente, com medo, Happy ficou em pé e começou a recuar a partir dos dois homens, um pequeno sorriso enfeitando os seus lábios. ― Eu preciso ir encontrar Mama. ― Ei, eu não quis incomodá-lo. ― Os olhos de Billy atiraram para Rourke por um momento. Eles tinham preocupação neles quando eles voltaram para Happy. ― Eu só... Eu tinha um outro irmão, um meio-irmão. Ele era muito ruim. E, em seguida, Webber, seu pai era também o Xerife Miller, mas Webber matou o Xerife Miller e agora ele está na cadeia, também.


Happy levantou a mão. ― Eu nunca matei ninguém. Juro. Billy riu. ― Não, eu não acho que você fez. Eu só não esperava ter um irmão que eu poderia passar mais tempo no exterior de uma prisão. Happy realmente queria um irmão, mas ele não queria ir para a prisão para ter um. ― Talvez a gente possa ir para o mercado do agricultor em vez disso? O rosto de Billy se iluminou. ― Eu gostaria muito disso. O sorriso de Happy era real naquele momento. Ele gostou da ideia de ter um irmão, alguém que ele poderia conversar e passar o tempo. Ele só não tinha certeza de como fazê-lo. E sentia que perguntar seria estúpido. Happy apontou por cima do ombro com o polegar. ― Eu estou indo ir dizer a Mama. Billy assentiu enquanto se recostava contra Rourke. ― Eu vou estar aqui. Happy agarrou o seu urso no seu peito e girou, indo para contar a sua mama que ele tinha um irmão. Ele fez uma pausa na mesa onde Marc estava falando com o xerife e um par de outros homens. Quando a mão de Marc acariciou as suas costas, Happy não sabia o que fazer. Ele ficou ali, congelado no lugar. Se ele se movesse, Marc talvez tivesse a ideia de que ele não queria sentir a mão de Marc nas suas costas. Se ele ficasse onde estava, seu rosto estava indo para ficar em chamas a partir dos olhares estranhos que recebia dos outros. Ele ainda não gostava de estranhos. ― O xerife estava nos dizendo que não houve nenhum sinal do seu avô, Happy. ― disse Marc. Sua mão continuou a esfregar pequenos círculos no meio das costas de Happy. ― Nós vamos manter o patrulhamento, mas parece que a sua mãe e você vão ficar aqui comigo por um tempo.


Happy não conseguia pensar em qualquer lugar que ele preferiria estar, mas... ― Eu tenho um irmão. ― Ele queria dar a Marc uma opção para o caso. Ele não gostou da ideia de que ele poderia ser um inconveniente para o policial. Happy apontou para o sofá. ― Billy e eu somos irmãos. ― Sua boca puxou para um sorriso de lábios finos, quando todo mundo só olhava para ele. ― Seu pai é o Xerife Miller e o meu pai é o Xerife Miller e isso nos faz irmãos, embora tenhamos diferentes mães. Billy disse que sim. ― Uh, sim, Happy. ― Marc disse ― Isso faz de vocês, irmãos. ― Bom. ― Se Marc disse que era verdade, então deve ser verdade. ― Porque ele disse que iria me ensinar a fazer colchas.

Algumas horas mais tarde, Happy calmamente fechou a porta do quarto de hóspedes que Marc tinha dado a Mama e, em seguida, caminhou pelo corredor para a cozinha. Marc estava acabando com o carregamento da máquina de lavar louça. Happy cruzou os braços e encostou-se ao balcão, observando Marc lavar pratos e colocá-los na máquina de lavar. Era um processo interessante, mas ele realmente não entendeu. ― Se você está lavando-os de qualquer maneira, por que colocá-los em uma máquina de lavar louça? ― Happy perguntou porque ele realmente não entendia. ― Não seria apenas mais fácil lavá-los de uma vez e depois secá-los e guardá-los? O sorriso de Marc aprofundou na gargalhada. ― Você pensaria assim,


certo? Happy deu de ombros. ― Normalmente, isso provavelmente seria verdade, mas a água dentro da máquina de lavar louça fica muito quente. Ela esteriliza os pratos para que não fique doente com todos os germes. Happy ingeriu. ― germes? ― Nada para você ficar preocupado. ― Marc assentiu para o rack quando ele colocou o último prato nela. Ele pegou uma grande garrafa azul debaixo da pia e derramou um pouco de gel em uma pequena caixa no interior da porta. ― Uma vez que eles estiverem limpos, eles vão estar livre de germes. ― O que é um germe? ― Happy não estava muito certo. Marc riu quando ele fechou a porta na máquina de lavar louça e apertou um botão. Um momento depois, Happy ouviu a máquina de lavar louça ligar. Marc saltou sobre o balcão ao lado da máquina de lavar louça, com as pernas balançando para trás e para frente. ― São pequenas partículas microscópicas que você não pode ver. Alguns são ruins para você e deixa-o doente. ― Marc acenou com a mão em direção à máquina de lavar louça. ― É por isso que lavar a louça em água quente e lavar as mãos e outras coisas. ― Mas há germes bons? ― Há, mas eu não poderia dizer-lhe o que são. A mandíbula de Happy caiu. ― Você não sabe? Como ele poderia não saber? Ele era policial. A cabeça de Marc abaixou e o seu rosto escureceu com a cor. ― Eu nunca fui bom na matéria de ciência. Eu mal consegui passar em química no ensino médio.


― Eu nunca fui para a escola. Eu nunca sequer fui para um período escolar. Meus avós disseram que eu não precisava de aprendizagem porque seria desperdiçado em mim. ― Mas você sabe como ler. Eu já vi você fazer isso. ― Minha mãe me ensinou. Ela leu todos os contos de fadas para mim e depois me fez aprender a lê-los para ela. E ela me ensinou os números, e a senhora da biblioteca disse que ia me pegar alguns cartões de memória flash para eu aprender multiplicação e divisão. ― Sim? ― Um sorriso fácil jogou no canto dos lábios de Marc. ― Eu ficaria feliz em ajudar. Vou pegar alguns cartões de memória flash amanhã depois do trabalho e podemos passar por eles após o jantar. O que acha disso? Happy queria assentir, mas algo o deteve. ― Você não acha que eu sou idiota? ― Ele tinha ouvido essa palavra detestável muito ao crescer e até mesmo de algumas das pessoas na cidade. Ele seria devastado se ele ouvisse de Marc. ― Ei, você me escute. ― Happy tropeçou quando Marc pegou a sua camisa e puxou-o para a frente para ficar entre as suas pernas. ― Você não é estúpido, Happy. Você tem uma falta de conhecimento devido a não ser exposto ao mundo. Não tenho dúvida de que uma vez que você tive acesso à aprendizagem, você vai aprender em algum momento. Happy nervosamente umedeceu os lábios secos. ― Você acha que eu posso aprender? ― Eu não tenho nenhuma dúvida de que você pode. As sobrancelhas de Happy se juntaram enquanto ele agonizava sobre Marc dizendo a verdade. Ele queria que o homem bonito tivesse uma boa opinião sobre ele, e se ele disse a Marc a verdade, então o homem pode não olhar para ele com aquele brilho especial nos olhos. Mas mentir por omissão ainda era mentira.


― Meu avô me bateu na cabeça com um tijolo quando eu era mais jovem. Mama diz que foi quando as coisas começaram a tomar um pouco mais de tempo para fazer sentido para mim. ― Eu sei, mas isso não faz de você estúpido. Eu seria lento, também, se você me mostrasse as tabelas periódicas e me dissesse para encontrar zinco. Happy apenas olhou. ― Material científico, Happy. ― Marc riu. ― Eu nunca poderia entender a cabeça nem a cauda do mesmo. Happy perguntou entre os dentes. ― Você realmente acha que eu poderia aprender essas coisas? O canto da boca de Marc se curvou para cima. ― Eu acho. ― Havia pura confiança na resposta, o suficiente para que Happy começasse a acreditar que as palavras de Marc poderiam ser verdade. Ele inclinou a cabeça para baixo e pressionou a testa contra Marc. ― Obrigado. O outro lado da boca de Marc curvou-se, o homem sorrindo. ― A qualquer hora, Happy. Happy começou a se mover para trás, quando ele percebeu que ele estava entre as pernas de Marc, sua virilha pressionando contra Marc, e o cara estava duro. Happy lambeu os lábios repentinamente secos quando os seus olhos caíram. Oh homem. Quando os seus olhos se voltaram para Marc, o homem estava olhando para ele com olhos cobertos. Algo queimando nas suas profundezas azuis que Happy não estava familiarizado, mas ele com certeza queria saber o que isso significava. ― Eu vou te beijar agora, Happy. ― A mão de Marc se curvou em


torno do pescoço de Happy, puxando-o para mais perto. ― Se você não me quer, diga alguma coisa agora. Happy apertou os lábios, recusando-se a dizer qualquer coisa. Ele queria ser beijado. Ele sonhava em ser beijado. Mas só por Marc. Ele realmente não queria que ninguém mais o beijasse. Bem, talvez a sua mãe, mas não como ele queria que Marc o beijasse, porque isso seria simplesmente nojento. Marc começou a inclinar-se para mais perto, fez uma pausa e soltou uma risadinha, e depois fechou o resto da distância entre eles. Happy não tinha certeza do que esperar quando os lábios de Marc rossaram contra o seu. Ele tinha sido beijado antes, mas apenas por sua mãe, e depois só na testa ou na bochecha. Isso não era nada assim. Isso fez com que os dedos de Happy se enrolarem e o seu corpo começasse a cantar. Ele gemeu, querendo o que quer que Marc lhe ofereceu. Havia um desejo ardente nos seus olhos que deixou Happy sem palavras. A mão de Marc tinha enrolado em torno do seu pescoço apertado e puxou para mais perto enquanto a língua de Marc deslizou sobre os seus lábios. O corpo de Happy ficou tenso com a necessidade, quando ele sentiu a outra mão de Marc agarrar o seu quadril, em seguida, deslizou para a parte de baixo das costas. Os pulmões de Happy queimaram por oxigênio, mas ele se recusou a se afastar. Ele abriu a boca quando a língua de Marc pressionou contra a costura entre os lábios, a língua do homem mergulhou dentro, varrendo e explorando. Happy agarrou os quadris de Marc quando a sua cabeça começou a girar. Ele começou a mover-se, empurrando o pau doendo contra o ápice das coxas de Marc. Marc puxou Happy mais perto, moendo contra ele enquanto


suas línguas duelaram. Ele levemente mordeu o lábio inferior de Happy. Happy engasgou antes de devolver o beliscar com cuidado. Marc o consumiu com um beijo que parecia durar para sempre. Happy não queria que ele parasse. A língua de Marc cintilou sobre o lábio de Happy, brincando, tentadora. Ele murmurou o nome de Happy, enviando Happy em uma mania selvagem. Ele começou a empurrar contra Marc a sério, sentindo o seu pau duro deslizando contra o de Marc uma e outra vez, a única coisa entre eles era a magreza das suas calças. Seus músculos da coxa tremeram, suas pernas ameaçando dar o fora quando as suas bolas ficaram tão apertadas ao corpo de Happy que isso realmente machucou. Happy gritou quando as suas costas arquearam, jatos quentes de sêmen arrancados das suas bolas e enchendo o seu jeans. Luzes brancas explodiram por trás das suas pálpebras, roubando o fôlego. Happy engasgou por ar, sem saber exatamente o que tinha acontecido. Ele olhou para Marc por respostas. Grandes olhos azuis de Marc dominaram o seu rosto, enquanto olhava para Happy ― Você acabou de gozar?

Capítulo Sete

Marc sabia que essas foram as palavras erradas para proferir, tão logo elas deixaram os seus lábios. O rosto de Happy ficou sem cor e o homem se afastou, um soluço suave vindo dele quando ele se virou e saiu correndo da cozinha.


Marc pulou do balcão e correu atrás dele. Ele sabia que não deveria ter beijado Happy, mas ele simplesmente não tinha sido capaz de resistir. O homem estava tão sexy que fez os dentes de Marc doerem. Bastava olhar Happy para dar a Marc material de masturbação sério, e não importa se o cara estava nu ou não. Mas talvez ele devesse ter tomado as coisas um pouco mais lento. O coração de Marc revirou em algum lugar na região da boca do estômago quando ele correu para a sala de jantar e encontrou o homem que ele havia acabado de beijar enrolado em uma bola debaixo da grande mesa de jantar de madeira. Ele com as suas mãos apertadas em volta das pernas e ele estava balançando para frente e para trás, murmurando para si mesmo. Não foi até que ele se ajoelhou no chão e começou a ir para debaixo da mesa que Marc percebeu exatamente o que Happy estava dizendo, e, em seguida, o seu coração se partiu. — Bebê, você não é ruim. — Marc ia estrangular Herne O'Brian, quando ele colocasse as mãos sobre o homem. — Happy, querido, você não é ruim. Marc teve que abaixar a cabeça para sentar-se debaixo da mesa. Ele não podia imaginar o que estava passando pela cabeça Happy. O homem estava praticamente em posição de pretzel, pernas puxadas para o seu peito, o rosto enterrado nos seus joelhos. — Happy, olhe para mim. Nada. Marc estendeu a mão e agarrou o queixo de Happy com os dedos, levantando-o até que o rosto manchado de lágrimas de Happy veio à tona. — Oh, Happy. — Eu não tive a intenção de ser ruim, — Happy admitiu em um sussurro quebrado.


— Bebê, você não foi ruim. — A raiva de Marc foi crescendo aos trancos e barrancos. Era quase impossível empurrá-la de volta, mas ele sabia que tinha que fazer. Happy estava confuso o suficiente. Ele não tinha necessidade de enfrentar a ira de Marc, mesmo que Marc não estivesse zangado com ele. — Mas... mas...— os olhos de Happy estavam cheios com lágrimas. — avó disse Marc poderia simplesmente imaginar o que a avó de Happy disse. — Happy, nada que apenas aconteceu entre nós foi ruim. — Marc apertou a mão ao peito, bem em cima do seu coração. — Eu juro para você. Os olhos azuis cheios de lágrimas se estreitaram e começaram a endurecer. — Ela mentiu para mim? Marc sabia que isso poderia ir de duas maneiras. Happy poderia odiálo por apontar o quão mentirosa a sua avó era, ou poderia ter Happy emocionado. — O que exatamente ela te disse, Happy? — Talvez ele precisasse saber dos fatos antes de começar a fazer suposições e ir dizendo a Happy que o próprio fundamento da sua vida foi construído sobre mentiras. — Toda vez que se torna duro assim, é o diabo tentando sair. A mandíbula de Mark caiu quando choque rolou através dele, seguido rapidamente por raiva. Isso tinha dirigido mais do seu ódio para Herne O'Brian, para o abuso físico que ele tinha empilhado sobre Happy e Anna. Ele realmente não tinha dado muita atenção ao que Amelia O'Brian poderia estar fazendo para eles, mas talvez ele deveria. — Eu não tenho que me tocar lá, a menos que eu esteja tomando banho e, em seguida, apenas por um momento — continuou Happy como se não tivesse abalado o mundo de Marc. — Se ficar duro, eu tenho que aperta-lo com os meus dedos até que ele vai embora.


— Apertá-lo? — Marc resmungou entre os dentes cerrados. — Ela disse-lhe para apertar-se se você ficar duro? Happy assentiu. — Isso dói. — Eu não tenho nenhuma dúvida.— Marc soltou uma respiração profunda para tentar se acalmar. Happy poderia ser um pouco mais fodido do que se pensava inicialmente. — Ouch! — Marc estendeu a mão e esfregou o topo da sua cabeça depois de batê-la na parte de baixo da mesa de madeira. Isso doía. — Vamos sair daqui debaixo, Happy. — Ok. Marc pensou que ele detectou uma pitada de riso nos olhos de Happy quando ele se virou para rastejar por debaixo da mesa, mas, pelo menos, o homem havia parado de chorar. Embora, ele tinha muito para chorar. Marc levantou-se e, em seguida, apoiou Happy tanto quanto podia. Happy fez uma careta e olhou para as suas calças manchadas de sêmen. — Eu preciso ir me limpar antes da Mama ver isso. Os olhos de Marc se estreitaram. — Você acha que a sua mãe vai ficar com raiva de você? — Ele realmente não queria ter que lutar com Anna sobre isso também, especialmente com o quanto Happy amava sua mãe. — Não, mas minha avó disse que esta era a minha vergonha e eu não poderia dizer a Mama ou Mama iria ficar realmente chateada, e a única vez que eu tentei falar com ela sobre, ela chorou. — Os lábios de Happy tremeram quando eles se voltaram para dentro a carranca mais triste que Marc já tinha visto. — Eu não gosto quando Mama chora. — Ok, podemos limpa-lo antes da sua mãe ver. — O comportamento de Marc estava calmo quando ele respondeu, com a voz firme. Ele não mostrou a ira ardente e profunda que sentia. — Eu tenho alguns pijamas, você


pode usar uma vez que você se limpar, e depois podemos sentar no meu quarto e conversar. — Ok. — O sorriso que atravessou o rosto de Happy drenou um pouco da ira de Marc, dando-lhe outra coisa para se concentrar, a felicidade de Happy. Marc agarrou a mão de Happy e levou-o pelo corredor até o seu quarto. Sua pequena casa de três quartos não era muito grande, mas era sua. Ele tinha guardado o seu dinheiro quando ele estava no serviço desde praticamente tudo que recebeu e, em seguida, usou as suas economias para um pagamento no lugar quando ele achou a casa. Ajudou que ele comprou a casa dos seus avós. Deram-lhe um bom negócio. Marc abriu a porta do quarto e chamou Happy dentro com ele, fechando a porta firmemente atrás deles. Ele apontou para o banheiro. — Por que você não vai lá e fica limpo? Eu vou tirar um pijama para você vestir. No momento em que a porta do banheiro se fechou atrás de Happy, Marc encostou-se à parede, olhando para o teto. Ele estava tão incrivelmente fodido. Quando Marc ouviu o som da água vindo do banheiro, ele se apressou em todo o quarto e abriu a gaveta do meio na sua cômoda. Ele retirou dois pijamas, um para ele e outro para Happy. Marc lançou um olhar rápido para o banheiro para se certificar de que a porta ainda estava fechada, em seguida, tirou as suas roupas. Ele estava apenas passando a calça do pijama por cima da sua bunda quando a porta do banheiro abriu. — Um, Marc? — Sim, Happy? — Terminei. Marc sorriu enquanto ele carregava o pijama até Happy. O homem tinha uma toalha branca em torno dos seus quadris, mas escondeu a maioria


do seu corpo atrás da porta do banheiro. Happy agarrou a calça dobrada e correu de volta para o banheiro, fechando a porta. Marc deu a volta na casa e verificou todas as fechaduras. Ele sabia que havia um veículo da polícia sem identificação estacionado do outro lado da estrada, mas isso não significava que ele estava indo deixar a sua casa desbloqueada. Ele tinha duas almas muito preciosas para proteger. No caminho de volta para o quarto, Marc andou até a cozinha e pegou duas garrafas de água. Happy estava sentado na beira da cama, quando ele voltou, segurando a toalha que ele tinha usado para secar as mãos. No momento em que Marc entrou no quarto, Happy saltou para seus pés. — Eu não sei onde você foi. Marc sorriu enquanto ele segurava a água na frente de Happy, balançando pra frente e para trás na sua mão. — Eu só estava trancando e pegando-nos algo para beber. — Obrigado. Marc acenou com a mão em direção à cama, um prazer que era um colchão king-size, algo grande o suficiente para acomodar ele e Happy ao mesmo tempo. — Fique à vontade. Happy pulou na cama e sentou-se, sentado com as pernas cruzadas. Ele manteve uma mão em volta do seu lado, o outra repousava sobre a toalha no seu colo. Não passou despercebido a Marc que Happy ainda usava a sua camisa. — Happy, não te incomoda que eu não tenho uma camisa? — Ele não queria fazer o homem ficar desconfortável. — N-não. — O tom vacilante e da maneira que Happy evitou olhar abaixo do seu pescoço disse o contrário. — Happy.


O rosto de Happy corou quando ele levantou a toalha. Marc engoliu em seco quando viu o problema de Happy, e maldição, isso era um problema muito impressionante. — Você se sentiria mais confortável se eu colocasse uma camisa? — Provavelmente, mas... — os lábios de Happy pressionados juntos por um momento, enquanto os seus olhos finalmente vagavam pelo peito nu de Marc. Marc começou a suar quando Happy lambeu os lábios. Tinha isso já sido tão erótico? — Você tem? — Uhh...— Marc piscou os olhos, com a sensação de tontura. — Não, eu não acho. Happy tinha uma ereção, o que era bom o suficiente para Marc. Ele subiu na cama e voltou a inclinar-se contra a cabeceira da cama, apoiando alguns travesseiros atrás das costas. — Então, sobre isso... — Marc acenou na direção da tenda, no pijama de Happy. — Sua avó estava errada, Happy. Além do fato de que é perfeitamente natural o seu corpo reagir fisicamente a certos estímulos, sua avó mentiu sobre praticamente tudo o que saiu da sua boca. — Ela mentiu? Eles já haviam passado por isso antes e eles provavelmente estavam indo para passar por isso novamente até Happy entender que os seus avós mentiram para ele sobre muitas coisas. — Sim —, respondeu Marc. — Então o que é verdade? Caramba. — Quando você está atraído por alguém, seu corpo reage. Certa estimulação física como beijar ou fricção também pode fazer com que o seu corpo reaja assim. É muito normal.


Oh Deus, ele estava explicando os pássaros e as abelhas a um homem adulto, que ele estava interessado. Ele, provavelmente, vai para o inferno por isso. Talvez ele devesse encontrar alguém para explicar isso a Happy? Mas quem? — Por que ela iria me dizer que era o diabo tentando sair? Então havia a questão multimilionária, que eles nunca poderiam encontrar a resposta desde que a mulher estava morta. — Eu suspeito que ela não queria que você soubesse sobre sexo. E se eu tivesse que adivinhar, diria que é por causa do que aconteceu entre a sua mãe e o xerife Miller. Sua mãe era tão jovem quando ela o teve, mais jovem do que ela deveria ter sido. O que o delegado fez a ela estava errado. As sobrancelhas de Happy franziram. — Porque ela era tão jovem ou por causa do sexo? — Ambos na verdade.— Porra, isso foi uma boa pergunta com uma resposta muito complicada. — Existem leis que dizem que as pessoas não estão autorizadas a ter relações sexuais até que tenham idade suficiente para entender as consequências dessas ações. Qualquer um que tenta arranjar alguém mais jovem do que o que nas leis, não está só quebrando essa lei, mas abusando de uma criança. — O xerife infringiu a lei? — Sim, Happy, ele fez. — E Marc desejou que ele pudesse fazer o homem pagar pelo que ele tinha feito para Anna, e, por extensão, Happy. Talvez morrer pela mão de um dos seus filhos foi a melhor coisa que poderia ter acontecido com o bastardo. — Eu sou velho o suficiente, Marc? O corpo de Marc ficou tenso. — Quantos anos você tem? — Vinte, — Happy respondeu. — Eu vou fazer vinte e um anos em janeiro.


— Sim, você tem idade suficiente. Normalmente, o limite de idade é de 18 anos de idade. — Marc sorriu para o rosto em expectativa de Harry. — E eu não teria te beijado se você fosse muito jovem. — Porque você não quer quebrar a lei? — Porque eu nunca iria machucá-lo assim. — Marc correu sobre as palavras que ele havia dito quando Happy empalideceu. — O que, Happy? — Dói? — Ele engasgou. — O que d... — Marc espalmou o seu rosto antes de deixar cair a mão no seu colo. Isso estava sendo mais difícil do que ele pensava. — Não, Happy. Não dói, não como você quer dizer. Se for feito errado, então sim, ele pode machucar. Mas se você se preocupa com alguém, você faz tudo em seu poder para se certificar de que não dói. A cabeça de Happy se inclinou, uma ânsia brilhante nos seus olhos. — Você se importa comigo? — Eu faço, Happy. — Marc não tinha problema em admitir isso para o homem. — Eu me preocupo muito com você. O suspiro de Happy o fez sorrir. — Eu me preocupo com você, também. Agora foi a vez de Marc suspirar. — Estou feliz, Happy. Eu gostaria que você se importasse comigo. — Eu gostaria que você me beijasse de novo. Marc era tudo para isso. Ele sentou-se e cruzou as pernas, indo pra frente até que os joelhos roçaram contra os de Happy. Gostava que ele tivesse que se esticar para roçar os seus lábios contra os de Happy. O homem tinha uns bons seis centímetros sobre ele, e mais de cem quilos. Ele era construído como um caminhão, e Marc adorava cada centímetro dele. Um tremor de consciência passou por Marc quando ele cobriu a boca de Happy avidamente. O toque dos lábios de Happy nos seus era uma


sensação deliciosa. Marc moveu a sua boca sobre a de Happy que devorava a sua com suavidade. As mãos de Marc escorregaram pelos braços de Happy, trazendo o homem mais perto. A respiração correu para fora do seu peito quando Happy apertou o seu corpo e puxou-o para mais perto. Happy levantou-o, estabelecendo Marc no seu colo. Sua respiração era quente e úmida contra o rosto de Marc. — Marc —, ele murmurou com tal necessidade que Marc estremeceu em seus braços. — Eu tenho você, bebê — Marc sussurrou contra o pescoço de Happy. — Deixe-me cuidar de você. O rosto de Happy corou quando ele engoliu em seco, balançando a cabeça. — Eu confio em você. As palavras de Happy ressoaram dentro de Marc. Ele fechou os olhos por um momento, saboreando a confiança que o homem mais bonito do mundo estava colocando nele. Quando abriu os olhos, Marc jurou naquele momento, que ele nunca faria nada para machucar Happy. Isso ia ser o seu objetivo na vida se certificar de que Happy estava feliz. — Eu quero que você faça algo para mim, Happy, mas só se você estiver confortável. — Qualquer coisa. Marc sorriu. — Se alguma coisa fizer você se sentir desconfortável, você precisa me dizer. E se você tiver alguma dúvida, não importa o quanto pode ser constrangedor, eu quero que você me diga. — Marc acariciou o lado do rosto de Happy, olhando profundamente nos olhos azuis do homem. — Você pode fazer isso por mim? Happy estava nervoso, mas deu crédito para a sua coragem, quando ele balançou a cabeça. — Eu posso fazer isso.


— Ok, então eu quero que você tire o seu pijama e depois deite-se na cama. — P-Posso deixar a minha camisa? Essa pergunta doeu em Marc porque ele sabia que Happy não estava pedindo porque ele era tímido. Ele tinha pego apenas um pequeno vislumbre da pele de Happy quando ele correu de volta para o banheiro após o banho, e ele sabia que o homem tinha cicatrizes cruzando as suas costas. Isso não era algo por que lutar agora. Daria tempo necessário a Happy. — Você pode fazer o que quiser fazer, Happy. Mas eu quero que você saiba que você não tem motivos para se envergonhar das cicatrizes nas suas costas. Elas são um testemunho da sua bravura e coragem. O rosto de Happy corou como ele baixou os olhos. — Eu não quero que você pense que eu sou feio. — Isso nunca vai acontecer, Happy. — Marc levantou o queixo de Happy até que o homem olhou para ele. — Eu acho que você é o homem mais bonito que eu já vi, com cicatrizes e tudo. — Sim? Marc sorriu e agarrou a mão de Happy, pressionando-a contra a sua ereção dolorida. — Sim. Veja o que você faz comigo? A respiração de Happy engatou. Seus olhos se arregalando da forma mais incrível quando eles caíram para baixo, onde a palma da mão estava pressionada sobre a ereção de Marc. — Lembra quando eu te disse que as pessoas podem ficar excitadas quando estão em torno de alguém que acha atraente? — Sim. — Eu me sinto atraído por você. — Eu faço borboletas vibrarem dentro do seu estômago?


Marc amava o jeito que Happy descreveu os sentimentos que o homem invocou nele. — Sim, Happy, você faz borboletas vibrar no meu estômago. Happy lambeu os lábios. Seus olhos corriam até Marc depois de volta para baixo. Ele lambeu os lábios novamente, como se eles continuasse a secar. — Posso... posso ver? Marc tentou negar o nó pulsante que se formou no seu estômago, ao pedido de Happy, mas ele não podia. Happy O'Brian tropeçou em cada gatilho que ele tinha, e o homem não tinha a menor ideia. Ele se inclinou sobre os joelhos e, em seguida, empurrou o cós do pijama até as suas coxas. Quando ele se acomodou para baixo, um arrepio rolou por ele quando a sua pele se uniu a de Happy. — Oh. Oh, — suspirou Happy. — Isso é bom. O toque de Happy era estranhamente macio e carinhoso enquanto as suas mãos se moviam sobre os quadris de Marc e à beira das suas nádegas. Um homem tão grande e tão gentil. — Você pode me tocar, Happy — disse Marc quando notou o toque hesitante de Happy. Marc mordeu o lábio para abafar o seu grito de alegria quando as mãos de Happy cresceram mais seguras. Marc inalou o cheiro almiscarado de Happy quando ele se inclinou mais perto. — Você pode tocar em qualquer parte que você quiser. — Você pode me tocar, também. Oh, essas palavras doces. Marc se inclinou e capturou os lábios de Happy novamente. Seu coração batia no seu peito quando Happy facilmente abriu para ele, sua língua saindo em confusão com Marc.


Marc segurou uma das mãos de Happy e trouxe-a para baixo para o seu pênis dolorido. O toque de Happy foi mais uma vez hesitante, mas suave com os seus dedos ao redor do comprimento grosso de Marc. Uma dor quente cresceu dentro dele. Ele precisava de um toque de Happy tanto quanto Happy estava tocando. — Tire o seu pijama, Happy, e se estenda. Marc caiu para baixo no colchão e chutou as pernas livres de pijama. Ele sorriu, enquanto observava a rapidez com que Happy estava ao lado da cama e, em seguida, empurrou a calça do pijama fora dos seus pés. Ele começou a subir de volta para a cama, mas fez uma pausa. Quando ele olhou fixamente, Marc encontrou o seu olhar, deixando Happy ver o desejo ardente nos seus olhos. Happy deve ter chegado a algum tipo de decisão. Ele balançou a cabeça e puxou a camisa sobre a cabeça, jogando-a no chão com a calça do pijama. Ele subiu para o lado da cama e, em seguida, se estendeu ao lado de Marc. Seu peito subia e descia como se ele estivesse com dificuldade para respirar. Marc pegou a sua mão e levou à boca, dando um beijo contra a palma da sua mão. — Podemos aproveitar isto tão lento como você precisa, Happy. Sem pressão. — Hum, eu... Eu gosto de tocar em você e você me tocar, mas eu não tenho certeza sobre... você sabe. — O rosto de Happy preencheu com o rubor mais adorável. — A outra coisa. Marc sabia, e ele estava bem com os limites de Happy foi colocando nas suas atividades. Eles só se conheciam por um par de semanas. Embora um pouco de alívio físico entre os dois iria ajudá-los a conhecer melhor um ao outro, eles provavelmente não estavam prontos para as coisas maiores. Marc


queria mais do que um caso de uma noite. Ele queria construir um futuro com Happy, e isso significava levar as coisas devagar. — Então que tal uma punheta?

Capítulo Oito

— Uma punheta? — O interesse de Happy foi aguçado.

A

proximidade de Marc deu-lhe conforto, mas também fez ele doer. Seu coração parecia correr para cada local que Marc tocava. — Eu não acho que eu já tive um desses. Marc riu. — Eu duvido. — O que é isso? O sorriso de Marc era contagiante. — Só deite-se e eu vou lhe mostrar. Happy faria qualquer coisa que Marc lhe pedisse, não importa o quão confuso era. Ele simplesmente não estava preparado para o homem se aproximar mais e ficar entre as suas pernas. Quando Marc abaixou-se, eles estavam se tocando da virilha até o peito. Happy sentiu uma onda de sangue dos seus dedos para os dedos dos pés. — Marc. — Estou aqui, bebê, bem aqui. — Toda vez que o olhar de Marc encontrou o seu, o coração de Happy deu uma volta no seu peito. Quando a


mão de Marc roçou contra o lado do seu rosto, Happy se inclinou para a carícia suave. — Eu não vou a lugar nenhum. Algo na maneira de Marc acalmou Happy e acalmou os seus nervos. — Eu não vou a lugar nenhum também. O sorriso de Marc ficou maior, com a aprovação. — Então eu acho que é só você e eu. O olhar de Marc caiu dos olhos de Happy para os seus ombros e para o seu peito. Seguidos por seus dedos acariciando a pele de Happy até que ele gemeu. — Oh, Happy, é um som tão bonito. — Não é possível evitá-lo — ofegava Happy. — É uma sensação boa. — Isso é o que eu quero ouvir, bebê. Happy era impotente para resistir as sensações em espiral através do seu corpo quando os lábios de Marc substituíram seus dedos contra a sua pele. O homem beijou uma trilha sobre o peito, e depois apertou os lábios em torno do mamilo duro. — Marc! — Gritou Happy quando uma sensação de que ele nunca tinha sentido na sua vida queimou por ele. Ele arqueou-se, apertando o peito contra a boca de Marc, querendo mais. Querendo tudo. — Por favor, Marc. — O que você precisa, bebê? — Mais — Deus, ele queria mais. Ele queria sentir aquela dor de novo, sobre cada centímetro do seu corpo. O sorriso de Marc era travesso e Happy adorou a vista. Quando Marc beijou o seu caminho para o outro mamilo, sacudindo o dedo sobre a pequena saliência tensa, Happy pensou que ele ia perder a cabeça. Cada movimento do dedo de Marc, cada caricia, parecia enviar sensações explodindo através do seu corpo. Happy doía.


Ele precisava. Ele... oh maldito. Happy estremeceu quando Marc inclinou-se e acariciou a sua língua através do mamilo sensível de Happy. O homem parecia desfrutar alternando entre os mamilos de Happy, lambendo um então movendo-se sobre o outro para puxar. Seu pênis doía tanto. Happy não conseguia recuperar o fôlego. Quando Marc se moveu pelo seu peito para o seu abdômen, Happy sentiu como se estivesse indo ficar em chamas. Quando a língua de Marc cintilou sobre a cabeça do seu pênis, o mundo de Happy virou na sua extremidade. Ele gritou quando o seu corpo foi envolto em um prazer tão intenso que beirava a dor. — Eu quero fazer amor com você, Happy, — Marc sussurrou. — Sim. — Eu vou cuidar bem de você, Happy. — Marc sorriu pouco antes de ele reivindicar os lábios de Happy em um beijo magnífico cheio de paixão e desejo, amor e reverência. Happy sentiu todo o caminho até a ponta dos pés. Ele também sentiu as mãos que se moviam sobre o seu corpo suavemente acariciando-o, despertando ele. Marc parecia ter uma pequena obsessão com os mamilos de Happy. Ele beijou-os, puxou-os, e, em seguida, brincou com eles com os dedos. Marc inclinou-se e cobriu a boca de Happy, sua língua exigindo contra os lábios de Happy. Era uma exigência que espetou através dele quando Marc agarrou os quadris de Happy e puxou-o para mais perto. Ele permitiu a entrada da sua língua e Happy ainda queria mais. — Toque-me, amor. Com a mão trêmula, Happy estendeu a mão e deslizou as mãos sobre os bíceps de Marc, seu abdômen, ao longo dos seus ombros largos. Marc


pressionado Happy de volta para o cobertor, sua coxa insinuando-se entre as de Happy. A prensa dura da coxa de Marc fez todo o corpo de Happy se sentir como um nervo exposto, sensível e receptivo ao toque de Marc. Quando Marc levantou a cabeça, olhou para Happy com calor escaldante nos seus olhos. Era um olhar que causou arrepios por todo o corpo de Happy. — Você está pronto, bebê? Happy assentiu, embora ele não tivesse certeza para o que ele deveria estar pronto. Ele respirou fundo quando Marc estendeu a mão entre as coxas e um dedo lubrificado empurrou na sua bunda. Ele não estava esperando isso e a queimadura foi intensa. Happy começou ofegando enquanto os dedos de Marc se moveram lentamente para dentro e para fora dele. Happy mal teve tempo de se ajustar a um dedo na sua entrada antes de um segundo ser adicionado, em seguida, um terceiro. Happy não conseguia parar os tremores que assolaram o seu corpo. Ele ficou lá com os lábios entreabertos e os olhos semicerrados. Ele não tinha certeza do que as emoções correndo por ele eram. Happy só sabia que ele não queria que este momento tivesse fim. — Eu tenho você, amor —, a voz de Marc era como um ronronar na sua garganta, rouca e erótica, um timbre suave que acalmou as preocupações de Happy. O corpo de Marc se moveu sobre o de Happy, adorando a pele de Happy com os lábios. Ele se contorceu sob o homem, querendo Marc mais perto. Ele choramingou quando sentiu os músculos rígidos prendê-lo no lugar, impedindo-o de empurrar direito de debaixo de Marc. Como ele poderia não ter sabido que algo como isso existia? Happy tinha ouvido falar sobre sexo, mas nunca havia sido descrito como esse prazer que tudo consome. Ele queria experimentar mais do mesmo, tudo isso.


— Marc! — Ele abriu as pernas ainda mais quando Marc empurrou para cima em direção a ele, estendendo-se ao lado dele enquanto os seus dedos se moviam em tesoura na bunda de Happy. — Apenas relaxe, bebê. — Marc, por favor —, implorou Happy enquanto ele empurrava seus quadris em direção a Marc. Ele cerrou os dentes quando Marc apenas riu para ele. Marc queria torturá-lo. Happy só sabia disso. Ele iria dirigir Happy fora da sua mente até que ele fosse uma pilha de gosma. Marc estava bem na sua maneira de fazer exatamente isso. Happy quase podia sentir o ar em torno dele se movendo sobre a sua pele sensível. Happy quase gritou em protesto quando Marc removeu os dedos. Ele não queria se sentir vazio. Marc estava mostrando um lado totalmente diferente da vida que Happy não sabia nada a respeito, mas estava ganancioso para conhecer mais. Os olhos de Happy se fecharam quando Marc alinhou o seu pênis para cima e se afundou lentamente nele. No momento se congelou no tempo. Happy abriu os olhos para ver Marc acima dele, seu corpo imóvel. Ele olhou para Happy parecendo atordoado pelo que pareceu uma eternidade, e em seguida, ele puxou os quadris para trás. Happy sentiu como se estivesse chegando a lua quando Marc começou a se mover. Algo foi tocado dentro dele, e o corpo de Happy reagiu por sua própria vontade. Ele começou a se contorcer sob Marc, querendo sentir aquela sensação uma e outra vez. Seu corpo tinha vindo à vida, e foi tudo o que ele podia fazer para não gritar de prazer. As investidas de Marc tornaram-se mais duras, seu pênis enchendo até que ele sentiu que ia quebrar. Seu corpo se curvou ante as sensações que estavam passando através de Happy.


— Marc! — Happy exclamou enquanto Marc empalou-o com o seu pênis, toda a força do seu corpo para trás. Happy esticou as mãos por cima da sua cabeça e prendeu-as contra a cabeceira para manter-se de ser empurrado para cima da cama. Ele olhou para Marc com espanto. Marc sempre tinha sido tão gentil com ele. Não era que Marc quisesse machucá-lo porque ele não o faria. Ele estava apenas chocado de Marc ter usado essa força. Ele nunca fez antes. Happy podia ver um pequeno tic na mandíbula apertada de Marc. O aperto forte que Marc mantinha nos quadris de Happy junto com o olhar intenso no rosto disse a Happy que Marc tinha finalmente perdido o controle rígido. Isso emocionou Happy. Foi bom vê-lo tomar o que ele queria, pela primeira vez. Ele sempre foi tão gentil. Happy envolveu uma mão no cabelo de Marc e puxou a sua cabeça para baixo para um beijo. Sua outra mão vagava pelas costas de Marc. Ele ouviu Marc gemer quando ele cavou as unhas e as arrastou pelas costas de Marc. As estocadas de Marc se tornaram mais urgente. Happy não podia acreditar o quão excitado ele se tornou quando o corpo de Marc começou a tremer. Quanto mais duro Marc impulsionou, mais despertou nele, até Happy sentir algo se movendo em direção a onde se unia a Marc. Apenas quando ele não achava que ele podia segurar mais, Happy sentiu o espessamento súbito do pênis de Marc quando o homem se juntou a ele, disparando o seu sêmen na bunda de Happy. Happy arqueou, jogando a cabeça para trás enquanto gritou e encheu o espaço entre os seus corpos antes de Marc desmoronar em cima dele. Happy puxou Marc contra o peito, em seguida, rolou-os para que eles ficassem cara a cara. Ele não se importava que eles estivessem cobertos de sêmen e suor. Ele tinha Marc em seus braços. Marc, que o via como um


homem. Que o viu como alguém com quem ele podia ser capaz de construir uma vida. Marc, que queria estar nos seus braços. Marc, que não achava que ele era ruim. Happy apertou os braços em torno do homem. — Obrigado, Marc. Marc levantou a cabeça e olhou nos olhos de Happy. Happy tentou engolir o nó que permanecia na sua garganta com a intensidade do olhar do homem. Marc olhou para Happy, seu olhar cheio de reverência. Ele acariciou o rosto de Happy. Happy sorriu e inclinou-se para o toque suave. — Eu deveria estar agradecendo a você, Happy. Você me presenteou com algo muito precioso. Happy franziu a testa enquanto ele tentava se lembrar de quando ele tinha dado algo a Marc. Ele desenhou um completo vazio. Eles tinham compartilhado um par de refeições junto, um shake, e agora esta experiência eletrizante onde Happy tinha certeza de que as suas almas tinham se fundido, mas ele não se lembrava de dar nada a Marc. Talvez ele precisasse. — Marc, Eu... — O resto das palavras de Happy foram abafadas sob o dedo que Marc pressionou sobre os seus lábios. — Você me deu a sua confiança, Happy. Happy pensou sobre isso por um momento, mas ele ainda estava confuso. — E isso é importante? — Ele não conseguia pensar em uma única razão pela qual ele não deveria ter dado a Marc a sua confiança. Marc era um homem bom. Marc sorriu enquanto ele arrastou o dedo para baixo a curva do rosto Happy. — É muito importante, Happy. — Ok.


O calor no sorriso de Marc estava ecoado na sua voz quando ele falou. — Nós precisamos nos limpar e, em seguida, obter algum fechar de olhos. Você vai passar a noite comigo, Happy? Por um breve momento, algo doloroso queimou no peito de Happy. — Eu pensei que estava a passar a noite. — Na minha cama, Happy. Você vai passar a noite comigo na minha cama? — Como uma festa do pijama? — Happy tinha ouvido falar sobre isso, embora ele achava que envolvia sacos de dormir no chão da sala de estar e um monte de lanches noturnos e filmes de terror. Riso gentil de Marc percorreu o ar. — Sim, é como uma espécie de festa do pijama, mas apenas para nós dois. — E a Mama, — Happy apontou. — Ela está dormindo a direita no corredor de modo que ela está dormindo, mas eu não acho que ela deveria dormir aqui com a gente. Talvez só nós dois aqui, ok? Um flash de humor atravessou o rosto de Marc. — Tudo bem, Happy. Happy não conseguia manter o sorriso fora do seu rosto quando apertou um beijo rápido contra os lábios de Marc e, em seguida, rolou para o lado da cama. Ele deu um passo para a direita sobre a camisa e calça de pijama com o que ele havia estado vestido mais cedo e caminhou até o banheiro. Ele estava apenas molhando um pano quando Marc se juntou a ele, gloriosamente nu. Happy sentiu quando a sua mandíbula ficou desequilibrada, enquanto olhava para o reflexo de Marc no espelho do banheiro. — Você é mais bonito do que um campo de flores silvestres na primeira parte da manhã, quando o orvalho ainda está pontilhando a grama e a neblina está apenas começando a limpar.


As sobrancelhas de Marc subiram uma fração quando ele encontrou o olhar de Happy no espelho. — Obrigado, Happy. Happy corou enquanto ele baixou os olhos e deu de ombros. Ele rapidamente limpou-se, nervoso demais para olhar para Marc. — É verdade. Eu passo muito tempo no campo atrás da minha casa, especialmente no início da manhã, quando eu estou recolhendo ovos para o café da manhã de Mama. O campo é tão quieto na primeira parte da manhã. — Eu imagino que sim — disse Marc quando ele pegou o pano que Happy estendeu a ele e limpou-se. — Às vezes eu apenas me sentava lá e assistia o sol nascer, ver como o calor derrete o orvalho. E isso é tão bonito, Marc. É tão limpo e calmante e cheio de vida. — Happy nervosamente umedeceu os lábios quando ele encontrou o olhar de Marc novamente. — Como você. — Oh, Happy. — A expressão de Marc acalmou e ficou séria. Seus dedos percorreram seu rosto ao longo da linha do cabelo dele, enfiando uma mecha atrás da orelha. — Sua mãe sabia o que estava fazendo quando ela chamou você de Happy porque eu sou tão feliz quando estou perto de você. — Sim? O rosto de Marc se dividiu em um largo sorriso. — Sim. Happy sentiu como se estivesse flutuando enquanto seguia Marc de volta para o quarto e deitou-se na cama ao lado do homem. Quando Marc estendeu os braços, Happy foi ansiosamente para eles, aconchegando-se a Marc e envolvendo os seus braços ao redor dele. A batida suave do coração de Marc bateu por baixo da sua orelha, embalando-o para dormir. Era o som mais maravilhoso do mundo.


Capítulo Nove

Marc ainda estava lá quando ele abriu os olhos. Algo lhe tinha acordado, mas ele não sabia o que era. Ele não estava acostumado a ter homens dormindo na sua cama, mas ele não achava que acordar com Happy pressionado ao lado dele era o que o incomodava. Era outra coisa, algo que fez os cabelos na parte de trás do seu pescoço se levantar. Ele sacudiu o braço de Happy até que os cílios do homem começaram a se agitar. Marc rapidamente pressionou um dedo sobre os lábios de Happy. Os olhos do homem se abriram e depois ficaram arredondados. Marc colocou seu outro dedo contra seus próprios lábios. — Sshhh. Happy assentiu. Marc rolou para o lado da cama e escorregou para o chão e pegou o pijama que ele tinha descartado anteriormente, colocando-o até as pernas. Ele abriu a gaveta do criado mudo e tirou a sua pistola de serviço, verificando a munição e depois calmamente empurrando-a de volta no lugar. Ele fez uma careta quando ele puxou o cão para trás, rezando para não fazer muito barulho. Marc se inclinou sobre a borda do colchão e pressionou a sua boca contra o ouvido de Happy.


— Se vista e, em seguida, se tranque no banheiro. Eu estou indo atrás da sua mãe. Happy balançou a cabeça e rolou para o outro lado da cama. Marc observou enquanto Happy deslizou para fora do colchão e se abaixou para pegar as suas roupas e ir na ponta dos pés até o banheiro. Ele esperou até que a porta se fechasse atrás Happy antes de se mover em direção a porta do seu quarto. Ele poderia estar preocupado por nada, mas ele sempre confiou nos seus instintos, e os seus instintos gritavam que as duas pessoas que ele jurou proteger estavam em perigo. Marc deslizou para fora do seu quarto e pelo corredor até o quarto de hóspedes. Havia uma luz em cima do fogão, mas só lançou uma luz fraca para o corredor. Foi algo que Marc utilizou para que ele pudesse ver melhor quando ele andou com cautela pelo corredor. Ele desejou que ele pudesse bater e anunciar-se antes de entrar no quarto de Anna, mas ele sabia que não podia. Se havia alguém na casa, ele não queria alertá-los de que ele estava chegando, ou onde ele estava. Marc virou a maçaneta e empurrou a porta aberta, entrando rapidamente dentro e fechando a porta. Uma rápida olhada ao redor do quarto enviou o coração de Marc a sua garganta. — Anna. — Ele sussurrou. Ele não podia vê-la em qualquer lugar. Ele sabia que a protuberância no meio da cama, não era uma pessoa, mas sim uma pilha de travesseiros. Ele havia feito a mesma coisa muitas vezes quando era um adolescente para que ele pudesse fugir e se divertir um pouco. Ele sabia o que isso parecia. Marc se se aproximou e levantou a coberta, verificando em baixo da cama. A única coisa que havia lá era um par de meias e alguns viciosos coelhinhos de poeira.


— Anna? — Marc sussurrou de novo, um pouco mais alto desta vez. Happy ficaria devastado, se alguma coisa acontecesse com a sua mãe. Marc ficaria também. Happy e Anna estavam dependendo dele para mantê-los protegidos. Droga! Onde ela estava? Os olhos de Marc caíram na porta do armário. Ele começou a se mover nessa direção quando um pequeno gemido do gabinete de TV chegou aos seus ouvidos. Marc inclinou a cabeça e escutou. Quando o som voltou, Marc se moveu em direção ao armário de madeira. — Anna? É Marc. — Disse ele, antes de abrir a porta. Marc tinha esperança de que Anna estivesse no gabinete quando ele ouviu um gemido, mas realmente vendo o rosto manchado de lágrimas assustado o surpreendeu. Ele realmente não esperava isso. Marc segurou o dedo aos lábios e, em seguida, estendeu a mão para ela. Quando Anna agarrou a sua mão, Marc ajudou-a a sair do armário. Ele estava um pouco surpreso que ela tinha cabido dentro considerando que ela ainda não tinha removido os DVDs de dentro. Uma vez que Anna estava de pé, Marc colocou o seu dedo na boca de novo. Quando Anna balançou a cabeça e apertou os lábios, Marc a levou para a porta do quarto. Ele abriu-a apenas o suficiente para ver o lado de fora. Quando ele não viu ninguém, ele saiu. Anna o seguiu, e ficou ao seu lado. Marc voltou correndo pelo corredor até o seu quarto, abrindo a porta. Ele fez uma verificação rápida do seu quarto, em seguida, puxou Anna para dentro, fechando a porta atrás dela. Caminhando até a porta do banheiro, ele bateu suavemente. — Happy, é Marc. — Quando a porta se abriu e apareceu à cara de Happy, sua


expressão era tão assustada quanto a de Anna. — Eu tenho a sua mãe aqui comigo. Happy se iluminou quando ele olhou para além de Marc. — Mama. — Ele sussurrou enquanto ele estendeu os braços. Anna rapidamente foi para eles, abraçando o seu filho. — Eu preciso que você fique aqui, enquanto eu vou verificar o resto da casa. — Marc falou. —Não saia, por qualquer motivo, não até que eu volte para você. Entendeu? Happy assentiu. Marc se debateu se deixava Happy com uma arma ou não, mas ele realmente não tinha tido a chance de descobrir se Happy sabia como lidar com uma e ele não queria correr nenhum risco. Em vez disso, ele caminhou até o seu armário e tirou o seu taco de beisebol, levando-o para Happy. — Se você entrar em apuros, use isto. Happy olhou para o bastão como se fosse uma cobra. — Eu não quero machucar ninguém, Marc. — Happy, você está defendendo você e a sua mãe contra alguém que quer prejudicá-lo. — Happy era uma alma gentil e provavelmente não faria mal a um percevejo, mas Marc estava apostando nele para proteger a sua mãe. — Não vá atrás de qualquer um, mas se vierem atrás de você ou sua mãe, se defenda. Os ombros de Happy caíram. — Eu acho que sim. — Eu estarei de volta em breve, bebe. — Marc deu um beijo contra os lábios de Happy e recuou, apontando para a porta. — Tranque a porta depois que eu sair e não saia até que eu volte para você. Marc esperou até que a porta se fechou novamente e ele ouviu o bloqueio se mover antes de virar e sair do quarto. Ele estava indo para caçar quem tinha invadido a segurança da sua casa e colocou aquele olhar assustado


na cara de Happy. E ele não iria descansar até que Happy e Anna estivessem a salvo novamente. Marc se moveu pela casa silenciosamente, colocando um pé na frente do outro quando ele lentamente olhou em cada quarto. Até o momento que ele chegou à cozinha, ele estava começando a pensar que talvez ele tivesse imaginado tudo. E então ele ouviu um barulho na porta dos fundos. Havia um arco fora da cozinha, que levou para a lavanderia. Na outra ponta da lavanderia tinha uma porta que dava para a pequena passagem entre a casa e a garagem. Marc passou por cima e pressionou-se contra a parede perto da entrada da lavanderia. Ele levantou a arma, segurando-a com as duas mãos, em seguida, virou a esquina para a lavanderia. Droga. Estava vazia. Marc moveu-se para a porta que conduzia para fora. A lua ainda estava bastante alta no céu à noite, lançando luz suficiente na terra para que Marc pudesse ver a passagem entre os edifícios e o quintal. Mas havia um monte de sombras, mais do que suficiente para alguém se esconder. Marc caminhou até a porta de trás e olhou para fora através dos painéis de vidro na metade superior da porta. Ele observou a escuridão por vários momentos antes de cautelosamente destrancar a porta e, em seguida, abri-la e sair para o ar frio da noite. Marc caminhou em direção à frente da garagem. Seu caminhão estava estacionado na garagem, e ele queria ter certeza de que ninguém havia mexido com ele. Vandalismo era bastante inexistente em Cade Creek, mas acontecia de vez em quando, geralmente apenas adolescentes jogando conversa fora.


Mas ainda era o seu caminhão de trabalho e ele precisava estar em boas condições de funcionamento, se ele planejava começar a trabalhar na parte da manhã. Apesar de ter pegado um par de dias de folga para passar com Happy ele precisava voltar a trabalhar. Marc ainda estava sofrendo com o que tinha acontecido entre ele e Happy um par de horas atrás. Tinha sido um dos momentos mais mágicos da sua vida. Happy era o homem mais incrível que ele já havia conhecido. Mesmo confuso e incerto, Happy tentou agradá-lo. Esse tipo de cuidado não poderia ser ensinado. Isso veio da alma, da bondade nascida em alguém. E Happy, um homem construído como ele poderia enfrentar o mundo sozinho, tinha a alma de um gigante gentil. A vida de Marc não tinha sido horrível. Ele tinha grandes pais, um irmão mais velho maravilhoso, uma carreira que amava, e amigos que ele sabia que o defenderia em todos os momentos. Mas quanto mais tempo passou com Happy, mais ele estava começando a perceber que tudo isso não significava nada sem alguém na sua vida que ele amava acima de tudo. Marc queria alguém como Happy O'Brian. Andando ao redor do caminhão, verificou o interior e as fechaduras. Nada parecia estar fora do lugar. A porta ainda estava trancada e tudo estava onde deveria estar. A garagem também estava certa. A porta ainda estava trancada e nada dentro parecia ter sido perturbado. Marc abaixou a arma e olhou ao redor do quintal. Nada parecia fora do lugar. Talvez ele estivesse imaginando tudo isso? Talvez a sensação perturbadora que tinha vindo por ter alguém na cama com ele? Mas, considerando o quanto ele queria Happy na sua cama, Marc duvidou seriamente.


Não sabendo mais o que fazer, Marc começou a voltar para a casa. Ele não se esqueceu de trancar a casa, ele iria pegar Anna e colocar de volta no seu quarto, e, em seguida, voltar para a cama e cuidar do seu gigante gentil. Assim quando ele começou a alcançar a maçaneta da porta para voltar para dentro, um grande estrondo rasgou o ar da noite e algo bateu no braço de Marc, girando em torno dele. Ele bateu na parede, piscando rapidamente quando ele olhou para o sangue escorrendo pelo seu braço. O estômago de Marc enrolou quando ele deslizou para baixo da parede da garagem. — Droga. Isso vai deixar uma marca.

Capítulo Dez

Happy sacudiu quando um grande estrondo rasgou a escuridão fora do banheiro. Ele não poderia dizer exatamente de onde o som veio, exceto que ele não veio do banheiro. Ele pressionou o ouvido na porta do banheiro, esperando ouvir algo. Qualquer coisa. Marc estava lá sozinho, sem ninguém para vigiar as suas costas. As imagens horríveis que flutuavam pela mente de Happy fizeram seu estômago apertar. Ele morreria se algo acontecesse com Marc. O homem significava o mundo para ele. E quando isso tinha acontecido?


Ele sabia que ele se sentia bem quando ele estava perto de Marc. Borboletas vibraram no seu estômago toda vez que Marc sorriu para ele, e Marc parecia sorrir muito quando estava ao seu redor. Happy ainda estava tentando envolver a sua mente em torno do que tinha acontecido entre eles anteriormente. Ninguém nunca havia o tocado com tanta delicadeza, com tanto cuidado. Marc o fez sentir-se especial, como se ele fosse o único. Happy não achava que Marc tinha tocado qualquer outra pessoa do jeito que ele o tocou, mas ele poderia estar errado. As mãos de Happy cerraram quando um sentimento estranho fez as borboletas no seu estômago se agitarem e queimar. Será que Marc tocou em outra pessoa assim? Amou outra pessoa da maneira que ele amou Happy? — Mama? — Ele sussurrou, não querendo levantar a voz. — Eu preciso ir encontrar Marc. — Não, Happy. — Anna disse apressadamente. — Eu tenho que ir Mama. — Happy tentou esconder o medo que sentiu quando ele se virou para olhar para a sua mãe. — Eu preciso ter certeza de que ele está bem. — E ele precisava ter certeza de que ele era o único que Marc estava amando a partir de agora. — Marc nos disse para ficar aqui, Happy. Happy não podia discutir com isso. Marc lhes tinha dito para ficar no banheiro até que ele viesse para eles. Mas o que se Marc não poderia vir para eles? — Eu tenho que encontrá-lo, mamãe. Anna

suspirou

com

uma

expressão

resignada

abaixando

as

sobrancelhas. — Eu entendo Happy. Basta ter cuidado. Um pequeno salto de alegria pulou no peito de Happy. Ele se inclinou e roçou os lábios na testa da sua mãe. — Obrigado pela compreensão, mamãe. — Happy, me responda uma coisa. Você o ama?


— Eu não sei. — Happy não tinha certeza de que ele realmente entendia o que era amor. Seus avôs deveriam amá-lo, mas ele tinha sofrido mais nas suas mãos do que ele pensava se humanamente possível. Ele não conheceu nada além de ódio e tortura de duas pessoas que deveriam tê-lo protegido do mundo. A única pessoa que o amava incondicionalmente era sua mãe, e ela sofreu tanto como ele. Sua visão sobre o amor pode ser tão torcida quanto ele sabia. Isso não era uma base forte para dizer se ele amava alguém ou não. — Ele me faz sentir bem, e ele é muito bom para mim, mas... — Happy deu de ombros. — Eu não tenho certeza do que eu deveria sentir. O sorriso de Anna estava triste. — É justo, Happy. Só não o deixe fazer com você qualquer coisa que você não esteja pronto para fazer. — Não, Marc nunca faria isso. — Happy balançou a cabeça rapidamente. — Nós conversamos sobre isso, e Marc disse que poderíamos levar as coisas tão lentas como eu precisava. Ele não queria fazer nada que me deixasse desconfortável. — Isso é bom, bebe. — Anna deu um tapinha no braço de Happy, seu sorriso aumentando. —Parece-me que Marc se preocupa com você tanto quanto você se importa com ele. — Sim. — Happy começou a sorrir quando esse sentimento de borboleta flutuante começou no seu estômago novamente. — Ele faz. — Ok, bebe. Vá encontrar o seu homem. Happy adorava a sua mama. Ela o entendia quando tantos outros não. Ele pressionou um beijo na sua testa e, em seguida, virou-se e abriu a porta do banheiro. Ele abriu a porta e olhou para fora. Quando ele viu que o quarto estava vazio, Happy saiu, fechando a porta atrás de si. Ele ouviu o bloqueio enquanto se dirigia para a porta do quarto.


Nervos de Happy começaram a vibrar quando ele abriu a porta do quarto e olhou para o corredor. Esta era provavelmente uma péssima ideia, mas não saber se Marc estava ferido ou ainda pior. Happy fez lentamente o seu caminho pelo corredor, ficando tão perto da parede quanto pôde. Teria sido muito mais fácil se ele não fosse tão grande, mas não havia muito que pudesse fazer sobre isso. Ele era uma espécie de nascido dessa maneira. Ele não poderia se fazer de pequeno alvo mesmo se ele tentasse. O corredor estava vazio, quando ele foi da sala de estar para a cozinha. Happy estava começando a se perguntar onde mais ele deveria olhar quando ouviu o que soou como um resmungo. Ele só não sabia de onde estava vindo. Happy inclinou a cabeça, colocando os seus cachos atrás da orelha, e ele escutou. Quando ele não ouviu nada, ele se virou e olhou para a outra direção. Ele ainda não ouviu nada. Ele estava começando a se perguntar se ele tinha imaginado quando algo raspou contra a porta da cozinha. O coração de Happy pulou para a garganta, o que dificulta sua respiração. Ele se arrastou em direção à porta, desejando que ele tivesse se lembrado de trazer o taco de beisebol que Marc deixou com ele. Assim quando ele começou a alcançar a maçaneta, a porta se abriu e Marc caiu dentro, caindo no chão. Lembrando-se que poderia haver alguém lá fora, atrás deles, Happy manteve os lábios apertados, quando ele realmente queria gritar. Ele correu para frente e caiu de joelhos, agarrando Marc e puxando-o em seus braços. O sangue cobrindo o braço e a parte superior do corpo de Marc fez seu o seu estômago revirar. Ele tirou sua camisa e pressionou contra o ferimento no braço de Marc, tentando estancar o fluxo de sangue.


— Marc. — Ele sussurrou no caso de alguém estar ouvindo. — O que aconteceu? — Happy, precisamos de ajuda. Medo e raiva amarraram dentro de Happy. Ele tinha ouvido essas palavras antes. Ele sabia o que tinha que fazer. Happy levantou Marc em seus braços e levou-o de volta para o corredor para o quarto, abrindo a porta com o pé. Ele colocou Marc na cama. — Mama. — Ele disse em uma voz calma, mas alto o suficiente para Anna ouvi-lo através da porta. — Eu preciso de você. A porta do banheiro se abriu imediatamente, Anna saindo. — O que há de errado, Happy? — Marc está machucado. Ele disse que precisa de ajuda. Anna estremeceu, e Happy sabia que ela estava revivendo memórias do tempo que ela tinha dito a mesma coisa para ele. — Mama. — Certo. — A mão de Anna tremeu quando ela empurrou-a através do seu cabelo comprido castanho claro. — Precisamos do xerife. Happy sabia como fazer isso. Xerife Riley lhe tinha ensinado. Ele foi até a mesa de cabeceira e pegou o celular de Marc. Ele bateu o número de telefone que ele tinha memorizado e, em seguida, colocou o telefone no ouvido e esperou. — O que foi Marc? — Xerife Riley disse quando ele atendeu um momento depois. — Aqui é Happy. Precisamos de ajuda. — Onde está você, Happy? — Perguntou John, sua voz séria. — Nós estamos no quarto de Marc.


— Ok, eu estou no meu caminho. — Happy ouviu o farfalhar e sabia que o homem estava falando a verdade. — Você pode me dizer o que aconteceu? — Eu não sei. — Happy correu para o banheiro e pegou uma toalha de mão limpa. Lembrou-se de ver uma pilha lá quando ele estava no banheiro antes. Ele correu de volta para o quarto e sentou-se ao lado da cama ao lado de Marc, pressionando a toalha contra braço de Marc. — Marc me acordou e me disse para me esconder no banheiro. Ele correu e pegou Mama e disse-lhe para se esconder comigo, e depois ele deixou o quarto. Eu ouvi um barulho, um barulho alto. — Que tipo de barulho? — Como um grande estrondo. — Tudo bem, vá em frente. — Happy ouviu o xerife dizer alguma coisa a alguém, mas não conseguiu distinguir as palavras. Ele imaginou que o homem estava falando com um dos seus maridos. Ele não entendia como um homem poderia ter dois maridos, mas os três homens estavam felizes por isso realmente não importava o quão confuso que ele estava. Eles estavam felizes e isso era tudo o que realmente importava. — Eu comecei a ficar preocupado com Marc então eu deixei Mama no banheiro e fui procurá-lo. Ele caiu no meio da porta da cozinha, quando eu estava indo para abrir a porta. Ele está muito ferido, xerife. Há muito sangue. — Droga! — O xerife estalou. — Faça pressão sobre a ferida, Happy. — Eu estou fazendo isso. — Bom. — O xerife respondeu. — Ele está acordado? Happy levantou os olhos para olhar para o rosto de Marc. Os olhos do homem estavam fechados, mas os seus lábios estavam pressionados em uma linha fina, sua mandíbula apertada. — Eu acho que sim, mas ele está em um monte de dor, xerife.


— Há uma ambulância a caminho, Happy. Os paramédicos irão curálo tão bom como novo. Happy não tinha certeza se queria que desconhecidos tocassem em Marc. — Eu não sei xerife. E se... — Está tudo bem, Happy. — Disse o xerife. — Os paramédicos sabem o que estão fazendo. Eu prometo. Happy não tinha tanta certeza disso. Ele se lembrou de quão bom o povo era no hospital quando Happy trouxe a sua mãe para a cidade, mas alguém tinha obviamente ferido Marc e Happy não sabia quem era. Ele não gostou da ideia de deixar alguém se aproximar de Marc. — Xerife, talvez... — A palavra de Happy morreu quando Marc estendeu a mão e agarrou o seu pulso. Quando ele olhou para cima, os olhos de Marc estavam abertos e o homem estava observando-o. — Marc. — Dê-me o telefone, Happy. Happy piscou surpreso, mas estendeu o telefone. — John, aqui é Marc. Levei um tiro no meu braço. — Happy assistiu sobrancelhas de Marc reunir em uma carranca profunda. — Não, eu não vi ninguém e nada foi perturbado. — Ele fez uma careta quando ele balançou a cabeça, grunhindo enquanto pressionava a cabeça contra o travesseiro. — É preciso verificar Vince do outro lado da rua. Ele deveria ter vindo até aqui quando tiros foram disparados. Foi só então que Happy se lembrou de que havia outro policial dentro do carro do outro lado da rua observando a casa e a rua. — Você quer que eu vá procurá-lo, Marc? — Não, Happy. — Disse Marc. — Eu quero que você e a sua mãe fiquem aqui comigo até o Xerife Riley chegar. Happy soltou a respiração que estava segurando. Ele iria procurar o policial se era isso que Marc queria, mas ele preferia ficar aqui com Marc.


Happy ouviu o barulho de sirenes. Ele bateu no braço de Marc. — Eu acho que a ambulância está aqui. — Tudo bem, Happy. Deixe-os entrar, mas certifique-se que são os paramédicos antes de abrir a porta. Happy assentiu. Levantou-se e, em seguida, deu um passo atrás quando a sua mãe veio e tomou o seu lugar, pressionando a toalha para baixo sobre a ferida de Marc. Happy realmente não gostava da palidez de Marc. Ele estava ficando muito pálido. — Vou me apressar. Marc deu-lhe um leve sorriso. Era algo. Happy correu para fora do quarto e foi pelo corredor até a porta da frente. Antes que ele pudesse alcançá-la, ele ouviu uma batida na porta dos fundos. Happy mudou de direção e se dirigiu para a cozinha. Ele parou e olhou quando viu a arma caida em uma poça de sangue no meio do chão da cozinha. Ele sabia que não deveria estar lá. Qualquer um poderia vir e pega-la. Happy não estava entusiasmado em pegá-la por si mesmo, pois ele sabia que armas eram perigosas, mas isso era tudo o que sabia sobre elas. Mas deixá-la lá estava apenas pedindo para ter problemas. Happy se abaixou e pegou a arma pela garra, certificando-se de que ele não colocou o dedo no gatilho ou a apontou para si mesmo. Por mais que ele não quisesse ferir alguém, ele não queria machucar a si mesmo também. Segurando a arma do chão ao seu lado, Happy caminhou até a porta dos fundos. Ele podia ver vários homens que estavam além dos painéis de vidro na parte superior da porta. Dois dos homens estavam com uniformes da polícia, dois deles estavam em uniformes paramédicos carregando sacolas nas mãos.


Happy ficou aliviado ao vê-los. Ele abriu a porta e deu um passo para trás, acenando em direção ao corredor. — Ele está lá no quarto. Depressa, por favor. — Senhor. — Um dos policiais entrou com uma mão na arma na cintura, e a outra levantada no ar. — Largue a arma, senhor. — O quê? — Happy não achava que a forma cautelosa que o oficial estava usando sobre ele era uma coisa boa. O cara parecia quase assustado. — Abaixa a arma, senhor. Happy franziu a testa. Esse cara era insano? Happy tinha certeza que ele estava quando o cara puxou a arma e apontou-a para ele. — Você não deve apontar as armas para as pessoas. O outro policial moveu-se para a cozinha, a sua arma na mão também. Moveu-se ao longo da ilha de cozinha, ladeando Happy do outro lado. — Senhor, você realmente precisa colocar a arma no chão. — Disse o oficial. — Nós não queremos que ninguém se machuque aqui. — Marc já está machucado. — Happy não conseguia entender por que eles não estavam ajudando Marc. — Ele precisa de ajuda. E se eles não estavam indo para ajudar Marc, ele o faria. Happy começou a se virar para voltar para o quarto, quando um peso pesado caiu nas suas costas, levando-o para o chão. A arma na mão de Happy foi para longe, voando sob a pequena mesa de café. Happy lutou para fugir, lembranças do seu avô batendo em cima dele nublando a sua mente até que tudo o que ele sentiu foi Herne O'Brian batendo nele, não importa o quão duro ele tentou fugir. Aterrorizado, Happy fez a única coisa que ele nunca fez ao ser punido por seu avô. Ele gritou.


Capítulo Onze

Os olhos de Marc se abriram quando um grito penetrou o nevoeiro cheio de dor dele. Sua respiração ficou presa na garganta, o coração batendo tão alto que ele podia ouvi-lo nos seus ouvidos. Happy estava gritando. Marc empurrou as mãos de Anna longe e ficou de pé, balançando um pouco enquanto a cabeça balançava. Seus passos eram instáveis enquanto ele tropeçou em direção a porta do quarto e saiu para o corredor. A dor que irradiava fora do buraco de bala no seu braço não era nada em comparação com a angústia que o encheu quando ouviu Happy gritar de novo. O som era de sugar a alma ela sua intensidade enquanto ele lentamente desapareceu para uma quietude silenciosa. ― Happy! ― Marc gritou, chocado com o quão cru e abalado parecia. Ele colidiu com a parede, fazendo uma careta quando ele deixou uma longa mancha de sangue na parede branca. Isso não ia limpar com muita facilidade. Nem o sangue escorrendo pelo seu braço até o chão sob seus pés. Assim quando ele chegou ao final do corredor, o paramédico que Marc não reconheceu apareceu na esquina carregando uma maleta vermelha. Ele imediatamente colocou a sua bolsa no chão e começou a ir para Marc. Marc empurrou de volta. ― Onde está Happy?


As sobrancelhas do homem dispararam. ― Senhor, você sabe onde você está? Hein? O homem parecia preocupado quando ele tentou chegar em Marc novamente. ― Senhor, você foi baleado. Você precisa sentar-se. ― Eu preciso do Happy. O paramédico olhou-o com moderação. ― Você pode me dizer o seu nome, senhor? ― Meu nome? ― Marc olhou para o homem, suas sobrancelhas puxando para baixo sobre os olhos com tanta força que a sua cabeça começou a doer. Esse cara deve ser novo. Por que não podia ter vindo um paramédico que ele conhecia? Não era como se Cade Creek fosse tão grande. ― Você levou um tiro, senhor. ― O paramédico virou a cabeça. ― Eu preciso de ajuda aqui ― ele gritou, em seguida, baixou a voz para um tom mais calmante, enquanto falava com Marc. ― Senhor, senhor, você precisa sentar-se. ― Eu preciso do Happy. ― Se você se sentar, todos nós podemos ser felizes. Marc inclinou a cabeça e olhou para o homem. ― Você é um idiota. ― Marc ouviu barulho da cozinha. Ele afastou-se da parede e começou a descer o corredor. Talvez Happy estivesse na cozinha. ― Happy! ― Marc gritou enquanto tentava passar o paramédico. ― Marc! ― Era puro pânico na resposta ferida de Happy. Marc rosnou enquanto os seus olhos ficaram presos no medico e estreitaram. ― O que você fez com ele? ― Gritou. ― Então me ajude, se você machucar Happy... Ele mataria o cara. ― Marc! ― Happy gritou novamente da cozinha.


Quando o paramédico foi para alcançá-lo novamente, Marc rosnou para ele. ― Toque-me e eu vou prendê-lo por agressão. O paramédico se apoiou, as mãos se erguendo no ar. Marc tropeçou o resto do caminho até o corredor e na esquina para a cozinha. Raiva minou o resto da sua força quando ele encontrou Happy deitado no chão da cozinha, com as mãos algemadas atrás das costas. Happy estava lutando, tentando levantar-se, mas um guarda o havia fixado no lugar. ― Caia fora dele, Hale. Marc tropeçou os dois últimos passos para o lado de Happy e escorregou para o chão. Ele estendeu a mão e enrolou as mãos no cabelo de Happy. ― Eu estou aqui, Happy. ― Eu não gosto disso, Marc. ― As palavras de Happy eram instáveis, quase tão instável como o corpo de Happy, que parecia que estava prestes a quebrar. ― Eu sei, querido. ― Um músculo sacudiu com raiva na mandíbula de Marc quando ele se virou e estendeu a mão para o guarda. ― Chave. ― Marc, eu não posso dar-lhe a chave. Ele está preso. Ele é um suspeito. Encontramos ele... ― Dê-me a chave de merda antes de eu arrancar a sua cabeça e pega-la de qualquer maneira. ― Você não deve jurar, Marc ― sussurrou Happy. ― Você provavelmente não deve gritar também. ― Desculpe, Happy. ― Marc teve vontade de rir ao ver o olhar atordoado no rosto do guarda Nick Hale, mas ele queria a chave mais. ― Dême a chave, Hale. ― Ele tinha uma arma, Marc. Ok, isso surpreendeu Marc. Ele se virou para olhar para baixo em Happy. ― Você tinha uma arma, Happy?


― Você deixou cair quando você entrou na casa. Apanhei-a porque você não deve deixar as armas por ai. Alguém pode se machucar. ― Happy ainda estava preso ao chão por isso ele só pode virar a cabeça um pouco, mas seus olhos suplicavam a Marc para entender. ― Eu fiz mal? ― Não, Happy, você não fez nada de ruim. ― Ele se virou para olhar para Hale novamente. ― E o guarda Hale sabe disso. Ele provavelmente estava preocupado porque tinha ouvido que eu levei um tiro, e depois ele chegou aqui e você tinha uma arma na sua mão. Tenho certeza que ele entende que você só estava tentando colocá-la em algum lugar seguro. ― É debaixo da mesa, Marc. ― Os olhos de Happy caíram e olharam para além de Marc. ― Ainda não é seguro. Marc deu um tapinha no ombro de Happy com uma mão e pegou a chave da algema de um guarda com o rosto vermelho com a outra. ― O guarda Hale está indo para pega-la e trancá-la para nós, ok? ― Ok. Marc sentiu o primeiro formigamento de um sorriso nos seus lábios enquanto abria as algemas restringindo Happy. Ele entregou a algema e chave de volta para Hale então se virou para Happy, vendo quando o homem sentouse e trouxe os braços para frente do seu corpo, esfregando os pulsos. O rosto de Happy estava pálido, com os olhos um pouco selvagens enquanto eles dispararam para o guarda. Ele se inclinou para sussurrar no ouvido de Marc. ― Ele está com raiva de mim? ― O guarda Hale? Happy assentiu. ― Eu não penso assim. ― Marc olhou para o guarda novamente. ― Você está com raiva de Happy, guarda Hale? Hale soltou um suspiro. ― Não, eu não estou com raiva de você, HAppy. Eu só estou tentando descobrir como Marc se machucou.


― Ele levou um tiro ― disse Happy em um tom de voz que disse que ele pensou que o guarda era doido. Ele apontou para a ferida no braço de Marc. ― Está vendo? Marc começou a tecer enquanto o último da sua energia caia. Ele sentiu os braços de Happy em torno dele, lentamente deitando-o no chão. Os paramédicos correram para frente e começaram a trabalhar com ele. Rosto preocupado de Happy pairou sobre o dele. ― Marc? ― Eu estou bem, Happy. Os médicos vão me consertar ― Ele orou para que os médicos não fizessem dele um mentiroso. ― Eu quero que você espere aqui com o guarda-Hale até o xerife chegar aqui, e então você e a sua mãe ficaram com o xerife. Você pode fazer isso por mim? Happy agarrou a sua mão. ― Eu quero ir com você. ― Eu não acho que eles vão permitir que você venha na ambulância comigo, Happy. ― Mas... ― Os olhos de Happy se encheram de lágrimas quando ele olhou para a lesão que o paramédico estava trabalhando. ― E se alguém tenta te machucar de novo? ― Eu vou ficar bem. Happy mordeu o lábio inferior por um momento, olhando para cima. ― Talvez o guarda deva ir com você e mantê-lo seguro. ― Querido, vai que... ― Ei, Happy ― disse o guarda Hale, surpreendendo Marc com a forma como o seu tom suave era ― e se o adjunto Fletcher for com Marc para o hospital para mantê-lo seguro e eu ficar aqui com você e a sua mãe para mantê-lo seguro? Happy parecia como se ele estivesse tentando descobrir se o guarda estava dizendo a verdade ou não, mas depois de um momento, ele acenou


com a cabeça. ― Ok, mas ele tem que tomar cuidado com Marc. Se o meu avô atirou nele, ele não vai parar de ir atrás de Marc até que ele esteja morto. As sobrancelhas do guarda Hale levantaram. ― O seu avô? Feliz assentiu. ― Foi quem atirou em Marc. ― Happy, não sabemos isso. Eu nunca vi quem atirou em mim. ― Mas ninguém mais está atrás de mim e Mama. Tinha que ser ele. Marc não estava de bom humor para explicar a vida de um policial para Happy agora. Sua cabeça doía muito, e estava ficando difícil manter os olhos abertos. ― Até sabermos exatamente quem atirou em mim, não podemos assumir que era ele, Happy. Provavelmente foi ele, mas precisamos investigar todas as possibilidades. Happy acariciou sua mão. ― Se você diz, Marc. Marc riu e, em seguida, fez uma careta quando ele balançou o braço ferido. Ele estava sendo aplacado e ele sabia disso. Isso era realmente maravilhoso, dadas as circunstâncias. ― É hora de ir embora, delegado, ― um dos paramédicos disse. ― Nós estamos indo pegar a maca e depois levá-lo. ― Eu posso levá-lo, ― Happy se voluntariou quando ele se levantou, de cócoras ao lado de Marc. Antes que alguém pudesse impedi-lo, Happy pegou Marc em seus braços. ― Onde é que você o quer? ― Uh. ― O paramédico piscou rapidamente. ― Lá fora, na ambulância. Por Favor. Marc sorriu quando ele inclinou a cabeça contra o peito de Feliz enquanto o homem levou-o para fora da casa para a ambulância esperando na garagem. Ele ficou tenso quando ouviu um puxão de caminhão para uma parada brusca na rua até que o vozeirão do xerife Riley encheu o ar enquanto o homem gritou ordens e exigiu um relatório.


O paramédico estava esperando com as portas abertas na parte de trás da ambulância quando chegaram a ele. Happy subiu dentro, mas não importa o quão suavemente ele o deitou, Marc ainda sentia dor passando através do seu braço e para baixo através do seu ombro e peito. ― Eu sinto muito ― murmurou Happy. ― Eu levei um tiro, bebê. Não há muito que não vá machucar agora. Happy fungou. ― Eu não queria que você se machucasse. ― Eu sei que você não queria, Happy. ― Um pensamento bateu Marc quando Happy baixou a cabeça. ― Hey, hey, você não fizer isso, Happy. Não foi culpa sua. ― Se o meu avô não estivesse vindo atrás de mim ― murmurou Happy ― você nunca teria sido... ― Happy, olhe para mim. ― Mac odiava usar a voz severa com Happy, mas o homem precisava saber o quão sério ele era. Quando HAppy levantou a cabeça, Marc estendeu a mão e tocou o lado do seu rosto. ― Você não fez isso. Quem atirou em mim fez isto. ― Mas... ― Happy, você confia em mim? ― Marc sabia qual seria a resposta de Happy antes mesmo dele fazer a pergunta, mas ele queria lembrar Happy. As sobrancelhas de Happy se juntaram. ― Sim. ― Então, acredite em mim quando eu digo que isso não é culpa sua. Eu sou um delegado, lembra-se? Poderia ter sido qualquer um. Além disso, seu avô nem sequer sabe onde eu moro. Eu sei que eu nunca disse a ele. ― Eu nunca disse a ele. ― Bem, veja. ― Marc acariciou a mão de Happy. ― Então, provavelmente não foi ele. Se alguma coisa, o olhar severo de Happy se aprofundou. ― Você tem outras pessoas que querem atirar em você?


― É o perigo de ser um delegado, Happy. ― Então por que faz isso? ― Porque algumas pessoas, como você e a sua mãe quando viveram com os seus avós, não podem se proteger. Eles precisam de pessoas como eu e o Xerife Riley, e até mesmo o guarda Hale, para protegê-los até que possam se proteger. Marc podia ver Happy trabalhando essa ideia no seu cérebro. Quando Happy assentiu, Marc reafirmou a crença de que feliz não era lento, apenas mal informadao. Dada a oportunidade, ele poderia chegar às mesmas conclusões sobre coisas como o resto do mundo. Ele só precisava de todas as informações. Marc

olhou

para

as

portas

da

ambulância

quando

alguém

discretamente limpou sua garganta. ― É hora de eu ir para o hospital, Happy. Happy olhou por cima do ombro. ― Onde está o guarda? ― Eu estou bem aqui ― disse o guarda Eddie Fletcher quando ele andou até a parte de trás da ambulância. ― Tudo bem. ― Happy olhou para Marc. ― Um... Marc riu quando o rosto de Happy ficou vermelho. ― Dê-me um beijo, Happy, e depois vá esperar com o guarda Hale. Happy sorriu e se inclinou para dar um beijo nos lábios de Marc. Ele engoliu em seco como se ele estivesse tentando segurar as suas emoções. ― Por favor, fique bem. ― Eu vou ficar bem, Happy. Happy saiu da ambulância, seu lugar tomado pelo guarda quase que imediatamente. Marc levantou a cabeça e viu quando Happy caminhou em direção à casa. Ele não caiu para a maca até que o guarda Hale deu-lhe um aceno de reconhecimento e seguiu Happy para dentro da casa.


O paramédico subiu na traseira da ambulância e fechou a porta. Um momento depois, eles estava a caminho. Marc suspirou e recostou-se enquanto o veículo balançou para frente e para trás enquanto ele ia pela estrada. ― Então, quem é o gostoso? ― Perguntou Eddie. ― O nome dele é Happy. ― Marc sorriu. ― E ele é meu.

Capítulo Doze

Happy limpou as mãos nas suas coxas vestidas de jeans antes de aperta-las juntas e deixá-las oscilar entre os joelhos. Ele havia respondido perguntas até que a sua mandíbula doesse, ele havia tomado banho e se vestido, e então tinha sido dito a ele para se sentar que alguém viria buscá-lo para levá-lo ao hospital. Ele ainda estava esperando. O sol tinha chegado algumas horas atrás. Mais pessoas haviam chegado na casa e passou por ele mais do que Happy estava realmente confortável. Ele não achava que Marc iria apreciar pessoas perambulando por sua casa também. Agora, a maioria deles tinha saído, mas alguns ainda estavam em torno bebendo café como se fosse um encontro de mentes ou algo assim.


Happy apenas queria que todos eles fossem embora. Ele precisava ir ver Marc. Ele sabia que o homem estava bem porque Marc ligou e conversou com o xerife e, em seguida, falou com ele. Mesmo que tivesse sido só por um momento, foi o suficiente para aliviar a preocupação de Happy. Mais ou menos. Ele provavelmente não se sentiria como se tudo estivesse realmente bem até que ele colocasse os olhos em Marc novamente, e ele não poderia fazer isso, se ninguém o levasse ao hospital. No momento, ele sentia como se alguém estivesse tentando sugar a sua alma para fora através do seu intestino. A casa estava cheia de atividades, as pessoas indo e vindo. Alguém tinha entrado e limpado a bagunça. Alguém tinha chegado e levado a arma de Marc. O café foi feito, Mama fazer um prato de sanduíches e os colocou em cima do balcão para que as pessoas comessem. O xerife entrevistou os dois, fazendo um monte de perguntas. Tudo era tão ocupado. A cabeça de Happy começou a pulsar. Ele estendeu a mão e esfregou as têmporas, tentando fazer a dor ir embora. Ele queria que todos fossem embora.

Ele

não

gostava

de

estar

perto

de

tantas

pessoas,

e

ele

particularmente não gostava da maneira que todos pareciam estar ignorandoo. Ninguém sequer falou com ele. Eles não tinham desde que tinha sido dito a ele para se sentar e esperar. ― Happy? ― Sim? ― Happy suspirou e ergueu a cabeça para enfrentar quem estava falando. Ele prendeu a respiração, seu coração pulando dolorosamente no seu peito. ― Marc. ― Hey, bebê.


Happy rapidamente olhou Marc de cima da cabeça aos pés, observando cada centímetro dele, que ele poderia ver. Uma grande atadura branca cobriu o braço onde ele tinha sido baleado, mas o seu braço estava numa tipoia. Era um estilingue cinza feio. ― Você precisa de um estilingue azul para combinar com seus lindos olhos azuis. O início de um sorriso apareceu no canto dos olhos de Marc. ― Vou chamar o médico amanhã e ver o que ele pode fazer. ― É o seu braço está bem? Marc olhou para o braço quando ele o levantou um pouco. ― Vai levar um par de semanas para que eu esteja melhor, mas o médico disse que eu vou ficar bem. ― Marc estendeu a mão e acariciou um dedo sobre linha da mandíbula de Happy. ― E você, Happy. Você vai ficar bem? ― Eu estou agora. ― Happy agarrou a mão de Marc e segurou-a entre as suas. ― Senti sua falta. ― Eu senti a sua, também. O sorriso de Marc ampliou enquanto se levantava, puxando Happy com ele. ― Eu preciso falar com o xerife. ― Oh. ― O coração de Happy afundou quando ele começou a sentarse. ― Ok. ― Eu gostaria que você viesse comigo. ― Oh. ― Happy Sorriu. ― Ok. Happy entrelaçou os dedos com Marc e, em seguida, caminhou com ele até o balcão da cozinha, onde o Xerife Riley estava falando com o guarda Hale e outro homem. ― Xerife ― Marc acenou para o homem enquanto subiam. ― Será que você encontrou alguma coisa?


― O que você está fazendo, Marc? ― O xerife perguntou enquanto seus olhos caíram para o braço ferido de Marc. ― Você não deveria estar no hospital ou algo assim? ― O médico me liberou. ― Happy sorriu quando Marc olhou para ele. ― Eu era necessário aqui. Xerife Riley riu. ― Eu entendo completamente. ― Bom. ― Marc se aproximou. Quando ele se inclinou para o lado de Happy, Happy passou um braço em torno dele. ― Diga-me o que você sabe. ― Não muito, na verdade. ― O sorriso do xerife deslizou para longe, sua expressão séria agora. ― Não há nenhum sinal de quem é o atirador, apenas algumas pegadas saindo de casa. Parece que quem atirou em você estava esperando do lado da casa. ― Você acha que isso foi o O'Brian? Happy engoliu em seco quando os olhos do xerife cairam sobre ele. ― Está tudo bem, xerife. Eu sei que o meu avô é um homem mau. Você não tem que tentar esconder isso de mim. Eu já sabia que ele era um homem mau desde que eu era um bebê. Xerife Riley suspirou. ― Sim, eu acho que você sabe, Happy. ― Ele tirou um pequeno bloco de escrita do bolso e abriu. ― As pegadas na terra não eram das boras da prisão, o que significa que ou Herne roubou algumas roupas ou que não era ele. Happy agarrou Marc. Ele ouviu o homem grunhindo quando ele envolveu-o em um domínio de proteção. ― Alguém está atrás de Marc? ― Uh...? Happy ― Os olhos do xerife Riley eram enormes no rosto. ― Eu não acho que Marc consegue respirar. Happy afrouxou o aperto, mas apenas uma fração. Ele ainda se sentia melhor mantendo o homem embrulhado em seus braços. ― Quem está tentando machucar meu Marc?


Sobrancelha do xerife arqueou, mas ele não se pronunciou sobre a alegação de Happy. Happy não teria se importado se ele fizesse. Tudo o que importava para ele era como Marc recostou-se contra ele, como se isso fosse exatamente onde ele queria estar. ― Lembre-se? ― Perguntou Marc. ― Nós conversamos sobre isso. Às vezes, ser um policial significa que as pessoas ficam com raiva de mim quando eu as coloco na cadeia por violar a lei. Eles acham que a culpa é minha porque foram pegos e querem se vingar de mim por causa disso. Happy franziu a testa. ― Se eles não querem ir para a cadeia, então eles não deveriam ter quebrado a lei. Eu não sei por que é tão difícil de entender. Não é como se a lei diz que tem que ficar nas suas cabeças ou algo assim. Um choque de risadas estourou dos lábios do xerife. ― Não, Happy, não há nenhuma lei que diz que eles têm que ficar nas suas cabeças. ― Então eu não vejo qual é o problema. Não precisava ser um gênio para entender que uma pessoa só precisava seguir as leis, a fim de ficar fora da cadeia. Quebre as leis, e eles provavelmente mereciam estar lá. ― Nem todos concordam com você, Happy. ― Marc deu um tapinha no braço que Happy tinha enrolado na parte superior do seu tórax. ― Algumas pessoas acreditam que estão acima da lei ou que podem quebrar a lei, porque eles não concordam com isso. ― Bem, isso é estúpido. Marc riu. ― Sim, muito bem. ― Então, você acha que é uma dessas pessoas que você prendeu? ― Pode ser ― respondeu Marc. ― É preciso estar ciente disto, Happy. Enquanto a vida aqui em Cade Creek é bastante descontraída, sempre há pessoas lá fora que são perigosas. Sendo um delegado, eles poderiam me


responsabilizar se ficarem em apuros e eles podem vir atrás de mim por isso. ― Marc se virou. Havia um mundo de preocupação nos seus olhos azuis quando ele olhou para Happy. ― Ou você. ― Eu? ― Happy estava confuso. ― Se eles sabem que eu me importo com você, então isso coloca você em perigo. Ok, isso pode ser uma preocupação, e Happy sabia que tinha de darlhe a devida consideração. Mas o perigo em que ele poderia estar era pior do que o que ele tinha vivido toda a sua vida? Era pior do que a dor de cabeça que ele sabia que ele sentiria se ele perdesse Marc? A resposta era um não imediato e retumbante. ― Você vai me ensinar o que eu preciso saber. ― Não era uma pergunta. Marc riu, mas pareceu mais aliviado do que bem-humorado. ― Sim, eu vou. ― E nós vamos descobrir quem está tentando prejudicá-lo. ― Isso também não era uma pergunta. Não era aceitável para Marc estar em perigo, pelo menos não mais do que ele estaria em qualquer dia normal no trabalho. ― Nós vamos encontrá-lo, Happy ― disse o xerife Riley. Outra coisa que veio à frente da mente Happy, um pensamento que tivera de passagem, enquanto ele estava esperando para ir para o hospital. ― O que aconteceu com o guarda, que estava sentado do outro lado da estrada? Será que ele não ouvir os tiros? ― Happy certeza tinha duvidava. Seus ouvidos ainda pareciam que eles estavam tocando. Os lábios do xerife John se apertaram. ― Ele diz que não ouviu nada. Ele não sabia que nada estava acontecendo até que ouviu as sirenes e viu a ambulância chegar. ― Você precisa dizer a ele que não é bom mentir.


― Sim. ― O olhar do xerife estava perplexo como se ele ficou chocado com as palavras de Happy. ― Eu vou fazer isso. Happy começou a puxar Marc longe. ― Marc precisa descansar. Um sorriso cresceu ao longo dos rostos das pessoas olhando para ele puxar Marc. Happy esperava que isso fosse uma coisa boa. ― Eu vou deixar o Adjunto Hale aqui a cuidar de coisas ― disse o xerife. ― Se você tiver qualquer problema... se você ouvir qualquer coisa, me ligue. Happy assentiu. Ele tinha certeza de que, uma vez que Marc batesse no colchão que ele ia apagar. O homem já estava apoiando-se fortemente contra ele. No momento em que virou a esquina para o corredor e saiu da vista dos outros, Happy pegou Marc em seus braços. Ele levou-o pelo corredor até o quarto, chutando a porta com o pé. Happy parou na porta quando ouviu uma porta no corredor abertir. Ele sorriu. ― Ei, mamãe. ― Depois do xerife interrogar ela, ela tinha ido para o quarto dela. Mama não gosta de multidões mais do que ele. ― Como ele está? ― Anna acenou para Marc. ― Ele está cansado, e, provavelmente, com dor. Anna olhou por um momento como se pensando em algo duro em seguida, conseguiu um sorriso trêmulo. ― Certifique-se de que ele recebe isso, Happy. Essa é a melhor coisa para ele agora. ― Eu vou, mamãe. ― Ok, então eu vou vê-lo na parte da manhã. Happy sabia que a sua mãe estava ciente do fato de que ele tinha dormido na cama de Marc, e ela estava, provavelmente, mesmo cientes do fato de que algo tinha acontecido entre os dois. Ele não tinha certeza se ela estava dando a sua bênção ou apenas lhe permitindo tomar as suas próprias


decisões, uma vez que ele era um adulto. De qualquer maneira, ela não estava discutindo ou gritando com ele que ele era ruim. ― Eu te amo, mamãe. Os lábios de Anna curvaram-se, com os olhos suavizando. ― Eu também te amo, Happy ― disse ela antes de voltar para o seu quarto. Happy viu a porta fechar e, em seguida, levou Marc para o quarto, delicadamente, colocou ele em cima da cama. Os olhos azuis de Marc seguido os seus movimentos enquanto despia lentamente o homem, a partir dos seus pés e trabalhou o seu caminho para cima. Uma vez que Marc estava nu, Happy levantou-o e colocou-o sob as cobertas. ― Será que o médico lhe deu qualquer coisa para dor? ― Ele deu, mas eu prefiro apenas tomar algum ibuprofeno. Eu não gosto de medicamentos que fazem eu me sentir fraco. ― Porque você sempre precisa estar ciente do mundo ao seu redor, caso haja uma emergência? Marc piscou. ― Sim. ― Você tem o ibuprofeno? ― No armário no banheiro. Happy se levantou e foi para o banheiro. Ele encontrou a garrafa com bastante facilidade, apareceu no topo, e balançou duas pílulas para fora na sua mão. Ele pegou um copo de água e levou tudo de volta para o quarto. Sentado na beira da cama, ele estendeu as pílulas e água. Marc colocou os comprimidos na sua boca e, em seguida, os engoliu com a água antes de colocar o copo em cima da mesa de cabeceira. ― Happy, como é que você sabe por que eu não gosto de tomar medicamentos? Happy deu de ombros. ― Você é um delegado. Eu acho que você precisava ser capaz de ajudar a proteger as pessoas em todos os momentos. Emergências não acontecem apenas quando você está em serviço.


Happy não sabia o que pensar sobre o sorriso que atravessou o rosto de Marc. ― Você sabe como você é maravilhoso, Happy? O rosto de Happy aqueceu, e ele sabia que provavelmente estava corando. Marc entortou o seu dedo. ― Venha aqui, Happy. Eu quero um beijo. Happy foi muito feliz em obedecer. Ele se inclinou e apertou os seus lábios contra Marc, um gemido suave saindo dele quando o braço ileso do homem se enrrolou em torno dele e puxou-o para mais perto. Ele adorava beijar Marc. Ele amava tudo sobre Marc. O coração de Happy cambaleou com o súbito conhecimento. Medo misturado com uma sensação borbulhante no seu estômago. Era como se as borboletas estavam agitadas. Ele se inclinou para trás, olhando para os olhos de um azul profundo de Marc. Marc era tão bonito, bonito por dentro e por fora. Happy sabia que o homem era atraído por ele, porque Marc tinha dito isso. Ele até sabia que Marc gostava dele. Mas este sentimento era muito mais profundo do que isso. Happy não achava que ele seria capaz de suportar se Marc rejeitasse seus sentimentos. Melhor só não dizer a ele. Happy agarrou as bordas do cobertor e puxou-os, colocando-os em torno de Marc. Quando as sobrancelhas de Marc se juntaram, Happy sabia que o homem estava confuso por sua retirada súbita, mas Happy não podia suportar colocar seus sentimentos para fora, quando ele sabia que Marc merecia alguém muito melhor do que ele. Happy não achava que ele era o idiota que os outros o chamavam, mas ele sabia que ele era socialmente desajeitado. Ele não gostava de multidões. Ele não gosta de estranhos. E ele não gostava de ser colocado em


situações em que alguém poderia chamar-lhe de nomes ou pensar que ele era estúpido. Marc era um homem doce, extrovertido, que gostava de estar perto de outras pessoas. Ele passou a sua carreira proteger as pessoas, vendo-os no seu pior e ainda sendo bom para eles na rua. Marc era especial, e Happy era apenas... Happy. ― Você descansa um pouco ― disse Happy a Marc sem encontrar o seu olhar inquisitivo. ― Eu estou indo para me certificar que a casa está trancada. Eu estarei apenas no corredor se precisar de mim. Happy começou a se levantar, mas a mão no seu pulso o impediu. ― Happy, o que há de errado? ― Nada. ― Happy colou um sorriso no rosto e encontrou os olhos de Marc. ― Você só precisa de um pouco de descanso. ― Então, vá travar e, em seguida, venha deitar comigo. Deus, ele não queria nada mais. Ele simplesmente não conseguia. Se ele passasse a noite na cama de Marc, ele nunca sairia. ― Você está ferido. É provavelmente melhor se eu dormi no sofá. ― Foi uma desculpa esfarrapada, mas era tudo o que tinha no momento. ― Eu não quero machucá-lo acidentalmente enquanto estamos dormindo. ― Happy. Ele tinha que sair de lá antes que ele cedesse a sua necessidade de ficar ao lado de Marc. E a necessidade era forte, como uma corda entre eles, uma que estava puxando-o mais rápido que ele podia se afastar. ― Você simplesmente descansa. ― Happy levantou-se como se as calças estivessem pegado fogo e se dirigiu para a porta. Ele sabia que parecia que ele estava correndo, mas isso era exatamente o que ele estava fazendo. Happy apertou a mandíbula quando ele saiu do quarto, recusando-se a


permitir-se olhar para trás. Ele deixou a porta aberta para o caso de Marc chamar por ele. Seus ombros caíram, enquanto olhava para o corredor, um peso por ter que decidir por eles enquanto o mundo tinha decidido ver quanto demorou para fazê-lo desistir. Ele estava perto, muito mais perto do que ele poderia se lembro de estar. Lembrou-se de que o guarda Hale estava hospedado na casa por isso ele virou a esquina da cozinha. Ele se impediu de saltar da sua pele quando viu o homem sentado à mesa bebendo uma xícara de café. Todos já tinham ido embora, deixando apenas o guarda lá. Ele olhou para cima quando Happy entrou. ― Como está Marc? ― Eu o coloquei na cama e lhe dei algumas ibuprofeno. Eu estou esperando que ele vá dormir, mas ele é muito teimoso. ― Happy deu de ombros. ― Você provavelmente o conhece melhor do que eu. Um monte de gente conhecia Marc melhor do que ele. Sua associação com o delegado tinha sido a menos de duas semanas. Isso não fazia uma vida de amizade, mesmo em um bom dia. O guarda Hale riu levemente quando ele voltou a olhar para baixo, para a sua xícara de café. ― Sim, ele é muito teimoso, mas essa é uma das suas boas características. Happy resmungou baixinho. A familiaridade que Hale falou de Marc não soava bem para ele. Happy sabia o que ele estava sentindo era ciúme. Ele só não sabia o que fazer com a emoção. Não era algo que ele estava familiarizado. ― Você o conhece bem? Hale olhou para cima. ― Ele estava um par de anos antes de mim na escola, por isso a gente não saiu com a mesma turma, mas temos trabalhado juntos durante os últimos dois anos.


Happy caminhou até a pia e começou a enxaguar os copos de café que haviam sido usados para se dar alguma coisa para fazer com as mãos além de envolvê-las em torno do pescoço de Hale. Ele nunca tinha sido uma pessoa particularmente violenta, mas isso podia mudar. ― Ele parece gostar de você. ― Quem? ― Perguntou Happy. ― Marc. Happy estava feliz que ele estava de costas para o guarda, quando lágrimas molharam seus olhos. ― Nós somos amigos. ― E isso fez a sua dor no peito maior ao saber que era tudo o que jamais seria. ― Parece ser um pouco mais do que isso para mim. ― Não. ― Happy gostaria que fosse mais, mas não era. Isso nunca poderia ser. Marc merecia coisa melhor. Não era que Happy fosse uma má captura. Ele simplesmente não era o caminho certo para Marc. Marc merecia apenas o melhor. ― Somos apenas amigos. ― Besteira!

Capítulo Treze

O olhar atordoado na cara de Happy quando ele se virou foi gratificante para Marc, especialmente depois de ouvir o homem falar sobre eles serem apenas amigos.


—Nós não somos apenas amigos, Happy. ― Ele rosnou. —Pare de mentir. O rosto de Happy corou. —Marc... — Não minta, Happy. Marc não sabia o que tinha acontecido entre o beijo que tinham compartilhado e agora, ou mesmo o que tinha feito Happy agir assim, mas estava claro que a partir do olhar assustado no rosto de Happy o homem estava com medo de alguma coisa. — Eu não estou mentindo. ― Disse Happy baixinho. —Eu só... ― Ele deu de ombros quando ele baixou os olhos para olhar para o chão. Marc começou a avançar, acenando com a mão para Hale. O homem entendeu a mensagem, se levantando e saindo da cozinha com o café. Marc caminhou até ficar na frente de Happy, perto o suficiente para sentir o calor natural do homem. — Você apenas o que, Happy? Os olhos de Happy ficaram enevoados e melancólicos quando ele levantou-os. —Eu não estou mentindo, Marc. Somos amigos, e... ― Happy suspirou no que Marc sabia seria uma respiração fortificante. — E eu acho que é melhor se nós permanecemos como amigos, apenas amigos. Nenhum poder na terra poderia ter mantido a dor que esfaqueou o seu peito como uma faca. Marc cambaleou para trás até que ele atingiu a bancada central, pressionando a mão boa contra o seu peito, onde a dor parecia se centralizar. Marc abriu a boca para responder, para pedir a Happy para levar de volta suas palavras. E então ele viu as lágrimas que Happy estava tentando esconder dele, mantendo os olhos baixos. De repente ele estava muito cansado, e com o coração partido... e... cansado. Ele estava muito cansado. Parecia que ele tinha estado lutando por


algo pelas últimas duas semanas apenas para descobrir que ele tinha vindo a lutar pelo que estava tudo na sua própria cabeça. E agora só não tinha mais luta nele. Se Happy não o queria para qualquer coisa, exceto um amigo, ele ia aceitar isso. — Tudo bem, Happy. ― Ele mal conseguia erguer a voz acima de um sussurro. — Se é isso que você quer, eu vou respeitar os seus desejos. ― Marc virou-se e começou a sair da cozinha, primeiro utilizando a bancada para ajuda-lo a se segurar e, em seguida, a parede quando ele chegou perto. Ele tinha certeza de que se ele não se agarrasse a algo, ele simplesmente cairia no chão e nunca se levantaria. —Eu estou indo para a cama. Há cobertores e lençóis no armário no final do corredor. Quando chegou ao hall de entrada, ele fez uma pausa e respirou instável. Inclinando a cabeça apenas o suficiente para ver a barra da calça de Happy, ele sussurrou. — Boa noite, Happy. Mas ele sabia que era um adeus. Ele só não era forte o suficiente para se manter feliz quando Happy queria ficar livre dele. Marc se sentiu como se estivesse andando através de lodo quando ele cambaleou de volta para o seu quarto. Ele calmamente fechou a porta do quarto atrás dele e, em seguida, se aproximou e se sentou ao lado da sua cama. Uma espécie de dormência nebulosa tomou conta dele. Seus movimentos ficaram estranhamente rígidos quando ele pegou o celular e ligou para a única pessoa que ele sabia que iria manter Happy e Anna seguros quando ele não podia. —John. ― Disse ele quando o xerife atendeu. — Aqui é Marc. Eu preciso que você venha pegar Happy e Anna e leva-los para o minha casa em folks. Eu acho que eles estarão mais seguros lá. Com a minha asa machucada, eu não sou de grande ajuda para impedir qualquer coisa de atingi-los.


Ele precisava que Happy fosse por uma razão completamente diferente, mas ele não queria contar para John. O que aconteceu entre ele e Happy ou o que não aconteceu, era apenas entre os dois. Ninguém mais precisava saber sobre isso. — Se você acha que é o melhor, Marc. ― John respondeu. — Vou pegar Yancy e vou aí. —Obrigado. ― As lágrimas começaram a deslizar para baixo do rosto de Marc quando ele desligou o telefone. Sua mão tremia quando ele colocou o celular de volta na sua cabeceira. Ele se levantou e foi até a janela, empurrando a cortina para o lado para que ele pudesse olhar para a luz da manhã. As lágrimas continuaram a cair por suas bochechas mais rápido do que ele poderia enxugá-las. Seu coração não estava quebrando. Ele estava quebrado. Duas semanas atrás, ele nem sabia que Happy existia, mas ele poderia viver por 200 anos e ele sabia que não iria esquecer Happy. O homem estava marcado na sua alma. Marc não sabia quanto tempo ele ficou lá, até que ouviu uma batida suave na porta. Ele ignorou. Ele realmente não queria falar com ninguém no momento. Inferno, ele não queria falar com ninguém mais tarde também. Ele planejava ficar enfurnado no seu quarto até que a sua casa estivesse vazia, e então ele só ficaria no escuro até que o seu braço estivesse curado e que fosse hora de voltar ao trabalho. — Marc. Marc suspirou, reconhecendo a voz de quem chamava pela porta. Ele sabia que não podia ignorar John. O homem iria apenas chutar a porta para baixo. Sabendo que não havia maneira de escapar, Marc limpou as lágrimas e, então, disse a John para entrar.


O homem estava hesitante quando ele entrou no quarto, fechando a porta atrás de si. Ele ficou ali, segurando o seu chapéu em suas mãos, enquanto olhava Marc de cima para baixo, em busca de quem sabia o quê. — Está tudo bem, Marc? Marc tentou rir. — Você quer dizer além de ter um buraco de bala no meu braço? — Você esteve pior quando você estava no serviço. Estou surpreso que você está mesmo usando uma tipoia. Marc também estava. Ele só não tinha pensado em tirá-lo ainda. Ele faria. — Eu estou bem, John. ― O homem não acreditou nele. Marc podia ver isso nos seus olhos. — Se alguém está atrás de mim, este é o último lugar que Happy e Anna precisam estar. — Nós não sabemos o que está atrás de você, Marc. — Não, mas não devemos correr nenhum risco. Happy e Anna precisam ser protegidos. — E você não acha que é o melhor para proteger os dois? Marc podia ver o brilho calculista nos olhos de John, e ele sabia o que o homem estava fazendo. Por mais que ele admirasse o homem, naquele momento ele desejava que ele caísse fora. — Não, John. John arqueou uma sobrancelha. Marc suspirou e revirou os olhos, voltando a olhar para fora da janela novamente. — Você precisa levar Happy e Anna para a casa dos meus pais. Meu irmão está lá com Russ e aqueles dois não vão deixar ninguém se machucar. — Por quê? ― Perguntou John. — Diga-me a verdade e eu vou.


— Happy. ― Era tão simples e tão complicado como isso. — O que tem ele? Deus, John ia arrancar até a última palavra dele. Assumindo que Marc não o socasse primeiro — Happy e eu estávamos... ― Marc fez uma pausa, procurando a palavra correta. — Envolvidos, brevemente. E ele decidiu que não queria ficar... envolvido. Fim da história. — Então, o quê? ― Perguntou John. — Você não vai protegê-lo porque ele não quer transar com você? Marc estava do outro lado do quarto com John preso à parede em um piscar de olhos. — Nunca fale sobre Happy assim de novo. ― Ele rosnou. — Você não é bom o suficiente para respirar o mesmo ar que ele. As narinas de John queimaram, mas o homem não tentou se soltar. — E você é? — Não. ― Marc riu enquanto cada grama de amargura que o tinha estado enchendo transbordou. — Duvido que haja uma pessoa viva que seja boa o suficiente. — É por isso que você quer que ele vá embora? Marc fechou os olhos enquanto a sua angústia se renovava, roubando seu fôlego. — Eu não quero que ele vá embora, mas eu sei que é a melhor coisa para ele. — Por que, Marc? Marc abriu os olhos e olhou dentro dos olhos de John. — Porque eu o amo, e ele não quer esse amor. Ele só quer ser meu amigo. John fez uma careta. — Ouch. — Sim, muito bem. ― Marc soltou seu chefe e caminhou de volta para a janela, mais uma vez, olhando para a luz do amanhecer. — Ele me disse que acha melhor que sejamos apenas amigos. — Será que ele sabe que você o ama?


— Não, eu não tinha tido a coragem de dizer a ele ainda. ― As coisas estavam se movendo tão malditamente rápido. ― Inferno, nós só nos conhecemos há duas semanas. Eu pensei que deveria nos dar um pouco mais de tempo para nos conhecermos antes de dizer qualquer coisa. John riu enquanto caminhava para sentar-se na cadeira no canto. — Eu sabia que Yancy era o único no quatro dias após conhece-lo. A mandíbula de Marc caiu quando ele se virou. — Quatro dias? Eu pensei que vocês se conheciam há muito mais tempo do que isso. — Bem, tecnicamente, eu o conheci antes, quando a mãe psicótica do Matthew Blaecleah atacou a sua casa, mas essa foi a única vez que falei com ele antes de nos envolver. — Quatro dias? John deu de ombros. — Eu estava pronto para morar com ele e Seamus em menos de um mês. Com vários Blaecleahs aconteceu assim. Lachlan levou Asa para casa na primeira noite, e o homem nunca mais saiu. Quaid propôs a Mateus na noite que se conheceram. Acontece dessa maneira às vezes. — Eu acho. ― Marc voltou-se para a janela. — Eu simplesmente não consigo ver isso acontecendo comigo e Happy. É meio difícil propor a um homem quando ele não quer você. — Você planejou propor a ele? — Sim, talvez. ― As sobrancelhas de Marc foram puxadas juntas sobre os olhos quando ele se afastou da janela. — Isso não foi uma coisa de uma noite só para mim. Eu estava falando sério quando eu disse que amava Happy. Eu queria passar minha vida com ele. — Eu não sou bom o suficiente para você.


Uma lufada de ar saiu da boca de Marc quando ele se virou para a porta aberta e viu que Happy estava lá. Seu primeiro pensamento foi de saber exatamente a quanto tempo ele tinha estado lá e o que ele ouviu? Bem, exceto pelo óbvio. — O que faz você pensar que não é bom o suficiente para Marc, Happy? ― Perguntou John. Marc não conseguia tirar os olhos de Happy que encarava o xerife. Happy apenas deu de ombros. — John. ― Marc disse quando ele tirou os olhos da sua própria visão pessoal do céu na terra. — Basta deixá-lo ir. Tenho certeza de que Happy tem suas razões. O silêncio era ensurdecedor. — Tudo bem. ― Disse John finalmente enquanto se afastava. — Vamos lá, Happy. É hora de ir. — Ir? ― Ecoou Happy. — Ir para onde? — Eu vou te levar para casa dos pais de Marc. Você vai ficar lá até que a gente limpe essa bagunça. — Você está me mandando embora?

O coração de Marc doeu de

novo quando a voz de Happy quebrou. — Eu não quero ir embora. E Marc sabia que ele não podia ficar. — É melhor assim, Happy. ― Disse Marc. — Você vai gostar da fazenda. Eles têm cavalos, vacas e tudo mais. Happy bufou. — Marc. — Basta ir, Happy. ― O estômago de Marc revirou apenas dizendo as palavras que sabia que levaria Happy para longe dele. — Você me odeia? ― Perguntou Happy em um sussurro quebrado.


— Não, be... ― Marc jamais seria capaz de engolir o nó na garganta. —Não, Happy. ― Disse ele, ao perceber que ele não tinha o direito de chamálo de bebê mais. — Eu não te odeio. Os olhos azuis de Happy lentamente se encheram de lágrimas, até que se afogaram nelas. — Sim, você faz. Você me odeia agora. — Happy, eu não odeio você. — Então por que você parou de me chamar de bebê? — Porque você disse a Marc que você não queria que ele o chamasse de bebê mais. ― Até que ele falou, Marc tinha esquecido que John estava no quarto. Ele se virou e olhou para o homem, desejando que ele calasse a boca. — Eu nunca disse isso. ― Insistiu Happy. — Você disse a ele que você só queria que fossem amigos. ― Disse John. — Não é verdade? — Sim. ― A voz de Happy era grossa e instável. — Então ele não tem o direito de chamá-lo de bebê mais. ― Explicou John. — Ele está apenas respeitando seus desejos, Happy. John

deu

um

tapinha

no

ombro

de

Happy.

Era

um

gesto

tranquilizador, mas Marc ainda apertou a mandíbula para manter-se de dizer ao homem para manter as suas mãos longe de Happy. Ele não tinha o direito mais queria. — É por isso que ele me chamou e me pediu para levar você e a sua mãe para a fazenda. ― John continuou. — Mas eu não pedi por isso. John sorriu. Era um pequeno sorriso, mas disse a ele que o homem tinha acabado de descobrir a resposta para a sua vida, o universo e tudo mais. Isso fez Marc querer dar um soco nele. — Você ouviu Marc dizer que ele se importava com você, que ele queria passar o resto da vida com você.


— Sim. ― Assentiu Happy. — E sabendo que você só quer ser seu amigo, que você não se importa com ele da mesma forma que ele se importa com você? Como você acha que faz Marc se sentir. — John, não. ― Marc sussurrou. Ele sabia onde John estava indo com a sua linha de questionamento, e ele preferiria que ele não fizesse. — Por favor, John. — Happy precisa saber, Marc. — Não. ― Não faria Happy se sentir mal, isso era inaceitável. — Saber o quê? ― Perguntou Happy. — Do que você está falando? Marc cerrou os punhos e se afastou. Enfiando a mão pelo cabelo curto quando ele caminhou de volta para a janela. — Isso não importa, Happy. — Você acha que Happy é muito lento para entender o que está acontecendo aqui, Marc? Marc rosnou quando ele se virou. Raiva queimado por ele. Ele apertou a mandíbula, estreitando os olhos. — Eu sempre respeitei você, John, mas você está patinando em gelo fino. A cabeça de John inclinou para o lado. — Você não quer admitir que Happy é lento? — Happy não é lento. Ele é desinformado. ― Marc gritou. — Uma vez que ele tiver todas as informações, ele pode vir a obter as mesmas conclusões que qualquer outra pessoa. — Então me dê toda a informação! ― Disse Happy com uma voz que era tão alta quanto a de Marc. — Bem. Você quer que toda a informação, eu vou dar para você. ― Marc retrucou, cansado de tentar tão duro manter tudo para si mesmo. — Eu te amo. Eu estava indo para propor a você e pedir-lhe para se casar e passar a sua vida comigo, mas você não me quer. Você só quer que sejamos amigos. E


estar perto de você agora dói pra caramba, então chamei John e lhe pedi para levar você e a sua mãe para algum lugar que eu sabia que você estaria seguro. Agora você sabe. Sente-se melhor? Ele estava sendo um idiota, e ele sabia disso. Ele simplesmente não se importava. Seu braço estava latejando. Sua cabeça parecia que estava à beira de explodir. E o seu coração doía tão dolorosamente, ele estava atordoado que ele ainda estivesse batendo. Ele só queria ir para a cama e dormir até que ele se curasse. — Eu sei que tudo isso é confuso para você, Happy, e talvez um dia eu possa explicar isso para você, mas por agora, eu acho que é melhor se você apenas for com John. — Eu não quero ir. ― Disse Happy em voz baixa. — Eu quero ficar aqui com você. — Nem sempre conseguimos o que queremos, Happy. ― Marc não tinha mais nada a dizer, e se ele ficasse no quarto mais um segundo, ele ia cair de joelhos e implorar para Happy o aceitar. Ele se afastou de Happy com os olhos cheios de lágrimas e entrou no banheiro, silenciosamente fechando a porta atrás de si antes de deslizar para o chão e permitir que a sua dor ficasse livre. Empurrou o punho na sua boca para abafar os seus soluços, esperando que ele fosse o suficiente para que ninguém pudesse ouvi-lo. Ele ficaria arrasado se Happy o ouvisse.


Capítulo Quatorze

Happy viu a porta fechar atrás de Marc quando um sentimento de confusão

foi

lentamente

se

substituindo

por

determinação.

Depois

de

testemunhar o que o seu avô era quando ele estava com raiva, Happy tentou realmente duro não deixar o seu temperamento solto. Esta foi a única vez que ele não achava que estava indo funcionar. Ele estava com tanta raiva que ele via manchas na frente dos seus olhos. — Ele só está indo me mandar embora? — Você disse que você só queria ser amigo dele, Happy. ― Disse John. — O homem está sofrendo. — Ele precisa de alguém ao seu lado que ele poça se orgulhar. ― Happy olhou para suas mãos, torcendo-as juntas até que os seus dedos ficaram brancos. — Eu não sou estúpido, mas eu ainda não sou uma boa aposta. E tenho alguns parafusos a menos. Marc precisa de alguém que pode estar ao seu lado, não alguém que constantemente precisa das coisas explicadas a ele. — Happy, você já conheceu meu irmão Neason? Happy olhou para o xerife. — Não, eu acho que não. — Algum tempo atrás, Neason teve um acidente. Ele bateu o caminhão em torno de uma árvore e se machucou muito mal. Por algum tempo, nós nem sequer sabíamos se ele iria sobreviver. — Oh, ele está bem agora? — Mais ou menos. Seus ferimentos eram muito ruim, Happy. Ele ficou cego até que ele fez uma cirurgia, mas agora ele não pode ver sem óculos realmente grossos. Ele não pode mais dirigir ou tocar o rebanho de


gado como fizemos nossas vidas inteiras. Ele teve que voltar para a escola e aprender a fazer algumas coisas tudo de novo. — Marc disse que eu poderia ir para a escola de aprendizagem fácil. — Isso provavelmente é uma boa ideia. ― O canto da boca de John se inclinou para cima. — Eu estou dizendo a você sobre o meu irmão porque ele tinha algumas ideias realmente malucas sobre o que está sem uns parafusos significava. E isso quase lhe custou a vida, sua visão, e o seu marido. — Ele é casado? ― Isso despertou o interesse de Happy. — Ele é. ― O sorriso de John se alargou. — Seu marido é o pastor da Igreja Cade Creek nos fins de semana e um mecânico de motos durante a semana. A mandíbula de Happy caiu. — Seu irmão é casado com um pastor? —Ele é. Na verdade, Brody é o homem que realizou o meu próprio casamento quando me casei com Yancy e Seamus. Ele realizou a cerimônia de casamento para todos os irmãos Blaecleah. Happy nervosamente umedeceu os lábios antes de falar. — Você acha que se pedíssemos a ele para realizaria a cerimônia de casamento para mim e Marc ele faria? John arqueou a sobrancelha interrogativamente. — Eu pensei que você só quisesse ser seu amigo. — Ele faz as borboletas voarem no meu estômago. John riu. — Isso é um bom sinal. — Eu sei como me sinto, mesmo que eu não entenda tudo o que eu sinto, mas isso não muda o fato de que eu não tenho nada para oferecer a Marc. ― Happy acenou com a mão para o seu peito. — Quero dizer, olhe para mim. Eu mal posso escrever o meu próprio nome. — Você realmente acha que isso é importante para Marc?


— Eu não gosto de multidões. — Quem gosta? ― John bufou. — Há tanta coisa que eu não sei. ― Happy olhou para suas mãos novamente. — Como diz Marc, eu não sou burro. Eu só não sei muito, porque eu nunca tinha ouvido falar disso antes. — Mas essas são coisas que podem ser aprendidas, Happy. ― John apertou a mão contra o peito de Happy, direto sobre o coração. — O que você sente aqui, é o tipo de homem que você é. Isso não pode ser aprendido, Happy. É parte de quem você é. Você é bom e você, é amável e é isso que Marc precisa. Happy sabia instintivamente que havia mais por trás das palavras de John do que ele estava dizendo. — Por quê? — Marc gasta quase todos os dias protegendo o povo de Cade Creek. Enquanto ele tem alguns amigos e familiares, quando ele chega em casa à noite, ele chega em uma casa vazia. Não há ninguém aqui para se importar em como foi o seu dia. — Eu me importo! — E é isso que faz de você o cara perfeito para Marc. Hein? — Mas... John revirou os olhos. — Happy, você ama, Marc? Quero dizer realmente o ama profundamente na sua alma? — Sim. ― Era tão simples e tão complicado como isso. — Eu morreria por ele. John riu quando ele deu um tapinha no ombro Happy de novo. — Você vai ficar bem, Happy. Basta ir lá e dizer a Marc o que você me disse. Posso dizer-lhe por um fato que ele está à espera de ouvir essas três pequenas


palavras. Vou levar a sua mãe comigo para a fazenda da família de Marc e você pode vir buscá-la amanhã. — Você tem certeza? ― Happy perguntou por que ele não estava. Ele ainda pensava que Marc merecia alguém melhor do que ele. — Eu acho que eu o feri muito mal. Ele pode não me perdoar. John parou na porta e olhou por cima do ombro. — Apenas diga a ele que você o ama, Happy. Isso é tudo o que ele precisa ouvir. John saiu para o corredor e, em seguida, fechou a porta atrás de si, deixando Happy sozinho com seus pensamentos e nervos ansiosos. Tentando reunir toda a sua coragem e lembrando que Marc disse que o amava, Happy caminhou até a porta do banheiro e apertou a testa contra a madeira dura. — Marc? ― Ele bateu de leve contra a porta. — Sou eu, Happy. Nada. Nem mesmo um indício de que Marc estava do outro lado da porta de madeira espessa. — Eu não sou muito bom com as palavras, bem, porque eu não tenho certeza do que tudo o que são e quais as palavras que combinam com as coisas. Mas eu sei que eu sinto que a minha barriga esta cheia de borboletas quando estou perto de você. Eu gosto de estar perto de você. Você não fala comigo como se eu fosse burro. Deus, ele não sabia se as suas palavras foram ouvidas por Marc ou não. Por tudo o que sabia, o cara poderia ter as suas mãos colocadas nos seus ouvidos. Mas ele tinha que tentar, apenas no caso de John estar certo. Os lábios de Happy se torceram por um momento quando ele arrastou o dedo pela porta. — Eu gosto do que fizemos quando estávamos juntos. ― Isso provavelmente não o descreveu bem o suficiente. Ele adorou, o que o levou a outra coisa que ele amava.


— John disse que eu deveria dizer o que eu disse a ele, mas eu tenho medo, Marc. Eu não tive a intenção de te machucar. Eu apenas pensei que você deveria estar com alguém... alguém que você poderia se orgulhar. E eu sei que você me disse que você ficaria orgulhoso de mim, mas ter que explicar tudo para mim iria ficar frustrante depois de algum tempo. Seus amigos iriam começar a fazer comentários e você ia ficar com raiva e... e eu acho que você merece coisa melhor do que isso. Happy fungou quando seu nariz começou a escorrer. Não tinha nada a ver com as lágrimas nos seus olhos. Realmente. Absolutamente nada. — Meu peito dói quando você não está por perto e eu me sinto como se o meu coração só começasse a bater de novo quando você entra na sala. Eu fico tão animado quando eu aprendo algo novo e você é a primeira pessoa que eu penso em compartilhar isso. Quero compartilhar tudo com você. E eu quero ter certeza de que você está feliz e seguro e... A garganta de Happy ficou presa, entupida pelas lágrimas. — E eu te amo, Marc. Eu gostaria de ficar com você, mas se você realmente quer que eu vá, eu vou. ― Happy mal podia respirar quando ele apertou as pontas dos dedos contra a porta. — Apenas me diga o que você quer que eu faça, Marc, e eu vou fazê-lo. Não importa o quanto isso machucar. O coração de Happy pulou na sua garganta quando a porta do banheiro começou a abrir. Ele ficou a direita recuando quando viu o inchaço vermelho ao redor dos olhos do Marc. O coração de Happy parecia que estava indo para os dedos dos pés. — Você me ama? ― A voz de Marc parecia cansada. Happy assentiu tão vigorosamente que a sua franja caiu na sua testa.


— Diga-o. — Eu te amo. A reação de Marc às suas palavras chocou Happy, mas ele não podia dizer que fosse avesso a ter o homem em seus braços ou os lábios pressionados contra os seus. Happy ansiosamente se abriu e levou tudo o que Marc tinha para lhe dar. — Marc. ― Ele sussurrou com voz rouca, antes de abrir a boca para a língua insistente de Marc. Quando o homem mergulhou dentro, todo o corpo de Happy endureceu, seu pau endureceu tão rápido que a sua cabeça começou a nadar pela falta de sangue. Todo o seu corpo parecia estar vivo quando Marc abriu para ele, sugando a língua de Happy como se ele estivesse morrendo. A ponta da língua rosa de Happy disparou para fora, deslizando sobre o lábio inferior de Marc. Marc abriu para ele, permitindo que Happy invadisse a sua boca. Happy mergulhou, varrendo-a e deixando os seus sentidos cambaleando. De repente, ele não conseguia o suficiente do homem. Suas mãos se moviam sobre os ombros e peito de Marc, tocando, acariciando e apertando. As mãos de Marc responderam com entusiasmo, deslizando ao longo da pele das costas e dos lados de Happy. Happy empurrou Marc em seus braços contra a porta do banheiro. Marc gemeu e começou a moer o seu pau no abdômen de Happy. Happy tinha de colocar as mãos sobre a pele do Marc. Ele pegou um punhado do pijama que Marc ainda usava e puxou. O som de tecido rasgando encheu o ar. Happy ficou lá atordoado, enquanto observava Marc jogar a cabeça para trás e gritar o nome de Happy, seu corpo estremecendo enquanto sua cabeça caiu sobre o ombro de Happy. Happy sentiu algo quente e úmido molhar a sua camisa. Essa era a coisa mais quente que já tinha visto alguém fazer.


E ele queria vê-lo novamente. Colocando a mão sobre o peito com pouco pelo de Marc, Happy sorriu para o policial bonito. — Você é lindo. Marc corou, o que só fez o pau de Happy latejar ainda mais. Marc estendeu a mão para ele, puxando Happy para mais um beijo. Ele estava acariciando os lábios de Happy mais do que beijando. E isso enviou uma onda de prazer a espinha de Happy. Happy passou as mãos sobre a pele de Marc, apreciando a sua beleza enquanto beijava o seu caminho em torno do pescoço de Marc, sentindo o pulso duro enquanto lambia oseu caminho para o outro lado. Marc era como um alimento dos deuses, e Happy queria provar cada centímetro dele. Marc era perfeito, para Happy, em todos os sentidos possíveis. Ele não tinha certeza de como ele tinha sido tão sortudo de conquistar este homem, mas ele seria para sempre agradecido. Happy passou os dedos no sêmen derramado na sua camisa, em seguida, estendeu a mão entre as nádegas de Marc. Circulando o músculo apertado de Marc, Happy afundou um dedo em Marc como ele havia feito com ele, e quase gozou. Se o buraco de Marc esta tão apertado em torno do seu dedo... deus. Happy ia perder a cabeça com este homem. Deslizando outro dedo dentro de Marc, Happy o tesourou, observando quando a cabeça de Marc balançava para frente e para trás, praticamente mordendo o lábio inferior. Marc parecia magnífico enquanto ele se contorcia embaixo de Happy. — Apresse-se, Happy. Eu preciso sentir o seu pau dentro de mim. Happy sorriu. Ele adorava o fato de que Marc estivesse desesperado por ele. Isso alimentava o seu ego e fazia Happy se sentir com três metros de


altura. Após a adição de um terceiro dedo e certificando-se de que Marc estivesse bem esticado, Happy tirou os dedos. Ele sabia que da última vez, Marc disse que ele não poderia colocar o seu pau dentro de Marc sem lubrificante. Marc disse que era muito importante. Que poderia machucar caso contrário. Ele só não se lembrava onde o lubrificante era mantido. — Lubrificante, Marc. Precisamos de lubrificante. — Criado Mudo. ― Marc gemeu. Certo. Happy manteve Marc envolvido nos seus braços enquanto ele foi até o criado-mudo. Ele puxou uma das gavetas abertas, fuçando até que os seus dedos se fecharam sobre o tubo de lubrificante que Marc tinha usado antes. Happy se virou e empurrou Marc de costas contra a porta para mantê-lo no lugar. Ele estalou a tampa do tubo e esguichou um pouco nos seus dedos. Querendo ter certeza de que Marc estivesse pronto para ele, Happy enfiou os dedos de volta no homem, certificando-se que ele estivesse bem preparado para ele. O gemido inebriante de Marc fez as pernas de Happy tremerem. Ele rapidamente espalhou um pouco mais de lubrificante sobre o seu membro dolorido e colocou a cabeça no buraco apertado de Marc. Happy empurrou para frente, pressionando no corpo confortável de Marc. Marc respirou fundo e, em seguida, pressionou a sua bunda para trás sobre o pau de Happy, seus olhos revirando. Gemendo de satisfação Happy encheu a área quando o corpo de Marc levou-o inteiro até a raiz. — Eu sinto muito, Marc. Talvez eu devesse ter te esticado um pouco mais. ― Porque dane-se se o homem não estava apertado como o inferno. Happy estava feliz que que ele não fosse se mover dentro de Marc por um momento.


— Me dê um minuto. ― Disse Marc. Happy finalmente sentiu o corpo de Marc relaxar e se soltar, centímetro por centímetro no seu pau. — Muito melhor. Marc puxou Happy para outro beijo ardente. Happy empurrou para frente, gemendo na boca de Marc ao sentir o aperto. Marc levantou seus pés, envolvendo-os em torno dos quadris de Happy quando ele empurrou a sua bunda contra o pau de Happy. — É isso aí, bebê. ― Marc gemeu. — Foda-me. Marc atirou os braços em volta dos ombros de Happy e começou a transar com ele a sério. A única coisa que Happy podia fazer era rezar para que ele não gozasse muito rápido. Marc estava montando o pau de Happy com entusiasmo, fazendo os malditos dedos de Happy se enrolarem. Ele bateu em Marc tão duro e tão rápido quanto podia. Cada impulso foi encontrado com o corpo de Marc empurrando de volta contra o seu. Os músculos de seda do homem apertando o pau de Happy até que ele pensou que o seu corpo poderia explodir. — Oh, Deus, Happy. ― Marc jogou a cabeça para trás e gritou, seu sêmen pintando o estômago e peito de Happy enquanto seus movimentos vacilaram, tornando-se menos rítmicos e mais irregulares. Happy assumiu, pressionando Marc na porta quando ele começou a conduzir o seu pau na bunda de Marc com uma força poderosa. Ele não estava muito atrás de Marc quando a eletricidade fez o seu caminho até a sua espinha e quebrou Happy em mil pedaços. Ele gritou o nome de Marc quando o seu corpo estremeceu, seu sêmen enchendo a bunda do homem. Happy descansou sua testa contra Marc, respirando com dificuldade e tentando obter que a sua frequência cardíaca diminuísse. Droga. Ele tinha Marc em seus braços, e era onde Happy planejava manter o homem.


Ainda ligado a Marc, Happy virou-se e caminhou até a cama. Ele sentou-se no colchão, rolando para o lado, tendo Marc com ele. Ele passou os braços em torno de Marc e puxou o corpo do homem contra o seu. Um pequeno tremor balançou o corpo de Marc quando Happy deu um beijo em seus lábios. — Você é meu agora, Marc. ― Happy sussurrou contra a pele quente de Marc. — Eu te amo e vou mantê-lo.

Capítulo Quinze

Marc manteve os seus dedos entrelaçados com os de Happy enquanto dirigia pelas ruas para a fazenda da sua família. Ele não conseguia quebrar a conexão com o homem. Ele precisava dela, provavelmente tanto quanto ele precisava de ar para sobreviver. ― Como você está se sentindo? ― Eles tinham feito amor a maior parte do dia, levando pequenos cochilos antes de chegar para o outro novamente. Eles gozaram juntos tantas vezes que Marc esqueceu onde terminava e Happy começava. O sorriso de Happy era alegre, contagiante e um pouco tímido. ― Eu estou bem. Marc trouxe a mão de Happy até a boca e deu um beijo contra os nós dos dedos. Seus olhos caíram sobre o anel que ele tinha colocado no dedo de


Happy nas primeiras horas da manhã. Era apenas o seu anel de formatura do ensino médio, mas era um símbolo de tudo o que Happy significava para ele. Eles iriam juntos escolher anéis que ambos gostassem. Até então, o seu anel escolar ficaria no dedo de Happy, deixando todos saberem que o homem havia sido reivindicado. ― Você gosta da minha casa? Happy assentiu. ― É uma boa casa. Eu gosto especialmente da varanda da frente. Você precisa obter um par de cadeiras, para que possamos sentar lá e assistir o pôr do sol. ― Talvez você possa me ajudar a escolhê-las? O sorriso de Happy ampliou. ― Eu gostaria disso. ― Talvez, ao mesmo tempo, você poderia me ajudar a mudar algumas coisas no resto da casa? ― Marc estava tão nervoso que o seu estômago estava rolando. ― Eu ficaria feliz em ajudar com qualquer coisa que você precise. ― Bem, eu estava pensando que você e a sua mãe poderiam se mudar para cá. Há um apartamento de um quarto em cima da garagem com a sua própria entrada e tudo para que a sua mãe pudesse ficar com a gente, mas não sentir que a estamos encurralando. Happy engasgou. ― Você quer que a gente more com você? ― Você vai vir morar comigo quando nos casarmos, então eu pensei por que esperar? ― A surpresa no rosto de Happy disse que não tinha pensado nisso. ― Você prefere que eu vá viver com você na sua casa? ― Não! ― Happy piscou como se ainda estivesse surpreso com a veemência na sua voz. ― Não, eu prefiro viver com você na sua casa. Sua casa tem boas lembranças. ― Então por que você está tão surpreso?


Happy deu de ombros. ― Eu não esperava que você aceitasse mamãe, também. ― Happy, você ama sua mãe e eu te amo. Isso significa que se ter a sua mãe por perto te faz feliz, então é o que vamos fazer. Eu posso não querer a sua mãe vivendo no mesmo quarto conosco, mas eu não tenho nenhum problema com ela na mesma casa. Marc sabia desde o início que pra ter Happy, Anna viria com o pacote. Ele pensou nisso, antes mesmo de começar a perseguir Happy. ― E eu realmente acho que Anna gostará do apartamento em cima da garagem. Ele é literalmente do outro lado da passarela, mas nós ainda podemos jantar juntos todas as noites e tudo, ela também terá o seu próprio espaço. Marc se perguntou se Happy tinha verdadeiramente entendido algumas das mudanças que estavam ocorrendo, se ele mesmo estivesse considerado elas. ― Sua mãe é ainda relativamente jovem, Happy. E ela passou quase toda a sua vida naquela casa com você. Agora, eu não estou dizendo que é errado. Ela te ama. Mas talvez seja hora de deixar a sua mãe ter a vida que ela deveria ter se os seus avós não tivessem mantido vocês dois tão isolados. A testa de Happy franziu. ― Quer dizer, como namorar? ― Isso é uma parte. Sua mãe nunca teve a chance de encontrar alguém e se apaixonar como fizemos. Eu acho que ela merece essa chance. Você não? A voz de Happy transformou-se enquanto ele olhava pela janela do passageiro relembrando. ― Tinha um cara na escola... eles se encontraram na segunda série e ela sempre gostou dele, mas depois o Xerife Miller veio e ela não tinha permissão para sair de casa mais. Ela tinha uma foto dele e me mostrou uma vez. Era velha e desbotada e...


O rosto de Happy estava tingido com tristeza quando ele se virou para olhar para Marc. ― Eu acho que às vezes olhar para aquela imagem era a única coisa que manteve mamãe seguindo em frente. ― Será que ela já lhe disse quem ele era? ― Marc tinha vivido em Cade Creek toda a sua vida. Talvez ele pudesse ajudar Anna a se reencontrar com o cara. ― Ela apenas disse que o seu nome era Angus. Ela não quis falar muito sobre ele ― Happy deu de ombros. ― Eu acho que talvez ela precisasse manter a memória para si mesma. Marc percorreu o seu cérebro. Ele não se lembrava de quaisquer Angus. ― Talvez possamos falar com o meu pai quando chegarmos à fazenda. Ele viveu aqui toda a sua vida. Se alguém sabe quem é esse cara Angus, é o meu pai. A carranca de Happy não se desfez. Se qualquer coisa, ela se aprofundou. ― O que você está pensando tão duro, bebe? ― Você acha que mamãe ficará feliz por nós? Essa era uma pergunta capciosa. ― Espero que sim. Marc não sabia o que ele faria se a mãe de Happy não quisesse que eles ficassem juntos. Anna era, provavelmente, a melhor amiga e confidente de Happy. Happy tinha que ter a mulher na sua vida. Ele a procurava por orientação e aceitação e tudo o que uma criança deveria querer dos seus pais ― Ela gosta de você, você sabe ― disse Happy. ― Ela disse que estava tudo bem por eu gostar de você mais que um amigo. Isso tinha que ser uma coisa boa. Certo?


― Eu gosto da sua mãe, também. Eu acho que ela é muito maravilhosa, na verdade. Ela vivia no inferno, mas ela ainda encontrou uma maneira de mostrar o quanto ela te amava. Isso é muito especial. Happy sorriu, e a tensão nos seus ombros relaxou. ― Mamãe é especial. E separar os dois antes que eles estivessem prontos iria destruir ambos. Marc não ia fazer isso. ― Que tal dar a sua mãe a opção de tomar o quarto de hóspedes ou o apartamento em cima da garagem? Podemos deixá-la ficar o tempo que ela quiser. ― Eu gosto dessa ideia. ― Happy praticamente saltou no seu assento. ― Eu quero que ela seja feliz. Ela teve muita tristeza na sua vida. Marc poderia dizer a mesma coisa sobre Happy. Ele determinou naquele momento que a sua nova missão na vida era ter certeza de que Happy e Anna aproveitariam tudo o que a vida tinha para lhes dar. ― Você quer ir tomar um milk-shake mais tarde? Os olhos azuis de Happy se iluminaram. ― Morango? Espantava Marc que algo tão simples como partilhar um milk-shake de morango poderia encher Happy com tanta alegria. Talvez o resto do mundo pudesse aprender com o seu exemplo. Ele não estava tentando ganhar cada centavo que pudesse alcançar com suas mãos. Ele não estava tentando enfiar as suas crenças em alguém ou odiando aqueles que pensavam de maneira diferente dele. Ele não estava roubando e mentindo. Ele só queria compartilhar um milk-shake de morango. Marc grunhiu e agarrou o volante com as duas mãos quando o caminhão de repente foi empurrado para frente. Uma rápida olhada no espelho retrovisor mostrou-lhe qual era o problema... E ele estava voltando para eles novamente.


― Segure-se, Happy, ― Marc gritou logo antes do caminhão que os seguia se chocar contra a traseira do seu caminhão. A força do golpe fez o caminhão quase ser lançado do outro lado da estrada. Marc mal conseguiu mantê-los na estrada. ― Por que eles estão fazendo isso? ― Gritou Happy enquanto olhava da janela da frente para a janela de trás, e depois de volta para a janela da frente. Seus olhos iam e vinham, pânico em cada pontinho azul. ― Eu não sei, Happy. Apenas espere. Marc manteve um olhar atento sobre o caminhão seguindo-os quando ele apertou o pé no acelerador. O caminhão disparou a frente, colocando um pouco de distância entre eles e os seus perseguidores. ― Happy, você pode alcançar o meu telefone celular? ― Ele estava no seu bolso. Marc estava um pouco nervoso com o quanto ele gostou quando Happy enfiou a mão no bolso e procurou pelo telefone, especialmente considerando o perigo da situação. Mas qualquer toque da mão de Happy sobre ele era bem-vinda, então Marc não se preocupou muito sobre isso. ― Você se lembra de como usar o telefone celular, Happy? ― Ele perguntou quando Happy recostou-se na cadeira e olhou para o telefone na mão. ― Não... Eu... ― Happy estava obviamente abalado com o perigo em que estavam. ― Está tudo bem, Happy. Eu vou explicar o que você deve fazer. ― Marc deu a Happy um aceno tranquilizador. ― Há um botão com o desenho de um telefone verde. Esta vendo? ― Sim.


― Toque com o dedo. ― Marc olhou por cima e viu quando o dedo de Happy bateu o ícone verde. ― Ok, outra janela deve vir para cima. Aperte o botão de telefone de novo. Marc olhou de volta para a estrada novamente. ― Segure-o ao ouvido. Você ouve alguma coisa? ― Sim, ele está fazendo um... Olá? Oh, Olá, Xerife John. Aqui é Happy. ― Diga-lhe que estamos na estrada do rio em direção à fazenda, cerca de cinco quilômetros fora da cidade. Há uma caminhonete prata Chevy nos seguindo, e tentando nos pôr para fora da estrada. Happy assentiu, e depois balançou a cabeça novamente. Marc sabia que ele estava ouvindo o que John estava dizendo. Ele se concentrou em dirigir e se manter longe o suficiente do outro veículo para não levar outra batida. Mas ele continuou olhando Happy. Happy finalmente puxou o telefone longe da sua orelha. ― Xerife John diz para ir para o sul em direção ao rancho Blaecleah. Ele e seus irmãos vão nos encontrar no meio do caminho. Marc assentiu, e quando eles estavam na próxima divisão na estrada, ele virou para o sul, longe da fazenda da sua família. Lembrou-se de John dizendo-lhe uma vez sobre o caminhão de resgate dos irmãos Blaecleah. Isso já havia acontecido mais de uma vez. Ele só esperava que isso funcionasse, assim como a última vez que tinha feito isso. ― Tudo bem, Happy, temos uma curva fechada chegando. Verifique se o seu cinto de segurança esta firme e apertado ― Se alguma coisa acontecesse com Happy por causa dos idiotas por trás deles, a cabeça de alguém ia rolar. ― O que é uma curva fechada?


― Um canto muito mal na estrada ― Marc respondeu enquanto suas mãos apertaram o volante. Ele odiava curvas fechadas. ― Se nós não tivermos muito cuidado ao virar da esquina, podemos tombar e cair. ― Oh. Marc olhou por cima quando ouviu o tom de medo na voz de Happy. ― Nós vamos passar por isso Happy. Eu me recuso a aceitar qualquer outra coisa. Temos um casamento para planejar e um milk-shake de morango para compartilhar. Lembra-se? ― Marc respirou trêmulo quando a curva veio à tona. Ele odiava aquela curva maldita. Ele raspou mais pessoas fora do asfalto devido a essa curva acentuada. ― Aguente firme, bebe. À medida que a curva se aproximava, Marc pisou fundo no acelerador, pensando porque ele tinha que ser muito louco para dirigir rápido, quando a janela traseira estourou. Happy gritou quando o caminhão desviou para fora da estrada. Marc nem sequer teve tempo para ficar com medo, enquanto tentava manter o grande caminhão em linha reta. Assim quando ele começou a ter o controle do veículo de novo, Marc ouviu um grande estrondo e, em seguida, um pop. O caminhão saiu de controle. Eles iriam falhar. Havia apenas outra maneira de contornar isso. Mesmo que ele tirasse o pé do acelerador, o impulso os levaria para fora. O único lado bom nisso era que eles não iriam para um precipício, apenas uma vala e algumas árvores. Mas isso poderia ser tão perigoso. O caminhão atravessou a estrada e bateu fora como um tijolo voador. Ele voou para o ar, a parte dianteira primeiro. O grito de medo de Happy foi á última coisa que Marc ouvido enquanto o caminhão voou pelo ar antes de cair em uma grande árvore. E então tudo ficou em silêncio.


Marc respirou fundo e olhou em volta. O mundo parecia embaçado enquanto ele examinou o seu entorno, como se estivesse em uma bolha onde não existia nada, ou cheirava. Ele estava preso no seu assento pelo volante, que estava sendo empurrado em direção a ele pelo painel esmagado do carro. Vidro quebrado estava em todos os lugares, no seu cabelo, suas roupas, no assento ao lado dele. Havia algumas manchas na sua pele que doeram assim Marc teve certeza de que ele havia sido atingido por estilhaços de vidro. Mas ele viveria. Além de um pouco de dor, onde o cinto de segurança estava apertando o seu peito e ombro, ele não parecia ter nenhum ferimento grave. Ele não podia dizer o mesmo de Happy. O homem estava debruçado para a frente, mantido no lugar apenas pelo cinto de segurança. Havia um pequeno filete de sangue em um corte na testa. Ele não parecia muito profundo, e Marc sabia que ferimentos na cabeça sangravam muito, mas sua necessidade de destruir quem causou dor a Happy estava crescendo a cada segundo. ― Happy, bebe? ― Marc esticou o braço e sacudiu o ombro de Happy. Nada. ― Happy? ― Ele falou mais alto, sua voz quase um grito quando o medo começou a se envolver em torno dele. E se Happy estivesse mais ferido do que ele pensou? ― Happy. Abra os olhos, Happy. Ainda nada. ― Bebe, por favor. ― Ele ouviu sua voz, abafada e não natural atada com medo e desespero. ― Abra os olhos. Marc atrapalhou-se com a libertação do cinto de segurança. Ele rosnou em frustração quando não conseguiu se soltar. Ele estava preso. Ele


abandonou o cinto de segurança e voltou-se para Happy tentando acorda-lo balançando o seu ombro e alisando os cachos para fora do seu rosto pálido. ― Happy, bebe, abra os olhos para mim. Por favor. Deixe-me ver esses belos olhos azuis, bebe. Por favor, bebe, ele orou. Isso era um cílio tremendo? ― Happy? ― O coração de Marc começou a bater em um ritmo mais rápido quando os cílios de Happy vibraram. Ele gemeu quando ele se sentou, a cabeça caindo para trás nos seus ombros. ― Happy, olhe para mim, bebe. ― O qu-o que aconteceu? ― Happy perguntou com a voz trêmula quando se sentou e olhou em volta. ― O que... ― Happy lambeu os lábios e olhou para Marc. ― O que aconteceu? ― ― Nós não conseguimos passar pela curva fechada. ― Marc olhou para a frente do caminhão. A janela estava quebrada, peças penduradas em cima do painel. A frente do caminhão estava envolvida em torno de uma árvore muito grande. O capô esmagado, vapor subindo do radiador. Tiveram sorte que não pegar fogo. Seu caminhão estava completamente destruído. ― Você está bem? ― Perguntou Happy. Marc sorriu quando ele voltou a sua atenção para Happy. ― Eu estou bem, bebe. Eu contundi minhas costelas quando bati no volante, mas nada que um mergulho na banheira e um par de dias de descanso não vão curar. ― Como está o seu braço? Surpreendentemente, Marc tinha esquecido sobre a ferida de bala no seu braço. Ele olhou para baixo, sabendo que iria ver sangue sobre as bandagens. Ele estava certo, mas era uma pequena quantidade de sangue. Marc estava mais preocupado com o corte que Happy tinha na sua cabeça. ― Está tudo bem, Happy.


― Mas há sangue ― queixou-se Happy. ― Eu provavelmente puxei um ponto ou dois. O médico vai me corrigir, mas primeiro precisamos chegar até ele ― Marc acenou com a mão em direção ao seu cinto de segurança. ― Esta preso. Os olhos de Marc quase saltaram para fora da sua cabeça quando Happy simplesmente se aproximou e puxou até o cinto de segurança quebrar e se soltar. ― Uh, obrigado. ― Podemos ir agora? ― Perguntou Happy. ― Eu quero ver minha mãe. Por mais que Marc desejasse que Happy se voltasse para ele enquanto estava assustado, ele entendia que Happy tinha contado com Anna toda a sua vida para lhe dizer que estava tudo bem. Isso não iria mudar tão cedo. ― Tudo bem, Happy, nós podemos ir. Basta ter cuidado. Há um monte de vidro. ― Ok. Marc virou-se e abriu a porta, empurrando-a com força quando não se abriu por conta própria. O metal gemeu e resistiu, mas acabou abrindo o suficiente para Marc se espremer. Sua cabeça girou um pouco. Marc sabia que era a grande quantidade de adrenalina correndo solta por meio do seu sistema. Ele segurou na borda do caminhão enquanto se dirigiu para a parte de trás. ― Marc! O grito assustado de Happy atingiu Marc direito na sua alma. Ele começou a correr em torno do fim do caminhão apenas para ser parado por um homem de cabelos escuros curtos apontando uma arma para ele. Marc levantou imediatamente as mãos no ar e deu um passo para trás. ― Nós não queremos nenhum problema.


Capítulo Dezesseis

O coração de Marc trovejou como um motor a jato, quando o homem com a arma zombou como se a declaração de Marc fosse á coisa mais engraçada que já ouvira. ― Basta ficar para trás ― o homem disse quando fez um gesto com a arma para Marc recuar um passo. Marc lançou um olhar para o lado do passageiro do caminhão. Happy ainda estava lá dentro, mas havia outro homem lá tentando puxá-lo para fora. Happy parecia estar resistindo, lutando e empurrando o outro homem para longe. O homem recuou e, em seguida deu um soco em Happy, Marc rosnou, enquanto observava a cabeça de Happy ser empurrada. Ele olhou para o homem que segurava a arma para ele. ― Machuque Happy e será a última coisa que você fará na vida. ― Happy? ― O homem bufou. ― Que porra de nome estúpido. As mãos de Marc cerraram, sua expressão nublou com raiva. ― Não importa qual é o seu nome. Machuque-o e você não vai viver para ver outro por do sol. Responsável da lei ou não, Marc jogaria tudo fora sem piscar um olho se Happy fica-se ferido. Ele tinha certeza de que o homem tentando arrancar


Happy para fora do caminhão era Herne O'Brian. O outro na sua frente era muito jovem. ― O xerife está a caminho ― disse Marc. ― Se você sair agora, você pode ter uma chance. ― Não muito é claro, mas uma chance, no entanto. Marc não tinha dúvidas de que John chamaria as tropas. Quando ele e Happy não se encontrassem com ele na estrada, John traria toda a força do departamento do Xerife de Cade Creek, os Blaecleahs, sem mencionar a própria família de Marc. O homem com a arma tinha um olhar selvagem nos seus olhos com as palavras de Marc, ou talvez fosse á máscara de pedra no rosto de Marc. O que quer que tenha acontecido de repente o deixou nervoso e o levou a dar alguns passos para trás até estar mais perto do outro homem. ― Ei, cara, os policiais estão vindo ― disse o rapaz. ― Precisamos sair daqui. ― Não até que ele me diga onde esta a minha garota! ― Você nunca vai pega-la, Herne, ― Marc gritou, sabendo com certeza que era com quem ele estava falando. ― Eu a coloquei em um lugar onde você nunca poderá colocar as suas mãos sobre ela outra vez. ― Amélia é minha! ― O homem gritou quando deu um passo para Marc. ― Você não pode escondê-la de mim. O homem estava claramente insano. E delirante. ― Amélia está morta, Herne. ― Não! ― Herne bateu a mão na lateral do caminhão. ― Você a está escondendo de mim. Merda! Herne tinha uma arma, também. Havia também uma selvageria nos olhos dele, uma espécie de fúria escaldante que brilhava de dentro para fora entre as séries de insanidade que assustou o inferno fora de


Marc. Herne estava armado e não estava com a mente completamente sã, o que o deixou ainda mais perigoso. Marc ia ter que pisar com cuidado. ― Herne, sua filha não é sua esposa. Você não pode fazer Anna substituir Amélia. Não funciona dessa maneira. ― Ela é minha! ― Ela é sua filha, Herne. A testa de Herne enrugou por um momento como se a sua sanidade estivesse tentando retornar, mas estava em uma difícil batalha. Ele balançou a cabeça antes de bater o punho no lado da têmpora. ― Deus deu Amélia para mim ― disse Herne. ― Ele disse que ela era minha. Eu a quero de volta. Marc não sabia se sentia pena do homem ou não. Era óbvio que a morte de Amélia tinha jogado Herne sobre a borda. Mas ele ainda era o bastardo que tinha aterrorizado Anna e Happy por anos, muito tempo antes de Amélia morrer. Quando exatamente ele tinha perdido a cabeça era uma incógnita. ― Ela está morta, avô. Mac estremeceu quando Happy saiu da cabine do caminhão. O homem armado de repente mudou a direção da arma de Marc e apontou para Happy. Ele provavelmente via Happy como uma ameaça maior por causa da sua altura. Ele estava errado. Mas poderia ser a distração que Marc necessitava para tomar controle da situação. Ele não podia agir com a arma apontada para ele. Ele também não queria agir com a arma apontada para Happy. Mas não tinha outra escolha.


― O que você fez para mamãe estava errado, avô ― Marc gemeu com as palavras de Happy, desejando que o homem ficasse de boca fechada. Não teve essa sorte. ― O que você fez para Mama estava errado ― continuou Happy. ― Ela é sua filha. ― Cara, você disse que estava vindo aqui recuperar a sua esposa ― disse o estranho. ― Você nunca disse nada sobre ela ser sua filha. ― Ela é minha! ― Herne estalou, seus olhos selvagens novamente. Antes que Marc pudesse agir, Herne virou e puxou o gatilho. Happy gritou antes de cair no chão, e por um momento, Marc pensou que o seu coração poderia ter parado de bater. E então ele viu uma mancha vermelha aparecer na camisa do estranho, se espalhando lentamente até cobrir quase a metade do peito. ― Você filho da puta! ― As palavras do homem eram quase um sussurro. ― Você atirou em mim. Marc mergulhou para o chão quando o homem disparou de volta. Balas para todo lado. Marc cobriu a cabeça e rezou para que Happy não fosse atingido. Quando finalmente estava silencioso, havia um cheiro distinto de sangue e pólvora no ar. Marc cautelosamente descobriu a sua cabeça e levantou-a, olhando ao redor. Herne estava no chão a poucos metros dele. Ele não estava se movendo. Marc estendeu a mão e agarrou a arma dos dedos frouxos do homem antes de olhar para o outro atirador. Ele não estava se movendo também. ― Happy? ― Marc gritou quando ele ficou em pé e correu em direção ao estranho no chão. Ele teria preferido ir diretamente para Happy, mas ele precisava verificar primeiro. ― Marc?


Alívio quase derrubou Marc no chão. Ele pegou a arma da mão do estranho, e colocou-a na parte de trás da calça. Ficou claro nos olhos vazios olhando para o céu que o atirador estava morto. Já Herne não, e Marc podia ouvir o homem gemer atrás dele. Ele poderia sangrar para sempre até onde Marc se importava. Na verdade, ele preferia isso. Menos um louco na superfície do planeta significava menos uma pessoa de quem Marc tinha que proteger Happy. ― Você está machucado, Happy? ― Não, eu acho que não. Marc virou quando ouviu o som mais bonito do mundo bem atrás dele. Ele sorriu, vendo as lagrimas escorrendo na bochecha de Happy. ― Eu estava preocupado. ― Quero a mamãe. ― Eu sei querido. ― Marc limpou cuidadosamente as lágrimas do rosto de Happy, junto com um pouco de sujeira. ― Você pode encontrar meu celular para mim? Eu preciso deixar o Xerife John saber onde estamos. Ele tinha certeza de que John tinha descoberto que algo de errado havia acontecido e provavelmente estava acelerando a caminho daqui, com as luzes piscando enquanto ele quebrava todos os limites de velocidade do estado. Mas Happy precisava de algo para fazer enquanto Marc verificava Herne. Happy engoliu em seco e assentiu com a cabeça. ― Hey. ― Marc inclinou-se e deu um beijo suave nos lábios de Happy ― Eu te amo. Marc sabia pelo sorriso que se espalhou pelo rosto de Happy que ele tinha dito a coisa certa. ― Eu também te amo.


― Bom, agora vá encontrar o meu telefone celular. Nós não queremos que John se preocupe. Happy revirou os olhos quando partiu para o lado do passageiro do caminhão. ― Se você queria que eu ficasse longe enquanto você verifica meu avô, você só tinha que dizer isso. Risos estouraram dos lábios de Marc. Happy era uma delícia constante para ele. Como alguém poderia pensar que ele era lento, Marc nunca saberia. O homem via muito mais do que a maioria das pessoas. ― Eu quero que você se afaste enquanto eu verifico o seu avô. ― Bem. Vou ligar para o xerife John. Marc assistiu Happy indo para o caminhão. Ele esperou até Happy recuperar o telefone e ligar antes de voltar a sua atenção para Herne. O homem ainda estava vivo, mas Marc duvidava que fosse por muito tempo. Marc se aproximou e agachou-se ao lado dele. Ele tinha sentimentos mistos sobre prestar auxílio a Herne. Parte dele só queria que o homem sangrasse ate a morte para que ele nunca se preocupasse sobre Happy. A outra parte tentava lembra-lo de não importa o quê, ele ainda era um oficial da lei e este homem era carne e sangue de Happy. Sabendo que ele nunca iria perdoar a si mesmo, não em um longo prazo, Marc foi para a parte de trás da sua cabine do caminhão e tirou a mochila vermelha que mantinha lá. Ela estava cheia de equipamentos de primeiros socorros. Como delegado, ele tinha um kit de primeiros socorros para levar no seu veículo, mas depois de servir e assistir soldados ao redor dele morrer por uma simples falta de cuidados médicos, ele decidiu que precisava de algo mais. O kit médico que ele carregava era o mesmo que os médicos em combate levavam.


Marc caminhou de volta para o lado de Herne e deixou cair o saco no chão. Ele abriu o zíper e começou a puxar os itens que iria precisar. Agarrando um punhado de ataduras, ele começou a pressioná-las sobre a ferida de Herne, quando o homem agarrou

o seu pulso com uma quantidade

surpreendente de força. Herne olhou nos olhos de Marc. ― Deixe-me morrer ― Herne sussurrou. ― Só me deixe morrer. ― Eu gostaria de poder, Herne, ― Marc disse quando puxou a mão e pressionou nas feridas de Herne. ― Eu acho que você merece ir para o inferno por causa das coisas que fez, mas você ainda é da família de Happy e isso significa que eu tenho que, pelo menos, tentar mantê-lo vivo. ― Eu só quero estar com Amélia. ― Bem, ela deve estar esperando por você no inferno, parece que você está com sorte. ― Depois de tudo o que Herne e Amélia tinham feito a Happy e Anna, Marc não tinha dúvidas de que ambos passariam a eternidade no inferno. Suas almas eram tão más que estavam negras. ― Nós fizemos somente o qu... ― Herne começou a tossir, sangue escorrendo do canto da sua boca. Quando ele parou de tossir, ofegava fortemente como se não pudesse recuperar o fôlego. ― Nós... nós só fizemos o que o bi-bíblia nos disse para fazer. Estávamos apenas cumprindo as leis que Deus estabeleceu para nós. ― O inferno! ― Marc estalou quando a sua raiva cancelou sua necessidade de manter a calma. Seu profissionalismo voou para fora da janela quando a vida de Happy foi posta em perigo. ― Você torturou Happy e Anna, os manteve isolados do mundo, e você tenta colocar a culpa em Deus? Você é um estupido, Herne, você e a sua esposa. ― D-Deus disse... ele disse....


― Você tomou a Palavra de Deus e transformou-a em uma desculpa para ser um monstro para as duas pessoas que você deveria ter protegido. Você mereceu o que teve. Marc podia ver a luz desaparecer dos olhos de Herne e sabia que o homem não tinha muito tempo de vida. Por mais que ele detestasse a ideia, ele tinha que dar uma chance para Happy encerrar isso. ― Happy ― ele gritou bem alto, ― seu avô não tem muito tempo. Se você tem algo a dizer a ele, agora é a hora. Marc olhou para cima quando Happy caminhou até ficar ao lado dele. Havia tristeza no rosto pálido de Happy, e o mais - surpreendente - sem raiva. Happy apenas não era o tipo de pessoa que odiava. Marc sabia que isso fazia de Happy uma pessoa muito melhor do que ele. Ele odiava Herne O'Brian e ele sempre faria. ― Happy? ― Eu não tenho certeza de que há alguma coisa a dizer. Ele me odiou por toda a minha vida. Isso não vai mudar só porque ele está morrendo. Provavelmente não. Ainda sim... ― Você tem certeza, querido? Esta pode ser a sua última chance ― Marc sabia que não haveria um final feliz para Happy e o seu avô, mas ele também não queria que Happy se arrependesse de não dizer algo antes que fosse tarde demais. Os olhos de Happy foram para o seu avô. ― A única coisa que eu quero dizer a ele é que ele estava errado. Eu não sou o diabo. Eu não sou a semente de Satanás. Eu nem mesmo sou ruim ― Ele prendeu a respiração instável e, em seguida, encontrou os olhos de Marc. ― Eu sou feliz.


Capítulo Dezessete

― Acorde, Happy. Happy bateu nas mãos trêmulas dele. Ele não queria acordar. Ele estava quente no seu pequeno casulo suave. ― Happy, bebê, acorde ― uma voz sussurrou. ― Eu quero lhe mostrar uma coisa. Happy piscou e tentou abrir os olhos. Seus cílios vibraram enquanto ele rolava de costas. Marc estava sentado na cama ao lado dele. ― O que você... ― As sobrancelhas de Happy dispararam quando ele teve um vislumbre da escuridão além da janela do quarto. ― Que horas são? ― Cerca de cinco e meia. ― Da manhã? ― Ele estava louco? Marc riu. O belo bastardo. ― Levante-se amor. Eu quero lhe mostrar uma coisa. Happy resmungou baixinho quando virou as cobertas e se sentou. Ele esfregou as mãos sobre o rosto, tentando enxugar o sono dos seus olhos. No mês passado, ele tinha descoberto que o amor da sua vida tinha algumas

ideias

malucas

em

surtos

momentâneos,

e

ele

gostava

de

surpreender Happy. Ele mandou entregar flores em casa, deixou uma coleção


de Os mistérios Hardy Boys na mesa de café, e levou Happy a cada festival e mercado do fazendeiro que acontecia em Cade Creek. Tinha sido um mês agitado. ― Aqui ― Marc disse enquanto segurava uma pilha de roupas. ― Você vai precisar dessas. ― Estou indo a algum lugar? ― Estamos indo para algum lugar. Happy inalou uma golfada de ar, em seguida, soprou-a em um suspiro pesado. ― É melhor haver café envolvido. ― Doces e tortas. Ok, ele estava interessado. ― Que tipo de doces? ― Ele perguntou enquanto puxava a calça jeans até as pernas e a abotoava. Marc sorriu quando se inclinou e deu um beijo nos lábios de Happy. ― O tipo gostoso. Happy franziu o cenho para o homem. ― Não há algum tipo de lei contra ser tão ativo no início da manhã? ― Não. Happy rosnou quando puxou a camisa sobre a cabeça. Aquele homem era muito feliz com isso. ― Bem, deveria ter. ― Apresse-se, querido ― disse Marc quando ele praticamente dançou na frente da porta do quarto. ― Temos de ir para não perdê-la. ― Perder o quê? ― É uma surpresa. Happy ira estrangular Marc no seu sono. Talvez. Depois do sexo. Um monte de sexo.


Ele gostava de sexo. ― Em vez disso você não gostaria de ficar aqui e fazer sexo? ― Ele sabia que ele queria. Seu pênis estava se recuperando enquanto ele falava. ― Não. A mandíbula de Happy caiu quando ele parou de amarrar os sapatos e olhou para o homem. ― Não? ― Happy ― Marc lamentou. ― Tudo bem. ― Happy levantou-se e puxou a leve camada que Marc tinha colocado em cima da cama. ― Onde está este café que você estava falando? ― Happy tinha aprendido que ele amava café. Marc poderia conseguir o que quisesse quando ele subornava Happy com a deliciosa ambrosia. ― Venha comigo. ― Marc agarrou a mão de Happy e levou-o para fora do quarto e no corredor. A curiosidade de Happy começou a guerrear com a sua necessidade de mais sono quando Marc levou-o para a porta da frente. ― Estamos indo embora? ― Nós temos. ― Marc tinha um sorriso no seu rosto quando ele olhou por cima do ombro. ― Minha surpresa está a cerca de 16 quilometros a partir daqui. Os olhos de Happy estreitaram. ― É melhor esse café não ser a 16 quilômetros daqui. ― Ele normalmente não se importava de acordar de manhã tão cedo, mas alguém o tinha mantido até altas horas da madrugada batendo no colchão. ― Eu tenho toda uma garrafa térmica de café no caminhão. Happy andou mais rápido. No momento em que o caminhão chegou na estrada, Happy tinha uma xícara cheia de café e um gemido satisfeito na sua garganta. ― Eu amo café.


Marc riu. ― Eu sei querido. ― Então, onde estamos indo? ― Perguntou Happy, esperando por algum tipo de explicação sobre para onde estavam indo, e por quê. ― Eu disse a você, é uma surpresa. Happy revirou os olhos. Era um gesto que tinha aprendido com o seu meio-irmão Billy, que ele gostava de usar em Marc porque o deixava louco, assim como Rourke Blaecleah ficava louco quando Billy fazia isso. ― Eu tenho uma coisa ― disse Marc enquanto entregava uma sacola para Happy. ― O que é isso? ― Por que você não abri, e vê? Happy sorriu quando ele abriu a bolsa e tirou uma pilha de livros. Seus olhos arredondaram quando ele passou livro após livro, para descobrir cada um, um pouco mais ousado. ― Um... ― Sua boca trabalhou para dizer alguma coisa, enquanto olhava para a capa superior novamente. Ele nunca tinha visto um livro parecido antes na sua vida. A capa tinha dois rapazes sem camisa segurando um ao outro. A imagem criando todos os tipos de ideias, suadas e quentes na cabeça de Happy. O rosto de Marc estava um pouco corado, mas ele estava rindo tão feliz que Happy percebeu que não era tão ruim. ― Seu tutor me disse que você já conquistou o seu nível de leitura, mas você ainda precisa praticar. Achei que poderíamos ler esses juntos. Happy sentiu o seu interior morno e distorcido, muitas vezes ele se sentia assim em torno de Marc. O homem parecia que sairia do seu caminho não só para se certificar que Happy estava seguro, mas também feliz. Era como se fosse o seu objetivo na vida ou algo assim. Happy não estava reclamando.


Muito. Cinco e meia da manhã merecia reclamação. Ele cresceu em uma fazenda, é verdade, mas ele desistiu de se levantar ao romper da madrugada, quando o seu avô foi embora. Preferia dormir, especialmente desde que ele começou a dormir na mesma cama que Marc. Não havia nada melhor do que um abraço de manhã cedo com um homem que o deixava em chamas com o simples toque da sua mão. ― Eu não queria falar com você sobre isso ontem à noite, porque você estava tão excitado sobre esse encontro da sua mãe, mas o xerife chamou e me disse que eles têm fechado oficialmente o caso do seu avô. Happy engoliu em seco, o seu bom-dia, teve uma queda livre. ― Ele disse o que eles iam fazer com o corpo do avô? ― Happy não queria isso. ― Sim, ele está, na verdade, organizando para Herne ser enterrado ao lado da sua avó. Isso, na verdade,... Fez Happy se sentir melhor. Herne tinha enlouquecido com a perda da sua esposa. Parecia ser apenas certo que fossem enterrados juntos. ― Ele também me disse que os testes de balística provaram que a arma que Herne tinha corresponde á bala que me atingiu. ― Então, meu avô atirou em você? ― Parece que sim, Happy. Nós provavelmente nunca vamos saber com certeza, mas parece que Herne me viu pegar você e a sua mãe de sua fazenda e levá-los para a minha casa. Achamos que ele nos seguiu. ― Sinto muito. Marc estendeu a mão e agarrou sua mão, dando-lhe um aperto. ― Você não atirou, Happy, então nada disso foi culpa sua. ― Sim, mais... ― Sem mais, Happy.


Happy sorriu enquanto olhava para o seu amante, amigo, e razão para a respiração. ― Agora, isso seria muito bom delegado. Marc franziu a testa. ― O que? ― Sem pontas. Marc começou a rir, a alegria dançando nos seus olhos azuis. ― Sim, Happy, sem pontas seria muito bom. Happy sorriu quando ele sentou-se no banco e terminou de beber o café. Eles haviam deixado Cade Creek a algumas milhas a trás e estavam indo para fora da cidade para o campo, onde eram localizados os sítios e fazendas da região. ― Estamos indo para a fazenda da sua família? ― Perguntou Happy quando ele começou a reconhecer alguns dos edifícios que passavam. Ele gostava da fazenda onde Marc cresceu. Ele ainda estava nervoso em torno dos pais de Marc, especialmente seu pai. O homem era bom o suficiente, mas Happy ainda se sentia como se ele não fosse bom o suficiente para Marc. Ele provavelmente, sempre se sentiria assim. Marc era perfeito, e ele estava feliz. ― Em uma maneira de falar. Happy teve que admitir que ficou um pouco animado, especialmente agora que a cafeína estava chutando e ele se sentiu como uma pessoa normal, em vez de lodo sonolento. Happy começou realmente a se perguntar o que Marc tinha planejado até que ele se virou para a entrada que levava para casa dos seus pais, só que ele não parou em frente ao casarão. Ele dirigiu direito passando a casa, e o celeiro. O caminhão diminuiu enquanto descia a estrada de terra que passou ao lado do campo, mas não foi o suficiente para manter Happy de saltar em torno de dentro da cabine. Até o momento que o caminhão parou antes de


uma linha de árvores, Happy sentiu como se tivesse sido colocado através de um liquidificador. Happy olhou ao redor quando Marc desligou o caminhão e saiu. Ele ainda não estava vendo tudo o que Marc queria mostrar-lhe. Nada parecia fora do comum, e certamente não se parecia com nada que valesse a pena sair da cama tão cedo de manhã. Happy saltou quando a porta se abriu. Ele estava tão ocupado olhando ao redor, que tinha perdido totalmente Marc sair do caminhão e vir para o seu lado. ― Você está pronto, bebe? ― Eu ficaria muito mais disposto a dizer sim, se eu soubesse o que você estará me mostrando. Marc sorriu. ― Feche os olhos. ― O quê? ― Feche os olhos. ― Você é louco. A mão de Marc pressionou contra o lado do rosto de Happy. ― Happy, você confia em mim? ― É claro que eu confio em você. ― Que tipo de pergunta era essa? ― Agora, feche os olhos ― disse Marc. ― Por favor? Happy fechou os olhos, porque ele não tinha outra escolha. Ele confiava em Marc e o homem estava pedindo muito bem. Ele sentiu os dedos de Marc fechar em torno da sua mão e puxá-lo com cuidado para fora do caminhão e, em seguida, a porta se fechou atrás dele. ― Mantenha os olhos fechados, Happy, e dê pequenos passos. Pequenos passos. Certo. Como se ele fosse sair correndo pela floresta com os olhos fechados. O campo, talvez, mas não a floresta. Existiam muitas árvores.


― Continue, bebe. Estamos quase lá. Happy estava tentado a abrir os olhos, mas também queria a surpresa de Marc. ― Ok pare. Happy parou. ― Eu quero que você se sente bem onde você está. Eu vou ajudá-lo. Happy prendeu a respiração enquanto abaixava para o chão, só que ele não estava sentado no chão. Ele tocou o tecido embaixo dele, percebendo que estava sentado em um cobertor. Ok. ― Posso abrir os olhos agora? ― Quase, bebe. Happy abriu as pernas e os braços quando sentiu Marc cutucá-lo. Um momento depois, Marc se sentou entre as suas pernas. Era uma posição que eles usavam muitas vezes, geralmente abraçados no sofá ou a cama na noite de cinema, ou quando eles estavam sentados na varanda, deitados no quintal. E às vezes, quando eles apenas se sentavam na grama e olhavam para as estrelas. Happy gostava porque ele poderia sentir tanto do corpo de Marc pressionado contra ele, e ele poderia envolver os seus braços em torno do homem bonito, que tinha vindo a significar tanto para ele. Marc se inclinou para trás, de modo que a sua cabeça estivesse descansando no ombro de Happy. ― Ok, bebe, você pode abrir seus olhos agora. Happy abriu os olhos e suspirou. O prado na frente dele era quase etéreo. O sol tinha subido apenas o suficiente para iluminar as trevas, e uma névoa lenta tinha rolado em cima da grama verde alta. Era como olhar para uma imagem estática.


Tudo estava silencioso. ― Olha. ― Marc apontou para um bosque de árvores. Happy assistiu a um pequeno sopro da brisa através das folhas vibrando pelo chão enquanto eram arrastadas pelo vento. Um pássaro solitário decolou das árvores, espalhando as suas asas e voando baixo sobre o campo. Ele veio para chão, caçando seu café da manhã. ― Você me disse que gostava de se sentar e assistir o nascer do sol no período da manhã quando fui pegar os ovos para a sua mãe, e que você observava o movimento da névoa sobre os campos. Happy assentiu, o nó na garganta grande demais para ele falar. ― Bebe, uma vez que você está vivendo comigo e a sua mãe está morando no apartamento em cima da garagem, ela decidiu vender a fazenda dos seus avós. ― Havia uma riqueza de preocupação nos olhos de Marc quando ele inclinou a cabeça para trás e olhou para cima. ― Eu queria dar-lhe algum outro lugar onde você pode ver sua névoa da manhã. Happy inalou lentamente, recolhendo as lágrimas nos seus olhos quase demais para ver. ― Obrigado, Marc ― Não havia nenhuma maneira que essas palavras fossem adequadas para o que Marc tinha feito por ele. ― Você me dá tanto. Marc inclinou-se e deu um beijo na mandíbula de Happy. ― É apenas justo. Você me deu o mundo. Apesar do frio no ar da manhã, Happy sentiu o calor do seu rosto quando ele corou. Happy pressionou a sua testa em Marc. Ele suspeitava que o nó na garganta pudesse sempre estar lá. ― Eu simplesmente amei. ― Como eu disse, você me deu o mundo. ― Marc sorriu. ― Você me deu um Feliz para sempre.


FIM


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.