Dragões de fogo #03 khaus (homo)

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Khaos DragĂľes de Fogo 03


Khaos se uniu com um parceiro improvável, indo para a cabeça da bacia amazônica em busca do próximo Coração do Dragão. Mal sabe ele que, no meio da selva tropical, ele vai encontrar o seu companheiro humano. Henry é mais do que Khaos poderia ter esperado, e oferece a Khaos uma chance de redenção por um erro que Khaos cometeu há muito tempo. Mas uma vez que Henry percebe o quão monstruoso o seu amante pode ser, há alguma chance de que ele vai ceder a sua mente, corpo e alma?


Introdução Mestopheus, o primeiro dragão, era poderoso. Nascido no calor do núcleo da Terra, ele arranhou o seu caminho para fora por uma chuva de fogo sobre a terra, exercendo o poder da magia como nenhum outro. Ele acasalou-se com uma fêmea humana e deu à luz oito fortes filhos shifter.

Dragão do Fogo. Dragão da Agua. Dragão do Ar. Dragão do Gelo. Dragão da Terra. Dragão da Raiva. Dragão do Caos. Dragão do Som. A partir desses oito filhos, formaram-se as casas de dragão, sempre dividindo os dragões enquanto eles lutavam pela supremacia, uma vez que Mestopheus perecera a mais de dois mil anos atrás. No seu auge, os dragões contavam em milhões. Eles cobriram a terra, escondendo-se à vista de todos, a menos que provocados a mostrar a sua verdadeira natureza dragão. Os dragões imortais acasalavam-se a um companheiro mortal, que continuariam a renascer uma e outra vez, guiado pelo destino para retornar ao seu dragão. Se tiver sorte, um dragão iria encontrar a sua outra metade em um curto tempo e eles compartilhariam um amor construído ao longo dos séculos.


Dragões vivem vidas longas, só sendo capaz de morrer se o seu Coração densamente escamado for destruído. Uma vez morto, um dragão iria para o Lyr, o paraíso dragão, a menos que eles não aceitassem a sua morte. Então, eles permaneceriam na Terra como um zumbi, chamados de legião por outros dragões que temem a mortal inexistência que eles representam. Uma vez que um dragão se torna um legião, eles estará perdido no limbo para sempre, rapidamente esquecendo o que foi uma vez ou os dragões que amavam. Legião atacava outros dragões e seus companheiros, buscando seus corações como alimento. Um Drakon foi eleito para liderar cada casa após o desaparecimento dos filhos de Mestopheus, o poder passado para o mais forte de cada raça. Assim como o poder, foram transmitidos os corações de pedra, supostamente os corações dos filhos de Mestopheus, transformados em pedras polidas, que brilhariam como a luz da Casa. O mito conta que as pedras possuíam um grande poder, cada uma capaz de uma magia misteriosa, mas ao longo das eras, os corações se mostraram inúteis, além de sua beleza, ou assim todos pensavam. O tempo passou, as guerras se alastraram, as memórias diluíram-se e as pedras desapareceram uma por uma, sem que ninguém realmente notasse. Todos, com exceção de um. O coração de fogo foi mantido perto o coração do Drakon Rhaege após a primeira morte do seu companheiro humano. Mestopheus havia tentado durante séculos recuperá-lo pelo passar do tempo através do companheiro de Rhaege uma e outra vez na sua tentativa desesperada. Só recentemente Rhaege soube o que estava no coração dessas mortes e percebeu onde o perigo no seu mundo se encontrava. Os outros Drakons não acreditaram nas alegações de Rhaege, todos,


com exceção de Ivan, o chefe dos dragões de gelo. Os dois rivais improváveis estão agora em uma corrida para coletar todos os corações antes que Mestopheus possa obtê-los e destruir a Terra como a conhecemos. Infelizmente, Fogo e gelo não se misturam bem. Nem uma casa confia na outra.

Capítulo Um

Khaos calçou as botas de montaria, o cheiro do couro cremoso subindo para o nariz. Ele olhou por cima do ombro para o seu amante, Henry, também se preparando para o passeio do dia. Calções de camurça apertados de Henry não deixou nada para a imaginação e só alimentou o desejo de Khaos para puxar o homem de volta para sua cama. Ele lambeu o lábio inferior, mordendo de volta a necessidade de ter Henry aqui e ali. Eles já haviam passado toda a noite apertando o seu vínculo, depois de uma longa batalha cansativa que Khaos teve em cortejar o homem. Henry tinha sido inflexível que ele não iria se deitar com outro homem, tinha sido convencido de que ele não era um homossexual, mas sim um delito bem planejado havia quebrado as barreiras do homem para baixo. Khaos sabia que Henry era o seu companheiro desde o momento em que ele colocou os olhos sobre o homem. E Henry tinha percebido isso também. Khaos tinha notado a forma como ele se moveu, seu corpo enrijeceu quando tinha espionado Khaos na bola. Henry não tinha sido capaz de tirar os olhos de Khaos toda a noite, e vice-versa, mas quem poderia culpá-lo Khaos? Seu humano era bonito, a partir das suas características reais e esbelto corpo musculoso, firme. A maioria dos homens da época eram


pequenos sacos gordos de carne. Henry, por outro lado, preferiu o seu esporte e o seu corpo apresentava-o. A língua de Khaos tinha viajado por cada centímetro daquele corpo nas últimas semanas, depois que ele o seduziu com sucesso. E o que sedução tinha sido. Khaos sorriu quando ele enfiou os braços nas mangas da sua camisa e colocou a parte inferior na cintura da sua calça de montaria. Ele girou sobre os calcanhares, observando Henry curvando-se para calçar as botas. Sua bunda perfeitamente redonda estava no ar e por isso muito tentador. ─ Precisa de ajuda com isso, amante? ─ Perguntou Khaos. Henry olhou por cima do ombro, um toque de vermelho tocando o seu rosto. ─ Mesmo depois de todas essas semanas, eu ainda não consigo me acostumar com os seus carinhos. Eu sou o único que deveria estar dizendo coisas assim para uma mulher delicada, não você para mim. Eu não sou delicada, nem mulher. E eu posso colocar as minhas próprias botas, Khaos, muito obrigado. Sotaque Inglês do homem fez os dedos de Khaos se curvarem por algum motivo. A maioria via o britânico como tenso, mas Khaos adorava o som independente. Khaos sorriu quando ele se virou na sua cama ─ Eu sei que você pode colocar suas botas. Isso não significa que eu não posso ajudar. Ele se ajoelhou diante de Henry e manteve a base da bota. Henry ruborizou de novo, mas não disse nada, só empurrou o seu pé dentro os poucos centímetros finais. Khaos levantou a outra bota e ajudou Henry novamente, seu olhar levantando a bela face do homem. ─ Por que você faz isso? ─ Perguntou Henry, parecendo perplexo. ─ Fazer o que? Ajudá-lo? ─ Me encarar ─ Henry disse suavemente ─ Você olha para mim como se você fosse um... um homem faminto que precisa de uma refeição decadente.


─ Porque eu estou morrendo de fome. Estou morrendo de fome para colocar as minhas mãos no seu corpo na hora que eu parar de tocá-lo. Estou morrendo de fome para ter você em meus braços a cada segundo de cada dia. Eu quero te consumir, mente, corpo e alma. A respiração de Henry engatou e os seus lábios se separaram quando ele soltou um suspiro suave. Seu olhar nunca deixou Khaos, como o silêncio sedutor que se estendeu entre eles. Finalmente, Henry desviou o olhar, levantando a mão para a gravata. Ele se ocupou ajustando-a por um momento antes de olhar de volta para Khaos. ─ Eu nunca senti esse tipo de emoção com outra pessoa. Eu ouso dizer algo e isso me enerva. E o cúmulo temer que os outros vão sentir isso também. Eu não consigo ignorar a sua presença em uma sala, mesmo que eu tente. Khaos inclinou a cabeça, observando o ser humano. Era o medo de Henry voltar? Como o sétimo e último filho do duque de Ellisworth, o homem tinha pouca chance de ganhar o título e era um adendo aos seus pais ricos. No entanto, ainda havia um senso de propriedade e o medo do estigma social que tinha sido incutido no homem ─ Eu já lhe disse do meu castelo. Ficaríamos livres se ficarmos lá, sem o medo de ser pego. ─ Você quer que eu diga adeus a tudo o que sei ─ disse Henry ─ Por um homem que eu não deveria amar. ─ Não há nada de errado com o que sentimos um pelo outro. Você é meu companheiro ─ Khaos disse com firmeza ─ Nós estamos destinados a ficar juntos, você e eu. Nada vai nos separar. Não a sua família, não a sociedade, e eu definitivamente não vou deixar você se afastar de mim. Eu te amo com todo o meu coração. Henry ergueu a mão na bochecha de Khaos. ─ E eu a você. ─ Então venha comigo, ─ Khaos insistiu. ─ Você já me inclinou a tua vontade e me arrastou para a sua cama.


Não é o suficiente? Você não pode me pedir para virar as costas para a minha família e amigos, também. ─ Família e amigos que o jogariam fora se eles soubessem do nosso amor? ─ Khaos perguntou, com medo do que poderia acontecer se eles permanecessem lá. Henry precisava da liberdade do seu castelo, a aldeia circundante aceitava a sua natureza dragão e a sua predileção pelo mesmo sexo. Para a proteção de Khaos, as pessoas viviam dentro das suas paredes e ele os mantinha segredos, tudo ao mesmo tempo compartilhando a sua riqueza. O castelo de Khaos estava cheio de gerações de seres humanos que tinham nascido no seu mundo, e que agora esperavam o seu regresso a casa. Ele realmente precisava voltar para casa, mas ele não queria fazê-lo sem o eu companheiro. ─ Eu não posso. Correndo diria que eu fiz algo errado, e eu não fiz nada de errado ─ disse Henry, saltando da cama como se estivesse pegando fogo. Ele pegou as luvas e apertou a pele de cabra na mão ─ Não há mais discussão. Vamos montar. Esse parece que vai ser um dia lindo. Khaos se levantou em toda a sua estatura e olhou para o seu amante. Ele não tinha terminado de tentar convencer Henry a ir com ele, mas sabia quando não havia nenhum ponto em empurrar ainda mais ─ Tudo bem. Vamos montar. Khaos seguiu Henry pelos corredores da casa alugada, o pequeno punhado de servos leais que Khaos trouxera consigo se mantinha fora da vista. Ele perguntou o que eles achavam do seu novo senhor jovem, um verdadeiro e próprio inglês. Seu castelo era na costa do Mediterrâneo, no sul da Espanha, e seus moradores eram uma mistura eclética de espanhol, Mouro, e herança grega. Khaos também era escuro, quase tão escuro como eles, mas Henry era claro e pálido. Sua pele era marfim, seu cabelo loiro, e um contraste dos olhares sombrios de Khaos. Mas, em seguida, o contraste só aumentava o desejo que


sentia, observando a sua pele contra os tons mais pálidos de Henry. A visão deles na cama na noite anterior brilhou na sua mente. Khaos sentiu o seu pênis engrossar na sua calça enquanto desciam as escadas, sabendo que ele era insaciável quando se tratava do seu humano. Pela segunda vez em menos de um quarto de hora, ele pensou em puxar o homem de volta para a cama. Henry parecia alheio ao tormento de Khaos. Ele estourou para fora do salão em direção ao sol de verão, o ouro brilhando a luz no seu cabelo. Um raio tocou nos ombros de Henry, e Khaos tinha certeza de que ele estava vendo um anjo, não um homem. Seu coração e gentil disposição quente certamente seria bem-vinda no céu, mas Khaos era muito guloso e queria mantê-lo na Terra o maior tempo possível. Ele cobiçava o seu amante, e faria qualquer coisa para manter Henry ao seu alcance. ─ Você vem? ─ Henry perguntou quando ele girou para enfrentar Khaos. Khaos estava na entrada escura, o sol não mal o tocando. Ele estendeu a mão para Henry. Henry olhou para a esquerda e para a direita, como se ele precisasse ter certeza de que ninguém estava vendo ele, e por algum motivo, esse olhar fugaz irritou Khaos. Henry estava mais preocupado com o que os outros pensariam em partilha o seu amor um pelo outro, sem limites, ou como Khaos poderia ficar com raiva? Henry foi uma criação do tempo, onde os que estão no topo pareciam se atrapalhar e cair todos os dias, enquanto outros estavam com fome de poder e agarravam o seu caminho até a escada social. Khaos tinha vivido muito tempo para se preocupar com fofocas da alta sociedade. Para Henry, isso era todo o seu mundo. Finalmente, Henry pegou a mão de Khaos, e puxou-o para fora e para a luz. Khaos estava a centímetros do seu amante, o cheiro do homem de sândalo e couro enchendo o seu nariz. Ele se inclinou para capturar os lábios de Henry, mas Henry saiu do seu abraço e começou a caminhar em direção ao


estábulo. ─ Vinde, Khaos. Os cavalos foram selados e prontos por quase uma hora agora. Tenho certeza de que eles estão tão impaciente quanto eu estou para ir em frente. Khaos cerrou os dentes. Ele não era um homem acostumado a esconder quem ele era por muito tempo, nem era um homem acostumado a não conseguir exatamente o que queria. A paciência não era uma das suas virtudes, e ele estava chegando perto de perder o controle. Depois de um momento, ele seguiu o seu humano para os estábulos e viu um dos seus padrinhos segurando as rédeas dos dois melhores Friesian. Henry foi rápido em montar e levou o cavalo para a praça, ignorando o olhar de Khaos. Khaos seguiram o exemplo e, momentos depois, eles estavam saindo do caminho de paralelepípedos do pátio e para os campos verdejantes que cercavam a vila. Henry parecia com vontade de correr. Ele incitou o seu cavalo com um grande sorriso no seu rosto quando ele olhou por cima do ombro. Não com muito humor para jogos, Khaos assistiu por um momento antes de estimular o seu cavalo e se aproximar rapidamente de Henry e a sua montaria. Eles correram por um par de quilômetros, Henry levantando uma mão na vitória enquanto corriam através do antigo portão de pedra que há muito tempo tinha marcado as bordas da terra. Mais havia sido adicionado outros pelos operários, mas esse ainda permanecia, lentamente se desintegrando com o tempo. Quando Henry diminuiu o cavalo, ele sorriu. Khaos acalmou o cavalo e parou ao lado do seu companheiro. ─ Eu ganhei ─ seus olhos brilhando com a vida. ─ Eu não sabia que nós estávamos correndo, e você teve um inferno de um bom começo, ─ Khaos disse, com a respiração ofegante. Seu sangue corria nas suas veias. A viagem tinha sido boa para ele, depois de tudo, revigorante. O vento no rosto, a velocidade, e a sensação do belo animal abaixo dele tinha levantado o seu ânimo ─ E considerando que eu não sabia


onde era o ponto final, eu não posso dizer que foi justo. A respiração de Henry foi lentamente voltando ao normal. ─ Não se lembra? ─ Lembrar de quê? ─ A primeira vez que andamos meses atrás, na minha primeira visita aqui. Você me desafiou para uma corrida da sua casa ao portão ─ Henry franziu a testa, aparentemente chateado que Khaos não se lembrava ─ E você me deixou ganhar, eu sei disso, por isso não há como negar. Khaos tinha deixado o homem ganhar. Quando ele tinha colocado a sua mente para trabalhar o seu foco singular em ter o seu amante na cama ─ Fazia parte do meu plano para a sua sedução. Henry olhou em volta mais uma vez, como se temesse que alguém tivesse escutado. ─ Estamos no meio do nada, Henry. Ninguém pode ouvir o que dizemos. Henry franziu a testa ─ É claro que estamos. Por que você diz isso? Os seus olhares sobre o seu ombro eram feitos inconscientemente, ele nem sequer percebia que ele estava fazendo isso? ─ Nada, nada. Vamos dar aos cavalos um pouco de água. Khaos incitou o seu cavalo para um grande prado através de um bosque espesso de árvores. Eles eram profundos nas suas terras arrendadas, longe da cidade e aldeias, onde eles poderiam muito bem estar em outro mundo. Khaos desmontou e envolveu as rédeas do cavalo em torno de um ramo baixo pendurado ao lado do pequeno riacho de água doce. Henry veio por trás dele, e fez o mesmo. Henry sentou-se em um das planas, rochas lisas que revestiam o riacho. Ele olhou para o prado e sorriu ─ Não há nada como a beleza da paisagem Inglesa. ─ E como em muitos outros lugares se você for compará-la? ─


Perguntou Khaos, a dica deixando um comentário indizível pairando no ar. Henry olhou para cima, o sorriso desgaste ─ Eu pedi por isso, não foi? Khaos balançou a cabeça, não tenho certeza se ele deveria pressionar o seu ponto ou não, especialmente quando eles estavam completamente sozinhos, sem ninguém por milhas. Tudo em que Khaos podia pensar era na porra do seu companheiro, o sol brilhando na suas costas. Sendo um Dragão de fogo, o sol reabastecia ele como nada mais. Henry olhou para o lado, seu rosto em branco ─ É tudo o que eu conheço, Khaos. Você tem que entender isso. ─ Eu entendo. Eu sei que estou pedindo muito. Forcei o meu caminho na sua vida e lhe fiz ver o que éramos um para o outro. Agora eu estou tentando forçar a minha casa em você, também. Mas você tem que ver o perigo de permanecer aqui. Henry estremeceu e desviou o olhar ─ É claro que eu vejo. Khaos sentiu Henry crescendo mais defensivo novamente e deixou o argumento ir. Sentou-se na grande rocha lisa ao lado de Henry e esfregou as costas do humano ─ Eu não quero discutir com você. Não quando estamos aqui em um belo dia e poderíamos estar desfrutando de nós mesmos. A cabeça de Henry balançou para o lado ─ Aproveitando a nós mesmos? Você não pode dizer o que eu acho que você quer dizer? ─ Por que não? ─ Perguntou Khaos ─ Ninguém vai nos ver. ─ Mas qualquer um poderia. Você fala comigo o perigo daqui e, em seguida, me pede para fazer sexo com você em aberto? Khaos sorriu e se inclinou para beijar o rosto do seu amante enquanto ele desabotoou o colete do homem ─ Isso só vai aumentar a emoção. ─ E se formos pego... ─ Se formos pego, você pode vir comigo para a Espanha, onde nós pertencemos, ─ Khaos disse firmemente enquanto puxava a gravata de Henry


solta. Uma vez que ele estava deitado no chão, ele pegou o lado da cabeça de Henry com as duas mãos e puxou o homem contra ele. Assim que os seus lábios estavam nos de Henry, o argumento desapareceu imediatamente. Henry abriu a boca e trouxe a língua para fora para a duelar com Khaos, seu desejo se aquecendo mais rápido que combinava os seus movimentos com os de Khaos. Khaos apertou o seu abraço em Henry, seus corpos se fundindo. Khaos puxou os botões de camisa do homem, revelando a sua forte coluna do pescoço. Ele arrastou a sua língua do ouvido de Henry ao ombro, saboreando a sensação da sua marca na pele de Henry. Felizmente, ninguém além de Henry ou outro dragão podia ver a marca, ou Henry mais do que provavelmente já teria sido levado à loucura com medo. Enquanto se beijavam, Khaos começou a desabotoar a calça de Henry, tentando enfiar a mão dentro para pegar o pau duro confinado. Assim que ele libertou Henry, seu próprio pênis implorou pela liberação, dores atrás do material. Khaos bombeou a mão para baixo do eixo de Henry e de volta até a ponta, rosa escuro, uma pérola da sua essência escapou no topo. Khaos rompeu o beijo e se inclinou para lamber os sucos do homem, com fome de mais. Ele se ajoelhou no chão abaixo na pedra e chupou o ser humano na sua boca, engolindo toda a extensão da espessura antes de colocar os lábios em volta. Ele criar um ritmo frenético, banqueteando-se com o pênis do seu amante enquanto ele se esbanjou nos gritos e gemidos que Henry estava fazendo. O pau de Henry estava duro como ura rocha a partir do primeiro momento em que estava fora da calça, mas o eixo parecia crescer ainda mais enquanto Khaos o chupou. Movendo os quadris ao encontro dos movimentos de Khaos, Henry parecia perdido nas sensações. Seus olhos estavam fechados, sua cabeça caída, enquanto ele gemia até o próprio sol, arrastando o seu colete do seu corpo. Lá se foram as preocupações de quem poderia vê-los. Henry estava


tão amarrado com luxúria, ele tinha abandonado as suas dúvidas e deixou Khaos levá-lo embora. Necessidade de Henry era uma das coisas mais interessantes sobre o ser humano, na mente Khaos. Khaos ficou impressionado com a capacidade de resposta de Henry, completamente fundido nas suas mãos. Se apenas convencer Henry a sair da Inglaterra fosse tão fáceis. Khaos aumentou o ritmo, querendo tanto estar dentro da pequena e apertada bunda de Henry que ele correu com a libertação do ser humano. A conexão que compartilhavam quando Khaos estava com o pau dentro da bunda de Henry e Henry se rendia a dominação de Khaos, empurrava a satisfação de Khaos para os céus. Em poucos minutos, Henry atirou a sua carga, e Khaos engoliu-a com avidez, chupando até a última gota. Quando ele terminou, ele rapidamente puxou a calça de Henry para baixo dos seus quadris e girou o seu companheiro. Não houve tempo para a remoção das botas e roupas. Khaos o empurrou sobre a grande pedra, seu estômago contra a pedra e o seu traseiro pálido virado para o ar. Khaos sorriu quando viu os restos do seu jogo perverso na noite anterior. A bunda de Henry ainda estava rosa dos tapas que tinha recebido, e as linhas finas deixadas para trás pelas tiras do chicote que deixou belas linhas rosas por toda parte. Khaos se abaixou para beijar as nádegas do seu amante e depois moveu-se para o buraco bem enrugado. Deslizando a sua língua dentro, Khaos circulou o ânus e pressionou a sua língua dentro. Henry gemeu, arqueando as suas costas quando ele gritou. Khaos puxou a sua língua fora e lambeu a pele exterior, o vinco até o seu saco, tudo antes de sugar uma bola entre os lábios. Ele mordiscou a carne um pouco, adicionando uma picada de dor. Henry, clamou outra vez quando ele deslizou a camisa sobre a cabeça. Depois, ele empurrou a sua bunda de volta contra o rosto Khaos, olhando por cima do ombro com um olhar de saudade. A rapidez com que Henry

tinha

sucumbido

a

Khaos.

Ele

sorriu

maliciosamente

enquanto


observava o seu amante humano. A súplica silenciosa foi bem recebida e Khaos estava mais do que pronto para satisfazer todas as necessidades de Henry. Khaos abriu a frente da sua calça enquanto ele continuava a lamber a bunda e bolas de Henry. Quando ele estava completamente livre, ele segurou o seu pênis no alto, na base, a cabeça tão feroz com a necessidade que estava roxo escuro. Ele pressionou a ponta no ânus de Henry, os músculos já se esticando para acomodar um pequeno pedaço da sua cabeça. Henry gemeu e recuou, forçando mais um centímetro dentro dele. Khaos ficou imóvel, deixando humano se mover e tomar o que ele queria. Havia algo infinitamente sensual no movimento lento do ser humano sobre o cumprimento que estava na sua mão e ele estava no comando do seu próprio empalamento. Khaos não tinha planejado isso, mas depois da hesitação de Henry, ele se sentiu impelido a forçar o seu companheiro a tomar o que ele queria, provando seus desejos. Henry continuou empurrando o corpo para trás, no seu próprio ritmo, trabalhando o pau grosso de Khaos dentro dele. Gemidos de prazer escaparam dos lábios firmes de Henry enquanto ele trabalhava o eixo Khaos dentro dele. Com o controle quase escorregando, Khaos cerrou os dentes e se segurou, na necessidade de ver quanto tempo o seu amante iria levar para ter o seu pênis dentro dele. Henry se manteve empurrando para trás, até que ele finalmente tomou Khaos todo dentro dele. Khaos segurou firme a sua sanidade mental, deixando o humano se empurrar para trás, tomando o pau Khaos no ritmo que ele escolheu. Nada o faria mais feliz do que empurrar no homem com força e foder o seu corpo, tomando o que ele queria. Mechas finas de fumaça saiam do nariz de Khaos, enquanto ele continha a necessidade do animal dentro dele. Por enquanto, Khaos conseguiu segurar o seu nível de agressividade. Lembrar Henry que ele não amava um homem, mas um dragão, era mais do


que ele poderia ser capaz de lidar agora. Henry estava em um ponto de ruptura, com uma decisão pesada na frente dele. Tornando-se muito áspero com ele agora não ia ajudar em nada. Henry necessária enfrentar a sua necessidade e aceitar que precisava ser livre para amar assim para sempre. ─ Khaos ─ Henry murmurou entre gemidos de prazer. Os dentes de Khaos pareciam como se tivessem rompendo com o aperto da sua mandíbula. Ele sabia pelo tom do grito de Henry, sabia exatamente que o homem precisava o que Khaos tinha acabado de imaginar na sua própria mente, uma dura, foda carnal. Henry gostava do jogo duro. Henry gozava mais duro quando Khaos tomava exatamente o que queria, forçando a submissão de Henry. Incapaz de segurar por mais tempo, Khaos agarrou o ombro do seu amante com uma mão firme e começou a se mover. Henry soltou um gemido profundo, atendendo cada impulso do corpo de Khaos e tendo o tratamento áspero. O ser humano sucumbiu a Khaos, oferecendo o seu corpo para o abuso. Khaos se inclinou sobre ele, acariciando o pescoço e o ombro do homem enquanto dirigia-se para a loucura. O traseiro apertado de Henry o agarrou como um punho, a sensação fez seus olhos rolarem para trás na sua cabeça. Ele sentiu os tentáculos iniciais do desejo piscando-lhe a espinha e sabia que o fim estava perto. Ele nunca durou muito tempo quando ele fodeu Henry, e ele ainda teria que aprender a segurar e alongar as suas aventuras. Ele esperou muito tempo para ter isso. Os longos meses de sedução tinha deixando-o louco, e agora ele estava reduzido a esta besta animalesca, a necessidade de gozar o seu único desejo. O dragão dentro dele não cedeu, não depois de ter sido tão paciente durante tanto tempo. Khaos olhou para baixo e viu as escamas vermelhas brilhando para baixo do seu abdômen, enquanto observava o seu pau desaparecer no corpo disposto de Henry. Garras começaram a tomar forma nos seus dedos e ele se


afastou, não deixando que a sua monstruosa outra metade saísse. A fina linha vermelha apareceu no ombro de Henry, uma pequena gota de sangue deslizando por suas costas. A visão foi suficiente para segurar a fera. Ele não faria mal ao seu companheiro, não a alma que ele protegeria com a sua própria vida. As escamas brilhantes desapareceram, e Khaos sentiu a sua determinação crescer mais forte. Ele se inclinou e lambeu o rastro de sangue fora do ombro do seu amante, a dica de cobre do líquido fazendo-o desejar mais. Khaos estremeceu, a necessidade de ter a mente, corpo e alma de Henry era primordial. ─ Khaos ─ Henry gemeu ─ Estou chegando. Khaos esticou a mão abaixo do seu amante e moveu o punho para baixo no pênis do homem, e puxou-o de volta até a ponta. Ele acariciou o humano enquanto bateu na sua carne, querendo chegar ao auge juntos. O corpo de Henry apertou segundos antes de Khaos sentir, o calor do sêmen de Henry em erupção na mão quando o seu próprio tiro saiu e encheu a bunda de Henry. Seus gemidos se misturavam no prado, o som assustando duas pombas de uma das árvores ao redor. Khaos, terminou, lentamente se retirou do corpo de Henry, soltando instantaneamente o apertado, abraço quente. Ele baixou para a terra fofa ao lado da pedra e puxou Henry no seu abraço. Ele deu um beijo suave na testa de Henry antes de fechar os olhos e deixar o sol aquece-lo completamente. ─ Será que vai sempre se sentir assim? ─ Perguntou Henry uma vez que a sua respiração finalmente se acalmou, sua voz quase um sussurro. ─ Sim ─ disse Khaos. Henry era a quarta encarnação do seu companheiro humano, e na sua experiência, a necessidade entre eles só crescia com o tempo. Ele conseguia se lembrar de dias passados na cama com os seus companheiros do passado, nunca querendo deixar o calor do abraço de cada um. ─ E isso só vai melhorar com o tempo.


Henry suspirou ─ Se ao menos... ─ Se o quê? ─ Perguntou Khaos. Ele achava que sabia onde Henry estava indo com o seu comentário, mas não queria começar um outro debate, não tão cedo depois do que eles tinham acabado compartilhada. Henry balançou a cabeça. ─ Eu vou. Khaos levou um momento para ter certeza de que ele tinha ouvido o que ele tinha. Seu coração desacelerando chutou para trás um pouco, a emoção enchendo-o. Ele segurou a respiração, esperando que ele não tivesse entendido Henry errado ─ Você vai. ─ Para o seu castelo. Nós nunca vamos ser livres aqui ─ disse Henry. O som de cavalos galopando rompeu o círculo de árvores, além de vozes masculinas, e ambos Henry e Khaos dispararam. Lá, a poucos metros deles estavam o pai e irmão de Henry, a cavalo, seus rostos chocados fazendo o estômago de Khaos torcer. Henry levantou-se, tentando puxar a calça para cima dos seus quadris. Em vez disso, seus pés se enrolaram e o levou de volta para o chão. Khaos não corria para se esconder. Não havia nenhuma razão. Os dois homens já os tinham visto juntos, e Khaos se recusou a se esconder. Ele enfiou o pênis na sua calça e puxou a aba, suas mãos firmes apertando os botões. O pai de Henry puxou o cavalo mais perto e olhou para baixo, para os dois ─ Eu sabia que havia algo estranho com essa longa estadia na Villa do Conde Drago. Eu vim aqui para buscá-lo e ver o que eu vim tarde demais. Meu próprio filho um sodomita1. ─ Pai, não... ─ Henry ignorou a mão estendida de Khaos e parou de puxar para cima a calça novamente ─ Não é o que você pensa. ─ Vinde, pois, Henry, você realmente acha que nós somos tão estúpidos? ─ Irmão e herdeiro de Henrique, Jonathon, disse. ─ Mas então, que escolhas você tem por ser o filho mais novo? ─ Olhar vicioso de Jonathon 1

É o mesmo que Homosexual.


virou-se para Khaos ─ Conde Drago, o que é que você vai fazer para deixar isso direito com a nossa família? O Duque de Ellisworth olhou para o seu filho mais velho e ficou boquiaberto ─ Tudo o que você está dizendo, Jonathon? Redondos olhinhos de Jonathon estreitaram-se ligeiramente quando ele percebeu os dois no chão ─ Tenho certeza de que o Conde não gostaria que esta notícia viajasse através de Londres, isso iria manchar o seu nome. Eu vi a moeda que ele lança, então ele tem os recursos para fazer isso direito. Eu digo que ele deve a nossa família pelo que ele fez com o meu irmão. Khaos deixou aquela declaração passar por meio dele, o seu primeiro instinto era de proteger o seu companheiro da dor que eles estavam causando. Os bastardos gananciosos estavam fazendo-o se sentir tão assassino. A besta dentro dele gritava na sua cabeça, dizendo-lhe para acabar com as suas vidas. Virando-se para Henry, ele procurou o olhar do seu amante na esperança de algo para conter a sua raiva. Mas Henry não iria olhar para cima a partir do ponto que ele parecia paralisado no chão. Khaos voltou-se para os dois homens a cavalo e flexionou os braços diante dele. Ele olhou para o duque antes de virar os olhos em Jonathon ─ A ganância é tanto um pecado como a luxúria, não é? Jonathon riu ─ Sim, mas um desses pecados não é visto como uma abominação contra Deus. Ninguém vai me impedir em uma sala de estar por ser ganancioso, mas no momento em que eu tomar um pau na minha bunda, eu com certeza não posso mostrar o meu rosto em uma sociedade civilizada. Khaos se virou para olhar para Henry, que ainda não levantou a cabeça. Voltando para os dois, a raiva por dentro Khaos batendo ─ Você estaria disposto a contar a toda Londres o segredo do seu próprio irmão? Acho que não. Mesmo se você não for o único, isso ainda seria uma vergonha para a


sua família. ─ Vergonha? Claro, mas não é algo que não posso resistir. Quero dizer, ele é o sétimo filho e não terá qualquer consequência ─ disse Jonathon ─ Eu ouso dizer que mais do que provavelmente vou receber pena mais do que qualquer coisa. ─ Você estaria disposto a fazer isso para o seu próprio irmão? ─ Khaos perguntou a Jonathon antes de se virar para o duque ─ E você vai se sentar e deixar que isso aconteça com o seu próprio filho? O rosto do duque avermelhou, mas o homem não disse nada. Khaos podia ver um pouco de Henry naquele rosto, e só o deixou mais irritado. ─ Jogue um pouco de moedas em nosso caminho, deixe a Inglaterra imediatamente, e tudo será perdoado ─ disse Jonathon ─ Eu diria que duzentos mil iria fazê-lo. Uma pequena fortuna, mas apenas uma gota no balde para a riqueza que Khaos tinha acumulado ao longo da sua vida com cerca de 900 anos. A honra de Henry valia a pena, mas ceder a chantagem não estava na natureza de Khaos. Sua raiva ferveu dentro dele, e ele se virou para Henry uma última vez, esperando que o seu amante iria segurar a sua raiva. Henry tinha caído de joelhos, com o rosto entre as mãos. Sua própria família se importava tão pouco com ele e ele lhes permitiu reduzi-lo a uma prostituta paga. Por que Henry não estava com raiva? Por que ele não estava de pé diante do seu pai e irmão, cercando-os pelo que eles estavam fazendo? O instinto de proteção dentro Khaos veio à tona. Ele sentiu a ondulação do seu animal movendo através dele. A mudança alcançou-o em segundos, crescendo a sua verdadeira forma. Mais de vinte metros de altura, a mudança foi gloriosa. Jonathon e o Duque ambos trabalharam para acalmar os cavalos assustados, seus olhos tão grandes quanto pires quando eles olharam para a sua verdadeira forma. Em um fragmento de conversa rápida, ele teve os dois homens nas suas garras, um rugido rasgando a garganta e sacudindo a


própria terra sobre eles. ─ Não! ─ Henry gritou do chão, mas já era tarde demais. Khaos mal ouviu os seus apelos nesse ponto. A besta tinha assumido e os dois homens nas suas garras estavam feitos. Os dois cavalos correram para longe, sabendo que as suas vidas estavam certamente em perigo também. Khaos mordeu a cabeça do duque, o sangue derramando em todo lugar enquanto a carne e o osso foi arrancado do corpo. Gritos silenciosos sairam da boca de Jonathon, enquanto observava o seu pai ser decapitado, com a boca aberta em um grande buraco, com nenhum som vindo. O olhar de terror, e o cheiro dele, estimulado a besta de Khaos. Ele jogou o corpo decapitado pela campina, e bateu em um tronco de árvore antes de deslizar para baixo da casca. Brincando com Jonathon, ele passou uma garra do pau do desgraçado até um pouco abaixo do pescoço. O sangue escorria do ferimento, e mais do mesmo da boca de Jonathon enquanto ele borbulhava com o ar dos seus pulmões. Em seguida, ele apertou Jonathon, os olhos do homem foram para fora sob a pressão do seu crânio. Outro aperto rápido empurrou o cérebro através da parte de trás do crânio, jorrando sangue dos olhos rompidos. O dragão jogou o corpo em direção ao do duque antes que rugir para o ar e deixar escapar uma explosão de calor ardente, cantando as copas das árvores ao redor. Muito tempo a criatura tinha estado presa. Ele estendeu as suas asas na íntegra e se levantou no ar. Olhando para baixo, viu o seu companheiro, que estava no meio do prado, embebido no sangue da sua família. Levantando-se mais alto no ar, gritou uma vez antes de subir mais.


Khaos correu para a casa de campo, nu como no dia em que ele nasceu. Sua roupa tinha rasgado quando ele mudou. A mudança. Tinha sido como ele nunca tinha experimentado. Khaos sempre teve controle sobre o animal dentro dele, mas desta vez, a criatura dentro dele o havia tomado completamente. Khaos tinha sido incapaz de parar as coisas bárbaras que a besta tinha feito, e agora ele tinha que encontrar Henry e garantir que o homem entendesse. Embora ambos os homens merecessem uma morte dolorosa pelo que eles tinham feito para Henry, Khaos não queria que as coisas ficassem tão violentamente fora de mão. Ele tinha voado de volta para o prado, uma vez que ele tinha conseguido o controle, só para não encontrar Henry. Um cavalo estava desaparecido, porém, e Khaos esperava que Henry tivesse voltado para a vila. Saltando na sela do seu cavalo, ele correu de volta, seu coração batendo descontroladamente no seu peito. ─ Henry! ─ Ele gritou enquanto corria para a vila. Um dos seus funcionários saiu da cozinha, arregalando os olhos quando o viu revestido de sangue. ─ Você viu Henry? Ela desviou os olhos e esfregou as mãos no avental. ─ Ele, ele voltou uma hora atrás e subiu. Sem agradecer-lhe, Khaos subiu as escadas para o seu quarto. Ele lançou um olhar sobre, mas o quarto estava vazio ─ Henry! ─ Ele gritou, com o coração doendo pelo que ele tinha feito. Besta ou não, ele tinha que controlar a sua criatura e ele não conseguiu.


Khaos saiu para o corredor ─ Henry! Quarto de Henry. O que ele tinha dormido pela primeira vez quando ele veio para uma visitar, antes de ter sido seduzido para a cama de Khaos. Khaos correu pelo corredor e para o quarto que Henry tinha originalmente usado. Ali, pendurado em uma corda suspensa a partir do pequeno lustre, estava pendurado o seu amante. Khaos correu e levantou o homem pelos pés, subindo para o lado da cadeira virada para remover a corda do pescoço de Henry ─ Nãããão! Assim que Henry estava livre, Khaos o deitou no chão e trabalhou para reanimá-lo. Era tarde demais. Seu amante estava morto. Um soluço brotou da garganta de Khaos ─ enquanto olhava nos olhos vagos de Henry ─ Não, não, não, meu amor, não. Poderíamos ter ido embora e deixado isso para trás. Khaos puxou o seu companheiro nos seus braços, abraçando o corpo sem vida de Henry ao seu, orando aos deuses acima para dar-lhe outra chance. Lágrimas rolaram dos seus olhos e o seu corpo estremeceu, soluços fluindo livremente enquanto ele abraçou Henry. E ele sabia que era tudo culpa dele. Se ele não tivesse empurrado Henry para fazer amor no prado. Se ele não tivesse perdido o controle e deixado o seu animal totalmente livre. Se ele não tivesse sido tão ganancioso como um amante, nada disto teria acontecido. Ele matou o seu amante. Eles mal tinham começado esta aventura e agora ele se foi. Khaos soluçou mais forte, seu coração quebrado. Ele já tinha perdido o seu companheiro, mas nunca tinha machucado tanto. A única coisa que o impedia de perder a sua sanidade estava em saber que o seu companheiro iria voltar para ele. A morte só os separou por


um breve tempo. Henry voltaria em outra forma, e lhe daria outra chance. Paciência. Algo que Khaos não tinha. E desta vez, ele iria retribuir o ser humano pelo que ele tinha feito. Uma e outra vez.

Capítulo Dois

Dias de hoje Khaos olhou para o oceano, passando do alto, nas nuvens. Ele estava trabalhando duro para ignorar o outro dragão no avião, seus passados compartilhados não abrindo muitas portas para a conversa cordial. Eles foram forçados a ficar juntos nesta missão, e Khaos se perguntou em que momento o Dragão de Gelo iria esfaqueá-lo pelas costas. Isso estava vindo, e Khaos tinha certeza. ─ Você está muito tranquilo ─ disse Maksim do outro lado da cabine ─ Apesar de, Dragões do Fogo não serem conhecidos pela sua inteligência e charme. Ou inteligência. Khaos virou-se para encarar Maksim. ─ Eu prometi ao meu irmão que eu viria nesta missão, mas em nenhum momento eu concordei em entretê-lo com o meu humor, meu encanto, ou a minha inteligência, que eu tenho muita, o suficiente para saber para não confiar em você. ─ Ah, mas você é muito divertido ─ disse Maksim, com a boca fria, dura transformando-se em um sorriso gelado ─ Eu posso sentir as ondas de ódio rolando de você. Tão duro como você tentar cobrir as suas emoções, eu posso ler você como um livro. Você não mudou nem um pouco, não é? Você


ainda é, um canhão selvagem com raiva, pronto para explodir a qualquer momento. Eu posso simplesmente sentar e assistir aos fogos vir. Talvez apertar um dos botões eu mesmo. Khaos voltou-se para a janela, observando as ondas, mas não realmente olhar para ela. Ele não iria jogar o joguinho de Maksim ─ Em vez de brincar comigo, porque não me diz mais informações sobre para onde estamos indo? Você me chamou aqui para ajudar, e eu vim porque o meu irmão pediu, não por sua causa. Assim compartilhe. ─ Não, meu Drakon pediu a sua ajuda. Eu queria ir sozinho, mas ele sentiu que era necessário me arrastar com um Dragão de Fogo ao longo desta pequena missão. Eu apenas segui as ordens, mas sei que eu quero você aqui menos do que você quer estar aqui. Não era essa a verdade? Se o seu irmão Rhaege, o Drakon dos Dragões de Fogo, não pedisse para Khaos ir, ele teria dito a Maksim para empurrar os seus planos até o rabo dele, independentemente do retorno de Mestopheus ou não ─ Em seguida, continue a seguir as ordens e me de mais informações para que eu possa fazer um trabalho melhor de encontrar o coração. O coração era especificamente o Coração da Terra, um dos oito corações de dragão que foi dado a cada uma das casas de dragão para custódia. O coração já havia batido no peito dos filhos de Mestopheus, o primeiro dragão. Mestopheus havia retornado, e Rhaege tinha escutado que o Dragão Negro estava planejado coletar todos os oito, a fim de dominar o mundo e matar a população humana. ─ Eu ainda não entendo por que o seu Drakon não foi para os Dragões da Terra e discutir o seu caso diretamente com Carreg ─ disse Khaos. ─ Carreg não acredita que Mestopheus voltará, nem os outros Drakons, como Rhaege já sabe. Apenas Ivan e o seu Drakon estão dispostos a intensificar e fazer o que precisa ser feito. Então, nós estamos juntos nessa.


Nós vamos derrubar Mestopheus ou ele ganha. Khaos não gostava de ter uma parceria com um Dragão de Gelo, mas se o filho da puta de coração frio realmente queria ele para um bom combate, então Khaos estava ali. Pena que ele não confiava em Maksim mais longe do que ele tinha. Khaos conhecia o homem, o completo oposto de Khaos. Ambos tinham cabelos escuros e brutalmente altos, mas é aí que as semelhanças terminavam. Onde Maksim era magro e em forma, Khaos era amplamente musculoso. Maksim era pálido e de olhos claros, e Khaos era mais escuro com olhos de cor âmbar. Khaos era o mocinho. Maksim e a sua turma eram o inimigo, puro e simples, não importa se eles concordaram em trabalhar juntos nesta missão. Porque Maksim tinha realmente lhes pedido ajuda, Khaos não tinha certeza. A explicação que ter um Dragão de Fogo mais confiável durante a caminhada no território do Dragão da Terra ao lado de Maksim era fraca na melhor das hipóteses. Mas não havia como os Dragões de Fogo permitir a Casa de Gelo controlar um outro coração, não sem saber do seu poder, então é melhor manter os seus inimigos mais perto ainda ─ E depois de recuperar o coração? O que, então? Maksim encolheu os ombros ─ Eu fui instruído para devolvê-lo ao Ivan. ─ Não é pouco, ─ Khaos cuspiu. Os Dragões de gelo não seriam os zeladores dos oito corações, independentemente do que eles pensavam. ─ E você acha que nós vamos entregar o poder aos Dragões de Fogo? ─ Perguntou Maksim ─ Seu tipo age primeiro e pensa depois. Não há nenhuma maneira que vamos permitir que os corações fiquem com vocês. O seu tipo? ─ E é melhor deixar a casa mais maléfica armazenar todos os mármores? Acho que não. Maksim sorriu maliciosamente ─ A maioria é malévolo? Acho que um pouco como isso. Mas em toda a realidade, não somos mal. Somos lógicos, e


tomamos decisões com base no nosso intelecto, em vez de reações viscerais e do instinto animal. Embora nem sempre tomamos as decisões mais populares, nós fazemos o que é melhor, sem emoção anulando. ─ O que é melhor para os dragões de gelo, você quer dizer? O sorriso de Maksim murchou um pouco ─ Independentemente do que você pensa de nós, temos sido os observadores da nossa espécie por muitos anos. Temos trabalhado incansavelmente para garantir toda a nossa segurança, não só da nossa própria casa. Muitas das coisas que fizemos ao longo dos anos têm sido para todos os dragões. ─ Essa é a maior carga de merda que eu já ouvi, ─ Khaos disse, girando na cadeira prestes a enfrentar verdadeiramente Maksim ─ Você venderia todos nós se isso beneficiasse a Casa de Gelo e você sabe disso. Um aperto se formou na mandíbula de Maksim, mas caso contrário, o seu rosto estava em branco ─ Pense o que quiser, mas o coração da terra vai voltar comigo, para Ivan, a seu mando. ─ Eu duvido que Carreg vai gostar muito disso. ─ Carreg foi removido da decisão no momento em que ele não levou a sério esta ameaça ─ disse Maksim, um fio de violência no seu tom. ─ E se você fizer qualquer coisa para prejudicar os meus planos, vou ter a sua cabeça. Um lampejo de fogo correu pelas veias de Khaos. Sua última luta tinha sido a um bom tempo. Eles se enfrentaram na Grande Guerra do Dragão. A poucas centenas de anos, e isso não tinha esfriado o ódio mútuo ─ Eu gostaria de ver você tentar e levá-la. Maksim sorriu, a violência deixando o seu rosto ─ Nós não devemos lutar. Estamos trabalhando juntos aqui, não de forma contraditória ─ Maksim olhou para fora da janela ─ Devemos estar chegando em uma hora. Khaos virou-se para olhar para fora do avião e viu os primeiros pedaços de terra à distância. Ele não tinha estado no continente sul-americano


por um longo tempo. Dentro de minutos, eles cruzaram acima do solo, e ele olhou para a paisagem. Tinha esquecido como tudo era verde aqui ─ Onde exatamente estamos indo? Você só disse que era na Amazônia. ─ Há um sistema de cavernas, nas margens da Bacia do Equador. Eles levam para o baixo-ventre vulcânico de Antisana2. Em algum lugar lá está o coração. ─ Um vulcão. Então, a verdadeira razão para que você queira um Dragão de fogo com você emerge. Uma das sobrancelhas de Maksim subiu ─ É verdade, que é um outro benefício, você ser capaz de nadar através de lava quente derretida, se necessário, mas não foi esse o motivo inicial. Nós nem sequer sabemos se vai chegar a esse ponto. O coração pode estar em qualquer lugar naquelas cavernas. ─ Você não sabe onde? ─ Perguntou Khaos, a viagem agora soando mais como uma missão de tolos ─ Você disse que sabia. ─ Nós sabemos. É nas cavernas. ─ Há centenas de quilômetros de cavernas lá! O Santuário dos Dragões da Terra foi construído nesses túneis ─ Khaos chorou ─ Nós poderíamos, literalmente, ficar lá por meses e nunca encontrá-lo. Maksim encolheu os ombros. ─ Eu duvido que os Dragões da Terra não teriam deixado algum tipo de sinal para ajudá-los a recuperar o seu tesouro. Eles tinham um talento especial para inscrever nas suas paredes com Dragonspeak, pensando em um impedimento. Quanto mais nos aproximarmos, mais escrita veremos esculpida na pedra. Nós apenas temos que estar à procura de pistas sobre onde ele está. Com o meu cérebro, e os seus músculos, eu tenho certeza que vamos ficar bem. Khaos encarou Maksim, cerrando os dentes para evitar começar um outro argumento inteiro. Ele voltou para o seu concurso de encarar a janela e 2

Antisana é um vulcão da Cordilheira dos Andes localizado no Equador. Atinge os 5704 metros de altitude. A sua última erupção ocorreu em 1801-1802. Nas encostas do Antisana situa-se a mais alta aldeia do Equador.


guardou a sua raiva. Incumbência de tolo ou não, eles estavam juntos e ele não estava deixando as cavernas sem o coração nas suas garras. Maksim era um idiota se ele achava que estava indo embora com ele. Ele esperaria pelo momento certo, encontrar o coração antes ou Maksim ou Mestopheus e entregá-lo ao seu irmão, Rhaege. Ele só precisava ser paciente. Enquanto melhorado, paciência ainda não era o seu forte.

Capítulo Três

Bacia Amazônica, Equador. Henry olhou para o seu mapa pela centésima vez, sabendo muito bem que estavam perdidos. ─ Jonathon pare. Passamos por este bosque de árvores três vezes agora, tenho certeza disso. Jonathon parou e se virou para Henry ─ Eu sei onde estou indo, confie em mim. A meia dúzia de outros homens do grupo se moveu quando Jonathon começou a andar de novo, seguindo cegamente o seu líder. Henry não aceitou, no entanto. Eles viajavam em círculos. Seu senso de navegação era uma das suas melhores habilidades e sentia

no seu intestino ─ Mas estamos

caminhando há quatro horas e já deveríamos ter chegado há duas horas. Jonathon parou de novo, voltando-se para enfrentar Henry. Os dentes cerrados, ele fez uma careta para Henry ─ Eu conheço o caminho. Eu fiz esta viagem antes. O que você conhece desta selva? Nada! Eu já estive aqui com o papai, procurando estas minas enquanto você sentou-se na sua bunda preguiçosa no campo inglês, bebendo chá.


─ Tudo bem, então. ─ Henry disse sentando-se sobre uma pedra ─ Continue e o verei voltar aqui em cerca de uma hora. ─

Não

pode

ficar

aqui.

Não

o

deixarei

para

trás.

Papai

especificamente pediu a sua presença. O que era estranho. O pai de Henry não suportava a presença de Henry, ou pelo menos era o que parecia. Ele foi enviado para o internato logo que era velho o suficiente para amarrar os seus próprios sapatos e raramente viu alguém da sua família depois disso. Sua educação e materiais sempre foram pagos, suas necessidades básicas atendidas, mas fora isso, era praticamente um órfão. Henry olhou para o mapa e puxou a sua bússola ─ Você não me deixará para trás. Você estará de volta e então, eu já deverei saber para onde temos de ir. ─ Você quer apodrecer aqui na Amazônia, vá em frente! ─ Jonathon choramingou ─ Você é um homem crescido e se é assim que quer acabar, então que seja. Mas não chorarei no seu funeral. Não, não, isso eu tenho certeza. Jonathon era o orgulho e alegria do Duque de Ellisworth. Ele foi criado como um príncipe, dadas todas as oportunidades e amor. Por que daria um pensamento sobre o sétimo filho que não tinha visto toda a sua vida? Henry deu de ombros ─ Independentemente de como morrer, não espero que fiques chateado que me fui. Jonathon olhou para Henry ─ Papai não ficará feliz se eu voltar sem você ao meu lado. ─ Eu duvido disso, mas vá. Estou cansado e preciso de uma pausa neste círculo. Jonathon soltou um grito frustrado e seguiu pelo terreno da selva, os homens o seguindo. Quando o som dos homens caminhando pela floresta tropical morreu, Henry analisou o mapa e usou a sua bússola para obter o seu rumo. Eventualmente percebeu que estavam apenas cerca de meia hora de onde originalmente começaram.


Ele colocou a sua bússola no bolso e baixou o mapa ao seu lado. Suor revestia cada centímetro dele, a umidade era pavorosa. Ele puxou o cantil e tomou um grande gole antes de guardar o mapa e pegar a sua pequena bagagem e tirar o saco do seu lanche. Ele comeu enquanto observava a vegetação e a vida animal no seu entorno. Depois de ter comido um pouco, tirou o seu caderno e lápis e começou a desenhar um aglomerado de árvores cobertas de videiras pesadas e a flora, a mesma árvore que vira três vezes, que o ajudou a perceber que estavam realmente perdidos. Ele se perdeu em pensamentos e no seu caderno, quando um som quebrou o seu foco. O ruído ficou mais alto e após alguns momentos, seu irmão Jonathon e os seis homens com ele apareceram na clareira onde Henry estava sentado. ─ Olá. ─ Henry disse, acenando para o seu irmão. Jonathon amaldiçoou e olhou para baixo com sua mandíbula apertada. ─ Eu descobri por onde devemos seguir. ─ Henry disse, guardando o seu caderno na sua mochila. Ele pegou o seu mapa e a bússola da mochila ─ Vocês precisam de uma pausa antes de sair? Os homens com o seu irmão olharam admirados para Henry, a constatação de que o seu irmão os fez andar em círculo aparentemente os chocou. Ou ficaram surpresos que Henry realmente estava certo. Seus irmãos mais velhos sempre foram aventureiros e líderes no negócio da família, particularmente Jonathon, por isso ficaram admirados com as habilidades de Henry ─ Se o pai realmente está nos esperando, devemos começar a andar. Jonathon finalmente olhou para cima com o seu rosto em branco ─ Por todos os meios, mostre o caminho. ─ Seu rosto podia ter ficado em branco, mas não havia como Henry não sentir a raiva pura irradiando na sua direção. Jonathon não gostava que ninguém levasse a melhor sobre ele, especialmente


o anão da ninhada. Henry se virou não disposto a deixar a ira do seu irmão azedar o seu humor. Ele seguiu em direção ao acampamento do seu pai, caminhando pela floresta, sem realmente se importar se o seu irmão o seguia ou não.

Khaos esticou as pernas assim que saíram do avião. Devido a sua altura, não havia lugar para ele fazê-lo na cabine do avião. Depois de alguns movimentos, sentiu a vida retornando aos seus músculos. Maksim passou por ele e jogou dois pacotes carregados na traseira de um jipe aguardando com um nativo ao volante. ─ Você está pronto ou precisa de mais um minuto para alongar os seus grandes músculos? ─ Maksim perguntou antes de colocar os seus óculos escuros. O dragão parecia fora de lugar nos confins do aeródromo. A selva rodeava a pista improvisada e aqui estava o Sr. GQ no seu terno feito a mão e sapatos de mil dólares. A luz solar se refletia no seu relógio de ouro e óculos escuros. Khaos riu ─ Não vai se trocar? Achei que você o faria no avião. Maksim olhou para si mesmo ─ Trocar? Qual o motivo? Pode esperar até chegarmos à vila. Khaos revirou os olhos ─ Por que motivo, de fato. ─ Ele pulou a parte de trás do jipe, ao lado dos pacotes e esperou por Maksim escorregar no banco do passageiro. Assim que o fez, Maksim passou as direções para o motorista na língua nativa. O jipe se afastou da pista de aterrisagem para uma estrada de terra aberta na paisagem verdejante. A selva estava tentando recuperar as terras ao redor da estrada, e o jipe teve que desviar aqui e ali para passar por árvores caídas e outros


pedaços de detritos de selva. Quando o jipe desviou em um ponto, as rodas atingiram uma poça enorme, enviando um esguicho de água barrenta. Que revestiu um lado inteiro do terno do Maksim. Khaos rugiu com riso. Maksim se virou e olhou para Khaos, que só o fez rir ainda mais. O dragão de gelo voltou-se e tirou um pouco da lama de cima da sua roupa. ─ Eu disse para mudar. Maksim não respondeu, apenas continuou a tirar a lama. Khaos sorriu para si mesmo, vendo o pequeno espasmo na lateral da mandíbula de Maksim e amou o fato de que estava irritando o idiota. Sua mente girou quando pensou em adicionar sal à ferida, quando um perfume lhe bateu no nariz. Era pequeno, um toque de algo... familiar. Seu coração acelerou e o seu corpo respondeu. Gotas de suor apareceram ao longo da sua sobrancelha. Não era o calor da Amazônia. Dragões de fogo amavam calor, nasceram para isso. O perfume se afastou, e por um momento, Khaos se perguntou se sonhara. Fazia muito tempo desde que sentiu esse cheiro particular, e não sabia se podia confiar nos seus próprios sentidos. Quer dizer, por que o seu companheiro estaria aqui no meio da Amazônia? O pau de Khaos ficou duro na sua calça. Ele apalpou o seu eixo e ajustou a mesmo, tentando encontrar conforto e não mostrar a mão ao seu inimigo. Seu companheiro era sua fraqueza, e Maksim era a última pessoa que precisava saber que potencialmente ele poderia estar lá fora. Felizmente, o dragão de gelo centrou-se na limpeza da lama o revestindo. Se o perfume fosse real, seria um tesouro maior do que o coração na mente de Khaos, um que a sua besta perseguiria primeiro. Mas não podia ser.


Fazia quase duzentos anos. Henry. A morte de Henry fora uma maldição. Khaos não tinha encontrado o seu companheiro desde então, e não tinha certeza que Henry voltaria à forma humana. Quase duzentos anos de solidão encheram Khaos com um vazio que nunca experimentara. Agora era a hora de recuperar o que era seu, e então não poderia deixar este lugar sem o seu companheiro, não depois de todo este tempo. E isso, logo agora. Khaos cerrou os dentes quando o cheiro o atingiu novamente, desta vez mais forte. Um gemido quase escapou dos seus lábios e ele fechou os olhos para a sensação. Foi há muito tempo. Muito, muito tempo. Sua besta despertou dentro dele, pronto para reivindicar o que era deles. Quando assumiu um pouco do controle sobre si mesmo, reabriu os olhos. Maksim olhou para ele, estranhamente, como se sentisse que algo estava errado. ─ O quê? ─ Khaos perguntou irritado, Maksim chateado era muito observador para o seu próprio bem. Maksim levantou aquela sobrancelha pretensiosa e então se virou para frente sem dizer uma palavra. Khaos observou a selva enquanto se moviam, procurando por sinais de uma aldeia ou algo que lhe daria uma pista de onde estava o seu companheiro. Ele queria saber que forma Henry tomara agora. Ele era um dos indígenas aqui na Amazônia? Um aldeão tribal de cabelos escuros, pele escura; seria algo tão diferente da última encarnação britânica do seu companheiro, na sua coloração tão pálida. Ele nunca pensou em vir a este lugar, tão distante do mundo que vivia. O destino teria trazido Khaos aqui por isso? Quanto mais longe dirigiram,


mais forte o cheiro se tornou. Aparentemente estavam se aproximando de onde estava o seu companheiro, que era uma coisa muito boa. Talvez fosse capaz de matar dois coelhos com uma cajadada, mas isso nunca foi o seu tipo de sorte. Seu companheiro apresentava outro perigo para esta missão, ele não planejara isso. E sem mais informações, não poderia reconsiderar um plano. O destino do mundo podia descansar sobre os ombros desta missão, e Rhaege não seria feliz sem a pedra guardada na sua toca. Não seria feliz era o

eufemismo

do

século,

também.

Rhaege

mostraria

porque

era

tão

apropriadamente chamado. Khaos acomodou-se da melhor maneira possível enquanto viajavam ao longo das estradas mal guardadas cortadas pela selva. As chuvas torrenciais desnivelaram a terra, os sulcos profundos cortando a trilha dificultou a viagem pelo caminho de lama. Respirando profundamente, Khaos manteve-se ciente do perfume e desesperadamente tentou agarrar o seu controle. Sua besta rugiu dentro dele, pronta para quebrar as correntes do seu escudo humano e ir à procura do que era seu. Em vez disso, ele ficou ali, suando com o calor da Amazônia e manteve o seu olhar para frente. Em seguida, uma aldeia materializou-se no horizonte. Através das árvores densamente protegidas, a presença de vida animou Khaos mais um pouco. Estava chegando perto do seu objetivo. Seu amante podia estar lá. Henry esteve com ele por tão pouco tempo, e foi apenas a quarta vez de Khaos com o seu companheiro mortal. A quinta parecia uma impossibilidade. Antes que o jipe parasse completamente dentro da aldeia, Khaos desceu e olhou o local, procurando o seu companheiro. Ele respirou profundamente, seu olhar analisando cada centímetro do pequeno semicírculo de cabanas, sem sucesso. O ser humano esteve lá, sem dúvida. O perfume masculino estava em toda parte. Mas ele já não estava lá. Uma trilha subia para a selva em direção à


montanha. A mesma montanha onde estava localizado, de acordo com Maksim, o coração. Qual era a possibilidade de que o seu companheiro estaria no mesmo lugar que o Coração da Terra? Khaos virou-se para Maksim, se perguntando se o dragão estava brincando de alguma forma e usaria o seu companheiro contra ele para proteger o coração. Maksim saiu do jipe, seu olhar fixo em Khaos. Ele puxou os pacotes da parte de trás, jogando um para Khaos antes de tirar o casaco e limpar um pouco mais da lama. Ele precisava mudar para algo um pouco mais adequado para a selva, mas Khaos não tinha a paciência para esperar o dragão. Khaos observou o círculo da aldeia, ignorando os olhares curiosos dos habitantes locais. Seu companheiro estava perto. Não havia tempo para esperar. Fumaça saiu das suas narinas e um par de crianças da aldeia espiou, correndo com um grito alto. Isso era tudo o que Khaos precisava, expor-se a todos, porque não podia controlar as suas emoções. Ele apertou os dentes e mandou o seu dragão se comportar, como se isso adiantasse muito. Ele continuou girando em círculos, a necessidade bruta fazendo o seu sangue trovejar nas veias, o som ecoando nos seus ouvidos, crescendo mais alto e mais alto a cada passo. Seu pau estava duro entre as suas pernas, suas bolas apertadas e cheias de sêmen não gasto, pronto para reivindicar. Khaos não fora um padre nos seus longos anos sozinhos. Houve vezes que satisfez a necessidade cruel, quando piorou tanto que foi incapaz de segurar. Mas nenhum desses encontros verdadeiramente acalmou a sua necessidade, a necessidade que somente o seu companheiro poderia saciar. Tudo sem rótulos, nada mais do que amizade na melhor das hipóteses. Não foi capaz de se abrir com ninguém e dizer quem e o que realmente era. Os íntimos momentos estavam guardados para o seu companheiro. Sua pele parecia apertada, como se fosse mudar a qualquer


momento. Ele podia sentir o turbilhão das escalas abaixo da sua pele. Manchas na pele escurecendo para vermelho, o sinal do dragão emergindo a luz do dia. Khaos virou-se para ver Maksim lentamente chutando os sapatos enlameados, substituindo a sua camisa. Maksim tirou a sua calça feita sobre medida arruinada, mostrando sua total falta de cuidado em mostrar o seu corpo ante os aldeões. Algumas das crianças apontavam e riam do homem seminu puxando uma calça. ─

Quando

você

estiver

pronto,

Maksim.

vi

mulheres

se

preocuparem menos com a sua aparência do que você. Maksim puxou um par de botas, ignorando os comentários de Khaos. Assim que estava vestido se endireitou e começou a dobrar o remanescente enlameado do seu guarda-roupa ─ Você pode estar bem agindo e parecendo um Neandertal, mas eu não. ─ Ele enfiou os sapatos sujos na mochila. ─ Você pode pagar para substituir esses sapatos. Você realmente vai desperdiçar o tempo empacotando tudo isso antes de ir? Maksim sorriu ─ Sabia que o cheiro do dragão às vezes pode ser encontrado na nossa roupa depois que foi usada? Eu me recuso a deixar um rastro para qualquer um encontrar. E se encontrarmos o coração aqui, os dragões da terra não precisam saber do meu envolvimento. Khaos grunhiu e se afastou do irritante macho. Alguns momentos depois, Maksim parou ao lado ele, mapa na mão. Ele levantou uma bússola em direção à montanha e apontou ─ Por esse caminho. Levará um par de horas até a boca da caverna. Maksim estava apontando na direção do companheiro de Khaos. Khaos engoliu e respirou fundo ─ Então vamos a isso.

Capítulo Quatro


─ Porque vocês meninos demoraram tanto? Eu poderia ter usado vocês horas atrás ─ o duque de Ellisworth, e o pai de Henry, gritou, enquanto observava-os crescer mais perto do acampamento ─ Nós encontramos alguma coisa, e eu precisava de você aqui, Henry. Henry parou bem perto do seu pai e se virou para olhar para Jonathon, que não disse uma palavra. É claro que o falastrão não iria intensificar e declarar a sua culpa no seu atraso. Henry olhou para o pai e balançou a cabeça. ─ Deparamo-nos... um imprevisto... obstáculo. Seu pai olhou para Jonathon e de volta para ele ─ Mais do seu devaneio, eu tenho certeza. Bem, continue com ele. Siga-me até a entrada da caverna. Eu preciso usar da educação cara de Cambridge que eu pago. Jonathon resmungou atrás de Henry ─ Por que você se sente incomodado, eu nunca vou saber, Pai ─ Jonathon passou por Henry, derrubando a sua mochila ─ Um monte de matéria gorda que bem que fez. Linguística? A sério? Você desperdiçou o seu dinheiro em um presente. Henry rangeu os dentes quando ele deixou a sua mochila extra no acampamento antes de correr até o caminho para recuperar o atraso com o seu pai e o irmão. Raramente o seu pai chamava Henry para ajudar. Na verdade, Henry não conseguia se lembrar da última vez que o seu pai tinha. Por que era imperativo para ele estar ali, ele não sabia. Eles entraram na entrada da mina e o seu pai vestiu um capacete, assim como o seu irmão. Nem ofereceram um a Henry. Henry olhou para as prateleiras improvisadas e não vendo nenhum lá. Ele fez uma careta, sabendo que a sua família poderia se importar menos se ele estava vivo ou morto. Seu pai moveu-se em frente, sem sequer olhar para trás para ver se Henry o seguiu. Não muito distante, ele parou na frente das letras esculpidas na lisa parede da caverna.


O silêncio se abateu sobre eles quando Henry aproximou-se, intrigado. As marcas foram feitas há muito, muito tempo. O vento e a água tinham feito as bordas lisas; ele sentiu-os com a ponta do dedo, imaginando quem tinha esculpido eles há muito tempo. ─ O que você pode fazer com eles? ─ Perguntou o pai. ─ Eles não são nada que eu já vi antes ─ disse Henry, enquanto olhava por cima de cada personagem complexo ─ Não é nenhum dialeto regional, também. ─ Eu sei. Você não acha que eu tive alguns dos locais aqui para verificá-lo antes de chamar você ─ perguntou o seu pai, seu tom brusco ─ Eles não tinham ideia do que era, e que eu poderia chegar até aqui. Há alguma lenda locais sobre um dragão que guarda um tesouro aqui e o lugar ser amaldiçoado, ou alguma bobagem. Dragões. Henry fez uma pausa e olhou por cima do ombro para o pai. Henry sempre adorou contos de dragões e o seu folclore. Sendo um idioma erudito e linguista, ele tinha sido capaz de dedicar muitas horas em volumes velhos cheios de velhos mitos. Como pode tantas outras culturas, viver tão distantes umas das outras, todos vêm com lendas de dragões sem que haja alguma verdade na lenda? Excitação correu nas veias de Henry, mais do que ele teria esperado. Um mistério, que tinha a educação e experiência para decifrar, dado o tempo. De repente, ele se sentiu como Indiana Jones, em “O Templo da Perdição”. ─ Você pode apontar alguns dos nativos que você conversou? Eu adoraria adicionar a minha coleção de histórias verbais ─ perguntou Henry. O rosto do seu pai ficou mais vermelho e a sua carranca fez as linhas do seu rosto se aprofundar ─ Não, eu não posso apontá-los. Eu te trouxe aqui para determinar o que temos aqui, e isso é o que você vai fazer ─ Seu pai se virou para sair.


─ Mas por que é tão importante? ─ Henry chamou de volta o seu pai. ─ Você só está aqui pelas pedras preciosas na mina. Seu pai se virou, ainda mais vermelho do que antes ─ Porque eu quero. Simples isso. Eu nunca te pedi nada e lhe dei tudo. Agora é a sua vez de me pagar. Jonathon encarou Henry antes de ambos se virarem e deixa-lo lá com as esculturas. Henry observou-os partir, sabendo que não havia mais para a história. Nada é simples com o seu pai, e um monte de formas rúnicas tão antigas não teria feito um pontinho no radar do homem. Havia definitivamente muito mais no pedido do seu pai. Henry virou-se para eles, seu olhar acariciando as encostas e as linhas dos personagens gentis. Um arrepio correu pela

sua

espinha

enquanto

observava-os,

procurando

por

padrões

de

repetição, e de repente ele teve a sensação de que ele já tinha visto isso antes. Algo estava apenas na periferia da sua memória. Ele não conseguia alcançá-lo, e ele sabia que tudo isso eram as respostas para os segredos das esculturas realizadas. Henry pegou o seu bloco de notas e começou a recriar cada figura no papel. Uma vez que ele os havia tirado, ele se perguntou se havia mais, mais para dentro dos túneis. Voltando para as prateleiras improvisadas, Henry levou um pedaço de corda e uma lanterna, verificando se as baterias funcionavam antes que ele decolasse na caça de mais glifos3. Ele seguiu dois dos homens do seu pai mais profundo nos túneis e algumas centenas de metros, ele encontrou mais alguns símbolos. Depois de anota-los no seu caderno, ele devolveu o livro a sua mochila e moveu-se mais profundamente na caverna. 3

Glifo em tipografia, é uma figura que dá um tipo de característica particular a um símbolo específico. Um glifo é um elemento da escrita. Dois ou mais glifos que correspondam ao mesmo símbolo (i.e., caractere), se permutáveis ou dependentes de contexto, são chamados halógrafos; um glifo é uma manifestação da unidade mais abstrata. Glifos também podem ser ligaduras tipográficas que são caracteres compostos ou diacríticos. Glifos vem da palavra grega que significa inscrição.


Ele chegou a uma bifurcação nos túneis e tendo perdido os dois homens que tinha atado a este ponto, não tinha certeza de qual caminho seguir. Henry olhou para ambas as direções, à espera de sons da vida ou um vislumbre de luz. Ambos eram profundos e escuros, mas sentiu que mais tesouros estavam lá para ele encontrar. Finalmente, ele ouviu um barulho mais fundo no túnel à esquerda. Ele ergueu a lanterna e iluminou o caminho. Outro arrepio correu por sua espinha quando ele entrou no espaço úmido. As paredes começaram a crescer mais e mais profunda, e, eventualmente, só havia espaço suficiente para ele passar. Felizmente, ele era magro e poderia facilmente viajar na largura. Ele fez uma pausa, olhando para trás e se perguntando se ele deveria se aventurar ou não. Um som chamou à frente. Ele virou-se, certo de que ele tinha ouvido vozes apenas na distância. Henry caminhou mais alguns passos, ouvindo para saber se alguém estava realmente à frente. Nada. Mas alguma coisa o puxou, no entanto. Ele parou, sabendo que ele não tinha nada tão longe nas cavernas, especialmente com ninguém ciente de que ele vagou mais profundamente. Henry virou-se para voltar, mas era tarde demais. A queda das pedras caiu diante dele, destruindo a sua única maneira de voltar. A poeira baixou em torno dele e ele gritou por socorro, o som ecoando em torno dele. Ele empurrou as pedras, mas ele só foi capaz de mover algumas das menores. Ainda assim, ele empurrou, tentando cavar para fora, ou pelo menos um buraco grande o suficiente para que alguém pudesse ouvir. Exausto, ele finalmente desistiu um momento e tirou o seu celular. Ele tinha certeza de que ele não teria serviço, mas ele tinha que fazer a tentativa. Não há rede. Claro. Ele colocou a coisa de volta no bolso e gritou mais algumas vezes. Mais uma vez, ouviu vozes, vindo da direção que ele tinha sido


dirigido antes de voltar. Pode ele encontrar outra saída se ele procurasse? Levantou-se, forçando um pé cansado na frente do outro. Henry esfregou a sujeira dos seus olhos cansados enquanto se arrastava para frente. Ele seguiu o estreito túnel, acabou levando-o para uma caverna maior. Levantando a lanterna, ele inclinou-o para o teto, percebendo que o espaço cresceu para pelo menos 9 metros. Um grande cristal pendurado no centro como um lustre pré-histórico pegando a luz de algum tipo de fissura no teto, iluminando toda a vasta parede do espaço. Não era muito brilhante, mas o suficiente para ele ver um pouco. O que parecia ser janelas e arcos foram gravados nas paredes arredondadas, aberta para outros túneis além. Isso lembrou Henry de alguma arquitetura antiga que tinha visto enquanto estudava. Isso não era natural, mas feito pelo homem. Teria ele se aventurado em alguma catedral da Amazônia, onde eles rezavam para os antigos deuses da terra e do céu? Um grande dragão de pedra enfeitava a parede na parte traseira, as garras e rosnando de boca aberta parecendo feroz. No entanto, Henry sentiuse atraído para mais perto. Sua lanterna iluminou a intrincada escultura ainda mais, mostrando um trabalho extremamente complicado. Ou teria sido uma cultura que tinha rezado a um deus dragãoesquecido? A história neste lugar animou Henry ainda mais. E, contudo, também era... familiar. Se ele já leu alguma coisa assim? Ele teria lembrado, com certeza, ele tinha certeza disso. ─ Olá! ─ Ele gritou, o som ecoando em torno dele. Ninguém respondeu. O que ele esperava? Ele se aproximou do espaço, percebendo que ele tinha um grande número de túneis para escolher. Ele precisava decidir qual era a sua melhor aposta para retornar.


Grande, pedras suaves ficaram como pilares verticais de Stonehenge 4 no centro do espaço, dispostas também perfeitamente natural. Quando Henry chegou mais perto, ele notou as marcas cobrindo quase cada centímetro da pedra. Com os dedos trêmulos, ele puxou o telefone de volta para fora. Ele não tinha serviço, mas tinha uma câmera. Ele capturou imagem após imagem das pedras, o dragão, tudo o que ele podia ver em cada espaço disponível. Excitação subiu nas suas veias quando ele documentou tudo, o cristal, nem a luz da tocha lhe dava um verdadeiro vislumbre para ele disso como um todo. O que ele não faria por um pouco de sol. Completando um dos últimos, ele viu uma imagem cavada no centro, perto do topo da pedra de três metros. Ele puxou a câmera ao redor e começou a olhar para o que ele tinha acabado de tomar. O flash foi capaz de obter os entalhes melhor do que ele esperava, e melhor do que os seus olhos eram capazes de decifrar na luz baixa. Um tesouro estava no seu telefone, e ele cuidadosamente colocou-o no bolso. Era por isso que o seu pai foi tão inflexível que ele decifrasse esses personagens? Teriam eles já encontrado o local e queriam explorá-lo, como as pedras já exploradas a partir das suas escavações? Ou era uma nova descoberta, um momento só conhecido por Henry? Henry tinha certeza de que eles sabiam deste lugar; eles eram mineiros mestres e moravam no subsolo. Mas havia uma pequena chance de que eles não tinham. Enquanto ele queria ser encontrado, ele não tinha certeza de que o seu pai precisava

4

Stonehenge (do inglês arcaico "stone" = pedra, e "hencg" = eixo) é um alinhamento megalítico da Idade do Bronze, localizado na planície de Salisbury, próximo a Amesbury, no condado de Wiltshire, no Sul da Inglaterra. Constitui-se no mais visitado e conhecido círculo de pedras britânico, e até hoje é incerta a origem da sua construção, bem como da sua função, mas acredita-se que era usado para estudos astronômicos, mágicos ou religiosos.


saber sobre esse lugar. Seu pai destruia coisas, cavando profundamente na terra a procura dos seus tesouros e deixando um vazio para trás quando ele passou para outro. Este era um achado histórico se ele já tinha visto um. Henry abriu a mão sobre o rosto frio da pedra, humilhado na passagem do tempo e os que tinham estado aqui antes dele. Henry começou a circular o perímetro exterior lentamente, escutando sons. Ele ouviu vozes mais cedo, e elas podiam ter vindo de outro túnel e foi impulsionado pelo cubo central. Henry só precisava ouvir mais e seguir o som de volta e ele ficaria bem, certo. Então, ele poderia pegar o que ele tinha encontrado e começar a sua pesquisa. Ele quebraria esse código, mesmo que levasse toda a sua vida para fazê-lo. Sorrindo para si mesmo, ele acariciou o telefone no bolso. Ele tinha encontrado o trabalho da sua vida nestas cavernas, ele tinha certeza disso. ─ E o que temos aqui? ─ Perguntou uma voz profunda. Henry girou, iluminando um homem com a sua lanterna. Um suspiro de alívio veio quando Henry virou-se para a voz. O homem de pé em frente a ele não se parecia com um dos homens do seu pai, mas a salvação era a salvação, embora se ele estivesse aqui, ele também sabia dessa câmara, o que significava que o seu pai certamente, também ─ Estou tão feliz que você me encontrou. Temo que estou perdido. ─ Você com certeza está. Como você entrou aqui? Henry virou por cima do ombro e apontou para o túnel que ele passar ─ Lá. Eu pensei ter ouvido vozes e as segui. Eu tentei voltar, mas um deslizamento de terra me fechou aqui. O homem se aproximou, olhando para Henry. Ele não usava capacete, não tinha nenhuma lanterna na mão. Como ele conseguiu chegar tão profundo sem algum tipo de ferramenta? ─ Você está perdido, também? ─ Perdido? ─ O homem riu, esfregando a mão sobre a sua boca ─ Nem um pouco. ─ Ele circulou Henry, cheirando-o.


Cheirando? ─ Um companheiro. É a única maneira que você viu ou ouviu aquela passagem ou os sussurros dos anciãos. Um verdadeiro companheiro de dragão ─ disse o homem, sua voz profunda e rica na sonoridade tão certa ─ Mas não é um dos nossos. Você tem o cheiro de fogo. Henry virou-se para olhar para o homem louco. Ele tinha que ser insano ─ Companheiro de um dragão? O que você está falando? O homem apenas sorriu ─ Me siga. Eu vou te mostrar o caminho. Henry congelou, sem saber. Se o homem era um louco, segui-lo em qualquer lugar não era uma boa ideia? Ele poderia ser um serial killer depravado por tudo que Henry sabia ─ Eu acho que eu vou encontrar o meu próprio caminho ─ disse ele enquanto ele recuou. O homem deu um passo para frente, agarrando o seu braço e puxando-o para perto ─ Não. Você não vai ─ Uma onda de fumaça deixou cada narina quando os olhos do homem brilharam verde. Henry pegou o grito de terror que queria escapar da sua garganta já crua.

Capítulo Cinco

Khaos observou a entrada da caverna do lugar em que se ajoelhou, escondido entre as árvores ─ O que seres humanos estão fazendo aqui, Maksim? Maksim estava ao seu lado, olhando ao redor ─ Uma das caixas diz Mineiração Ellisworth. Estas minas são ricas em pedras preciosas, mas a maioria, se não todas, foram exploradas há séculos pelos dragões da terra.


Não consigo imaginar que haja muito aqui. Ellisworth? Henry. A mente de Khaos se encheu de visões do seu Henry. Quase duzentos anos se passaram desde a morte do seu amante e agora foi atingido com esse nome. Henry era o sétimo filho do Duque de Ellisworth. Mineiração Ellisworth aparece em seguida que ele pegou o perfume do seu novo companheiro? Estranho. Este lembrete era um tipo de torção sádica do destino? Khaos sacudiu as memórias do passado. Agora era o futuro, e tinha um novo companheiro para encontrar e seduzir, não se abater com a dor do passado e sobrecarregar esta nova encarnação. Este novo macho teria as memórias de Henry? Alguns companheiros tinham acesso ao passado, o que deixou infinitamente mais fácil cortejá-los. Outros foram mais difíceis de romper, como Henry. Khaos apertou a mandíbula. Estavam aqui pelo Coração de Dragão, não o seu companheiro. Ele precisava se lembrar disso, mas era difícil com o cheiro do seu companheiro em todos os lugares. Ele analisou os machos que podia ver do seu ponto de vista e eliminou um após o outro. Em seguida, apareceu um. Jonathon? Não tinha como. O macho morreu há quase duzentos anos, nas mãos de Khaos. Ele sugou um fôlego, sentindo como se fosse chutado no estômago. Como podia este homem ainda estar aqui? Era impossível. ─ O que é? ─ Maksim perguntou. ─ Precisamos passar por esses seres humanos e entrar. ─ Khaos resmungou, sabendo que a sua visão devia estar lhe pregando peças. A necessidade o estava enlouquecendo ─ Precisamos de uma manobra de distração.


Maksim olhou sobre antes de sair das árvores e correr para a beira do acampamento humano. Khaos deu um suspiro, chocado como o dragão de gelo testava a sorte com um movimento tão imprudente. Alguns momentos depois, Maksim retornou com uma banana de dinamite ─ Isso pode fazer o truque. ─ Uma banana de dinamite? ─ Eles tinham C4, mas não vi os detonadores. Isto terá que servir. Khaos suspirou ─ Os Dragões de Gelo são tão fracos que não podem usar seus próprios músculos? Não precisamos de táticas humanas. ─ O quê? Planejava se deslocar e ataca-los com uma rajada de fogo ou duas? Acho que os Dragões de Fogo tem feito o bastante ultimamente para perpetuar o mito da nossa existência. A dinamite pode ser brutal, mas causará a distração perfeita, como você pediu. Khaos olhou para os humanos, preocupado que o explosivo pudesse machucá-los, ou mais ao ponto, um em particular ─ Certifique-se de atirá-la bem longe dos humanos e afastado do acampamento deles. ─ Por que isso importa? Se um ou mais for ferido, manterá a sua atenção muito mais tempo. ─ Maksim acendeu o pavio. Khaos agarrou a gola da camisa do homem e o puxou mais perto ─ Machuque-os e irei machucá-lo. Maksim levantou uma sobrancelha, mas ficou em silêncio um momento ─ Tudo bem. Posso, por favor, jogar isso antes que exploda na minha mão? Khaos empurrou Maksim para trás. Maksim imediatamente jogou a dinamite, pareceu como algo vindo dos desenhos animados antigos. Com o impacto, a dinamite explodiu, o ímpeto jogou sujeira e detritos. Gritos e gritos vieram de todo lado, os humanos se apressando para ver o que tinha acontecido. Depois de um momento, Khaos e Maksim saíram do esconderijo e entraram na caverna, sem serem vistos. ─ E agora? ─ Khaos perguntou enquanto espreitava mais para


dentro. Maksim olhou sobre ele, congelando a poucos metros. Olhou para a parede, seus lábios se torcendo em um sorriso. ─ O quê? ─ Khaos perguntou quando olhou para Maksim e depois na direção que o dragão olhou. Amaldiçoado seja aquele que entra nessas cavernas. ─ Eu disse que nos deixariam um roteiro. Os Dragões da Terra são tão previsíveis. ─ Maksim disse. ─ Um roteiro? Como uma antiga maldição nos diz alguma coisa? Maksim sorriu mais forte ─ Ela nos diz que estamos no caminho certo. Agora tudo o que temos que fazer é encontrar mais delas. Quanto mais entrarmos, haverá mais delas. Khaos rosnou ─ De uma vez, vamos lá. Antes que os humanos retornem e nos peguem aqui. Maksim olhou por cima do ombro na entrada ─ Deixe. Não provo sangue humano há alguns séculos. Khaos empurrou o dragão, fazendo Maksim ranger os dentes, encarando o rosto de Khaos ─ Deixe-me esclarecer uma coisa para você, Khaos. Eu sei o que vocês bastardos de fogo pensam de nós. Você acha que ficamos mais fracos ao longo dos anos. Você nos vê como arrogantes e vaidosos, mas ainda mantemos energia suficiente para quebrar você, como fizemos eras atrás. Desafie-me, Khaos. Khaos empurrou contra o peito de Maksim, olho no olho com a besta. Os olhos do Maksim brilhavam azuis e Khaos sentiu a sua incandescência, o carmesim sobre a pele pálida de Maksim. ─ A única razão pela qual os dragões de gelo nos derrotaram foi a sua vantagem em números de cinco para um. Mesmo em menor número, suas vitórias nunca foram fáceis e quase vencemos as batalhas. Mas aqui, nesta caverna há apenas você e eu, um a um, e em uma luta justa, eu lhe arrancarei membro a membro e você sabe disso. Então


continue jogando suas ameaças vazias ao redor. Se quiser uma luta, lhe darei uma. O tique na mandíbula de Maksim tremeu e a sua incandescência amenizou após alguns momentos ─ Não estamos aqui para lutar, estamos aqui pela pedra. Depois disso, quem sabe? É temporada de caça. Khaos rosnou, exalando fumaça das suas narinas. ─ Assim será. ─ O Coração do Dragão sairia com ele, mesmo que tivesse que arrancar a cabeça de Maksim para chegar até lá ─ Vamos. ─ Ele disse não se movendo, não estava pronto para ser o primeiro a se afastar. Maksim ficou ali mais um momento, parecendo não querer andar primeiro, também. Depois suspirou profundamente, virou-se e caminhou mais para o fundo, não olhando para ver se Khaos o seguia. Khaos abanou a cabeça, sabendo que haveria uma luta enorme entre eles. Ele gostaria de afundar as suas garras em Maksim, disso estava certo. Outro cheiro do seu companheiro atingiu o seu nariz e ele virou a cabeça em direção a Maksim. Seu companheiro estava nas cavernas. Ele tinha certeza disso. Movendo-se rapidamente, ele passou Maksim e assumiu a liderança. Por algum motivo, sentiu que encontraria o Coração onde encontrasse o seu companheiro. Ellisworth, Jonathon, as coincidências eram demais. Ou talvez a necessidade do seu dragão de encontrar o seu companheiro não estava lhe permitindo pensar com clareza. Mas ele confiava no seu intestino, tanto quanto no nariz. E o estava seguindo.

Henry acordou, e girou a cabeça. Ele sentou-se em um espaço


escuro, incapaz de ver qualquer coisa. Tateando com a mão ao redor, sentiu a pedra fresca, suave. O ligeiro tilintar de água pingando de algum lugar ali perto fez Henry se lembrar que estava nas cavernas. Sua cabeça doía e o latejar aumentou enquanto tentava lembrar o que acontecera. Ainda assim, escutou outros sons ao seu redor. A última coisa que lembrava era o homem agarrando-o e arrastando-o para a grande caverna com as pedras esculpidas. Em algum lugar no caminho, ele lutou para fugir e sentiu-se jogado do outro lado da caverna e o seu corpo se chocou com uma parede de pedra. Escuridão o levou logo depois e então acordou aqui. Ele estava sozinho? Henry estendeu a mão, buscando a lanterna que tinha com ele. Mais do que provável, estava longe, deixada para trás pelo seu captor. Seu batimento cardíaco aumentou. Sem a capacidade de ver, o medo se apoderou dele. Ele não sabia qual caminho percorrer, onde encontrar segurança. Suas mãos estavam livres e tanto quanto sabia, não estava cego, mas não podia ter certeza. ─ Alô? ─ Ele disse baixinho, com medo de pedir ajuda e levar o homem louco a fazer algo mais. O corpo de Henry ainda doía da batida na rocha. Ele inclinou a cabeça contra a pedra nas suas costas, o frescor se infiltrando no seu corpo. Um tremor correu através dele. Ninguém sabia onde ele estava, nem ele sabia onde o homem o escondera. Onde estava a saída. ─ Olá! ─ Ele gritou mais alto. Um som a distância chegou mais perto. Pode ser o louco dragãocompanheiro, por tudo o que sabia, mas neste momento, a insanidade parecia menos assustadora do que a escuridão absoluta, com a qual estava cercado ─ Olá! Ajude-me! Henry tinha certeza de que ouviu vozes outra vez e talvez até mesmo


passos. Os sons se aproximaram e ele gritou novamente ─ Aqui! Estou aqui! Ajude-me! ─ Henry? Henry inspirou, uma sensação de calma, veio sobre ele. Ele não reconheceu a voz, mas havia algo confortável no som da mesma. O sotaque tinha um pouco de espanhol, no entanto, também soava diferente de tudo que Henry já ouvira. Seja quem for pareceu reconhecê-lo. Mas como? Uma fraca luz vermelha se espalhou e Henry viu dois olhos redondos em frente a ele. Não. Outra vez não. Mas depois escureceu novamente. Não havia luz. A menos que realmente estivesse cego de alguma forma e a visão falhasse estava vendo alfinetadas de luz ─ Quem é você? ─ Henry, sou eu.... Khaos. Mas como? Como está aqui? ─ Outro flash de luz vermelha, permitiu que Henry visse um pouco mais de um rosto masculino, os olhos brilhando vermelho e, em seguida, se foi. Por alguma razão, o vermelho não o assustou tanto quanto os verdes brilhantes. Khaos? Por que esse nome pareceu familiar? ─ Eu vagava, muito profundo. E um homem.... ─ Henry fez uma pausa, sabendo que não deveria falar sobre os olhos brilhantes e força sobrenatural ou soaria como insano ─ Há um homem, ele me prendeu aqui. Mãos agarraram a frente da camisa de Henry e o puxaram. Braços o cercaram, puxando-o em um abraço caloroso. ─ Nunca pensei que o veria novamente, Henry. ─ A voz disse com um som quente e convidativo. Outro tremor percorreu Henry, mas não de medo, mas de excitação. Seu corpo respondeu ao abraço, e a necessidade de derreter nos braços do homem lhe veio à mente. Mas ele não conhecia este homem. Não podia nem ver o seu rosto.


Ele se afastou, mesmo com a escuridão, o engolindo. ─ Henry? ─ Peço desculpa, não reconheço o nome... Khaos, você disse? ─ Henry estendeu a mão, agarrando o braço para se sustentar ─ E parece que perdi a capacidade de ver. ─ Está escuro aqui. ─ O homem disse ─ Seus olhos não podem enxergar. ─ E você pode? Nenhuma resposta. ─ Tenho que tirá-lo daqui em segurança. Henry deu um suspiro. Era a melhor notícia que tinha ouvido ─ Por favor. Tenho certeza que a minha família está me procurando. Um aperto forte segurou o braço de Henry e o impeliu para frente. Eles caminharam rapidamente, o ritmo mais rápido fez Henry se sentir confortável. ─ Onde vai Khaos? Outra voz masculina veio atrás deles, com um acento que insinuava origem germânica. Khaos parou e parecia ver algo na escuridão. Sua voz veio atrás de Henry. ─ Encontrei um ser humano. E preciso levá-lo até a entrada. ─ Deixe-o. Estamos quase no Coração ─ disse a outra voz. ─ Ele precisa da nossa ajuda. ─ Khaos respondeu. ─ Não temos tempo. ─ A voz disse. Khaos rosnou, o som retumbou pelo corpo de Henry. Henry vi o vermelho brilhante. ─ Maksim, você não está latindo ordens para mim. O ser humano está em perigo aqui. Ele foi preso por outro dragão. Dragão? Khaos era tão louco como o seu captor? Henry puxou o seu braço, mas o agarre de Khaos era muito forte. Khaos puxou-o para perto e o apertou contra o seu peito ─ Não vou deixar você ser prejudicado, Henry. Henry soltou um suspiro longo, acreditando nas palavras, embora ele


não soubesse o porquê. Aquele que Khaos chamou de Maksim parecia estar mais perto, sua voz se aproximando. Henry ouviu um deles inspirar profundamente e depois um silêncio pesado ─ Não temos tempo para você levá-lo através das cavernas, e eu não serei babá do seu maldito companheiro. Companheiro? Henry endureceu novamente. Khaos rosnou para Maksim ─ Não o deixarei aqui. Não é seguro. Eu o levarei, ou ele vem com a gente. Me leve de volta. As palavras não viriam sem motivo. ─ Não recomeçarei do início. Traga-o com a gente, mas ele é sua responsabilidade. ─ Maksim cuspiu, seu sotaque aparecendo mais com o seu desdém ─ E mantenha-o em uma coleira. Khaos rosnou novamente, o corpo de Henry ficou duro com o som. Duro? Toda esta experiência era insanidade. ─ Tem uma lanterna na sua mochila? ─ Khaos perguntou. ─ Por que eu precisaria de uma lanterna? ─ Maksim perguntou. Depois de um momento, uma luz apareceu e Henry apertou os olhos. ─ Mas meu celular tem uma. Henry sentiu o aparelho na mão dele. Ele abriu os olhos um pouco, deixando-os se acostumarem com a iluminação. Ele levantou o telefone... e viu o brilho pálido de Maksim, seus olhos azuis brilhando no meio de um rosto bonito. Henry virou a luz para o lado dele e capturou o rosto de Khaos. Khaos, incrivelmente lindo... rosto familiar. ─ Eu o conheço? A mandíbula de Khaos cerrou e os seus olhos ficaram vermelhos mais uma vez ─ De outra vida. Henry franziu a testa ─ Nada disto faz sentido. O que é tudo isso sobre dragões? ─ Nós não temos tempo, mortal. ─ Maksim disse duramente ─ Nós


temos que descobrir algo e não há muito tempo para encontrá-lo. Depois que recolhemos o nosso tesouro, deixarei estas infernais cavernas, então você vem ou não? Henry sabia que era ir com eles, com a chance de sair, ou ficar com o homem que o atirou para um abismo escuro ─ Bem, eu irei porque sei que estarei livre assim que saímos destas cavernas. Maksim olhou para Khaos e depois de volta para Henry ─ É claro. Henry olhou para Khaos, o brilho duro do olhar do homem, fazendo Henry desconfortável, e mais quente. O corpo de Henry estava respondendo ainda mais, seu pau endureceu dolorosamente na calça. Ele queria Khaos com um desejo que nunca experimentara antes, louco ou não. Khaos agarrou o braço de Henry e silenciosamente instou Maksim a avançar. Henry os seguiu, usando o celular para iluminar o seu caminho. Não era tão forte como a lanterna que tinha, mas era melhor que nada. Pelo menos sabia que não estava cego, e havia um senso de confiança ao ser capaz de ver de novo. O silêncio entre os três ficou mais pesado, mais eles se moviam. ─ Então o que é este Coração que você está procurando? Não é um de verdade, vivo que você pretende arrancar do peito de alguém, certo? Nenhum deles disse uma palavra. ─ Certo? ─ Henry perguntou novamente. ─ É uma relíquia antiga, escondida aqui há muito, muito tempo atrás. ─ Khaos finalmente disse ─ E é incrivelmente importante para a nossa espécie. Nossa espécie. ─ Dragões? ─ Pena que o cara era louco, porque era definitivamente a melhor coisa que Henry já vira. Uma relíquia? Pode ser o que o seu pai estava perseguindo? Khaos olhou de relance, capturou o olhar de Henry na luz baixa. Ele


rapidamente voltou o seu foco para o túnel, como Henry ─ Você pode achar que somos loucos, mas não somos. Você verá em breve. Henry sentiu a verdade severa nos comentários. Khaos podia ser louco, mas acreditava completamente nas palavras saindo da sua boca, Henry tinha certeza. O olhar de Henry escorregou para o lado, analisando a forma maciça de Khaos. Khaos ia além da boa aparência. Grande e musculoso, o cara tinha que ter mais de 2 metros de altura e era tão grande como o maior jogador de rúgbi que Henry já vira. A forma magra de 1,80 de Henry se sentia diminuída perto do tamanho do homem. E não era só o tamanho que era impressionante. Khaos movia-se de uma maneira que invocou poder. Não era simplesmente poder, mas uma determinação por trás que convenceria alguém o olhando, que o homem cumpriria a ameaça que o seu tamanho sugeria. Khaos era um assassino. Disso, Henry tinha certeza. Ainda assim não havia nenhum medo na mente de Henry. Em vez disso, ele se sentiu... protegido. Henry não sabia por que sentiu tão fortes emoções ao olhar Khaos, ou porque a familiaridade cresceu a cada segundo. Henry sabia que não conhecia Khaos. Quem poderia esquecer um homem tão formidável? Mas Henry conhecia Khaos. Não fazia qualquer sentido, mas nada fazia desde que chegou às cavernas. Mistério depois de mistério foi se desenrolando e isso estava deixando a cabeça de Henry confusa. Por que o seu pai estava pesquisando mensagens antigas? Quem era o homem que o prendeu? Porque havia um trio de homens nas cavernas falando sobre dragões e companheiros? E por que a necessidade de ter Khaos o fodendo crescia como uma fome dentro dele?


Henry precisou reajustar o seu pau duro. Era desconfortável caminhar no seu estado, especialmente quando tudo o que queria fazer era parar e satisfizer a necessidade gritando nas suas veias. Khaos se virou para olhar em sua direção, e Henry percebeu que estava encarando o homem enquanto ajustava a si mesmo. ─ Eu daria tudo para lhe ajudar com isso, mas temos um trabalho a fazer primeiro ─ Khaos disse com a sua voz baixa. O timbre da voz fazendo com que o corpo de Henry reagisse ainda mais forte, o tom de luxúria era a coisa mais sexy que Henry já tinha experimentado. A respiração de Henry ficou pesada. Ele não podia realmente se divertir com o pensamento de ter sexo com Khaos, um homem que mal conheceu e que era mais do que provável insano. Poderia? A mão de Khaos no seu braço apertou um pouco ─ Em breve, amante ─ A voz do homem estava rouca com o desejo, a necessidade ressoando em Henry. O corpo de Henry começou a se agitar, precisando compreender ─ Sobre o que está falando? ─ Como se Henry não soubesse. Khaos resmungou ─ Lute com tudo o que quiser, humano. Khaos largou o braço de Henry que imediatamente lamentou perder a sensação do calor do homem. Seus pés bateram em algumas pedras, e ele tropeçou. A mão foi substituída, firmando Henry. ─ Cuidado por onde anda Henry. Henry assentiu perdido em um mar de necessidade. Maksim se agachou na frente deles. Henry sentiu Khaos puxá-lo para baixo, e ele caiu nos braços dos Khaos. Ele tentou se afastar, mas Khaos o apertou mais. ─ Apague a luz. ─ Maksim assobiou. O celular foi puxado de Henry, e Khaos rapidamente o desligou.


Henry não ouviu nada, exceto as batidas do seu coração e Khaos respirando ao lado da sua orelha. Henry empurrou um pouco, mas Khaos não o liberou. Em vez disso, chegou ainda mais perto. Henry endureceu com o pau duro de Khaos pressionando contra a sua parte inferior. Necessidade corria através do seu corpo novamente, reforçando-se com a sensação da boca de Khaos contra a sua orelha. Khaos roçou os seus lábios sobre a concha da orelha de Henry, em seguida, viajou para baixo do seu pescoço, levemente degustando ao longo do caminho. As suaves carícias levaram Henry à borda da insanidade. As sensações pareciam tão familiares, tão reconfortantes, mas sem respostas, não havia como Henry poder sucumbir aos prazeres que Khaos prometeu. ─ Como voltou para mim, Henry? ─ Khaos sussurrou no ouvido de Henry. Voltei? Khaos se encostou no seu pescoço, seus lábios correndo sobre a estranha cicatriz no seu pescoço. O homem endureceu quando os seus lábios rastrearam por cima e de repente, seus dedos se estenderam tocando o estranho sinal de nascença. Antes que entendesse o que Khaos estava fazendo, uma visão atingiu Henry. Ele e Khaos nus, ao ar livre, o sol na sua pele. Khaos sugando o eixo rígido de Henry entre os lábios mais macios do que deveriam. A sensação de Khaos o sugando o levou a borda. Ele gozou enchendo a boca do seu amante com fluxos de sêmen antes de ser empurrado para o ninho aconchegante ao lado do córrego e Khaos entrando nele, enchendo o seu corpo e conectando os dois. Henry estava duro, o poder da lembrança fazendo a sua cabeça palpitar mais forte. Mas quando a visão se desvaneceu, a conexão, as emoções que sentiu por Khaos ainda estavam lá, fazendo o seu coração doer e a necessidade aumentar desesperadamente.


─ Khaos? ─ Sim. ─ Khaos sussurrou no ouvido de Henry com um som fraco, estranho na sua voz. ─ Nós conhecemos um ao outro, você e eu, não? De muito, muito tempo atrás. Khaos colocou beijos castos na bochecha de Henry ─ Sim, meu amor. Nos conhecemos. As palavras sussurradas fizeram cócegas na coluna de Henry e fizeram a sua cabeça palpitar ainda mais ─ Como? ─ Depois. Não agora. ─ Khaos sussurrou. ─ Não estamos sozinhos. ─ Maksim assobiou baixinho de alguns metros à frente ─ Podem os dois manter as mãos para vocês? Henry quase esqueceu que Maksim estava lá com eles. ─ Quem é? ─ Khaos perguntou com a sua voz baixa. ─ Dragões da terra. Pelo menos dois, talvez três. ─ Maksim respondeu ─ Precisamos ficar quietos... e calmos. Estamos perto. Henry pegou a dica, fechando a boca. Mas o seu corpo ignorou o pedido e continuou a palpitar, especialmente tão perto de Khaos. A visão atordoou Henry. De onde veio? Havia uma sensação de história, de outro tempo. Mas como? Henry fechou os olhos à escuridão e tentou manter-se unido, a verdade pairava fora de alcance. Talvez Khaos não fosse tão louco, afinal.

Capítulo Seis


Khaos sentou no chão escarpado do túnel, Henry quase no seu colo. Ele sabia que deveria empurrar o ser humano para longe, mas depois de esperar tanto tempo para ter Henry de volta nos seus braços, ele estava perto o suficiente, contudo muito longe. O coração. Eles estavam aqui pelo coração. Ele repetia o mantra na sua cabeça, tentando forçar-se a fazer o que ele tinha sido convidado a fazer pelo seu Drakon, seu irmão. Companheiros veio em segundo lugar. Khaos lançou uma ingestão de ar, sabendo que estava errado. Companheiros sempre viriam em primeiro lugar, não importa o quê. Rhaege não acreditaria nessa linha de pensamento, no entanto, se os seus papéis fossem invertidos, Khaos sabia que o seu irmão estaria preso na mesma situação, puxado em duas direções diferentes. Os sons que Maksim tinha ouvido ficaram mais altos. Os dragões da Terra estavam se aproximando. Se fosse de fato Dragões da Terra ─ Maksim? ─ Ele sussurrou. ─ O quê? ─ Maksim assobiou de volta. ─ E se isso for Mestopheus? Maksim ficou quieto por um momento ─ Então nós precisamos garantir que ele não saia com o que viemos buscar. ─ Nós não podemos apenas sentar aqui e esperar. Temos que chegar lá. Maksim balançou a cabeça enfaticamente ─ Os sinais nos trouxeram aqui, mas não sei nem se pedra está lá. Não podemos arriscar mostrando o nosso lado. Ainda não. Temos que ver o que estamos enfrentando. ─ E se a pedra está lá, é preciso capturá-lo. Nós não podemos apenas sentar aqui e deixar que outra pessoa pegue o coração. Maksim rosnou ─ Eu não vou deixar você colocar em risco essa


missão porque está impaciente. ─ E eu não vou deixar a pedra escorregar por entre os dedos, porque você está com muito medo de agir. Maksim se aproximou, seu rosto a centímetros do Khaos. ─ Usando a lógica não significa que estamos com medo. ─ A lógica? Como está escondido nas sombras é lógica? ─ Nós estamos esperando por eles saírem. ─ E se eles não saírem? ─ Khaos estava sobre este Dragão de Gelo. ─ Então nós entramos e torcemos pelo melhor. Khaos balançou a cabeça. ─ Por toda a sua suposta lógica e premeditação, este plano tinha sido uma merda desde o primeiro minuto. Talvez a pedra estivesse aqui. Talvez não. Você não tem ideia do que está fazendo. ─ Então seja meu convidado. Parecesse para fora e seja capturado. Então eu posso procurar o coração, enquanto eles estão batendo em você. Isso é um grande plano. Khaos se levantou, puxando Henry de pé ─ Nós não temos tempo para ficar aqui escondidos. Se o coração está lá fora, então precisamos capturá-lo antes de Mestopheus chegue aqui e o roube. Puxando Henry junto, Khaos passou por Maksim. Uma vez que ele está na entrada do túnel, ele devolveu o celular para Henry ─ Fique aqui, nas sombras. Eu vou voltar para você em breve. O braço Henry apertou Khaos ─ E se você não voltar? Khaos se inclinou e beijou Henry, sua língua deslizando na boca do humano. Seu corpo ficou imediatamente em atenção mais uma vez, seu pau pronto para reivindicar o que era seu. Com grande esforço, ele se afastou ─ Eu vou voltar para você. Mas se eu não voltar, o telefone provavelmente tem uma bússola. Você vai ir a sudeste para sair. Você está me ouvindo? Henry assentiu ─ Sudeste. Deixa comigo.


Khaos afastou-se, odiando o fato de que estava deixando o seu companheiro, mas ele não iria colocar Henry em mais perigo, também. Ele já estava colocando-o em perigo, mantendo-o perto e não marchando de volta para a própria entrada. A cada passo na caverna, ele sabia que estava em grande risco. Ele viu os três homens na frente dele, e agora percebeu que eles eram de fato os dragões Terra. O fato de Mestopheus não estar aqui era uma boa notícia. Mas agora ele também percebeu que Maksim provavelmente estava certo e ele deveria ter esperado. ─ Eu me perguntei quanto tempo levaria para você vir encontrarnos, Khaos ─ um dos três disse quando ele virou o rosto para Khaos, seu sotaque irlandês intensamente familiar. ─ Quanto tempo você pretende perambular em volta das minhas cavernas? ─ Carreg, eu não sabia que você estava aqui. ─ Khaos não esperava o próprio Drakon da Terra. Carreg olhou Khaos antes de começar novamente ─ Nossas cavernas estão sob cerco dos humanos. E agora temos um Dragão de Fogo aqui também. Trouxe estes seres humanos que batem à nossa porta? ─ Não ─ disse Khaos, decidindo ser sincero com Carreg. Embora nenhuma das casas dragão realmente se desse bem, Terra e Fogo eram duas que sempre tinham deixado o outro sozinho na maior parte, e em algumas ocasiões, eles ficaram lado a lado quando isso contava. Aqueles momentos eram poucos e distantes entre si, e a pequena fraternidade permaneceu entre qualquer uma das casas. Khaos já estava tentando a guerra por estar lá, o mínimo que ele podia fazer era ser sincero ─ Viemos à procura do coração da terra. ─ Os seres humanos querem roubar nossas minas, e você deseja roubar a relíquia. Por quê? ─ Eu não posso responder pelos seres humanos, mas queremos


proteger o coração contra Mestopheus ─ disse Khaos. ─ Mestopheus ─ Carreg disse, rindo enquanto ele se virou para olhar para os outros dois dragões Terra. Voltou-se para Khaos ─ Mestopheus está morto, como eu disse ao seu irmão. Abandone essa loucura. ─ Eu o vi, Carreg. Ele está tentando voltar e precisa dos corações para recuperar o seu poder. Se você não levar a sério esta ameaça, nós vamos, e vamos fazer de tudo para impedir que o coração vá parar nas suas mãos. Carreg ficou em silêncio, o sorriso no seu rosto lentamente desaparecendo ─ Você realmente acha que Mestopheus está voltando, não é? ─ Eu não acho, eu sei. Carreg, quando uma das casas, veio para cima de vocês? Os Dragões de Fogo vieram ao seu auxílio nos tempos em que Dragões governavam a Terra novamente. ─ Você sabe que nós não confiamos em ninguém. Nenhuma das casas pode realmente ser confiável para não ser egoísta. Alguns momentos do nosso passado, quando ficou do nosso lado, porque beneficiava vocês, não significa que a sua palavra é lei. Khaos e Carreg tinham história, longa história ─ Eu vim em seu auxílio há muito tempo, sem dúvida ou exigências de vingança. Agora eu preciso que você confie em nós nisso, para a nossa sobrevivência. Eu não pediria se não fosse terrível, Carreg. Carreg ficou contemplativo. Ele observou Khaos, estreitando os olhos. ─ Você acaba nas minhas cavernas e caça em torno dos terrenos dos Dragões da Terra, sem me perguntar, e você quer que eu confie em você? ─ Meu irmão foi para você, lhe disse que Mestopheus estava de volta. Você ignorou as suas súplicas. ─ E eu tenho que acreditar nos contos de um dragão negro morto há muito tempo? ─ Perguntou Carreg. ─ Mestopheus atacou o meu irmão e Phrenzy antes de chegarem a apelar para você. Eu vi o rastro de destruição que ele deixou para trás. Ivan


acredita no seu retorno também. É por isso que ele enviou Maksim. Maksim apareceu para Khaos saindo como se fosse um sinal ─ Mestopheus utilizou nossa pedra para o seu próprio ganho. Felizmente, os Dragões do fogo a encontraram e devolveram para nós. Carreg pisou na frente de Maksim, um grunhido no seu peito ─ E um Dragão de Gelo. Sangrento brilhante. ─ Carreg se aproximou de Maksim e olhou-o de perto ─ Eu não posso dizer que eu já conheci um Dragão de Gelo que se preocupa em ajudar alguém... além de a si mesmos. Khaos riu sem alegria. Nenhuma das casas confiava uma na outra, mas a Casa de Gelo era a pior do lote. Carreg olhou para Khaos ─ Você não confia em Maksim, mas você veio aqui com ele de qualquer maneira? ─ Ele alegou ter a localização do coração da terra e queremos ela a sete chaves, antes que Mestopheus poça obtê-la. Eu não estava feliz de trabalhar com ele, mas era um meio para um fim. Carreg observou Maksim de perto. Maksim ficou imóvel, além do tique ao lado da sua mandíbula. Carreg então confrontou Khaos ─ Os Dragões de Fogo nunca nos enganaram. Se você sente tão fortemente que o Primeiro voltou, o suficiente para trabalhar com os gostos desse desgraçado, então acho que devemos levar a sério a ameaça potencial. Mas eu tenho uma má notícia para vocês dois. Khaos respirou mais fácil sabendo que Carreg estava a bordo ─ Qual é a má notícia? ─ Depois que o seu irmão começou a falar sobre o coração, eu senti que era melhor garantir o nosso. Viemos à sua procura. O coração não está aqui. Após as minas serem limpas de pedras preciosas, abandonamos este lugar, e aparentemente foi movido. Esta é a primeira vez que eu estive de volta em eras. ─ Para onde ele foi transferido? ─ Perguntou Maksim.


─ Se você acha que eu vou te dizer, você é louco ─ Carreg virou-se para Maksim. Maksim sorriu suavemente ─ Você não sabe, não é? A mandíbula de Carreg apertou ─ Não inteiramente, não. Mas temos mais três pontos que poderiam ser. E não, eu não vou dizer onde. Se a pedra precisa ser encontrada e protegida, nós vamos cuidar da nossa própria. Independentemente das suas intenções, o que é nosso é nosso e pertence a nossas mãos. Mas por que é tão importante manter o primeiro longe dos corações? Isso são fábulas que possam ser o coração dos seus próprios filhos, por isso, de alguma forma pervertida, eles são dele mais do que eles são nossos. ─ Ele precisa dos corações, a fim de assumir a Terra e matar todos os seres humanos, ─ Khaos disse, pensando em Henry. Seus companheiros eram a coisa que eles protegiam acima de tudo, não gemas, ouro, ou poder, mas o vínculo entre eles e o seu amor. Mestopheus não poderia ganhar. Os olhos de Carreg se ampliou e ele olhou para baixo ─ Por que ele iria querer fazer isso? ─ Carreg olhou para longe ─ Nossos companheiros... ─ Nós acovardamos e nos escondemos dos humanos ─ disse Maksim ─ Mestopheus deseja mudar a ordem da hierarquia em seu favor. Carreg respirou fundo, seu olhar indo de Maksim para Khaos ─ Considere o assunto cuidado. Vamos agora e siga a nossa caçada. Vou entrar em contato com Rhaege quando estiver garantido. ─ Devemos ir com você, para ajudar ─ Maksim rebateu. Carreg aproximou-se de Maksim e pressionou um dedo espesso no meio do peito de Maksim ─ Eu não levaria um Dragão de Gelo em qualquer lugar que não seja para o seu túmulo. Maksim rosnou, seus olhos azuis brilhando ─ Eu só estava oferecendo ajuda. Ivan me deu ordens estritas para assegurar que o coração estava sob custódia. Ele não vai gostar se eu retornar sem ele ou sem saber o seu


paradeiro. Carreg riu ─ Então, eu tenho medo que você e o seu Drakon estarão terrivelmente desapontados. Carreg se virou e foi embora. Ele olhou por cima do ombro depois que ele estava a poucos metros de distância ─ Oh, e Khaos, eu acredito que algo de vocês pode estar em uma das células abaixo desta caverna. A coisa humana. Khaos sorriu ─ Já foi encontrado. ─ Em seguida, obtenha o inferno fora das minhas cavernas, vocês três ─ Carreg disse com um aceno e continuou andando ─ E leve os outros seres humanos com você. Khaos se virou para Henry e começou a se mover. Ele estava mais do que feliz em dar o fora das cavernas de Carreg e para os braços do seu amante. ─ Onde você está indo? ─ Perguntou Maksim. ─ Fora, juntamente com o meu humano ─ Khaos respondeu. Maksim empurrou-se na frente de Khaos ─ E você vai deixar os Dragões da Terra ter a sua missão? ─ Sim ─ disse Khaos, passando por Maksim. ─ E se eles não conseguirem? ─ Maksim chamou. ─ Eu tenho que respeitar os seus desejos, Maksim, assim como você. Se eles estão falando sério sobre encontrar a sua pedra e guardá-la, então é deles para encontrar. Maksim rosnou ─ Eu estou seguindo eles e garantir a sua segurança. Você está por sua conta, dragão. Khaos acenou e continuou andando, feliz por estar longe do Dragão de Gelo. Ele olhou por cima do ombro e viu Maksim se dirigindo no mesmo caminho que Carreg tinha ido, com certeza o dragão estaria recebendo a sua bunda em apuros. Carreg poderia ter queimado os dois por se intrometer em


suas terras, mas tinha-lhes dado um passe. Khaos era inteligente o suficiente para levá-lo. ─ Henry? Khaos examinou o túnel, não vendo nada. Onde tinha ido o seu companheiro? O cheiro de Henry o cercava, tornando-o mais difícil de identificar onde o ser humano estava ─ Henry? ─ Khaos? A voz de Henry foi baixa, muito longe. Será que o homem já tinha começado a ir mais perto da entrada? Khaos seguiu o seu caminho em direção ao seu companheiro, sabendo que ele nunca deixaria o homem fora da vista novamente.

Capítulo Sete

Henry viu Khaos entrar no círculo de luz feito pelo celular e o seu coração pulou na garganta. Ele estava tão contente de ver Khaos que o seu corpo imediatamente respondeu ─ Você conseguiu. ─ Eu disse que retornaria para você. ─ Khaos sorriu ─ Agora precisamos sair daqui. Tão logo Khaos segurou a sua mão, Henry foi cegado por uma luz branca. Outra visão veio rápida, era uma do seu pai e o seu irmão Jonathon... a cavalo? Eles usavam roupas de outra época, o que parecia ser o início do século XIX. Ele e Khaos estavam seminus no chão enquanto seu pai e irmão os apanharam em flagrante. Khaos acabara de fazer amor com ele, e ele se sentia bem usado e fodido. ─ Você estaria disposto a contar a toda Londres o segredo do seu próprio


irmão? Acho que não. Mesmo que não foi você, ainda seria uma vergonha para a sua família. ─ Khaos disse para Jonathon. ─ Vergonha? Claro, mas com certeza podemos enfrentar. Quer dizer, ele é o sétimo filho e não haverá maiores consequências. ─ Jonathon disse ─ Eu ouso dizer que provavelmente receberemos mais compaixão do que qualquer outra coisa. ─ Você estaria disposto a fazer isso com o seu próprio irmão? ─ Khaos perguntou a Jonathon antes de girar para o Duque ─ E você pode ficar sentado e deixar isto acontecer? O rosto do seu pai avermelhou. Henry sentiu o seu estômago apertar, saber que a sua família realmente o desprezava. Jonathon viu o potencial escândalo como uma maneira de forrar os cofres da família e verdadeiramente, o seu próprio. Todos sabiam que o Duque estava em seus últimos dias, sua saúde deteriorava-se rapidamente nos últimos anos. Era só uma questão de tempo antes que Jonathon fosse o duque e Henry ficasse sem um tostão. ─ Mostre-nos algumas moedas, deixe a Inglaterra imediatamente e tudo será perdoado. ─ Jonathon disse ─ Eu diria que duzentos mil serviriam. Henry caiu de joelhos com o rosto em suas mãos. Ele era pouco mais do que uma prostituta a seus olhos. Não podia viver com a desonra. Um rosnado soou de repente, e observou horrorizado quando a situação rapidamente se agravou se comparando a um dos seus pesadelos. Khaos mudou para a sua forma de dragão na frente da sua família, mostrando que ele não só fora para a cama com um homem, mas com um monstro. Não um monstro. Khaos era lindo e Henry sempre desejou ver Khaos em sua forma de dragão completo. Mas seu irmão e o seu pai o chamariam de besta e exigiriam a sua morte. Henry não poderia viver em um mundo onde Khaos desaparecera e o estigma de que fizeram era a causa da sua morte. Khaos cresceu para pelo menos vinte metros de altura, suas escamas vermelhas refletiam o sol de verão se desvanecendo. Henry conteve o sorriso que ameaçou vir aos lábios. Ver Khaos assim foi inspirador, mas quando viu o seu amante ir em direção ao seu pai e seu irmão, percebeu o que estava prestes a presenciar. ─ Não! ─ Henry gritou do chão, mas era tarde demais.


A besta tinha assumido e os dois homens estavam nas suas garras. Seus cavalos dispararam pressentindo que suas vidas estavam certamente em perigo também. Khaos rapidamente matou os homens enquanto os cavalos tentaram fugir aterrorizados. Seus corpos foram atirados do outro lado do prado, um lugar que ele sempre amou e agora era um lugar de morte e desmembramento. Sangue revestia o corpo seminu de Henry. Ele levantou uma mão e apaticamente olhou para as gotas carmesins deslizando para baixo do seu braço nu. Tão próximo da cor do corpo bestial do seu amante, ele viu o céu e o inferno em um instante, o sangue da sua família estava literalmente nas suas mãos. Se tivesse tido força para dizer a Khaos que não deviam se amar em meio ao lindo prado, seu irmão e seu pai ainda estariam vivos, e o seu amante não seria um assassino. No entanto, Khaos sempre foi um assassino. Era a natureza da sua besta, uma fera que Henry aceitou, sabendo que era antinatural. Ele aceitou os avanços de Khaos, sucumbiu à sua sedução e trouxe estas mortes para sua casa. Seu amante dragão se ergueu mais e mais no ar, voando e o deixando lá no meio de ossos e sangue, olhando para o que fizera. Henry levantou sua calça e a fechou com calma. Ele correu para o riacho e lavou o sangue o melhor que pôde antes de pegar o seu cavalo e escalar de volta o topo do monte com as pernas instáveis. Ele correu para Vila de Khaos, sem saber para onde ir. Assim que entrou, subiu as escadas para o quarto que compartilhavam. Henry tinha inclinado-se sobre o batente da porta, olhando as cobertas retorcidas e sujas na cama, outra testemunha dos pecados que cometera. Henry os matara como se fosse com a sua própria mão. Puxando a corda grossa das cortinas, ele se virou, procurando o lugar certo para reparar tudo. Ele olhou de volta para a cama que partilhara com Khaos e sabia que não podia ser ali. Ele tropeçou em seus próprios pés, quase caindo quando saiu do quarto. Seguindo a parede, foi para o outro quarto que dormiu quando recém chegou. Assim que entrou, percebeu que encontrara o seu destino final. Subindo em uma cadeira, passou a corda em volta do lustre e colocou o laço


na sua cabeça. Com o coração pesado, chutou a cadeira debaixo dele, o pescoço quebrou rapidamente antes da escuridão o reivindicar. Henry tocou o seu pescoço, puxou a corda, apenas para descobrir que não havia nenhuma. Ele olhou para Khaos e sacudiu a cabeça, tentando recuperar o fôlego. O que ele viu? ─ O que você é? Khaos ajoelhou-se diante de Henry, com preocupação explícita no seu rosto ─ Você sabe o que sou, Henry. Henry olhou para Khaos ─ Você os matou. Meu pai e meu irmão, os matou. A expressão de Khaos nublou e os seus olhos se fecharam. Na iluminação do celular, Henry podia ver a tristeza no rosto de Khaos, mas havia outras emoções que não conseguia discernir. Ele testemunhara o assassinato da sua família, no entanto, também havia uma sensação de alívio? ─ Eu não queria que acontecesse, Henry. A besta em mim assumiu o controle e foi a primeira e única vez que não tive controle total da mesma. Eu nunca desejei nada disso, especialmente o que veio depois. Henry olhou para Khaos ─ Você é mesmo um dragão, não é? Khaos assentiu ─ Eu sou. ─ E meu pai e meu irmão, são os mesmo. Eu pareço o mesmo. Nós temos os mesmos nomes? Eu não entendo. ─ Não tenho uma resposta para isso, também. Nossos companheiros humanos são devolvidos, vida após vida, mas nunca na mesma forma. É como uma repetição da mesma cena, com os mesmos rostos, em uma nova época, nunca ouvi falar que isso acontecesse antes. ─ Khaos respondeu ─ Mas aproveitarei o que se apresenta. ─ E o que se apresenta? Khaos estendeu a mão e tocou o rosto de Henry ─ Uma chance de consertar o que estava errado antes.


Henry agarrou o braço de Khaos e o puxou mais perto ─ Os matou e depois me deixou. ─ Não queria deixá-lo sozinho, confie em mim. Você... me deixou também e desde então estive sozinho, morrendo lentamente por dentro quando nunca mais voltou para mim. ─ Eu nunca mais voltei? Khaos abanou a cabeça ─ Acho que fui amaldiçoado pelo que fiz. Eu vivi sozinho, por um longo, longo tempo sem você, Henry. ─ Khaos inclinou-se e capturou a boca de Henry com a sua. A língua do dragão rodou na boca de Henry e afastou todas as emoções que não fossem desejo. O corpo de Henry rapidamente aqueceu pronto para o seu amante mais uma vez. Mais uma vez? Era sua primeira vez. Henry nunca esteve com Khaos, apenas no passado na outra versão de si mesmo. ─ Eu quero você, Henry. Quero sob mim, contorcendo-se com a necessidade. Mas primeiro, precisamos sair destas cavernas. Eu não vou leválo no chão rochoso de uma caverna. Henry não se importava. Ele queria Khaos, de qualquer maneira que pudesse tê-lo ─ Tudo bem, mas não quero esperar muito tempo. Khaos riu quando se levantou, puxando Henry também. A cabeça de Henry palpitava, a dor era um incômodo. ─ Vamos lá, Henry. Acho que tenho um pai e irmão para enfrentar. O estômago de Henry se apertou. Esta encarnação do seu pai e irmão não era muito melhor do que aquela do passado. Eles ainda se importavam muito pouco com Henry e provavelmente não teriam a amabilidade em saber que o mais novo Ellisworth era gay, um fato que escondera por anos. E depois, havia seja lá o que for que o seu pai estava escondendo, por isso estava tão interessado na língua dos dragões. Henry parou no meio do caminho. Os caracteres eram escritos de dragão. Ele tinha visto antes na sua vida passada, nos escritos que Khaos


tinha. Khaos parou e se virou ─ Qual é o problema? ─ Há escritos de dragão esculpidos nas paredes dessas cavernas, não é? Khaos assentiu com uma carranca no rosto ─ Sim, por quê? ─ A razão pela qual o meu pai me trouxe aqui foi para traduzir uma parede perto da entrada. Eu sou um linguista, e minha especialidade é línguas antigas. ─ É só um monte de bobagem deixada por antigos Dragões da Terra, falando de uma maldição e um tesouro. Não há nenhum tesouro aqui. Os dragões da terra limparam essas cavernas eras atrás. ─ Meu pai está interessado em algo, acredite. Precisamos descobrir o que. ─ Henry disse, sabendo que era mais do que provável que o seu pai estivesse atrás do tesouro, mas algo dentro de Henry desconfiava que houvesse mais do que isso. Khaos suspirou ─ Tudo bem. Se fará você se sentir melhor saber a resposta para o mistério, eu o ajudarei. Henry sorriu feliz pelo apoio. Não era algo que estava acostumado frequentemente, fora dos corredores da Universidade. Ele seguiu Khaos através dos túneis até que chegaram a entrada algumas horas mais tarde. A noite cairá, o acampamento estava na escuridão, mas Henry não podia estar mais feliz por ter conseguido sair do labirinto. E a escuridão ajudaria a esconder Khaos e permitir que Henry o infiltrasse no acampamento. Henry puxou Khaos na direção de sua barraca. Ele estava cansado até os ossos e precisava repousar. Eles dormiriam, e pela manhã tentariam encontrar algumas respostas. Procurando andar discretamente através das barracas, Henry parou na sua barraca e abriu. Khaos passou rapidamente pela abertura sem precisar de convite e Henry escorregou para dentro vigiando a entrada. Ele também fechou o bloqueio do zíper, que geralmente ignorava. Se


alguém quisesse entrar na barraca, teria que rasgar o tecido, mas pelo menos com o bloqueio, teriam algum aviso de que alguém estava chegando. Henry normalmente era deixado sozinho. Deixado sozinho, ou ignorado, na verdade. Desde que chegou e seu pai lhe falou do projeto, ele foi deixado por conta própria. E a barraca ficava afastada, longe das outras. Ele era um adendo, como de costume. ─ Estamos sozinhos neste lado do acampamento. ─ Henry disse, corando imediatamente com o que suas palavras pareceram insinuar. Depois de ligar dois lampiões, ele sentou-se em uma das cadeiras de acampamento e começou a puxar os seus pés doloridos ─ Vamos descansar um pouco antes de descobrirmos o que está acontecendo. Khaos assentiu, puxando a sua camisa sobre a cabeça exibindo o peito mais sexy que Henry já vira. Sua boca salivou com a necessidade de lamber e saborear cada centímetro da pele exposta. Khaos virou as costas, a extensão da musculatura lisa era impressionante. Henry levantou da cadeira depois que tirou as botas. Ele começou a tirar a camisa, e quando estava sobre a sua cabeça, viu Khaos se inclinando e tirando as suas botas. Lentamente os dois chegaram às roupas íntimas. A cueca sumária de Khaos não deixava nada para a imaginação. Seu pau duro fazia uma tenda no tecido e permitiu a Henry uma vista do ninho de cachos na base do pau de Khaos. O pau de Henry também estava duro, pressionando a frente da sua cueca de maneira impressionante. Ele nunca se sentiu tão duro antes, ansioso para ser tocado por Khaos. O dragão observou a marca no ombro de Henry. Sentindo-se um pouco nervoso, ele levantou as mãos para a cicatriz na pele. Uma vez perguntara a um médico sobre a mancha, e o homem olhou para ele como se fosse um idiota. A marca do dragão. A marca de Khaos. Khaos reduziu a distância entre eles e passou os dedos sobre a pele,


um tremor correu pela espinha de Henry pelo breve contato. O olhar do dragão subiu para Henry ─ Não compreendo isto. Você não devia ter voltado com ela, no mesmo corpo com minha marca ainda na sua pele. Henry olhou para baixo do ombro onde os dedos de Khaos ainda circulavam a área. Imediatamente, percebeu que a marca não estava completa. Não era vermelha. A marca era como um resquício, uma impressão de outro tempo, mas não completa ─ Não é a mesma marca. ─ É minha marca, pelo menos, um sinal disso. ─ Faça isso direito. ─ Henry sussurrou ─ Complete-a. ─

Eu

pretendo.

Khaos

sussurrou

roucamente,

sua

voz

aprofundando com desejo. Henry deu um passo atrás, sem saber o porquê. Incerteza assumiu por um momento, e ele engoliu em seco, imaginando o que estava prestes a fazer. Khaos inclinou-se testado a superfície do colchão de ar, uma sobrancelha subiu. ─ Pelo menos é um dos tipos de infláveis mais agradáveis parece quase como uma cama de verdade. ─ O porquê não importava para Henry, na verdade.

Ele

estava

divagando,

um

caso

de

nervosismo

o

atingindo

ligeiramente. Expressou a sua necessidade e rapidamente voltou atrás novamente, inseguro. Khaos olhou para Henry, e seus olhos pareciam mais escuros. Com a pouca luz, Henry não podia ter certeza. Ele

ficou

parado,

observando

quando

Khaos

sentou-se

cuidadosamente sobre a superfície do colchão de ar, testando para ver se aguentaria o seu peso substancial. Khaos era enorme e fazia com que a cama parece pequena perto dele. Ele deslizou para o centro e descansou a cabeça em uma das duas almofadas à esquerda.


Henry deu um tempo, desligando um dos lampiões do outro lado da barraca. Embora tivesse feito isso antes, na verdade não lembrava. Memórias de um amante não eram o negócio real. Nunca teve as mãos de Khaos no seu corpo nu. Ele nunca teve os lábios do dragão correndo pela sua pele. Não importa o que vira na sua cabeça, nunca sentiu nenhuma dessas coisas. Lentamente moveu-se para a cama. Não havia nenhuma roupa de cama no colchão, apenas o tecido do colchão ─ Você quer fazer a cama primeiro? Khaos abanou a cabeça ─ Venha aqui onde pertence. Henry soltou um suspiro trêmulo antes de ir para o outro lampião e diminuí-lo até quase nada. Um brilho ligeiro encheu o espaço, e Henry não tinha mais desculpas para não entrar naquela cama ao lado de Khaos. ─ Vem cá, companheiro. O corpo de Henry tremeu ao som da palavra. Companheiro. Ele achou que o homem que o prendeu era louco, e agora aqui estava ele aceitando o fato de que era de fato de Khaos. Uma segunda chance. Emoção o envolveu. Ele sentiu a saudade do seu antecessor o enchendo, ansiando por estar com o seu companheiro. Ele subiu na cama, deslizando o seu corpo ao longo da carne dura, tonificada do seu futuro amante. Tão logo se acomodou, Khaos assumiu o controle, suas mãos correndo para tocar todas as superfícies expostas da pele de Henry. ─ Você não sabe quanto tempo esperei por isso. ─ Khaos sussurrou. ─ Você não sabe o quão solitário estive sem você. O peito de Henry apertou. Ele sentiu um pouco da dor da perda. O suficiente para sentir a alegria desta reunião ─ Mostre-me, Khaos. Mostre quanto você me quer. Khaos o encarou na luz baixa ─ Isso demorará uma vida inteira, companheiro.


Henry sentiu o caroço na sua garganta, mas esqueceu quando os lábios de Khaos encontraram os dele. Luxúria engoliu todas as outras emoções quando Khaos inseriu os dedos sob o cós da cueca de Henry e tocou o pau de Henry. Suas bocas pelejaram quando Khaos acariciou o pau duro de Henry, seu punho apertou, movendo-se para cima e para baixo sob a cueca. Khaos parou um momento para tirar a cueca, rasgando-a na sua pressa para despir Henry. Antes do material cair no chão, os lábios de Khaos estavam de volta a Henry, a mão do dragão bombeando mais uma vez o eixo de Henry. Khaos levou seus lábios para baixo do queixo e bochecha, descendo para o pescoço de Henry. Henry logo percebeu que Khaos estava se movendo para baixo do seu corpo indo em direção do seu pau. Seu corpo se retesou, a necessidade

crescendo

exponencialmente.

Quando

os

lábios

de

Khaos

afagaram a ponta do pau de Henry, suas costas se arquearam e um grito foi arrancado dos seus lábios. O calor da boca dos Khaos engolindo o seu pau era algo beirando o céu. Enquanto o seu amante moveu-se e engoliu a sua carne dura, ele agarrou a cabeça do macho, seus dedos deslizando pelos fios de seda escuros de Khaos enquanto o alimentava com o seu pau. Khaos tomou cada centímetro, duro apenas o suficiente, chupando com a sua língua afiada, circundando a ponta ascendente. Henry sabia que Khaos estivera aqui antes, conhecera o seu corpo séculos antes, mas ter um amante que sabia perfeitamente como levá-lo ao extremo era um êxtase recém-descoberto. Levado à borda num instante, Henry sentia o seu orgasmo explodindo nas profundezas. Ele não esperava tão rápido. Seu gozo veio do nada, roubando sua respiração. Seu sêmen jorrou quase dolorosamente e Khaos engoliu cada gota dele avidamente, ordenhando o corpo de Henry. Khaos subidos de volta e deitou ao lado dele, segurando o seu próprio


pau e deslizando a mão subindo e descendo no comprimento com um sorriso no rosto. Henry olhou de relance o sorriso ─ O que é tão engraçado? ─ Você. Ainda é fácil fazê-lo gozar. ─ Não, você ainda é impaciente para chegar onde quer. ─ Henry disse, não entendendo realmente de onde viera o comentário. Memórias o enchiam a cada momento, segredos do seu passado com Khaos. Ou melhor, o outro Henry do passado. Mesmo se tinham a mesma alma, não eram a mesma pessoa. Esta era a primeira vez que Henry estava com Khaos, e ele precisava lembrar-se disso. Esse acasalamento não era uma continuação, mas um começo de uma nova vida. Assim que Henry pode respirar novamente, estendeu as mãos ao longo do corpo dos Khaos, querendo explorar cada centímetro da forma muscular do homem. Ficando de joelhos, beijou o seu amante, enquanto apalpava o macho. Khaos era mais suave do que Henry imaginou ser. Pensou em escamas e pele dura, esquecendo o lado humano do homem. Ele viu seus dedos dançarem sobre a superfície quente da pele de Khaos, abrangendo mais quando ele verdadeiramente acolheu o pau enorme se sobressaindo na cueca pequena que o dragão usava. A cabeça já tinha escapado do tecido e o eixo tocava o abdômen de Khaos. Pré-sêmen brilhava ao redor da cabeça bulbosa, tentando Henry a lamber. Henry puxou as bordas da cueca para baixo, expondo a totalidade do pau e as bolas abaixo. Khaos tinha um pau impressionante deixando Henry nervoso por ter que levar o homem no seu corpo. ─ Não vou machucá-lo. ─ Khaos disse como se estivesse dentro da cabeça de Henry. ─ Você é muito intuitivo ─ Henry respondeu, olhando para longe. ─ Isso é uma coisa ruim de ser? Sempre me esforçarei para antecipar as suas necessidades, Henry.


Henry olhou de relance para Khaos, nunca tendo experimentado um amor e a necessidade que ele sentia por Khaos ─ Isto é para sempre, não é? Eu estou esperado render-me a estas lembranças de uma versão passada de mim e me entregar a você, estou certo? Introduzindo-me no seu mundo misterioso, serei arrancado de tudo o que conheço para viver com você. Lembro-me de que no passado lutei com isso, lutei contra isso. Khaos assentiu ─ Você lutou. Isso é pedir muito, eu sei. Mas, rendendo-se estará se rendendo a uma paixão que experimentou muito pouco. Mesmo na sua última encarnação, você não me deu o tempo que precisava para amá-lo como merecia. ─ Eu recusei você, querendo ficar na Inglaterra. Olha onde isso nos deixou. Se o tivesse aceitado, nada disso teria acontecido. Khaos levantou o queixo de Henry ─ Não é sua culpa. Foi minha falta de controle, minha incapacidade de controlar a fera interior. Não foi você a razão pela qual eles morreram. Eu fui. Henry olhou Khaos ─ Eles eram homens horríveis. Mereceram o que tiveram. ─ Ele disse ─ Não se importavam com Henry e estavam mais preocupados com ouro do que o seu bem-estar. ─ Ainda assim, eles levaram Henry a se sentir culpado, levaram-no de mim e por isso, senti a dor para o que parece uma eternidade. Eu não tinha certeza, que o teria de volta em meus braços, e agora que o tenho, não porei em risco essa coisa entre nós. Não estou pedindo que se renda a qualquer coisa. Se tiver que viver no mundo humano, entre a sua família, farei isso. Henry olhou para cima, franzindo a testa ─ Inferno nenhum. Quanto mais longe conseguir ficar longe da minha família melhor. Eles não são melhores do que a família de Henry e não poderia me importar menos sobre isso. Khaos passou os dedos pelo cabelo de Henry ─ Eu o amarei até o fim dos tempos.


─ Isso soa como um plano. ─ Henry disse, beijando o estômago de Khaos. Ele manteve-se descendo pelo corpo de Khaos até que olhou para a parte de Khaos que queria conhecer melhor. Henry agarrou a base do pau de Khaos e trouxe os dedos até a ponta, deslizando-os sobre a pele macia, cobrindo a ereção dura. Veias se projetavam sob a carne até a cabeça grande, macia. A ponta estava vermelha, exigindo ser satisfeita. Henry inclinou-se e lambeu um rastro, do ninho de cachos escuros até à ponta, circundando a cabeça esponjosa e coletando o néctar doce já umedecendo a pele. O sabor de Khaos o atingiu, o sabor almiscarado de macho era tentador. Henry sugou poucos centímetros na sua boca e largou o eixo antes de tomar mais. Ele rapidamente mudou para um ritmo constante, avidamente sugando o seu amante. Ele acrescentou um pouco aqui e lá, esticando a boca sobre a circunferência. Quando levou tudo o que podia, Khaos adicionou o seu punho em torno da base para ajudar Henry. Khaos enfiava os dedos pelo cabelo de Henry e o empurrou, instando-o a chupar mais rápido. Henry submeteu-se à vontade de Khaos. O dragão parecia gostar do controle e alimentar Henry com o seu pau, levantando os quadris para encontrar os balanços descendentes de Henry. A respiração de Khaos ficou mais curta, seus rosnados de prazer vibrando através do seu corpo. Quanto mais longe ele empurrou Khaos, notou manchas de pele se transformando em escamas vermelhas cintilantes em volta da pele humana, diante dos seus olhos. Um resquício de medo estabeleceu-se no seu peito. A última vez que Khaos perdeu o controle matou o pai e o irmão de Henry. Quão forte era o seu controle agora? Os olhos dos Khaos estavam fechados, seu bonito rosto contorcido em paixão. Ele diminuiu a velocidade, abrindo os olhos e piscando para Henry, como

se

notasse

a

hesitação

de

Henry.

As

escamas

desapareceram


completamente, e Henry engoliu Khaos ainda mais fundo na sua garganta. Ele se sentiu terrível por ter puxado o seu amante longe da borda. Khaos se afastou de Henry, seu pau deixando os lábios de Henry ─ O que é Henry? Posso dizer que há alguma coisa na sua mente. Henry se sentiu ainda pior. Ele queria o prazer de Khaos, isto não ─ Eu vi sua pele... mudar. ─ As escamas? É normal durante o prazer. ─ Perda de controle? ─ Henry perguntou com sua voz baixa. Khaos franziu a testa ligeiramente ─ Um deslize. Com intenso prazer meu controle é empurrado ao limite. ─ Você perderá o controle na cama? Vai mudar e me machucar, sem querer? Rosto dos Khaos nublou ─ Eu nunca o magoaria. Minha besta sabe que você é meu companheiro e jamais faria mal a você. Agora ele exige que o reivindique como nosso. Henry suspirou profundamente ─ Eu estava errado por perguntar. ─ Não. Você não estava. Depois de testemunhar as memórias de Henry, sua mente deve estar confusa? Uma das últimas coisas que lembra é me ver matar violentamente parte da sua família. Se você não tivesse preocupações, eu estaria preocupado. Khaos deitou na cama, passou as mãos pelo seu rosto. Henry levou a mão ao pau dos Khaos novamente, esfregando o comprimento. Khaos removeu a mão e puxou o Henry em seus braços ─ Durma. Você precisa de descanso. ─ Mas você merece gozar. Khaos fechou os olhos ─ Hoje não. Eu não o forçarei. Seu medo é real, e não pode simplesmente descartá-lo. Henry se sentiu terrível ─ Você esperou séculos por isto. ─ Ele sussurrou.


─ E consegui sobreviver. Mais uma noite não vai me matar. Henry ficou ali ouvindo os batimentos cardíacos constante de Khaos, sentindo-se pior a cada minuto. Quando o coração do dragão abrandou para um estado mais calmo e repousante, Henry percebeu que Khaos dormiu. Ele queria dormir, mas o esquecimento não o reclamava. Ele ainda queria o laço que o dragão de Khaos exigia. Eventualmente o corpo de Henry se acalmou, depois de horas ouvindo Khaos respirar calmamente.

Capítulo Oito

Khaos acordou, a luz fluindo para dentro do quarto. Ele esticou o corpo e o sentimento do homem dormindo no seu peito o fez abrir os olhos imediatamente. Khaos olhou para o seu amante, ainda não tinha certeza se ele estava realmente lá ou não. Descendo as costas da mão na bochecha de Henry, Khaos sentiu as cócegas do ligeiro crescimento das cerdas da sua barba. Lentamente, Khaos saiu debaixo de Henry. Algumas vezes no meio da noite, Khaos sentiu o peso dos pensamentos profundos de Henry, quando o ser humano deveria ter dormido. Um pouco havia mudado no mundo de Henry, seu passado chocando-se com o seu presente. Henry estava aceitando tudo melhor do que Khaos poderia esperar, mas ainda havia um problema silencioso com peso entre eles. Khaos sabia que ele teria que trabalhar para ganhar a confiança do ser humano. Depois do que ele tinha feito, Henry tinha todo o direito de estar desconfiado, mas isso não tornaria mais fácil ver a centelha de incerteza no olhar de Henry. Khaos nunca machucaria o humano, ele tinha que saber em algum lugar dentro dele. No passado Henry não tinha sido o seu primeiro


companheiro, e em qualquer um dos que vieram antes de Henry ele nunca pôs uma mão sobre o homem com raiva. O mesmo não pode ser dito para o seu temperamento para com os outros. Khaos tinha trabalhado para acalmar o seu temperamento furioso ao longo dos anos sem Henry. O tempo era a única maneira de provar isso, e ele só esperava que Henry lhe daria isso. Ele rapidamente se vestiu, sabendo que não tinha tempo de sobra. Khaos tinha esperado muito tempo para ter o seu amor de volta nos seus braços, e se havia algo que poderia vir entre eles, ele precisava chegar ao fundo da história. Puxando um lençol sobre o corpo nu de Henry, Khaos em seguida, correu para fora da tenda antes que o resto do acampamento se levantasse e começasse a trabalhar. Perguntas tinham girado na sua mente quando tinha ficado e descansou desligando durante a noite, e ele precisava de respostas. Ele seguiu o seu caminho no meio do mato, afastando-se do acampamento. Uma vez que ele foi longe o suficiente, ele ficou atrás de uma árvore grossa e pegou o celular, discando um número familiar. ─ Sobre o tempo que você fez, ─ veio a voz impaciente de Rhaege do outro lado. ─ Desculpe, cara, mas eu estive muito ocupado. ─ Você tem o coração? E Maksim? Eu não confio no bastardo. ─ Não, não temos o coração. Ele não estava aqui, não estava em um tempo muito longo ─ disse Khaos. ─ E isso funcionou em Carreg. Acho que o transformou em um crente. ─ Ele disse-lhe onde está o coração? Khaos balançou a cabeça, como se o seu irmão pudesse ver através do telefone ─ Não, ele não disse, mas ele planeja ir em busca ele mesmo. ─ Será que ele realmente entender a importância disso? Se


Mestopheus pegar esse coração... ─ Irmão, eu fiz o melhor que podia para informa-lhe o quão importante era. Ele não estava desistindo da localização, mas disse que estava indo coletá-lo e guardá-lo quando ele o encontrasse. Rhaege soltou um suspiro profundo ─ Como é que ele acredita em você e não em mim? ─ Algumas eras atrás, eu o ajudei com um pequeno problema que ele teve. Talvez isso foi o suficiente para virar o jogo na sua mente. O silêncio se estendeu por um momento ─ Um pequeno problema? ─ Perguntou o irmão. ─ Uma história muito longa que não é importante agora. ─ Khaos corou lembrando-o agora ─ Eu tenho mais a dizer. Eu encontrei Henry. Outro momento de silêncio ─ Henry? Como o seu companheiro Henry? O que ele está fazendo na Amazônia? ─ Rhaege, é irreal. Seu nome é o mesmo, o rosto e o corpo é exatamente o mesmo... e o seu irmão e o seu pai estão aqui. ─ Como o irmão e seu pai que você matou? Khaos fechou os olhos e recostou-se contra a árvore ─ Sim, e o seu nome de família é ainda é Ellisworth. É como se eles tivessem sido escavados para fora do seu próprio tempo e depositado no presente. Henry tem algumas de suas memórias de volta. Ele se lembra... o fim. ─ Khaos passou a mão sobre o rosto, seu estômago virando ligeiramente ─ O olhar no seu rosto quando ele se lembrou foi o suficiente para... o suficiente para rasgar o meu coração fora do meu peito. ─ Você não pode mudar o passado, Khaos. Soa como se tivesse sido dada uma oportunidade incrível de fazer as coisas de forma diferente. Se você manter a cabeça no passado, você é obrigado a repetir os mesmos erros. Não. É um novo dia, irmão. Khaos sabia que Rhaege estava certo.


─ Agora, quando você pode obter o seu traseiro em casa? ─ Perguntou Rhaege. ─ Eu ainda tenho algumas coisas para encerrar aqui. A razão de Henry estar na Amazônia, para responder à sua pergunta anterior, é que o seu pai é dono de uma empresa de mineração. Eles estavam aqui para escavar a mina que Maksim pensou que a pedra do coração estava. Problema é que o pai de Henry está fazendo perguntas sobre o Dragonspeak e eu preciso saber o porquê. ─ Agora mesmo, eu sinto como devo rebobinar o que falei sobre não repetir os erros do passado. Faça o que você precisa fazer a fim de garantir a proteção do nosso povo, Khaos. Se o seu pai e irmão estão ficando muito perto, não podemos ter isso. Onde está Maksim? ─ Ele não confiava em Carreg, então ele o seguiu. Rhaege riu humilde. ─ Dê a um Dragão de Gelo, o mais indigno de confiança dos dragões, para não confiar em si. Pena que ele se foi. Ele podia ter sido a sua solução para a questão pai e irmão. Khaos recostou-se contra a árvore, sabendo que o seu irmão diria isso. Khaos pode ter que ter cuidado com a família de Henry, mas Maksim não estava vinculado à mesma regra ─ De qualquer maneira, eu não posso ficar parado e deixá-los morrer de novo. Vou ter que encontrar outra maneira. ─ Certifique-se que você faz. Phrenzy e o seu companheiro já nos desligaram para o mundo, não importa se a história e as fotos foram invalidadas e consideradas falsas. Eu não preciso de mais notícias sobre dragões na mídia novamente e fazer o mito do dragão mais uma realidade, pelo menos não um dragão de fogo. Os outros Drakons se irritaram como isso. ─ Não se preocupe. Eu tenho isso ─ disse Khaos ─ Ah, e mais uma coisa. Eu preciso de você chame Carreg para mim e peça para ele me ligar no meu celular. Eu tenho uma pergunta para ele. ─ Quando foi que me transformei na sua maldita secretária? ─


Rhaege rosnou. ─ Apenas faça, idiota. A linha ficou muda, mas Khaos sabia que o seu irmão iria cuidar disso. Khaos empurrou o telefone no bolso, depois de assegurar que estava para vibrar. Ele aproximou-se da boca da caverna, observando como alguns dos primeiros mineiros começaram a ir para dentro. Houve um fluxo constante de trabalhadores que iam para dentro, mas a maioria era indistinta quando eles foram, não compartilhavam muito em tudo. Khaos avistou o irmão de Henry marchando até a boca, seu cenho irritado típico residente no rosto. Como alguém tão amoroso como Henry veio do mesmo ventre que aquele homem, Khaos não tinha certeza. ─ Eu preciso desses engradados cheios e preparados para o transporte aéreo, o mais rapidamente possível ─ Jonathon gritou para os trabalhadores mais próximos. Os homens correram para dentro quando o pai de Jonathon surgiu ─ O idiota já conseguiu decifrar os escritos? O Ellisworth mais velho balançou a cabeça. ─ Não desde de ontem à noite. Estou prestes a vê-lo agora para ver o seu progresso. Khaos riu. Não tinha havido muito progresso na noite passada em tudo. Eles estavam ocupados demais se reconhecendo um ao outro. Pena que Henry teria que sofrer o latido com raiva que o seu pai daria. Esse era o único lado ruim para a sua noite juntos. ─ Force ele, pai. Não temos muito mais tempo. Os meus cabelos já estão em pé, como se nós estivéssemos sendo observados. Interessante. O Ellisworth mais jovem ainda é o pau no comando. Quando o pai de Henry começou a se afastar, Khaos sentiu o seu telefone vibrar. Ele não reconheceu o número, mas tinha bastante certeza de que era Carreg. Ele apertou o botão e levou-o ao ouvido. ─ Você tem esses seres humanos estúpidos fora das minhas cavernas? ─ Sotaque de Carreg estava um pouco mais grosso esta manhã.


Khaos sorriu ─ Estou trabalhando nisso, e é por isso que eu precisava falar com você. Se as cavernas estão vazias, por que se preocupar com os humanos ou o cuidado por que eles estão lá? ─ Está vazio de pedras preciosas, com certeza, mas ainda é um lugar de grande poder e é em um ponto em que foram realizadas as nossas cerimônias da Terra. Ele detém uma das maiores marcas com Dragonspeak de qualquer lugar do mundo. Meus antecessores gostavam de traçar a sua história em pedra, os idiotas. Se os seres humanos os decifrarem, eles podem tornar a nossa vida mais difícil. Quando os descobri se esgueirando, nós planejamos colocar um fim à sua investigação. Esta nova missão mudou meus planos. ─ Eu compreen... Carreg o interrompeu ─ E simplesmente, é nossa. Nós mantemos o que é nosso, Khaos. ─ O ser humano, o meu humano, seu pai é o único que possui a empresa de mineração. Ele trouxe Henry aqui para decifrar os glifos. Estamos tentando descobrir por que ele está tão interessado. ─ Houve rumores e histórias sobre nossas cavernas desde a aurora do homem. Nós sempre permitimos as histórias porque o medo mantinha os homens afastados, com exceção dos ocasionais caçadores de tesouros que tendiam a ser fácil o suficiente para assustar. E a menos que o homem fosse um companheiro, ele não seria capaz de ver qualquer um dos túneis secretos para a caverna principal. ─ Carreg amaldiçoou em voz baixa ─ Poderia Henry fazê-lo? Ele poderia traduzir o Dragonspeak? ─ Ele é um linguista, e meu companheiro, então ele tem lembranças de ver a língua antes. Então, sim, ele poderia fazê-lo. Mas, como meu companheiro, ele não teria nenhuma razão para lhes dar respostas. ─ Precisamos que os seres humanos saiam de lá e ponto final. Deixei esta missão do coração, então eu preciso confiar isso a você, Khaos. Evite que o seu companheiro os ajude. Livre-se deles por todos os meios necessários.


Por qualquer meio necessário podia perder o seu companheiro ─ Eu vou fazer o que posso, mas você sabe tão bem quanto eu que os seres humanos podem ser tão gananciosos como um dragão, quando eles cheiram riquezas, ─ Khaos respondeu. Carreg bufou ─ E eu não sei disso? ─ Antes de eu ir, você pode querer saber que Maksim está seguindoo. ─ Eu já cuidei dessa questão. Nós prendemos ele em uma das células abaixo da caverna principal. Ele pode sair em poucas horas, e até lá, estaremos muito longe. ─ Carreg desligou após um rápido adeus. Khaos enfiou o celular de volta no bolso, olhando Jonathon quando dirigiu trabalhadores em volta. O que eles estavam fazendo?

Capítulo Nove

Henry despertou lentamente, percebendo que estava sozinho na cama. Ele estendeu a mão para o lado e sentiu apenas o colchão. ─ Você tem algumas respostas para mim ou vai dormir o dia todo? Henry quase saltou da sua pele, a voz com raiva do seu pai, o acordou totalmente ─ Eu estava perdido nos túneis até tarde ontem à noite ─ Henry respondeu. Quando viu o olhar de confusão no rosto do seu pai, o seu coração se apertou. Por que deveria me surpreender? ─ Nem sabia que eu estava perdido, não é? Levei o dia todo e à noite para encontrar o caminho para fora daquele labirinto. Seu pai não parecia interessado na sua história ─ Eu lhe disse para


pesquisar a escrita. Por que entrou mais nas cavernas? ─ Eu queria ver se havia mais algum escrito. Se houvesse mais, poderia ajudar a decifrar. Com mais variedade de símbolos ficaria mais fácil sua compreensão e finalidade. Seu pai cruzou os braços sobre o peito ─ E você achou alguma coisa? O olhar estranho que cruzou o rosto do seu pai disse a Henry que o homem escondia alguma coisa. Ele tinha encontrado os grandes pedregulhos na caverna? Ou havia um tesouro linguístico mais abaixo? ─ Havia outro, um pouco mais abaixo. ─ Só isso? ─ Quando Henry assentiu, seu pai virou as costas e começou a sair ─ Levante-se e comece a trabalhar. Eu não o trouxe aqui para ficar parado. Preciso de respostas. ─ Por quê? ─ Henry perguntou ─ Por que esses escritos são tão importantes para você? O pai de Henry se virou para olhar, seu rosto sem emoção ─ Precisamos saber o que há nessas minas. Pelo que sei, é um roteiro para o material geológico do milênio. Eu sei que há veios de pedras preciosas nesta caverna, posso cheirá-lo. Henry olhou para o seu pai, sentindo que era mais do que isso. Dinheiro agradaria o seu pai e o seu irmão mais velho, com certeza, mas um monte de escritos antigos não fazia tipicamente um sinal no radar do Duque de Ellisworth. Seu pai acumulou uma vasta fortuna ao longo dos anos, e mesmo que as minas não rendessem um centavo, eles não seriam capazes de gastar a fortuna do seu pai em três vidas. ─ Eu quero respostas, Henry. Não falhe. Seu pai girou sobre os seus calcanhares e saiu da tenda. Henry o olhou de relance, imaginando onde Khaos estava. Ele afundou-se de volta na cama e inalou o aroma de Khaos, lembrando-se que não era apenas um sonho. Seu corpo estava sensível e dolorido, mas ele não mudaria isso por nada. Ser


amado por Khaos tinha sido incrível, a conexão que sentia com o dragão era algo que nunca sentiu na sua vida, e tinha certeza, na sua última também. Mas para onde foi Khaos? A preocupação de Henry nos últimos instantes o machucou muito? Henry não era muito experiente nos incômodos de uma relação e tendia a dizer a primeira coisa que veio à sua mente, sem consideração. Não era que estivesse tentando ser propositalmente ofensivo; só não tinha um bom filtro do cérebro para os lábios. Ele levantou, pegando as suas roupas e então se dirigiu para encontrar o chuveiro do acampamento, depois de agarrar os seus objetos de higiene pessoal. Banho, comida e então volta ao trabalho sobre a grafia, apenas para descobrir o que o seu pai estava procurando. E esperançosamente, Khaos retornaria.

Só ao cair da noite, Khaos foi capaz de voltar à barraca de Henry. Henry estava sentado a mesa no meio dos livros, e estava tão concentrado, que não pareceu notar que não estava sozinho. Quando finalmente se virou para olhar, seus olhos se arregalaram e uma expressão de alívio moldou suas características. O estômago de Khaos se apertou. Pelo menos ele teve saudades. ─ Onde você esteve? Eu pensei que você me deixará para trás. Khaos inclinou a sua cabeça um pouco confuso. Como Henry poderia pensar isso? ─ Não, estive espionando o seu pai e irmão e o trabalho que estão fazendo. Eles estão definitivamente tramando algo. Isto não tem nada a ver com as pedras preciosas da caverna. ─ Como você sabe?


─ Eles estão trazendo pedras esculpidas com escrita de dragão e carregando-as em caixas. ─ Khaos finalmente percebeu o que guardavam nas caixas e preparavam para transportar. Khaos ouviu sobre um avião que levaria as peças preciosas. Havia pouco tempo. As peças não podiam ficar nas mãos dos

humanos.

Malditos

Dragões

da

Terra

por

deixar

suas

cavernas

desprotegidas com tais tesouros dentro. Khaos não sabia o que fazer se não destruir as peças, o que seria uma tragédia terrível. ─ Para quê? É um monte de pedras com rabiscos tanto quanto eles sabem. Khaos olhou por cima da mesa na pesquisa de Henry. ─ Na verdade, não está tentando traduzir isso para eles? Eles não podem saber o que dizem essas coisas. Henry reuniu os seus papéis ─ Eu pensei que a melhor maneira de descobrir o que estavam tramando seria descobrir o que elas diziam. Você não parece muito disposto a traduzi-las para mim. ─

Isso

não

pode

ficar

nas

mãos

erradas.

Khaos

disse

enfaticamente. Henry olhou Khaos ─ Não confia em mim? Eu não lhes daria as informações. ─ Dar e ser tirada de você são duas coisas completamente diferentes, Henry. Sua família não é confiável. Precisamos arranjar uma maneira de afastá-los das minas. Carreg está inflexível, que eles devem sair. O corpo de Henry enrijeceu ─ O que você pretende fazer? Você não planeja machucá-los, não é? Khaos sentiu a facada nas palavras de Henry ─ Não. É por isso que vim até você. Precisamos elaborar um plano... juntos. Eu não o faria passar por isso. Não outra vez. Henry lançou um longo e sofrido suspiro. Estendendo a mão para Khaos, seu rosto formou uma carranca ─ Desculpe-me. Eu não quis dizer...


Khaos afastou-se da mão de Henry ─ Claro que sim. Podia vê-lo por todo o seu rosto. Porque perdi o controle uma vez não significa que perderei novamente. Eu trabalhei duro para controlar as minhas emoções desde aquele dia, e já tive duzentos anos para aprender a me conter. Há outras memórias, boas memórias, nas lembranças de Henry, não apenas aquele momento terrível. ─ Peço desculpa. ─ Henry disse. ─ Eu, também. Talvez a maldição continue. ─ Khaos saiu da barraca, deixando Henry sozinho. Khaos sentia raiva correndo nas suas veias, diferente de tudo que já sentiu. Ele apertou os dentes e saiu da barraca, incerto de onde ia. Dois passos para fora e ficou cara a cara com Jonathon. Os olhos de Jonathon se arregalaram e ele pegou a pistola, apontando para Khaos ─ Você é real. Khaos olhou para Jonathon, curioso sobre a estranha observação ─ Tão real... como você é. Jonathon levantou a sua arma e a apontou para Khaos. Isso não teria tanto impacto, mas não havia nenhum ponto em sofrer inutilmente. ─ Eu sei quem você é, sabe? Eu vi você matar a mim e ao meu pai, há muito, muito tempo atrás. Khaos olhou para a arma, os pelos na parte de trás do pescoço subindo. Algo não estava certo. Como Jonathon sabia do passado? ─ Então você sabe que as balas na arma não faram muito contra mim. Jonathon sorriu ─ Mas elas o atrasarão, dragão. E elas matarão meu irmão e o deixará sozinho outra geração. Outra geração... Khaos sentiu que recebia um soco no estômago ─ Você mataria seu irmão só para me magoar? ─ Não seria a primeira vez. ─ Jonathon levantou a arma e puxou o gatilho.


A bala cortou a pele de Khaos, que imediatamente sentiu uma dor diferente de qualquer outra. Uma bala não teria muito impacto sobre ele, mesmo na sua forma humana. Khaos caiu de joelhos, a cabeça girando. Fraqueza o montou em ondas ─ O que era isso? ─ Você adoraria saber? ─ Jonathon perguntou com um sorriso. Henry saiu apressado da sua barraca. Ele caiu de joelhos ao lado de Khaos. ─ Não, Jonathon! O que você fez? ─ Você verdadeiramente escolheria esta criatura sobre a sua própria família, não é? ─ Jonathon cuspiu. ─ Você sempre teve nojo de mim, e agora é você que me enoja. Khaos virou-se para ver o olhar confuso, cruzando o rosto de Henry. Seu companheiro estava em perigo. Khaos tentou empurrá-lo para trás dele, colocando o seu corpo entre Henry e a arma, mas a escuridão começou a engoli-lo.

Capítulo Dez

Jonathon puxou Henry para uma caverna igual a que ele estivera, mas esta era desprovida das pedras no centro, com exceção de três pedras esculpidas e era um pouco menor. O espaço também estava iluminado com holofotes grandes, parecendo tão claro como o dia. Henry olhou ao redor para o escrito dragão nas paredes, as esculturas elegantes eram de tirar o fôlego. Ele adoraria ter semanas, até meses, para investigar tudo, mas havia outros assuntos importantes à mão. Jonathon já tinha amarrado Khaos a um dos três, e agora o seu irmão estava amarrando-o a um segundo.


─ O que vai fazer Jonathon? Jonathon olhou para Henry, com aversão clara no seu rosto ─ Calese... aberração. ─ Henry não conseguia entender. Ele nunca se encaixaria na sua família, mas seu irmão certamente não lhe faria mal. Faria? Khaos começou a se mover em frente a Henry, mostrando sinais de acordar. A ferida no peito sangrava muito, e Henry tinha a sensação de que não deveria estar sangrando assim. Jonathon tomou nota do despertar de Khaos, e se virou para puxar a sua cabeça pelo cabelo. ─ Não é poético? Você finalmente encontrou o seu companheiro e morrerão juntos. ─ Você não pode me matar ─ Khaos se arrastou ligeiramente, os olhos rapidamente limpando assim que viu Henry amarrado em frente dele. Vapor saiu por suas narinas e pareceu se tornar mais consciente, os efeitos da bala possivelmente perdendo o efeito ─ E mesmo se você matar Henry, ele voltará para mim. ─ Como ele voltou para você da última vez? Não está curioso por que levou tanto tempo para encontrar o seu companheiro? ─ Jonathon disse, um sorriso presunçoso cantando na sua voz. Khaos enrijeceu, olhando rapidamente para Henry antes de retornar o seu olhar a Jonathon ─ O que você disse? ─ Nós voltamos muitas vezes, Khaos, ─ Jonathon disse. Jonathon não deveria conhecer esse nome. Henry nunca lhe deu. ─ Meu pai voltou quase imediatamente depois que você o matou, com as suas memórias completamente intactas. Ele nasceu como filho do meu irmão mais velho que se tornou o Duque de Ellisworth. Ele matou o pequeno Henry momentos depois que nasceu. Ele pensou que acabaria com o inferno que sofremos, mas então nós dois morremos violentamente com quase a mesma idade que você nos matou pela primeira vez. Meu pai voltou


novamente. Então matou a encarnação seguinte e a seguinte, o sangue de Henry se esparramando por todo o lado. Fiquei espantado em quanto sangue havia dentro de algo tão pequeno como uma criança. ─ Jonathon sorriu ─ E cada vez, conhecemos um fim infeliz. Foi só desta vez que o deixamos viver. Ficou um pouco

mais difícil de cometer infanticídio hoje em dia. E

aparentemente precisamos acabar com este ciclo de outra maneira. Henry sentiu a bílis subindo na sua garganta. Ele voltava para o seu amor, só para ser assassinado por sua própria família? Não. Não, eles não podiam ser assim tão cruéis. Khaos engoliu em seco, o brilho das lágrimas iluminando seus olhos ─ Vocês o mataram... pelo que fiz para vocês? Jonathon sorriu ─ De fato. Cada retorno, nós aprendemos mais sobre o seu tipo, acumulando uma grande quantidade de conhecimento em nossa biblioteca familiar. Temos uma das maiores coleções de tradição dragão na propriedade da família. E nós aprendemos uma coisa ou duas folheando os livros antigos. ─ Para quê? ─ Henry perguntou. ─ Para encontrar uma maneira de matar Khaos, claro. Levou um tempo, com certeza, para acertarmos, mas uma vez que aprendemos os meios da sua extinção, foi fácil. Nós encontramos algumas cavernas lendárias de dragão, criamos especulações para aumentar a consciência de que estávamos aqui, então o trouxemos como isca, e, lá estava ele, pronto para fazer você um sodomita, mais uma vez. Agora podemos matar os dois e talvez terminemos esta progressão de regresso sem fim. Khaos apontou as algemas segurando-o, suas mãos levantaram em direção à garganta de Jonathon. Se apenas o dragão estivesse mais perto para realmente fazer o trabalho. Com sua força, ele devia ser capaz de conseguir, Henry tinha certeza disso. Jonathon riu ─ Algemas de platina são à prova de dragão, parece.


Tínhamos quase certeza que elas funcionariam. Henry lutou contra a vontade de vomitar. Como puderam fazer isso? A vingança era uma coisa, isso foi além de retribuição. Ele estava doente. O Duque entrou, olhando fixamente para Jonathon e, em seguida, Henry e Khaos. Seu olhar voltou a Jonathon ─ Está tudo no lugar? ─ Coletamos todas as peças dos escritos de dragão em ambas as cavernas. ─ Disse na frente de Khaos ─ Os helicópteros devem chegar dentro de duas horas para pegar as caixas. A dinamite está no lugar ─ Jonathon disse quando apalpou o bolso no peito, e Henry queria saber se era o detonador ─ Esses dois devem morrer em questão de minutos, e podemos voltar para casa para dar à minha mãe a devastadora notícia da morte do seu filho mais novo num desabamento. ─ Como você pode fazer isto? ─ Henry perguntou. ─ Eu sabia que você não gostava de mim, mas isto? Jonathon sorriu ─ Você não é meu irmão. ─ Jonathon se virou e apontou para Khaos ─ Você é o brinquedo da besta. E entre nós e você. Eu escolho nós. Henry sabia que seu antecessor fizera a pior escolha. Ele virou as costas para estes homens para estar com o homem que amava. Ele devia ter fugido e sido feliz com Khaos, em vez de se preocupar com o que a sociedade poderia pensar dele e do seu amor. Khaos chamou a atenção de Henry. O dragão olhou para baixo. O olhar de Henry o acompanhou. Os pinos de platina estavam sendo arrancados da pedra em que estavam presos. Platina podia ser à prova de dragão, mas certamente não era a pedra em que estavam presos. Khaos continuou a puxar os pinos de platina das algemas na pedra, mas Jonathon podia notar isso a qualquer momento. ─ Pai, você concordou com tudo isso? ─ Henry procurou o olhar do seu pai. Finalmente, o homem olhou para cima e nos olhos dele. Henry estava


quase certo de que ele viu um pontinho de remorso lá. Não foi? Ou ele estava se agarrando a retalhos, desejando algo que nunca existiu? ─ Você vai me matar por algo que fiz na vida passada? Eu sou seu filho. Eu sou feito com a mesma carne e osso, que você. O Duque e Jonathon olharam fixamente para Henry. Henry viu a completa falta de emoção e o seu estômago se apertou novamente. Jonathon tinha dito que era ‘nós ou ele’. Não havia nenhum amor, nenhuma emoção naqueles olhares. Ele sempre sentiu a falta de afeto da sua família. Ele nunca tinha percebido a profundidade dos seus sentimentos. Sentimentos? Seu ódio absoluto. Henry, de repente, compreendeu a necessidade de uma decisão tão ‘preto e branco’. ─ Ele não fez nada, eu fiz. ─ Khaos implorou ─ Mate-me, mas solte Henry. ─ Se ele não tivesse trazido você para a sua cama, nós não teríamos morrido. Ele carrega mais a culpa e vergonha. ─ O Duque de Ellisworth disse, encarando Khaos. Raiva rolou através de Henry. A última vez que enfrentou o irmão e o pai como agora, ele caiu de joelhos, incapaz de se levantar por si mesmo. Ele não cometeria o mesmo erro novamente. Se eles fossem capazes de se livrar, uma escolha precisa ser feita. Khaos e uma vida de amor, ou morrer nas mãos da sua família novamente. ─ Você não é meu filho. ─ O Duque cuspiu. ─ Como seu irmão disse. Você é a puta de um dragão. Você estava morto para mim no momento que você deixou o ventre da sua mãe. Henry viu o primeiro pino soltando da pedra pelo canto do olho. Raiva lhe inundou com as palavras do seu pai, e esperava que Khaos os fizesse... sofrer. Se não... Ele se protegeria e a Khaos deles, por qualquer meio necessário. Ele não seria seu capacho novamente, nem os deixaria ganhar. Khaos puxou o outro pino e libertou-se. A longa corrente que o


mantinha vinculado à pedra de repente se tornou uma arma, erguendo-a acertou o Duque e Jonathon na cabeça. Khaos os nocauteou rapidamente antes de roubar as chaves de Jonathon e se libertar antes de atacar as correntes no pulso de Henry. ─ Vamos tirar você daqui. ─ Khaos sussurrou. Henry ficou livre, caminhou até o seu irmão removendo a arma do quadril de Jonathon e apontou-a para baixo. Seu pai, o ávido esportista, ensinara Henry a atirar em uma viagem de família desconfortável. Agora seu pai, mais do que provavelmente se arrependeria. ─ Não faça isso, Henry. Você não é um assassino. ─ Não podemos deixá-los aqui. Nós nunca teremos paz com eles na nossa cola. ─ Henry disse, sabendo que era a verdade ─ Não os deixarei destruir o nosso futuro, Khaos. Khaos enrijeceu ao lado de Henry ─ Não pode fazer isso, Henry. Isso vai assombrá-lo, como fez comigo. Não faça isso. ─ Mataram-me. Eles mataram-me, uma e outra vez, afastando-me de você. Se sobreviverem, não conseguiremos encontrar felicidade. Eles encontrarão uma maneira de estragar o que temos finalmente, eu sei. Olhe o quanto eles planejaram. Isso nunca terminará. Khaos agarrou o queixo de Henry, obrigando Henry a enfrentá-lo ─ Você não é um assassino. Você não será capaz de enfrentar-se depois. Você mal pode me enfrenta agora depois do que eu fiz. ─ Desculpe-me. Eu nunca quis dizer algo para você se sentir assim. Agora sei que você não queria que isso acontecesse. Mas sabendo o que sei agora, eles mereceram morrer. ─ Ninguém merece o que eu fiz. Eu me arrependo. Foi feito sem pensar duas vezes. Poderíamos ter fugido juntos, onde eles nunca seriam capazes de nos tocar. ─ Khaos esfregou o dedo sobre a bochecha de Henry, o toque o acalmou.


─ Você não vê por que precisamos fazer isto? Eles o matariam. Khaos balançou a cabeça ─ Eu matei os dois. Como posso não ver a ironia? Eu tenho que esquecer a raiva, eu tenho que me livrar ou ela me consumirá novamente. Você tem que esquecer, também, ou você nunca se livrará da ira. Podemos encontrar outra maneira, Henry. Eu sempre o protegerei. ─ Nós não poderemos ficar juntos se estiverem atrás de nós. Khaos puxou a arma da mão tremendo de Henry ─ Nós podemos. Tínhamos sempre um jeito de ficarmos juntos, longe deles. Eu implorei para que viesse comigo. Eu posso levá-lo para longe de tudo isso agora. Henry largou a arma, e concordou. ─ Eu não recusarei desta vez, Khaos. Khaos puxou Henry em seus braços, o beijando com ternura. ─ Você ainda não terminou? ─ Uma voz disse em tom firme. Henry olhou para cima e viu Maksim quebrar o pescoço do irmão de Henry. ─ Maksim! Não! ─ Khaos rugiu. Maksim levantou o pai de Henry antes que Khaos pudesse impedi-lo. O dragão de gelo quebrou o pescoço do Duque em um instante. O corpo de Henry sacudiu, uma vez, duas vezes, cada vez que Maksim deu os golpes fatais, como se tivesse sido atingido. Depois, Henry ficou ali, olhando seus corpos moles. ─ Por que, Maksim? ─ Khaos se enfureceu. ─ Eles estavam prestes a matar os dois, bem como levar artefatos antigos de dragão fora destas cavernas e para o mundo humano. Ouvi-os falar de decifrar os escritos de dragão, e eu não podia deixar isso acontecer. Você seria muito fraco para fazer o que precisava ser feito, mas eu não sou. Khaos ficou parado, olhando para os corpos. Ele pareceu mais abalado do que Henry. Henry se aproximou, envolvendo os braços em volta do


corpo dos Khaos. ─ Eu não queria uma repetição do passado. ─ Khaos sussurrou ─ Ainda assim voltou a acontecer. ─ Não por nossas mãos. ─ Henry disse ─ Mas nossa desgraça estava escrita e você sabe disso. Khaos se virou para olhar para Henry ─ Eu queria lhe mostrar outro caminho. ─ Você fez. Você me parou. E se controlou. Você provou o que eu sabia lá no fundo. Que é um bom homem. Khaos inclinou-se e colocou um beijo suave nos lábios de Henry.

Capítulo Onze

─ Podemos ir agora? ─ Perguntou Maksim. ─ Temos mais uma coisa a fazer, Maksim. ─ Khaos saiu dos braços de Henry, mesmo que fosse a última coisa que ele queria fazer depois de ouvir o conto, sabendo que a sua missão não foi feita. Maksim virou-se para encarar Khaos ─ E agora? Khaos enfiou a mão no bolso da camisa de Jonathon e removeu o detonador que Henry tinha certeza que estava lá, e depois guardou no bolso e a arma que ele tinha tirado das mãos de Henry ─ Os seres humanos têm este encaixe na caverna com explosivos, e eu tenho o detonador. Colocamos o Dragonspeak de volta para dentro e explodimos o lugar. Eles não podem decifrar nada se as pedras foram destruídas. Maksim ficou em silêncio enquanto ele olhou em volta da caverna. ─ Destruí toda essa beleza?


Khaos estreitou os olhos para o Dragão de Gelo. Talvez houvesse mais para eles do que ele lhes deu crédito. ─ Mas então é só a história do dragão da terra. O que me importa? E então, talvez eles fossem idiotas de coração frio. ─ Vamos lá, Maksim. Você pode apaziguar Ivan com a notícia de que você salvou o dia aqui quando você voltar sem o coração. E destruir algo dos Dragões da Terra pode fazê-lo feliz também. Maksim ergueu o queixo, pensativo ─ Tudo bem. Duas horas mais tarde, quando os helicópteros chegaram para o translado, eles encontraram um grande incêndio na montanha. Os dragões tinham metido medo rapidamente nos trabalhadores dos acampamentos e fizeram o trabalho de colocar as pedras cobertas de glifo de volta para dentro das cavernas. A dinamite tinha tomado conta da ameaça do mundo humano, por enquanto. Khaos tinha usado o seu corpo e as asas para proteger o seu companheiro da explosão e do incêndio. Agora Khaos, em forma humana, estava às margens da explosão, impressionado com o tamanho e largura do intenso incêndio. A tripulação, que tinha estado lá estariam mais provávelmente afirmando que eles tinham visto dois dragões vindos da terra e engolir o lugar em fogo e gelo. A maldição da montanha, aquela que os moradores cogitavam, iria reabastecer, esperando manter os seres humanos longe da terra e as cavernas quanto possível, não que haja muito o que encontrar. Khaos assistiu Henry por um momento. Seu companheiro estava exausto, depois de ter ajudado a colocar o C4 na entrada das cavernas para garantir que ninguém seria capaz de entrar. Então ele tinha recolhido todos os seus pertences e ficou pronto com as suas malas, e a dele, de mãos dadas. Pronto para a vida que tinha sido roubada deles 200 anos antes. Mas Khaos tinha que estar cientes do fato de que, apesar da cara, o corpo, e o nome de Henry terem seguido ao longo dos anos, este Henry era um homem


todo seu. Em vez de se encolher perante o seu pai e irmão, ele os encarou e viu a sua feiura interior. Foi-se o homem tímido, que temia ser descoberto. Henry, estava em uma nova e melhorada versão do seu amor perdido, era um homem forte e Khaos não estava cego para o fato. Além disso, ele tinha uma vida diferente, num tempo diferente. Suas experiências o teriam moldado em alguém diferente, com ou sem o persistente passado. Era hora de seguir em frente e construir uma nova vida com este Henry e deixar tudo para trás. Khaos se aproximou, puxando Henry contra o seu corpo nu. Suas roupas tinham rasgado quando ele mudou, deixando-o nu. Seu pênis estava duro, especialmente depois que ele tinha sido capaz de voar sobre em forma de dragão e soprar fogo para obter a explosão em massa crítica. Nos tempos modernos, ele tinha muito poucas dessas oportunidades. Graças à Internet, câmeras de celular, e o aumento da população humana, havia poucos lugares onde ele poderia ser um dragão. Seu sangue rugia nas suas veias. Sentia-se mais vivo agora do que ele tinha em um longo, longo tempo, e de ter o seu companheiro lá, e... com o cheiro tão bom... Khaos não poderia manter as suas mãos para si mesmo. Seu corpo formigava todo, pronto para recuperar o seu companheiro. Maksim andava nu também, assim quando Khaos estava arrastando o seu companheiro em seus braços. Deixe isso para o Dragão de Gelo para entrar no seu caminho e bloquear o seu pênis mais uma vez. Maksim olhou para Henry. ─ Você ainda tem meu telefone, certo? Henry pegou no bolso, levantando-o um momento depois, a espera da mão de Maksim. Maksim bater alguns botões e levantou-o ao ouvido ─ Tenha o avião pronto em trinta minutos. Ele então olhou para Henry e Khaos ─ Se você quer uma carona para


casa, eu sugiro que você leve os seus traseiros para o aeroporto, e rapidamente. Poderíamos ter sido capazes de voar por aqui no meio do nada, mas não podemos voltar para casa assim. Khaos suspirou. Sem tempo para amar o seu amante. ─ Espera, 30 minutos? Nós teríamos que voam em forma de dragão para chegar ao aeródromo tão rápido. Maksim se virou e sorriu ─ É praticamente estéril entre aqui e lá. Foi maravilhoso, não é? Eu estou tomando uma última chance. Quem sabe quanto tempo vai se passar, antes de podermos arriscar novamente. ─ Maksim mudou e decolou no ar, seu corpo brilhando azul quase laranja à luz das chamas dançantes. Khaos ofereceu a mão a Henry ─ Você vai precisar de uma carona, se quisermos chegar lá a tempo. Os olhos de Henry se arregalaram ─ Uma viagem... em um dragão? Sim, um passeio. Mais tarde Khaos iria montar Henry, isso era certo. ─ Dê-me sua mão, Henry. Um sorriso se formou nos lábios de Henry e ele estendeu a mão, tomando a mão Khaos. E no ar, eles foram, em um brilho de escamas vermelhas e fogo.

Capítulo Doze

Duas horas mais tarde, Henry sentou-se no conforto de um jato particular, em frente ao seu companheiro. Estavam deixando a Amazônia para trás. Os três tinham tomado um banho rápido para enxaguar a fumaça, fuligem e remanescente da selva. Maksim retirou-se para um quarto privativo


na parte de trás do avião, deixando Henry e Khaos sozinhos na cabine. Henry levantou-se do seu lugar e ficou na frente de Khaos. O dragão retornou após o seu banho, presenteando Henry com a sua presença de perfeição masculina. Ele usava uma apertada Levis e uma camiseta escura, apertada o suficiente para definir o peito largo e musculoso. Khaos olhou para cima, depois de parecer perdido em pensamentos. ─ Aonde vamos a partir daqui? ─ Henry perguntou. Khaos estendeu a mão e agarrou o exterior das coxas de Henry, esfregando os dedos em movimentos circulares ─ Qualquer lugar. Henry deu um suspiro ─ Em qualquer lugar? O que aconteceu com aquele castelo no sul da Espanha, que você estava sempre falando? ─ Ainda está lá. Ainda estou esperando o meu companheiro fazer de lá a sua casa. Mas podemos ir para onde quiser, companheiro. Henry sorriu ─ Eu quero ver a sua casa. Eu deveria ter visto há muito, muito tempo. ─ Sim, Henry deveria. ─ Khaos disse, seus olhos se estreitando e as narinas queimando ─ O Henry do passado. Você não é ele. Você é muito mais do que ele. Henry sorriu, o comentário significava o mundo para ele. As lembranças que tinha eram tão vivas, parecia estar tão perto. Elas o estavam ameaçando engolir inteiro e o faziam querer saber quem ele era. Deixando-o preocupado que Khaos quisesse o antigo que perdera; tanto assim, que não seria capaz de vê-lo como era agora, mesmo que ele já não soubesse quem era mesmo. ─ Estou feliz que você reconhece isso. ─ Venha cá. Henry deixou Khaos puxá-lo para baixo no seu abraço, e um beijo veio de repente. Henry abriu os seus lábios em surpresa e Khaos serpenteou a língua lá dentro. Khaos sabia que momentos como esse, sempre lhes deu prazer mútuo. Henry derreteu nos braços de Khaos, sabendo que era onde


pertencia. Para sempre. Será que teriam a chance de ficar um longo tempo juntos desta vez? Henry pensou que era mais do que merecido depois de ouvir o que seu o pai e irmão os fizeram passar. Ele empurrou os maus pensamentos da sua mente. Eles estavam juntos agora. E precisavam tirar proveito do seu tempo, longo ou curto. Henry abaixou-se e acariciou o pau de Khaos, não surpreso ao descobrir que o seu amante já estava duro. Khaos retornou o favor, segurando o eixo rígido de Henry em suas mãos e acariciando-o através da calça. Khaos soltou um rosnado e o largou. Despindo Henry rapidamente antes de despir a si mesmo. Seu corpo lindo sendo exposto foi o suficiente para empurrar Henry à borda, mas ele segurou, querendo gozar com as mãos do seu amante no seu corpo. Assim que estava nu, Khaos ajoelhou-se diante de Henry. Segurando o pau de Henry, acariciando da base a ponta e de volta novamente, levando Henry mais perto do esquecimento. Fechando os olhos, ele lutou contra a necessidade crescendo. Sentiu a língua do homem nas suas bolas e na base do seu pênis antes de mergulhar para baixo e rodar sobre a sua entrada enrugada. Henry gritou quando Khaos lambeu a sua entrada, pressionando a língua achatada ao longo das bordas apertadas antes de empurrar para dentro. Seu corpo começou a tremer com a necessidade, mesmo quando lutou contra a fome que Khaos estava alimentando dentro dele. Ele estava perto da borda e recém tinha começado. Estava com fome de tudo, mas precisava ir devagar apreciar o que estava lhe sendo dado. Henry era impotente para lutar contra o desejo doloroso que Khaos criou dentro dele. Ele fechou os olhos quando Khaos pressionou um dedo grosso no seu traseiro, seguido por outro. Khaos o esticou, molhando os dedos e umedecendo a sua entrada. Henry se arqueou quando Khaos o abriu mais e


cuspiu no seu traseiro apertado. Khaos voltou para o seu pau, acariciando da base até a ponta antes de engolir metade da sua ereção. Henry levantou os seus quadris do couro macio do sofá do avião, seu corpo esticou com a necessidade. Khaos avidamente o sugou, empurrando-o a um ponto sem retorno. Henry gritou, gozando com força. Ele atirou a sua carga na garganta do seu amante, apertando a sua bunda em torno dos dois dedos espessos ainda o empalando. Os dedos de Henry estavam agarrados aos fios grossos dos cabelos de Khaos enquanto alimentava o dragão com o seu sêmen. Exausto, ele caiu para trás no sofá. Mas sabia que não estava completamente satisfeito. Seu ânus apertou em torno dos dedos de Khaos novamente, sabendo que precisava de mais. Ele queria estar completamente ligado ao seu dragão, unido. Henry sentiu um pouco de lubrificante se espalhando no seu ânus. Não tinha certeza de onde viera, e não se importava. Só o excitou mais, saber que o seu dragão ia enchê-lo. Khaos levantou-se de joelhos com o pau na mão. Ele pressionou a ponta contra a entrada de Henry e penetrou alguns centímetros, passando a faixa grossa de nervos. Era uma coisa tão incrível, um pouco de Khaos dentro dele. ─ Eu não posso levar as coisas devagar. ─ Khaos sussurrou ─ Preciso de mais. ─ Leve-me com tudo que precisar, dragão. Khaos sorriu presunçosamente, levantando as pernas de Henry para expor a sua bunda. Henry olhou quando Khaos se posicionou para levá-lo. Luxúria o envolveu enquanto observava o seu companheiro pronto para encher o seu corpo. Eles compartilhavam algo tão incrível, tão único. Ele se sentia perdido por tanto tempo e agora se encontrara. Seu dragão seguiu em frente, seu pênis grosso alongando Henry


enquanto o penetrava. Henry cerrou os dentes e deixou a sensação de queimação correr através dele enquanto Khaos o preenchia centímetro a centímetro. ─ Abra os olhos, Henry. Você vai olhar enquanto e o levo. Henry abriu os olhos e olhou para o seu dragão. Seu amante ─ Eu nunca terei o suficiente. ─ Isto é só o começo. ─ Khaos sussurrou enquanto empalava Henry totalmente. De frente para o seu amante, Henry estava deitado contra o couro, com as pernas para o alto enquanto o seu dragão lhe montava. Khaos bateu na sua bunda, com mais força, reivindicando-o mais duramente do que antes. O dragão era forte, infinitamente mais forte que Henry. Havia algo tão sedutor nisso. Tão perigoso. Tão mortal. Sim, Khaos carregava uma besta dentro de si, mas Henry sabia que Khaos nunca o prejudicaria. Khaos amava-o com uma paixão ardente, que não experimentara, mas agora estaria aproveitando pelo resto dos seus dias. Seu dragão o empalou repetidamente, seu pau ficando duro novamente devido ao martelamento implacável. Khaos era parte animal, e Henry o aceitava, aceitava a natureza bestial do seu companheiro. Ele aguentou o sexo áspero e gemeu em cada onda pesada no seu corpo. Khaos mantinha o movimento forte quase ao ponto de dor, mas apenas sob ele, nunca deixando Henry ter mais do que um pouco de dor deliciosa. Seu dragão inclinou-se para frente, empurrando suas pernas para trás ainda mais. Khaos passou sua língua sobre o pescoço de Henry e, em seguida, até o ombro. Ele mordeu a pele lá e Henry ficou tenso quando sentiu Khaos explodir seu fogo nele.


O calor foi explosivo, o desejo ainda maior. O fogo de Khaos não queimou Henry. Henry absorveu de alguma forma, as chamas se espalhando por todas as células do seu corpo, transformando-o de alguma forma. Deixando uma marca na sua pele, a marca do seu dragão se completou. Henry estava inundado com a necessidade, seu dragão soprou mais fogo quanto mais ele bombeava o seu pau grosso. Acasalando-os no círculo interminável, de carnalidade e chamas. Quando o pau de Khaos empurrou mais uma vez para dentro do traseiro de Henry, ele sabia que o seu amante estava no final. Khaos rugiu mais fogo através de Henry enquanto gozava lá no fundo, o calor do seu sêmen queimando. Tiro após tiro encheu Henry que gozou logo depois, enchendo a mão de Khaos com outra carga de gozo. ─ Você é meu. ─ Khaos rosnou, seus olhos brilhando vermelhos ─ Para sempre meu. Henry gemeu, sabendo que ele era de Khaos, em todos os aspectos ─ E você é meu. Khaos sorriu, segurando o pau do Henry em seu punho fechado, puxando para fora o último do seu esperma. Depois que se esvaziaram até a última gota, Khaos lentamente retirou-se e puxou Henry em seus braços, abraçando-o no chão. Khaos beijou a testa de Henry suavemente, seus lábios parecendo se torcer em um sorriso ─ Um dia destes, encontrarei um pouco de paciência e levaremos as coisas devagar. ─ Nunca. Além disso, eu gosto assim. ─ Henry disse. Ele levantou os dedos para a marca queimando no seu pescoço e de repente percebeu que estava do lado errado. Khaos não tinha terminado a marca. Tinha feito uma nova ─ Por quê? Khaos puxou Henry mais perto, beijando seus lábios ─ Não precisamos olhar para o passado. ─ Khaos disse enquanto passava os seus


dedos sobre a velha cicatriz ─ Nós precisamos fazer nosso próprio futuro juntos. Eu amo você, Henry. Henry suspirou, olhando

para

o seu dragão. Ele

conhecia a

profundidade das emoções de Khaos ao ouvi-lo dizer as palavras na sua memória para o último Henry. Mas ouvi-la agora, com seus próprios ouvidos, de alguma forma parecia diferente. Melhor. E mesmo que as emoções rodando no seu peito estivessem de alguma forma amarradas as memórias do passado, ele sabia que Khaos era o seu destino ─ Eu amo você, também.

Khaos ficou na varanda com vista para o Mediterrâneo, de pé no seu castelo pela primeira vez em muitos meses. O sol estava se pondo sobre as águas cristalinas, o céu em chamas de laranja e vermelho. O telefone no seu ouvido, ele ouvia a discagem esperando que o seu irmão pegasse rapidamente. Seu companheiro dormia na sua cama, ali dentro, e Khaos estava pronto para voltar para ele. ─ Eu sei que você tem um companheiro na cama, mas você poderia dar sinal de vez em quando. Sei que quer desfrutar do seu companheiro, mas nós temos um Dragão Negro para parar. ─ Só faz quatro dias. Se o mundo vai acabar, eu queria algo para lembrar; algo que me ajude a encontrar a força para matar Mestopheus. Após duzentos anos, acho que eu merecia alguns dias. Você teria ligado se algo o pressionasse. Rhaege murmurou algo sob a sua respiração ─ Não temos tempo a perder.


─ Qualquer notícia de Carreg? ─ Khaos perguntou, tentando mudar de assunto. Rhaege recentemente havia encontrado o seu próprio companheiro de novo e tinha aproveitado bem na cama, então seu irmão não podia reclamar de Khaos. ─ Até agora, nada. O primeiro local foi um fracasso. ─ Rhaege respondeu ─ A propósito, as balas da arma foram testadas. Se havia algo que pudesse retardar um dragão e fazê-lo sofrer, precisávamos saber. Infelizmente, não acho que podemos usá-la em Mestopheus. Khaos sentou-se na cadeira do pátio e esticou as pernas ─ O que era? ─ Qual é a sua única fraqueza? Henry. ─ Eu não sei, o quê? ─ Seu companheiro. As balas eram revestidas no seu sangue. Khaos se recostou na cadeira, chocado. ─ Não sabia que era possível. ─ Eu ordenei que a biblioteca da família fosse saqueada e trouxe tudo para cá. De acordo com Diego, o pai e irmão parece que encontraram um texto arcaico onde um cavaleiro alegou ter abrandado um dragão com a lança encharcada com sangue do seu companheiro. Eles arriscaram. Agora sabemos que realmente funciona. Mas desde que Mestopheus não parece seguir as mesmas regras de acasalamento que nós, não acho que tem um companheiro para usarmos o sangue. Será que o seu amor por Henry não seria usado contra ele novamente? ─ Mas é algo que deveríamos verificar. Talvez esses livros que juntaram possam ter algumas informações que não temos. ─ Já tenho Phrenzy e o seu companheiro pesquisando. Eu consegui convencê-los a permanecer aqui para nos ajudar a encontrar respostas. Diego ser um jornalista tem sido um grande trunfo. O ser humano é minucioso na busca de informação nos livros que tínhamos também, coisas que foram negligenciadas. ─ Então você tem algumas ideias sobre o que fazer?


─ Pequenas coisas, nada definitivo. Mas manter os Corações longe das mãos de Mestopheus ainda é nosso foco. Mandei mensagens, pedindo para encontrar com os outros Dragões individualmente. Eu estou voando para a Holanda, amanhã, para me encontrar com Caelum. Carreg me encontrará lá. Ele encontrou Mestopheus em suas viagens e agora sabe a verdade. ─ Não sei se devo ficar feliz ou triste com isso. ─ Khaos estendeu seu corpo dolorido ─ Vai levar um Dragão da Terra para se encontrar com os dragões do ar? Tem certeza que é uma jogada inteligente? ─ Estou bem ciente da sua história, irmão. Carreg exigiu e prometeu estar no seu melhor comportamento. Agora volte para o seu companheiro. Assim que tivermos alguns dos outros Dragões do nosso lado, poderemos planejar nosso próximo passo. Eu telefono quando chegar em casa e podemos planejar juntos. ─ Há momentos atrás, você estava gritando comigo por não ajudar, agora quer que eu volte para ele? ─ Por enquanto, ame-o como se não houvesse amanhã. ─ Rhaege ficou quieto e Khaos pensou que tinha desligado ─ E Khaos? ─ Sim, irmão? ─ Eu sei que não digo isso muitas vezes, mas você sabe que eu o amo, não é? Khaos sorriu ─ Sim, Rhaege, e eu a você. ─ Estou feliz que você finalmente teve a segunda chance com Henry. Estou ansioso por conhecê-lo. Khaos olhou através das portas, vendo Henry dormindo ─ Mal posso esperar para você conhecê-lo, também. Boa sorte, irmão. Khaos apertou o botão de desligado, e entrou no quarto. Deixando o telefone na mesa, ficou olhando para o seu companheiro deitado e sabia que faria qualquer coisa para impedir Mestopheus de destruir um mundo onde Henry existia.


Esta noite, seguiria a sugestão do seu irmão e amaria Henry como se não houvesse amanhã. Ele estava duro e dolorido quando deitou entre os lençóis e esfregou o seu corpo nu ao longo de Henry. Seu companheiro acordou, seus olhos se abrindo lentamente enquanto olhava por cima do ombro. ─ Outra vez? Você é insaciável. Khaos riu quando beijou o pescoço de Henry. Ele entrou no seu companheiro com um único impulso, fluido, conectando-os mais uma vez. Era onde ele pertencia, junto ao seu amado para sempre. Ele envolveu seus braços ao redor de Henry, puxando o seu companheiro rente ao seu corpo. Khaos beijou a marca de Henry enquanto languidamente bombeava a sua carne dentro do seu companheiro ─ Eu o amo. Henry virou-se e procurou os lábios de Khaos, beijando-o antes de gemer ─ Eu amo você, também. Agora foda-me corretamente. Khaos riu outra vez, rolando Henry para suas mãos e os joelhos. Ele aumentou o ritmo na bunda de Henry, segurando-o em um abraço caloroso. Soprando suas chamas no seu amante, reivindicou o que era seu, sabendo que era um escravo do seu companheiro como ele era seu.

Fim


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