Reivindicando seu Amante (Experiência Alienígena 3) De: Eva Evans Dean está pronto para jogar a toalha no trabalho. Não é o intenso trabalho manual que o incomoda, mas as atitudes retrógradas dos homens no acampamento de lenhadores. Quando ele está pesquisando uma potencial área ao norte da floresta, ele se depara com algo que vai mudar sua vida para sempre. Dolph e Zyr são opostos em todos os sentidos, exceto pelo fato de que os dois estão fadados ao mesmo macho humano. Encontrar seu amante na Terra seria apenas metade da batalha. Se darem bem uns com os outros, seria o seu maior obstáculo. Os três homens devem aprender a aceitar uns aos outros, física e emocionalmente, para terem a esperança de um futuro amoroso juntos.
Capítulo Um
Dolph carregou sua aeronave com suprimentos, se preparando para sua viagem ao extremo sul de Mythios. Ele marcou um encontro com Zyr para se prepararem para a tão esperada viagem à Terra. Embora Dolph nunca tenha conhecido pessoalmente o Mandor, ele já esperava o pior. Mandorians do sul tinham a fama de serem violentos e de terem apetites sexuais extremos. O Oráculo havia declarado que ambos estavam fadados a ter como companheiro o mesmo macho humano, de modo que precisavam se dar bem, quer eles gostassem disto ou não. Esperava que não acabassem matando um ao outro antes de chegar na atmosfera da Terra. O entusiasmo de Dolph em encontrar
seu
companheiro,
manteve
seu
desapontamento
sobre
Zyr
controlado. —Saindo? — Perguntou Kross. Colocou o último saco na parte de trás de seu veículo antes de se voltar para enfrentar seu velho amigo. —É agora ou nunca. Dolph se encostou ao lado da aeronave, olhando para a terra que ele tinha recentemente colhido. Ele tinha sentimentos mistos sobre tudo o que estava fazendo, mas o fato de que Kross havia retornado da Terra, ileso e com seu companheiro humano, lhe dava esperança. —Não se preocupe demais. Não é tão ruim quanto espera. Você ainda tem os mapas estelares que te dei? Dolph assentiu. —Eu não estou preocupado com a viagem. —Tenho certeza que Zyr provará que as histórias sobre os sulistas são mentiras. Certamente nem todo sulista pode ter tal apetite sexual.
Resmungou seu descontentamento, chutando os destroços perto de seus pés. Por que ele teve que ser destinado a um Mandor tão vil? Kross foi ligado a um bom amigo, e outros de seus amigos também. Mas não ele. E se Zyr assustasse o ser humano e ele fugisse? Dolph só tinha uma chance de ser feliz, uma chance para encontrar e reivindicar seu companheiro. —Eu não ouvi nenhuma história dizendo que seria mentira. —Disse ele. —Os seres humanos são muito delicados para lidar com um Mandor do sul. Eu não sei como vamos fazer as coisas funcionarem. Kross riu. —Asseguro a você que nossos pequenos humanos tanto o meu quanto os de Grath nos levam bem e avidamente. Os seres humanos certamente são mais resistentes do que parecem. Mandorians eram uma raça guerreira, tão diferente dos terráqueos de pele macia. —Mais uma vez, você me deu esperança, Kross. Dolph subiu no seu aerobarco e fechou a escotilha. A julgar pela estimativa na tela e pelos seus cálculos levaria pouco mais de uma hora para atravessar a metade do planeta. Isso lhe daria um monte de tempo para pensar. Kross havia se resignado a viver sozinho até que o Oráculo lhe deu a notícia de que seu companheiro o esperava na Terra. Sua perspectiva de vida mudou desde que ele soube que havia alguém lá fora, que significaria tudo para ele. Dolph se perguntava se o seu humano jamais tinha se sentado, e simplesmente olhado para campo, sentindo-se sozinho no mundo, ou se alguma vez levantou os olhos para as estrelas, imaginando como seria a sensação de ser realmente amado. Dolph conhecia bem estes sentimentos. Agora que tinha um propósito, nada iria impedi-lo até que chegasse à Terra. Levou mais tempo do que ele queria economizando para comprar um veículo espacial, mas a linha de chegada estava finalmente à vista. Agora ele tinha que assegurar que Zyr não estragasse tudo para ele. A única comunicação entre eles, tinha sido para levantarem recursos para compra de
sua nave espacial. Pelo menos o sulista tinha fornecido a sua parte dos custos, o que era mais do que ele esperava. Enquanto viajava ao longo das regiões desabitadas de Mythios, ele esperava que seu humano ficasse contente em se mudar para um novo planeta. Seria preciso deixar tudo para trás, tudo o que ele conhecia e amava. Dolph nem podia se imaginar abandonando o seu lugar de nascimento, e não ser capaz de olhar para suas luas gêmeas depois de escurecer. A terra ao sul era mais rústica, o clima era insuportavelmente quente e úmido. Mesmo agora, podia avistar o grande deserto laranja sem vida. Será que Zyr insistiria para que se instalassem no sul? Ele nunca tinha considerado as possibilidades, muito além de encontrar o seu humano, mas havia muitas mais variáveis a considerar. Dolph usou seu comunicador para sinalizar sua iminente chegada no cais do espaço sul. Ele já podia detectar pequenos bolsões de civilização e vida abaixo, dentro de um mar de nada. Conforme descia sua aeronave, ele pode ver o calor que irradiava da terra erodida. Esta era a primeira vez que vinha a essa região, e a única razão pela qual se atreveu a vir até aqui foi para obter sua espaçonave. Ele não seguiu em frente, para deixar o interior climatizado da sua embarcação. A
voz
profunda
de
barítono
de
Zyr
chegou
através
do
intercomunicador. —Desembarque na doca dois. Dolph esperava ouvir o pessoal do espaço porto, e não o seu companheiro indesejável de viagem. Mas fez como foi pedido, aterrissando na estação correta enquanto ligava seu trem de pouso. Sua aeronave agitava o pó laranja uma vez que parou, e tudo fora dela parecia borrado, até que desligou o motor. Respirou fundo antes de finalmente ficar de pé e abrir a escotilha de vidro. Por mais que ele não quisesse esse encontro, esse seria o primeiro passo para encontrar seu verdadeiro companheiro. A tripulação do cais correu para frente em todas as direções para proteger a embarcação, ignorando-o enquanto caminhava em direção as
escadas que levam para fora do encaixe espacial. O ar estava pesado, o que tornava difícil respirar. Recordou como fresco e nítido, era o ar em sua casa nesta época do ano. Este lugar era sufocante, parecia o que os seres humanos se referiam ao descrever o habitat inferno. Não havia nenhuma maneira que seu companheiro pudesse tolerar tais condições adversas, Zyr teria que respeitar isso. Tinha explicado a ele que os seres humanos eram frágeis e sensíveis a temperaturas extremas. Teria que garantir que viveriam em seu extenso rancho ao norte de Mythios, na casa que nunca quis deixar. Ela havia sido passada a ele por seu pai antes de sua morte. Seu pai nunca tinha encontrado seu companheiro de vida, e ele estava convencido de que Dolph não iria viver seus últimos dias sozinho e amargo como ele tinha. —Já estava na hora de você aparecer. Eu estive esperando por horas. —Eu disse que ia chegar as doze e são doze. — Dolph se recusou a mostrar fraqueza. Que seria uma arma pra ele usasse como manipulação constante. Se quisesse ser respeitado, teria que demonstrar não ter medo, e nenhuma demonstração qualquer de submissão. Zyr resmungou algo incoerente e fez sinal para ele o seguisse. Enquanto subiam a longa escadaria de concreto, o ar estava ainda mais pesado e rarefeito para seus pulmões a cada degrau. Ele teve que parar para recuperar o fôlego. Zyr não notou que ele tinha parado até que estava no meio da escada. Quando ele finalmente se virou para verificar, olhou para baixo em desaprovação. —Você vai se ajustar. —Ele falou olhando para baixo. —Seu corpo não tem nenhum órgão diferente do meu. Zyr estava certo. Dolph esperava encontrar gigantes de três metros de altura, com dentes afiados, garras retorcidas e letais. Em vez disso, o outro Mandor era semelhante a ele em tamanho tendo um pouco mais de dois metros de altura. A única diferença notável era a aspereza e a postura única que se agarrava a Zyr. Suas roupas estavam esfarrapadas, seu cabelo despenteado, e ele tolerava o clima severo com facilidade, ao contrário de
Dolph. Dolph se sentiu enjoado e fraco enquanto desejava desesperadamente provar sua masculinidade a Zyr.
—Eu vou. — Ele se forçou a dar um passo cada vez, seus pulmões pareciam ter fome de ar. Caso ele se concentrasse demais em sua falta de oxigênio entraria em pânico e faria papel de bobo. Então se concentrou em seu treinamento, a concentração e meditação intensa que era ensinada a todos eles desde a infância. Quando alcançou o último patamar, Zyr estava de pé ao lado dele, apontando para uma curta distância. A grande plataforma superior era banhada pela luz severa do sol, forçando-o a olhar de soslaio. Dolph seguiu seu braço estendido para a grande nave espacial. —Isso é o que eu acho que é? —Eu disse que ia comprar a melhor. Eles caminharam lado a lado em direção à embarcação, a atenção de Dolph cravada na superfície metálica brilhando. Era magnífica, uma maravilha da engenharia que facilmente iria levá-los através do universo para Terra. —Ela parece ser muito maior do que eu esperava. Zyr encolheu os ombros. —Comprei um modelo mais atualizado. É mais rápido e confiável. —Mas nós apenas tínhamos o suficiente para versão básica. Como você...? —Se você estiver indo me atormentar, vou ter que isolá-lo na baía médica durante a viagem. Dolph não se incomodou em discutir. Ele não tinha dado mais do que sua
parte
do
dinheiro,
então
Zyr
deve
ter
acrescentado
os
fundos
suplementares para sua atualização. Ele não parecia ser o tipo que saia de seu
caminho por alguém. Mas se eles poderiam viajar nesta maravilha moderna ao contrário do aperto da nave para três homens que esperava, muitas vezes a qual se referiam como uma armadilha para morte Dolph não iria reclamar. —Quando partimos? — Quanto antes eles chegassem ao espaço, melhor. Ele não estava sofrendo sob o sol do sul por prazer, e não tinha nenhum interesse em se tornar o melhor amigo de Zyr. Toda a viagem era somente sobre o cumprimento da profecia, sobre encontrar seu companheiro predestinado. —Saímos ao amanhecer. Ele estendeu a mão e segurou Zyr, o puxando para trás pelo ombro. Zyr virou e olhou para sua mão com um olhar de desaprovação. —Eu não vou passar a noite nesta terra esquecida por Deus. Não vejo porque nós não podemos sair hoje à noite. —Porque a nave não está pronta. Zyr olhou para a mão de Dolph de novo, então Dolph a deixou cair. Teve que controlar seu pânico crescente. Era apenas mais uma noite, não iria matá-lo. Ele seguiu atrás de Zyr à medida que passava em torno de inúmeras espaçonaves, finalmente, parando junto a um pequeno veículo usado para acomodar duas pessoas. Era um modelo antigo, algo que Dolph não via desde que era criança. Zyr acenou para que ele embarcasse ao seu lado, e Dolph ficou parado por alguns instantes, atordoado. —Você prefere andar? É uma longa viagem através do deserto. E garanto que tudo o que você encontrar vai tentar te comer. Ele entrou e se sentou ao lado Zyr. Pairavam apenas a alguns metros do chão, enquanto corriam pelo vasto deserto laranja, que tinha visto anteriormente do céu. O motor do veículo antigo zumbia alto o suficiente para abafar o som de sua respiração. E rangia como seus nervos, a cada manobra arriscada. Mas não demorou muito para que eles desacelerassem, aterrissando ao longo de um pequeno cais aparentemente no meio do nada.
—Que lugar é esse? —Este é o lugar onde eu moro. — Zyr saiu do veículo, pulando para fora da plataforma seguindo um caminho grande e plano feito de pedras. Dolph seguiu enquanto olhava os arredores. O ar estava denso, o oceano de areia espalhava-se por quilômetros em todas as direções. Zyr se equilibrou ao longo das rochas até chegar à entrada de uma caverna baixa, camuflada entre o afloramento rochoso. Ele acompanhou o outro homem, abaixando-se para entrar pela pequena abertura. A escuridão o envolveu, exigindo que seus olhos se adaptassem à iluminação mínima. Embora devesse ter se sentido reconfortado em comparação com a forte luz do sol do exterior, Dolph se sentiu desconfiado pelo estranho e novo lugar. Porque Zyr se manteria vivendo aqui fora, isolado? Era tão longe de qualquer centro urbano, e nenhuma outra forma de vida estava à vista por muitos quilômetros. —Você mora aqui? — Não parecia possível. Tinha ouvido histórias de Mandorians do sul. Embora rotulados como incivilizados pelos homens que cresceram com ele, surpreendeu Dolph ainda mais descobrir que alguns Mandorians viviam em cavernas, em vez de casas. Mythios era uma mistura de maravilhas tecnológicas modernas e beleza natural. Este lugar parecia apropriado para Idade das Trevas da Terra1. —Não é bom o suficiente para você? — Zyr murmurou enquanto se movia ao redor da pequena casa, com as costas curvadas o tempo todo. Dolph iria enlouquecer se ficasse em torno de um lugar tão restrito sem nunca ser capaz de desdobrar em toda sua estatura. Sua morada do rancho era espaçosa e arejada, o exato oposto deste buraco na rocha. Como ele poderia suportar isso? —Eu nunca disse isso. — Ele sentou em um banquinho para salvar as costas de se curvar. O teto só estava a uns dois metros do chão, não era alto o suficiente para qualquer Mandorian. —É só que... É diferente. 1
A "idade das trevas" é uma periodização histórica que enfatiza as deteriorações cultural e econômica que ocorreram na Europa consequentes do declínio do Império Romano.
Zyr usou uma pedra de fogo em um pequeno poço, localizado no centro. Um brilho de fogo veio de imediato a vida, iluminando a caverna escura deixando uma mistura de sombras. Chamas e fumaça dançavam para cima através de um buraco estreito acima deles na rocha. O outro homem descansava ao seu lado, cutucando as brasas com uma vara. —Quando
encontrar
o
nosso
humano, eu vou
foder
ele
tão
profundamente e com tanta força, que ele não vai saber o que o atingiu. Dolph foi pego de surpresa. —Desculpe? Zyr ergueu o seu peso em um cotovelo. —Você me ouviu. Venho imaginando isso sempre, desde que eu soube que ele estava lá fora em algum lugar. —Ele é um ser humano, não um Mandorian. Ele vai ser suave e frágil. Zyr balançou a cabeça. —Se ele é meu companheiro, ele vai ter que aprender a assumir uma maldita vida dura. Dolph saltou ficando em pé, quase caindo de costas quando sua cabeça bateu no teto. —Você vai manter suas malditas mãos para si mesmo. —Por isso ele tinha medo de ser emparelhado com um sulista. Suas preocupações foram completamente fundadas, como ele tinha acabado de descobrir em primeira mão. —Ou
o
quê?
Você
planeja
me
impedir
de
reivindicar
meu
companheiro? —Ele é o meu companheiro também. E pelo que ouvi até agora, você não o merece. Zyr estreitou os olhos, a luz do fogo dando-lhe um olhar sinistro. —O que você pensa não me interessa. E aquilo que eu decidir fazer com meu prêmio humano quando eu o encontrar, cabe somente a mim. —Ele sorriu, com uma expressão de desafio no rosto. —Garanto que vou tê-lo gritando como um porco.
—Por que você... — Dolph não pensou duas vezes, se jogou para frente, caindo em cima de Zyr enquanto distribuía socos. Ele estava transbordando de ódio pelo homem, e tinha sido assim desde o aprendizado de sua existência. Ele queria que ele morresse, e ficasse fora do caminho. Zyr iria sozinho destruir sua única oportunidade de ser feliz, se ele permitisse. E mesmo que ele não tivesse encontrado ainda o seu humano, o protecionismo de Dolph já bombeava fortemente em suas veias. Não deixaria Zyr machucar seu companheiro.
Capítulo Dois Zyr riu alto enquanto rolavam e brigavam em sua caverna. Ele vivia para lutar. Algumas vezes eles colidiram direito através do fogo, nenhum dos dois parando para reclamar sobre o fogo ou suas brasas incandescentes. Seu parceiro Mandorian estava furioso, cada músculo estava tenso enquanto o esmurrava com seus socos. Era bom ver um pouco de vida nele, um pouco de coragem, que ele assumia que Dolph não tinha. O Oráculo destinou para ele esse estranho, então eles precisavam tolerar um ao outro. Mas Zyr não precisava gostar. Ele odiava Dolph antes mesmo de conhecê-lo, pois Zyr estava acostumado a sobreviver por conta própria. Toda a ideia de uma parceria o repelia. Tinham se correspondido apenas para transferirem créditos para compra da sua nave espacial, nunca se preocupando em conhecer um ao outro. Dolph foi provavelmente sempre o melhor, criado com uma colher de prata na boca. Zyr nunca tinha tido muita sorte. A única coisa que dava cor ao seu mundo preto-e-branco era sua esperança de encontrar seu companheiro que lhe foi prometido. O único esperando por ele na Terra.
Nunca esperou ter algo tão exuberante como um companheiro. Outros machos poderiam ter promessas de sonhos realizados, mas não ele. Zyr foi criado pelas implacáveis ruas e certamente não se sentia digno da profecia de um Oráculo. A partir do momento que ele acordava pela manhã, tinha que trabalhar para sobreviver, constantemente observando suas costas, se quisesse fazer isso pelo dia inteiro. Este lado do planeta tinha sua reputação por um bom motivo. O pior dos piores viviam em seu quadrante sul, e a sobrevivência do mais forte era o nome do jogo. Mas era a vida que ele a conhecia em Mythios e Zyr tinha cicatrizes para provar seu valor. Foi só quando Dolph o desafiou fisicamente que ele ganhou um pingo de respeito de Zyr. —Não deixarei você machucá-lo! Para um homem que teve uma vida fácil, Dolph lutava bem. Cada um de seus músculos era bem afiado, e ele jogou seu senso de auto preservação de lado por sua paixão. Zyr até mesmo levou alguns socos no estomago que não tinha antecipado. Toda vez que Dolph levava a melhor na sua luta, Zyr mentalmente o aceitava muito mais. Não podia admirar um macho sem uma espinha dorsal, ou que não estivesse pronto para lutar por suas crenças. Talvez ele fosse capaz de tolerar Dolph afinal. —Por que eu iria machucar meu companheiro? — Ele perguntou, prendendo brevemente o outro homem. —Você acabou de dizer que planejava foder com ele até a morte! — Dolph rolou para longe e saltou em um agachar ágil. —Só porque eu não sou deste quadrante esquecido por Deus não significa que não estava treinando para matar logo que pude andar. —Relaxe, eu não iria machucá-lo mais cedo do que você faria. — Ele escovou um pouco da areia fora de suas calças, recostou-se e esticou as pernas. —E quando eu foder com ele, garanto que ele vai adorar. Dolph deu a ele um olhar fixo e afiado, um que nenhum vestígio de refinamento podia ser encontrado.
—Isso ainda veremos. Zyr começou a cuidar do fogo que quase apagou por causa da briga. —Eu não podia suportar a ideia de ser emparelhado com um homem covarde. Pelo menos agora eu posso confiar em você para proteger o nosso companheiro em caso de necessidade. —Eu protegê-lo com a minha vida. —Isso é bom e assim que deve ser. Dolph começou a relaxar visivelmente, sentando-se no chão rochoso no lado oposto do fogo. Ainda respirava com dificuldade, a subida e descida de seu peito não diminuindo de ritmo depois que vários minutos se passaram. —Você vai se acostumar com o ambiente. — Zyr explicou. —Eu não pretendo ficar aqui por muito tempo. — Dolph puxou o colarinho, discretamente tomando goles de ar pela boca. O que não passou despercebido por Zyr. —Se você não se acalmar, você vai se nocautear sozinho. Seu cérebro acha que está carente de oxigênio, mas não está. —Você tenta dizer isso ao meu cérebro. Mas cada célula do meu corpo acha que eu morri e fui para o inferno. —Na verdade, neste caso, é um direito de seu corpo. Eu moro aqui, e mesmo eu não negarei que este lugar é um esgoto. —Zyr riu. —Então por que mora aqui? Ele deu de ombros. —Onde mais eu iria? Nasci aqui. Não tenho nenhuma formação além de recuperar destroços. Não tenho família nem amigos, e os nortistas com certeza não iam me querer. É isso. —Ele acenou com o braço no ar. —Até que o Oráculo me disse sobre meu destino, eu nunca esperava mais do que pedras. Dolph escutou sem falar. Sua respiração estava acalmando, porque ele estava se concentrando em algo diferente do que sua necessidade de respirar. —Eu estive trabalhando horas extras na doca espaço para que pudéssemos pagar a nave mais rápido. Preciso de uma graça salvadora mais
do que você poderia imaginar. —Ele encostou-se na parede de pedra familiar. Ele conhecia todos os seus segredos, toda a sua dor. —Um companheiro me dá uma razão, me dá esperança. Sem esse terráqueo, eu não sei se gostaria de saber onde estaria hoje. —Então, você não está pensando em machucá-lo? Zyr balançou a cabeça. —E vou matar qualquer um que tente. —Bem, se o que você diz é verdade, você vai ser esperto para controlar seu temperamento em torno dele. Fiz um monte de investigação, para não mencionar que tenho um amigo que tem um companheiro humano. Eles são criaturas sensíveis, suaves e delicadas. Não seria preciso muito para fazê-lo fugir de medo. —Eu não entendo por que o Oráculo me escolheria, então. Eu nunca fui ensinado a mimar um companheiro. —O que houve com seus pais? — Perguntou Dolph, cuidando de um corte em seu antebraço. —Não há nenhum para falar. Eu próprio me criei. —Eu não vejo como isso é possível. Zyr não tinha nada a provar. E ele não era o único. Eles não sabiam sobre os inimigos em seu quadrante, não quando eles estavam ocupados descartando sua própria população. Os machos eram tão agressivos que matariam um homem por olhar errado para eles. Esse mesmo sangue venenoso
corria
em
suas
veias,
tornando
um
desafio
controlar
seu
temperamento em alguns dias. Sulistas afortunados bastante para ter companheiros eram os mais letais, o seu protecionismo beirava a insanidade. E isso era um caos completo. Seus pais estavam perdidos para ele em uma idade jovem, jovem demais para se lembrar quaisquer detalhes. Tudo o que lembrava era estar implorando por comida, se escondendo dos inimigos, e congelando nos becos à noite.
Agora era um adulto do sexo masculino, capaz de cuidar de si mesmo. O medo já não se agarrava a ele. Em vez disso, ele incutia o medo nos outros. Havia encontrado a alguns anos as cavernas rochosas e fez dela a sua casa. Ela o guardava em segurança de animais selvagens e de ladrões. —Isso é porque você é de Mythios do norte, a terra sem dificuldades. Dolph balançou a cabeça virando de lado para que pudessem ver um ao
outro,
apesar
do
fogo
crescente
entre
eles.
A
madeira
estalava
desencadeando mais chamas. —A agricultura não é fácil. A terra pode ser cultivável, mas leva longa se estafantes horas de trabalho árduo. Eu cuido de meu próprio rancho, sem ajuda de ninguém. —Eu pensei que você mencionou ter pais. —Isso foi há muito tempo atrás. Zyr se endireitou, inclinando-se sobre os joelhos. —Então, nós dois estamos sozinhos no mundo. Pelo menos temos isso em comum. —E o nosso humano. O humano. Isso é se pudessem encontrá-lo. A Terra estava muito longe de casa, um lugar que ele nunca tinha se aventurado. Na verdade, ele nunca tinha viajado para além do hemisfério sul de Mythios. Não gostava nem de pensarem estar fora de seu elemento, de não ter controle sobre o seu entorno. Uma vez que eles deixassem a atmosfera, ele estaria vulnerável, um estado que nunca quis estar outra vez. Mas não havia nenhuma escolha sobre este assunto, não quando havia uma chance de encontrar seu companheiro. —Não há nenhuma garantia. Zyr reconhecia que os seres humanos eram diferentes Mandorians. Ele aprendeu para se ajustar ao seu novo companheiro, para assegurar a
transição do terráqueo da forma mais suave possível. Seu maior medo estava na possibilidade de viajar todo o caminho para a Terra só para ter uma decepção. E ter que viajar de volta para Mythios de mãos vazias, para se arrepender por não tê-lo encontrado pelo resto de sua vida. Dolph relaxou visivelmente, a tensão restante se esvaindo. —Temos que ter esperança. Quantos Mandorians recebem uma profecia do Oráculo? Nós já estamos derrotando as probabilidades. —Eu espero que você esteja certo. —Zyr encolheu os ombros. **** Quando os primeiros raios de luz natural do sol iluminaram seu rosto, Dolph se sentou rápido. Ele, na verdade, dormiu profundamente apesar dos novos e desconfortáveis arredores. Luz passava pela abertura acima na rocha da entrada natural. Olhou ao redor procurando Zyr antes de perceber que estava sozinho na caverna. Hoje era o grande dia. Não poderia haver nenhum bloqueio, chega de atraso. Zyr não poderia impedi-lo de embarcar na nave e ir para Terra. Ele estava planejando este dia por mais de um ano, e agora seus dias de trabalho em horas extras, economizando, sonhando acabaram. Seu prêmio o aguardava no planeta distante. —Eu pensei que você iria dormir durante o dia todo. A voz rouca de Zyr ecoou a partir da entrada da caverna rochosa. —Estou acordado. —Se levantou e ajeitou a roupa. —E pronto. —É bom ouvir isso, porque nós estamos programados para decolar em meia hora. Dolph não esperava que as coisas acontecessem tão rápido. Ele assumiu que Zyr iria protelar de novo, dar-lhe alguma desculpa esfarrapada para esperar mais um dia ou uma semana. A realidade de que seu sonho estava em movimento o fez ficar sem palavras. Ele seguiu o outro Mandor sobre as pedras até a pequena pista de pouso. O sufocante laranja do deserto cercavam eles como um oceano de um
artista ao pôr do sol, embora soubesse que a beleza do sul Mythios enganava. —Sua respiração se estabeleceu. — Zyr falou sem se virar, o comentário vindo tão simples como se mencionasse o tempo. —Eu acho que meu corpo se adaptou. Mas ainda é desconfortável. —Você vai ter que ser duramente pressionado para descobrir algum conforto por aqui. Eles embarcaram no veículo antigo e voltaram para o centro urbano, onde a sua nave espacial os aguardava. Dolph olhou pela cúpula de vidro em torno da espaçonave, seus pensamentos estavam em outro lugar. Contemplou o passado, presente e futuro. Como poderiam todos os pedaços se encaixar de uma vez quando eles encontrassem o seu companheiro e o trouxessem de volta para casa? Isso é se eles o encontrassem. Nem todo Mandorian que viajava pelo mundo buscando seu companheiro retornava bem sucedido. Muitos voltaram de mãos vazias e com o coração partido. —As probabilidades estão a nosso favor. —Disse Dolph, mais para si mesmo do que para incentivar Zyr. —Ouvi dizer que sete em cada dez Mandorians voltar com seu companheiro. —E os outros três? —Sem sorte, eu acho. —Ele deu de ombros. —Ou não são tão determinados quanto nós. Dolph virou rapidamente e sorriu. De alguma forma, eles se tornaram uma equipe, o ódio foi se dissolvendo com o tempo que passaram juntos. O motor barulhento diminuiu quando se aproximavam da estação espacial, ficaram no acostamento até que tivessem o sinal verde para aterrissar. Ele já podia ver a superfície de metal reluzente de sua nova espaçonave. Ela chamava por ele, acenando para que ele chegasse para trás do painel de controle. Após o desembarque, eles não perderam tempo para chegar a sua nave. Zyr disse que estava abastecida e pronto para ir. Uma vez que eles foram ao lado da nave, a apreensão enterrada dentro de Dolph veio à tona.
Tinham mapas estelares, mas e se estivessem desatualizados? Tinham a experiência para pilotar a embarcação, mas o que fariam se algo desse errado quando estivessem no espaço? Questionou sua sanidade dentro da longa e árdua jornada em busca de seu companheiro. Valeria a pena o risco? Sacudiu para
longe
suas
próprias
dúvidas,
sabendo
que
havia
apenas
uma
escolha...encontrar o seu companheiro e trazê-lo para casa a qualquer custo.
Capítulo Três Alarmes soaram em todas as direções na sala de controle. —Pensei que você disse que sabia voar nessa nave? — Dolph gritou sem se virar. Zyr foi usado para pilotar veículos antigos de pouca utilidade para a Mandorian moderna. Sua embarcação pessoal foi montada com mais de uma dúzia de peças usadas. Que ele obteve de sua casa particular na cidade para o trabalho do dia a dia isso era tudo que ele precisava. Depois de gastar uma pequena fortuna na melhor embarcação que pode pagar, não tinha percebido que os controles seriam tão diferentes. Tudo era automatizado, num sistema complexo, com velocidade, coordenadas, e inúmeras outras variáveis que substituíam o mecanismo de direção simples com controles comuns. —E você é melhor? Ainda nem sabe voar? Não teria ninguém falando mal dele. Esta era uma missão de dois homens, e Dolph não podia deixar tudo cair em seu colo. Ele já tinha acrescentado muito mais do que sua parte do dinheiro para garantir que seu companheiro tivesse a melhor carona para casa. —Você é o mecânico! Por que é que o sensor piscando? —Dolph
apontou para esquerda. —E por que estamos a apenas viajando a velocidade da luz? —Cale a boca e me deixe entender. —Se concentrou, tentando bloquear o som áspero dos alarmes e voz irritante de Dolph enquanto lia o display. Um painel disse que um bloqueio da nave não está seguro, outro disse que suas coordenadas não estavam configuradas corretamente. —Você não introduzir as coordenadas que o oráculo nos deu? —Se pudesse, eu o faria. — Seu copiloto lhe entregou o livro da mochila presa em seu peito. —Por que você não experimenta? Vou procurar e travar todos os acessos esternos da nave. O som das botas de Dolph ecoaram na passarela de metal, enquanto se afastava resmungando da sala de controle. Zyr sentou e respirou fundo. Ele programou as coordenadas que os levariam para seu companheiro. Assim que colocou o último dígito, ouviu o núcleo da embarcação vindo à vida, abafando todos os alarmes e sensores irritantes. As estrelas na tela explodiram sua vista enquanto a embarcação quebrava a velocidade da luz e corria em direção ao seu destino. O poder da nave o surpreendeu. Logo eles estariam na Terra. A sensação de medo ia se construindo dentro dele conforme se distanciava de tudo aquilo que lhe era familiar. Tão solitárias quanto as ruas empoeiradas de Mythios do Sul poderiam ser, ainda era o único lar que ele teve. O navio finalmente ficou em silêncio. Ele suspirou profundamente, grato. Dolph retornou e se jogou na cadeira ao lado Zyr. —Parece que estamos finalmente no caminho certo. —Ficarei feliz quando isso acabar e eu poder colocar meus dois pés de volta no solo de Mythios. —Acho isso tudo emocionante. Nunca estive fora do nosso mundo. — Dolph aumentou ampliando a tela de visualização. —Há tanta coisa para explorar. Zyr balançou a cabeça. —Se não fosse para o nosso companheiro, eu nunca teria deixado a atmosfera.
Dolph se torceu em seu assento, sua irritação anterior desapareceu. —Por quê? Quero dizer, você não estava exatamente vivendo no luxo. O que há para voltar? —A familiaridade? Eu não tenho certeza. —O inferno se Zyr sabia. —Às vezes temos que sair da nossa zona de conforto para encontrar nosso lugar na vida... Como agora. —O que você deixou para trás? — Zyr realmente não sabia muito sobre Dolph, e nunca se preocupou em saber. Agora, sua curiosidade estava levando a melhor sobre ele. —Eu tenho minha fazenda. Está na minha família há gerações. Gosto de trabalhar com as mãos, ficar observando as lavouras florescer por causa do meu sangue e suor. —Pôr as mãos à obra na agricultura? Nenhuma ajuda de mãos contratadas? Imaginava você estaria fazendo outra coisa. —Como ficar sentado atrás de uma mesa contando o dinheiro que facilmente chegava. Somente tinha ouvido histórias sobre o norte, com sua riqueza e seus cumpridores da lei Mandorians. A falta de conhecimento de Zyr tinha construído nele um ódio injustificado. —Bem, eu esperava que você tivesse três metros de altura, com presas afiadas e garras. — Dolph riu, mas Zyr poderia dizer que ele quis mesmo dizer isso. —O que você esperava de mim? —Um menino rico e mimado. —Ele respondeu honestamente. Um alarme de proximidade soou. Dolph voltou sua atenção para a tela de visualização principal. Uma nave passou ao longe. —Estão voltando para Mythios. —Provavelmente com outro humano a tiracolo. —Disse Zyr. —Então, assim seremos nós depois de uma semana. Não? Zyr estreitou os olhos levemente. —Não está tão confiante agora? Você não acha que nós vamos encontrar nosso companheiro? —Precisamos. Se não fizermos isso, todos os nossos esforços seriam
em vão. Nós só temos uma chance. Eles decidiram descansar um pouco, já que tinham uma longa viagem pela frente. Ficarem sentados se preocupando com as possibilidades negativas não ajudaria qualquer um deles. Colocaram a nave no piloto automático para que pudessem dormir enquanto atravessavam a vasta área aberta do espaço. Zyr não tinha certeza de quanto tempo tinha passado quando foi acordado por Dolph. Alarmes estavam soando novamente enquanto ele ficava em pé num estado de confusão. —O que há de errado agora? —Chegamos na Terra. Ele não precisava olhar para a tela de visualização. O grande planeta verde e azul estava se aproximando rapidamente através de todas janelas portais. Não podia acreditar que ele tinha dormido durante a maior parte do voo. Zyr culpou a falta de sono na noite anterior. —Você sabe como pousar isso, certo? —Quão difícil pode ser? Estamos nos aproximando das coordenadas, o nosso manto escudo está ativado, e escolhi um local adequado para pousar. Está tudo bem. Espero. Assim
que
atingiu
a
atmosfera
da
Terra,
a
nave
balançou
violentamente e os sensores de calor soaram. —Se segura! —Eu não estava esperando isso. —Gritou Dolph. A sala de controle estava um pandemônio total. Eles mal conseguiam manter o equilíbrio, batendo um no outro e nos equipamentos. Os inúmeros alarmes eram ensurdecedores, assim como era o barulho do fogo abrasador do lado de fora da nave. —Porra! Precisamos ir mais devagar. —Como? Diga-me! Dolph
se
inclinou
sobre
os
controles,
digitando
números
experimentando os interruptores diferentes que controlavam os motores. —Merda. Parece que nada funciona direito.
e
Eles atravessaram a barreira da Terra como uma tempestade. Entraram na atmosfera terrestre em segurança, mas ainda estavam viajando numa velocidade muito rápida. O céu azul e as nuvens brancas competiam com a chamas que envolviam sua nave, enquanto Zyr olhava através da janela portal. —Prepare-se. —Disse Dolph. —Isso não vai ser agradável. Os alto falantes começaram a adverti-los do que eles já sabiam. Impacto em dez segundos. Impacto em oito segundos. Impacto em seis segundos... Zyr queria esmagar o computador para fazê-lo calar a boca, mas ele estava muito ocupado se preparando para o pior. Eles se sentaram colocaram os cintos de segurança. Morreriam nesse planeta, os deuses os abandonaram a anos luz de tudo que conheciam? Como Dolph havia dito, o que foi mesmo, que ele não tinha nada a perder? Ele se surpreendeu com o quão rápido sua vida passou diante de seus olhos com apenas alguns segundos de sobra. Aterrissagem. O contato inicial o sacudiu em seu núcleo, o pescoço sacudindo, e seu corpo balançou para a frente contra o cinto que o segurava em sua cadeira. A espaçonave escorregou ao longo do terreno, empurrando e balançando, levando muito tempo para desacelerar. Tinham deixado uma grande quantidade de evidências de sua chegada para trás, algo estritamente proibido a todos os Mandorians que se aventuravam fora de seu mundo. Terráqueos ignoravam sua existência, e nem ao menos estavam perto de seus avanços em tecnologia. Quando finalmente chegaram a uma parada violenta e abrupta, não ousaram se mexer. Zyr não ouvia nada além do chiado dos sensores, avaliou quaisquer lesões físicas que pudesse ter, e tentou decidir qual seria seu próximo passo. —Você está bem? — Perguntou Dolph. —Acho que sim. Dolph foi o primeiro a se levantar, acenando com a mão na frente da tela de visualização para ativar a imagem.
—Floresta. Se parece com Mythios. Eles estavam em
uma floresta densa, os verdes e marrons
encapsulados sem uma solução milagrosa. Apesar de Dolph poder ter tido contado com agricultura e natureza, Zyr viviam nas cidades congestionadas e desertas abertas e planas, não nesse distúrbio tropical. —Estamos perto das coordenadas? Será que o ser humano vive neste isolamento? —Não, nós vamos tem que caminhar uns bons oito quilômetros no meio do mato a nordeste. — Dolph começou a abrir a escotilha externa, como se não pudesse esperar para chegar com seus pés no solo da Terra. —Você nem mesmo vai verificar os sensores ambientais? —A Terra tem a mesma atmosfera de Mythios. Está tudo bem.—Disse Dolph. —Vamos lá...
Capítulo Quatro Dean jogou seu capacete em cima da mesa no escritório do trailer e passou a mão pelo cabelo. Estava tão irritado e cansado desse trabalho, mas não tinha escolha nesta questão, se queria comida na mesa e um teto sobre sua cabeça. Isso foi praticamente o máximo que também podia esperar. —Eu disse que as estradas estão muito fodidamente molhadas! O supervisor balançou a cabeça, e seus olhos se estreitaram. —Se você está sem vontade de fazer o trabalho, há milhares de outros esperando na fila por ele. —Então, você arriscará seus próprios caminhões? Seu chefe deu de ombros. —Se não conseguir a madeira para a
fábrica, ninguém é pago. Simples assim. Excelente. As estradas de saída da floresta estavam pantanosas com chuva da noite passada. Ele sabia que eles iriam ficar preso, sem dúvida, por isso tinha que encontrar uma rota alternativa. Dean só estava no início da casa dos trinta anos, mas estava trabalhando para indústria madeireira desde que tinha dezesseis anos. Relutantemente saiu do trailer, colocando sua jaqueta xadrez e fechando enquanto se dirigia para sua caminhonete. Alguns dias era uma tarefa árdua apenas se levantar pela manhã. Sua vida era uma perda, para não mencionar uma mentira. Ele se perguntava se estaria melhor não acordando. Dean sacudiu a cabeça afastado seu pensamento mórbido, focando em como sobreviver mais um dia. Ele exploraria a área e tentaria encontrar um novo caminho para levá-los para a fábrica. O caminhão saltou sobre o terreno acidentado, fazendo as músicas no rádio pipocarem. Não houve nenhum anúncio especial antes que o rádio entrasse em curto completo. Dean usou a palma da mão para bater no pedaço de merda do rádio, mas não teve sucesso em fazê-lo funcionar. Quando voltou sua atenção para a estrada de terra improvisada, pisou no freio. Mais à frente, a terra tinha sido remexida como se tivesse sido lavrada por uma máquina de proporções desumanas. Será que estavam fazendo uma nova estrada? Ele não tinha ouvido falar de qualquer construção tão ao norte, o que seria bom demais para ser verdade. E que era a coisa mais estranha que já tinha visto em sua vida, e ele tinha visto muitas coisas para se dar uma pausa. Dean decidiu ir a pé investigar, uma vez que as montanhas de terra bloquearam a estrada de terra batida que ele estava tentando usar. —Ninguém vai ser estúpido o suficiente para vir tão longe para nada. — Ele murmurou para si mesmo enquanto observava a área, subindo ao longo dos sulcos naturais do solo para encontrar um bom caminho, para entrar na floresta. Árvores foram derrubadas como se um trem tivesse passado direito
pela floresta. Mas não havia nenhum trilho, nenhum veículo, sem sinais de qualquer coisa, além dessa marca ardente sobre a terra. Talvez fosse um meteoro que aterrissou, ele pensou. Não podendo pensar em qualquer outra coisa. Se encontrasse um meteoro, provavelmente seria valioso, talvez até mesmo impagável. Ele poderia dizer que seu chefe de equipe para se foder e se aposentar ainda jovem. Ou talvez o meteoro fosse inútil. Dean riu de seus próprios pensamentos enquanto se aproximava da borda da floresta. Ele tentou olhar através das árvores retorcidas, elas eram velhas cobertas de musgo e videiras. Não havia muito para ver, mas do que uma caverna de escuridão. Até mesmo a luz solar fraca acima não poderia penetrar no dossel formado pela floresta de árvores totalmente retorcidas. Foi na semana passada que ele tinha ouvido relatos de um madeireiro que foi espancado até a morte por um urso, e os lobos estavam desesperados nesta época do ano. —Olá? —Gritou quando seus olhos encontraram um brilho metálico. Quando ele procurou a fonte, ele já tinha sumido. —Tem alguém aí? Certamente o que quer que seja ou quem fez esta trilha ao longo do terreno não poderia ter derrubado todas as árvores em seu caminho. Eventualmente, ele teria de abrandar ou recuar sob o impacto de carvalhos de mil anos de idade e os pinheiros em seu rastro. Ele andaria apenas um minuto ou mais até encontrar a extremidade dessa loucura. Um minuto transformou em dois, em seguida, cinco. Quando ele ouviu passos, se escondeu atrás de uma roseira brava rebelde, esperando que passasse despercebido. Quem poderia estar aqui? E por quê? Por aqui, os proprietários de terras atiravam primeiro e deixavam as perguntas para serem feitas mais tarde. A terra parecia tremer enquanto a pessoa se aproximava, cada passo pesado avisava que estava lidando com um cara grande. O homem usava um material em seu uniforme que ele nunca tinha visto antes, quase sobrenatural pela qualidade luminescente. Teria rido em voz alta, mas imaginou que sua descoberta não era uma brincadeira elaborada. O estranho era enorme,
construído como uma casa de tijolo. Outro homem apareceu das profundezas da floresta, semelhante ao primeiro. Seus olhos se estreitaram quando olhou para os arbustos, onde Dean estava agachado atrás. Merda. Talvez ele estivesse no meio de uma conspiração do governo. Sua vida poderia estar longe de ser perfeita, mas ele realmente não queria morrer ou apodrecer numa prisão escondida. Tinha esperanças e sonhos não cumpridos, mas infelizmente eles o tinham visto. Quando os dois se moveram e começaram a caminhar em sua direção, ele saiu correndo. Ficar esperando como um alvo fácil, não era seu estilo. Ele trabalhava diariamente e sabia que podia correr mais que a maioria dos caras que ele conhecia em torno de seu trabalho. Correu às cegas pelo mato denso, entrando mais profundamente na floresta. Dean não parou para recuperar o fôlego, ou mesmo para verificar se ele estava sendo perseguido. Finalmente parando de correr quando alcançou o objeto que ele veio procurar, a resposta para a trilha misteriosa esculpida no chão. O brilho do metal era a porra de uma nave espacial. Seu coração acelerou, se sentiu tonto e ligeiramente enjoado. No que tinha se metido? Dean se escondeu atrás da espaçonave para que pudesse tentar espionar os dois homens. Estavam trabalhando para o governo, ou eles poderiam realmente ser... Dean passou as mãos sobre a superfície da nave, o metal estava quente e macio ao toque, diferente de tudo que ele já tinha visto ou sentido. Ele estava igualmente fascinado e aterrorizado. Se ele conseguisse sair dessa vivo, ninguém iria acreditar nele. Ele viu os homens andando pelo caminho aberto criado pela nave. Não havia outro lugar para ele ir, exceto mais para dentro da floresta. Sabia sobre os animais selvagens que viviam em abundância nas florestas do norte, e eles não eram bonitinhos nem fofinhos. Mas, certamente, estariam assustados com a aterrissagem forçada da nave. —Não tenha medo. —Disse um dos homens, com sua voz quase robótica ecoando na natureza. Definitivamente não era humano. —Nós não
vamos te machucar. —Quem é você? — Dean gritou, não deixando seu esconderijo ou saindo de onde estava agachado. —Somos viajantes provenientes de um planeta além do seu sistema solar. Ele queria gritar que tinham perdido suas malditas mentes, mas ele estava se escondendo atrás do que parecia ser uma verdadeira nave espacial. Ele precisava repensar tudo que já tinha conhecido. E se esses homens eram realmente do espaço sideral, eles escolheram o pior lugar imaginável para pousar. Dean foi um dos poucos a enfrentar os elementos brutais e a falta de civilização destes territórios desconhecidos. Porém dinheiro era dinheiro, e ele não tinha nada que o prendia enraizado em um só lugar. —O que você quer? —Nós viemos por você, humano. Você é o que queremos. —Disse o segundo alienígena. Eles pareceram conversar entre si em voz baixa antes que o primeiro homem falasse. —Nós vamos explicar tudo para você. Não se esconda de nós. Nós não vamos prejudicá-lo. —Claro. Mas não se importe se sou um pouco cético. Quando eles começaram a andar novamente, ele correu para uma pequena clareira criada pelos detritos em torno da espaçonave. Ele congelou no lugar quando viu que não tinha outro lugar para ir, e os homens foram se fechando sobre ele. O que quer que fossem fazer estava prestes a acontecer, e ele precisava ser homem e lidar com isso. Ele permaneceu no lugar, com os braços ao lado do corpo em sinal de rendição. Dean pode estar em sua melhor forma, mas estes dois homens colocavam seus músculos na vergonha. —Qual é o seu nome, humano? —Dean Warchester. —Você vive nessa floresta? —Não, eu moro em uma cabana a alguns quilômetros daqui. — Ele
balançou a cabeça. —Eu sou chamado de Zyr. Este é Dolph. Percorremos todo o caminho desde o planeta Mythios para obter você. —Obter-me? O que você está falando? Acabei de passar aqui por perto. —O Oráculo nos mandou para encontrá-lo, Dean. Não há nenhuma dúvida em minha cabeça que nós encontramos o homem certo. —Disse Dolph. Ele não podia acreditar no que estava ouvindo. Deveria ter escutado o supervisor e continuado trabalhando no campo de exploração madeireira. Se não tivesse que colocar seu caminhão em perigo. Agora, esses alienígenas não estariam convencidos de que ele era algum tipo de recompensa. O que queriam com um homem comum, afinal? Eles não deveriam estar à procura de líderes, da realeza, ou pelo menos, de uma mulher atraente? Ou na verdade estavam mentindo para ele, planejando usá-lo em algumas experiências dolorosas alienígenas? —Você está errado. — Gritou, dando alguns passos para trás. —Eu não sou ninguém importante. —Posso sentir seu cheiro daqui, pequeno humano. O perfume está fazendo meu pau ficar duro — Disse Zyr. O quê? Dean pensou em coisas como abdução e sondagens forçadas. Sua boca ficou seca e seu coração quase martelou para fora do seu peito. A maneira Zyr o dimensionava era puramente predatória, fazendo-o ter certeza de que eles estavam mentindo sobre não prejudicá-lo. —Tenho certeza que as autoridades seguiram sua nave espacial pelo radar. O maldito exército inteiro provavelmente está a caminho. Seria inteligente da sua parte sair daqui enquanto pode.
Zyr não se mexeu. —Eu não vou ir embora sem o meu companheiro. —Companheiro? —Dolph já disse a você, você é a motivo que viemos para Terra. Os alienígenas eram bonitos e letais, uma estranha combinação e isso despertou seu interesse. Eles olharam para ele, sem nenhum indício de humor em suas expressões. Dean não conseguia entender por que esses espécimes masculinos perfeitos queriam perder tempo com ele. E como eles podem alegar que querem um homem? Ele tinha aprendido em primeira mão que os homens daquela indústria madeireira não viam os gays com bons olhos, especialmente quando tinham que trabalhar lado a lado com eles todos os dias e dividir o beliche com eles à noite. Era medo e intolerância pura, mas ainda obrigava Dean a viver uma mentira. —Eu não sou seu companheiro. — Dean assegurou-lhes. —Sou um homem, não uma mulher, e nunca conheci qualquer um de vocês antes. —Nós não temos nenhum uso para fêmeas, nem as desejamos. Dean ponderou o que Zyr tinha dito. Os homens na frente dele eram todos do sexo masculino, poderosos e dominantes. Não havia nada de feminino ou fraco sobre eles. E eram gays? Ele escondia sua própria sexualidade de seus colegas de trabalho na fábrica há mais de uma década, sem se atrever a sair do armário novamente. Eram todos rapazes do interior do país com apenas dois pensamentos em seus dias de folga cerveja e vagina. Caso Dean houvesse lhes dito que era gay, provavelmente iriam bater nele até formar uma polpa. Ele tinha perdido sua própria família, quando se atreveu a confessar sua opção para sua mãe e seu padrasto de anos atrás. Desde então, tinha estado por conta própria, trabalhando em qualquer coisa que pudesse para permanecer vivo. E aprendeu mais cedo com aquela atitude a ficar calado e esconder sua sexualidade. Estes alienígenas machos eram orgulhosos e deixaram bem claro que gostavam e preferiam homens. Isso foi... Libertador.
—Você veio à Terra para encontrar um companheiro do sexo masculino? Por quê? —Dean queria, não, ele precisava saber. Estes aliens representavam sua liberdade e à vida sincera que ele pensava ser uma impossibilidade. —Nós não somos compatíveis com a nossa própria espécie. Se um Mandorian tem a sorte do Oráculo lhe dizer onde no universo pode encontrar seu companheiro. Em nosso mundo, encontrar o nosso companheiro vida não é somente importante, é tudo para nós. — Disse Dolph. E falou com tanta convicção que Dean soube que cada palavra era verdade. Caso quisessem conservar sua espécie viva, por que procurar um outro homem? —Vocês não deveriam estar procurando por uma mulher? —Nós não temos mulheres em nosso mundo há muitos séculos. Nós aprendemos a nos adaptar, ao contrário da sua espécie. Era estranho ouvi-los discutir sua sexualidade tão abertamente, sem nenhuma vergonha anexada. —Agora, venha até nós. —Disse Zyr. —Eu quero tocar com meu prêmio. Dean congelou no lugar. Como eles sabiam que ele era gay também? Será que eles se importavam? —Você o está assustando, Zyr. Eu avisei para ser gentil. —Dolph estendeu o braço, impedindo Zyr de avançar. Então ele usou a mão livre para acenar para Dean chegar mais perto. Dean decidiu que não tinha muita escolha no assunto. Alguém viria em seu socorro ou não. Nesse meio tempo, teria que manter o bom humor desses homens. Os dois tinham uns bons dois metros de altura, e proporções desumanas. Eram malditamente sexy como o inferno. Ambos tinham olhos escuros ardentes e boa aparência. No ar podia sentir o poder que eles emanavam e isso agia como um afrodisíaco. O fato de que sabia que gostavam de homens não ajudava a conter sua atração. Normalmente ele empurrar para longe suas fantasias, mas com Dolph e Zyr, ele não precisava. Ele era livre
para libertar todos os seus desejos. Dean manteve os ombros para trás e caminhou em direção Dolph, passando a uma certa distância de Zyr e seu olhar maligno. Ele não olhou para Dean com malícia, mas com um obscuro desejo torcido. —Excelente, pequeno humano. —Disse Dolph. —Estava esperando que você não fosse se colocar numa luta quando tentássemos levá-lo para fora de seu mundo. —Leve-me para onde? —Para casa conosco até Mythios. Você vai viver conosco como nosso companheiro. —Disse Dolph. —Enquanto eu for capaz, você nunca vai desejar mais nada. —Eu não posso simplesmente... Simplesmente ir. Nem te conheço. Isso tudo é ridículo. —Ou iria ser? —Mimar ele não funciona.
—Disse Zyr. —Precisamos sair da
atmosfera terrestre o mais rápido possível. E ainda não tive a oportunidade de avaliar todos os danos na nave. O alienígena rude estendeu a mão, agarrou o pulso de Dean, e o puxou contra seu corpo. O alienígena era inacreditavelmente forte e sua estrutura era dura por conta da musculatura. Dean olhou para os olhos escuros de Zyr, sem saber se deveria ficar aterrorizado ou ligado. —Não o machuque. — Dolph advertiu. —Ele é frágil. Zyr sorriu, com uma inclinação diabólica nos seus lábios. —Você, humano? Me diga, é frágil? —Ainda segurando o pulso de Dean, usou a mão livre para estender a mão entre eles. Passou sua grande mão sobre a frente da calça jeans de Dean, sorrindo quando sentiu sua ereção. Dean quase gozou em sua calça jeans com o roçar suave dos dedos de Zyr contra a braguilha da sua calça. Ele queria gritar que não era frágil, que ele tinha sonhado em ser fodido por homens em suas fantasias por noites demais para contar. Teria que ser duro e áspero e perfeito. Mas, na realidade, a única coisa que conseguiu fazer foi se afastar.
—Deixe-me ir! —Disse Dean, percebendo sua voz soou com pouca convicção. Nunca tinha sido tocado por um homem, e a sensação foi emocionante. Apesar da situação, o pau dele tinha uma mente própria. —Eu não vou te soltar. — Zyr pontuou suas palavras, acariciando as bolas de Dean através da sua calça. E ele não pode deixar de gemer. —Agora deixe-me ver como você se parece sob todas essas camadas de roupas. —Ele é delicado, e o ar está frio. Traga-o para o calor da nave.—Disse Dolph. —Você está certo. Leve-o para dentro e dispa-o. Estarei lá tão logo assegurar que a nave está digna pra ir pro espaço. Quanto antes sairmos deste planeta, melhor. —Zyr empurrou Dean para os braços grossos de Dolph. Dean não queria se deixar ir.
Capítulo Cinco Dolph entrou na nave, sabendo que era a última vez que Dean teve seus pés em solo terráqueo. O humano iria se colocar em uma luta, mas sem dúvida iriam levá-lo para Mythios está era a única opção que tinham. Dean podia não entender a situação agora, porque não tinha conhecimento da profecia e da importância de seu acasalamento, mas com o tempo viria a compreender, pelo menos era o que Dolph esperava. Ele sabia que era imperativo fazer com que Dean relaxasse e aceitasse seu destino, antes que Zyr voltasse para nave. Zyr tinha um apetite sexual que exigia ser saciado, e não iria tolerar que o humano o recusasse. Dolph queria fazer com que a transição de Dean fosse tão boa quanto possível. — Esta é a nossa nave. Ela tem tudo que você precisa até que
cheguemos à Mythios. — Fechou a escotilha, selando-os dentro da nave. — Há um lavatório seguindo pelo corredor à esquerda, você também pode usá-lo para tomar banho. Nossos suprimentos de alimentos são mais que suficientes para três pessoas. A câmara de vácuo fez um chiado de estática quando foi fechada, assustando Dean. Ele se virou e bateu com os punhos na saída selada. Por um tempo, Dolph somente o observou com curiosidade. Quão inteligentes eram seres humanos? Pelo menos, ele apelava para seus sentidos. Dean tinha um cheiro almiscarado, amadeirado e um físico agradável. — Você vai ficar doente se entrar em pânico. Eu prometi que nenhum mal acontecerá com você, e eu quis dizer exatamente isso. — Isso não está certo! Você não pode simplesmente vir à Terra e raptar quem quiser. —Disse Dean. — Só viemos por você. Não tenho nenhum interesse em qualquer outro ser humano. — Não faz sentido. Quem diabos sou eu? Se outro membro da minha equipe tivesse aparecido primeiro no local do acidente, você provavelmente o teria pego em meu lugar. E isso soa como uma boa ideia agora. — Disse e jogou as mãos para cima. Dolph sacudiu a cabeça. — Eu seria capaz de achá-lo em qualquer multidão. Na verdade, eu viajei a galáxia só para encontrá-lo. É o seu cheiro, sua aura. Isso está me puxando agora, tentando roubar a minha civilidade. — Você quer fazer experiências comigo? Me ferir com a sua tecnologia alienígena? Ele riu. — Eu quero transar com você. Dean engasgou e cambaleou para longe, tropeçando nos assentos de pilotagem. Infelizmente Zyr escolheu o momento exato para entrar na nave. Ele parou na porta, dando um passo para dentro para permitir que a escotilha selasse atrás dele. Zyr olhou entre eles, sem dúvida, sentindo o cheiro azedo
de medo do humano no ar... E talvez o cheiro do desejo cru de Dolph. — Ele ainda está vestido. — Eu não acho que ele esteja pronto. — Disse Dolph. Estava começando a se perguntar se nunca seriam capazes de fazer o homem confiar neles. Este não era o conto de fadas que tinha imaginado. Esperava que seu companheiro fosse sentir a conexão entre eles, e estivesse ansioso para completar sua ligação. Em vez disso, se sentia como um vladscorn, um parasita vil que não era desejado por ninguém. — Esperei estações do ano demais para reclamar meu companheiro. Eu não vou esperar mais um dia pela minha recompensa. — Zyr… Zyr olhou para ele. Dolph esperava que Zyr fosse lembrar das coisas que lhe disse antes em Mythios, quando discutiram sobre seu companheiro em torno da fogueira. Eles precisavam ser suaves e pacientes com seu pequeno humano. Aquela conversa parecia ter sido completamente esquecida. — Ele vai ter que nos aceitar, mais cedo ou mais tarde. Senti seu pênis, e ele estava ansioso para lidar com isso. — Ele está com medo. Os dois se viraram e olharam para Dean. Ele ficou atrás de um dos consoles de controle, ambas as mãos planas no painel como se estivesse pronto para fugir, pensando se deveria lutar com qualquer um deles a qualquer momento. Zyr tomou alguns passos firmes em direção a Dean. — Se você está com tanto medo de mim, por que posso cheirar sua excitação no ar? Você está atraído por mim, humano? Está curioso sobre o que posso lhe oferecer? — Estou no meu limite aqui. Estou numa nave alienígena, e não sei o que diabos vai acontecer comigo. — Será que nós não explicamos nossas intenções para que entendesse? Nós viajamos um longo caminho desde nosso planeta para recuperar você. Você é o homem que o Oráculo nos prometeu, aquele
predestinado para nós antes de qualquer um de nós nascesse. — Sei… Parece improvável. — Disse Dean. — Nós não temos essas grandes ilusões na Terra. Dolph inclinou a cabeça, tentando avaliar a melhor forma de abordar a situação. — Você já tem um companheiro? — Não, sou solteiro. — Solteiro? A testa de Dean baixou por um momento. — Solteiro. Não tenho esposa... Nenhum companheiro. Dolph
assentiu
pensativo.
Talvez
terráqueos
fossem
criaturas
solitárias. — E isso agrada você? Dean zombou. — Não foi exatamente uma escolha. Sou diferente da maioria dos homens dentro do acampamento de lenhadores, e mesmo que não fosse, não existem mulheres qualificáveis por aqui. Zyr rosnou desafiador, dando um passo mais perto. — Você não prefere um pênis viril do que uma mulher sem graça? Dean engoliu em seco. — Não sei. Nunca estive com um homem. Dolph sorriu, satisfeito com esta notícia. —
Então
nós
seremos
os
primeiros
machos
à
reivindicá-lo
corretamente, iremos mostrar a você um mundo de prazer, algo que você nunca conheceu. — Sim? E então o que acontece comigo? Inclinando a cabeça, Dolph tentou entender a mente do humano. Como poderia convencer Dean que eles tinham as melhores intenções em mente? Como poderia explicar a ele, o que significava para eles a bênção de encontrar o seu amante? — Retire sua roupa! —Zyr exigiu. Sua impaciência era quase
palpável, seu peito estava subindo e descendo muito rápido. Zyr deve ter trabalhado como um cavalo galáctico por muitas temporadas para pagar uma nave como aquela, agora que ele viu sua recompensa tão perto, era como pedir a um cão faminto para não comer um bife sangrento. Mesmo Dolph tinha que controlar sua vontade de tomar sem pedir. Zyr devia estar se sentindo muito pior. Mas Dolph estava pronto para defender Dean, insistiria para que Zyr fosse devagar com seu novo companheiro. Os seres humanos procuravam se conhecer primeiro, conversavam. Não partiam direto para a foda dura e apaixonada. No entanto, antes que pudesse dizer uma palavra, Dean tirou o pesado casaco acolchoado. Colocou-o no console com cuidado para não danificar a superfície de vidro. — Continue. — Disse Zyr, sua voz estava grave e pesada pela necessidade. Dean engoliu em seco e tirou a camisa, seguida por outra camada de roupa. Uma vez que sua parte superior do corpo estava nua, mostrando seus músculos tensos, Dolph não pode desviar o olhar. Sim, os homens de Mythios eram guerreiros, musculosos e poderosos. Mas este homem tinha um corpo glorioso, com tonificados e pálidos sulcos abdominais que fizeram o pau de Dolph crescer contra seu uniforme. Queria lamber cada centímetro de sua carne dura e fazer o humano implorar enquanto o fodia. Zyr resmungou, correndo para frente até que teve Dean preso contra a parede oposta da sala de controle. Esmagou a boca de Dean em um beijo forte. Porra! Zyr iria arruinar a sua única chance no amor. Dolph não queria um escravo sexual, mas sim um companheiro de vida que fosse amá-lo em troca. No entanto, para sua surpresa, o beijo foi retribuído. Zyr segurou o rosto de Dean e então começou a trilhar beijos ao longo de seu pescoço. Era estranho ver qualquer sensibilidade em um Mandorian. Talvez, à sua maneira, Zyr estava tentando o seu melhor. Um de seus sensores soou, sinalizando uma nave nas proximidades. — Precisamos sair da atmosfera. Haverá tempo para jogar quando
estivermos no vazio do espaço. — Disse Dolph. — Ainda não. — Zyr murmurou. — Não até que eu sinta os lábios deste humano ao redor do meu pênis. **** Dean congelou, sem saber se o que Zyr disse, significava o que ele pensava. Seus lábios secaram com a simples ideia de ter o pau de um homem em sua boca. Ele sempre soube que era gay, mas foi fácil o suficiente reprimir seus desejos e se concentrar no trabalho e na sua sobrevivência. Agora, confrontado com estes machos dominantes, seu pau pulsava sob o ataque de possibilidades que passavam em sua mente. Se o queriam para sexo, por que deveria recusar? Provavelmente depois de o terem ou eles iriam libertá-lo, matá-lo ou levá-lo para um outro mundo. Não tinha muita escolha sobre o assunto, considerando que era metade do tamanho de um dos alienígenas. Dean concluiu que ele poderia muito bem se divertir, ter sua chance de realizar suas fantasias mais obscuras. O homem na frente dele tinha uma feição dura, uma forte e firme mandíbula, e o beijou como se fosse dono do corpo e da alma de Dean. Seus lábios firmes e seus toques trouxeram o corpo de Dean a vida de maneiras novas e maravilhosas. Era impossível ignorar o modo como seu pênis inchou ou sua bunda vibrou de necessidade. — Toque-me, humano. Desafivele o meu cinto. — Disse Zyr. Mesmo com os alarmes soando ao fundo, o homem não se intimidou, determinado a ter seu caminho com Dean. Ele não pode se conter, mas sentiu-se um pouco lisonjeado. Deu um passo hesitante para a frente e estendeu a mão para o cinto grosso com fivela de cromada. Zyr ainda estava de pé, com os punhos cerrados ao lado do corpo enquanto Dean se apressava em obedecer. O alienígena mais calmo assistiu sem se mexer, nem mesmo parando o que estava prestes a acontecer. Quando Dean deslizou o cinto aberto, se perguntou, se deveria
continuar ou esperar por mais instruções. Após um momento de hesitação, estendeu a mão para o zíper, seus dedos correram contra o pênis duro e grosso e sua respiração ficou ofegante. Dean sempre pensou ser maior do que a média, mas o pênis de Zyr surpreenderia qualquer macho humano. — Não brinque comigo. — A voz profunda de Zyr era quase um gemido, o som reverberou todo o caminho até suas bolas. — Eu não estou. Só estou fazendo o que você me disse. — Eu disse que quero que você chupe meu pau. Dean sentia como se estivesse sendo obrigado a fazê-lo, o que era diferente de fazer movimento por vontade própria. Poderia estar usando isso como desculpa para explorar sua verdadeira sexualidade, mas ele ainda não estava cem por cento confortável em sair do armário. Se abaixou em um joelho até que seu rosto estivesse alinhado com a virilha de Zyr. Empurrou as calças para trás, expondo a carne espessa á espera atrás das calças. O pênis do alienígena era tinha um tamanho enorme, duro com suas veias salientes, uma prova da necessidade de Zyr. Dean não poderia negar que sua própria libido estava subindo. O pulsar de seu pau quase balançava todo seu corpo. Não tinha certeza se deveria culpar seus nervos, a urgência ou o fato de que ele queria que isso acontecesse. Timidamente lambeu a ponta, da cabeça esponjosa do pênis de Zyr, arrancando dele um gemido. Foi emocionante dar prazer, sabendo como Zyr iria reagir no final da recepção. Ao contrário de uma mulher, ele sabia como deveria trabalhar sua língua e como chupar corretamente para trazer a máxima satisfação a Zyr. Não demorou muito para que ele se perdesse no sabor e na sensação do pênis de Zyr enchendo sua boca. Era duro, quente, e ele o empurrava dentro e fora imitando o ato sexual e exigindo tudo. — Eu disse que ele iria gostar. — Disse Zyr com triunfo. — Mal posso segurar. — Você teve sua diversão. Agora coloque esta nave em órbita! Dean se sentiu temporariamente destituído depois que Zyr puxou o seu pênis quente para fora da sua boca. O alienígena colocou as calças e se
virou debruçando sobre o painel de controle. Dolph estendeu a mão e o ajudou a ficar de pé. Segurou seu queixo em sua grande mão e olhou para ele, não, o estudou sem dizer uma palavra. Dean se perguntava o que ele estaria pensando. Será que ele também queria os mesmos favores sexuais? A simples ideia de desfrutar de ambos homens deliciosos era demais pra ele. Com sua ereção escondida ele quase gozou contra o seu jeans. — Essa foi sua primeira vez? Dean assentiu. — Você gostou? "Por que mentir?" — Foi bom. "Pareço um idiota". — Você não tem que provar nada para nós, Dean. Nós não vamos julgá-lo. E você não pode esconder seu desejo de nós, como você poderia se fosse com outro ser humano. — Dolph passou as costas dos dedos pelo rosto de Dean. — Nós somos muito bons em sentir emoções através de feromônios. — Como um animal… — Dean queria se socar, por agir como um idiota. Queria ser um bom representante dos habitantes da Terra ou pelo menos, provar ser digno dos dois espécimes alienígenas tão perfeitos. — Talvez. A nave inclinou para o lado, quase fazendo que ele perdesse o equilíbrio. — Fiquem em seus lugares! Isso vai ser difícil. — Zyr gritou enquanto a nave balançou para frente e para cima. Dolph ajudou Dean a afivelar-se no acento. Os dedos de Dean estavam brancos quando agarrou as bordas de seu assento. A força G imposta eram mais intensa do que qualquer coisa que ele já tinha experimentado, mas segurou firme e manteve a boca fechada para evitar que gritasse. Em poucos minutos eles estavam voando pelo céu como um míssil. Um segundo depois eles foram cercados por uma cor azul, e no outro tudo estava escuro. Fechou
os olhos para acostumar sua visão. Tudo parecia tão tranquilo dentro da escuridão. Sem mais alarmes soando, e os motores pararam de rugir, parecia que a nave estava parada. — Onde estamos? — Estamos fora da atmosfera do seu planeta Terra. Achei melhor continuar a nossa ligação antes de seguir o curso para Mythios. Dean se perguntou se eles iriam devolve-lo, se não tivesse um bom desempenho. Como diabos poderia agradar a homens que foram feitos para o prazer? Quando literalmente nunca tinha tido relações nem mesmo com um homem de sua espécie. E por alguma razão bizarra, precisava que eles o aceitasse.
Capítulo seis Zyr verificou todos os scanners três vezes antes de relaxar. A Terra estava tão atrasada, em relação a tecnologia, que eles não seriam capazes de colocar uma nave espacial em órbita durante décadas. Estavam seguros. E apesar do que Dolph pensava dele, queria que Dean estivesse confortável com a situação. Ele não queria raptar Dean mais do que Dolph quis, mas não queria perdê-lo.
Na
verdade,
esperava
provar
seu
valor
como
companheiro
imediatamente. Mostraria o que era prazer a Dean, um que nenhum ser humano teve o privilégio de experimentar. E já que Dean nunca tinha estado com um homem, hoje haveria um monte de novidades para ele. — Diga-me, humano. O que você perdeu deixando a Terra? Perguntou Zyr. Dean deu de ombros.
—
— Tudo. Nada. Não sei, talvez as florestas, o pôr do sol... Outros seres humanos. — Lhe asseguro que Mythios é tão bonito, se não mais bonito, do que a Terra. Vivo na terra de sete desertos. Quando o sol se põe, as areias laranjas brilham como ouro. Vou te mostrar muitas coisas. O suficiente para esquecer dos outros seres humanos. — No norte, temos florestas e agricultura semelhantes ao seu mundo. Você não vai perder nada do que você deixou para trás — Disse Dolph. — Você vai aprender rápido o quanto valorizamos a oportunidade de trazer para casa o nosso verdadeiro companheiro. — E quando vocês se cansarem de mim? Zyr riu. —
Isso
não
é
possível.
Levaria
incontáveis
vidas
para
nós
compartilharmos todas as nossas experiências. Temos muito a ensinar uns aos outros. Ele saiu do centro de controle e tirava suas vestes enquanto andava. Sua necessidade de Dean não tinha diminuído. Só tinha crescido e se espalhou por seu corpo como um incêndio numa floresta. Precisava acasalar, transar, reclamá-lo como seu. Estava em seu sangue, e era seu direito, concedido pelo Oráculo. Dean seria seu... Deles. Observou Dean o olhando de cima a baixo, com olhos itinerantes entre a nudez da sua parte superior do corpo até seu pênis mal escondido. Havia necessidade em seus olhos, seus lábios estavam inchados, e seu coração disparou. Podia praticamente sentir o gosto do sangue de Dean, e sabia que o pequeno ser humano teria um buraco apertado o suficiente para fazê-lo esquecer da sua viagem miserável através do espaço. Dolph tirou sua restrição, em seguida, se inclinou colocando os cotovelos sobre os joelhos. Ele parecia em conflito. Mas eles conseguiram pegar o que tinham vindo buscar, a nave estava em ordem, e eles logo definiriam o rumo de volta para casa. O que poderia ser o problema? — Ele é o único. — Disse Zyr. — Você está questionando nossa
escolha? — Só questiono se não o levamos de forma muito abrupta. Zyr espalmou seu pênis. — O que mais poderíamos ter feito? Ficar meses na Terra o cortejando? Nós teríamos sido descobertos e quebraríamos muitas de nossas leis, não seriamos bem-vindos de volta em Mythios. — Vocês não poderiam encontrar qualquer um em seu próprio mundo? — Perguntou Dean. — Nós não somos compatíveis com a nossa própria espécie. Somente os sortudos, que tem a sorte que o Oráculo lhes diga onde encontrar seu companheiro predestinado. Mas somente aqueles com os meios para fazer uma viagem espacial realmente podem se beneficiar. — E o seu Oráculo disse que eu era a pessoa certa para você? Para vocês? — Sim. — Disse Zyr. — A parceria mais comum é de três, mas eu conheço alguns com quatro. — E se eu não quisesse ir para o seu planeta? Então o quê? Você vai me deixariam ficar na Terra? Dolph se levantou e abaixou em um joelho na frente do assento de Dean. — É isso que você quer? Nós causamos repulsa em você? — Eu não sei nada sobre nenhum de vocês. — Disse Dean. — Sem contar que ambos são alienígenas e isso é uma merda de uma nave espacial. Mas a minha vida na Terra não era exatamente algo que desejava. Estou confuso. — Então olhou diretamente para Dolph. — Mas nenhum de vocês me dá repulsa. Longe disso. Zyr estufou seu peito, sentindo um profundo sentimento de satisfação por ter o seu companheiro os desejado da mesma maneira. Dean passou a mão pelo cabelo, e o simples ato aumentou a excitação de Zyr. Desde que havia alcançado a masculinidade, sua libido tinha sido um tormento constante. Seus desejos eram escuros e exigentes. Os Mandorians em seu hemisfério
tinham uma reputação sobre seus apetites sexuais, e Zyr soube em primeira mão que não era um exagero. Mesmo agora, ele tinha que controlar sua necessidade de arrastar Dean para seu quarto. — Você poderia nos considerar como seus companheiros? Ou você quer uma prova da nossa virilidade? Dean não respondeu. Zyr avançou. — Responda, humano. Dê-nos suas dúvidas. A testa de Dolph baixou com concentração. — Estudei os costumes humanos desde que o Oráculo me disse sobre sua existência, mas a informação era muito limitada. Suas práticas sexuais devem ser parecidas com a nossa. — Diga-nos o que você quer, como lhe dar prazer. — Disse Zyr. Ele não podia esperar muito mais tempo, não com o seu sangue queimando em suas veias e pensamentos ilícitos esvoaçando em sua mente. Esperou por este dia com uma mistura de esperança e expectativa, mas ele nunca esperava que viessem a ser concretizado. Agora, seu corpo exigia liberação, exigia a realização de uma união sexual permanente. — Tenho certeza que vou gostar de qualquer coisa que vocês fizerem. — Dean sussurrou. Normalmente, uma exibição de fraqueza ou timidez iria repelir Zyr, mas não quando vinha do seu companheiro. Foi agradável, fez com que seus instintos protetores Mandorian aflorassem. — Ele é tímido. — Disse Dolph. — Não vai pedir o que deseja. Zyr assentiu pensativo. O tempo para jogos tinha acabado. Não havia como negar os feromônios liberados por Dean perfumando o ar na nave fechada. Era toda prova que precisava de que Dean queria que seu acasalamento começasse. Ele queria ser dominado. — Então nós vamos ter que experimentar. — Zyr desapertou o cinto de segurança de Dean e o ajudou a se levantar. — Primeiro elas precisam sair. — Disse apontando para as camadas de roupa, como se elas fossem uma
ofensa. — Tem certeza de que querem fazer isso agora? Vocês não querem esperar?
—
Disse
Dean
enquanto
começava
a
desabotoar
a
camisa,
dolorosamente devagar, mordendo o lábio inferior. — Por que iríamos querer esperar? Nós já deixamos claro que pretendemos marcá-lo como nosso companheiro de vida. Adiar nossa união sexual não vai mudar isso. — E se eu quiser esperar um pouco? Zyr não conseguia entender a hesitação de Dean até que se lembrou de que havia uma falha na personalidade humana, os humanos se sentiam inferiores e tinham problemas de autoestima. Teria que provar ao seu novo companheiro que ele era mais do que suficiente para eles. Dolph foi rápido em tranquilizar Dean. — Você é perfeito para nós. Nosso único objetivo é lhe dar prazer e compartilhar nossas vidas com você. Dean sorriu, e a ação simples quase derreteu o coração de Zyr, um coração que ele pensou que tinha se transformado em pedra décadas atrás. O Oráculo tinha definitivamente feito as coisas direito. Dean foi a primeira coisa boa que já aconteceu em sua vida. — Eu não posso acreditar que isso está acontecendo. Pensei que eu era o cara mais azarado do mundo quando me deparei com sua nave espacial. Talvez eu seja o mais sortudo. Mas ainda preciso de provas dessa sorte… Deixe-me ver seu pau. Zyr tirou as próprias calças, ficando nu. Seu pênis se projetava, pesado e mais duro que nunca. A boca de Dean caiu ligeiramente aberta enquanto olhava sem pestanejar. Dolph riu alto ao mesmo tempo que Zyr o fez. — Não somos iguais a você? Primeiro Dean balançou a cabeça enfaticamente, então balançou a cabeça lentamente, com os olhos ainda fixos em ereção de Zyr.
— Mostre-nos o seu. — Disse Zyr, ansioso para ver seu prêmio. Dean se inclinou para remover suas calças. — Não ria… — Ele deu um passo para fora da calça, deixando seu corpo completamente nu na frente deles. Sua pele era suave e com uma bela cor dourada. Ele tinha só músculos e nenhuma gordura extra. Um rastro de cabelo escuro descia para um pênis generoso. Não havia nada em Dean para rir. Embora tivesse um tamanho menor do que o de um Mandorian, seu pênis era impressionante. Zyr não ficou desapontado. Sua boca salivava enquanto encarava Dean da cabeça aos pés, planejando estrategicamente sua sedução. — Toque-se.— Disse Zyr. Dean obedeceu, correndo o punho para cima e para baixo em seu belo pênis, que ficou ainda mais grosso na sua mão e uma gota de pré-sêmen escorregou da ponta. — Assim? Zyr não conseguia mais falar. Suas presas caíram, assinalando a sua perda de controle. Estava feliz que Dolph fosse mais brando em sua natureza para equilibrar seus extremos.
Capítulo Sete O pênis de Zyr era enorme, algo que qualquer macho humano se gabaria, gritando do mais alto edifício. Imaginar que aquela grande ereção foi por ele, fez coisas maravilhosas para sua libido. Suas bolas puxaram apertadas e sua bunda piscou. Como é que esse monstro iria caber dentro dele? Seria esticado de maneiras novas e deliciosas, e ao invés de sentir apreensivo, ele estava se mastigando para começar. Um pouco de sexo violento não mataria
um homem, apenas o tornaria mais forte. — Muito bom. — Dolph disse quando Zyr permaneceu quieto. Havia um desejo carnal dançando nos olhos de Zyr que fez Dean se sentir como um cervo na mira de um predador. — Esta não é a primeira vez que você lidou com sua masculinidade. Dean riu. — Não, esta praticamente foi a única ação que tive. Ele se sentia ao mesmo tempo sujo e sexy, acariciando seu próprio pau enquanto dois homens maduros e poderosos observavam cada movimento seu. Não havia necessidade de se colocar em exibição. Dean não precisava fingir ser um mulherengo apenas para se gabar, estava feliz por finalmente poder respirar de verdade. Ele estava duro ao ponto do desconforto. O que Dean precisava era de sexo real, não mais masturbação. — Devo dizer que sinto muito. — Disse Dolph. — Mas estou feliz por isso. Agrada-me saber que você não esteve com outro homem, em muitos ciclos. Dean estava em êxtase. Quaisquer medos ou receios que ele tinha originalmente estavam desaparecendo no nada. Estes homens ofereceram a ele a lua, e seria um tolo caso os ignorasse. Uma verdadeira casa, uma família, sexo incrível, e não haveria mais negação. O mais poderia pedir? Será que se atreveria acreditar que seria possível? O futuro de ninguém poderia ser traçado por si mesmo. Nunca imaginou encontrar a sua salvação no espaço sideral. Zyr caiu de joelhos, como se já não tivesse capacidade de ficar em pé. O ato surpreendeu Dean, e instintivamente largou seu pênis. Seu peito subiu e desceu por um momento até que Zyr abocanhou seu pau com sua boca quente e úmida. Dean quase gozou quando a boca hábil envolveu sua ereção latejante, sugando e degustando. Nunca pensou que Zyr se abaixaria para chupar o pau de um homem, mas Dean não iria reclamar. Ele estava no céu, à deriva, mal se equilibrando em seus próprios pés. Foi quando os braços de Dolph enrolaram ao redor dele por trás. Ele
não tinha notado o outro homem se movimentando, mas também com Zyr chupando o seu pau. Um homem orgulhoso e abertamente gay. Um novo planeta poderia ter passado pela janela portal e ele não teria se importado. — Você sente isso? Dean focou em Dolph por um segundo, um pênis duro estava pressionado contra suas costas. Ele acenou com a cabeça. Como seria possível para ele não sentir isso? Era incrivelmente grande e viril. — Estou indo preparar sua bunda virgem para que nos de uma passagem segura. Não posso esperar muito mais tempo. — A voz de Dolph estava rouca e desesperada, o homem estava no limite. E Dean gostou. Dean inclinou a cabeça contra o peito de Dolph. A cabeça de Zyr balançava pra frente e pra trás sobre sua ereção enquanto Dolph segurava suas bolas, adicionando uma carícia erótica. Quando o primeiro dedo umedecido preencheu seu ânus, ele gritou. Não foi de dor ou medo, mas de pura emoção, finalmente chegaria a experimentar o sexo que sempre fantasiou. Queria ser fodido, queria sentir um homem duro dentro dele. Queria se aproveitar da masculinidade dos alienígenas. Nunca tinha desejado as curvas suaves de uma mulher, e negar seu verdadeiro desejo quebrava seu espírito um pouco mais a cada dia. Dolph começou a tesourar os dedos dentro da bunda de Dean, a queimadura leve o fazendo se apertar. Ele surpreendeu quando Dolph beijou seu pescoço.
— Relaxe, pequeno. Você precisa relaxar para que possamos lhe dar prazer corretamente. — Outro beijo. — Lembre-se, nunca vou te machucar. A dupla estimulação em seu pau e na sua bunda foi sua ruína. Podia
sentir o calor do orgasmo iminente aquecer suas bolas. Seus olhos rolaram enquanto uma enxurrada de satisfação se fez presente. — Não, ainda não. — Disse Zyr depois de se afastar. — Você tem que esperar um pouco mais. Dean balançou a cabeça. Sua excitação afugentou sua apreensão, suas dúvidas. Não dava mais a mínima para onde esses alienígenas o estavam levando, não enquanto eles fossem capazes de dar prazer. E ele precisava de mais. — Beije-me. — Se sentiu finalmente ousado, pronto para pedir o que queria. Era como se uma barragem houvesse quebrado e ele não conseguisse conter a enxurrada de desejo reprimido. Zyr deu o que ele queria, esmagando seus lábios grossos nos de Dean. Devorou Dean, mal lhe dando tempo para respirar. Era um desejo cru, viciante e que o consumia. Mãos estavam em todos os lugares, tocando e brincando. Ele estava preso entre duas paredes de músculos sólidos e dois pênis incrivelmente duros. Dean se sentiu querido e protegido, e nunca queria voltar a se sentir marginalizado e sozinho novamente. A Terra não tinha mais nada para ele. — Você vai nos deixar reclamá-lo? — Dolph sussurrou em seu ouvido antes de lamber aquela zona erógena com uma habilidade indescritível. Dean teria concordado com qualquer coisa depois de ouvir esse pedido sincero. — Deus, sim. Zyr pegou um frasco, e o ar se encheu com o aroma do perfume do óleo depois que ele abriu a tampa. Massageou o óleo sobre todo corpo de Dean, seu peito, seu abdômen e ao longo de seu pênis latejante. Dolph utilizou o mesmo óleo lubrificante para revestir os globos de sua bunda antes da cabeça de seu pênis cutucar entrada virgem de Dean. O pênis liso violou seu apertado anel anal em um impulso rápido, e ele teve que lutar contra um gemido. Não queria parecer um fracote na frente destes dois homens. Relaxou os músculos e focou no seu prazer proibido.
Esses homens poderosos foram surpreendentemente suaves. Dolph colocou seu pênis enorme na bunda de Dean com uma estocada longa e lenta. Se sentiu completamente invadido, completamente sondado, e adorou cada segundo daquilo. — Como se sente? — Perguntou Zyr. Ele estava observando as reações de Dean, o seu punho estava ao redor do pênis de Dean, bombeando lentamente. A estimulação ajudou a acalmar Dean durante a penetração inicial em seu ânus. — Cheio. Bom. — Falou com os dentes trincados, já se acostumando com a invasão. Estava vivendo sua grande fantasia, apavorado com a ideia que fosse acordar de um sonho e nunca mais visse novamente seus dois amantes. — Para fazer com que a nossa ligação se complete você precisa fazer a ligação final. Demorou alguns segundos para perceber o que Zyr estava falando. A simples ideia de foder o homem, afundar seu pau no corpo bonito de Zyr, o bateu em cheio, e enviou seu desejo crescente direto para sua bunda. As mãos de Dolph apertaram nos seus quadris, mas ele não empurrou. — Isso soa bem. Zyr sorriu, um sorriso deliciosamente mal, que fez o pau de Dean engrossar. Então Zyr segurou seu rosto e o beijou com tanta paixão que deixou Dean flutuando nas nuvens. Seria possível transmitir seu amor através de um beijo apenas? Ele sentiu uma conexão profunda com esses homens, como se estivesse esperando por eles durante toda sua vida. Talvez tenha sido realmente o destino que os colocou juntos. Dolph lentamente se afastou, seu pênis enorme o que criou uma deliciosa fricção com a bunda de Dean. Começou a bombear dentro e fora, com as mãos mantendo Dean firme e em segurança. Zyr nunca parou de beijá-lo enquanto Dolph transava com ele por trás. Esfregou seus paus um contra o outro, enquanto se exploravam com mãos e lábios. — Agora. — Disse Zyr repente.
Foi quando Dean percebeu as presas brancas que espreitavam para fora da gengiva Zyr. Ao invés de deixá-lo ficar com medo, Dean ficou ainda mais ligado. A aparência selvagem, a necessidade crua era a essência do próprio sexo. Então entendeu o chamado de acasalamento, a necessidade do vínculo, parecia que tinha sido tatuado em seu cérebro. Zyr virou e se inclinou sobre o console, suas costas musculosas brilhando com um leve brilho de suor. Sua bunda era firme e definida, suas pernas eram poderosas e em forma. Dean olhou para sua própria ereção saliente, fantasiando sobre o momento em que a empurraria para dentro da bunda linda de Zyr. Ele já tinha sido revestido com o óleo cheiroso, então se posicionou e empurrou para a frente, mas parou com medo que tivesse machucado Zyr. — Você é muito tímido, humano. Reclame me como um homem. — Zyr disse, com seus punhos fechados e apertados aonde descansavam no console. Dean o atendeu. Empurrou tanto quanto poderia, com um pau enfiado em sua própria bunda. Dolph que assistia avançou com ele até que estivesse totalmente encaixado. Quando toda a extensão de sua carne aquecida estava dentro Zyr, tremeu, a satisfação era esmagadora. Foi estimulado em todas as direções, seu pau e cada célula o incendiava com uma gratificação crua. Começaram a se mover como uma máquina sincronizada, Dolph transando com ele por trás e Zyr o aceitando de bom grado pela frente. Era o céu puro. — Você é nosso agora, Dean. — A voz de Dolph carregava um tom selvagem. — Nós não compartilharemos você com ninguém. — Sim. — Gritou, sem pensar, apenas sabendo que queria que o momento durasse para sempre. Suas bolas estavam apertadas e pulsando com o orgasmo iminente. Tentou segurar o melhor que pode para tentar fazer com que sua fantasia durasse o maior tempo possível. A forma máscula de Dolph se inclinou sobre suas costas, sua ereção
pulsando dentro Dean, fazendo-o arfar de prazer. Então Dean sentiu a ponta afiada de dentes na base do pescoço. Sabia que deveriam ser os mesmos que tinha visto em Zyr. A sensação erótica se espalhou como um raio de luz através de seu corpo, o prazer se transportando para cada extremidade. Gritou, incapaz de conter-se. — Oh meu Deus! — Gritou enquanto jatos quentes de gozo escapavam de seu pênis, com um poderoso orgasmo que o pegou de surpresa. Encheu Zyr enquanto Dolph o fodia com força por trás. Dean pode senti-lo enchendo sua bunda com seu esperma quente, quando Dolph alcançou seu próprio ápice. Sentia-se completamente esgotado quando caiu para a frente, seu corpo estava gasto. Dolph escapuliu e Zyr virou, levando Dean em seus braços fortes. — Agora é a minha vez. — Zyr sussurrou lambendo o lado sem marcas de seu pescoço, usando um dedo para traçar o músculo grosso na base dos seu pescoço. Dean sabia que uma onda de calor se seguiria depois da mordida de amor, e não achava que teria energia suficiente para lidar com isso agora. — Segure o meu pau enquanto eu te mordo. — Disse Zyr. Dean se abaixou e segurou a ereção do alienígena, ainda estava dura e precisando encontrar alívio. Não era justo que ele devesse permanecer reprimido. Dean enrolou a mão em um aperto firme ao redor do pênis duro e o estimulou com movimentos rápidos. A respiração quente de Zyr contra seu pescoço fez seus olhos rolarem para trás. Mesmo totalmente saciado, foi mantido em cativeiro sob o feitiço erótico de Zyr. Zyr mordeu seu pescoço, a corrida instantânea de energia fez Dean ver estrelas. E continuou bombeando o pênis de Zyr até que o gozo quente escorreu pelos seus dedos. Foi mais um momento de união intensa e satisfação que nunca pensou ser possível. Era um homem acasalado e não mudaria isso por nada.
Capítulo oito Dolph assistiu Mythios entrar em exibição. Era uma bela vista. Parecia que foi ontem que estava trabalhando na colheita de sua terra, economizando cada centavo, e sonhando em encontrar o companheiro destinado a ele. Agora, seus sonhos eram realidade e Zyr não era o pesadelo que esperou. — Esse é o seu planeta? — Perguntou Dean, olhando para o planeta. Dolph tinha tantas coisas para mostrar a Dean. No entanto, sua excitação foi prejudicada pela preocupação constante de que Zyr fosse insistir para que eles vivessem na parte sul de Mythios. Não era um lugar para um ser humano, e o calor faria a vida de Dolph insuportável. O ermo deserto onde Zyr cresceu poderia vir a ser o ponto de ruptura para o seu novo ménage. — Mythios. — Disse Dolph. — É um planeta muito mais antigo do que a sua Terra. Temos uma rica história que estou ansioso para compartilhar com você. — Ainda não posso acreditar que nada disso está acontecendo. Eles estavam viajando através da escuridão do espaço por dias, retardando a viagem para conhecer uns aos outros. Dean era inteligente, não a criatura irracional que alguns Mandorians alegaram que os seres humanos fossem. Não tinha certeza se era por causa do vínculo de acasalamento, o destino, ou química pura, mas Dolph estava caindo de amor pelo seu companheiro humano. Não havia nada que ficaria entre eles, nem mesmo Zyr deveria constituir algum obstáculo, uma vez que desembarcassem no cais espaço. — Acredite, Dean. Esta é a sua casa agora, e nós somos seus companheiros. Vou provar para você que a vida com a gente supera o que você deixou para trás em seu planeta congelado. — Só é gelado no extremo norte ou no extremo sul, mas ainda assim, sinceramente tenho pouca de vontade de voltar para Terra. Não vou perder ou lutar contra o que está acontecendo. Na Terra eu vivia uma mentira. Zyr entrou na sala de controle, de banho tomado.
— Que mentira seria essa, humano? Que você gosta de pênis de um macho? Como de
costume, Zyr
era assumidamente
rude.
E era tão
sexualmente viril como todas as histórias que Dolph tinha ouvido ao longo dos anos. Felizmente, ele não era tão insensível e letal, pelo menos, ainda não. Desde o tempo que tiveram uma conversa pessoal na caverna de Zyr, eles tinham desenvolvido uma amizade simples, que ele acreditava que tinha crescido ao longo da última semana. Será que foi pelo objetivo comum, ou por serem o trio predestinado, como o oráculo proclamou? Dean sorriu. — É difícil fingir que gosta de mulheres quando você é o único cara gay em um acampamento de lenhadores. É como viver sua vida sob uma máscara,
representando
um
papel.
Estava
exausto,
mentalmente
e
emocionalmente. Acho que a Terra realmente ficou no passado. Zyr puxou Dean contra seu corpo, respirando em seu pescoço. — Eu quero rasgar esses homens membro por membro pela dor que eles causaram a você.
Dean balançou a cabeça. — Eles nem sabiam sobre o meu verdadeiro eu. Estavam apenas sendo quem eles eram. Não culpo ninguém além de mim, por não ter orgulho de quem eu era... de quem eu sou. — Não há mulheres em nosso planeta. Você nunca vai ter que esconder quem você é novamente. — Disse Dolph. Queria acrescentar alguma coisa sobre seus vizinhos e seu novo companheiro, mas manteve sua boca fechada. E se Zyr trouxesse o tema de onde viveriam suas vidas? Ele não queria uma briga quando seu relacionamento com Dean era tão novo e frágil.
Havia ainda um período de cortejo e tempo para se estabelecerem, um tempo no qual planejava provar seu amor e compromisso através de suas ações e sacrifícios. — Mas sei que você é nosso. — Disse Zyr. — Eu não vou hesitar em matar minha própria espécie se eles se atreverem a dar em cima do meu companheiro. — Você não vai encontrar esses desafios em meu quadrante. — Disse Dolph. Já podia se imaginar andando pelos campos com Dean, compartilhando sua vida e sua casa. Ansiava por esse sentimento de amor e paz durante anos, agora estava ao seu alcance. Partiram através da galáxia para enfrentar o impossível e conseguiram. — Ao contrário do meu? — Perguntou Zyr, uma carranca estragando suas feições. Dolph deu de ombros. — Você arriscaria a saúde de Dean em condições ásperas do deserto? Você viu como o clima me afetou e sou um Mandorian. Seu estilo de vida não é ideal para um ser humano. Zyr rosnou e saiu da sala. Dolph assistiu a escotilha para a sala de controle deslizar se fechando. Por que tudo tinha que ser tão complicado para ele? — O que foi aquilo? — Perguntou Dean. — Nós não éramos exatamente amigos em Mythios. Nosso planeta é grande e dividido. Parece que estamos em um desacordo sobre onde vamos morar. — Deveria ter discutido a situação com Zyr durante a longa viagem para a Terra, mas temia azedar sua missão antes de começar. Encontrar seu companheiro fazia qualquer outra preocupação secundaria em comparação. — Eu tenho que escolher? — Não — Dolph disse com firmeza. — Onde quer que você esteja é onde eu vou estar. Só acredito que meu quadrante norte seja melhor para sua saúde. — Bom, porque assim não terei que escolher. Me sinto conectado a
ambos... O que pode parecer difícil para você acreditar. Dolph queria segurar Dean mais perto, beijá-lo e protegê-lo de tudo o que fosse ruim, mas se conteve e manteve sua compostura. — Não é difícil de acreditar. É nossa obrigação, Dean, essa é uma ligação indissolúvel que liga nós três juntos. Dean
sorriu
para
ele,
e
o
coração
de
Dolph
suavizou
irrevogavelmente. **** Zyr socou o punho na parede ao lado do console na sala de controle. Ele queria ficar entorpecido, um estado que tinha se acostumado a ficar desde de sua infância. Dolph já estava tentando afastá-lo, levá-lo de tudo que lhe era familiar. Foi uma ilusão acreditar que uma relação amorosa poderia funcionar com um homem como Zyr. Ele era um pária, um órfão, forçado a usar seus punhos e sagacidade para sobreviver dia após dia. Ele nunca deveria ter esperado um milagre, acreditando que a profecia do Oráculo seria real. Ele iria embora, diria para Dolph para manter o humano e se foder, logo que desembarcassem. O custo da nave nem sequer passou por sua cabeça. Queria sair, queria que a emoção esmagadora que o bombardeava tivesse um fim. Mas seu coração o traiu, tornando-o fraco. Não importa o quanto ele quisesse fugir, queria Dean, queria que o seu ménage funcionasse. Zyr passou a mão pelo cabelo, seus dentes rangiam enquanto ele andava. Quando ouviu a estática da abertura da escotilha, girou, e toda sua energia hostil logo subiu a superfície. — Você assustou Dean. Era essa a sua intenção? Ele olhou para Dolph, o homem que tinha aprendido a confiar. E tinha ganhado seu respeito, agora Zyr não sabia o que pensar. — Eu não fiz nada de errado, apenas me mantive com nosso plano original. Você foi o único a mudar para servir aos seus propósitos. — O que você quer dizer? — Você queria a minha parte dos créditos para a nave, mas agora
você quer tomar o nosso prêmio para si mesmo. Você acha que vou ficar para trás deixando o humano de pele macia, deixando que fique com o que é meu? — Nosso. Zyr resmungou e cruzou os braços sobre o peito. — Você se fez claro. Você disse que queria levá-lo para sua casa! Dolph inclinou a cabeça. — Isso inclui você também. Você sabe disso, né? — Eu? Em Mythios do norte? Na sua casa? — Zyr, quando te conheci, eu tinha certeza de que tudo foi um erro, que você não seria nada mais do que uma pedra no meu sapato. Mas então eu comecei a conhecê-lo. Estive errado em julgá-lo antes do tempo. — Eu nunca deixei o sul. É tudo que conheço. — Mas você sabe que não é o melhor lugar para Dean. Se você se importa com ele, você concordaria prontamente. Só sugeri uma alternativa, um caminho para que nós três, possamos viver juntos em paz. Para sempre. — Eu não sei se posso me ajustar. Você é um agricultor, pelo amor de Deus. Os dois ficaram em silêncio por um longo momento. A raiva de Zyr dissipou, sendo substituída por um novo sentimento uma mistura de medo e vulnerabilidade. — Se fosse melhor para o nosso humano viver em sua casa, eu sacrificaria tudo, deixaria tudo para trás para ficar com ele. Dolph estava certo, é claro. Agora que sabia que a mudança o incluiria, viu que era a única escolha lógica. O que ele tinha de valor para deixar para trás? Ele nunca conheceu o amor ou a paz, só encontrou uma lasca de segurança em sua caverna. Só de pensar daquelas paredes solitárias o fazia estremecer. Ele não queria voltar a ficar sozinho nunca mais. — Você vai ensinar a me adaptar? Dolph sorriu, e seus lábios se inclinaram. — Tenho a sensação de que você vai ser um aprendiz muito rápido. Há uma abundância de campos para arar nesta época do ano, em breve você
vai saber a recompensa de colher seu próprio alimento. Houve uma batida na porta, assustando os dois por um momento. Dolph estava perto da escotilha, então acenou com a mão sobre o painel para permitir que a porta deslizasse se abrindo. — Tudo bem? — Perguntou Dean. A vulnerabilidade única, suavizando suas feições masculinas. — Está tudo bem agora. — Disse Dolph. — Nós conversamos e chegamos a um acordo. — Nenhuma escolha a fazer? — Disse que você nunca teria que escolher entre nós. — Dolph pegou sua mão e o levou mais para dentro do quarto. O seu humano não queria escolher? Saber que Dean queria os dois, tanto Zyr quanto Dolph, aqueceu seu coração. Precisava ser aceito e querido mais do que tinha percebido. — Você quer saber o que decidimos?
— Perguntou Zyr, se
aproximando.
— Não importa. Enquanto estivermos juntos, vou ser feliz. Não posso imaginar viver em um mundo novo e estranho sozinho. Preciso tanto de vocês. — É isso mesmo, pequeno humano. Pertencemos a você, tanto quanto você nos pertence. E Dolph estava correto sobre meu quadrante. Não vamos voltar lá. Ambos se aproximaram de Dean, a energia do seu vínculo os envolveram de uma forma única, erótica. Zyr segurou o rosto de Dean mais áspero do que pretendia. E lhe deu um beijo duro, de repente desesperado por contato físico. Sexo fazia parte de sua natureza, mas amor era algo novo... E
viciante. — Oh Deus, preciso de vocês dois. — Os olhos de Dean estavam fechados, sua voz era quase um sussurro. O calor do ambiente, aumentou com a necessidade sexual crescente de todos os três. Dolph espalmou o pênis de seu parceiro através de suas calças, causando gemidos em Dean. — Ele precisa ser fodido, alegado novamente antes de aterrissarmos. — Disse Zyr. Já podia se imaginar afundando profundamente na bunda apertada de Dean. Seu pênis engrossou, suas presas apontaram em suas gengivas. — Você já está pronto para gozar de novo? — Perguntou Dolph. — Você nunca ouviu as histórias sobre Mythios do Sul? Dolph sorriu. — Então é melhor fazer com que Dean acredite nelas. Fim