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Alvos do Gaeco trocaram 931 mensagens em 15 dias durante negociação de droga

ThaTiana Melo

Estruturada, articulada e com logística sofisticada. Assim foi definida a organização alvo da Operação Traquetos, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no dia 8 em Campo Grande. Um dos líderes da organização seria um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

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Este está com pedido de prisão preventiva expedido. A organização criminosa traficava pedras preciosas e ouro, mas a base era o tráfico de drogas, em que chegou a transportar cerca de 10 toneladas de maconha. Durante as investigações e interceptações telefônicas, foi descoberta a troca de 931 mensagens entre um dos líderes e outro membro.

As mensagens foram trocadas em 15 dias, quando os dois discutiam a retirada de 200 peças de maconha de uma garagem,

Investigados trocaram centenas de mensagens sobre a retirada de drogas que era usada por eles como “guarda-roupa” –termo usado para designar um local onde se escondem drogas.

“Já! Já retirou velho, eu já paguei tudo lá já, ai o GURI cobrou SETE CONTO, SETE PEÇA lá pra retirar e guardar lá, tem que ter DUZENTAS E DUAS PEÇAS lá certinho, ele já conferiu já, só falta o *** ligar o telefone e entrar em contato que o GURI lá vai buscar, eu já passei o telefone pro GURI só que chega aqui, chega lá ele não responde”, dizia uma das mensagens interceptadas.

Outro ‘guarda-roupa’

Em outra interceptação telefônica entre um casal alvo da operação, a mulher questiona o marido sobre como ele estava ligando para ela de dentro do presídio e o homem responde que entrou na unidade prisional com o chip do celular embaixo da língua, e assim não foi pego no raio x.

Em outra mensagem é possível ver a preocupação dos membros da organização em relação à polícia na região.

“Uma semana que é pra pegar o BAGULHO lá e ninguém pega mano, porra cara eu tô, é f... mano aqui toda hora tá POLÍCIA entrando aqui entendeu? Tá lotado aqui não dá pra ficar com o telefone em cima não.”

Segundo as investigações, as mensagens foram trocadas entre 8 e 23 de junho, no total de 931. Outra preocupação da organização era encontrar outro lugar para armazenar a droga.

Chip na língua

Em outra interceptação telefônica entre um casal alvo da operação, a mulher questiona o marido sobre como ele estava ligando para ela de dentro do presídio e o homem responde que entrou na unidade prisional com o chip do celular embaixo da língua, e assim não foi pego no raio x.

Na conversa, o casal fala da movimentação financeira das atividades ilícitas. A ligação dura pouco mais de 3 minutos e o homem pede à mulher que salve seu novo número. (TM)

Condenado por estuprar a filha

Mesmo contando à mãe que sofria abusos do pai, uma menina de 13 anos foi desacreditada pela mulher que afirmou que a filha o “provocava”. O caso aconteceu em 2018 no Estado. O homem foi condenado a 15 anos e 9 meses de prisão. A menina relatou os estupros à diretora da escola. (TM)

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