MILÉNIO STADIUM 1701 - 12 DE JULHO

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EDITORIAL

Durante séculos, os imigrantes deixaram os seus locais de nascimento para procurar uma melhor qualidade de vida noutro lugar. A imigração portuguesa tem-se concentrado em maior número na Europa e na América do Norte. As razões para emigrar variam, mas é geralmente aceite que escolhemos os países para onde nos mudamos, com base na perceção de que podemos melhorar o nosso nível de vida. Assim, deixamos o nosso mundo para uma nova terra sem saber o que nos espera. Era assim que costumava ser, mas as mudanças migratórias de países como Portugal levaram a que muito poucos escolhessem os EUA ou o Canadá como destinos preferidos.

No Canadá, desde a chegada dos primeiros imigrantes a 13 de maio de 1953, os portugueses estabeleceram-se e desenvolveram uma reputação de membros trabalhadores da sociedade canadiana, reputação essa que se mantém até aos dias de hoje. Embora a situação dos portugueses nos EUA seja um pouco dife-

É duro, o trabalho duro?

rente, uma vez que a imigração começou muito mais cedo, o luso-americano moderno ainda pratica a sua cultura importada com base nas tradições praticadas ao longo de várias gerações, mas muitos estão a redescobrir o país dos seus antepassados. O despertar da cultura portuguesa através da visita ao continente ou às ilhas portuguesas fornece uma ideologia interessante sobre a qualidade de vida na Europa em comparação com os padrões norte-americanos e levanta a questão sobre as razões pelas quais os norte-americanos trabalham mais do que os europeus. É claro que não há uma resposta fácil, mas os factos ditam que os europeus parecem dar mais importância à qualidade de vida e às atitudes de laissez-faire do que os norte-americanos. Não vou sugerir que os europeus são mais preguiçosos, mas pode ser interpretado como tal, com base nas últimas estatísticas económicas. Os dados não cobrem todos os aspetos das causas da indiferença na Europa em relação ao trabalho, uma vez que os conflitos geopolíticos e as disparidades entre ricos e pobres influenciam as economias de cada país, mas, em termos globais, no último meio século, os europeus trabalham atualmente menos 30% do que os norte-americanos. Mas porque é que os portugueses na América do Norte não trabalham ao mesmo ritmo que os por-

tugueses na Europa e são das pessoas que mais trabalham no mundo? Talvez seja por causa do medo de não ter, que foi a primeira razão para imigrar, ou talvez seja a esperança de acumular bens suficientes para regressar a Portugal. Seja como for, estes imigrantes trabalhadores não conseguem encontrar lealdades verdadeiras a nenhum dos países e vivem ideologias baseadas em expectativas irrealistas de regresso ao elitismo que deixaram para trás. A Europa de hoje, onde o populismo e o autoritarismo se infiltram, é um lugar numa encruzilhada em que a produtividade está a colapsar e as pessoas se tornam insatisfeitas com o seu trabalho. A título de exemplo, os europeus trabalharam 1 571 horas por ano em 2023, em comparação com 1 811 na América do Norte. Além disso, a combinação de ameaças de guerra, imigração não qualificada e baixas taxas de natalidade resultará numa apatia económica durante muitos anos. Nos últimos 25 anos, o capital investido por trabalhador na Europa cresceu 10%, em comparação com 50% na América do Norte. Os europeus são regulados e tributados a níveis muito mais elevados do que os americanos, por isso, como é que o conceito de prosperidade se vai impor, com sindicatos fortes e uma força de trabalho apática, composta maioritariamente por migrantes não qualificados, a ajudar a despertar uma

economia moribunda? Num futuro previsível, os dados sugerem que uma economia forte continuará nos Estados Unidos, mesmo que Trump seja eleito, no entanto, o Canadá está a regredir na sua saúde económica devido à má liderança a todos os níveis governamentais. As estatísticas do Canadá sugerem que a imigração está a fazer com que o desemprego volte a aumentar, como tem acontecido há mais de um ano, porque estamos a trazer pessoas mais rapidamente do que as conseguimos absorver. Isto não é justo para ninguém e levará o Canadá a um caminho de maior regressão económica. As oportunidades da América do Norte liderar o mundo em termos económicos continuam a existir se mantivermos uma trajetória de produtividade como a que se verifica nos EUA, mesmo sendo o Canadá o seu primo pobre. A Europa está numa trajetória de estagnação da produtividade devido a uma concentração contínua na política, ignorando os princípios económicos básicos. Por que razão deveriam as pessoas trabalhar arduamente se o futuro é incerto e a concentração política é fraca? Sim, há uma abordagem em que as pessoas praticam a preguiça ao verem o futuro da Europa, mas onde está a esperança global de um amanhã melhor? Fala-se de feudalismo e não de paz.

Ano XXXII- Edição nº 1701 12 a 18 de julho de 2024

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

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Manuel DaCosta Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com

Madalena Balça

Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com

Assistente de Direção: Carlos Monteiro c.monteiro@mdcmediagroup.com

Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabianne Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com

Redação: Adriana Paparella, Fabiane Azevedo. Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos,

Traduções: David Ganhão

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Versão em inglês Pág. 11
Francisco Pegado, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

VIVER PARA TRABALHAR OU TRABALHAR PARA VIVER

Os números da OCDE são claros – na América do Norte, mais especi camente nos EUA e Canadá – trabalha-se mais horas do que na Europa. Por ano os americanos e os canadianos trabalham em média mais 300 horas. Por que razão isto acontece e que consequências este facto tem para a vida das pessoas que vivem num e noutro continente? Pois é sobre isto que o Milénio desta semana vos vai falar. Para além de vos trazermos casos de pessoas que conhecem a realidade do trabalho no Canadá, mas também da Europa e que, portanto, podem ajudar-nos a estabelecer algumas comparações, vamos apresentar-vos dados estatísticos que nos podem também ajudar a perceber quais são os ganhos e perdas para os países e, acima de tudo, para os trabalhadores. Queremos perceber o que motiva esta disparidade de horas de trabalho contabilizadas em média anual – serão os trabalhadores europeus mais preguiçosos, ou há razões relacionadas com a estrutura das leis laborais que lhes proporcionam mais tempo livre?

FÉRIAS

Aqui reside talvez a grande explicação para a disparidade dos números de horas trabalhadas por ano. Na Europa o mínimo de férias é de 20 dias úteis, enquanto que nos EUA e Canadá, os trabalhadores têm direito a 10 dias (mínimo). Além das férias anuais remuneradas, os trabalhadores europeus ainda têm, em média, mais feriados públicos.

A verdade é que, sendo sempre perigoso de nir um conceito tão vasto e fazer generalizações, o modo de vida dos europeus, valoriza mais o aproveitar o tempo para se dedicarem a outras coisas que não apenas o trabalho. Já na América do Norte o grande objetivo de vida parece ser trabalhar e ganhar dinheiro. Talvez o facto de estarmos a falar de países muito assentes numa forte imigração ao longo da sua existência, explique que quem para cá vem, queira trabalhar mais para ganhar mais – a nal, para a esmagadora maioria essa foi a razão principal para assumirem uma nova vida num país que não é o seu. Ou seja, na Europa é globalmente aceite que é, acima de tudo, importante viver a vida, nem que para isso seja necessário viver com menos. Deste lado do Atlântico, a vida centra-se no trabalho, se possível em mais do que um sítio, para juntar dinheiro e um dia então viver e aproveitar o melhor da vida.

Madalena Balça / David Ganhão

HORAS/ANO

Os dias úteis e ns de semana variam de acordo com o país. Na maior parte do mundo, a semana de trabalho é de segunda a sexta-feira. No entanto, na Europa são vários os países que já estão a testar a semana de trabalho de 4 dias. Os resultados parecem apontar para uma boa avaliação, uma vez que em muitos casos os níveis de produtividade aumentaram, levando, por exemplo, 52% das empresas portuguesas que testaram o modelo a adotá-lo como de nitivo.

Para além de vos mostrarmos o número de horas semanais mínimo por país da União Europeia, temos noutro grá co a apresentação do número total de horas efetivamente trabalhadas, por ano, dividido pelo número médio de pessoas empregadas.

As horas efetivamente trabalhadas incluem o horário de trabalho regular dos trabalhadores a tempo inteiro, a tempo parcial e a meio ano, as horas extraordinárias pagas e não pagas e as horas trabalhadas em empregos adicionais. As horas excluídas incluem o tempo não trabalhado devido a feriados, férias anuais pagas, doença própria, lesão e incapacidade temporária, licença de maternidade, licença parental, escolaridade ou formação, falta de trabalho por motivos técnicos ou económicos, greve ou con ito laboral, mau tempo, licença de compensação e outros motivos. Os dados abrangem os trabalhadores por conta de outrem e os trabalhadores independentes. Este indicador é medido em horas por trabalhador por ano.

NÍVEL DE PRODUTIVIDADE

A produtividade do trabalho é de nida como o produto interno bruto (PIB) real por hora de trabalho. Este conceito capta melhor a utilização do fator trabalho do que a produção por trabalhador, sendo o fator trabalho de nido como o total de horas trabalhadas por todas as pessoas envolvidas. Os dados são obtidos através da multiplicação da média de horas trabalhadas pela medida correspondente e coerente de emprego para cada país em particular.

Previsão da produtividade do trabalho Índice (2015=1), 2025-Q4

trabalhadas horas/trabalhador

total da economia: 1,02 Canadá - Horas por ano por pessoa: 1686
- Horas por ano por pessoa: 1635

Equilíbrio é fundamental

O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é essencial para a saúde mental e física, bem como para a felicidade geral. Algumas pessoas acreditam que o trabalho é a parte mais importante das suas vidas e que tudo o mais deve ser sacrificado para ter sucesso profissional. Outras pessoas acreditam que o trabalho é apenas uma parte da vida e que a vida pessoal é igualmente importante.

Aqueles que vivem para trabalhar, mais tarde ou mais cedo, sentem as consequências físicas que chegam em forma de cansaço extremo, que pode levar a problemas de saúde mental sérios. É habitual um trabalhador incansável ter dificuldade em relaxar e aproveitar o tempo livre, porque não consegue nunca desligar o “modo trabalho”. Por outro lado, aqueles que trabalham para viver veem o trabalho como uma necessidade para pagar as contas e apoiar as suas vidas pessoais. Conseguem estabelecer limites claros entre trabalho e vida pessoal e aproveitam o tempo livre para se dedicar a atividades que lhes trazem alegria e satisfação.

A verdade é que, a menos que se nasça herdeiro, todos têm que trabalhar para garantir o seu sustento, o que é necessário é que também nos lembremos que trabalhar demais, num dia a dia cheio de stress e ansiedade, pode pôr-nos doentes, já para não dizer que nos pode matar. O equilíbrio é mesmo fundamental.

Milénio Stadium: Segundo dados da OCDE no Canadá trabalha-se em média 1865 horas/ano, e nos EUA 1799 horas/ano. Na União Europeia a média é de 1571 horas/ ano. Que razões podemos apontar para esta diferença?

Tiago Souza: Em primeiro lugar, existe uma diferença cultural significativa na forma como essas macrossociedades foram formadas e organizadas, para além do trabalho. O velho ditado que diz que enquanto uns vivem para trabalhar outros trabalham para viver, resume as diferentes culturas. A cultura europeia, historicamente, baseia-se no bem-estar coletivo e tem impacto direto na cultura de trabalho, nas leis e na forma como as pessoas lutam para terem melhores condições de bem-estar. Por outro lado, a cultura norte-americana é

mais focada na produtividade individual, e é orientada para objetivos e resultados. Isto tem impacto na forma como as pessoas tratam o seu trabalho, o que se espera delas e como defendem ou não melhores condições de emprego como instrumento de bem-estar individual e coletivo.

MS: Que efeito prático tem na vida e na saúde dos trabalhadores canadianos o facto de trabalharem mais horas do que os trabalhadores europeus?

TS: O stress excessivo e prolongado, pouco tempo para descanso e outras atividades de lazer, cultura e convívio, aliados as exigências extremas do trabalho, podem levar as pessoas a desenvolverem problemas físicos e mentais significantes, como a síndrome de burnout, a fadiga por compaixão, e até mesmo problemas cardiovasculares. Isso também pode levar a automedicação, e ao abuso de álcool e outras substâncias para lidar com o stress excessivo. Em profissões como construção, motoristas, e com uso de máquinas pesadas, existem também o risco de acidentes ocupacionais sérios e até mesmo fatais, pelo cansaço e falta de concentração, tudo isso como consequência de um ambiente de trabalho que não respeita as necessidades dos trabalhadores, expondo-os a longos turnos horários.

MS: O facto de se trabalhar mais horas nem sempre é sinónimo de aumento de produtividade, então que vantagens pode ter um empregador que tem trabalhadores com um horário mais carregado de trabalho?

TS: Na verdade, os conceitos de longos turnos e produtividade não estão necessariamente relacionados. Longas horas de trabalho e produtividade estão comumente em direção oposta. Porém, numa economia globalizada, o advento da internet, e em áreas de trabalho como a tecnologia, o ritmo de trabalho não respeita o turno das 9h às 17h. Vivemos uma crise de valores, onde as longas jornadas e o “vestir a camisa” de uma empresa estão sendo substituídos por uma cultura de trabalho em passo acelerado, com alta rotatividade de trabalhadores e menor estabilidade no emprego. Estas condições deixam espaço para uma potencial exploração dos trabalhadores, especialmente dos imigrantes, que não têm a mesma estabilidade ou direitos que

os trabalhadores de tempo integral. É mais uma questão de exploração do que com interesse real na produtividade.

MS: Muito em especial nos países do norte da Europa, mas não só, há correntes muito fortes a defenderem que tem haver mais ponderação entre as horas de trabalho e as horas de lazer. Inclusive há já países que permitem ao empregador optar pela semana de 4 dias de trabalho. O que pensa sobre tudo isto?

TS: Como esses países já adotam uma cultura de trabalho diferente e promovem valores sociais relacionados com o bem-estar, as probabilidades de sucesso são elevadas. Além disso, ainda adotamos uma cultura de trabalho que vem da era da industrialização, sem qualquer consideração pela saúde e pela vida dos trabalhadores. Na verdade, o Fórum Económico Mundial apresentou os resultados de vários estudos sobre os benefícios de uma semana de trabalho de quatro dias. Incluem menos stress, melhoria da qualidade de vida, aumento da produtividade e até redução das emissões de poluentes na atmosfera. É bom para os indivíduos, as famílias, os empregadores e a Terra. Devemos lembrar também que com automatização, tecnologia e medidas de segurança, o trabalho pode ser feito em menos tempo e com mais eficiência. Acredito que é o futuro do trabalho, já sendo a realidade para alguns países.

MS: Os termos workaholic e burnout tornaram muito familiares principalmente neste século XXI. A frase “passo mais tempo no trabalho do que com a minha família” é uma realidade para muitos de nós. Podemos considerar que as pessoas de facto têm hoje um problema com a forma como se relacionam com o mercado de trabalho?

TS: Podemos dizer que a síndrome de burnout e a alta incidência de workaholics (uma dependência ligada ao comportamento de trabalhar) são o sintoma de uma cultura de trabalho tóxica e insalubre, sustentada por valores obsoletos. A ética no trabalho foi um dos valores mais importantes para muitos de nossos pais e avós. Ainda somos ensinados que a dedicação ao trabalho compensa, leva ao sucesso e à realização na vida. A crise que enfrentamos, com impacto negativo na nossa saúde mental, física e social, é o si-

nal de que esta situação deve mudar. Uma ocupação que deveria nos trazer meios para viver melhor e adquirir o necessário à nossa existência tornou-se a causa de muitas das nossas doenças.

MS: Por outro lado, também houve quem, depois da pandemia tenha mudado a sua forma de viver – passando a trabalhar de casa ou trabalhando menos. Como acha que vai processar-se a evolução desta relação trabalhador/vida para lá do trabalho?

TS: A pandemia da COVID-19 mostrou-nos que muitos empregos não precisam envolver longas horas de “commuting”, trabalhar num cubículo sem contato humano e nem mesmo trazer trabalho extra para casa. Muitos de nós aprendeu coisas novas, se dedicou a novos hobbies, a até mesmo remodelou os relacionamentos interpessoais com a maior presença uns com os outros. Quem não se lembra de ter aprendido a fazer pão caseiro ou ter se dedicado a jardinagem, por exemplo? Esse período de mudança no mundo nos ensinou muito sobre nós mesmos, a necessidade de cuidarmos uns dos outros, e que lugar o trabalho ocupa nas nossas vidas. O próximo passo é cada um de nós descobrir as nossas necessidades, e como o trabalho se encaixa na vida, e não o oposto. O equilíbrio trabalho / vida é uma questão de cada um, e não uma imposição do mercado. O trabalho é essencial, mas a vida está acima.

MB/MS
Tiago Souza. Créditos: Dr.
Photo: DR

Nesta edição do Milénio trazemos quatro histórias de vida, de pessoas que conhecem a realidade canadiana, a portuguesa ou europeia. Trabalharam num lado e no outro e podem dizer com fundamento quais são as diferenças, para o bem e para o mal.

Aqui as pessoas trabalham muito e por muito menos dinheiro

Sandy Braz nasceu em Toronto e lá fez toda a sua vida, agora vive em Portugal porque o Canadá é o país onde nasceu, mas Portugal é o berço da sua etnia. Foi jornalista, trabalhou em publicidade, atualmente faz consultoria em tecnologia e Inteligência Artificial e é escritora. Até setembro do ano passado “tinha duas vidas”, andava de um lado para o outro, entre Toronto e Lisboa, mas a luz da capital portuguesa, o clima, a comida e os portugueses e a sua maneira de viver conquistaram-na. Um dia disse que não volta para o Canadá e não voltou. Com esta conversa percebemos porquê.

Milénio Stadium: Por que razão resolveu sair do Canadá e ir viver para Portugal? Muitas razões para mim. A afirmação mais forte que posso partilhar convosco é que o Canadá já não vale o que custa viver lá. Portanto, há muitos fatores diferentes, mas o custo de vida e a qualidade de vida para mim não estavam num nível suficientemente elevado, para aquilo com que se tem de lidar no Canadá. Por isso, acho que são apenas preferências. Eu nasci lá, é a minha nacionalidade, mas não é a minha etnia. Por isso, esse é outro motivo, ou seja, vir de uma cultura forte, como a cultura portuguesa, tendo sido criada por pais portugueses. Sabes, a nossa cultura é muito forte. Os nossos pais eram imigrantes e mesmo que se integrassem na vida canadiana, em casa nós sempre falámos a língua portuguesa, comemos a comida, ouvimos a música, os valores, os castigos. Por isso, crescemos como canadianos sabendo que pertencemos a outra coisa. Eu comecei a vir para cá (para Portugal) há 20 anos e não estou aqui só porque sou portuguesa, estou aqui porque adoro Portugal e adoro Lisboa e o facto de ser portuguesa é apenas um bónus. Mas deixei o Canadá porque, para além daquilo que todos dizem, coisas simples como o tempo, Portugal dá-me qualidade de vida.

Sandy Braz: Mas quais são as grandes diferenças entre o modo de vida canadiano e o europeu?

SB: Só posso falar de Toronto porque foi lá que nasci e cresci, mas Toronto é uma

grande cidade, por isso, penso que é uma representação de uma grande parte da população e do modo de vida canadiano. Os europeus trabalham muito, mas também tiram mais férias. Acho que as pessoas pensam que isso significa que trabalham menos, mas não é verdade. É que o tempo que passam fora do trabalho, dão valor a coisas diferentes. Porque a nossa vida aqui em Portugal, sabe, é muito ao ar livre, certo? Por isso, depois do trabalho, não é uma coisa difícil dizer a um amigo “vamos tomar um café?”. Em Toronto? Oh, meu Deus, se fores beber um copo depois do trabalho, ou talvez se tiveres um encontro à noite, tens que ter cuidado porque vais gastar muito dinheiro só com 1 ou 2 bebidas. É caro. Além disso, pode ser inverno e provavelmente está impossível lá fora. Por isso, sinto que há mais barreiras. Isto são barreiras que existem entre a vida profissional e a vida social. É por isso que acho que a grande diferença é que a maneira de viver europeia também integra a vida social, por isso, às vezes, podemos sair para almoçar ou jantar. Digamos que se bebe um copo de vinho ao almoço em Lisboa, não será toda a gente que o faça, mas se quiser beber um copo ao almoço ou se quiser almoçar mais durante mais tempo, ninguém vai pensar mal de si. Depois voltamos ao trabalho. Significa que se trabalha até mais tarde. É assim que as coisas são. Fazes as tuas escolhas. No Canadá, almoçar é na secretária, faz-se uma pausa rápida. Não é que os europeus trabalhem menos, é que trabalham de forma diferente, porque aqui as pessoas trabalham muito e por muito menos dinheiro. Ninguém no Canadá trabalharia com um salário português. Ninguém. Portanto, quando as pessoas dizem, oh, portugueses ou isto ou aquilo, isso tem sido difícil para mim e eu vou sempre defender o nosso povo, e pergunto: a que velocidade é que se mexia por 5 euros à hora? Mas os europeus trabalham muito. Claro que a realidade é diferente de país para país. Como eu costumo dizer a Europa não é um país, é um continente. Portanto, há todas estas culturas diferentes dentro do continente que têm abordagens diferentes às coisas.

MS: Relativamente à realidade portuguesa que agora conhece melhor o que pode dizer da relação dos portugueses com o trabalho?

SB: Os portugueses esforçam-se muito. E essa tem sido a minha observação. Mas há pessoas que não são grandes trabalhadores em todo o mundo, sabe? Mas em relação ao modo de vida tem muito a ver com aquela que é tua pátria. Por exemplo, a praia em Portugal é uma prioridade. As pessoas dão prioridade ao tempo com os amigos, à família, à praia no verão e aos fins-de-semana. E isso e os canadianos não fazem. E acho que isso é da cultura canadiana e não há nenhum problema com isso.

Como canadiana com família portuguesa e amigos numa comunidade portuguesa, sei que pessoas têm esta ideia de que no Canadá é que se trabalha, por isso estão sempre a comparar. Por isso, aqui em Portugal quando digo que sou do Canadá, mas que nunca vou voltar para lá, tenho uma resposta do tipo, “não te censuro. Aqui é difícil, mas é Portugal. É o melhor. O nosso clima, a nossa comida, a nossa cultura”. Algumas pessoas adoram mesmo e elas encontraram um meio termo, sabes, um meio termo feliz. Depois há outras que se queixam. Oh, não temos oportunidades aqui. Ganhamos tão pouco dinheiro. Agora é tudo tão caro. Ambas as pessoas têm razão, certo. Apenas têm uma perspetiva diferente.

MS: Como foi a adaptação a Portugal?

SB: Foi simples. O sol é uma grande inspiração para mim. Por isso, perguntam-me porque me mudei para Portugal. E para ser sincera, Madalena, porque queria estar mais perto do sol. É esse o meu principal objetivo. Não é tanto a questão financeira. Era a qualidade de vida. Quero estar mais perto do sol. E para mim, sempre senti que o sol nasce e põe-se em Lisboa. É muito especial a forma como a luz está aqui e isso ajuda a criatividade. Ajuda à concentração, ajuda à alegria. Sinto-me feliz porque sinto que posso ir lá para fora quando quero. Posso ir à praia quando quero, mesmo no inverno, sabe. Todas essas coisas ajudam a minha saúde,

a minha saúde mental, o meu espírito, a minha alma. Sinto-me melhor. As coisas aqui são um desafio. Portugal é um desafio, claro, tem os seus desafios, mas para mim ainda vale a pena. O Canadá não valeu a pena o sofrimento. Portugal vale a pena sofrer.

MS: O custo de vida no Canadá também aumentou imenso...

SB: Sim, exatamente. Por isso, se quisermos beber, se quisermos apreciar um bom vinho ou apreciar comida fresca, Portugal continua a ser o sítio ideal para isso, e tudo parece mais local. Tudo parece um pouco mais possível em muitos aspetos também.

MS: Ainda em relação à adaptação, o facto de Lisboa ser também, cada vez mais, uma cidade multicultural também ajudou?

SB: Especialmente agora que toda a gente se está a mudar para Lisboa. Por isso, para mim, é normal ter pessoas de todo o mundo a viver à nossa volta. Mas eu já venho a Lisboa há muito tempo e sempre houve um pouco de mistura de culturas. Agora é ainda mais. Mas não tem sido mais fácil. Sou um imigrante, tal como os meus pais, por isso, claro que tenho mais dinheiro do que os meus pais tinham quando emigraram para o Canadá, mas continuo a ser uma imigrante. Lisboa e Portugal tem uma coisa muito boa porque os portugueses falam o melhor inglês do mundo, acho eu. Eles falam todas as línguas. Falam sempre. São muito acolhedores. Os portugueses são acolhedores. Querem aprender a tua língua. Qualquer que seja a língua que fales, eles percebem. Sabem como lidar com os turistas. Sabem como lidar com as pessoas que vêm e vão, sabes, faz parte da cultura também. Eu comecei a vir para Portugal quando tinha 20 e poucos anos. E tenho primos e mais família em Lisboa, mas não somos de Lisboa. Foi a cidade que eu decidi que era a minha nova cidade natal. Um dia pensei: “Não vou voltar. Esquece isto de ir e vir, esquece o Canadá. Não aguento mais”. E fiquei.

Sandy em Lisboa. Créditos: Kristina Malinskaya

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Lúcia Melo, nasceu no Canadá, depois de casar viveu uns anos em Portugal e depois foi tempo de viver em França. Esteve por lá 22 anos e voltou com o filho à terra onde nasceu e onde tem as suas raízes. Há 9 anos que está, de novo a viver e a trabalhar em Toronto. Com Lúcia percebemos que há vantagens e desvantagens em todos os sítios que escolhemos para viver e trabalhar, cabe a cada um fazer as escolhas certas no momento certo.

Milénio Stadium: A Lúcia trabalhou cerca de 20 anos em França, apesar de ter nascido no Canadá. Pode contar-me um pouco da sua história de vida?

Lúcia Melo: Eu era estudante no Humber College, no curso de Law & Enforcement Criminalistic. Quando me casei, mudei para Lisboa. Lá, teria que recomeçar um novo curso para obter equivalências escolares, devido às diferenças nas leis. Então, fui para o Norte, na região do Minho, e trabalhei como rececionista. Aceitei a vaga imediatamente, pois havia muitos anúncios no centro de emprego, mas o sistema de concursos tinha muita concorrência, e eu não queria esperar. Adaptei-me bem à vida em Portugal. Era agradável, com muita colheita e criação de animais, o que ajudava a economizar nas despesas com alimentação. Eu tinha galinhas, coelhos e um quintal que adorava. Depois, decidimos mudar para Paris. Alguns meses depois, meu filho nasceu lá, e tive a sorte de encontrar um trabalho como porteira (superintendente). O contrato oferecia muitos benefícios: salário, segurança médica e a possibilidade de cuidar do meu filho enquanto trabalhava. Quando meu filho começou na escola primária, comecei a trabalhar numa empresa de importação e exportação de têxteis para comerciantes. Com o tempo, tornei-me assistente de direção e, posteriormente, trabalhei na contabilidade da empresa. Estive então 22 anos em França, a viver e trabalhar. Mas a minha família sempre esteve aqui em Toronto. O meu filho quis regressar para viver com os meus pais aqui no Canadá, porque pronto, sabe como é, o sonho americano, o sonho do Canadá, que isto aqui é tudo melhor. Entretanto, embora a vida em Paris fosse boa, havia muito stress entre os habitantes, com tensões e manifestações constantes. As ameaças de bombas no metro e os atentados, como o do jornal Charlie Hebdo, deixaram-me

Acho que os europeus têm mais tempo

preocupada com a segurança do meu filho. A situação política parecia instável e piorou com os atentados.

O meu filho sempre sonhou em viver no Canadá, o “American Dream” dos Estados Unidos e Canadá. Quando ele completou 18 anos, veio para cá, e eu também regressei. Os meus pais receberam-nos de braços abertos. Foi maravilhoso estar com meus avós, pais e família novamente. Sentia muitas saudades e voltar à terra onde nasci, após quase 22 anos, foi emocionante.

MS: Tem então a experiência de trabalho aqui no Canadá e a experiência de trabalho fora do Canadá. Sabe bem como é a vida aqui no Canadá e como é a vida num país europeu, quer seja Portugal, quer seja em França. Falou que o seu filho veio atrás do sonho americano. O Canadá é um país de sonho?

LM: Eu sempre ouvi as pessoas a falar que o Canadá e a América eram países de oportunidade. Não é que todos os sonhos se pudessem realizar, mas antes que para ter sucesso e para conseguir qualquer coisa na vida o Canadá e a América eram países que davam uma boa oportunidade para isso.

MS: Mas acha que, por exemplo, França, onde viveu, não é também um país de oportunidade?

LM: Eu tenho que ser muito sincera. França, tem muitas oportunidades, tem muitos benefícios. Uma pessoa que trabalha tem oportunidade de ganhar muito dinheiro. E também tem uma qualidade de vida muito boa.

MS: O que é que quer dizer com isso? Qualidade de vida? Em que aspeto?

LM: Quer dizer, não só por estar num país da Europa não é, também porque tem um clima muito bom, comparado com aqui. Também tem muita cultura, tem muita história. Tem também uma vida com menos stress, acho eu.

MS: Acha que os europeus vivem mais a vida?

LM: Eu acho que os europeus, eles têm mais tempo. Mais tempo para eles aproveitarem para estar em família, para saírem aos fins de semana, têm mais tempo porque têm mais feriados. Não é só o tempo de férias, têm mais feriados, tudo isso também contribui para a pessoa ter um melhor nível de vida. Não é como aqui, sempre, sempre a trabalhar. Acho que aqui é muito stress. Independente do lugar, trabalhar para sus-

tentar uma família e manter um nível de vida equilibrado já é stressante. Acrescentar sobrecarga de trabalho pode prejudicar a saúde. Pessoas que trabalham horas extras continuamente, é porque têm grandes objetivos e muitas despesas. Conseguem viver bem e aproveitar a vida. Tudo depende das escolhas e do modo de vida que desejam levar. É fundamental encontrar um bom equilíbrio.

MS: Dizem os entendidos, a OCDE, neste caso, que as pessoas na América do Norte trabalham mais horas do que os europeus. Da sua experiência pessoal como trabalhadora aqui e trabalhadora em França. Sente que trabalha mais aqui do que trabalhava em França, por exemplo?

LM: Sim. Em França tínhamos no mínimo 35 horas, não é? Aqui acho que é 44. Portanto, já aí há uma diferença. Em França também há pessoas que conseguem trabalhar mais porque fazem vários trabalhos. Isso depende também do objetivo de cada pessoa. Em França houve debates sobre as 35 horas: alguns consideravam um erro, outros defendiam a lei. Estudos mostraram que cidades europeias com menos horas de trabalho têm menos stress, enquanto cidades asiáticas, norte-americanas e sul-americanas, com mais horas, são mais stressadas. Um empregado trabalha menos horas, mas dá mais esforço e o trabalho é melhor. Ou seja, um trabalhador trabalha menos, mas é mmais produtivo.

MS: Se não fosse o seu filho querer vir para o Canadá, a Lúcia ainda estaria em França?

LM: Não. Quer dizer, eu vim mais por razões pessoais, para estar com a família e com o desejo dele vir, viemos os dois. O Canadá é considerado um dos melhores países do mundo, com muitas ofertas de emprego que abrem portas para o crescimento profissional e oferecem muitas oportunidades e apoio. Muitas vezes, as pessoas não estão cientes de todos os serviços disponíveis, por isso é essencial uma boa comunicação para que todos conheçam e saibam com o que podem contar.

MS: Há pouco falou de o tempo ser melhor em França... acha que o facto do tempo ser mais agradável, puxar as pessoas mais para a rua, acaba por também contribuir para que as pessoas vivam de uma outra maneira?

LM: Quer dizer, a vida lá é agradável para certas pessoas, porque também há quem viva em dificuldade. Não é tudo um mar de rosas, não é? Depende da vida de cada um.

Eu estou muito feliz que meu filho tenha escolhido viver no Canadá. Desde o meu regresso, há 9 anos que trabalho como auxiliar numa escola e num infantário. Embora me sinta mais cansada aqui, talvez devido aos horários, idade ou clima, estou contente por estar de volta. O Canadá oferece muitas oportunidades e ajuda, mas é importante conhecer o funcionamento da economia do país, o nível de vida, a estrutura escolar, os impostos aplicados e as reduções no salário. É crucial pensar nos descontos para o sistema de saúde e para a reforma. Compreender as leis e o governo de um país é importante antes de decidir trabalhar, alugar ou comprar uma propriedade. Existem muitos direitos e apoios dependendo da situação de cada um: trabalhadores, desempregados, empresários, estudantes ou reformados. Nos últimos anos, os preços dos imóveis, sejam para compra ou aluguel, estão caríssimos. As despesas e taxas também são muito elevadas, e os aposentados queixam-se constantemente sobre o aumento do custo de vida. Comparado com há 20 anos, manter o mesmo padrão de vida tornou-se um desafio com a economia e os salários atuais. A qualidade de vida parece estar a diminuir, e muitos esforçam-se para manter um estilo de vida que antes era mais acessível. Apesar desses desafios, com resiliência e adaptação, é possível encontrar maneiras de manter uma boa qualidade de vida. Melhor gestão financeira, aproveitamento das oportunidades de emprego e acesso aos serviços de apoio são essenciais para buscar equilíbrio e estabilidade perante as dificuldades económicas atuais.

MB/MS
Lucia Melo. Créditos: DR.
Photo: DR

Com dinheiro, é preferível viver em Portugal

Carlos Penteado decidiu um dia emigrar para o Canadá com a sua família. Aqui viveu e trabalhou durante uns anos, mas o regresso a Portugal estava há muito previsto. No regresso a Portugal, voltou para o mercado de trabalho e sabe por isso muito bem avaliar o que têm de bom e de menos bom os dois países. Carlos não hesita quando diz que pelo clima, pela gastronomia e pela história e com

Milénio Stadium: Houve uma altura da sua vida em que resolveu emigrar para o Canadá. Porquê? O que o fascinou neste país?

Carlos Penteado: Emigrar para o Canadá foi uma decisão motivada por várias razões que incluem, uma qualidade de vida superior e o desejo de pagar a minha casa num espaço de tempo mais curto e por fim, Portugal estava a entrar numa crise económica profunda, assim fui em busca de uma maior estabilidade para viver e criar a minha família.

MS: Como foi a sua vida durante o tempo em que trabalhou no Canadá?

CP: Inicialmente existiu a fase de adptação, pois estamos a falar de um país com uma cultura diferente da nossa, e aí muito contribuiu o já ter familiares perfeitamente integrados nesse país, e depois com muita paciência, vem o restante, tal como conseguir a legalização, conseguir obter estabilidade profissional e ter estabilidade familiar a fim de construir uma estrutura que nos permita viver dignamente e foi assim que eu e a minha familia fizemos.

MS: O que fez tomar a decisão de voltar para Portugal?

CP: Houve várias razões, mas vou enumerar as principais:

a) problemas de saúde por parte da minha esposa, que fizeram com que não pudesse exercer mais nenhuma profissão;

b) o não querer deixar aí raizes (filhos);

c) reforma, quando decidi emigrar já foi numa idade avançada, daí não permitir criar riqueza para, no futuro, como reformado viver no Canadá.

MS: Quais são as diferenças principais entre trabalhar no Canadá e trabalhar em Portugal?

CP: No meu caso pessoal e embora esteja a trabalhar em Portugal numa profissaão completamente diferente da que trabalhei no Canadá ressaltam dois aspetos fundamentais:

a) o salário, como é evidente é menor em Portugal;

b) número de horas trabalhadas.

MS: Trabalhava mais horas por dia no Canadá relativamente ao que trabalha em Portugal?

CP: Volto a salientar que, no meu caso pessoal, estou em profissões diferentes, mas posso afirmar que houve semanas no Canadá que trabalhei o dobro das horas que trabalho hoje em dia em Portugal na sema-

na, por dia em média trabalhava mais 2 a 3 horas do que trabalho hoje.

MS: Podemos dizer que a maneira de viver, num país e no outro, é diferente? Quais são as principais diferenças na sua opinião?

CP: Como é evidente a maneira de viver é diferente de um país para o outro, pois estamos a falar de dois paises com economias bem diferentes, digamos que neste ponto os extremos quase que se tocam, mas para responder a esta pergunta eu diria que, sendo a minha opinião pessoal e baseada no meu dia a dia, existe maior poder de compra na classe média canadiana que na classe média portuguesa. Aqui parece que temos medo de comprar, mesmo tendo algum dinheiro disponivel, e porquê, porque sabemos que se retirarmos dificilmente repomos, mas atenção existem sempre exceções. Enquanto que no Canadá comprávamos de uma forma destemida, porque muitas das vezes trabalhando práticamente um fim de semana, repunhamos na conta o valor que tínhamos retirado. Para concluir, com dinheiro, é preferível viver em Portugal, pelo clima e pela gastronomia e pela história, para trabalhar e viver é preferível estar no Canadá.

MB/MS

Penso que no Canadá se vive melhor

Um dia, Filipe Silva e a esposa tomaram uma decisão – experimentar viver e trabalhar no Canadá. Quando saíram de Portugal já levavam a ideia de regresso bem clara nas suas mentes. Logo que nascessem os filhos seria tempo de voltar à terra natal. Não foi bem assim, mas quase. Agora Filipe sabe bem como é viver e trabalhar no Canadá, por isso lhe pedimos que nos falasse sobre as diferenças e eventuais semelhanças que podem ser encontradas nas realidades laborais dos dois países.

Milénio Stadium: Houve uma altura da sua vida em que resolveu emigrar para o Canadá. Porquê? O que o fascinou neste país?

Filipe Silva: Imigrar para o Canadá foi quase como uma aventura a dois, eu e a minha esposa, e visto que o meu irmão já se encontrava a residir no país foi quase como “anda experimentar cá neste país, vais gostar” e acabámos por ficar 13 anos.

MS: Como foi a sua vida durante o tempo em que trabalhou no Canadá?

FS: A nossa vida no Canadá não foi fácil, a adaptação em si não foi má, foi mais o

clima (frio) as horas de trabalho no início (muitas) e o desencontro com a minha esposa visto que trabalhava numa padaria por turnos, mas com mudanças de empregos tudo ficou mais fácil um pouco .

MS: O que fez tomar a decisão de voltar para Portugal?

FS: Já era o nosso plano desde que saímos de Portugal e se resolvêssemos ficar, voltar quando tivéssemos filhos e aí colocá-los na escola cá em Portugal, mas como as coisas não são como a gente quer demorámos 8 anos até conseguir e aí voltamos em junho 2021.

MS: Quais são as diferenças principais entre trabalhar no Canadá e trabalhar em Portugal?

FS: As maiores diferenças entre os dois países em termos de trabalho, são as horas de trabalho. Muitas mais no Canadá visto que se tenta juntar o máximo que se pode, mesmo cá faço 9 horas, por dia. Em termos de trabalho, foi mais difícil gerir no Canadá pois era roofer e cá sou eletricista.

MS: Trabalhava mais horas por dia no Canadá relativamente ao que trabalha em Portugal?

FS: Em termos de horas trabalhadas é claro que quando se é imigrante se faz de tudo para ficarmos monetariamente melhor, daí o trabalhar mais horas por semana. Penso que qualquer imigrante faz dessa forma e no Canadá não é exceção.

MS: Podemos dizer que a maneira de viver, num país e no outro, é diferente? Quais são as principais diferenças na sua opinião?

FS: Claro que se torna diferente a nossa vida quotidiana, pois imigramos para longe da nossa família, automaticamente tudo se torna diferente. Mas penso que no Canadá se vive melhor, em termos de conforto no interior de nossa casa. Aprendemos a contabilizar melhor o nosso tempo e aproveitamos mais o tempo livre pois no inverno ficamos mais condicionados em termos de trabalho e lazer. Confesso que há dias em que sinto alguma saudade…

MB/MS

Carlos Penteado. Créditos: DR.
Filipe Silva. Créditos: DR
Photo: DR

O QUE NOS MOVE?

Ora viva, bom dia!

Sexta-feira, dia 12 de julho. Wow. A correr e a saltar quase nem saímos do lugar. Conhece esta música popularucha? Assim estamos. O tempo passa a “fugir”, wow. Natal à porta, não tarda. Aliás, no nosso continente da América do Norte até inventaram o Christmas in July. Enfim. É o que é. Espero é que esteja sempre muito bem. O resto, olhe... o resto há que saber lidar com.

Questiona

o jornal Milénio desta semana porque se trabalha mais na América do Norte do que na Europa. Bem, meus amigos, eis a questão... A cultura norte-americana, o tal American dream que sobrevoa este continente e precisamente o que nunca existiu na Europa ou na América do Sul e nas Caraíbas, por exemplo.

Na Europa a motivação é pouca. A situação climática é simpática. Conseguia-se adquirir os bens essenciais com uma maior facilidade. Escrevi “conseguia-se” porque já não é bem esse o caso. Há uma grande miséria disfarçada na Europa e em países com climas mais amenos.

Na América do Norte o frio extremo, o calor extremo, o nível elevadíssimo para se viver em cidades grandes, tudo isso ajuda a motivar para trabalhar mais, quem para lá vai viver. Ou não. Há quem tenha a “ansiedade” de poder. De ter mais e mais de ad-

quirir e trabalha infinitamente. Nos mesmos países também há, houve e vai sempre existir quem viva plenamente há “custa do orçamento“ na boa gíria. Qualidade de vida tem quem sabe usufruir dos subsídios, aqui ou em qualquer parte do globo. Países exigentes que nos obrigam a sair à rua e enfrentar seja o que for que a mãe natureza tiver na ementa para nós.

Por exemplo, por Portugal e essencialmente pós-Covid, nunca houve tanta falta de mão de obra nacional pois quem trabalha em Portugal são os europeus afetados pela guerra e pelas necessidades. O “Tuga” de repente enriqueceu ou despertou para a vida e procura o caminho mais fácil.

A lei do menor esforço. Eu digo e volto a repetir que o português trabalha duro e “cresce” quando sai do seu país. Porque aqui a tentação é tanta, que trabalhe quem quiser. Enquanto o Estado tiver fundos e

Esta semana

recursos para ir pagando subsídios após subsídios... haja saúde!

O Canadá está tal e qual ou pior, mas aí já se nota mais respeito pela entidade patronal. Enfim.

Não sei o que é estar sem trabalhar. Com ou sem dores. Há sempre que fazer. Vamos a isto. O dia espreita e há que ter motivação para fazer mais e melhor. Todos os dias das nossas vidas. Não descurando é óbvio a vida familiar e os bons momentos de lazer porque também nem só de trabalho vive o homem e nem a mulher.

É o que é e vai valer sempre o que vale.

Fiquem bem e até já.

Ah... pelas seis da tarde, horas de Toronto, assista a mais um Roundtable, com Manuel DaCosta nas lides, porque a falar é que a gente se entende.

Falamos com Nuno Bettencourt, o músico que emocionou o Rock In Rio

Apreciamos a exposição “Máquinas de Costura

Centenárias” em Oliveira de Azemeis

Vivemos mais um Dia da Família da LiUNA Local 506

Continuamos a assistir ao documentário “Terra Queimada”

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Percebemos o que se passa no mundo no Here’s The Thing

E analisamos os temas da atualidade em mais um Roundtable

Apps disponíveis

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Cristina da Costa Opinião
Credito: DR

Is hard work hard?

For centuries immigrants have left their places of birth to look for a better quality of life elsewhere. Portuguese immigration has been concentrated in larger numbers in Europe and North America. The reasons for migrating vary, but it is generally accepted that we choose countries to move to based on a perception that we can improve our living standards. Thus, we leave our world to a new land without knowing what awaits us.

This is what used to be but migratory changes from countries like Portugal have resulted in very few choosing the USA or Canada as preferred destinations. In Canada, since the arrival of the first immigrants on May 13, 1953, Portuguese established themselves and developed a reputation of hard-work-

ing members of Canadian society and this reputation continues to this day. Although Portuguese in the USA are somewhat different as the immigration began much earlier, the modern Portuguese-American still practices their imported culture based on the traditions practiced through several generations but many are rediscovering the country of their ancestors. The reawakening of Portuguese culture through visiting the Portuguese mainland or islands provides an interesting ideology about the quality of living in Europe compared to North American standards and begs the question as the reasons North Americans work harder than Europeans. There is no easy answer of course but facts dictate that Europeans appear to place more importance on quality of life and laissez-faire attitudes than North Americans do. I am not going to suggest that Europeans are lazier,

but it could be construed as such based on the latest economic statistics. Data does not cover every aspect of the causes of indifference in Europe to work as geo-political conflicts and rich/poor disparities influence each countries’ economies but overall in the last half century, Europeans are now working 30% less than North Americans. But why do Portuguese in North America not work at the same rates as Portuguese in Europe and are some of the hardest working people in the world? Perhaps it’s because of the fear of not having one, which was the reason for immigrating in the first place or maybe its the hope of accumulating sufficient assets to return to Portugal. Either way these hard-working immigrants are unable to find true loyalties to either country and live ideologies based on unrealistic expectations of returning to the elitists they left behind. Today’s Europe,

where populism and authoritarianism is creeping in, is a place at a crossroads where productivity is collapsing, and people have become dissatisfied with their work. As an example, Europeans work 1,571 hours per year compared to 1,811 in America plus the combination of the threats of war, unskilled immigration and low birth rates will result in economic apathy for many years to come. Over the past 25 years, capital per worker in Europe invested has grown by 10% compared to 50% in North America. Europeans are regulated and taxed at much higher levels than Americans, so how will the concept of prosperity take hold with strong unions and an apathetic workforce composed of mostly unskilled migrants help the reawakening of a moribund economy. In the foreseeable future, the data suggests a strong economy will continue in the United States, even if Trump is elected, however, Canada is regressing on its economic health because of poor leadership at all government levels. Statistics Canada is suggesting that immigration is causing unemployment to rise up again as has been for more than a year because we are bringing in people faster than we can absorb them. That’s not fair to anyone and it will take Canada into a path of further economic regression. The opportunities in North America to lead the world economically continue if we keep a path of productivity as shown in the USA even with Canada being its poor cousin. Europe is on a path of productivity stagnation because of continued focus on politics ignoring the basic economic principles so why should people work hard if the future is uncertain and the political focus weak? Yes, there’s an overall approach in people practicing laziness in viewing the future of Europe, but where is the overall hope for a better tomorrow? People speak of feudalism not peacefulness.

Manuel DaCosta

Apresentador

Tema da semana:

Discussão de temas da atualidade

Por que razão os norte-americanos trabalham mais do que os europeus? Convidados

sexta-feira às 18h

Credito: DR

Laborious

I had no idea that North Americans work many more hours per year than Europeans. I actually had to look into the subject and was surprised at the apparent disparity in annual working hours. The stats show that Europeans work on average 4 to six weeks less per year, (in hours). Stated like that it makes quite an impact, though breaking it down, a major difference is the daily hours spent working, along with much less paid vacation days, paid sick leave days, and less, (or no), parental leave.

There’s a cultural difference as well. Labour laws in Europe were set by the natives, and tweaked and fought over throughout history. In North America, immigrants make up the vast majority of the work force and always have. As we all know, immigrants work long and hard, which is the very reason they emigrated in the first place. They leave their coun-

try and travel to a strange land, hoping to better their lives and will do anything to achieve that goal, even if it means working more hours or more jobs. They are also less likely to say no to working extra hours or even extra days when the boss asks. Plus, the fear of being kicked out of their job, or even the country consistently looms over their heads, whether it’s real or not.

The “quality of life” narrative doesn’t really have a place in their lexicon, whereas in Europe the labour laws are deeply rooted. The protection of the worker is paramount, sometimes to a fault, but no system is perfect, especially in capitalist society. Don’t get me wrong, it sucks having to go to work every day here just as much as there. It’s just that we make more time for other things such as relaxation, family and, of course, great meals. Not many people eat “on the go” here, as opposed to there. There, people are inducted to the system of “work above all else”. If

Bem-vindo a este bungalow geminado de tamanho familiar no desejável bairro de Rathwood. A casa possui 3 quartos no andar de cima, uma grande cozinha, sala de estar e sala de jantar. Entrada separada para o basement com um apartamento secundário, devidamente legalizado, com 2 quartos e uma grande cozinha. Perto da Square One, Go Station, Sheridan College e 403/401/ QEW/Highways.

Esta é uma bela casa com quatro quartos que está virada para um espaço verde. O piso principal tem um conceito aberto com uma cozinha e uma área de pequeno-almoço que dá para o quintal. A espaçosa sala de estar/jantar tem vista para o quintal e para o espaço verde atrás da propriedade. A cave está acabada e tem uma entrada separada, uma cozinha, uma área de estar e uma sala de criação com um fogão a lenha.

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you have to skip lunch, so be it, if you have to stay late a couple of hours, so be it, etc.

I truly believe that North Americans are fed up with that line of thinking through marketing and propaganda. From the info I’ve managed to gather online, through sites with reputable names, working longer hours hasn’t made North Americans any more productive than their European counterparts. The stats make it plain. The Germans, for instance, are the European country where people work the fewest hours, 1350, as opposed to the average American, who works 1800. Germany has a huge industry, manufacturing just about everything under the sun. In France, another industrial powerhouse, the average worker puts in about 1500 hours per year, that’s close to seven more weeks per year that Americans work.

Work-life balance plays a big role in why in European people produce even by working less hours, there is a greater sep-

aration between work and home. According to statistics, in North America people tend to take less time off because they fear it might affect future promotions, they define themselves by what they do and by their status in their workplace much more than Europeans.

The harsh reality is that, like it or not, in the current system, we all have to make money in order to survive, and following the Covid pause people have woken up to the fact that work is exactly that, and that life is also made up of other things. North Americans may now be fighting back against authorities that, until now, placed little thought on the wellbeing of the work force because said workforce wasn’t complaining. Things change. Fiquem bem,

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Does work ethic still exist?

Or is the Dolce Vita better for one culture over another?

Work ethic and attitudes toward work vary significantly across different regions of the world. North America and Europe, despite being relatively similar in terms of economic development and social values, exhibit distinct approaches to work. The onset of the COVID-19 pandemic has brought about significant shifts in work dynamics, prompting a reevaluation of the traditional norms surrounding work. I would like to examine why people in North America tend to work harder than their European counterparts and explore how the pandemic may have influenced shifting attitudes towards work in both regions.

One of the primary reasons for the disparity in work ethic between North America and Europe lies in their cultural differences. North American societies, particularly here in Canada, have a strong emphasis on individualism, competition, and the Canadian Dream, which fosters a culture of hard work and ambition. On the other hand, many European countries place greater value on work-life balance, leisure time, and social welfare programs,

which may result in a more relaxed approach to work.

Historically, North America has been characterized by a capitalist economic system that rewards hard work and entrepreneurship. The promise of upward mobility and financial success incentivizes individuals in North America to work longer hours and strive for greater productivity. In contrast, some European countries have social welfare systems that provide extensive benefits such as universal healthcare, paid vacation time, and stronger labor protections, which may reduce the perceived need for excessive work hours.

The work culture in North America often promotes long hours, dedication to one’s job, and a willingness to prioritize work commitments over personal time. In many industries, especially in the tech sector and finance, there is a prevailing expectation of working extended hours and being constantly available. This culture of workaholism can contribute to higher levels of productivity but may also lead to burnout and diminished well-being.

Shifting attitudes towards work-life balance ... the Covid-19 pandemic has had a profound impact on how people view work and work-life balance. The widespread adoption of remote work and flexible schedules during the pandemic forced many individuals to reevaluate their priorities and question the traditional norms of the workplace. As a result, there has been a growing trend towards seeking great-

Uncovering the why, where and how things unfold with Vince

er work-life balance, prioritizing mental health and well-being, and reimagining the purpose of work beyond mere productivity.

In the wake of the pandemic, some individuals have expressed a desire to work less, spend more time with family, pursue personal interests, and prioritize self-care. The experience of lockdowns, social isolation, and collective trauma has underscored the importance of holistic well-being and has prompted many to reassess their values and goals in life.

The changing attitudes towards work in the post-Covid era reflect a broader societal shift towards redefining success, fulfillment, and happiness. People are increasingly recognizing the importance of quality time with loved ones, self-care practices, and pursuing passions outside of work. The pandemic served as a wake-up call for many individuals, prompting them to question the relentless pursuit of material success at the expense of their mental and emotional well-being.

Ultimately, the mindset behind the desire to work less post-Covid is rooted in a growing awareness of the need for balance, purpose, and meaning in one’s life. The pandemic highlighted the fragility of human existence and the impotence of cherishing moments of joy, connection, and personal growth. As a result, many individuals are reevaluating their relationship with work and seeking a more harmonious integration of work and life.

Moreover, the rise of remote work and digital nomadism has provided people with greater flexibility and autonomy over their working conditions. This newfound freedom has empowered individuals to design their work schedules around their personal lives, rather than the other way around. As a result, many are exploring alternative ways of working that prioritize well-being, creativity, and fulfillment.

The differences in work ethic between North America and Europe reflect a complex interplay of culture, economic, and social factors. While North America often emphasizes hard work, ambition, and productivity, Europe places a greater emphasis on work-life balance, social welfare, and leisure time. The Covid-19 pandemic has catalyzed a shift in attitudes towards work, prompting individuals to reassess their priorities, values, and goals.

As people navigate the post-pandemic landscape, there is a growing recognition of the need for balance, self-care, and holistic well-being. The desire to work less and prioritize personal fulfillment stems from a deeper understanding of what truly matters in life.... meaningful relationships, personal growth, and a sense of purpose. By embracing a more nuanced approach to work and life, individuals can cultivate a healthier, more sustainable lifestyle that nurtures their overall well-being.

Saturdays 7:30 am

Saturday 10:30 am Sundays 10:00 am

Nigro
Vincent Black Opinion
Credito: DR

Artur Brás Um emigrante empreendedor de referência na comunidade portuguesa em França

Uma das marcas mais características das comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo é indubitavelmente a sua dimensão empreendedora, como corroboram as trajetórias de diversos compatriotas que criam empresas de sucesso e desempenham funções de relevo a nível cultural, social, económico e político.

Nos vários exemplos de empresários lusos da diáspora, cada vez mais percecionados como um ativo estratégico na promoção e reconhecimento internacional do país, destaca-se o percurso inspirador e de sucesso de Artur Brás. Natural da freguesia de Rossas, situada no concelho minhoto de Vieira do Minho, onde nasceu no seio de uma família de lavradores em 1948. Artur Brás, que teve oportunidade de estudar em Braga, até à adolescência, completando o 5.º ano na Escola Industrial Carlos Amarante, partiu para França em 1965, demandando assim, na esteira de milhares de jovens portugueses, no decurso da ditadura salazarista, escapar ao tirocínio do serviço militar obrigatório na Guerra Colonial.

Com um passaporte de estudante e dominando um pouco a língua francesa, o emigrante vieirense não percorreu, ao contrário de inúmeros patrícios, os trilhos da emigra-

ção “a salto”. No entanto, a entrada legal em terras gaulesas ficou marcada inicialmente pelo acolhimento de um amigo, durante três dias no “bidonville” de Saint-Denis. Um enorme bairro de lata, com condições de habitabilidade deploráveis, sem eletricidade, sem saneamento nem água potável, que na década de 60 albergou milhares de portugueses, tornando-se um dos principais centros de distribuição de trabalhadores de nacionalidade lusa em França.

Revelando desde muito cedo uma personalidade abnegada e profundamente comprometida com o trabalho, valores coligidos no seio familiar minhoto, o jovem vieirense, que começou a trabalhar numa empresa francesa, como ajudante na construção, rapidamente galgou os degraus do sucesso, tornando-se diretor da mesma, aos 26 anos de idade, na região de Seine-et-Marne.

Um ano depois, as saudades do torrão natal conduziram Artur Brás a Vieira do Minho, realizando vários investimentos patrimoniais e começando a sua empresa de construção civil. Porém, um acidente de trabalho numa obra fê-lo regressar novamente a França, onde criou em 1977, uma empresa especializada na construção de vivendas de luxo, e conheceu em Paris, a também vieirense Maximina da Silva, grande suporte e companheira de vida com quem casou nessa década.

A empresa “Arthur Brás Construções”, tornou-se a partir de então na região de Chantilly, a norte de Paris, onde Artur Brás empreendeu, investiu e lançou as bases do futuro da sua família, uma refe-

rência de elevada qualidade na construção e um nome carregado de seriedade e respeito. Lançando-se igualmente no setor da promoção imobiliária, o emigrante e empreendedor ainda tentou aos quarenta anos o regresso à terra mãe, mas abandonado lestamente o propósito, consolidou o “Grupo Arthur Brás” através dos alicerces de mais de uma dezena de empresas, dedicadas ao património, construção e promoção imobiliária.

A implantação no sector de construção e promoção imobiliária, e a notável capacidade empreendedora marcada pelo mérito de Artur Brás, alavancaram em 2018, no dia do seu 70.º aniversário, a inauguração da joia do grupo, o Hyatt Regency Chantilly, um hotel de quatro estrelas. O sucesso que o emigrante vieirense alcançou ao longo das últimas décadas, tem sido acompanhado de várias ações de apoio à comunidade luso-francesa, por exemplo, na área do futebol, ou de benemerência, em prol de crianças carenciadas. Entre as dimensões mais salientes de Artur Brás, um homem profundamente ligado à família, destaca-se o apego às suas raízes. Em 2021, no âmbito do 507.º aniversário de elevação a concelho de Vieira do Minho, a edilidade minhota homenageou o ilustre filho da terra no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Uma das figuras mais conhecidas da comunidade portuguesa em França, a mais numerosa das comunidades lusas na Europa. O exemplo de vida do emigrante empreendedor e benemérito Artur Brás, distinguido em 2021 como um dos dez “Portugueses de Valor de 2021,” no âmbito da iniciativa,

que tem o Alto Patrocínio do Presidente da República, anualmente dinamizada pela revista da diáspora Lusopress, inspira-nos a máxima de Fernando Pessoa: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.

Daniel Bastos Opinião
Artur Brás. Créditos: DR.

Viktor Orban - O Cruzado Ateu

Quem acompanha a política europeia e mundial percebe facilmente que Orbán tem sido uma força de bloqueio nas medidas que se tentam implementar na União Europeia e na NATO para proteger a Ucrânia, em relação ao invasor Rússia, e todos o veem no seio dos aliados como um verdadeiro traidor da segurança europeia.

Qualmanobra de diversão, e claramente para “parecer bem” à União Europeia, vai a Kiev, mas foi “sol de pouca dura”, como demonstrado no imediato com viagens a Pequim e a Moscovo. A verdade é que a Hungria assumiu, no princípio de julho, a Presidência rotativa da União Europeia (por seis meses). E se o ainda presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, incentivou a viagem a Kiev já as outras duas citadas anteriormente caíram como uma bomba e obrigaram Michel a avisar que o líder húngaro não estaria mandatado para dialogar com a Rússia em nome da União Europeia.

Viktor Orban não é claramente o líder europeu capaz de manter diálogo para a paz, tendo sempre armas apontadas à NATO. Muito perigoso para a democracia europeia a criação do novo grupo no par-

Afinal, quem foi

lamento europeu por Orban denominadoOs Patriotas pela Europa. Este grupo passa a ser a terceira maior força política no Parlamento Europeu, numa aliança, para já, com a recém derrotada, e bem derrotada, (que bom - falarei para a semana) Marine Le Pen de França, como também com Matteo Salvini de Itália, e seguir-se-ão o Vox de Espanha, o Chega de Portugal, o partido popular dinamarquês, o partido da Liberdade holandês, para além de partidos de extrema-direita da Áustria, Bélgica e República Checa. De fora, curiosamente, fica a extrema-direita alemã que não foi sequer convidada. Este grupo nacionalista é eurocético e é composto por 84 eurodeputados de 12 países da União Europeia. O “dossiê Ucrânia” é o que separa estes Patriotas da Europa da outra direita nacionalista do grupo Conservadores e Reformistas Europeus. Não me parece, embora este novo grupo tenha 84, em vez dos 49 eurodeputados que tinha o Identidade e Democracia (que bem fizeram em tirar esta palavra do seu nome) que vai assumir mais protagonismo no Parlamento Europeu, pois estão todos de sobreaviso sobre este tipo de perigosas políticas. Viktor Orban e este novo grupo não querem saber da Europa, são contra ela, unicamente servem um interesse - o de Putin e o da Rússia ameaçando assim consideravelmente a segurança e a própria liberdade europeias. A ânsia que o líder da Hungria tem em ver Donald Trump como presidente dos Estados Unidos da América mostra bem a convivência

no ataque às várias liberdades e, bem sabemos, como Trump deseja ver a América transformada numa autocracia seguindo os exemplos de Viktor Orban e Putin como modelos políticos.

Orban aprovou no parlamento húngaro mais de 1000 leis que visam pôr em causa o poder judicial e tomou conta totalmente da justiça, assim como fez uma guerra cultural no país pondo em causa tantos direitos antes adquiridos, com muito racismo à mistura. Assim, com este tridente Orban, Putin e Trump a democracia está ameaçada no nosso ainda mundo civilizado. Curioso é

também Viktor Orban ser ateu e autoproclamar-se um defensor das raízes cristãs da Europa qual “Cruzado”. Tenho a certeza de que a Europa terá políticos à altura, e com energia, para fazer frente a “herdeiros do Reich”.

“Os “justos” avançam na ofensiva política contra os “impuros”. Estamos agora a caminhar para institucionalizar não a justiça, mas violação de direitos humanos, abusos de poder, interferência não-democrática na vida política”. - Pacheco Pereira

que os Portugueses escolheram para governar?

Há políticos que precisam muito de crescer em democracia

Ora cá está mais uma de fazer rir, mas nos dias de hoje em política vale tudo, basta reparar no que se vê e o que tem acontecido recentemente em certos países. Os políticos na generalidade perderam a vergonha e querem o tacho a toda a força, demonstra que não sabem fazer mais nada a não ser viver às custas dos dinheiros de quem paga impostos. Tenham vergonha e sejam democratas, isto é mesmo para alguns. Eu, por norma, gosto de seguir as novidades e andar minimamente informado sobre o que se passa do outro lado, o tempo até nem é muito, mas uma espreitadela aqui e outra de outro ângulo, lá vou conseguindo ver, ouvir e ler, e só por este feito não posso ignorar.

Santos Fernando (1927-1975) estreou-se em livro com «A. ante, após, até» em 1957, é autor de 13 livros sendo «SEXO 20» o seu último, escrito em 5-3-75.

Esta edição recente (Sulfúria Edições, Apresentação de Vitor Rodrigues e Prefácio de Luís Santos) substitui a já esgotada de 1975 (Editorial Futura) e nas suas 167 pági-

Um dia destes ouvia uma senhora a falar, ela mesmo se acha em condições para um dia ser primeira-ministra, que até era bom e tem o mesmo direito de o ser, acredito que há mulheres muito mais competentes que certos homens políticos. Essa senhora que falava em frente às câmaras, com uma arrogância e uma vaidade sem saber ser o que deve, chama-se Alexandra Leitão, líder parlamentar da bancada socialista, mas ela é assim porque o PNS, seu presidente assim o é. Gananciosos pelo poder, parece que lhes falta algo que estavam habituados. Pelos vistos ainda não se convenceram que o cidadão não os escolheu para governar, ainda que tivesse sido um voto de diferença, em democracia deve-se respeitar, mas estes senhores, que precisam de crescer muito em democracia, e reconhecer que tiveram oito anos para governar e só desgovernaram, continuam a mandar postas de pescada para o ar. Desculpem, mas eu assim penso. Então reparem, todo este cinema em volta das forças de segurança foi causado pelo PS, 95% da culpa é do antigo primeiro-ministro e seus

ajudantes, também nada fizeram em prol da saúde, dos professores, dos jovens e das empresas, mas agora querem exigir o impossível e tentam encostar o atual governo à parede. Enviando avisos de que se a margem negocial do orçamento do estado não for do seu agrado, ficará mais difícil viabilizar o orçamento, até afirmaram que vão exigir ter uma palavra significativa no orçamento, mas afinal quem governa? É aqui que eles são incompetentes, em oito anos nada fizeram a não ser desgovernar, que nunca se viu um governo tão medíocre como os anos com a maioria, para não dizer os oito a incluir a geringonça, o fracasso deu no que deu, que até abriram a porta ao antigo líder e ele fugiu, e vem agora querer governar.

Isto não é um desabafo, é a minha opinião, em democracia respeita-se. Como eles é que são os intelectuais e sábios, devem respeitar quem o povo escolheu. Na minha opinião, o PS enfrenta o desafio de se renovar com diferentes atitudes e novas caras, a maioria está sem ideias, precisa de uma forte renovação política, o partido (PS) precisa crescer

nas vem confirmar uma advertência do autor: «Não se escrevem já livros extensos. Livros longos e mulheres enormes assustam. O leitor tem pressa.» Este livro parte da «ressurreição» do avô Lindolfo (morto em 1900) que chama «sexo 20» ao século 20. Lê-se na página 15: «Nem todos poderão ressuscitar todos. Todavia alguns podem trazer à vida uns tantos.» Antes o avô avisa: «Enquanto se está sob a terra revitalizadora uma pessoa transforma-se. Daqui a um século ou dois, seria árvore.»

Escrito em 1975, há no livro um olhar sobre o presente («Os meus dois sobrinhos escrevem nas paredes, colam cartazes, passam a vida em comícios!») mas também sobre o passado: «Os mortos vivem em paz e os vivos

em termos de práticas democráticas internas e de transparência. Não vai ser com atitudes como as que se tem ouvido pelo líder do partido e agora pela líder da bancada. Precisam de apresentar propostas concretas, que abordem os problemas que não foram resolvidos durante os anos de governo socialista, que é o que AD está a fazer, e não apresentar propostas impossíveis, como tem feito o PS, com ajuda do CHEGA. Quanto mais o tempo passa mais popular fica o atual primeiro-ministro, Luis Montenegro, e isso reflete-se no bom trabalho que está a fazer com toda a equipa. Estão a governar o país e a tentar dar melhor qualidade de vida às pessoas.

Às vezes, em certas horas do nosso tempo, tipo no café da manhã, perdemos tempo a ouvir ou a ver o ecrã porque nos chama mais atenção e esquecemo-nos de acabar de tomar o café, quando vamos para trás o café está frio e custa a engolir. Pois, eles que se habituem a engolir e a ver governar com qualidade, já sabemos que nem tudo será perfeito ou agradará a todos. Bom fim de semana.

viviam mortos». O texto fixa um «raio X» do tempo de 1975 que, tantos anos depois, continua igual - mais coisa menos coisa: «Não há tempo paras ler, para conversar. É só premires o botão da caixa e entra-te a tropa pela casa dentro, o médico, o advogado, o drama familiar, a filosofia, o francês sem mestre, a publicidade que te obriga a usares o que eles querem, não o que te apetece.» A escrita é (ela mesma) objecto de reflexão: «Já risquei três vezes esta frase. Mas fica. É bom riscar. Se vencermos o risco é porque as palavras têm força.» Um livro a não perder; há nele as «sinuosas veredas do mistério» da Vida e da Arte.

JCF

Vítor M. Silva Opinião
Augusto Bandeira Opinião
Credito: JN

Reconhecer o Estado da Palestina

Quando falamos do conflito israelo-palestiniano no atual contexto de guerra sem quartel que decorre na Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia, uma das coisas mais chocantes é ver tanta gente discutir aquela que pode ser considerada a maior tragédia do século XXI como se estivesse a falar de um jogo de futebol, como se as mortes diárias, a destruição e a violação sistemática do direito internacional fossem meros detalhes sem importância.

Quando se aceita como normal ver crianças, mulheres e homens indefesos destroçados por bombas que caem na calada da noite, que haja pessoas a morrer à fome, à sede e por falta de medicamentos e de assistência médica, então somos todos nós que abdicamos da empatia e aceitamos despojar-nos da nossa humanidade. A barbárie nunca pode ter qualquer justificação, venha ela de onde vier.

Nesta guerra sem freios conduzida por um governo extremista, já não há leis, tratados ou convenções internacionais que estejam de pé. Nunca as Nações Unidas foram tão maltratadas como por este Governo extremista liderado pelo Netanyahu. E isto não é aceitável, porque obrigar a cumprir o direito internacional é a única forma de proteger os povos das injustiças, da tirania, do arbítrio.

Não se pode compreender nem julgar este conflito sem olhar para a história. E a

verdade é que ainda Israel não era nação e os palestinianos já começavam a perder território. Começaram a perder logo com o Plano de Partilha das Nações Unidas, e voltaram a perder a seguir à criação do Estado de Israel, com a complacência da comunidade internacional. Gaza está destruída e com um futuro muito incerto e a Cisjordânia está cravejada de colonatos ilegais que destroem a independência e liberdade dos palestinianos, tornando cada vez mais difícil a solução dos dois Estados, numa terra onde uns e outros sempre viveram e mere-

cem viver em paz e segurança, lado a lado. Em Portugal sempre houve consenso sobre a necessidade de criação do Estado da Palestina, embora preso a uma posição cómoda mais alinhada com a União Europeia quanto ao reconhecimento. Mas agora tornou-se urgente fazê-lo, porque há um contexto dramaticamente diferente, marcado por uma tragédia que diariamente se repete na Faixa de Gaza, enquanto na Cisjordânia a guerra prossegue com a violência dos colonos contra palestinianos, a expulsão das suas terras, assassinatos e detenções. Como

defendeu o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, o reconhecimento imediato da Palestina é uma forma de acabar com a tragédia sem fim que se abate sobre os palestinianos. Porque já se percebeu que nunca haverá paz nem segurança enquanto a Palestina não for reconhecida. E quanto mais o tempo passar, mais inviável fica a possibilidade de os palestinianos virem a ter a sua terra.

O anterior Governo do PS planeava reconhecer o Estado da Palestina em conjunto com os países que recentemente deram esse passo, a Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovénia, porque se tornou óbvio que não adianta esperar por uma posição comum da União Europeia. É isso que se exprime na resolução aprovada em janeiro deste ano na Assembleia da República.

Por isso, não avançar agora como estava previsto representa uma inversão no caminho que estava a ser feito. No conflito israelo-palestiniano, o tempo é a chave para tudo, para o que de bom pode vir e para o que de pior pode ainda acontecer.

É por isso que este é o momento para ir mais longe e forçar o reconhecimento do Estado da Palestina, como forma de lhe dar estrutura e estatura para negociar o seu futuro com Israel de forma mais igual. Mesmo sem estarem reunidos os requisitos para ser um Estado, o reconhecimento é um ato político poderoso, dá força jurídica e exprime uma vontade de paz.

O reconhecimento do Estado da Palestina é, por isso, uma forma de acabar com uma tragédia, de dar futuro a um povo martirizado, expulso da sua terra, privado da sua liberdade, espezinhado na sua dignidade.

A hora das andorinhas

As andorinhas é que são rainhas

A voar as linhas da liberdade

Ana Moura, canção As Andorinhas

Julho é o mês a que, por razões diferentes, estão ligados os três homens mais importantes da minha vida: meu pai, meu filho e meu marido. Nesta precisa ordem: aquela em que me chegaram. Disse “por razões diferentes”, porque, se por um lado foi o mês em que perdi meu pai e meu marido, também foi em julho que nasceu o meu filho, tornando-me mãe pela segunda vez. É, por isso, o mês das datas em que morte e vida se conjugam para me lembrar estas duas realidades com as quais temos de viver e conviver desde o dia em que viemos a este mundo.

Esta semana, porém, é a perda de meu marido que está mais presente porque faz nove anos que, de madrugada e num dia igualmente quente como o de hoje, deu o seu último suspiro. Sem despedidas, apagou-se como a chama de uma vela cujo pavio se foi consumindo lentamente até ficar reduzido ao fiapo negro da finitude. Recordo os fins de tarde em que me pedia para, na cadeira de rodas, o levar para a

beira da piscina a fim de assistir ao voo pi cado das andorinhas que, em revoadas, se atiravam à água. Molhado o bico, voltavam rapidamente a levantar voo, cruzando-se no ar grafitado de movimentos que pare ciam previamente ensaiados. Durante o dia não as sentíamos, mas, àquela hora – a que ele chamava a hora das andorinhas – nasciam de todo o lado para, em ruidosos trinados, fazerem anunciar a sua ruidosa presença e nos lembrarem que eram nossas hóspedes durante uns meses. Ele, de costas para o poente, onde o sol começava a desenhar a diária curva des cendente, fixava o espelho de água onde se desenhavam círculos concêntricos de cada vez que nele ao de leve tocavam. Como os que resultam das pedrinhas lançadas por uma criança.

Se o espetáculo na água o fascinava, o mesmo acontecia quando, em movimentos sincopados, retornavam às alturas. Entre dois azuis – o da água e dos céus – era im pressionante ver o esvoaçar das asas negras que ganhavam uma proximidade tal, sem nunca se tocarem, como se tivessem rada res a impedir que se atropelassem. No entanto, os acidentes aconteciam: ou porque as mais jovens não dominassem na perfeição as técnicas de voo, ou porque se descuidavam no controlo do tempo entre o tocar da água e o retomar do voo, a verdade

Opinião
Paulo Pisco Opinião
Credito: DR
Credito: DR

COMUNIDADE

Dia da Família com a LiUNA Local 506

O picnic familiar da LiUNA Local 506, o sindicato de mais de 8.000 trabalhadores, voltou a reunir-se no seu centro de treino, na cidade de Richmond Hill, para o seu picnic anual, que aconteceu no sábado, 6 de julho.

Milhares de membros aproveitaram o dia de sol agradável, acompanhados de boa comida, música ao vivo e um parque de diversões a céu aberto para estar em família e desfrutar de mais um momento desta celebração anual do Dia da Família. Todos os presentes tiveram uma infinidade de atividades para se envolver, como brincar e aprender sobre animais, jogos ao ar livre, pintura facial, e muito mais. O evento contou com a presença dos líderes sindicais que deixaram algumas mensagens:

Carmen Principato - Business Manager da LiUNA Local 506 “é um dia maravilhoso para juntos celebramos as nossas famílias e é isto que todos os anos procuramos fazer, preparando este momento para que tudo corra bem” continuando, o dirigente terminou encorajando os membros e felicitou-os pelo dia especial “tomem conta de vocês e das vossas famílias. Por favor, regressem seguros para casa. Feliz dia da Família para todos.”

Joseph Mancinelli, - LiUNA International Vice President Canadian Director & Regional Manager for Central and Eastern Canada - “é um sentimento maravilhoso presenciar este momento e partilhar com as famílias aqui presentes. É também uma oportunidade para as crianças dos nossos membros, reconhecerem e apreenderem que este sindicato ou organização cuida dos

seus pais. Tudo isso traz um impacto positivo para os mais novos e é um momento de orgulho para os nossos pensionistas” Mancinelli, agradeceu ainda o executivo da LiUNA Local 506 por todos estes anos de dedicação. Várias individualidades políticas de diferentes níveis do governo também falaram sobre o dia.

A deputada federal pelo círculo eleitoral de Davenport, Julie Dzerowicz, começou por agradecer pelo evento e disse ainda que “já lá vão quase 10 anos que eu testemunho este e outros eventos de organizações sindicais. Sendo a representante do distrito de Davenport no parlamento federal, que conta com um número muito significativo de membros da LiUNA, é importante estar presente e partilhar com os membros e seus familiares”.

Paul Vicente, vereador regional pelos círculos eleitorais 3 e 4 também partilhou com a nossa equipa o que sentia, começando por agradecer por estarmos sempre presentes como órgãos de comunicação e cobrirmos os eventos comunitários. De seguida, o vereador continuou dizendo que “estamos aqui para agradecer e celebrar as contribuições destes grandes trabalhadores que ajudam a construir o Canadá todos os dias”.

De tanta coisa por se fazer neste dia, também entrámos na mesma onda dos festejos e até participámos de alguns desafios. Não vencemos algum dos desafios aceites, mas o importante foi fazer parte da grande celebração.

Dillon Almeida trouxe a família e partilhou o momento: “é a minha primeira participação na festa do Dia da Família da LiUNA Local 506, e estou muito impressionado com tudo que acontece aqui. Posso dizer que é uma maravilha e espero regressar no próximo ano”.

Um dos momentos mais esperados foi o sorteio realizado para os membros e os mais sortudos venceram os prémios disponíveis para os participantes.

E este foi mais um dia de verão da família LiUNA, Local 506.

Texto e Fotografias: Francisco Pegado

Manuel DaCosta e Vitor Silva trazem para a conversa temas que estão a dominar a

Sábado às 10h30 e Domingo, às 10h

Sábado às 7h30 da manhã

Ford avança com o plano de expansão das vendas de bebidas enquanto a greve da LCBO se arrasta

O Premier do Ontário, Doug Ford, afirma que o seu governo vai avançar com a abertura do mercado retalhista de bebidas alcoólicas na província, rejeitando as exigências do sindicato que representa os trabalhadores grevistas do LCBO para que reconsidere partes do plano. “O recuo do plano que temos um mandato claro do povo para implementar não está em discussão”, disse Ford. “Milhares de empresas estão a preparar-se para este marco emocionante. Encomendaram frigoríficos, dedicaram espaço nas prateleiras ou começaram a contratar e a formar novos funcionários. Não vou desiludir essas pessoas. Vamos certificar-nos de que isto é feito”.

Apartir do final deste verão, retalhistas como mercearias, grandes superfícies e lojas de conveniência poderão vender cerveja, vinho, cidra e cocktails prontos a beber, como as hard seltzers.

O Sindicato dos Empregados dos Serviços Públicos do Ontário (OPSEU) afirma que o plano de Ford poderá constituir uma ameaça existencial para o LCBO enquanto retalhista e resultar em despedimentos em massa.

Cerca de 9.000 trabalhadores do LCBO, representados pelo sindicato, abandonaram o trabalho na sexta-feira passada (5), depois de as negociações para um novo acordo coletivo terem fracassado. O LCBO encerrou então as suas mais de 650 lojas em

Toronto

toda a província durante pelo menos duas semanas.

O OPSEU tem-se mostrado particularmente preocupado com o facto de o LCBO ter perdido os direitos exclusivos de venda a retalho de bebidas espirituosas prontas a beber. Exigiu que o governo voltasse atrás nessa parte da expansão ou que garantisse que o LCBO seria ressarcido pelas receitas perdidas. O sindicato também pediu garantias de que não haverá perda de postos de trabalho na empresa pública de 97 anos. Ford deixou claro que não tem intenção de rever qualquer parte do plano de expansão. Disse que o sindicato precisa de retirar as suas exigências relativamente às bebidas espirituosas enlatadas para que as negociações sejam retomadas.

O LCBO afirmou que a sua última oferta ao sindicato incluía um aumento salarial de 7% ao longo de três anos e a conversão de 400 postos de trabalho temporários em funções permanentes a tempo inteiro. Atualmente, cerca de 70% dos empregados do LCBO são ocasionais, segundo o OPSEU.

“Se quiserem negociar sobre [bebidas prontas a beber], o acordo está cancelado. Vou repetir: esse barco já zarpou”, disse, acrescentando que ouviu dos trabalhadores do LCBO que as suas prioridades são os salários, os benefícios e a segurança no emprego. “Esta greve nunca, mas nunca deveria ter acontecido”, disse Ford.

CBC/MC

Não receberam faturas de serviços públicos.

Agora, têm de pagar.

Durante o último ano, Jeff Wang e a sua família utilizaram toda a água de que necessitavam e o lixo foi recolhido, mas, inadvertidamente, não pagaram por isso. Isto porque Wang diz que a cidade não lhe enviou as suas duas últimas faturas de serviços públicos.

As faturas de serviços públicos são emitidas três vezes por ano e, como tem um sistema de pagamento automático, Wang só se apercebeu de que não estava a ser cobrado quando estava a tratar dos seus impostos em março. “Entrei no sítio Web da cidade para aceder à minha conta e dizia que eu devia zero dólares”, disse Wang. “Mas eu estava claramente a usar água e a receber o meu lixo.” Em março, enviou um e-mail à Câmara para a alertar, mas só recebeu uma resposta em junho - três meses depois. “Haverá sempre

burocracia, mas o que me surpreende um pouco é o facto de, quando se trata de recolher dinheiro, haver tanta ineficácia”, disse Wang, referindo-se ao défice orçamental da cidade.

Acontece que Wang é uma das 7.200 pessoas cujas unidades de transmissão dos contadores de água se avariaram, o que significa que o seu consumo de água não foi comunicado à cidade para faturação. A cidade diz não saber exatamente há quanto tempo os contadores estão avariados. Agora, a cidade está a trabalhar num plano para substituir todos os transmissores em Toronto - pelo menos 465.000 - apenas nove a 14 anos depois de terem sido instalados. Entretanto, os residentes cujos contadores não têm transmitido a sua utilização estão a ter de pagar grandes contas de recuperação pelos pagamentos em falta. CBC/MS

A U.T. amnistiou os manifestantes antes de o acampamento ser encerrado

A Universidade de Toronto concordou em não tomar medidas legais ou disciplinares contra estudantes, membros do corpo docente e funcionários envolvidos num acampamento pró-palestiniano no campus, em troca de os manifestantes terminarem a ocupação pacificamente.

Ovice-reitor de estudantes da universidade e um vice-presidente da sua divisão de estratégia, equidade e cultura do povo assinaram o plano, mostram os documentos, que afirmava que a U of T “não iria intentar qualquer ação judicial relacionada com o acampamento”.

A U of T emitiu uma declaração por correio eletrónico confirmando que negociou o fim do acampamento depois de lhe ter sido concedida uma injunção judicial para encerrar o local do protesto. “Esta corres-

Brampton

pondência, que foi iniciada pelos líderes estudantis, levou a um acordo para garantir uma saída pacífica, ordeira e segura sem o envolvimento da polícia, de acordo com o objetivo da Universidade desde o início.” O acordo foi assinado por volta das 16 horas do dia 3 de julho, confirmou um dirigente estudantil, horas antes do prazo fixado pelo Tribunal Superior de Justiça do Ontário para que os manifestantes desmontassem as suas tendas numa zona conhecida como King’s College Circle. O tribunal emitiu uma injunção a 2 de julho, autorizando a escola a desmantelar o acampamento na sua propriedade e dando à polícia de Toronto autoridade para retirar e prender quem não cumprisse o prazo das 18 horas do dia seguinte.

CBC/MS

Homens num carro arrastaram mãe para roubar os Air Jordan do filho

Uma mãe de Brampton diz ter sido arrastada por um carro e gravemente ferida quando tentava ajudar o seu filho de 12 anos a vender um par de ténis topo de gama a alguém que conheceram no Facebook Marketplace. Vashtie Doorga publicou um anúncio em linha para vender um par de Air Jordans na cor “Military Blue”, recentemente relançada, e encontrou um cliente “inflexível”. A mãe e o filho decidiram encontrar-se por volta das 19h15 de 26 de junho numa zona residencial perto das estradas Dixie e Father Tobin.

Pouco tempo depois, Doorga encontrava-se ensanguentada numa estrada depois de ter sido arrastada por um Tesla preto conduzido por homens que não conhecia. Tinham roubado os sapatos e deixaram-na para trás. “Tenho muitas cicatrizes e dores que são insuportáveis. Não consigo dormir. Não consigo abrir uma garrafa de água, não consigo lavar o meu cabelo. Queima-me o corpo quando tenho de tomar banho. Já não posso conduzir”, disse Doorga, em lágrimas. A polícia da área da Grande Toronto emitiu avisos para se ter cuidado com estas fraudes. A polícia de Toronto emitiu recentemente um aviso público sobre as fraudes no Marketplace, afirmando que o número de queixas relacionadas com a plataforma registadas na cidade este ano ultrapassou

a marca das 500 em maio, com prejuízos que totalizam mais de $800.000. De acordo com as estatísticas divulgadas pela polícia de Toronto em maio, as fraudes no Marketplace são as segundas fraudes mais registadas.

CBC/MS

Credito: DR
Credito: DR
Credito: DR

DIAS 27/28 DE JULHO 2024 DIAS JULHO 2024

NO MADEIRA PARK

MADEIRA PARK

24120 ON-48, SUTTON, ON L0E 1R0

ABERTURA DO PARK ÀS 9:00am

À ENTRADA SARDINHAS E BROA DE MILHO GRÁTIS

SÁBADO

JOGOS FAMILIARES

15:00h TOURADA À CORDA COM TOUROS DA GANADARIA CANADIANA

18:00h ENTERTENIMENTO COM HENRIK CIPRIANO

DOMINGO

JOGOS FAMILIARES

10:30h JOGO DE FUTEBOL

AMIGÁVEL BENFICAxSPORTING

15:00h ENTERTENIMENTO COM DANIEL ALMEIDA

SERVIÇO DE RESTAURANTE E BAR - A CARGO DO MADEIRA CLUB “ESPETADAS À MADEIRENSE” DE RESTAURANTE E BAR - A CARGO DO MADEIRA CLUB “ESPETADAS MADEIRENSE”

ENTRADA - PIC-NIC $20.00 - CRIANÇAS ATÉ AOS 17 ANOS GRÁTIS

ENTRADA - PIC-NIC $20.00 - CRIANÇAS ATÉ AOS 17 ANOS

PARA ASSISTIR À TOURADA $20.00

PARA ASSISTIR À TOURADA

Municípios de B.C.

O que fazer com os residentes em autocaravanas?

De pé, ao lado da sua caravana, com uma t-shirt azul brilhante, Donald (Gator) Varnador exibe orgulhosamente o seu jardim bem cuidado. “Oiço as pessoas falarem sempre de mais habitação a preços acessíveis. Bem, isto é habitação económica.” Gator, um sénior, vive no Riverbend Cottage and RV Resort nos arredores de Parksville, na Ilha de Vancouver. Diz que a sua magra pensão não é suficiente para fazer face ao preço do combustível, da comida e de tudo o resto. Por isso, há cerca de um ano, ele e a mulher estacionaram a sua caravana aqui permanentemente.

Àmedida que a crise habitacional da Colúmbia Britânica continua, um número crescente de pessoas, muitas delas idosos como Gator, estão a utilizar veículos de recreio e pequenas casas como habitação permanente. E os municípios e distritos estão a lutar para equilibrar o apoio a pessoas que, de outra forma, poderiam acabar por viver na rua, com a segurança e outras preocupações, incluindo códigos de construção a nível provincial que restringem a utilização de veículos de

recreio como residência a tempo inteiro. Em Vancouver, Squamish e Surrey, os líderes eleitos têm-se debatido durante anos com os residentes de autocaravanas em parques de campismo e nas ruas da cidade. No outono passado, em Okanagan, os vereadores de Vernon votaram a favor da permissão de autocaravanas em propriedades da Reserva de Terras Agrícolas.

A estância de autocaravanas de Riverbend está sob a jurisdição do Distrito Regional de Nanaimo, que recentemente se deparou com uma forte oposição ao tentar atualizar um dos seus estatutos para incluir um limite de seis meses para as estadias de autocaravanas em parques de campismo e estâncias. A directora do distrito, Leanne Salter, diz que a agitação não foi uma surpresa, dado o forte aumento do custo de vida na região. “O futuro são as caravanas e as casas minúsculas”, disse Salter “quer queiramos quer não, vamos ter de aceitar que isto está a acontecer”.

O distrito votou no sentido de não aplicar temporariamente a lei até que os funcionários determinem a direção a seguir a longo prazo.

CBC/MS

CANADÁ

O Canadá compromete-se com ajuda militar de 500 milhões de dólares à Ucrânia

A nova assistência militar ajudará a alargar a formação de pilotos à medida que a Ucrânia recebe os seus primeiros F-16.

O Canadá planeia atribuir 500 milhões de dólares adicionais em assistência militar à Ucrânia este ano, disse o governo federal à margem da Cimeira da NATO. O anúncio, feito na quarta-feira (10), encerrou um dia em que a aliança de 32 membros sentiu claramente a pressão política de uma guerra que está a correr mal.

ANATO assumiu compromissos e garantias há muito procuradas, afirmando na sua declaração oficial que o país da Europa de Leste está num caminho “irreversível” para a adesão.

O dinheiro adicional, para além dos projetados 4 mil milhões de dólares em armas e munições que o Canadá já prometeu e doou, veio na sequência de uma reunião bilateral entre o Primeiro-Ministro Justin Trudeau e o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy na cimeira de Washin-

gton. A maior parte do financiamento irá para uma iniciativa liderada pela NATO, no valor de 40 mil milhões de euros, que visa proporcionar ao país devastado pela guerra um financiamento estável e um apoio militar previsível.

Ao mesmo tempo, o Canadá disse que iria alargar a sua formação de pilotos ucranianos que estão a aprender a pilotar aviões de guerra ocidentais. O governo federal já tinha afetado dezenas de milhões à formação, mas um alto funcionário federal, falando em privado, disse que o Canadá vai desempenhar um papel mais ativo na instrução, parte da qual tem sido liderada pelo sector privado.

No inverno passado, o Ministro da Defesa Bill Blair - em dois anúncios separados - atribuiu 75 milhões de dólares, dos quais 15 milhões se destinaram a pagar os instrutores civis de pilotagem da Top Aces Inc., sediada em Montreal.

CBC/MS

Os pescadores da Terra Nova interrompem uma conferência de imprensa

Os pescadores da Terra Nova subiram ao pódio numa reunião dos ministros do ambiente do Canadá, em St.John’s, na quarta-feira (10), exigindo uma reunião com o primeiro-ministro Justin Trudeau sobre a decisão do governo federal de reabrir a pesca comercial do bacalhau na Terra Nova e no Labrador.

Momentos antes do início da conferência de imprensa, que iria detalhar dois dias de reuniões do Conselho Canadiano de Ministros do Ambiente, o Ministro do Ambiente da Terra Nova e Labrador, Bernard Davis, foi interrompido por uma sirene alta. Glen Winslow, um apanhador de peixe de St. John’s, subiu ao pódio para se encontrar com Davis, acompanhado por um grupo de cerca de 15 manifestantes. “Lamento que tenhamos de fazer isto, meu amigo, mas isto é

demasiado importante para a Terra Nova e Labrador”, disse Winslow a Davis através do microfone da conferência de imprensa, enquanto os outros ministros assistiam. “Acho que é ridículo estarmos aqui a fazer isto hoje. Penso que as coisas poderiam ser resolvidas muito mais facilmente”.

Os membros do sindicato Fish, Food and Allied Workers (FFAW) estiveram presentes na conferência de imprensa para exprimir os seus apelos a que Otava volte atrás na sua decisão de pôr termo à moratória sobre a pesca do bacalhau e restabeleça uma pescaria de gestão na província. Estava em vigor uma moratória desde 1992, quando a sobrepesca provocada pela pesca de arrasto quase destruiu a unidade populacional, mas foi retirada em junho. Os pescadores costeiros vão receber 84% do total admissível de capturas de 18 000 toneladas, mas a reabertura da pesca co-

mercial permite também retomar a pesca de arrasto. “Há 32 anos que está parada e alguém no seu perfeito juízo pensou que, de repente, tínhamos bacalhau suficiente na água para permitir que voltasse a acontecer”, disse Winslow. “Se vamos ficar parados e permitir que isso aconteça de novo, é melhor fecharmos a loja.” Winslow, juntamente com o presidente da FFAW, Greg Pretty, disse que os pescadores estão a exigir uma reunião com o primeiro-ministro. Alegam que Trudeau quebrou uma promessa eleitoral feita em 2015 ao então presidente da FFAW, Keith Sullivan, de manter um acordo de 1982 que atribuía 115 000 toneladas anuais aos pescadores costeiros no âmbito de uma pesca comercial do bacalhau quando a unidade populacional recuperasse. “O homem garantiu-nos 115.000 toneladas métricas, as primeiras 115.000 toneladas métricas para os pesca-

dores costeiros e depois para os indígenas. E isso nunca aconteceu.... E com o anúncio da semana passada, de repente temos arrastões estrangeiros e arrastões nacionais a apanhar peixe bebé outra vez. E não achamos que seja uma coisa boa”, disse ele. CBC/MS

Credito: DR
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O Governo prevê seis mil milhões de euros em 2029 para a Defesa, antecipando num ano a meta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) acordada com a NATO. Este novo compromisso com vista a reforçar a despesa anual do Orçamento do Estado foi formalizado e anunciado por Luís Montenegro, levando a Associação Nacional de Sargentos a criticar, ao JN, as “palavras bonitas, mas vazias de sentido”.

António Costa tinha definido 2030 como prazo para atingir os 2% do PIB. A intenção de antecipar esta meta num ano já tinha

sido assumida por Luís Montenegro no debate preparatório do Conselho Europeu de junho. Agora, revelou ter formalizado este compromisso numa carta ao secretário-geral da NATO.

Na missiva, promete “atingir os 2% da nossa despesa orçamental com a área da Defesa um ano antes daquilo que estava previsto, em 2029, fruto de um esforço” que o Governo vai “incrementar nesta área”, referiu em Washington, à chegada para a cimeira da Aliança Atlântica. Disse ainda prever que a despesa na Defesa, “que ronda 4186 milhões de euros, possa atingir cerca de seis mil milhões em 2029”. Um

Moeda de cinco euros entra em circulação

O Banco de Portugal vai colocar em circulação, no dia 17 de julho, uma moeda de coleção com o valor facial de 5 euros, designada “Ulisses”, integrada na série “Heróis e Criaturas da Mitologia”.

A distribuição ao público vai ser feita pelas instituições de crédito, as tesourarias do Banco de Portugal e pelas lojas da Imprensa

Nacional-Casa da Moeda, informa no seu site o Banco de Portugal.

A moeda “Ulisses” apresenta diversos elementos mitológicos como a figura de Ulisses, mítico fundador da cidade de Lisboa, amarrado ao mastro de uma embarcação e sete sereias com corpo de ave, asas e garras estendidas.

JN/MS

“esforço acrescido de cerca de 400 milhões de euros por ano”.

Na carta a Jens Stoltenberg diz constar um “plano credível” que expressa “as componentes que incorporam esse esforço, desde logo a componente humana de recrutamento e retenção de pessoal nas Forças Armadas e também o apoio a ex-combatentes”. Bem como a aquisição de equipamento, “desde viaturas de combate, infantaria, drones, à capacidade aérea” e a participação em missões internacionais.

Sobre o anúncio para 2029, o presidente da Associação Nacional de Sargentos, António Lima Coelho, disse que “não clarifica,

Natalidade

nem quantifica objetivamente para que setores vão esses investimentos”. E “vender promessas é fácil”.

Em Washington, Montenegro anunciou ainda o reforço do apoio à Ucrânia, no âmbito do acordo assinado em maio. “

Dentro dessa componente de apoio, vamos acrescentar ainda este ano 95 milhões de euros aos 126 que estavam previstos nesse texto”, revelou. Totalizará, este ano, um apoio de 221 milhões de euros.

JN/MS

Houve menos nascimentos no primeiro semestre do ano

Nos primeiros seis meses deste ano o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) estudou 41.284 recém-nascidos no âmbito do Programa de Rastreio Neonatal. São menos 518 testes do pezinho (-1,2%) face a período homólogo do ano passado. Lisboa, que responde por 31% dos nascimentos, contabilizou mais 181 testes realizados, enquanto o Porto registou uma quebra de 5% (-398).

Numa análise distrital, em metade registou-se uma quebra. Em termos absolutos, mais expressiva no Porto, num total de 7157 testes do pezinho realizados. E, em termos relativos, em Bragança, com uma descida de 25%, num total de 229 testes.

Em sentido inverso, Lisboa (+181) e Coimbra (+63) registaram o maior acréscimo em termos absolutos, para os 12.794 e 1740, respetivamente. Em termos de variação, destaque para a subida de 6% nos testes realizados em Évora (+30).

Setúbal, que destronou Braga no terceiro lugar dos distritos com mais nascimento, registou uma descida de 4%, com 3359 re-

cém-nascidos estudados. Seguindo-se de perto Braga, com 3083 testes (+22).

Apesar da quebra registada face ao primeiro semestre do ano passado, os valores agora apurados pelo INSA estão acima dos registados em períodos idênticos de 2021 –ano em que Portugal baixou a fasquia dos 80 mil nascimentos – e 2022.

Explique-se que os dados não correspondem ao número de nascimentos, que é calculado pelo INE com base nos registos das conservatórias.

JN/MS

Banco de Portugal
Credito:
Credito:

Governo

Pedro Nuno Santos afirma: Situação financeira deixada pelo anterior governo permite medidas do atual executivo

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou que o anterior governo deixou uma situação “orçamental e financeira suficientemente confortável” que permite agora ao atual executivo tomar “medidas com elevado custo orçamental”.

“Aquilo que toda a gente reconhece, aquilo que as instituições europeias reconhecem fora e, portanto, também dentro do país, é que o governo do PS deixou uma boa situação orçamental e financeira, isso é que é um dado que ninguém pode negar e do qual beneficia este Governo, porque é a boa situação orçamental e financeira que tem permitido ao Governo chegar, por exemplo, a acordo com alguns setores profissionais”, afirmou.

Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas no final de uma visita ao Polo de Saúde de Carcavelos, no concelho de Cascais (distrito de Lisboa). O líder socialista reagia à notícia avançada pelo jornal Eco de que o anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, pediu à Águas de Portugal a distribuição de 100 milhões de euros de dividendos por forma a baixar a dívida pública. Pedro Nuno Santos defendeu que “as empresas públicas são do Estado, o Estado não está a tirar dinheiro que não é do Estado”. O secretário-geral do PS sustentou que “o acionista é o Estado e quem gere o Estado são os governantes, em cada momento foram eleitos para essas funções e tomam opções políticas. Verdadeiramente relevante é nós constatarmos o óbvio, que é nós hoje termos uma situação orçamental e finan-

ceira suficientemente confortável que leva a que o Governo esteja a tomar e a anunciar medidas com elevado custo orçamental”, salientou, considerando que “isso faz-se porque há um trabalho que deixou as contas públicas saudáveis e equilibradas”. Questionado se esta poderá ter sido uma medida de engenharia financeira, Pedro Nuno Santos respondeu: “Eu lamento, mas se há um ganho importante nos últimos anos foi a redução da dívida pública e ter-se atingido excedente orçamental. Isso são ganhos, são ganhos que são reconhecidos em todo o lado pelas instituições internacionais. Portanto, são bons resultados que permitem a que o Governo hoje possa tomar medidas com elevado custo orçamental”, reforçou.

Ministra diz ter “tolerância zero” com movimentos radicais

A ministra da Administração Interna diz ter “tolerância zero” com movimentos radicais, intransigente com os crimes de ódio e diz que se está a apostar na formação para “tirar a fruta podre” das forças de segurança.

Margarida Blasco garante que nem ela própria, nem o Governo, nem as direções nacionais, nem os comandos pactuam com movimentos radicais. “Os polícias são cidadãos, mas não são

uns cidadãos quaisquer. São cidadãos que defendem a ordem pública, defendem o cidadão. São um dos pilares da democracia e do Estado de Direito e não é admissível que haja movimentos radicais dentro das forças de segurança”, afirma. Numa entrevista, a governante disse crer que este tipo de movimentos “vão desaparecer rapidamente”, pois está a ser dada formação que vai “retirar a fruta podre do grande cesto que são as forças de segurança”. “Desculpem esta imagem, mas é para filtrar”, acrescenta.

Margarida Blasco valoriza o facto de as forças de segurança não se terem deixado instrumentalizar quando, na semana passada, o Chega solicitou a sua presença na Assembleia da República. “Num universo de 45 mil polícias, as principais organizações sindicais vieram a terreiro dizer que não se sentiam vinculadas, que não queriam ser instrumentalizadas”, lembrou a governante.

Margarida Blasco disse ainda que é “perfeitamente intransigente” em relação aos crimes de ódio. “É uma situação em que eu, quando

estava na IGAI e agora como ministra, sou perfeitamente intransigente. Não há abertura nenhuma nem complacência”, sublinha. Sobre o acordo a que o Governo chegou com as forças de segurança - com um valor de 300 euros para o subsídio de risco-a ministra lembra que há ainda um pacote de medidas a negociar, das quais destacava a revisão do estatuto e das carreiras. Sobre esta matéria, disse que já está agendada uma reunião para 6 de janeiro, o dia de Reis. JN/MS

Credito: DR

China

Mais de 30 rios na China ultrapassam níveis de alerta de inundação

As fortes chuvas que atingem o centro, leste e sudoeste da China fizeram com que 34 rios do país ultrapassassem o nível de alerta de inundação, alertou o Ministério dos Recursos Hídricos. Segundo a agência governamental do país asiático, a situação concentra-se principalmente nas regiões de Shaanxi (oeste), Sichuan (centro), Guizhou (centro), Yunnan (sudoeste), Anhui (leste) e Jiangsu (leste), além da cidade de Chongqing (centro).

Entre os casos mais críticos, quatro rios de Chongqing, onde chuvas fortes e constantes causaram a morte de seis pessoas e ultrapassaram o nível de proteção. Perante esta situação, as autoridades recomendaram a intensificação da inspeção

Turquia

e da drenagem das barragens. A Administração Estatal de Supervisão Financeira estimou hoje que as inundações causaram até agora perdas de 3,21 mil milhões de yuan (605 milhões de dólares) nas regiões de Hunan, Zhejiang (leste), Anhui, Fujian (sudeste), Jiangxi, Cantão (sul), Guangxi (sul) e Guizhou.

As autoridades mobilizaram mais de 46 mil homens e 30 mil veículos de inspeção e salvamento para fazer face à situação.

Nas últimas semanas, as fortes chuvas provocaram a retirada de centenas de milhares de pessoas em províncias como Anhui (leste) e Cantão (sudeste) e o rebentamento de uma barragem na província de Hunan (centro).

JN/MS

Defesa

Taiwan deteta 66 aviões chineses perto da ilha, número recorde em 2024

O Ministério da Defesa de Taiwan afirmou que foram detetados 66 aviões militares chineses ao redor da ilha num espaço de 24 horas, um recorde no ano. Pequim afirma que a ilha do governo democrático faz parte do seu território e garante que não renunciará ao uso da força para controlar a região. Este número recorde de aviões militares acontece um dia depois das autoridades de Taiwan e do Japão relatarem alegados exercícios militares chineses no mar.

Segundo o comunicado do Ministério da Defesa de Taiwan, 66 aviões e sete navios militares chineses foram detetados perto do território, em 24 horas. No total, 56 aviões chineses atravessaram a linha mediana, um estreito de 180 quilómetros que separa a Taiwan da China.

Polónia

O recorde anterior neste ano datava de maio, quando Pequim enviou 62 aviões e 27 barcos durante manobras militares, após a posse do novo presidente taiwanês, Lai Ching-te, considerado pela China como “um perigoso separatista”. Para o analista militar Su Tzu-yun, a nova demonstração de força da China é uma reação aos recentes acontecimentos políticos, incluindo a reunião do novo embaixador dos Estados Unidos em Taiwan com Ching-te, que expressou apoio a Taipé (Capital de Taiwan).

O porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian, reiterou na quinta-feira (11) que “Taiwan é uma parte inalienável do território da China”. “A determinação e a resolução do povo chinês de salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial são inabaláveis”, afirmou.

Dezenas de mineiros desaparecidos num acidente em mina na Polónia

As equipas de salvamento polacas procuram dezenas de mineiros depois de um forte abalo ter sacudido, na quinta-feira (11), a mina de carvão de Rydultowy, a cerca de 1200 metros de profundidade, tendo resgatado 15 deles, 10 com ferimentos, segundo as autoridades.

Aporta-voz do Polish Coal Mining Group, Aleksandra Wysocka-Siembiga, disse que a causa do tremor de terra está por esclarecer. “Algumas destas pessoas estão a ser trazidas à superfície,

outras já foram trazidas e outras ainda não foram alcançadas pelos socorristas”, disse Wysocka-Siembiga.

As autoridades indicaram que 68 mineiros estavam na área na altura e 15 deles chegaram à superfície, incluindo os 10 que foram hospitalizados. A operação de resgate conta com o apoio de dezenas de ambulâncias, terrestres e aéreas, e dezenas de elementos dos bombeiros. A mina de Rydultowy, inaugurada em 1792, emprega atualmente cerca de dois mil pessoas. JN/MS

Erdogan diz que perspetiva de conflito direto entre NATO e Rússia “é preocupante”

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, considerou preocupante a perspetiva de um conflito direto entre a Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). Na declaração final da cimeira da NATO, a ofensiva russa contra a Ucrânia foi tema central da reunião, com os aliados a prometerem um mínimo de 40 mil milhões de euros para apoiar em 2025 o esforço de guerra de Kiev, defendendo que se está perante um “caminho irreversível” para a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica.

Antes, Jens Stoltenberg aproveitou para defender a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica em caso de cessar-fogo no atual conflito, para evitar futuras agressões da Rússia.

Destoando da unanimidade, o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, qualificou de irrealista uma futura adesão da Ucrânia à NATO, considerando que provocaria uma “ameaça de guerra” com a Rússia. Depois do anúncio do envio de cinco sistemas de defesa aérea para a Ucrânia, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, anunciou que os países da

NATO iniciaram a transferência de aviões de combate F-16 para a Ucrânia, a fim de fortalecer a defesa deste país contra a Rússia. Na capital norte-americana, os líderes da NATO denunciaram o apoio de Pequim ao esforço de guerra russo na Ucrânia. “O aprofundamento da parceria estratégica entre a Rússia e a China, bem como as suas tentativas combinadas de desestabilizar e remodelar a ordem internacional baseada no direito, suscitam profundas preocupações”, refere a declaração final do Conselho do Atlântico Norte. Em Moscovo, o porta-voz da Presidência russa, Dmitri

Peskov, avisou que a Rússia está a planear medidas para “contrariar a séria ameaça” representada pela NATO, considerada “de facto” totalmente envolvida no conflito em torno da Ucrânia. “Somos obrigados a analisar muito cuidadosamente as decisões que foram tomadas, as discussões que tiveram lugar e analisar muito cuidadosamente o texto da declaração que foi aprovado. Trata-se de uma ameaça muito grave à segurança nacional”, advertiu Peskov, citado pelas agências de notícias russas.

A Comissão Europeia aceitou, esta quinta-feira, os “remédios” da tecnológica Apple relativamente ao seu serviço de carteira móvel digital Apple Pay, que estarão em vigor 10 anos, após verificar a existência de posição dominante e a exclusão de concorrentes.

“A Comissão Europeia tornou os compromissos propostos pela Apple juridicamente vinculativos ao abrigo das regras comunitárias no domínio da concorrência. Os compromissos dão resposta às preocupações [...] em matéria de

concorrência relacionadas com a recusa da Apple de conceder aos concorrentes o acesso a uma tecnologia normalizada utilizada para os pagamentos sem contacto com os iPhones nas lojas”, anuncia a instituição em comunicado publicado.

A posição do executivo comunitário surge após uma investigação iniciada há cinco anos, na qual a instituição europeia verificou, de forma preliminar, que “a Apple detém um poder de mercado significativo no mercado dos dispositivos móveis inteligentes e uma posição dominante no mercado das carteiras móveis em loja com iOS

[sistema operativo da companhia]”, que a gigante tecnológica norte-americana “abusou da sua posição dominante ao recusar-se a fornecer a entrada” a outros concorrentes e, ao excluir do mercado os rivais do Apple Pay, “conduziu a uma menor inovação e escolha para os utilizadores”.

Uma vez que este comportamento poderia constituir uma infração ao artigo 102.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, que proíbe o abuso de uma posição dominante, a Apple comprometeu-se com remédios, agora aceites por Bruxelas, como a garantia de acesso a concorrentes, a aplicação de procedimento e critérios de elegibilidade justos, objetivos, transparentes e não discriminatórios e a

criação de um mecanismo de controlo e um sistema de resolução de litígios.

A Apple tem até 25 de julho para implementar estes seus compromissos e, a partir desta data e durante um período de 10 anos, os outros programadores passarão a poder disponibilizar uma carteira móvel no iPhone com a mesma experiência tap and go que até agora estava reservada à Apple Pay.

A Apple Pay é a solução de pagamento móvel da Apple para iPhones e iPads, utilizada para permitir pagamentos em aplicações comerciais e websites e em lojas físicas através da modalidade sem contacto.

Açores rejeitam programa de integração de trabalhadores precários

O parlamento dos Açores rejeitou por maioria o projeto de decreto legislativo do Bloco de Esquerda que propunha um programa extraordinário de integração de trabalhadores precários na administração pública regional.

Aproposta do BE foi rejeitada com os votos contra de PSD, CDS-PP, PPM, Chega e IL e com os votos a favor de PS, BE e PAN. No debate sobre o programa extraordinário de integração de trabalhadores precários na administração pública regional, o deputado do BE António Lima referiu que “a precariedade é um drama social”.

Ainda durante a discussão do diploma, o secretário das Finanças, Planeamento e Administração Pública dos Açores, Duarte Freitas, salientou que os executivos da coligação PSD/CDS-PP/PPM “foram, na história da autonomia dos Açores, aqueles

que mais contribuíram para o combate à precariedade”, na administração pública e no setor privado. Contudo, acrescentou, o combate à precariedade “é um trabalho que continua”.

O governante adiantou também que em 31 de dezembro de 2020 estavam em programas operacionais na administração pública regional, 1.365 pessoas, “em 31 de dezembro de 2023 apenas 254” e “na segunda-feira (8), apenas 129”.

“É desta maneira que se combate, também, a precariedade”, defendeu, alertando que as previsões indicam que a região, até 2030, terá mais de nove mil trabalhadores na situação de pré-reforma ou reforma, o que será um desafio para “encolher” e “rejuvenescer a administração pública regional”. “Isto chama-se planeamento e é isto que estamos a fazer”, disse.

AUTONOMIAS

Parlamento açoriano

aprova alteração ao regime dos ‘Chãos de Melhoras’

O parlamento dos Açores aprovou por maioria a alteração ao regime jurídico dos “Chãos de Melhoras”, que vai permitir agilizar o processo de legalização de casas ou de terrenos na ilha de São Miguel.

Os “Chãos de Melhoras” foram uma figura urbanística utilizada nos séculos XIX e XX nos Açores e consistiam na cedência temporária, por parte do proprietário de terreno, da fruição do uso do solo, mediante o pagamento de uma contrapartida financeira.

As habitações construídas nesse solo são da propriedade dos fruidores, mas os terrenos onde se situam não lhes pertencem, criando dificuldades não só a nível jurídico, como até na manutenção das casas.

Para resolver esses problemas o deputado da Iniciativa Liberal (IL), Nuno Barata, apresentou a anteproposta de Lei n.º 3/XIII - Primeira alteração à Lei n.º 72/2019, de 2 de setembro - Regime Jurídico da Regularização dos “Chãos de Melhoras”.

A proposta foi apresentada e aprovada em votação final global com 22 votos a favor do PSD, quatro do Chega, dois do CDS-PP, um do PPM, um do BE, um da IL e outro do PAN e com 21 abstenções da bancada do PS.

De acordo com Nuno Barata, importa “proceder a uma simplificação e desburocratização” do processo de regularização urbanística das edificações, introduzindo alterações na Lei n.º 72/2019. NM/MS

Richard Gere de férias nos Açores com a mulher e os filhos

Alejandra Silva partilhou a imagem de uma das icónicas lagoas do arquipélago português no Instagram.

Oator norte-americano Richard Gere, de 74 anos, escolheu os Açores para passar férias com a família, revela a revista espanhola Hola!. No Instagram, a mulher do ator, a ativista espanhola Alejandra Silva, de 41 anos, partilhou uma foto dos filhos de ambos, Alexander, de 5 anos, e James, de 4, a brincarem junto a uma lagoa.

Nos comentários da publicação muitos são os que identificam a imagem como tendo sido capturada no arquipélago português. De acordo com a Hola, as férias da

família Gere antecedem à mudança da família dos EUA para Madrid, tal como revelou o ator numa entrevista dada em abril à Vanity Fair. “Para mim, ir para Madrid vai ser uma grande aventura porque nunca vivi tanto tempo fora dos EUA. Acredito que também será muito interessante para os meus filhos”, disse, realçando que “para Alejandra, vai ser maravilhoso” pois vai estar “mais perto da família, dos amigos de toda a vida e da sua cultura”.

Recorde-se que Richard Gere casou-se com Alejandra Silva, cuja diferença de idades é de 33 anos, em 2018, em Nova Iorque, nos EUA.

NM/MS

IASaúde lembra que beneficiários que completem 18 anos devem atualizar dados

O Instituto de Administração da Saúde, IP-RAM (IASAÚDE, IP-RAM) lembra que, no âmbito da entrega de despesas de saúde para efeitos de reembolso, os beneficiários do Serviço Regional de Saúde da Madeira (SRS-Madeira), que completem 18 anos, devem realizar o registo e atualização dos seus dados bancários (IBAN).

“Este procedimento deve ser realizado junto dos serviços administrativos do IASAÚDE, IP-RAM e consiste na ve-

Junta de Freguesia de Câmara de Lobos premiada a nível nacional

Junta de Freguesia de Câmara de Lobos foi premiada a nível nacional com o primeiro lugar no programa ‘Junta na Freguesia’, da European Recycling Platform – Portugal (ERP).

AJunta de Freguesia de Câmara de Lobos aderiu a este projeto, que pretende em conjunto com as Juntas de Freguesia de todo o país, contribuir para aumentar o conforto dos cidadãos. Com o principal objetivo de criar um movimento de sustentabilidade participada e facilitar a vida da comunidade, através do aumento da recolha e reciclagem de resí-

duos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), bem como resíduos de pilhas e acumuladores (RP&A).

“Foi com enorme satisfação que em 2023 ficamos em primeiro lugar a nível nacional no âmbito deste programa, razão pela qual, a par da entrega do prémio de trinta mil euros a esta junta de freguesia, estamos a organizar um encontro para a promoção deste programa na região. Pretendendo que, esta iniciativa seja um elemento catalisador para a entrada de mais autarquias no programa ‘Junta na Freguesia’”, pode ler-se no comunicado.

rificação, atualização e validação da informação que consta na ficha pessoal do beneficiário, nomeadamente, número de conta bancária, através do registo de uma nova conta ou manutenção dos dados bancários já existentes na ficha pessoal, mediante autorização em documento próprio.

Paralelamente, para registo de nova conta, deverá ser apresentado comprovativo do número de conta bancária (IBAN) onde conste o nome do próprio como titular da conta. A atualização dos dados irá permi-

tir a agilização dos respetivos processos de reembolso, garantindo que os mesmos sigam os trâmites em tempo útil, evitando atrasos ou outros constrangimentos nos respetivos pagamentos2, explica um comunicado de imprensa.

O IASAÚDE, IP-RAM informa, ainda, que para esclarecimentos adicionais podem ser contactados os serviços do Balcão de Apoio ao Utente, disponíveis de segunda a sexta-feira no edifício sede deste Instituto. 0DN/MS

Credito:

Está na altura de satisfazer os seus sentidos e de seduzir as suas papilas gustativas. De 5 a 21 de julho de 2024, saboreie cada dentada de um menu de três pratos a preço fixo em mais de 200 restaurantes de Toronto.

Visite summerlicious.ca para obter mais pormenores e a lista completa de restaurantes participantes.

SOULA’S MODERN GREEK CUISINE

Situado no coração de Greektown, de propriedade e gerência familiar, o Soula’s tem as suas raízes na Grécia e a sua alma nos deliciosos pratos reconfortantes que tornam a cozinha grega tão apreciada universalmente. A comida é confeccionada utilizando apenas os ingredientes mais frescos e da mais alta qualidade, incluindo marisco, produtos hortícolas e os melhores cortes de carne selecionados à mão, trazidos diariamente, preparados a partir de receitas familiares com um toque moderno.

500A Danforth Ave 416-778-0500 soulas.ca

THE SULTAN’S TENT

Bairro: Danforth/Greektown

Cozinha: Grego, Mediterrâneo, Marisco

Menus: $27 Almoço, $35 Jantar

O Sultan’s Tent está localizado num dos mais antigos edifícios de ferro plano de Toronto e perto do St. Lawrence Market, e tem vindo a proporcionar experiências memoráveis aos residentes e visitantes há mais de 20 anos. A decoração elegante, aliada a um menu único e saboroso, oferece uma experiência marroquina francesa exuberante, reforçada pela dança do ventre nocturna em tendas iluminadas por lanternas, entre almofadas em tons de jóias.

49 Front St E 416-961-0601 thesultanstent.com

Bairro: Downtown, Old Town

Cozinha: Médio Oriente, marroquino

Menus: $55 Jantar

GOA INDIAN FARM KITCHEN

Goa, uma marca de Hemant Bhagwani, presta homenagem à arte da história. Uma história de influência portuguesa na cozinha costeira indiana. No restaurante Goa, são utilizadas técnicas de todo o mundo e aplicadas a ingredientes de origem local para criar algo exclusivamente seu.

2901 Bayview Ave 647-352-1661 goatoronto.ca

AUBERGE DU POMMIER

O Auberge du Pommier tem vindo a servir os mais exigentes clientes de Toronto desde 1987. Este requintado restaurante francês oferece uma cozinha moderna de cinco estrelas, um serviço excecionalmente caloroso e uma extensa seleção de vinhos. Os hóspedes podem desfrutar do almoço ou do jantar na bela sala de jantar ou no exuberante terraço florido.

4150 Yonge St 416-222-2220 aubergedupommier.com

ARISU KOREAN BBQ & SUSHI

Um autêntico restaurante coreano, o Arisu é especializado em churrasco coreano de mesa e sushi de classe superior, servindo orgulhosamente produtos locais de carne de vaca e frango Black Angus. O objetivo do Arisu é enriquecer a experiência dos seus clientes com o calor e a natureza reconfortante da comida coreana.

584 Bloor St W 416-533-8104 arisu.ca

Bairro: North York Cozinha: Indiano Menus: $27 Almoço, $35 Jantar
Bairro: North York Cozinha: Francês Menus: $55 Almoço, $75 Jantar
Bairro: Annex, Downtown Cozinha: Japonês, coreano, sushi Menus: $34 Almoço, $45 Jantar

ADEGA

Na Adega, receitas antigas e técnicas de cozinha tradicionais são combinadas com sabores modernos para criar pratos de peixe fresco e marisco da mais alta qualidade com um toque mediterrânico.

Bairro: Downtown

HEY LUCY CAFÉ

RODEO BRAZILIAN STEAKHOUSE

Localizado na Danforth, num edifício tão antigo como a tradição brasileira do Rodízio, o Rodeo oferece uma experiência gastronómica verda

Bairro: Entertainment District Cozinha: Italiano Menus: $27 Almoço, $35 Jantar 33 Elm St 416-977-4338 adegarestaurante.ca

Cozinha: Mediterrâneo, português Menus: $48 Almoço, $65 Jantar

95 Danforth Ave 416-465-0969 rodeobraziliansteakhouse.com

FONDA LOLA

95 Danforth Ave 416-465-0969 rodeobraziliansteakhouse.com

BANGKOK GARDEN

Na Fonda Lola, o objetivo é partilhar os sabores mexicanos utilizando ingredientes de origem local para criar pratos mexicanos saudáveis e saborosos. Entrar na Fonda Lola é como fazer uma viagem a uma cantina mexicana à beira-mar, com uma decoração rústica, cerâmicas pintadas e outros tesouros trazidos do México para criar um espaço luminoso e acolhedor, cheio de cor e alegria.

942 Queen St W 647-706-9105 fondalola.com

BAR’KADA

Instalado num edifício histórico de Toronto, o Bangkok Garden é aclamado como um dos principais restaurantes tailandeses da América do Norte. Desfrute de comida tailandesa autêntica, confeccionada na casa, baseada no princípio tailandês de equilibrar os cinco sabores - doce, azedo, quente, salgado e amargo, enquanto está rodeado por uma decoração tailandesa importada e genuína.

Localizado na moderna King West, no Entertainment District, o Hey Lucy Cafe é um restaurante e bar italiano informal, que serve pizzas de forno a lenha esticadas à mão e pratos italianos, favoritos desde 1997. 18 Elm

Bairro: Downtown

Cozinha: Tailandês Menus: $27 Almoço, $35 Jantar 295 King St W 416-979-1010 heylucy.ca

O restaurante e bar Bar’kada, situado no coração da baixa de Toronto, serve pratos ao estilo de tapas para partilhar com a sua “barkada” (grupo de amigos). O menu é moderno e de inspiração filipina, com toques das culturas espanhola, portuguesa, americana e asiática, todas elas uma grande parte da história das Filipinas, e enriquecido com cocktails artesanais, vinhos especiais, cerveja artesanal e café expresso!

745 Queen St W 416-551-8889 barkadato.com

Bairro: Downtown Cozinha: Asiático, filipino, espanhol Menus: $34 Almoço, $45 Jantar
Bairro: Downtown, West Toronto Cozinha: Mexicano Menus: $45 Jantar
Presidente da Guiné visita China com a cooperação na agenda dos três dias

China e Guiné-Bissau estabeleceram relações diplomáticas em 1974, mas estas foram interrompidas entre 1990 e 1998. Durante esse hiato, o Governo guineense reconheceu a República da China, ou Taiwan, como um Estado soberano, em detrimento da República Popular da China.

Entre as infraestruturas erguidas no país africano com apoio da China estão o edifício da Assembleia Nacional Popular, edifício-sede do Governo, o Palácio da Justiça, o Palácio Presidencial e várias unidades hospitalares. As estradas Buba, Catió e Quebo, Cacine, uma ponte sobre o Rio Farim ou um “grande centro de conferências” para a presidência da Guiné-Bissau da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), anunciado esta semana pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, antes de embarcar para Pequim, onde iniciou na quarta-feira (10) uma visita de Estado de três dias, são outras das obras financiadas pela China, também no âmbito da iniciativa chinesa Faixa e Rota. Os dois países assinaram, em 2021, um memorando de entendimento no âmbito da Faixa e Rota. Designado pelo Presidente chinês, Xi Jinping, como o “projeto do século”, a iniciativa foi inicialmente apresentada no

Cazaquistão como um novo corredor económico para a Eurásia, inspirado na antiga Rota da Seda. Na última década, no entanto, a Faixa e Rota adquiriu dimensão global, à medida que mais de 150 países em todo o mundo aderiram ao programa.

A aproximação entre Pequim e os países envolvidos abarca um incremento das consultas políticas e cooperação no âmbito do ciberespaço, meios académicos, imprensa, regras de comércio ou acordos de circulação monetária, visando elevar o papel da moeda chinesa, o yuan, nas trocas comerciais. A Faixa e Rota envolveu também a fundação de instituições que rivalizam com agências estabelecidas como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional. O programa de Umaro Sissoco Embaló na China inclui encontros com Xi Jinping e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e uma visita à estatal Aluminum Corporation of China, sediada em Pequim. Na quinta-feira (11), o chefe de Estado guineense viajou para Xangai, “capital” económica do país asiático, onde se reuniu com representantes do governo local, visitou o Instituto de Pesquisa do grupo tecnológico chinês Huawei e a cidade universitária de Songjiang.

NM/MS

A saída dos Estados do Sahel fragiliza a CEDEAO

O bloco da África Ocidental, a CEDEAO, advertiu que a região enfrenta uma “desintegração” depois de os governantes militares do Níger, Mali e Burkina Faso terem cimentado uma união separatista. Os três países formaram uma “Confederação dos Estados do Sahel” numa reunião realizada na véspera da cimeira de líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, marcando mais um teste para o bloco do qual declararam estar a separar-se no início deste ano. A CEDEAO já se debate com a violência jihadista, com problemas financeiros e com a dificuldade de reunir uma força regional.

Não ficou claro que medidas o bloco iria tomar após a cimeira em Abuja, embora o Presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, tenha apelado ao novo líder do Senegal para servir como “enviado especial” para o Mali, o Burkina Faso e o Níger, sem fornecer pormenores. As juntas do Níger, do Mali e do Burkina Faso chegaram ao poder através de uma série de golpes de Esta-

do nos últimos anos e anunciaram a sua intenção de abandonar a CEDEAO em janeiro. Os três países afastaram-se da antiga potência colonial, a França, e expulsaram as tropas francesas.

A saída dos países do Sahel da CEDEAO foi motivada, em parte, pela acusação de que Paris estava a manipular o bloco e a não prestar apoio suficiente aos esforços anti-jihadi. Vários líderes da África Ocidental apelaram ao reatamento do diálogo e a cimeira de domingo (5) foi a primeira do novo Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, que afirmou em maio que a reconciliação era possível.

Antes da cimeira da CEDEAO, os ministros da Defesa e das Finanças estudaram o financiamento de uma “força regional para combater o terrorismo e restaurar a ordem constitucional”, de acordo com a Comissão da CEDEAO.

A Comissão da CEDEAO apela à criação de uma unidade inicial de 1.500 efetivos e uma das propostas foi a de reunir uma brigada de 5.000 soldados a um custo de cerca de 2,6 mil milhões de dólares por ano. OB/MS

Supremo de Angola confirma condenações no caso “500 milhões”

O acórdão do plenário do Tribunal Supremo (TS), em que dois juízes votaram vencidos, foi esta terça-feira (09.07) divulgado no site da instância superior, cerca de dois meses depois do Tribunal Constitucional (TC) angolano ter declarado a inconstitucionalidade do acórdão que condenou, entre outros, José Filomeno dos Santos “Zenu”, por violação dos princípios da legalidade e do contraditório, do julgamento justo e conforme e do direito à defesa.

Aposição do TC foi a resposta a um recurso extraordinário de inconstitucionalidade remetido ao órgão por Valter Filipe da Silva, Jorge Guadens Pontes Sebastião, José Filomeno dos Santos “Zenu” e António Samalia Bule Manuel condenados pelo Tribunal Supremo, em 2020, pela prática dos crimes de peculato, burla por defraudação e tráfico de influência, com penas fixadas entre cinco e oito anos de prisão.

O TC entendia, nomeadamente, que o TS deveria proferir uma nova decisão em que fosse considerado o depoimento do ex-Presidente angolano, embora apenas quatro dos oito juízes que intervieram na decisão parcialmente revogada, tivessem mantido as suas funções, pelo que a decisão do recurso foi apreciada pelo plenário na sua composição atual. No acórdão de confirmação, o TS reanalisa os elementos de prova, alegações dos arguidos e Ministério Público (MP), bem como a carta com o depoimento de José Eduardo dos Santos, concluindo que o facto do antigo Presidente ter autorizado a transferência dos 500 milhões de dólares “não exclui a responsabilidade na prática dos factos, pois tal não significa que o chefe do Executivo tivesse conhecimento pleno ou parcial da intenção dos arguidos”. O TS decidiu, assim, manter a condenação que tinha sido anulada pelo TC.

DW/MS

Elefante “Madala” em Maputo para assinalar sete anos sem caça furtiva na Reserva do Niassa

Uma obra de arte de um elefante de tamanho real está exposta no centro da capital moçambicana para assinalar o sétimo ano sem caça furtiva na maior área de conservação de Moçambique: a Reserva Especial do Niassa.

“Este elefante é a combinação de uma história muito triste da Reserva do Niassa (…) Ao mesmo tempo, esta é a celebração de sete anos sem caça furtiva”, explico à Lusa a bióloga colombiana Paula Ferro, uma das pessoas responsáveis pela iniciativa.

A obra, designada Madala, que significa velho na língua moçambicana xichangana, é suportada por uma estrutura metálica feita com base em material de caçadores furtivos apreendido durante mais de 25 anos, incluindo armas de fogo e munições. “As orelhas são feitas com os painéis de garimparia ilegal (…) Temos as catanas que são utilizadas para o corte das pontas do elefante, temos armas, munições, pedaços de madeira e até sapatos dos caçadores furtivos“, diz a bióloga, que se dedica a projetos

de conservação há 18 anos na maior área de conservação moçambicana. A estrutura metálica, feita por cinco residentes formados pelo escultor francês Jules Pennel, é acompanhada por uma pele de crochet, resultado também do trabalho de cerca de 30 mulheres que vivem na reserva e que foram formadas no âmbito do projeto “Yao Crochet”, iniciativa da bióloga colombiana para apoiar as comunidades locais, sobretudo mulheres. A ideia agora é levar a obra a leilão e usar os fundos para financiar um projeto de escola de artes e ofícios para as comunidades, refere Paula Ferro.

Estabelecida em 1960, a Reserva Especial do Niassa, localizada no Norte do país, é a maior área protegida de Moçambique, com uma extensão de 42.400 quilómetros quadrados, albergando o maior número de elefantes que existe em Moçambique. De acordo com dados oficiais, com a crescente procura de marfim, sobretudo em 2008, o número de elefantes na reserva reduziu-se de 14.000 para menos de 4.000, entre 2009 e 2018.

OB/MS

Credito: DR Credito:

Pesquisa Quaest de 10 de julho sobre avaliação do trabalho e do governo de Lula

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (10) levantou a avaliação dos brasileiros sobre o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sobre o seu governo.

O trabalho do presidente Lula (PT) é aprovado por 54% , enquanto 43% dos entrevistados reprovam. O resultado indica que a aprovação voltou a se descolar da reprovação e, agora, é 11 pontos maior. Em maio, os percentuais eram de 50% e 47%, respectivamente, o que indicava empate técnico entre os dois indicadores. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas com 16 anos ou mais em 120 municípios entre os dias 5 e 8 de julho. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

O intervalo de confiança é de 95%.

A aprovação de Lula, agora, é 43 pontos maior que a reprovação entre os que ganham até 2 salários mínimos. A vantagem é a maior desde o início do mandato.

Recuperado, Tony Ramos se reúne com Gilberto Gil, Zeca Pagodinho e Angélica

Recuperado depois de ser submetido a duas cirurgias para drenagem de hematoma subdural (sangramento intracraniano) no mês de maio, Tony Ramos volta gradualmente a seus compromissos profissionais e de lazer. O ator, de 75 anos de idade, esteve na casa de Angélica para um encontro com os cantores Zeca Pagodinho e Gilberto Gil.

Os convidados da apresentadora gravaram um dos episódios do programa Angélica: 50 & uns, que será lançado até o fim do ano pela Globoplay e, depois, exibido como quadro do Fantástico. O bate-papo foi realizado em uma mesa de carteado na mansão da apresentadora, onde acontecem as gravações da atração, e uma foto foi registrada por Flora Gil e compartilhada nas redes sociais. Tony também já acertou sua volta aos palcos. Na sexta-feira, 12 de julho, o ator retoma as apresentações do espetáculo O que só sabemos juntos, no Tuca, em São Paulo, ao lado de Denise Fraga.

Quem/MS

Pizzaria que vende só um sabor de pizza fatura $100 mil canadianos por mês

Nada de sabores exóticos e receitas mirabolantes. A pizzaria do seu Enildo Gomes, em Brasília (DF), faz sucesso com uma única opção no cardápio (e apenas três ingredientes): pizza de muçarela, molho caseiro e orégano.

Oestabelecimento, que está em funcionamento há 64 anos, é um dos marcos mais tradicionais da capital

federal e fatura cerca de $ 100 mil canadianos por mês. “Tem uns [clientes] que não conhecem, vêm de fora e perguntam: ‘Qual sabor o senhor tem?’ Eu falo e eles dizem: ‘Só?’ Eles ficam admirados: ‘Como é que o senhor está aqui esse tempo todo?’”, conta Enildo.

Para o empresário, o segredo é “qualidade, bom atendimento e se identificar com o cliente” .

Parkinson, glaucoma, rinite:

“Eu já vi cara descer de táxi que veio do aeroporto para comer aqui [na pizzaria]. Antes de chegar em casa, ele passa aqui, come uma pizza, toma um mate e vai embora. É rotina, isso aqui não para”, diz o cliente Luiz Anconi.

Seja pela inovação ou pela tradição, o Dia da Pizza, nesta quarta-feira (10), é uma ótima data para aquecer o faturamento. G1/MS

veja os novos remédios que passam a ser gratuitos no Farmácia Popular

Em comemoração aos 20 anos do programa Farmácia Popular, a partir desta quarta-feira (10), o Ministério da Saúde vai passar a oferecer 95% dos medicamentos e insumos de forma gratuita para toda a população. Com isso, remédios indicados para o tratamento de colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite poderão ser retirados de graça pela população de todo o país. A expectativa é que, pelo menos, 3 milhões de pessoas que já utilizam o programa sejam impactadas, o que deve gerar uma economia para os usuários de até R$ 400 por ano.

Oprograma oferta 41 itens, entre fármacos, fraldas e absorventes e, até a implementação dessa medida, somente medicamentos indicados para pessoas com diabetes, hipertensão, asma, osteoporose e anticoncepcionais eram gra-

tuitos. Para os outros, o Ministério da Saúde pagava até 90% do valor de referência dos medicamentos e o cidadão pagava o restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia.

Com essa atualização, 95% dos medicamentos e insumos podem ser retirados de forma gratuita, o que equivale a 39 dos 41 itens de saúde distribuídos, ampliando o acesso a saúde para população de todo o Brasil. O programa Farmácia Popular foi criado pelo Governo Federal em 2004 para disponibilizar medicamentos e outros insumos de saúde para a população.

Foi relançado pelo presidente Lula no ano passado, com a inclusão de novas gratuidades - remédios para osteoporose e anticoncepcionais - e, em 2024, a distribuição de absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade e estudantes da rede pública de ensino.

GOV/MS

Câmara aprova texto-base do primeiro projeto de

regulamentação da reforma tributária

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) o texto-base do primeiro projeto que regulamenta a reforma tributária.

Avotação teve 336 votos a favor e 142 contrários.

Os deputados agora analisam os chamados destaques — sugestões de alteração no texto. A principal discussão desta etapa é a tributação zero da carne bovina e do frango, uma demanda do presidente Luiz

Inácio Lula da Silva. Mais abaixo, você pode ver o que o projeto aprovado diz sobre:

1. Alimentos que serão isentos de impostos

2. Como será o ‘cashback’ de impostos para famílias carentes

3. Quais produtos pagarão imposto seletivo, por fazerem mal à saúde ou à natureza

4. Redução de impostos para remédios

5. Regras para gastos com pets

A proposta lista alimentos da chamada cesta básica nacional, que terão alíquota zero dos novos tributos por exemplo. Há ainda uma lista de produtos que terão desconto de 60% sobre a alíquota dos futuros impostos como exemplo, carnes em geral, queijos, mel, aveias entre outros. Uma redução de 60% nos medicamentos humano e para animais (pets).

Credito: DR
Credito: Flora Gil
Credito: DR

LÁGRIMAS E EMOÇÃO na hora da despedida

Session #1 May 21 - Jun 27

Session #2 Jul 9 - Jun 15

Session #3 Aug 27 - Oct 3

Acabou o sonho

Portugal não resisitu e cedeu frente à França no desempate das grandes penalidades, por 5-3. Desta forma, os comandados de Didier Deschamps seguiram par as meias-finais, onde acabram por perder com a seleção espanhola.

Chegou ao fim a história da seleção portuguesa no Euro 2024. As “quinas” bateram-se de forma estoica, mas não conseguiram replicar contra a França o que foi realizado frente à Eslovénia e perderam no desempate das grandes penalidades por 5-3.

Os gauleses foram exímios da marca dos 11 metros e acertaram todos os lances. Já do lado das “quinas”, João Félix foi infeliz e enviou a bola ao ferro.

Naquela que foi uma primeira onde ambos os conjuntos mostraram respeito pelas armas do oponente, seria na retoma que o jogo assumiria uma faceta bem mais ativa.

De lado a lado foram várias as ocasiões que poderiam ter desbloqueado o marcador, contudo, o foco e atenção de Maignan e Diogo Costa permitiu manter bem vivo o sonho das duas nações, atirando o desafio para o prolongamento com um nulo no marcador.

Novo recurso a penáltis acaba sem final feliz

Pela primeira vez em grandes competições, a seleção portuguesa disputou dois desempates através da marcação de grandes penalidades, mas, ao contrário do que acontecera nos oitavos de final do

Euro2024 com a Eslovénia (3-0), foi batida pela França (3-5), saindo de cena da prova.

Só João Félix falhou nos pontapés da marca dos 11 metros, enquanto todos os franceses marcaram, garantindo assim a presença nas meias-finais e mantendo-se em busca do terceiro título europeu, após os êxitos de 1984 e 2000.

Ao contrário do que sucedera com os eslovenos, desta feita, o guarda-redes Diogo Costa não conseguiu defender nenhum penálti. Nos oitavos de final defendera três pontapés em outros tantos remates. A juntar a isso esteve o desperdício de João Félix, que acertou no poste, quando podia ter empatado a discussão a 3-3.

Apesar do desaire, Portugal mantém saldo positivo (4-3), nas decisões por penáltis.

Até aqui perdera com a Espanha (2-4), nas meias-finais do Euro2012, num jogo disputado na Ucrânia, também após um nulo, como aconteceu agora com a França. E, em 2017, na Rússia, foi afastado nas meias-finais da Taça das Confederações, frente ao Chile, com 0-3 nos penáltis, após o 0-0. Já com a Inglaterra, a seleção portuguesa festejou dois apuramentos, no desempate por penáltis: nos quartos de final do Euro2004 (6-5, após 2-2 no tempo regulamentar) e nos quartos de final do Mundial 2006 (3-1, após 0-0, em 120 minutos). Houve ainda o sucesso com a Polónia, nos quartos de final do Euro2016 (3-5), após o 1-1, no tempo regulamentar.

JN/MS

Dezenas aplaudem chegada da seleção

A seleção portuguesa aterrou em Portugal e dezenas de adeptos aplaudiram, neste sábado, os jogadores, agradecendo o seu contributo no Euro 2024.

Com 41 anos, Pepe, que deixou em aberto a possibilidade de deixar à seleção, esteve entre os jogadores que foram mais acarinhados e distribubiu vários autógrafos, sucedendo o mesmo com maioria dos jogadores.

“Este momento enche o meu coração, quero agradecer o a todos os portugueses, é neste momento que sentimos o seu amor”, disse, aos jornalistas, após levar um jovem adepto aos lágrimas, há várias à espera de um autógrafo seu.

Francisco Conceição foi, também, aplaudido e deu um forte e demorado abraço a Roberto Martínez antes de dizer adeus à comitiva.

João Félix, o único português que desperdiçou um penálti em Hamburgo frente à França nos quartos-de-final, foi o primeiro elemento a sair e a ser acarinhado. Vários atletas não seguiram, de autocarro, para a Cidade do Futebol, por terem familiares à sua espera.

Oito jogadores não viajaram desde a Alemanha com o grupo, os casos de Cristiano Ronaldo, Diogo Jota, Rúben Neves, Vitinha, Diogo Dalot, Matheus Nunes, Bruno Fernandes e João Palhinha.

Roberto Martínez: “É um momento triste. Demos tudo”

Selecionador de Portugal lamenta a eliminação do Europeu e elogia a exibição da equipa das quinas no jogo com a França. Consumado o adeus português ao Euro 2024, Roberto Martínez não escondeu a tristeza e falou em “orgulho” pelo que a seleção fez na Alemanha.

“É um momento triste. Os jogadores lutaram, fizeram tudo o que trabalhámos, mostraram os valores do nosso balneário. É uma tristeza porque os nossos adeptos mereciam uma alegria. Demos tudo. Saímos de pé, mostrámos o que é o futebol português. Defendemos bem, o jogo foi olhos nos olhos, tivemos muitas oportunidades, mas não conseguimos marcar. A diferença é cruel porque hoje as grandes penalidades foram contra nós”, afirmou o técnico espanhol, à SportTV.

“Depois do jogo, o balneário está cheio de emoções, cheio de exemplos. O que o Pepe fez, o capitão... Os nossos jogadores

vão crescer muito com esta experiência. A personalidade, as oportunidades, como criámos perigo no último terço. Foi um desempenho que faz olhar para o futuro com muito orgulho”, referiu Martínez, com muitos elogios para Pepe.

“Foi um exemplo. Ver o que fez, foi um guerreiro. É certo que os jovens, como o Gonçalo Inácio e o António Silva, têm aqui uma experiência para melhorar no futuro. O que o Pepe fez hoje e no torneio foi exemplar”, disse, olhando para o futuro com otimismo.

“Saímos com a nossa ideia reforçada, com o talento individual dos jogadores, solidariedade e união. Temos uma equipa que pode sofrer, mas quer ganhar pelos adeptos. Deixo a mensagem que perdemos, mas com orgulho, ao estilo português, de dar tudo. Não vamos parar e vamos dar tudo no futuro”

Patinho Félix na roleta das grandes decisões

Os pormenores e a ineficácia lusa desequilibraram a balança e empurraram a seleção portuguesa para fora do Euro 2024, depois da equipa das quinas ter feito, muito provavelmente, a exibição mais consistente e adulta desde que começou o torneio. Após ter conseguido a glória frente à Eslovénia no desempate das grandes penalidades, desta vez Diogo Costa foi incapaz de ter a mesma capacidade de resposta e acabou por não ter mãos para travar as decisões, sobretudo quando um nervoso e pouco confiante João Félix acertou no poste e enterrou as aspirações portuguesas de chegar às meias-finais.

Para trás ficam 90 minutos de coragem, um prolongamento cheio de emoções e a certeza de que as cores nacionais foram superiores no controlo do jogo diante de um dos adversários mais poderosos da prova. Ter um exército no meio-campo ajudou muito a suster a respiração do outro lado, mas há algo que vem ao de cima: a França ganhou um enorme respeito por Portugal depois de ter perdido a final do Euro 2016 e não correu riscos desnecessários, procurou atacar pela certa e tirar margem de manobra a Vitinha, mais uma vez um dos melhores em campo.

O problema é que num jogo destes, decidido ao detalhe e sem margem de erro, a seleção portuguesa esgotou as balas nas várias oportunidades que dispôs, ou por Bruno Fernandes; ou por Vitinha, na segunda parte; ou até por João Félix e depois por Cristiano Ronaldo que no início do prolongamento atirou para a bancada uma bola que há dez anos colocaria dentro da baliza

num abrir e fechar de olhos. O capitão da seleção acusou o desgaste numa prova curta e nem sempre foi o avançado que se esperava, demorando a reagir, por vezes até andando a passo, mas a conservar sempre o lugar no onze quando o jogo, em determinados momentos, pedia um avançado mais veloz.

A eliminação de Portugal acaba por ter um sabor muito amargo tendo em conta que a França só por três vezes expôs verdadeiramente a defesa por Kolo Muani, Camavinga e Dembelé. Emocionalmente a seleção esteve sempre muito consistente e também porque Pepe, aos 41 anos, continua a ser um exemplo de coragem, um poço de energia e um sábio capaz de se encurtar os espaços dos avançados.

Com Mbappé sem grande capacidade e limitado por causa de um problema no nariz, a França só criou grande perigo quando Dembelé entrou no decorrer da segunda parte, mas foi precisamente nessa altura que se assistiu ao melhor período das quinas com Roberto Martínez a lançar Nélson Semedo e Francisco Conceição para dar frescura ao lado direito e fazer descansar Nuno Mendes e Rafael Leão, encarregues de acelerar o jogo português no flanco canhoto grande parte do tempo.

Aliás, Nuno Mendes teve uma das melhores oportunidades na reta final do prolongamento, mas rematou à figura, esmorecendo a esperança de uma seleção que reuniu as melhores estrelas, mas faltou-lhe o essencial ao longo do Euro 2024: um instinto matador para ganhar jogos. Sem isso, muito dificilmente poderia ser campeã da Europa.

JN/MS

Pepe no fim de linha na seleção

Foi bom enquanto durou, mas tudo termina um dia. A carreira de Pepe na seleção poderá ter chegado ao fim com a eliminação de Portugal diante da França, depois de vários indicadores deixados no relvado, no final do jogo.

Além disso, segundo apurou o JN, o defesa central, de 41 anos, que não faz parte dos planos do F. C. Porto para a nova época, tem vários convites em perspetiva e irá tomar uma decisão, em breve, se prossegue a carreira ou coloca um ponto final.

Olhando para a frente, Pepe já terá 43 anos no Mundial 2026 e esse argumento tem força na perspetiva de querer dar a vaga a jogadores mais jovens e levar o selecionador Roberto Martínez a preparar um substituto para formar dupla com Ruben Dias.

O abraço emotivo a Cristiano Ronaldo e a frase “já decidi o meu futuro” indiciam que o trajeto ao serviço da seleção pode mesmo ter terminado em Hamburgo, nos quartos de final do Euro 2024.

Ao longo da competição, o jogador mostrou que a idade é apenas um número, ten-

do sido um dos melhores em campo frente à França e também diante da Turquia. Contribuiu com vários desarmes, soube ocupar os espaços e foi imperial em muitas ações defensivas. Aos 41 anos, percorreu 45 quilómetros no total dos quatro jogos em que foi utilizado e ainda atingiu os 32km/h como pico de velocidade. Se isto não bastasse, acumulou 34 recuperações de bola, registo que o coloca no topo do Euro 2024, até ao momento da eliminação de Portugal. Antes do Campeonato da Europa, Pepe soube que não iria fazer parte do plantel do F. C. Porto, tendo recebido um convite para

integrar a estrutura do clube. Os dragões alegaram que o elevado vencimento de três milhões de euros era um entrave para quem precisa de reduzir a folha salarial a todo o custo. Agora, está nas mãos do jogador prosseguir a carreira ou terminá-la. Mas mesmo que continue a jogar poderá não representar mais a seleção. “Obrigado Nação Valente. Os sonhos não terminam, ousem sonhar sempre. Força Portugal, sempre”, escreveu nas redes sociais. JN/MS

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Golo aos 90+1 leva Inglaterra à final do Euro2024

Watkins, que entrou para o lugar de Harry Kane, marcou o golo que valeu o triunfo sobre os Países Baixos (2-1). Final, com Espanha, joga-se domingo.

Pela segunda edição consecutiva, a Inglaterra vai disputar a final do Campeonato da Europa, repetindo o feito do Euro2020, quando perdeu o título para a Itália.

Esta quarta-feira, frente aos Países Baixos, a Inglaterra ficou em desvantagem aos sete minutos (Xavi Simons), mas conseguiu a reviravolta. O 1-1 apareceu ainda na primeira parte, com Kane a marcar de penálti.

Depois de uma primeira parte muito interessante, a qualidade do encontro caiu bastante depois do intervalo, embora os neerlandeses tenham criado alguns lances prometedores.

Aos 90+1, quando o prolongamento parecia certo, Watkins virou herói inglês, ao marcar na primeira vez que tocou na bola, após assistência do também suplente Cole Palmer.

Na final, domingo, às 20 horas, a Inglaterra vai defrontar a Espanha.

Artur Soares dias ganha 30 mil euros no Euro 2024

Árbitro, natural da cidade do Porto, apitou dois jogos na fase de grupos e um nos oitavos de final da competição, merecendo vários elogios.

Oárbitro Artur Soares Dias auferiu cerca de 30 mil euros no Campeonato da Europa, apurou o JN. Como prémio de presença, encaixou 10 mil euros, a que acrescentou cinco mil em cada um dos dois jogos que apitou na fase de grupos e ainda mais 10 mil pela partida que dirigiu nos oitavos-de-final.

Tudo somado significou um vencimento de 30 mil euros. Trata-se de um montante importante e que recompensa um final de

temporada de ouro para o juiz, de 44 anos, natural do Porto. Em maio, foi nomeado pela UEFA para dirigir a final da Liga Conferência, entre o Olympiacos e a Fiorentina, viajando, depois, para a Alemanha, onde marcou presença em três jogos do Europeu e esteve em bom plano.

O primeiro foi o Polónia-Países Baixos, seguiu-se o Dinamarca-Inglaterra, ambos na fase de grupos, e, por último, arbitrou o Áustria-Turquia, nos oitavos. Soares Dias foi duplamente recompensado na Alemanha: recebeu inúmeros elogios e saiu de bolsos cheios.

François Letexier é o árbitro da final do Euro 2024

No Estádio Olímpico de Berlim, François Letexier, internacional desde de 2017, será auxiliado pelos compatriotas Cyril Mugnier e Mehdi Rahmouni, terá o polaco Szymon Marciniak como quarto árbitro, e o também francês Jérôme Brisard como videoárbitro (VAR).

Na presente edição do Campeonato Europeu de futebol, que contou com a presença do árbitro português Artur Soares Dias, François Letexier dirigiu três encontros: o Dinamarca-Sérvia (0-0), o Croácia-Albânia (2-2), ambos da fase de grupos, e o Espanha-Geórgia (4-1), dos oitavos de final.

Letexier, que completou 35 anos em abril passado, será o mais jovem árbitro a apitar uma final do Campeonato da Europa, cuja 17.ª edição está a decorrer na Alemanha. O francês sucede ao sueco Anders Frisk, que tinha 37 anos quando dirigiu a decisão do Euro2000, entre Itália e França, que terminou com um triunfo dos gauleses, na prova que decorreu na Bélgica e nos Países Baixos.

Espanha, campeã europeia em 1964, 2008 e 2012, e Inglaterra, finalista da última edição, jogam o encontro decisivo do Euro2024 no domingo, a partir das 20:00 (hora de Lisboa), em Berlim.

JN/MS

Na primeira meia-final, a “La Roja” esteve a perder com a França, mas deu a volta ao resultado ainda na primeira parte e vai lutar pelo quarto título europeu.

AEspanha garantiu, esta terça-feira, um lugar na final do Campeonato da Europa, deixando pelo caminho a França, derrotada em Munique (2-1) depois de ter marcado primeiro.

Kolo Muani, logo aos nove minutos, inaugurou o marcador, mas a vantagem não durou muito. Intransponível até então (apenas um golo sofrido, e de penálti), a França foi incapaz de amarrar o génio de Lamine Yamal, que empatou aos 20 minutos, com um golão, tornando-se, aos 16 anos, o mais jovem de sempre a marcar

num Europeu ou num Mundial, quebrando o recorde que Pelé estabeleceu em… 1958. Logo a seguir, Dani Olmo consumou a reviravolta e deixou a Espanha mais à vontade.

Ao contrário do adversário, a França não teve um rasgo individual capaz de a levantar e, apesar de alguns momentos de pressão, raramente colocou em sobressalto a defesa espanhola. Mbappé, sem máscara, assistiu para o golo francês, mas, de resto, pouco se viu.

Campeã em 1964, 2008 e 2012, a Espanha procurará no domingo o quarto título europeu, frente a Inglaterra ou Países Baixos, que se defrontam quarta-feira (20 horas). JN/MS

JN/MS

Desforra de Paulo Fonseca completa-se em San Siro

Dez anos depois de voltar a Paços de Ferreira, para recuperar a felicidade perdida no F. C. Porto, o português apresentou-se no AC Milan ao lado da lenda Ibrahimovic.

OAC Milan que já foi de Carlo Ancelotti, de Fabio Capello e de Arrigo Sacchi é agora de Paulo Fonseca. O AC Milan, de Paulo Fonseca! Não são palavras menores ou não estivesse em causa o grande colosso “rossoneri”, superado apenas pelo Real Madrid em conquistas na Liga dos Campeões, por exemplo, e que pela primeira vez será comandado por um português, este nascido em Moçambique, criado no Barreiro e cuja carreira que agora atinge o topo do futebol mundial começou nos juniores do Estrela da Amadora, ganhou impulso no quarto escalão do futebol nacional e fortaleceu-se no insucesso estrondoso no F. C. Porto. Dez anos depois, eis então a plenitude da desforra a esse falhanço no Dragão.

“Há muitos que não aprendem, mas ele aprendeu. Quem passa por dificuldades está mais preparado para vencer e, depois dessa passagem pelo F. C. Porto, senti nele uma grande vontade de dar a volta por cima e mostrar que era mais do que mostrou”, recorda, ao JN, o professor José Neto, amigo, mentor e, em alturas cirúrgicas, uma espécie de adjunto: juntos, construíram o melhor Paços de Ferreira de sempre, que, em 2013, acabou a Liga no terceiro lugar. Antes disso, o atual treinador do AC Milan orientou o 1.º Dezembro, o Odivelas, o Pinhalnovense e o Aves. Seguiu-se o F. C. Porto e o passo talvez tenha sido maior do que a perna. Pinto da Costa ainda resistiu aos primeiros pedidos de demissão, mas estes transformaram-se em súplicas e não houve volta a dar. “O estilo de liderança

Creditos: DR

não resultou”, sublinha José Neto, algo que Paulo Fonseca reconheceu várias vezes. As dores de crescimento foram curadas em Paços, onde voltou na época seguinte “para recuperar a felicidade”, surpreendendo com um passo atrás que, afinal, se revelaria determinante para retomar o caminho que o levaria até San Siro. Passou ainda pelo Braga, foi tricampeão ucraniano pelo Shakhtar Donetsk, ganhou nome no calcio através da Roma e reabilitou-se por completo no Lille. “É muito estudioso, muito metódico, compreende o atleta nas diversas dimensões e é um humano fantástico. Esperava que atingisse este patamar”, completa José Neto.

Ao lado da lenda Zlatan Ibrahimovic, hoje consultor, e de frente para Franco Baresi, o segundo futebolista com mais jogos e mais títulos pelos “rossoneri”, Paulo Fonseca apresentou-se “para vencer” e empenhado em acordar o gigante que, desde 2011, só ganhou dois troféus.

Salário anual de 2,5 milhões

O contrato de Paulo Fonseca com o AC Milan é válido até ao final da época 2026/27 e contempla um salário anual de 2,5 milhões de euros limpos. Se for cumprido, manterá o português no mesmo clube durante três anos, algo que só aconteceu no Shakhtar.

Equipa técnica bem portuguesa

Para Milanello, centro de treinos do clube, seguem também Tiago Leal, Paulo Ferreira e António Ferreira, treinador de guarda-redes. O analista Nélson Duarte reforça a equipa técnica de Paulo Fonseca, depois de deixar o Estoril.

JN/MS

JUDO

Jorge Fonseca quer ir a combate mas gostava de ser campeão olímpico

Jorge Fonseca vai dizendo querer ir “combate a combate” em Paris2024, mas não esconde que gostava de se tornar no primeiro judoca português campeão olímpico ou no primeiro a ganhar duas medalhas, considerando-se o seu maior rival.

“Não penso em medalhas, penso em fazer combate em combate, Porque se eu pensar em medalhas, acho que vou-me desconcentrar e não vou conseguir lutar pelo meu objetivo. Então, quero divertir-me e fazer combate a combate e desfrutar do que é melhor para mim”, antecipou, em entrevista à agência Lusa.

Jorge Fonseca já tem a sua medalha olímpica - o bronze nos -100kg em Tóquio2020 - e, embora insista que prefere não pensar em somar mais uma ao seu palmarés, ao longo da conversa vai revelando que gostava de ser “o primeiro judoca a ser campeão olímpico” por Portugal.

“Acredito que tenho potencial para isso e queria muito. Eu quero fazer história, quero ser sempre diferente dos outros. Bronzes, quintos? Já não chega”, reconheceu.

Na capital francesa, onde compete em 1 de agosto, o duas vezes campeão mundial de -100kg (2019 e 2021) acredita que o seu maior adversário será ele mesmo.

“O meu maior rival sou eu. Eu é que assombro a mim mesmo, meto medo a mim mesmo. Tem uns atletas que são muito mais fortes do que eu e acredito que isso pode fazer a diferença, mas acredito que, se eu estiver bem fisicamente e mentalmente, as coisas podem ser completamente diferentes. Se não tiver lesões, as coisas estiverem a correr bem, o meu maior adversário sou eu mesmo. Acredito que se estiver bem consigo vencê-los”, garantiu.

Fonseca considera-se um alvo a abater, mas promete que serão os seus rivais a ser destruídos , até porque entrará em competição menos exposto do que em Tóquio2020, Jogos a que chegou como número dois do ranking e bicampeão mundial em título.

“Acredito que, como não fui campeão do mundo antes dos Jogos Olímpicos, as coisas também vão favorecer-me um bocado.

Acho que posso pôr as coisas por um lado bom e por um lado negativo. Entretanto, acredito que quem está com mais pressão são eles. Eu não, porque eu quero fazer estragos, eles querem proteger aquilo que eles conquistaram, que é aqueles que foram campeão do mundo, vice-campeão do mundo, os dois terceiros”, analisou.

Há outro aliciante nestes Jogos para o judoca do Sporting, que já há “um bom tempo não ganha uma medalha em Paris” e está “com uma grande azia”, porque há “três ou quatro” portugueses que conquistaram o ouro nesse Grand Slam, onde foi medalhado de bronze em 2017.

“O meu treinador [Pedro Soares] tem, acho que o João Neto também tem, o João Pina tem, a Telma [Monteiro] tem. Só me falta a mim É esse o objetivo. E em Paris[2024] vai ser diferente deles todos, porque é nos Jogos Olímpicos”, salientou.

Prestes a participar nos seus terceiros Jogos, Fonseca reconhece que não haverá outros como os do Rio2016, uma vez que tinha acabador de superar um osteossarcoma, um tumor ósseo maligno.

“Posso dizer que trabalhei imenso. E, depois, fiz o trabalho de quimioterapia, radioterapia, sofri imenso. Então, os primeiros Jogos ficaram marcados para mim. Estes Jogos Olímpicos vão ser completamente diferentes, porque eu vou estar a lutar por uma coisa que quero tanto, que é ser campeão olímpico. Nos outros, consegui realizar mais ou menos algum objetivo, ajustar alguma coisa. Nestes, espero fazer algo diferente”, antecipou.

Dos Jogos disputados há três anos -- foram adiados devido à pandemia de covid-19 -, recorda ter vivido “grandes momentos”, ligados à perceção do que é conquistar uma medalha olímpica.

“Ser campeão do mundo é específico, mas uma medalha olímpica é completamente diferente, entras para a história de Portugal. Eu queria ter uma medalha olímpica para ser diferente. Essa medalha tem um sabor completamente diferente das outras”, distinguiu.

Jorge Fonseca admite que o bronze de Tóquio2020 “mudou muito” a sua vida, pois agora está lado a lado com “grandes

atletas olímpicos”, como Nélson Évora, ouro no triplo salto em Pequim2008, Francis Obikwelu, vice-campeão olímpico dos 100 metros em Atenas2004, e os também judocas Nuno Delgado e Telma Monteiro, os outros medalhados (de bronze) da sua modalidade.

“Eu também queria fazer parte dessa elite. Incomodava-me muito, porque eu era campeão do mundo, mas não tinha medalha olímpica. Isto fazia-me uma mossa. [...] Felizmente, eu tenho, agora quero uma diferente para poder superá-los, para poder estar na mesma elite que eles, mas com um estatuto mais diferente”, revelou aquele que se descreve como “o menino querido dos portugueses”.

Lesões fizeram duvidar se seria o mesmo

As lesões fizeram Jorge Fonseca questionar se ainda era suficientemente bom, com o judoca português a ir-se “um bocado abaixo”, mas a acreditar que em Paris2024 voltará a ser “um monstro”

“Eu queria muito o ouro olímpico, mas depois de Tóquio até cá tive um caminho muito em baixo. Estive um ano parado, tive muitas lesões e eu só comecei a fazer judo há coisa de quase um ano. Fui um bocado abaixo, as emoções não são as mesmas”, revelou em entrevista à agência Lusa.

Medalha de bronze nos -100 kg em Tóquio2020, o judoca de 31 anos atravessou um período difícil de lesões: em dezembro de 2022, lesionou-se no joelho e, no regresso à competição, sofreu uma rotura muscular no Grand Slam de Telavive, em fevereiro de 2023.

“A preparação olímpica este ano para mim não foi muito boa. Está a melhorar ao longo do tempo, porque [tive] muitas lesões, estou a superar as lesões, mas não quero justificar que a minha preparação não está a ser perfeita por causa de lesões”, declarou.

Jorge Fonseca sabe que, “mentalmente”, tem “de chegar a Paris e estar bem”. “Então, não quero estar a criar desculpas e justificações por causa de lesões. Sinto-me bem, estou a fazer uma boa preparação, pouco a pouco [...]. Acredito que vai correr tudo bem”, reiterou.

Ainda assim o campeão mundial de 2019 e 2021 reconhece que passou por “momentos difíceis” naqueles meses em que falhou os Mundiais de Doha2023, em maio, e em que voltou a lesionar-se quando regressou à competição um mês depois, no Grand Slam de Ulan Bator, acabando por desistir na repescagem.

“Houve momentos em que pensava: será que já não sou bom? Será que já não vou voltar ao Jorge que eu era? As primeiras competições foram horríveis, perdi logo nos primeiros combates da prova, não estava a saber lidar com isso. Estava a entrar num mundo de frustrações, porque eu era um Jorge de quem toda a gente tinha medo. De repente, comecei a perder e comecei a ter um bocado de dúvida de mim mesmo”, confessou.

Fonseca acabou por treinar mais, para superar esses desaires, e perceber que era apenas uma fase de vida e que tinha de “aprender a lidar com as dificuldades”.

“Estive a trabalhar para isso e, graças a Deus, as coisas estão a correr lindamente. Estou a voltar àquele Jorge que eu era, um monstro, e acredito que vou estar bem em Paris”, vincou.

Parte desse trabalho também foi mental, com o judoca a salientar o papel da psicóloga Ana Ramires, que o “ajuda bastante desde já há algum tempo”, nesse processo. Quanto às lesões, Jorge Fonseca admite que não pode dizer que está definitivamente curado, mas também não quer estar a pensar nisso.

“[Há] Algumas mazelas que me incomodam, mas psicologicamente estou bem. O mais importante é o psicológico. As mazelas podem vir que eu aguento psicologicamente”, assegurou.

Ainda assim, e apesar de no ‘rescaldo’ do bronze em Tóquio2020 ter prometido o ouro, o judoca está ciente de que tem de “ter calma, “refletir um bocado”.

“Eu também tenho de ver que estive quase um ano parado e já não sou aquele Jorge de há quatro anos, com uma ambição completamente diferente. Sou um Jorge mais velho e não quero prometer medalhas...”, concluiu.

Portugal alcança 12 finais na Taça do Mundo de trampolins em Coimbra

Portugal vai disputar no domingo 12 finais na Taça do Mundo de trampolins, em Coimbra, distribuídas entre duplo minitrampolim, trampolim sincronizado e individual, bem como em tumbling.

Em duplo minitrampolim Francisco

José foi terceiro com 57.90 pontos, com Diogo Cabral a passar igualmente à final, com os 56.30 pontos que lhe valeram o quinto lugar.

Êxito também para Diana Gago, sexta com 49.90, e Alexandra Garcia, oitava, com 49.60.

De foram ficaram Diogo Fernandes (54.80 pontos), Rafael Domingues (54.60), Matilde Oliveira (49.50) e Sara Guido (49.60).

Em trampolim sincronizado, a dupla Mariana Carvalho e Catarina Nunes foi a única bem-sucedida, com a sétima posição, com 45.910 pontos.

Margarida Pinheiro e Alice Nobre (45.340 pontos) e Miguel Marianito e Simão Brito

(44.970) estrearam-se como dupla e terminaram a competição nas qualificativas.

Em trampolim individual, o olímpico Gabriel Albuquerque passou às semifinais, em sétimo (60.09 pontos), assim como Pedro Ferreira, no 12.º lugar (59.55), enquanto Sofia Correia avançou como 25.ª (52.87).

Ficaram pelo caminho Mariana Carvalho (51.89 pontos), Ingrid Maior (51.87), Catarina Nunes (50.30), Miguel Marianito (55.74) e Simão Brito (53.26).

Em tumbling, Mariana Cascalheira também vai discutir as medalhas após ser quarta na qualificação, com 48.30 pontos, sendo acompanhada, no masculino, por Vasco Peso, quinto, com 52.60, e Diogo Gomes, nono, com 50.90 pontos.

Apesar de desempenhos que superaram o seu registo habitual, Francisco Rodrigues (47.90 pontos), Margarida Agostinho (44.50), Matilde Santos (44.00) e Francisca Pinto (41.00) ficaram-se pelas qualificações.

PARIS 2024

Fernando Pimenta e Ana Cabecinha serão os porta-estandartes de Portugal nos Jogos Olímpicos

O canoísta Fernando Pimenta e atleta Ana Cabecinha vão ser os porta-estandartes de Portugal na Cerimónia de Abertura de Paris2024, anunciou esta segunda-feira o presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, numa receção no Palácio de Belém.

Fernando Pimenta, que vai para a quarta participação olímpica, foi medalha de bronze em K1 1000 metros em Tóquio2020,

depois de ter conquistado a prata em K2 1000 metros ao lado de Emanuel Silva em Londres2012.

O canoísta de 34 anos irá partilhar a honra de ser porta-estandarte da Missão portuguesa na Cerimónia de Abertura, agendada para 26 de julho, com a marchadora Ana Cabecinha, que em Paris2024 somará a quinta presença em Jogos Olímpicos ao competir nos 20 quilómetros marcha. JN/MS

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COPA AMERICA

Canada coach Marsch sees many positives in Copa campaign but says more work needed

Seven games into his tenure as Canada head coach, Jesse Marsch sees plenty of positives.

“Incredible strides,” he summed up.

“But there’s still a lot to do. We’re establishing things at some high levels but in order to be a real team that can hold up to the biggest moments and biggest matches, there’s more work to be done. But certainly, we’re on a good path.”

That path takes the team to Charlotte, N.C., on Saturday for the Copa America third-place game against No. 14 Uruguay, which lost 1-0 to No. 12 Colombia in Wednesday’s semifinal.

Colombia will face No. 1 Argentina in Sunday’s championship game at Hard Rock Stadium in Miami Gardens, Fla.

The 48th-ranked Canadians are looking for a podium finish in their first Copa America appearance after losing 2-0 to top-ranked Argentina in semifinal play Tuesday at MetLife Stadium in East Rutherford, N.J.

Named Canada coach on May 13, Marsch landed in the deep end with friendlies against No. 2 France and the seventh-ranked Netherlands before facing Argentina (twice), No. 40 Peru, No. 31 Chile and No. 54 Venezuela.

The Canadian men have gone 1-3-3 against that opposition, with one of those

draws turning into a penalty shootout win (over Venezuela in the Copa quarterfinal).

In contrast, John Herdman’s first seven games as Canada coach after taking over in January 2018 were against No. 120 New Zealand, the 199th-ranked U.S. Virgin Islands, No. 177 Dominica, No. 133 St. Kitts and Nevis, unranked French Guiana and Martinique, and No. 18 Mexico (all rankings at the time of the matches).

Canada’s current lack of clinical finishing is an issue, with just two goals in five Copa games. And March acknowledged Canada could have made life easier on itself -- and allowed him to go to his bench earlier and more often -- if it had scored more.

“We have to do better there,” he said, citing 14 “big chances missed” at the tournament.

“We have big talent and some great goal-scorers And I know we will continue to develop that. But the fact that we are getting big chances, the fact that we are still in the game, playing the way that we want to play, committing to all the things, that we want, in the end that’s what will lead us to be more effective, more efficient, clearer, to have more game control -- all of those things.

“So big credit after five weeks, against these opponents, for these guys to perform like this. And even though we didn’t

execute everything perfectly, clearly, clearly, we’re on a good path. Clearly.”

Copa America has been gruelling in the summer heat with travel taking the Canadians from Atlanta to Kansas City, Orlando, Arlington, Texas, and East Rutherford before Saturday’s finale in Charlotte.

After sticking with a core group of players for the tournament, Marsch said he planned to dig into his roster for Saturday’s game, noting “we clearly ran out of legs [against Argentina].”

Marsh said Luc de Fougerolles, an 18-year-old defender with England’s Fulham, could make his debut Saturday.

“He’s been one of the best performers in camp,” said the 50-year-old American.

The Canada coach also had positive news about captain Alphonso Davies, who hobbled off the pitch in the 71st minute Tuesday after a hard Argentine challenge.

An X-ray proved negative.

“Whether he’ll be available for Saturday night it’s too early to say,” Marsch added.

Davies’s future with Bayern Munich unclear

The Canadian performance at the tournament has drawn attention.

Midfielder Ismael Kone, perhaps Canada’s best player Tuesday, has left Eng-

land’s Watford for the French top tier with Marseille. Centre backs Moise Bombito (Colorado Rapids) and Derek Cornelius (Malmo, Sweden) have reportedly been targeted by other clubs.

Striker Jonathan David (Lille, France) continues to be linked with a number of English clubs while Davies’s future with Bayern Munich remains up in the air, with reported interest from Real Madrid.

Canada will also rise in the FIFA rankings.

Widening the talent pool remains an objective, with Marsch saying he planned to take in Forge FC’s CPL game against visiting Pacific FC on Sunday. Young talent must be challenged at an earlier age and developed faster, he said.

“We’ve got to find a way to demand more out of the young players. And when I say young, I mean like 14, 15, 16, not 24 25, 26. We actually have the athletes in this country. We do. But we need to now develop them in a way where they understand high-level football.”

Canada has lost both previous matches with Uruguay, most recently falling 2-0 in September 2022 in Bratislava in a warmup for the World Cup in Qatar. Uruguay won 3-1 when they met in February 1986 at the six-team Miami Cup, a tune-up for the World Cup in Mexico.

Messi sobe a quinto na lista histórica dos marcadores e leva Argentina à final

O argentino Lionel Messi ascendeu, na terça-feira, ao quinto lugar dos marcadores da história da Copa América e tornou-se apenas o segundo futebolista a faturar em seis edições.

No MetLife Stadium, em East Rutherford, o jogador de 37 anos estreou-se a marcar na edição 2024, ao apontar o segundo tento dos ‘albi-celestes’ na meia-final (2-0) com o Canadá, aos 51 minutos, passando a contar 14 tentos na competição.

Messi deixou para trás os compatriotas José Manuel Moreno e Gabriel Batistuta, os brasileiros Jair Pinto e Ademir Menezes e o uruguaio Héctor Scarone, que marcaram

13, e igualou o peruano Paolo Guerrero e o chileno Eduardo Vargas. Guerrero, de 40 anos, e Vargas, de 34, estiveram presentes na atual edição da Copa América, mas não conseguiram marcar e as suas seleções já foram eliminadas da prova. Messi, que ainda vai disputar a final, no domingo, ficou a apenas um golo do pódio, ocupado, com 15 tentos, pelo peruano Lolo Fernández e o uruguaio Severiano Varela. No que será, certamente, o seu último encontro na prova, o oito vezes Bola de Ouro já não deve chegar aos dois líderes da tabela, o argentino Norberto Méndez e o brasileiro Thomas Silva, mais conhecido como Zizinho, que marcaram 17.

Para já, Messi igualou outro registo recorde de Zizinho, ao marcar numa sexta edição diferente: tinha apontado dois golos em 2007, um em 2015, cinco em 2016, um em 2019 e quatro em 2021, ficando em ‘branco’ apenas em 2011. Quando se estreou na 48.ª edição, também com um triunfo por 2-0 sobre o Canadá, mas na fase de grupos, Messi passou também a ser o recordista de jogos.

Nos 38 jogos disputados, em sete edições, o atual ‘capitão’ da Argentina somou 24 vitórias, 11 empates e apenas três derrotas, com 14 golos e 18 assistências, tendo conquistado o título em 2021 e perdido as finais de 2007, 2015 e 2016.

A Argentina, detentora do título, qualificou-se na terça-feira para a final da edição 2024 da Copa América em futebol, ao bater o estreante Canadá por 2-0.

Julián Álvarez, aos 23 minutos, e Lionel Messi, aos 51, marcaram os tentos da formação ‘albi-celeste’, que procura o 16.º título e segundo consecutivo.

Na final, marcada para domingo, pelas 20 horas locais (1 hora de segunda-feira em Portugal continental), em Miami, na Florida, a Argentina defronta o vencedor da segunda meia-final, desta quarta-feira, entre o Uruguai, que conta 15 títulos, e a Colômbia, campeã em 2001. JN/MS

CBC/MS
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U.S. tops Canada in Olympic men’s basketball exhibition

For USA Basketball, the road to the Paris Olympics has started with a win.

Anthony Davis scored 13 points, Stephen Curry added 12 and the United States opened its tune-up schedule for the Paris Games by topping Canada 8672 on Wednesday night in Las Vegas.

Jrue Holiday scored 11 points and Anthony Davis finished with 10 for the U.S., which has four more exhibitions before getting to France.

RJ Barrett scored 12 points for Canada, and Shai Gilgeous-Alexander and Dillon Brooks each had 10.

The seventh-ranked Canadians last saw the top-ranked Americans in the bronze-medal game at the FIBA World Cup in September, when Canada came out on top to win its first-ever medal at the event.

President Barack Obama was at Wednesday night’s game, as were many NBA coaches and dozens of USA Basketball dignitaries in town for the federation’s 50th anniversary celebration. Among them: Jerry Colangelo, Mike Krzyzewski, Jim Boeheim, Dwyane Wade, Carmelo Anthony, Dawn Staley, Lisa Leslie, Teresa Edwards, Swin Cash, Lindsay Whalen and many more.

The U.S. was down 11-1 midway through the first quarter, having missed its first six shot attempts. The rest of the half: U.S. 40, Canada 22, and the Americans shot 18 for 28 — 64.3 per cent — in that span. The lead was 41-33 at the break and the Americans stretched it to 69-54 going into the fourth.

It was easy to see where the Americans, who have been together for less than a week, still are figuring things out; there were at least four occasions where simple

NBA Campeões Boston Celtics confirmam continuidade de Neemias Queta

Creditos: DR

No passado fim de semana, a imprensa especializada norte-americana já tinha dado conta de que o poste português tinha assinado um contrato plurianual com os Celtics, o que foi agora confirmado pela franquia, anunciando-o como um regresso, depois de o jogador ter sido considerado ‘livre’.

“Estamos felizes por o ‘Neemi’ ter escolhido voltar e assinar pelos Celtics”, afirmou o antigo treinador e agora presidente dos Celtics, Brad Stevens, assumindo-se “entusiasmado pelo seu impacto na temporada passada, antevendo melhores dias no futuro”.

Os Celtics tinham opção para renovar automaticamente o contrato do português para 2024/25, mas não exerceram essa opção, para poderem prolongar a duração do mesmo. Neemias Queta ingressou no conjunto de Boston em 2023/24 e sagrou-se campeão logo na primeira temporada, depois de dois anos ao serviço dos Sacramento Kings (2021/22 e 2022/23), que o escolherem na 39.ª posição do ‘draft’ de 2021

Numa equipa recheada de grandes jogadores, Neemias Queta teve pouco ‘espaço’ para se mostrar, raramente entrou na rotação e foi muito pouco utilizado nos play-offs, mas foi sempre muito elogiado pelo treinador Joe Mazzulla.

O português esteve em campo apenas em três dos 19 jogos dos Celtics, incluindo um na final, em que entrou a 5.25 minutos do final, com o conjunto de Boston a perder por 45 pontos com os Mavericks, no que foi a única derrota na série (84-122).

No pouco tempo que teve nas ‘finals’, somou dois pontos, convertendo o único ‘tiro’ que tentou, e logrou ainda uma desarme de lançamento, ‘vencendo’ por sete enquanto esteve em campo. Antes, atuou nos dois primeiros jogos das meias-finais de conferência, com os Cleveland Cavaliers, entrando, na vitória por 120-95 e no desaire por 94-118, com os jogos resolvidos. Somou dois pontos e três ressaltos, em oito minutos. Ainda assim, e depois de assinar um contrato standard com os Celtics, em 08 de abril, integrou o ‘15’ do conjunto de Boston escolhido para os play-offs e esteve sempre no banco.

Com a utilização em três jogos dos play-offs, os primeiros de sempre, Neemias Queta totalizou 31 em 2023/24, pois tinha estado em 28 da fase regular, quase todos (24) saldados por triunfos do conjunto do Massachussets. Na época regular, o internacional luso, de 24 anos, teve médias de 5,5 pontos e 4,4 ressaltos, em 11,9 minutos. JN/MS

passes ended up in the first row of seats because someone thought a zig was coming instead of a zag.

The second unit for the U.S. — Anthony Davis, Bam Adebayo, Anthony Edwards, Tyrese Haliburton and Jayson Tatum — was particularly impressive. Each of those five players had a plus-minus of plus-10 or better, meaning the U.S. outscored Canada by at least 10 points with them on the floor.

And that’s as it should be. Only the Americans can trot out a lineup of “bench players” at the Olympics, all of them being All-Stars. That fivesome has 21 combined All-Star nods, two NBA champions in Davis and Tatum, and two perennial All-Defense players in Davis and Adebayo. It’s clearly not a typical second unit.

Oh, and remember: The U.S. didn’t have Kevin Durant (calf strain) and Der-

rick White (not yet with the team) available Wednesday.

The first starting lineup of the summer rolled out by U.S. coach Steve Kerr: Stephen Curry, Jrue Holiday, Devin Booker, LeBron James and Joel Embiid.

It certainly could change going forward. But if last year is any indication, it’s a clear view into Kerr’s thinking right now.

Kerr has cautioned in the past about not reading too much into lineups, especially from the first scrimmage. That said, the first five he had in the first exhibition game last summer going into the World Cup — Mikal Bridges, Jalen Brunson, Jaren Jackson Jr., Brandon Ingram and Anthony Edwards — were the starters in the tournament opener against New Zealand.

CBC/MS

In Canadian Championship semifinal, Hamilton’s Forge FC takes on Toronto FC team missing key players

The six-week interval between the two legs of the Canadian Championship semifinal between Toronto FC and Hamilton’s Forge FC is something that Toronto coach John Herdman doesn’t mind at all.

Herdman, whose team faces Forge tonight at Tim Hortons Field in Hamilton, expects to have reinforcements for the Aug. 21 return leg at BMO Field.

“For us it’s amazing,” a smiling Herdman said of the time between the two games. “Copa America will be over. We’ll expect some summer signings in, some turnover in the squad over the summer. It’ll be a fresh group.”

Toronto will get captain/midfielder Jonathan Osorio and fullback/wingback Richie Laryea back from their extraordinary run with the Canadian men’s national team at Copa America, losing to World Cup Champions Argentina, 2-0 on Tuesday night in the semifinal. The secondary transfer window opens July 18 with Herdman eager to add talent to a thin squad.

The Toronto coach also hopes to get injured wingback Tyrese Spicer and midfielders Alonso Coello and Brandon Servania back for the return leg.

“It could look very different (for the return leg) at home,” Herdman said of his lineup. “But at this stage, we’re sort of managing a squad that’s very thin across a lot of games.

“We know that the playing field has been massively levelled coming into this match.”

Both teams come into the game struggling to win

There are also injury question-marks Wednesday over TFC defender Nicksoen Gomis (shin contusion) and winger Derrick Etienne Jr. (hand).

Forge is missing injured forward Terran Campbell while Mexican fullback Daniel Parra is suspended for yellow card accumulation.

Pacific FC hosts the defending champion Vancouver Whitecaps in the other cup semifinal Wednesday.

Both Toronto and Forge have been struggling of late.

Toronto (7-13-3) is mired in a ninegame league winless run (0-7-2) and has lost six straight in MLS play. That has made for a steady slide down the Eastern Conference standings with TFC currently ninth, occupying the last playoff wildcard position.

“When it comes to (Wednesday’s game), what you’ve done last week, the week before doesn’t really matter,” said Smyrniotis.

Forge (5-4-3) has won just one of its last five outings (1-2-2) and sits fifth in the eight-team CPL, holding on to the last playoff spot. It’s well below where the four-time league champion normally finds itself.

Forge has conceded seven goals in the last two games, beaten 4-3 at Atletico Ottawa and drawing visiting Vancouver FC 3-3. In both cases, Forge conceded late with league-leading Ottawa scoring

the winner in the 93rd minute and thirdplace Vancouver tying it up in the 91st. Herdman, however, sees a real challenge in Forge, starting with the artificial turf in Hamilton.

“You’re battling the environment as a starting point,” he said. “They’re really strong at their home base. They get good support there.

“They’ve been together for a long time. A good core group of players in (Tristan) Borges, (David) Choiniere and (Kyle) Bekker. Those players make the team tick. They’re very good players who understand each other, who understand the coach’s vision. And a coach that’s been with the team five years. It’s rare that you get to see that too often in North America, that sort of consistency. A team that’s won a lot with a clear tactical identity.”

MLS teams have a huge financial advantage over CPL teams

The two teams are operating under vastly different bottom lines.

The maximum CPL clubs can spend on their player roster is $1,212,500. Toronto’s three designated players — Italians Lorenzo Insigne, Federico Bernardeschi and Laryea — make a combined US$22.91 million.

TFC made it to the semifinals by blanking League1 Ontario’s Simcoe County Rovers 5-0 in the single-game preliminary round and Ligue1 Quebec’s CS Saint-Laurent 11-1 in the two-legged quarterfinal.

Forge defeated CPL rival York United 3-1 in the preliminary round before upsetting CF Montreal 3-2 on aggregate in quarterfinal play.

Prior to this year, Forge had lost all four cup encounters with MLS opposition, beaten by Toronto via penalty shootout in the pandemic-delayed 2020 final, and ousted by CF Montreal in the 2021 ‘and ‘23 semifinals and ‘22 quarterfinal.

Toronto has won the tournament eight times and finished runner-up five times. But it has not lifted the trophy since the 2020 competition.

“There’s an excitement when it’s a cup match. Two games away from a final, which both teams are competing for that now,” said Herdman. “Getting to a cup final will mean a lot to everyone at the club.”

There are plenty of links between the two teams other than the congested 75-kilometre strip of highway that separates their two stadiums.

Bekker and forward Jordan Hamilton both played for Toronto while Borges and forward Kwasi Poku spent time in the Toronto academy.

The Canadian Championship winner hoists the Voyageurs Cup, collects $50,000 (from Canada Soccer) and earns a berth in the CONCACAF Champions Cup, the elite club competition in North and Central America and the Caribbean.

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MLB Blue Jays

salvage a truly miserable day with

It was a day that started with bad news, and just seemed as if it would never stop coming for the Blue Jays on Wednesday.

It began down in the minors, where their No. 1 prospect, lefty Ricky Tiedemann, returned from the injured list only to be pulled after an inning with forearm tightness.

About the same time, another top pitching prospect at double-A New Hampshire, Adam Macko, was placed on the seven-day injured list with left forearm soreness.

If that weren’t enough, the Jays had to replace both outfielder Daulton Varsho and Bo Bichette in the early innings of last night’s game in San Francisco.

Varsho appeared to injure his knee attempting a head-long slide into first as he tried unsuccessfully to beat Giants pitcher Logan Webb to the bag on a slow drib-

Only a few days ago, the Toronto Blue Jays released left-handed pitcher Tim Mayza, who at the time was the longest-tenured player on their roster. The 32-year-old was drafted in the 12th round of the 2013 MLB Draft by Toronto and had been a fixture on their big league roster since 2017.

According to Katie Woo and Brendan Kuty of The Athletic, Mayza’s stay on the open market is already coming to a close. Of all teams, the Blue Jays’ division rival New York Yankees have picked him up and signed him to a minor league contract. He will report to the Yankees’ Triple-A affiliate, but has a clear path to the big leagues since New York’s bullpen has been ravaged by injuries this season.

Blue Jays release Tim Mayza, who promptly signs with the Yankees Mayza made 35 appearances for the Blue Jays prior to his release this year, but nearly

bler up the line. He was replaced by Davis Schneider.

An inning later, Bo Bichette did not return to the field. The team eventually explained that their shortstop was dealing with some soreness in his right calf — the same injury that put him on the injured list last month — and was replaced by rookie Leo Jimenez.

If the Jays were going to salvage anything from the day, it would have to come from the game itself, and a 10-6 victory over the Giants was a consolation prize of sorts.

But even that didn’t come without some early misery. Starter Chris Bassitt needed 32 pitches to get out of the first inning, eventually stranding two base-runners when he got Mike Yastrzemski to line out to centre, but not before giving up two runs.

A scoreless second inning was better on the scoreboard, but another long 31-pitch

a gutsy win in San Francisco

struggle before Bassitt stranded the bases loaded when he got former Jay Matt Chapman to foul out.

At 63 pitches after just two innings, and with the bullpen already on fumes thanks to a heavy workload the previous few games, things did not look very good.

But Ernie Clement got things started offensively in the fifth with his second three-run homer in as many nights, golfing a Webb changeup over the wall in left to give the Jays a brief 3-2 lead.

The Giants pulled even in the bottom of the fifth, but the Jays blew it open with six consecutive hits to begin the sixth, a frame that wouldn’t end before six runs were put up. All told, 10 Jays came to the plate, with Vladimir Guerrero Jr., getting it started with a double and ending it on a groundout to third.

Clement wound up as the hitting star, going 3-for-4 with four RBIs, while lead-

off man George Springer drove in three more on a 2-for-5 night. Alejandro Kirk also rapped out three of the Jays’ 14 hits. Jimenez had a couple of hits and a run scored while Schneider also had two hits, scoring two and driving in one.

Bassitt struggled early with the pitch clock, which seemed to have him out of sorts, but earned the win on sheer determination, sticking around for five innings, giving up just three runs on five hits and four walks.

Webb, who started strong, allowing only a Kirk single over four shutout innings, also lasted only five and was charged with seven runs.

The Giants did score two in the ninth off Bowden Francis to put a little scare into the Jays, but the baseball gods determined the visitors had already suffered enough.

all of them were hard to watch. He limped to an ERA of 8.03 with a still-uninspiring 4.92 FIP and a ghastly ERA+ of just 51. He’s never been much of a strikeout pitcher, but his K/9 dropped from 8.9 to 5.8 while his walks and hits per nine also shot upwards compared to where they were last season. He’s also lost nearly three miles per hour from his sinker over the past few years, which could explain why he’s been much more hittable.

The Blue Jays simply couldn’t hold on to him any longer, as he was essentially a punching bag for opposing offenses every time he took the mound. Now it appears he’s going to be the Yankees’ problem, which works out nicely for the Jays.

As things currently stand, the Yankees have a total of eight pitchers on the injured list, five of them being relievers. They’ve managed to stay afloat for the most part, ranking ninth in all of baseball in RP ERA (3.64) despite the fact that they’ve been hit hard by injuries.

Blue

Luis Camara Secretar y Treasurer

Marcello Di Giovanni

Recording Secretar y

Jack Oliveira Business Manager

Jaime Cor tez E-Board Member Nelson Melo President

Bernardino Ferreira Vice -President

Pat Sheridan E-Board Member

Speakers’ Bureau aims to build connections with tradeswomen

he Ontario Building Construction Tradeswomen’s new Speakers’ Bureau is expected to be used as a platform for tradeswomen to tell their stories and increase awareness about opportunities for women in the trades.

Anew Speakers’ Bureau launched by Ontario Building and Construction Tradeswomen (OBCT) provides a professional platform for tradeswomen and makes it easier for people to directly connect with them.

“We’re getting a lot of requests for OBCT, mainly from schools or tradeshows or if there is a conference, around career planning mainly focused at youth. They want a tradeswoman to come and speak,” explained Kate Walsh, executive director of communications and program manager for OBCT, a committee that supports and advocates for gender diversity in trades.

“OBCT has a big network but we wanted to, given the number of requests that we were getting, make a platform where one, these tradeswomen have a professional platform to direct people to when they get those requests, and then two, profile more tradeswomen who are interested in these kind of opportunities and want to advocate and share their story.”

The initiative also serves as a way for the women to showcase the skills they learn

through OBCT courses. So far six speakers are featured on the web platform.

“These women have taken training or done a number of these public speaking engagements so it includes pictures of them at work or speaking, their bio and a little background and then what kind of topics they can speak on,” said Walsh. “There’s an option on there to get in touch directly with the tradeswoman.”

Putting teaching into practice

The OBCT runs a number of leadership development courses and the bureau allows tradeswomen to put the skills they learn to use.

“One of them is public speaking,” said Walsh. “It was also a good way, once we’ve got sisters that have gone through these courses, then we hook them up with the Speakers’ Bureau.”

The OBCT wants to raise awareness the Speakers’ Bureau exists for anyone looking for a speaker but also tradeswomen looking for these opportunities.

“One of the most inspiring things is how passionate women are that get into the trades,” said Walsh. “They want to share their experience about how great these opportunities can be in terms of a good career. The Speakers’ Bureau came out of

that. We want to be able to advocate and inspire other young women to consider a career in the trades. The best way to do that is to tell our story…We’re hoping in doing this launch that we’re also going to get more tradeswomen to connect with us that want to be featured on the site too.”

In terms of topics areas, Walsh said they leave that up to the tradeswoman based on their background.

“The focus of these presentations is really about sharing a personal story and then tips on how to start down a path to start an apprenticeship and get into the trades,” said Walsh. “In talking to different teachers and guidance counsellors, the ones that are really interested in these presentations, they’ve got general information and now they want a person that’s on the tools, in the industry…to have a voice that can share what they went through.”

Many of the women talk about what it’s like to be a female in a male-dominated industry and some of them have experience working in the diversity, equity and inclusion sphere.

Speaker focuses on positive aspects of trades

Heather Ferguson is one of the speakers in the bureau. She completed a two-year

industrial millwright program at Cambrian College and eventually joined the local in Kingston.

“I honestly can say my apprenticeship and even my time on the tools, I was always treated with respect,” Ferguson said. “I like sharing the positive side of things.” When she was a third-year apprentice she found out she was expecting so she took a year off and had her daughter. In 2022, she became the first female in the Millwright Council to be a business rep and in 2023 she was appointed director of outreach and strategic initiatives.

She decided to get involved in the Speakers’ Bureau in order to “step up and do her part.”

“Having the bureau there really allows us to share our talented speakers with those that don’t really know about the trades that are out there and the variety of skilled trades that are all across Ontario,” she said.

“If there is something that you’re interested in, especially if it’s towards the trades, always go for it,” she said. “Step out of your comfort zone and work hard. Ask questions because life can be challenging but it’s not impossible. If you set your mind to something go for it.”

É verdade que as crianças crescem enquanto dormem?

Comecemos pela resposta à pergunta que motiva o artigo desta semana: as crianças crescem enquanto dormem?

Pode dizer-se que sim, sono e crescimento estão relacionados, e, como sabemos, a infância é o período em que o organismo mais se desenvolve. Enquanto a criança dorme, processam-se as vivências diárias, há o assimilar dos sentimentos e a libertação de diversas hormonas que permitem crescer e amadurecer. Além disso, o período de descanso contribui para o desenvolvimento e maturação do sistema nervoso central e potencializa a aprendizagem.

Mas afinal, como agem as hormonas enquanto as crianças dormem?

Muitas hormonas são libertadas durante o sono e muitas delas são responsáveis pelo crescimento somático, ou seja, corpóreo. E uma das mais importantes no processo é a chamada hormona do crescimento (GH), produzida pela glândula hipófise, que se localiza na base do cérebro. Esta hormona é libertada pelo sistema nervoso central, em pequenas doses, ao longo do dia, mas, predominantemente, durante o sono profundo.

Tudo isto justifica que se redobrem os cuidados com o sono dos mais pequenos da família. Vamos então sublinhar alguns passos importantes.

A Rotina

As crianças necessitam de ter regularidade nos horários, em todos, mas principalmente para dormir. Devem dormir cedo e ter uma boa noite de sono, porque é entre as 21h às 4h que a hormona GH é produzida e, consequentemente, libertada. Cada idade exige uma certa quantidade de horas, contudo é importante seguir algumas orientações básicas para que seja implementada. Assim, deixamos-vos alguns itens importantes para uma rotina saudável:

• Deve ser criado um ritual diário para que a criança entenda que é momento de relaxar, como: tomar banho, ler, contar uma história ou fazer uma massagem relaxante.

• O ambiente deve ter uma temperatura agradável, iluminação reduzida e deve ser tranquilo, sem a presença de fatores que podem afetar o adormecer.

• A roupa deve ser confortável.

• O sono deve ser induzido sempre no mesmo local para que não seja necessário transportar a criança após o adormecimento.

• A criança não deve ingerir alimentos que tenham cafeína e devem ser evitadas atividades extenuantes e agitadas.

• A rotina escolar é importante também para o sono e o crescimento. A criança que gasta a sua energia na escola, dorme, alimenta-se melhor e desenvolve-se com mais facilidade.

• Os horários para alimentação e sono nas férias e fins de semana devem manter-se iguais ao período escolar porque assim não se perde a rotina de se ter um descanso reparador.

• As atividades ao ar livre, dentro e fora da escola, são essenciais para manter o potencial de crescimento infantil.

• Deve ser organizada a rotina de forma saudável para que não haja excesso de hormonas de stress, como cortisol e adrenalina, que interferem nos processos metabólicos.

Fatores do crescimento

A altura de uma criança é determinada por fatores genéticos, ambientais e nutricionais. A nutrição materna e da criança contribui de forma decisiva na evolução do crescimento e da cognição.

Quando a alimentação é insuficiente ou carente de nutrientes essenciais, o organismo diminui a atividade metabólica, poupando energia e desacelerando o desenvolvimento.

A água, como bem sabemos, é necessária para o bom funcionamento do organismo, melhorando as funções dos rins, bexiga e intestino.

Como saber se a criança está a crescer de forma saudável?

A comparação com outras crianças pode gerar angústias desnecessárias e até sem sentido porque, cada criança tem uma velocidade de crescimento bem particular. O desenvolvimento infantil não é linear, portanto, deve sempre ser individualizado.

As famílias precisam de fazer um acompanhamento, de forma periódica, com pediatras ou médicos de família, para avaliar a estatura segundo as curvas de crescimento, que possuem um padrão amplo de normalidade. Pode ser normal uma criança crescer na curva inferior e outra, na superior, desde que sejam saudáveis, com bom aporte nutricional.

Um dado importante é saber quantos centímetros a criança está a crescer por ano. A média anual de crescimento de uma criança que não está na puberdade é em torno de 5-6 cm, caso esteja a crescer acima ou abaixo disso, é necessário que os médicos vejam o que se passa.

MB/MS

cultura | tradição | histórias | lugares

Saturdays 7:30 am

Saturday 10:30 am Sundays 10:00 am

DESEJO

Credito: DR

A experiência da maternidade não poderia estar a correr melhor, garante Carolina Carvalho. O filho, Lucas, de 1 ano e meio, tem sido educado de forma descomplicada, acompanha os pais sempre que possível, e parece até já revelar uma veia musical, a avaliar pelo entusiasmo com que pega num instrumento para imitar o pai, o músico David Carreira. Por isso, e por ter crescido numa família numerosa – tem seis irmãos – a atriz, de 29 anos, não esconde o desejo de voltar a ser mãe em breve.

PÓS-PARTO

Credito: DR

Apenas 4 meses após o nascimento de sua filha com o ator Robert Pattinson, de 39 anos, a atriz, cantora e modelo britânica Suki Waterhouse, de 32, brilha num biquíni cor-de-rosa enquanto exibe o seu físico esculpido. A estrela de Daisy Jones & The Six publicou no seu Instagram uma série de registos ao pé da piscina, com um biquíni cor-de-rosa, onde exibe com confiança a sua figura pós-parto, mostrando assim que já terá perdido os 11 quilos ganhos durante a gravidez.

MANEL

Manel ou Manuel? Na verdade, toda a gente achava que o primeiro era apenas a forma carinhosa como Mafalda Castro e Rui Simões tratavam o bebé, que nasceu no dia 20 de junho, e que o segundo seria, efetivamente, o nome oficial. “Manel! Acabámos por registar Manel”, respondeu a um seguidor que questionou sobre o verdadeiro nome do primeiro filho da apresentadora da TVI e do radialista. No entanto, Manel não era a única opção de nome para o bebé. A comunicadora revelou ainda que o casal escolheu entre Manel e Frederico.

TEENAGER

DOENTE

Rodrigo Paganelli partilhou recentemente que terá escondido de amigos e família um problema de saúde que lhe foi diagnosticado há uns meses. Sem querer desvendar de que doença se trata, o ator, de 31 anos, que podemos ver na novela Festa é Festa, garantiu que tentará que essa questão de saúde não lhe limite os sonhos.

“Está tudo bem neste momento e tudo controlado, mas é algo que me vai acompanhar a vida toda, digamos assim. Enquanto eu tiver a coisa sob controlo, está tudo bem. Os limites são como a idade, tento que não me condicionem. Tenho 31 anos e continuo a fazer as maiores maluquices do mundo, como se tivesse só 18 [risos]. O mesmo se passa com essa questão de saúde, que me vai acompanhar a vida toda, mas não me vai limitar. Não será a doença que me vai deixar para trás”, garantiu o ator, que tem contando com o apoio incondicional da namorada, Beatriz Silva, com quem namora há quatro anos e ao lado de quem se divertiu na última edição do Rock in Rio, em Lisboa.

ANIVERSÁRIO

Harper Beckham é, a partir de 10 de julho, uma adolescente. E Victoria e David Beckham, que acabam de celebrar 25 anos de casados, não deixaram passar a data em branco nas suas redes sociais, onde partilharam vídeos retrospetivos destes últimos 13 anos. Desde os primeiros temppos ainda bebé às aulas de ballet, não esquecendo os desfiles com os sapatos da mãe, é possível acompanhar estes 13 anos e testemunhar as declarações de amor dos pais: “Feliz aniversário para a minha melhor amiga. Tu és doce e gentil e o teu sorriso aquece os nossos corações todos os dias. Tu és realmente o nosso tudo Harper Seven e estamos tão orgulhosos da jovem feliz, bonita e talentosa que te estás a tornar. Nós amamos-te muito. Beijos” escreveu a designer de moda.

“Feliz 13º aniversário para a minha linda menina. O papá está tão orgulhoso de ti, cresceste e tornaste-te uma jovem gentil, generosa e bonita com o coração mais incrível e o sorriso mais incrível que todos nós amamos muito. Sê sempre a pessoa bonita que és Harper Seven.”, acrescentou o antigo futebolista, que partilhou ainda um outro vídeo. Os filhos do casal, Brooklyn, de 25 anos, Romeo, de 21, e Cruz, de 19, também aparecem no vídeo dedicado à irmã mais nova. E entre os muitos comentários com votos de parabéns destacam-se os de duas grandes amigas da mãe:“Parabéns Harper, gostamos muito de ti.“, escreveu Emma Bunton, outra ex-Spice Girls, “Feliz aniversário, linda Harper! Gostamos muito de ti!“, acrescentou a atriz Eva Longoria.

João Palhinha celebrou no passado dia 9 de julho, o seu 29.º aniversário. Uma data que é duplamente especial porque assinala também o aniversário da mãe, Susana. “O nosso dia 9! Mãe do meu coração!”, escreveu João Palhinha na foto que partilhou nas suas redes sociais. Quem também não quis deixar de parabenizar o novo jogador do Bayern de Munique foi a seleção de Portugal: “O nosso número 6 faz anos! Parabéns, João Palhinha!”. E neste dia, altura que desfruta ainda das suas férias, João Palhinha esteve não só na companhia da mãe, mas também da mulher, Patrícia Palhares, e do filho de ambos, João Maria, que faz dois anos no próximo mês de outubro.

O menino foi. aliás, uma das “estrelas” de Portugal no Euro 2024, pois esteve na bancada a apoiar o pai num dos primeiros jogos e a sua simpatia conquistou todos os que estavam à sua volta. De tal forma que um dos vídeos onde aparece se tornou viral nas redes sociais. Terminadas as férias, o ex-jogador do Fulham de Inglaterra começa a sua aventura no clube alemão do Bayern de Munique, onde espera viver muitos momentos de sucesso.

Credito: DR
Credito: DR

Carlão lança “Ver-te Dormir” A Intimidade Musical

Filho de pais cabo-verdianos, Carlos Nobre Neves nasceu em Angola e viajou para Portugal no ano do seu nascimento, 1975.

Conhecido pelo pseudónimo “Pacman”, foi um dos vocalistas dos “Da Weasel”, a icônica banda de Almada, entre 1993 e 2009. Após o fim dos “Da Weasel”, gravou dois discos com a banda trash/hardcore “Os Dias De Raiva” em 2010 e 2011, e logo depois iniciou o projeto “Algodão”, uma viagem intimista onde a música servia de suporte para textos pessoais, muitas vezes declamados. Com “Algodão”, gravou dois discos em 2011 e 2012. No final de 2013, entrou em estúdio com Fred Ferreira e Regula, e sob o nome Carlão, gravou o disco “5-30”, lançado em 2014, marcando seu regresso ao Hip-Hop. Em 2015, ao completar 40 anos, Carlão lançou o álbum “Quarenta”, cujo sucesso do single “Os Tais” o tornou requisitado para uma intensa agenda de concertos. No início de 2016, lançou o EP “Na Batalha”. Nos últimos dias deu um presente ao seu público com um single novo, “Ver-te Dormir”. Produzido pelo artista e amigo Branko, o tema marca mais um capítulo na colaboração entre estes dois talentosos artistas, cuja parceria já deu frutos com sucessos anteriores como “Os Tais”.

A nova canção é um tributo à beleza e à intimidade de ver alguém que se ama enquanto dorme, uma experiência que Carlão transformou numa poesia sonora. Com uma carreira que abraça diversas influências e estilos musicais, Carlão é reconhecido não só como um dos artistas mais influentes de Portugal, mas também como uma figura cultural de destaque. As suas letras fortes, citadinas e universais encontram eco em pessoas de todas as idades.

Ao longo do seu caminho, Carlão tem colaborado com muitos artistas, desde António Zambujo a Bárbara Tinoco, de Boss AC a Marisa Liz, dando estéticas musicais que vão do hip-hop à electrónica, passando pela riqueza da tradição portuguesa e do mundo lusófono. Esta diversidade é marca forte em cada uma das suas músicas, incluindo agora “Ver-te Dormir”. Nos palcos, Carlão transforma-se em uma força imparável, oferecendo espetáculos poderosos e envolventes que agarram audiências com muita energia, ao mesmo tempo, uma delicadeza poética. Carlão ao vivo é uma celebração da música como linguagem universal, capaz de unir e criar emoções nas pessoas de diferentes origens e culturas. “Ver-te Dormir” não é apenas uma canção, mas uma expressão artística que prova a habilidade de Carlão em contar histórias através da música.

É um convite para sentimentos, guiados por melodias e letras que entram nos corações dos que escutam e dançam. Carlão continua a ser uma figura central na cultura musical contemporânea de Portugal, sempre com a coragem para novos desafios e novos territórios sonoros. Com “Ver-te Dormir”, ele mostra mais um capítulo brilhante de uma carreira já marcada por inovação, paixão e um profundo amor pela arte de criar música.

O novo single de Carlão não se limita a ser apenas mais uma música; é um marco que reflete sua contínua evolução como artista. Em cada nota e letra, ele mostra a sua habilidade musical, mas também nos lembra o poder transformador da música nas nossas vidas. É como se cada nota e rima fosse um convite para explorar todas as nossas emoções. Num mundo com muitas distrações, a música de Carlão destaca-se como pura arte sonora.

O novo single é mais do que uma simples composição; é uma narrativa que nos convida a ouvir não apenas com os ouvidos, mas com o coração aberto. É uma experiência sensorial oferecida por um dos melhores artistas da música portuguesa contemporânea.As palavras unem-se com melodias para criar algo maior do que a soma das duas partes.

dinâmico.

atual.

artesonora Paulo Perdiz
Credito: DR

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1.Representar por meio de caracteres ou escrita

2.Dar a (alguém) todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade

3.Ocupar o espaço de; ser o conteúdo de; tornar(-se) cheio

4.Movimentar-se no espaço de uma parte mais alta para uma mais baixa

5.Tornar compreensível; esclarecer, elucidar, explicar

6.Escolher uma pessoa ou coisa entre outras; decidir-se por

7.Apresentar, mostrar. Tornar (algo) visível ou perceptível a outrem (ou a um grupo de pessoas)

8.Imprimir grande velocidade ao desloca-

Jogo das 10 diferenças

Caça palavras

mento do corpo, pelo contato rápido dos pés ou das patas com o solo

9.Vingar uma agressão com outra maior, mais violenta; responder

10. Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico

11.Transportar, levar (alguém ou algo) em direção ao lugar onde está quem fala ou de quem se fala

12. Trocar palavras, ideias (com alguém), sobre qualquer assunto

13. Perceber (som, palavra) pelo sentido da audição

14. Fazer estimativa de; avaliar, calcular

15. Submeter (algo, alguém ou a si mesmo) à ação de encanto, feitiço ou magia; enfeitiçar

R D O R A L A F C L R E F R O

J D A L G B B J P W N W X A V

I E M P R E S A R N Q N K H S

S A C O N T A T O S D X R L A

Z M M E K R C N D S P A O A R

R T A Q I U W P U I O I I B O

P Z B Q A L P E T G R D R A H

Y E U R O P A S I N T A E R H

V I D A T D W S V I U R T T Z

J Z A S V I H O I F G O X G Z

W C K C F D A A D I A M E A C

J C K B Z I X S A C L E D N P

O R E R X V A W D A U T X H Z

K

Culinária por Rosa Bandeira

Sardinhas de escabeche

Ingredientes

• 1Kg de sardinhas

• 1 limão

• 2 cebolas

• 4 dentes de alho

• 1 dl de azeite

• 2dl de oleo

• 1 dl de vinho branco

• 1 folha de louro

• Sal e pimenta q.b.

• Farinha

• Piripiri e salsa

Modo de preparação

Lavar as sardinhas, cortar a cabeça e retirar a espinha. Colocar num recipiente, temperar com sal, pimenta e limão e deixar durante a preparação da cebolada. Descascar as cebolas e os alhos e cortar as rodelas finas, num sautée adicionar o azeite, a cebola e o alho, deixar uns minutos ate ficar translúcida. Regar com vinho branco a folha de louro, sal, pimenta e um

pouco de piripiri durante 10 minutos. Escorrer as sardinhas e com ajuda de papel absorvente secar com cuidado, passar pela farinha. Fritar as sardinhas no oleo, quando estiverem fritas escorrer em papel absorvente. Colocar as sardinhas num prato de barro e cobrir com a cebolada e polvilhar com salsa picada. Acompanhar com batatas cozidas. Bom apetite!

REMOTO

PRODUTIVIDADE

CONTATOS

EXTERIOR

HORAS

VIDA

PESSOAS

FALAR

PORTUGAL

MORADIA

EMPRESA

GANHAR

EUROPA

TRABALHAR

SIGNIFICADO

Ingredientes

• 1 meloa

• 6 folhas de gelatina

• Agua

• 40 grs. de açúcar

• 15 grs. de amido de milho

• 2 ovos

• 2.5 dl de leite

• Hortelã para decorar

Modo de preparação

Colocar a gelatina de molho em agua fria. Misturar metade do açúcar com o amido de milho, juntar as gemas e o leite, e misturar tudo muito bem. Levar num tacho ao lume e mexer com umas varas de arame deixar cozinhar durante 5 minutos

Escorrer a gelatina e juntar ao creme, mexer ate derreter, adicionar os iogurtes. Retirar a casca e as pevides da meloa e com a varinha magica reduzir a puré, adicionar ao creme anterior. Bater as claras em castelo, juntar o resto do açúcar e continuar a bater ate ficarem bem espessas. Adicionar ao preparado anterior, e envolver delicadamente. Distribuir em tacas e levar ao frigorifico, decorar com hortelã. Bom apetite!

Mousse

OLHAR COM OLHOS DE VER

Refresh up! Créditos: Tim Wilson
Give me 5. Créditos: Francisco Pegado
Art in the garden. Créditos: Fa Azevedo
American Cowboy. Créditos: Enerson da Silva

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Poderá sentir um desejo incontrolado de adquirir bens materiais, mais por motivos de ostentação do que necessidade. A razão tende a ser dominada pelo impulso, o que pode levá-lo a fazer gastos avultados. Procure travar os seus ímpetos e analise se a sua situação financeira lhe permite tais esbanjamentos.

TOURO 21/04 A 20/05

Durante este período terá um grande desejo de se rodear de beleza em todos os aspetos do seu quotidiano, tudo o que envolve o seu dia-a-dia tem de transpirar harmonia. Os assuntos que tenham a ver com deslocações, pequenas viagens, contactos com os outros ou com energia mental serão resolvidos com maior desenvoltura.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

É um bom momento para pôr em prática um plano financeiro. Aproveite as suas intuições e a sua capacidade de análise para melhorar a sua vida financeira. É uma época de boas oportunidades nessa área. Contudo, vigie os gastos extravagantes, em especial os que tenham que ver com luxo, beleza e conforto.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Aproveite estes dias para mudar a sua rotina quotidiana e para desenvolver novas atividades. Intuição e novas ideias vão ajudá-lo a atingir mais facilmente os seus objetivos. Nesta altura, comunique com os outros tanto sobre assuntos de trabalho, como de amizade, pois isso será benéfico para si. Faça exercício físico para se descontrair.

LEÃO 22/07 A 22/08

A sua capacidade de comunicação estará aumentada durante esta semana. Sente-se mais ativo, criativo e autêntico naquilo que diz ou escreve. É especialmente favorável para defender uma ideia, para atrair pessoas para a sua causa ou para levar adiante um projeto que lhe poderá trazer maior projeção pessoal.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Durante esta fase é provável que sinta aquilo que até agora lhe dava segurança e estabilidade como uma mera rotina que deseja ver alterada. É natural que tenha vontade de fazer agora algo de novo, que acabará por mudar em algum ponto a sua vida. É possível que surja algum acontecimento inesperado, talvez uma visita-surpresa.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Durante esta semana tenha especial atenção a atitudes ou palavras impensadas ou bruscas pois estas poderão trazer-lhe alguns dissabores. É, no entanto, uma altura propícia para o debate de opiniões e ideias com os amigos, estando sublinhada a sua capacidade de realização, empreendimento e iniciativa sociais.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Este é um período de fé e confiança na vida e em si próprio. Aproveite esta fase de otimismo e segurança para se melhorar interiormente e alargar os horizontes. Quebre a rotina e atreva-se a fazer coisas novas. Faça atividades que o preencham cultural e espiritualmente. Estudos, viagens e leituras são boas opções.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Poderá aprender mais sobre si através da sua relação com os outros ou de uma relação amorosa. Poderá precisar de conselhos ou da colaboração de outras pessoas para a concretização dos seus planos. Na última quinzena será o período ideal para estudar e aprofundar todo o tipo de conhecimentos.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Este é um momento em que estão favorecidas as suas relações pessoais. Poderá ter boas surpresas por parte da pessoa de quem gosta. Os amores e os amigos serão muito importantes para si. O apoio que tem dado aos outros no passado vai-lhe ser retribuído. É uma ótima altura para cuidar da aparência já que está numa fase de sucesso.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

É provável que se sinta agora mais voltado para o mundo do trabalho, não só do ponto de vista estritamente profissional, mas também sob o aspeto da relação com os colegas. A saúde é outra área a pedir a sua atenção. É aconselhável que abandone certos hábitos alimentares menos corretos e adote um estilo mais saudável.

PEIXES 20/02 A 20/03

Durante este período sentir-se-á a transbordar de energia quer mental quer física. É uma altura propícia para concretizar objetivos que envolvam terceiros, mas terá de refrear essa impaciência para acabar rapidamente as tarefas. Terá de ter em conta que os outros poderão não ter a capacidade de trabalho que agora sente.

Soluções

Agenda comunitária Classificados

Casa dos Açores 16th Annual Golf Tournament

1136 College St., Toronto 16 julho - 11am Casa dos Acores do Ontario 16TH ANNUAL GOLF TOURNAMENT Tuesday July, 16th, 2024 GLEN EAGLE GOLF CLUB 11 A.M For more information: Contact Suzanne at caopresidente@gmail.com

Associação Cultural do Minho de Toronto Santoinho

40 Titan Rd, Toronto 28 Sep - 4 pm

Save the date and celebrate Santoinho. more information soon. Contatos e informações (416) 781-9290

Associação Migrante de Barcelos

26º Aniversário Associação Migrante Barcelos

LiUNA Local 183 1263 Wilson Ave, Toronto - Oct 19

Guarde em sua agenda e comemore os 26º Aniversário da Associação Migrante de Barcelos. Para mais informações (416) 652-6354

First Portuguese 60 anniversary

LiUNA Local 183 1263 Wilson Ave, TorontoNov 02 - 7 pm

Guarde em sua agenda e comemore os 60 anos do Portuguese Canadian Community and Senior Centre. Para mais informações (416) 531-9971

Associação Migrante de Barcelos

Jantar Minhoto

1621 Dupont Street Toronto - Nov 16

More information coming soon. Contact (416) 652-6354

Magellan Community Charities Golf Tournament

Lebovic Golf Club - Sep 11- 11 am. More information coming soon. Contact (437) 914-9110

Aluga-se na Dufferin e Davenport o piso principal de um bungalow. Dois quartos, uma casa de banho, sala de estar e cozinha. Para um casal ou dois homens. Não aceita animais de estimação. 647-2923820

Construction work - Professional custom home renovation and commercial general contractor is looking for two skilled construction workers for interior and exterior finish works. Duties will include interior carpentry, framing, minor drywalling, and other renovation works. Any construction experience such as concrete /masonry is an asset. Transportation can be provided. Tools and all training provided. Work throughout GTA. We provide steady hours and full-time employment through the year. Health and dental benefits after 6 months. Please contact 647-343-8998.

Cabeleireira licenciada Manuela - está disponível para realizar serviço ao domicílio. com 20 anos de experiência. Fala português. Atende pessoas idosas, crianças, homens e mulheres. Especializada em corte, cor e madeixas. Área de Toronto. Contacte para todas as necessidades com o cabelo: 647-761-9155

Job offer - Abrigo Centre’s Cook will work three days a week (Tuesday, Wednesday, Thursday) from 9:00 a.m. to 3:00 p.m. curating, preparing and delivering nutritious lunch meals to Abrigo clients in the Life and Hope seniors’ program. As an experienced cook or chef preparing Portuguese-inspired meals, this position will provide lunch to up to 60 clients each day and oversee a team of experienced volunteers who will support the Cook daily in this new role. Send your resume and covert letter by email with Cook in the Subject line to: Hiring Committee, Abrigo Centre, at info@abrigo.ca .

Sweetie Pie Bakery is looking for people with experience in working in a commercial bakery environment. Duties would include: Rolling dough, mixing dough, mixing cookie dough, scooping cookies & assembly of pies. Salary: $16.00-$17.00 per hour. Contactar Cesario: (647)2453301 or cesario@mysweetiepie.ca

Churrasqueira em Toronto procura alguém para trabalhar em part-time. A pessoa tem que saber trabalhar ao balcão e ajudar um pouco na parte de trás. Tem que falar inglês e português. Também tem que trabalhar ao fim da tarde e fins de semana. Seria bom ter experiência, mas podemos treinar. Para mais informação contatar Marta - 416-562-3641

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