MILÉNIO STADIUM 1710 - 13 DE SETEMBRO

Page 1


Do cano de uma arma

A criminalidade violenta, incluindo homicídios, tiroteios e roubos de automóveis, está a aumentar acentuadamente no Ontário e, por extensão, no Canadá. A pandemia de violência na Área Metropolitana de Toronto e no resto do Ontário é tão grave que vários departamentos de polícia estão a realizar conferências de imprensa para sublinhar a gravidade do problema. A violência é o resultado da criminalidade, que é alimentada por correntes sociais de pessoas que não têm nada e que são controladas por gangs e organizações mafiosas. A ilegalidade daí resultante está a espalhar o medo nas populações, o que resulta num aumento da ansiedade e do desespero.

Aviolência armada registou um aumento de 74% em Toronto em relação a 2023. Este número inclui tanto os tiroteios que resultam em mortos ou feridos como as descargas de armas que falharam o alvo. Até à data, registaram-se cerca de 30 mortes em Toronto. O aspe-

to preocupante da violência armada, dos roubos de automóveis e de outros atos criminosos é o facto de os suspeitos serem, em grande parte, adolescentes com idades compreendidas entre os 14, os 15 e os 16 anos que pegam numa arma de fogo e a utilizam.

Como é que as crianças se tornaram portadoras de criminalidade e onde é que a sociedade errou? Onde reside a responsabilidade pela quebra do controlo moral dos nossos jovens? A autoridade e o ónus da educação dos filhos são da responsabilidade dos pais. Obviamente que há exceções, mas, na sua maioria, os pais estão envolvidos nos anos de formação das crianças, por isso, até que ponto devem ser responsáveis pelos maus comportamentos dos seus filhos? Enquanto os departamentos de polícia se queixam da falta de agentes nas ruas devido ao aumento da demografia, não são sugeridas soluções para resolver a má conduta que se verifica na sociedade. Embora as escolas estejam a tentar controlar os alunos através da educação, o nível de respeito nas escolas de hoje degradou-se ao ponto de os professores terem medo de fazer o seu trabalho. Estão agora a proibir os telemóveis na sala de aula para incentivar uma maior concentração da aprendizagem, mas isso não resolverá a causa dos baixos níveis de aprendizagem

nas escolas de hoje, onde ninguém pode falhar. É este o exemplo que queremos projetar na sociedade, que encoraja as crianças que já têm dificuldades a pensar, que não é necessário atingir a excelência na escola e que o respeito não é obrigatório?

Os sucessos baratos nas redes sociais tornaram-se agora o sistema educativo para os jovens. Os pais veem as dificuldades dos filhos, mas as suas próprias dificuldades na vida impedem-nos de dar orientação aos seus filhos e filhas. Os desafios socioeconómicos são responsáveis por grande parte das ações corruptas adotadas pelos jovens de hoje e estão a substituir as instituições que procuravam despertar os desejos mais elevados das pessoas, incluindo o amor a Deus, o amor à pátria, o amor à aprendizagem, o amor a ser bom num ofício e o amor ao próximo.

Todos os dias acordamos com manchetes sobre crimes cometidos por jovens. Na semana passada, na Geórgia, um jovem de 14 anos e o seu pai foram detidos na sequência do tiroteio mais mortífero numa escola da Geórgia. O filho usou a arma, mas o pai foi acusado porque permitiu que o filho tivesse acesso à arma. O mesmo aconteceu no Michigan, onde ambos os pais foram acusados devido às ações dos filhos. Em Toronto, um jovem de 15 anos foi visado e morto. Apesar de todos os crimes poderem

incluir circunstâncias desconhecidas sobre o estado mental do assassino, será que os pais deveriam saber os sinais pertinentes de um filho ou filha com problemas e agir em conformidade? Será que os pais têm essa capacidade? A sociedade está a adotar o conceito de responsabilizar a família pela criminalidade, mas será desejável colocar toda a responsabilidade nos pais para evitar que os filhos cometam erros? Prender os pais não vai resolver o problema. As leis relativas às armas, à pobreza e a outras necessidades sociais não estão a ser cumpridas por muitas pessoas e esta disparidade continuará a propagar a indústria do crime como uma carreira, porque é uma forma fácil de aumentar o seu nível de vida financeiro. Um milhão de pessoas no Ontário terão recorrido a bancos alimentares em 2024. Esta estatística, quando analisada, deve abrir os olhos para os problemas subjacentes da sociedade e, exponencialmente, para a transição de muitos para o crime. O esgotamento (burnout) está a matar o mundo e a esperança de muitos jovens. É tempo de olhar para a realidade do mundo atual, ou poderá ser o próximo a experimentar os resultados dos nossos fracassos.

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5

Telefone: 416-900-6692

Manuel DaCosta

Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com

Madalena Balça Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com

Assistente de Direção: Carlos Monteiro c.monteiro@mdcmediagroup.com

Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabianne Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com

Redação: Adriana Paparella, Fabiane Azevedo. Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos,

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Manuel DaCosta Editorial
Francisco Pegado, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.
Traduções: David Ganhão Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

Viver para lá dos ecrãs

Não vale a pena entrar pelo caminho do “antigamente é que era bom”, mas a verdade é que há, na forma como se vive hoje, uma banalização do uso da tecnologia, que nos faz mergulhar no mundo olhando apenas para um ecrã, esquecendo de olhar em redor e ver a vida tal como ela é. Sim, os telemóveis, tablets, computadores e até as

televisões são sinais do progresso, da evolução, mas não devem ser encarados como se se tratassem de “amas-secas” ao serviço de pais demasiado exaustos para cumprirem a sua função de controlo, acompanhamento e vigia do progresso cognitivo e capacidade de interação social dos seus lhos. Os pais e os educadores

Tempo despendido em frente a ecrãs

Crianças e Jovens entre os 12 e os 17 anos

Dados de 2021 – Statistics Canada

Rapazes

Duas horas ou menos por dia

Mais de duas horas ou menos que quatro horas por dia

Quatro horas ou mais por dia

Raparigas

Duas horas ou menos por dia

Mais de duas horas ou menos que quatro horas por dia

Quatro horas ou mais por dia

O que defende a UNESCO?

Limitação do uso de telemóveis nas escolas. Porquê?

têm que ter consciência da sua responsabilidade e saber que viver na era digital tem que ser um ato de equilíbrio constante.

A pergunta que começamos por fazer neste jornal é: as crianças e jovens passam demasiado tempo em frente a ecrãs? A resposta baseia-se, não apenas

em evidências do dia-a-dia, mas também em dados cientí cos espelhados nos números da Statistics Canada - sim, passam. E isso pode ter consequências. Convido-vos a analisarem não só esses dados espelhados em tabelas e grá cos, como outras conclusões resultantes de diversos estudos cientí cos.

Percentagem de jovens canadianos que cumprem a recomendação de tempo de ecrã em dias letivos e não

→ Proteção das crianças contra episódios de cyberbullying porque os telemóveis podem ser usados para intimidar ou assediar outros alunos;

→ Perturbações na sala de aula, uma vez que podem ser uma distração, prejudicando a concentração e a aprendizagem

Utilização de telemóveis nas escolas ser exclusivamente limitada às atividades curriculares. Caso contrário, deve mesmo ser proibida.

6

Não deixe que os mais pequenos quem sozinhos em frente aos ecrãs.

Alerte os mais crescidos para as questões da privacidade na internet e para o perigo de partilhar demais.

Nota - É importante dar o exemplo e ter muito cuidado na forma como expõe os seus lhos nas suas próprias redes sociais e outros canais digitais.

4. Incentivar outras atividades

Crie alternativas: desenhar, ler, organizar uma caça ao tesouro ou uma tarde de jogos de tabuleiro...

O que recomendam os especialistas?

A American Academy of Child and Adolescent Psychiatry (AACAP) atualizou, em 2020, as recomendações relativas ao tempo de ecrã, sugerindo os seguintes limites:

→ Até aos 18 meses, as crianças só devem usar os ecrãs para conversarem, por videochamada, com familiares ausentes;

→ Entre os 18 e os 24 meses, só devem usar ecrãs para verem programas educativos, mas sempre sob supervisão;

→ Entre os 2 e os 5 anos, o tempo de ecrã sem propósitos educativos deve reduzir-se a 1 hora por dia durante a semana e 3 horas aos ns-de-semana;

→ A partir dos 6 anos, os pais devem incentivar outro tipo de atividades, limitando as que incluem ecrãs.

As recomendações daquela Associação passam também por desligar todos os ecrãs durante as refeições. Aconselha também a que não se usem os ecrãs para acalmar birras.

2. Definir tempos de utilização

De na com os seus lhos o horário para o uso dos ecrãs e qual a sua duração.

5. Usar a tecnologia para criar limites

As televisões e os dispositivos eletrónicos têm ferramentas de controlo parental que podem ser usadas não só para limitar o acesso a determinados conteúdos, como para estabelecer limites ao tempo de ecrã.

3. Estabelecer regras

Pratique o tempo em família sem tecnologia.

Estabeleça como rotina desligar todos os ecrãs à hora das refeições e antes de deitar. Desligue a televisão enquanto estão a fazer os trabalhos de casa, a brincar ou a conversar.

6. Dar o exemplo

Por mais estratégias e conversas, se não der o exemplo será mais difícil transmitir as mensagens certas. Tente fazer um uso equilibrado dos computadores, tablets e smartphones  fora da sua atividade pro ssional.

1. Acompanhar
dicas para gerir o tempo de ecrã dos mais novos
Madalena Balça / David Ganhão

Que importância tem a decisão de se proibirem os telemóveis na sala de aula? Que impacto esta decisão pode ter não apenas no contexto escolar, mas até essencialmente, na formação da sociedade do futuro? E já agora, como chegámos ao ponto de ser necessário tornar obrigatório algo que, noutros tempos, seria pura e simplesmente, inconcebível?

Foi à procura de respostas para estas e outras perguntas que conversámos com Todd Cunningham, professor assistente no Departamento de Psicologia Aplicada e Desenvolvimento Humano do Ontario Institute for Studies in Education. O Prof. Cunningham é também psicólogo escolar e clínico cuja investigação se centra em intervenções académicas para crianças em idade escolar com dificuldades de aprendizagem. Com esta entrevista ficamos com a noção clara da importância desta tomada de posição não apenas na formação dos mais novos, mas também da necessidade de a partir daqui refletirmos todos sobre o que nos estamos a transformar enquanto seres dependentes de ecrãs e ter a capacidade de travar esse processo.

Milénio Stadium: Qual é a sua opinião sobre as medidas anunciadas e já implementadas relativamente à utilização de telemóveis nas escolas?

Todd Cunningham: Bem, como psicólogo, estou muito contente com isto. O que vimos através da investigação sobre telemóveis é que os telemóveis desviam a nossa atenção do que está à nossa volta. Por isso, e isto é válido para qualquer um de nós, estamos sentados algures e começamos a sentir uma comichão para ver o telemóvel. Olhamos para os nossos telemóveis constantemente, constantemente. E a razão para isso é que há uma parte do cérebro que nos alerta para informações importantes no nosso ambiente, e treinámos o nosso cérebro para que os telemóveis contenham essas informações importantes. Por isso, quando temos uma criança na sala de aula e ela está sentada e o telemóvel está ao alcance do braço, o cérebro está constantemente a dizer-lhe: “Olha, olha, olha, olha, olha, olha, olha, olha, olha, olha, olha”. Assim, o que acontece é que a sua atenção está sempre a ser desviada do que o professor está a dizer, ou do que estão a falar com os colegas sobre a aula, ou a fazer os trabalhos de casa ou o trabalho na aula. A sua atenção está constantemente a ser desviada e, por isso, assistimos a uma diminuição da produtividade dos alunos em termos académicos. Portanto, ao proibi-los, então, hum, o que estamos a fazer é que estamos a garantir que a atenção dos alunos pode voltar ao trabalho que é suposto estarem a fazer. E lugares como a Noruega e a Finlândia, que

já fizeram isto, mostraram um aumento nos resultados académicos dos seus alunos.

MS: Como chegámos ao ponto de tornar uma regra obrigatória algo que noutros tempos seria impensável porque era considerado um sinal de respeito elementar pelos colegas e professores especiais?

TC: Bem, a razão pela qual chegámos aqui é porque a investigação tem sido muito clara, tanto do ponto de vista do desenvolvimento social como emocional. Os telemóveis são prejudiciais para as crianças e também têm impacto nos seus estudos. Os professores, por si próprios, nos conselhos diretivos das escolas, tentaram impor proibições nas suas salas de aula quando, especialmente quando viam como isso prejudicava o envolvimento dos alunos nos estudos. No entanto, nunca tiveram, sabe, os pais a oporem-se-lhes, os alunos a oporem-se-lhes. Por isso, foi necessário que o governo interviesse para introduzir esta proibição. E esta não é a primeira vez que o governo abandonou. Em 2019, o governo de Ontário proibiu os telemóveis, mas nunca o fez com qualquer tipo de pressão real. Eles fizeram uma espécie de política em torno disso. Agora estão a reiterá-la. Estão a dar força a isso. Estão realmente a apoiar esta mudança porque sabem que é do melhor interesse de todos os alunos.

MS: E qual é o papel dos pais em tudo isto? São eles os mais responsáveis pelos seus filhos?

TC: Sim, muito. Eu próprio, como pai, estou muito consciente da forma como modelo a utilização do telemóvel. Como pais, temos de ser modelos de boa utilização do telemóvel quando chegamos a casa. No final do dia, guardamos os telemóveis. Não andamos pela casa a verificar constantemente os nossos telemóveis. Quando estamos à mesa de jantar, não tiramos o telemóvel do bolso. Conversamos com os nossos filhos e adolescentes sobre o que está a acontecer nas suas vidas. Não nos sentamos no sofá e estamos constantemente a ver o TikTok, como se precisássemos de ser modelos de bons hábitos de tempo de ecrã. E temos de falar com os nossos filhos sobre isso, sobre como estamos a mudar os nossos hábitos. Precisamos que eles mudem os seus hábitos, porque, no final, é do interesse de todos que não passemos tanto tempo. Um estudo que acabou de ser realizado em Ontário mostrou que mais de um terço dos estudantes passa mais de três horas por dia nos seus telemóveis ou noutros dispositivos ligados à Internet sem fazer os trabalhos de casa. São três horas que não estão a fazer outra coisa, três horas que não estão a brincar com os amigos ou a participar em actividades extracurriculares ou simplesmente a conviver e socializar no centro comercial, tudo coisas que são realmente importantes para o desenvolvimento dos adolescentes. Por isso, vemos que os estudantes passam

Podemos mudar a forma como estamos a fazer as coisas

tanto tempo ao telemóvel que não participam noutras actividades saudáveis que são fundamentais para o desenvolvimento.

MS: E os professores, como devem atuar perante as novas regras? Devem eles próprios dar o exemplo de não usar telemóveis na sala de aula nas escolas?

TC: Sim, os professores precisam de dar esse exemplo e precisam de ter uma conversa aberta, especialmente com os jovens, porque isto vai ser uma mudança social. Na verdade, estamos a mudar um pouco a forma como a nossa sociedade funciona ao impor esta nova regra. E vai ser muito importante que os professores tenham uma boa conversa com os seus alunos sobre a razão pela qual estamos a fazer isto. Não estamos apenas a tentar castigá-los, mas existem boas razões para o fazermos, tanto para o seu desenvolvimento académico como para o seu desenvolvimento social e emocional. Por isso, esta medida foi muito bem pensada e não é apenas mais uma forma de tentar castigar os adolescentes, o que muitos deles sentem que é o que está a acontecer. Mas não é essa a verdadeira intenção. Por isso, os professores precisam de o modelar e também de falar sobre ele. MS: Podemos dizer que a necessidade de estar sempre ligado, a toda a hora, se tornou o maior vício do século XXI?

TC: Não tenho a certeza se é o maior vício, mas é definitivamente algo que está a mudar a forma como a nossa sociedade está a funcionar. E tem havido algumas pesquisas realmente boas que mostraram isso desde cerca de que ano foi? Acho que foi em 2013, 2014, quando se começou a usar telemóveis ligados à Internet. Portanto, não se trata dos antigos telemóveis, mas os telemóveis ligados à Internet tornaram-se realmente dominantes na nossa sociedade e essa geração não está a sair-se tão bem. Um estudo da Unesco realizado há dois anos, 2022, que analisou 38 países e milhares de milhares de crianças, mostrou que quanto mais cedo um estudante recebia um dispositivo ligado à Internet, mais fraca era a sua saúde mental, mais pobre era a sua saúde mental aos 21 anos. Portanto, trata-se de um grande problema, como se fosse um grande problema social. O que está a acontecer é que as pessoas vão para os seus telemóveis em vez de interagirem numa conversa como a que estamos a ter agora, numa conversa agradável. Vão para os seus telemóveis e têm conversas desconexas, ou estão basicamente a navegar nas redes sociais, sentindo-se mal consigo próprias porque estão a ver todo este julgamento que está a acontecer, especialmente para as mulheres. As mulheres jovens são muito suscetíveis a este tipo de influência das redes sociais sobre a forma como se sentem em relação a si próprias. Porque quando vemos que toda a gente parece estar a divertir-se muito e eu não faço

parte disso, sentimo-nos mal. Por isso é muito problemático. Mas sim, é um grande problema. É um grande problema social que temos, e precisamos de continuar a pensar nisso, especialmente para proteger os nossos jovens. E, na verdade, alguns países estão a chegar ao ponto de dizer que as crianças com menos de dois anos não devem ter qualquer tempo de ecrã. Há uma nova legislação a ser publicada, penso que na Suécia. Mais uma vez, há quem diga que estão apenas a fazer uma lei que diz que os pais não podem deixar os filhos verem ecrãs. MS: O problema é quando os pais são, eles próprios, viciados nos ecrãs. E isso pode ser um modelo para os seus filhos. Será que ainda vamos a tempo de corrigir o rumo e fazer da ligação interpessoal a forma privilegiada de nos ligarmos uns aos outros?

TC: Claro que sim. Sim, claro. Sabes que os humanos são enormes. Somos pessoas muito resistentes. Podemos fazer mudanças. Podemos mudar a forma como estamos a fazer as coisas. Vemos a recuperação da Covid, como as coisas começaram a voltar ao normal em muitos dos países, a grande maioria da população tem recuperado bem. Por isso, sim, podemos fazê-lo. Mas temos de tomar conscientemente a decisão de o fazer. Penso que é esse o problema. Muitas vezes, usar o ecrã é uma coisa muito inconsciente. Não estamos conscientes do que estamos a fazer, sabes, simplesmente pegamos nele e começamos a fazê-lo. E, uma hora mais tarde, acabámos de percorrer o TikTok e não aconteceu nada. Por isso, precisamos de tomar conscientemente estas decisões de que não vamos fazer isto. E é aí que penso que o governo está a intervir na educação para dizer: “Vamos todos tomar conscientemente a decisão de que vamos banir isto do ambiente educativo para que os alunos possam voltar a envolver-se na aprendizagem”. Portanto, sim, podemos fazê-lo. Só temos de tomar a decisão de o fazer e mantê-la.

MB/MS

Todd Cunningham. Créditos: DR.
Um telemóvel para as crianças estarem contactáveis? Sim! Um telemóvel com internet? Não!

Em Portugal surgiu recentemente o Movimento Menos ecrãs, Mais vida. Sim, adivinhou, trata-se de um movimento de reflexão e ação sobre a exposição excessiva a ecrãs na infância e adolescência. Trata-se, afinal, conjunto de pessoas que defende que as crianças e jovens devem viver mais, estabelecendo relações interpessoais, afastando-se o mais possível dos ecrãs de modo a “preservar a sua saúde física e mental”.

Na atividade que têm vindo a desenvolver, num espaço ainda bem curto, já que o movimento tem pouco mais de seis meses de existência, quatro mulheres têm conseguido colocar na ordem do dia esta temática, trazendo argumentos “sustentados em publicações científicas” que fundamentam a sua luta “contra a presença de smartphones nas escolas e contra a excessiva digitalização do ensino”. Mónica Pereira é uma das fundadoras deste movimento e explicou-nos melhor o que defendem e o que pretendem alcançar.

MS: Por que razão é que decidiram criar o Movimento Menos ecrãs, Mais vida?

Mónica Pereira: Em maio de 2023, eu lancei uma petição de forma individual com o nome “Viver o recreio escolar sem ecrãs de smartphones”. A partir daí, durante esse ano, tive muitos contactos de pessoas que eu não conhecia. Algumas mães, pais... passados uns meses decidimos juntar-nos para criar um movimento maior. Em Espanha já havia um movimento também e nós víamos esse movimento a acontecer. E então, em janeiro deste ano de 2024, decidimos lançar o movimento. Para quê? Para voltar à carga com o tema que eu lancei na petição e para também sensibilizar para a suspensão do projeto piloto dos manuais digitais. Portanto, temos aqui duas frentes e o objetivo do movimento era isto mesmo - termos mais

força e alargar um pouco o âmbito também ao tema dos manuais digitais.

MS: Mas por que razão é que se lembrou e fez a tal petição para acabar com os telemóveis nos recreios?

MP: Eu costumo fazer muitas ações pequeninas que sejam ou por um buraco na rua, ou porque é preciso um caixote de lixo para o vizinho do lado. várias coisas. Eu costumo fazer muitas coisas e isto foi algo que aconteceu e fiquei sensibilizada com os relatos dos filhos dos meus amigos que tinham ido para o quinto ano que diziam que não brincavam no recreio porque estavam todos com os telemóveis. Foi quando eu perguntar a mim própria, mas então os miúdos vêm para casa relatar que não brincam? Esta é a realidade de miúdos de nove, dez anos? São idades em que precisam ainda de brincar. E foi isso que me levou a lançar a petição.

MS: O que é que nos levou até aqui? Como foi possível chegarmos a este ponto?

MP: Eu acho que nós todos, adultos, sendo pais ou não, sabemos que estamos a ser envolvidos no sistema que existe, de consumismo muito promovido por estas marcas, por estas empresas gigantes de tecnologia. A maior parte das pessoas, tem um telemóvel/smartphone. Daqui a uns meses, esse telemóvel já é obsoleto porque, entretanto, já houve uma nova criação ou mais rápida ou que tira melhores fotografias. Portanto, todos nós, adultos, independentemente de sermos pais, fomos engolidos por isto. E estamos dependentes? Porque temos um minicomputador no bolso, não é? As empresas fizeram com que as pessoas, os trabalhadores, tivessem telemóveis, smartphones para estarem contactáveis a toda a hora. Por exemplo, os emails são consultados muitas vezes num telemóvel. E quando esses telemóveis passam a ser “obsoletos”

a tendência é oferecer aos filhos. E, portanto, eles vão adotar um smartphone. Aquilo que defendemos é o que vários psicólogos e médicos neste momento defendem e outros movimentos noutros países, é que se ofereça um telemóvel para as crianças estarem contactáveis, mas sem internet. Nós defendemos que a entrega de um smartphone deve ser adiada o mais possível, pela distração que representa. Nós todos, adultos, sabemos isto é uma realidade. Se vamos ver uma mensagem do WhatsApp, de repente salta mais uma notificação de outra aplicação qualquer, e já não nos lembramos do que queríamos procurar. Portanto, a nossa atenção é completamente desviada por tudo o que está dentro de um smartphone. No espaço escolar, aquilo que nos apercebemos foi que nos recreios as crianças deixam de brincar e o foco passa a ser o telemóvel. E a escola, no nosso entender, não deve ser o espaço onde as crianças partilham, por exemplo, conteúdos pornográficos entre elas e estão no recreio à volta de um telemóvel a ver este tipo de conteúdos. Isto passa-se. Claro, que o podem fazer fora da escola, é verdade, mas na escola não faz nenhum sentido. Além de que aumenta questões de cyberbullying, que é, de facto, um transtorno para as crianças que o sofrem. Porque não fica ali, naquele espaço. É partilhado para toda a gente.

MS: Ganha uma outra dimensão...

MP: Uma dimensão muito maior. Mas para além desta questão, nós também consideramos que as salas de aula devem estar equipadas com computadores. Não somos contra a tecnologia, pode parecer que somos, pela forma como falamos e defendemos esta proibição dos telemóveis nas escolas. Não somos. É lógico que todos nós sabemos que temos que aprender a trabalhar com o computador, que é o presente e o futuro. Nós todos temos que trabalhar

com o computador. Mas atualmente há professores no quinto ano a pedir para fazer testes e pesquisas em smartphones. O smartphone não faz parte da lista de material. Há crianças no quinto ano que não o têm, claro. Acho que é importante que as escolas estejam equipadas com projetores, câmaras de vídeo, para fazerem trabalhos com as crianças. Tudo o que for necessário para que as crianças possam fazer as pesquisas. Mas não digam às crianças para levarem um smartphone para dentro da escola. Está provado que as crianças, depois de usarem o smartphone, demoram 20 minutos até conseguirem estar concentradas. Por exemplo, faz-me muita confusão pensar que uma criança que está no recreio a jogar online e, de repente, tem que entrar na aula e que o seu cérebro demora ali um bocadinho a desligar-se do jogo ou do que estavam a ver para se concentrarem na sala de aula.

MB/MS

Mónica Pereira. Créditos: DR.
Credito:

Empresários a ajudar empresários

Serviço administrativo

Contabilidade

Bookeeping

Aconselhamento

sobre impostos

Impostos particulares

Impostos corporativos

Planeamento patrimonial

Seguro de vida corporativo

Planos de reforma privados

Opções de reforma

Financiamento empresarial

Soluções de dívida empresarial

Carlos Teixeira Managing Partner

Milénio Stadium: O que pensas sobre as novas regras implementadas nas escolas de Ontário, que proíbem o uso de telemóveis nas salas de aula?

Maria Amorim: Eu concordo porque acho que o telemóvel é uma distração para os alunos na sala de aula ou, pelo menos, para o meu filho é, porque ele distrai-se completamente com o telefone. Por isso eu sou 100% a favor.

MS: Por aquilo que sabes através do teu filho, como é que os mais jovens estão a acolher esta mudança?

MA: É claro que eles são contra, porque eles não têm noção nem a perceção que isto é para os proteger. Eles pensam diferente de nós, pais. É claro que o meu filho discorda comigo porque ele acha que deve ter o telemóvel com ele. Mas eu não concordo porque eles não precisam de telefone. É o que eu lhe digo, quando ele precisar de alguma coisa, a escola tem um telefone, claro. Ele não precisa de telefone na sala de aula. Eu já expliquei, só que, claro, ele não entende e pronto.

MS: Mas confessa que usava o telemóvel na sala de aula?

MA: Admitiu, sim, que às vezes, se tivesse acabado os trabalhos que a professora lhe tinha dado, confessou que às vezes ia ver algum vídeo, mas sem a professora ver. Mas eu disse isso não é correto, e expliquei que se ele está na sala de aula também está a distrair os colegas, a ir à mochila buscar o telefone. Mas ele disse que não

o fez muitas vezes. Eu acredito, porque senão a escola também já me tinha chamado a atenção.

MS: E relativamente ao uso do telemóvel aí em casa, ou seja, tu como mãe, tentas ou tentaste de algum modo controlar e travar um bocadinho o excesso de ecrã na vida do teu filho?

MA: Sim, ele até aos oito anos ou nove, a bem dizer, tinha muitas regras e ia para a cama às 07h30. Mas depois dos nove anos, até agora, não vou mentir, tem sido um desastre. É horas e horas ao telefone, horas e horas a jogar na PlayStation, no computador. E a culpa é minha, claro. Mas até aos oito, nove anos, não. Ele tinha um limite por dia e ia para a cama muito cedo. Eram outras regras, mas ele também cresceu e pronto, já olha para as coisas de outra forma, não é?

MS: Relativamente aos cuidados a ter com a internet, como as coisas são ou podem ser perigosas. Tu conversas com ele? Achas que ele está suficientemente informado para ter os cuidados que deve ter quando está a navegar na net?

MA: Sim, tenho. Por acaso tenho uma relação muito aberta com ele e tento falar um bocadinho de tudo. Mas acho que sim. Acho que ele tem uma noção, mas acho que o meu filho tem um lado muito inocente ainda, sabes? Ainda é muito infantil para 14 anos. Mas tem noção? Sim, de muita coisa, porque também falo com ele e apesar de ele estar naquela fase da adolescência em que, para ele, eu nunca sei nada, não tenho razão, ele é que sabe. Mas eu tento sim chamar a atenção de tudo.

MS: O teu filho tem um bom relacionamento interpessoal com os colegas e amigos. Achas que consegue, apesar de tudo, ter um relacionamento olho no olho, digamos?

MA: Depende. Mas acho que não, porque eles habituaram-se de tal forma a comunicar por mensagens ou mesmo falando pelo telemóvel, que a comunicação entre eles é diferente. Eu já reparei quando saio com ele e com os amigos a forma como se relacionam é totalmente diferente de quando ele está em casa ao telefone com eles.

MS: Mas a interação é diferente em que aspeto?

MA: Parece que ficam mais envergonhados, digamos assim. Quando estão juntos parece que não se conhecem verdadeiramente. Ficam mais acanhados, não sei explicar. A abertura que eles têm online uns com os outros é totalmente diferente. Parece que se escondem atrás de um ecrã.

MS: Concordas que estamos numa era em que todos somos dependentes dos telemóveis?

MA: Completamente. Eu acho que quem disser que não, está a mentir. Eu acho que somos dependentes do telemóvel. Eu sou. A primeira coisa que faço quando saio de casa é ver se tenho o telemóvel, nem é a bolsa. O que é triste. Eu não vivo sem o telemóvel. Mas eu sei que é triste dizer isto, que é mesmo lamentável, mas é verdade. Sou mesmo dependente do telemóvel e acho que os jovens ainda são piores que nós.

A vida no bolso ou na palma da mão, é assim que, quase todos, se sentem hoje em dia em relação ao uso do telemóvel. Resolvemos tudo - pagamos contas, vemos notícias, acompanhamos a vida alheia, tiramos fotografias, escrevemos textos, vemos emails, escrevemos mensagens (muitas mensagens...), fazemos videochamadas e até, espantem-se, fazemos simples telefonemas. A vida parece, efetivamente, retida dentro daquele pequeno objeto sem o qual a

maioria das pessoas já dificilmente vive. Sejam graúdos ou miúdos, o telemóvel já faz parte de nós, como se se tratasse de mais um órgão vital.

Nestas páginas, a propósito da proibição do uso de telemóvel nas salas de aula de Ontário, falámos com pais e filhos e confirmamos que a dependência destes e outros aparelhos similares (tablets ou consolas de jogos) é uma realidade. Os pais, eles

próprios confessos dependentes, mostram-se preocupados com as consequências que essa dependência poderá ter na formação da personalidade dos seus filhos, tentam estar atentos e concordam com a decisão que garante que, pelo menos na escola, os miúdos vivam sem estarem ligados a ou por telemóveis.

MB/MS

O que pensas das medidas anunciadas e já implementadas relativamente à utilização de telemóveis nas escolas? Não tenho outra opção senão concordar com elas, mas não fiquei contente com isso. Mas, a longo prazo, é o melhor para todos.

Antes deste ano letivo, o que é que se passava na sala de aula? Notavas que os telemóveis podiam ser uma distração para os alunos?

É uma distração, eu concentrava-me primeiro no meu trabalho e, se tivesse alguns minutos para ver o telemóvel, via-o. Somos todos diferentes, por isso falo de mim e não me deixava distrair com ele, mas admito que via

o telemóvel de vez em quando, mas sem incomodar ou distrair ninguém.

Como te vais sentir durante o horário escolar sem o teu telemóvel por perto?

Só tenho de aprender a viver com a situação, adaptar-me à forma como as coisas são, regras são regras!

Como é que os teus colegas estão a reagir às novas regras?

Estão todos a adaptar-se bem, não há nada que possamos fazer e apenas temos que aceitar o que foi implementado.

Como é a tua vida fora da escola? Quantas horas por dia passas com o telemóvel, a consola de jogos ou computador?

Vou muito ao parque para praticar desporto com os meus amigos ou para estar com eles, mas também passo muitas horas a jogar playstation e no telemóvel.

Sentes que já estás dependente dos ecrãs?

Estou dependente dos ecrãs, não vivo sem o meu telemóvel ou o meu tempo de jogo.

Conheces os aspetos positivos e negativos da utilização de telemóveis e computadores? Que precauções tomas quando os utilizas? Por exemplo, tens cuidado com o que partilhas online?

Sei o que é bom e o que é mau e, por vezes, faço más escolhas, mas não sou perfeito. Não partilho nada nas redes sociais, passo muito tempo a jogar online na minha playstation e passo muito tempo a falar com os meus amigos em conversas de grupo, mas é só isso.

MARIA AMORIM – 33 ANOS MÃE DE UM RAPAZ
RAPAZ – 14 ANOS

Milénio Stadium: Como é que a tua família recebeu esta notícia da decisão do governo de Ontário de proibir os telemóveis nas salas de aula?

João Silva: Eu já estava a adivinhar, desde o ano passado, que isto ia acontecer, porque o Governo já andava a falar que isto iria acontecer. Eu até já brincava com os meus filhos e dizia-lhes “ah, vocês vão ver, isso de usar telemóvel na escola vai parar”. Eles diziam “ya, ya, ya”, mas pronto, já está. Agora eles ficaram zangados. Estão chateados, dizem que isso é uma coisa estúpida.

MS: Mas como pai, tu sentes que esta decisão era necessária? Ou seja, achas que os telemóveis podem realmente ser um elemento de distração, que os prejudica na aprendizagem?

JS: Bem, um dos meus filhos tem ADHD, ou seja, tem distúrbio de atenção, e por isso ele tem que trabalhar com o telemóvel, mesmo por indicação médica que passou um papel a dizer que tem que usar ou um computador, ou um telemóvel para o ajudar a focar naquilo que interessa. Ele não quis usar o computador, prefere o telemóvel. Mas pronto, ele tem este handicap, ele até não gosta disto, porque sente que as pessoas o olham de maneira diferente e pensam “olha aquele está no telemóvel”, mas ele faz o trabalho que precisa de fazer no telemóvel. Acho que posso dizer que 70% do tempo que ele está no telemóvel é para mesmo fazer o que é preciso de fazer. Mas os outros 30%...

MS: Mas isto é um caso excecional, não é? Imaginemos que não havia essa situação. Tu, como pai, achas que o telemóvel

pode ser um elemento de distração? Pela tua experiência, até em casa?

JS: 100%. Eu acho cada vez mais difícil ter as crianças verdadeiramente presentes, mesmo lá, naquela altura, para fazer tudo o que é preciso. É preciso dizer as mesmas coisas três ou quatro vezes, às vezes quase desisto. Eu até quando chego a casa fico chateado porque eles estão sempre nos telemóveis, mesmo colados nos telemóveis, em vez de estarem a brincar com os brinquedos que eles recebem, temos centenas de brinquedos com os quais eles não jogam, não brincam porque estão sempre com os telemóveis. Mas não é só isto. Eles quando vão lá para fora, para estarem com os amigos, ficam lá todos juntos, mas cada um com o seu telemóvel. É a mesma coisa.

MS: Portanto, achas que o telemóvel é um elemento que pode criar problemas de relacionamento social?

JS: Sim, sem dúvidas. E não apenas para as crianças e até sei que acontece, bastantes vezes, que as pessoas quando estão a desistir de uma relação com uma pessoa, um namorado, acabam tudo sem falarem um com o outro, apenas mandam uma mensagem. Em vez de dizer “olha desculpa lá, mas já não posso ou não quero estar contigo” numa conversa presencial. As pessoas já perderam esta forma de respeito.

MS: Como pai sentes-te de algum modo responsável por isso? Achas que os pais têm responsabilidade relativamente ao estado a que chegámos, no que diz respeito aos jovens e ao seu relacionamento com os ecrãs?

JS: Sim, porque eu vejo famílias que estão a jantar e as crianças não estão nos telemóveis. São pais que conseguiram impor regras e dizem “olha, isto não é para acontecer a esta hora”. Eu o que faço em casa é - ponho um limite. Exatamente às 11h00, o meu filho mais velho, que tem 16 anos,

não pode usar mais o telemóvel. Tem que o pôr lá em baixo para carregar, na cozinha. Assim ele está completamente desviado do telemóvel. Os outros também são controlados com o bloqueio de screen time. Assim, pelo menos, limito o número de horas que podem estar com o telemóvel por dia. Quando chega a umas três ou quatro horas já acaba e não há mais nada que eles possam fazer.

MS: Por aquilo que vais acompanhando, achas que os miúdos estabelecem online relações de amizade verdadeiras e consolidadas?

JS: Não. Até que fica um pouco mais perigoso, um pouco mais não, muito mais perigoso agora. Eu estou sempre a tentar ver o que eles estão a fazer, não é? O meu filho mais velho está já a namorar, e eles estão sempre a falar, mas isto é uma situação diferente. Os meus filhos mais jovens falam com os amigos. Estão a jogar sempre uns jogos, mas o que noto com os telemóveis é que eles estão sempre a gritar, de uma maneira que não entendo porquê.

MS: Todos nós estamos viciados em aparelhos eletrónicos. Que cuidados tens contigo próprio quando estás em ambiente familiar para dares o exemplo aos teus filhos?

JS: É difícil por causa do meu trabalho. Eu uso-o por razões diferentes, mas estou sempre colado ao meu telemóvel através do trabalho. Para mim é uma ferramenta de trabalho, mas que me acompanha 24 horas por dia. Uma ferramenta que não consigo desligar. Eu acho que é uma das razões para as crianças estarem sempre com os telemóveis. E vou dizer a verdade... às vezes, é conveniente que eles estejam nos aparelhos, quando eu preciso fazer alguma coisa e preciso eles fiquem lá calados.

Como te vais sentir durante o horário escolar sem o teu telemóvel por perto?

O que pensas das medidas anunciadas e já implementadas relativamente à utilização de telemóveis nas escolas? Pessoalmente, não achei que fosse fazer grande coisa. Fui para a escola sabendo que esta proibição estava em vigor e, durante as minhas aulas, os meus professores também não pareciam incomodados com ela.

Antes deste ano letivo, o que é que se passava na sala de aula? Notavas que os telemóveis podiam ser uma distração para os alunos?

Devo dizer que agora, depois da proibição, há muito menos pessoas ao telemóvel durante o horário escolar, por isso, sim, foi uma grande distração no ano passado.

Não me importo tanto como os outros miúdos provavelmente se importariam haha, este ano estou muito concentrado na escola e não preciso da distração.

Como é que os teus colegas estão a reagir às novas regras?

Os meus colegas estão constantemente a verificar os seus telemóveis a cada 10 ou 15 minutos. Eu também sou culpado disso.

Como é a tua vida fora da escola? Quantas horas por dia passas com o telemóvel, a consola de jogos ou computador? Fora da escola, devo dizer que estou no telemóvel muito mais do que devia. Quer esteja a ser produtivo ou não, é demasiado tempo no ecrã.

Sentes que já estás dependente dos ecrãs?

Não acho que sou o único dependente dos ecrãs, acho que o mundo inteiro é, agora. Todos os dias usamos ecrãs e não é como se pudéssemos apagar isso, a Internet baseia-se praticamente em captar a nossa atenção e mantê-la lá durante horas a fio.

Conheces os aspetos positivos e negativos da utilização de telemóveis e computadores? Que precauções tomas quando os utilizas? Por exemplo, tens cuidado com o que partilhas online?

Bem, para começar, as coisas boas que vêm com a tecnologia são evidentes, ganhar conhecimento com o clique de um botão, contacto com pessoas de todo o mundo, entretenimento e muito mais. As coisas más que advêm desta tecnologia são a perda de sono, a dependência, o cyberbullying, os problemas de privacidade e muito mais. É difícil sentirmo-nos seguros na Internet e é por isso que tenho muito cuidado com o que coloco na Internet.

JOÃO SILVA – 43 ANOS PAI DE 3 FILHOS
RAPAZ – 16 ANOS
David Ganhão

A tecnologia da memória

Olá, bom dia. Boa sexta-feira! Mais uma semana volvida e setembro, assim que nos viramos e rebolamos para o outro lado... Oops. Já foi.

Esta semana e em cima da mesa, o jornal Milénio propõe um tema entre tantos, que já vem a gerar polemica há uns tempos, mas se o senso comum fosse utilizado, nem seria necessário este tema ser tema de capa - o uso de telemóveis enquanto aluno em aprendizagem corrente.

Bem, quando eu era miúda, já lá vão uns aninhos volvidos, nem papel de sobra nos era quase permitido com pavor de existi-

rem cábulas. Que auxiliar super útil em dia de teste ou exame... ai as cábulas, minhas queridas. Todos nós usámos. Pouco ou muito. Fazia parte.

Agora, levar um telefone para a sala de aula naqueles tempos? Não só era impossível, mas também proibitivo.

Hoje em dia, nestes tempos modernos vale tudo e mais alguma coisa. Nunca devia ser permitido o uso de telefones em salas de aulas, nem em lugares como em determinadas áreas dos aeroportos, hospitais, postos de abastecimento etc. Estão lá os sinais de proibição, mas as pessoas desobedecem. Claro que depois quando são avisadas não gostam. Enfim. É o que é e vale o que vale. Mas vamos a factos do porquê desta decisão quase global.

O risco de assédio digital das crianças na escola e a falta de concentração são algumas razões que levaram alguns países europeus a introduzir a proibição dos smartphones

nas escolas a partir de 1 de setembro de 2024. Para garantir o cumprimento da lei, os professores e outros membros escolares têm o direito de revistar a mala dos alunos. Em Portugal a medida ainda não foi adotada, apesar de vários apelos feitos por várias entidades. Em 2023 o ministério da Educação pediu ao Conselho das Escolasórgão consultivo que representa as escolas da rede pública - que fizesse um estudo sobre a utilização de telemóveis em contexto escolar e o Conselho das Escolas considerou que a solução não passa por proibir o uso destes dispositivos nas escolas. É de referir, também, que a utilização dos telemóveis nos espaços escolares está regulamentada, desde 2012, no Estatuto do Aluno e da Ética Escolar. O Estatuto reforça que o aluno não deve "utilizar quaisquer equipamentos tecnológicos, designadamente telemóveis, equipamentos, programas ou aplicações informáticas, nos locais onde decorram

aulas ou outras atividades formativas ou reuniões de órgãos ou estruturas da escola em que participe, exceto quando a utilização de qualquer dos meios acima referidos esteja diretamente relacionada com as atividades a desenvolver e seja expressamente autorizada pelo professor ou pelo responsável pela direção ou supervisão dos trabalhos ou atividades em curso".

No entanto, cabe ao aluno o cumprimento desta lei sem que lhe seja vedado o acesso a qualquer equipamento. Enfim. É o que é e vale o que vale. Vivemos em liberdade ou assim pensamos nós. Estes dispositivos, principalmente os smartphones, são “espiões” pessoais que nos bombardeiam com temas que nem para aí estamos inclinados. É a vida dos tempos modernos onde a juventude nem sabe adicionar o básico. Fiquem bem e até já.

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

Falamos com a diva brasileira Alcione sobre os 50 anos de carreira

Percorremos Toronto na Labour Day Parade

Conhecemos a profissão de correeiro

Percebemos o que se passa no mundo no Here’s The Thing

E analisamos os temas da atualidade em mais um Roundtable

Apps disponíveis

Acompanhe todos os nosso conteúdos em CAMOESTV +

Cristina da Costa Opinião

From the barrel of a gun

Violent crime including murder, shootings and carjackings are up sharply in Ontario and by extension, Canada. The pandemic of violence in the GTA and the rest of Ontario is serious enough that various police departments are holding press conferences highlighting how

critical the problem has become. Violence is the result of criminality which is fed by social undercurrents of have-nots who are controlled by gangs and mob organizations. The resulting lawlessness is spreading fear to populations resulting in rise of anxiety and despair.

Gun violence is up 74% in Toronto compared to 2023. This figure includes both shootings which result in deaths or injuries and discharges of guns which missed their targets. So far there have been about 30 deaths in Toronto. The troubling aspect of gun violence, carjackings and other criminality is that the suspects are in large part teenagers aged 14-15-16 years old who pick up a firearm and use it. How did children become the carriers of criminality and where did society go wrong? Where does responsibility lie in the liability brought on by the breakdown in the moral restraint of our young people? Authority and the burden of raising children is the responsibility of parents. There are obviously exceptions but for the most part, parents are involved in children’s formative years so how responsible should parents be for the bad behaviors of their children? While police departments complain about the lack of officers on the streets because of increased demographics, no solutions are being suggested to solve the bad conduct being experienced in society.

While schools are attempting to control students through education, the level of respect in schools today has degraded to the point that teachers fear to do their job. They are now disallowing cell phones in the classroom to encourage more concentration of learning, but this will not resolve the cause of the low levels of learning in schools today where no one is allowed to fail. Is this the example we want to project in society which encourages already struggling kids that reaching for excellence at school is not necessary and that respect is not mandatory? Cheap hits on social media have now become the education system for young people. Parents see struggles with their children but their own struggles with life prevent them from providing direction to their sons and daughters. Socio-economic challenges are responsible for much of the corruptive

actions being adopted by kids today and are replacing institutions that sought to arouse people’s higher desires, including the love of God, the love of country, the love of learning, the love of being good at a craft and the love of fellow man.

Each day we wake up to headlines about crime by young people. In Georgia last week, a 14 year old and his father were arrested after Georgia’s deadliest school shooting. The son used the gun, but the father was charged because he allowed his son to access the gun. Same charges happened in Michigan where both parents were charged because of their children’s actions. In Toronto, a 15-year old was targeted and killed. While every crime may include unknown circumstances on the mental state of the killer, should parents have known the pertinent signs of a troubled son or daughter and take action accordingly? Do parents have this ability? Society is embracing the concept of making the family responsible for criminality but is it desirable to place all responsibility on the parents to prevent wrong doings by their kids? Arresting parents is not going to solve the problem. The laws regarding guns, poverty and other social needs are not being met for many people and this disparity will continue to propagate the industry of crime as a career because it’s an easy way to raise their financial standard of living. 1 million people in Ontario will have used food banks in 2024. This statistic when analyzed should open eyes to the underlying problems of society and exponentially to the transition of many to crime.

Burnout is killing the world and the hope of many young people. Time to look at the reality of the world today or you could be next in experiencing the results of our failures.

Credito: DR

Smarter than the phone

Such is the power that the smartphone has overall of us, that only now, after all of these years, have governments begun to address a growing societal problem; the addiction caused by the use of these devices and their social apps. In some countries, “experiments” are under way to see if teachers can recapture the attention of students by banning smartphone use in school.

Isay it’s about time, although the system has much more to worry about in terms of teaching than just the phones, but it’s an important move. I believe that, in general terms, there are many people that need to take time off from their devices on a daily basis. These things have become our ‘go to’ for whenever there is a break from whatever it is we’re doing, what’s more, many are ‘using’ in conjunction with their tasks at hand. Bad enough for adults, but young people are so easily distracted and even more easily manipulated. In school, it’s bad enough that many students don’t even want to be present, combine that with a boring, often useless curriculum, add a pinch of often disinterested teacher, and you have the perfect recipe for creating a student that when faced with the option of checking their instagram, or whatever app they fancy. For the many teachers who care about what and how their students learn, and continue to expose the gross underfunding and underdevelopment of the educational system, smartphones in the hands of their students are like twisting the knife on an already large wound. To capture a students’ attention is a diffi-

Bem-vindo a este bungalow geminado de tamanho familiar no desejável bairro de Rathwood. A casa possui 3 quartos no andar de cima, uma grande cozinha, sala de estar e sala de jantar. Entrada separada para o basement com um apartamento secundário, devidamente legalizado, com 2 quartos e uma grande cozinha. Perto da Square One, Go Station, Sheridan College e 403/401/ QEW/Highways.

cult task in itself, teachers resort to many tactics, some learned, some personal, some completely outside of the box, but competing with this technology is a losing battle. Gone are the days of passing notes and secret gestures, the kids today have a slew of tools at their disposal, that fit in the pocket!

All one has to do is try and think about the one room-full of expensive machines that are now a smart phone, and the kids don’t understand that, they weren’t around to remember. The power they detain is incredible, and for a teacher, the only way to try and get their point across is to eliminate the enemy. Obviously, most kids won’t understand this tactic, the sense of entitlement impregnated in our youth has no room for the forfeiture of what they consider their lifeline. There will also be parents aghast with the idea, because they seem to have forgotten that they used to get along perfectly fine without.

That’s a major point, when we latch on to something such as the smartphone, we quickly convince ourselves that we can’t live without it. We have also become so accustomed to reaching anyone at any time, it has become unthinkable that we can’t reach our children 24/7, even if they’re at school.

As I’ve mentioned on several occasions, extremism isn’t good in any situation. The way we’ve become attached to these devices is another form of extremism and it doesn’t bode well, especially for our children. They need to develop their minds from other human beings, not ghosts in the machine they carry around like a vital organ. These devices are controlling and

Com três quartos, esta propriedade está situada num bairro desejável de Trinity Bellwoods. Esta propriedade apresenta uma excelente oportunidade para renovar e personalizar ao seu gosto. Quer pretenda modernizar o interior, expandir o espaço habitacional ou simplesmente acrescentar o seu toque pessoal, as possibilidades são infinitas. Com um investimento e criatividade, pode transformar esta casa na casa dos seus sonhos.

Para mais informações sobre estas propriedades, por favor, visite: torontoimobiliaria.ca

so are many of those preaching through them. We all need to look forward, up, to either side, anywhere but down. We’ve done enough of that over the last number of years and everything is happening on our watch without our noticing. Going without phones at school will give many a

chance to realize that they’ve been missing out. Our kids are way smarter than their phone, given the chance, they will see that. Fiquem bem,

Uma casa inteira para alugar para uma única família. Esta deslumbrante casa de 3 quartos, com belos pisos de madeira, cozinha de sonho do chef, com aparelhos de aço inoxidável, armários bonitos e tectos altos. Cave acabada com casa de banho 3pc, e sala de recreação. Inclui garagem anexa para 1 carro + driveway privado. Muito perto da estação Eglinton LRT, parques, escolas, lojas. A m nutos da Yorkdale Mall e rodovias principais.

Descubra as possibilidades com esta propriedade versátil, que apresenta uma excitante oportunidade para renovar e personalizar de acordo com as suas necessidades. Quer pretenda modernizar o interior, expandir o espaço habitacional ou simplesmente acrescentar o seu toque pessoal, as possibilidades são infinitas. Com um investimento e criatividade, pode transformar esta casa na casa dos seus sonhos.

REMAX ULTIMATE

REALTY INC.,BROKERAGE Independently Owned and Operated

CANDIDO FARIA

SRS, ABR, Hon. B.A. Real Estate Broker 416.459.2007 candido@candidofaria.ca torontoimobiliaria.ca

Dufferin & Rogers
Dundas & Bathurst
Eglinton & Caledonia
Hurontario & Burnhamthorpe
PARA ALUGUER
OPEN HOUSE - SAT & SUN 2-4 PRICE
Raul Freitas
Credito:

The banning of cellphones in schools

As cell phones become ubiquitous, many schools are considering or implementing bans on their use during school hours. This policy shift raises important questions about its impact on parents, teachers, and students, as well as its overall effectiveness. On one hand, many parents appreciate the intention behind the ban, believing it will reduce distractions and enhance learning. They may feel relieved knowing their children won’t be tempted to engage with social media or games during class.

However, some parent’s express concerns about safety. In an emergency, having a cell phone can be crucial for quick communication. Parents may worry about their ability to contact their children during school hours or vice versa. This concern highlights the need for schools to provide alternative communication methods. Additionally, some educators may feel they need to adapt their teaching methods to integrate technology in a controlled manner rather than eliminating it altogether. Banning the cell phones in the Ontario school system is to foster a

better learning environment, the execution and implications of such bans require careful consideration.

A nuanced approach that accommodates educational benefits while addressing safety and social concerns could be the key to effectively managing cell phone use in the classroom. As cell phones have become integral to daily life, many schools are choosing to ban their use during school hours. This policy shift invites a deeper examination of its implications for parents, teachers, and students, as well as its overall potential for success.

Many parents support the ban, believing it helps reduce distractions in the classroom. The hope that limiting phone usage will allow their children to focus better on academic tasks. Conversely, some parents express significant concern about their children’s safety. In emergencies, a cell phone can be a vital tool for communications. Parents may worry about their ability to reach their children or their children’s ability to contact them in critical situations. Schools need to assure parents that there are alternative methods in place for communication during emergencies, such as landlines or designated staff to relay messages.

While some students may welcome the opportunity to concentrate on their studies, others may feel a sense of disconnection from their peers. Social media plays a

crucial role in adolescent communication, and a sudden absence of this tool can lead to feelings of isolation. Many students utilize their phones for academic purposes, such as accessing research materials, educational apps, and communication for group projects. This ban may limit these valuable resources, prompting discussions about how effectively incorporate technology into education.

On a positive note, a ban may encourage students to develop better self-regulation skills. By learning to manage their time and attention without the crutch of a smartphone, students may develop more effective study habits.

Will This Ban Work?

The question of whether cell phone bans will effectively improve the educational environment is complex. Initial studies indicate that while bans may reduce distractions in the short term, students often find ways to bypass restrictions, such as hiding phones or using them during breaks. The adaptability raises questions about the long-term sustainability of such bans.

As society increasingly embraces technology, the complete removal of cell phones from educational settings may seem outdated. Many educators advocate for teaching digital citizenship, where students learn to use technology responsibly

rather than prohibiting its use altogether. A more balanced approach might involve allowing phones with clear guidelines on usage. This could include designated times for phone use, educational purposes, or specific areas where phones are permitted. By fostering a culture of responsibility, schools can help students learn to manage their devices effectively.

The decision to ban cell phones in schools presents a complex challenge with significant implications for parents, teachers, and students. While the intention of fostering a more focused learning environment is laudable, the effectiveness of such bans is uncertain. A one-size-fits-all approach may not address the diverse needs and concerns of the school community. Instead, schools should consider policies that promote responsible technology use while ensuring safety and enhancing social connections, by striking a balance, educators can create an environment that supports both academic success and the responsible integration of technology into students’ lives.

The impact of banning cell phones in schools is a topic of significant debate, with both positive and negative implications. Overall, while cell phone bans can enhance focus and social interaction, they may also limit educational resources and communication, suggesting that a balanced approach might be more effective.

Saturdays 7:30 am

Saturday 10:30 am Sundays 10:00 am

Afinal,

como se fica? Vai-se proibir os telemóveis?

A retirada dos telemóveis na sala de aula, tem benefícios e desafios

Um pequeno objeto que nem as crianças conseguem viver sem ele, muito se tem falado da retirada dos telemóveis da sala de aulas, até já se organizam debates sobre o assunto, muitos a favor e outros contra. Recentemente aconteceu na Sic, onde se verificou que existem várias opiniões diferentes.

Estranhei ouvir, vindo de alguns professores, aconselharem o uso do telemóvel sem interrupção. Mesmo contra o seu uso, só ouvi uma senhora do Movimento Menos ecrãs, Mais vida. Eu concordo que sejam retirados, mesmo que venham dizer que ajuda na motivação dos alunos, no passado fizeram-se grandes homens e mulheres e não havia telemóveis, o que havia era interesse em se ser alguém na vida.

A presença de telemóveis nas salas de aula, na minha opinião, tem impacto na aprendizagem. A proposta de retirar esses dispositivos pode ser vista sob duas óticas principais, uma potencial melhoria do foco e a possibilidade de redução da distração, porque a distração é um grave problema. Por um lado, a retirada dos telemóveis pode ajudar a criar um ambiente mais controlado ao estudo, a distração gerada por redes sociais pode interromper o fluxo de aprendizagem e diminuir a produtivida-

de dos alunos. Estudos feitos indicam que a ausência de telemóveis pode le var a uma maior concentração e melhor desempenho académi co, uma vez que os estudan tes estão menos inclinados a se desviarem do conteúdo abordado.

Mas atenção que a ques tão não é tão simples como parece, dizia um professor com 30 anos no ativo que, para alu nos com dificuldades de aprendizagem, os telemóveis podem ser ferramentas essen ciais.

Eu discordo quando dizem que telemóveis e re cursos digitais oferecem suporte personalizado e ajudam a nivelar os alunos com dificuldades, permitindo que esses alunos tenham acesso a materiais e estratégias que ajudam a certas necessidades es pecíficas. Depois há aqueles estudantes que acham que o uso dos te

dizer que concordava se fossem usados de maneira adequada, de certa forma até podiam tornar o ensino mais dinâmico e interativo, mas não é isso que acontece e dificilmente será possível implementar essa regra a curto prazo. Deixou-se ir longe de mais o uso sem controle nenhum, hoje os alunos mandam nos professores, ou os governos criam lei com regras no seu uso ou no futuro as coisas vão ser muito difíceis, diferentes e descontroladas. Por isso mesmo, depois de ouvir os especialistas, na minha opinião, a solução ideal pode não ser a retirada total dos telemóveis, mas sim a implementação de políticas equilibradas que devem integrar todo o tipo de dispositivos de forma controlada e orientada, de forma que se possa maximizar os seus benefícios e minimizar as distrações, ao mesmo tempo garantir que cada aluno tenha as ferramentas necessárias para alcançar seu potencial para o futuro. E vocês? Concordam com restrições no uso dos telemóveis em todas as faixas etárias? Então coloque o seu de lado 3 dias por semana e veja se é capaz. Bom fim de semana.

Monumentos a Camões na Diáspora Símbolos identitários das comunidades portuguesas

2004 é o ano em que se comemoram os 500 anos do nascimento de Camões, o maior poeta português e símbolo cimeiro da língua portuguesa e da nossa cultura. Nas palavras do tradutor e poeta húngaro Árpád Mohácsi, o autor do poema épico do povo português, Os Lusíadas, é “um poeta de primeira classe, um dos melhores escritores de sonetos da literatura mundial”.

Uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas da tradição ocidental, Camões foi adotado, sobretudo a partir do séc. XIX, como símbolo de portugalidade. O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebrado anualmente a 10 de Junho, data da morte do poeta, e assim designado desde a Revolução de Abril, presta, portanto, homenagem a Portugal, aos portugueses, à cultura lusófona e à presença portuguesa no mundo, através da figura de um dos maiores nomes da literatura universal.

Não é, pois, de admirar, que um pouco por todo o território nacional tenham sido erigidos, ao longo dos anos, inúmeros monumentos alusivos a Luís de Camões. Um símbolo nacional que em estruturas comemorativas, como esculturas ou bustos, alinda e enobrece, de modo marcante, a paisagem de muitos espaços públicos de cidades portuguesas.

Menos conhecidos do público em geral, mas não menos repletos de simbolismo e sentimento pátrio, são também vários os

exemplos de monumentos alusivos a Camões erigidos no seio da Diáspora. Perpetuando e dinamizando na esteira de D. Rui Valério, patriarca de Lisboa, “a valorização da portugalidade integrada e interpretada numa mundivisão mais ampla”.

Por exemplo, em França, a mais numerosa das comunidades portuguesas na Europa e uma das principais comunidades estrangeiras estabelecidas no território gaulês, rondando um milhão de pessoa, foi inaugurado no dia 19 de outubro de 1987 por Jacques Chirac, então primeiro-ministro e presidente da Câmara Municipal de Paris, na presença de Mário Soares, então presidente da República Portuguesa, um busto do poeta que fica no final das escadas da Avenue de Camões, Paris 16ème, bem perto dos jardins do Trocadero.

No entanto, a primeira estátua de Camões na capital francesa foi inaugurada no dia 13 de junho de 1912, nos anos iniciais da Primeira República. Um busto, enorme, encomendado ao escultor italiano Luigi Betti, e instalado num pedestal com cerca de 5 metros de altura, que após vários imprevistos se encontra atualmente no Jardim Camões da Casa de Portugal André de Gouveia, na Cidade Internacional Universitária de Paris, um centro de irradiação da cultura portuguesa na capital francesa. Já no Luxemburgo, onde cerca de 100 mil portugueses representam praticamente 15% da população total do Grão-Ducado, assumindo-se como o mais importante grupo estrangeiro no país desde os anos 80, foi oferecida em 2006 à capital luxemburguesa, pela CCILL – Câmara de Comércio e Indústria Luso-Luxemburguesa, e a Santa Casa da Misericórdia do Luxemburgo, uma estátua de Camões. Resultado da generosidade de três

empresários portugueses no Grão-Ducado, mormente António Silva, José Veiga e Manuel Cardoso, o busto de Camões no Luxemburgo foi transferido em 2016, de Bonnevoie para a Praça Joseph Thorn, onde se encontra presentemente, em frente às instalações do Instituto Camões.

Na América do Norte, concretamente em Toronto, onde vive a maioria dos mais de 500 mil portugueses e lusodescendentes presentes no Canadá, desde o alvorecer de junho de 2013, ano em que o espírito empreendedor e benemérito do comendador Manuel DaCosta, um dos mais ativos empresários portugueses em Toronto, impulsionou as obras de revitalização da praça de Camões (Camões Square). Encontra-se, no centro da maior cidade do Canadá, entre outros relevantes símbolos e estruturas de engrandecimento da portugalidade, um imponente busto de Camões, o maior poeta da língua portuguesa.

No seio da dispersa geografia da Diáspora, a comunidade portuguesa em Macau, cifrada em milhares de compatriotas, e elo fundamental da cultura e presença secular lusa no Oriente, usufrui desde a centúria oitocentista, e após vicissitudes várias, um dos mais afamados bustos do poeta, na Gruta de Camões. O próprio, terá vivido em Macau durante dois anos, apontado a tradição lendária que terminou nesta gruta, local incontornável de visita na hodierna região autónoma na costa sul da China continental, Os Lusíadas, a obra mais importante da literatura de língua portuguesa.

Estes monumentos, e outros que se encontram ou possam vir a ser projetados nas pátrias de acolhimento dos portugueses espalhados pelo mundo, são uma indubitável mais-valia na perpetuação e dinamização

da cultura e identidade lusa na Diáspora. De tal modo que é nestes autênticos marcos de portugalidade, que as comunidades lusas espalhadas pelos quatro cantos do mundo realizam incontornavelmente as celebrações simbólicas do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Revivendo assim anualmente um sentimento inefável, paradigmaticamente expresso por Fernando Pessoa: “O povo português é, essencialmente, cosmopolita. Nunca um verdadeiro português foi português: foi sempre tudo”.

Daniel Bastos Opinião
Busto de Camões, o maior poeta da língua portuguesa, na Camões Square, em Toronto, no Canadá. Foto: Dr.
Augusto Bandeira Opinião
Credito: DR

A escola começou! Já deu a sua aula hoje?

Pode parecer uma frase feita, mas efetivamente a escola começa e deve mesmo ter na habitação familiar a principal sala de aula. Onde tudo deve começar. Não podemos exigir que os professores, num passe de mágica, ensinem e eduquem sem uma presença forte da família nestas tarefas. As aulas já começaram aqui, como em Portugal. Arrancaram sem grandes problemas.

Eu sugiro que os pais desde o primeiro minuto possam, por exemplo, explicar aos filhos e fazer-lhes ver que ser magro ou

gordo, pequeno ou muito alto, ser preto, branco ou amarelo não deve ser causa de diferenciação, nem muito menos de piadas fáceis. Depois desta conversa os seus filhos estarão preparados para enfrentar mais um ano difícil, recheados com valores morais que poderiam até partilhar com colegas. Expliquem também que usar a mesma roupa ou as mesmas sapatilhas no dia a dia não é um defeito ou problema, ou até sinónimo de riqueza ou não. Não se deve julgar pelas aparências. Assim, a educação será com toda a certeza um pilar essencial no desenvolvimento das sociedades livres e justas. Sabemos que sem educação não temos profissionais que, no fim do seu percurso académico, sejam aqueles que tratam o progresso e o desenvolvimento de um país com boa progressão económica, mas também com mais igualdade em todas as áreas. Tenho a certeza de que, com o referido supra, teremos uma sociedade melhor na

saúde, política, justiça e economia e, principalmente, na área social. Defendo e sempre defendi que a educação deve ser 100% financiada pelo Estado, mas a educação dos nossos filhos é 100% gratuita também nos lares de cada um.

É muito importante o regresso presencial à escola. A socialização, a entreajuda e o partilhar desde o recreio até a sala de aula é muito importante para o crescimento individual de cada estudante. Mas não tratem os vossos educandos como um depósito que é feito na escola, a escola é um complemento, não é o todo no sistema educacional. A educação deve ser a “menina dos olhos” de todo e qualquer executivo governamental. Sugiro um maior investimento, gerando este com toda a certeza um futuro melhor, não hoje ou amanhã, mas num futuro próximo com toda a certeza. As próprias escolas devem envolver os encarregados de educação num projeto de ligação que com-

plementa o ensino em casa (com os pais) e na escola. Não concordo com escolas particulares e colégios para a classe rica. Todos, pobres ou ricos, devem ter o mesmo direito e a mesma classe de docentes e qualidade de ensino. Assim, os pobres podem ter a ilusão de uma vida melhor e os ricos devem sentir o mesmo que qualquer criança pobre. Atingiremos com estes pressupostos uma sociedade mais justa e mais igual. A qualidade do ensino é, sem dúvida, o barómetro para termos os resultados de praticamente todos os fenómenos de uma sociedade sejam políticos, económicos ou sociais. Vamos todos ser agentes de educação, assim estaremos a criar um mundo melhor.

“Quando família e escola educam com os mesmos critérios, as diferenças entre os dois ambientes se reduzem, e quem ganha é a criança.” Andrea Ramal

Leandro Ceia novo livro

Neste livro de 102 páginas Leandro Ceia organiza a narrativa em sete capítulos: Erupção, Forja, Fuga, Vitória, Flôr, Reacção e Compromisso. O livro tem capa de José Dias Coelho e é dedicado a Avelino Cunhal, autor de «Nenúfar no charco» de 2009. Uma lista de romances de 1974 a 2022 e um texto de Sérgio de Sousa completam o volume.

Alguns capítulos são dedicados a Rogério Paulo, António Gervásio, José da Luz Saramago, Catarina Eufémia, José Dias Coelho, António Casquinha e José «Caravela». Na contra-

capa surgem fotos de António Gervásio, Conceição Matos, Manuel Pedro, Soeiro Pereira Gomes, Dias Coelho, Urbano Tavares Rodrigues, Pires Jorge, Mariana Janeiro e Francisco Miguel. O ponto de partida é o dia 6-3-1921, a data da fundação do PCP: «Operários do tabaco, padeiros, chapeleiros, condutores, vendedores ambulantes, tipógrafos, pedreiros, varredores e ferroviários convergem para a Rua da Madalena, 225, 1º andar – Associação dos Empregados de Escritório». Cada capítulo é uma história afluente, em todas elas surge a questão do Povo.

Lê-se na página 87: «Qualquer povo é composto de camadas e interesses contraditórios, o mesmo povo de uma época é diferente em outra época, o povo de Lisboa de 1383, o povo de Lisboa dos 300 anos

de Inquisição, o povo de Lisboa do Costa e do Buíça, o povo de Lisboa que acolheu esperançoso o Gomes da Costa, o povo de Lisboa medroso no 24 de Abril, o povo de Lisboa florido, heróico e empoleirado nas chaimites no dia seguinte.» Na página 96 pergunta-se : «Se assim fosse porque é que o povo não votou em nós, em vez de votar nos partidos seus inimigos?» e sobre eleições esta ideia: «Veja-se o caso do 28 de Maio de 1926: só depois de sete anos de Ditadura Nacional, Salazar fez referendar a Constituição de 1933.»

E por fim um dos nós do problema chamado Portugal: «Morto o Pintor pelo fascismo, em 1961. Mortos os operários agrícolas da Reforma Agrária pela lei Barreto na democracia do 25 de Abril. Em 1979.»

Vítor M. Silva Opinião
Créditos: DR Credito:

Retorno às aulas

O mundo está cheio de livros fantásticos que ninguém lê.

Sou do tempo do livro único. Tivessem os meus avós estudado, e quase poderia afiançar que teria herdado os livros deles. A condição de ter sido a primogénita deu-me o privilégio de todos os anos estrear os meus próprios livros.

Em mês de regresso às aulas, não posso deixar de recordar o entusiasmo com que na minha infância e adolescência sempre vivi esta época especial do ano. Vejo-me a fazer o roteiro das livrarias de Benguela - Lello, Magalhães e Okapi - ditando a lista dos compêndios e dicionários, que iam aumentando na proporção do meu avanço na escada da escolaridade. Depois,

os cadernos diários - pautados, quadriculados, em branco -, um para cada disciplina. Ah... e a sebenta, sempre uma sebenta que servia de rascunho para tudo, e que, apesar do nome, se mantinha limpinha. Por fim, todos os outros materiais, absolutamente necessários para um bom desempenho na profissão de estudante: canetas, lápis, afia-lápis, borracha, fita-cola, régua, esquadro, compasso, guaches, pincéis de diferentes tamanhos e texturas, tinta da china, sem esquecer os rolos de papel estampado e colorido para forrar livros e cadernos. Sim, forravam-se os livros e os cadernos. Era esta ocupação que, juntamente com o cheiro a novidade, conferia à nossa casa o ambiente de abertura do ano escolar. Os da minha geração devem ter bem presente a perícia exigida à tarefa de forrar um livro. Ora vamos lá todos fazer um exercício de memória. Desenrolava-se o papel e corta-

va-se à medida do livro, deixando a margem necessária para a dobra interior da capa e da contracapa. Vincava-se muito bem, sempre que se metia no sentido vertical do livro esta margem para dentro. De seguida, e antes de começar igual procedimento no sentido da horizontal, faziam-se dois cortes, ligeiramente em diagonal, na lombada superior e inferior. Metia-se esse pedaço geométrico em forma de trapézio para dentro e só depois se procedia à dobra das respetivas margens superiores. Para o trabalho poder ser dado como concluído, faltava uma última operação: dobrar em forma de triângulo cada canto, tanto no ponto de encontro da margem superior, como da inferior, que se prendia com uma tira de fita cola para a capa ficar mais segura.

Calculo que alguém mais jovem se interrogará: “E como é que se distinguiam, se eram todos forrados por igual?” Encarregávamo-nos de lhes colocar uma etiqueta. No caso dos livros, esta era aposta na lombada; nos cadernos, na capa. O cúmulo do preciosismo consistia em, além do papel, usar ainda uma segunda capa de plástico transparente, a fim de que se mantivessem lim-

pos do primeiro ao último dia do ano letivo. Não sei exatamente quantos anos tinha, mas recordo perfeitamente que foi numa dessas tardes, em que me entregava à agradável tarefa de forrar os meus livros, que o meu irmão se lembrou de entrar pela sala e começar a mexer em tudo, desorganizando o meu trabalho. Era demasiado nova para me interrogar sobre as razões de tal atitude. Mera provocação? Alguma invejita infantil por não ter a possibilidade de estrear livros como eu? Não sei! Sei apenas que lhe manifestei o meu desagrado pela atitude e lhe pedi que não tocasse nas minhas coisas. Devo ter emprestado àquele pedido toda a autoridade que o estatuto de irmã mais velha me conferia, fazendo com que ele se sentisse um intruso a cometer o sacrilégio de profanar tudo quanto eu tinha de mais sagrado - os meus livros! Por isso, acedeu e saiu, mas logo voltou movido pela curiosidade que a pilha colorida dos livros provocava naquele meu território interdito. Ano pós ano, face a cada ritual de abertura de um novo ano letivo, relembro a minha alegria do regresso às aulas entranhada ainda do odor dos livros novos.

Aida Batista Opinião
Umberto Eco

COMUNIDADE

Magellan Community Charities Golf Tournament angaria $120 mil

O dia estava perfeito. Sol quanto baste, temperatura agradável, e uma organização impecável, enfim todas as condições estavam reunidas para que o Torneio de Golfe para angariação de fundos, promovido pela Magellan Community Charities, no Lebovic Golf Club, fosse um sucesso. E foi! 120 mil dólares foi a quantia angariada para ajudar na construção de uma obra há muito ambicionada – um lar de idosos culturalmente dedicado aos portugueses.

OTorneio de Golfe do Magellan inicia uma sequência de grandes eventos de angariação de fundos, junto da comunidade portuguesa, a saber: no dia 19 de outubro espera-se que toda a comunidade participe num Telethon/Radiothon e no dia 2 de novembro acontecerá a primeira Gala da Magellan Community Charities, no Universal Event Space.

Manuel DaCosta, presidente da direção desta instituição de solidariedade, quando falou com a nossa reportagem, momentos antes de se iniciar o Torneio, realçou a importância de eventos desta natureza – “Eu acho que uma das coisas mais importantes é envolver a comunidade em projetos

destes. Principalmente projetos sem fins lucrativos que, ao fim e ao cabo, vão ser financiados pela comunidade, quer seja através destas iniciativas, quer seja através do pagamento dos seus impostos, porque, como sabemos, é assim que o Governo consegue dinheiro para nos apoiar. Mas a comunidade tem um papel muito importante porque além dos seus donativos, com a sua participação ativa demonstram a nossa força ao Governo. É assim que, como comunidade, mostramos estamos interessados em construir o prédio. Este Torneio de Golfe é o nosso primeiro evento de alguma significância. E é bom para que todos compreendam o que a gente está a começar a fazer”. O primeiro Torneio de Golfe do Magellan contou com a participação de 120 golfistas que ficaram a conhecer melhor este projeto e quem está a trabalhar, de forma voluntária, para o pôr de pé. Ema Dantas, uma luso-canadiana conhecida por desafiar os seus limites, escalando montanhas, em prol de uma causa beneficente, mas que é também uma apaixonada por golfe, fez questão de marcar presença – “Não gosto só de escalar montanhas. Eu adoro golfe. Fico muito grata e estou feliz por estar aqui. Este é o primeiro Torneio de Golfe do

Magellan, mas vai ser o primeiro de muitos. É necessário para angariar fundos para construirmos o Magellan, que tem uma enorme importância para a nossa comunidade”. Ema Dantas deu-nos o seu exemplo de filha, cujos pais (já falecidos) precisaram de apoio e acabaram por ir para Portugal, “obrigando-a” a deslocações constantes para os poder ver e acompanhar mais de perto, coisa que “não aconteceria se o Magellan já existisse, porque os tinha mais perto de mim”.

Tulia Ferreira, membro da direção do Magellan Community Charities, numa pausa entre tacadas, falou-nos da importância deste dia – “É um dia significativo para o Magellan porque estamos a avançar no que queremos fazer, construir uma casa de terceira idade para as pessoas que falam português e é uma maneira de arranjar fundos para nós podermos avançar com o nosso projeto. Mas não só... este evento é também muito importante para as pessoas ficarem a conhecer quem nós somos, como organização e o que nós queremos fazer”.

Também Joe da Silva falou com a nossa reportagem e mostrou, de forma clara, por que razão fez questão de participar no Torneio de Golfe – “É extremamente im-

portante este projeto do Magellan porque é fundamental ajudarmos a angariar fundos para uma casa de idosos de origem portuguesa. É extremamente importante e acho que hoje aqui vemos a comunidade portuguesa junta. Os nossos portugueses uniram-se e cá estão presentes a suportar esta excelente causa. Gostava, aliás, de aproveitar para fazer um apelo: façam um donativo para esta organização que está a criar um Lar de Idosos para todos nós, afinal, mas em especial para aqueles que cá chegaram primeiro, que abriram as portas da emigração portuguesa no Canadá.”

Por fim, Manuel DaCosta fez-nos o ponto da situação atual da obra – “Está tudo a correr muito bem, já limpámos o terreno. Agora só estamos a lidar com um pouquinho de burocracia entre governos. Entre a cidade de Toronto e o Governo do Ontário, porque querem acertar certas coisas que não estavam previstas com respeito a doações e com respeito ao terreno. Isto está a ser concluído. Deve ser concluído em breve. Penso que vamos começar a construção mesmo a sério, ainda este mês”.

MB/MS

Foto: Madalena Balça

António Fidalgo afirma

“Orçamento dos Açores deve fixar incentivos para professores”

O presidente do Sindicato Democrático de Professores dos Açores (SDPA), António Fidalgo, defendeu ser "essencial" que o próximo orçamento da região determine e regulamente os incentivos à fixação de professores nas diferentes ilhas.

Em declarações à agência Lusa a propósito do arranque de mais um ano letivo nos Açores, António Fidalgo referiu que "há largos anos que os incentivos [para a fixação dos professores] estão previstos na lei", mas "nunca foram regulamentados e aplicados. É verdade que no último ano já havia a vontade expressa da secretária regional [da Educação] para fazer os incentivos, mas não houve orçamento para o poder fazer. Já o estatuto de 2015 tinha previsto os incentivos, mas verdadeiramente nunca foram aplicados", afirmou o sindicalista. António Fidalgo alertou que, se os incentivos não forem aplicados, "nas ilhas mais pequenas haverá ainda mais dificuldades em atrair e fixar os docentes".

Incêndio

na Madeira

O presidente do SDPA referiu ainda que na última revisão do estatuto, em 2023, por proposta do sindicato, "conseguiu-se alargar os incentivos, mas é essencial que, no orçamento que agora vem, sejam fixados, regulamentados e reforçados". Além dos transportes e valores pecuniários, há que encontrar soluções para a "falta de habitação e preços elevados" nas ilhas mais problemáticas, "melhorando bastante a oferta disponível", defendeu o líder do Sindicato Democrático de Professores dos Açores.

António Fidalgo destacou também a sua preocupação com a "falta de docentes com profissionalização para ocuparem os lugares necessários nas várias ilhas", afirmando que "houve 88 horários por ocupar", tendo sido lançados estes lugares na Bolsa de Emprego Público dos Açores "para se completar as necessidades das escolas. A acrescer a isso, temos ainda o lançamento de horários de substituição temporária que não estarão, ainda, totalmente, garantidos", afirmou.

NM/MS

Representante da República pede "reflexão"

O representante da República para a Madeira defendeu uma reflexão sobre o incêndio que deflagrou em 14 de agosto e correção dos erros, sob pena de as consequências serem piores no futuro. "Se continuarmos a agir como até aqui, teremos fatalmente os mesmos resultados, e com consequências porventura muito mais graves do que as do último mês", alertou Ireneu Barreto, na cerimónia de comemoração do 523.º aniversário do município da Ponta do Sol.

No seu discurso, o juiz conselheiro deixou uma palavra de solidariedade às populações afetadas pelo incêndio que atingiu a Madeira em agosto, durante 13 dias, e agradeceu novamente às autoridades envolvidas na gestão e no combate, recordando que a Ponta do Sol "foi duramente atingida no seu património e nos terrenos e haveres de muitos dos seus munícipes. É imperioso que, a partir de agora, possamos refletir sobre o que sucedeu e sobre o que podemos fazer para no futuro não passarmos de novo por situações semelhantes", afirmou Ireneu Barreto, reforçando: "Se não corrigirmos aquilo que depende de nós corrigir, bem podemos recear não ter a mesma sorte do futuro". O representante da República disse pouco en-

tender de combate a incêndios, mas elencou "três certezas" que considera "evidentes. A primeira, se dúvidas ainda houvesse, é que as alterações climáticas vieram para ficar", realçou, acrescentando que a "segunda certeza" é que "neste como noutros assuntos o mais correto, o mais seguro e o mais barato é sempre apostar na prevenção. Pelo que é importante que os especialistas se pronunciem sobre formas de vigilância eficaz e permanente das nossas serras -- sejam torres de vigias, aumento de recursos humanos na vigilância da natureza, drones, meios aéreos tripulados, faixas corta-fogo e outros mecanismos que internacionalmente se recomendam", considerou.

Na opinião de Ireneu Barreto será também "importante que algumas práticas que, embora culturais, como engenhos pirotécnicos, queimadas agrícolas ou fogueiras na floresta sejam no atual contexto desaconselhadas e venham a ser estritamente controladas, com recurso a todos os mecanismos legais. Finalmente, a última certeza que vos deixo é que este debate é, tem de ser, mais técnico do que político", defendeu, apontando que, ainda que com divergências pontuais, "deve sempre prevalecer [...] o bem comum e o supremo interesse das populações".

Credito: DR

AUTONOMIAS

Plano estratégico para a agricultura nos Açores elaborado com associações

A Região Autónoma dos Açores vai ter um Plano Estratégico da Política Agrícola Comum elaborado com as associações e à medida das produções agroalimentares locais, disse o titular da pasta da Agricultura e Alimentação do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), António Ventura.

Segundo o governante, a iniciativa tem em conta que o programa nacional "prejudicava a região deliberadamente. E, por isso, nós mandámos uma nova versão para a comissão e já foi aceite pelo Governo da República, para que possamos ter, de facto um programa à medida das nossas produções agroalimentares", adiantou António Ventura, na Horta, durante um debate realizado após uma declaração política do CDS-PP sobre agricultura. No âmbito do plano, o apoio para a instalação de jovens agricultores, para todas as áreas de atividade, será de 55 mil euros.

Vinho da Madeira

"Estamos a convidar os jovens a instalar-se, a produzir agroalimentos da região, e é dado um apoio à primeira instalação de 15 mil euros. Aquilo que eram as taxas máximas de 75% vai passar para 85%. E aquilo que era o programa LÍDER no mundo rural vai ter um prémio de instalação de 18 mil euros", prosseguiu.

António Ventura também fez críticas ao principal partido da oposição ao recordar que o atual presidente do PS/Açores, Francisco César, "votou na Assembleia da República contra a extensão dos apoios nacionais aos agricultores dos Açores. Votou ao lado do PS na Assembleia da República contra a vinda de 22 milhões de euros de apoio aos agricultores dos Açores. [...] O atual líder, quando vota contra essa extensão dos apoios aos açorianos, está a dizer que não quer apoiar a nossa agricultura", sublinhou.

NM/MS

Reconhecimento pela UNESCO tem "potencial imensurável"

Presente na apresentação da candidatura do Vinho Madeira a Património Cultural Imaterial da Humanidade, no auditório do Colégio dos Jesuítas, no Funchal, Eduardo Jesus diz ser com "muito bons olhos" que o Governo Regional encara (e apoia agora) esta iniciativa da Universidade da Madeira.

"A importância é grande. Primeiro porque estamos a falar num produto que por si só representa a nossa cultura, a nossa história, o nosso património. Querer colocá-lo ao nível a que esta candidatura pertence (...) naturalmente que cria aqui um potencial de projeção da marca Madeira e do Vinho Madeira, que é imensurável", sublinhou o secretário regional de Economia, Turismo e Cultura em declarações aos jornalistas. Numa outra nota, Eduardo Jesus realça que o Vinho Madeira é "um produto que consegue contar uma história. Conta a história da Madeira, conta a história da dificuldade desta orografia, conta a história da bravura do povo madeirense, do agricultor", realça. E, por falar em Histó-

ria, o secretário com a tutela do Turismo e Cultura avança que o processo de candidatura do Vinho Madeira "poderá ter desenvolvimentos em 2026, ano em que se celebram os 250 anos da independência dos Estados Unidos", que foi precisamente brindada com o néctar regional. DW/MS

Credito: DR

A Air Canada está a ultimar planos para suspender a maior parte das suas operações, provavelmente a partir de domingo (15), uma vez que as conversações com o sindicato dos pilotos estão perto de um impasse devido a exigências salariais “inflexíveis”, informou a maior companhia aérea do país na segunda-feira.

Acompanhia aérea e a sua subsidiária de baixo custo Air Canada Rouge estão a preparar-se para suspender gradualmente os voos durante três dias, potencialmente a partir de 15 de setembro. As transportadoras efetuam cerca de 670 voos diários.

A não ser que se chegue a um acordo, é provável que a transportadora ou o sindicato emitam um pré-aviso de greve de 72 horas ou um pré-aviso de lockout que de-

sencadeie um plano de suspensão de três dias. A paralisação poderá afetar 110.000 passageiros por dia.

A Air Canada está a permitir que os clientes com viagens programadas entre 15 e 23 de setembro façam alterações às suas reservas sem qualquer custo. Os clientes podem também optar por cancelar os voos e receber um crédito para uma futura viagem. Se for emitido um aviso de greve ou de lockout e o voo de um passageiro for cancelado, a Air Canada notificará as pessoas afetadas e estas terão direito a um reembolso total - mas não terão direito a qualquer compensação adicional ao abrigo dos Regulamentos de Proteção dos Passageiros das Companhias Aéreas do Canadá.

Barry Eidlin, professor associado de sociologia na Universidade McGill, disse que

o impasse entre a Air Canada e o sindicato dos pilotos é normal, no que diz respeito às negociações. Acrescentou que os canadianos que negociam contratos sindicais este ano o fizeram no contexto de uma inflação elevada, que “corroeu realmente os salários dos trabalhadores canadianos. Há um jogo de recuperação, em que os trabalhadores estão a tentar recuperar o terreno perdido, especialmente no contexto de acordos coletivos de trabalho que foram negociados antes do clima inflacionista”, afirmou.

As conversações entre a Air Canada e a Air Line Pilots Association (ALPA), que representa mais de 5 200 pilotos da maior transportadora canadiana, prosseguem, mas ambas as partes continuam distantes, informou a empresa.

CBC/MS

Pais indignados com Porter Airlines

Os pais de uma rapariga de 14 anos dizem estar indignados depois de a sua filha ter sido retirada de um voo da Porter Airlines no mês passado e deixada à sua sorte durante as 24 horas seguintes - sem qualquer compensação ou supervisão do pessoal da companhia aérea. Camryn Larkan viajava sozinha pela segunda vez em 30 de agosto, regressando a casa em Victoria, B.C., depois de visitar um amigo e a família em Toronto. Entrou no avião e estava sentada no seu lugar, pronta para descolar, quando uma assistente de bordo lhe disse que havia um problema. Tinha de pegar nas suas malas e sair do avião. “Fiquei muito confusa... Pensei que ia voltar para o meu lugar. Pensei que só iam levar as minhas malas”, disse Camryn. “Assim que saí do avião e vi que a porta se tinha fechado, foi aí que comecei a ficar muito ansiosa.” Camryn disse que mais tarde soube que o avião descolou sem ela e outros passageiros devido a um desequilíbrio de peso. Foi transferida para um voo para Victoria, à mesma hora, no dia seguinte, e a companhia aérea mandou-a embora. O pai, que a tinha levado ao aeroporto, voltou a correr para a ir buscar. Os pais de Camryn dizem estar zangados com o facto de uma menor que viajava sozinha ter sido obrigada a levantar-se e sair do avião sem qualquer informação ou apoio da companhia aérea. “Puseram a minha filha em perigo iminente”, disse Catherine Larkan. “Foi uma negligência total e não devia acontecer a nenhum outro menor”. Um porta-voz da Porter Airlines disse que a jovem de 14 anos foi retirada do avião devido a um “problema de peso e equilíbrio”, mas que o pessoal não sabia que ela tinha menos de 18 anos.

CBC/MS

Canadá está a ficar mais pobre em comparação com os seus pares ricos

O Canadá é um dos países mais ricos do mundo, mas quando comparado com outros países como a Austrália, a Nova Zelândia e o Reino Unido, já não é tão rico como era. E a diferença de riqueza entre o Canadá e os EUA só tem aumentado, de acordo com os números publicados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

O crescimento económico relativamente fraco do Canadá, combinado com um boom demográfico, afetou a sua posição entre os

países ricos. Esta é uma das razões pelas quais o Primeiro-Ministro Justin Trudeau recorreu ao antigo governador do Banco do Canadá, Mark Carney, para o aconselhar, a ele e ao seu gabinete, sobre a forma de estimular o crescimento económico.

A Presidente do Conselho do Tesouro, Anita Anand, está também a lançar aquilo a que chama um “grupo de trabalho” para estudar a fraca produtividade do país e encontrar formas de aumentar a produção económica. O Banco do Canadá também está a tratar do assunto. Em março, a Vice-Governadora Carolyn Rogers lançou

Receitas do petróleo de Alberta

o alerta para a necessidade de aumentar a produtividade do Canadá. “Já viram aqueles cartazes que dizem: 'Em caso de emergência, partir o vidro'. Bem, está na altura de partir o vidro”, disse ela num discurso. Os dados recentes do Statistics Canada mostram porquê: a economia do Canadá está a crescer globalmente, mas a um ritmo dececionante em relação ao crescimento da população. No ano passado, o país registou um aumento de quase 1,3 milhões de pessoas - um aumento de 3,2% - enquanto a economia cresceu apenas 1,1% no mesmo período. Isto significa mais pessoas a tirar

fatias de um bolo económico que não cresceu muito mais. As notícias não são todas más. Os dados mostram que os ganhos semanais reais - o salário que uma pessoa recebe em casa - aumentaram efetivamente no Canadá, mesmo tendo em conta a inflação. A taxa de poupança das famílias também está a subir. O crescimento económico do Canadá deverá atingir 1,3% em 2024 e 2,4% no ano seguinte, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

CBC/MS

Incerteza abala os preços mundiais do crude

No início desta semana, a volatilidade dos mercados petrolíferos internacionais voltou a fazer-se sentir, com os preços do crude a caírem para os níveis mais baixos em mais de um ano. Há apenas duas semanas, os preços do West Texas Intermediate (WTI) - a referência da América do Norte para o petróleo bruto - rondavam os 75 dólares americanos por barril. Esta semana, os preços caíram para cerca de 66 dólares americanos por barril, sob o peso da atual incerteza do mercado.

“Rory Johnston, analista canadiano do sector da energia e fundador da empresa de investigação do mercado petrolífero Commodity Context, afirmou, referindo-se à recente queda dos preços“Há motivos de preocupação fundamentalmente justificados, mas, ao mesmo tempo, penso que a voracidade e o ritmo das quedas de preços a que assistimos não são de todo justificados pelo ritmo ou pela mudança dos fundamentos a que assistimos”.

Alguns observadores do mercado em Alberta acreditam que a volatilidade do mercado é apenas uma questão de curto prazo. Johnston suspeita que os preços recuperarão nas próximas semanas a um mês. Na quarta-feira (11) de manhã, o preço do WTI voltou a subir para mais de 67 dólares americanos por barril, uma subida de quase três por cento. “Penso que o enfraquecimento gradual do mercado é de longo prazo - condicionado pelas escolhas da OPEP para o próximo ano - mas continuo a pensar que esta forte pressão de venda é de curta duração e deverá inverter-se”, disse Johnston. Os analistas apontam uma série de razões para o declínio, incluindo um abrandamento da procura chinesa de petróleo à medida que as vendas de veículos elétricos aumentam, o grupo de produtores OPEP cortou a sua previsão para o crescimento da procura global de petróleo - marcando a sua segunda revisão consecutiva em baixa - e também preocupações com a recessão. CBC/MS

Mais despedimentos para os funcionários que trabalhavam no Ontario Science Centre

Mais trabalhadores do Ontario Science Centre (Centro de Ciência de Ontário) vão perder os seus empregos, uma vez que a atração do leste de Toronto, abruptamente encerrada, contempla a mudança para uma casa temporária, potencialmente numa cidade vizinha.

ODexterra Group, que prestava serviços de limpeza, enviou uma carta ao Ontario Public Service Employees Union na semana passada, informando que 28 empregados perderão os seus empregos até 31 de outubro. O centro de ciência rescindiu o seu contrato de prestação de serviços de limpeza com a Dexterra, o que desencadeou o aviso de despedimen-

to, segundo a empresa na carta, cuja cópia foi obtida pela The Canadian Press. “Estão de rastos”, disse Martin Fischer, presidente da Local 549 do OPSEU, que representa cerca de 500 trabalhadores do centro de ciência. “Com os planos para que o centro de ciência continue num novo local, eles queriam realmente fazer parte disso”. Um dos locais que está a ser considerado

para um centro de ciência temporário parece ser um centro de convenções em Mississauga, disse Dexterra ao sindicato. O centro de ciência, que fechou abruptamente ao público em junho, disse que o pessoal e as exposições tinham de sair das instalações até ao final de outubro. “Apreciamos sinceramente o trabalho árduo e a dedicação dos funcionários da Dexterra, alguns dos quais trabalham no Centro de Ciência há muitos anos”, escreveu a porta-voz do centro, Laura Berkenblit, num comunicado. “Reconhecendo que é da competência da Dexterra identificar novas funções para os empregados, esperamos que quaisquer transições possam ocorrer o mais rapidamente possível. A Dexterra não quis fazer comentários.

A Ministra das Infraestruturas, Kinga Surma, afirmou que o encerramento do centro de ciência se deveu a problemas estruturais no telhado, depois de uma empresa de engenharia externa ter encontrado problemas em alguns painéis que poderiam vacilar sob uma forte carga de neve. Os últimos despedimentos não são da competência do governo, uma vez que os funcionários trabalham para uma empresa independente, disse Ash Milton, porta-voz de Surma. “A nossa esperança é que qualquer impacto potencial no emprego do pessoal que trabalha para terceiros nas instalações do centro de ciências possa ser atenuado através de outras oportunidades dentro dessas organizações”, disse Milton. O encerramento do centro de ciências provocou a indignação da comunidade local, dos políticos e dos trabalhadores que criticaram a decisão de encerrar as instalações em vez de resolver os problemas estruturais do edifício envelhecido.

TIFF não vai retirar documentário polémico sobre soldados russos

O Festival Internacional de Cinema de Toronto afirma que não vai retirar da sua programação um documentário controverso sobre os soldados russos que lutam na Ucrânia, apesar dos protestos das autoridades ucranianas e de grupos comunitários que afirmam que o filme é propaganda.

Adeclaração do TIFF surge um dia depois de a emissora pública de Ontário TVO, que ajudou a financiar Russians at War, ter anunciado que já não apoiava o filme e que não o iria transmitir nos próximos meses, como planeado.

“Na nossa opinião, este filme não deve, de forma alguma, ser considerado propaganda russa”, afirmou o TIFF na quarta-feira (11), após dias de silêncio sobre o assunto. “Embora compreendamos as preocupações ex-

pressas por muitos, acreditamos, tal como o Festival de Cinema de Veneza e outros festivais internacionais que programaram o filme, que este documentário canadiano merece um lugar na nossa seleção”.

O Congresso Ucraniano Canadiano, que ajudou a organizar um protesto contra o filme em Toronto, disse estar desapontado com a posição do TIFF. “Ignoraram firmemente todas as cartas enviadas por nós, pelo governo ucraniano, pelos líderes da comunidade”, disse o diretor executivo da organização, Ihor Michalchyshyn, numa entrevista. “Penso que é bastante chocante que não estejam realmente a ouvir as preocupações que estão a receber.”

Em Russians at War, a realizadora canadiana e russa Anastasia Trofimova segue soldados e médicos na linha da frente da invasão russa da Ucrânia. Ao longo do do-

cumentário, alguns deles expressam dúvidas sobre a guerra e questionam o seu papel na mesma - mesmo quando continuam a seguir ordens e a afirmar o seu patriotismo.

O filme suscitou a ira daqueles que afirmam que a visão simpática dos soldados em dificuldades branqueia os crimes de guerra cometidos pelos militares russos na Ucrânia. Trofimova defendeu o seu trabalho dizendo que o filme é “anti-guerra” e que correu grandes riscos ao filmar sem autorização do governo russo.

O TIFF afirmou que, embora sinta e compreenda “profundamente” o sofrimento do povo ucraniano, “enquanto instituição cultural, defendemos o direito dos artistas e dos trabalhadores culturais a expressarem livremente comentários políticos justos e a oporem-se à censura”.

CBC/MS

Homem sikh foi barbeado sem consentimento no hospital de Brampton

Uma rede hospitalar do Ontário afirma que vai efetuar uma “análise exaustiva” de um incidente em que um doente idoso sikh foi barbeado, no mês passado, sem autorização do próprio ou da sua família e em violação dos seus princípios religiosos.

De acordo com a Organização Sikh Mundial do Canadá (WSO), uma organização sem fins lucrativos que representa os Sikhs no Canadá, o pessoal do Hospital Cívico de Brampton fez a barba a Joginder Singh Kaler, 85 anos, um doente que é um Sikh praticante, em 28 ou 29 de agosto “em violação dos seus princípios religiosos e da sua dignidade pessoal”. Kaler nunca tinha feito a barba ou cortado a barba antes deste incidente, segundo a organização.

A WSO disse que Kaler estava inconsciente e não podia dar o seu consentimento. O hospital contactou a família de Kaler para obter autorização para lhe fazer a barba, mas a família recusou o pedido.

O William Osler Health System afirmou numa declaração na quarta-feira (11) que está a levar a situação muito a sério. “Osler esforça-se por prestar cuidados seguros e compassivos a todos os doentes que serve e lamenta e preocupa-se profundamente quando não cumpre os padrões que os seus doentes e as suas famílias esperam e merecem”, afirmou o porta-voz Jim Schembri no comunicado. “Osler respeita os direitos e as liberdades religiosas de todos os canadianos e apoia um ambiente positivo, inclusivo e seguro, ao mesmo tempo que cuida da nossa comunidade e uns dos outros

com bondade, empatia e compreensão”, acrescentou. Schembri disse que não podia comentar sobre experiências individuais por respeito à privacidade dos pacientes, mas que a revisão do incidente estaria de acordo com os processos de revisão de qualidade do sistema de saúde.

A depilação ou a remoção de pêlos é uma violação das crenças dos sikhs praticantes, afirmou o WSO. O cabelo e a barba não tosquiados são um dos cinco artigos de fé dos sikhs batizados.

Num comunicado de imprensa, a WSO disse que escreveu ao Dr. Frank Martino, Diretor Executivo do Sistema de Saúde William Osler, para expressar o seu choque e indignação pelo “incidente preocupante”.

CBC/MS
Credito: Evan Mitsui/CBC

Espanha Sánchez recebeu González Urrutia na sede do Governo de Espanha

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, recebeu em Madrid, na sede do Governo, o político e dirigente da oposição venezuelana Edmundo González Urrutia e garantiu que continua a trabalhar "em defesa da democracia e do diálogo" na Venezuela.

O encontro entre Sánchez e González Urrutia foi divulgado nas redes sociais do próprio primeiro-ministro de Espanha, numa publicação em que dá as boas-vindas ao candidato da oposição nas eleições venezuelanas de julho passado e que inclui um vídeo com imagens dos dois a passearem e a conversarem nos jardins do Palácio da Moncloa, a sede do governo espanhol. No pequeno texto que acompanha o vídeo, Sánchez diz que Espanha acolhe González Urrutia "demonstrando o compromisso humanitário e a solidariedade" dos espanhóis com os venezuelanos. "Espanha continua a trabalhar em defesa da democracia, o diálogo e os direitos fundamentais do povo irmão da Venezuela", acrescenta.

Este encontro ocorre depois de o parlamento espanhol ter aprovado uma recomendação ao Governo para reconhecer Gonzalez Urrutia como presidente eleito da

Singapura

Venezuela, como já fizeram outros países que contestam a anunciada vitória e reeleição de Nicolás Maduro. No mesmo dia, e em resposta à resolução aprovada pelos deputados espanhóis, o parlamento venezuelano ameaçou aprovar uma recomendação para o corte das relações diplomáticas e comerciais com Espanha.

A recomendação do parlamento espanhol foi aprovada por três partidos da oposição de direita e extrema-direita (Partido Popular, Vox e Partido Nacionalista Basco). O Governo, liderado pelos socialistas, já disse que não reconhecerá, para já, González Urrutia presidente eleito da Venezuela. Sánchez justificou esta semana que Espanha continua a trabalhar no seio da União Europeia para manter "uma margem de mediação" na Venezuela, com o objetivo de encontrar uma saída que respeite "a vontade democrática" manifestada nas eleições de julho.

O líder do Governo espanhol explicou que o objetivo é manter essa "margem de mediação" até ao final do ano e referiu que, neste momento, Espanha não reconhecerá Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições presidenciais da Venezuela.

JN/MS

Papa apela em Singapura para "proteção da dignidade"

de trabalhadores migrantes

O Papa apelou, na quinta-feira (12), em Singapura, para a "proteção da dignidade" dos trabalhadores migrantes e a "garantia de um salário justo", num discurso diante das autoridades da cidade-Estado, última paragem da viagem de Francisco na região Ásia-Pacífico.

"Gostaria que fosse dada uma atenção especial aos pobres, aos idosos (...) e à proteção da dignidade dos trabalhadores migrantes, que tanto contribuem para a construção da sociedade e a quem deve ser garantido um salário justo", declarou o Papa Francisco.

A Organização Internacional do Trabalho estima que existam 170 milhões de trabalhadores migrantes no mundo, o que representa cerca de 5% da população ativa global. A mão-de-obra barata desempenhou um papel fundamental no rápido desenvolvimento de metrópoles ultramodernas como Dubai, Doha e Singapura. Singapura alberga mais de 300 mil trabalhadores migrantes, na maioria do Bangladesh, da Índia e da China, que contribuem, com magros salários, para a construção de imponentes arranha-céus e vastas infraestruturas da cidade-Estado. Grupos de defesa dos direitos humanos têm denunciado o tratamento que dado pelas autoridades e apelado para a melhoria das condições de vida, para evitar qualquer forma de exploração. Desde que foi eleito em 2013, o Papa tem sido um fervoroso defensor dos direitos dos migrantes e refugiados, multiplicando os apelos para melhores condições de vida. Francisco, de 87 anos, chegou na quarta-feira (11) ao território de seis milhões de habitantes, quarta e última paragem da viagem pelo Sudeste Asiático e Oceânia. No primeiro discurso, proferido diante de um milhar de pessoas na Universidade Nacional de Singapura, o Papa, muitas vezes crítico do neoliberalismo, homenageou

também o "espírito empreendedor perspicaz" do centro financeiro, com a "floresta de arranha-céus ultramodernos que parecem surgir do mar". No entanto, sublinhou a importância de uma sociedade baseada na "justiça social" e no "bem comum", pedindo aos dirigentes para que "prossigam estes esforços", para "melhorar as condições de vida dos cidadãos através de políticas públicas de habitação, educação de qualidade e um sistema de saúde eficiente".

Já o presidente singapuriano, Tharman Shanmugaratnam, notou, durante a sessão na Universidade Nacional de Singapura, que "a ordem global está a enfraquecer", os "conflitos e agressões não cessam" e "as alterações climáticas estão a acelerar". O Papa é "uma voz global apaixonada contra a guerra", disse. "Ele convida-nos constantemente a trabalhar para promover a harmonia e o diálogo entre diferentes grupos e religiões", acrescentou.

Credito: JN

Xi Jinping visita Rússia em outubro para participar na cimeira do grupo BRICS

O presidente chinês, Xi Jinping, vai participar na cimeira do bloco de economias emergentes Brics em Kazan, na Rússia, em outubro, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi.

Ochefe da diplomacia chinesa confirmou a participação de Xi na cimeira, durante uma reunião em São Petersburgo com o presidente russo, Vladimir Putin. "O presidente Xi tem o prazer de aceitar o seu convite", disse Wang a Putin, segundo imagens divulgadas pela imprensa russa. "Nesta ocasião, os dois chefes de Estado vão manter novas conversações estratégicas", acrescentou, sublinhando o facto de os dois líderes terem "estabelecido uma sólida confiança mútua e uma profunda amizade".

Putin já tinha indicado que esperava a participação do homólogo chinês na cimeira. Os dois homens são parceiros próximos e encontraram-se por várias vezes ao longo dos anos para demonstrar a "amizade ilimitada" entre os dois países, que se tornou ainda mais forte desde a ofensiva russa na Ucrânia. Moscovo e Pequim acusam conjuntamente os Estados Unidos da América

China

Ministro

de manter a sua hegemonia nos assuntos internacionais. Vladimir Putin visitou Pequim em maio passado para conversações com Xi Jinping.

A China apresenta-se como neutra no conflito na Ucrânia e afirma que não está a fornecer armas a nenhum dos lados. Mas norte-americanos e europeus acusam-na regularmente de oferecer à Rússia, que é alvo de grandes sanções ocidentais, um apoio económico crucial para o seu esforço de guerra.

A cimeira dos Brics também deverá acolher outro parceiro próximo de Putin e rival regional de Pequim, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que já visitou a Rússia em julho. Com quatro membros (Brasil, China, Índia e Rússia) quando foi criado em 2009, o bloco Brics recebeu a adesão da África do Sul em 2010 e foi alargado este ano para incluir vários outros países emergentes, incluindo o Egito e o Irão. A Turquia, membro da NATO com relações por vezes tensas com os seus aliados ocidentais, anunciou no início de setembro que pediu para aderir ao bloco.

JN/MS

do Comércio chinês visita Europa para discutir taxas sobre carros elétricos

O ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, vai deslocar-se na próxima semana à Europa para discutir as tarifas impostas por Bruxelas sobre veículos elétricos provenientes da China, após uma investigação aos subsídios concedidos por Pequim aos fabricantes.

Oporta-voz do ministério, He Yongqian, disse em conferência de imprensa que Wang vai encontrar-se com Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo e comissário de comércio da Comissão Europeia, no dia 19 de setembro, para discutir a questão. "As informações sobre a visita e o andamento das negociações serão divulgadas oportunamente", disse o porta-voz.

A tensão comercial entre China e União Europeia (UE) tem vindo a aumentar. No mês passado, a China anunciou a abertura de uma investigação sobre os subsídios

atribuídos pela UE aos produtores de laticínios. A decisão surgiu um dia após a UE ter fixado a taxa de importação de veículos elétricos chineses em 36,3%.

Bruxelas considera que os preços dos veículos chineses são artificialmente baixos devido a subsídios estatais que distorcem o mercado e prejudicam a competitividade dos fabricantes europeus.

Pequim já tinha anunciado, em janeiro, que estava a investigar uma alegada infração à concorrência envolvendo bebidas espirituosas, como o conhaque, importadas da UE. Em junho, lançou igualmente um inquérito antidumping sobre as importações de carne de porco e de produtos à base de carne de porco provenientes da União Europeia, principalmente produzidos em Espanha, França, Países Baixos e Dinamarca.

"e respeita esse exercício legítimo e livre de opinião no espaço público".

"O Governo não comenta especificamente o respetivo conteúdo e reconhece que se trata de matéria que é extraordinariamente complexa. A análise realizada confirma essa enorme complexidade em aspetos jurídico-constitucionais, deontológicos, técnicos e operacionais", acrescenta-se.

O Governo recorda que "estão pendentes no Tribunal Constitucional dois pedidos de fiscalização abstrata sucessiva da constitucionalidade da lei sobre a morte medicamente assistida", um da autoria de um conjunto de deputados do PSD e outro da Provedora de Justiça.

Governo aguarda decisões do Constitucional sobre a lei da eutanásia

O Governo diz aguardar as conclusões do Tribunal Constitucional sobre dois pedidos de fiscalização sucessiva do diploma da eutanásia, antes de tomar qualquer ação sobre a lei, e recorda que o anterior executivo PS não a regulamentou.

EEutanásia Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo

promulga

m resposta a perguntas da Lusa no dia em que foi publicada uma carta aberta subscrita por mais de 250 personalidades a exigir a regulamentação da lei da eutanásia, fonte oficial da Presidência do Conselho de Ministros (PCM) refere que o Governo teve conhecimento do manifesto

"Esses pedidos colocam seríssimas dúvidas de constitucionalidade e sobre o sentido de vários conceitos legais, pelo que os respetivos processos poderão permitir que o Tribunal Constitucional se pronuncie sobre essas dúvidas de constitucionalidade, bem como sobre a interpretação conforme à Constituição de vários dos conceitos jurídicos e operativos, cuja elucidação é indispensável para qualquer ação subsequente", defende.

O Governo refere que, aguardando-se uma decisão judicial do TC (os pedidos entraram em novembro de 2023 e março de 2024) e "em linha com os compromissos públicos afirmados no período pré-eleitoral" o executivo irá aguardar "atentamente as conclusões do Tribunal Constitucional sobre a constitucionalidade e a interpretação dos conceitos fundamentais da lei sobre a morte medicamente assistida".

O ex-primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, o ex-presidente do PSD Rui Rio, os sociais-democratas André Coelho Lima e Teresa Leal Coelho, o atual e ex-líder da IL, Rui Rocha e João Cotrim Figueiredo, bem como a líder parlamentar liberal, Mariana Leitão, a socialista Isabel Moreira, os bloquistas Francisco Louçã, Catarina Martins e José Manuel Pureza, Rui Tavares (Livre), Inês Sousa Real (PAN) e Heloísa Apolónia (PEV) são alguns dos signatários da carta aberta, divulgada no jornal Público. Os subscritores, em que se incluem também os ex-candidatos presidenciais Ana Gomes e António Sampaio da Nóvoa, consideram que "não há razão para que a lei não seja regulamentada e aplicada", depois de ter sido publicada em maio de 2023.

A lei da eutanásia foi promulgada em 16 de maio de 2023 pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mas aguarda ainda regulamentação.

O diploma resultou do quarto decreto aprovado pelo Parlamento para despenalizar a morte medicamente assistida em determinadas condições, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter enviado o primeiro decreto para o Tribunal Constitucional, em fevereiro de 2021, vetado o segundo, em novembro do mesmo ano, e enviado o terceiro também para fiscalização preventiva, em janeiro.

novo concurso extraordinário e apoio a professores deslocados

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma do Governo para a criação de um regime excecional e temporário para recrutamento de professores e um apoio financeiro aos professores deslocados.

Apromulgação foi anunciada no site da Presidência da República, um dia após as medidas terem sido aprovadas em Conselho de Ministros. As duas medidas, que já tinham sido anunciadas, estiveram a ser negociadas com os sindicatos que representam os professores e procuram dar resposta ao problema da falta

Vacinação

de docentes, que afeta sobretudo as escolas das zonas da Grande Lisboa e Algarve.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, o novo concurso extraordinário visa recrutar docentes "da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, a realizar no ano letivo 2024-2025, para satisfação das necessidades permanentes desses agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas".

O concurso, que o Governo antecipa que possa ficar concluído até novembro, procura resolver as falhas identificadas no concurso de vinculação extraordinário realizado pelo anterior executivo, que dei-

xou três mil horários sem professor atribuído, 19 mil professores sem colocação e 1600 professores sem horário.

Poderão candidatar-se apenas os professores contratados, deixando de fora aqueles que já entraram para os quadros do Ministério da Educação, mas, ao contrário dos anteriores, o novo concurso é alargado aos docentes com habilitação própria, ou seja, sem a habilitação profissional necessária para integrarem a carreira docente e que implica um mestrado em Ensino.

Já o apoio financeiro aos professores deslocados e colocados em escolas carenciadas a mais de 70 quilómetros da sua re-

sidência, independentemente do grupo de recrutamento, varia entre 150 e 450 euros, em função da distância entre escola e residência.

O subsídio será pago a 11 meses e vai desde 150 euros para os docentes colocados a mais de 70 quilómetros, 300 euros para os colocados a mais de 200 quilómetros e 450 euros para aqueles que estiverem a mais de 300 quilómetros de casa.

De acordo com o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, a medida terá um custo anual estimado de 10 milhões de euros.

JN/MS

Farmácias recebem três euros por cada vacina administrada contra a covid-19 e a gripe

As farmácias vão receber três euros por cada vacina administrada contra a covid-19 e a gripe, segundo uma portaria publicada em Diário da República. Assinada pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e pela secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, a portaria define os termos e as condições da prestação de serviços de intervenção em saúde pública por parte das farmácias de oficina na Campanha de Vacinação Sazonal do Outono-Inverno 2024-2025, bem como a respetiva remuneração. "Pelo serviço de administração de cada vacina, no âmbito da campanha de vacinação prevista na presente portaria, e tendo em consideração o registo efetuado na Plataforma Nacional de Registo e Gestão da Vacinação - VACINAS com indicação do lote da vacina administrada, a farmácia de oficina é remunerada em três euros”, lê-se no diploma.

Aportaria prevê a atribuição de um valor complementar de 0,11 euros, destinado a compensar os custos inerentes à gestão de resíduos, desde que seja assegurada uma taxa máxima de inutilização de doses de vacinas (1,5%), correspondente àquela que é igualmente assegurada no contexto das entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo a portaria, os valores da remuneração estão isentos de IVA, sendo que a despesa relativa à remuneração das farmácias é suportada por verbas inscritas no orçamento da Administração Central do Serviço de Saúde, cabendo a esta assegurar as transferências necessárias para que as Unidades Locais de Saúde (ULS) efetuem o respetivo pagamento.

A faturação pelas farmácias da remuneração prevista e o respetivo pagamento pelo Serviço Nacional de Saúde efetuam-se, até ao limite do valor que se encontra orçamentado, nos mesmos termos, prazos

e condições da faturação e pagamento das comparticipações nos preços dos medicamentos, de acordo com a legislação em vigor.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) revelou à agência Lusa que foram adquiridas 2,1 milhões de vacinas contra a covid-19 e 2,5 milhões de vacinas contra a gripe para Portugal Continental (2,1 milhões dose padrão e 360 mil vacinas de dose elevada), sem indicar o valor do investimento.

Este ano, a vacinação contra a gripe com dose reforçada é alargada às pessoas com 85 ou mais anos de idade, para além das pessoas residentes em lares de idosos, similares e rede nacional de cuidados continuados integrados (RNCCI). A campanha de vacinação sazonal do outono-inverno de 2024-2025 começa no dia 20 de setembro.

JN/MS

JN/MS

Saúde

Sindicatos de enfermeiros recusam contraproposta do Governo e mantêm reivindicação salarial

A plataforma que reúne cinco sindicatos de enfermeiros recusou a contraposta de valorização salarial apresentada hoje pelo Governo, mantendo a reivindicação de aumento de duas posições remuneratórias para todos os profissionais de enfermagem.

"Nenhuma das cinco estruturas que estão aqui representadas sente-se completamente satisfeita com aquilo que foi apresentado" na reunião negocial que decorreu esta quinta-feira com o Ministério da Saúde, adiantou à Lusa o presidente do Sindicato dos Enfermeiros (SE).

Segundo Pedro Costa, perante a recusa da contraposta apresentada nas negociações de hoje, a plataforma sindical - que junta o SE, o Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU), o Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE), o Sindicato Independente Profissionais Enfermagem (SIPENF) e o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) - pretende agendar uma nova reunião já para a próxima semana.

"O que nós propusemos era duas posições remuneratórias da tabela da carreira de enfermagem divididas em três anos. O que nos está a ser proposto agora é uma po-

Cibercrime

sição remuneratória e meia em três anos.

Não aceitamos isso", referiu o dirigente sindical.

"Não abdicamos dessa posição", garantiu Pedro Costa, ao avançar que o ministério de Ana Paula Martins ficou de "analisar a proposta para 2026 e 2027".

A reunião de hoje decorreu depois de na

última ronda negocial, no final de julho, o Governo ter retirado a sua proposta de aumento de 52 euros para os enfermeiros que entravam, pela primeira vez, em cada uma das categorias.

Face a esta evolução nas negociações, o presidente do SE considerou que já foi possível dar "um salto gigante em relação à última reunião", tendo em conta que a contraproposta hoje apresentada pelo Governo representa uma valorização salarial de cerca de 200 euros. "Há possibilidade de uma aproximação numa altura em que os enfermeiros vão ser necessários para o plano de inverno, em que vamos começar com a vacinação, é preciso mostrar um sinal de força", salientou Pedro Costa.

Também em declarações à Lusa, a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Guadalupe Simões, disse que a estrutura sindical tinha marcada uma reunião para hoje, mas que foi adiada pelo Ministério da Saúde para a próxima semana, sem indicar ainda a data, alegando que "ainda estava a trabalhar no processo".

Guadalupe Simões adiantou que o SEP estava à espera que fosse apresentado na reunião adiada uma proposta que valorize a grelha salarial dos enfermeiros.

Segundo a dirigente sindical, a proposta deve valorizar o início da grelha na categoria de enfermeiro e de enfermeiro-especialista e todas as posições remuneratórias de todas as categorias. O SEP tem agendada uma greve para 24 e 25 de setembro e uma concentração para 25.

JN/MS

Gabinete da PGR realça "enorme multiplicação" nas denúncias de cibercrime em 2023

O Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu quase 3000 denúncias em 2023, mais 37% do que no ano anterior, com destaque para as burlas informáticas "olá mãe, olá pai" e falsas cobranças de dívidas a empresas.

Anota informativa hoje divulgada na página de Internet da PGR aponta para 2916 denúncias recebidas em 2023, quando no ano 2022 tinham existido 2124, e sublinha que "este é um fenómeno em permanente e claríssima expansão, continuando a observar-se, de ano para ano, uma enorme multiplicação das denúncias recebidas".

De acordo com os dados apresentados, em 2016, no primeiro ano do qual há registos, houve apenas 108 denúncias. Em 2020 já foram feitas 544 denúncias e, se se mantiver a trajetória de crescimento, em 2024 já haverá mais de 3000 denúncias, uma vez que o próprio relatório indica um maior volume de comunicações recebidas no último trimestre do ano passado, antecipando a continuidade do crescimento.

"Não se trata somente de um maior número de denúncias, de ano para ano. Há claros sinais de persistente aumento das denúncias, reveladores de crescimento contínuo e regular do fenómeno", pode ler-se no documento, que, apesar de realçar o impacto da covid-19 neste tipo de criminalidade, sustenta que a "tendência crescente afigura-se constante e consistente, alheia ao esbatimento da pandemia".

O departamento do Ministério Público (MP) especializado na criminalidade informática estabelece inclusivamente uma

comparação com o aumento da criminalidade em geral no país de 2022 para 2023 e nota que a subida aqui foi somente de 8,2%. No entanto, destaca também a existência de 856 denúncias consideradas demasiado

vagas, o que levou este gabinete a considerar verdadeiramente concretas 2060 denúncias.

"O ano de 2023 foi marcado pela enorme expansão de fenómenos criminais de "mas-

sas", isto é, de campanhas criminosas específicas, desenvolvidas por grupos de crime organizado que se dirigiram simultaneamente a inúmeras vítimas", refere a nota, que indica que as burlas por mensagens "olá mãe, olá pai" (227 denúncias, 11,02%) ou de pagamento de falsas dívidas a empresas (381 denúncias, 18,49%) representaram conjuntamente 29,51% das denúncias. Já o "phishing", que visa obter indevidamente o acesso a dados de cartões ou contas bancárias, contribuiu com 326 denúncias (16,09%) em 2023, com o Gabinete Cibercrime a admitir que a "generalidade dos bancos portugueses (ou melhor, os seus clientes) foram alvos deste tipo de iniciativas criminosas".

A nota salienta ainda a "extraordinária dimensão" das burlas em compras online, além do seu impacto económico, estando muitas vezes subdimensionadas. "Trata-se de uma criminalidade que alimentará as chamadas cifras negras: por um lado, porventura por vergonha, muitos lesados preferem assumir e esquecer o prejuízo que tiveram; por outro, alguns lesados não denunciam a burla por não terem expetativa na recuperação do valor perdido", lê-se. São ainda evidenciadas neste documento as denúncias relativas a páginas de Internet falsas, propostas fraudulentas de trabalho online, burlas no mercado imobiliário, fraudes na utilização de plataformas de vendas online e em aplicações de pagamentos, burlas de investimento em criptomoedas, falsas convocatórias para entidades policiais, ataques informáticos e tentativas de extorsão por divulgação de imagens íntimas.

Credito: JN
Credito: JN

Madalena Balça / David Ganhão. Fotos: Enerson da Silva

Aconteceu na Casa do Alentejo, no dia consagrado à celebração dos avós na América do Norte, o segundo domingo de setembro – foi apresentado o livro “Avós e Netos, Uma viagem de afetos”. Trata-se de mais uma iniciativa das escritoras Manuela Marujo e Aida Batista. Este já é o terceiro livro que organizam sobre esta temática, estimulando avós e netos a escreverem sobre os seus sentimentos uns pelos outros, dando-lhes assim a oportunidade de participarem numa obra marcada por relatos emotivos, divertidos e alguns mais tristes. A sala da Casa do Alentejo foi palco para apresentação do livro e a tarde encheu-se de pequenos recortes dos textos escritos pelos 10 avós ou netos residentes na Grande Área de Toronto e que puderam marcar presença no momento do lançamento do livro.

Manuela Marujo, para além de organizadora desta obra com um tema que considera inesgotável, deixou no seu texto publicado neste livro uma inquietação que acompanha a sua condição de avó imigrante.

“Eu interesso me particularmente pela situação do avô e da avó imigrante que enfrentam os mesmos desafios, que enfrentam os outros avós, mas também mais alguns. É que nós gostaríamos imenso de passar a nossa língua portuguesa aos nossos netos, mas enfrentamos tantos obstáculos que, a certa altura, é uma amargura, não é? É um desafio muito grande. Os netos crescem e estabelecem uma relação com os avós, que não tem nada a ver com a língua, mas tem tudo a ver, simplesmente, com o amor e toda a gratidão de ter um avô ou ter uma avó que tomou conta deles ou que cuida deles. E eu encontrei entre alunos universitários, alunos que não sabiam uma palavra de português, mas os sentimentos para o avô ou para a avó são iguaizinhos aos sentimentos dos outros.”

A Cônsul-Geral de Portugal, Ana Luísa Riquito, refletiu sobre o desafio de se estabelecer a comunicação em português, entre avós e netos que residem fora de Portugal.

“É um desafio que talvez deste lado do Atlântico tenha uma magnitude maior do que assumiu na Europa, porque o inglês, como língua franca do final do século XX e do século XXI, é realmente muito hegemónico. E as famílias não valorizaram uma educação bilíngue. Mas eu não imputo essa evolução às famílias, mas antes ao próprio sistema socioeconómico do país de acolhimento e ao próprio sistema escolar. É muito confortável ter filhos e netos de comunidades imigrantes que apenas dominam uma língua e que são preferencialmente destinados a carreiras escolares relativamente modestas. Isso está a modificar-se, mas penso que essa é uma das razões pelas quais o português não se manteve. Era necessário arranjar um modo de vida, um modo de vida que permitisse o sustento material. E isso era menos compatível com o cultivar uma segunda língua.”

Clara Abreu, uma das avós que aceitou o desafio de escrever sobre os seus cinco netos, estava particularmente satisfeita por ter correspondido ao convite e explicou-nos porquê.

“Foi muito interessante porque já tinha sido convidada para participar noutros livros, mas por um motivo ou outro, não tinha sido possível. Desta vez fiz um esforço, até porque acho que é uma memória que fica interessante para os meus netos lerem um dia. Um dia, pus mãos à obra e fui deixando falar o coração que, ao fim ao cabo, é a linguagem mais comum nas avós, não é? Era a linguagem da minha avó, da minha bisavó, de uma outra avó também. E, portanto, é a linguagem que eu gosto de ter com eles. Com alguns agora já só mais em inglês... lá misturo umas palavrinhas em português e assim, de certa forma, eles lá vão palmilhando e entrando um bocadinho na nossa língua portuguesa. Agrada-me muito o papel de avó. Tenho pena de não ter sido até mais cedo, mas de qualquer das formas, ainda tenho um bocadinho de energia para lhes dar e, sobretudo, muito carinho e muito amor também.”

Manuel da Costa, que também deixou nesta obra o seu testemunho, mostrou-se particularmente satisfeito com a tarde passada na Casa do Alentejo e disse-nos porquê.

“Este é um exemplo de encontros, desta vez literários, em que se veem cá crianças. É muito importante que isto aconteça. Nós temos que olhar para o futuro e trazer crianças, envolvê-las, expô-las a estas coisas. Talvez assim ganhem um pouco de interesse pela cultura portuguesa. Neste caso, acho que o mais importante é mesmo esta interação entre os avós, os netos e os pais. Eventos como este transformam-se numa espécie de extensão do que eles têm em casa, mas uma tarde como esta mostra-lhes como as suas vivências e a sua maior ou menor dificuldade em estabelecer a comunicação em português entre si, é comum a outras famílias. Há mais avós a sentirem essa frustração, há mais crianças e jovens a sentir a mesma dificuldade com o português. É muito importante que percebam que esta situação não é exclusiva da sua casa, da sua família, que há outras pessoas a sentirem o mesmo. Eu penso que isso é muito importante.”

ÁFRICA

Presidente da Argélia reeleito com 94% dos votos

O Presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, venceu as eleições presidenciais com 94% dos votos, renovando assim o mandato à frente desta nação do norte de África, anunciou a Autoridade Eleitoral Nacional Independente.

Num resultado que não causou surpresa, a autoridade eleitoral independente indicou ainda que 3% dos votos foram para o islâmico Hassani Cherif e 2,1% para o socialista Youcef Aouchiche. De acordo com os números oficiais da votação, citados pela agência norte-americana Associated Press (AP), dos 24 milhões de eleitores, menos de 6 milhões exerceram o seu direito de voto, repetindo a fraca

Atleta

olímpica

afluência às urnas que causou dúvidas sobre o apoio popular a Abdelmadjid Tebboune no último mandato.

Segundo os números citados pela AP, o resultado de Tebboune ficou acima dos 87% que Vladimir Putin obteve nas eleições de março e dos 92% que Ilham Aliyev recebeu na votação de fevereiro no Azerbaijão. Na Rússia e na Argélia não foi permitida a entrada de observadores internacionais, enquanto no Azerbaijão os observadores foram presos. Rica em gás, a Argélia é o maior país africano em área e com quase 45 milhões de pessoas.

OB/MS

Número de migrantes mortos em

naufrágio no Senegal sobe para 36

O número de migrantes mortos num naufrágio no Senegal aumentou para 36. Este é ainda um número provisório uma vez que prosseguem as operações de busca no mar, por parte da Marinha Nacional senegalesa. "Os sobreviventes tiveram alta e o hospital está a proceder à identificação dos corpos com a polícia", adiantou a Marinha Nacional à agência pública de notícias senegalesa APS.

Obarco precário, que transportava cerca de 100 pessoas, entre homens, mulheres e crianças, deixou as costas de Mbour por volta das 16:00 GMT de domingo (8), disse Thiernou Fara, chefe da equipa que supervisionou a busca de sobreviventes no domingo (8) à noite. Minutos após a partida, o barco teve um problema técnico que o fez naufragar após apenas quatro quilómetros de navegação.

Este naufrágio ocorreu ao largo da costa de Mbour, apenas dois dias depois de

a Marinha senegalesa ter intercetado, na mesma cidade e na foz do rio Senegal, em Saint-Louis (norte), duas canoas que transportavam 276 migrantes.

O Senegal, país que faz fronteira com a lusófona Guiné-Bissau, é um dos principais pontos de partida de milhares de africanos que, desde há anos, tomam a perigosa rota atlântica para tentar chegar à Europa, principalmente através do arquipélago espanhol das Canárias, a bordo de embarcações sobrecarregadas e muitas vezes em mau estado. Muitos partem do grande porto de pesca de Mbour. Nos últimos anos, milhares de pessoas morreram a tentar chegar à Europa por este meio.

Mais de 22.000 migrantes desembarcaram nas Canárias desde o início do ano, mais do dobro do número registado no ano anterior.

ugandesa morre em ataque de violência doméstica

A atleta ugandesa Rebecca Cheptegei, de 33 anos, que participou na maratona feminina nos Jogos Olímpicos de Paris, morreu depois de ter sido vítima de um ataque, pelo companheiro, no qual ficou com cerca de 80% do corpo queimado.

Segundo um porta-voz do hospital, a maratonista estava totalmente sedada quando deu entrada no hospital da cidade de Eldoret, e morreu após a falência dos órgãos.

De acordo com as autoridades, o companheiro de Cheptegei, Dickson Ndiema, comprou uma lata de gasolina, derramou-a sobre a atleta e ateou-lhe fogo durante um desentendimento. Ndiema também ficou queimado durante o ataque e estava a ser tratado na unidade de cuidados intensivos do mesmo hospital. O agressor tem quei-

maduras em 30% do corpo, mas estava "a melhorar e estável".

Num relatório apresentado pelas autoridades locais, consta que foi ouvida uma discussão entre ambos sobre o terreno onde a sua casa foi construída antes do ataque. A Federação de Atletismo do Uganda declarou estar "profundamente triste" com o falecimento de Cheptegei, "que foi tragicamente vítima de violência doméstica". O presidente do Comité Olímpico do Uganda, Donald Rukare, considerou o ataque "um ato de cobardia e sem sentido, que levou à perda de uma grande atleta". EN/MS

Vinte líderes africanos marcam presença no Fórum de Cooperação China-África

No total, 25 dirigentes de países africanos marcam presença no Fórum de Cooperação China-África, de acordo com uma contagem da agência AFP.

Ofórum começou com uma fotografia de grupo e um grande jantar de boas-vindas. No dia seguinte, o presidente chinês, Xi Jinping, fez o seu discurso. De acordo com Pequim, a cimeira é o maior evento diplomático organizado na capital chinesa desde a pandemia de Covid-19.

A China é a segunda maior economia mundial e o principal parceiro comercial

do continente africano, com trocas bilaterais no valor de 167,8 mil milhões de dólares (151,8 mil milhões de euros) no primeiro semestre de 2024. Os dados são dos meios de comunicação oficiais chineses. Nas últimas duas décadas, a China enviou centenas de milhares de operários e engenheiros para África para construir grandes projetos, garantindo um acesso privilegiado aos múltiplos recursos naturais africanos, nomeadamente cobre, ouro e lítio.

Se, por um lado, os empréstimos dos bancos públicos chineses permitiram financiar infraestruturas destinadas a impulsionar o crescimento africano, por ou-

tro também contribuíram para o aumento do endividamento de alguns países.

O montante dos empréstimos concedidos pela China aos países africanos no ano passado - 4,61 mil milhões de dólares - registou uma queda acentuada em comparação com os picos atingidos em 2016, quando ascendiam a quase 30 mil milhões de dólares (27 mil milhões de euros). Analistas justificam a redução dos investimentos em África com a atual desaceleração económica na China.

Esta semana a imprensa chinesa dava conta que Xi Jinping era "um verdadeiro amigo de África", evidenciando os laços

entre Pequim e o continente, que atingiram "novos patamares" desde que assumiu o poder. Mesmo antes do arranque oficial do Fórum de Cooperação China-África, o presidente chinês teve reuniões individuais, em Pequim, com uma dezena de líderes africanos.

A cimeira acontece num contexto de crescente concorrência entre os Estados Unidos da América e a China em África, tanto em termos de influência política como de acesso aos recursos naturais.

NM/MS
Credito:

Móveis do Alvorada: governo Lula é condenado a pagar

R$ 15 mil em indenização a Bolsonaro e Michelle

A 17ª Vara Federal no Distrito Federal condenou o governo Lula a pagar R$ 15 mil em indenização por danos morais ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no caso envolvendo o suposto sumiço e a posterior localização de móveis do Palácio da Alvorada.

Adecisão, assinada pelo juiz Diego Câmara, é desta segunda-feira (9). A Advocacia Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão.

Em 2023, no início do mandato, o presidente Lula afirmou, sem apresentar provas, que os ex-ocupantes do Alvorada haviam “levado tudo” — palavras usadas pelo presidente. Os móveis que teriam sumido foram encontrados no fim daquele ano.

Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou que uma comissão de inventário, que realiza o levantamento

dos bens da Presidência da República, fez a listagem dos bens:

• em novembro de 2022, quando houve início da conferência dos móveis, 261 bens não haviam sido localizados;

• foi realizada uma nova conferência no início de 2023, onde se constatou a ausência de 83 itens;

• com a finalização do trabalho da comissão, em setembro de 2023, a comissão localizou todos os bens em "dependências diversas da residência oficial".

Em setembro do mesmo ano, os objetos foram localizados pela Presidência da República. As informações foram divulgadas pelo jornal "Folha de S.Paulo" com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).

Mulher condenada por racismo contra a filha de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

Em 2017, Dayane Alcântara Couto de Andrade fez comentários racistas contra a filha adotiva dos atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso. A denúncia foi formalizada em 2021 e a influenciadora brasileira foi agora condenada a “oito anos e nove meses de prisão em regime fechado”.

Emocionada e agradecida, Giovanna Ewbank partilhou um longo texto onde falou sobre a condenação da influenciadora brasileira Dayane Alcântara Couto de Andrade, conhecida por Day McCarthy, após comentários racistas à filha mais velha, Chissomo, a Títi, de apenas 11 anos.

“Quando nossa filha Chissomo tinha apenas quatro anos, em 2017, foi alvo pela primeira vez do racismo. Títi, como vocês conhecem, nem sabia que poderia ser vítima assim como ocorre com todas as crianças pretas”, escreveu a atriz.

“O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas – aqui, às vezes o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmensurado. Demos voz aos idiotas?”, acrescentou, explicando que “mesmo com todos os privilégios, o caminho foi

longo”, visto que só conseguiram avançar com a denúncia em maio de 2021.

“E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? Oito anos e nove meses de prisão em regime fechado”, revelou.

“Esta é a primeira vez que, em reposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e esta ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo a redução. E assim esperamos e seguiremos confiantes na justiça”, acrescentou, salientando que foi uma vitória “coletiva e de toda uma comunidade”.

“A comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar”, rematou.

Tití é a mais velha dos irmãos. Giovanna Ewbank, de 37 anos, e Bruno Gagliasso, de 42, são também pais adotivos de Bless, de nove anos, e biológicos do pequeno Zayn, de quatro.

BRASIL

Após divórcio, cachorro recebe direito a pensão alimentícia para tratamento de doença

Uma moradora de Conselheiro Lafaiete, na Região Central do estado, conseguiu o direito de receber uma pensão alimentícia provisória, equivalente a 30% do salário mínimo, para o cachorro que criava com o ex-marido. A quantia, de R$ 423,60, será destinada ao tratamento das doenças que o cão tem.

Ao acionar a Justiça, a mulher disse que não teve filhos e adquiriu o animal durante o casamento. Desde a separação, ele vive sob a tutela dela e sofre de insuficiência pancreática exócrina, condição que compromete o pâncreas e demanda inúmeros cuidados.

Após analisar o caso, o juiz da 1ª Vara Cível da Comarca de Conselheiro Lafaiete, Espagner Wallysen Vaz Leite, argumentou que trata-se de uma relação familiar multiespécie, conforme definição do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). O conceito caracteriza o vínculo afetivo entre uma família humana e um animal de estimação.

Para subsidiar o pedido, a tutora anexou vídeos, fotos e documentos no processo. Nos exames apresentados ao juízo, o nome do réu está registrado como cliente e proprietário do cachorro.

G1/MS

Suzane von Richthofen presta concurso para ingressar como servidora no Tribunal de Justiça de São Paulo

Condenada a 40 anos de prisão por ter matado os próprios pais em 2002, a estudante de Direito Suzane Louise Magnani Muniz, ex-Richthofen, de 41 anos, quer trabalhar no Poder Judiciário. Ela prestou concursono último domingo para tentar ingressar no quadro de funcionários do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Como tem apenas o ensino médio completo, a assassina se inscreveu para o cargo de escrevente, cujo salário mensal é de R$ 6.043.

No momento da inscrição, Suzane pediu para ser lotada em Bragança Paulista, caso seja aprovada. Isso significa que, como funcionária pública, elapoderia consultar e até movimentar seu processo de execução penal a qualquer momento do expediente.

Ao todo, o concurso contou com 1.335 inscritos, mas apenas 32 candidatos avançarão para a segunda fase, que será uma prova prática. A proporção é de aproximadamente 41,72 candidatos por vaga. Esta não foi a primeira vez que Suzane tenta ingressar no serviço público. No ano passado, ela se inscreveu para o cargo de telefonista da Câmara Municipal de Avaré, mas, devido à repercussão midiática, acabou não comparecendo à prova.

Suzane von Richthofen não poderá tomar posse

Consultado pelo O GLOBO, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que, mesmo que Suzane seja aprovada na segunda fase do concurso, elanão tomará posse. Isso porque, no ato da admissão, será exigido o atestado de antecedentes criminais, documento indispensável para ingressar no serviço público. Essas certidões são exigidas para comprovar que o candidato não foi condenado por crimes que possam impedi-

-lo de assumir o cargo, como aqueles contra o patrimônio, a administração pública, a fé pública, os costumes ou outros crimes previstos pela legislação.

Credito:
Credito:
Globo/MS

Suplemento Desportivo

DE HÓQUEI NO GELO

PORTUGAL E ESPANHA CRIAM LIGA IBÉRICA

Ronaldo salta do banco para garantir a vitória

Português eleito o melhor jovem jogador de futsal do Mundo

Paralímpicos saiem de Paris com sete pódios

segunda-feira às 18h

Às segundas-feiras, Sérgio Esteves, do FC Porto, Vítor Silva, do SL Benfica, Sérgio Ruivo, do Sporting CP,

Francisco Pegado é o árbitro desta partida onde nada, nem ninguém ficará Fora de Jogo.

Todas as segundas-feiras, às 6 da tarde, no Facebook da Camões Radio.

Não fique Fora de Jogo.

entram em campo, fazem remates certeiros e defesas seguras.

LIGA DAS NAÇÕES CR901

e a contar, num resultado que não espelha

A jóia da coroa voltou a brilhar nos momentos decisivos e com golos de Bruno Fernandes (aniversariante) e Cristiano Ronaldo, Portugal lá colocou um ponto final na falta de eficácia lusa, garantindo a vitória por 2-1 sobre a Escócia.

Sem Cristiano Ronaldo no onze inicial, algo que não acontecia num jogo oficial desde a eliminação frente a Marrocos no Mundial 2022, Roberto Martínez promoveu a titularidade a Nélson Semedo, António Silva, João Palhinha e Diogo Jota.

A ausência da estrela maior da Seleção Nacional não calou os milhares de adeptos que se deslocaram ao Estádio da Luz, nem no momento do anúncio dos onzes iniciais, nem durante os 90 minutos de tempo regulamentar.

Ainda assim, a força que vinha das bancadas permitiu a Portugal esboçar uma entrada algo segura, mas que rapidamente se transformou em descalabro. Um mau posicionamento defensivo deixou Scott McTominay e posição regular e na sequência de um cruzamento sensacional, o reforço do Nápoles fez de cabeça o 1-0.

SELEÇÕES

Com um golo de Paulo Bernardo e outro de Carlos Borges, Portugal praticamente carimbou, esta terça-feira, a presença no próximo Campeonato da Europa de sub-21, agendado para 2025, na Eslováquia.

Frente à Croácia, e em solo croata, a seleção portuguesa defendia a liderança no Grupo G de apuramento e cimentou essa posição, aumentando para cinco pontos a distância para o adversário de hoje, quando restam duas jornadas por disputar.

Muita vontade e pouca assertividade

O golo sofrido não deixou marcas na Seleção Nacional, que continuou a pressionar o adversário, quase sempre com os lances de perigo a serem criados do lado esquerdo, quer pelos rasgos de Rafael Leão, quer pelos passes entrelinhas de Bruno Fernandes, a descobrir os companheiros de equipa. Daqui para a frente (até ao intervalo para ser mais preciso), o que se assistiu no Estádio da Luz foi a uma avalanche de oportunidades falhadas de Portugal. Anthony Ralston e Grant Hanley ainda devem estar à procura dos rins nesta altura, já que o Leão à solta foi um autêntico tratado para os adversários.

Nas bancadas os gritos passaram a ser uma constante, mas apenas como um sinal de que os apanha-bolas tinham trabalho pela frente, já que a eficácia não quis nada com os comandados de Roberto Martínez no primeiro tempo.

Ao intervalo, tempo para uma sentida ovação aos atletas que representaram as cores de Portugal nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024 e um estender dos aplausos (juntamente com muitos gritos) para a entrada de Cristiano Ronaldo.

Com 39 anos, o capitão calçou as chuteiras e subiu ao relvado para tentar mudar o rumo dos acontecimentos, algo que não demorou muito a acontecer. Em dia de aniversário, Bruno Fernandes tinha estado em bom plano no primeiro tempo e acabou por oferecer uma prenda aos milhares de adeptos que se deslocaram até ao Estádio da Luz. Após passe de Rafael Leão, o médio do Manchester United fez aquilo que mais gosta, rematar à baliza e acabou por ser feliz. Angus Gunn ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o golo do empate, depois de um belo pontapé de fora da área.

Ao contrário do que tinha acontecido aquando do belo momento de McTominay, Portugal não reagiu bem ao golo do empate e a Escócia galvanizou-se. Alguma desatenção na defesa permitiu ao adversário criar perigo como até então não se tinha visto.

A outra face da moeda

Perante as dificuldades em ter bola, Roberto Martínez optou por tirar Rafael Leão e Bernardo Silva, lançando para o terreno de jogo João Félix e João Neves. Este momento serviu para a Seleção Nacional provar um

a exibição lusa

sabor diferente, algo semelhante ao que já tinha saboreado frente à Croácia, quando teve que saber sofrer.

O esgotar das alterações de Roberto Martínez trouxe Diogo Dalot para o lado direito da defesa e uma capacidade que até então Nélson Semedo não tinha conseguido trazer para o encontro.

A dez minutos do fim, o verdadeiro balde de água fria aterrou em ambos os postes da baliza defendida por Angus Gunn, com CR7 em claro destaque. Primeiro tentou aproveitar uma recarga para fazer o gosto ao pé pela 901.ª vez e segundos depois, Bruno Fernandes descobriu-o no coração da área, mas a bola voltou a beijar o ferro, para desespero do próprio.

Só que a injustiça, tantas vezes associada ao «desporto rei», não chegou para a dimensão de um dos maiores nomes do futebol mundial. Poucos dias depois de atingir a marca histórica dos 900 golos, Cristiano Ronaldo mostrou que o objetivo é chegar aos quatro dígitos e fechou com chave de ouro uma exibição muito bem conseguida de Portugal.

MF/MS

À exceção dos primeiros dez minutos, Portugal foi sempre dono e senhor do duelo, mas foi só na segunda parte que chegou ao golo, com o médio do Celtic a finalizar uma boa jogada coletiva, aos 50 minutos. A Croácia esboçou uma reação, e ainda colocou em apuros o guarda-redes português Samuel Soares, mas o segundo golo português pareceu sempre mais perto do que o empate e ele apareceu aos 89 minutos, por Carlos Borges. JNF/MS

I LIGA

Antevisão à jornada: Primeiro teste de fogo para Lage

Bruno Lage enfrenta, no sábado, o primeiro teste de fogo como treinador do Benfica na sua segunda passagem pelo clube, pois os adeptos têm a expectativa, frente ao Santa Clara, ver no relvado uma equipa diferente daquela da era Roger Schmidt, despedido após o empate na visita ao Moreirense, na última jornada.

Onovo técnico promete espetáculo e um futebol ofensivo, numa partida em que as águias não podem falhar. Face à desvantagem de cinco pontos para o líder Sporting, todos os jogos são “finais” e, por isso, a entrada de Lage coincide com um momento de elevada pressão, a que não escapa o presidente Rui Costa, muito criticado por só há semana e meia ter decidido substituir o treinador alemão.

Em janeiro de 2019, na partida de estreia no banco, frente ao Rio Ave, Bruno Lage teve um arranque de sonho na Luz: depois de estar a perder 0-2, o Benfica deu a volta e ganhou por 4-2. Uma vitória que motivou os jogadores para o resto da temporada, ajudando à conquista do título depois de recuperar de uma diferença de sete pontos para o F. C. Porto. Momento que o responsável sonha em ver repetido, nesta temporada.

Devido à pausa para jogos das seleções, o técnico, de 48 anos, só hoje dará o primeiro

I LIGA - CLASSIFICAÇÃO

treino com o grupo completo. Um obstáculo à preparação da receção aos açorianos, pelo que a escolha do onze só deverá ocorrer perto da partida.

Renato Sanches é baixa

Devido a lesão muscular, Renato Sanches é baixa para o Santa Clara e deve falhar os jogos seguintes. Trata-se de mais um revés na carreira do internacional português, que nas últimas épocas tem sido atormentado por problemas físicos. Beste, Aursnes e Tiago Gouveia, também lesionados, ficam igualmente de fora.

Gyokeres

Sporting, Avançado, 26 anos, Suécia

Com sete golos em quatro jornadas, o sueco está a protagonizar o seu melhor arranque de temporada de sempre. Na última jornada da Liga, antes da pausa para as seleções, foi decisivo em Alvalade frente ao F. C. Portomarcou o primeiro golo, depois de ter sofrido um penálti de Otávio - e comprovou que está em grande forma também com a camisola da Suécia, ao fazer três golos em dois jogos da Liga das Nações. No campeonato português, Gyokeres é um jogador claramente à parte, de enorme qualidade.

Ofori

Moreirense, Médio, 28 anos, Gana

A ganês foi decisivo diante do Benfica, ao marcar num lance em que a sua ação acabou por se revelar crucial, apesar da bola ainda ter sofrido um desvio. O ponto conquistado pelo Moreirense no duelo com as águias teve sabor africano.

Clayton

Rio Ave, Avançado, 25 anos, Brasil

Marcou na primeira jornada, ao Sporting, e repetiu a receita frente ao Arouca, só que agora o golo que valeu três pontos ao Rio Ave (1-0). Regresso em força a Portugal depois de, há duas épocas, ter apontado 16 golos pelo Casa Pia.

A descer

Benfica está pressionado para vencer, depois de um arranque aos soluços na liga.

Lesão de Renato Sanches é um revés, sendo que a paragem pode ser de três semanas. Pausa para as seleções atrapalha preparação do novo técnico.

A subir

A entrada de Lage é um corte com o passado, esperando-se muito entusiasmo na Luz.

Muito presos taticamente com Schmidt, os jogadores querem soltar-se.

Com três vitórias em quatro jogos, o Santa Clara está motivado.

MF/MS

5.ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)

13 de setembro

Arouca 20:15 Sporting 14 de setembro

Casa Pia 15:30 Moreirense

AVS 18:00 Rio Ave

Benfica 20:30 Santa Clara

Famalicão 20:30 Gil Vicente 15 de setembro

Porto 15:30 Farense

Estoril 18:00 Nacional

Braga 20:30 Vitória SC 16 de setembro

Estrela 20:15 BoavistaC

Viktor Gyökeres eleito melhor jogador do mês de agosto na Liga Gyökeres bateu a concorrência de Pedro Gonçalves, seu colega no Sporting, que ficou no segundo lugar, com 18,25% das escolhas, ao passo que Gustavo Sá, do Famalicão, fechou o pódio, com 7,94%.

O internacional sueco foi também eleito o melhor avançado do mês de agosto, superando Nlavo Asué, do Moreirense, e Sorriso, do Famalicão, que tiveram o voto de 18,25% e 17,46%, respetivamente, dos treinadores da I Liga.

JN/MS

Marítimo: Silas sucede a Fábio Pereira no comando técnico

Aos 48 anos, Silas ruma ao Marítimo para o sexto projeto enquanto treinador. Face à saída de Fábio Pereira – ao cabo de uma derrota, dois empates e uma vitória na II Liga – o técnico lisboeta será oficializado durante a tarde desta quinta-feira.

As informações avançadas pela imprensa nacional foram confirmadas pelo Maisfutebol. Silas, inclusive, já aterrou na Madeira.

Num percurso iniciado no Belenenses, na época 2017/18, o treinador orientou a B SAD, até 2019, antes de rumar ao Sporting. De 30 de setembro a 3 de março de 2020, Silas arrecadou 17 vitórias em 28 jogos, entre competições domésticas e Liga Europa.

Seguiram-se passagens por Famalicão, AEL Limassol (Chipre) e Mafra.

Na última temporada, na II Liga, o treinador liderou os mafrenses até ao nono

lugar, com 11 vitórias em 34 jornadas. Em maio, na despedida, apontou a emblemas com «maior estabilidade» e que «lutem por outros objetivos, um projeto ambicioso».

Na segunda época consecutiva na II Liga, o Marítimo almeja o regresso ao convívio com os grandes. Em 2023/24, entre a era de Manuel Tulipa e de Fábio Pereira, os madeirenses terminaram no quarto lugar, em igualdade com o AVS (3.º).

Nesta época, ao fim de quatro jornadas, ocupam o 10.º lugar, com cinco pontos, em igualdade com Feirense, Mafra, U. Leiria e Portimonense (6.º). No topo estão Ac. Viseu e Penafiel, com 10 pontos, seguidos por Benfica B e Leixões.

A estreia de Silas ao leme do Marítimo acontecerá na manhã de 15 de setembro (11h), na receção ao Alverca (14.º). MF/MS

Zé Leite e Penafiel acumulam distinções referentes

Zé Leite foi distinguido, esta quarta-feira, como «Jogador do Mês» da II Liga. A eleição protagonizada pelos treinadores culminou em 31,62 por cento de votos favoráveis ao avançado.

Aos 25 anos, este extremo, veloz e tecnicista, arrancou a época de estreia em Penafiel com quatro golos e uma assistência em três jogos.

No arranque do campeonato, «Zé Bala» bisou diante da Oliveirense, emblema que representou entre 2022 e 2024. Seguiram-se golos em Vizela e diante do Tondela.

Por isso, o avançado lidera a lista dos goleadores, seguido pelo colega Gabriel Barbosa, além de Yuri Araújo (Ac. Viseu), Paulo Vítor (Portimonense), Martim Tavares (Marítimo) e Roberto (Tondela), todos com três golos.

a agosto

Na distinção de «Jogador do Mês», Zé Leite superou a dupla Yuri Araújo e Paulinho, do Académico de Viseu.

Depois de arrecadar o prémio de «Avançado do Mês», o extremo vinca o promissor arranque de temporada, apontando à melhor da carreira.

A II Liga é liderada pelo Académico de Viseu – cujo treinador, Rui Ferreira, e o defesa André Almeida receberam os respetivos prémios da Liga – e pelo Penafiel, empatados com 10 pontos.

Por fim, o médio Reko, do Penafiel, foi distinguido como o melhor na posição em agosto.

Na 5.ª jornada, o emblema duriense receberá o FC Porto B (14.º), enquanto os «Viriatos» receberão a União de Leiria (7.ª).

JN/MS

RESULTADOS - 4.ª JORNADA

UD Oliveirense 0-1 Leixões

Tondela 1-1 Felgueiras 1932

Vizela 1-2 Torreense

Portimonense 5-1 Marítimo

Feirense 2-3 Benfica II

Paços Ferreira 1-3 Penafiel

Chaves 0-3 Mafra

Porto II 1-1

Mafra 2-2

Marítimo 20:00 Alverca

Viseu 20:00 União de Leiria

Felgueiras 1932 20:00 Chaves

Penafiel 20:00 Porto II

Torreense 20:00 Portimonense

Benfica II 20:00 UD Oliveirense

Feirense 20:00 Paços Ferreira

União de Leiria

Portimonense

Vasco Botelho da Costa é o novo treinador do Alverca

Vasco Botelho da Costa é o novo treinador do Alverca, confirmou a SAD dos ribatejanos, na tarde desta terça-feira.

«A Futebol Clube de Alverca, Futebol Sad, tem o prazer de anunciar que chegou a acordo com Vasco Botelho da Costa», informam, em comunicado.

O treinador de 35 anos, que sucede a Zé Pedro, «chega acompanhado dos adjuntos André Lourenço e Bernardo Ferrão e do treinador de guarda-redes João Garcia», detalha a SAD do Alverca, sendo que «na estrutura mantêm-se o preparador físico Rafael Rebelo e o analista Tomás Ramos», acrescentam.

Vasco Botelho da Costa treinou a União de Leiria nas duas últimas épocas (em 2023/24 não a concluiu, saindo em março), tendo conduzido a equipa à subida à II Liga na época 2022/23, na qual também conquistou o título nacional da Liga 3.

Antes, no comando dos sub-23 do Estoril Praia, conquistou a Liga Revelação e a Taça Revelação, ambas por duas ocasiões, nas épocas 2020/21 e 2021/22. Antes do Estoril, passou durante algumas épocas por vários escalões de formação do GDS Cascais.

Portugal com dois árbitros no Mundial de futsal pela primeira vez

Eduardo Coelho, de 44 anos, da associação de Aveiro, vai somar a quarta participação numa fase final de um Campeonato do Mundo, depois das presenças na Tailândia (2012), Colômbia (2016) e Lituânia (2021), ao passo que Cristiano Santos, de 34 anos, da associação do Porto, estará pela primeira vez na carreira na competição.

"A presença de dois árbitros portugueses numa competição desta magnitude reflete o crescimento e a evolução da arbitragem em Portugal. Demonstra que o nosso trabalho é reconhecido internacionalmente e sinaliza que estamos a seguir o caminho certo em termos de formação, dedicação e qualidade. Esta nomeação dupla mostra que confiam no nível da arbitragem portuguesa, e isso só nos motiva a continuar a elevar os nossos padrões", salientou Eduardo Coelho, em respostas escritas a questões feitas pela Lusa.

O aveirense destacou ainda as "condições excecionais" proporcionadas pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e pelo Conselho de Arbitragem (CA) no desenvolvimento do setor, o que é demonstrado no "suporte contínuo e investimentos significativos" na formação.

reconhecimento da dedicação e paixão" pelo cargo e com o "desejo de contribuir para o sucesso da competição e de manter o nível de excelência que se espera" a permanecer inalterado, ambicionando uma final.

"Ainda não tive a oportunidade de apitar uma final e é um objetivo que continuo a ter presente. No entanto, também depende do desempenho da seleção portuguesa e das decisões de arbitragem. Se a oportunidade surgir, seria um prémio de carreira justo e um reconhecimento significativo do meu trabalho ao longo dos anos, mas o meu foco é desempenhar o melhor papel possível e contribuir para o sucesso do torneio", disse.

Já Cristiano Santos sente um "grande orgulho e realização" por participar num Mundial que é "resultado de muito trabalho, dedicação e paixão pela arbitragem", após ter tido a "honra" de estar na lista de nomeados a melhor árbitro de futsal do mundo em 2023.

Lúcio Rocha foi eleito o melhor jogador jovem de futsal do Mundo em 2023, tornando-se o segundo português a ganhar o prémio atribuído pelo site especializado Futsal Planet, depois de Zicky Té.

Oala do Benfica, de 20 anos, foi uma das figuras da inédita conquista por Portugal do Europeu de sub-19 em 2023, no qual foi o melhor marcador e o melhor jogador.

Na última temporada, Lúcio Rocha venceu a Taça de Portugal e a Taça da Liga pelos 'encarnados'.

O portuense, que fez grande parte da sua formação no Caxinas, já tem 13 internacionalizações por Portugal e é um dos convocados para o Mundial sénior, que começa no sábado, no Uzbequistão.

O pivô Zicky Té, do Sporting, foi eleito o melhor jovem em 2021, tendo sido o primeiro português a receber o galardão, que é entregue desde 2004, embora não tenha sido atribuído nos dois anos seguintes.

JN/MS

"Reflete um desenvolvimento sólido e contínuo da arbitragem portuguesa. Demonstra que o trabalho realizado a nível nacional, na formação e nas oportunidades, está a dar frutos. É um reconhecimento internacional da qualidade da nossa arbitragem e servirá de incentivo para os árbitros mais jovens, mostrando que é possível alcançar as provas principais através do empenho e da dedicação", realçou, por sua vez, Cristiano Santos.

Internacional desde 2008, Eduardo Coelho é o árbitro europeu com mais participações em Mundiais de futsal, considerando ser "um

"A preparação tem sido intensa e meticulosa, com foco não só na condição física, mas também em aspetos técnicos e psicológicos. Tenho procurado reforçar conhecimentos técnicos, nuances das equipas e contextos dos jogos. A principal diferença, em relação a outras competições, está na magnitude e no nível de exigência. O Mundial é o palco mais alto da modalidade, o que requer um foco redobrado e uma preparação mental para lidar com a pressão e a responsabilidade", ressalvou também o árbitro portuense.

O Mundial2024 de futsal realiza-se no Uzbequistão, nas cidades de Tashkent, Bukhara e Andijan, entre o próximo sábado e o dia 6 de outubro, com Portugal, campeão mundial em título e também bicampeão europeu, a integrar o Grupo E da competição, juntamente com Panamá, Tajiquistão e Marrocos.

JN/MS

Creditos: DR
HÓQUEI NO GELO
Portugal e Espanha dão o pontapé de saída para a Liga Ibérica de hóquei no gelo

No

último ano a Real Federación Española de Deportes de Hielo (RFEDH) e a Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDI-Portugal) decidiram, em conjunto, fundir forças e criar uma Liga Ibérica. Na altura, quem beneficiou do acordo foi uma equipa portuguesa, o HC Porto, que, fruto disto, disputou a Liga Espanhola na época transata.

Após estes primeiros passos, esta quinta-feira, na sala Samaranch do Conselho Superior de Desportos (CSD), em Madrid, apresentaram por fim a Liga Ibérica, que arranca entre o dia 21 ou 22 de setembro, e que visa no futuro incluir Andorra. Um projeto que conta com o aval da Federação Internacional de Hóquei no Gelo (IIHF) e que promete trazer visibilidade a todos os envolvidos. A cerimónia contou com as intervenções de Pedro Flávio, presidente da FDI-J; Fran González, presidente da RFEDH; João Farromba, jogador do HC Porto; e, ainda, Alejandro Carbonell, jogador do Jaca.

“Hoje estamos a fazer história. Este é um passo gigantesco para o hóquei no gelo na Península ibérica. Surge como uma resposta ao crescente interesse do hóquei no gelo neste território”, começou por dizer Pedro Flávio, presidente da FDI-P, deixando, entre o discurso, um desejo: “Queremos cada vez mais público a assistir, queremos gerar maior visibilidade, disponibilizando uma plataforma onde os atletas se possam divulgar”.

O formato será de liga corrida, com 21 jornadas, dos quais os quatro primeiros classificados espanhóis irão disputar o playoff da Liga Espanhola. Ao todo irão a jogo sete equipas: seis espanholas e uma portuguesa. Estamos a falar de uma competição que contará com 172 jogadores, transmissões no Youtube, mais especificamente no canal FED Hielo, e que visa expandir a visibilidade da modalidade.

O representante luso será o HC Porto. Trata-se de uma equipa fundada em 2023, que inclui maioritariamente jogadores estrangeiros, na maioria provenientes da Lituânia, e apenas seis portugueses, mas que, a longo prazo, prevê expandir este número. Já do outro lado, a Espanha lança a competição com: Kosner Huarte (Navarro), Jaca (Aragão), Majadahonda (Madrid), Milenio Panthers (La Rioja), Puigcerdá (Catalunha) e Txuri Urdin (País Basco).

Nesse sentido, Pedro Flávio falou do importante passo que o representante português está a dar para os próximos anos.

“[HC Porto] Pretende incentivar a inclusão de mais equipas no futuro. Já deu provas das suas capacidades no ano passado e será um exemplo para mais equipas portuguesas para participar no futuro”, atirou.

Já Fran González, presidente da RFEDH, destacou os esforços feitos pela congénere portuguesa para crescer na modalidade, assim como do emblema luso.

“A inclusão do [HC] Porto nesta liga [espanhola] tem sido muito boa. Faltava um pouco mais de experiência, de qualidade, têm poucos jogadores portugueses, mas estão a trabalhar para integrar mais jogadores”, referiu, expressando o desejo da adesão de um país vizinho no futuro: “Andorra é muito importante para esta Liga Ibérica e queremos que entrem”, atirou.

Infraestruturas visam desenvolvimento da prática

Pedro Flávio, destacou, ainda, o “passo gigante” que tem sido dado com a implementação desta competição.

“Estamos numa fase embrionária, mas estamos a fazer o nosso trabalho. O hóquei do gelo é uma modalidade que está a crescer muito em Portugal, nos últimos quatro anos aumentaram o número de atletas e clubes. Estamos a fazer o nosso caminho e

trabalho para no futuro ter infraestruturas para que o HC Porto faça os jogos em casa.

Já a Federação de Desportos de Inverno está a fazer esforços para criar uma infraestrutura no sul do país”, terminou.

Em prática está a criação de um pavilhão com medidas oficiais, na Trofa, que, tal como Pedro Flávio disse aos jornalistas presentes no espaço, servirá para receber os jogos em casa do HC Porto.

"O investimento da Trofa é do clube, de investidores privados do HC Porto, já começou e é o reaproveitamento de uma unidade fabril. Será a casa do HC Porto para o futuro e já está estabelecido com os clubes que participam nesta Liga Ibérica", referiu, adiantando que a própria FDI-J está a desenvolver um projeto para "a construção de uma infraestrutura vocacionada para as modalidades de gelo. Essa infraestrutura está pensada para a zona da grande Lisboa. Esse é o grande projeto e o grande sonho. Será o ponto de viragem para o desenvolvimento das nossas modalidades", assegurou.

Todo este desenvolvimento poderá catapultar os restantes cinco clubes nacionais que ainda não apresentam condições para competir no modelo de 6x6 e, consequentemente, numa prova do nível da Liga Ibérica.

Quanto aos Jogos Olímpicos de Inverno,

em 2026, há uma forte ambição de catapultar ainda mais atletas para este palco: "Nós trabalhamos sobre cada ciclo olímpico para ter mais atletas, mais modalidades", atirou.

Em que condições se tem desenvolvido o HC Porto?

A equipa portuguesa está numa fase inicial e sofre, de momento, as dores desse crescimento. Não tem uma arena com medidas oficias em Portugal para disputar os jogos e, desse modo, são “obrigados” a jogar em Madrid. Uma gestão que, de certo modo, até interfere com os treinos.

João Farromba, jogador do H. C. Porto, explicou ao JN como tem sido a rotina de treinos de um conjunto que começa a dar os primeiros passos no hóquei no gelo e não dispõe de uma arena própria. “Nós vamos fazendo campos de treino em vários países da Europa, e quando temos competição em Espanha temos treinamos e jogamos lá. A carga física é muito maior, mas é algo que ainda se vai desenvolver. A partir do momento que tivermos um ringue cá [Portugal], vai ser muito diferente”, começou por dizer, em declarações ao JN, João Farromba, jogador do HC Porto. Apesar dos contratempos, o atacante, de 19 anos, garante que a aventura é muito positiva: “Tem sido uma experiência fantástica, sinceramente. Óbvio que não têm sido as condições idealizadas, mas como adoramos o desporto temos de fazer o possível para treinar e jogar para no futuro desenvolver ainda mais o desporto”, referiu. João Farromba iniciou-se na modalidade há cerca de três anos, na altura no 3x3, no qual foi campeão nacional pelo HC Porto. No entanto, o salto para o campeonato espanhol, na temporada anterior, deu lugar a uma adaptação na modalidade. “É muito diferente. Em 3x3 nem jogávamos com foras-de-jogos, porque o campo é muito pequeno. Já a parte tática quase não existe. Depois, quando se passa para 6x6 é uma diferença muito grande e com atenção redobrada a muita coisa. Eu comecei no 3x3 e notei uma grande diferença”, explicou. Por fim, o jovem atleta, de 19 anos, afirma que a criação da Liga Ibérica, apesar de os jogos ainda nem terem arrancado, já está a trazer impacto para o clube: “Agora com o HC Porto na Liga Ibérica estamos a ganhar mais visibilidade e as pessoas percebem que tem potencial para ser um grande desporto em Portugal”, finalizou. JN/MS

Em declarações à agência Lusa, o ciclista português da Movistar fez um balanço da sua 21.ª grande Volta, uma que lhe deixou "boas memórias" e que foi diferente de todas as outras, provavelmente até mais emocional e, seguramente, gratificante.

"Por ter saído de Portugal, do meu país, sem dúvida que foi algo de especial, por estar rodeado do povo português. Foi, sem dúvida, um sonho ter [presentes] amigos, familiares, que muitas vezes não podem ir fora do país. Estar ali ao lado e sentir o apoio de todos foi algo bom", descreveu. Depois de ver o seu chefe de fila, o espanhol Enric Mas, acabar na terceira posição a 79.ª edição da prova espanhola, conquistada pelo esloveno Primoz Roglic (BORA-

-hansgrohe), Nelson Oliveira assumiu-se "satisfeito".

"Fiz aquilo que a equipa me tinha proposto. Sempre darei o máximo pelo meu líder, não olhando ao meu resultado. Mais uma vez, fiz aquilo que me competia e o que pude para o líder estar sempre protegido até onde as minhas forças davam. Estes últimos dias podia ter-me guardado para obter um melhor resultado [no contrarrelógio de hoje], mas não foi isso que fiz: optei por estar ao lado do líder até não poder mais", revelou.

Por isso, o experiente corredor de Vilarinho do Bairro (Anadia), de 35 anos, que hoje foi 19.º no "crono" e acabou no 73.º lugar da geral, considera que a sua prestação "foi boa".

"Não pude entrar numa fuga que me des-

se destaque, mas estou contente com a minha prestação. É bom ver um líder no pódio e saber que todos os sacrifícios que fez para obter este resultado é algo que compensa. Do meu ponto de vista, gostava de ter feito mais, mas as forças são o que são. Estou contente com o trabalho que fiz, resta descansar", reforçou.

O regresso aos pódios numa "grande" de Mas, vice-campeão da Vuelta em 2018, 2021 e 2022, ajuda "a esquecer alguns maus momentos" vividos pela Movistar, mas, segundo Oliveira, estes também impulsionaram a equipa espanhola a melhorar e a fazer uma boa temporada.

Após a euforia das etapas portuguesas, as cores nacionais perderam "infelizmente" Rui Costa (EF Education-EasyPost), por queda, e João Almeida (UAE Emirates), um

dos grandes candidatos ao triunfo final, devido à covid-19, mas "Nelsinho" não sentiu o peso de ter de representar sozinho a nação.

"Continuei a fazer o meu trabalho como tinha feito até aí e sei que os portugueses sabem que podem contar comigo", notou. Com um registo imaculado em grandes Voltas - chegou ao fim nas 21 nas quais alinhou -, Oliveira confessa à Lusa não ter segredo nenhum para ser totalista.

"Acho que o que nos ajuda a não desistir é não ter azares. E felizmente até aqui não tive um azar que me fizesse desistir e pude felizmente terminar até ao dia de hoje todas as grandes Voltas e que assim continue", concluiu.

JN/MS

Christopher J. Clapperton

Barrister & Solicitor

A NO S S E R VIN

POUPE 30% – CASA E CARRO NA MESMA APÓLICE AUTOMÓVEL

• Condutores co m mais d e 10 a no s de c on du ç ã o - 20% de DESCONTO SEGUROS COMERCIAIS—EMPREITEIROS

• Contractors Liability, Auto- eet policy, Gen. Contractors, Commercial, Industrial and Apartment Buildings, Hotels, Restaurants, Garage or Auto Body, Manufacturing, Professional Buildings CASA e CONDOMÍNIO

• Casas novas e equipadas com alarme - 30% de DESCONTO

• Casas residencias de uma só família, renovadas e actualizadas - 20% de DESCONTO

• Se reside em Mississauga, Oakville, Brampton, Concord, Ajax, Richmond Hill, Pickering, Oshawa, Hamilton, Barrie ou Bradford - Compare as nossas Tabelas

• Se é inquilino e reside num apartamento ou “ at”, proteja os seus bems com uma apólice (tenants insurance) - Fale connosco

Apesar de os resultados igualarem os conseguidos há 16 anos, é preciso recuar até Atenas2004 para encontrar uma edição com duas medalhas de ouro, tal como aconteceu em Paris2024, com Miguel Monteiro e Cristina Gonçalves a sagrarem-se campeões paralímpicos do lançamento do peso F40 e de boccia da classe BC2, respetivamente.

Com uma comitiva de 27 atletas, a mais pequena desde os Jogos Seul1988, Portugal juntou aos dois ouros, uma prata - conseguida por Sandro Baessa nos 1.500 metros T20 (deficiência visual) - e quatro bronzes.

Diogo Cancela voltou a levar a natação portuguesa a um pódio paralímpico, 16 anos depois de Pequim, conseguindo o bronze nos 200 metros estilos SM8, juntando-se a Djibrilo Iafa, que deu o primeira medalha ao judo paralímpico com o bronze no torneio de -73 kg para cegos totais, a Carolina Duarte, terceira nos 400 metros T13 (deficiência visual), e ao ciclista Luís Costa

no contrarrelógio H5 também conseguiram o mesmo metal.

As sete medalhas, três das quais conquistadas no mesmo dia, quase ofuscaram o caso de doping que afastou a antiga nadadora paralímpica Simone Fragoso do torneio de powerlifting, modalidade na qual Portugal deveria estrear-se em Paris2024.

No atletismo, aos três lugares de pódio juntam-se as presenças em finais de Ana Filipe, sétima no salto em comprimento T20, e de Mamudo Baldé, que terminou em quinto lugar com novo recorde nacional a prova dos 100 metros T54, para atletas em cadeira de rodas.

No boccia, Paris2024 marcou o regresso de Portugal aos pódios paralímpicos, depois de a modalidade ter ficado "em branco" em Tóquio2020, algo inédito desde de que se estreou em competições, em Nova Iorque1984.

Na modalidade com mais representantes nacionais em Paris2024, com sete, Cristina Gonçalves conseguiu, na sua sexta participação em Jogos, a primeira medalha indi-

vidual, depois de três presenças no pódio em edições anteriores na vertente coletiva do boccia, desporto exclusivo dos Jogos Paralímpicos.

Na piscina da Arena Paris La Defense, ao bronze de Diogo Cancela juntaram-se mais seis lugares de diploma, e no badminton Beatriz Monteiro repetiu, no torneio de SU5, o quinto lugar conseguido em Tóquio, em 2021, quando competiu com apenas 15 anos.

No triatlo, a estreia portuguesa ficou marcada pelo quarto lugar de Filipe Marques na categoria de PTS5, a apenas 40 segundos do bronze, numa prova adiada um dia devido à má qualidade da água do rio Sena.

Margarida Lapa também foi quarta classificada na prova de tiro com carabina de ar comprimido, na qual, depois de ter sido oitava, entre 37 atiradores na qualificação, foi afastada do bronze num tiro de desempate. No ciclismo, Portugal voltou às medalhas, com Luís Costa, o mais velho da comitiva a conseguir, aos 51 anos, o bronze no contrarrelógio de estrada H5, para atletas que competem em handbike, e Telmo Pinão a garan-

tir também um diploma na prova de pista de 3.000 metros perseguição da classe C1. O canoísta Norberto Mourão, bronze em Tóquio2020, sai de Paris2024 com a melhor marca de sempre, mas sem ter conseguido a ambicionada medalha, depois de terminar em quarto lugar a prova de 200 metros VL2.

O contrato-programa de preparação para os Jogos Paralímpicos Paris2024 teve um valor global de 9,2 milhões de euros, e as bolsas pagas aos atletas paralímpicos, bem como os prémios pela conquista de medalhas, são iguais às dos atletas olímpicos, valendo o ouro um prémio de 50.000 euros, a prata 30.000 e o bronze 20.000. Portugal sai de Paris na 43.ª posição do quadro de medalhas, liderado pela China, que conquistou 220 medalhas, seguida da Grã-Bretanha, com 124, e igualou a sua sétima melhor participação de sempre na competição, na qual somou 12 presenças.

JN/MS

Great Match for Richie Laryea as a Center-Back with Canada

In this friendly match between Canada and Mexico, the game started off very balanced. Canada came into this fixture having beaten the United States 2-1 in their first friendly of this FIFA break, while Mexico had defeated New Zealand 3-0 in their first match of the window as well.

With Toronto FC players called up to represent Canada, several of them earned valuable minutes in this match. One of them was Richie Laryea, who played 84 minutes in this game, which ended in a goalless 0-0 draw.

Richie Laryea's Stats in This Match

The 29-year-old played at a high level, representing his country in this friendly. Despite being a friendly, Jesse Marsch counted on Laryea to start and represent his team in a significant way as they sought a win, though that goal was not achieved, as the game ended 0-0.

It was a closely contested match in terms of possession, with Mexico holding 52% of the ball while Canada had 48%. Mexico also had more clear goal-scoring opportunities, taking 10 shots in total compared to Canada’s 5. Looking at Rich-

ie Laryea’s performance, he played 84 minutes, with a total of 44 touches and a 64% pass completion rate.

Interestingly, Laryea played as a center-back in this match, a new position for him. Normally known for his role as a right-back, this was a tactical decision by Jesse Marsch. While he wasn’t overly comfortable in the role, which is understandable given the challenge of adapting to a new position against a tough opponent like Mexico, Laryea managed to win just 3 out of 7 ground duels, which isn’t an ideal stat for the Toronto FC player. This led to some questions about his perform-

ance in this role, and it’s likely that he will return to his usual position at rightback moving forward.

Now, Laryea will return to Toronto FC to prepare for the crucial final stretch of the season. As a key player for John Herdman, he will face a difficult match against Austin FC on September 14, a game in which Toronto FC will have the home advantage at BMO Field. TR/MS

Creditos: DR
Creditos: DR

In one of Aesop’s fabled fables, a thirsty crow stumbled upon a large pitcher with a small amount of water in it. His beak didn’t reach far enough to drink anything. The crow knew that if he knocked the pitcher over, the water would run into the ground, and he would get nothing. So he dropped a stone into the pitcher. Then another, and another. Until, eventually, the water level rose high enough for the crow to drink.

It was from The Crow and the Pitcher that the phrase ‘necessity is the mother of invention’ was born. But human history has proved the phrase countless times since then. Mistakes, and even annoyances, so frequently spur innovation. Velcro was invented when a scientist thought burrs sticking to his dog’s coat might have a lesson to teach him. Archimedes accidentally discovered his eponymous principle when he sat in a bath. The concept of the modern airport was invented when the Soviet Union blockaded the roadways to Berlin, so the United States airlifted food to the city.

And so too is necessity the mother of invention in the NBA. Particularly for the last era of the Toronto Raptors. We’re in the future now, but there are still countless lessons from the junkyard of the past.

It began after Toronto’s valiant, but doomed, title defense season. Without Kawhi Leonard, the Raptors were an exceptional team, but they were far from a championship favourite. Still, using Basketball Reference’s Simple Rating System, the Raptors weren’t a whole lot worse in 2019-20. (They were actually better, for what it’s worth.) The real drop came the following year, when Toronto’s competitiveness fell off the map.

The team lost both its centers. This is what Michael Grange wrote at the time.

“Ibaka wanted to stay with the Raptors…but the Raptors’ first offer – about $12 million for the 2020-21 season – was below what he was expecting and while Toronto came up to $14 million, they were still trying to keep some powder dry to pursue Gasol. That didn’t go over well with Ibaka.”

As a result, Toronto went into the following season with Alex Len and Aron Baynes as its center tandem. Throw in the disaster of Tampa Bay, and the team kept plummeting and plummeting into the void. The benefit, of course, was being able to draft Scottie Barnes. That did give Toronto another forward on a team that already employed OG Anunoby and Pascal Siakam.

What do you do when three of your best four players play the same position? You have to lean hard into the bit. That’s what the Raptors did, inventing the Length and Strength era, or Vision 6’9, or whatever else you want to call it. Necessity forced Toronto into quite an invention. Of course, in hindsight, it didn’t work particularly well. But Toronto still learned a huge amount that matters for today.

Length

One of Toronto’s most important lessons was that offense doesn’t have to be initiated the same way every time. The start of the Length and Strength era came just after the peak of the NBA’s dalliance with heliocentrism, when James Harden and the Houston Rockets were enhancing pick and rolls for isolations. The Raptors used that same formula of initiating offense differently from the rest of the league — using more isolations, more post-ups, and less ball movement — to create their own unique brand of offense.

This is what I wrote for FiveThirtyEight at the time:

“The Raptors’ process for creating offensive advantages is unique. No team starts as many similarly sized wings and asks them to spend so much time in the post. It’s impossible to say whether the Raptors turn to the post because it’s such an effective weapon or because their other offensive tools are relatively ineffective. Either way, the post represents another pillar in Toronto’s specialized approach to team building.

The Raptors have found other unique advantages — they rank second in offensive rebounding percentage and second in transition frequency. But when they’re forced to play in the half court, post-ups have emerged as one of the best options.”

And that worked fairly well! Pascal Siakam’s post-ups were a key cog in the Indiana Pacers reaching the Eastern Conference Finals. OG Anunoby’s ability to bury other players under the rim in transition is a valuable skill. Barnes can unfurl his arms like a ballerina and loft hooks with either hand over even the biggest defenders. Perhaps the greatest success of Toronto’s Length and Strength era was the lesson that if you aren’t a great pick-and-roll team, finding advantages elsewhere is a good thing. But Toronto’s overreliance on offensive rebounds and fastbreak buckets was perhaps a less beneficial tactic.

The lesson there is not to fall prey to Goodhart’s Law, which is that when a measure becomes a target, it ceases to be a good measure. Nick Nurse and the Raptors tried to rig the possession game, with their analytics department telling them that when a team had five extra possessions it won a fair majority of its games. But the issue is that such a rule only described teams that won those five extra possessions as a symptom of other components of the game, without sacrificing structural integrity in order to do so. When the five extra possessions became what Toronto sought above all else, sacrificing defensive integrity and conceding corner triples, for example, to force more steals: that’s when the analytic ceased being useful.

Those lessons are particularly applicable to these Raptors, who have gone in just the other direction. Instead of slow, no-pass post-ups, these Raptors value ball movement and assists above all else. Darko Rajakovic’s side finished second in assist rate … yet 24th in offense. Rajakovic himself continually preached the team’s assist total in conversation with the media. It was frequently the first thing he mentioned when he came into the room. But the warning from Nurse’s squad is not to chase assists as an end in and of themselves, as Nurse did with possession totals.

Rajakovic’s offense has also gone away from post-ups. A year after finishing in the top 10 for post-up frequency, the Raptors ranked exactly average in frequency last season. And yet! The team finished top 10 in points per chance for all such possessions initiated via post-up, good for 1.06 points per chance. Meanwhile Barnes himself was in the 81st percentile for post-up possession points per chance, averaging 1.17. Perhaps the Raptors could have squeezed more juice out of that particular lemon — one that they learned so much about during the last era.

Strength Era?

Toronto’s offensive principles last year were a good foundation for success. Nurse always preached shot quality, and bemoaned his teams’ shooting luck, but the truth of the matter is that Rajakovic’s iteration last year had better shot quality — in the form of expected points per possession — than any of Nurse’s teams from the Length and Strength era. Toronto’s motion and cutting and increased driving and reversals did result in more attempts at the rim and more from deep. But there is always room for more improvement, and added diversification via more postups could benefit Toronto now and then.

Perhaps the most obvious lesson of Toronto’s previous epoch is that shooting matters. And in the previous two drafts, Toronto has taken some of the best shooters in college in Gradey Dick and Ja’Kobe Walter. If either pans out, let alone both, that would be enormous. Also! Centers and point guards matter. Toronto seems to have learned that lesson, with its enormous investment into Jakob Poeltl and Immanuel Quickley. (And that (over)reliance on Poeltl also gives Toronto easy access to a high draft pick this upcoming year, if it so desires to pull that particular plug.) Ideally, a team’s best players will complement one another in natural ways. Toronto’s Length and Strength trio did work together, and often very well, but the smoothness of the fit took extra work. BBQ is a fit that intertwines in more organic ways.

And look: Plenty of teams around the NBA have borrowed from Toronto’s innovations since the Length and Strength era. The Milwaukee Bucks loved the idea of playing basketball while passing as little as possible. The Memphis Grizzlies tried to hack the possession differential to an even larger extent than the Raptors. Heck, the Orlando Magic tried to upgrade Vision 6’9 into Vision 6’10.

It’s reality that those who make the biggest leaps in understanding rarely are the ones who benefit the most as a result. Just look at Nikola Tesla and pretty much his entire career; the invention of the radio being credited to Guglielmo Marconi, instead of him, is a worthwhile example. This is true in basketball, too. It’s likely that Toronto’s innovations will, and already have, benefited other teams more than the Raptors.

Still, the Raptors do need to ensure that they benefit at least somewhat from the failures, and successes, of the Length and Strength era. They can’t rescue the innovations from years ago. But they can redeem them, bringing those lessons into the future. They can’t fixate too much on any statistic, particularly assists. Sometimes passing less and just bashing into dudes is the way. Roster balance, and fit, and especially shooting, should make a team more than the sum of its parts.

Vision 6’9 is dead. It’s time for Toronto to see how it can envision its future as a result.

Another Bowden Francis no-hit bid ends in heartbreaking fashion for Blue Jays

Dave Stieb’s no-hitter still stands alone in Toronto Blue Jays history, although Bowden Francis’s second near-miss in the span of four starts suggests that he may yet one day join the franchise great in achieving the difficult feat.

The 28-year-old right-hander, who on Aug. 24 threw eight hitless innings at the Los Angeles Angels before Taylor Ward’s leadoff homer in the ninth, again lost a bid with three outs to go, this time broken up by a Francisco Lindor solo shot in what finished as a 6-2 New York Mets victory Wednesday afternoon.

Francis was up 0-2 in the count when Lindor, an MVP contender in the National League, turned on a 91.9 m.p.h. heater up and away and sent it over the wall in right field, eliciting a loud groan from the Rogers Centre crowd of 29,399.

In that way, the ending was eerily similar to the bid against the Angels, but he was at 117 pitches last time, while this time he was at pitch 111, leaving him better positioned to finish off the outing.

“I didn't feel that one coming,” Francis said of the Lindor homer. “I felt like that was maybe going to be a pop-up or something, but with that many pitchers, I felt like I had to empty the tank with heaters and let them put the ball in play, like I was doing all day. It wasn't one of those days where I was getting a bunch of swing and miss. I needed to attack the zone, not get behind guys, because the more pitches, the less chance I was going to stay out there.”

No worries there as John Schneider said that as long as the no-hitter was in place Francis “was going. He could have been at 120 after eight, he was going. I don't like to mess with a chance at history.” Once it ended though, so did the outing and the game unravelled once Francis left. Chad Green allowed a Jose Iglesias infield single before walks to Mark Vientos and Brandon Nimmo ahead of a Pete Alonso sacrifice fly put the Mets ahead 2-1, Starling Marte added another sacrifice and Francisco Alvarez

tagged Genesis Cabrera for a three-run homer later in the inning.

That made for a dismal ending to an otherwise remarkable day in which Francis once again displayed the ability to confound opposing batters, even with his fastball averaging 90.8 m.p.h., 2.4 m.p.h. off his average, while topping out at just 93.3.

“I'm just going to learn,” Bowden said of coming so close once again. “I've gotten beaten twice with fastballs. Maybe from here on out, when I get this deep, I've got to empty the tank on some of the off-speed stuff, or really mix it. But I don't want to change just because it's the ninth inning. I've got to stick with my plan, but it's I got to learn that ... I don't know – I can't keep getting beat in that situation. That's part of it.”

Stieb’s gem Sept. 2, 1990 at Cleveland remains the only no-hitter in Blue Jays history and came after three agonizing near-misses, losing a perfect game and two other no-nos — in back-to-back outings September 1988 outings, no less — with two out in the ninth.

There have been several other close calls including arguably the most dominant outing in team history Aug. 8, 2010, when Brandon Morrow struck out 17 Rays batters but lost his bid with two out in the ninth on an Evan Longoria infield single.

Hall of Famer Roy Halladay also had his attempt Sept. 27, 1998 broken up with two outs in the ninth on Bobby Higginson’s solo shot for Detroit while June 24, 2007, Dustin McGowan, like Francis, gave up a leadoff hit in the ninth, a Jeff Baker single for Colorado.

Given the calibre of pitchers the Blue Jays have had in their 48 seasons, along with those and other dominant outings, it’s hard to believe no one else has thrown a no-hitter.

“So many things have to go your way, whether it's a borderline pitch, a play made behind you, how you're feeling physically — it has to really line up,” said Schneider. “When you think about us historically, it's really weird that it's worked out the way

it has. And really weird for the same guy within a month. Bowden's like the perfect guy for it to happen to twice, if that sounds fine to say. I hate that it happened for him, but he's kind of quirky a little bit. But there's a ton that goes into it. A lot of things have to line up.”

A lot of things have certainly lined up for Francis since rejoining the Blue Jays as a starter July 29 following a stint at triple-A Buffalo. In between the two no-hit bids, he also opened an Aug. 29 start with 5.1 no-hit innings at Boston, while on Aug. 12 at Anaheim, the only hit against him in seven innings was a third-inning homer by Mickey Moniak.

“Every pitch makes a difference, like you saw today,” said catcher Brian Serven, who’s formed a strong bond with Francis, the duo working to a 2.64 ERA over 51 innings while holding opposing hitters to a .153 batting average. “Lindor's a smart hitter, he might have been thinking with us, or whatever it may have been. Every pitch, every out, every game you learn something, whether it's about yourself, the pitcher, teammates. Hopefully if we get to this point again, we can close it out. It's just good experience.”

Francis is a different pitcher from the one who began the season in the rotation but quickly found himself bouncing between roles, around a stint on the injured list. Underpinning his surge is the use of a far more effective splitter and a shift in usage from what had been mostly a fastball-curveball repertoire.

Tying that adjustment into the other elements of his game has produced a greater hole, one increasingly solidifying his place in the Blue Jays’ plans for 2025.

“What I love about him is he's had a really good stretch and he's not backing off,” said John Schneider. “He's not backing off anything he's doing in-between his starts, he's not letting his guard down thinking that he's got things figured out. That's the biggest thing I love about him. You look back at today, taking a no-hitter into the ninth or even the last game against the

Phillies (six innings, three runs) where he had to battle, it's just really encouraging for him and for us going forward that he can navigate when he doesn't have his best stuff or when he has to limit damage.”

Against the Mets, when he allowed just a walk and two hit batters with one strikeout before the Lindor home run, he threw 57 fastballs in his 111 pitches despite the dip in velocity, complementing it with his slider (19), splitter (17), curveball (11) and sinker (8).

The mix induced plenty of harmless contact and on the rare occasions someone did square the ball up, his defence was there behind him, with Davis Schneider notably making a leaping catch into the left-field wall on Harrison Bader’s smash to open the sixth, raising hopes that something special was happening.

“Last time (against the Angels), there wasn't a signature play and when Davis made that catch, that felt kind of like the signature play,” said Serven. “When he caught that, I started to think, 'OK, it might happen.'”

Francis did, too, on a day that he didn’t feel great physically after a poor night of sleep beforehand, but still found ways to effectively tax his body to not only pitch well, but also once again get within three outs of a no-hitter.

Coming so close once again reinforced to not “let at all the external factors bleed in.”

“Sometimes your mechanics fatigue and stuff starts drifting, flying open. I tried to keep my mechanics in a good spot, keep trusting the mechanics,” he said. “It's later in the season, so I I feel like my body's in a good spot remembering what my body needs to do. But days like this where I'm a little more fatigued, you've got to keep telling yourself that your stuff is there, it's not a big deal, keep chipping away.”

That’s precisely what did and it carried him to the verge of a second Blue Jays no-hitter, an achievement proving similarly elusive as Stieb’s first and only.

Luis Camara Secretar y Treasurer

Marcello Di Giovanni

Recording Secretar y

Jack Oliveira Business Manager

Jaime Cor tez E-Board Member Nelson Melo President

Bernardino Ferreira Vice -President

Pat Sheridan E-Board Member

Skilled Trades Workforce Development Program prepares next gen tradespeople

Support Ontario Youth (SOY) is launching a new program it says will prepare the next generation of tradespeople to seamlessly integrate in the industry and equip them for success.

The Skilled Trades Workforce Development Program includes the Tools in the Trades Boot Camp and Trades Readiness Training.

SOY supports apprentices, employers and stakeholders in the skilled trades industry by streamlining and simplifying the apprenticeship journey. The Employment Ontario Program is funded by the Government of Canada and the Government of Ontario.

Tools in the Trades Boot Camp one-day events allow individuals to train for free and connect with a range of employers actively looking to hire. Participants will have the opportunity to connect with a range of employers face-to-face, showcase their skills and make connections.

The boot camp offers hands-on tool experiences across multiple trades, pathways to apprenticeship, free training programs, a complementary starter tool kit, and support for various sectors, including construction, industrial and motive power.

In terms of eligibility, the program is open to individuals 18-plus and recent high school graduates interested in pursuing a career in the skilled trades.

Trades Readiness Training is designed

for individuals embarking on an apprenticeship journey and those already pursuing a career in the trades.

Depending on an individuals’ needs, services may include essential employability and networking skills; trades readiness

preparation; mentorship; health and safety training; product knowledge; and insights into the realities of entering the apprenticeship pathway.

The goal is to ensure a tailored approach to each journey. It also provides opportunities for current sector workers to upskill and advance their careers. According to the program description, through mentorship and specialized training, individuals gain the guidance and skills needed to excel in their chosen trade, from mastering safety protocols to developing crucial workplace competencies.

The program is open to individuals aged 18-plus and recent high school graduates interested in pursuing a career in the skilled trades. Current skilled sector workers looking to upskill and advance are also eligible.

SOY encourages employers to participate in the program by recruiting skilled trades candidates.

“Our Skilled Trades Workforce Development program, and particularly our Tools in the Trades Boot Camp, play a critical role in preparing the next generation of tradespeople,” said Melanie Winter, executive director of SOY, in a statement. “We are committed to providing high-quality training and support to meet the growing demand for skilled workers in Ontario.”

OCN/MS

Ontario invests $26M to build new training centre at LiUNA 183 campus

A new training centre at LiUNA 183’s skilled trades training campus in Vaughan, Ont. will train more workers for in-demand careers such as bricklaying, heavy equipment operators and concrete finishing.

The Ontario government is investing over $26 million to build the new facility from the province’s new $224 million Skills Development Fund Capital Stream.

With the centre, LiUNA 183 will be able to train nearly 50,000 additional new workers, doubling their current training capacity to almost 100,000 workers.

As part of this capital project, LiUNA 183 will build a new industrial workshop and new classrooms to deliver both hands-on and in-class training, as well as a renovated union hall, states a release.

At the Vaughan skilled trades campus, LiUNA delivers its largest training program

in Canada and offers students the opportunity to build a full-size two-storey residential home within the centre.

“As our membership now surpasses more than 70,000 members, the demand for a highly skilled and versatile workforce continues to grow,” said Jack Oliveira, LiUNA 183 business manager, in a release.

“To meet this demand, we have made significant improvements to our training facilities at our Vaughan campus, including a new Tunnel Rescue and Training Centre, to ensure every member has the necessary specialized training to perform work safely and effectively. With this investment through the Skills Development Fund Capital Stream, we will be able to double the capacity of our campus, further enhance our training facilities and bring more young men and women into the construction industry.”

Regresso às aulas e às rotinas

O mês de setembro representa, para a esmagadora maioria das crianças, o regresso às aulas e o voltar às rotinas. Este período exige a adoção de novos horários e hábitos de vida, tanto para as crianças como para os pais, sendo recomendável iniciar este processo de adaptação uma semana antes do início do ano letivo.

Apresença e o envolvimento dos pais são fundamentais desde o início das aulas, para que as crianças se sintam mais confiantes e motivadas. É crucial transmitir a ideia de que o regresso à escola é positivo, trazendo novas oportunidades, como traçar objetivos e alcançar metas. Para muitas crianças, esta fase corresponde ao reencontro com amigos e professores, mas também se rodeia de alguma ansiedade e expetativa próprias de quem começa um novo ano letivo ou muda de escola.

IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO PARENTAL

O envolvimento dos pais na educação dos filhos é crucial para o sucesso escolar e o desenvolvimento emocional das crianças. Quando os pais se mostram presentes e interessados nas atividades escolares, reforçam a importância da educação, motivando os filhos a atingir melhores resultados académicos. O envolvimento parental na educação, aliado ao acompanhamento psicológico, cria uma base sólida para o sucesso escolar e o bem-estar geral das crianças. Pais envolvidos e atentos, em colabora-

ção com profissionais de saúde mental, podem transformar a experiência educativa das crianças, garantindo que estas cresçam felizes, seguras e preparadas para o futuro. Além do apoio académico, o acompanhamento psicológico pode ser determinante para identificar e tratar possíveis problemas emocionais que possam interferir no rendimento escolar. Consultar um psicólogo pode ajudar a criança a lidar com a ansiedade, o stress e outros problemas emocionais, promovendo um ambiente escolar mais saudável e equilibrado.

PREPARAÇÃO PRÁTICA

O regresso às aulas acarreta uma série de deveres e obrigações, como comprar material escolar, fazer os trabalhos de casa, estudar, organizar a mochila e escolher a roupa para o dia seguinte. O papel dos pais é determinante neste processo. A participação ativa dos pais na educação dos filhos contribui significativamente para o desenvolvimento e aproveitamento escolar das crianças. Quando as crianças se sentem protegidas e apoiadas, desenvolvem melhor a autoestima e tornam-se capazes de enfrentar desafios com mais confiança.

COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES FAMILIARES

A comunicação eficaz entre pais e filhos é essencial para promover uma boa relação familiar. Perguntar às crian-

ças como correu o dia, como se sentiram na escola… Partilhar essas experiências fortalece os laços familiares e ajuda a criança a sentir-se valorizada e compreendida. Muitos especialistas afirmam que os principais problemas familiares surgem da falta de um diálogo eficaz em casa. Portanto, é crucial apoiar e orientar os filhos desde o primeiro dia de aulas, para que se tornem alunos bem-sucedidos.

PERSPETIVA PSICOLÓGICA SOBRE A ESCOLA

Reforçar a ideia de que a escola é um lugar onde se adquire conhecimento, onde se aprendem assuntos interessantes e onde se evolui enquanto pessoa é fundamental para mudar perceções negativas em relação à escola e promover atitudes mais positivas.

Para muitas crianças, especialmente as mais extrovertidas, o regresso às aulas é um processo normal de socialização e aprendizagem, manifestando alegria no reencontro com colegas e professores. No entanto, para as mais introvertidas e mais novas, esta fase pode representar alguma dificuldade e resistência à mudança, características naturais da sua faixa etária e grau de escolaridade.

SBE/MS

BOA NOTÍCIA

A dias de fazer 48 anos, a 23 de setembro, e com uma carreira em televisão de mais de duas décadas e meia, a apresentadora Iva Domingues tem sido uma presença quase constante nos ecrãs nacionais. Numa entrevista, Iva falou da fase da vida em que se encontra, dos desafios profissionais e dos seus sonhos. Além disso, também contou como lida com as saudades da filha, Carolina, de 21 anos – fruto da relação que teve com o jornalista Pedro Mourinho, que vive nos Estados Unidos, onde estudou e agora trabalha.

Rita Pereira anunciou, na terça-feira (10), o sexo do segundo filho aquando da divulgação da sua entrevista na revista Forbes Portugal. A atriz, a primeira mulher grávida a fazer capa nesta publicação, fez um 'story' na rede social instagram, na qual dava conta que, para descobrir o sexo do seu segundo filho, teriam de ler o artigo. "Menino ou menina?", podia ler-se. Pois bem, a atrizque anunciou a sua gravidez no passado dia 21 de junho - está à espera de... uma menina. De recordar que Rita Pereira e Guillaume Lalung já são pais de Lonô, de cinco anos.

APOIO DE MILHÕES É MENINA!

Taylor Swift declarou o seu apoio a Kamala Harris pouco depois do final do debate entre os candidatos à presidência dos EUA, Harris e Trump, na terça-feira, dia 10 de setembro. "Vou direcionar o meu voto para Kamala Harris e Tim Walz nas eleições presidenciais de 2024", esta declaração de apoio foi publicada na rede social Instagram, onde a artista tem 283 milhões de seguidores, alguns minutos depois do fim do debate, que analistas e comentadores deram como uma vitória da também vice-presidente.

REVELAÇÃO

Durante uma entrevista para a capa da revista Vanity Fair, a atriz, cantora e empresária Selena Gomez, de 32 anos, abordou novamente a sua doença – foi diagnosticada há mais de 10 anos com lúpus – e fez uma nova revelação: não pode ter filhos. A estrela de Only Murders in The Building falou sobre o assunto quando relatava, de forma animada, a relação que tem com os afilhados e com a mãe destes, a sua prima Priscilla, que diz ser “uma ótima mãe”.

O facto fê-la refletir sobre a própria maternidade. “Eu nunca disse isto”, começou por confessar Gomez, “mas infelizmente não posso carregar os meus próprios filhos.” E explicou os motivos pelos quais uma gravidez está fora de causa no seu caso, “Tenho muitos problemas médicos que colocariam a minha vida e a do bebé em risco. Isto foi algo que tive que lamentar por um tempo.“

A artista fez, no entanto, questão de frisar que este motivo não a privará da maternidade. “Acho uma benção que existam pessoas maravilhosas dispostas a fazer barriga de aluguer ou adoção, que são duas possibilidades enormes para mim“, disse a atriz e cantora, que evidencia a sua vontade de ser mãe e garante que um bebé Gomez provavelmente chegará um dia destes.

“Estou animada para ver como será essa jornada, que será um pouco diferente, mas no final do dia não me importo. Será meu. Será o meu bebé.”

DE LUTO

Depois de Kate Middleton ter anunciado que terminou os tratamentos de quimioterapia contra o cancro diagnosticado no início do ano, o seu marido, o príncipe William, voltou, no dia seguinte, à sua agenda institucional e deslocou-se até Llanelli, no País de Gales, onde falou pela primeira vez sobre as recentes boas notícias.

A princesa publicou nas redes sociais um emotivo vídeo sobre o fim dos seus tratamentos de quimioterapia, deixando o público feliz com esta boa nova. Porém, muito cauteloso, William garantiu que ainda não é o fim das preocupações. “É uma boa notícia, mas ainda há um longo caminho a percorrer” afirmou a todos os que o acompanharam nesta visita oficial a Llanelli, cidade do sul do País de Gales. O príncipe herdeiro da coroa britânica acrescentou ainda que, neste momento, “não é possível considerarmos uma cura completa”.

Em Llaneli, o príncipe visitou a escola de dança local, esteve com o corpo de bombeiros e com os jogadores de râguebi da cidade. Durante esta visita, muitos moradores locais, como era esperado, questionaram William sobre o estado de saúde da sua mulher, que respondeu a todos: “Ela está melhor, sim”.

Quando se preparava para receber em Veneza o galardão como melhor atriz pela sua participação no filme Babygirl, Nicole Kidman, de 57 anos, era informada da morte da mãe, Janelle Ann Kidman, aos 84 anos. A triste notícia obrigou a atriz a cancelar a sua presença no Festival de Veneza e a viajar de imediato para se refugiar junto da família neste momento de luto. Mas antes de partir da cidade italiana, Nicole Kidman fez questão de deixar um breve depoimento, lido durante a cerimónia de entrega de prémios pela realizadora de Babygirl, Halina Reijn, onde evocou a falecida mãe, a quem dedicou mais este prémio. “Estou em choque e tenho de ir ter com a minha família. Este prémio é para ela. Ela formou-me, guiou-me e criou-me. O meu coração está em pedaços. Dedico este prémio para a minha maravilhosa e corajosa mãe.”

A atriz natural da Austrália, sempre muito discreta em relação à sua vida pessoal, não revelou as causas da morte da mãe. Apenas em 2022, na sequência de uma entrevista no Golden Globes, Nicola revelava já que Halina se encontrava doente. O pai da atriz, Antony Kidman, faleceu, em 2014, com 75 anos.

Credito: DR
Credito: DR
Credito: DR
Credito: DR

artesonora

Menino de Ouro

Roberto Ventura, o Menino de Ouro que Brilha no Cenário da Música Africana

Roberto Ventura, mais conhecido pelo nome artístico de Menino de Ouro (MDO), é um nome em ascensão no cenário musical africano, cuja história de vida e carreira são inspiradoras. Nascido em Benguela, Angola, MDO criou um caminho notável que o transformou numa referência no mundo da música, tanto para as comunidades africanas quanto para o público internacional. Desde o ano 2000, vive em Portugal com a sua família, onde deu continuidade ao seu sonho de conquistar o cenário musical, sempre preservando as raízes angolanas.

As Raízes: De Benguela para o Mundo Benguela, uma das províncias mais conhecidas de Angola, é o berço de MDO. Foi lá que, ainda jovem,desenvolveu a paixão pela música. Cresceu num ambiente culturalmente rico, MDO foi influenciado pela música tradicional angolana, que mais tarde incorporou nas suas próprias composições. A sua vida, no entanto, não foi linear. Em 2000, ele e a família vieram para Portugal, em busca de novas oportunidades e de uma vida melhor. Em Portugal, continuou a alimentar a paixão pela música, que se tornou não apenas uma forma de expressão, mas também uma maneira de se ligar com as suas origens e de se afirmar. Embora as dificuldades da vida num novo país tenham representado desafios significativos, Roberto Ventura, ou MDO, mostrou resiliência e determinação para superar os obstáculos e conquistar o seu espaço.

O Estilo Musical: Versatilidade e Inovação

Ao longo dos anos, MDO desenvolveu uma identidade musi cal única, combinando diferentes influências que refletem tanto a herança africana quanto a cultura europeia com a qual ele en trou em contato em Portugal. As canções misturam sonoridades africanas com toques contemporâneos, como o Afrobeat, a Kizomba e até elementos de música pop e eletrônica, criando uma sonoridade diversa e cativante. Essa versatilidade é uma das marcas do cantor, que não se prende a um único estilo. O seu repertório é vasto e aborda diferentes temáticas, desde o amor e as rela ções interpessoais, até questões sociais e experiências pessoais. A capacidade de transitar entre estilos e temas é uma das razões pelas quais MDO tem conquistado uma base de fãs diversificada e global.

Sucesso com os Hits "Maluco", "Até Quando" e "Me Perdoa" O reconhecimento de MDO não veio de ime diato, mas quando chegou, foi avassalador. Hits como "Maluco", "Até Quando", "Me Perdoa" e "Chama a Polícia" tornaram-se verdadeiros sucessos nas plataformas digitais, em parti cular no YouTube, onde as suas músicas já acumulam mais de 20 milhões de visualizações. Essas canções rapidamente conquistaram ouvintes pela mis tura contagiante de ritmos africanos, letras envol- ventes e a voz única de MDO. "Maluco", por exemplo, tornou-se uma das suas músicas mais emblemáticas, marcada por uma batida enérgica e uma letra que reflete os altos e baixos das relações amorosas. Já "Até Quando" é uma canção de introspec- ção, com uma mensagem mais profunda sobre superação e perseverança. "Me Perdoa", por sua vez, traz uma mistura de ritmos dan çantes e uma letra emotiva, característica que se tornou uma assinatura de MDO. Esses sucessos pavimentaram o caminho para que o artista pudesse alcançar não apenas o público em Portugal e Angola, mas também em vários outros países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (PALOP), incluindo Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

O Lançamento do EP "Love" em 2021: Uma Nova Fase na O ano de 2021 foi um marco na carreira de MDO, com o lança mento do seu primeiro EP, intitulado "Love". O projeto, composto por cinco faixas originais, representa uma nova fase para o cantor, onde ele explora temáticas relacionadas ao amor em suas diferentes formas. Com a participação especial de Edgar Domingos, "Love" é um EP que mergulha nas sonoridades africanas, sem perder a essência contemporânea que caracteriza o trabalho de MDO. Cada canção de "Love" é uma viagem musical que combina ritmos africanos com produ ções modernas, criando um som que é ao mesmo tempo autêntico e inovador. As melodias cativantes e as letras que falam sobre amor, paixão e os desafios dos relacionamentos são elementos centrais desse projeto. Com "Love", MDO conseguiu reforçar a posição como um dos artistas mais versáteis e criativos da cena musical africana.

2022: Um Ano de Surpresas e Novos Lançamentos

Se 2021 foi um ano importante para MDO, 2022 provou ser ain da mais marcante. Durante esse ano, o cantor surpreendeu os fãs com o lançamento de várias canções inéditas, como "Tou Nem Aí" e "Say Yeah". Esses lançamentos reforçam ainda mais sua habilidade de transitar por diferentes estilos musicais e de se reinventar artisticamente. "Tou Nem Aí" é uma faixa que traz uma energia leve e descontraída, enquanto "Say Yeah" mistura influências do Afrobeat com toques de música eletrônica. Essas músicas são uma prova do compromisso de MDO em manter sua música fresca e relevante, ao mesmo tempo em que permanece fiel às suas raízes africanas.

O EP "Summer Vibes" e a Expansão para a World Music

Ainda em 2022, MDO lançou o seu mais recente EP, intitula do "Summer Vibes". Este projeto marca uma nova direção na carreira do artista, com um foco maior na World Mu sic. "Summer Vibes" é um EP vibrante e dançante, ideal para o clima de verão, e que mostra o lado mais festivo e animado de MDO. As faixas desse EP são marcadas por batidas contagiantes e melodias que evocam imagens de praias ensolaradas e festas ao ar livre. "Summer Vibes" reflete a capacidade de MDO de se adaptar a diferentes es tilos e de criar músicas que ressoam com o público de várias partes do mundo. Com este lançamento, o artista mostra que a sua música pode atravessar fronteiras e conquistar diferentes culturas.

O Futuro de MDO: Mais Sucessos à Vista Olhando para o futuro, Roberto Ventura, o Menino de Ouro, parece estar apenas a começar a sua carreira. Com uma base de fãs sempre a crescer, um talento ine gável e uma versatilidade artística que o distingue, o caminho para o sucesso global parece cada vez mais ao seu alcance. O que começou em Benguela agora se espalha pelo mundo, e MDO continua a brilhar como uma das estrelas mais promissoras da música africana.

Credito: DR

Palavras cruzadas

Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1.Pôr à disposição; ceder temporariamente

2.Ter parte em; partilhar

3.Movimentar-se no espaço de uma parte mais alta para uma mais baixa

4.Apresentar, mostrar. Tornar (algo) visível ou perceptível a outrem (ou a um grupo de pessoas)

5.Tornar compreensível; esclarecer, elucidar, explicar

6.Ter veneração por (alguém ou algo); ter grande apreço por; reverenciar

7.Tratar um cadáver com substâncias que o isentam de decomposição

8.Submeter (algo) ao processo de raciocínio lógico

Jogo das 10 diferenças

9.Precipitar-se a chuva sobre a terra

10. Trocar palavras, ideias (com alguém), sobre qualquer assunto 11.Tornar(-se) seco, retirar de ou perder a umidade; enxugar(-se)

12. Dar ou adquirir forma correta ou melhor; consertar(-se)

13. Obter, mediante pagamento, a propriedade ou o uso de algo

14. Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico

15. Elevar-se do chão por impulso dos pés e das pernas

Culinária por Rosa Bandeira

Bochechas

de porco estufadas

D I E N F Q V U O M E Z V N U

P S I C O L Ó G I C O C R K O

W E S Í N D R O M E O R Z L Ã

T R A T A M E N T O Y J R S Ç

L E M B R A N Ç A Q X F V K A

F O B I A V M E D O V I D A R

N Y S C H D C O R P O W R C E

H U M A N I D A D E Y W A A P

S Q C O N D I C I O N A R U U

A O D H A L Z R V C U G S S S

D C Z M N M N U D I Q I E A S

F R D U C Y X H O N L Z T S W

P F B B P S W Y P Â E Z S W L

N W R O H J B Z E P C D E O Z

X Q E S P E C I A L I S T A S

MEDO

PÂNICO

CONDICIONAR

VIDA

SUPERAÇÃO

FOBIA

CAUSAS

PSICOLÓGICO

SÍNDROME

ESPECIALISTAS

TRATAMENTO

LEMBRANÇA

TESTES

CORPO

HUMANIDADE

Ingredientes

• 8 bochechas de porco

• Sal e pimenta q.b.

• 10ml de azeite

• 1 cebola

• 4 dentes de alho

• 1 folha de louro

Modo de preparação

Num tacho colocar a cebola e os alhos picados, a folha de louro e o azeite, envolver, deixando refogar.Adicionar as bochechas.

Adicionar a cerveja o sal, a pimenta e o piripiri e a polpa de tomate. Deixar estufar durante 30 minutos.

Se necessário juntar um pouco de água e deixar estufar até as bochechas estarem macias. Acompanhar com o pão e as azeitonas.

Bom apetite!

Ingredientes

• 3 maças

• 1 colher de canela em pó

• 30 gramas de açúcar

• 4 noses

Creme

• 200 grs de philadelphia

• 200 grs de natas batidas

• 1 iogurte natural

• Sumo e meio limão

• 75 grs de açúcar

Modo de preparação

Para compota de maça, descascar as Mac e deixar cozinhar durante 10 minutos. Adicionar as nozes deixar arrefecer. Para a base picar as bolachas e derreter a manteiga, juntar a bolachas com a manteiga e reservar

Para o creme: Misturar o queijo creme, as na-

• 1cerveja preta

• 1 colher de piripiri

• 50 ml de polpa de tomate

• 1 kg de pão alentejano fatiado

• 100 grs de azeitona preta

Base

• 150 grs de bolacha maria

• 50 grs de manteiga

tas, o iogurte, o sumo de limão e o açúcar. Bater tudo bem batido. Em 6 taças colocar primeiro a base das bolachas, depois a maça e depois por cima colocar o creme e decorar a gosto. Bom apetite!

Caça palavras

OLHAR COM OLHOS DE VER

Marketing is the lifeblood of business. Créditos: Fa Azevedo
Outono chegando em Algonquin. Créditos: Enerson da Silva
Fall is here, Port Stanley-ON. Créditos: Stella Jurgen

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Atravessa uma fase muito produtiva ao nível profissional, conseguindo aliar a clareza de raciocínio a uma invulgar capacidade de organização e análise de questões. A sua saúde e bem-estar físico reclamam um pouco mais de atenção. Que tal iniciar uma dieta mais saudável e começar a andar um pouco mais a pé?

TOURO 21/04 A 20/05

É um período de grande atividade ao nível da expressão mental e afirmação intelectual. Estará muito mais disponível para transmitir a sua energia e euforia aos outros do que para aceitar qualquer influência que deles venha, parecendo que, aparentemente, fica insensível e fechado às necessidades e aos apelos dos outros.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

A análise pessoal pode ser a chave para a harmonia interior que procura, permitindo-lhe libertar-se dos fantasmas e traumas do passado, devolvendo-lhe a liberdade e descontração de espírito. O atual trânsito Solar favorece as mudanças na vida doméstica, bem como a resolução de problemas nesta área.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Neste momento é você o centro da sua vida e não aceita que ninguém lhe diga o que deve ou não fazer. Poderá até agir com brusquidão se lhe tentarem impor muitas restrições ou limites. Não obstante, é possível que se apaixone subitamente por alguém ou simplesmente acentue uma relação que vem do passado.

LEÃO 22/07 A 22/08

Nesta semana poderá ter de se esforçar bastante para assegurar as suas finanças pois tenderá a gastar imprudentemente naquilo de que não necessita. Pense bem no uso que dá ao dinheiro, tente ter uma noção mais correta daquilo que possui e confira as suas contas bancárias antes de adquirir coisas supérfluas.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Ao longo deste período aproveite para exercer a sua opinião em relação aos outros. Estará também vulnerável para dar mais de si mesmo ao próximo. Em torno de si, todos sentirão a sua autenticidade. Aproveite também para se autoanalisar com honestidade e sentirá que a sua mente estará mais aberta para trabalhos mais úteis.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Diplomacia e tato são qualidades que não lhe faltam, agora que Vénus transita pela sua Casa I, relativa ao Eu. Aproveite para conduzir um assunto delicado ou ultrapassar uma pequena desavença. A sua vida amorosa poderá ganhar novo fôlego mercê da redobrada intensidade e paixão que deixa transparecer.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Neste período será tentado a transmitir as suas experiências e conhecimentos aos outros. Passe a mensagem dos valores em que acredita, mas tente nunca se impor, deixando coexistir pacificamente ideias e opiniões diferentes das suas. Dificuldades legais poderão surgir, tente evitar qualquer confronto com a autoridade.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Esta é uma boa altura para fazer atividades em grupo, ir a festas ou estar com os amigos. Vai ter a possibilidade de se relacionar com pessoas diferentes daquelas com quem anteriormente convivia. Está aumentada nesta fase a sua capacidade inventiva e a sua intuição. Sente vontade de fugir à rotina.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Este será um período propício para esclarecer os seus relacionamentos a todos os níveis. As situações de conflito podem ser minimizadas, eliminando assim os desentendimentos, corrigindo e esclarecendo mesmo as relações mais íntimas. Tenha cuidado redobrado com os assuntos legais, que lhe poderão trazer problemas com a justiça.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Neste momento irá provavelmente ter a possibilidade de alargar os seus horizontes e ver a vida de uma forma mais ampla. Tal poderá decorrer do contacto com a arte ou através de um encontro amoroso com alguém que lhe despertará sentimentos muito especiais. Saia, faça tudo o que lhe apetecer, exceto ficar em casa.

PEIXES 20/02 A 20/03

A passagem do Sol pela Casa VII poderá trazer-lhe algum problema. Depois de o resolver vai ver que pelo menos aprendeu a conhecer-se melhor, saber os seus limites e sobretudo adquiriu um conhecimento daqueles que estão a seu lado. Neste momento também poderá ter de tratar de assuntos diretamente ligados com a lei.

Soluções

Agenda comunitária Classificados

Associação Migrante de Barcelos

6º Festival do Leitão

1136 College St. Toronto - Sep 14 - 7 pm.

O Festival do Leitão acontece com ementa de Roasted Rui’s Piglet e espetáculo a cargo de Raça Latino. Um evento a não perder. Contact (647) 949-1390

Casa da Madeira Fall Festival

24120 HWY 48, Georgina, ON 21 Sep - 11 am

A day package with activities and entertainment, ganadaria e much more. For more informations visit casadamadeira. ca or call (416) 533-2401

Casa do Alentejo 80's Night

1130 Dupont St. Toronto 28 Sep - 7 pm

Uma noite com Jantar, concurso do melhor "80's outfit". Mais informações (416) 5377766

Associação Cultural do Minho de Toronto Santoinho

40 Titan Rd, Toronto 28 Sep - 4 pm

Save the date and celebrate Santoinho. more information soon. Contatos e informações (416) 781-9290

Magellan Community Charities Telethon/Radiothon

640 Lansdowne Av. Toronto - Oct 19 - 9 am

More information coming soon. Contact (437) 914-9110

Associação Migrante de Barcelos 26º Aniversário Associação Migrante Barcelos

LiUNA Local 183 1263 Wilson Ave, Toronto - Oct 19

Guarde em sua agenda e comemore os 26º Aniversário da Associação Migrante de Barcelos. Para mais informações (416) 652-6354

Magellan Community Charities Gala

Universal Event Space - Nov 2nd - 6pm. More information coming soon. Contact (437) 914-9110

First Portuguese 60 anniversary

LiUNA Local 183 1263 Wilson Ave, TorontoNov 02 - 7 pm

Guarde em sua agenda e comemore os 60 anos do Portuguese Canadian Community and Senior Centre. Para mais informações (416) 531-9971

Associação Migrante de Barcelos Jantar Minhoto

1621 Dupont Street Toronto - Nov 16

More information coming soon. Contact (416) 652-6354

Keele and Wilson arearoom, family room, renovated kitchen and bathroom, and eating room, water, heat, air condition, electric all included, new windows, coin washer and dryer, large backyard, one parking spot. no pets , no smoking in the house. 884-4187

Apartamento com um quarto, sala de estar, sala de jantar, cozinha e casa de banho toda renovada. Água, aquecimen to, ar condicionado e electricidade tudo incluído. Janelas novas, lavandaria com moedas, quintal bastante grande e um lugar de estacionamento. Não se aceitam animais, e não é permitido fumar dentro de casa. Área da Keele e Wilson. (416) 910-1236

Dundas St. W. and Runnymede small store suitable for office use or Health and beauty professionals or Aesthetics. (416) 822-3480

Weston Rd and Eglinton small store able for office use or Health and beauty pro fessionals or Aesthetics. 822-3480.

Rent - Brand new basement bachelor apart ment for rent in the Area of Dufferin and Glencairn. Contact 416-569-2571

Basement apartamento para alugar, renovado, ideal para uma pessoa. Locali za-se entre a Old Weston Rd. e Rogers Rd. Tem entrada separada, lavandaria perto, por $1,500.00. Contactar (416) 258-1389.

One bedroom for rent on 1st floor. Keele and Wilson with parking lot included. Contact 416-660-8370

Construction work - Professional custom home renovation and commercial general contractor is looking for two skilled construction workers for interior and exterior finish works. Duties will include interior carpentry, framing, minor drywalling, and other renovation works. Any construction experience such as concrete /masonry is an asset. Transportation can be provided. Tools and all training provided. Work throughout GTA. We provide steady hours and full-time employment through the year. Health and dental benefits after 6 months. Please contact 647-343-8998.

Job offer - Abrigo Centre’s Cook will work three days a week (Tuesday, Wednesday, Thursday) from 9:00 a.m. to 3:00 p.m. curating, preparing and delivering nutritious lunch meals to Abrigo clients in the Life and Hope seniors’ program. As an experienced cook or chef preparing Portuguese-inspired meals, this position will provide lunch to up to 60 clients each day and oversee a team of experienced volunteers who will support the Cook daily in this new role. Send your resume and covert letter by email with Cook in the Subject line to: Hiring Committee, Abrigo Centre, at info@ abrigo.ca

Sweetie Pie Bakery is looking for people with experience in working in a commercial bakery environment. Duties would include: Rolling dough, mixing dough, mixing cookie dough, scooping cookies & assembly of pies. Salary: $16.00-$17.00 per hour. Contactar Cesario: (647)2453301 or cesario@mysweetiepie.ca

Banimos

os telemóveis nas salas de aula

Com o início de um novo ano letivo, zemos algumas alterações, como a proibição de telemóveis nas aulas e de vaporizadores nas escolas. Estas novas regras reduzirão as distrações, pelo que será mais fácil para os alunos concentrarem-se na aprendizagem.

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.